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Numero do processo: 10880.900555/2014-52
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 08 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Mon Jun 17 00:00:00 UTC 2019
Ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE (IRRF)
Data do fato gerador: 31/12/2012
DESPACHO DECISÓRIO. NULIDADE.
Estando demonstrados os cálculos e a apuração efetuada e possuindo o despacho decisório todos os requisitos necessários à sua formalização, sendo proferido por autoridade competente, contra o qual o contribuinte pode exercer o contraditório e a ampla defesa e onde constam todos os requisitos exigidos nas normas legais pertinentes ao processo administrativo fiscal, não há que se falar em nulidade.
DESPACHO DECISÓRIO. CERCEAMENTO DE DIREITO DE DEFESA.
Na medida em que o despacho decisório que indeferiu a restituição requerida teve como fundamento fático a verificação dos valores objeto de declarações do próprio sujeito passivo, não há que se falar em cerceamento de defesa.
COMPENSAÇÃO. CRÉDITO INTEGRALMENTE ALOCADO.
Correto o despacho decisório que não homologou a compensação declarada pelo contribuinte por inexistência de direito creditório, quando o recolhimento alegado como origem do crédito estiver integralmente alocado na quitação de débitos confessados.
Numero da decisão: 2401-006.281
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 10880.900539/2014-60, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
(documento assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier (Presidente), Cleberson Alex Friess, Andréa Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, José Luís Hentsch Benjamin Pinheiro, Matheus Soares Leite, Rayd Santana Ferreira e Marialva de Castro Calabrich Schlucking.
Nome do relator: MIRIAM DENISE XAVIER
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NULIDADE. Estando demonstrados os cálculos e a apuração efetuada e possuindo o despacho decisório todos os requisitos necessários à sua formalização, sendo proferido por autoridade competente, contra o qual o contribuinte pode exercer o contraditório e a ampla defesa e onde constam todos os requisitos exigidos nas normas legais pertinentes ao processo administrativo fiscal, não há que se falar em nulidade. DESPACHO DECISÓRIO. CERCEAMENTO DE DIREITO DE DEFESA. Na medida em que o despacho decisório que indeferiu a restituição requerida teve como fundamento fático a verificação dos valores objeto de declarações do próprio sujeito passivo, não há que se falar em cerceamento de defesa. COMPENSAÇÃO. CRÉDITO INTEGRALMENTE ALOCADO. Correto o despacho decisório que não homologou a compensação declarada pelo contribuinte por inexistência de direito creditório, quando o recolhimento alegado como origem do crédito estiver integralmente alocado na quitação de débitos confessados. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 10880.900539/2014-60, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (documento assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier – Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier (Presidente), Cleberson Alex Friess, Andréa Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, José Luís Hentsch Benjamin Pinheiro, Matheus Soares Leite, Rayd Santana Ferreira e Marialva de Castro Calabrich Schlucking. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 90 05 55 /2 01 4- 52 Fl. 68DF CARF MF Fl. 2 do Acórdão n.º 2401-006.281 - 2ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 10880.900555/2014-52 Relatório O presente recurso foi objeto de julgamento na sistemática prevista no art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, adoto o relatório objeto do Acórdão nº 2401-006.258, de 08 de maio de 2019 - 4ª Câmara/1ª Turma Ordinária, proferido no âmbito do processo n° 10880.900539/2014-60, paradigma deste julgamento. “Trata o presente processo de Manifestação de Inconformidade contra ato da autoridade administrativa que não homologou a compensação declarada por meio eletrônico (PER/DCOMP), relativamente a crédito de IRRF que teria sido recolhido a maior no período de apuração constante dos autos. Como bem relatado pela instância a quo , o Despacho Decisório não homologou o pedido de compensação em debate, sob o fundamento de que, embora localizado o pagamento que deu origem ao suposto crédito original de pagamento indevido ou a maior, o mesmo estava à época do encontro de contas integralmente utilizado para quitação de débitos do contribuinte não restando crédito disponível para a compensação dos débitos informados. Notificada da decisão a Contribuinte apresentou manifestação de inconformidade, alegando, em síntese, que: 1. Sem qualquer fundamento legal ou maiores explicações, a autoridade administrativa não homologou a compensação realizada pela empresa, através do despacho decisório proferido nos presentes autos. 2. A alegação de que não existe crédito disponível não pode ser entendida como fundamento do despacho decisório, sem constar o porquê dessa inexistência. 3. A autoridade administrativa não se deu ao trabalho de motivar sua decisão, a teor do art. 50 da Lei n° 9.784, de 1999. 4. A não homologação dessa compensação ocorreu por sistema informatizado, porque o crédito sequer foi apreciado. Limitou-se a autoridade administrativa em fazer uma verificação prévia se o pagamento realizado indevidamente ou a maior estava disponível em seus sistemas. Ainda inconformada, a Recorrente apresenta Recurso Voluntário, repisando parte de suas razões apresentadas em sede de Impugnação que são, em síntese, as seguintes: a) o V. Acórdão merece reforma, basicamente, porque firmou entendimento equivocado, o ato administrativo que não reconheceu o direito creditório do contribuinte é vinculado, devendo conter os pressupostos de fato e de direito, em obediência ao princípio da legalidade; b) Na mesma esteira de entendimento, o ato administrativo deve ser motivado para se mostrar eficaz, razão pela qual não deve prosperar o acórdão ora guerreado; c) o crédito que se fundou o direito subjetivo do contribuinte foi protocolado por meio de compensação, todavia, sem qualquer fundamentação a autoridade não homologou a compensação realizada pela Recorrente, através de Despacho Decisório Fl. 69DF CARF MF Fl. 3 do Acórdão n.º 2401-006.281 - 2ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 10880.900555/2014-52 eletrônico, onde se questiona a falta de elementos do ato administrativo, ou seja, falta de fundamentação e nulidades; d) Todavia entenderam os Nobres Julgadores que o Despacho Decisório foi devidamente fundamentado, cabendo ao Recorrente o ônus da prova dos fatos modificativos, impeditivos ou extintivos da pretensão fazendária, julgando improcedente a Impugnação; e) Reitera a necessidade de motivação, a teoria dos motivos determinantes e o cerceamento de defesa como institutos jurídicos a embasarem sua pretensão de reforma do ato administrativo ora em debate ; f) Defende a tese de que a Fazenda Nacional deve rever seus próprios atos, seja para revogá-los (quando inconvenientes) seja para anulá-los (quando ilegais) Cita a Súmula 473 do STF, os arts. 1º e 5º inciso LVI da CF/88., como normas de conteúdo vedatório para obtenção de provas pelo Poder Público que derive de transgressão a cláusulas de ordem constitucional; g) Ao final requer a reforma do v. Acórdão, eis que a controvérsia posta é identificar se o ato administrativo é vinculado ou discricionário. É o Relatório.” Voto Conselheira Miriam Denise Xavier, Relatora. Este processo foi julgado na sistemática prevista no art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplica-se o decidido no Acórdão nº 2401-006.258, de 08 de maio de 2019 - 4ª Câmara/1ª Turma Ordinária, proferido no âmbito do processo n° 10880.900539/2014-60, paradigma deste julgamento. Transcreve-se, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o inteiro teor do voto proferido na susodita decisão paradigma, a saber, Acórdão nº 2401-006.258, de 08 de maio de 2019 - 4ª Câmara/1ª Turma Ordinária: Acórdão nº 2401-006.258 - 4ª Câmara/1ª Turma Ordinária “1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSO VOLUNTÁRIO O presente Recurso Voluntário foi apresentado, TEMPESTIVAMENTE, razão pela qual dele CONHEÇO, já que presentes os requisitos de sua admissibilidade 2. DA PRELIMINAR a) nulidade A alegação de nulidade do Despacho Decisório não merece prosperar posto que o mesmo foi realizado dentro dos ditames delineados em lei, apresentando de forma clara e objetiva o motivo da não homologação da compensação, qual seja, a Fl. 70DF CARF MF Fl. 4 do Acórdão n.º 2401-006.281 - 2ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 10880.900555/2014-52 inexistência de crédito disponível para a compensação dos débitos informados na declaração de compensação - DCOMP. Nesse diapasão, não há cerceamento de defesa em nenhuma fase do curso processual capaz de produzir qualquer tipo de nulidade ou óbice para que se avance na análise de mérito no presente feito. 3. DO MÉRITO Em seu Recurso Voluntário o contribuinte, em síntese, se restringe a alegar que o ato administrativo, que não reconheceu o seu direito creditório, é vinculado , devendo conter os pressupostos de fato e de direito que o motivaram, sob pena de cerceamento do seu direito de defesa e desobediência ao princípio da legalidade. O que se observa é que assim, as alegações preliminares acabam se confundindo com as de mérito. Todavia, razão não assiste à Recorrente, senão vejamos: Conforme esclarecido pela instância de piso e verificado pela análise dos autos, as próprias declarações e documentos produzidos pela Recorrente fundamentaram os motivos da não-homologação do Despacho Decisório in casu, caracterizando assim a prova e a motivação do ato administrativo, sendo de pleno conhecimento do Recorrente já que por ele produzidos. Após análise detalhada, não foi identificado por esta Relatora qualquer erro na decisão de indeferimento da compensação, nem tampouco a Recorrente apontou eventual divergência, capaz de maculá-lo. A causa da não homologação é clara e objetiva, e se deve ao fato de que, nos sistemas da Receita Federal, embora localizado o DARF do pagamento apontado na DCOMP como origem do crédito, o valor correspondente foi totalmente utilizado e alocado aos débitos informados em DCTF, não restando dele o saldo apontado na DCOMP como crédito. Logo, não padece de nulidade o despacho decisório proferido por autoridade competente, contra o qual o Recorrente pôde exercer o contraditório e a ampla defesa e onde constam todos os requisitos exigidos nas normas pertinentes ao processo administrativo fiscal. Conforme se verifica, o débito declarado e pago encontra-se em conformidade com a correspondente DCTF, a qual tem seus efeitos determinados pelo § 1º do artigo 5º do Decreto lei nº 2.124, de 13 de junho de 1984, entre eles o da confissão da dívida e o condão de constituir o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco. Como ja esclarecido acima, quando da transmissão e da análise do PER/DCOMP em tela, o crédito efetivamente não existia, pois o pagamento efetuado estava integralmente alocado ao débito declarado pela própria contribuinte em sua DCTF. Dessa forma, a recorrente, na data da transmissão do PER/ DCOMP não era detentora de crédito líquido e certo, condição sem a qual não há direito à restituição ou compensação. E não tendo trazido elementos hábeis a desconstituir a confissão do débito que fez na DCTF, inexiste razão para se reconhecer o pleiteado direito Fl. 71DF CARF MF Fl. 5 do Acórdão n.º 2401-006.281 - 2ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 10880.900555/2014-52 creditório relativo a pagamento pretensamente maior do que o devido, referente ao período de apuração. Ou seja, de maneira diametralmente oposta às suas alegações recursais, o ato administrativo foi motivado e fundamentado, todavia não foi homologado por absoluta falta de amparo legal para sua concessão. Da análise da DCTF retificadora ativa da Requerente (juntada por imagem no Acórdão de Manifestação de Inconformidade, referente ao tributo e período em análise, verificou-se que ela declarou um débito de IRRF referente ao fato gerador daquela data e vinculou um pagamento de igual valor. Já no quadro reproduzido no voto, podemos verificar que o DARF, pago em atraso com multa de mora e juros de mora, foi integralmente alocado para o saldo a pagar do débito declarado, cujos valores são idênticos. A Requerente pagou em atraso o tributo e corretamente adicionou a multa de mora e os juros de mora, valor que ele agora indevidamente reclama de volta para compensação. Conforme informado pela DRJ , além do DARF constante dos presentes autos, ter sido alocado ao débito normal do período, regularmente declarado em DCTF, a Recorrente solicita sobre esse valor, a homologação de 152 pedidos de compensação que, somados, resultam em um valor de R$ 1.974.130,39, conforme relação dos processos de PER/DCOMP para o mesmo DARF, transcritas no voto do Acórdão ora recorrido. E este fato indica que a Recorrente se movimenta no sentido de efetuar compensação administrativa, não amparada na legislação, para liquidar débitos com créditos inexistentes. Todavia, utiliza-se do expediente de prestação de informação falsa, pois no PER/DCOMP há um campo onde é perguntado se aquele crédito proveniente de pagamento indevido ou a maior já foi informado em outro PER/DCOMP, ao que a Recorrente respondeu “Não” em todos os PER/DCOMP, em infração que ensejaria a aplicação da Lei n° 10.833, de 2003, art. 18, §2º, com a redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007. 4. CONCLUSÃO: Pelos motivos expendidos, voto para CONHECER do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do relatório e voto. É como voto.” Pelos motivos expendidos, voto para CONHECER do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do relatório e voto. (documento assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Fl. 72DF CARF MF Fl. 6 do Acórdão n.º 2401-006.281 - 2ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 10880.900555/2014-52 Fl. 73DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 19647.011629/2006-10
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jun 05 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Fri Jun 28 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2002
PRELIMINARES. NULIDADE DO LANÇAMENTO. DECADÊNCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA.
Não há de se falar de decadência quando o lançamento de ofício de diferença de imposto a pagar apurado com erro material na declaração de ajuste anual ocorre dentro do prazo de cinco anos, observada a regra geral (art. 173 do CTN) e a especial (art. 150, § 4°., do CTN).
Inexiste cerceamento de defesa quando o lançamento pautou-se pela observância ao regramento do art. 59, II, do Decreto n. 70.235/1972, com a participação do contribuinte no curso do procedimento fiscal.
