Busca Facetada
Turma- Terceira Câmara (28,956)
- Segunda Câmara (27,777)
- Primeira Câmara (25,077)
- Segunda Turma Ordinária d (16,617)
- 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (15,676)
- Primeira Turma Ordinária (15,290)
- Segunda Turma Ordinária d (15,236)
- Primeira Turma Ordinária (15,176)
- Primeira Turma Ordinária (15,074)
- Segunda Turma Ordinária d (13,812)
- Primeira Turma Ordinária (12,696)
- Primeira Turma Ordinária (11,772)
- Segunda Turma Ordinária d (11,736)
- Quarta Câmara (11,510)
- 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (11,138)
- Quarta Câmara (81,592)
- Terceira Câmara (63,342)
- Segunda Câmara (51,084)
- Primeira Câmara (16,374)
- 3ª SEÇÃO (15,676)
- 2ª SEÇÃO (11,138)
- 1ª SEÇÃO (6,653)
- Pleno (786)
- Sexta Câmara (302)
- Sétima Câmara (172)
- Quinta Câmara (133)
- Oitava Câmara (123)
- Terceira Seção De Julgame (115,596)
- Segunda Seção de Julgamen (108,503)
- Primeira Seção de Julgame (71,208)
- Primeiro Conselho de Cont (49,037)
- Segundo Conselho de Contr (48,658)
- Câmara Superior de Recurs (37,061)
- Terceiro Conselho de Cont (25,921)
- IPI- processos NT - ressa (4,985)
- Outros imposto e contrib (4,458)
- PIS - ação fiscal (todas) (4,038)
- IRPF- auto de infração el (3,972)
- PIS - proc. que não vers (3,957)
- IRPJ - AF - lucro real (e (3,943)
- Cofins - ação fiscal (tod (3,839)
- Simples- proc. que não ve (3,681)
- IRPF- ação fiscal - Dep.B (3,040)
- IPI- processos NT- créd.p (2,235)
- IRPF- ação fiscal - omis. (2,215)
- Cofins- proc. que não ver (2,098)
- IRPJ - restituição e comp (2,087)
- Finsocial -proc. que não (1,996)
- IRPF- restituição - rendi (1,990)
- Não Informado (56,821)
- GILSON MACEDO ROSENBURG F (4,955)
- RODRIGO DA COSTA POSSAS (4,442)
- WINDERLEY MORAIS PEREIRA (4,269)
- CLAUDIA CRISTINA NOIRA PA (4,256)
- PEDRO SOUSA BISPO (3,298)
- CHARLES MAYER DE CASTRO S (3,219)
- HELCIO LAFETA REIS (3,195)
- ROSALDO TREVISAN (3,165)
- MARCOS ROBERTO DA SILVA (3,146)
- Não se aplica (2,782)
- LIZIANE ANGELOTTI MEIRA (2,594)
- HONORIO ALBUQUERQUE DE BR (2,474)
- WILDERSON BOTTO (2,439)
- PAULO GUILHERME DEROULEDE (2,339)
- 2020 (41,074)
- 2021 (35,801)
- 2019 (30,945)
- 2018 (26,036)
- 2024 (25,845)
- 2012 (23,620)
- 2023 (22,452)
- 2014 (22,372)
- 2013 (21,085)
- 2011 (20,979)
- 2010 (18,057)
- 2008 (17,072)
- 2017 (16,838)
- 2009 (15,828)
- 2006 (15,270)
- 2009 (69,607)
- 2020 (39,854)
- 2021 (34,153)
- 2019 (30,464)
- 2023 (25,918)
- 2024 (23,874)
- 2014 (23,412)
- 2018 (23,139)
- 2013 (16,584)
- 2017 (16,398)
- 2008 (15,518)
- 2006 (14,850)
- 2022 (13,226)
- 2007 (13,014)
- 2025 (12,261)
Numero do processo: 10467.903839/2009-14
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 29 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Wed Feb 15 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004
IPI. RESSARCIMENTO. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS ESTABELECIMENTOS. À luz do princípio da autonomia dos estabelecimentos, insculpido no regulamento do imposto, cada um dos estabelecimentos de uma mesma empresa deve cumprir separadamente as obrigações tributárias principais e acessórias.
IPI. RESSARCIMENTO. TITULARIDADE DO PEDIDO. Havendo, ao final de cada trimestre-calendário, créditos do IPI passíveis de ressarcimento, o estabelecimento que poderá requerer o ressarcimento é o titular desses créditos.
Recurso Voluntário provido.
Numero da decisão: 3301-003.106
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Luiz Augusto do Couto Chagas - Presidente.
Semíramis de Oliveira Duro - Relatora.
Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, José Henrique Mauri, Marcelo Giovani Vieira e Semíramis de Oliveira Duro.
Nome do relator: SEMIRAMIS DE OLIVEIRA DURO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201609
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 IPI. RESSARCIMENTO. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS ESTABELECIMENTOS. À luz do princípio da autonomia dos estabelecimentos, insculpido no regulamento do imposto, cada um dos estabelecimentos de uma mesma empresa deve cumprir separadamente as obrigações tributárias principais e acessórias. IPI. RESSARCIMENTO. TITULARIDADE DO PEDIDO. Havendo, ao final de cada trimestre-calendário, créditos do IPI passíveis de ressarcimento, o estabelecimento que poderá requerer o ressarcimento é o titular desses créditos. Recurso Voluntário provido.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Feb 15 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 10467.903839/2009-14
anomes_publicacao_s : 201702
conteudo_id_s : 5680387
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Feb 15 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3301-003.106
nome_arquivo_s : Decisao_10467903839200914.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : SEMIRAMIS DE OLIVEIRA DURO
nome_arquivo_pdf_s : 10467903839200914_5680387.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Luiz Augusto do Couto Chagas - Presidente. Semíramis de Oliveira Duro - Relatora. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, José Henrique Mauri, Marcelo Giovani Vieira e Semíramis de Oliveira Duro.
dt_sessao_tdt : Thu Sep 29 00:00:00 UTC 2016
id : 6649782
ano_sessao_s : 2016
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:56:05 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949301968896
conteudo_txt : Metadados => date: 2016-10-30T19:41:04Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; dcterms:created: 2016-10-30T19:41:04Z; Last-Modified: 2016-10-30T19:41:04Z; dcterms:modified: 2016-10-30T19:41:04Z; dc:format: application/pdf; version=1.4; xmpMM:DocumentID: uuid:0c09e17c-5e4c-4da7-a157-4388168af757; Last-Save-Date: 2016-10-30T19:41:04Z; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:modified: 2016-10-30T19:41:04Z; meta:save-date: 2016-10-30T19:41:04Z; pdf:encrypted: true; modified: 2016-10-30T19:41:04Z; Content-Type: application/pdf; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; meta:creation-date: 2016-10-30T19:41:04Z; created: 2016-10-30T19:41:04Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; Creation-Date: 2016-10-30T19:41:04Z; pdf:charsPerPage: 1723; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; pdf:docinfo:created: 2016-10-30T19:41:04Z | Conteúdo => S3C3T1 Fl. 10 1 9 S3C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10467.903839/200914 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3301003.106 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 29 de setembro de 2016 Matéria Imposto sobre Produtos Industrializados IPI Recorrente Bentonisa Bentonita do Nordeste S/A Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 IPI. RESSARCIMENTO. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS ESTABELECIMENTOS. À luz do princípio da autonomia dos estabelecimentos, insculpido no regulamento do imposto, cada um dos estabelecimentos de uma mesma empresa deve cumprir separadamente as obrigações tributárias principais e acessórias. IPI. RESSARCIMENTO. TITULARIDADE DO PEDIDO. Havendo, ao final de cada trimestrecalendário, créditos do IPI passíveis de ressarcimento, o estabelecimento que poderá requerer o ressarcimento é o titular desses créditos. Recurso Voluntário provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Luiz Augusto do Couto Chagas Presidente. Semíramis de Oliveira Duro Relatora. Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, José Henrique Mauri, Marcelo Giovani Vieira e Semíramis de Oliveira Duro. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 46 7. 90 38 39 /2 00 9- 14 Fl. 330DF CARF MF Processo nº 10467.903839/200914 Acórdão n.º 3301003.106 S3C3T1 Fl. 11 2 Tratase de recurso voluntário contra decisão unânime da DRJ/BEL que julgou improcedente a manifestação de inconformidade da empresa, decorrente da negativa do pedido de ressarcimento de crédito do IPI, referente ao quarto trimestre de 2004, no valor de R$ 87.880,27. Foi solicitado o ressarcimento dos créditos previstos no art. 11 da Lei n° 9.779/99 e art. 164, I, do Decreto n° 4.544/2002 (RIPI). O despacho denegatório acusou: Valor do crédito solicitado/utilizado: RS 87.880,27 Valor do crédito reconhecido: R$ 0,00 O valor do crédito reconhecido foi inferior ao solicitado/utilizado em razão do(s) seguinte(s) motivo(s): Constatação de que o saldo credor passível de ressarcimento é inferior ao valor pleiteado. Ocorrência de glosa de créditos considerados indevidos, em procedimento fiscal. Extraise o relatório da decisão recorrida para detalhes do litígio: 2. Em sua análise, a DRF/João Pessoa/PB, indeferiu a totalidade do pleito através do Despacho Decisório de fl. 95, sob o argumento de haver verificado que os créditos cujo ressarcimento foi solicitado pelo contribuinte são referentes a aquisições da filial da empresa, localizada em outra jurisdição fiscal (DRF/Campina Grande), embora o PER tenha indicado como estabelecimento detentor do crédito a matriz, que, na verdade, não é contribuinte do IPI. 3. Cientificada em 04.06.2010 (AR fl. 137), a interessada apresentou, tempestivamente, em 01.07.2010, manifestação de inconformidade (fl. 97/105) na qual admite que os créditos pleiteados pertencem a outro estabelecimento da empresa, alegando que, não sendo a DRF/João Pessoa competente para analisar os créditos da filial, também não poderia indeferir o pleito por faltar ao Órgão a mesma competência alegada em premissa. 5. Assim, entende que seria de se esperar que, ao invés de indeferir o pedido de ressarcimento, fosse o mesmo devolvido ao contribuinte para as devidas retificações e remessa a Delegacia da Receita Federal de Campina Grande, considerando ser de sua competência exclusiva a verificação da idoneidade dos créditos solicitados. 6. Salienta que se a matriz não é contribuinte do IPI, em se tratando de empresa com vários estabelecimentos, todos integram de forma indivisa a mesma sociedade, que é sujeito de direito e obrigações, independente de se originar por ato praticado pela matriz ou filial, uma vez que se sobrepondo a essa particularidade meramente organizacional, está a sociedade, dada a sua unicidade. 7. Requer ao final o acolhimento da manifestação, a correção do CNPJ utilizado no PER/DCOMP e o envio do processo para análise da DRF/Campina Grande, jurisdicionante da filial. Fl. 331DF CARF MF Processo nº 10467.903839/200914 Acórdão n.º 3301003.106 S3C3T1 Fl. 12 3 8. Nas fls. 145/151 a empresa apresenta documento dirigido ao Delegado de Campina Grande informando o equívoco e solicitando a correção dos PER/DCOMP’s para a apreciação do pleito por aquela DRF. A 3ª Turma da DRJ/BEL manteve a autuação na sua integralidade, acórdão nº 0128.005, com decisão assim ementada: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 RESSARCIMENTO. Remanescendo, ao final de cada trimestre calendário, créditos do IPI passíveis de ressarcimento, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica poderá requerer à SRF o ressarcimento de referidos créditos em nome do estabelecimento que os apurou. Manifestação de Inconformidade Improcedente. Direito Creditório Não Reconhecido. Em seu recurso voluntário, a Recorrente alega que: · Houve equívoco na PER/DCOMP na indicação do CNPJ da matriz; · Não se pode negar que a Recorrente é sociedade una, sujeito de direitos e obrigações, detentora dos créditos solicitados, mesmo tendo sido legalmente adquiridos via filial, créditos estes de entradas de matériaprima e insumos destinados à industrialização; · Excluído o fato de que no PER/DCOMPs ocorreu a troca de CNPJ da filial pela matriz, isso é erro material perfeitamente corrigível administrativamente, por ser de fácil verificação e não depender de dilação probatória; · Não há que prosperar a negativa de existência dos créditos solicitados, considerando que tem direito a usufruilos, o que não pode ser elidido em função de simples erro material; · O erro material poderia ser resolvido com mero despacho orientativo sobre o procedimento correto a ser adotado; · A competência para reconhecimento dos créditos declarados na PER/DCOMP é da DRF/Campina Grande, que é de jurisdição do estabelecimento titular dos créditos (filial), por isso não é válido o indeferimento pela DRF/João Pessoa (estabelecimento matriz) do pedido da Recorrente; · Não era da DRF/João Pessoa a competência para analisar a matéria, pois as notas fiscais são referentes a entradas de insumos destinados a industrialização de betonita dirigidas ao estabelecimento filial; · O que se pretende é fazer a retificação da declaração de compensação gerada no PER/DCOMP, por via eletrônica ou por meio de papel, apenas corrigindo o CNPJ, excluindo o da matriz e inserindo o da filial. Ao final, requer seja dado provimento integral ao recurso voluntário, para reconhecer o direito creditório no valor de R$ 87.880,27. Fl. 332DF CARF MF Processo nº 10467.903839/200914 Acórdão n.º 3301003.106 S3C3T1 Fl. 13 4 É o relatório. Voto Conselheira Semíramis de Oliveira Duro O recurso voluntário reúne os pressupostos legais de interposição, dele, portanto, tomo conhecimento. No PER/DCOMP 07361.38390.280205.1.1.010195 referente ao 4° trimestre de 2004, foi indicado como estabelecimento titular do crédito a ser ressarcido, o da matriz da Recorrente, todavia os créditos solicitados foram gerados pela filial (o contribuinte do imposto). Com razão a Recorrente ao alegar que se trata de mero erro formal, pois é incontroverso que a matriz não é estabelecimento industrial. O IPI é regido pelo princípio da autonomia dos estabelecimentos, o que implica na impossibilidade da apuração de créditos e débitos por um deles ser aproveitado por outro estabelecimento, ainda que matriz. Cumpri colacionar a legislação vigente à época: Decreto nº 4544/2002 (RIPI/2002) Art. 24 – São obrigados ao pagamento do imposto como contribuinte: (...) Parágrafo único – Considerase contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar (Lei nº 5.172, de 1966, art. 51, parágrafo único). (...) Autonomia dos Estabelecimentos Art. 313 – Cada estabelecimento, seja matriz, sucursal, filial, agência, depósito ou qualquer outro, manterá o seu próprio documentário, vedada, sob qualquer pretexto, a sua centralização, ainda que no estabelecimento matriz (Lei nº 4.502, de 1964, art. 57). (...) Art. 518 – Na interpretação e aplicação deste Regulamento, são adotados os seguintes conceitos e definições: I – as expressões ‘firma’ e ‘empresa’, quando empregadas em sentido geral, compreendem as firmas em nome Fl. 333DF CARF MF Processo nº 10467.903839/200914 Acórdão n.º 3301003.106 S3C3T1 Fl. 14 5 individual, e todos os tipos de sociedade, quer sob razão social, quer sob designação ou denominação particular (Lei nº 4.502, de 1964, art. 115); II – as expressões ‘fábrica’ e ‘fabricante’ são equivalentes a estabelecimento industrial, como definido no art. 8º; III – a expressão ‘estabelecimento’, em sua delimitação, diz respeito ao prédio em que são exercidas atividades geradoras de obrigações, nele compreendidos, unicamente, as dependências internas, galpões e áreas contínuas muradas, cercadas ou por outra forma isoladas, em que sejam, normalmente, executadas operações industriais, comerciais ou de outra natureza; IV – são considerados autônomos, para efeito de cumprimento da obrigação tributária, os estabelecimentos, ainda que pertencentes a uma mesma pessoa física ou jurídica; V – a referência feita, de modo geral, a estabelecimento comercial atacadista não alcança os estabelecimentos comerciais equiparados a industrial; A Instrução Normativa SRF nº 210, de 2002, nos art. 14 e 32, prescrevia que: Art. 14. Os créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), escriturados na forma da legislação específica, poderão ser utilizados pelo estabelecimento que os escriturou na dedução, em sua escrita fiscal, dos débitos de IPI decorrentes das saídas de produtos tributados. § 1º Os créditos do IPI que, ao final de um período de apuração, remanescerem da dedução de que trata o caput poderão ser mantidos na escrita fiscal do estabelecimento, para posterior dedução de débitos do IPI relativos a períodos subseqüentes de apuração, ou serem transferidos a outro estabelecimento da pessoa jurídica, somente para dedução de débitos do IPI, caso se refiram a: (...) § 2º Remanescendo, ao final de cada trimestrecalendário, créditos do IPI passíveis de ressarcimento após efetuadas as deduções de que tratam o caput e o § 1º, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica poderá requerer à SRF o ressarcimento de referidos créditos em nome do estabelecimento que os apurou, mediante utilização do ‘Pedido de Ressarcimento de Créditos do IPI’, bem assim utilizálos na forma prevista no art. 21 desta Instrução Normativa. (...) Fl. 334DF CARF MF Processo nº 10467.903839/200914 Acórdão n.º 3301003.106 S3C3T1 Fl. 15 6 Art. 32. A decisão sobre o pedido de ressarcimento de créditos do IPI caberá ao titular da DRF, Derat ou IRF Classe Especial que, à data do reconhecimento do direito creditório, tenha jurisdição sobre o domicílio fiscal do estabelecimento da pessoa jurídica que apurou referidos créditos. Por sua vez, a Instrução Normativa SRF nº 460, de 2004, nos art. 16 e 43, prescrevia que: Art. 16. Os créditos do IPI, escriturados na forma da legislação específica, serão utilizados pelo estabelecimento que os escriturou na dedução, em sua escrita fiscal, dos débitos de IPI decorrentes das saídas de produtos tributados. § 1º Os créditos do IPI que, ao final de um período de apuração, remanescerem da dedução de que trata o caput poderão ser mantidos na escrita fiscal do estabelecimento, para posterior dedução de débitos do IPI relativos a períodos subseqüentes de apuração, ou serem transferidos a outro estabelecimento da pessoa jurídica, somente para dedução de débitos do IPI, caso se refiram a: (...) § 2º Remanescendo, ao final de cada trimestrecalendário, créditos do IPI passíveis de ressarcimento após efetuadas as deduções de que tratam o caput e o § 1º, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica poderá requerer à SRF o ressarcimento de referidos créditos em nome do estabelecimento que os apurou, bem como utilizálos na compensação de débitos próprios relativos aos tributos e contribuições administrados pela SRF. (...) Art. 43. O reconhecimento do direito ao ressarcimento de créditos do IPI caberá ao titular da DRF ou da Derat que, à data do reconhecimento, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do estabelecimento da pessoa jurídica que apurou referidos créditos. Dessa forma, para efeito da legislação do IPI, os estabelecimentos de uma mesma empresa são considerados autônomos, devendo cada um cumprir as obrigações tributárias previstas no RIPI, independentemente do fato de ser matriz ou filial. Cada estabelecimento emitirá suas próprias notas fiscais e escriturará os seus livros fiscais, que devem ser conservados no próprio estabelecimento. Todavia, restou demonstrado nos autos que o titular dos créditos era a filial. Assim, deve o pleito da Recorrente ser analisado pela DRF da filial, ou seja, a DRF/Campina Grande. Fl. 335DF CARF MF Processo nº 10467.903839/200914 Acórdão n.º 3301003.106 S3C3T1 Fl. 16 7 No PER/DCOMPs ocorreu a troca de CNPJ da filial pela matriz, isso é erro passível de correção administrativa, já que é de fácil verificação e não depende de dilação probatória. Por conseguinte, não há que prosperar a negativa de análise dos créditos solicitados, cuja verificação é obrigatória pela DRF/Campina Grande. De fato, a competência para reconhecimento dos créditos declarados na PER/DCOMP é da DRF/Campina Grande, que é de jurisdição do estabelecimento titular dos créditos (filial), motivo pelo qual este processo deve ser remetido à essa unidade para análise do direito creditório da Recorrente. Para tanto, deve ser feita a retificação da declaração de compensação gerada no PER/DCOMP, para corrigir o CNPJ, excluindo o da matriz e inserindo o da filial. E, a posterior análise do pedido de ressarcimento, sendo imperiosa a manifestação a respeito da existência ou inexistência do direito aos créditos pleiteados. Do exposto, voto por dar provimento ao recurso voluntário, para envio à DRF/Campina Grande para que seja retificado o PER/DCOMP 07361.38390.280205.1.1.01 0195, com a alteração do CNPJ da matriz pelo da filial e analisado o pedido de ressarcimento. (assinado digitalmente) Semíramis de Oliveira Duro Relatora Fl. 336DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10166.911349/2009-86
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 16 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano-calendário: 2006
TRIBUTO PAGO A MAIOR PELO CONTRIBUINTE. COMPROVAÇÃO DO CRÉDITO MEDIANTE DILIGÊNCIA FISCAL. POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (DÉBITO DO CONTRIBUINTE).
