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Numero do processo: 14112.720226/2011-39
Turma: Segunda Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 03 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Dec 18 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício:2010, 2011
ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CONFLITO DE LAUDOS QUANTO A DATA DE INÍCIO DA DOENÇA SOLUCIONADO COM REAVALIAÇÃO DA JUNTA DE SAÚDE REQUERIDA PELO MINISTÉRIO DA FAZENDA. INÍCIO DA DOENÇA EM DATA POSTERIOR AO ANO-CALENDÁRIO OBJETO DA AUTUAÇÃO. PROCEDÊNCIA DA RECLASSIFICAÇÃO DOS RENDIMENTOS EFETUADA PELO FISCO.
A isenção de imposto de renda dos rendimentos de aposentadoria percebidos pelos portadores de moléstia grave descrita no inciso XIV do art. 6º da lei 7.713/1988, quando a patologia for comprovada, mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estado, do Distrito Federal ou dos Municípios, aplica-se somente a partir do mês em que o laudo pericial indicar como de início da doença, ou na falta dessa indicação, a data de emissão do laudo. No caso dos autos, o conflito de datas entre dois laudos médicos foi solucionado com a reavaliação da Junta de Saúde requerida pelo Ministério da Fazenda que de forma fundamentada atestou que a cardiopatia somente teve início em data posterior à do ano-calendário objeto do lançamento, o que legitima a reclassificação de rendimentos para tributáveis realizada no lançamento.
Recurso voluntário negado.
Numero da decisão: 2802-003.279
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário nos termos do voto do Relator.
(Assinado digitalmente)
Jorge Claudio Duarte Cardoso Presidente e Relator.
EDITADO EM: 10/12/2014
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Jaci de Assis Júnior, Ronnie Soares Anderson, Carlos André Ribas de Mello e Jorge Cláudio Duarte Cardoso (Presidente). Ausente justificadamente a Conselheira Julianna Bandeira Toscano.
Nome do relator: JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO
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MOLÉSTIA GRAVE. CONFLITO DE LAUDOS QUANTO A DATA DE INÍCIO DA DOENÇA SOLUCIONADO COM REAVALIAÇÃO DA JUNTA DE SAÚDE REQUERIDA PELO MINISTÉRIO DA FAZENDA. INÍCIO DA DOENÇA EM DATA POSTERIOR AO ANOCALENDÁRIO OBJETO DA AUTUAÇÃO. PROCEDÊNCIA DA RECLASSIFICAÇÃO DOS RENDIMENTOS EFETUADA PELO FISCO. A isenção de imposto de renda dos rendimentos de aposentadoria percebidos pelos portadores de moléstia grave descrita no inciso XIV do art. 6º da lei 7.713/1988, quando a patologia for comprovada, mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estado, do Distrito Federal ou dos Municípios, aplicase somente a partir do mês em que o laudo pericial indicar como de início da doença, ou na falta dessa indicação, a data de emissão do laudo. No caso dos autos, o conflito de datas entre dois laudos médicos foi solucionado com a reavaliação da Junta de Saúde requerida pelo Ministério da Fazenda que de forma fundamentada atestou que a cardiopatia somente teve início em data posterior à do anocalendário objeto do lançamento, o que legitima a reclassificação de rendimentos para tributáveis realizada no lançamento. Recurso voluntário negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário nos termos do voto do Relator. (Assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 14 11 2. 72 02 26 /2 01 1- 39 Fl. 244DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 10 /12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 2 Jorge Claudio Duarte Cardoso – Presidente e Relator. EDITADO EM: 10/12/2014 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Jaci de Assis Júnior, Ronnie Soares Anderson, Carlos André Ribas de Mello e Jorge Cláudio Duarte Cardoso (Presidente). Ausente justificadamente a Conselheira Julianna Bandeira Toscano. Relatório Este processo teve início com pedido de restituição de Imposto de Renda Retido na Fonte sobre 13º salário e juros de mora no período entre a data da retenção e 30 de abril do ano seguinte, referente aos anocalendário 2009 e 2010. A Receita Federal solicitou ao Serviço Médico do Ministério da Fazenda (fls.65/66) que se manifestasse sobre o Laudo Pericial emitido pela FUNSAUMS, a fim de dirimir divergência entre a data de início da doença assinalada nesse laudo emitido em 06/06/2011 (fls. 68) e a que constou de Laudo emitido pela Junta Médica Regional do MF/MS emitido em 29/06/2011 (fls. 70). A resposta da Junta Médica consta às fls. 74. Foi juntado acórdão da DRJ proferido no processo 1014.721531/201231 que tratou do exercício 2010, analisando a mesma questão sob a perspectiva de impugnação que desafiou lançamento de omissão de rendimentos. A Receita Federal indeferiu o pedido de restituição (fls. 82/88), em síntese, pelos fundamentos abaixo: a) em atendimento à diligência proposta, a Junta Oficial em Saúde reavaliou o paciente, ora requerente, em 07/12/2011, sendo que os três médicos componentes da Junta Oficial em Saúde foram unânimes na conclusão que o requerente apresentou progressão de seu estado de saúde, somente se enquadrando nos termos técnicos de cardiopatia grave, previsto no Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal, a partir de 29/06/2011; b) o Acórdão nº 1250.656 – 20ª Turma da DRJ/RJ1 juntado de fls. 75/81, que apreciou a impugnação da Notificação de Lançamento relativo ao IRPF, exercício 2010, ano calendário 2009, consignou que deve ser tomado como termo inicial da existência da moléstia a data de 29/06/2011 e, por consequência, não há como se reconhecer a isenção para os rendimentos auferidos no ano calendário de 2009; e c) concluiu que o contribuinte passou a ser considerado portador de cardiopatia grave, somente a partir de Fl. 245DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 10 /12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 14112.720226/201139 Acórdão n.º 2802003.279 S2TE02 Fl. 245 3 29/06/2011, ou seja, somente nessa data preencheuse os requisitos do direito à isenção do IRPF Na manifestação de inconformidade, acompanhada dos documentos de fls. 104/135, o contribuinte alegou: a) que é funcionário aposentado do Banco do Brasil e da Receita Federal do Brasil. Relativamente ao Banco do Brasil, depois de aposentado, passou a receber seus proventos por meio da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil; b) que em 2011, por meio de laudo médico, descobriu que era portador de cardiopatia grave, desde junho de 2008. Em seguida, apresentou Declaração de Ajuste Anual retificadora informando como isentos os rendimentos de aposentadoria objeto da infração; c) elabora histórico sobre a moléstia grave diagnosticada. Ressalta a divergência da data de início da doença entre os laudos apresentados. O laudo médico emitido pelo Hospital Regional do Mato Grosso do Sul afirma que a doença foi diagnosticada em junho de 2008. As juntas médicas da SAMF/MS e do INSS/ SIASS/MS confirmam que a moléstia grave teve início em 29/6/2011. d) recorre à legislação que estabelece os requisitos para usufruir a isenção por moléstia grave, à jurisprudência administrativa e do Poder Judiciário, para discordar da data de início da moléstia grave em 29/6/2011; e e) discorre sobre os procedimentos adotados para conseguir os laudos oficiais apresentados, menciona laudos expedidos por médicos particulares, para em seguida, concluir que a data correta do início da doença é a do laudo medico elaborado pelo Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, ou seja, junho de 2008, por ser mais benéfica ao contribuinte. A impugnação foi indeferida, em síntese, pelas seguintes razões: a) o pedido de pericia foi rejeitado por ser prescindível, e porque cabia ao contribuinte apresentar as provar que amparam suas alegações; b) laudos médicos e exames emitidos por médicos e serviços particulares, como os de fls. 110/112 e 131/165, não servem para comprovar moléstia grave para fins de isenção do imposto de renda, pois há dispositivo legal que exige laudo expedido por serviço médico oficial, cita e transcreve §4º e caput do artigo 39 do Decreto nº 3000/1999; c) a Reavaliação da Junta Oficial em Saúde do INSS – SIASS/MS confirma que o contribuinte é portador de cardiopatia grave apenas a partir de 29/6/2011; d) compulsando os documentos trazidos aos autos, fls. 65/66, 73/74 e 120/123, constatase que a Gerência Executiva do INSS de Campo Grande – SIASS/MS, por intermédio de três médicos, ao realizar nova perícia a Fl. 246DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 10 /12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 4 pedido do contribuinte para alterar a data do diagnóstico, por unanimidade, ratificou a data de 29/6/2011 como a de início da cardiopatia grave; e) a Junta Médica do INSS/SIASS/MS explica que avaliou o contribuinte aposentado e todos os exames complementares, como exige o Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público, concluindo que antes de 29/6/2011 seu estado de saúde não se enquadrava nos termos técnicos de cardiopatia grave (fls. 120/123); f) Esclarece a Junta Médica do INSS/SIASS/MS que, sendo a medicina uma ciência dinâmica, alterações podem motivar o agravamento do quadro clínico, o que foi constatado no caso do Interessado, por meio de reavaliação ocorrida em 29/6/2011, quando foi notada a presença de cardiopatia grave a partir da data da reavaliação, fls. 120/123; ao analisar o conflito de datas, a Junta Médica do SIASS/MS, atendendo a diligência, recusou a data de junho de 2008 como o início do diagnóstico e ratificou o termo inicial em 29/6/2011; g) Inexiste nos autos prova hábil a contestar o laudo que ratificou o termo inicial da doença em 29/6/2011 para fins de isenção do imposto de renda; h) as decisões apontadas pelo contribuinte não tem eficácia vinculante neste processo administrativo fiscal. A ciência do acórdão ocorreu em 21/08/2013 e o recurso voluntário foi interposto no dia 20/09/2013 baseado nas alegações abaixo resumidas: 1. o rendimento objeto da autuação é isento por ser proventos de portador de moléstia grave, condição já reconhecida pelo Fisco, restando em discussão o início da isenção pois houve conflito entre dois laudos; 2. junta laudo pericial emitido pela Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso, serviço médico oficial, que atesta o início da doença em 2008, ao invés de janeiro de 2008, o que era a intenção da Junta, mas no texto do laudo há menção à existência de hipertensão de longa data e de outras doenças, bem como afirmação de que houve piora há três anos; com o laudo é de 06/06/2011, podese concluir que a doença teve início pelo menos em 06/06/2008; 3. descreve os procedimentos para elaboração dos laudos, a transformação do serviço médico oficial da SAMF/MS, que após reestruturação teve a equipe de médicos deslocada para o INSS/MS; informa que o laudo da SAMF/MS pecou por não indicar a data de início da Fl. 247DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 10 /12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 14112.720226/201139 Acórdão n.º 2802003.279 S2TE02 Fl. 246 5 doença, haja vista que a doença não poderia iniciar exatamente na data da perícia, e sim, ao menos, na data dos exames que a justificaram; não foi periciado quando se aposentou na Receita Federal em 16/03/2009, por isto não foi reconhecida a doença anterior àquela data; foi admitido o laudo mais prejudicial ao recorrente e que não foi feito por cardiologistas e que examinaram o paciente por pouco mais de 5 minutos e não realizaram qualquer exame; 4. a cardiopatia grave é doença progressiva, não é certo considerála existente na data do laudo; 5. A Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul, que forneceu um dos laudos foi instituída pelo Decreto Estadual n° 10.204, de 11/01/2001 e administra o Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, mais conhecido como Hospital Rosa Pedrossian que é estadual, onde foi realizada a perícia no contribuinte por cardiologistas; somente este laudo já seria prova suficiente da doença, a partir de junho de 2008 e é incontestável, sob o ponto de vista legal, principalmente por ter duas aposentadorias; cita a Súmula CARF nº 63 e precedentes do STJ, alega ter juntado declaração do cardiologista que o acompanha, que atesta o início da doença em janeiro de 2008, alega ter juntado também partes de exames realizados ao longo do tempo; e 6. rejeita a conclusão do laudo da SAMF/MS que atestou a cardiopatia grave apenas a partir de 29/06/2011. Não foram juntados os documentos comprobatórios mencionados na peça recursal. Requereu prioridade de tramitação com base no Estatuto do Idoso. É o relatório. Voto Conselheiro Jorge Claudio Duarte Cardoso, Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, dele devese tomar conhecimento. O litígio referese exclusivamente à data em que tem início a isenção, se em 29/06/2011 como consignado no acórdão recorrido, que se baseou na informação da Junta Fl. 248DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 10 /12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 6 Médica do INSS/SIASS/MS (fls. 123), ou em janeiro de 2008, como sustentado pelo recorrente. Nesta mesma sessão de julgamento esta Turma Julgadora julgou o processo 10140.721531/201231, que trata da mesma questão, tendo decidido que, para fins da isenção, a cardiopatia grave somente pode ser considerada a partir de 29/06/2011. Adoto os mesmos fundamentos empregados naquele processo. O laudo de fls. 68 foi emitido em 06/06/2011 por médico cardiologista da Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul – FUNSAU/MS, atesta a cardiopatia grave desde 2008. O recorrente foi aposentado pelo INSS, em 1991, por tempo de serviço (fls. 9) e na Receita Federal na modalidade de aposentadoria compulsória aos 70 anos, em 2009 (fls. 10/11). O recorrente requereu a suspensão da retenção do imposto de renda à Gerência Regional de Administração do Ministério da Fazenda em Mato Grosso do Sul e expedição de laudo médico para apresentação à Receita Federal (fls. 115/116) , em razão do que foi submetido a exame médico pericial pelo Setor Médico da Coordenação Geral de Seguridade Social e Benefícios do Servidor, cuja conclusão foi a existência da cardiopatia grave, a contar de 29/06/2011, data da expedição desse laudo (fls. 70). Discordando da referida conclusão da Junta Médica que expediu o laudo de 29/06/2011, o recorrente recorreu à Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda, em 14/02/2011(fls. 117/119). O Superintendente de Administração do Ministério da Fazenda em Mato Grosso do Sul encaminhou o resultado da reavaliação da Junta Médica Oficial de Saúde do Ministério da Fazenda, solicitada pela Receita Federal, relativamente à apreciação do laudo da FUNSAU/MS (fls.120) e a confirmação ou não do laudo de exame pericial emitido pelo Setor Médico da Coordenação Geral de Seguridade Social e Benefícios do Servidor (fls. 70). O acórdão recorrido fundamentouse no resultado dessa reavaliação, juntado às fls. 123. Não há nos autos qualquer laudo oficial posterior a este. O recurso voluntário representa um inconformismo com a conclusão do laudo de reavaliação da perícia médica oficial realizada pelo Ministério da Fazenda, a qual abordou exatamente a questão ora submetida à apreciação desta Turma Julgadora. O inconformismo do recorrente com a perícia médica já foi adequadamente apreciado pela própria perícia médica oficial requerida pelo Ministério da Fazenda e realizada pela Perícia Médica do INSS que ratificou a decisão de que a doença somente pode ser classificada como cardiopatia grave a partir de 29/06/2011, demonstrando fundamentos suficientes para que esse laudo prevaleça sobre aquele da FUNSAU/MS. Anotese que a Junta Médica requerida pelo Ministério da Fazenda pronunciouse três vezes, em 22/09/2010, em 29/06/2011 e 07/12/2011. Transcrevese o que foi informado em relação à perícia médica realizada em 22/09/2010: Fl. 249DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 10 /12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 14112.720226/201139 Acórdão n.º 2802003.279 S2TE02 Fl. 247 7 A Junta Oficial em Saúde avaliou o aposentado e todos os exames complementares anexados ao processo, em 16/09/2010, conforme preconiza o Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal e concluiu em 22/09/2010 não se enquadrar nos termos médicos de cardiopatia grave, considerando estar o requerente na Classe Funcional Grau I conforme critérios da New York Heart Association (NYHA). (fls. 123) Nas perícias seguintes a Junta reconheceu a cardiopatia grave a contar de 29/06/2011 em razão da progressão da doença, a última foi ainda mais específicas pois foi solicitada para uma reavaliação em que devia levar em conta o laudo de fls. 68, documento chave da alegação do recorrente. A junta Médica na reavaliação concluiu: “os três médicos foram unânimes na conclusão de que o requerente apresentou progressão de seu estado de saúde, somente se enquadrando nos termos propostos no Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal, a partir de 29/06/2011. O acórdão recorrido não merece qualquer reparo, a respectiva fundamentação é adicionada às razões de decidir o recurso voluntário. Vejamos: Impende deixar em relevo que laudos médicos e exames emitidos por médicos e serviços de saúde particulares, como os de fls. 110/112 e 131/135, não servem para comprovar moléstia grave para fins de isenção do imposto de renda, haja vista que o dispositivo legal antes transcrito exige que referidos documentos sejam expedidos por médicos vinculados a serviço de saúde oficial (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). A motivação da omissão apurada está evidenciada na descrição dos fatos, qual seja, a Reavaliação da Junta Oficial em Saúde do INSS – SIASS/MS, encaminhada mediante Memorando 54/GAB/SAMF/MS, confirmando que o contribuinte é portador de cardiopatia grave apenas a partir de 29/6/2011. Em que pese os argumentos expostos pelo interessado em sua peça de resistência, compulsando os documentos trazidos aos autos, fls. 65/66, 73/74 e 120/123, constatase que a Gerência Executiva do INSS de Campo Grande – SIASS/MS, por intermédio de três médicos, ao realizar nova perícia a pedido do contribuinte para alterar a data do diagnóstico, por unanimidade, ratificou a data de 29/6/2011 como a de início da cardiopatia grave. A Junta Médica do INSS/SIASS/MS explica que avaliou o contribuinte aposentado e todos os exames complementares, como exige o Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público, concluindo que antes de 29/6/2011 seu estado de saúde não se enquadrava nos termos técnicos de cardiopatia grave, fls. 120/123. Esclarece a Junta Médica do INSS/SIASS/MS que, sendo a medicina uma ciência dinâmica, alterações podem motivar o agravamento do quadro clínico, o que foi constatado no caso do Interessado, por meio de reavaliação ocorrida em 29/6/2011, Fl. 250DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 10 /12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 8 quando foi notada a presença de cardiopatia grave a partir da data da reavaliação, fls. 120/123. Ao analisar o conflito de datas, a Junta Médica do SIASS/MS, atendendo a diligência proposta pela DRF/Campo Grande por meio do Memorando nº 84/2011/SAORT/DRF/CGE, recusou a data de junho de 2008 como o início do diagnóstico e ratificou o termo inicial em 29/6/2011. Inexiste nos autos recurso apresentado pelo impugnante no sentido de contestar o laudo que ratificou o termo inicial da doença em 29/6/2011. Nesse passo, no exercício em causa, os requisitos legais não foram cumpridos cumulativamente. O conjunto probatório apresentado reforça a decisão da autoridade tributária do Órgão de origem, que considerou a data de 29/6/2011 como o termo inicial da moléstia grave para fins de isenção do imposto de renda. No que concerne às jurisprudências invocadas, há que ser esclarecido que tais decisões, sem uma lei que lhes atribua eficácia, não constituem normas complementares do Direito Tributário. Destarte não podem ser estendidas genericamente a outros casos, pois se aplicam somente à questão em análise, vinculado as partes envolvidas naqueles litígios, à exceção das decisões do Supremo Tribunal Federal proferidas em Ações Diretas de Inconstitucionalidade ou Ações Declaratórias de Constitucionalidade, que representam formas de controle concentrado das leis. A aplicação da Súmula CARF nº 63 somente poderia levar à conclusão de que a isenção tem início somente em junho de 2011, o que não abrange o período objeto da autuação. Diante do exposto, voto por NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário. (Assinado digitalmente) Jorge Claudio Duarte Cardoso Fl. 251DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 10 /12/2014 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO
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Numero do processo: 10166.908074/2009-01
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jun 26 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Dec 15 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/01/2004 a 01/02/2006
Ementa:
RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. O recurso tem prazo inadiável de 30 dias para ser protocolizado, o desrespeito a este prazo gera intempestividade, e por conseqüência o não conhecimento deste.
Numero da decisão: 3301-001.904
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do Recurso Voluntário.
Rodrigo Possa - Presidente.
(assinado digitalmente)
Fábia Regina Freitas - Relatora.
(assinado digitalmente)
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Andrada Marcio Canuto Natal, Bernardo Motta Moreira e Fábia Regina Freitas (Relatora).
