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Numero do processo: 11065.100273/2007-08
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Jun 02 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Mon Jun 02 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004
PIS. BASE DE CÁLCULO. RECEITA. REALIZAÇÃO DE CRÉDITO DO ICMS.
A realização dos créditos do ICMS, por qualquer uma das formas
permitidas na legislação do imposto, não se constitui receita e,
portanto, o seu valor não integra a base de cálculo do PIS.
CRÉDITO. RESSARCIMENTO.
São passíveis de ressarcimento os créditos de PIS apurados em
relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de
exportação.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 201-81.138
Decisão: ACORDAM os Membros da PRIMEIRA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao
recurso da seguinte forma: I) por unanimidade de votos, deu-se provimento para excluir da base de cálculo do PIS e da Cofins os créditos do ICMS realizados; II) por maioria de votos, deu-se provimento para reconhecer os créditos relativos a combustíveis, lubrificantes e remoção de resíduos industriais. Vencidos os Conselheiros José Antonio Francisco, Josefa Maria Coelho Marques, Mauricio Taveira e Silva, quanto aos combustíveis, e José Antonio
Francisco e Maurício Taveira e Silva também quanto à remoção de resíduos; e III) pelo voto de qualidade, negou-se provimento quanto à Selic. Vencidos os Conselheiros Fabiola Cassiano
Keramidas, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto. Fez sustentação oral, em 12/03/2008, em 07/05/2008 e em 02/06/2008, o advogado da recorrente, Dr. Dilson Gerent, OAB-RS 22.484.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: Walber José da Silva
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PRIMEIRA CÂMARA Processo te 11065.100273/2007-08 Recurso e 148.456 Voluntário Matéria PIS/Pasep Acórdão n° 201-81.138 Sessão de 02 de junho de 2008 Recorrente INDÚSTRIA DE PELES MINUANO LTDA. Recorrida DRJ em Porto Alegre - RS ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PISTPÁsEr Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 PIS. BASE DE CÁLCULO. RECEITA. REALIZAÇÃO DE CRÉDITO DO ICMS. A realização dos créditos do ICMS, por qualquer uma das formas permitidas na legislação do imposto, não se constitui receita e, portanto, o seu valor não integra a base de cálculo do PIS. CRÉDITO. RESSARCIMENTO. São passíveis de ressarcimento os créditos de PIS apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da PRIMEIRA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso da seguinte forma: I) por unanimidade de votos, deu-se provimento para excluir da base de cálculo do PIS e da Cofins os créditos do ICMS realizados; II) por maioria de votos, deu-se provimento para reconhecer os créditos relativos a combustíveis, lubrificantes e remoção de resíduos industriais. Vencidos os Conselheiros José Antonio Francisco, Josefa Maria Coelho Marques, Mauricio Taveira e Silva, quanto aos combustíveis, e José Antonio Francisco e Maurício Taveira e Silva também quanto à remoção de resíduos; e III) pelo voto de MF SEGUNDC CC N e; ' DF rA w4 ; IQ ir u TEs L i 01 At Processo e 11065.100273/2007-08 CCO2/C01 Acórdão o.' 201-81338 f. . j_ Pf Fls. 313 qualidade, negou-se provimento quanto à Selic. Vencidos os Conselheiros Fabiola Cassiano Keramidas, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto. Fez sustentação oral, em 12/03/2008, em 07/05/2008 e em 02/06/2008, o advogado da recorrente, Dr. Dilson Gerent, OAB-RS 22.484. 4 tf tikeria, d OSE 'A MARIA COELHO MARQUES Presidente W4E DA SI VA Relator 2 ME- SEGUNDO CO ELMO rr CO' ITRIBUINTES Processo et 11065.100273/2007-08 CONFERE C:2" O e :... ,1,NAL CCO2/001 Acórdão n.• 20141.138 Brasila. I ,1 o? Fls. 314 r,,s n s. .45 Relatório A empresa INDÚSTRIA DE PELES MENUANO LTDA., já qualificada nos autos, ingressou com pedido de ressarcimento de créditos de PIS não-cumulativo, previsto no § 1 2 do art. 52 da Lei n2 10.637/2002, relativo ao 42 trimestre de 2006. A DRF em Novo Hamburgo - RS indeferiu, em parte, o pedido da interessada, alegando que: 1 - não foi incluída na base de cálculo da Cofins as receitas com créditos de ICMS transferidos para terceiros; e 2 - no cálculo do beneficio pleiteado a recorrente utilizou indevidamente créditos decorrentes de: a) dispêndios com combustíveis e lubrificantes utilizados pela frota de veículos; e b) dispêndios com a remoção de resíduos industriais. Inconformada com esta decisão, a empresa ingressou com a manifestação de inconformidade, cujo resumo das alegações consta do relatório da decisão recorrida, que leio em sessão. A 2! Turma de Julgamento da DM em Porto Alegre - RS indeferiu a solicitação da interessada, nos termos do Acórdão n2 10-13.214, de 06/09/2007, ratificando o entendimento da DRF em Novo Hamburgo - RS e, também, indeferindo o pedido de atualização monetária do ressarcimento pela Selic. Ciente desta decisão em 03/10/2007, a interessada ingressou, no dia 11/10/2007, com o recurso voluntário de fls. 258/281, no qual alega, em apertada síntese, que: 1 - o montante do ICMS registrado no ativo da recorrente, realizado na forma prevista na legislação deste imposto - pagamento a fornecedores -, não se constitui em receita, razão pela qual não pode ser mantida a decisão recorrida. Cita jurisprudência administrativa; 2 - os combustíveis e lubrificantes consumidos pela frota de veículos (doze caminhões e duas Kombis) têm vínculo direto com a atividade da empresa. Servem para o transporte de produtos e insumos entre estabelecimentos da recorrente; 3 - os resíduos são retirados (restos de couro, gordura, lodo, etc.) dos tanques onde o couro é tratado e transportados por caminhões, duas ou três vezes por dia. Para realizar este serviço contratou e paga uma pessoa jurídica; e 4 - sobre o crédito pleiteado deve ser aplicada a taxa Selic desde a data de protocolização do pedido de ressarcimento. Cita jurisprudência da CSRF. letiL \ 3 ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORiGINAl.. Processo n• 11065.100273/2007-0S Biasifia, or CCO2/C01 Acórdão n.° 20141.138 _ _ Eis. 315 . r. . Na forma regimental, o processo foi a mim distribuído, conforme despacho exarado na última folha dos autos - fl. 311. É o Relatório. €k 4 MV - SEGUNDO C.01 COCRIe: j n NTE" CONFERE. C LncIGIN.-4_Processo n" 11065.100273/2007-08 c02/c01 Acórdão n.° 20141.138 Presida, • trist F1s. 316 ; 745 Voto Conselheiro WALBER JOSÉ DA SILVA, Relator O recurso voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos legais e, por esta razão, dele conheço. Como relatado, a recorrente requereu o ressarcimento de crédito de Cofins, previsto no § 1 2 do art. 52 da Lei n2 10.63712002, que abaixo transcrevo: "Art. 5* A contribuição para o PIS/Pasep não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de: 1- exportação de mercadorias para o exterior; II - prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas; (Redação dada pela Lei n°10.865, de 2004) III - vendas a empresa comercial exportadora com afim especifico de exportação. § P Na hipótese deste artigo, a pessoa jurídica vendedora poderá utilizar o crédito apurado na forma do art. ?para fins de: 1- dedução do valor da contribuição a recolher, decorrente das demais operações no mercado interno; II - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, observada a legislação especifica aplicável à matéria. § 2* A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar o crédito por qualquer das formas previstas no § P, poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro, observada a legislação especifica aplicável à matéria." (grifei) O disposto no § 22 acima reproduzido não deixa nenhuma dúvida de que os créditos não utilizados são passíveis de ressarcimento. Estes créditos são apurados na forma do art. 32 da Lei n2 10.637/2002, que, em seu § 32, assim determina: "An. 32 Do valor apurado na forma do art. 22 a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: § 32 O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação: I - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no Pais; (0"" Sr\ SEGUNDO CO31:3; Ire :DE CONTRIBUINTES CONFEtiE COM 0,S GdAL Processo n• 11065.100273/2007-08 j CCO2/C01BrasINa, 12. Lar__Acórdão n.• 201-81.138 - — Tis 317 H - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliado no País; LII - aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir do mês em que se iniciar a aplicação do disposto nesta Lei." (grifei) Portanto, basta que os custos ou despesas gerem créditos para a empresa exportadora ter direito ao seu ressarcimento. No caso de empresa industrial, o crédito de PIS não se restringe aos insumos empregados diretamente na produção como defende a decisão recorrida. Todos os créditos decorrentes de custos ou despesas incorridas na produção e venda do produto exportado, apurados na forma prevista no art. 32 da Lei n2 10.637/2002, são passíveis de ressarcimento. Nesse passo, a despesa realizada que gera direito a crédito de PIS passível de ressarcimento é exclusivamente aquela vinculada à receita de exportação. Basta isto porque é só isto que a lei exige. Não somente os créditos dos insumos (matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem e outros) empregados diretamente no processo produtivo dos produtos exportados podem ser ressarcidos. Todas as despesas necessárias ao auferimento da receita de exportação, desde que gere crédito na forma prevista no art. 3 2 da Lei n2 10.637/2002, pode ser objeto de pedido de ressarcimento previsto nos §§ 1 2 e r do art. 52 da Lei n2 10.637/2002 e regulamentado pelos arts. 21 e 22 da IN SRF n 2 460/2004, abaixo reproduzidos com a redação original (atual arts 21 e 22 da IN SRF n2 600/2005)1: "Art. 21. Os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins referentes a custos, despesas e encargos vinculados às receitas decorrentes das operações de exportação de mercadorias para o exterior, prestação de serviços a pessoa física ou jurídica domiciliado no exterior, com pagamento em moeda conversível, e vendas a empresa comercial exportadora, com o fim especifico de exportação, que não puderem ser deduzidos na forma do inciso Ido § 1" do art. .5° da Lei n° 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e do inciso Ido § 1° do art. 6° da Lei n° 10.833, de 29 de dezembro de 2003, poderão ser utilizados na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos aos tributos e contribuições administrados pela SRF. (-) Art. 22. Poderão ser objeto de ressarcimento os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cotins a que se refere o art. 21 ‘SePti- Art. 21. Os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins apurados na forma do art. 32 da Lei n2 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e do art. 32 da Lei n2 10.833, de 29 de dezembro de 2003, que não puderem ser utilizados na dedução de débitos das respectivas contribuições, poderão sê-lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições de que trata esta Instrução Normativa, se decorrentes de: I - custos, despesas e encargos vinculados às receitas decorrentes das operações de exportação de mercadorias para o exterior, prestação de serviços a pessoa fisica ou jurídica residente ou domiciliado no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas, e vendas a empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação; II - custos, despesas e encargos vinculados às vendas efetuadas com suspensão, isenção, aliquota zero ou não- incidência; ou 111 - aquisições de embalagens para revenda pelas pessoas jurídicas comerciais a que se referem os ff 32 e 42 do art. Si da Lei n2 10.833, de 2003, desde que os créditos tenham sido apurados a partir de 1! de abril de 2005. Art. 22. Os créditos a que se referem os incisos 1 e II e o 4 2 do art. 21, acumulados ao final de cada trimestre-calendário, poderão ser objeto de ressarcimento. (..., - SEGUNDO COt C24TRIB4JINTES CO:rli.,." .AL Processo n' 11065.100273/2007-08CCO21C01 Acórdão n.• 201 -81.138 Bine" ,z.. or N. 318 que, ao final de um trimestre do ano civil, remanescerem na escrita contábil da pessoa jurídica após efetuadas as deduções e compensações cabíveis." (grifei) Mais ainda, a vinculação da despesa com a receita de exportação não guarda relação exclusivamente com o processo produtivo. A despesa pode ser incorrida antes ou depois de realizada a produção do bem exportado. No caso sob exame, foram glosados os créditos relativos aos combustíveis e lubrificantes usados na frota de veículos da recorrente e aos dispêndios com a remoção de resíduos industriais, por não estarem vinculados ao processo produtivo. A recorrente alega que tem direito ao crédito dos combustíveis e lubrificantes porque os mesmos são usados em sua frota de veículos, que transporta produtos e insumos entre seus estabelecimentos. Para haver ressarcimento é necessário haver o direito ao crédito. No caso dos combustíveis e lubrificantes usados na frota de veículo ligados à atividade industrial geram, no meu entender, direito ao crédito, a teor do inciso II do art. 3 2 da Lei n2 10.637/2004. E geram direito ao crédito porque o conceito de insumo (bens e serviços) utilizado pela lei não é igual à soma de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, a que se refere a legislação do IPI. Lasumos são todos os "custos, despesas ou encargos" vinculados ao produto ou serviço vendido, como diz o art. 21 da IN SRF n2 460/2004. Quanto aos dispêndios realizados com o serviço de remoção de resíduos industriais, não há nenhuma dúvida de que este serviço é parte do processo de industrialização dos bens exportados e está vinculado à receita de exportação. Pela natureza da atividade da recorrente, sem este serviço não há produção. Sendo um serviço diretamente vinculado ao processo produtivo, entendo que a recorrente tem direito ao crédito da Cofins incidente sobre a compra desse serviço e, como tal, tem direito ao ressarcimento desse crédito em face da exportação dos produtos (inciso II do art. 32 da Lei n2 10.637/2002). O Fisco pretende incluir na base de cálculo do PIS e da Cofins o valor dos créditos de ICMS cedidos (realizados) a terceiros, que considera receita, no que a empresa recorrente não concorda porque entende que a realização dos créditos de ICMS, por qualquer das modalidades previstas na legislação específica do imposto, não se constitui em receita. Com razão a recorrente. Transcrevo, abaixo, parte da ementa e dos fundamentos da Decisão SRRF/3 2RF/Disit ri2 47, de 11/12/1998, que são esclarecedores sobre a natureza dos créditos de ICMS escriturados em razão de aquisição de mercadorias, mantidos e não utilizados na conta gráfica e realizados por uma das modalidades previstas pela legislação do ICMS, inclusive transferência a terceiros: (Sgka- 7 CON://:;$,E, :::_ CONTRIBUINTES CONFERE C.').1. Processo n° 11065.1002732007-08 Brasf53, 42- _DL_ CCO2/C01 Acórdão n.• 201-81.138 / Fls. 319 F.4e1:-S mst 0 . ias - "Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Ementa: RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO DO ICMS. INCIDÊNCIA. O recebimento, em forma de créditos do ICMS, de direitos decorrentes de transações realizadas e escrituradas pela empresa, e a recuperação de créditos do ICMS, mediante qualquer das modalidades previstas na legislação especifica, não constituem fato gerador para a Contribuição para o PIS/PASEP. Dispositivos Legais: Artigos 2° e 3° da Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998. FUNDAMENTOS LEGAIS A princípio, cumpre observar que, conforme dispõe o § 3° do artigo 231 do Regulamento do Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto n° 1.041, de 11/1/94 - RIR/94, os impostos não-cumulativos, recuperáveis mediante créditos na escrita fiscal, não integram o custo das mercadorias revendidas e das matérias-primas utilizadas na produção. Nesse sentido, sendo o ICMS não-cumulativo, os valores pagos na aquisição de matérias primas e mercadorias não integram o respectivo custo, constituem crédito compensável com o que for devido na saída subseqüente. Entretanto, ocorrendo a hipótese de não incidência na saída subseqüente com manutenção do direito ao crédito, caso das operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados, fica inviabilizada a compensação pela sistemática usual, restando à empresa adotar as formas alternativas de recuperação do crédito disciplinadas pelo artigo 69 do Regulamento do ICMS2. Mister se faz ressaltar que a recuperação de créditos do ICMS, escriturados em conta patrimonial representativa de direitos a recuperar, mediante qualquer das modalidades previstas na legislação de regência, constitui fato administrativo permutativo, uma vez que apenas modifica a composição dos bens e direitos integrados ao patrimônio, não altera a situação líquida da empresa. Da mesma forma, não altera o patrimônio líquido, o recebimento, em forma de créditos do ICMS, de direitos decorrentes de transações realizadas pela empresa, devidamente contabilizadas e computadas no resultado do exercício, por tratar-se de fato administrativo permutativa " Não tenho dúvida de que a realização dos créditos do ICMS, por qualquer uma das formas permitidas na legislação do imposto, não se constitui receita e, portanto, o seu valor não pode integrar a base de cálculo do PIS e da Cofins. Com relação à incidência da taxa Selic no ressarcimento de crédito de PIS e de Cotins não-cumulativos, ratifico o entendimento da decisão recorrida de que não há previsão legal para o pleito da recorrente. Ao contrário, há vedação expressa (§ 5 9 do art. 52 da IN SRF n9 600/2005). 494)1/4"- 2 Regulamento do ICMS do Estado do Ceará. (4: 8 • ce z i7Rte ',ANTES • Brasile, / Processo n°11065.1002732007-08 CCO2/C01 Acórdão n.° 201 -81.1313 Fls. 320Ce.40 Ana f.4et: AÏ45 A recorrente cita jurisprudência, já superada, da Câmara Superior de Recursos Fiscais sobre a incidência de juros Selic no ressarcimento de crédito presumido do IPI. Em decisões mais recentes, a Câmara Superior de Recursos Fiscais reformou seu entendimento para considerar indevida a incidência de juros Selic no ressarcimento de crédito presumido do LPI, a exemplo do Acórdão CSRF/02-02.824, Sessão do dia 16/10/2007 (Recurso Especial da PFN n2 203-129.791). Independente do posicionamento da CSRF, estou convicto de que, à míngua de previsão legal, não há como efetuar o ressarcimento com qualquer acréscimo, inclusive a título de juros Selic. Por tais razões, que reputo suficientes ao deslinde, ainda que outras tenham sido alinhadas, voto no sentido de dar provimento parcial ao recurso voluntário para reconhecer o direito aos créditos relativos à aquisição de combustíveis e lubrificantes e aos dispêndios com a remoção de resíduos industriais e, também, para excluir da base de cálculo da exação o valor relativo à realização de créditos do ICMS, transferidos a terceiros. Sala das Sessõ s, em O de junho de 2008. / WALBE OSÉ DA SI e A 110L 9 Page 1 _0062300.PDF Page 1 _0062500.PDF Page 1 _0062700.PDF Page 1 _0062900.PDF Page 1 _0063100.PDF Page 1 _0063300.PDF Page 1 _0063500.PDF Page 1 _0063700.PDF Page 1
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Numero do processo: 10845.000826/2005-11
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 29 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Apr 03 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/09/1991 a 30/04/1995
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO - INOCORRÊNCIA -
Não constatada a ocorrência de omissão na decisão embargada, deve ser negado provimento aos embargos de declaração.