Restando evidente que houve erro no preenchimento da DCTF, relativamente a informação acerca de crédito, e comprovada (por meio de diligência fiscal) a efetiva existência do crédito do contribuinte, é evidente o direito creditório do contribuinte, exatamente conforme alegado em suas DCOMPs.
Numero da decisão: 2201-003.517
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário.
Assinado digitalmente
Carlos Henrique de Oliveira - Presidente.
Assinado digitalmente
Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim - Relator.
EDITADO EM: 12/04/2017
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Carlos Alberto do Amaral Azeredo, Ana Cecília Lustosa da Cruz, Daniel Melo Mendes Bezerra, Dione Jesabel Wasilewski, José Alfredo Duarte Filho (suplente convocado), Marcelo Milton da Silva Risso e Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim
Nome do relator: RODRIGO MONTEIRO LOUREIRO AMORIM
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201703
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2006 TRIBUTO PAGO A MAIOR PELO CONTRIBUINTE. COMPROVAÇÃO DO CRÉDITO MEDIANTE DILIGÊNCIA FISCAL. POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (DÉBITO DO CONTRIBUINTE). Restando evidente que houve erro no preenchimento da DCTF, relativamente a informação acerca de crédito, e comprovada (por meio de diligência fiscal) a efetiva existência do crédito do contribuinte, é evidente o direito creditório do contribuinte, exatamente conforme alegado em suas DCOMPs.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 10166.911349/2009-86
anomes_publicacao_s : 201705
conteudo_id_s : 5718149
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 2201-003.517
nome_arquivo_s : Decisao_10166911349200986.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : RODRIGO MONTEIRO LOUREIRO AMORIM
nome_arquivo_pdf_s : 10166911349200986_5718149.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. Assinado digitalmente Carlos Henrique de Oliveira - Presidente. Assinado digitalmente Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim - Relator. EDITADO EM: 12/04/2017 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Carlos Alberto do Amaral Azeredo, Ana Cecília Lustosa da Cruz, Daniel Melo Mendes Bezerra, Dione Jesabel Wasilewski, José Alfredo Duarte Filho (suplente convocado), Marcelo Milton da Silva Risso e Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim
dt_sessao_tdt : Thu Mar 16 00:00:00 UTC 2017
id : 6744539
ano_sessao_s : 2017
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:59:19 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949311406080
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1459; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C2T1 Fl. 296 1 295 S2C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10166.911349/200986 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2201003.517 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 16 de março de 2017 Matéria IRRF. COMPENSAÇÃO Recorrente FUNDACAO DOS ECONOMIARIOS FEDERAIS FUNCEF Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2006 TRIBUTO PAGO A MAIOR PELO CONTRIBUINTE. COMPROVAÇÃO DO CRÉDITO MEDIANTE DILIGÊNCIA FISCAL. POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (DÉBITO DO CONTRIBUINTE). Restando evidente que houve erro no preenchimento da DCTF, relativamente a informação acerca de crédito, e comprovada (por meio de diligência fiscal) a efetiva existência do crédito do contribuinte, é evidente o direito creditório do contribuinte, exatamente conforme alegado em suas DCOMPs. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. Assinado digitalmente Carlos Henrique de Oliveira Presidente. Assinado digitalmente Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim Relator. EDITADO EM: 12/04/2017 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Carlos Alberto do Amaral Azeredo, Ana Cecília Lustosa da Cruz, Daniel Melo AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 91 13 49 /2 00 9- 86 Fl. 300DF CARF MF Processo nº 10166.911349/200986 Acórdão n.º 2201003.517 S2C2T1 Fl. 297 2 Mendes Bezerra, Dione Jesabel Wasilewski, José Alfredo Duarte Filho (suplente convocado), Marcelo Milton da Silva Risso e Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim Relatório Cuidase de processo administrativo em que se discute a não homologação da DCOMP 12019.43414.130307.1.3.048135, transmitida em 13/03/2007, com crédito de IRRF relativo referente ao 2º Decêndio/Dez/2006, apontado pela RECORRENTE no valor de R$ 106.115,21 (fls. 37/42). A RECORRENTE utiliza o mesmo crédito de IRRF acima especificado nas DCOMPs 20981.43634.300707.1.3.042255 e 01346.01081.280507.1.3.047950, apresentadas em 28/05/2007 e 30/07/2007, objeto dos processos nº 10166.912467/200910 e nº 10166.912459/200965, respectivamente. O valor objeto de cada DCOMP pode ser conferido através da seguinte tabela: Tendo em vista que todas as DCOMPs utilizam o mesmo crédito de IRRF apontado pelo RECORRENTE, os três processos foram analisados em conjunto e encontramse apensos. O presente processo já foi objeto de apreciação por esta Turma julgadora em 06/11/2014, sob a relatoria do Conselheiro Eduardo Tadeu Farah. Em razão disso, adoto o relatório elaborado na ocasião: “Trata o presente processo de Declaração de Compensação, relativa a débito de IRRF – 3º Decêndio/Dez/2006, com crédito de pagamento a maior de IRRF – Rendimento do Trabalho Assalariado – Código 0561, referente ao 2º Decêndio/Dez/2006. Cientificada da nãohomologação da compensação, a interessada apresentou, tempestivamente, Manifestação de Inconformidade, alegando, conforme se extrai do relatório de primeira instância, verbis: ‘O fisco supôs a inexistência do crédito pelo simples cruzamento automatizado, matemático e linear, entre o valor do crédito declarado na Dcdmp débito declarado na Dctf, em comparação ao valor recolhido via Darf; Deveria ter havido uma prévia intimação para a regularização da incongruência identificada pelo sistema, e apenas na ausência de explicação, promover a recusa da homologação, sob pena de configurar violação ao princípio do devido processo legal e da ampla defesa, exigindose a anulação da decisão impugnada; Fl. 301DF CARF MF Processo nº 10166.911349/200986 Acórdão n.º 2201003.517 S2C2T1 Fl. 298 3 Assim, a motivação da decisão que negou a homologação não corresponde aos dados atualizados da Dctf, corrigidos por meio de Dctfretificadora, validamente transmitida, não esbarrando em nenhum dos impedimentos estabelecidas na instrução normativa, não havendo razão para se recusar os efeitos que lhe são inerentes anteriormente à notificação (ciência do Despacho Decisório); A verdade é que, de fato, houve recolhimento a maior que o devido, porque foram indevidamente incluídos na base de cálculo da retenção determinados valores relativos aos assistidos listados no anexo, conforme doc. 5. Requer, então, seja proferida outra decisão, considerando os dados atualizados da DCTF, ou então seja anulada a decisão por ofensa ao devido processo legal e à ampla defesa; Requer, ainda, que sejam julgados em conjunto as manifestações de inconformidade relativas às Dcomp 12019.43414.130.307.1.3.048135, 20981.43634.300707.1.3.042255 e 01346.01081.280507.1.3.047950, tendo me vista que utilizam o mesmo crédito e se referem à mesma Dcomp inicial.’ A 4ª Turma da DRJ em Brasília/DF julgou improcedente Manifestação de Inconformidade apresentada, consoante a ementa abaixo transcrita: ‘Se é facultado ao sujeito passivo apresentar inconformidade contra a não homologação da compensaç1 decisão que julgar improcedente a inconformidade, obedecendo processual administrativo fiscal, não há que se falar em nulidade. Compensação Pagamento a Maior Impossibilidade Liquidez e Certeza do Crédito do Sujeito Passivo – Credite Inexistente. A compensação de créditos tributários (débitos do contribuinte) só pode ser efetuada com crédito líquido e certo do sujeito passivo, sendo que compensação somente pode ser autorizada nas condições estipuladas em lei; no caso, o crédito pleiteado é inexistente. Direito Creditório Não Reconhecido’ Intimada da decisão de primeira instância em 17/05/2011 (fl. 251), a contribuinte apresenta Recurso Voluntário em 30/05/2011 (fl. 253/265), sustentando, essencialmente, os mesmos argumentos defendidos em sua Manifestação de Inconformidade.” Na oportunidade, a Turma Julgadora reconheceu que houve erro no preenchimento da DCTF pela RECORRENTE e que tal fato não foi observado quando proferido o Despacho Decisório, por meio do qual a autoridade administrativa não homologou a compensação, sob o argumento de que não haveria crédito disponível, tendo como base a DCTF original apresentada, e não a retificadora. Neste sentido, ponderou que não seria possível impedir a contribuinte de realizar a quitação dos débitos em razão da existência de erro já corrigido (inteiro teor do acórdão às fls. 270/274). Assim, foi dado provimento ao recurso voluntário para determinar o retorno dos autos à DRF de origem, para análise da DCTF Retificadora (fls. 44/50). O acórdão proferido na ocasião teve a seguinte ementa: Fl. 302DF CARF MF Processo nº 10166.911349/200986 Acórdão n.º 2201003.517 S2C2T1 Fl. 299 4 “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE IRRF Exercício: 2007 PAF. NULIDADE DA DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. INOCORRÊNCIA. Não é nulo acórdão de primeira instância que analisou a integralidade dos elementos processuais e apreciou todos os argumentos impugnatórios suscitados pelo contribuinte. DCTF. ERRO DE PREENCHIMENTO. DESPACHO DECISÓRIO. REANÁLISE. CABIMENTO. Restando patente a ocorrência de erro no preenchimento da DCTF, relativamente a informação acerca de crédito, cabível a reanálise de Despacho Decisório, nos moldes do art. 74 da Lei nº 9.430/1996, levandose em consideração no encontro de contas a DCTF Retificadora.” A Fazenda Nacional, ciente do acórdão, não interpôs recurso (fl. 276). Quando da reanálise do caso, a DRF de origem emitiu a Informação Fiscal de fls. 286/287, abaixo transcrita em síntese: “(...) 5. DCTF's período dezembro de 2006 e DARF Através de consultas à DCTF retificadora/ativa 100.2006.2009.1850323121 recepcionada em 01/10/2009 e à DCTF original/cancelada 100.2006.2007.1820154004 recepcionada em 03/02/2007, é possível verificar que: • O valor total devido a título de IRRF – Código de Receita – 0561 – 2º Dec/Dez/2006 foi reduzido de R$12.468.789,28 para R$ 12.362.674,07, resultando em uma diferença de valor de R$ 106.115,21(fls. 283 – 285); • O DARF de valor R$ 11.594.014,11 teve sua utilização total reduzida para R$ 11.487.898,90, resultando em uma diferença de valor no montante de R$ 106.115,21 (fls. 283 – 285). • O pagamento no valor de R$11.594.014,11 foi confirmado, sendo que, do valor total recolhido, o montante de R$ 11.487.898,90 encontrase alocado a débito de IRRF, código de receita 056103, período de apuração 2º Dec/Dez/2006, declarado em DCTF Retificadora /Ativa de nº 100.2006.2009.1850323121 (fls. 283 – 285). • A diferença de valor no montante de R$ 106.115,21 encontrase reservada conforme tabela abaixo fls. 283 – 285. DCOMP PROCESSO Valor reservado no Sief 12019.43414.130307.1.3.048135 10166.911.349/200986 01346.01081.280507.1.3.047950 10166.912.459/200965 R$ 24.357,39 20981.43634.300707.1.3.042255 10166.912.467/200910 R$ 81.757,82 Total R$ 106.115,21 6. Apuração do crédito informado Levandose em consideração, para o encontro de contas a DCTF retificadora e, de acordo com as informações disponibilizadas nos sistemas informatizados da Receita Federal do Brasil, foi possível identificar um crédito original no valor de R$ 106.115,21. (...)” Fl. 303DF CARF MF Processo nº 10166.911349/200986 Acórdão n.º 2201003.517 S2C2T1 Fl. 300 5 Após a reanálise do pedido de compensação com base na DCTF retificadora, o presente processo retornou ao CARF para prosseguimento e análise do Recurso Voluntário. É o Relatório. Voto Conselheiro Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim O recurso voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos legais, razões por que dele conheço. Do reconhecimento do direito creditório após reanálise do caso com base na DCTF retificadora. Entendo que o caso não comporta maiores digressões. Esta turma julgadora (embora com composição distinta), quando da apreciação do presente processo em 06/11/2014 reconheceu o erro da RECORRENTE no preenchimento da DCTF, relativamente a informação acerca de crédito. Assim, decidiu por determinar a reanálise do caso, dessa vez levandose em consideração no encontro de contas a DCTF Retificadora. Tal decisão não foi objeto de recurso, conforme petição de fl. 276 da Fazenda Nacional. Portanto, encontrase superada a questão envolvendo o reconhecimento de erro da RECORRENTE no preenchimento da DCTF. Consequentemente, foi proferida Informação Fiscal de fls. 286/287 em que a autoridade fiscal identifica um crédito original no valor de R$ 106.115,21 relativo a IRRF (código de receita 056103) do período de apuração 2º Dec/Dez/2006, declarado em DCTF Retificadora /Ativa de nº 100.2006.2009.1850323121, exatamente conforme alegado pela RECORRENTE em suas DCOMPs. Importante ressaltar que o montante de R$ 106.115,21 representa o valor original do crédito da RECORRENTE. No entanto, na mesma Informação Fiscal é revelado que do crédito encontrase reservada conforme tabela abaixo: DCOMP PROCESSO Valor reservado no Sief 12019.43414.130307.1.3.048135 10166.911.349/200986 01346.01081.280507.1.3.047950 10166.912.459/200965 R$ 24.357,39 20981.43634.300707.1.3.042255 10166.912.467/200910 R$ 81.757,82 Total R$ 106.115,21 Fl. 304DF CARF MF Processo nº 10166.911349/200986 Acórdão n.º 2201003.517 S2C2T1 Fl. 301 6 É de se estranhar a informação acima relativa ao valor reservado do crédito apurado pela RECORRENTE. Primeiro porque justamente a DCOMP inicialmente apresentada pela RECORRENTE (12019.43414.130307.1.3.048135, objeto do processo 10166.911.349/200986) não possui nenhum valor reservado do crédito. Ademais, é de se estranhar os valores acima reservados no Sief, uma vez que o montante dos débitos objeto das DCOMPs 01346.01081.280507.1.3.047950 e 20981.43634.300707.1.3.042255 são bem menores do que os valores reservados para elas no Sief, conforme abaixo: As informações acima são facilmente extraídas das DCOMPs, cujas informações colaciono abaixo: DCOMP 12019.43414.130307.1.3.048135, apresentada em 13/03/2007 (fls. 37/41 do processo nº 10166.911.349/200986) DCOMP 20981.43634.300707.1.3.042255, apresentada em 28/05/2007 (fls. 37/41 do processo nº 10166.912.467/200910) DCOMP 01346.01081.280507.1.3.047950, apresentada em 30/07/2007 (fls. 36/40 do processo nº 10166.912.459/200965): Fl. 305DF CARF MF Processo nº 10166.911349/200986 Acórdão n.º 2201003.517 S2C2T1 Fl. 302 7 Conforme acima exposto, não se vislumbra a necessidade de reservar a totalidade do crédito de R$ 106.115,21 (valor original do crédito da RECORRENTE) para os débitos objeto das DCOMPs 01346.01081.280507.1.3.047950 e 20981.43634.300707.1.3.04 2255, cujos valores originários são R$ 83,48 e R$ 55.318,72, respectivamente. Portanto, verifico que o crédito de IRRF apurado pela RECORRENTE, relativo ao 2º Decêndio/Dez/2006, possui o valor originário de R$ 106.115,21. Conclusão Em razão do exporto, voto no sentido de julgar DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário para reconhecer o direito creditório da RECORRENTE. Assinado digitalmente Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim Relator Fl. 306DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10711.725337/2013-93
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 21 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 03/06/2009
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INOBSERVÂNCIA AO PRAZO ESTABELECIDO PREVISTO EM NORMA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO.