Nome do relator: FABIA REGINA FREITAS
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INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. O recurso tem prazo inadiável de 30 dias para ser protocolizado, o desrespeito a este prazo gera intempestividade, e por conseqüência o não conhecimento deste. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do Recurso Voluntário. Rodrigo Possa Presidente. (assinado digitalmente) Fábia Regina Freitas Relatora. (assinado digitalmente) Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Andrada Marcio Canuto Natal, Bernardo Motta Moreira e Fábia Regina Freitas (Relatora). Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 90 80 74 /2 00 9- 01 Fl. 50DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por FABIA REGINA FREITAS, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por FABIA REGINA FREITAS, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 2 Tratase de Recurso Voluntário interposto em face de decisão da DRJ Brasília (fl. 27/48) que julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade apresentada pelo contribuinte (fls. 01 a 16) que contrapôs ao despacho decisório que não homologou a compensação pleiteada, relativa a pagamento a maior de PIS e COFINS. O contribuinte transmitiu eletronicamente em 13/10/2006, Declaração de Compensação – DCOMP n°. 40201.10193.131006.1.3.049312, com base em suposto crédito oriundo do período de 01/2004 a 02/2006, quando foi pago “PIS e COFINS, sobre toda a receita de venda de mercadorias, sem a devida exclusão da base de calculo dos produtos monofásicos. Sendo a atividade da empresa, bar e restaurante, com grande volume de venda de chopp, cervejas e refrigerantes”. O pagamento realizado a maior ocorreu por não observância do tratamento tributário adequado descrito nos art. 49 e 50 da lei 10.833/2003. A DRF de origem emitiu Despacho Decisório Eletrônico pela não homologação da compensação, fundamentado na inexistência de crédito. De acordo com os cálculos efetuados pelo contribuinte, o valor total recolhido a maior/indevidamente, e que ora requer compensação, totalizava até a data da transmissão do PER/DCOMP a importância de R$ 93,88 (noventa e três reais e oitenta e oito centavos). Cientificada desse Despacho, a interessada apresentou sua manifestação de inconformidade. Informada do erro na apuração dos impostos, apresentou Declaração de Informações Econômico fiscais da Pessoa Jurídica DIPJ retificadora do período, corrigindo as informações referentes ao PIS e COFINS, passando a compensar os valores pagos a maior na quitação do PIS e COFINS dos meses seguintes a partir de 03/2006, por meio de PER/DCOMP. Entretanto, quando tomou conhecimento do referido Despacho Decisório, procurou o plantão fiscal da Receita Federal, com todos os documentos a respeito do assunto, sendo informada da necessidade de apresentar DCTF retificadoras. Apresentando DCTF retificadoras, solicitou a baixa dos débitos referentes aos Despachos Decisórios, colocandose à disposição para a apresentação de outros documentos. Nesse sentido, consta às fls. 19/22 que na sessão de 16/04/2012, a 4º Turma da DRJ/BSB proferiu o acórdão nº 0347.850 cuja ementa segue abaixo: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Ano calendário: 2005 APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS FEDERAIS DCTF RETIFICADORA. PROVA INSUFICIENTE PARA COMPROVAR EXISTÊNCIA DE CRÉDITO DECORRENTE DE PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. Fl. 51DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por FABIA REGINA FREITAS, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por FABIA REGINA FREITAS, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10166.908074/200901 Acórdão n.º 3301001.904 S3C3T1 Fl. 3 3 Para se comprovar a existência de crédito decorrente de pagamento a maior, comparativamente com o valor do débito devido a menor, é imprescindível que seja demonstrado na escrituração contábil fiscal, baseada em documentos hábeis e idôneos, a diminuição do valor do débito correspondente a cada período de apuração. A simples entrega de DCTF retificadora, por si só, não tem o condão de comprovar a existência de pagamento indevido ou a maior. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo à demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO. A compensação de créditos tributários (débitos do contribuinte) só pode ser efetuada com crédito líquido e certo do sujeito passivo, sendo que a compensação somente pode ser autorizada nas condições e sob as garantias estipuladas em lei; no caso, o crédito pleiteado é inexistente. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Irresignado, o contribuinte, devidamente cientificado, interpôs Recurso Voluntário as fls. 27/48 por meio do qual contesta o referido Acórdão, que segundo o seu entendimento, merece ser integralmente reformado, posto que colide com a legislação pátria e a jurisprudência aplicável ao caso. É o relatório. Voto Conselheiro Fábia Regina Freitas Preliminarmente, é dever do julgador apreciar os requisitos de admissibilidade do Recurso Voluntário. Fl. 52DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por FABIA REGINA FREITAS, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por FABIA REGINA FREITAS, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 4 O artigo 56 da Lei nº 9.784/99 confirma o direito constitucional de o contribuinte interpor recurso contra as decisões administrativas, determinando que “cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito”. Vislumbrase que tal fato busca, na verdade, o reexame da decisão por outra autoridade, a fim de obterse um aprimoramento dos julgados na fundamentação de suas decisões, propiciando, desta forma, maior segurança ao sistema. Pois bem, vencido em primeira instância, o contribuinte não está obrigado a recorrer, mas, se assim proceder, estará sujeito ao prazo de 30 dias, sob pena de preclusão, para apresentar Recurso Voluntário, conforme preceitua o caput do art. 33, do Decreto nº 70.235/72 c.c. art. 68 do Decreto nº 7.574/2011. Verificase, que se ultrapassado esse período, qual seja, 30 (trinta) dias contados a partir da ciência da decisão, sem a apresentação pelo contribuinte do Recurso Voluntário, estará ele impedido de apresentar referido recurso em outro momento. No caso em tela, a Recorrente foi intimada de modo regular em 25/05/2012 (sextafeira), conforme Aviso de Recebimento – AR (fl. 25), e só protocolizou seu Recurso Voluntário na data de 28/06/2012 (quintafeira), ou seja, 2 (dois) dias após o transcurso do prazo recursal, já que o prazo encerrouse no dia 26/06/2012 (terçafeira). Diante do exposto, não conheço do presente Recurso Voluntário, por ser intempestivo. Conclusão Com essas considerações, voto pelo NÃO CONHECIMENTO do Recurso Voluntário. Sala das Sessões, em 26 de junho de 2013 Fábia Regina Freitas Fl. 53DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/10/2014 por FABIA REGINA FREITAS, Assinado digitalmente em 24/10/2014 por FABIA REGINA FREITAS, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
score : 1.0
Numero do processo: 14098.000190/2008-01
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 05 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Dec 22 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/09/2003 a 31/05/2007
LANÇAMENTO. NULIDADE. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. INOCORRÊNCIA.
Tendo o fiscal autuante demonstrado de forma clara e precisa os fatos que suportaram o lançamento, oportunizando ao contribuinte o direito de defesa e do contraditório, bem como em observância aos pressupostos formais e materiais do ato administrativo, com esteio na legislação que disciplina a matéria, especialmente artigo 142 do CTN, não há que se falar em nulidade do lançamento.
Recurso Voluntário Negado
Houve discriminação clara e precisa dos fatos geradores, possibilitando o pleno conhecimento pela recorrente.
A contratação de trabalhadores autônomos, contribuintes individuais, é fato gerador de contribuições previdenciárias, que atinge simultaneamente dois contribuintes: a empresa e o segurado.
APLICAÇÃO DE JUROS SELIC - MULTA - PREVISÃO LEGAL. - NÃO ARGUMENTAÇÃO NA FASE IMPUGNATÓRIA - PRECLUSÃO DO RECURSO DE CONTESTAR O MÉRITO DO LANÇAMENTO
Não havendo o recorrente impugnado na época oportuna os juros e multa aplicáveis, não poderá fazê-lo no recurso, face a preclusão.
Nos termos do § 6.º do art. 9.º da Portaria MPS/GM n.º 520/2004 c/c art. 17 do Decreto n.º 70.235/1972, a abrangência da lide é determinada pelas alegações constantes na impugnação, não devendo ser consideradas no recurso as matérias que não tenham sido aventadas na peça de defesa.
Numero da decisão: 2401-003.755
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Ausente justificadamente o Presidente, Conselheiro Elias Sampaio Freire.
Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira - Relatora e Presidente em Exercício
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares, Carolina Wanderley Landim e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/09/2003 a 31/05/2007 LANÇAMENTO. NULIDADE. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. INOCORRÊNCIA. Tendo o fiscal autuante demonstrado de forma clara e precisa os fatos que suportaram o lançamento, oportunizando ao contribuinte o direito de defesa e do contraditório, bem como em observância aos pressupostos formais e materiais do ato administrativo, com esteio na legislação que disciplina a matéria, especialmente artigo 142 do CTN, não há que se falar em nulidade do lançamento. Recurso Voluntário Negado Houve discriminação clara e precisa dos fatos geradores, possibilitando o pleno conhecimento pela recorrente. A contratação de trabalhadores autônomos, contribuintes individuais, é fato gerador de contribuições previdenciárias, que atinge simultaneamente dois contribuintes: a empresa e o segurado. APLICAÇÃO DE JUROS SELIC - MULTA - PREVISÃO LEGAL. - NÃO ARGUMENTAÇÃO NA FASE IMPUGNATÓRIA - PRECLUSÃO DO RECURSO DE CONTESTAR O MÉRITO DO LANÇAMENTO Não havendo o recorrente impugnado na época oportuna os juros e multa aplicáveis, não poderá fazê-lo no recurso, face a preclusão. Nos termos do § 6.º do art. 9.º da Portaria MPS/GM n.º 520/2004 c/c art. 17 do Decreto n.º 70.235/1972, a abrangência da lide é determinada pelas alegações constantes na impugnação, não devendo ser consideradas no recurso as matérias que não tenham sido aventadas na peça de defesa.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 15; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2407; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T1 Fl. 2 1 1 S2C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 14098.000190/200801 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2401003.755 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 05 de novembro de 2014 Matéria DIFERENÇA DE CONTRIBUIÇÕES, AFERIÇÃO INDIRETA Recorrente DISPAR DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS PARDAL LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/09/2003 a 31/05/2007 PREVIDENCIÁRIO CUSTEIO AUTO DE INFRAÇÃO OBRIGAÇÃO PRINCIPAL AFERIÇÃO INDIRETA NÃO APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS DURANTE O PROCEDIMENTO SEGURADOS EMPREGADOS DESCRITOS EM RAIS Não tendo o recorrente durante o procedimento fiscal apresentado todas as folhas de pagamento e documentos contábeis relacionados aos fatos geradores, possível ao fisco efetivar o lançamento por meio de aferição indireta, utilizandose de outros documentos que indiquem a base de cálculo das contribuições previdenciárias tanto em relação aos segurados empregados e contribuintes individuais. SEGURADOS CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS. Houve discriminação clara e precisa dos fatos geradores, possibilitando o pleno conhecimento pela recorrente. A contratação de trabalhadores autônomos, contribuintes individuais, é fato gerador de contribuições previdenciárias, que atinge simultaneamente dois contribuintes: a empresa e o segurado. APLICAÇÃO DE JUROS SELIC MULTA PREVISÃO LEGAL. NÃO ARGUMENTAÇÃO NA FASE IMPUGNATÓRIA PRECLUSÃO DO RECURSO DE CONTESTAR O MÉRITO DO LANÇAMENTO Não havendo o recorrente impugnado na época oportuna os juros e multa aplicáveis, não poderá fazêlo no recurso, face a preclusão. Nos termos do § 6.º do art. 9.º da Portaria MPS/GM n.º 520/2004 c/c art. 17 do Decreto n.º 70.235/1972, a abrangência da lide é determinada pelas alegações constantes na impugnação, não devendo ser consideradas no recurso as matérias que não tenham sido aventadas na peça de defesa. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 14 09 8. 00 01 90 /2 00 8- 01 Fl. 242DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 2 Período de apuração: 01/09/2003 a 31/05/2007 LANÇAMENTO. NULIDADE. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. INOCORRÊNCIA. Tendo o fiscal autuante demonstrado de forma clara e precisa os fatos que suportaram o lançamento, oportunizando ao contribuinte o direito de defesa e do contraditório, bem como em observância aos pressupostos formais e materiais do ato administrativo, com esteio na legislação que disciplina a matéria, especialmente artigo 142 do CTN, não há que se falar em nulidade do lançamento. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Ausente justificadamente o Presidente, Conselheiro Elias Sampaio Freire. Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Relatora e Presidente em Exercício Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares, Carolina Wanderley Landim e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Fl. 243DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Processo nº 14098.000190/200801 Acórdão n.º 2401003.755 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório O presente AI de Obrigação Principal, lavrada sob o n. 37.181.7099, em desfavor da recorrente, tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa, incluindo as destinadas ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho, levantadas sobre os valores pagos a pessoas físicas na qualidade de empregados, no período de 09/2003 a 05/2007. Conforme relatório fiscal, fl. 69 e seguintes, a fim de realizar procedimento de auditoria previdenciária na remuneração de empregados e contribuintes individuais, foram solicitados ao sujeito passivo, acima identificado, documentos relacionados a fatos geradores e informações cadastrais, financeiras e contábeis exigíveis para verificação do cumprimento de obrigações previdenciárias principais e acessórias, conforme a seguir: 4.1 Em 18/12/2007, nos termos do MPF — Mandado de Procedimento Fiscal n° 09427445F00, expedido em 24/10/2007, foi dada a ciência ao sujeito passivo do início da ação fiscal, através do TIAF — Termo de Início da Ação Fiscal, enviado por via postal, conforme AR (Aviso de Recebimento) n° RA 555960540 BR. 4.2 Através do TIAF Termo de Início da Ação Fiscal, enviado por via postal, conforme AR (Aviso de Recebimento) n° RA 555960540 BR, foram solicitados documentos e informações cadastrais, financeiras e contábeis, em meio papel e em meio digital, conforme demonstrativo denominado ANEXO 1 ao Relatório Fiscal, grupo 1 (TIAF, recebido em 18/12/2007). 4.2.1 O prazo estabelecido para a apresentação dos documentos/informações solicitados no referido TIAF foi 16/01/2008, contudo a autuada deixou de apresentar todos os documentos solicitados. 4.3 Em 08/02/2008, através de TIAD Termos de Intimação para Apresentação de Documentos, o contribuinte foi cientificado de que o MPF n° 09427445F00 foi substituído pelo MPF n° 0130100200800025, que por sua vez convalidou todos os atos anteriormente praticados, bem como ,foi reintimado a apresentar os documentos e informações anteriormente solicitados átravés do TIAF, recebido em 18/12/2007. 4.3.1 O novo prazo estabelecido para apresentação dos documentos/informações, constantes do TIAD, foi 18/02/2008, contude',a autuada deixou de apresentar ou apresentou os documentos/informações solicitados de forma deficiente, conforme demonstrativo denominado ANEXO 1 ao Relatóric Fiscal, grupo 2 (TIAD, recebido em 08/02/2008). Fl. 244DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 4 4.4 Em 06/05/2008, por procuração, o contribuinte foi intimado a apresentar novos documentos, bem como foi reintimado a apresentar os documentos/informações constantes do TIAF (recebido em 18/12/2007) e do TIAD (recebido em 08/02/2008). 4.4.1 O prazo estabelecido para apresentação dos documentos constantes do segundo TIAD, recebido em 06/05/2008, foi 13/05/2008, contudo a autuada também deixou de apresentar ou apresentou os documentos solicitados de forma deficiente, conforme demonstrativo denominado ANEXO 1 ao Relatório Fiscal, grupo 3 (TIAD, recebido em 06/05/2008). 5. Conforme disposto no Art. 32, inciso 111, da Lei 8.212/91, e no art. 8° da Lei n° 10.666, de 08/05/2003, DOU de 09/05/2003, combinado com o art. 225, inciso 111, § 22 (acrescentado pelo Decreto n. 4.729, de 09.06.2003) do Decreto n° 3.048 Regulamento de Previdência Social, de 06/05/1999, a pessoa jurídica usuária de sistema de processamento eletrônico de dados para o registro de negócios e atividades econômicas, escrituração de livros ou produção de documentos de natureza contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária deverá, quando intimada por auditorfiscal, deverá apresentar a documentação técnica completa e atualizada de seus sistemas, bem como os arquivos digitais contendo informações relativas aos seus negócios e atividades. Conforme demonstrativo denominado Anexo 1 ao Relatório Fiscal, grupos I, 2 e 3, e Relatórios de Resumos da Validação de Arquivos, emitido pelo SVA Sistema de Validação e Autenticação de Arquivos Digitais, anexos, a empresa deixou de atender a solicitação fiscal no tocante à apresentação, em meio digital, de informações relativas à contabilidade e folhas de pagamento de todos os segurados (empregados, contribuintes individuais e avulsos), em conformidade com o Manual Normativo Arquivos Digitais MANAD, atual ou em vigor à época dos fatos geradores.Importante, destacar que a lavratura da NFLD deuse em 19/02/2009, tendo a cientificação ao sujeito passivo ocorrido dia 20/02/2009. Não restou outra alternativa a esta Auditoria Fiscal a não ser a apuração das bases de cálculo dos tributos ora lançamento através de aferição indireta (arbitramento ), a partir de informações constantes dos bancos de dados da Receita Federal do Brasil, prestadas pela própria empresa (RAIS Relação Anual de Informações Sociais, DIRF — Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte e GFIP — Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), conforme demonstrativo denominado Anexo II ao REFISC. Os levantamento foram ssim divididos: I. Levantamento AF1 (Período de lançamento: 04/2004 a 05/2007) Constituem fatos geradores para as contribuições lançadas, as remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados alocados nas atividades da empresa. II. Levantamento AF2 (Período de lançamento: 09/2003 a 05/2007) Constituem fatos geradores para as contribuições lançadas, as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a título de prólabore, aos segurados contribuintes individuais. III. Levantamento DAL (Período de lançamento: 12/2003, 12/2004,01 e 02/2005 e 02/2007) Diferença de Acréscimos Legais resultantes de pagamentos de Fl. 245DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Processo nº 14098.000190/200801 Acórdão n.º 2401003.755 S2C4T1 Fl. 4 5 contribuições previdenciárias efetuados pelo contribuinte após o vencimento legal, sem os devidos acréscimos legais ou pagos a menor. Importante, destacar que a lavratura do AI deuse em 06/08/2008, tendo a cientificação ao sujeito passivo ocorrido no dia 22/08/2008. Não conformada com a notificação, foi apresentada defesa pela notificada, fls. 118 a 140. Anexou o recorrente cópia de diversos documentos. Foi exarada a Decisão de primeira instância que confirmou a procedência do lançamento, conforme fls. 172 a 181. Transcrevo ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/05/2003 a 31/05/2007 AS REMUNERAÇÕES PAGAS AOS EMPREGADOS E CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS POR ARBITRAMENTO. Constituemse fatos geradores das contribuições sociais as remunerações pagas, devidas ou creditadas, quando não declaradas nas Guias de Recolhimentos do FGTS e Informações à Previdência Social GFIP, mas constantes na Relação Anual de Informações Sociais RAIS e na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte DIRF. PAGAMENTOS A PESSOAS FÍSICAS CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS PRóLABORE. É devida contribuição a Seguridade Social pela sociedade empresária sobre a remuneração paga a título de prólabore contribuintes individuais. SAT. LANÇAMENTO DEVIDO. A contribuição a cargo da empresa é devida para o financiamento do benefício previsto nos artigos. 57 e 58 da Lei rP 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Lançamento Procedente Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso pela notificada, conforme fls. 188 a . Em síntese, a recorrente repete as mesmas alegações já apresentadas em sua impugnação, quais sejam: DA SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DA EXISTÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO AOS TRIBUTOS INDICADOS NOS LANÇAMENTOS DE DÉBITO CONFESSADOS NÚMEROS 35.012.2580 E 35.012.2598. A fiscalização baseouse nos Lançamentos de Débitos Confessados n° 35.012.2580 e 35.012.2598, todavia, esses lançamentos estão sendo impugnados por meio do recurso ao 2° Conselho de Contribuintes. Fl. 246DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 6 Não obstante ter se demonstrado essa situação no momento da impugnação, no momento do julgamento em primeira instância foi informado que se considerou os LDC"s indicados retro sem, no entanto, se demonstrar onde se abateu os valores, DA DESCONSIDERAÇÃO DAS RETENÇÕES EFETUADAS NOS SALÁRIOS DOS EMPREGADOS E DOS TETOS NO MÊS DE COMPETÊNCIA. • A Auditoria Fiscal não observou os valores já descontados anteriormente pela empregadora, devidos pelos empregados à previdência social, de maneira que se está recolhendo duas vezes o mesmo tributo. DA ILEGALIDADE DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA IMPOSTA À RECORRENTE. • A substituição tributária do sujeito passivo — prestador de serviço é ilegal e inconstitucional, pois a tomadora de serviços não é vinculada ao fato gerador da folha de pagamento da folha de salários e demais rendimentos do trabalho à pessoa física; • O artigo 31, da Lei 8.212/91 fere o artigo 150, da Constituição Federal e os artigos 97, 121, 128, do Código Tributário Nacional — CTN, instituindo a substituição tributária ao tomador de serviços por violação à base de cálculo, que pela afronta ao próprio elemento objetivo do fato gerador da contribuição social incidente sobre a folha salarial e demais remunerações do trabalho. DA ILEGAL SISTEMÁTICA DE AFERIÇÃO DO GRAU DE RISCO INTRODUZIDA PELOS DECRETOS N°S 2.173/97 E 3.048/99. DA NECESSÁRIA INCLUSÃO DOS EMPREGADOS DE SUPORTE/ADMINISTRATIVOS DA EMPRESA PARA FINS DE VERIFICAÇÃO DA PREPONDERÂNCIA DOS GRAUS DE RISCOS. DO INDEVIDO ENQUADRAMENTO DE CATEGORIAS INTEIRAS DE EMPREGADOS NO GRAU DE RISCO GRAVE, SEM AS DISTINÇOES NECESSÁRIAS. • Os Decretos nos 2.173/97 e 3.048/99, não refletem o espírito da Lei 8.212/91 levandose em consideração a atividade preponderante da empresa, pois deveria considerar a alíquota do SAT ao grau de risco da atividade desenvolvida em cada estabelecimento da empresa; • A Autoridade Fiscal quando não considerou os funcionários de suporte/administrativos, que laboram em grau de risco leve, elevou à alíquota indevida do tributo, ficando, patente à ilegalidade, quando excluiu os empregados da atividademeio, na ausência de previsão legal e, também não considerou o efetivo grau de risco a que se sujeitam os empregados das categorias sujeitas à alíquota máxima do SAT dentro da empresa; O sujeito passivo está adequado para oferecer as melhores e mais seguradas condições de trabalho para seus empregados, assim como o oferecimento de equipamentos de proteção individual, portanto não pode ser penalizado por uma classificação rígida e inflexível de graus de risco, pois o Fl. 247DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Processo nº 14098.000190/200801 Acórdão n.º 2401003.755 S2C4T1 Fl. 5 7 enquadramento feito pelo Decreto n° 3.048/99 admitese prova em contrário, possibilitando uma atividade classificada como de alto risco possa ser considerada como de risco leve, assim, a exação deste lançamento não pode prosperar. Inova na alegação acerca da ilegalidade do uso da SELIC e da multa aplicada. Por todo o exposto, em consonância com os fatos e direito expostos, requerse: 1) Seja dado provimento ao presente recurso a fim de que se reconheça a nulidade do auto de infração que lastra este processo. É o Relatório. Fl. 248DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 8 Voto Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 187. Superados os pressupostos, passo as preliminares ao exame do mérito. DO MÉRITO No recurso apresentado pelo recorrente, apesar de extenso, O RECORRENTE resumiuse a atacar a não consideração de LDC realizadas anteriormente, a não consideração de limites na contribuição de segurados, a ilegalidade da contribuição sobre os valores pagos a Contribuintes individuais e a alíquota SAT ser aplicada de forma uniforme a empregados de diversas categorias. Por fim, inova quanto a aplicação de SELIC e multa. Notese que não houve por parte do recorrente a impugnação dos fatos geradores lançados por arbitramento face a não apresentação de documentos, mas ao somente quanto a exigência de contribuição em si. DA OBSERVÂNCIA DO TETO DA CONTRIBUIÇÃO DE SEGURADOS Quanto a inobservância do teto da contribuição dos segurados, não observou o recorrente os termos da decisão, pois a autoridade fiscal já esclareceu que a presente autuação não envolve a contribuição de segurados, mas tão somente as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa, incluindo as destinadas ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho. Assim, não há o que ser apreciado quanto a este ponto. DA CONSIDERAÇÃO DOS VALORES LANÇADOS EM LDC Quanto aos parcelamento – LDC não considerados, assim, alegou o recorrente: “Não obstante ter se demonstrado essa situação no momento da impugnação, no momento do julgamento em primeira instância foi informado que se considerou os LDC"s indicados retro sem, no entanto, se demonstrar onde se abateu os valores.” Também em relação a esse ponto, já observou a autoridade julgadora, que todos os valores confessados, foram considerados no abatimento das contribuições ora lançadas.Senão vejamos: A exigibilidade do crédito tributário encontrase suspensa por previsão do artigo 151, III, do Código Tributário Nacional — CTN. Quanto aos lançamentos de débitos confessados alegados pelo impugnante, estes foram considerados pela Auditoria Fiscal, Fl. 249DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Processo nº 14098.000190/200801 Acórdão n.