Busca Facetada
Turma- Terceira Câmara (29,066)
- Segunda Câmara (27,779)
- Primeira Câmara (25,079)
- Segunda Turma Ordinária d (16,754)
- 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (15,782)
- Primeira Turma Ordinária (15,433)
- Segunda Turma Ordinária d (15,361)
- Primeira Turma Ordinária (15,286)
- Primeira Turma Ordinária (15,221)
- Segunda Turma Ordinária d (13,942)
- Primeira Turma Ordinária (12,790)
- Primeira Turma Ordinária (11,930)
- Segunda Turma Ordinária d (11,917)
- Quarta Câmara (11,510)
- 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (11,167)
- Quarta Câmara (82,291)
- Terceira Câmara (63,950)
- Segunda Câmara (52,309)
- Primeira Câmara (17,004)
- 3ª SEÇÃO (15,782)
- 2ª SEÇÃO (11,167)
- 1ª SEÇÃO (6,687)
- Pleno (788)
- Sexta Câmara (302)
- Sétima Câmara (172)
- Quinta Câmara (133)
- Oitava Câmara (123)
- Terceira Seção De Julgame (117,159)
- Segunda Seção de Julgamen (110,024)
- Primeira Seção de Julgame (72,544)
- Primeiro Conselho de Cont (49,044)
- Segundo Conselho de Contr (48,765)
- Câmara Superior de Recurs (37,232)
- Terceiro Conselho de Cont (25,925)
- IPI- processos NT - ressa (4,990)
- Outros imposto e contrib (4,458)
- PIS - ação fiscal (todas) (4,039)
- IRPF- auto de infração el (3,972)
- PIS - proc. que não vers (3,958)
- IRPJ - AF - lucro real (e (3,943)
- Cofins - ação fiscal (tod (3,848)
- Simples- proc. que não ve (3,681)
- IRPF- ação fiscal - Dep.B (3,045)
- IPI- processos NT- créd.p (2,235)
- IRPF- ação fiscal - omis. (2,215)
- Cofins- proc. que não ver (2,098)
- IRPJ - restituição e comp (2,087)
- Finsocial -proc. que não (1,996)
- IRPF- restituição - rendi (1,991)
- Não Informado (56,791)
- GILSON MACEDO ROSENBURG F (5,008)
- RODRIGO DA COSTA POSSAS (4,442)
- WINDERLEY MORAIS PEREIRA (4,269)
- CLAUDIA CRISTINA NOIRA PA (4,256)
- PEDRO SOUSA BISPO (3,320)
- HELCIO LAFETA REIS (3,241)
- CHARLES MAYER DE CASTRO S (3,219)
- ROSALDO TREVISAN (3,184)
- MARCOS ROBERTO DA SILVA (3,149)
- Não se aplica (2,799)
- LIZIANE ANGELOTTI MEIRA (2,595)
- WILDERSON BOTTO (2,511)
- HONORIO ALBUQUERQUE DE BR (2,472)
- PAULO GUILHERME DEROULEDE (2,380)
- 2020 (41,074)
- 2021 (35,802)
- 2019 (30,944)
- 2018 (26,041)
- 2024 (25,862)
- 2012 (23,621)
- 2023 (22,459)
- 2014 (22,373)
- 2013 (21,085)
- 2011 (20,979)
- 2010 (18,058)
- 2008 (17,075)
- 2017 (16,838)
- 2009 (15,836)
- 2006 (15,271)
- 2009 (69,611)
- 2020 (39,854)
- 2021 (34,153)
- 2019 (30,464)
- 2023 (25,918)
- 2024 (23,872)
- 2014 (23,412)
- 2018 (23,139)
- 2025 (16,750)
- 2013 (16,584)
- 2017 (16,398)
- 2008 (15,520)
- 2006 (14,851)
- 2022 (13,225)
- 2007 (13,015)
Numero do processo: 10830.015860/2010-17
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 21 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Jan 21 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/05/2005 a 31/12/2005
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO INTEMPESTIVO. DEFINITIVIDADE DA DECISÃO RECORRIDA.
É definitiva a decisão de primeira instância quando interposto recurso voluntário fora do prazo legal. Não se toma conhecimento do recurso intempestivo, notadamente porque não consta dos autos documentos que justifiquem a desídia do contribuinte ao apresentar sua peça recursal.
Recurso Voluntário Não Conhecido
Crédito Tributário Mantido
Numero da decisão: 2301-003.206
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em não conhecer do Recurso, nos termos do voto do(a) Relator(a).
(assinado digitalmente)
MARCELO OLIVEIRA - Presidente.
(assinado digitalmente)
DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: MARCELO OLIVEIRA (Presidente), BERNADETE DE OLIVEIRA BARROS, DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES, MAURO JOSE SILVA, WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA
Nome do relator: DAMIAO CORDEIRO DE MORAES
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201211
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/05/2005 a 31/12/2005 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO INTEMPESTIVO. DEFINITIVIDADE DA DECISÃO RECORRIDA. É definitiva a decisão de primeira instância quando interposto recurso voluntário fora do prazo legal. Não se toma conhecimento do recurso intempestivo, notadamente porque não consta dos autos documentos que justifiquem a desídia do contribuinte ao apresentar sua peça recursal. Recurso Voluntário Não Conhecido Crédito Tributário Mantido
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Mon Jan 21 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 10830.015860/2010-17
anomes_publicacao_s : 201301
conteudo_id_s : 5181412
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Jan 21 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 2301-003.206
nome_arquivo_s : Decisao_10830015860201017.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : DAMIAO CORDEIRO DE MORAES
nome_arquivo_pdf_s : 10830015860201017_5181412.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em não conhecer do Recurso, nos termos do voto do(a) Relator(a). (assinado digitalmente) MARCELO OLIVEIRA - Presidente. (assinado digitalmente) DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: MARCELO OLIVEIRA (Presidente), BERNADETE DE OLIVEIRA BARROS, DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES, MAURO JOSE SILVA, WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA
dt_sessao_tdt : Wed Nov 21 00:00:00 UTC 2012
id : 4458186
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:02 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218400681984
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1648; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C3T1 Fl. 1.588 1 1.587 S2C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10830.015860/201017 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2301003.206 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 21 de novembro de 2012 Matéria CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Recorrente MUNICÍPIO DE SUMARÉ PREFEITURA MUNICIPAL Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/05/2005 a 31/12/2005 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO INTEMPESTIVO. DEFINITIVIDADE DA DECISÃO RECORRIDA. É definitiva a decisão de primeira instância quando interposto recurso voluntário fora do prazo legal. Não se toma conhecimento do recurso intempestivo, notadamente porque não consta dos autos documentos que justifiquem a desídia do contribuinte ao apresentar sua peça recursal. Recurso Voluntário Não Conhecido Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em não conhecer do Recurso, nos termos do voto do(a) Relator(a). (assinado digitalmente) MARCELO OLIVEIRA Presidente. (assinado digitalmente) DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 01 58 60 /2 01 0- 17 Fl. 334DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: MARCELO OLIVEIRA (Presidente), BERNADETE DE OLIVEIRA BARROS, DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES, MAURO JOSE SILVA, WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA Relatório 1. Tratase de recurso voluntário interposto pela Prefeitura Municipal de Sumaré, contra decisão que julgou procedente o auto de infração lavrado para a constituição de crédito tributário previdenciário relativo à imposição de penalidade pelo fato do contribuinte ter apresentado a GFIP (Lei nº 8.212/91), art. 32, IV, acrescentado pela Lei nº 9.528/970 com omissões de fatos geradores, no período de 01/2005 a 13/2005. 2. A ementa do acórdão de primeira instância restou lavrada nos termos que transcrevo abaixo: “PREVIDENCIÁRIO. FATO GERADOR. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Não descaracteriza a ocorrência do fato gerador a contratação feita, com regime de capacitação em segundo plano, de segurados para o exercício de atividades não eventuais em favor do contribuinte, ou em projeto, aparentemente, de cunho assistencial. AUTO DE INFRAÇÃO. GFIP. FATOS GERADORES. Constitui infração passível de penalidade a apresentação da GFIP com omissão de fatos geradores de contribuições previdenciárias. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido.” (fl. 1.551) 3. Irresignado, o contribuinte apresentou recurso voluntário aduzindo, em apertada síntese, que as imposições de multas pecuniárias relativas as obrigações assessórias não subsistem, vez que o julgamento de primeira instância fulminou grande parte da obrigação principal. (fls. 1572/1575). 4. O Fisco não apresentou contrarrazões. Em seguida, a fiscalização emitiu despacho informando sobre a intempestividade da peça recursal (fl. 1576), sendo os autos encaminhados a este Conselho. É o relatório. Voto Conselheiro Damião Cordeiro de Moraes ADMISSIBILIDADE RECURSAL Fl. 335DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES Processo nº 10830.015860/201017 Acórdão n.º 2301003.206 S2C3T1 Fl. 1.589 3 5. Como é cediço, o sistema da oficialidade, que preside o processo administrativo, caracterizase como uma sequência lógica e ordenada de atos rumo à solução final da demanda, iniciandose com a intimação do sujeito passivo e caminhando até alcançar uma decisão final. 6. Nesse sentido, todo o prazo processual é delimitado por dois termos: o inicial (dies a quo), pelo qual surge a faculdade da parte em realizar algum ato, e o final (dies ad quem), em que se extingue efetivamente a faculdade assegurada inicialmente, tenha o interessado praticado ou não ato processual a ele assegurado. 7. E a norma adjetiva, disciplinando a matéria, estabeleceu um limite de prazo para que as partes possam produzir, de maneira válida, suas manifestações no processo. 8. Com efeito, o artigo 33 do Decreto nº 70.235/72 dispõe que “da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão.” 9. No mesmo sentido dos citados dispositivos, o artigo 5º, do Decreto n.º 70.235/72, que rege o processo administrativo fiscal, assevera que os prazos serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia do início e incluindose o do vencimento, sendo que somente se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que ocorra o processo ou deva ser praticado o ato. 10. E sobre a questão, o Decreto n.º 7.574, de 29 de setembro de 2011, que regulamento o processo de determinação e exigência de créditos tributários da União, o processo de consulta sobre a aplicação da legislação tributária federal e outros processos que especifica, repete a redação citada acima em seu artigo 9º, verbis: “Art. 9º Os prazos serão contínuos, com início e vencimento em dia de expediente normal da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil em que corra o processo ou deva ser praticado o ato (Decreto nº 70.235, de 1972, art. 5º).” 11. De igual sorte, esta também é a determinação dos artigos 184 e 240, parágrafo único, do Código de Processo Civil, in verbis: “Art. 184. Salvo disposição em contrário, computarseão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. § 1º Considerase prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: I for determinado o fechamento do fórum; II o expediente forense for encerrado antes da hora normal. § 2º Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único). [...] Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o Ministério Público contarseão da intimação. Fl. 336DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES 4 Parágrafo único. As intimações consideramse realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense.” 12. Importante também frisar que o próprio Código Tributário Nacional – CTN tratou da matéria: “Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia de início e incluindose o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.” 13. In casu, compulsando os autos, verificase que o contribuinte foi cientificado do acórdão nº 0534.222 – prolatado pela 6º Turma da DRJ/CPS – no dia 02/09/2011 (sextafeira), conforme cópia do AR juntado às fs. 1570/1571, iniciando, assim, seu prazo para apresentar recurso voluntário no primeiro dia útil subsequente, qual seja, segunda feira, dia 05/09/2011, e terminando aludido prazo na terçafeira, dia 04/10/2011. Todavia, o recurso somente foi protocolado em 05/10/2011 (quartafeira), nos termos do documento de fl. 1572, ou seja, fora do prazo legal de 30 (trinta) dias, sendo, assim, o recurso voluntário totalmente intempestivo. 14. Não obstante isso, o contribuinte não juntou aos autos prova no sentido de desqualificar o despacho exarado pela primeira instância ou que justificasse o atraso em protocolar a peça recursal. 15. Posto isso, não conheço do recurso por não preencher o requisito formal – tempestividade – para admissibilidade recursal. CONCLUSÃO 16. Ante ao exposto, NÃO CONHEÇO do recurso voluntário, pois apresentado a destempo, mantendo intacta a decisão de primeira instância. (assinado digitalmente) Damião Cordeiro de Moraes Fl. 337DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES
score : 1.0
Numero do processo: 10805.901016/2008-95
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Jan 22 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador: 14/05/2004
PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DE OFICIO. IMPOSSIBILIDADE
É defeso ao contribuinte a retificação de PER/DCOMP, antes do primeiro despacho que o examine, sendo vedado à retificação de oficio, salvo os casos previstos em lei.
Numero da decisão: 3803-003.599
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e voto que integram o presente julgado. O Conselheiro Hélcio Lafetá Reis, quanto ao mérito, acompanhou o relator por suas conclusões.
[assinado digitalmente]
Alexandre Kern - Presidente.
[assinado digitalmente]
João Alfredo Eduão Ferreira - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Juliano Eduardo Lirani.
