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Numero do processo: 10850.000004/2001-20
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 24 00:00:00 UTC 2011
Ementa: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano calendário:1995
IRPJ.CSLL. SALDO NEGATIVO. PROVA. OFERECIMENTO DE
RECEITAS FINANCEIRAS. TRIBUTAÇÃO.
Constatada através de diligência que determinada receita escriturada foi oferecida à tributação desaparece a prejudicial ligada ao não aproveitamento dos IRRF vinculado a essa receita.
COMPENSAÇÃO. SALDOS PERÍODOS ANTERIORES. DUPLICIDADE.
É incabível o aproveitamento de parcelas de créditos de períodos anteriores já utilizados em outros processos.
Numero da decisão: 1401-000.688
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, DAR provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: ANTONIO BEZERRA NETO
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SALDO NEGATIVO. PROVA. OFERECIMENTO DE RECEITAS FINANCEIRAS. TRIBUTAÇÃO. Constatada através de diligência que determinada receita escriturada foi oferecida à tributação desaparece a prejudicial ligada ao não aproveitamento dos IRRF vinculado a essa receita. COMPENSAÇÃO. SALDOS PERÍODOS ANTERIORES. DUPLICIDADE. É incabível o aproveitamento de parcelas de créditos de períodos anteriores já utilizados em outros processos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, DAR provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Jorge Celso Freire da Silva – Presidente (assinado digitalmente) Antonio Bezerra Neto – Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Bezerra Neto, Alexandre Antônio Alkmim Teixeira, Eduardo Martins Neiva Monteiro, Maurício Pereira Faro, Karem Jureidini Dias e Jorge Celso Freire da Silva. Fl. 265DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 266 2 Relatório Tratase de recurso voluntário contra o Acórdão nº 10.030, da 5ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Ribeirão PretoSP. Por economia processual, adoto e transcrevo o relatório constante na decisão de primeira instância: Em 26/12/2000 a interessada aviou pedido de restituição do valor de R$ 171.370,13 ao motivo de pagamento a maior de Imposto de RendaPessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), relativos ao anocalendário de 1995, o qual se fez acompanhado de cópia da declaração de rendimentos (DIRPJ) apresentada em 30/04/98 e que dá pela apuração do lucro real anual, como também de cópia de comprovantes de rendimentos e retenções de imposto na fonte emitidos por Sucocítrico Cutrale Ltda. e Banco Bamerindus do Brasil S/A. Em maio de 2003 a Delegacia da Receita Federal em São José do Rio Preto iniciou procedimento de diligência fiscal para fins de comprovação da certeza e liquidez dos créditos pretendidos, intimando a peticionária à apresentação de livros comerciais e fiscais, notas fiscais de prestação de serviços, balanços ou balancetes mensais e demonstração de resultado do exercício, fl. 83, vindo aos autos os documentos de fls. fls. 92/119. Adveio o despacho decisório de fls. 138/140 indeferindo o pedido da contribuinte ao fundamento, em síntese, que a diligência fiscal realizada em março de 2005, fls. 132/136, mostra o fato da contribuinte ter declarado receita a menor, na ordem de R$ 406.005,79, como também, que o valor do imposto de renda retido pelas fontes indicado na DIRPJ, na importância de R$ 158.935,90, é superior aos R$ 17.227,09 encontrados pelo Fisco e, ainda, que não se comprovou a quantia de R$ 10.284,72 declarada a título de imposto devido com base na receita bruta ou derivado de balanço de suspensão ou redução, ambas constantes na ficha 08 da DIRPJ à fl. 63. Em decorrência, apresenta quadro de recomposição dos valores, com os ajustes relatados, donde conclui que a contribuinte passa a condição inversa, qual seja, com imposto de renda e contribuição social a serem complementados. Fundamentou, ainda, com relação à escrituração, que houve desrespeito à legislação já que o livro LALUR não demonstra as adições e exclusões, não contém os registros da parte “B” e encontrase sem as assinaturas do representante legal da empresa e do contador. Quanto ao livro Diário, que só foi registrado em Cartório em 14/01/1998, contrariando as determinações da Instrução Normativa SRF nº 16, de 1984, que limita o prazo destes registros até a data fixada para entrega da Fl. 266DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 267 3 declaração, com a agravante de encontrarse desprovido da assinatura do representante legal da empresa. Cientificada dessa decisão, (..)a interessada argumenta, em síntese, que a constatação fiscal de falta de registro de receita apresenta erro de cálculo, pois não seriam os R$ 406.005,79 imputados na medida em que o Fisco apurou receita total na ordem de R$ 1.654.862,74 e a ficha nº 03 da DIRPJ indica R$ 1.243.338,64 sendo a diferença, então, de R$ 411.524,10. Todavia a diferença real entre as notas fiscais e o balanço é de R$ 415.647,80 e se refere às notas fiscais nºs. 182 a 190 do estabelecimento matriz e notas fiscais nºs. 200 a 208 do estabelecimento filial que, embora emitidas no mês de janeiro de 1995 foram escrituradas no ano de 1994, como receitas a realizar, conforme cópias do livro Diário nº 04 ora juntadas, assim procedendo porque as despesas relativas a estas receitas foram contabilizadas no ano de 1994. Frisa que o evento não pode impedir a restituição, pois, caso contrário, terá que ser refeita a contabilidade para apurar um valor maior a restituir no ano de 1994, embora menor no ano de 1995, o que é prejudicial ao Erário em face de maior atualização monetária a ser restituída. Quanto ao imposto de renda retido na fonte reconhece ser equivocada a cifra declarada (R$ 158.935,90), entendendo ser correta a importância indicada pelo Fisco, na ordem de R$ 17.227,09. Relativamente à dedução do valor de R$ 10.284,72, feito constar na linha destinada ao imposto pago com base na receita bruta diz, textualmente, que referese ao saldo acumulado de conta corrente de tributos a recuperar de nos anteriores, com base em recolhimentos feitos nos anos de 1993 e 1994, acrescidos da devida atualização monetária, conforme se vê dos balancetes juntados aos autos. Após insurgirse contra o demonstrativo fiscal que expressou situação de dívida para com os cofres públicos, ora por erros de cálculo, que diminuiria o valor do débito, ora pela necessidade de se levar em conta a antecipação de receitas, que restabeleceria sua condição de credora, argüi que não fez mensalmente a escrituração da parte “B” do livro LALUR porque desnecessária e quanto à sua parte “A” foi devidamente assinada pelo sócio da empresa e pelo contador nesta oportunidade, conforme cópia juntada, óbice superável porque a IN/SRF nº 28, de 1978, dispensa o registro e autenticação deste livro por órgão oficial, e no tocante ao livro Diário, de ver que em face da retificação da declaração do IRPJ o livro Diário também foi refeito, de sorte que não poderia ter sido registrado até a data fixada para entrega daquela, em 30/04/1996, importando que isso se deu anteriormente ao pedido de restituição, como também, que não há norma impeditiva da repetição quando constatado o registro extemporâneo deste livro no órgão próprio, sendo de observar, mais, que embora nele não Fl. 267DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 268 4 conste a assinatura do representante legal da empresa há assinatura do contador, profissional que responde pelas informações ali prestadas, a par da dispensabilidade do requisito, tanto que o Cartório fez o registro. Por fim, requereu que as novas intimações se operem no endereço profissional do procurador. Em decisão de fls. 137 a 142, a DRJRibeirão PretoSP, por unanimidade de votos, indeferiu a solicitação, nos termos da ementa que se transcreve: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Anocalendário: 1995 Ementa: A restituição de parcelas do imposto de renda retidas mensalmente por fontes pagadoras, em face de apontada apuração anual de base de cálculo (lucro) menor que aquelas tomadas para os recolhimentos, reclama contabilidade regular, de sorte a restar sobejamente comprovada realidade econômica diversa daquelas anteriormente tomadas em conta e que possa, como efeito, transmudar a receita pública na situação de indébito fiscal. Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL Anocalendário: 1995 Ementa: A restituição de parcelas da contribuição social sobre o lucro, em face de apontada apuração anual de base de cálculo (lucro) menor que aquelas tomadas para as antecipações, reclama contabilidade regular, de sorte a restar sobejamente comprovada realidade econômica diversa daquelas anteriormente tomadas em conta e que possa, como efeito, transmudar a receita pública na situação de indébito fiscal.. Irresignada com a decisão de primeira instância, a interessada, às fls. 231 a 237, interpôs recurso voluntário a este Primeiro Conselho de Contribuinte, reafirmando os tópicos trazidos anteriormente na impugnação e aduzindo em complemento o seguinte: em relação ao fato de ter apresentado DIRPJ pelo lucro real em branco, em 29/04/96 e a retificadora em 30/04/1998 (fl. 134), entende que “o registro é apenas informativo, mera curiosidade que não muda em nada seu direito de restituição”. Aduz ainda que a IN 166/99 afirma textualmente que a entrega da declaração retificadora substitui por completo a original e tem a mesma natureza da substituída; a diferença apontada pelo autuante no valor de R$ 406.005,79 está equivocada (erro de cálculo). Isto porque deduzindose do valor das notas fiscais emitidas pela empresa o valor informado na DIRPJ, ficha 03, linha 07, o valor da divergência é de R$ 411.524,10 (R$ 1.654.862,74 – R$ 1.243.338,64). No entanto, a diferença real entre as notas fiscais de prestação de serviço e o balanço é de R$ 415.647,80. Este valor referese às notas fiscais de prestação de serviços de n. 182 a 190, referente ao CNPJ 65.707.960/000131 (matriz) e notas fiscais de prestação de serviços de n. 200 a 208, relativas ao CNPJ 65.707.960/000212 (filial). Embora tais notas tenham sido emitidas no mês de janeiro de Fl. 268DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 269 5 1995, elas foram escrituradas no Diário nº 4 relativo ao anocalendário de 1994, às fls. 241 e 245, como receitas a realizar e oferecidas à tributação naquele ano de 2004, conforme se vê das cópias do livro ora juntadas (fls. 235 e seguintes); tal procedimento ocorreu porque os valores referentes às notas fiscais referemse a reembolso de encargos trabalhistas e previdenciários, bem como ao PIS, Cofins, ISS, Sindical e outros tributos, referentes ao mês de dezembro de 1994, tendo em vista o regime de competência. A receita foi antecipada porque as despesas correlatas foram lançadas no anobase de 1994. De outra forma, produziria um prejuízo fiscal artificial naquele ano, o que não corresponderia à realidade. Dessa forma, a diferença apontada não pode ser medida impeditiva da restituição nem muito menos obrigar o contribuinte a refazer sua contabilidade para obter um valor maior a restituir no anobase de 1994 e um valor menor no anobase de 1995, o que seria prejudicial ao Erário; quanto ao valor informado na Ficha 08, linha 14, admite que equivocouse, pois se refere ao “saldo acumulado” dos anos anteriores a restituir e não apenas ao ano de 1995, que é de R$ 17.227,09; Em relação à alegada não comprovação do valor informado na Ficha 9, Linha 15 (R$ 10.284,72), esclarece que se trata do saldo acumulado de conta corrente de tributos a recuperar de anos anteriores, com base em recolhimentos feitos nos anos de 1993 e 1994, acrescidos da devida atualização monetária, conforme se nota pelos balancetes juntados aos autos; o demonstrativo de fls. 139 (Despacho decisório) em que se recompõe a apuração do IRPJ e CSLL está equivocado: a uma, porque há erro de cálculo; o valor supostamente devido seria positivo, mas em menor monta. Ao invés de R$524.772,26, seria R$ 111.634,01. A duas, pois desconsidera a antecipação de receitas já demonstrada, fazendo com que tenha algo a restituir e não a pagar; a escrituração da parte “B” do LALUR não foi feita mensalmente, pois seria desnecessária, conforme orientação escrita fornecida pela empresa de consultoria Datadez, com base na IN SRF nº 98/1993; em relação à falta de assinaturas, a cópia do livro LALUR entregue continha a identificação (nome e documento) do contador e do representante legal da empresa, os quais, de acordo com a legislação vigente, respondem pelas informações ali prestadas. Porém, visando sanar tal irregularidade, meramente formal, o sócio da empresa e o contador assinaram o livro, conforme novas cópias ora juntadas, não havendo mais nenhum óbice para a devolução do indébito. Ademais, a IN SRF nº 28/1978 dispensa de registro ou autenticação por órgão oficial específico o livro LALUR, motivo pelo qual a assinatura extemporânea não muda em nada o direito material do contribuinte; Admite que os Termos de Abertura e Encerramento do Livro Diário não contém a assinatura do representante legal da empresa (fls. 97 e 104). Contudo, existe a assinatura do contador habilitado para responder pelas informações ali prestadas. E mais, tanto é dispensável a assinatura do sócio proprietário que o Cartório registrou o livro sem ela. De qualquer forma, esclarece que sanou as supostas irregularidades com a assinatura do sócio da empresa, conforme nova cópia juntada aos autos; Fl. 269DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 270 6 Em relação ao alegado registro extemporâneo do livro Diário, aduz que a DIRPJ do anocalendário de 1995 foi substituída por Declaração retificadora, sendo óbvio que o Livro Diário Anual também foi refeito. Assim, não poderia ter sido registrado até 30 de abril de 1996, data da entrega tempestiva da declaração “originária”, como pretendeu o autuante (fl. 139). Contudo, tal providência foi efetuada em 14 de janeiro de 1998, previamente ao Pedido de Restituição ou a qualquer procedimento de fiscalização da Secretaria da Receita Federal. Esta Quarta Câmara baixou o julgamento em diligência para verificar o alegado pela Recorrente; Às fls. 251/252, complementado pelo relatório de fls. 256, consta pronunciamento da Fiscalização em sentido favorável à Recorrente no que se refere ao que lhe foi solicitado, seja em relação à autenticidade das cópias do Diário, seja em relação ao oferecimento à tributação no ano anterior ao pedido de restituição o valor de R$ 415.647,80. A Recorrente foi cientificada do Relatório Final de Diligência concordando com a mesma (fls. 260/262). É o relatório. Fl. 270DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 271 7 Voto Conselheiro Antonio Bezerra Neto, Relator. O recurso reúne as condições de admissibilidade, dele tomo conhecimento. Tratase de pedido de restituição de créditos referentes a saldo negativo de imposto de renda e da contribuição social apurados no anocalendário de 1995. Delimitação da Lide O pedido final da recorrente tanto no Recurso voluntário quanto em suas contrarazões ao Resultado de Diligência no sentido de que a eventual restituição se faça pelo valor postulado se encontra prejudicado, uma vez que em que em suas razões de defesa ela mesma reconhece que se equivocou na indicação do imposto de renda retido na fonte ao longo do ano de 1995, lançando a cifra de R$ 158.935,90 quando, em verdade, as retenções somam apenas R$ 17.227,09. Eis os exatos termos pelos quais a Recorrente abdicou da referida diferença: Realmente, o valor informado na Ficha 08, linha 14, de R$ 158.935,90, está equivocado, pois se refere ao "saldo acumulado" dos anos anteriores a restituir e não apenas ao ano de 1995, que é de R$ 17.227,09 Tal diferença, inclusive já reconhecida nesses mesmos termos pela DRJ, considerase preclusa e não faz parte da lide. Pedido de Julgamento Conjunto A recorrente solicita a análise conjunta do presente processo juntamente com mais dois outros pedidos de restituição, referente ao anocalendário de 1993 (10850.000668/9911) e o relativo ao anocalendário de 1994 (10.850.000995/0025). Consultando o site do CARF concorrente com o Comprot do Ministério da Fazenda, verifico que os referidos processos já foram julgados, ambos desfavoráveis à Recorrente, e com decisões administrativa transitadas em julgado. Ambos processos já estão arquivados. Ademais, a diligência vem suprir o principal motivo pelo qual a Recorrente pediu o julgamento em conjunto que seria a análise do oferecimento à tributação da importância de R$ 415.647,80 no ano anterior ao pedido de restituição (1994). Portanto, prejudicado está o referido pedido de julgamento em conjunto. Fl. 271DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 272 8 VALOR DE R$ 415.647,80 Dentre outras diferenças apresentadas pela fiscalização impeditivas ao total aproveitamento do pedido de restituição, a mais relevante é a diferença de R$ 415.647,80, considerada pela fiscalização escriturada e não oferecida à tributação no anocalendário de 1995. Em face disso, a interessada procura comprovar tal diferença ao fundamento de que referidas receitas foram oferecidas à tributação no ano anterior ao que o pedido se refere (1994), trazendo como prova cópias de seu livro Diário, fls. 174/183. Eis os precisos termos de sua defesa: “(...) No entanto, a diferença real entre as notas fiscais de prestação de serviço e o balanço é de R$ 415.647,80. Este valor referese às notas fiscais de prestação de serviços de n. 182 a 190, referente ao CNPJ 65.707.960/000131 (matriz) e notas fiscais de prestação de serviços de n. 200 a 208, relativas ao CNPJ 65.707.960/000212 (filial). Embora tais notas tenham sido emitidas no mês de janeiro de 1995, elas foram escrituradas no Diário nº 4 relativo ao anocalendário de 1994, às fls. 241 e 245, como receitas a realizar e oferecidas à tributação naquele ano de 2004, conforme se vê das cópias do livro ora juntadas (fls. 235 e seguintes); A decisão de piso, por sua vez, não considerou válido o argumento e as provas trazidas aos autos: Disse a peticionária, ainda, que referidas receitas foram oferecidas à tributação no ano de 1994, trazendo como prova cópias de seu livro diário, fls. 174/183. Examinandoas, apercebese ditos lançamentos o que não significa, porém, e por si só, que tenham sido ofertados à tributação. É que não há nos autos provas de que elas realmente tenham constado na declaração do ano anterior, de 1994. Ainda que se tenha em mente o princípio da verdade material que governa o processo administrativo, o qual obriga a autoridade administrativa a atentar para todas as provas e fatos de que tenha conhecimento, não há como inferir que as receitas foram efetivamente ofertadas no ano anterior já que a contribuinte apresentou deficitária escrituração contábilfiscal naquele exercício. E, especificamente no tocante à declaração, vêse no anexo 2 desta a inexistência de detalhamento das receitas mês a mês, que pudesse auxiliar na análise da tese trazida, e sim a concentração da receita anual no mês de dezembro daquele ano, impedindo de todo a comparação no tempo, tal qual procedido pelo trabalho fiscal de fls. 86/90. Entretanto, adotei na ocasião entendimento diverso, por considerar que nesse caso a contabilidade faria prova a favor do contribuinte, invertendose o ônus da prova, cabendo à fiscalização aprofundar e verificar se referidas receitas foram ou não oferecidas efetivamente á tributação no anocalendário anterior ao pedido (1994), conforme consta no Livro Diário e alegado pela recorrente. Nesse sentido, em respeito ao princípio da verdade material orientador do Processo Administrativo Fiscal, e ante a apresentação de documentos pela Recorrente na fase impugnatória, em especial cópia do Diário contendo informação a respeito de possível Fl. 272DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 273 9 oferecimento à tributação de valor não considerado em seu pedido, converti anteriormente o julgamento em diligência, para que fossem adotadas as seguintes providências pela Fiscalização: (a) atestar a autenticidade dos documento de fls. 174 a 183 (cópias do Livro Diário); (b) verificar a existência de regular oferecimento à tributação em sua Declaração de Rendimentos do anocalendário de 1994, do referido valor de R$ 415.647,80. Após a análise da documentação e escrituração contábil, a fiscalização deu razão à Recorrente nos limites da presente lide e nos seguintes termos (fls. 251/252 e 256): Verificamos, numa análise preliminar, que conforme cópia do Livro Diário à fl. 182, o contribuinte registrou como receita operacional bruta o valor de R$ 4.667.507,71 (quatro milhões, seiscentos e sessenta e sete mil, quinhentos e sete reais e setenta e um centavos), que corresponde ao somatório dos seguintes valores: Receitas a realizar: 415.647,80 Receitas de Serviços: 4.251.859,91 Em consulta à Declaração de Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (DIRPJ), Exercício 1995, anocalendário 1994, Quadro 20, constatamos que o sujeito passivo declarou receita bruta no montante de R$ 4.667.504,61 (quatro milhões, seiscentos e sessenta e sete mil, quinhentos e quatro reais e sessenta e um centavos), valor este já convertido para reais conforme planilha à fl. 249, cujos dados foram obtidos dos extratos de fls. 246 a 248. Este valor, se cotejado com o registrado no Livro Diário à fl. 182, acusa uma diferença de R$ 3,10 (três reais e dez centavos), que reputamos irrelevante para o fim pretendido, qual seja, a