Embargos Rejeitados.
Numero da decisão: 3801-001.653
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos de declaração.
(assinado digitalmente)
Flávio de Castro Pontes- Presidente
(assinado digitalmente)
Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel- Relatora
Participaram do julgamento os Conselheiros Marcos Antônio Borges, Jose Luiz Bordignon, Sidney Eduardo Stahl, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio de Castro Pontes.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL
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Embargos Rejeitados. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos de declaração. (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes Presidente (assinado digitalmente) Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel Relatora Participaram do julgamento os Conselheiros Marcos Antônio Borges, Jose Luiz Bordignon, Sidney Eduardo Stahl, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio de Castro Pontes. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 84 5. 00 08 26 /2 00 5- 11 Fl. 628DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/03/2013 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 05/03/2013 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 06 /03/2013 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10845.000826/200511 Acórdão n.º 3801001.653 S3TE01 Fl. 255 2 Relatório Tratase de declaração de compensação, transmitida em 20.10.2004, e retificada em 21.10.2004, na qual o contribuinte utiliza como crédito os recolhimentos de PIS efetuados entre 09/91 a 04/95, com base nos Decretos‑ Lei nº 2.445/88 e 2.449/88, e que foram objeto da ação ordinária n° 1997.34.00.0061468 que transitou em julgado em 06.09.2004. A declaração de compensação não foi homologada, nos termos do Despacho Decisório de fls. 416/420. Em 28/06/2006, apresentou petição pedindo a reconsideração do despacho decisório. Em 04/07/2006, a contribuinte foi intimada do Despacho decisório. Em 04/08/2006, apresentou a manifestação de inconformidade. Em 07/08/2006, foi cientificada da decisão que denegava o pedido de reconsideração do Despacho decisório. A DRJ em São Paulo II não conheceu da manifestação de inconformidade, por entender que esta fora apresentada intempestivamente (fl. 447/450). Analisando o litígio decorrente da impugnação ao lançamento, a Primeira Turma Especial da Terceira Seção de Julgamento do CARF proferiu o Acórdão nº 3801‑ 00.834, no qual, por unanimidade de votos, deu provimento ao recurso voluntário, para conhecer da manifestação de inconformidade e julgar o mérito do recurso, conforme a seguinte ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/09/1991 a 30/04/1995 Ementa: DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. NULIDADE. DESNECESSIDADE Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprirlhe a falta. PIS. SEMESTRALIDADE. A base de cálculo do PIS, prevista no artigo 6° da Lei Complementar n° 7, de 1970, é o faturamento do sexto mês anterior. Aplicação do Enunciado 16. A Fazenda Nacional opôs embargos de declaração, alegando a ocorrência de omissão no acórdão de 2ª instância, ao não se pronunciar sobre os fundamentos de direito que o levaram a desconsiderar o termo inicial da contagem do prazo a data da intimação do Despacho decisório que não homologou a compensação pleiteada, e considerar data outra para o início da contagem do prazo para a apresentação da manifestação de inconformidade. Em face do exposto, requer seja aclarada a decisão, sanando a omissão acima apontada. É o relatório. Fl. 629DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/03/2013 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 05/03/2013 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 06 /03/2013 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10845.000826/200511 Acórdão n.º 3801001.653 S3TE01 Fl. 256 3 Voto Os embargos de declaração foram opostos no prazo legal, razão pela qual são admitidos. No entanto, não vislumbro haver qualquer omissão. A carência de fundamentação não significa omissão da decisão. A decisão omissa é aquela que não examina um pedido ou um fundamento trazido pelas partes, o que não ocorreu na hipótese presente. No caso, o acórdão analisou todos os pontos ventilados no Recurso Voluntário, sobre os quais deveria manifestarse a Turma. Bem explicitadas foram as razões de decidir, não ocorrendo quaisquer dos requisitos ensejadores dos presentes embargos declaratórios, em especial a alegada omissão. O que se percebe, portanto, é que a Embargante busca, em seu recurso, a mera reapreciação do direito aplicável ao caso concreto, o que, todavia, não se admite pela via dos embargos declaratórios. Devidamente analisadas as peculiaridades do caso em espécie, não verifico ter ocorrido omissão em relação ao entendimento pela tempestividade do recurso da Embargada, que justifique o acolhimento dos presentes embargos declaratórios. Em conseqüência, voto por negar provimento aos embargos de declaração interpostos pela PFN. (assinado digitalmente) Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel Fl. 630DF CARF MF Impresso em 03/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/03/2013 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 05/03/2013 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 06 /03/2013 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
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Numero do processo: 13888.000109/99-37
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Feb 08 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/04/1989 a 30/09/1995
TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO PARA REPETIÇÃO DE INDÉBITO.
O Supremo Tribunal Federal - STF fixou entendimento no sentido de que deva ser aplicado o prazo de 10 (dez) anos para o exercício do direito de repetição de indébito para os pedidos formulados antes do decurso do prazo da vacatio legis de 120 dias da LC n.º 118/2005, ou seja, antes de 9 de junho de 2005 (RE 566621).
O Superior Tribunal de Justiça - STJ firmou, ainda, entendimento no sentido de que o prazo para pleitear a repetição tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, ainda que tenha sido declarada a inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou exista Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso), é contado da data em que se considera extinto o crédito tributário, acrescidos de mais cinco anos, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da entrada em vigor da LC 118/05 (09.06.2005).
No presente caso, o pedido de repetição de indébito deu-se antes do início da vigência da LC nº 118/2005, aplicando-se, portanto, o prazo decenal para a contagem do prazo para o exercício do direito de repetição de indébito.
Tendo em vista o fato de que transcorreram menos de dez anos entre a data do fato gerador e a data do pedido de repetição do indébito, há de se concluir que o contribuinte exerceu tempestivamente o seu direito.
Recurso Extraordinário Negado.
Numero da decisão: 9900-000.576
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
Elias Sampaio Freire Relator
EDITADO EM:21/11/2012
Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente), Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim, que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: ELIAS SAMPAIO FREIRE
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/04/1989 a 30/09/1995 TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO PARA REPETIÇÃO DE INDÉBITO. O Supremo Tribunal Federal - STF fixou entendimento no sentido de que deva ser aplicado o prazo de 10 (dez) anos para o exercício do direito de repetição de indébito para os pedidos formulados antes do decurso do prazo da vacatio legis de 120 dias da LC n.º 118/2005, ou seja, antes de 9 de junho de 2005 (RE 566621). O Superior Tribunal de Justiça - STJ firmou, ainda, entendimento no sentido de que o prazo para pleitear a repetição tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, ainda que tenha sido declarada a inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou exista Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso), é contado da data em que se considera extinto o crédito tributário, acrescidos de mais cinco anos, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da entrada em vigor da LC 118/05 (09.06.2005). No presente caso, o pedido de repetição de indébito deu-se antes do início da vigência da LC nº 118/2005, aplicando-se, portanto, o prazo decenal para a contagem do prazo para o exercício do direito de repetição de indébito. Tendo em vista o fato de que transcorreram menos de dez anos entre a data do fato gerador e a data do pedido de repetição do indébito, há de se concluir que o contribuinte exerceu tempestivamente o seu direito. Recurso Extraordinário Negado.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente Elias Sampaio Freire Relator EDITADO EM:21/11/2012 Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente), Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim, que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
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ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/04/1989 a 30/09/1995 NORMAS PROCESSUAIS. ADMISSIBILIDADE. DIVERGÊNCIA COMPROVADA. Ao apreciar regra de norma geral acerca do prazo para repetição de indébito (art. 165, incisos I e II , e 168, inciso I, do CTN), ao contrário do decidido no acórdão recorrido, o acórdão paradigma considerou ser irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro, aplicando o prazo a partir da extinção do crédito tributário. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/04/1989 a 30/09/1995 TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO PARA REPETIÇÃO DE INDÉBITO. O Supremo Tribunal Federal STF fixou entendimento no sentido de que deva ser aplicado o prazo de 10 (dez) anos para o exercício do direito de repetição de indébito para os pedidos formulados antes do decurso do prazo da vacatio legis de 120 dias da LC n.º 118/2005, ou seja, antes de 9 de junho de 2005 (RE 566621). O Superior Tribunal de Justiça STJ firmou, ainda, entendimento no sentido de que o prazo para pleitear a repetição tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, ainda que tenha sido declarada a inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou exista Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso), é contado da data em que se considera extinto o crédito tributário, acrescidos de mais cinco anos, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da entrada em vigor da LC 118∕05 (09.06.2005). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 88 8. 00 01 09 /9 9- 37 Fl. 394DF CARF MF Impresso em 08/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 2 No presente caso, o pedido de repetição de indébito deuse antes do início da vigência da LC nº 118/2005, aplicandose, portanto, o prazo decenal para a contagem do prazo para o exercício do direito de repetição de indébito. Tendo em vista o fato de que transcorreram menos de dez anos entre a data do fato gerador e a data do pedido de repetição do indébito, há de se concluir que o contribuinte exerceu tempestivamente o seu direito. Recurso Extraordinário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Elias Sampaio Freire – Relator EDITADO EM:21/11/2012 Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente), Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim, que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Fl. 395DF CARF MF Impresso em 08/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 13888.000109/9937 Acórdão n.º 9900000.576 CSRFPL Fl. 3 3 Relatório A Fazenda Nacional, inconformada com o decidido no Acórdão n.º 02 03.031, proferido pela 2ª Turma da CSRF em 05/05/2008, interpôs, dentro do prazo regimental, recurso extraordinário à Câmara Superior de Recursos Fiscais. A decisão recorrida, por maioria de votos, negou provimento ao recurso especial. Segue abaixo sua ementa: “PIS. DECADÊNCIA. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. RESOLUÇÃO N.° 49 DO SENADO FEDERAL. A decadência do direito de pleitear a compensação/restituição tem como prazo inicial, na hipótese dos autos, a data da publicação da Resolução do Senado que retira a eficácia da lei declarada inconstitucional (Resolução do Senado Federal n° 49, de 09/10/95, publicada em 10/10/95). Assim, a partir de tal data, contase 05 (circo) anos até a data do protocolo do pedido (termo final). Recurso especial negado.” A Fazenda Nacional afirma que o acórdão recorrido diverge da jurisprudência mantida pela Quarta Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (Acórdão CSRF/0400.810), na medida em que desconsiderou que o Código Tributário Nacional, em seu art. 168, fixa, sem qualquer ressalva, a data do pagamento indevido como sendo o marco inicial para a contagem do prazo prescricional. Logo, pondera, não surtem qualquer efeito a declaração de inconstitucional idade do tributo e a subseqüente publicação de resolução pelo Senado Federal. Segue abaixo a ementa do paradigma: “PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — ILL — O direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de extinção do crédito tributário, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro (art. 165, incisos I e II, e 168, inciso I, do CTN, e entendimento do Superior Tribunal de Justiça). Recurso Especial do Procurador Provido.” (AC CSRF/0400.810) Observa que o voto condutor do aresto declinado como paradigma entende que o direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de extinção do crédito tributário, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento a inconstitucionalidade ou simples erro. No mérito, afirma que o direito de pleitear a restituição extinguese com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados da data do pagamento do tributo indevido, conforme inteligência dos artigos 168, caput e inciso I, 165, inciso I, e 156, inciso I, do CTN. Diz que decisão recorrida respaldouse em posicionamento superado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, pois a referida Corte é unânime em sufragar que a Fl. 396DF CARF MF Impresso em 08/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 4 declaração de inconstitucionalidade do tributo não influi no prazo decadencial para a repetição do indébito. Ao final, requer o provimento do presente recurso. Nos termos do Despacho n.º 910000.294, foi dado seguimento ao pedido em análise. O contribuinte não apresentou contrarazões. Eis o breve relatório. Fl. 397DF CARF MF Impresso em 08/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 13888.000109/9937 Acórdão n.º 9900000.576 CSRFPL Fl. 4 5 Voto Conselheiro Elias Sampaio Freire, Relator Acerca da admissibilidade do recurso extraordinário constatase que ao apreciar regra de norma geral acerca do prazo para repetição de indébito (art. 165, incisos I e II , e 168, inciso I, do CTN), ao contrário do decidido no acórdão recorrido, o acórdão paradigma considerou ser irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro, aplicando o prazo a partir da extinção do crédito tributário. Portanto, demonstrado o dissídio jurisprudencial e preenchidas as demais formalidades, conheço do recurso extraordinário interposto pela Fazenda Nacional. O Supremo Tribunal Federal – STF fixou entendimento no sentido de que deva ser aplicado o prazo de 10 (dez) anos para o exercício do direito de repetição de indébito para os pedidos formulados antes do decurso do prazo da vacatio legis de 120 dias da LC n.º 118/2005, ou seja, antes de 9 de junho de 2005 (RE 566621), em acórdão assim ementado: “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações Fl. 398DF CARF MF Impresso em 08/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 6 inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.” O Superior Tribunal de Justiça – STJ firmou, ainda, entendimento no sentido de que o prazo para pleitear a repetição tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, ainda que tenha sido declarada a inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou exista Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso), é contado da data em que se considera extinto o crédito tributário, acrescidos de mais cinco anos, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da entrada em vigor da LC 118∕05 (09.06.2005): “TRIBUTÁRIO. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL EM CONTROLE CONCENTRADO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. REGRA DOS "CINCO MAIS CINCO". PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. 1. A Primeira Seção desta Corte firmou entendimento de que, "mesmo em caso de exação tida por inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, seja em controle concentrado, seja em difuso, ainda que tenha sido publicada Resolução do Senado Federal (art. 52, X, da Carta Magna), a prescrição do direito de pleitear a restituição, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, ocorre após expirado o prazo de cinco anos, contados do fato gerador, acrescido de mais cinco anos, a partir da homologação tácita ou expressa." 2. O entendimento jurisprudencial é a síntese da melhor exegese da legislação no momento da aplicação do direito, por isso é aceitável a sua mudança para o devido aprimoramento da prestação jurisdicional. Agravo regimental improvido.” (AgRg no Ag 1406333 / PE, Relator: Ministro Humberto Martins) “PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE RENDA O SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (ILL). PRESCRIÇÃO. TESE DOS "CINCO MAIS CINCO". RESP 1.002.932/SP (ART.543C DO CPC). COMPENSAÇÃO. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. DATA DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. RESP Fl. 399DF CARF MF Impresso em 08/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 13888.000109/9937 Acórdão n.º 9900000.576 CSRFPL Fl. 5 7 1.137.738/SP (ART. 543C DO CPC). POSSIBILIDADE, IN CASU, DE COMPENSAÇÃO COM TRIBUTO DA MESMA ESPÉCIE. CORREÇÃO MONETÁRIA. FEV/1991. IPC. 21,87%. 1. Agravos regimentais interpostos pelos contribuintes e pela Fazenda Nacional contra decisão que negou seguimento aos seus recursos especiais. 2. A Primeira Seção adota o entendimento sufragado no julgamento dos EREsp 435.835/SC para aplicar a tese dos "cinco mais cinco" à contagem do prazo prescricional, inclusive para a repetição de tributos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes: EREsp 507.466/SC, Rel. Ministro Humberto Martins, Primeira Seção, julgado em 25/3/2009, DJe 6/4/2009; AgRg nos EAg 779581/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 9/5/2007, DJe 1/9/2008; EREsp 653.748/CE, Rel. Ministro José Delgado, Rel. p/ Acórdão Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, julgado em 23/11/2005, DJ 27/3/2006. 3. O Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial representativo de controvérsia (REsp 1.002.932/SP), ratificou orientação no sentido de que o princípio da irretroatividade impõe a aplicação da LC n. 118/05 aos pagamentos indevidos realizados após a sua vigência e não às ações propostas posteriormente ao referido diploma legal, porquanto é norma referente à extinção da obrigação e não ao aspecto processual da ação respectiva. 4. Em sede de compensação tributária, deve ser aplicada a legislação vigente por ocasião do ajuizamento da demanda. "[A] autorização da Secretaria da Receita Federal constituía pressuposto para a compensação pretendida pelo contribuinte, sob a égide da redação primitiva do artigo 74, da Lei 9.430/96, em se tratando de tributos sob a administração do aludido órgão público, compensáveis entre si" (REsp 1.137.738/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 1º/2/2010, julgado sob o rito do art. 543C do CPC). 5. Na correção de indébito tributário incide o índice de 21,87% em fevereiro de 1991 (expurgo inflacionário, IPC/IBGE em substituição à INPC do mês). Precedentes: REsp 968.949/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 10/3/2011; EDcl no AgRg nos EDcl no REsp 871.152/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19/8/2010; AgRg no REsp 945.285/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 7/6/2010; REsp 1.124.456/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 8/4/2010. 6. Agravo regimental das contribuintes parcialmente provido para assegurar a correção monetária no mês de fevereiro de 1991 pelo índice de 21,87%. 7. Agravo regimental da Fazenda Nacional não provido.” Fl. 400DF CARF MF Impresso em 08/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 8 (AgRg no REsp 1131971 / RJ, Relator: Ministro Benedito Gonçalves) No presente caso, o pedido de repetição de indébito deuse antes do início da vigência da LC nº 118/2005, aplicandose, portanto, o prazo decenal para a contagem do prazo para o exercício do direito de repetição de indébito. Tendo em vista o fato de que transcorreram menos de dez anos entre a data do fato gerador e a data do pedido de repetição do indébito, há de se concluir que o contribuinte exerceu tempestivamente o seu direito. Pelo exposto, voto por CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional. É como voto. Elias Sampaio Freire Fl. 401DF CARF MF Impresso em 08/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por ELIAS SAMPAIO FREIRE
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Numero do processo: 13888.000332/00-53
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Feb 06 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/10/1992 a 30/09/1995
PIS. PRAZO PARA PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. MATÉRIA DECIDIDA NO STF NA SISTEMÁTICA DO ART. 543-B DO CPC. TEORIA DOS 5+5 PARA PEDIDOS PROTOCOLADOS ANTES DE 09 DE JUNHO DE 2005.