º 2401003.755 S2C4T1 Fl. 6 9 conforme se verificam nos Relatórios de Documentos Apresentados RDA, f1s.28/34. Portanto, rejeitamse as alegações do Impugnante. Conforme descrito, no relatório RDA – Documentos apresentados são identificados todos os créditos em nome do recorrente, apurados durante o lançamento e que irão abater as contribuições lançadas no presente AI. As fls. 28 a 32, foram identificadas as LDC e da fls. 33 a 34, as GPS, por competência, razão pela qual não prosperam as alegações do recorrente. Já nas fls. 35 e seguintes no relatório RADA, encontramse lançados por competência a a contribuição lançada em cada DEBCAD (AI), lavrados durante o procedimento e o abatimento desses valores, com aquelas créditos apurados no relatório RDA. Dessa forma, da análise dos referidos relatórios é possível identificar a apropriação de todos as LDC em nome do recorrente. DOS QUESTIONAMENTO SOBRE A TAXA SELIC E MULTA No que diz respeito a ilegalidade da taxa SELIC e Multa, entendo que não havendo o recorrente impugnado na época oportuna os índices aplicados e identificados descritos na autuação , não poderá fazêlo no recurso, face a preclusão. Na impugnação o recorrente não traz qualquer argumentação sobre SELIC e multa. Nos termos do § 6.º do art. 9.º da Portaria MPS/GM n.º 520/2004 c/c art. 17 do Decreto n.º 70.235/1972, a abrangência da lide é determinada pelas alegações constantes na impugnação, não devendo ser consideradas no recurso as matérias que não tenham sido aventadas na peça de defesa. DA ILEGALIDADE DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Primeiramente, simplesmente alegar, ou mesmo repetir os argumentos já afastados pela autoridade julgadora não desconstitui o lançamento. O que de pronto se destaca, como já trazido é que todos os pontos já foram enfrentados, não havendo qualquer reparo a ser feito na decisão proferida também em relação a contribuição sobre o prolabore e alíquota SAT (RAT). DA FUNDAMENTAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS SERVIÇOS PRESTADOS POR CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS. Quanto a contribuição em si descrita no presente AIOP, entendo, assim como mencionado anteriormente que o as questões trazidas foram enfrentadas, sendo que a lavratura do AI deuse em consonância com a legislação em vigor. As contribuições da empresa sobre os serviços prestados por contribuintes individuais, para o período compreendendo as competências maio de 1996 a fevereiro de 2000, é regulada pela Lei Complementar n ° 84/1996, nestas palavras: Art. 1º Para a manutenção da Seguridade Social, ficam instituídas as seguintes contribuições sociais: Fl. 250DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 10 I a cargo das empresas e pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, no valor de quinze por cento do total das remunerações ou retribuições por elas pagas ou creditadas no decorrer do mês, pelos serviços que lhes prestem, sem vínculo empregatício, os segurados empresários, trabalhadores autônomos, avulsos e demais pessoas físicas; Já para o período posterior à competência março de 2000 (objeto deste AIOP), inclusive, às contribuições da empresa sobre a remuneração dos contribuintes individuais é regulada pelo art. 22, III da Lei n ° 8.212/1991, com redação conferida pela Lei n ° 9.876/1999, nestas palavras: Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: (...) III vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; (Inciso acrescentado pelo art. 1º, da Lei nº 9.876/99 vigência a partir de 02/03/2000 conforme art. 8º da Lei nº 9.876/99). A base de cálculo das contribuições previdenciárias é a remuneração auferida pelo segurado, conforme previsto no art. 22 da Lei n° 8.212/1991. Destacase, ainda, as alterações trazidas pela Lei nº 10.666/2003, na qual a partir da competência 04/2003, o valor da contribuição a cargo dos segurados contribuintes individuais, passa a ser arrecadada pelo própria empresa contratante, correspondendo ao desconto de 11% sobre a base de cálculo acima identificada. Neste sentido, dispõe a lei: Contudo, referida contribuição encontrase m AIOP apartado. “Art. 4º Fica a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontandoa da respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia dois do mês seguinte ao da competência.” Assim, ao efetivar a contratação de pessoas físicas, deveria a empresa efetivar o recolhimento da contribuição previdenciária correspondente. DAS INCONSTITUCIONALIDADES APONTADAS No que tange a argüição de inconstitucionalidade de legislação previdenciária que dispõe sobre o recolhimento sobre os pagamentos feitos a contribuintes individuais, frise se que incabível seria sua análise na esfera administrativa. Não pode a autoridade administrativa recusarse a cumprir norma cuja constitucionalidade seja questionada, razão pela qual são aplicáveis os prazos regulados na Lei n ° 8.212/1991. Dessa forma, quanto à inconstitucionalidade/ilegalidade na cobrança das contribuições previdenciárias, não há razão para a recorrente. Toda lei presumese constitucional e, até que seja declarada sua inconstitucionalidade pelo órgão competente do Poder Judiciário para tal declaração ou exame da matéria, deve o agente público, como executor da lei, respeitála. Nesse sentido, entendo pertinente transcrever trecho do Parecer/CJ n ° 771, aprovado pelo Ministro da Previdência Social em 28/1/1997, que enfoca a questão: Cumpre ressaltar que o guardião da Constituição Federal é o Supremo Tribunal Federal, cabendo a ele declarar a Fl. 251DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Processo nº 14098.000190/200801 Acórdão n.º 2401003.755 S2C4T1 Fl. 7 11 inconstitucionalidade de lei ordinária. Ora, essa assertiva não quer dizer que a administração não tem o dever de propor ou aplicar leis compatíveis com a Constituição. Se o destinatário de uma lei sentir que ela é inconstitucional o Pretório Excelso é o órgão competente para tal declaração. Já o administrador ou servidor público não pode se eximir de aplicar uma lei, porque o seu destinatário entende ser inconstitucional, quando não há manifestação definitiva do STF a respeito. A alegação de inconstitucionalidade formal de lei não pode ser objeto de conhecimento por parte do administrador público. Enquanto não for declarada inconstitucional pelo STF, ou examinado seu mérito no controle difuso (efeito entre as partes) ou revogada por outra lei federal, a referida lei estará em vigor e cabe à Administração Pública acatar suas disposições. No mesmo sentido posicionase este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF ao publicar a súmula nº. 2 aprovada em sessão plenária de 08/12/2009, sessão que determinou nova numeração após a extinção dos Conselhos de Contribuintes. SÚMULA N. 2 O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. DA ALÍQUOTA SAT Não procede o argumento do recorrente de que a cobrança da contribuição devida em relação ao RAT – Riscos Ambientais do Trabalho (antigo SAT) é ilegal/inconstitucional, pois o dispositivo legal não estabeleceu os conceitos de atividade preponderante; estando tais conceitos descritos em Decreto (que não possui atribuição para tanto). Também não há fundamento na alegação que a alíquota deve observar as diversas categorias da empresa, já que pelo agrupamento realizado pelo auditor os empregados de atividades meio (cujo grau de risco é menor) foram enquadrados no mesmo percentual da alíquota máxima. Quanto a este ponto, vejamos os termos das normas aplicáveis. A exigência da contribuição para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais do trabalho RAT é prevista no art. 22, II da Lei n ° 8.212/1991, alterada pela Lei n ° 9.732/1998, nestas palavras: Art.22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: (...) II para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11/12/98) Fl. 252DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 12 a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. Regulamenta o dispositivo acima transcrito o art. 202 do RPS, aprovado pelo Decreto n ° 3.048/1999, com alterações posteriores, nestas palavras: Art.202. A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da aposentadoria especial, nos termos dos arts. 64 a 70, e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso: I um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado leve; II dois por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado médio; ou III três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado grave. § 1º As alíquotas constantes do caput serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição. § 2º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. § 3º Considerase preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos. § 4º A atividade econômica preponderante da empresa e os respectivos riscos de acidentes do trabalho compõem a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes Graus de Risco, prevista no Anexo V. § 5º O enquadramento no correspondente grau de risco é de responsabilidade da empresa, observada a sua atividade econômica preponderante e será feito mensalmente, cabendo ao Instituto Nacional do Seguro Social rever o autoenquadramento em qualquer tempo. Fl. 253DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Processo nº 14098.000190/200801 Acórdão n.º 2401003.755 S2C4T1 Fl. 8 13 § 6º Verificado erro no autoenquadramento, o Instituto Nacional do Seguro Social adotará as medidas necessárias à sua correção, orientando o responsável pela empresa em caso de recolhimento indevido e procedendo à notificação dos valores devidos. § 7º O disposto neste artigo não se aplica à pessoa física de que trata a alínea “a” do inciso V do caput do art. 9º. § 8º Quando se tratar de produtor rural pessoa jurídica que se dedique à produção rural e contribua nos moldes do inciso IV do caput do art. 201, a contribuição referida neste artigo corresponde a zero vírgula um por cento incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização de sua produção. § 9º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99) § 10. Será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) § 11. Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) § 12. Para os fins do § 11, será emitida nota fiscal ou fatura de prestação de serviços específica para a atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) Quanto ao Decreto 612/92 e posteriores alterações (Decretos 2.173/97 e 3.048/99), que, regulamentando a contribuição em causa, estabeleceu os conceitos de “atividade preponderante” e “grau de risco leve, médio ou grave”, devese afastar a argüição de contrariedade ao princípio da legalidade, uma vez que a lei fixou os parâmetros, deixando para o regulamento (Decreto) apenas a delimitação dos conceitos necessários à aplicação concreta da norma. Reforçando tal entendimento já decidiu o STF, no RE n ° 343.446SC, cujo relator foi o Min. Carlos Velloso, em 20.3.2003, cuja ementa segue abaixo: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO: SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO SAT. LEI 7.787/89, ARTS. 3º E 4º; LEI 8.212/91, ART. 22, II, REDAÇÃO DA LEI 9.732/98. DECRETOS 612/92, 2.173/97 E 3.048/99. C.F., ARTIGO 195, § 4º; ART. 154, II; ART. 5º, II; ART. 150, I. I. Contribuição para o custeio do Seguro de Acidente do Trabalho SAT: Lei 7.787/89, art. 3º, II; Lei 8.212/91, art. 22, Fl. 254DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 14 II: alegação no sentido de que são ofensivos ao art. 195, § 4º, c/c art. 154, I, da Constituição Federal: improcedência. Desnecessidade de observância da técnica da competência residual da União, C.F., art. 154, I. Desnecessidade de lei complementar para a instituição da contribuição para o SAT. II. O art. 3º, II, da Lei 7.787/89, não é ofensivo ao princípio da igualdade, por isso que o art. 4º da mencionada Lei 7.787/89 cuidou de tratar desigualmente aos desiguais. III. As Leis 7.787/89, art. 3º, II, e 8.212/91, art. 22, II, definem, satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de "atividade preponderante" e "grau de risco leve, médio e grave", não implica ofensa ao princípio da legalidade genérica, C.F., art. 5º, II, e da legalidade tributária, C.F., art. 150, I. IV. Se o regulamento vai além do conteúdo da lei, a questão não é de inconstitucionalidade, mas de ilegalidade, matéria que não integra o contencioso constitucional. V. Recurso extraordinário não conhecido.” Assim, os conceitos de atividade preponderante, bem como, a graduação dos riscos de acidente de trabalho, não precisariam estar definidos em lei. O Decreto é ato normativo suficiente para definição de tais conceitos, uma vez que são complementares e não essenciais na definição da exação. Não se deve considerar que a cobrança do RAT (antigo SAT) ofenderia o princípio da isonomia, uma vez que o art. 22, § 3º da Lei n ° 8.212/1991 previa que, com base em estatísticas de acidente de trabalho, poderia haver alteração no enquadramento da empresas para fins de contribuição em relação aos acidentes de trabalho, não havendo que se falar em tratamento igual entre contribuintes em situação desigual. Nesse sentido, dispõe o § 3º do art. 22 da Lei n ° 8.212/1991: Art. 22 (...) § 3º ao dispor que o Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá alterar, com base nas estatísticas de acidentes do trabalho, apuradas em inspeção, o enquadramento de empresas para efeito da contribuição a que se refere o inciso II deste artigo, a fim de estimular investimentos em prevenção de acidentes. Não demonstrou o recorrente, ter direito ao benefício da redução de alíquota, face seu enquadramento mais benéfico perante o MPAS. Não há que se falar em violação do art. 3º do CTN, pois toda a atividade de cobrança da referida contribuição é vinculada ao que dispõe as normas regulamentares acima expostas, não permanecendo ao alvedrio da autoridade fiscal. Também não há violação ao art. 153, § 1º da Constituição Federal pelo já exposto. O enquadramento quanto ao grau de risco não é considerado em cada categoria profissional da empresa, mas pelo numero de empregados nas mais diversas atividades da empresa. O exercício de atividades mais gravosas, por determinados empregados, enseja a aplicação de percentuais acima dos 3% em relação a cada um dos empregados submetidos a riscos maiores, chamadas alíquotas adicionais. Fl. 255DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Processo nº 14098.000190/200801 Acórdão n.º 2401003.755 S2C4T1 Fl. 9 15 Por fim, também não se há que se falar em enquadramento, por estabelecimento, conforme inclusive vem decidindo essa turma, considerando que o lançamento em questão foi realizado em um único estabelecimento. Por todo o exposto o lançamento fiscal seguiu os ditames previstos, devendo ser mantido nos termos da Decisão de Primeira Instância, haja vista que os argumentos apontados pelo recorrente são incapazes de refutar a presente notificação. CONCLUSÃO Voto pelo CONHECIMENTO do recurso, para no mérito NEGARLHE PROVIMENTO. É como voto. Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Fl. 256DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 01/12/2014 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 15983.000710/2010-71
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 06 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Dec 12 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF
Exercício: 2007, 2008
Ementa:
RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE.
Não se conhece do Recurso Voluntário apresentado fora do prazo legal.
Numero da decisão: 2201-002.604
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso, por intempestividade.
Assinado Digitalmente
EDUARDO TADEU FARAH Relator
Assinado Digitalmente
MARIA HELENA COTTA CARDOZO - Presidente
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: MARIA HELENA COTTA CARDOZO (Presidente), NATHALIA MESQUITA CEIA, GERMAN ALEJANDRO SAN MARTÍN FERNÁNDEZ, GUSTAVO LIAN HADDAD, FRANCISCO MARCONI DE OLIVEIRA e EDUARDO TADEU FARAH.
Nome do relator: EDUARDO TADEU FARAH
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INTEMPESTIVIDADE. Não se conhece do Recurso Voluntário apresentado fora do prazo legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso, por intempestividade. Assinado Digitalmente EDUARDO TADEU FARAH – Relator Assinado Digitalmente MARIA HELENA COTTA CARDOZO Presidente Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: MARIA HELENA COTTA CARDOZO (Presidente), NATHALIA MESQUITA CEIA, GERMAN ALEJANDRO SAN MARTÍN FERNÁNDEZ, GUSTAVO LIAN HADDAD, FRANCISCO MARCONI DE OLIVEIRA e EDUARDO TADEU FARAH. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 98 3. 00 07 10 /2 01 0- 71 Fl. 432DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH 2 Trata o presente processo de lançamento de ofício relativo ao Imposto Sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), consubstanciado no Auto de Infração, fls. 03/20, pelo qual se exige o pagamento do crédito tributário total no valor de R$ 99.448,28, calculado até 31/08/2010. A fiscalização apurou falta de recolhimento do imposto retido, nos anos calendário 2006 e 2007, incidente sobre: (i) trabalho assalariado; (ii) trabalho sem vínculo de emprego; (iii) rendimento de capital; (iv) remuneração de serviços profissionais prestados por PJ; e (v) serviços de propaganda. De acordo com o Termo de Verificação e Constatação Fiscal, fls. 19/33, foi efetuado o confronto dos valores declarados na DCTF e na DIRF, exclusivamente “com a finalidade de verificar se a empresa recolheu ou não, integralmente, o IRRF, para fins de instrução do processo de SUSPENSÃO do benefício fiscal da IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, cuja responsabilidade pela retenção e recolhimento lhe é devida”. Cientificada do lançamento, a interessada apresentou tempestivamente Impugnação, alegando, conforme se extrai do relatório de primeira instância, verbis: Alega que a exigência não pode subsistir, porque baseada exclusivamente em divergências apontadas na DIRF e DCTF, não condizendo com a realidade. Ademais, diz que parte dos valores devidos foram quitados, tendo sido promovida a inclusão do restante no parcelamento estipulado pela Lei nº 11.941/09, estando, portanto, suspensa a exigibilidade. Em preliminar, protesta pela nulidade do lançamento, pois, “tanto da análise do Termo de Verificação e Constatação Fiscal quanto do Auto de Infração lavrado, verificase que não há qualquer dispositivo legal que discipline o dispositivo legal tido por afrontado pela fiscalização”. Argui não se poder comparar a falta de recolhimento do tributo com a omissão de dados na DCTF. Toma a Instrução Normativa SRF nº 695/06, vigente à época, para apontar as penalidades devidas em razão da falta ou omissão de dados na entrega da referida declaração. E acusa que, da análise do lançamento, não se sabe quais os valores se referem à falta de recolhimento e quais são relativos à falta de informação em DCTF, conforme excertos utilizados pela fiscalização, tomados como exemplo. Argumenta que a atividade do lançamento deve observar diversos princípios, dentre os quais o da legalidade. Cita doutrina, concluindo: “A falta de indicação dos dispositivos legais que ensejaram os valores tidos por devidos, bem como a ausência de discriminação do que se refere a tributo não recolhido e valores omitidos em DCTF, cujas penalidades são totalmente diferentes, além que caracterizar a nulidade do auto de infração, afronta os princípios constitucionais da legalidade, da ampla defesa e do contraditório. Além de afrontar o princípio da legalidade, os direitos constitucionais da ampla defesa e do contraditório, o agente da fiscalização, ao igualar a falta de recolhimento de tributo com a omissão de valores na entrega da DCTF, deixando de apontar os valores que ensejaram cada infração separadamente, deixou de aplicar ainda o princípio da verdade material.” Fl. 433DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 15983.000710/201071 Acórdão n.º 2201002.604 S2C2T1 Fl. 3 3 Cita mais doutrina, agora acerca do princípio da verdade material, segundo o qual a autoridade administrativa lançadora e julgadora tem liberdade para colher as provas necessárias à demonstração do fato jurídico tributário. Acusa que o critério utilizado pela fiscalização para apurar os valores devidos não encontra qualquer respaldo legal, porque, no seu entender, não basta apurar diferenças entre declarações prestadas, devendo ser comprovada a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária. Por tais razões, julga ter havido ofensa às disposições do art. 10, inciso IV, do Decreto nº 70.235, de 1972, ensejando a nulidade do feito. No mérito, propriamente dito, diz que promoverá a inclusão dos débitos realmente devidos no parcelamento estipulado pela Lei nº 11.941, de 2009. Faz remissão ao item 14.4 do Termo de Verificação e Constatação Fiscal, concluindo que a verdade material não foi buscada, pois “o fiscal se limita a verificar os documentos com base nos números por ele apontados, os quais não possuem sequer fundamentação legal”. A fim de comprovar o parcelamento e a consequente suspensão da exigibilidade, reproduz as tabelas constantes do item 14.4 do Termo de Verificação e Constatação Fiscal, promovendo os apontamentos que julga cabíveis, descritos às fls. 194/211. Encerra com as seguintes conclusões: “À vista do exposto, requer a Impugnante seja acolhida a presente defesa administrativa, tendo em vista que o lançamento afronta o disposto no Decreto nº 70.235/72, mediante a falta de indicação dos dispositivos legais que ensejaram os valores tidos por devidos e a ausência de discriminação do que se refere a tributo não recolhido e valores omitidos em DCTF, afrontando os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Ultrapassada a preliminar argüida, requer a Impugnante seja extinto o lançamento, vez que parte do débito foi liquidado e o remanescente incluído no parcelamento estipulado pela Lei nº 11.941/09.” A 2ª Turma da DRJ em Campinas/SP julgou integralmente procedente o lançamento, consubstanciado nas ementas abaixo transcritas: Nulidade. Não procedem as arguições de nulidade quando não se vislumbram nos autos quaisquer das hipóteses previstas no art. 59 do Decreto nº 70.235, de 1972. Cerceamento do Direito de Defesa. Tendo sido perfeitamente descrito o fato e juridicamente qualificado pelas normas no enquadramento legal pertinente, Fl. 434DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH 4 com a elaboração de um conjunto de demonstrativos e planilhas, o qual, combinado com os termos e a descrição dos fatos no auto de infração, demonstra cabalmente a forma como foi apurado e calculado o tributo devido, caracterizando plenamente todos os elementos do fato jurídico tributário, não se vislumbra qualquer prejuízo à contribuinte para a perfeita inteligência acerca da matéria autuada. IRRF. Confronto DIRF X DARF X DCTF. É devido pela fonte pagadora o imposto de renda informado em DIRF que não tenha sido recolhido e nem declarado em DCTF, mormente quando não se logra demonstrar eventual erro no preenchimento das declarações. Impugnação Improcedente Intimada da decisão de primeira instância em 28/01/2013 (fl. 354), a autuada apresenta Recurso Voluntário em 28/02/2013 (fls. 356/424), sustentando, essencialmente, os mesmos argumentos defendidos em sua Impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro EDUARDO TADEU FARAH, Relator O prazo estipulado na legislação para apresentação de Recurso Voluntário é de 30 (trinta) dias, contados da ciência da decisão de primeira instância, conforme disposição expressa do art. 33 do Decreto nº 70.235, de 1972, in verbis: Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos 30 (trinta) dias seguintes à ciência da decisão. Como se colhe dos autos, a contribuinte tomou ciência da decisão de primeira instância em 28/01/2013, conforme Aviso de Recebimento (AR), fl. 354. Por sua vez, o recurso foi apresentado em 28/02/2013 (fls. 356/424), após ultrapassado o prazo de 30 dias do recebimento da decisão de primeira instância. É forçoso concluir, portanto, pela intempestividade do recurso, o que torna definitiva, na esfera administrativa, a decisão de primeira instância, nos termos do inciso I do art. 42 do Decreto nº 70.235/1972, verbis: Art. 42. São definitivas as decisões: I – de primeira instância, esgotado o prazo para recurso voluntário sem que este tenha sido interposto; Ressalte que o próprio Recurso Voluntário interposto pela recorrente foi datado de 28/02/2013 (fl. 388). Fl. 435DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 15983.000710/201071 Acórdão n.º 2201002.604 S2C2T1 Fl. 4 5 Isso posto, o Recurso Voluntário não deve ser conhecido. Ante a todo o exposto, voto por não conhecer do recurso. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah Fl. 436DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 26/11/2014 por EDUARDO TADEU FARAH
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Numero do processo: 10980.903063/2008-42
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 12 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Dec 12 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Data do fato gerador: 15/08/2003
MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE INTEMPESTIVA.