IMPOSTO DE RENDA A PAGAR. DIFERENÇA APURADA.
É devido o saldo do imposto a pagar apurado pela autoridade fiscal, quando decorrente de erro de cálculo na apuração do imposto devido apurado na declaração de ajuste anual apresentada em formulário.
APLICAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC. JUROS DE MORA.
A partir de 1º. de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais.
São devidos juros de mora sobre o crédito tributário não integralmente pago no vencimento, ainda que suspensa sua exigibilidade, salvo quando existir depósito no montante integral.
Numero da decisão: 2402-007.348
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Denny Medeiros da Silveira - Presidente
(assinado digitalmente)
Luís Henrique Dias Lima - Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros Paulo Sérgio da Silva, João Victor Ribeiro Aldinucci, Maurício Nogueira Righetti, Gabriel Tinoco Palatnic (suplente convocado), Luis Henrique Dias Lima, Renata Toratti Cassini, Gregório Rechmann Júnior e Denny Medeiros da Silveira.
Nome do relator: LUIS HENRIQUE DIAS LIMA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2002 PRELIMINARES. NULIDADE DO LANÇAMENTO. DECADÊNCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. Não há de se falar de decadência quando o lançamento de ofício de diferença de imposto a pagar apurado com erro material na declaração de ajuste anual ocorre dentro do prazo de cinco anos, observada a regra geral (art. 173 do CTN) e a especial (art. 150, § 4°., do CTN). Inexiste cerceamento de defesa quando o lançamento pautou-se pela observância ao regramento do art. 59, II, do Decreto n. 70.235/1972, com a participação do contribuinte no curso do procedimento fiscal. IMPOSTO DE RENDA A PAGAR. DIFERENÇA APURADA. É devido o saldo do imposto a pagar apurado pela autoridade fiscal, quando decorrente de erro de cálculo na apuração do imposto devido apurado na declaração de ajuste anual apresentada em formulário. APLICAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC. JUROS DE MORA. A partir de 1º. de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais. São devidos juros de mora sobre o crédito tributário não integralmente pago no vencimento, ainda que suspensa sua exigibilidade, salvo quando existir depósito no montante integral.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Denny Medeiros da Silveira - Presidente (assinado digitalmente) Luís Henrique Dias Lima - Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros Paulo Sérgio da Silva, João Victor Ribeiro Aldinucci, Maurício Nogueira Righetti, Gabriel Tinoco Palatnic (suplente convocado), Luis Henrique Dias Lima, Renata Toratti Cassini, Gregório Rechmann Júnior e Denny Medeiros da Silveira.
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NULIDADE DO LANÇAMENTO. DECADÊNCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. Não há de se falar de decadência quando o lançamento de ofício de diferença de imposto a pagar apurado com erro material na declaração de ajuste anual ocorre dentro do prazo de cinco anos, observada a regra geral (art. 173 do CTN) e a especial (art. 150, § 4°., do CTN). Inexiste cerceamento de defesa quando o lançamento pautouse pela observância ao regramento do art. 59, II, do Decreto n. 70.235/1972, com a participação do contribuinte no curso do procedimento fiscal. IMPOSTO DE RENDA A PAGAR. DIFERENÇA APURADA. É devido o saldo do imposto a pagar apurado pela autoridade fiscal, quando decorrente de erro de cálculo na apuração do imposto devido apurado na declaração de ajuste anual apresentada em formulário. APLICAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC. JUROS DE MORA. A partir de 1º. de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. São devidos juros de mora sobre o crédito tributário não integralmente pago no vencimento, ainda que suspensa sua exigibilidade, salvo quando existir depósito no montante integral. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 64 7. 01 16 29 /2 00 6- 10 Fl. 97DF CARF MF Processo nº 19647.011629/200610 Acórdão n.º 2402007.348 S2C4T2 Fl. 98 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Denny Medeiros da Silveira Presidente (assinado digitalmente) Luís Henrique Dias Lima Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros Paulo Sérgio da Silva, João Victor Ribeiro Aldinucci, Maurício Nogueira Righetti, Gabriel Tinoco Palatnic (suplente convocado), Luis Henrique Dias Lima, Renata Toratti Cassini, Gregório Rechmann Júnior e Denny Medeiros da Silveira. Relatório Cuidase de recurso voluntário (efl. 82) em face do Acórdão n. 1123.980 1ª. Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Recife DRJ/REC (e fls. 70/74), que julgou parcialmente procedente a impugnação (efls. 03/05, apresentada em 26/12/2006, mantendo em parte o crédito tributário consignado no lançamento constituído mediante o Auto de Infração Imposto de Renda Pessoa Física no total de R$ 26.869,54 (e fls. 06/08) constituído em 06/12/2006 (efl. 64) com fulcro em compensação indevida de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e em erro de cálculo na apuração do imposto devido apurado na declaração de ajuste anual apresentada em formulário. Cientificado da decisão de piso em 20/11/2008 (efl. 79), o impugnante, agora Recorrente, apresentou recurso voluntário em 01/12/2008 enfrentando o saldo remanescente de R$ 286,15, complemento do imposto a pagar, com a alegação de cerceamento de defesa e advento de prescrição para cobrança. Sem contrarrazões. É o relatório. Voto Conselheiro Luís Henrique Dias Lima Relator O recurso voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade previstos no Decreto n. 70.235/1972, portanto, dele conheço. De plano, não há que se falar de cerceamento de defesa, conforme alega o Recorrente, vez que o lançamento ora combatido pautouse pela observância ao regramento do art. 59, II, do Decreto n. 70.235/1972, com a participação do Recorrente no curso do procedimento fiscal. Outrossim, também não há que se falar de decadência (que o Recorrente confundiu com prescrição), seja pela regra geral do art. 173, seja pela regra especial do art. 150, § 4°., ambos do CTN, vez que o erro material identificado pela autoridade lançadora implicou em imposto a pagar em montante menor que o devido e a diferença (R$ 286,15) foi constituída dentro do prazo de 5 anos, tendo em vista que a hipótese de incidência tributária materializouse em 31/12/2001 e o lançamento aperfeiçoouse em 06/12/2006. Fl. 98DF CARF MF Processo nº 19647.011629/200610 Acórdão n.º 2402007.348 S2C4T2 Fl. 99 3 Quanto à diferença de R$ 286,15 nenhuma dúvida paira sobre a sua procedência, conforme bem elucida a decisão recorrida, verbis: Da apreciação da declaração de ajuste anual apresentada pelo contribuinte, em formulário, fls. 26/27, foi cometido erro na apuração do imposto devido, sendo informado R$ 19.102,31 quando o correto seria R$ 19.388,46, apurado pelo processamento da D1RPF/2002, resultando na apuração de IRPF/2002 a pagar 2.516,41, em vez de R$ 2.802,56, diferença apurada no auto de infração R$ 286,15. Assim sendo é devido a diferença do imposto a pagar no valor de R$ 282,15. É dizer, o erro de cálculo ocorreu exatamente no total de rendimentos tributáveis consignados na Declaração de Ajuste Anual Exercício 2002 ND 8500007 (efls. 28/31), correspondente à soma de R$ 131.754,95 com R$ 1.317,00, que totaliza R$ 133.071,95 e não R$ 132.031,95, como informou o Recorrente, reverberando, em efeito dominó, na apuração da base de cálculo, do imposto devido e do imposto a pagar. De se observar que sobre a diferença de R$ 286,15 incide multa de mora e juros moratórios, a teor dos Enunciados n. 4 e 5 de Súmula CARF: Enunciado n. 4 A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. Enunciado n. 5: São devidos juros de mora sobre o crédito tributário não integralmente pago no vencimento, ainda que suspensa sua exigibilidade, salvo quando existir depósito no montante integral. (Vinculante, conforme Portaria MF nº 277, de 07/06/2018, DOU de 08/06/2018). Ante o exposto, voto por conhecer do recurso voluntário, rejeitar as preliminares, e, no mérito, negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Luís Henrique Dias Lima Fl. 99DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10840.909373/2009-56
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu Jun 13 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Ano-calendário: 2002
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ÔNUS PROBATÓRIO.
Incumbe à contribuinte a prova da liquidez e certeza do crédito utilizado em Declaração de Compensação.
SERVIÇOS HOSPITALARES. LIQUIDEZ E CERTEZA. PROVA.
Incumbe à contribuinte comprovar que efetivamente desenvolve as atividades que se subsumem à hipótese de serviços hospitalares para fins de apuração da base de cálculo do IRPJ no Lucro Presumido.
Ausentes as provas, o crédito objeto de pleito repetitório carece de liquidez e certeza e deve ser indeferido.
Numero da decisão: 1401-003.476
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 10840.908872/2009-26, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
(assinado digitalmente)
Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheirosAbel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin, Carlos André Soares Nogueira (relator), Letícia Domingues Costa Braga, Eduardo Morgado Rodrigues, Luiz Augusto de Souza Gonçalves (presidente).
Nome do relator: LUIZ AUGUSTO DE SOUZA GONCALVES
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ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Ano-calendário: 2002 REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ÔNUS PROBATÓRIO. Incumbe à contribuinte a prova da liquidez e certeza do crédito utilizado em Declaração de Compensação. SERVIÇOS HOSPITALARES. LIQUIDEZ E CERTEZA. PROVA. Incumbe à contribuinte comprovar que efetivamente desenvolve as atividades que se subsumem à hipótese de serviços hospitalares para fins de apuração da base de cálculo do IRPJ no Lucro Presumido. Ausentes as provas, o crédito objeto de pleito repetitório carece de liquidez e certeza e deve ser indeferido.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 10840.908872/2009-26, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheirosAbel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin, Carlos André Soares Nogueira (relator), Letícia Domingues Costa Braga, Eduardo Morgado Rodrigues, Luiz Augusto de Souza Gonçalves (presidente).
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1771; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C4T1 Fl. 2 1 1 S1C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10840.909373/200956 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1401003.476 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 16 de maio de 2019 Matéria PER/DComp; IRPJ Recorrente DOCUMENTA CLÍNICA RADIOLÓGICA LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 2002 REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ÔNUS PROBATÓRIO. Incumbe à contribuinte a prova da liquidez e certeza do crédito utilizado em Declaração de Compensação. SERVIÇOS HOSPITALARES. LIQUIDEZ E CERTEZA. PROVA. Incumbe à contribuinte comprovar que efetivamente desenvolve as atividades que se subsumem à hipótese de serviços hospitalares para fins de apuração da base de cálculo do IRPJ no Lucro Presumido. Ausentes as provas, o crédito objeto de pleito repetitório carece de liquidez e certeza e deve ser indeferido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplicase o decidido no julgamento do processo 10840.908872/200926, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheirosAbel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin, Carlos André Soares Nogueira (relator), Letícia Domingues Costa Braga, Eduardo Morgado Rodrigues, Luiz Augusto de Souza Gonçalves (presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 84 0. 90 93 73 /2 00 9- 56 Fl. 253DF CARF MF 2 Relatório Trata o presente de Pedido de Restituição/Ressarcimento de crédito decorrente de pagamento indevido ou a maior de IRPJ, que a contribuinte utilizou para compensar com débitos por meio de Declaração de Compensação. A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Ribeirão Preto indeferiu o pleito repetitório e não homologou as compensações em função da constatação de que o valor do DARF indicado como origem do crédito havia sido integralmente utilizado para pagamento do débito de IRPJ do respectivo período de apuração. Não havendo saldo de pagamento indevido ou a maior, não haveria crédito a reconhecer e compensação a homologar. Na manifestação de inconformidade, a contribuinte informou que realizou auditoria interna e identificou que havia realizado pagamentos a maior de IRPJ porque havia apurado equivocadamente o Lucro Presumido com o percentual de presunção de 32%, enquanto o correto seria 8%. Alegou que havia retificado a DCTF de forma a refletir os valores corretos dos débitos de IRPJ e que a fiscalização não havia levado em consideração a DCTF retificadora. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Ribeirão Preto julgou improcedente a manifestação de inconformidade. A decisão de piso baseouse na falta de liquidez e certeza do crédito pleiteado pela contribuinte, uma vez que esta não havia apresentado documentação hábil e idônea que comprovasse o erro no preenchimento da DCTF. Irresignada, a contribuinte manejou o recurso voluntário, por meio do qual, em síntese, reeditou de forma mais detalhada as alegações da manifestação de inconformidade, com destaque para a alegação de que, em homenagem ao princípio da verdade material, os erros de fato cometidos nas declarações originais não justificariam o indeferimento do pleito repetitório. Desta feita, para comprovar seu crédito, juntou cópias da DIPJ e da DCTF retificadoras, do DARF em questão e do Razão da conta Receita Bruta. Em síntese, era o que havia a relatar. Voto Conselheiro Luiz Augusto de Souza Gonçalves, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º, 2º e 3º, do Anexo II, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1401003.472, de 16/05/2019, proferido no julgamento do Processo nº 10840.908872/2009 26, paradigma ao qual o presente processo fica vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1401003.472): Fl. 254DF CARF MF Processo nº 10840.909373/200956 Acórdão n.º 1401003.476 S1C4T1 Fl. 3 3 O recurso voluntário é tempestivo e preenche os requisitos legais. Dele, tomo conhecimento. Conforme relatado, a DRJ delineou de forma correta a controvérsia posta para solução. Tratase de matéria probatória. Tratase de determinar a liquidez e certeza do crédito objeto do pedido de repetição, com declaração de compensação, nos termos do artigo 170 do Código Tributário Nacional. No recurso voluntário, a contribuinte não traz maiores considerações acerca da aplicação do percentual de 8% sobre a receita bruta para a apuração do Lucro Presumido, que serve de base de cálculo para o IRPJ. Informa apenas que realizou uma auditoria interna e que chegou à conclusão de que teria direito a apurar o imposto com o percentual mais benéfico. Em nenhum momento, a recorrente informa o fundamento normativo que, em seu entendimento, justificaria a aplicação do percentual de 8% ao invés de 32%. O que se pode inferir a partir dos contrato social é que talvez o objeto social ("Prestação de Serviços Médicos Hospitalares na área de imagenologia (radiologia e diagnóstico por imagem)") corresponda à hipótese de serviços hospitalares de que tratava o artigo 23 da IN SRF nº 306/2003 e, depois, o artigo 27 da IN SRF nº 480/2004. Contudo, a questão posta desde o início é a desconstituição de débito constituído por meio de DCTF, que requer a comprovação de qual é o débito condizente com a verdade material. Em outras palavras, se o contribuinte equivocou se na DCTF e na DIPJ originais e declarou débitos maiores do que os devidos, deve comprovar qual o montante efetivamente devido e, por consequência, comprovar a liquidez e certeza do crédito pleiteado. É preciso lembrar que, de acordo com artigo 16 do Decreto nº 70.235/72, o contribuinte deve apresentar na manifestação de inconformidade "os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir". No mesmo sentido, o artigo 373, I, do Código de Processo Civil determina que incumbe ao autor o ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu direito. Não é demais lembrar, também, que a determinação da aplicação dos percentuais de 8% (IRPJ) e 12% (CSLL) é dirigida à atividade e não à pessoa que desenvolve serviços hospitalares. É o que se depreende da dicção do artigo 15, § 1º, III, "a", e § 2º, da Lei nº 9.249/95, verbis: Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de oito por cento sobre a receita bruta auferida mensalmente, observado o disposto nos arts. 30 a 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995. 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de: (...) III trinta e dois por cento, para as atividades de: a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares; Fl. 255DF CARF MF 4 (...) 2º No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente a cada atividade. (...)”. grifei. Assim, não basta que a contribuinte faça prova, por meio do contrato social, de que tem como objeto social atividades que podem estar enquadradas no conceito de serviços hospitalares para que, automaticamente, à receita operacional auferida sejam aplicados os percentuais de 8% (IRPJ) e 12% (CSLL). É preciso que a contribuinte junte elementos para vincular a receita à atividade de serviço hospitalar. Para comprovar a verdade material acerca das atividades efetivamente desempenhadas, podese utilizar notas fiscais, com a descrição efetiva dos serviços prestados, contratos, relatórios. Também é preciso juntar elementos de prova da contabilidade para se determinar se as receitas declaradas estão de acordo com a escrita comercial (ou Livro Caixa), todavia, a mera apresentação do Razão da conta de receita não tem o condão de demonstrar que as atividades desempenhadas são enquadráveis na hipótese de Serviços Hospitalares para fins de apuração da base de cálculo do IRPJ no Lucro Presumido. Sem a apresentação de tais elementos probatórios, o pedido da contribuinte carece de liquidez e certeza. Conclusão. Portanto, não tendo a contribuinte logrado apresentar elementos mínimos de prova da liquidez e certeza do crédito pleiteado, voto por negar provimento ao recurso voluntário. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 47, do Anexo II, do RICARF, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Fl. 256DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10380.011684/2006-03
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jun 05 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Tue Jul 09 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2001
COMPENSAÇÃO. QUITAÇÃO DE VALORES APÓS A CIÊNCIA DO AUTO DE INFRAÇÃO. ABATIMENTO NO LANÇAMENTO FISCAL.