verificação do oferecimento tributação do valor de R$ 415.647,80 (quatrocentos e quinze mil, seiscentos e quarenta e sete reais e oitenta centavos). (...) Constatamos a autenticidade das copias do referido livro e nelas registramos a expressão "CERTIFICO QUE O PRESENTE É CÓPIA FIEL DO ORIGINAL". Desse modo, quanto à questão da omissão no registro de receitas imputada pelo Fisco, o que prejudicaria qualquer restituição em face da exteriorização de lucro maior que aquele declarado não resta mais qualquer dúvida sobre o oferecimento à tributação da referida receita, devendose dar provimento em relação a essa parte, cujos reflexos constam das Tabelas I e II mais abaixo. Ultrapassada essa prejudicial, passemos a outra diferença que compõem a lide. DIFERENÇA DE R$ 10.284,72 na Ficha 8, Linha 15 Fl. 273DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 274 10 A Recorrente a esse respeito faz ouvido de mercador às bem postas razões dadas pela DRJ, contentandose apenas em reiterar os mesmos termos da impugnação: Afirma o ilustre AFR que o valor de R$ 10.284,72 informado na Ficha 8, Linha 15, não foi comprovado pela fiscalização. Referido valor referese ao saldo acumulado de conta corrente de tributos a recuperar de anos anteriores, com base em recolhimentos feitos nos anos de 1993 e 1994, acrescidos da devida atualização monetária, conforme se vê dos balancetes juntados aos autos. A DRJ assim fulminou o seu pleito com razões não somente de ordem formal, mas material também: Além disso, também é impertinente deduzir do imposto apurado naquele períodobase a quantia de R$ 10.284,72, lançada na linha 15 da ficha 08, destinada a expressar a somatória dos valores mensais recolhidos por estimativa, já que não restou comprovado que ao longo do ano de 1995 a contribuinte tenha feito tais recolhimentos, embora a tanto obrigada pelo artigo 27 da Lei n° 8.981, de 20 de janeiro de 1995. As razões apresentadas, no sentido de que essa cifra se refere ao saldo acumulado de conta corrente de tributos a recuperar de anos anteriores indica duplo equívoco: primeiro porque, como frisado, esse campo se destina à soma dos recolhimentos antecipados, não podendo ser confundido com eventuais indébitos de anos anteriores e em segundo porque a linha 16, dessa mesma ficha 08, sob o título "compensação", é a destinada para a hipótese aventada pela contribuinte. A propósito, nessa linha de "compensação" a recorrente fez lançar a importância de R$ 14.162,94. Ora, se, como diz, os R$ 10.284,72 dizem respeito a indébitos esta então seria a cifra a constar nesse campo, não os R$ 14.162,94 lançados. De qualquer sorte, não poderia a recorrente lançar valores a título de "compensação" de imposto de renda pago indevidamente ou a maior em períodos base anteriores, nem tampouco de contribuição social sobre o lucro, esta última feita na linha 20 da ficha n° 11, uma vez que tramitam pedidos de restituição destes tributos nos processos administrativos n°s. 10850.000668/9911 (IRPJ) e 10850.000995/0025 (IRPJ e CSLL) nos quais a peticionária declarou, expressamente, sob as penas da lei, e na forma do artigo 66 da Lei n° 8.383, de 1991, que não haveria de utilizar os créditos sob a forma de compensação com outros débitos. Em suma, pois, intentar a compensação na DIRPJ caracteriza patente duplicidade. Como se vê, as razões de ordem material são intransponíveis. A Recorrente no pleito atual de restituição além de fazer a indicação em campos inapropriados reservados a expressar os valores pagos a título de estimativas, pretende se utilizar em duplicidade de valores que foram objetos de outros pedidos de restituição, cujos resultados, digase de passagem, conforme já indicado alhures, lhe foram desfavoráveis. Portanto, nego provimento em relação a este item. Tabela I IRPJ IRPJ DECLARADOR$ AJUSTADORS Fl. 274DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10850.000004/200120 Acórdão n.º 1401000.688 S1C4T1 Fl. 275 11 Imposto 14.162,94 14.162,94 () Irfon 158.935,90 17.227,09 () Estimativas 10.284,72 0,00 () Compensação 14.162,94 0,00 A restituir 169.220,62 3.064,15 Tabela II CSLL CSLL DECLARADOR$ AJUSTADORS Contribuição 4.110,79 4.110,79 () Estimativas 858,80 858,80 () Compensação 5.401,56 0,00 A restituir/a pagar 2.149,57 3.251,99 Como se vê, mesmo tendo dado razão em parte à Recorrente na questão da registro de receitas, o valor da restituição do IRPJ mostrase muito aquém do peticionado (R$ 3.251,99), bem assim não há restituição alguma de CSLL, ao contrário, pelo contrário, haveria um quantum a pagar. Por todo o exposto, dou provimento parcial ao recurso em relação apenas à restituição do IRPJ, no valor de R$ 3.064,15 atualizado monetariamente nos termos da legislação de regência. (assinado digitalmente) Antonio Bezerra Neto Fl. 275DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 10/02/2012 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 23/05/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA
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Numero do processo: 11020.003576/2009-53
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Apr 08 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/04/2007 a 30/06/2007
INSUMOS. CRÉDITOS NA INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA
O conceito de insumo para a apuração de créditos a descontar da Cofins não-cumulativo, não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária à atividade da empresa, mas tão somente aqueles adquiridos de pessoa jurídica, intrínsecos à atividade, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço.
AQUISIÇÕES. ALÍQUOTA ZERO
Descabe crédito em relação as aquisições de produtos sujeitos a alíquota zero, tendo em vista que prevalece a interpretação de que o art. 153, IV, da CF adota a técnica de cobrança própria dos impostos sobre valor agregado, permitindo a compensação do imposto devido na operação subsequente com a importância recolhida na operação antecedente.
APURAÇÃO DE CRÉDITOS. EQUIPAMENTOS
Afasta-se a glosa dos créditos em relação a despesas de manutenção de empilhadeiras, tratores e pulverizadores e retroescavadeiras, uma vez que no dentro da sistemática de apuração de créditos pela não-cumulatividade do Cofins, o contribuinte possui direito subjetivo ao benefício, tendo em vista que esta despesa está vinculada ao processo produtivo.
Numero da decisão: 3803-003.720
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que negou o creditamento relativamente aos gastos com manutenção de laboratórios e à aquisição de pallets.
(assinado digitalmente)
Alexandre Kern - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Souza, Jorge Victor Rodrigues e João Alfredo Eduão Ferreira.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/04/2007 a 30/06/2007 INSUMOS. CRÉDITOS NA INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA O conceito de insumo para a apuração de créditos a descontar da Cofins não-cumulativo, não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária à atividade da empresa, mas tão somente aqueles adquiridos de pessoa jurídica, intrínsecos à atividade, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço. AQUISIÇÕES. ALÍQUOTA ZERO Descabe crédito em relação as aquisições de produtos sujeitos a alíquota zero, tendo em vista que prevalece a interpretação de que o art. 153, IV, da CF adota a técnica de cobrança própria dos impostos sobre valor agregado, permitindo a compensação do imposto devido na operação subsequente com a importância recolhida na operação antecedente. APURAÇÃO DE CRÉDITOS. EQUIPAMENTOS Afasta-se a glosa dos créditos em relação a despesas de manutenção de empilhadeiras, tratores e pulverizadores e retroescavadeiras, uma vez que no dentro da sistemática de apuração de créditos pela não-cumulatividade do Cofins, o contribuinte possui direito subjetivo ao benefício, tendo em vista que esta despesa está vinculada ao processo produtivo.
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CRÉDITOS NA INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA O conceito de insumo para a apuração de créditos a descontar da Cofins não cumulativo, não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária à atividade da empresa, mas tão somente aqueles adquiridos de pessoa jurídica, intrínsecos à atividade, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço. AQUISIÇÕES. ALÍQUOTA ZERO Descabe crédito em relação as aquisições de produtos sujeitos a alíquota zero, tendo em vista que prevalece a interpretação de que o art. 153, IV, da CF adota a técnica de cobrança própria dos impostos sobre valor agregado, permitindo a compensação do imposto devido na operação subsequente com a importância recolhida na operação antecedente. APURAÇÃO DE CRÉDITOS. EQUIPAMENTOS Afastase a glosa dos créditos em relação a despesas de manutenção de empilhadeiras, tratores e pulverizadores e retroescavadeiras, uma vez que no dentro da sistemática de apuração de créditos pela nãocumulatividade do Cofins, o contribuinte possui direito subjetivo ao benefício, tendo em vista que esta despesa está vinculada ao processo produtivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 02 0. 00 35 76 /2 00 9- 53 Fl. 235DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 2 negou o creditamento relativamente aos gastos com manutenção de laboratórios e à aquisição de pallets. (assinado digitalmente) Alexandre Kern Presidente (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Souza, Jorge Victor Rodrigues e João Alfredo Eduão Ferreira. Relatório Cuidase de pedido de ressarcimento e compensação de créditos de Cofins NãoCumulativa, correspondente ao segundo trimestre de 2007, também consta dos autos declarações de compensação vinculadas ao direito creditório em tela. Às fls. 73/81 consta o Relatório de Verificação Fiscal, por intermédio do qual o auditor fiscal propôs o reconhecido parcialmente o direito ao crédito e à fl. 81 consta Despacho Decisório contendo a seguinte decisão: Com base na informação retro; reconheço como legítimos os valores constantes da coluna "Valor Reconhecido" da tabela acima e autorizo o ressarcimento e/ou compensação dos valores pleiteados pelo contribuinte até o limite ora reconhecido. A decisão n.º 0121.026 – 3ª Turma da DRJ de Belém encontrase anexa às fls. 175/181, cuja ementa possui o seguinte teor: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/04/2007 a 30/06/2007 PAF. DECISÕES JUDICIAIS E ADMINISTRATIVAS. EFEITOS. São improfícuos os julgados judiciais e administrativos trazidos pelo sujeito passivo, por lhes falecer eficácia normativa, na forma do artigo 100, II. do Código Tributário Nacional. PAF. PERÍCIA. REQUISITOS. Considerase não formulado o pedido de perícia que deixa de atender aos requisitos previstos no art. 16 do Decreto n° 70.235, de 1972. Também descabe a realização de perícia quando presentes nos autos os elementos necessários e suficientes à dissolução do litígio administrativo e, ainda, quando a produção probatória invocada pelo sujeito passivo não necessita de qualquer conhecimento técnico especializado. COFINS NÃOCUMULATIVA.CRÉD1TOS. INSUMOS. No cálculo da Cofins NãoCumulativa somente podem ser computados créditos apurados sobre valores correspondentes a Fl. 236DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11020.003576/200953 Acórdão n.º 3803003.720 S3TE03 Fl. 185 3 insumos, assim entendidos os bens ou serviços aplicados ou consumidos diretamente na produção ou fabricação de bens e na prestação de serviços. DCOMP. DIREITO CREDITÓRIO. QUANTUM RECONHECIDO. A declaração de compensação, por vincularse à existência de determinado crédito, somente pode ser homologada na exata medida do direito creditório que tenha sua liquidez e certeza reconhecidas. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Com a intenção de fornecer informações aos demais conselheiros, cumpre apontar que a Recorrente possui como objeto social a produção e venda de maçã para exportação e mercado interno e que com a incorporação da empresa Randon Agropecuária, a Interessada passou também a produzir e vender queijo, manteiga e nata para o mercado interno. Logo, a lide em discussão envolve tanto o processo produtivo de maças, como também o processo produtivo de leite e queijo. Conforme se retira da ementa acima colacionada, a DRJ glosou os créditos, com fundamento da redação da IN da SRF n.º 404/2004 e afastou o direito aos créditos referentes as seguintes despesas: 1) Despesas com empilhadeiras (aquisição de GLP e manutenção): o contribuinte utiliza as empilhadeiras para atividades não relacionadas ao processo produtivo, ou seja: a) descarregamento da fruta vinda dos pomares; b) carregamento/descarregamento da fruta nas câmaras frias; c) movimentação pelo pomar e d) carregamento das caixas de maçãs na saída dos produtos do estabelecimento; 2) Despesas com aquisição de combustíveis e lubrificantes não utilizados na produção: grande parte dos combustíveis e lubrificantes é destinada a uso em tratores e estes tratores utiliza estes tratores tanto em pomares em produção, quanto em pomares ainda não produtivos. Além do que, constatouse que há gastos com combustíveis e lubrificantes em veículos próprios, mas para o transporte de maçã adquirida de terceiros, gastos na administração, na manutenção civil e elétrica, bem como em oficina de máquinas pesadas e nestes casos não constituem insumos; 3) Produtos sujeitos à alíquota zero: não gera crédito as aquisições de produtos sujeitos à alíquota zero, por expressa vedação; 4) Bens diversos (partes, peças, bens destinados ao imobilizado, despesas diversas): a glosa ainda recaiu sobre os créditos registrados na rubrica “Outras Operações com Direito a Crédito” que consta nos DACONs. O agente fiscal informa que através da análise da memória de cálculo, constatouse que tais créditos provêm de despesas com serviços, partes e peças de manutenção de máquinas e equipamentos, entre outros. Glosou ainda outros valores lançados na rubrica “Outras Operações com Direito a Fl. 237DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 4 Crédito”, tais como: fita para enxerlia bem que destinado ao imobilizado; telhado, areia, palitos, lonas, detergentes, sabonetes, medicamentos e sucos de uva — bens que não têm as características de insumo; 5) Materiais de transporte: o agente fazendário glosou também embalagens de transporte de maçã, por considerar que se trata de embalagem de mero transporte. A Fazenda Glosou ainda cantoneiras; palieis e seus acessórios, pregos e etiquetas; fitas e amarras. 6) Crédito sobre bens do imobilizado: a DRJ não considerou nenhum valor lançado a titulo de crédito referente a encargos de depreciação no período sob análise, sob o argumento de que o contribuinte não constitui prova de seu direito e ainda faz confusão quando registra os valores de créditos em seus DACONS. Alerta a fiscalização que nos meses de junho, julho e dezembro 2006 e depois nos meses de fevereiro, março e maio a dezembro de 2007 esta confusão continua. A fim de ilustrar o seu argumento, cita ainda que o lançamento ocorrido em junho de 2006, por meio do qual se percebe que na memória de cálculo onde discrimina os valores dos créditos aproveitados mensalmente o contribuinte não registra nenhum valor a título de imobilizado neste mês. Depois no lançamento ocorrido em julho de 2006, mesmo tendo o contribuinte lançado este valor na sua memória de cálculo, o mesmo não faz prova da origem destes valores. O fiscal aponta que o contribuinte só poderia apurar créditos no prazo de 48 meses sobre o valor das aquisições de máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado. Nos demais casos deveria calcular os seus créditos mediante a aplicação da taxa de depreciação fixada pela Receita Federal em função do prazo de vida útil do bem. Entretanto, o contribuinte apura créditos no prazo de 1/48 avos sobre outros bens que não máquinas e equipamentos. Em resumo, a DRJ acatou na íntegra as conclusões existentes no Relatório de Verificação Fiscal. A DRJ ainda entende que as decisões administrativas trazidas pelo contribuinte não possuem eficácia normativa e que por não ter indicado os quesitos e não se tratar de caso obscuro, a perícia foi indeferida, nos termos do art. 16 do Decreto n.º 70.235/72. Inconformado com o indeferimento, o contribuinte apresente recurso voluntário, por meio do qual rebate os argumentos da decisão “a quo”. Afirma que a decisão de primeiro grau parte do pressuposto equivocado de que o direito ao crédito se origina somente em relação aos produtos que sejam aplicados ou consumidos em ação direta sobre o produto em fabricação. Deste modo, destaca o Recorrente que a DRJ aplicou o critério do conceito do IPI para apurar os créditos. O contribuinte não concorda ainda com a indeferimento do crédito referente as aquisições de material de embalagem para transporte, pois no seu entender deve dar direito a crédito inclusive as aquisições de cantoneiras utilizadas para garantir a boa apresentação do produto e evitar que danifiquem no transporte, pois em seu entender, o processo produtivo encerrase somente com a venda do produto. Nesta mesma linha de defesa, pleiteia o reconhecimento de créditos em relação as aquisições de pallets e seus acessórios, pregos, etiquetas, utilizados para o empilhamento de caixas para o armazenamento e transporte; fitas e amarras, utilizadas para amarrar as caixas de papelão sobre os pallets. Fl. 238DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11020.003576/200953 Acórdão n.º 3803003.720 S3TE03 Fl. 186 5 Em relação aos créditos incidentes sobre os bens do imobilizado, o contribuinte afirma que a DRJ acolheu as conclusões do auditor fiscal, que simplesmente desconsiderou todos os créditos referentes as aquisições de imobilizados, por compreender que não gerava os referidos créditos, ora por não estarem de acordo com a DACON. Entretanto, o Recorrente afirma que as aquisições existem e foram contabilizadas pela empresa, ainda que isso tenha acontecido de maneira extemporânea. Por fim, o Recorrente colaciona diversos julgados administrativos, com a finalidade de demonstrar o seu direito, principalmente em relação ao critério adotado para apurar os créditos e ver afasta a redação da IN da SRF n.º 404/2004. Depois, requer a procedência do pedido e o reconhecimento do direito ao crédito e m exame. É o relatório. Voto Conselheiro Juliano Lirani Tratase de recurso voluntário tempestivo e por isso merece ser conhecido. O cerne da questão está em apurar o critério para definir o conceito de insumo, bem como definir onde inicia e conclui o processo produtivo de maçã. Conforme se extrai da decisão da DRJ citada no relatório, esta concluiu, com fundamento na IN da SRF n.º 404/2004, que: “no cálculo da contribuição nãocumulativa somente podem ser computados créditos apurados sobre valores correspondentes a insumos, assim entendidos os bens ou serviços aplicados ou consumidos diretamente na produção ou fabricação de bens e na prestação de serviços”. Entretanto, “data vênia”, a citada instrução normativa não oferece a melhor interpretação ao art. 3º da Lei n.º 10.833/2003, fica a impressão de que a IN se utiliza da legislação do IPI para construir o conceito de insumo para a apuração do PIS/PASEP e da COFINS não cumulativos. Todavia, salvo engano, mostrase inadequado comparar materialidades distintas como ocorre entre o IPI, cujo critério material é a industrialização, com critério material da COFINS que é o auferimento de receita. Deste modo, creio que o conceito restrito de insumo não se concilia com a base econômica do PIS e COFINS, cujo ciclo de formação não se limita à fabricação de um produto ou à execução de um serviço, abrangendo outros elementos necessários para a obtenção da receita com o produto ou serviço. Há quem defenda que o conceito de insumo aplicável ao PIS e COFINS deva ser o mesmo utilizado para o imposto de renda, visto que, para se auferir lucro, é necessário antes se obter receita. Aqueles que defendem esta tese argumentam no sentido de que o conceito de custos previsto na legislação do IRPJ, bem como o de despesas operacionais, é bem mais Fl. 239DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 6 próprio de ser aplicado ao PIS e COFINS não cumulativos do que o conceito previsto na legislação do IPI. Por outro enfoque, o conceito amplo e irrestrito de insumo também não parecer ser a melhor interpretação da legislação, pois este visa incluir toda e qualquer despesa da empresa na obtenção do crédito da COFINS e PIS, ainda que totalmente desapegada de seu processo produtivo. Em outras palavras, compreendo que o conceito de insumos mais adequado é aquele em que se aceita como créditos as despesas relacionadas inseparavelmente aos elementos produtivos que proporcionam a existência do produto ou serviço, ou seja, um conceito intermediário entre aquele adotado para o IR e o IPI. Empilhadeiras Em relação aos custos de aquisição de GLP e manutenção das empilhadeiras, o contribuinte tem razão. As despesas com os serviços de manutenção desses equipamentos, quando comprovados por notas fiscais, geram crédito em seu favor, pois é inegável que as empilhadeiras são utilizadas diretamente na produção de bens, pois sem empilhadeiras não há que se falar no produto final, ainda mais porque as maças não são colhidas diretamente pelo consumidor no pomar, mas sim adquiridos, quanto “in natura” nas prateleiras dos supermercados e feiras. Assim, como negar que as empilhadeiras tem função essencial para fazer chegar as frutas até o consumidor ? Deste modo, ainda que o fruto esteja formado no momento que é colhido, por outro lado, é verdade que o processo produtivo não encerra com a colheita, mas sim, com a venda. Logo, as despesas com a manutenção das empilhadeiras geram direito ao crédito, em razão deste equipamento contribuir com a produção da maça, pois auxilia no acondicionamento da fruta nos caminhões para transporte. Além do que, já manifestei este posicionamento no ao PAF n.