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Numero do processo: 10920.002061/2009-20
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 19 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Oct 23 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2005, 2006
IRPJ. LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS AUXILIARES DO TRANSPORTE AÉREO. ATIVIDADES MEIO QUE NÃO SE CONFUNDEM COM O SERVIÇO DE TRANSPORTE. PERCENTUAL APLICÁVEL.
As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que prestam serviços auxiliares de transporte aéreo, devem apurar a base de cálculo do IRPJ mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta Assunto: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Os serviços auxiliares não se confundem com os serviços de transporte.
CSLL. LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS AUXILIARES DO TRANSPORTE AÉREO. ATIVIDADES MEIO QUE NÃO SE CONFUNDEM COM O SERVIÇO DE TRANSPORTE. PERCENTUAL APLICÁVEL.
As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que prestam serviços auxiliares de transporte aéreo, devem apurar a base de cálculo do IRPJ mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta Assunto: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Os serviços auxiliares não se confundem com os serviços de transporte.
Numero da decisão: 1401-002.079
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. Ausente momentaneamente a Conselheira Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin.
(assinado digitalmente)
Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente.
(assinado digitalmente)
Daniel Ribeiro Silva- Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto de Souza Gonçalves (Presidente), Livia de Carli Germano (Vice-Presidente), Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa, Abel Nunes de Oliveira Neto, Guilherme Adolfo dos Santos Mendes, Daniel Ribeiro Silva e José Roberto Adelino da Silva. Ausente momentaneamente a Conselheira Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin
Nome do relator: DANIEL RIBEIRO SILVA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2005, 2006 IRPJ. LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS AUXILIARES DO TRANSPORTE AÉREO. ATIVIDADES MEIO QUE NÃO SE CONFUNDEM COM O SERVIÇO DE TRANSPORTE. PERCENTUAL APLICÁVEL. As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que prestam serviços auxiliares de transporte aéreo, devem apurar a base de cálculo do IRPJ mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta Assunto: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Os serviços auxiliares não se confundem com os serviços de transporte. CSLL. LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS AUXILIARES DO TRANSPORTE AÉREO. ATIVIDADES MEIO QUE NÃO SE CONFUNDEM COM O SERVIÇO DE TRANSPORTE. PERCENTUAL APLICÁVEL. As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que prestam serviços auxiliares de transporte aéreo, devem apurar a base de cálculo do IRPJ mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta Assunto: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Os serviços auxiliares não se confundem com os serviços de transporte.
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LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS AUXILIARES DO TRANSPORTE AÉREO. ATIVIDADES MEIO QUE NÃO SE CONFUNDEM COM O SERVIÇO DE TRANSPORTE. PERCENTUAL APLICÁVEL. As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que prestam serviços auxiliares de transporte aéreo, devem apurar a base de cálculo do IRPJ mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta Assunto: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Os serviços auxiliares não se confundem com os serviços de transporte. CSLL. LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS AUXILIARES DO TRANSPORTE AÉREO. ATIVIDADES MEIO QUE NÃO SE CONFUNDEM COM O SERVIÇO DE TRANSPORTE. PERCENTUAL APLICÁVEL. As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que prestam serviços auxiliares de transporte aéreo, devem apurar a base de cálculo do IRPJ mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta Assunto: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Os serviços auxiliares não se confundem com os serviços de transporte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. Ausente momentaneamente a Conselheira Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin. (assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 92 0. 00 20 61 /2 00 9- 20 Fl. 200DF CARF MF 2 Luiz Augusto de Souza Gonçalves Presidente. (assinado digitalmente) Daniel Ribeiro Silva Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto de Souza Gonçalves (Presidente), Livia de Carli Germano (VicePresidente), Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa, Abel Nunes de Oliveira Neto, Guilherme Adolfo dos Santos Mendes, Daniel Ribeiro Silva e José Roberto Adelino da Silva. Ausente momentaneamente a Conselheira Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin Relatório 1. Tratase de Recurso Voluntário interposto em face do acórdão proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil no Rio de Janeiro (RJ) que manteve o crédito tributário decorrente do auto de infração lavrado em decorrência de supostas infrações à legislação tributária, referente a exigências de IRPJ e CSLL do anocalendário 2005/2006, tendo o total do crédito consolidado no valor de R$ 442.454,68 incluindo os acréscimos de juros e multa de ofício: IRPJ Imposto R$ 143.554,92 Multa de Ofício R$ 107.666,16 Juros de mora R$ 51.971,21 TOTAL R$ 303.192,29 CSLL Contribuição R$ 65.846,92 Multa de Ofício R$ 49.385,16 Juros de mora R$ 24.030,31 TOTAL R$ 139.262,39 2. Ao compulsar dos autos, notase que o TVF – Termo de Verificação Fiscal às fls.74 informa que a empresa fiscalizada é uma sociedade por cotas de responsabilidade Fl. 201DF CARF MF Processo nº 10920.002061/200920 Acórdão n.º 1401002.079 S1C4T1 Fl. 201 3 limitada cujo objeto social é a execução de serviços auxiliares de transporte, com finalidade especifica de acordo com a legislação vigente para o sistema de Aviação Civil, optante pelo lucro presumido. 3. Informa o Auditor Fiscal, “que não se trata de serviço de transporte, mas de carga e descarga e atendimento a passageiros, devendo se enquadrar na regra geral de serviços, ou seja, porcentual para cálculo do lucro presumido de 32% se a receita bruta anual exceder R$ 120.000,00. Da mesma forma, o porcentual aplicável ao caso para o cálculo da CSLL é de 32% e não 12% como fez constar em DIPJ”. Do resultado, que constitui o valor real dos tributos, foram abatidos os valores declarados em DCTF e os valores retidos na fonte de IRPJ e CSLL, aplicandose multa de ofício de 75%. 4. Tendo tomando ciência em 27/05/2009 (fl.82) do auto de infração lavrado, o interessado apresentou Defesa Administrativa em 25/05/2009 (fls. 83/92), na qual alegou: i) Que o serviço prestado pela impugnante é essencialmente de transporte, “seja pela sua especialização, seja por se sobressair do transporte principal, pelo menos na prática aduaneira”. E que os serviços prestados pela fiscalizada estão nos termos e conceitos da lei, de transporte, o que justifica a aplicação do percentual adotado de 16%; ii) Que os serviços prestados incluem Checkin – serviço de embarque e desembarque de passageiros e suas cargas descrito nos itens (3.1.7 e 3.1.8 da Instrução de Aviação Civil IAC 1631001A ); iii) Que o trajeto entre o aeroporto e a aeronave seria parte da viagem e que, com base no Art.225 do CBA, combinado com o Art.233, quem o realiza é considerado transportador; iv) Que há natureza jurídica de serviço de transporte de passageiro na operação e trajeto de Checkin, aduzindo que tal responsabilidade é delegada à TAM que, por sua vez, a transferiu à impugnante fazendose necessário, portanto, a transcrição do item 9.4 da IAC 163, in verbis: "O serviço de transporte de passageiros entre as aeronaves e os terminais será de responsabilidade da Administração Aeroportuária Local, que poderá provêlo diretamente ou por empresa de serviço auxiliar de transporte aéreo contratada." v) Que a operação de Transporte no serviço de manuseio da Bagagem – entendendose que de acordo com o item 3.1.4 da IAC é "O Transporte entre aeronaves e terminais aeroportuários, manuseio e movimentação nos terminais aeroportuários e áreas de transbordo, bem como a colocação, arrumação e retirada de cargas, bagagens, correios e outros itens, em aeronaves”. vii) “Que o manuseio dessa bagagem e a condução do veiculo no âmbito do terminal e pista, demanda, obrigatoriamente, o preparo do motorista que Fl. 202DF CARF MF 4 conduzirá o veículo dizse daqueles pequenos tratores que puxam a carga em meio aos aviões, pessoas, entradas e saídas”. viii) Que “embora o negócio jurídico entre ambas seja do tipo auxiliar, na prática, o que se percebe é uma segunda operação de transporte, essa totalmente realizada pela Recorrente”. Acrescentando, “que o transporte da encomenda no trajeto entre o terminal de cargas do aeroporto até a aeronave possui, para a aviação civil, tratamento, não diferenciado, mas separado, daquele transporte que se inicia a partir da decolagem do avião”. ix) Que o artigo 109 do CTN prevê: "Os princípios gerais de direito privado utilizamse para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos fiscais”. x) Que “as duas atividades realizadas pela Recorrente se enquadram dentro dos serviços de transporte, seja porque a sua lei especifica assim prevê (checkin), seja porque assim evidencia a prática (rampa)”. 5. Ao final, requereu a procedência da impugnação apresentada, culminando com o cancelamento do Auto de Infração lançado no cumprimento do MPF 0920200/00328/09, componente do processo administrativo 10920.002061/200920. 6. O Acórdão ora Recorrido (12078.318 15ª Turma da DRJ/RJO) recebeu a seguinte ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2005, 2006 IRPJ. LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS AUXILIARES DO TRANSPORTE AÉREO. ATIVIDADE DE CARGA E DESCARGA DE BAGAGENS E OUTRAS MERCADORIAS. PERCENTUAL APLICÁVEL. As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que prestam serviços auxiliares de transporte aéreo, referentes a carga e descarga de bagagens e outras mercadorias, entre o saguão ou depósito do aeroporto e as aeronaves na pista, apurarão a base de cálculo do IRPJ mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO CSLL Anocalendário: 2005, 2006 CSLL. LUCRO PRESUMIDO. SERVIÇOS AUXILIARES DO TRANSPORTE AÉREO. ATIVIDADE DE CARGA E DESCARGA DE BAGAGENS E OUTRAS MERCADORIAS. PERCENTUAL APLICÁVEL. As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido que prestam serviços auxiliares de transporte aéreo, referentes a carga e descarga de bagagens e Fl. 203DF CARF MF Processo nº 10920.002061/200920 Acórdão n.º 1401002.079 S1C4T1 Fl. 202 5 outras mercadorias, entre o saguão ou depósito do aeroporto e as aeronaves na pista, apurarão a base de cálculo da CSLL mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta. Impugnação Improcedente. Crédito Tributário Mantido 7. Assim, é possível constatar que se trata de discussão travada nos autos acerca da natureza jurídica do serviço prestado pela fiscalizada nos aeroportos e suas dependências. De acordo com o entendimento da 15ª Turma julgadora o contribuinte não trouxe aos autos o contrato de prestação serviços firmado com a TAM Linhas Aéreas, tampouco as notas fiscais emitidas no período objeto de autuação, o que poderia demonstrar cabalmente a natureza do serviço prestado. 8. Isto porque, “por mais que se aceite que, dentre eles, haja o transporte das bagagens dos passageiros dos terminais do aeroporto para as aeronaves na pista, com a consequente carga e descarga, essas operações visam ao acondicionamento das bagagens na aeronave”. 9. Conforme o entendimento da Turma cumprese destacar que “a empresa aérea está autorizada a executar essas operações de natureza auxiliar ou pode simplesmente optar por terceirizálas, como fez no caso vertente. Essas operações, entretanto, são de natureza diversa, auxiliar ao transporte aéreo e se constituem em um conjunto de ações isoladas que visam direcionar passageiros e bagagens para as aeronaves e não, transportálos de uma localidade à outra”. 10. Aduz a DRJ que em situações semelhantes, a Receita Federal do Brasil já dispõe de entendimento pacificado no tocante ao percentual reduzido a ser aplicado apenas quando as atividades executadas sejam parte integrante de um contrato de transporte. Necessário se faz a transcrever o Parecer Normativo CST nº 86/1976 apud COSIT nº6, ao tratar acerca dos percentuais aplicáveis na locação de equipamentos: 11. Por essa linha de avaliação, a interpretação dada pelo citado PN às operações realizadas por equipamentos tais como esteiras, guinchos, empilhadeiras ou guindastes é plenamente assente com o entendimento que é adotado pela SRF, e por outras instituições que tratam da regulamentação do transporte de carga no País, no sentido de que o transporte de carga é aquele que promove o deslocamento de mercadorias de uma unidade econômica (seja comercial, de construção civil, industrial, ou de armazenamento) para outra. Desse modo, os serviços de remoção ou movimentação de mercadorias dentro de uma mesma unidade (docas, fábrica, pátio de estabelecimento, armazém, canteiro de obras etc.), efetuados por equipamentos desse tipo, não são considerados serviços de transporte de carga. 12. Neste particular, constatouse pela Turma julgadora, “que não houve comprovação por parte da Interessada de que firmou um contrato de transporte com a empresa aérea”. E que, a simples movimentação das bagagens e mercadorias do terminal até a aeronave não caracteriza uma operação de transporte, pois o seu objetivo é o acondicionamento na aeronave. Por esta razão, aplicase o percentual de 32% destinado aos serviços de forma geral”. Fl. 204DF CARF MF 6 13. Tendo sido intimado da decisão do Acordão em 24/09/2015 (fls. 163), o contribuinte apresentou Recurso Voluntário em 22/10/2015 (fls. 166/178), no qual traz em seu bojo o mesmo conteúdo daquele apresentado na impugnação às (fls. 142/180), acrescendo apenas: i) Preliminarmente DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE, tendo em vista ter apresentado a defesa administrativa em 2009, e somente após 06 (seis anos) em 2015 foi julgada a impugnação. Para tanto, colacionou aos autos precedente do STJ para corroborar a sua tese de defesa; ii) DA PROPORCIONALIDADE DA APLICAÇÃO DAS ALÍQUOTAS para o reconhecimento da aplicação de 16% da alíquota, considerando o entendimento de que a recorrente presta serviços de transportes (checkin e a prática de "rampa"). Caso não seja esse o entendimento, requereu a aplicação da alíquota proporcional entre (16% e 32% respectivamente), levando em consideração as atividades realizadas em separado pela recorrente, uma vez que, diferentes serviços realizados, devem ter sua carga tributária cobrada de maneira distinta. 