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Numero do processo: 10830.000858/2004-97
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Mar 19 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed Apr 17 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. FORMULÁRIO IMPRESSO. AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO NO SISTEMA ELETRÔNICO. APRESENTAÇÃO APÓS 29/09/2003. INADMISSIBILIDADE.
Sem que haja impedimento de utilização do sistema eletrônico, considera-se não formulado o pedido de restituição apresentado em formulário impresso após 29/09/2003.
Numero da decisão: 9303-008.229
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento. Votaram pelas conclusões as conselheiras Tatiana Midori Migiyama e Érika Costa Camargos Autran.
(Assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício.
(Assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em exercício).
Nome do relator: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. FORMULÁRIO IMPRESSO. AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO NO SISTEMA ELETRÔNICO. APRESENTAÇÃO APÓS 29/09/2003. INADMISSIBILIDADE. Sem que haja impedimento de utilização do sistema eletrônico, considera-se não formulado o pedido de restituição apresentado em formulário impresso após 29/09/2003.
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FORMULÁRIO IMPRESSO. AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO NO SISTEMA ELETRÔNICO. APRESENTAÇÃO APÓS 29/09/2003. INADMISSIBILIDADE. Sem que haja impedimento de utilização do sistema eletrônico, considerase não formulado o pedido de restituição apresentado em formulário impresso após 29/09/2003. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negarlhe provimento. Votaram pelas conclusões as conselheiras Tatiana Midori Migiyama e Érika Costa Camargos Autran. (Assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício. (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em exercício). Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 00 08 58 /2 00 4- 97 Fl. 235DF CARF MF 2 Tratase de Pedidos de Ressarcimento de Crédito Básico de IPI, de que trata a Lei n° 9.779, de 1999, referentes ao 4º Trimestre do anocalendário de 2003, sendo um deles apresentado em formulário "papel" e o outro em meio eletrônico. Foram também apresentadas várias declarações de compensação correspondentes. Despacho Decisório A Delegacia da Receita Federal em Campinas SP analisou os pedidos de ressarcimento e considerou não formulado o pedido de ressarcimento entregue em formulário "papel". Em face desse entendimento, homologou apenas parcialmente as compensações. Manifestação de Inconformidade Intimado da decisão, o contribuinte, inconformado, apresentou Manifestação de Inconformidade, requerendo a reforma do despacho decisório e o reconhecimento do ressarcimento em sua integralidade. Alegou que o pedido de ressarcimento em discussão não pode ser enviado pela Internet, devido à transição do processo manual para o sistema eletrônico. Adicionalmente afirmou, para fins de esclarecimento, que os dois pedidos referir seiam a direitos creditórios diversos, não havendo duplicidade e créditos pleiteados no processo. Decisão de Primeira Instância A Manifestação de Inconformidade foi apreciada Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Campinas SP que, em decisão consubstanciada no acórdão n° 14 33.851, negoulhe provimento, sob o entendimento de que, sem que haja impedimento de utilização do sistema eletrônico, deve ser considerado não formulado o pedido de ressarcimento apresentado em formulário "papel". Consequentemente, firmou o entendimento de que, uma vez considerado não formulado o pedido, não caberia analisar a manifestação de inconformidade quanto a seu mérito. Recurso Voluntário Cientificado da decisão de primeira instância, o Sujeito Passivo interpôs Recurso Voluntário, em que reiterou os argumentos da Manifestação de Inconformidade, requerendo a reforma da decisão recorrida e o reconhecimento do crédito pleiteado. Em seu recurso, o Sujeito Passivo: (1) Inicialmente, afirma ter tentado enviar o pedido de ressarcimento em meio eletrônico, mas teria encontrado entraves e, portanto, para resguardar seus direitos, realizou a solicitação por meio físico (formulário de papel). (2) Em seguida, refere os princípios da instrumentalidade das formas, proporcionalidade, razoabilidade e eficiência, que entende aplicáveis ao caso. (3) Adicionalmente, alega não ter havido qualquer prejuízo ao erário. (4) Ainda, aduz que a desconsideração do pedido implicaria enriquecimento sem causa d união. (5) Finalmente, pede a reforma da decisão de primeira instância, para que seja considerado válido o pedido realizado em meio físico. Fl. 236DF CARF MF Processo nº 10830.000858/200497 Acórdão n.º 9303008.229 CSRFT3 Fl. 238 3 Decisão Recorrida O Recurso Voluntário foi apreciado pela Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção do CARF que, em decisão consubstanciada no acórdão n° 3302001.623, negou provimento ao Recurso Voluntário, confirmando o entendimento da decisão de piso. A seguir, para fins de esclarecimento, encontramse reproduzidos a ementa e o dispositivo do citado acórdão: ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Data do fato gerador: 20/02/2004 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. FORMULÁRIO IMPRESSO. AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO NO SISTEMA ELETRÔNICO. APRESENTAÇÃO APÓS 29/09/2003. INADMISSIBILIDADE. Sem que haja impedimento de utilização do sistema eletrônico, considerase não formulado o pedido de restituição apresentado em formulário impresso após 29/09/2003. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do relator. Recurso Especial do Sujeito Passivo Cientificado da decisão, o Sujeito Passivo interpôs Recurso Especial, para rediscussão da possibilidade de utilização de formulário em papel, para solicitar ressarcimento, após 29/09/2003. Para comprovação da divergência, o Sujeito Passivo a título de paradigma o acórdão 1402001.036. Como fundamento para reforma da decisão recorrida alegou que a exigência da formulação do pedido em formato eletrônico pode ser atenuada, impondose a análise do mérito do pedido, em vista da inocorrência das hipóteses previstas no § 12 do art. 74 da Lei n° 9.430, de 1996. Em Despacho de Análise de Admissibilidade, o Presidente da Câmara deu seguimento ao Recurso Especial do Sujeito Passivo. Contrarrazões da Fazenda Nacional Tendo sido cientificada da decisão, do recurso especial do Sujeito Passivo e de sua análise de admissibilidade, a Fazenda Nacional apresentou contrarrazões no prazo regimental, requerendo negativa de provimento ao recurso especial, para manutenção da decisão recorrida. Fl. 237DF CARF MF 4 É o Relatório. Voto Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos Relator O recurso especial de divergência do contribuinte é tempestivo e cumpre os requisitos regimentais, conforme colocado no despacho de exame de admissibilidade, com o qual concordo. Portanto, deve ser conhecido. No mérito, é discutido o requisito formal para que um pedido de ressarcimento de IPI possa ser considerado formulado. Pois bem, a Instrução Normativa SRF n° 376, de 2003, vigente à época dos fatos em debate, dispõe exatamente sobre o tema, determinando: em seu art. 2°, a obrigatoriedade de apresentação do pedido por meio do programa PER/DCOMP, para situações entre as quais se enquadram os fatos objeto do presente processo; em seu art. 3°, outras situações em que seria permitido o uso de formulários; e em seu art. 4°, que o descumprimento do disposto nos arts. 2° e 3° implica que seja considerado não formulado o pedido apresentado. A seguir, para fins de ilustração, encontramse reproduzidos os artigos acima referidos: Art. 2o O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela SRF, passível de restituição ou de ressarcimento, e que desejar utilizálo na compensação de débitos próprios relativos aos tributos e contribuições administrados pela SRF ou ser restituído ou ressarcido desses valores deverá encaminhar à SRF, respectivamente, Declaração de Compensação, Fedido Eletrônico de Restituição ou Pedido Eletrônico de Ressarcimento gerado a partir do Programa PER/DCOMP 1.2, nas seguintes hipóteses: (...) III — tratandose de Pedido de Ressarcimento formulado por pessoa jurídica, nos casos em que um de seus estabelecimentos apure crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), passível de ressarcimento, que tenha sido reconhecido por decisão judicial transitada em julgado ou que se refira a período de apuração relativo ao exercício de 1999 ou posterior e que tenha sido apurado há menos de cinco anos, exceção feita aos créditos do IPI de que trata o art. 20 da Instrução Normativa SRF n 210, de 30 de setembro de 2002. (...) Art. 3o À exceção das hipóteses mencionadas no art. 2", o sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição Fl. 238DF CARF MF Processo nº 10830.000858/200497 Acórdão n.º 9303008.229 CSRFT3 Fl. 239 5 administrado pela SRF, passível de restituição ou de ressarcimento, e que desejar utilizálo na compensação de débitos próprios relativos aos tributos e contribuições sob administração da SRF ou ser restituído ou ressarcido desses valores deverá encaminhar à SRF o correspondente formulário aprovado pelo art. 44 da Instrução Normativa SRF n° 210, de 30 de setembro de 2002, ou pelo art. 7o da Instrução Normativa SRF n" 379, de 30 de dezembro de 2003, ao qual deverá ser anexada documentação comprobatória do direito creditório. Art. 4o Na hipótese de descumprímento do disposto nos arts. 2o e 3° será considerado não formulado o pedido de restituição ou de ressarcimento e não declarada a compensação, (grifo nosso) Na decisão recorrida, é clara a afirmação da inexistência de comprovação , nos autos, de indisponibilidade do sistema, que impossibilitasse seu uso. Aliás, esse ponto é expresso na própria ementa de decisão recorrida, antes reproduzida. Portanto, adoto as razões de decidir da decisão recorrida que, por sua vez, havia acompanhado o entendimento da decisão de piso. Em suma, com o pedido de repetição de indébito realizado fora da forma prescrita e sem motivo que implicasse inexigibilidade de conduta diversa, entendo que ele deva ser considerado não formulado. CONCLUSÃO Em vista do exposto voto por negar provimento ao Recurso Especial do Sujeito Passivo, para manter a decisão recorrida. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Fl. 239DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10825.901231/2017-49
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 29 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed Apr 03 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 3201-001.602
Decisão: Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do Recurso em diligência.
(assinado digitalmente)
Charles Mayer de Castro Souza - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza, Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisário, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade e Laércio Cruz Uliana Junior.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
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decisao_txt : Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do Recurso em diligência. (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza - Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza, Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisário, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade e Laércio Cruz Uliana Junior.
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IMUNIDADE. ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Recorrente IRMANDADE DA SANTA CASA DE MACATUBA Recorrida FAZENDA NACIONAL Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do Recurso em diligência. (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza, Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisário, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Leonardo Correia Lima Macedo, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade e Laércio Cruz Uliana Junior. Relatório Tratase de pedido de Restituição de PIS. A DRF em Bauru/SP, mediante Despacho Decisório, indeferiu o pleito sob o fundamento de que o pagamento indicado no PER encontravase totalmente alocado/vinculado a débito declarado da contribuinte. Na manifestação apresentada a contribuinte afirma que a contribuição ao PIS é indevida porque no julgamento do RE nº 636.941/RS houve decisão do STF, com repercussão geral, no sentido de que as “entidades beneficentes de assistência social possuem imunidade tributária em relação à contribuição destinada ao Programa de Integração Social (PIS).” Informa que solicitou a extinção da dívida constante do processo de parcelamento nº 10825.722624/201615 com base na nota explicativa PGFN/CASTF 637/2014. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 25 .9 01 23 1/ 20 17 -4 9 Fl. 137DF CARF MF Processo nº 10825.901231/201749 Resolução nº 3201001.602 S3C2T1 Fl. 3 2 Esclarece ainda, que em razão dessa decisão retificou a DCTF e solicitou a restituição dos valores pagos. Informa que está anexando Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, Ata e Estatuto Social, solicitando o deferimento do pedido. Após exame da defesa apresentada a DRJ proferiu acórdão, cuja ementa se transcreve, na parte de interesse: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS. ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. IMUNIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 636.941/RS. REQUISITOS. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o recurso extraordinário nº 636.941/RS, no rito do art. 543B da revogada Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 antigo Código de Processo Civil, decidiu que são imunes à Contribuição ao PIS/Pasep, inclusive quando incidente sobre a folha de salários, as entidades beneficentes de assistência social, desde que comprovem o atendimento aos requisitos legais, quais sejam, aqueles previstos nos artigos 9º e 14 do CTN, bem como no art. 55 da Lei nº 8.212, de 1991 (atualmente, art. 29 da Lei nº 12.101, de 2009). Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Cientificada da decisão acima a contribuinte apresentou diversos documentos, que informa preencherem os requisitos dos artigos 9º e 14 do CTN. Apresentou Recurso Voluntário alegando, em síntese, que cumpriu todos os requisitos estabelecidos em lei para usufruir da imunidade em comento. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução 3201001.598, de 29/01/2019, proferido no julgamento do processo 10825.901227/201781, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela Resolução (3201001.598): "O Recurso Voluntário preenche todos os requisitos e merece ser conhecido. Fl. 138DF CARF MF Processo nº 10825.901231/201749 Resolução nº 3201001.602 S3C2T1 Fl. 4 3 Inicialmente verifico que o contribuinte apresentou parte dos documentos exigidos inicialmente pela DRF para demonstrar a imunidade. No entanto, foi indeferido o pleito por “porque o pagamento indicado para dar suporte ao pleito encontravase totalmente alocado/vinculado a débito da contribuinte.” Ainda o Contribuinte demonstrou que houve parcelamento do débito, sendo que a DRJ proferiu voto reconhecendo o parcelamento, porém, indeferindo o pedido por entender que o Contribuinte não tinha apresentado todos os documentos nos termos do art. 9º e 14 do CTN, combinado com o art. 29 da Lei nº 12.101. Contudo, após proferido Acórdão pela DRJ o Contribuinte apresentou os demais documentos necessários para concessão dos benefícios da imunidade, juntamente com o Recurso Voluntário. Nesse sentido, já se manifestou a 1ª Turma da CSRF: Ementa(s) Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Ano calendário:1999, 2000, 2001, 2002 RATEIO DE DESPESAS. DEDUTIBILIDADE. É válida a adoção de método de aferição indireta de rateio de despesas quando o contribuinte não fornece à fiscalização os documentos necessários para ser aferido o cumprimento do critério de rateio convencionado. INGRESSOS DE VALORES RECEBIDOS POR CONSTITUIÇÃO DE USUFRUTO ONEROSO. Os ingressos oriundos da constituição de usufruto oneroso devem ser tributáveis ao longo do período de usufruto .Assunto: Processo Administrativo Fiscal Anocalendário:1999, 2000, 2001, 2002 PROVAS. RECURSO VOLUNTÁRIO. APRESENTAÇÃO. POSSIBILIDADE. SEM INOVAÇÃO E DENTRO DO PRAZO LEGAL. Da interpretação sistêmica da legislação relativa ao contencioso administrativo tributário, art. 5º, inciso LV da Lei Maior, art. 2º da Lei nº 9.784, de 1999, que regula o processo administrativo federal, e arts. 15 e 16 do PAF, evidenciase que não há óbice para apresentação de provas em sede de recurso voluntário, desde que sejam documentos probatórios que estejam no contexto da discussão de matéria em litígio, sem trazer inovação, e dentro do prazo temporal de trinta dias a contar da data da ciência da decisão recorrida. ALTERAÇÃO DE CRITÉRIO JURÍDICO. Descabe falar em alteração de critério jurídico quando a decisão recorrida mantém o enquadramento legal e a interpretação dos fatos adotados pela Fiscalização, mas exonera parcela do crédito tributário por entender que alguns valores deveriam ser reconhecidos em outros períodos de apuração.Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Anocalendário:1999, 2000, 2001, 2002 DECADÊNCIA. A decadência prevista no artigo 150, §4º, do Código Tributário Nacional somente ocorre quando há pagamento antecipado do tributo, conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça ao julgar o Recurso Especial nº 973.733SC, representativo de controvérsia. 16327.001227/200542. Data da Sessão 08/08/2017. Adriana Gomes Rêgo Relatora. André Mendes de Moura Redator Designado. Acórdão 9101 003.003 Verificando que o Contribuinte sempre atendeu o pleito da fiscalização, converto o feito em julgamento para que a DRF , verifique os documentos juntados são hábeis e se em seu entender são preenchidos os requisitos do art. 9º e 14, combinado com o art. 29 da Lei nº 12.101. Verificando que o Contribuinte sempre atendeu o pleito da fiscalização, converto o feito em diligência para que a DRF, verifique os documentos juntados são hábeis e se em seu entender são preenchidos os requisitos do art. 9º e 14, combinado com o art. 29 da Lei nº 12.101. Ainda, podendo intimar o contribuinte que apresente outros documentos que ache necessário." Fl. 139DF CARF MF Processo nº 10825.901231/201749 Resolução nº 3201001.602 S3C2T1 Fl. 5 4 Importante salientar que, da mesma forma que ocorreu no caso do paradigma, no presente processo o contribuinte também juntou declarações e documentos fiscais que embasam a alegação da imunidade que entende possuir direito. Desta forma, os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência do paradigma, também a justificam nos presentes autos. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, o colegiado converteu o julgamento em diligência para que a DRF verifique se os documentos juntados são hábeis e se, em seu entender, são preenchidos os requisitos do art. 9º e 14, combinado com o art. 29 da Lei nº 12.101, podendo, ainda, intimar o contribuinte a apresentar outros documentos que ache necessários. (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza Fl. 140DF CARF MF
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Numero do processo: 10950.001894/2005-92
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed May 19 00:00:00 UTC 2010
Ementa: Sistema Integrado de Pagamento de impostos e Contribuições das
Microem presas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples
Ano-calendário: 2002
SIMPLES FEDERAL INGRESSO E,/OU PERMANÊNCIA MANUTENÇÃO, INSTALAÇÃO, REPAROS OU ASSISTÊNCIA -TÉCNICA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. ATIVIDADE NÃO VEDADA
A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos não se equipara a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impede o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal
Vistos, relatados e discutidos os presentes
Numero da decisão: 1101-000.283
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dai provimento ao recurso para cancelar o ato declaratório de exclusão, nos termos do relatório c voto que integram o presente julgado.