º 13005.000077/200502, de minha relatoria, e por isso mantenho esta linha de pensamento. A mesma sorte ocorre com as despesas com gás liquefeito (GLP) utilizado como combustível para estas empilhadeiras. Com o propósito de fundamentar este entendimento, cito o Recurso n.º 507.948 no PAF n.º 10630.001,064/200588, julgado em 26.08.2010, na 3.ª Câmara da 1ª Turma Ordinária, Acórdão n.º 330100.653: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/07/2005 a 30/09/2005 (...) COFINS NÃO CUMULATIVA. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS, Os pagamentos referentes à aquisição de serviços de terraplanagem, topografia e outros, bem assim, a locação de máquinas, equipamentos e veículos conferem direito a créditos do PIS, porque esses serviços são aplicados ou consumidos diretamente na produção de bens destinados à venda, em consonância com o disposto na Solução de Consulta SRRF I 0 Disit n° 04/07.(grifo) Lubrificantes e Combustíveis Fl. 240DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11020.003576/200953 Acórdão n.º 3803003.720 S3TE03 Fl. 187 7 Quanto a glosa referente aos lubrificantes e combustíveis, o auditor fiscal fundamenta o indeferimento do direito do contribuinte no argumento de que estes gastos são utilizados no transporte de maçã adquirida de terceiros, bem como na administração, manutenção civil e elétrica e na oficina de máquinas pesadas. Assim, considerando que o próprio contribuinte ilustra os autos com planilhas às fls. 51 e seguintes, por meio das quais discrimina os gastos com lubrificantes e combustíveis e neste documento informa de boafé que ocorreram gastos desses bens com manutenção civil e elétrica, oficina de máquinas pesadas e administração, deste modo, recomendo o não reconhecimento em relação aos gastos desta natureza, tendo em vista que não estão vinculados ao processo produtivo e não atendem o II do art. 3º da Lei n.º 10.833/2003. Todavia, excluindo os gastos com lubrificantes e combustíveis relacionados a manutenção civil e elétrica, oficina de máquinas pesadas e administração, reconheço o direito ao creditamento em relação aos gastos especificamente vinculados a pomares e viveiros, já que esses estão relacionada ao processo produtivo. Na realidade, compulsando os autos, me parece que foi este o entendimento do agente fazendário quando comenta a respeito das despesas com combustível, fez constar no Termo de Verificação Fiscal o seguinte: Assim, de maneira análoga ao procedimento previsto no inciso II do parágrafo 8º do art. 3º das Leis 10.833, de 2003 e 10.637, de 2002, método este adotado pela contribuinte, consoante DACONs apresentados, aplicamos aos valores de aquisição de combustíveis e lubrificantes constantes da memória de cálculo apresentada os percentuais de combustíveis e lubrificantes destinados aos pomares em produção e à formação de mudas, conforme tabela abaixo. Os valores finais, referentes a combustíveis e lubrificantes, após a aplicação dos percentuais estão dispostos na forma do anexo I. É evidente que o combustível não mantém contato direito com a maçã, e, nem poderia, entretanto, o combustível é indispensável para que o produção da maça aconteça, caso contrário os frutos apodreceriam nos pomares e não poderiam ser transportados. Além do que, os tratores são úteis para trabalhar o solo que será plantado, logo é preciso ter a percepção de que, em se tratando da atividade agroindustrial, o processo produtivo inicia com o preparo do solo e somente se encerra com a venda da fruta em bom estado de conservação. Cito, Acórdão n.º 330200.176, prolatado pela 2ª Turma da 3ª Câmara em data de 18/09/2009, que por sua vez tratou de diversos temas com destaque para os assuntos: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração:Período de apuração: 01/07/2005 a 30/09/2005 NÃO CUMULATIVIDADE. CREDITO. OUTRAS DESPESAS. COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES USADOS NA PRODUÇÃO. DIREITO AO CRÉDITO. (...) COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES USADOS NA PRODUÇÃO. DIREITO AO CRÉDITO. Fl. 241DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 8 As despesas com a aquisição de combustíveis, inclusive o GLP, e os lubrificantes usados no processo produtivo da adquirente dão direito ao crédito do PIS/Cofins naocumulativos. Recurso Voluntário Provido em Parte. Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da SEGUNDA TURMA ORDINÁRIA da TERCEIRA CÂMARA da TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO do CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso para reconhecer o direito ao crédito nas aquisições de GLP e lubrificantes para máquinas industriais. Publicado no DOU em: 22.07.2011 Alíquota Zero No tocante as aquisições de produtos com alíquotas zero, o contribuinte não tem razão, pois re reiterado é o entendimento da jurisprudência de que não se há falar em direito ao crédito de PIS e de COFINS relativo a operações de aquisição de produtos com alíquota zero, pois prevalece a interpretação de que o art. 153, IV, da CF adota a técnica de cobrança própria dos impostos sobre valor agregado, permitindo a compensação do imposto devido na operação subsequente com a importância recolhida na operação antecedente. Desta maneira, apenas os valores efetivamente pagos nas operações anteriores geram direito ao creditamento, quando não há pagamento, não falar em direito ao lançamento na escrita fiscal dos créditos em questão, pois a norma pressupõe a existência de cobrança na entrada produtos, o que não ocorre na hipótese de aquisição sujeita à alíquota zero. Bens Diversos Insurgese ainda quanto a glosa que recaiu sobre os créditos nas aquisições bens diversos, nos quais estão inseridos as despesas com a manutenção de máquinas, equipamentos, materiais de limpeza e higienização, manutenção de laboratório, ordenhadeira, medicamentos, cantoneiras usadas nas embalagens nas caixas de papelão, peças e serviços de manutenção de máquinas, tratores e pulverizadores, retroescavadeiras. Afirma que todos estes gastos são necessários a produção maçãs, queijos, e demais derivados do leite. Ressalta que inclusive promove a venda de animais. Argumenta que os produtos de higienização são aplicados nas ordenhas das vacas, onde sai o leite para produzir queijos e seus derivados, por isso reclama o crédito referente a aquisição de ordenhadeiras, medicamentos, remédios e despesas com laboratório, considerando que as vacas são as produtoras do leite e seus derivados que é o queijo, desta forma, todas as despesas no rebanho, é necessária e utilizada diretamente para a produção final do bem. Em relação as despesas de manutenção de máquinas e veículos, tratores, pulverizadores, assiste razão parcial ao contribuinte. Com efeito, não gera direito aos créditos as despesas com veículos de passeio, como, por exemplo, Gol, Meriva etc, pois estes são estão relacionados ao processo produtivo. Todavia, por outro lado, os gastos com manutenção de tratores e pulverizadores e retroescavadeiras, ocorre de forma diversa, uma vez que estes maquinários Fl. 242DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11020.003576/200953 Acórdão n.º 3803003.720 S3TE03 Fl. 188 9 são utilizados na lavoura, seja para preparar o solo, seja para pulverizar as plantas e desta maneira estão vinculados ao processo produtivo. Conseqüentemente, os gastos com manutenção destes equipamentos geram direito aos créditos pleiteados. Compreendo que também não há que se falar em reconhecimento ao direito de crédito em relação as despesas com material de limpeza e higienização, tendo em vista que o contribuinte não constituiu prova de que essas despesas decorreram de exigência de legislação específica da Vigilância Sanitária. Igualmente a mesma sorte em relação as despesas de brincos bovinos, instalação de telas e cercas para rebanho. Já em relação as despesas com a conservação de sêmen, manutenção de laboratório e ordenhadeiras, bem como medicamentos e fertilizantes, penso que estão relacionados com o processo produtivo, principalmente quando se constata que se trata de empresa que tem por finalidade a produção e venda de animais e produção de frutas. Ora, deixar de considerar, por exemplo, que as despesas com a conservação de sêmen esteja vinculada com a produção animais, pareceme, “data vênia”, irrazoável e contrário ao que deseja a legislação. Material de Embalagem A mesma sorte ocorre em relação as aquisições relacionadas com material de embalagem para transporte, pois na Lei n.º 10.833/2003 não há restrição para o creditamento, pouco importa se a embalagem destinase a apresentação do produto, ou ao seu acondicionamento para transporte. Deste modo, o contribuinte tem direito aos créditos em relação as aquisições de insumos necessários para a elaboração dessas embalagens, como, por exemplo, as aquisições de pallets e seus acessórios, pregos, etiquetas, utilizados para o empilhamento de caixas para o armazenamento e transporte; fitas e amarras, utilizadas para amarrar as caixas de papelão sobre os pallets. Inclusive as aquisições de cantoneiras, ao meu sentir, geram direito ao crédito, pois estas mostraramse indispensáveis para garantir a boa apresentação do produto e evitar que danifiquem no transporte, caso contrário, ausentes as cantoneiras as frutas seriam esmagadas e chegariam até o ponto de venda sem valor comercial. Imobilizado Em relação aos créditos incidentes sobre os bens do imobilizado, o contribuinte afirma que a DRJ acolheu as conclusões do auditor fiscal, que simplesmente desconsiderou todos os créditos referentes as aquisições de imobilizados, por compreender que não gerava os referidos créditos, ora por não estarem de acordo com a DACON. Contudo, a Recorrente afirma que as aquisições existem e foram contabilizadas., ainda que isso tenha acontecido de maneira extemporânea. Acontece que analisando os autos, compreendo que não assiste razão o contribuinte, pois a empresa comete vários equívocos que impossibilitam ao reconhecimento dos créditos sobre bens do imobilizado, a exemplo, cito que a Recorrente apurou efetivamente estes créditos em relação a bens que não são máquinas e nem equipamentos, ou seja, televisão, cadeira etc. Ante o exposto, dou provimento parcial para reconhecer o direito aos créditos em relação as despesas de GLP e manutenção de empilhadeiras; manutenção de tratores e pulverizadores e retroescavadeiras; lubrificantes e combustíveis gastos com viveiros e Fl. 243DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 10 pomares; conservação de sêmen, manutenção de laboratório e ordenhadeiras, bem como medicamentos e fertilizantes e material de embalagem para transporte. (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Fl. 244DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN
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Numero do processo: 13855.002412/2009-11
Turma: Primeira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 23 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Mar 18 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2006
MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO
A cobrança de multa por atraso sobre valores lançados de ofício, no que excederem aos informados na declaração entregue a destempo, implica em interpretação extensiva do art. 88 da Lei nº 8.981/1995, o que é vedado pelos artigos 97, inciso V, e 112, ambos do CTN.
Recurso Voluntário Provido
Numero da decisão: 2801-002.884
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
Assinado digitalmente
Tânia Mara Paschoalin - Presidente.
Assinado digitalmente
Marcelo Vasconcelos de Almeida - Relator.
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Sandro Machado dos Reis, Walter Reinaldo Falcão Lima, Carlos César Quadros Pierre e Luís Cláudio Farina Ventrilho.
Nome do relator: MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA
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Recurso Voluntário Provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Presidente. Assinado digitalmente Marcelo Vasconcelos de Almeida Relator. Participaram do presente julgamento os conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Sandro Machado dos Reis, Walter Reinaldo Falcão Lima, Carlos César Quadros Pierre e Luís Cláudio Farina Ventrilho. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 85 5. 00 24 12 /2 00 9- 11 Fl. 68DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 02/02/2013 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 13855.002412/200911 Acórdão n.º 2801002.884 S2TE01 Fl. 69 2 Tratase de Auto de Infração por meio do qual se exige crédito tributário no valor de R$ 43.393,05, decorrente de atraso na entrega da declaração de ajuste anual do Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF referente ao exercício de 2006. Informa a Autoridade lançadora no Termo de Verificação Fiscal, às fls. 7/10 deste processo digital, que: O contribuinte procedeu à entrega em atraso da Declaração do IRPF referente anocalendário de 2005. Dispõe a legislação concernente ao tema que, nos casos de falta de apresentação da declaração ou sua entrega em atraso, será aplicada multa de 1% (um por cento) ao mês (ou fração) sobre o valor do imposto devido, limitado a 20% desse e respeitado o valor mínimo de R$165,74. No presente caso, o prazo final para a entrega tempestiva da declaração de rendimentos era 28/04/2006. Como o contribuinte apresentou sua declaração em 27/02/2009, transcorreu mais de 20 meses da datalimite para a regular entrega, o que implicou em uma multa correspondente a 20% (vinte por cento) do valor do imposto devido, apurado e detalhado a seguir: (A) Imposto Devido: R$ 217.793,93 (B) Multa de Mora (20%): R$ 43.558,79 (C) Compensação MAED paga: R$165,74 (B) – (C) Saldo Multa Moratória a pagar: R$ 43.393,05 A impugnação apresentada pelo contribuinte (fls. 28/37) foi julgada improcedente, por intermédio do acórdão de fls. 41/48. Cientificado da decisão de primeira instância em 26/08/2011 (fl. 51), o Interessado interpôs, em 22/09/2011, o recurso de fls. 52/61. Na peça recursal aduz, em síntese, que: PRELIMINAR DE NULIDADE DO ACÓRDÃO RECORRIDO O acórdão recorrido não apreciou a verdade material dos fatos. O correto era a aplicação da multa mínima, uma vez que não apurou imposto de renda a pagar, fato este comprovado pela emissão eletrônica da notificação da multa. O lançamento de rendimentos, considerados tributáveis por presunção, que alteraram o imposto de renda a pagar, não tem o condão de alterar a base de cálculo da multa pelo atraso na entrega. A ementa do acórdão recorrido não reflete a realidade dos fatos e as razões da impugnação, tendo em vista que inexiste dispositivo legal para aplicação de multa por atraso de entrega de declaração sobre a base de cálculo apurada pela fiscalização, porquanto esta já foi utilizada para aplicação da multa de ofício. Fl. 69DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 02/02/2013 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 13855.002412/200911 Acórdão n.º 2801002.884 S2TE01 Fl. 70 3 A ementa do acórdão recorrido transcreve parcialmente dispositivo legal de aplicação da multa. Entretanto, por equívoco, não menciona que a base de cálculo é o “valor declarado de imposto devido”, antes da compensação do imposto retido. MÉRITO Quanto ao mérito, o Recorrente reitera todas as razões postas na peça impugnatória. Em síntese, são as seguintes: Não ocorreu apuração de imposto de renda pessoa física na declaração apresentada, tendo em vista que apurou prejuízo na sua atividade rural, ou seja, uma renda negativa. O imposto informado no auto de infração referese a valor lançado pela Autoridade fiscal, apurado por presunção de rendimentos, sobre o qual foi aplicada a multa de lançamento de ofício. Portanto, o Impugnante está recebendo dupla penalidade por um só ato presuntivo, ou seja, aplicação de multa de mora e de ofício sobre os mesmos fatos. O dispositivo legal para a aplicação da multa pela entrega intempestiva prevê sua aplicação sobre o valor do imposto de renda declarado, antes da compensação do imposto retido na fonte, ou seja, o valor do imposto apurado em ato de fiscalização está sujeito tão somente à aplicação da multa de ofício. Portanto, não há previsão legal para sua aplicação concomitante. PEDIDO Ao final, requer a apreciação de suas razões para dar provimento ao recurso e declarar improcedente o auto de infração. Voto Conselheiro Marcelo Vasconcelos de Almeida, Relator Conheço do recurso, porquanto presentes os requisitos de admissibilidade. Versa a presente controvérsia sobre o valor da multa por atraso na entrega da declaração do imposto de renda de pessoa física, quando o contribuinte foi alvo de lançamento de ofício (Processo nº 13855.002134/200901) em que se apurou imposto a pagar decorrente de depósito de origem não comprovada. Preceitua o art. 88 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995: Art. 88. A falta de apresentação da declaração de rendimentos ou a sua apresentação fora do prazo fixado, sujeitará a pessoa física ou jurídica: I à multa de mora de um por cento ao mês ou fração sobre o Imposto de Renda devido, ainda que integralmente pago; II à multa de duzentas Ufirs a oito mil Ufirs, no caso de declaração de que não resulte imposto devido. Fl. 70DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 02/02/2013 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 13855.002412/200911 Acórdão n.º 2801002.884 S2TE01 Fl. 71 4 § 1º O valor mínimo a ser aplicado será: a) de duzentas Ufirs, para as pessoas físicas; b) de quinhentas Ufirs, para as pessoas jurídicas. O Regulamento do Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999, de sua vez, estabelece: Art.964. Serão aplicadas as seguintes penalidades: I multa de mora: a) de um por cento ao mês ou fração sobre o valor do imposto devido, nos casos de falta de apresentação da declaração de rendimentos ou de sua apresentação fora do prazo, ainda que o imposto tenha sido pago integralmente, observado o disposto nos §§2º e 5º deste artigo (Lei nº 8.981, de 1995, art. 88, inciso I, e Lei nº 9.532, de 1997, art. 27); (...) II multa: a) de cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos a seis mil, seiscentos e vinte nove reais e sessenta centavos no caso de declaração de que não resulte imposto devido (Lei nº 8.981, de 1995, art. 88, inciso II, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 30); (...) §2º Relativamente à alínea "a" do inciso II, o valor mínimo a ser aplicado será (Lei nº 8.981, de 1995, art. 88, §1º, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 30): I de cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos, para as pessoas físicas; II de quatrocentos e quatorze reais e trinta e cinco centavos, para as pessoas jurídicas. (...) §5º A multa a que se refere a alínea "a" do inciso I deste artigo, é limitada a vinte por cento do imposto devido, respeitado o valor mínimo de que trata o §2º (Lei nº 9.532, de 1997, art. 27) Depreendese, da leitura dos dispositivos transcritos, que a multa por atraso na entrega da declaração de pessoa física é de: a) 1% ao mês (ou fração) sobre o valor do imposto devido, limitado a 20% desse, respeitado o valor mínimo de R$165,74; ou b) R$ 165,74 no caso de declaração de que não resulte imposto devido. Na espécie, não houve imposto devido (base de cálculo da multa) na declaração entregue em atraso pelo contribuinte (declaração às fls. 16/21). Nada obstante, a Autoridade lançadora imputou ao Recorrente uma multa correspondente a 20% do valor do imposto lançado de ofício no Processo n° 13855.002134/200901. Fl. 71DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 02/02/2013 por TANIA MARA PA SCHOALIN Processo nº 13855.002412/200911 Acórdão n.º 2801002.884 S2TE01 Fl. 72 5 A cobrança de multa por atraso sobre valores lançados de ofício, no que excederem aos informados na declaração entregue a destempo, implica, a meu ver, em interpretação extensiva do art. 88 da Lei nº 8.981/1995, o que é vedado pelos artigos 97, inciso V, e 112, ambos do CTN. Assim, a multa a ser aplicada corresponde ao valor de R$ 165,74. O DARF de fl. 23 evidencia que o Interessado recolheu este valor em 02/03/2009, antes da lavratura do Auto de Infração, que ocorreu em 21/08/2009. Nesse contexto, voto por dar provimento ao recurso para cancelar a multa por atraso na entrega da declaração do imposto de renda do Recorrente. Assinado digitalmente Marcelo Vasconcelos de Almeida Fl. 72DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 31/01/2013 por MARCELO VASCONCELOS DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 02/02/2013 por TANIA MARA PA SCHOALIN
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Numero do processo: 10660.723456/2011-92
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 23 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Mar 27 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 2007
ITR. ÁREAS ALAGADAS. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural não incide sobre áreas alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidroelétricas. (Súmula CARF n.° 45).
