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Numero do processo: 11080.726316/2010-89
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 27 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri May 03 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 3403-000.427
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência nos termos do voto do Relator. Estiveram presentes ao julgamento a Dra. Adriana Barbosa Felix, OAB/DF no. 32.396, advogada da recorrente, e o Dr. Paulo Riscado, Procurador da Fazenda Nacional.
(assinado digitalmente)
Antonio Carlos Atulim Presidente
(assinado digitalmente)
Marcos Tranchesi Ortiz Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Ivan Allegretti, Marcos Tranchesi Ortiz e Antonio Carlos Atulim.
Nome do relator: MARCOS TRANCHESI ORTIZ
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência nos termos do voto do Relator. Estiveram presentes ao julgamento a Dra. Adriana Barbosa Felix, OAB/DF no. 32.396, advogada da recorrente, e o Dr. Paulo Riscado, Procurador da Fazenda Nacional. (assinado digitalmente) Antonio Carlos Atulim – Presidente (assinado digitalmente) Marcos Tranchesi Ortiz – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Ivan Allegretti, Marcos Tranchesi Ortiz e Antonio Carlos Atulim. Relatório Tratase de autos de infração por meio dos quais a recorrente teve constituídos contra si créditos tributários da contribuição ao PIS (fls. 2250/2262) e da COFINS (fls. 2263/2275), ambos apurados sob o regime da nãocumulatividade, com relação a fatos geradores praticados entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 10 80 .7 26 31 6/ 20 10 -8 9 Fl. 3143DF CARF MF Impresso em 03/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 24/04/20 13 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 11080.726316/201089 Resolução nº 3403000.427 S3C4T3 Fl. 7 2 De acordo com o detalhado relatório de ação fiscal acostado às fls. 2277/2309, a recorrente, conhecida rede de supermercados de abrangência nacional, teria deixado de expor à tributação parcela das receitas por ela auferidas no período considerado, receitas estas decorrentes de negócios que a vinculavam a fornecedores seus. Relata a autoridade de origem que reportagens jornalísticas teriam desvendado práticas supostamente anticoncorrenciais por parte de grandes redes varejistas que, aproveitando da alta concentração do segmento em que atuam, estariam impondo seu poder econômico à indústria alimentícia sua fornecedora, através de exigências comerciais abusivas. Investigações no Ministério Público de alguns Estados da Federação e em Comissões Parlamentares de Inquérito estariam em curso para investigálo. Se notabilizando pelos nomes de “rappel” ou de “pedágio”, a prática consistiria, em síntese, em exigir contribuições em dinheiro ou em mercadorias como condição para que o respectivo fornecedor desfrutasse de vantagens como a exposição de seus produtos em espaços de maior destaque nas gôndolas, a inserção de sua marca em jornais promocionais, a permissão para oferecer a degustação de produtos ao público, a possibilidade de incrementar o volume de vendas e até mesmo o direito em si de realizar vendas às redes supermercadistas. O caso particular do relacionamento da ora recorrente com seus fornecedores foi examinado – agora sob a perspectiva de seus efeitos tributários e já não mais do ponto de vista do direito econômico – em mais de uma oportunidade. Em todas elas, concluiu a fiscalização que semelhantes práticas rendiam à recorrente receitas tributáveis por meio da contribuição ao PIS e da COFINS. Como a empresa jamais as ofereceu espontaneamente à tributação, as auditorias resultaram na constituição ex officio dos respectivos créditos tributários por meio dos processos nos 11080.013955/200271 (PIS), 11080.014954/200226 (COFINS), 11080.011290/200694 (PIS e COFINS) e, agora, através do presente feito. Pois bem. Segundo o relatório de ação fiscal, a recorrente mantinha contratos com seus fornecedores (“acordos promocionais” e “acordos de fornecimento”), por meio dos quais, contra o oferecimento de certas vantagens comerciais, lhes exigia determinadas somas que, no entanto, não costumavam ser pagas em espécie. Antes, eram liquidadas mediante compensação com as obrigações contraídas pela recorrente em razão da própria aquisição de mercadorias ou via dação em pagamento de mercadorias adicionais (bonificações). Sustentando se tratar de percepção de verdadeira receita, a fiscalização expõe: “De uma forma geral, podemos dizer que fossem tais descontos redução no custo das mercadorias compradas, as notas fiscais retratariam tal situação, consignando ali os respectivos valores. No caso, não se pactua a redução NO PREÇO DAS MERCADORIAS, mas sim no valor a ser pago POSTERIORMENTE. A fiscalizada, após adquirir as mercadorias pelo valor total consignado nas notas, ao invés de liquidar a dívida por este valor total, paga um valor REDUZIDO, extinguindo, assim, o passivo por um valor menor que o da dívida original sem a extinção concomitante de ativo, tendose assim uma RECEITA realizada. (...) todos os valores cobrados, aos quais fizemos referência ao longo da narrativa desse item, não são suportados por documentação fiscal alguma, sendo recebidos em carteira, mediante emissão de cobrança bancária, ou ainda, através de desconto no pagamento. O fornecedor Fl. 3144DF CARF MF Impresso em 03/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 24/04/20 13 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 11080.726316/201089 Resolução nº 3403000.427 S3C4T3 Fl. 8 3 pode, ainda, pagar referidos valores através de fornecimento de mercadorias, as chamadas bonificações.” O lançamento tomou, então, por base de cálculo o montante dos lançamentos a crédito realizados nas contas contábeis listadas às fls., no interior das quais a fiscalização verificou terem sido registrados valores pertinentes a (i) mercadorias recebidas em bonificação ou a (ii) descontos concedidos à recorrente sobre o valor das notas fiscais de compra e venda emitidas pelos fornecedores, em razão de: (a) quebra de mercadorias (32.11.00.16, 32.11.00.46, 32.17.00.14); (b) promoção de venda de suas mercadorias nos estabelecimentos da recorrente (32.11.00.21 e 32.11.02.22); (c) “questões de mercado” (32.14.00.11); (d) de aquisições continuadas de seus produtos ou de aquisições que cumprirem com metas de crescimento progressivo convencionadas entre as partes (32.11.02.10, 32.11.02.11 e 32.11.02.20); (e) sanções pecuniárias (multas) aplicáveis ao fornecedor pela não entrega ou pela entrega tardia de mercadorias encomendadas (32.11.02.21); (f) do exercício do direito de não remover dos estabelecimentos da compradora mercadorias avariadas (32.17.00.13); (g) participação de promoções ou liquidações nos eventos realizados nos aniversários de cada insígnia da recorrente (32.17.00.18); (h) exercício do direito de realizar as entregas centralizadamente, nos centros de distribuição da compradora, e não nos seus diversos estabelecimentos (32.17.00.20 e 32.17.00.24); (i) descarte de mercadorias impróprias para venda, mediante destruição e depósito em aterro sanitário (32.11.00.99); (j) participação em campanhas publicitárias, por meio de (i) inserções em folhetos e encartes divulgados nas lojas, (ii) utilização de espaços privativos e (iii) inserções em propaganda institucional em TV, rádio, internet, outdoor etc. (42.00.00.50, 42.00.00.51, 42.00.00.52 e 42.00.00.56); e (l) para formação de estoque de novas lojas da recorrente ou da reinauguração de lojas já existentes (32.11.00.17). Cientificada regularmente, a recorrente impugnou os autos de infração (fls. 2406/2435), fundamentando sua irresignação nos seguintes argumentos: (a) os valores sobre os quais a fiscalização lhe exige os tributos constituem descontos nos preços das mercadorias que adquire junto a seus fornecedores e, como tal, não têm natureza jurídica de receita, mas de redução dos respectivos custos; (b) os critérios contábeis empregados para escrituração dos descontos obtidos junto aos fornecedores, inclusive a nomenclatura da conta correspondente ou o grupo a que pertença no balanço patrimonial ou na demonstração de resultados, são irrelevantes para a Fl. 3145DF CARF MF Impresso em 03/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 24/04/20 13 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 11080.726316/201089 Resolução nº 3403000.427 S3C4T3 Fl. 9 4 determinação da natureza jurídica do numerário ou da incidência de tributos, conforme reconhecem não apenas as Leis nos 10.637/02 e 10.833/03, mas também o Parecer Normativo CST no 347/70; (c) ainda que se caracterizassem como receitas, os descontos e as bonificações obtidas junto aos fornecedores seriam qualificáveis como “receitas financeiras” nos termos do artigo 373 do RIR/99 e, como tal, se sujeitariam à alíquota 0% de PIS e de COFINS por força dos Decretos nos 5.164/04 e 5.442/05; (d) as mercadorias recebidas em bonificação não seriam tributáveis por ocasião da entrada em seus estabelecimentos, uma vez que já se submetem às mesmas exações quando deles saem; (e) na liquidação do crédito tributário objeto do lançamento, a fiscalização incorre em dois erros: (e.1) para o período de 02 a 12/2007, houve inclusão de supostos valores, registrados em contas de natureza credora, que não correspondem a “descontos” ou “bonificações” e que, por essa razão, já teriam sido voluntariamente oferecidos à tributação; e (e.2) para a competência 01/2006, na conta contábil “desconto de centralização de consumíveis”, desconhece a quantia de R$ 2.075.554,00, a qual não está presente em nenhuma de suas rubricas contábeis; e, finalmente, (f) a multa de ofício, no equivalente a 75% do principal, deve ser relativizada na hipótese em razão do princípio de individualização da pena e dos artigos 108, V e 112, do CTN. Por meio do v. acórdão de fls. 2941/2949, a DRJPorto Alegre acolheu a impugnação somente em parte, para reconhecer o apontado erro na liquidação do crédito com relação ao período de apuração de janeiro de 2006 (item “e2” acima). No mais, rejeitou o pedido de perícia e manteve incólumes os autos de infração, argumentando que: (i) os descontos de que a recorrente usufrui perante seus fornecedores não são incondicionados e nem figuram na legislação de regência – Leis nos 10.637/02 e 10.833/03 – como receitas passíveis de exclusão da base de cálculo das exações; (ii) não são financeiras as receitas que a recorrente aufere dos descontos ou bonificações concedidos por seus fornecedores; (iii) não está comprovada a presença, nas contas contábeis que serviram de base para o lançamento, de valores que não tenham origem nas práticas comerciais objeto da discussão, ao longo do anocalendário de 2007; e, por fim, (iv) a imposição da multa de ofício no equivalente a 75% do crédito tributário principal não pressupõe a ocorrência de fraude ou de sonegação. Em seu voluntário de fls. 2958/2991, a recorrente reafirma os argumentos expostos na impugnação e reitera o pedido de perícia. Contrarazões da Procuradoria da Fazenda Nacional. É o relatório. Voto Conselheiro Marcos Tranchesi Ortiz, Relator. Fl. 3146DF CARF MF Impresso em 03/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 24/04/20 13 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 11080.726316/201089 Resolução nº 3403000.427 S3C4T3 Fl. 10 5 O mérito da controvérsia posta com a lavratura dos autos de infração centrase na determinação da natureza jurídicotributária de valores convencionados entre a ora recorrente e as indústrias que lhe fornecem mercadorias para revenda, no âmbito de acordos comerciais existentes entre ambos, e apropriados pela primeira sob a forma de bonificações ou de descontos aplicáveis ao preço das operações mercantis subjacentes. Os autos de infração se sustentam sobre a premissa de se tratarem de efetivas receitas auferidas pela recorrente. De acordo com a fiscalização, a recorrente adquire o direito a elas oferecendo a seus fornecedores uma utilidade bem definida sob a forma de uma contraprestação, de modo a evidenciar a existência de negócios jurídicos autônomos em relação à compra e venda mercantil também contratada entre as mesmas partes. Diz também não se tratar da obtenção de “descontos” no preço das mercadorias encomendadas junto aos fabricantes, mas da extinção da obrigação contraída perante eles por meio de compensações até o limite dos créditos de que a recorrente se torna titular por força destas prestações que desempenha. De sua parte, a recorrente objeta os lançamentos advogando que os descontos e as bonificações recebidas com respaldo nos contratos mantidos com seus fornecedores não passam de fórmulas para redimensionamento do custo de aquisição das mercadorias negociadas entre ambos. Em última análise, o preço definitivo das operações de compra e venda não seria aquele documentado nas notas fiscais sacadas pelos fornecedores, mas o que resultasse da diferença entre este e a soma dos descontos que os acordos vigentes concedem a ela, compradora. Neste cenário, releva recordar que os autos de infração foram formalizados sob a sistemática nãocumulativa de apuração da contribuição ao PIS e da COFINS. Neste regime, como se sabe, o sujeito passivo tributário submete à incidência a totalidade de suas receitas, independentemente da origem de onde provenham, e, do montante assim obtido, tem o direito de deduzir determinados créditos que lhe reconhece o artigo 3o, das Leis nos 10.637/02 e 10.833/03. Dentre referidos créditos outorgados ao contribuinte estão aqueles que lhe são proporcionados pela aquisição de mercadorias destinadas à revenda (art. 3o, inciso I). Segundo o dispositivo, o sujeito passivo obrigado à apuração do PIS e da COFINS pelo regime da não cumulatividade, desfruta do direito de abater da exação devida crédito proporcional ao custo de aquisição dos bens comprados para revenda. Pois este aspecto tão essencial à compreensão do tratamento que a recorrente vem dando às bonificações e aos descontos obtidos não está suficientemente elucidado nos autos. Embora minucioso, o relatório de ação fiscal nada diz sobre a base de cálculo considerada pela recorrente para apropriação do direito de crédito que o regime nãocumulativo lhe reconhece com relação às mercadorias adquiridas para revenda. Os autos não revelam, em suma, se o custo de aquisição sobre o qual a recorrente vinha calculando seus créditos no período considerado era (i) aquele extraível das notas fiscais de compra e venda emitidas pelos fornecedores ou, ao contrário, (ii) aquele já reduzido pela subtração dos descontos e bonificações a que tem direito. Por considerar que a elucidação deste aspecto é essencial ao enfrentamento das teses controvertidas no recurso voluntário, proponho ao Colegiado a conversão do julgamento em diligência, a fim de que os autos retornem ao órgão preparador, a fim de que a autoridade de origem identifique a base de cálculo sobre a qual a recorrente aplicou o direito de crédito a Fl. 3147DF CARF MF Impresso em 03/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 24/04/20 13 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ Processo nº 11080.726316/201089 Resolução nº 3403000.427 S3C4T3 Fl. 11 6 que se refere o artigo 3o, inciso I, das Leis nos 10.637/02 e 10.833/03, especificando se se tratava (a) do valor encontrável nas notas fiscais sacadas pelo fornecedor para documentar a compra e venda, ou (b) da diferença entre este montante e o total dos descontos e bonificações a que a recorrente tinha direito no período. O órgão preparador poderá efetuar análises por amostragem e, ao cabo da diligência, exporá suas conclusões e os fundamentos que as subsidiarem em relatório circunstanciado, do qual dará vista à ora recorrente para manifestação em até 10 (dez) dias. Findo o período, retornem os autos a este Colegiado para continuidade do julgamento. É como voto. (assinado digitalmente) Marcos Tranchesi Ortiz Fl. 3148DF CARF MF Impresso em 03/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ, Assinado digitalmente em 24/04/20 13 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 09/04/2013 por MARCOS TRANCHESI ORTIZ
score : 1.0
Numero do processo: 11610.006674/2002-26
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 06 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Mar 18 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2000
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA.