Nome do relator: EDELI PEREIRA BESSA
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CM CIES UE ETDA ME Recorrida 2" Turma da DR.I/Curitiba Assunto: Sistema Integrado de Pagamento de impostos e Contribuições das Microem presas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples Ano-calendário: 2002 SIMPI,ES FEDERAI,. INGRESSO E,/01J PERMANÊNCIA MANI l'UENCÃO, INSTALAÇÃ.O, REPAROS OU ASSISTÊNCIA -rÉGNICA LM MÁQUINAS E EQUIP,AMENTOS. A. 1. - IVIDA1)1T NA() VEDADA A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos não se equipara a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impede o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal Vistos, relatados e discutidos os presentes autos Acordam os membros do colegiado, por unanirnidade de votos, dai provimento ao recurso para cancelar o ato declaralório de exclusão, nos termos do relatório c voto que integram o presente julgado :II° FRAN , SCO DE/SÁi,ES RIBEIRO DE Ot lEIROZ - Presidente () rOdiu 41i(Ll_uC4. G V El7ELI PEREIRA BESSA - Relatora E..DEUADO EM: 01/06/2010 Participaram da sessão de julgamento Os conselheiros: E rancisco de Sales Ribeiro de Queiroz (Presidente da turma), Alexandre Andrade Lima da Fonte Filho (Vice- Presidente), Carlos Eduardo de Almeida Guerreiro, Edeli Pereira Bessa e Shelley Henrique Daleamim Ausente o conselheiro José Ricardo da Silva i Relatório IC CHISTE & CM. CHISTE LTDA ME, já qualificada nos autos, lecorre decisão proferida pela 2" . 1 urina da Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Curitiba/PR, que por unanimidade de votos, 11\11)E.1. ,. .KRIU a intinifestação de inconffirmidade interposta contra o Ato Declaiatório Executivo - ADE n' 528.680, de 02/08/2004 (41. 11), o qual a excluiu do SIM PH , S a partir de 01/01/2002 Consta da decisão recorrida o seguinte relato: ¡rata o processa de inaniefestaeão de inuonfi)rmidade.' contur deci.são que indeferiu pedido de solicitação de e: Ed da .xcluão do ,S'imples' (S165.), que linha como objeto a exclusão da Sistema Integrado dc Pagamento de Impostos e Conbibuicões das Miei °empresas e das. Empresas de Pequena Porte - Simples, por motivo de exercido de aiividade vedada O Alo 1.1eclaruiório kxecutiva de Éx.clusão do Simples DRIAlaringá n" 528.680, emitida em 02/08/2004, à fl 11, excluiu o contribuinte do regime do Simples, com efeitos a partir de 01/01/2002, por incorrer na vc'clação prevista 120 0.1t 9', XIII da Lei ri') .9317, de 1996 Inconformado, o comi dwintc protocolou solicitação de revisão da eAclusão (SKS) de 11 03, c.'m 21/09/2004, que Jen indc.lerida pela decisão de 03-11C1,,}o Intimada da decisão em 02/06/2005, confin me 911 de fl 12, iempeslivarnente , em 06/06/2005, o contribuinte apresentou a impugnação de fl 01, que se tcsitmc a seguir 1;,xplica que, no de constituição da empresa, fOi enquadrada no Simples, ic'spellando a legi:dação pertinente, e o sIÍIi. TC.quef seja mantido o enquadramento da empresa, com O com:cá-1~mo da /IDE É o relutá/. ia A 2" 1.11 -fint da DM/Curitiba. aTa.stou tais alegações argumentando que seu contrato social aponta, desde a constituição em 2001, o objeto social assistência técnica e conSettO efil instrumentação eletrônica e pneumática. .Por sua vez, a Resolução do CONI EA n() 218/1973 reserva estas atividades a engenheiros E, nas exceções previstas na Lei ri (-) 10.964/2004 o legislador contemplou aqueles sei viços direcionadas ao f amos automotivo, de máquinas de escritório e eletrodomésticos, que não é o caso do contribuinte ora impugnanie. Ressaltou, ainda, que o ADN COSEI ir) 4/2000 estabelece que não podem ()Will . pelo SIMPLES (73 pes. sor/5 1117 aluas prestem .serviços de monta 71 c manutenção de çqiui panic?nlos po/ caracterLar pr ewaçõesCli Se, viço profisrsional engenharia. Cientificada da decisão de primeira instância em 29/01/2009 18), a contribuinte interpôs recurso voluntário, tempestivamente, em 21/08/2009 (Es 20/40), opondo- se à aplicação do Ato Dedal:afim io COMI - if 4/2000, pois nem na mais elástica tentativa de inte;pretação analógica, pela qual se busque inc-essaidemente a ampliação do significado e c . oritetìcla tOdON os termos- da referida atividade ernpr esarial, poder-se ia conclui', como equivocadamente O fez o Fi.sco que 1.1 atividade da fa,,CORRI ,,NrE - As 05téticia. Técnica e Conserto em fnwriinientaçao kletrónica e Pneumática - seria equipai ada alividwle de montagem e manutenção de equipamentos industriais Além disso, distintamente dos ser viços apontados na decisão i ceou-ida, prestados rio estabelecimento do tomador do seis' iço, a ai ividad e c :\ .,er cicia pela 7-rsj0 2 Processo a" 10951100189d /2005-92 SI-C1111 Acarc.kio a." 1101-00_283 2 RECORRENTE, como .st? refere à assistência 16(..nica e conserto de equipcnnenlas eletrônicos e pneumáticos, é pas_sível de _ser exercida em próprio estabelecimento, para o qual, inclusive, é detentora (1(1 C.spectiva Inscrição de Prestadores. de Serviços, junto cio Fis'co fazendárío do Município de Marin,gá, confOrrne cópia em anexo - DOC 07 Entende que somente por analogia e possi-vel a conclusão exarada na deeisã.o recorrida, e opõe-se ao seu uso para criar obrigações tributárias. _Afirma a incompetência da Secretaria da Receita ,Federal em Caracterizar Recorrente como Exercente de Atividade Privativa de Engenheil os, pois a aplicação da Lei n" 5..194166 estaria restrita ao coNTEA (Conselho federal de Fngcnliaria, Arquitetura e Agronomia). E., ausente pi ova de que o CRE..A./PR tenha fiscalizado a empresa e lhe imputado aquela con.diçã.o, de -forma a manter registro e ixigair anuidade cm tal órgão de classe, inválido se mostra o ADE. questionado.. De toda sorte, aborda o falo de não exercer atividade privativa de engenheiro, ou qualquer outra de proCissão regulamentada, tendo em conta os conceitos já delimitados pelo Supremo 'Tribunal Federal acerca deste tema.. Constitui-se cru sociedade empresária, e não sociedade civil/simples, formada por comerciantes scm qualquer qualificação específica, cujo vegistro no CRIA. é dispensado, sendo imprópria a exclusão do SIMPLES, conforme julgados do TRI'/4 Região e do 'Verceiro Conselho de C.oritribuintes que -menciona. Pede, assim, que seja mantida na sistemática do SIMPI ES desde 26/01/2001. 11 o relatório. Voto Conselheil a FDEL1PFREIRA "BESSA A decisão recorrida manteve o entendimento lirmado pela autoridade preparadora de que a atividade da recorrente equivale à de engenheiio, ou assemelhado, o que impede seu ingresso c/ou permanênda .na sistemática simplificada de recolhimento, nos termos do art. 9", inciso XIII, da Lei n" 9 '317, de 1996: 9' Não poderá optar pelo a pc:' soe jut idic a I: .1 .A111 - (fuc preste serviços preta WnLiÍ de conotei, reprew,'.ntante corno; ou;!, d(-Npachante, ator, erripreái. io, diretor ou produto) de npeta(cdo canto), manco, dançarino, médico. dentiSta„ eu/cimeiro, veteruário, en5-Fenheiro, arquiteto, fi n ir..o. qUirtlICO, economLsia, eontador, cuiditei con td/Or, eS-tait.Sticv, admini5tt odor, ogramador, analísla de .i.s. tema, advogado, pOcélogo, projèssori, jornalista, .Micaltor, assernelhado, e de qualquer outra piof A são cujo exercício dependa de hal.Yilitay-ío profissional legalmente uxigIda, [ É certo que a referida vedação é de ordem objetiva: importa a atividade exercida e não quem a desempenha Se ela está atribuída a alguiri dos profissionais (ou assemelhados) delicados no referido inciso Xf H, do art. 9", da Lei 9 317, de 1996, O fato de a contribuinte pratica-1a sem a observância das thinn as específicas ou sem o registro nos Oigãos competentes 1E710 a dcscaiacterizaria corno circunstância impeditiva para o ingresso ou a permanência no SIMPLES FEDERAI, No entanto, não é possível considerar que a atividade de manutenção, assistência técnica, instaiação ou reparos em maquinas e equipainenlos seja alcançada pelo inciso XIII do art 9" da Lei ri" 9.317, de 1996, pois não equivale, via de iegta, a seiviços pr.olissionais de engenheiro, ou assemelhado. Veja-se que a própria Resolução ri`) 218, de 29 de junho de 1973, do Conselho It edema! de Engenharia, Argonauta e Agronomia, que discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Ungenharia. Arquitetura e Agnmorniii, assim dlspõe: Art. -- Para dáto de fiscali--ração d(..n piofivonal cm-respon(kfite (.`z) diftrenttn. inodalidade diu Lrig-enharia, eh •ltiienua e Agronomia ein nível superior e cri; nívc1 médio, ficam designada', as NegillfritaN . atividades Atividade 01 - Supey vislio. croordenação e (..)rientação Atividade 02 - Estudo, piwmumeeio. i0ej,:to e e.specificação, Atividade 03 - Estudo de viabilidade técniLo.,,eunirimica, Atividade 04 -- As. N. istència, esses seria e (.0.,multoi ia, Atividade 0'5 - de obra e Ne.Tvi,,:v Atividade 06- Vi n-tor ia, perícia, avaliação, ar bitframunto, laudo e parecer 16",.cnico. .Atividode 07 -1.4.sciripenho de cai go e funçao Atividad 08 pesquiso, coei!; se, experimentayao, ensaio e divulgação t.é . mica, exten,[io, itividade 09 - HaboroKiTio or,„,,amento, 4 r, I . o cc:). o" 10950 0011:194.12.005-92 SI-C111 Acói cklá»l" 110J-00.283 1-1 A Atividade 10- PadronUação, mensuração a controle de clualiclade, Ativida&? .11 - E,vecução le obra e serviço técnico, Atividade 12 - riscali2Jação de obra e seivço té."'cnico, Atividade 13 - Produção técnica e especializada, Atividade 14 - Condução de trabalho lécni(o. Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagenz, operação, reparo ou manutenção; Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e teparo; Atividade 17 - Operação e manutenção de equipameniit e instalação, 1 fin.:dm/c 18 - Execução de deçanho técnico 1 . 1 Art .8" - Compete ao EN(}171VIILIRO H F1R1C1S TI ou ao EllIGENIIHRO 51,17,1,R1( '/ST4., IlAtDA I IDADE ELETROTÉCNICA 1 o desempenho das atividades 0.1 a 18 do attu.o 1 desta .Resoluçe,io, relérente.s 3 geração, tran sutis wio, dis. hibuição e utilização da anee-:.,,ia eléttica, equipamentos, materiais e nzáquind. s eláricas; sistetnas de medição e controle .?1,élricos, wus w-.) viços afins e cor,- elatos.. ,4.U1. 9" -- . Compete ao ENGENI1EIRO 17,TETRÔNICO ou ao .1.,NGANPIEIRO kLETRÍCISI.,.'1, Ido Dm 1.- I-) 41)E ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICA GiO T - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1" desta Resolução, référenles a materiais elétricos e eletrónicos, equipamentos eletrônicos em geral, sistemas de . comunicação e telecomunicaçães, sistemas de medição e controle ah:Wien e eletrónico; sewt serviços afins e correlatas [.. _I Art 12 -- Compete ao ENGPAI1LIRO 4111CÁNICO ou ao ENCi.ENULIRO. 11/1ECÁIVIC'D E DE A urom ó v- A TS ou ao ENGFNIILIR.0 MECA' NICO .5 DE iiRMAlidE IV CO ou ao ENGENHEIRO DE ,,'1111 -01.1.4(..11/P.IS ou ao ENGFNIIEIRO INDO:51R IA 1-, M-01.)A 1,-11)4 DE MU. A7V1CA 1 - o desempenho das atividade.s 01 a 18 do ai ligo 1" deste Resolução, I. él arentes a procems inei..finicos, máquinas C. m;1 1. gerai; insfalaçães industrtaiN e mecânicas., equipamentos mecânicos e elcuo-mecanicos, veículos aniornotot,..s; sislenuts de produção de transmissão e da utilização do co/o;, sistemas de reli' i!.,-eração e de ar condicionado,- ScuS• serviços afins e corra/atos Ari 13 - Compete ao ENGEN/111RO MET4111RGI5T4 ou ao ENGP11111P,IRÔ i1VD1J,S71IA I 12; 0 P META I ,URGIA oit I: AK1E NIIETRO iNnt /S7 RIA I, MODA [11 METALURGIA 1- O desempenho des. atividades 0.1 a 18 do ar U. _;-o 1" des. ta Resolução, rd (..,:'rentes e pr OCeS.S 0 . ti illeralúrgICO s ., 1/1.“(//(4.'Óe 5 e f.?quipanfentos destinados 3 iildi/S'ii ia metalúrgico, beneficiamento de minéíio 5, p To dutos metalúrgicos, sens serviços afins e cot-relatos f. 1 Art. 23 - (..'ompete ao 1 ÉCIVICO DE NiVEI. SUPERIOR ou TECNOIOGO.• f - o desempenho das atividades 09 a 18 do arti!..,,o 1" desta Resolução, eituinwj lias ao ambito das iespectivas modalidades projis.ionais, 11 - as rehuionadas nos números 06 a 08 do ar ti,Ç;o 1' desta 1/es o Iuç ão, dusc1C' auc- r...?enquadradas no dewmperá0 das (/// 'idades referidas no uem C dela ar ligo i \ ,jn-\ Ari, 24 - Compete ao11;CNICO DIZ Gl?/111 MÉDIO: - o desempenho das atividades 14 a 18 do arti,,t,,o 1' desta Resolução, eircunsc,i'ilas ao ambito das f eSpCCIII/05 modalidades profisOonais, 11 as relar.,ioméda.s tro. números 07 o 12 do artigo desta Resolw,:ão, deWe que enquadwdas 00 desempunho das atividades r n-:1(' vidas no item f (Ie ,,te iii 1.70 (,destac)u-se) Se o próprio Conselho Federal de Kngenharia, Arquitetura e A,,ronoixtia entende que a manutenção e reparação de maquinas e equipamentos cm geral são atividades executáveis tormibém por tecnologos e 16enicos de nível médio, ê razoável concluir que não é unr serviço típico de engenheiro (ou assemelhado) A legiskição aplicável ir micro empresa confirma este entendimento: da leitura conjunta dos arts 146 e 1.79 da Constituição, de 1988, o primeiro com a leditção dada pela "Emenda Constitucional n" 42, de 2003 , e do art 94 do Aí )('.F, posto pela mesma ltmenda, extrai-se que o SIMPLFS Nacional, criado pela Lei Complementar n° 123, de 2006, veio substituir o 5 WIPLES Federal, criado pela Lei ti" 9.317, de 1996. Nesse passo, analisando-se as condições estabelecidos para adesão ao SIMPLUS Nacional, percebe-se que a partir da 1,ei Com.plementar n" 128, de 18 de dezembro de 200, ficou explicitado que os "serviços de instalação, de reparos e de manutenção uni geral" irão vedam a opção, embora serviços de engenharia estejam fOra do sistema. Ou seja, a evolução da legislação demonstra que os serviços de manutenção em geral, assistên.cia técnica, instalação e reparos não são equiparados a serviços profissionais de engenharia Relevante anotar que ao firmar esta exceção em relação aos serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem corno de usinap,em, solda, tratamento e revestimento de metais, a Lei Complementai n' 128. de 2008, sujeitou estas iitividades cálculo dos tributos com base em seu Anexo 111, que já contempla a Conttibuição Patronal P.revidenciária Resta, assim, ala.stada a interpretação veiculada no Ato Deolaratõrio Normativo COS1T d, de 2000, publicado no Diário Oficial da "União em 2'3/02/2000: Dispõe y,bre ri om,Y,i0 pelo NIMPLEN de emptesus que piustri serviços de montagem e mormtenção 7e equipamentos 111(111.5l) . ¡WS. COORDENWOR-GERAL 1)0 .,5:151P,Mil 1.)l 1 RIBUIAÇÀO, no uso dos atribui.,, , ( 5es que the conkre o ar/ 199, mu so 11/, do .Reguncnto loteirio Upf ovado pela Portaria 411 n" 727, de 1(10 selem/no de 1993, e tendo CM (a a disposiplies do in(,,iso XIII do ai/. 9" da Lei n" 9 317, de 0) de dezembi o de 1996 e do alinea 1" do uri 21 da roi 11 " c) 194. de 21 de deLernbí o de 1906 e a Resolução 71' 213, de /9 cie junho de 1973, do Conselho lieder'ul der.n ..,N . nheuio. Arquitetura e ,(1,.<;rmtofnia Declwo, em caráter nwmativo, 2N. Superinte:ridènc-ias Regionais da Re.ceita .1 ,.ederal, às Delc,,,:;ae,las do Reecita ederal (.1 Julgamento e aos demais interessados que não podem optar pvlo Sh1/1101 ES os pessoa. ,> juridica'; que pi .1:751:011 serviços de montat>xin e manutenção de vqmpumeMos zndustriai.s. poi coral lei iTuf preslações de serviço proji..s.s .i.onal de engenharia LON A PIN O DL N.17,,1 E 0451 Assim, ante as ev idências de que a contribuinte presta serviços de inanutenção, assistência técnica, instalação e reparos de equipamentos, VO [O pot dai provimento ao reei:11:SO V011iflt(11 :10 e cancelam o alo de exclusão recorrido. 3 1 1)11,1 .P.ERII1R.A 131:552. -- Relatortt o
score : 1.0
Numero do processo: 10983.917654/2016-87
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 26 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Mon Apr 22 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 3401-001.815
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a unidade preparadora da RFB se manifeste conclusivamente em relação à adequação dos itens objeto de glosa em discussão no presente processo ao tratamento dado a insumos fixado de forma vinculante no Parecer Normativo COSIT nº 5/2018, fundado no Recurso Especial nº 1.221.170/PR, aplicável ao caso em julgamento.
(assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan - Presidente
(assinado digitalmente)
Carlos Henrique de Seixas Pantarolli - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rosaldo Trevisan (Presidente), Mara Cristina Sifuentes, Tiago Guerra Machado, Lázaro Antônio Souza Soares, Rodolfo Tsuboi (suplente convocado), Carlos Henrique de Seixas Pantarolli, Oswaldo Gonçalves de Castro Neto e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco.
Nome do relator: CARLOS HENRIQUE DE SEIXAS PANTAROLLI
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a unidade preparadora da RFB se manifeste conclusivamente em relação à adequação dos itens objeto de glosa em discussão no presente processo ao tratamento dado a insumos fixado de forma vinculante no Parecer Normativo COSIT nº 5/2018, fundado no Recurso Especial nº 1.221.170/PR, aplicável ao caso em julgamento. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Presidente (assinado digitalmente) Carlos Henrique de Seixas Pantarolli Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rosaldo Trevisan (Presidente), Mara Cristina Sifuentes, Tiago Guerra Machado, Lázaro Antônio Souza Soares, Rodolfo Tsuboi (suplente convocado), Carlos Henrique de Seixas Pantarolli, Oswaldo Gonçalves de Castro Neto e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco. Relatório RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 09 83 .9 17 65 4/ 20 16 -8 7 Fl. 2061DF CARF MF Processo nº 10983.917654/201687 Resolução nº 3401001.815 S3C4T1 Fl. 2.062 2 Tratase de procedimento fiscal instaurado de ofício em face da Recorrente para verificar a regularidade dos créditos e débitos de PIS/PASEP e COFINS por ela apurados no 3º trimestre de 2012, tendo sido parcela dos respectivos saldos credores objeto de diversos PER/DCOMP’s transmitidos posteriormente. Do procedimento resultou a autuação de 05 (cinco) processos administrativos fiscais, conforme tabela constante de fls. 02 do Relatório Fiscal: Os processos de ressarcimento/compensação foram apensados ao processo em que foi formalizado o Auto de Infração, cujo Relatório Fiscal serve igualmente de fundamento aos Despachos Decisórios. Dos Pedidos de Ressarcimento/Declarações de Compensação, dos Despachos Decisórios e do Auto de Infração A contribuinte transmitiu Pedidos de Ressarcimento/Declaração de Compensação de créditos de PIS/PASEP e COFINS, relativos ao 3º trimestre de 2012, sendo parte dos créditos pleiteados utilizados para compensação de débitos relativos a outros tributos federais. Em Despacho Decisório, as compensações declaradas não foram homologadas ou o foram parcialmente, tendo em vista as glosas realizadas pela fiscalização nos créditos originalmente apurados pela contribuinte relativos a: a) bens adquiridos à alíquota zero; b) bens e serviços não enquadrados no conceito de insumo previsto nas Instruções Normativas SRF n° 247/2002 e 404/2004; c) operações de transferência entre unidades da empresa; d) aquisição de bens sujeitos a suspensão obrigatória nos termos das Leis n° 12.088/09 e 12.350/10; e) créditos presumidos da agroindústria (Leis n° 10.637/02, 10.833/04, 10.925/04, 12.058/09 e 12.350/10). Ademais, a Recorrente foi autuada por omissão de receitas sujeitas à tributação por PIS/PASEP e COFINS em razão de: haver atribuído classificação fiscal incorreta a diversas mercadorias vendidas no 3º trimestre de 2012; não ter incluído o valor dos créditos presumidos de ICMS na base de cálculo. Da Impugnação e Manifestações de Inconformidade A contribuinte apresentou Impugnação ao Auto de Infração e Manifestações de Inconformidade contra os Despachos Decisórios a alegar, no que se refere às glosas realizadas pela fiscalização, em síntese, o seguinte: Fl. 2062DF CARF MF Processo nº 10983.917654/201687 Resolução nº 3401001.815 S3C4T1 Fl. 2.063 3 1) a nulidade do Despacho Decisório, por violação ao princípio da verdade material, em razão da fiscalização ter realizado as glosas dos créditos relativos à aquisição de determinados insumos mediante a análise de planilhas, com base em presunções e sem conhecimento da vinculação de cada insumo ao processo produtivo da empresa, dado que não compareceu ao seu estabelecimento; 3) que a atual jurisprudência do CARF reconhece que, em todo processo administrativo que envolver créditos referentes à nãocumulatividade do PIS/Pasep ou da COFINS, deve ser analisado cada item relacionado como ‘insumos’ e o seu envolvimento no processo produtivo; 3) que todos os produtos e serviços glosados pela fiscalização estão diretamente relacionados ao seu objeto social, sendo relevantes e essenciais ao seu processo produtivo, permitindo o aproveitamento de créditos da contribuição nos termos da legislação, não havendo como se manter a glosa dos créditos. 4) o reconhecimento do direito aos créditos apurados pela Impugnante, referentes às contribuições para o PIS/PASEP e COFINS, na modalidade não cumulativa, de todos os insumos relevantes e essenciais à atividade da empresa, conforme as decisões do CARF e do STJ que colaciona. 5) o reconhecimento dos créditos decorrentes dos produtos adquiridos com alíquota zero, por se tratar de verdadeira isenção e em observância à regra geral de apropriação do crédito das contribuições. 6) a incidência de PIS/PASEP e COFINS sobre os créditos presumidos de ICMS, requerendo o sobrestamento do processo até a manifestação definitiva do STF sobre o tema. 7) a correta classificação, de acordo com as Regras Gerais de Interpretação do Sistema Harmonizado, dos bens reclassificados pela fiscalização. Das Decisões de 1ª Instância A 4ª Turma da DRJ/FNS, ao julgar conjuntamente os processos aqui analisados, em sessão de 07/03/2018, prolatou Acórdão no processo relativo ao Auto de Infração, com a seguinte ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 31/07/2012, 31/08/2012, 30/09/2012 COFINS. REGIME NÃO CUMULATIVO. SUBVENÇÃO. CRÉDITO PRESUMIDO ICMS. INCIDÊNCIA. No regime de apuração não cumulativa da Cofins, valores decorrentes de subvenção, inclusive na forma de crédito presumido de ICMS, constituem, via de regra, receita tributável, devendo integrar a base de cálculo dessas contribuições; ressalvada, a partir de vigência Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, a hipótese da subvenção para investimento, desde que comprovados os requisitos estabelecidos na legislação tributária que a caracterizem. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 31/07/2012, 31/08/2012, 30/09/2012 PIS/PASEP. REGIME NÃO CUMULATIVO. SUBVENÇÃO. CRÉDITO PRESUMIDO ICMS. INCIDÊNCIA. Fl. 2063DF CARF MF Processo nº 10983.917654/201687 Resolução nº 3401001.815 S3C4T1 Fl. 2.064 4 No regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep, valores decorrentes de subvenção, inclusive na forma de crédito presumido de ICMS, constituem, via de regra, receita tributável, devendo integrar a base de cálculo dessas contribuições; ressalvada, a partir de vigência Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, a hipótese da subvenção para investimento, desde que comprovados os requisitos estabelecidos na legislação tributária que a caracterizem. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 31/07/2012, 31/08/2012, 30/09/2012 PRODUTOS SUJEITOS À ALÍQUOTA ZERO. COMPROVAÇÃO DA CORRETA CLASSIFICAÇÃO FISCAL. ÔNUS DO CONTRIBUINTE. Cabe ao contribuinte, quando intimado para tanto, levar ao conhecimento da fiscalização todas as características das mercadorias e insumos utilizados na produção de produtos os quais entenda que sejam sujeitos à alíquota zero devido à sua classificação na NCM. ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Processo 11516.722531/201710 Acórdão n.º 0741.405 DRJ/FNS Fls. 2 2 Data do fato gerador: 31/07/2012, 31/08/2012, 30/09/2012 NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL. REGRAS GERAIS. NOTAS EXPLICATIVAS. As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de Codificação e Classificação de Mercadorias NESH estabelecem o alcance e o conteúdo da Nomenclatura abrangida pelo SH, pelo que devem ser obrigatoriamente observadas para que se realize a correta classificação de mercadoria. CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS. REGRAS GERAIS. NOTAS EXPLICATIVAS. ORDEM DE APLICAÇÃO. A primeira das Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado RGISH prevê que se determina a classificação de produtos na NCM de acordo com os textos das posições e das Notas de Seção ou de Capítulo, e, quando for o caso, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas, de acordo com as disposições das Regras 2, 3, 4 e 5. CARNE. CLASSIFICAÇÃO. Em se tratando de carne, a correta classificação fiscal das mercadorias segundo a NCM não depende apenas da mercadoria ser ou não “in natura”, sendo que toda a carne temperada, exceto se apenas com sal, deve ser classificada no Capítulo 16. BOLSA TÉRMICA. CLASSIFICAÇÃO. A “bolsa térmica” reutilizável que, no conjunto, se destina à estocagem temporária dos produtos, não consistindo de uma embalagem do tipo normalmente utilizado com as mercadorias que acondiciona, deve ser classificada na posição 42.02 que compreende, entre outros, as bolsas, sacos, sacolas e artigos semelhantes, confeccionadas de folhas de plástico. MASSA PARA PÃO DE QUEIJO. CLASSIFICAÇÃO. Fl. 2064DF CARF MF Processo nº 10983.917654/201687 Resolução nº 3401001.815 S3C4T1 Fl. 2.065 5 A massa para “pão de queijo”, em se tratando de preparação alimentícia de farinhas, na forma de pasta crua e congelada, para a preparação de produtos de padaria, que já é vendida modelada na forma do produto final, deve ser classificada na posição 1901.2000, como entende a fiscalização, e não na posição 1902.1100. TORTAS. CLASSIFICAÇÃO. A classificação mais adequada para “torta” não é na posição 19.02, notadamente devido à forma de preparação e apresentação dos produtos dessa posição, mas na posição 19.05, conforme item 10 da NESH da posição. SANDUÍCHES PRONTOS. CLASSIFICAÇÃO. A classificação mais adequada para “sanduíche pronto” não é na posição 19.02, notadamente devido à forma de preparação e apresentação dos produtos dessa posição, mas na posição 16.02, conforme Regra 3, item X, exemplo 1. COXINHA DE FRANGO. CLASSIFICAÇÃO. Processo 11516.722531/201710 Acórdão n.º 0741.405 DRJ/FNS Fls. 3 3 A classificação mais adequada para “coxinha de frango” não é na posição 19.02, notadamente devido à forma de preparação e apresentação dos produtos dessa posição, mas na posição 16.02, conforme Nota “a” do Capítulo 19, Nota 2 do Capítulo 16 e os textos da posição 16.02 e da subposição 1602.32, considerando a RGIHI nº 6. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Nos processos de ressarcimento/compensação, foram prolatados Acórdãos, sem ementa nos termos da Portaria RFB n° 2.724/2017, pela improcedência das Manifestações de Inconformidade para manter as glosas realizadas pela fiscalização. Quanto aos bens e serviços glosados por não caracterizar insumos passíveis de geração de créditos, concluiuse por não estarem intrínseca e diretamente associados ao processo produtivo do bem destinado à venda. Regularmente cientificada, a Contribuinte interpôs Recursos Voluntários, que repisam os argumentos apresentados na Impugnação e nas Manifestações de Inconformidade. Voto Conselheiro Carlos Henrique de Seixas Pantarolli Relator Da Admissibilidade Os Recursos Voluntários são tempestivos e reúnem os demais requisitos de admissibilidade e, portanto, deles tomo conhecimento. Da Proposta de Diligência Fl. 2065DF CARF MF Processo nº 10983.917654/201687 Resolução nº 3401001.815 S3C4T1 Fl. 2.066 6 Verificase que parcela relevante das glosas de créditos decorrentes da não cumulatividade das contribuições sociais, que ensejaram na negativa de direito ao ressarcimento ou à compensação destes valores, está correlacionada ao não reconhecimento de determinados produtos ou serviços adquiridos como insumos da atividade empresarial desenvolvida pela Recorrente. Analisandose o Relatório Fiscal, bem como a decisão de piso, notase que o conceito de insumo utilizado como premissa para o exame da base de cálculo das contribuições sociais tem supedâneo em entendimento já superado pela própria Receita Federal do Brasil após o que restou decidido pela Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Recurso Especial nº 1.221.170/PR, julgado sob a sistemática dos recursos repetitivos. Com o fim de melhor esclarecer as repercussões da decisão, foi exarado o Parecer Normativo COSIT nº 5, de 17 de dezembro de 2018, que amplificou o espectro para a apropriação de créditos sobre insumos na atividade dos contribuintes: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP. COFINS. CRÉDITOS DA NÃO CUMULATIVIDADE. INSUMOS. DEFINIÇÃO ESTABELECIDA NO RESP 1.221.170/PR. ANÁLISE E APLICAÇÕES. Conforme estabelecido pela Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.221.170/PR, o conceito de insumo para fins de apuração de créditos da não cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins deve ser aferido à luz dos critérios da essencialidade ou da relevância do bem ou serviço para a produção de bens destinados à venda ou para a prestação de serviços pela pessoa jurídica. Consoante a tese acordada na decisão judicial em comento: a) o “critério da essencialidade diz com o item do qual dependa, intrínseca e fundamentalmente, o produto ou o serviço”: a.1) “constituindo elemento estrutural e inseparável do processo produtivo ou da execução do serviço”; a.2) “ou, quando menos, a sua falta lhes prive de qualidade, quantidade e/ou suficiência”; b) já o critério da relevância “é identificável no item cuja finalidade, embora não indispensável à elaboração do próprio produto ou à prestação do serviço, integre o processo de produção, seja”: b.1) “pelas singularidades de cada cadeia produtiva”; b.2) “por imposição legal”. Dispositivos Legais. Lei nº10.637, de 2002, art. 3º, inciso II; Lei nº10.833, de 2003, art. 3º, inciso II. Acerca da adoção de um conceito de insumo em dissonância com o que deve ser atualmente adotado, vejamse trechos do voto condutor dos Acórdãos proferidos em 1ª instância que embasaram a manutenção das referidas glosas: Os créditos possíveis no âmbitos das contribuições em tela são apenas aqueles expressamente previstos na sua legislação de regência, não estando suas apropriações, ao contrário do que defende a contribuinte, vinculadas à caracterização da essencialidade ou obrigatoriedade da despesa ou do custo. Fl. 2066DF CARF MF Processo nº 10983.917654/201687 Resolução nº 3401001.815 S3C4T1 Fl. 2.067 7 Em verdade, a não cumulatividade da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins está, toda ela, regularmente prevista em legislação ordinária, na qual o legislador adotou o critério de enumerar, de forma exaustiva, os custos, encargos e despesas capazes de gerar crédito, assim como fez ao enumerar de forma minudente as exclusões a serem efetuadas nas bases de cálculo das contribuições.(grifo nosso) Diante do novo contexto normativo, vinculante à atividade fiscal, é pertinente que este colegiado, à semelhança do que fez nos autos do PAF n° 13605.000177/200481, em sessão realizada em 29/01/2019, converta o julgamento em diligência para que a unidade de origem proceda à reanálise dos créditos apropriados pela contribuinte e glosados por ocasião dos Despachos Decisórios, passando a considerar os preceitos contidos no Parecer Normativo COSIT nº 5/2018, de modo que emita, conclusivamente, em relatório circunstanciado, se os valores ali registrados como crédito, referemse à aquisição de insumos, nos termos definidos no novel Parecer. Após, cientifiquese a Recorrente para, querendo, manifestarse em 30 (trinta) dias, contados de sua intimação. (assinado digitalmente) Carlos Henrique de Seixas Pantarolli Fl. 2067DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10725.720351/2008-84
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 26 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu Mar 21 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Data do fato gerador: 13/10/1997
REPETIÇÃO DO INDÉBITO RECONHECIDO EM JUÍZO. DÍVIDA PASSIVA DA UNIÃO. PRAZO PRESCRICIONAL
Uma vez reconhecido judicialmente o direito a repetição do indébito na esfera judicial, forma-se o título executivo judicial, nascendo uma dívida passiva da União.