14. É o essencial ao relatório. Voto Conselheiro Daniel Ribeiro Silva Relator. Observo que as referências a fls. feitas no decorrer deste voto se referem ao eprocesso. Antes de adentrar ao mérito do Recurso apresentado, cumpre ressaltar que, à exceção das alegações de prescrição intercorrente e proporcionalidade na aplicação das alíquotas, ele apenas reitera fielmente os mesmos argumentos trazidos em sede de impugnação e já analisados na decisão recorrida. No que se refere à Preliminar suscitada a ocorrência de prescrição intercorrente em razão do lapso temporal de 06 anos entre o protocolo e julgamento da sua impugnação. Em que pese pessoalmente me alinhe à tese alegada pelo contribuinte, e reconheça que o STJ tem tomado decisões nesse sentido, com o escopo de inibir a inércia da administração pública, que não pode deixar o contribuinte à mercê de processos administrativos infindáveis, aguardando por uma decisão que influenciará diretamente na gestão de seus negócios e de seu patrimônio, não posso acatála nessa instância administrativa. Isto porque, conforme dispõe a Súmula 11 do CARF: Súmula CARF nº 11: Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal. Fl. 205DF CARF MF Processo nº 10920.002061/200920 Acórdão n.º 1401002.079 S1C4T1 Fl. 203 7 Assim, por questões regimentais, não posso acolher a preliminar suscitada pelo contribuinte. Vale ressaltar que a não observância de enunciado de súmula do CARF é, inclusive, causa de perda de mandato dos Conselheiros, nos termos do Regimento Interno do CARF (art. 45, VI do Anexo II da Portaria MF 343/2015). Face o exposto, indefiro a preliminar de prescrição intercorrente suscitada. Quanto ao pleito formulado de aplicação da proporcionalidade, aplicando as alíquotas de 16% ou 32%, levando em consideração as atividades realizadas em separado pela recorrente, também não como acolhida Isto porque, caberia ao contribuinte prova a natureza jurídica dos serviços por ele prestados, a fim de caracterizar uma atividade mista de prestação de serviços. Neste particular, constatouse pela Turma julgadora, “que não houve comprovação por parte da Interessada de que firmou um contrato de transporte com a empresa aérea”. O Recorrente não trouxe aos autos notas fiscais ou contratos que atestasse a natureza jurídica dos serviços por ele prestados como de transporte. Outrossim, apesar de ter trazido aos autos apenas em sede de Recurso Voluntário, contrato firmado com a TAM, o contribuinte não juntou o Anexo II do referido contrato, exatamente o anexo que detalha os serviços prestados por ele à sua contratante. Assim, ausentes quaisquer elementos de prova que atestem a atividade mista defendida pelo Recorrente, não há como acatar o seu pedido de aplicação proporcional das alíquotas de 16% e 32%. Passo a analisar as demais razões recursais que, como acima detalhado, são meras repetições da impugnação. Cumpre ressaltar a faculdade garantida ao julgador pelo § 3º do Art. 57 do Regimento Interno do CARF: Art. 57. Em cada sessão de julgamento será observada a seguinte ordem: I verificação do quórum regimental; II deliberação sobre matéria de expediente; e III relatório, debate e votação dos recursos constantes da pauta. § 1º A ementa, relatório e voto deverão ser disponibilizados exclusivamente aos conselheiros do colegiado, previamente ao Fl. 206DF CARF MF 8 início de cada sessão de julgamento correspondente, em meio eletrônico. § 2º Os processos para os quais o relator não apresentar, no prazo e forma estabelecidos no § 1º, a ementa, o relatório e o voto, serão retirados de pauta pelo presidente, que fará constar o fato em ata. § 3º A exigência do § 1º pode ser atendida com a transcrição da decisão de primeira instância, se o relator registrar que as partes não apresentaram novas razões de defesa perante a segunda instância e propuser a confirmação e adoção da decisão recorrida. (Redação dada pela Portaria MF nº 329, de 2017). Da análise do presente processo, entendo ser plenamente cabível a aplicação do respectivo dispositivo regimental uma vez que, no que se refere aos demais argumentos, o Recurso em nada inova nas suas razões já apresentadas em sede de impugnação, as quais foram claramente analisadas pela decisão recorrida, senão vejamos: Voto Os documentos de fls.8392, verifico que a impugnação atende aos pressupostos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 06/03/1972, portanto dela conheço. Versa a controvérsia sobre a natureza jurídica do serviço prestado pela fiscalizada nos aeroportos e suas dependências. De um lado, a Interessada que se autoenquadrou como prestadora de serviço de transporte, aplicando sobre a sua receita o percentual de 16%. Já o agente fiscal entendeu tratarse de serviços auxiliares de transporte aéreo, para o qual corresponde o percentual de 32% sobre a receita bruta da atividade. O Art.519 do RIR define os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta no caso de tributação pelo lucro presumido. Para a prestação de serviços em geral, excetuandose serviços hospitalares, foi definido o percentual de 32%, conforme inciso II do mesmo artigo. Exceções à regra geral, os serviços de transporte são contemplados com a aplicação de percentuais reduzidos de 8%, no caso de serviços de transporte de carga, e 16% para os demais serviços de transporte. A Interessada trouxe vasta e robusta documentação de normas expedidas pela Aeronáutica com a qual pretende corroborar a tese de que o manuseio das bagagens e as operações de embarque e desembarque de passageiros estão inseridas no contrato de transporte aéreo firmado entre a companhia aérea e os passageiros e por esta razão adquirem a natureza jurídica de transporte. A Instrução de Aviação Civil – IAC, a qual a Interessada recorre em sua defesa, aprovada pela Portaria DAC nº 382/DGAC, de 28/04/2004, dispõe sobre a execução de serviços auxiliares de transporte aéreo e visa a regulamentar a Fl. 207DF CARF MF Processo nº 10920.002061/200920 Acórdão n.º 1401002.079 S1C4T1 Fl. 204 9 execução desses serviços nos aeroportos. Em seu item 2.1.9, 2.1.23 e 2..1.24, às fls.101, constam as seguintes definições: A atividade em questão é definida pela própria Aeronáutica como sendo de serviço de apoio operacional às aeronaves. Mais adiante, no item 3 do mesmo documento, às fls.103104, temos a classificação dos serviços auxiliares de transporte aéreo em operacionais e de proteção. Dentre os serviços relacionados, destacamos: Fl. 208DF CARF MF 10 Com relação ao item 3.2 – Serviços de Proteção: O item 4 do referido documento aborda a execução desses serviços por empresas de serviços auxiliares constituídas para este fim : Fl. 209DF CARF MF Processo nº 10920.002061/200920 Acórdão n.º 1401002.079 S1C4T1 Fl. 205 11 Noutro giro, a Cláusula 3a do Contrato Social da Interessada, às fl.1926, estabelece que a sociedade tem por objeto da matriz e filial a execução de serviços auxiliares de transporte aéreo com finalidade específica de acordo com a legislação vigente para o sistema de aviação civil. Compulsando os autos, encontrase, às fls.127, declaração do Gerente de Bases Terceirizadas da TAM Linhas Aéreas de que a TAMVILLE Empresa de Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos Ltda, denominação anterior à WILLIVILLE, mantém vínculo comercial com a empresa TAM Linhas Aéreas, a qual mantém contrato de concessão de uso de área com a INFRAERO. Notase que a Interessada não trouxe aos autos o contrato de prestação serviços firmado com a TAM Linhas Aéreas, tampouco as notas fiscais emitidas no período objeto de autuação, o que poderia demonstrar cabalmente a natureza do serviço prestado. Pela explicação fornecida pela própria Interessada em resposta ao Termo de Intimação, depreendese que os serviços prestados são de natureza de apoio operacional. Por mais que se aceite que, dentre eles, haja o transporte das bagagens dos passageiros dos terminais do aeroporto para as aeronaves na pista, com a conseqüente carga e descarga, essas operações visam ao acondicionamento das bagagens na aeronave. Não assiste razão à Interessada quando afirma que tais operações estão inseridas no contrato de transporte firmado entre o passageiro e a empresa aérea e que por isto adquire a mesma natureza do contrato principal. A empresa aérea está autorizada a executar essas operações de natureza auxiliar ou pode simplesmente optar por terceirizálas, como fez no caso vertente. Essas operações, entretanto, são de natureza diversa, auxiliar ao transporte aéreo e se constituem em um conjunto de ações isoladas que visam direcionar passageiros e bagagens para as aeronaves e não, transportálos de uma localidade à outra. A Receita Federal do Brasil em situações análogas tem manifestado o entendimento de que o percentual reduzido se aplica apenas quando as atividades executadas sejam parte integrante de um contrato de transporte. Não houve comprovação por parte da Interessada de que firmou um contrato de transporte com a empresa aérea. Assim dispõe ao Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 11/2007 ao tratar da prestação de serviços de guindastes, guinchos e assemelhados: Artigo único. Para fins de determinação da base de cálculo do lucro presumido, deve ser aplicado sobre a receita bruta relativa à prestação de serviços de guindastes, guinchos e assemelhados, o percentual de: I – 8% (oito por cento), quando as atividades executadas por esses equipamentos sejam obrigatoriamente parte integrante de um contrato de transporte, e a receita seja auferida exclusivamente em função do serviço de transporte contratado; e II – 32% (trinta e dois por cento), quando decorra da prestação de serviços que não integrem um contrato de transporte ou da locação dos referidos equipamentos. Também a Solução de Divergência COSIT nº 6, ao tratar dos percentuais aplicáveis na locação de equipamentos, cita o Parecer Normativo CST nº 86/1976 que traz a seguinte definição para transporte: Fl. 210DF CARF MF 12 22. Por essa linha de avaliação, a interpretação dada pelo citado PN às operações realizadas por equipamentos tais como esteiras, guinchos, empilhadeiras ou guindastes é plenamente assente com o entendimento que é adotado pela SRF, e por outras instituições que tratam da regulamentação do transporte de carga no País, no sentido de que o transporte de carga é aquele que promove o deslocamento de mercadorias de uma unidade econômica (seja comercial, de construção civil, industrial, ou de armazenamento) para outra. Desse modo, os serviços de remoção ou movimentação de mercadorias dentro de uma mesma unidade (docas, fábrica, pátio de estabelecimento, armazém, canteiro de obras etc.), efetuados por equipamentos desse tipo, não são considerados serviços de transporte de carga. (grifei) Seguindo a mesma linha de raciocínio a simples movimentação das bagagens e mercadorias do terminal até a aeronave não caracteriza uma operação de transporte, pois o seu objetivo é o acondicionamento na aeronave. Por esta razão, aplicase o percentual de 32% destinado aos serviços de forma geral. A Instrução de Aviação Civil define cada um dos serviços de apoio operacional. Poderia ter a Interessada firmado um contrato específico de transporte de cargas ou de passageiros ou ser uma empresa especializada nessas operações. Tal situação, entretanto, não restou caracterizada nos autos, nem é o que se depreende de seu contrato social. Percebese que o enquadramento da atividade como serviços de apoio operacional está em consonância com o que dispõe a Instrução de Aviação Civil e com o objeto descrito no contrato social da empresa autuada. Entendo, portanto, estar correta a aplicação do percentual de 32% sobre a receita de serviços da fiscalizada e considero no mérito procedente o lançamento do crédito tributário em questão. Como se verifica da decisão recorrida acima reproduzida, todas as razões de mérito foram devidamente analisadas e, me alinho ao entendimento por ela formado. A atividade meio desenvolvida pela Recorrente não pode ser confundida com a atividade fim desenvolvida com a sua contratante. No caso concreto, a contratante da Recorrente optou por terceirizar essas operações de natureza auxiliar, que pela sua própria classificação são auxiliares ao transporte aéreo, e se constituem em um conjunto de ações isoladas que visam direcionar passageiros e bagagens para as aeronaves e não, transportálos de uma localidade à outra. Os serviços de locomoção prestados pela recorrente, seja de cargas ou de passageiros, não podem, a meu ver, se configurar como serviço de transporte, vez que para isso, demandaria a necessidade de deslocamento de uma unidade econômica para outra. Por sua vez, veja que a própria regulamentação do conceito dos serviços auxiliares prestados pela Recorrente deixam claro que os mesmos não podem ser confundidos com serviços de transporte. São as empresas auxiliares que executam as atividades de apoio que abrangem os serviços de rampa ou de pista nos aeroportos, inclusive a movimentação e armazenamento de mercadorias. Também cuidam da limpeza de aeronaves e até do checkin de passageiros, entre outras tarefas. Fl. 211DF CARF MF Processo nº 10920.002061/200920 Acórdão n.º 1401002.079 S1C4T1 Fl. 206 13 Tratase de serviço distinto, algo também delimitado pela própria denominação social da empresa. Ressaltese ainda que apesar do contribuinte não ter acostado aos autos cópia integral do seu contrato social, para possibilitar a consulta do seu objeto social, da análise do seu cartão de CNPJ, verifico que a única atividade econômica por ela desenvolvida é a de CNAE 52.40199 Atividades auxiliares dos transportes aéreos, exceto operação dos aeroportos e campos de aterrissagem, não havendo nenhum CNAE relativo à prestação de serviços de transporte. Outrossim, não se pode olvidar que para se prestar serviços de transporte, tanto de carga quanto de passageiros, seja aéreo ou terrestre, se faz necessária a obtenção de licença específica, o qua também não apresentou o Recorrente. Assim, face a tudo quanto exposto, voto pelo não provimento do Recurso Voluntário. É como voto. (assinado digitalmente) Daniel Ribeiro Silva Fl. 212DF CARF MF
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Numero do processo: 10855.900017/2008-27
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 19 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Fri Dec 01 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano-calendário: 2003
PER/DCOMP. EQUÍVOCO NO PREENCHIMENTO. DÉBITO INFORMADO INDEVIDAMENTE. CANCELAMENTO.
Comprovado nos autos, inclusive por diligência realizada pela Autoridade Fiscal, que os débitos apurados pelo contribuinte em seus livros auxiliares e registros contábeis estão todos satisfeitos, com consequente extinção do crédito tributário, lícito presumir que o PER/DCOMP foi equivocadamente apresentado, impondo seu cancelamento, sob pena de eventual inscrição em dívida ativa e execução de valores indevidos.
Numero da decisão: 1402-002.804
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário para determinar o cancelamento do PER/Dcomp 39471.95542.311003.1.3.04-9702; bem como de seus efeitos, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Declarou-se suspeito o Conselheiro Caio Cesar Nader Quintella
(assinado digitalmente)
Leonardo de Andrade Couto - Presidente
(assinado digitalmente)
Paulo Mateus Ciccone - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Mateus Ciccone, Caio Cesar Nader Quintella, Marco Rogério Borges, Leonardo Luis Pagano Gonçalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Demetrius Nichele Macei e Leonardo de Andrade Couto (Presidente).
