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Numero do processo: 10768.012155/93-25
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 21 00:00:00 UTC 2001
Data da publicação: Tue Aug 21 00:00:00 UTC 2001
Ementa: IRPJ – REPRESENTANTE COMERCIAL – CONDIÇÃO SUSPENSIVA – ATO JURÍDICO PERFEITO E ACABADO – Quando é estabelecido em contrato que só é considerado ato acabado, no caso prestação de serviço de representante comercial, quando implementada a condição suspensiva, somente quando implementada esta é que ocorre o fato gerador e nasce a obrigação tributária.
Recurso provido.
Numero da decisão: 108-06620
Decisão: Por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso.
Nome do relator: José Henrique Longo
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Recorrida : DRJ - RIO DE JANEIRO/RJ Sessão de : 21 de agosto de 2001 Acórdão n° : 108-06.620 IRPJ — REPRESENTANTE COMERCIAL — CONDIÇÃO SUSPENSIVA — ATO JURÍDICO PERFEITO E ACABADO — Quando é estabelecido em contrato que só é considerado ato acabado, no caso prestação de serviço de representante comercial, quando implementada a condição suspensiva, somente quando implementada esta é que ocorre o fato gerador e nasce a obrigação tributária. Recurso provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por CONSULTEV EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO E REPRESENTAÇÕES LTDA. ACORDAM os Membros da Oitava Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. MANOEL ANTONIO GADELHA DIAS PRESIDE TE - J0 E H RI P, LON O - LATA. FORMALIZADO EM: 2R 2001 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON LÕSSO FILHO, MÁRIO JUNQUEIRA FRANCO JUNIOR, IVETE MALAQUIAS PESSOA MONTEIRO, TÂNIA KOETZ MOREIRA, MARCIA MARIA LORIA MEIRA. Ausente justificadamente o Conselheiro LUIZ ALBERTO CAVA MACEIRA. Processo n° : 10768.012155/93-25 Acórdão n° : 108-06.620 Recurso n° : 126.437 Recorrente : CONSULTEV EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO E REPRESENTAÇÕES LTDA. RELATÓRIO Encontra-se em litígio apenas o item 3 do auto de infração de IRPJ, relativo ao ano-base de 1988, descrito no Termo de Constatação (fl. 9) como postergação do pagamento do imposto, com emissão em janeiro de 1989 das notas fiscais de serviços prestados no ano de 1988. O Delegado de Julgamento no Rio de Janeiro não acatou as argumentações apresentadas na impugnação no sentido de que a receita do contribuinte relativa à intermediação de um negócio estava vinculada à condição suspensiva consistente no recebimento de determinado valor por seu cliente; mas que deve reconhecer suas receitas quando os serviços são integralmente colocados à disposição do cliente. A decisão recebeu a seguinte ementa: IRPJ — POSTERGAÇÃO DE PAGAMENTO DE IMPOSTO. Segundo o regime de competência, as receitas devem ser contabilizadas quando a venda ou a prestação de serviços que as enseja tenha se completado. Tratando-se de operações que perdurem por mais de um período, o registro deve se dar pro rata temporis. Inconformada, a recorrente interpôs, acompanhado do depósito equivalente a 30% do valor da exigência mantida, o recurso voluntário de fls. 363/371, cujos argumentos assim podem ser resumidos: Ots M17/V 2 Processo n° : 10768.012155/93-25 Acórdão n° : 108-06.620 a) o fato gerador do IR só ocorre quando a situação jurídica estiver definitivamente constituída nos termos do direito aplicável (CTN, art. 116); b) se a situação estiver sujeita à condição suspensiva (evento futuro e incerto que suspende aquisição do direito — C.Civil, arts. 114 e 118), somente após a verificação desta, considera-se definitivamente constituída a situação e, por conseguinte, nascida a obrigação tributária (CTN, art. 117); c) o Parecer Normativo 58/77 assim reconhece no item 6; d) descabe a imputação se há incerteza objetiva (iliquidez) quanto à existência ou ao quantum do direito ou da obrigação; e) o recebimento de comissão pela recorrente estava contratualmente condicionado ao efetivo pagamento da venda intermediada; até o implemento dessa condição nenhum direito de crédito existia para a recorrente, mas tão somente mera expectativa, ainda que a venda já tivesse sido realizada; f) o PN 7/76 prevê o caso específico, afirmando no item 4 que se a comissão está condicionada ao recebimento do valor da venda não pode a importância correspondente ser considerada despesa incorrida no faturamento nem ser contabilizada como exigibilidade; g) o pagamento das faturas dos clientes da recorrente ocorreu em janeiro/89, de modo que somente nesse mês se constituiu definitivamente seu direito de crédito relativo às comissões. É o Relatório. --11111t. C4)k 3 Processo n° :10768.012155/93-25 Acórdão n° : 108-06.620 VOTO Conselheiro JOSÉ HENRIQUE LONGO, Relator Considerando que estão presentes os pressupostos, conheço do recurso. No Termo de Constatação, à fl. 9, afirma a autoridade fiscal que a ora recorrente postergara o reconhecimento de receita do ano de 1988 para o ano de 1989, sem justificativa ou motivação, tendo apenas relacionado 4 clientes e as notas fiscais contra eles emitidas entre os dias 3 e 11 de janeiro de 1989. Entretanto, não se encontra no processo nenhum documento que comprove que o serviço fora executado no ano de 1988. Parece que a fiscalização lançou mão de presunção em face da proximidade das notas fiscais com a virada do ano. Demais disso, os contratos apresentados pela recorrente são de representação comercial, atividade que se encontra incluída no objeto social da empresa (fls. 283), como se verifica Fls. 287 Carta da Mendes Júnior confirmando a contratação por 7% do valor contratado a ser pago 5 dias após o recebimento das faturas Fls. 288 Contrato com Mendes Júnior para assessoria na venda de estrutura metálica para Albrás; pagamento 5 dias após recebimento (cláusula 4.1) 4 alb Processo n° :10768.012155/93-25 Acórdão n° :108-06.620 Fls. 312 Carta da GKW confirmando contratação por 4% a ser pago conforme recebimento Fls. 323 Contrato de Representação Comercial com Cerâmica São Caetano de 6% a ser pago 15 dias a contar do recebimento da cliente Fls. 331/312 Cartas da Zanini autorizando faturamento, tendo em vista pagamento das faturas pelo cliente Assim, parece que não há dúvida de que a atividade que gerou a receita em discussão é a de representação comercial, sendo que uma das características de tal contrato é a vinculação do pagamento do serviço de intermediação com o recebimento do preço. No caso de representação comercial, tal qual o caso da ora recorrente, o representante só tem direito á sua comissão se e somente se o cliente efetuar o pagamento do preço ao representado; ou seja, o recebimento do preço pelo representado é condição suspensiva para que o representante tenha o direito de exigir o seu pagamento. O art. 116, II, do CTN, estabelece que o fato gerador ocorre quando constituída a situação jurídica, sendo considerado acabado o ato quando implementada a condição suspensiva. A condição é definida pelo art. 114 do Código Civil, quando subordina efeito do ato a evento futuro e incerto. Portanto, se é condição para o representante receber sua comissão a existência do ato jurídico perfeito e acabado, então somente com o pagamento do preço é que seu serviço estará completo, gerando-lhe o direito de exigir de seu representado o pagamento correspondente. Diante desse quadro, a única interpretação que se extrai do Código Tributário Nacional, arts. 116, II, e 117, é que, enquanto não implementada a condição necessária para que se reconheça como prestado o serviço de intermediação, qual seja, o pagamento do preço, não há como considerar ocorrido o fato gerador. 7. 5 et/k / Processo n° :10768.012155193-25 Acórdão n° :108-06.620 Esse é o entendimento do PN 7/76 e da Câmara Superior de Recursos Fiscais: IRPJ - RECEITAS OPERACIONAIS - Independentemente do nome jurídico que possa ter, não caracterizado o negócio como definitivo, em função de condição suspensiva, enquanto não satisfeita esta, não há que se falar em aquisição de disponibilidade jurídica e/ou econômica, essenciais para a concretização da operação, e, consequentemente, para a incidência de Imposto de Renda. (CSRF/01-02.353, sessão 16/3/98) Em face do exposto, dou provimento ao recurso. Sala das Sessões - DF, em 21 de agosto de 2001 • ,411i. AO ofilkii J • • :sis :IQU e i • 4 6 Page 1 _0013900.PDF Page 1 _0014000.PDF Page 1 _0014100.PDF Page 1 _0014200.PDF Page 1 _0014300.PDF Page 1
score : 1.0
Numero do processo: 10830.000032/98-18
Turma: Primeira Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Aug 15 00:00:00 UTC 2000
Data da publicação: Tue Aug 15 00:00:00 UTC 2000
Ementa: EMBARGO DECLARATÓRIO.
Acolhido o embargo. Retorno à Câmara para julgamento.
Numero da decisão: 301-29.285
Decisão: ACORDAM os Membros da Primeira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, acolher os embargos,
na forma do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Nome do relator: Moacyr Eloy de Medeiros
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Numero do processo: 10820.001276/99-91
Turma: Segunda Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jul 05 00:00:00 UTC 2001
Data da publicação: Thu Jul 05 00:00:00 UTC 2001
Ementa: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL - ITR - EXERCÍCIO DE 1995.
PEREMPÇÃO.
Considera-se perempto o recurso apresentado após o prazo previsto no art. 37, § 2º, do Decreto nº 70.235/72.
Recurso não conhecido.
Numero da decisão: 302-34861
Decisão: Por unanimidade de voto não se conheceu do recurso por perempto, nos termos do voto do Conselheiro relator.
Nome do relator: HENRIQUE PRADO MEGDA
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Numero do processo: 10820.000853/00-33
Turma: Terceira Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Sep 09 00:00:00 UTC 2003
Data da publicação: Tue Sep 09 00:00:00 UTC 2003
Ementa: IRPJ - COMPENSAÇÃO COM VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE A TÍTULO DE PIS - Após o advento do Decreto nº 2.138, de 29 de janeiro de 1997, admite-se a compensação de créditos tributários com créditos do sujeito passivo relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob administração da Secretaria da Receita Federal, ainda que não sejam da mesma espécie nem tenham a mesma destinação constitucional.
PIS - SEMESTRALIDADE - BASE DE CÁLCULO - A base de cálculo do PIS, até a edição da MP nº 1.212/95, corresponde ao faturamento do sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador (Primeira Seção STJ - Resp 144.708-RS - e CSRF), sem correção monetária. Aplica-se este entendimento, com base na LC nº 07/70, consoante dispõe o parágrafo único do artigo 1º, da IN SRF nº 06, de 19/01/2000. Recurso a que se dá provimento”. (Acórdão nº: CSRF/02-01.084).
Recurso provido.
Numero da decisão: 103-21.355
Decisão: ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por maioria votos, DAR provimento ao recurso, vencido o Conselheiro Cândido Rodrigues Neuber que negou provimento, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. A contribuição foi defendida pelo Dr. Fabiano Sanches Bigelli, inscrição OAB/SP n° 121.862.
Matéria: IRPJ - AF - lucro real (exceto.omissão receitas pres.legal)
Nome do relator: Márcio Machado Caldeira
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MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Recurso n° : 124.875 Matéria : IRPJ - Ex(s): 1997 e 1998 Recorrente : COLOR VISÃO DO BRASIL INDÚSTRIA ACRÍLICA LTDA. Recorrida : DRJ-RIBEIRÃO PRETO/SP Sessão de : 09 de setembro de 2003 Acórdão n° :103-21.355 IRPJ - COMPENSAÇÃO COM VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE A TÍTULO DE PIS - Após o advento do Decreto n° 2.138, de 29 de janeiro de 1997, admite-se a compensação de créditos tributários com créditos do sujeito passivo relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob administração da Secretaria da Receita Federal, ainda que não sejam da mesma espécie nem tenham a mesma destinação constitucional. PIS - SEMESTRALIDADE - BASE DE CÁLCULO - A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n° 1.212/95, corresponde ao faturamento do sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador (Primeira Seção STJ - Resp 144.708-RS - e CSRF), sem correção monetária. Aplica-se este entendimento, com base na LC n° 07/70, consoante dispõe o parágrafo único do artigo 1°, da IN SRF n°06, de 19/01/2000. Recurso a que se dá provimento". (Acórdão n°: CSRF/02-01.084) Recurso provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por COLOR VISÃO DO BRASIL INDÚSTRIA ACRÍLICA LTDA. ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por maioria votos, DAR provimento ao recurso, vencido o Conselheiro Cândido Rodrigues Neuber que negou provimento, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. A contribuição foi defendida pelo Dr. Fabiano Sanches Bigelli, inscrição OAB/SP n° 121.862. 101 -rd" • játors• /Ar j-KrÁn— II3E R SIDENTE • - s • • CHADO CALDEIRA ELATOR FORMALIZADO EM: 1 2 JAN 2004 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros: ALOYSIO JOSÉ PERCINIO DA SILVA, NADJA RODRIGUES ROMERO, ALEXANDRE BARBOSA JAGUARIBE, JULIO CEZAR DA FONSECA FURTADO, NILTON PÊSS e VICTOR LUÍS DE SALLES FREIRE. 124.875*MS R*29/12/03 • C 1. .8 • ::• • ff MINISTÉRIO DA FAZENDA • -r , ... 4t PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 Recurso n° :124.875 Recorrente : COLOR VISÃO DO BRASIL INDÚSTRIA ACRILICA LTDA. RELATÓRIO Os presentes autos foram objeto de exame por esta Câmara, na sessão de 18/04/2001, que através do Acórdão n° 103-20.563 acolheu a preliminar de nulidade da decisão de fls. 262/275, por cerceamento do direito de defesa. Nova decisão foi proferida, como consta às fls. 374/409, sendo considerado procedente o auto de infração de fls. 03/11, que efetuou a glosa de compensação indevida de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, com valores excedente recolhidos a titulo de PIS, com base nas alterações dos Decretos-leis n° 2.445 e 2449/88. A irregularidade apontada pela fiscalização refere-se à compensação indevida da IRPJ dos períodos de junho, setembro e dezembro de 1997 e março, junho e setembro de 1998, com créditos que a recorrente entende possuir para com a Fazenda Nacional, decorrentes de recolhimentos a maior da Contribuição ao PIS, por força da inconstitucionalidade dos Decretos-Leis n° 2.445/88 e 2.449/88. Tais compensações foram informadas em DCTF. A decisão anulada apresentou o seguinte relato dos fatos e dos argumentos de defesa do sujeito passivo: "A interessada ingressou com petição pleiteando ação declaratária na 13a Vara da Justiça Federal em São Paulo, em 29 de agosto de 1996 (fls. 86/94), que recebeu o n° 96.0025761-2. Na ação almejava ver garantido o seu direito à compensação dos valores recolhidos para o PIS na vigência de legislação cominada de inconstitucionalidade. Decretos-lei n° 2.445, de 29 de junho de 1988, e n° 2.449, de 21 de julho de 1988,senn as restri es da regulamentação superveniente. 124.875*MSR*29/12103 2 - , •'• • .• MINISTÉRIO DA FAZENDA • ".* PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES :" TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 Em sua petição à justiça, argumentou que o afastamento dos citados atos restabeleceria a vigência plena das regras contidas na Lei Complementar (LC) n°7 1 de 7 de setembro de 1970, c/c a LC n° 17, de 12 de dezembro de 1973, ou seja, prazo de seis meses para o recolhimento e não incidência da correção monetária no intercurso. Investiu contra as determinações da Instrução Normativa (IN) SRF n° 67, de 26 de maio de 1992, e do Ato Declaratório Normativo (ADN) n° 15, de 30 de março de 1994, que perceituam que a compensação deverá efetuar-se apenas e tão-somente entre impostos ou contribuições idênticas, bem como a não incidência de correção monetária dos créditos da interessada e a necessidade prévia autorização da repartição fiscal para aqueles anteriores a 1° de janeiro de 1992. Pediu, ao final, o afastamento da aplicação das determinações da IN/SRF n° 67, de 1992, arts. 30 , 4° e 6°, II, e do ADN n° 15, de 1994, salvaguardando seu direito à compensação da contribuição para o PIS recolhida indevidamente com a própria contribuição para o PIS. Em 26 de maio de 1997, conforme sentença prolatada pelo Juiz da 13a Vara Federal (fls. 95/100), foi declarado o direito da postulante a se compensar dos valores pagos indevidamente a titulo de PIS com quaisquer tributos ou contribuições sob administração da SRF. Decidiu também que as parcelas devidas, não atingidas pela prescrição qüinqüenal, serão atualizadas monetariamente, a contar do desembolso, e acrescidas de juros monetários a contar do trânsito em julgado. Em julgado realizado em 13 de outubro de 1999, o Tribunal Regional Federal da 3 e Região, ao apreciar apelação contra a sentença retro, acordou que (fls. 101/109): '1 - a inconstitucionalidade dos DL n° 2.445/1998 e n° 2.449/1988 foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal, os quais foram retirados do mundo jurídico pelo Senado Federal na resolução n° 49, de 10 de outubro de 1995. 2 - subsiste a obrigação nos moldes previstos na LC n° 7/1970, com modificações instituídas pela legislação superveniente por ter sido recepcionada pela Constituição Federal vigente. 3 - nos casos de pagamento indevido ou a maior de tributos e contribuições federais, o contribuinte poderá compensar esses valores com débitos referentes a contribuições da mesma espécie. Inteligência do art. 66, § /°, da Lei n° 8.383, de 30 de dezembro de 1991 c/c art. 170 do Código Tributário Nacional (CTN). 124.875*MS R*29/12/03 3 .. • • e 1 • • MINISTÉRIO DA FAZENDA. • ry -• P.:NT.' PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 4 - possibilidade de compensação dos valores excedentes recolhidos a titulo de PIS, com base nas alterações dos DL 2.445/1988 e 2.449/1988, exclusivamente com parcelas do próprio PIS. 5 - correção monetária pelos mesmos índices utilizados pela Fazenda Nacional para a correção de seus créditos, conforme entendimentos desta Turma Precedentes. 6 - incabíveis os juros moratórios em sede de compensação, em razão da não constituição em mora do devedor. Procedentes do C. Superior Tribunal de Justiça. 7- honorários advocatícios ficados com moderação, em 10% sobre o valor da causa conforme entendimento desta Turma. 8. ressalvado o direito da autoridade administrativa em proceder a plena fiscalização acerca da existência ou não de créditos a serem compensados, exatidão dos números e documentos comprobatórios, rquantunf a compensar e conformidade do procedimento adotado com os termos da Lei n° 8.383/1991.' (destaquei) A decisão judicial vedou a compensação de eventuais excessos de recolhimento do PIS com outras contribuições ou imposto, que não o próprio PIS. Assim, a compensação indicada pela interessada não teve respaldo nos tribunais. Realizada a verificação dos cálculos do PIS, que foi objeto de outro processo (processo n° 10820.000851/00-16), constatou-se que a contribuinte não tinha direito ao crédito reclamado. Foram anexados as planilhas de cálculo do PIS (fls. 16/48). A infração foi capitulada na Lei n°9.430, de 27 de dezembro de 1996, arts. 1° ao 5° e seus parágrafos, c/c a IN SRF n° 77, de 24 de julho de 1998, art. 2° e seus parágrafos. Na impugnação, apresentada por seu procurador legal, Fabiano Sanches Bigélli (fls. 145),a empresa contestou a exigência formalizada, alegando, em resumo (fls. 121/144); 1. Procedeu às compensações com base em sentença judicial que reconheceu seu direito à compensação de indébitos relativos a pagamentos a maior de contribuição para o PIS com débitos de tributos sob a administração da SRF; 2. Os valores compensados foram regularmente declarados mediante apresentação das DCTF; 3. A fiscalização não poderia ter sido iniciada, porque pendiam de apreciação pela repartição fiscal pedido: d compensação dos valores indevidamente pagos a titulo de ntribuição do 124.875*MSR*29112/03 4 . - • • roi MINISTÉRIO DA FAZENDA NI! PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000553/00-33 Acórdão n° :103-21.355 com débitos referentes aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal. 4. Anexadas cópias de pedidos de compensação mediante a utilização de 'créditos' do PIS. Sendo no primeiro, com data de 9 de outubro de 1997, indicou como débitos a serem compensados os referentes ao código '2372 - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)', referentes ao período de 10/1996 a 08/1997 (fls. 251); 5. No documento de fls. 252, a interessada informou que os originais dos DARF's referentes à compensação do PIS encontravam-se acostados ao processo judicial. 6. No segundo pedido, com data de 7 de abril de 1998, foram indicados como débitos a ser compensados os referentes ao código 2172 - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)', referentes ao período de 09/1997 a 02/1998 (fls. 253); 7. Prelecionou longamente sobre hipótese de incidência, fato imponível e base imponível, e apresentou uma interpretação do art. 6° da LC n° 7, de 1970, em que a base de cálculo da contribuição para o PIS é o faturamento do sexto mês anterior à ocorrência do fato gerador; em apoio ao seu entendimento citou acórdãos do STJ e da 1 a Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes; 8. As Leis n° 7.691, de 1988, n° 8.019, de 1990, n° 8383, de 1991, n° 8.850, de 1994, n° 9.069, de 1995, e n° 8.981, de 1995, não poderiam alterar o fato gerador, sob pena de incorrer nos preceitos inscritos na Carta Magna, que exige, para tais alterações, lei complementar; 9. Errou o fiscal ao exigir, mediante auto de infração, um débito já declarado em DCTF, com fundamento na IN SRF n° 77, de 24 de julho de 1998, art. 2°; o art.1° determina que os saldos a pagar serão comunicados à PFN para fins de inscrição como divida ativa da União; 10.Na espécie, os valores declarados das contribuições do PIS, se não admitidos como compensáveis com indébitos relativos a essa mesma contribuição, devem ser encaminhados à PFN para inscrição em dívida ativa e a execução fiscal; a IN SRF n° 77, de 1998, art. 2° , fala de outros valores, de débitos não declarados que tenham sido apurados em procedimento de auditoria intema, e que decorram de verificação dos dados informados na DCTF; 11.0 ato foi falho por ter-se utilizado de inadequado instrumento de constituição do crédito tributário; nos procedimentos de revisão interna de declaração deve ser utilizado a notificação de lançamento e não o auto de infração. 12. Dado que o procedimento foi feito de acordo com a IN SRF n° 77, de 1998, art. 2°, fica caracterizada a revisão interna de declaração do contribuinte, da qual só pcye resultar notifica " de lançamento; 124.875*MSR*29/12103 5 . . • • • 4 • MINISTÉRIO DA FAZENDA-• ".fr:z...t, PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 13.Por força das disposições do CTN, art. 194, c/c o disposto no decreto regulador do processo administrativo fiscal, Decreto n° 70.235, de 6 de março de 1972, arts. 90 e 100, o auto de infração será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, ou seja, qualquer lugar que não aqueles onde se processam as revisões das declarações prestadas ao fisco pelo sujeito passivo; a notificação de lançamento será expedida pelo órgão que administra o tributo, também socorre a tese aqui discutida as disposições do Regulamento do Imposto de Renda - Decreto n° 3.000de 26 de março de 1999 (RIR/1990); 14.No caso de revisão de declaração, -a competência para assiná- la é do chefe do órgão que administra o tributo, no caso o chefe da fiscalização, por força da Portaria MF n° 227, de 3 de setembro de 1998 (DOU 04/09/1998). Ao final, com base nas razões apresentadas, requereu seja declarada a nulidade do auto de infração e no mérito a improcedência da exigência: A decisão monocrática manteve integralmente o lançamento efetuado, rejeitando as preliminares suscitadas e sua decisão está espelhada na seguinte ementa: "Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Data do fato gerador 30/06/1997, 30/09/1997, 31112/1997, 31/03/1998, 30;06/1998, 30/0911998 Ementa: INCONSTITUCIONALIDADE . ARGÜIÇÃO. A autoridade administrativa é incompetente para apreciar argüição de inconstitucionalidade de lei. Assunto: Imposto Sobre a Renda de Pessoa Jurídica- IRPJ Data do fato gerador 30/06/1997, 30/09/1997, 31/121/1997, 31/03/1998, 30/06/1998, 30/09/1998 Ementa: PROCESSO JUDICIAL. OBJETO IDÊNTICO. A busca da tutela jurisdicional do Poder Judiciário, antes ou após o procedimento fiscal de lançamento de ofício, acarreta a renúncia ao litígio administrativo e impede a apreciação das razões de mérito por parte da autoridade administrativa, no que forem idênticos os objetos. DECISÃO JUDICIAL. VEDAÇÃO À COMPENSAÇÃO DO PIS. A decisão da corte de justiça faz lei entre as partes, sob pena de subversão dos mandamentos inscritos na Constituição Federal. FALTA DE RECOLHIMENTO. A falta ou insuficiência de recolhimento do imposto de renda, apurado em procedimento fiscal, enseja o lançamento de ofício com os devidos acréscimos leis. 124.875*MSR*29/12103 6 ' • 4•n • "4 ' o' MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador 30/06/1997, 30/09/1997, 31/121/1997, 31/03/1998, 30/06/1998, 30/09/1998 Ementa: DCTF. DÉBITOS APURADOS. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. Os débitos apurados nos procedimentos de auditoria interna, decorrentes de verificação dos dados informados na Declaração de Contribuições e Tributos Federais - DCTF, serão exigidos por meio de auto de infração, como o acréscimo da multa de lançamento de oficio e dos juros moratórios, previstos na legislação de regência. LANÇAMENTO PROCEDENTE." O recurso então interposto veio com a petição de fls. 282/309, quando formula as seguintes preliminares: - nulidade da decisão recorrida por sua recusa em analisar o mérito da demanda, com base no ADN COSIT n° 3, considerando que não há identidade de objeto entre a ação judicial e o processo administrativo; - insubsistência do trabalho fiscal e da decisão recorrida que o confirmou, considerando que a glosa da compensação de créditos de PIS com débitos de IRPJ, foi motivada não só por considerar inexistentes os créditos, mas porque a recorrente estaria impedida de compensar quantias recolhidas a maior de PIS com débitos de outros impostos por força da decisão judicial que limitou a compensação com débitos do próprio PIS, não observando que a decisão proferida nos autos da ação judicial ajuizada pela recorrente levou em conta a legislação vigente ao tempo de sua propositura, e - nulidade do trabalho fiscal e da decisão monocrática por ofenderem a coisa julgada, que determinou a incidência do PIS com base na LC 7/70, não tendo o agente do fisco e a decisão de primeiro grau a atribuição e a faculdade de desprezá-la, para questionar se durante a vigência dos decretos-leis inválidos prevaleceram ou não as disposições da LC 7/70, para determinar o valor do PIS efetivamente devido. No mérito, insiste a recorrente na legitimidade dos créditos utilizados na compensação, em virtude de ter efetuado o recolhimento do P nos moldes dos 124.875*PASR*29/12103 7 • e k na "; • e MINISTÉRIO DA FAZENDA • "3. P 1 .:, •1 PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES '.--F•t: 1 TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 inconstitucionais Decretos-Leis 2.445/88 e 2.449/88 e não da LC 7/70, matéria esta pacificada tanto perante a jurisprudência de nossos tribunais como na do Conselho de Contribuintes. Na seqüência de suas argumentações, discorre sobre o fato gerador, base de cálculo e vencimento da contribuição, mencionando jurisprudências e doutrinas, concluindo pela defasagem temporal entre a base de cálculo e o fato gerador do PIS. Neste ponto, conclui que até o advento da MP 1.212/95 prevalecia a sistemática da LC 7/70, apurando a contribuição ao PIS sobre o faturamento do sexto mês anterior ao vencimento da exação. Somente a partir desta MP a base de cálculo passou a ser considerado o faturamento do mês anterior. Justifica este posicionamento por considerar que a defasagem entre a base de cálculo e o fato gerador (seis meses) não foi atingida pelas alterações nos prazos de recolhimento. Na espécie, discorda da decisão proferida nos autos do Processo Administrativo n° 10820.000851/00-16, que desde a edição da Lei n° 7.691/88 o prazo de pagamento deixou de ser de seis meses, contados a partir do fato gerador. Ao final de seus posicionamentos ressalta a recorrente que o presente caso subsume-se à jurisprudência e a doutrina reproduzidas em sua petição recursal, sendo de se garantir o direito de não ser submetida ao recolhimento de diferenças do IRPJ em tela por ter compensado os débitos a ele relativos, com créditos de PIS recolhidos a maior, adotado o faturamento do sexto mês anterior ao mês de vencimento para seu cálculo. Reitera, ainda, os argumentos postos na impugnação, especialmente no tocante à multa, por ter expressamente denunciado débitos de IRPJ ao requerer administrativamente a compensação (art. 38 CTN) e requer se dado provimento ao 124.875*M5R*29/12/03 8 .. • • ,‘", • MINISTÉRIO DA FAZENDA • PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES fzt TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 recurso para acolher as preliminares invocadas e anular a decisão de primeiro grau ou, quando não, para dar pela improcedência da autuação, determinando o arquivamento dos autos. O recurso veio a este conselho sem o depósito prévio de 30% por força de liminar concedida em mandado de segurança. O voto condutor do acórdão que determinou a nulidade da decisão monocrática teve os seguintes fundamentos: "Conforme consignado em relatório, trata-se de compensação de parcelas tidas como recolhidas a maior da contribuição para o PIS com débitos de IRPJ, glosadas pela fiscalização, sob dois argumentos: a) inexistência de valores a compensar, b) limitação da compensação determinada pela decisão judicial transitada em julgado, que beneficiou a recorrente de compensar valores pagos a maior desta contribuição, recolhidas com base nos inconstitucionais Decretos-Leis n° 2.445/88 e 2.449/88, com o excedente devido com base na LC 7/70, mas com débitos do próprio PIS. A apreciação do pedido de compensação foi analisada pela DRF/Araçatuba/SP nos autos dos processos n° 10820.000851/00-16 e 10820.002095/97-11, o primeiro mencionado na decisão singular às fls. 260 e o segundo com cópia às fls. 254/256, quando foi constatado a inexistência de valores a compensar. Assim, o mérito da questão posta a exame resume-se na existência de valores a compensar e, em caso positivo, na possibilidade de compensação de créditos de PIS com débitos de IRPJ, considerando a limitação desta compensação, determinada na decisão judicial, e os reflexos em conseqüência da legislação superveniente que alargou as possibilidades de compensação. 124.875*MSR*29/12/03 9 . , • i`. . • MINISTÉRIO DA FAZENDA.4t ' , PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 'frfill z:;; ;" TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 Antes da análise do mérito, devem ser apreciadas as preliminares suscitadas. A primeira delas tem referência com a nulidade da decisão recorrida por sua recusa em analisar o mérito da demanda, com base no ADN COSIT n° 3, considerando que não há identidade de objeto entre a ação judicial e o processo administrativo. Pela leitura das razões de decidir da autoridade monocrática, no concernente a esta alegação, verifica-se que a recorrida aplicou em sua decisão a decisão judicial em seus estritos termos, sob o fundamento de que a justiça vedou a compensação de eventuais excessos de recolhimento de PIS com outras contribuições que não o próprio PIS. Neste sentido, concluiu que cabe apreciação apenas daquilo que não foi objeto de discussão no processo judicial, restando prejudicada as demais alegações concernentes à base de cálculo, fato gerador e vencimento da obrigação tributária relativa ao PIS. Pelo que se observa, tal decisão omitiu-se em analisar a legislação superveniente à decisão judicial, quando a impugnante declinou, em sua peça impugnatória, que o Decreto n° 2.138/97, editado posteriormente à decisão judicial, possibilitou a compensação de créditos do sujeito passivo, no âmbito da Secretaria da Receita Federal, com quaisquer débitos, ainda que não fossem da mesma espécie. Em sede de recurso, a contribuinte sustenta a nulidade da decisão recorrida, porquanto, tendo sido editado o Decreto n° 2.138/97 e a IN n° 21/97, houve reconhecimento da própria administração tributária de que a compensação não se restringiria a débitos do próprio PIS. Neste sentido tem razão a recorrente e deve ser acolhida a preliminar de nulidade da decisão de primeiro grau. A recorrente obteve no Poder Judiciário decisão favorável para compensar valores recolhidos a maior ou indevidamente de PIS com parcelas do próprio PIS, tendo a decisão do Tribunal Regional Federal da 3 Região levado em 124.875,A5rr2en2103 10 . . • . I.' 1 44 • :' • . MINISTÉRIODA FAZENDA.. • •- , " , p ,'"Y PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 consideração a legislação vigente ao tempo da propositura da ação e da própria decisão, conforme restou consignado no próprio acórdão. Ocorre que, legislação superveniente - Decreto n° 2.138/97 e IN n° 21/97, autorizaram a compensação com demais tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal. Com este balizamento é que deveria ter sido analisado a impugnação do sujeito passivo, porquanto não só na jurisprudência deste colegiado, quanto judicial, em matéria de compensação vigora a legislação vigente na data em que se efetuar o encontro de contas. Assim, ao não apreciar os efeitos da legislação superveniente à decisão judicial, a autoridade monocrática cerceou o direito de defesa da recorrente, não só neste aspecto, mas quando declinou restarem prejudicados as alegações relacionadas com a inexistência de atos legais posteriores à LC n° 07/70, válidos à produção de efeitos, como base de cálculo do PIS, fato gerado e vencimento da obrigação. Assim, caracterizado o cerceamento do direito de defesa, deve ser declarada a nulidade da decisão de primeiro grau, para que os autos sejam remetidos à repartição de origem, para que nova decisão seja proferida." A nova decisão de primeiro grau, agora pluricrática, emanada da 3' Turma de Julgamento da DRJ em Ribeirão Preto/SP, igualmente considerou procedente o lançamento. Os fundamentos de decidir estão espelhados em sua ementa, nos seguintes termos: PROCESSO JUDICIAL. OBJETO IDÊNTICO. A busca da tutela jurisdicional junto ao Poder Judiciário, antes ou após o procedimento fiscal de lançamento de oficio acarreta a renúncia ao litígio administrativo e impede a apreciação das razões de mérito por parte da autoridade administrativa, no que forem idênticos os objetos. DECISÃO JUDICIAL. VEDAÇÃO À COMPENSAÇÃO DO PIS COM O IRPJ. A decisão da corte de justiça faz lei entre as partes, sob pena de &.,......,subversão dos mandamentos inscritos na Constitui ão Federai. 124.875*MSR*29/12/03 11 \ , . . • C • • MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão no :103-21.355 FALTA DE RECOLHIMENTO. A falta ou insuficiência de recolhimento da contribuição, apurada em procedimento fiscal, enseja o lançamento de oficio com os devidos acréscimos legais. DCTF. DÉBITOS APURADOS. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. Os débitos apurados nos procedimentos de auditoria interna, decorrentes de verificação de dados informados na Declaração de Contribuições e Tributos Federais — DCTF, serão exigidos por meio de auto de infração, com o acréscimo da multa de lançamento de oficio e dos juros moratórios, previstos na legislação de regência. Nos fundamentos de decidir o relator do acórdão contestado não acolheu as pretensões do sujeito passivo, por entender que mesmo com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-leis n° 2.445/88 e 2.449/88 não haveria excedente de recolhimento e, portanto, os créditos pretendidos na compensação seriam inexistentes, considerando que o art. 6° da LC 07170, parágrafo único, se referem a prazo de recolhimento e não de regra especial aplicada à base de cálculo da contribuição. Decidiu, ainda, o acórdão recorrido, que a decisão obtida pela recorrente nos autos do processo judicial consistiria óbice à compensação entre indébitos de PIS, com valores vincendos a titulo de IRPJ. A irresignação quanto a essa nova decisão veio com a petição de fls. 447/460 e anexos, encaminhada a este Primeiro Conselho de Contribuintes mediante o arrolamento de bens, como consta às fls.420/437. O pleito de reforma da decisão recorrida foi fundamentada não só nos julgados deste Conselho de Contribuintes, como do Segundo Conselho de Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais que firmaram jurisprudência no sentido de que a base de cálculo do PIS, até a edição da MP 1.212/95 a base de cálculo do PIS era o faturamento do sexto mês anterior. Assim, pleiteia o reconhecimento administrativo da existência dos créditos objetos de compensação. É o relatório. 124.875*MSR*29/12/03 12 • . e 1. ,e ..* ''' • MINISTÉRIO DA FAZENDA., . • ç PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 'fr,,,, TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° : 103-21.355 VOTO Conselheiro MÁRCIO MACHADO CALDEIRA, Relator Conforme posto em relatório, retomam os autos a esta Câmara para análise do recurso interposto na nova decisão de primeiro grau, proferida pela 3a Turma de Julgamento da DRJ em Ribeirão Preto. Sendo tempestivo o recurso e, tratando-se de continuidade de julgamento já admitido em anterior pronunciamento desta Câmara, deve o mesmo ser conhecido. Trata-se de compensação de parcelas tidas como recolhidas a maior da contribuição para o PIS com débitos de IRPJ, glosadas pela fiscalização, sob dois argumentos: a) inexistência de valores a compensar, b) limitação da compensação determinada pela decisão judicial transitada em julgado, que beneficiou a recorrente de compensar valores pagos a maior desta contribuição, recolhidas com base nos inconstitucionais Decretos-Leis n° 2.445/88 e 2.449/88, com o excedente devido com base na LC 7/70, mas com débitos do próprio PIS. A nova decisão proferida em primeiro grau administrativo manteve integralmente as exigências sob o fundamento da impossibilidade da compensação pleiteada, bem como por não haver diferenças de recolhimento do PIS, ao considerar que, mesmo com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos n° 2.445/88 e 2.449/88, a legislação superveniente não acolheu a defasagem de 6 meses entre o fato gerador e o pagamento da contribuição. No pertinente à inexistência de valores a compensar, não assiste razão à decisão recorrida. Com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Leis ° 2.445/88 e 2.449/88, voltando a viger a LC 07/70, realmente existe a defasagem entre a base de cálculo e o fato gerador da contribuição para o PI . Mesmo que alguns entendam estranho tal posicionamento, esta é a firme jurisprud ncia não só jusfiil u124.875*M5R*29/12/03 13 g--- . • • • ,,' 1 : ‘4 • -4 • . r: MINISTÉRIO DA FAZENDA• ,,, • .- r 4.0. PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 como administrativa, esta, tanto neste Primeiro Conselho de Contribuintes, como no Segundo Conselho e consolidado na Câmara Superior de Recursos Fiscais, no acórdão cuja ementa se transcreve a seguir. PIS - SEMESTRALIDADE - BASE DE CÁLCULO — A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n° 1.212/95, corresponde ao faturamento do sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador (Primeira Seção STJ - Resp 144.708-RS - e CSRF), sem correção monetária. Aplica-se este entendimento, com base na LC n° 07/70, consoante dispõe o parágrafo único do artigo 1°, da IN SRF n°06, de 19/01/2000. Recurso a que se dá provimento". (Acórdão n°: CSRF/02-01.084) Observo, neste ponto, que quando da anterior decisão destes autos, ao se declarar a nulidade da decisão monocrática, esse posicionamento era controvertido, sendo contrária as decisões desta Terceira Câmara. Por esse motivo não se aplicou o disposto no § 30 do artigo 59 do Decreto n° 70.235/72, não se pronunciando a nulidade pretendida pela recorrente, visto que o mérito, na ocasião, não a beneficiaria. Dessa forma, tendo os recolhimentos sido efetuados com base nos inconstitucionais Decretos-Leis n° 2.445/88 e 2.449/88, evidentemente haverá valores a serem compensados, quando os cálculos forem efetuados com base no faturamento do sexto mês anterior. Quanto à compensação dos valores recolhidos a maior com débitos de IRPJ, a despeito da decisão judicial final ter restringido a compensação com valores devidos do próprio PIS, a legislação superveniente permitiu tais compensações, o que deve ser aceito, sem descumprir o então decidido na esfera judicial. A recorrente obteve no Poder Judiciário decisão favorável para compensar valores recolhidos a maior ou indevidamente de PIS com parcelas do próprio PIS, tendo a decisão do Tribunal Regional Federal da 3' Região levado em consideração a legislação vigente ao tempo da propositura da ação e da pr "a/)decisão, conforme restou consignado no próprio acórdão. i 124.875*MSR*29/12/03 14 .. • ' ,% •- ri MINISTÉRIO DA FAZENDA„ . . .` I 1.:‘ -,. PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA Processo n° :10820.000853/00-33 Acórdão n° :103-21.355 Ocorre que, legislação superveniente - Decreto n° 2.138/97 e IN n° 21/97, autorizou a compensação com demais tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal. Com esse balizamento é que deve ser analisada a questão, porquanto, não só na jurisprudência deste Colegiado, quanto judicial, em matéria de compensação vigora a legislação vigente na data em que se efetuar o encontro de contas. Assim, correto foi o procedimento da recorrente, visto que evidentemente existem valores a serem compensados e esses podem ser compensados com débitos da Contribuição Social, considerando a legislação vinda após o decidido na esfera judicial. Pelo exposto, voto pelo provimento do recurso. Sala das Sessões - DF, em 09 de setembro de 2003 ---,„a--trsw 1 $ M CIO MACHADO CALDEIRA 124.8751ASR*29/12/03 15 Page 1 _0005300.PDF Page 1 _0005500.PDF Page 1 _0005700.PDF Page 1 _0005900.PDF Page 1 _0006100.PDF Page 1 _0006300.PDF Page 1 _0006500.PDF Page 1 _0006700.PDF Page 1 _0006900.PDF Page 1 _0007100.PDF Page 1 _0007300.PDF Page 1 _0007500.PDF Page 1 _0007700.PDF Page 1 _0007900.PDF Page 1
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Numero do processo: 10768.020355/91-16
Turma: Oitava Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Dec 10 00:00:00 UTC 1998
Data da publicação: Thu Dec 10 00:00:00 UTC 1998
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - RECURSO DE OFÍCIO - Não se conhece do recurso de ofício interposto pela autoridade fiscal, quando o valor demandado for inferior a R$ 500.000,00, fixado pela Portaria n.º 333, de 11.12.97, do Ministro da Fazenda.