A homologação tácita aplica-se às declarações de compensação, e não aos pedidos de restituição, conforme se depreende do disposto no art. 74, § 4º, da Lei 9.430/96, com a redação dada pela Lei 10.637/2002.
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PRELIMINAR DE DECADÊNCIA. RECEITAS FINANCEIRAS. OFERECIMENTO À TRIBUTAÇÃO.
Rejeita-se a preliminar de decadência, uma vez que não foi efetuado qualquer lançamento fiscal, e a verificação do oferecimento à tributação das receitas que geraram a retenção na fonte, somente influencia na definição do valor do imposto retido que poderá ser deduzido.
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PRELIMINARES DE NULIDADE. Tratando-se de pedido de restituição, é o sujeito passivo que deve comprovar a liquidez e certeza do crédito solicitado. Preliminares de nulidade rejeitadas.
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. SALDO NEGATIVO DO IMPOSTO DE RENDA. OFERECIMENTO À TRIBUTAÇÃO DAS RECEITAS FINANCEIRAS. FALTA DE COMPROVAÇÃO.
A falta de comprovação do oferecimento à tributação das receitas financeiras que geraram a retenção do imposto de renda retido na fonte, implica na impossibilidade da dedução do imposto retido.
Numero da decisão: 1102-000.847
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares, e no mérito, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Albertina Silva Santos de Lima Presidente e Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: João Otávio Oppermann Thomé, Silvana Rescigno Guerra Barretto, José Sérgio Gomes, Francisco Alexandre dos Santos Linhares, Antonio Carlos Guidoni Filho e Albertina Silva Santos de Lima.
Nome do relator: ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA
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HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. A homologação tácita aplicase às declarações de compensação, e não aos pedidos de restituição, conforme se depreende do disposto no art. 74, § 4º, da Lei 9.430/96, com a redação dada pela Lei 10.637/2002. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PRELIMINAR DE DECADÊNCIA. RECEITAS FINANCEIRAS. OFERECIMENTO À TRIBUTAÇÃO. Rejeitase a preliminar de decadência, uma vez que não foi efetuado qualquer lançamento fiscal, e a verificação do oferecimento à tributação das receitas que geraram a retenção na fonte, somente influencia na definição do valor do imposto retido que poderá ser deduzido. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PRELIMINARES DE NULIDADE. Tratandose de pedido de restituição, é o sujeito passivo que deve comprovar a liquidez e certeza do crédito solicitado. Preliminares de nulidade rejeitadas. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. SALDO NEGATIVO DO IMPOSTO DE RENDA. OFERECIMENTO À TRIBUTAÇÃO DAS RECEITAS FINANCEIRAS. FALTA DE COMPROVAÇÃO. A falta de comprovação do oferecimento à tributação das receitas financeiras que geraram a retenção do imposto de renda retido na fonte, implica na impossibilidade da dedução do imposto retido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 61 0. 00 66 74 /2 00 2- 26 Fl. 366DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 3 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares, e no mérito, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Albertina Silva Santos de Lima – Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: João Otávio Oppermann Thomé, Silvana Rescigno Guerra Barretto, José Sérgio Gomes, Francisco Alexandre dos Santos Linhares, Antonio Carlos Guidoni Filho e Albertina Silva Santos de Lima. Fl. 367DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 4 3 Relatório Tratase de recurso voluntário contra decisão de primeira instância que considerou procedente em parte, a manifestação de inconformidade. A contribuinte apresentou, em 04/04/2002, pedido de restituição que foi parcialmente deferido pela autoridade administrativa e também foram homologadas compensações até o limite reconhecido. O crédito informado no pedido de restituição referese a saldo negativo do imposto de renda apurado no 3º trimestre do anocalendário de 2000, no valor de R$ 1.312.436,62. Na mesma data, formalizou pedidos de compensação de fls. 2 e 3, e em 22/08/200, o de fls. 70. Esses pedidos de compensação foram convertidos em declarações de compensação, conforme Lei 10.637/2002. Às fls. 1 dos processos apensos constam DCOMPs, relativas ao mesmo crédito, e ainda foram transmitidas eletronicamente, diversas outras DCOMPs que se encontram relacionadas no relatório que integra o acórdão de primeira instância. A autoridade administrativa reconheceu apenas o saldo negativo no valor de R$ 213,99, pois em consulta ao sistema SIEFDIRF, de fls. 72/74, no referido período, localizou apenas uma retenção na fonte, nesse valor. Na manifestação de inconformidade alegou que a retenção na fonte ocorreu no 3º trimestre do anocalendário de 1999, no valor de R$ 1.763.029,16. Anexa declaração expedida pela fonte pagadora e informe de rendimento. Reconhece que não declarou essa retenção na DIPJ do anocalendário de 1999, e alega que tal equivoco não lhe retiraria seu direito à compensação, pois declarou referida retenção na DIPJ do anocalendário de 2000. Alega que à época da realização das compensações encontravase dentro do prazo decadencial. A decisão de primeira instância consignou que a discussão sobre o prazo decadencial não estava em litígio. A seguir analisa os seguintes fatos: a) no campo 2 do pedido de restituição a interessada informou que o motivo do pedido é o imposto de renda retido na fonte do anocalendário de 2000, e que essa justificativa repetese nos pedidos de compensação de fls. 2, 3 e 70 no campo 3 (crédito a compensar); b) a contribuinte juntou cópia da DIPJ do anocalendário de 2000, fls. 14/67, cuja ficha 12A (cálculo do imposto de renda sobre o lucro real do 3º trimestre), com a apuração do saldo negativo do IRPJ no valor de R$ 1.312.436,52, resultante do IRRF no mesmo valor. Concluiu que diante dos documentos constantes dos autos, correta a análise efetuada pela autoridade administrativa. Fl. 368DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 5 4 Acrescenta que analisandose as informações contidas na DIPJ do ano calendário de 1999, cuja declaração não foi retificada, a interessada apurou IRPJ a pagar, estando zerado o campo referente ao IRRF. Salienta que embora a contribuinte afirme que sofreu a retenção do imposto de renda no 3º trimestre de 1999, referido evento não foi informado na DIPJ do anocalendário de 2000, e se houve erro de fato no preenchimento da declaração, se imporia a comprovação de tal erro mediante a apresentação da escrituração contábil como prova de que o IRRF foi de fato registrado naquele ano, conforme art. 272 do RIR/99. Ressalta que não há previsão legal para que o IRRF seja restituído de forma direta, devendo o mesmo ser deduzido do imposto de renda devido e compor o saldo negativo do IRPJ, se houver, conforme art. 773 do RIR/99. Destaca que não há como restituir ou compensar o valor do IRRF, que não compõe o saldo negativo do IRPJ, e daí a necessidade de sua demonstração e na falta desta, a sua comprovação, e que não basta a alegação de que houve a retenção, sendo necessário que a contribuinte demonstre e comprove que o rendimento bruto, relativo à retenção pretendida foi oferecido à tributação, conforme dispõe o art. 770 do RIR/99. Argumenta que no caso concreto, apesar da contribuinte afirmar que a retenção referese ao 3º trimestre do anocalendário de 1999, não consta a declaração da retenção pretendida, na apuração do IRPJ desse período, na respectiva DIPJ, e tampouco consta o oferecimento à tributação no valor de R$ 8.815.145,80, correspondente ao rendimento de renda fixa, no mês de julho de 1999, que corresponderia a essa retenção, informada na cópia do informe de rendimentos trazido aos autos, às fls. 44. Informa que consta apenas, na ficha 07A (demonstração do resultado do 3º trimestre de 1999), linha 24, receitas financeiras no valor de R$ 2.490.708,92 (fls. 260/263), valor muito menor do que o constante no informe de rendimentos financeiros, podendo inclusive tratarse de outros rendimentos. Tampouco, os rendimentos financeiros respectivos foram informados na DIPJ do anocalendário de 2000, pois no 3º trimestre consta como receitas financeiras, o valor de R$ 266.706,61. Conclui que a simples apresentação de documento de retenção, sem o cumprimento dos demais requisitos legais para o aproveitamento do IRRF, não é suficiente para seu aproveitamento, e manteve a decisão exarada no despacho decisório no que se refere ao reconhecimento do direito creditório no valor de R$ 213,99. Entretanto, concluiu que os pedidos de compensação formulados devem ser tratados, por força do art. 74, § 4º, da Lei 9.430/96, com a redação dada pela Lei 10.637/2002, como Declarações de Compensação, desde o seu protocolo, sujeito, ao prazo de homologação de cinco anos, e que levando em conta que o despacho decisório foi cientificado à interessada em 15/03/2010, considerou homologadas tacitamente, as compensações formalizadas em 04/04/2002 (fls. 2 e 3) e 22/08/2002 (fls. 70), 13/12/2002 (fl. 1 do proc. 13804.009090/2002 61), 14/11/2002 (fls. 1 do proc. 13804.008299/200215), 09/05/2003 (fls. 1 e 2 do proc. 13804.002383/200306) e as DCOMPs transmitidas em 16/06/2003, 13/08/2003, 29/08/2003 e 15/09/2003. Concluiu pela não homologação das demais compensações e manteve o crédito reconhecido pelo despacho decisório. Fl. 369DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 6 5 Referida decisão foi cientificada à contribuinte em 12/03/2012 e o recurso voluntário foi apresentado em 04/04/2012. Alega as seguintes preliminares: a) homologação tácita do pedido de restituição: alega que houve a convalidação do pedido de restituição pelo decurso de prazo para homologação expressa; b) decadência quanto à glosa dos valores que deram origem à compensação: afirma que as despesas glosadas são originárias de eventos ocorridos há mais de cinco anos da decisão, estando fulminados pela decadência, pois estariam sendo glosados eventos tributários com vencimento do débito no ano de 2000, e que a contagem do prazo prescricional, para a cobrança do crédito tributário é a data do vencimento da dívida, conforme posicionamento do STF; a prescrição para o presente caso deveria ser contada, na forma da redação original do art. 174, do CTN, ou seja, considerando o prazo de cinco anos que se interrompe com a ordenação do despacho citatório pela recorrente; alega que não teria havido a cobrança do valor em questão, o que demonstraria a desídia contra a propositura de ação para cobrança de seus haveres; e caso se considere ser prescindível a constituição do crédito tributário, pelo fato da efetivação dos respectivos auto lançamentos, se teria a solução de continuidade da pretensão do ocorrido ante a ocorrência de prescrição do direito de ação; c) autuação por presunção: o trabalho fiscal estaria eivado de nulidade, porque estaria baseado em indícios, partindo de presunções e conclusões arbitrárias e injustificadas, e lavrado com diversos erros, vícios e imperfeições, em total desrespeito aos direitos da recorrente; o fisco deve fundamentar suas alegações e não simplesmente imputar os fatos de qualquer maneira, transferindo para o sujeito passivo o ônus de provar sua inocência (violação ao processo legal e à ampla defesa); faltariam elementos ou prova com convergência para a mesma conclusão de sonegação do IRPJ; pede a anulação da decisão administrativa e a manutenção integral da compensação como apresentada nas DCOMPs; d) autuação por presunção – inversão do ônus da prova: a fiscalização não pode basearse em indícios e vestígios, cuja existência sequer estaria demonstrada, devendo provar o que alega para promover o lançamento, o que imporia o cancelamento das glosas impostas; e) falta de identificação do ilícito fiscal: a decisão glosa diversos lançamentos creditórios, sem indicar a infringência supostamente cometida na constituição do crédito, porque a glosa teria sido justificada pela simples falta de convencimento do agente; qualquer procedimento fiscal de autuação ou glosa deve descrever a conduta infringida, de forma que a recorrente possa identificar a imputação e apresentar sua defesa; o procedimento tributário deve seguir as regras previstas na Lei 9.784/99 e no Decreto 70.235/72; não especificado o objeto da autuação, o auto de infração deve ser anulado, sob pena de consubstanciar uma futura decisão também genérica e ilegal; diante de tais vícios e nulidades requer o julgamento liminar de extinção do processo administrativo, anulandose as glosas relativas ao IRPJ; Em relação ao mérito, discute: a) existência e origem do crédito: o direito ao crédito não teria sido admitido pelo simples fato do respectivo valor não constar no banco de dados; deve ser reconhecida a totalidade do valor compensado; no 3ª trimestre de 1999 em função da negociação de títulos realizados junto ao JP Morgan sofreu a retenção de imposto de renda, no valor de R$ Fl. 370DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 7 6 1.763.029,16, conforme declaração expedida pela fonte pagadora, doc. 1 da manifestação de inconformidade, que indica entre outros a data de recompra, de 05/07/99, e informe de rendimentos (doc. 2 da manifestação de inconformidade); concorda que deixou de declarar na linha própria da DIPJ do anocalendário de 1999 a efetiva retenção do imposto de renda, mas essa omissão não lhe retiraria o direito de compensação desse imposto retido, com o imposto efetivamente devido, em especial, porque o valor em questão foi lançado na DIPJ do ano calendário de 2000; seria impossível acolherse a alegação fiscal de que pelo fato desse IRRF não constar do sistema SIEFDIRF, o direito à compensação sofreria solução de continuidade, visto que para fins de compensação, prevaleceria a prova da retenção; por um lapso, no preenchimento do campo 2 do pedido de restituição mencionou que o IRRF referiase ao ano calendário de 2000, quando em verdade, tal valor referese ao 3º trimestre de 1999; diz juntar cópias autenticadas das folhas do livro de inventário e razão, onde ficaria comprovada a escrituração dos rendimentos auferidos com desconto do IRRF, restando inquestionável o direito ao crédito; b) da compensação – apresentação de DCOMP: havendo o crédito, restaria totalmente possível e pertinente a compensação realizada por meio das 25 DOMPs. É o relatório. Voto Conselheira Albertina Silva Santos de Lima O recurso voluntário atende às condições de admissibilidade e deve ser conhecido. Tratase de pedido de restituição e pedidos de compensação, além de apresentação de declarações de compensação eletronicamente. O crédito informado no pedido de restituição referese a saldo negativo do imposto de renda apurado no 3º trimestre do anocalendário de 2000, no valor de R$ 1.312.436,62. A autoridade administrativa reconheceu apenas o saldo negativo no valor de R$ 213,99, pois em consulta ao sistema SIEFDIRF, de fls. 72/74, no referido período, localizou apenas uma retenção na fonte, nesse valor. O acórdão recorrido manteve o decidido pelo despacho decisório. Contudo, concluiu que os pedidos de compensação formulados devem ser tratados, por força do art. 74, § 4º, da Lei 9.430/96, com a redação dada pela Lei 10.637/2002, como Declarações de Compensação, desde o seu protocolo, sujeito, ao prazo de homologação de cinco anos, e que Fl. 371DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 8 7 levando em conta que o despacho decisório foi cientificado à interessada em 15/03/2010, considerou homologadas tacitamente apenas as declarações de compensação formalizadas ou transmitidas antes dos cinco anos da ciência do despacho decisório. A recorrente discute no recurso as seguintes preliminares: a) homologação tácita do pedido de restituição; b) decadência quanto à glosa dos valores que deram origem à compensação; c) autuação por presunção: trabalho fiscal eivado de nulidade; d) autuação por presunção: inversão do ônus da prova; e) falta de identificação do ilícito fiscal. Em relação a seu argumento de que ocorreu a homologação tácita do pedido de restituição, tratase de argumento sem fundamentação jurídica, uma vez que a homologação tácita aplicase às declarações de compensação, e não aos pedidos de restituição, conforme se depreende do disposto no art. 74, § 4º, da Lei 9.430/96, com a redação dada pela Lei 10.637/2002. No que se refere à alegação da decadência quanto à glosa dos valores que deram origem à compensação, a recorrente traz os seguintes argumentos: alega que houve glosa de despesas, que estariam sendo glosados eventos tributários com vencimento do débito do ano de 2000, que a contagem do prazo prescricional para cobrança do crédito tributário é o vencimento da dívida, que a prescrição deveria ser contada na forma do art. 174, do CTN, que não teria havido cobrança do valor em questão e ocorrência de prescrição do direito de ação. Devese ressaltar que nenhuma glosa de despesas foi efetuada, bem como, não houve qualquer lançamento por parte do fisco de exigência de crédito tributário. A contribuinte requereu a compensação do imposto de renda retido na fonte do 3º trimestre do anocalendário de 2000. A interessada na impugnação, alegou que essa retenção, na verdade, se refere ao 3º trimestre de 1999, e a decisão recorrida concluiu que não há como restituir ou compensar o valor do IRRF, que não compõe o saldo negativo do IRPJ, e daí a necessidade de sua demonstração e na falta desta, a sua comprovação, e que não basta a alegação de que houve a retenção, sendo necessário que a contribuinte demonstre e comprove que o rendimento bruto, relativo à retenção pretendida foi oferecido à tributação, conforme dispõe o art. 770 do RIR/99. Entretanto, segundo o acórdão recorrido, essa comprovação de que o rendimento bruto, relativo à retenção pleiteada não foi efetuada. Dos seus confusos argumentos, parece que a recorrente quis dizer que a verificação do oferecimento das receitas que geraram as retenções do imposto de renda dependeria de lançamento fiscal, e que por não ter sido efetuado, teria havido a homologação tácita dos resultados apurados nos anoscalendário de 1999 e 2000, o que impediria o fisco de verificar se as receitas que geraram as retenções do imposto de renda foram oferecidas à tributação. Essa tese, minoritária neste Conselho, foi adotada no acórdão 140200.805, de 21.10.2011, cuja ementa, a seguir transcrevo: RECONHECIMENTO DE DIREITO CREDITÓRIO. REVISÃO DO SALDO NEGATIVO DE RECOLHIMENTOS DO Fl. 372DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 9 8 IRPJ/CSLL. A Fazenda Pública pode fiscalizar a formação dos saldos negativos de recolhimentos de IRPJ e CSLL no prazo de 5 anos contados do aproveitamento pelo contribuinte. Essa revisão deve partir do lucro real declarado/apurado pelo contribuinte e pode contemplar a verificação da efetividade dos recolhimentos, das retenções do IRFonte, transposição de saldos de um período para outro, compensações, enfim a própria formação do saldo. Todavia, após o prazo decadencial de 5 anos, contados do lançamento original, ou retificado pelo contribuinte, não é possível alterar o lucro real regularmente apurado e declarado, sob pena de, por vias transversas, levar a efeito procedimento fiscal em relação a período já atingido pela decadência. Por essa tese, segundo esse acórdão, após o prazo decadencial de cinco anos, contados da homologação do lançamento, ou do retificado pelo contribuinte, não é possível alterar o lucro real regularmente apurado e declarado, sendo apenas possível a verificação da efetividade das retenções na fonte, do recolhimento das antecipações, etc. Entretanto, não mais acompanho essa tese, quando estiver em discussão a verificação do oferecimento à tributação das receitas que originaram a retenção do tributo na fonte, pelas razões a seguir expostas. O art. 837 do RIR/99, abaixo transcrito, dispõe que no cálculo do imposto devido, para fins de restituição, compensação ou cobrança de diferença de tributo, será abatida do total apurado, a importância que houver sido descontada nas fontes, correspondente a imposto retido, como antecipação, sobre rendimentos incluídos na declaração. Art.837. No cálculo do imposto devido, para fins de compensação, restituição ou cobrança de diferença do tributo, será abatida do total apurado a importância que houver sido descontada nas fontes, correspondente a imposto retido, como antecipação, sobre rendimentos incluídos na declaração (DecretoLei nº 94, de 30 de dezembro de 1966, art. 9º). (grifei) A tese esposada no acórdão acima mencionado considera que a verificação do oferecimento à tributação dos rendimentos que geraram a retenção na fonte, significa alterar o lucro real regularmente apurado e declarado, o que implicaria levar a efeito procedimento fiscal. Mas, na verdade, a verificação somente influirá na definição do valor do imposto retido que poderá ou não ser deduzido. Caso os rendimentos tenham sido oferecidos à tributação, o total do imposto retido poderá ser deduzido totalmente. Não os tendo oferecido à tributação, nenhum valor de imposto retido poderá ser deduzido. Não se trata de artifício para alterar o lucro real, pois não se está alterando o lucro real apurado, e nem se está exigindo tributo, mas apenas adaptando a dedução do imposto retido aos rendimentos efetivamente tributados. Poderseia argumentar que a pessoa jurídica somente estaria obrigada a conservar em ordem sua escrituração contábil e fiscal dentro do prazo decadencial. Entretanto, dispõe o art. 264 do RIR/99: Fl. 373DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 10 9 Art.264.A pessoa jurídica é obrigada a conservar em ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, os livros, documentos e papéis relativos a sua atividade, ou que se refiram a atos ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar sua situação patrimonial (DecretoLei nº 486, de 1969, art. 4º). Tendo a recorrente, protocolizado pedido de restituição do saldo negativo do imposto de renda do anocalendário de 2000 (não é possível a restituição direta do imposto de renda na fonte), que a interessada afirma ter incorrido em equívoco pois a retenção na fonte se deu no anocalendário de 1999, enquanto não houver decisão administrativa final relativa a esse pedido, a contribuinte é obrigada a conservar em ordem, a sua escrituração contábil e fiscal, para fins de comprovação de seu direito à restituição/compensação do saldo negativo referido. Essas já são razões suficientes para que essa preliminar seja rejeitada. Pelas mesmas razões, também devem ser rejeitadas as preliminares de (i) autuação por presunção trabalho fiscal estaria eivado de nulidade, (ii) autuação por presunção – inversão do ônus da prova, e (iii) de falta de comprovação do ilícito fiscal. Como já mencionado, não se trata de lançamento fiscal, e tratandose de pedido de restituição, é a contribuinte que deve comprovar a liquidez e certeza do crédito solicitado. Apesar da Turma Julgadora concluir que não há como restituir ou compensar o valor do imposto de renda retido na fonte, que não compõe o saldo negativo do IRPJ, pois na DIPJ do anocalendário de 1999, não consta a retenção na fonte pleiteada, consignou que consequentemente, deve ser comprovada a sua demonstração e na falta desta, a sua comprovação. Deixou bem claro que não basta a alegação de que houve a retenção, sendo necessário que a contribuinte demonstre e comprove que o rendimento bruto, relativo à retenção pretendida foi oferecido à tributação, conforme dispõe o art. 770 do RIR/99. Concordo com a conclusão da Turma Julgadora. Na DIPJ do anocalendário de 1999, 3º trimestre, a interessada informou na ficha 07A (demonstração de resultado), na linha 24, receitas financeiras no valor de R$ 2.490.708,92 (que podem se referir a outros rendimentos) enquanto que o informe de rendimentos relativos à retenção pleiteada, informa que o valor do rendimento corresponde a R$ 8.815.145,80. Tampouco, os rendimentos financeiros respectivos foram informados na DIPJ do anocalendário de 2000, pois no 3º trimestre, onde a interessada informou a retenção do imposto de renda, consta como receitas financeiras, o valor de R$ 266.706,61. Tratandose de pedido de restituição, cabe à interessada comprovar a liquidez e certeza do crédito pleiteado, nos termos do art. 170 do CTN. A recorrente afirma em seu recurso que juntamente com o mesmo apresentava cópias autenticadas dos livros de inventário e razão que onde ficaria comprovada a Fl. 374DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 11 10 escrituração dos rendimentos auferidos com desconto do IRRF, restando inquestionável o direito ao crédito. Entretanto, juntou aos autos os seguintes documentos: a) Termos de abertura e encerramento do Diário Geral nº 6 e 7 do ano calendário de 1999. Folhas do Diário Geral de julho a setembro de 1999, e de 30 de outubro a dezembro de 1999, que encontramse repetidas. b) Livro Diário destaco os seguintes lançamentos: nº 75, conta 1101201, em 05/07/99, a crédito, o valor de R$ 22.889.157,74, com o histórico: resgate de aplicação financeira JP Morgan; nº 76, mesma conta e data, a débito, o valor de R$ 21.247.200,00, com o histórico: valor referente a reaplicação no Banco JP Morgan. nº 77, mesma data, conta nº 1130107, a débito, no valor de R$ 1.763.157,74, com o histórico: valor referente a imposto de renda a recuperar sobre aplicação financeira, Banco JP Morgan. Esses lançamentos no Livro Diário, não comprovam que a recorrente ofereceu à tributação os rendimentos de aplicações financeiras, pois os mesmos não se referem a lançamentos contábeis relativos aos rendimentos em contas de resultado, e nos termos do art. 770, §2º, I, do RIR/99, abaixo transcrito, referidos rendimentos estão sujeitos à tributação: Art.770.Os rendimentos auferidos em qualquer aplicação ou operação financeira de renda fixa ou de renda variável sujeitam se à incidência do imposto na fonte, mesmo no caso das operações de cobertura hedge, realizadas por meio de operações de swap e outras, nos mercados de derivativos (Lei nº 9.779, de 1999, art. 5º). §2ºOs rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável e os ganhos líquidos (Lei nº 8.981, de 1995, art. 76, §2º, Lei nº 9.317, de 1996, art. 3º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 51): I integrarão o lucro real, presumido ou arbitrado O art. 837 do RIR/99, dispõe que no cálculo do imposto devido, para fins de restituição, compensação ou cobrança de diferença de tributo, será abatida do total apurado, a importância que houver sido descontada nas fontes, correspondente a imposto retido, como antecipação, sobre rendimentos incluídos na declaração. Inclusive há uma súmula do CARF sobre essa matéria: Súmula CARF nº 80: Na apuração do IRPJ, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido o valor do imposto de renda retido na fonte, desde que comprovada a retenção e o cômputo das receitas correspondentes na base de cálculo do imposto. Fl. 375DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Processo nº 11610.006674/200226 Acórdão n.º 1102000.847 S1C1T2 Fl. 12 11 Concluise que a recorrente não comprovou que as receitas financeiras que geraram as retenções de imposto de renda foram oferecidos à tributação. Consequentemente, não comprovou seu direito ao crédito. Do exposto, voto por rejeitar as preliminares, e no mérito, negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Albertina Silva Santos de Lima Relatora Fl. 376DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA
score : 1.0
Numero do processo: 13603.002870/2008-31
Turma: Segunda Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 20 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Mar 12 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2005
PEDIDO DE RETIFICAÇÃO DE DECLARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
Não compete ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), em grau de recurso, a apreciação de pedido de retificação de declaração. Precedentes desta Turma.
Recurso Negado
Numero da decisão: 2802-002.141
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos NEGAR PROVIMENTO ao recurso nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Jorge Claudio Duarte Cardoso - Presidente.
(assinado digitalmente)
German Alejandro San Martín Fernández - Relator.
EDITADO EM: 28/02/2013
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Cláudio Duarte Cardoso (Presidente), German Alejandro San Martín Fernández, Jaci de Assis Junior, Dayse Fernandes Leite e Julianna Bandeira Toscano. Ausência momentânea: Carlos André Ribas de Mello.