Nome do relator: PAULO MATEUS CICCONE
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2003 PER/DCOMP. EQUÍVOCO NO PREENCHIMENTO. DÉBITO INFORMADO INDEVIDAMENTE. CANCELAMENTO. Comprovado nos autos, inclusive por diligência realizada pela Autoridade Fiscal, que os débitos apurados pelo contribuinte em seus livros auxiliares e registros contábeis estão todos satisfeitos, com consequente extinção do crédito tributário, lícito presumir que o PER/DCOMP foi equivocadamente apresentado, impondo seu cancelamento, sob pena de eventual inscrição em dívida ativa e execução de valores indevidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário para determinar o cancelamento do PER/Dcomp 39471.95542.311003.1.3.049702; bem como de seus efeitos, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Declarouse suspeito o Conselheiro Caio Cesar Nader Quintella (assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto Presidente (assinado digitalmente) Paulo Mateus Ciccone Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 5. 90 00 17 /2 00 8- 27 Fl. 331DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 332 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Mateus Ciccone, Caio Cesar Nader Quintella, Marco Rogério Borges, Leonardo Luis Pagano Gonçalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Demetrius Nichele Macei e Leonardo de Andrade Couto (Presidente). Fl. 332DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 333 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pelo contribuinte acima identificado em face de decisão exarada pela 5ª Turma da DRJ/RPO em sessão de 26 de junho de 2009 (fls. 112/115)1, que julgou improcedente a manifestação de inconformidade interposta e manteve o Despacho Decisório que declarou não homologada a compensação pleiteada (nº de rastreamento 745564788 – 14/02/2008 fls. 5) e PER/DCOMP nº 39471.95542.311003.1.3.04 9702 (fls. 4), referente estimativa de CSLL – competência agosto/2003: Irresignado, o sujeito passivo interpôs manifestação de inconformidade (fls. 8/9) onde pontuou ser “tributada pelo Lucro Real, com base no Balanço Geral Anual”; que, “levanta mensalmente balanço de redução ou suspensão de imposto à pagar, tendo recolhido todos os meses 1 A numeração referida das fls., quando não houver indicação contrária, é sempre a digital Fl. 333DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 334 4 .que acusaram valor à pagar”; que, “tratase de preenchimento e entrega indevida do PER/DCOMP”; e que, “como recolhe por suspensão ou redução, este contribuinte deveria ter considerado o montante de imposto já pago durante o exercício em curso, simplesmente como dedução e não como crédito contra à SRF, que foi seu procedimento errôneo no PER/DCOMP em causa. Assim esse PER/DCOMP nem deveria ter sido apresentado”. E segue assentando que “só está obrigado a apresentar o PER/DCOMP o contribuinte que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela SRF, passível de restituição ou de ressarcimento, e que desejar utilizálo na compensação de débitos próprios relativos aos tributos e contribuições administrados pelo órgão”; e que, “no caso deste contribuinte tratase simplesmente de dedução e não crédito contra a SRF a ser restituído, ressarcido ou compensado”. E conclui aduzindo que se está diante de “PER/DCOMP vazio” e que, “todo imposto devido em cada período de apuração foi pago conforme comprovam as guias de pagamento e documentos anexos”. Apreciando a MI, a 5ª Turma da DRJ/RPO negou o pedido, pontuando que o débito informado tem natureza de confissão de dívida e que a empresa não se desincumbiu do ônus de provar o recolhimento do referido débito. Textualmente: “Nesse contexto, portanto, os registros contábeis e demais documentos fiscais, acerca da base de cálculo de CSLL, são indispensáveis para que se comprove a alegação aqui firmada pela contribuinte. Registrese que a contribuinte deve vincular, em sua escrita contábil/fiscal, o recolhimento visando quitar obrigação tributária a uma certa apuração, que constitua sua causa (fato gerador), demonstrando a regular composição da respectiva base de cálculo tributável. E, no presente caso, a recorrente, em sua peça impugnatória, não apresentou qualquer documentação com essa intenção, limitandose tão somente a apresentar cópias de documentos de arrecadação, os quais se mostram, por si só, insuficientes a dar respaldo a suas alegações”. O Acórdão combatido tem a seguinte ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2003 DCOMP. CRÉDITO. INEXISTÊNCIA. Demonstrada nos autos a inexistência do crédito indicado na declaração de compensação formalizada, impõese o seu indeferimento. EXIGÊNCIA DE DÉBITO. CANCELAMENTO. ÔNUS DA PROVA. Ainda que as características de débito discriminado em DCOMP coincidam com as de débito quitado por pagamento em DARF, são considerados, sem prova em contrário, débitos distintos. Solicitação Indeferida Cientificada em 13/10/2009 (fls. 118.), a contribuinte acostou recurso voluntário em 09/11/2009 (fls. 119) no qual basicamente repetiu os argumentos expostos na impugnação inaugural, acrescentando que a DCTF também havia sido preenchida erroneamente para Fl. 334DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 335 5 corresponder aos valores impropriamente lançados no PER/DCOMP. Além disso, anexou cópia de registros contábeis para comprovar os valores efetivamente apurados e pagos e, ao final, tornou a pedir que se constate a inexistência do débito. Subindo os autos ao Colegiado de 2º Piso, a então 2ª Turma da 1ª Câmara da 1ª Sejul converteu o julgamento em diligência (Resolução nº 1102000.035, de 31/03/2011 – fls. 187/188) em manifestação vazada nos seguintes termos: “Considerando que a Recorrente reconhece, em suas razões, a inexistência de crédito passível de compensação, resta definir se deve ser ou não cancelada a cobrança do débito declarado sob o código 2484 relativo à CSLL, com vencimento em 30 de setembro de 2003. A identidade das informações prestadas na DIPJ e registradas no Livro de Registro de Apuração do Lucro Real, cujas cópias foram trazidas à colação, constituem forte indício de que inexistente o débito confessado em PER/DCOMP, contudo, julgo necessária a conversão do feito em diligência para que seja confirmada a inexistência de débito, mediante análise dos livros fiscais da Recorrente, e da DCTF correspondente, considerando ainda a multiplicidade de processos de compensação equivocados apresentados no mesmo exercício”. Cumprida a diligência, com a Informação Fiscal de 04/05/2016 (fls. 315/316), os autos retornaram para julgamento e foram redistribuídos a este Relator em razão da extinção da Turma original (2ª Turma da 1ª Câmara da 1ª Sejul). É o relatório do essencial. Fl. 335DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 336 6 Voto Conselheiro Paulo Mateus Ciccone Relator O Recurso Voluntário é tempestivo (ciência da decisão recorrida em 13/10/2009 fls. 118. e protocolização da peça recursal em 09/11/2009 fls. 119), a representação do contribuinte está corretamente formalizada (fls. 120/121) e os demais pressupostos exigidos para admissibilidade foram atendidos, de modo que o recebo e dele conheço. Não há preliminares a enfrentar. Passo ao mérito. Na verdade, diante do que foi relatado, o que se discute nestes autos não é o improvimento do pedido de compensação, já que o próprio recorrente reconhece, explicitamente, ter cometido equívoco na transmissão do PER/DCOMP nº 39471.95542.311003.1.3.049702 (fls. 4), referente estimativa de CSLL – competência agosto/2003, MAS se o DÉBITO informado na compensação pode ser cancelado nesta fase processual. Em outro dizer, não há compensação em litígio, resumindose a lide em discutir o pedido de cancelamento do débito informado na compensação. Foi neste contexto que a então 2ª Turma da 1ª Câmara da 1ª Sejul analisou e converteu o julgamento em diligência (Resolução nº 1102000.035, de 31/03/2011 – fls. 187/188), tendo a Relatoria original já se manifestado, previamente, no sentido de que “a identidade das informações prestadas na DIPJ e registradas no Livro de Registro de Apuração do Lucro Real, cujas cópias foram trazidas à colação, constituem forte indício de que inexistente o débito confessado em PER/DCOMP, contudo, julgo necessária a conversão do feito em diligência para que seja confirmada a inexistência de débito, mediante análise dos livros fiscais da Recorrente, e da DCTF correspondente, considerando ainda a multiplicidade de processos de compensação equivocados apresentados no mesmo exercício”. Na Informação Fiscal (fls. 315/316), o autor do procedimento de diligência, conclusivamente, assentou que os valores devidos de IRPJ e de CSLL por estimativa no ano calendário de 2003 foram efetivamente pagos, de modo que seriam inexistentes os débitos originados pela apresentação dos PER/DCOMP nos processos analisados, constatação que se fez à vista da escrita contábil e fiscal e demais documentos apresentados pelo sujeito passivo. A Informação Fiscal supra mostra o cenário: “Os resultados contábeis dispostos no LALUR foram confrontados com a contabilidade, notadamente com os balancetes mensais que integram o Livro Diário, e as exclusões ao Lucro Real foram verificadas neste mesmo livro (foram incluídas no processo as contas de resultado dos balancetes). Deste procedimento, foi possível concluir que os valores do IRPJ e da CSLL por estimativa devidos no decorrer do anocalendário 2003, de acordo com a escrita contábil e fiscal, são os seguintes: Fl. 336DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 337 7 Estes valores, por sinal, estão grafados nas contas “I.R.P.J S/ LUCRO REAL” e “CONTR. SOCIAL S/ LUCRO REAL” do Livro Razão. Há pagamentos correspondentes, conforme atestam telas extraídas dos sistemas da RFB. Os montantes informados em DCTF são incongruentes com a escrita contábil e fiscal, em sintonia com os equívocos cometidos como informa, aliás, o próprio contribuinte na sua manifestação de inconformidade e em seu recurso voluntário ao CARF. Assim, pelo exposto, em atendimento à demanda do CARF, concluo que os valores devidos de IRPJ e de CSLL por estimativa no anocalendário 2003, de acordo com a escrita contábil e fiscal do sujeito passivo, são aqueles dispostos na “Tabela 2” acima, para os quais existem pagamentos correspondentes. Consequentemente, seriam inexistentes os débitos originados pela apresentação dos PER/DCOMP que geraram os processos administrativos de nos. 10855.900002/200869, 10855.900005/200801, 10855.900006/200847, 10855.900008/200836, 10855.900015/200838, 10855.900017/200827, 10855.900019/200816, 10855.900025/200873, 10855.900029/200851, 10855.900030/200886, 10855.900035/200817, 10855.900040/200811 e 10855.900041/200866”. (negritado). Em suma, a diligência determinada confirmou e atestou, à vista da escrituração e documentos acostados pelo recorrente, que os débitos de estimativas originados pela apresentação dos PER/DCOMP nos processos analisados são inexistentes, incluindo os do presente. Nesse eito, considerando que o débito informado tem natureza de confissão de dívida, se este não for cancelado, seguirá para cobrança e eventual inscrição em dívida ativa, o que se revela absolutamente desconexo e inoportuno. Demais disso e adicionalmente este Relator compulsou o processo e confirmou que os valores apontados pelo recorrente e atestados pela diligência têm coerência com os registros contábeis e fiscais e consistência com a DIPJ e DARF acostados aos autos. Vejase (CSLL devida por estimativa – agosto/2003): Ø DIPJ Ficha 16 – linha 10 (fls. 59): Fl. 337DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 338 8 Ø Livro Razão (fls. 282): Ø Lalur (fls. 159): Ø DARF recolhido (fls. 179): Nesse patamar, a posição defendida pelo recorrente se robustece. Entretanto, antes de finalizar este voto é preciso enfrentar posicionamento dos que entendem que o cancelamento ou retificação de PER/DCOMP por iniciativa do contribuinte exige a apresentação desse pedido [de cancelamento] antes da decisão administrativa sobre a homologação. Essa a linha defendida inclusive pela D. PGFN em alguns dos vários processos2 anteriores envolvendo o próprio recorrente, tratando da mesma matéria, e que, após 2 Processos nºs 10855.900020/200841, 10855.900023/200884, 10855.900024/200829, 10855.900032/200875, 10855.900043/200855, 10855.900451/200815, 10855.900498/200871, 10855.900511/200891, 10855.900742/200803, 10855.900751/200896 e 10855.900758/200816. Fl. 338DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 339 9 procedimento de diligência semelhante ao aqui estampado, foram decididos favoravelmente ao sujeito passivo. Esse cenário se mostra presente, por exemplo, no PA nº 10855.900742/200803, tendo a Fazenda Nacional se insurgido contra a decisão do Colegiado (especificamente a 2ª Turma da 1ª Câmara da 1ª Sejul) interpondo Recurso Especial (admitido e ainda aguardando apreciação pela E. CSRF) e no qual a PGFN sustentou, depois de acostar decisões divergentes, que a Lei nº 9.430/1996 e a IN RFB nº 900, de 2008, definem haver previsão legal para o cancelamento da PER/DCOMP por iniciativa do contribuinte, porém desde que o procedimento ocorra antes do Despacho Decisório. Literalmente, a manifestação da PGFN em RE manejado no mencionado processo (fls. 507, daqueles autos): “Esta lógica do sistema também vem disposta no art. 77 da Instrução Normativa n° 900, de 30 de dezembro de 2008: “o pedido de restituição, ressarcimento ou reembolso e a Declaração de Compensação somente poderão ser retificados pelo sujeito passivo caso se encontrem pendentes de decisão administrativa à data do envio do documento retificador”. (g.n) No presente caso, o contribuinte tomou ciência do despacho decisório em 24/04/2008 e apresentou manifestação de inconformidade pretendendo o cancelamento da compensação do débito de IRPJ em 20/05/2008. Dessa forma, se for cancelada a declaração de compensação na forma como está nos autos, haverá flagrante violação ao princípio da isonomia, pois de todos os demais contribuintes é exigida obediência ao procedimento constante da legislação, não existindo qualquer justificativa que autorize abrir exceção para a recorrida”. De fato, a leitura literal e formalista dos textos citados pode levar à posição assumida pela PGFN. Entretanto, no caso concreto, TODOS os documentos e a situação fática estampada revelam tratarse de evidente erro do contribuinte na elaboração e transmissão do PER/DCOMP, gerando, a princípio, uma compensação que, por falta de crédito correspondente que a suportasse, acabou por ser não homologada, levando ao nascimento de uma obrigação tributária contra o sujeito passivo em face da natureza de “confissão de dívida” de que se reveste a DCOMP. Pois bem, é evidente que quaisquer trabalhos, manuais, científicos, técnicos, burocráticos, etc., exercidos por seres humanos, sujeitamse a “erros”, consequência natural da falibilidade que é inerente à espécie, de modo que, não aceitar que possam ser corrigidos significaria absoluto despropósito, desde que obedecidas as regras e normas que definam como estas correções se processem. No âmbito do direito administrativofiscal federal envolvendo as “declarações de compensações”, matéria ainda muito longe de ter seu procedimento devidamente pacificado e consolidado, bastando ver as inúmeras decisões e regramentos que Fl. 339DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 340 10 tratam do tema, temse que, por ser confissão de dívida, as DCOMP não homologadas devem ser retificadas, alteradas, corrigidas até o momento em que exarado o Despacho Decisório (DD) pela autoridade competente para apreciar o pedido, no caso, o titular da Unidade de origem (DRF), havendo, inclusive, a possibilidade de que o contribuinte, ANTES do DD, regularize eventuais pendências na DCOMP, na forma prevista pela Nota Corec nº 30, de 2013. Porém, no caso concreto, NÃO ESTÁ em julgamento um eventual direito creditório do contribuinte que tenha sido indeferido, MAS, um débito tributário surgido pela não homologação da compensação, PORÉM JÁ SATISFEITO, digase, extinto. Dizendo de forma diversa e como bem apontado pelo Acórdão nº 1102 001.270, da então 2ª Turma, 4ª Câmara, 1ª Sejul, sessão de 27/11/2014 – Processo nº 10855.900742/200803 em face do mesmo contribuinte, com voto condutor do Conselheiro Ricardo Marozzi Gregorio: “Diante do que foi relatado, não há compensação em litígio. O que se discute é o pedido de cancelamento do débito informado na compensação uma vez que a própria recorrente reconhece o equívoco na apresentação da PER/DCOMP. Considerando que o débito informado tem natureza de confissão de dívida, se este não for cancelado, seguirá para cobrança e eventual inscrição em dívida ativa. (...) Portanto, não há que se dar prosseguimento à cobrança do referido débito. Pelo exposto, oriento meu voto no sentido de dar provimento ao recurso voluntário para cancelar o débito informado na presente compensação”. Acórdão com a seguinte ementa: Em suma, naquele processo, como neste, NÃO HÁ DÉBITO ORIUNDO DE COMPENSAÇÃO em litígio, mas mera informação equivocada do recorrente que, mesmo não tendo seguido a rigidez formal de requerer a retificação ou mesmo o cancelamento da DCOMP antes do Despacho Decisório, só o fazendo a posterior, não pode ser penalizado com o prosseguimento de um feito que poderá levar ao extremo de uma execução fiscal, SEM QUE HAJA DÉBITO DE TRIBUTO, posto que já recolhido.. Fl. 340DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 341 11 A propósito, a própria Administração Tributária Federal, mediante Parecer Normativo Cosit nº 8, de 2014, enfrentou o tema com a seguinte posição conclusiva (destaques acrescidos): 46. Tratase, neste ponto, de analisar a possibilidade de rever de ofício despacho decisório anteriormente proferido que não homologou compensação efetuada via Dcomp quando, ultrapassada a possibilidade de discussão administrativa via manifestação de inconformidade, o sujeito passivo apresenta petição para apontar ocorrência de erro de fato. 47. Para que o débito em cobrança amigável, ou enviado para inscrição, possa ser revisto, tornase necessário que o despacho decisório anteriormente proferido seja revisto. Aplicável, aqui, por analogia (uma vez que inexiste, no caso, ato de lançamento da autoridade fiscal) o inciso VIII do art. 149 do CTN, limitada à hipótese de comprovação pelo contribuinte de erro de fato no preenchimento da declaração, haja vista o disposto na Portaria Conjunta SRF/PGFN nº 1, de 12 de maio de 1999. 48. Consoante a citada portaria, qualquer débito encaminhado para inscrição em dívida ativa pode ser revisto de ofício pela autoridade administrativa da RFB quando o sujeito passivo apresentar provas inequívocas de cometimento de erro de fato. 49. No caso da Dcomp, o encaminhamento de débito para inscrição em dívida ativa dáse quando a compensação efetuada não é homologada por despacho decisório da autoridade administrativa (em função de análise manual ou eletrônica), e, cumulativamente, tal decisão não é reformada em função de contencioso administrativo, seja pelo fato de não se ter instaurado o litígio, seja em virtude de decisão administrativa definitiva, total ou parcialmente, desfavorável a ele. 50. A declaração de compensação extingue o crédito tributário sob condição resolutória de sua ulterior homologação, e tem caráter de confissão de dívida (§§2º e 6º do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996). Ocorre, porém, que o débito ali declarado, em regra, teve sua constituição operada por outro meio (lançamento de ofício ou declaração do contribuinte, como a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF, p. ex.). Dessa forma, na hipótese de regular alteração no meio originário que constituiu o crédito tributário – como, p.ex., uma retificação da DCTF –, a redução do valor do débito implicará a necessidade de correção deste valor na Dcomp (já extinto pela própria declaração), que pode se dar tanto por meio de retificação da Dcomp por parte do contribuinte, quando cabível, como por revisão de ofício, caso a matéria já não esteja sob a alçada da DRJ, em virtude de manifestação de inconformidade interposta. 51. Extraise do exposto que, se o contribuinte apresentar petição com alegação de erro de fato no preenchimento da Dcomp após o prazo de trinta dias estabelecido no §7º do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, ou após a conclusão de contencioso administrativo porventura instaurado, ainda que o débito já se encontre inscrito na dívida ativa e em execução fiscal, a autoridade administrativa deve analisar o pleito e, se pertinente, proferir nova decisão, de ofício, para revisar o despacho decisório anterior que não homologou a compensação e retificar a Dcomp. Contudo, deverão ser observados os trâmites da referida portaria conjunta se o débito já tiver sido encaminhado para inscrição na dívida ativa. Ora, se é admitida “petição com alegação de erro de fato no preenchimento da Dcomp após o prazo de trinta dias estabelecido no §7º do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, ou após a conclusão de contencioso administrativo porventura instaurado”, quanto mais lógico que isso seja possível, enquanto AINDA NÃO CONCLUÍDO o contencioso administrativo (caso dos autos). Mais a mais, não se perca o foco, o contribuinte – inequivocamente – comprovou o erro de fato havido no preenchimento da DCOMP, comprovação feita mediante Fl. 341DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 342 12 os livros, registros e documentos por ele apresentados e devidamente conferidos e atestados pela autoridade fiscal que presidiu a diligência determinada pelo CARF. Assim, por tudo o que se expôs, respeitando a posição divergente assumida pelos que, como a PGFN no processo antes referido (nº 10855.900742/200803), defendem que retificações em DCOMP devem ser feitas preteritamente à edição do Despacho Decisório, penso que, neste caso específico, por se tratar de mero – e comprovado –erro de fato e, principalmente, por ter sido devidamente satisfeito o débito tributário surgido pela não homologação da compensação, ou seja, NÃO HÁ CRÉDITO TRIBUTÁRIO EM DISCUSSÃO OU COBRANÇA, a restrição invocada não se aplica, até em face do informalismo e verdade material que devem nortear o processo administrativofiscal. Mais ainda, o improvimento do recurso aqui analisado, comprovada a inexistência de valor em litígio, além de pelejar contra o princípio da celeridade processual prevista na Carta Constitucional (art. 5º, LXXVIII), poderá levar ao absurdo de ser emitida CDA e consequente execução fiscal contra débito não existente. Por fim, mas não menos relevante, destaco que o DARF acostado mostra código de recolhimento 2484 “CSLL DEMAIS PJ QUE APURAM O IRPJ COM BASE EM LUCRO REAL ESTIMATIVA MENSAL”, referese à estimativa do mês de setembro de 2003 e está confirmado junto ao banco de dados da RFB, conforme atesta o próprio agente diligenciador em extrato juntado (fls. 294): Mais ainda, por pertinente, registrese que mencionado valor foi declarado em DCTF (extrato juntado na diligência – fls. 289), de forma que os sistemas internos da RFB já devem apontar para sua vinculação e devida alocação com o recolhimento efetuado pelo contribuinte: Nestas condições, por tudo o que consta nos autos e com suporte na conclusão da diligência, fonte de que deve se fiar o julgador (conforme pacificado no Fl. 342DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 343 13 CARF)3 e nos documentos com ela juntados, mostrase impraticável e despropositado dar prosseguimento à cobrança do referido débito, pelo que encaminho meu voto no sentido de DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário e determinar o CANCELAMENTO do PER/DCOMP nº 39471.95542.311003.1.3.049702 fls. 4 dos autos , referente estimativa de CSLL – competência agosto/2003, bem como TODOS OS SEUS EFEITOS. É como voto. Brasília (DF), em 19 de outubro de 2017. (assinado digitalmente) Paulo Mateus Ciccone 3 Processo nº 10580.011166/200200 Acórdão nº 110100008 – Sessão de 11/03/2009 – Relator Valmir Sandri Decisão – Provimento parcial ao recurso para reduzir a matéria tributável para (...) valor apurado na diligência fiscal. RECOMPOSIÇÃO DE BASES A diligência fiscal resultou em recomposição das bases tributáveis objeto do lançamento. O julgamento administrativo é norteado pelo Princípio da Verdade Material, constituindose em dever do Julgador Administrativo a sua busca incessante. Adequação do lançamento de acordo com ajustes reconhecidos pela própria autoridade fiscal em diligência realizada. Fl. 343DF CARF MF Processo nº 10855.900017/200827 Acórdão n.º 1402002.804 S1C4T2 Fl. 344 14 Fl. 344DF CARF MF
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Numero do processo: 10680.913374/2014-42
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 25 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Nov 22 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004
DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU. AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DE PONTO SOBRE O QUAL DEVERIA MANIFESTAR-SE. INEXATIDÃO MATERIAL COMPROVADA. RETORNO DOS AUTOS PARA INTEGRAÇÃO DO JULGADO. POSSIBILIDADE.