Recurso não conhecido.
Numero da decisão: 108-05530
Decisão: Por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso de ofício.
Nome do relator: Tânia Koetz Moreira
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Numero do processo: 10814.012138/97-91
Turma: Primeira Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Sep 15 00:00:00 UTC 1999
Data da publicação: Wed Sep 15 00:00:00 UTC 1999
Ementa: IMUNIDADE - FUNDAÇÃO
A imunidade do art. 150, inciso VI "a" do § 2º da CF, alcança os impostos de importação e sobre produtos industrializados, uma vez que a significação do termo "Patrimônio" não é contido na classificação dos impostos adotados pelo CTN, mas sim a do art. 57 do Código Civil, que congrega o conjunto de todos os bens e direitos, à guisa do comando normativo do art. 110 do CTN. Recurso voluntário provido.
Numero da decisão: 301-29108
Decisão: DADO PROVIMENTO POR UNANIMIDADE
Nome do relator: LEDA RUIZ DAMASCENO
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RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da Primeira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, na forma do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Brasilia-DF, em 15 de setembro de 1999 • MOACYR ELOY DE MEDEIROS Presidente di A/ DA RUIZ DAMAS ENO Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os seguintes Conselheiros: LUIZ SÉRGIO FONSECA SOARES, CARLOS HENRIQUE KLASER FILHO, MÁRCIA REGINA MACHADO MELARÉ, ROBERTA MARIA RIBEIRO ARAGÃO. Ausentes os Conselheiros PAULO LUCENA DE MENEZES e FAUSTO DE FREITAS E CASTRO NETO. tnic MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA RECURSO N° : 120.265 ACÓRDÃO N° : 301-29.108 RECORRENTE : FUNDAÇÃO PADRE ANCH1ETA - CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS RECORRIDA : DRJ/SÃO PAULO/SP RELATOR(A) : LEDA RUIZ DAMASCENO RELATÓRIO A recorrente submeteu a despacho produto importado utilizado em emissora de rádio e TV, fimdamentada no artigo 150, inciso VI alínea "a" § 2° da • Constituição Feferal, na qualidade de fundação, pleiteando imunidade. A fiscalização, entendendo que a referida instituição não faz jus a tal beneficio, lavrou Auto de Infração com lançamento dos tributos e multas. A autoridade monocrática, nos termos da ADN COSIT 10/97, exonerou o contribuinte do pagamento das multas de oficio, rechaçou os argumentos da impugnação e manteve o crédito tributário no que tange aos tributos e juros de mora. A Fundação recorreu da Decisão, arguindo, especialmente, que os bens importados se destinam às atividades essenciais, cujo teor leio em sessão. É o relatório. • 2 MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA RECURSO isr : 120.265 ACÓRDÃO N° : 301-29.108 VOTO Tenho decidido, reiteradas vezes, contra a pretensão da Recorrente, ao pleitear o beneficio da imunidade previsto pelo art. 150, inciso VI, alínea "a" e § 2° da CF, quanto a estender esse beneficio ao II e IPI. Entretanto, esse entendimento, que tem sido alvo de reflexões e estudos, me levaram a capitular tal posição, acolhendo a tese da inclusão da imunidade aos impostos de importação e sobre Produtos industrializados. • A imunidade, no direito brasileiro repousa seus pressupostos na capacidade econômica. Aliás, Aliomar Baleeiro, em seu livro "Direito Tributário Brasileiro", 10' Edição — Forense, fl. 108, comentando o artigo 14 do CTN diz: "A imunidade... deve abranger os impostos que, por seu efeitos econômicos, segundo as circunstâncias, desfalcariam o Patrimônio, diminuiriam a eficácia dos serviços ou a integral aplicação das rendas aos objetivos específicos daquelas entidades" Ao aplicador da lei não cabe estender a compreensão, quando se trata de beneficio isencional ou imunidade, mas também não cabe a exceptualização. Há de se deter, ainda, no significado de "impostos sobre o Patrimônio". O que vem a ser patrimônio? É o ponto nodal da questão. PATRIMÔNIO quanto à sua essência é, • segundo juristas, "um conjunto de direitos e obrigações" ou, conforme entendem os contabilistas "o patrimônio compreende tanto valores que se possui ou tenha a receber como os que se tem a dar ou restituir" (Frederico Herrmam em sua obra "Contabilidade Superior"-Editora ATLAS S/A 114-116). A jurisprudência tem se mostrado farta quanto à matéria "ex-vi", da Decisão do STF, abaixo transcrita: "IMUNIDADE TRIBUTÁRIA - SESI — IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DAS INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CF art. 19, III, letra C) - A palavra PATRIMÔNIO empregada na norma Constitucional não leva ao entendimento de exceptuar o Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados". RE 9590- Provido - Min. Rafael Mayer — 21/08/79 P Turma -STF 3 MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA RECURSO N° : 120.265 ACÓRDÃO N' : 301-29.108 E, ainda, "Imunidade Tributária das Instituições de Assistência Social (Constituição, art. 19, III, letra c). Não há razão jurídica para dela se excluírem o imposto de importação e o imposto sobre produtos industrializados, pois a tanto não leva o significado da palavra "PATRLWIVIO" empregada pela norma constitucional Seguraça restabelecia" RE 88 671 RJ RTJ - Relator Min. Xavier de Albuquerque. • Não há, na legislação brasileira, claramente definido que, a norma constitucional do art. 150, "in comento", se restrinja ao imposto sobre a renda e o patrimônio, exceptualizando o II e o IPI. Ora, se analisarmos as importações em questão, observaremos que esses equipamentos circunscrevem-se à finalidade essencial da entidade e que se esta entidade, sem fins lucrativos, não estiver munida de aparelhagem adequada de som e imagem, sua finalidade precipua estará prejudicada. Aliás, Ruy Barbosa Nogueira, no livro "IMUNIDADES", editora Saraiva — fls. 81, discorrendo sobre a matéria, diz: "...XIII - esta redação é suficiente para dar certeza que a imunidade se circunscreve às finalidades essenciais ou delas decorrentes, que estão previstas nos atos juridicamente constitutivos ou que, como tais as qualificam" • Dessa forma, sendo exigido o pagamento do Imposto de Importação, na aquisição de bens para atingir suas atividades essenciais, seria o mesmo que lhes diminuir o património, uma vez que, trata-se de entidade sem fins lucrativos. O material importado é essencial para sua existência e manutenção, não se justificando exceptuar do beneficio da IMUNIDADE o Imposto de Importação. Pelos motivos expostos, DOU PROVIMENTO AO RECURSO. Sala das Sessões, em 15 de setembro de 1999 n 01/' DA RUIZ D • • •CENO - Relatora 4 MINISTÉRIO DA FAZENDA r:frt;:ir.. TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 4 `.` CÂMARA Processo n°: kito 11 o4213 R/ 7 Recurso n° : 4 02. o . 6 5' TERMO DE INTIMAÇÃO O Em cumprimento ao disposto no parágrafo 2° do artigo 44 do Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes, fica o Sr. Procurador Representante da Fazenda Nacional junto à ............. Câmara, intimado a tomar ciência do Acórdão n° . 9 ........ ° Brasilia-DF29 3 /". -Ri 9 9 Atenciosamente, ME - 3 Gansa ro rÀ - - - Cã . r, o Presidente da -g g- Câmara Ciente em S. i 111455. PROCURADORIA GERAI. DA rA in — 01 1 • :C A. Ceereknenlo-Gra l ri T•prr•r e • ts f•tr< odiei& f :aeriza oc1o,c1 / LUCIANA LU àhUrtIL 1 LNJt trotorata ia f mania Nadenal Page 1 _0004000.PDF Page 1 _0004100.PDF Page 1 _0004200.PDF Page 1 _0004300.PDF Page 1
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Numero do processo: 10783.002498/98-15
Turma: Sétima Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Dec 04 00:00:00 UTC 2002
Data da publicação: Wed Dec 04 00:00:00 UTC 2002
Ementa: IRPJ - ERRO DE FATO - Comprovado erro no preenchimento, da
Declaração do ano-calendário de 1992, que apontou prejuízo fiscal
inferior ao efetivamente apurado, é de se considerar improcedente a
glosa efetuada pelo fisco no valor do prejuízo compensado em
novembro de 1993.
Numero da decisão: 107-06.891
Decisão: ACORDAM os Membros da Sétima Câmara do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Nome do relator: Luiz Martins Valero
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SÉTIMA CÂMARA Mfaa-6 Processo n° : 10783.002498/98-15 Recurso n° : 122.866 Matéria : IRPJ - Ex.: 1994 Recorrente : XEROX DO BRASIL LTDA Recorrida : DRJ NO RIO DE JANEIRO — RJ Sessão de : 04 DE DEZEMBRO DE 2002 Acórdão n° : 107-06.891 IRPJ - ERRO DE FATO - Comprovado erro no preenchimento, da Declaração do ano-calendário de 1992, que apontou prejuízo fiscal inferior ao efetivamente apurado, é de se considerar improcedente a glosa efetuada pelo fisco no valor do prejuízo compensado em novembro de 1993. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por XEROX DO BRASIL LTDA. ACORDAM os Membros da Sétima Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam - inte rar o presente julgado. N/It 'o CLOVIS ALVES -R• SIDE TE UIZ MAR S VALERO • TOR FORMALIZADO EM: 28 FEV 2003 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NATANAEL MARTINS, FRANCISCO DE SALES RIBEIRO QUEIROZ, EDWAL GONÇALVES DOS SANTOS, FRANCISCO DE ASSIS VAZ GUIMARÃES, NEICYR DE ALMEIDA e CARLOS ALBERTO GONÇALVES NUNES. • Processo n° :10783.002498/98-15 Acórdão n° :107-06.891 Recurso n° :122.866 Recorrente :XEROX DO BRASIL LTDA RELATÓRIO Trata-se de exigência do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ no valor de R$ 752.803,18; juros de mora de R$ 466.888,53 e multa de oficio de R$ 564.602,38, perfazendo o total de R$ 1.784.294,09, constante do Auto de Infração de fls. 05 a 09, decorrente de revisão sumária da declaração de rendimentos, do ano-calendário de 1993. Apurou-se compensação indevida de prejuízo fiscal com o lucro real, no mês de novembro de 1993, conforme demonstrativo de fls.7. A autuação se baseou nos artigos 154, 382 e 388, inciso III, do Regulamento de Imposto de Renda aprovado pelo Decreto no. 85.450/80, artigo 14 da Lei no. 8.023/90, art. 38, parágrafos r e 8s da Lei no. 8.383/91 e art. 12 da Lei no. 8.541/92. Na impugnação apresentada ao Delegado de Julgamento do Rio de Janeiro, a interessada alegou que declarou no ano-calendário de 1992, prejuízo fiscal, referente ao segundo semestre, equivalente a 3.852.551,84 UFIR, tendo verificado, quando da elaboração da declaração do ano-calendário de 1993, que o prejuízo fiscal declarado no ano-calendário de 1992 estava incorreto. O montante corresponde ao valor do prejuízo fiscal efetivamente apurado no segundo semestre de 1992; Juntou aos autos cópia do termo de abertura e encerramento do Livro Diário, onde apresenta as demonstrações financeiras e o montante que entende 2 0 • Processo n° :10783.002498/98-15 Acórdão n° :107-06.891 correto de prejuízo contábil do segundo semestre, Cr$ 13.059.409.030,00, equivalente a 6.221.484,54 UFIR, fls. 13/18. A autoridade julgadora de primeira instância, decidindo a impugnação, julgou procedente o lançamento sob o fundamento de que a interessada não procedeu à retificação da declaração, a fim de alterar o valor que considera indevido e não apresentou a demonstração do lucro real e o registro do mesmo no LALUR. Aduziu o julgador monocrático que a prova apresentada pela interessada às fls. 13/20, consiste em cópia do balanço anual, que não proporciona ao julgador a verificação do motivo da alteração do prejuízo declarado, uma vez que o prejuízo declarado corresponde ao 2 8 semestre do ano-calendário de 1992 e o balanço apresentado é anual. Concluiu aquela autoridade que a alteração de prejuízo contábil ou fiscal não pode ser procedida baseada em meras alegações. A declaração apresentada é presumida verdadeira até que a interessada prove o contrário, mediante documentação hábil e idónea. A Decisão foi cientificada à autuada em 17.12.99 que, inconformada, recorre a este Colegiado em 04.01.2000. A recorrente ratificou os argumentos trazidos na impugnação, aduzindo que, apesar de apresentar a declaração do IRPJ/93, ano-calendário de 1992, considerando um prejuízo fiscal no segundo semestre equivalente a 3.852.551,84 UFIR, quando da elaboração da DIRPJ/94, ano calendário 93, verificou que o prejuízo fiscal declarado na DIRPJ/93 — ano-calendário 92, estava incorreto, tendo então, na compensação em novembro 1993, considerando, o montante equivalente a 6.221.4 84,54 UFIR, que corresponde ao valor do prejuízo fiscal efetivamente apurado pela recorrente no segundo semestre de 1992. 3 Processo n° :10783.002498/98-15 Acórdão n° :107-06.891 Considerando tratar-se de matéria de prova, a recorrente juntou cópias das folhas do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, para demonstrar o ocorrido. Juntou cópia de Medida Liminar em Mandado de Segurança expedida pela 11 a Vara Federal que autoriza o prosseguimento do procedimento administrativo, sem a comprovação do deposito de 30% do valor autuado. Quando do julgamento do recurso, em sessão de 13 de setembro de 2000, a Câmara entendeu, por unanimidade, converter o julgamento em diligência para que a fiscalização, verificasse in loco a veracidade das alegações da recorrente, fornecendo outras informações capazes de solucionar o litígio, eis que o mesmo se resumia em saber se, de fato, o resultado contábil a ser atribuído ao 2° semestre do ano-calendário de 1992 é de Cr$ 13.059.409.030,00, ao contrário do que foi declarado - lucro líquido de Cr$ 4.328.628.042,00. Cumprindo a Resolução n° 107-0.311, o auditor diligenciante produziu o relatório de fls. 148 que em nada contribui para a solução da lide. A conclusão a que chegou o auditor é obvia, qual seja, a de que a empresa adotou no ano-calendário de 1992 a sistemática da Portaria MF 441/92. Em Sessão de 07 de novembro de 2001, novamente a Câmara decidiu pela conversão do Julgamento em diligência pois, os documentos acostados aos autos, tanto pela recorrente quanto pelo auditor designado para cumprimento da diligência, não permitiam concluir, com razoável segurança, que houve erro no preenchimento da Declaração do IRPJ do ano-calendário de 1992, cujo teria dado origem à glosa do prejuízo compensado. É que, nas cópias de balanços ou balancetes carreados aos autos, em nenhum deles, se identificava o lucro líquido de Cr$ 13.059.409.030,00; esse valor aparece apenas em demonstrativo preparado pelo empresa às fls. 03 e 17, com a 4 )--1° • Processo n° :10783.002498198-15 Acórdão n° :107-06.891 agravante de ter registrado o auditor que a empresa alega encontrar-se extraviado o livro Diário relativo ao 2° semestre de 1992. Solicitou a Câmara que, à vista dos documentos anexados aos autos e com base na escrituração contábil e fiscal da empresa, dissesse a fiscalização, de forma conclusiva, qual o valor do lucro líquido da empresa relativo ao segundo semestre de 1992. Retornam os autos a julgamento, tendo apurado o auditor diligenciante: 1) Que as alegações da empresa tem respaldo na escrituração do livro Diário n° 147, cuja cópia anexou às fls. 174/176; 2) Que a Declaração de Rendimentos não foi feita com base num Balanço definitivamente encerrado, já que, como a mesma declara às fls. 170, o valor da provisão de férias de Cr$ 17.026.725.127,59 não foi considerado nos livros até a data de entrega da Declaração relativa ao ano-calendário de 1992. A Provisão de Férias foi apropriada a posteriori; 3) Que a irregularidade deste lançamento intempestivo foi facilitada pela forma com que foi feito o registro do livro Diário pela Junta Comercial do ES que, ao invés de considerar as folhas numeradas a partir da primeira do livro do mês de janeiro e fechando a numeração na última folha do mês de dezembro, fecha cada um dos volumes encadernados com 1.000 folhas; É o Relatório. • Processo n° :10783.002498/98-15 Acórdão n° :107-06.891 VOTO A recorrente tomou ciência da decisão de primeira instância em 17/12/99. Protocolou o recurso em 04/01/2000, acompanhado de cópia de Medida Liminar em Mandado de Segurança expedida pela il a Vara Federal, fls. 91 e 92, determinando o seguimento do recursos sem o depósito prévio. A verdade real deve prevalecer sobre a verdade formal, sob pena de se exigir imposto de renda calçado em erro de fato cometido pelo contribuinte. A não retificação da declaração onde se constatou erro, não pode servir de sustentação para a exigência, quando demonstrado o erro cometido. Po isso voto por se dar provimento ao recurso. sala das Sessões - DF, em 04 de Dezembro de 2002 , ~I" ALERO 6 Page 1 _0017900.PDF Page 1 _0018000.PDF Page 1 _0018100.PDF Page 1 _0018200.PDF Page 1 _0018300.PDF Page 1
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Numero do processo: 10783.000523/94-58
Turma: Primeira Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Apr 14 00:00:00 UTC 1999
Data da publicação: Wed Apr 14 00:00:00 UTC 1999
Ementa: PRELIMINAR DE NULIDADE - CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA - Os casos de nulidade estão expressos objetivamente na norma processualística fiscal e não encampam mero artifício subjetivo de apenas alegar e exiguidade do prazo da impugnação ou que falta à ação fiscal fundamentação jurídica.
IRPJ - DECADÊNCIA - TERMO INICIAL DA CONTAGEM DO PRAZO (EX. 1988/1989) - O imposto de renda pessoa jurídica, a partir do DL 1.967/82, se submete ao lançamento por homologação, eis que é de iniciativa do contribuinte a atividade de determinar a obrigação tributária, a matéria tributável, o cálculo do imposto e pagamento do quantum devido, independente de notificação, sob condição resolutória de ulterior homologação. Sendo por homologação, o fisco dispõe do prazo de 5 anos a contar do fato gerador para homologá-lo ou promover a novo lançamento tendente complementar o imposto antecipado pelo contribuinte. Como o lançamento foi efetuado em 04/01/94, procede a decadência argüida em relação aos períodos-base encerrados em 30/11/88 31/12/88, exercícios de 1988 e1989, respectivamente.
DESPESA/CUSTO INDEDUTÍVEL
I - DESPESAS DE AUDITORIA, CONSULTORIA FINANCEIRA E ASSESSORIA DE DIVULGAÇÃO E PROPAGANDA - Não prospera a ação fiscal que impugnou a apropriação de despesas operacionais, quando a Fiscalização não comprova a inveracidade dos fatos regularmente registrados na Contabilidade e a prova dos autos não revela qualquer fato que ilida a presunção de licitude da operação contabilizada.
II-BENS DO ATIVO PERMANENTE REGISTRADOS COMO DESPESAS: a) As despesas com reparos e conservação de bens, com ou sem reposição de peças, que não impliquem em aumento de vida útil superior a um ano, são dedutíveis do lucro operacional; b) os investimentos em obras de construção civil a novos bens, deverão ser capitalizados para amortizações ou depreciações futuras.
III - ATIVO DIFERIDO - DESPESAS COM PROGRAMAS DE COMPUTAÇÃO - Os gastos com instalação e implantação de programas de computação, de uso exclusivo da empresa, devem ser capitalizados para que sejam depreciados no prazo de vida útil e não lançadas como despesas no próprio exercício em que foram adquiridos. O mesmo não ocorre em relação a pagamentos por cessão de uso de software, já que inocorre a figura da exclusividade ou propriedade da empresa, indispensáveis à ativação do bem ou direito. Nessa hipótese, a apropriação da despesa no período-base do pagamento pode ensejar apenas o lançamento de eventual postergação do imposto, por antecipação da despesa, mas nunca a glosa do gasto pura e simplesmente.
IV - DEDUTIBILIDADE DE TRIBUTOS - ADICIONAL ESTADUAL DO IRPJ - Até o advento da Lei nº 8.541, de 1992, os tributos e contribuições são dedutíveis, na apuração do lucro real, no período-base de incidência em que ocorrer o fato gerador correspondente, sendo irrelevante, para efeito da dedutibilidade, se ocorreu ou não o se pagamento.
V - ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO - DIFERENÇA DE ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA (IPC/BTNF) - INOBSERVÂNCIA DA LEI Nº 8.200/91- Segundo reconhecido pela legislação de regência, nos exercícios financeiros de 1989 e 1990, os índices a serem utilizados para correção das demonstrações financeiras são aqueles que incorporam a variação verificada no Índice de Preços ao Consumidor - IPC, em cada período.
Não obstante tal reconhecimento, a Lei nº 8.200/91 estabeleceu que a diferença de correção monetária verificada entre esse índice - IPC e o BTNF só poderá ser deduzida em seis exercícios sucessivos, a partir do período-base de 1993 até 1988.
Assim, se a empresa apropriou tal diferença em períodos anteriores, seu procedimento, quando muito, acarreta postergação do pagamento do imposto, por antecipação de custo/despesa, sujeitando-se ao pagamento da diferença de imposto e encargos legais aplicáveis à inobservância do regime de competência, apurados na forma do art. 171 do RIR/80, c/c Parecer Normativo COSIT nº 02/96, não podendo prosperar o lançamento fiscal que simplesmente efetuou a glosa da diferença apropriada em anos anteriores, por inadequação do critério jurídico e fundamentação legal aplicáveis à espécie.
GANHOS REALIZADOS COM TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA - TDA - Inexiste qualquer ganho na diferença apurada quando da substituição de depósitos em dinheiro por Títulos da Dívida Agrária - TDA, vez que estes encontram-se caucionados em Juízo onde tramita a respectiva ação, inocorrendo, assim, disponibilidade econômica ou jurídica para a empresa. Eventual tributação dessa diferença só poderá ser exigida após o trânsito em julgado da sentença que vier a ser prolatada.
OMISSÃO DE VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS DE DEPÓSITOS JUDICIAIS - Se, por força do regime de competência, sendo o depósito judicial um ativo da pessoa jurídica, cabe a sua atualização monetária, por outro lado, correspondendo ele a uma obrigação (passivo) que, pelo mesmo regime, deve ser atualizada monetariamente e no mesmo índice, o reflexo fiscal é nulo, não sendo lícita a tributação da receita, olvidando-se a dedutibilidade da despesa correspondente. Se, no entanto, o sujeito passivo apropriou a correção monetária passiva das obrigações fiscais como despesa, procede o lançamento das receitas de variações monetárias ativas correspondentes, com vistas a neutralizar o efeito fiscal da dedutibilidade levada a efeito.
RECUPERAÇÃO OU DEVOLUÇÃO DE CUSTOS/ DEDUÇÕES - OMISSÃO - A contabilização equivocada de créditos de ICMS em conta de Passivo Exigível, em função de demandas existentes no âmbito estadual quanto a legitimidade do aproveitamento extemporâneo dos referidos créditos, pode vir ensejar eventual postergação do pagamento do IRPJ, por inobservância do regime de competência, não se justificando, assim, o lançamento fiscal que pretende cobrar omissão de valores no cômputo do lucro líquido, até porque, inexistia até aquela data o próprio reconhecimento, pelo Poder Tributante Estadual, do direito do contribuinte em aproveitar-se, extemporaneamente, dos créditos em questão.
DESPESAS INCORRIDAS - CORREÇÃO MONETÁRIA, MULTA DE MORA E JUROS DE MORA SOBRE PROVISÕES RELATIVAS A CONTRIBUIÇÕES DISCUTIDAS JUDICIALMENTE
Os encargos legais relativos à correção monetária, sobre obrigações tributárias vencidas, identificadas e quantificadas no período-base e não pagas no curso dele, em razão de discussão judicial travada em torno das mesmas, constituem, face a sua natureza de mero acessório da obrigação principal, bem como ao regime de competência, despesas incorridas, que são dedutíveis do lucro líquido do período. Quanto aos juros de mora e à multa de mora, cuja incidência ou não dependerá da decisão final da lide, são indedutíveis do lucro real enquanto perdurar a pendenga judicial.
POSTERGAÇÃO DE RECEITAS - VARIAÇÃO MONETÁRIA ATIVA DE DEPÓSITO JUDICIAL APROPRIADA QUANDO DO LEVANTAMENTO DO DEPÓSITO - Inexiste postergação nessa hipótese, dada à indisponibilidade do depósito no curso da demanda, além da neutralidade dos efeitos fiscais da variação monetária ativa dos depósitos, que se compensa com a variação monetária passiva das obrigações provisionadas, quando estas, de igual modo, não são apropriadas como despesas nos períodos-base de competência.
VALE TRANSPORTE - EXCESSO DE DEDUÇÃO EM RELAÇÃO AO LIMITE LEGAL - É de se manter a glosa do excesso deduzido, na hipótese de restar comprovado contabilmente a sua dedução a maior.
APROPRIAÇÃO DE RECEITAS FINANCEIRAS - Aplicações financeiras realizadas em um exercício com resgate para o exercício seguinte, cuja percepção do rendimento está condicionado à observância da data prevista para o resgate, podem ter sua receita contabilizada na data do efetivo recebimento da receita.
TAXA DE ABERTURA DE CRÉDITO - Uma vez que eventual restituição de parte da taxa paga subordinava-se a uma condição resolutiva, qual seja, a ocorrência de denúncia do contrato por parte da Recorrente, não há que se cogitar de qualquer direito à devolução, muito menos de antecipação de despesa, vez que discutida taxa compete tão somente ao período-base em que foi assinado o contrato, qual seja, 1991, vez que, além dos efeitos vigorarem a partir daquela data, inocorreu qualquer desistência por parte da Empresa.
INCIDÊNCIA DA TRD COMO JUROS DE MORA - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Por força do disposto no art. 101 do C.T.N. e no parágrafo 4. do art. 1. da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, a Taxa Referencial Diária - TRD só poderá ser cobrada, como juros de mora, a partir do mês de agosto de 1991, quando entrou em vigor a Lei n. 8.218/91.
IMPOSTO DE RENDA NA FONTE SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - Julgada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 35 da Lei nº 7.713, de 1988, na expressão “o acionista”, e suspensa a sua execução pela Resolução do Senado Federal nº 82, de 1996, deve ser cancelado o crédito tributário correspondente, em obediência ao disposto no artigo 3º da Instrução Normativa SRF nº 063, de 24 de julho de 1997, não se aplicando, neste caso, a relação de causa e efeito decorrente do julgamento lançamento principal.
CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/FATURAMENTO - Declarada a inconstitucionalidade dos Decretos-leis nºs. 2.445 e 2.449, ambos de 1988, tendo, inclusive, sua execução sido suspensa pela Resolução nº 49, de 09/10/95, a exigência da contribuição para o Programa de Integração Social - PIS deve ter por fundamento a Lei Complementar n. 7/70. Desse modo, não prospera a exigência fiscal formalizada com fundamento nos diplomas legais afastados do ordenamento jurídico.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E CONTRIBUIÇÕES PARA O PIS/DEDUÇÃO E PIS/REPIQUE - PROCEDIMENTOS REFLEXOS - A decisão prolatada no lançamento formalizado contra a pessoa jurídica, intitulado de principal ou matriz, da qual resulte declarada a materialização ou insubsistência do suporte fático que também embasa a relação jurídica referente à Contribuição Social e Contribuições para o PIS/DEDUÇÃO e PIS REPIQUE aplica-se, por inteiro, aos denominados procedimentos decorrentes ou reflexos.
Recurso conhecido e provido, em parte.
Numero da decisão: 101-92.635
Decisão: Por maioria de votos, acolher a preliminar de decadência. Vencidos os Conselheiros Edison Pereira Rodrigues e Celso Alves Feitosa nos períodos de 01/01/88 a 30/04/88 e de 01/12/88 a 31/12/88, e, no mérito, por unanimidade DAR provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do Relator.
Nome do relator: Sebastião Rodrigues Cabral
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Como o lançamento foi efetuado em 04/01/94, procede a decadência argüida em relação aos períodos-base encerrados em 30/11/88 31/12/88, exercícios de 1988 e1989, respectivamente. DESPESA/CUSTO INDEDUTÍVEL I - DESPESAS DE AUDITORIA, CONSULTORIA FINANCEIRA E ASSESSORIA DE DIVULGAÇÃO E PROPAGANDA - Não prospera a ação fiscal que impugnou a apropriação de despesas operacionais, quando a Fiscalização não comprova a inveracidade dos fatos regularmente registrados na Contabilidade e a prova dos autos não revela qualquer fato que ilida a presunção de licitude da operação contabilizada. II-BENS DO ATIVO PERMANENTE REGISTRADOS COMO DESPESAS: a) As despesas com reparos e conservação de bens, com ou sem reposição de peças, que não impliquem em aumento de vida útil superior a um ano, são dedutíveis do lucro operacional; b) os investimentos em obras de construção civil a novos bens, deverão ser capitalizados para amortizações ou depreciações futuras. III - ATIVO DIFERIDO - DESPESAS COM PROGRAMAS DE COMPUTAÇÃO - Os gastos com instalação e implantação de programas de computação, de uso exclusivo da empresa, devem ser capitalizados para que sejam depreciados no prazo de vida útil e não lançadas como despesas no próprio exercício em que foram adquiridos. O mesmo não ocorre em relação a pagamentos por cessão de uso de software, já que inocorre a figura da exclusividade ou propriedade da empresa, indispensáveis à ativação do bem ou direito. Nessa hipótese, a apropriação da despesa no período-base do pagamento pode ensejar apenas o lançamento de eventual postergação do imposto, por antecipação da despesa, mas nunca a glosa do gasto pura e simplesmente. IV - DEDUTIBILIDADE DE TRIBUTOS - ADICIONAL ESTADUAL DO IRPJ - Até o advento da Lei nº 8.541, de 1992, os tributos e contribuições são dedutíveis, na apuração do lucro real, no período-base de incidência em que ocorrer o fato gerador correspondente, sendo irrelevante, para efeito da dedutibilidade, se ocorreu ou não o se pagamento. V - ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO - DIFERENÇA DE ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA (IPC/BTNF) - INOBSERVÂNCIA DA LEI Nº 8.200/91- Segundo reconhecido pela legislação de regência, nos exercícios financeiros de 1989 e 1990, os índices a serem utilizados para correção das demonstrações financeiras são aqueles que incorporam a variação verificada no Índice de Preços ao Consumidor - IPC, em cada período. Não obstante tal reconhecimento, a Lei nº 8.200/91 estabeleceu que a diferença de correção monetária verificada entre esse índice - IPC e o BTNF só poderá ser deduzida em seis exercícios sucessivos, a partir do período-base de 1993 até 1988. Assim, se a empresa apropriou tal diferença em períodos anteriores, seu procedimento, quando muito, acarreta postergação do pagamento do imposto, por antecipação de custo/despesa, sujeitando-se ao pagamento da diferença de imposto e encargos legais aplicáveis à inobservância do regime de competência, apurados na forma do art. 171 do RIR/80, c/c Parecer Normativo COSIT nº 02/96, não podendo prosperar o lançamento fiscal que simplesmente efetuou a glosa da diferença apropriada em anos anteriores, por inadequação do critério jurídico e fundamentação legal aplicáveis à espécie. GANHOS REALIZADOS COM TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA - TDA - Inexiste qualquer ganho na diferença apurada quando da substituição de depósitos em dinheiro por Títulos da Dívida Agrária - TDA, vez que estes encontram-se caucionados em Juízo onde tramita a respectiva ação, inocorrendo, assim, disponibilidade econômica ou jurídica para a empresa. Eventual tributação dessa diferença só poderá ser exigida após o trânsito em julgado da sentença que vier a ser prolatada. OMISSÃO DE VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS DE DEPÓSITOS JUDICIAIS - Se, por força do regime de competência, sendo o depósito judicial um ativo da pessoa jurídica, cabe a sua atualização monetária, por outro lado, correspondendo ele a uma obrigação (passivo) que, pelo mesmo regime, deve ser atualizada monetariamente e no mesmo índice, o reflexo fiscal é nulo, não sendo lícita a tributação da receita, olvidando-se a dedutibilidade da despesa correspondente. Se, no entanto, o sujeito passivo apropriou a correção monetária passiva das obrigações fiscais como despesa, procede o lançamento das receitas de variações monetárias ativas correspondentes, com vistas a neutralizar o efeito fiscal da dedutibilidade levada a efeito. RECUPERAÇÃO OU DEVOLUÇÃO DE CUSTOS/ DEDUÇÕES - OMISSÃO - A contabilização equivocada de créditos de ICMS em conta de Passivo Exigível, em função de demandas existentes no âmbito estadual quanto a legitimidade do aproveitamento extemporâneo dos referidos créditos, pode vir ensejar eventual postergação do pagamento do IRPJ, por inobservância do regime de competência, não se justificando, assim, o lançamento fiscal que pretende cobrar omissão de valores no cômputo do lucro líquido, até porque, inexistia até aquela data o próprio reconhecimento, pelo Poder Tributante Estadual, do direito do contribuinte em aproveitar-se, extemporaneamente, dos créditos em questão. DESPESAS INCORRIDAS - CORREÇÃO MONETÁRIA, MULTA DE MORA E JUROS DE MORA SOBRE PROVISÕES RELATIVAS A CONTRIBUIÇÕES DISCUTIDAS JUDICIALMENTE Os encargos legais relativos à correção monetária, sobre obrigações tributárias vencidas, identificadas e quantificadas no período-base e não pagas no curso dele, em razão de discussão judicial travada em torno das mesmas, constituem, face a sua natureza de mero acessório da obrigação principal, bem como ao regime de competência, despesas incorridas, que são dedutíveis do lucro líquido do período. Quanto aos juros de mora e à multa de mora, cuja incidência ou não dependerá da decisão final da lide, são indedutíveis do lucro real enquanto perdurar a pendenga judicial. POSTERGAÇÃO DE RECEITAS - VARIAÇÃO MONETÁRIA ATIVA DE DEPÓSITO JUDICIAL APROPRIADA QUANDO DO LEVANTAMENTO DO DEPÓSITO - Inexiste postergação nessa hipótese, dada à indisponibilidade do depósito no curso da demanda, além da neutralidade dos efeitos fiscais da variação monetária ativa dos depósitos, que se compensa com a variação monetária passiva das obrigações provisionadas, quando estas, de igual modo, não são apropriadas como despesas nos períodos-base de competência. VALE TRANSPORTE - EXCESSO DE DEDUÇÃO EM RELAÇÃO AO LIMITE LEGAL - É de se manter a glosa do excesso deduzido, na hipótese de restar comprovado contabilmente a sua dedução a maior. APROPRIAÇÃO DE RECEITAS FINANCEIRAS - Aplicações financeiras realizadas em um exercício com resgate para o exercício seguinte, cuja percepção do rendimento está condicionado à observância da data prevista para o resgate, podem ter sua receita contabilizada na data do efetivo recebimento da receita. TAXA DE ABERTURA DE CRÉDITO - Uma vez que eventual restituição de parte da taxa paga subordinava-se a uma condição resolutiva, qual seja, a ocorrência de denúncia do contrato por parte da Recorrente, não há que se cogitar de qualquer direito à devolução, muito menos de antecipação de despesa, vez que discutida taxa compete tão somente ao período-base em que foi assinado o contrato, qual seja, 1991, vez que, além dos efeitos vigorarem a partir daquela data, inocorreu qualquer desistência por parte da Empresa. INCIDÊNCIA DA TRD COMO JUROS DE MORA - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Por força do disposto no art. 101 do C.T.N. e no parágrafo 4. do art. 1. da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, a Taxa Referencial Diária - TRD só poderá ser cobrada, como juros de mora, a partir do mês de agosto de 1991, quando entrou em vigor a Lei n. 8.218/91. IMPOSTO DE RENDA NA FONTE SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - Julgada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 35 da Lei nº 7.713, de 1988, na expressão “o acionista”, e suspensa a sua execução pela Resolução do Senado Federal nº 82, de 1996, deve ser cancelado o crédito tributário correspondente, em obediência ao disposto no artigo 3º da Instrução Normativa SRF nº 063, de 24 de julho de 1997, não se aplicando, neste caso, a relação de causa e efeito decorrente do julgamento lançamento principal. CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/FATURAMENTO - Declarada a inconstitucionalidade dos Decretos-leis nºs. 2.445 e 2.449, ambos de 1988, tendo, inclusive, sua execução sido suspensa pela Resolução nº 49, de 09/10/95, a exigência da contribuição para o Programa de Integração Social - PIS deve ter por fundamento a Lei Complementar n. 7/70. Desse modo, não prospera a exigência fiscal formalizada com fundamento nos diplomas legais afastados do ordenamento jurídico. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E CONTRIBUIÇÕES PARA O PIS/DEDUÇÃO E PIS/REPIQUE - PROCEDIMENTOS REFLEXOS - A decisão prolatada no lançamento formalizado contra a pessoa jurídica, intitulado de principal ou matriz, da qual resulte declarada a materialização ou insubsistência do suporte fático que também embasa a relação jurídica referente à Contribuição Social e Contribuições para o PIS/DEDUÇÃO e PIS REPIQUE aplica-se, por inteiro, aos denominados procedimentos decorrentes ou reflexos. Recurso conhecido e provido, em parte.
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conteudo_txt : Metadados => date: 2009-07-07T20:37:34Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.6; pdf:docinfo:title: ; xmp:CreatorTool: CNC PRODUÇÃO; Keywords: ; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; subject: ; dc:creator: CNC Solutions; dcterms:created: 2009-07-07T20:37:28Z; Last-Modified: 2009-07-07T20:37:34Z; dcterms:modified: 2009-07-07T20:37:34Z; dc:format: application/pdf; version=1.6; Last-Save-Date: 2009-07-07T20:37:34Z; pdf:docinfo:creator_tool: CNC PRODUÇÃO; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:keywords: ; pdf:docinfo:modified: 2009-07-07T20:37:34Z; meta:save-date: 2009-07-07T20:37:34Z; pdf:encrypted: false; modified: 2009-07-07T20:37:34Z; cp:subject: ; pdf:docinfo:subject: ; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: CNC Solutions; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: CNC Solutions; meta:author: CNC Solutions; dc:subject: ; meta:creation-date: 2009-07-07T20:37:28Z; created: 2009-07-07T20:37:28Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 81; Creation-Date: 2009-07-07T20:37:28Z; pdf:charsPerPage: 2015; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; meta:keyword: ; Author: CNC Solutions; producer: CNC Solutions; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: CNC Solutions; pdf:docinfo:created: 2009-07-07T20:37:28Z | Conteúdo => MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES -•--P - PRIMEIRA CÂMARA Processo n° : 10783.000523/94-58 Recurso tf.: 117.854 - I.R.P.J. e OUTROS - Exercícios de 1988 a 1992 Recorrente: VIAÇÃO ITAPEMEREVI S.A. Recorrida : DRJ NO RIO DE JANEIRO Sessão de : 14 de abril de 1999 Acórdão n° 101-92.635 PRELIMINAR DE NULIDADE - CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA - Os casos de nulidade estão expressos objetivamente na norma processualistica fiscal e não encampam mero artificio subjetivo de apenas alegar e exiguidade do prazo da impugnação ou que falta à ação fiscal fundamentação jurídica. IRPJ - DECADÊNCIA - TERMO INICIAL DA CONTAGEM DO PRAZO (EX. 1988/1989) - O imposto de renda pessoa jurídica, a partir do DL 1.967/82, se submete ao lançamento por homologação, eis que é de iniciativa do contribuinte a atividade de determinar a obrigação tributária, a matéria tributável, o cálculo do imposto e pagamento do quantum devido, independente de notificação, sob condição resolutória de ulterior homologação. Sendo por homologação, o fisco dispõe do prazo de 5 anos a contar do fato gerador para homologá-lo ou promover a novo lançamento tendente complementar o imposto antecipado pelo contribuinte. Como o lançamento foi efetuado em 04/01/94, procede a decadência argüida em relação aos períodos-base encerrados em 30/11/88 31/12/88, exercícios de 1988 el989, respectivamente. DESPESA/CUSTO INDEDUTiv'EL I - DESPESAS DE AUDITORIA, CONSULTORIA FINANCEIRA E ASSESSORIA DE DIVULGAÇÃO E PROPAGANDA - Não prospera a ação fiscal que impugnou a apropriação de despesas operacionais, quando a Fiscalização não comprova a inveracidade dos fatos regularmente registrados na Contabilidade e a prova dos autos não revela qualquer fato que ilida a presunção de licitude da operação contabilizada. 11-BENS DO ATIVO PERMANENTE REGISTRADOS COMO DESPESAS: a) As despesas com reparos e conservação de bens, com ou sem reposição de peças, que não impliquem em aumento de vida útil superior a um ano, são dedutíveis do lucro operacional; b) os investimentos em obras dei Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 construção civil a novos bens, deverão ser capitalizados para amortizações ou depreciações futuras. ifi - ATIVO DIFERIDO - DESPESAS COM PROGRAMAS DE COMPUTAÇÃO - Os gastos com instalação e implantação de programas de computação, de uso exclusivo da empresa, devem ser capitalizados para que sejam depreciados no prazo de vida útil e não lançadas como despesas no próprio exercício em que foram adquiridos. O mesmo não ocorre em relação a pagamentos por cessão de uso de software, já que inocorre a figura da exclusividade ou propriedade da empresa, indispensáveis à ativação do bem ou direito. Nessa hipótese, a apropriação da despesa no período-base do pagamento pode ensejar apenas o lançamento de eventual postergação do imposto, por antecipação da despesa, mas nunca a glosa do gasto pura e simplesmente. IV - DEDUTIBILIDADE DE TRIBUTOS - ADICIONAL ESTADUAL DO IRPJ - Até o advento da Lei n° 8.541, de 1992, os tributos e contribuições são dedutíveis, na apuração do lucro real, no período-base de incidência em que ocorrer o fato gerador correspondente, sendo irrelevante, para efeito da dedutibilidade, se ocorreu ou não o se pagamento. V - ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO - DIFERENÇA DE ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA (IPC/BTNF) - INOBSERVÂNCIA DA LEI N° 8.200/91- Segundo reconhecido pela legislação de regência, nos exercícios fmanceiros de 1989 e 1990, os índices a serem utilizados para correção das demonstrações fmanceiras são aqueles que incorporam a variação verificada no índice de Preços ao Consumidor - IPC, em cada período. Não obstante tal reconhecimento, a Lei n° 8.200/91 estabeleceu que a diferença de correção monetária verificada entre esse índice - IPC e o BTNF só poderá ser deduzida em seis exercícios sucessivos, a partir do período-base de 1993 até 1988. Assim, se a empresa apropriou tal diferença em períodos anteriores, seu procedimento, quando muito, acarreta postergação do pagamento do imposto, por antecipação de custo/despesa, sujeitando-se ao pagamento da diferença de imposto e encargos legais aplicáveis à inobservância do regime de competência, apurados na forma do art. 171 do RIR/80, c/c Parecer Normativo COSIT n° 02/96, não podendo prosperar o lançamento fiscal que simplesmente efetuou a glosa da diferença apropriada em anos anteriores, por inadequação do critério jurídico e fundamentação legal aplicáveis à espécie,. 2 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 GANHOS REALIZADOS COM TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA - TDA - Inexiste qualquer ganho na diferença apurada quando da substituição de depósitos em dinheiro por Títulos da Dívida Agrária - TDA, vez que estes encontram-se caucionados em Juízo onde tramita a respectiva ação, inocorrendo, assim, disponibilidade econômica ou jurídica para a empresa. Eventual tributação dessa diferença só poderá ser exigida após o trânsito em julgado da sentença que vier a ser prolatada. OMISSÃO DE VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS DE DEPÓSITOS JUDICIAIS - Se, por força do regime de competência, sendo o depósito judicial um ativo da pessoa jurídica, cabe a sua atualização monetária, por outro lado, correspondendo ele a uma obrigação (passivo) que, pelo mesmo regime, deve ser atualizada monetariamente e no mesmo índice, o reflexo fiscal é nulo, não sendo licita a tributação da receita, olvidando-se a dedutibilidade da despesa correspondente. Se, no entanto, o sujeito passivo apropriou a correção monetária passiva das obrigações fiscais como despesa, procede o lançamento das receitas de variações monetárias ativas correspondentes, com vistas a neutralizar o efeito fiscal da dedutibilidade levada a efeito. RECUPERAÇÃO OU DEVOLUÇÃO DE CUSTOS/ DEDUÇÕES - OMISSÃO - A contabilização equivocada de créditos de ICIvIS em conta de Passivo Exigível, em função de demandas existentes no âmbito estadual quanto a legitimidade do aproveitamento extemporâneo dos referidos créditos, pode vir ensejar eventual postergação do pagamento do IRPJ, por inobservância do regime de competência, não se justificando, assim, o lançamento fiscal que pretende cobrar omissão de valores no cômputo do lucro líquido, até porque, inexistia até aquela data o próprio reconhecimento, pelo Poder Tributante Estadual, do direito do contribuinte em aproveitar-se, extemporaneamente, dos créditos em questão. DESPESAS INCORRIDAS - CORREÇÃO MONETÁRIA, MULTA DE MORA E JUROS DE MORA SOBRE PROVISÕES RELATIVAS A CONTRIBUIÇÕES DISCUTIDAS JUDICIALMENTE Os encargos legais relativos à correção monetária, sobre obrigações tributárias vencidas, identificadas e quantificadas no período-base e não pagas no curso dele, em razão de discussão judicial travada em tomo das mesmas, constituem, face a sua natureza de mero acessório da obrigação principal, bem como ao regime de competência, despesas incorridas, que são dedutíveis 3 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 do lucro líquido do período. Quanto aos juros de mora e à multa de mora, cuja incidência ou não dependerá da decisão fmal da lide, são indedutíveis do lucro real enquanto perdurar a pendenga judicial. POSTERGAÇÃO DE RECEITAS - VARIAÇÃO MONETÁRIA ATIVA DE DEPÓSITO JUDICIAL APROPRIADA QUANDO DO LEVANTAMENTO DO DEPÓSITO - Inexiste postergação nessa hipótese, dada à indisponibilidade do depósito no curso da demanda, além da neutralidade dos efeitos fiscais da variação monetária ativa dos depósitos, que se compensa com a variação monetária passiva das obrigações provisionadas, quando estas, de igual modo, não são apropriadas como despesas nos períodos-base de competência. VALE TRANSPORTE - EXCESSO DE DEDUÇÃO EM RELAÇÃO AO LIMITE LEGAL - É de se manter a glosa do excesso deduzido, na hipótese de restar comprovado contabilmente a sua dedução a maior. APROPRIAÇÃO DE RECEITAS FINANCEIRAS - Aplicações fmanceiras realizadas em um exercício com resgate para o exercício seguinte, cuja percepção do rendimento está condicionado à observância da data prevista para o resgate, podem ter sua receita contabilizada na data do efetivo recebimento da receita. TAXA DE ABERTURA DE CRÉDITO - Uma vez que eventual restituição de parte da taxa paga subordinava-se a uma condição resolutiva, qual seja, a ocorrência de denúncia do contrato por parte da Recorrente, não há que se cogitar de qualquer direito à devolução, muito menos de antecipação de despesa, vez que discutida taxa compete tão somente ao período-base em que foi assinado o contrato, qual seja, 1991, vez que, além dos efeitos vigorarem a partir daquela data, ino correu qualquer desistência por parte da Empresa. INCIDÊNCIA DA TRD COMO JUROS DE MORA - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Por força do disposto no art. 101 do C.T.N. e no parágrafo 4. do art. 1. da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, a Taxa Referencial Diária - TRD só poderá ser cobrada, como juros de mora, a partir do mês de agosto de 1991, quando entrou em vigor a Lei n. 8.218/91. IMPOSTO DE RENDA NA FONTE SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - Julgada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 35 da Lei n° 7.713, de 1988, na expressão "o acionista", e suspensa a sua execução pela 4 f Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 Resolução do Senado Federal n° 82, de 1996, deve ser cancelado o crédito tributário correspondente, em obediência ao disposto no artigo 3° da Instrução Normativa SRF n° 063, de 24 de julho de 1997, não se aplicando, neste caso, a relação de causa e efeito decorrente do julgamento lançamento principal. CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/FA'TURAMENTO - Declarada a inconstitucionalidade dos Decretos-leis les. 2.445 e 2.449, ambos de 1988, tendo, inclusive, sua execução sido suspensa pela Resolução n° 49, de 09/10/95, a exigência da contribuição para o Programa de Integração Social - PIS deve ter por fundamento a Lei Complementar n. 7/70. Desse modo, não prospera a exigência fiscal formalizada com fundamento nos diplomas legais afastados do ordenamento jurídico. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E CONTRIBUIÇÕES PARA O PIS/DEDUÇÃO E PIS/REPIQUE - PROCEDIMENTOS REFLEXOS - A decisão prolatada no lançamento formalizado contra a pessoa jurídica, intitulado de principal ou matriz, da qual resulte declarada a materialização ou insubsistência do suporte fático que também embasa a relação jurídica referente à Contribuição Social e Contribuições para o PIS/DEDUÇÃO e PIS REPIQUE aplica-se, por inteiro, aos denominados procedimentos decorrentes ou reflexos. Recurso conhecido e provido, em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por VIAÇÃO ITAPEMIRIM S.A.. ACORDAM os Membros da Primeira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes: i) por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares de Nulidade cio Procedimento Fiscal e do Auto de infração argüidas; ü) por maioria de votos, acolher a preliminar de decadência do direito de a Fazenda Nacional proceder ao lançamento nos exercícios de 1988 e 1989, afastando, em conseqüência, da base de cálculo do lançamento daqueles exercícios as importâncias de Cr$140.005.249,90 e Cz$215.980.116,00, respectivamente; vencidos os Conselheiros Edison Pereira Rodrigues e Celso Alves Feitosa, relativamente ao Exercício de 1989; üi) no mérito, por unanimidade de votos, dar provimento parcial do Recurso Voluntário interposto pelo Sujeito Passivo para excluir da base de cálculo do IRPJ e da Contribuição Social as parcelas de Ncz$.10.390.855,70, Cr$.247.587.504,20, Cr$. 14.948.626.788,82, Cr$.20.584.674.450,10 e Cr$.76.021.948.086,28, nos Exercícios de 1990, 1991, 1992, 06/1992 e 12/1992, respectivamente; iv) excluir a incidência da TRD no período de fevereiro a agosto de 1991; v) excluir as exigências reflexas do Imposto de Renda na Fonte e Contribuição para o PIS/FATURAMENTO; vi) ajustar as Contribuições para o PIS/DEDUÇÃO e PIS/REPIQUE ao valor remanescente do IRPJ, nos termos do relatório er voto que passam a integrar o presente julgado. 5 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 EJJ[SON PE ' RODRIGUES /PRESIDE Ai SEBAS .41:'•= GUIES CABRAL RELAT • " FORMALIZADO EM : 2 4 .A1 1999 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros: FRANCISCO DE ASSIS MIRANDA, RAUL PIMENTEL, SANDRA MARIA FARONI e CELSO ALVES FEITOSA. 6 Processo lu. 10783.000523/94-58 Acántio iii. 101-92.635 RECURSO N°.: 117.854 RECORRENTE: VIAÇÃO ITAPEMIRIM S.A. RELATÓRIO VIAÇÃO ITAPEMIREVI S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no C.G.C. - MF sob o n°. 27.175.975/0001-07, não se conformando com a decisão que lhe foi parcialmente desfavorável, proferida pelo Delegado de Julgamento da Delegacia da Receita Federal no Rio de Janeiro - RJ que, apreciando sua impugnação tempestivamente apresentada, manteve, em parte, o crédito tributário formalizado através dos Autos de Infração de fls. 02/73, recorre a este Conselho na pretensão de reforma da mencionada decisão da autoridade julgadora singular. No mesmo Processo, o Dd. Delegado de Julgamento da Receita Federal no Rio de Janeiro, recorre de ofício a este Colegiado, em conseqüência de haver exonerado a Contribuinte de parcela do crédito tributário, em valor superior ao limite estabelecido pela legislação de regência, com fundamento no artigo 34, do Decreto n° 70.235/72, com alterações introduzidas pela Lei n° 8.748, de 1993. O presente Processo originou-se de 06 (seis) Autos de Infração lavrados contra a Recorrente VIAÇÃO ITAPEMIRIIVI S.A. em 28/01/94, nas áreas do I.R.P.J.(fls. 02/31), PIS/DEDUÇÃO (fls. 32/35), PIS/REPIQUE (fls. 36/39), PIS/FATURAMENTO (fls. 40/46), I.R.F. sobre o Lucro Líquido (fls. 47/60) e Contribuição Social sobre o Lucro (fls. 61/73). As irregularidades apuradas pela Fiscalização encontram-se descritas no Auto de Infração lavrado na área do IRPJ, a fls. 03/18, nestes termos: 1- CUSTOS, OU DESPESAS NÃO COMPROVADOS 1.1. Glosa da despesa com pernoites e refeições por falta de comprovação da efetiva prestação do serviço e necessidade do mesmo a atividade da empresa e a manutenção da fonte produtora, conf. QD 32, fls. 129. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1988 2.485.850,00 7 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Os Autuantes esclarecem, no Quadro Demonstrativo n° 32, a fls. 129, que na análise da documentação apresentada pela Empresa (fls. 816/871), foi considerado como comprovada a despesa objeto das NF"s 614 e 451, de 24/10/88 e n° 3.054, de 12/10/88, referente ao curso realizado no período de 17 a 21/10/88. Entretanto, deixaram de ser consideradas como hábeis para comprovar o dispêndio as NF's n's 449, de 04/10/88 (Restaurante Moura Ltda.); 598, de 04/10/88 (Restaurante Max) e 3.011, de 05/10/88, por não terem especificado a que se destinaram os gastos. 1.2. Glosa da despesa de locação da aeronave por falta de comprovação da efetiva prestação do serviço e necessidade do mesmo a atividade da empresa e a manutenção da fonte produtora, conf. QD 30, fls. 127. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1989 18.563.627,78 OBS: VALOR ACATADO PELA RECORRENTE 1.3. Glosa da despesa com Depósito Judicial como garantia da execução, tendo em vista não ter sido transitado em julgado, portanto não paga, conf. QD 31, fls. 128. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1991 1.522.461,45 OBS: VALOR ACATADO PELA RECORRENTE PROCESSO N° 10783-000.523/94-58 ACÓRDÃO N° 101- 2 - CUSTO OU DESPESA S/COMPROVAÇÃO DA EFETIVIDADE E NECESSIDADE 2.1. Glosa de Despesa de Viagens, referente a horas não voadas de duas aeronaves e um helicóptero, correspondente a US$ 1.644.071,82, faturada por empresa coligada, com prejuízos a compensar de exercícios anteriores, sem comprovação da sua efetividade e necessidade, conf. QD 11, fls. 91/92. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 1.555.045.335,0? 8 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 OBS: VALOR ACATADO PELA RECORRENTE 2.2. Glosa de Despesa de Auditoria e Consultoria Financeira, sem comprovação da sua efetividade e necessidade, correspondente a faturamento anual de serviços, ao fmal do exercício, pela empresa holding do grupo, que apura prejuízos e tem como controlador a mesma pessoa que controla a beneficiária, conf. QD 17, fls. 102/104. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 425.600.400,00 No mencionado Quadro Demonstrativo e 17, os Autuantes esclarecem que a Autuada pagou o montante de Cr$425.600.400,00 à empresa Holding do Grupo Itapemirim M.C. Massad Cola Empreendimentos e Participações Ltda., correspondente, segundo dizeres da Nota Fiscal, a serviços prestados ao longo do ano de 1991, despesa essa considerada indedutível, por falta de comprovação, com documentação hábil, da efetiva prestação dos serviços, pelas seguintes razões: i) Os documentos que respaldam a despesa resumem-se a uma fatura datada de 27/12/91, ou seja, no encerramento do balanço, faturando um dispêndio anual e um contrato firmado com empresa do mesmo grupo, que possuem o mesmo sócio controlador; ii) a empresa emitente da nota apurou prejuízo naquele ano (1991) no valor de Cr$1.037.882.000,00, e teve despesa com pessoal no montante de Cr$73.244.916,84; figurando em seu quadro apenas 4 (quatro) Auditores, sendo que um foi demitido em 02/10/91 e outro contratado na mesma data; iii) os serviços de terceiros contratados pela emitente, montou o valor de Cr$ 42.362.826,42, sendo que mais de 60% desse valor refere-se a um Projeto de Controladoria e a honorários de Auditoria Especial, o que demonstra que a e empresa não tinha estrutura e nem contratou serviços de Auditoria externa e Consultoria Financeira; iv) a emitente não prestou nenhum serviço de Auditoria ou Consultoria Financeira a terceiros, mas apenas faturou despesas a empresas do mesmo grupo; v) na Carta Proposta da contratação desses serviços, está claro que não obstante a necessidade de conter despesas, os custos desses serviços ficariam "EM CASA", uma vez que o custo para a Autuada consistiria uma receita para a M.C. Massad. vi) finalmente, os autuantes concluem que houve, de fato, um planejamento fiscal, cujo objetivo foi reduzir o lucro de uma empresa lucrativa (Contratante) t,com uma despesa fornecida por uma empresa ligada deficitária. 9 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão ur. 101-92.635 2.3. Glosa de Despesa de Assessoria de Divulgação e Propaganda, sem comprovação da efetividade e necessidade, faturada ao fmal do exercício, por empresa interligada, controlada pela mesma pessoa, que aproveitou-se de prejuízo que ia prescrever, conf. QD 18, fls. 105/106. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 99.577.544,00 Consoante esclarecido no mencionado Quadro Demonstrativo n° 18, trata-se de despesa de prestação de serviços de Assessoria no Agenciamento de divulgação da atividade comercial e pesquisa de locais para novos estabelecimentos, faturada pela empresa ITAPEMIRIM TURISMO LTDA., considerada pelo Fisco indedutível por falta de comprovação, com documentos hábeis, da efetividade dos serviços e a necessidade para a empresa, por motivos semelhantes aos elencados no subitem anterior, quais sejam: i) A emitente da nota é controlada pela empresa M.C. Massad Cola Emp. e Part. Ltda., e esta, por sua vez é controlada pelo Sr. Camilo Cola, o qual participa indiretamente da Itapemirim Turismo e diretamente da Viação Itapemirim; ii) A fatura dos serviços data de 30/12/91, ou seja, data do encerramento do balanço, quando o normal seria faturamento mensal, além disso, a atividade da emitente da nota fiscal é turismo, agência de viagens e despachos, nada tendo a ver com os serviços faturados; iii) O valor faturado não foi tributado na emitente da nota, vez que dita receita se prestou apenas para obtenção de lucro que possibilitou a compensação de prejuízos do exercício de 1988, que iriam prescrever; iv) Face a esses motivos o Fisco concluiu pela indedutibilidade da despesa por entender que a mesma resultou de um planejamento fiscal, cujo objetivo foi reduzir o lucro da autuada, que é uma empresa lucrativa e produzir receita fictícia para a emitente da nota, que além de ser empresa do mesmo grupo, possuía prejuízo prestes a prescrever. 3- CUSTOS, DESPESAS OPERACIONAIS E ENCARGOS NÃO NECESSÁRIOS 3.1. Glosa de despesa com doação e brindes desnecessário a manutenção da atividade da empresa, configurando ato de liberalidade, conf. QD 33, fls. 130/131. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1988 6.459.655,00 3.2. Glosa de despesa com doações e brindes desnecessário a manutenção da atividade da empresa, configurando ato de liberalidade, conf. QD 33, fls. 130/131. 10 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão rir. 101-92.635 EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1988 5.597.924,80 3.3. Glosa de despesa com doação, brindes e show musical não necessárias a manutenção da atividade da empresa, pagas por liberalidade dos dirigentes da Pessoa Jurídica, conf. QD. 20, fls. 108. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 40.225.264,00 OBS: OS VALORES AUTUADOS NOS SUBITENS 3.2 E 3.3 FORAM ACATADOS PELA RECORRENTE, RESTANDO EM LITÍGIO NESTE ITEM 3 APENAS O SUBIII,M 3.1, EM RELAÇÃO AO QUAL A EMPRESA ARGÜI DECADÊNCIA DO DIREITO DE A FAZENDA PROCEDER AO LANÇAMENTO. 4- BENS DE NATUREZA PERMANENTE DEDUZIDOS COMO CUSTO/DESPESA 4.1. Custo de aquisição de bens pertencentes ao Ativo Permanente, registrados indevidamente como despesa e/ou custo operacional, conf. QD 27, fls. 120/121. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1989 201.500,00 Consoante consignado no QD 27, os bens cuja ativação se reclama neste subitem, correspondem à aquisição de: i) letreiros em néon e transformador seqüencial eletrônico (Cz$146.000,00); serviços e materiais de iluminação em 2 painéis (Cz$413,724,00); iii) confecção e instalação de um armário para pia de cozinha (Cz$39.000,00); iv) estante, mesa, banco, cesto e cinzeiro (Cz$50.000,00) e tesouras de cortar grama (Cz$21.900,00). 4.2. Valor deduzido indevidamente como custo/despesa operacional, quando deveria ter sido ativado para posterior depreciação e ou amortização, conf. QD 28, fls. 122/124. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1988 37.626.637,05 Consoante consignado no QD 28, os bens/serviços cuja ativação se reclama neste subitem, correspondem aos seguintes serviços: pintura de telhado, galpão, prédio e portões; manutenção da rede hidráulica; rede de drenagem da oficina; esgoto; manutenção de plataformas, muros, vidros e oficina, ampliação e reforma da rodoviária e diversos outros serviços de manutenção, conservação e reparos, além da elaboração de estudo de viabilidade para construção de terminal integrado de passageiros e cargas na Região metropolitana de Recife e desenvolvimento do diagnóstico executivo de informática., 11 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 4.3. Custo de aquisição de bens pertencentes ao Ativo Permanente, registrados indevidamente como despesa e/ou custo operacional, conf. QD 27, fls. 120/121. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1989 469.124,00 Consoante consignado no QD 27, os bens cuja ativação se reclama neste subitem, correspondem à aquisição de: i) serviços e materiais de iluminação em 2 painéis (Cz$413,724,00); confecção e instalação de um armário para pia de cozinha (Cz$39.000,00); iii) tesouras de cortar grama (Cz$16.400,00). 4.4. Valores deduzidos indevidamente como custo/despesa operacional, quando deveriam ter sido ativados para posterior depreciação/amortização, conf. QD 28, fls. 122/124. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1989 531.663,02 Consoante consignado no QD 28, os bens/serviços cuja ativação se reclama neste subitem, correspondem aos seguintes serviços: reforma e ampliação da rodoviária, conservação de bens e instalações, serviço de engenharia, serviço técnico de lay out, estudo, memorial e projeto. 4.5. Custo de aquisição de bens pertencentes ao Ativo Permanente, registrado indevidamente como despesa e/ou custo operacional, conf. QD 22, fls. 112/115. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1990 281.013,11 Consoante consignado no QD 22, os bens/serviços cuja ativação se reclama neste subitem, correspondem aos seguintes serviços: i) instalação e operação do equipamento de sondagem na obra da Estrada Velha da Pavuna; construção de 4 mesas, 2 bancas e 8 banquetas; iii) reforma e ampliação de garagem em Feira de Santana; iv) reforma de ponto de apoio; v) aquisição de materiais elétricos e hidráulicos, telhas, peças de reforma, motores; vi) construção de dique e piso de concreto; vii) serviço de gravação e pintura em chapas de acrílico; viii) projeto de ampliação de instalação elétrica; ix) aquisição de areia e pedras; x) aquisição de peças e serviço para reforma de ar condicionado, bebedouros e freezer, xi) aquisição de 2 ventiladores. 4.6. Valores deduzidos indevidamente como custo/despesa operacional, quando deveriam ter sido ativados para posterior depreciação/amortização, conf. QD 29, fls. 125/126. 12 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1991 3.181.678,00 Consoante consignado no QD 29, os bens/serviços cuja ativação se reclama neste subitem, correspondem a gastos com empreitada de mão de obra para a construção de um muro em terreno de uma das garagens e serviços assistência técnica, manutenção e revisão de bens e instalações da empresa. 4.7. Custo de aquisição de bens pertencentes ao Ativo Permanente, registrados indevidamente como despesa e/ou custo operacional, conf. QD 22, item 2, fls. 115 EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 34.018.671,52 Consoante consignado no QD 22, item 2, os bens/serviços cuja ativação se reclama neste subitem, correspondem a serviços de reforma de telhado de plataforma, em garagem e restauração de móveis. 5- ATIVO DIFERIDO REGISTRADO COMO DESPESA 51 Capital aplicado em despesas que contribuiriam para a formação do resultado de mais de um exercício social e conseqüentemente teriam que ser ativados para posterior depreciação e que foram, indevidamente, registrados como despesas operacionais, conf. QD 21, itens 1 e 2, fls. 109/111. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1990 711.516,76 1992 647.402.213,79 Consoante consignado no QD 21, os gastos cuja ativação se reclama neste item refere-se a implantação de novos projetos de processamento de dados e pagamentos por cessão de uso de SOFTWARE. 6- IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES (NÃO DEDUTÍVEIS) 6.1. ADICIONAL ESTADUAL DO I.R.P.J. provisionado no exercício e adicionado no LALUR, e excluído no exercício seguinte, corrigido na parte "B" do LALUR, indevidamente na parte referente a correção monetária, pois esta foi deduzida contabilmente quando do pagamento da obrigação, conf. QD 26, item 2.1, fls. 119. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1990 416.889,004 13 , Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 6.2. ADICIONAL ESTADUAL DO I.R.P.J. não pago, excluído indevidamente, corrigido na parte "B" do LALUR, na apuração do lucro real. conf. QD 26, fls. 119. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1991 66.553.829,00 Consoante consignado no QD 26, a Empresa constituiu em 31/12/89 Provisão para o Adicional Estadual, lançando-a como despesa e adicionando-a na apuração do lucro real. Em 30/12/90, quando do pagamento do imposto, excluiu na apuração do lucro real a correção monetária da citada provisão até aquela data, dedução essa considerada indevida pelo Fisco, em razão de a empresa haver registrado na contabilidade, quando dos pagamentos, despesa de correção monetária passiva. (6.1) Prosseguindo, os Autuantes informam no subitem 2.2 do QD 26, que a empresa procedeu da mesma forma no ano-base seguinte (30/12/90), porém, não efetuou o pagamento do imposto em 1991, tendo provisionado despesas de correção monetária, juros de mora e multa, adicionando-as ao lucro real. Como o imposto não foi recolhido, a Fiscalização concluiu que a provisão do adicional não pode ser deduzida do Lucro real (subitem 6.2 do Auto). 7- ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO DIFERENÇA CORREÇÃO B'TNF/IPC 7.1. Parcela dos Encargos de Depreciação correspondente à diferença de correção monetária pelo IPC e pelo BTN Fiscal, deduzido na apuração de resultados e não adicionado ao lucro líquido na apuração do Lucro Real, conf. QD fls. 137. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 2.723.388.390,44 06/92 4.248.814.904,69 14.517_424.886,14 8- GANHOS REALIZADOS C/ TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA 8.1. Ganhos obtidos com Títulos da Dívida Agrária - TDA, adquiridos no mercado secundário, utilizados para pagamento de depósitos judiciais da Contribuição para o FINS OCIAL e COFINS, não computados na apuração do Lucro Líquido, conf. QD 09, fls. 90. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 2.172.812.994,94 06/92 1.610.554.624,51 12/92 8.647.449.179,00 14 Processo 10783.000523/94-58 Acórdão 101-92.635 O Fisco esclarece, no QD 09, que a empresa conseguiu autorização para efetuar depósito judicial da Contribuição para o FTNSOCIAL, o que vinha fazendo em espécie até Agosto de 1991. Posteriormente, em Outubro de 1991, obteve autorização judicial para substituir tais depósitos por cauções de TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA - TDA, em razão do que, em 04/10/91, resgatou todos os recursos depositados àquele título, corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros de mora, no montante de Cr$1.673.056.849,69. Na mesma data, adquiriu, no mercado secundário, 84.799 TDA, por Cr$550.574.961,91, que foram custodiados, em substituição aos depósitos resgatados no valor acima. A diferença entre o valor resgatado e o pago na aquisição das TDA, no montante de Cr$1.122.481.887,78, foi registrada na conta "Provisão p/ Oscilação TDA, conta redutora do Ativo, registro esse considerado incorreto pelos Autuantes, tendo em vista que, segundo entendem, trata-se de ganho realizado, passível de tributação, pelo que procederam a sua exigência no item 8 do A.I. 9- OMISSÃO DE VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS 9.1. Omissão de Variação Monetária Ativa auferida sobre depósito judicial para Recurso, Processo Nr. 134007-ES, conf. QD's 03 e 13, item 01, fls. 78/81 e 95/97. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1988 93.366.925,44 9.2. Omissão de Variação Monetária Ativa auferida sobre depósito judicial para Recurso, Processo Nr. 134007-ES, conf. QD's 03 e 13, item 2, fls. 78/81 e 95/97. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1989 11.784.128,39 9.3. Omissão de Variação Monetária Ativa auferida sobre depósitos judiciais, conf. QD 13, item 3, fls. 95/97. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1990 2.178.948,63 9.4. Omissão de Variação Monetária Ativa auferida sobre depósitos judiciais de tributos, contribuições e diversos, conf. QD 13, item 4, fls. 95/97. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1991 78.635.384,19/ 15 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 9.5. Omissão de Variação Monetária Ativa auferida sobre depósitos judiciais, conf. QD 13, item 5, fls. 95/97. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 2.587.577.006,77 9.6. Omissão de Variação Monetária Ativa auferida sobre depósitos judiciais, conf. QD 13, item 6, fls. 95/97. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 06/92 14.434.958.037,04 9.7. Omissão de Variação Monetária Ativa auferida sobre depósitos judiciais, conf. QD 13, item 7, fls. 95/97. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 12/92 53.033.655.975,45 Os Autuantes alegam, no QD 03, que a Autuada deixou de registrar em sua contabilidade, nos períodos competentes, variação monetária ativa auferida sobre depósitos judiciais efetuados no BANESTES S/A para recurso no Processo n° 134.007/ES. Além disso, consignam no QD 13, que a Empresa omitiu receita de variação monetária ativa auferida sobre depósitos judiciais de impostos, contribuições, Leasing, indenizações trabalhistas e outros, conforme mapas de correção monetária às fls. 138/171. Os Autuantes esclarecem, por outro lado, em Nota Explicativa no QD 13, que a empresa, apesar de não reconhecer a receita de correção monetária auferida sobre depósitos judiciais referentes às Contribuições para o FINSOCIAL, COFINS e PIS, deduziu na apuração do lucro liquido as despesas com correção monetária e encargos de TRD (juros), calculados sobre as obrigações provisionadas no Exigível, nos períodos-base de 1990 a 1992, nos valores que especifica no mencionado Quadro 13. 10- RECUPERAÇÃO OU DEVOLUÇÃO DE CUSTOS/DEDUÇÕES - OMISSÃO 10.1. Valores de Créditos do I.C.M.S., correspondente a aquisição de Insumos, aproveitado extemporaneamente, indevidamente registrado no Passivo Exigível, na Conta Contingência Fiscal, não computado na apuração do lucro liquido, quando trata-se de recuperação de custos, conf. QD 08, fls. 88/89.d, f 16 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 06/92 3.005.060.003,00 10.2. Valores de Créditos do I.C.M.S., correspondente a aquisição de Insumos, aproveitado extemporaneamente, indevidamente registrado no Passivo Exigível, na Conta Contingência Fiscal, não computado na apuração do lucro líquido, quando trata-se de recuperação de custos, conf QD 08, fls. 88/89. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 12/92 14.612.606.559,90 No Quadro Demonstrativo 08 o Fisco esclarece que a Empresa, até 1991 não recuperava o ICMS pago nas aquisições de pneus, combustíveis e peças e acessórios, em conseqüência, aproveitava o dispêndio integral a esse título como Custo e/ou Despesa Operacional. Entretanto, nesse ano (1991), a mesma resolveu aproveitar-se dos créditos, extemporaneamente, debitando a conta credora-patrimonial "ICMS a Recolher" e creditando a conta devedora/de Resultado/ Redutora da Receita Bruta "ICMS sobre Prestação de Serviços", procedimento este considerado correto pelo Fisco. Ocorre que no 1° Semestre de 1992, a empresa resolveu estornar o crédito feito na conta "ICMS s/ Prestação de Serviços" no ano anterior, creditando uma nova conta intitulada "Contingência Fiscal", no Passivo Exigível, e debitando "Ajustes de Exercícios Anteriores", diminuindo "Lucros Acumulados", procedimento este considerado incorreto pelo Fisco, que procedeu a autuação, tanto da exclusão considerada indevida, como da contabilização tida como incorreta do aproveitamento dos créditos como Passivo Exigível, quando é, na verdade, segundo o Fisco, uma Redução de Custos, aproveitados integralmente por ocasião das aquisições das mercadorias. As autuações foram procedidas nos itens 10 e 16 do A.I. 11- PREJUÍZO INDEDUTíVEL, APURADO POR LIBERALIDADE NA ALIENA- ÇÃO DE AÇÕES 11.1. Prejuízo apurado na alienação de Participação Societária, apurado por LIBERALIDADE dos dirigentes da Pessoa Jurídica, caracterizado pela venda, no mesmo dia, para o mesmo adquirente, por valores diferentes, de ações ordinárias, por Cz$.0,17, preço idêntico ao valor patrimonial das ações, e, por Cz$.0,02, conf. QD 10, fls. 91.. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1989 190.927.927,41s( 17 Nocesso m. 10783.000523/94-58 Acótcl'à'o m. 101-92.635 Consoante consignado no QD 10, a Empresa apurou prejuízo na alienação de Participação Societária em ORNATO S/A, para Maximiliano Gaidzinski S/A - Indústria de Azulejos Eliane, em 21/12/88, face haver vendido no mesmo dia, para o mesmo adquirente, Ações Ordinárias por Cr$0,17, preço igual ao valor patrimonial das ações, e por Cr$ 0,02. Por entenderem tratar-se de prejuízo apurado por liberalidade, os autuantes procederam a sua glosa, no item acima. 12- ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO DIFERENÇA CORREÇÃO BTNF/IPC 12.1. Custo Contábil de Bens Baixados, correspondente à diferença de correção monetária pelo IPC e pelo BTNF, deduzido na apuração do lucro e/ou prejuízo na baixa de bens e não adicionado ao lucro líquido na apuração do Lucro Real, conf. QD 16, fls. 101. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 96.312.312,88 13- LUCRO INFLACIONÁRIO REALIZADO 13.1. Não foi computado na determinação do lucro real, o lucro inflacionário acumulado de exercícios anteriores no valor de Cz$.401.525,00, conf. QD 24, fls. 117. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1990 401.525,00 14- ADIÇÕES NÃO COMPUTADAS NA APURAÇÃO DO LUCRO REAL/MULTA INDEDIYIIVEIS 14.1 Glosa de Multas, Correção Monetária e Juros de Mora, lançados como despesa operacionais, provisionados sobre débitos de Contribuição Social sobre o Lucro, Imposto de Renda na Fonte sobre o Lucro Líquido e Adicional Estadual sobre o I.R.P.J., tendo em vista não haverem sido recolhidos aos cofres públicos, conf. QD 25, fls. 118. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 265.424.141,26 14.2 Glosa de Multas, Correção Monetária e Juros de Mora, lançados como despesa operacionais, provisionados sobre débitos de Contribuição Social sobre o Lucro e Imposto de Renda na Fonte sobre o Lucro Líquido, tendo em vista não haverem sido recolhidos aos cofres públicos, conf. QD 25, fls. 118. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 06/92 126.014.551,27 14.3 Glosa de Multas, Correção Monetária e Juros de Mora, lançados como despesa operacionais, provisionados sobre débitos de Contribuição Social sobre o Lucro e Imposto de 18 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Renda na Fonte sobre o Lucro Líquido, tendo em vista não haverem sido recolhidos aos cofres públicos, conf. QD 25, fls. 18. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 12/92 318.300.613,15 15- MULTAS E JUROS DE MORA INDEDUTÍVEIS 15.1 MULTAS e JUROS DE MORA provisionados sobre débitos a recolher de Contribuições para o FINSOCIAL, COFTNS e PIS SOBRE RECEITA OPERACIONAL depositados em juízo e sobre débito de Diferencial de Alíquota de ICMS, não recolhidos, registrados como DESPESA OPERACIONAL, deduzido na apuração do lucro líquido e indevidamente adicionados na apuração do lucro real, face não haverem sido pagos, conf. QD 07, fls. 85/87. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1991 97.183.884,70 1992 3.890.556.774.99 06/92 11.331.498.340,98 12/92 43.506.988.674,51 Além de demonstrarem os valores provisionados, os Autuantes esclarecem no Quadro Demonstrativo n° 07, fls. 85/87, em Nota Explicativa, que a empresa embora não pagando as contribuições e o diferencial do ICMS, por autorização judicial para efetuar o depósito, provisiona as obrigações no PASSIVO EXIGIVEL e deduz do lucro todas as despesas tributárias, e ao final de cada período-base atualiza as dívidas, deduzindo a CORREÇÃO MONETÁRIA como despesa, além de provisionar, indevidamente, despesas com multas e juros de mora, objeto deste item. 16- EXCLUSÕES INDEVIDAS DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 16.1 Redução indevida do Lucro Real, em virtude de exclusão de valores correspondentes a créditos do ICMS aproveitados extemporaneamente, em 1991, registrados naquele exercício como redução da despesa de ICMS sobre Vendas, indevidamente estornado em 1992, corrigido monetariamente, na parte "B", do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, conf. QD 08, fls. 88/89. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 3.478.262.291,59 17- INDEXAÇÃO INCORRETA DE BASE DE CÁLCULO 17.1 Lucro Real apurado em Balanço levantado em 30/11/88, para efeito de Cisão Parcial, aprovada em AGE datada de 05/12/88, indexado indevidamente, pelo valor da OIN de Dezembro de 1988, ocasionando a redução da base de cálculo do Imposto de Renda, conf. QD 01, fls. 74.(a 19 Plocesso m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1988 48.537,11 18- ANTECIPAÇÃO E DUODÉCIMOS RECOLHIDOS COM INSUFICIÊNCIA 18.1 Antecipações e Duodécimos recolhidos a menor, conforme demonstrado abaixo, ocasionando pagamento a menor do Imposto devido neste Exercício, conf. Demonstrativo de Imputação, às fls. 132/136. a) Valor da Antecipação Mensal paga 1.198,74 BTNF b) Valor da Antecipação devida: I.R.P.J. devido no Exercício de 1989 - Período-Base de 01.12 a 31.12.88: 2.331,39 OTN x 6,17 14.384,67 BTNF OBS.: O Exercício Social de 1989 teve apenas 1 mês face à CISÃO PARCIAL da Empresa em 30/11/88, fato não considerado no cálculo das Antecipações, visto que a Empresa dividiu o Imposto por 12 (doze). EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1989 15.914,43 19- IMPOSTO DE RENDA PAGO COM INSUFICIÊNCIA 19.1 Imposto de Renda pago com insuficiência neste Exercício, conforme abaixo: 1. Quotas pagas a menor no Exercício de 1988, Período-Base encerrado em 30.11. 88, 5' e 6a quotas, conf. QD 26, item 1, fls. 119 10.896,41 OTN 2. Inobservância do Regime de Competência - Postergação de Receita de Variação Monetária, conf. QD 23, fls. 116 6.266,57 OTN EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1988 17.162,98 20- EXCESSO DE DEDUÇÃO DE IMPOSTO EM FUNÇÃO DE LIMITE 20.1. Dedução em excesso do Imposto devido, caracterizado por cálculo incorreto do incentivo do Vale-Transporte, conf. QD 06, fls. 83. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1988 482,33 20 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 20.2. Dedução, em excesso, do incentivo, no presente exercício, caracterizado pela compensação, em excesso, do valor residual do Período-Base de 1989, Exercício de 1990, conf. QD 06, fls. 83. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1991 1.407,98 21- POSTERGAÇÃO DE RECEITAS 21.1 Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte omitiu da tributação do ano-base encerrado em 31.12.88 o valor referente a receita de variação monetária ativa auferida sobre Depósitos Judiciais da Correção Monetária do 2° Semestre de 1986, conf. QD 04, item 2, fls. 82.. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1989 8.049.858,78 21.2 Receita de Variação Monetária Ativa auferida em 1989, sobre Depósitos Judiciais da Contribuição para o FINSOCIAL, tributada apenas no resgate dos Depósitos em 1991, conf. QD 12, item 1, fls. 94. EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1990 7.449.425,38 21.3 Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte omitiu da tributação do ano-base de 1990 o valor referente a receita de: a) variação monetária ativa auferida sobre Depósitos Judiciais da Contribuição para o FINS OCIAL, conf. QD 12, item 2, fls. 94 Cr$. 171.618.745,90 b) Aplicações Financeiras, conf. QD 14, fls. 98 Cr$. 2.882.090,77 EXERCÍCIO VALOR(NT) mum-r Trr AU-PTV tu.A...m. v 1991 174.500.836,67 21.4 Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte omitiu da tributação do ano-base de 1991 o valor referente a receita de variação monetária ativa auferida sobre Depósitos Judiciais em Processo n° 913758 da Receita Federal, conf. QD 05, fls. 83 Cr$. 69.736.441,76 21.5 Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte contabilizou no ano de 1992, quando do resgate, receitas fmanceiras de competência do ano de 1991 (ano da aplicação), conf. QD 15, fls. 99/100 Cr$. 657.088.880,1,9 21 Processo 111. 10783.000523/94-58 Acórdão lu. 101-92.635 21.6 Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte apropriou integralmente no ano de 1991 despesa com Taxa de Abertura de Crédito, quando, segundo o Fisco, apenas 10% incorreu naquele ano e os demais 90% incorreram no exercício seguinte, conf. QD 19, fls. 107 Cr$.1.080.000.000,00 21.7 Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte, antecipou despesas, ou seja, apropriou em 31/12/91 valor de Mensalidade de Janeiro de 1992, pago a RODONAL, conforme documento anexo a fls. 621 Cr$. 59.622.180,00 EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1992 1.866.447.501,95 Inaugurando a fase litigiosa do procedimento, a Contribuinte protocolizou em 28/02/94 as Impugnações de fls. 914/973 (IRPJ), fls. 1.049/1.052 (PIS/FATURA1VIENTO), fls. 1.054/1.056 (CONTRIBUIÇÃO SOCIAL), fls. 1.061/1.063 (I.R.F. sobre o Lucro), fls. 1.068/1.069 (PIS/REPIQUE) e fls. 1.074/1.075 (PIS/ DEDUÇÃO), tendo juntado à impugnação relativa ao lançamento principal (IRPJ) a documentação de fls. 974/1.048. Na petição apresentada, a Impugnante refuta as acusações que lhe foram imputadas, ordenando a defesa em 7 (sete) tópicos, quais sejam: I - NULIDADES - Neste primeiro tópico, a Contribuinte argüi, em preliminar ao mérito duas nulidades: i) Do Procedimento, por preterição do direito de defesa, por entender exíguo o prazo de 30 dias para apresentação da impugnação, enquanto que os Auditores Fiscais dispenderam 256 dias no desenvolvimento da ação fiscal; Do Auto de Infração, tendo em vista que, segundo alega, o mesmo carece de elemento essencial à sua validade, qual seja, a indicação precisa dos fundamentos legais das supostas infrações que lhe foram atribuídas. PROCESSO N° 10783-000.523/94-58 ACÓRDÃO N". 101- II - EXTINÇÃO DO DIREITO DA FAZENDA NACIONAL - Ainda em preliminar ao mérito, a Impugnante argüi neste segundo tópico, a decadência do direito de a Fazenda Nacional constituir qualquer crédito tributário relativamente aos períodos-base de 01/01/88 a 30/11/88 e 01/12/88 a 31/12/88, exercícios de 1988 e 1989, respectivamente. III - ERROS MATERIAIS - Neste título, a Defendente suscita vários erros materiais nos Autos de Infração, especialmente erros de cálculo nos Mapas de Correção Monetária e em todos os cálculos relativos a repercussão de correção monetária no Patrimônio Líquido. Além dos erros de cálculo, alega erro na utilização da alíquota do IRPJ 22 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 no ano-base de 1988, isto é, os Fiscais teriam utilizado 30% quando o correto seria 6%, segundo entende. IV - A IMPUGNANTE TAMBÉM ERROU - Sob este título, a Contribuinte reconhece como procedentes as acusações formuladas nos subitens do Auto de Infração, exercícios e valores a seguir discriminados, em relação aos quais esclarece já ter efetuado o recolhimento dos tributos e contribuições devidos sobre as mesmas: Item 1.3 - Glosa de despesa de Depósito Judicial como garantia de execução, tendo em vista não ter transitado em julgado. Exercício 1991 - Valor Cr$ 1.522.461,45 Item 2.3 - Glosa de despesas com doação, brindes e show musical não necessárias a manutenção da atividade da empresa. Exercício 1992 - Valor Cr$40.225.264,00 Item 21.4 - Postergação de Receitas - Referente a mensalidade de Janeiro de 1992, pago a Rodonal, deduzida em 31/12/91. Exercício 1992 - Valor Cr$50.622.180,00 V - RAZÕES DE MÉRITO - Neste quinto tópico a Impugnante contesta cada uma das irregularidades que lhe foram imputadas. PROCESSO N° 10783-000.523/94-58 ACÓRDÃO N° 101- Vi - ILEGALIDADE DO IN() DA TRI) - Neste título a Contribuinte refuta a utilização da TRD como juros de mora no período de julho a dezembro de 1991. VII - CONCLUSÕES E PEDIDO - Neste último tópico a Impugnante postula a decretação de nulidade do Auto de Infração; o reconhecimento da decadência do direito de a Fazenda Nacional constituir crédito tributário relativamente aos exercícios de 1988 e 1989, e, no mérito, a improcedência da ação fiscal. Face aos erros materiais argüidos pela Impugnante, bem assim, a sua alegação no sentido de ausência de enquadramento legal das irregularidades descritas nos itens 7, 8, 15 e 16 do Auto de Infração, o Sr. Delegado da Receita Federal de Julgamento 23 7/ Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 determinou a realização de diligência junto à D.R.F., a fim de que os autores do feito se pronunciassem acerca do alegado, consoante despacho de fls. 1.081/1.082. Em cumprimento ao solicitado, os autores do feito procederam a diligência e reconheceram a existência de vários erros de cálculo, e também a omissão dos dispositivos legais infringidos relativamente às irregularidades descritas nos itens 7, 8, 15 e 16 do Auto de Infração, em razão do que providenciaram a feitura Relatório, acompanhado de novos Quadros Demonstrativos, retificando os erros de cálculo detectados, acrescentando, por outro lado, os dispositivos legais tidos como infringidos nos prefalados itens, conforme documentação acostada à fls. 1.084/1.132. Ainda em atendimento à determinação do Sr. Delegado de Julgamento, os Autores do Feito deram ciência à Contribuinte do resultado da diligência, em 16/05/95, reabrindo-lhe o prazo de 30 (trinta) dias, para aditar razões à defesa inicial, se assim desejar. No uso da faculdade que lhe foi concedida, a Impugnante protocolizou em 13/06/95, as petição impugnativa de fls. 1.134/1.182, na qual reproduz integralmente os argumentos expendidos na primeira defesa apresentada. O Dd. Delegado substituto da Receita Federal de Julgamento no Rio de Janeiro - RJ, julgou a Ação Fiscal parcialmente procedente, excluindo do lançamento pequena parcela dos valores autuados, consoante Decisão de fls. 1.210/1.3141, que ostenta a seguinte Ementa: MN, IR-FONTE E CONTRIBUIÇÕES DECORRENTES Decadência - não há que se falar em homologação do lançamento, contada a partir do 1° dia do exercício fmanceiro a que corresponde a Declaração de Rendimentos, s e não se concretiza a antecipação do pagamento. 2) Custos ou despesas não comprovadas - a) despesas com pernoites e alimentação obriga à apresentação da Nota Fiscal explícita que identifique devidamente os beneficiários e o período abrangido, bem como obriga a comprovação do objeto que lhes deu origem; b) a comprovação da efetividade do serviço com locação de aeronave a empresa coligada faz-se com a apresentação do plano de vôo e sua necessidade com a identificação dos beneficiários e sua relação com o objeto que lhes deu origem; 24 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão lar. 101-92.635 3) Custos ou despesas sem comprovação da efetividade e necessidade - a) despesas de viagens referente a horas não usadas, faturadas por empresa coligada, hão que ser comprovadas pelos planos de vôo de cujos intervalos se originaram, para que se analise a consistência daquelas, não sendo bastante a apresentação de contrato entre as partes; b) despesas com auditoria financeira levada a cabo pela "holding" hão que se comprovar a sua efetividade, relacionada com a capacidade estrutural administrativa e técnica do ente auditor, para tal objetivo, e seu fim social; c) despesas com Assessoria de Divulgação e Propaganda realizada por empresa interligada e faturadas ao fim do exercício, hão que ser relacionadas com a capacidade técnica da prestadora de tal assessoria e seu fim social no tocante à sua efetividade. 4) Custos, Despesas Operacionais e Encargos não necessários - despesas com doação e brindes hão que guardar abrigo, respectivamente, na legislação de regência, não se confundindo, o segundo, com aquisição de bebidas e jantares de congraçamento. 5) Bens de Natureza Permanente Deduzidos como Custo ou Despesa - a) Benfeitorias e despesas de reparos e conservação de bens imóveis cuja vida útil ultrapassa um exercício, hão que ser ativadas; 6) Ativo Diferido Registrado como despesa - a) sistema de informática - por maior que seja a velocidade de obsolescência para este equipamento, não é crível, nem provado está, que sua duração seja inferior a um exercício; b) Publicidade e Propaganda - a divulgação não se confunde com a matriz que lhe deu origem, tendo esta, em princípio, uma vida útil superior a um exercício e não o tendo, há que ser provado por fatos documentados. 7) Impostos, taxas e Contribuições (não dedutiveis) - a correção monetária da provisão para o Adicional Estadual do I.R.P.J., somente é admitida até ao pagamento, glosando-se os valores que o ultrapassarem, incluindo-se aqueles que medeiam entre o vencimento e oa amento.13 g „, 25 Processo ni. 10783.000523/94-58 Acórdão lu. 101-92.635 8) Encargos de Depreciação - diferença entre BTNF/IPC - a esfera administrativa não é o fórum adequado à discussão sobre inconstitucionalidade, pelo que, para ela, vige plenamente o art. 30 da Lei n° 8.200/91. 9) Ganhos realizados c/ títulos da Dívida Agrária - a diferença entre o valor de aquisição e o valor de custódia em substituição a depósitos judiciais implica resultado positivo, se o primeiro é menor do que o seu valor nominal. 10) Omissão de variações monetárias ativas - depósitos judiciais são direitos do depositante até ao deslinde da lide obrigando à sua correção monetária. 11) Recuperação ou devolução de custos/dedução - omissão - o lançamento "ex officio" da Fazenda Nacional não se subordina ao lançamento da Fazenda Estadual, por sua autonomia e fatos geradores diferentes. 12) Prejuízo indedutivel, apurado por liberalidade na alienação de ações - a previsão em contrato não justifica a liberalidade que origina prejuízo, nem lhe dá amparo legal se a alienação, no mesmo dia, de ações iguais, obedeceu a preços patrimoniais diferentes. 13) Lucro inflacionário - ultrapassado o prazo decadencial não procede a atualização da parcela no tempo para, então, tributá-la. 14) Adições não computadas na apuração do Lucro Real - provenientes de tributos e contribuições que não foram recolhidos a seu tempo, e lançados como despesas operacionais, é de se proceder à sua glosa. 15) Multas e Juros de Mora indedutiveis - provisionados sobre débitos a recolher e não pagos, deduzidos do Lucro Líquido, hão que ser, obrigatoriamente, aduzidos ao Lucro Real. 16) Exclusões indevidas - é de se glosar os créditos de ICMS aproveitados extemporaneamente e estornados no exercício seguinte objetivando diminuir os lucros acumulados. 26 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 17) Indexação incorreta - para efeito de cisão parcial há que se ater ao lucro real apurado em balanço que será transcrito em Livro Diário. 18) Antecipação e duodécimos recolhidos com insuficiência - comprovado o recolhimento a menor há que se proceder à imputação proporcional do pagamento. 19) Imposto de renda pago com insuficiência - ultrapassada a tese da decadência, base da defesa, configura-se a exigência com pertinente. 20) Vale transporte - excesso de dedução em face do Limite - comprovado contabilmente o excesso há que se proceder à sua glosa. 21) Postergação de imposto de renda - a omissão de variações monetárias ativas, derivadas de depósitos judiciais, acarreta postergação do imposto no exercício em que ocorreram. 22) Decorrentes - Subsistindo o lançamento objeto do processo matriz, igual sorte colhem os que tenham sido formalizados por mera decorrência dele. LANÇAMENTOS PROCEDENTES EM PARTE." Os fundamentos que nortearam o ato decisório encontram-se consubstanciados às fls. 1.255/1.314, cujos principais itens a seguir sintetizamos: Da nulidade do Procedimento Não há que se falar em preterição dos princípios constitucionais do "devido processo legal" e do "contraditório e ampla defesa", a que alude a defesa, porquanto os procedimentos, objeto da preliminar, com eles guardam consonância. Da Nulidade do Auto de Infração 27 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 Da análise da descrição dos fatos, aflora a inexistência de enquadramento legal para os fatos descritos nos itens 7, 8, 15 e 16, respectivamente de fls. 8, 9 e 15 e 16. Entretanto, conforme inúmeros acórdãos emanados dos Conselhos de Contribuintes, tal omissão não acarreta nulidade, se a descrição da infração guarda estreita correlação e consonância com a hipótese descrita na norma legal, e não prejudicando a defesa. Mais, que a descrições guardam consonância com as hipóteses previstas no RIR/80, e que a Contribuinte produziu sua defesa com vigor e conhecimento técnico, pelo que impende reconhecer-se que não houve prejuízo à defesa. Apesar do vigor da descrição e da substanciosa e bem embasada impugnação, há que se aprimorar o lançamento, se este for procedente, sendo devolvido o prazo para a impugnação. Após proceder a diligência com o fito de embasar corretamente o lançamento fiscal, inquinado de omissão de enquadramento, foi reaberto o prazo para defesa, a qual refutou a autuação sob a alegação de que referidas omissões continuavam sem serem supridas, da feita que o relatório apresentado ainda não mencionava nenhuma Lei, em sentido formal, que pudesse embasar tais exigências. O entendimento da Contribuinte é equivocado por entender que, em não havendo remissão explícita a Lei, existe razão para a nulidade do Auto. Isto seria desconhecer o Regulamento, porque este tem por base a Lei, e seus dispositivos nada mais são do que a transcrição literal dessas mesmas Leis Assim, os dispositivos invocados emergem da Lei, em toda a sua plenitude e extensão, não tendo, portanto, origem espontânea em regulamento. Extinção do Direito da Fazenda Federal A tese de que o imposto de renda pessoa jurídica, a partir do advento do Decreto-lei n° 1.967, de 23/11/82, passou a submeter-se à modalidade de lançamento por homologação, há de ser objeto de análise mais profunda e abrangente. Não há como aceitar a tese da contribuinte, já que as decisões emanadas dos Conselhos de Contribuintes não têm eficácia normativa e o lançamento por 28 Processo 111. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 homologação comporta duas hipóteses distintas: o pagamento do imposto e a data de entrega das Declarações. Os exercícios cuja decadência a autuada pleiteia são os de 1988 e 1989, ainda não decaídos porquanto não houve pagamento de imposto e a data de entrega das Declarações são 31/03/89 e 12/05/89. Alíquota Aplicável no Exercício de 1988 A alegação da Contribuinte de que lhe foi aplicada erroneamente a aliquota de 35% sobre o lucro real não procede, porquanto a sua principal atividade é o transporte coletivo de passageiros, não estando ela abrigada pelas disposições constantes do artigo 407, do R112/80, cuja matriz legal é o artigo 4° do Decreto-Lei n° 1.682/79. Glosa de Despesas com Pernoites e Refeições Foi levada a efeito a glosa por falta de comprovação de efetiva prestação do serviço e necessidade dos mesmos para as atividades da empresa. A alegação da Contribuinte de que aquelas despesas têm por objetivo cursos de formação e aperfeiçoamento a que foram submetidos seus empregados e motoristas deverá ser analisada com prudência, obedecidos os critérios de despesas dedutiveis Inexiste nas Notas Fiscais informação que as vincule ao treinamento alegado, as mesmas, relativamente às refeições consumidas, impressionam pelo seu volume, aquelas relativas aos pernoites não discriminam o número dos quartos alocados e quem eram os seus ocupantes, além de muita simplicidade no seu preenchimento. A tese da autuada de que o valor glosado é irrisório (0.06% da receita) não guarda consonância com a legislação de regência, vez que o artigo 250, do RIR/80, prevê que a despesa com formação profissional pode ser deduzida como despesa operacional, o que parece ser o caso. Em síntese, houvesse a autuada produzido prova sobre a realização do treinamento, relacionasse os participantes e os correlacionasse com as despesas com pernoite e refeições, decerto os autuantes as recepcionariam. Glosa de Despesa de Auditoria e Consultoria Financeira A Autuada alega que nada proíbe faturamento anual dos serviços e apresentou aos autuantes a prova documental ( Anexo I). Embora não seja vedado, 29 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.6351 o faturamento anual é, no mínimo, ilógico e a despesa demonstra desproporção com a média do mercado para tais serviços. Quanto ao valor técnico do trabalho, o mesmo é um amontoado de papel que nada representa e muito menos prova. Já quanto à existência do contrato, isto não é suficiente para a comprovação efetiva dos serviços prestados, havendo que se manter a glosa. Glosa de Despesa de Assessoria de Divulgação e Propaganda A autuada alega que há, nos autos, a prova documental da prestação de serviços, conforme contrato lá acostado, firmado com uma das controladas, sendo o faturamento, também neste item, anual, o que não é vedado, mas causa espécie. Repita-se que a simples existência de contrato não prova a prestação dos serviços e a existência de tais contratos entre empresas do mesmo grupo reforça a posição de que o objetivo colimado é o planejamento tributário, que não beneficia o Fisco. Não Ativação de Gastos na Aquisição de Bens de Natureza Permanente Deduzidos como Custo ou Despesa Alega a autuada a extinção do direito de constituição do crédito tributário, no que pertine aos exercícios de 1988 e 1989, tese esta objeto de preliminar já desconsiderada. No mérito, cita Acórdãos do Egrégio Conselho de Contribuintes, no sentido de que os bens adquiridos e obras efetuadas não têm vida útil superior 2 um ano,, As despesas objeto da glosa consistem na aquisição de diversos bens móveis, tais como letreiros em "néon", estantes, tesouras e reparos efetuados em bens imóveis, tais como pinturas, reparos hidráulicos e conservação de oficinas, dentre outros. Dizer-se, como quer a defesa que tais bens e serviços teriam vida útil inferior a um ano, é levantar dúvidas quanto à capacidade profissional dos fornecedores, pelo que há que se manter a glosa em sua plenitude. Registro como Despesas Operacionais de Valores que contri- buíram para a Formação do Resultado de mais de um Exercício, 30 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão lu. 101-92 63 5 Alega a Defendente que não foi comprovado que as despesas com aquisição de "softwares", assim também gastos com propaganda e publicidade contribuíram para o resultado de mais de um exercício, aduzindo que o extraordinário desenvolvimento do setor de informática costuma tomar obsoletos os sistemas em reduzidíssimo lapso temporal Em que pese o extraordinário desenvolvimento da informática, nada explica que o prazo de vida útil de sistemas seja inferior a um ano. Por outro lado, "edição de cenas para montagem de vinhetas", "confecção de fotolitos referentes a mensagem natalina", "criação e montagem", "elaboração e confecção de desenho para propaganda" e "montagem e confecção de fotolitos" afastam de imediato o seu relacionamento com gastos em publicidade e propaganda, como alega a autuada. Confundir tal material com publicidade e propaganda é total desconhecimento de causa, posto que publicidade e propaganda são apenas as mensagens. É de se manter a glosa haja vista que a autuada não provou que o prazo de vida útil do material é inferior a um ano. Duplo lançamento de Despesa do Adicional Estadual do I.RP.J. Alega a defesa que improcede a exigência pois, ao oferecer à tributação, em 31/12189, o Adicional Estadual do I.RP.J., antecipou o Imposto de Renda e que, ao lançar a correção monetária, recuperou, pelo valor real, o imposto antecipado. Não se sustenta a alegação da Defendente, pois a correção monetária da provisão para o A.E.I.RP.J. somente é admitida até o pagamento do imposto e a autuada corrigiu-a além do pagamento, pelo que foi adicionada uma parcela indevida de correção, parcela esta que serviu de base tributária para o lançamento do imposto. Adicional Estadual do I.R.P.J. não pago, Excluído Indevi- damente Corrigido Monetariamente na Parte B do LALUR Trata-se de Adicional Estadual do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, não pago no exercício de 1991, havendo a autuada provisionado despesas de correção monetária, juros de mora e multa, cujo valor foi por ela excluído, na Demonstração do Lucro Real, na parte B do LALUR, a qual reitera as alegações do subitem anterior, 31 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 acrescendo que o valor excluído no LALUR em 31/12/91 foi de apenas Cr$.55.015.859,00 e não o valor indicado na autuação, que foi de Cr$.66.553.829,00. Não pago o imposto na data de seu vencimento, sofreu a provisão para o mesmo o acréscimo da correção, juros e multa até o fim do exercício, quando o valor alcançado foi excluído do Lucro Real. Se até a data do vencimento do imposto não houver pagamento do mesmo, não há que se falar em dedução de sua atualização monetária, na determinação do Lucro Real. Quanto ao valor contestado, improcedem as alegações da autuada, vez que o valor excluído na Declaração de Rendimentos, Exercício de 1992, é o mesmo valor de cálculo do subitem ora examinado. Encargos de Depreciação - Diferença de Correção do IPC/BTNF Há que se aprimorar o lançamento porquanto, por defeito da impressora, falta àquele uma das condições previstas no artigo 10, inciso IV, do Decreto tf 70.235/72, isto é, foram omitidos a disposição legal infringida e a penalidade aplicável. Baixado o processo em diligência, foi sanada a falha, tendo sido dada a devida ciência à impugnante, a qual defendeu-se com profundidade e conhecimento plenos da matéria, pelo que se entende superada a falha acima apontada. Quanto à inconstitucionalidade argüida, os órgão administrativos não são o foro apropriado para tal discussão, sobre a qual não haverá manifestação. Face ao exposto, a diferença calculada pela autuada a fls. 137 há que ser adicionada ao lucro liquido, na apuração do Lucro Real, conforme a legislação de regência. Ganhos Obtidos com TDA's não compu- tados na Apuração do Lucro Líquido Repetiu-se neste item a inexistência de enquadramento legal, o que também não prejudicou a defesa, pelo que, considerada procedente a acusação fiscal, há que devolver-se o prazo à autuada, como já feito. Trata-se de ganhos obtidos com a aquisição, no mercado secundário, de Títulos da Dívida Agrária, TDA's, utilizados para pagamento de depósitos 32 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 judiciais da Contribuição para o FINSOCIAL e para o COFINS, não computados na apuração do Lucro Líquido. Em sua defesa, a autuada alega que se trata de ganho apenas aparente, porquanto ainda não realizado, não havendo a disponibilidade econômica ou jurídica, enquanto a ação judicial estiver em curso, não havendo, portanto, como se apurar lucro ou prejuízo. Ao contrário, entretanto, do que afirma a autuada, há um ganho realizado que é, exatamente, a diferença entre o valor da aquisição da TDA e o valor que foi custodiado, não importando o nome que se dê a isto, seja Provisão para Oscilação ou qualquer outro, porquanto essa diferença sempre foi Receita, estando assim correto o entendimento fiscal. Já no que concerne aos erros materiais, procede a impugnação, vez que a base tributária há que ser encontrada pela diferença entre o valor de aquisição e o valor caucionado, sendo que tal base tributária identificada é de 7.369.237.969,00. Omissão de Variações Monetárias Ativas sobre Depósitos Judiciais referentes a Ações em Curso Reitera a autuada neste título, que agrupa diversos subitens do lançamento, da preliminar de caducidade, de resto já ultrapassada, alegando ainda que não havendo o trânsito em julgado os depósitos são indisponíveis, não havendo a obrigatoriedade de corrigir os valores depositados, muito menos oferecer à tributação as respectivas variações monetárias, pelo que requer a improcedência do lançamento fiscal realizado. Em que pese a tese da autuada, afirma-se que os depósitos judiciais são direitos da impugnante, pelo que há a obrigatoriedade de incluir-se a sua correção monetária no resultado operacional da empresa. Os depósitos judiciais são direitos, disso derivando a sua disponibilidade jurídica, não interessando se é possível à autuada apropriar-se deles, ou não. Há que se concluir que existe a disponibilidade jurídica, configurada em direitos que têm como pressupostos os depósitos judiciais efetuados em f garantia de instância, com o fito de discutir a legalidade de exigência tributária. 33 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Quanto aos erros materiais argüidos na preliminar ultrapassada, por remessa à análise de mérito, aqueles foram acatados, pelo que a base tributária foi recalculada e seus valores foram reduzidos. Créditos de ICMS aproveitados extemporaneamente Indevidamente registrados no Passivo Exigível e não Computados na Apuração do Lucro Líquido Trata-se de recuperação de custos de créditos do ICMS relativos a insumos em que a autuada condiciona o oferecimento à tributação dos valores registrados na conta "Contingência Fiscal" à improcedência dos lançamentos da Fazenda Estadual, o que não tem qualquer amparo na legislação de regência, sendo portanto procedente o lançamento nos moldes em que foi efetuado. Prejuízo Apurado na Alienação de Participação Societária Trata-se de prejuízo apurado na alienação de participação societária, em virtude de venda, no mesmo dia e para o mesmo adquirente, de dois lotes de ações, por preços diferentes, isto é, o primeiro lote foi alienado por Cr$.0,17 por ação e o segundo o foi por Cr$.0,02 por ação, em face de mera liberalidade da contribuinte. Alega a autuada em sua defesa que o valor do primeiro lote ficou fixado em Cr$.0,17 por ação, preço correspondente ao PL, conforme avençado em contrato que juntou aos Autos, firmado com a adquirente ORNATO S.A.. O contrato firmado entre partes, na sua cláusula 7' rege que o valor da ação, para venda à adquirente será idêntico ao valor patrimonial que for apurado no último Balanço Patrimonial anterior à data de sua venda, e, efetivamente o foi. Quanto ao valor da ação do segundo lote, não há previsão contratual a respeito. A venda foi efetivada no dia 21/12/88. O Balanço Patrimonial de 1988 ainda não havia sido levantado. Assim, por coincidência, o valor da ação do segundo lote, foi idêntico ao valor patrimonial que seria apurado no dia do levantamento do Balanço Patrimonial de 1988, donde conclui-se ter havido mera liberalidade da autuada na alienação das ações, sendo, por isso, de manter-se a glosa referentemente à liberalidade que originou o prejuízo. Entretanto, da base tributária identificada emerge um equívoco, conforme explanação dos autuantes, pelo que se a retifica para ser, neste item, de apenas 190.927.927,41. 34 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Custo Contábil de Bens Baixados, correspondente à Diferen- ça de Correção Monetária pelo LPC e pelo BTNF. Deduzido na Apuração de Lucro/Prejuízo na Baixa de Bens, Não Adi- cionado ao Lucro Líquido na Apuração do Lucro Real Na fundamentação deste item reporte-se à alegações produzidas para o item 7 do Auto de Infração, pelo que é de concluir-se pela procedência da base tributária. Glosa de Despesas pertinentes a Multas, Correção Monetá- ria e Juros de Mora lançadas como Despesas Operacionais originárias de Provisões para Tributos Não Recolhidos Trata-se de Despesas lançadas como operacionais, originárias de tributos que não foram recolhidos, tendo à autuada trazido à lide o Acórdão n° 107-0.781, o qual entendo não se aplicar ao caso, pelo que mantenho a autuação porque entendo estar a infração perfeitamente caracterizada. Multas e Juros de Mora Provisionados sobre Débitos a Reco- lher de Contribuições, Depositados em Juízo Registrados como Despesas Operacionais, Não Adicionados ao Lucro Real Repete-se aqui a falta de enquadramento legal, a qual também não prejudicou a defesa, que trouxe em seu socorro o Acórdão já referido no item anterior, sob o argumento de que à época inexistia norma legal expressa que proibisse tal dedução, à época em que foram aqueles valores deduzidos como despesa operacional. Até as pedras de rua reconhecem o que são despesas operacionais, pelo que é de manter-se a base tributária identificada. Créditos de ICMS aproveitados extemporaneamente em 1991, registrados naquele exercício como redução de Despesa de ICMS sobre Vendas gerando redução indevida do Lucro Real 35 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Aqui se repete a falta de enquadramento legal, de resto já sanada, aduzindo a autuada que, inexistindo norma legal expressa que vedasse o procedimento por ela adotado, face ao princípio da legalidade, impro cede a autuação. As considerações tecidas não foram acatadas, pelo que, à falta de impugnação expressa, acato a base tributária identificada e o lançamento é procedente Redução da Base de Cálculo do LR. por Indexação Inde- vida do Balanço pela OTN, para fins de Cisão Parcial Reporta-se a infração a redução da base de cálculo, vez que o lucro real levantado através de Balanço de 30/11/88 foi calculado pela OTN de dezembro, para fins de Cisão Parcial. Alega a autuada que a fundamentação legal da autuação foi a norma da Lei n° 7.730/89, não vigente à época da Cisão e que a legislação vigente àquela época, não exigia a indexação pela OTN na data do Balanço. Reconhece-se que a autuada teria agido de acordo com a legislação, não fosse o procedimento descrito pelos autuantes, de aquela corrigir em Livro Diário o lucro real apurado em balanço, o qual deveria ter sido transcrito sem qualquer alteração. Assim houve alteração do lucro real, pelo que é de se manter a base tributária identificada, sendo procedente o lançamento. Antecipações e Duodécimos recolhidos com Insuficiência Trata-se de Antecipações e Duodécimos recolhidos a menor, eis que conforme as alegações da autuada inexistia norma legal que regesse a matéria, posto que a IN n° 125/87, itens 20 e 23, só tem aplicação no próprio exercício em que ocorreu a Cisão. Temos que a aplicabilidade da referida IN acompanha a vigência do Decreto-Lei n° 2.354/87, não merecendo guarida a tese esposada pela Impugnante, pelo que é de se manter o lançamento. Dedução em Excesso de Incentivo (Vale-Transporte), 36 Processo ni. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Trata este item de dedução em excesso do incentivo de Vale- Transporte, alegando a autuada a decadência da imputação relativamente ao exercício de 1988 e erro material quanto ao exercício de 1991. Ultrapassada a preliminar de decadência mantêm-se a autuação e quanto ao alegado erro material o mesmo não se compadece com os dados constantes dos documentos anexados, pelo que também se mantém a autuação. Postergação do I.R. por omissão à tributação, no Ano- Base encerrado em 31.12.88 o Valor da Receita de Va- riação Monetária Ativa auferida sobre Depósitos Judiciais Trata-se de postergação no Pagamento do Imposto de Renda, alegando a autuada a decadência relativamente ao Exercício de 1989, tese esta já superada, assim também a inexistência de obrigatoriedade de reconhecimento como receita da variação monetária ativa auferida sobre depósitos judiciais, consoante tese esposada na defesa ao item 9 do Auto de Infração. Lá, como cá, não foi aceita a tese, pelo que resta somente verificar a existência de erros materiais. Detectado os erros materiais aludidos pela defesa, verifica-se que o item foi agravado, agravamento que não pode prosperar, tendo em vista a instalação do instituto da decadência, para novo lançamento para o exercício de 1988, pelo que se mantém a base originária. Assim no que pertine ao erro de cálculo detectado pela Impugnante, não há o que se retificar, ficando, entretanto consignado que o valor aritmético correto seria 97.300.517,01 e não 98.300.517,01. Receita de Variação Monetária Ativa auferida sobre Depósitos Judiciais da Contribuição para o FINSOCIAL Tributada apenas no resgate dos Depósitos em 1991 A autuada repete neste item a argumentação expendida no item anterior, pelo que se repete a fundamentação ali exposta, ressaltando-se a redução da base tributável, em função de erros materiais de 7.449.425,38 para 3.490.450,69. Poster~o do I.R. por omissão à tributação, no Ano- Base de 1990 de Variação Monetária Ativa auferida so- bre Depósitos Judiciais e sobre Aplicações Financeiras 37 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 A contestação da autuada relativamente à primeira parte da autuação (Variação Monetária Ativa auferida sobre Depósitos Judiciais) é idêntica à sua defesa já deduzida no item anterior pelo que a análise de mérito se repete, porém passando a base tributária de 174.500.816,67 para 153.668.290,71. Já quanto à segunda parte alega a Defendente que a sistemática adotada pelos autuantes não tem procedência. Não se discute nos autos o reconhecimento, mas sim a diferença relativa à postergação, e disso não fala a autuada, pelo que entendo provada a postergação, mantendo-se a base tributável identificada pelos autuantes, exceto no que concerne a uma parte da tributação, a qual se reduz, no total, como já dito acima. Postergação do I.R. por omissão à tributação, no Ano- Base de 1990 de Variação Monetária Ativa auferida so- bre Depósitos Judiciais Proc.n° 913758 da Receita Federal Trata-se também aqui de postergação que autuada apenas nega, reportando-se em sua contestação às alegações do item 9 do Auto de Infração, pelo que há que se manter a base tributária identificada. Postergação do I.R. por omissão à tributação, no Ano- Base de 1990 de Variação Monetária Ativa auferida so- bre Receitas Financeiras conf. Quadro Demonstrativo n°15 Trata-se de receitas fmanceiras obtidas em função de aplicações feitas no ano de 1991 e contabilizadas em 1992, quando ocorreu o recebimento dos rendimentos. A autuada esclareceu que se tratam de aplicações do tipo RENDA FINAL, trazendo à lide a Resolução BACEN n° 909/84 e, sendo ato sujeito a condição suspensiva, somente ao término do prazo se adquire o direito ao rendimento. Ocorre que as receitas são originárias de aplicações em renda pré-fixada, isto é, aquelas são conhecidas antecipadamente, pelo que as mesmas hão que ser apropriadas integralmente no período-base referente à aquisição dos títulos, ou pro rata titempore conforme acertadamente procederam os Autuantes. 38 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 Entretanto, apurou-se a existência de erro material na quantificação da base tributável, a qual foi reduzida de 657.088.880,19 para 631.152.915,75. Assim há que se ficar com a base tributária remanescente, por falta de amparo legal à tese da autuada. Postergação do I.R. por omissão à tributação, no Ano- Base de 1990 de Variação Monetária Ativa auferida so- bre Antecipação de Parte de Taxa de Abertura de Crédito A autuada contesta a base tributária pertinente ao lançamento, haja vista que a cláusula do contrato em que se basearam os autuantes tem natureza resolutiva, no entanto, de sua análise, emerge que a pretensão é inócua porque, se houver denúncia da autuada no prazo de 32 dias a contar da data da assinatura do contrato, caberá a restituição de 90% da quantia paga. Temos, portanto, que o valor da despesa deduzida no exercício de 1991, poderia ser ressarcida, devidamente corrigida, em 1992„ pelo que se entende que se há de apropriá-la pro rata tempore. Aqui, como no sub-item anterior, prevalece o regime de competência, pelo que há que se manter a base tributária. Ilegalidade no uso da TRD A autuada contesta a aplicação da TRD no período de Julho a Dezembro de 1991, argumentando que referida taxa não constitui índice de inflação, mas de variação de juros no mercado financeiro, portanto inadequado como índice de correção de débitos fiscais. Em que pese a tese da autuada e o pronunciamento do S.T.F. de que a TRD não é índice de correção monetária, o artigo 30 da Lei n° 8.218/91 continua 7 vigendo, pelo que é de se manter a aplicação da TRD, por não haver legislação em contrário/ 39 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Lançamentos Reflexos (Decorrentes) Não se verificou Impugnação específica, exceto a tese de inconstitucionalidade do PIS-Faturamento, a qual não compete à esfera administrativa e sim ao Poder Judiciário, razão pela qual defesa está a manifestação sobre ela. Dessa Decisão a Contribuinte foi cientificada e, inconformada, ingressou com Recurso Voluntário para esta Segunda Instância Administrativa, protocolizado no dia 05/08/96, às fls. 1.327/1.407, onde sustenta, em síntese, que o decisum de Primeira Instância, na parte que manteve as demais exigências, não pode prosperar, vez que não tem respaldo na legislação vigente e na Jurisprudência Administrativa acerca das matérias em questão, pelas seguintes razões, aqui resumidas. Na peça Recursal, a Empresa contesta as acusações que lhe foram feitas, ordenando seu apelo em 7 (sete) tópicos, conforme abaixo: 1 - PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCEDIMENTO - Neste primeiro tópico, a Recorrente sustenta que não se deixou convencer pelas razões invocadas para a mantença da r. decisão recorrida, porém, por economia processual se dispensa de explanar sua contestação, reservando-se para fazê-lo no momento e perante o Juízo adequados. 2 - PRELIMINAR DE NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO - Alega a Recorrente que a r. decisão mono crática não pode prevalecer no particular, porquanto não enfrentada a questão principal, qual seja a inexistência de LEI em sentido formal, isto é, norma emanada do Poder Público para amparar o lançamento fiscal procedido nos itens 7, 8, 15 e 16 do Auto de Infração, firmando posição no sentido de inexistência, no mundo jurídico, das infrações supostamente praticadas, porquanto inexistem normas legais que amparem aquelas exigências.. 3 - EXTINÇÃO DO DIREITO DA FAZENDA NACIONAL - A Recorrente argüi neste tópico, a decadência do direito de a Fazenda Nacional constituir qualquer crédito tributário relativamente aos períodos-base de 01/01/88 a 30/11/88 e 01/12/88 a 31/12/88, exercícios de 1988 e 1989, respectivamente. A Defendente demonstra inexistir exigência de pagamento de quota, parcela, duodécimo ou adiantamento do imposto, para que incida a norma decadencial. 4 - CRUÉRIOS INADEQUADOS - Neste título, a Recorrente aponta vários erros materiais nos Autos de Infração, especialmente erros de cálculo nos Mapas de Correção Monetária e em todos os cálculos relativos a repercussão de correção monetária no Patrimônio Líquido. Além dos erros de cálculo, alega erro na utilização da aliquota do IRPJ no ano-base de 1988, isto é, os Fiscais teriam utilizado 30% quando o correto seria 6%. Entretanto, face não ter havido pronunciamento de forma global, por parte 40 7/ Processo m. 10783.000523/94-58 ~dão lu. 101-92.635 da R. autoridade recorrida, e sim específico com relação a cada item do lançamento, as Razões de Recurso serão da mesma forma expendidas. 5 - RAZÕES DE MÉRITO - A Recorrente combate cada uma das irregularidades que lhe foram imputadas mediante explanações, argumentação, recurso à jurisprudência administrativa e judicial e doutrina jurídicas, consoante Razões consubstanciadas às fls. 1.343/1.405 do Processo, cujos principais trechos leio em Sessão, para elucidação dos temas e para conhecimento de meus pares. 6 - ILEGALIDADE DO USO DA TRD E AUTOS DECORRENTES- A Contribuinte traz à colação o Acórdão n° CSRF/01-1.773, da Egrégia Câmara Superior de Recursos Fiscais, que encerra entendimento diverso daquele sustentado na decisão de l a Instância e, reportando-se aos fundamentos desse R. decisum postula a reforma daquela, quanto a este aspecto. Já quanto aos Autos decorrentes, a Empresa apresentou impugnações individuais para cada um deles, tendo havido, entretanto, julgamento em bloco, do Auto Principal e dos Decorrentes, pleiteando, neste Recurso, que seja desde logo julgada improcedente a exigência da contribuição do PIS, vez que já declarada a sua inconstitucionalidade e editada a competente Resolução do Senado Federal suspendendo a aplicação da legislação questionada e, com relação aos demais itens, que sejam julgados de acordo com o que vier a ser decidido no Processo principal. 7 - CONCLUSÕES E PEDIDO - Encerra seu alentado arrazoado pugnando pelo provimento de seu recurso para que seja julgado insubsistente o lançamento, nos aspectos em que combatido nas suas razões. É o Relatório. (1 j 41 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 VOTO Conselheiro SEBASTIÃO RODRIGUES CABRAL, Relator. O Recurso preenche as condições de admissibilidade. Dele, portanto, tomo conhecimento. Estão em julgamento duas questões uma relativa a preliminares, pelas quais a Recorrente argúi nulidade do procedimento fiscal e do auto de infração, por cerceamento do seu direito de defesa, e também decadência do direito de a Fazenda Nacional constituir crédito tributário relativamente aos exercícios de 1988 e 1989; outra, relativa ao mérito da exigência. A preliminares de nulidade levantadas pela Recorrente deve-se aos seguintes fatos: de um lado a disparidade de prazos verificada entre o tempo de duração da ação fiscal (256 dias) e o prazo outorgado à Autuada para apresentar a defesa (30 dias); de outro lado a falta e/ou imprecisão dos fundamentos legais de algumas das infrações atribuídas à Recorrente. Entendo de todo improcedentes ambas as alegações, uma vez que: i) a alegada escassez de tempo para a defesa, consoante ressaltou a r. autoridade a quo, o prazo de 30 (trinta) dias é o fixado em lei (art. 15 do Decreto n° 70.235/72, com as alterações da Lei n° 8.748/93), sendo defeso à autoridade administrativa prorrogar esse prazo a seu bel prazer; ii) ademais, a Recorrente acompanhou par e passo todo o desenrolar dos trabalhos fiscais, tendo oportunidade, inclusive de manifestar-se acerca das irregularidades descritas nos Auto de Infração, por ocasião da apuração das mesmas, em resposta a Termos de Intimação lavrados no curso da ação fiscal, acompanhamento e manifestações essas que, sem dúvida, além de servir de subsídios, possibilitam a apresentação da defesa no prazo legal de 30 dias sem atropelos;"( 42 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 iii) quanto a argüida nulidade do Auto de Infração, por alegada falta e/ou imprecisão na indicação dos fundamentos legais de algumas das infrações nele descritas, de igual modo assiste razão à Autoridade Recorrida ao rejeitar a preliminar com respaldo na jurisprudência emanada deste Conselho, no sentido de que tal omissão não enseja a nulidade da peça vestibular, se a descrição da infração guarda estreita correlação e consonância com a norma legal, e não causa prejuízo a defesa, consoante textualmente declarado na ementa do Acórdão n° 101-81.152, de 18/02/91, dentre outros, in verbis: "PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - FALTA DE MENÇÃO AO DISPOSITIVO LEGAL ENSEJADOR DA AÇÃO FISCAL - INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO AO DIREITO DE DEFESA DA CONTRIBUINTE, QUE BEM ENTENDEU A IMPUTAÇÃO QUE LHE FOI FEITA, IMPUGNANDO A EXIGÊNCIA - INOCORRÊNCIA DE NULIDADE. Se a falha ocorrida no Auto de Infração, consistente na falta de menção do dispositivo legal infringido, não resultou prejuízo para o direito de defesa da autuada, que demonstrou ter captado perfeitamente a imputação que lhe foi feita, defendendo-se eficazmente, inviável a preliminar de nulidade." iv) no presente caso, além da Recorrente ter demonstrado perfeito entendimento das imputações que lhe foram feitas, tanto que as impugnou nos mínimos detalhes, alegada falha foi suprida antes do julgamento de P instância, tendo o Fisco, inclusive, reaberto prazo para a Recorrente aditar novas razões à defesa inicialmente apresentada acerca dos dispositivos legais adotados na capitulação das questionadas irregularidades; v) a Recorrente, no entanto, abriu mão dessa prerrogativa e optou por, simplesmente, reeditar os argumentos expendidos na impugnação originalmente apresentada. Sendo assim, rejeito as preliminares de nulidade do procedimento e do Auto de Infração argüidas. No que respeita à preliminar de decadência das exigências relativas aos períodos-base de 01.01.88 a 30.11.88 e 01.12.88 a 31.12.88, exercícios de 1988 e 1989, considero que a razão está com a Recorrente, pois me filio a corrente que entende que o lançamento do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, a partir do advento do Decreto-lei n° 1.967, de 23/11/82, passou a submeter-se à modalidade de lançamento por homologação, uma 43 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.63 5 vez que referido diploma legal fixou prazo para o pagamento do tributo independentemente da apresentação da declaração de rendimentos, ou seja, sem o prévio exame da autoridade administrativa, tal qual declarado nas ementas, a seguir transcritas, de alguns Acórdãos deste E. Conselho, versando sobre o tema, in verbis: "CONTAGEM DE PRAZO (IRPJ) (EX.88/9) - O imposto de renda pessoa jurídica, a partir do DL 1.967/82, se submete ao lançamento por homologação, eis que é do contribuinte a atividade de determinar a obrigação tributária, a matéria tributável, o cálculo do imposto e pagamento do quantum devido, independente de notificação, sob condição resolutória de ulterior homologação. Sendo por homologação, o fisco dispõe do prazo de 5 anos a contar do fato gerador para homologá-lo ou complementar o pagamento antecipado, se a lei não fixar prazo diferente (ex vi do par. 4° do art. 150, do CTN). Como o imposto de renda não fixa outro prazo, contam-se os 5 anos a partir do fato gerador que coincide com o encerramento do balanço levantado em 31/12/87, por se considerar homologado tacitamente em 31/12/92. Como o lançamento foi efetuado em 22/04/93, procede em relação ao exercício encerrado em 31/12/87 a decadência argüida. Quanto ao ano-base encerrado em 31/12/88, exercício de 1989, não procede a preliminar de decadência." (Ac. 1° C.C. 105-11.302/97 - D.O.U. de 13/08/97). "CONTAGEM DE PRAZO (TERMO INICIAL) - Amoldando- se ao lançamento dito por homologação, por ser o imposto de renda tributo cuja legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, a contagem do prazo decadencial desloca-se da regar geral estatuída no artigo 173 do CTN para encontrar respaldo no parágrafo 4° do artigo 150 do mesmo Código, onde os cinco anos têm como termo inicial a data da ocorrência do fato gerador." (Ac. 1° C.C. 108-3.697/96 e 3.972/97 - D.O.U. de 27/05/97; 108-4.211/97 - D.O.0 de 31/07/97) "LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - Após o advento do Decreto-lei n° 1.967/82, o lançamento do imposto de renda de pessoa jurídica passou a corresponder à modalidade de lançamento por homologação." (Ac. 1° C.C. 103-10.300/96 e 10.575/96 - D.O.U. de 04/02/97) "LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO (EX 89/90) - Estabelecendo a lei o pagamento do tributo sem o prévio exame da autoridade administrativa e considerando que a entrega da declaração de rendimentos, por si só não configura lançamentoj- 44 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 ato administrativo obrigatório e vinculado que deve ser praticado pela autoridade administrativa, o lançamento do imposto de renda das pessoas jurídicas é do tipo estatuído no artigo 150 do Código Tributário Nacional, sendo o prazo decadencial fixado no parágrafo 4° do referido dispositivo legal." (Ac. 1° C.C. 101-91.373/97 e 91.374/97 - D.O.U. de 19/11/97) Deste modo, face à imposição legal de pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, ou seja, independentemente da entrega da Declaração de Rendimentos, entendo que o lançamento do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas é do tipo estabelecido no artigo 150 do Código Tributário Nacional, qual seja, lançamento por homologação. Assim considerando, no presente caso, decaiu o direito da Fazenda Pública constituir crédito tributário relativamente aos períodos-base de 01/01/88 a 30/11/88 e 01/12/88 a 31/12/88, exercícios de 1988 e 1989, não podendo subsistir os lançamentos relativos a citados exercícios. Passo, assim, ao exame do Mérito do litígio. Antes, porém, convém especificar as matérias cuja tributação foi acatada e paga ou parcelada pela Recorrente, com a conseqüente perda do objeto do litígio, bem assim as parcelas alcançadas pela decadência, em relação as quais toma-se desnecessária qualquer apreciação de mérito. Com vistas a facilitar a execução da presente decisão, as matérias serão relacionadas especificando o item/subitem em que figuraram no Auto de Infração, exercício e valor, conforme segue abaixo: AUTUAÇÕES ACATADAS (PAGAS/PARCELADAS) PELA RECORRENTE ITEM/SUBITEM EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1.2 1989 18.563.627,78 1.3 1991 1.522.461,45 2.1 1992 1.555.045.335,00 3.2 1988 5.597.924,80 3.3 1992 40.225.264,00 21.7 1992 59.622.180,00, 45 Processo ru. 10783.000523/94-58 AcóDelão nr. 101-92.635 MATÉRIAS TRIBUTÁVEIS ALCANÇADAS PELA DECADÊNCIA 1TEM/SITBITEM EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 1.1 1988 2.485.850,00 3.1 1988 6.459.655,00 4.1 1989 201.500,00 4.2 1988 37.626.637,05 4.3 1989 469.124,00 4.4 1989 4.531.663,02 9.1 1988 95.366.925,44 9.2 1989 11.784.128,39 11.1 1989 190.927.927,41 18 1989 15.914,43 19 1988 17.162,98 ITEM/SUBITEM EXERCÍCIO VALOR TRIBUTÁVEL 20.1 