Nome do relator: JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201210
ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador: 14/05/2004 PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DE OFICIO. IMPOSSIBILIDADE É defeso ao contribuinte a retificação de PER/DCOMP, antes do primeiro despacho que o examine, sendo vedado à retificação de oficio, salvo os casos previstos em lei.
turma_s : Terceira Turma Especial da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Jan 22 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 10805.901016/2008-95
anomes_publicacao_s : 201301
conteudo_id_s : 5181453
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Jan 22 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 3803-003.599
nome_arquivo_s : Decisao_10805901016200895.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA
nome_arquivo_pdf_s : 10805901016200895_5181453.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e voto que integram o presente julgado. O Conselheiro Hélcio Lafetá Reis, quanto ao mérito, acompanhou o relator por suas conclusões. [assinado digitalmente] Alexandre Kern - Presidente. [assinado digitalmente] João Alfredo Eduão Ferreira - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Juliano Eduardo Lirani.
dt_sessao_tdt : Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2012
id : 4459292
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:03 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218427944960
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1804; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE03 Fl. 10 1 9 S3TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10805.901016/200895 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3803003.599 – 3ª Turma Especial Sessão de 23 de outubro de 2012 Matéria PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Recorrente PLANETA TRANSPORTES E TURISMO LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 14/05/2004 PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DE OFICIO. IMPOSSIBILIDADE É defeso ao contribuinte a retificação de PER/DCOMP, antes do primeiro despacho que o examine, sendo vedado à retificação de oficio, salvo os casos previstos em lei. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e voto que integram o presente julgado. O Conselheiro Hélcio Lafetá Reis, quanto ao mérito, acompanhou o relator por suas conclusões. [assinado digitalmente] Alexandre Kern Presidente. [assinado digitalmente] João Alfredo Eduão Ferreira Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Juliano Eduardo Lirani. Relatório Tratase de PER/DCOMP nº 29672.71666.140504.1.3.049067, fls. 2/6, através do qual foi requerida a compensação de PIS pago a maior, do período de apuração AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 80 5. 90 10 16 /2 00 8- 95 Fl. 127DF CARF MF Impresso em 22/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2012 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 30/ 10/2012 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/11/2012 por ALEXANDRE KERN 2 Julho de 2003, no valor original de R$ 4.210,07, com débito de PIS no valor total de R$ 4.663,07 da competência Março de 2004. A DRF em Santo Andre não homologou o PER/DCOMP em Despacho Decisório eletrônico, fls. 10, em razão da inexistência do credito alegado pela contribuinte. Irresignada a Contribuinte apresentou manifestação de inconformidade alegando, em síntese, que: a. Informou, em PER/DCOMP, possuir credito de PIS decorrente do Processo administrativo n° 10805.001.618/200417. b. O credito está pendente de decisão administrativa c. A decisão foi precipitada e ilegal. d. Requer por fim a revisão da decisão da DRF e a suspensão da exigibilidade do debito. A DRJ em Campinas julgou improcedente a manifestação de inconformidade, por falta de provas. Constata que os créditos requeridos no processo mencionado, n° 10805.001618/200417, são referentes a saldos negativos de IRPJ e da CSLL do ano calendário 2002, portanto, nem o tributo, nem o período, guardariam conexão com o credito informado no PER/DCOMP em discussão. Inconformada a contribuinte apresentou Recurso Voluntario a esta turma julgadora onde preliminarmente ataca a decisão da DRF alegando erro formal em consequência de falta de fundamentação dos dispositivos, requerendo o reconhecimento de sua nulidade. No mérito, insiste nos mesmos argumentos da manifestação de inconformidade, ressaltando que a Receita Federal deveria aguardar a decisão administrativa definitiva do processo indicado. Conclui pedindo a reforma da decisão, o reconhecimento do credito em pendência no processo administrativo anexado e ainda a sustentação oral. É o Relatório. Voto Conselheiro João Alfredo Eduão Ferreira O recurso é tempestivo e preencho os demais requisitos para a sua admissibilidade, portanto dele tomo conhecimento. I – Preliminar de Nulidade Preliminarmente a recorrente alega nulidade no Despacho Decisório que não homologou o seu pedido de compensação. A nulidade se daria em decorrência do erro formal por ausência de fundamentação dos dispositivos infligidos no enquadramento legal. O sujeito passivo colaciona parte do texto que traz a fundamentação legal do Despacho Decisório em discussão, que se lê: Fl. 128DF CARF MF Impresso em 22/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2012 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 30/ 10/2012 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/11/2012 por ALEXANDRE KERN Processo nº 10805.901016/200895 Acórdão n.º 3803003.599 S3TE03 Fl. 11 3 “Enquadramento legal: Arts. 165 e 170, da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 (CTN). Art. 74 da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996.” Destaco abaixo o art. 170, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (CTN): ”Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública.” Grifamos. O art. 170 do CTN, mencionado na fundamentação legal do Despacho Decisório, é claro em afirmar que somente créditos líquidos e certos do sujeito passivo poderão ser utilizados para compensar créditos tributários. A inexistência do credito declarado torna impossível sua compensação. No mesmo sentido e em cumprimento ao que determina o artigo 170 do CTN, a Lei 9.430/96, no seu artigo 74, determina: “Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.” Ressalto que o Despacho Decisório em discussão é eletrônico, e é produzido automaticamente, seguindo um modelo prédeterminado, onde consta toda a fundamentação legal para suas decisões. O fato de estarem expostos dispositivos que vão alem da matéria, não o faz nulo. Pelo exposto, afasto a preliminar de nulidade. II Do Mérito O PER/DCOMP em análise indicou credito de PIS pago a maior. A recorrente em sua defesa alega que o crédito tem origem noutro processo administrativo. Em analise, chegamos à conclusão que o processo administrativo anexado, n° 10805.001.618/200417, discute credito diferente do indicado no pedido de compensação, não tendo qualquer vinculo possível com o presente processo. Discordamos dos argumentos trazidos pela contribuinte por se pautarem exclusivamente na tentativa de mudar a fonte de crédito indicada, apontando para tal, outro processo administrativo. Entendemos que a administração tributária não pode retificar, de oficio, declaração feita pela contribuinte para atribuir crédito diferente daquele originalmente alegado, ainda mais quando o processo administrativo no qual alega a existência do crédito encontravase pendente de análise. A Lei nº 9.430/96, no seu artigo 74, parágrafo 1º, atribuí expressamente ao sujeito passivo que deseje a compensação com créditos passíveis de restituição e ressarcimento, a obrigação de fazêlo mediante entrega de declaração com todas as Fl. 129DF CARF MF Impresso em 22/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2012 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 30/ 10/2012 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/11/2012 por ALEXANDRE KERN 4 informações necessárias e indispensáveis, tanto do crédito quanto do débito a ser compensado, vejamos: “Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. (Redação dada pela Lei nº 10.637, de 2002) § 1º A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados. (Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002).” Grifo nosso. Ainda é facultado ao contribuinte o direito de retificar a PER/DCOMP, mediante a apresentação de documento retificador, mas isto, antes da análise do seu pedido de compensação e não em sede de manifestação de inconformidade, como tenta fazêlo. Entendemos, portanto, impossível a tese do sujeito passivo, na tentativa de retificar de oficio o PER/DCOMP em discussão, alterando o crédito alegado. Por outro lado, a contribuinte, não logrou êxito em comprovar a existência do credito alegado no PER/DCOMP em análise, ou seja, de PIS recolhido a maior ou indevidamente, não sendo possível divergir das decisões das instâncias a quo. Pelo exposto, voto por NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário e não reconhecer direito creditório requerido. João Alfredo Eduão Ferreira Relator Fl. 130DF CARF MF Impresso em 22/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2012 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 30/ 10/2012 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 22/11/2012 por ALEXANDRE KERN
score : 1.0
Numero do processo: 10830.015863/2010-42
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 21 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Jan 21 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2005
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO DE OFÍCIO. VALOR DE ALÇADA. REQUISITO DE ADMINISSIBILIADE
Recurso de Ofício cujo montante do crédito exonerado não atinge o valor de alçada da Portaria MF nº 03/2008. Recurso não conhecido.
RECURSO VOLUNTÁRIO INTEMPESTIVO. DEFINITIVIDADE DA DECISÃO RECORRIDA.
É definitiva a decisão de primeira instância quando interposto recurso voluntário fora do prazo legal. Não se toma conhecimento do recurso intempestivo, notadamente porque não consta dos autos documentos que justifiquem a desídia do contribuinte ao apresentar sua peça recursal.
Recurso de Ofício Não Conhecido
Recurso Voluntário Não Conhecido
Crédito Tributário Mantido
Numero da decisão: 2301-003.208
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em não conhecer dos Recursos de Ofício e Voluntário, nos termos do voto do(a) Relator(a).
(assinado digitalmente)
MARCELO OLIVEIRA - Presidente.
(assinado digitalmente)
DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: MARCELO OLIVEIRA (Presidente), BERNADETE DE OLIVEIRA BARROS, DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES, MAURO JOSE SILVA, WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA
Nome do relator: DAMIAO CORDEIRO DE MORAES
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201211
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2005 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO DE OFÍCIO. VALOR DE ALÇADA. REQUISITO DE ADMINISSIBILIADE Recurso de Ofício cujo montante do crédito exonerado não atinge o valor de alçada da Portaria MF nº 03/2008. Recurso não conhecido. RECURSO VOLUNTÁRIO INTEMPESTIVO. DEFINITIVIDADE DA DECISÃO RECORRIDA. É definitiva a decisão de primeira instância quando interposto recurso voluntário fora do prazo legal. Não se toma conhecimento do recurso intempestivo, notadamente porque não consta dos autos documentos que justifiquem a desídia do contribuinte ao apresentar sua peça recursal. Recurso de Ofício Não Conhecido Recurso Voluntário Não Conhecido Crédito Tributário Mantido
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Mon Jan 21 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 10830.015863/2010-42
anomes_publicacao_s : 201301
conteudo_id_s : 5181414
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Jan 21 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 2301-003.208
nome_arquivo_s : Decisao_10830015863201042.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : DAMIAO CORDEIRO DE MORAES
nome_arquivo_pdf_s : 10830015863201042_5181414.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em não conhecer dos Recursos de Ofício e Voluntário, nos termos do voto do(a) Relator(a). (assinado digitalmente) MARCELO OLIVEIRA - Presidente. (assinado digitalmente) DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: MARCELO OLIVEIRA (Presidente), BERNADETE DE OLIVEIRA BARROS, DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES, MAURO JOSE SILVA, WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA
dt_sessao_tdt : Wed Nov 21 00:00:00 UTC 2012
id : 4458188
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:02 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218436333568