Sob pena de configurar supressão de instância, comprovada inexatidão material por lapso manifesto na decisão de primeira instância, ao deixar de expressamente mencionar matéria impugnada capaz de, em tese, culminar na alteração do resultado do julgamento, os autos devem retorna ao citado órgão julgador, para que novo julgamento seja realizado e nova decisão proferida, sem inexatidão material por lapso manifesto.
Decisão Primeiro Grau Anulada.
Numero da decisão: 3302-004.902
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em determinar o retorno dos autos ao órgão de julgamento de primeiro grau, para que seja proferido novo acórdão, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Paulo Guilherme Déroulède - Presidente.
(assinado digitalmente)
José Fernandes do Nascimento - Relator.
Participaram do julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Walker Araújo, José Fernandes do Nascimento, Lenisa Rodrigues Prado, Charles Pereira Nunes e José Renato Pereira de Deus.
Nome do relator: JOSE FERNANDES DO NASCIMENTO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em determinar o retorno dos autos ao órgão de julgamento de primeiro grau, para que seja proferido novo acórdão, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède - Presidente. (assinado digitalmente) José Fernandes do Nascimento - Relator. Participaram do julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Walker Araújo, José Fernandes do Nascimento, Lenisa Rodrigues Prado, Charles Pereira Nunes e José Renato Pereira de Deus.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU. AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DE PONTO SOBRE O QUAL DEVERIA MANIFESTARSE. INEXATIDÃO MATERIAL COMPROVADA. RETORNO DOS AUTOS PARA INTEGRAÇÃO DO JULGADO. POSSIBILIDADE. Sob pena de configurar supressão de instância, comprovada inexatidão material por lapso manifesto na decisão de primeira instância, ao deixar de expressamente mencionar matéria impugnada capaz de, em tese, culminar na alteração do resultado do julgamento, os autos devem retorna ao citado órgão julgador, para que novo julgamento seja realizado e nova decisão proferida, sem inexatidão material por lapso manifesto. Decisão Primeiro Grau Anulada. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em determinar o retorno dos autos ao órgão de julgamento de primeiro grau, para que seja proferido novo acórdão, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Presidente. (assinado digitalmente) José Fernandes do Nascimento Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 68 0. 91 33 74 /2 01 4- 42 Fl. 2547DF CARF MF 2 Participaram do julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Walker Araújo, José Fernandes do Nascimento, Lenisa Rodrigues Prado, Charles Pereira Nunes e José Renato Pereira de Deus. Relatório Por bem descrever os fatos adotase o relatório contido no acórdão recorrido, que segue transcrito: Tratase de manifestação de inconformidade apresentada contra decisão da DRF Belo Horizonte que, ao examinar o Per/dcomp nº 01761.69075.240114.1.3.579048, não reconheceu a existência do crédito pleiteado e, em decorrência, não homologou as compensações declaradas. A requerente pleiteou um crédito de R$ 163.115.341,74, oriundo de pagamentos indevidos de PIS e de Cofins, em face do alargamento da base de cálculo dessas contribuições, considerado inconstitucional pela Suprema Corte. Disse a requerente existir em seu favor decisão judicial, já transitada em julgado, reconhecendo o direito de recolher as contribuições na sistemática da Lei Complementar nº 7/1970 (PIS) e da Lei Complementar nº 70/1991 (Cofins). A DRF Belo Horizonte, entretanto, não reconheceu o direito creditório. Afirmou que a requerente fora intimada a especificar as receitas financeiras que ela pretendia excluir da base de cálculo das contribuições, pois, para a Fiscalização, só poderiam ser expurgadas as receitas não oriundas do exercício das atividades empresariais da requerente. Nessa linha de raciocínio, e com base em decisão do Supremo Tribunal Federal, concluiu a autoridade administrativa que as receitas operacionais, inerentes à atividade principal da empresa, não poderiam ser retiradas da base de cálculo do PIS e da Cofins. Partindo dessa premissa, passou a autoridade fiscal a analisar as explicações dadas pela requerente, para, ao final, determinar quais receitas advinham diretamente da atividade principal da empresa e quais, não tendo essa característica, poderiam ser expurgadas da base de cálculo das contribuições. Concluída a análise, estas foram as receitas que, malgrado classificadas como financeiras pela requerente, se conservaram na base de cálculo do PIS e da Cofins: a) Código 631.79 e Código 502000 – Variações Monetárias – Definição pela empresa: “Destinase à contabilização da receita derivada da variação monetária incidente sobre os saldos das contas de consumidores, concessionários e permissionários, rendas a receber, devedores diversos, outros créditos e de títulos e valores mobiliários, relativos a valores em moeda nacional”. Está, portanto, diretamente relacionada à atividade de transmissão e distribuição de energia elétrica, devendo compor a base de cálculo do PIS e da Cofins. Se esta receita está relacionada com a atividade principal da empresa, ainda que sejam juros, constitui base de cálculo do PIS e da Cofins, pois o Fl. 2548DF CARF MF Processo nº 10680.913374/201442 Acórdão n.º 3302004.902 S3C3T2 Fl. 2.548 3 entendimento do STF e da presente decisão judicial é de que a base de cálculo destas contribuições é a soma das receitas oriundas do exercício de suas atividades empresariais. b) 631.99 e 505000 Outras Receitas Financeiras. Definição pela empresa: “Destinase à contabilização das receitas financeiras não classificáveis nas contas precedentes deste subgrupo (631).” A definição desta conta não foi clara, sendo muito genérica, além de ter valores expressivos. Dessa forma, deverá compor a base de cálculo do PIS e da Cofins. Notese que um email foi enviado à empresa solicitando o detalhamento desta conta, mas a resposta foi a definição acima. c) 502005 (variação cambial Eletrobrás/Itaipu); 502050 (receita de variação cambial Fat. Potência Itaipu CVA – Constituição) e 502055 (receita var. monetária Selic – CVA) – por terem relação direta com a atividade principal da empresa, estas receitas devem compor a base de cálculo do PIS e da Cofins. d) 505001 (rendimento por desconto); 505003 (acréscimo moratório conta de energia elétrica) – por terem relação direta com a atividade principal da empresa, estas receitas devem compor a base de cálculo do PIS e da Cofins. (fls. 973 e 974 do processo administrativo nº 10680.722239/201490) Não resignada, a requerente apresentou manifestação de inconformidade, arguindo preliminarmente a nulidade do despacho decisório por ofensa à coisa julgada. Alegou que o ato administrativo está em desacordo a decisão judicial que, em seu favor, reconhecia o direito de recolher o PIS e a Cofins nos moldes das Leis Complementares 7/1970 e 70/1991, até o advento das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003, autorizando ainda a compensar os valores recolhidos indevidamente. Disse que os valores glosados não poderiam ser tratados como receita passível de tributação, pois a decisão judicial reconheceu o direito de a requerente recolher o PIS e a Cofins sobre o faturamento, assim considerada a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza. Além disso, a autoridade administrativa teria desconsiderado parte dos “pagamentos” de PIS e de Cofins utilizados como referência para cálculo do indébito, entendendo que tais “pagamentos” teriam sido realizados mediante compensações não homologadas em âmbito administrativo. Afirmou a requerente que os débitos compensados são objeto de execução fiscal, de modo que desconsiderar os “pagamentos” implicaria duplicidade de cobrança. Ademais, em ação anulatória já teria sido proferida, em primeira instância, sentença desconstituindo os referidos débitos. Com relação às receitas financeiras mantidas pela Fiscalização na base de cálculo do PIS e da Cofins, afirmou que, no seu objeto social, inexiste qualquer atividade que vise a explorar operações financeiras, mas apenas a prestação de serviços de Fl. 2549DF CARF MF 4 distribuição e comercialização de energia elétrica. Por isso, não podia ser compelida a tributar receitas financeiras e as oriundas de variações monetárias e cambiais decorrentes de seus recebíveis. Especificamente quanto às receitas classificadas sob os códigos 63199 e 505000, alegou nulidade do despacho decisório, por ausência de fundamentação, já que seria insuficiente para o indeferimento da exclusão dos valores a simples afirmação de que o conceito é genérico e os montantes, expressivos. A par desse vício, teria havido também, segundo a requerente, equívocos consistentes na desconsideração de compensações de PIS e Cofins realizadas mediante utilização de saldos negativos de IRPJ e CSLL. Esse fato daria margem à cobrança em duplicidade dos débitos. Por fim, alegou erro de cálculo no despacho decisório referente a diversos períodos. Com esses fundamentos, pugnou pela procedência da manifestação de inconformidade e pelo reconhecimento do direito creditório e a consequente homologação das compensações declaradas. Sobreveio a decisão de primeira instância (fls. 211/218), em que, por unanimidade de votos, a manifestação de inconformidade foi julgada procedente em parte, com base nos fundamentos resumidos nos enunciados das ementas que seguem transcritos: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 COFINS. LEI COMPLEMENTAR Nº 70/1991. BASE DE CÁLCULO. RECEITAS FINANCEIRAS. EXCLUSÃO. Na apuração da Cofins, na forma da Lei Complementar nº 70/1991, não se incluem as receitas financeiras na base de cálculo. VALORES CONTABILIZADOS COMO OUTRAS RECEITAS FINANCEIRAS. FALTA DE ESCLARECIMENTO QUANTO ÀS OPERAÇÕES. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO. Devem ser incluídos na base de cálculo da Cofins, mesmo quando apurada na sistemática da Lei Complementar 70/1991, os valores contabilizados como outras receitas financeiras, se não for esclarecido pelo contribuinte o tipo de operação de que se originaram tais valores, contabilizados como outras receitas financeiras. COMPENSAÇÃO ANTERIOR À LEI Nº 10.637/2002. EFEITO EXTINTIVO DO DÉBITO. INEXISTÊNCIA. As compensações realizadas antes do advento da Lei nº 10.637/2002 não produziam efeito extinto imediato dos débitos compensados. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Fl. 2550DF CARF MF Processo nº 10680.913374/201442 Acórdão n.º 3302004.902 S3C3T2 Fl. 2.549 5 Anocalendário: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 PIS E COFINS. IDÊNTICA MATÉRIA FÁTICA. MESMOS FUNDAMENTOS. MESMA DECISÃO. Aplicamse ao PIS as mesmas razões de decidir adotadas para a Cofins, quando houver identidade de matéria fática. Manifestação de Inconformidade Procedente em Parte Direito Creditório Reconhecido em Parte Em 23/2/2016, a recorrente foi cientificada da decisão primeira. Inconformada, em 23/3/2016, protocolou o recurso voluntário de fls. 321/343, em que reafirmou as razões de defesa suscitadas na manifestação de inconformidade. Em aditamento, alegou que (i) erro material na decisão recorrida, por não ter feito menção expressa à conta contábil de nº 502055 (receita variação monetária selic CVA); (ii) que as contas de códigos 631.99 e 50500, denominadas “Outras Receitas Financeiras” deveriam ser excluídas da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, uma vez que se tratavam de efetivas receitas financeiras; e (iii) que houve equívocos consistentes na desconsideração de compensações da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, realizadas mediante utilização de saldos negativos de IRPJ e CSLL, sendo que este fato daria margem à cobrança em duplicidade dos débitos. É o relatório. Voto Conselheiro José Fernandes do Nascimento, Relator. O recurso é tempestivo, trata de matéria da competência deste Colegiado e preenche os demais requisitos de admissibilidade, portanto, deve ser conhecido. Conforme delineado no relatório, o crédito utilizado na compensação em apreço originouse de decisão judicial, já transitada em julgado, que reconheceu o direito de a recorrente de recolher as contribuições na sistemática da Lei Complementar 7/1970 (Contribuição para o PIS/Pasep) e da Lei Complementar nº 70/1991 (Cofins). A controvérsia gira em torno da apuração da base de cálculo das contribuições, especificamente, sobre a inclusão na base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime das Leis Complementares 7/1970 e 70/1991, de determinadas receitas financeiras. A fiscalização sustenta que algumas receitas financeiras, por estarem vinculadas diretamente ao exercício da atividade econômica, que constitui o objeto principal da interessada, devem integrar a base de cálculo de ambas as contribuições. A requerente, ao contrário, defende a tese de que toda e qualquer receita, pelo simples fato de se classificar como financeira, estaria necessária e automaticamente fora da base de cálculo das referidas contribuições. Acontece que, ao apreciar a contenda, o órgão de julgamento de primeiro grau cometeu inexatidão material devido a lapso manifesto ao deixar de fazer menção expressa a conta “502055 Receita Variação Monetaria Selic CVA”, conforme entendimento irretocável Fl. 2551DF CARF MF 6 do nobre Relator Walker Araújo, no bem fundamentado voto condutor do acórdão nº 3302 004.698, proferido por este Colegiado na Sessão de 30 de agosto de 2017, que, com respaldo no art. 50, § 1º, da Lei 9.784/1999, adotase como razão decidir, nos termos a seguir transcritos: II Questões de mérito II.1 Erro Material contida na decisão de piso Neste ponto, alega a Recorrente que "...ao redigir a conclusão sobre todos os fundamentos assentados, o Acórdão, por manifesto lapso (erro material), deixou de fazer menção expressa ao código “502055 Receita Variação Monetaria Selic CVA”, na lista de contas que deveriam ser expurgadas da base de PIS/COFINS.." Alega, ainda, que a decisão de piso reconheceu expressamente a impossibilidade de cobrança do PIS e da COFINS sobre as receitas financeiras de juros, acréscimos moratórios, variações monetárias e variações cambiais, afastando, por outro lado, o direito do contribuinte excluir da base de cálculo das contribuições tão somente as contas nº 931.99 e 505000. Requer, ao final, que, por ocasião do julgamento do presente Recurso Volunáriao, conste expressamente que a conta “502055 Receita Variação Monetaria Selic CVA” deve ser expurgada da base do PIS e da COFINS. De fato, resta evidente que a decisão "a quo" ao concluir pela exclusão da base de cálculo de algumas receitas financeiras sob análise, não fez menção expressa a conta "502055 Receita Variação Monetaria Selic CVA”, conforme se verifica no trecho abaixo: Portanto, na esteira desse entendimento, devem ser excluídos da base de cálculo do PIS e da Cofins, apurados na sistemática das Leis Complementares 7/1970 e 70/1991, os valores correspondentes às receitas de variações monetárias, de variações cambiais, os descontos financeiros obtidos e os acréscimos moratórios, registrados contabilmente nas contas 63179, 502000, 502005, 502050, 505001 e 505003. Também restou evidente no acórdão combatido, que o entendimento do julgador "a quo" foi no sentido de que as variações monetárias, por não estarem ligadas diretamente ao exercício da atividade principal da Recorrente, devem ser excluídas da base de cálculo do PIS e da COFINS, a saber: Para uma empresa cuja atividade econômica seja a distribuição e a comercialização de energia elétrica, as receitas financeiras e as receitas de variações cambiais e monetárias não decorrem diretamente do exercício da atividade principal. Esta dá origem a receitas de vendas. As receitas financeiras (juros e descontos pela antecipação de pagamento) e de variações monetárias e cambiais decorrem de situações conexas, periféricas ou secundárias em relação à atividade principal. Vale dizer, as situações estão ligadas à atividade principal, mas com ela não se confundem. (...)O vínculo que essa receita de juros tem com a operação de venda é apenas Fl. 2552DF CARF MF Processo nº 10680.913374/201442 Acórdão n.º 3302004.902 S3C3T2 Fl. 2.550 7 indireto. A causa da receita de juros (ou a de descontos condicionais ou de variações monetárias ou cambiais ativas) não é a mesma da receita de venda de mercadorias ou de prestação de serviço. Por isso se diz que a relação que essas receitas financeiras guardam com a atividade principal é conexa, periférica ou secundária. Tais receitas não integram o faturamento, porquanto originalmente não constam das notas fiscais ou das faturas. O seu fato gerador é uma situação superveniente, tais como, o atraso no pagamento ou a variação da taxa de câmbio quando o direito estiver vinculado à cotação da moeda estrangeira. (...). A mesma lógica se aplica às variações cambiais e monetárias. Entretanto, mesmo que evidente o erro material contida na decisão de piso, entendo que este Colegiado, não pode corrigir de ofício tal equivoco, na medida em que o Decreto 70.235/72 e a Portaria nº 341/2011, determinam seja proferido novo acórdão para correção de inexatidões materiais, senão vejamos: Art. 32. As inexatidões materiais devidas a lapso manifesto e os erros de escrita ou de cálculos existentes na decisão poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento do sujeito passivo. Art. 21. As decisões serão assinadas pelo relator, pelo redator designado, sendo o caso, e pelo Presidente da Turma, e delas constarão o nome dos julgadores presentes, mencionandose, se houver, os impedidos, os ausentes, bem como os julgadores vencidos e a matéria em que o foram. § 1º Para a correção de inexatidões materiais devidas a lapso manifesto e a erros de escrita ou de cálculo existentes no acórdão, será proferido novo acórdão. Referidos preceitos normativos, disciplinam os julgamentos das Delegacias da Receita Federal do Brasil, não se confundindo com o regramento deste Colegiado. Neste Conselho prevalece as regras da Portaria MF nº 343, de 09 de junho de 2015 (Regimento Interno, que prevê para os casos de inexatidões materiais a oposição de Embargos de Declaração para sanar tais equívocos (Art.661). Neste cenário, nos termos das normas anteriormente citadas e, para que não se configure eventual supressão de instância, os autos devem retornar ao órgão de julgamento de primeira instância, para que novo julgamento seja realizado, com vistas à sanar o erro material contido no v. acórdão de fls. 217224 que, deixou de fazer menção expressa a conta "502055 Receita Variação Monetaria Selic CVA”. Diante do exposto, voto no sentido de conhecer do recurso voluntário para determinar que seja proferido novo acórdão, nos termos do voto relator. 1 Art. 66. As alegações de inexatidões materiais devidas a lapso manifesto e os erros deescrita ou de cálculo existentes na decisão, provocados pelos legitimados para opor embargos, deverão serrecebidos como embargos inominados para correção, mediante a prolação de um novo acórdão. Fl. 2553DF CARF MF 8 Por todo o exposto, votase pelo conhecimento do recurso voluntário, para determinar o retorno dos autos ao órgão de julgamento de primeiro grau, para que seja proferido novo acórdão, em boa e devida forma. (assinado digitalmente) José Fernandes do Nascimento Fl. 2554DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10510.000364/2005-14
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 19 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Nov 13 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003
EMBARGOS. CONTRADIÇÃO. APLICAÇÃO DE MULTA ISOLADA. ESTIMATIVAS. LIMITE.