O art. 62-A do RICARF obriga a utilização da regra do RE nº 566.621/RS, decidido na sistemática do art. 543-B do Código de Processo Civil, o que faz com que se deva adotar a teoria dos 5+5 para os pedidos administrativos protocolados antes de 09 de junho de 2005.
Essa interpretação entende que o prazo de 5 anos para se pleitear a restituição de tributos, previsto no art. 168, inciso I, do CTN, só se inicia após o lapso temporal de 5 anos para a homologação do pagamento previsto no art. 150, §4o, do CTN, o que resulta, para os tributos lançados por homologação, em um prazo para a repetição do indébito de 10 anos após a ocorrência do fato gerador.
Como o pedido administrativo de repetição de PIS foi protocolado em 14/4/2000, permanece o direito de se pleitear a restituição pretendida, já que engloba apenas tributos com fatos geradores ocorridos após 14/4/1990.
Recurso extraordinário negado.
Numero da decisão: 9900-000.816
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, mantendo o direito à restituição dado pelo acórdão recorrido, e determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões.
(Assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
(Assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos Relator
EDITADO EM : 21/11/2012
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
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ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/10/1992 a 30/09/1995 PIS. PRAZO PARA PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. MATÉRIA DECIDIDA NO STF NA SISTEMÁTICA DO ART. 543B DO CPC. TEORIA DOS 5+5 PARA PEDIDOS PROTOCOLADOS ANTES DE 09 DE JUNHO DE 2005. O art. 62A do RICARF obriga a utilização da regra do RE nº 566.621/RS, decidido na sistemática do art. 543B do Código de Processo Civil, o que faz com que se deva adotar a teoria dos 5+5 para os pedidos administrativos protocolados antes de 09 de junho de 2005. Essa interpretação entende que o prazo de 5 anos para se pleitear a restituição de tributos, previsto no art. 168, inciso I, do CTN, só se inicia após o lapso temporal de 5 anos para a homologação do pagamento previsto no art. 150, §4o, do CTN, o que resulta, para os tributos lançados por homologação, em um prazo para a repetição do indébito de 10 anos após a ocorrência do fato gerador. Como o pedido administrativo de repetição de PIS foi protocolado em 14/4/2000, permanece o direito de se pleitear a restituição pretendida, já que engloba apenas tributos com fatos geradores ocorridos após 14/4/1990. Recurso extraordinário negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, mantendo o direito à restituição dado pelo acórdão recorrido, e determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 88 8. 00 03 32 /0 0- 53 Fl. 368DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 2 (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos – Relator EDITADO EM : 21/11/2012 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de recurso extraordinário ao pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais CSRF, com fundamento no artigo 9º do antigo Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais RICSRF, aprovado pela Portaria MF nº 147, de 25 de junho de 2007. Observese que, embora não esteja previsto no atual Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos proferidos até 30 de junho de 2009 serão, por força do artigo 4° do mesmo Regimento, processados de acordo com o rito previsto no RICSRF. O Acórdão no 0203779 da 2a Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (fls. 275 a 277v) reconheceu o direito do contribuinte pleitear, em 14/04/2000, repetição de PIS referente a fatos geradores ocorridos de 01/10/1992 a 30/09/1995. A Fazenda Nacional apresentou tempestivamente recurso extraordinário (fls. 281 a 300), onde afirma que somente é possível se pleitear a repetição do indébito no prazo de 5 anos após o recolhimento indevido. Para comprovar a divergência, indicou, como paradigma, o Acórdão CSRF/0400.810, da 4ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, julgado em 03 de março de 2008, cuja ementa se transcreve: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO – ILL – O direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de Fl. 369DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 13888.000332/0053 Acórdão n.º 9900000.816 CSRFPL Fl. 6 3 extinção do crédito tributário, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro (art. 165, incisos I e II, e 168, inciso I, do CTN, e entendimento do Superior Tribunal de Justiça). Recurso Especial do Procurador Provido. O recurso foi admitido pelo despacho de fls. 301 a 302, que considerou a divergência jurisprudencial comprovada. Devidamente cientificado, o sujeito passivo apresentou contrarrazões, onde pugna pela manutenção da decisão recorrida. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Relator Data do pedido: 14/04/2000. Fatos Geradores: 01/10/1992 a 30/09/1995. O presente recurso extraordinário é tempestivo, e preenche os demais requisitos de admissibilidade, tendo em vista que a recorrente logrou demonstrar a divergência jurisprudencial suscitada. Portanto, dele conheço. Discutese qual o prazo para se pleitear a restituição dos tributos lançados por homologação, especificamente no caso de tributo declarado inconstitucional. Nessa situação, o CARF está obrigatoriamente vinculado ao posicionamento dos Tribunais Superiores nos termos do art. 62A do anexo II do RICARF, segundo o qual se deve reproduzir o conteúdo das decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil. Isso porque, no Recurso Extraordinário n° 566.621/RS, julgado em 11/10/2011, com trânsito em julgado em 17/11/2011, o STF decidiu que (a) considerase o prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias da LC 118/05, ou seja a partir de 9 de junho de 2005, e (b) para os demais casos, aplicase a posição do STJ de que o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados da ocorrência do fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4o, 156, VII, e 168, I do CTN. Não há que se falar em tratamento diverso do acima exposto para o caso de inconstitucionalidade de lei. Nesse sentido: no RESP nº 1.002.932SP, de 05/11/2009, em regime de Recurso Repetitivo, o Ministro Relator, Luiz Fux, faz expressa referência, em seu voto (fls. 6 e 7) à jurisprudência do STJ, reproduzindo o ERESP n° 4.35835SC, nos termos a seguir: Fl. 370DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 4 ... 2. Não há que se falar em prazo prescricional a contar de declaração de inconstitucionalidade pelo STF ou da Resolução do Senado. ... o Supremo Tribunal Federal confirma essa afirmação, no RE nº 566.621 RS, de 11/10/2011, da relatoria da Ministra Ellen Gracie, em que é definido o critério de aplicação da tese dos 5 + 5 anos, em detrimento da redação dada ao art. 168 do CTN pela Lei Complementar n° 118, de 2005, e, à fl. 11 do voto, é também referida a jurisprudência consolidada do STJ, nos termos a seguir: ... é que a União invoca precedentes relativos a questões específicas, como tributos retidos no regime de substituição tributária e tributos inconstitucionais, em que chegou a haver, é verdade, alguma dúvida quanto à aplicação da regra geral dos 10 anos, mas que não perdurou. Logo, aquela Corte [STJ] firmou posição no sentido de que, também em tais situações de retenção e de reconhecimento do indébito em razão da inconstitucionalidade de lei instituidora, deverseia aplicar, sem ressalvas, a tese dos dez anos, conforme se vê dos EREsp 329.160/DF e EREsp 435.835/SC, julgados pela Primeira Seção daquela Corte. Aliás, nada melhor do que o próprio STJ para reconhecer que se tratava de jurisprudência consolidada. esse entendimento foi confirmado pelo próprio STJ, quando adaptou sua jurisprudência à decisão do STF, conforme RESP n° 1.269.570MG, de 23/05/2012, da relatoria do Ministro Mauro Campbell, em que se esclarece que a única alteração foi referente à data da mudança de critério, qual seja, para pedidos a partir da vigência da Lei Complementar n° 118, de 2005. Salientese, adicionalmente, que a expressão "ações ajuizadas" na decisão referida deve ser entendida como a realização do pedido de repetição de valor à autoridade competente para tal, o que inclui o processo administrativo, no âmbito da Administração Tributária. No presente caso, o pedido de repetição do indébito ocorreu antes de 09 de junho de 2005 e, portanto, aplicase o prazo de 10 anos a partir da ocorrência do fato gerador. Como o pedido foi feito em 14/04/2000, estava apto a pleitear a restituição de tributos com fatos geradores ocorridos após 14/04/1990. Dessa forma, como o pleito se refere a fatos geradores ocorridos de 01/10/1992 a 30/09/1995, o direito não estava fulminado pelo transcurso do prazo fatal. Assim, voto no sentido de conhecer do recurso extraordinário da Fazenda Nacional para, no mérito, negarlhe provimento, determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões. (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Fl. 371DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 13888.000332/0053 Acórdão n.º 9900000.816 CSRFPL Fl. 7 5 Fl. 372DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS
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Numero do processo: 13977.000054/00-35
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Oct 24 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Oct 30 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Ano-calendário: 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995
RESTITUIÇÃO. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. INCONFORMIDADE. IMPOSSIBILIDADE.
Incabível a restituição de créditos pretendidos pelo contribuinte quando estes tiverem sido apurados em desacordo com a decisão judicial transitada em julgado.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3302-001.863
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
WALBER JOSÉ DA SILVA - Presidente e Relator.