Nome do relator: GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ
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IMPOSSIBILIDADE. Não compete ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), em grau de recurso, a apreciação de pedido de retificação de declaração. Precedentes desta Turma. Recurso Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos NEGAR PROVIMENTO ao recurso nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Jorge Claudio Duarte Cardoso Presidente. (assinado digitalmente) German Alejandro San Martín Fernández Relator. EDITADO EM: 28/02/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Cláudio Duarte Cardoso (Presidente), German Alejandro San Martín Fernández, Jaci de Assis Junior, Dayse AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 60 3. 00 28 70 /2 00 8- 31 Fl. 69DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2013 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalme nte em 28/02/2013 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalmente em 07/03/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 2 Fernandes Leite e Julianna Bandeira Toscano. Ausência momentânea: Carlos André Ribas de Mello. Relatório Versam os autos sobre Notificação de Lançamento de Imposto de Renda Pessoa Física, ano calendário 2005, exercício 2006, para exigir imposto suplementar no valor de R$ 2.367,35, acrescido de multa de ofício e juros de mora (fls. 2/4). Intimado, o Recorrente apresentou Impugnação de fl. 1, na qual solicitou a revisão da declaração para constar os valores descontados pela previdência oficial, gastos com plano de saúde e despesas com instrução de dependente, não incluídos em DIRF. Em decisão de fls. 27/28, o lançamento foi julgado procedente, em razão da comprovação da existência da omissão apontada pela fiscalização, sendo inadmissível a inclusão de novas deduções após a notificação do lançamento. Nas razões de recurso (fls. 33/34), sustentou a improcedência da ação fiscal alegando que não pode ser impedido de exercer seu direito constitucional de corrigir sua declaração. Era o de essencial a ser relatado. Passo a decidir. Voto Conselheiro German Alejandro San Martín Fernández, Relator Pretende a Recorrente seja acolhido pedido de retificação de declaração, para constar despesas com previdência, plano de saúde e instrução de dependentes, não incluídas em DIRF. Esta 2ª Turma Especial já decidiu pela impossibilidade de apreciação de pedido de retificação de declaração em sede recursal, a seguir: CARF 2a. Seção / 2a. Turma Especial / ACÓRDÃO 280200.440 em 19/08/2010 IRPF ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF (...) SOLICITAÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE DECLARAÇÃO. COMPETÊNCIA. Não compete ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), em grau de recurso, a apreciação de pedido de retificação de declaração. Fl. 70DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2013 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalme nte em 28/02/2013 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalmente em 07/03/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 13603.002870/200831 Acórdão n.º 2802002.141 S2TE02 Fl. 70 3 Logo, diante da impossibilidade de apreciação do pleito formulado pela Recorrente, conheço do recurso e no mérito lhe nego provimento. É como voto. (assinado digitalmente) German Alejandro San Martín Fernández, Relator Fl. 71DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/02/2013 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalme nte em 28/02/2013 por GERMAN ALEJANDRO SAN MARTIN FERNANDEZ, Assinado digitalmente em 07/03/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO
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Numero do processo: 10980.004677/2005-05
Turma: Segunda Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 22 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Mar 11 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2003, 2004
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.
Verificada a ocorrência de omissão acerca da apreciação do recurso quanto a nulidade da intimação, há que ser retificada a decisão proferida, para incluir no Acórdão a análise de tal matéria.
INTIMAÇÃO ENTREGUE A TERCEIRO NO DOMICILIO FISCAL DO CONTRIBUINTE
É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. (Súmula CARF nº 9)
IRPF - NORMAS PROCESSUAIS. PEREMPÇÃO.
O prazo para apresentação de recurso voluntário ao Conselho de Contribuintes é de trinta dias a contar da ciência da decisão de primeira instância; recurso apresentado após o prazo estabelecido, dele não se toma conhecimento, visto que a decisão já se tornou definitiva.
Numero da decisão: 2802-002.055
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos ACOLHER os embargos, para complementar a fundamentação do acórdão 2802-01.020, de 28 de setembro de 2011, e, consequentemente, ajustar a ementa, sem produção de efeitos infringentes, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Jorge Claudio Duarte Cardoso Presidente.
(assinado digitalmente)
Jaci de Assis Junior Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Jorge Claudio Duarte Cardoso (Presidente), Jaci de Assis Junior, German Alejandro San Martín Fernández, Dayse Fernandes Leite, Juliana Bandeira Toscano e Carlos André Ribas de Mello.
Matéria: IRPF- auto de infração eletronico (exceto multa DIRPF)
Nome do relator: JACI DE ASSIS JUNIOR
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2003, 2004 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. Verificada a ocorrência de omissão acerca da apreciação do recurso quanto a nulidade da intimação, há que ser retificada a decisão proferida, para incluir no Acórdão a análise de tal matéria. INTIMAÇÃO ENTREGUE A TERCEIRO NO DOMICILIO FISCAL DO CONTRIBUINTE É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. (Súmula CARF nº 9) IRPF - NORMAS PROCESSUAIS. PEREMPÇÃO. O prazo para apresentação de recurso voluntário ao Conselho de Contribuintes é de trinta dias a contar da ciência da decisão de primeira instância; recurso apresentado após o prazo estabelecido, dele não se toma conhecimento, visto que a decisão já se tornou definitiva.
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OMISSÃO. Verificada a ocorrência de omissão acerca da apreciação do recurso quanto a nulidade da intimação, há que ser retificada a decisão proferida, para incluir no Acórdão a análise de tal matéria. INTIMAÇÃO ENTREGUE A TERCEIRO NO DOMICILIO FISCAL DO CONTRIBUINTE É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. (Súmula CARF nº 9) IRPF NORMAS PROCESSUAIS. PEREMPÇÃO. O prazo para apresentação de recurso voluntário ao Conselho de Contribuintes é de trinta dias a contar da ciência da decisão de primeira instância; recurso apresentado após o prazo estabelecido, dele não se toma conhecimento, visto que a decisão já se tornou definitiva. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos ACOLHER os embargos, para complementar a fundamentação do acórdão 280201.020, de 28 de setembro de 2011, e, consequentemente, ajustar a ementa, sem produção de efeitos infringentes, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Jorge Claudio Duarte Cardoso – Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 0. 00 46 77 /2 00 5- 05 Fl. 293DF CARF MF Impresso em 11/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2013 por JACI DE ASSIS JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/01/2013 por JACI DE ASSIS JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/02/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 2 (assinado digitalmente) Jaci de Assis Junior – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Jorge Claudio Duarte Cardoso (Presidente), Jaci de Assis Junior, German Alejandro San Martín Fernández, Dayse Fernandes Leite, Juliana Bandeira Toscano e Carlos André Ribas de Mello. Relatório O contribuinte opôs os presentes Embargos de Declaração alegando omissão na decisão deste Colegiado. Segundo o embargante, a omissão estaria caracterizada pela não apreciação de seu recurso voluntário no que respeita à nulidade da intimação, o que ensejaria a tempestivamente do seu recurso. Nesse sentido, afirma que: “[...] EM PRELIMINAR DE MÉRITO DO RECURSO, O ORA EMBARGANTE INVOCOU A NULIDADE PLENA DA INTIMAÇÃO CONSTANTE ÀS FLS. 143, POIS O AR FOI RECEBIDO POR PESSOA TOTALMENTE ESTRANHA AO PRESENTE PROCESSO, PORTANTO NÃO FOI PESSOAL, O QUE PREJUDICIA AO ORA EMBARGANTE, CONFORME OS TERMOS APRESENTADOS NA DEFESA ADMINISTRATIA, QUAL SITUAÇÃO, DEVERIA SER VERIFICA INCLUSIVE EX OFFICE PELOS ILUSTRES JULGADORES, QUAL NULIDADE PLENA E ABSOLUTA PODE E DEVE SER ANALISADA E JULGADA, POIS NÃO OCORRENTE OS EFEITOS DE PEREMPÇÃO como alegado na decisão por ora recorrida.”(sic) Por fim, pugna pelo saneamento da decisão proferida pela Câmara, sendo conhecido e provido o recurso. É o Relatório. Voto Conselheiro Jaci de Assis Junior Preliminarmente, há que se examinar a tempestividade, requisito indispensável para admissibilidade do recurso de embargos de declaração. Consta consignado na peça recursal que o embargante “requer seja reconhecido totalmente tempestivo[...].” Depreendese dos autos que, constatada a omissão da data do recebimento no Aviso de Recebimento – AR, fls. 198, a autoridade preparadora providenciou a juntada do Fl. 294DF CARF MF Impresso em 11/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2013 por JACI DE ASSIS JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/01/2013 por JACI DE ASSIS JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/02/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 10980.004677/200505 Acórdão n.º 2802002.055 S2TE02 Fl. 206 3 relatório extraído do sitio dos Correios na Internet, o qual registra a data de 27/04/2012, sexta feira, como sendo aquela que corresponde à situação “Entrega Efetuada”. Nesse caso, os recurso interposto tornarseia intempestivo, haja vista que em 07/05/2012, data da interposição do recurso, havia se expirado o prazo de 05 (cinco) dias estabelecido no § 1º do art. 65 do anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009. Contudo, há que se considerar que a omissão da data do recebimento no AR caracteriza uma falha, um lapso da pessoa que recebeu a intimação e/ou do agente dos Correios, cuja regularização não pode ser suprida pelo mencionado relatório, eis que o inciso II, do § 2º, do art. 23, do Decreto nº 70.235, de 23 de março de 1972, determina expressamente que, se omitida a data do recebimento, considerase feita a intimação quinze dias após a data de sua expedição. Não se constando do AR de fls. 198 a data do respectivo recebimento, há que ser considerado tempestivo o recurso de embargos de declaração, uma vez tipificada a situação expressa no mencionado § 2º, do art. 23, do Decreto nº 70.235, de 1972. Passase à análise das questões de mérito. Vejamos o que dispõe o referido RICARF acerca do cabimento dos embargos de declaração: Art. 65. Cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar se a turma. Conforme prevê o artigo supra transcrito, a omissão que permite a interposição de embargos de declaração é aquela existente entre a decisão e os seus fundamentos ou quando alguma matéria não for apreciada pela Turma. No caso em tela, o contribuinte alegou ausência de apreciação da matéria acerca da nulidade de intimação recebida por pessoa diferente do contribuinte. Examinandose a decisão recorrida, percebese que, embora a matéria objeto dos presentes embargos de declaração conste devidamente relatada, no voto proferido pelo relator do acórdão embargado não há qualquer menção sobre a preliminar de nulidade da intimação levantada pelo contribuinte em seu recurso voluntário. Sendo assim, necessário o acolhimento dos presentes embargos para incluir no acórdão a análise da citada matéria. O Decreto n° 70.235, de 06 de março de 1972, que rege o processo administrativo fiscal, em seu art. 23, abaixo transcrito, considera efetuada a intimação do contribuinte por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio, com a prova do recebimento no seu domicílio tributário, sem exigir que seja entregue pessoalmente ao sujeito passivo. "Art. 23. Farseá a intimação: Fl. 295DF CARF MF Impresso em 11/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2013 por JACI DE ASSIS JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/01/2013 por JACI DE ASSIS JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/02/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 4 [...] II — por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via com prova de recebimento no domicilio tributário eleito pelo sujeito passivo. [...] § 2° Considerase feita a intimação: [...] II — no caso do inciso II do caput deste artigo, na data do recebimento ou, se omitida, 15 (quinze) dias após a data da expedição da intimação. § 3º Os meios de intimação previstos nos incisos I e II deste artigo não estão sujeitos a ordem de preferência. § 4° Considerase domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo o do endereço postal, eletrônico ou de fax, por ele fornecido, para fins cadastrais, à Secretaria da Receita Federal." Nesse sentido, convém observar que, em face de reiteradas decisões proferidas pelo Conselho de Contribuintes, a Câmara Superior de Recursos Fiscais editou a seguinte Súmula: “Súmula CARF nº 9: É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário.” Diante do exposto, voto no sentido de por unanimidade de votos ACOLHER os embargos, para complementar a fundamentação do acórdão 280201.020, de 28 de setembro de 2011, e, consequentemente, ajustar a ementa, sem produção de efeitos infringentes. (assinado digitalmente) Jaci de Assis Junior Relator Fl. 296DF CARF MF Impresso em 11/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2013 por JACI DE ASSIS JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/01/2013 por JACI DE ASSIS JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/02/2013 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO
score : 1.0
Numero do processo: 10735.001155/2009-79
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Mar 12 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Apr 09 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2006
DESPESAS MÉDICAS. DEDUÇÃO. COMPROVAÇÃO. Todas as deduções estão sujeitas à comprovação ou justificação, sendo ônus do sujeito passivo comprovar a despesa com a apresentação de documento que contenha todos os requisitos legais. Hipótese em que a prova requerida não foi apresentada.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2101-002.107
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
___________________________________
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente
(assinado digitalmente)
___________________________________
José Raimundo Tosta Santos - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente), José Raimundo Tosta Santos, Alexandre Naoki Nishioka, Célia Maria de Souza Murphy, Gilvanci Antonio de Oliveira Sousa e Eivanice Canário da Silva.
