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Numero do processo: 10283.002730/98-57
Turma: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Jun 09 00:00:00 UTC 1999
Data da publicação: Wed Jun 09 00:00:00 UTC 1999
Ementa: VERBAS INDENIZATÓRIAS - ACORDO JUDICIAL - REPOSIÇÃO SALARIAL - São tributáveis os valores percebidos a título de "indenizações", quando não preencherem as condições legais necessárias para se enquadrem na hipótese de isenção definida no inciso V do artigo 6 da lei n 7.313/88.
ISENÇÃO - Nos termos do art. 97, inciso VI, do C.T.N, somente a lei pode estabelecer as hipóteses de exclusões de crédito tributário.
Recurso negado.
Numero da decisão: 106-10845
Decisão: Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso.
Nome do relator: Sueli Efigênia Mendes de Britto
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MINISTÉRIO DA FAZENDA '") T.--44 PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n°. : 10283.002730/98-57 Recurso n°. : 118.388 Matéria : IRPF — EX.: 1993 Recorrente : CORA CARVALHO SANTANA Recorrida : DRJ em MANAUS - AM Sessão de : 09 DE JUNHO DE 1999 Acórdão n°. : 106-10.845 VERBAS INDENIZATÓRIAS - ACORDO JUDICIAL - REPOSIÇÃO SALARIAL - São tributáveis os valores percebidos a título de *indenizações', quando não preencherem as condições legais necessárias para se enquadrem na hipótese de isenção definida no inciso V do artigo 6° da lei n° 7.313/88. ISENÇÃO - Nos termos do art. 97, inciso VI, do C.T.N, somente a lei pode estabelecer as hipóteses de exclusões de crédito tributário. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por CORA CARVALHO SANTANA. ACORDAM os Membros da Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. 11Dl C-33iik.abli E OLIVEIRA PRE 1' TEn ilide fr - if i 15 a S ND S DE BRITTO E • c4 - • ' FORMALIZADO EM: 25 A001999 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros LUIZ FERNANDO OLIVEIRA DE MORAES, THAISA JANSEN PEREIRA, ROMEU BUENO DE CAMARGO e RICARDO BAPTISTA CARNEIRO LEÃO. Ausentes, o Conselheiro WILFRIDO AUGUSTO MARQUES e, justificadamente, a Conselheira ROSANI ROMANO ROSA DE JESUS CARDOZO. dpb ,1 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10283.002730/98-57 Acórdão n°. : 106-10.845 Recurso n°. : 118.388 Recorrente : CORA CARVALHO SANTANA RELATÓRIO CORA CARVALHO SANTANA, já qualificada nos autos, inconformada com a decisão do Delegado da Receita Federal de Manaus, na guarda do prazo regulamentar, apresenta recurso objetivando a reforma da mesma. Nos termos da Notificação de Lançamento e seus anexos de fls. 01/03, da contribuinte exige-se R$ 2.999,46 a título de imposto de renda, mais multa e juros, face a reclassificação do valor de Cr$ 40.574.897,01 de rendimento não tributável para rendimento tributável na Declaração de Ajuste Anual de 1993. O enquadramento legal indicado são os artigos 1° a 3° e parágrafos e artigo 12 da Lei n° 7.713/88; artigos 1° a 3° da Lei n° 8.134/90; artigos 4° e 5° e parágrafo único da Lei n° 8.383/91. Foram juntadas, aos autos, cópias do Formulário de Retificação e da Declaração de Ajuste Anual do exercício de 1993 (fls. 9/13) Tempestivamente, seu procurador (doc. de fl.25) apresentou a impugnação de fls. 19/24, instruída pelos documentos de fls. 33/36. A autoridade julgadora "a quo" manteve o lançamento em decisão de fls. 39/47, assim ementada: Se 2 15)( _ MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10283.002730198-57 Acórdão n°. : 106-10.845 'RENDIMENTOS RECEBIDOS ATRAVÉS DE RECLAMA TÓRIA TRABALHISTA — O contribuinte do imposto de renda é o adquirente da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza. A responsabilidade atribuída à fonte pagadora tem caráter apenas supletivo, não exonerando o sujeito passivo da obrigação de oferecer os rendimentos à tributação, ainda que a verba em questão esteja indevidamente classificada no comprovante de rendimentos como isenta e não tributável." Cientificada em 21/10/98 (AR de fls. 50, verso), na guarda do prazo legal, protocolou o recurso anexado às fls. 51/52, instruído pelo comprovante do depósito exigido pelo art. 32 da Medida Provisória n° 1.621 (fls. 53). Em sua defesa alega, apenas, que a declaração de ajuste anual do exercício de 1993, foi preenchida de acordo com os dados fornecidos pela fonte pagadora — TELAMAZON. É o Relatório. 3,0 3 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10283.002730/98-57 Acórdão n°. : 106-10.845 VOTO Conselheira SUELI EFIGÈNIA MENDES DE BRITTO, Relatora O recurso é tempestivo, dele tomo conhecimento. A discussão nos presentes autos é se o valor recebido pela recorrente a titulo de "indenização" é tributável ou não. Sobre a matéria temos os seguintes diplomas legais: Lei n° 5.172, de 25110166 C.T.N.: 'Art. 43- O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; 11 - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior." O Código Tributário Nacional definiu o fato gerador do imposto de renda e, por sua vez, a Lei n° 7.713/88, ao alterar a sistemática de apuração do imposto, indicou em que momento ele ocorre, assim dispondo: 4 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10283.002730/98-57 Acórdão n°. : 106-10.845 'Ag 2° - O imposto de renda das pessoas físicas será devido, mensalmente, à medida em que os rendimentos e ganhos de capital forem percebidos. NArt. 3°- O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9°a 14° desta Lei. § 1°- Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, os alimentos e pensões percebidos em dinheiro, e ainda os proventos de qualquer natureza, assim também entendidos os acréscimos patrimoniais correspondentes aos rendimentos declarados. (..) § 4°- A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou direitos, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda, e da forma de percepção das rendas ou proventos, bastando, para a incidência do imposto, o benefício do contribuinte por qualquer forma e a qualquer titulo. § 5° - Ficam revogados todos os dispositivos legais concessivos de isenção ou exclusão, da base de cálculo do imposto de renda das pessoas físicas, de rendimentos e proventos de qualquer natureza, bem como os que autorizam redução do imposto por investimento de interesse económico ou sociaL" (grifei) Tendo ressalvado em seu art. 6°, as hipóteses de isenção de rendimentos, registrando no inciso V: °a indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho, até o limite garantido por lei, bem como o montante recebido pelos empregados e diretores, ou respectivos beneficiários, referentes aos depósitos, juros e correção monetária creditados em contas vinculadas, nos termos da legislação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviçoigrifei) 5 ?'V _ MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10283.002730/98-57 Acórdão n°. : 106-10.845 Examinada a cópia do acordo de fls. (34/35), constata-se que a TELAMAZON pagou diferenças de salários pertinente ao `Plano Bresser que, nos termos da cláusula quarta, foram acrescidos de correção monetária e juros. Diante disso e, lembrando que o art. 111 do Código Tributário Nacional determina que a legislação que outorga isenção deve ser interpretada literalmente, e, ainda, de que após o evento da Lei n° 7.713/88, só estão excluídos da tributação os rendimentos percebidos a titulo de indenização e aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho, conclui-se que os rendimentos auferidos pelo recorrente estão sujeitos a disciplina do art. 7 da já referida lei: "Ag 7° - Ficam sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, calculado de acordo com o disposto no art. 25* desta Lei: I - os rendimentos do trabalho assalariado, pagos ou creditados por pessoas físicas ou jurídicas; II - os demais rendimentos percebidos por pessoas físicas, que não estejam sujeitos à tributação exclusiva na fonte, pagos ou creditados por pessoas jurídicas." Esse imposto é devido pelo beneficiário do rendimento (art. 45 do C.T.N, ) que vem a ser o titular da disponibilidade econômica ou jurídica, a fonte pagadora é apenas a responsável pela retenção e recolhimento do imposto. Assim se a tributação dos valores, que não sejam isentos, é obrigatória e deixou de ocorrer num primeiro momento (na fonte), cabia ao recorrente a obrigação de incluir integralmente os valores recebidos na declaração de rendimento anual. 570# 6 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10283.002730/98-57 Acórdão n°. : 106-10.845 O fato de a Justiça do Trabalho ter homologado o acordo, admitindo a verba recebida como indenização, não implica em reconhecer que aquele rendimento estava isento, pois o art. 97 do C.T.N é suficientemente claro quando determina: `Art. 97. Somente a lei pode estabelecer (-.) VI- a hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou da dispensa ou redução de penalidades." Por fim, resta-me esclarecer, que também é improcedente o argumento da defesa, de que está sendo onerada por motivo que não lhe deu causa, porque a ausência da retenção do imposto de renda no momento do pagamento, prejudicou, não a contribuinte, mas sim a União que, por lei, poderia utilizar este recurso até o momento de sua provável devolução. Isto posto VOTO no sentido de negar provimento ao recurso. Sala das Sessões - DF, em 09 de junho de 1999 040 Siff d L Fl 0" InRITTOy 7 Page 1 _0046600.PDF Page 1 _0046700.PDF Page 1 _0046800.PDF Page 1 _0046900.PDF Page 1 _0047000.PDF Page 1 _0047100.PDF Page 1
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Numero do processo: 10245.000938/96-35
Turma: Primeira Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Aug 19 00:00:00 UTC 1999
Data da publicação: Thu Aug 19 00:00:00 UTC 1999
Ementa: IRPJ – RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO – Constatada, por meio de documentos juntados ao processo, a existência de erros no Auto de Infração quanto á data de ocorrência dos fatos geradores, cabe a retificação do lançamento na decisão de primeira instância.
Recurso de ofício negado.
Numero da decisão: 101-92791
Decisão: Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso de ofício.
Nome do relator: Celso Alves Feitosa
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Interessada : MÓDULO ENGENHARIA LTDA. Sessão de : 19 de agosto de 1999 Acórdão n.°. : 101-92.791 IRPJ — RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO — Constatada, por meio de documentos juntados ao processo, a existência de erros no Auto de Infração quanto á data de ocorrência dos fatos geradores, cabe a retificação do lançamento na decisão de primeira instância. Recurso de oficio negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso de oficio interposto pelo DELEGADO DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM MANAUS - AM. ACORDAM os Membros da Primeira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso de oficio, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. D ON RA GUES PRESID NT • ALVE*. F ITOSA ; TOR FOR .t 40" e, • EM: 17 NOV 1999 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros: JEZER DE OLIVEIRA CÂNDIDO, FRANCISCO DE ASSIS MIRANDA, KAZUKI SHIOBARA e SEBASTIÃO RODRIGUES CABRAL. Ausentes, justificadamente, os Conselheiros RAUL PIMENTEL e SANDRA MARIA FARONI. LADS 2 PROCESSO N° 10245.000938/96-35 RECURSO N°118.149 - IRPJ E OUTROS ACÓRDÃO N° 101-92.791 RECORRENTE: DRJ EM MANAUS - AM INTERESSADA: MÓDULO ENGENHARIA LTDA. Relatório. Contra a empresa acima identificada foram lavrados os seguintes Autos de Infração, por meio dos quais são exigidas as importâncias citadas: - IRPJ (fls. 03/11) —731.923,70 UFIR, mais os acréscimos legais; - FINSOCIAL (fls. 12/17) — 6.039,65 UFIR, mais os acréscimos legais; e - COFINS (fls. 18/22) — 48.725,00 UFIR, mais os acréscimos legais; - IR Fonte (fls. 23/31) — 624.093,85 UFIR, mais os acréscimos legais; - Contribuição Social (fls. 32/38) — 251.967,76 UFIR mais os acréscimos legais. As exigências, relativas aos exercícios de 1991 a 1993, referem-se à omissão de receitas, constatada pela fiscalização, em decorrência das seguintes ocorrências, conforme relatado às fls. 04/05: - valor apurado conforme Relatório de Credores do Estado de Roraima, por meio do qual ficou constatado que a empresa auferiu rendimentos durante o ano-base de 1991 caracterizado pelos pagamentos comprovados, no montante de Cr$ 8.172.378,70, conforme ordens bancárias nos 3469, de 04.04.91; 8.907, de 16.07.91; 10033, de 25.07.91; e 11862, de 25.07.91. Entretanto, tais receitas não foram oferecidas à tributação na Declaração de Rendimentos; - valor apurado conforme Relatório de Credores do Estado de Roraima e Relatório Analítico dos Pagamentos Recebidos (SIAFI), quando se comprovou que a empresa auferiu rendimentos no montante de Cr$ 266.594.962, não oferecidos à tributação na declaração do ano- calendário de 1992, pagamentos estes comprovados por meio das seguintes ordens bancárias: 7183, de 26.05.92; 11360, de 11.08.92; 13286, de 01.09.92; 15357 e 16279, de 14.10.92; e 18169, de 16.11.92 (Relatório de Credores de 1991); 920B03049, de 28.10.92; 920B03250, de 24.11.92; e 920B02856, de 10.12.92 (SIAFI). Impugnando o feito às fls. 161/181, a autuada afirmou, em síntese: PROCESSO Isr 10245.000938196-35 ACÓRDÃO N° 1 0 1— 9 2 7 9 1 3 - que entre a data da intimação e a da lavratura do Auto de Infração transcorreram apenas dois dias; - que a intimação foi feita a funcionário e não a representante legal, mandatário ou preposto, em desacordo com o art. 23, I, do Decreto n° 70.235/72, tomando nulo o lançamento, a teor do art. 59 do mesmo diploma; - que a empresa não pôde atender à intimação no prazo nela previsto em virtude de racionamento de energia na cidade, o que impediu a impressão dos livros solicitados; - que o Auto foi lavrado sem o exame da escrita da empresa e à sua revelia, contrariando todos os dispositivos legais do contraditório e da ampla defesa, razão pela qual requer sua nulidade para, em seguida, serem feitas as devidas verificações fiscais em seus livros; - que, no exercício de 1991, os valores pagos podem não representar receita do exercício, em função do regime de competência; nesse período, prossegue, existiram quatro recebimentos de faturas pela empresa, sendo um deles relativo à liberação de retenções contratuais do ano de 1990, faturadas no mesmo ano, mas paga somente no ano de 1990. Assim, tal valor não deve fazer parte do montante apurado pela fiscalização, uma vez que já foi tributado em 1990; - que, no exercício de 1992, a fiscalização considerou todos os recebimentos ao longo do exercício como pertencentes aos meses de janeiro e fevereiro, quando sequer houve faturamento da impugnante nesses meses. Aduziu que a própria descrição dos fatos constante do Auto de Infração discrimina datas diversas para as ordens bancárias e que tal discrepâncias deve ser corrigida para que não sejam cobrados juros maiores do que os devidos; - que, no exercício de 1993, o autuante não retirou dos valores lançados o montante de 5% relativo à retenção contratual, nem observou o regime de caixa. No mês de agosto, prossegue, o auditor não efetuou a conversão da moeda da fatura 006193, ocasionando um crédito tributário fora da realidade. Afirma que acha estranho o valor constante como faturamento de outubro de 1993, pois nada consta em seus registros sobre esse valor; - que os lançamentos reflexos devem ser corrigidos em face dos erros apontados quanto ao lançamento principal. Na decisão recorrida (fls. 235/249), o julgador singular declarou procedente em parte o lançamento, procedendo às seguintes exonerações: PROCESSO N° 10245.000938/96-35 4 ACÓRDÃO Na 101-92.791 - reduziu a base de cálculo do imposto concernente ao ano-base de 1991, tendo em vista que o pagamento que corresponde à liberação de retenções contratuais do ano de 1990, no valor de Cr$ 254.428,70 (doc. de fl. 192), não deve fazer parte do montante apurado pela fiscalização no ano-base de 1991, uma vez que, nos termos do Parecer Normativo CST n° 75/72, a receita deve ser considerada auferida na medida de seu faturamento; - quanto ao lançamento relativo ao ano-calendário de 1992, em face dos....-( relatórios de fls. 144/145 e das faturas anexadas pelo contribuinte (fls. 197, 200, 203, 207 e 210), retificou o lançamento de acordo com as datas de emissão das referidas faturas e relatório de credores, de forma a adequá-lo ao regime de competência. Assim, determinou que: - o valor de Cr$ 23.096.550,00, concernente à ordem bancária n° 7183, fatura n° 215 (fl. 197), deve ser tributado em maio/92, não em janeiro/92; - o valor de Cr$ 243.498.412,30, relativo a diversas ordens bancárias creditadas no período de julho/92 a dezembro/92, cujas faturas correspondentes se encontram às fls. 200, 203, 207 e 210, deve ser tributado conforme quadro estampado à fl. 242 - quanto ao lançamento relativo ao ano-base de 1993, procedeu às seguintes alterações: - reajustou a base de cálculo do imposto do mês de junho/93, de Cr$ 323.206.000,00 para Cr$ 977.249.348,50, porque havia sido considerada apenas a fatura n° 000225 (fl. 123), quando as faturas de n° 000226 (fl. 126), de 23.06.93, e a de n° 000227 (fl. 222), de 23.06.93, também competem a esse mês; - excluiu da base de cálculo do lançamento relativo ao mês de julho de 1993 o valor correspondente à fatura de n° 226 (Cr$ 118.781.000,00), já apropriada em junho/93, e incluiu o valor da fatura n° 113 (fl. 132), no valor de Cr$ 133.815.587,13, emitida em 27.07.93; - concordou que houve erro de conversão e que a soma das faturas relativas ao mês de agosto/93, de fls. 132 (Cr$ 133.815,58), 138 (Cr$ 429.481,84) e 141 (Cr$ 107.370,46) perfaz um total de Cr$ 670.667,88, e não Cr$ 134.352.439,43, como registrado no lançamento (fl. 05). Concluiu, ainda, que o valor correspondente à fatura n° 113 (Cr$ 133.815.587,13), já considerado no lançamento do mês de julho/93, deve ser excluído da base de cálculo do mês de agosto/93; - cancelou o lançamento do mês de setembro/93, porque composto de valores considerados no mês de agosto, conforme acima relatado; - cancelou, também, o lançamento do mês de outubro/93, porque composto de valores considerados nos meses de julho e agosto/93, conforme acima relatado; PROCESSO 1•P 10245.000938/96-35 5 ACÓRDÃO N° 1 0 1 - 9 2 . 7 9 1 Estendeu o decidido às exigências reflexas e, de sua decisão, recorreu de oficio a este Conselho. Às fls. 257/263 se vê o recurso voluntário e, à fl. 267, cópia de Mandado de Notificação, por meio do qual se cientifica o indeferimento de Liminar para acolhimento da defesa sem o depósito recursal. Termo de Transferência de Crédito Tributário de fls. 276/281 informa a transferência, deste processo para o de n° 10245.000532/98-32, dos valores mantidos na decisão de primeira instância. É o relatório. PROCESSO 1\1° 10245.000938/96-35 6 ACÓRDÃO 1•1° 1 O 1 - 9 2 . 7 9 1 Voto. A decisão de primeira instância repara uma série de equívocos cometidos pelo autuante, a saber: - a liberação de retenções contratuais do ano de 1990, no valor de Cr$ 254.428,70 (doc. de fl. 192), por referir-se a fatura emitida em 1990, não poderia integrar a receita do ano-base de 1991, exceto se o agente fiscal houvesse comprovado que o montante correspondente não foi reconhecido como receita daquele ano (1990), o que, neste caso, daria origem a lançamento a título de postergação de receita, com outra conotação; - quanto ao lançamento relativo ao ano-calendário de 1992, em face dos relatórios de fls. 144/145 e das faturas anexadas pelo contribuinte (fls. 197, 200, 203, 207 e 210), as retificações que constam da fl. 242 apenas fazem a adequação dos valores ao meses a que se referem (maio a dezembro/92); - com relação ao lançamento referente ao ano-base de 1993: - a exclusão, em julho de 1993, do valor correspondente à fatura de n° 226 (Cr$ 118.781.000,00 — fl. 126) decorreu do fato de que tal importância já havia sido apropriada no mês de junho daquele ano, na retificação feita quanto ao mês de junho/93; - a fatura n° 113 (fl. 132), de 27.07.93, foi emitida em cruzeiros (Cr$ 133.815,587,13), moeda vigente até 31.07.93; assim, para sorná-la às de fl. 138 (CR$ 429.481,84) e 141 (CR$ 107.370,46), emitidas em cruzeiros reais, é necessário dividir o valor por 1.000, o que resulta em CR$ 133.815,58) e perfaz o total de Cr$ 670.667,88, indicado na decisão recorrida, não Cr$ 134.352.439,43, como registrado no lançamento (fl. 05). - além disso, o valor correspondente à mesma fatura n° 113 (Cr$ 133.815.587,13) foi excluído da base de cálculo do mês de agosto/93 porque foi considerado no lançamento do mês de julho/93, de acordo com o subitem 2.26 da decisão de primeira instância; - o cancelamento da exigência relativa ao mês de setembro/93 justifica- se porque as ordens bancárias n° 12832 e 12841 (relatório de fls. 147), à toda evidência, referem-se às faturas n°s 231 (fl. 141) e 230 (fl. 138), ambas incluídas na base de cálculo do mês de agosto/93, conforme subitem 2.27 da decisão; - com referência ao lançamento do mês de outubro/93, no relatório de fl. 147 indica-se a ordem bancária n° 14410 que, conforme se verifica às fls. 128, 229 e 221 trata-se de retenções contratuais das faturas n°s 112, de 20.07.93 (fl. 129), 230, de 18.08.93 (fl. 230), e 227, de 18.08.93 (fl. 222), todas já tributadas, pelo total, nos respectivos PROCESSO N" 10245.000938/96-35 T7 ACÓRDÃO N" 1 O 1 - 9 2 . 7 91 meses, razão pela qual a exigência não procede, sob pena de duplicidade de tributação. Assim, nego provimento ao recurso de ofício, mantendo em seus exatos termos a Decisão de n° 1.082. É o meu vote Celso 4 /-eit%fsa relator. Processo n° : 10245.000938/96-35 8 Acórdão n° : 101-92.791 INTIMAÇÃO Fica o Senhor Procurador da Fazenda Nacional, credenciado junto a este Conselho de Contribuintes, intimado da decisão consubstanciada no Acórdão supra, nos termos do parágrafo 2°, do artigo 44, do Regimento Interno, aprovado pela Portaria Ministerial n°55, de 16 de março de 1998 ( D.O.U. de 17.03.98). Brasília-DF, em 1 7 NOV 1999 -*•N PER ODRIGUES PR DENTE Ciente em 1 8 NOV '99 FI I DE MELLO PR CUI;;,/a/C/i/(0 F/AZENDA NACIONAL Page 1 _0000200.PDF Page 1 _0000300.PDF Page 1 _0000400.PDF Page 1 _0000500.PDF Page 1 _0000600.PDF Page 1 _0000700.PDF Page 1 _0000800.PDF Page 1
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Numero do processo: 10320.000688/94-59
Turma: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Feb 23 00:00:00 UTC 1999
Data da publicação: Tue Feb 23 00:00:00 UTC 1999
Ementa: IRPF - OMISSÃO DE RENDIMENTOS - ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - Por refletirem rendimentos omitidos, sujeitam-se à incidência do imposto os acréscimos patrimoniais sem lastro em rendimentos já tributados na declaração, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte ou sujeitos à tributação definitiva. São considerados como recursos para fins de justificar acréscimo patrimonial em períodos subseqüentes, as importâncias correspondentes a vendas de bens apuradas pelo Fisco, bem assim, as sobras de recursos de cada mês-base, dentro do ano-calendário.
