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Numero do processo: 13769.000117/98-02
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Apr 10 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições
Exercício: 1989, 1990, 1991, 1992
FINSOCIAL. RESTITUIÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL.
O Regimento Interno deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF, através de alteração promovida pela Portaria do Ministro da Fazenda n.º 586, de 21.12.2010 (Publicada no em 22.12.2010), passou a fazer expressa previsão no sentido de que As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF (Art. 62-A do anexo II).
O STJ, em acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC definiu que para os recolhimentos indevidos que ocorreram antes do advento da LC 118/2005 o prazo para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, deve observar a cognominada tese dos cinco mais cinco. (RESP nº 1.002.932).
Recurso extraordinário negado.
Numero da decisão: 9900-000.391
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(Assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Gustavo Lian Haddad - Relator
EDITADO EM: 12/03/2013
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Nome do relator: GUSTAVO LIAN HADDAD
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente. (Assinado digitalmente) Gustavo Lian Haddad - Relator EDITADO EM: 12/03/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
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RESTITUIÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL. O Regimento Interno deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF, através de alteração promovida pela Portaria do Ministro da Fazenda n.º 586, de 21.12.2010 (Publicada no em 22.12.2010), passou a fazer expressa previsão no sentido de que “As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF” (Art. 62A do anexo II). O STJ, em acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC definiu que para os recolhimentos indevidos que ocorreram antes do advento da LC 118/2005 o prazo para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, deve observar a cognominada tese dos cinco mais cinco. (RESP nº 1.002.932). Recurso extraordinário negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 76 9. 00 01 17 /9 8- 02 Fl. 302DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 2 (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente. (Assinado digitalmente) Gustavo Lian Haddad Relator EDITADO EM: 12/03/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Em 22/05/1998, Granvel Grande Norte Veículos por meio dos documentos de fls. 01/42, solicitou a restituição dos valores recolhidos indevidamente a título de Contribuição para o Fundo de Investimento Social (FINSOCIAL) excedentes ao 0,5% relativo ao período de 09/1989 a 03/1992. A Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais CSRF, ao apreciar o recurso especial interposto pelo contribuinte, exarou o acórdão n° CSRF/0305.789 que se encontra às fls. 119/123 e cuja ementa é a seguinte: “PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL RECONHECIMENTO DE DIREITO CREDITÓRIO DUPLO GRAU ANÁLISE DE MÉRITO Nos processos administrativos fiscais de pedido de reconhecimento do direito creditório, cujo litígio instaurouse apenas quanto ao prazo para interposição do pleito, ou seja, a unidade de origem da Receita Federal não apreciou o mérito, afastada essa preliminar, os autos devem retornar àquela origem para essa análise, podendo o contribuinte apresentar outra manifestação de inconformidade à DRJ, no prazo de 30 dias da ciência, caso discorde da nova decisão. Recurso Especial da Fazenda Nacional Negado.” Fl. 303DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD Processo nº 13769.000117/9802 Acórdão n.º 9900000.391 CSRFPL Fl. 9 3 Como se verifica do referido acórdão, prevaleceu, pelo voto de qualidade, o entendimento de que a contagem do prazo de 5 (cinco) anos para interposição do pedido de restituição iniciouse em 31/08/1995, com a publicação da MP nº 1.110/1995, tendo sido determinado o retorno dos autos à DRF de origem para julgamento do mérito. Intimada do acórdão em 26/08/2008 (fls. 287) a Procuradoria da Fazenda Nacional interpôs o recurso extraordinário de fls. 289/298, em que sustenta divergência entre o v. acórdão recorrido e o Acórdão CSRF/0202.088, de 17/10/2005, proferido pela 2ª Câmara Superior de Recursos Fiscais. Ao Recurso Extraordinário da Procuradoria da Fazenda Nacional foi dado seguimento, conforme Despacho nº 430/2008 de 10/10/2008 (fls. 301/302). Intimado sobre a admissão do recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional o contribuinte deixou de apresentar contrarazões. É o Relatório. Voto Conselheiro Gustavo Lian Haddad, Relator O recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional sustenta divergência entre o v. acórdão recorrido e o Acórdão CSRF/0202.088, de 17/10/2005, em relação ao dies a quo para contagem do prazo prescricional para repetição de indébito preenche os requisitos de admissibilidade. O Acórdão CSRF/0202.088, de 17/10/2005, encontrase assim ementado: “PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL — REPETIÇÃO DE INDÉBITO O dies a quo para contagem do prazo prescricional de repetição de indébito é o da data de extinção do crédito tributário pelo pagamento antecipado e o termo final é o dia em que se completa o qüinqüênio legal, contado a partir daquela data. Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso voluntário do contribuinte.” Verifico que a divergência está caracterizada na interpretação, dada pelos julgadores da Segunda e Terceira Turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais, da norma que define o prazo e seu termo inicial de contagem, para o exercício do direito de restituição de indébito tributário. O dissídio jurisprudencial resta claro ante o confronto das referidas decisões enquanto no acórdão recorrido a contagem dos cinco anos iniciase a partir da publicação no DOU da Medida Provisória nº 1.110, de 30/08/1995, no acórdão paradigma é a partir da data de extinção do crédito tributário pelo pagamento antecipado. Dessa forma, conheço do recurso extraordinário interposto. Fl. 304DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 4 No mérito, já manifestei meu entendimento em diversas oportunidades segundo o qual o prazo para restituição de tributos cuja inconstitucionalidade ou não incidência foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal em sede de controle concentrado, pela autoridade fiscal ou por ato do Poder Legislativo deveria se dar a partir da data de publicação do ato que reconheceu tal circunstância. Ocorre que o Regimento Interno deste E. Conselho, conforme alteração promovida pela Portaria MF n.º 586/2010 no artigo 62A do anexo II, introduziu dispositivo que determina, in verbis, que: “As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF” No que diz respeito ao prazo para apresentação de pedido de restituição de tributo declarado inconstitucional ou cuja não incidência foi reconhecida pela administração tributária, o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o RESP nº 1.110.578, nos termos do artigo 543C, do CPC, consolidou entendimento diverso, conforme se verifica da ementa a seguir transcrita: “TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543C, DO CPC. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO INICIAL. PAGAMENTO INDEVIDO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO DE OFÍCIO. 1. O prazo de prescrição quinquenal para pleitear a repetição tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício, é contado da data em que se considera extinto o crédito tributário, qual seja, a data do efetivo pagamento do tributo, a teor do disposto no artigo 168, inciso I, c.c artigo 156, inciso I, do CTN. (Precedentes: REsp 947.233/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/06/2009, DJe 10/08/2009; AgRg no REsp 759.776/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/03/2009, DJe 20/04/2009; REsp 857.464/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe 02/03/2009; AgRg no REsp 1072339/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/02/2009, DJe 17/02/2009; AgRg no REsp. 404.073/SP, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJU 31.05.07; AgRg no REsp. 732.726/RJ, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, Primeira Turma, DJU 21.11.05) 2. A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso) é despicienda para fins de contagem do prazo prescricional tanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento de ofício. (Precedentes: EREsp 435835/SC, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, Rel. p/ Acórdão Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/03/2004, DJ 04/06/2007; AgRg no Ag 803.662/SP, Rel. Fl. 305DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD Processo nº 13769.000117/9802 Acórdão n.º 9900000.391 CSRFPL Fl. 10 5 Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/02/2007, DJ 19/12/2007) 3. In casu, os autores, ora recorrentes, ajuizaram ação em 04/04/2000, pleiteando a repetição de tributo indevidamente recolhido referente aos exercícios de 1990 a 1994, ressoando inequívoca a ocorrência da prescrição, porquanto transcorrido o lapso temporal quinquenal entre a data do efetivo pagamento do tributo e a da propositura da ação. 4. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução STJ 08/2008.” Nos termos da decisão acima referida, temse que é despicienda para fins de contagem do prazo para a restituição de tributos pagos indevidamente a declaração de inconstitucionalidade em controle concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado, da lei instituidora do tributo a ser restituído. No que diz respeito ao prazo para apresentação de pedido de restituição de tributo declarado inconstitucional ou cuja não incidência foi reconhecida pela administração tributária, o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o RESP nº 1.110.578, nos termos do artigo 543C, do CPC, consolidou entendimento diverso, conforme se verifica da ementa a seguir transcrita: “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. AUXÍLIO CONDUÇÃO. IMPOSTO DE RENDA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. PAGAMENTO INDEVIDO. ARTIGO 4º, DA LC 118/2005. DETERMINAÇÃO DE APLICAÇÃO RETROATIVA. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROLE DIFUSO. CORTE ESPECIAL. RESERVA DE PLENÁRIO. 1. O princípio da irretroatividade impõe a aplicação da LC 118, de 9 de fevereiro de 2005, aos pagamentos indevidos realizados após a sua vigência e não às ações propostas posteriormente ao referido diploma legal, posto norma referente à extinção da obrigação e não ao aspecto processual da ação corespectiva. 2. O advento da LC 118/05 e suas conseqüências sobre a prescrição, do ponto de vista prático, implica dever a mesma ser contada da seguinte forma: relativamente aos pagamentos efetuados a partir da sua vigência (que ocorreu em 09.06.05), o prazo para a repetição do indébito é de cinco a contar da data do pagamento; e relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime previsto no sistema anterior, limitada, porém, ao prazo máximo de cinco anos a contar da vigência da lei nova. 3. Isto porque a Corte Especial declarou a inconstitucionalidade da expressão "observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, I, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional", constante do artigo 4º, segunda parte, da Fl. 306DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 6 Lei Complementar 118/2005 (AI nos ERESP 644736/PE, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 06.06.2007). 4. Deveras, a norma inserta no artigo 3º, da lei complementar em tela, indubitavelmente, cria direito novo, não configurando lei meramente interpretativa, cuja retroação é permitida, consoante apregoa doutrina abalizada: "Denominamse leis interpretativas as que têm por objeto determinar, em caso de dúvida, o sentido das leis existentes, sem introduzir disposições novas. {nota: A questão da caracterização da lei interpretativa tem sido objeto de não pequenas divergências, na doutrina. Há a corrente que exige uma declaração expressa do próprio legislador (ou do órgão de que emana a norma interpretativa), afirmando ter a lei (ou a norma jurídica, que não se apresente como lei) caráter interpretativo. Tal é o entendimento da AFFOLTER (Das intertemporale Recht, vol. 22, System des deutschen bürgerlichen Uebergangsrechts, 1903, pág. 185), julgando necessária uma Auslegungsklausel, ao qual GABBA, que cita, nesse sentido, decisão de tribunal de Parma, (...) Compreensão também de VESCOVI (Intorno alla misura dello stipendio dovuto alle maestre insegnanti nelle scuole elementari maschili, in Giurisprudenza italiana, 1904, I,I, cols. 1191, 1204) e a que adere DUGUIT , para quem nunca se deve presumir ter a lei caráter interpretativo "os tribunais não podem reconhecer esse caráter a uma disposição legal, senão nos casos em que o legislador lho atribua expressamente" (Traité de droit constitutionnel, 3a ed., vol. 2o, 1928, pág. 280). Com o mesmo ponto de vista, o jurista pátrio PAULO DE LACERDA concede, entretanto, que seria exagero exigir que a declaração seja inseri da no corpo da própria lei não vendo motivo para desprezála se lançada no preâmbulo, ou feita noutra lei. Encarada a questão, do ponto de vista da lei interpretativa por determinação legal, outra indagação, que se apresenta, é saber se, manifestada a explícita declaração do legislador, dando caráter interpretativo, à lei, esta se deve reputar, por isso, interpretativa, sem possibilidade de análise, por ver se reúne requisitos intrínsecos, autorizando uma tal consideração . (...) ... SAVIGNY coloca a questão nos seus precisos termos, ensinando: "tratase unicamente de saber se o legislador fez, ou quis fazer uma lei interpretativa, e, não, se na opinião do juiz essa interpretação está conforme com a verdade" (System dês heutigen romischen Rechts, vol. 8o, 1849, pág. 513). Mas, não é possível dar coerência a coisas, que são de si incoerentes, não se consegue conciliar o que é inconciliável. E, desde que a chamada interpretação autêntica é realmente incompatível com o conceito, com os requisitos da verdadeira interpretação (v., supra, a nota 55 ao n° 67), não admira que se procurem torcer as conseqüências inevitáveis, fatais de tese forçada, evitandose lhes os perigos. Compreendese, pois, que muitos autores não aceitem o rigor dos efeitos da imprópria interpretação. Há quem, como GABBA (Teoria delta retroattività delle leggi, 3a ed., vol. 1o, 1891, pág. 29), que invoca MAILHER DE CHASSAT Fl. 307DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD Processo nº 13769.000117/9802 Acórdão n.º 9900000.391 CSRFPL Fl. 11 7 (Traité de la rétroactivité des lois, vol. 1o, 1845, págs. 131 e 154), sendo seguido por LANDUCCI (Trattato storicoteorico pratico di diritto civile francese Ed italiano, versione ampliata del Corso di diritto civile francese, secondo il metodo dello Zachariæ, di Aubry e Rau, vol. 1o e único, 1900, pág. 675) e DEGNI (L'interpretazione della legge, 2a ed., 1909, pág. 101), entenda que é de distinguir quando uma lei é declarada interpretativa, mas encerra, ao lado de artigos que apenas esclarecem, outros introduzido novidade, ou modificando dispositivos da lei interpretada. PAULO DE LACERDA (loc. cit.) reconhece ao juiz competência para verificar se a lei é, na verdade, interpretativa, mas somente quando ela própria afirme que o é. LANDUCCI (nota 7 à pág. 674 do vol. cit.) é de prudência manifesta: "Se o legislador declarou interpretativa uma lei, devese, certo, negar tal caráter somente em casos extremos, quando seja absurdo ligála com a lei interpretada , quando nem mesmo se possa considerar a mais errada interpretação imaginável. A lei interpretativa, pois, permanece tal, ainda que errônea, mas, se de modo insuperável, que suplante a mais aguda conciliação, contrastar com a lei interpretada, desmente a própria declaração legislativa. " Ademais, a doutrina do tema é pacífica no sentido de que: "Pouco importa que o legislador, para cobrir o atentado ao direito, que comete, dê à sua lei o caráter interpretativo. É um ato de hipocrisia, que não pode cobrir uma violação flagrante do direito" (Traité de droit constitutionnel, 3ª ed., vol. 2º, 1928, págs. 274275)." (Eduardo Espínola e Eduardo Espínola Filho, in A Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, Vol. I, 3a ed., págs. 294 a 296). 5. Consectariamente, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da entrada em vigor da LC 118/05 (09.06.2005), o prazo prescricional para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, continua observando a cognominada tese dos cinco mais cinco, desde que, na data da vigência da novel lei complementar, sobejem, no máximo, cinco anos da contagem do lapso temporal (regra que se coaduna com o disposto no artigo 2.028, do Código Civil de 2002, segundo o qual: "Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada." ). 6. Desta sorte, ocorrido o pagamento antecipado do tributo após a vigência da aludida norma jurídica, o dies a quo do prazo prescricional para a repetição/compensação é a data do recolhimento indevido. 7. In casu, insurgese o recorrente contra a prescrição qüinqüenal determinada pelo Tribunal a quo, pleiteando a reforma da decisão para que seja determinada a prescrição decenal, sendo certo que não houve menção, nas instância ordinárias, acerca da data em que se efetivaram os recolhimentos indevidos, mercê de a propositura da ação ter ocorrido em 27.11.2002, razão pela qual forçoso concluir que os Fl. 308DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 8 recolhimentos indevidos ocorreram antes do advento da LC 118/2005, por isso que a tese aplicável é a que considera os 5 anos de decadência da homologação para a constituição do crédito tributário acrescidos de mais 5 anos referentes à prescrição da ação. 8. Impende salientar que, conquanto as instâncias ordinárias não tenham mencionado expressamente as datas em que ocorreram os pagamentos indevidos, é certo que os mesmos foram efetuados sob a égide da LC 70/91, uma vez que a Lei 9.430/96, vigente a partir de 31/03/1997, revogou a isenção concedida pelo art. 6º, II, da referida lei complementar às sociedades civis de prestação de serviços, tornando legítimo o pagamento da COFINS. 9. Recurso especial provido, nos termos da fundamentação expendida. Acórdão submetido ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução STJ 08/2008.” Como se verifica do voto condutor do Ministro Luiz Fux, restou consagrada a tese de que o prazo prescricional para a repetição ou compensação dos tributos sujeitos a lançamento por homologação começa a fluir decorridos 05 (cinco) anos, contados a partir da ocorrência do fato gerador, acrescidos de mais um qüinqüênio computado desde o termo final do prazo atribuído ao Fisco para verificação do quantum devido. No presente caso, considerando que o pedido de restituição foi apresentado em 22/05/1998, verificase que de fato não ocorreu a decadência em relação a recolhimentos de FINSOCIAL relativos às competências de 09/1989 (fato gerador de 30/09/1989) a 03/1992 (fato gerador de 31/03/1992), haja vista que não ocorreu o transcurso de mais de 10 anos entre a data do pedido de restituição e a data da ocorrência do respectivo fato gerador do tributo. Destarte, voto no sentido de conhecer do recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional para, no mérito, NEGARLHE PROVIMENTO. (Assinado digitalmente) Gustavo Lian Haddad Fl. 309DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD
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Numero do processo: 10240.001228/2006-41
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jun 20 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF
Exercício: 2003
IRPF. RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS.