Para fins de abatimento do crédito tributário lançado, o aproveitamento de valores liquidados mediante compensação após a ciência do auto de infração, relativamente a imposto de renda na fonte que deveria ter sido retido a título de antecipação do imposto devido pelo contribuinte, é matéria estranha ao lançamento fiscal, cabendo sua avaliação à unidade da Secretaria da Receita Federal encarregada da liquidação e execução do acórdão em segunda instância.
MULTA DE OFÍCIO. OMISSÃO DE RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO.
No caso concreto, inviável o deferimento da pretensão do sujeito passivo de ver afastada a multa de ofício da exigência fiscal, por não configurar erro escusável.
RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. REGIME DE COMPETÊNCIA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) Nº 614.406/RS. REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA.
A decisão definitiva de mérito no RE nº 614.406/RS, proferida pelo STF na sistemática da repercussão geral, deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O imposto de renda incidente sobre os rendimentos acumulados percebidos no ano-calendário 2001, relativamente ao pagamento de verbas trabalhistas, deve ser apurado com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, calculado de forma mensal, e não pelo montante global pago extemporaneamente.
Numero da decisão: 2401-006.673
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário para determinar, em relação aos rendimentos recebidos acumuladamente, o recálculo do imposto sobre a renda, com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, observando a renda auferida mês a mês pelo contribuinte (regime de competência).
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier - Presidente
(assinado digitalmente)
Cleberson Alex Friess - Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Miriam Denise Xavier, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Andréa Viana Arrais Egypto, José Luís Hentsch Benjamin Pinheiro, Matheus Soares Leite e Marialva de Castro Calabrich Schlucking.
Nome do relator: CLEBERSON ALEX FRIESS
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2001 COMPENSAÇÃO. QUITAÇÃO DE VALORES APÓS A CIÊNCIA DO AUTO DE INFRAÇÃO. ABATIMENTO NO LANÇAMENTO FISCAL. Para fins de abatimento do crédito tributário lançado, o aproveitamento de valores liquidados mediante compensação após a ciência do auto de infração, relativamente a imposto de renda na fonte que deveria ter sido retido a título de antecipação do imposto devido pelo contribuinte, é matéria estranha ao lançamento fiscal, cabendo sua avaliação à unidade da Secretaria da Receita Federal encarregada da liquidação e execução do acórdão em segunda instância. MULTA DE OFÍCIO. OMISSÃO DE RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO. No caso concreto, inviável o deferimento da pretensão do sujeito passivo de ver afastada a multa de ofício da exigência fiscal, por não configurar erro escusável. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. REGIME DE COMPETÊNCIA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) Nº 614.406/RS. REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA. A decisão definitiva de mérito no RE nº 614.406/RS, proferida pelo STF na sistemática da repercussão geral, deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O imposto de renda incidente sobre os rendimentos acumulados percebidos no ano-calendário 2001, relativamente ao pagamento de verbas trabalhistas, deve ser apurado com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, calculado de forma mensal, e não pelo montante global pago extemporaneamente.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário para determinar, em relação aos rendimentos recebidos acumuladamente, o recálculo do imposto sobre a renda, com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, observando a renda auferida mês a mês pelo contribuinte (regime de competência). (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier - Presidente (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess - Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Miriam Denise Xavier, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Andréa Viana Arrais Egypto, José Luís Hentsch Benjamin Pinheiro, Matheus Soares Leite e Marialva de Castro Calabrich Schlucking.
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QUITAÇÃO DE VALORES APÓS A CIÊNCIA DO AUTO DE INFRAÇÃO. ABATIMENTO NO LANÇAMENTO FISCAL. Para fins de abatimento do crédito tributário lançado, o aproveitamento de valores liquidados mediante compensação após a ciência do auto de infração, relativamente a imposto de renda na fonte que deveria ter sido retido a título de antecipação do imposto devido pelo contribuinte, é matéria estranha ao lançamento fiscal, cabendo sua avaliação à unidade da Secretaria da Receita Federal encarregada da liquidação e execução do acórdão em segunda instância. MULTA DE OFÍCIO. OMISSÃO DE RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO. No caso concreto, inviável o deferimento da pretensão do sujeito passivo de ver afastada a multa de ofício da exigência fiscal, por não configurar erro escusável. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. REGIME DE COMPETÊNCIA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) Nº 614.406/RS. REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA. A decisão definitiva de mérito no RE nº 614.406/RS, proferida pelo STF na sistemática da repercussão geral, deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O imposto de renda incidente sobre os rendimentos acumulados percebidos no anocalendário 2001, relativamente ao pagamento de verbas trabalhistas, deve ser apurado com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, calculado de forma mensal, e não pelo montante global pago extemporaneamente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 38 0. 01 16 84 /2 00 6- 03 Fl. 128DF CARF MF Processo nº 10380.011684/200603 Acórdão n.º 2401006.673 S2C4T1 Fl. 129 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário para determinar, em relação aos rendimentos recebidos acumuladamente, o recálculo do imposto sobre a renda, com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, observando a renda auferida mês a mês pelo contribuinte (regime de competência). (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Presidente (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Miriam Denise Xavier, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Andréa Viana Arrais Egypto, José Luís Hentsch Benjamin Pinheiro, Matheus Soares Leite e Marialva de Castro Calabrich Schlucking. Relatório Cuidase de recurso voluntário interposto em face da decisão da 1ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Fortaleza (DRJ/FOR), por meio do Acórdão nº 0816.496, de 10/11/2009, cujo dispositivo considerou procedente em parte a impugnação, mantendo parcialmente o crédito tributário (fls. 107/117): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2001 ERRO NA CLASSIFICAÇÃO DOS RENDIMENTOS. A apuração pelo Fisco de rendimentos tributáveis, informados erroneamente na Declaração como rendimentos isentos, caracteriza o ilícito fiscal, e justifica o lançamento de ofício. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. A responsabilidade da fonte pagadora pela retenção na fonte e recolhimento do tributo não exclui a responsabilidade do beneficiário do respectivo rendimento, no que tange ao Fl. 129DF CARF MF Processo nº 10380.011684/200603 Acórdão n.º 2401006.673 S2C4T1 Fl. 130 3 oferecimento desse rendimento à tributação em sua declaração de ajuste anual. MULTA DE OFÍCIO Cabível a aplicação da multa de oficio de 75% nos casos de lançamento de ofício quando constatada inexatidão na declaração. ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 2001 DECISÕES ADMINISTRATIVAS. EFEITOS. As decisões administrativas não se constituem em normas gerais, razão pela qual seus julgados não se aproveitam em relação a qualquer outra ocorrência, senão aquela, objeto da decisão. Impugnação Procedente em Parte Em face do contribuinte foi emitido Auto de Infração, relativo ao ano calendário de 2001, exercício de 2002, decorrente de procedimento de revisão da Declaração de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF), em que a fiscalização apurou omissão de rendimentos recebidos da Companhia Docas do Ceará, em decorrência de decisão judicial no Processo nº 0351/96, com tramitação na 5ª Vara do Trabalho de Fortaleza (fls. 04/12). O contribuinte foi cientificado da autuação em 30/11/2006 e impugnou a exigência fiscal no prazo legal (fls. 84/86 e 87/92). Intimado por via postal em 24/12/2009 da decisão do colegiado de primeira instância, o recorrente apresentou recurso voluntário no dia 22/01/2010, em que repisa os argumentos de fato e direito contidos na sua impugnação, a seguir resumidos (fls. 119/121 e 122/125): (i) a fonte pagadora, Companhia Docas do Ceará, efetuou o recolhimento do imposto de renda na fonte, incidente sobre o termo de acordo celebrado, conforme comprovante em anexo; (ii) ainda que o recolhimento tenha sido efetuado em data posterior ao lançamento fiscal, permanece o direito de aproveitamento pelo contribuinte, em respeito ao princípio da moralidade administrativa e da justiça fiscal; e (iii) não cabe a aplicação da multa de ofício quando o erro decorre de culpa da fonte pagadora, hipótese dos autos. É o relatório. Fl. 130DF CARF MF Processo nº 10380.011684/200603 Acórdão n.º 2401006.673 S2C4T1 Fl. 131 4 Voto Conselheiro Cleberson Alex Friess Relator Juízo de admissibilidade Uma vez realizado o juízo de validade do procedimento, verifico que estão satisfeitos os requisitos de admissibilidade do recurso voluntário e, por conseguinte, dele tomo conhecimento. Mérito Os rendimentos recebidos pelo contribuinte referemse ao pagamento de atrasados a título de "adicional de risco", instituído para remunerar os riscos referentes à insalubridade, periculosidade e outros, no percentual de 40% incidente sobre o saláriobase, bem como seus reflexos salariais, decorrente de acordo para a extinção de execução no Processo Trabalhista nº 0351/96 (fls. 20/22, 57/58 e 78/82). Os pagamentos representam acréscimo patrimonial para o funcionário, porquanto não configuram recomposição de riqueza que foi subtraída do patrimônio do beneficiário. À vista disso, compõem o rendimento bruto como produto do trabalho e encontramse submetidos à incidência do imposto de renda (art. 3º, §§, da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988). À época dos fatos, tendo em conta a natureza jurídica dos rendimentos percebidos pela pessoa física, a incidência do imposto na fonte tinha a natureza de antecipação do tributo a ser apurado pelo contribuinte no ajuste anual do anocalendário. Em outras palavras, a apuração definitiva do imposto de renda deveria ser efetuada pelo contribuinte, pessoa física, na declaração de ajuste anual. Contudo, verificada a falta de retenção pela fonte pagadora após a data de entrega da declaração de ajuste anual da pessoa física, como ora se cuida, e não tendo o contribuinte submetido os rendimentos à tributação na sua declaração de ajuste anual, o imposto de renda devido é exigido do beneficiário dos rendimentos, com acréscimo de juros de mora e multa. No que tange ao cumprimento da obrigação tributária, o recorrente pondera que a decisão de piso não acolheu o pedido para dedução do imposto de renda recolhido pela fonte pagadora. Explica que a Companhia Docas do Ceará, na condição de detentora de créditos fiscais junto a União, efetivou o pagamento do imposto de renda, devido na fonte, mediante o procedimento de compensação de débitos, resultando na liquidação do principal e dos juros de mora. Fl. 131DF CARF MF Processo nº 10380.011684/200603 Acórdão n.