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1815; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C3T1 Fl. 1.011 1 1.010 S2C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10830.015863/201042 Recurso nº De Ofício e Voluntário Acórdão nº 2301003.208 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 21 de novembro de 2012 Matéria CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Recorrentes FAZENDA NACIONAL MUNICÍPIO DE SUMARÉ PREFEITURA MUNICIPAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2005 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO DE OFÍCIO. VALOR DE ALÇADA. REQUISITO DE ADMINISSIBILIADE Recurso de Ofício cujo montante do crédito exonerado não atinge o valor de alçada da Portaria MF nº 03/2008. Recurso não conhecido. RECURSO VOLUNTÁRIO INTEMPESTIVO. DEFINITIVIDADE DA DECISÃO RECORRIDA. É definitiva a decisão de primeira instância quando interposto recurso voluntário fora do prazo legal. Não se toma conhecimento do recurso intempestivo, notadamente porque não consta dos autos documentos que justifiquem a desídia do contribuinte ao apresentar sua peça recursal. Recurso de Ofício Não Conhecido Recurso Voluntário Não Conhecido Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em não conhecer dos Recursos de Ofício e Voluntário, nos termos do voto do(a) Relator(a). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 01 58 63 /2 01 0- 42 Fl. 1011DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES 2 (assinado digitalmente) MARCELO OLIVEIRA Presidente. (assinado digitalmente) DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: MARCELO OLIVEIRA (Presidente), BERNADETE DE OLIVEIRA BARROS, DAMIÃO CORDEIRO DE MORAES, MAURO JOSE SILVA, WILSON ANTONIO DE SOUZA CORREA Relatório 1. Tratase de recurso voluntário interposto pela Prefeitura Municipal de Sumaré, contra decisão que julgou parcialmente procedente o auto de infração lavrado para a constituição de crédito tributário previdenciário relativo às contribuições sociais devidas à Seguridade Social, consistente na retenção do percentual de 11% sobre faturas/notas fiscais de prestação de serviços mediante cessão de mão de obra, na forma prevista no art. 31 da Lei nº 8.212/91, bem assim lançamento de penalidade pecuniária pelo descumprimento da obrigação acessória consistente em efetuar a retenção das contribuições devidas sobre fatura/nota fiscal de prestação de serviços mediante cessão de mão de obra, no período de 01/2005 a 13/2005. 2. A ementa do acórdão de primeira instância restou lavrada nos termos que transcrevo abaixo: “PREVIDENCIÁRIO. RETENÇÃO DE 11%. SOLIDARIEDADE. A retenção de 11%, salvo hipóteses específicas previstas na legislação, substitui a solidariedade no campo da cessão de mão de obra e empreitada. DECADÊNCIA. SÚMULA VINCULANTE. STF. Com a declaração de inconstitucionalidade do artigo 45 da Lei n.º 8.212/91, pelo Supremo Tribunal Federal STF, por meio da Súmula Vinculante n.º 8, publicada no Diário Oficial da União em 20/06/2008, o lapso de tempo de que dispõe a Secretaria da Receita Federal do Brasil para constituir os créditos relativos às contribuições previdenciárias e de terceiros, mencionadas nos artigos 2º e 3º da Lei n.º 11.457/07, será regido pelo Código Tributário Nacional Lei n.º 5.172/66. Impugnação Procedente em Parte Crédito Tributário Mantido em Parte.” (fl. 979) Fl. 1012DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES Processo nº 10830.015863/201042 Acórdão n.º 2301003.208 S2C3T1 Fl. 1.012 3 3. Irresignado, o contribuinte apresentou recurso voluntário aduzindo, em apertada síntese, que houve erro no entendimento da DRJ ao aplicar a regra decadencial contida no art. 150, § 4º, do CTN, pois, a seu ver, deveria ser aplicada a regra 173, I, do CTN, “já que não houve comprovante qualquer recolhimento previdenciário” (sic) (fls. 1008). 4. O Fisco não apresentou contrarrazões, porém, a instância a quo considerou sua decisão sujeita a recurso de ofício, com fulcro no inciso II, do art. 25 e no inciso I do art. 34, Decreto 70.235/1972, c/c o inciso I, do art. 366 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99. 5. Em seguida, a fiscalização emitiu despacho informando sobre a intempestividade da peça recursal (fl. 1010), sendo os autos encaminhados a este Conselho. É o relatório. Voto Conselheiro Damião Cordeiro de Moraes ADMISSIBILIDADE RECURSAL 1. O recurso de ofício foi respaldado pelo primeiro órgão julgador no art. 34 do Decreto 70.235/1972, no art. 366 do Regulamento da Previdência Social, abaixo colacionados: DECRETO 70.235, DE 6 DE MARÇO DE 1972. “ Art. 34. A autoridade de primeira instância recorrerá de ofício sempre que a decisão: I exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa de valor total (lançamento principal e decorrentes) a ser fixado em ato do Ministro de Estado da Fazenda.(Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito) II deixar de aplicar pena de perda de mercadorias ou outros bens cominada à infração denunciada na formalização da exigência. § 1º O recurso será interposto mediante declaração na própria decisão. § 2° Não sendo interposto o recurso, o servidor que verificar o fato representará à autoridade julgadora, por intermédio de seu chefe imediato, no sentido de que seja observada aquela formalidade.” DECRETO 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999 – REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Fl. 1013DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES 4 “ Art. 366. O Presidente de Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do Brasil recorrerá de ofício sempre que a decisão: (Redação dada pelo Decreto nº 6.224, de 2007). I declarar indevida contribuição ou outra importância apurada pela fiscalização; e (Redação dada pelo Decreto nº 6.224, de 2007). II relevar ou atenuar multa aplicada por infração a dispositivos deste Regulamento. (Redação dada pelo Decreto nº 6.224, de 2007). § 1o No caso de decisão de autoridade delegada, o recurso de ofício será dirigido, por intermédio do delegante, à autoridade competente. (Renumerado com nova pelo Decreto nº 6.032, de 2007) (Revogado pelo Decreto nº 6.224, de 2007). § 2o O Ministro de Estado da Previdência Social poderá estabelecer limite abaixo do qual será dispensada a interposição do recurso de ofício previsto neste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 6.032, de 2007) § 2o O recurso de que trata o caput será interposto ao Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda. (Redação dada pelo Decreto nº 6.224, de 2007). § 3o O Ministro de Estado da Fazenda poderá estabelecer limite abaixo do qual será dispensada a interposição do recurso de ofício previsto neste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 6.224, de 2007).” 2. A interposição de recurso de ofício pelas Turmas de Julgamento das Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) sofreu modificação, conforme o artigo. 1º da Portaria MF 03/2008: Portaria MF 3, de 3 de janeiro de 2008 DOU de 7.1.2008 Art. 1º O Presidente de Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) recorrerá de ofício sempre que a decisão exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa, em valor total superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Parágrafo único. O valor da exoneração de que trata o caput deverá ser verificado por processo.” 3. Verifico que valor apurado inicialmente pela fiscalização foi de R$ 697.624,82 (seiscentos e noventa e sete mil, seiscentos e vinte e quatro reais e oitenta e dois centavos), conforme se observa no auto de infração à fl. 2. Posteriormente, com o julgamento pela DRJ, o crédito tributário foi diminuído para R$ 55.567,74 (cinquenta e cinco mil, quinhentos e sessenta e sete reais e setenta e quatro centavos), constatado no Discriminativo Analítico do Débito Retificado – DADR (fls. 993/1001), sucumbindo, assim, a Fazenda Nacional em R$ 642.057,08 (seiscentos e quarenta e dois mil e cinquenta e sete reais e oito Fl. 1014DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES Processo nº 10830.015863/201042 Acórdão n.º 2301003.208 S2C3T1 Fl. 1.013 5 centavos), portanto, inferior ao valor de alçada estipulado pela legislação de regência do recurso de ofício. 5. Assim, não conheço do recurso de ofício, visto que o mesmo não atinge o valor de alçada de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), estipulado pela Portaria MF 03/2008. 6. No tocante ao recurso voluntário apresentado pelo contribuinte, entendo que o mesmo não merece melhor sorte. 7. Como é cediço, o sistema da oficialidade, que preside o processo administrativo, caracterizase como uma sequência lógica e ordenada de atos rumo à solução final da demanda, iniciandose com a intimação do sujeito passivo e caminhando até alcançar uma decisão final. 8. Nesse sentido, todo o prazo processual é delimitado por dois termos: o inicial (dies a quo), pelo qual surge a faculdade da parte em realizar algum ato, e o final (dies ad quem), em que se extingue efetivamente a faculdade assegurada inicialmente, tenha o interessado praticado ou não ato processual a ele assegurado. 9. E a norma adjetiva, disciplinando a matéria, estabeleceu um limite de prazo para que as partes possam produzir, de maneira válida, suas manifestações no processo. 10. Com efeito, o artigo 33 do Decreto nº 70.235/72 dispõe que “da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão.” 11. No mesmo sentido dos citados dispositivos, o artigo 5º, do Decreto n.º 70.235/72, que rege o processo administrativo fiscal, assevera que os prazos serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia do início e incluindose o do vencimento, sendo que somente se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que ocorra o processo ou deva ser praticado o ato. 12. E sobre a questão, o Decreto n.º 7.574, de 29 de setembro de 2011, que regulamento o processo de determinação e exigência de créditos tributários da União, o processo de consulta sobre a aplicação da legislação tributária federal e outros processos que especifica, repete a redação citada acima em seu artigo 9º, verbis: “Art. 9º Os prazos serão contínuos, com início e vencimento em dia de expediente normal da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil em que corra o processo ou deva ser praticado o ato (Decreto nº 70.235, de 1972, art. 5º).” 13. De igual sorte, esta também é a determinação dos artigos 184 e 240, parágrafo único, do Código de Processo Civil, in verbis: Fl. 1015DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES 6 “Art. 184. Salvo disposição em contrário, computarseão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. § 1º Considerase prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: I for determinado o fechamento do fórum; II o expediente forense for encerrado antes da hora normal. § 2º Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único). [...] Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o Ministério Público contarseão da intimação. Parágrafo único. As intimações consideramse realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense.” 14. Importante também frisar que o próprio Código Tributário Nacional – CTN tratou da matéria: “Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia de início e incluindose o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.” 15. In casu, compulsando os autos, verificase que o contribuinte foi cientificado do acórdão nº 0534.222 – prolatado pela 6º Turma da DRJ/CPS – no dia 02/09/2011 (sextafeira), conforme cópia do AR juntado às fs. 1004/1005, iniciando, assim, seu prazo para apresentar recurso voluntário no primeiro dia útil subsequente, qual seja, segunda feira, dia 05/09/2011, e terminando aludido prazo na terçafeira, dia 04/10/2011. Todavia, o recurso somente foi protocolado em 05/10/2011 (quartafeira), nos termos do documento de fl. 1006, ou seja, fora do prazo legal de 30 (trinta) dias, sendo, assim, o recurso voluntário totalmente intempestivo. 16. Não obstante isso, o contribuinte não juntou aos autos prova no sentido de desqualificar o despacho exarado pela primeira instância ou que justificasse o atraso em protocolar a peça recursal. 17. Posto isso, não conheço do recurso por não preencher o requisito formal – tempestividade – para admissibilidade recursal. CONCLUSÃO Fl. 1016DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES Processo nº 10830.015863/201042 Acórdão n.º 2301003.208 S2C3T1 Fl. 1.014 7 18. Ante ao exposto, NÃO CONHEÇO de ambos os recursos, nos temos acima alinhavados, visto não preencherem os requisitos mínimos de admissibilidade, mantendo intacta a decisão de primeira instância. (assinado digitalmente) Damião Cordeiro de Moraes Fl. 1017DF CARF MF Impresso em 21/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES, Assinado digitalmente em 18/01 /2013 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/01/2013 por DAMIAO CORDEIRO DE MORAES
score : 1.0
Numero do processo: 15504.005456/2009-17
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 16 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2005
MATÉRIA SUB JUDICE - LANÇAMENTO - POSSIBILIDADE -DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO
A existência de discussão judicial relativa à exigibilidade de determinada contribuição não é óbice ao lançamento que é atividade vinculada, ainda que exista depósito do montante integral, cuja conseqüência é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
DEPÓSITO JUDICIAL - ENCARGOS MORATÓRIOS - Na constituição de crédito tributário destinado a prevenir a decadência, cujo valor tenha sido objeto de depósito judicial, não cabe a exigência dos encargos moratórios, juros e multa, uma vez que o depósito judicial efetuado à época própria descaracteriza a mora.
Recurso Voluntário Provido em Parte
Numero da decisão: 2402-003.135
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário para exclusão dos valores correspondentes aos juros e multa lançados, para os quais tenha havido depósito judicial integral.
Ana Maria Bandeira- Relatora.
Júlio César Vieira Gomes Presidente
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Walter Murilo Melo Andrade, Ronaldo de Lima Macedo, Jhonatas Ribeiro da Silva e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
.
Nome do relator: ANA MARIA BANDEIRA
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201210
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2005 MATÉRIA SUB JUDICE - LANÇAMENTO - POSSIBILIDADE -DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO A existência de discussão judicial relativa à exigibilidade de determinada contribuição não é óbice ao lançamento que é atividade vinculada, ainda que exista depósito do montante integral, cuja conseqüência é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. DEPÓSITO JUDICIAL - ENCARGOS MORATÓRIOS - Na constituição de crédito tributário destinado a prevenir a decadência, cujo valor tenha sido objeto de depósito judicial, não cabe a exigência dos encargos moratórios, juros e multa, uma vez que o depósito judicial efetuado à época própria descaracteriza a mora. Recurso Voluntário Provido em Parte
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 15504.005456/2009-17
anomes_publicacao_s : 201211
conteudo_id_s : 5176235
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 2402-003.135
nome_arquivo_s : Decisao_15504005456200917.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : ANA MARIA BANDEIRA
nome_arquivo_pdf_s : 15504005456200917_5176235.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário para exclusão dos valores correspondentes aos juros e multa lançados, para os quais tenha havido depósito judicial integral. Ana Maria Bandeira- Relatora. Júlio César Vieira Gomes Presidente Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Walter Murilo Melo Andrade, Ronaldo de Lima Macedo, Jhonatas Ribeiro da Silva e Nereu Miguel Ribeiro Domingues. .