Nome do relator: JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS
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DEDUÇÃO. COMPROVAÇÃO. Todas as deduções estão sujeitas à comprovação ou justificação, sendo ônus do sujeito passivo comprovar a despesa com a apresentação de documento que contenha todos os requisitos legais. Hipótese em que a prova requerida não foi apresentada. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) ___________________________________ Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente (assinado digitalmente) ___________________________________ José Raimundo Tosta Santos Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente), José Raimundo Tosta Santos, Alexandre Naoki Nishioka, Célia Maria de Souza Murphy, Gilvanci Antonio de Oliveira Sousa e Eivanice Canário da Silva. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 5. 00 11 55 /2 00 9- 79 Fl. 68DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS 2 O recurso voluntário em exame pretende a reforma do Acórdão nº 0424.653 (fl. 38), que, por unanimidade de votos, julgou improcedente a impugnação ao lançamento do IRPF (fls. 06/08), que glosou a despesa médica no montante anual de R$12.000,00, por falta de comprovação do pagamento com a profissional Gilssara Titaneli da Silva. Instaurado com a impugnação ao lançamento (fls. 01/05), o contribuinte em sua defesa aduziu que: 1) não constou o nome do paciente por ser desnecessário, mas que complementa a informação mediante Declaração da profissional prestadora dos serviços. 2) A indicação do endereço não é imprescindível pos poderia ser obtido junto ao cadastro da Receita Federal, mas que agora o informa. Ao apreciar o litígio, o órgão julgador de primeiro grau manteve integralmente o lançamento, resumindo o seu entendimento na seguinte ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF Exercício: 2006 DESPESAS MÉDICAS. PROVA. A eficácia da prova de despesas médicas, para fins da dedução da base de cálculo do imposto de renda pessoa física, está condicionado ao atendimento de requisitos objetivos, previstos em lei, e de requisitos baseados em critérios de razoabilidade. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Em seu apelo ao CARF (fls. 53/59) o recorrente entende equivocada a exigência de apresentação do comprovante do pagamento da despesa médica, pois não há lei que vede o contribuinte de pagar suas despesas com dinheiro em espécie, e assim sendo, o único documento comprobatório dessas despesas é o recibo emitido pelo profissional beneficiário dos valores desembolsados. Transcreve ementas de decisões administrativas para robustecer a sua linha de defesa. É o relatório. Voto Conselheiro JOSÉ RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Relator O recurso atende os requisitos de admissibilidade. Conforme já assentado neste Colegiado, as despesas médicas dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda restringemse aos pagamentos efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes, e limitamse a pagamentos especificados e comprovados. Sobre a dedução de despesas médicas, vejamos o que dispõe a Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995: Art. 8º A base de cálculo do imposto devido no anocalendário será a diferença entre as somas: Fl. 69DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS Processo nº 10735.001155/200979 Acórdão n.º 2101002.107 S2C1T1 Fl. 66 3 (...). II das deduções relativas: a) aos pagamentos efetuados, no ano calendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias; (...). § 2º O disposto na alínea “a” do inciso II: (...). II restringese aos pagamentos efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes; III limitase a pagamentos especificados e comprovados, com indicação do nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas CPF ou no Cadastro Geral de Contribuintes CGC de quem os recebeu, podendo, na falta de documentação, ser feita indicação do cheque nominativo pelo qual foi efetuado o pagamento; Por sua vez, o Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999, Regulamento do Imposto de Renda, RIR/1999, art. 73, dispõe: Art.73. Todas as deduções estão sujeitas à comprovação ou justificação, a juízo da autoridade lançadora (DecretoLei nº 5.844, de 1943, art. 11, §3º). §1º Se forem pleiteadas deduções exageradas em relação aos rendimentos declarados, ou se tais deduções não forem cabíveis, poderão ser glosadas sem a audiência do contribuinte (Decreto lei nº 5.844, de 1943, art. 11, § 4º). Nesse mesmo sentido, determina o Regulamento do Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto n° 3.000, de 1999: Art. 80. Na declaração de rendimentos poderão ser deduzidos os pagamentos efetuados, no anocalendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias (Lei nº 9.250, de 1995, art. 82, inciso II, alínea "a"). § 1º O disposto neste artigo (Lei nº 9.250, de 1995, art. 82, § 2º): (...) III limitase a pagamentos especificados e comprovados, com indicação do nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas CPF ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica CNPJ de quem os recebeu, podendo, na falta de Fl. 70DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS 4 documentação, ser feita indicação do cheque nominativo pelo qual foi efetuado o pagamento; Inicialmente, verificase que os recibos apresentados pelo contribuinte para comprovar a despesa com a psicóloga Gilssara Titaneli da Silva (fls. 13/18) não atendem os requisitos legais. São doze recibos de R$1.000,00 que não informam o beneficiário do tratamento, o endereço da profissional e o número de inscrição no Conselho Regional de Psicologia. Os recibos não informam quantas sessões foram realizadas no período a que se refere o pagamento, como é usual. Os recibos indicam a realização de consulta psicológica, em desacordo com a Declaração de fl. 12, em que a referida profissional declara que o serviço referese a terapia de casal, mas também não especifica as sessões realizadas. Vários recibos foram emitidos aos sábados e domingos, evidenciando tratarse de documento emitido em desconexão com o suposto pagamento. Enfim, não se quer aqui afirmar que os recibos são falsos, mas tãosomente que estes não atendem os requisitos legais, sendo certo que a Declaração apresentada não suprem as suas deficiências. Daí a necessidade do contribuinte comprovar os pagamentos, conforme solicitado na descrição dos fatos do lançamento. Com efeito, diante da clareza da descrição dos fatos na Notificação de Lançamento do auto de infração e do voto condutor da decisão recorrida, esperavase que o contribuinte fosse mais diligente com a prova requerida, até por que não seria tão difícil apresentar os saques efetuados em conta bancária, comprovantes de depósito, transferência ou fotocópia dos cheques relativo aos pagamentos, já que o autuado não auferiu rendimento de pessoa física, conforme indica sua Declaração de Ajuste Anual, à fl. 26, nela constando apenas rendimentos tributáveis auferidos de pessoas jurídicas, que efetuam os pagamentos mediante crédito em conta bancária. Por pertinente, vale observar que o Código Civil quando estabelece os requisitos básicos, por exemplo, para que um documento seja considerado prova de quitação, o faz tendo em vista a oposição deste documento em relação aos seus signatários, não em relação à Administração Pública. Aliás, a presunção de veracidade, como estatui o artigo 219 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), operase somente em relação aos participantes do ato, razão pela qual o fisco pode solicitar a comprovação do efetivo pagamento: Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumemse verdadeiras em relação aos signatários. A presunção de veracidade não alcança terceiros, entre os quais o sujeito ativo da obrigação tributária, que mantém uma relação jurídica distinta e completamente independente daquela entre os signatários. Em contrapartida, a exigência de comprovação de efetivo pagamento tem justamente por finalidade a confirmação dos fatos por meio de outros elementos de prova, vale dizer, que sejam independentes de uma simples afirmação de suposta verdade. E a exigência proposta pela fiscalização tem sua razão de existir nos valores elevados que o contribuinte pretendeu deduzir. Com efeito, quando as deduções pleiteadas são elevadas, não basta o interessado apresentar recibos que não comprovam o fato declarado, conforme dispõe o artigo 368 do Código de Processo Civil. Art. 368. As declarações constantes do documento particular, escrito e assinado, ou somente assinado, presumemse verdadeiras em relação ao signatário. Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência, relativa a determinado fato, o documento particular Fl. 71DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS Processo nº 10735.001155/200979 Acórdão n.º 2101002.107 S2C1T1 Fl. 67 5 prova a declaração, mas não o fato declarado, competindo ao interessado em sua veracidade o ônus de provar o fato. Neste sentido, o Superior Tribunal de Justiça já teve oportunidade de afirmar que "a presunção juris tantun de veracidade do conteúdo do instrumento particular é invocável tãosomente em relação aos seus subscritores (STJ, Ac. Unân. 4a T. Resp. 33.2003/SP, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, in RSTJ 78:269). E também o entendimento da doutrina abalizada de Washington de Barros Monteiro: "Salientese, entretanto, que a presunção de veracidade só prevalece contra os próprios signatários, não contra terceiros, estranhos ao ato". (Curso de Direito Civil", 10 vol., 34a Edição, p. 257 e 258). É certo que o sistema protege o documento que se reveste de presunção de veracidade, permitindo redução do seu valor probatório somente diante de prova em contrário. Contudo, o documento que não se reveste de presunção de veracidade, como recibos e declarações particulares, são passíveis de serem rejeitados como prova, pois a estes documentos atribuise valor probatório ordinário. Assim, o ônus da prova do fato declarado compete ao contribuinte interessado na prova da sua veracidade, sendo legitima a exigência pelo fisco de elementos complementares a estes documentos, com a finalidade de formar juízo de verossimilhança dos fatos declarados. Para a situação revelada no caso em exame, há que se comungar com o entendimento manifestado pela fiscalização, que encontra suporte na jurisprudência majoritária deste Conselho, expresso nas ementas abaixo colacionadas, dentre muitas outras, no mesmo diapasão: IRPF DEDUÇÕES COM DESPESAS MÉDICAS COMPROVAÇÃO Para se gozar do abatimento pleiteado com base em despesas médicas, não basta a disponibilidade de um simples recibo, sem vinculação do pagamento ou a efetiva prestação de serviços. Essas condições devem ser comprovadas quando restar dúvida quanto à idoneidade do documento. (Ac. 1º CC 10243935/1999 e Ac. CSRF 011.458) DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS COMPROVAÇÃO A validade da dedução de despesas médicas, quando impugnadas pelo Fisco, depende da comprovação do efetivo pagamento e/ou da prestação dos serviços. (Acórdão 10422781, Sessão de 18/10/2007) DESPESAS MÉDICAS GLOSA Tendo a autoridade fiscal efetuado a glosa de despesas médicas por não comprovação dos gastos, não há justificativa para seu restabelecimento sem confirmação do efetivo desembolso e da prestação do serviço. (Acórdão 10248922, Sessão de 25/01/2008). Em face ao exposto, nego provimento ao recurso. (assinado digitalmente) José Raimundo Tosta Santos Fl. 72DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS 6 Fl. 73DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 08/04/2013 por JOSE RAIMUNDO TO STA SANTOS
score : 1.0
Numero do processo: 10909.000070/2005-19
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jul 12 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF
Exercício: 2003
IRPF. DEDUÇÃO DE DESPESAS COM INSTRUÇÃO.
COMPROVAÇÃO. OBSERVÂNCIA DO LIMITE LEGAL.
Deve ser restabelecida a despesa com instrução constante de Declaração de Ajuste Anual, desde que a mesma seja devidamente comprovada por documentação hábil e idônea, e desde que sejam respeitados dois limites: i) o valor efetivamente pago; e ii) o limite legal para tal dedução.
Numero da decisão: 2102-002.211
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em DAR parcial provimento ao recurso para restabelecer a dedução de R$ 1.998,00 a título de despesas com instrução na DIRPF - exercício 2004.
Matéria: IRPF- auto de infração eletronico (exceto multa DIRPF)
Nome do relator: ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI
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DEDUÇÃO DE DESPESAS COM INSTRUÇÃO. COMPROVAÇÃO. OBSERVÂNCIA DO LIMITE LEGAL. Deve ser restabelecida a despesa com instrução constante de Declaração de Ajuste Anual, desde que a mesma seja devidamente comprovada por documentação hábil e idônea, e desde que sejam respeitados dois limites: i) o valor efetivamente pago; e ii) o limite legal para tal dedução. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em DAR parcial provimento ao recurso para restabelecer a dedução de R$ 1.998,00 a título de despesas com instrução na DIRPF exercício 2004. Assinado Digitalmente Giovanni Christian Nunes Campos Presidente Assinado Digitalmente Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti Relatora EDITADO EM: 16/07/2012 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Giovanni Christian Nunes Campos (Presidente), Rubens Mauricio Carvalho, Nubia Matos Moura, Atilio Pitarelli, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Carlos André Rodrigues Pereira Lima. Fl. 59DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 04/09/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 05/09/2012 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS 2 Relatório Em face do contribuinte acima identificado foi lavrada a Notificação de Lançamento de fls. 02/04 para exigência de IRPF em razão da glosa das despesas deduzidas por ele com instrução, no ano de 2003. Cientificado do lançamento, o contribuinte apresentou a impugnação de fls. 01, por meio da qual requereu o cancelamento do lançamento, pois o único erro por ele cometido teria sido o de não acrescentar e sua DIRPF na “linha 9 o nº 01 de dependente”. Anexou à Impugnação cópia da Notificação e da DIRPF 2004. Na análise de suas alegações, os membros da DRJ em Florianópolis decidiram pela manutenção integral do lançamento, em decisão assim redigida: Em análise aos autos, verificase que o contribuinte limitouse a solicitar o restabelecimento da dedução de despesas com instrução, sem anexar qualquer documento relacionado A. referida despesa capaz de comprovar, por exemplo, o valor efetivamente pago, o beneficiário do pagamento etc. A defesa ficou apenas no campo das alegações e, como é público e notório, alegar não é provar. 0 Decreto n° 70.235, de 6 de março de 1972, disciplinador do processo administrativo fiscal, dispõe: Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparados no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência. [grifei] Mantémse, portanto, a glosa da dedução de despesas com instrução, por falta de provas. O contribuinte teve ciência de tal decisão e contra ela interpôs o Recurso Voluntário de fls. 40, por meio do qual reiterou o conteúdo de sua Impugnação, afirmando que possivelmente não fora alertado quanto à documentação que deveria ser anexada à sua Impugnação. Afirmou ainda que seu filho Tiago constava como seu dependente, tendo despesas com instrução desde a DIRPF 1999 (anocalendário 1998). Anexou os documentos de fls. 41/50. Os autos então foram remetidos a este Conselho para julgamento. É o Relatório. Voto Conselheira Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti, Relatora Fl. 60DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 04/09/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 05/09/2012 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10909.000070/200519 Acórdão n.º 210202.211 S2C1T2 Fl. 53 3 O contribuinte teve ciência da decisão recorrida em 10.04.2008, como atesta o AR de fls. 39. O Recurso Voluntário foi interposto em 11.04.2008 (dentro do prazo legal para tanto), e preenche os requisitos legais por isso dele conheço. Conforme relatado, tratase de Recurso Voluntário em processo no qual se discute lançamento decorrente de glosa de despesas com instrução do dependente do Recorrente. O dependente em questão é o filho do Recorrente (Tiago) e a relação de dependência não foi objeto de glosa, mas somente as despesas com instrução do mesmo. A Impugnação apresentada não foi acolhida pela falta de comprovação das despesas cuja dedução foi pleiteada. Por isso, em sede de Recurso, o Recorrente anexou aos autos o documento de fls. 43 – recibo emitido por Áster Centro Educacional (CNPJ 85.193.258/000104), atestando que no ano de 2003 ele pagara R$ 2.424,00 a título de despesas de instrução com o aluno Tiago Soldatelli D'Avila. A despeito do nome da instituição ser diverso, percebese que o CNPJ da instituição que consta de sua DIRPF é o mesmo da signatária do recibo, razão pela qual é de se considerar comprovado o pagamento efetuado a tal instituição de ensino. O valor declarado pelo Recorrente coincide exatamente com o valor constante do mencionado recibo. Entretanto, o pleito do Recorrente não pode ser integralmente acolhido, na medida em que a dedução de despesas com instrução encontra limites legais máximos. Para o exercício 2004, que está aqui em análise, o limite para esta dedução era de R$ 1.998,00 (cf. art. 2º da Lei nº 10.451/02). Assim, este deve ser o valor a ser restabelecido na Declaração do Recorrente a título de despesas com instrução. Diante do exposto, VOTO no sentido de DAR PARCIAL provimento ao Recurso, para restabelecer a dedução de R$ 1.998,00 a título de despesas com instrução na DIRPF 2004. Assinado Digitalmente Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti Fl. 61DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalment e em 04/09/2012 por ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI, Assinado digitalmente em 05/09/2012 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
score : 1.0
Numero do processo: 10670.001397/2007-01
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 13 00:00:00 UTC 2011
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Data do fato gerador: 01/01/1999, 01/01/2003
DÍVIDA À SEGURIDADE SOCIAL, CORRESPONDENTE A
CONTRIBUIÇÃO PATRONAL E DE SEGURADOS. FINANCIAMENTO.
Há incidência dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho e contribuição para terceiros SEST e SENAT, incidentes sobre o valor correspondente à remuneração na contratação de frete e carreto e demais serviços prestados pelo contribuinte individual. detrminação da lei 10.666/03. Agente políticos lei
10.887/2004 incidência de contribuição.
DECADÊNCIA.
Havendo recolhimento há de ser aplicado o artigo 150, Parágrafo 4 do CTN.