RECOLHIMENTO MENSAL (CARNÊ-LEÃO) - Os valores sujeitos a esta modalidade de recolhimento, relativos a anos-calendários anteriores a 1997, não incluídos nas respectivas declarações de rendimentos, são computados na determinação da base de cálculo anual do tributo para fins de cobrança. Disciplinamento da IN-SRF n° 46/97.
NULIDADE DO LANÇAMENTO - A reunião em um só instrumento, de vários itens distribuídos por vários exercícios, desde que concernentes à exigência de um único imposto, não constitui motivo a justificar a decretação da nulidade do lançamento.
AVALIAÇÃO CONTRADITÓRIA - No confronto de dois laudos apresentados pelas partes, a convicção do julgador se firmará em função daquele que melhor fundamentar suas conclusões.
PENALIDADE - MULTA DE OFÍCIO - Nos casos de falta de declaração e nos de declaração inexata, apurados em procedimento de ofício, cabível é a aplicação da multa da espécie sobre a totalidade ou diferença do imposto lançado.
JUROS DE MORA - São devidos a partir do dia seguinte ao do vencimento da obrigação tributária, computando-se para esse fim, inclusive o período em que a exigência tenha estado suspensa por decisão administrativa ou judicial.
Recurso parcialmente provido
Numero da decisão: 106-10662
Decisão: Por unanimidade de votos, REJEITAR as preliminares de nulidade do lançamento e DAR provimento PARCIAL ao recurso.
Nome do relator: Dimas Rodrigues de Oliveira
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MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES t.A.r:5 SEXTA CÂMARA Processo n°. : 10320.000688/94-59 Recurso n°. : 03.851 Matéria : IRPF EX. 1989 a 1992 Recorrente : WILLIAM JOSÉ NAGEM Recorrida : DRF em SÃO LUIZ - MA Sessão de : 23 de fevereiro de 1999 Acórdão n°. : 106-10.662 IRPF — OMISSÃO DE RENDIMENTOS — ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO — Por refletirem rendimentos omitidos, sujeitam-se à incidência do imposto os acréscimos patrimoniais sem lastro em rendimentos já tributados na declaração, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte ou sujeitos à tributação definitiva. São considerados como recursos para fins de justificar acréscimo patrimonial em períodos subseqüentes, as importâncias correspondentes a vendas de bens apuradas pelo Fisco, bem assim, as sobras de recursos de cada mês- base, dentro do ano-calendário. RECOLHIMENTO MENSAL (CARNE-LEÃO) — Os valores sujeitos a esta modalidade de recolhimento, relativos a anos-calendários anteriores a 1997, não incluídos nas respectivas declarações de rendimentos, são computados na determinação da base de cálculo anual do tributo para fins de cobrança. Disciplinamento da IN-SRF n° 46/97. NULIDADE DO LANÇAMENTO — A reunião em um só instrumento, de vários itens distribuídos por vários exercícios, desde que concementes à exigência de um único imposto, não constitui motivo a justificar a decretação da nulidade do lançamento. AVALIAÇÃO CONTRADITÓRIA — No confronto de dois laudos apresentados pelas partes, a convicção do julgador se firmará em função daquele que melhor fundamentar suas conclusões. PENALIDADE — MULTA DE OFÍCIO — Nos casos de falta de declaração e nos de declaração inexata, apurados em procedimento de ofício, cabível é a aplicação da multa da espécie sobre a totalidade ou diferença do imposto lançado. JUROS DE MORA — São devidos a partir do dia seguinte ao do vencimento da obrigação tributária, computando-se para esse fim, inclusive o período em que a exigência tenha estado suspensa por decisão administrativa ou judicial. Recurso parcialmente provido Vi‘ MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688194-59 Acórdão n° : 106-10.662 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por WILLIAM JOSÉ NAGEM. ACORDAM os Membros da Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares de nulidade do lançamento e DAR provimento parcial ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. p ±.~váRote D DE OLIVEIRA Pie ENTE e RELATOR FORMALIZADO EM: r3 1 JAN 2000 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros LUIZ FERNANDO OLIVEIRA DE MORAES, SUELI EFIGÉNIA MENDES DE BRITO, ROSANI ROMANO ROSA DE JESUS CARDOZO, ROMEU BUENO DE CAMARGO, RICARDO BAPTISTA CARNEIRO LEÃO e WILFRIDO AUGUSTO MARQUES. 2 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 Recurso n°. : 03.851 Recorrente : WILLIAM JOSÉ NAGEM RELATÓRIO Retomam estes autos após o cumprimento das providências determinadas pela Resolução n° 106-00.940, de 18 de agosto de 1997, cujo Relatório e voto de fls. 421 a 431, leio em Sessão e adoto como se aqui os tivesse transcrito. Como resultado das diligências empreendidas, foram oferecidos à colação os documentos de fls. 440 a 481, constituídos pelo RELATÓRIO DE PERÍCIA E AVALIAÇÃO, produzido pelo Perito indicado pela Delegacia da Receita Federal em São Luis — MA (fls. 441 a 477) e pelo LAUDO DE AVALIAÇÃO DO PERITO DO RECORRENTE (fls. 478 a 481). Os imóveis objeto de avaliação foram os seguintes: Prédio comercial situado à rua 5 de Janeiro, Jordoa — São Luis — MA, cujos preços de custo a ele atribuídos, foram os seguintes: -Auto de Infração: Cr$ 30.283.840,00 -Perito oficial: Cr$ 34.836.662,40 -Perito do Recorrente: Cr$ 23.118.180,00 -Prédio multifamiliar situado à Rua Desembargador Femandes Pinheiro, n° 114— Tijuca — Rio de Janeiro — RJ, cujos preços de venda a ele imputados foram os seguintes: - Auto de Infração: Cr$585.340.000,00 - Perito oficial: Cr$156.557.140,00 - Perito do Recorrente: Cr$109.589.998,00 3 • MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688194-59 Acórdão n° : 106-10.662 Apartamento n° 601, situado à Avenida Delfim Moreira n° 662 — Rio de Janeiro — RJ, cujos preços de aquisição estipulados foram os seguintes: Auto de infração: Cr$100.300.000,00 - Perito oficial: Cr$188.494.450,00 - Perito do Recorrente: Cr$131.946.115,00 É o relatório. 4 -- MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 VOTO Conselheiro Dimas Rodrigues de Oliveira, Relator O recurso foi conhecido conforme voto de fls. 430. 2. As questões sobre as quais remanesce discussão perante este Colegiado podem ser resumidas nos seguintes tópicos: - nulidade do lançamento por cerceamento do direito de defesa do recorrente; - cabimento ou não da exigência de juros de mora e da multa de ofício; - omissão de rendimentos caracterizada por acréscimo patrimonial a descoberto e por juros recebidos de pessoa jurídica; - arbitramento de rendimentos provenientes da atividade rural; 1 - tributação das operações imobiliárias; - omissão de ganhos de capital auferidos na alienação de quotas de capital de pessoa jurídica. 5 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688194-59 Acórdão n° : 106-10.662 Passo à análise dessas questões na ordem em que estão elencadas. 3. PRELIMINAR DE NULIDADE DO LANÇAMENTO. 3.1 Entende o Recorrente estar o Auto de Infração eivado do vício da nulidade por "acumular ilegalmente exigências distintas no mesmo processo* e por considerar afrontado seu direito de defesa face ao indeferimento do seu pedido de perícia tempestivamente formulado. 3.2 Em nenhuma das hipóteses vislumbro defeito que possa inquinar o feito fiscal do vício da nulidade. A reunião em um só instrumento de vários itens distribuídos por vários exercícios, porém concernentes à exigência de um único imposto, no caso, o imposto de renda da pessoa física, encontra arnês na legislação processual fiscal. Com efeito, assim dispõe o artigo 9° do Decreto n° 70.235/72, verbis: 'AI?. 9° A exigência de crédito tributário, a retificação de prejuízo fiscal e a aplicação de penalidade isolada serão formalizadas em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para cada imposto, contribuição ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos § 1° Quando, na apuração dos fatos, for verificada a prática de infrações a dispositivos legais relativos a um imposto que impliquem a exigência de outros impostos da mesma natureza ou de contribuições e a comprovação dos ilícitos depender dos mesmos elementos de prova, as exigências relativas ao mesmo sujeito passivo serão objeto de um só processo, contendo todas as notificações de lançamento e autos de infração.° (Grifei). 3.3 Esta é uma norma processual e, como tal, consoante os princípios consagrados em direito, tem aplicação imediata, ainda que se 6 . . MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 refira a fatos pretéritos. Assim, não se alegue que se trata de redação introduzida por lei nova editada em dezembro de 1993. Basta ter presente que a lavratura do Auto de Infração se deu sob sua égide, ou mais precisamente em 28/04/94; 3.4 De se notar que a exigência legal, ou contrário do que defende o recorrente, é no sentido de que devem se objeto de um mesmo processo, ainda que se refiram a outro imposto da mesma natureza ou a contribuição, bastando para isso que a exigência se refira ao mesmo sujeito passivo. 3.5 Quanto ao indeferimento das perícias requeridas, cabe lembrar que nesta instância, parte do seu pleito foi atendido com a edição da Resolução n° 106-00.940, de 18 de agosto de 1997, onde foi determinada a realização da avaliação contraditória para determinação dos preços de custo e/ou de venda dos imóveis objeto das operações imobiliárias alcançadas pela ação fiscal em apreço. A parte não acolhida será justificada à medida em que for se desenvolvendo esta análise. 4. CABIMENTO OU NÃO DA EXIGÊNCIA DE JUROS DE MORA E DA MULTA DE OFICIO. 4.1 Os juros de mora são devidos a partir do dia seguinte ao do vencimento da obrigação tributária, em percentual definido na legislação de regência aplicado ao mês calendário ou fração, calculados sobre o valor do débito, contando-se para esse fim, inclusive o período em que a exigência do imposto esteja suspensa por decisão administrativa ou judicial. É o que deflui do disposto no artigo 726 do RIR/80 (consolidação dos artigos 2° e 5° do Decreto-lei n° 1.736/79), bem assim, das disposições 7 - - - - - MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 contidas no artigo 59, parágrafo 2°, da Lei n° 8.383/91, além de outros atos que se seguiram. 4.2 Assim, constatadas quaisquer das situações que impliquem em falta de pagamento de imposto ou de sua diferença na data do respectivo vencimento, a toda evidência, cabível é a exigência do encargo relativo aos juros de mora. E, a situação típica é a declaração inexata em face da apuração de omissão de rendimentos, a exemplo do caso em comento. 4.3 Nessa esteira de raciocínio se inclui a questão posta pelo sujeito passivo contrária à exigência de multa de oficio na espécie dos autos. É seu entendimento que uma vez cumprida a obrigação de apresentar sua declaração de rendimentos e recebida a correspondente notificação da Repartição Fiscal, quando a diferença apurada resultar de simples revisão da declaração, não cabe a imposição da multa. 4.4 Labora em equivoco o recorrente. Nos termos do disposto no artigo 728, inciso II, do então vigente Regulamento do Imposto de Renda (RIR/80), "Nos casos de lançamento de oficio, entre outras será aplicada a multa de percentual que variou conforme o período de vigência das leis cominadoras da penalidade, sobre a totalidade ou diferença do imposto devido, nos casos de falta de declaração e nos de declaração inexata. 4.5 Assim, ainda que o Contribuinte cumpra regularmente com a sua obrigação acessória de apresentar declaração de rendimentos, uma vez apurada a ocorrência de p. ex. omissão de rendimentos, é de se considerar como inexato o documento fornecido à Repartição Fiscal. O fato de ter sido notificado nos termos da declaração apresentada não significa ato de homologação mas, tão-somente a completação do lançamento. Mesmo • MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 completado o lançamento, compete à autoridade fiscal a sua revisão de oficio na hipótese aventada, a teor do que dispõe o artigo 149 do CTN, assim redigido na parte que interessa a esta análise: -Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de oficio pela autoridade administrativa nos seguintes casos: IV — quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;" 4.6 Assim, comprovado que o Contribuinte deixou de incluir em sua Declaração, rendimentos que recebera, bens que comprara etc, inexato se apresenta seu documento fiscal, além de omisso, subsumindo o fato aos ditames do antes citado artigo 728 do RIR/80. 5. OMISSÃO DE RENDIMENTOS CARACTERIZADA POR ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO 5.1 Em relação a este ponto, impende considerar dois aspectos relacionados com os documentos de fls. 21 a 26 (DEMONSTRATIVOS DE BENS/INVESTIMENTOS/PAGAMENTOS MODIFICADORES DO PATRIMÔNIO —ANOS-BASE DE 1989, 1990 e 1991). 5.2 Esses documentos demonstram, mês a mês, as variações patrimoniais ocorridas nos anos citados, apurando, em alguns casos, acréscimo patrimonial não justificado por rendimentos tributados, tributados exclusivamente na fonte, não tributáveis ou isentos, sem contudo, indicar o aproveitamento, dentro do mesmo ano-calendário, dos saldos de recursos do mês-base para justificar acréscimos patrimoniais de meses subseqüentes. 9 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688194-59 Acórdão n° : 106-10.662 5.3 A jurisprudência administrativa, bem assim a administração tributária, têm manifestado entendimento no sentido de ser este o procedimento adequado para efeitos de determinação dos acréscimos patrimoniais ocorridos durante o ano, o que nos impõe o dever de suscitar a questão com vistas à aplicação do critério à hipótese dos autos. 5.4 Outro ponto que merece ressalva, diz respeito ao lucro obtido na alienação do Prédio multifamiliar situado à Rua Desembargador Femandes Pinheiro, n° 114 — Tijuca — Rio de Janeiro — RJ, cujo ganho de capital apurado de oficio foi objeto do lançamento em apreço, sem que o valor da alienação apurado constasse como recursos para efeitos de justificar acréscimos patrimoniais do mês de sua ocorrência, ou seja, dezembro de 1991. Considerando-se que o valor de tal alienação, por força da avaliação contraditória levada a efeito restou reduzido em comparação com aquele consignado no Auto de Infração, o novo valor deve ser computado para esse fim, ou seja, para justificar parte do acréscimo • patrimonial a descoberto ocorrido no mês. 5.5 Merecem reparos ainda, os procedimentos relacionados 5 com a parcela do acréscimo patrimonial apurada com base na construção I; do imóvel representado pelo prédio comercial situado à Rua 5 de Janeiro, 239 Jordoa — São Luis — MA. As impropriedades do lançamento neste particular podem ser melhor compreendidas com a leitura do item 8.4 e seus subitens deste voto. 6. OMISSÃO DE RENDIMENTOS CARACTERIZADA POR JUROS OMITIDOS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA; 6.1 Em relação a este item, inicialmente, há a controvérsia sobre o indeferimento da perícia requerida pelo Recorrente, entendida pelo tO E e -seis MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688194-59 Acórdão n° : 106-10.662 julgador singular como desnecessária ao esclarecimento da questão neste particular. Quero crer que a própria análise do mérito da questão formulada revelará do acerto ou não de tal indeferimento. 6.2 O Recorrente faz as seguintes indagações: como poderia saber que tais valores correspondem efetivamente a juros? como provar que os juros foram incluídos na declaração apresentada? 6.3 No meu entender carecem de fundamento as indagações formuladas. Senão vejamos: em relação à primeira, basta que sejam compulsados os documentos de fls. 153, 154, 155, 162 e 163, emitidos pelas fontes pagadoras, onde, à exceção do valor de 1.112.127,41 (padrão monetário da época), que é representativo do principal do empréstimo, é declarado que tais valores foram pagos a título de juros. Quanto à segunda, pela maneira como está formulada, denota que o recorrente não encontrou meio para provar que os juros foram incluídos na sua declaração de rendimentos relativa ao exercício de 1991, ano calendário de 1990. Receio ser mesmo impossível a obtenção de tal prova, pelo simples fato de que não consta do campo próprio de sua declaração (fls. 136) — RENDIMENTOS TRIBUTADOS RECEBIDOS DE PESSOAS JURÍDICAS, ou mesmo SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO ESCLUSIVA, qualquer valor recebido a titulo de juros provenientes da pessoa jurídica RÁDIO E TV DIFUSORA DO MARANHÃO LTDA. O valor declarado como recebido da pessoa jurídica IND. E COM. TUPY LTDA, no total de Cr$ 54.066,00 é irrisório se comparado ao importe de Cr$ 3.203.446,63 confirmado como tendo sido pago ao postulante. 