É obrigação do contribuinte prestar informações sobre a desconsolidação de carga dentro dos prazos previstos no artigo 22 c/c o artigo 50 da IN SRF nº 800/2007, sob pena de sujeitar-se à aplicação da multa prevista no artigo 107, inciso I, IV, alínea "e", do Decreto Lei nº 37/66.
MULTA POR ATRASO NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A CARGA. APLICAÇÃO POR MANIFESTO DE CARGA. IMPOSSIBILIDADE. ÔNUS DA PROVA DO CONTRIBUINTE.
A multa regulamentar sancionadora da infração por omissão ou atraso na prestação de informação sobre a carga transportada por empresa de transporte internacional de carga deve ser aplicada uma única vez por viagem do veículo transportador e não por cada manifesto de carga da mesma viagem. Contudo, se não estiverem presentes nos autos informações suficientes que comprovem a penalização por cada manifesto de carga, não há como cancelar o lançamento.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3201-002.545
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
WINDERLEY MORAIS PEREIRA - Presidente Substituto e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Jose Luiz Feistauer de Oliveira, Mercia Helena Trajano Damorim, Cassio Schappo, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araujo, Pedro Rinaldi De Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisario.
Nome do relator: WINDERLEY MORAIS PEREIRA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201702
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Data do fato gerador: 03/06/2009 OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INOBSERVÂNCIA AO PRAZO ESTABELECIDO PREVISTO EM NORMA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO. É obrigação do contribuinte prestar informações sobre a desconsolidação de carga dentro dos prazos previstos no artigo 22 c/c o artigo 50 da IN SRF nº 800/2007, sob pena de sujeitar-se à aplicação da multa prevista no artigo 107, inciso I, IV, alínea "e", do Decreto Lei nº 37/66. MULTA POR ATRASO NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A CARGA. APLICAÇÃO POR MANIFESTO DE CARGA. IMPOSSIBILIDADE. ÔNUS DA PROVA DO CONTRIBUINTE. A multa regulamentar sancionadora da infração por omissão ou atraso na prestação de informação sobre a carga transportada por empresa de transporte internacional de carga deve ser aplicada uma única vez por viagem do veículo transportador e não por cada manifesto de carga da mesma viagem. Contudo, se não estiverem presentes nos autos informações suficientes que comprovem a penalização por cada manifesto de carga, não há como cancelar o lançamento. Recurso Voluntário Negado.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 10711.725337/2013-93
anomes_publicacao_s : 201705
conteudo_id_s : 5718057
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3201-002.545
nome_arquivo_s : Decisao_10711725337201393.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : WINDERLEY MORAIS PEREIRA
nome_arquivo_pdf_s : 10711725337201393_5718057.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) WINDERLEY MORAIS PEREIRA - Presidente Substituto e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Jose Luiz Feistauer de Oliveira, Mercia Helena Trajano Damorim, Cassio Schappo, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araujo, Pedro Rinaldi De Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisario.
dt_sessao_tdt : Tue Feb 21 00:00:00 UTC 2017
id : 6744447
ano_sessao_s : 2017
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:59:15 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949337620480
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1784; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T1 Fl. 2 1 1 S3C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10711.725337/201393 Recurso nº 1 Voluntário Acórdão nº 3201002.545 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 21 de fevereiro de 2017 Matéria OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. MULTA POR ATRASO NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE CARGA Recorrente CEVA FREIGHT MANAGEMENT DO BRASIL LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 03/06/2009 OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INOBSERVÂNCIA AO PRAZO ESTABELECIDO PREVISTO EM NORMA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO. É obrigação do contribuinte prestar informações sobre a desconsolidação de carga dentro dos prazos previstos no artigo 22 c/c o artigo 50 da IN SRF nº 800/2007, sob pena de sujeitarse à aplicação da multa prevista no artigo 107, inciso I, IV, alínea "e", do Decreto Lei nº 37/66. MULTA POR ATRASO NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A CARGA. APLICAÇÃO POR MANIFESTO DE CARGA. IMPOSSIBILIDADE. ÔNUS DA PROVA DO CONTRIBUINTE. A multa regulamentar sancionadora da infração por omissão ou atraso na prestação de informação sobre a carga transportada por empresa de transporte internacional de carga deve ser aplicada uma única vez por viagem do veículo transportador e não por cada manifesto de carga da mesma viagem. Contudo, se não estiverem presentes nos autos informações suficientes que comprovem a penalização por cada manifesto de carga, não há como cancelar o lançamento. Recurso Voluntário Negado. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) WINDERLEY MORAIS PEREIRA Presidente Substituto e Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 71 1. 72 53 37 /2 01 3- 93 Fl. 99DF CARF MF Processo nº 10711.725337/201393 Acórdão n.º 3201002.545 S3C2T1 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Jose Luiz Feistauer de Oliveira, Mercia Helena Trajano Damorim, Cassio Schappo, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araujo, Pedro Rinaldi De Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisario. Relatório Tratase de processo referente à exigência de multa pelo descumprimento da obrigação de prestar informação sobre veículo, operação realizada ou carga transportada, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A irregularidade identificada consta do tópico "Dos Fatos", parte da Descrição dos Fatos do Auto de Infração. Segundo o relatado, consistiu na prestação intempestiva de informação referente ao conhecimento eletrônico (CE) ali indicado, o que acarretou no bloqueio automático do conhecimento no sistema Carga, conforme extrato anexado aos autos. Diante dos fatos apurados, a fiscalização entendeu configurada a infração tipificada no art. 107, IV, “e”, do DecretoLei nº 37/1966, com redação dada pela Lei nº 10.833/2003, e aplicou a multa ali cominada. Não conformada com a exigência, a contribuinte apresentou Impugnação, cujos argumentos de defesa foram assim sintetizados pela DRJ: a) Princípio da razoabilidade. O atraso incorrido pela impugnante não causou embaraço ao controle aduaneiro, eis que as informações foram prestadas com suficiente antecedência da chegada do navio ao porto, o que comprova, também, o fato de a autuada não ter agido com intuito de cometer qualquer infração. Dessa forma, a aplicação de multa no presente caso ofende ao princípio da razoabilidade, que impõe à Administração Pública o dever de agir com bom senso, prudência e moderação, levando em conta a relação de proporcionalidade entre os meios empregados e a finalidade a ser alcançada, bem como as circunstâncias que envolvem a prática do ato. b) Bis in Idem. A impugnante foi penalizada mais de uma vez pela mesma conduta, uma vez que foram cobradas multas pelo atraso na entrega de informações referentes a cargas transportadas no mesmo navio/viagem, conforme processos administrativos indicados, não podendo subsistir mais de uma penalidade para o mesmo fato, conforme estabelece a legislação de regência. Assim, se infração houve, nesses casos só poderia ser aplicada multa uma única vez, consoante já decidiu a própria Receita Federal na Solução de Consulta Interna (SCI) nº 8, de 14/2/2008. Ao final a impugnante requer que seja cancelado o lançamento ou, subsidiariamente, que seja aplicado o entendimento de que só é cabível uma multa em relação a cada navio/viagem, excluindose as penalidades excedentes. A DRJ/Fortaleza julgou improcedente a impugnação apresentada, mantendo a exigência da penalidade nos termos do Acórdão 08033.132. No recurso voluntário foram repisadas as alegações trazidas na impugnação. É o relatório. Fl. 100DF CARF MF Processo nº 10711.725337/201393 Acórdão n.º 3201002.545 S3C2T1 Fl. 4 3 Voto Winderley Morais Pereira, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3201002.523, de 21 de fevereiro de 2017, proferido no julgamento do processo 10711.724209/201241, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão, (Acórdão 3201002.523): "Conforme o Direito Tributário, a legislação, as provas, documentos e petições apresentados aos autos deste procedimento administrativo e, no exercício dos trabalhos e atribuições profissionais concedidas aos Conselheiros, conforme portaria de condução e Regimento Interno deste Conselho, apresento e relato o seguinte voto. Por conter matéria preventa desta 3.ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e considerando o tempestivo Recurso Voluntário, dele conheço. A alegação da fiscalização de 'Não Prestação de Informação sobre Carga Transportada' e a consequente aplicação de multa de R$ 5.000,00 prevista no Art. 107 do DL 37/66, em razão do descumprimento do prazo previsto na IN RFB 800/2007, Art. 22, ocorreu em razão da fiscalização ter constatado que o contribuinte era consignatário e deveria ter cumprido o prazo em no máximo até 29/07/09 às 07:58, sendo que desconsolidou o mercante agregado HBL de fls. 23 e 24 às 18:00 do mesmo dia 29. Conforme alegação de bis in idem do contribuinte em seu Recurso Voluntário, a autuação seria atrelada a dois outros autos de infração, Processos Administrativos de n°. 10711.724.250/201218 e 10711.724.251/201262, com os mesmos fatos e penalidade. Vencido no voto de diligência, para que fossem juntadas aos autos cópias dos mencionados processos e fosse verificada a possibilidade da duplicidade da pena, conforme Resolução por mim proposta na sessão de Janeiro deste ano, é certo que devo proceder à análise do mérito desta lide. Em que pese existir precedente favorável à situação do contribuinte, como o encontrado no Acórdão 3102001.988 deste Conselho, que determinou que a multa regulamentar sancionadora da infração por omissão ou atraso na prestação de informação sobre a carga transportada por empresa de transporte internacional de carga deve ser aplicada uma única vez por viagem do veículo transportador e não por cada manifesto de carga da mesma viagem, como fora consignado na autuação, não houve comprovação da existência de duplicidade ou do bis in idem, tampouco argumentos capazes de prejudicar o lançamento fiscal ou contradizer os argumentos utilizados pela turma de origem que afirmou 'que as multas aplicadas foram decorrentes de condutas similares, porém, relativas a fatos distintos'. Fl. 101DF CARF MF Processo nº 10711.725337/201393 Acórdão n.º 3201002.545 S3C2T1 Fl. 5 4 Mas cópias dos Autos de Infração, um demonstrativo analítico, com os registros relativos às operações tratadas em cada processo apontado no recurso, não foram juntados pelo contribuinte. Esta situação (não juntada de documentos ou provas) diverge do previsto no Art. 16, inciso III e §4º, do inciso V , do Decreto nº 70.235/72, bem como do artigo 373, inciso II, do Código de Processo Civil. Nestes termos, considerando que a Recorrente deixou de comprovar suas alegações, não há como acolher o pedido de nulidade do lançamento suscitado pela contribuinte. Restam prejudicados os demais argumentos do contribuinte, pois todos são decorrentes da alegação de bis in idem, exceto pela alegação de aplicação do princípio da razoabilidade, o que certamente teria valia porque é um princípio constitucional, contudo, está correta a fundamentação legal do lançamento, vigente e aplicável aos fatos narrados. O lançamento capitulou corretamente a multa regulamentar pela não prestação de informação sobre veículo ou carga transportada, ou sobre operações que executar, prevista no artigo 107, inciso IV, alínea "e", do Decreto Lei º 37/66, com a redação dada pelo artigo 77 da Lei nº 10.833/2003, pelo fato da Recorrente ter prestado informações sobre a desconsolidação da carga fora do preceitos e prazos previstos nos artigo 22 e 50, da Instrução Normativa SRF nº 800/2007. Assim, deve ser aplicada a multa prevista pela letra “e” do inciso IV, art. 107 do Decreto nº 37, isso é, no montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Diante do exposto, votase por NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário para manter o lançamento em uma só multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)." Quanto à questão do bis in idem, da mesma forma que no caso do paradigma a contribuinte não juntou ao presente processo "cópias dos Autos de Infração, um demonstrativo analítico, com os registros relativos às operações tratadas em cada processo apontado no recurso". Não comprovada a ocorrência de duplicidade da exigência, não há como acolher o pleito de nulidade do presente lançamento. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, negase provimento ao recurso voluntário. assinado digitalmente Winderley Morais Pereira Fl. 102DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10070.000362/89-90
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 13 00:00:00 UTC 1998
Numero da decisão: 107-00.219
Decisão: RESOLVEM os Membros da Sétima Câmara do Primeiro Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, CONVERTER o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator.
Nome do relator: Carlos Alberto Gonçalves Nunes
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 199810
camara_s : Quarta Câmara
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
numero_processo_s : 10070.000362/89-90
conteudo_id_s : 5719809
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon May 15 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 107-00.219
nome_arquivo_s : Decisao_100700003628990.pdf
nome_relator_s : Carlos Alberto Gonçalves Nunes
nome_arquivo_pdf_s : 100700003628990_5719809.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : RESOLVEM os Membros da Sétima Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, CONVERTER o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator.
dt_sessao_tdt : Tue Oct 13 00:00:00 UTC 1998
id : 6748078
ano_sessao_s : 1998
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:59:33 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949357543424
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; pdf:docinfo:title: 1070219_100700003628990_199810; xmp:CreatorTool: Smart Touch 1.7; Keywords: ; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; subject: ; dcterms:created: 2017-05-15T15:07:30Z; dc:format: application/pdf; version=1.4; title: 1070219_100700003628990_199810; pdf:docinfo:creator_tool: Smart Touch 1.7; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:keywords: ; pdf:encrypted: false; dc:title: 1070219_100700003628990_199810; Build: FyTek's PDF Meld Commercial Version 7.2.1 as of August 6, 2006 20:23:50; cp:subject: ; pdf:docinfo:subject: ; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: ; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; dc:subject: ; meta:creation-date: 2017-05-15T15:07:30Z; created: 2017-05-15T15:07:30Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; Creation-Date: 2017-05-15T15:07:30Z; pdf:charsPerPage: 829; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; pdf:docinfo:custom:Build: FyTek's PDF Meld Commercial Version 7.2.1 as of August 6, 2006 20:23:50; meta:keyword: ; producer: Eastman Kodak Company; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Eastman Kodak Company; pdf:docinfo:created: 2017-05-15T15:07:30Z | Conteúdo => Lam-5 Processo nO Recurso nO Matéria Recorrente Recorrida Sessão de MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SÉTIMA CÂMARA 10070.000362/89-90 105.066 IRPJ - Exs.: 1985 e 1986 MINERAÇÃO SANTA MARTHA S/A DRF em CUIABÁ-MT 13 de outubro de 1998. R E S O L U ç Ã O N°. 107-0.219 • • Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por MINERAÇÃO SANTA MARTHA S/A. RESOLVEM os Membros da Sétima Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, CONVERTER o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. FRANCISC E PRESIDEN E ~~~~ CARLOS ALBERTO GONÇALVES NUNES. RELATOR FORMALIZADO EM: 1 8 NOV 1998 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NATANAEL MARTINS, PAULO ROBERTO CORTEZ, EDWAL GONÇALVES DOS SANTOS e MARIA DO CARMO SOARES RODRIGUES DE CARVALHO. Ausentes, justificadamente, os Conselheiros MARIA ILCA CASTRO LEMOS DINIZ e FRANCISCO DE ASSIS VAZ GUIMARÃES. --------------------- -- ---- ,,/ ~. Processo nO Resolução nO Recurso nO Recorrente 10070.000362/89-90 107-0.219 105.066 MINERAÇÃO SANTA MARTHA S/A RELATÓRIO •• MINERAÇÃO SANTA MARTHA S.A., qualificada nos autos, recorreu a este Colegiado (fls. 123/132) contra a decisão do Sr. Delegado da Receita Federal em Cuiabá, MT. (fls.113/118)) que indeferiu a sua impugnação ao lançamento do IRPJ, exercícios de 1985 e 1986 por falta de inclusão de saldo credor da conta de correção monetária e de variação monetária ativa ao lucro líquido dos exercícios de 1985 e de 1986. Negado provimento ao recurso pelo Acórdão nO 107-1.635, de 18/1094, a empresa apontou, com vistas à sua correção, lapso no Acórdão nO107-1.635, de 18/10/94, que deixou de examinar prova e argumento constantes do seu recurso de fls. 123/132, ensejando contradição e dúvidas no referido aresto administrativo. O Presidente desta Câmara, acolheu o parecer de fls. 214, reconhecendo a procedência das alegações da sucumbente, e determinou a inclusão da matéria em pauta. É o Relat6rio.~ 2 .....-------------------------------~-----~----- .,) ---" Processo nO Resolução nO 10070.000362/89-90 107-0.219 VOTO • Conselheiro CARLOS ALBERTO GONÇALVES NUNES, Relator Recurso tempestivo e assente em lei, dele tomo conhecimento. A empresa, em seu recurso ao Colegiado, apresentado em data de 18/02/93, apresentou prova que não figurava dos autos, ou seja, dos documentos, por cópia, às fls. 141 e segs. Como já consignado no mencionado parecer, a juntada de .prova no recurso e mesmo posteriormente, enquanto o processo estiver com o relator, é permitido pelo S 5° do art ..~16 do Regimento Interno do Primeiro Conselho de Contribuintes. aprovado pela Portaria nO537/92, vigente á época do recurso, desde que dada ciência à parte adversa. Em conseqüência, deve o Colegiado ouvir a repartição fiscal. Isto posto, voto pela conversão do julgamento em diligência, para que a repartição fiscal: 1) intime a recorrente a comprovar o arquivamento da Quarta alteração contratual de Geoplex Mineração Uda. (denominação social anterior da peticionária), datada de dezembro de 1982 (fls. 141/151) na Junta Comercial; 2) se pronuncie sobre a prova produzida, emitindo as considerações que julgar oportunas ao perfeito esclarecimento da matéria e à prestação da justiça fiscal, realizando, se necessário, exame nos livros e demais documentos da empresa. Na hipótese de a repartição fiscal juntar novos documentos aos autos, dever-se-á abrir prazo à recorrente para manifestar-se a respeito. Sala das Sessões - DF, em 13 de outubro de 1998. zf.#Av~~ CARLOS ALBERTO GONÇALVES NUNES 3 00000001 00000002 00000003
score : 1.0
Numero do processo: 13609.720728/2011-15
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 22 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Apr 20 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Exercício: 2006
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO DE OFÍCIO. DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA INFERIOR AO LIMITE DE ALÇADA EM VIGOR NA DATA DO JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 103
Como o propósito dos presentes embargos de declaração é o de ver apreciado recurso ofício, cujo valor da redução do crédito tributário que o motivou está abaixo do limite de alçada em vigor na data de hoje, voto por não conhecer dos embargos de declaração, em cumprimento da Súmula CARF n° 103.
Embargos Não Conhecidos
Crédito Tributário Mantido
Numero da decisão: 3301-003.208
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhcer dos embargos de declaração.
Luiz Augusto do Couto Chagas - Presidente.