É tributável o montante recebido em decorrência de reclamatória trabalhista, mormente se inexistir prova de que o rendimento está alcançado pela isenção ou não incidência do imposto de renda.
IRPF. MULTA. EXCLUSÃO.
Deve ser excluída do lançamento a multa de ofício quando o contribuinte agiu de acordo com orientação emitida pela fonte pagadora que qualificara de forma equivocada os rendimentos por ele recebidos.
Numero da decisão: 2201-001.655
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, DAR
PROVIMENTO PARCIAL ao recurso para excluir da exigência a multa de ofício. Vencidos os Conselheiros Pedro Paulo Pereira Barbosa e Maria Helena Cotta Cardozo, que negaram provimento ao recurso.
Matéria: IRPF- auto de infração eletronico (exceto multa DIRPF)
Nome do relator: EDUARDO TADEU FARAH
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RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. É tributável o montante recebido em decorrência de reclamatória trabalhista, mormente se inexistir prova de que o rendimento está alcançado pela isenção ou não incidência do imposto de renda. IRPF. MULTA. EXCLUSÃO. Deve ser excluída do lançamento a multa de ofício quando o contribuinte agiu de acordo com orientação emitida pela fonte pagadora que qualificara de forma equivocada os rendimentos por ele recebidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso para excluir da exigência a multa de ofício. Vencidos os Conselheiros Pedro Paulo Pereira Barbosa e Maria Helena Cotta Cardozo, que negaram provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah – Relator Assinado Digitalmente Maria Helena Cotta Cardozo Presidente Fl. 131DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH 2 Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Eduardo Tadeu Farah, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Gustavo Lian Haddad, Pedro Paulo Pereira Barbosa, Eivanice Canário da Silva (Suplente Convocada) e Maria Helena Cotta Cardozo (Presidente). Ausente justificadamente a Conselheira Rayana Alves de Oliveira França. Relatório Trata o presente processo de lançamento de ofício relativo ao Imposto de Renda Pessoa Física, exercício 2003, consubstanciado no Auto de Infração, fls. 08/15, pelo qual se exige o pagamento do crédito tributário total no valor de R$ 53.365,32. A fiscalização apurou omissão de rendimentos recebidos de pessoa jurídica, decorrente do Processo Trabalhista nº 5579702, no valor de R$ 82.547,00. Cientificado do lançamento, o autuado apresentou tempestivamente Impugnação, alegando, conforme se extrai do relatório de primeira instância, que: 1. Tal cobrança referese a valores recebidos a título de indenização no processo trabalhista nº 0557/9702, cujos valores foram lançados em minha declaração IRPF como rendimentos isentos ou não tributáveis conforme informe de rendimentos fornecido pela reclamada no processo, Distribuidora Cummins Amazonas Ltda, CNPJ 04.278.834/000114; 2. Mesmo considerando que os valores oriundos de tal processo trabalhista são tributados pelo imposto de renda, esse imposto devia ser de responsabilidade da reclamada, pois nos cálculos da liquidação da sentença consta o valor de R$ 20.167,95 a título de IRRF, valor esse que deveria ser considerado como antecipação do valor devido na declaração; 3. Peço que a Delegacia da Receita Federal intime a reclamada no processo trabalhista, para apresentar o informe de rendimentos e o comprovante do pagamento do imposto retido na fonte de acordo com os cálculos de fl.663 do referido processo trabalhista, no sentido de que eu possa retificar minha declaração. A 2ª Turma da DRJ em Belém/PA julgou procedente em parte o lançamento, consubstanciado nas ementas abaixo transcritas: OMISSÃO DE RENDIMENTOS. Cabível a tributação de valores recebidos via reclamação trabalhista, referentes a salários atrasados, férias e seguro desemprego. TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA NA FONTE. Deve ser excluído dos rendimentos sujeitos ao ajuste anual o 13º salário, por se tratar de rendimento sujeito a tributação exclusiva na fonte. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. Fl. 132DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 10240.001228/200641 Acórdão n.º 2201001.655 S2C2T1 Fl. 2 3 Cabível a glosa de IRRF pelo fato do contribuinte ter efetuado acordo no âmbito da Justiça do Trabalho sem a retenção do IRRF. Também cabível a glosa de IRRF declarado e não constante nos sistemas da RFB. Lançamento Procedente em Parte Intimado da decisão de primeira instância em 21/08/2008 (fl. 114), Pedro Roberto Zangrando apresenta Recurso Voluntário em 22/09/2008 (fls. 117/120), sustentando, essencialmente, os mesmos argumentos defendidos em sua Impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro EDUARDO TADEU FARAH, Relator O recurso é tempestivo e reúne os demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Segundo se colhe dos autos o recorrente ingressou com reclamatória trabalhista contra a Distribuidora Cummins Amazonas Ltda, CNPJ 04.278.834/000114, pleiteando o recebimento de diferenças salariais, FGTS, 13º salário, seguro desemprego, entre outros. (fls. 43/54) Por sua vez, o Juiz do Trabalho, Dr. Jairo Silva Santana, determinou o pagamento ao recorrente das verbas trabalhistas sendo que, de acordo com a sentença de fl. 52, o rendimento tributário representou o montante de R$ 78.522,00 (68,28% de R$ 115.000,00 recebidos em 2002). Contudo, visando a quitação das parcelas trabalhistas, as partes firmaram um acordo, onde o recorrente receberia parte em dinheiro e outra através de um imóvel no valor de R$ 100.000,00. Todavia, do acordo firmado entre as partes, fls. 36 e 38/39, não houve destaque do IRRF, em que pese conste do contrato o seguinte: “A Executada comprovará nos autos o recolhimento de todos os encargos oriundos da presente ação trabalhista, notadamente o que se refere ao IRPF e INSS devidos pelo Exeqüente, em 30 dias após o cumprimento do acordo”. Assim, em sua peça recursal alega o recorrente que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto é única e exclusivamente da fonte pagadora, portanto, é dela que deve ser exigido o imposto. Pois bem, sem prejuízo da responsabilidade de reter e recolher o imposto permanece o dever do beneficiário dos rendimentos de declarálos para fins de apuração do imposto devido, quando do ajuste anual. O contribuinte, na qualidade de beneficiário dos rendimentos, não pode se furtar à tributação porque a fonte pagadora não procedeu à retenção do imposto. Fl. 133DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH 4 Em verdade, sendo a retenção do imposto pela fonte pagadora mera antecipação do imposto devido na declaração de ajuste anual, não há que se falar em responsabilidade pelo imposto concentrada exclusivamente na fonte pagadora. É neste sentido que este Órgão Administrativo tem reiteradamente decidido, conforme se colhe da leitura da Súmula CARF nº 12: Constatada a omissão de rendimentos sujeitos à incidência do imposto de renda na declaração de ajuste anual, é legítima a constituição do crédito tributário na pessoa física do beneficiário, ainda que a fonte pagadora não tenha procedido à respectiva retenção. Ressaltese, ainda, que no regime de retenção do imposto por antecipação, a legislação determina que a apuração definitiva do imposto de renda seja efetuada pelo contribuinte, pessoa física, na Declaração de Ajuste Anual. Neste sentido, se o Fisco constatar antes do prazo fixado para a entrega da Declaração de Ajuste Anual que a fonte pagadora não procedeu à retenção do imposto de renda na fonte, o imposto deve ser dela exigido, pois não terá surgido ainda para o contribuinte o dever de oferecer tais rendimentos à tributação. Todavia, se somente após a data prevista para a entrega da Declaração de Ajuste Anual, no caso de pessoa física, for constatado que não houve a retenção do imposto, o destinatário da exigência passa a ser o contribuinte. Destarte, pelos fundamentos expostos entendo que a exigência tributária em exame deve ser mantida. Quanto à multa de ofício aplicada assevera o suplicante que “... foi levado a erro pela reclamada, por que esta lhe enviou Comprovante de Rendimentos Pagos e Retenção do Imposto de Renda na Fonte, DIRF referente ao exercício de 2.002 (...) valores correspondentes a indenização trabalhista (...) onde consta que os valores recebidos seriam Rendimentos Isentos e não Tributados...” No que tange a aplicação da multa de ofício entendo, da mesma forma que o suplicante, que sua imposição não é possível, visto que o recorrente, concretamente, foi induzido ao erro pela fonte pagadora. Com efeito, compulsandose o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte, fl. 101, verificase a fonte pagadora classificou o rendimento como sendo “Indenizações por Rescisão do Contrato de Trabalho”. Assim, o recorrente de posse do referido documento apresentou sua declaração informando a verba como isenta, acreditando estar agindo de forma correta. Portanto, se houve erro no apontamento da natureza do rendimento tributável, este erro é escusável e não foi provocado pelo recorrente. Deste modo, deve ser excluída a multa de ofício aplicada ao lançamento em exame. Diante de todo o exposto, voto no sentido de DAR provimento parcial ao recurso para excluir da exigência a aplicação da multa de ofício. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah Fl. 134DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 10240.001228/200641 Acórdão n.º 2201001.655 S2C2T1 Fl. 3 5 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA CÂMARA DA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº: 10240.001228/200641 Recurso nº: 168.374 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no § 3º do art. 81 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovados pela Portaria Ministerial nº 256, de 22 de junho de 2009, intimese o (a) Senhor (a) Procurador (a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto a Segunda Câmara da Segunda Seção, a tomar ciência do Acórdão nº 2201001.655. Brasília/DF, 20 de junho de 2012 Assinado Digitalmente MARIA HELENA COTTA CARDOZO Presidente da Segunda Câmara / Segunda Seção Ciente, com a observação abaixo: (......) Apenas com ciência (......) Com Recurso Especial (......) Com Embargos de Declaração Data da ciência: _______/_______/_________ Procurador(a) da Fazenda Nacional Fl. 135DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH
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Numero do processo: 13804.001876/2007-44
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed May 23 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI Período de apuração: 01/01/2006 a 28/02/2006 CRÉDITOS BÁSICOS. AQUISIÇÕES. MATÉRIA PRIMA, PRODUTO INTERMEDIÁRIO E MATERIAL DE EMBALAGEM, DESONERADOS. As aquisições de matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagens desonerados do IPI, inclusive isentos e não-tributados, não geram créditos para dedução do imposto devido na saída dos produtos industrializados. CRÉDITOS BÁSICOS. AQUISIÇÕES. MATÉRIA PRIMA, PRODUTO INTERMEDIÁRIO E MATERIAL DE EMBALAGEM TRIBUTADOS À ALÍQUOTA ZERO. “Súmula CARF n° 18: A aquisição de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem tributados à alíquota zero não gera crédito de IPI.” RESSARCIMENTO. JUROS COMPENSATÓRIOS. SELIC. Indeferido o pedido de ressarcimento, o julgamento da incidência ou não de juros compensatórios sobre ele ficou prejudicado. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO. A homologação de compensação de débito fiscal, efetuada pelo próprio sujeito passivo, mediante a transmissão de Pedido de Restituição/Declaração de Compensação (Per/Dcomp), está condicionada à certeza e liquidez do crédito financeiro declarado. RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO
Numero da decisão: 3301-001.474
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade votos, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
Nome do relator: JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/01/2006 a 28/02/2006 CRÉDITOS BÁSICOS. AQUISIÇÕES. MATÉRIA PRIMA, PRODUTO INTERMEDIÁRIO E MATERIAL DE EMBALAGEM, DESONERADOS. As aquisições de matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagens desonerados do IPI, inclusive isentos e nãotributados, não geram créditos para dedução do imposto devido na saída dos produtos industrializados. CRÉDITOS BÁSICOS. AQUISIÇÕES. MATÉRIA PRIMA, PRODUTO INTERMEDIÁRIO E MATERIAL DE EMBALAGEM TRIBUTADOS À ALÍQUOTA ZERO. “Súmula CARF n° 18: A aquisição de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem tributados à alíquota zero não gera crédito de IPI.” RESSARCIMENTO. JUROS COMPENSATÓRIOS. SELIC. Indeferido o pedido de ressarcimento, o julgamento da incidência ou não de juros compensatórios sobre ele ficou prejudicado. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO. A homologação de compensação de débito fiscal, efetuada pelo próprio sujeito passivo, mediante a transmissão de Pedido de Restituição/Declaração de Compensação (Per/Dcomp), está condicionada à certeza e liquidez do crédito financeiro declarado. RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Fl. 145DF CARF MF Impresso em 25/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 12 /06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 09/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade votos, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (Assinado Digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente (Assinado Digitalmente) José Adão Vitorino de Morais – Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Amauri Amora Câmara Júnior, Andréa Medrado Darzé, Maria Teresa Martínez López e Rodrigo da Costa Pôssas. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da DRJ Ribeirão Preto que julgou improcedente a manifestação de inconformidade interposta contra o despacho decisório que indeferiu o pedido de ressarcimento de créditos do IPI, apurados nos meses de janeiro e fevereiro de 2006, e não homologou as compensações dos débitos fiscais declarados nos Per/Dcomps às fls. 78/81, 82/85, e 86/89, transmitidos nas datas de 15/04/2008, 20/05/2008 e 20/06/2008. Por meio do Despacho Decisório às fls. 90/93, a Derat em São Paulo indeferiu o ressarcimento pleiteado e não homologou as compensações dos débitos fiscais declarados sob os argumentos de que as aquisições de insumos isentos, nãotributados ou tributados à alíquota zero pelo IPI não dão direito a crédito deste imposto, em obediência ao princípio constitucional da nãocumulatividade. Inconformada com o despacho decisório, a recorrente apresentou manifestação de inconformidade (fls. 96/107), insistindo no deferimento do ressarcimento e na homologação das compensações dos débitos declarados, alegando, em síntese, que tem direito de se creditar do IPI, como se devido fosse, nas aquisições de insumos não onerados por este imposto. Analisada a manifestação de inconformidade, aquela DRJ julgoua improcedente, conforme Acórdão nº 1432.778, datado de 02/03/2011, às fls. 117/124, sob as ementas: “RESSARCIMENTO/COMPENSAÇÃO. DIREITO AO CRÉDITO. INSUMOS NÃO ONERADOS PELO IPI. É inadmissível, por total ausência de previsão legal, a apropriação, na escrita fiscal do sujeito passivo de presumidos créditos do tributo, alusivos a matérias primas, produtos intermediários e material de embalagem desonerados do IPI, uma vez que inexiste montante do imposto cobrado na operação anterior. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. JUROS SELIC Fl. 146DF CARF MF Impresso em 25/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 12 /06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 09/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13804.001876/200744 Acórdão n.º 330101.474 S3C3T1 Fl. 146 3 É incabível, por falta de previsão legal, a atualização, pela taxa SELIC, dos valores objeto de pedido de ressarcimento de créditos do IPI”. Cientificada dessa decisão, a recorrente interpôs recurso voluntário (fls. 127/140), requerendo a sua reforma a fim de que se reconheça seu direito de se creditar do IPI nas aquisições de insumos isentos, alíquota zero e nãotributados por este imposto, como se devido fosse, acrescido de juros compensatórios à taxa Selic, e homologue as compensações dos débitos fiscais declarados, alegando, em síntese, que a Constituição Federal (CF/1988), art. 153, §3º, II, que trata da nãocumulatividade desse imposto estabelece que deverá haver compensação do imposto devido em cada operação com o valor cobrado nas operações anteriores, sem quaisquer restrições, conforme reconhecido no RE nº 212.4842, de relatoria do então Ministro Nelson Jobim, e, ainda, que a Lei nº 9.779, de 19/01/1999, art. 11, assegura à manutenção de créditos diante de saída isenta. Defendeu, ainda, o ressarcimento acrescido de juros compensatórios à taxa Selic, a partir da data de protocolo do pedido, pelo fato de o Fisco ter vedado o ressarcimento/compensação. É o relatório. Voto Conselheiro José Adão Vitorino de Morais O recurso apresentado atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972. Assim, dele conheço. A legislação do IPI não prevê direito a créditos escriturais de IPI, como se devido fossem, nas aquisições de matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagem isentos, nãotributados e/ ou tributados à alíquota zero por esse imposto, mas tão somente sobre aquisições oneradas e com destaque do seu valor nas respectivas notas fiscais de compras. A nãocumulatividade do IPI nada mais é do que o direito de se deduzir do imposto devido sobre os produtos industrializados e saídos de seus estabelecimentos industriais o valor do IPI que incidiu na operação anterior, ou seja, o valor do imposto pago nas aquisições dos insumos utilizados na industrialização dos produtos cujas saídas são oneradas por este imposto. A Constituição Federal de 1988 assegurou aos contribuintes do IPI o direito de se creditarem do valor do imposto cobrado e pago nas operações antecedentes, deduzindoo nas operações posteriores. Tal princípio está insculpido no art. 153, § 3º, inciso II, da Carga Magna que assim dispõe: “Art. 153. Compete à União instituir imposto sobre: (...). IV produtos industrializados. §3º. O imposto previsto no inc. IV: Fl. 147DF CARF MF Impresso em 25/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 12 /06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 09/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 4 (...). II será nãocumulativo, compensandose o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;” Em consonância com esse dispositivo legal, o CTN assim determina: “Art. 49. O imposto é nãocumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados. Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte, transferese para o período ou períodos seguintes.” O legislador ordinário, em cumprimento a essas diretrizes, instituiu o sistema de créditos que, regra geral, confere aos contribuintes do imposto o direito de se creditar do valor do imposto cobrado e pago nas operações anteriores. Assim, o IPI destacado nas notas fiscais de aquisições de matériasprima, produtos intermediários e materiais de embalagens que ingressarem no estabelecimento do produtor industrial pode ser compensado com o valor do imposto devido nas operações de saída dos produtos industrializados e comercializados por ele, em um mesmo período de apuração, sendo que, se em determinado período os créditos excederem os débitos, o excesso será transferido para o período seguinte. A lógica da nãocumulatividade do IPI, prevista no art. 49 do CTN, e reproduzida no art. 195 do RIPI/2002, é deduzir do imposto a ser pago na operação de saída do produto tributado do estabelecimento industrial ou equiparado, o valor do IPI cobrado e pago sobre as aquisições das matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagens empregados na sua produção. Nos casos em que as entradas desses insumos foram desoneradas desse imposto, não há o que deduzir, uma vez que o sujeito passivo não arcou com ônus algum. Quanto ao RE nº 212.4842/RS, citado pela recorrente, o próprio STF já alterou seu entendimento, conforme se denota dos julgados RE 353.6575/PR e RE 370.682/SC. Tratase de tese superada por diversos outros REs, dentre eles, os de nºs 430.720/RJ e 372.005 AgR/PR, cuja ementa decidiu: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI. INSUMOS ISENTOS, NÃO TRIBUTADOS OU SUJEITOS À ALÍQUOTA ZERO. PRINCÍPIO DA NÃOCUMULATIVIDADE. CRÉDITO PRESUMIDO. INEXISTÊNCIA. MODULAÇÃO TEMPORAL DOS EFEITOS DA DECISÃO. INAPLICABILIDADE. 1. A expressão utilizada pelo constituinte originário montante "cobrado" na operação anterior afasta a possibilidade de admitirse o crédito de IPI nas operações de que se trata, visto que nada teria sido "cobrado" na operação de entrada de insumos isentos, não tributados ou sujeitos à alíquota zero. Precedentes. 2. O Supremo entendeu não ser aplicável ao caso a limitação de efeitos da declaração de inconstitucionalidade. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.” Fl. 148DF CARF MF Impresso em 25/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 12 /06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 09/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13804.001876/200744 Acórdão n.º 330101.474 S3C3T1 Fl. 147 5 Especificamente, em relação às aquisições de insumos tributados a alíquota zero, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), já editou súmula, de aplicação obrigatória pela suas Turmas de Julgamento, reconhecendo que tais aquisições não geram créditos, assim dispondo: “Súmula CARF n° 18: A aquisição de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem tributados à alíquota zero não gera crédito de IPI.” Dessa forma, não há que se falar em créditos de IPI sobre aquisições de insumos desonerados deste imposto. Quanto à incidência de juros compensatórios, à taxa Selic, no total do ressarcimento pleiteado, seu julgamento ficou prejudicado em virtude do nãoreconhecimento do direito de a recorrente se creditar do IPI, como se devido fosse, nas aquisições de insumos desonerados deste imposto e, conseqüentemente, indeferimento do seu pedido. A compensação de débitos fiscais, mediante a transmissão de Per/Dcomp, segundo o art. 74 da Lei nº 9.430, de 27/12/1996, citado e transcrito anteriormente, está condicionada à certeza e liquidez do crédito financeiro declarado. No presente caso, conforme demonstrado, o crédito financeiro declarado nas Dcomps é ilíquido e incerto, ou seja, inexiste o ressarcimento pleiteado. Assim não há que se falar em homologação da compensação dos débitos tributários declarados. Em face do exposto e de tudo o mais que consta dos autos, nego provimento ao recurso voluntário, mantendose a decisão recorrida. (Assinado digitalmente) José Adão Vitorino de Morais Relator Fl. 149DF CARF MF Impresso em 25/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 12 /06/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 09/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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Numero do processo: 11516.004496/2009-43
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 24 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Mar 14 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 2803-000.157
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a Delegacia de origem anexe aos presentes autos, cópia do processo 11516.004495/2009-07.
assinado digitalmente
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
assinado digitalmente
Oséas Coimbra - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Natanael Vieira dos Santos.
Relatório
Nome do relator: OSEAS COIMBRA JUNIOR
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a Delegacia de origem anexe aos presentes autos, cópia do processo 11516.004495/2009-07. assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima - Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Natanael Vieira dos Santos. Relatório
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a Delegacia de origem anexe aos presentes autos, cópia do processo 11516.004495/200907. assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Natanael Vieira dos Santos. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 15 16 .0 04 49 6/ 20 09 -4 3 Fl. 235DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 27/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.004496/200943 Resolução nº 2803000.157 S2TE03 Fl. 3 2 Relatório A empresa foi autuada por descumprimento da legislação previdenciária, por ter apresentado GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social sem declarar as parcelas referentes à PRÊMIO ASSIDUIDADE/PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS, consideradas como salário de contribuição. Os autos de infração referentes à obrigação principal foram incluídos em parcelamento. O r. acórdão – fls 149 e ss, conclui pela improcedência da impugnação apresentada, mantendo o Auto lavrado. Inconformada com a decisão, apresenta recurso voluntário tempestivo, alegando, na parte que interessa, o seguinte: · O v. acórdão atacado decidiu fora dos limites do auto de infração, na medida em que utilizou como razões de decidir questões lá não aventadas. O órgão julgador utilizou como argumento para fundamentar a improcedência da impugnação "o fato das Convenções Coletivas de Trabalho que instituíram o PLR terem fixado como perda do direito à parcela todas as ausências, independentemente de motivação ou justificativa" e também utilizou como argumento para fundamentar a improcedência da impugnação "o fato da TRANSOL ter deixado de efetuar uma das condições fixadas nas Convenções Coletivas estabelecidas para pagamento da PLR, como a regra que estabelece o desconto do benefício dos empregados motoristas que deram causa à autuação da empresa por infração de trânsito". Em que pese as razões de decidir constantes no v. acórdão, acima citadas, ressaltese que o AuditorFiscal em nenhum momento as utilizou como razões para a lavratura do auto de infração. · Auto aplicabilidade do artigo 7°, XI, da Constituição Federal. · Não observância do §1° do artigo 2 o da Lei n° 10.101/2000 · O Sr. AuditorFiscal entendeu que a cláusula 10 a das convenções coletivas não atende à legislação da participação nos lucros ou resultados, sob o fundamento de que tal cláusula "não apresenta contrapartida de resultados para aferir o ganho", sendo que o termo "resultados" esta previsto no inciso II do §1° do artigo 2 o da Lei n° 10.101/2000, e a TRANSOL já demonstrou ao longo do presente recurso que os critérios lá existentes são apenas exemplificativos, de modo que outros podem ser pactuados, o que por si só é suficiente para que o auto de infração seja julgado insubsistente. Fl. 236DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 27/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.004496/200943 Resolução nº 2803000.157 S2TE03 Fl. 4 3 · Não há fundamento no entendimento fiscal de que “não houve fixação de critérios e condições de forma coletiva a serem atingidos pelos segurados empregados para alcançarem o direito à participação nos lucros”. · No que diz respeito às regras adjetivas, estas constam de forma expressa na cláusula 10a das convenções coletivas de trabalho. · As regras de avaliação estão previstas na cláusula 10 a , §§ 1o, 4o, 5o e 6o das CCTs, pois os colaboradores precisam cumprir todas as exigências lá previstas para receberem a PLR. · O fato de somente os motoristas e cobradores terem sido incluídos e os demais excluídos da PLR não têm a menor relevância jurídica. · O pagamento da PLR quando da rescisão do contrato de trabalho é um direito do trabalhador, de modo que tal pagamento não se confunde como pagamento em periodicidade inferior ao prazo previsto na Lei n° 10.101/2000 que é de seis meses. · A , fixação das regras do PLR deve ser feita, soberanamente, pelas partes interessadas, de modo que não pode a Receita Federal analisar o mérito das regras da participação nos lucros ou resultados, sobrepondose às partes, sob pena, inclusive, de violação do art. 7º, XXVI da CF, que reconhece amplamente as convenções coletivas de trabalho. · A multa aplicada viola os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. · Requer que a multa aplicada seja reduzida para 20 % , nos termos da MP 449/2008, que sejam aplicados os juros de mora na base de 1% ao mês consoante art 161 do CTN e, finalmente, seja provido o presente recurso para que seja julgado insubsistente o presente auto de infração. É o relatório. . Fl. 237DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 27/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.004496/200943 Resolução nº 2803000.157 S2TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Oséas Coimbra A questão de fundo a ser tratada se refere ao enquadramento das verbas pagas, se como PLR ou como salário de contribuição. Depreendese do que consta no acórdão 0339.610 5a Turma da DRJ/BSB que a discussão dos fatos objetivos deuse especialmente no processo 11516.004495/200907 (parte patronal e SAT), sendo que o referido acórdão remete ao que ali decidido em sua fundamentação. Assim sendo, tal processo traz elementos essenciais para que se forme a convicção necessária ao deslinde da questão. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por converter o julgamento em diligência para que a Delegacia de origem anexe aos presentes autos cópia do processo 11516.004495/200907. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Fl. 238DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 27/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR
score : 1.0
Numero do processo: 10865.900826/2008-10
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 17 00:00:00 UTC 2012
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 31/10/2000 BONIFICAÇÕES EM MERCADORIA. RECEITA. COMPOSIÇÃO. As receitas, de fato custos/despesas, de bonificações em mercadorias não integram a base de cálculo da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS). ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 30/06/2004 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO. Provada a certeza e liquidez do crédito financeiro declarado na Declaração de Compensação (Dcomp) transmitida, homologa-se a compensação do débito fiscal nela declarado. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO
Numero da decisão: 3301-001.551
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.