Recurso provido.
Numero da decisão: 2202-002.139
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade votos, dar provimento ao recurso. Fez sustentação oral, o seu representante legal, Dr. Modesto Justino de Oliveira Neto, inscrito na OAB/MG sob o nº 115.931.
(Assinado digitalmente)
Nelson Mallmann Presidente
(Assinado digitalmente)
Antonio Lopo Martinez Relator
Composição do colegiado: Participaram do julgamento os Conselheiros Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Rafael Pandolfo, Antonio Lopo Martinez, Guilherme Barranco de Souza, Pedro Anan Junior e Nelson Mallmann. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Odmir Fernandes.
Nome do relator: ANTONIO LOPO MARTINEZ
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2007 ITR. ÁREAS ALAGADAS. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural não incide sobre áreas alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidroelétricas. (Súmula CARF n.° 45). Recurso provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade votos, dar provimento ao recurso. Fez sustentação oral, o seu representante legal, Dr. Modesto Justino de Oliveira Neto, inscrito na OAB/MG sob o nº 115.931. (Assinado digitalmente) Nelson Mallmann – Presidente (Assinado digitalmente) Antonio Lopo Martinez – Relator Composição do colegiado: Participaram do julgamento os Conselheiros Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Rafael Pandolfo, Antonio Lopo Martinez, Guilherme Barranco de Souza, Pedro Anan Junior e Nelson Mallmann. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Odmir Fernandes. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 66 0. 72 34 56 /2 01 1- 92 Fl. 620DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ, Assinado digitalmente em 24/03/201 3 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 2 Relatório Em desfavor do contribuinte, Notificação de Lançamento nº 06106/00002/2011 de fls. 04/08, emitida, em 08.08.2011, a contribuinte identificada no preâmbulo foi intimada a recolher o crédito tributário, no montante de R$2.501.831,92, referente ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), exercício de 2007, acrescido de multa lançada (75%) e juros de mora, tendo como objeto o imóvel denominado “Usina Camargos”, cadastrado na RFB sob o nº 6.568.6802, com área declarada de 7.249,9 ha, localizado no Município de Itutinga/MG. A ação fiscal, proveniente dos trabalhos de revisão das DITR/2007 incidentes em malha valor, iniciou se com o Termo de Intimação Fiscal nº 06106/00011/2011 de fls. 09/10, para a contribuinte apresentar o seguinte documento de prova para comprovar o Valor da Terra Nua (VTN) declarado: Laudo de Avaliação do Valor da Terra Nua emitido por engenheiro agrônomo/florestal, conforme estabelecido na NBR 14.653 da ABNT com grau de fundamentação e de precisão II, com Anotação de Responsabilidade Técnica – ART registrada no CREA, contendo todos os elementos de pesquisa identificados e planilhas de cálculo e preferivelmente pelo método comparativo direto de dados do mercado. Alternativamente, o contribuinte poderá se valer de avaliação efetuada pelas Fazendas Públicas Estaduais (exatorias) ou Municipais, assim como aquelas efetuadas pela Emater, apresentando os métodos de avaliação e as fontes pesquisadas que levaram à convicção do valor atribuído ao imóvel. Tais documentos devem comprovar o VTN na data de 1º de janeiro de 2007, a preço de mercado. A falta de comprovação do VTN declarado ensejará o arbitramento do VTN, com base nas informações do SIPT, nos termos do art. 14 da Lei 9.393/96, pelo VTN/ha do município de localização do imóvel para 1º de janeiro de 2007 no valor de R$: • Cultura/lavoura R$ 3.000,00; • Campos – R$2.000,00; • Pastagem/pecuária R$ 2.500,00; • Matas – R$800,00. Em atendimento ao Termo de Intimação Fiscal, foi apresentada a correspondência de fls. 18, acompanhada dos documentos de fls. 19/25. Por não ter sido apresentado o documento de prova solicitado e procedendo se a análise e verificação dos dados constantes da DITR/2007, a fiscalização resolveu alterar o Valor da Terra Nua (VTN) declarado de R$0,00, em face da ausência de avaliação, arbitrando o valor de R$5.799.920,00 (R$800,00/ha), com base no Sistema de Preços de Terras (SIPT), instituído pela Receita Federal, com consequente aumento do VTN tributável, e disto resultando o imposto suplementar de R$1.159.974,00, conforme demonstrado às fls. 07. A descrição dos fatos e os enquadramentos legais das infrações, da multa de ofício e dos juros de mora constam às fls. 05/06 e 08. Cientificada do lançamento, em 16.08.2011, às fls. 427, ingressou a contribuinte, em 14.09.2011, às fls. 37, com sua impugnação de fls. 37/97, instruída com os documentos de fls. 98/422, alegando e solicitando o seguinte, em síntese: Fl. 621DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ, Assinado digitalmente em 24/03/201 3 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10660.723456/201192 Acórdão n.º 2202002.139 S2C2T2 Fl. 3 3 Considera que o lançamento está eivado de ilegalidade, por alargar hipótese de incidência estatuída em Lei, salientando sobre a nãoincidência do imposto sobre os terrenos alagados e submersos, afetados em atendimento à regra de resolubilidade patrimonial; argumenta que não são tributadas, pelo ITR, as áreas desapropriadas para prestação de serviço público; alega que as águas de reservatórios de hidrelétricas são bens da União e, desta forma, são imunes do ITR; sustenta que não há valor de mercado para apuração do VTN, por tratarse de bem do domínio público, fora do comércio; aduz, ainda, que se trata de áreas de preservação permanente, pelo simples efeito da Lei (Código Florestal); afirma, ainda, que as áreas do imóvel não são aptas a qualquer atividade rural; salienta que é inexigível o ADA para confirmação da “intributabilidade” dos bens afetos às Usinas Hidrelétricas; considera que teria caráter punitivo a multa aplicada, e que esta fere o princípio do não confisco, ferindo, também, os princípios da razoabilidade/proporcionalidade e= que seria inexigível juros SELIC; tece comentários sobre a Jurisprudência Administrativa, citando a Súmula CARF nº 45 e ementas de Acórdãos para referendar seus argumentos; requer seja acolhida a impugnação, julgandoa totalmente procedente, para o fim de nulificar a Notificação de Lançamento, declarando se extinto o crédito tributário, haja vista à inocorrência da propriedade privada, posse ou domínio útil dos bens que servem à prestação do serviço público de geração e transmissão de energia elétrica, sejam emersos ou submersos; solicita, em atendimento ao princípio da eventualidade, realização de diligência fiscal; Por fim requer que todas as intimações, nos termos do art. 23, inciso I, do Decreto nº 70.235/72 c/c subsidiariamente com o art. 236, § 1º, do CPC, sejam realizadas à pessoa da impugnante, bem como, à pessoa da procuradora Drª Roberta Espinho Corrêa (OAB/MG nº 50.342), com escritório profissional na Rua Bernardo Guimarães, nº 67, B. Funcionários, Belo Horizonte/MG, CEP 30.140080, inferindo pena de nulidade. A DRJ Brasília ao apreciar as razões do contribuinte, julgou o lançamento procedente, nos termos da ementa a seguir: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2007 DA INCIDÊNCIA DO IMPOSTO. TERRA ALAGADA AUSÊNCIA DE LEI PARA EXCLUSÃO DA TRIBUTAÇÃO Para efeitos do ITR, afora as áreas alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidrelétricas autorizada pelo poder público, com previsão legal de 23 de junho de 2008, não há base legal para excluir da tributação terra submersa, seja pelo transborde do leito de rio, seja lago, ou outros tipos de Fl. 622DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ, Assinado digitalmente em 24/03/201 3 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 4 reservatório de água. Reservatórios de água de barragem não se confundem com potenciais de energia hidráulica, bens da União previstos na Constituição da República. ISENÇÃO HERMENÊUTICA A legislação tributária para concessão de benefício fiscal deve ser interpretada literalmente, assim, se não atendidos os requisitos legais para a isenção, a mesma não deve ser concedida. DO VALOR DA TERRA NUA (VTN) SUBAVALIAÇÃO Deve ser mantido o VTN arbitrado pela fiscalização, com base no SIPT, por falta de documentação hábil (Laudo Técnico de Avaliação, elaborado por profissional habilitado, com ART devidamente anotada no CREA, em consonância com as normas da ABNT NBR 14.6533), demonstrando, de maneira inequívoca, o valor fundiário do imóvel, a preço de mercado, à época do fato gerador do imposto, observadas as suas características particulares. DA MULTA. CARÁTER CONFISCATÓRIO. DOS JUROS DE MORA (TAXA SELIC) A vedação ao confisco pela Constituição da República é dirigida ao legislador, cabendo à autoridade administrativa apenas aplicála, nos moldes da legislação que a instituiu. Apurado imposto suplementar em procedimento de fiscalização, no caso de informação incorreta na declaração do ITR ou subavaliação do VTN, cabe exigilo juntamente com a multa e os juros aplicados aos demais tributos. Por expressa previsão legal, os juros de mora equivalem à Taxa SELIC. DA PROVA PERICIAL A perícia técnica destina se a subsidiar a formação da convicção do julgador, limitando se ao aprofundamento de questões sobre provas e elementos incluídos nos autos, não podendo ser utilizada para suprir o descumprimento de uma obrigação prevista na legislação. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Cientificada da decisão, insatisfeito, o contribuinte interpõe recurso voluntário ao Conselho onde reitera as mesmas razões da impugnação. Enfatizando a Súmula do CARF no. 45. É o relatório. Fl. 623DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ, Assinado digitalmente em 24/03/201 3 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10660.723456/201192 Acórdão n.º 2202002.139 S2C2T2 Fl. 4 5 Voto Conselheiro Antonio Lopo Martinez, Relator O recurso está dotado dos pressupostos legais de admissibilidade devendo, portanto, ser conhecido. Muito embora o lançamento trate de arbitramento do Valor da Terra Nua (VTN), verificase que a lide instalada desde o início do procedimento fiscal gira em torno da possibilidade de se exigir, ou não, ITR sobre terras alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidroelétricas. No recurso, assim como na impugnação, a contribuinte afirma que o imóvel em questão está em grande parte coberta de água, não se prestando a nenhum outro fim, que o de reservar água, potencializando a força hidráulica para a geração de energia e que as margens dos reservatórios também não se prestam a qualquer outro objetivo, funcionando apenas como faixas de segurança para a variações normais do nível d'água. E, em assim sendo,defende a tese de que áreas alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidroelétricas não se sujeitam à incidência do ITR. Por sua vez a autoridade recorrida defende o entendimento de que Áreas rurais desapropriadas em favor de empresa concessionária de serviços públicos de eletricidade, destinadas a reservatórios de usina hidrelétrica, integram o patrimônio dessa empresa, submetendose às regras tributárias aplicadas aos demais imóveis rurais. Ocorre que tal matéria já se encontra pacificada neste Conselho, conforme Súmula CARF n° 45, publicada no DOU, Seção 1, de 22/12/2009, que a seguir se transcreve: Súmula CARF nº 45: O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural não incide sobre áreas alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidroelétricas. No presente caso, com os elementos presentes nos autos, e na inexistência de prova em contrário, concluise que o imóvel é utilizado como reservatório de usina hidrelétrica, estando suas áreas, portanto, submersas, de sorte que a exigência consubstanciada no lançamento não pode prosperar. Ante o exposto, voto por dar provimento ao recurso. (Assinado digitalmente) Antonio Lopo Martinez Fl. 624DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ, Assinado digitalmente em 24/03/201 3 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 08/03/2013 por ANTONIO LOPO MARTINEZ
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Numero do processo: 10469.902094/2009-56
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 06 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Apr 05 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 1802-000.165
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Ester Marques Lins de Sousa- Presidente.
(assinado digitalmente)
José de Oliveira Ferraz Corrêa - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Corrêa, Marciel Eder Costa, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão e Marco Antonio Nunes Castilho.
Nome do relator: JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Presidente. (assinado digitalmente) José de Oliveira Ferraz Corrêa Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Corrêa, Marciel Eder Costa, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão e Marco Antonio Nunes Castilho. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 04 69 .9 02 09 4/ 20 09 -5 6 Fl. 118DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 3 2 Relatório Tratase de recurso voluntário contra decisão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife/PE, que manteve a negativa de homologação em relação a declaração de compensação – DCOMP apresentada pela Contribuinte, nos mesmos termos que já havia decidido anteriormente a Delegacia de origem. Os fatos que deram origem ao presente processo estão assim descritos no relatório da decisão recorrida, Acórdão nº 1135.075, às fls. 48 a 54: A interessada acima qualificada formalizou pedido de compensação relativo a suposto crédito de pagamento indevido ou a maior oriundo da CSLL paga por estimativa, código 2484, referente ao fato gerador ocorrido em 30/06/2005, com débitos discriminados às fls. 31/32. 0 valor originário do DARF postulado importa em R$ 5.094,54. Por meio do Despacho Decisório Eletrônico, às fls. 02, a Autoridade Competente resolveu NÃO HOMOLOGAR a compensação se fundamentando no fato de ter sido constatada a improcedência do crédito informado no PER/DCOMP por tratarse de pagamento a título de estimativa mensal da pessoa jurídica tributada pelo lucro real, caso em que o recolhimento somente pode ser utilizado na dedução da CSLL devida ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo da CSLL do período. A contribuinte apresentou manifestação de inconformidade, às fls. 01, alegando que: houve um erro de preenchimento do PER/DCOMP, referente ao tipo de crédito, ou seja, a empresa lançou no campo de tipo de créditos, o pedido como pagamento indevido ou a maior, o que na realidade seria Saldo Negativo de Contribuição Social do ano de 2005, como destacado em DIPJ 2006/2005; na DCTF do 1º semestre de 2005, podese verificar que houve o recolhimento a maior da contribuição social, referente ao período de apuração do mês de Junho/2005, que no final do ano, após apuração do Lucro Real, transformouse em Saldo Negativo, para posterior compensação; Por fim, pediu o deferimento do pedido de compensação, pelas razões acima expostas. Como já mencionado, a DRJ Recife/PE manteve a negativa em relação à compensação, expressando suas conclusões com a seguinte ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Anocalendário: 2005 COMPENSAÇÃO. REQUISITO. Fl. 119DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 4 3 Nos termos do art. 170 do CTN, somente são compensáveis os créditos líquidos e certos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO RECOLHIMENTO POR ESTIMATIVA MENSAL IMPOSSIBILIDADE. O valor pago a maior de IR ou de CSLL a título de estimativa mensal não pode ser compensado com débitos dos meses subseqüentes, em sendo o regime de tributação pelo lucro real anual. O valor pago a maior só pode ser utilizado na dedução do IRPJ ou da CSLL devida ao final do período de apuração, ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou de CSLL do período. PEDIDO DE RETIFICAÇÃO DE PER/DCOMP. AUTORIDADE COMPETENTE. RITO PROCEDIMENTAL. Retificação de um PER/Dcomp não pode ser manuseada por via da manifestação de inconformidade. O PER/Dcomp somente pode ser retificado antes de adoção de decisão administrativa em torno do pleito dele constante. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Inconformada com essa decisão, da qual tomou ciência em 28/12/2011, a Contribuinte apresentou recurso voluntário em 26/01/2012, com os seguintes argumentos: a Contribuinte é pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real, optante do pagamento mensal do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL por estimativa, nos termos do art. 57 da Lei n° 8.981/1995 e dos arts. 2º e 30 da Lei n° 9.430/1996; em relação à CSLL do exercício de 2005, a Empresa contribuinte recolheu, pelo regime de estimativa mensal, os valores dos DARF's que estão discriminados no recurso; o valor recolhido encontrase devidamente lançado na DIPJ campo 52 (CSLL Mensal Paga por Estimativa). Entretanto, durante o exercício de 2005, a Contribuinte levantou balancetes de suspensão nos meses de Janeiro (resultado negativo), Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro (doc. 02), verificando que a CSLL recolhida excedia o valor devido, calculado com base no lucro real do período em curso, conforme consta nas DCTF's semestrais e na DIPJ, já anexadas ao presente processo; com base nos dados dos balancetes mensais e da DIPJ, a Recorrente apresenta os dados que informam os valores efetivamente apurados de CSLL, os valores retidos na fonte, os valores recolhidos através de DARF's e os valores suspendidos e/ou reduzidos (quadro constante do recurso); os dados da DIPJ comprovam que a CSLL efetivamente apurada para o exercício de 2005 foi de R$ 41.944,00 (quarenta e um mil, novecentos e quarenta e quatro reais) e que houve um pagamento em excesso no total de R$ 32.214,00 (trinta e dois mil duzentos e quatorze reais), dos quais, R$ 19.045,00 (dezenove mil e quarenta e cinco reais) foram utilizados para suspender e/ou reduzir a CSLL devida nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2005; Fl. 120DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 5 4 ao verificar nos balanços/balancetes mensais o pagamento a maior da CSLL, a Recorrente suspendeu e/ou reduziu o pagamento da CSLL apurada para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2005, conforme autorizam os arts. 35 e 57 da Lei n° 8.981/1995; mesmo após a suspensão e/ou redução, ainda restou um saldo negativo de CSLL de R$ 13.155,00 (treze mil, cento e cinqüenta e cinco reais), que foram utilizados para compensar com outros tributos, dentre os quais o IRPJ e a COFINS lançados na presente PER/DOMP, referentes aos períodos de apuração de janeiro/2006 e dezembro/2005, respectivamente; do ponto de vista tributário/financeiro, a Recorrente está quite com a Fazenda Nacional, porque o valor pago a maior foi utilizado para suspender e/ou reduzir e compensar tributos. Numa equação matemática, todos os valores que ingressaram nos cofres da União foram suficientes para quitar as obrigações tributárias do exercício de 2005; todavia, ao preencher as obrigações acessórias fiscais, a Recorrente cometeu algumas inexatidões materiais, em especial, apresentando a presente PER/DCOMP, em março/2006, informando que teria Crédito de Pagamento Indevido ou a Maior de CSLL, quando, ao certo, bastava suspender e/ou reduzir o valor da CSLL, sem a necessidade de apresentação da Declaração de Compensação, e, em relação ao IRPJ e à COFINS, informar o saldo negativo de CSLL no ano de 2005; a Recorrente tomou conhecimento da decisão da Delegacia de Julgamento em 28/12/2011 mais de 05 anos após a apresentação da PER/DCOMP