E é o que ocorre no presente caso, excluindo do lançamento as contribuições apuradas até a competência 08/2001, anteriores a 09/2001.
Recurso Voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 2301-002.022
Decisão: Acordam os membros do colegiado, [I) Por maioria de votos: a) em dar provimento parcial ao recurso, nas preliminares, para excluir do lançamento as contribuições apuradas até a competência 08/2001, anteriores a 09/2001, devido à aplicação da regra
decadencial expressa no § 4°, Art. 150 do CTN, nos termos do voto do Relator. Vencido o Conselheiro Mauro José Silva José Silva, que votou pela aplicação do inciso I, Art. 173 para os
fatos geradores não homologados tacitamente até a data do pronunciamento do Fisco com o início da fiscalização; II) Por unanimidade de votos: a) em negar provimento às demais
alegações apresentadas pela Recorrente, nos termos do voto do Relator
Matéria: Outros imposto e contrib federais adm p/ SRF - ação fiscal
Nome do relator: WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA
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ementa_s : CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Data do fato gerador: 01/01/1999, 01/01/2003 DÍVIDA À SEGURIDADE SOCIAL, CORRESPONDENTE A CONTRIBUIÇÃO PATRONAL E DE SEGURADOS. FINANCIAMENTO. Há incidência dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho e contribuição para terceiros SEST e SENAT, incidentes sobre o valor correspondente à remuneração na contratação de frete e carreto e demais serviços prestados pelo contribuinte individual. detrminação da lei 10.666/03. Agente políticos lei 10.887/2004 incidência de contribuição. DECADÊNCIA. Havendo recolhimento há de ser aplicado o artigo 150, Parágrafo 4 do CTN. E é o que ocorre no presente caso, excluindo do lançamento as contribuições apuradas até a competência 08/2001, anteriores a 09/2001. Recurso Voluntário provido em parte.
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FINANCIAMENTO. Há incidência dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho e contribuição para terceiros SEST e SENAT, incidentes sobre o valor correspondente à remuneração na contratação de frete e carreto e demais serviços prestados pelo contribuinte individual. detrminação da lei 10.666/03. Agente políticos lei 10.887/2004 incidência de contribuição. DECADÊNCIA. Havendo recolhimento há de ser aplicado o artigo 150, Parágrafo 4 do CTN. E é o que ocorre no presente caso, excluindo do lançamento as contribuições apuradas até a competência 08/2001, anteriores a 09/2001. Recurso Voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, [I) Por maioria de votos: a) em dar provimento parcial ao recurso, nas preliminares, para excluir do lançamento as contribuições apuradas até a competência 08/2001, anteriores a 09/2001, devido à aplicação da regra decadencial expressa no § 4°, Art. 150 do CTN, nos termos do voto do Relator. Vencido o Conselheiro Mauro José Silva José Silva, que votou pela aplicação do inciso I, Art. 173 para os fatos geradores não homologados tacitamente até a data do pronunciamento do Fisco com o início da fiscalização; II) Por unanimidade de votos: a) em negar provimento às demais alegações apresentadas pela Recorrente, nos termos do voto do Relator] (assinado digitalmente) Fl. 181DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA, Assinado digitalmente em 02/10/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA COR REA 2 MARCELO OLIVEIRA Presidente. (assinado digitalmente) WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA Relator. Relatório Consta do Relatório Fiscal que a NFLD foi exarada em razão de a Prefeitura Municipal de Francisco de Sá dever contribuições à Seguridade Social, correspondente a contribuição patronal, contribuição de segurados e financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho e contribuição para terceiros SEST E SENAT, incidentes sobre o valor correspondente à remuneração na contratação de frete e carreto e pelos demais serviços prestados pelo contribuinte individual. Constatase do Relatório Fiscal que foram examinados os seguintes documentos: i) folhas de pagamento; ii) notas de empenho; iii) recibos de pagamento e Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social — GFIP. O Procedimento fiscal atendeu todas as determinações legais, sendo precedida de Mandado de Procedimento Fiscal — MPF e MPFs complementares de n° 09290295, fls. 117/120, tendo a documentação sido solicitada através do Termo de Intimação para Apresentação de Documentos — TIAD de fls. 121/122. A Recorrente foi cientificada da NFLD em 26/09/2006, e apresentou impugnação, fls. 134/152, que , em apertada síntese alegou: I – Em preliminar aduz que o MPF é nulo, pois não contém a assinatura da autoridade emissora. Cita o Decreto 3.969/01. Requer a nulidade do lançamento fiscal, com base no parágrafo único do artigo 32 da Portaria MPS 520/2004. II – Em matéria de direito, a primeira tese de defesa argumenta que o Discriminativo Analítico de Débito — DAD não traz os valores originários das contribuições devidas, nem os valores anteriormente recolhidos. III – Fala que não foram indicados os documentos utilizados para levantamento do débito. IV Nega a existência de remunerações não declaradas em GFIP e afirma que as pessoas físicas e jurídicas relacionadas no Relatório de Lançamentos RL não prestaram serviços ao Município Francisco Sá. V Nega também os fretes oriundos de transportadores autônomos. VI Diz que foram elencados como contribuintes do RGPS os agentes políticos, o que é inadmissível. VII Afirma que a conclusão regular do processo administrativo é pressuposto para a inscrição da dívida previdenciária. Fl. 182DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA, Assinado digitalmente em 02/10/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA COR REA Processo nº 10670.001397/200701 Acórdão n.º 230102.022 S2C3T1 Fl. 182 3 VIII – Diz da aplicação do artigo 173 do Código Tributário Nacional alegando a decadência em cinco anos, razão assaz que justifica a prescrição do débito levantado nos anos de 1999 a 2000 está prescrito. IX Alega que o lançamento previdenciário não pode ser feito de forma presumida. X – Diz que a que a contribuição cobrada, sem estar relacionada a empregado específico, importa em enriquecimento ilícito da Previdência Social. Ao final, pelas razões expostas, requer que seja declarado nulo o lançamento do crédito lançado pela fiscalização. Eis em apertada síntese o relato dos fatos Voto Conselheiro wilson antonio de souza correa A Recorrente obedeceu aos prazos para interposição das peças defensivas, tanto a impugnação quanto ao Recurso aviado, razão pela qual deve ser conhecido. Da Preliminar Quanto a alegação preliminar de nulidade do lançamento fiscal, com base no parágrafo único do artigo 32 da Portaria MPS 520/2004, não assiste razão a Recorrente, eis que o Mandado de Procedimento Fiscal é assinado eletronicamente conforme prevê o artigo 7°, parágrafo 5°, da Portaria MPS/SRP n° 3.031, de 16 de dezembro de 2005, de formas que não há como declarar a desejada nulidade do MPF, tão pouco do lançamento de crédito. Neste sentido há diversas decisões desse e. Conselho reconhecendo a aplicação da portaria supra, mas, peço vênia para juntar um recente. ‘In verbis’: Recurso voluntário n 257212 Primeira Turma/Quarta Câmara/Segunda LOCCAR LOCADORA DE VEICULOS LTDA. Recurso Voluntário Dado Provimento Parcial Por Unanimidade Relator(a) Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Nº Acórdão 240100218 Fl. 183DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA, Assinado digitalmente em 02/10/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA COR REA 4 Decisão Ementa Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/12/1996 a 31/03/2001 CUSTEIO NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL ASSINATURA DA AUTORIDADE OUTORGANTE NO MPF FISCALIZAÇÃO REALIZADA POR AUDITOR DE OUTRA CIRCUNSCRIÇÃO FALTA DE MOTIVAÇÃO SUPOSTA AUSÊNCIA DA DESCRIÇÃO DO FATO GERADOR. Houve discriminação clara e precisa dos fatos geradores, possibilitando o pleno conhecimento pela recorrente. Não só o relatório fiscal se presta a esclarecer as contribuições objeto de lançamento, como também o DAD Discriminativo analítico de débito, que descreve de forma pormenorizada, mensalmente, a base de cálculo, as contribuições e respectivas alíquotas. Sem contar, ainda, o relatório FLD Fundamentos Legais do Débito que traz toda a fundamentação legal que embasou o lançamento. Desnecessária a assinatura nos MPF da autoridade emissora, tendo em vista o reconhecimento da assinatura eletrônica, nos termos do art. 7º da Portaria MPS/SRP nº 3031, descrita no próprio documento. O auditor fiscal, pode a critério da administração ser designada para realizar fiscalizações em todo o território nacional, desde que para isso esteja investido de competência para atuar em domicílio tributário diverso da sua lotação inicial. O instrumento que o autoriza a realizar o procedimento na empresa é o Mandado de Procedimento Fiscal, que na verdade investe a autoridade fiscal para atuar naquele procedimento, Portanto, nenhuma nulidade existe se formalmente designado para realizar o procedimento. A utilização da aferição indireta é cabível sempre que não seja possível a correta identificação dos fatos geradores. O auditor prestou os esclarecimento necessários que embasaram o lançamento, pois a não apresentação da documentação durante o procedimento fiscal acarreta a responsabilidade do infrator invertendose o ônus da prova. O fato de a empresa ter apresentado boletim de ocorrência não é suficiente para afastar a exigência fiscal. Em ocorrendo um sinistro deve a empresa, o mais rápido possível, procurar meios de reconstituir os documentos, visando o cumprimento da legislação tributária. O contribuinte resumiuse a atacar a validade do procedimento fiscal, sem refutar, qualquer dos fatos geradores apurados, pelo contrário atacou lançamentos em relação a retenção de 11%, sem fazer referência a contratação de transportador autônomo objeto desta NFLD, conforme descrito no relatório fiscal, DAD e FLD . Dessa forma, em relação aos fatos geradores objeto da presente notificação, como não houve recurso expresso aos pontos da DecisãoNotificação (DN) presumese a concordância da recorrente com a DN. Uma vez que houve concordância, lide não se instaurou e, portanto, deve ser mantida a DecisãoNotificação. O STF em julgamento proferido em 12 de junho de 2008, declarou a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n º 8.212/1991, tendo inclusive no intuito de eximir qualquer questionamento quanto ao alcance da referida decisão, editado a Súmula Vinculante de n º 8, senão vejamos: “Súmula Vinculante nº 8“São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5º do Decretolei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário””. No presente caso, os fatos geradores ocorreram entre as competências 12/1996 a 03/2001, o lançamento foi realizado em 19/10/2005, tendo a cientificação ao sujeito passivo ocorrido em 27/10/2005. Dessa forma, em se tratando de diferenças de contribuições inclusive com a descrição de recolhimentos, considero aplicável o art. 150, §4º, assim, decadentes as contribuições até 09/2000. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO EM PARTE. Destaque nosso. Quanto a ausência, no DAD – Discriminativo Analítico de Débito, de valores originários dos valores das contribuições devidas, tenho que não assiste razão à parte Defendente, mormente porque, ao contrário do que alega, o Discriminativo Analítico de Débito tem como objeto, e o próprio nome já diz, discriminar, por levantamento, competência e item de cobrança, os valores originários das contribuições devidas pelo sujeito passivo, as alíquotas Fl. 184DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA, Assinado digitalmente em 02/10/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA COR REA Processo nº 10670.001397/200701 Acórdão n.º 230102.022 S2C3T1 Fl. 183 5 utilizadas, os valores já recolhidos, as deduções legalmente permitidas e as diferenças existentes. Assim, neste quesito, acertada o Acórdão ‘a quo’, não merecendo qualquer reforma. A Recorrente alega que não foram indicados os documentos para o lançamento do débito, o que não é verdade, e, para tanto, basta COMPULSAR os autos, mormente no Relatório Fiscal, fls. 124/125, item 5, que verá: OS DOCUMENTOS EXAMINADOS, PELA FISCALIZAÇÃO, FORAM OS SEGUINTES: • Folhas de Pagamento; • Notas de Empenho; • Recibos de Pagamento; • GFIP Guia de recolhimento do Fundo de Garantia e informações a Previdência Social; Da inexistência de remunerações não declaradas em GFIP, afirmando que as pessoas físicas e jurídicas relacionadas no Relatório de Lançamentos RL não prestaram serviços ao Município Francisco Sá, outra sorte não tem senão a improcedência, já que a simples negação de existência de remunerações não declaradas em GFIP, que as pessoas físicas relacionadas no Relatório de Lançamentos RL não prestaram serviços ao Município Francisco Sá e que não existiram os fretes oriundos de transportadores autônomos, é insuficiente para desconstituir o lançamento que não foi presumido, uma vez que a fiscalização efetuou os lançamentos com base em documentos apresentados pela própria Recorrente. Ademais, a alegação não foi corroborada por nenhuma outra prova, que deveria ter sido carreada pela parte Defendente, uma vez que o ônus era seu, segundo dinâmica do artigo 333, II do CPC, e não o fez. Então, correto está o lançamento de crédito, também neste quesito. Do lançamento do crédito a agentes políticos, mister se diga que a alínea ‘J’ do inciso I do artigo 12, assim reza: Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I – como empregado: a) OMISSIS.. ..... j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004) Para os latinos a clareza da lei cessa sua interpretação. E, como não apresentou a Recorrente nenhum vinculo à regime próprio de previdência social, seria indevido o lançamento de crédito aviado, mas, ocorre que não foi apresentado lançamentos de Fl. 185DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA, Assinado digitalmente em 02/10/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA COR REA 6 contribuições relativas a valores pagos a agentes políticos no período apurado. Razão pela qual não há razão do inconformismo da Recorrente. Alega que a conclusão regular do processo administrativo é pressuposto ‘sine qua non’, para a inscrição da dívida ativa previdenciária, o que assiste razão ao Recorrente, e, como houve a conclusão do processo administrativo, sem nenhuma anomalia, igual razão assiste o lançamento do crédito previdenciário através da NFLD em questão. Referente ao prazo decadencial, tenho que assiste razão a Recorrente, aplicandolhe o disposto no artigo 150, § 4° do CTN. É que o STF, em julgamento proferido em 12 de junho de 2008, declarou a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n º 8.212/1991, tendo inclusive no intuito de eximir qualquer questionamento quanto ao alcance da referida decisão, editado a Súmula Vinculante de n º 8, senão vejamos: Súmula Vinculante nº 8“São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5º do Decretolei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. O texto constitucional em seu art. 103A não deixa margem de dúvidas quando da aprovação da súmula vinculando toda a administração pública ao cumprimento de seus preceitos. ‘In verbis’: Art. 103A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. Assim, tenho que o CARF é obrigado a aplicar o que foi decidido no STF, de imediato, julgando a decadência qüinqüenal. E, em o STF ter declarado inconstitucional o artigo 45 da Lei n º 8.212 prevalecem as disposições contidas no Código Tributário Nacional – CTN, quanto ao prazo para a autoridade previdenciária constituir os créditos resultantes do inadimplemento de obrigações previdenciárias. Assim, da aplicação da decadência no prazo de cinco anos, assiste razão a Recorrente, aplicandolhe ao caso o artigo 173, I do CTN, o que deve, portanto, incidir sobre o crédito previdenciário lançado em 2006, somente àqueles de 2002 para diante. Da alegação que o lançamento previdenciário não pode ser feito de forma presumida assiste razão a Recorrente. Todavia, manejando os autos vêse que dos documentos averiguados pelo Auditor Fiscal estes embasaram o lançamento do crédito previdenciário, afastando de fez o alegado lançamento presumido. Sendo improcedente a alegação da Recorrente. Finalmente, quanto a alegação do enriquecimento ilícito da previdência diante da ausência da relação de empregado específico, melhor sorte não acolheu a tese da Recorrente, porque o Relatório de Lançamento relacionaos, veja fls. 31 à 89 dos autos. Fl. 186DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA, Assinado digitalmente em 02/10/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA COR REA Processo nº 10670.001397/200701 Acórdão n.º 230102.022 S2C3T1 Fl. 184 7 CONCLUSÃO Diante de todo exposto acima, julgo parcialmente procedente o recurso voluntário aviado, somente para reconhecer o prazo decadencial de 5 anos, conforme determina o Artigo 150, § 4° do CTN, já que houve antecipação. E, do mais, julgo procedente o lançamento do crédito previdenciário. É como voto. Sala das Sessões, 13 de abril de 2011. (assinado digitalmente) WILSON ANTONIO DE SOUZA CORRÊA Relator Fl. 187DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA, Assinado digitalmente em 02/10/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/07/2012 por WILSON ANTONIO DE SOUZA COR REA