Nome do relator: JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 31/10/2000 BONIFICAÇÕES EM MERCADORIA. RECEITA. COMPOSIÇÃO. As receitas, de fato custos/despesas, de bonificações em mercadorias não integram a base de cálculo da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS). ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 30/06/2004 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO. Provada a certeza e liquidez do crédito financeiro declarado na Declaração de Compensação (Dcomp) transmitida, homologase a compensação do débito fiscal nela declarado. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. (Assinado Digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas – Presidente (Assinado Digitalmente) Jose Adão Vitorino de Morais – Relator Fl. 480DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/08/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 13 /08/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 16/10/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Possas, Maria Teresa Martínez Lópes, José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Paulo Guilherme Déroulède e Andréa Medrado Darzé. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da DRJ Ribeirão Preto que julgou improcedente a manifestação de inconformidade interposta contra despacho decisório que não homologou a compensação do débito tributário de IRPJ, vencido em 30/06/2004, declarado na Declaração de Compensação (Dcomp) às fls. 02/06, transmitida em 30/06/2004, com crédito financeiro de PIS, decorrente pagamento a maior efetuado em 14/11/2000, referente à competência de outubro desse mesmo ano. A DRF não homologou a compensação do débito fiscal declarado sob o argumento de que o crédito financeiro declarado já havia sido utilizado integralmente para quitar o débito do PIS declarado na respectiva DCTF, para aquele mês, conforme despacho decisório às fls. 07. Cientificada do despacho decisório, inconformada, a recorrente interpôs manifestação de inconformidade (fls. 11/13), insistindo na homologação da compensação do débito fiscal declarado, alegando, em síntese, que, equivocadamente, incluiu na base de cálculo da contribuição valores correspondentes a bonificações em mercadorias o que resultou em pagamento indevido da contribuição. Em face dessa alegação, a DRJ converteu o julgamento em diligência para que a recorrente fosse intimada a comprovar a incondicionalidade dos descontos concedidos. Em atendimento à diligência, a recorrente apresentou a documentação juntada às fls. 41/432. Analisada a manifestação de inconformidade, aquela DRJ julgoua improcedente, mantendo a nãohomologação da compensação do débito declarado, conforme Acórdão nº 1427.438, datado de 01/02/2010, às fls. 435/439, sob a seguinte ementa: “BASE DE CÁLCULO. COMPOSIÇÃO. BONIFICAÇÕES EM MERCADORIAS. As bonificações concedidas em mercadorias configuram descontos, podendo ser excluídas da receita bruta para efeito de apuração da base de cálculo da Cofins, apenas quando constarem da Nota Fiscal de venda dos bens e não dependerem de evento posterior à emissão desse documento. Dispositivos Legais: arts. 2º e 3º, § 2º, da Lei nº 9.718, de 27/11/1998; e IN SRF nº 51, de 03/11/1978.” Cientificada dessa decisão, a recorrente interpôs recurso voluntário (442/449), requerendo a sua reforma a fim de que se homologue a compensação do débito fiscal declarado, alegando, em síntese, a mesma razão expendida na manifestação de inconformidade, ou seja, que incluiu indevidamente na base de cálculo da contribuição valores referentes a bonificações concedidas mediante a emissão de notas fiscais das mercadorias dadas o que importou em descontos incondicionais. É o relatório. Fl. 481DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/08/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 13 /08/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 16/10/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10865.900826/200810 Acórdão n.º 330101.551 S3C3T1 Fl. 481 3 Voto Conselheiro José Adão Vitorino de Morais O recurso apresentado atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972. Assim, dele conheço. A questão de mérito se restringe à incidência ou não da contribuição para o PIS sobre valores de mercadorias dadas em bonificações. A legislação dessa contribuição com incidência cumulativa, Lei nº 9.718, de 27/11/1998, assim dispões quanto à base de cálculo dessa contribuição: “Art. 2º. As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei. Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica. §2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art. 2º, excluemse da receita bruta: I. – as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; (...).” Segundo este dispositivo legal, a base de cálculo da contribuição é o faturamento mensal, assim entendido a receita operacional bruta da venda de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços. Os valores das mercadorias dadas em bonificações, ainda tenham sido mediante a emissão de notas fiscais e não descontos incondicionais nas respectivas notas fiscais, não compõem a receita operacional bruta e, portanto, não integram o faturamento, não implicam em ingressos de recursos nem aumento do patrimônio líquido da pessoa jurídica. Além disto, levandose em conta que bonificação em mercadorias pode ser definida como vantagem, benefício, desconto incondicional, redução de preço, dentre outros, podese excluíla da base de cálculo da contribuição, enquadrandoa no inciso I do § 2º do art. 3º, da Lei nº 9.718, de 27/11/1998, citado e transcrito acima. No presente caso, as cópias das notas fiscais às fls. 41/274 e do livro Registro de Saídas de Mercadorias às fls. 275/432, comprovam a concessão de mercadorias em bonificações, sem a imposição de quaisquer requisitos. Fl. 482DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/08/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 13 /08/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 16/10/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 4 O fato de as bonificações terem sido efetuadas mediante a emissão de notas fiscais específicas que acompanharam as notas fiscais de vendas dos produtos e não como descontos nas respectivas notas fiscais de vendas dos produtos não descaracteriza a incondicionalidade dos descontos. Assim, demonstrado e provado que a recorrente apurou e pagou a contribuição referente à competência de outubro de 2000 sobre a receita operacional bruta, sem exclusão dos valores das bonificações, o pagamento a maior decorrente da não exclusão daqueles valores constitui indébito tributário passível de restituição/compensação. A compensação de débito fiscal, mediante a transmissão de Declaração de Compensação (Dcomp) e sua extinção por homologação, segundo o art. 74 da Lei nº 9.430, de 27/12/1996, está condicionada à certeza e liquidez do crédito financeiro declarado. No presente caso, conforme demonstrado anteriormente, a recorrente faz jus à repetição/compensação do indébito decorrente de pagamento indevido do PIS sobre valores de mercadorias dadas em bonificações. Em face do exposto e de tudo o mais que dos autos consta, dou provimento ao recurso voluntário para reconhecer o direito de a recorrente excluir da base de cálculo da contribuição para o PIS, apurada para a competência de outubro de 2000, os valores das mercadorias dadas em bonificações, conforme as cópias de notas fiscais às fls. 41/274, cabendo a autoridade administrativa competente apurar o indébito tributário sobre tais valores, acrescer ao total apurado juros compensatórios, à taxa Selic, e homologar a compensação do débito declarado até o montante apurado. (Assinado Digitalmente) José Adão Vitorino de Morais – Relator Fl. 483DF CARF MF Impresso em 23/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/08/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 13 /08/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 16/10/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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Numero do processo: 10820.900175/2009-65
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 15 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS – IRPJ. Ano-calendário: 2001 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. REQUISITOS DE CERTEZA E LIQUIDEZ. NÃO COMPROVAÇÃO. Se a própria recorrente admite a necessidade de retificar sua DIPJ, e afirma estar providenciando esta retificação, a declaração de compensação padece de certeza e liquidez.
Numero da decisão: 1301-000.852
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator.
Nome do relator: EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES JUNIOR
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ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS – IRPJ. Anocalendário: 2001 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. REQUISITOS DE CERTEZA E LIQUIDEZ. NÃO COMPROVAÇÃO. Se a própria recorrente admite a necessidade de retificar sua DIPJ, e afirma estar providenciando esta retificação, a declaração de compensação padece de certeza e liquidez. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator. (assinado digitalmente) Alberto Pinto Souza Junior Presidente (assinado digitalmente) Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr. Relator Participaram do julgamento os Conselheiros: Alberto Pinto Souza Junior, Waldir Veiga Rocha, Paulo Jakson da Silva Lucas, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Junior e Carlos Augusto de Andrade Jenier. Fl. 46DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pela contribuinte acima identificada contra decisão proferida pela 1ª Turma da DRJ do Rio de Janeiro/RJ. Verificase pela análise do presente processo administrativo que a recorrente apresentou PER/DCOMP (fls. 13 – 21), sendo que esta não foi homologada nos termos do Despacho Decisório de folha 07, porquanto analisadas as informações prestadas pela ora recorrente, constatouse que não foi apurado saldo negativo, uma vez que na DIPJ correspondente ao período de apuração do crédito informado no PER/DCOMP, constaria saldo de contribuição social a pagar. Destacou o aludido Despacho Decisório que o saldo negativo informado no PER/DCOMP, originariamente correspondia a R$ 8.331,94 e o valor da contribuição social a pagar na DIPJ foi de R$ 2.113,94, razão pela qual não se homologou a compensação pleiteada. Cientificada (fl. 08), a recorrente apresentou Manifestação de Inconformidade (fls. 01 02), sustentando a existência do direito creditório e requerendo a homologação da compensação apresentada. A 1ª Turma da DRJ do Rio de Janeiro/RJ, nos termos do acórdão e voto de folhas 30 a 32, indeferiu a solicitação, assentando que para o reconhecimento do direito creditório mister o preenchimento dos requisitos de certeza e liquidez do crédito indicado, e destacando que as informações prestadas na Dcomp devem corresponder àquelas prestadas ao Fisco nos demais documentos de escrituração. Afirmou a decisão recorrida que no caso concreto, ao confrontar as informações prestadas na Dcomp, com aquelas insertas na DIPJ, a DRF de origem não localizou o crédito pleiteado, contrário disso, verificou na DIPJ a existência de contribuição a pagar. Constatouse ainda, que na Manifestação de Inconformidade, a recorrente alegou possuir o citado crédito, e em seu demonstrativo informa saldo credor da DIPJ/2001 e recolhimentos por estimativa naquele ano, sendo certo que no PER/DCOMP, foi informado crédito decorrente de base negativa de CSLL do exercício 2002, período de 01/01/2001 a 31/12/2001, e que a recorrente ao indicar saldo credor da DIPJ/2001, introduziu matéria nova, alheia ao presente processo não sendo cabível naquele momento processual, destacandose que a consulta de folhas 28 a 29 confirmaria que na DIPJ/2002, Ficha 17, consta CSLL a pagar e que os recolhimentos antecipados e as retenções na fonte, constituem antecipações e somente após o encerramento do período de apuração e na hipótese de se apurar saldo negativo é que se pode cogitar de direito líquido e certo, passível, portanto, de compensação. Diante disso, firmouse entendimento de que o ato de verificação da certeza e liquidez do indébito tributário, em sede de análise pela DRF de origem, da declaração de compensação apresentada pelo sujeito passivo, não está limitada aos valores das antecipações recolhidas no curso do anocalendário, podendo atingir a verificação da regularidade da determinação da base de cálculo apurada pelo contribuinte, daí porque, a ausência de informação na DIPJ impossibilitaria naquela sede de julgamento reconhecerse a existência dos pressupostos de admissibilidade da compensação, já que o julgamento da DRJ se constitui em foro revisional. Fl. 47DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES Processo nº 10820.900175/200965 Acórdão n.º 1301000.852 S1C3T1 Fl. 2 3 Regularmente notificada, a contribuinte interpôs Recurso Voluntário (fl. 38), alegando em síntese que ao analisar a DIPJ/2001, na página 16, item 42 – CSLL a pagar no valor de R$ 2.113,94, advindo do item 36 da mesma página, cumpriria informar que “houve um esquecimento em não lançar no item 38 CSLL mensal paga por estimativa. Aduziu ainda que idêntica situação se deu com o imposto de renda, que foi recolhido mensalmente por estimativa e somou um valor total de R$ 9.514,23 não sendo compensado na DIPJ. Por fim, afirmouse que estava juntando ao processo cópia do relatório no qual se demonstra todos os recolhimentos, informando que se faria a retificação da DIPJ lançando os valores pagos por estimativa para serem compensados, pugnando assim, pelo provimento do recurso. É o relatório. Fl. 48DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES 4 Voto Conselheiro Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr., Relator. O recurso é tempestivo e dotado dos pressupostos genéricos de recorribilidade. Admitoo para julgamento. A questão versada nos autos se relaciona a declaração de compensação apresentada pela recorrente (fls. 13 – 21), com período de apuração do crédito atinente ao exercício 2002 e indicação da existência de saldo negativo de CSLL. De acordo com o Despacho Decisório de folha 07, em vez do citado crédito, a recorrente apresentou na DIPJ do período, CSLL a pagar, situação absolutamente contrária ao reconhecimento do direito creditório. Em análise da Manifestação de Inconformidade apresentada pela contribuinte, a decisão recorrida verificou que a recorrente alegava possuir saldo credor oriundo da DIPJ/2001, conquanto tenha informado, no PER/DCOMP, saldo negativo do ano calendário subsequente, introduzindo assim, matéria nova na declaração de compensação. Em sede de Recurso Voluntário, a contribuinte inova outra vez ao aduzir que analisando a DIPJ/2001 verificou que não lançou a CSLL mensal paga por estimativa, porém, realizou rigorosamente os pagamentos referentes às estimativas, situação que imporia reconhecerse o direito creditório. Para deslindar a questão posta em julgamento, de bom alvitre relembrar que se cuida de declaração de compensação formulada e apresentada pela recorrente, compensação que a seu turno, nos termos do artigo 170 do Código Tributário Nacional, reclama sejam aferidos, para sua homologação, os requisitos de certeza e liquidez do crédito indicado. Os tais requisitos, é bom que se diga, devem se fazer presentes de pronto, permitindo aos órgãos fazendários verificalos e, por conseguinte, homologar a compensação. Observo, nesse contexto, que tais exigências em nada ofendem o princípio da verdade material, tratase de exigência préestabelecida, e que se coaduna com a sistemática de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, sob condição de ulterior homologação, da simples apresentação da compensação. Sendo assim, considero de absoluta importância, para os fins de homologar se uma compensação declarada, que a certeza e liquidez estejam presentes desde o primitivo enfrentamento da autoridade administrativa, não me parecendo legítimo, que se afirme ter “esquecido” de incluir na DIPJ os pagamentos mensais efetuados e ainda assim se reputar o crédito como líquido e certo. Por outro lado, assiste razão à decisão recorrida quando afirma que a recorrente pretende inovar em sua declaração de compensação, situação que implicaria na supressão de instância caso se reconhecesse, nesta sede recursal, os elementos autorizadores da compensação. Se a própria recorrente admite a necessidade de retificar sua DIPJ, e afirma estar providenciando esta retificação, quer me parecer que a declaração de compensação padece de certeza e liquidez, razão pela qual encaminho meu voto no sentido de negar provimento ao Recurso Voluntário, mantendo inalterada a decisão impugnada. Fl. 49DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES Processo nº 10820.900175/200965 Acórdão n.º 1301000.852 S1C3T1 Fl. 3 5 Sala das Sessões, em 15 de março de 2012 (assinado digitalmente) Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr. Fl. 50DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES
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Numero do processo: 13063.001025/2007-12
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 14 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Apr 02 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 2302-000.214
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
RESOLVEM os membros da 2ª TO/3ª CÂMARA/2ª SEJUL/CARF/MF/DF, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Liége Lacroix Thomasi - Presidente Substituta.
Arlindo da Costa e Silva - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente Substituta de Turma), Adriana Sato, André Luis Mársico Lombardi, Juliana Campos de Carvalho Cruz e Arlindo da Costa e Silva.