dt_sessao_tdt : Tue Oct 16 00:00:00 UTC 2012
id : 4392883
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:55:05 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218441576448
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1617; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T2 Fl. 482 1 481 S2C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15504.005456/200917 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2402003.135 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 16 de outubro de 2012 Matéria COOPERATIVAS Recorrente FUNDAFFEMG FUNDAÇÃO AFFEMG ASSISTÊNCIA E SAÚDE Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2005 MATÉRIA SUB JUDICE LANÇAMENTO POSSIBILIDADE DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO A existência de discussão judicial relativa à exigibilidade de determinada contribuição não é óbice ao lançamento que é atividade vinculada, ainda que exista depósito do montante integral, cuja conseqüência é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. DEPÓSITO JUDICIAL ENCARGOS MORATÓRIOS Na constituição de crédito tributário destinado a prevenir a decadência, cujo valor tenha sido objeto de depósito judicial, não cabe a exigência dos encargos moratórios, juros e multa, uma vez que o depósito judicial efetuado à época própria descaracteriza a mora. Recurso Voluntário Provido em Parte AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 50 4. 00 54 56 /2 00 9- 17 Fl. 482DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/11/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 10/11/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário para exclusão dos valores correspondentes aos juros e multa lançados, para os quais tenha havido depósito judicial integral. Ana Maria Bandeira Relatora. Júlio César Vieira Gomes – Presidente Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Walter Murilo Melo Andrade, Ronaldo de Lima Macedo, Jhonatas Ribeiro da Silva e Nereu Miguel Ribeiro Domingues. . Fl. 483DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/11/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 10/11/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15504.005456/200917 Acórdão n.º 2402003.135 S2C4T2 Fl. 483 3 Relatório Tratase de lançamento de contribuições devidas à Seguridade Social, correspondentes à contribuição da empresa incidente sobre valores das Notas Fiscais relativas aos serviços prestados por cooperados intermediados por Cooperativa de Trabalho. Segundo o Relatório Fiscal (fls. 14/16), os valores das contribuições lançadas foram depositados judicialmente durante o período de 01/2005 a 12/2005. O processo nº 2000.3800.008.8931 referese às contribuições devidas pela empresa à Seguridade Social, incidentes sobre valores das Notas Fiscais relativas aos serviços prestados por cooperados intermediados por Cooperativa de Trabalho e foi feito o depósito judicial corresponde a 15%. O lançamento foi efetuado com o objetivo de evitar a decadência. A autuada teve ciência do lançamento em 30/04/2009 e apresentou defesa (fls. 89/92) onde alega que foi lançada contra si a contribuição patronal incidente sobre s valores pagos a cooperativas de trabalho, conforme preceitua o artigo 22, IV da Lei 8.212/91 (redação da Lei 9.876/99), não obstante ser autora de uma ação judicial que visa à declaração da ilegalidade da referida cobrança, e conseqüente inexigibilidade. O processo n° 2000.38.00.008893 tramita perante a 20ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais e se encontraria em fase recursal perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (documentos anexos). Nos autos desse procedimento judicial, foi proferida R. Sentença (cópia em anexo) que concedeu à FUNDAFFEMG o direito de depositar, em juízo, os valores cobrados pela Previdência Social a esse titulo. Assim, a Impugnante fez todos os depósitos dessa contribuição referentes ao período fiscalizado na forma determinada pelo Judiciário, conforme apurado pela própria Autoridade Fiscal, sendo indevida a presente autuação. Afirma que, de acordo com o art. 151, inciso II, do Código Tributário Nacional, o crédito estaria com sua exigibilidade suspensa. Considera, ainda, que não poderia ser penalizada com juros e multa, uma vez que não foi configurada a inadimplência. Pelo Acórdão nº 0228.779 (191/193), a 7ª Turma da DRJ/Belo Horizonte considerou o lançamento procedente. Contra tal decisão, a autuada apresentou recurso tempestivo (fls. 200/210) onde efetua a repetição das alegações de defesa. É o relatório. Fl. 484DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/11/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 10/11/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 4 Voto Conselheira Ana Maria Bandeira, Relatora O recurso é tempestivo e não há óbice ao seu conhecimento. A recorrente alega que em razão da exigibilidade da contribuição em tela estar submetida à apreciação do Poder Judiciário e de ter realizado os correspondentes depósitos judiciais, a auditoria fiscal não poderia ter efetuado o lançamento, sob o argumento de que o crédito estaria com a exigibilidade suspensa. A matéria em questão encontrase sub judice e relativamente à tal fato temse o seguinte: Existem dois grandes sistemas administrativos: o sistema do contencioso administrativo e o sistema de jurisdição única. Alexandre de Moraes (Direito Constitucional Administrativo. Atlas, 2002), traz a seguinte síntese: “O sistema do contencioso administrativo, também conhecido como sistema francês, caracterizase pela impossibilidade de intromissão do Poder Judiciário no julgamento dos atos da Administração, que ficam sujeitos tãosomente à jurisdição especial do contencioso administrativo. Dessa forma, há uma divisão jurisdicional entre a Justiça Comum e o Contencioso Administrativo, e somente este pode analisar a legalidade dos atos administrativos. Diversamente, o sistema de jurisdição única, também conhecido por sistema judiciário ou inglês, tem como característica básica a possibilidade de pleno acesso ao Poder Judiciário, tanto nos conflitos de natureza privada, quanto dos conflitos de natureza administrativa.” Desde a instauração do período republicano, o Brasil sempre adotou o sistema de jurisdição única como forma de controle jurisdicional da Administração Pública, cuja fundamentação encontrase no art. 5º, inciso XXXV, da CF/88; Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes ................................... XXXV a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito Fl. 485DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/11/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 10/11/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15504.005456/200917 Acórdão n.º 2402003.135 S2C4T2 Fl. 484 5 Nesse sentido, a decisão administrativa estará sempre sujeita à apreciação do Poder Judiciário, ou, em outras palavras, as decisões judiciais sobrepõemse às decisões administrativas. Deste modo, estando uma matéria submetida à apreciação judicial, não deverá ser analisada na esfera administrativa; Em matéria fiscal, os seguintes dispositivos tratam da existência concomitante de ação judicial e processo administrativo: Lei n.º 6.830, de 22/09/80 (trata da cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública): "Art. 38. A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato, declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. Parágrafo único. A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto." Lei n.º 8.213/91 (reproduzido pelo art. 307 do Decreto n.º 3.048/99): "Art.126 (...) § 3º A propositura, pelo beneficiário ou contribuinte, de ação que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto." No entanto, a propositura pelo contribuinte de ação judicial para afastar a cobrança de determinada contribuição, não impede a Fazenda Pública de efetuar o lançamento, pois este, segundo o parágrafo único do artigo 142 do CTN, constitui atividade vinculada e obrigatória da autoridade administrativa, sob pena de responsabilidade funcional. O lançamento tem como objetivo resguardar o crédito tributário. Não efetuado o lançamento no curso do prazo de decadência, o Fisco não mais poderá fazêlo, ainda que obtenha decisão judicial favorável, pelo fato de o crédito acharse fulminado pela decadência. É que o prazo decadencial não se interrompe nem se suspende com a interposição de medida judicial, fluindo a partir da ocorrência do fato gerador ou da data prevista em lei. Pelas razões citadas é irrelevante se a ação judicial proposta se deu antes ou depois do lançamento. Nesta instância administrativa, tal questão já se encontra definida na Súmula nº 01 do CARF, publicada no DOU de 07/12/2010 Fl. 486DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/11/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 10/11/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 6 Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Assim, muito embora não se possa acolher o entendimento da recorrente de que na existência de discussão judicial, sequer poderia ser efetuado o lançamento, é necessário reconhecer que a exigibilidade do crédito está suspensa com base no art. 151, inciso II, do CTN, abaixo transcrito: Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: (...) II o depósito do seu montante integral; Outra ponto de inconformismo da recorrente referese ao fato de, apesar da existência do depósito judicial das contribuições o lançamento contemplou juros e multa os quais a recorrente entende ser indevidos pela não caracterização da inadimplência. O depósito judicial do seu montante integral, nos termos do artigo 151, II do CTN, é uma das formas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário conforme já argüido. A realização do depósito do montante integral descaracteriza a ocorrência de mora, portanto, indevida a cobrança dos encargos moratórios, multa e juros, sobretudo se considerarmos que a partir da edição da Lei nº 9.703/1998, as quantias depositadas judicialmente são repassadas para a conta única do tesouro nacional, o que se consubstancia em verdadeiro pagamento. No mesmo sentido manifestase a doutrina, conforme se verifica nos dizeres de Sacha Calmon Navarro Coelho1 : “Feito o depósito judicial e integral da quantia litiganda, ficam excluídas as multas e os juros, se inexistente ato de lançamento, e incluídas, se já houver.......a mora, por outro lado, não prospera porque o depósito integral do crédito elide a aplicação dos juros pela demora de pagar, bem como das penalidades dirigidas a sancionar o inadimplemento da obrigação tributária na data fixada em lei”. Assim, se efetuados os depósitos do montante integral, não há razão para o lançamento de juros e multa. Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta. 1 Manual de Direito Tributário, 2a ed., Editora Forense, pág. 446 Fl. 487DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/11/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 10/11/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15504.005456/200917 Acórdão n.º 2402003.135 S2C4T2 Fl. 485 7 Voto no sentido de CONHECER do recurso e DARLHE PROVIMENTO PARCIAL para a retirada dos juros e da multa, haja vista a existência de depósito do montante integral. É como voto. Ana Maria Bandeira Relatora Fl. 488DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/11/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 10/11/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 20/11/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
score : 1.0
Numero do processo: 10875.002742/2002-12
Turma: Primeira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Nov 14 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 1999
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CABIMENTO.
Serão cabíveis Embargos de Declaração sempre que a decisão embargada albergar em seu bojo alguma espécie de omissão, contradição e/ou obscuridade.
MULTA AGRAVADA. NÃO CABIMENTO.
O agravamento da multa de ofício em razão do não atendimento à intimação para prestar esclarecimentos não se aplica nos casos em que a omissão do contribuinte já tenha conseqüências específicas previstas na legislação.
Embargos Acolhidos.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 2801-002.766
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos declaratórios para, rerratificando o Acórdão 2801-01.380, de 09/02/2011, dar provimento parcial ao recurso para reduzir a multa aplicada a 75%, nos termos do voto da Relatora.
Assinado digitalmente
Antonio de Pádua Athayde Magalhães - Presidente
Assinado digitalmente
Tânia Mara Paschoalin - Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Antonio de Pádua Athayde Magalhães, Carlos César Quadros Pierre, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Tânia Mara Paschoalin e Luiz Claudio Farina Ventrilho. Ausente o Conselheiro Sandro Machado dos Reis.
Nome do relator: TANIA MARA PASCHOALIN
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201210
ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1999 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CABIMENTO. Serão cabíveis Embargos de Declaração sempre que a decisão embargada albergar em seu bojo alguma espécie de omissão, contradição e/ou obscuridade. MULTA AGRAVADA. NÃO CABIMENTO. O agravamento da multa de ofício em razão do não atendimento à intimação para prestar esclarecimentos não se aplica nos casos em que a omissão do contribuinte já tenha conseqüências específicas previstas na legislação. Embargos Acolhidos. Recurso Voluntário Provido em Parte.
turma_s : Primeira Turma Especial da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Nov 14 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 10875.002742/2002-12
anomes_publicacao_s : 201211
conteudo_id_s : 5175769
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Nov 22 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 2801-002.766
nome_arquivo_s : Decisao_10875002742200212.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : TANIA MARA PASCHOALIN
nome_arquivo_pdf_s : 10875002742200212_5175769.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos declaratórios para, rerratificando o Acórdão 2801-01.380, de 09/02/2011, dar provimento parcial ao recurso para reduzir a multa aplicada a 75%, nos termos do voto da Relatora. Assinado digitalmente Antonio de Pádua Athayde Magalhães - Presidente Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin - Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Antonio de Pádua Athayde Magalhães, Carlos César Quadros Pierre, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Tânia Mara Paschoalin e Luiz Claudio Farina Ventrilho. Ausente o Conselheiro Sandro Machado dos Reis.
dt_sessao_tdt : Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2012
id : 4384829
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:54:55 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218453110784
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1761; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2TE01 Fl. 240 1 239 S2TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10875.002742/200212 Recurso nº 169.385 Embargos Acórdão nº 2801002.766 – 1ª Turma Especial Sessão de 18 de outubro de 2012 Matéria IRPF Embargante FAZENDA NACIONAL Interessado SEBASTIÃO IZIDORO DIVINO ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 1999 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CABIMENTO. Serão cabíveis Embargos de Declaração sempre que a decisão embargada albergar em seu bojo alguma espécie de omissão, contradição e/ou obscuridade. MULTA AGRAVADA. NÃO CABIMENTO. O agravamento da multa de ofício em razão do não atendimento à intimação para prestar esclarecimentos não se aplica nos casos em que a omissão do contribuinte já tenha conseqüências específicas previstas na legislação. Embargos Acolhidos. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos declaratórios para, rerratificando o Acórdão 280101.380, de 09/02/2011, dar provimento parcial ao recurso para reduzir a multa aplicada a 75%, nos termos do voto da Relatora. Assinado digitalmente Antonio de Pádua Athayde Magalhães Presidente Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Relatora AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 87 5. 00 27 42 /2 00 2- 12 Fl. 240DF CARF MF Impresso em 22/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2012 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 23/10/201 2 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por ANTONIO DE PADUA ATHAYDE MAGALH AES Processo nº 10875.002742/200212 Acórdão n.º 2801002.766 S2TE01 Fl. 241 2 Participaram do presente julgamento os conselheiros: Antonio de Pádua Athayde Magalhães, Carlos César Quadros Pierre, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Tânia Mara Paschoalin e Luiz Claudio Farina Ventrilho. Ausente o Conselheiro Sandro Machado dos Reis. Relatório Cuida o presente processo de auto de infração que diz respeito a Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), referente ao exercício de 1999, por meio do qual se exige do contribuinte o credito tributário no montante de R$ 184.970,18. O lançamento é decorrente da apuração de omissão de rendimentos caracterizada por valores creditados em contas de depósitos ou de investimentos, mantidas em instituição financeira, em relação às quais o titular (contribuinte), regularmente intimado, não comprovou mediante documentação hábil e idônea a origem dos recursos utilizados nessas operações. No caso, foi aplicada a multa de ofício agravada em razão de o contribuinte não ter atendido às intimações. A 7ª Turma da DRJ em São Paulo II/SP, ao apreciar a impugnação apresentada pelo contribuinte, considerou procedente o lançamento, conforme Acórdão de fls. 167/179. Apresentado o Recurso Voluntário de fls. 186/207, o processo veio a ser julgado pela 1ª Turma Especial/2ª Seção de Julgamento/CARF, em 09/02/2011, consoante Acórdão de n° 280101.380, fls. 226/230, no qual, por unanimidade de votos, deuse provimento parcial ao recurso para reduzir a multa aplicada a 75%. A Procuradoria da Fazenda Nacional opôs Embargos de Declaração, arguindo a existência de contradição no julgado, tendo em vista que o relatório do acórdão recorrido informa que no presente caso havia sido imposta uma multa de oficio de 75%, sendo que foi dado provimento parcial ao recurso para reduzir o percentual da multa de ofício de 112,5% para 75%. Os embargos foram admitido, pois se constatou que realmente existe a contradição apontada. É o relatório. Voto Conselheira Tânia Mara Paschoalin, Relatora Os embargos são tempestivos e atendem às demais condições de admissibilidade, portanto merecem ser conhecidos. No caso, conforme relatado, a Procuradoria da Fazenda Nacional observou a existência de contradição no julgado, tendo em vista que o relatório do acórdão recorrido informa que no presente caso havia sido imposta uma multa de oficio de 75%, sendo que foi Fl. 241DF CARF MF Impresso em 22/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2012 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 23/10/201 2 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por ANTONIO DE PADUA ATHAYDE MAGALH AES Processo nº 10875.002742/200212 Acórdão n.º 2801002.766 S2TE01 Fl. 242 3 dado provimento parcial ao recurso para reduzir o percentual da multa de ofício de 112,5% para 75%. Verificase que, de fato, existe a contradição apontada, eis que, no relatório do acórdão embargado (fl. 227), constou equivocadamente que a multa de oficio aplicada foi de 75%, quando o percentual correto é de 112,5%, cujo correspondente valor de R$ 79.515,27 foi informado com acerto. Feitos os esclarecimentos acima, mantenho integralmente os fundamentos do voto do acórdão 280101.380. Diante do exposto, voto por acolher os embargos declaratórios para, rerratificando o Acórdão nº 280101.380, de 09/02/2011, dar provimento parcial ao recurso para reduzir a multa aplicada a 75%. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Fl. 242DF CARF MF Impresso em 22/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/10/2012 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 23/10/201 2 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por ANTONIO DE PADUA ATHAYDE MAGALH AES
score : 1.0
Numero do processo: 10166.009548/2008-41
Turma: Primeira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jun 21 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2005
OMISSÃO DE RENDIMENTOS DE ALUGUEL.COMPROVAÇÃO MEDIANTE DOCUMENTAÇÃO HÁBIL E IDÔNEA. PRESUNÇÃO AFASTADA.
Deve ser afastada a presunção de omissão de rendimentos de aluguel, quando o contribuinte devidamente intimado comprova mediante documentação hábil e idônea os pagamentos à título de despesas operacionais in casu IPTU e taxas de condomínio conforme previsão contratual neste sentido.
Recurso Voluntário Provido
Numero da decisão: 2801-002.544
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos,
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. Ausente, momentaneamente, o Conselheiro Sandro Machado dos Reis.
Assinado digitalmente
Antonio de Pádua Athayde Magalhães Presidente
Assinado digitalmente
Luiz Cláudio Farina Ventrilho Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Antonio de Pádua Athayde Magalhães, Carlos César Quadros Pierre, Tânia Mara Paschoalin, Luiz Cláudio Farina Ventrilho, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Sandro Machado dos Reis.