score : 1.0
Numero do processo: 12971.003897/2009-71
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 23 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Mar 19 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/09/2000 a 31/10/2001
CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE - INOCORRÊNCIA
Não há que se falar em nulidade por cerceamento de defesa se o Relatório Fiscal e as demais peças dos autos demonstram de forma clara e precisa a origem do lançamento e a fundamentação legal que o ampara
PERÍCIA - NECESSIDADE - COMPROVAÇÃO - REQUISITOS - CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO OCORRÊNCIA
Deverá restar demonstrada nos autos, a necessidade de perícia para o deslinde da questão, nos moldes estabelecidos pela legislação de regência. Não se verifica cerceamento de defesa pelo indeferimento de perícia, cuja necessidade não se comprova
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2402-003.296
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso
Júlio César Vieira Gomes Presidente
Ana Maria Bandeira- Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
Nome do relator: ANA MARIA BANDEIRA
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/09/2000 a 31/10/2001 CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE - INOCORRÊNCIA Não há que se falar em nulidade por cerceamento de defesa se o Relatório Fiscal e as demais peças dos autos demonstram de forma clara e precisa a origem do lançamento e a fundamentação legal que o ampara PERÍCIA - NECESSIDADE - COMPROVAÇÃO - REQUISITOS - CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO OCORRÊNCIA Deverá restar demonstrada nos autos, a necessidade de perícia para o deslinde da questão, nos moldes estabelecidos pela legislação de regência. Não se verifica cerceamento de defesa pelo indeferimento de perícia, cuja necessidade não se comprova Recurso Voluntário Negado
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Não se verifica cerceamento de defesa pelo indeferimento de perícia, cuja necessidade não se comprova Recurso Voluntário Negado AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 12 97 1. 00 38 97 /2 00 9- 71 Fl. 105DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/02/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 18/02/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso Júlio César Vieira Gomes – Presidente Ana Maria Bandeira Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues. Fl. 106DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/02/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 18/02/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 12971.003897/200971 Acórdão n.º 2402003.296 S2C4T2 Fl. 106 3 Relatório Tratase de lançamento de contribuições devidas à Seguridade Social, correspondentes à contribuição, da empresa, à destinada ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho, as destinadas a terceiros (SalárioEducação, SEBRAE e INCRA). Segundo o Relatório Fiscal (fls.03/04), os fatos geradores das contribuições lançadas são as remunerações pagas a segurados empregados e contribuintes individuais apuradas em folhas de pagamento, rescisões de contrato de trabalho e GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social. A autuada teve ciência do lançamento em 04/12/2001 e apresentou defesa (fls. 27/35), onde alega a falta de subsídios que demonstrem a origem do débito e que a auditoria fiscal auferiu valores aleatórios, razão pela qual entende necessária perícia contábil. Argumenta que os documentos gerados pela auditoria fiscal são incompatíveis e que seria impossível oferecer uma defesa utilizando da coerência e bom senso. Além disso, a auditoria fiscal teria inventado uma competência 13/2000, quando é sabido que um ano só possui doze meses. Aduz que a autuação seria nula pelo fato das importâncias contidas nos autos terem sido auferidas de forma aleatória sem os índices de atualização, em como os juros utilizados, o que torna o auto de infração incerto e duvidoso. Pela Decisão Notificação nº 214244/010/2002 (fls. 43/48), a autuação foi considerada procedente. Contra tal decisão, a autuada apresentou recurso tempestivo (fls. 53/59) onde efetua a repetição das alegações de defesa. É o relatório. Fl. 107DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/02/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 18/02/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 4 Voto Conselheira Ana Maria Bandeira, Relatora O recurso é tempestivo e não há óbice ao seu conhecimento. A recorrente apresenta uma série de argumentos com o objetivo de demonstrar que a autuação seria nula por não haver a descrição clara e precisa dos fatos geradores. A meu ver, os argumentos da recorrente são meramente protelatórios. Os elementos que compõem os autos são suficientes para a perfeita compreensão do lançamento, qual seja, contribuições da empresa e as destinadas a terceiros incidentes sobre valores pagos a segurados empregados e contribuintes individuais, verificados nas folhas de pagamento e GFIPs elaboradas pela própria empresa. Toda a fundamentação legal que amparou o lançamento foi disponibilizada ao contribuinte conforme se verifica no relatório FLD – Fundamentos Legais do Débito que contém todos os dispositivos legais por assunto e competência. Assim, não há que se falar em cerceamento de defesa e nulidade da notificação. O que se observa é que a recorrente não efetuou recolhimento algum que pudesse ser considerado para abater dos valores lançados, apesar do montante dos valores pagos aos seus segurados. Tampouco se pode acolher a alegação de que a auditoria fiscal teria inventado uma competência 13/2000. Ora, o que a auditoria fiscal lançou na competência denominada 13/2000 foram as contribuições incidentes sobre os valores pagos a título de décimo terceiro salário que não se confunde com o salário pago no mês de dezembro. Não havendo qualquer irregularidade, portanto. Cumpre afastar a alegação de cerceamento de defesa pelo indeferimento da perícia solicitada. A necessidade de perícia para o deslinde da questão tem que restar demonstrada nos autos. No que tange à perícia, o Decreto nº 70.235/1972 estabelece o seguinte: Art.16 A impugnação mencionará: .................................. IV as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação de quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional de seu perito; Fl. 108DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/02/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 18/02/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 12971.003897/200971 Acórdão n.º 2402003.296 S2C4T2 Fl. 107 5 § 1º Considerarseá não formulado o pedido de diligência ou perícia que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso IV do art. 16. (...) Art.18 A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias, quando entendêlas necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis, observado o disposto no art. 28, in fine. Da leitura do dispositivo, verificase que além de ser obrigada a cumprir requisitos para ter o pedido de perícia deferido, tal deferimento só ocorrerá diante do entendimento da autoridade administrativa no que concerne à necessidade da mesma. Nesse sentido, não basta que o sujeito passivo deseje a realização da perícia, esta tem que se considerada essencial para o deslinde da questão pela autoridade administrativa, nos termos da legislação aplicável. Não tendo sido demonstrada pela recorrente a necessidade da realização de perícia, não se pode acolher a alegação de cerceamento de defesa pelo seu indeferimento. Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta. Voto no sentido de CONHECER do recurso e NEGARLHE PROVIMENTO. É como voto. Ana Maria Bandeira Fl. 109DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/02/2013 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 18/02/2013 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 14/03/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
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Numero do processo: 10865.001082/2006-97
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Mar 28 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 3202-000.081
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resovem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência.
Irene Souza da Trindade Torres - Presidente
Gilberto de Castro Moreira Junior - Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Irene Souza da Trindade Torres, Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Rodrigo Cardozo Miranda.
Nome do relator: GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR
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Resovem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência. Irene Souza da Trindade Torres Presidente Gilberto de Castro Moreira Junior Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Irene Souza da Trindade Torres, Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Rodrigo Cardozo Miranda. Relatório Tratase de recurso voluntário contra decisão da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Belém, PA, (DRJ/BEL) que julgou improcedente a impugnação (fls. 1 a 12) apresentada por UNIGRES CERÂMICA LTDA, ora Recorrente. Para descrever os fatos, e também por economia processual, transcrevo o relatório constante do acórdão citado, verbis: RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 65 .0 01 08 2/ 20 06 -9 7 Fl. 279DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por IRENE S OUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 10865.001082/200697 Resolução nº 3202000.081 S3C2T2 Fl. 280 2 Tratase de Auto de Infração lavrado contra a pessoa jurídica acima identificada, para evitar a decadência do IPI referente aos períodos de apuração finalizados em 30.06.2004, 31.12.2004 e 31.03.2005, conforme descrição dos fatos: ‘Durante a auditoria realizada em cumprimento ao Mandado de Procedimento Fiscal Diligência n° 08112002005003558, relativo ao Crédito Prêmio do IPI, decorrente do Mandado de Segurança, processo n° 2004.61.09:0057916, da 2ª Vara da Justiça Federal de Piracicaba SP (fls.13/40), cujas cópias da liminar e sentença encontramse às fls. 41/53), autorizando a impetrante a creditarse dos valores relativos ao Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, em virtude do incentivo fiscal à exportação, correspondente ao crédito prêmio previsto no artigo1º, do Decreto n° 491/69. Com base na decisão judicial, o contribuinte escriturou os créditos no Livro Registro de Apuração do IPI, nos meses de junho/2004, dezembro/2004 e março/2005, na rubrica 006 outros créditos (fls. 54/62). Em virtude da compensação efetuada, foi necessário emitir o Mandado de Procedimento Fiscal Fiscalização n° 08112002006001940, para dar prosseguimento aos trabalhos de auditoria. Apesar da decisão de 1ª instancia ter sido favorável ao contribuinte, está sendo lavrado o presente auto de infração com exigibilidade suspensa, para preservar os interesses da Fazenda Nacional e evitar a decadência, tendo em vista que é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.’ 2. Cientificada em 19.05.2006 (fl. 06), a interessada apresentou, tempestivamente, em 16.06.2006, impugnação (fls. 68/89) na qual, em síntese: a) Entende ser ilegal o auto lavrado, uma vez que o lançamento para prevenir decadência cabe somente quando estiver suspensa a exigibilidade do crédito tributário por medida liminar em mandado de segurança, o que não seria o caso presente, em que não foi solicitado pela empresa tal suspensão; b) A sentença permitiu tão somente o uso do créditoprêmio do IPI, não fazendo menção a suspensão do crédito tributário; c) ‘Quanto à compensação perpetrada pela Impugnante, produzirá ela efeitos extintivos do crédito tributário, submetidas, contudo, à condição resolutória de posterior confirmação pelo Poder Judiciário (quando do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial)’; d)’Em tempo, a Impugnante destaca que tal conduta lavratura de AIIM enquanto pendente provimento jurisdicional a ela favorável – importa em flagrante violação ao artigo 62 do Decreto n.° 70.235/72’; e) Aponta vício de motivação no auto lavrado: ‘esqueceuse a autoridade fiscal de motivar como deveria o auto de infração em comento, contestando provimento jurisdicional concedido à Impugnante, o que, digase de passagem, Fl. 280DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por IRENE S OUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 10865.001082/200697 Resolução nº 3202000.081 S3C2T2 Fl. 281 3 poderia até mesmo importar na prática do tipo penal previsto no artigo 330 do Código Penal.’; f) Prossegue afirmando, ainda sobre o alegado vício de motivação: ‘43. O descumprimento ora cogitado está objetivado na parte do AIIM relativa à fundamentação, onde consta que: ‘Apesar da decisão de 1° instância ter sido favorável ao contribuinte, está sendo lavrado o presente auto de infração com exigibilidade suspensa, para preservar os interesses da Fazenda Nacional e evitar a decadência, tendo em vista que é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial’.(Doc.04 destaques da Impugnante) 44. Notese, neste ponto, que a r. autoridade administrativa não poderia, com base em supostos dispositivos legais, discordar da interpretação dispensada pelo Poder Judiciário à situação em exame, para, enfrentandoa, afirmar que a Impugnante não poderia escriturar e aproveitar seus créditosprêmio de IPI. 45. Este óbice se mostra ainda mais forte ao observarmos a parte final da r. sentença judicial, onde, de forma expressa, se assegura à Secretaria da Receita Federal apenas o poderdever de verificar a legitimidade e exatidão dos créditos da autora’. 46. Em suma: não tendo o r. juízo da 2ª Vara da Justiça Federal de Piracicaba vislumbrado este óbice (escrituração e aproveitamento imediato do crédito prêmio de IPI), não poderia a r. autoridade administrativa fazêlo (esta exegese está ratificada no artigo 62 do Decreto nº 70.235/72,já trabalhado no tópico anterior).’ g) Aponta ilegalidade no uso da taxa Selic para cálculo dos juros de mora; h) Requer ao final (fls. 88/89) a procedência dos seus argumentos e que sejam as publicações realizadas em nome do advogado representante da empresa, em seu endereço. A 3ª Turma de Julgamento da DRJ/BEL proferiu o acórdão n° 0123.163, de 5 de outubro de 2011, julgando improcedente o pedido ora Recorrente. A ementa do julgado foi formulada nos seguintes termos: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Exercício: 2006 LANÇAMENTO PARA PREVENIR DECADÊNCIA. A formalização do crédito tributário pelo lançamento de ofício decorre do caráter vinculado e obrigatório do ato administrativo, não podendo a Fl. 281DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por IRENE S OUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 10865.001082/200697 Resolução nº 3202000.081 S3C2T2 Fl. 282 4 fiscalização, sob pena de responsabilidade funcional, eximirse de efetuálo, ainda que esteja suspensa a exigibilidade do crédito tributário. JUROS MORATÓRIOS. TAXA SELIC. LEGALIDADE. Legal a aplicação da taxa do Selic para fixação dos juros moratórios para recolhimento do crédito tributário em atraso. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Em complemento, observase que em 25 de novembro de novembro de 2009, portanto, antes da lavratura do acórdão recorrido, a Recorrente manifestouse nos autos com vistas a aditar a impugnação então apresentada, alegando, em síntese, que o crédito de IPI lançado na competência junho de 2004, era na verdade crédito presumido de IPI (Lei n° 9.363, de 13 de dezembro de 1996 e Instrução Normativa SRF n° 313, de 3 de abril de 2003), não créditoprêmio, como teria apurado o d. auditor fiscal (fls.123134). Adicionalmente, alega ainda a Recorrente que referido crédito fora declarado em DCTF, tornandose não apenas desnecessário, como também incabível, o lançamento de ofício de referido tributo. As importâncias autuadas referentes aos meses de dezembro de 2004 e março de 2005, informa ainda a Recorrente, foram incluídas em parcelamento, razão que a motivou a desistir parcialmente de sua defesa em âmbito administrativo. Portanto, a questão posta nos autos diz respeito exclusivamente quanto à importância autuada em junho de 2004, que a Recorrente alega tratarse de crédito presumido de IPI. Em síntese, alega a Recorrente: (a) em preliminar, a nulidade da decisão recorrida por cerceamento do direito de defesa, tendo em vista que a mesma se omitiu ao analisar o aditamento à impugnação por ela aviado; (b) no mérito, também alega a nulidade do auto de infração em razão de seu flagrante vício de motivação (fundamentação) e consequente violação aos artigos 142 do Código Tributário Nacional, e 10, incisos III e IV do Decreto n° 70.235/72, cancelandose a exigência fiscal formalizada; (c) a improcedência do auto de infração lavrado em seu desfavor, pois o débito por ele constituído de ofício já se encontrava declarado em DCTF e PER/DCOMP relacionada a este mesmo período; É o relatório. Fl. 282DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por IRENE S OUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 10865.001082/200697 Resolução nº 3202000.081 S3C2T2 Fl. 283 5 Voto Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior, Relator Presentes os requisitos de admissibilidade e tendo sido apresentado tempestivamente o recurso voluntário, dele tomo conhecimento. Noto que para comprovar tratarse de crédito presumido, e não de crédito prêmio de IPI, a Recorrente juntou cópia de seu livro de apuração de IPI da competência junho de 2004 (fls.212205), bem assim de diversos Demonstrativos de Apuração do Crédito Presumido do IPI (DCP) e de Declarações de Crédito e Débito de Tributos e Contribuições Federais (DCTF) (fls.135211). O livro indica a importância de R$ 388.674,39, registrado no subgrupo Outros Créditos, sob a notação crédito presumido IN 313/2003 (fls.212). Os valores de crédito presumido apurados em DCP correspondem ao valor total do crédito apontado no livro, o que corrobora a consistência do quanto descrito no livro. Às fls. 209211, verifico ainda resumo dos créditos utilizados em DCOMP (fls.206211), cujo valor total corresponde exatamente àquele que fora indicado no livro. Noto também que o livro de IPI da Recorrente da competência junho de 2004 não indica nenhuma outra importância referente a crédito prêmio de IPI. Verifico, por fim, que o auto de infração registra exatamente a importância descrita como crédito presumido, conforme livros de DCOMP. Dessa forma, entendo que para o deslinde do presente caso, é de suma importância diligência para comprovação na natureza e valor destes créditos alegados pela Recorrente. Fl. 283DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por IRENE S OUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 10865.001082/200697 Resolução nº 3202000.081 S3C2T2 Fl. 284 6 Diante disso, à luz dos documentos trazidos aos autos pela Recorrente, converto o julgamento em diligência para que a DRF competente verifique e confirme a existência ou não dos créditos apontados pela Recorrente. Após a realização da(s) diligência(s), é mister que seja dado o prazo de trinta dias para que a Recorrente e a fiscalização se manifestem acerca do tema. É como voto. Gilberto de Castro Moreira Junior Fl. 284DF CARF MF Impresso em 28/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por GILBERTO DE CASTRO MOREIRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por IRENE S OUZA DA TRINDADE TORRES
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Numero do processo: 10660.901555/2009-05
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 05 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Apr 09 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2005
Reconhecimento do Direito Creditório. Análise Interrompida em Aspectos Prejudiciais.
Inexiste reconhecimento implícito de direito creditório quando a autoridade julgadora da DRJ não analisa todas as razões de defesa expressas na manifestação de inconformidade, por ter se restringido a aspectos prejudiciais superados na análise do recurso voluntário. A homologação da compensação ou deferimento do pedido de restituição, uma vez superada a questão prejudicial, depende da análise, pela autoridade julgadora a quo que jurisdiciona a contribuinte, da existência, suficiência e disponibilidade do crédito, além da possibilidade de sua utilização na compensação pretendida.
Numero da decisão: 1801-001.324
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam, os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário e determinar o retorno dos autos à Turma Julgadora de 1ª instância, para se pronunciar a respeito do mérito do litígio, nos termos do voto da relatora.
(assinado digitalmente)
Ana de Barros Fernandes Presidente
(assinado digitalmente)
Maria de Lourdes Ramirez Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, Carmen Ferreira Saraiva, João Carlos de Figueiredo Neto, Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira e Ana de Barros Fernandes.
Nome do relator: MARIA DE LOURDES RAMIREZ
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2005 RECONHECIMENTO DO DIREITO CREDITÓRIO. ANÁLISE INTERROMPIDA EM ASPECTOS PREJUDICIAIS. Inexiste reconhecimento implícito de direito creditório quando a autoridade julgadora da DRJ não analisa todas as razões de defesa expressas na manifestação de inconformidade, por ter se restringido a aspectos prejudiciais superados na análise do recurso voluntário. A homologação da compensação ou deferimento do pedido de restituição, uma vez superada a questão prejudicial, depende da análise, pela autoridade julgadora “a quo” que jurisdiciona a contribuinte, da existência, suficiência e disponibilidade do crédito, além da possibilidade de sua utilização na compensação pretendida. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam, os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário e determinar o retorno dos autos à Turma Julgadora de 1ª instância, para se pronunciar a respeito do mérito do litígio, nos termos do voto da relatora. (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes – Presidente (assinado digitalmente) Maria de Lourdes Ramirez – Relatora AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 66 0. 90 15 55 /2 00 9- 05 Fl. 55DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 20/03/ 2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10660.901555/200905 Acórdão n.º 1801001.324 S1TE01 Fl. 3 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Maria de Lourdes Ramirez, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, Carmen Ferreira Saraiva, João Carlos de Figueiredo Neto, Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira e Ana de Barros Fernandes. Relatório Cuidase de recurso voluntário interposto contra o acórdão n º 0936.365, de 16/08/2011, da 2a. Turma da DRJ em Juiz de Fora/MG (fls. 26/28) que, por unanimidade de votos, julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada contra o Despacho Decisório da DRF em Varginha/MG, que não homologou as compensações declaradas em DCOMP. Histórico Trata o presente processo de Declaração de Compensação transmitida eletronicamente em 28/06/2006 (fls. 13/18) que informa direito creditório relativo a pagamento indevido ou a maior de estimativa de CSLL relativa ao mês de julho de 2005 (recolhimento em agosto/2005), no valor de R$ 9.611,00, para utilização na compensação de débito de estimativa de IRPJ do mês de julho de 2005, no mesmo valor do indébito informado. Pelo Despacho Decisório Eletrônico da DRF em Varginha/MG, emitido em 25/03/2009 (fl. 11) não houve reconhecimento do direito creditório pleiteado pois o DARF indicado no PERDCOMP para comprovação do indébito já teria sido alocado a outro pagamento e, assim, não haveria a disponibilidade do crédito. Foi apresentada manifestação de inconformidade (fls. 01/04) na qual alega, a interessada, que teria direito ao indébito pois procedera ao recolhimento, no curso do ano calendário 2005, de estimativas de CSLL nos seguintes valores: Meses Valores Janeiro 6.121,36 Fevereiro 3.247,07 Março 2.502,26 Abril 2.265,22 Maio 2.934,05 Junho 5.583,43 Julho 9.611,00 Agosto 8.572,30 Setembro 100,00 Outubro 10.064,45 Fl. 56DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 20/03/ 2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10660.901555/200905 Acórdão n.º 1801001.324 S1TE01 Fl. 4 3 Novembro 8.334,68 Dezembro 0,00 Total 59.255,74 Alega que, de acordo com a Ficha 17 da DIPJ/2006 o valor apurado como devido da CSLL ao final do anocalendário 2005 montou em R$ 29.256,37 que, diminuído dos valores recolhidos a título de estimativa mensal, resultaria num saldo a compensar de R$ 29.999,37. Analisando o pedido a 2a. Turma Julgadora da DRJ em Juiz de Fora/MG indeferiu o pleito ao argumento de que, nos termos da IN SRF n º 660/2005, pagamentos efetuados a título de estimativa de CSLL não podem ser utilizados como indébito, em compensação, e somente podem ser aproveitados para dedução da contribuição anual devida ou na composição do saldo negativo respectivo (fls. 26/28). Notificada da decisão, em 22/09/2011, como demonstra a cópia do AR apresentou, a interessada, em 17/10/2011, recurso voluntário. Nas razões de defesa aduz que instruções normativas poderiam estabelecer formas e procedimentos para realização de compensações mas jamais restringir o direito à compensação previsto em lei. Argumenta, ainda, ter ocorrido um mero erro formal no preenchimento da declaração eletrônica de compensação, no campo “tipo do crédito”, preenchido com a informação “pagamento indevido ou a maior”, quando o correto seria “saldo negativo de CSLL”. Pede, assim, em respeito ao princípio da verdade material, que seja reconhecido o direito creditório a título de saldo negativo de CSLL e homologada a compensação declarada. É o relatório. Voto Conselheira Maria de Lourdes Ramirez, Relatora. O recurso é tempestivo. Dele tomo conhecimento. A Turma Julgadora de 1a. instância indeferiu o pleito ao único argumento de que, nos termos da IN/SRF n º 600, de 2005, seria vedada a utilização de estimativas mensais recolhidas no curso do anocalendário como direito creditório em compensações. A questão quanto a possibilidade de haver recolhimento indevido ou a maior no cálculo e pagamento de estimativas mensais de IRPJ e de CSLL no curso do anocalendário gerando um indébito a favor do contribuinte passível de restituição e compensação, encontrase superada, inclusive no que diz respeito à legislação complementar. As justificativas encontram Fl. 57DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 20/03/ 2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10660.901555/200905 Acórdão n.º 1801001.324 S1TE01 Fl. 5 4 se pormenorizadas no Acórdão n º 18010000.486, desta 1a. Turma Especial da 3a. Câmara – 1a. Seção do CARF, de relatoria desta Conselheira. Entretanto, a interessada, na manifestação de inconformidade, já dera indícios de que pleiteava como indébito, em verdade, o saldo negativo de CSLL do anocalendário 2005, para fazer frente à desejada compensação. Vejamos suas alegações à fl. 03: Conforme consta da Ficha 17 da DIPJ/2006 a Contribuição Social sobre o Lucro Liquido devida, relativa ao ano de 2005, importou em R$ 29.256,37 1 (vinte e nove mil, duzentos e cinqüenta e seis reais e trinta e sete centavos), depois de compensados os valores retidos na fonte. Disso resulta um saldo a compensar de R$ 29.999,37 (Vinte e nove mil, novecentos e noventa e nove reais e trinta e sete centavos), ou seja R$ 59.255,74 (cinqüenta e nove mil, duzentos e cinqüenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) menos R$ 29.256,37 (vinte e nove mil, duzentos e cinqüenta e seis reais e trinta e sete centavos). A Turma Julgadora de 1a. instância, contudo, não apreciou as alegações da defesa a respeito da ocorrência de erro no preenchimento da Declaração de Compensação Eletrônica, no tipo de crédito indicado. Desta feita, nas razões de defesa deduzidas no recurso voluntário, a interessada reprisa que teria errado no preenchimento da referida DCOMP e que o indébito pleiteado é o saldo negativo de CSLL apurado ao final do anocalendário 2005. Entretanto, esta Turma Julgadora do CARF não pode analisar as razões meritórias de defesa, não analisadas pela autoridade julgadora “a quo”. A autoridade julgadora “a quo”. centrou sua decisão em questão prejudicial e assim não analisou integralmente os argumentos da defesa, no que toca à ocorrência de erro no preenchimento da DCOMP, assim como também não analisou a efetiva existência e procedência do crédito. É necessária a apreciação do mérito pela autoridade julgadora competente, quanto aos demais aspectos das argüições de defesa, para homologação das compensações, além do que é imperiosa a análise da existência, suficiência e disponibilidade do indébito alegado e da possibilidade de sua utilização na compensação de débitos de estimativa de IRPJ apuradas como devidas no curso do anocalendário 2005. Cumpre registrar inclusive que, enquanto a contribuinte não for cientificada de uma nova decisão quanto ao mérito de sua compensação, os débitos compensados permanecem com a exigibilidade suspensa, por não se verificar decisão definitiva acerca de seus procedimentos. E, caso tal decisão não resulte na homologação total das compensações promovidas, develhe ser facultada nova oportunidade de apresentar recurso voluntário, possibilitandolhe a discussão do mérito da compensação na segunda instância administrativa de julgamento. Por todo o exposto, voto no sentido de dar provimento parcial ao recurso voluntário, mas sem homologar as compensações, por ausência de análise do mérito pela autoridade julgadora da DRJ Juiz de Fora/MG, com o conseqüente retorno dos autos àquela repartição, para verificação dos demais argumentos de defesa relativos ao erro no preenchimento da DCOMP, à existência, suficiência e disponibilidade do crédito pretendido, pronunciandose, no mérito, a respeito das compensações declaradas pela recorrente. Fl. 58DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 20/03/ 2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10660.901555/200905 Acórdão n.º 1801001.324 S1TE01 Fl. 6 5 (assinado digitalmente) ______________________________________ Maria de Lourdes Ramirez – Relatora Fl. 59DF CARF MF Impresso em 09/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 20/03/ 2013 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por ANA DE BARROS FERNANDES
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