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RESOLVEM os membros da 2ª TO/3ª CÂMARA/2ª SEJUL/CARF/MF/DF, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Liége Lacroix Thomasi Presidente Substituta. Arlindo da Costa e Silva Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente Substituta de Turma), Adriana Sato, André Luis Mársico Lombardi, Juliana Campos de Carvalho Cruz e Arlindo da Costa e Silva. 1. RELATÓRIO Período de apuração: 01/08/2007 a 30/09/2007 Data do Requerimento de Restituição: 21/11/2007. Tratase de processo formado a partir de Requerimento de Restituição de Contribuições Retidas RRCR, protocolizado em 21/11/2007, relativo ao período de 08/2007 e 09/2007, mediante o qual o Requerente informa ser optante pelo SIMPLES e não manter contabilidade regular. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 30 63 .0 01 02 5/ 20 07 -1 2 Fl. 162DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 163 2 O pedido de restituição houvese por indeferido, nos termos assentados no Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, de 26/11/2007, a fls. 85/87, em razão de a DRF de Santo Ângelo haver considerado indevido o enquadramento da empresa no SIMPLES, pelo fato do interessado realizar cessão de mão de obra, forma de prestação de serviços vedada à opção pelo SIMPLES. Devidamente cientificado do citado Despacho Decisório, inconformado, o Contribuinte apresentou recurso tempestivo, a fls. 89/94, ao Segundo Conselho de Contribuintes. Em cumprimento às determinações contidas no art. 1º da Portaria 2CC n° 14/2008, a Chefe de Secretaria da Quarta Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais determinou o retorno dos autos à Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento competente para julgamento do pleito, conforme despacho a fl. 104. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Santa Maria/RS lavrou decisão administrativa nos termos do Acórdão a fls. 106/108, julgando procedente a manifestação de Inconformidade e determinando a restituição do valor da retenção que excedesse as contribuições devidas no regime de tributação em que se figurar a empresa requerente no período em debate. Após a ciência do Acórdão ao interessado e antes de dar prosseguimento ao pagamento da restituição, o processo foi encaminhado à SAFIS/DRF/SAO/RS para apreciação quanto à exclusão da empresa do SIMPLES, em virtude de exercício de atividades impeditivas, conforme Despacho a fl. 111, de 22/09/2009. A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santo Ângelo/RS emitiu Termo de Constatação Fiscal a fl. 114 onde resta consignado: a) Que os pedidos de restituição não são procedentes; b) Que a empresa realizava atividade vedada à opção pelo SIMPLES; c) Que em 26/10/2011 foram emitidos os Atos Declaratórios Executivos DRF/SAO nº 053 e 054, a fls. 115/116, declarando a exclusão da empresa do Simples Federal a partir de 01/01/2006 (até a extinção do sistema, em 30/06/2007) e do Simples Nacional a partir de 01/07/2007, respectivamente; d) Que na ação fiscal foram lavrados os autos de infração Debcad nº 37.369.3699 e 51.018.7641, relativos a contribuições devidas a Outras Entidades e Fundos; e) Que não houve lançamento de débito com relação à parte patronal e SAT porque os créditos dos valores retidos em notas fiscais e os recolhimentos em DARF referentes à Previdência Social satisfaziam à exigência; Por fim, opinou o Auditor Fiscal pelo indeferimento da restituição, demonstrando em quadro demonstrativo a existência de débito do contribuinte perante a Seguridade Social. Fl. 163DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 164 3 Atos Declaratórios Executivos DRF/SAO nº 053 e 054, de 26/10/2011, a fls. 115/116, respectivamente. Em 07/05/2012, a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santo Ângelo/RS emitiu Despacho Decisório DD, DRF/SAO/SAORT nº 376/2012, a fls. 117/118, indeferindo o pedido de restituição, pelas razões expostas no Termo de Constatação Fiscal a fl. 114. Inconformado, o Contribuinte interpôs Manifestação de Inconformidade a fls. 120/130. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Porto Alegre/RS lavrou decisão administrativa aviada no Acórdão a fls. 143/147, não conhecendo a Manifestação de Inconformidade interposta pelo Contribuinte, por considerar ser descabida a rediscussão de matéria já submetida à decisão administrativa definitiva. A empresa foi cientificada da decisão de 1ª Instância no dia 19/07/2012, conforme Aviso de Recebimento a fl. 149. Inconformado com a decisão exarada pelo órgão administrativo julgador a quo, o ora Recorrente interpôs recurso voluntário, a fls. 150/154, requerendo a restituição dos valores perseguidos. Relatados sumariamente os fatos relevantes. 2. VOTO Conselheiro Arlindo da Costa e Silva, Relator “Foi em diamantina onde nasceu J.K. E a princesa Leopoldina lá resolveu se casar Mas Chica da Silva tinha outros pretendentes E obrigou a princesa a se casar com Tiradentes Laiá, lá laiá, laiá, o bode que deu vou te contar Joaquim José, que também é da Silva Xavier Queria ser dono do mundo E se elegeu Pedro Segundo Das estradas de minas, seguiu pra São Paulo E falou com Anchieta O vigário dos índios Aliouse a Dom Pedro E acabou com a falseta Da união deles dois ficou resolvida a questão E foi proclamada a escravidão Assim se conta essa história Que é dos dois a maior glória A Leopoldina virou trem E Dom Pedro é uma estação também Oô, ô, oô, oô trem tá atrasado ou já passou”. Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) Samba do Crioulo doido Fl. 164DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 165 4 2.1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE O sujeito passivo foi válida e eficazmente cientificado da decisão recorrida no dia 19/07/2012. Havendo sido o recurso voluntário protocolado no dia 17 de agosto do mesmo ano, há que se reconhecer a tempestividade do recurso interposto. Presentes os demais requisitos de admissibilidade do recurso, dele conheço. 2.2. DAS PRELIMINARES 2.2.1. DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DO CERCEAMENTO DE DEFESA. Por meio do Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, de 26/11/2007, a fls. 85/87, a DRF de Santo Ângelo/RS indeferiu o pedido de restituição por considerar indevido o enquadramento da empresa no SIMPLES, em virtude de a atividade por ela realizada, executada mediante cessão de mão de obra, constituise óbice à opção pelo SIMPLES. O Contribuinte foi cientificado do Despacho Decisório suso referido em 30/11/2007, e apresentou recurso tempestivo em 28/12/2007, a fls. 89/94, época em que a interposição de recursos em face de indeferimento de pedido de restituição de contribuições previdenciárias obedecia ao rito previsto nos artigos 254, 305 a 310 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Dec. nº 3.048/99. Regulamento da Previdência Social Art. 254. Da decisão sobre pedido de restituição de contribuições ou de outras importâncias, cabe recurso na forma da Subseção II da Seção II do Capítulo Único do Título I do Livro V. Subseção II Dos Recursos Art. 305. Das decisões do Instituto Nacional do Seguro Social e da Secretaria da Receita Previdenciária nos processos de interesse dos beneficiários e dos contribuintes da seguridade social, respectivamente, caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), conforme o disposto neste Regulamento e no Regimento do CRPS. (Redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 1º de fevereiro de 2007) (grifos nossos) Art. 306. Em se tratando de processo que tenha por objeto a discussão de crédito previdenciário, o recurso de que trata esta Subseção somente terá seguimento se o recorrente pessoa jurídica instruílo com prova de depósito, em favor do Instituto Nacional de Seguro Social, de valor correspondente a trinta por cento da exigência fiscal definida na decisão. Art. 307. A propositura, pelo beneficiário ou contribuinte, de ação que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto. Art. 308. Os recursos tempestivos contra decisões das Juntas de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Social têm efeito suspensivo e devolutivo. (Redação dada pelo Decreto nº 5.699/2006) Fl. 165DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 166 5 §1º Para fins do disposto neste artigo, não se considera recurso o pedido de revisão de acórdão endereçado às Juntas de Recursos e Câmaras de Julgamento. (Incluído pelo Decreto nº 5.699/2006) §2º É vedado ao INSS e à Secretaria da Receita Previdenciária escusaremse de cumprir as diligências solicitadas pelo Conselho de Recursos da Previdência Social, bem como deixar de dar cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou executálas de modo que contrarie ou prejudique seu evidente sentido. (Incluído pelo Decreto nº 5.699/2006) Art. 309. Havendo controvérsia na aplicação de lei ou de ato normativo, entre órgãos do Ministério da Previdência e Assistência Social ou entidades vinculadas, ou ocorrência de questão previdenciária ou de assistência social de relevante interesse público ou social, poderá o órgão interessado, por intermédio de seu dirigente, solicitar ao Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social solução para a controvérsia ou questão. (Redação dada pelo Decreto nº 3.452/2000) §1º A controvérsia na aplicação de lei ou ato normativo será relatada in abstracto e encaminhada com manifestações fundamentadas dos órgãos interessados, podendo ser instruída com cópias dos documentos que demonstrem sua ocorrência. (Incluído pelo Decreto nº 4.729/2003) §2º A Procuradoria Geral Federal Especializada/INSS deverá pronunciarse em todos os casos previstos neste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 4.729/2003) Art. 310. Os recursos de decisões da Secretaria da Receita Federal serão interpostos e julgados, no âmbito administrativo, de acordo com a legislação pertinente. Na sequência, em 10/04/2008, o processo foi encaminhado ao 2º Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, então órgão competente para apreciar recursos dos contribuintes contra as decisões relativas a pedidos de restituição de contribuições previdenciárias, conforme Despacho a fl. 101/102. No mesmo sentido também se posicionam as disposições insculpidas no Parágrafo Único do art. 217 da IN SRP nº 3/2005, vigente à data da formalização do ato processual em foco. Instrução Normativa SRP nº 3, de 14 de julho de 2005 Art. 216. Compete ao supervisor da UARP tipos "A" e "B" e à chefia da UARP tipo "C" decidir sobre requerimento de reembolso e de restituição. (Redação dada pela IN SRP nº 20, de 11/01/2007) Art. 217. Da decisão proferida nos pedidos de que trata o caput do art. 216, será dada ciência ao requerente por meio postal ou por correio eletrônico. Parágrafo único. Da decisão pela improcedência total ou parcial do pedido, caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social CRPS, no prazo de trinta dias, contados da Fl. 166DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 167 6 data da ciência da decisão, devendo, nesta hipótese, serem apresentadas contrarrazões pela SRP. (grifos nossos) Acontece que, em 03 de dezembro de 2008, foi editada a MP nº 449/2008 que fez inserir o §11 ao art. 89 da Lei nº 8.212/1991 determinando que os processos de restituição de contribuições previdenciárias passariam a obedecer ao rito fixado no Decreto nº 70.235/1972. Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 Art.89. As contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11, as contribuições instituídas a título de substituição e as contribuições devidas a terceiros somente poderão ser restituídas ou compensadas nas hipóteses de pagamento ou recolhimento indevido ou maior que o devido, nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) (...) §11. Aplicase aos processos de restituição das contribuições de que trata este artigo e de reembolso de saláriofamília e salário maternidade o rito do Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) O estudo das questões atávicas à aplicação da lei processual no tempo é objeto de direito intertemporal, cujo regramento observa dois princípios jurídicos fundamentais: o da não retroatividade relativa e o da aplicação imediata das normas de direito processual da lei nova, mesmo aos casos pendentes. O princípio da irretroatividade visa a resguardar a certeza e a segurança jurídica dos atos praticados sob a égide da lei revogada, frente às garantias constitucionais do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada. O da aplicação imediata almeja brindar a imediata eficácia da lei posterior, coroando o princípio tempus regit actum. Deflui da conjugação de tais princípios que as normas de direito processual devem ter aplicação imediata, mesmo sobre os processos ainda em curso, não podendo, todavia, retroagir para alcançar os atos jurídicos perfeitos praticados na vigência da lei revogada. Aliado a tal conclusão, acrescentese que o Direito Brasileiro sufragou o Sistema do Isolamento dos Atos Processuais como forma de delimitar a imediata aplicação das normas de direito processual aos processos em curso, com a única condição de respeitar os atos jurídicos praticados sobre a regência da lei anterior e que possuam valor próprio e independente. A regência ex nunc da lei nova abraça, tão somente, os atos futuros, assim considerados aqueles praticados no processo a partir da vigência e eficácia da nova lei, sendo assim asseguradas as garantias constitucionais do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada. Os princípios acima invocados encontramse espelhados, em nosso Ordenamento Jurídico, em diversos Diplomas Legais, bem como no Inciso XXXVI do art. 5º da Constituição Federal. Fl. 167DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 168 7 Constituição Federal, de 03 de outubro de 1988 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XXXVI a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; Lei de Introdução do Código Civil Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) §1º Reputase ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Parágrafo incluído pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) §2º Consideramse adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo préfixo, ou condição préestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Parágrafo incluído pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) §3º Chamase coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Parágrafo incluído pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) Código de Processo Civil Art. 1.211. Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas disposições aplicarseão desde logo aos processos pendentes. Código de Processo Penal Art.2o A lei processual penal aplicarseá desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. A corte Superior de Justiça desta Nação já fez sedimentar em seus julgados um entendimento pacífico que não discrepa de nossas ilações: REsp 1034251/RS Rel. Ministra ELIANA CALMON Órgão Julgador T2 SEGUNDA TURMA Publicação/Fonte DJe 15/12/2008 Ementa PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO EXECUÇÃO FISCAL PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE DECRETAÇÃO EX OFFICIO POSSIBILIDADE PRÉVIA OITIVA DA FAZENDA PÚBLICA ART. 40, §4º DA LEI 6.830/80 (REDAÇÃO DA LEI 11.051/2004) NORMA DE DIREITO PROCESSUAL APLICAÇÃO AOS FEITOS AJUIZADOS ANTES DE SUA VIGÊNCIA OMISSÃO ABORDAGEM EXPRESSA INEXISTÊNCIA. 1. Havendo abordagem expressa sobre a tese devolvida à Corte Regional, inexiste omissão sanável por intermédio de embargos de declaração. Fl. 168DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 169 8 2. Na execução fiscal, interrompida a prescrição com a citação pessoal e não havendo bens a penhorar, pode a Fazenda Pública valerse do art. 40 da LEF para suspender o processo pelo prazo de um ano, ao término do qual recomeça a fluir a contagem até que se complete cinco anos, caso permaneça inerte a exequente durante esse período. 3. Predomina na jurisprudência dominante desta Corte o entendimento de que, na execução fiscal, a partir da Lei 11.051/04, que acrescentou o §4º ao artigo 40 da Lei 6.830/80, pode o juiz decretar, de ofício, a prescrição, após ouvida a Fazenda Pública exequente. 4. Tratandose de norma de direito processual, a sua incidência é imediata, aplicandose, portanto, às execuções em curso. 5. O novo art. 219, § 5º, do CPC não revogou o art. 40, §4º, da LEF, nos termos do art. 2º, § 2º, da LICC. 6. Recurso especial provido. AgRg no REsp 1221452/AM Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES Órgão Julgador T1 PRIMEIRA TURMA Publicação/Fonte DJe 02/05/2011 Ementa PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO DISPOSTO NO §4º DO ART. 40 DA LEI Nº 6.830/80, ACRESCIDO PELA LEI Nº 11.051/2004. 1. A jurisprudência desta Corte pacificouse no sentido de que a Lei 11.051/2004 é norma de direito processual e, por conseguinte, tem aplicação imediata, alcançando inclusive os processos em curso. Precedentes: REsp 1.015.258/PE, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 22/09/2008; REsp 891.589/PE, Primeira Turma, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJ 2/4/2007; REsp 911.637/SC, Primeira Turma, Rel. Ministro Francisco Falcão, DJ 30/4/2007. 2. Agravo regimental não provido. HC 152456/SP Rel. Ministro FELIX FISCHER Órgão Julgador T5 QUINTA TURMA Publicação/Fonte DJe 31/05/2010 Ementa PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 302, CAPUT, DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. APLICAÇÃO DO ART. 400 DO CPP COM A NOVA REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI N° 11.719/08. NORMA DE NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA. VALIDADE DO INTERROGATÓRIO DO RÉU REALIZADO SOB A VIGÊNCIA DE LEI ANTERIOR. PRINCÍPIO DO TEMPUS REGIT ACTUM. I A norma de natureza processual possui aplicação imediata, consoante determina o art. 2° do CPP, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, consagrando o princípio do tempus regit actum (Precedentes). Fl. 169DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 170 9 II Assim, nesta linha, o art. 400 do CPP, com a nova redação conferida pela Lei n° 11.719/08, regra de caráter eminentemente processual , possui aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos processuais realizados em observância ao rito procedimental anterior. III Portanto, não há que se falar em cerceamento de defesa na espécie por ausência de realização de novo interrogatório do ora paciente ao final da audiência de instrução e julgamento, pois o referido ato processual foi validamente realizado pelo Juízo processante antes do advento da novel legislação em observância ao rito procedimental vigente à época, não possuindo a lei processual penal efeito retroativo. Ordem denegada. No caso ora em trato, em face da decisão de 1ª Instância proferida pela DRF de Santo Ângelo/RS, nos termos assentados no Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, a fls. 85/87, que indeferiu o pedido de restituição, o Interessado interpôs Recurso Voluntário a fls. 89/94, em 28/12/2007, o qual foi remetido ao Segundo Conselho de Contribuintes, conforme despacho de 10 de abril de 2008, em plena conformidade com as normas processuais então vigentes e eficazes encartadas nos artigos 254 e 305 do Regulamento da Previdência Social e artigos 216 e 217 da IN SRP nº 3/2005. Ocorre que, ao ser publicada em 03 de dezembro de 2008, a MP nº 449/2008, ao acrescentar o §11 ao art. 89 da Lei nº 8.212/91, determinou, laconicamente, que os processos em curso teriam que observar, a partir daquele instante para o futuro, o rito estabelecido no Decreto nº 70.235/72, respeitandose, por óbvio, a validade e os efeitos dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, em razão do princípio da irretroatividade da lei nova. No caso em espécie, a lide objeto do processo em debate já havia sido julgada, em primeira instância, pelo órgão competente e em conformidade com o trâmite estatuído na lei vigente à data de sua realização. Tratase, por conseguinte, de ato jurídico perfeito, na fina acepção adotada pelo §1º do art. 6º da LICC. Ora, sendo o processo um encadeamento de atos praticados pelos sujeitos processuais destinados à obtenção uma decisão final voltada a resolver a lide posta, no curso do Devido Processo Legal, estando o processo já munido de decisão de 1ª Instância válida e eficaz, o ato seguinte na sequência lógica seria o encaminhamento para o órgão ad quem para distribuição, apreciação e julgamento em segunda instância pelo Colegiado legalmente competente. O procedimento consignado na lei nova é o mesmo, mutatis mutandis, que aquele previsto na lei antiga. Nesta, o órgão de 2ª instância competente era o 2º Conselho de Contribuintes; naquela, a 2ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, nos termos dos artigos 3º e 7º do Anexo II do Regimento Interno do CARF. Regimento Interno do CARF Art. 3° À Segunda Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de: I Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF); II Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF); III Imposto Territorial Rural (ITR); Fl. 170DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 171 10 IV Contribuições Previdenciárias, inclusive as instituídas a título de substituição e as devidas a terceiros, definidas no art. 3° da Lei n° 11.457, de 16 de março de 2007; (grifos nossos) V penalidades pelo descumprimento de obrigações acessórias pelas pessoas físicas e jurídicas, relativamente aos tributos de que trata este artigo. Art. 7° Incluemse na competência das Seções os recursos interpostos em processos administrativos de compensação, ressarcimento, restituição e reembolso, bem como de reconhecimento de isenção ou de imunidade tributária. (grifos nossos) §1° A competência para o julgamento de recurso em processo administrativo de compensação é definida pelo crédito alegado, inclusive quando houver lançamento de crédito tributário de matéria que se inclua na especialização de outra Câmara ou Seção. §2° Os recursos interpostos em processos administrativos de cancelamento ou de suspensão de isenção ou de imunidade tributária, dos quais não tenha decorrido a lavratura de auto de infração, incluise na competência da Segunda Seção. §3° Na hipótese do §1°, quando o crédito alegado envolver mais de um tributo com competência de diferentes Seções, a competência para julgamento será: I Da Primeira Seção de Julgamento, se envolver crédito alegado de competência dessa Seção e das demais; II Da Segunda Seção de Julgamento, se envolver crédito alegado de competência dessa Seção e da Terceira Seção; III Da Terceira Seção de Julgamento, se envolver crédito alegado unicamente de competência dessa Seção. Assim, a observância do Devido Processo Legal determina a mera distribuição para o órgão julgador previsto na lei nova, qual seja, a 2ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Mas aí, meteramse os pés pelas mãos. Em 11 de dezembro de 2008, publicouse no Diário Oficial da União a Portaria nº 14, de 09 de dezembro de 2008, do 2º Conselho de Contribuintes, nos seguintes termos: Portaria nº 14, de 09 de dezembro de 2008 Art. 1º Os processos relativos a pedidos de restituição de contribuições previdenciárias previstas nas alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ do Parágrafo Único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 1991, de contribuições instituídas a título de substituição e de contribuições devidas a terceiros, que estejam aguardando julgamento no Segundo Conselho de Contribuintes serão encaminhados à Unidade Local da Receita Federal do Brasil da Jurisdição da Autoridade que exarou o Despacho Decisório relativamente ao qual haja a manifestação de inconformidade, com vistas ao encaminhamento à Delegacia da Receita Federal de Julgamento competente para o Fl. 171DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 172 11 julgamento em razão da localidade e matéria, nos termos do Decreto nº 70.235, de 1972. Parágrafo Único. A movimentação será realizada pelo Serviço de Logística e pelas Câmaras especializadas em matéria previdenciária mediante a utilização do Sistema Comprot e, no caso de o processos estar cadastrado no Sincon, com o registro de ocorrência “EXPEDIDO” nesse sistema. Art. 2º Aplicase aos processos de restituição de que trata o art. 1º que chegarem ao Segundo Conselho de Contribuintes, sem ter sido apreciado por Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento o procedimento estabelecido no referido artigo. Em consequência, a Chefe de Secretaria da Quarta Câmara da Segunda Seção do CARF determinou o encaminhamento do Processo Administrativo Fiscal em julgamento à Delegacia da Receita Federal de Julgamento DRJ em Santa Maria/RS, conforme Despacho a fl. 104. E então, o angu encaroçou. Em outras palavras, numa só tacada, a Portaria suso transcrita transgrediu o princípio da irretroatividade da lei nova, fez tábula rasa do ato jurídico perfeito, cassou a decisão de 1ª Instância, revogou norma de hierarquia superior, enxovalhou o devido processo legal e bagunçou a segurança jurídica. Ao fazer retornar o processo para julgamento na Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Porto Alegre/RS, a Portaria citada simplesmente ignorou o princípio da irretroatividade da lei, fazendo a lei nova incidir no processo em curso para que fossem praticados atos processuais já consumados pela preclusão consumativa. O que diria Bandeira de Mello diante de tal evento? “Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas ao específico mandamento obrigatório, mas a todo sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra. Isto porque, com ofendê lo, abatemse as vigas que sustêm e aluise toda a estrutura nelas esforçada”. (Celso Antônio Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo, 16.ª ed., São Paulo, Malheiros, 2003, pag. 818). Não parou por aí, não: Cassou Decisão de 1ª Instância válida e eficaz proferida pela DRF de Santo Ângelo/RS, nos termos assentados no Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, a fls. 85/87, a qual somente poderia ser reformada ou declarada nula pelo Órgão de 2ª Instância competente para apreciar o Recurso interposto pelo Interessado. Ou seja, tornou sem efeito, ao arrepio da lei, ato jurídico perfeito. Fl. 172DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 173 12 Mas não é só, há mais: Subverteu todo o Devido Processo Legal criando uma instância intermediária não prevista na lei processual e cuja decisão se sobrepõe integralmente à exarada na Instância anterior. Assim, uma decisão administrativa dotada dos atributos de ato jurídico perfeito foi substituída, sem qualquer previsão legal, por outra de mesma hierarquia processual, providência essa que somente poderia emergir de determinação expressa de lei formal, jamais de uma Portaria do Segundo Conselho de Contribuintes. Como é cediço, as Portarias são Atos Administrativos pelos quais as autoridades competentes determinam providências de caráter administrativo gerais ou especiais aos seus subordinados com vistas à execução de leis e serviços, definem situações funcionais e aplicam medidas de ordem disciplinar. Apesar de ato administrativo interno, os efeitos da Portaria podem atingir o público externo, como é o caso das Portarias que reajustam o valor mínimo das multas por infração a dispositivos da Lei de Custeio da Seguridade Social. O que não se admite é que a portaria, ao expedir procedimentos, o faça ao asco da lei, ou inovando a ordem jurídica ou massacrando princípios constitucionais. Isso não pode ser. Mas as atrocidades processuais cometidas no curso do procedimento não se esgotaram. Vejam: Baixados os autos, em razão da Portaria 2CC nº 14/2008, a lide houvese por apreciada e julgada pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Santa Maria/RS, que deu provimento à Manifestação de Inconformidade determinando a restituição do valor da retenção que exceder as contribuições devidas no regime de tributação em que se figurar a empresa no período. A decisão de 1ª Instância referida no parágrafo precedente, que no curso do presente processo já era irregular, em razão da ilegal e inconstitucional retroatividade da Lei Processual nova, somente poderia ser reformada pelo órgão competente de 2ª Instância, in casu, a 2ª Seção de Julgamento do CARF. Mas não foi isso que aconteceu. Antes de os autos subirem para o órgão ad quem, a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santo Ângelo/RS incluiu o contribuinte na agenda de planejamento fiscal, e com base em Termo de Constatação Fiscal, proferiu o Despacho Decisório DRF/SAO/SAORT n° 374/2012, indeferindo o Pedido de Restituição, que já havia sido deferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Santa Maria/RS. Em outras palavras, o Despacho Decisório mencionado no parágrafo anterior, com uma só cajadada, matou uma variedade de coelhos. Sem possuir competência legal para tanto, cassou decisão de 1ª Instância proferida pela DRJ em Santa Maria/RS. Por outro lado, tendo a DRJ em Santa Maria/RS dado provimento ao pleito do contribuinte, e inexistindo Recurso de Ofício por parte da Fazenda, considerando que o Sistema Processual Brasileiro não admite a reformatio in pejus, o Contribuinte já possuía em seu patrimônio o direito à restituição do valor da retenção que viesse a exceder as contribuições Fl. 173DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 174 13 devidas no regime de tributação em que se figurar a empresa no período em foco, direito este conferido pela DRJ. O Despacho Decisório DRF/SAO/SAORT n° 374/2012, subjugando a decisão da DRJ, aniquilou o Direito Adquirido do Contribuinte mencionado no parágrafo acima, intrometeuse no curso do processo como mais uma instância administrativa, cassando os efeitos da Decisão de 1ª Instância proferida pela DRJ e apreciando o pleito novamente, triturou o Devido Processo Legal, e não deu bola para a Coisa Julgada Administrativa (relativa, não absoluta), eis que o processo já se encontrava adornado com decisão definitiva na instância primeira, e negou vigência às leis processuais, dentre outras barbáries. Como dizia minha Avó, “loucura pouca é bobagem”. Na sequência, em face da decisão do Despacho Decisório suso mencionado, o Interessado apresentou manifestação de inconformidade, a qual não foi conhecida pela DRJ em Porto Alegre, em razão da existência de Decisão Definitiva em 1ª Instância. Por tal razão, o Contribuinte interpôs Recurso Voluntário e, assim, subiram os presentes Autos para apreciação e julgamento. Por todo o exposto, vislumbrase inaplicável, por ilegalidade, as providências administrativas assentadas na Portaria 2CC nº 14/2008 do 2º Conselho de Contribuintes, uma vez que suas determinações subverteram toda uma matriz principiológica constitucional e chocaramse frontalmente com o Devido Processo Legal, corrompendoo. Nesse panorama, mediante mera Portaria, viuse o Interessado alijado de seu direito de ter o Recurso por ele interposto em face da Decisão proferida pelo órgão de 1ª instância apreciado e julgado pelo Colegiado legalmente competente. O Processo Administrativo Fiscal é refratário ao proferimento de despachos e decisões por autoridade incompetente ou que comportem qualquer forma de preterição do direito de defesa, as quais já nascem marcadas sob o estigma da nulidade, a teor do inciso II, in fine, do art. 59 do Decreto nº 70.235/72. O Segundo Conselho de Contribuintes não possui competência para expedir norma de ordenação interna que resulte em modificação substancial do Devido Processo Legal, providência essa que demanda lei stricto sensu, de competência do Congresso Nacional, não se contentando o Ordenamento Jurídico com mera Portaria, como sucedâneo. Diante tal cenário, sendo nulas, por carência de fundamento jurídico, as determinações aviadas na citada Portaria 2CC nº 14/2008, assim como a decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Santa Maria/RS a fls. 106/108, pela falta de previsão legal no rito processual vigente e eficaz a data da prática do ato, nulos são todos os demais atos praticados no curso do vertente processo, que dela diretamente dependam ou sejam consequência, a teor do §1º do art. 59 do Decreto nº 70.235/72. Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 Art. 59. São nulos: I os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. Fl. 174DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 175 14 §1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam consequência. §2º Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. §3º Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir lhe a falta. (Incluído pela Lei nº 8.748/93) Assim sendo, tendo a lei nova encontrado o presente processo no momento processual específico em que o recurso interposto pelo Interessado (fls. 89/94) em face da decisão 1ª Instância (fls. 85/87) jazia no aguardo da prática do ato processual de distribuição ao órgão ad quem para apreciação e julgamento, o Devido Processo Legal exige que a lei nova prossiga deste então, de maneira prospectiva, mantida a eficácia dos atos processuais até então praticados na regência da lei antiga, de forma que, na sequência do encadeamento, o próximo ato a ser praticado seja, exatamente, a distribuição para o órgão de 2ª Instância competente, segundo a lei nova, para a apreciação e julgamento da lide em relevo. Pelos motivos expendidos, voto por ANULAR todos os atos processuais realizados a contar da DECISÃO proferida a fl. 104, inclusive, que determinou o encaminhamento dos autos à Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santo Ângelo, eis que fundamentada em Portaria flagrantemente ilegal e com preterição do direito de defesa, devendo o processo retornar seu curso sob a nova legislação, de maneira ex nunc, para que seja apreciado e julgado o recurso interposto pelo Interessado a fls. 89/94, em face da decisão 1ª Instância a fls. 85/87. Vencidas as preliminares, passamos ao exame do mérito. 2.3. DO MÉRITO Cumpre de plano assentar que não serão objeto de apreciação por este Colegiado as matérias não expressamente impugnadas pelo Recorrente, as quais serão consideradas como verdadeiras, assim como as matérias já decididas pelo Órgão Julgador de 1ª Instância não expressamente contestadas pelo sujeito passivo em seu instrumento de Recurso Voluntário, as quais se presumirão como anuídas pela Parte. Também não serão objeto de apreciação por esta Corte Administrativa as matérias substancialmente alheias ao vertente lançamento, eis que, em seu louvor, no processo de que ora se cuida, não se houve por instaurado qualquer litígio a ser dirimido por este Conselho. 2.3.1. DO JULGAMENTO DO RECURSO VOLUNTÁRIO Conforme salientado anteriormente, o vertente processo tem por objeto Requerimento de Restituição de Contribuições Retidas RRCR, protocolizado em 21/11/2007, relativo ao período de 08/2007 e 09/2007, mediante o qual o Requerente informa ser optante pelo SIMPLES e não manter contabilidade regular. Fl. 175DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 176 15 O pedido de restituição houvese por indeferido, nos termos assentados no Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, de 26/11/2007, a fls. 85/87, em razão de a DRF de Santo Ângelo haver considerado indevido o enquadramento da empresa no SIMPLES, pelo fato do interessado realizar cessão de mão de obra, forma de prestação de serviços vedada à opção pelo SIMPLES. Inconformado com a decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Santo Ângelo/RS, o Contribuinte interpôs Recurso Voluntário tempestivo, a fls. 89/94, ao Segundo Conselho de Contribuintes, concentrando seu inconformismo em alegações centradas nos seguintes elementos: · Que o serviço de suporte e manutenção de equipamentos de informática é atividade permitida para fins de enquadramento no regime do simples (Lei 9.317/96), conforme faculta a o art. 4º, IV da lei n° 10.964/2004; · Que a atividade desenvolvida pela recorrente, não pode ser considerada locação de mãodeobra porque lhe faltam os elementos essenciais para a sua caracterização; O busílis da questão reside na validade ou não do enquadramento da empresa Recorrente ao Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, disciplinado pela Lei nº 9.317/96 e, posteriormente, pela Lei Complementar nº 123/2006. No iter procedimental ordinário, não estando o Processo Administrativo Fiscal perfeitamente instruído de molde a sedimentar a convicção do Julgador, a lei processual autoriza que a Autoridade Julgadora determine as diligências que julgar necessárias visando à consolidação do seu convencimento. Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 Art. 29. Na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que entender necessárias. No caso presente, muito embora o vertente processo não esteja instruído de maneira adequada ao deslinde da controvérsia acerca da exclusão da Notificada do Simples Nacional, a deflagração de incidente processual visando à produção de tal prova não será necessária. Isso porque durante o curso tortuoso em que o vertente processo indevidamente seguiu, foi emitido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Santo Ângelo/RS, em 26 de outubro de 2011, o Ato Declaratório Executivo nº 053, a fl. 115, determinando a exclusão da empresa ARTE.COM EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA LTDA, CNPJ n° 05.293.995/000140, estabelecida na Av. Tucunduva, 277, Sala 01, no Município de Horizontina/RS, do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte SIMPLES, instituído pela Lei n° 9.317/1996, face ao exercício de atividade de locação/cessão de mão de obra, a partir de maio de 2005, na forma do disposto nos termos do art. 9º, inciso XIIf, da referida lei, Fl. 176DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 177 16 consoante informações contidas no processo administrativo n° 11070.721900/201148, com efeitos no período de 1º de janeiro de 2006 a 30 de junho de 2007. Na mesma data, foi publicado, igualmente, o Ato Declaratório Executivo nº 054, a fl. 116, determinando a exclusão da empresa referida no parágrafo anterior do SIMPLES NACIONAL, instituído pela Lei Complementar n° 123/2006, em razão de a empresa realizar atividade de cessão/locação de mão de obra, além da falta de comunicação de exclusão obrigatória na forma do disposto no art. 29, incisos I e V da Lei Complementar n° 123/2006, consoante informações contidas no processo administrativo n° 11070.721900/201148, com efeitos a contar de 1º de julho de 2007. É certo que, em resistência aos Atos Declaratórios Executivos acima referidos, o ora Recorrente ofereceu Impugnação Administrativa a fls. 129/146 dos autos do Processo Administrativo Fiscal n° 11070.721900/201148, a qual foi julgada improcedente pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Porto Alegre/RS, nos termos do Acórdão nº 1039.712 da 6ª Turma da DRJ/POA, a fl. 406/414 do PAF acima aludido, que ratificou a exclusão da empresa em relevo do Simples e do Simples Nacional, nos termos dos Atos Declaratórios Executivos nº 053 e 054, em virtude da prestação de serviços mediante cessão de mão de obra. Em face de Tal decisão administrativa, a Arte.Com Equipamentos de Informática Ltda interpôs Recurso Voluntário a fls. 424/436, ainda pendente de julgamento na 1ª SEJUL/CARF/MF/DF O desfecho definitivo na instância administrativa do Processo Administrativo Fiscal n° 11070.721900/201148 é de visceral significância para decisão a ser proferida nos vertentes autos, em virtude da flagrante relação de prejudicialidade entre ambos. De fato, a eventual improcedência do Recurso Voluntário interposto naquele processo, com a consequente manutenção dos Atos Declaratórios Executivos nº 053 e 054, irá implicar, em tese, a negativa de provimento ao pedido aviado no Requerimento de Restituição de Contribuições Retidas RRCR, de 11/06/2007, relativo ao período de 08/2007e 09/2007. A contrário senso, o acolhimento da defesa ofertada no Recurso Voluntário acima citado, e a decorrente cassação dos mencionados atos declaratórios, poderá desaguar no acolhimento total ou parcial do pedido de restituição em foco. Dessarte, tudo depende do desenlace do litígio objeto do PAF n° 11070.721900/201148, uma vez que deste emergirá a decisão de mérito relativa aos Atos Declaratórios Executivos nº 053 e 054, e, daí, o atendimento ou não do pedido formulado no processo aqui em debate. Alea jacta est. Por tais razões, pugnamos pela conversão do presente julgamento em diligência, até a prolação, nos autos do PAF n° 11070.721900/201148, da decisão definitiva de mérito, na instância administrativa, relativa aos Atos Declaratórios Executivos nº 053 e 054 tantas vezes aludidos. Para que não restem dúvidas, a presente diligência deverá ser concluída com a juntada aos vertentes autos da decisão de mérito definitiva, na instância administrativa, a ser proferida nos autos do PAF n° 11070.721900/201148. Fl. 177DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 178 17 Do resultado da diligência, antes de os autos retornarem a este Colegiado, deverá ser intimado o Recorrente, para que tome ciência do resultado e conteúdo da diligência ora em foco e, desejando, possa se manifestar nos autos do processo, no prazo normativo. 3. CONCLUSÃO: Pelos motivos expendidos, voto pela CONVERSÃO do julgamento em DILIGÊNCIA, nos termos formulados nos parágrafos acima. É como voto. Arlindo da Costa e Silva, Relator. Fl. 178DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI
score : 1.0
Numero do processo: 16327.001254/2004-34
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Jun 13 00:00:00 UTC 2012
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PROVISÓRIA SOBRE MOVIMENTAÇÃO OU TRANSMISSÃO DE VALORES E DE CRÉDITOS E DIREITOS DE NATUREZA FINANCEIRA CPMF
Ano-calendário: 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004
TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. CINCO ANOS, NOS TERMOS DO CTN. SÚMULA VINCULANTE DO STF Nº 8/2008.