EDITADO EM: 27/10/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: WALBER JOSE DA SILVA
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DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. INCONFORMIDADE. IMPOSSIBILIDADE. Incabível a restituição de créditos pretendidos pelo contribuinte quando estes tiverem sido apurados em desacordo com a decisão judicial transitada em julgado. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA Presidente e Relator. EDITADO EM: 27/10/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 97 7. 00 00 54 /0 0- 35 Fl. 373DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 13977.000054/0035 Acórdão n.º 3302001.863 S3C3T2 Fl. 3 2 Relatório No dia 25/05/2000 a empresa INDÚSTRIA DE RELÓGIOS HERWEG S/A, já qualificada, ingressou com o pedido de restituição de contribuição para o PIS, reconhecido por sentença judicial transitada em julgado (Ação Declaratória no 96.20.0110612 – TRF4 no 1999.04.01.0406407 e Mandado de Segurança no 99.20033200 – TRF4 no 2000.04.0968532) em 13/03/2000, para a ação declaratória, e 05/03/2001, para o Mandado de Segurança. Nestas ações foi discutido a constitucionalidade dos DecretosLeis nºs 2.445/88 e 2.449/88, a decadência do direito de pleitear a restituição e a semestralidade da base de cálculo do PIS. A DRF em Blumenau SC indeferiu o pedido da recorrente, sob a alegação que na execução da sentença judicial não foi apurado crédito a favor da recorrente porque no Mandado de Segurança foi reconhecido a semestralidade, com correção, da base de cálculo do PIS, prevista na Lei Complementar nº 07/70. Ciente da decisão, a empresa interessada ingressou com a manifestação de inconformidade de fls. 90/95, cujos argumentos de defesa estão sintetizados no Relatório do Acórdão recorrido (fls. 150/151). A 1a Turma de Julgamento da DRJ em Juiz de Fora MG indeferiu a solicitação da recorrente, nos termos do Acórdão no 0916.394, de 06/06/2007 – flse. 153/156. A recorrente tomou ciência da decisão de primeira instância no dia 27/06/2007, conforme AR de fle. 157, e, discordando da mesma, impetrou, no dia 27/07/2007, o recurso voluntário de fls. 159/161, no qual alega que: 1 a questão da semestralidade da base de cálculo do PIS, desde sua criação pelo art. 6o, parágrafo único, da Lei Complementar no 7/70, permaneceu a mesma inalterada até a edição da MP no 1.212/95, não incidindo correção monetária sobre a mesma. Cita jurisprudência do STJ. 2 nos cálculos do Fisco não foi levando em consideração os valores pagos pela recorrente no parcelamento (processo no 13977.000070/9633), objeto do Mandado de Segurança no 99.20033200. Na sessão do dia 05/08/2008, acolhendo proposta da Conselheira Fabiola Cassiano Keramidas, o julgamento foi convertido em diligência à repartição da RFB de origem, nos termos da Resolução nº 20100.761, para as seguintes providências: (a) o contribuinte seja intimado a, no prazo de 30 dias: esclarecer a razão da existência de 3 processos judiciais tratando do mesmo assunto; bem como esclarecer o objeto de cada um destes processos judiciais; apresentar as cópias principais de cada processo (inicial/liminar/sentença/acórdão/trânsito em julgado) e qualquer outra que julgue necessária, de forma ordenada e individualizada por processo (um jogo das peças do primeiro Fl. 374DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 13977.000054/0035 Acórdão n.º 3302001.863 S3C3T2 Fl. 4 3 processo, outro jogo com as peças do segundo processo), para fim de evitar confusão entre as decisões. (b) Após apresentados os esclarecimentos e documentos, deverá a autoridade administrativa competente analisar o que foi trazido e elaborar parecer, indicando as seguintes conclusões: qual é a decisão válida/vigente/eficaz e que efetivamente interessa a este julgamento; por meio desta decisão, a interpretação desta decisão, enseja a existência do crédito pleiteado? (c) o contribuinte deverá ser intimado para se manifestar acerca do parecer elaborado pela fiscalização no prazo de 30 dias, a qual será juntada aos autos para envio a este Egrégio Conselho de Contribuintes Atendendo ao solicitado na diligência, foi coletado as informações e emitido o Parecer Fiscal/BLU/EAC1 nº 276/2011, com as seguintes respostas aos quesitos formulados: Resposta ao item “a” da Resolução: Cientificada então a pessoa jurídica do referido ato expedido pela autoridade julgadora, por intermédio de intimação recebida, promoveu a entrega dos documentos requeridos, apresentando os esclarecimentos pertinentes as ações judiciais questionadas, fls. 170171, e cópias documentais das principais peças dos autos, contidos às fls. 172199 (Volume I) e fls. 202 249 (Volume II). Resposta ao item “b” da Resolução: A decisão válida que efetivamente interessa este julgamento está adstrita ao provimento judicial concedido no mandado de segurança n° 99.20.033200, com trânsito em julgado em 05/03/2001, onde foi determinado que, na apuração da contribuição PIS pela Lei Complementar n° 7/70, em substituição aos DecretosLeis n°s 2.445/88 e 2.449/88, tornados inconstitucionais, a partir da base de cálculo representada pelo faturamento do sexto mês anterior, caberia a correção monetária dos valores devidos, desde sua ocorrência até seu vencimento; Diante da decisão proferida em juízo nos autos n° 99.20.03320 0, os cálculos de apuração de eventual direito creditório foram aqueles implementados pelo fisco nesta DRF, através dos demonstrativos e análise realizada em 04/12/2001, de acordo com os documentos de fls. n°s 4383, demonstrando a existência de débitos da contribuição PIS em períodos que o contribuinte pleiteou créditos, e portanto, não sendo determinado quaisquer saldos de pagamentos remanescentes Resposta ao item “c” da Resolução: Fl. 375DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 13977.000054/0035 Acórdão n.º 3302001.863 S3C3T2 Fl. 5 4 À Recorrente foi dado ciência do parecer supracitado e manifestouse às fls e. 356/360, defendo a existência do crédito pleiteado. Merece destaque, ainda, a seguinte conclusão da diligência: Das conclusões estabelecidas, para atender as indagações propostas pelo Conselho de Contribuintes perante a Resolução nº 20100.761, fl. 163, no que diz respeito aos autos judiciais sob diligência, conforme abordado, esclarecemos ter o fisco procedido corretamente na análise pretérita do direito creditório do interessado, em 04/12/2001, fls. 4383, constatando a inexistência de saldos de pagamentos, tendo em vista a ineficácia do provimento judicial na apuração de crédito, considerando a ausência de discussão do indébito do PIS baseado no regime da semestralidade através da ação ordinária n° 96.20.010612, e a decisão transitada em julgado no mandado de segurança n° 99.20.033200, a partir de 05/03/2001, que apesar de tornar aplicável a utilização da base de cálculo relativa ao faturamento do sexto mês anterior, na determinação da contribuição PIS pela Lei Complementar n° 7/70, estabeleceu a correção monetária do valor devido, desde sua ocorrência até seu vencimento, não resultando assim em recolhimentos realizados a maior pelos DecretosLeis n°s 2.445/88 e 2.449/88. Há ainda que se ponderar o fato do pedido de restituição já ter sido apreciado no âmbito administrativo, por intermédio do processo n° 13977.000148/9891, segundo anteriormente relatado, encontrandose indeferido em todas as instâncias administrativas de julgamento, fls. 252267, em atenção ao provimento estabelecido com o trânsito em julgado do mandado de segurança n° 99.20.033200. (grifei). O processo retornou ao CARF e, no dia 12/03/2012, foi movimentado para a Conselheira Fabiola Cassiano Keramidas tomar ciência do resultado da diligência e, no dia 11/06/2012, foi distribuído ao Conselheiro Walber José da Silva, para relatar. É o Relatório do essencial. Voto Conselheiro Walber José da Silva, Relator. O julgamento do recurso voluntário teve início na sessão do dia 05/08/2008, quando foi convertido em diligência, nos termos da Resolução nº 20100.761. Como relatado, a empresa está pleiteando a execução de duas sentenças judiciais com trânsito em julgado que declararam a inconstitucionalidade dos DecretosLeis nºs 2.445/88 e 2.449/88 e reconhecera o direito de a recorrente haver o que pagou a maior. Fl. 376DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 13977.000054/0035 Acórdão n.º 3302001.863 S3C3T2 Fl. 6 5 Na Ação Declaratória no 96.20.0110612 (TRF4 no 1999.04.01.0406407), cujo trânsito em julgado ocorreu em 13/03/2000, foi negado a semestralidade da base de cálculo do PIS, determinando o tribunal que o valor devido deveria ser calculado de acordo com a Lei no 7.691/88. Mandado de Segurança no 99.20033200 (TRF4 no 2000.04.0968532), cujo trânsito em julgado correu em 05/03/2001, foi reconhecido a semestralidade da base de cálculo do PIS, porém corrigida monetariamente a partir da Lei no 7.691/88. Antes de adentrar no mérito da lide, merece destaque um fato desconhecido deste Conselheiro Relator, trazido no Parecer Fiscal da diligência. Refirome ao fato da matéria objeto do litígio já ter sido apreciada e decidida por este Colegiado ao julgar o Recurso Voluntário do Processo nº 13977.000148/9891, cujo relator foi o eminente Conselheiro Gileno Gurjão Barreto, tendo o Colegiado, por unanimidade de votos, negado provimento ao recurso voluntário, nos termos do Acórdão nº 20180.192, de 28/03/2007, acostado aos autos às fls. 271/277, cuja menta abaixo se transcreve: PIS/PASEP. COMPENSAÇÃO. REQUISITO DE VALIDADE. A compensação de créditos tributários depende da comprovação da liquidez e certeza dos créditos contra a Fazenda Nacional. Recurso negado Quando do julgamento do referido recurso, acompanhei o voto do Ilustre Conselheiro Relator. No presente recurso, cuja matéria litigiosa é a mesma, não pode ser outra a decisão do Colegiado, razão pela qual adoto integralmente o voto condutor do referido Acórdão nº 20180.192, da lavra do Ilustre Conselheiro Gileno Gurjão Barreto, que peço licença para reproduzir integralmente. E o faço a seguir. Quanto aos pressupostos de admissibilidade do recurso voluntário, temse que a pretensão recursal é tempestiva e que não se faz necessário o arrolamento de bens. Assim, por ser admissível, passo a apreciar o recurso voluntário. De pronto, vejo que não merece reforma a decisão recorrida, pelas razões que a seguir serão expostas. Além disso, como a recorrente repetiu, no seu recurso voluntário, a íntegra de sua manifestação de inconformidade, não vejo objeção em reprisar a quase totalidade das palavras e dos argumentos apresentados pela decisão da DRJ, visto que estão fundamentadas e de acordo com o meu entendimento acerca dos fatos evidenciados nos autos. Senão vejamos. A contribuinte defende a não incidência de correção monetária no período compreendido entre a data do faturamento (base de cálculo) e a data da ocorrência do fato. gerador (sexto mês após o mês da base de cálculo). Explica que a sentença decorrente do pedido inicial no Mandado de Segurança nº 99020033200 é inaplicável por ser extra perita. Expõe que o pedido inicial tem como único objeto a compensação do saldo devedor existente no parcelamento de débitos de PIS (Processo Administrativo nº Fl. 377DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 13977.000054/0035 Acórdão n.º 3302001.863 S3C3T2 Fl. 7 6 13977.000000/9633) com eventual crédito da mesma contribuição, resultante da aplicação da sentença proferida no Processo Judicial nº 96.01061122, em virtude da inconstitucionalidade dos DecretosLeis nºs 2.445/88 e 2.449/88. Primeiramente, verificase que a contribuinte não traz aos autos qualquer documento relacionado com o Processo Judicial nº 96.01061122, do qual alega tratar da inconstitucionalidade dos DecretosLeis nºs 2.445188 e 2.449188 e, portanto, da apuração de eventual crédito de PIS a favor da contribuinte. Assim, importante esclarecer que pouco pode este Conselho se pronunciar em relação à afirmação da contribuinte. Se o Acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, às folhas 23/32, extrapolou os limites da petição inicial do mandado de segurança, competia à contribuinte recorrer do referido Acórdão, mediante embargos de declaração ou mesmo de recurso à instância superior, a fim de demonstrar que a sentença se mostrou extra petita ou que em favor da contribuinte havia outra decisão judicial sobre o mesmo assunto, em outra ação ajuizada (o tal Processo nº 96010061122). A reforma do Acórdão somente poderia ser promovida pela própria contribuinte, em juízo. Em sede administrativa, nada se pode fazer. O fato é que nos autos existe inequivocamente uma decisão judicial transitada em julgado que se pronuncia acerca da forma de apuração do crédito de PIS. E não há dúvidas de que as decisões judiciais têm força de lei entre as partes envolvidas. Neste sentido o pedido da interessada contraria a própria decisão judicial, exatamente no tocante à correção monetária da base de cálculo, como se vê pelo trecho do voto da relatora (fls. 28/29): "g) Da Correção Monetária da Base de Cálculo do PIS [...] a 1° Seção desta Corte firmou entendimento de que é cabível a correção monetária da base de cálculo do PIS a partir da Lei n° 7.691/88. [...]". A Fiscalização, portanto, procedeu corretamente ao corrigir a base de cálculo do PIS, conforme planilhas de folhas 34/37, para fins de apuração de eventual crédito a favor da contribuinte, em atendimento à decisão judicial. Da mesma forma, mostrase equivocada a argumentação da interessada acerca da incorreta correção da base de cálculo por um período superior a cinco meses ou da duplicidade de indexação da contribuição ao PIS. Tais matérias foram definitivamente apreciadas no voto proferido no acórdão judicial. Não prevalece também a argumentação de que a mudança da base de cálculo não provoca alteração no valor total do PIS. Isso porque, ao alterar a base de cálculo de qualquer tributo, alterase, ou para mais ou para menos, o valor do tributo devido. Fl. 378DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 13977.000054/0035 Acórdão n.º 3302001.863 S3C3T2 Fl. 8 7 Além disso, ao longo de seu recurso voluntário, a contribuinte se insurge contra a suposta constituição de crédito a favor da Fazenda Pública, decorrente da apuração efetuada pela autoridade fiscal, às folhas 38/72, ao apreciar os pedidos de restituição/compensação. Entretanto, não há nos autos qualquer menção da autoridade fiscal a lançamento ou constituição de crédito tributário a favor da Fazenda Pública. A simples afirmativa de que os "relatórios e demonstrativos do aplicativo CAD demonstram a existência de débitos do PIS no período em que o contribuinte pleiteia créditos" (fl. 73) não tem força, por si só, para constituir o crédito tributário. Se fosse o caso, caberia à Fiscalização formalizar o crédito tributário mediante lançamento, em processo administrativo próprio (como afirma a interessada). Deste modo, qualquer argumentação acerca de possível constituição de crédito tributário, tais como, decadência e prescrição, utilização da TRD ou taxa Selic para corrigir débitos fiscais ou, forma de correção dos débitos, está fora dos limites deste processo administrativo. A argumentação da contribuinte de que o demonstrativo preparado pela Fiscalização é ininteligível não procede. Tal demonstrativo de atualização de base de cálculo do PIS (LC 7/70): base de cálculo de 06 (seis) meses anteriores com correção monetária, ás fls. 34/37 tem como finalidade adequar as bases de cálculo apresentadas pela contribuinte às folhas 12/13 à decisão judicial. No Demonstrativo de Apuração do Débito de PIS, às fls. 38/40, resta claro que a autoridade fiscal procedeu à apuração dos débitos de PIS, no período de março de 1989 a fevereiro de 1996, de acordo com as bases de cálculo apuradas nas planilhas de fls. 34/37. Da mesma forma, evidente está que a Listagem de Débitos, às folhas 41/44, apenas repetem os valores dos débitos anteriormente apurados no Demonstrativo de Apuração do Débito de PIS (fls. 38/40). A Listagem de Pagamentos, às fls. 45/47, relaciona os pagamentos efetuados pela contribuinte entre junho de 1989 e junho de 1995. Por, conseguinte, verificase que no Demonstrativo de Imputação Débitos Apurados x Pagamentos a autoridade lançadora efetua a imputação dos débitos apurados com os pagamentos, ou seja, atribui a cada débito apurado o respectivo pagamento e, restando débito em aberto, atribui a ele os pagamentos a maior efetuados. Deste procedimento de imputação poderia restar pagamentos a maior, configurando crédito a favor da contribuinte ou, como no caso presente, débitos em aberto, em virtude de os pagamentos efetuados terem sido a menor. Ademais, mesmo que a contribuinte desconhecesse a metodologia da compensação, assim mesmo poderia apresentar os seus próprios cálculos, de acordo com a decisão judicial Fl. 379DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 13977.000054/0035 Acórdão n.º 3302001.863 S3C3T2 Fl. 9 8 proferida, anexando seus cálculos para que se pudesse efetivamente instaurar litígio entre os valores apresentados pelo Fisco e os por ele apresentados, o que não foi feito. Preferiu simplesmente afirmar a incompreensão do demonstrativo. Outro ponto levantado pela recorrente referese à afirmativa da autoridade fiscal, à fl. 73, que tem como objetivo o ajuste do parcelamento de acordo com os débitos apurados. Ora, justamente porque a apuração realizada pela autoridade fiscal, às fls. 34/72, abrange períodos objetos de parcelamento é que a autoridade a quo indica o encaminhamento do resultado da apuração ao processo de parcelamento, a fim de se verificar a existência ou não de débitos naquele processo. Em atendimento à decisão judicial, a utilização da base de cálculo do sexto mês anterior, com correção monetária, apesar de não resultar em crédito de PIS a favor da contribuinte, poderia ter diminuído o montante dos débitos de PIS que foram objeto do parcelamento. Esta foi claramente a intenção da autoridade fiscal e não, como deduz equivocadamente a contribuinte, a cobrança de débitos de PIS não parcelados. Por fim, a contribuinte afirma que a sentença judicial não determinou que se apurasse eventual diferença por conta da exclusão do ICMS em algumas bases de cálculo, não podendo a autoridade fiscal fazêlo. Além disso, afirma que as parcelas pagas a menor pela exclusão do ICMS da base de cálculo não poderiam elevar significativamente o crédito tributário. Em análise ao procedimento fiscal de verificação de eventual crédito tributário, verificase que, diferente do que afirma a contribuinte, não há qualquer menção da autoridade fiscal acerca da inclusão do ICMS não considerado pela interessada na base de cálculo do PIS, no período de apuração de março de 1989 a fevereiro de 1996. Na confecção da planilha de atualização de base de cálculo do PIS, elaborada de acordo com determinação judicial, a autoridade fiscal tãosomente utilizou as bases de cálculo informadas no demonstrativo, às fls. 12/13, apresentadas pela própria contribuinte, quando do pedido de restituição/compensação. Adicionalmente aos fundamentos acima, devo acrescentar que os documentos da Ação Ordinária nº 96.20010612, acostados aos autos, serviram para corroborar o voto do Ilustre Conselheiro Gileno Gurjão Barreto, acima reproduzido, posto que provam que na referida ação não foi reconhecido o direito à chamada semestralidade da base de cálculo do PIS, sem correção, prevalecendo, quando a esta matéria (semestralidade) o que foi decidido no Mandado de Segurança nº 9920033200, como bem disse a autoridade responsável pela realização da diligência, em resposta ao quesito formulado. Fl. 380DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 13977.000054/0035 Acórdão n.º 3302001.863 S3C3T2 Fl. 10 9 No mais, com fulcro no art. 50, § 1o, da Lei no 9.784/19991, adoto e ratifico os fundamentos do acórdão de primeira instância. Por tais razões, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Walber José da Silva 1 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: [. . .] § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. Fl. 381DF CARF MF Impresso em 30/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/10/2012 por WALBER JOSE DA SILVA
score : 1.0
Numero do processo: 11065.000003/2005-28
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Apr 12 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Jan 30 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004
HIPÓTESE DE CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL. CONTRARIEDADE À LEGISLAÇÃO. NÃO VERIFICAÇÃO.
Não se configura julgamento extra petita quando o colegiado profere decisão nos exatos limites do pedido formulado, ainda que por fundamento diverso do que foi apresentado pelo contribuinte.
Recurso Especial do Procurador Negado.
Numero da decisão: 9303-001.960
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso especial. Vencido o Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, que dava provimento.
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
Rodrigo Cardozo Miranda - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: RODRIGO CARDOZO MIRANDA
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso especial. Vencido o Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, que dava provimento. Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente Rodrigo Cardozo Miranda - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo.