6.4 Poder-se-ia perscrutar sobre a hipótese de tais valores estar incluídos no campo "RENDIMENTOS FUJEITOS À TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA'. Tal hipótese no entanto, somente seria admissivel caso o MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 valor informado no item 9 desse campo "OUTROS', fosse igual ou maior que os recebimentos em questão, que somados perfazem o total de Cr$ 2.541.319,22 (450.000,00 + 3.203.446,63— 1.112.127,41). Diante do valor de Cr$ 136.745,00 ali informado, afasta-se tal hipótese. 6.5 Confirma-se, parcialmente, portanto, a não inclusão na respectiva declaração de rendimentos, dos valores acusados pelo Fisco como recebidos a titulo de juros pelo recorrente. Parcialmente, face à constatação de que o importe de Cr$ 1.112.127,41, foi recebido a título de amortização do principal emprestado, conforme atesta o documento de fls. 153. 6.6 Desnecessária assim, a realização da perícia requerida. 7. ARBITRAMENTO DE RENDIMENTOS PROVENIENTES DA ATIVIDADE RURAL 7.1 Recorrente teve arbitrados seus rendimentos provenientes da atividade rural sob o argumento de que não mantinha escrita contábil regular exigida para o seu nível de receita da espécie. Contra esse entendimento procura demonstrar ser injustificável o procedimento fiscal diante das provas documentais de que dispõe, aduzindo que a realização da perícia requerida poderia ensejar a apuração do resultado real da sua !I atividade rural, razão pela qual considera inadmissível o emprego da presunção como meio de prova eleito pela autoridade autuante. 7.2 Os arbitramentos levados a efeito se referem aos exercícios de 1989 e 1990, já que em relação ao exercício de 1992, o próprio recorrente sponte suo optou pelo auto-arbitramento. 12 • MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 7.3 De antemão, observa-se pelos argumentos expendidos, o que poderia ser considerado como incoerência das razões expostas pelo Recorrente frente aos fatos descritos. É que o arbitramento por ele mesmo promovido em relação ao exercício de 1992, foi feito inclusive em bases mais gravosas (alíquota de 20% da receita bruta) se comparado com o levado a efeito pelo Fisco, que se respaldou no § 1° do artigo 60 do RIR/80, adotando, portanto, o percentual de 15% sobre a mesma base Assim, ao se insurgir contra este item do lançamento está o sujeito passivo contrariando sua própria iniciativa de se auto-arbitrar no exercício subseqüente. 7.4 Ademais disso, em se tratando de rendimentos da atividade rural, a legislação é clara quando prevê a hipótese de arbitramento diante da circunstáncia de ausência de escrituração regular em livros devidamente registrados na competente Repartição Fiscal. Com efeito, assim dispõe o § 1°, do art. 54, o § 1° do art. 60, ambos do RIR/80 e o art. 5°, parágrafo único da Lei n° 8.023/90, verbis: -'Art. 54, § 1° - A inobservância do disposto neste artigo importará arbitramento do rendimento tributável com base nas normas fixadas pelo Ministro da Fazenda. Art. 60, § 1 0 - Em qualquer hipótese, o rendimento líquido tributável na cédula G, obtido pelos critérios de que trata esta Seção fica limitado ao máximo de 15% (quinze por cento) da receita bruta. E E Lei n° 8.023/90, art. 5° e parágrafo único. Art. 50 - À opção do contribuinte, pessoa física, na - composição da base de cálculo, o resultado da atividade rural, quando positivo, limitar-se-á a vinte por cento da receita bruta no ano-base. Parágrafo único. A falta de escrituração prevista nos incisos ti e hl do art. 3° implicará o arbitramento do resultado à razão de vinte por cento da receita bruta no ano-base." 13 -•• \— MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 7.5 Desde o inicio da ação fiscal em 12/03/93, o contribuinte foi intimado a apresentar os livros contábeis relacionados com a escrituração da atividade rural (ver Termo de Inicio de Fiscalização de fls. 316 e 318). Em 09/06/93, três meses depois, houve nova intimação no mesmo sentido (Termo de fls. 323) e, em 20/08/93, decorridos mais dois meses, conforme Termo de fls. 330, nova oportunidade foi oferta* sem que o Recorrente tivesse envidado qualquer esforço no sentido de solucionar o impasse. Assim, mesmo admitindo que o recurso do arbitramento somente deve ser utilizado em casos extremos, presente o fato de que o arbitramento não se constitui em penalidade, na hipótese dos autos, considerando-se a inércia do postulante quanto ao atendimento das requisições feitas, é de se concluir pelo acerto da medida. 7.6 Registre-se que, para efeitos de cálculo do acréscimo patrimonial, foram aproveitados como recurso os valores constantes das notas fiscais de produtor e não apenas o percentual de 15% do valor por elas representado. 8. TRIBUTAÇÃO DAS OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 8.1 Em relação a este tópico, consoante relatado, foi deferida ao L Recorrente a realização da requerida avaliação contraditória, com os 1 seguintes objetivos: 1 — avaliação do custo de construção do imóvel representado pelo prédio comercial situado à Rua 5 de Janeiro, 239 — Jordoa — São Luis — MA; 14 `37 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 2 — avaliação do preço de venda do prédio situado à Rua Desembargador Fernandes Pinheiro n° 114 — Tijuca — Rio de Janeiro — RJ e, 3— avaliação do preço de aquisição do apartamento n* 601, na Av. Delfim Moreira, n° 662 — Rio de Janeiro — RJ. 8.2 Quanto ao primeiro item, o perito indicado pela Repartição Fiscal concluiu por atribuir à edificação o valor de custo de Cr$ 34.836.662,40, a preços de fevereiro de 1991. A seu turno, o perito indicado pelo Recorrente, após acusar ocorrência de erro nos indicadores empregados pelo perito oficial e deixar consignado que a construção foi "realizada pelo regime de administração do proprietário, que forneceu todos os materiais e utilizou mão-de-obra somente relacionada com a administração técnica da construção, apontou para o valor de Cr$ 23.118,18, que entendo deva ser lido como Cr$ 23.118.180,00. 8.3 No meu entender são frágeis os argumentos alinhavados neste particular. Sua fragilidade deriva do fato de que as objeções 1 suscitadas vieram desacompanhadas de qualquer elemento de prova a lhe respaldar. Nem mesmo quanto ao alegado equivoco em relação ao custo do metro quadrado, com base no "Cub" de fevereiro de 1991, nos termos da É tabela divulgada pelo IBGE para o tipo de projeto R.4-3QP.Z520, houve a preocupação de anexar cópia da tabela citada. O mesmo acontece em relação à segunda alegação. Aqui, inclusive, à luz do contrato de fls. 31, há contradição entre as afirmações do perito no sentido de que a obra teria sido administrada pelo proprietário que teria inclusive fornecido o material necessário por via de sua empresas, e os termos do instrumento, sobretudo se considerado o teor da Cláusula Primeira, que leio em Sessão. 15 - 1- MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 8.4 Todavia, impende consignar constatação no sentido de que o lançamento nesta parte apresenta impropriedades que comprometem a parcela da exigência formulada com base nesse item. 8.4.1 O Fisco para determinar o acréscimo patrimonial em cada ano alcançado pelo desenvolvimento da obra, partiu dos valores pactuados e das condições fixadas nas cláusulas do mencionado instrumento de contrato de fls. 31 e 32. Assim, considerou como desembolso em dezembro de 1990 a 1991, parcelas proporcionais ao cronograma de execução da obra. Por este critério, 50.000,00 (padrão monetário da época), foram desembolsados em Nov/89 (Cláusula 4') e, do saldo restante, ou seja, Ncz$ 940.470,00, a parcela de 85% foi considerada desembolsada no mês de dezembro de 1990 e outra parcela de 15% em dezembro de 1991, em valores atualizados pelo IPC. 8.4.2 Convertendo-se todos esses valores para preços de fevereiro de 1991, mês considerado nas avaliações, obtém-se o importe de Cr$ 26.397.735,84, inferior, portanto, ao fixado pela avaliação oficial que foi de Cr$ 34.836.662,40. 8.4.3 Assim, em princípio fica a impressão de que o valor arbitrado pelo Fisco é menos gravoso do que o apontado na avaliação oficial. Aliás, isto é fato. Todavia, não se pode perder de vista que a partir da vigência da Lei n* 7.713/88 o acréscimo patrimonial é calculado mês a mês, ou seja, em cada mês há que ser comparados aplicações e recursos feitas e obtidos no período. Nessa conformidade, a concentração somente da aplicação no mês de dezembro de cada ano, com as agravantes da atualização monetária e do critério de rateio, se me afigura presunção desprovida de base legal. Esta preocupação se acentua em relação ao ano de 1991, em cujo mês de fevereiro se completou a obra, com o - 16 _ . MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 deslocamento da respectiva parcela para o mês de dezembro. Portanto, a menos que, também os recebimentos tivessem o mesmo tratamento ou seja, se concentrassem naquele mês, atualizados monetariamente, em termos mensais fica desequilibrada a equação. Esta providência todavia, a exemplo de outras que pudessem ser aventadas, implicaria em profunda modificação na estrutura do lançamento, desfigurando-o a ponto de poder ser chamado de novo lançamento, atividade esta que refoge à competência deste Colegiado. 8.4.4 Por esses motivos entendo devam as parcelas assim definidas, ser expurgadas dos cálculos dos acréscimos patrimoniais relativos aos anos de 1990 e 1991. 8.5 No tocante aos outros dois imóveis avaliados, considerando- se que as duas avaliações (do perito oficial e do perito do recorrente) relacionadas com a aquisição do Apartamento n° 601, situado à Avenida Delfim Moreira n° 662 — Rio de Janeiro — RJ, fixaram valores superiores ao do auto de infração, ou seja: Auto de infração: Cr$100.300.000,00; Perito oficial: Cr$188.494.450,00; Perito do Recorrente: Cr$131.946.115,00, merece comentários somente a contradição verificada em relação às avaliações do preço de venda do Prédio multifamiliar situado à Rua Desembargador Fernandes Pinheiro, n° 114 — Tijuca — Rio de Janeiro — RJ, cujos preços de venda a ele imputados foram os seguintes: - Auto de Infração: Cr$585.340.000,00 - Perito oficial: Cr$156.557.140,00 - Perito do Recorrente: Cr$109.589.998,00 17 _- _ _ MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 8.5.1 Informa o Perito do Recorrente que aplicou "uma redução de 30% (trinta por cento) tendo em vista a cirande elasticidade dos preços das ofertas'. destaquei. 8.5.2 Ora, se há elasticidade, a oscilação pode se dar nos dois sentidos, ou seja, para mais ou para menos. Assim, considerando-se os critérios técnicos e a ampla fundamentação utilizados pelo perito oficial, devidamente demonstrados nos relatórios de fls. 441 a 477, com o emprego de métodos expressamente aprovados pelo Perito do Recorrente, há de prevalecer a avaliação do perito designado pela Delegacia da Receita Federal em São Luis — MA, razão pela qual o valor de alienação consignado no auto de infração, no concernente ao imóvel acima indicado, deve ser modificado para Cr$ 156.557.140,00. 9. GANHO DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO DE QUOTAS DE CAPITAL 9.1 Em relação a esta parte da exigência o recorrente, por considerar confusos os cálculos efetuados pela autoridade autuante, se limita a insistir no pleito da prova pericial. 9.2 A meu ver descabe a providência, também, em relação a este item. Não vislumbro a complexidade propugnada para o caso. Trata-se da alienação de direitos, cuja tributação consoante prescreve o § 30, do artigo 2°, da Lei n° 7.713/88, recairá sobre a diferença positiva entre o valor da transmissão e o custo de aquisição corrigido monetariamente. É esta, exatamente, a hipótese dos autos. Os detalhes e peculiaridades consideradas na atualização dos custos de aquisição estão demonstrados ás fls. 287 e 288, com as indicações e fundamentos que justificaram o procedimento adotado. É, portanto, oferecido ao Recorrente todos os 18 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 elementos suficientes à análise dos cálculos feitos não existindo qualquer embaraço à contestação dos mesmos, caso optasse o postulante por questioná-los item a item. 9.3 Portanto, todos os elementos explicativos do procedimento constam dos autos. A perplexidade do Recorrente poderia ser amenizada com a consulta a um especialista no assunto ou, até mesmo à Repartição lançadora, o que poderia ser feito a partir do momento em que lhe foram exibidos tais demonstrativos, ou seja, ainda na fase de desenvolvimento da ação fiscal. 10. Cumpre consignar por fim que, nos procedimentos de cobrança, as parcelas do imposto sujeito ao recolhimento mensal (Camê- leão), relativas a anos-calendários anteriores a 1997 alcançados pela exigência discutida nestes autos, devem ser consideradas na determinação da base de cálculo anual do tributo, cujos encargos moratórias e multas incidirão nos moldes previstos para os saldos de imposto apurados ex-officio pelo regime anual, consoante disciplinamento contido na IN-SRF n° 46/97. 11. Nessa conformidade, entendo deva ser modificada a decisão singular nos pontos a seguir descritos: a) Considerar como recurso para fins de justificar acréscimo patrimonial no mês de dezembro de 1991, a verba correspondente à alienação do Prédio multifamiliar situado à Rua Desembargador Fernandes Pinheiro, n° 114 — Tijuca — Rio de Janeiro — RJ, considerando-se o novo valor de alienação estabelecido em avaliação oficial constante de fls. 460, letra "a"; 19 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 b) excluir da base de cálculo a parcela de Cr$ 1.112.127,41, computado no auto de infração como juros omitidos e, efetivamente recebida a título de amortização do principal emprestado, conforme atesta o documento de fls. 153; c) expurgar dos cálculos dos acréscimos patrimoniais relativos aos meses de dezembro dos anos de 1990 e 1991, as parcelas relacionadas com a construção do prédio situado à Rua 5 de janeiro — Jordoa — São Luis — MA; d) reduzir para 156.557.140,00, o valor de alienação consignado no auto de infração, no concernente ao imóvel constituído pelo do Prédio multifamiliar situado à Rua Desembargador Fernandes Pinheiro, n° 114 — Tijuca — Rio de Janeiro — RJ, conforme termos da avaliação oficial de fls. 460. e) aproveitar as sobras de recursos de cada mês-base, para justificar, dentro do ano-calendário, acréscimos patrimoniais ocorridos nos meses subseqüentes. f) observar, na determinação dos cálculos da exigência, as regras contidas na IN-SRF n° 46/97. 20 - _ . MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 12. Pelas razões expostas, e por tudo mais que do processo consta, voto no sentido de DAR provimento parcial ao recurso nos termos do item precedente. Sala das Sessões - DF, em 23 de fevereiro de 1999. Ir c. DIMAS- O !ar' GUE - E OLIVEIRA - RELATOR 21 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.000688/94-59 Acórdão n° : 106-10.662 INTIMAÇÃO Fica o Senhor Procurador da Fazenda Nacional, credenciado junto a este Conselho de Contribuintes, intimado da decisão consubstanciada na Resolução supra, nos termos do parágrafo 2°, do artigo 44, do Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes, Anexo II da Portaria Ministerial N° 55, de 16/03/98 (D.O.U. de 17/03/98). Brasília - DF, em 3 1 J Á N 2000 _..rn LTA " RIGDE OLIVEIRA PR ID ' TE DA SEXTA CÂMARA Ciente em 08 FEV 2000 A PROCURADOR DA FA9ND • • Cl e AL 22 Page 1 _0009500.PDF Page 1 _0009600.PDF Page 1 _0009700.PDF Page 1 _0009800.PDF Page 1 _0009900.PDF Page 1 _0010000.PDF Page 1 _0010100.PDF Page 1 _0010200.PDF Page 1 _0010300.PDF Page 1 _0010400.PDF Page 1 _0010500.PDF Page 1 _0010600.PDF Page 1 _0010700.PDF Page 1 _0010800.PDF Page 1 _0010900.PDF Page 1 _0011000.PDF Page 1 _0011100.PDF Page 1 _0011200.PDF Page 1 _0011300.PDF Page 1 _0011400.PDF Page 1 _0011500.PDF Page 1
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Numero do processo: 10320.001427/95-91
Turma: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Nov 11 00:00:00 UTC 1998
Data da publicação: Wed Nov 11 00:00:00 UTC 1998
Ementa: IRPF - OMISSÃO DE RENDIMENTOS - ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO - A omissão de rendimentos apurada pela Fiscalização e caracterizada por variação patrimonial a descoberto será tributada sempre que o Contribuinte não lograr comprovar sua inocorrência.
Recurso negado.