Editada a Súmula vinculante do STF nº 8/2008, segundo a qual é
inconstitucional o art. 45 da Lei nº 8.212/91, o prazo para a Fazenda proceder ao lançamento das contribuições sociais é de cinco anos, nos termos do Código Tributário Nacional.
TERMO INICIAL DO PRAZO DECADENCIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO DO ARTIGO 62-A DO RICARF. MATÉRIA JULGADA NA SISTEMÁTICA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ.
Nos termos do artigo 62-A do Regimento Interno do CARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B
e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros
no julgamento dos recursos no âmbito do CARF.
No presente caso, o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento realizado na sistemática do artigo 543-C do Código de Processo Civil, entendeu que o prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) conta-se
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos termos do inciso I do artigo 173 do CTN, e não de acordo com o § 4º do artigo 150, nos casos em
que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito.
NORMAS PROCESSUAIS. DEPÓSITO JUDICIAL. MULTA. JUROS.
Somente a realização de depósito no valor integral do crédito tributário, determinado pela RFB, dentro do prazo de vencimento do tributo, implica em inexigibilidade de juros de mora e multa de mora.Caso contrário é lícita a exigência do montante integral do crédito tributário.
RECURSO ESPECIAL DO CONTRIBUINTE PROVIDO EM PARTE
Numero da decisão: 9303-001.997
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso especial, nos termos do voto do Relator. O Conselheiro Antônio Lisboa Cardoso participou do julgamento em substituição à Conselheira Maria Teresa Martínez López, que se declarou impedida de votar. Fez sustentação oral a Dra. Fabiana Carsoni Alves Fernandes da Silva, OAB/SP nº 246.569, advogada do sujeito passivo.
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
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PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. CINCO ANOS, NOS TERMOS DO CTN. SÚMULA VINCULANTE DO STF Nº 8/2008. Editada a Súmula vinculante do STF nº 8/2008, segundo a qual é inconstitucional o art. 45 da Lei nº 8.212/91, o prazo para a Fazenda proceder ao lançamento das contribuições sociais é de cinco anos, nos termos do Código Tributário Nacional. TERMO INICIAL DO PRAZO DECADENCIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO DO ARTIGO 62A DO RICARF. MATÉRIA JULGADA NA SISTEMÁTICA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ. Nos termos do artigo 62A do Regimento Interno do CARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. No presente caso, o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento realizado na sistemática do artigo 543C do Código de Processo Civil, entendeu que o prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos termos do inciso I do artigo 173 do CTN, e não de acordo com o § 4º do artigo 150, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito. Fl. 648DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 NORMAS PROCESSUAIS. DEPÓSITO JUDICIAL. MULTA. JUROS.. Somente a realização de depósito no valor integral do crédito tributário, determinado pela RFB, dentro do prazo de vencimento do tributo, implica em inexigibilidade de juros de mora e multa de mora.Caso contrário é lícita a exigência do montante integral do crédito tributário. RECURSO ESPECIAL DO CONTRIBUINTE PROVIDO EM PARTE Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso especial, nos termos do voto do Relator. O Conselheiro Antônio Lisboa Cardoso participou do julgamento em substituição à Conselheira Maria Teresa Martínez López, que se declarou impedida de votar. Fez sustentação oral a Dra. Fabiana Carsoni Alves Fernandes da Silva, OAB/SP nº 246.569, advogada do sujeito passivo. (assinado digitalmente) OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente. (assinado digitalmente) RODRIGO DA COSTA PÔSSAS Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório Tratase de Recurso Especial interposto pelo contribuinte. Requer a reforma da decisão a quo, que deu provimento parcial ao Recurso Voluntário, pelo voto de qualidade aplicado o prazo decadencial de dez anos previsto no art. 45 da Lei 8212/91 Requer também que não seja aplicado os juros de mora, sob a alegação de ter sido feito o depósito judicial no montante integral. A fiscalização apurou que não foram feitos os depósitos relativos a todas as competências e, portanto, não houve o depósito do montante integral, ensejando a aplicação dos juros de mora. É o relatório. Fl. 649DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 16327.001254/200434 Acórdão n.º 930301.997 CSRFT3 Fl. 627 3 Voto O recurso foi apresentado com observância do prazo previsto, bem como dos demais requisitos de admissibilidade. Sendo assim, dele tomo conhecimento e passo a apreciar. O recurso interposto pelo contribuinte é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, dele conheço. Cuidase, neste processo, de exigência fiscal relativa à Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira CPMF, referente aos fatos geradores ocorridos no período de 02/07/1997 a 23/06/2004, consubstanciada no Auto de Infração de fls. 64/93, lavrado em 21/09/2004. Já foi pacificado a questão do prazo para a Fazenda Pública efetuar o lançamento, calha observar que o Supremo Tribunal Federal publicou no Diário Oficial da União do dia 20/06/2008 o enunciado da Súmula vinculante nº 08, verbis: Em sessão de 12 de junho de 2008, o Tribunal Pleno editou os seguintes enunciados de súmula vinculante que se publicam no Diário da Justiça e no Diário Oficial da União, nos termos do § 4º do art. 2º da Lei nº 11.417/2006: Súmula vinculante nº 8 São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do DecretoLei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. Precedentes: RE 560.626, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 12/6/2008; RE 556.664, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 12/6/2008; RE 559.882, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 12/6/2008; RE 559.943, rel. Min.Cármen Lúcia, j. 12/6/2008; RE 106.217, rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 12/9/1986; RE 138.284, rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28/8/1992. Legislação: DecretoLei nº 1.569/1997, art. 5º, parágrafo único Lei nº 8.212/1991, artigos 45 e 46 CF, art. 146, III Brasília, 18 de junho de 2008. A adoção de súmula vinculante (art. 103A da CF, introduzido pela EC n. 45/2004), na qual se afirma que determinada conduta, dada prática ou uma interpretação é inconstitucional. Nesse caso, a súmula acabará por dotar a declaração de inconstitucionalidade proferida em sede incidental de efeito vinculante. A súmula vinculante, ao contrário do que ocorre no processo objetivo, decorre de decisões tomadas em casos concretos, no modelo incidental, no qual também existe, não raras vezes, reclamo por solução geral. Ela só pode ser editada depois de decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal ou de decisões repetidas das Turmas. Desde já, afigurase inequívoco que a referida súmula conferirá eficácia geral e vinculante às decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal sem afetar diretamente a Fl. 650DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 vigência de leis declaradas inconstitucionais no processo de controle incidental. E isso em função de não ter sido alterada a cláusula clássica, constante do art. 52, X, da Constituição, que outorga ao Senado a atribuição para suspender a execução de lei ou ato normativo declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Não resta dúvida de que a adoção de súmula vinculante em situação que envolva a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo enfraquecerá ainda mais o já debilitado instituto da suspensão de execução pelo Senado. É que essa súmula conferirá interpretação vinculante à decisão que declara a inconstitucionalidade sem que a lei declarada inconstitucional tenha sido eliminada formalmente do ordenamento jurídico (falta de eficácia geral da decisão declaratória de inconstitucionalidade). Temse efeito vinculante da súmula, que obrigará a Administração a não mais aplicar a norma objeto da declaração de inconstitucionalidade. Portanto, dada a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei nº 8.212/91, não há como considerar ser de dez anos o prazo para efetuar o lançamento. Assim teremos que fazer a fundamentação com base no CTN, obrigatoriamente. O CTN preceitua duas formas para se contar o prazo decadencial, na primeira delas o termo de início deve coincidir com data de ocorrência do fato gerador, quando o sujeito passivo tenha antecipado o pagamento, e, na segunda, o termo inicial é o 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento já poderia ter sido efetuado, quando não tiver havido antecipação de pagamento ou ainda houver sido verificada a existência de dolo, fraude ou simulação, por parte do sujeito passivo. Nesse caso, não há que se falar em pagamento ou não. Com relação ao mérito, especificamente quanto ao prazo decadencial para lançamento dos créditos tributários nos casos de tributos cujo lançamento é por homologação, é de se destacar que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça já se posicionou quanto à matéria na sistemática do artigo 543C do Código de Processo Civil, ou seja, através da análise dos chamados “recursos repetitivos”. O precedente proferido tem a seguinte ementa: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. 1. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ Fl. 651DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 16327.001254/200434 Acórdão n.º 930301.997 CSRFT3 Fl. 628 5 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005). 2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontrase regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210). 3. O dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelandose inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Codex Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto Xavier, "Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro", 3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano Amaro, "Direito Tributário Brasileiro", 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199). 5. In casu, consoante assente na origem: (i) cuidase de tributo sujeito a lançamento por homologação; (ii) a obrigação ex lege de pagamento antecipado das contribuições previdenciárias não restou adimplida pelo contribuinte, no que concerne aos fatos imponíveis ocorridos no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994; e (iii) a constituição dos créditos tributários respectivos deuse em 26.03.2001. 6. Destarte, revelamse caducos os créditos tributários executados, tendo em vista o decurso do prazo decadencial qüinqüenal para que o Fisco efetuasse o lançamento de ofício substitutivo. 7. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 973733/SC, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/08/2009, DJe 18/09/2009) (grifos e destaques nossos) Com isso, restou consolidado no âmbito do Egrégio Superior Tribunal o entendimento de que, nos casos de tributos cujo lançamento é por homologação e não há Fl. 652DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 pagamento, o termo inicial do prazo decadencial é o previsto no inciso I do artigo 173 do CTN, e não no § 4º do artigo 150 do mesmo Código. O Regimento Interno do CARF, por sua vez, na redação dada recentemente pela Portaria MF nº 586, de 21/12/2010, tem os seguintes comandos nos seus artigos 62 e 62 A: Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária definitiva do Supremo Tribunal Federal; ou II que fundamente crédito tributário objeto de: a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002; b) súmula da AdvocaciaGeral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar n° 73, de 1993; ou c) parecer do AdvogadoGeral da União aprovado pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar n° 73, de 1993. Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B.} § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. (grifos e destaques nossos) Verificase, assim, que a referida decisão do Egrégio Superior Tribunal de Justiça deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Esta parte do voto foi baseada em voto anterior do Conselheiro Rodrigo Cardoso Miranda. Por estar muito bem fundamentada, uso aqui os vetores básicos do colega de conselho. Não havendo pagamento, nos termos da jurisprudência do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, aplicase ao presente caso o disposto no inciso I do artigo 173 do Código Tributário Nacional. Como a exigência fiscal relativa à Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira Fl. 653DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 16327.001254/200434 Acórdão n.º 930301.997 CSRFT3 Fl. 629 7 CPMF, se deu em relação aos fatos geradores ocorridos no período de 02/07/1997 a 23/06/2004, consubstanciada no Auto de Infração de fls. 64/93, lavrado em 21/09/2004, considerase decaído os débitos referentes ao período de 02/07/1997 a 31/12/1998. Tratase portanto de decadência parcial somente em relação ao período retro citado. Quanto à questão do lançamento de juros de mora, não há como contestar a sua legalidade, vez que não foram efetuados os depósitos do montante integral. Assim não há que se falar em exclusão da aplicação dos juros de mora. Em conformidade com o art. 161 do CTN, apenas o depósito judicial suspende a incidência de juros de mora, senão vejamos: Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. Esse entendimento encontrase acordo com a jurisprudência administrativa e judicial, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO RECURSO ESPECIAL FGTS EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL DEPÓSITO JUDICIAL LEVANTAMENTO JUROS MORATÓRIOS INDEVIDOS. 1. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não deve incidir juros moratórios se depositado o valor do débito em conta judicial. 2. Recurso especial provido. (REsp 1097892/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/06/2009, DJe 29/06/2009) No âmbito deste CARF o assunto também se encontra pacificado, conforme depreendese do acórdão nº 20309.322, in verbis: NORMAS PROCESSUAIS — CRÉDITO TRIBUTÁRIO — EXIGIBILIDADE SUSPENSA — AUTO DE INFRAÇÃO —. LAVRATURA — POSSIBILIDADE A Lei n°9.430/96, art. 63, prevê a lavratura do auto de infração para prevenir a decadência relativamente a crédito tributário com a exigibilidade suspensa. DEPÓSITO JUDICIAL — JUROS DE MORA — INAPLICABILIDADE — Descabe lançar juros de mora sobre valores cobertos por depósito judicial. Recurso parcialmente provido. No mesmo sentido o acórdão nº 10808.506, julgado na sessão de 19/10/2005: Fl. 654DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 8 JUROS DE MORA — LIMINAR E DEPÓSITO — Indevidos os juros de mora quando o contribuinte esteja albergado por decisão judicial com depósito integral. Recurso provido. Por fim, definitivamente afastando os juros de mora quando o crédito tributário estiver assegurado com depósito judicial, consta a Súmula nº 5, deste colendo CARF: Súmula CARF nº 5: São devidos juros de mora sobre o crédito tributário não integralmente pago no vencimento, ainda que suspensa sua exigibilidade, salvo quando existir depósito no montante integral. (grifado). Portanto, uma vez que está comprovada que não houve o depósito judicial do valor integral do crédito tributário, dentro do prazo de vencimento do tributo, deve ser mantida a incidência de juros de mora, posto que o valor depositado foi inferior ao apurado pela RFB e não cabe ao contribuinte determinar qual o valor a ser depositado, mas sim depositar o montante exigido pela administração tributária eis que esse valor é que se configura no objeto do litígio. Com efeito, para que tenha o efeito de suspensão da exigibilidade do crédito tributário e a fluência dos juros de mora, o depósito tem que corresponder àquilo que o fisco exige do contribuinte, ou seja, tem que ser suficiente para garantir o crédito tributário, acautelando os interesses da Fazenda Pública. Também não há que se falar em pagamento de juros proporcionais ao valor não depositado, eis que o CTN é muito claro ao dizer que a suspensão da exigibilidade se dá pelo depósito do montante integral. A jurisprudência é pacífica nesse sentido. Vejamos alguns exemplos: “DEPÓSITO PRÉVIO DO VALOR CORRESPONDENTE À EXIGÊNCIA FISCAL. Tratase de medida que tem o efeito de inibir o ajuizamento...” STJ, 2ª T., Resp 91.001084/SP, Min. Ilmar Galvão, maio/91) TRIBUTARIO. SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE DE CREDITO. FIANÇA BANCARIA. CTN, ART. 151, I, SUMULA 112/STJ. 1 SOMENTE O DEPOSITO JUDICIAL EM DINHEIRO, SUSPENDE A EXIGIBILIDADE DO CREDITO TRIBUTARIO (SUMULA 112/STJ). 2 RECURSO IMPROVIDO. (REsp 43101/DF, Rel. Ministro MILTON LUIZ PEREIRA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/08/1995, DJ 04/09/1995, p. 27803) Fl. 655DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 16327.001254/200434 Acórdão n.º 930301.997 CSRFT3 Fl. 630 9 DEPÓSITO DO MONTANTE CONTROVERTIDO. CTN, ART. 151, II. O montante integral do crédito tributário a que se refere o art. 151, II, do CTN, é aquele exigido pela fazenda pública, e não aquele reconhecido pelo sujeito passivo da obrigação tributária. (STJ 2ª T., Resp 69.648/SP, ARI PARGENDLER, Ago/1997) DEPÓSITO EM GARANTIA DO JUÍZO. INTEGRALIDADE. LIBERAÇÃO... O depósito de que trata o art. 151, II, do CTN, pode ser feito independentemente de autorização judicial. Independe assim, da propositura de ação cautelar. De qualquer modo, só suspende a exigibilidade do crédito tributário quando integral, vale dizer, da quantia correspondente ao que o credor pretende receber, sendo inadmissível qualquer disputa a respeito de seu valor... (TRF 5, 1ª T., AG 0502386. Rel. Juiz Hugo de Brito Machado) Por conseguinte, em face de todo o exposto, com base no artigo 62A do RICARF, voto no sentido de dar provimento parcial ao recurso interposto pelo sujeito passivo para reconhecer a decadência dos débitos referentes ao período de 02/07/1997 a 31/12/1998, tornado insubsistente o Auto de Infração em relação a esse período. É como voto. Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Relator Fl. 656DF CARF MF Impresso em 09/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/08/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 16/08/2 012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 10675.902091/2008-04
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 05 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Mar 27 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2002
PAF- RECURSO DE OFÍCIO EM FACE DE DECISÃO QUE HOMOLOGOU INTEGRALMENTE A COMPENSAÇÃO.