Nome do relator: LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201206
ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2005 OMISSÃO DE RENDIMENTOS DE ALUGUEL.COMPROVAÇÃO MEDIANTE DOCUMENTAÇÃO HÁBIL E IDÔNEA. PRESUNÇÃO AFASTADA. Deve ser afastada a presunção de omissão de rendimentos de aluguel, quando o contribuinte devidamente intimado comprova mediante documentação hábil e idônea os pagamentos à título de despesas operacionais in casu IPTU e taxas de condomínio conforme previsão contratual neste sentido. Recurso Voluntário Provido
turma_s : Primeira Turma Especial da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 10166.009548/2008-41
anomes_publicacao_s : 201210
conteudo_id_s : 5174144
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Oct 24 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 2801-002.544
nome_arquivo_s : Decisao_10166009548200841.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO
nome_arquivo_pdf_s : 10166009548200841_5174144.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. Ausente, momentaneamente, o Conselheiro Sandro Machado dos Reis. Assinado digitalmente Antonio de Pádua Athayde Magalhães Presidente Assinado digitalmente Luiz Cláudio Farina Ventrilho Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Antonio de Pádua Athayde Magalhães, Carlos César Quadros Pierre, Tânia Mara Paschoalin, Luiz Cláudio Farina Ventrilho, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Sandro Machado dos Reis.
dt_sessao_tdt : Thu Jun 21 00:00:00 UTC 2012
id : 4340441
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:54:31 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218477228032
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1868; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2TE01 Fl. 68 1 67 S2TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10166.009548/200841 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2801002.544 – 1ª Turma Especial Sessão de 21 de junho de 2012 Matéria IRPF Recorrente ABEL AMBRÓSIO DA SILVA FILHO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2005 OMISSÃO DE RENDIMENTOS DE ALUGUEL.COMPROVAÇÃO MEDIANTE DOCUMENTAÇÃO HÁBIL E IDÔNEA. PRESUNÇÃO AFASTADA. Deve ser afastada a presunção de omissão de rendimentos de aluguel, quando o contribuinte devidamente intimado comprova mediante documentação hábil e idônea os pagamentos à título de despesas operacionais in casu IPTU e taxas de condomínio conforme previsão contratual neste sentido. Recurso Voluntário Provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. Ausente, momentaneamente, o Conselheiro Sandro Machado dos Reis. Assinado digitalmente Antonio de Pádua Athayde Magalhães – Presidente Assinado digitalmente Luiz Cláudio Farina Ventrilho – Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Antonio de Pádua Athayde Magalhães, Carlos César Quadros Pierre, Tânia Mara Paschoalin, Luiz Cláudio Farina Ventrilho, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Sandro Machado dos Reis. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 00 95 48 /2 00 8- 41 Fl. 68DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2012 por LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por ANTONIO DE PADU A ATHAYDE MAGALHAES Processo nº 10166.009548/200841 Acórdão n.º 2801002.544 S2TE01 Fl. 69 2 Relatório Adoto como relatório aquele utilizado pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento na decisão recorrida, que transcrevo abaixo: Contra o contribuinte acima identificado foi lavrado, por Auditor Fiscal da DRF/Brasilia — DF, a Notificação de Lançamento de fls.27/30. 0 valor do crédito tributário apurado é de R$6.607,31, e está assim constituído em Reais: Imposto 3.082,78 Juros de Mora (Calculado até 29/02/2008) 1.212,45 Multa Proporcional (Passível de Redução) 2.312,08 Total do Crédito Tributário 6.607,31 DA AUTUAÇÃO 0 lançamento consubstanciado em Auto de Infração, originou se na constatação das seguintes infrações: Omissão de rendimentos de alugueis recebidos de pessoa física, apurado pelo confronto entre os valores declarados e os informados em DIMOB, no montante de R$11.210,10. Enquadramentos legais na Notificação de Lançamento. DA IMPUGNAÇÃO. Inconformado, o contribuinte apresentou, em 16 de julho de 2008, impugnação ao lançamento, às fls.01/03, mediante as alegações relatadas, resumidamente, a seguir: Argumenta que, de acordo com o contrato de aluguel celebrado com o inquilino, as despesas com impostos, condomínio e taxa de bombeiro, ficaram a cargo do locador, de modo que o valor efetivamente recebido corresponde ao montante informado na Declaração de Ajuste, ou seja, R$ 6.069,10. Além disso, teria desembolsado pelo imóvel, durante o ano calendário de 2004, o montante de R$19.188,00, o que demonstra não ter tido lucro com o imóvel durante o ano, mas débito operacional de R$13.128,90, o que reforçaria a impossibilidade de ampliarse a incidência do imposto de renda. Requer o cancelamento do lançamento. E o relatório Passo adiante, em 11 de agosto de 2010, através do Acórdão 0338.624 a 3a Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Brasília (DF) entendeu por bem julgar improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário. Fl. 69DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2012 por LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por ANTONIO DE PADU A ATHAYDE MAGALHAES Processo nº 10166.009548/200841 Acórdão n.º 2801002.544 S2TE01 Fl. 70 3 Conforme informação prestada pela DRJ à fl. 61, o contribuinte foi cientificado em 29/09/2010 (fls. 61), o Recorrente interpôs Recurso Voluntário em 26/10/2010 (fls. 40/60). Posteriormente em 15/12/2011 o recorrente junta aos autos petição (fls.) tendo como anexo notificação (RF 952499011 BR) datada de 12/09/2011, expedida pela RFB, DEFERINDO sua solicitação de retificação de lançamento de número 2008/179579076998783, nos seguintes termos: “Nos trabalhos de revisão de oficio do lançamento objeto da notificação acima identificada, foram analisados os documentos e esclarecimentos apresentados com a SRL, restando comprovados os valores informados pelo contribuinte. Desta forma para todos os efeitos legais. fica cancelada a notificação de lançamento objeto da SRL” Embasado nesta decisão o recorrente requer o arquivamento do processo “10166.009548/200841, ao qual se vinculam a Notificação de Lançamento N° 2005/601400347742106 e a Intimação n° 438/2010”. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Cláudio Farina Ventrilho, Relator. Tratase de pedido de revisão de lançamento referente a omissão de rendimentos de aluguel, haja vista que no valor contratualmente ajustado o proprietário do imóvel (ora recorrente) arcaria com as despesas de IPTU e taxas condominiais. À míngua de prova dos referidos pagamentos, a autoridade lançadora entendeu por haver omissão de rendimentos neste tocante, in casu, no pagamento das despesas de condomínio e nos recolhimentos do IPTU, que compunham o preço do aluguel e somente poderiam ser abatidas mediante comprovação. No presente caso, após o julgamento pela DRJ, o recorrente comprovou (em sede de recurso voluntário) os pagamentos efetuados à título de IPTU e taxas de condomínio, devendo ser consideradas em obediência ao principio da verdade material. Havendo sido os referidos pagamentos as únicas máculas apontadas pela fiscalização aptas a ensejar a o lançamento, deve referido lançamento ser revisto eis que comprovado pelo recorrente mediante documentação hábil e idônea a efetivação dos referidos pagamentos. Conclusão Fl. 70DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2012 por LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por ANTONIO DE PADU A ATHAYDE MAGALHAES Processo nº 10166.009548/200841 Acórdão n.º 2801002.544 S2TE01 Fl. 71 4 Por todo o exposto, voto no sentido de DAR PROVIMENTO AO RECURSO. Assinado digitalmente Luiz Cláudio Farina Ventrilho – Relator Fl. 71DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/10/2012 por LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO, Assinado digitalmente em 1 8/10/2012 por LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por ANTONIO DE PADU A ATHAYDE MAGALHAES
score : 1.0
Numero do processo: 15889.000074/2007-50
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 28 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Feb 22 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Data do fato gerador: 30/04/2002, 20/10/2002, 10/11/2002, 20/11/2002
RAIPI. SALDOS DEVEDORES ESCRITURADOS.
Os saldos devedores escriturados no livro Registro de Apuração do IPI (RAIPI), pelo próprio contribuinte, não declarados nem pagos, estão sujeitos a lançamento de ofício, acrescidos das cominações legais.
CRÉDITOS BÁSICOS. BENS NÃO UTILIZADOS NEM CONSUMIDOS NO PROCESSO PRODUTIVO. GLOSAS.
Os produtos que não se enquadram no conceito de matéria prima, produto intermediário e material de embalagem, nos termos da legislação do IPI, não geram créditos básicos desse imposto, passível de aproveitamento.
BENS UTILIZADOS NO PROCESSO PRODUTIVO. PROVA.
Compete ao contribuinte o ônus de provar as alegações de que os bens cujos créditos foram glosados se enquadram no conceito de insumos, nos termos da legislação do IPI e/ ou são consumidos por contato direto com os insumos processados.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3301-001.671
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto Relator.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
José Adão Vitorino de Morais - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Possas, Maria Teresa Martínez López, José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Paulo Guilherme Déroulède e Andréa Medrado Darzé.
Nome do relator: JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201211
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Data do fato gerador: 30/04/2002, 20/10/2002, 10/11/2002, 20/11/2002 RAIPI. SALDOS DEVEDORES ESCRITURADOS. Os saldos devedores escriturados no livro Registro de Apuração do IPI (RAIPI), pelo próprio contribuinte, não declarados nem pagos, estão sujeitos a lançamento de ofício, acrescidos das cominações legais. CRÉDITOS BÁSICOS. BENS NÃO UTILIZADOS NEM CONSUMIDOS NO PROCESSO PRODUTIVO. GLOSAS. Os produtos que não se enquadram no conceito de matéria prima, produto intermediário e material de embalagem, nos termos da legislação do IPI, não geram créditos básicos desse imposto, passível de aproveitamento. BENS UTILIZADOS NO PROCESSO PRODUTIVO. PROVA. Compete ao contribuinte o ônus de provar as alegações de que os bens cujos créditos foram glosados se enquadram no conceito de insumos, nos termos da legislação do IPI e/ ou são consumidos por contato direto com os insumos processados. Recurso Voluntário Negado.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Fri Feb 22 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 15889.000074/2007-50
anomes_publicacao_s : 201302
conteudo_id_s : 5186917
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Feb 25 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 3301-001.671
nome_arquivo_s : Decisao_15889000074200750.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS
nome_arquivo_pdf_s : 15889000074200750_5186917.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto Relator. (ASSINADO DIGITALMENTE) Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE) José Adão Vitorino de Morais - Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Possas, Maria Teresa Martínez López, José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Paulo Guilherme Déroulède e Andréa Medrado Darzé.