Marcelo Costa Marques d'Oliveira - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), Semíramis de Oliveira Duro, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Valcir Gassen, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Jose Henrique Mauri, Liziane Angelotti Meira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões
Nome do relator: MARCELO COSTA MARQUES D OLIVEIRA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201702
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Exercício: 2006 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO DE OFÍCIO. DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA INFERIOR AO LIMITE DE ALÇADA EM VIGOR NA DATA DO JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 103 Como o propósito dos presentes embargos de declaração é o de ver apreciado recurso ofício, cujo valor da redução do crédito tributário que o motivou está abaixo do limite de alçada em vigor na data de hoje, voto por não conhecer dos embargos de declaração, em cumprimento da Súmula CARF n° 103. Embargos Não Conhecidos Crédito Tributário Mantido
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Apr 20 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 13609.720728/2011-15
anomes_publicacao_s : 201704
conteudo_id_s : 5713224
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Apr 20 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3301-003.208
nome_arquivo_s : Decisao_13609720728201115.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : MARCELO COSTA MARQUES D OLIVEIRA
nome_arquivo_pdf_s : 13609720728201115_5713224.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhcer dos embargos de declaração. Luiz Augusto do Couto Chagas - Presidente. Marcelo Costa Marques d'Oliveira - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), Semíramis de Oliveira Duro, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Valcir Gassen, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Jose Henrique Mauri, Liziane Angelotti Meira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões
dt_sessao_tdt : Wed Feb 22 00:00:00 UTC 2017
id : 6723324
ano_sessao_s : 2017
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:58:40 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949389000704
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1582; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C3T1 Fl. 10 1 9 S3C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13609.720728/201115 Recurso nº Embargos Acórdão nº 3301003.208 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 22 de fevereiro de 2017 Matéria IPI Embargante FAZENDA NACIONAL Interessado DATAPRINT INDUSTRIA E COMERCIO DE FORMULARIOS LTDA ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Exercício: 2006 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO DE OFÍCIO. DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA INFERIOR AO LIMITE DE ALÇADA EM VIGOR NA DATA DO JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 103 Como o propósito dos presentes embargos de declaração é o de ver apreciado recurso ofício, cujo valor da redução do crédito tributário que o motivou está abaixo do limite de alçada em vigor na data de hoje, voto por não conhecer dos embargos de declaração, em cumprimento da Súmula CARF n° 103. Embargos Não Conhecidos Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhcer dos embargos de declaração. Luiz Augusto do Couto Chagas Presidente. Marcelo Costa Marques d'Oliveira Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), Semíramis de Oliveira Duro, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Valcir Gassen, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Jose Henrique Mauri, Liziane Angelotti Meira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 60 9. 72 07 28 /2 01 1- 15 Fl. 3653DF CARF MF Processo nº 13609.720728/201115 Acórdão n.º 3301003.208 S3C3T1 Fl. 11 2 Relatório Tratase de embargos opostos pela Fazenda Nacional, em face do Acórdão CARF n° 3301002.371, proferido pela 1° Turma da 3° Câmara da 3 Seção, em razão de o colegiado não ter julgado o recurso de ofício interposto pela Delegacia Regional de Julgamento em Juiz de Fora (MG), em face do Acórdão DRJ n° 0939.873. Reproduzo o relatório constante do Acórdão CARF n° 3301002.371: "Tratase, na origem, de Auto de Infração mediante o qual a Fiscalização exige Imposto sobre Produtos Industrializados –IPI– relacionado a fatos geradores compreendidos entre janeiro e dezembro de 2006 e acréscimos legais (juros e multa), no montante de R$ 5.912.972,98 (fl. 3528). Segundo informação contida na autuação o lançamento decorreu dosseguintes fatores (fls. 3524/3527): 1 – IPI sobre as vendas de produtos de fabricação própria – Não foi justificado motivo pelo qual a empresa deixou de destacar, em suas notas fiscais de saída o valor do IPI sobre produtos de sua fabricação própria. Assim, não havendo dado para comprovar o efetivo recolhimento do tributo, foram lançados valores de IPI no período, considerando as alíquotas relacionadas aos Códigos NCM relacionados a cada um dos produtos da recorrente. 2 – IPI sobre transferência de produção para estabelecimento da mesma empresa – Como a recorrente não indicou, nas notas fiscais de saída de seu estabelecimento, que as transferências de mercadorias/produção estavam contempladas pela suspensão do IPI, nem se preocupavam em apontar a base legal dessa suspensão, a fiscalização lavrou o competente auto; 3 – Aproveitamento de créditos simples – Foram aproveitados, para a apuração do IPI devido, todos os créditos descritos na planilha apresentada em resposta ao Termo de Intimação 01, relativos à aquisição de insumos utilizados em seu processo produtivo. 4 – Após a confrontação dos débitos e créditos apurados, o valor de IPI devido, segundo a fiscalização, foi lançado por meio de Auto de Infração juntamente com os consectários legais pertinentes. Apresentada impugnação (fls. 3536/3555), mediante a qual alega que (i) a fiscalização não considerou, de forma integral, os débitos de IPI decorrentes da aquisição de insumos para fabricação própria; (ii) foram indevidamente desconsiderados os créditos de IPI decorrentes das saídas de produtos NT, alíquota zero e imunes; (iii) deve ser afastada a exigência do tributo decorrente da transferência de produtos entre estabelecimentos da mesma empresa; e (iv) pede a redução da multa qualificada (150%). A DRJ de Juiz de Fora (fls. 3607/3614) proveu parcialmente a impugnação da recorrente, apenas para reduzir a multa qualificada. É o que se extrai da seguinte ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Fl. 3654DF CARF MF Processo nº 13609.720728/201115 Acórdão n.º 3301003.208 S3C3T1 Fl. 12 3 Exercício: 2006 IPI. SAÍDAS COM SUSPENSÃO. CONDICIONANTES. Somente será permitida a saída ou o desembaraço de produtos com suspensão do imposto quando observadas as normas regulamentares e as medidas de controle expedidas pela SRF. IPI. CRÉDITOS BÁSICOS. FALTA DE LEGITIMIDADE. Súmula CARF nº 20: Não há direito aos créditos de IPI em relação às aquisições de insumos aplicados na fabricação de produtos classificados na TIPI como NT. IPI.CRÉDITOS BÁSICOS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE MATERIALIDADE. A Lei nº 9.779/99 confere o direito de creditamento do IPI nas aquisições que derem origem a saídas isentas ou tributadas à alíquota zero; porém há de haver comprovação de que a autoridade fiscal, ao computar os créditos legítimos, teria omitido tais valores. IPI. QUALIFICAÇÃO DA MULTA DE OFÍCIO. FALTA DE LEGITIMIDADE. INOCORRÊNCIA DE AÇÃO TÍPICA. A falta de destaque na nota fiscal do IPI devido na operação não caracteriza ocultação da ocorrência do fato gerador, nem mesmo alteração de sua natureza, o que afasta a caracterização de conduta tipificadora de sonegação. Impugnação Procedente em Parte. Crédito Tributário Mantido em Parte. Nessa oportunidade, convém firmar, que a Delegacia de Julgamento esclareceu que a “Contribuinte optou por não impugnar os débitos apurados no período auditado (julho a dezembro de 2006)” – fl. 3611. De fato, não se questionou, em momento algum, a existência de débitos. A lide foi instaurada apenas sobre os créditos e sobre a multa aplicada. Irresignada, a Contribuinte apresenta Recurso Voluntário às fls. 3620/3635, mediante o qual, quanto às razões de mérito, repisa os mesmíssimos fundamentos deduzidos em sua impugnação. Apenas no tocante à multa reduzida, que entende ser ainda extorsiva em vista da situação da empresa (em recuperação judicial), traz as mesmas doutrinas e violações constitucionais aos princípios da razoabilidade e da capacidade contributiva. É o relatório." Em 28/05/14, a 1° Turma Ordinária da 3° Câmara da 3° Seção negou provimento ao recurso voluntário. O Acórdão foi assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Exercício: 2006 Fl. 3655DF CARF MF Processo nº 13609.720728/201115 Acórdão n.º 3301003.208 S3C3T1 Fl. 13 4 IPI.CRÉDITOS BÁSICOS. FALTA DE PROVA QUANTO AO NÃO APROVEITAMENTO PARA APURAÇÃO DO CRÉDITO. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. O aproveitamento integral, pela Fiscalização, de planilha de crédito apresentada pela própria Contribuinte pressupõe a consideração, no processo de apuração de todos os créditos a que teria direito. Eventual crédito não inserido em planilha apresentada pela própria Contribuinte exige demonstração cabal da sua existência e origem, o que não se verificou. Recurso Voluntário cuja fundamentação, por ser genérica, não ilide as razões da decisão recorrida. Fundamentação deficiente. IPI. CRÉDITOS BÁSICOS. FALTA DE LEGITIMIDADE. AQUISIÇÃO DE INSUMOS PARA INDUSTRIUALIZAÇÃO DE PRODUTOS COM SAÍDA NÃO TRIBUTADA. Súmula CARF nº 20: Não há direito aos créditos de IPI em relação às aquisições de insumos aplicados na fabricação de produtos classificados na TIPI como NT. IPI. SAÍDAS COM SUSPENSÃO. CONDICIONANTES. FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO DEFICIENTE. Não se conhece de recurso quando de sua fundamentação não se puder constatar o objeto da controvérsia dos autos. Fundamentação deficiente. Ausência de insurgência quanto aos fundamentos da decisão recorrida . QUALIFICAÇÃO DA MULTA DE OFÍCIO. A falta de destaque na nota fiscal do IPI devido na operação não caracteriza ocultação da ocorrência do fato gerador, nem mesmo alteração de sua natureza, o que afasta a caracterização de conduta tipificadora de sonegação. A Delegacia da Receita Federal em Sete Lagoas (MG) opôs embargos de declaração, em razão de o colegiado do CARF não ter julgado o recurso ofício interposto pela DRJ em Juiz de Fora (MG). O Presidente da 1° Turma Ordinária da 3° Câmara da 3° Seção emitiu despacho (fl. 3.709), admitindo os embargos É o relatório. Fl. 3656DF CARF MF Processo nº 13609.720728/201115 Acórdão n.º 3301003.208 S3C3T1 Fl. 14 5 Voto Conselheiro Relator Marcelo Costa Marques d'Oliveira PRELIMINAR DE ADMISSIBILIDADE O Presidente da 1° Turma da 1° Câmara da 3° Seção do CARF admitiu os embargos de declaração opostos pela Delegacia da Receita Federal em Sete Lagoas (MG), em face do Acórdão CARF n° 3301002.371. A DRF alegou que o colegiado do CARF teria deixado de apreciar recurso de ofício, o que configuraria omissão e, nos termos do art. 65 da Portaria MF n° 343/15 (RICARF), justificaria a oposição dos embargos. A DRJ/JFA, por meio do Acórdão n° 0939.873 (fls. 3.652 a 3.659), de 13/04/12, deu provimento parcial à impugnação, reduzindo a multa de ofício de 150% para 75%, o que redundou numa redução do crédito tributário de R$ 1.490.308,97. Na decisão de primeira instância, foi consignada a interposição de recurso ofício, uma vez que a exoneração tributária foi de R$ 1.490.308,97, o que ultrapassava o limite de alçada de R$ 1.000.000,00, estabelecido pela Portaria n° 3/08, em vigor em 13/04/12, data em que foi interposto o recurso de ofício (fl. 3.653). Por sua vez, o contribuinte também contestou a citada decisão, apresentando recurso voluntário (fls. 3.668 a 3.683). Em 28/05/14, o CARF proferiu decisão, negando provimento ao recurso voluntário. Contudo, o respectivo colegiado não apreciou o recurso de ofício, o que era mandatório, uma vez que, na data em que o CARF proferiu sua decisão, o limite de alçada em vigor ainda era de R$ 1.000.000,00. De pronto, verificase que realmente há a citada omissão no Acórdão CARF n° 3301002.371. Contudo, em 10/02/17, foi publicada a Portaria MF n° 63/2017, alterando o limite de alçada para R$ 2.500.000,00. E assim dispõe a Súmula CARF n° 103: "Para fins de conhecimento de recurso de ofício, aplicase o limite de alçada vigente na data de sua apreciação em segunda instância." Como o propósito dos presentes embargos de declaração é o de ver apreciado o mencionado recurso ofício e o valor da redução do crédito tributário que o motivou está abaixo do limite de alçada em vigor na data de hoje, voto por não conhecer dos embargos de declaração, em cumprimento da Súmula CARF n° 103. É como voto. Conselheiro Marcelo Costa Marques d'Oliveira Fl. 3657DF CARF MF Processo nº 13609.720728/201115 Acórdão n.º 3301003.208 S3C3T1 Fl. 15 6 Fl. 3658DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11080.906281/2013-11
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 26 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Apr 04 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Ano-calendário: 2008
SOLUÇÃO DE CONSULTA DESFAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. ALTERAÇÃO POR DECISÃO PROFERIDA NO ÂMBITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. VALIDADE.
Não há óbice legal para que seja alterado entendimento veiculado em solução de consulta, desfavorável ao contribuinte, por decisão emanada no âmbito do contencioso administrativo fiscal.
SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE ELEVADORES.
A instalação de elevadores subsume-se ao conceito de "serviço", do que decorre que se submete ao regime cumulativo das contribuições ao PIS e à COFINS. Inteligência do Decreto n.7708/2011, que instituiu a Nomenclatura Brasileira de Serviços.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 3201-002.487
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao Recurso Voluntário. O Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira votou pelas conclusões. Vencidos os Conselheiros José Luiz Feistauer de Oliveira, que votou por serem as operações da Recorrente enquadradas no regime de apuração cumulativa e o Conselheiro Winderley Morais Pereira, que votou por não ser possível a discussão administrativa no CARF de matéria com solução de consulta exarada pela Receita Federal, cuja consulente seja a própria Recorrente.
(assinado com certificado digital)
Winderley Morais Pereira - Presidente Substituto e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente Substituto), Mércia Helena Trajano D'Amorim; Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, José Luiz Feistauer de Oliveira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário e Cássio Schappo.
Nome do relator: WINDERLEY MORAIS PEREIRA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201701
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Ano-calendário: 2008 SOLUÇÃO DE CONSULTA DESFAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. ALTERAÇÃO POR DECISÃO PROFERIDA NO ÂMBITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. VALIDADE. Não há óbice legal para que seja alterado entendimento veiculado em solução de consulta, desfavorável ao contribuinte, por decisão emanada no âmbito do contencioso administrativo fiscal. SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE ELEVADORES. A instalação de elevadores subsume-se ao conceito de "serviço", do que decorre que se submete ao regime cumulativo das contribuições ao PIS e à COFINS. Inteligência do Decreto n.7708/2011, que instituiu a Nomenclatura Brasileira de Serviços. Recurso Voluntário Provido.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Apr 04 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 11080.906281/2013-11
anomes_publicacao_s : 201704
conteudo_id_s : 5706522
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Apr 04 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3201-002.487
nome_arquivo_s : Decisao_11080906281201311.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : WINDERLEY MORAIS PEREIRA
nome_arquivo_pdf_s : 11080906281201311_5706522.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao Recurso Voluntário. O Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira votou pelas conclusões. Vencidos os Conselheiros José Luiz Feistauer de Oliveira, que votou por serem as operações da Recorrente enquadradas no regime de apuração cumulativa e o Conselheiro Winderley Morais Pereira, que votou por não ser possível a discussão administrativa no CARF de matéria com solução de consulta exarada pela Receita Federal, cuja consulente seja a própria Recorrente. (assinado com certificado digital) Winderley Morais Pereira - Presidente Substituto e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente Substituto), Mércia Helena Trajano D'Amorim; Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, José Luiz Feistauer de Oliveira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário e Cássio Schappo.