Conforme dispõem os artigo 27 da Lei nº 10.522/02 e 79 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, não cabe recurso de ofício da decisão que considerar procedente manifestação de inconformidade em processos relativos a restituição, ressarcimento, reembolso ou compensação.
Numero da decisão: 1401-000.911
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso de ofício
(ASSINADO DIGITALMENTE)
Jorge Celso Freire da Silva - Presidente.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
Karem Jureidini Dias- Relatora.
EDITADO EM: 26/12/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (presidente da turma), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Karem Jureidini Dias.
Matéria: RF06 - C01 - Fazendária - Compensação
Nome do relator: KAREM JUREIDINI DIAS
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso de ofício (ASSINADO DIGITALMENTE) Jorge Celso Freire da Silva - Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE) Karem Jureidini Dias- Relatora. EDITADO EM: 26/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (presidente da turma), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Karem Jureidini Dias.
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ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2002 PAF RECURSO DE OFÍCIO EM FACE DE DECISÃO QUE HOMOLOGOU INTEGRALMENTE A COMPENSAÇÃO. Conforme dispõem os artigo 27 da Lei nº 10.522/02 e 79 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, não cabe recurso de ofício da decisão que considerar procedente manifestação de inconformidade em processos relativos a restituição, ressarcimento, reembolso ou compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso de ofício (ASSINADO DIGITALMENTE) Jorge Celso Freire da Silva Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE) Karem Jureidini Dias Relatora. EDITADO EM: 26/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (presidente da turma), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Karem Jureidini Dias. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 67 5. 90 20 91 /2 00 8- 04 Fl. 459DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS, Assinado digitalmente em 20/03/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS 2 Relatório Tratase de Recurso de Ofício interposto em face do Acórdão n° 0938.067 de 07/12/2011, proferido pela 2ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Juiz de Fora – MG. A DRFUBE/MG emitiu Despacho Decisório Eletrônico (fl. 61), no qual homologou parcialmente as compensações pleiteadas pelo contribuinte, sob o argumento de que o direito creditório reconhecido (Saldo Negativo do IRPJ do anocalendário de 2002), no valor de R$ 15.723.613,60, não foi suficiente para homologação integral dos débitos declarados nas PER/DCOMP´s. A confirmação parcial do Saldo Negativo do Contribuinte se deveu ao fato de constarem retenções na fonte no montante de R$ 22.030.286,53 ao passo que o contribuinte informou um total de R$ 23.258.316,95. Por não concordar com o Despacho Decisório, o contribuinte apresentou manifestação de inconformidade (fls. 86/95) alegando, em suma, que a diferença apontada no Despacho se referia ao valor recolhido de IRRF proveniente das comissões e corretagens pagas à Pessoa Jurídica, o qual foi desconsiderado pela Autoridade Fiscal. Vejamos o cerne da questão conforme alegação do contribuinte: As receitas por ela adquirida são conceituadas como comissões relativas à administração de cartão de crédito, se enquadrando na hipótese do art. 53, inciso I, da Lei 7.450/1985. Nessa situação – diferentemente de outras hipóteses de IRRF, em que a fonte pagadora é quem efetua a retenção dos respectivos valores – é a beneficiária dos rendimentos que recolhe o IRRF devido. Portanto recolheu o IRRF incidente sobre as comissões recebidas dos seus estabelecimentos filiados (lojistas), como disciplinado na IN SRF 153/1987. Assim, no decorrer do ano calendário 2002, recolheu IRRF (código de receita 8045), a título de comissão pela administração de cartão de crédito American Express, paga pelos seus estabelecimentos filiados (lojas), no valor de R$ 2.253.456,42, tendo devidamente declarado tais valores em sua DIPJ; A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Juiz de Fora julgou procedente, por unanimidade dos votos, a manifestação de inconformidade do contribuinte, homologando as compensações declaradas e extinguindo todos os débitos objeto das DCOMP`s relacionadas ao Despacho Decisório n° 845332509 (fls. 181/190), em decisão que restou assim ementada: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA. Data do fato gerador: 28/01/2004 COMPENSAÇÃO A homologação da compensação declarada é cabível quando comprovado o direito creditório a ela vinculado. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 28/01/2004 NULIDADE. Fl. 460DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS, Assinado digitalmente em 20/03/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS Processo nº 10675.902091/200804 Acórdão n.º 1401000.911 S1C4T1 Fl. 3 3 Não procedem as arguições de nulidade quando não se vislumbra no procedimento fiscal qualquer das hipóteses previstas no art. 59 do Decreto nº 70.235/72. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE IRRF Ano calendário: 2002 COMISSÕES E CORRETAGENS PAGAS À PESSOA JURÍDICA. O recolhimento do IRRF, relativo ao código de receita 8045, deverá ser efetuado pela pessoa jurídica que receber de outras pessoas jurídicas importâncias a título de comissões e corretagens relativas à administração de cartões de crédito. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Ano calendário: 2002 DECADÊNCIA A decadência se reporta ao lançamento de crédito tributário, não operando efeitos sobre a comprovação da liquidez e certeza do direito creditório que a contribuinte pretende recuperar. Manifestação de Inconformidade Procedente Direito Creditório Reconhecido Uma vez que os débitos compensados superaram o limite de R$ 1.000.000,00, a DRJ, seguindo o disposto no artigo 34 do Decreto n° 70.235, de 6 de março de 1972 (com alterações introduzidas pela Lei n° 9.532, de 10 de dezembro de 1997) e Portaria MF n° 3, de 3 de janeiro de 2008, determinou a remessa de ofício ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. É o relatório Voto Conselheira Karem Jureidini Dias Em primeiro lugar, a despeito de a exoneração superar o limite de alçada para remessa de ofício, entendo que não deve ser conhecido o recurso de ofício, em razão da previsão do artigo da Lei nº 10.522, o qual assim dispõe: Art. 27. Não cabe recurso de ofício das decisões prolatadas, pela autoridade fiscal da jurisdição do sujeito passivo, em processos relativos a restituição de impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal e a ressarcimento de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados. Fl. 461DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS, Assinado digitalmente em 20/03/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS 4 Nesse sentido, e mais detalhadamente, prevê a instrução normativa Instrução Normativa RFB nº 1.300, de 20 de novembro de 2012 prevê: Art. 79. Não caberá recurso de ofício da decisão que considerar procedente manifestação de inconformidade em processos relativos a restituição, ressarcimento, reembolso ou compensação. Se assim é, considerando que o recurso de ofício versa justamente sobre o reconhecimento, no acórdão proferido pela DRJ, de saldo a restituir utilizado para compensação, então homologada, voto pelo NÃO CONHECIMENTO do Recurso de Ofício, encerrandose então definitivamente a lide com a homologação das compensações declaradas nas PER/DCOMP`s. (ASSINADO DIGITALMENTE) Karem Jureidini Dias – Relatora. Fl. 462DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS, Assinado digitalmente em 20/03/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS
score : 1.0
Numero do processo: 10166.721395/2009-95
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 19 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Mar 12 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2004 a 31/12/2004
BOLSAS DE ESTUDO EM DESACORDO COM A LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. BASE DE CÁLCULO.
O pagamento de bolsas de estudo em desacordo com a legislação previdenciária - alínea tdo § 9° do art. 28 da lei 8.212/91, se constitui em salário de contribuição.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2803-002.063
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a). Vencidos os Conselheiros Gustavo Vettorato e Eduardo de Oliveira.
assinado digitalmente
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
assinado digitalmente
Oséas Coimbra - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato. Ausente momentaneamente o conselheiro Amílcar Barca Teixeira Júnior.
Nome do relator: OSEAS COIMBRA JUNIOR
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BASE DE CÁLCULO. O pagamento de bolsas de estudo em desacordo com a legislação previdenciária alínea “t”do § 9° do art. 28 da lei 8.212/91, se constitui em salário de contribuição. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a). Vencidos os Conselheiros Gustavo Vettorato e Eduardo de Oliveira. assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 72 13 95 /2 00 9- 95 Fl. 211DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10166.721395/200995 Acórdão n.º 2803002.063 S2TE03 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato. Ausente momentaneamente o conselheiro Amílcar Barca Teixeira Júnior. Fl. 212DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10166.721395/200995 Acórdão n.º 2803002.063 S2TE03 Fl. 4 3 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da Delegacia da Secretaria da Receita Federal do Brasil de Julgamento, que manteve a notificação fiscal lavrada, referente a contribuições devidas em razão de pagamentos de bolsas de estudos aos dependentes dos segurados empregados, as quais foram consideradas como salário de contribuição – parte do segurado. A DecisãoNotificação – fls 186 e ss, conclui pela procedência parcial da impugnação apresentada, retificando a Notificação lavrada devido a decadência reconhecida. Inconformada com a decisão, apresenta recurso voluntário tempestivo, alegando, em síntese, o seguinte : · Já havia sido fiscalizada em junho de 2005, quando não foram apurados débitos, sendo que tal situação só poderia ser revista nas hipóteses do art. 145,146 e 149 do CTN · Os valores referentes às bolsas de estudo não são tributáveis. Isto porque são de educação básica, encontrandose na exceção da alínea “t”do § 9° do art. 28 da lei 8.212/91 · A natureza jurídica da bolsa de estudos não é salário. · Pugna pelo provimento do recurso, com a declaração de improcedência do lançamento e, alternativamente, o afastamento do lançamento pelo fato de bolsas de estudo não serem base de cálculo de contribuição patronal previdenciária. É o relatório. Fl. 213DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10166.721395/200995 Acórdão n.º 2803002.063 S2TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Oséas Coimbra Acerca de preclusão alegada, temos que não assiste razão a recorrente. O fato de já ter sido fiscalizada em 29.06.2005 em nada altera a ocorrência do fato gerador sub examine. A fiscalização tributária, a qualquer momento, constatando a ocorrência do fato gerador, pode efetuar o lançamento, sendo irrelevante a ocorrência de outros procedimentos fiscais com o mesmo desiderato, inclusive os Termos de Encerramento entregues aos contribuintes sob ação fiscal, sempre ressalvam que, a qualquer tempo, importâncias consideradas devidas podem ser apuradas. Acrescentese que, como pontuado pela recorrente, na ação anterior não houve lançamento algum, o que indica que não estamos a falar de revisão de lançamento, ou lançamento em duplicidade, quando se poderiam discutir as razões das supostas imperfeições do lançamento anterior. Quanto ao mérito, tenho que a interpretação do Auditor autuante está de acordo com o previsto na lei 8.212/91. O pagamento de bolsas aos dependentes dos empregados não se enquadra na exceção prevista na alínea “t” do Art. 28 § 9° da prefalada norma legal, senão vejamos. Art. 28 .... § 9° Não integram o saláriodecontribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: ( ... ) t) O valor relativo a plano educacional que vise à educação básica. nos termos do Art. 21 da Lei n° 9.394. de 20 de dezembro de 1996. e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; Alínea acrescentada pela MP n° 1.59614, de 10/11/97 e convertida na Lei n° 9.528, de 10/12/97 Redação dada pela Lei n° 9.711, de 20.11.98 Do exposto, não vislumbro como enquadrar as verbas pagas na exceção legal, que diz respeito a bolsas oferecidas aos próprios empregados e não a seus dependentes. Fl. 214DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10166.721395/200995 Acórdão n.º 2803002.063 S2TE03 Fl. 6 5 CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por conhecer do recurso e, no mérito, negolhe provimento. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Fl. 215DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR
score : 1.0