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ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004 HIPÓTESE DE CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL. CONTRARIEDADE À LEGISLAÇÃO. NÃO VERIFICAÇÃO. Não se configura julgamento extra petita quando o colegiado profere decisão nos exatos limites do pedido formulado, ainda que por fundamento diverso do que foi apresentado pelo contribuinte. Recurso Especial do Procurador Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso especial. Vencido o Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, que dava provimento. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Rodrigo Cardozo Miranda Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 06 5. 00 00 03 /2 00 5- 28 Fl. 145DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 Relatório Cuidase de recurso especial por contrariedade à lei interposto pela Fazenda Nacional (fls. 125 a 127) contra o v. acórdão proferido pela Colenda Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes (fls. 108 a 112) que, por maioria de votos, deu provimento ao recurso voluntário. O presente caso iniciouse com a apresentação de declaração de compensação junto à Delegacia Federal de Novo Hamburgo (“DRF/NHO”) de HG INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS LTDA, referente ao PIS relativo ao período compreendido entre fevereiro e março de 2004. A DRF/NHO reconheceu parcialmente o direito creditório da Contribuinte (fls. 35 a 37), tendo sido expedido, em 03/03/2005, mandado de procedimento fiscal nº 10.1.07.002005001390 (fls. 45), no qual foram solicitados diversos documentos contábeis e fiscais à Contribuinte, objetivando verificar o valor exato para a compensação pleiteada. No decorrer do procedimento fiscal foi encontrada irregularidade na apuração da base de cálculo do PIS, referente ao período de janeiro e março de 2004. Verificouse, então, que a Contribuinte efetuou cessão de créditos do ICMS a terceiros e não incluiu as receitas decorrentes desta operação na base de cálculo do PIS, conforme se observa no relatório fiscal fls. 54 a 57. Em 28/04/2005, a DRF/NHO reconheceu os direitos creditórios da Contribuinte no limite do saldo apurado pela fiscalização (fls. 58). Diante da decisão da DRF/NHO, a Contribuinte apresentou manifestação de inconformidade em 30/06/2005 (fls. 64 a 70), pleiteando o reconhecimento integral do seu direito creditório. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Porto Alegre (“DRJ/POA”), ao seu turno, indeferiu o pedido formulado na manifestação de inconformidade (fls. 94 a 97). Irresignada com a decisão da DRJ/POA, a Contribuinte interpôs recurso voluntário (fls. 100 a 105) em 10/04/2007, reiterando o pedido do reconhecimento do direito ao crédito integral do tributo preceituado no artigo 5º da Lei nº 10.637/2002 e apontando, em síntese, que Em 19/10/2007, o Conselho de Contribuintes proferiu acórdão nº 20312.256 (fls. 108 a 112), no qual, por maioria dos votos, deu provimento ao recurso voluntário da Contribuinte. A decisão encontrase assim ementada: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/02/2004 a 31/03/2004 PEDIDO DE RESSARCIMENTO. PIS NÃO CUMULATIVO. BASE DE CÁLCULO DOS DÉBITOS. DIFERENÇA A EXIGIR. NECESSIDADE DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO. Fl. 146DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11065.000003/200528 Acórdão n.º 9303001.960 CSRFT3 Fl. 140 3 A sistemática de ressarcimento do PIS não permite que, em pedidos de ressarcimento, valores como o de transferências de créditos de ICMS, computados pela fiscalização no faturamento, base de cálculo dos débitos, sejam subtraidas do montante a ressarcir. Em tal hipótese, para a exigência das Contribuições carece seja efetuado lançamento de oficio. Recurso provido. (grifos nossos) Observase que o acórdão prolatado pelo Conselho de Contribuintes deferiu integralmente o direito creditório da Contribuinte, fundamentando que para a exigência das receitas auferidas com a cessão do crédito do ICMS a terceiros não compreendidos anteriormente na base de cálculo do tributo, seria necessário o lançamento de oficio de tais valores, constituindo, assim, a exigibilidade do tributo devido. Não sendo correta a simples compensação entre os valores não tributados com os valores a qual a Contribuinte tinha direito ao ressarcimento. Podemos destacar os seguintes trechos do acórdão, onde ficam demonstrados os fundamentos do ilustre Conselheiro relator, Luciano Pontes de Maya Gomes: Estando preenchidos os pressupostos legais de admissibilidade, passo a tomar conhecimento das razões deste recurso voluntário. Compulsando os autos, salta questão relativa a formalidade processual que afeta a matéria em litígio, constituindo, pois, questão prejudicial à análise do mérito, sobre a qual passo a tecer algumas considerações. Ora, tratando estes autos de pedido de ressarcimento de saldo credor do PIS, de plano, causa espécie que neles se debatam aspectos estritamente relacionados à base de calculo dessa contribuição, portanto, próprios do lançamento tributário, com vista ao deslinde do litígio que decorre de glosas efetuadas no saldo credor objeto do pedido de ressarcimento protocolizado pela recorrente. Assim, na hipótese em apreço, não tendo a fiscalização proferido nenhuma manifestação sobre a (i) legitimidade do crédito pleiteado, mas, ao contrário, ao proceder à dedução dos valores necessários a satisfazer suposto crédito tributário, ela afirmou, em face do que dispõe o art. 170 do CT'N, a certeza e a liquidez desse crédito, pois, aos olhos da fiscalização, prestase ele a satisfazer obrigação tributária, é de se concluir que o total pleiteado é mesmo, em tese, passível de ressarcimento. Então, ao proceder à glosa do crédito objeto do pedido de ressarcimento, com o escopo de satisfazer a acusada obrigação tributária nascida com a venda de créditos do ICMS, o que ao fim e ao cabo se tem é uma compensação efetuada de ofício com "crédito tributário" não constituído, nem confessado em nenhum dos documentos instituídos como obrigação acessória pela administração tributária e capazes de constituir confissão de divida. Fl. 147DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 Ora, a compensação de oficio, ademais de estar subordinada a rito próprio, que visa assegurar, inclusive, o contraditório e a ampla defesa para se ter, a respeito do débito do contribuinte que a administração pretenda satisfazer por meio da compensação, a certeza e a liquidez necessária. Neste particular, analisando caso análogo ao presente feito administrativo, atentemos para passagem do voto do Conselheiro Eric Castro e Silva, nos autos do Recurso Voluntário n° 134.247: "Por essas razões, entendo que não pode prosperar a glosa efetuada nestes autos, sob pena de, em completa inversão do processo de determinação e exigência de crédito tributário, estarse conferindo certeza e liquidez a crédito que sequer foi constituído, revelando, inclusive, clara ofensa ao art. 142 do CTN e ao art. 44 da Lei n°9.430 de 1996." Ante ao exposto, voto no sentido de conhecer do presente recurso voluntário para DARLHE PROVIMENTO. (grifos e destaques nossos) Inconformada, a Fazenda Nacional opôs embargos de declaração (fls. 116 a 118) em 24/04/2009, por entender que o julgamento feito pelo Conselho de Contribuintes foi extra petita ao adotar fundamento não apresentado pela contribuinte para acolhimento do seu pedido de restituição. O Colegiado a quo, ao seu turno, não admitiu os embargos de declaração da Fazenda Nacional (fls.121 a 123), ao fundamento, em síntese, que na hipótese de possível julgamento extra petita o instrumento cabível seria o recurso especial e que eventual reforma da decisão deveria ser buscada via recurso especial e não por meio de embargos de declaração. Em consequência, a Fazenda Nacional interpôs o já mencionado recurso especial (fls. 125 a 127), no qual requer o conhecimento e provimento para que seja declarado a nulidade da decisão favorável ao contribuinte por suposta violação aos artigos 128, 302 e 460 do Código de Processo Civil, que devem ser aplicados de forma subsidiária ao processo administrativo, no que tange ao julgamento extra petita, e aos artigos 16 e 17 do Decreto nº 70.235/72. O recurso foi admitido através do r. despacho de fls. 128 a 129. A Contribuinte apresentou contrarrazões (fls. 131 a 136), propugnando pelo não provimento do recurso, asseverando que a adoção pelo julgador de fundamento legal diverso do invocado pela parte, limitandose ao pedido formulado, não importa em julgamento extra petita. É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo Cardozo Miranda, Relator Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso especial interposto pela Fazenda Nacional. Fl. 148DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11065.000003/200528 Acórdão n.º 9303001.960 CSRFT3 Fl. 141 5 Importante salientar que a única questão debatida pela Fazenda Nacional no presente recurso especial é o suposto julgamento extra petita por parte do Conselho de Contribuintes, alegação esta que não logra êxito pelas razões de fato e direito que passo a expor. O acórdão guerreado não julgou de forma extra petita o recurso voluntário interposto pela ora Contribuinte. Ocorre que o ilustre relator do Conselho de Contribuintes simplesmente adotou fundamento não apresentado pelo requerente para acolher o pedido inicialmente formulado. O pedido de restituição foi acolhido. O julgamento extra petita diz respeito ao pedido, e este, no presente caso, foi acolhido nos exatos limites em que formulado. Desta maneira, o acórdão prolatado pelo Conselho de Contribuintes não feriu o artigo 128 e 460 do Código de Processo Civil (“CPC”), como alegado pela Fazenda Nacional, pois não houve julgamento extra petita. Consoante apontado anteriormente, o pedido foi acolhido nos exatos termos em que foi formulado, ainda que por fundamento diverso do que foi apresentado pelo contribuinte. Por conseguinte, em face de todo o exposto, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao recurso especial da Fazenda Nacional. Rodrigo Cardozo Miranda Fl. 149DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 13016.000256/99-11
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Jun 20 00:00:00 UTC 2007
Data da publicação: Wed Jun 20 00:00:00 UTC 2007
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/01/1989 a 31/10/1995
Ementa: SEMESTRALIDADE.
Com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Leis nºs 2.445 e 2.449, de 1988, a base de cálculo da contribuição para o PIS, eleita pela Lei Complementar nº 7/70, art. 6º, parágrafo único, permaneceu incólume e em pleno vigor até a edição da MP nº 1.212/95. Ressalvada opinião pessoal do Relator.
Numero da decisão: 201-80357
Decisão: Por unanimidade de votos, converteu-se o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do Relator.Ausente, ocasionalmente, o Conselheiro Gileno Gurjão Barreto.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
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CCO2/C01 BresNa. o S / ta_ Fls. 742 SNO Str.5"0:1Z6 MM.: Sapo 91745 MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES -- 44-do • é PRIMEIRA CÂMARA_ Processo n• 13016.000256199- I 1 WaSeggincle Concebo de Carasirts Recurso n• 130.364 Voluntário Olirlflpftão dei",arr. I VY I J~••• Matéria PIS/Pasep Acórdão n° 201-80.357 •Sessão de 20 de junho de 2007 Recorrente MÓVEIS CARRARO S/A Recorrida DRJ em Porto Alegre - RS Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração- 01/01/1989 a 31/10/1995 Ementa: SEMESTRALIDADE. Com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Leis n2s 2.445 e 2.449, de 1988, a base de cálculo da contribuição para o PIS, eleita pela Lei Complementar n2 7/70, art. 62, parágrafo único, permaneceu incólume e em pleno vigor até a edição da MP n2 1.212/95. Ressalvada opinião pessoal do Relator. Recurso provido em parte. • Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da PRIMEIRA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao • ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES C9IFERE CO lfr4 O ORIGINAL. • Processo n.°13016.000256/99-11 of? CCO2/C01ewaiátlAA, Acórdão n.° 201-80.357 IS5Dattosa F ls. 743 Sãs/to S Sape 91745 recurso. Os Conselheiros Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça e Ivan Allegretti (Suplente) acompanham o Relator pelas conclusões. Cli eilbeçUtia, (Fit OS 31 A MARIA COELHO MARQUES Presidente • • • WALBE . JOSÉ DA SILVA Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Fabiola Cassiano Keramidas, Mauricio Taveira e Silva, José Antonio Francisco e Gileno Gurjão Barreto. • . ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES_ Processo n.° 13016.000256/99-11 CONFERE Má O ORIGINAL CCO2/C0 I Acórdâo n.° 201-80.357 Fls. 744 Bresitia, _hW &Mo SO Mat.: Sapa 91745 Relatório No dia 14/06/1999 a empresa MÓVEIS CARRARO S/A, já qualificada nos autos, ingressou com pedido de restituição de contribuição para o PIS, combinado com pedido . de compensação de Cofins, cujo pagamento ocorreu no período de 04/1989 a 11/1995, no valor atualizado de RS 1.446.537,13, tendo em vista a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Leis IN 2.445 e 2.449, de 1988. A DRF em Caxias do Sul - RS indeferiu o pedido da interessada porque entendeu que inexiste direito creditório, conforme apuração realizada de acordo com sentença judicial transitada em julgado que não reconheceu a semestralidade da base de calculo do PIS. Ciente da decisão acima em 13/09/2004, a empresa interessada ingressou com manifestação de inconformidade (fls. 335/341), alegando em sua defesa as razões consolidadas A 2' Turma de Julgamento da DRJ em Porto Alegra - RS indeferiu o pleito da recorrente, nos termos do Acórdão DRJ/P0A n2 5.532, de 28/04/2005, cuja ementa abaixo transcrevo: "Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de Apuração: 01/01/1989 a 30/10/1995 Ementa: PEDIDO DE COMPENSAÇÃO ANTERIOR A 29/08/2002 - Não há como acolher pretensão de transformação de pedido de compensação, formulado sob a égide da redação original do art. 74 da Lei 9.430/1996 em Declaração de Compensação (e a conseqüente homologação tácita) pois o mesmo não preenche os requisitos do caput do art. 49 da Lei 10.637/2002, posto que os créditos opostos não haviam transitado em julgado à época da formalização do pleito. CONCOMITÂNCIA DE AÇÃO JUDICIAL - A propositura pelo contribuinte, contra a Fazenda, de ação judicial - por qualquer modalidade processual -, antes ou posteriormente à autuação, com o mesmo objeto, importa a renúncia às instâncias administrativas, ou desistência de eventual recurso interposto. AÇÃO JUDICIAL - COISA JULGADA - A sentença definitiva em ação judicial produz efeitos nos estritos termos em que foi passada Desta forma, não permitida a compensação de créditos de PIS com valores devidos de Cofins, já que decisão judicial apenas permitiu compensação de PIS com PIS. Solicitação Indeferida". Ciente da decisão de primeira instância em 19/05/2005, fl. 424, a contribuinte interpôs recurso voluntário em 31/05/2005, onde, em síntese, argumenta que: 1 - o pedido de compensação deste processo limita-se às decisões transitadas em julgado nos autos dos Processos n9s 88.0008969-2 (trânsito em julgado em 25/08/1995) e 90.0002736-5 (trânsito em julgado em 16/10/1995), que acolheram a inconstitucionalidade dos ME SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL - /J.; Processó rt.° . 13016.000256/99-1 I Blusa& g A ng ()T ccovco I Acórdão n.° 201-80.357 Fls. 745 • Shio SISbass Ma: Siape 91745 Decretos-Leis n2s 2.445/88 e 2.449/88. No pedido de restituição não houve referência ao Processo n2 97.1500432-6, que teve como objeto o pedido de expedição de Certidão Negativa de Tributos e Contribuições Federais; 2 - o Processo Judicial n2 96.150813-3 teve como objeto a suspensão do parcelamento n2 13016.0000251195-75 no momento em que atingir o total de R$ 574.011,01. O parcelamento terminou sendo pago integralmente; 3 - é nula a decisão recorrida porque deixou de apreciar os pedidos da recorrente, posto que os objetos dos pedidos administrativos e das ações judiciais são diversos e não se trata de autuação e sim de restituição/compensação; 4 - o crédito tributário objeto do pedido de compensação restou extinto, em face da homologação tácita em 13/06/2004, porque a Fazenda Pública não se manifestou dentro do prazo fixado no art. 74, § 52, da Lei n2 9.430/96, com a redação da Lei n2 10.833/03; e no art. 150, §§ 12 e 42, c/c o art. 156, inciso VII, do CTN; e 5 - a compensação de PIS com Cofins deve ser homologada porque a lei que permitiu tal compensação (Lei n2 10.637/2002) é posterior ao trânsito em julgado das decisões judiciais (1995) e, à unanimidade da doutrina, aplica-se retroativamente. Ao final, requer a homologação das compensações e a anulação deste processo, haja vista a supressão de instância, quanto ao enfrentamento das matérias de fato e de direito postas no pedido de restituição. Consta dos autos "Relação de Bens e Direitos para Arrolamento" (fls. 455/456) permitindo o seguimento do recurso ao Conselho de Contribuintes, conforme preceitua o art. 33, § r, do Decreto n 70.235/72, com a alteração da Lei ri2 10.522, de 19/07/2002. No dia 12/12/2005 (fls. 498/502) a recorrente mantém o pedido de restituição e solicita a extinção da cobrança dos débitos de Cotins deste processo, cuja compensação não foi homologada, alegando duplicidade de cobrança porque estes débitos foram lançados e estão sendo pagos via Paes. Por decisão da Presidente do 22 Conselho de Contribuintes e desta 1 2 Câmara, o processo retomou à repartição de origem para manifestar-se sobre o pedido da recorrente. Em resposta, a repartição de origem confirmou a duplicidade de cobrança e cancelou o débito deste processo, conforme despacho de fl. 508. Consta à fl. 494 dos autos o "Demonstrativo da restituição do mora referente ao processo de parcelamento nQ 13016.000025/95-75 (PIS)" noticiando que o referido processo de parcelamento foi refeito para cumprir decisões judiciais (repetir a mora e direito à semestralidade - Processos n's 97.15.03478-0 e 96.15.00813-3) e que existem 46,854 parcelas disponíveis, cuja restituição está sendo pleiteada neste processo. Na forma regimental, o processo foi a mim distribuído no dia 23/05/2006, conforme despacho exarado na última folha dos autos - fl. 515. iss) MF SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CCWFERS,,COMI5 ORIGINAL " Processo n.