Não merece reparo a decisão de primeira instância que não toma conhecimento das razões de defesa suscitadas em Manifestação de inconformidade apresentada fora do prazo legal e, portanto, intempestiva.
Numero da decisão: 3202-001.413
Decisão: Recurso Voluntário Negado
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, conhecer parcialmente do recurso e, na parte conhecida, negar provimento ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido.
Assinado digitalmente
LUIS EDUARDO GARROSINO BARBIERI Presidente Substituto.
Assinado digitalmente
TATIANA MIDORI MIGIYAMA - Relatora.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Luis Eduardo Garrossino Barbieri (Presidente Substituto), Charles Mayer de Castro Souza, Paulo Roberto Stocco Portes, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Tatiana Midori Migiyama (Relatora).
Nome do relator: TATIANA MIDORI MIGIYAMA
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 15/08/2003 MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE INTEMPESTIVA. Não merece reparo a decisão de primeira instância que não toma conhecimento das razões de defesa suscitadas em Manifestação de inconformidade apresentada fora do prazo legal e, portanto, intempestiva. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, conhecer parcialmente do recurso e, na parte conhecida, negar provimento ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Assinado digitalmente LUIS EDUARDO GARROSINO BARBIERI – Presidente Substituto. Assinado digitalmente TATIANA MIDORI MIGIYAMA Relatora. Participaram do presente julgamento os Conselheiros Luis Eduardo Garrossino Barbieri (Presidente Substituto), Charles Mayer de Castro Souza, Paulo Roberto Stocco Portes, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Tatiana Midori Migiyama (Relatora). Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 0. 90 30 63 /2 00 8- 42 Fl. 103DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 104 2 Tratase de recurso voluntário interposto por Kraft Foods Brasil “Ltda” contra Acórdão nº 0633.035, de 10 de agosto de 2011, proferido pela 3ª Turma da DRJ/CTA, que acordou por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de tempestividade e, em consequência, não conhecer das demais alegações constantes da Manifestação de Inconformidade. Por bem descrever os fatos, adoto o relatório integrante da decisão recorrida, a qual transcrevo a seguir: “Trata o presente processo de Manifestação de Inconformidade (fls. 05/21), apresentada em 03/09/2008, em face da não homologação da compensação declarada na Dcomp de nº 37785.04267.150304.1.3.045237, nos termos do Despacho Decisório emitido em 09/05/2008 pela DRF/Curitiba (fl. 1). Segundo o Despacho Decisório, cientificado em 20/05/2008 (fl. 3 e 70), a compensação não foi homologada porque o crédito indicado pela contribuinte em sua Dcomp (pagamento a maior de PIS, código 6912, PA 07/2003, no valor total de R$ 1.133.464,76, recolhido em 15/03/2004) não foi encontrado na base de dados da RFB. No recurso apresentado a contribuinte alega, em síntese, o seguinte. Argumenta que “até o presente momento a contribuinte não foi notificada da decisão proferida, sendo que, em virtude de levantamento de suas pendências tributárias, para fins de obtenção da Certidão Negativa de Débitos, é que a empresa tomou conhecimento quanto à não homologação do pedido de compensação ora discutido”. Aduz, nesse sentido, que “restou surpreendida com a exigência dos valores em questão”. Afirma que “nenhuma pessoa com a mínima capacidade dentro da organização da empresa recebeu os documentos em questão. Se houve qualquer intimação, esta foi completamente desprovida de seus mínimos fundamentos de validade”. Argumenta que “nem o sujeito passivo, nem qualquer um de seus mandatários e, muito menos, qualquer um de seus prepostos receberam a notificação de lançamento em foco”. No que toca ao mérito, diz que a Dcomp foi preenchida errada, “haja vista terem sido utilizados outros créditos nesta compensação”. Afirma que o DARF informado realmente não existe, sendo o crédito decorrente de “pagamento a maior de PIS 07/2003, com créditos de ressarcimento de IPI, conforme documentos comprobatórios em anexo”. Fl. 104DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 105 3 Preconiza, justificando a necessidade de correção do crédito informado, que a Administração Pública deve “buscar alternativas para salvar os atos praticados pelos administrados, os quais, muitas vezes, veemse perdidos frentes aos inúmeros entraves burocráticos existentes”. Argumenta também que a Administração Pública deve agir de acordo com os princípios da verdade material e do informalismo, bem como, cabe a ela o dever de proceder à pesquisa de possíveis créditos anteriores que tivessem sido utilizados na compensação. Afirma que não respeitados tais pressupostos, a Administração Pública estaria se locupletando indevidamente. Assevera, ainda, que não existe prova material contundente contra à suposta inexistência do crédito ofertado pela contribuinte na compensação, afirmando que a fragilidade do sistema de pagamentos é conhecido por todos. Diante disso, sustenta que por conta da total ausência de provas e de sua incontestável boafé, há que ser “afastada a glosa efetivada pela fiscalização e, consequentemente, a não homologação da compensação requerida”. Pede o reconhecimento da preliminar de nulidade, requerendo ainda que seja apresentado com clareza o nome completo e os dados da suposta pessoa que recebeu a intimação, para fins de responsabilização pessoal, e, no mérito, requer a homologação da compensação realizada. É o relatório.” A DRJ, por unanimidade de votos, rejeitou a preliminar de tempestividade e, consequentemente, não conheceu das demais alegações constantes da Manifestação de Inconformidade, em acórdão com a seguinte ementa: “ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do Fato Gerador: 15/08/2003 MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE INTEMPESTIVA. MÉRITO NÃO CONHECIDO. A manifestação de inconformidade interposta após o transcurso do prazo de 30 (trinta) dias da data da ciência do Despacho Decisório proferido, não instaura a fase contenciosa do procedimento administrativo fiscal, impossibilitando o exame do mérito nela contido. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. CIÊNCIA VIA POSTAL. VALIDADE. SÚMULA CARF Nº 9. Fl. 105DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 106 4 É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Manifestação de Inconformidade Não conhecida Direito Creditório Não Reconhecido” Cientificado do referido acórdão em 17 de outubro de 2011, apresentou recurso voluntário em 16 de novembro de 2011 ao Conselho Administrativo Fiscal – CARF. É o relatório. Voto Conselheira Tatiana Midori Migiyama, Relatora Da admissibilidade Por conter matéria desta E. Turma da 3ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, a priori, passo a analisar a preliminar de legitimidade passiva do recurso voluntário. Para tanto, importante lembrar que a unidade de origem recepcionou o documento de fls. 80 a 99 entregue em 16 de novembro de 2011, como recurso voluntário. Cabe trazer que o “recurso voluntário”, em nome da Kraft Foods Brasil “LTDA”, foi assinado pelos Drs. José Augusto Lara dos Santos e Fernanda do Nascimento Pereira. Depreendendose da análise dos autos do processo, vêse que não consta procuração com os nomes dos r. advogados, tampouco instrumento particular, substabelecendo ao Dr. José Augusto Lara, com reserva de iguais poderes para recepcionar intimações, podendo praticar todos os atos judiciais e extras judiciais necessários à apresentação e defesa dos interesses da Outorgante Kraft Foods Brasil S/A em qualquer juízo, instância ou Tribunais bem como perante quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, inclusive de direito público, seus órgãos, Ministérios, Repartições Públicas Federais, Estaduais e Municipais, Juntas Comerciais, Fl. 106DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 107 5 Prefeituras e Autarquias, com poderes para transigir, desistir, confessar, receber e dar quitação, firmar termos e compromissos, podendo inclusive substabelecer, enfim, praticar todos os demais atos necessários. Não há também acostados no processo instrumentos substalecendo iguais poderes para a Dra. Sara Fachini Truite, que também assinou o Recurso Voluntário. O que em relação ao aspecto subjetivo da relação jurídica processual, considerando os documentos acostados ao processo, vêse que a mesma não possuiria legitimidade para figurar no pólo passivo da lide em que se discute a compensação – quando constar como sujeito passivo a Kraft Foods Brasil S/A. Cabe ressaltar que a procuração que consta como Outorgante a Kraft Food Brasil S.A.não consta o nome dos advogados supra mencionados, tampouco há Instrumento substabelecendo poderes nos autos do processo a eles. Independentemente das questões acima, cabe trazer que a Kraft Foods Brasil S/A sofreu reorganização societária e, por conseguinte foi renomeada para Mondelez Brasil Ltda em ato de julho/2013, conforme CNPJ abaixo: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA NÚMERO DE INSCRIÇÃO 33.033.028/000184 MATRIZ COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DE ABERTURA 24/01/1973 NOME EMPRESARIAL MONDELEZ BRASIL LTDA TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) MONDELEZ BRASIL Fl. 107DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 108 6 CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL 82.99799 Outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS 82.19999 Preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente 82.11300 Serviços combinados de escritório e apoio administrativo CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA 2062 SOCIEDADE EMPRESARIA LIMITADA LOGRADOURO AV PRESIDENTE KENNEDY NÚMERO 2511 COMPLEMENTO PARTE CEP 80.610010 BAIRRO/DISTRITO AGUA VERDE MUNICÍPIO CURITIBA UF PR SITUAÇÃO CADASTRAL ATIVA DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL 03/11/2005 MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL SITUAÇÃO ESPECIAL ******** DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL ******** Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.470, de 30 de maio de 2014. Emitido no dia 29/10/2014 às 09:35:09 (data e hora de Brasília). O processo administrativo deve respeitar rotinas indispensáveis à segurança das partes, dos atos e da prestação jurisdicional e administrativa. O que, por conseguinte, nos casos de alteração de denominação social, decorrente de reorganizações societárias, os poderes outorgados anteriormente aos advogados da pessoa jurídica – sujeito passivo, deixam de existir. Tanto é assim que em outro processo da Kraft Foods Brasil S.A de nº 10980.901545/201082 vêse que o Recurso Voluntário foi apresentado regularmente com a nova denominação social da Kraft Foods Brasil S/A – qual seja, Mondelez Brasil LTDA, conjuntamente com a procuração e substabelecimento expondo como outorgante a Mondelez Brasil Ltda. Fl. 108DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 109 7 Porém, no caso vertente, haja vista o Recurso Voluntário ter sido apresentado no dia 16.11.2011 portanto, antes da mudança da denominação social da sociedade, independentemente de não ter sido apresentado o recurso conjuntamente com as procurações e demais documentos que possam atestar a legitimidade passiva, tornase necessário constar dos autos a procuração outorgando poderes, para tanto, a esses advogados, ou instrumento particular substabelecendo esses poderes. O que, por conseguinte, causa estranheza a conduta praticada no processo presente, tendo em vista que foi apresentado recurso voluntário com o nome da Kraft Foods Brasil “Ltda”, e não “S/A” e sem a procuração dos advogados que lá assinavam. A meu sentir, para fins de se trazer a segurança necessária ao processo administrativo, tornase obrigatório a apresentação de procuração ou instrumento particular no processo, substabelecendo poderes, para tanto, a seus procuradores, sob pena de não conhecimento do recurso. Frisese os dizeres do art. 6º do CPC – “ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”. Não obstante, tendo em vista que em outros processos da recorrente, é possível verificar que há instrumento particular substabelecendo ao Dr. José Augusto Lara dos Santos poderes para praticar todos os atos judiciais e extrajudiciais necessários à representação e defesa dos interesses da Outorgante em qualquer juízo, Instância ou Tribunal, bem como quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, inclusive de direito público, seus órgãos, Ministérios, Repartições Públicas Federais, Estaduais e Municipais, Juntas Comerciais, Prefeituras e Autarquias, com poderes para transigir, desistir, confessar, receber e dar quitação, firmar termos e compromissos, podendo, inclusive substabelecer, enfim, praticar todos os demais atos necessários ao bom e fiel cumprimento do presente mandato, excepcionalmente, passo a observar tal instrumento para apreciar o caso vertente. Sendo assim, passo a discorrer sobre as questões trazidas no recurso voluntário. Fl. 109DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 110 8 Depreendendose da análise do processo, vêse que a lide original envolve autuação fiscal recepcionada pela empresa Kraft Foods Brasil S/A (incorporada pela Mondelez Brasil Ltda) tratando do não reconhecimento do pedido de compensação, considerando que houve a consolidação de suposto débito no montante de R$ 2.216.981,33. Não obstante à essa discussão, vêse que a DRJ não tomou conhecimento da manifestação de inconformidade apresentada pela contribuinte, considerando sua intempestividade. Eis que, no caso vertente, o contribuinte foi cientificado do Despacho Decisório, no dia 20 de maio de 2008; porém, apresentou a manifestação e inconformidade somente no dia 3 de setembro de 2008, quando já havia se esgotado o prazo regulamentar fixado pelo Decreto nº 70.235, de 1972. Dessa forma, em vista da decisão de 1ª instância, a contribuinte pede, em síntese, a reforma do Acórdão da DRJ, descrevendo julgados do CARF, solicitando que a administração fazendária aprecie todos os fatos e provas que possam influenciar a sua decisão para que, por conseguinte, seja julgado totalmente improcedente o lançamento realizado, de modo a extinguir a presente cobrança. Quanto à intempestividade da manifestação de inconformidade alegada pela DRJ, notase que, de acordo com o disposto nos arts. 14 e 151 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, somente a impugnação da exigência apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento. No caso vertente, resta claro que a recorrente apresentou a impugnação fora do prazo legal. Logo, a controvérsia cingese apenas ao conhecimento da impugnação suscitada pela recorrente, que deve ser conhecida por este Colegiado, em razão do disposto no Fl. 110DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 111 9 art. 56, § 3º, do Decreto nº 7.574, de 29 de setembro de 2011, que regulamenta o processo administrativo fiscal, a seguir transcrito (destaques meus): “Art. 56. A impugnação, formalizada por escrito, instruída com os documentos em que se fundamentar e apresentada em unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo, bem como, remetida por via postal, no prazo de trinta dias, contados da data da ciência da intimação da exigência, instaura a fase litigiosa do procedimento (Decreto no70.235, de 1972, arts. 14 e 15). § 1º Apresentada a impugnação em unidade diversa, esta a remeterá à unidade indicada no caput. § 2º Eventual petição, apresentada fora do prazo, não caracteriza impugnação, não instaura a fase litigiosa do procedimento, não suspende a exigibilidade do crédito tributário nem comporta julgamento de primeira instância, salvo se caracterizada ou suscitada a tempestividade, como preliminar. § 3º No caso de pluralidade de sujeitos passivos, caracterizados na formalização da exigência, todos deverão ser cientificados do auto de infração ou da notificação de lançamento, com abertura de prazo para que cada um deles apresente impugnação. § 4º Na hipótese do § 3o, o prazo para impugnação é contado, para cada sujeito passivo, a partir da data em que cada um deles tiver sido cientificado do lançamento. 5º Na hipótese de remessa da impugnação por via postal, será considerada como data de sua apresentação a da respectiva postagem constante do aviso de recebimento, o qual deverá trazer a indicação do destinatário da remessa e o número do protocolo do processo correspondente. §6º Na impossibilidade de se obter cópia do aviso de recebimento, será considerada como data da apresentação da impugnação a constante do carimbo aposto pelos Correios no envelope que contiver a remessa, quando da postagem da correspondência. §7ºNo caso previsto no § 5o, a unidade de preparo deverá juntar, por anexação ao processo correspondente, o referido envelope.” No recurso voluntário, a recorrente pleiteou o conhecimento das razões de fato e de mérito apresentadas, com base no argumento de que, no âmbito do processo administrativo fiscal, deve prevalecer o princípio da verdade material. Fl. 111DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA Processo nº 10980.903063/200842 Acórdão n.º 3202001.413 S3C2T2 Fl. 112 10 Porém, entendo que não assiste razão a recorrente, pois tal princípio somente poderiam ser invocados quando o processo administrativo fiscal tenha sido regulamente instaurado à fase contenciosa do procedimento. Por todo o exposto, voto por conhecer parcialmente o recurso e, na parte conhecida, negar provimento, rejeitando o conhecimento das outras alegações, para manter na íntegra a decisão recorrida. Assinado digitalmente Tatiana Midori Migiyama Fl. 112DF CARF MF Impresso em 12/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 11/12/2 014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 01/12/2014 por TATIANA MIDORI MIG IYAMA
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Numero do processo: 10480.005818/2003-78
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 14 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Dec 15 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Ano-calendário: 1998
IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. ART. 42 DA LEI 9532/97. FORMA DE APURAÇÃO. RESSARCIMENTO.
O crédito presumido de IPI, previsto no art. 42 da Lei nº 9.532/97, é apurado com a aplicação do percentual de 85% sobre o valor do IPI devido na saída do açúcar do estabelecimento industrial, quando este estiver localizado nos estados do Norte e Nordeste.
Recurso Voluntário Negado
Direito Creditório Não Reconhecido
Numero da decisão: 3301-002.453
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente.
Andrada Márcio Canuto Natal - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, Maria Teresa Martinez Lopez, Luiz Augusto do Couto Chagas, Mônica Elisa de Lima Sidney Eduardo Stahl e Andrada Márcio Canuto Natal.