Numero da decisão: 106-10533
Decisão: NEGADO PROVIMENTO POR UNANIMIDADE
Nome do relator: Henrique Orlando Marconi
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MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10320.001427/95-91 Recurso n°. : 14.583 Matéria : IRPF — EXS.: 1992 e 1993 Recorrente : IRAPUAN SAMPAIO COSTA Recorrida : DRJ em FORTALEZA - CE Sessão de : 11 DE NOVEMBRO DE 1998 Acórdão n°. : 106-10.533 IRPF — OMISSÃO DE RENDIMENTOS — ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO — A omissão de rendimentos apurada pela Fiscalização e caracterizada por variação patrimonial a descoberto será tributada sempre que o Contribuinte não lograr comprovar sua inocorréncia. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por IRAPUAN SAMPAIO COSTA. ACORDAM os Membros da Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. DIre DRIGU DE OLIVEIRA P - NT RIQUE ORLANDO MARCONI RELATOR FORMALIZADO EM:s: 16 DEZ 1998. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros ANA MARIA RIBEIRO DOS REIS, LUIZ FERNANDO OLIVEIRA DE MORAES, ROSANI ROMANO ROSA DE JESUS CARDOZO, ROMEU BUENO DE CAMARGO, RICARDO BAPTISTA CARNEIRO LEÃO e WILFRIDO AUGUSTO MARQUES. 9-46 db — _ MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.001427/95-91 Acórdão n° : 106-10.533 Recurso n°. : 14.583 Recorrente : IFtAPUAN SAMPAIO COSTA RELATÓRIO Foi emitida contra IRAPUAN SAMPAIO COSTA, já identificado às fls. 20 dos presentes autos, a Notificação de fls. 01, com a exigência de Imposto de Renda Pessoa Física, referente aos Exercícios de 1.992 e 1.993, no valor total equivalente a 62.377,41 UFIR, em decorrência de omissão de rendimentos, tendo em vista a variação patrimonial a descoberto, caracterizando sinais exteriores de riqueza, que evidenciam a renda mensalmente auferida e não declarada. Por não concordar com o que lhe foi exigido, o Contribuinte impugnou a cobrança, às fls. 68, com os argumentos, que, resumidamente, são lidos em sessão (lis. 91/93). A autoridade monocrática acatou parcialmente as ponderações impugnatórias e prolatou a Decisão N°. 922/97, de fls. 88, assim ementada. Leio também em sessão os principais pontos enfocados pela decisão recorrida ( fls. 95/102) Ainda irresignado o Interessado retoma aos autos protocolizando às fls. 108, tempestivamente, Recurso dirigido a este Conselho, onde, além de reiterar suas alegações da defesa apresentada na primeira instância, afirma que "não fez prova documental dos ganhos de juros e correção monetária de Caderneta de Poupança, rendimentos isentos declarados. A falta desses documentos não impede o Contribuinte de fazer prova indiciária, tão convincente quanto aquelas." E que "não tendo a autoridade elemento de convicção de ter o Contribuinte preenchido com falsidade a sua declaração de rendimentos, deve aceitá-la como verdadeira". É o Relatório. /Á ti 2 5?"7 n- - MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.001427/95-91 Acórdão n° : 106-10.533 VOTO Conselheiro HENRIQUE ORLANDO MARCONI, Relator O Recurso foi interposto tempestivamente e nos termos da lei. Dele tomo conhecimento. Pelo bem elaborado *TERMO DE VERIFICAÇÃO DE INFRAÇÕES "de fls. 14/15 se constata que todos os elementos fornecidos pelo Contribuinte em resposta às Intimações recebidas, foram acolhidos, bem como os rendimentos declarados. No confronto entre as declarações de rendimentos e a de bens, os autuantes apuraram uma variação patrimonial superior aos valores declarados nos anos-base de 1.990 a 1.992, sendo que, em relação ao ano de 1.990, o tributo foi recolhido espontaneamente. Quanto ao anos-base de 1.991 e 1.992, foi apurada a existência de património a descoberto, de vez que o valor dos bens e dispêndios superaram a renda declarada. Em sua defesa, contudo, o Recorrente logrou comprovar a existência de algumas disponibilidades, no ano-calendário de 1.992, como para a aquisição de um veículo Monza/92 e para o aumento de sua participação no capital da empresa Gasóleos Praia Mar Ltda., enquanto que não foi oferecida contestação à falta de comprovação de recolhimento do Imposto de Renda sobre ganho de capital na alienação de um outro carros Monza/91. Os recursos disponíveis comprovados foram devidamente considerados pela Fiscalização, reduzindo o valor do Imposto de Renda de 17.738,70 para 12.915,15 UFIR, relativo aos Exercícios de 1.992 e 1.993. ern 3 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n° : 10320.001427/95-91 Acórdão n° : 106-10.533 Entendo ter sido muito frágil o argumento expendido no Apelo no sentido de elidir a bem fundamentada decisão recorrida. As alegações recursais são genéricas e, apesar das reiteradas solicitações do Fisco no decorrer de todo o processo, muito pouco trouxe o Interessado aos autos para comprovar as mencionadas afirmações. Assim, em face de tudo quanto foi exposto e do processo consta, não vejo motivo para alterar o decisório de primeiro grau, que mantenho em todos os seus termos, para NEGAR PROVIMENTO ao Recurso. Sala das Sessões - DF, em 11 de novembro 1998. •—n NRIQUE ORLANDO MARCONI 4 ?1( Page 1 _0025600.PDF Page 1 _0025700.PDF Page 1 _0025800.PDF Page 1
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Numero do processo: 10280.000973/94-20
Turma: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Jun 08 00:00:00 UTC 1999
Data da publicação: Tue Jun 08 00:00:00 UTC 1999
Ementa: IRPF - RECURSO NÃO CONHECIDO - Não se conhece do recurso de ofício, quando o valor exonerado é inferior àquele estabelecido na Portaria MF nº 333 de 11/12/97.
Recurso de ofício não conhecido.
Numero da decisão: 106-10843
Decisão: Por unanimidade de votos, não conhecer do recurso de ofício por não atingido o limite de alçada.
Nome do relator: Ricardo Baptista Carneiro Leão
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MINISTÉRIO DA FAZENDAstt PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES •=1;,.)• SEXTA CÂMARA Processo n°. : 10280.000973194-20 Recurso n°. : 117.605- EX OFF/C/O Matéria : IRPF - Exs.: 1990 a 1993 Recorrente : DRJ em BELÉM - PA Interessado : LUIZ JUSTINO DE AGUIAR Sessão de : 08 DE JUNHO DE 1999 Acórdão n°. : 106-10.843 IRPF - RECURSO NÃO CONHECIDO - Não se conhece do recurso de ofício, quando o valor exonerado é inferior àquele estabelecido na Portaria MF n° 333 de 11/12/97. Recurso de ofício não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto pelo Delegado da Receita Federal de julgamento em Belém - PA. ACORDAM os Membros da Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso de ofício por não atingido o limite de alçada, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. DIMak. ;Ali " IGuES DE OLIVEIRA p •• Si - RICARDO BAPTISTA CARNEIRO LEÃO RELATOR FORMALIZADO EM: '2 4 SET1999 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros SUELI EFIGÊNIA MENDES DE BRITTO, LUIZ FERNANDO OLIVEIRA DE MORAES, THAISA JANSEN PEREIRA, ROMEU BUENO DE CAMARGO e WILFRIDO AUGUSTO MARQUES. Ausente justificadamente, a Conselheira ROSANI ROMANO ROSA DE JESUS CARDOZO. mf _ MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10280.000973/94-20 Acórdão n°. : 106-10.843 Recurso n°. : 117.605 Interessado : LUIZ JUSTINO DE AGUIAR RELATÓRIO O Delegado da Receita Federal em BELÉM, recorre de sua decisão de fls. 232/238, que exonerou o sujeito passivo de quantia superior ao limite de sua alçada. A autuação objeto do presente recurso de ofício tratou de lançamento de imposto de renda na pessoa física, decorrente de arbitramento de lucro na pessoa jurídica. A autoridade de primeira instância decidiu pela anulação do lançamento uma vez que se trata de matéria decorrente cujo lançamento no processo matriz foi anulado pela decisão DRJ/BLM 278/97, objeto de recurso de ofício através do recurso de número 116.861. Esta Câmara, julgou o recurso de ofício do processo matriz e março de 1999, negando-lhe provimento através do acórdão de número 106-. No auto de infração da pessoa física, fls. 174 a 176, também foi apurado infração independente, relativo a sinais exteriores de riqueza com base em depósitos bancários. Consta a fl. 251, despacho da autoridade preparadora, informando que apartou-se os autos para que o presente processo fosse enviado a este órgão colegiado e que a parte não paga e sem recurso voluntário passou a constituir o porcesso10280.004103/98-53. É o relatório./ 2 "5ç — MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10280.000973/94-20 Acórdão n°. : 106-10.843 VOTO Conselheiro RICARDO BAPTISTA CARNEIRO LEÃO, Relator Conforme relatada, trata-se de recurso de oficio de lançamento decorrente. O processo matriz, que também foi objeto de recurso de oficio, foi julgado por esta Câmara que negou-lhe provimento por entender que não merecia qualquer reparo a decisão recorrida. Entretanto, o valor relativo a tributo e multa exonerado neste processo, objeto do recurso de oficio, é inferior àquele estabelecido na Portaria M.F. n° 333 de 11/12/97, que estabelece o limite para a interposição de Recurso de Ofício pela DRJ. Deste modo, voto por não conhecer do recurso. Sala das Sessões - DF, em 08 de junho de 1999 RICARDO BAPTISTA CARNEIRO LEÃO 3 _ MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n°. : 10280.000973/94-20 Acórdão n°. : 106-10.843 INTIMAÇÃO Fica o Senhor Procurador da Fazenda Nacional, credenciado junto a este Conselho de Contribuintes, intimado da decisão consubstanciada no Acórdão supra, nos termos do parágrafo 2°, do artigo 44, do Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes, Anexo II da Portaria Ministerial n° 55, de 16/03/98 (D.O.U. de 17/03/98). Brasília - DF, em 2 4 SET 1999 e*, DIMA a B IGU s •LIVEIRA P" XTA CÂMARA Ciente em 0 4 0UT1999 PROCURADOR D • FAZENDA NACIONAL 4 Page 1 _0045800.PDF Page 1 _0045900.PDF Page 1 _0046000.PDF Page 1
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Numero do processo: 10293.000823/95-11
Turma: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Jan 26 00:00:00 UTC 1999
Data da publicação: Tue Jan 26 00:00:00 UTC 1999
Ementa: JUROS DE MORA EQUIVALENTES A TRD - Os juros de mora equivalentes à Taxa Referencial Diária somente têm lugar a partir do advento do artigo 3°, inciso I, da Medida Provisória n° 298, de 29.07.91 (D.O. de 30.07.91), convertida em lei pela Lei n° 8.218, de 29.08.91.
PIS/FATURAMENTO - Face à Resolução n° 49/95, expedida pelo Senado Federal, tornou-se ilegítima a exigência da contribuição ao PIS com fulcro nos Decretos-leis n°s 2.445 e 2.449, de 1.988, declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.
ILL - INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 35 DA LEI N° 7.713/88 - Nos termos da decisão proferida pelo STF junto ao RE n° 172058-1/SC, o artigo 35 da Lei n° 7.713/88, guarda sintonia com a Constituição Federal, na parte em que disciplinada a situação do sócio cotista, quando o contrato social encerrar, por si só, a disponibilidade imediata, quer jurídica ou econômica, do lucro líquido.
FINSOCIAL e CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - A solução dada ao litígio principal, que manteve parcialmente a exigência fiscal em relação ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica, aplica-se aos litígios decorrentes ou reflexos.
Por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso.
Numero da decisão: 107-05496
Decisão: DAR PROVIMENTO PARCIAL POR UNANIMIDADE
Nome do relator: Paulo Roberto Cortez
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CONSTRUÇÕES E URBANISMO Recorrida : DRJ em MANAUS-AM Sessão de : 26 de janeiro de 1999 Acórdão n°. : 107-05.496 JUROS DE MORA EQUIVALENTES A TRD - Os juros de mora equivalentes à Taxa Referencial Diária somente têm lugar a partir do advento do artigo 3°, inciso I, da Medida Provisória n° 298, de 29.07.91 (D.O. de 30.07.91), convertida em lei pela Lei n° 8.218, de 29.08.91. PIS/FATURAMENTO - Face à Resolução n° 49/95, expedida pelo Senado Federal, tomou-se ilegítima a exigência da contribuição ao PIS com fulcro nos Decretos-leis n°s 2.445 e 2.449, de 1.988, declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. ILL — INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 35 DA LEI N° 7.713/88 - Nos termos da decisão proferida pelo STF junto ao RE n° 172058-1/SC, o artigo 35 da Lei n° 7.713/88, guarda sintonia com a Constituição Federal, na parte em que disciplinada a situação do sócio cotista, quando o contrato social encerrar, por si só, a disponibilidade imediata, quer jurídica ou econômica, do lucro líquido. FINSOCIAL e CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - A solução dada ao litígio principal, que manteve parcialmente a exigência fiscal em relação ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica, aplica-se aos litígios decorrentes ou reflexos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por EMPRESA SANTA CLARA LTDA. CONSTRUÇÕES E URBANISMO. ACORDAM os Membros da Sétima Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. si'e/ FRANGI -p • a,Prie • "'BEIRO DE QUEIROZ PRESI NJÁr PAU O - a :Ét:•CORTEZ RELAT • R Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 FORMALIZADO EM: 26 F E V 1999 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros MARIA ILCA CASTRO LEMOS DINIZ, NATANAEL MARTINS, FRANCISCO DE ASSIS VAZ GUIMARÃES e MARIA DO CARMO SOARES RODRIGUES DE CARVALHO e CARLOS ALBERTO GONÇALVES NUNES. Ausente, justificadamente, o Conselheiro EDWAL GONÇALVES DOS SANTOS. 2 Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 Recurso N°. : 112.721 Recorrente : EMPRESA SANTA CLARA LTDA. CONSTRUÇÕES E URBANISMO RELATÓRIO EMPRESA SANTA CLARA LTDA., já qualificada nestes autos, recorre a este Colegiado, através da petição de fls. 01/07, da decisão prolatada às fls. 106/116, da lavra do Sr. Delegado da Receita Federal de Julgamento em Manaus - AM, que julgou parcialmente procedentes os lançamentos consubstanciados nos autos de infração de IRPJ, PIS, FINSOCIAL, Imposto de Renda na Fonte sobre o Lucro Liquido e Contribuição Social sobre o Lucro. As irregularidades detectadas pela fiscalização que deram origem ao lançamento de oficio referem-se a omissão de receita operacional e a insuficiência de receita de correção monetária de balanço. Inaugurando a fase litigiosa do procedimento, o que ocorreu com protocolização da peça impugnativa de fls. 89196, em 19101/94, seguiu-se a decisão proferida pela autoridade julgadora monocrática, cuja ementa tem a seguinte redação: IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA IMPOSTO DE RENDA NA FONTE PIS FINSOCIAL CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO OMISSÃO DE RECEITAS — Aquisição de bens do Ativo Imobilizado, não contabilizados, devem ter seus valores tributados como omissão de receitas. CORREÇÃO MONETÁRIA - A falta ou insuficiência de correção monetária de contas redutoras do patrimônio liquido, provoca redução indevida no lucro líquido, devendo ser tributado. 3 21.1 Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 LANÇAMENTOS REFLEXOS — Os lançamentos reflexos deverão ser julgados de acordo como o foi o principal, seguindo a mesma decisão AÇÃO FISCAL PROCEDENTE EM PARTE." Tempestivamente, a empresa interpôs recurso voluntário a este Conselho de Contribuintes (fls. 01/07), no qual insurge-se contra os seguintes itens: a) a cobrança da TRD; b) a falta de compensação do recolhimento espontâneo de aproximadamente 26.000 UFIR e c) os cálculos procedidos pela DRJ de Manaus a respeito do saldo devedor. É o relatório. 4 Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 VOTO Conselheiro PAULO ROBERTO CORTEZ , Relator O recurso é tempestivo. A contribuinte não questiona o mérito do lançamento realizado, tendo inclusive, mencionado na impugnação que: 'O zeloso Auditor Fiscal que realizou a fiscalização na empresa encontrou nos exercícios de 1990 e 1991, valores que os classificou como 'Omissão de Receita Operacional', o que pelas razões acima mencionadas (item 6) a impugnante não contesta, e, sim concorda". Assim, o recurso voluntário limitou-se ao recolhimento que a recorrente considera espontâneo, ao valor total do débito e a cobrança da TRD. Relativamente ao recolhimento que, no entender da contribuinte *não foi considerado como pagamento, e compensado, efetivamente, o recolhimento espontâneo de 26.000,00 UHRS aproximadamente, conforme guia já juntada, e novamente arrolada nesta defesa, o que entendemos que deve ser abatido, antes dos cômputos de mora, e encargos, do valor encontrado, desde tal recolhimento noticiado". As fls. 19/33, cópias reprográficas de certidões fornecidas pelo setor de arrecadação da DRF de Rio Branco-AC, relativas ao recolhimento de tributos em 19/01/94, os quais a contribuinte alega serem espontâneos e referentes ao procedimento de oficio realizado pela fiscalização. Porém, verifica-se nos autos de infração lavrados, que a ciência dos mesmos ocorreu em 20/12/93, portanto, antes dos alegados recolhimentos espontâneos da empresa. )11 Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 Neste caso, cabe à repartição arrecadadora a verificação e conferência dos valores recolhidos, e se os mesmos referem-se ao processo em questão. Quanto aos valores que a recorrente alega serem superiores aos efetivamente devidos, trata-se da decisão de primeira instância que a autoridade monocrática deu provimento parcial à impugnação, tendo excluído da exigência a insuficiência de receita de correção monetária do exercício de 1992. Consta da citada decisão (fls. 85), o resumo do crédito tributário, onde do total lançado no valor correspondente a 267.717,08 UFIR, foi exonerada a quantia de 211.732,08 UFIR, remanescendo o saldo de 55.985,00 UFIR. Os valores encontram-se devidamente demonstrados e detalhados às fls. 83/84, os quais devem ser mantidos integralmente. TRD Em relação à Taxa Referencial Diária, este Conselho de Contribuintes, reiteradamente, tem decidido no sentido de que sua exigência só é cabível a partir do mês de agosto de 1991, quando entrou em vigor a Lei n° 8.218, de 29 de agosto de 1991. Nesse sentido é o Acórdão n° CSRF/01-1773, de 17 de outubro de 1994, cuja ementa apresenta a seguinte redação: SI VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTARIA - INCIDÊNCIA DA TRD COMO JUROS DE MORA - Por força do disposto no artigo 101 do CTN e no parágrafo 4° do artigo 1° da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, a Taxa Referencial Diária - TRD, só poderia ser cobrada, como juros de mora, a partir do mês de agosto de 1991, quando entrou em vigor a Lei n° 8.218. Recurso Provido." 