O título executivo pode ser executado na esfera judicial ou administrativa, inclusive pela via da compensação, desde que respeitados o prazo prescricional de 05 anos contados do ato que originou o crédito, qual seja, o transito em julgado da decisão judicial que reconheceu a dívida da Fazenda Pública, nos termos do art. 1º do Decreto 20.910/1932.
Numero da decisão: 3301-005.717
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
WINDERLEY MORAIS PEREIRA - Presidente.
(assinado digitalmente)
SALVADOR CÂNDIDO BRANDÃO JUNIOR - Relator.
(assinado digitalmente)
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (presidente da turma), Valcir Gassen (vicepresidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Semíramis de Oliveira Duro, Marco Antonio Marinho Nunes, Ari Vendramini, Salvador Cândido Brandão Junior
Nome do relator: SALVADOR CANDIDO BRANDAO JUNIOR
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. WINDERLEY MORAIS PEREIRA - Presidente. (assinado digitalmente) SALVADOR CÂNDIDO BRANDÃO JUNIOR - Relator. (assinado digitalmente) Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (presidente da turma), Valcir Gassen (vicepresidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Semíramis de Oliveira Duro, Marco Antonio Marinho Nunes, Ari Vendramini, Salvador Cândido Brandão Junior
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DÍVIDA PASSIVA DA UNIÃO. PRAZO PRESCRICIONAL Uma vez reconhecido judicialmente o direito a repetição do indébito na esfera judicial, formase o título executivo judicial, nascendo uma dívida passiva da União. O título executivo pode ser executado na esfera judicial ou administrativa, inclusive pela via da compensação, desde que respeitados o prazo prescricional de 05 anos contados do ato que originou o crédito, qual seja, o transito em julgado da decisão judicial que reconheceu a dívida da Fazenda Pública, nos termos do art. 1º do Decreto 20.910/1932. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. WINDERLEY MORAIS PEREIRA Presidente. (assinado digitalmente) SALVADOR CÂNDIDO BRANDÃO JUNIOR Relator. (assinado digitalmente) Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (presidente da turma), Valcir Gassen (vicepresidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Semíramis de Oliveira Duro, Marco Antonio Marinho Nunes, Ari Vendramini, Salvador Cândido Brandão Junior AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 72 5. 72 03 51 /2 00 8- 84 Fl. 157DF CARF MF 2 Relatório Tratase de uma declaração de compensação PER/DCOMP nº 20671.88956.170304.1.3.544661 (fls. 0211) transmitido em 17/03/2004 com o objetivo de compensar com um débito de PIS faturamento para os períodos de janeiro/1999 até dezembro/1999 no montante total de R$ 126.169,07. A contribuinte informa um crédito inicial de R$ 188.652,25 para os períodos de 31/07/1988 até 31/10/1994 decorrentes de pagamento indevido de PIS recolhidos na forma do DecretoLei nº 2.445/88 e DecretoLei 2.449/88 reconhecidos em decisão judicial transitada em julgado em 13/10/1997 no bojo da Ação Declaratória Ordinária nº 94.00386370 que tramitou perante a 01ª Vara Federal da Seção Judiciária de Campos dos Goytacazes. Em 20/10/2008 a Secretaria da Receita Federal emitiu termo de intimação fiscal (fls. 1819) para que a contribuinte apresentasse documentos, tais como decisão judicial transitada em julgado, declaração de que o título judicial não estava em execução na esfera federal, bem como uma planilha de cálculo mensal dos recolhimentos indevidos e os comprovantes de pagamento (DARF). Por não ter recebido nenhuma resposta, a RFB emitiu termo de reintimação fiscal exigindo a apresentação dos referidos documentos (fls. 2122), o qual também não foi atendido pela contribuinte. Com isso, em 31/12/2008 a RFB emitiu despacho decisório (fl. 25) para não homologar a compensação realizada, mas fundandose no art. 40 da Lei 9.784/1999, que prescreve o arquivamento do processo administrativo diante da falta de apresentação dos documentos solicitados para a apreciação da compensação realizada. Como consequência, enviou carta de cobrança para exigir o recolhimento do tributo declarado como débito na PER/DCOMP (fls. 2728). Notificada do despacho decisório em 09/01/2009, a contribuinte apresentou, no prazo legal, sua manifestação de inconformidade (fls. 3035), trazendo argumentos que podem ser assim sintetizados: o art. 40 da Lei nº 9.430/1996 não autoriza a decisão de não homologação do crédito, mas sim de arquivamento do feito, aguardandose nova provocação do interessado, uma que vez o arquivamento se dá como consequência da falta de atendimento das solicitações feitas pela administração (apresentação de documentos); que os documentos exigidos não são necessários para que o exame da compensação declarada, na medida em que a Receita Federal do Brasil já possui as informações e os dados necessários para tanto, como as declarações do tributo e os DARFs recolhidos em seu sistema e tal, verificação (existência do pagamentos indevidos) poderia ser feita por Parte da Receita Federal do Brasil; quanto ao crédito, afirma que foi reconhecido por decisão judicial no processo n° 94.00386370 (1ª Vara Federal de Campos dos Goytacazes/RJ), e como o processo é público, para atestar a existência da sentença e seu conteúdo, bastaria buscar no site do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, onde encontraria o inteiro teor do acórdão, bem como a data do trânsito em julgado; Fl. 158DF CARF MF Processo nº 10725.720351/200884 Acórdão n.º 3301005.717 S3C3T1 Fl. 158 3 afirma que mesmo se não existisse ação ordinária buscando uma tutela jurisdicional, a Receita Federal do Brasil deveria reconhecer este direito de ofício diante, diante das reiteradas decisões do STF julgando inconstitucionais os DecretosLeis n° 2.445/88 e nº 2.449/88, bem como pela Resolução do Senado Federal n° 49/95 de 10 de outubro de 1995, que suspendeu, erga omnes, a execução destas leis; no que se refere ao quantum do credito, afirma que a Receita Federal do Brasil é capaz de apurar independentemente de apresentação de tabelas por parte do contribuinte, bastaria o agente fiscal ser mais diligente; como colaboração, junta os documentos solicitados na intimação (petição inicial, sentença, apelação, acórdão, certidão de trânsito em julgado, DARFs, declaração de débitos tributários e planilhas de cálculo) (fls. 46105). Em 29/08/2012 sobreveio o acórdão nº 1249.207 proferido pela 16ª Turma da DRJ/RJ1 para julgar improcedente a manifestação de inconformidade apresentada em razão da prescrição do direito de apresentar o pedido na esfera administrativa (fls. 134137): ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/01/1999 a 31/12/1999 DIREITO CREDITÓRIO DECORRENTE DE DECISÃO JUDICIAL PRAZO PARA EXECUÇÃO ADMINISTRATIVA DO TÍTULO JUDICIAL O prazo para execução do título judicial junto à Administração Pública é de cinco anos, a contar do trânsito em julgado da decisão que reconheceu o direito que se pretende utilizar. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Os nobres julgadores não analisaram nenhum dos argumentos trazidos pela Recorrente. Fundase a decisão no art. 1º do Decreto nº 20.910/1932, o qual prevê prescrever em cinco anos os créditos contra a Fazenda Pública contados a partir de sua formação. Acrescenta também a previsão da IN/SRF nº 600/2005 e da IN/SRF nº 900/2008 que, embora posteriores à data da transmissão da PER/DCOMP, possuíam expressa disposição acerca do prazo de cinco anos a partir do trânsito em julgado para pleitear a compensação de um crédito de pagamento indevido reconhecido em decisão judicial. Inconformada com a r. decisão, a Recorrente apresentou, no prazo, seu recurso voluntário (fls. 142150) para argumentar, em síntese: não é aplicável no caso concreto o prazo prescricional, mas sim o prazo decadencial, já que o direito à compensação é um direito potestativo, realizado pelo próprio contribuinte, independentemente da vontade de terceiro, estando sujeito à homologação do Fisco; o direito de compensar é relativo à esfera jurídica do próprio contribuinte e não se trata de um direito a urna prestação, com é o caso da repetição do indébito Fl. 159DF CARF MF 4 (ressarcimento / restituição), que depende de uma conduta positiva da parte obrigada a restituir o indébito; uma vez reconhecendo o direito de compensar como um direito postestativo e sujeito a decadência, se verificará também que não há lei fixando tal prazo, podendo ser exercido a qualquer momento; sendo o direito à compensação de natureza potestativa, resta evidente que não há que se falar em prescrição, e, portanto, também não há que se falar na aplicação do art. 168 do CTN; argumenta ainda, em razão do princípio da eventualidade, caso não se reconheça ser a compensação um direito potestativo, persistindose na existência de prescrição, o prazo deve ser de 10 anos, visto que na época do reconhecimento do crédito e da própria declaração de compensação, prevalecia a tese conhecida como a "tese dos cinco mais cinco" no caso dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação; considerando que o trânsito em julgado ocorreu em 13/10/1997 e que a DCOMP foi transmitida em 17/02/ 2004, não há que se falar em prescrição, situação que nos lava a conclusão de que o crédito oposto ao fisco é legítimo e regular, cabendo à administração tributária federal averiguar se a compensação, no seu aspecto quantitativo, foi regular; isso porque deve ser aplicada a simetria, acolhida pela Súmula 150 do STF, no sentido de que o prazo de prescrição da execução tem o mesmo prazo de prescrição da ação; afirma ainda, mesmo considerando o prazo de 05 anos para prescrição, que este prazo não havia expirado, na medida em que os períodos compensados se referem às competências de 01/1999 a 12/1999. Assim, a compensação efetivada pelo contribuinte se deu dentro do prazo de 5 anos a partir do trânsito em julgado da decisão que reconheceu o crédito da impugnante (13/10/1997); não se pode confundir a data da entrega da declaração da compensação (DCOMP) com os períodos efetivamente compensados. Os períodos compensados encontram se dentro do prazo do art. 168 do CTN. É a síntese do relatório Voto Conselheiro Salvador Cândido Brandão Junior O Recurso Voluntário é tempestivo e atende as demais exigências da legislação, merecendo ser conhecido. I Da existência de prazo para exercer o direito reconhecido em decisão judicial Constatase do breve relato acima que a discussão devolvida para análise cingese na constatação ou não de existência de um prazo prescricional para o exercício de um direito de crédito pelo contribuinte reconhecido por uma decisão judicial transitada em julgado. Fl. 160DF CARF MF Processo nº 10725.720351/200884 Acórdão n.º 3301005.717 S3C3T1 Fl. 159 5 A r. decisão recorrida julgou pela caracterização da prescrição do direito de crédito reconhecido em decisão judicial, posto que a compensação realizada, utilizandose deste crédito, foi transmitida mais de 05 anos após o trânsito em julgado. Por sua vez, a Recorrente afirma que o direito à compensação é um direito potestativo, sujeito ao prazo decadencial, não existindo em lei um prazo definido para o exercício deste direito. Neste ponto, penso que os argumentos da Recorrente não merecem guarida. Isso porque direitos potestativos são aqueles que são extintos ou constituídos pela própria parte interessada, independentemente da manifestação ou concordância da outra parte, pois estará submetida à vontade do titular do direito. Por se tratarem de direitos relacionados com a constituição ou extinção de uma situação jurídica, submetemse ao prazo decadencial que, uma vez verificado, extingue este direito potestativo. Tratase o direito potestativo, como diz Fredie Didier Jr., de um poder jurídico conferido a alguém de alterar, criar ou extinguir situações jurídicas1. Daí ser correta a afirmação de que o lançamento tributário é um direito potestativo da Administração Pública, porque cria uma situação jurídica, constituindo o crédito tributário, independentemente da vontade ou concordância do contribuinte. Nas palavras de Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald2, os direitos potestativos são exercidos através de mera manifestação de vontade do próprio titular, independendo da submissão de terceiros, o que não é o caso das declarações de compensação na esfera federal, na medida em que estas compensações extinguem o crédito tributário, mas estão sujeitas à homologação por parte do Fisco. A compensação, frisese, não cria ou extingue uma situação jurídica e não depende tão somente da vontade do titular, é preciso a conferência e anuência pela parte contrária, o Fisco, que poderá glosar a compensação. Prosseguindo esta argumentação, José Carlos Moreira Alves3 ensina que os direitos potestativos são direitos sem pretensão, pois são insuscetíveis de violação, já que a eles não se opõe um dever de quem quer que seja, mas uma sujeição de alguém. Os direitos potestativos, portanto, não possuem pretensão, já que não podem ser objeto de violação ou negação pela parte contrária. Direito potestativo também é denominado por Caio Mário da Silva Pereira4 de "potestadesujeição", pois seu implemento depende única e exclusivamente do exercício da vontade de seu titular, enquanto que a parte contrária está apenas submetida, não restando nada a fazer a não ser se submeter à vontade unilateral do titular do direito. É neste sentido que este autor disserta não haver nada que o submetido possa fazer, mas apenas se submeter à manifestação de vontade do titular do direito levada a efeito para constituir, modificar ou extinguir uma dada situação jurídica. Assim, conclui o autor, estes direitos são também chamados de "direitos discricionários ou formativos", em que a nota essencial é a ausência de 1 DIDIER JUNIOR, Fredie e outros. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 2. Juspodivm: Salvador, 2007, p. 292 2 FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: parte geral e LINDB. Vol. 1. 13ª Edição. São Paulo: Atlas, 2015. p. 644 3 ALVES, José Carlos Moreira. A parte Geral do Projeto de Código Civil Brasileiro.2ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 161 4 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Teoria Geral de Direito Civil. Vol. 1. 26ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2013. p. Fl. 161DF CARF MF 6 prestação (direitos sem prestação), diferenciandose, por esta via, e frontalmente, dos direitos subjetivos, desde então também chamados de direitos com prestação. O crédito a que tem direito a Recorrente decorre de uma violação de seu direito de ser submetido à tributação de acordo com os ditames legais e da Constituição. No caso concreto, uma vez reconhecida a inconstitucionalidade da cobrança, reconhecese que este direito foi violado e todo o pagamento de tributo realizado neste contexto foi indevido, e, por isso, deve ser restituído pela Administração Pública. Surge assim, para a Recorrente, a pretensão de ver ressarcido seu prejuízo decorrente desta violação de seu direito. Para se ressarcir deste crédito, a Recorrente poderia ter realizado um pedido de restituição, já que a origem do crédito é um pagamento indevido reconhecido em sentença judicial transitada em julgado. No entanto, a Lei nº 8.383/1991, art. 66, § 2º, faculta ao contribuinte que tem reconhecido seu crédito por pagamento indevido, obter a restituição deste montante tanto pela via da repetição do indébito, quanto pela via da compensação. A compensação é uma modalidade de extinção do crédito tributário, prevista no art. 156, 170 e 170A do CTN para os casos em que o contribuinte tenha um crédito contra a Fazenda Pública. Neste diapasão, a compensação só é possível quando, ao mesmo tempo, duas pessoas forem devedor e credor uma da outra. Como a compensação é instituto de extinção de créditos e débitos recíprocos, a Recorrente optou pela via da compensação para realizar esta restituição, tendo em vista que também tem débitos perante seu devedor. Ao exercer seu direito de crédito reconhecido em sentença, compensandoo com um débito tributário, o contribuinte não está exercendo um direito potestativo, mas sim pagando um débito perante o Fisco com um crédito reconhecido judicialmente. Não se esta, reiterese, criando ou extinguindo situação jurídica, já que é da natureza da compensação a outra parte verificar os valores e créditos e débitos recíprocos, até porque o Fisco também tem um crédito. Frisese, a lei permitiu que o contribuinte pagasse seu débito com um crédito, mas a Fazenda Pública tem a prerrogativa de analisar a compensação e exercer seu direito de não homologar, não restando, assim, submetida ao direito de compensação da contribuinte. Assim, compensação tributária em nada se compara com direito prestativo. Caso o Fisco não homologue a compensação, ou mesmo o contribuinte não exerça seu direito a tempo e seu débito ainda esteja em aberto, terá que pagar de outra forma, havendo inclusive imputação de juros e multa, na medida em que o débito foi declarado, constituindose o crédito tributário. Desta feita, não parece adequada a tese de alguns autores5 de que o pedido de restituição de indébito na via judicial teria prazo prescricional, enquanto que seria decadencial o prazo para repetição na via administrativa, ou mesmo se o contribuinte exercer sua faculdade de restituir pela via da compensação, já que a compensação é realizada pelo próprio contribuinte, "independentemente" da vontade da Fazenda Pública. Assim, o exercício de ver restituída, ou melhor, o direito de crédito da Recorrente reconhecido judicialmente em razão da violação de um direito, será exercido no âmbito de uma pretensão, seja pleiteando a restituição do pagamento indevido, seja exercendo a faculdade de realizar uma compensação, sujeitandose à conferência de seu devedor. Não se 5 Por todos. PAULSEN, Leandro. Direito Tributário na Constituição e no Código Tributário. 