° 13016.000256/99-11 •;-,;447-•;%,. 0.± CCOVCOI • • - • 5: • Acórdão n.°201-80.357 BrasIllá; Fls. 746 Saihbosa Mat.: Siam 91745 Em sessão do dia 24/08/2006, esta Colenda Primeira Câmara converteu o julgamento em diligência, nos termos da Resolução n' 201-00.613, para as seguintes providência por parte da repartição de origem: "1 - confirmar ou infirmar as informações constantes do Demonstrativo de fl. 494, inclusive e em especial sobre o reconhecimento dos valores a restituir apurados no referido demonstrativo; 2 - informar se há necessidade de a recorrente ingressar com Pedido de Habilitação de Crédito Reconhecido por Decisão Judicial Transitada em Julgado, a que se refere o art. 51 da IN SRF 600/2005, relativamente ao Mandado de Segurança n a 96.15.00813-3, • ou se é possível o reconhecimento do referido crédito neste processo. - Em caso positivo, tomar as providências que o caso requer; 3 - sendo possível reconhecer o crédito acima referido neste processo, informar se há outros créditos pleiteados neste processo além dos recdnhecidos no Mandado de SeguranCit achn-a citado (ou erh qualquer - um dos outros quatro mandados de segurança). Em caso positivo e sendo conveniente e possível, apartar deste processo os demais créditos pleiteados e não reconhecidos judicialmente, devolvendo os autos para julgamento do recurso, não sem antes dar conhecimento à recorrente para, querendo, manifestar-se; 4 - prestar informações e/ou esclarecimentos que julgar conveniente ao deslinde da questão; e 5 - de tudo dar ciência à recorrente para, querendo, manifestar-se." A diligência foi cumprida, na qual a repartição de origem informa o seguinte, em síntese: 1 - o demonstrativo de fl. 494 foi elaborado exclusivamente para apoio ao controle do crédito de parcelamento ri" 13016.000025/95-75 e com o fito de evitar restituição em dobro caso o Conselho de Contribuintes julgue procedente o recurso voluntário; 2 - a Ação Judicial n' 96.15.00813-3 não faz parte deste processo, não cabendo análise da necessidade ou não de habilitação do crédito judicial; 3 - não há outros valores sendo pleiteados neste processo, além do suposto crédito oriundo das Ações Judiciais n's 90.00.02736-5 e 97.15.00432-6; 4 - o Processo n' 13016.000209/2003-15 trata de Declaração de Compensação com créditos da Ação Judicial n2 97.15.03478-0, na qual foi considerada indevida a multa de - mora de parcelamentos; e 5 - o crédito relativo à Ação Judicial ti 96.15.00813-3 já foi objeto de Declarações de Compensação eletrônicas que estão sendo tratadas em outros processos e não foram homologadas as compensações porque os mesmos pagamentos (supostamente indevidos) estão sendo pleiteados neste processo com base em outras ações judiciais. 4)0\-- -e. Guie eist ÇA.mi UCA:1/4.1,14AL • Processo13016.000256/99-11 CCO2/C01 Acórdâo n.° 201-80.357 Ermita. _4„eQj 0€ Fls. 747 Sitwo SiquOldis. Slape 91745 Ciente do resultado da diligência, a empresa recorrente apresentou os esclarecimentos de fls. 530/531 e juntou cópias de 6 (seis) processos judiciais identificados à fl. 531. O processo foi devolvido a este Segundo Conselho de Contribuintes, que encaminhou a este Conselheiro no dia 07/05/2007, conforme despacho de fl. 741. É o Relatório. (EA tki • , MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTESProcesso n.° 130i6.000256/99-l i CCO2/C01 CONFERE COMO ORIGINAL Acórdão n.° 201 -80.357 Fls. 748 Bruzlic. _altaj l) I SM) abou Met: Siape 91745 Voto Conselheiro WALBER JOSÉ DA SILVA, Relator Como relatado, neste processo a recorrente estava pleiteando, inicialmente, a restituição de PIS pago indevidamente por força dos Decretos-Leis n2s 2.445 e 2.449, de 1988, e a compensação destes créditos com débitos de Cofins (f1 2) No pedido de fl. 01 e no requerimento de fl. 03 a recorrente cita as Ações Judiciais n2s 88.0008969-0, 90.0002736-5 e 97.15.00432-6. A recorrente desistiu do pedido de compensação, restando nestes autos a discussão sobre o direito creditório. Os argumentos relacionados aos débitos não serão analisados, por perca de objeto. _ Com fulcro no § 3 2 do art. 59 do Decreto n2 70.235/72, também deixo de apreciar a preliminar de nulidade da decisão recorrida. A DRF em Caxias do Sul - RS indeferiu o pedido de restituição, não homologou as compensações, porque não apurou crédito a favor da recorrente, e não apurou crédito porque nas planilhas de cálculo da DRF (fls. 308/310 e 316/324) não foi considerada a semestralidade da base de cálculo do PIS, conforme Despacho Decisório de fls. 325/327. A DRJ recorrida entendeu, com razão, que o pedido de compensação não poderia ser convertido em Declaração de Compensação porque os créditos foram reconhecidos em decisão judicial. É fato que nas decisões proferidas nas ações judiciais que embasaram o pedido (88.0008969-0, 90.0002736-5 e 97.1500432-6) não há reconhecimento da semestralidade da base de cálculo do PIS. Também é verdade que nas ações judiciais foi declarado a inconstitucionalidade dos famigerados decretos-leis e a recorrente foi autorizada a recolher o PIS nos moldes da Lei Complementar n2 7/70, alterada pela Lei Complementar n2 17/73, e a compensar os valores recolhidos a maior com débitos do próprio PIS. Somente no Mandado de Segurança ri 2 96.15.00813-3, cuja decisão transitou em julgado no dia 08/06/2004, é que a semestraliciade da base de cálculo do PIS foi reconhecida em favor da recorrente por meio de decisão do STF proferida em embargos de divergência, conforme noticia o item 13 (último parágrafo) da decisão recorrida. Sobre a semestralidade da base de cálculo do PIS objeto do pedido de restituição já há decisão judicial com trânsito em julgado, a qual deverá a administração tributária se sujeitar. Independente da decisão judicial, esta Câmara vem, sistematicamente, reconhecendo a semestralidade da base de cálculo do PIS antes da vigência da Medida Provisório n2 1.212/95, sendo este Conselheiro-Relator vencido nesta matéria. MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • Processa.0:t 13016.000256/99-11 CONFERE COM O ORIGINAL CCO2/C01 • Acórdão n9 201-80.357 Brunia _Skti of As. 749 Siklo osa Met: Siape 91745 Também com o voto contrario deste Lonsetheiro-ttelator esta Câmara tem decidido que o prazo para se pleitear a restituição de indébitos de PIS pago por força dos Decretos-Leis n's 2.445/88 e 2.449/88 conta-se da data da publicação da Resolução n' 49 do Senado Federal, ocorrida em 10/10/1995. Pelos fatos aqui relatados e comprovados, entendo que resta cristalino o direito de a recorrente ter sua obrigação para o PIS, no período de janeiro de 1989 a outubro de 1995, calculada com base na Lei Complementar n2 7/70, com alteração da Lei Complementar n2 14/73, especialmente considerando-se a semestralidade da base de cálculo. O valor apurado da forma acima é que deve ser confrontado com os pagamentos efetuados pela recorrente, inclusive em parcelamentos, para apurar o quantum pago a maior a título da exação. Portanto, as planilhas de fls. 308/310 e 316/324 devem ser refeitas. O valor do crédito apurado em favor da recorrente deve ser corrigido conforme determina a Norma de Execução _Conjunta SRF/Cosit/Cosar n 2 08 de 27 de junho de 1997, e. . somente pode ser utilizado na compensação de débito de PIS, em obediência à decisão judicial transitada em julgado, que faz lei entre as partes, como bem disse o Acórdão recorrido. Por tais razões, que reputo suficientes ao deslinde, ainda que outras tenham sido alinhadas, voto no sentido de dar provimento parcial ao recurso voluntário para determinar a aplicação da semestralidade da base de cálculo do PIS para o período solicitado, na forma acima referida, e a utilização do crédito eventualmente apurado exclusivamente na compensação com débitos de PIS, em obediência à decisão judicial. Sala das Sessões, em 20 de junho de 2007. Ur I WALBE 'JOSÉ DAS VA 14,ik sk_ _ _ Page 1 _0084300.PDF Page 1 _0084500.PDF Page 1 _0084700.PDF Page 1 _0084900.PDF Page 1 _0085100.PDF Page 1 _0085300.PDF Page 1 _0085500.PDF Page 1
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Numero do processo: 10820.000528/99-47
Turma: Segunda Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Sep 10 00:00:00 UTC 2003
Data da publicação: Wed Sep 10 00:00:00 UTC 2003
Ementa: PIS - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO - DECADÊNCIA - Cabível o pleito de restituição/compensação de valores recolhidos a maior a título de Contribuição para o PIS, nos moldes dos inconstitucionais Decretos-Leis nºs 2.445 e 2.449, de 1998, sendo que o prazo de decadência/prescrição de cinco anos deve ser contado a partir da edição da Resolução nº 49/Senado Federal - LC 7/70 - SEMESTRALIDADE - Ao analisar o disposto no artigo 6º, parágrafo único, da Lei Complementar nº 7/70, há de se concluir que "faturamento" representa a base de cálculo do PIS (faturamento do sexto mês anterior), inerente ao fato gerador (de natureza eminentemente temporal, que ocorre mensalmente), relativo à realização de negócios jurídicos (venda de mercadorias e prestação de serviços). A base de cálculo da contribuição em comento permaneceu incólume e em pleno vigor até a edição da MP nº 1.212/95, quando a partir dos efeitos desta, a base de cálculo do PIS passou a ser considerado o faturamento do mês anterior. Recurso ao qual se dá parcial provimento.
Numero da decisão: 202-15089
Decisão: Por unanimidade de votos, acolheu-se o pedido para afastar a decadência e deu-se provimento parcial ao recurso, quanto à semestralidade, nos termos do voto do Relator..
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: Dalton Cesar Cordeiro de Miranda
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E COMÉRCIO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO E TRANSPORTES LTDA. Recorrida : DRJ em Ribeirão Preto - SP DIT:AVENDA PIS - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO - DECADÊNCIA - Cabível o pleito de restituição/compensa* de Pubkado no Diário O valores recolhidos a maior a título de Contribuição para o PIS, nos ficla G.4 Uma° moldes dos inconstitucionais Decretos-Leis n's 2.445 e 2.449, de D8 1998, sendo que o prazo de decadência/prescrição de cinco anos deve ser contado a partir da edição da Resolução n° 49/Senado Federal - LC 7/70 - SEMESTRALIDADE - Ao analisar o disposto no artigo 6°, parágrafo único, da Lei Complementar n° 7/70, há de se concluir que "faturamento" representa a base de cálculo do PIS (faturamento do sexto mês anterior), inerente ao fato gerador (de natureza eminentemente temporal, que ocorre mensalmente), relativo à realização de negócios jurídicos (venda de mercadorias e prestação de serviços). A base de cálculo da contribuição em comento permaneceu incólume e em pleno vigor até a edição da MP n° 1.212/95, quando a partir dos efeitos desta, a base de cálculo do PIS passou a ser considerado o faturamento do mês anterior. Recurso ao qual se dá parcial provimento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por: CERVANTES IND. E COMÉRCIO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO E TRANSPORTES LTDA. ACORDAM os Membros da Segunda Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em acolher o pedido para afastar a decadência e em dar provimento parcial ao recurso, quanto à semestralidade, nos termos do voto do Relator. Sala das Sessões, em 10 de setembro de 2003 enri ue Piriheiro Torres Presidente Ne Da - tolerdeiro .e iranda Relator Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros Antônio Carlos Bueno Ribeiro, Eduardo da Rocha Schmidt, Ana Neyle Olímpio Holanda, Gustavo Kelly Alencar, Raimar da Silva Aguiar e Nayra Bastos Manatta. cl/opr 1 . • • :a 4. !::" r CC-MF Ministério da Fazenda Fl. t1;:t4 Segundo Conselho de Contribuintes Processo n° 10820.000528/99-47 Recurso n° : 122.431 Acórdão n° : 202-15.089 Recorrente : CERVANTES IND. E COMÉRCIO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO E TRANSPORTES LTDA. RELATÓRIO Trata-se de recurso de natureza voluntária (fls.155/183) com interposição fundamentada no artigo 33 do Decreto n° 70.235/72 (P.A.F.), no qual é reclamada a revisão e reforma do Acórdão DRJ/POR n° 2.334, uma vez que, ao contrário do decidido, não teria decaído o direito da contribuinte em pleitear a restituição/compensação dos valores recolhidos a 1maior e a título de PIS, sendo que, aos mesmos, ainda deve ser observado o critério da semestralidade. É o relatório. fe I I I 2 • 2° CC-MF Ministério da Fazenda Fl. Segundo Conselho de Contribuintes ..'t•ssir›t'z Processo no 10820.000528199-47 Recurso n° : 122.431 Acórdão no : 202-15.089 VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR DALTON CESAR CORDEIRO DE MIRANDA O Recurso Voluntário da recorrente atende aos pressupostos para a sua admissibilidade, daí dele se conhecer. Em preliminar, volto meus esforços para a análise de tormentosa questão, que se não ainda alcançou este Colegiado de forma mais latente, por certo o tomará. Assim, com respeito a meus pares, passo ao exame da questão da aplicação do dies a quo para o reconhecimento, ou não, de haver a recorrente decaído do direito em pleitear a restituição/compensação da Contribuição ao PIS, nos moldes em que formulada nestes autos. O Superior Tribunal de Justiça, por intermédio de sua Primeira Seção, fixou o entendimento de que como "... já ficou consignado em diversos antecedentes, uma vez reconhecida a inconstitucionalidade, pelo Pretório Excelso, da discutida exação, houve recolhimento indevido (RE n. 148.754-2/Rj, publicado no DJU de 04.03.94 e com trânsito em julgado em 16.03.94) e assiste direito ao contribuinte o direito a ser ressarcido. " Assim, para as hipóteses restritas de devolução do tributo indevido, por fulminado de inconstitucionalidade, desenvolveu tese segundo a qual se admite como dies a quo para a contagem do prazo para a repetição do indébito para o contribuinte a declaração de inconstitucionalidade da contribuição para o PIS." Para aquele Tribunal Superior de Justiça, portanto, reconhecida é a restituição do indébito contra a Fazenda, sendo o prazo de decadência de cinco anos para pleitear a devolução, contado tal prazo a partir do trânsito em julgado da decisão da Corte Suprema que declarou inconstitucional a aludida exação. Com a devida vênia àqueles que sustentam a referida tese, consigno que não me filio à referida corrente, pois, a meu ver, estar-se-á contrariando o sistema constitucional brasileiro em vigor que disciplina o controle da constitucionalidade e, conseqüentemente, os efeitos dessa declaração de inconstitucionalidade. A Corte Suprema, quando da declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Leis n's 2.445 e 2.449, ambos de 1988, proferida em sua composição Plenária, o fez por ocasião do julgamento de Recurso Extraordinário interposto por Itaparica Empreendimentos e Participações S.A. e Outros e em desfavor da União Federa1.2 A meu ver e a despeito da decisão ter sido exarada pelo órgão Pleno do Supremo Tribunal Federal, os efeitos daquela declaração de inconstitucionalidade em comento, quando de seu trânsito em julgado, surtiram somente para as partes envolvidas naquela lide, pois promovida pela via de exceção.3 I AgRg no Recurso Especial n° 331.417/SP, Ministro Franciulli Neto, Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, acórdão publicado em DJU, Seção I, de 25/8/2003. 2 Recurso Extraordinário n° 148754-2/RJ, Ementário n° 1735-2. 3 "8. O sistema brasileiro de controle da constitucionalidade d s leis. 3 , 20 CC-MF -;'-c-f:-.-.- Ministério da Fazenda Fl. Segundo Conselho de Contribuintes >.;..g....;;;,- Processo n° : 10820.000528/99-47 Recurso n° : 122.431 Acórdão n° : 202-15.089 E nesses termos, já dissertava e interpretava Rui Barbosa o tema, ao afirmar que decisões proferidas pela via de exceção "... deveriam adotar-se "em relação a cada caso particular, por sentença proferida em ação adequada e executável entre as partes'". 