Tendo sido reconhecido pelo acórdão embargado que é possível a exigência de multa por estimativa mensal não recolhida após o encerramento do ano-calendário, desde que a base de tal penalidade esteja limitada ao valor do tributo devido no momento do ajuste, é imprescindível o cancelamento da multa em relação a períodos em que fora apurado prejuízo fiscal pelo contribuinte.
Numero da decisão: 1201-001.881
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos opostos pelo sujeito passivo para cancelar integralmente a multa por estimativa referente às competências de: i) outubro de 2001; ii) junho a agosto, outubro e dezembro de 2002 e iii) julho e agosto de 2004, em razão de saldo negativo verificado nos anos de 2001, 2002 e 2004.
(assinado digitalmente)
Roberto Caparroz de Almeida
(assinado digitalmente)
Luis Fabiano Alves Penteado
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida (Presidente), Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli, Eva Maria Los, José Carlos de Assis Guimarães, Rafael Gasparello Lima e Gisele Barra Bossa.
Nome do relator: LUIS FABIANO ALVES PENTEADO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003 EMBARGOS. CONTRADIÇÃO. APLICAÇÃO DE MULTA ISOLADA. ESTIMATIVAS. LIMITE. Tendo sido reconhecido pelo acórdão embargado que é possível a exigência de multa por estimativa mensal não recolhida após o encerramento do ano-calendário, desde que a base de tal penalidade esteja limitada ao valor do tributo devido no momento do ajuste, é imprescindível o cancelamento da multa em relação a períodos em que fora apurado prejuízo fiscal pelo contribuinte.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos opostos pelo sujeito passivo para cancelar integralmente a multa por estimativa referente às competências de: i) outubro de 2001; ii) junho a agosto, outubro e dezembro de 2002 e iii) julho e agosto de 2004, em razão de saldo negativo verificado nos anos de 2001, 2002 e 2004. (assinado digitalmente) Roberto Caparroz de Almeida (assinado digitalmente) Luis Fabiano Alves Penteado Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida (Presidente), Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli, Eva Maria Los, José Carlos de Assis Guimarães, Rafael Gasparello Lima e Gisele Barra Bossa.
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CONTRADIÇÃO. APLICAÇÃO DE MULTA ISOLADA. ESTIMATIVAS. LIMITE. Tendo sido reconhecido pelo acórdão embargado que é possível a exigência de multa por estimativa mensal não recolhida após o encerramento do ano calendário, desde que a base de tal penalidade esteja limitada ao valor do tributo devido no momento do ajuste, é imprescindível o cancelamento da multa em relação a períodos em que fora apurado prejuízo fiscal pelo contribuinte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos opostos pelo sujeito passivo para cancelar integralmente a multa por estimativa referente às competências de: i) outubro de 2001; ii) junho a agosto, outubro e dezembro de 2002 e iii) julho e agosto de 2004, em razão de saldo negativo verificado nos anos de 2001, 2002 e 2004. (assinado digitalmente) Roberto Caparroz de Almeida AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 51 0. 00 03 64 /2 00 5- 14 Fl. 1227DF CARF MF 2 (assinado digitalmente) Luis Fabiano Alves Penteado Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida (Presidente), Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli, Eva Maria Los, José Carlos de Assis Guimarães, Rafael Gasparello Lima e Gisele Barra Bossa. Relatório Tratamse de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (fls. 1.126) em que a CONTRIBUINTE alega OMISSÃO e CONTRADIÇÃO no Acórdão nº 1201001.180 proferido por esta 1ªTO/2ªCam/1ªSeção do CARF, conforme trecho dos Embargos que abaixo transcrevo: E ainda prossegue em seus Embargos a ora Embargante: Fl. 1228DF CARF MF Processo nº 10510.000364/200514 Acórdão n.º 1201001.881 S1C2T1 Fl. 3 3 Segundo a Embargante o acórdão incorreu em omissão quanto ao reconhecimento de prejuízo nos anos calendário de 2002 à 2004, o que também levou a contradição do acórdão, já que fora cancelado integralmente a multa por estimativa referente ao período de outubro de 2001 em razão de prejuízo verificado no período mas não aplicou o mesmo racional para os anoscalendário de 2002 à 2004, nos quais também fora apurado prejuízo. Os Embargos foram admitidos por meio de Despacho de fls 1.210/1.212. É o Relatório. Fl. 1229DF CARF MF 4 Voto Conselheiro Luis Fabiano Alves Penteado Relator Tendo os pressupostos para admissibilidade dos embargos já sido avaliados no despacho de admissibilidade, passo diretamente à análise dos vícios apontados. Mérito Os presentes Embargos de Declaração se referem, basicamente à omissão e contradição do acórdão quanto à definição dos limites da base de cálculo para fins de aplicação da multa isolada. Segundo a Embargante, o acórdão embargado concluiu baseado em jurisprudência da CSRF que a base de cálculo da multa isolada por insuficiência de recolhimento de estimativa mensal deve ficar limitada ao valor do tributo devido no momento do ajuste. Contudo, não obstante tal entendimento, o acórdão deixou de observar que a ora Embargante apurou prejuízo fiscal nos anoscalendário de 2002 e 2004, conforme trecho dos Embargos que abaixo destaco: De fato, da análise dos documentos acostados aos autos e acima mencionados pela Embargante, verificase ser procedente a informação de que fora apurado Prejuízo Fiscal nos anos de 2002 a 2004. Assim, considerandose o entendimento externado por esta Turma no acórdão ora recorrido, correto é o cancelamento da aplicação da multa isolada em relação aos períodos em que comprovada a apuração de prejuízo fiscal. Fl. 1230DF CARF MF Processo nº 10510.000364/200514 Acórdão n.º 1201001.881 S1C2T1 Fl. 4 5 Conclusão Diante do exposto, ACOLHO os Embargos de Declaração para cancelar integralmente a multa por estimativa referente às competências de: i) outubro de 2001; ii) junho a agosto, outubro e dezembro de 2002 e iii) julho e agosto de 2004, em razão de saldo negativo verificado nos anos de 2001, 2002 e 2004. É como voto! (assinado digitalmente) Luis Fabiano Alves Penteado Fl. 1231DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11065.725323/2011-32
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 31 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Nov 28 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Ano-calendário: 2007
VEDAÇÃO AO CONFISCO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. EXAME NA ESFERA ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE.SÚMULA CARF Nº 02
É vedado ao órgão administrativo o exame da constitucionalidade da lei, bem como o de eventuais ofensas pela norma legal aos princípios constitucionais da proporcionalidade, razoabilidade e da vedação a tributo confiscatório. Aplicação Súmula CARF nº 02.
Numero da decisão: 1001-000.122
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
LIZANDRO RODRIGUES DE SOUSA - Presidente.
(assinado digitalmente)
EDUARDO MORGADO RODRIGUES - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues (Relator), José Roberto Adelino da Silva e Lizandro Rodrigues de Sousa (Presidente).
Nome do relator: EDUARDO MORGADO RODRIGUES
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ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Ano-calendário: 2007 VEDAÇÃO AO CONFISCO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. EXAME NA ESFERA ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE.SÚMULA CARF Nº 02 É vedado ao órgão administrativo o exame da constitucionalidade da lei, bem como o de eventuais ofensas pela norma legal aos princípios constitucionais da proporcionalidade, razoabilidade e da vedação a tributo confiscatório. Aplicação Súmula CARF nº 02.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) LIZANDRO RODRIGUES DE SOUSA - Presidente. (assinado digitalmente) EDUARDO MORGADO RODRIGUES - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues (Relator), José Roberto Adelino da Silva e Lizandro Rodrigues de Sousa (Presidente).
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RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. EXAME NA ESFERA ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE.SÚMULA CARF Nº 02 É vedado ao órgão administrativo o exame da constitucionalidade da lei, bem como o de eventuais ofensas pela norma legal aos princípios constitucionais da proporcionalidade, razoabilidade e da vedação a tributo confiscatório. Aplicação Súmula CARF nº 02. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) LIZANDRO RODRIGUES DE SOUSA Presidente. (assinado digitalmente) EDUARDO MORGADO RODRIGUES Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues (Relator), José Roberto Adelino da Silva e Lizandro Rodrigues de Sousa (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 06 5. 72 53 23 /2 01 1- 32 Fl. 57DF CARF MF Processo nº 11065.725323/201132 Acórdão n.º 1001000.122 S1C0T1 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário (fls. 48 a 53) interposto contra o Acórdão nº 0430.849, proferido pela 2ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Campo Grande/RS (fls. 36 a 40), que, por unanimidade, julgou parcialmente procedente a impugnação apresentada pela ora Recorrente, decisão esta consubstanciada na seguinte ementa: ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Anocalendário: 2007 VEDAÇÃO AO CONFISCO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. EXAME NA ESFERA ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE. É vedado ao órgão administrativo o exame da constitucionalidade da lei, bem como o de eventuais ofensas pela norma legal aos princípios constitucionais da proporcionalidade, razoabilidade e da vedação a tributo confiscatório. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. LEGALIDADE. ATO ADMINISTRATIVO. Em se tratando de obrigação tributária acessória, a lei estabelece as linhas gerais, cabendo ao ato administrativo especificar conteúdo, forma e periodicidade. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Por sua precisão na descrição dos fatos que desembocaram no presente processo, peço licença para adotar e reproduzir os termos do relatório da decisão da DRJ de origem: " Tratase de impugnação apresentada contra multa no montante de R$ 18.219,48, motivada por atraso na entrega de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF. A impugnante alegou violação ao princípio da legalidade. Disse que a simples existência de dispositivo legal prescrevendo a multa pelo atraso na entrega de DCTF não é suficiente para a validade da exigência da declaração. Além disso, o ato administrativo deve necessariamente observar normas e princípios constitucionais vigentes, entre os quais os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Disse ainda a impugnante que o descumprimento de uma obrigação acessória não poderia ensejar a aplicação de penalidade excessivamente gravosa, em total desacordo com a infração cometida. No caso concreto, a ausência de proporcionalidade e de razoabilidade confere à multa efeito confiscatório. Fundada nesses argumentos, pediu a extinção da multa. Fl. 58DF CARF MF Processo nº 11065.725323/201132 Acórdão n.º 1001000.122 S1C0T1 Fl. 4 3 Requereu, por último, que fosse apreciado o prequestionamento quanto à ausência de proporcionalidade frente ao art. 113, §3º, do Código Tributário Nacional, e ao art. 145, §1º, e art. 150, inciso IV, ambos da Constituição Federal." Inconformada com a decisão de primeiro grau, a ora Recorrente apresentou Recurso Voluntário mantendo o foco de sua argumentação em uma suposta ofensa aos princípios constitucionais da razoabilidade, proporcionalidade e do nãoconfisco, porquanto,em sua ótica, o valor da multa seria muito alto em relação ao valor do crédito tributário principal. Ainda, citou a ementa da análise da Repercussão Geral do Recurso Extraordinário nº 640.452 pelo E. Supremo Tribunal Federal, como jurisprudência para escorar suas pretensões. É o relatório. Voto Conselheiro Eduardo Morgado Rodrigues O presente Recurso Voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Conforme supra relatado, o Recorrente invoca como fundamentos de seu recurso a suposta ofensas aos princípios constitucionais, em especial o do NãoConfisco. Ocorre que, conforme foi bem decidido pela DRJ de origem por ocasião da análise da Impugnação, é vedado aos julgadores administrativos analisarem a inconstitucionalidade de lei. Tal entendimento já foi sumulado por meio do enunciado CARF de nº 02: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Outrossim, não se pode olvidar o caráter objetivo da multa em comento, isto é, a norma que a define não prevê qualquer análise de ordem subjetiva para o seu lançamento, não é necessária a apuração da existência de dolo ou culpa, tampouco é dado ao Auditor Fiscal margem para decidir quanto à necessidade ou conveniência de sua aplicação. Pelo contrário, tão logo seja constatado o atraso na entrega da DCTF surge o dever de ofício do lançamento da multa respectiva. Fl. 59DF CARF MF Processo nº 11065.725323/201132 Acórdão n.º 1001000.122 S1C0T1 Fl. 5 4 Desta forma, tendo o Agente Fiscal agido objetivamente na forma da lei, não vejo como seria possível reputar a conduta do lançamento fiscal como ofensiva aos princípios constitucionais sem que se repute a própria norma como contrária aos preceitos constitucionais. Ainda, quanto a citada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, devese atentar que se trata tão somente do reconhecimento de repercussão geral, o RE 640.452 ainda aguarda seu julgamento de mérito. Notese que , conforme previsto nos §§ 1º e 2º do RICARF, apenas as decisões definitivas plenárias do STF tem o condão de afastar a aplicabilidade da já citada Súmula CARF nº 02. Destarte, como ainda não há decisão definitiva do e. STF quanto ao objeto da presente controvérsia, entendo por afastar a argumentação da Recorrente. Diante de todo o exposto, VOTO no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário, mantendo in totum a decisão de primeira instância. É como voto. (assinado digitalmente) Eduardo Morgado Rodrigues Relator Fl. 60DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13811.002239/2005-34
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 26 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Nov 06 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 3302-000.663
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade votos, em converter o julgamento em diligência para aferir a divergência entre a data de carimbo aposta no recurso voluntário e a data relativa ao termo de juntada do recurso voluntário.