15ª Edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013. p. Fl. 162DF CARF MF Processo nº 10725.720351/200884 Acórdão n.º 3301005.717 S3C3T1 Fl. 160 7 trata, portanto, de um direito potestativo, mas sim de uma pretensão decorrente de uma violação, sujeita à prazo prescricional. A prescrição é um instituto jurídico previsto no ordenamento jurídico com a finalidade de fornecer estabilidade às relações jurídicas, em homenagem à segurança jurídica, estabelecendo um prazo para o exercício de um direito. A premissa é que não se tem como desejável a permanência indefinida de um direito, estabelecendose, assim, um prazo para o exercício de sua pretensão. Caso o titular de um direito não exerça este direito no prazo, considerase extinta esta pretensão, impossibilitandose que este direito seja, juridicamente, exercido. Com isso, para que o prazo prescricional tenha início, é preciso haver um direito, a possibilidade de exercêlo (pretensão) e a inércia do titular deste direito. Neste sentido, Caio Mário da Silva Pereira6: O sujeito não conserva indefinidamente a faculdade de intentar um procedimento judicial defensivo de seu direito. A lei, ao mesmo tempo em que o reconhece, estabelece que a pretensão deve ser exigida em determinado prazo, sob pena de perecer. Pela prescrição, extinguese a pretensão, nos prazos que a lei estabelece. (...) É, então, na segurança da ordem jurídica que se deve buscar o seu verdadeiro fundamento. O direito exige que o devedor cumpra o obrigado e permite ao sujeito ativo (credor) valerse da sanção contra quem quer que vulnere o seu direito. Mas se ele se mantém inerte, por longo tempo, deixando que se constitua uma situação contrária ao seu direito, permitir que mais tarde reviva o passado é deixar em perpétua incerteza a vida social. Há, pois, um interesse de ordem pública no afastamento das incertezas em torno da existência e eficácia dos direitos, e este interesse justifica o instituto da prescrição, em sentido genérico. Nos casos em que um contribuinte provoca o Poder Judiciário para ver reconhecida a violação de um direito seu, no caso, a cobrança indevida de um tributo decorrente da inconstitucionalidade de sua norma instituidora, a violação de seu direito somente resta configurada quando do trânsito em julgado da decisão judicial, nascendo daí seu direito de crédito passível de restituição. A decisão judicial terá natureza declaratória da inexistência da relação jurídicotributária, mas também terá natureza condenatória, pois o juiz reconhece o direito a restituir o montante pago indevidamente, já que este ponto também foi objeto de pedido da parte. A partir de seu trânsito em julgado estará caracterizada a violação e o contribuinte terá o direito a repetir ou então realizar a compensação tributária. Discutese, assim, se o prazo prescricional para ressarcimento destes créditos reconhecidos em sentença seria aquele do art. 168, CTN, no qual tinha início com o pagamento indevido, ou se seria outro, como o do artigo 1º do Decreto nº 20.910/1932. Creio que seja o prazo do Decreto, explico: 6 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Teoria Geral de Direito Civil. Volume 1. 26ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Fl. 163DF CARF MF 8 O prazo prescricional previsto no art. 168, I do CTN, para os casos de pagamento indevido, será de 05 anos contados da extinção do crédito tributário pelo pagamento indevido. Este prazo prescricional aplicase para fins de determinar o período de tempo de pagamentos indevidos realizados para que se possa restituir e estão relacionados, no caso concreto, com a ação judicial onde se buscava o reconhecimento deste direito e a condenação da Fazenda pela restituição. Assim, o período de tempo no qual os pagamentos indevidos foram realizados deve ser de cinco anos contados de cada pagamento indevido decorrentes de pagamento indevido de PIS recolhidos na forma do DecretoLei nº 2.445/88 e DecretoLei 2.449/88. Os períodos informados no PER/DCOMP como passíveis de restituição, têm início em 31/07/1988 e finda em 31/10/1994. Portanto, grosso modo, se a contagem for de 05 anos (sem analisar neste momento a teste dos 05 + 05), o prazo prescricional para repetição do indébito para o pagamento de 31/07/1988 terminaria em 30/07/1993. Mas o período passível de restituição já foi discutida na ação ordinária proposta em 06/12/1994. Foi reconhecido o direito à repetição do indébito, facultandose esta restituição pela via da compensação. Este foi o direito reconhecido e concedido pela decisão judicial. A partir do trânsito em julgado, então, o contribuinte pode executar esta sentença. Como ele fará já foi dito, ou na via judicial, ou na via administrativa, inclusive por compensação. No entanto, esta possibilidade de execução da sentença também tem um prazo para ser exercido, prazo este que não tem mais a ver com o pagamento indevido, mas sim com o crédito reconhecido pela decisão judicial. Desta feita, penso que o prazo prescricional para o exercício desta pretensão executiva será também de cinco anos, porém contados do trânsito em julgado (a origem do crédito), conforme art. 1º do Decreto nº 20.910/1932: Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem. (grifei) Pois bem, considerandose que o título executivo judicial se consolida em 13/10/1997, conforme certidão de fl. 81, o direito de executar este crédito surge a partir deste momento. A partir de então, a Recorrente tem 05 anos para exercer seu direito. Este direito de crédito apenas foi exercido pela Recorrente quando da transmissão da declaração de compensação na qual a contribuinte utilizou este crédito para abater de um débito perante a Fazenda Nacional. Percebese de fl. 02 que a transmissão desta DCOMP foi realizada em 17/03/2004, aproximadamente 06 anos e 06 meses após o trânsito julgado. No momento da transmissão da DCOMP, vigorava a Instrução Normativa SRF nº 210/2002 que dispunha em seu art. 21 e art. 37 sobre o procedimento e os requisitos para realizar a compensação de créditos reconhecidos em decisão judicial, bastando apresentar a declaração, sem necessidade de habilitação prévia. No entanto, foi apenas a partir da Instrução Normativa SRF nº 600/2005 que a questão do prazo para compensação de créditos reconhecidos em decisão judicial foi posta expressamente e de forma clara: Art. 51. Na hipótese de crédito reconhecido por decisão judicial transitada em julgado, a Declaração de Compensação, o Pedido Eletrônico de Restituição e o Pedido Eletrônico de Fl. 164DF CARF MF Processo nº 10725.720351/200884 Acórdão n.º 3301005.717 S3C3T1 Fl. 161 9 Ressarcimento, gerados a partir do Programa PER/DCOMP, somente serão recepcionados pela SRF após prévia habilitação do crédito pela Delegacia da Receita Federal (DRF), Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária (Derat) ou Delegacia Especial de Instituições Financeiras (Deinf) com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.(...) § 2º O pedido de habilitação do crédito será deferido pelo titular da DRF, Derat ou Deinf, mediante a confirmação de que: (...) IV foi formalizado no prazo de 5 anos da data do trânsito em julgado da decisão; (grifei) Note que não se pode argumentar que somente após esta instrução normativa é que se pode falar em prazo de prescrição contado do trânsito em julgado. Isso porque instrução normativa não cria ou extingue direitos, muito menos define prazos extintivos de direito como a prescrição. Instrução normativa se presta a instruir e detalhar procedimentos para exercício de um direito. O prazo prescricional em referência foi posto no ordenamento jurídico por instrumento normativo com força de lei, o Decreto nº 20.910/1932, especialmente seu art. 1º, e a instrução normativa apenas tornou clara que o exercício de um crédito perante a Fazenda Pública deve ser exercido no prazo de cinco anos do ato que lhe deu origem, no caso, o trânsito em julgado. Com isso, o exercício deste direito encontrase prescrito, não podendo mais ser exercido. Também não merece acolhida o argumento de que os débitos compensados são de janeiro/1999 até dezembro/1999, por isso, estariam dentro do prazo de cinco anos para a compensação. Ocorre que estes são os períodos dos débitos de PIS faturamento declarados na compensação, constituindo o crédito tributário por representar confissão de dívida. No entanto, o que se discute nos autos não são os débitos compensados, mas sim o direito de crédito utilizado para compensação, cuja origem é 13/10/1997. A contagem do prazo não pode ser deslocada para o débito, mas sim para a origem do crédito, sob pena de conceder ao jurisdicionado o direito de escolher quando seu prazo de prescrição teria início. II Do prazo prescricional 10 anos para o exercício de seu direito de crédito. Da mesma sorte, também não pode prevalecer o argumento de que o prazo prescricional para o exercício de seu direito deve ser de 10 anos, em decorrência da tese denominada "05 + 05" que vigorava no cenário jurisprudencial na época na transmissão da DCOMP. Afirma a Recorrente que este deve ser o prazo aplicado para o exercício da execução do crédito, em decorrência do teor da Súmula 150 do STF: “Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação”. Referida tese não se aplica ao caso concreto por duas razões: 1) este prazo decenal era resultado de uma divergência de interpretação acerca do momento da extinção do crédito tributário nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, se quando do pagamento ou da homologação tácita; 2) a decisão judicial transitada em julgado definiu que o prazo prescricional para repetição seria o período de 05 anos anteriores à propositura da ação. Fl. 165DF CARF MF 10 1) A tese dos 05 + 05 Desde a entrada em vigor do CTN até pouco tempo atrás havia muita dúvida sobre quando teria início o prazo prescricional para repetir o indébito tributário, isso porque o art. 168, I diz que o prazo para repetição do indébito é de 05 anos, contados da extinção do crédito tributário quando este crédito foi extinto pelo pagamento indevido. A dúvida residia nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, pois não se tinha uma exata segurança em afirmar quando ocorria a extinção do crédito tributário nestes casos. Isso porque o art. 150, e seus §§ 1º e 4º, prevêem que o pagamento antecipado extingue o crédito sob condição resolutória de ulterior homologação da autoridade administrativa. A homologação deveria ser expressa, mas se decorridos 05 anos do fato gerador, este pagamento era considerado homologado e extinto o crédito tributário. Para agravar a dúvida o art. 156, VII prevê que o crédito tributário é extinto pelo pagamento antecipado e pela homologação expressa ou tácita. Em vista disso, começou a ganhar força a denominada tese dos 05 + 05 anos, no seguinte sentido: o que extingue o crédito tributário é a homologação. Como a homologação, quase sempre, é tácita, então a extinção do crédito só ocorre após 05 anos do fato gerador. Só depois de homologado tacitamente (05 anos do fato gerador), é que terá início o prazo prescricional de 05 anos para repetir. Assim, teremos 05 anos para a homologação, quando estará extinto o crédito, e mais 05 anos para a repetição. A tese se tornou dominante nas duas turmas do STJ, como se pode ver dos julgamentos proferidos no REsp 333255/SP, REsp 477843/PE . No entanto, esta tese jurisprudencial foi afastada a partir de 2005 com a publicação da Lei Complementar 118/2005 que previu, em seu art. 3º que, para efeitos de aplicação do art. 168, I, considerase extinto o crédito tributário desde o pagamento indevido. Atualmente, o que se tem assentado, inclusive pela Repercussão Geral no RE nº 566.621/RS, é a aplicação do prazo decenal baseado na tese dos 05 + 05 para os contribuintes que ajuizaram ação até 08/06/2005. Por sua vez, quem ajuizou a partir de 09/06/2005, data da entrada em vigor da LC 118/2005, só teria 05 anos, mesmo que o pagamento indevido tenha ocorrido antes desta data. Enfim, esta tese serve para contagem do prazo tendo como referência a extinção do crédito tributário pelo pagamento antecipado, somado à homologação tácita. No entanto, o que se deve analisar neste caso é o prazo para a execução de um título executivo judicial onde se reconheceu o direito de um crédito decorrente de um pagamento indevido. A situação é completamente diferente, pois o que se busca identificar é qual o prazo para o exercício de um direito definido em decisão judicial transitada em julgado, sob pena de este direito se perpetuar no tempo. Não se discute mais aquele direito que deu origem ao título judicial, nem mesmo ao período em que ocorreram os pagamentos indevidos, até porque o direito que se discutiu na ação judicial já resta consolidado e não paira mais discussão. A decisão judicial afirmou que os pagamentos mencionados nos autos são indevidos e que o contribuinte pode repetir ou compensar. Uma vez consolidado este crédito, o que se discute aqui é até quando ele pode exercêlo. Não se aplica o enunciado da Súmula 150 do STF porque este se presta a harmonizar os prazos de prescrição quando a lei define apenas o prazo da pretensão, sem Fl. 166DF CARF MF Processo nº 10725.720351/200884 Acórdão n.º 3301005.717 S3C3T1 Fl. 162 11 definir o prazo para execução do direito acolhido no exercício da pretensão. No caso em análise, existe uma regra específica prevista no Decreto nº 20.910/1932 tratando do prazo para a execução do crédito. Como já salientado, o exercício deste direito deve ser praticado no prazo de 05 anos contados do transito em julgado, não cabendo mais falar em tese dos 05 + 05 como pretende a Recorrente, o que perpetuaria seu direito por mais 10 anos após o trânsito em julgado, findando em outubro/2007. Nem mesmo em pagamento indevido e de quando se considera extinto crédito tributário se discute nestes autos, mas tão somente até quando se pode executar uma decisão judicial. Caso se pretendesse aplicar a tese dos 05 + 05 nesta altura, este cálculo deveria ser realizado a partir dos pagamentos indevidos. Como o período dos pagamentos indevidos iniciam em 31/07/1988 e vão até 31/10/1994, e a transmissão da DCOMP ocorreu em março/2004, apenas os pagamentos de abril/1994 até outubro/1994 não estariam prescritos. Mas este raciocínio é afastado desde logo, pois é impossível e invade o mérito de uma discussão já travada na esfera judicial. 2) a decisão transitada em julgado Por fim, cabe salientar, novamente, que a própria decisão judicial transitada em julgado analisou o mérito da inconstitucionalidade da cobrança, definindo também como poderia ser realizada a compensação e qual o período de pagamentos indevidos podem ser utilizados como crédito. Da análise da decisão judicial de primeira instância (fls. 5863), constatase da parte dispositiva da decisão que o Judiciário reconheceu a inconstitucionalidade das majorações de alíquotas efetuadas pelos DL. 2.445/88 e 2.449/88, permitindo a compensação dos valores pagos a maior a título de PIS com débitos vincendos ou vencidos também de PIS, desde que respeitada a prescrição quinquenal anterior ao ajuizamento da ação ordinária. Note que a própria sentença definiu que o prazo para repetição é de 05 anos, e isso transitou em julgado, não cabendo falar em prazo decenal amparado pela tese 05 + 05. Cumpre salientar que a Recorrente apresentou recurso de apelação, mas recorrendo apenas da correção monetária, como se vê de fls. 6568, devolvendo ao tribunal apenas a discussão deste ponto. A questão do prazo de cinco anos transitou em julgado e não é possível agora suplantar o manto da coisa julgada para aplicar uma tese de prazo decenal. Isto posto, conheço do recurso voluntário para negarlhe provimento. Salvador Cândido Brandão Junior Relator Fl. 167DF CARF MF 12 Fl. 168DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10880.679804/2009-78
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Feb 21 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu Mar 21 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 01/03/2007
PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO/RESSARCIMENTO. ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO NO QUAL SE FUNDA O PLEITO.
Cabe ao interessado a prova dos fatos constitutivos de seu direito em pedido de repetição de indébito/ressarcimento, cumulado ou não com declaração de compensação.
A mera apresentação de DCTF retificadora, desacompanhada de provas quanto ao valor retificado, não tem o condão de reverter o ônus da prova, que continua sendo daquele que alega fato constitutivo do seu direito.