dt_sessao_tdt : Thu Jan 26 00:00:00 UTC 2017
id : 6700882
ano_sessao_s : 2017
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:57:56 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949393195008
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1767; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T1 Fl. 2 1 1 S3C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11080.906281/201311 Recurso nº 1 Voluntário Acórdão nº 3201000.487 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 26 de janeiro de 2017 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente THYSSENKRUPP ELEVADORES SA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 2008 SOLUÇÃO DE CONSULTA DESFAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. ALTERAÇÃO POR DECISÃO PROFERIDA NO ÂMBITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. VALIDADE. Não há óbice legal para que seja alterado entendimento veiculado em solução de consulta, desfavorável ao contribuinte, por decisão emanada no âmbito do contencioso administrativo fiscal. SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE ELEVADORES. A instalação de elevadores subsumese ao conceito de "serviço", do que decorre que se submete ao regime cumulativo das contribuições ao PIS e à COFINS. Inteligência do Decreto n.7708/2011, que instituiu a Nomenclatura Brasileira de Serviços. Recurso Voluntário Provido. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao Recurso Voluntário. O Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira votou pelas conclusões. Vencidos os Conselheiros José Luiz Feistauer de Oliveira, que votou por serem as operações da Recorrente enquadradas no regime de apuração cumulativa e o Conselheiro Winderley Morais Pereira, que votou por não ser possível a discussão administrativa no CARF de matéria com solução de consulta exarada pela Receita Federal, cuja consulente seja a própria Recorrente. (assinado com certificado digital) Winderley Morais Pereira Presidente Substituto e Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 90 62 81 /2 01 3- 11 Fl. 361DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente Substituto), Mércia Helena Trajano D'Amorim; Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, José Luiz Feistauer de Oliveira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário e Cássio Schappo. Relatório Tratase de Recurso Voluntário apresentado pelo Contribuinte em face do acórdão nº 09054.953, proferido pela 2ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Juiz de Fora (MG), em apreciação de DCOMP eletrônica transmitida com objetivo de compensar débitos nela apontados com créditos oriundos de pagamento indevido. Por economia processual, utilizarseá o relatório da autoridade recorrida no que interessa ao exame dos autos em apreço: "A matéria foi objeto de decisão proferida por intermédio do Despacho Decisório, no qual a Delegacia de origem, com base em informação fiscal resultante de diligência do Serviço de Fiscalização para apuração do direito creditório referente à DCOMP acima identificada, onde ficou constatada a improcedência do crédito original nela informado, revisou de ofício o reconhecimento do direito creditório automático para não reconhecimento do direito creditório por inexistência do crédito e também de ofício revisou a homologação total da compensação efetuada através da mencionada declaração para compensação não homologada. A autoridade fiscal que proferiu a referida informação tomou por base a Solução de Consulta 446 SRRF/8ª RF/Disit, de 18/08/2007, uma vez que a Solução de Consulta 104 SRRF/10ª RF/Disit, de 18/08/2008, foi anulada pelo Parecer 52 SRRF10/Disit, de 13/09/2011, sob o seguinte argumento: É vedada a coexistência de duas soluções de consulta vigentes e eficazes sobre o mesmo fato, relativas a um mesmo sujeito passivo(...). Por sua vez, a Solução de Consulta vigente tem a seguinte ementa para o PIS: ELEVADORES. NÃOCUMULATIVIDADE. A instalação de elevador por seu produtor não caracteriza obra de construção civil, descabendo a aplicação do art. 10, XX, da Lei nº 10.833, de 2003. Caracterizase como operação de industrialização, na modalidade montagem, a reunião de partes, peças e componentes da qual resulte elevador, inclusive quando realizada fora do estabelecimento do executor, no próprio prédio onde esse equipamento será utilizado. Sofre incidência da contribuição para o PIS/Pasep em regime de apuração nãocumulativo o total das receitas decorrentes do fornecimento de elevador por seu produtor, o qual se conclui ao final do processo de montagem. Para a Cofins foi proferida ementa com igual teor. Fl. 362DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 3 Regularmente cientificada da não homologação, a contribuinte protocolou suas razões de defesa alegando, em resumo, que: (...) Como ficará exaustivamente demonstrado ao longo da presente manifestação de inconformidade, o direito creditório da REQUERENTE decorre do pagamento indevido do PIS/COFINS na modalidade nãocumulativa. A atividade de instalação de elevadores realizada REQUERENTE tem a natureza de obra de construção civil, o que já foi declarado pelo Poder Judiciário no passado, e as receitas decorrentes da mesma estão sujeitas ao PIS/COFINS na modalidade cumulativa, nos termos do inciso XX do artigo 10 da Lei n° 10.833/03, que se aplica às duas contribuições (cfr. inciso V do artigo 15). Qualquer pagamento realizado a outro título reputase indevido e, portanto, é passível de compensação nos termos do artigo 74 da Lei n° 9.430/96. (...) O direito creditório da REQUERENTE decorre (i) da natureza do serviço prestado (obra de construção civil), o que se verifica pela aplicação da legislação do PIS/COFINS combinada com a legislação do IPI; (ii) da sujeição das receitas decorrentes dessa atividade à sistemática cumulativa do PIS/COFINS; e (iii) do pagamento indevido do PIS/COFINS na modalidade não cumulativa. O Despacho Decisório, para não reconhecer o direito creditório em discussão, recorre à primeira consulta fiscal formulada pela REQUERENTE (Consulta SSRF08/Disit n° 446/2007) e invoca o conceito de industrialização presente na legislação do IPI para concluir que o serviço de instalação não tem a natureza de serviço de construção civil. Data máxima vênia, o Despacho Decisório não merece prosperar: · em preliminar, porque afronta e contradiz decisão judicial transitada em julgado na Ação Ordinária n° 88.00.03357 1, movida pela REQUERENTE, a qual declarou que o IPI não incide sobre o preço dos serviços decorrentes da realização de obras de instalação de elevadores, haja visto que tais serviços não consubstanciam operação de industrialização, na modalidade montagem, mas sim obra de construção civil; · no mérito, porque: (i) as atividades de instalação de elevadores não se caracterizam como operação de industrialização, na modalidade de montagem, mas sim como obra de construção civil; (ii) a legislação do PIS/COFINS é silente quanto à definição do que se deva compreender por "obras de construção civil"; (iii) o Código Civil considera bem imóvel tudo quanto se incorporar ao solo, natural ou artificialmente; (iv) a Instrução Normativa RFB N n° 971/093, "considera (... ) obra de construção civil, a construção, a demolição, a reforma, a ampliação de edificação ou qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo"; (v) os elevadores fabricados e instalados pela REQUERENTE são incorporados às edificações, o que caracteriza o serviço de instalação como uma verdadeira obra de construção civil; (vi) a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito Fl. 363DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 4 privado, a teor do disposto pelos artigos 109 e 110 do Código Tributário Nacional. (...) O Despacho Decisório, ao não reconhecer o crédito compensado pela REQUERENTE e deixar de homologar a compensação declarada, com base nos mesmos fundamentos da Solução de Consulta SRRF08/DISIT n° 446/2007 (os serviços prestados pela REQUERENTE decorrentes da realização de obras de instalação de elevadores consistiriam em suposta industrialização, na modalidade montagem), vai de encontro à coisa julgada, devendo, por isso, ser reformado. Como há declaração judicial no sentido de que os serviços prestados pela REQUERENTE — de instalação de elevadores não consubstanciam operação de industrialização, na modalidade montagem, mas sim obra de construção civil, obviamente que a Administração Tributária Federal deve respeitar o julgado, interpretando a legislação de regência nos termos da decisão passada em julgado, levando em consideração o seu conteúdo. (...) Ao assim proceder, interpretando o conceito de industrialização (montagem) da legislação de IPI de forma diametralmente oposta àquela que lhe foi conferida pela decisão passada em julgado, a União Federal, por meio de seus agentes, adota comportamento nitidamente contraditório e incompatível com interpretação da legislação tributária. (...) Nesse passo, cumpre destacar que o "principio da moralidade obriga que a Administração Pública, no desempenho das atividades por meio de seus agentes, atue de forma ética", sob pena de ser considerado ilegítimo o ato administrativo que deixa de observar tal mandamento. O E. Supremo Tribunal Federal, a propósito, em diversas oportunidades confirmou que a Administração Pública está subordinada ao Princípio da Moralidade, como se pode verificar, exemplificativamente, do acórdão que segue (...) Assim sendo, independentemente da anulação da Solução de Consulta SRRF10/DISIT n° 104/2008, que se deu por questões formais, o reconhecimento do direito creditório da REQUERENTE e a homologação da compensação declarada decorrem da interpretação do inciso XX do artigo 10 da Lei n° 10.833/2003, que tem de ser harmoniosa com o que decidiu o Poder Judiciário nos autos Ação Ordinária n° 88.00.033571/RS, transitada em julgado desde 08/05/1997. (...)" Após exame da Manifestação de Inconformidade apresentada pelo Contribuinte, a DRJ proferiu acórdão assim ementado: COMPENSAÇÃO. Fl. 364DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 5 A compensação pressupõe a existência de direito creditório líquido e certo. NULIDADE. Não procedem as arguições de nulidade quando não se vislumbra no despacho decisório qualquer das hipóteses previstas no art. 59 do Decreto nº 70.235/72. COISA JULGADA. A decisão judicial transitada em julgado é, na verdade, a lei aplicada ao caso concreto e, tratandose de exclusão do crédito tributário, deve ser interpretada literalmente. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Inconformado, o Contribuinte apresentou Recurso Voluntário a este CARF, reiterando a existência do direito creditório postulado. É o relatório. Voto Winderley Morais Pereira, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3201002.448, de 26 de janeiro de 2017, proferido no julgamento do processo 11080.729874/201349, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Ressaltese que a decisão do paradigma foi contrária ao meu entendimento pessoal. Todavia, como fui vencido na votação, ao presente processo deve ser aplicada a posição vencedora, conforme consta da ata da sessão do julgamento. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão, (Acórdão 3201002.448): "O Recurso é próprio e tempestivo e dele tomo conhecimento. (...) A princípio, temse que o cerne da questão é definir qual a natureza da atividade exercida pela Recorrente (instalação de elevadores): se construção civil ou se industrialização. Tal definição determinará se a Recorrente deveria, à época dos fatos geradores, apurar o recolhimento do PIS e da COFINS pelo regime não cumulativo ou pelo cumulativo. Fl. 365DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 6 Há peculiar situação no feito, consistente no fato de que a Recorrente teria apresentado duas Consultas Fiscais acerca do tratamento tributário mais adequado, obtendo Soluções conflitantes. Na primeira delas, Solução de Consulta nº 446/2007, da 8ª Região Fiscal, concluiuse que se tratava de industrialização e que, portanto, as receitas estariam sujeitas ao regime não cumulativo das citadas contribuições. A segunda, Solução de Consulta nº 104/2008, da 10ª Região Fiscal, afirmou que as receitas estariam sob o regime cumulativo. No caso, o crédito postulado pela Recorrente origina da aplicação do segundo entendimento. Os créditos postulados, portando, decorrem da reapuração do PIS e da COFINS outrora calculados pelo regime não cumulativo e reajustados para o cumulativo. Idêntica questão já foi examinada por esta mesma Turma na sessão de 24 de fevereiro de 2016, em decisão por maioria proferida nos autos do Processo nº 11080.726628/201335, da mesma THYSSENKRUPP ELEVADORES S/A, no qual a Conselheira Doutora Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo foi designada Relatora para o Voto Vencedor. O referido Acórdão nº 3201002.070 recebeu a seguinte ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/06/2008 a 31/12/2009 SOLUÇÃO DE CONSULTA DESFAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. ALTERAÇÃO POR DECISÃO PROFERIDA NO ÂMBITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. VALIDADE. Não há óbice legal para que seja alterado entendimento veiculado em solução de consulta, desfavorável ao contribuinte, por decisão emanada no âmbito do contencioso administrativo fiscal. SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE ELEVADORES. A instalação de elevadores subsumese ao conceito de "serviço", do que decorre que se submete ao regime cumulativo das contribuições ao PIS e à COFINS. Inteligência do Decreto n.7708/2011, que instituiu a Nomenclatura Brasileira de Serviços. JUROS DE MORA SOBRE MULTA DE OFÍCIO. No lançamento de ofício, o valor originário do crédito tributário compreende o valor do tributo e da multa por lançamento de ofício. Sobre a multa por lançamento de oficio não paga no vencimento incidem juros de mora. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/06/2008 a 31/12/2009 SOLUÇÃO DE CONSULTA DESFAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. ALTERAÇÃO POR DECISÃO PROFERIDA NO ÂMBITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. VALIDADE. Fl. 366DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 7 Não há óbice legal para que seja alterado entendimento veiculado em solução de consulta, desfavorável ao contribuinte, por decisão emanada no âmbito do contencioso administrativo fiscal. SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE ELEVADORES. A instalação de elevadores subsumese ao conceito de "serviço", do que decorre que se submete ao regime cumulativo das contribuições ao PIS e à COFINS. Inteligência do Decreto n.7708/2011, que instituiu a Nomenclatura Brasileira de Serviços. JUROS DE MORA SOBRE MULTA DE OFÍCIO. No lançamento de ofício, o valor originário do crédito tributário compreende o valor do tributo e da multa por lançamento de ofício. Sobre a multa por lançamento de oficio não paga no vencimento incidem juros de mora. Recurso Voluntário Provido e Recurso de Ofício Negado Vistos,relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de ofício e por maioria de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. Vencido o Conselheiro Winderley Morais Pereira, relator. Designada para redigir o voto vencedor a Conselheira Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo. Como consta em ata, o voto da i. Conselheira Doutora Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo foi por mim acompanhado integralmente. Por essa razão, peço vênia para transcrevêlo como fundamento do presente julgado: Como se depreende do voto do eminente relator, o mérito da presente demanda não foi conhecido, por se entender que havia solução de consulta, proferida para a situação específica dos autos e proposta pela própria Recorrente. Com efeito, no mérito a Recorrente alega que o regime jurídico de apuração das contribuições sociais, tome a sua atividades de instalação de elevadores como prestação de serviços de construção civil, o que determinaria a aplicação do regime cumulativo. A Recorrente obteve a solução de consulta SRRF/8ªRF/DISIT nº 446, de 18/09/2007, que ao analisar as atividades realizadas pela Recorrente de instalação de elevadores, decidiu não ser atividade de construção civil e portanto, estariam sujeita a apuração do PIS e da COFINS no regime não cumulativo. Não obstante, a Recorrente protocolou nova consulta, na Superintendência da Receita Federal do Brasil na 10ª Região Fiscal (Solução de Consulta SRRF/10ªRF/DISIT nº 104, de 18 de agosto de 2008), que considerou a atividade da Recorrente como prestação de serviços de construção civil e portanto, enquadrada nas disposições do art. 10, XX, da Lei nº 10.833/2003, determinando a apuração do PIS e da COFINS no regime cumulativo.(fls. 391 a 397). Fl. 367DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 8 O entendimento do eminente Conselheiro Winderley Morais Pereira foi no sentido de que, em sendo a solução de consulta instrumento de garantia do contribuinte para esclarecimentos quanto a aplicação da legislação, a possibilidade de consultas do mesmo contribuinte tratando da mesma matéria serem protocoladas em unidades diversas da RFB, poderia mitigar a força normativa das consultas. Por essa razão, a decisão anterior não produziria efeito, nos termos do art. 54, IV do Decreto nº 70.235/72. Contudo, a questão que se põe e da qual se diverge do ilustre relator, é precisamente sobre a possibilidade de a decisão proferida no âmbito do contencioso administrativo fiscal, se sobrepor a decisão em solução de consulta, para o mesmo contribuinte. Ora, embora pelo processo de consulta possa se entender que o contribuinte recorra à Administração para buscar a correta exegese de determinada norma jurídica, verificase o que se busca, invariavelmente, é uma medida protetiva, de cunho preventivo, para a estruturação tributária de suas operações. O fato é que no âmbito do processo de consulta, o contribuinte não comparece na condição de mero consulente, até mesmo porque, já traz em seu pedido o posicionamento que entende cabível, com a respectiva fundamentação legal, o que aliás, é condição para o processamento de sua consulta, de acordo com a legislação em vigor, sob pena de sua ineficácia. Embora o procedimento de consulta não se equipare lógica e juridicamente ao processo administrativo fiscal, o fato é que este também possui conteúdo persuasivo, buscandose convencimento da Administração, acerca de determinada interpretação. E se assim for o caso, a solução em consulta conferelhe medida protetiva, um verdadeiro escudo contra eventuais futuros entendimentos administrativos contrários. Por essa razão, apenas a solução de consulta favorável ao contribuinte tem repercussões no contencioso administrativo fiscal, no sentido de coibir o lançamento. Observese que, nessa toada, dispõe o art. 100 do Decreto n. 7574/2011: Art.100. Se, após a resposta à consulta, a administração alterar o entendimento expresso na respectiva solução, a nova orientação atingirá apenas os fatos geradores que ocorrerem após ser dada ciência ao consulente ou após a sua publicação na imprensa oficial (Lei no 9.430, de 1996, art. 48, § 12). Parágrafo único. Na hipótese de alteração de entendimento expresso em solução de consulta, a nova orientação alcança apenas os fatos geradores que ocorrerem após a sua publicação na Imprensa Oficial ou após a ciência do consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais favorável, caso em que esta atingirá, também, o período abrangido pela solução anteriormente dada. Acresçase, por fim, que as decisões proferidas em procedimentos de consulta e no processo administrativo fiscal são lógica e juridicamente distintas, de sorte que não se verifica quaisquer relações de hierarquia entre elas. Fl. 368DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 9 Superadas a questão, partese para o conhecimento do mérito da lide. A atividade de instalação de elevadores deve ser caracterizada como serviço, e não como atividade de industrialização, frisandose que, na hipótese dos autos, a Recorrente aparta a atividade de fabricação dos elevadores, da de sua instalação. Além de todas os fundamentos jurídicos trazidos pela Recorrente, como o fato de que a instalação de elevadores sob encomenda ser complemento da obra de construção civil, esta, indubitavelmente subsumida ao conceito de serviço, por se agregarem ao solo, dentre outras, temse que, para efeitos da legislação federal, que passou a tributar os serviços pelas contribuições sociais, bem como instituir o instrumental necessário para o controle do comércio exterior de serviços, com a edição da Nomenclatura Brasileira de Serviços, Decreto n. 7708/2011, não há mais dúvidas quanto ao enquadramento. Destarte, de acordo com o art. 2o do decreto, a NBS será adotada como nomenclatura única na classificação das transações com serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, pessoas jurídicas e entes despersonalizados. Os serviços de instalação de elevadores estão assim dispostos: SEÇÃO ISERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO Capítulo 1Serviços de construção 1.0131Outros serviços de instalação 1.0131.10.00Serviços de instalação de elevadores, esteiras e escadas rolantes O direito positivo brasileiro não traz um conceito conotativo de "serviço' nem mesmo para efeitos de incidência do ISSQN, operando sempre com definições denotativas, ou seja, com listas que arrolam o que são considerados os "serviços" para efeitos de tributação. Portanto, não se questiona a validade, vigência e eficácia da Nomenclatura Brasileira de Serviços, para esse fim. Não se olvide, finalmente, que os decretos são de aplicação obrigatória para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, de maneira que considerada a atividade em questão como serviço, deve ser a aplicação do regime cumulativo das contribuições sociais. Por essas razões, entendo que há de ser dado provimento ao recurso voluntário.Com efeito, não vislumbro a possibilidade de uma Solução de Consulta expedida pela Receita Federal do Brasil vincular, ad eternum, uma exigência tributária que se mostre claramente ilegítima. Não se trata aqui de discutir se o contribuinte poderia ou não ter formulado uma segunda Consulta Fiscal, ou mesmo qual das respostas deveria prevalecer. Tratase aqui de reconhecer a legalidade ou ilegalidade de uma exigência tributária, ou, melhor dizendo, de definição acerca do alcance de uma norma tributária. Mesmo se admitisse que, de acordo com as normas procedimentais, a segunda Solução de Consulta deveria ser tida por inexistente, tal Fl. 369DF CARF MF Processo nº 11080.906281/201311 Acórdão n.º 3201000.487 S3C2T1 Fl. 0 10 constatação, por óbvio, não chancela a legitimidade da primeira Solução de Consulta. Afinal, este não é o meio adequado para se definir fato gerador de obrigação tributária. E, nesse sentido, trago o seguinte precedente do Superior Tribunal de Justiça que reconhece o serviço de instalação e montagem de elevadores como obra de engenharia, e não como industrialização (portanto, atraindo a incidência do regime cumulativo do PIS e da COFINS à época dos fatos geradores): TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. FORNECIMENTO DE ELEVADORES. IPI. NÃO INCIDÊNCIA. 1. A atividade de fornecimento de elevadores, que envolve a produção sob encomenda e a instalação no edifício, encerra, precipuamente, uma obra de engenharia que complementa o serviço de construção civil, não se enquadrando no conceito de montagem industrial, para fins de incidência do IPI. 2. Recurso especial provido. (REsp 1231669/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/11/2013, DJe 16/05/2014) Diante do exposto, voto por CONHECER e DAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário do Contribuinte, exonerando o crédito tributário lançado." Apenas uma observação, que em nada afeta o resultado do julgamento do presente processo: não há que se falar em exonerar o crédito tributário lançado, uma vez que tanto o processo paradigma quanto o presente tratam de PER/DCOMP. Assim, a consequência do provimento ao recurso é o reconhecimento do direito creditório postulado pela Contribuinte, com a homologação da compensação declarada. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, dou provimento ao recurso voluntário. assinado digitalmente Winderley Morais Pereira Fl. 370DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10875.723498/2014-51
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 25 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed May 10 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Exercício: 2015
ISENÇÃO. TÁXI. REQUISITO.