dt_sessao_tdt : Wed Nov 28 00:00:00 UTC 2012
id : 4493923
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:30 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218479325184
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2165; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C3T1 Fl. 408 1 407 S3C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15889.000074/200750 Recurso nº 01 Voluntário Acórdão nº 3301001.671 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 28 de novembro de 2012 Matéria IPI AI Recorrente SANTA CÂNDIDA AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 30/04/2002, 20/10/2002, 10/11/2002, 20/11/2002 AUTO DE INFRAÇÃO. NULIDADE. O Auto de Infração lavrado por Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, com a indicação expressa da fundamentação legal do lançamento, constitui instrumento legal e hábil à exigência do crédito tributário. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Data do fato gerador: 30/04/2002, 20/10/2002, 10/11/2002, 20/11/2002 RAIPI. SALDOS DEVEDORES ESCRITURADOS. Os saldos devedores escriturados no livro Registro de Apuração do IPI (RAIPI), pelo próprio contribuinte, não declarados nem pagos, estão sujeitos a lançamento de ofício, acrescidos das cominações legais. CRÉDITOS BÁSICOS. BENS NÃO UTILIZADOS NEM CONSUMIDOS NO PROCESSO PRODUTIVO. GLOSAS. Os produtos que não se enquadram no conceito de matéria prima, produto intermediário e material de embalagem, nos termos da legislação do IPI, não geram créditos básicos desse imposto, passível de aproveitamento. BENS UTILIZADOS NO PROCESSO PRODUTIVO. PROVA. Compete ao contribuinte o ônus de provar as alegações de que os bens cujos créditos foram glosados se enquadram no conceito de insumos, nos termos da legislação do IPI e/ ou são consumidos por contato direto com os insumos processados. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 88 9. 00 00 74 /2 00 7- 50 Fl. 408DF CARF MF Impresso em 25/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 15 /12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 19/02/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto Relator. (ASSINADO DIGITALMENTE) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE) José Adão Vitorino de Morais Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Possas, Maria Teresa Martínez López, José Adão Vitorino de Morais, Antônio Lisboa Cardoso, Paulo Guilherme Déroulède e Andréa Medrado Darzé. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da DRJ Salvador que julgou procedente, em parte, a impugnação interposta contra o lançamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), referente aos fatos geradores ocorridos nos períodos de competência de janeiro a novembro de 2002. A exigência tributária decorreu da glosa de créditos indevidos e da falta de declaração e pagamento do saldo do imposto, escriturados no livro Registro de Apuração do IPI (RAIPI), conforme Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal às fls. 13/14. Inconformada com o lançamento, a recorrente impugnouo (fls. 283/309), alegando razões assim resumidas por aquela DRJ: “ ocorreu a decadência do direito de a União efetuar parte do lançamento do IPI, tributo sujeito ao lançamento por homologação, cujo prazo de extinção do crédito tributário regese pelo §4º, art. 150 do CTN, uma vez que somente em 01/03/2007, o Fisco se manifestou quanto a glosa dos créditos básicos e do crédito presumido, relativamente aos fatos geradores que compreende desde 2º decêndio de janeiro/2002 ao 3º decêndio de fevereiro/2002; o Auto de Infração e o Termo de Verificação contêm expressões indeterminadas e vagas que não alcançam a obrigação tributária porque não guardam similitude com a realidade, tampouco discriminam quais os produtos adquiridos levaram ao aproveitamento do crédito indevido (fl.20, ou na forma descrita genericamente citada à fl.53), omite dados essenciais para determinação da exigência, uma vez que não indicação precisa dos motivos de fato ou de direito em que se lastreia, o que leva a nulidade do auto de infração, pois o ato administrativo deve trazer elementos essenciais que lhe dão estrutura; A fiscalização deixou de indicar o correto enquadramento legal com ato tido irregular, o que constitui vício substancial, porque atinge a própria identidade da exigência, a exemplo das autuações descritas à fl. 11 na parte que se refere aos saldos devedores à fl. 12, na referência aos créditos básicos indevidos; o auto de infração sem elementos essenciais ao lançamento torna possível a alegação de simples presunção, não podendo subsistir o lançamento do crédito tributário; a fiscalização ao reconstituir o Livro Registro de Apuração do IPI relativamente ao 3º decêndio do mês de outubro/02 apurou saldo credor em favor Fl. 409DF CARF MF Impresso em 25/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 15 /12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 19/02/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 15889.000074/200750 Acórdão n.º 3301001.671 S3C3T1 Fl. 409 3 da impugnante no valor de R$2.578,92. Contudo deixou de transferir o valor daquele saldo credor encontrado para o período de apuração seguinte, comprometendo assim toda a reconstituição da apuração no período posterior da irregularidade apontada; outra irregularidade gravíssima que afeta o auto de infração foram os créditos glosados pelo Fisco, em face da rejeição ao aproveitamento do crédito presumido do IPI do 4º trimestre/2002, objeto de lançamento pelos mesmos auditores fiscais da Receita Federal, no processo 13827.000028/200326, conforme documentos ora anexados, demonstrando a duplicidade da exigência, conforme as razões expostas pela própria Fiscalização às fls. 142, 161/164 do referido processo, docs. 03/04, o que retira a liquidez e certeza do crédito tributário; conforme preliminares, requer a decretação, ab initio, da nulidade, e improcedência da autuação; quanto aos créditos básicos, a fiscalização selecionou, imprópria e inadequadamente, dentre os produtos arrolados no demonstrativo elaborado pela impugnante (fls. 42/106), apenas alguns deles, não se dispondo a conhecer o parque e o processo industrial da impugnante, para verificar onde e como os insumos são empregados e consumidos, conforme definição de insumos trazida pela legislação que transcreve, tendo apenas mencionado que determinados produtos ‘devem ter sido utilizados na instalação e manutenção de máquinas e equipamentos’, o descrevendo o processo industrial, alega que o componente denominado ‘Camisa de Moenda’, destinado a moer o caule da cana de açúcar, anteriormente picado pelas ‘facas’ e desfibrado pelos ‘martelos’ e ainda o ‘chapisco’, processo de soldagem com eletrodos realizada concomitante a moagem da cana, que consome grande quantidade de ‘eletrodos’, além disso, os ‘pentes’ e ‘bagaceiras’, utilizados na limpeza dos frisos dos rolos (camisa de moenda), que se desgastam em função do contato físico diretamente exercido sobre a matériaprima do produto em fabricação; o laudo pericial elaborado por perito do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A – IPT assegura que os produtos intermediários em análise se desgastam em cada operação e são consumidos na execução do programa de produção, sendo considerados insumos de produção ou produtos secundários, assim ainda que não integrem o produto final, os produtos mencionados dão direito ao crédito; não há na apuração do crédito presumido, qualquer restrição ao aproveitamento do benefício advindo da aquisição de insumos por pessoa físicas e cooperativa, ou aquisição de nãocontribuintes das contribuições sociais PIS/Cofins, mas a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa nº 23, de 13 de março de 1997, fez interpretação restritiva ao benefício fiscal da Lei nº 9.363/96, violando os princípios constitucionais, o que fez com que houvesse a exclusão das notas fiscais relativas às aquisições de insumos de pessoas físicas, produtores rurais, violando o direito líquido e certo da manifestante; transcreve jurisprudência administrativa e judicial, bem como entendimento de diversos doutrinadores, que entende corroborar seu entendimento.” Analisada a impugnação, aquela DRJ, julgoua procedente, em parte, conforme acórdão nº 1529.554, datado de 24 de janeiro de 2012, às fls. 352/365, sob as seguintes ementas: Fl. 410DF CARF MF Impresso em 25/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 15 /12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 19/02/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 4 “INSUFICIÊNCIA. FALTA DE RECOLHIMENTO. Apurada a insuficiência ou falta de recolhimento do IPI, é devida sua cobrança, com os encargos legais correspondentes. CRÉDITOS BÁSICOS. Somente os créditos relativos às aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e materiais de embalagem sujeitos ao pagamento do IPI são suscetíveis de escrituração, apuração e aproveitamento. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. PRODUTOS DA ATIVIDADE RURAL. AQUISIÇÕES DE MATÉRIAPRIMA E DE INSUMOS DE PESSOAS FÍSICAS. Pareceres da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional –PGFN, quando aprovados pelo respectivo Ministro de Estado, são vinculantes para todos os órgão administrativos, por força do disposto no art. 19, §§ 4º e 5º da Lei nº 10.522, de 2002. DECADÊNCIA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. COMPENSAÇÃO ESCRITURAL. PAGAMENTO ANTECIPADO. CARACTERIZAÇÃO. A apuração de saldo credor, resultante da compensação com créditos admitidos pelo Regulamento do IPI, equiparase a pagamento antecipado, para efeito de caracterização do lançamento por homologação, determinando como termo inicial do prazo decadencial a data do fato gerador.” Cientificada dessa decisão, a recorrente interpôs recurso voluntário (fls. 375/404), requerendo o cancelamento da parte do crédito tributário mantido pela autoridade julgadora de primeira instância, alegando, em síntese as mesmas razões expendidas na impugnação. Em preliminar, a nulidade do lançamento sob os argumentos de: a) parte estar decaída, nos termos do CTN, art. 150, § 4º, período de junho de 2000 a março de 2001; b) falta de motivação e cerceamento do direito de defesa por insuficiência na demonstração da infração que lhe foi imputada; e, d) inobservância aos princípios da eficiência, razoabilidade, proporcionalidade e verdade material; e, no mérito: i) em face do princípio da não cumulatividade do IPI, tem direito aos créditos básicos glosados pelo autuante; e, ii) nos termos da Lei nº 9.363, de 1996, tem direito de apurar créditos presumidos de IPI sobre aquisições de pessoas físicas. É o relatório. Voto Conselheiro José Adão Vitorino de Morais O recurso apresentado atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. Assim, dele conheço. Em preliminar a recorrente suscita a nulidade do auto de infração e, conseqüentemente do lançamento, sob os argumentos de decadência parcial, falta de motivação Fl. 411DF CARF MF Impresso em 25/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 15 /12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 19/02/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 15889.000074/200750 Acórdão n.º 3301001.671 S3C3T1 Fl. 410 5 e cerceamento de defesa e inobservância aos princípios da eficiência, razoabilidade, proporcionalidade e verdade material. Segundo o Decreto nº 70.235, de 1972, somente são nulas as autuações lavradas por pessoa incompetente, assim dispondo: “Art. 59. São nulos: I os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; (...). Art. 60. As irregularidades, incorreções e omissões diferentes das referidas no artigo anterior não importarão em nulidade e serão sanadas quando resultarem em prejuízo para o sujeito passivo, salvo se este lhes houver dado causa, ou quando não influírem na solução do litígio.” O auto de infração em discussão foi lavrado por AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil, servidor competente para exercer fiscalizações externas de pessoas jurídicas e, se constatadas infrações à legislação tributária, tais falta de declaração/pagamento de tributos devidos, por parte da fiscalizada, tem competência legal para a sua lavratura, com o objetivo de constituir o crédito tributário por meio do lançamento de ofício. No auto de infração em discussão está demonstrada e fundamentada a infração imputada à recorrente, falta de declaração e pagamento do saldo devedor do IPI escriturado e do saldo apurado a partir da reconstituição da escrita fiscal, efetuada em decorrência de glosas de créditos básicos de IPI sobre aquisições que não constituem matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagem. Possíveis incorreções e/ ou deficiências não o torna nulo nem anulável e sim defeituoso ou ineficaz até a sua retificação. Quanto à decadência suscitada, sua apreciação e julgamento nesta fase recursal ficaram prejudicados. Primeiro para os fatos geradores ocorridos no período de janeiro a março de 2002, a autoridade julgadora de primeira instância a reconheceu e determinou a exclusão da parte do crédito tributário correspondente àquele período, mantendo apenas as parcelas lançadas para o 1º, 2º e 3º decêndios de março, para o 2º e 3º de abril, para 2º de outubro e para o 2º e 3º de novembro, todos do ano calendário de 2002. Segundo, para o período alegado pela recorrente, nesta fase recursal, junho de 2000 a março de 2001, o lançamento em discussão não o contemplou. A motivação foi a falta de declaração e pagamento dos saldos devedores do IPI escriturados no RAIPI e do pagamento dos saldos apurados em decorrência da reconstituição da escrita fiscal por força das glosas dos créditos aproveitados indevidamente. A descrição dos fatos e o enquadramento legal e a discriminação das glosas no termo de verificação fiscal permitiram à recorrente impugnar o lançamento e exercer seu direito de defesa, tanto é verdade, que o fez. Finalmente quanto à suscitada inobservância dos princípios da eficiência, razoabilidade, proporcionalidade e verdade material, em momento algum, a recorrente demonstrou afronta a eles. Apenas alegou que não foram observados no lançamento. Fl. 412DF CARF MF Impresso em 25/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 15 /12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 19/02/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 6 Assim, não há que se falar em nulidade do auto de infração e, conseqüentemente do lançamento. No mérito, as matérias se restringem às glosas de créditos básicos e presumidos do IPI. A autoridade julgadora de primeira instância exonerou parte do crédito tributário, mantendo apenas a exigência das parcelas lançadas para o 3º decêndio de abril, 2º de outubro e 1º e 2º de novembro, todos do ano calendário de 2002. A parte do crédito mantido em primeira instância decorre dos saldos devedores escriturados no RAIPI pela própria recorrente, mas não declarados nem pagos, referentes àqueles decêndios, conforme Item 001 IPI LANÇADO, fls. 13, e aos saldos decorrentes de glosas de créditos básicos aproveitados indevidamente, Item 002 – CRÉDITOS INDEVIDOS, fls. 14, ambos constantes da Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal do auto de infração. Quanto à exigência do Item 001, saldos devedores escriturados, não declarados nem pagos, inexiste litígio. Em momento algum a recorrente alegou erro na escrituração. Já às glosas de créditos básicos, nos valores de R$526,17; R$150,52; R$300,25; e R$335,00, aproveitados indevidamente no 3º decêndio de abril, 2º de outubro e nos 1º e 2º de novembro de 2002, respectivamente, se deram pelo fato de não se enquadrarem no conceito de matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagem que geram créditos de IPI, nos termos da legislação deste imposto. As notas fiscais dos bens cujos créditos foram glosadas estão discriminadas de forma detalhada na planilha às fls. 29/30, denominada “ANEXO I – NOTAS FISCAIS – IMPOSTO CREDITADO”, na qual foram discriminados: período de apuração; folhas, datas, números das notas, datas das notas, CNPJ dos fornecedores, valor do IPI, classificação na TIPI e observações, permitindo à recorrente identificar a natureza de cada um dos bens glosados e contestálos. Em seu recurso voluntário, embora a recorrente tenha discorrido sobre os insumos consumidos por ela, em momento algum demonstrou e provou que os bens cujos créditos foram glosados são consumidos no processo de fabricação de seus produtos e/ ou que se desgastam por contato direito com os insumos processados e que não foram ativados. Os custos com equipamentos tais como “camisa de moenda”, “chapisco”, “facas”, “martelos”, “pentes” e “bagaceiras” geram créditos básicos de IPI, desde que comprovados que não foram contabilizados no ativo imobilizado, são consumidos no processo de fabricação dos produtos e/ ou se desgastam por contato direto com os insumos processados. Como a recorrente não provou aquelas condições, se limitando a fazer referência a um laudo pericial do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São – IPI, que, no entanto, não foi carreado aos autos, correto o lançamento. As questões suscitadas em relação ao crédito presumido do IPI ficaram prejudicadas, porque o lançamento em discussão, mais especificamente a parte mantida pela autoridade julgadora de primeira instância, não decorreu de glosas deste crédito. Em face do exposto, rejeito as suscitadas preliminares de nulidade do lançamento e, no mérito, nego provimento ao recurso voluntário. Fl. 413DF CARF MF Impresso em 25/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 15 /12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 19/02/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 15889.000074/200750 Acórdão n.º 3301001.671 S3C3T1 Fl. 411 7 (ASSINADO DIGITALMENTE) José Adão Vitorino de Morais Relator Fl. 414DF CARF MF Impresso em 25/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 15 /12/2012 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 19/02/2013 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
score : 1.0
Numero do processo: 11610.002060/00-13
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Mar 01 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições
Período de apuração: 31/08/1990 a 31/03/1992
FINSOCIAL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRAZO PRESCRICIONAL.
Para os pedidos administrativos protocolizados antes de 09/06/2005, deve ser aplicado o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º com o do art. 168, I, do CTN (tese do 5+5).
Numero da decisão: 9900-000.499
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
OTACÍLIO DANTAS CARTAXO - Presidente.
ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR - Relator.