6 Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 Assim, deve ser excluída da tributação a TRD anterior a 1° de agosto de 1991. TRIBUTAÇÃO REFLEXIVA PIS A exigência foi constituída com fulcro nos dispositivos dos Decretos-leis n°s 2.445 e 2.449, de 1988, segundo capitulado no auto de infração de fls. 59/61. O Senado Federal, por meio da Resolução n° 49, publicada no DOU., de 10 de outubro de 1995, suspendeu a execução dos Decretos-leis n°s 2.445 e 2.449, de 1988, em virtude desses diplomas terem sido declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, conforme decisão definitiva proferida no Recurso Extraordinário n° 148.754-2/210/Rio de Janeiro. Com esta Resolução do Senado Federal, os dois mencionados decretos-leis, que haviam modificado parte das normas de incidência da contribuição para o PIS, deixaram de ter qualquer eficácia normativa, restaurando-se a plena eficácia das normas por eles afetadas, o que significa dizer que as contribuições devidas ao PIS voltaram a ser reguladas inteiramente pelas normas contempladas na Lei Complementar n° 7170, com as modificações da Lei Complementar n° 17173. O Poder Executivo, buscando se adaptar ao novo ordenamento jurídico imposto pela Resolução acima citada, ao expedir a Medida Provisória n° 1.175, de 27/10/95, republicação da Medida Provisória n° 1.142, de 29/09/95, introduziu o inciso VIII ao artigo 17 desta, e reedições posteriores, dispondo sobre o cancelamento dos lançamentos relativos à parcela da contribuição ao PIS exigida na fora do Decreto-lei n° 2.445, de 29 de junho de 1.988, e do Decreto-lei n° 2.449, de 7 _ Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 21 de julho de 1.988, na parte que exceda o valor devido com fulcro na Lei Complementar n° 7, de 7 de setembro de 1.970. Entendo que a determinação contida na Medida Provisória retrocitada, é no sentido de se constituir um novo lançamento, nos termos do artigo 142 do Código Tributário Nacional, pois que se tem que determinar novamente a matéria tributável, com observância das disposições das Leis Complementares n°s. 7/70 e 17/73, verificar a composição da base de cálculo da contribuição, prazos de vencimento com reflexos nos cálculos da correção monetária, dos encargos moratórios e da multa de lançamento de oficio, aplicar a aliquota adequada, calcular o montante do tributo devido e inclusive reabrir prazo para o contribuinte se manifestar. Tudo de acordo com o algoritmo do lançamento tributário esculpido no artigo 142 do Código Tributário Nacional. A inovação, modificação ou aperfeiçoamento do lançamento se traduz em novo lançamento, o qual deve se subsumir às regras do CTN, especialmente de seu artigo 173, bem como às do Processo Administrativo Fiscal da União (notificação ao contribuinte e reabertura de prazos para defesa e recursos), conforme assentado na remansosa jurisprudência administrativa pertinente, consolidada ao longo das últimas décadas. É necessário também ter presente o ordenamento contido no artigo 145 do Código Tributário Nacional de que o lançamento, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser alterado em virtude de: impugnação do sujeito passivo, recurso de ofício e iniciativa de oficio da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149 do CTN. Dessa forma, considero prejudicado o lançamento da contribuição ao PIS, como um todo, pois que, maculada sua fundamentação legal, elemento este essencial à formalização e exigência do crédito tributário. 8 Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 Dou provimento ao recurso, nesta parte, para excluir a exigência da contribuição ao PIS, ressalvado o direito de a repartição competente constituir novo lançamento observadas as normas jurídicas vigentes. FINSOCIAL Em se tratando de processo decorrente, cuja contribuição lançada com base nos mesmos fatos apurados no processo referente ao imposto de renda pessoa jurídica, o lançamento para sua cobrança é reflexivo e, assim, a decisão de mérito prolatada naqueles autos constitui prejulgado na decisão do processo relativo a Contribuição para o Finsocial. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE O imposto de renda sobre o lucro líquido, exigido com base no artigo 35 da Lei n° 7.713/88, também foi apreciado pelo Supremo Tribunal Federal que, ao julgar o Recurso Extraordinário n° 172058-1 - Santa Catarina, referente à aplicação do mencionado artigo, declarou a inconstitucionalidade da alusão a "o acionista", a constitucionalidade das expressões "o titular de empresa individual" e "sócio cotista", ressalvando, quanto a esta última, quando, de acordo com o contrato social, não dependa do assentimento de cada sócio a destinação do lucro líquido outra finalidade que não a de distribuição. Da referida decisão interessa ao caso vertente, apenas, a aplicação do artigo 35 da Lei 7.713 às sociedades por quotas de responsabilidade limitada, por ser esta a natureza jurídica da recorrente. Sob este aspecto, assim concluiu o Ministro Relator da precitada decisão: 9 - - Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 °c) o artigo 35 da Lei n° 7.713/88, guarda sintonia com a Lei Básica Federal, na parte em que disciplinada situação do sócio cotista, quando o contrato social encerrar, por si só, a disponibilidade imediata, que econômica, quer jurídica, do lucro líquido apurado. Caso a caso, cabe perquirir o alcance respectivo." Extrai-se desta conclusão que, em relação às empresas cujos contratos sociais estabeleciam a distribuição obrigatória dos lucros, a exigência do imposto foi considerada legitima. De outra nota, foi considerada inconstitucional a exigência do gravame das empresas cujos contratos não previam a mencionada distribuição. Do exame do contrato social constante dos autos, verifica-se não há qualquer cláusula que estabeleça a disponibilidade imediata aos sócios, dos lucros apurados pela empresa. Logo, como a decisão suprema menciona a distribuição imediata estabelecida em contrato social e considerando-se que no caso vertente não se vislumbra tal requisito, conclui-se que, também aqui o lançamento é insubsistente, porquanto a hipótese foi declarada inconstitucional pela Suprema Corte do País, à qual deve este Conselho se curvar, sobretudo em razão do Parecer PGFN/CRF n° 439/96, que concluiu no sentido de que os Conselhos de Contribuintes têm competência para aplicar, em seus julgamentos, o entendimento manifestado, de forma definitiva, pelo STF, através do qual declara a inconstitucionalidade das leis, conforme, aliás, vinha procedendo este Colegiado. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Em se tratando de processo decorrente, cuja contribuição lançada com base nos mesmos fatos apurados no processo referente ao imposto de renda s Processo n°. : 10293.000823/95-11 Acórdão n°. : 107-05.496 pessoa jurídica, o lançamento para sua cobrança é reflexivo e, assim, a decisão de mérito prolatada naqueles autos constitui prejulgado na decisão do processo relativo a Contribuição Social sobre o Lucro. Diante do exposto, voto no sentido de dar provimento parcial ao recurso, para excluir da exigência os juros de mora calculados com base na TRD anteriores a 01/08/91, declarar insubsistente o lançamento a título de PIS e declarar insubsistente o lançamento de Imposto de Renda na Fonte. Sala das Sess5e -F em 26 de janeiro de 1999. PAULO RT/ ORTEZ II 11 Page 1 _0032200.PDF Page 1 _0032300.PDF Page 1 _0032400.PDF Page 1 _0032500.PDF Page 1 _0032600.PDF Page 1 _0032700.PDF Page 1 _0032800.PDF Page 1 _0032900.PDF Page 1 _0033000.PDF Page 1 _0033100.PDF Page 1
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Numero do processo: 10283.002583/2002-16
Turma: Terceira Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jun 17 00:00:00 UTC 2004
Data da publicação: Thu Jun 17 00:00:00 UTC 2004
Ementa: LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. A Fazenda Pública dispõe de 5 (cinco) anos, contados a partir do fato gerador, para promover o lançamento tributário nos casos de tributos enquadrados na modalidade do art. 150 do CTN, a do lançamento por homologação.
AUTO DE INFRAÇÃO. DESCRIÇÃO DO FATO. A descrição detalhada dos fatos relativos à matéria tributável é elemento obrigatório do auto de infração e deve incluir a indicação da data do fato gerador.
Publicado no DOU de 30/07/04.
Numero da decisão: 103-21643
Decisão: Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso "ex officio", vencido o Conselheiro João Bellini Júnior que o provia parcialmente para restabelecer a exigência do IRPJ referente ao ano-calendário de 1995. A contribuinte foi defendida pela Drª. Dirlei de Assunção, inscrição OAB/DF nº 1.788-A.
Matéria: IRPJ - AF - lucro arbitrado
Nome do relator: Aloysio José Percínio da Silva
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conteudo_txt : Metadados => date: 2009-07-31T13:49:10Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.6; pdf:docinfo:title: ; xmp:CreatorTool: CNC PRODUÇÃO; Keywords: ; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; subject: ; dc:creator: CNC Solutions; dcterms:created: 2009-07-31T13:49:09Z; Last-Modified: 2009-07-31T13:49:10Z; dcterms:modified: 2009-07-31T13:49:10Z; dc:format: application/pdf; version=1.6; Last-Save-Date: 2009-07-31T13:49:10Z; pdf:docinfo:creator_tool: CNC PRODUÇÃO; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:keywords: ; pdf:docinfo:modified: 2009-07-31T13:49:10Z; meta:save-date: 2009-07-31T13:49:10Z; pdf:encrypted: false; modified: 2009-07-31T13:49:10Z; cp:subject: ; pdf:docinfo:subject: ; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: CNC Solutions; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: CNC Solutions; meta:author: CNC Solutions; dc:subject: ; meta:creation-date: 2009-07-31T13:49:09Z; created: 2009-07-31T13:49:09Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 12; Creation-Date: 2009-07-31T13:49:09Z; pdf:charsPerPage: 1716; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; meta:keyword: ; Author: CNC Solutions; producer: CNC Solutions; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: CNC Solutions; pdf:docinfo:created: 2009-07-31T13:49:09Z | Conteúdo => ”d• '-'r • .et t ::, i''' • f'g MINISTÉRIO DA FAZENDA • .'".. .r.t.i..g• PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.003583/2002-16 / Recurso n° : 135.585 C- EX OFFICIO/ Matéria : IRPJ E OUTROS — Ex(s): 1996, 1997 e 1999 Recorrente : 1 8 TURMA/DRJ-BELÉWPA. Interessada : COMAGI CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO ATAYDE GIRARDI LTDA. Sessão de : 17 de junho Oe 2004 Acórdão n° :103-21.643' LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. A Fazenda Pública dispõe de 5 (cinco) anos, contados a partir do fato gerador, para promover o lançamento tributado nos casos de tributos enquadrados na modalidade do art. 150 do CTN, a do lançamento por homologação. AUTO DE INFRAÇÃO. DESCRIÇÃO DO FATO. A descrição detalhada dos fatos relativos à matéria tributável é elemento obrigatório do auto de infração e deve incluir a indicação da data do fato gerador. Vistos, relatados os presentes autos de recurso interposto pela 1 a TURMA DA DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM BELÉM — PA., ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso ex officio, vencido o Conselheiro João Bellini Júnior que o provia parcialmente para restabelecer a exigência do IRPJ referente ao ano-calendário de 1995, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. ..-~tr,...C....-----Kf..---...,.--n-- h- - :vim: ODRI 'RESIDE E 1 ALOYSIO - liRa 1 10 'A ILVÀ RELATO FORMALIZADO EM: 22 JUL 2004 Participaram, ainda, do presente julgamento, os seguintes Conselheiros: MÁRCIO MACHADO CALDEIRA, ANTONIO JOSÉ PRAGA DE SOUZA (Suplente Convocado), ALEXANDRE BARBOSA JAGUARIBE, PAULO JACINTO DO NASCIMENTO, JOÃO BELLINI JÚNIOR (Suplente Convocado) e VICTOR LUÍS DE SALLES FREI E. .• +.-44 14. • . MINISTÉRIO DA FAZENDA • ;4'fr, PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.002583/2002-16 Acórdão n° :103-21.643 Recurso n° :135.585 — EX OFFICIO Recorrente : COMAGI CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO ATAYDE GIRARDI LTDA. RELATÓRIO Trata-se de recurso de oficio interposto pela i a Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Belém-PA contra o seu Acórdão DRJ/BEL n° 990, de 26112/2002 (fls. 361), que julgou procedente em parte o lançamento contra Comagi Construções e Comércio Atayde Girardi Ltda., devidamente qualificada nos autos, para exigência de créditos tributários de IRPJ (fls. 14), IRF (fls. 55), CSLL (fls. 40) e PIS (fls. 33). Autos de infração cientificados à Recorrente em 12/04/2002 (fls. 265). O Lançamento foi motivado por: 1) Redução indevida do lucro real pela baixa não motivada de bens integrantes do ativo imobilizado; 2) Redução indevida do lucro real com despesa de prestação de serviços por contribuinte "inaptos; 3) Redução indevida do lucro real pela baixa de crédito contra pessoa ligada considerado incobrável; 4) Redução indevida do lucro real pela falta de tributação de resultados positivos na alienação de dois imóveis; 5) Arbitramento dos lucros. O itens 1 a 4 são relativos ao ano-calendário 1998 e o item 5 aos de 1995 e 1996. ¡nu - 06107/04 2 • • 92- MINISTÉRIO DA FAZENDA •-•?: PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES fe TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.002583/2002-16 Acórdão n° :103-21.643 Em decisão unânime, a turma julgadora acatou o voto do relator para declarar: "a) a improcedência do lançamento do IRPJ com fatos geradores ocorridos nos anos de 1995 e 1996, por motivo de decadência e de descaracterização, no caso concreto, da hipótese de arbitramento do lucro, respectivamente; b) a improcedência do lançamento da CSLL com fatos geradores ocorridos nos anos de 1995 e 1996, por falta de previsão legal determinando a sua incidência sobre o lucro arbitrado; c) a improcedência do lançamento do IRRF com fatos geradores ocorridos em 1995, por motivo de decadência; d) a improcedência do lançamento do PIS-Repique com fatos geradores em janeiro e fevereiro de 1996, por descaracterização, no caso concreto, da hipótese de arbitramento do lucro; e) a procedência parcial dos lançamentos de IRPJ e CSLL com fatos geradores ocorridos em 31.12.1998, consoante valores contidos na Tabela 1; f) a procedência parcial do lançamento PIS-Repique com fatos geradores ocorridos em 1995 1 consoante valores contidos na Tabela 2." As mencionadas tabelas 1 e 2 se encontram às fls. 376 e 377. Em referência ao despacho às fls. 391, informo que recebi o presente processo desacompanhado do de n° 10283.002175/2003-37, que cuida do recurso voluntário. É o relatório. fj fins - 06/0704 3 "a • . MINISTÉRIO DA FAZENDA • PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.00258312002-16 Acórdão n° : 103-21.643 VOTO Conselheiro ALOYSIO JOSÉ PERCÍNIO DA SILVA. Relator. O recurso ex officio reúne os requisitos de admissibilidade. Discute-se a decadência dos tributos submetidos à modalidade prevista no artigo 150 do CTN, os chamados lançamentos por homologação ou "auto-lançamentos. O artigo 173 fixa, como regra geral, o prazo de cinco anos para que a Fazenda Pública constitua o crédito tributário por intermédio do lançamento. Igual prazo é adotado quando o Código trata especificamente do lançamento por homologação, no § 40 do art. 150. Transcrevo os dois dispositivos, abaixo, in verbis: "Art. 150... (...) § 4° - Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador, expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tomar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento? O prazo de cinco anos não tem sido objeto de polêmica nem na doutrina nem na jurisprudência. O mesmo não se pode afirmar no te ••:nte ao termo inicial da sua Inu - 06/0704 4 MINISTÉRIO DA FAZENDA f. PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.002583/2002-16 Acórdão n° :103-21.643 contagem. Aí coexistem várias teses, todas, diga-se de passagem, muito bem fundamentadas. Citarei algumas delas, resumidamente, sem esquecer de mencionar que não serão abordadas as hipóteses de lançamento em virtude de decisão que tenha anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado e também as de dolo, fraude ou simulação, porque não são matérias objeto deste processo. Há os que entendem que, na ausência ou insuficiência de pagamento, deve-se iniciar a contagem a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, conforme previsto no art. 173, I, tendo em vista que não se trataria de lançamento por homologação, mas de lançamento de ofício, ao rigor do inciso V do art. 149, abaixo: "Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: (...) V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; Outros defendem a contagem a partir da homologação, ou quando transcorrido o prazo para a prática de tal ato pela Administração, na hipótese de homologação tácita, aplicando-se a partir desse momento a regra do art. 173, I. Na prática, essa interpretação contempla a soma dos prazos dos artigos 150 e 173. Também existem aqueles que defendem que o termo inicial é sempre a data do fato gerador, em qualquer situação. Alinho-me a esses últimos, os que pensam que o termo inicial será sempre o fato gerador, não obstante inexistir pagamento. A modalidade de lançamento na qual se encontra enquadrado um tributo está definida na sua legislação de regência. Deve-se compulsar ei para descobrir qual é - 06/0704 5 • 4! 