Recurso especial do contribuinte negado.
Numero da decisão: 9303-008.146
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento.
(Assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas Presidente
(Assinado digitalmente)
Jorge Olmiro Lock Freire Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: JORGE OLMIRO LOCK FREIRE
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Data do fato gerador: 01/03/2007 PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO/RESSARCIMENTO. ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO NO QUAL SE FUNDA O PLEITO. Cabe ao interessado a prova dos fatos constitutivos de seu direito em pedido de repetição de indébito/ressarcimento, cumulado ou não com declaração de compensação. A mera apresentação de DCTF retificadora, desacompanhada de provas quanto ao valor retificado, não tem o condão de reverter o ônus da prova, que continua sendo daquele que alega fato constitutivo do seu direito. Recurso especial do contribuinte negado.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento. (Assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente (Assinado digitalmente) Jorge Olmiro Lock Freire Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello.
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Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 01/03/2007 PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO/RESSARCIMENTO. ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO NO QUAL SE FUNDA O PLEITO. Cabe ao interessado a prova dos fatos constitutivos de seu direito em pedido de repetição de indébito/ressarcimento, cumulado ou não com declaração de compensação. A mera apresentação de DCTF retificadora, desacompanhada de provas quanto ao valor retificado, não tem o condão de reverter o ônus da prova, que continua sendo daquele que alega fato constitutivo do seu direito. Recurso especial do contribuinte negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negarlhe provimento. (Assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas – Presidente (Assinado digitalmente) Jorge Olmiro Lock Freire – Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 67 98 04 /2 00 9- 78 Fl. 173DF CARF MF Processo nº 10880.679804/200978 Acórdão n.º 9303008.146 CSRFT3 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello. Relatório Tratase de recurso especial de divergência interposto pelo contribuinte (fls. 118/131), admitido pelo despacho de fls. 152/155 contra o Acórdão 3401004.107, de 24/10/2017, assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 01/03/2007 PEDIDOS DE COMPENSAÇÃO/RESSARCIMENTO. ÔNUS PROBATÓRIO DO POSTULANTE. Nos processos que versam a respeito de compensação ou de ressarcimento, a comprovação do direito creditório recai sobre aquele a quem aproveita o reconhecimento do fato, que deve apresentar elementos probatórios aptos a comprovar as suas alegações. Não se presta a diligência, ou perícia, a suprir deficiência probatória, seja do contribuinte ou do fisco. PAGAMENTO A MAIOR. RESTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA. A carência probatória inviabiliza o reconhecimento do direito creditório pleiteado. Recurso Voluntário Negado. Em síntese, entende que as decisões a quo ao dispensarem a realização de diligências prejudicaram seu direito de defesa, enquanto, assevera, "se poderia (e se deveria) ter realizado quantas diligências fossem necessárias para confirmação do direito alegado". Ademais, consigna: Fl. 174DF CARF MF Processo nº 10880.679804/200978 Acórdão n.º 9303008.146 CSRFT3 Fl. 4 3 E finaliza sua articulação no sentido de que, nos termos do paradigma, em havendo retificação a posteriori da declaração, caberia ao Fisco apurar a retidão dos créditos, e não mais ao contribuinte, um vez que a DCTF retificadora quando admitida, teria os mesmos efeitos da original, "transferindo o ônus da prova da regularidade dos créditos do sujeito passivo para a fiscalização". Com base nessa premissa, argui ser o despacho decisório carecedor da devida fundamentação, acrescendo que teria havido violação aos princípios da estrita legalidade, da verdade material, da razoabilidade e da proporcionalidade. Alfim, pede a reforma do recorrido e "a imediata baixa em diligência do caso em tela, a fim de apurar a regularidade dos créditos em questão". Em contrarrazões, a Fazenda Nacional alega que o recurso não deve ser conhecido por que o especial não teria demonstrado qual legislação teria sido interpretada de forma diferente e que o especial teria como fim único o "revolvimento do conjunto fático probatório". No mérito, com arrimo no art. 373 do CPC/2015, consigna que o ônus da prova no caso é do contribuinte quanto a fato constitutivo de seu direito, pelo que, com arrimo em farta jurisprudência do CARF que colaciona, postula que seja negado provimento ao recurso. É o relatório. Voto Conselheiro Jorge Olmiro Lock Freire Relator Entendo que o recurso deva ser conhecido. Embora com razão a douta Procuradoria no sentido de que não restou demonstrada a divergência com base em distinta interpretação de legislação em específico, o fato é que o recorrido e o paragonado dão entendimento díspares a mesmo fato, pelo que entendo que esta CSRF deva manifestarse no sentido de uniformizar a jurisprudência desta Corte Administrativa. A questão é exclusivamente de direito, e, mais especificamente, em quem recai o ônus da prova em processos de repetição de indébito/compensação. O pleito do contribuinte é absolutamente ilíquido. Vejase o que alegou em sua manifestação de inconformidade, quando restou delimitada a lide: Com efeito, a partir de meados de 2006, a Impugnante constatou ter efetuado o recolhimento a maior de inúmeros impostos e contribuições incidentes sobre operações de remessa ao exterior de royalties pela cessão de direitos de uso de programas de computados, bem como pela contraprestação de serviços técnicos e administrativos, recolhimentos estes realizados desde o anocalendário de 2004. Assim é que, por possuir elevada quantia creditícia perante a RFB a título de IRRF, CIDE, PISimportação, COFINS Fl. 175DF CARF MF Processo nº 10880.679804/200978 Acórdão n.º 9303008.146 CSRFT3 Fl. 5 4 importação, a Impugnante optou por quitar débitos de COFINS (código de receita 2172), referentes ao período de apuração do anocalendário de 2006 e 2007, mediante procedimento de compensação com os créditos mencionados. ... Assim, como base nessas alegações absolutamente genéricas quanto aos fatos supostamente ensejadores dos indébitos, o contribuinte, consoante informado em sua peça contestatória vestibular, teria procedido a outros 147 pedidos de repetição/compensação. Ou seja, uma empresa do porte da recorrente alega ter créditos absolutamente ilíquidos, retifica sua DCTF e avisa, Fisco trate de provar o que eu estou declarando. Com a devida vênia, chega a ser risível a postura da recorrente, para dizer o mínimo. Esta Turma tem firme jurisprudência em casos de repetição/ressarcimento, cumulado ou não com declaração de compensação, que o ônus da prova é do contribuinte. E isso tem com fundamento jurídico o art. 373 do vigente CPC, que dispõe: Art. 373. O ônus da prova incumbe: I ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; E o contribuinte alega ainda vício no despacho decisório que denegou o pedido justamente pela sua total iliquidez ante a absoluta ausência de comprovação do crédito alegado. Portanto, absolutamente descabido o argumento de que ao retificar a DCTF, desacompanha de qualquer elemento probatório do alegado direito, o ônus probatório fica revertido, tendo o Fisco que provar que o direito alegado é bom. Como já decidimos em variados julgados, nada obsta à retificação das DCTF, mesmo que efetuada após o despacho decisório1, mas, porém, ela por si só não tem o condão de comprovar o alegado indébito. Vejase, a propósito, decisão unânime em que a ora recorrente era parte no Acórdão 9303006.937, de 13/08/2018, de relatoria da Dra. Érika Costa Camargo Autran: PEDIDO DE COMPENSAÇÃO. CERTEZA E LIQUIDEZ DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ÔNUS DA PROVA. A apresentação de DCTF retificadora anteriormente à prolação do Despacho Decisório não é condição para a homologação das compensações. Contudo, a referida declaração não tem o condão de, por si só, comproválo. É do contribuinte o ônus de comprovar a certeza e a liquidez do crédito pleiteado através de 1 Nesse sentido, Acórdão 9303006.977, de 13/06/2018, de relatoria do Dr. Rodrigo Pôssas, em que a recorrente igualmente era parte: DCTF. RETIFICAÇÃO. IMPEDIMENTO. INEXISTÊNCIA. Inexiste impedimento à retificação da DCTF, ainda que efetuada e transmitida depois de o contribuinte ter sido intimado do despacho decisório que não reconheceu a certeza e liquidez do crédito financeiro reclamado. DCTF RETIFICADORA. CRÉDITO FINANCEIRO. CERTEZA E LIQUIDEZ. FALTA DE COMPROVAÇÃO. DCOMP. HOMOLOGAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Demonstrado e provado que a DCTF retificadora não comprovou o indébito reclamado pelo contribuinte, ou seja, a certeza e liquidez do crédito financeiro utilizado na compensação, mantémse a não homologação da Dcomp. Fl. 176DF CARF MF Processo nº 10880.679804/200978 Acórdão n.º 9303008.146 CSRFT3 Fl. 6 5 documentos contábeis e fiscais revestidos das formalidades legais. O decidido no Acórdão 9303007.458, de 20/09/2018, de minha relatoria, perfilhou mesmo entendimento. Vejase sua ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/10/2006 a 31/12/2006 PEDIDO DE RESSARCIMENTO. ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO NO QUAL SE FUNDA O PLEITO. Cabe ao interessado a prova dos fatos constitutivos de seu direito em pedido de ressarcimento, cumulado ou não com declaração de compensação. Recurso Especial do Procurador parcialmente provido. Portanto, escorreita a r. decisão, a qual deve ser mantida. CONCLUSÃO Em face do exposto, conheço do recurso especial do contribuinte e negolhe provimento. É como voto. (assinado digitalmente) Jorge Olmiro Lock Freire Fl. 177DF CARF MF Processo nº 10880.679804/200978 Acórdão n.º 9303008.146 CSRFT3 Fl. 7 6 Fl. 178DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13502.902507/2011-51
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 26 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Tue Mar 19 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador:31/05/2005
RECURSO VOLUNTÁRIO INTERPOSTO FORA DO PRAZO LEGAL. INTEMPESTIVIDADE RECONHECIDA.
É de 30 (trinta) dias o prazo para interposição de Recurso Voluntário pelo contribuinte, conforme prevê o art. 33, caput, do Decreto-lei n. 70.235/72. O não cumprimento do aludido prazo impede o conhecimento do recuso interposto em razão da sua intempestividade.
Numero da decisão: 3402-006.243
Decisão:
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do Recurso Voluntário, por intempestivo.
(assinado digitalmente)
Waldir Navarro Bezerra - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Rodrigo Mineiro Fernandes, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Cynthia Elena de Campos e Thais De Laurentiis Galkowicz.
Nome do relator: WALDIR NAVARRO BEZERRA
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador:31/05/2005 RECURSO VOLUNTÁRIO INTERPOSTO FORA DO PRAZO LEGAL. INTEMPESTIVIDADE RECONHECIDA. É de 30 (trinta) dias o prazo para interposição de Recurso Voluntário pelo contribuinte, conforme prevê o art. 33, caput, do Decreto-lei n. 70.235/72. O não cumprimento do aludido prazo impede o conhecimento do recuso interposto em razão da sua intempestividade.
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decisao_txt : Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do Recurso Voluntário, por intempestivo. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra - Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Rodrigo Mineiro Fernandes, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Cynthia Elena de Campos e Thais De Laurentiis Galkowicz.
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INTEMPESTIVIDADE RECONHECIDA. É de 30 (trinta) dias o prazo para interposição de Recurso Voluntário pelo contribuinte, conforme prevê o art. 33, caput, do Decretolei n. 70.235/72. O não cumprimento do aludido prazo impede o conhecimento do recuso interposto em razão da sua intempestividade. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do Recurso Voluntário, por intempestivo. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Rodrigo Mineiro Fernandes, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Cynthia Elena de Campos e Thais De Laurentiis Galkowicz. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 50 2. 90 25 07 /2 01 1- 51 Fl. 66DF CARF MF Processo nº 13502.902507/201151 Acórdão n.º 3402006.243 S3C4T2 Fl. 0 2 Relatório Trata o presente de manifestação de inconformidade contra Despacho Decisório que indeferiu o pedido de restituição, em razão do sistema da Receita Federal apurar que o pagamento em questão foi utilizado integralmente para quitar débitos. Tempestivamente, a manifestante alegou que, na data em destaque recolheu o IPI a maior, porém, ao tomar ciência do Despacho Denegatório constatou que não mais poderia retificar a respectiva DCTF, por ter sido ultrapassado o prazo de cinco anos. Diante disso requer a retificação de ofício, o reconhecimento do direito creditório e a homologação dos débitos que declarou. A manifestação de inconformidade foi julgada improcedente, nos termos do Acórdão nº 14042.357, que firmou entendimento de que é ônus processual da interessada fazer prova dos fatos constitutivos de seu direito, o que não ocorreu no caso em apreço. Diante deste quadro o contribuinte interpôs o recurso voluntário, oportunidade em que repisou as alegações desenvolvidas em sede de impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Waldir Navarro Bezerra O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3402006.237, de 26 de fevereiro de 2019, proferido no julgamento do processo 13502.902501/201184, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevemse, como solução deste litígio, nos termos regimentais, os entendimentos que prevaleceram naquela decisão (Resolução 3402006.237): "I. Da intempestividade do recurso voluntário interposto 5. Como é sabido, o prazo para interposição de Recurso Voluntário no âmbito do processo administrativo federal é de 30 (trinta) dias, conforme prevê o art. 33, caput do Decretolei n. 70.235/72. 6. Não obstante, segundo o disposto no art. 5o. do sobredito Decretolei, os prazos no processo administrativo federal são contínuos e deverão ser contados excluindose na sua contagem o dia do início e incluindose o do vencimento. Este também é o teor do art. 66 da lei n. 9.784/991. 1 "Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindose da contagem o dia do começo e incluindose o do vencimento." Fl. 67DF CARF MF Processo nº 13502.902507/201151 Acórdão n.º 3402006.243 S3C4T2 Fl. 0 3 7. Pois bem. No presente caso o Recorrente foi cientificado eletronicamente da decisão guerreada em 05 de julho de 2013 (sextafeira), o que seu deu pela ciência por decurso de prazo, já que o contribuinte não promoveu a abertura do email encaminhado em sua caixa postal. Logo, levando em consideração as disposições legais acima mencionadas, o termo inicial para a contagem do prazo recursal teve início em 08 (oito) de julho de 2013 (segundafeira), vencendo, por sua vez, no dia 06 (seis) de agosto de 2013 (terçafeira). Acontece que o recurso em apreço só foi interposto mediante postagem por correio efetuada em 07 (sete) de agosto de 2013 (quartafeira) (fl. 35), ou seja, quando já transcorrido o prazo legal. 8. Patente está, portanto, a intempestividade do recurso voluntário interposto. Dispositivo 9. Diante do exposto, em razão da intempestividade do recurso voluntário interposto, deixo de conhecêlo." Importa registrar que nos autos ora em apreço, a situação fática e jurídica encontra correspondência com a verificada no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu por não conhecer do Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Fl. 68DF CARF MF
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Numero do processo: 10768.720365/2007-11
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 28 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed Apr 10 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 3301-001.085
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência, para que a unidade de origem junte aos autos cópia das DCTFs (original e retificadoras) do 3º Trimestre de 2002, expondo a data em que foram transmitidas e os valores de débito do PIS declarados em cada uma delas para o PA 09/2002, código de receita 8109. Vencidos os Conselheiros Salvador Cândido Brandão Júnior e Semírames de Oliveira Duro, que deram provimento ao recurso voluntário e o Conselheiro Marcelo Costa Marques d'Oliveira, que negou provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Winderley Morais Pereira Presidente.
(assinado digitalmente)
Marco Antonio Marinho Nunes - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (presidente da turma), Valcir Gassen (vice-presidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques d`Oliveira, Salvador Cândido Brandão Júnior, Ari Vendramini, Marco Antonio Marinho Nunes e Semíramis de Oliveira Duro.
Nome do relator: MARCO ANTONIO MARINHO NUNES
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência, para que a unidade de origem junte aos autos cópia das DCTFs (original e retificadoras) do 3º Trimestre de 2002, expondo a data em que foram transmitidas e os valores de débito do PIS declarados em cada uma delas para o PA 09/2002, código de receita 8109. Vencidos os Conselheiros Salvador Cândido Brandão Júnior e Semírames de Oliveira Duro, que deram provimento ao recurso voluntário e o Conselheiro Marcelo Costa Marques d'Oliveira, que negou provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Presidente. (assinado digitalmente) Marco Antonio Marinho Nunes - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (presidente da turma), Valcir Gassen (vice-presidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques d`Oliveira, Salvador Cândido Brandão Júnior, Ari Vendramini, Marco Antonio Marinho Nunes e Semíramis de Oliveira Duro.