quando os valores recolhidos a maior em favor da União não poderão mais ser objeto de restituição, não poderá mais haver retificação ou mesmo desistência do pedido de compensação; entretanto, os dados aqui presentes comprovam que houve um pagamento a maior no recolhimento da CSLL que serviu, efetivamente, para quitar os demais créditos tributários apurados no exercício de 2005. Analisandose os documentos apresentados, verificase que houve apenas erro material no preenchimento das obrigações acessórias; o pedido de compensação foi apresentado equivocadamente e enquadrado no art. 74 da Lei n° 9.430/1996, quando, na verdade, a situação enquadrase em outra norma legal, que prevê apenas a suspensão e/ou redução do pagamento do tributo; as normas mencionadas no recurso amparam o direito da empresa recorrente em suspender e/ou reduzir o pagamento da CSLL referente aos meses outubro, novembro e dezembro de 2005; em relação à compensação com o IRPJ do mês de janeiro/2006, houve apenas uma inexatidão material no preenchimento da PER/DCOMP, pois deveria constar a utilização de crédito tributário como saldo negativo de CSLL de 2005, mas foi lançado indevidamente como pagamento a maior; no tocante à COFINS, o aproveitamento do excesso de pagamento de CSLL atende à modalidade de compensação prevista no Código Tributário Nacional, pois são tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal; o art. 74, § 11, da Lei n° 9.430/1996 atribui efeito suspensivo à exigibilidade do crédito tributário, enquanto pendente o julgamento do recurso. Todavia, o indeferimento da Fl. 121DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 6 5 compensação não permite ao contribuinte apresentar um pedido de restituição, embora este seja detentor de um crédito relativo ao pagamento efetuado a maior; considerando, também, que o prazo para apresentar pedido de desistência da compensação já se esgotou, posto que ultrapassado mais de cinco anos da apresentação da PER/DCOMP, a empresa recorrente solicita o julgamento do presente recurso com base no princípio da razoabilidade; para tanto, requer que o pedido de compensação seja desconsiderado, mas aproveitado o pagamento a maior para extinção da obrigação tributária apresentada como débito na presente PER/DCOMP, por se tratar de medida justa e em obediência ao princípio que veda o enriquecimento ilícito, até mesmo da Fazenda Nacional, que pôde usufruir do numerário recolhido a maior desde a efetivação do recolhimento; a Recorrente solicita o provimento do presente recurso, para que seja cancelada a PER/DCOMP apresentada e seja considerado extinto o crédito tributário em relação à CSLL do mês de dezembro de 2005, de acordo com a suspensão e/ou redução do pagamento prevista no art. 35 e 57 da Lei n° 8.981/1995, e em conformidade com o art. 156, inciso II, do Código Tributário Nacional, em razão do pagamento em excesso da CSLL no período em curso, conforme demonstrado nos balancetes mensais e na DIPJ 2006/2005; a Recorrente também solicita que seja desconsiderada a inexatidão material no preenchimento da PER/DCOMP em relação à compensação do IRPJ de janeiro/2006, e homologada a compensação nesse caso, uma vez que houve saldo negativo de CSLL em 2005, e a Lei 9.430/1996 assegura o direito de compensação ao Contribuinte; a Recorrente ainda solicita que seja homologada a compensação do excesso de pagamento de CSLL com a COFINS de dezembro/2005, com amparo no art. 156, II, do CTN, para extinguir o referido crédito tributário. Este é o Relatório. Fl. 122DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 7 6 Voto Conselheiro José de Oliveira Ferraz Corrêa, Relator. O recurso é tempestivo e dotado dos pressupostos para a sua admissibilidade. Portanto, dele tomo conhecimento. Conforme relatado, a Contribuinte questiona decisão que não homologou declaração de compensação – DCOMP por ela apresentada em 25/04/2006, na qual utiliza crédito decorrente de um alegado pagamento a maior referente à CSLL/estimativa do mês de junho/2005. A DCTF referente ao primeiro semestre de 2005 (fls. 18) discrimina débito de CSLL/estimativa do mês de junho/2005 no valor de R$ 1.104,33. Para quitar a maior parte deste débito (R$ 1.058,54), a Contribuinte realizou pagamento no valor de R$ 5.094,54, conforme informado na mesma DCTF, e também no comprovante de pagamento que acompanha o recurso voluntário. Esta seria a origem do pagamento a maior, no valor excedente de R$ 4.036,00, que a Contribuinte utilizou na DCOMP ora examinada. Os débitos objeto da referida compensação correspondem à estimativa de CSLL de dezembro/2005 (R$ 171,88), à COFINS de dezembro/2005 (R$ 609,18), à estimativa de IRPJ de janeiro/2006 (R$ 1.423,08), e à estimativa de CSLL de janeiro/2006 (R$ 1.531,28). A negativa tanto da Delegacia de origem, quanto da Delegacia de Julgamento, está amparada no art. 10 da IN SRF nº 600/2005, onde foi estabelecido que os pagamentos indevidos ou a maior a título de estimativas mensais de IRPJ/CSLL somente poderiam ser utilizados na dedução de IRPJ/CSLL devidos ao final do período de apuração ou para compor saldos negativos de IRPJ/CSLL do período. O voto que orientou a decisão da DRJ traz a seguinte observação: O que ocorre é que as estimativas mensais não são passíveis de restituição, vez que constituem mera antecipação do tributo a ser apurado ao final do anocalendário. Sendo mera antecipação, não extinguem o crédito tributário, não havendo que se falar em pagamento indevido ou a maior. Quando, ao final do anocalendário, apurase saldo negativo do tributo, resta então configurado o pagamento indevido ou a maior, aí sim passível de restituição ou compensação. A natureza dos débitos envolvidos na DCOMP implica em questões distintas, e o presente recurso voluntário demanda análises específicas. CSLL/ESTIMATIVA DE DEZEMBRO/2005 Quanto ao débito de estimativa de CSLL de dezembro/2005, a Contribuinte não reivindica propriamente a homologação da DCOMP. Ela informa, inclusive, que apresentou equivocadamente esta declaração, que suspendeu/reduziu o recolhimento destas estimativas por Fl. 123DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 8 7 meio dos balancetes de suspensão/redução previstos nos artigos 35 e 57 da Lei nº 8.981/1995, e seu intento é apenas que o débito constante da DCOMP seja considerado quitado em razão dos pagamentos realizados a título de CSLL neste mesmo ano. É importante registrar que a regra contida no art. 10 da IN SRF nº 600/2005, que limitava a utilização de pagamento indevido ou a maior a título de estimativa mensal, não foi repetida nas instruções normativas posteriores que tratam do mesmo assunto (IN RFB nº 900/2008 e IN RFB nº 1300/2012). Nestes outros atos normativos, a Receita Federal manteve a referida restrição apenas para o aproveitamento de retenções na fonte indevidas ou a maior, e não mais para os pagamentos indevidos ou a maior a título de estimativa. Registro também que a IN SRF nº 600/2005 foi expressamente revogada pela IN RFB nº 900/2008. De qualquer modo vale observar que a referida regra buscava impedir que um pagamento ainda provisório, tido como mera antecipação, fosse objeto de restituição ou compensação antes de encerrado o período de apuração anual. De fato, em regra, o que se restitui ou compensa é o saldo negativo (seja de IRPJ ou de CSLL), e não as estimativas destes tributos. Mas a norma que restringia o aproveitamento de estimativa paga indevidamente ou a maior sempre mereceu temperamento e moderação, principalmente quando o débito a ser compensado correspondia a outra estimativa do mesmo tributo no mesmo ano. Isto porque na sistemática de apuração anual todos os recolhimentos de estimativa feitos ao longo do ano contribuem igualmente nesta apuração, independentemente do mês a que se refira cada um deles. Tanto a apuração final (ajuste anual) quanto os balancetes mensais de suspensão/redução de tributo são cumulativos, computandose neles todos os fatos e recolhimentos ocorridos a partir de primeiro de janeiro até o último dia do período a que se refiram. Assim, pela própria sistemática dos sucessivos balancetes de suspensão/redução ao longo do mesmo ano, um eventual excesso de estimativa acaba sendo absorvido nos meses posteriores, para, ao final, ser levado em conjunto com os demais pagamentos como dedução no ajuste anual, independentemente do mês a que se refira. Para tanto, realmente, não é necessária a apresentação de DCOMP. Entretanto, se o caso for de recolhimento de estimativa com base na receita bruta em determinado mês (apuração estanque, não cumulativa), e havendo excesso de pagamento em outro mês, é cabível a apresentação de DCOMP para deslocar este excesso (de um mês para o outro), de modo que o contribuinte não fique sujeito à aplicação de multa isolada por falta/insuficiência de recolhimento de estimativa em um dos meses. A solução deste processo demanda uma instrução processual complementar, porque os elementos constantes dos autos não permitem verificar nem o regime e nem a composição das estimativas mensais de CSLL ao longo de 2005. Fl. 124DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 9 8 Não há cópia completa da DIPJ do anocalendário de 2005, mas apenas cópia de sua Ficha 17 (fls. 24). E os balancetes apresentados pela Recorrente não atendem ao disposto no art. 35 da Lei 8.981/1995: Art. 35. A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso. No que diz respeito à quitação da estimativa de CSLL de dezembro/2005, não há condições de se verificar nem mesmo se a DCOMP em questão foi ou não indevidamente apresentada. COFINS DE DEZEMBRO/2005, IRPJ/ESTIMATIVA DE JANEIRO/2006 E CSLL/ESTIMATIVA DE JANEIRO/2006 Quanto aos débitos de COFINS, IRPJ e CSLL (do ano seguinte), a Contribuinte pretende que seja desconsiderada a inexatidão material no preenchimento da DCOMP, de modo que a compensação seja homologada a partir de crédito a título de saldo negativo de CSLL em 2005, e não de pagamento a maior da estimativa de junho/2005. Nesse caso, os débitos objeto de compensação, no que diz respeito ao tributo e/ou período, não guardam a mesma correspondência com o crédito utilizado. A apresentação da DCOMP era, portanto, necessária. Já mencionamos que a IN RFB nº 900/2008 revogou a regra contida no art. 10 da IN SRF nº 600/2005, que limitava a restituição/compensação de pagamento indevido ou a maior a título de estimativa mensal. Este colegiado tem admitido compensação com pagamento indevido ou a maior de estimativa desde que reste comprovado que o pagamento efetivamente superou o valor mensal que seria devido (seja com base na receita bruta, seja a partir de balancete de suspensão/redução), e que ele não tenha sido incluído no saldo negativo do período. A incidência de juros Selic sobre crédito decorrente de pagamento indevido ou a maior de estimativa mensal é diferente da incidência sobre crédito decorrente de saldo negativo anual. Mas a indicação é de que todo o pagamento da estimativa de CSLL de junho/2005 restou incluído no saldo negativo daquele ano, porque consta da ficha 17 da DIPJ (ajuste anual da contribuição), às fls. 24, uma dedução anual a título de “CSLL mensal paga por estimativa” no valor de R$ 45.380,81, que é resultante do somatório de todos os pagamentos de estimativa, incluindo o acima referido. O fato de a contribuinte ter indicado crédito decorrente de pagamento a maior e não como saldo negativo não prejudica o pleito, porque o art. 165 do CTN não condiciona o direito à restituição de indébito, fundado em pagamento indevido ou a maior, a requisitos meramente formais. Fl. 125DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 10 9 Na sistemática da apuração anual, caso haja tributo devido no encerramento do ano, as antecipações se convertem em pagamento definitivo. Por outro lado, se houver prejuízo fiscal, ou ainda se as antecipações superarem o valor do tributo devido ao final do período, fica configurado o indébito, a ser restituído ou compensado, mas somente a partir do ajuste (no caso, a DCOMP foi apresentada em 25/04/2006). É importante destacar que os recolhimentos a título de estimativa são referentes, no seu conjunto, a um mesmo período (anocalendário), guardando uma correspondência direta com eventual saldo negativo passível de restituição/compensação. Deste modo, o fato de a Contribuinte reivindicar a repetição de pagamento feito ao longo de um anocalendário, por entender que esse pagamento foi feito indevidamente ou a maior, não pode ser obstáculo ao seu pleito. O saldo negativo não deixa de ser um pagamento a maior referente ao mesmo tributo e ao mesmo ano das estimativas. O importante é averiguar a repercussão das estimativas no ajuste final. Mas os elementos constantes dos autos não permitem verificar nem o regime e nem a composição das estimativas mensais de CSLL ao longo de 2005. Não há cópia completa da DIPJ do anocalendário de 2005, mas apenas cópia de sua Ficha 17 (fls. 24), e os balancetes apresentados pela Recorrente não atendem ao disposto no art. 35 da Lei 8.981/1995. Além disso, há outros aspectos a serem verificados em relação à composição do saldo negativo de CSLL, porque ele não decorreu apenas das estimativas ao longo de 2005, mas também de retenções na fonte ocorridas no período. Estes pontos não foram examinados porque a DRF de origem pautou sua decisão na mencionada restrição de utilização de crédito decorrente de pagamento indevido ou a maior de estimativa, fundamento que agora está sendo afastado. Como já mencionado no tópico anterior, a solução deste processo demanda uma instrução processual complementar. É necessário que a Delegacia de origem (DRF Natal/RN): junte aos autos cópia integral da DIPJ do anocalendário de 2005; intime a Contribuinte a apresentar os balancetes de suspensão/redução que tenha elaborado relativamente ao anocalendário de 2005, e que atendam à finalidade determinada no art. 35 da Lei 8.981/1995, conforme o texto anteriormente destacado; verifique e elabore relatório circunstanciado sobre o valor do saldo negativo de CSLL no anocalendário de 2005, analisando não só os pagamentos feitos a título de estimativa mensal, mas também as retenções na fonte que foram computadas como dedução na DIPJ; intime a Contribuinte a se manifestar sobre as conclusões da diligência, antes de o processo retornar ao CARF. Fl. 126DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10469.902094/200956 Resolução nº 1802000.165 S1TE02 Fl. 11 10 Diante do exposto, voto pela conversão do julgamento em diligência fiscal, para realização das providências determinadas acima. (assinado digitalmente) José de Oliveira Ferraz Corrêa Fl. 127DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 01/04/2013 por JOSE DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
score : 1.0
Numero do processo: 16403.000251/2009-38
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 09 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Processo Administrativo Fiscal
Exercício: 2004
Ementa: RECURSO VOLUNTÁRIO. TEMPESTIVIDADE. É intempestivo recurso voluntário interposto em prazo superior a 30 (trinta) dias contados da intimação de acórdão proferido pela instância a quo.
Recurso voluntário não conhecido.
Numero da decisão: 1102-000.729
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, NÃO
CONHECER do recurso por ser intempestivo
Nome do relator: ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO
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TEMPESTIVIDADE. É intempestivo recurso voluntário interposto em prazo superior a 30 (trinta) dias contados da intimação de acórdão proferido pela instância a quo. Recurso voluntário não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso por ser intempestivo (assinado digitalmente) ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Presidente. (assinado digitalmente) ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO Relator. EDITADO EM: Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Albertina Silva Santos de Lima, Antonio Carlos Guidoni Filho, João Otávio Opperman Thomé, Silvana Rescigno Guerra Barreto, Plínio Rodrigues Lima e Ana Clarissa Masuko dos Santos Araujo. Fl. 154DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto pela Contribuinte contra acórdão proferido pela Primeira Turma da Delegacia Regional de Julgamento de Curitiba – PR assim ementado, verbis: “PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. ESTIMATIVA DE CSLL. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO APRESENTADA NA VIGÊNCIA DA IN SRF N° 600, DE 2005. OBRIGATORIEDADE DE UTILIZAÇÃO NA DEDUÇÃO DO IMPOSTO ANUAL OU PARA COMPOR O SALDO NEGATIVO DE IRPJ. Aplicase à declaração de compensação apresentada na vigência da IN SRF n° 600, de 2005, a obrigatoriedade de utilização da estimativa de IRPJ paga indevidamente ou a maior na dedução do imposto devido ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo de IRPJ do período. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. ESTIMATIVA DE IRPJ. VEDAÇÃO À UTILIZAÇÃO COMO DIREITO CREDITÓRIO. Havendo vedação à utilização de estimativa de IRPJ como direito creditório oriundo de pagamento indevido ou a maior, é de se confirmar a não homologação da compensação declarada nos autos. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido.” Regularmente intimada do acórdão em 09.05.2011, a Contribuinte interpõe recurso voluntário em 10.06.2011, após decorrido, portanto, o prazo de 30 dias previsto no art. 33 do Decreto n. 70.235/72 para o exercício dessa prerrogativa processual. É a síntese do necessário. Voto Conselheiro ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO Conforme se depreende dos documentos acostados aos autos, o recurso voluntário não pode ser conhecido por este Colegiado pelo fato de ter sido interposto após o prazo de 30 dias contados da intimação do acórdão proferido pela instância a quo, a teor do art. 33 do Decreto n. 70.235/72. De fato, como bem anotado pela Delegacia da Receita Federal de origem, a intimação da Contribuinte relativa ao acórdão recorrido ocorreu em 10.05.2011 e o recurso voluntário contra tal decisão foi interposto apenas em 10.06.2011. Nos termos regimentais, o prazo recursal encerrouse em 09.06.2011. Por tais fundamentos, voto no sentido de não conhecer do recurso voluntário interposto pela Contribuinte por intempestividade. Fl. 155DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO Processo nº 16403.000251/200938 Acórdão n.º 110200.729 S1C1T2 Fl. 2 3 (assinado digitalmente) ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO Relator Fl. 156DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO
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Numero do processo: 11844.000144/2009-05
Turma: Primeira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 23 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Mar 18 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2006
DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS.
Deve se mantida a glosa das deduções quando não comprovadas por documentação hábil apresentada pelo contribuinte.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2801-002.866
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora.
Assinado digitalmente
Tânia Mara Paschoalin - Presidente em Exercício e Relatora.
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, Sandro Machado dos Reis, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Carlos César Quadros Pierre, Walter Reinaldo Falcao Lima e Luiz Claudio Farina Ventrilho.
Nome do relator: TANIA MARA PASCHOALIN
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2006 DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. Deve se mantida a glosa das deduções quando não comprovadas por documentação hábil apresentada pelo contribuinte. Recurso Voluntário Negado.