[assinado digitalmente] Paulo Guilherme Déroulède - Presidente.
[assinado digitalmente] Maria do Socorro Ferreira Aguiar - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, José Renato Pereira de Deus, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Charles Pereira Nunes, Sarah Maria Linhares de Araújo e Walker Araújo.
RELATÓRIO
Nome do relator: MARIA DO SOCORRO FERREIRA AGUIAR
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade votos, em converter o julgamento em diligência para aferir a divergência entre a data de carimbo aposta no recurso voluntário e a data relativa ao termo de juntada do recurso voluntário. [assinado digitalmente] Paulo Guilherme Déroulède Presidente. [assinado digitalmente] Maria do Socorro Ferreira Aguiar Relatora. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, José Renato Pereira de Deus, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Charles Pereira Nunes, Sarah Maria Linhares de Araújo e Walker Araújo. RELATÓRIO Tratamse de Embargos de Declaração opostos pelo contribuinte com o objetivo de sanar suposta obscuridade no acórdão embargado nº 3302002.924, de 09 de dezembro de 2015, cuja ementa assim dispõe: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 RECURSO VOLUNTÁRIO NÃO CONHECIDO. PEREMPÇÃO CARACTERIZADA. Efetivase a ciência do Contribuinte através do Domicílio Tributário Eletrônico DTE por decurso de prazo, que ocorre quinze dias após a RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 38 11 .0 02 23 9/ 20 05 -3 4 Fl. 751DF CARF MF Processo nº 13811.002239/200534 Resolução nº 3302000.663 S3C3T2 Fl. 752 2 disponibilização da intimação no DTE, ou no dia da abertura do documento, se esse for o evento que ocorrer primeiro nos termos do inciso III, "b" do § 2º do art. 23 do Decreto nº 70.235, de 1972. Recurso Voluntário Não Conhecido Direito Creditório Não Reconhecido Através de Embargos de Declaração, argui a Embargante suscitando obscuridade, visto que o voto condutor, valendose da redação atribuída pela Lei n° 12.844, de 2013 à alínea "b", do inciso III, do § 2º, do art. 23, do Decreto n° 70.235, de 1972, considerou que a intimação do acórdão da DRJ teria ocorrido quando a Embargante acessou o Termo de Abertura em sua caixa postal, em 23/05/2013, iniciandose o prazo para interposição do recurso em 24/05/2013, de forma que sua apresentação em 05/07/2013 estaria intempestiva. Destaca que, são obscuras as razões do voto condutor do r. acórdão, tendo em vista que a Lei n° 12.844, de 2013 passou a vigorar apenas em 19/07/2013, portanto, posteriormente à interposição do recurso voluntário em análise que, frisese, ocorreu em 05/07/2013. Ao final pleiteia a embargante que seja sanada a obscuridade, atribuindose efeitos infringentes aos presentes embargos, para seja reconhecida a tempestividade do recurso voluntário interposto e consequentemente, apreciadas as razões recursais. Com base nas razões aduzidas, com fundamento no art. 65, § 3º, do Anexo II do Regimento Interno deste Conselho, aprovado pela Portaria MF 259/2009 (RICARF/2009), o Presidente da 2ª TO/3ª Seção/CARF admitiu os embargos de declaração opostos pelo contribuinte. É o relatório. VOTO Conselheira Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Relatora: Dos requisitos de admissibilidade Uma vez cumpridos os requisitos de admissibilidade, tomase conhecimento dos presentes embargos de declaração, para análise do alegado vício de obscuridade. Assiste razão à Embargante, visto que embora esteja registrado que o contribuinte tenha tomado ciência do Acórdão de Manifestação de Inconformidade no dia 23/05/2013 (quintafeira), fl.381, prevalece no caso a ciência por decurso de prazo que ocorreu em 06/06/2013, conforme o Termo de Ciência por Decurso de Prazo de fl.382 visto que a Lei nº 12.844, de 2013 que dispôs sobre a efetividade da intimação na data em que o sujeito passivo efetuar consulta no endereço eletrônico a ele atribuído pela administração tributária, se ocorrida antes do prazo previsto no inciso III, alínea "a" do § 2º do art. 23 do Decreto nº 70.235, de 1972, foi publicada no DOU de 19/07/2013, sendo portanto incabível a geração pelo sistema do Termo de Abertura de Documento, fl. 381 para fins de efetividade da ciência nele consignada. Fl. 752DF CARF MF Processo nº 13811.002239/200534 Resolução nº 3302000.663 S3C3T2 Fl. 753 3 Ocorre que observase dos autos as seguintes datas conforme os atos processuais indicados: TERMO DE CIÊNCIA POR DECURSO DE PRAZO fl.382: Foi dada ciência, ao Contribuinte, dos documentos relacionados abaixo, por decurso de prazo de 15 dias a contar da disponibilização destes documentos através da Caixa Postal, Modulo eCAC do Site da Receita Federal. Data da disponibilização na Caixa Postal: 22/05/2013 Data da ciência por decurso de prazo: 06/06/2013 TERMO DE SOLICITAÇÃO DE JUNTADA fl.383: Solicito a juntada dos documentos seguintes ao processo supracitado: RECURSO VOLUNTÁRIO DATA DE EMISSÃO: 15/07/2013 13:23:15 por LORENA GUEDES DOS SANTOS Com efeito, à fl.384 consta um carimbo de recepção, com data de 05/07/2013 do Recurso Voluntário pelo CAC/PAULISTA/DERAT/SP. Cumpre destacar as disposições normativas, quanto às formas de intimação e a efetivação destas para fins de contagem dos prazos processuais, vigentes à época dos atos processuais acima citados: · Decreto nº 70.235, de 1972: Art. 2º Os atos e termos processuais, quando a lei não prescrever forma determinada, conterão somente o indispensável à sua finalidade, sem espaço em branco, e sem entrelinhas, rasuras ou emendas não ressalvadas. Parágrafo único. Os atos e termos processuais a que se refere o caput deste artigo poderão ser encaminhados de forma eletrônica ou apresentados em meio magnético ou equivalente, conforme disciplinado em ato da administração tributária. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)(grifei). “Art. 5º. Os prazos serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia de início e incluindose o do vencimento. (grifei). Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que ocorra o processo ou deva ser praticado o ato. Art. 23. Farseá a intimação: (...) III por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) Fl. 753DF CARF MF Processo nº 13811.002239/200534 Resolução nº 3302000.663 S3C3T2 Fl. 754 4 b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo. (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) § 2° Considerase feita a intimação: (...) III se por meio eletrônico, 15 (quinze) dias contados da data registrada: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) a) no comprovante de entrega no domicílio tributário do sujeito passivo; ou (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005)(grifei). (...) § 4o Para fins de intimação, considerase domicílio tributário do sujeito passivo: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) (...) II o endereço eletrônico a ele atribuído pela administração tributária, desde que autorizado pelo sujeito passivo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)(grifei). § 5o O endereço eletrônico de que trata este artigo somente será implementado com expresso consentimento do sujeito passivo, e a administração tributária informarlheá as normas e condições de sua utilização e manutenção. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) § 6o As alterações efetuadas por este artigo serão disciplinadas em ato da administração tributária. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (grifei). · Portaria MF nº 527, de 09 de novembro de 2010: Art. 1º A elaboração e o encaminhamento de atos e termos processuais em forma eletrônica serão realizados, no âmbito do Ministério da Fazenda (MF), conforme o disposto nesta Portaria. Art. 3º Será considerada como data de protocolo da impugnação, do recurso e dos documentos apresentados eletronicamente a data e hora de recebimento dos dados pelo centro virtual dos órgãos do MF disponível na Internet.(grifei) § 1º O recebimento pelo centro virtual a que se refere o caput será efetuado das 8 às 20 horas, horário de Brasília. § 2º A tempestividade da impugnação ou do recurso será aferida pela data e hora referida no caput.(grifei) Estando demonstrado que o contribuinte tomou ciência do Acórdão de Impugnação em 06/06/2013, conforme Termo de Ciência por Decurso de Prazo, fl.382, correspondente ao 15º (décimo quinto dia) contado da data da disponibilização na Caixa Postal em 22/05/2013, conforme prevê o art. 23, § 2º, III, "a" do nº 70.235, de 1972, norma vigente à época da apresentação do Recurso Voluntário, a apresentação em 15/07/2013 do referido Fl. 754DF CARF MF Processo nº 13811.002239/200534 Resolução nº 3302000.663 S3C3T2 Fl. 755 5 recurso de fls. 384/558 através do Termo de Solicitação de Juntada, fl.383 é extemporâneo ao prazo legal estabelecido no art. 33 do Decreto nº 70.235, de 1972, que assim prevê: Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão.(grifei). No entanto, à fl. 384 consta um carimbo de recepção, com data de 05/07/2013 do Recurso Voluntário pelo CAC/PAULISTA/DERAT/SP. Assim, diante da divergência de datas e em face das disposições do art. 3º e §§ 1º e 2º da Portaria MF nº 527, de 2010 acima transcritos, para aferição da tempestividade do recurso voluntário apresentado eletronicamente, VOTO PELA CONVERSÃO DO JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA, para que a unidade preparadora, no âmbito de sua competência, conferida pelos artigos 124 e 35 do Decreto nº 70.235, de 1972, justifique a divergência acima constatada. Após ciência ao sujeito passivo do resultado da diligência, com reabertura do prazo de 30 (trinta dias) para apresentação de manifestação de inconformidade no tocante às conclusões da diligência proposta, devolvase o processo a este E. Conselho para a conclusão do julgamento. É como voto. [Assinado digitalmente] Maria do Socorro Ferreira Aguiar 1 Art. 24. O preparo do processo compete à autoridade local do órgão encarregado da administração do tributo. Parágrafo único. Quando o ato for praticado por meio eletrônico, a administração tributária poderá atribuir o preparo do processo a unidade da administração tributária diversa da prevista nocaputdeste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) Fl. 755DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 14489.000219/2008-43
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Sep 26 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Nov 27 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Data do fato gerador: 01/09/2005, 31/07/2007
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. AUTO DE INFRAÇÃO. APLICAÇÃO DE PENALIDADE. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 8.212/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA MP 449/2008, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.941/2009. PORTARIA PGFN/RFB Nº 14 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2009.
Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, antes de tudo, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto que sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta.
O cálculo da penalidade deve ser efetuado em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, se mais benéfico para o sujeito passivo.
Numero da decisão: 9202-005.891
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em dar-lhe provimento, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14, de 2009.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Cecília Lustosa da Cruz (suplente convocada) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri.
Nome do relator: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Data do fato gerador: 01/09/2005, 31/07/2007 CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. AUTO DE INFRAÇÃO. APLICAÇÃO DE PENALIDADE. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 8.212/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA MP 449/2008, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.941/2009. PORTARIA PGFN/RFB Nº 14 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2009. Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, antes de tudo, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto que sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. O cálculo da penalidade deve ser efetuado em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, se mais benéfico para o sujeito passivo.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em dar-lhe provimento, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14, de 2009. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Cecília Lustosa da Cruz (suplente convocada) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri.