Nome do relator: ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL
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CRÉDITO PRESUMIDO. ART. 42 DA LEI 9532/97. FORMA DE APURAÇÃO. RESSARCIMENTO. O crédito presumido de IPI, previsto no art. 42 da Lei nº 9.532/97, é apurado com a aplicação do percentual de 85% sobre o valor do IPI devido na saída do açúcar do estabelecimento industrial, quando este estiver localizado nos estados do Norte e Nordeste. Recurso Voluntário Negado Direito Creditório Não Reconhecido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. Andrada Márcio Canuto Natal Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, Maria Teresa Martinez Lopez, Luiz Augusto do Couto Chagas, Mônica Elisa de Lima Sidney Eduardo Stahl e Andrada Márcio Canuto Natal. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 48 0. 00 58 18 /2 00 3- 78 Fl. 139DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 23/ 10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA PO SSAS Processo nº 10480.005818/200378 Acórdão n.º 3301002.453 S3C3T1 Fl. 140 2 Relatório Por economia processual adoto o relatório elaborado na decisão recorrida, abaixo transcrito. A empresa identificada em epígrafe protocolou, em 30.05.2003, pedido de ressarcimento de IPI, no valor de R$ 21.990.513,80, fundamentada nas previsões normativas do art.42 da Lei nº 9.532/97 e Decreto nº 2.501/98. Aquela norma da Lei supramencionada instituiu o crédito presumido para o açúcar produzido nas Regiões Norte e Nordeste, e nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com percentuais que caberia ao Poder Executivo definir. Foi o Decreto nº 2.501/98, cujos efeitos retroagiram a 01/01/1998, que estabeleceu a alíquota de IPI incidente sobre os açúcares de cana, em bruto, e sobre o açúcar refinado, identificados nas subposições indicadas da TIPI vigente, em 12%. E o percentual para cálculo do crédito presumido de que trata o art.42 da Lei 9.532/97, foi fixado em 85%, relativo ao IPI devido nas saídas de açúcar de cana para os estabelecimentos produtores localizados nos Estados das Regiões Norte e Nordeste. O pedido foi indeferido pela Delegacia da Receita Federal em Recife (DRF/RECIFE), conforme despacho decisório de fls.33, fundamentado na Informação Fiscal de fls.14/22. As principais razões alegadas para o indeferimento foram: 1. O art.42 da Lei 9.532/97 foi revogado, com efeitos a partir de 01.01.1999, pela alínea “b” do inciso II do art.22 da Lei 9.779/99, extinguindose o benefício. Entre 01.01.1998 e 31.12.1998, a alíquota do IPI para o açúcar produzido no Norte e Nordeste foi de 12%, reduzida em 85%, desde que houvesse incidência do imposto sobre a respectiva saída. 2. Essa redução, que correspondia a 85% do IPI devido na saída, poderia ser lançado no Livro de Registro de Apuração do IPI – RAIPI, a título de crédito presumido de IPI referente ao açúcar. 3. Considerando que a empresa requerente foi alvo de auditoria recente, amparada no MPF nº 04.1.01.002003001220, na qual se verificaram inclusive dados relativos ao crédito presumido decorrente do disposto no art.42 da Lei 9.532/97, transcrevemse a seguir os comentários pertinentes inseridos naquela auditoria fiscal que resultou na lavratura de auto de infração de IPI no valor de R$ 3.665.567,07, consubstanciado no Processo nº 19647.007090/200424, e devidamente cientificado ao contribuinte. 4. Intimado, em 27.01.2004, a apresentar, por decêndio, no ano de 1998, os valores das saídas de açúcar de produção própria, a interessada preparou demonstrativo em valores e períodos que divergem do escriturado no RAIPI. Inquirido sobre tal divergência, informou que os valores lançados no RAIPI a título de “presumido açúcar” são relativos a compras de açúcar de outros produtores e fornecedores (conforme consta às fls.158 do Processo nº 19647.007090/200424). Vale dizer, a interessada não observou a legislação regente da sistemática de cálculo do “crédito presumido do açúcar”, posto que pretendeu calcular o benefício com Fl. 140DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 23/ 10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA PO SSAS Processo nº 10480.005818/200378 Acórdão n.º 3301002.453 S3C3T1 Fl. 141 3 base nas compras de açúcar de outros produtores, mas o correto seria tomar por base a saída tributada de açúcar de produção própria. 5. Por tal razão foram integralmente glosados os supostos créditos lançados no RAIPI sob o título de “presumido açúcar (Coluna 3 da planilha ‘Escrituração Fiscal do Contribuinte’, reproduzidos na coluna 7 da planilha ‘Reconstituição da Escrita Fiscal do Contribuinte’)”. Por outro lado, a fim de preservar o direito do contribuinte, procedeuse ao cálculo do crédito presumido de açúcar nos termos legais, com base exclusivamente nas informações prestadas pela interessada (cálculos na Planilha “Crédito Presumido do Açúcar no ano de 1998” e na Coluna 7 da Planilha “Créditos Demonstrados pelo Contribuinte, fls.95, do mesmo Processo acima mencionado). Recalculados os referidos créditos na devida forma, foram considerados na Coluna 5 da Planilha “Reconstituição da Escrita Fiscal do Contribuinte”. 6. Outrossim, tendo sido confirmado pela interessada que houve venda de açúcar para o exterior com imunidade tributária, estas saídas não se beneficiam do crédito presumido do IPI, posto que segundo a dicção do art.2º do Decreto nº 2.501/98, se não houve tributação de IPI na saída do açúcar, aí não há que se falar em crédito presumido. 7. Em vista das circunstâncias apontadas, tudo exposto no relatório de auditoria, não havia saldo de crédito de IPI a ser ressarcido ao contribuinte, haja vista que depois de serem considerados os créditos presumidos do açúcar, decorrentes do disposto no art.42 da Lei 9.532/97, e calculados na forma da lei, no âmbito daquele Processo nº 19647.007090/200424, remanesceu débito na ordem de R$ 3.665.567,07, devidamente lançado. 8. A despeito de se haver demonstrado a inexistência de qualquer valor a ser ressarcido no presente processo, ressaltase, ainda, a título de informação, a inadmissibilidade de aplicação da Taxa SELIC sobre eventuais saldos de IPI a serem ressarcidos. O ressarcimento é instituto distinto da restituição de indébito e também diferente da compensação. Conforme entendimento oficial expresso na NOTA MF/SRF/COSIT/COOPE/SENOG nº 165 tratase “de uma forma de utilização de um incentivo fiscal... para manter em sua escrita fiscal, créditos de IPI... mediante compensação na própria escrita fiscal com os débitos escriturados ou, de forma residual, mediante ressarcimento em espécie”. Créditos escriturais serão compensados com débitos escriturais, no período de apuração do imposto, com ressarcimento em espécie de eventual saldo credor remanescente da impossibilidade de realizar essa compensação. 9. Há previsão legal para a correção monetária em certo período e a incidência de juros equivalentes à taxa SELIC, a partir de 01/01/1996, apenas para o caso de compensação de tributos ou restituição de indébitos, porém não há nenhuma previsão legal para correção monetária nem aplicação da SELIC sobre saldo remanescente de créditos escriturais passíveis de ressarcimento em dinheiro. Assim, em face da reconstituição da escrita fiscal da empresa, abrangendo o ano de 1998 (o Termo de Verificação Fiscal –TVF, descreve a auditoria sobre o IPI no período de 01.01.1998 a 31.12.2000), que resultou no lançamento de crédito tributário da ordem de R$ 3.665.567,07, objeto do processo nº 19647.007090/2004 24), ficou demonstrado que não existe o saldo credor de IPI pretendido pela contribuinte, devendose indeferir o pedido de ressarcimento. Fl. 141DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 23/ 10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA PO SSAS Processo nº 10480.005818/200378 Acórdão n.º 3301002.453 S3C3T1 Fl. 142 4 Intimada da decisão em 12.05.2005, a interessada protocolou, em 08.06.2005, tempestivamente, a manifestação de inconformidade de fls.36/50, cujas principais alegações são a seguir sintetizadas: 1. Tratase do crédito presumido de IPI previsto no art.42 da Lei 9.532/97, estímulo fiscal destinado a atenuar as imensas desigualdades entre os produtores de açúcar da região Sudeste (sobretudo São Paulo) e das demais regiões produtoras. 2. Diante da redação conferida à norma identificada no item anterior ( cuja transcrição literal foi feita às fls.38, 2º parágrafo), é elementar concluir que o legislador definiu todos os elementos para a quantificação do crédito presumido de IPI, somente remetendo à Administração a faculdade de estabelecer a alíquota aplicável. Assim delegouse ao Poder Executivo apenas e tãosomente a possibilidade de fixar a alíquota para os fins de apuração do montante do crédito presumido, e todos os outros elementos, inclusive a base de cálculo – valor do produto saído do estabelecimento. 3. Nada obstante, o Decreto nº 2.501/98, a pretexto de regulamentar a lei em pauta, dispôs da seguinte maneira: “Art.2º. O percentual para cálculo do crédito presumido de que trata..., é fixado em relação ao IPI devido nas saídas de açúcar da cana, em 85% (oitenta e cinco por cento) para os estabelecimentos produtores localizados nos Estados das Regiões Norte e Nordeste e em 30% (trinta por cento) para aqueles localizados nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo”. 4. Ora, a simples leitura do texto do Decreto já evidencia a sua ilegalidade, porque altera a base de cálculo do benefício fiscal prevista na Lei nº 9.532/97. Tendo em vista que a Lei instituidora do benefício prescreve que a base de cálculo do crédito presumido de IPI é o “valor do produto saído do estabelecimento”, o Decreto referido determina que a alíquota incidirá sobre base diversa, qual seja, o “IPI devido nas saídas de açúcar”. 5. Portanto, ao restringir a base de cálculo de um incentivo fiscal instituído em lei, desbordou os limites impostos a essa espécie normativa. Os atos administrativos têm posição hierárquica inferior a das leis, não lhes sendo lícito contrariálas, sob pena de subversão do P. da legalidade, o mais basilar do Estado de Direito. Traz à colação, às fls.39/41, lições de Celso A Bandeira de Mello, Helly Lopes Meirelles, Bernardo Ribeiro de Moraes para fundamentar a afirmação. 6. Aponta que no mesmo sentido de enquadrar os atos administrativos, inclusive Decreto, nos limites da lei, jurisprudência do STJ e TRF/5ª Região, esta no sentido de especialmente destacar a ilegalidade da IN SRF nº 23/97, justamente por modificar a base de cálculo do benefício fiscal (crédito presumido de IPI), prevista na Lei 9.363/96, isto é, para destacar a idéia de ilegalidade de ato administrativo tendente a restringir base de cálculo de benefício legal.(Ver fls.41/44, transcrição de ementas das decisões dos tribunais citadas). 7. Assim, a doutrina mais abalizada, e a jurisprudência consolidada, apontam que o Decreto nº 2.501/98 não poderia ter alterado a base de cálculo do crédito presumido de IPI, visto que este se encontra expressamente determinado em lei. Portanto, quanto a este aspecto o Decreto é ilegal. 8. Da mesma forma emerge incontestável o direito de correção monetária do crédito apurado. O fisco diz ser indevida em face de inexistir expressa previsão Fl. 142DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 23/ 10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA PO SSAS Processo nº 10480.005818/200378 Acórdão n.º 3301002.453 S3C3T1 Fl. 143 5 legal, mas não lhe assiste razão. Tal fundamento somente seria válido se não acarretasse nenhum prejuízo à ora impugnante. 9. A única função da correção monetária é a recomposição do valor do crédito a ser utilizado como moeda de compensação. Com efeito, há a necessidade de recomposição real do valor a ser ressarcido, uma vez que poderá servir para compensação com débitos de IPI, ressarcimento em dinheiro ou compensação com outros tributos administrados pela SRF. Tratase de entendimento já pacificado, conforme decisão nos Embargos Infringentes na AC nº 1999.71.11.0039683/RS, cujo voto vencedor do Rel. Des. Federal Wellington de Almeida é parcialmente transcrito às fls.45/46. 10. A decisão acima noticiada serviu de base ao entendimento exarado pelo Min. Sidney Sanches em decisão monocrática referente ao RE nº 363.777, cujo teor transcreve, em parte, às fls.47, no sentido de que a atualização monetária plena inclui a SELIC, porque assim se procede em relação a quaisquer tributos arrecadados e fiscalizados pela SRF. Esse entendimento há muito vem sendo compartilhado pela jurisprudência do C. STJ, consoante se observa no brilhante voto exarado pelo Min. Américo Luz na ocasião do julgamento do REsp nº 2.466PR, DJU 10.9.90, cujo teor transcreve às fls.47. 11. A própria administração reconhece essa realidade, conforme Parecer AGU/MF01/96 (ver transcrição às fls.48). E no mesmo sentido decidiu o Conselho de Contribuintes reconhecendo que o ressarcimento de crédito do IPI há de ser efetuado com atualização monetária (sem indicação de nº do acórdão). Quanto à SELIC, o C. STJ já pacificou a matéria, consoante se vê no Ac. un. STJ, 1ª Turma, REsp nº 248985/SC, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, DJ de 16.10.2000, p.291, transcrito, em parte, às fls.49 deste processo. E no mesmo sentido aponta o TRF/ 5ª Região (ver ementa de fls.50). Pede a reforma da decisão prolatada, para que se determine o ressarcimento dos créditos de IPI calculados com base na Lei 9.532/97, afastandose a ilegal modificação da base de cálculo do benefício determinada pelo Decreto 2.501/98, devendose calcular o crédito presumido pela aplicação da alíquota de 85% sobre o valor do produto comercializado, seja no mercado interno, seja no mercado externo. Ao julgar referida manifestação de inconformidade, a 5ª Turma da DRJ/Recife proferiu o Acórdão nº 1125.097, de 21/01/2009, assim ementado: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados IPI Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO. LEI Nº 9.532/97. DECRETO Nº 2.501/98. PEDIDO DE RESSARCIMENTO. No caso concreto o crédito presumido equivale a 85% do IPI devido na saída do açúcar produzido. Em outras palavras pode se dizer que o IPI devido depois da compensação com o crédito presumido corretamente escriturado equivale a 15% do valor do imposto devido antes dessa compensação. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL PARA A CORREÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITO ESCRITURAL. Fl. 143DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 23/ 10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA PO SSAS Processo nº 10480.005818/200378 Acórdão n.º 3301002.453 S3C3T1 Fl. 144 6 Não há previsão legal de atualização monetária de créditos escriturais, sejam eles incentivados ou não. Nos termos da legislação regente, cabe a aplicação da Taxa SELIC nos casos de restituição de indébito, em espécie, ou pela via da compensação. Não é o que acontece no caso de ressarcimento. Solicitação Indeferida. Não concordando com referida decisão, o contribuinte apresentou recurso voluntário no qual repete as mesmas alegações apresentadas em sua manifestação de inconformidade. É o relatório. Fl. 144DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 23/ 10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA PO SSAS Processo nº 10480.005818/200378 Acórdão n.º 3301002.453 S3C3T1 Fl. 145 7 Voto Conselheiro Andrada Márcio Canuto Natal O recurso voluntário é tempestivo e atende aos demais pressupostos legais de admissibilidade, por isso dele tomo conhecimento. Como visto o contribuinte solicitou ressarcimento de IPI com base no art. 42 da Lei nº 9.532/97 para o anocalendário de 1998. Assim dispunha o dispositivo legal: Art. 42. Os estabelecimentos produtores de açúcar de cana, localizados nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e em estados das regiões Norte e Nordeste, terão direito a crédito presumido, calculado com base em percentual, fixado pelo Poder Executivo em virtude do diferencial de custo da canade açúcar entre as regiões produtoras do País, a ser aplicado sobre o valor do produto saído do estabelecimento e compensado com o IPI devido nas saídas de açúcar. (Revogado pela Lei nº 9.779, de 1999) Parágrafo único. A utilização de crédito presumido, calculado em desacordo com a legislação, configura redução indevida do IPI, sujeitando o infrator às penalidades previstas na legislação aplicável.(Revogado pela Lei nº 9.779, de 1999) Este dispositivo legal foi revogado pela Lei nº 9.779/99, de forma que o benefício fiscal só vigorou para o anocalendário de 1998, que é justamente o período discutido no presente processo. Conforme previsto, o Poder Executivo, por meio do Decreto nº 2.501/98, estabeleceu o percentual a ser aplicado para apuração do crédito presumido. Fezse da seguinte forma: Art. 1º A alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre os açúcares da cana, em bruto, e sobre o açúcar refinado, classificados, respectivamente, nas subposições 1701.11 e 1701.99 da Tabela de Incidência (TIPI) aprovada pelo Decreto nº 2.092, de 10 de dezembro de 1996, é fixada em doze por cento. Art. 2º O percentual para cálculo do crédito presumido de que trata o art. 42 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, é fixado, em relação ao IPI devido nas saídas de açúcar da cana, em 85% (oitenta e cinco por cento) para os estabelecimentos produtores localizados nos Estados das Regiões Norte e Nordeste e em 30% (trinta por cento) para aqueles localizados nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O contribuinte afirmou em sua manifestação de inconformidade e em seu recurso voluntário que o Decreto estabeleceu limitação não previsto na lei. Ressaltese, por oportuno, que o recorrente apresentou exatamente as mesmas razões de defesa, não Fl. 145DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 23/ 10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA PO SSAS Processo nº 10480.005818/200378 Acórdão n.º 3301002.453 S3C3T1 Fl. 146 8 contestando absolutamente nada quanto aos argumentos e razões apresentadas pela decisão recorrida que indeferiu sua manifestação. Conforme descrito o contribuinte estava utilizando para cálculo do crédito presumido o percentual de 85% sobre o valor das aquisições de açúcar adquiridos de outros produtores e fornecedores. Desculpeme o recorrente, mas não há maneiras de extrair este entendimento das disposições legais acima transcritas. Para ser econômico, na argumentação, e considerando que não houve inovação de razões no recurso apresentado, invoco o § 1º do art. 50 da Lei 9.784/99, para utilizar a própria decisão recorrida, como razão de decidir. Citada decisão encontrase às fls. 73/85 (fls. 78/90 do processo digital), e faz parte integrante do presente voto. Adicionalmente, mesmo que razão assistisse ao contribuinte, nada haveria para ser ressarcido no presente processo, pois não tem nenhum elemento de prova quanto ao valor do crédito que seria ressarcido. Prova esta que é ônus de quem solicita, a teor do que dispõe o art. 333, inc. I, do Código de Processo Civil. Portanto, mesmo que houvesse razão ao contribuinte faltaria elementos de certeza e liquidez para que fosse autorizado o ressarcimento. Por fim não cabe discussão sobre a questão da correção monetária, pois ficou prejudicada ante o indeferimento do mérito. Assim, diante do exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário. Andrada Márcio Canuto Natal Relator Fl. 146DF CARF MF Impresso em 15/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 23/ 10/2014 por ANDRADA MARCIO CANUTO NATAL, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por RODRIGO DA COSTA PO SSAS
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Numero do processo: 16327.000163/2007-24
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 07 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Feb 11 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2006
COMPENSAÇÃO. PROVA DO CRÉDITO. ATRIBUTO DO CONTRIBUINTE.
A despeito da ocorrência do extravio do Processo Administrativo de habilitação do crédito ter ocorrido, nos casos de compensação a prova do crédito é da contribuinte, sob pena de indeferimento da compensação.
Inaplicabilidade do disposto no artigo 112 do CTN.
Recurso conhecido e não provido.
Numero da decisão: 1201-001.026
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao Recurso. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, sendo substituído pela Conselheira suplente Maria Elisa Bruzzi Boechat.
(documento assinado digitalmente)
Marcelo Cuba Netto Presidente Substituto
(documento assinado digitalmente)
Rafael Correia Fuso - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcelo Cuba Netto (Presidente subtituto), Rafael Correia Fuso, Roberto Caparroz de Almeida, Luiz Fabiano Alves Penteado, João Lima Junior e Maria Elisa Bruzzi Boechat.