4 Na sistemática constitucional brasileira vigente, a declaração de inconstitucionalidade definitiva e em grau de Recurso Extraordinário, como na hipótese de que se está tratando, somente pode surtir efeitos inter parte?, e, não, erga omnes, como se fundou equivocadamente o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, pois a prestação jurisdicional realizada pela Corte Suprema não o foi de forma direta e abstrata 6 , ou seja, não declarava direitos a todos os contribuintes indistintamente. "Temos no Brasil duas sortes de controle de constitucionalidade das leis: o controle por via de exceção e o controle por via de ação. Em nosso sistema constitucional, o emprego e a introdução das duas técnicas traduzem de certo modo uma determinada evolução doutrinária e institucional que não deve passar desapercebida. Com efeito, a aplicação da via de exceção, unicamente pelo recurso extraordinário, a principio, e a seguir também pelo mandado de segurança, configura o momento liberal das instituições pátrias, volvidas preponderantemente, desde a Constituição de 1891, para a defesa e salvaguarda dos direitos individuais. (.) O controle por via de exceção é de sua natureza o mais apto a prover a defesa do cidadão contra atos normativos do Poder, porquanto em toda demanda que suscite controvérsia constitucional sobre lesão de direitos individuais estará sempre aberta uma via recursal à parte ofendida. (..) A) A via de exceção, um controle já tradicional A via de exceção no direito constitucional brasileiro já tem raízes na tradição judiciária do País. Inaugurou-se teoricamente com a Constituição de 1891(45), que institui recursos o Supremo das sentenças prolatadas pelas justiças dos Estados em última instância. (..)." (Curso de Direito Constitucional, Paulo Bonavides, Malheiros Editores, 11° edição, pgs. 293/296). 4 op.cit. pg . 296 5 "(...) O Tribunal, no exercício de sua função de aplicador do direito, deixa de aplicar em relação à litis a lei inconstitucional, o que, porém, não vem afetar sua obrigatoriedade em relação aos demais não participantes da questão levada à apreciação pelo Poder Judiciário, de tal forma que, continuando a existir e obrigar no universo jurídico, todas as pessoas que queiram que a elas se estenda o beneficio da inconstitucionalidade já declarada em caso idêntico, devem postular sua pretensão junto aos órgãos do Poder Judiciário, para que possam eximir-se do cumprimento da mesma. Já que em nossa sistema as decisões judiciais têm seu alcance limitado às partes em litígio, salvo nos casos de declaração de inconstitucionalidade em tese, o que ainda será analisadoposteriormente (44). (.)." (Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade, Regina Maria Macedo Nery Ferrari, Editora Revista dos Tribunais, 3a edição, ampliada e atualizada de acordo com a Constituição Federal de 1988, pgs. 112/113) 6 "As decisões consubstanciadoras de declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive aquelas que importem em interpretação conforme à Constituição e em declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, quando proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de fiscalização normativa abstrata, revestem-se de eficácia contra todos ("erga omnes") e possuem efeito vinculante em relação a todos os magistrados ..., impondo-se, em conseqüência, à necessária observância ..., que deverão adequar-se, por isso mesmo, em seus pronunciamentos, ao que a Suprema Corte, em manifestação subordinante, houver decidido, seja no âmbito da ação direta de inconstitucionalidade, seja no da ação declaratária de constitucionalidade, a propósito da validade ou da invalidade jurídico-constitucional de determinada lei ou ato normativo." (Reclamação n° 2143/Agravo Regimental/ SP Ministro relator Celso de Mello, Tribunal Pleno do S.T.F., www.stf.gov.br, siteSP,, acessado em 26/08/2003). 4 r CC-MF Ministério da Fazenda Fl. Segundo Conselho de Contribuintes , Processo n° 10820.000528/99-47 Recurso n° : 122.431 Acórdão n° : 202-15.089 Pois bem, a decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, que declarou a inconstitucionalidade dos Decretos-Leis n's 2.445 e 2.449, de 1988, somente surtiu efeitos para Itaparica Empreendimentos e Participações S.A. e Outros e a União Federal. Assim, somente para Itaparica e Outros seria aplicável o entendimento de que é qüinqüenal o prazo para a repetição dos valores recolhidos a maior a titulo da Contribuição para o PIS, a partir do trânsito em julgado de referida declaração; ou, então, para contribuinte que tenha ingressado com ação judicial e obtido manifestação judicial própria a seu favor. Para a hipótese desses autos e para os demais contribuintes, que não ingressaram em Juízo para discutir tal inconstitucionalidade, tenho que o prazo decadencial qüinqüenal deve ser contado (e observado) a partir da edição da Resolução n° 49, do Senado Federal, aliás, como vem sendo acertadamente decidido por este Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda'. E sustento e corroboro o entendimento deste Segundo Conselho de Contribuintes na afirmativa de que cabe ao Senado Federal "suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal", nos exatos termos em que vazado o inciso X do artigo 52 da Carta Magna. Abrindo aqui um parêntese e ao contrário - e com o devido respeito ao que defende e vem sinalizando o Ministro Gilmar Mendes 8 , em diversas decisões monocráticas, por 7 "O direito de pleitear o reconhecimento de crédito com o conseqüente pedido de restituição/compensação, perante a autoridade administrativa, de tributo pago em virtude de lei que se tenha por inconstitucional somente nasce com a declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, em ação direta, ou com a suspensão, pelo Senado Federal, da lei declarada inconstitucional, pela via indireta." Recurso Voluntário n° 120616, Conselheiro Eduardo da Rocha Scmidt, acórdão n°202-14485, publicado no DOU, I, de 27/8/2003, pg. 43. Esse novo modelo legal traduz, sem dúvida, um avanço, na concepção vetusta que caracteriza o recurso extraordinário entre nós. Esse instrumento deixa de ter caráter marcadamente subjetivo ou de defesa dos interesse das partes, para assumir, de forma decisiva, a função de defesa da ordem constitucional objetiva. Trata-se de orientação que os modernos sistemas de Corte Constitucional vêm conferindo ao recurso de amparo e ao recurso constitucional (Yerfassungsbeschwerde). Nesse sentido, destaca-se a observação de .115berle segundo a qual "a função da Constituição na proteção dos direitos individuais (subjectivos) é apenas uma faceta do recurso de amparo", dotado de uma "dupla função", subjetiva e objetiva, "consistindo esta última em assegurar o Direito Constitucional objetivo" (Peter Hãberle, O recurso de amparo no sistema germânico, Sub judice 20/21, 2001, p. 33 (49). Essa orientação há muito mostra-se dominante também no direito americano. Já no primeiro quartel do século passado, afirmava Triepel que os processos de controle de normas deveriam ser concebidos como processos objetivos. Assim, sustentava ele, no conhecido Referat sobre "a natureza e desenvolvimento da jurisdição constitucional", que, quanto mais políticas fossem as questões submetidas à jurisdição constitucional, tanto mais adequada pareceria a adoção de um processo judicial totalmente diferenciado dos processos ordinários. "Quanto menos se cogitar, nesse processo, de ação (..), de condenação, de cassação de atos estatais — dizia Triepel — mais facilmente poderão ser resolvidas, sob a forma judicial, as questões políticas, que são, igualmente, questões jurídicas". (Triepel, Heinrich, Wesen und Entwicklung deer Staatsgerichtsbarkeit VVDStRL, vol. 5 (1929), p. 26). (...). OU, nas palavras do Chief Justice Vinson, "para permanecer efetiva, a Suprema Corte deve decidir os casos que contenham questões cuja resolução haverá de ter importância imediata para além das situações particulares e das partes envolvidas" ("To remam n effective, the Supreme Court must continue to decide only those cases wich present questions whose resolutions will have immediate importance for beyond the particular facts and parties involved') (Griffin, op. cit., p. 34). De certa forma, é essa a visão que, com algum atraso e relativa timidez, ressalte- se, a Lei n° 10.259, de 2001, busca imprimir aos recursos extraordinários, ainda que, inicialmente, apenas para 5 29 CC-ME Ministério da Fazenda El. 'zfe~::, :i:::',.8"- Segundo Conselho de Contribuintes Processo n" : 10820.000528/99-47 Recurso n° : 122.431 Acórdão n° : 202-15.089 ele exaradas no exercício da magistratura no Supremo Tribunal Federal -, filio-me à corrente doutrinária que defende que a " ... nós nos parece que essa doutrina privatistica da invalidade dos atos jurídicos não pode ser transposta para o campo da inconstitucionalidade, pelo menos no sistema brasileiro, onde, como nota Themistocles Brandão Cavalcanti, a declaração de inconstitucionalidade em nenhum momento tem efeitos tão radicais, e, em realidade, não importa por si só na eficácia da lei(25)."9 E ao aderir a tal corrente doutrinária, observadora que é do sistema constitucional brasileiro, concluo que a declaração de inconstitucionalidade promovida por intermédio de decisão Plenária da Corte Suprema, que veio a se tornar definitiva com seu trânsito em julgado, somente passará a ter os efeitos de sua inconstitucionalidade (e aplicação) erga omnes, a partir da legítima e constitucional suspensão pelo Senado Federal. Neste sentido, aliás, posicionam-se de forma firme José Afonso da Silva i ', Paulo Bonavidesn , Regina Maria Macedo Nery Ferrari n, Celso Ribeiro Bastos e André Ramos Tavares B. Assim, e com relação ao caso em concreto, concluo que o prazo decadencial/prescricional para se pleitear a restituição/compensação, nos moldes como pretendido pela recorrente, observado o que dispõe o art. 168, CTN, é o de 05 (cinco) anos contados a partir da edição da Resolução n° 49, editada em 9/10/1995, do Senado Federal, e após decisão definitiva do Supremo Federal, que declarou inconstitucional a exigência da Contribuição para o PIS, nos moldes dos Decretos-Leis n's 2.445/88 e 2.449/88. In casu, o pleito foi formulado pela recorrente, em 19/04/1999, portanto, anterior a 10/10/2000, o que afasta a decadência do referido pedido administrativo. Passo - uma vez afastada a decadência que não atinge o direito da recorrente em pleitear a restituição/compensação dos valores recolhidos a maior a título do PIS - a enfrentar a segunda questão posta nestes autos, que em apertada síntese restringe-se a analisar qual é a base de cálculo que deve ser usada para o cálculo do PIS: se aquela correspondente ao sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, entendimento esposado pela recorrente, ou se ela é o aqueles interpostos contras as decisões dos juizados federais." (Recurso Extraordinário 360847/SC Medida Cautelar, DJU, I, de 15/8/2003, pg. 66). 9 Curso de Direito Constitucional Positivo, José Afonso da Silva, Malheiros Editores, 22 edição, revista e atualizada nos termos da Reforma Constitucional (até a Emenda Constitucional n. 39, de 19.12.2002, pg. 53. I ° op. cit., pgs. 52 a 54 I] op. cit., p. 296 12 op. cit., pgs. 102 a 116 13 "(..). Isso ocorre, no Direito brasileiro, nos casos de inconstitucionalidade proferida em sede de controle difuso. O Senado, como se verá, atua, em tal hipótese, suspendendo a eficácia da lei. Contudo ) essa situação só ocorre porque o Supremo Tribunal Federal revela-se, a um só tempo, como Corte Constitucional e último tribunal na escala judiciaL No caso específico de decisão proferida em sede de recurso extraordinário, atua como órgão último do Poder Judiciário, e sua decisão só produz efeitos erga omnes após a man gestação do Senado. Já, quando atua como Corte Constitucional, fiscalizando direta e abstratamente a constitucionalidade das leis, sua decisão independe de manifestação senatorial para a produção dos efeitos típicos. Existindo esse controle concentrado da constitucionalidade, não haveria sentido em reconhecer-se a permanência da norma no sistema após o reconhecimento de sua inconstitucionalidade pelo órgão próprio, por meio de ação específica." (As Tendências do Direito Público — No Limiar de um Novo Milênio, Celso Ribeiro Bastos e André Ramos Tavares, Editora Saraiva, pgs. 94/95). ( 6 CC-MF •:''''.4e-7.';';?!. Ministério da Fazenda •-•:;+‘ Fl. Segundo Conselho de Contribuintes Processo n° : 10820.000528/99-47 Recurso n° : 122.431 Acórdão n° : 202-15.089 faturamento do próprio mês do fato gerador, sendo, de seis meses o prazo de recolhimento do tributo. A propósito e sobre a matéria, em verdade, sopesava duas situações: uma de técnica impositiva, e outra no sentido da estrita legalidade que deve nortear a interpretação da lei impositiva. E, neste último sentido, veio tornar-se consentânea a jurisprudência da CSRF 14 e também do STJ. Assim, calcado nas decisões destas Cortes, entendo que deve prevalecer a estrita legalidade, no sentido de resguardar a segurança jurídica do contribuinte, mesmo que para isso tenha-se como afrontada a melhor técnica tributária, a qual entende despropositada a disjunção de fato gerador e base de cálculo. É a aplicação do princípio da proporcionalidade, prevalecendo o direito que mais resguarde o ordenamento jurídico como um todo. E o Superior Tribunal de Justiça, através de sua Primeira Seção," veio tornar pacífico o entendimento impugnado pela recorrente, consoante depreende-se da ementa a seguir transcrita: "TRIBUTÁRIO — PIS — SEMESTRALIDADE — BASE DE CÁLCULO — CORREÇÃO MONETÁRIA. I. O PIS semestral, estabelecido na LC 07/70, diferentemente do PIS REPIQUE — art. 3, letra "a" da mesma lei — tem como fato gerador o faturamento mensal. 2. Em beneficio do contribuinte, estabeleceu o legislador como base de cálculo, entendendo-se como tal a base numérica sobre a qual incide a aliquota do tributo, o faturamento, de seis meses anteriores à ocorrência do fato gerador — art. ó,parágrafo único da LC 07/70. 3. A incidência da correção monetária, segundo posição jurisprudencial, só pode ser calculada a partir do fato gerador. 4. Corrigir-se a base de cálculo do PIS é prática que não se alinha à previsão da lei e à posição da jurisprudência. Recurso Especial improvido." Portanto, até a edição da MP n 1.212/95, convertida na Lei ri' 9.715/98, é de ser negado provimento ao recurso, para que os cálculos sejam feitos considerando-se como base 14 O Acórdão d CSRF/02-0.871" também adotou o mesmo entendimento firmado pelo STJ. Também nos RD nos 203-0.293 e 203-0.334, j. em 09/02/2001, em sua maioria, a CSRF esposou o entendimento de que a base de calculo do PIS refere-se ao faturamento do sexto mês anterior à ocorrência do fato gerador (Acórdãos ainda não formalizados). E o RD n° 203-0.3000 (Pro sso n° 11080.001223/96-38), votado em Sessões de junho do corrente ano, teve votação unânime nesse sentido. 15 Resp n° 144.708, rel, Ministra Eliane lmon, j. em 29/05/2001, acórdão não formalizado. 7 _ . • 20 CC-MF• -in-•,.-4::',. • Ministério da Fazenda Nii- ,•-'..,= .0.• Fl. t,-/;•;.",ir Segundo Conselho de Contribuintes ,-t-witb* ii ;;Y:Aar',4,----Ig • Processo n° : 10820.000528/99-47 Recurso n° : 122.431 Acórdão n° 202-15.089 de cálculo o faturamento do sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, tendo como prazos de recolhimento aquele da lei (Leis n'' 7.691/88; 8.019/90; 8.218/91; 8.383/91; 8.850/94; 9.069/95 e MP ri2 812/94) do momento da ocorrência do fato gerador. E a IN SRF if 006, de 19 de janeiro de 2000, no parágrafo único do art. P, com base no decidido julgamento do Recurso Extraordinário 232.896-3-PA, aduz que "aos fatos geradores ocorridos no período compreendido entre P de outubro de 1995 e 29 de fevereiro de 1996 aplica-se o disposto na Lei Complementar n 7, de 7 de setembro de 1970, e n' 8, de 3 de dezembro de 1970". Em face do todo exposto, dou provimento parcial ao recurso, para o fim de declarar que a base de cálculo do PIS, deve ser calculada com base no faturamento do sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, sem correção monetária. Contudo, a averiguação da liquidez e certeza dos créditos e débitos em discussão nestes autos é da competência da SRF, que fiscalizará o encontro de contas efetuadas pela contribuinte, atendendo, na feitura do cálculos, a forma declarada. É o meu voto. Sala das Sessões, em 10 de setembro de 2003 a- - - .• ‘111. z. DALT* • SA • CORDEP le DE MIRANDA, 8 I i
score : 1.0
Numero do processo: 10768.017242/2002-94
Turma: Terceira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Nov 10 00:00:00 UTC 2004
Data da publicação: Wed Nov 10 00:00:00 UTC 2004
Ementa: NORMA PROCESSUAIS. OPÇÃO PELA VIA JUDICIAL. O exame de matéria pelo Poder Judiciário inviabiliza o transcurso de julgamento sobre o mesmo assunto na esfera administrativa. Recurso não conhecido por opção pela via judicial.