1988 482,33 21.1 1989 8.049.858,78 Excluídas as matérias acima, passamos a apreciação de mérito das matérias remanescentes, a seguir: Glosa de Despesa de Auditoria e Consultoria Financeira (Subitem 2.2 - Valor: Cr$425.600.400,00- Ex. 1992) A glosa procedida neste item decorreu do entendimento fiscal de que tais despesas não tiveram sua efetividade e necessidade comprovadas em razão, principalmente, do seguinte: i) os serviços foram faturados ao final do exercício; a emitente 46 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 da nota, que é a empresa holding do Grupo Itapemirim, apurou prejuízo naquele ano, e figurava em seu quadro apenas 4 (quatro) Auditores; üi) a emitente não prestou nenhum serviço de auditoria ou consultoria fmanceira à terceiros, mas apenas a empresas do mesmo grupo. À vista desses indícios, os autuantes concluíram que houve, de fato, um planejamento fiscal com o propósito de reduzir o lucro da Recorrente, sem aumentar a carga tributária da prestadora dos serviços, já que a mesma era deficitária. A matéria não é nova nesta Câmara, que vem entendendo que nos casos de prestação de serviços de Auditoria, Consultoria e Assessoria Técnica (Contábil, Administrativa e Financeira) ou serviços assemelhados, a sua execução não pode ser aferida pela mesma medida que seja eventualmente adequada para avaliar outros cuja prova material é mais evidente. No caso dos autos, a Recorrente juntou à Impugnação vasta documentação (fls. 403/419 e Anexo I), no intuito de comprovar a efetividade da prestação dos serviços, compreendendo: a) Contrato entre as duas empresa (fls. 394/397) e correspondente fatura; b) Planos de Conta, planilhas para cálculo de diversos índices de desempenho financeiro e orientações sobre Políticas Gerais de Administração Financeira (fls. 403/419); c) Relatórios de computador, gráficos, critérios de agregação, conceitos, etc. (Anexo I, contendo 441 folhas). A natureza material do ajustado entre a Recorrente e a Contratada está caracterizada pelo contrato firmado entre as partes. O Fisco, por seu turno, não trouxe aos autos qualquer elemento que revelasse não ser necessária, usual ou anormal à atividade da empresa a contratação dos 47 Plocesso m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 serviços e correspondente desembolso a esse título, procedendo a glosa em razão de indícios de eventual planejamento fiscal tendente a reduzir os lucros da Recorrente. Portanto, tendo em conta a documentação juntada aos autos, pela Recorrente, bem assim a natureza dos serviços contratados, entendo que assiste razão a Apelante no tocante a este item, mesmo porque, até prova em contrário, não há como pressupor-se que a Recorrente fosse contratar serviço desnecessário e, muito menos que por eles fosse pagar sem a efetiva prestação dos serviços. Robustece minha convicção o fato de a Fiscalização não ter apresentado qualquer elemento concreto capaz de provar a inveracidade dos fatos registrados na contabilidade da empresa, sendo certo que a escrituração, até prova em contrário, que na hipótese vertente não foi produzida pelos autuantes, socorre a contribuinte. A propósito dos motivos elencados pelo Fisco para justificar a glosa - emissão de fatura anual, contrato firmado com empresa do mesmo grupo deficitária ou mesmo eventual planejamento fiscal -, considero que nenhum deles é relevante para justificar a glosa: a uma porque toda a autuação se fundamenta em "coincidências", "suposições", porém, jamais a autoridade provou a ocorrência de qualquer ilícito; a duas porque, ainda que o contrato objetivasse precipuamente a redução da carga tributária da Recorrente, mesmo assim não procederia a glosa sob esse fundamente de per si, tendo em vista que além de inexistir dispositivo legal que coiba tal procedimento, a doutrina e a jurisprudência são uníssonas em consagrar a possibilidade do contribuinte planejar seus atos e negócios de forma a não pagar imposto, ou a incidir na menor carga tributária possível É jurisprudência mansa e pacífica, deste Colegiado que se os negócios realizados pela empresa tinham multiplicidade de propósitos, econômicos e empresariais, não com fito Único de escapar de tributo, não há evasão fiscal, mas sim elisão fiscal, o que é perfeitamente legítimo, consoante nos dá conta o Acórdão n° 101.77.837/88, cuja ementa declara: " IRPJ - ELISÃO FISCAL - Se os negócios não são efetuados com o único propósito de escapar ao tributo, mas sim efetuados com objetivos econômicos e empresariais verdadeiros, embora com recurso as formas jurídicas que proporcionam maior economia tributária, HÁ ELISÃO FISCAL E NÃO EVASÃO ILÍCITA. De se aceitar, portanto, a cisão como regular e legítima, no caso dos Autos. Serviços prestados que se provaram necessários e efetuados." (destaques nossos)/ 48 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Os elementos que instruem os autos denotam que é o que ocorre no presente caso. Assim, não há como prosperar a Ação Fiscal porquanto o imico fundamento encontrado pelas Autoridades foi imaginar que os serviços contratados tiveram a intenção reduzir o lucro da Recorrente e gerar receita para empresa do mesmo grupo deficitária, sem qualquer elemento concreto que pudesse respaldar tal assertiva. Nessa linha de raciocínio, sou pelo provimento do recurso neste item, para excluir da matéria tributada o valor de Cr$425.600.400,00, no ano base de 1991, exercício de 1992. Glosa de Despesa de Assessoria de Divulgação e Propaganda (Subitem 2.3 - Valor: Cr$99.577.544,00 - Ex. 1992) De igual modo ao ocorrido no item precedente, a glosa procedida neste item decorreu do entendimento fiscal de que tais despesas não tiveram sua efetividade e necessidade comprovadas em razão, principalmente, do seguinte: i) os serviços foram faturados ao fmal do exercício; a emitente da nota, que é a empresa do Grupo Itapemirim, possuía prejuízos do exercício de 1988, cuja compensação iria prescrever no ano exercício autuado (1992). À vista desses indícios, os autuantes concluíram que houve, de fato, um planejamento fiscal com o propósito de reduzir o lucro da Recorrente, sem aumentar a carga tributária da prestadora dos serviços, já que a mesma era deficitária. Tendo em vista a identidade das matérias verificada entre a aqui tratada e a examinada no subitem anterior (2.2), reporto-me às razões lá expendidas para dar provimento ao recurso também no que respeita a este item, para excluir da tributação a importância de Cr$99.577.544,00, no ano-base de 1991, exercício de 1992. Bens do Ativo Permanente Registrados como Despesa (Subitens 4.5, 4.6 e 4.7, nos montantes de Cr$281.013,11, Cr$3.181.678,00 e Cr$34.018.671,52, nos exercícios de 1990, 1991 e 1992, respectivamente) Os Quadros Demonstrativos n's 22 e 29 (fls. 112/115 e 125/126), nos dão conta de que os bens/serviços cuja ativação se reclama neste subitem, correspondem aos seguintes serviços: i) instalação e operação do equipamento de sondagem na obra da Estrada Velha da Pavuna; construção de 4 mesas, 2 bancas e 8 banquetas; iii) reforma e ampliação de garagem em Feira de Santana; iv) reforma de ponto de apoio; v) aquisição de materiais elétricos e hidráulicos, telhas, peças de reforma, motores; vi) construção de dique e piso de concreto; vii) serviço de gravação e pintura em chapas de acrílico; viii) projeto de ampliação de instalação elétrica; ix) aquisição de areia e pedras; x) 49 hocesso m. 10783.000523/94-58 ~Mo ru. 101-92.635 aquisição de peças e serviço para reforma de ar condicionado, bebedouros e freezer, xi) aquisição de 2 ventiladores; xii) gastos com empreitada de mão de obra para a construção de um muro em terreno de uma das garagens e serviços assistência técnica, manutenção e revisão de bens e instalações da empresa; xiii) serviços de reforma de telhado de plataforma, em garagem e restauração de móveis. Vê-se, pois, que os valores cuja ativação é reclamada pelo Fisco engloba gastos diversos, que vão desde a aquisição de peças para reforma até obras de construção civil, comportando assim um tratamento comercial e fiscal diferenciado. Dos bens/serviços enumerados pelo Fisco, entendo que o lançamento procede em relação a todos os dispêndios com bens e serviços que irão indubitavelmente contribuir para a formação do resultado de mais de um exercício, os quais, de conformidade com o art. 193 do RIR/80, devem realmente ter seu custo ativado para posterior depreciação, quais sejam: i) instalação e operação do equipamento de sondagem na obra da Estrada Velha da Pavuna; ii) construção de 4 mesas, 2 bancas e 8 banquetas; iii) reforma e ampliação de garagem em Feira de Santana; iv) aquisição de materiais elétricos e hidráulicos, telhas, peças de reforma, motores; v) construção de dique e piso de concreto; vi) serviço de gravação e pintura em chapas de acrílico; vü) projeto de ampliação de instalação elétrica; ix) aquisição de areia e pedras; ix) aquisição de 2 ventiladores; x) gastos com empreitada de mão de obra para a construção de um muro em terreno de uma das garagens e serviços assistência técnica, manutenção e revisão de bens e instalações da empresa. No entanto, o mesmo tratamento não se aplica aos gastos com reformas em geral, em relação aos quais a legislação de regência admite sua apropriação como custo ou despesa operacional, desde que as reformas não impliquem em aumento da vida útil do bem, superior a um ano, consoante inatacáveis fundamentos consubstanciados no voto condutor do Acórdão n° 101-77.955/88, ad litteram: "O art. 227 do RIR/80 admite como custo ou despesa operacional do exercício os dispêndios com reparos e conservação de bens e instalações destinados a mantê-los em condições eficientes de operação, excepcionando apenas aquelas que implicarem em aumento da vida útil superior a um ano em relação à prevista no ato de aquisição do respectivo bem. Por outro lado, o art. 193 e seu par. 2° do RIR/80, veda a dedução como lucro ou despesa operacional de bens do ativo permanente de valor superior a Cr$ 9.000,00 (valor atualizável por exercício) e quando o bem ou melhoria tiver vida útil i,superior a um ano. 50 ' Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Do exame dos dispositivos, vê-se, desde logo, que o vulto do dispêndio só tem significação para que o contribuinte possa deduzir o valor de um bem, em princípio ativável, como despesa operacional. Mas não é critério para que uma despesa de reparo ou conservação de bem se tome ativável. O conserto ou reparo de um bem não perde sua natureza porque seu valor é elevado. É preciso que se tenha em conta o preço do bem consertado e isso não foi considerado na avaliação fiscal que se orientou em diversas oportunidades exclusivamente no elevado valor do reparo. A única razão para que haja a obrigatória ativação do valor do reparo ou melhoria é que de um ou de outra resulte aumento de vida útil do bem por período superior a um ano. De sorte que, há duvida à veracidade do montante da despesa, o fisco poderá, comprovando sua suspeição, glosa-la por ser desnecessária às atividades da pessoa jurídica, mas jamais exigir a sua ativação. Isso não seria solução. Por outro lado, compete ao fisco demonstrar que houve aumento de vida útil superior a um ano para que haja exigência de capitalização. Esta demonstração deve ser feita com apoio em elementos consistentes e não apenas com base em presunção. O fato de um mesmo reparo ou troca de peça não ser repetido no ano seguinte não implica em aumento de vida útil. O recondicionamento de componente de um maquinário não lhe aumenta necessariamente a vida útil. Apenas lhe devolve a condição de uso." Assim, com base nas conclusões acima, entendo que não está comprovada a necessidade de ativação dos gastos relacionados nos itens iv, x e xii supra, correspondentes a: reforma de ponto de apoio, aquisição de peças e serviço para reparo de ar condicionado, bebedouros e freezer e reforma de telhado de plataforma, em garagem e restauração de móveis. Em resumo, a decisão singular deve ser reformada parcialmente no particular, para que sejam excluídas das bases de cálculo dos exercícios de 1990 e 1992 as importâncias de Cr$. 162.806,68 e Cr$.34.018.671,52, respectivamente. 51 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão rir. 101-92.635 Ativo Diferido Registrado como Despesa (Subitem 5.1 - Valor: Cr$711.516,76 e Cr$ 647.402.213,79 - Exs. 1990 e 1992) A Fiscalização glosou neste item as importâncias em causa, alegando tratar-se de capital aplicado em despesas que contribuiriam para a formação do resultado de mais de um exercício social e conseqüentemente teriam que ser ativados para posterior depreciação e que foram, indevidamente, registrados como despesas operacionais. No Quadro Demonstrativo n° 21, a fls. 109/111, os autuantes esclarecem que tais gastos referem-se a implantação de novos projetos de processamento de dados e pagamentos por cessão de uso de Software e como o pagamento do primeiro seria muito superior ao segundo, entendeu que o montante total deveria ser ativado. As verbas autuadas incluem ainda dispêndios outros que a Recorrente alega tratar-se de gastos com propaganda e publicidade, quais sejam: i) edição de cenas para montagem da vinheta 5 (Logotipo da Autuada); confecção de fotolitos referentes a mensagem natalina; lii) serviço de criação e montagem, e iv) montagem e confecção de fotolitos. A autoridade de primeira instância entendeu que além de não corresponderem a despesas de propaganda e publicidade a autuada não comprovou que referido material teve utilização inferior a um ano, mantendo integralmente a exigência. No que respeita a tais gastos, que a Recorrente classifica como sendo despesas de propaganda e publicidade, entendo razão lhe assiste. Não em função da natureza da despesa, mas sim em razão de o Fisco não ter comprovado, sequer pesquisado, se a utilização do material ocorreu por prazo superior a um ano, vez que, segundo a legislação de regência e jurisprudência em voga sobre a matéria, o ônus dessa prova é de quem alega (no caso o Fisco) e não do contribuinte, contrariamente ao entendimento da r. autoridade recorrida. Quanto aos gastos com informática, englobando implantação de novos projetos de processamento de dados e pagamento pela cessão de uso de Software, devem merecer diferentes tratamentos em função de possuírem natureza e repercussões diferenciadas. Relativamente ao primeiro grupo, a Jurisprudência deste Colegiado, é firme no sentido de inadmitir a dedutibilidade dos gastos suportados com a aquisição e desenvolvimento de programas de computação eletrônica de dados, notadamente 52 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.63 quando de uso exclusivo do adquirente. Nestas circunstâncias, considero procedente a glosa dos gastos relativos à implantação de novos projetos e processamento de dados, já que tais gastos deveriam ser ativados para posterior depreciação. O mesmo, contudo, não ocorre com os pagamentos pela cessão de uso de Software, pois além de não ser de uso exclusivo da empresa, o programa não lhe pertence, não havendo, pois, fundamentação legal e jurídica para cogitar-se de sua ativação. A propósito do assunto, reportamo-nos aos votos condutores dos Acórdãos ifs 101-85.908/93 e 101-85.994/94, que afirmam, categoricamente, ser improcedente o lançamento fiscal baseado em simples glosa de despesa, quando o critério jurídico aplicável é o da postergação, ou seja, nos casos em que se verifica apropriação da despesa antecipadamente, como eventualmente poderá ocorrer neste caso. Os fundamentos consubstanciados no referidos votos, arrematam a questão, de modo inequívoco, em favor da Recorrente, conforme trecho a seguir transcrito: "Com fundamento no artigo 191 do RIR/80 e com base na orientação constante do Parecer Normativo CST n° 58/77, a Fiscalização glosou o valor relativo às despesas correspondentes aos exercícios subsequentes, considerando-as indedutíveis, destacando que o correto tratamento contábil e fiscal de tais dispêndios seria a sua classificação no Ativo Diferido, por corresponderem a aplicação de recursos que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social. Em que pese a correta constatação da irregularidade pelo Fisco, entendo que o critério jurídico e capitulação legal adotados na formulação da exigência tributária são inadequados à espécie, posto que, segundo o art. 6' e pars. 5 a 7. do Decreto-Lei if 1.598/77, consolidado no artigo 171, seus incisos e parágrafos do RI11180, as irregularidades concernentes à inobservância do regime de escrituração contábil, passaram a ter um tratamento tributário próprio ... Em consonância com a norma legal em vigor, este Conselho vem entendendo que a inexatidão quanto ao período-base de escrituração de valores relativos a receitas e/ou custos e despesas, constitui fundamento para o lançamento do IRPJ, acrescido de multa, correção monetária e juros de mora, pelo valor líquido, ou seja, após compensado da diminuição do 7imposto lançado em outro período-base., 53 Processo lu. 10783.000523/94-58 Acórdão ni. 101-92.63 5 Nesta linha de raciocínio, entendo assistir razão à Recorrente relativamente a este item da autuação, pois não obstante seu procedimento ter provocado a postergação do pagamento de imposto de que trata o artigo 171, seus incisos e parágrafos do RIR/80, a contribuinte não incidiu na irregularidade que lhe foi imputada (glosa de despesas indedutíveis, com base no art. 191 do RIR/80), posto que ao contabili7ar a despesa antecipadamente, a contribuinte reduziu o imposto pago no primeiro exercício, vindo a compensá-lo nos exercícios subsequentes, uma vez que o lucro daqueles exercícios, indubitavelmente, restou majorado." Nessa linha de raciocínio, dou provimento parcial ao recurso relativamente a este item, a fim de excluir das base de cálculo das exigências dos exercícios de 1990 e 1992 as importâncias de Cr$.183.752,68 e Cr$.32.495.525,79, respectivamente. Impostos, Taxas e Contribuições Não Dedutiveis (Subitens 6.1 e 6.2 - Valor: Cr$416.889,00 e Cr$66.553.829,00 - Exs. 1990 e 1991) , Consoante consignado no QD 26, a Empresa constituiu em 31/12/89 Provisão para o Adicional Estadual, lançando-a como despesa e adicionando-a na apuração do lucro real. Em 30/12/90, quando do pagamento do imposto, excluiu na apuração do lucro real a correção monetária da citada provisão até aquela data, dedução essa considerada indevida pelo Fisco, em razão de a empresa haver registrado na contabilidade, quando dos pagamentos, despesa de correção monetária passiva. (subitem 6.1 do Auto) Prosseguindo, os Autuantes informam no subitem 2.2 do QD 26, que a empresa procedeu da mesma forma no ano-base seguinte (30/12/90), porém, não efetuou o pagamento do imposto em 1991, tendo provisionado despesas de correção monetária, juros de mora e multa, adicionando-as ao lucro real. Como o imposto não foi recolhido, a Fiscalização concluiu que a provisão do adicional não pode ser deduzida do Lucro real (subitem 6.2 do Auto). Entendo assistir razão à Recorrente em ambas as autuações, tanto a levada a efeito no subitem 6.1, quanto a procedida no subitem 6.2.( 54 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 No tocante ao primeiro (6.1), de fato, não há que se falar em duplicidade de lançamento da despesa, vez que, segundo reconhecido pelos próprios autuantes, a Recorrente ofereceu a tributação em 31/12/89 o valor do Adicional Estadual do IRPJ, portanto, o efeito da questionada correção monetária do referido valor em 31/12/90, foi apenas a recuperação do mencionado adicional pago antecipadamente pelo seu valor real. De igual modo, não procede a glosa do prefalado Adicional e respectivos acréscimos legais (correção monetária, juros e multa de mora), no exercício de 1991, efetuada no subitem 6.2, a pretexto de que o imposto não fora recolhido, posto que as despesas com tributos e encargos legais cabíveis, até o advento da Lei n° 8.541/91, eram dedutíveis com a ocorrência do fato gerador, consoante estabelecido no artigo 225 do RIR/80, in verbis : "Art. 225 - Os tributos são dedutíveis, como custo ou despesa operacional, no período-base de incidência em que ocorrer o fato gerador da obrigação tributária." Portanto, à época, a lei não impedia que as obrigações tributárias fossem apropriadas como despesas, ainda que não tivessem sido pagas. Ao contrário, estabelecia, textualmente, que a condição determinante para sua dedutibilidade era a ocorrência do fato gerador daquela obrigação. Não pode, assim, prosperar a glosa procedida no subitem 6.2, tendo em vista que o nnico fundamento invocado pelo Fisco foi a falta de recolhimento do adicional no exercício de sua apropriação como despesa, motivo esse que, consoante acima demonstrado, não tem respaldo na legislação aplicável à época. Na mesma linha, improcede a conclusão exarada pela r. Autoridade Singular no sentido de que "não havendo pagamento do imposto até a data de seu vencimento não há que se falar em dedução de sua atualização monetária", respaldando-se no disposto no artigo 44 da Lei n° 7.799/89, vez que citado artigo só se aplica aos tributos nele enumerados, dentre os quais não figura o Adicional Estadual do IRPJ. Ademais, não se pode olvidar que a correção monetária é mero acessório da obrigação tributária principal, de modo que em sendo esta dedutível, sem dúvida o seu acessório seguirá o mesmo tratamento. Face às razões aqui expendidas, julgo improcedentes as glosas procedidas nos subitens 6.1 e 6.2 do Auto de Infração, devendo ser excluídas da base de cálculo da exigência as importâncias de Cr$416.889,00 e Cr$66.553.829,00 nos exercícios de 1990 e 1991, respectivamente.r 55 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Encargos de Depreciação - Diferença de Correção IPC/IITNF (Subitem 7.1 - Valor: Cr$2.723.388.390,44, Cr$4.248.814.904,69 e Cr$14.517.424.886,14, nos Exercícios. 1992, 06/92 e 12/92) Cuida este item da glosa da parcela dos encargos de depreciação correspondente à diferença de correção monetária pelo IPC e pelo BTNF, que o Fisco entendeu indedutível e, portanto, passível de adição ao lucro líquido na apuração do Lucro Real. Nas peças de defesa apresentadas, a Recorrente defende a legitimidade do seu procedimento, inquinando de ilegais os atos legais que limitaram a dedutibilidade da questionada diferença de índices de correção monetária, ao longo de 6 (6) anos consecutivos, a partir de 1993 até 1998. Assim colocada a questão, ressalta que é de todo irrelevante travar qualquer discussão em tomo da legalidade ou não dos atos que cuidaram da matéria, vez que, mesmo estes, reconhecem e admitem a dedutibilidade da diferença de correção monetária resultantes dos diferentes índices, divergindo apenas quanto ao período-base de apropriação: enquanto as empresas entendem apropriável na medida em forem incorrendo, a Lei n° 8.200/91 e seus atos regulamentadores (Decreto n° 332/91 e IN SRF n° 125/91) estabeleceram sua dedutibilidade ao longo de seis anos. Ora, se a irregularidade imputada à Recorrente diz respeito, única e exclusivamente, à antecipação de despesa -dedução da parcela da correção monetária relativa a diferença do IPC/BTNF-, diferença essa segundo o próprio Decreto n° 332/91 (fandamentador da exigência), poderia ser deduzida a patfi- do período-base de 1993, exercício de 1994, logicamente, qualquer crédito tributário que se pretendesse exigir da empresa deveria restringir-se somente à diferença de imposto que viesse a resultar da antecipação da apropriação de despesas, nunca nos moldes em que foi formulada, em que o Fisco exigiu o montante total da pretensa diferença de índice (IPC/BTNF), apropriada pela Recorrente nos meses de novembro e dezembro de 1994, sem levar em conta a recomposição dos resultados nos exercícios subsequentes em que teria ocorrido eventual postergação no pagamento do Imposto. Nos anos-calendários posteriores aos analisados pelo Fisco, o Contribuinte, sem dúvida, apropriou despesas a esse título em valor menor ao que faria jus, majorando assim o imposto pago nos referidos períodos, compensando dito imposto pago a menor nos períodos-base autuados. Portanto, se algum valor pudesse ser exigido da 56 /°1 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Recorrente em razão da apropriação da correção monetária integral, este deveria se restringir a eventual diferença de imposto resultante da antecipação dessa despesa. O tratamento tributário da inobservância do regime e competência, que seria a única tipificação legal passível de ser adotada na espécie, é encontrado no artigo 171 do R.I.R./90, a seguir reproduzido: "Art. 171. A inexatidão quanto ao período-base de escrituração de receita, rendimento, custo ou dedução, ou do reconhecimento de lucro, somente constitui fundamento para lançamento de imposto, diferença de imposto, correção monetária ou multa, se dela resultar (Decreto-lei n° 1.598/77, art. 6°, § 5°): I - a postergação do pagamento do imposto para período-base posterior ao em que seria devido; ou II - a redução indevida do lucro real em qualquer período-base. § 1° O lançamento de diferença de imposto com fundamento em inexatidão quanto ao período-base de competência de receitas, rendimentos ou deduções será feito pelo valor líquido, depois de compensada a diminuição do imposto lançado em outro período- base a que o contribuinte tiver direito em decorrência da aplicação do disposto no § 2° do art. 193 (Decreto-lei n° 1.598/77, art. 6°, § 6°). § 2° O disposto no parágrafo anterior e no § 2° do art. 193 não exclui a cobrança de correção monetária, multa de mora e juros de mora pelo prazo em que tiver ocorrido a postergação de pagamento de imposto em virtude de inexatidão quanto ao período de competência" (Decretos IN 1.598/77, art. 6°, § 7°, e, 1.967/82, art. 16). A norma legal é, pois, clara, incisiva, em determinar a recomposição do lucro líquido dos exercícios em que tiver ocorrido a postergação, a fim de se exigir do contribuinte apenas a diferença de imposto resultante da inobservância quanto ao período-base de escrituração de despesa, já que nesses casos ocorre, quando muito, simples postergação do pagamento do imposto para exercício posterior, daí a Lei prever tão-somente a cobrança de eventual diferença de imposto acrescido de multa, juros e correção monetária. No caso concreto, sem dúvida alguma, se alguma infração houvesse, esta corresponderia a simples postergação no pagamento do imposto, portanto, os Autuantes deixaram de observar o tratamento tributário próprio para as irregularidades concernentes à inobservância do regime de escrituração contábil, preconizado nos dispositivos legais reproduzidos acima. 57 Processo lu. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 Outro não é o entendimento deste E. Conselho de Contribuintes o qual, em consonância com a norma legal acima reproduzida, vem entendendo que a inexatidão quanto ao período-base de escrituração de valores relativos a receitas e/ou custos e despesas, constitui fundamento para o lançamento do IRPJ acrescido de multa, correção monetária e juros de mora, pelo valor líquido, ou seja, após compensada a diminuição do imposto lançado em outro período-base, conforme se constata nas ementas dos Acórdãos abaixo indicados: POSTERGAÇÃO NO PAGAMENTO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES - Os tributos e contribuições postergados devem ser calculados na forma estabelecida no Parecer Normativo COSIT n° 02/96. - Recurso voluntário provido." ( Acórdão n° 101-92.173, D.O.U. de 12 de agosto de 1.998); POSTERGAÇÃO - Nos termos da IN 46/89 e do PN 02/96, os ajustes que visem corrigir inexatidão verificadas no regime de competência devem ser efetuados contabilmente, e não no LALUR ou qualquer outro instrumento extra-contábil. Cancela- se a exigência quando no cálculo do lançamento não foi observado o critério acima, de modo a neutralizar todos os efeitos da inexatidão - Recurso provido." ( Acórdão n° 105- 12.479 - DOU de 23 de setembro de 1.998); "POSTERGAÇÃO DE IMPOSTO - O lançamento de diferença de imposto com fundamento na inexatidão quanto ao período-base de competência de receitas será feito pelo valor líquido, depois de compensada a diminuição dos valores que em outro período-base a contribuinte tiver direito, em decorrência da aplicação do disposto no parágrafo único do artigo 154 do RIR/80 - Recurso de Ofício conhecido e desprovido." (Acórdão n° 101-91.840 - DOU de 18 de setembro de 1.998); O conteúdo das ementas dos arestos acima deixa claro que o lançamento da diferença do imposto nos casos de postergação deve observar, rigorosamente, os ditames da lei de regência, que determinam a recomposição do lucro líquido para efeito de apuração do lucro real dos períodos-base alcançados pela postergação, a fim de verificar a existência de eventual diferença de imposto devido, única hipótese que autoriza a formalização do lançamento de ofício. Se o lançamento fiscal não obedece a tais procedimentos, não tem como prosperar, vez que feito em desconformidade com a legislação pertinente. 58 , Piocesso in. 10783.000523/94-58 Acórdão m'. 101-92.63 Resta claro, pois, que o efeito tributário de eventual antecipação de custo ou despesa é tão-somente a postergação no pagamento do imposto, já que o imposto, eventualmente pago a menor em determinado exercício, por custo antecipado, automaticamente é compensado com o imposto pago a maior no exercício seguinte, pela apuração do lucro a maior em razão da não inclusão do custo apropriado no primeiro período- base. Por isso a Lei e a Jurisprudência orientam no sentido de que, nessa hipótese, só caberá a exigência de eventual diferença de imposto acrescido dos encargos legais cabíveis, mas não a tributação do valor da diferença bruta apurada, sob pena de exigir-se do contribuinte, duplamente, imposto sobre o mesmo lucro. A própria Administração Tributária, consciente das dúvidas remanescentes sobre a matéria, quer por parte dos contribuintes, quer por parte dos Auditores Fiscais e, preocupada com a correta aplicação do dispositivo acima, editou o Parecer Normativo COSIT n° 2, de 02/08/96, no intuito de esclarecer o dispositivo legal e estabelecer os procedimentos a serem observados pelo Fisco para a correta determinação do montante tributável nestes casos. Comparando o procedimento fiscal adotado na apuração da matéria tributada neste item do Auto de Infração com a determinação legal, a jurisprudência e, em especial, com os procedimentos delineados no Parecer Normativo acima mencionado, é fácil concluir pela total improcedência do lançamento, já que o mesmo se processou com flagrante inobservância das normas acima reproduzidas. A propósito do assunto, reportamo-nos às ementas dos Acórdãos acima transcritas que afirmam, categoricamente, ser improcedente o lançamento fiscal baseado em simples glosa de custo e/ou despesa, quando o critério jurídico aplicável é o da postergação, ou seja, nos casos em que se verifica apropriação da despesa ou custo, antecipadamente, como é o caso deste tópico. Indubitavelmente, se os Autuantes tivessem procedido à recomposição do lucro real exercícios fiscalizados, partindo dos ajustes defmidos em lei e em sua norma regulamentadora complementar, o resultado tributável, se houvesse, seria infinitamente menor que o apurado, já que a diferença de IPC/I3TNF deduzida no ano de 1991 reduziu os valores a esse título deduzido nos Períodos seguintes e, em conseqüência, majorou o lucro tributado nos referidos exercícios. Isto posto, entendo que deve ser reformada a decisão da Autoridade de Primeira Instância, a fim de que se excluam da tributação as importâncias de Cr$2.723.388.390,44, Cr$4.248.814.904,69 e Cr$14.517.424.886,14, nos exercícios de 1991, 06/92 e 12/92. 59 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão ns. 101-92.63 5 Ganhos realizados com Títulos da Dívida Agrária - TDA (Subitem 8.1 - Valor: Cr$2.172.812.994,94, Cr$1.610.554.624,51 e Cr$8.647.449.179,00, nos Exercícios. 1992, 06/92 e 12/92) O Fisco esclarece, no QD 09, fls. 90, que a empresa conseguiu autorização para efetuar depósito judicial da Contribuição para o FINS OCIAL, o que vinha fazendo em espécie até Agosto de 1991. Posteriormente, em Outubro de 1991, obteve autorização judicial para substituir tais depósitos por cauções de TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA - TDA, em razão do que, em 04/10/91, resgatou todos os recursos depositados àquele título, corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros de mora, no montante de Cr$1.673.056.849,69. Na mesma data, adquiriu, no mercado secundário, 84.799 TDA, por Cr$550.574.961,91, que foram custodiados, em substituição aos depósitos resgatados no valor acima. A diferença entre o valor resgatado e o pago na aquisição das TDA, no montante de Cr$1.122.481.887,78, foi registrada na conta "Provisão p/ Oscilação TDA", conta redutora do Ativo, registro esse considerado incorreto pelos Autuantes, tendo em vista que, segundo entendem, trata-se de ganho realizado, passível de tributação, pelo que procederam a sua exigência no item sob exame. Está certa a Recorrente quando afirma ser impossível identificar-se qualquer ganho na diferença apurada quando da substituição de depósitos em dinheiro por Títulos da Dívida Agrária - TDA, vez que estes encontram-se caucionados em Juízo onde tramita a respectiva ação, inexistindo assim, qualquer disponibilidade econômica ou jurídica para a empresa. Indubitavelmente, eventual tributação dessa diferença só poderá ser exigida após o trânsito em julgado da sentença que vier a ser prolatada, observando-se o seguinte: i) na hipótese da decisão vir a ser desfavorável à Recorrente, o eventual ganho corresponderá à diferença a ser apurada entre o valor das TDA à época e o valor do débito corrigido monetariamente, cuja tributação deverá ocorrer no momento de sua quitação, ou seja, quando da execução da sentença; 60 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 ii) se, ao contrário, a decisão vier a favorecer à Empresa, os títulos provavelmente retomarão ao ativo da empresa, e a tributação de eventual ganho só ocorrerá quando de sua alienação, e corresponderá a diferença a ser apurada entre o valor contábil dos títulos, corrigido monetariamente, e o valor de sua alienação. De qualquer modo, certo é que no momento da simples substituição do depósito em dinheiro por cauções de Títulos da Dívida Agrária não se pode cogitar de qualquer ganho passível de tributação, já que tal procedimento não acarreta qualquer disponibilidade para a Recorrente, que se constitui no próprio fato gerador do tributo. Sendo assim, entendo que a decisão de primeira instância merece reforma neste particular, para que se exclua da tributação as importâncias de Cr$ 2.172.812.994,94, Cr$1.610.554.624,51 e Cr$8.647.449.179,00, nos exercícios de 1992, 06/92 e 12/92. Omissão de Variações Monetárias Ativas (Subitens 9.3/9.7 - Valor: Cr$2.178.812.948,63, Cr$78.635.384,19 Cr$2.587.577.006,77, 14.434.959.037,04 e Cr$53.033.655.975,45, nos Exercícios de 1990, 1991, 1992, 06/92 e 12/92) Os autuantes consignam nos QD's 03 e 13, fls. 78/81 e 95/97, que a Empresa omitiu receita de variação monetária ativa auferida sobre depósitos judiciais de impostos, contribuições, Leasing, indenizações trabalhistas e outros, conforme mapas de correção monetária às fls. 138/171. Esclarecem, por outro lado, em Nota Explicativa no QD 13, que a empresa, apesar de não reconhecer a receita de correção monetária auferida sobre depósitos judiciais referentes às Contribuições para o FINSOCIAL, COFINS e PIS, deduziu na apuração do lucro líquido as despesas com correção monetária e encargos de TRD (juros), calculados sobre as obrigações provisionadas no Exigível, nos períodos-base de 1990 a 1992, nos valores que especifica no mencionado Quadro 13. A Autoridade Julgadora Singular manteve a exigência em causa, parcialmente, excluindo de seu cômputo os valores relativos a erros materiais argüidos na Impugnação e confirmados em diligência fiscal realizada pelos Auditores. 