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DESPESAS MÉDICAS. Deve se mantida a glosa das deduções quando não comprovadas por documentação hábil apresentada pelo contribuinte. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Presidente em Exercício e Relatora. Participaram do presente julgamento os conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, Sandro Machado dos Reis, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Carlos César Quadros Pierre, Walter Reinaldo Falcao Lima e Luiz Claudio Farina Ventrilho. Relatório Tratase de recurso voluntário apresentado contra decisão proferida pela 4ª Turma da DRJ/BSB/DF. Por bem descrever os fatos, reproduzse abaixo o relatório da decisão recorrida: AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 84 4. 00 01 44 /2 00 9- 05 Fl. 63DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2013 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 03/02/201 3 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 11844.000144/200905 Acórdão n.º 2801002.866 S2TE01 Fl. 64 2 “Contra o contribuinte acima identificado foi emitida Notificação de Lançamento do Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF (fls. 10 a 13), referente ao exercício 2006, ano calendário 2005. O valor (em reais) do crédito tributário apurado está assim constituído: Imposto Suplementar 3.619,01 Multa de Ofício (passível de redução) 2.714,25 Juros de Mora (cálculo até 29/08/2008) 1.001,74 Imposto de Renda Pessoa Física 0,00 Multa de Mora (não passível de redução) 0,00 Juros de Mora (calculados até 29/08/2008) 0,00 Total do Crédito Tributário 7.335,00 A notificação de lançamento teve origem no procedimento de revisão da Declaração de Ajuste Anual do exercício 2006, ano calendário 2005, tendo sido constatada a infração descrita a seguir: Dedução Indevida de Despesas Médicas Glosa do valor de R$ 13.160,03, indevidamente deduzido a título de despesas médicas (Unimed Piraqueaçu), por falta de comprovação. Regularmente intimado, o contribuinte não atendeu à intimação. O enquadramento legal encontrase na fl. 11. Cientificado, via postal, das exigências em 22/08/2008 (fl. 17), o sujeito passivo apresentou em 23/09/2008, impugnação às fl. 2 e 3, contestando o feito fiscal, com os argumentos a seguir expostos: O contribuinte esclarece que não teria deixado de atender ao pedido de esclarecimento, visto que este nunca teria sido efetuado. Acrescente que teria tomado conhecimento das infrações imputadas a ele quando do recebimento da presente Notificação de Lançamento. Diante disso, requer que seja declarada a nulidade do citado instrumento. Adicionalmente, anexa aos autos cópias dos recibos médicos, que comprovariam as deduções informadas.” A impugnação foi julgada improcedente, conforme Acórdão de fls. 23/26, que restou assim ementado: DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. As despesas médicas dedutíveis referemse a pagamentos comprovados com documentos hábeis e idôneos efetuados pelo contribuinte, no anocalendário, a médicos, dentistas, Fl. 64DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2013 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 03/02/201 3 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 11844.000144/200905 Acórdão n.º 2801002.866 S2TE01 Fl. 65 3 psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias, desde que relativos ao seu tratamento ou de seus dependentes. Regularmente cientificado daquele Acórdão em 26/07/2011 (AR fl. 32), o interessado interpôs o recurso de fls. 54/61, em 25/08/2011. Em sua defesa, alega que as despesas médicas declaradas efetivamente existiram e foram devidamente comprovadas na forma como determina a Lei, conforme recibos apresentados, os quais também anexa à presente defesa, com especificação do serviço prestado, com indicação do nome, endereço e n° de inscrição no CPF do profissional que recebeu pelos serviços. É o relatório. Voto Conselheira Tânia Mara Paschoalin, Relatora. O recurso é tempestivo e atende às demais condições de admissibilidade, portanto merece ser conhecido. No caso, a fiscalização glosou despesas médicas, no montante de R$ 13.160,03, por falta de comprovação decorrente do não atendimento à intimação. A decisão recorrida manteve a glosa das referidas despesas sob a justificativa de que os documentos apresentados às fls. 07/09 não preenchem os requisitos do art. 8º do RIR/99, pois não especificam o beneficiário do serviço e não contém o endereço do prestador de serviço. Além disso, ressaltou que algumas informações referentes ao prestador de serviço se encontram ilegíveis. Verificase que os recibos apresentado pelo recorrente, às fls. 43/49, não suprem as faltas apontadas pela decisão recorridas referentes à indicação do beneficiário dos serviços e do endereço do prestador de serviço. Conforme expressa previsão legal (art. 8º , § 2o , II, da Lei 9.250/95), a dedução de despesas médicas restringese aos pagamentos efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes. Por este motivo, além da identificação de quem arcou com a despesa, é imprescindível que esteja identificado quem foi o beneficiário do tratamento. Assim, caberia ao sujeito passivo, em face da motivação da glosa, apresentar documentos outros (laudos ou declarações dos profissionais, retificação dos recibos) no sentido de sanar o vício formal nos comprovantes apresentados. D acordo com o § 2°, incisos III e IV do precitado dispositivo, a dedução fica condicionada ainda a especificação e comprovação dos pagamentos, com indicação do nome, endereço e CPF ou CNPJ de quem os recebeu, podendo, na falta de documentação, ser feita indicação de cheque nominativo por meio do qual foi efetuado o pagamento. Fl. 65DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2013 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 03/02/201 3 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 11844.000144/200905 Acórdão n.º 2801002.866 S2TE01 Fl. 66 4 Assim, considero que os recibos carreados aos autos não atenderam às exigências da legislação de regência, devendo ser mantida a glosa das correspondentes despesas médicas. Diante do exposto, voto por negar provimento ao recurso. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Fl. 66DF CARF MF Impresso em 18/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2013 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 03/02/201 3 por TANIA MARA PASCHOALIN
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Numero do processo: 13706.003055/00-12
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 24 00:00:00 UTC 2012
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/09/1989 a 01/04/1992 Concomitância. Efeitos A proposição de ação com objeto diverso do debatido na via administrativa não gera concomitância. Consequentemente, deve o recurso ser conhecido. ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Período de apuração: 01/09/1989 a 01/04/1992 Prazo Para Restituir Tributos Declarados Inconstitucionais Após a decretação da inconstitucionalidade da parte final do parte final do art. 4º da Lei Complementar nº 118, de 2005, em observância ao art. 62-A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e à orientação jurisprudencial assentada no REsp 1002932 / SP, o prazo para pleitear a compensação ou restituição de tributos declarados inconstitucionais se extingue após o prazo de cinco anos, contados da homologação do lançamento. Recurso Voluntário Parcialmente Provido
Numero da decisão: 3102-001.327
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso voluntário, para afastar a prejudicial de decadência do direito de pleitear a restituição/compensação de recolhimentos posteriores a 24/11/1990 e devolver o processo ao órgão julgador de origem, para que sejam apreciadas as demais questões de mérito.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO
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Efeitos A proposição de ação com objeto diverso do debatido na via administrativa não gera concomitância. Consequentemente, deve o recurso ser conhecido. ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Período de apuração: 01/09/1989 a 01/04/1992 Prazo Para Restituir Tributos Declarados Inconstitucionais Após a decretação da inconstitucionalidade da parte final do parte final do art. 4º da Lei Complementar nº 118, de 2005, em observância ao art. 62A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e à orientação jurisprudencial assentada no REsp 1002932 / SP, o prazo para pleitear a compensação ou restituição de tributos declarados inconstitucionais se extingue após o prazo de cinco anos, contados da homologação do lançamento. Recurso Voluntário Parcialmente Provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso voluntário, para afastar a prejudicial de decadência do direito de pleitear a restituição/compensação de recolhimentos posteriores a 24/11/1990 e devolver o processo ao órgão julgador de origem, para que sejam apreciadas as demais questões de mérito. (assinado digitalmente) Luis Marcelo Guerra de Castro Presidente e Relator. Fl. 1DF CARF MF Impresso em 17/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 2 4/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13706.003055/0012 Acórdão n.º 310201.327 S3C1T2 Fl. 2 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Ricardo Rosa, Álvaro Almeida Filho, Winderley Morais Pereira, Luciano Pontes de Maya Gomes, Leonardo Mussi e Luis Marcelo Guerra de Castro. Ausente, justificadamente, a Conselheira Nanci Gama. Relatório Por bem descrever a matéria litigiosa, adoto relatório que embasou o acórdão recorrido, que passo a transcrever: Trata o presente processo de DCOMP’S, originalmente protocolizadas como pedidos de compensação de créditos de Finsocial, recolhidos a maior no período de 01/02/89 a 01/04/92, num total de R$ 1.890.194,89, com débitos do PIS e da Cofins. A autoridade fiscal indeferiu o pedido (fls. 157/159), sob o argumento de que ocorreu a decadência, uma vez que o direito de pleitear a restituição extinguese com o decurso de prazo de 5 (cinco) anos, contados da extinção do crédito tributário, com base nos artigos 165, I e 168, I, da Lei nº 5.172 e no Ato Declaratório SRF nº 96/99. O interessado contestou o despacho decisório que indeferiu seu pleito (fls. 164/166), argumentando, em síntese, que: a) A compensação em questão decorre da ação proferida na ação declaratória nº 92.00461565, na qual a suplicante requereu a declaração de inconstitucionalidade da cobrança do Finsocial em alíquotas majoradas ao percentual de 0,5%; b) A decisão de 1ª instância julgou procedente o pedido, e tal pedido foi confirmado pelo TRF na decisão; c) O processo foi encaminhado ao E. STJ que manteve o entendimento favorável à suplicante, e esta decisão transitou em julgado; d) Sem embargo a Fazenda Nacional havia também recorrido ao E. STF, mas este confirmou o entendimento de que para as empresas comerciais, como é o caso da suplicante, as contribuições para o Finsocial deveriam ser recolhidas na alíquota de 0,5%; e) Esta decisão transitou em julgado em 12/09/2000, tendo o processo baixado em conseqüência à instância singular; f) O presente pedido foi formulado em 2000, um ano apenas após o trânsito em julgado da decisão que validou o pedido de reconhecimento da tributação indevida; g) O entendimento da E. Câmara Superior de Recursos Fiscais, consolidado no acórdão proferido no recurso 104.304 é Fl. 2DF CARF MF Impresso em 17/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 2 4/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13706.003055/0012 Acórdão n.º 310201.327 S3C1T2 Fl. 3 3 no sentido e que o termo inicial dos pedidos de restituição se conta a partir do trânsito em julgado da decisão beneficiou o contribuinte, e não data do pagamento indevido; h) O recolhimento do tributo é certamente uma précondição econômica do pedido de restituição, mas o seu fundamento legal é a declaração de inconstitucionalidade conseqüente no caso da decisão judicial proferida no curso da lide e que transitou em julgado apenas em 2000, i.é., um ano antes da data em que a restituição foi pretendida; i) Notese apenas para que não passe sem reparo, que não se aplica ao caso a Lei Complementar 118, que atinge somente processos requeridos após 09/06/05. j) Até lá vigora a jurisprudência que conta em dobro o prazo de 5 anos previsto para a recuperação dos tributos pagos no regime de lançamento por homologação, tese que se aplicada no caso, daria também pela integral tempestividade do pedido. Ponderando as razões aduzidas pela autuada, juntamente com o consignado no voto condutor, decidiu o órgão de piso pela manutenção do indeferimento do pedido de compensação, conforme se observa na ementa abaixo transcrita: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições Período de apuração: 01/02/1988 a 01/04/1992 Ementa: PEDIDO ADMINISTRATIVO. AÇÃO JUDICIAL. EFEITOS. Não pode a Administração se manifestar sobre questão já decidida pelo Poder Judiciário, incidindolhe o princípio da unidade de jurisdição. RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO. EXTINÇÃO DO DIREITO. O direito de o contribuinte pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido, extinguese após o transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados da data da extinção do crédito tributário. Após tomar ciência da decisão de 1ª instância, comparece a recorrente mais uma vez ao processo para, em sede de recurso voluntário, essencialmente, reiterar as alegações manejadas por ocasião da instauração da fase litigiosa e contestar a acusação de que se dedicaria à prestação de serviços. É o Relatório Voto Conselheiro Luis Marcelo Guerra de Castro, Relator Tomo conhecimento do presente recurso, que foi tempestivamente apresentado e trata de matéria afeta à competência desta Terceira Seção Fl. 3DF CARF MF Impresso em 17/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 2 4/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13706.003055/0012 Acórdão n.º 310201.327 S3C1T2 Fl. 4 4 Inicialmente, cumpre destacar que, razão assiste ao Sujeito Passivo quando se insurge contra as conclusões do r. órgão julgador a quo acerca da alegação de que se dedicaria à prestação de serviços e, como tal, tivera seu pleito negado junto ao Pretório Excelso. De fato, não consta dos autos qualquer elemento que demonstre a realização de atividade diversa da de restaurante e, esta, como é cediço, inserese no conceito de comércio de mercadorias e não do de prestação de serviços. Ademais, cabe destacar que esse fundamento não foi considerado para efeito da denegação do pedido de compensação pela Autoridade de Jurisdição. Assim, suscitálo de ofício representaria inovação na fundamentação e, consequentemente, cerceamento do direito de defesa. Deixo de reconhecer os efeitos de tal falha em observância ao § 3º do art. 59 do Decreto nº 70.235, de 19721. Com efeito, conforme se extrai do Parecer Conclusivo às fls. 157 a 159, ratificado pelo Despacho Decisório às fl.160, o fundamento para denegação do pedido, naquela oportunidade, seria exclusivamente a decadência/prescrição do direito de pleitear restituição. Para chegar a tal conclusão, concluiu a autoridade que sujeito passivo, a par de ter obtido sucesso na Ação Declaratória nº 92.00461565, onde postulara a declaração da inexistência da relação jurídico tributária que a obrigasse a recolher o Finsocial em alíquota superior a 0,5% (meio por cento), não ajuizara ação de conteúdo condenatório que obrigasse a União a restituir os valores pagos. Consequentemente, seu pedido de compensação estaria sujeito ao regime inerente a qualquer pedido administrativo, inclusive no que se refere ao prazo para sua apresentação. Nessa linha, aplicarseia ao caso concreto o regime da Lei Complementar nº 118, de 2005, que fixa o dia do pagamento (e da extinção) como dies a quo, juntamente com o do art. 168 do CTN, que fixa o encerramento do quinquênio posterior à extinção como dies ad quem do prazo para pleitear restituição. Assim, tendo em vista que se tratam de recolhimentos realizados entre 1989 e 1992 e que o pleito somente foi formulado em novembro de 2000, operarase a decadência/prescrição do direito de pleitear compensação. Contra tais conclusões, relembrese, sustenta o sujeito passivo que a contagem do prazo decadencial só se iniciaria a partir do trânsito em julgado da sentença que reconhecera a inconstitucionalidade da exação, ocorrido em 12/09/2000, e, ainda assim, o prazo legal seria de 10 anos, não sendo aplicável à espécie a Lei Complementar nº 118, de 2005, que só alcançaria pedidos formulados após a sua vigência. Não concordo com tal argumento, pois, de fato, a manifestação judicial não ampara a formulação do pleito de compensação. 1 §3º. Quando puder decidir o mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprirlhe a falta. (Acrescido pelo art. 1o da Lei n.o 8.748/93) Fl. 4DF CARF MF Impresso em 17/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 2 4/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13706.003055/0012 Acórdão n.º 310201.327 S3C1T2 Fl. 5 5 Justamente por esse motivo, igualmente equivocada é a percepção de que o presente litígio seria concomitante com aquela Ação Declaratória, alegação formulada pelo órgão julgador de primeira instância. A meu ver, justamente em razão de que não foi formulado qualquer pedido judicial de restituição ou compensação é que não se pode falar em concomitância. Sabidamente, duas ações só são concomitantes se seus objetos forem idênticos e, para que haja identidade de objetos há de haver identidade entre os pedidos. Confirase a dicção da Súmula CARF nº 1: Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial Entretanto, dúvida não há de que, em razão da decisão proferida nos autos do Recurso Extraordinário nº 150764 / PE, que reconheceu a inconstitucionalidade da cobrança do Finsocial em patamar superior a 0,5%, os valores recolhidos acima desse montante tornaramse indevidos e, ex vi do art. 165, I do Código Tributário Nacional, são passíveis de restituição: Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; Consequentemente, não vejo como deixar de aplicar ao presente litígio o caput do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, que, após a redação alterada pela Lei nº 10.637, de 2002, recebeu a seguinte redação: Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. Não custa destacar que tal dispositivo, embora posterior à data de formulação do pleito, apresentado em 24/11/2000, deve ser aplicado ao presente julgamento em razão da regra de transição insculpida no § 4º do mesmo art. 74, igualmente introduzida pela Lei nº 10.637, de 20022: 2 § 4º Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa serão considerados declaração de compensação, desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste artigo. Fl. 5DF CARF MF Impresso em 17/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 2 4/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13706.003055/0012 Acórdão n.º 310201.327 S3C1T2 Fl. 6 6 Dito isto, caberia enfrentar as alegações relativas à prescrição (ou decadência) do direito de pleitear a compensação litigiosa. Como é cediço, o Regimento Interno do CARF, após sua alteração pela Portaria MF nº 586, de 2010, passou a prever, em seu art. 26A, a seguinte determinação: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543 B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Até recentemente, a adoção da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça3 acerca do cômputo do prazo prescricional encontravase obstaculizada, em face de que essa reprodução só seria viável se afastada a aplicação do Art. 4º da Lei Complementar nº 1184, de 2005, que determinava a aplicação retroativa do art. 3º5 desse mesmo diploma. Tal dispositivo, relembrese, deu à contagem do prazo em questão contornos diversos do aplicado naquela corte superior, que pacificara a adoção da cognominada “tese dos cinco mais cinco”, atualmente adotada em sede de Recurso Repetitivo. Ocorre que, como é de conhecimento geral, sobreveio o julgamento proferido nos autos do RE nº 566.621/RS6, onde o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu, em sede de Repercussão Geral, que a parte final do art. 4º da Lei Complementar nº 118, de 2005 seria inconstitucional. Determinouse, assim, que a lei complementar em questão só seria aplicada a pedidos formulados após a sua vacacio legis . Assim sendo, em face de que o pedido em análise é anterior a tal data, surge, a meu ver, a obrigatoriedade de se aplicar a orientação do Superior Tribunal de Justiça e fixar o prazo prescricional/decadencial em dez anos, contados da data do pagamento. Consequentemente, tendo o pedido de compensação sido formulado em 24/11/2000, a prescrição (ou decadência) do direito de pleitear a restituição ou compensação atingiu exclusivamente os recolhimentos efetuados em data anterior a 24/11/1990. Diante do exposto, voto no sentido de dar parcial provimento ao recurso, para afastar parcialmente a prejudicial de decadência/prescrição do direto de pleitear a restituição/compensação e para determinar o retorno do processo à DRJ de origem para apreciar os demais aspectos inerentes ao mérito do pedido. Sala das Sessões, em 24 de janeiro de 2012 (assinado digitalmente) Luis Marcelo Guerra de Castro 3 REsp 1002932 / SP. Ministro Luiz Fux, julgado em 25/11/2009. 4 Art. 4º Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional. 5 Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. 6 Ministra Ellen Gracie, julgado em 04/08/2011. Fl. 6DF CARF MF Impresso em 17/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 2 4/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO Processo nº 13706.003055/0012 Acórdão n.º 310201.327 S3C1T2 Fl. 7 7 Fl. 7DF CARF MF Impresso em 17/01/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 2 4/07/2012 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO
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Numero do processo: 10768.028507/98-14
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Apr 24 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Apr 10 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 1993
RECURSO ESPECIAL CONHECIDO PARA ANULAR O PROCESSO DESDE O ACÓRDÃO PROFERIDO EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL REVOGADA.
Nos casos em que o mérito do processo administrativo é julgado exclusivamente por determinação judicial, se esta não mais subsiste, aquele acórdão (proferido na esfera administrativa) deixa de produzir efeitos.
Numero da decisão: 9101-001.311
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, anular o processo a partir do acórdão recorrido, inclusive. Vencidos os Conselheiros José Ricardo da Silva e Jorge Celso Freire da Silva.
(assinado digitalmente)
HENRIQUE PINHEIRO TORRES - Presidente Substituto
(assinado digitalmente)
JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR - Relator.
Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros: Susy Gomes Hoffmann, Karem Jureidini Dias, José Ricardo da Silva, Alberto Pinto Souza Junior, Valmar Fonseca de Menezes, Jorge Celso Freire da Silva, Valmir Sandri e Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz.