Numero da decisão: 203-09866
Decisão: Por unanimidade de votos, não se conheceu do recurso, por opção pela via judicial.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: Francisco Maurício R. de Albuquerque Silva
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Recorrida : DRJ-II no Rio de Janeiro - RJ usbeillic guadndot, NORMA PROCESSUAIS. OPÇÃO PELA VIA JUDICIAL. O exame de matéria pelo Poder Judiciário inviabiliza o transcurso de julgamento sobre o mesmo assunto na esfera administrativa. Recurso não conhecido por opção pela via judicial. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por: TEXACO BRASIL LTDA. ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, por opção pela via judicial. Sala das Sessões, em 10 de novembro de 2004 Leonardo dede Andrade Coutt Presidente k ill" Franc . : .. 1 - • ao elo .4 • que !ue Silva.— Rel. .:. Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiro Maria Cristina Roza da Costa, Maria Tereza Martinez López, Luciana Pato Peçanha Martins, Cesar Piantavigna, Emanuel Carlos Dantas de Assis e Valdemar Ludvig. Eaalimdc , t MIN 1/A FAZENDA - 2. • CC CONFERE COM O ORIGINAL BRASILIA ,,,26/ 01 f O 6- VI TO 1 • , 22 CC-MF Ministério da Fazenda Fl. 3e0;lt Segundo Conselho de Contribuintes );44‘14 Processo n' 10768.017242/2002-94 Recurso 119 : 126.529 Acórdão n9 : 203-09.866 Recorrente : TEXACO BRASIL LTDA. RELATÓRIO Às fls. 61/70, Acórdão DRJ/RJ011 n°4.518, de 28 de janeiro de 2004, indeferindo a solicitação de homologação de Declaração de Compensação de débitos de PIS e COFINS, relativos ao mês de apuração de outubro/02, com supostos créditos de PIS, compreendidos no período de novembro/92 a janeiro/93. O Colegiado de Primeiro Grau julgou improcedente a manifestação de inconformidade formulada pela contribuinte, argüindo, em síntese, que inexistia à época da compensação efetuada decisão judicial transitada em julgado, portanto, que a ora Recorrente não poderia ter-se valido dos supostos créditos antecipadamente. Outrossim, asseverou que a ação ajuizada teria natureza meramente declaratória, sem fim condenatório, de modo que seria imprestável ao reconhecimento da liquidez e certeza dos referidos créditos contra a Fazenda — requisito imprescindível à autorização da compensação, conforme art. 170 do CTN. Alfim, afirmou a DRJ ter decaído o direito da Recorrente de pleitear tal compensação, uma vez que transcorridos mais de cinco anos desde o pagamento das exações. Insatisfeita, a contribuinte interpôs, tempestivamente, o presente Recurso Voluntário, às fls. 73/85, alegando, em suma, que com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Leis ifs 2.445/88 e 2.449/88, levada a ter efeito erga omnes pela Resolução n° 45 do Senado Federal, publicada em 10/10/95, nasceu o direito dos contribuintes à restituição/compensação dos indébitos, independentemente do aforamento de qualquer ação judicial neste sentido, de modo que apenas foi a justiça para discutir a forma de apuração da base de cálculo do PIS recolhido indevidamente, defendendo o critério da semestralidade deduzido do parágrafo único do art. 6° da LC n° 7/70. Aduz que restou decidido na ação declaratória por ela ajuizada que somente est. •' extintos pela decadência os créditos de PIS relativos ao ano de 1989. Outrossim, entende • e cabe ao Judiciário tão-somente declarar o direito creditOrio, sendo a compensação decorrén 'a Ogica, a cargo do contribuinte. Por fim, defende o prazo decadencial de cinco anos a contar d pu e licação da Resolução do Senado. É o rel &it. .. _ . 1 MIN LJA FAZENDA - 2." CL CONFERE COM O ORIGINAL BRASILIA go: Ci / 05" i /1/I I tfigzAti 18TO 2 .„.014 :4Ç r CC-MF Ministério da Fazenda Fl. 1 •11..P _,,-LS:t Segundo Conselho de Contribuintes I 4, 1W;:_p 5:0 , Processo n' : 10768.017242/2002-94 Recurso n : 126.529 Acórdão n2 : 203-09.866 VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA Propugna, a Recorrente, pela homologação de Declaração de Compensação de débitos de PIS e COFINS, concernentes ao mês de apuração encenado em outubro/02, com supostos créditos de PIS, atinentes ao período de novembro/92 a janeiro/93, decorrentes de recolhimentos indevidos com base nos malsinados Decretos-leis n's 2.445/88 e 2.449/88. Entrementes, noticia os autos que tramita perante o Poder Judiciário ação declaratória proposta pela Recorrente (Processo n° 2000.5101026317-0) objetivando a declaração do direito de apurar e recolher o PIS, até o advento da MP n° L212/95, nos moldes da LC n° 07/70, em especial quanto à observância do chamado "critério da semestralidade", consoante se infere da sentença acostada às fls. 34/39. Diante do exposto, voto no sentido de não conhecer do Recurso por opção pela via judicial, mesmo que o fundame o para a compensação não seja baseado em decisão dessa esfera. Sala das Sessões, em 11 de nove bro de 2004 i 1 lb-- FRANCISCO MA já. b: A : _ ¡n D t i BUQUERQUE SILVA I MIN. DA FAZENDA - 2.' CC CONFERE COM O ORIGINAL BRASILIA .,251 . u25 IN p 4112194 ‘ kggetà.— VIS O 3 ,
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Numero do processo: 10850.001729/98-51
Turma: Segunda Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Oct 20 00:00:00 UTC 2004
Data da publicação: Wed Oct 20 00:00:00 UTC 2004
Ementa: NORMAS PROCESSUAIS. OPÇÃO PELA VIA JUDICIAL - PROCESSO ADMINISTRATIVO PREJUDICADO. A eleição do contribuinte pela via judicial para discutir matéria referida no processo fiscal inibe o conhecimento do recurso na esfera administrativa, vez que esta seria inócua perante a decisão do Poder Judiciário. Recurso negado.
Numero da decisão: 202-15869
Decisão: Por unanimidade de votos, negou-se provimento ao recurso.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: Raimar da Silva Aguiar
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Recorrida : DRJ em Ribeirão Preto - SP NORMAS PROCESSUAIS. OPÇÃO PELA VIA JUDICIAL PROCESSO ADMINISTRATIVO PREJUDICADO. A eleição do contribuinte pela via judicial para discutir matéria referida no processo fiscal inibe o conhecimento do recurso na esfera administrativa, vez que esta seria inócua perante a decisão do Poder Judiciário. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por IRMÃOS MER1GHI LTDA. ACORDAM os Membros da Segunda Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Sala das Sessões, em 20 de outubro de 2004 " enriqUe Piffilei'ro--Torrá 5" Presidente „ 1::[1:1/2at 65±(- Ra imar da Silva Aguiar Relator MINISTÉRIO DA FAZENDA Segundo Conselho de Contribuintes CONFERE coo (OGIVAL_ grasná-DF emr1 I P__1000) dékafuji Secretária da Segunda Câmara Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros Antônio Carlos Bueno Ribeiro, Gustavo Kelly Alencar, Marcelo Marcondes Meyer-Kozlowski, Jorge Freire, Nayra Bastos Manatta e Dalton Cesar Cordeiro de Miranda. 1 rio de Conlobtemes 2" CC-NI Ministério da Fazenda Segunda Consei MINISTÉ CONFER E COM O ORIGINAL RIO DA FAZENDA Fl Segundo Conselho de Contribuintes 2 4-t // /ice: ita Beisilia-DF. em__ _ Processo : 10850.001729/98-51 44.21"- 7.231 °fali Recurso : 125.042 5.cteIàfua da Segunda Cárnara Acórdão : 202-15.869 Recorrente : IRMÃOS MERIGIII LTDA. RELATÓRIO Por bem relatar o processo em tela, transcrevo o Relatório da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Ribeirão Preto/SP, fls. 184/185: Tratam-se de pedidos de compensação de supostos indébitos de PIS com créditos tributários vencidos e vincendos de PIS, Cotins, Falsadal. CSLL e IRPJ de sua responsabilidade (fls. 01, 86, 89, 92, 95, 96,), recolhidos de acordo com os Decretos-Lei ti."' 2.445 e 2.449, ambos de 1988, declarados inconstitucionais pela Resolução do Senado Federal n.° 49, de 9 de outubro de 1995, que restabeleceu a cobrança da contribuição ao PIS segundo a sistemática da LC n.° 7, de 1970. Para comprovar os recolhimentos de PIS, a interessada anexou os Darfs de fls. 69 a 80. Concomitantemente com os pedidos- de compensação, a interessada ingressou na esfera judicial pleiteando o direito à compensação de indébitos de PIS com diversos tributos federais. A liminar foi negada pelo juízo de I" instiincia, conforme documento de fls. 99 e 100. Os pedidos foram inicialmente analisados pela Delegacia da Receita Federal (DRF) em São José do Rio Preto, SP, que os indeferiu, conforme decisão deli. 121: "Em vista do exposto. conclui-se que não existem valores a serem compensados ou restituídos, propondo-se o indeferimento do pedido de compensação. Considerando-se ainda que o contribuinte acima impetrai mandado de segurança com o mesmo objeto, caracterizando a renúncia às instâncias administrativas conforme letra "a" do Ato Declaratório COSI 7' n.° 3/96, propõe-se, também, a remessa do presente processo à Procuradoria Seccional da Fazenda Nacional para inscrição em Divida Ativa da União, em atenção a letra "d" do Ato Declaratório citado." O processo foi então remetido para inscrição em DAU em 18/03/1999 para o prosseguimento da cobrança dos créditos tributários cujos compensações com indébitos do PIS haviam sido solicitadas pela interessada. Cientificada da decisão da DR_F e inconformada com o indeferimento de seus pedidos, a interessada entrou em /4/04/1999 com a impugnação deJtt 176/179, requerendo à Delegacia de Julgamento a reforma da decisão proferida pela DRF e a suspensão dos débitos constantes deste processo nos termos do CIN. art. 151, 111. alegando, em síntese, que, quanto aos recolhimentos efetuados nos períodos de maio de 1989 a setembro de 1995, há créditos, requerendo que sejam aceitos os cálculos apresentados em anexo (não consta dos autos tal planilha de cálculo). Ressaltou que não está contestando o prazo ou data de recolhimento, mas a base de cálculo utilizada para o recolhimento que, no seu entendimento, deve ser o faturamento do sexto mês anterior e ainda sem a correrão monetária do período. MINISTÉRIO DA FAZENDA mistério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes 2" CC - NI F M - CONFERE CIM10 QRIGINAL R :;1111: --4knr Segundo Conselho de Contribuintes Brasília-DF. em .0 11 / lar L. Processo : 10850.001729/98-51 euza afafuji Recurso : 125.042 Seaslana da Segunda Cámara Acórdão : 202-15.869 Afirmou ainda que no Mandado de Segurança o objeto é o direito de compensar e no Processo Administrativo o objeto é a própria compensação, a forma como vai serfeita e a verificação dos valores a ser compensado. Pouco depois, a interessada interpôs também outro Mandado de Segurança (fls. 159 a 172) para impedir o ajuizamento do processo de execução fiscal, bem como para que o Fisco se abstenha da prática de quaisquer atos tendentes a penalizar a impetrante. Obteve parcialmente a liminar. cópia às .fis. 157 e 158. Dado o teor da liminar, o processo foi então remetido para esta DRJ e as inscrições em dívida ativa foram canceladas (fl. 175). Em 04 de abril de 2002, a Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Ribeirão Preto/SP manifestou-se por meio do Acórdão n° 1.071, fl. 183/187, que foi assim ementado: Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/05/1989 a 30/09/1995 Ementa: AÇÃO JUDICIAL. EFEITOS. A existência de ação judicial, em nome da interessada, importa em renúncia às instâncias administrativas quanto à matéria objeto da ação. Impugnação não Conhecida. Em 04 de setembro de 2002 a recorrente tomou ciência da decisão, fl. 190. Inconformada com a decisão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Ribeirão Preto/SP, a recorrente apresentou, em 04 de outubro de 2002, fls. 191/195, recurso voluntário a este Egrégio Conselho de Contribuintes no qual repisa os argumentos expendidos na manifestação de inconformidade e pugna pela reforma da decisão recorrida e o" onseqüente deferimento do pedido de compensação dos créditos pleiteados. j(7É o relatório. 3 MINISTÉRIO DA FAZENDA Segundo Conselho de Contribuintes 9 CC-NIF Ministério da Fazenda CONFERE C Off O ORIGINAL 2 = Segundo Conselho de Contribuintes Brestlia-DF. em t__/ II 1?ter Fl. L'Processo : 10850.00 1 729/98-5 1 e uzatItafuji Sectetén• da Snuncla Cille918 Recurso : 125.042 Acórdão : 202-15.869 VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR RA1MAR DA SILVA AGUIAR O recurso encontra-se revestido das formalidades cabíveis merecendo, assim ser apreciada A contribuinte acima identificada requereu em 2 1/10/98, junto à Delegacia da Receita Federal em Ribeirão Preto/SP, a restituição/compensação de valores recolhidos a titulo de PIS, no montante de RS89.2 1 1,1 6 (fls. 184/185), período de apuração de maio/89 a setembro/95, fazendo menção ao processo judicial 98.0711687-2 (fls. 102/104). A propósito desta questão adoto, na elaboração deste voto, as lições do Acórdão n°202-15.515 referente ao Recurso n° 124.076, prolatado pelo Ilustre Presidente e Relator, o Sr. Henrique Pinheiro Torres: Em havendo submissão da matéria objeto dos autos ao Poder Judiciário, dá-se a renúncia à discussão na fase administrativa. (...) Outro entendimento não caberia, pois a ordem constitucional vigente inseriu o Brasil na jurisdição una, como se pode perceber do inciso XXXV do artigo .5° da Carta Política da República: "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito". COM isso, o Poder -Judiciário exerce o primado sobre o "dizer o direito" e suas decisões imperam sobre qualquer outra proferida por órgãos não jurisdicionais. Por conseguinte, os conflitos intersubjetivos de interesses podem ser submetidos ao crivo judicial a qualquer momento, independentemente da apreciação de instâncias 'julgadoras" administrativas. (...) De fato, não existe no ordenamento jurídico nacional princípios ou dispositivos legais que permitam a discussão paralela, em instâncias diversas (administrativas ou judiciais ou uma de cada natureza), de questões idênticas. Diante disso, a conclusão lógica é que a opção pela via judicial, antes ou concomitante à esfera administrativa, torna completamente estéril a discussão no âmbito não jurisdicionat Na verdade, como bem ressaltou o Conselheiro Marcos Vinícius Neder de Lima, no voto proferido no julgamento do Recurso n° 102.234 (Acórdão n°202-09.648), "tal opção acarreta em renúncia ao direito subjetivo de ver apreciada administrativamente a impugnação do lançamento do tributo com relação à mesma matéria sub judice.". A contribuinte conforme consta em seu pedido de liminar em Mandado de Segurança, à fl. 172, vide transcrição de trecho retirado do Mandado de Segurança: Requer-se, ao final, confirmação, em sentença, da Liminar pleiteada, para que a impetrante utilize do direito à compensação daqueles valores pagos a maior, sendo, ao mesmo tempo, facultado ao Fisco o exame da idoneidade dos cálculos, confornie Laudo Técnicos e Datf 's em anexo. Tratando-se da mesma matéria, onde o judiciário corno última in tância decidirá. Não cabendo, portanto, apreciação na esfera administrativa. 4 MINISTÉRIO DA FAZENDA ° - Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes 2 CC-MF CONFERE COM,014,5';-gt Segundo Conselho de Contribuintes Fl 8rasilia-DF. em Z .( 11 tecos•,,,itsnes* L. Processo : 10850.001729/98-51 euza rihafait Recurso : 125.042 Secretária da Segunda Cambia Acórdão : 202-15.869 Assim, em face da eleição da contribuinte pela via judicial, inclusive não havendo noticia de que a respectiva ação — segundo consta — não teria transitado em julgado, nego provimento do recurso. É como voto na espécie. Sala das Sessões, em 20 de outubro de 2004 ALI'ciu . /,‘ • RAIMAR SILVA AGUIAR 5
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