O benefício de isenção do IPI na aquisição de automóvel por condutor de táxi está condicionado à apresentação de cópia da Nota Fiscal relativa à última aquisição de veículo com isenção do IPI ou a via da autorização anteriormente concedida e não utilizada.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3301-003.433
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO, Por unanimidade de votos, Negar Provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Luiz Augusto do Couto Chagas - Presidente
(assinado digitalmente)
José Henrique Mauri - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), José Henrique Mauri (Relator), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Liziane Angelotti Meira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen.
Nome do relator: JOSE HENRIQUE MAURI
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201704
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Exercício: 2015 ISENÇÃO. TÁXI. REQUISITO. O benefício de isenção do IPI na aquisição de automóvel por condutor de táxi está condicionado à apresentação de cópia da Nota Fiscal relativa à última aquisição de veículo com isenção do IPI ou a via da autorização anteriormente concedida e não utilizada. Recurso Voluntário Negado
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed May 10 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 10875.723498/2014-51
anomes_publicacao_s : 201705
conteudo_id_s : 5718318
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed May 10 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3301-003.433
nome_arquivo_s : Decisao_10875723498201451.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : JOSE HENRIQUE MAURI
nome_arquivo_pdf_s : 10875723498201451_5718318.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO, Por unanimidade de votos, Negar Provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Luiz Augusto do Couto Chagas - Presidente (assinado digitalmente) José Henrique Mauri - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), José Henrique Mauri (Relator), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Liziane Angelotti Meira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen.
dt_sessao_tdt : Tue Apr 25 00:00:00 UTC 2017
id : 6744566
ano_sessao_s : 2017
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:59:20 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949413117952
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 827; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C3T1 Fl. 59 1 58 S3C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10875.723498/201451 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3301003.433 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 25 de abril de 2017 Matéria IPI Isenção Taxi Recorrente Lourival Sala Filho Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Exercício: 2015 ISENÇÃO. TÁXI. REQUISITO. O benefício de isenção do IPI na aquisição de automóvel por condutor de táxi está condicionado à apresentação de cópia da Nota Fiscal relativa à última aquisição de veículo com isenção do IPI ou a via da autorização anteriormente concedida e não utilizada. Recurso Voluntário Negado AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 87 5. 72 34 98 /2 01 4- 51 Fl. 59DF CARF MF Processo nº 10875.723498/201451 Acórdão n.º 3301003.433 S3C3T1 Fl. 60 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da TERCEIRA SSEEÇÇÃÃOO DDEE JJUULLGGAAMMEENNTTOO, Por unanimidade de votos, Negar Provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Luiz Augusto do Couto Chagas Presidente (assinado digitalmente) José Henrique Mauri Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Augusto do Couto Chagas (Presidente), José Henrique Mauri (Relator), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Liziane Angelotti Meira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen. Fl. 60DF CARF MF Processo nº 10875.723498/201451 Acórdão n.º 3301003.433 S3C3T1 Fl. 61 3 Relatório Tratase de pedido de fruição da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóvel de passageiros, para uso em categoria de aluguel (táxi), de fabricação nacional, prevista na Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995. Em Despacho Decisório de fl. 20, a Superintendência da Receita Federal do Brasil 8ª Região Fiscal indeferiu o pedido, tendo em vista a constatação de que a requerente não apresentou cópia da nota fiscal do último veiculo adquirido com o beneficio, nem devolveu as vias originais da autorização não utilizadas. Cientificada da decisão, a pessoa física interpôs manifestação de inconformidade, conforme peça de fl. 24, por meio da qual alegou que o indeferimento deve ser revisto à vista da juntada do pedido de cancelamento de regime especial de substituição tributária do IPI, art. 14, § 2º, da IN SRF nº 260, de 2002, protocolado na DRF/Guarulhos no dia 28/11/2014. Ao apreciar a Manifestação de Inconformidade a 3ª Turma da DRJ em Ribeirão Preto/SP, por unanimidade de votos, julgoua improcedente, assim ementada: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Exercício: 2015 ISENÇÃO. TÁXI. REQUISITO. O benefício de isenção do IPI na aquisição de automóvel por condutor de táxi está condicionado à apresentação da autorização anteriormente concedida e não utilizada. Irresignado o contribuinte apresentou Recurso Voluntário anexando à fl. 55, Nota Fiscal nº 68854, emita em 12/03/2011 por Fiat Automóveis SA. Foime distribuído, por sorteio, o presente feito para relatar e pautar. É o relatório, em sua essência. Fl. 61DF CARF MF Processo nº 10875.723498/201451 Acórdão n.º 3301003.433 S3C3T1 Fl. 62 4 Voto Conselheiro José Henrique Mauri Relator O Recurso Voluntário é tempestivo e preenche os demais requisitos para sua admissibilidade. Dele tomo conhecimento. Conforme relatado cuidase de isenção de IPI para fins de aquisição de veículo para uso na atividade autônoma de "Taxi". O indeferimento deuse em face de não comprovação da aquisição de veículo com isenção relativo à última autorização concedida, tampouco o contribuinte devolveu as originais de dita autorização, nos termos da Instrução Normativa (IN) RFB nº 987, de 22 de dezembro de 2009, art.4o, IV, inserido pela IN RFB nº 1.368, de 26 de junho de 2013, art. 1º: Art. 4º Para habilitarse à fruição da isenção, o interessado deverá apresentar à unidade da RFB, da jurisdição do local onde o taxista exerce essa atividade, formulário de requerimento, em 2 (duas) vias, conforme modelo constante do Anexo III, dirigido ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat). § 1º O motorista profissional autônomo deverá apresentar, na data do requerimento: [...] IV cópia da Nota Fiscal relativa à última aquisição de veículo com isenção do IPI ou a via da autorização anteriormente concedida e não utilizada; (Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1368, de 26 de junho de 2013) Originariamente o contribuinte foi intimado a apresentar fotocópia da Nota Fiscal do veículo adquirido com o referido benefício fiscal ou, alternativamente, devolver as vias originais da Autorização nº 17.783/2013, concedida por meio do processo nº 10875.720.595/201319. Não atendendo à intimação, o pleito foi indeferido. Em ato de Manifestação de Inconformidade o contribuinte apresentou o documento de fl. 18 (pedido de cancelamento de regime especial de substituição tributária do IPI), objetivando regularizar a pendência, contudo tal documento não guarda qualquer relação com a isenção pleiteada, fato que fundamentou a improcedência recursal. Nessa oportunidade, junto com o Recurso Voluntário, a recorrente fez anexar, à fl. 55, Nota Fiscal nº 68854, emita em 12/03/2011 por Fiat Automóveis SA no intuito de comprovar a regularidade de seu pleito. Fl. 62DF CARF MF Processo nº 10875.723498/201451 Acórdão n.º 3301003.433 S3C3T1 Fl. 63 5 Porém, observandose no corpo de referida Nota Fiscal temse que ela está vinculada ao processo 16624.000269/201150, Autorização nº 068/2010, portanto não guardando relação com a demanda fiscal, i.é., processo nº 10875.720.595/201319, Autorização nº 17.783/2013. Ademais aquela Nota Fiscal acobertou aquisição de veículo ocorrida no ano de 2011, conquanto os fatos demandados pela fiscalização reportamse ao ano de 2013. Como bem frisou a decisão de primeira instância, O CTN, art. 179, estabelece que a isenção, quando não concedida em caráter geral, somente é efetivada quando o interessado faz prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos normativos para sua concessão, o que não se desincumbiu a recorrente ao não carrear aos autos a comprovação de regularidade relativamente à última isenção concedida. Dispositivo Ante o exposto, voto por NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário. É como voto. José Henrique Mauri Relator Fl. 63DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11444.001114/2009-11
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 24 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Fri Feb 10 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2007
Ementa:
IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. LEI 9.363/1996. COOPERATIVAS CENTRALIZADORAS DE VENDA.
No caso de cooperativas centralizadoras de vendas, o direito ao crédito presumido de que trata o art. 1o da Lei no 9.363/1996 pertence ao produtor/exportador cooperado, e não à cooperativa, não sendo possível a admissão de crédito presumido por parte de filial da cooperativa, mediante transferência de créditos apurados pela matriz da cooperativa.
Numero da decisão: 3401-003.291
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário apresentado.
ROBSON JOSÉ BAYERL - Presidente.
ROSALDO TREVISAN - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Robson José Bayerl (presidente), Rosaldo Trevisan, Augusto Fiel Jorge D'Oliveira, Eloy Eros da Silva Nogueira, Fenelon Moscoso de Almeida, André Henrique Lemos, Rodolfo Tsuboi (suplente) e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco (vice-presidente).
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201701
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2007 Ementa: IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. LEI 9.363/1996. COOPERATIVAS CENTRALIZADORAS DE VENDA. No caso de cooperativas centralizadoras de vendas, o direito ao crédito presumido de que trata o art. 1o da Lei no 9.363/1996 pertence ao produtor/exportador cooperado, e não à cooperativa, não sendo possível a admissão de crédito presumido por parte de filial da cooperativa, mediante transferência de créditos apurados pela matriz da cooperativa.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Fri Feb 10 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 11444.001114/2009-11
anomes_publicacao_s : 201702
conteudo_id_s : 5679005
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Feb 13 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3401-003.291
nome_arquivo_s : Decisao_11444001114200911.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : ROSALDO TREVISAN
nome_arquivo_pdf_s : 11444001114200911_5679005.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário apresentado. ROBSON JOSÉ BAYERL - Presidente. ROSALDO TREVISAN - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Robson José Bayerl (presidente), Rosaldo Trevisan, Augusto Fiel Jorge D'Oliveira, Eloy Eros da Silva Nogueira, Fenelon Moscoso de Almeida, André Henrique Lemos, Rodolfo Tsuboi (suplente) e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco (vice-presidente).
dt_sessao_tdt : Tue Jan 24 00:00:00 UTC 2017
id : 6646679
ano_sessao_s : 2017
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:56:01 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949443526656
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1476; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T1 Fl. 349 1 348 S3C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11444.001114/200911 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3401003.291 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 24 de janeiro de 2017 Matéria AUTO DE INFRAÇÃO IPI COOPERATIVA Recorrente COPERSUCAR COOPERATIVA DE PRODUTORES DE CANADE AÇÚCAR, AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2007 Ementa: IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. LEI 9.363/1996. COOPERATIVAS CENTRALIZADORAS DE VENDA. No caso de cooperativas centralizadoras de vendas, o direito ao crédito presumido de que trata o art. 1o da Lei no 9.363/1996 pertence ao produtor/exportador cooperado, e não à cooperativa, não sendo possível a admissão de crédito presumido por parte de filial da cooperativa, mediante transferência de créditos apurados pela matriz da cooperativa. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário apresentado. ROBSON JOSÉ BAYERL Presidente. ROSALDO TREVISAN Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Robson José Bayerl (presidente), Rosaldo Trevisan, Augusto Fiel Jorge D'Oliveira, Eloy Eros da Silva Nogueira, AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 44 4. 00 11 14 /2 00 9- 11 Fl. 349DF CARF MF 2 Fenelon Moscoso de Almeida, André Henrique Lemos, Rodolfo Tsuboi (suplente) e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco (vicepresidente). Relatório Versa o presente sobre o Auto de Infração de fls. 3 a 201, com ciência ao sujeito passivo em 13/11/2009 (fl. 5), para exigência do imposto sobre produtos industrializados (IPI), relativo ao período de janeiro de 2006 a dezembro de 2007, no valor original de R$ 1.646.857,79 e de juros de mora e multa de ofício (75%) decorrentes, por utilização indevida de créditos presumidos de IPI transferidos da matriz, em violação ao art. 1o da Lei no 9.363/1996, restrito às empresas comerciais exportadoras e produtoras de mercadorias industrializadas. A empresa apresenta Impugnação em 02/12/2009 (fls. 230 a 241), argumentando, em síntese, que: (a) a motivação básica da autuação consiste no entendimento da fiscalização de que a cooperativa não tem direito ao crédito presumido do IPI por não ser produtora de açúcar que exporta e por não revestir a condição de comercial exportadora, não havendo outras restrições a que os créditos fossem utilizados; (b) no sistema cooperativo de vendas em comum, quem vende ou exporta é o próprio produtor cooperado, sendo a cooperativa mera intermediária, mandatária legal, como se depreende do art. 83 da Lei no 5.764/1971, e como já entendeu o Segundo Conselho de Contribuintes; (c) a Lei no 9.430/1966, em seu art. 66, ao eleger a cooperativa centralizadora de vendas em comum como responsável pelo pagamento da COFINS e da Contribuição para o PIS/PASEP, em consonância com o art. 121 do Código Tributário Nacional (CTN), consagra o entendimento de que a cooperativa não tem relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador, assim como a Lei no 10.336/2001, que instituiu a CIDECombustíveis; (d) a própria RFB, na Nota COSIT no 234, de 01/08/2003, reconhece, expressamente, em seus itens 15 e 18, que nas vendas efetuadas por intermédio de cooperativa de vendas em comum, o produtor cooperado é o próprio vendedor (no caso, exportador), sendo preenchidos os requisitos para fruição do crédito presumido de IPI pelo cooperado; (e) removido o equívoco de que a cooperativa teria feito exportações por conta própria, há que se reconhecer os créditos presumidos de IPI; (f) o outro equívoco a ser removido é o de que se tratara a operação de venda a comercial exportadora, quando. em verdade, o cooperado não efetua venda à cooperativa, mas simplesmente entrega a sua produção, realizando o autêntico ato cooperativo definido no art. 79 da Lei no 5.764/1971; e (g) os débitos de IPI, referentes a vendas de açúcar no mercado interno, foram extintos por compensação com créditos presumidos decorrentes de exportação de canadeaçúcar, e tanto as vendas no mercado interno quanto as exportações foram dos próprios produtores, realizadas por intermédio da cooperativa. Em 10/03/2010 ocorre o julgamento de primeira instância (fls. 274 a 279), no qual se decide unanimemente pela procedência do lançamento, sob os seguintes fundamentos: (a) a cooperativa apurou de forma centralizada o crédito presumido de IPI de suas cooperadas, e, posteriormente, transferiu o referido crédito do estabelecimento matriz para a filial, para compensação de débitos de IPI desta, tendo a DRJ reiteradamente, em processos da mesma empresa, decidido que a produção e a exportação de açúcar são realizadas por pessoas distintas; (b) a Nota COSIT no 234/2003, tendo como interessada exatamente a empresa autuada, inovou na interpretação do tema e esclareceu o disposto na Solução de Consulta SRRF08 no 190/2002, no que tange ao crédito presumido, concluindo que a usina cooperada tem direito ao crédito presumido, por ser o estabelecimento produtor/exportador, e 1 Todos os números de folhas indicados nesta decisão são baseados na numeração eletrônica da versão digital do processo (eprocessos). Fl. 350DF CARF MF Processo nº 11444.001114/200911 Acórdão n.º 3401003.291 S3C4T1 Fl. 350 3 que não penetra na discussão sobre a possibilidade de apuração centralizada de crédito presumido com transferência às filiais; (c) a mesma Nota COSIT no 234/2003 se posiciona pela impossibilidade de apuração de crédito presumido pela autuada, defendendo inclusive que o preenchimento do demonstrativo correspondente ao crédito presumido é de responsabilidade do cooperado; (d) o ressarcimento é para o adquirente de insumos utilizados na industrialização de produtos destinados à exportação, ou seja, para as empresas cooperadas, e a apuração centralizada poderia causar utilização por uma cooperada do crédito de outra; e (e) é, então, indevido o crédito, como vem decidindo o Conselho de Contribuintes. Cientificada do acórdão da DRJ em 20/04/2010 (AR à fl. 285), a empresa apresenta Recurso Voluntário em 19/05/2010 (fls. 286 a 308), basicamente reiterando as alegações expostas em sua impugnação, e agregando que: (a) a decisão da DRJ, embora reconheça o direito negado pelo fisco, mantém a exigência valendo de considerações sobre aspectos procedimentais da matéria que não constam da autuação, em agravamento que enseja nulidade; (b) os créditos que possui como filial, e apurados e transferidos pela matriz, são decorrentes da IN SRF no 460/2004 e da Lei no 9.363/1996, e a apuração centralizada encontra guarida legal, no art. 2o, § 2o da Lei no 9.363/1996 (e é, hoje, obrigatória, em função do art. 15, II da Lei no 9.779/1999); e (c) nas compensações realizadas foram confrontados o valor do crédito presumido do IPI de determinado cooperado com o débito de IPI do mesmo cooperado, resultante das vendas que efetuou no mercado interno. Em 17/03/2016 o processo foi distribuído a este relator, por sorteio, tendo sido retirado de pauta em setembro de 2016, por falta de tempo hábil para julgamento, e indicado para a pauta de outubro de 2016, em sessão suspensa por determinação do CARF, assim como em novembro e dezembro do mesmo ano. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, relator O recurso apresentado preenche os requisitos formais de admissibilidade e, portanto, dele se toma conhecimento. A primeira e mais grave acusação da peça recursal é a de que a autuação seria unicamente baseada na inexistência do direito de crédito por parte da cooperada, e de que a DRJ teria reconhecido esse direito, mas negado a utilização do crédito por motivo diverso. Há que se verificar, precisamente, qual a imputação fiscal, nas palavras do autuante (fl. 7): 2.2Analisando os Livros de Apuração de ÌPI, bem como as notas fiscais de transferências dos créditos do imposto, apuramos que o contribuinte creditouse indevidamente, nos meses de janeiro/2006 a dezembro/2007, conforme consta do Livro de Apuração de IPI, dos valores relativos aos créditos presumidos de IPI transferidos da sua Matriz, razão pela qual Fl. 351DF CARF MF 4 não se apurou saldo :devedor do imposto, consequentemente não houve declaração de débitos em DCTF, assim como pagamentos. 2.3 O aproveitamento dos créditos citados no item anterior não tem amparo na legislação de regência, pois o direito ao crédito presumido não alcança empresas que não sejam produtoras das mercadorias que exporta ou comercial exportadora, conforme dispõe o art. 1o da Lei 9.363/96. Referido dispositivo legal soma se ao disposto no artigo 111 do CTN cujo teor veda qualquer espécie de interpretação que não seja literal, sobre os dispositivos legais que disponham sobre exclusão do crédito tributário. Portanto, o contribuinte que é uma Cooperativa não pode ser considerado como empresa comercial exportadora, tampouco produtora de mercadoria industrializada. (...) 2.5 Em recente deliberação a Primeira Câmara do Segundo Conselho de contribuinte, proferiu Acórdão, cuja ementa apresenta os seguintes termos: "O direito de aproveitar o crédito presumido de IPI, quando a comercialização for efetuada por meio de cooperativas centralizadoras de vendas, é do cooperado e não da cooperativa." 2.6 Como podemos observar o contribuinte não se enquadra no conceito de empresa produtora de mercadorias nacionais ou empresa comercial exportadora, como já relatamos anteriormente, portanto, não faz jus ao crédito presumido do IPI. Todavia, utilizou os referidos créditos para compensar com os débitos apurados no Livro de Apuração do IPI dos períodos em questão, fato que nos impõe o dever de glosar tais créditos e reconstituir a escrituração do referido Livro,(...) (grifo nosso) Pelo que se lê, no texto da autuação, sintético, mas preciso, o autuante não afirma que o cooperado não tem direito ao crédito. Pelo contrário, afirma que ele é que tem o direito ao crédito, e não a cooperativa (autuado/contribuinte). A oposição é à transferência do crédito da cooperativa para a filial, pois o crédito não é da cooperativa. Isso pareceu, inclusive, bem compreendido pela autuada, em sua impugnação (fl. 233): Reiterese, a autuação deixa claro que a cooperativa não tem o direito ao crédito presumido. Quem o detém é o produtor. E que, segundo o art. 1o da Lei no 9.363/1996, fundamento do direito de crédito, os citados elementos (ser produtora e exportadora, ou haver venda a comercial exportadora) constituem requisitos para fruição do crédito, o que não é difícil de deduzir mediante leitura do próprio texto legal: Art. 1o A empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais fará jus a crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados, como ressarcimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nos 7, de 7 de setembro de 1970, 8, de 3 de dezembro de 1970, e 70, de 30 de dezembro de 1991, incidentes sobre as respectivas aquisições, Fl. 352DF CARF MF Processo nº 11444.001114/200911 Acórdão n.º 3401003.291 S3C4T1 Fl. 351 5 no mercado interno, de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, para utilização no processo produtivo. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplicase, inclusive, nos casos de venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação para o exterior.(grifo nosso) Bastaria, assim, ao autuado, comprovar que se enquadra em um desses requisitos para afastar a autuação. E é o que tenta a defesa fazer, sustentando que a cooperativa é mera mandatária, agindo em nome do produtor cooperado, que é quem realmente exporta. Nessa linha argumentativa, então, passa a peça impugnatória a referenciar jurisprudência e normas relativas a COFINS e CIDECombustíveis, pouco relevantes para a análise do presente processo, que trata de direito de crédito presumido de IPI. Mas, ao final da argumentação sobre o tema, cita a Nota COSIT no 234/2003, essa sim versando sobre IPI, e tendo como interessado a "Copersucar", transcrevendo excerto que só endossa que "faz jus o cooperado ao crédito presumido de IPI quando a cooperativa centralizadora de vendas exportar produção por ele entregue" (fl. 238). Mas isso, recordese, já estava claro na própria autuação, não havendo o equívoco postulado pela autuada: o cooperado faz jus ao crédito, e não a cooperativa. E, ao rechaçar o segundo requisito citado (ser empresa comercial exportadora), defendeu a autuada que a previsão constante do parágrafo único do art. 1o da Lei no 9.363/1996 seria desnecessária para as exportações efetuadas por cooperativas de vendas, tendo em vista que a entrega da produção não configura venda, como no caso de alienação a empresa comercial exportadora. Reiterese, sobre tal tema, que a Nota COSIT no 234/2003 esclareceu que "faz jus o cooperado ao crédito presumido de IPI quando a cooperativa centralizadora de vendas exportar produção por ele entregue". Novamente, confunde a autuada o seu direito de crédito com o direito de crédito do cooperado. Por todo o exposto, resta mais do que claro que a autuação não sustenta que o produtor e exportador não tem direito ao crédito, mas somente que a autuada não tem direito ao crédito, e, justamente por não ser o produtor e exportador. Crêse que a divergência primordial entre as partes, neste contencioso, então, referese à simbiose defendida pela empresa entre a cooperativa e o produtor cooperado, defendendo que não são entes distintos (fl. 240): Não é preciso muito esforço lógico, no entanto, para perceber que cooperativa e cooperado produtor/exportador são entes distintos, como direitos e obrigações diferentes, previstos na legislação (v.g., o referido art. 1o da Lei no 9.363/1996, que estabelece direitos do produtor/exportador). Aliás, a simples alegação de que um é mandatário do outro já aclara que são entes distintos. Fl. 353DF CARF MF 6 As discordâncias que se seguem, à mesma fl. 240, não representam mais do que frutos do equívoco lógicointerpretativo da autuada: Por certo que a legislação citada e a Nota COSIT no 234/2003 asseguram direito de crédito ao cooperado produtor/exportador, e isso em nenhum momento é questionado na autuação. O que o autuante nega é o direito de crédito da cooperativa, transferido da matriz para a filial. O julgamento efetuado pela DRJ, assim, não passa a inaugurar contencioso diverso, como sustenta a recorrente, pois limitase a explicar que o direito de crédito é do produtor e exportador, e não da cooperativa, o que já brotava cristalinamente da autuação, e o que a COSIT já havia respondido à "Copersucar". Aliás, a DRJ transcreve (fls. 276/277) a conclusão da Nota COSIT no 234/2003, de interesse da autuada e que por ela foi trazida originalmente ao contencioso, e entre as conclusões resta evidente que o cooperado é que faz jus ao crédito presumido e deve apurálo, e não a cooperativa: A Nota, assim, endossa totalmente a autuação. Fl. 354DF CARF MF Processo nº 11444.001114/200911 Acórdão n.º 3401003.291 S3C4T1 Fl. 352 7 E o julgamento efetuado pela DRJ reconhece o que a própria autuação já reconhecia: o direito de crédito do cooperado produtor/exportador, não o direito de crédito da cooperativa. Não afasta as razões da autuação, assim, o julgamento de piso, nem inaugura novo contencioso. O julgamento da DRJ reconhece ainda o argumento da impugnante de que ela apenas exporta em nome de seus cooperados, o que também não representa refutação à autuação, que, insistase, concluiu que o direito de crédito é do cooperado produtor/exportador, e não da cooperativa. É sobre esse aspecto da decisão da DRJ, e sobre os textos que a ele se seguem, no voto condutor, que passa a recorrente, equivocadamente, a defender ter havido afastamento da autuação com nova exigência. No entanto, a exigência continua a mesma: deve o postulante ao crédito revestirse da condição de produtor/exportador, não de cooperativa. Ademais, os excertos que se seguem, no voto, tratam do tema em tese, não constituindo convicções do julgador, e são idênticos aos utilizados no precedente colacionado pela DRJ (Acórdão do CARF no 20178.165). Vejase, na tabela abaixo, a comparação entre os argumentos, em tese, utilizados no julgamento da DRJ (fl. 277) e no voto proferido no CARF: Acórdão no 1427.955 (DRJ) Acórdão no 20178.165 (CARF) Conforme se pode observar, é a usina cooperada quem tem direito ao crédito presumido, pois ela seria um estabelecimento produtor/exportador que atende aos requisitos estipulados pela Lei no 9.363, de 1996, para a fruição do incentivo. Reconhecese, portanto, o argumento da impugnante de que ela apenas exporta em nome de seus cooperados e que estes são os verdadeiros produtores e exportadores do produto. Pareceme que este novo entendimento é mais correto que o anterior, que penalizava o produtor que optasse pela venda de sua produção através de cooperativas centralizadoras de venda. Até este ponto, não há mais controvérsia entre a cooperativa e a Administração: as usinas podem apurar e utilizar o crédito presumido do IPI. A questão controvertida é a possibilidade ou não da Copersucar apurar o crédito presumido centralizadamente, em nome de seus cooperados, transferindoos posteriormente às suas filiais, na forma como vem fazendo. A Cosit, na Nota no 234, de 01/08/2003, já se posicionou sobre a impossibilidade de apuração do crédito presumido pela Copersucar, defendendo inclusive que o preenchimento e entrega do Demonstrativo do Crédito Presumido é responsabilidade do cooperado. Esta interpretação está correta, pois se a Administração tivesse autorizado a cooperativa a apuras o crédito presumido, teria escancaradamente violado disposição literal da lei. Com efeito, assim estabelece o art. 1o da Lei no 9.363, de 1996: Fl. 355DF CARF MF 8 Independentemente de quem tenha dito isso antes, disseo corretamente. O entendimento novo não é do julgador, mas da Nota COSIT, que assegurou o direito de crédito do cooperado produtor exportador (ou seja, a usina, e não a cooperativa) nas vendas por meio de cooperativas centralizadoras. E segue o julgador de piso reproduzindo (fl. 277/278) o voto do CARF que referencia ao final, com um exemplo hipotético, que, por óbvio, deve ser tratado como um exemplo hipotético, e não como o fundamento para a manutenção da autuação: Acórdão no 1427.955 (DRJ) Acórdão no 20178.165 (CARF) Como se pode observar, o ressarcimento é para o adquirente de insumos utilizados na industrialização de produtos destinados à exportação, ou seja, as usinas cooperadas. Como conseqüência, o crédito presumido do IPI de cada usina somente pode ser utilizado para abater débitos de IPI, ou compensação de outros tributos, da própria usina. A apuração centralizada do crédito presumido pela Copersucar poderia causar a utilização por uma cooperada do crédito presumido de outra cooperada. Esta situação pode ser visualizada no seguinte exemplo: vamos supor que uma determinada usina cooperada transfira, de acordo com o modus operandi da cooperativa, todo o seu açúcar para a filial da Copersucar. A referida filial da Copersucar promove então saídas do produto no mercado interno com incidência do IPI. Digamos que, em determinado período, nenhuma parcela do açúcar desta filial seja destinada à exportação. Neste caso, pela regra de apuração do crédito presumido do IPI, por não ter havido exportação do açúcar neste período, a usina em referência não teria direito a nenhum crédito presumido e não poderia compensar seus débitos de IPI pelas vendas no mercado interno. Ocorre que, se admitirmos a apuração centralizada pela cooperativa, esta poderia, inadvertidamente, transferir crédito presumido do IPI escriturado em seu estabelecimento matriz para sua filial, resultando em compensação dos débitos relativos às vendas no mercado interno daquela usina com créditos presumidos do IPI de outras usinas. Este é apenas um exemplo que demonstra que a apuração centralizada distorce o resultado da apuração do crédito presumido. O beneficio deve ser calculado individualmente para cada cooperada, porque para cada uma delas é diferente o valor das aquisições de insumos, o valor da receita bruta e o percentual de exportação no total das vendas. A compensação de débitos de IPI, ou outros tributos, de uma cooperada, com o crédito presumido do IPI de outra cooperada é inadmissível pela legislação em vigência, mesmo que a Copersucar obtenha a anuência dos entes cooperados . O argumento é consequencialista, e serviu de convicção aos julgadores, sendo, a nosso ver, meramente ilustrativo. Fazemos aqui uma leitura pausada da decisão de piso, por ser exatamente essa a metodologia adotada no recurso voluntário que se aprecia no presente processo. A recorrente, apesar de endossar os argumentos externados em sede de impugnação, centra sua atenção no texto da decisão da DRJ, entendendo equivocadamente que se tratava de uma nova autuação, quando o julgador de piso estava (mediante cópia ou não de outro julgado), mantendo os argumentos externados na autuação (de que o crédito é do cooperado Fl. 356DF CARF MF Processo nº 11444.001114/200911 Acórdão n.º 3401003.291 S3C4T1 Fl. 353 9 produtor/exportador, e não da cooperativa), acrescendo a tal manutenção elementos que expressam sua convicção sobre a origem da limitação existente no dispositivo legal. E passase o mesmo em relação ao argumento da DRJ (esse sim inexistente no auto de infração, e que será aqui desconsiderado) de que a apuração centralizada impossibilita identificar o crédito presumido de cada usina (fl. 278). Não se está a concordar com nem a discordar do julgador de piso, mas apenas a expressar que tal afirmação não consta na autuação, no presente processo. Isso porque a afirmação da recorrente de que "nas compensações realizadas foram confrontados o valor do crédito presumido do IPI de determinado cooperado com o débito de IPI do mesmo cooperado, resultante das vendas que efetuou no mercado interno" (fl. 301) também resta ao desamparo de prova. Acórdão no 1427.955 (DRJ) Acórdão no 20178.165 (CARF) Voltando à questão principal, a apuração de forma centralizada pela Copersucar faz com que todas as cooperadas sejam consideradas como uma empresa única, pois no cálculo do crédito presumido a cooperativa utiliza o total das receitas brutas, o total das aquisições de insumos e o valor global das exportações efetuadas pela Copersucar. Ressaltese que, com a apuração centralizada, nem mesmo a própria Copersucar consegue identificar o crédito presumido de cada usina. E a conclusão externada pelo julgador de piso (ainda à fl. 278), também alinhada com o Acórdão do CARF no 20178.165, e expressamente a ele fazendo menção, trata do entendimento anterior à Nota COSIT e de como ela (e não a autuação, ou o julgamento de piso, por óbvio) mudou a forma de a RFB encarar a apuração do crédito presumido de IPI no caso de cooperativas: A conclusão a que chega a DRJ é, assim, a mesma à qual chegou o autuante, e transcrita ao início deste voto. Não houve, assim, afastamento da autuação, inovação de fundamento ou mesmo nulidade. E essa é a única conclusão lícita e possível, a partir do texto da norma legal que rege o direito ao crédito presumido de IPI (art. 1o da Lei no 9.363/1996), aqui também transcrita. Confunde a recorrente (que é cooperativa/filial), por fim, novamente, em sua peça recursal, os créditos que possui o produtor/exportador cooperado com créditos que ela crê Fl. 357DF CARF MF 10 possuir, e que não encontram guarida expressa nem na citada lei nem na norma infralegal disciplinadora (IN SRF no 460/2004), confundindo ainda a apuração centralizada de que trata o art. 2o, § 2o da Lei no 9.363/1996 (para empresas com mais de um estabelecimento produtor/exportador) com a apuração centralizada entre matriz e filial de cooperativas (que, como exaustivamente se destacou neste voto, não são estabelecimentos produtores/exportadores). Diante do exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário apresentado. Rosaldo Trevisan Fl. 358DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 36624.000802/2007-12
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 07 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Mar 08 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/09/2000 a 30/09/2003
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.
Não se acolhem os embargos declaratórios quando inexistente a omissão apontada no julgado.
Embargos Rejeitados.
Numero da decisão: 2401-004.595
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos embargos de declaração, para, no mérito, negar-lhes provimento, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente
(assinado digitalmente)
Cleberson Alex Friess - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins e Andréa Viana Arrais Egypto.
Nome do relator: CLEBERSON ALEX FRIESS
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201702
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/09/2000 a 30/09/2003 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. Não se acolhem os embargos declaratórios quando inexistente a omissão apontada no julgado. Embargos Rejeitados.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Mar 08 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 36624.000802/2007-12
anomes_publicacao_s : 201703
conteudo_id_s : 5691177
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Mar 08 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 2401-004.595
nome_arquivo_s : Decisao_36624000802200712.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : CLEBERSON ALEX FRIESS
nome_arquivo_pdf_s : 36624000802200712_5691177.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos embargos de declaração, para, no mérito, negar-lhes provimento, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins e Andréa Viana Arrais Egypto.