º 2401006.673 S2C4T1 Fl. 132 5 Pois bem. O fiscalizado tomou ciência do auto de infração no dia 30/11/2006. No entanto, a aludida compensação ocorreu somente em 28/12/2006, data da transmissão da Declaração de Compensação, ou seja, em momento posterior à ciência da lavratura do auto de infração (fls. 96/98). Devido à perda da espontaneidade, os atos praticados após a comunicação do lançamento fiscal ao sujeito passivo não operam efeitos sobre o crédito tributário lançado, que permanece rígido na sua constituição. Eventualmente, os recolhimentos comprovadamente vinculados ao mesmo fato gerador poderão ser aproveitados para reduzir o total do débito exigido do contribuinte. Porém, a avaliação quanto à utilização de valores compete à unidade da RFB encarregada da liquidação e execução deste acórdão, na medida que transcende aos limites da lide decorrente do lançamento fiscal. De qualquer modo, a compensação é uma forma de extinção do crédito tributário, todavia não é sinônimo de pagamento (art. 156, incisos I e II, do Código Tributário Nacional). Com efeito, a compensação declarada extingue o crédito tributário sob condição resolutória de posterior homologação pela Administração Tributária (art. 74, § 2º, da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996). No presente caso, os autos estão desprovidos de comprovação da homologação total ou parcial da compensação pleiteada. Além disso, a partir de simples operações aritméticas, o recorrente pretende demonstrar que uma parte da compensação declarada pela Companhia Docas do Ceará, após o início do procedimento fiscal, corresponde exatamente ao valor do imposto de renda incidente sobre as parcelas recebidas no Processo Trabalhista nº 0351/96. De igual maneira, os dados carreados aos processo são insuficientes para vincular a compensação com o crédito tributário exigido no auto de infração, em nome do contribuinte. Em consequência, nesse ponto, não merece reparo as conclusões do julgamento de primeira instância. Alternativamente o apelo recursal solicita a exclusão da multa de ofício, haja vista que foi induzido a erro pela fonte pagadora. De fato, este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais tem jurisprudência consolidada ao longo dos anos no sentido da exoneração da multa de ofício em nome do beneficiário dos rendimentos, quando levado a praticar erro no preenchimento da sua declaração. Eis a redação do verbete nº 73: Súmula CARF nº 73: Erro no preenchimento da declaração de ajuste do imposto de renda, causado por informações erradas, prestadas pela fonte pagadora, não autoriza o lançamento de multa de ofício. Fl. 132DF CARF MF Processo nº 10380.011684/200603 Acórdão n.º 2401006.673 S2C4T1 Fl. 133 6 Entendo, porém, que a situação em apreço não se amolda ao enunciado da Súmula CARF nº 73, cujo propósito é a exclusão da multa punitiva na hipótese de erro escusável. Os precedentes administrativos que deram origem à edição da súmula estão associados a casos concretos que a falta de recolhimento do imposto de renda deuse pela natureza da classificação dos rendimentos na declaração de ajuste da pessoa física, com base em informação prestada pela fonte pagadora. É dizer que a documentação fornecida foi decisiva para a conduta do contribuinte pessoa física, que nada mais fez do que declarar os rendimentos de acordo com a mesma natureza atribuída pela fonte pagadora. Para melhor visualização do contexto da criação da súmula, confirase a ementa de alguns acórdãos paradigmas: MULTA DE OFÍCIO DADOS CADASTRAIS O lançamento efetuado com dados cadastrais espontaneamente declarados pelo contribuinte que, induzido pelas informações prestadas pela fonte pagadora, incorreu em erro escusável no preenchimento da declaração, não comporta multa de ofício. Recurso especial negado. (Acórdão CSRF/0105.049, de 10/08/2004) MULTA DE OFICIO DADOS CADASTRAIS O lançamento efetuado com dados cadastrais espontaneamente declarados pelo contribuinte que, induzido pelas informações prestadas pela fonte pagadora, incorreu em erro escusável no preenchimento da declaração, não comporta multa de oficio. Recurso especial negado. (Acórdão CSRF/0400.409, de 12/12/2006) REMUNERAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE CARGO OU FUNÇÃO, INCIDÊNCIA. Sujeitamse à incidência do imposto de renda as verbas recebidas como remuneração pelo exercício de cargo ou função, independentemente da denominação que se dê a essa verba. MULTA DE OFÍCIO, CONTRIBUINTE INDUZIDO A ERRO PELA FONTE PAGADORA. Não comporta multa de oficio o lançamento constituído com base em valores espontaneamente declarados pelo contribuinte que, induzido pelas informações prestadas pela fonte pagadora, incorreu em erro escusável no preenchimento da declaração de rendimentos. Recurso provido parcialmente. (Acórdão nº 280100239, de 21/09/2009) Fl. 133DF CARF MF Processo nº 10380.011684/200603 Acórdão n.º 2401006.673 S2C4T1 Fl. 134 7 No caso sob exame, o contribuinte não declarou espontaneamente os rendimentos percebidos de R$ 112.256,38, correspondentes ao somatório das três parcelas recebidas nos meses de julho, agosto e setembro do anocalendário de 2001, nem mesmo declarou como isentos, não tributáveis e/ou tributação exclusiva/definitiva, o que evidencia a ocultação de valores da Secretaria da Receita Federal, como pode ser verificado pela declaração de rendimentos apresentada (fls. 13/15). É verdadeiro que o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda, fornecido pela fonte pagadora, deixou de incluir os valores percebidos pelo contribuinte no anocalendário de 2001, referentes ao acordo firmado entre as partes no Processo nº 0351/96 (fls. 78/82 e 99). Nada obstante, ainda que houvesse dúvidas sobre a incidência ou não de imposto de renda sobre a quantia recebida, conforme alegado pela defesa, a falta da inclusão das parcelas pela fonte pagadora no informe de rendimentos não justifica o contribuinte também deixar de declarálos no anocalendário do seu pagamento, inclusive sob a forma de rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, eis que sabidamente passaram a integrar o seu patrimônio naquele ano. A inexatidão das informações prestadas pela fonte pagadora era evidente, porquanto omissos os exatos valores decorrentes do acordo no Processo nº 0351/96, de tal modo que o interessado poderia solicitar à fonte pagadora outro comprovante preenchido corretamente. Acrescento, porque relevante, que a autoridade tributária apurou, no caso em apreço, a omissão de rendimentos a partir de procedimento fiscal em terceiros, mediante diligência, e não pela simples reclassificação da natureza dos rendimentos declarados pela pessoa física. Dessa feita, sob qualquer ótica, é inviável o deferimento da pretensão do recorrente de ver afastada a multa de ofício da exigência fiscal, por não configurar erro escusável. A penalidade é devida e encontra respaldo em lei nos casos de lançamento de ofício (art. 44, inciso I, da Lei nº 9.430, de 1996). Para finalizar, uma última questão a ser examinada, em prol do controle de legalidade do lançamento fiscal. O sindicato da categoria protocolou ação na Justiça do Trabalho, em 06/11/1995, para o pagamento aos empregados substituídos de "adicional de risco" e seus reflexos nos direitos trabalhistas, a partir de outubro/1990 (fls. 16/19). Em deliberação de 15/09/1997, a reclamatória trabalhista foi julgada procedente em parte, com condenação para pagamento do "adicional de risco", a partir de novembro/1990, com juros e correção monetária, bem como seus reflexos nos salários, em especial no décimo terceiro e nas férias (fls. 20/45). O acordo firmado entre as partes, que amparou o pagamento dos valores não oferecidos à tributação pelo recorrente no anocalendário de 2001, foi assinado no mês de julho/2001, com o objetivo de fazer cessar os atos de execução no Processo Trabalhista nº 0351/96 (fls. 57/58). Fl. 134DF CARF MF Processo nº 10380.011684/200603 Acórdão n.º 2401006.673 S2C4T1 Fl. 135 8 Como se observa da narração dos fatos, os rendimentos recebidos pelo contribuinte no anocalendário de 2001 são relativos a anoscalendário anteriores, vinculados a parcelas em atraso de natureza salarial, cabendo verificar o regime de tributação dos rendimentos percebidos acumuladamente. Em sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada no dia 23/10/2014, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº 614.406/RS, com repercussão geral reconhecida, redator para o acórdão Ministro Marco Aurélio, o Plenário da Corte admitiu a invalidade do art. 12 da Lei nº 7.713, de 1988, no que tange à sistemática de cálculo para a incidência do imposto sobre os rendimentos recebidos acumuladamente, por violar os princípios da isonomia e da capacidade contributiva. Com efeito, afastando o regime de caixa, o Tribunal acolheu o regime de competência para o cálculo mensal do imposto de renda devido pela pessoa física, com a utilização das tabelas progressivas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido adimplidos. Eis a ementa desse julgado: IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA. A percepção cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes, individualmente, os exercícios envolvidos. Em 09/12/2014, o Recurso Extraordinário nº 614.406/RS transitou em julgado, tornando definitiva a decisão. Diante desse contexto fático, o § 2º do art. 62 do Anexo II do Regimento Interno deste Conselho RICARF , aprovado pela Portaria MF nº 343, de 9 de junho de 2015, com a redação dada pela Portaria MF nº 152, de 3 de maio de 2016, assim estabelece: Art. 62. (...) § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática dos arts. 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 1973, ou dos arts. 1.036 a 1.041 da Lei nº 13.105, de 2015 Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. A exigência de que o imposto incidirá no mês da percepção dos valores, sobre o total de rendimentos acumulados, aplicandose a tabela progressiva vigente no mês desse recebimento, foi considerada em descompasso com o texto constitucional, em decisão definitiva de mérito na sistemática do art. 543B do Código de Processo Civil. O entendimento da Corte Suprema deverá ser reproduzido no âmbito deste Conselho. Portanto, a unidade da RFB encarregada da liquidação e execução deste acórdão deverá manter a incidência do imposto de renda no mês de recebimento, porém o cálculo deve considerar as tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos, realizandose a apuração de forma mensal, e não pelo montante global pago extemporaneamente. Fl. 135DF CARF MF Processo nº 10380.011684/200603 Acórdão n.º 2401006.673 S2C4T1 Fl. 136 9 Registro que desde a peça impugnatória, por meio de alegações de fato e de direito, o contribuinte afirma que o valor principal exigido no auto de infração encontrase plenamente satisfeito. Embora sob delimitada causa de pedir, o sujeito passivo protesta, ao final e ao cabo, contra a autuação fiscal como um todo. É verdade que não contestou expressamente a forma de incidência do imposto de renda sobre os rendimentos pagos acumuladamente. Por outro lado, a jurisprudência vinculante surgiu, efetivamente, em momento posterior ao acórdão de primeira instância e à apresentação do recurso voluntário, configurando fato superveniente. Após a análise dos fatos é atribuição do julgador identificar a norma jurídica aplicável ao caso concreto, lembrando que as questões de direito podem ser apreciadas de ofício e, via de regra, não se submetem à preclusão ("iura novit curia"). Na aplicação da norma jurídica não se mostra conveniente ignorar os efeitos práticos advindos de precedente judicial com eficácia vinculante, revestido de obrigatoriedade da sua adoção em decisões da Administração Tributária. O entendimento do RE nº 614.406/RS tem sido observado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, no âmbito das suas competências, inclusive para fins da atuação em demandas judiciais e/ou na revisão de ofício do lançamento fiscal, quando o ato administrativo está em desacordo com as tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram os rendimentos acumulados. Conclusão Ante o exposto, CONHEÇO do recurso voluntário e, no mérito, DOULHE PROVIMENTO PARCIAL para determinar o recálculo do imposto de renda tomando como base as tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram os rendimentos tributáveis omitidos, observando a renda auferida mês a mês pelo contribuinte (regime de competência). É como voto. (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess Fl. 136DF CARF MF
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Numero do processo: 13736.002113/2008-52
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jun 06 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Fri Jun 14 00:00:00 UTC 2019
Ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA (IRPF)
Ano-calendário: 2005
OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DIRF. SÚMULA CARF Nº 68.
A omissão de rendimentos apurada com base em DIRF da fonte pagadora determina a tributação do rendimento omitido.
A Lei nº 8.852, de 1994, não outorga isenção nem enumera hipóteses de não incidência de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.
Numero da decisão: 2401-006.691
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário.
(documento assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Relatora e Presidente
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier, Cleberson Alex Friess, Rayd Santana Ferreira, José Luis Hentsch Benjamin Pinheiro, Matheus Soares Leite, Marialva de Castro Calabrich Schlucking, Andrea Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa.
Nome do relator: MIRIAM DENISE XAVIER
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ementa_s : ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA (IRPF) Ano-calendário: 2005 OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DIRF. SÚMULA CARF Nº 68. A omissão de rendimentos apurada com base em DIRF da fonte pagadora determina a tributação do rendimento omitido. A Lei nº 8.852, de 1994, não outorga isenção nem enumera hipóteses de não incidência de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.