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AUTO DE INFRAÇÃO. APLICAÇÃO DE PENALIDADE. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 8.212/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA MP 449/2008, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.941/2009. PORTARIA PGFN/RFB Nº 14 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2009. Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, antes de tudo, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto que sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. O cálculo da penalidade deve ser efetuado em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, se mais benéfico para o sujeito passivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em darlhe provimento, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14, de 2009. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 14 48 9. 00 02 19 /2 00 8- 43 Fl. 493DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 2 (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos – Presidente em exercício e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Cecília Lustosa da Cruz (suplente convocada) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Relatório O presente recurso foi objeto de julgamento na sistemática prevista no art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, adoto o relatório objeto do processo paradigma deste julgamento, n° 15979.000274/200701. Tratase de auto de infração, referente às contribuições devidas ao INSS, destinadas à Seguridade Social. A divergência em exame reportase à aplicação do princípio da retroatividade benigna previsto no artigo 106, inciso II, alínea “c”, do CTN, em face das penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009. A Fazenda Nacional interpôs recurso especial requerendo que a retroatividade benigna fosse aplicada, essencialmente, pelos critérios constantes na Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009. Cientificado, o sujeito passivo não apresentou contrarrazões. É o relatório. Fl. 494DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 3 Voto Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos – Relator Este processo foi julgado na sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9202005.782, de 26/09/2017, proferido no julgamento do processo 15979.000274/200701, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio nos termos regimentais, o inteiro teor do voto proferido naquela decisão (Acórdão 9202005.782): Pressupostos De Admissibilidade O Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, portanto deve ser conhecido. Do mérito Aplicação da multa retroatividade benigna Cingese a controvérsia às penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP nº 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009, quando mais benéfica ao sujeito passivo. A solução do litígio decorre do disposto no artigo 106, inciso II, alínea “a” do CTN, a seguir transcrito: Art. 106. A lei aplicase a ato ou fato pretérito: I em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II tratandose de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de definilo como infração; b) quando deixe de tratálo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. (grifos acrescidos) De inicio, cumpre registrar que a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), de forma unânime pacificou o entendimento de que na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade Fl. 495DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 4 benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, basicamente, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. Assim, a multa de mora prevista no art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, não é aplicável quando realizado o lançamento de ofício, conforme consta do Acórdãonº9202004.262 (Sessão de23dejunhode2016), cuja ementa transcrevese: AUTO DE INFRAÇÃO OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA MULTA APLICAÇÃO NOS LIMITES DA LEI 8.212/91 C/C LEI 11.941/08 APLICAÇÃO DA MULTA MAIS FAVORÁVEL RETROATIVIDADE BENIGNA NATUREZA DA MULTA APLICADA. A multa nos casos em que há lançamento de obrigação principal lavrados após a MP 449/2008, convertida na lei 11.941/2009, mesmo que referente a fatos geradores anteriores a publicação da referida lei, é de ofício. AUTO DE INFRAÇÃO DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA COMPARATIVO DE MULTAS APLICAÇÃO DE PENALIDADE. RETROATIVIDADE BENIGNA. Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre percentuais e limites. É necessário, basicamente, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. Se as multas por descumprimento de obrigações acessória e principal foram exigidas em procedimentos de ofício, ainda que em separado, incabível a aplicação retroativa do art. 32A, da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009, eis que esta última estabeleceu, em seu art. 35A, penalidade única combinando as duas condutas. A legislação vigente anteriormente à Medida Provisória n° 449, de 2008, determinava, para a situação em que ocorresse (a) recolhimento insuficiente do tributo e (b) falta de declaração da verba tributável em GFIP, a constituição do crédito tributário de ofício, acrescido das multas previstas nos arts. 35, II, e 32, § 5o, ambos da Lei n° 8.212, de 1991, respectivamente. Posteriormente, foi determinada, para essa mesma situação (falta de pagamento e de declaração), apenas a aplicação do art. 35A da Lei n° 8.212, de 1991, que faz remissão ao art. 44 da Lei n° 9.430, de 1996. Portanto, para aplicação da retroatividade benigna, resta necessário comparar (a) o somatório das multas previstas nos arts. 35, II, e 32, § 5o, ambos da Lei n° 8.212, de 1991, e (b) a multa prevista no art. 35A da Lei n° 8.212, de 1991. Fl. 496DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 5 A comparação de que trata o item anterior tem por fim a aplicação da retroatividade benigna prevista no art. 106 do CTN e, caso necessário, a retificação dos valores no sistema de cobrança, a fim de que, em cada competência, o valor da multa aplicada no AIOA somado com a multa aplicada na NFLD/AIOP não exceda o percentual de 75%. Prosseguindo na análise do tema, também é entendimento pacífico deste Colegiado que na hipótese de lançamento apenas de obrigação principal, a retroatividade benigna será aplicada se, na liquidação do acórdão, a penalidade anterior à vigência da MP 449, de 2008, ultrapassar a multa do art. 35A da Lei n° 8.212/91, correspondente aos 75% previstos no art. 44 da Lei n° 9.430/96. Caso as multas previstas nos §§ 4º e 5º doart. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pelaMP 449 (convertida na Lei 11.941, de 2009), tenham sido aplicadas isoladamente descumprimento de obrigação acessória sem a imposição de penalidade pecuniária pelo descumprimento de obrigação principal deverão ser comparadas com as penalidades previstas noart. 32A da Lei nº 8.212, de 1991, bem assim no caso de competências em que o lançamento da obrigação principal tenha sido atingida pela decadência. Neste sentido, transcrevese excerto do voto unânime proferido no Acórdãonº9202004.499 (Sessão de 29desetembrode2016): Até a edição da MP 449/2008, quando realizado um procedimento fiscal, em que se constatava a existência de débitos previdenciários, lavravase em relação ao montante da contribuição devida, notificação fiscal de lançamento de débito NFLD. Caso constatado que, além do montante devido, descumprira o contribuinte obrigação acessória, ou seja, obrigação de fazer, como no caso de omissão em GFIP (que tem correlação direta com o fato gerador), a empresa era autuada também por descumprimento de obrigação acessória. Nessa época os dispositivos legais aplicáveis eram multa art. 35 para a NFLD (24%, que sofria acréscimos dependendo da fase processual do débito) e art. 32 (100% da contribuição devida em caso de omissões de fatos geradores em GFIP) para o Auto de infração de obrigação acessória. Contudo, a MP 449/2008, convertida na lei 11.941/2009, inseriu o art. 32A, o qual dispõe o seguinte: “Art. 32A. O contribuinte que deixar de apresentar a declaração de que trata o inciso IV do caput do art. 32 desta Lei no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou omissões será intimado a apresentála ou a prestar esclarecimentos e sujeitarseá às seguintes multas: Fl. 497DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 6 I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas; e II – de 2% (dois por cento) ao mêscalendário ou fração, incidentes sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3o deste artigo. § 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso II do caput deste artigo, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de nãoapresentação, a data da lavratura do auto de infração ou da notificação de lançamento. § 2o Observado o disposto no § 3o deste artigo, as multas serão reduzidas: I – à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou II – a 75% (setenta e cinco por cento), se houver apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. § 3o A multa mínima a ser aplicada será de: I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratandose de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária; e II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais casos.” Entretanto, a MP 449, Lei 11.941/2009, também acrescentou o art. 35A que dispõe o seguinte, “Art. 35A. Nos casos de lançamento de ofício relativos às contribuições referidas no art. 35 desta Lei, aplicase o disposto no art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.” O inciso I do art. 44 da Lei 9.430/96, por sua vez, dispõe o seguinte: “Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: I de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata “ Com a alteração acima, em caso de atraso, cujo recolhimento não ocorrer de forma espontânea pelo contribuinte, levando ao lançamento de ofício, a multa a ser aplicada passa a ser a estabelecida no dispositivo acima citado, ou seja, em havendo lançamento da obrigação principal (a antiga NFLD), aplicase multa de ofício no patamar de 75%. Essa conclusão levanos ao Fl. 498DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 7 raciocínio que a natureza da multa, sempre que existe lançamento, referese a multa de ofício e não a multa de mora referida no antigo art. 35 da lei 8212/91. Contudo, mesmo que consideremos que a natureza da multa é de "multa de ofício" não podemos isoladamente aplicar 75% para as Notificações Fiscais NFLD ou Autos de Infração de Obrigação Principal AIOP, pois estaríamos na verdade retroagindo para agravar a penalidade aplicada. Por outro lado, com base nas alterações legislativas não mais caberia, nos patamares anteriormente existentes, aplicação de NFLD + AIOA (Auto de Infração de Obrigação Acessória) cumulativamente, pois em existindo lançamento de ofício a multa passa a ser exclusivamente de 75%. Tendo identificado que a natureza da multa, sempre que há lançamento, é de multa de ofício, considerando o princípio da retroatividade benigna previsto no art. 106. inciso II, alínea “c”, do Código Tributário Nacional, há que se verificar a situação mais favorável ao sujeito passivo, face às alterações trazidas. No presente caso, foi lavrado AIOA julgada, e alvo do presente recurso especial, prevaleceu o valor de multa aplicado nos moldes do art. 32A. No caso da ausência de informação em GFIP, conforme descrito no relatório a multa aplicada ocorreu nos termos do art. 32, inciso IV, § 5º, da Lei nº 8.212/1991 também revogado, o qual previa uma multa no valor de 100% (cem por cento) da contribuição não declarada, limitada aos limites previstos no § 4º do mesmo artigo. Face essas considerações para efeitos da apuração da situação mais favorável, entendo que há que se observar qual das seguintes situações resulta mais favorável ao contribuinte: · Norma anterior, pela soma da multa aplicada nos moldes do art. 35, inciso II com a multa prevista no art. 32, inciso IV, § 5º, observada a limitação imposta pelo § 4º do mesmo artigo, ou · Norma atual, pela aplicação da multa de setenta e cinco por cento sobre os valores não declarados, sem qualquer limitação, excluído o valor de multa mantido na notificação. Levando em consideração a legislação mais benéfica ao contribuinte, conforme dispõe o art. 106 do Código Tributário Nacional (CTN), o órgão responsável pela execução do acórdão deve, quando do trânsito em julgado administrativo, efetuar o cálculo da multa, em cada competência, somando o valor da multa aplicada no AI de obrigação acessória com a multa aplicada na Fl. 499DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 8 NFLD/AIOP, que não pode exceder o percentual de 75%, previsto no art. 44, I da Lei n° 9.430/1996. Da mesma forma, no lançamento apenas de obrigação principal o valor das multa de ofício não pode exceder 75%. No AI de obrigação acessória, isoladamente, o percentual não pode exceder as penalidades previstas no art. 32A da Lei nº 8.212, de 1991. Observese que, no caso de competências em que a obrigação principal tenha sido atingida pela decadência (pela antecipação do pagamento nos termos do art. 150, § 4º, do CTN), subsiste a obrigação acessória, isoladamente, relativa às mesmas competências, não atingidas pela decadência posto que regidas pelo art. 173, I, do CTN, e que, portanto, deve ter sua penalidade limitada ao valor previsto no artigo 32A da Lei nº 8.212, de 1991. Cumpre ressaltar que o entendimento acima está em consonância com o que dispõe a Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.027 em 22/04/2010, e no mesmo diapasão do que estabelece a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, que contempla tanto os lançamentos de obrigação principal quanto de obrigação acessória, em conjunto ou isoladamente. Neste passo, para os fatos geradores ocorridos até 03/12/2008, a autoridade responsável pela execução do acórdão, quando do trânsito em julgado administrativo, deverá observar a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009 que se reporta à aplicação do princípio da retroatividade benigna previsto no artigo 106, inciso II, alínea “c”, do CTN, em face das penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias nos lançamentos de obrigação principal e de obrigação acessória, em conjunto ou isoladamente, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009. De fato, as disposições da referida Portaria, a seguir transcritas, estão em consonância com a jurisprudência unânime desta 2ª Turma da CSRF sobre o tema: Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009 Art. 1º A aplicação do disposto nos arts. 35 e 35A da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, às prestações de parcelamento e aos demais débitos não pagos até 3 de dezembro de 2008, inscritos ou não em Dívida Ativa, cobrados por meio de processo ainda não definitivamente julgado, observará o disposto nesta Portaria. Art. 2º No momento do pagamento ou do parcelamento do débito pelo contribuinte, o valor das multas aplicadas será analisado e os lançamentos, se necessário, serão retificados, para fins de aplicação da penalidade mais benéfica, nos termos da alínea "c" do inciso II do art. 106 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional (CTN). Fl. 500DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 9 § 1º Caso não haja pagamento ou parcelamento do débito, a análise do valor das multas referidas no caput será realizada no momento do ajuizamento da execução fiscal pela ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN). § 2º A análise a que se refere o caput darseá por competência. § 3º A aplicação da penalidade mais benéfica na forma deste artigo darseá: I mediante requerimento do sujeito passivo, dirigido à autoridade administrativa competente, informando e comprovando que se subsume à mencionada hipótese; ou II de ofício, quando verificada pela autoridade administrativa a possibilidade de aplicação. § 4º Se o processo encontrarse em trâmite no contencioso administrativo de primeira instância, a autoridade julgadora fará constar de sua decisão que a análise do valor das multas para verificação e aplicação daquela que for mais benéfica, se cabível, será realizada no momento do pagamento ou do parcelamento. Art. 3º A análise da penalidade mais benéfica, a que se refere esta Portaria, será realizada pela comparação entre a soma dos valores das multas aplicadas nos lançamentos por descumprimento de obrigação principal, conforme o art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, e de obrigações acessórias, conforme §§ 4º e 5º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, e da multa de ofício calculada na forma do art. 35A da Lei nº 8.212, de 1991, acrescido pela Lei nº 11.941, de 2009. § 1º Caso as multas previstas nos §§ 4º e 5º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, tenham sido aplicadas isoladamente, sem a imposição de penalidade pecuniária pelo descumprimento de obrigação principal, deverão ser comparadas com as penalidades previstas no art. 32A da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009. § 2º A comparação na forma do caput deverá ser efetuada em relação aos processos conexos, devendo ser considerados, inclusive, os débitos pagos, os parcelados, os nãoimpugnados, os inscritos em Dívida Ativa da União e os ajuizados após a publicação da Medida Provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008. Art. 4º O valor das multas aplicadas, na forma do art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, sobre as contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, deverá ser comparado com o valor das multa de Fl. 501DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 10 ofício previsto no art. 35A daquela Lei, acrescido pela Lei nº 11.941, de 2009, e, caso resulte mais benéfico ao sujeito passivo, será reduzido àquele patamar. Art. 5º Na hipótese de ter havido lançamento de ofício relativo a contribuições declaradas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), a multa aplicada limitarseá àquela prevista no art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009. Em face ao exposto, dou provimento ao recurso para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009. Por fim, destacase que, independente do lançamento fiscal analisado referirse a Auto de Infração de Obrigação Principal (AIOP) e Acessória (AIOA), este último consubstanciado na omissão de fatos geradores em GFIP, lançados em conjunto, ou seja formalizados em um mesmo processo, ou em processos separados, a aplicação da legislação não sofrerá qualquer alteração, posto que a Portaria PGFN/RFB nº 14/2009 contempla todas as possibilidades, já que a tese ali adotada tem por base a natureza das multas. Conclusão Face o exposto, voto no sentido de CONHECER do recurso ESPECIAL DA FAZENDA NACIONAL, para, no mérito, DAR LHE PROVIMENTO, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009. É como voto. Face o exposto, voto por conhecer do Recurso Especial e, no mérito, darlhe provimento, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14, de 2009. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Fl. 502DF CARF MF Processo nº 14489.000219/200843 Acórdão n.º 9202005.891 CSRFT2 Fl. 0 11 Fl. 503DF CARF MF
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Numero do processo: 11065.902461/2008-46
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 19 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Dec 07 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 1201-000.303
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência.
(assinado digitalmente)
Roberto Caparroz de Almeida - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida, Eva Maria Los, Rafael Gasparello Lima, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli, Jose Carlos de Assis Guimarães e Eduardo Morgado Rodrigues.
Nome do relator: ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência. (assinado digitalmente) Roberto Caparroz de Almeida Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Roberto Caparroz de Almeida, Eva Maria Los, Rafael Gasparello Lima, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli, Jose Carlos de Assis Guimarães e Eduardo Morgado Rodrigues. Relatório Tratase de processo administrativo decorrente de DCOMP apresentada pelo DIMARI INDUSTRIAL DE COMPONENTES PARA CALÇADOS LTDA., CNPJ 89.420.372/000126, para fins de formalizar a compensação de determinado crédito oriundo de pagamento a maior com determinado débito de sua responsabilidade. Por meio de Despacho Decisório, o direito creditório não foi reconhecido, sob a alegação de insuficiência de crédito. Mais precisamente, aduz a autoridade fiscal competente que o DARF vinculado ao pretenso pagamento a maior já teria sido utilizado para quitar débito informado pelo próprio contribuinte em DCTF, não restando saldo disponível. A contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade, alegando que o crédito, na verdade, diz respeito a Saldo Negativo, e não pagamento a maior propriamente dito. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 10 65 .9 02 46 1/ 20 08 -4 6 Fl. 88DF CARF MF Processo nº 11065.902461/200846 Resolução nº 1201000.303 S1C2T1 Fl. 3 2 A DRJ não conheceu o pleito do contribuinte, sob duas premissas: (i) de que o processo administrativo fiscal não se prestaria a retificar DCTF; e (ii) de que a contribuinte não teria atacado os fundamentos do despacho decisório, que foi emitido com base em DCTF válida, eficaz e espontaneamente apresentada. A empresa, então, apresentou recurso voluntário, por meio do qual esclarece que houve erro de fato no preenchimento da DCOMP, e não da DCTF, sendo a negativa de análise do direito creditório fato que viola os princípios da eficiência, razoabilidade, proporcionalidade, verdade material e o artigo 112 do CTN. É o relatório. Voto Conselheiro Roberto Caparroz de Almeida Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução nº 1201 000.294, de 19.10.2017, proferido no julgamento do Processo nº 11065.902152/200876, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Resolução nº 1201000.294): O recurso voluntário atende os pressupostos formais e materiais, razão pela qual dele tomo conhecimento e passo a apreciálo. Na DCOMP ora em análise, o contribuinte indicou como origem do crédito um pagamento a maior feito a título de estimativa. Como, porém, a DCTF indica a existência de débito no mesmo montante, o despacho eletrônico não acusou a existência de crédito. Por ocasião da Manifestação de Inconformidade e Recurso Voluntário, o contribuinte esclarece que, na verdade, o crédito diz respeito ao Saldo Negativo apurado no ano, e não a estimativa, assumindo que teria se equivocado no preenchimento da origem exata do crédito. E para justificar esse alegado erro, a contribuinte anexa a sua DIPJ, que realmente indica a apuração de Saldo Negativo no ano, assim como uma planilha que resume as compensações efetuadas com tal saldo. Já a decisão de primeira instância não analisou o mérito da questão, tendo indeferido o pleito por razões de incompetência. Nesse contexto, entendo que o mero erro de fato não é suficiente para não homologar a compensação, em razão dos princípios da legalidade e verdade material, sendo necessária a apreciação do mérito propriamente dito. Do exposto, voto no sentido de converter o julgamento em diligência, para determinar o retorno dos autos à unidade de origem, para que, diante das informações e documentos trazidos pela Recorrente na Fl. 89DF CARF MF Processo nº 11065.902461/200846 Resolução nº 1201000.303 S1C2T1 Fl. 4 3 defesa e recurso, seja verificado o mérito da existência, suficiência e disponibilidade do crédito de Saldo Negativo alegado. Após a conclusão desta diligência, deve ser cientificada a contribuinte acerca do Relatório Conclusivo, para que se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias e, em seguida, retornem os autos para julgamento. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, voto por converter o julgamento em diligência. (assinado digitalmente) Roberto Caparroz de Almeida Fl. 90DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10880.910762/2008-77
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Sep 19 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Fri Dec 01 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Data do fato gerador: 30/09/2000
DCTF RETIFICADORA APRESENTADA APÓS CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO. EFEITOS.
A retificação da DCTF após a ciência do Despacho Decisório que indeferiu o pedido de restituição não é suficiente para a comprovação do crédito, sendo indispensável a comprovação do erro em que se funde.
Recurso Especial do Contribuinte Negado.
Numero da decisão: 9303-005.717
Decisão:
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento.
(Assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em Exercício e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza, Demes Brito, Luiz Augusto do Couto Chagas, Valcir Gassen e Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
1.0 = *:*
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Data do fato gerador: 30/09/2000 DCTF RETIFICADORA APRESENTADA APÓS CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO. EFEITOS. A retificação da DCTF após a ciência do Despacho Decisório que indeferiu o pedido de restituição não é suficiente para a comprovação do crédito, sendo indispensável a comprovação do erro em que se funde. Recurso Especial do Contribuinte Negado.
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decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento. (Assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em Exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza, Demes Brito, Luiz Augusto do Couto Chagas, Valcir Gassen e Vanessa Marini Cecconello.