Nome do relator: JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Ano-calendário: 1993 RECURSO ESPECIAL CONHECIDO PARA ANULAR O PROCESSO DESDE O ACÓRDÃO PROFERIDO EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL REVOGADA. Nos casos em que o mérito do processo administrativo é julgado exclusivamente por determinação judicial, se esta não mais subsiste, aquele acórdão (proferido na esfera administrativa) deixa de produzir efeitos.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, anular o processo a partir do acórdão recorrido, inclusive. Vencidos os Conselheiros José Ricardo da Silva e Jorge Celso Freire da Silva. (assinado digitalmente) HENRIQUE PINHEIRO TORRES - Presidente Substituto (assinado digitalmente) JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR - Relator. Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros: Susy Gomes Hoffmann, Karem Jureidini Dias, José Ricardo da Silva, Alberto Pinto Souza Junior, Valmar Fonseca de Menezes, Jorge Celso Freire da Silva, Valmir Sandri e Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1861; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT1 Fl. 1.205 1 1.204 CSRFT1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10768.028507/9814 Recurso nº 142.403 Especial do Procurador Acórdão nº 9101001.311 – 1ª Turma Sessão de 24 de abril de 2012 Matéria IRPJ e outros Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado CARVALHO HOSKEN S/A ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 1993 RECURSO ESPECIAL CONHECIDO PARA ANULAR O PROCESSO DESDE O ACÓRDÃO PROFERIDO EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL REVOGADA. Nos casos em que o mérito do processo administrativo é julgado exclusivamente por determinação judicial, se esta não mais subsiste, aquele acórdão (proferido na esfera administrativa) deixa de produzir efeitos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, anular o processo a partir do acórdão recorrido, inclusive. Vencidos os Conselheiros José Ricardo da Silva e Jorge Celso Freire da Silva. (assinado digitalmente) HENRIQUE PINHEIRO TORRES Presidente Substituto (assinado digitalmente) JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR Relator. Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros: Susy Gomes Hoffmann, Karem Jureidini Dias, José Ricardo da Silva, Alberto Pinto Souza Junior, Valmar Fonseca de Menezes, Jorge Celso Freire da Silva, Valmir Sandri e Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 76 8. 02 85 07 /9 8- 14 Fl. 1205DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUN IOR 2 Relatório Tratase de Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional com fundamento nos artigos 9º e 64, inciso II, do anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (portaria 256 de 22 de junho de 2009), contra o acórdão nº 120200168 proferido pelos membros do colegiado da 2ª Turma, da 2ª Câmara, da primeira seção de julgamento do CARF, os quais acordaram em dar provimento parcial ao recurso voluntário 142.403 para acolher a preliminar de decadência para os fatos geradores ocorridos até o mês de novembro de 1993, para o IRPJ, a CSLL, o IR FONTE, o PIS e a COFINS, e, no mérito, quanto ao período remanescente, negaram provimento ao recurso, ementado nos seguintes termos: DECADÊNCIA. LANÇAMENTOS POR HOMOLOGAÇÃO. CONTAGEM DO FATO GERADOR. ATIVIDADE. OMISSÃO DE RECEITAS NÃO CONTABILIZADAS. GLOSA DE CUSTOS. A contagem do prazo decadencial se inicia do fato gerador, nos casos de lançamento por homologação, independentemente de qualquer pagamento, pois o que se homologa é a atividade do próprio contribuinte, na esteira do entendimento já firmado da CSRF, pelo que se há de reconhecer a decadência com base no art. 150, § 4° do CTN. Uma vez apurada omissão de receitas não contabilizadas e ganho de capital, mesmo que por permuta imobiliária sem toma, que se equipara a alienação, deve ser mantido o lançamento. Não demonstrando a ocorrência de custos, ora glosados, por falta absoluta de apresentação de provas, as quais deveriam ser oriundas de sua contabilidade, ainda que volumosas, o que não elide o seu dever de apresentá las, correto o lançamento como efetuado. A Fazenda Nacional argumentou que o r. acórdão, ora recorrido, diverge da jurisprudência mantida pela Segunda Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (Acórdão CSRF/0202.288), no tocante ao prazo decadencial para a constituição de créditos tributários sujeitos ao lançamento por homologação quando não há recolhimento antecipado do tributo. Ademais transcreveu o acórdão paradigma (acórdão CSRF/0202.288): PIS. DECADÊNCIA. Por ter natureza tributária, na hipótese de ausência de pagamento antecipado, aplicase ao PIS a regra de decadência prevista no tal. 173, I, do CTN. Por fim, requereu o conhecimento e provimento do recurso para afastar a decadência do lançamento, uma vez que entende no sentido de que este foi efetuado dentro do prazo legalmente fixado (art. 173, I, do CTN). Em contrarrazões o contribuinte afirmou: (i) que o recurso não merece acolhimento, pois o acórdão invocado como paradigma referese a ausência de pagamento do PIS e o acórdão recorrido referese a ausência de pagamento de IRPJ e CSLL e reflexos, não sendo, portanto, paradigma do acórdão questionado, (ii) quanto ao mérito, afirmou que o acórdão recorrido apreciou o Recurso Voluntário somente na parte referente ao período não abrangido pela decadência do direito de lançar, razão pela qual, caso o Recurso Especial seja apreciado, o processo deverá retornar à câmara prolatora do referido acórdão recorrido, objeto do Recurso Especial, para apreciação das razões de mérito devidamente argüidas, que Fl. 1206DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUN IOR Processo nº 10768.028507/9814 Acórdão n.º 9101001.311 CSRFT1 Fl. 1.206 3 compreendem, inclusive, o período abrangido pela decadência. Por fim, pugna pelo improvimento do recurso. Insta salientar que em data anterior, na sessão julgamento de 26/01/2006, a Primeira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, não conheceu do Recurso Voluntário 142.403 por intempestividade, sendo a decisão formalizada por meio do acórdão 10195361. Entretanto o contribuinte impetrou Mandado de Segurança sob o número 2006.34.00.0370065, junto à 20ª Vara Federal do Distrito Federal, contra ato do Presidente da 1ª Turma do Conselho de Contribuintes, requerendo a concessão de segurança para anular a decisão proferida. No mencionado Mandado de Segurança o contribuinte requereu a anulação da decisão proferida na sessão julgamento de 26/01/2006, por meio da qual os membros da Primeira Câmara do extinto Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, não conheceram do Recurso Voluntário 142.403 por intempestividade, sendo a decisão formalizada por meio do acórdão 10195361. A pretendida segurança foi deferida nos seguintes termos: Pelo exposto, CONCEDO A SEGURANÇA para anular a decisão proferida no julgamento do Recurso Voluntário nº 142.403 que reputou intempestivo o recurso interposto pela Impetrante contra a decisão que manteve o lançamento tributário relativo ao IRPJ, COFINS, IRRF e CSLL e, em conseqüência, para reconhecer como tempestivo o recurso, com seu regular processamento. Portanto, o acórdão recorrido foi proferido exclusivamente em virtude de ordem judicial É o relatório. Voto Conselheiro João Carlos de Lima Junior, Relator. Tratase de recurso especial de divergência apresentado pela Fazenda Nacional, eis que a decisão da Câmara do então Conselho de Contribuintes foi unânime. O recurso preenche os requisitos de admissibilidade, dele tomo conhecimento. Em 26/01/06 a 1ª Câmara do 1º Conselho de Contribuintes não conheceu do recurso voluntário interposto pelo contribuinte por ser intempestivo, restando mantida a decisão da DRJ que julgou procedente o lançamento. O contribuinte impetrou o Mandado de Segurança n.º 2006.34.00.0370065 perante a 20ª Vara da Justiça Federal de BrasíliaDF e, em 09/02/07 teve deferida sua antecipação de tutela através de decisão proferida em sede de Agravo de Instrumento pelo TRF Fl. 1207DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUN IOR 4 da 1ª Região, que considerou inválida a forma de notificação do interessado. E, em 30/06/08 foi proferida sentença procedente anulando a decisão do antigo Conselho de Contribuintes para que tivesse seguimento o Recurso Voluntário interposto. Assim, em 29/09/09, a 2ª Turma Ordinária da 2ª Câmara da 1ª Seção do antigo Conselho de Contribuintes julgou parcialmente procedente o Recurso Voluntário interposto pelo contribuinte, reconhecendo a decadência dos créditos tributários cujos fatos geradores ocorreram até novembro/93. Desta decisão, sobreveio, no âmbito administrativo, Recurso Especial da Fazenda Nacional. Neste norte, importante asseverar que o Recurso Voluntário interposto pelo contribuinte somente foi julgado em virtude de sentença judicial que lhe era favorável. Contudo, tal decisão não mais subsiste, senão vejamos. Após a prolação de sentença favorável, a União Federal apelou ao TRF da 1ª Região em BrasíliaDF e a 7ª Turma daquele E. Tribunal, por unanimidade, deu provimento à apelação e à remessa oficial para denegar a segurança, conforme acórdão publicado em 29/01/2010, segundo print de acompanhamento processual (www.trf1.jus.br). Face ao acórdão, o contribuinte interpôs Recurso Especial que não foi admitido em decisão datada de 30/09/2010. Desta feita, interpôs Agravo Denegatório de Recurso Especial perante ao STJ, o qual foi conhecido para negar seguimento ao Recurso Especial do contribuinte, em decisão publicada em 03/04/2012. (Agravo de Instrumento n.º 1.424.131DF – www.stj.jus.br). Atualmente o processo encontrase aguardando julgamento do Agravo Regimental interposto pelo contribuinte. Diante de todo o exposto, voto no sentido de conhecer do Recurso Especial para anular o processo a partir do acórdão recorrido, inclusive, já que este foi proferido unicamente em razão de ordem judicial (Mandado de Segurança) que não mais subsiste. É como voto. Brasília (DF), 24 de abril de 2012. João Carlos de Lima Junior Fl. 1208DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUN IOR Processo nº 10768.028507/9814 Acórdão n.º 9101001.311 CSRFT1 Fl. 1.207 5 Fl. 1209DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/0 4/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 14/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUN IOR
score : 1.0
Numero do processo: 10840.000942/2004-91
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 19 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF
Exercício: 1999
MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL MPF.
O Mandado de Procedimento Fiscal serve primordialmente à função de garantir segurança ao fiscalizado. Não constitui limitação ao exercício da fiscalização e jamais conduz a uma nulidade do auto de infração.
VIOLAÇÃO DE PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. ANÁLISE DA
CONSTITUCIONALIDADE DA LEI.
O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
Aplicação da Súmula CARF nº 2.
APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO
O artigo 11, § 3.º, da Lei n.º 9.311, de 1996, com a redação dada pela Lei n.º 10.174, de 2001, não só autoriza o uso de informações da CPMF para a constituição de outros tributos que não a própria CPMF como também pode ser aplicado a fatos tributários ocorridos anteriormente a 9.1.2001.
Aplicação da Súmula CARF n.º 35.
OMISSÃO DE RENDIMENTOS. PRESUNÇÃO RELATIVA. DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA.
O artigo 42 da Lei n.° 9.430, de 1996, estabelece presunção relativa que, como tal, inverte o ônus da prova. Cabe ao contribuinte desconstituí-la por meio de provas, o que, na hipótese, não ocorreu.
Numero da decisão: 2101-001.884
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em afastar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso.
Nome do relator: CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 1999 MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL MPF. O Mandado de Procedimento Fiscal serve primordialmente à função de garantir segurança ao fiscalizado. Não constitui limitação ao exercício da fiscalização e jamais conduz a uma nulidade do auto de infração. VIOLAÇÃO DE PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI. O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Aplicação da Súmula CARF nº 2. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO O artigo 11, § 3.º, da Lei n.º 9.311, de 1996, com a redação dada pela Lei n.º 10.174, de 2001, não só autoriza o uso de informações da CPMF para a constituição de outros tributos que não a própria CPMF como também pode ser aplicado a fatos tributários ocorridos anteriormente a 9.1.2001. Aplicação da Súmula CARF n.º 35. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. PRESUNÇÃO RELATIVA. DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA. O artigo 42 da Lei n.° 9.430, de 1996, estabelece presunção relativa que, como tal, inverte o ônus da prova. Cabe ao contribuinte desconstituí-la por meio de provas, o que, na hipótese, não ocorreu.
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O Mandado de Procedimento Fiscal serve primordialmente à função de garantir segurança ao fiscalizado. Não constitui limitação ao exercício da fiscalização e jamais conduz a uma nulidade do auto de infração. VIOLAÇÃO DE PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI. O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Aplicação da Súmula CARF nº 2. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO O artigo 11, § 3.º, da Lei n.º 9.311, de 1996, com a redação dada pela Lei n.º 10.174, de 2001, não só autoriza o uso de informações da CPMF para a constituição de outros tributos que não a própria CPMF como também pode ser aplicado a fatos tributários ocorridos anteriormente a 9.1.2001. Aplicação da Súmula CARF n.º 35. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. PRESUNÇÃO RELATIVA. DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA. O artigo 42 da Lei n.° 9.430, de 1996, estabelece presunção relativa que, como tal, inverte o ônus da prova. Cabe ao contribuinte desconstituíla por meio de provas, o que, na hipótese, não ocorreu. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Fl. 6309DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em afastar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) ________________________________________________ LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Presidente. (assinado digitalmente) ________________________________________________ CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente), Gonçalo Bonet Allage, José Raimundo Tosta Santos, Alexandre Naoki Nishioka, Gilvanci Antonio de Oliveira Sousa e Celia Maria de Souza Murphy (Relatora). Relatório Trata o presente processo de Auto de Infração contra o contribuinte em epígrafe, por omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários com origem não comprovada (fls. 3 a 8). Segundo relato da Fiscalização, no Termo de Constatação Fiscal n.º 006 (Encerramento de Procedimento Fiscal MPF n.º 0819000037826, às fls. 9 e seguintes), a ação fiscal junto ao contribuinte Newton José Costa teve como origem os fatos apurados no procedimento levado a efeito em nome da Sra. Ophélia Amaro Costa, iniciado em 29.3.2001, decorrente da constatação, por parte dos sistemas da SRF, de uma movimentação bancária milionária, verificada no Banco do Brasil S/A, num valor equivalente a R$ 2.111.045,00 (no Banco do Estado de São Paulo S/A BANESPA, a movimentação não ultrapassara R$ 19.239,18). Ante as evidências, a Fiscalização concluiu que a Sra. Ophélia Amaro Costa era interposta pessoa de direito do titular de fato da conta corrente 001/04111/16.5077, o Sr. Newton José Costa, e, diante dessa constatação, em 14.10.2003, foi expedido o Mandado de Procedimento Fiscal Fiscalização n° 0819000037826 (fls. 471), iniciandose, em seguida (fls. 472) procedimento de fiscalização que resultou no Auto de Infração integrante do presente processo. Em 2.10.2006, o contribuinte impugnou o lançamento (fls. 3.577 e seguintes), argüindo, em preliminar, a sua ilegalidade, pelos seguintes motivos: 1) O lançamento baseouse na utilização de informações da CPMF do exercício 1999, objetivando constituição de crédito do IRPF, quando tal conduta lhe era vedada pelo artigo 11, §3°, da Lei n° 9.311, de 1996, constituindo, assim, quebra de sigilo não autorizada. O artigo 1.° da Lei n° 10.174, de 2001, entrou em vigor em 9.1.2001, só então passando a autorizar a SRF a utilizar as informações sigilosas da CPMF para constituição de crédito de outras contribuições e impostos. Fl. 6310DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10840.000942/200491 Acórdão n.º 2101001.884 S2C1T1 Fl. 2 3 2) O Mandado de Procedimento Fiscal MPF foi irregularmente instaurado porque originado da utilização das informações da CPMF, o que era vedado pelo artigo 11, §3°, da Lei n° 9.311, de 1996. O artigo 1.° o da Lei n° 10.174, de 2001 que deu nova redação àquele dispositivo, passou a permitir à Receita Federal utilizar as informações da CPMF para instaurar ou dar origem ao MPF apenas dos atos ou fatos ocorridos a partir da sua entrada em vigor (09/01/2001), consoante o princípio da irretroatividade das leis. 3) A quebra do sigilo bancário por decisão exclusiva da administração, independente de autorização judicial não se coaduna com o art. 5.º, X e XII e art. 60, §4°, IV, da CF/88, além de não se amoldar aos princípios da separação orgânica dos poderes, da indelegabilidade de atribuições e da reserva de jurisdição. Por essas razões, entende que a Lei Complementar n.º 105, de 2001 e o Decreto n.º 3.724, de 2001, ao autorizarem a Autoridade Fiscal a requisitar dados bancários dos contribuintes foram de encontro à Magna Carta. No mérito, invocando a Súmula n.° 182 do extinto TFR, alega, em síntese, que a simples existência do depósito bancário não conduz à presunção de disponibilidade econômica; permaneceria necessária a comprovação pela autoridade impetrada do nexo causal entre o depósito e o fato que representa omissão de rendimentos, eis que a simples existência de depósito em contacorrente carece de requisito obrigatório para incidência do referido tributo, qual seja, o acréscimo patrimonial. A 7.ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em São Paulo II (SP) julgou o lançamento procedente, por meio do Acórdão n.º 7.002, de 21 de julho de 2004 (fls. 3.609 a 3.634), que contou com a seguinte ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Anocalendário: 1998 Ementa: DEPÓSITOS BANCÁRIOS. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. A Lei n° 9.430/1.996, no seu art. 42, estabeleceu uma presunção legal de omissão de rendimentos que autoriza o lançamento do imposto correspondente, sempre que o titular da conta bancária, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos creditados em sua conta de depósito ou de investimento. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO. Aplicase ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas. SIGILO BANCÁRIO. É lícito ao Fisco examinar informações relativas ao contribuinte, constantes de documentos, livros e registros de instituições Fl. 6311DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 4 financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e de aplicações financeiras, quando houver procedimento de fiscalização em curso e tais exames forem indispensáveis, independentemente de autorização judicial. A obtenção de informações junto às instituições financeiras por parte do Fisco, a par de amparada legalmente, não implica quebra de sigilo bancário, mas simples transferência deste, porquanto, em contrapartida, está o sigilo fiscal a que se obrigam os agentes fiscais por dever de ofício. INCONSTITUCIONALIDADE. ATOS LEGAIS. Não é da competência da autoridade administrativa a apreciação de questões que versem sobre a constitucionalidade de atos legais, salvo se já houver decisão do Supremo Tribunal Federal declarando a inconstitucionalidade do ato normativo. NORMAS PROCESSUAIS. NULIDADE. Comprovado que o procedimento fiscal foi feito regularmente, não se apresentando, nos autos, as causas apontadas no artigo 59 do Decreto n° 70.235/1.972, não há que se cogitar em nulidade processual, nem em nulidade do lançamento enquanto ato administrativo. Lançamento Procedente Inconformado, o contribuinte interpôs Recurso Voluntário, no qual alega que, da análise do procedimento fiscal, observa que a formulação do crédito exigido teve por suporte as informações das instituições financeiras, em razão do atendimento de RMF, sobretudo cópia de extratos, tendo sido efetuado lançamento de ofício sob a alegação de que o Recorrente não comprovou, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos valores depositados. Por esse motivo, pede seja reconhecida a ilegalidade do Mandado de Procedimento Fiscal, vez que se iniciou com base em dados obtidos para controle da CPMF, bem com a ilegitimidade da elaboração de lançamento de imposto de renda com base exclusivamente em extratos bancários. Repisa os argumentos de impugnação, para reforçar alegações de preliminar e mérito. Pede, ao final, seja reconhecida, preliminarmente, a presunção de inocência por ter sido o auto de infração baseado em meros indícios (movimentação da conta bancária), arrimado apenas na suposição (presunção não contemplada em lei) de que houve o ilícito, tentandose cobrar um imposto que não é devido. Caso assim não se entenda, pede seja reconhecida: a) a ilegalidade (nulidade) ab initio do Mandado de Procedimento Fiscal, com a sua conseqüente desconstituição, vez que se iniciou com base em dados obtidos para controle da CPMF, o que, na época (anocalendário 1998 e exercício 1999) era vedado pela Lei n.