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DIRF. SÚMULA CARF Nº 68. A omissão de rendimentos apurada com base em DIRF da fonte pagadora determina a tributação do rendimento omitido. A Lei nº 8.852, de 1994, não outorga isenção nem enumera hipóteses de não incidência de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. (documento assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier – Relatora e Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier, Cleberson Alex Friess, Rayd Santana Ferreira, José Luis Hentsch Benjamin Pinheiro, Matheus Soares Leite, Marialva de Castro Calabrich Schlucking, Andrea Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa. Relatório Trata-se de notificação de lançamento de imposto de renda pessoa física - IRPF, fls. 5/8, ano-calendário 2005, que apurou imposto a restituir inferior ao declarado, no valor de R$ 1.760,25, em virtude de omissão de rendimentos recebidos de pessoas jurídicas no valor de R$ 14.200,20, recebidos da fonte pagadora Comando da Marinha. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 73 6. 00 21 13 /2 00 8- 52 Fl. 63DF CARF MF Fl. 2 do Acórdão n.º 2401-006.691 - 2ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 13736.002113/2008-52 Em impugnação apresentada às fls. 2/3, o contribuinte afirma que no comprovante de rendimentos emitido pela Marinha do Brasil, foi indevidamente incluído como rendimento tributável o Adicional por Tempo de Serviço e a Compensação Orgânica, tendo-os informado como rendimentos isentos e não tributáveis. Cita a Lei 8.852/94, art. 1º, III, requerendo a desconsideração dos valores não tributáveis. A DRJ/RJOII, julgou o lançamento procedente, conforme Acórdão 13-22.602 de fls. 29/33, assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2006 OM1SSÃO DE RENDIMENTOS As exclusões do conceito de remuneração, estabelecidas na Lei n° 8.852/94, não são hipóteses de isenção ou não incidência de IRPF, que requerem, pelo Princípio da Estrita Legalidade em matéria tributária, disposição legal federal específica. Lançamento Procedente Cientificado do Acórdão em 4/2/09 (Aviso de Recebimento - AR de fl. 36), o contribuinte apresentou recurso voluntário em 20/2/09, fls. 39/40, que contém, em síntese: Repete o argumento apresentado na impugnação de que no comprovante de rendimentos emitido pela Marinha do Brasil, foi indevidamente incluído como rendimento tributável o Adicional por Tempo de Serviço e a Compensação Orgânica, tendo-os informado como rendimentos isentos e não tributáveis. Requer a desconsideração dos valores não tributáveis relativos ao adicional por tempo de serviço. Cita a Lei 8.852/94, art. 1º, III, 'n', e afirma que foi reconhecido a ilegalidade da incidência do adicional por tempo de serviço. Conclui que não pode incidir imposto de renda nas seguintes parcelas dos vencimentos dos Militares/Servidores Civis, entre outras: Gratificação por tempo de serviço, gratificação ou adicional natalino, compensação orgânica e salário família. Requer o cancelamento do débito fiscal. É o relatório. Voto Conselheira Miriam Denise Xavier, Relatora. ADMISSIBILIDADE O recurso voluntário foi oferecido no prazo legal, assim, deve ser conhecido. ISENÇÃO Quanto a isenção, assim dispõe o CTN: Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: [...] II - outorga de isenção; [...] Fl. 64DF CARF MF Fl. 3 do Acórdão n.º 2401-006.691 - 2ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 13736.002113/2008-52 A Lei 7.713/88, no art. 6º, enumera os rendimentos percebidos por pessoas físicas, inclusive provenientes do trabalho, que são isentos. Dentre os vários incisos do referido art. 6º, não há qualquer menção à denominada Compensação Orgânica, nem ao Adicional por Tempo de Serviço. A Lei 8.852/94, citada pelo recorrente, define o que é remuneração para aplicação de seus dispositivos. Contudo, não outorga isenção ou enumera hipóteses de não incidência de imposto de renda. Mesmo porque, não poderia fazê-lo, pois a lei que concede isenção deve ser específica, nos termos da CR/88, art. 150, § 6º. Sendo assim, não havendo lei ou decisão que vincule o CARF, excluindo as verbas Compensação Orgânica e Adicional por Tempo de Serviço da base de incidência do imposto de renda pessoa física, não há como serem acatados os argumentos do contribuinte nesse sentido. Nesse sentido, a Súmula CARF nº 68 dispõe: A Lei nº 8.852, de 1994, não outorga isenção nem enumera hipóteses de não incidência de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. Logo, correto o procedimento fiscal que apurou as diferenças de IRPF devidas. CONCLUSÃO Ante o exposto, voto por conhecer do recurso voluntário e, no mérito, negar-lhe provimento. (documento assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Fl. 65DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10830.009910/2010-19
Turma: Terceira Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 21 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu Jun 13 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2007
IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. VALOR DECLARADO EM DIRF. .
Procede o lançamento decorrente de omissão de rendimentos apurada com base em DIRF apresentada pela fonte pagadora, quando o contribuinte não apresenta comprovação hábil capaz de ilidir a respectiva tributação.
IRPF. MULTA DE OFÍCIO. JUROS DE MORA. PREVISÃO LEGAL.
O procedimento fiscal que ensejar lançamento de ofício apurando imposto a pagar, obrigatoriamente, implicará cominação de multa de ofício e juros de mora (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 44, I, e 61, §3º).
Numero da decisão: 2003-000.090
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso.
Francisco Ibiapino Luz - Presidente em Exercício e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Francisco Ibiapino Luz (Presidente em Exercício), Wilderson Botto e Gabriel Tinoco Palatnic.
Nome do relator: FRANCISCO IBIAPINO LUZ
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2007 IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. VALOR DECLARADO EM DIRF. . Procede o lançamento decorrente de omissão de rendimentos apurada com base em DIRF apresentada pela fonte pagadora, quando o contribuinte não apresenta comprovação hábil capaz de ilidir a respectiva tributação. IRPF. MULTA DE OFÍCIO. JUROS DE MORA. PREVISÃO LEGAL. O procedimento fiscal que ensejar lançamento de ofício apurando imposto a pagar, obrigatoriamente, implicará cominação de multa de ofício e juros de mora (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 44, I, e 61, §3º).
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OMISSÃO DE RENDIMENTOS. VALOR DECLARADO EM DIRF. . Procede o lançamento decorrente de omissão de rendimentos apurada com base em DIRF apresentada pela fonte pagadora, quando o contribuinte não apresenta comprovação hábil capaz de ilidir a respectiva tributação. IRPF. MULTA DE OFÍCIO. JUROS DE MORA. PREVISÃO LEGAL. O procedimento fiscal que ensejar lançamento de ofício apurando imposto a pagar, obrigatoriamente, implicará cominação de multa de ofício e juros de mora (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 44, I, e 61, §3º). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso. Francisco Ibiapino Luz Presidente em Exercício e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Francisco Ibiapino Luz (Presidente em Exercício), Wilderson Botto e Gabriel Tinoco Palatnic. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto contra decisão de primeira instância, que julgou improcedente a impugnação apresentada pelo contribuinte com o fito de extinguir crédito tributário constituído mediante Notificação de Lançamento. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 00 99 10 /2 01 0- 19 Fl. 70DF CARF MF 2 Notificação de Lançamento Foi constituído crédito tributário no valor de R$ 6.580,82, referente a Imposto de Renda Pessoa Física IRPF do exercício de 2007, anobase de 2006, apurado em Notificação de Lançamento, decorrente da omissão de receita recebida de pessoa jurídica no valor de R$ 18.094,22 (fls. 17/20). Impugnação Inconformado, a contribuinte apresentou impugnação, solicitando juntada de documentos e alegando se tratar de erro de preenchimento da DIRPF, razão por que não deve ser tributada com a penalidade (fls. 03). Julgamento de Primeira Instância A 8ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Porto Alegre, por unanimidade, julgou improcedente a pretensão externada por meio de mencionada contestação, sob o fundamento de que (fls. 56/58): 1. a contribuinte reconhece a omissão de receita; 2. a multa e os juros aplicados estão de acordo com previsão legal. Recurso Voluntário Discordando da respeitável decisão, o Sujeito Passivo interpôs Recurso Voluntário, aduzindo, em síntese (fls. 65): 1. que houve erro de preenchimento, conforme explicado na impugnação; 2. que não teve intenção de omitir rendimentos; 3. que toda documentação probatória foi apresentada na impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Francisco Ibiapino Luz Relator Denominação Cientificado do Acórdão recorrido, a contribuinte apresentou sua "inconformidade", dirigida ao Delegado da Receita Federal do Brasil em Campinas, sob a denominação de "Impugnação", a qual foi encaminhada para este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF. Contudo, em que pese a equivocada intitulação, mediante a aplicação do princípio da fungibilidade das formas, mencionada Peça de defesa deverá ser apreciado como sendo Recurso Voluntário, independentemente do título que lhe fora atribuído pelo recorrente (fls. 65). Fl. 71DF CARF MF Processo nº 10830.009910/201019 Acórdão n.º 2003000.090 S2C0T3 Fl. 71 3 Admissibilidade O Recurso é tempestivo, pois a ciência da decisão recorrida se deu em 19/11/2014 (fls. 62), e a Peça recursal foi recebida em 17/12/2014 (fls. 65), dentro do prazo legal para sua interposição. Logo, já que atendidos os demais pressupostos de admissibilidade, dele tomo conhecimento. Preliminares Não se aplica, porquanto sem alegação na fase recursal. Mérito Do exposto anteriormente, é razoável se contextualizar a omissão de receita apurada no procedimento fiscal, bem como os acréscimos legais dela decorrentes. Com tal leitura, é pertinente consignar as razões por que a autoridade administrativa constituiu mencionado crédito tributário, composto do imposto apurado mais multa de ofício e juros de mora. Nesse pressuposto, durante o procedimento fiscal, cabe ao seu executante averiguar o cumprimento de todos os requisitos legais pertinentes ao objeto trabalhado, conforme assevera o Decreto nº 3.000, de 1999 (vigente durante aludido ano calendário em análise, quando foi revogado pelo Decreto nº 9.580, de 2018, em 22/11/2018). Nestes termos: Art. 835. As declarações de rendimentos estarão sujeitas a revisão das repartições lançadoras, que exigirão os comprovantes necessários. [...] § 4º O contribuinte que deixar de atender ao pedido de esclarecimentos ficará sujeito ao lançamento de ofício [...] Nessa seara, por ter sido comprovada a omissão de rendimentos, não restaram outras alternativas para o autuante, senão agir em conformidade com a lei, efetuando o lançamento de oficio com base nas infrações apuradas, de acordo com o art. 841 do citado Decreto. Nestes termos: Art. 841. O lançamento será efetuado de ofício quando o sujeito passivo [...] III fizer declaração inexata, considerandose como tal a que contiver ou omitir, inclusive em relação a incentivos fiscais, qualquer elemento que implique redução do imposto a pagar ou restituição indevida; [...] VI omitir receitas ou rendimentos. Fl. 72DF CARF MF 4 Multa de ofício e juros de mora Entendidas as circunstâncias da autuação decorrente da omissão de receitas apurada, a progressão do raciocínio passa pela premissa de que as aplicações da multa de ofício e dos juros de mora se impõem, respectivamente, pelos arts. 44, I, e 61, §3º, da Lei nº 9.430/1996, com redação dada pela Lei 11.488/2007. Confirmase: Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007) (grifo nosso) I de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007) Art. 61. [...]) § 3º Sobre os débitos a que se refere este artigo incidirão juros de mora calculados à taxa a que se refere o § 3º do art. 5º, a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês de pagamento. (grifo nosso) Como visto, reportada matriz legal impede que a aplicação de tais acréscimos seja submetida à discricionariedade das autoridades tributárias, cujas atividades são vinculadas, nos termos do CTN, art. 142. Por conseguinte, o procedimento fiscal que ensejar lançamento de ofício apurando imposto a pagar, obrigatoriamente, implicará na cominação de mencionados acréscimos legais, nos exatos termos da legislação. Assim entendido, a pretensão da recorrente não tem amparo na legislação, pois a alegação de que não teve intenção de omitir tais rendimentos da tributação não se sustenta perante o que se discorreu anteriormente, como também pelo ditame presente no art. 136 do CTN, que patrocina ser a intenção do agente, em regra, irrelevante para a caracterização da infração tributária. Confirmase: Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Assim sendo, a multa de ofício e os juros de mora em discussão foram aplicados dentro dos exatos termos legais, conforme decidiu a DRJ de origem. Conclusão Ante o exposto, voto por negar provimento ao Recurso interposto. É como voto. Francisco Ibiapino Luz Fl. 73DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10380.722685/2013-06
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 22 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Aug 01 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/05/2008 a 31/12/2009
IPI. AUTO DE INFRAÇÃO DECORRENTE DE OMISSÃO DE RECEITAS. LANÇAMENTO DE IRPJ. CONEXÃO. COMPETÊNCIA.
Conforme disposto no regimento interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, cabe à Primeira Seção de Julgamento processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e demais tributos e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), quando procedimentos conexos, decorrentes ou reflexos, assim compreendidos os referentes às exigências que estejam lastreadas em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à legislação pertinente à tributação do IRPJ.
Recurso de ofício não conhecido.
Numero da decisão: 3401-002.637
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade, não conhecer do recurso por ser da competência da Primeira Seção. Ausente temporariamente a conselheira Angela Sartori.
Júlio César Alves Ramos Presidente
Robson José Bayerl Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Júlio César Alves Ramos, Jean Cleuter Simões Mendonça, Eloy Eros da Silva Nogueira, Robson José Bayerl, Angela Sartori e Cláudio Monroe Massetti.