EDITADO EM: 26/12/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Nome do relator: ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201208
camara_s : Pleno
ementa_s : Assunto: Outros Tributos ou Contribuições Período de apuração: 31/08/1990 a 31/03/1992 FINSOCIAL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRAZO PRESCRICIONAL. Para os pedidos administrativos protocolizados antes de 09/06/2005, deve ser aplicado o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º com o do art. 168, I, do CTN (tese do 5+5).
turma_s : PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Fri Mar 01 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 11610.002060/00-13
anomes_publicacao_s : 201303
conteudo_id_s : 5189521
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Mar 05 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 9900-000.499
nome_arquivo_s : Decisao_116100020600013.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR
nome_arquivo_pdf_s : 116100020600013_5189521.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. OTACÍLIO DANTAS CARTAXO - Presidente. ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR - Relator. EDITADO EM: 26/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
dt_sessao_tdt : Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
id : 4511185
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:41 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218496102400
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1933; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFPL Fl. 231 1 230 CSRFPL MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 11610.002060/0013 Recurso nº Extraordinário Acórdão nº 9900000.499 – Pleno Sessão de 29 de agosto de 2012 Matéria Finsocial Recorrente Fazenda Nacional Recorrida Maquei Auto Peças Ltda. ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Período de apuração: 31/08/1990 a 31/03/1992 FINSOCIAL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRAZO PRESCRICIONAL. Para os pedidos administrativos protocolizados antes de 09/06/2005, deve ser aplicado o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º com o do art. 168, I, do CTN (tese do 5+5). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente. ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR Relator. EDITADO EM: 26/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 61 0. 00 20 60 /0 0- 13 Fl. 235DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 21/0 1/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNI OR 2 de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas, Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de Recurso Extraordinário interposto pela Fazenda Nacional (doc. a fls. 185 e segs.), com fundamento no arts. 9º e 43 do Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF n° 147, de 2007, em face do Acórdão n° 03 05.540, que negou provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional, sob o fundamento de que o prazo prescricional da pretensão à restituição de valores pagos a título de Finsocial começou a correr com a edição da MP n˚ 1.110/95, por meio da qual a Fazenda Nacional teria reconhecida a inconstitucionalidade da exação. Em breve síntese, a recorrente sustenta que: “pelo exame dos artigos 165, inciso I e 168, inciso I, ambos do CTN, constatase que o direito de o sujeito passivo pleitear a restituição total ou parcial de tributo pago indevidamente ou maior que o devido, em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido, EXTINGUESE COM O DECURSO DO PRAZO DE CINCO ANOS, CONTADOS DA DATA DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO”. Em apoio ao seu argumento, sustenta que: “Esse entendimento, conforme ensina Leandro Paulsen, já se firmou na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: ‘A Primeira Seção do STJ, quando do julgamento dos Embargos de Divergência no REsp 435.835SC, em março de 2004, reconsiderou entendimento anterior para firmar posição, agora, no sentido de que a declaração de inconstitucionalidade não influi na contagem do prazo para repetição ou compensação. Entendemos que prevaleceu a melhor orientação. Isso porque o prazo não se altera em função do fundamento do pedido de repetição, de modo que a declaração de inconstitucionalidade, pelo Supremo, não tem implicação na sua contagem. Efetivamente, o direito à repetição não se origina da decisão do STF. Cada contribuinte, antes mesmo de qualquer decisão do STF, tem a possibilidade de buscar no Judiciário, o reconhecimento do direito à repetição ou à compensação com fundamento em inconstitucionalidade forte no controle difuso’(Grifou se). O posicionamento adotado no EREsp acima mencionado já se encontra pacificado naquela Corte. Foi inclusive reiterado, recentemente, pelo voto condutor do eminente Ministro Teori Albino Zavascki, no REsp 747.091/SC. Vejase: ‘Considerouse ser irrelevante, para efeito da contagem do prazo prescricional, a causa do recolhimento indevido (v.g., pagamento a maior ou declaração de inconstitucionalidade do tributo pelo Supremo), eliminandose a anterior distinção Fl. 236DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 21/0 1/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNI OR Processo nº 11610.002060/0013 Acórdão n.º 9900000.499 CSRFPL Fl. 232 3 entre repetição de tributos cuja cobrança foi declarada em controle concentrado e em controle difuso, com ou sem edição de resolução pelo Senado Federal (...)’ (Grifouse).” Em despacho a fls. 206, o Presidente da Câmara Superior de Recursos Fiscais admitiu o Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional, por entender que atendia aos pressupostos de recorribilidade. Cientificada do recurso extraordinário da Fazenda Nacional, o contribuinte apresentou contrarrazões.a fls.213/229. Voto Conselheiro Alberto Pinto Souza Junior Ao analisar mais detidamente o acórdão paradigma (Acórdão n˚ 0202.088) aduzido pela recorrente, verifico que, embora o Relator tenha feito menção a posição predominante à época neste Colegiado, qual seja, a de que o dies a quo do prazo prescricional se desloca para a data da publicação da Resolução Senatorial, essa não foi a ratio decidendi do julgado, mas sim, mero obiter dictum. Tanto é assim que na ementa do acórdão sequer qualquer menção foi feita acerca desse entendimento. Aliás, o Relator não poderia sustentar as duas posições ao mesmo tempo, ainda que, naquele caso, elas levassem ao mesmo resultado, pois elas são excludentes, razão que demonstra ainda mais o caráter acessório do comentário feito sobre a posição majoritária então vigente. Assim, a verificação da divergência deve ser feita à luz do posicionamento que efetivamente foi adotado no acórdão paradigma, qual seja, que o dies a quo do prazo prescricional é aquele indicado no art. 168, I, do CTN. Por essa razão conheço do recurso extraordinário da Fazenda Nacional, pois resta presente o dissídio jurisprudencial. Por força do disposto no art. 62A do RICARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelo art. 543C do CPC, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Assim, reproduzo o que fora decidido no REsp nº 1.110.578/SP, representativo de controvérsia julgado pela sistemática do art. 543 do CPC, cuja ementa a seguir transcrevo: REsp 1110578 /SP RECURSO ESPECIAL 2009/00083134 Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) Órgão Julgador S1 PRIMEIRA SEÇÃO Data do Julgamento 12/05/2010 Data da Publicação/Fonte DJe 21/05/2010RT vol. 900 p. 204 Ementa TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART.543C, DO CPC. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA.TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL. Fl. 237DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 21/0 1/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNI OR 4 PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO INICIAL. PAGAMENTO INDEVIDO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO DE OFÍCIO. 1. O prazo de prescrição quinquenal para pleitear a repetição tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício, é contado da data em que se considera extinto o crédito tributário, qual seja, a data do efetivo pagamento do tributo, a teor do disposto no artigo168, inciso I, c.c artigo 156, inciso I, do CTN. (Precedentes: REsp 947.233/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em23/06/2009, DJe 10/08/2009; AgRg no REsp 759.776/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/03/2009, DJe20/04/2009; REsp 857.464/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe 02/03/2009; AgRg no REsp1072339/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em03/02/2009, DJe 17/02/2009; AgRg no REsp. 404.073/SP, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJU 31.05.07; AgRg no REsp.732.726/RJ, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, Primeira Turma, DJU21.11.05) 2. A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso) é despicienda para fins de contagem do prazo prescricional tanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento de ofício. (Precedentes: EREsp 435835/SC, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, Rel. p/ Acórdão Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA SEÇÃO,julgado em 24/03/2004, DJ 04/06/2007; AgRg no Ag 803.662/SP, Rel.Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/02/2007, DJ19/12/2007) 3. In casu, os autores, ora recorrentes, ajuizaram ação em 04/04/2000, pleiteando a repetição de tributo indevidamente recolhido referente aos exercícios de 1990 a 1994, ressoando inequívoca a ocorrência da prescrição, porquanto transcorrido o lapso temporal quinquenal entre a data do efetivo pagamento do tributo e a da propositura da ação. 4. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução STJ 08/2008."[grifo nosso] Do julgado acima transcrito, de plano já se conclui que o acórdão recorrido merece reforma, pois, como ali decidido, "declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso) é despicienda para fins de contagem do prazo prescricional tanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento de ofício". Resta, então saber qual o prazo prescricional, quando se tratar de tributo sujeito ao lançamento por homologação, pois a posição adotada no item 1 do acórdão acima transcrito referese unicamente aos lançamentos de ofício. Sobre tal questão, já decidiu o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o recurso representativo da controvérsia RE n. 566.621/RS; como também o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o recurso representativo de controvérsia REsp n. 1.269.570MG. Tal posição jurisprudencial foi muito bem sintetizada na ementa do REsp 1089356/PR, a qual assim dispõe: Fl. 238DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 21/0 1/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNI OR Processo nº 11610.002060/0013 Acórdão n.º 9900000.499 CSRFPL Fl. 233 5 REsp 1089356 / PR RECURSO ESPECIAL 2008/02103521 Relator(a) Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) Órgão Julgador T2 SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 02/08/2012 Data da Publicação/Fonte DJe 09/08/2012 Ementa TRIBUTÁRIO. RECURSOS ESPECIAIS. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. ART. 543B, § 3º, DO CPC. MANDADO DE SEGURANÇA QUE ATACA INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE SALDOS NEGATIVOS DA CSLL REFERENTES AO EXERCÍCIO DE 1996. PEDIDO ADMINISTRATIVO PROTOCOLADO ANTES DE 09.06.2005. INAPLICABILIDADE DA LEI COMPLEMENTAR N. 118/2005 E DO ART. 16 DA LEI N. 9.065/95. 1. Tanto o STF quanto o STJ entendem que, para as ações de repetição de indébito relativas a tributos sujeitos a lançamento por homologação ajuizadas de 09.06.2005 em diante, deve ser aplicado o prazo prescricional quinquenal previsto no art. 3º da Lei Complementar n. 118/2005, ou seja, prazo de cinco anos com termo inicial na data do pagamento. Já para as ações ajuizadas antes de 09.06.2005, deve ser aplicado o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, §4º com o do art. 168, I, do CTN (tese do 5+5). Precedente do STJ: recurso representativo da controvérsia REsp n. 1.269.570MG, 1ª Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 23.05.2012. Precedente do STF (repercussão geral): recurso representativo da controvérsia RE n. 566.621/RS, Plenário, Rel. Min. Ellen Gracie, julgado em 04.08.2011. 2. No caso, embora se trate de mandado de segurança ajuizado no ano de 2007, houve observância do prazo do art. 18 da Lei n. 1.533/51 e a impetrante impugna o ato administrativo que decretou a prescrição do seu direito de pleitear a restituição dos saldos negativos da CSLL referentes ao anocalendário de 1995, exercício de 1996, cujo pedido de restituição foi protocolado administrativamente em 05.07.2002, antes, portanto, da Lei Complementar n. 118/2005. Diante das peculiaridades dos autos, o Tribunal de origem decidiu que o prazo prescricional deve ser contado da data de protocolo do pedido administrativo de restituição. Em assim decidindo, a Turma Regional não negou vigência ao art. 168, I, do CTN; muito pelo contrário, observou entendimento já endossado pela Primeira Turma do STJ (REsp 963.352/PR, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 13.11.2008). 3. No tocante ao recurso da impetrante, deve ser mantido o acórdão do Tribunal de origem, embora por outro fundamento, pois, ainda que o art. 16 da Lei n. 9.065/95 não se aplique nas hipóteses de restituição, via compensação, de saldos negativos da CSLL, no caso a impetrante formulou administrativamente simples pedido de restituição. Na Fl. 239DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 21/0 1/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNI OR 6 espécie, ao adotar a data de homologação do lançamento como termo inicial do prazo prescricional quinquenal para se pleitear a restituição do tributo supostamente pago a maior, o Tribunal de origem considerou tempestivo o pedido de restituição, o qual, por conseguinte, deverá ter curso regular na instância administrativa. Mesmo que a decisão emanada do Poder Judiciário não contemple a possibilidade de compensação dos saldos negativos da CSLL com outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, nada obsta que a impetrante efetue a compensação sob a regência da legislação tributária posteriormente concebida. 4. Recurso especial da Fazenda Nacional parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido, e recurso especial da impetrante não provido, em juízo de retratação. Em suma, temos que: a) para as ações de repetição de indébito relativas a tributos sujeitos a lançamento por homologação ajuizadas de 09/06/2005 em diante, deve ser aplicado o prazo prescricional quinquenal previsto no art. 3º da Lei Complementar n. 118/2005, ou seja, prazo de cinco anos com termo inicial na data do pagamento; e b) para as ações ajuizadas antes de 09/06/2005, deve ser aplicado o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º com o do art. 168, I, do CTN (tese do 5+5). Todavia, o julgado acima transcrito foi além do decidido nos recursos representativos de controvérsia retro citados, pois sustentou que tais conclusões se aplicariam também em caso de pedido administrativo, ou seja, as mesmas considerações acerca da data do ajuizamento da ação de repetição de indébito, para fins de determinação do dies a quo do prazo prescricional, seriam também aplicáveis em caso de restituição pedida diretamente à Administração Tributária. Sobre tal ponto, embora não seja caso de aplicação do art. 62A, já que o referido recurso especial não foi julgado pela sistemática do art. 543C do CPC, adoto tal entendimento para então concluir que: a) para os pedidos administrativos de restituição relativos a tributos sujeitos a lançamento por homologação protocolizados de 09/06/2005 em diante, deve ser aplicado o prazo prescricional quinquenal previsto no art. 3º da Lei Complementar n. 118/2005, ou seja, prazo de cinco anos com termo inicial na data do pagamento; e b) para os pedidos administrativos protocolizados antes de 09/06/2005, deve ser aplicado o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150, § 4º com o do art. 168, I, do CTN (tese do 5+5). In casu, como o pedido foi protocolizado em 31/08/2000, aplicase a cumulação dos prazos do art. 150, § 4˚, com o do art. 168, I, do CTN, ou seja, dez anos contados do fato gerador, razão pela qual concluo ser tempestivo o pedido de restituição dos pagamentos a título de Finsocial relativos aos fatos geradores de 08/1990 a 03/1992. Em face do exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso extraordinário da Fazenda Nacional e determinar o retorno dos autos à Delegacia da Receita Federal de Julgamento, para enfrentamento do mérito do pedido de restituição/compensação em tela. Alberto Pinto Souza Junior Relator Fl. 240DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 21/0 1/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNI OR Processo nº 11610.002060/0013 Acórdão n.º 9900000.499 CSRFPL Fl. 234 7 Fl. 241DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 21/0 1/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNI OR
score : 1.0
Numero do processo: 10830.003435/2009-33
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 19 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Oct 25 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/06/2006 a 31/07/2007
OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL - RESPONSABILIDADE - PROPRIETÁRIO - EMPREITADA TOTAL - REQUISITOS - NÃO CUMPRIMENTO - DESCARACTERIZAÇÃO
A obrigação pelo recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre mão de obra utilizada em obra de construção civil é do proprietário. Tal responsabilidade só pode ser transferida no caso de execução da obra por empreitada total contratada com empresa construtora que é aquela cujo objeto social seja a indústria de construção civil e seja registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA). Além disso, a empresa construtora deve assumir a responsabilidade direta pela execução de todos os serviços necessários à realização da obra, compreendidos em todos os projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de material, como também pela matrícula da obra
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2402-003.090
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso
Ana Maria Bandeira- Relatora.