61 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão lu. 101-92.635 Em suas peças de defesa a Recorrente ataca a exigência sob o fundamento básico de que não havendo trânsito em julgado, os depósitos são indisponíveis, pelo que não teria obrigação de corrigir esses valores, nem oferecer a tributação as respectivas variações monetárias, apoiando-se em decisão prolatada pela C. 3' Câmara deste Conselho no Acórdão 103-11.228. De fato, a jurisprudência deste Tribunal Administrativo vem entendendo descabida a exigência nesses casos, tendo em vista a regra geral estabelecida no artigo 154 do RIR/80, que obrigava o contribuinte a incluir no lucro a atualização dos depósitos judiciais, porém, por outro lado, facultava-lhe a dedutibilidade dos encargos decorrentes das variações monetárias das obrigações. Assim, se o sujeito passivo não atualiza os depósitos e nem corrige os passivos correspondentes, não há efeito tributário, sendo incabível qualquer lançamento a esse título, por falta de amparo legal. Isto significa que a insubsistência dos lançamentos fiscais versando sobre omissão de receita de variação monetária ativa de depósitos judiciais declarada por este Conselho não tem como único fundamento, a suspensão da exigibilidade do crédito tributário resultante do depósito, em razão deste encontrar-se à disposição do Juízo, mas, principalmente, pela neutralidade do efeito fiscal resultante da correção do depósito simultaneamente à correção da provisão, consoante declarado nas ementas dos acórdãos a seguir transcritas: "CORREÇÃO MONETÁRIA DE DEPÓSITOS JUDICIAIS - A constituição da provisão para pagamento do tributo discutido judicialmente, corrigida monetariamente, equilibra o efeito contábil de igual atualização do depósito judicial." (Acs. 1° C.C. 101-86.766/94 e 101-87.244/94). "CORREÇÃO MONETÁRIA DE DEPÓSITOS JUDICIAIS - Se, por força do regime de competência, sendo o depósito judicial um ativo da pessoa jurídica, cabe a sua atualização monetária, por outro lado, correspondendo ele a uma obrigação (passivo) que, pelo mesmo regime, deve ser atualizada monetariamente e no mesmo índice, o reflexo fiscal é nulo, não sendo licita a tributação da receita, olvidando-se a dedutibilidade da despesa correspondente." (Acs. 1° C.C. 101-87.589/94, 101- 88.678/95, 101-89.296/96, 101-89.419/96 e 101-89.718/96). Portanto, no presente caso, tendo a Recorrente deduzido, nos períodos-base de 1990 a 12/92, na apuração do lucro líquido as despesas com correção monetária e encargos de TRD, calculados sobre as obrigações referentes às Contribuições para o FINSOCIAL, COFINS e PIS depositadas em juízo, cabe a exigência das variações monetárias ativas sobre respectivos depósitos, para neutralizar os efeitos fiscais ofda 62 , Processo ni. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 dedutibilidade levada a efeito, em consonância com a mesma jurisprudência invocada pela Recorrente. Nessa linha de raciocínio, sou pelo provimento parcial do recurso relativamente a este item, para excluir da tributação apenas as variações monetárias ativas das demais obrigações provisionadas, cuja correção monetária devedora não foi deduzida do lucro líquido, nos montantes de Cr$.2.177.981,96, Cr$.6.532.888,60, Cr$.505.170.987,05, Cr$.2.195.352.301,94 e Cr$.5.036.896.372,39, nos exercícios de 1990 a 12/92, respectivamente. Recuperação ou Devolução de Custos/Deduções - Omissão (Subitens 10.1/10.2 - Valor: Cr$3.005.060.003,00 e Cr$14.612.606.559,90 Exercícios de 06/92 e 12/92) No Quadro Demonstrativo 08, fls. 88/89, o Fisco esclarece que a Empresa, até 1991 não recuperava o ICMS pago nas aquisições de pneus, combustíveis e peças e acessórios, em conseqüência, aproveitava o dispêndio integral a esse título como Custo e/ou Despesa Operacional. Entretanto, nesse ano (1991), a mesma resolveu aproveitar- se dos créditos, extemporaneamente, debitando a conta credora-patrimonial "ICMS a Recolher" e creditando a conta devedora/de Resultado/ Redutora da Receita Bruta "ICMS sobre Prestação de Serviços", procedimento este considerado correto pelo Fisco. Ocorre que no 1° Semestre de 1992, a empresa resolveu estornar o crédito feito na conta "ICMS s/ Prestação de Serviços" no ano anterior, creditando unia nova conta intitulada "Contingência Fiscal", no Passivo Exigível, e debitando "Ajustes de Exercícios Anteriores", diminuindo "Lucros Acumulados", procedimento este considerado incorreto pelo Fisco, que procedeu a autuação, tanto da exclusão considerada indevida, como da contabilização tida como incorreta do aproveitamento dos créditos como Passivo Exigível, quando é, na verdade, segundo o Fisco, Infla Redução de Custos, aproveitados integralmente por ocasião das aquisições das mercadorias. Nas petições de defesa apresentadas, a Recorrente contesta a exigência, sob o argumento de que o aproveitamento extemporâneo de créditos de ICMS tem sido objeto de sistemática contestação por parte das autoridades fazendárias estaduais, as quais vem autuando as empresas que aproveitam-se extemporaneamente dos aludidos créditos. Por isso, entende que os valores que vinham sendo lançados como redução de despesa com ICMS devem ser registrados em conta apropriada (Contingência Fiscal), com vista a evitar a apuração de um resultado tributável indevido. 63 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Aduz ainda que o procedimento por ela adotado também se justifica, na medida em que traduz a apropriação como despesa do ICMS devido em cada período de apuração. Pelo que se depreende da descrição dos fatos constante do Quadro Demonstrativo n° 08, a discussão travada neste item versa, em sua essência, em torno de lançamentos contábeis de possíveis créditos de ICMS sobre aquisição pneus, combustíveis, peças e acessórios, que a Recorrente eventualmente fará jus. De concreto, não se vislumbra qualquer disponibilidade imediata, quer econômica ou jurídica, posto que o próprio Poder cedente do discutido benefício considera ilegítimo o aproveitamento extemporâneo dos créditos em causa. Quanto às repercussões na área do IRPJ, temos que: i) de um lado, ao apropriar integralmente a despesa com ICMS, a empresa reduz o seu lucro líquido, com conseqüente redução do seu patrimônio liquido e diminuição da correção monetária devedora dele resultante, o que, sem dúvida, neutraliza o pretendido aproveitamento do crédito em discussão; ii) de outro lado, tais créditos, segundo a ernpiesa, caso o Estado venha reconhecer o direito dos contribuintes de aproveitá-los extemporaneamente, serão oferecidos a tributação e, nesta hipótese ocorrerá simples postergação do pagamento do imposto. De uma forma ou de outra, sem dúvida, não se justifica o lançamento fiscal nos moldes em que foi procedido, posto que em sua quantificação o Fisco não considerou as verdadeiras repercussões fiscais acima comentadas. Isto posto, sou pelo provimento do recurso relativamente a este item, a fim de que se exclua da tributação as importâncias de Cr$3.005.060.003,00 e Cr$14.612.606.559,90, nos exercícios de 06/92 e 12/92. Encargos de Depreciação - Diferença de Correção IPC/BTNF (Subitem 12.1 - Valor: Cr$96.312.312,88 - Exercício de 1992) A glosa procedida neste item refere-se ao custo contábil de bens baixados, correspondente à diferença de correção monetária pelo [PC e pelo BTNF, deduzido 64 Processo lu. 10783.000523/94-58 Acórdão ni. 101-92.635 na apuração do lucro e/ou prejuízo na baixa de bens e não adicionado ao lucro líquido na apuração do Lucro Real, conforme QD 16, fls. 101. A matéria já foi abordada nos itens precedentes deste voto, quando da apreciação da autuação constante do subitem 7.1 da peça básica. Lá concluímos que na hipótese, quando muito, o procedimento da Recorrente poderá acarretar eventual antecipação de custo ou despesa, vez que a própria Lei n° 8.200/91 e Decreto 332/91 autorizaram a dedução da diferença de correção monetária resultante da aplicação dos diferentes índices IPC/BTNF. Nessa linha de raciocínio, arrematamos que o efeito tributário da apropriação da diferença nos períodos-base de competência, conforme procedida pela Empresa, seria, quando muito, a postergação no pagamento do imposto, já que o imposto, eventualmente pago a menor em determinado exercício, por custo antecipado, automaticamente é compensado com o imposto pago a maior no exercício seguinte, pela apuração do lucro a maior em razão da não inclusão do custo apropriado no primeiro período- base. Daí a Lei e a Jurisprudência orientarem no sentido de que, nessa hipótese, só caberá a exigência de eventual diferença de imposto acrescido dos encargos legais cabíveis, mas não a tributação do valor da diferença bruta apurada, sob pena de exigir- se do contribuinte, duplamente, imposto sobre o mesmo lucro. Como o lançamento fiscal se pautou em outra tipificação e enquadramento legal, o mesmo não deve prosperar, devendo assim, ser excluída da tributação a importância de Cr$96.312.312,88, no exercício de 1992. Adições não Computadas na Apuração do Lucro Real/Multa Indedutível (Subitens 14.1 a 14.3 - Valor: Cr$265.424.141,26, Cr$126.014.551,27 e Cr$318.300.613,15 - Exercícios de 1992, 06/92 e 12/92) Neste item, a Fiscalização procedeu a Glosa de Multas, Correção Monetária e Juros de Mora, lançados como despesa operacionais, provisionados sobre débitos de Contribuição Social sobre o Lucro, Imposto de Renda na Fonte sobre o Lucro Líquido e Adicional Estadual sobre o I.R.P.J., tendo em vista não haverem sido rirecolhidos aos cofres públicos, conforme consignado no QD 25, fls. 118. 65 hocesso m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.63 5 A matéria já mereceu vários debates no âmbito deste Conselho, o qual, pautando-se nos dispositivos legais de regência (artigo 191, par. 1°, c/c art. 225 do RIR/80) consagrou o entendimento no sentido de não ser essencial para a dedutibilidade da despesa do lucro real que a mesma tenha sido paga no período-base, mas sim que tenha incorrido naquele período. Não havia à época dos fatos autuados, portanto, qualquer vedação legal, que impedisse o contribuinte de apropriar no exercício de correspondência as despesas consubstanciadas no período-base, mesmo que ainda não tivessem sido pagas, mas apenas provisionadas, especialmente no presente caso, cujo valor glosado corresponde aos encargos legais sobre uma obrigação fiscal real e não simplesmente estimada. Os valores glosados são dedutíveis não porque simplesmente provisionados, mas porque já incorreram com a ocorrência da obrigação tributária principal, condição esta determinante para a dedutibilidade dos tributos e de seus encargos legais, já que esses são simples acessórios daqueles, consoante estabelecido no artigo 225 do RIR/80, ad litteram: "Art. 225 - Os tributos são dedutíveis, como custo ou despesa operacional, no período-base de incidência em que ocorrer o fato gerador da obrigação tributária." Situação semelhante a ora tratada, foi objeto de apreciação por esta Câmara, através do Acórdão n° 101-76.185, do qual passo a transcrever os excertos abaixo, por se prestarem como valiosos subsídios para solução do presente litígio, in verbis: "Desde que se aboliu a condição do efetivo pagamento, as obrigações tributárias e as relativas a encargos sociais, quando não pagas no vencimento, hão que ser consideradas despesas incorridas. É verdade que, nos termos do artigo 220 do RIR/80, se veda a dedução de provisões que não estejam expressamente autorizadas Não se pode, porém, dar maior amplitude à vedação sob pena de erroneamente exceder os limites que visa atingir, com evidente ofensa à norma jurídica que permite/ 66 7 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.63 5 deduzirem-se os tributos no período-base de incidência em que ocorrer o fato gerador da obrigação tributária, como dispõe o art. 225 do RIR/80 em consonância com o par. 1° do art. 191 do mesmo Regulamento. Certa a quantificação do tributo dedutível, certo o período-base de incidência em que ocorrer o fato gerador da obrigação tributária e certo também o prazo de pagamento em que o sujeito passivo deve cumpri-la, mas se toma inadimplente não a satisfazendo com o pagamento, não há como negar-se que se trata de uma obrigação exigível, configurativa de despesa incorrida no período-base de determinação daquela incidência, cujo valor integra o grupo do passivo circulante, à disposição dos respectivos credores do tributo. Ora, se o direito ao tributo se gerou em determinado exercício social e ao cumprimento da obrigação tributária o sujeito passivo não poderá furtar-se, uma vez corretamente quantificado o valor do tributo devido a sua apropriação como custo ou despesa, respeitando o regime de competência, constitui encargo tributário incorrido no período em que o direito do sujeito ativo se aperfeiçoou embora o pagamento da obrigação só venha ser satisfeito em exercício diverso daquele em que surgiu o dever de o sujeito passivo pagá-la. Embora não se trate propriamente de "provisão" o dever de pagar o tributo vencido, quando se calcula com precisão o valor do direito adquirido pelo credor (sujeito ativo), a responsabilidade tributária do devedor (sujeito passivo), em realidade não representa mera provisão, refletidora de um simples fato incerto e futuro, mas autêntica despesa incorrida de encargo quantificado e irreversível de uma obrigação já existente, cuja exigibilidade não se pode obscurecer, uma vez que a quantificação e individualização do tributo afastam, de plano, a hipótese de pura estimativa, característica peculiar da provisão que simboliza apenas um risco. Conhecidos os encargos e calculados os valores dentro dos limites estabelecidos na legislação fiscal do tributo, não se cogita de simples provisão que apenas traduza a incerteza de um risco, pois em face do regime de competência que a Lei n° 6.404, de 15.12.1976 (art. 177) consagra e que, expressamente, na questão da dedutibilidade de tributos, a Exposição de Motivos do Decreto-lei n° 1.598, de 26.12.1977, ao explicar os preceitos do artigo 16, também o adota a quantia determinada naqueles valores e limites, que for assim escriturada, constitui 67 Processo ru. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 encargos incorridos por obrigações existentes, que na data do levantamento do balanço, integram o passivo exigível da empresa. Não se permite, isto sim, que o valor provisionado seja estimado, mas perdas autorizadas por lei, como se depreende a contrario sensu do artigo 387, inciso I, do RIR/80, entendendo- se, na hipótese dos autos, como perdas autorizadas os tributos dedutíveis. omissis As provisões admissíveis, para os efeitos fiscais de dedução são aquelas que refletem a certeza irrefragável de um acontecimento passado e não a eventualidade de uma contingência que, por uma incerteza, pode vir, ou não, acontecer. omissis Por conseguinte, em se tratando de tributos e de contribuições sociais dedutíveis, quando os valores das obrigações a pagar estejam devidamente quantificados e se relacionem com encargos incorridos, não há porque deixar de considerá-los quanto a reduzir-se o lucro real do exercício, pois nesta hipótese, o designativo "provisão" é mera afiguração imprópria. Estreme de dúvida, portanto, que despesa originada de uma obrigação legal vencida, desde que seja perfeitamente identificada e quantificada, gera um passivo exigível enquanto não for paga e logicamente constitui parcela dedutível do lucro tributável, se a lei não dispuser como indedutível a base em que ela repousa. Assim, com exceção das multas, a respeito das quais resultem falta ou insuficiência do pagamento dos encargos tributários, hão também de ser considerados os acréscimos legais da atualização monetária e dos juros moratórios que se assentam em bases dos tributos e das contribuições sociais dedutíveis." É exatamente esta a hipótese em causa, ou seja, obrigações tributárias vencidas e identificadas, cujo recolhimento não foi efetuado em razão de discussão judicial travada pia Recorrente em tomo das mesmas sendo, portanto, passíveis de dedutibilidade a correção monetária dos discutidos tributos, vez que a atualização monetária corresonde a mero acessório da obrigação, e como tal, segue a mesma regra de dedutibilidade aplicada àquelas. Entretanto, o mesmo tratamento não pode ser admitido em relação aos juros moratórios e à multa de mora, uma vez que, tratando-se de tributos e contribuições discutidos judicialmente, a incidência ou não de tais encargos dependerá da decisão fmal da lide. Em assim sendo, a dedutibilidade de tais encargos só será admitida após 7 o trânsito em julgado da decisão que eventualmente vier a considerá-losdevidos/ 68 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão lu. 101-92.635 Por todo o exposto, entendo parcialmente procedente a glosa fiscal levada a efeito neste item, devendo, assim, ser reformada a decisão singular, no particular, para excluir da tributação as importâncias de Cr$.37.740.132,50, Cr$.108.216.420,88 e Cr$.305.948.873,62, Exercícios de 1992, 06/92 e 12/92. Multa e Juros de Mora Indedutiveis (Subitem 15.1 - Valor: Cr$97.183.884,70, Cr$3.890.556.774,99, Cr$11.331.498.340,98 e Cr$43.506.988.674,51-Exs.1991, 1992, 06/92 e 12/92) O Fisco glosou neste item o valor de multas e juros de mora provisionados sobre débitos a recolher de Contribuições para o FINSOCIAL, COFINS e PIS SOBRE RECEITA OPERACIONAL depositados em juízo e sobre débito de Diferencial de Alíquota de ICMS, não recolhidos, registrados como despesa operacional, deduzido na apuração do lucro líquido e indevidamente não adicionados na apuração do lucro real, face não haverem sido pagos, conforme QD 07, fls. 85/87. Além de demonstrarem os valores provisionados, os Autuantes esclarecem no mencionado Quadro Demonstrativo, em Nota Explicativa, que a empresa embora não pagando as contribuições e o diferencial do ICMS, por autorização judicial para efetuar o depósito, provisiona as obrigações no Passivo Exigível e deduz do lucro todas as despesas tributárias, e ao final de cada período-base atualiza as dívidas, deduzindo a correção monetária como despesa, além de provisionar, indevidamente, despesas com multas e juros de mora, objeto deste item. Vê-se, pois, que a matéria ora tratada é de natureza idêntica à apreciada no item anterior, não comportando, assim maiores considerações de nossa parte, vez que o tema foi examinado à exaustão nos itens precedentes. Lá concluímos pela legitimidade da dedução, como despesa operacional, da correção monetária sobre as obrigações fiscais provisionadas, independentemente do seu recolhimento, uma vez que aquela representa simples acessório da obrigação principal, sendo, entretanto, considerados indedutíveis os juros moratórios e a multa de mora, face à incerteza quanto à sua incidência, ou não, dependenmdo da decisão judicial que vier a ser aplicada à lide. Dada a identidade das matérias aqui versada e a examinada no item anterior, impõe-se igual conclusão para ambas, o que me leva a concluir pela procedência parcial do lançamento promovido neste item. Vale observar, fmalmente, que os esclarecimentos feitos pelos autuantes em Nota Explicativa constante do QD 07, fls. 85/87, são de todo irrelevantes para /o 69 Processo m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 deslinde da questão, vez que, além não constituírem óbice para a dedutibilidade dos encargos moratórios, os efeitos fiscais dos procedimentos noticiados foram objeto de larga apreciação de nossa parte ao longo deste voto (itens 9 e 10 acima). A propósito do aludido item 9, convém ressaltar que lá se examinou exatamente a exigência fiscal relativa a correção monetária ativa sobre depósitos judiciais que o Fisco entendeu devida, dentre outras razões, em função da empresa ter deduzido do lucro liquido a correção monetária passiva sobre as provisões da contribuições que deram causa ao depósito, cujos montantes foram demonstrados pelos Autuantes no QD. 13, fls. 97, motivo este que levou o Relator a manter a autuação da maior parte do crédito tributário cobrado naquele item. Ora, uma vez mantida a exigência sobre as variações monetárias ativas dos depósitos das contribuições discutidas em juízo, é obvio que toma-se totalmente legítima a dedução, como despesa operacional, da correção monetária passiva (aí incluída a TRD) das provisões dessas mesmas contribuições, até para neutralizar os efeitos fiscais advindos da correção monetária, que é o propósito maior objetivado na legislação fiscal do IRPJ. Por tudo isso, entendo deva ser reformada em parte a decisão a quo também em relação a este item, para que se exclua da tributação as importâncias de Cr$.3.536.422.216,15, Cr$.9.417.676.195,00, e Cr$.33.219.922.828,38 nos Exercícios de 1992, 06/92 e 12/92, respectivamente. Exclusões Indevidas do Lucro Líquido do Exercício (Subitem 16.1 - Valor: Cr$3.478.262.291,59 - Exercício de 1992) Neste item os autuantes acusam a Recorrente de ter redução indevidamente o Lucro Real do exercício de 1992, em virtude de exclusão de valores correspondentes a créditos do ICMS aproveitados extemporaneamente, em 1991, registrados naquele exercício como redução da despesa de ICMS sobre Vendas, indevidamente estornado em 1992, corrigido monetariamente, na parte "B", do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, conforme QD 08, fls. 88/89. A matéria já amplamente examinada nos itens precedentes, quando da apreciação da autuação procedida no item 10, não comportando, por isso mesmo, maiores considerações de nossa parte. 70 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão In. 101-92.635 A par das razões de mérito expendidas no referido item 10, há outro motivo que abala, por completo, a consistência do lançamento fiscal promovido neste item, qual seja, a duplicidade de tributação sobre uma mesma parcela, senão vejamos: i) no subitem 10.1 do Auto de Infração, o Fisco tributou, no período-base 06/92, a importância de Cr$3.005.060.003,00, relativa a valores de créditos de ICMS, sob o fundamento de a mesma foi registrada indevidamente no Passivo Exigível, quando trata-se de recuperação de custos; ii) no subitem ora examinado (16.1), os autuantes autuaram a importância de Cr$3.478.262.291,59, correspondente aos mesmos créditos, alegando que referido valor foi indevidamente estornado e excluído, no ano de 1992, corrigido monetariamente, na apuração do Lucro Real; iii) da descrição dos fatos depreende-se que: a natureza dos valores autuados é a mesma ( créditos de ICMS aproveitados extemporaneamente); os montantes são quase coincidentes; o período-base da autuação em ambos os casos é 1992; e a fundamentação é basicamente a mesma, isto é, o estorno do lançamento contábil levado a efeito pela Recorrente em 1991, pelo qual debitou uma conta de resultado do exercício e creditou uma conta patrimonial (passivo exigível); iv) na descrição dos fatos constante da peça vestibular acrescida dos esclarecimentos feitos no QD 08, os autuantes, afirmam, textualmente, que no item 10 foi autuado o valor dos discutidos créditos registrado no Passível Exigível, já no item 16 informam que tributaram a contrapartida do mesmo valor, ou seja, a sua exclusão da conta de resultado, o que nos conduz a conclusão que o Fisco tributou duplamente a parcela objeto dos subitens 10.1 e 16.1, o que, sem dúvida, faz quedar por terra a pretensão formalizada no presente tópico (subitem 16.1). Sendo assim, voto pelo provimento do recurso relativamente a este item, para que se exclua da tributação a importância de Cr$3.478.262.291,59, no exercício de 1992. Antecipação e Duodécimos Recolhidos com Insuficiência (Item 18 - Valor: Cr$15.914,43- Exercício de 1989) Neste item o Fisco acusa a Recorrente de ter recolhido, a menor, no período-base de 1988, Antecipações e Duodécimos, conforme demonstrado às fls. 132/136, o que teria ocasionado pagamento a menor do Imposto devido no Exercício de 198/9 71 Processo nx. 10783.000523/94-58 Acéaclão nr. 101-92.635 Além da decadência do direito de a Fazenda Nacional promover ao lançamento em causa, há outra razão jurídica que aponta para a total improcedência da exigência, qual seja, o fato tratar-se de antecipações e duodécimos relativos a períodos encerrados há vários anos, o que, de pronto qualquer pretensão fiscal acerca de eventual insuficiência de seu pagamento, na medida em que com a entrega da declaração de rendimento do exercício correspondente, acompanhada do pagamento das quotas do imposto, procede-se a compensação de eventual pagamento a menor de antecipações ou duodécimos. Tal insuficiência, quando apurada após o encerramento do exercício, pode ensejar tão somente a exigência de multa regulamentar, mas nunca a diferença eventualmente recolhida a menor, eis que, conforme acima ressaltado, esta é compensada com a apuração e pagamento do imposto por ocasião da entrega da declaração de rendimentos do competente exercício. Nestas circunstâncias, mister se faz concluir que o lançamento procedido neste item, além de decadente, é totalmente improcedente, devendo, pois, ser excluída da tributação a importância de Cr$15.914,43, no período-base de 1988, exercício de 1989. Vale-Transporte - Excesso em Função do Limite (Subitens 20.2 - Valor: Cr$1.407,98- Exercício de 1991) Foi imputada à Recorrente neste item dedução, em excesso, do incentivo vale-transporte, no Exercício 1991, caracterizado pela compensação, em excesso, do valor residual do Período-Base de 1989, Exercício de 1990, conforme QD 06, fls. 83. A Autoridade julgadora a quo manteve a exigência tendo em vista que a Recorrente limitou-se a arguir a existência de erro material na Declaração de Rendimentos relativa ao Período-Base de 1990, Exercício de 1991, cuja existêncoia não restou comprovada pelo exame procedido por aquela Autoridade. Nesta ordem de juízos e considerando a inexistência do erro material alegado, bem assim a ausência de outros elementos e argumentos que possam recomendar reforma da R. Decisão monocrática, entendo que a mesma deve ser mantida integralmente e, em conseqüência, confirmada a exigência formalizada neste item. 72 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão In . 101-92.635 Inobservância do Regime de Escrituração-Postergação de Receitas (Subitens 21.2 a 21.7 - Valor: Cr$7.449.425,38, Cr$174.500.836,67 e Cr$1.866.447.501,95-Exs. de 1990, 1991 e 1992) Foram tributados a esse título, no item 21 do Auto de Infração, os fatos e valores a seguir especificados: 21.2) Receita de Variação Monetária Ativa, no montante de Cr$7.449.425,38, auferida em 1989, sobre Depósitos Judiciais da Contribuição para o FINSOCIAL, tributada apenas no resgate dos Depósitos em 1991, conf. QD 12, item 1, fls. 94. 21.3) Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte omitiu da tributação do ano-base de 1990 o valor referente a receita de: a) variação monetária ativa auferida sobre Depósitos Judiciais da Contribuição para o FINSOCIAL, conf. QD 12, item 2, fls. 94- Cr$171.618.745,90 b) Aplicações Financeiras, conf. QD 14, fls. 98 - Cr$2 .882 .090,77 21.4) Postergação do imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte omitiu da tributação do ano-base de 1991 o valor referente a receita de variação monetária ativa auferida sobre Depósitos Judiciais em Processo n° 913758 da Receita Federal, conf. QD 05, fls. 83 - Cr$. 69.736.441,76 21.5) Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte contabilizou no ano de 1992, quando do resgate, receitas financeiras de competência do ano de 1991 (ano da aplicação), conf. QD 15, fls. 99/100 - Cr$657.088.880,19 21.6) Postergação do Imposto de Renda, tendo em vista que o contribuinte apropriou integralmente no ano de 1991 despesa com Taxa de Abertura de Crédito, quando, segundo o Fisco, apenas 10% incorreu naquele ano e os demais 90% incorreram no exercício seguinte, conf. QD 19, fls. 107 - Cr$. 1.080.000.000,00 No que respeita à postergação descrita nos subitens 21.2, 21.3 "a ", e 21.4, qual seja decorrente do reconhecimento da variação monetária ativa sobre depósitos judiciais do FINSOCIAL somente por ocasião do resgate dos mesmos, a Autoridade 73 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Julgadora Singular, invocando os mesmos fundamentos que expendeu na apreciação da matéria autuada no item 9, julgou parcialmente procedente o lançamento, excluindo da tributação as importâncias identificadas como resultantes de erros materiais. A Recorrente, por seu turno, reportando-se, também, aos argumentos contestatórios apresentados na defesa do citado item 9 (omissão de variações monetárias ativas), postula o cancelamento total da exigência. Tendo em vista que a matéria foi exaustivamente examinada quando da apreciação do item 9 da autuação, reporto-me às razões lá expostas, para concluir pela total improcedência da exigência da pretensa postergação do imposto, resultante da tributação das variações monetárias ativas de depósitos judiciais por ocasião de seu levantamento. Isto porque, do que foi exposto no mencionado item 9, conclui- se ser necessário que se adote um tratamento fiscal, até o trânsito em julgado da ação ajuizada , que anule os efeitos tributários: ou se reconhece, paralelamente, as variações monetárias, ativas e passivas, de forma que as mesmas se neutralizem, ou ambas são desconsideradas na apuração do lucro real. Em qualquer destas hipóteses, inedste prejuízo para a Fazenda ou para o sujeito passivo, já que permanece inalterado o lucro real. Deste modo, se o contribuinte não atualizou os depósitos judiciais, mas, por outro lado, também não corrigiu os passivos correspondentes, não houve efeito tributário, sendo incabível o lançamento, por falta de amparo legal. Acresçam-se àquelas razões o fato de que, ambos os itens (9 e 21 do Auto de Infração) versam sobre pretendida tributação de variação monetária ativa de depósito judicial, diferençando-se um do outro apenas pelo conteúdo, ou seja, enquanto que no item 9 o Fisco tributou a alegada receita de variação monetária sobre a totalidade dos depósitos, no item 21 os autuantes reclamam alegada postergação daquela receita tão somente sobre os depósitos do FINSOCIAL. Contudo, os demonstrativos fiscais anexados aos processo não demonstram de modo claro a inocorrência de tributação em duplicidade sobre referidas parcelas. Assim, também por essa razão, o lançamento levado a efeito nos subitens 21.2, 21.3, "a" e 21.4 da peça vestibular não tem como prosperar. Quanto a alegada postergação de receitas financeiras resultante das aplicações feitas no Banco Real S/A e no Banestes S/A, reclamada no subitem 21.3, "b", considero igualmente improcedente a exigência, vez que a Recorrente alega e comprova que reconheceu a receita no próprio ano-base de 1990 e esse fato não foi infirmado pela r. Autoridade Singular. 74 _ Nocesso m. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.635 Como o período de apuração do IRPJ, à época, era anual, considero improcedente qualquer questionamento a título de postergação, posto que trata-se de receitas auferidas e reconhecidas no mesmo período-base. Igual sorte assiste à Recorrente no que pertine às receitas autuadas no subitem 21.5, as quais referem-se a aplicações feitas no período-base de 1991 e apropriadas somente no período-base seguinte, qual seja, em 1992, sob o argumento de que a empresa só faria jus ao rendimento ao final do prazo da aplicação. Neste particular, vale observar que, face às normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, no sentido de vincular a percepção do rendimento desse tipo de aplicação à observância do prazo para o resgate, a jurisprudência deste Colegiado vem entendendo que o reconhecimento de tais rendimentos pode ser feito quando do efetivo recebimento da receita. Tal entendimento respalda-se na aplicação do conceito de "fato gerador" estabelecido no Código Tributário Nacional, o qual resulta da aquisição de disponibilidfade econômica ou jurídica da renda. Na hipótese vertente - aplicações fmanceiras de renda fixa fmal com prazo pré-fixado - a rigor inocorre qualquer disponibilidade, seja econômica, seja jurídica, na medida em que sua percepção vincula-se a uma condição suspensiva, qual seja, a observânciapelo aplicador, do prazo pré-fixado para o resgate da aplicação. Sendo assim, é de ser reformada a decisão monocrática no particular, para que se exclua do lançamento a importância de Cr$.657.088.880,19, no Preíodo-Base de 1991, Exercício de 1992. Finalmente, no que se refere a autuação procedida no subitem 21.6, correspondente a pretensa postergação, por alegada apropriação antecipada de despesa de abertura de crédito, que segundo os autuantes competia 10% ao ano de 1991 e 90% ao ano de 1992, entendo a razão estar, mais uma vez, com a Recorrente. A conclusão fiscal pautou-se no teor da Cláusula 2a, par. 3°, do Contrato de Abertura de Crédito firmado entre a Recorrente e a Instituição Financeira, que está assim redigida: 75 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 "No caso de a denúncia vir a ser formalizada pelo cliente no prazo de 32 (trinta e dois) dias, contados da assinatura do presente, a ela caberá a restituição de 90% (noventa por cento) da quantia paga." A Recorrente observa que o Fisco deixou de levar em conta dois pontos importantíssimos: i)que o previsto na mencionada cláusula significa que o contrato já tem inteira eficácia, desde a sua assinatura, e, que a mesma encerra uma condição resolutiva, ou seja, possível devolução de parte da taxa cobrada somente se houvesse a denúncia do contrato por parte da empresa, o que inocorreu. Sem dúvida, mencionada cláusula encerra a condição resolutiva a que se refere a Recorrente, de modo que, tendo inocorrido denúncia do contrato por sua parte, não há que se cogitar de qualquer direito à devolução, muito menos de antecipação de despesa, vez que discutida taxa compete tão somente ao período-base em que foi assinado o contrato, qual seja, 1991, vez que os seus efeitos vigoram a partir daquela data. Por todo o exposto, a decisão singular deve ser reformada relativamente ao item 21, para que sejam excluídas da exigência as importâncias de Cr$7.449.425,38, Cr$ 174.500.836,67 e Cr$1.149.736.441,76, nos exercícios de 1990, 1991 e 1992, respectivamente. ilegalidade da Cobrança da TRD Quanto ao assunto só nos resta concordar com a Recorrente no sentido de que a Lei n° 8.218 não poderia retroagir a sua aplicação a fevereiro de 1991, visto que sua publicação só ocorreu em 30 (trinta) de agosto de 1991. Esclareça-se que a T.R.D. foi exigida no lançamento a título de juros de mora e não como fator de correção monetária. É entendimento assente neste Conselho de que os juros de mora equivalentes à T.R.D. só tem lugar a partir do advento da Lei n° 8.218, de 29 de agosto de 1991, publicada no D.O.U. de 30 (trinta) de agosto de 1991, a qual deu nova redação a um dispositivo legal, significando uma nova Lei, não podendo retroagir a fatos geradores 76 Processo ni. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.63 5 pretéritos, nos termos do Parágrafo 4°, do Artigo 1° da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, como entendeu a Câmara Superior de Recursos Fiscais no Acórdão n° CSRF/01.773, de 17/04/94, cuja Ementa tem a seguinte redação: "T.R.D. - VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - INCIDÊNCIA DA T.R.D. COMO JUROS DE MORA Por força do disposto no Art. 1° da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, a Taxa Referencial Diária - T.R.D. - só pode ser cobrada como juros de mora a partir do mês de agosto de 1991, quando entrou em vigor a Lei n° 8.218/91." Portanto, os juros equivalentes à T.R.D. calculados de fevereiro a julho de 1991 devem ser excluídos do crédito tributário remanescente. Imposto de Renda Retido na Fonte Consoante se vê do Auto de Infração lavrado para exigência desse tributo, a Autuação teve como fundamentos legais o Artigo 8° do Decreto -Lei n° 2.065/83, para os fatos ocorridos nos períodos-base de 01/01 a 30/11/88 e 01 a 31/12/88, e Artigo 35 da Lei n° 7.713/88, para os demais períodos-base autuados (1989 a 1992). Primeiramente, no que pertine aos fatos autuados com base no artigo 8° do Decreto-lei n° 2.065/83, vale observar que as autuações procedidas na área do IRPJ, nos mencionados exercícios (1988 e 1989), que ensejaram a presente exigência, foram por nós afastadas, em razão de sua formalização ter ocorrido após o decurso do prazo decadencial, o que, pela relação de causa e efeito existente entre os dois lançamentos (IRPJ/IRF) afasta, de plano, a pretensão em causa. Por outro lado, vale notar que citado dispositivo continha em seu enunciado dois comandos que autorizavam a incidência do Imposto de Renda na Fonte sobre a diferença verificada na apuração dos resultados obtidos pelas Pessoas Jurídicas, quais sejam: i) No caso de Omissão no Registro de Receitas, ou ii) Por qualquer outro procedimento que tenha como conseqüência a redução do Lucro Líquido do Exercício. 77 7/ Processo nt. 10783.000523/94-58 Acórdão nr. 101-92.635 Interpretando citado mandamento legal, a Administração Tributária, através do PN/CST n° 20/94, firmou entendimento, que, aliás, coincide com a Jurisprudência firmada por este Conselho, no sentido de que os fatos ensejadores da redução do Lucro Líquido, para se ajustarem à hipótese descrita pela norma devem traduzir, na essência, distribuição de valores aos sócios. Mencionado Ato Administrativo, em seu item 4, consigna: " ... é de ressaltar-se que o comando legal em causa somente tem aplicação nas hipóteses em que a redução do lucro líquido possa, de fato, ensejar distribuição de valores aos sócios, acionistas ou titular da empresa individual, como, exemplificativamente, na omissão de receita proveniente de: saldo credor de caixa, passivo fictício, suprimento fictício de caixa, omissão de vendas, notas frias, notas calçadas, custos ou despesas inexistentes. Por outro lado, o dispositivo não é aplicável quando, embora haja redução no lucro líquido, o procedimento adotado pela empresa não propicie qualquer distribuição de valores..... Da apreciação dos fatos apurados e submetidos pela Fiscalização à incidência do I.R.P.J., procedida nos itens anteriores, restaram confirmadas apenas as parcelas relativas à variações monetárias ativas de depósitos judiciais, algumas despesas tidas como ativáveis e uma parcela relativa a postergação no pagamento do imposto, por apropriação de receita fmanceira fora do exercício de competência, as quais, sem dúvida não ensejam exação com base no Artigo 8° do Decreto-Lei n° 2.065/83, vez que, por sua natureza, não propiciam qualquer distribuição de valores aos sócios, consoante orientação normativa acima reproduzida. Assim, seja pelo decurso do prazo decadencial, seja pela inaplicabilidade do artigo 8° às importâncias mantidas na área do IRPJ, deve ser afastada a tributação do imposto de renda na fonte embasada no mencionado dispositivo legal. De igual modo, não merecem prosperar as parcelas submetidas à tributação com respaldo no Artigo 35, da Lei n° 7.713/88, vez que o STF julgou inconstitucional, em 30/06/95, mencionado dispositivo, na parte referente à expressão "acionista", o que afastou definitivamente qualquer tributação sob este fundamento para as Sociedades Anônimas, que é o tipo societário da ora Recorrente. Além disso, a Resolução do Senado n° 82, de 18/11/96 - DOU de 22/11/96, suspendeu a execução da Lei n° 7.713/88 na parte que diz respeito a mencionada expressão "o acionista". 78 Processo nr. 10783.000523/94-58 Ac&clâío nr. 101-92.635 Portanto, tratando-se a Recorrente de sociedade anônima, não pode prosperar o presente lançamento, em vista do efeito erga omnes atribuído pela citada Resolução. Acrescente-se, fmalmente, que o art. 3° da IN/SRF/n° 063, de 24/07/97, determina o cancelamento do lançamento efetuado com fundamento no referido dispositivo legal, quando o sujeito passivo for S/A, caso do presente lançamento. Nesta ordem de juízos deve ser integralmente provido o Recurso, relativamente à exigência do Imposto de Renda na Fonte. Contribuição para o PIS/FATURA1VIENTO Com o objetivo de afastar os argumentos expendidos pela Contribuinte na fase impugnativa, a Autoridade Julgadora Singular consignou que a tese de inconstitucionalidade por ela levantada não concerne à competência da esfera administrativa manifestar-se sobre o tema, por pertinente ao Poder Judiciário. O assunto, como é sabido, já está pacificado, tanto no âmbito do Poder Judiciário, quanto na esfera da Administração Pública. O Pleno do Colendo Supremo Tribunal Federal, julgando o Recursos Extraordinários n's 148.754-2 e 154.594-1 (BA), reconheceu que o recolhimento devido em favor do Programa de Integração Social - PIS, tem natureza jurídica de simples "contribuição", o que implica concluir pela impossibilidade de seu disciplinamento via Decreto-Lei. Como é cediço, a decisão prolatada em Recurso Extraordinário só vincula as partes, isto é, não tem o denominado efeito erga omnes. Contudo, por traduzir entendimento já sedimentado, torna-se imperioso que os Órgãos do Poder Executivo, incumbidos de aplicar a Lei a cada caso concretamente acontecido, sigam tal orientação pois, em assim não o fazendo, estarão contribuindo para, não só emperrar a máquina administrativa com grande volume de processos cujos resultados serão nulos, como também, e o que é mais grave, para onerar o Erário Público com pesado ônus, vez que inúmeras horas de trabalho serão gastas e ainda poderá arcar com honorários advocatícios. 79 Processo nr. 10783.000523/94-58 Acórdão ru. 101-92.635 Entendo atuais e oportunas as palavras do Consultor-Geral da República LEOPOLDO DE MIRANDA LIMA FILHO, em Parecer exarado sob o n° C-15, de 13 de dezembro de 1960, quando afirma: "Se, no entanto, através de sucessivos julgamentos, uniformes, sem variação de fundo, tomados à unanimidade ou por significativa maioria, expressam os Tribunais a firmeza de seu entendimento relativamente a determinado ponto do direito, recomendável será que não se remita a Administração, em hipóteses iguais, em manter a sua posição, adversando a jurisprudência solidamente firmada. Teimar a Administração, em aberta oposição a norma jurisprudencial firmemente estabelecida, consciente de que seus atos sofrerão reforma, no ponto, por parte do Poder Judiciário, não lhe renderá mérito, mas desprestígio, por sem dúvida. Fazê- lo será alimentar ou acrescer litígios, inutilmente, roubando-se- lhe e à Justiça tempo utilizável nas tarefas ingentes que lhe cabem como instrumento da realização do interesse coletivo." Tratando-se de pessoa jurídica prestadora de serviços está sujeita ao recolhimento do PIS na forma da Lei Complementar n° 07/70 e alterações posteriores, exceto as introduzidas pelos Decretos-Leis acima mencionados, que foram julgados inconstitucionais. Entendo, assim, caber razão à Recorrente, devendo, por conseqüência, ser reformada a decisão recorrida, para excluir o lançamento sob exame, por ser o mesmo resultante da aplicação dos dispositivos retirados do ordenamento jurídico. Contribuição Social Sobre o Lucro e Contribuições para o PIS/DEDUÇÃO e PIS/REPIQUE Do relato se infere que as exigências em causa decorrem do lançamento levado a efeito contra a empresa, neste mesmo processo, na área do Imposto de Renda - Pessoa Jurídica, onde foram apuradas irregularidades que acarretaram pagamento a menor das aludidas contribuições, nos exercícios de 1988 a 1992, objeto de Autos de Infração apartados. À parte do Recurso que cuidou do lançamento formalizado na área do I.R.P.J., denominado principal, foi acolhida a preliminar de decadência do direito de a Fazenda proceder aos lançamentos nos exercícios de 1988 e 1989 e, no mérito, foi dado 80 Processo ni. 10783.000523/94-58 Acórdão m. 101-92.63 5 provimento parcial por este Colegiado, para excluir da base de cálculo as parcelas consideradas indevidas, inclusive aquelas, sobre as quais incidiu a Contribuição Social em causa. Em observância ao princípio da decorrência, e sendo certo a relação de causa e efeito existente entre as matérias litigadas em ambos os lançamentos, o decidido na área do IRPJ (lançamento principal) aplica-se, por inteiro, aos procedimentos que lhe sejam decorrentes. Voto, pois, no sentido de que seja dado provimento parcial ao Recurso Voluntário interposto pelo Sujeito Passivo, para ajustar a exigência ao decidido no lançamento principal (I.R.P.J.). ,-- Por todo o exposto, Voto no sentido de: i) rejeitar -,às preliminares de Nulidade do Procedimento Fiscal e do Auto de Infração argüidas; ii) acolher a preliminar de decadência do direito de a Fazenda Nacional proceder ao lançamento nos exercícios de 1988 e 1989, afastando, em conseqüência, da base de cálculo do lançamento daqueles exercícios as importâncias de Cr$140.005.249,90 e Cz$215.980.116,00, respectivamente; ui) no mérito, dar provimento parcial ao Recurso Voluntário interposto pelo Sujeito Passivo para excluir da base de cálculo do IRPJ e da Contribuição Social as parcelas de Ncz$.10.390.855,70, Cr$.247.587.504,20, Cr$ 14.948.626.788,82, Cr$.20.584.674.450,10 e Cr$.76.021.948.086,28, nos Exercícios de 1990, 1991, 1992, 06/1992 e 12/1992, respectivamente; iv) excluir a incidência da TRD no período de fevereiro a agosto de 1991; v) excluir as exigências reflexas do Imposto de Renda na Fonte e Contribuição para o PIS/FATURAMENTO; vi) ajustar as Contribuições para o PIS/DEDUÇÃO e PIS/REPIQUE ao valor remanescente do IRPJ. Sala das Sessões - DF, r 14 de abril de 1999. f j , SEBASTI -AO RO !J? ,: -fri -.7' CABRAL - RELATOR(7 \-, ,,, .4 81 Page 1 _0000200.PDF Page 1 _0000300.PDF Page 1 _0000400.PDF Page 1 _0000500.PDF Page 1 _0000600.PDF Page 1 _0000700.PDF Page 1 _0000800.PDF Page 1 _0000900.PDF Page 1 _0001000.PDF Page 1 _0001100.PDF Page 1 _0001200.PDF Page 1 _0001300.PDF Page 1 _0001400.PDF Page 1 _0001500.PDF Page 1 _0001600.PDF Page 1 _0001700.PDF Page 1 _0001800.PDF Page 1 _0001900.PDF Page 1 _0002000.PDF Page 1 _0002100.PDF Page 1 _0002200.PDF Page 1 _0002300.PDF Page 1 _0002400.PDF Page 1 _0002500.PDF Page 1 _0002600.PDF Page 1 _0002700.PDF Page 1 _0002800.PDF Page 1 _0002900.PDF Page 1 _0003000.PDF Page 1 _0003100.PDF Page 1 _0003200.PDF Page 1 _0003300.PDF Page 1 _0003400.PDF Page 1 _0003500.PDF Page 1 _0003600.PDF Page 1 _0003700.PDF Page 1 _0003800.PDF Page 1 _0003900.PDF Page 1 _0004000.PDF Page 1 _0004100.PDF Page 1 _0004200.PDF Page 1 _0004300.PDF Page 1 _0004400.PDF Page 1 _0004500.PDF Page 1 _0004600.PDF Page 1 _0004700.PDF Page 1 _0004800.PDF Page 1 _0004900.PDF Page 1 _0005000.PDF Page 1 _0005100.PDF Page 1 _0005200.PDF Page 1 _0005300.PDF Page 1 _0005400.PDF Page 1 _0005500.PDF Page 1 _0005600.PDF Page 1 _0005700.PDF Page 1 _0005800.PDF Page 1 _0005900.PDF Page 1 _0006000.PDF Page 1 _0006100.PDF Page 1 _0006200.PDF Page 1 _0006300.PDF Page 1 _0006400.PDF Page 1 _0006500.PDF Page 1 _0006600.PDF Page 1 _0006700.PDF Page 1 _0006800.PDF Page 1 _0006900.PDF Page 1 _0007000.PDF Page 1 _0007100.PDF Page 1 _0007200.PDF Page 1 _0007300.PDF Page 1 _0007400.PDF Page 1 _0007500.PDF Page 1 _0007600.PDF Page 1 _0007700.PDF Page 1 _0007800.PDF Page 1 _0007900.PDF Page 1 _0008000.PDF Page 1 _0008100.PDF Page 1
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Numero do processo: 10825.000250/97-41
Turma: Quarta Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Apr 14 00:00:00 UTC 1999
Data da publicação: Wed Apr 14 00:00:00 UTC 1999
Ementa: IRPF - DEDUÇÕES - COMPROVAÇÃO - As deduções redutoras da base de cálculo do tributo, pleiteadas na declaração anual de ajuste são passíveis de comprovação por documentação hábil e idônea.
IRPF - PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA - Os aumentos patrimoniais a descoberto, matéria fática, não presumidos, embora tributáveis na declaração anual de ajuste, devem ser apurados mensalmente, com todas as disponibilidades do contribuinte até a data do evento.
Recurso parcialmente provido.
Numero da decisão: 104-16990
Decisão: POR UNANIMIDADE DE VOTOS, DAR PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO, PARA EXCLUIR DA EXIGÊNCIA OS AUMENTOS PATRIMONIAIS A DESCOBERTO.
Nome do relator: Roberto William Gonçalves
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IRPF - PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA - Os aumentos patrimoniais a descoberto, matéria fática, não presumidos, embora tributáveis na declaração anual de ajuste, devem ser apurados mensalmente, com todas as disponibilidades do contribuinte até a data do evento. Recurso parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por HEYDIMILSON EGGRATH BARRETO. ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso, para excluir da exigência os aumentos patrimoniais a descoberto, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. ‘kre \ MARIA SCHERRER L ITÃO PlikIDENTE WIN• R' : ERTO WILLIAM GONÇ VES RELATOR FORMALIZADO EM: i 6 jul 1999 ekiik '••• ; MINISTÉRIO DA FAZENDA n5:Z;r: PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES "fzN.A.É: QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10825.000250197-41 Acórdão n°. : 104-16.990 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN, MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRADE, JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO, ELIZABETO CARREIRO VARÃO, JOÃO LUIS DE SOUZA PEREIRA e REMIS ALMEIDA ESTOL. . 1 2 MINISTÉRIO DA FAZENDA iot --Ai` PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10825.000250197-41 Acórdão n°. : 104-16.990 Recurso n°. : 15.282 Recorrente : HEYDIMILSON EGGRATH BARRETO RELATÓRIO Inconformado com a decisão do Delegado da Receita Federal de Julgamento em Ribeirão Preto, SP, que considerou parcialmente procedente a exação de fls. 01, o contribuinte em epígrafe, nos autos identificado, recorre a este Colegiado. Trata-se de exigência de ofício do imposto de renda de pessoa física, amparada em: 1.-aumentos patrimoniais a descoberto, apurados nos meses de 03/94, 04/94, 07/94, 08/94 e 11/94; 2.- glosa de dedução de despesa médica, relativamente à Clinica José Fernandes S/C Ltda. Outrossim, foi exigido do sujeito passivo o camê leão correspondente aos rendimentos r ..t ebidos de pessoa física em dezembro/94, conforme declaração anual de ajuste, fls. 57. Ito 4\ 3 .,N.4.,, n.. . MINISTÉRIO DA FAZENDA , rti Sk PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ''t-f)-,,,t> QUARTA CAMARA Processo n°. : 10825.000250/97-41 Acórdão n°. : 104-16.990 O aumento patrimonial a descoberto foi apurado mediante confronto entre o rendimento tributável líquido do mês, apurado na DIRF de fls. 30, e os bens tidos como adquiridos em 1994, conforme declaração de bens de fls. 60, mesmo mês, pela fiscalização, fls. 16/25, exceto o de n° 04 — automóvel Corolla, 93/92, que teve projetado seu pagamento em UFIR, duas parcelas mensais, em 03/94 e 04/94, a partir do preço de aquisição constante da NF 100666, de 11.05.93,fls. 25 e 35. A glosa da despesa médica mencionada resultou da intimação de fls. 48 à mesma. O espólio de Renê Femandes, em resposta, informou haver a clinica sido extinta há mais de dez anos, falecendo seu titular em 20.10.95, conforme documentos de fls. 49/50. Juntamente com o imposto foi aplicada a multa agravada para 112,5%, ao invés de 75%. O contribuinte fora intimado em 04.10.95, fls. 27 a apresentar os esclarecimentos constantes da intimação de fls. 26/27. Reintimado em 21.12.95, sujeito ao agravamento de eventuais exigências, conforme intimação de fls. 28. Em 15.02.96 declara-se ciente da primeira intimação, alegando justificativas para seu atendimento e requerendo prazo de 30 dias para elaboração do informe solicitado, Os. 19. No Termo de Verificação Fiscal de fls.12, não assinado, a autuante explici que 'expirado o prazo regulamentar, o contribuinte novamente não atendeu às intimaçõe ". 4 .. 4' k a MINISTÉRIO DA FAZENDA **,, k," i, PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 11: 141.: QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10825.000250197-41 Acórdão n°. : 104-16.990 Ao se contrapor às exigências o sujeito passivo alega que considerada a renda líquida tributável anual, os rendimentos isentos e de tributação exclusiva de fonte, acrescidos das dívidas e ónus reais assumidos às aquisições dos bens, não haveria acréscimo patrimonial a descoberto. Em relação à despesa médica anexa comprovante do gasto com a Clínica Dr. Renê Femandes S/C Ltda, realizado no ano de 1994, fls. 71. Em relação à exigência do carnê leão relativamente a 12/94, alega que o valor no mês consignado decorreu de erro técnico Na verdade, tratar-se-ia do total recebido de pessoas físicas no curso do ano calendário de 1994. A autoridade "a quo" rejeita a pretensão de manutenção da dedução de despesa médica sob os argumentos de extinção do Sociedade Civil, e o recibo apresentado não conter assinatura do emitente, somente o carimbo da Clínica. Mantém as exigências sob os argumentos de amparo em lei e de não ter sido apresentada qualquer documentação pelo sujeito passivo no curso da fiscalização. E, da penalidade agravada porque, na Segunda intimação foi esclarecido que o não atendimento sujeitaria o contribuinte ao agravamento de eventuais exigências. Determina, entretanto, sejam os acréscimos patrimoniais adicionados à renda líquida tributável declarada, dispensado o camê-leão, na forma da Instrução Normativa SRF 046/97. Na peça recursal são juntados os documentos de fls. 93/109, através dos quais o sujeito passivo procura demonstrar a) as origens de seus rendimentos recebidos de L gpessoas jurídicas: empregado de empresa até 06/95 e professor universitário desde 02/92 5 e:ti:ç,p, ."4..:-.t. MINISTÉRIO DA FAZENDA , d.'t =1""it PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10825.000250/97-41 Acórdão n°. : 104-16.990 os financiamentos obtidos às aquisições de veículos ou sua aquisição anterior ao ano calendário de 1994. Quanto à despesa médica, anexa recibo de 11.94 emitido por Dr. L.C. Mattosinho França, CPF:00664278-68, onde consta o endereço: Clínica Dr. Renê Femandes. Recibo, que esclarece, não foi utilizado porque seu valor foi reembolsado pela empresa onde trabalhava. É o Relatóri 6 tj • MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ';,‘,11:41:::?? QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10825.000250/97-41 Acórdão n°. : 104-16.990 VOTO Conselheiro ROBERTO WILLIAM GONÇALVES, Relator O recurso atende às condições de sua admissibilidade. Dele conheço. Aumentos patrimoniais são matéria fática, não presumida. Embora tributáveis na declaração anual de ajuste, são apuráveis mensalmente, com todas as disponibilidades do contribuinte até a data do evento. Não com elementos isolados do mês calendário em que ocorra o incremento patrimonial. Assim, em sua apuração devem ser levados em conta todos os rendimentos líquidos, tributáveis ou não, ou tributáveis exclusivamente na fonte, recebidos até a data do evento, bem como disponibilidades declaradas, advindas de ano-calendário anterior ou provindas de dívidas e ônus reais, assumidos para as aquisições de bens. Em preliminar, evidenciam-se os lapsos incorridos pelo fisco quando da apuração do pretendido aumento patrimonial a descoberto. Porquanto: - de acordo com a DIRF de fls. 30, o fisco dispôs dos rendimentos tributáveis, mês a mês, recebidos da pessoa jurídica nela identificada. Utilizou, entretanto, somente o rendimento líquido correspondente ao mês do acréscimo patrimonial; - embora na declaração de bens constasse que o automóvel TOYOTA SW4, objeto da NF 100666, de 11.05.93, fls. 35, tenha sido declarado pela empresa vendedora 7 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CAMAFtA Processo n°. : 10825.000250/97-41 Acórdão n°. : 104-16.990 como quitado em duas parcelas mensais, em março e abril de 1994, em resposta à intimação de fls. 32, não há autorização legal para a presunção de valores desembolsados, mediante transformação do valor de aquisição em UFIR e a projeção dos pagamentos em cruzeiros, a partir da reconversão da UFIR para os meses de março e abril de 1994, como procedido às fls. 25. Outrossim, destaca-se em face ao conteúdo da NF, tem-se que o vencimento é contra apresentação e venda sem reserva de domínio, o que causa estranheza na operação, não se intimou a pessoa jurídica para comprovar datas e valores dos pagamentos efetuados. Incabível a presunção de valores e pagamentos. Caso tenha havido intimação à empresa antes mencionada, identificada na declaração de bens do contribuinte, não foi intimada Avaré Auto Veículos e Peças Ltda., relacionada e também identificada na declaração de bens, como vendedora de veículo em 07194, para comprovação da transação constante da mesma declaração e forma de pagamento. No mérito, independentemente das comprovações dos financiamentos obtidos trazidos aos autos pelo sujeito passivo, para as aquisições consideradas à vista pelo fisco, fls. 105/107, insustentável a pretendida exigência quanto a aumento patrimonial a descoberto, face à materialidade objetiva que, necessariamente, deve permear a matéria. Porquanto, incabível e legalmente insustentável a apuração de proventos de qualquer natureza, em determinado mês calendário, levando-se em conta apenas e tão somente a renda líquida tributável deste mesmo mês, conforme remansosa jurisprudência deste Colegiado. MINISTÉRIO DA FAZENDA • Ok: PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10825.000250/97-41 Acórdão n°. : 104-16.990 Quanto à pretendida manutenção da dedução de despesa médica, o recibo de fls. 108, apenas indica, como endereço: Clínica Dr. Renê Femandes. O que não referenda o documento de fls. 71,m que serviu de suporte à dedução pleiteada. Mesmo porque, como explicitou a autoridade recorrida, no documento em questão não há assinatura, mas apenas carimbo de entidade cujo CGC é não cadastrado, extinta há mais de dez anos, conforme fls. 49. Finalmente, quanto à multa agravada, de fato, apesar de, em15.02.96 o contribuinte declarar que, com 30 dias, apresentaria o informe solicitado, fls. 29, até a data da autuação, 20.03.97, fls. 01, ou de sua ciência, 09.04.97, fls. 67, não houve qualquer manifestação sua. Com o agravante: na segunda intimação era ressaltado o agravamento de penalidade sobre eventuais exigência tributárias. Isto é, decorridos 13 meses de sua própria proposição! Indício veemente, s.m.j., de desrespeito ao exercício da atividade lançadora. Nessa ordem de juízos, dou provimento parcial ao recurso, para excluir da exigência, por prescindirem de materialidade fática, no lançamento, os aumentos patrimoniais descoberto. - das Sessões - D 14 de abril de 1999 Nk &a- RO:RO: ERTO WILLIAM GONÇALV 9 Page 1 _0046700.PDF Page 1 _0046800.PDF Page 1 _0046900.PDF Page 1 _0047000.PDF Page 1 _0047100.PDF Page 1 _0047200.PDF Page 1 _0047300.PDF Page 1 _0047400.PDF Page 1
score : 1.0
Numero do processo: 10825.000369/99-86
Turma: Quinta Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Dec 07 00:00:00 UTC 2006
Data da publicação: Thu Dec 07 00:00:00 UTC 2006
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ - EXERCÍCIO - 1995 - OMOSSÃO DE RECEITA DE CORREÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO - Tendo a Pessoa Jurídica transferido os valores de prejuízos acumulados, que antes haviam sido transferidos para a conta-corrente dos sócios no ativo circulante, para contas dos sócios representativas de reservas de lucros, (Patrimônio Líquido) e somente após tal procedimento haver procedido a correção monetária do balanço, não há porque se cogitar de omissão de receita de correção monetária do balanço.
PAGAMENTO COM REDUÇÃO DE JUROS - BENEFÍCIO FISCAL ESTABELECIDO PELAS MEDIDAS PROVISÓRIAS N º 60/02 e N º 75/02 - RECOLHIMENTO DE VALOR A MENOR - O recolhimento não integral do crédito tributário inviabiliza a fruição do benefício fiscal, sendo irrelevantes as alegações de ausência de dolo ou de não obtenção dos cálculos junto à Autoridade Administrativa.
Numero da decisão: 105-16.218
Decisão: ACORDAM os Membros da QUINTA CÂMARA do PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar de nulidade do lançamento e, no mérito, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que
passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRPJ - AF- omissão receitas - demais presunções legais
Nome do relator: Luís Alberto Bacelar Vidal
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ - EXERCÍCIO - 1995 - OMOSSÃO DE RECEITA DE CORREÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO - Tendo a Pessoa Jurídica transferido os valores de prejuízos acumulados, que antes haviam sido transferidos para a conta-corrente dos sócios no ativo circulante, para contas dos sócios representativas de reservas de lucros, (Patrimônio Líquido) e somente após tal procedimento haver procedido a correção monetária do balanço, não há porque se cogitar de omissão de receita de correção monetária do balanço. PAGAMENTO COM REDUÇÃO DE JUROS - BENEFÍCIO FISCAL ESTABELECIDO PELAS MEDIDAS PROVISÓRIAS N º 60/02 e N º 75/02 - RECOLHIMENTO DE VALOR A MENOR - O recolhimento não integral do crédito tributário inviabiliza a fruição do benefício fiscal, sendo irrelevantes as alegações de ausência de dolo ou de não obtenção dos cálculos junto à Autoridade Administrativa.
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Recorrida 3 TURMA DA DRJ RIBEIRÃO PRETO/SP IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ - EXERCÍCIO: 1996 RECEITAS NÃO CONTABILIZADAS - Omissão de receita. Constitui omissão de receita e enseja lançamento de oficio a diferença constatada entre a receita declarada e aquela constante da contabilidade da empresa. SALDO CREDOR DE CAIXA - OMISSÃO DE RECEITA - A existência de saldo credor de caixa autoriza a presunção de omissão de receita, cabendo à contribuinte a prova da improcedência da presunção. TRIBUTAÇÕES REFLEXAS - PIS/COFINS/CSLU IRRF - O decidido no lançamento do IRPJ repercute nas tributações reflexas pela intima relação de causa e efeito. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso voluntário interposto por MANFIL - MANUFATURA DE METAIS E FIBRAS LTDA. ACORDAM os Membros da QUINTA CÂMARA do PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar de nulidade do lançamento e, no mérito, NEGAR provim to ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. f" Processo n.° 10825.000369/9948 CC011CO5 Actordio n.• 105-18.218 Fls. 2 01 : CLO VIS ALVE Presidente LUIS • • TO B • • IAL Rela 26 JAN 2007 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros DANIEL SAHAGOFF, CLAUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA (Suplente Convocada), EDUARDO DA ROCHA SCHMIDT, WILSON FERNANDES GUIMARÃES, IRINEU BIANCHI E JOSÉ CARLOS PASSUELLO. , 4 Processo n! 10825.O®36919946 CC01/CO5 Acórdão n.• 105-18218 Fls. 3 Relatório MANFIL - MANUFATURA DE METAIS E FIBRAS LTDA., C.N.P.3. 47.543.426/0001-55, já qualificada neste processo, recorre a este Colegiado, através da petição de fls. 964/972 da decisão prolatada às fls. 9351940, pela ?Turma de Julgamento da DRJ — RIBEIRÃO PRETO (SP), que julgou procedente em parte, Auto de Infração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e seus reflexos, cientificado ao contribuinte em 20.04.1999 Consta do Auto de Infração, fls.03113 que a contribuinte teria cometido as infrações à legislação tributária abaixo descritas, no decorrer dos anos-calendário de 1995 em que a autuada apresentou DIPJ com base no Lucro Presumido. 1) Omissão de receitas caracterizada pela não declaração de notas fiscais escrituradas no livro de saída de mercadorias sob a rubrica de ISENTA para fins do IPI que também não foram declaradas para fins do IRPJ Lucro Presumido. 2) Omissão de receita caracterizada pela existência de saldo credor da conta caixa em face de lançamentos de estorno efetuados para débito desta conta não terem sido comprovados e saldos em outros meses sem que a fiscalizada pudesse esclarecer a existência dos mesmos. Ciente do lançamento em 20 de abril de 1999, a Fiscalizada apresentou impugnação ao auto de infração, fls. 71/77. A autoridade julgadora de primeira instância julgou procedente em parte o lançamento, conforme decisão n ° 5.569 de 03.06.2004, cuja ementa reproduzo a seguir: Imposto sobre a renda de Pessoa Jurídica — IRPJ RECEITAS NÃO CONTABILIZADAS. Omissão de receita. Constitui omissão de receita e enseja lançamento de oficio a diferença constatada entre a receita declarada e aquela constante da contabilidade da empresa. SALDO CREDOR DE CAIXA. OMISSÃO DE RECEITA. A existência de saldo credor de caixa autoriza a presunção de omissão de receita, cabendo à contribuinte a prova da improcedência da presunção. Processo Administrativo Fiscal. Tributação Reflexiva. COFINS. CSLL, IR!?!' Aplica-se à tributação reflexa idêntica solução dada ao lançamento principal em face da estreita relação de causa e efeito. PRELIMINAR. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. Não cabe falar em cerceamento do direito de defesa quando não comprovado o prejuízo para o contribuinte. Ciente da decisão de primeira instância em 12.08.2004 a contribuinte interpôs tempestivo recurso voluntário em 13.09.2004 protocolo às fls. 963, onde apresenta, basicamente, as seguintes alegações: PRELIMI ARMkE= ":7:. , Processo n.• 10825.000369199-86 CC01/CO5 Acórdão n.• 105-16218 Fls. 4 O Auto de infração está desprovido de demonstrativo claro do débito perseguido, constando do mesmo o valor original, o percentual e valor dos juros, o coeficiente e o valor da correção monetária, o percentual e o valor da multa, enfim todos os elementos básicos e indispensáveis para que a Recorrente possa exercer de forma plena a sua defesa, o que implica no fato que seja o auto de infração julgado insubsistente, por não ofertar à Recorrente o seu direito de defesa constitucionalmente consagrado. MÉRITO a) que por determinação da fiscalização a Recorrente elaborou demonstrativos, relacionando mês a mês os valores totais das saídas, das entradas, das devoluções e das vendas, tudo conforme valores registrados nos respectivos livros. Assim considerado, improcede à tributação da omissão de receita lançada e não declarada, pois a Recorrente demonstrou e comprovou através das notas fiscais de saídas e dos livros de Registros de Saídas e Entradas, que os valores tidos por tributáveis em verdade são isentos para cálculo do tributo, fatos estes relevantes que deixaram de ser considerados pela autoridade autuante. Logo não há que se falar em omissão no registro de receitas, quando estamos diante de valores não tributáveis. Complementa por afirmar que a autoridade fiscal desconsiderou as devoluções registradas no livro registro de entradas, pois tais valores não são tributáveis. Quanto ao saldo credor de caixa afirma que: "Quanto ao motivo dos valores encontrados no livro Razão serem diferentes daqueles declarados, esclarecemos que no livro razão a Recorrente efetua o lançamento tão somente do que efetivamente entrou no caixa" Quanto a multa aplicada alega que face ao momento singular pelo qual atravessa nossa economia acredita serem dignos de apreciação os valores pretendidos a titulo de multa, Entende der justa a pretensão de suavização dos rigores da lei pela simples observação do rebus sic stantibus, enquanto as coisas não se modifiquem. Assevera que não deve ser aplicada a multa de 75% e sim de 2$ constante do Código civil Brasileiro. Conclui por solicitar a insubsistência do Auto de Infração. i É o Relatório. Processo n! 10825.000369t9946 CCOVCO5 Acórdão it• 105-111218 Fls. 5 Voto Conselheiro LUIS ALBERTO BACELAR VIDAL, Relator O recurso é tempestivo e está revestido de todas as formalidades exigidas para sua aceitabilidade, razão pela qual dele conheço. Preliminarmente há que se rechaçar a alegação da Recorrente quanto aos elementos que alega não estarem dispostos no Auto de Infração, conforme se pode verificar as fls. 03/13 os elementos relativos ao débito cobrado estão perfeitamente expostos. Quanto ao mérito a Recorrente ainda em sede de impugnação deixou de atender a intimação que lhe foi feita em diligência fiscal para tentar esclarecer determinadas dúvidas da DRJ e no presente recurso traz as mesmas alegações desprovidas de qualquer prova. Também quanto à omissão de receita por saldo credor de caixa a Recorrente não logra fazer prova ao contrário. Pelo exposto voto no sentido de rejeitar a preliminar de nulidade do lançamento e quanto ao mérito, negar provimento. Sala das Sessões, em 07 de dezembro de 2006. te f LUIS6J7RTO A EL VIDAL Page 1 _0013800.PDF Page 1 _0013900.PDF Page 1 _0014000.PDF Page 1 _0014100.PDF Page 1
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