Nome do relator: Relator Robson José Bayerl
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/05/2008 a 31/12/2009 IPI. AUTO DE INFRAÇÃO DECORRENTE DE OMISSÃO DE RECEITAS. LANÇAMENTO DE IRPJ. CONEXÃO. COMPETÊNCIA. Conforme disposto no regimento interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, cabe à Primeira Seção de Julgamento processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e demais tributos e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), quando procedimentos conexos, decorrentes ou reflexos, assim compreendidos os referentes às exigências que estejam lastreadas em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à legislação pertinente à tributação do IRPJ. Recurso de ofício não conhecido.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1558; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T1 Fl. 10 1 9 S3C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10380.722685/201306 Recurso nº De Ofício Acórdão nº 3401002.637 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 22 de julho de 2014 Matéria IPI Recorrente COLONIAL INDÚSTRIA DE BEBIDAS LTDA. Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/05/2008 a 31/12/2009 IPI. AUTO DE INFRAÇÃO DECORRENTE DE OMISSÃO DE RECEITAS. LANÇAMENTO DE IRPJ. CONEXÃO. COMPETÊNCIA. Conforme disposto no regimento interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, cabe à Primeira Seção de Julgamento processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e demais tributos e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), quando procedimentos conexos, decorrentes ou reflexos, assim compreendidos os referentes às exigências que estejam lastreadas em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à legislação pertinente à tributação do IRPJ. Recurso de ofício não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade, não conhecer do recurso por ser da competência da Primeira Seção. Ausente temporariamente a conselheira Angela Sartori. Júlio César Alves Ramos – Presidente Robson José Bayerl – Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 38 0. 72 26 85 /2 01 3- 06Fl. 704DF CARF MF 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Júlio César Alves Ramos, Jean Cleuter Simões Mendonça, Eloy Eros da Silva Nogueira, Robson José Bayerl, Angela Sartori e Cláudio Monroe Massetti. Relatório Cuidase de auto de infração de IPI decorrente de apuração de receita sem comprovação de origem, relativo ao período maio/2008 a dezembro/2009. Em impugnação o contribuinte rechaçou a acusação fiscal alegando que os valores glosados de sua contabilidade correspondiam a empréstimos efetivados pelos sócios à pessoa jurídica, como devidamente documentado. A DRJ Juiz de Fora/MG acolheu o recurso e exonerou o crédito tributário lançado ao argumento que as provas das operações de empréstimo foram apresentadas e, como tal, afastavam a presunção de omissão de receita. Considerando o valor de alçada, segundo a Portaria MF 03/2008, houve remessa dos autos ao CARF para reexame. É o relatório. Voto Conselheiro Robson José Bayerl, Relator Examinando a matéria objeto de autuação – omissão de receita – vislumbrei a possibilidade de se tratar de autuação decorrente do IRPJ, o que foi confirmado pelo documento denominado “Encaminhamento nº 43/20130321”, de 21/03/2008, fl. 58, que faz referência ao processo 10380.722683/201317, que albergou lançamento daquela exação, bem assim, dos demais tributos reflexos. Esquadrinhando o termo de verificação fiscal de aludido processo confirmei que ambos os lançamentos estão respaldados nos mesmos fatos, sendo este decorrente daquele, o que, aliás, foi textualmente acentuado pela decisão sub examine: “A omissão de receitas, caracterizada pela falta de contabilização de pagamentos, sem comprovação da origem dos recursos, rendeu ensejo ao lançamento na órbita do IPI, decorrente do lançamento de ofício concernente ao IRPJ”. Em pesquisa ao sistema eprocesso verifiquei que o processo 10380.722683/201317 já foi julgado pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento competente, também aguardando análise de recurso de ofício, encontrandose atualmente no GABINETE/SECAT/DRF/FOR/CE (consultado em 13/05/2014). À luz da situação relatada, concluise que a competência para julgamento do recurso de ofício consubstanciado nestes autos pertence à Primeira Seção de Julgamento, ex vi Fl. 705DF CARF MF Processo nº 10380.722685/201306 Acórdão n.º 3401002.637 S3C4T1 Fl. 11 3 do art. 2º, IV, Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF, aprovado pela Portaria MF 256/09, assim vazado: “Art. 2° À Primeira Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de: (...) IV demais tributos e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), quando procedimentos conexos, decorrentes ou reflexos, assim compreendidos os referentes às exigências que estejam lastreadas em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à legislação pertinente à tributação do IRPJ;” (grifado) Em síntese, sendo os fatos comuns a ambos os lançamentos, resta caracterizada a decorrência/conexão entre eles, como destacado pela decisão reexaminanda, motivo pelo qual voto por declinar a competência para quaisquer das turmas julgadoras da Primeira Seção de Julgamento deste CARF. Robson José Bayerl Fl. 706DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10945.008290/2004-65
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 26 00:00:00 UTC 2012
Ementa: REGIMES ADUANEIROS
Período de apuração: 01/01/2000 a 31/05/2003
EXPORTAÇÃO FICTÍCIA. DOCUMENTO DE TRANSPORTE NÃO CONFIRMADO PELOS TRANSPORTADORES.
Não confirmadas as informações prestadas em Declarações de Exportação (DDE) e Declarações Simplificadas de Exportação (DSE), caberia à Exportadora demonstrar a regularidade e a efetividade da operação de exportação das mercadorias que saíram de seu estabelecimento.
DANO AO ERÁRIO. PENA DE PERDIMENTO. A pena de perdimento por dano ao Erário aplicada pela fiscalização encontra tipicidade nas
provas colacionadas pelo Fisco.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3101-001.006
Decisão: ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário.
Matéria: II/IE/IPIV - ação fiscal - penalidades (isoladas)
Nome do relator: LUIZ ROBERTO DOMINGO
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DOCUMENTO DE TRANSPORTE NÃO CONFIRMADO PELOS TRANSPORTADORES. Não confirmadas as informações prestadas em Declarações de Exportação (DDE) e Declarações Simplificadas de Exportação (DSE), caberia à Exportadora demonstrar a regularidade e a efetividade da operação de exportação das mercadorias que saíram de seu estabelecimento. DANO AO ERÁRIO. PENA DE PERDIMENTO. A pena de perdimento por dano ao Erário aplicada pela fiscalização encontra tipicidade nas provas colacionadas pelo Fisco. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário. Henrique Pinheiro Torres Presidente Luiz Roberto Domingo Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 94 5. 00 82 90 /2 00 4- 65 Fl. 551DF CARF MF Impresso em 26/04/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 15/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 10945.008290/200465 Acórdão n.º 3101001.006 S3C1T1 Fl. 525 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Tarásio Campelo Borges, Valdete Aparecida Marinheiro, Corintho Oliveira Machado, Vanessa Albuquerque Valente, Luiz Roberto Domingo e Henrique Pinheiro Torres (Presidente) Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pela autuada Algofibra Comércio Importação e Exportação de Manufaturados Ltda. contra decisão da DRJ – Florianópolis/SC que manteve o lançamento da multa decorrente de perda de perdimento decorrente da impossibilidade de apreensão de mercadorias, sob o argumento de que o Contribuinte falsificou os conhecimentos de frete para acobertar as exportações declaradas. Cientificado do lançamento o Recorrente apresentou impugnação em 26/07/2004 (fls. 202/232), a qual lhe foi negado provimento pela DRJFlorianópolis/SC, conforme a ementa abaixo transcrita: EXPORTAÇÃO FICTICIA. DOCUMENTO DE TRANSPORTE. FALSIDADE A utilização de documento de transporte falso no despacho de exportação é causa para a aplicação da pena de perdimento das mercadorias. A não localização das referidas mercadorias dá ensejo à exigência da multa substitutiva da pena de perdimento. Lançamento Procedente. Inconformado com a decisão do órgão julgador de primeira instância, da qual tomou conhecimento em 27/07/2007, interpôs o Recorrente Recurso Voluntário, em 24/08/2007 (fls. 408/439), alegando em síntese que: (i) o acórdão recorrido é nulo por ter consignado que o período de autuação é de 17/12/2002 a 22/05/2003, em total descompasso com a época consignada na presente autuação fiscal; (ii) a Fiscalização não demonstrou que as mercadorias foram vendidas no mercado interno, devendo ser reformado a decisão guerreada; (iii) não era responsável pelo transporte das mercadorias exportadas, sendo responsáveis os importadores (compradores); (iv) o vendedor da mercadoria com destinação especifica à exportação não pode ser responsabilizado pela inércia ou incúria do comprador que modifica a destinação da mercadoria e frustra a exportação; (v) as operações de venda de mercadorias destinadas ao exterior possuem nota fiscal devidamente contabilizada e comprovante de exportação emitido pelo SISCOMEX, que comprova a veracidade da exportação; Fl. 552DF CARF MF Impresso em 26/04/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 15/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 10945.008290/200465 Acórdão n.º 3101001.006 S3C1T1 Fl. 526 3 (vi) as mercadorias exportadas pela Recorrente submeteramse à verificação parametrizada antes do efetivo embarque pelo canal vermelho, ou seja, foi realizada a fiscalização documental e física dos produtos antes do respectivo embarque; (v) os comprovantes de exportação juntados pela Recorrente na impugnação, são documentos oficiais que fazem fé pública e que por força do art. 117, III, da Lei nº 8.112/90 é proibido ao servidor publico recusar fá a documentos públicos; (vi) devido o comprador ser responsável pela custos do transporte das mercadorias, a Recorrente não apresentou os comprovantes de transporte, conforme comprovado na nota fiscal de saída ao consignar que o frete correria por conta do destinatário; (vii) o importador se responsabilizou pelo transporte interno, desembaraço aduaneiro na exportação, movimentação em terminal, desembaraço aduaneiro na importação, sendo que o Recorrente tem apenas a obrigação de disponibilizar o produto e a fatura em seu estabelecimento; (viii) cita os artigo 30 a 65 da Convenção de Viena de 1980 que trata das obrigações do vendedor e do comprador; (ix) cita decisão do Conselho de Contribuintes sobre o contrato de transporte não se constitui prova de uma operação de compra e venda internacional (3º CC, 1ª Câm., PAF 10480.020937/9911, sessão do dia 20/03/2001); (x) o auto de infração foi realizado baseado em presunções ante a falta de entrega dos conhecimentos de transporte, devendo ser cancelado em razão da falta de qualquer elemento material que confirme as irregularidades na exportação; (xi) não há legitimidade para a exigência da adoção da taxa SELIC como juros moratórios dos débitos fiscais, posto que não há legislação que institua e regulamente a questão; (xii) “a penalidade aplicada é exagerada, em manifesta ofensa ao principio constitucional do nãoconfisco, consagrado pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XXII”; (xiii) cita diversas decisões judiciais e administrativas. Sob apreciação do Conselho, considerando a necessidade de esclarecimento das informações acerca das exportações realizadas, o julgamento foi convertido em diligência por força da Resolução n° 310100.063, de 19/10/2009. Documentos foram juntados para demonstrar a autenticidade dos Comprovantes de Exportação – DSE nº 2030057518/1, 2030126046/0, 2020136361/8, 2020136362/6, 2020136363/4, 2020136364/2, 2020136365/0, 2020136366/9, 2020136367/7, 2020136368/5, 202136369/3, 2020136370/7, 2020136371/5, 2020136372/3, 2020136373/1, 2020136374/0, 2020136375/8, 2020136376/6, 2020136377/4, 2020136378/2, 2020136379/0, 2020136380/4, 2020136381/2, 2020136382/0, 2020136383/9, 2020136384/7, 202136385/5, 2030062967/4, 2030062969/0, 2030062971/2, 2030062972/0, 2030062974/7, 2030062975/5, 2030062976/3, 2030062979/8, 2030062984/4, 2030062986/0, 2030062987/9, 2030062988/7, 2030062994/1, 2030062999/2, 2030063001/0. Fl. 553DF CARF MF Impresso em 26/04/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 15/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 10945.008290/200465 Acórdão n.º 3101001.006 S3C1T1 Fl. 527 4 É o relatório. Voto Conselheiro LUIZ ROBERTO DOMINGO, Relator Conheço do recurso por ser tempestivo e atender os demais requisitos de admissibilidade. Preliminarmente, não há que ser declarada a nulidade do Acórdão recorrido por conta de inexatidões materiais, tal como o período de apuração consignado. O ponto fulcral do processo é analisar se houve ou não a regular exportação dos produtos vendidos pela Contribuinte declarados nos Comprovantes de Exportação – DSE anexo nos autos. Assim, verifico que a Recorrente trouxe aos autos cópia autenticada dos DSE acima enumerados, que demonstram que houve por parte do Fisco o devido desembaraço dos produtos exportados no Canal Vermelho, com a conseqüente liberação das mercadorias. Tal análise por parte do Fisco não traz necessariamente a comprovação do embarque e efetiva exportação das mercadorias constantes das saídas do estabelecimento da Recorrente. Salta aos olhos que os Despachos Simplificados de Exportação tenha como indicação o embarque das mercadorias em navios e aviões enquanto as notas fiscais emitidas pela Recorrente consignam que a forma de transporte das mercadorias fora rodoviário. A prova da responsabilidade da Recorrente não pode se limitar à alegação de que o transporte era a cargo do exportador, uma vez que uma operação de exportação não se limita à emissão da nota fiscal. Entendo que, diante da incongruência dos fatos e dos documentos a fiscalização não teria a obrigação de comprovar a venda dos produtos no mercado interno, pois caberia à Recorrente demonstrar a regularidade da exportação, o que não ocorreu. Nesse ponto está correta a decisão recorrida ao entender que: “Destarte, a apresentação, no despacho aduaneiro de exportação, de conhecimento de embarque não confirmado pelo suposto emitente, implica, inevitavelmente, na responsabilidade do sujeito passivo, definida pelo CTN como indelegável e intransferível, seja em relação ao recolhimento de tributos, seja no que se refere As infrações dai decorrentes, isto porque no campo do Direito Tributário, vige o principio da responsabilidade objetiva do sujeito passivo em relação aos tributos e infrações, a qual independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato, conforme disposição expressa em seu art. 136. Fl. 554DF CARF MF Impresso em 26/04/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 15/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 10945.008290/200465 Acórdão n.º 3101001.006 S3C1T1 Fl. 528 5 No caso vertente, a utilização de BL's falsos importou na consumação da fraude, qual seja, da exportação fictícia das mercadorias informadas nas respectivas notas fiscais de saída emitidas e, conseqüentemente, nos comprovantes de exportação, propiciando que tais mercadorias fossem negociadas no mercado interno sem o pagamento dos tributos devidos, em proveito da contribuinte. Nesse sentido caberia à interessada produzir a prova de que a exportação foi realizada e que as incongruência das informações que levaram a considerar a irregularidade documental não afetaram a regularidade da operação, ou, ainda, já que foi esta, ou seu preposto, que figura como real exportadora nos documentos instrutivos dos respectivos despachos aduaneiros. Ratifico que, “definir a autoria da falsificação, não interessa para fixar a responsabilidade da interessada.”. Ao contribuinte foram dadas todas as oportunidade para comprovara a regularidade das exportações e a irregularidade dos registros das exportações, tais como a apresentação dos contratos de transporte ou as provas da efetivação da operação comercial. O conjunto dos fatos lastreados pelas provas trazidas pela fiscalização forma o tipo penal previsto no art. 23 do Decretolei n° 1.455/76, pois o dano ao Erário evidenciase pela irregularidade por conta da adulteração da documentação na exportação de mercadoria nacional. Por fim, entendo que a proibição de confisco não se aplica às multas aduaneiras por se tratar de exercício da soberania nacional. Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao Recurso Voluntário. Luiz Roberto Domingo Relator Fl. 555DF CARF MF Impresso em 26/04/2013 por EUNICE AUGUSTO MARIANO - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 15/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES
score : 1.0
Numero do processo: 13807.001846/99-18
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Mar 05 00:00:00 UTC 2009
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Período de apuração: 01/01/1989 a 31/12/1992
PIS. DECADÊNCIA. PRAZO. CTN.