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COMPROVAÇÃO DO CRÉDITO ALEGADO. Recorrente FLEURY S.A. Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 30/09/2000 DCTF RETIFICADORA APRESENTADA APÓS CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO. EFEITOS. A retificação da DCTF após a ciência do Despacho Decisório que indeferiu o pedido de restituição não é suficiente para a comprovação do crédito, sendo indispensável a comprovação do erro em que se funde. Recurso Especial do Contribuinte Negado. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negarlhe provimento. (Assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em Exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza, Demes Brito, Luiz Augusto do Couto Chagas, Valcir Gassen e Vanessa Marini Cecconello. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 91 07 62 /2 00 8- 77 Fl. 312DF CARF MF Processo nº 10880.910762/200877 Acórdão n.º 9303005.717 CSRFT3 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Especial de Divergência interposto tempestivamente pela contribuinte contra o Acórdão nº 3802002.007, de 24/09/2013, proferido pela 2ª Turma Especial da Terceira Seção do CARF, que fora assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 30/09/2000 PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte, a despeito da retificação extemporânea da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. A simples retificação, desacompanhada de qualquer prova, não autoriza a homologação da compensação. Recurso Voluntário Negado. Direito Creditório Não Reconhecido. Irresignada, a Recorrente se insurgiu contra o entendimento esposado no acórdão recorrido quanto à impossibilidade de apresentação de DCTF retificadora, após o Despacho Decisório e no prazo da Manifestação de Inconformidade, para a comprovação do direito creditório alegado. Alega divergência com relação ao que decidido nos Acórdãos nº 1302001.423 (possibilidade de homologação da PER/DCOMP em face da apresentação de DCTF retificadora após o Despacho Decisório) e 3401002.744 e 3401002.128 (necessidade de conversão do julgamento em diligência caso não seja reconhecido o direito à homologação com base na DCTF retificada). Por meio do exame de admissibilidade do recurso, propôsse o seu não seguimento, o que, embora acatado pelo Presidente do CARF em despacho de reexame, foi revertido por medida liminar em mandado de segurança, determinando o seguimento do recurso especial. Intimada, a PFN apresentou contrarrazões ao recurso. É o Relatório. Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Relator Fl. 313DF CARF MF Processo nº 10880.910762/200877 Acórdão n.º 9303005.717 CSRFT3 Fl. 4 3 O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9303005.708, de 19/09/2017, proferido no julgamento do processo 10880.910755/200875, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 9303005.708): "Em face do provimento judicial que determinou a este Colegiado Administrativo o seguimento do recurso especial, ultrapassamos a análise de sua admissibilidade e passamos ao mérito do litígio. Neste, como já registramos noutros processos envolvendo matéria idêntica, esta Corte Administrativa vem entendendo que a retificação posterior ao Despacho Decisório não impediria o deferimento do pedido quando acompanhada de provas documentais comprovando o erro cometido no preenchimento da declaração original, conforme preconiza o § 1º do art. 147 do CTN: Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. Nesse contexto, ainda que não se tenha concordado com o argumento de que a falta de DCTF retificadora não seria óbice ao deferimento do pedido (coisa com a qual também concordamos), não se poderia, pura e simplesmente, dar provimento ao recurso especial, mas retornar os autos à unidade de origem, a fim de que, ultrapassada a questão, enfrentasse o mérito do litígio, mediante a análise da documentação fiscal ou contábil por meio da qual se pudesse comprovar o crédito a ser restituído. Para nós, portanto, correta a Câmara baixa, ao afirmar que a DCTF retificadora apresentada após a ciência do Despacho Decisório não seria suficiente para a demonstração do crédito, sendo indispensável, nos termos do § 1º do art. 147 do CTN, supra, a comprovação do erro em que se fundou a retificação, o que, no caso ora em exame, não se verificou, daí porque absolutamente impertinente converter o julgamento em diligência, como pretende a Recorrente1. Ante o exposto, conheço do recurso especial em face do provimento judicial e, no mérito, negolhe provimento." Da mesma forma que ocorreu no caso do paradigma, no presente processo a contribuinte também "limitouse a retificar a DCTF, sem apresentar qualquer prova da liquidez e da certeza do direito de crédito". 1 Segundo o relator do acórdão recorrido: "No presente caso, o contribuinte limitouse a retificar a Dctf, sem apresentar qualquer prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Portanto, nada justifica a reforma da decisão recorrida, porque cabe ao interessado o ônus da prova nos pedidos de compensação e de restituição". Fl. 314DF CARF MF Processo nº 10880.910762/200877 Acórdão n.º 9303005.717 CSRFT3 Fl. 5 4 Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, o recurso especial foi conhecido em face do provimento judicial e, no mérito, o colegiado negoulhe provimento. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 315DF CARF MF
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Numero do processo: 11065.001922/2003-57
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Nov 30 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Sat Feb 03 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/01/1998 a 30/06/1998
CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. DECADÊNCIA. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. INOCORRÊNCIA.
Por força do disposto no art. 62-A do RICARF. c/c a decisão do STJ, no REsp 973.733/SC, sob o regime do art. 543-C do CPC, a contagem do prazo qüinqüenal decadencial, nos casos em que não há antecipação de pagamento por conta das parcelas lançadas e exigidas, deve ser efetuada nos termos do art. 173 do Código Tributário Nacional.
Numero da decisão: 9303-006.028
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, por maioria de votos, em negar-lhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama (relatora), Valcir Gassen (suplente convocado em substituição à conselheira Érika Costa Camargos Autran) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe deram provimento. Designado para redigir o voto vencedor o conselheiro Andrada Márcio Canuto Natal.
(Assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício
(Assinado digitalmente)
Tatiana Midori Migiyama Relatora
(Assinado digitalmente)
Andrada Márcio Canuto Natal - Redator designado
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Valcir Gassen e Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: TATIANA MIDORI MIGIYAMA
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/01/1998 a 30/06/1998 CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. DECADÊNCIA. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. INOCORRÊNCIA. Por força do disposto no art. 62-A do RICARF. c/c a decisão do STJ, no REsp 973.733/SC, sob o regime do art. 543-C do CPC, a contagem do prazo qüinqüenal decadencial, nos casos em que não há antecipação de pagamento por conta das parcelas lançadas e exigidas, deve ser efetuada nos termos do art. 173 do Código Tributário Nacional.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, por maioria de votos, em negar-lhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama (relatora), Valcir Gassen (suplente convocado em substituição à conselheira Érika Costa Camargos Autran) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe deram provimento. Designado para redigir o voto vencedor o conselheiro Andrada Márcio Canuto Natal. (Assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício (Assinado digitalmente) Tatiana Midori Migiyama Relatora (Assinado digitalmente) Andrada Márcio Canuto Natal - Redator designado Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Valcir Gassen e Vanessa Marini Cecconello.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1664; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 2 1 1 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 11065.001922/200357 Recurso nº Especial do Contribuinte Acórdão nº 9303006.028 – 3ª Turma Sessão de 30 de novembro de 2017 Matéria COFINS Recorrente UNIMED VALE DOS SINOS COOPERATIVA DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE LTDA Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/1998 a 30/06/1998 CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. DECADÊNCIA. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. INOCORRÊNCIA. Por força do disposto no art. 62A do RICARF. c/c a decisão do STJ, no REsp 973.733/SC, sob o regime do art. 543C do CPC, a contagem do prazo qüinqüenal decadencial, nos casos em que não há antecipação de pagamento por conta das parcelas lançadas e exigidas, deve ser efetuada nos termos do art. 173 do Código Tributário Nacional. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, por maioria de votos, em negarlhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama (relatora), Valcir Gassen (suplente convocado em substituição à conselheira Érika Costa Camargos Autran) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe deram provimento. Designado para redigir o voto vencedor o conselheiro Andrada Márcio Canuto Natal. (Assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas – Presidente em exercício (Assinado digitalmente) Tatiana Midori Migiyama – Relatora AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 06 5. 00 19 22 /2 00 3- 57 Fl. 1063DF CARF MF Processo nº 11065.001922/200357 Acórdão n.º 9303006.028 CSRFT3 Fl. 3 2 (Assinado digitalmente) Andrada Márcio Canuto Natal Redator designado Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Valcir Gassen e Vanessa Marini Cecconello. Relatório Tratase de Recurso Especial interposto pelo sujeito passivo contra o Acórdão nº 20310.845, do 2º Conselho de Contribuintes, que, por unanimidade de votos, não conheceu do recurso, em parte, face à opção pela via judicial e, na parte conhecida, pelo voto de qualidade, afastou a decadência. O Colegiado a quo, assim, consignou a seguinte ementa: “NORMAS PROCESSUAIS. OPÇÃO PELA VIA JUDICIAL. DECADÊNCIA. Ação judicial proposta pelo contribuinte antes, durante ou após o lançamento do crédito tributário caracteriza renúncia às instâncias administrativas. COFINS. DECADÊNCIA. 0 prazo para a Fazenda proceder ao lançamento da COFINS é de dez anos a contar da ocorrência do fato gerador, consoante o art. 45 da Lei n° 8.212/91 combinado com o art. 150, § 4°, do Código Tributário Nacional.” Irresignado, o sujeito passivo interpôs Recurso Especial, requerendo a anulação da decisão recorrida, na parte objeto do presente recurso, determinandose o retorno dos autos à Colenda 3ª Câmara do 2º Conselho, na intenção de que seja apreciado o mérito. E postula ainda para que seja reconhecida a decadência alegada em relação ao período anterior a junho de 1998. Em Despacho às fls. 977 a 978, foi dado seguimento parcial somente em relação ao tema “decadência”. Em Despacho às fls. 1046 a 1048, foi mantido na íntegra o Despacho que admitiu o recurso especial interposto pelo sujeito passivo apenas quanto à decadência. É o relatório. Fl. 1064DF CARF MF Processo nº 11065.001922/200357 Acórdão n.º 9303006.028 CSRFT3 Fl. 4 3 Voto Vencido Conselheira Tatiana Midori Migiyama Relatora Depreendendose da análise do Recurso Especial interposto pelo sujeito passivo, é de se conhecêlo na parte admitida em Despacho, considerando ser tempestivo e por atender aos requisitos de admissibilidade, conforme reza o art. 67 do RICARF/2015 – Portaria MF 343/2015 com alterações posteriores. Ventiladas tais considerações, a priori, importante discorrer sobre a decadência de o Fisco constituir o crédito tributário. Importante recordar que o Colegiado a quo entendeu que o prazo decadencial das contribuições sociais, dentre elas a Cofins, é o definido pelo art. 45 da Lei 8.212/91. Tal discussão não mais existe, considerando a declaração de inconstitucionalidade do art. 45 da Lei 8.212/91, sendo superada pela Súmula Vinculante 8 do STF que efetivamente afastou o referido dispositivo. Quanto ao termo inicial de contagem do prazo fatal para a constituição do crédito tributário, em relação aos tributos sujeitos a lançamento por homologação, temse que tal matéria encontrase pacificada com o entendimento expressado no item 1 da ementa da decisão do STJ, na apreciação do REsp nº 973.733/SC, apreciado na sistemática de recursos repetitivos: “O prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito”. Assim, nos termos da jurisprudência atual, o termo inicial para a contagem do prazo de decadência em relação aos tributos sujeitos a lançamento por homologação será: Fl. 1065DF CARF MF Processo nº 11065.001922/200357 Acórdão n.º 9303006.028 CSRFT3 Fl. 5 4 I Em caso de dolo, fraude ou simulação: 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (art. 173, I, do CTN); II Nas demais situações: a) se houve pagamento antecipado ou declaração de débito: data do fato gerador (art. 150, § 4º, do CTN); b) se não houve pagamento antecipado ou declaração de débito: 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (art. 173, I, do CTN). Vêse, então, que essa discussão não poderia mais ser apreciada no CARF, pois os Conselheiros, por força do art. 62, § 2º, Anexo II, do Regimento Interno RICARF, estão vinculados ao que restou decidido no RESP 973.733. O que, regra geral, para os casos “comuns”, a discussão acerca da contagem para o prazo decadencial não poderia mais ser apreciada no CARF, pois os Conselheiros, por força do art. 62, § 2º, Anexo II, do Regimento Interno RICARF, estão vinculados ao que restou decidido no RESP 973.733. No caso vertente, o sujeito passivo foi cientificado do auto de infração em 21.7.03 referente à Cofins do período de janeiro de 1998 até dezembro de 2002, inclusive. Considerando que toda a autuação traz a existência de depósitos judiciais em ações promovidas pelo sujeito passivo, além de pagamentos via DARF de alguns períodos e declarações dos valores, entendo que se deve aplicar o art. 150, § 4º, do CTN, o que, por conseguinte, reconheço a decadência em relação aos meses de janeiro a junho de 1998. Em vista de todo o exposto, dou provimento ao recurso especial interposto pelo sujeito passivo. É como voto. (Assinado digitalmente) Tatiana Midori Migiyama Fl. 1066DF CARF MF Processo nº 11065.001922/200357 Acórdão n.º 9303006.028 CSRFT3 Fl. 6 5 Voto Vencedor Conselheiro Andrada Márcio Canuto Natal, Redator designado. Com todo respeito ao voto da ilustre relatora, mas discordo de suas conclusões, quanto à contagem do prazo decadencial de que dispunha a Fazenda Nacional para constituir o crédito tributário em discussão. A decadência do direito de se constituir créditos tributários está regulada no Código Tributário Nacional (CTN), que assim dispõe: “Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extinguese definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.” Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. [...]. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.” Já no julgamento do REsp nº 973.733/SC, o Superior Tribunal Justiça (STJ) assim decidiu, quanto à decadência: “1. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento Fl. 1067DF CARF MF Processo nº 11065.001922/200357 Acórdão n.º 9303006.028 CSRFT3 Fl. 7 6 antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR. Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008. AgRg nos EREsp 216.755/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP. Rel. Ministro Luis Fux, julgado em 13.12.2004, J 28.02.2005)”. Consoante os dispositivos citados e transcritos acima, para os casos em que há antecipação de pagamento por conta das parcelas da contribuição (tributo) devida, a contagem do prazo quinquenal decadencial deve ser efetuada, nos termos do art. 150, § 4º do CTN, ou seja, cinco anos a partir da data do respectivo fato gerador. Já para os casos em que o contribuinte não efetua quaisquer antecipações, a contagem deve ser efetuada nos termos do art. 173, inciso I, desse mesmo Código, ou seja, seja a partir do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido constituído. Não concordo com a relatora quando afirma que a existência de qualquer declaração de débito seria suficiente para transferir a contagem do prazo decadencial para a regra do art. 150, § 4º do CTN. A única declaração de débito suficiente para tal seria a DCTF em razão de ser instrumento legal de confissão de dívida, ou seja, o débito estando declarado em DCTF não há qualquer razão para se falar em prazo decadencial, pois o tributo já estaria constituído e não haveria necessidade de lançamento de ofício por parte das autoridades lançadoras. Da mesma forma, eventuais depósitos judiciais não tem o condão de alterar o prazo decadencial para a regra do art. 150, § 1º do CTN. Isto porquê, de fato, não se equiparam a pagamento, conforme exige a lei. Na verdade os depósitos judiciais até embaraçam a atividade fiscalizatória relativa ao tributo, justificando por isso mesmo um prazo mais alongado para as verificações prévias necessárias ao lançamento. De acordo com a planilha "Demonstração de Apuração da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social" às fls. 742, parte integrante do auto de infração, o contribuinte não efetuou quaisquer pagamentos por conta das parcelas devidas naquelas competências, objeto do lançamento em discussão. Assim, para o presente caso, por força do disposto no art. 62A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (RICARF), c/c a decisão do STJ, no REsp nº 973.733/SC, a contagem do prazo quinquenal decadencial deve ser feita nos termos do Fl. 1068DF CARF MF Processo nº 11065.001922/200357 Acórdão n.º 9303006.028 CSRFT3 Fl. 8 7 inciso I do art. 173 do CTN, ou seja, a partir do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido constituído. O lançamento abrangeu as competências de janeiro de 1998 a dezembro de 2002. A decadência suscitada pelo contribuinte abrange as competências de janeiro a junho de 1998. Assim, levandose em conta que o fato gerador mais antigo, em relação à suscitada decadência, ocorreu na data de 31 de janeiro de 1998, o prazo de 5 (cinco) anos de que a Fazenda Nacional dispunha para a constituição do respectivo crédito tributário expiraria em 1º de janeiro de 2004, 1º dia do exercício seguinte, na prática em 31 de dezembro de 2003. Contudo, o crédito tributário foi constituído em 21 de julho de 2003, data em que o contribuinte foi intimado do lançamento, conforme provam a assinatura e a data apostas por ele no auto de infração às fls. 739e (fls. 736). Dessa forma, não há que se falar em decadência do direito de a Fazenda Nacional constituir o crédito tributário correspondente às competências de janeiro a junho de 1998. Diante do exposto, voto por negar provimento ao recurso especial do contribuinte. (assinado digitalmente) Andrada Márcio Canuto Natal Fl. 1069DF CARF MF
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