Nome do relator: RAFAEL CORREIA FUSO
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PROVA DO CRÉDITO. ATRIBUTO DO CONTRIBUINTE. A despeito da ocorrência do extravio do Processo Administrativo de habilitação do crédito ter ocorrido, nos casos de compensação a prova do crédito é da contribuinte, sob pena de indeferimento da compensação. Inaplicabilidade do disposto no artigo 112 do CTN. Recurso conhecido e não provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao Recurso. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, sendo substituído pela Conselheira suplente Maria Elisa Bruzzi Boechat. (documento assinado digitalmente) Marcelo Cuba Netto – Presidente Substituto (documento assinado digitalmente) Rafael Correia Fuso Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcelo Cuba Netto (Presidente subtituto), Rafael Correia Fuso, Roberto Caparroz de Almeida, Luiz Fabiano Alves Penteado, João Lima Junior e Maria Elisa Bruzzi Boechat. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 00 01 63 /2 00 7- 24 Fl. 292DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO 2 Relatório Trata de processo de Declaração de Compensação de débito do IRPJ, período de apuração Jun/06, com alegado crédito decorrente de pagamento indevido ou a maior. A questão a ser analisada nos presentes autos é a origem e a identificação do crédito tributário, pois pairam dúvidas no trabalho de fiscalização e na decisão da DRJ, matéria essa inclusive que definirá a competência do julgamento do Recurso, se pela Primeira Seção ou pela Terceira Seção. Em relação ao anocalendário 2006, o contribuinte entregou, em 29/06/07, a correspondente DIPJ, tendo apurado, para o IRPJ estimado do mês de Jun/06, o valor de R$ 1.919.847,88, como informado na Linha 12 da Ficha 11 da referida declaração (folhas 08 a 11). Por outro lado, na DCTF apresentada, o interessado informou como débito do IRPJ de Jun/06 o montante de R$ 2.147.360,99, este liquidado, parcialmente, por meio de DARF e de compensação com suposto crédito do próprio IRPJ. No tocante ao direito creditório informado pelo contribuinte acima, qual seja pagamento indevido ou a maior decorrente de DARF recolhido, em 26/07/06, a título de PIS (Cód 2986) lançado de oficio, a fiscalização não identificou o pagamento junto aos sistemas da SRF. Ademais, apontado na "DCOMP", o débito do IRPJ em questão encontrase controlado no PAF n° 10768.003660/200628, o qual trata de "Pedido de Habilitação de Crédito Reconhecido por Decisão Judicial", crédito esse decorrente de cessão de direito creditório por parte da P&P Porciúncula Participações Ltda nos autos do processo judicial autuado na Justiça Federal/RJ sob n° 0007358385. Há um ofício expedido pela Juíza Substituta da 2ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro, encaminhado à Receita Federal do Brasil, que não identifica nenhum processo administrativo ora analisado, apenas mencionando o nome do contribuinte Banco Industrial e Comercial S/A: "Em face do explanado, verifico a ocorrência de diversas irregularidades praticadas nesse feito, passíveis de punição nas esferas administrativa, cível e criminal, razão pela qual DETERMINO: (..) (ii) que Secretaria da Receita Federal do Rio de Janeiro e de São Paulo impeçam a utilização de créditos tributários referentes a qualquer feito em trâmite perante esse D. Juízo nos processos administrativos n°s 13807.006828/200470 DERATSPOSP (lis. 191, 205, 210, 249, 256, 269 e 280); 13807.005634/200457 DRJSPOISO (fls. 192, 206, 209, 250, 257, 270 e 281); (iii) que a Secretaria da Receita Federal do Rio de Janeiro e de São Paulo impeçam a utilização de créditos tributários oriundos de qualquer feito em trâmite perante esse D. Juízo pelas seguintes empresas e pessoas físicas: 1) P&P PORCIONCOLA Fl. 293DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 16327.000163/200724 Acórdão n.º 1201001.026 S1C2T1 Fl. 3 3 PARTICIPAÇÕES LTDA., CNPJ N° 04.888.139/00174; (...) 10) BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S/A, CNPJ N° 07.450.604/0001 89; (...). A utilização do referidos créditos só poderá ser feita APÓS EXPRESSA AUTORIZAÇÃO do Juízo. (..) A DRF, com base na fundamentação acima, não homologou a compensação pleiteada pelo contribuinte, sendo dada ciência da decisão em 29/08/2008. Inconformada com a decisão, o contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade, em 30/09/2008, alegando: DOS FATOS 0 contribuinte reportase aos fatos e expõe que: em 26 de julho de 2007 apresentou Pedido de Ressarcimento ou Restituição/Declaração de Compensação (PER/DCOMP), tendo por objeto a compensação de parte de seu Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), apurado em junho de 2006; a despeito de o crédito a ser aproveitado no pedido de compensação referirse ao Processo Administrativo n° 10768.003660/200628, fez constar no PER/DCOMP o código de receita n° 2986, que corresponde a PISLançamento de oficio. Para verificar essas informações, a Delegacia Especial oficiou a DERAT/RJ, solicitandolhe o envio dos autos de referido processo (fls.07); entretanto, antes que a DERAT/RJ respondesse à solicitação feita, foi proferido o despacho decisório, que não homologou as compensações realizadas, invocando como fundamento para tanto o teor do oficio 0003.0002610/2008, da 3ª Vara Cível da Federal da Subseção Judiciária do Rio de Janeiro (fls.16/17); essa decisão foi fruto de mera suposição das autoridades administrativas, que decidiram sobre a procedência de um pedido de compensação sem que estivesse esclarecida e comprovada a liquidez e certeza do crédito informado pelo requerente. Na dúvida, as autoridades optaram por fazer suposições que conduziram à não homologação da compensação, em frontal desrespeito A cláusula do devido processo legal administrativo e em clara violação dos princípios da ampla defesa, do contraditório e da busca pela verdade material, circunstância per se suficiente para ensejar a anulação do despacho decisório; DA PRELIMINAR DE NULIDADE DO DESPACHO DECISÓRIO POR VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS QUE REGEM O PROCESSO ADMINISTRATIVO Alega a defesa que o despacho decisório não homologou a compensação declarada pelo requerente porque considerou que o crédito tributário em questão é objeto do processo judicial n° Fl. 294DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO 4 00.07358585, cedido ao requerente pela empresa P&P Porciiuncula Participações Ltda e esta afetado pela prescrição; Reportase a defesa ao item 4 do Despacho Decisório e destaca a expressão pelo que se deduz, concluindo que as decisões administrativas não podem se pautar em suposições e deduções, sob pena de violação do devido processo legal administrativo, dos princípios do contraditório, ampla defesa, motivação dos atos administrativos e busca pela verdade material (CF/88, art. 5 0, inciso LIV e LV, art. 37, caput e art. 2° da Lei 9784/99); Afirma a defesa que, se intimado a esclarecer a relação supostamente existente entre a compensação postulada nesses autos e o processo judicial n° 00.07358585, teria informado e comprovado a absoluta falta de relação entre os dois processos, evitandose, assim, a prolação do despacho decisório dissociado da verdade material; Nesse contexto, afirma a defesa, impõese o reconhecimento da nulidade do despacho decisório, para evitar que produza qualquer efeito um ato administrativo praticado em desrespeito aos princípios da verdade material, da motivação, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. II) NO MÉRITO: DA NECESSÁRIA ANÁLISE DO PAF N° 10768.003660/200628 Como informado pelo requerente em seu PER/DCOMP, o crédito a ser aproveitado no pedido de compensação estava relacionado ao PAF n° 10768.003660/200628; Alega que, desde a instauração de referido processo, nunca conseguiu obter informações sobre o seu andamento processual e sequer logrou êxito em ter acesso aos autos administrativos e reportase a petições encaminhadas à DERAT/RJ em 10/12/2007 e DEINF/SP em 17 e 21/08/2008; Importa esclarecer que o "Pedido de Habilitação de Crédito por Decisão judicial Transitada em Julgado", objeto do PAF n° 10768.003660/200628, tem por objeto o reconhecimento do direito do requerido ao aproveitamento do crédito que lhe foi cedido pela empresa Musa Calçados Ltda, através de regular Escritura Pública de Cessão e Transferência em Pagamento de Direitos Decorrentes de Titulo Executivo Extrajudicial; Os créditos objeto de referida Cessão decorrem de decisão judicial transitada em julgado, proferida nos autos do Recurso Especial n° 40.332 (doc.4) e estão, atualmente, em fase de liquidação judicial nos autos do Processo n°1998.01.00.077161 9, em trâmite perante o Tribunal Regional Federal da 1° Região; Para que se possa concluir pela possibilidade de aproveitamento desses créditos através do pedido de compensação ora em discussão, é indispensável que se conheça o andamento atual do "Pedido de Habilitação de Crédito Reconhecido por Decisão judicial Transitada em Julgado", instaurado perante a DERAT/RJ e sem isso, não há como Fl. 295DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 16327.000163/200724 Acórdão n.º 1201001.026 S1C2T1 Fl. 4 5 prosseguir validamente na apreciação do presente pedido de compensa cão; Por essa razão, é de rigor o sobrestamento do presente processo até que seja apresentada nesses autos a resposta da DERAT/RJ ao MEMO/DIORT/DEINF/SP n° 034/2007 e que seja efetivamente aberta vista ao requerente dos autos ao PAF n° 10768.003660/200628, para preservar o devido processo legal administrativo, a ampla defesa e o contraditório. III) DA INAPLICABILIDADE DO OFICIO 0003.000261 0/2008 DA 3° VARA CÍVEL DA JUSTIÇA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Expõe a defesa que o crédito indicado no pedido de compensação do requerente lhe foi cedido pela empresa Musa Calçados Ltda e se refere ao Processo n° 87.00.005738, que foi posteriormente autuado como Recurso Especial n° 40.332. Assim, argumenta a defesa, o oficio n° 0003.0002610/2008 da 3°Vara Cível da Justiça Federal do Rio de Janeiro não pode ser invocado pelas autoridades administrativas como fundamento para a não homologação da compensação discutida nestes autos; IV) DA DIVERGÊNCIA QUANTO AO VALOR DO CRÉDITO OBJETO DA COMPENSAÇÃO Alega a defesa que indicou na Declaração de Compensação, débito de IRPJ referente a junho de 2006 no valor de R$ 1.722.530,76, mas que referido débito era, na verdade, de R$ 1.919.847,88 conforme informado em sua DIPJ; Pleiteia a retificação do débito para R$ 1.495.017,65 (R$ 1.919.847,88 menos valor pago de R$ 424.830,23doc.6) e alega que tal medida não colide com o disposto no art. 74, § 6°, da Lei n° 9.430/96, porque não implica redução do valor do IRPJ devido no período. DO PEDIDO Requereu o acolhimento da presente Manifestação de Inconformidade, para que seja retificado o valor do débito a ser compensado e, após, seja declarado nulo e sem efeito despacho decisório, reconhecendose a inaplicabilidade da determinação do oficio no 0003.0002610/2008 da 3°Vara Cível da Justiça Federal do Rio de Janeiro e determinandose o sobrestamento do presente processo administrativo, até que seja assegurado ao requerente o direito de vista dos autos do PAP n° 10768.003660/200628; Na hipótese de não acolhimento do pedido de sobrestamento, requereu a conversão do feito em diligência, para que seja dada ao requerente oportunidade para esclarecer as dúvidas instauradas em torno dos créditos discutidos nesses autos, para Fl. 296DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO 6 que seja assegurado o devido processo legal administrativo, respeitandose a ampla defesa, o contraditório e o principio da verdade material; Requereu, ainda, que a manifestação de inconformidade seja recebida em seus regulares efeitos, assegurandose a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 74, §§ 11 da Lei n° 9.430/96 c/c art. 151, inciso III, do CTN e ordenandose expressamente a alteração da situação do presente processo administrativo no sistema de contacorrente da Receita Federal, para que ele seja excluído da situação de "cobrança Final" e passe a constar como "Processo Administrativo com Exigibilidade Suspensa", até o efetivo julgamento da presente manifestação de inconformidade; Protesta o requerente por todos os meios de prova admitidos em direito, sobretudo a realização de diligências e posterior juntada de documentos. O contribuinte foi intimado da decisão da DRJ em 29.04.2009, tendo apresentado Recurso Voluntário em 26.05.2009, alegando, com outra roupagem lingüística, os mesmos fundamentos trazidos na manifestação de inconformidade. Em sessão de julgamento por essa Colenda Turma, este mesmo relator entendeu por bem baixar os autos em diligência, conforme voto abaixo transcrito: Consultando o sitio do TRF da 1ª Região, constatase o Processo Judicial n° 1998.01.00.0771619 existe, foi ajuizado pela empresa Musa Calçados Ltda., sendo baixado para a Vara de Origem em 17.02.2009. O processo originário tramitou perante a 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, tratandose de Embargos à Execução Fiscal, que discutiu créditos de incentivos fiscais, porém não é possível pelo sitio se saber a qual crédito tributário se discutiu, encontrandose os autos em fase de Execução de sentença sob o n° 96.00.227250. O crédito originário decorre do ajuizamento da Ação Ordinária n° 87.00.005738, que tramitou na mesma 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal. Já em relação ao mencionado Recurso Especial n° 40332, trata se de processo movido por Musa Calçados Ltda., em que discutiu crédito prêmio de IPI, tendo como decisão do Recurso pelo Superior Tribunal de Justiça o seu não conhecimento, mantendo a decisão da Quarta Turma do TRF da 1ª Região, que julgou parcialmente favorável a matéria ao contribuinte. O fato é que estamos diante de um crédito, que não se sabe a sua origem e natureza, porém decorrente da transmissão por terceiro (possivelmente a empresa Musa Calçados Ltda), não se sabendo se o Poder Judiciário autorizou ou não a sua transferência a terceiros. A única informação que é possível saber advém de débitos de IRPJ compensados, controlados pelo Processo de Habilitação de Crédito n° 10768.003660/200628, visto que foi declarado em PER/DCOMP. Fl. 297DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 16327.000163/200724 Acórdão n.º 1201001.026 S1C2T1 Fl. 5 7 O fato é que o processo administrativo em análise não está devidamente instruído para julgamento, visto a necessidade de se analisar ou obter da Receita Federal um relatório da origem e da natureza do crédito objeto da Habilitação de Crédito n° 10768.003660/200628, sendo que a decisão da DRJ que julgou a manifestação de inconformidade, sem as informações necessárias ora exigidas é desprovida das informações por completo dos fatos, sendo nula. Diante do exposto, converto os autos em diligência, para que a DRF apresente informações por completo do Processo de Habilitação de Crédito n° 10768.003660/200628, que se encontra da Equipe de Compensação e Restituição PJ – DIORT – DRF – RJ1, inclusive se houve autorização judicial para transferência do crédito a terceiro, devendo ainda ser intimado o contribuinte para se manifestar sobre a diligência, após as informações da DRF, sob pena de cerceamento do direito de defesa. Após a diligência e manifestação do contribuinte, os autos devem retornar para julgamento. A fiscalização expediu o seguinte relatório sobre a diligência: 14. Assim, objetivando dar cumprimento ao determinado pelo CARF, esta DIORT/DEINF/SPO requereu à DRF/RJ1, unidade à qual a GRA/RJ havia remetido o PAF nº 10768.003660/200628, a disponibilização dos autos, tendo aquela autoridade preparadora, no entanto, em atendimento à demanda, informado a sua não localização (folha 02 do PAF nº 16327.721243/2012 84); 15. Em decorrência, houve por bem a DIORT/DRF/RJ1, com o propósito de reconstituir o PAF nº 10768.003660/200628, lavrar em nome do interessado o competente “Termo de Intimação”, dele requerendo, entre outros documentos, a apresentação de “todos os requerimentos e petições apresentados e que ser refiram ao processo em questão” (folhas 05/06 do PAF nº 16327.721243/201284); 16. Em resposta encaminhada à DRF/RJ1, o interessado afirmou não dispor de cópias dos autos do PAF nº 10768.003660/2006 28, bem como, com base em documentos endereçados à RFB, nunca ter logrado êxito na tentativa de acesso ao seu conteúdo, além de caracterizar o pedido formulado por aquela autoridade administrativa como mera transferência de responsabilidade a ela atribuída pelo CARF (folhas 08 a 16 do PAF nº 16327.721243/201284); 17. Com fulcro, então, nos elementos trazidos pelo interessado por força do “Termo de Intimação”, a DRF/RJ1 formalizou o PAF nº 16327.721243/201284, o qual, encaminhado a esta DIORT/DEINF/SPO, encontrase apensado aos presentes autos; 18. Nesse ponto, porém, da simples confrontação entre os argumentos expendidos pelo interessado em sede de Fl. 298DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO 8 “Manifestação de Inconformidade” e de “Recurso Voluntário” e aqueles alinhados em resposta ao “Termo de Intimação”, sobressai a existência de insanável contradição; 19. Deveras, enquanto que na lide administrativa o interessado sustenta a procedência do crédito utilizado na compensação, cuja origem seria o PAF nº 10768.003660/200628, na resposta dada à DRF/RJ1, ele manifesta total desconhecimento da formalização e do conteúdo do referido processo; 20. Ademais, mesmo que os elementos por ele trazidos possam atestar seu esforço no sentido de conhecer e acompanhar o andamento do PAF nº 10768.003660/200628, é evidente que a mera impossibilidade em fazêlo não poderia servir de justificativa para a não apresentação da documentação necessária à comprovação do direito supostamente nele esgrimido, qual seja, a certeza e liquidez do crédito adquirido da MUSA CALÇADOS LTDA; 21. E nem poderia ser diferente, pois, como é consabido, dos princípios que permeiam o direito tributário pátrio, a prova material do crédito informado na “DCOMP” caberia ao interessado, exceto se a atuação da autoridade administrativa pudesse se mostrar um impeditivo para tal fim, como, por exemplo, pelo extraviou irremediável de prova por ele acostada ao PAF nº 10768.003660/200628, o que, evidentemente, não se aplica ao caso concreto; 22. Nessa linha, portanto, para o deslinde da presente lide, bastaria ao interessado, em qualquer momento, desde a ciência do combatido Despacho Decisório, ter juntado aos autos cópia das ações judiciais propostas pela MUSA CALÇADOS LTDA, das correspondentes decisões judiciais nelas proferidas e, necessariamente, acompanhadas da homologação da desistência ou renúncia à execução da sentença transitada em julgado; 23. Prosseguindo, só para evidenciar o aludido no item precedente, em consulta ao sítio do 1º TRF, constatase ter a MUSA CALÇADOS LTDA interposto a Ação Ordinária nº 87.00.005738, a qual se encontra definitivamente baixada. Em face da sentença transitada em julgado, a referida autora ajuizou a Ação de Execução nº 96.00.227250, ainda não encerrada, à qual, por sua vez, a Fazenda Nacional opôs os Embargos à Execução nº 1998.34.00.0026911 e o Recurso Especial nº 511.693, ambos baixados (folhas 186 a 234); 24. Ora, embora as informações retro possam vir em socorro do interessado, é evidente que somente a partir delas não há como a autoridade administrativa deduzir a existência de direito creditório em favor da MUSA CALÇADOS LTDA, sua certeza e liquidez, bem como a necessária autorização judicial para que possa o interessado, como cessionário, em face da Fazenda Nacional, dele usufruir, cabendo somente a ele fazer a devida prova; 25. Por fim, uma vez cumprido o procedimento de diligência determinado pelo CARF por meio da Resolução nº 1201 000.066, retornese os autos àquela autoridade administrativa julgadora “ad quem”, dando ciência do presente despacho ao Fl. 299DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 16327.000163/200724 Acórdão n.º 1201001.026 S1C2T1 Fl. 6 9 interessado, com a abertura do prazo de 10 (dez) dias para sua manifestação, consoante dispõe o art. 59 da Lei nº 9.784/99. A Recorrente apresentou a seguinte manifestação sobre a diligência: Fl. 300DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO 10 Este é o Relatório! Voto Conselheiro Relator Rafael Correia Fuso O Recurso é tempestivo e atende aos requisitos legais, por isso conheço. Entendo que a despeito da ocorrência do extravio do Processo Administrativo de habilitação do crédito ter ocorrido, por um lapso, nos casos de compensação a prova do crédito é da contribuinte, sob pena de indeferimento da compensação. Fl. 301DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 16327.000163/200724 Acórdão n.º 1201001.026 S1C2T1 Fl. 7 11 A fiscalização intimou a mesma para demonstrar a origem do crédito e se o mesmo está sob o manto de autorização judicial para ser compensado, visto que conforme o próprio relato da Recorrente o crédito é originário de terceiro, qual seja a empresa Musa Calçados. Pelas análise da decisão do STJ não se constata autorização para que terceiros possa compensar o crédito com débitos próprios, ou mesmo que a empresa Musa Calçados, autora da ação pudesse transferir a terceiros o crédito. Assim, se não há prova da existência do crédito produzida pela Recorrente, há que se aplicar a negativa da compensação, com bem fez a fiscalização. Nesse caso não há que se falar em indúbio pro contribuinte, ou mesmo aplicação do artigo 112 do CTN, haja vista que não estamos diante de infrações ou penalidades. No procedimento de compensação a prova da existência do crédito é do contribuinte, sob pena de não ver reconhecido o seu crédito. Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados IPI Período de apuração: 01/07/2000 a 30/09/2000 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. INDEFERIMENTO. CARÊNCIA DE PROVA. Tendo o contribuinte sido intimado a apresentar a documentação hábil a legitimar o crédito pretendido e não o feito, bem como, deixado ainda de trazêla em quaisquer oportunidades processuais, é de se indeferir o pedido de ressarcimento pretendido, pela carência de prova de sua existência. Inteligência do art. 333 do CPC. (...) Recurso Voluntário Negado. (Processo nº 11831.003071/2002 78, Relator Conselheiro João Carlos Cassuli Junior). Assunto: Normas de Administração Tributária Anocalendário: 2005 RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO. PROVA. ÔNUS. O ônus da prova do crédito tributário pleiteado no Per/Dcomp Pedido de Restituição é da contribuinte (artigo 333, I, do CPC). Não sendo produzida nos autos, indeferese o pedido e não homologase a compensação pretendida entre crédito e débito tributários. LUCRO PRESUMIDO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM GERAL. COM EMPREGO DE MATERIAIS. COEFICIENTE. As prestadoras de serviços em geral, com ou sem fornecimento de materiais na execução dos serviços, estão obrigadas a aplicar o coeficiente de 32% sobre a receita bruta auferida para a apuração do Lucro Presumido, pelos serviços não caracterizarem prestação de serviço típico de construção civil, e pela empresa não ser especificamente deste ramo. Somente as obras de construção civil, com emprego de materiais, sem repasse de seus custos, realizadas na modalidade de empreitada são suscetíveis da utilização do coeficiente de 8% para a apuração do Lucro Presumido. LUCRO PRESUMIDO. ATIVIDADES DIVERSIFICADAS, COEFICIENTES. É dever da empresa que possui atividades diversificadas prestação de serviços e comércio segregar as receitas auferidas de forma a aplicar o coeficiente adequado para a apuração do Lucro Presumido e comprovar esta segregação e o oferecimento à tributação, contabilmente, ainda que na forma resumida Fl. 302DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO 12 permitida aos optantes pelo regime do Lucro Presumido. (Processo nº 10840.906585/200981, Conselheiro Relator João Carlos de Figueiredo Neto) Diante do exposto, CONHEÇO do Recurso, e no mérito, NEGOLHE provimento. É como voto! (documento assinado digitalmente) Rafael Correia Fuso Relator Fl. 303DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por RAFAEL CORREIA FUSO, Assinado digitalmente em 10/02/2015 por MARCELO CUBA NETTO
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Numero do processo: 10970.000389/2010-50