Em face da inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n 2 8.212, de 1991, reconhecida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal e objeto da Súmula Vinculante n2 8, de 2008, aplicam-se às contribuições sociais os prazos de decadência previstos no CTN. Havendo pagamentos antecipados, o prazo inicia-se na data do fato gerador.
Recurso voluntário provido.
Numero da decisão: 2102-000.009
Decisão: ACORDAM os Membros da SEGUNDA TURMA ORDINÁRIA da PRIMEIRA CÂMARA da SEGUNDA SEÇÃO do CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso para
reconhecer a decadência.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: JOSÉ ANTONIO FERNANDES
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ementa_s : NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/01/1989 a 31/12/1992 PIS. DECADÊNCIA. PRAZO. CTN. Em face da inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n 2 8.212, de 1991, reconhecida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal e objeto da Súmula Vinculante n2 8, de 2008, aplicam-se às contribuições sociais os prazos de decadência previstos no CTN. Havendo pagamentos antecipados, o prazo inicia-se na data do fato gerador. Recurso voluntário provido.
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O I: n i _, Q .1 : Fl. 281 t. 4t-£LD1344- I .4 " \Xtà , ¡ MINISTÉRIO DA FAZENDA - CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS„&A SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo n° 13807.001846/99-18 Recurso n° 138.091 Voluntário Acórdão n" 2102-00.009 - 1" Câmara / 28 Turma Ordinária Sessão de 05 de março de 2009 Matéria PIS Recorrente SUSA S/A Recorrida DRJ em Campinas - SP ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/01/1989 a 31/12/1992 PIS. DECADÊNCIA. PRAZO. CTN. -- :- Em face da inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n 2 8.212, de 1991, reconhecida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal e objeto da Súmula Vinculante n2 8, de 2008, aplicam-se às contribuições sociais os prazos de decadência previstos no CTN. Havendo pagamentos antecipados, o prazo inicia-se na data do fato gerador. Recurso voluntário provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da SEGUNDA TURMA ORDINÁRIA da PRIMEIRA CÂMARA da SEGUNDA SEÇÃO do CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso para reconhecer a decadência. 0-1ÁDAYUL CI., - .(bSEFA MARIA COELHO MARQUES . • Presidente JO ' f01\19ZNCISCO tor Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva, Fabiola Cassiano Keramidas, Maurício Taveira e Silva, Roberto Velloso (Suplente), Ivan Allegretti (Suplente) e Gileno Gurjão Barreto. o MF - SEGUI= CON1i-l0 DE CONTRINTES- Processo n° 13807.001846/99-18 CONFE.fiE COM O ORIGINAL S2-C1T2 Acórdão n.° 2102-00.009 Fl. 282 (=a-I ° L64042(21- Relatório Trata-se de recurso voluntário (fls. 236 a 256) apresentado em 20 de junho de 2005 contra o Acórdão n2 6.521, de 5 de maio de 2004, da DRJ em Campinas - SP (fls. 209 a 221), do qual tomou ciência a interessada em 20 de maio de 2005 e que, relativamente a auto de infração de PIS de períodos de janeiro de 1989 a setembro de 1995, considerou procedente em parte o lançamento. A ementa do Acórdão de primeira instância foi a seguinte: "Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/01/1989 a 31/01/1989, 01/08/1989 a 30/08/1989, 01/11/1989 a 30/11/1989, 01/01/1990 a 31/12/1990, 01/06/1991 a 30/06/1991, 01/08/1991 a 31/12/1992, 01/08/1993 a 30/09/1995 Ementa: DECADÊNCIA. O PIS é contribuição destinada à Seguridade Social e, como tal, tem o prazo decadencial de dez anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte em que o crédito poderia ter sido constituído, entendimento esse consolidado no art. 95 do Regulamento do PIS/Pasep e da Cotins, Decreto n°4.524, de 2002. BASE DE CÁLCULO. FATURAMENTO. A base de cálculo do PIS na vigência da Lei Complementar n" 7, de 1970, para as empresas vendedoras de mercadorias ou mistas é o faturaniento, sendo improcedente a exigência com base na receita operacional. BASE DE CÁLCULO. FATO GERADOR. A base de cálculo vincula-se ao fato tributável para que surja a obrigação tributária. Aquela há de retratar, em valores, a real dimensão do fato gerador, pelo que o art. 6" da Lei Complementar n" 7, de 1970, veicula norma sobre prazo de recolhimento e não regra especial sobre base de cálculo retroativa da referida contribuição ao PIS, conforme Parecer PGFN/CAT/n" 437, de 1998, aprovado pelo Ministro da Fazenda. Lançamento Procedente em Parte". O auto de infração foi lavrado em 26 de fevereiro de 1999 e, segundo o termo de fls. 27 e 28, teria havido recolhimento a menor em relação aos períodos de janeiro, agosto, outubro e novembro de 1989. Ademais, apuraram-se diferenças a menor, principalmente em razão de aliquota (0,75% x 0,65%), em relação a períodos de janeiro de 1990 a setembro de 1995. Impugnado o lançamento, o processo foi baixado em diligência (fls. 183 e 184), a fim de verificar a alegação da interessada de que,nogerlocio de janeiro de 1993 a 2 MF - SECUCO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL Processo n° 13807.001846/99-18 Bras, i ()et Ock S2-C1T2 Acórdão n.° 2102-00.009 Fl. 283 L49/“A. - setembro de 1995, estaria sujeita ao PIS/Repique e que a Fiscalização teria utilizado a receita operacional, e não o faturamento, como base de cálculo. Realizadas as intimações, a Fiscalização elaborou o relatório de fls. 195 a 198, segundo o qual a interessada não teria auferido faturamento a partir de janeiro de 1993. Em resposta, a interessada observou a ocorrência da decadência, a incidência do PIS/Repique e a semestralidade da base de cálculo da contribuição. A DRJ, conforme relatado, excluiu da base de cálculo as diferenças entre a receita operacional e o faturamento e cancelou a exigência a partir de janeiro de 1993. No recurso, a interessada alegou a ocorrência de decadência, à vista das disposições do art. 150 do CTN, reafirmando a semestralidade da base de cálculo do PIS. Além disso, alegou que se aplicaria ao caso a disposição do art. 100 do CTN, descabendo a exigência de multa, juros de mora e correção monetária. É o Relatório. Voto Conselheiro JOSÉ ANTONIO FRANCISCO, Relator O recurso é tempestivo e satisfaz os demais requisitos de admissibilidade, dele devendo-se tomar conhecimento. A discussão contida no recurso ficou superada em face de o Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária de 12 de junho de 2008, haver aprovado a Súmula Vinculante n2 8, publicada em 20 de junho de 2008, do seguinte teor: "São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5" do Decreto-lei 1.569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário." A Súmula teve origem no julgamento do RE n2 559.882-9, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, que reconheceu as referidas inconstitucionalidades. O texto da decisão que tratou da modulação temporal dos efeitos da decisão foi o seguinte (http:// www.stf.gov.br/ portal/ processo/ verProcessoTexto.asp? id= 2393382&tipoApp= RTF): "Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, deliberou aplicar efeitos ex nunc à decisão, esclarecendo que a modulação aplica-se tão-somente em relação a eventuais repetições de indébitos ajuizadas após a decisão assentada na sessão do dia 11/06/2008, não abrangendo, portanto, os questionamentos e os processos já em curso, nos termos do voto do relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 12.06.2008." 3 MF - SEC,)rwo CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM C ORIGINAL Processo n°13807.001846/99-18 13r3s;:a. Ck I S2-C1T2 Acórdão n.° 2102-00.009 Fl. 284 `"16-1,WOP — A decisão, portanto, atribuiu efeito preclusivo aos casos não litigiosos na data da decisão, aplicando-se aos casos em julgamento. A referida súmula, nos termos da Emenda Constitucional n 2 45, de 2004, art. 22, tem efeito vinculante "em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal [...]". Portanto, aplica-se ao PIS, em principio, o prazo do art. 150, § 4 2, do CTN, a não ser que não tenha havido pagamento antecipado, hipótese que desloca o termo inicial do prazo para o estabelecido no art. 173, I, do CTN. A respeito da matéria, o Superior Tribunal de Justiça pacificou seu entendimento, como demonstra a ementa abaixo reproduzida (REsp n2 512.840/SP, Relatora: Ministra Eliana Calmon, DJ de 23/05/2005, p. 194):"TRIBUTARIO - DECADÊNCIA - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO (ART. 150 § 4° E 173 DO CTN). "1. Nas exações cujo lançamento se faz por homologação, havendo pagamento antecipado, conta-se o prazo decadencial a partir da ocorrência do fato gerador (art. 150, ,sç 4", do CNT). 2. Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de ,fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, 1, do CTN. 3. Em normais circunstâncias, não se conjugam os dispositivos legais. 4. Precedentes das Turmas de Direito Público e da Primeira Seção. 5. Recurso especial provido." No caso dos autos, houve recolhimento dos valores, razão pela qual se aplica o disposto no art. 150, § 4 2, do CTN. Como o lançamento ocorreu em 26 de fevereiro de 1999, apenas não decairiam os períodos posteriores a janeiro de 1994. Como a primeira instância cancelou os períodos posteriores a dezembro de 1992, o auto de infração remanescente foi integralmente abrangido pela decadência. À vista do exposto, voto por dar provimento ao recurso. Sala das Sessões, em 05 de março de 2009. JOIO FRANCISCO 4
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Numero do processo: 16327.720512/2014-57
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jun 13 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Mon Jul 08 00:00:00 UTC 2019
Ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (CSLL)
Ano-calendário: 2011, 2012
CSLL. COMPENSAÇÃO DE BASE NEGATIVA DA CSLL. FORMAÇÃO DO SALDO. DECORRÊNCIA DE OUTROS PROCESSOS.
Tratando-se de infração reflexa, a compensação indevida do saldo de base negativa da CSLL deve ser ajustada quando outros julgados que interferiram na formação desse saldo foram decididos no CARF favoravelmente à Recorrente, devendo o saldo ser restabelecido na exata medida das reversões efetuadas naqueles processo.
Numero da decisão: 1401-003.541
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos, com efeitos infringentes, para retificar o dispositivo do acórdão nº 1401-001.899 e dar provimento parcial ao recurso voluntário para que sejam consideradas, na infração relacionada à compensação da base negativa da CSLL, as bases negativas que foram já revertidas na câmara baixa nos julgamentos dos processos nºs 16327.720416/2012-47, 16327.720505/2012-93 e 16327.720023/2013-14.
(assinado digitalmente)
Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente.
(assinado digitalmente)
Carlos André Soares Nogueira - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça (suplente convocada), Carlos André Soares Nogueira (relator), Letícia Domingues Costa Braga, Eduardo Morgado Rodrigues, Luiz Augusto de Souza Gonçalves (presidente). Ausente a conselheira Luciana Yoshihara Arcângelo Zanin, substituída pela conselheira Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça.