1. 4% MINISTÉRIO DA FAZENDA • I • PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° : 10283.002583/2002-16 Acórdão n° :103-21.643 a participação do sujeito passivo desde a apuração do montante devido até o momento da satisfação da obrigação principal. Não é a circunstância de haver pagamento (ou não) que define o tipo de lançamento. Quando cabe a ele informar dados ao Fisco e aguardar que ele (o Fisco) os processe e informe o valor devido para só então efetuar o pagamento, estamos diante do lançamento por declaração. No lançamento de ofício, todos os procedimentos são adotados pela Administração de forma independente de colaboração do sujeito passivo. Na modalidade do lançamento por homologação, toda a atividade de apuração do valor do tributo é atribuída ao sujeito passivo. A definição desta modalidade está no caput do art. 150: 'Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa? Ao identificar a modalidade de acordo com as regras legais que definem a essência da sistemática de apuração e pagamento do tributo, então o intérprete estará apto a identificar a sua regra específica de decadência. Vislumbro um equívoco na argumentação dos que defendem que só pode haver homologação de pagamento. Não é o pagamento que se homologa. Sobre esse tema, ensina Hugo de Brito Machadol: "Objeto da homologação é a atividade de apuração. Tal atividade é privativa da autoridade administrativa. Assim, quando atribuída por lei ao sujeito passivo da obrigação tributária, faz-se necessária a homologação, que a transforma em atividade administrativa. Pela homologação, a autoridade faz sua aquela atividade que foi de fato desenvolvida pelo sujeito passivo da obrigação tributária. Ainda quando se diz que a autoridade homologa o pagamento, na verdade é a apuração do valor pago que está sendo homologada? " LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO E DECADÊNCIA', Dialética e 'c.el, FortaIezwÇúOO2. pág. 244. fru- 06,0704 6 • ,,fr .& • .. MINISTÉRIO DA FAZENDA • P ""Pri ,* PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° : 10283.002583/2002-16 Acórdão n° : 103-21.643 José Antonio MinateI2, quando integrava a 8a Câmara deste Conselho e com a objetividade e a simplicidade que lhe são peculiares, assim se pronunciou ao enfrentar a matéria: "O que é passível de ser ou não homologada é a atividade exercida pelo sujeito passivo, em todos os seus contornos legais, dos quais sobressaem os efeitos tributários. Limitar a atividade de homologação exclusivamente à quantia paga significa reduzir a atividade da administração tributária a um nada, ou a um procedimento de obviedade absoluta, visto que toda quantia ingressada deveria ser homologada e, a contrario sensu, não homologado o que não está pago. Em segundo lugar, mesmo que assim não fosse, é certo que a avaliação da suficiência de uma quantia recolhida implica, inexoravelmente, no exame de todos os fatos sujeitos à tributação, ou seja, o procedimento da autoridade administrativa tendente à homologação fica condicionado ao "conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado", na linguagem do próprio CTN.* Convém lembrar que o termo "lançamento" conforme empregado nos §§ 1° e 4° do artigo 150 vem designar a atividade de apuração do tributo realizada pelo sujeito passivo, exatamente a atividade que carece de homologação. Nesse sentido, lançamento não significa ato administrativo de constituição do crédito tributário. Alberto Xavier3, ao criticar a terminologia do Código, vem confirmar, indiretamente, essa constatação ao referir-se à existência da figura de um "lançamento praticado por particular", o que, no meu entender, é a própria atividade de apuração acima referida. Escreve o professor: "Salta logo à vista a imprecisão e incoerência do legislador quando, após tentativa de salvar o conceito de lançamento como atividade privativa da Administração, recusando-se formalmente a utilizar o conceito — com aquele contraditório — de auto-lançamento, acaba caindo neste vício, ao aludir , nos §§ 1° e 4° do artigo 150, à "homologação do lançamento". Assim fazendo, entrou em contradição com o "caput" do artigo 150 em que a homologação é referida ao pagamento, que não ao lançamento; e, do mesmo passo, acabou por reconhecer um lançamento, praticado por particular, homologável pelo Fisco, o que contraria a noção do artigo 14 2 Voto integrante do Acórdão 108-04.393, sessão de 09/07/97. 3. DO LANÇAMENTO: TEORIA GERAL DO ATO, DO PROCEDIMENTO E DO SSO TRIBUTÁRIO', Forense, Rio de Janeiro-RJ, 1998, pág. 87. fins - 06/0704 7 .• • 41 k• w••• • .•.. to, MINISTÉRIO DA FAZENDA • . , PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES .5: 5" TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.002583/2002-16 Acórdão n° : 103-21.643 Ressalve-se que me atrevo a discordar do ilustre mestre, pelas razões já aqui expostas, no tocante à sua certeza de que a homologação é relativa ao pagamento. É oportuno lembrar que o § 4° do art. 150 seria simplesmente inútil se o pagamento é que fosse passível de homologação, a norma a ser aplicada seria sempre a geral (art 173, I). Além do mais, o que estaria sujeito à homologação, senão a apuração, quando não há valor a ser pago em virtude do próprio sistema de apuração do tributo, a exemplo do que ocorre com o IRPJ na situação de prejuízo fiscal ou de IPI e ICMS quando o conta corrente acusa crédito do contribuinte? Na verdade, o § 4° do art.150 do CTN fixa um prazo de 5 anos, contados a partir do fato gerador, para que a Administração exerça o seu poder de controle sobre a acurácia da atividade de apuração (ou, como vimos, de *lançamento") que deve ser realizada pelo sujeito passivo por determinação legal. Dentro desse prazo, sendo constatada ausência ou insuficiência de recolhimento, cabe à autoridade competente realizar o lançamento de ofício como previsto no inc. V do art. 149. Contudo, a hipótese de lançamento de ofício não transfere o procedimento fiscal para o âmbito da regra geral de decadência do art. 173, 1. O inc. V do art. 149 apenas tem a função de autorizar o lançamento de oficio. Afinal, como já demonstrado, a homologação diz respeito à atividade de apuração do valor do tributo e tem o seu dies ad quem fixado no citado § 4° do artigo 150 como regra específica para os casos de lançamento por homologação. O decurso do prazo sem manifestação do Fisco pressupõe a sua concordância tácita e extingue o direito de lançar. Também me parece natural que o prazo tenha a sua contagem iniciada com o nascimento da obrigação tributária. Nas duas outras modalidades — de ofício e declaração, o lapso temporal (art 173, I) encontra justificativa na necessidade de reservar- se tempo para o procedimento administrativo que antecedente o lançamento tributário e o pagamento, ao contrário do que ocorre no lançamento por homologação em que o pagamento prescinde de ato administrativo prévio. Daí ter-se a anteci ção do dies a quo fins - 060704 8 • k . • . MINISTÉRIO DA FAZENDA• zn '--4' PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.002583/2002-16 Acórdão n° :103-21.643 - que é, em geral, o primeiro dia do exercício seguinte ao que o lançamento poderia ter sido realizado - para a data de ocorrência do fato gerador. No tocante às contribuições sociais, não parece haver controvérsia quanto à sua natureza tributária e sobre a sua submissão às regras de decadência dos tributos. Também me parece certo que a legislação de regência no período ao qual se refere a autuação autoriza enquadrá-las na modalidade do art. 150 — lançamento por homologação. O prazo decadencial das contribuições sociais é de 10 (dez) anos, conforme fixado pelo art. 45 da Lei 8.212/91, abaixo, in verbis: 'Art. 45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; II - da data em que se tomar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada. Parágrafo único. A Seguridade Social nunca perde o direito de apurar e constituir créditos provenientes de importâncias descontadas dos segurados ou de terceiros ou decorrentes da prática de crimes previstos na alínea j do art. 95 desta lei.' Todavia, a precisa identificação da regra de decadência aplicável às contribuições sociais inclui também a observação do art. 146, III, Ir da Constituição da República. Prescreve o texto constitucional: 'Art. 146. Cabe à lei complementar: C..) III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: (...) b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributário (4" 06'0704 9 k "' • . r•,. MINISTÉRIO DA FAZENDA le :,,pcj»::, PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ,:ï1" TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.002583/2002-16 Acórdão n° :103-21.643 De fato, como visto, a Constituição exige expressamente que a matéria seja disciplinada por intermédio de lei complementar. O nosso Código Tributário - Lei 5.172/66 — é o ato legal competente para dispor sobre o tema. Muito embora não seja lei complementar formal, o é no seu aspecto material ou ontológico haja vista ter sido assim recepcionado pela atual ordem constitucional. De acordo com a lição de Paulo de Barros Carvalho4: "O Código Tributário Nacional foi incorporado à ordem jurídica instaurada com a Constituição de 5 de outubro de 1988. Quanto mais não fosse, por efeito da manifestação explícita contida no § 5° do art. 34 do Ato da Disposições Constitucionais Transitórias, que assegura a validade sistêmica da legislação anterior, naquilo em que não for incompatível com o novo ordenamento. E o tradicional principio da recepção, meio pelo qual se evita intensa e árdua movimentação dos órgãos legislativos para o implemento de normas jurídicas que já se encontram prontas e acabadas, irradiando sua eficácia em termos de compatibilidade plena com o teor dos novos preceitos constitucionais. Porventura inexistisse a aplicabilidade de tal principio e, certamente, o poder Legislativo não faria outra coisa, durante muito tempo, senão reescrever no seu modo prescritivo regras já conhecidas, nos vários setores do convívio social. Este trabalho inócuo e repetitivo é afastado por obra daquela orientação que atende, sobretudo, a outro primado: o da economia legislativa." Seria admissivel que o legislador ordinário viesse a fixar prazo decadencial menor exercendo a delegação que lhe foi passada pelo comando "se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos- ..." (§ 4° do art. 150), não haveria aí nenhuma afronta à Lei Maior. Se fixar prazo maior, como efetivamente ocorreu no caso do art. 45 da Lei 8.212/91, invadirá o âmbito privativo da lei complementar e, conseqüentemente, terá desrespeitado o comando do art. 146, II, "b" da Carta Magna. Esse é o consenso que encontro na doutrina, a exemplo de Luciano Amaros: 4 "CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO', 13' edição, Saraiva, São Paulo-SP, 2000, pág. 191. 5 'DIREITO TRIBUTÁRIO BRASILEIRO', 3' edição, saraiva, São Paulo-SP, 1999, pág. 348. ftra - 06/0704 10 -" • . er. MINISTÉRIO DA FAZENDA 1 - pt PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.002583/2002-16 Acórdão n° :103-21.643 "Não obstante, aparentemente, a lei de cada tributo (que opte pela modalidade de lançamento por homologação) possa escolher qualquer prazo, maior ou menor do que o indicado no Código Tributário Nacional, parece-nos que a melhor exegese é no sentido de que a lei só possa fixar prazo para homologação menor do que o previsto pelo diploma legal? A Lei 8.212/91 também extrapolou a sua competência ao fixar, como termo inicial do prazo decadencial, o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído" (art. 45, I), quando o art. 150 do CTN, no seu § 4°, já estabelecera a data do fato gerador como ponto de partida da contagem do prazo. Desse modo, considerando-se que a supremacia das normas constitucionais obriga o aplicador da lei a obedecê-las preferencialmente às normas de hierarquia inferior, concluo que também é de cinco anos, contados a partir do fato gerador, o prazo decadencial ao qual está submetido o Fisco quanto ao lançamento das contribuições sociais. Portanto, o direito da Fazenda Pública constituir os créditos tributários de IRPJ, IRF, CSLL e PIS, relativos aos fatos geradores dos anos-calendário 1995 e 1996, já se encontrava alcançado pela decadência em 12104/2002, quando da realização dos respectivos lançamentos. Tendo em vista a minha visão sobre a decadência, considero desnecessário analisar a fundamentação da Turma a quo acerca da parcela excluída da exigência, relativa aos anos-calendário 1995 e 1996. No entanto, no intuito de bem informar os demais conselheiros desta Câmara, abstraindo-me da questão relativa à decadência, expresso o meu entendimento acerca do mérito: divirjo da Turma recorrida quanto à inexistência de base de cálculo da CSLL e ratifico as suas conclusões quanto ao arbitramento do lucro nos anos 1995 e 1996. Quanto à falta de tributação de resultados positivos na alienação de imóveis, assim se pronunciou o autor do voto condutor do acórdão re rrido, in verbis: fins- 06,0704 11 . . •' "" • MINISTÉRIO DA FAZENDA• • •• P. I.N gr PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10283.002583/2002-16 Acórdão n° :103-21.643 `14.1. A autoridade fiscal imputa ainda ao contribuinte a omissão na tributação dos resultados positivos na alienação dos seguintes imóveis: a) terreno vendido pela autuada, em 17.06.1996, à pessoa jurídica D. W. CURSOS COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO, CNPJ 00.852..453/0001-46, conforme lançamento no livro Diário (fl 80) e tela do sistema DOI-Declaração de Operações Imobiliárias (fi 67); b) terreno vendido pela autuada, em 31.12.1997, à pessoa jurídica CONSTRUTORA NETAM LTDA, CNPJ 00.410.735/0001-30, conforme lançamentos nos livros Diário (fl 78) e Razão (fl 79). 14.2. De aplicação obrigatória na apuração do lucro real, o princípio da competência serve para fixar o momento em que a receita se considera auferida e o custo ou despesa incorrido para efeitos de determinação do lucro tributável. Na situação presente, os lucros não- operacionais relativos aos bens alienados deveriam compor o lucro real dos anos de 1996 e 1997, respectivamente. Porém, sem razão plausível, a autoridade lançadora resolveu tributá-los no lucro real do ano de 1998. 14.3. Não se trata aqui da efetivação da hipótese de diferimento do lucro para o caso de venda a longo prazo de bens do ativo permanente, prevista no art. 370 do RIR/94, pois, pelo o que consta nos livros Diário e Razão, a alienação dos terrenos seu deu à vista. 14.4. De conseguinte, descabe a tributação dos referidos lucros não- operacional no ano de 1998, por inobservância do princípio da competência." Assim como o ilustre relator, também não identifiquei motivo para que operações realizadas em 1996 e 1997 fossem tributadas em 1998, o que resultou em equívoco na descrição da matéria tributável, em desacordo com o comando do art. 10, do Decreto 70.235/72. A meu ver, a decisão recorrida não merece reparo nesse item. Considerando o conjunto da análise acima, manifesto-me pela negativa de provimento ao recurso ex officio. Sala da Sessõe — 0', em 17 de junho de 2004 ALOY É • ERC) fl 'a & A fins- %/07O4 12 Page 1 _0011500.PDF Page 1 _0011700.PDF Page 1 _0011900.PDF Page 1 _0012100.PDF Page 1 _0012300.PDF Page 1 _0012500.PDF Page 1 _0012700.PDF Page 1 _0012900.PDF Page 1 _0013100.PDF Page 1 _0013300.PDF Page 1 _0013500.PDF Page 1
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Numero do processo: 10320.000673/2001-90
Turma: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Aug 22 00:00:00 UTC 2002
Data da publicação: Thu Aug 22 00:00:00 UTC 2002
Ementa: IRPJ - LUCRO REAL - OMISSÃO DE RECEITAS - A falta de registro contábil de receitas constantes de Notas Fiscais e recibos emitidos pela empresa, caracteriza omissão de receitas, cuja prova se faz de forma direta. Não se trata de presunção, mas de constatação de situação concreta de ferimento às normas dos arts. 225, 226 e 227 do RIR/94.
IRPJ - LUCRO REAL - OMISSÃO DE REGISTRO CONTÁBIL - A omissão no registro de receitas, por si só não é motivo para o abandono da escrituração contábil, quando o fisco, de ofício, faz os ajustes necessários à correta apuração do fato gerador do imposto de renda que, no caso, é o lucro real, efetuando, inclusive, a compensação de prejuízos anteriores, nos precisos termos do art. 24 da Lei nº 9.249/95.
IRPJ - LUCRO REAL - CUSTOS DE RECEITAS FATURADAS - O lucro real declarado já levou em consideração os custos e despesas incorridos pela empresa no período abrangido. Somente pode-se admitir a redução de custos não apropriados, correspondentes a receitas faturadas e não contabilizadas, quando devidamente, e tempestivamente, comprovados nos autos.
PAF - NEGATIVA DE PERÍCIA - CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA - NÃO OCORRÊNCIA - É desnecessária a perícia quando os elementos carreados aos autos são suficientes para mostrar a correta apuração da base de cálculo do imposto exigido de ofício.
JUROS DE MORA - TAXA SELIC - A partir de 1º de abril de 1995, os juros de que tratam a alínea "c" do parágrafo único do art. 14 da Lei nº 8.847, de 28 de janeiro de 1994, com a redação dada pelo art. 6º da Lei nº 8.850, de 28 de janeiro de 1994, e pelo art. 90 da Lei nº 8.981, de 1995, o art. 84, inciso I, e o art. 91, parágrafo único, alínea "a.2" da Lei nº 8.981, de 1995, serão equivalente à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente (Lei nº 9.065/95, art. 13).
MULTA DE OFÍCIO - A fase procedimental do fisco se encerra com a formalização da exigência, acompanhada da multa aplicada no Auto de Infração. A multa vigente é a prevista no art. 44 da Lei nº 9.430/96.
CSLL - PIS E COFINS - DECORRENTES - Verificada omissão de receitas, os valores não contabilizados deverão compor a base de cálculo das contribuições sociais.