dt_sessao_tdt : Tue Feb 07 00:00:00 UTC 2017
id : 6668682
ano_sessao_s : 2017
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:56:50 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949461352448
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 839; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T1 Fl. 689 1 688 S2C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 36624.000802/200712 Recurso nº Embargos Acórdão nº 2401004.595 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 7 de fevereiro de 2017 Matéria CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS: ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. IMUNIDADE/ISENÇÃO Embargante FAZENDA NACIONAL Interessado ISCP SOCIEDADE EDUCACIONAL S.A. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/09/2000 a 30/09/2003 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. Não se acolhem os embargos declaratórios quando inexistente a omissão apontada no julgado. Embargos Rejeitados. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 36 62 4. 00 08 02 /2 00 7- 12 Fl. 689DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 690 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos embargos de declaração, para, no mérito, negarlhes provimento, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins e Andréa Viana Arrais Egypto. Fl. 690DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 691 3 Relatório Cuidamse de embargos de declaração opostos pela Fazenda Nacional, às fls. 613/616, contra o Acórdão nº 2401003.864, da relatoria do Conselheiro Igor Araújo Soares, o qual está juntado às fls. 596/608. 2. O crédito tributário diz respeito à Notificação Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD) nº 37.065.6270, concernente ao período de 09/2000 a 09/2003, lavrada para a exigência de contribuições previdenciárias relativas à parte da empresa e às destinadas ao financiamento do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos do Ambiente de Trabalho (GILRAT), além das contribuições devidas a terceiros. A ciência da NFLD ocorreu em 28/12/2006 (fls. 2/99). 3. Alega a embargante a existência de omissão e/ou contradição no v. acórdão, sob os seguintes fundamentos: (i) ausência de exame do disposto no § 3º do art. 11 da Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, o qual, segundo a recorrente, prevê que o Certificado de Entidade de Assistência Social (Ceas) concedido pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), com base na legislação do Programa Universidade para Todos (Prouni), apenas possibilita a requisição pela pessoa jurídica de um novo pedido de isenção/imunidade junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, caso deferido o pleito, o benefício fiscal passaria a produzir efeitos a contar da data da entrada em vigor da novel legislação, isto é, 10/9/2004; e (ii) falta de pronunciamento a respeito da adesão do contribuinte antes do julgamento do recurso voluntário ao parcelamento previsto na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, uma vez que tal ato equivale à concordância com a exigência fiscal. 4. Os autos digitais foram enviados à Procuradoria da Fazenda Nacional em 12/5/2015, que interpôs os embargos de declaração em 9/6/2015 (fls. 612 e 617). 5. Tendo em vista que o conselheiro relator originário não mais integra a Turma, o processo foi sorteado no âmbito da 1ª Turma da 4ª Câmara, na sessão de 13/4/2016, para análise da admissibilidade dos embargos. 6. Os aclaratórios foram admitidos por meio de despacho do presidente da Turma, Conselheira Miriam Denise Xavier Lazarini, cujo processo foi devolvido para relatoria e inclusão em pauta de julgamento (fls. 678/679). Fl. 691DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 692 4 7. Ressalto, por fim, que consta manifestação do contribuinte a respeito dos embargos declaratórios opostos pela Fazenda Nacional. Em síntese, o interessado defende a correção do julgado proferido no âmbito do colegiado e requer a negativa de provimento ao recurso (fls. 619/624 e 644/657). É o relatório. Fl. 692DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 693 5 Voto Conselheiro Cleberson Alex Friess – Relator 8. Preenchidos os requisitos de admissibilidade dos embargos de declaração, passo ao exame de mérito (art. 65, § 1º, do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (RICARF), aprovado pela Portaria MF nº 343, de 9 de junho de 2015). 1 9. Antes, porém, novamente saliento que a minha designação como relator, por intermédio de sorteio, foi devida à circunstância de o relator originário não mais compor o colegiado. 9.1 À vista disso, incumbeme a emissão de opinião sobre a necessidade de saneamento do Acórdão nº 240103.864, submetendo as questões à apreciação da Turma. Tal juízo não implica, contudo, anuência ou discordância com os fundamentos e as conclusões da decisão embargada. 10. Pois bem. Para melhor explanação das razões de decidir, analisemos em separado os vícios apontados pela Fazenda Nacional: a) falta de exame pelo colegiado do conteúdo do art. 11, § 3º, da Lei nº 11.096, de 2005; e b) previamente ao julgamento do recurso voluntário, havia pedido de parcelamento do crédito tributário. a) Falta de exame da norma jurídica contida no art. 11, § 3º, da Lei nº 11.096, de 2005 11. Nesse ponto, a Fazenda Nacional sustenta que o acórdão embargado centralizou a sua atenção no § 2º do art. 11 da Lei nº 11.096, de 2005, deixando de apreciar, por outro lado, o disposto no § 3º do mesmo artigo, preceptivo essencial ao deslinde da controvérsia trazida a debate nos autos. 11.1 Para compreensão da legislação questionada, transcrevo abaixo o inteiro teor do art. 11 da Lei nº 11.096, de 2005: 1 Tempestividade, conforme §§ 3º, 5º e 6º do art. 7º da Portaria MF nº 527, de 9 de novembro de 2010. Fl. 693DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 694 6 Art. 11. As entidades beneficentes de assistência social que atuem no ensino superior poderão, mediante assinatura de termo de adesão no Ministério da Educação, adotar as regras do Prouni, contidas nesta Lei, para seleção dos estudantes beneficiados com bolsas integrais e bolsas parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento), em especial as regras previstas no art. 3º e no inciso II do caput e §§ 1º e 2º do art. 7º desta Lei, comprometendose, pelo prazo de vigência do termo de adesão, limitado a 10 (dez) anos, renovável por iguais períodos, e respeitado o disposto no art. 10 desta Lei, ao atendimento das seguintes condições: I oferecer 20% (vinte por cento), em gratuidade, de sua receita anual efetivamente recebida nos termos da Lei nº 9.870, de 23 de novembro de 1999, ficando dispensadas do cumprimento da exigência do § 1º do art. 10 desta Lei, desde que sejam respeitadas, quando couber, as normas que disciplinam a atuação das entidades beneficentes de assistência social na área da saúde; (Revogado pela Lei nº 12.101, de 2009) II para cumprimento do disposto no inciso I do caput deste artigo, a instituição: (Revogado pela Lei nº 12.101, de 2009) a) deverá oferecer, no mínimo, 1 (uma) bolsa de estudo integral a estudante de curso de graduação ou seqüencial de formação específica, sem diploma de curso superior, enquadrado no § 1º do art. 1º desta Lei, para cada 9 (nove) estudantes pagantes de curso de graduação ou seqüencial de formação específica regulares da instituição, matriculados em cursos efetivamente instalados, observado o disposto nos §§ 3º, 4º e 5º do art. 10 desta Lei; (Revogado pela Lei nº 12.101, de 2009) b) poderá contabilizar os valores gastos em bolsas integrais e parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento), destinadas a estudantes enquadrados no § 2º do art. 1º desta Lei, e o montante direcionado para a assistência social em programas não decorrentes de obrigações curriculares de ensino e pesquisa; (Revogado pela Lei nº 12.101, de 2009) III gozar do benefício previsto no § 3o do art. 7o desta Lei. § 1º Compete ao Ministério da Educação verificar e informar aos demais órgãos interessados a situação da entidade em relação ao cumprimento das exigências do Prouni, sem prejuízo das competências da Secretaria da Receita Federal e do Ministério da Previdência Social. § 2º As entidades beneficentes de assistência social que tiveram seus pedidos de renovação de Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social indeferidos, nos 2 (dois) últimos triênios, unicamente por não atenderem ao percentual mínimo de gratuidade exigido, que adotarem as regras do Prouni, nos termos desta Lei, poderão, até 60 (sessenta) dias após a data de publicação desta Lei, requerer ao Conselho Nacional de Assistência Social CNAS a concessão de novo Fl. 694DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 695 7 Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social e, posteriormente, requerer ao Ministério da Previdência Social a isenção das contribuições de que trata o art. 55 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. § 3º O Ministério da Previdência Social decidirá sobre o pedido de isenção da entidade que obtiver o Certificado na forma do caput deste artigo com efeitos a partir da edição da Medida Provisória nº 213, de 10 de setembro de 2004, cabendo à entidade comprovar ao Ministério da Previdência Social o efetivo cumprimento das obrigações assumidas, até o último dia do mês de abril subseqüente a cada um dos 3 (três) próximos exercícios fiscais. § 4º Na hipótese de o CNAS não decidir sobre o pedido até o dia 31 de março de 2005, a entidade poderá formular ao Ministério da Previdência Social o pedido de isenção, independentemente do pronunciamento do CNAS, mediante apresentação de cópia do requerimento encaminhando a este e do respectivo protocolo de recebimento. § 5º Aplicase, no que couber, ao pedido de isenção de que trata este artigo o disposto no art. 55 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (GRIFEI) 12. Prossegue a embargante que a falta de pronunciamento sobre o § 3º acarretou omissão no julgado, na medida em que, conquanto tenha havido o deferimento do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, referente ao período de 09/2000 a 09/2003, pela Resolução nº 49/2005 do CNAS, a concessão do documento com base no art. 11 da Lei nº 11.096, de 2005, apenas tinha o condão de viabilizar um novo pedido de isenção junto ao INSS, a qual, se deferida, produziria efeitos a partir de 10/9/2004. 13. A Fazenda Nacional pretende a rediscussão de questão devidamente examinada e decidida no acórdão embargado. O eventual equívoco na interpretação da legislação pelo julgador que pode levar ao erro de julgamento, ao qual faço alusão tão somente para possibilitar o desenvolvimento do meu ponto de vista, não configura hipótese capaz de ser corrigida por meio dos embargos de declaração. 14. Na visão do relator originário a motivação adotada para o lançamento fora exclusivamente a falta do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, relativamente ao período da autuação. 14.1 Logo, tendo sido deferida a concessão do certificado para o período de 09/2000 a 09/2003, em face da Resolução CNAS nº 49/2005, não haveria, segundo entendimento acatado pela unanimidade dos conselheiros, como manter o lançamento relativamente a tal período. 15. Trago excertos do Acórdão nº 240103.864 sobre o ponto questionado pela embargante (fls. 605/606): Fl. 695DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 696 8 (...) Da renovação do certificado no período de 09/2000 a 09/2003 Conforme já relatado, o presente lançamento decorreu tão somente da emissão do Ato Cancelatório n. 01/2005, através do qual se apurou que a ora recorrente não era possuidora do CEAS a partir do ano de 1998, tendo descumprido, portanto, aquilo o que disposto no art. 55, II, da Lei 8.212/91, não lhe sendo reconhecido, portanto, o direito de usufruir da isenção das contribuições patronais a cargo das entidades beneficentes de assistência social. (...) Defende [a recorrente], sobre este aspecto, ter o fiscal autuante incorrido em erro, na medida em que, inobstante as conclusões do Ato Cancelatório n. 01/2005, teve o restabelecimento do seu CEAS pela adesão ao PROUNI, nos termos do artigo 11, parágrafo 2º, da Lei n. 11.096, de 13 de janeiro de 2005 para o período de 18/09/2000 a 17/09/2003 (processo 71010.000437/2005095). (...) Percebese, pois, que a legislação supra permitiu ao contribuinte que teve o seu pedido de renovação do CEAS indeferido pelo não atendimento do percentual mínimo de gratuidade exigido pela legislação, que requeresse a concessão de novo certificado, a partir do momento de sua adesão as regras do PROUNI (Lei 11.096/05), para, então, posteriormente viesse a requerer a isenção das contribuições ao Ministério da Previdência. E em razão da promulgação de referida legislação, assim o fez a recorrente, lhe tendo sido deferida a expedição do CEAS para o período de 09/2000 a 09/2003 pela Resolução n. 49/2005 do CNAS, conforme se percebe da informação do fiscal autuante constante no relatório fiscal complementar, verbis: (...) Ou seja, diante de tais informações, vislumbro que antes mesmo da formalização do presente Auto de Infração (algo em torno de um ano e meio antes de tal evento) a recorrente já possuía em seu favor o Certificado de Entidade de Assistência Social – CEAS, devidamente válido para o período em questão. E a concessão do CEAS resta comprovada, também, pela certidão concedida à parte pelo CNAS, cujo teor transcrevo a seguir: (...) Ou seja, tendo em vista que a motivação adotada para o lançamento fora exclusivamente a de que a recorrente não era portadora do CEAS, sem que qualquer outra tenha sido Fl. 696DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 697 9 considerada pelo fiscal autuante, não vejo como considerar que tenha a mesma descumprido o disposto no art. 55, II, da Lei 8.212/91. Se a questão central do presente processo é saber se a recorrente possuía ou não o CEAS, de modo a que possa ou não usufruir da isenção da cota patronal, esta fica esclarecida, a meu ver, em face da Resolução CNAS n. 49/2005, que deferiu de forma expressa a concessão do certificado para o período de 09/2000 a 09/2003. Logo, não vejo como manter o lançamento relativamente a tal período. (...) 16. Tendo em conta o raciocínio esquadrinhado pelo relator originário, entendo não haver vazio na fundamentação utilizada no acórdão recorrido, dispensandose, à vista disso, a necessidade de complementação da decisão pelo exame da aplicação ao caso concreto da norma jurídica contida no § 3º do art. 11 da Lei nº 11.096, de 2005, conforme defende a Fazenda Nacional. 17. Sublinho que o julgador "ad quem" não está obrigado a enfrentar e/ou refutar todos os fundamentos do acórdão de primeira instância que deram esteio à manutenção da autuação fiscal. O decisório recorrido apreciou, de modo fundamentado, as questões relevantes trazidas ao debate pelas partes, com base nos fatos e no direito que entendeu aplicável à questão controvertida. 18. Portanto, cabe rejeitar a alegação de omissão no acórdão suscitada pela embargante. b) Parcelamento 19. Assinala a Fazenda Nacional uma outra omissão identificada no Acórdão nº 240103.864, relacionada à falta de pronunciamento sobre a adesão do contribuinte ao parcelamento especial da Lei nº 11.941, de 2009. A inclusão do débito em parcelamento caracteriza a desistência do recurso voluntário, em razão da perda de interesse no julgamento do apelo recursal. 20. A embargante não mostra efetivamente as fls. dos autos que comprovaria a inclusão do débito em parcelamento especial. Ao compulsar os autos, igualmente não localizei documento vinculado a parcelamento da NFLD nº 37.065.6270. 21. O recurso voluntário foi protocolado em 26/5/2010, juntado às fls. 453/499, e encaminhado a este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais em 1º/6/2010, sem qualquer alusão, por parte do Fisco, à inclusão do débito tributário discutido em acordo de parcelamento (fls. 500). 22. Destarte, pelos elementos que instruem os autos a omissão apontada pela Fazenda Nacional é manifestamente improcedente, inexistindo comprovação de desistência do contribuinte quanto à discussão administrativa do crédito tributário, devido à inclusão do débito no parcelamento especial da Lei nº 11.941, de 2009, antes do julgamento do recurso voluntário. Fl. 697DF CARF MF Processo nº 36624.000802/200712 Acórdão n.º 2401004.595 S2C4T1 Fl. 698 10 Conclusão Ante o exposto, voto por CONHECER dos embargos declaratórios e, no mérito, NEGARLHES PROVIMENTO, por ausência dos vícios apontados pela Fazenda Nacional. É como voto. (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess. Fl. 698DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13605.000595/2007-11
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 12 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Wed Apr 26 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2002, 2003, 2004
RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. PRECLUSÃO PROCESSUAL.
Não se conhece de recurso voluntário intempestivo. Considera-se intimado o contribuinte com a comprovação da entrega da intimação no seu domicílio tributário constante do cadastro da Receita Federal do Brasil.
Numero da decisão: 2803-004.127
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso em razão da intempestividade.
João Bellini Júnior Presidente e redator ad hoc na data de formalização do acórdão.
EDITADO EM: 25/04/2017
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia De Lima (Presidente), Ricardo Magaldi Messetti, Amilcar Barca Teixeira Junior, Oseas Coimbra Junior, Gustavo Vettorato e Eduardo de Oliveira
Nome do relator: GUSTAVO VETTORATO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201502
ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Ano-calendário: 2002, 2003, 2004 RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. PRECLUSÃO PROCESSUAL. Não se conhece de recurso voluntário intempestivo. Considera-se intimado o contribuinte com a comprovação da entrega da intimação no seu domicílio tributário constante do cadastro da Receita Federal do Brasil.
turma_s : Terceira Turma Especial da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Apr 26 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 13605.000595/2007-11
anomes_publicacao_s : 201704
conteudo_id_s : 5714489
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Apr 26 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 2803-004.127
nome_arquivo_s : Decisao_13605000595200711.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : GUSTAVO VETTORATO
nome_arquivo_pdf_s : 13605000595200711_5714489.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso em razão da intempestividade. João Bellini Júnior Presidente e redator ad hoc na data de formalização do acórdão. EDITADO EM: 25/04/2017 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia De Lima (Presidente), Ricardo Magaldi Messetti, Amilcar Barca Teixeira Junior, Oseas Coimbra Junior, Gustavo Vettorato e Eduardo de Oliveira
dt_sessao_tdt : Thu Feb 12 00:00:00 UTC 2015
id : 6729278
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:58:48 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048949463449600
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1340; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2TE03 Fl. 2 1 1 S2TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13605.000595/200711 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2803004.127 – 3ª Turma Especial Sessão de 12 de fevereiro de 2015 Matéria CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Recorrente RIO PIRACICABA CAMARA DE VEREADORES Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2002, 2003, 2004 RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. PRECLUSÃO PROCESSUAL. Não se conhece de recurso voluntário intempestivo. Considerase intimado o contribuinte com a comprovação da entrega da intimação no seu domicílio tributário constante do cadastro da Receita Federal do Brasil. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso em razão da intempestividade. João Bellini Júnior – Presidente e redator ad hoc na data de formalização do acórdão. EDITADO EM: 25/04/2017 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia De Lima (Presidente), Ricardo Magaldi Messetti, Amilcar Barca Teixeira Junior, Oseas Coimbra Junior, Gustavo Vettorato e Eduardo de Oliveira Relatório Conselheiro João Bellini Júnior AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 60 5. 00 05 95 /2 00 7- 11 Fl. 793DF CARF MF 2 Para registro e esclarecimento, consigno que, pelo fato do conselheiro Gustavo Vettorato, relator original, ter deixado os quadros do CARF antes da formalização do acórdão, estou procedendo à formalização na condição de redator ad hoc. Esclareço que em virtude de não ter sido localizada a minuta de voto do conselheiro originário, utilizo como base o registro da ata e/ou votos do mesmo conselheiro em processos similares. Tratase de recurso voluntário em face do Acórdão 0242.457, exarado pela 9ª Turma da DRJ em Belo Horizonte (efls. 679 a 682), que julgou manifestação de inconformidade em face do indeferimento do pedido de restituição de valores arrecadados com base na alínea "h" do inciso I do art. 12 da Lei nº 8.212/91, acrescentado pelo §1º do art. 13 da Lei nº 9.506/97. A DRJ julgou improcedente a manifestação de inconformidade, tendo o acórdão recorrido recebido a seguinte ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/07/2002 a 30/09/2004 RESTITUIÇÃO. EXERCENTES DE MANDATO ELETIVO. Somente podem ser restituídas contribuições nas hipóteses de pagamento ou recolhimento indevido ou maior que o devido, exigindose a comprovação do direito creditório mediante a exibição de todos os documentos hábeis a comprovar a regularidade e a exatidão dos valores requeridos a título de restituição.. Tal decisão foi entregue no domicílio fiscal da contribuinte em 27/05/2013 (aviso de recebimento EBCT, efl. 686). Em 27/06/2013 (efl. 784), foi apresentado recurso voluntário (efls. 687 a 689), no qual é asseverado, em síntese, que há provas nos autos que amparam seu direito. É o relatório. Voto Conselheiro Relator João Bellini Júnior Para registro e esclarecimento, consigno que, pelo fato do conselheiro Gustavo Vettorato, relator original, ter deixado os quadros do CARF antes da formalização do acórdão, estou procedendo à formalização na condição de redator ad hoc. Esclareço que em virtude de não ter sido localizada a minuta de voto do conselheiro originário, utilizo como base o registro da ata e/ou votos do mesmo conselheiro em processos similares. DA TEMPESTIVIDADE Fl. 794DF CARF MF Processo nº 13605.000595/200711 Acórdão n.º 2803004.127 S2TE03 Fl. 3 3 Como relatado, a contribuinte foi cientificada da decisão da DRJ em 27/05/2013, segundafeira. O termo inicial para a apresent6ação do recurso voluntário foi 28/05/2013 e o termo final ocorreu em 26/06/2013. O recurso voluntário foi apresentado em 27/06/2013, sendo, portanto intempestivo. Conclusão Voto, portanto, por NÃO CONHECER do recurso voluntário ASSIM VOTOU O CONSELHEIRO NA SESSÃO DE JULGAMENTO. (assinado digitalmente) João Bellini Júnior Redator ad hoc Fl. 795DF CARF MF
score : 1.0