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Resolvem os membros do Colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência, para que a unidade de origem junte aos autos cópia das DCTFs (original e retificadoras) do 3º Trimestre de 2002, expondo a data em que foram transmitidas e os valores de débito do PIS declarados em cada uma delas para o PA 09/2002, código de receita 8109. Vencidos os Conselheiros Salvador Cândido Brandão Júnior e Semírames de Oliveira Duro, que deram provimento ao recurso voluntário e o Conselheiro Marcelo Costa Marques d'Oliveira, que negou provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira – Presidente. (assinado digitalmente) Marco Antonio Marinho Nunes Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (presidente da turma), Valcir Gassen (vicepresidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques d`Oliveira, Salvador Cândido Brandão Júnior, Ari Vendramini, Marco Antonio Marinho Nunes e Semíramis de Oliveira Duro. Relatório Por bem descrever a realidade dos fatos, adoto e transcrevo o relatório da decisão da DRJ/RJOII. Trata o presente processo de apreciação de compensação declarada no PER/DCOMP n° 20542.50421.200704.1.3.040270, em 20/07/2004, de crédito RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 07 68 .7 20 36 5/ 20 07 -1 1 Fl. 201DF CARF MF Processo nº 10768.720365/200711 Resolução nº 3301001.085 S3C3T1 Fl. 202 2 referente a recolhimento que teria sido efetuado a maior, em 22/11/2002, a titulo de Contribuição para o Programa de Integração Social — PIS (cód. 8109), atinente ao período de apuração 09/2002, no valor original de R$ 124.101,80, com débito da Contribuição para o PISIncidência Não Cumulativa (cód. 6912), referente ao período de apuração 04/2003, no valor original de R$ 136.747,77. 2. Por meio do Despacho Decisório n° 231/07 (fl. 23), com base no Parecer Conclusivo de fl. 22, a Chefe da Diort/Derat/RJO, utilizandose da competência que lhe foi delegada pela Portaria n° 44, de 15/10/2001 (fls. 54/55), não reconheceu o direito creditório pleiteado no valor original de R$ 124.101,80, referente a pagamento indevido ou a maior da Contribuição para o PIS (cód. 8109), do período de apuração de setembro de 2002 e não homologou a compensação declarada na DCOMP de fls. 04 a 08. 3. No citado Parecer consta que, de acordo com as pesquisas efetuadas nos sistemas de informação da RFB (fls. 15 a 20), não há qualquer informação prestada pelo contribuinte que indique valor pago indevidamente ou a maior, já que o Darf indicado na DCOMP (fl. 06) fora integralmente utilizado na quitar parte do débito da Contribuição para o PIS referente ao mês 09/2002, informado na DCTF retificadora, no valor de R$ 5.465.613,08 (fl. 18). 4 Cientificada, em 26/11/2007 (fl.30), a Interessada, inconformada, ingressou, em 21/12/2007 (fls. 31, 51 e 53), com a manifestação de inconformidade de fls. 31 a 42, acompanhada da documentação de fls. 43 a 50, na qual alega, em síntese, que: 4.1 Recolheu espontaneamente, em 22/11/2002, parte do valor devido e não recolhido da Contribuição para o PIS referente ao mês 09/2002, correspondente ao valor principal de R$ 989.647,53, acrescido da multa de mora no valor de R$ 124.101,08 e dos juros de mora no valor de R$ 9.896,47; 4.2 0 recolhimento da multa de mora foi efetuado indevidamente, ex vi do disposto no art. 138 do CTN; 4.3 Foi procedida a compensação do valor da multa pago indevidamente com o débito informado na PER/DCOMP objeto do presente processo; e 4.4 A vista do exposto, fica demonstrada a insubsistência e improcedência do indeferimento de seu pleito. 5. Foi por mim anexada, as fls. 54/55, cópia da Portaria n°44, de 15/12/2001. 6. É o relatório. A Manifestação de Inconformidade foi julgada pela 4ª Turma da DRJ/RJOII, que, por unanimidade de votos, negoulhe provimento, conforme Acórdão nº 1321.269, datado de 29/08/2008, cuja ementa reproduzo a seguir: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/09/2002 a 30/09/2002 DENÚNCIA ESPONTÂNEA. RECOLHIMENTO COM ATRASO. MULTA DE MORA DEVIDA. O instituto da denúncia espontânea não exclui a multa de mora devida por recolhimento efetuado com atraso, cuja aplicação está prevista na legislação que rege a matéria. Fl. 202DF CARF MF Processo nº 10768.720365/200711 Resolução nº 3301001.085 S3C3T1 Fl. 203 3 CRÉDITO INEXISTENTE. COMPENSAÇÃO. NÃO HOMOLOGAR. Não é de se homologar a compensação declarada em DCOMP, quando constatada a utilização de crédito inexistente. Compensação não Homologada Cientificada do julgamento de primeiro grau, a contribuinte apresentou Recurso Voluntário em que reproduz, em síntese, os argumentos apresentados em sede de manifestação de inconformidade. É o relatório. Voto Conselheiro Marco Antonio Marinho Nunes, Relator. O recurso é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, devendo, por tais razões, ser conhecido. A matéria destes autos concerne à aplicação do instituto da denúncia espontânea, estabelecido no art. 138, do Código Tributário Nacional, notadamente quanto a tributo sujeito a lançamento por homologação e declaração em DCTF. Tal assunto já se encontra pacificado no STJ à luz do que restou decido no REsp nº 1.149.022, julgado em 09/06/2010, sob a sistemática de recurso repetitivo, e na Súmula 360, de 27 de agosto de 2008, a saber: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. IRPJ E CSLL. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECLARAÇÃO PARCIAL DE DÉBITO TRIBUTÁRIO ACOMPANHADO DO PAGAMENTO INTEGRAL. POSTERIOR RETIFICAÇÃO DA DIFERENÇA A MAIOR COM A RESPECTIVA QUITAÇÃO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. EXCLUSÃO DA MULTA MORATÓRIA. CABIMENTO. 1. A denúncia espontânea resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retificaa (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando a existência de diferença a maior, cuja quitação se dá concomitantemente. 2. Deveras, a denúncia espontânea não resta caracterizada, com a consequente exclusão da multa moratória, nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação declarados pelo contribuinte e recolhidos fora do prazo de vencimento, à vista ou parceladamente, ainda que anteriormente a qualquer procedimento do Fisco (Súmula 360/STJ) (Precedentes da Primeira Seção submetidos ao rito do artigo 543C, do CPC: REsp 886.462/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.10.2008, DJe 28.10.2008; e REsp 962.379/RS, Rel. Fl. 203DF CARF MF Processo nº 10768.720365/200711 Resolução nº 3301001.085 S3C3T1 Fl. 204 4 Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.10.2008, DJe 28.10.2008). 3. É que "a declaração do contribuinte elide a necessidade da constituição formal do crédito, podendo este ser imediatamente inscrito em dívida ativa, tornandose exigível, independentemente de qualquer procedimento administrativo ou de notificação ao contribuinte" (REsp 850.423/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, julgado em 28.11.2007, DJ 07.02.2008). 4. Destarte, quando o contribuinte procede à retificação do valor declarado a menor (integralmente recolhido), elide a necessidade de o Fisco constituir o crédito tributário atinente à parte não declarada (e quitada à época da retificação), razão pela qual aplicável o benefício previsto no artigo 138, do CTN. 5. In casu, consoante consta da decisão que admitiu o recurso especial na origem (fls. 127/138): "No caso dos autos, a impetrante em 1996 apurou diferenças de recolhimento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro, anobase 1995 e prontamente recolheu esse montante devido, sendo que agora, pretende ver reconhecida a denúncia espontânea em razão do recolhimento do tributo em atraso, antes da ocorrência de qualquer procedimento fiscalizatório. Assim, não houve a declaração prévia e pagamento em atraso, mas uma verdadeira confissão de dívida e pagamento integral, de forma que resta configurada a denúncia espontânea, nos termos do disposto no artigo 138, do Código Tributário Nacional." 6. Consequentemente, merece reforma o acórdão regional, tendo em vista a configuração da denúncia espontânea na hipótese sub examine. 7. Outrossim, forçoso consignar que a sanção premial contida no instituto da denúncia espontânea exclui as penalidades pecuniárias, ou seja, as multas de caráter eminentemente punitivo, nas quais se incluem as multas moratórias, decorrentes da impontualidade do contribuinte. 8. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 1149022/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/06/2010, DJe 24/06/2010) *** Súmula 360 O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. (Súmula 360, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/08/2008, DJe 08/09/2008) *** Ressaltese que o entendimento do STJ no REsp nº 1.149.022 deve ser reproduzido pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF, conforme Fl. 204DF CARF MF Processo nº 10768.720365/200711 Resolução nº 3301001.085 S3C3T1 Fl. 205 5 determina o § 2º do art. 62 do Anexo II do atual Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343/2015: Art. 62 [...]§2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática dos arts. 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 1973, ou dos arts. 1.036 a 1.041 da Lei nº 13.105, de 2015 Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. (Redação dada pela Portaria MF nº 152, de 2016) Assim, inferese da decisão e da súmula supra citadas que o benefício da denúncia espontânea será aplicado aos casos em que não houver declaração do débito (ou em que houver declaração a menor) e o contribuinte realiza o pagamento integral (ou da diferença não declarada) antes de qualquer procedimento fiscal. Ou seja, o contribuinte primeiro recolhe os débitos e, posteriormente, declaraos em DCTF. No presente caso, a Recorrente declarou inicialmente R$ 4.469.996,33 a titulo de PIS, código de Receita 8109, PA 09/2002, conforme telas de sua DCTF original do 3º Trimestre de 2002, juntadas às fls. 30 e 32. Posteriormente, retificou sua declaração e aumentou o valor do débito para R$ 5.459.643,86, conforme telas da correspondente DCTF retificadora, às fls. 34 e 36. O pagamento dessa diferença, R$ 989.647,53 (5.459.643,86 4.469.996,33), teria originado seu crédito, porque o respectivo recolhimento ocorreu em atraso, em 22/11/2002, mas com o acréscimo indevido da multa de mora, no valor de R$ 124.101,80, visto que acobertada estaria pelo instituto da denúncia espontânea quando da realização do pagamento complementar. Nestes autos, porém, não há qualquer documento que comprove as datas de entrega/transmissão das DCTFs do 3º Trimestre de 2002 (original e retificadora), obstando a análise deste Julgador acerca do exato momento em que houve a declaração do débito, informação indispensável para definir o alcance e aplicação da decisão e da súmula STJ. Em face do exposto, deve o processo ser encaminhado à unidade de origem, para que junte aos autos cópia das DCTFs (original e retificadoras) do 3º Trimestre de 2002, expondo a data em que foram transmitidas e os valores de débito do PIS declarados em cada uma delas para o PA 09/2002, código de receita 8109. É como voto. (assinado digitalmente) Marco Antonio Marinho Nunes Fl. 205DF CARF MF
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Numero do processo: 10283.900997/2014-38
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 27 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed Apr 17 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Data do fato gerador: 31/12/2005
ICMS. EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO (PIS/COFINS).
O montante a ser excluído da base de calculo mensal da contribuição é o valor mensal do ICMS a recolher, conforme Solução de Consulta Interna nº 13 - Cosit, de 18 de outubro de 2018, interpretando entendimento firmado no julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR, pelo Supremo Tribunal Federal.
Numero da decisão: 3302-006.688
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário para excluir o valor do ICMS a recolher da base de cálculo da contribuição, vencido o Conselheiro José Renato Pereira de Deus que dava provimento em maior extensão para excluir o ICMS destacado.
(assinado digitalmente)
Paulo Guilherme Déroulède - Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araujo, Corintho Oliveira Machado, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad, Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) e Paulo Guilherme Deroulede (Presidente).
Nome do relator: PAULO GUILHERME DEROULEDE
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decisao_txt : Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário para excluir o valor do ICMS a recolher da base de cálculo da contribuição, vencido o Conselheiro José Renato Pereira de Deus que dava provimento em maior extensão para excluir o ICMS destacado. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède - Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araujo, Corintho Oliveira Machado, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad, Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) e Paulo Guilherme Deroulede (Presidente).
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EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO (PIS/COFINS). O montante a ser excluído da base de calculo mensal da contribuição é o valor mensal do ICMS a recolher, conforme Solução de Consulta Interna nº 13 Cosit, de 18 de outubro de 2018, interpretando entendimento firmado no julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR, pelo Supremo Tribunal Federal. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário para excluir o valor do ICMS a recolher da base de cálculo da contribuição, vencido o Conselheiro José Renato Pereira de Deus que dava provimento em maior extensão para excluir o ICMS destacado. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araujo, Corintho Oliveira Machado, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad, Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) e Paulo Guilherme Deroulede (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 90 09 97 /2 01 4- 38 Fl. 97DF CARF MF Processo nº 10283.900997/201438 Acórdão n.º 3302006.688 S3C3T2 Fl. 3 2 Relatório Trata o presente processo de Pedido de Restituição (PER) eletrônico, por meio da qual a contribuinte solicita restituição de valor que teria sido indevidamente recolhido a título de COFINS, no regime não cumulativo. Na apreciação do pleito, manifestouse a Delegacia da Receita Federal do Brasil de jurisdição pelo indeferimento do pedido de restituição, mediante Despacho Decisório (DD) acostado aos autos, fazendoo com base na constatação da inexistência do crédito informado, uma vez que o valor recolhido já havia sido integralmente utilizado para extinção do débito relativo ao período de apuração a que se referia, não restando crédito disponível para restituição. Inconformada com o indeferimento do PER, a contribuinte apresenta manifestação de inconformidade, na qual, após a apresentação dos fatos, explica que o pedido de restituição referese a créditos decorrentes de pagamentos a maior em razão da exclusão do ICMS da base de cálculo da contribuição. A interessada esclarece que, para apuração do valor indevidamente pago, elaborou planilha demonstrando a diferença entre o valor efetivamente recolhido e o valor que legalmente seria devido, excluindose da base de cálculo da contribuição o ICMS efetivamente apurado e recolhido. Informa, ainda, que a comprovação do direito creditório será feita em momento oportuno, no Livro Registro de Apuração do ICMS. A fim de justificar seu direito ao crédito, a contribuinte alega, em síntese, a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins. Em sua defesa, cita julgamento da matéria no Supremo Tribunal Federal (STF). A Delegacia da Receita Federal de Julgamento, julgou improcedente a manifestação de inconformidade, nos termos do Acórdão nº 07040.548. Regulamente cientificada desta decisão, a Recorrente interpôs, tempestivamente, o recurso voluntário ora em apreço, no qual essencialmente reitera os argumentos iniciais apresentados na impugnação e aduz que a decisão recorrida não pode prosperar, uma vez que é desnecessária a previsão legal que permita a exclusão do ICMS da base de cálculo da Cofins e do PIS. Diz, ainda, que é impossível considerar o ICMS como parte do faturamento e aponta jurisprudência do STF. Por fim, requer reforma da decisão e reconhecimento da restituição pleiteada. É o relatório. Fl. 98DF CARF MF Processo nº 10283.900997/201438 Acórdão n.º 3302006.688 S3C3T2 Fl. 4 3 Voto Conselheiro Paulo Guilherme Deroulede, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Acórdão nº 3302006.687, de 27 de março de 2019, proferido no julgamento do processo 10283.900996/201493, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevemse, como solução deste litígio, nos termos regimentais, os entendimentos que prevaleceram naquela decisão (Acórdão nº 3302006.687): "O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. Em não havendo preliminares, passase, de plano, ao mérito do litígio. DA BASE DE CÁLCULO DA COFINS A matéria é por demais conhecida deste Colegiado, razão por que trato de invocar excertos de recente acórdão, nº 3302 006.452, de 30/01/2019, para ilustrar meu entendimento sobre a questão. Naquela oportunidade, o eminente relator, conselheiro Walker Araujo, assim se pronunciou sobre o tema: (...) sobre a inclusão ou não do ICMS na base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS, é de conhecimento notório que o Plenário do Supremo Tribunal Federal no RE 574.706, com repercussão geral reconhecida, decidiu que o ICMS não integra a base de cálculo das famigeradas contribuições. Contra a decisão proferida no RE 574.706, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional opôs embargos declaratórios da decisão, pleiteando a modulação temporal dos seus efeitos e realizou outros questionamentos, em especial, se o valor a ser excluído é somente aquele relacionado ao arrecadado a título de ICMS e/ou se o valor a ser excluído da base de cálculo abrange, além do arrecadado, aquele destacado em Notas Fiscais de Saída, sendo que referidos questionamentos aguardam sua análise e julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Entretanto, em que se pese inexistir trânsito em julgado da decisão proferida pela Suprema Corte, entendo que se tornou definitiva a matéria quanto ao direito do contribuinte ao menos de excluir da base de cálculo do PIS/COFINS a parcela do ICMS pago ou a recolher, Fl. 99DF CARF MF Processo nº 10283.900997/201438 Acórdão n.