Numero da decisão: 107-06746
Decisão: Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso
Matéria: IRPJ - AF- omissão receitas- presunção legal Dep. Bancarios
Nome do relator: Luiz Martins Valero
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Recorrida . DRJ - FORTALEZA/CE Sessão de : 22 DE AGOSTO DE 2002 Acórdão n° : 107-06.746 IRPJ - LUCRO REAL - OMISSÃO DE RECEITAS - A falta de registro contábil de receitas constantes de Notas Fiscais e recibos emitidos pela empresa, caracteriza omissão de receitas, cuja prova se faz de forma direta. Não se trata de presunção, mas de constatação de situação concreta de ferimento as normas dos arts. 225, 226 e 227 do RIR/94. IRPJ - LUCRO REAL - OMISSÃO DE REGISTRO CONTÁBIL - A omissão no registro de receitas, por si só não é motivo para o abandono da escrituração contábil, quando o fisco, de ofício, faz os ajustes necessários à correta apuração do fato gerador do imposto de renda que, no caso, é o lucro real, efetuando, inclusive, a compensação de prejuízos anteriores, nos precisos termos do art. 24 da Lei n° 9.249/95. IRPJ - LUCRO REAL - CUSTOS DE RECEITAS FATURADAS - O lucro real declarado já levou em consideração os custos e despesas incorridos pela empresa no período abrangido. Somente pode-se admitir a redução de- custos não apropriados, correspondentes a receitas faturadas é não contabilizadas, quando devidamente, e tempestivamente, comprovados nos autos. PAF - NEGATIVA DE PERÍCIA - CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA - NÃO OCORRÊNCIA - É desnecessária a perícia quando os elementos carreados aos autos são suficientes para mostrar a correta apuração da base de cálculo do imposto exigido de ofício. JUROS DE MORA - TAXA SELIC - A partir de 1° de abril de 1995, os juros de que tratam a alínea "c" do parágrafo único do art. 14 da Lei n° 8.847, de 28 de janeiro de 1994, com a redação dada pelo art. 6° da Lei n° 8.850, de 28 de janeiro de 1994, e pelo art. 90 da Lei n° 8.981, de 1995,o art 84, inciso!, e o art. 91, parágrafo único, alínea "a.2" da Lei n° 8.981, de 1995, serão equivalente à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente (Lei n° 9.065/95, art. 13). MULTA DE OFÍCIO - A fase procedimental do fisco se encerra com a formalização da exigência, acompanhada da multa aplicada no . , Processo n° : 10320.000673/2001-90 Acórdão n° : 107-06.746 Auto de Infração. A multa vigente é a prevista no art. 44 da Lei n° 9.430/96. CSLL - PIS E COFINS - DECORRENTES - Verificada omissão de receitas, os valores não contabilizados deverão compor a base de cálculo das contribuições sociais. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por PROENTER ENGENHARIA LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. J'D • (5/AIS AL ES P - • SIDENTE 1 iLe L I MAR S VALERO - •? FORMALIZADO EM: 1 8 SET 2002 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NATANAEL MARTINS, FRANCISCO DE SALES RIBEIRO QUEIROZ, EDWAL GONÇALVES DOS SANTOS, FRANCISCO DE ASSIS VAZ GUIMARÃES, NECYR DE ALMEIDA: e CARLOS ALBERTO GONÇALVES NUNES. • , Processo n° : 10320.000673/2001-90 Acórdão n° : 107-06.746 Recurso n° : 129744 Recorrente : PROENTER ENGENHARIA LTDA. RELATÓRIO PROENTER ENGENHARIA LTDA, recorre a este colegiado da decisão da 3° Turma de Julgamento da DRJ Fortaleza que manteve integralmente as exigências constantes do Autos de Infração de fls. 04 a 26. A autuação se deu pela constatação do fisco de que a empresa não contabilizou valores constantes de Notas Fiscais de serviços prestados e de recibo, documentos emitidos para dar quitação a valores recebidos do Centro Educacional Montessoriano Ltda. Além do IRPJ estão sendo exigidos, por decorrência, PIS, COFINS e CSLL. A infração, capitulada nos arts. 195, II; 197; 225; 226 e 227 do Regulamento do Imposto de Renda - Decreto n° 1.041/94 e art. 24 da Lei n° 9.249/95, foi assim descrita pela fiscalização: Omissão de Receita, caracterizada pela falta de contabilização de receitas de serviços relativas à construção do Centro Educacional Montessoriano, apuradas através de diligência, efetuada em 12.03.2001, cuja resposta à reintimação foi dada pela carta, datada de 22.03.2001, onde vieram anexas duas notas fiscais de prestação de serviços, nos valores de R$ 444.649,81 (Nota Fiscal n° 020, datada de 10.07.96) e R$246.179,29 (Nota Fiscal n° 051, paga em outubro de 1996) e um recibo no valor de R$ 18.386,20, datado de 25.09.97, que após confrontação com os livros Diário e Razão de 1996, ficou constatado que não foram escriturados. Vieram anexas também cópias de folhas do Livro Diário, onde estão contabilizadas estas receitas e cópias de notas fiscais de compra de materiais de construção. As notas fiscais de prestação de serviços 020 e 051(1.996) e recibo (1.997) farão parte integrante e inseparável deste Auto de Infração. Não foi efetivado nenhum ajuste na apuração do lucro real destes anos- calendários relativos à tributação destas receitas. A empresa, ora autuada, foi intimada a prestar t esclarecimentos sobre a inexistência de escrituração destas duas notas fiscais e do recibo, em 09.04.2001, a fim de que 3 }° Processo n° : 10320.000673/2001-90 Acórdão n° : 17-06.746 a fiscalização apurasse de quem seriam os valores contabilizados como receita nestes períodos autuados. Até a presente data, o contribuinte não apresentou nenhuma justificativa a respeito da intimação. Verbalmente informou que os blocos de notas fiscais série A, n°s 001 a 100 foram extraviados, no entanto, não apresentou nenhum documento comprovando esta ocorrência. Na inexistência de justificativa coerente escrita consideramos os valores integrais das duas notas fiscais e do recibo supracitados como não contabilizados. A decisão recorrida está assim ementada: MULTA DE OFICIO - A multa de oficio foi regularmente aplicada por ocasião do lançamento, em razão do não recolhimento espontâneo pelo contribuinte. JUROS DE MORA A PARTIR DE 01/04/95 - Os tributos e contribuições sociais arrecadados pela SRF, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 01/04/1995, não pagos nos prazos previstos na legislação tributária, serão acrescidos de juros de mora, incidentes a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do vencimento, equivalentes à taxa Selic para tributos federais, acumulada mensalmente, até o mês anterior ao do pagamento e a 1% no mês em que o pagamento estiver sendo efetuado. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - Incabível a discussão de que a norma legal não é aplicável por ferir princípios constitucionais, os quais deverão ser observados pelo legislador no momento da criação da lei. Portanto, não cogitam estes princípios de proibição aos atos de oficio praticados pela autoridade administrativa em cumprimento às determinações legais inseridas no ordenamento jurídico, mesmo porque a atividade administrativa é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE PROVAS - A prova documental deve ser apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior, refira-se a fato ou a direito superveniente ou destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas. PEDIDO DE DILIGÊNCIA/PERÍCIA - Considera-se não formulado o pedido de diligência ou perícia que não atenda às formalidades processuais. 4Ã9' A ciência da decisão recorrida se deu 27.12.2001. O recurso foi protocolado em 25.01.2002, oferecido o bem de fls. 321 em arrolamento. . . Processo n° : 10320.000673/2001-90 Acórdão n° : 107-06.746 Na peça recursal a autuada reclama que a decisão recorrida não apreciou corretamente sua impugnação que contestou a aplicação da multa de oficio; a utilização da taxa Selic a titulo de juros moratórios, bem como propugnou pela produção de novas provas documentais e pela realização de perícia contábil para a correta apuração do alegado débito. Entende que para a apuração da base de cálculo correta são indispensáveis os conhecimentos técnicos da contabilidade, justificando portanto o pedido de produção de prova pericial e que, sendo a obrigação tributária decorrente da lei, o exame da legalidade do lançamento poderá ser feito sempre de oficio, 1 jamais incidindo a preclusão. A perícia indeferida se prestaria exatamente para a correção da base de cálculo, com a determinação do débito pelo sistema de apuração do lucro real. Asseverou que não tendo sido desclassificada a contabilidade, o lançamento tem base em mera presunção, desvinculada dos fatos reais, o que ficará em definitivo comprovado através da realização da perícia contábil, para confirmar que em contrapartida às receitas ditas omitidas, existiram custos e despesas a elas vinculadas, de tal forma que o montante das referidas receitas não corresponde totalmente ao acréscimo patrimonial do período, que é o fato gerador do imposto de renda. Reforça que a comprovação de receitas, declaradas ou omitidas, por si só não configura fato gerador de imposto de renda. Verificada a existência de receitas omitidas, cabe à fiscalização proceder, na forma da lei, ao arbitramento de lucro da pessoa jurídica, que servirá de base para o lançamento do imposto. Ataca as presunções no direito tributário - "neste processo, partindo do fato antecedente de que teria havido receita não contabilizada, a fiscalização presumiu que tais recursos corresponderiam ao lucro do período, podendo ser utilizados como base de cálculo do imposto de renda" - Tal presunção não encontra apoio na realidade, sendo evidente que àquelas receitas teriam correspondido custos e despesas, sendo necessária a apuração, ainda que por arbitramento, do lucro do período. 5 ., Processo n° : 10320.000673/2001-90 Acórdão n° : 107-06.746 Reclama que a decisão ora recorrida não considerou que das receitas omitidas se deveria deduzir os custos e despesas, para a apuração do resultado tributável, asseverando que o descumprimento das obrigações acessórias - inclusive a da regular escrituração contábil - provoca a aplicação de penalidades administrativas (multa) e penais. Porém, por si só, não é o fato gerador da obrigação principal, que somente a lei complementar pode definir, nos termos do inciso III, do artigo 146, da Constituição Federal. Discorre acerca da inconstitucionalidade do art. 43 da Lei n° 8.541/92. Finaliza, voltando a contestar a taxa SELIC como juros de Mora e a aplicação da Multa de Oficio. É o Rela;4o. 6 1%-ô Processo n° : 10320.00067312001-90 Acórdão n° : 107-06.746 VOTO Conselheiro LUIZ MARTINS VALERO, Relator O recurso é tempestivo e reúne as demais condições legais. Dele tomo conhecimento. Apresso-me em esclarecer que a fundamentação legal para as exigências sobre as receitas omitidas não foi o art. 43 da Lei n° 8.541/92. A infração ocorreu nos anos-calendário de 1996 e 1997, já na vigência do art. 24 da Lei n° 9.249/95, verbis: Art. 24. Verificada a omissão de receita, a autoridade tributária determinará o valor do imposto e do adicional a serem lançados de acordo com o regime de tributação a que estiver submetida a pessoa jurídica no período-base a que corresponder a omissão. § 20 O valor da receita omitida será considerado na determinação da base de cálculo para o lançamento da contribuição social sobre o lucro líquido, da contribuição para a seguridade social - COFINS e da contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP. Também não se trata de presunção legal ou simples, mas sim de prova direta. A fiscalização constatou que a empresa recebeu recursos do Centro-..- Educacional Montessoriano Ltda, pelos serviços de construção que prestou a esta entidade e não os registrou em sua contabilidade. Vale dizer os recursos recebidos não compuseram o resultado nos anos-calendário de 1996 e 1997. A prova feita pelo fisco não foi, nem na impugnação, nem agora no recurso, desfeita pela autuada. Não contesta a prestação do serviço e seu recebimento. Limita-se a combater a utilização dos valores integrais como base de rcálculo das exigências. 7 Processo n° : 10320.000673/2001-90 Acórdão n° : 107-06.746 A redação do art. 24 da Lei n° 9.249/95 não deixa margem a dúvidas. No caso em exame a empresa apurava seus resultados pelo lucro real. Os resultados apurados nos meses dos anos-calendário de 1996 e 1997 estão líquidos dos custos e despesas incorridos nestes períodos. O trabalho fiscal se resumiu então a recompor os resultados declarados pela adição da receita omitida. A premissa lógica e legal é a de que os custos estão todos contabilizados, por isso a recomposição parte do lucro real declarado. Caberia á empresa fazer prova de que os custos dos serviços prestados não foram contabilizados. Não fez, nem na impugnação, momento processual adequado, nem agora no recurso; ficou só no campo das alegações. A perícia indeferida pelo julgador de primeiro grau é de fato desnecessária. Todos os elementos passíveis de análise para se encontrar a base de cálculo do imposto de renda estão nos autos, inclusive a reclamada apuração do lucro real. Não escapou também à fiscalização" o direito do contribuinte à compensação de prejuízos fiscais e de bases de cálculo negativas da CSLL de períodos anteriores. Às fls. 27 a 32 encontra-se demonstrativo da recomposição do lucro real e das compensações efetuadas, com observância do limite legal de redução do lucro líquido em 30% (trinta por cento). Repare que no 3° trimestre de 1997, o valor tributável apurado para o IRPJ é "zero", apesar de ter havido omissão de receitas no mês de setembro de 1997. É que o valor tributável foi integralmente absorvido pelo prejuízo declarado neste trimestre. O fisco considerou adequada a contabilidade, por isso não a desclassificou, apenas ajustou os resultados declarados, apurando os débitos demonstrados nos Autos de Infração. Não há que se falar em arbitramento de lucros. A partir de 10 de abril de 1995, os juros de que tratam a alínea "c" do parágrafo único do art. 14 da Lei n° 8.847, de 28 de janeiro de 1994, com a redação dada pelo art. 6° da Lei n° 8.850, de 28 de janeiro de 1994, e pelo art. 90 da Lei n° 8 • Processo n° : 10320.00067312001-90 Acórdão n° : 107-06.746 8.981, de 1995, o art. 84, inciso I, e o art. 91, parágrafo único, alínea "a.2" da Lei n° 8.981, de 1995, serão equivalente à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente (Lei n° 9.065/95, art. 13). São textos legais legitimamente inseridos no ordenamento jurídico nacional, não cabendo a este colegiado declarar sua inconstitucionalidade, quando o Poder Judiciário ainda não o fez, de forma definitiva e com efeitos gerais. Contatadas infrações à legislação tributária, que levem à apuração de débitos de tributos e contribuições, a fase procedimental do fisco se encerra com a formalização da exigência, acompanhada da multa de ofício de 75% (setenta e cinco por cento) prevista no art. 44 da Lei n° 9.430/96. Em decorrência das infrações principais, sobre a receita omitida, foram lançadas as contribuições ao PIS e a COFINS, bem assim a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, nos precisos termos da Lei n° 9.249/95, art. 24, § 2° e Lei n° 7.689/88. r. Por isso, meu voto é por se negar provimento ao recurso. 4 a das Sessões - DF, em 22 de agosto de 2002. jee L IZ MARTI L VALERO 9 Page 1 _0019900.PDF Page 1 _0020000.PDF Page 1 _0020100.PDF Page 1 _0020200.PDF Page 1 _0020300.PDF Page 1 _0020400.PDF Page 1 _0020500.PDF Page 1 _0020600.PDF Page 1
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Numero do processo: 10410.002454/2002-17
Turma: Sexta Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Apr 26 00:00:00 UTC 2006
Data da publicação: Wed Apr 26 00:00:00 UTC 2006
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA - Se o autuado revela conhecer plenamente as acusações que lhe foram imputadas, rebatendo-as, uma a uma, de forma meticulosa, mediante extensa e substanciosa impugnação, abrangendo não só outras questões preliminares como também razões de mérito, descabe a proposição de cerceamento do direito de defesa por demora no fornecimento de cópias dos autos.
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - DUPLICIDADE DE LANÇAMENTOS - Não há que se falar em duplicidade de lançamentos, quando o processo que o sujeito passivo alega ter o mesmo objeto que os autos trata de pedido de compensação, portanto, em nada se confundem.
DENÚNCIA ESPONTÂNEA - A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. (Art. 138, CTN). 2) Há a pressuposição de que o sujeito passivo, de moto próprio, reconheça haver praticado a infração, e, simultaneamente, recolha o débito tributário com o acréscimo dos juros de mora.
PEDIDO DE COMPENSAÇÃO - CONFISSÃO DE DÍVIDA - INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO - À época do pedido formulado pelo sujeito passivo, a compensação se regulava pela Lei no 9.430, de 1996, e não era tido por confissão de dívida, o que passou a ocorrer com o acréscimo do § 6º ao artigo 74 da Lei nº 9.430, de 1996, por meio da Medida Provisória nº 135, de 2003, convertida na Lei nº 10.834, de 2002. Se ocorrera a alegada inscrição em Dívida Ativa da União, de forma indevida, o sujeito passivo pode pleitear o seu cancelamento, frente ao lançamento em causa.
JUROS DE MORA - O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas em lei tributária (art. 161, CTN) TAXA SELIC - Legítima a aplicação da taxa SELIC, para a cobrança dos juros de mora, a partir de partir de 1º de abril de 1995 (art. 13, Lei no 9.065, de 1995).
Recurso negado.
Numero da decisão: 106-15.479
Decisão: ACORDAM os Membros da Sexta Câmara do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRF- ação fiscal - ñ retenção ou recolhimento(antecipação)
Nome do relator: Ana Neyle Olímpio Holanda
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ementa_s : PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA - Se o autuado revela conhecer plenamente as acusações que lhe foram imputadas, rebatendo-as, uma a uma, de forma meticulosa, mediante extensa e substanciosa impugnação, abrangendo não só outras questões preliminares como também razões de mérito, descabe a proposição de cerceamento do direito de defesa por demora no fornecimento de cópias dos autos. IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - DUPLICIDADE DE LANÇAMENTOS - Não há que se falar em duplicidade de lançamentos, quando o processo que o sujeito passivo alega ter o mesmo objeto que os autos trata de pedido de compensação, portanto, em nada se confundem. DENÚNCIA ESPONTÂNEA - A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. (Art. 138, CTN). 2) Há a pressuposição de que o sujeito passivo, de moto próprio, reconheça haver praticado a infração, e, simultaneamente, recolha o débito tributário com o acréscimo dos juros de mora. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO - CONFISSÃO DE DÍVIDA - INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO - À época do pedido formulado pelo sujeito passivo, a compensação se regulava pela Lei no 9.430, de 1996, e não era tido por confissão de dívida, o que passou a ocorrer com o acréscimo do § 6º ao artigo 74 da Lei nº 9.430, de 1996, por meio da Medida Provisória nº 135, de 2003, convertida na Lei nº 10.834, de 2002. Se ocorrera a alegada inscrição em Dívida Ativa da União, de forma indevida, o sujeito passivo pode pleitear o seu cancelamento, frente ao lançamento em causa. JUROS DE MORA - O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas em lei tributária (art. 161, CTN) TAXA SELIC - Legítima a aplicação da taxa SELIC, para a cobrança dos juros de mora, a partir de partir de 1º de abril de 1995 (art. 13, Lei no 9.065, de 1995). Recurso negado.