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Mar 12 00:00:00 UTC 2012
Numero da decisão: 2202-000.177
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal
Nome do relator: MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGÃO CALOMINO ASTORGA
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. (Assinado digitalmente) Nelson Mallmann – Presidente (Assinado digitalmente) Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga - Relatora Composição do colegiado: Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Rafael Pandolfo, Antonio Lopo Martinez, Odmir Fernandes, Pedro Anan Júnior e Nelson Mallmann. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Helenilson Cunha Pontes. Fl. 543DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10970.000389/2010-50 Resolução n.º 2202-00.177 S2-C2T2 Fl. 2 2 Relatório Contra o contribuinte acima qualificado foi lavrado o Auto de Infração de fls. 2 a 5, integrado pelos demonstrativos de fls. 6 e 7, pelo qual se exige a importância de R$1.052.056,60, a título de Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF, acrescida de multa de ofício de 75% e juros de mora, em virtude da apuração de omissão de rendimentos decorrente de depósitos bancários de origem não comprovada, anos-calendário 2006. DA IMPUGNAÇÃO Inconformado, o contribuinte apresentou a impugnação de fls. 181 a 204, instruída com os documentos de fls. 205 e 206, cujo resumo se extraí da decisão recorrida (fl. 291): O sujeito passivo apresentou em 27/08/2010, por intermédio dos procuradores nomeados pelo instrumento de folha 205, a impugnação de fls. 181 a 204, a qual passa pelos seguintes pontos, os quais serão individualmente analisados no VOTO: 1 - destaca o contribuinte a lavratura do presente lançamento tributário; 2 - ressalta o contribuinte a tempestividade da peça impugnatória; 3 - suscita o contribuinte preliminar de nulidade do lançamento fiscal, dada a quebra do sigilo bancário do interessado, sem qualquer autorização judicial; 4 - aponta o contribuinte como questão de mérito, que os depósitos bancários, por si sós, não autorizam o lançamento efetuado, não se constituindo em fato gerador do imposto de renda, tendo em vista não caracterizarem disponibilidade de renda e proventos, não podendo, por consequência, caracterizarem sinais exteriores de riqueza; 5 - afirma o contribuinte que na hipótese de ser aceito como válido um lançamento "baseado apenas em depósitos bancários", que de toda sorte não deve prosperar a exigência da forma como se encontra, devendo ser retirados da autuação depósitos que foram devolvidos, valores decorrentes de empréstimos efetuados, e transferências entre conta correntes de titularidade do mesmo CPF. Por fim, argumenta o defendente que após subtrair os cheques devolvidos, os empréstimos, os valores declarados e as transferências entre contas, o que restou dos depósitos não podem ser considerados como sua renda, sendo esses depósitos apenas movimentação da sua principal atividade exercida no ano de 2006, de intermediário de café entre produtores e indústria, onde o valor 'TRANSITAVA " cm suas contas correntes de pessoa física. Acresce o contribuinte que sobre a referida transação, o impugnante recebia "um percentual módico de no máximo 3% (três por cento) do valor movimentado. E ressalta: "Esses depósitos trazidos no Auto não são rendimentos do recorrente, mas apenas movimentação de sua principal atividade exercida no ano de 2006". Esclarecendo essa atividade exercida, o contribuinte diz que quando era informado por produtores da existência de lotes de produtos para serem vendidos, procurava empresas interessadas na compra, intermediando a transação. Realizado o negócio, o comprador depositava os valores em sua conta corrente, e ele ficava encarregado da entrega da mercadoria adquirida. Fl. 544DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10970.000389/2010-50 Resolução n.º 2202-00.177 S2-C2T2 Fl. 3 3 Ressalta ainda o contribuinte "era responsável também pelo repasse dos valores ao vendedor/produtor rural, cooperativa ou comerciante, sendo fácil a verificação de inúmeras transferências no ano de 2006 conforme relatórios bancários em anexo". Ainda sobre as atividades comerciais por ele desenvolvidas afirma o interessado que embora movimentasse grandes somas de dinheiro, já que os valores da transação, em sua totalidade, passavam pela sua conta corrente, a sua renda era apenas um pequeno percentual sobre aquela transação que intermediou. Acresce que as notas fiscais eram tiradas diretamente de quem vendeu o produto para o adquirente onde o impugnante exercia o papel de garantidor do negócio, que ele recebia e pagava com o dinheiro que transitava em sua conta corrente, pois tinha o autuado a responsabilidade da mercadoria. Solicita por fim que sejam aceitos os esclarecimentos ora prestados, trazendo, sobre o tema, ementa do Acórdão 104-19405 do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A defesa vem instruída com os documentos de íls. 209 a 285. DO JULGAMENTO DE 1ª INSTÂNCIA Apreciando a impugnação apresentada pelo contribuinte, a 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Juiz de Fora (MG) manteve parcialmente o lançamento, proferindo o Acórdão no 09-32.201 (fls. 290 a 296), de 28/10/2010, assim ementado: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2007 OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA. Caracterizam omissão de rendimentos, por presunção legal, os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida em instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. A presunção estabelecida no art. 42 da Lei n° 9.430/96 dispensa o Fisco de comprovar o consumo da renda representada pelos depósitos bancários sem origem comprovada (Súmula CARF n° 26). DEPÓSITOS. DATAS E VALORES. ANÁLISE INDIVIDUALIZADA. Para efeito de determinação da receita omitida, os depósitos serão analisados individualizadamente, na forma do artigo 42, § 3°, da Lei n° 9.430/1996. Logo, na hipótese de contribuinte atuando como intermediário em operações comerciais, para ele seja tributado somente em relação à comissão percebida por tais operações, deve apresentar documentação idônea desse negócio jurídico. A decisão a quo excluiu da base de cálculo os cheques devolvidos, no montante de R$633.276,43, assim como a importância de R$14.400,00, correspondente a depósitos Fl. 545DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10970.000389/2010-50 Resolução n.º 2202-00.177 S2-C2T2 Fl. 4 4 mensais de R$1.200,00, recebidos a título de alugueis devidamente oferecidos à tributação na declaração de ajuste do interessado (fls. 294 e 295). DO RECURSO VOLUNTÁRIO Notificado do Acórdão de primeira instância, em 28/01/2011 (vide documento de fl. 300), o contribuinte interpôs, em 28/02/2011, tempestivamente, o recurso de fls. 334 a 349, expondo as razões de sua irresignação, que não serão aqui minudentemente relatadas em razão do que se prolatará no voto desta Resolução. DA DISTRIBUIÇÃO Processo que compôs o Lote no 02, distribuído para esta Conselheira na sessão pública da Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais de 25/07/2011, veio digitalizado até à fl. 5421. 1 Processo digital. Numeração do e-processo. O processo físico foi numerado até a fl. 531 (fl. 538 da digitalização). Fl. 546DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10970.000389/2010-50 Resolução n.º 2202-00.177 S2-C2T2 Fl. 5 5 Voto Conselheira Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Relatora. A apreciação do presente recurso encontra-se prejudicada por uma questão preliminar, suscitada de ofício por esta relatora com fulcro no art. 62-A, §1o, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (aprovado pela Portaria MF no 256, de 22 de junho de 2009, com as alterações introduzidas pela Portaria MF no 586, de 21 de dezembro de 2010). Com o advento da Portaria MF no 586, de 21 de dezembro de 2010, que alterou o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF (aprovado pela Portaria MF no 256, de 22 de junho de 2009), os julgados no âmbito deste Tribunal deverão observar o disposto nas decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C do Código de Processo Civil, devido a inclusão do art. 62-A, in verbis: Art. 62-A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543- C da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1o Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543- B. §2o O sobrestamento de que trata o §1o será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. Trata-se de lançamento relativo ao ano-calendário 2006 decorrente da apuração de omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários de origem não comprovada, prevista no art. 42 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Numa análise preliminar dos autos, observa-se que os extratos bancários que compõem o presente processo foram entregues diretamente pela instituição financeira, sem prévia autorização judicial, com base no art. 3o do Decreto no 3.724, de 10 de janeiro de 2001, conforme consta da Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal às fls. 4 e 5. Sobre o assunto, importa trazer à colação o julgamento do Recurso Especial no 601.314/SP, de 22/10/2009, em que o Supremo Tribunal Federal - STF reconheceu a existência de repercussão geral, nos termos do art. 543-A, §1o, do Código de Processo Civil, combinado com o art. 323, §1o, do Regimento interno do STF, no que diz respeito à constitucionalidade do art. 6o da Lei Complementar no 105, de 2001, no tocante ao fornecimento de informações sobre a movimentação bancária de contribuintes, pelas instituições financeiras, diretamente ao Fisco por meio de procedimento administrativo, sem a prévia autorização judicial, assim como a aplicação retroativa da Lei no 10.174, de 9 de janeiro de 2001, que alterou o art. 11, §3o da Lei no 9.311, de 24 de outubro de 1996, e possibilitou que as informações obtidas, referentes à Fl. 547DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10970.000389/2010-50 Resolução n.º 2202-00.177 S2-C2T2 Fl. 6 6 CPMF, também pudessem ser utilizadas para apurar eventuais créditos relativos a outros tributos, no tocante a exercícios anteriores a sua vigência. O mérito da questão não foi ainda julgado e, portanto, os demais processos que versam sobre a mesma matéria encontram-se sobrestados até o pronunciamento definitivo daquele Tribunal, por força do disposto no art. 543-B, §1o, do Código de Processo Civil. Conclui-se, assim, que parte da discussão no presente processo refere-se à matéria reconhecida como de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal, pendente de decisão definitiva daquele tribunal. Diante de todo o exposto, voto no sentido de SOBRESTAR o julgamento do presente recurso, conforme previsto no art. 62, §1o e 2o, do RICARF. (Assinado digitalmente) Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga . Fl. 548DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA
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Numero do processo: 37218.000447/2007-28
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 21 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Fri Feb 06 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/04/1999 a 31/10/2004
AFERIÇÃO INDIRETA. DEMONSTRAÇÃO DE EXCESSOS DO LANÇAMENTO. ÔNUS DA PROVA.
Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, compete à autoridade fiscal, sem prejuízo da penalidade cabível, inscrever de oficio importância que reputarem devida, cabendo ao contribuinte o ônus da prova em contrário. Outrossim, se, no exame da escrituração contábil e de qualquer outro documento, a fiscalização constatar que a contabilidade não registra o movimento real de remuneração dos segurados a seu serviço, do faturamento e do lucro, serão apuradas, por aferição indireta, as contribuições efetivamente devidas, cabendo à empresa o ônus da prova em contrário. Art. 33, §§ 3° e 6°, da Lei 8.212/91 e art. 148 do CTN.
O procedimento de arbitramento não subtrai o direito de o contribuinte comprovar excessos do lançamento. Todavia, a partir das ilicitudes que deram ensejo ao arbitramento, o ônus da prova passa a ser do contribuinte.
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. PRAZO DECADENCIAL. CINCO ANOS. DISCUSSÃO DO DIES A QUO NO CASO CONCRETO. ART. 150, § 4°, DO CTN. SÚMULA CARF Nº 99.
Se a definição legal do fato gerador da contribuição previdenciária da empresa apóia-se na totalidade da remuneração no decorrer do mês (art. 22, I, II e III, da Lei n° 8.212/1991), consequentemente, todo e qualquer pagamento acaba por se referir à totalidade no mês, e não àquela rubrica ou levantamento específico. Assim, havendo alguma antecipação de pagamento, atrai-se, para toda aquela competência, para todo aquele fato gerador, a aplicação do parágrafo 4º, do art. 150 do CTN, independentemente da rubrica ou levantamento a que se refira, desde que não haja caracterização de dolo, fraude ou sonegação.
Destarte, para as contribuições previdenciárias, caracteriza pagamento antecipado o recolhimento, ainda que parcial, do valor considerado como devido pelo contribuinte na competência do fato gerador a que se referir a autuação, mesmo que não tenha sido incluída, na base de cálculo deste recolhimento, parcela relativa a rubrica especificamente exigida no auto de infração. Súmula CARF nº 99.
Recurso Voluntário Provido em Parte
Numero da decisão: 2302-003.593
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário, para reconhecer a decadência das competências de 04/1999 a 04/2000, inclusive, por força da aplicação do art. 150, § 4°, do CTN. No mérito, foi negado provimento ao Recurso porque a recorrente não logrou comprovar através da apresentação de documentos hábeis e obrigatórios (PCMSO, PPRA, PCMAT, LTCAT), relativos aos Riscos Ambientais do Trabalho, se e quais empregados não estavam expostos a agentes nocivos. A falta de apresentação de documentos formalmente solicitados permitiu o levantamento por aferição indireta, com fulcro no artigo 33 e seus parágrafos 3º e 6º, da Lei n.º 8.212/91 e artigo 148, do Código Tributário Nacional. Vencido na votação o Conselheiro Leo Meirelles do Amaral, por entender que o lançamento deveria se restringir apenas às funções citadas no Parecer Técnico Prévio de Engenharia e Laudo Técnico de Insalubridade apresentados pelo contribuinte.
(assinado digitalmente)
LIEGE LACROIX THOMASI Presidente
(assinado digitalmente)
ANDRÉ LUÍS MÁRSICO LOMBARDI Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: LIEGE LACROIX THOMASI (Presidente), ARLINDO DA COSTA E SILVA, ANDRÉ LUÍS MÁRSICO LOMBARDI, THEODORO VICENTE AGOSTINHO e LEO MEIRELLES DO AMARAL.
Nome do relator: ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/04/1999 a 31/10/2004 AFERIÇÃO INDIRETA. DEMONSTRAÇÃO DE EXCESSOS DO LANÇAMENTO. ÔNUS DA PROVA. Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, compete à autoridade fiscal, sem prejuízo da penalidade cabível, inscrever de oficio importância que reputarem devida, cabendo ao contribuinte o ônus da prova em contrário. Outrossim, se, no exame da escrituração contábil e de qualquer outro documento, a fiscalização constatar que a contabilidade não registra o movimento real de remuneração dos segurados a seu serviço, do faturamento e do lucro, serão apuradas, por aferição indireta, as contribuições efetivamente devidas, cabendo à empresa o ônus da prova em contrário. Art. 33, §§ 3° e 6°, da Lei 8.212/91 e art. 148 do CTN. O procedimento de arbitramento não subtrai o direito de o contribuinte comprovar excessos do lançamento. Todavia, a partir das ilicitudes que deram ensejo ao arbitramento, o ônus da prova passa a ser do contribuinte. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. PRAZO DECADENCIAL. CINCO ANOS. DISCUSSÃO DO DIES A QUO NO CASO CONCRETO. ART. 150, § 4°, DO CTN. SÚMULA CARF Nº 99. Se a definição legal do fato gerador da contribuição previdenciária da empresa apóiase na totalidade da remuneração no decorrer do mês (art. 22, I, II e III, da Lei n° 8.212/1991), consequentemente, todo e qualquer pagamento acaba por se referir à totalidade no mês, e não àquela rubrica ou levantamento específico. Assim, havendo alguma antecipação de pagamento, atraise, para toda aquela competência, para todo aquele fato gerador, a aplicação do parágrafo 4º, do art. 150 do CTN, independentemente da rubrica ou levantamento a que se refira, desde que não haja caracterização de dolo, fraude ou sonegação. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 37 21 8. 00 04 47 /2 00 7- 28 Fl. 3310DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI 2 Destarte, para as contribuições previdenciárias, caracteriza pagamento antecipado o recolhimento, ainda que parcial, do valor considerado como devido pelo contribuinte na competência do fato gerador a que se referir a autuação, mesmo que não tenha sido incluída, na base de cálculo deste recolhimento, parcela relativa a rubrica especificamente exigida no auto de infração. Súmula CARF nº 99. Recurso Voluntário Provido em Parte Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário, para reconhecer a decadência das competências de 04/1999 a 04/2000, inclusive, por força da aplicação do art. 150, § 4°, do CTN. No mérito, foi negado provimento ao Recurso porque a recorrente não logrou comprovar através da apresentação de documentos hábeis e obrigatórios (PCMSO, PPRA, PCMAT, LTCAT), relativos aos Riscos Ambientais do Trabalho, se e quais empregados não estavam expostos a agentes nocivos. A falta de apresentação de documentos formalmente solicitados permitiu o levantamento por aferição indireta, com fulcro no artigo 33 e seus parágrafos 3º e 6º, da Lei n.º 8.212/91 e artigo 148, do Código Tributário Nacional. Vencido na votação o Conselheiro Leo Meirelles do Amaral, por entender que o lançamento deveria se restringir apenas às funções citadas no Parecer Técnico Prévio de Engenharia e Laudo Técnico de Insalubridade apresentados pelo contribuinte. (assinado digitalmente) LIEGE LACROIX THOMASI – Presidente (assinado digitalmente) ANDRÉ LUÍS MÁRSICO LOMBARDI – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: LIEGE LACROIX THOMASI (Presidente), ARLINDO DA COSTA E SILVA, ANDRÉ LUÍS MÁRSICO LOMBARDI, THEODORO VICENTE AGOSTINHO e LEO MEIRELLES DO AMARAL. Fl. 3311DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI Processo nº 37218.000447/200728 Acórdão n.º 2302003.593 S2C3T2 Fl. 3.311 3 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão de primeira instância que julgou improcedente a impugnação da recorrente, mantendo o crédito tributário lançado. A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa, referente ao adicional para custear os benefícios das aposentadorias especiais, no período envolvendo as competências abril de 1999 a maio de 2004. O débito foi arbitrado, pois, segundo a fiscalização previdenciária, a empresa deixou de comprovar o gerenciamento eficaz do ambiente de trabalho, não foram apresentados laudos técnicos atualizados, conforme relatório fiscal às fls. 181 a 212. Não conformada com a autuação a recorrente apresentou impugnação, fls. 321 a 341, juntando cópia de documentação às fls. 347 a 462. Houve apresentação de complementação de defesa na forma das fls. 467 a 474. A unidade da SRP emitiu a DecisãoNotificação (DN), fls. 493 a 510, mantendo o lançamento na integralidade. A autuada não concordando com a DN emitida pela Previdência Social interpôs recurso, fls. 520 a 526. Em síntese alega o seguinte: 1. A decisão presumiu que os documentos apresentados pela recorrente não são idôneos; 2. O fato gerador foi presumido; 3. Reitera os argumentos apresentados na impugnação; 4. Os empregados sujeitos ao ruído fazem uso de EPI; 5. A fiscalização também considerou que os empregados administrativos estariam sujeitos ao agente nocivo; 6. Não há exposição a agentes químicos; 7. Requer a realização de diligência para demonstrar que fornecia os equipamentos de proteção, e que o lançamento seja cancelado. Decisão proferida pela 2ª Turma Ordinária da 3ª Câmara, fls. 596 a 598, converteu o julgamento em diligência para realização de perícia. A autuada apresentou os quesitos às fls. 600 a 601. A fiscalização prestou informações às fls. 622 a 626, formulando quesitos. Às fl. 627, a Receita Federal não deu seguimento ao setor competente do INSS para cumprimento da diligência, sob o argumento de que não há previsão na Portaria MF n° 125 de 2009 para realizar tal remessa. Fl. 3312DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI 4 Retornando a este órgão colegiado, os autos foram colocados em pauta, tendo a 2ª Turma Ordinária da 3ª Câmara deliberado pela reiteração da determinação da realização da diligência, conforme Resolução 2302000.091, de 14 de abril de 2011 (fls. 628 e seguintes), a qual encontra previsão no § 1° do art. 18 do Decreto n° 70.235/72, bem como no art. 20 do mesmo diploma legal. A petição de fls. 800 e seguintes informa que a recorrente juntou aos autos parecer técnico prévio de engenharia e laudo técnico de insalubridade. Aduz ainda que, em virtude da instituição de programa de parcelamento especial (Lei n° 12.865/2013), a recorrente houve por bem aderir e usufruir de seus benefícios, sendo que pretende incluir o débito de que tratam os autos na hipótese de seu recurso voluntário não ser provido ou ser provido em parte, razão pela qual propôs ação ordinária objetivando a garantia de que, no momento da consolidação dos débitos, tenha a chance de optar pela inclusão de débitos remanescentes nos presentes autos e no de n° 37218.002394/200780. Em 27 de janeiro de 2014, o pedido de antecipação dos efeitos da tutela pleiteado nos autos foi deferido em sede do Agravo de Instrumento n° 000059176.2014.4.02.0000, nos seguintes termos (fls. 804): Posto isso, defiro parcialmente a liminar pretendida, tão somente para determinar à autoridade fazendária para que ultime, em 30 (trinta) dias, o julgamento dos recursos administrativos n° 37218.000447/200728, n° 37218.002394/200780 nos quais o agravante consta como interessado e que tramitam junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Intimese a União Federal para que apresente resposta. Em razão do retorno dos autos sem notícia a respeito do cumprimento da diligência determinada por duas vezes por este órgão julgador, os autos retornaram à origem para que se apurasse se já havia resposta por parte do INSS a respeito e, em caso de negativa, que se insistisse no cumprimento da diligência. Em resposta, foi anexado o Ofício n° 030/2014 INSS/GEXRJNorte/2014, de 12 de junho de 2014, no qual consta a impossibilidade de cumprimento da diligência, tendo em vista que a solicitação demandaria a realização de vistoria contemporânea no local de trabalho e, diante do longo tempo transcorrido, seria possível presumir que as condições atuais no local não mais refletem aquelas presente à época em análise, impossibilitando a emissão de parecer conclusivo quanto à exposição dos trabalhadores a agentes nocivos no período do lançamento. Isto sem falar nas obras desenvolvidas fora da abrangência da Gerência Executiva. Novamente no CARF e diante da pendência de análise por parte da autoridade fiscal do parecer técnico prévio de engenharia e do laudo técnico de insalubridade elaborados pela recorrente por ocasião do primeiro comando de diligência, os autos retornaram à origem para que a autoridade fiscal lançadora apreciasse o parecer técnico prévio de engenharia e o laudo técnico de insalubridade, bem como os documentos nos quais se basearam, a fim de verificar se havia retificações a serem feitas em seu lançamento. A manifestação fiscal aconteceu apenas no apenso (37218.002394/200780 fls. 565 e seguintes). A autoridade fiscal, em cumprimento da diligência comandada, de especial para o deslinde do mérito recursal, asseverou que “as provas técnicas (Parecer Técnico Prévio de Engenharia e Laudo Técnico de Insalubridade, anexados ao processo número 37218.000447/200728), não fazem referências aos estabelecimentos (obras) a que pertencem”, de sorte que não podem ser atribuídas às obras executadas à época do feito” e, “em relação ao estabelecimento CNPJ final 000665, onde funcionava a administração da empresa”, deixou Fl. 3313DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI Processo nº 37218.000447/200728 Acórdão n.