º 3302006.688 S3C3T2 Fl. 5 4 restando àquela Corte apenas decidir se o direito de exclusão será concedido em maior extensão, abrangendo, além do arrecadado, aquele destacado em Notas Fiscais de Saída. A respeito do direito do contribuinte excluir da base de cálculo do PIS/COFINS a parcela do ICMS pago ou a recolher(...) (...) temos a Solução de Consulta Interna nº 13 Cosit, de 18 de outubro de 2018, emitida nos seguintes termos: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CALCULO DA CONTRIBUIÇÃO. Para fins de cumprimento das decisões judiciais transitadas em julgado que versem sobre a exclusão do ICMS da base de calculo da Contribuição para o PIS/Pasep, no regime cumulativo ou não cumulativo de apuração, devem ser observados os seguintes procedimentos: a) o montante a ser excluído da base de calculo mensal da contribuição e o valor mensal do ICMS a recolher, conforme o entendimento majoritário firmado no julgamento do Recurso Extraordinário no 574.706/PR, pelo Supremo Tribunal Federal; b) considerando que na determinação da Contribuição para o PIS/Pasep do período a pessoa jurídica apura e escritura de forma segregada cada base de cálculo mensal, conforme o Código de Situação tributária (CST) previsto na legislação da contribuição, fazse necessário que seja segregado o montante mensal do ICMS a recolher, para fins de se identificar a parcela do ICMS a se excluir em cada uma das bases de calculo mensal da contribuição; c) a referida segregação do ICMS mensal a recolher, para fins de exclusão do valor proporcional do ICMS, em cada uma das bases de calculo da contribuição, será determinada com base na relacao percentual existente entre a receita bruta referente a cada um dos tratamentos tributários (CST) da contribuição e a receita bruta total, auferidas em cada mês; d) para fins de proceder ao levantamento dos valores de ICMS a recolher, apurados e escriturados pela pessoa jurídica, devemse preferencialmente considerar os valores escriturados por esta, na escrituração fiscal digital do ICMS e do IPI (EFDICMS/IPI), transmitida mensalmente por cada um dos seus estabelecimentos, sujeitos a apuração do referido imposto; e e) no caso de a pessoa juridica estar dispensada da escrituracao do ICMS, na EFDICMS/IPI, em algum(uns) do(s) período(s) abrangidos pela decisão judicial com transito em julgado, Fl. 100DF CARF MF Processo nº 10283.900997/201438 Acórdão n.º 3302006.688 S3C3T2 Fl. 6 5 poderá ela alternativamente comprovar os valores do ICMS a recolher, mês a mês, com base nas guias de recolhimento do referido imposto, atestando o seu recolhimento, ou em outros meios de demonstração dos valores de ICMS a recolher, definidos pelas Unidades da Federação com jurisdição em cada um dos seus estabelecimentos. Dispositivos Legais: Lei no 9.715, de 1998, art. 2o; Lei no 9.718, de 1998, arts. 2o e 3o; Lei no 10.637, de 2002, arts. 1o, 2o e 8o; Decreto no 6.022, de 2007; Instrução Normativa Secretaria da Receita Federal do Brasil no 1.009, de 2009; Instrução Normativa Secretaria da Receita Federal do Brasil no 1.252, de 2012; Convenio ICMS no 143, de 2006; Ato COTEPE/ICMS no 9, de 2008; Protocolo ICMS no 77, de 2008. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CALCULO DA CONTRIBUIÇÃO. Para fins de cumprimento das decisões judiciais transitadas em julgado que versem sobre a exclusão do ICMS da base de calculo da Cofins, no regime cumulativo ou não cumulativo de apuração, devem ser observados os seguintes procedimentos: a) o montante a ser excluído da base de calculo mensal da contribuição e o valor mensal do ICMS a recolher, conforme o entendimento majoritário firmado no julgamento do Recurso Extraordinário no 574.706/PR, pelo Supremo Tribunal Federal; b) considerando que na determinação da Cofins do período a pessoa jurídica apura e escritura de forma segregada cada base de calculo mensal, conforme o Código de Situação tributaria (CST) previsto na legislação da contribuição, fazse necessário que seja segregado o montante mensal do ICMS a recolher, para fins de se identificar a parcela do ICMS a se excluir em cada uma das bases de calculo mensal da contribuição; c) a referida segregação do ICMS mensal a recolher, para fins de exclusão do valor proporcional do ICMS, em cada uma das bases de calculo da contribuição, será determinada com base na relação percentual existente entre a receita bruta referente a cada um dos tratamentos tributários (CST) da contribuição e a receita bruta total, auferidas em cada mês; d) para fins de proceder ao levantamento dos valores de ICMS a recolher, apurados e escriturados pela pessoa jurídica, devemse preferencialmente considerar os valores escriturados por esta, na escrituração fiscal digital do ICMS e do IPI (EFDICMS/IPI), transmitida mensalmente Fl. 101DF CARF MF Processo nº 10283.900997/201438 Acórdão n.º 3302006.688 S3C3T2 Fl. 7 6 por cada um dos seus estabelecimentos, sujeitos a apuração do referido imposto; e e) no caso de a pessoa jurídica estar dispensada da escrituração do ICMS, na EFDICMS/IPI, em algum(uns) do(s) período(s) abrangidos pela decisão judicial com transito em julgado, poderá ela alternativamente comprovar os valores do ICMS a recolher, mês a mês, com base nas guias de recolhimento do referido imposto, atestando o seu recolhimento, ou em outros meios de demonstração dos valores de ICMS a recolher, definidos pelas Unidades da Federação com jurisdição em cada um dos seus estabelecimentos. Dispositivos Legais: Lei no 9.718, de 1998, arts. 2o e 3o; Lei no 10.833, de 2003, arts. 1o, 2o e 10; Decreto no 6.022, de 2007; Instrução Normativa Secretaria da Receita Federal do Brasil no 1.009, de 2009; Instrução Normativa Secretaria da Receita Federal do Brasil no 1.252, de 2012; Convenio ICMS no 143, de 2006; Ato COTEPE/ICMS no 9, de 2008; Protocolo ICMS no 77, de 2008. Neste cenário, entendo que o montante a ser excluído da(s) base(s) de calculo da Contribuicao para o PIS/Pasep e da Cofins é o valor mensal do ICMS a recolher. Posto isso, voto por dar provimento parcial ao recurso voluntário, para excluir o valor tão somente do ICMS a recolher da base de cálculo da contribuição." Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu por dar provimento parcial ao recurso voluntário, para excluir o valor do ICMS a recolher da base de cálculo da contribuição. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Deroulede Fl. 102DF CARF MF
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Numero do processo: 10680.100281/2005-64
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Mar 20 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu Apr 11 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/06/2000 a 31/12/2001
PRAZO DECADENCIAL. DOLO, FRAUDE OU SIMULAÇÃO.
Nos casos de dolo, fraude ou simulação, aplica-se, na contagem do prazo decadencial, o disposto no art. 173, inciso I, do CTN, hipótese em que o termo inicial do prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
MULTA QUALIFICADA. CONDUTA REITERADA.
Nos termos da jurisprudência majoritária do CARF, a prática reiterada de infrações à legislação tributária denota a intenção dolosa do contribuinte de fraudar a aplicação da legislação tributária e lesar o Fisco, ensejando a aplicação da multa de ofício na forma qualificada, tal como ocorre com aquele que apura valores de receita em seus livros fiscais e contábeis e declara um valor menor.
Numero da decisão: 9303-008.395
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em dar-lhe provimento.
(Assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício
(Assinado digitalmente)
Tatiana Midori Migiyama Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em Exercício), Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama (Relatora), Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: TATIANA MIDORI MIGIYAMA
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/06/2000 a 31/12/2001 PRAZO DECADENCIAL. DOLO, FRAUDE OU SIMULAÇÃO. Nos casos de dolo, fraude ou simulação, aplica-se, na contagem do prazo decadencial, o disposto no art. 173, inciso I, do CTN, hipótese em que o termo inicial do prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. MULTA QUALIFICADA. CONDUTA REITERADA. Nos termos da jurisprudência majoritária do CARF, a prática reiterada de infrações à legislação tributária denota a intenção dolosa do contribuinte de fraudar a aplicação da legislação tributária e lesar o Fisco, ensejando a aplicação da multa de ofício na forma qualificada, tal como ocorre com aquele que apura valores de receita em seus livros fiscais e contábeis e declara um valor menor.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em dar-lhe provimento. (Assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício (Assinado digitalmente) Tatiana Midori Migiyama Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em Exercício), Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama (Relatora), Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello.
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DOLO, FRAUDE OU SIMULAÇÃO. Nos casos de dolo, fraude ou simulação, aplicase, na contagem do prazo decadencial, o disposto no art. 173, inciso I, do CTN, hipótese em que o termo inicial do prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. MULTA QUALIFICADA. CONDUTA REITERADA. Nos termos da jurisprudência majoritária do CARF, a prática reiterada de infrações à legislação tributária denota a intenção dolosa do contribuinte de fraudar a aplicação da legislação tributária e lesar o Fisco, ensejando a aplicação da multa de ofício na forma qualificada, tal como ocorre com aquele que apura valores de receita em seus livros fiscais e contábeis e declara um valor menor. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em darlhe provimento. (Assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 68 0. 10 02 81 /2 00 5- 64 Fl. 1307DF CARF MF 2 Rodrigo da Costa Pôssas – Presidente em exercício (Assinado digitalmente) Tatiana Midori Migiyama – Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em Exercício), Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama (Relatora), Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello. Relatório Tratase de Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional contra o acórdão nº 3301003,.059, da 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 3ª Seção de Julgamento, que, por unanimidade de votos, deu provimento parcial ao recurso voluntários, consignando a seguinte ementa: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/06/2000 a 31/12/2001 SUJEIÇÃO PASSIVA. CISÃO. A versão parcial de parte do patrimônio da contribuinte, nele incluídas as obrigações tributárias, não possui o condão de alterar a sujeição passiva de obrigação tributária decorrente de fatos geradores praticados por essa contribuinte. SÓCIOS E ADMINISTRADORES DA PESSOA JURÍDICA. RESPONSABILIDADE PESSOAL E SOLIDÁRIA. Devem ser excluídos do pólo passivo da relação jurídico tributária os sócios e os procuradores da pessoa jurídica se não ficar comprovado que a obrigação tributária é decorrente de atuação dolosa destes com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. JUROS MORATÓRIOS. TAXA SELIC. SÚMULA CARF N° 3. É cabível a cobrança de juros de mora sobre os débitos para com a União decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia Selic para títulos federais. Fl. 1308DF CARF MF Processo nº 10680.100281/200564 Acórdão n.º 9303008.395 CSRFT3 Fl. 3 3 MULTA QUALIFICADA. DOLO NÃO CONFIGURADO. INCABÍVEL. A declaração dos débitos, em DCTF, em valores inferiores aos efetivamente devidos não configura o dolo necessário à qualificação da multa de oficio se contribuinte declarou em DIPJ e registrou os valores corretos na contabilidade com base na qual foi realizado o lançamento.” Irresignada, a Fazenda Nacional interpôs Recurso Especial, que, por unanimidade de votos, deu provimento parcial ao recurso voluntário para desqualificar a multa de 150% para 75%, excluir da base de cálculo do PIS as receitas relativas a juros recebidos e descontos obtidos e afastar do polo passivo da obrigação tributária os sócios da BM, Sra. Márcia Vilefort Martins, Sr. Márcio Vilefort Martins e a pessoa jurídica MVM Empreendimentos e Participações Ltda., e os procuradores, Sr. Antônio Vilefort Martins e Sra. Marilia Vilefort Martins. Traz, entre outros, que, relativamente: · À multa qualificada: ü Observase que não se trata de mera hipótese de falta de declaração ou de prestação de declaração inexata como pretendeu a e. Câmara a quo; ü A contribuinte deixou de informar à Secretaria da Receita Federal valores significativos (declarava menos que 10% do valor devido) das receitas no período de junho de 2000 a dezembro de 2001, com objetivo de eximirse do pagamento das contribuições devidas; ü E essa conduta não ocorreu de forma isolada, mas reiteradamente durante parte do anocalendário de 2000 e todo o ano de 2001, circunstância que revela o intuito doloso do comportamento da autuada no sentido de obter vantagem ilícita em detrimento do interesse público; ü Temse, portanto, que a conduta livre e consciente da contribuinte não pode ser confundida como um mero erro material. A recorrida não externou, repitase, uma simples declaração inexata, mas ao contrário, uma inexatidão intencional e reiterada, caracterizadora Fl. 1309DF CARF MF 4 de presença da subjetividade no ato infracional e motivo bastante para a penalidade de maior ônus. Requer a Fazenda Nacional a manutenção da qualificação da multa, uma vez que amparada nos comandos legais aplicáveis e justificada pelo contexto probante que instrui os presentes autos, além de corroborar a jurisprudência deste Conselho. Em Despacho às fls. 1265 a 1267, foi dado seguimento ao Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional. Contrarrazões ao recurso foram apresentadas pelo sujeito passivo, que traz, entre outros, que: · Conforme consta do Termo de Verificação Fiscal, os valores informados na DIPJ seriam compatíveis com os apurados pela fiscalização, mas superiores àqueles declarados na DCTF, motivo pelo qual se exige as diferenças apuradas entre os valores escriturados e os valores declarados, referentes ao período de 01/06/2000 a 31/12/2001; · A multa de ofício foi aplicada em sua graduação majorada, sob a equivocada presunção de que havia ocorrido dolo do agente; · É de se invocar a decadência de ofício, pois se o lançamento trata da diferença do tributo, efetivamente houve recolhimento do tributo no período – o que cabe a aplicação do art. 150, § 4º, do CTN; · Quanto à multa, não restou comprovada quaisquer das circunstâncias qualificadoras; caso houvesse dolo na ação do contribuinte, não teria este escriturado as receitas no Livro razão e tampouco as informado nas Declarações de Informações Econômico Fiscais da Pessoa Jurídica – DIPJ. É o relatório. Voto Conselheira Tatiana Midori Migiyama – Relatora. Fl. 1310DF CARF MF Processo nº 10680.100281/200564 Acórdão n.º 9303008.395 CSRFT3 Fl. 4 5 Depreendendose da análise do Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional, entendo que devo conhecêlo, eis que atendidos os requisitos dispostos no art. 67 do RICARF/2015 – Portaria MF 343/2015 com alterações posteriores. Ora, o acórdão recorrido considerou que a declaração reiterada em DCTF do PIS em valores inferiores aos valores efetivamente devidos não caracteriza ocorrência dolosa. O acórdão paradigma, por sua vez, decidiu que a prática reiterada de infrações à legislação tributária denota a intenção dolosa do contribuinte de fraudar a aplicação da legislação tributária e lesar o Fisco, ensejando a aplicação da multa de ofício. Sendo assim, conheço o Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional. Ventiladas tais considerações, considerando as contrarrazões do contribuinte, importante trazer primeiramente se é o caso de se conhecer de ofício se devemos apreciar a questão da decadência – se aplicável o art. 150, § 4º ou art. 173, inciso I, do CTN. Quanto à essa matéria, por ser questão de ordem pública, nos dizeres do STJ em Resp 838622/MG, entendo que devo apreciar tal matéria. Considerando, conforme o próprio TVF – constatação de recolhimento a menor da contribuição, que o lançamento trata da diferença do tributo, efetivamente houve recolhimento do tributo no período em questão – o que, aplicandose o Resp 973.733 – decidido em sede de repetitivo, entendo que devemos aplicar o prazo decadencial previsto no art. 150, § 4º, do CTN. Não obstante, antes de firmar esse entendimento, importante aguardar o mérito que discorro a seguir. Quanto ao mérito, considerando que essa turma julgou caso idêntico, não havendo nos autos do processo qualquer razão para que o contribuinte tenha declarado débito a menor reiteradamente em DCTF, ainda que a escrituração contábil e a DIPJ tenham refletido valores corretos, entendo da mesma forma decidida em acórdão 9303004.317: “Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins Período de apuração: 01/06/2000 a 31/12/2001 ALARGAMENTO. BASE DE CÁLCULO. LEI Nº 9.718. Fl. 1311DF CARF MF 6 É inconstitucional o alargamento da base de cálculo da Cofins prevista no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/06/2000 a 31/12/2001 Nos casos de dolo, fraude ou simulação, aplicase, na contagem do prazo decadencial, o disposto no art. 173, inciso I, do CTN, hipótese em que o termo inicial do prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. MULTA QUALIFICADA. CONDUTA REITERADA. Nos termos da jurisprudência majoritária do CARF, a prática reiterada de infrações à legislação tributária denota a intenção dolosa do contribuinte de fraudar a aplicação da legislação tributária e lesar o Fisco, ensejando a aplicação da multa de ofício na forma qualificada, tal como ocorre com aquele que apura valores de receita em seus livros fiscais e contábeis e nada declara. Recurso Especial provido em parte.” Sendo assim, é de se aplicar, para fins de contagem do prazo decadencial o art. 173, inciso I, do CTN e restabelecer a multa qualificada. Em vista de todo o exposto, sem maiores delongas, voto por dar provimento ao Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional. É o meu voto. (Assinado digitalmente) Tatiana Midori Migiyama Fl. 1312DF CARF MF
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