Nome do relator: CARLOS ANDRE SOARES NOGUEIRA
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COMPENSAÇÃO DE BASE NEGATIVA DA CSLL. FORMAÇÃO DO SALDO. DECORRÊNCIA DE OUTROS PROCESSOS. Tratando-se de infração reflexa, a compensação indevida do saldo de base negativa da CSLL deve ser ajustada quando outros julgados que interferiram na formação desse saldo foram decididos no CARF favoravelmente à Recorrente, devendo o saldo ser restabelecido na exata medida das reversões efetuadas naqueles processo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos, com efeitos infringentes, para retificar o dispositivo do acórdão nº 1401-001.899 e dar provimento parcial ao recurso voluntário para que sejam consideradas, na infração relacionada à compensação da base negativa da CSLL, as bases negativas que foram já revertidas na câmara baixa nos julgamentos dos processos nºs 16327.720416/2012-47, 16327.720505/2012-93 e 16327.720023/2013-14. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente. (assinado digitalmente) Carlos André Soares Nogueira - Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 72 05 12 /2 01 4- 57 Fl. 3915DF CARF MF Fl. 2 do Acórdão n.º 1401-003.541 - 1ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 16327.720512/2014-57 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça (suplente convocada), Carlos André Soares Nogueira (relator), Letícia Domingues Costa Braga, Eduardo Morgado Rodrigues, Luiz Augusto de Souza Gonçalves (presidente). Ausente a conselheira Luciana Yoshihara Arcângelo Zanin, substituída pela conselheira Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça. Relatório Trata-se de embargos inominados opostos pelo Delegado da DEINF/SPO/SP em face do Acórdão nº 1401-001.899 prolatado por esta Turma em 20/07/2017, cuja ementa restou consignada nos seguintes termos: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Ano-calendário: 2011, 2012 ÁGIO INTERNO. AUTONOMIA ENTRE EMPRESAS DO GRUPO. FALTA DE COMPROVAÇÃO. Os elementos constantes dos autos demonstram a subordinação jurídica e econômica entre as empresas do grupo caracterizando, sem envolver terceiros independentes, o denominado ágio interno, o que impossibilita se dizer que houve uma verdadeira "aquisição" envolvendo algum sacrifício econômico, pois não é dado a alguém adquirir algo de si mesmo. VALOR DE MERCADO. PROVA. As provas coligidas aos autos não são suficientes para demonstrar que o preço praticado na operação seria o mesmo acordado entre partes não relacionadas, envolvidas nas mesmas transações ou em transações similares, nas mesmas condições ou em condições semelhantes, no mercado aberto. ÁGIO. SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES. FALTA DE PROPÓSITO NEGOCIAL. O conjunto dos elementos de prova dos autos indicam que as operações societárias não possuem propósito negocial e foram estruturadas com o objetivo de obter vantagens tributárias. NEGÓCIO JURÍDICO INDIRETO. INOPONIBILIDADE AO FISCO. O fato de ser um negócio jurídico indireto não traz a consequência direta de tornar eficaz o procedimento da interessada, pois essa figura não é oponível ao fisco quando visar apenas a mera economia de tributos. NEGÓCIO JURÍDICO INDIRETO. MULTA. No negócio jurídico indireto, quando identificada a convicção do contribuinte de estar agindo segundo o permissivo legal, sem ocultação da prática e da intenção final dos seus negócios, não há como ser reconhecido o dolo necessário à qualificação da multa, elemento este constante do caput dos arts. 71 a 73 da Lei nº 4.502/64. Fl. 3916DF CARF MF Fl. 3 do Acórdão n.º 1401-003.541 - 1ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 16327.720512/2014-57 MULTA ISOLADA A multa isolada pelo descumprimento do dever de recolhimentos antecipados deve ser aplicada sobre o total que deixou de ser recolhido, ainda que a apuração definitiva após o encerramento do exercício redunde em montante menor. Pelo princípio da absorção ou consunção, contudo, não deve ser aplicada penalidade pela violação do dever de antecipar, na mesma medida em que houver aplicação de sanção sobre o dever de recolher em definitivo. Esta penalidade absorve aquela até o montante em que suas bases se identificarem. JUROS DE MORA SOBRE MULTA DE OFÍCIO. CABIMENTO. É cabível a aplicação de juros de mora sobre multa de ofício, pois a teor do art. 161 do Código Tributário Nacional sobre o crédito tributário não pago correm juros de mora. Como a multa de ofício também constitui o crédito tributário sobre ela também necessariamente incide os juros de mora na medida em que também não é paga no vencimento. CSLL. COMPENSAÇÃO DE BASE NEGATIVA DA CSLL. FORMAÇÃO DO SALDO. DECORRÊNCIA DE OUTROS PROCESSOS. Tratando-se de infração reflexa, a compensação indevida do saldo de base negativa da CSLL perde sua razão de ser quando outros julgados que interferiram na formação desse saldo foram decididos no CARF favoravelmente à Recorrente, devendo o saldo ser restabelecido na exata medida das reversões efetuadas naqueles processo. Os embargos dizem respeito exclusivamente à compensação de base negativa de CSLL. Nos embargos, a autoridade preparadora aduz que Já no que tange à Base de Cálculo Negativa (BCN) da CSLL (2011 – Valor tributável R$ 211.537.328,20, Contribuição Apurada R$ 31.730.599,23; e no período de 2012 – Valor Tributável R$ 190.341.032,14, Contribuição Apurada R$ 28.551.154,82; vide Auto de Infração fls. 2141 a 2151 e Termo de Verificação Fiscal fls. 2153 a 2195), o acórdão do Recurso Voluntário deu provimento à solicitação do contribuinte no que tange à compensação da BCN da CSLL. Os créditos lançados encontram-se extintos, por decisão do CARF no Recurso Voluntário que, nesta matéria, não foi recorrida pela Fazenda Nacional. Em sendo assim, o sistema SAPLI deveria ser alterado contemplando a compensação da BCN da CSLL de 2011 e 2012. Ocorre que, conforme verificado no sistema, o contribuinte não possui saldo suficiente de Base de Cálculo Negativa de CSLL para abater os R$ 190.341.032,14 referente ao período de 2012 [...] Uma vez que o saldo existente para 2012 é de apenas R$ 154.893.331,77, somente este valor poderá ser utilizado. Desse modo, teremos ainda R$ 35.447.700,37 de Valor Tributável pela CSLL em 2012 e, consequentemente, R$ 5.317.155,06 de Contribuição Apurada para o período de 2012. (grifos do original) Os embargos foram admitidos nos seguintes termos: Pois bem, ao final de seu recurso voluntário o sujeito passivo pede "a reforma da decisão da DRJ a fim de serem integralmente canceladas as autuações de que se cuida". Ao apreciar o referido pedido a Turma embargada, no que concerne à exigência da CSLL cujo montante ora está sendo questionado, decidiu "Por unanimidade de votos, Fl. 3917DF CARF MF Fl. 4 do Acórdão n.º 1401-003.541 - 1ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 16327.720512/2014-57 em dar provimento ao recurso: i) no que tange à Compensação da Base de Cálculo Negativa da CSLL". Noutros termos, como o recurso voluntário pediu o cancelamento integral das autuações, e como a parte decisória do acórdão embargado deu provimento ao recurso na parte referente à CSLL, é de se concluir, como alegado pelo embargante, pela exoneração total da CSLL lançada. Todavia, tal como alegado pelo embargante, a exoneração da CSLL decorreu do restabelecimento, em outros processos administrativos, de bases de cálculo negativas dessa contribuição relativamente aos anos-calendários 2011 e 2012, períodos esses objeto também da presente autuação. [...] Bem, ao menos neste preliminar exame de admissibilidade dos presentes embargos inominados, entendo que restou demonstrada a inexatidão material ora alegada. Além da referida informação contida no e-Sapli, contribui para essa conclusão o fato de que, embora o decisum do acórdão embargado tenha realmente dado provimento integral a essa parte do recurso voluntário, observa-se tanto na ementa quanto no voto condutor que a decisão seria pelo provimento parcial, autorizando a compensação até o limite da base negativa restabelecida. Vejamos: CSLL. COMPENSAÇÃO DE BASE NEGATIVA DA CSLL. FORMAÇÃO DO SALDO. DECORRÊNCIA DE OUTROS PROCESSOS. Tratando-se de infração reflexa, a compensação indevida do saldo de base negativa da CSLL perde sua razão de ser quando outros julgados que interferiram na formação desse saldo foram decididos no CARF favoravelmente à Recorrente, devendo o saldo ser restabelecido na exata medida das reversões efetuadas naqueles processo. (g.n.) (...) Voto Vencido (...) A pesquisa atual revela que os três processos 16327.720416/2012-47, 16327.720505/2012-93 e 16327.720023/2013-14 já foram julgados na câmara baixa do CARF, favoravelmente ao contribuinte. Tratando-se, portanto, de infração reflexa, a compensação indevida do saldo de base negativa da CSLL perde sua razão de ser quando outros julgados que interferiram na formação desse saldo foram decididos no CARF favoravelmente à Recorrente, devendo o saldo ser restabelecido na exata medida das reversões efetuadas naqueles processo. Dessarte, voto no sentido de dar provimento parcial a essa infração para que a autoridade preparadora faça refletir os resultados de julgamento desses respectivos processos no presente julgado. (g.n.) (...) Tendo em vista o exposto, e nos termos do art. 66 do Anexo II do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343/2015, ADMITO os presentes embargos inominados opostos pelo titular da DEINF/SPO/SP, submetendo à apreciação da Turma a alegação de inexatidão material ora suscitada. Em essência, é o suficiente para o julgamento. Fl. 3918DF CARF MF Fl. 5 do Acórdão n.º 1401-003.541 - 1ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 16327.720512/2014-57 Voto Conselheiro Carlos André Soares Nogueira, Relator. Os embargos ora sob exame estão suportados pelas disposições do artigo 65, § 1º, V, c/c artigo 66, ambos do RICARF. De fato, ao se cotejar o voto do conselheiro Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa, relator ad hoc, que não foi vencido na matéria em questão, e o dispositivo do acórdão, vê-se que houve uma inexatidão material que levou à contradição entre ambos. De se ver. A fundamentação do voto e a conclusão do relator demonstram de forma inequívoca o deferimento parcial da compensação de base negativa até o limite dos valores restabelecidos por conta das decisões favoráveis em lançamentos efetuados em períodos anteriores. Transcrevo os trechos relevantes: Glosa da compensação de bases negativas de períodos anteriores Conforme já colocado alhures, trata-se de glosa da compensação de bases negativas de períodos anteriores por serem supostamente inexistentes. Trata-se de procedimento reflexo às autuações promovidas pela mesma Fiscalização que constituiu os lançamentos ora combatidos, compreendendo tanto a amortização de ágio realizada entre 2008 a 2010 (processo 16327.720416/201247), quanto a exclusão alegadamente indevida da base de cálculo da CSLL, por ausência de previsão legal, de importâncias registradas como forma de aumentar o valor de bens arrendados cuja contabilização é denominada "superveniência de depreciação" (16327.720505/201293 e 16327.720023/201314). Observo que há direta dependência deste processo em relação ao resultado dos outros (decorrência), uma vez que houve no presente processo glosa de compensação de saldo de bases negativas da CSLL que por sua vez foi diminuído em função de glosas procedidas desses saldos em períodos anteriores que foram autuados, conforme conclusão do TVF. Acontece que todos esses processos já foram julgados na câmara baixa. A pesquisa atual revela que os três processos 16327.720416/201247, 16327.720505/201293 e 16327.720023/201314 já foram julgados na câmara baixa do CARF, favoravelmente ao contribuinte. Tratando-se, portanto, de infração reflexa, a compensação indevida do saldo de base negativa da CSLL perde sua razão de ser quando outros julgados que interferiram na formação desse saldo foram decididos no CARF favoravelmente à Recorrente, devendo o saldo ser restabelecido na exata medida das reversões efetuadas naqueles processo. Dessarte, voto no sentido de dar provimento parcial a essa infração para que a autoridade preparadora faça refletir os resultados de julgamento desses respectivos processos no presente julgado. (grifei) [...] Fl. 3919DF CARF MF Fl. 6 do Acórdão n.º 1401-003.541 - 1ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 16327.720512/2014-57 Por todo o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO para considerar na infração relacionada a compensação da base negativa da CSLL às bases negativas que foram já revertidas na câmara baixa no julgamento dos processos nºs 16327.720416/201247, 16327.720505/201293 e 16327.720023/201314; bem assim reduzir a multa qualificada para o patamar de 75%. - grifei. É cristalino, portanto, o voto no sentido de dar provimento parcial tão-somente para reconhecer os efeitos das decisões favoráveis nos processos anteriores. Não consta do voto qualquer menção a provimento total, que implicaria a exoneração total da infração lançada, ou seja, da glosa de compensação de bases negativas. Entretanto, no dispositivo do acórdão consta que Por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso: i) no que tange à Compensação da Base de Cálculo Negativa da CSLL, [...] Ora, se a decisão foi por unanimidade, há de ter sido tomada no sentido do voto do relator ad hoc. Portanto, houve um lapso ao não reconhecer no dispositivo que o provimento era parcial, ou seja, apenas para restabelecer os valores dos períodos anteriores, e não total, ou seja, para exonerar integralmente a infração. Conclusão. Diante do exposto, voto por acolher os embargos, com efeito infringente, para retificar o dispositivo do acórdão nº 1401-001.899 e dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos da fundamentação acima, para que sejam consideradas, na infração relacionada à compensação da base negativa da CSLL, as bases negativas que foram já revertidas na câmara baixa nos julgamentos dos processos nº 16327.720416/201247, 16327.720505/201293 e 16327.720023/201314. (assinado digitalmente) Carlos André Soares Nogueira - Relator Fl. 3920DF CARF MF
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