º 2302003.593 S2C3T2 Fl. 3.312 5 claro que “esses empregados não estavam expostos a agentes nocivos, razão pela qual não fazem parte do auto de infração”. É o relatório. Fl. 3314DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI 6 Voto CONSELHEIRO RELATOR ANDRÉ LUÍS MÁRSICO LOMBARDI Arbitramento. Demonstração de Excessos. Ônus da Prova. Da reiterada análise dos autos, face a tantas diligências comandadas, verifico que o lançamento foi feito por aferição indireta diante do fato de a empresa “ter deixado de comprovar o eficaz gerenciamento do ambiente de trabalho e controlar os riscos ocupacionais existentes, expondo seus trabalhadores a agente nocivo à saúde e à integridade física” (Relatório Fiscal, fls. 191). As conclusões da autoridade fiscal que embasaram o lançamento decorrem, em especial, da não elaboração pela empresa de alguns documentos ambientais e da não apresentação de outros (comprovação da aquisição e distribuição de EPI´s; não apresentação dos PPRA´s dos anos de 1996 a 1998, 2000 e 2001; dos PCMSO´s dos anos de 1996 a 2001, do estabelecimento matriz CNPJ n° 33.841.727/000150; do PCMAT/PPRA e PCMSO para diversas obras próprias da empresa; LTCAT e ATAS de reuniões das CIPA´s), além da verificação de vícios nos documentos apresentados (PPRA´s e PCMSO´s sem atender formalidades legais exigidas pelas NR7 e NR9). Verificase, portanto, que por ocasião do lançamento, os laudos apresentados foram devidamente apreciados e os vícios invocados decorreram de minucioso cotejo, pela autoridade fiscal, de seus elementos com os requisitos legalmente estabelecidos. Assim, extrai se do Relatório Fiscal que a autoridade fiscal laborou com extrema técnica e detalhamento na desconstituição dos laudos ambientais, justificando, de forma plena, as razões do arbitramento, conforme já havia advertido este Relator por ocasião das diligências comandadas. No entanto, diante da controvérsia estabelecida no curso do processo administrativo, este órgão julgador buscou aprofundar a questão técnicoprobatória, com a manifestação das partes e de perícia, que acabou não sendo realizada. Aqui cabe advertir que, embora se trate de questão técnicoprobatória, está sempre sujeita a um juízo jurídico normativo (princípio da persuasão racional ou do livre convencimento motivado), de sorte que mesmo sem a perícia do INSS, há que se avaliar o conjunto probatório para se concluir pela legitimidade do lançamento. Aliás, mesmo com a perícia, diante dos elementos dos autos, poderia mesmo a autoridade fiscal, em decisão devidamente fundamentada, até mesmo contrariar as conclusões periciais. Somese a isso que a autoridade fiscal é plenamente competente para analisar documentos ambientais, o que também não afasta de pronto, que a autoridade proceda, como feito nos autos, a busca por um aprofundamento da questão. Assim, concluo que a omissão e falhas iniciais apresentadas pela recorrente durante o procedimento fiscal até que buscaram ser supridas no curso do processo administrativo, tanto que muito se insistiu para que seus documentos fossem analisados. Todavia, em análise às provas técnicas apresentadas pela recorrente (Parecer Técnico Prévio de Engenharia e Laudo Técnico de Insalubridade), a autoridade fiscal afirmou, de forma peremptória, que “não fazem referências aos estabelecimentos (obras) a que pertencem”, de sorte que não podem ser atribuídas às obras executadas à época do feito” e, “em relação ao estabelecimento CNPJ final 000665, onde funcionava a administração da empresa”, Fl. 3315DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI Processo nº 37218.000447/200728 Acórdão n.º 2302003.593 S2C3T2 Fl. 3.313 7 deixou claro que “esses empregados não estavam expostos a agentes nocivos, razão pela qual não fazem parte do auto de infração”. Tais afirmações não foram contrapostas na manifestação de fls. 573 do processo 37218.002394/200780, fazendo crer que a recorrente acredita que o seus recurso deveria ser provido independentemente de tal fato. Não é o que entende este julgador pois o arbitramento foi absolutamente regular e somente poderia ser desconstituído ou contrariado com prova adequada e completa das alegações da recorrente. Com efeito, o lançamento foi legitimamente efetuado por arbitramento, diante das ilicitudes constadas pela autoridade fiscal quanto aos documentos ambientais (falhas e omissões). A esse respeito, cabe salientar que, nesse caso, o Fisco está autorizado a adotar tal procedimento com o fim específico de determinar a base de cálculo das contribuições previdenciárias devidas e não recolhidas, conforme art. 33, §§ 3° e 6°, da Lei 8.212/91 e do art. 148 do CTN: CTN Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. Lei n° 8.212/91 Art. 33. (...) (...) § 3o Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a Secretaria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo da penalidade cabível, lançar de ofício a importância devida.(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). (...) § 6º Se, no exame da escrituração contábil e de qualquer outro documento da empresa, a fiscalização constatar que a contabilidade não registra o movimento real de remuneração dos segurados a seu serviço, do faturamento e do lucro, serão apuradas, por aferição indireta, as contribuições efetivamente devidas, cabendo à empresa o ônus da prova em contrário. Fl. 3316DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI 8 Nem por isso, deve ser subtraído do contribuinte, o seu direito de comprovar excessos do lançamento durante o procedimento fiscal. Todavia, a partir das ilicitudes apuradas, o ônus da prova passa a ser do contribuinte. No caso em comento, a recorrente iniciou a prova em seu favor (apresentação do Parecer Técnico Prévio de Engenharia e Laudo Técnico de Insalubridade, acompanhado de laudos ambientais e outros documentos), mas não o fez a contento, sendo de se ressaltar a análise da autoridade fiscal não rebatida pela recorrente quanto à falta de vinculação a cada um dos estabelecimentos (obras), além da falta de especificação dos valores que entende devidos (segurados/remunerações/período). Ou seja, embora confesse que parte dos segurados estava sujeito a condições ambientais (por profissão/função), não indicou precisamente o que considera excesso no lançamento. Sendo assim, o lançamento deve ser mantido da forma como efetuado pela autoridade fiscal. Decadência. Cumpre analisar se o lançamento respeito o prazo decadencial. É cediço que o pagamento antecipadamente realizado só desloca a aplicação da regra decadencial para o art. 150, § 4º, do CTN em relação aos fatos geradores para os quais houve o pagamento antecipado. Assim, se há recolhimento em uma determinada competência e não em outra, àquela competência seria aplicável a regra do artigo 150, § 4º, do CTN, mas não a esta, que seguiria o disposto no artigo 173, I, do CTN, quanto ao cálculo do prazo decadencial. Ocorre que, quanto às contribuições previdenciárias, temos ainda a particularidade de ela ser integrada por diversas rubricas ou levantamentos, que são as parcelas integrantes da totalidade da remuneração. Por tal especificidade, indagase, de forma recorrente, se o fato gerador, e consequentemente o pagamento, deve ser analisado por rubrica/levantamento ou pela totalidade da remuneração no mês. Antes, porém, é preciso justificar que a expressão fato gerador, está sendo utilizada aqui de forma equivalente à hipótese de incidência, indicando “tanto aquela figura conceptual e hipotética – consistente no enunciado descritivo do fato, contido na lei – como o próprio fato concreto que, na sua conformidade, se realiza, hic et nunc, no mundo fenomênico” (ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2000, p. 54). Pois bem. O Código Tributário Nacional define o fato gerador como a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Então, voltando à questão tratada, perguntase: qual é esta situação necessária e suficiente para a configuração da ocorrência do fato gerador da contribuição previdenciária? Vejamos o quadro normativo para chegarmos a uma conclusão. O art. 195, I, a, da CF, estipula os limites da instituição de contribuições previdenciárias, estabelecendo, assim, o seu arquétipo constitucional. Sem especificação muito pormenorizada do fato gerador das aludidas contribuições, dispõe que são devidas pela empresa e que incidem sobre “a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados.” Subordinado a tais ditames e concretizando a hipótese de incidência/fato gerador, os incisos I, II e III do art. 22 da Lei n° 8.212/1991 são repetitivos ao estipularem que Fl. 3317DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI Processo nº 37218.000447/200728 Acórdão n.º 2302003.593 S2C3T2 Fl. 3.314 9 a contribuição previdenciária das empresas incide “sobre o total das remunerações” pagas ou creditadas a qualquer título “no decorrer” ou “durante o mês”. Do cotejamento dos referidos dispositivos, extraímos os elementos essenciais da hipótese de incidência / fato gerador, de sorte que podemos concluir que o legislador não atomizou o fato gerador da contribuição previdenciária tomando por base cada levantamento ou cada rubrica. Pelo menos não há menção expressa neste sentido. Da mesma forma ocorre com a contribuição do segurado. Vejamos a contribuição dos segurados empregados e avulsos, a qual leva em consideração o denominado saláriodecontribuição mensal (art. 20 da Lei n° 8.212/91), que está definido no inciso I do artigo 28 da Lei n° 8.212/91 com critérios semelhantes aos da contribuição da empresa, naquilo que nos interessa. Para o referido dispositivo legal, o saláriodecontribuição corresponde à “totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês”. Depreendese da análise atenta do dispositivo legal que, novamente, o legislador congrega todos os rendimentos daquela competência em um único instituto – saláriodecontribuição. É verdade que o saláriodecontribuição representa a base de cálculo, e não propriamente o fato gerador, todavia, o corte temporal (mensal) e quantitativo (totalidade) da descrição indica, novamente, que a situação necessária e suficiente para a ocorrência do fato gerador é o pagamento ou crédito da totalidade da remuneração, “no decorrer” ou “durante o mês”. Voltando para a contribuição da empresa, se consideramos que a Lei n° 8.212/91, ao estabelecer que a contribuição previdenciária incide “sobre o total das remunerações” pagas ou creditadas a qualquer título no “decorrer” ou “durante o mês” (art. 22, I, II e III, da Lei n° 8.212/1991) está definindo o seu fato gerador, podemos concluir que este fato gerador constituise da totalidade da remuneração no mês e não de cada parcela, rubrica ou levantamento isoladamente. Se a definição do fato gerador apóiase na totalidade da remuneração no decorrer do mês, consequentemente, todo e qualquer pagamento acaba por se referir à totalidade no mês, e não àquela rubrica ou levantamento específico – vejase novamente a definição da alíquota para segurados empregados e avulsos. Assim, havendo alguma antecipação de pagamento, atraise, para toda aquela competência, para todo aquele fato gerador, a aplicação do parágrafo 4º, do art. 150 do CTN. Ocorre que, em razão da persistência da divergência, este Conselho editou a Súmula CARF n° 99: SÚMULA CARF Nº 99 Para fins de aplicação da regra decadencial prevista no art. 150, §4°, do CTN, para as contribuições previdenciárias, caracteriza pagamento antecipado o recolhimento, ainda que parcial, do valor considerado como devido pelo contribuinte na competência do fato gerador a que se referir a autuação, mesmo que não tenha sido incluída, na base de cálculo deste recolhimento, parcela relativa a rubrica especificamente exigida no auto de infração. Acórdãos Precedentes: 9202002.669, de 25/04/2013; 9202002.596, de 07/03/2013; 9202002.436, de 07/11/2012; 920201.413, de 12/04/2011; 2301003.452, de 17/04/2013; 2403001.742, de 20/11/2012; 2401 002.299, de 12/03/2012; 2301002.092, de 12/ 05/ 2011. Fl. 3318DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI 10 Destarte, estando comprovado que há recolhimentos a homologar, independentemente da rubrica ou levantamento a que se refira, nas situações em que não haja caracterização de dolo, fraude ou sonegação, o dies a quo do prazo decadencial é a data da ocorrência do fato gerador, conforme preceitua o art. 150, §4º do CTN. Analisandose os autos, constatase que foram lançadas apenas as diferenças de recolhimentos, razão pela qual, para todas as competências, aplicase o art. 150, § 4°, do CTN. Tendo a recorrente sido foi cientificada da NFLD em maio de 2005, somente poderiam ter sido lançadas competências a partir de maio de 2000, restando decadentes, portanto, as competências de abril de 1999 a abril de 2000, inclusive. Pelos motivos expendidos, CONHEÇO do recurso voluntário para, no mérito, DARLHE PROVIMENTO PARCIAL, para reconhecer a decadência das competências de 04/1999 a 04/2000, inclusive, por força da aplicação do art. 150, § 4°, do CTN. (assinado digitalmente) ANDRÉ LUÍS MÁRSICO LOMBARDI – Relator Fl. 3319DF CARF MF Impresso em 06/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 05/ 02/2015 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, Assinado digitalmente em 06/02/2015 por LIEGE LACROIX THOMA SI
score : 1.0
Numero do processo: 11020.912313/2012-32
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 15 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Feb 19 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do Fato Gerador: 31/12/2009
PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA.
O contribuinte, a despeito da ausência de retificação da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Ausentes estes pressupostos, não cabe a homologação da extinção do débito confessado em PER/Dcomp.
Recurso Voluntário Negado.
Crédito Tributário Mantido.
Numero da decisão: 3802-003.792
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM - Presidente.
(assinado digitalmente)
SOLON SEHN - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Mércia Helena Trajano Damorim (Presidente), Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn, Waldir Navarro Bezerra, Bruno Mauricio Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira.
Nome do relator: SOLON SEHN
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RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte, a despeito da ausência de retificação da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Ausentes estes pressupostos, não cabe a homologação da extinção do débito confessado em PER/Dcomp. Recurso Voluntário Negado. Crédito Tributário Mantido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Presidente. (assinado digitalmente) SOLON SEHN Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Mércia Helena Trajano Damorim (Presidente), Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn, Waldir Navarro Bezerra, Bruno Mauricio Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 02 0. 91 23 13 /2 01 2- 32 Fl. 85DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto em face de decisão da 2° Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Belo Horizonte/MG, que julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada pelo Recorrente, assentada nos fundamentos resumidos na ementa seguinte: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 31/12/2009 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. RETIFICAÇÃO. Não há previsão legal para retificação de DCOMP por meio de manifestação de inconformidade. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. Não se admite a compensação se o contribuinte não comprovar a existência e suficiência do crédito postulado. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido. O interessado apresentou o PER/Dcomp (Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação), identificando, em tese, incorretamente o valor do crédito. O valor do crédito original informado não era suficiente para a quitação o débito, já que teria sido integralmente utilizado em outros débitos. Apesar de afirmar o erro, não retificou a Per/Dcomp, supostamente por não ter conseguido fazêlo em razão da superveniência de decisão administrativa. A DRJ manteve a não homologação, porque não houve comprovação, por meio de documentação hábil, idônea e suficiente, do erro no preenchimento da declaração. A Recorrente, nas razões de fls. 60 e ss., alega que teria tentado retificar o PER/Dcomp, corrigindo o valor original do crédito inicial, do crédito acumulado e do saldo do crédito original. Porém, devido à superveniência do despacho decisório, não conseguiu transmitir a retificação. Sustenta ter direito à retificação, bem como a veracidade do direito de crédito. Apresenta como prova do direito de crédito: “a) INCONFORMIDADE DO DESPACHO DECISÓRIO; b) PERDCOMP ORIGINAL transmitida; c) PERDCOMP RETIFICADORA não transmitida por motivo de impedimento acima identificado; d) Comprovante de Arrecadação; e) Última alteração Contratual; f) Procuração; d) Cópias C.I. Responsável Legal e do Procurador”. Pleiteia, assim, o recebimento do recurso voluntário e o seu integral provimento. É o relatório. Voto Conselheiro Solon Sehn Fl. 86DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 11020.912313/201232 Acórdão n.º 3802003.792 S3TE02 Fl. 86 3 O sujeito passivo teve ciência da decisão no dia 04/11/2013 (fls. 57), interpondo recurso tempestivo em 29/11/2013 (fls. 60). Assim, presentes os demais requisitos de admissibilidade do Decreto no 70.235/1972, o recurso pode ser conhecido. A compensação, consoante destacado, não foi homologada porque o Recorrente transmitiu o PER/Dcomp sem a retificação da Dctf. Em circunstâncias dessa natureza, ao contrário do que entendeu a decisão recorrida, a Turma tem interpretado que o contribuinte, por força do princípio da verdade material, tem direito à compensação, desde que apresente prova da existência do crédito compensado. Nesse sentido, cumpre destacar os seguintes julgados da Turma: PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF APÓS A INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. AUSÊNCIA DE PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte, a despeito da retificação extemporânea da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da existência do crédito compensado (art. 12, § 3o, da Instrução Normativa SRF nº. 583/2005, vigente à época da transmissão das DCTF’s retificadoras). A retificação, porém, não produz efeitos quando o débito já foi enviado à ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa. Recurso Voluntário Negado. Direito Creditório Não Reconhecido. (CARF. 3ª S. 2ª T.E.Acórdão nº 380201.078. Rel. Conselheiro Solon Sehn. S. 27/07/2012). PROCESSO DE COMPENSAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. ENTREGA APÓS CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO. REDUÇÃO DO DÉBITO ORIGINAL. COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DO ERRO. OBRIGATORIEDADE. Uma vez iniciado o processo de compensação, a redução do valor débito informada na DCTF retificadora, entregue após a emissão e ciência do Despacho Decisório, somente será admitida, para fim de comprovação da origem do crédito compensado, se ficar provado nos autos, por meio de documentação idônea e suficiente, a origem do erro de apuração do débito retificado, o que não ocorreu nos presentes autos. [...] Recurso Voluntário Negado. (CARF. 3ª S. 2ª T.E. Acórdão nº 380201.290. Rel. Conselheiro José Fernandes do Nascimento. S. 25/09/2012). COMPENSAÇÃO COM CRÉDITOS DECORRENTES DE RETIFICAÇÃO DE DCTF DEPOIS DE PROFERIDO DESPACHO DECISÓRIO NÃO HOMOLOGANDO PER/DECOMP. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE ERRO Fl. 87DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 4 DE FATO NO PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO ORIGINAL. INADMISSIBILIDADE DA COMPENSAÇÃO EM VISTA DA NÃO DEMONSTRAÇÃO DA LIQUIDEZ E CERTEZA DO CRÉDITO ADUZIDO. A compensação, hipótese expressa de extinção do crédito tributário (art. 156 do CTN), só poderá ser autorizada se os créditos do contribuinte em relação à Fazenda Pública, vencidos ou vincendos, se revestirem dos atributos de liquidez e certeza, a teor do disposto no caput do artigo 170 do CTN. Uma vez intimada da não homologação de seu pedido de compensação, a interessada somente poderá reduzir débito declarado em DCTF se apresentar prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no seu preenchimento. A não comprovação da certeza e da liquidez do crédito alegado impossibilita a extinção de débitos para com a Fazenda Pública mediante compensação. Recurso a que se nega provimento. (CARF. 3ª S. 2ª T.E. Acórdão nº 3802001.593. Rel. Conselheiro Francisco José Barroso Rios. S. 27/02/2013). PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROLAÇÃO DO DESPACHO DECISÓRIO. APRESENTAÇÃO DA PROVA DO CRÉDITO APÓS DECISÃO DA DRJ. HIPÓTESE PREVISTA NO ART. 16, § 4º, “C”, DO DECRETO Nº 70.235/1972. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. A prova do crédito tributário indébito, quando destinada a contrapor razões posteriormente trazidas aos autos, pode ser apresentada após a decisão da DRJ, por força do princípio da verdade material e do disposto no art. 16, § 4º, “c”, do Decreto nº 70.235/1972. Havendo prova do crédito, a compensação deve ser homologada, a despeito da retificação a posteriori da Dctf. Recurso Voluntário Provido Direito Creditório Reconhecido. (CARF. 3ª S. 2ª T.E. Acórdão nº 380201.005. Rel. Solon Sehn. S. 22/05/2012). PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF APÓS O DESPACHO DECISÓRIO. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. AUSÊNCIA DE PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte, a despeito da retificação extemporânea da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova contábil da existência do crédito compensado. A simples retificação após o despacho decisório não autoriza a homologação da compensação do crédito tributário. Recurso Voluntário Negado. Direito Creditório Não Reconhecido. Fl. 88DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 11020.912313/201232 Acórdão n.º 3802003.792 S3TE02 Fl. 87 5 (CARF. S3TE02. Acórdão nº 380201.112. Rel. Conselheiro Solon Sehn. S. 27/07/2012). COMPENSAÇÃO. REQUISITOS FORMAIS. AUSÊNCIA DE RETIFICAÇÃO DA DCTF. IMPOSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO PELO CONTRIBUINTE APÓS DECORRIDOS CINCO ANOS DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO. EXCEPCIONALIDADE DE ACEITAÇÃO PELO CARF. A retificação de DCTF constitui requisito formal do contribuinte, ao efetuar pedido de compensação com base em créditos decorrentes de retificação de documentos de cunho declaratório (DACON, DIPJ, dentre outros). Assim, a ausência de apresentação da DCTF retificadora é causa para negação do crédito pleiteado. Todavia, excepcionalmente se permite a compensação caso o contribuinte demonstre que a retificação só foi apontada como não efetuada após o decurso dos cinco anos contados da extinção do crédito, sendo certo que a negativa importaria em situação excepcional de restrição formal à verdade material, contrassenso à própria finalidade do processo administrativo tributário. Recurso voluntário provido. Direito creditório reconhecido. (CARF. S3TE02. Acórdão nº 3802001.642. Rel. Conselheiro Bruno Macedo Curi. S. 28/02/2013) No presente caso, o Recorrente limitouse a apresentar como prova da “veracidade” do crédito: “a) INCONFORMIDADE DO DESPACHO DECISÓRIO; b) PERDCOMP ORIGINAL transmitida; c) PERDCOMP RETIFICADORA não transmitida por motivo de impedimento acima identificado; d) Comprovante de Arrecadação; e) Última alteração Contratual; f) Procuração; d) Cópias C.I. Responsável Legal e do Procurador”. Tais documentos, contudo, são insuficientes para demonstrar a liquidez e a certeza do direito de crédito, porque apenas veiculam a insurgência do Recorrente em face do despacho decisório (item “a”), comprovam o preenchimento do PER/Dcomp retificado (item “b” e “c”), a regularidade da representação do Recorrente (itens “e”, “f” e “d”), bem como o pagamento do Darf (itens “d”). Estão distantes, como se vê, de qualquer relação de pertinência com a prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Votase pelo conhecimento e integral desprovimento do recurso. (assinado digitalmente) Solon Sehn Relator Fl. 89DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 6 Fl. 90DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM
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