Júlio César Vieira Gomes Presidente
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
Nome do relator: ANA MARIA BANDEIRA
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201209
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/06/2006 a 31/07/2007 OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL - RESPONSABILIDADE - PROPRIETÁRIO - EMPREITADA TOTAL - REQUISITOS - NÃO CUMPRIMENTO - DESCARACTERIZAÇÃO A obrigação pelo recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre mão de obra utilizada em obra de construção civil é do proprietário. Tal responsabilidade só pode ser transferida no caso de execução da obra por empreitada total contratada com empresa construtora que é aquela cujo objeto social seja a indústria de construção civil e seja registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA). Além disso, a empresa construtora deve assumir a responsabilidade direta pela execução de todos os serviços necessários à realização da obra, compreendidos em todos os projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de material, como também pela matrícula da obra Recurso Voluntário Negado
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Oct 25 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 10830.003435/2009-33
anomes_publicacao_s : 201210
conteudo_id_s : 5174353
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Oct 25 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 2402-003.090
nome_arquivo_s : Decisao_10830003435200933.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : ANA MARIA BANDEIRA
nome_arquivo_pdf_s : 10830003435200933_5174353.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso Ana Maria Bandeira- Relatora. Júlio César Vieira Gomes Presidente Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
dt_sessao_tdt : Wed Sep 19 00:00:00 UTC 2012
id : 4340729
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:54:32 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218500296704
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1757; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T2 Fl. 2 1 1 S2C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10830.003435/200933 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2402003.090 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 19 de setembro de 2012 Matéria CONSTRUÇÃO CIVIL: ARBITRAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES Recorrente MÁRIO SIMÕES MOREIRA NETO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/06/2006 a 31/07/2007 OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL RESPONSABILIDADE PROPRIETÁRIO EMPREITADA TOTAL REQUISITOS NÃO CUMPRIMENTO DESCARACTERIZAÇÃO A obrigação pelo recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre mão de obra utilizada em obra de construção civil é do proprietário. Tal responsabilidade só pode ser transferida no caso de execução da obra por empreitada total contratada com empresa construtora que é aquela cujo objeto social seja a indústria de construção civil e seja registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA). Além disso, a empresa construtora deve assumir a responsabilidade direta pela execução de todos os serviços necessários à realização da obra, compreendidos em todos os projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de material, como também pela matrícula da obra Recurso Voluntário Negado AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 00 34 35 /2 00 9- 33 Fl. 130DF CARF MF Impresso em 25/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/10/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 07/10/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso Ana Maria Bandeira Relatora. Júlio César Vieira Gomes – Presidente Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues. Fl. 131DF CARF MF Impresso em 25/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/10/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 07/10/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10830.003435/200933 Acórdão n.º 2402003.090 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Tratase de lançamento de contribuições devidas à Seguridade Social, correspondentes à contribuição da empresa e a destinada ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho. Segundo o Relatório Fiscal da Infração (fls. 15/17), o autuado protocolou em julho/2007 Declaração e Informação sobre Obra de Construção Civil DISO nº 546/2007, solicitando regularização de obra junto ao órgão. Em 20/07/2007, foi emitido o Aviso de Regulação de Obra – ARO 12062, com ciência ao contribuinte na mesma data. Em 06/03/2009, o contribuinte foi intimado a apresentar os comprovantes de recolhimento referentes à obra e não o fez. Foi efetuado o lançamento tomando por base além do DISO e do ARO, os projetos arquitetônicos protocolados sob nº 2.243, de 22/04/1996 e 6.326, de 28/06/2007, bem como o Habitese nº 151/07, de 04/07/2007. O autuado teve ciência do lançamento em 17/04/2009 e apresentou defesa (fls. 27/30) onde alega que pelo contrato nº 012/96, de 25/01/1996, contratou a construção de uma casa préfabricada sob o regime de empreitada global, com a empresa R2 Business – Serviços, Comércio e Construtora Ltda. Informa que segundo disposição contratual, correriam por conta da empresa todas as despesas decorrentes da exata e integral observância da legislação trabalhista, previdenciária e fiscal. Argumenta que como a empresa contratada não recolheu os valores previdenciários, o autuado pleiteou um parcelamento dos débitos ao tomar conhecimento do fato. Posteriormente, o imóvel teria sido vendido à Sra Rosalertte Soeiro Meirelles que assumiu a obrigação do pagamento de todos os débitos relativos a ele. Ressalta que a propriedade plena do imóvel foi transmitida pelo autuado à compradora em 20/06/2008, por força de escritura pública lavrada no Cartório de Notas de Louveira/SP. Entende que não poderia ser penalizada por infração cometida por terceiros, no caso a empresa contratada. Além disso, a obrigação agora caberia à adquirente do imóvel, em razão da transferência do direito de propriedade. Pelo Acórdão nº 0533.353 (fls. 80/81), a 6ª Turma da DRJ Campinas considerou a autuação procedente. Fl. 132DF CARF MF Impresso em 25/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/10/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 07/10/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 4 Contra tal decisão, o autuado apresenta recurso tempestivo (fl. 94/97), onde efetua repetição das alegações de defesa É o relatório. Fl. 133DF CARF MF Impresso em 25/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/10/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 07/10/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10830.003435/200933 Acórdão n.º 2402003.090 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheira Ana Maria Bandeira, Relatora O recurso é tempestivo e não há óbice ao seu conhecimento. O recorrente argumenta que não seria responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre a mão de obra utilizada na obra de construção civil em questão. Inicialmente alega que a responsabilidade seria da empresa contratada para edificação da obra, R2 Business – Serviços, Comércio e Construtora Ltda, cuja contratação se deu por empreitada global. A princípio, a responsabilidade pelas contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração paga aos segurados que prestaram serviços em uma obra de construção civil é do proprietário que, inclusive, é equiparado à empresa, conforme se verifica do trecho de Decreto nº 3.048/1999, abaixo transcrito: Art.12. Consideramse: Iempresaa firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração pública direta, indireta e fundacional; e IIempregador domésticoaquele que admite a seu serviço, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. Parágrafo único.Equiparamse a empresa, para os efeitos deste Regulamento: (...) IVo proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviço A responsabilização deixa de ser do dono da obra quando este efetua um contrato por empreitada total com empresa construtora que passa a ser responsável pelo recolhimento das contribuições devidas. No entanto, para que se caracterize uma empreitada total, alguns requisitos devem ser cumpridos. A Instrução Normativa SRP nº 03/2005, vigente à época do lançamento, estabelecia o conceito de empreitada total, no art. 413, inciso XXVIII, alínea “a” Fl. 134DF CARF MF Impresso em 25/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/10/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 07/10/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 6 Art, 413 – Considerase: (...) XXVIII contrato de construção civil ou contrato de empreitada (também conhecido como contrato de execução de obra, contrato de obra ou contrato de edificação), aquele celebrado entre o proprietário do imóvel, o incorporador, o dono da obra ou o condômino e uma empresa, para a execução de obra ou serviço de construção civil, no todo ou em parte, podendo ser: a) total, quando celebrado exclusivamente com empresa construtora, definida no inciso XX, que assume a responsabilidade direta pela execução de todos os serviços necessários à realização da obra, compreendidos em todos os projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de material; b) parcial, quando celebrado com empresa construtora ou prestadora de serviços na área de construção civil, para execução de parte da obra, com ou sem fornecimento de material; Já o inciso XX mencionado, assim definia empresa construtora: XX empresa construtora, a pessoa jurídica legalmente constituída, cujo objeto social seja a indústria de construção civil, com registro no CREA, na forma do art. 59 da Lei nº 5.194, de 1966; Assim, só há que se retirar a responsabilidade do proprietário ou dono da obra se este efetuar um contrato de empreitada total com empresa construtora, passando esta a responder pela obra. No caso em tela, apesar de o contrato mencionar que seria de empreitada global, o item 16.7 é claro no sentido de quem seria a responsabilidade pela obra, conforme pode ser visto do trecho transcrito: 16.7 É de inteira responsabilidade do Contratante a matrícula da obra no INSS, bem como o pagamento dos encargos devidos Além disso, o recorrente ainda tenta transferir a responsabilidade pelas contribuições relativas à obra à Sra Rosalertte Soeiro Meirelles que teria assumido a obrigação do pagamento de todos os débitos e que a propriedade plena do imóvel foi transmitida pelo autuado à compradora em 20/06/2008, por força de escritura pública lavrada no Cartório de Notas de Louveira/SP. No entanto, o que o recorrente junta aos autos às folhas 40/42 é apenas um Instrumento Particular de Compromisso de Compra e Venda, não contendo sequer o reconhecimento de firma dos interessados e registro em cartório, ou seja, não demonstra que o negócio efetivamente se concretizou. Haja vista que o recorrente não demonstrou ter transferido a propriedade do imóvel a outra pessoa, tornase desnecessário discutir sobre a transferência do ônus tributário ao adquirente. Fl. 135DF CARF MF Impresso em 25/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/10/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 07/10/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 10830.003435/200933 Acórdão n.º 2402003.090 S2C4T2 Fl. 5 7 Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta. Voto no sentido de CONHECER do recurso e NEGARLHE PROVIMENTO. Ana Maria Bandeira Relatora Fl. 136DF CARF MF Impresso em 25/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/10/2012 por ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 07/10/2012 p or ANA MARIA BANDEIRA, Assinado digitalmente em 22/10/2012 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
score : 1.0
Numero do processo: 15983.000301/2007-79
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 20 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Feb 07 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 2402-000.294
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência.
Julio Cesar Vieira Gomes Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Julio Cesar Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
Nome do relator: JULIO CESAR VIEIRA GOMES
1.0 = *:*
toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201211
camara_s : Quarta Câmara
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Feb 07 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 15983.000301/2007-79
anomes_publicacao_s : 201302
conteudo_id_s : 5183637
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Feb 07 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 2402-000.294
nome_arquivo_s : Decisao_15983000301200779.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : JULIO CESAR VIEIRA GOMES
nome_arquivo_pdf_s : 15983000301200779_5183637.pdf
secao_s : Segunda Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência. Julio Cesar Vieira Gomes Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Julio Cesar Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues.
dt_sessao_tdt : Tue Nov 20 00:00:00 UTC 2012
id : 4481915
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:19 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041218502393856
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1137; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T2 Fl. 298 1 297 S2C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15983.000301/200779 Recurso nº Embargos Resolução nº 2402000.294 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 20 de novembro de 2012 Assunto DECADÊNCIA Embargante FAZENDA NACIONAL Interessado CENTRAL PARK DE IDIOMAS E MAT DIDÁTICOS LTDA Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência. Julio Cesar Vieira Gomes – Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Julio Cesar Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado, Ronaldo de Lima Macedo, Thiago Taborda Simões e Nereu Miguel Ribeiro Domingues. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 59 83 .0 00 30 1/ 20 07 -7 9 Fl. 298DF CARF MF Impresso em 07/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/01/2013 por SELMA RIBEIRO COUTINHO, Assinado digitalmente em 23/01/20 13 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15983.000301/200779 Resolução nº 2402000.294 S2C4T2 Fl. 299 2 Relatório Tratamse de Embargos de Declaração com fundamento no artigo 65 do Regimento Interno do CARF, opostos pelo contribuinte contra acórdão desta turma: Art. 65. Cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Alega o embargante a ocorrência de contradição quanto à conclusão de que o embargado teria realizado recolhimentos pela sistemática do SIMPLES e por essa razão seria aplicado o prazo decadencial no artigo 150, §4º do CTN. Os fundamentos são: Para o período lançado a embargada já estava excluída do SIMPLES; De acordo com os anexos do relatório fiscal somente haveria recolhimento para o mês 04/2002. É o relatório. Fl. 299DF CARF MF Impresso em 07/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/01/2013 por SELMA RIBEIRO COUTINHO, Assinado digitalmente em 23/01/20 13 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15983.000301/200779 Resolução nº 2402000.294 S2C4T2 Fl. 300 3 Voto Conselheiro Julio Cesar Vieira Gomes, Relator Comprovado nos autos o cumprimento dos pressupostos de admissibilidade do recurso, passo ao exame. Embora os relatórios Discriminativo Analítico de Débito DAD e Relatório de Apropriação de Documentos Apresentados RDA exibam, em tese, os recolhimentos efetuados pelo contribuinte, como se tratam de empresas que fazem pagamentos pelo SIMPLES, muitas vezes a fiscalização não os considera para redução da contribuição e daí não os inclui no relatório. De fato, no relatório fiscal não há menção a esses recolhimentos, mas também não se pode com isso afirmar categoricamente que não teriam havido recolhimentos. Ressaltase que a recorrente discute em juízo seu enquadramento no SIMPLES e não se afasta a possibilidade de, uma vez entendendo que teria o direito, permanecer fazendo os recolhimentos pela sistemática do SIMPLES. Outro elemento é que a fiscalização somente lançou contribuições patronais. As empresas optantes pelo SIMPLES recolhem normalmente as contribuições descontadas dos segurados. Pode ter sido esse o motivo de não as lançar. Contudo, vêse que pelos elementos dos autos, de fato, não se pode concluir com segurança em um sentido ou outro. Daí entendo que o julgamento deva ser convertido em diligência para que sejam trazidas as informações sobre os pagamentos realizados pelo contribuinte. Diante do exposto, voto por acolher os embargos opostos para que o julgamento seja convertido em diligência. Após seu cumprimento, seja oportunizado ao recorrente o direito de manifestação no prazo de 30 dias. É como voto. Julio Cesar Vieira Gomes Fl. 300DF CARF MF Impresso em 07/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/01/2013 por SELMA RIBEIRO COUTINHO, Assinado digitalmente em 23/01/20 13 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
score : 1.0