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MINISTÉRIO DA FAZENDA g PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES :3- SEXTA CÂMARA Processo n°. : 10410.002454/2002-17 Recurso n°. : 145.711 Matéria : IRF - Ano(s): 1997 a 2001 Recorrente : TV GAZETA DE ALAGOAS LTDA. Recorrida : 3TURMA/DRJ em RECIFE - PE Sessão de : 26 DE ABRIL DE 2006 Acórdão n°. : 106-15.479 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA - Se o autuado revela conhecer plenamente as acusações que lhe foram imputadas, rebatendo-as, uma a uma, de forma meticulosa, mediante extensa e substanciosa impugnação, abrangendo não só outras questões preliminares como também razões de mérito, descabe a proposição de cerceamento do direito de defesa por demora no fornecimento de cópias dos autos. IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - DUPLICIDADE DE LANÇAMENTOS - Não há que se falar em duplicidade de lançamentos, quando o processo que o sujeito passivo alega ter o mesmo objeto que os autos trata de pedido de compensação, portanto, em nada se confundem. DENÚNCIA ESPONTÂNEA - A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. (Art. 138, CTN). 2) Há a pressuposição de que o sujeito passivo, de moto próprio, reconheça haver praticado a infração, e, simultaneamente, recolha o débito tributário com o acréscimo dos juros de mora. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO - CONFISSÃO DE DÍVIDA - INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO - A época do pedido formulado pelo sujeito passivo, a compensação se regulava pela Lei n° 9.430, de 1996, e não era tido por confissão de dívida, o que passou a ocorrer com o acréscimo do § 6° ao artigo 74 da Lei n° 9.430, de 1996, por meio da Medida Provisória n° 135, de 2003, convertida na Lei n° 10.834, de 2002. Se ocorrera a alagada inscrição em Divida Ativa da União, de forma indevida, o sujeito passivo pode pleitear o seu cancelamento, frente ao lançamento em causa. JUROS DE MORA - O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas em lei tributária (art. 161, CTN) TAXA SELIC - Legitima a aplicação da taxa SELIC, para a cobrança dos juros de mora, a partir de partir de 1° de abril de 1995 (art. 13, Lei n°9.065, de 1995). Recurso negad} MIISA • . ,. MINISTÉRIO DA FAZENDA — • v. PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA .„-. Processo n° : 10410.00245412002-17 Acórdão n° : 106-15.479 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por TV GAZETA DE ALAGOAS LTDA. ACORDAM os Membros da Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos jmdo relatório e voto que pa am a in grar o presente julgado. <7'..- / • ((LEL' ,‘ JOSÉ RIBAMAR' ROS PENHA PRESIDENTE ( ka-W-Pâràr:i HOLANDA RELATORA FORMALIZADO EM: 26 MAL 2006 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros SUELI EFIGENIA MENDES DE BRITTO, GONÇALO BONET ALLAGE, LUIZ ANTONIO DE PAULA, ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI e WILFRIDO AUGUSTO MARQUES. Ausente, justificadamente, o Conselheiro JOSÉ CARLOS DA MATTA RIVITTI. 2 MINISTÉRIO DA FAZENDA t PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 1:4-st» SEXTA CÂMARA Processo n° : 10410.002454/2002-17 Acórdão n° : 106-15.479 Recurso n° : 145.711 Recorrente : TV GAZETA DE ALAGOAS LTDA. RELATÓRIO O lançamento tributário de que trata o presente processo resultou de operação fiscal levada a efeito junto ao sujeito passivo acima identificado, que teve como conseqüência a exigência tributária no montante de R$ 461.110,19, a título de imposto sobre a renda retido na fonte (IRF), acrescidos de multa de ofício no percentual de 75% e juros de mora, por terem sido apuradas as seguintes infrações: I - falta de recolhimento do imposto sobre pagamentos referentes a rendimentos decorrentes do trabalho assalariado; II - falta de recolhimento do imposto sobre p-agarnentos referentes a - rendimentos decorrentes do trabalho sem vínculo empregatício; III - falta de recolhimento do imposto sobre pagamentos referentes a rendimentos decorrentes de serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de mão de obra. 2. Cientificado da exigência tributária, em 29/04/2002, o sujeito passivo apresenta sua inconformação por meio da impugnação de fls. 410 a 419, onde elenca em sua defesa, em apertada síntese, os seguintes argumentos: I - os valores exacionados são objeto de dupla constituição de crédito tributário, conforme se depreende do confronto deste processo com aquele de n° 10410.00594/00-18; II - por outro lado, a maior parte dos créditos lançados é objeto de pagamento por pedido de compensação, o que toma ainda mais ilegítimo o lançamento em questão; III - a declaração, por parte do sujeito passivo, configura espontaneidade, impossibilitando o lançamento de ofício 3 4• 44/ 44,- MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARAoaf ;ft, s'ir Processo n° : 10410.002454/2002-17 Acórdão n° : 106-15.479 IV — ser indevida a aplicação da taxa SELIC como base para imposição dos juros de mora. 3. Os membros da 3a Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife (PE) acordaram por que fosse realizada diligência, com o escopo de serem tomadas as seguintes providências: I — fosse verificado se existem valores do IRF apurado nos presentes autos que sejam coincidentes com aqueles cobrado por meio do processo n° 10410.000594/00-18; II — anexar partes principais do processo n° 10410.000594/00-18, com o fim de que fosse comprovado tratar-se do mesmo crédito tributário; III — intimar o sujeito passivo dos resultados da diligência, concedendo- lhe prazo de trinta dias para possíveis manifestações a respeito. 4. O resultado da diligência realizada consta de fls. 475 a 477. 5. Intimado, o sujeito passivo apresenta a manifestação de fls. 482 a 483, acompanhada dos documentos de fls. 485 a 640. 6. Quando da apreciação da impugnação, os membros da 3a Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife (PE) acordaram indeferi-la, dando o lançamento por procedente, resumindo o seu entendimento nos termos da ementa a seguir transcrita: Assunto: Processo Administrativo Fiscal Ano-calendário: 1997, 1998, 1999, 2000, 2001 Ementa: ARGUIÇÃO DE ILEGALIDADE E INCONSTITUCIONALIDADE. INCOMPETÉNCIA DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS PARA APRECIAÇÃO. As autoridades administrativas estão obrigadas á observância da legislação tributária vigente no Pais, sendo incompetentes para a apreciação de argüições de inconstitucionalidade e ilegalidade de atos regularmente editados. ALEGAÇÃO. COMPROVA ÇÃ O. A impugnação deve estar instruída com todos os documentos e provas que possam fundamentar as contestações de defesa. Não têm valor as alegações desacompanhadas de documentos comprobatórios, quando for este o meio pelo qual devam ser provados os fatos alegados. Assunto: Normas Gerais de Direito Tributártyr 4 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES '!frlç 440.,› SEXTA CÂMARA Processo n° : 10410.002454/2002-17 Acórdão n° : 106-15.479 Ano-calendário: 1997, 1998, 1999, 2000, 2001 Ementa: DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. CONFISSÃO DE DÍVIDA. Somente as declarações de compensação entregues à SRF a partir de 31/10/2003, data da publicação da MP n° 135, de 30/10q2003, constituem confissão de divida e instrumento hábil e suficiente à exigência dos débitos indevidamente compensados. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO INDEFERIDO. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. INOCORRÉNCIA. A interposição de recurso administrativo contra decisão que indeferiu pedido de compensação não obsta a constituição de oficio do crédito decorrente de compensação indevida, nem a aplicação da multa de oficio. A submissão dos recursos relacionados com indeferimento de pedidos de compensação ao rito do PAF e seu enquadramento nas hipóteses do art. 151 do CTN somente se verifica a partir da edição da MP n° 135, de 2003. Lançamento Procedente. 7. Intimado em 10/01/2005, o sujeito passivo vem aos autos (fls. 659 a 662) informar que houvera solicitado cópias dos autos, o que somente lhe fora disponibilizado em 02/02/2005, e solicita que o prazo para interposição seja contado a partir de tal data. 8. Em 09/02/2005, portanto, dentro do trintidio legal, irresignado, interpôs recurso voluntário e anexa aos autos relação de bens e direitos para arrolamento (fl. 674), exigido pelo artigo 33, § 2°, do Decreto n° 70.235, de 06/03/1972, com as alterações da Lei n° 10.522, de 19/07/2002, condição essencial para a admissibilidade do recurso apresentado. 9. Na petição recursal, o sujeito passivo argumentos, em preliminar, cerceamento de direito de defesa, em virtude de que a disponibilização tardia das cópias do processo lhe teria prejudicado o conhecimento integral dos motivos que ensejaram a manutenção do lançamento. No mérito, repisa as considerações trazidas na impugnação. Ao final, pede que lhe seja restituído o prazo para interposição de novo recurso voluntário, para sanar o cerceamento ao seu direito de defesa, ou, que seja declarado improcedente o lançamento. É o Relatóriot t' 5 ..44 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n° : 10410.002454/2002-17 Acórdão n° : 106-15.479 VOTO Conselheira ANA NEYLE OLÍMPIO HOLANDA, Relatora O recurso preenche os requisitos para sua admissibilidade, dele tomo conhecimento. O lançamento objeto dos presentes autos trata da falta de recolhimento de imposto sobre a renda retido na fonte (IRF) incidente sobre pagamentos referentes a rendimentos decorrentes do trabalho assalariado, pagamentos efetuados pela recorrente referentes a rendimentos decorrentes do trabalho sem vínculo empregatício pagamentos referentes a rendimentos decorrentes de serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de mão de obra, abrangendo períodos de apuração de 1997 a 2000. No apelo que chega a este colegiado, o recorrente, em preliminar, alega cerceamento de direito de defesa, em virtude de que a disponibilização tardia das cópias do processo lhe teria prejudicado o conhecimento integral dos motivos que ensejaram a manutenção do lançamento, por isso, pede que lhe seja restituído o prazo para interposição de novo recurso voluntário. O sujeito passivo foi intimado do acórdão de primeira instância em 10/01/2005, e, nesta mesma data, solicitou cópias dos autos, que lhe foram disponibilizadas em 02/02/2005, quando o trintídio legal para apresentação do recurso voluntário extinguir-se-ia em 09/02/2005. Embora se deva reconhecer a demora na disponibilização das cópias dos autos, entendo que tal fato não pode ser tomado como ensejador de prejuízo à ampla defesa do recorrente, tendo em vista o lapso temporal de sete dias para manusear os documentos, o que é por demais razoável. Ademais, que o recorrente revela conhecer as acusações que lhe foram imputadas e os fundamentos que 6 . . (. 44'4'44, MINISTÉRIO DA FAZENDA—, • . gi.,..'" •-: 't PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n° : 10410.002454/2002-17 Acórdão n° : 106-15.479 ensejaram a manutenção do lançamento, rebatendo-os de forma meticulosa, mediante extensas considerações. Dessarte, desnecessária a restituição do prazo para apresentação de novo recurso voluntário, pois que não restou demarcado o cerceamento do direito de defesa do recorrente. Ultrapassada a preliminar, passamos à análise dai questões de mérito. Primeiramente, o recorrente aduz que o lançamento configura dupla constituição de crédito tributário, o que restaria demarcado entre o confronto destes - autos com o processo n° 10410.000594/00-18. Encontra-se no Anexo A dos presentes autos cópia do referido processo n° 10410.000594/00-18, dali infere-se que o seu objeto são diversos pedidos de compensação formulados pela recorrente de débitos seus com créditos da empresa Lewiston Importadora Ltda. Os referidos pedidos de compensação foram indeferidos face à não existência de créditos da empresa Lewiston Importadora Ltda, pois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) houvera suspendido a eficácia de decisão proferida no Agravo de Instrumento n° 99.02.26771-0, em curso no Tribunal Regional Federal da 2a Região. Frente à manifestação do STJ foi suspensa a antecipação de tutela que concedia à Lewiston Importadora Ltda, na condição de cessionária originária de créditos da empresa Viação Joana D'Arc Ltda e outras, a transferir, até o limites dos créditos, valores a terceiros, a serem utilizados na quitação de débitos junto à Secretaria da Receita Federal. Em virtude da suspensão da tutela antecipada, os créditos cedidos pela Lewiston Importadora Ltda à recorrente, no processo n° 10410.000594/00-18, deixaram de ser reconhecidos, restabelecendo-se, então, os débitos das pretensas ..), compensações naqueles autos pleiteada . 7/ MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n° : 10410.002454/2002-17 Acórdão n° : 106-15.479 Com efeito, resta claro que o objeto do presente processo em nada se confunde com aquele do processo n° 10410.000594/00-18, não havendo que se falar em duplicidade de lançamentos, como quer a recorrente. Outra argumentação da recorrente é que seja excluída a multa de oficio aplicada no lançamento, pois os pedidos de compensação por ela apresentados constituir-se-iam confissão de dívida, e, portanto, estaria configurada a espontaneidade. É pacífico na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o que é acompanhado por este colegiado, que a denúncia espontânea, acompanhada do pagamento do tributo com os juros de mora, é capaz de excluir a responsabilidade pela infração tributária que representa o não pagamento do tributo no prazo legalmente determinado, como demarcado pelo mandamento do artigo 138, do Código Tributário Nacional, litteris: Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Da exegese do dispositivo legal supra transcrito, infere-se que a norma impõe como condição para que se tenha a exoneração das penalidades pecuniárias a denúncia espontânea e o pagamento do valor devido, acompanhado dos juros de mora, ou seja, há a pressuposição de que o sujeito passivo, por ato espontâneo, reconheça haver praticado a infração, e, simultaneamente, recolha o débito tributário, com o acréscimo dos juros de mora, o que não ocorreu na espécie, portanto, não devem ser acolhidas as pretensões da recorrente. Por outro lado, também não devem prosperar as considerações da recorrente no sentido da desnecessidade do lançamento dos valores objeto do pedido de compensação rejeitado pela Administração Tributária, pois que, tal ato configurar- se-ia confissão de divida, cujo não pagamento, permitiria a imediata inscrição em Divida Ativa da União\ 8 MINISTÉRIO DA FAZENDA ;4.t PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES •4:;.'74_6"kti;, SEXTA CÂMARA Processo n° : 10410.002454/2002-17 Acórdão n° : 106-15.479 A época do pedido formulado pelo sujeito passivo, a compensação se regulava pela Lei n° 9.430, de 27/12/1996, em seus artigos 73 e 74, regulamentados pela Instrução Normativa SRF n° 21, de 1997, parcialmente alterada pela Instrução Normativa SRF n° 73, de 1997, e não era tido por confissão de dívida. Tal atribuição passou a existir com o acréscimo do § 6° ao artigo 74 da Lei n° 9.430, de 1996, por meio da Medida Provisória n° 135, de 30/12/2003, convertida na Lei n° 10.834, de 30/12/2002, nos seguintes termos: § 6°. A declaração de compensação constitui confissão de divida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. Com efeito, se houve a alegada inscrição em Divida Ativa da União do débito objeto do pedido de compensação antes reportado, sem o respaldo legal, o que não resta comprovado nos autos, cabe à recorrente pleitear o seu cancelamento, frente à existência do lançamento ora guerreado, que se encontra em total consonância com as determinações da lei. Por derradeiro, insurge-se ainda o recorrente contra a aplicação dos juros de mora com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia — SELIC, e que encontra respaldo na Lei n° 9.065, de 20/06/1995, cujo artigo 13 delibera: Art. 13. A partir de 10 de abril de 1995, os juros de que tratam a alínea "c" do parágrafo único do ART. 14 da Lei número 8.847, de 28 de janeiro de 1994, com a redação dada pelo ART. 6 da Lei número 8.850, de 28 de janeiro de 1994, e pelo ART. 90 da Lei número 8.981, de 1995, o ART. 84, inciso!, e o ART. 91, parágrafo único, alínea "a.2", da Lei número 8.981, de 1995, serão equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente. Ademais, o Código Tributário Nacional, no § 1° do seu artigo 61, determina que somente se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora deverão ser calculados à taxa de 1% (um por cento) ao mês. Na espécie, a incidência dos juros se deu com base em lei cuja constitucionalidade não foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal, donde se presume ela tem seus efeitos garantidos e, em obediência ao principio constitucional 9 5.4" 4.42 MINISTÉRIO DA FAZENDA J .1 PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ,,,,(1,-30). SEXTA CÂMARA Processo n° : 10410.002454/2002-17 Acórdão n° : 106-15.479 da legalidade, as autoridades administrativas estão obrigadas a aplicá-la e zelar pelo seu cumprimento, não cabendo às instâncias julgadoras administrativas a manifestação acerca de argumentações sobre a sua inconstitucionalidade. Por outro lado, o crédito tributário não integralmente pago no vencimento sofre o acréscimo de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas em lei. E, como se reveste o crédito tributário de matéria de ordem pública, em sua constituição não se privilegia a vontade das partes, mas o interesse público, de modo que os juros de mora não são convencionados, mas fixados por lei. Forte no exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso. Sala das Sessões - DF, em 26 de abril de 2006. •-k1Z-NWE OLíMPIO HOLANDA 10 Page 1 _0033800.PDF Page 1 _0033900.PDF Page 1 _0034000.PDF Page 1 _0034100.PDF Page 1 _0034200.PDF Page 1 _0034300.PDF Page 1 _0034400.PDF Page 1 _0034500.PDF Page 1 _0034600.PDF Page 1
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Numero do processo: 10247.000002/00-51
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jul 07 00:00:00 UTC 2005
Data da publicação: Thu Jul 07 00:00:00 UTC 2005
Ementa: NORMAS PROCESSUAIS. COMPENSAÇÃO DE CRÉDITO COM DÉBITOS DE TERCEIROS. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE LITISCONSÓRCIO E PRAZO PARA RECURSO. PEREMPÇÃO. Não se aplicando ao processo administrativo as normas do Código de Processo Civil relativas a litisconsórcio, mormente se trate de situação fática que seria, em tese, apenas caracterizadora da assistência processual, considera-se perempto o recurso apresentado fora do prazo de trinta dias da ciência do acórdão de primeira instância. Recurso não conhecido.
Numero da decisão: 201-78539
Decisão: Por unanimidade de votos, não se conheceu do recurso, por intempestivo, nos termos do voto da Relatora.
Esteve presente ao julgamento a advogada da recorrente, Dra. Evangelaine Faria da Fonseca.
Nome do relator: VAGO
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Lia Jnito Processo na : 10247.000002/00-51 De O F1 r O g" 1 " Recurso n2 : 127.694 Acórdão n' : 201-78.539 VISTO Recorrente : JARI CELULOSE S/A Recorrida : DRJ em Recife - PE NORMAS PROCESSUAIS. COMPENSAÇÃO DE CRÉDITO COM DÉBITOS DE TERCEIROS. NÃO CARACTE- RIZAÇÃO DE LMSCONSÓRCIO E PRAZO PARA • RECURSO. PEREMPÇÃO. Não se aplicando ao processo administrativo as normas do Código de Processo Civil relativas a litiscons6rcio, mormente se • trate de situação (ática que seria, em tese, apenas caracterizadora da assistência processual, considera-se perempto o recurso apresentado fora do prazo de trinta dias da ciência do acórdão de primeira instância. Recurso não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por JARI CELULOSE S/A. ACORDAM os Membros da Primeira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, por intempestivo, • nos termos do voto da Relatora. Esteve presente ao julgamento a advogada da recorrente, Dra. Evangelaine Faria da Fonseca. Sala das Sessões, em 07 de julho de 2005. • rtlosefa an9Matva CoelhoiMarques Presidente e Relatora MIN DA FAZENDA - 2" CC CONFERE COM O ORIGH.At BRASiLIAQG nq pooy Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros Walber José da Silva, Raquel Motta Brandão Minatel (Suplente), Mauricio Taveira e Silva, Sérgio Gomes Velloso, José Antonio Francisco, Gustavo Vieira de Melo Monteiro e Rogério Gustavo Dreyer. 1 • . 22 CC-MF lea Ministério da Fazenda••a • % Fl. ÇJIC A- Segundo Conselho de Contribuintes MIN. DA FAZENDA - 2 Ge '1 ; •• CONFERE COM O Ohleil‘Al Processo n2 : 10247.000002/00-51 BRASÍLIA aa GN /AODS Recurso n2 : 127.694 Acórdão n2 : 201-78339 V ;X Recorrente : JARI CELULOSE S/A RELATÓRIO Trata-se de recurso voluntário (fls. 118 a 132), apresentado contra o Acórdão da DRJ em Recife - PE (fls. 100 a 111), que indeferiu manifestação de inconformidade da interessada (fls. 32 a 44), apresentada contra despacho decisório da autoridade fiscal de sua jurisdição (fls. 30 e 31), que também indeferiu o pedido de compensação (fl. 1) com débitos de terceiros (empresa Sul Mineira Alimentos Ltda.) em 10 de janeiro de 2000. O crédito objeto da compensação (fl. 29) era objeto de discussão no Processo Administrativo n2 10247.000042/99-61. A manifestação de inconformidade foi apresentada por Total Alimentos S/A. O Acórdão recorrido indeferiu o pedido de compensação, pelo fato de haver débitos do próprio contribuinte, considerou que o devedor não seria parte legítima para apresentar a manifestação de inconformidade e considerou intempestiva a impugnação apresentada contra o novo despacho decisório emitido pela Delegacia de origem. No recurso, a interessada (Jari Celulose) alegou que seu direito existiria e que a compensação deveria ser deferida. Foi negado seguimento ao recurso (fls. 136 e 137), por ter sido apresentado fora do prazo. Contra o despacho a interessada apresentou o requerimento de fls. 139 a 143, alegando que, havendo litisconsórcio e não sendo os mesmos os advogados dos litisconsortes, segundo o Código de Processo Civil, os prazos deveriam ser contados em dobro. É o relatório. erk 2 " 4b. ,NN 2g1 CC-MF a.; Ministério da Fazenda • él MIN. DA FAZENDA - 2.* CC CONFERE COM O ORIGINAL Segundo Conselho de Contribuintes FI. SRaSillA 2 Lane. jc2Q05 Processo n2 : 10247.000002/00-51 Recurso u2 : 127.694 Acórdão n2 : 201-78.539 VIS O VOTO DA CONSELHEIRA-RELATORA JOSEFA MARIA COELHO MARQUES O seguimento do recurso foi denegado pela autoridade de origem, pelo fato de ter sido apresentado fora do prazo. Com o requerimento da recorrente, alegando que o prazo deveria ser contado em dobro, em face de se tratar de suposto litisconsórcio, o processo foi encaminhado para submeter a questão à apreciação deste 2 Conselho de Contribuintes. No presente caso, sequer é necessário analisar se as mencionadas disposições do Código de Processo Civil seriam aplicáveis ao processo administrativo fiscal, porque não se trataria de litisconsórcio, mas de assistência, conforme previsto no art. 50 do CPC". Cumpre esclarecer que a competência deste 2 Conselho de Contribuintes para apreciação de recurso, no presente caso, restringe à análise do direito creditório, conforme disposto no art. 82 do Regimento Interno, com a redação da Portaria MF n2 1.132, de 30 de setembro de 2002: "Art. 8° Compete ao Segundo Conselho de Contribuintes julgar os recursos de oficio e voluntários de decisões de primeira instância sobre a aplicação da legislação referente a: III (-) - Contribuições para o Programa de Integração Social e de Formação do Servidor Público (P1S/Pasep) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), quando suas exigências não estejam lastreadas, no todo ou em parte, em fatos cuja apuração serviu para determinar a prática de infração a dispositivos legais do Imposto sobre a Renda; (Redação dada pelo art. 2° da Portaria MF n°1,132, de 30/09/2002) (.) Parágrafo único. Na competência de que trata este artigo, incluem-se os recursos voluntários pertinentes a: (-) II - apreciação de direito creditório dos impostos e contribuições relacionados neste artigo; e (Redação dada pelo art. 2° da Portaria MF n°1.132, de 30/09/2002) (.)". Assim, refere-se o recurso ao direito creditório, que pertence somente a um dos interessados. O interesse do devedor, no caso, é indireto, pois a causa pendente refere-se ao direito creditório e o devedor tem interesse em que a decisão seja favorável ao detentor do crédito. '4» ' "Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra" 3 • CC-MF Ministério da Fazenda leliant~ Fl. 'PP 4* Segundo Conselho de Contribuintes CONFERE COM O ORIGINAI. BRASIL:A 261 oc) joos Processo n't : 10247.000002100-51 Recurso 112 : 127.694 vis o Acórdão n2 : 201-78.539 Portanto, além de não poder apresentar a manifestação de inconformidade, conforme decidido pela primeira instância, não há que se falar em litisconsórcio, razão pela qual sequer se poderia cogitar de contagem do prazo em dobro. Dessa forma, além de não ter sido instaurado regularmente o litígio, o recurso é claramente intempestivo, razão pela qual voto por dele não tomar conhecimento. Sala das Sessões, em 07 de julho de 2005. O/bani leEtMARIA COELHO MiAIRIQkl.);r1r-P-7°. 4 Page 1 _0042700.PDF Page 1 _0042900.PDF Page 1 _0043100.PDF Page 1
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