º 9.311, de 1996; b) a ilegitimidade da elaboração de lançamento de imposto de renda com base exclusivamente em extratos bancários, com a aplicação da Súmula 182 do TFR, bem como a não obtenção de renda ou provento sobre os quais incidam o tributo exigido. Por fim, o recorrente pede sejam as futuras intimações e notificações feitas, também, em nome dos seus patronos. Fl. 6312DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10840.000942/200491 Acórdão n.º 2101001.884 S2C1T1 Fl. 3 5 Foram anexados os documentos às fls. 3.678 a 3.834. Constatando que o contribuinte não havia efetuado Arrolamento de Bens e Direitos, como pedia a intimação n° 1317/2004 às fls.3.635, no valor de no mínimo 30% do crédito tributário discutido, de acordo com o artigo 33 do Decreto n.º 70.235, de 1972, e a IN SRF 264, de 2002, o Delegado da Receita Federal em São Paulo negou seguimento ao recurso voluntário interposto, dando ciência ao interessado, que não se manifestou. Os autos foram encaminhados à Procuradoria da Fazenda Nacional que, após inscrever a dívida, cancelou a inscrição ante o teor da Súmula Vinculante n° 21 e dos Pareces PGFN/CRJ n° 1973, de 2010 e n.º 891, de 2010, editados na forma do artigo 19 da Lei n.º 10.522, de 2002, com a redação alterada pela Lei n.º 11.033, de 2004. Dando conta do falecimento do contribuinte, a Procuradoria da Fazenda Nacional pediu e obteve, junto ao Exmo. Sr. Dr. Juiz Federal da 11.ª Vara Especializada em Execuções Fiscais da Seção Judiciária de São Paulo – SP, medida liminar em medida cautelar fiscal, visando a salvaguardar a garantia do futuro feito executivo, tendo em vista o elevado valor do crédito tributário, assim como a iminente extinção da execução fiscal, seguindose o levantamento da penhora no rosto dos autos do processo. Após ter sido decretada a indisponibilidade dos bens e direitos do Espólio de Newton José Costa, os autos foram remetidos à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil para novo juízo de admissibilidade do Recurso Voluntário apresentado pelo contribuinte. Por meio do despacho decisório às fls. 3.900 e 3.901, foi considerada nula a decisão de fls. 3.835, que havia negado seguimento ao recurso voluntário e os autos foram então encaminhados a este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, onde ocorreu a distribuição para esta Relatora. É o Relatório. Voto Conselheira Celia Maria de Souza Murphy O Recurso Voluntário, tempestivo, atende aos demais requisitos legais previstos no Decreto n° 70.235, de 1972. Dele conheço. 1. Preliminares O contribuinte, em seu recurso voluntário, suscita várias preliminares, que serão analisadas neste item. Primeiramente, sustenta que o Mandado de Procedimento Fiscal MPF foi irregularmente instaurado, porque originado da utilização das informações da CPMF, o que era vedado pelo artigo 11, §3°, da Lei n° 9.311, de 1996. Por esta razão, entende serem ilegítimos todos os atos posteriores, sobretudo a Requisição de Movimentação Financeira (RMF), que, a seu ver, constitui afronta a diversos preceitos constitucionais. Fl. 6313DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 6 O Mandado de Procedimento Fiscal – MPF foi instituído pela Portaria SRF n.º 1.265, de 1999 (DOU de 24.11.1999), tendo como objetivo principal conferir transparência ao procedimento fiscal, a fim de dar maior segurança ao fiscalizado. Visa, primordialmente, a coibir atos danosos ao contribuinte, praticados por pessoas alheias ao corpo funcional da Secretaria da Receita Federal do Brasil, além de constituir um instrumento de controle interno da atividade fiscal. O MPF contém várias informações em seu bojo, dentre as quais, por exemplo, a data de início da fiscalização e o Auditor Fiscal responsável, a natureza do procedimento fiscal a ser executado (fiscalização ou diligência) e o prazo para a sua realização. O MPF, regulado, na época dos fatos, pela Portaria SRF nº 3.007, de 26 de novembro de 2001 (DOU de 7.1.2002), indica ainda o tributo ou contribuição objeto do procedimento fiscal a ser executado, podendo fixar o respectivo período de apuração. Todavia, tendo em vista ser o Mandado de Procedimento Fiscal um instrumento de controle interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, os dados nele constantes podem ser modificados, de acordo com as diretrizes da Fiscalização. Por ser passível de alteração, a qualquer momento, o Mandado de Procedimento Fiscal não constitui limitação ao exercício da fiscalização e jamais conduz a uma nulidade do auto de infração, mesmo que a sua expedição esteja viciada, o que, registrese, não ocorreu na hipótese: confrontandose o Mandado de Procedimento Fiscal – Fiscalização n.º 08.1.90.00037826, que integra os presentes autos, às fls. 1 e 2, com as normas reguladoras vigentes na época da sua emissão, não se verifica qualquer irregularidade. Ademais, este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais tem reiteradamente decidido que o Mandado de Procedimento Fiscal, mesmo contendo vícios, o que, como se viu, não é o caso no presente processo, não opera como um limitador da competência do agente da fiscalização, e, conforme dito anteriormente, serve principalmente à função de garantir segurança ao fiscalizado, indicando que a pessoa que se apresenta como AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil é realmente titular do cargo. Vejamos: MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL. FISCALIZAÇÃO O mandado de procedimento fiscal (MPF) é apenas um instrumento de controle interno da Receita Federal, que não afeta a relação da fiscalização com contribuinte. No que tange ao contribuinte, o MPF é um documento neutro. Os trabalhos da fiscalização não são afetados por qualquer elemento do MPF, que nesse aspecto apenas serve para garantir ao contribuinte que a pessoa que se apresenta como fiscal, de fato o é. (CARF, 1.ª Seção de Julgamento, 1.ª Câmara, 1.ª Turma Ordinária. Acórdão n.º 1101000.699, de 15.3.1012). AUTO DE INFRAÇÃO. NULIDADE. VÍCIO NO MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL. Eventuais irregularidades na emissão do mandado de procedimento fiscal não induzem a nulidade do auto de infração, pois o MPF é mero instrumento de controle da atividade fiscal e não um limitador da competência do agente público. (CARF, 2.ª Seção de Julgamento, 1.ª Câmara, 1.ª Turma Ordinária. Acórdão n.º 2101001.435, de 20.1.2012) Fl. 6314DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10840.000942/200491 Acórdão n.º 2101001.884 S2C1T1 Fl. 4 7 Sem razão, portanto, o recorrente, ao sustentar serem ilícitos o Mandado de Procedimento Fiscal (MPF) e todos os atos a ele posteriores. Como visto, nem o MPF nem os atos emitidos posteriormente a ele padecem de qualquer vício. O contribuinte sustenta ainda que a quebra do sigilo bancário, por decisão exclusiva da administração, independente de autorização judicial, não se coaduna com o artigo 5.º, X e XII e artigo 60, § 4°, IV, da Constituição, além de não se amoldar aos princípios da separação orgânica dos poderes, da indelegabilidade de atribuições e da reserva de jurisdição. Por essas razões, entende que a Lei Complementar n.º 105, de 2001 e o Decreto n.º 3.724, de 2001, ao autorizarem a Autoridade Fiscal a requisitar dados bancários dos contribuintes, foram de encontro à Magna Carta. No que tange aos temas de inconstitucionalidade das leis nas quais se fundamentou a Fiscalização para lavrar o Auto de Infração integrante deste processo, quais sejam, a Lei Complementar n.º 105, de 2001, e a Lei n.º 10.174, de 2001, compete pontuar que, na discussão travada sobre o “afastamento do sigilo de dados relativos ao contribuinte”, o Egrégio Supremo Tribunal Federal, em controle difuso de constitucionalidade, no julgamento do RE n.º 389.808/PR, que teve como Relator o Ministro Marco Aurélio, assim decidiu: SIGILO DE DADOS – AFASTAMENTO. Conforme disposto no inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal, a regra é a privacidade quanto à correspondência, às comunicações telegráficas, aos dados e às comunicações, ficando a exceção – a quebra do sigilo – submetida ao crivo de órgão equidistante – o Judiciário – e, mesmo assim, para efeito de investigação criminal ou instrução processual penal. SIGILO DE DADOS BANCÁRIOS – RECEITA FEDERAL. Conflita com a Carta da República norma legal atribuindo à Receita Federal – parte na relação jurídicotributária – o afastamento do sigilo de dados relativos ao contribuinte. Todavia, referido julgado não foi apreciado pelo regime de repercussão geral, razão pela qual sua aplicação restringese ao caso específico discutido naquele processo. Não foi declarada a inconstitucionalidade da lei, ainda que em controle difuso. Por outro lado, no Recurso Extraordinário 61.314/SP, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral tanto da questão do fornecimento de informações sobre movimentação bancária do contribuinte, pelas instituições financeiras, diretamente ao Fisco, sem prévia autorização judicial, de que trata a Lei Complementar n.º 105, de 2001, quanto a da possibilidade de aplicação da Lei n.º 10.174, de 2001, para a apuração de créditos tributários referentes a exercícios anteriores ao de sua publicação. No entanto, o Pretório Excelso não determinou o sobrestamento dos recursos extraordinários versando sobre os mesmos temas, até que seja proferida decisão nos termos do artigo 543B do Código de Processo Civil (Lei n.º 5.869, de 1973), condição exigida no § 1.º do artigo 62A do Regimento Interno deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais para que fiquem sobrestados os recursos que tratem de temas idênticos neste âmbito administrativo. Por essa razão, a apreciação do presente recurso não precisa aguardar a decisão do órgão máximo do Poder Judiciário. Devese ainda destacar que, tanto a lei reguladora do processo administrativo fiscal, o Decreto n.º 70.235, de 1972, quanto a jurisprudência deste Conselho Administrativo Fl. 6315DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 8 de Recursos Fiscais, consolidada na Súmula CARF n.º 2, inadmitem a apreciação da constitucionalidade da lei nesta instância administrativa. Assim estipula o artigo 26A do Decreto n.º 70.235, de 1972, com a redação dada pela Lei n.º 11.941, de 2009: Art. 26A. No âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade.(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) A seguir transcrita está a Súmula CARF n.º 2, vinculante neste âmbito administrativo: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Sendo assim, sob pena de ofensa ao disposto no artigo 26A do Decreto n.º 70.235, de 1972, e descumprimento da Súmula CARF n.º 2, este Conselho não pode dispor sobre o afastamento de dispositivos de leis vigentes e aplicáveis ao caso concreto. Feitas essas ressalvas, cumpre demonstrar que não houve, no caso sob análise, qualquer ofensa aos ditames legais. O recorrente pede seja reconhecida a ilegalidade do lançamento, argumentando que a Fiscalização, para lançar o crédito tributário objeto do presente litígio, baseouse na utilização de informações da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras CPMF do exercício 1999, quando tal conduta lhe era vedada pelo artigo 11, § 3°, da Lei n° 9.311, de 1996. Salienta que o artigo 1.° da Lei n° 10.174, de 2001, entrou em vigor em 9.1.2001, só então passando a autorizar a Secretaria da Receita Federal a utilizar as informações sigilosas da CPMF para constituição de crédito de outras contribuições e impostos. Em suas palavras: “Pretender a retroatividade da Lei 10.174, na espécie, é maltratar o princípio da nãosurpresa porque, inobstante deveres como mandatário e de ordem ética, para efeitos tributários não havia porque o contribuinte demonstrar as origens e destinos de depósitos e saques de suas contas correntes bancárias, desde que paga a CPMF. Verdade que poderia o Fisco utilizarse de outras fontes e indícios. Mas não se utilizou. Preferiu dados da CPMF, este, como se demonstrou, não podem ser utilizados para lançar outros tributos até o advento da Lei 10.174/2001. Acrescentase, ainda, que a alteração não tem nada de inconstitucional. A inconstitucionalidade está no procedimento da Receita Federal ao utilizar os da arrecadação da CPMF até 09/01/2001. A lei não pode ser aplicada retroativamente por contrariar o inciso XXXVI da CF. a Receita Federal, ao utilizar as arrecadações da CPMF , para fiscalizar o imposto de renda das pessoas físicas e jurídicas, está ofendendo os institutos do direito adquirido e do ato jurídico perfeito.” Depreendese ser entendimento do recorrente que os novos procedimentos introduzidos com a alteração da redação do artigo 11, § 3.º, da Lei n.º 9.311, de 1996, pelo Fl. 6316DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10840.000942/200491 Acórdão n.º 2101001.884 S2C1T1 Fl. 5 9 artigo 1.º da Lei n.º 10.174, de 2001, só podem ser aplicados no lançamento de tributos cujos fatos tributários tenham acontecido em data posterior à da sua publicação. Todavia, não é isso o que prescreve o Código Tributário Nacional. A Lei n.º 5.172, de 1966, estipula que deve ser aplicada ao lançamento a legislação que estabeleça novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, amplie os poderes de investigação da autoridade administrativa ou confira maiores garantias e privilégios ao crédito tributário, mesmo que essa legislação seja posterior à ocorrência do “fato gerador”. Vejamos o texto da Lei: Art. 144. O lançamento reportase à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e regese pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplicase ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. [...] (g.n.). Nos casos previstos no § 1.º do artigo 144 do Código Tributário Nacional, acima transcrito, é de se aplicar, portanto, a legislação vigente na data do lançamento, tal como ocorreu no caso vertente. Não vislumbro, assim, qualquer ilegalidade no procedimento. O § 3.º do artigo 11 da Lei n.º 9.311, de 1996, com a redação dada pela Lei n.º 10.174, de 2001, não só autoriza o uso de informações da CPMF para a constituição de outros tributos que não a própria CPMF, como também pode ser aplicada a fatos tributários ocorridos anteriormente, porque a sua vigência relacionase com o momento do lançamento, haja vista revestir as características delineadas no artigo 144, § 1.º, do Código Tributário Nacional. Nesse mesmo sentido o entendimento que, após reiteradas decisões, foi pacificado por este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por meio da Súmula CARF nº 35 Vejamos: Súmula CARF nº 35: O art. 11, § 3º, da Lei nº 9.311/96, com a redação dada pela Lei nº 10.174/2001, que autoriza o uso de informações da CPMF para a constituição do crédito tributário de outros tributos, aplicase retroativamente. Ante tudo o que se explicitou sobre o tema e ainda diante do entendimento manifestado na Súmula CARF n.º 35, vinculante no âmbito deste Conselho, não é possível acolher os argumentos suscitados. No tocante à alegada ilegalidade da utilização das informações das contas bancárias obtidas diretamente da instituição financeira, cabe apontar, primeiramente, que os depósitos bancários nos quais se fundamentou a Fiscalização para lavrar o Auto de Infração objeto da controvérsia neste processo foram feitos na contacorrente n.º 16.5077, da Agência 4111 – Jales, do Banco do Brasil S/A, cujos extratos (fls. 33 e seguintes) foram fornecidos Fl. 6317DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 10 pela própria titular da conta, Sra. Ophelia Amaro Costa, conforme item 1.3 do Termo de Constatação Fiscal n.º 006 Encerramento de Procedimento Fiscal MPFF n° 081900003782 6 (fls. 10), transcrito a seguir: “1.3 No dia 18/05/2001, a Fiscalização recebeu da procuradora da fiscalizada (fls. 32) os extratos das contas 001/04111/16.507 7 (fls. 33 a 104) e 033/028901/0025401 (fls. 105 a 130). Nesta oportunidade, não foi apresentado quaisquer elementos (sic) que viessem a comprovar a origem dos depósitos/créditos verificados em 1998, nas contas bancárias mencionadas. Também não foi apresentado o comprovante de entrega da Declaração de Ajuste Anual IRPF exercício 1999. nem justificada a ausência desta declaração.” (destaques no original) Por meio da Requisição de Informações Sobre Movimentação Financeira n° 0810900.2002.000188, de 12 de setembro de 2002 (fls. 160 e seguintes), a Fiscalização obteve a Procuração de Correntista às fls. 203 (vol. 2) e as cópias dos cheques emitidos nessa conta corrente, que permitiram a identificação do Sr. Newton José Costa, autuado, como operador de fato da referida conta, e que, conforme consta, utilizava aquela senhora como interposta pessoa. Nesse ponto, o AuditorFiscal responsável pela ação fiscal assim afirmou, nos subitens 1.4 a 1.6 do Termo de Constatação Fiscal n.º 006 (Encerramento de Procedimento Fiscal MPF F n° 0819000037826) (fls. 10 e 11): “1.4 Em 28/09/2001, a Fiscalização elaborou o Termo de Intimação Fiscal 0810900/SAFIS/N0 1.207/2001. Neste, a contribuinte foi reintimada a comprovar, além de outros elementos, a origem dos recursos creditados/depositados nas contas bancárias (Banco do Brasil S/A agência de JalesSP e Banespa S/A agência Vila Tibério de Ribeirão Preto). Além do Termo, a Fiscalização entregou à procuradora as planilhas "Relação de Lançamentos Efetuados a Crédito da ContaCorrente" (23 páginas da conta do Banco do Brasil e 03 páginas da conta do Banespa). A ciência deuse em 04/10/2001 (fls. 131 a 159). Pela segunda vez, nada respondeu. 1.5 No dia 12/09/2002, a DRF elaborou a RMF – Requisição de Informações sobre Movimentação Financeira n.º 0810900.2002.000188, encaminhandoa ao Banco do Brasil S/A, motivada pelo silêncio da fiscalizada (art. 33 da Lei n° 9.430/96), aliado, ainda, à presença de indícios de que ela, titular de direito da conta 001/04111/16.5077, era interposta pessoa do titular de fato, que, até aquele momento, a Fiscalização desconhecia (fls. 160 a 195). 1.6 Atendendo a RMF, o Banco do Brasil S/A manifestouse em duas oportunidades (fls. 198 e 199): 11/10/2002 (protocolo de 17/10/2002) e 04/11/2002 (protocolo de 11/11/2002). Fichas do cadastro da Sra. Ophélia (fls. 200 a 202); Fl. 6318DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10840.000942/200491 Acórdão n.º 2101001.884 S2C1T1 Fl. 6 11 Cópia autenticada em 22/10/2002 Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas da Sede de Jales SP. de um Instrumento Particular de Procuração, datado de maio/1997, tendo como outorgado o Sr. NEWTON JOSÉ COSTA. CPF n° 734.660.69815 (fls. 203); obs: no verso da procuração encontrase o cartão de ‘autógrafo’ contendo as assinaturas do procurador; Cópia do Cartão de Assinaturas Sra. Ophélia datado de 05/06/1998 (fls. 204). o extrato da conta corrente 16.5077; as cópias de depósitos e dos cheques compensados/pagos requisitados (em valores superiores a R$ 999,00). Verificase que todos os cheques são assinados pelo procurador da conta Sr. Newton José Costa.” (destaques no original) Observase que a Requisição de Informações Sobre Movimentação Financeira n° 0810900.2002.000188 foi emitida, no âmbito deste processo administrativo, em virtude da recusa da titular da contacorrente em fornecer outras informações que não os extratos nos quais se constatou a movimentação financeira incompatível com os rendimentos por ela auferidos no anocalendário 1998. Além do mais, independentemente da análise da constitucionalidade, cuja competência, como visto, não cabe a este Conselho Administrativo, verificase que a Lei Complementar n.º 105, de 2001, em seu artigo 1º, § 3º, estabelece, expressamente, que a outorga dos dados de CPMF, relativos, apenas, à movimentação global do contribuinte, à Receita Federal do Brasil, não constitui quebra de sigilo. Sendo assim, observase que, de posse dos extratos da contacorrente n.º 16.5077, da Agência 4111 Jales (SP), do Banco do Brasil S/A, nos quais figuravam depósitos bancários absolutamente incompatíveis com os recursos declarados pela titular, e, igualmente, não se desincumbindo o particular de apresentar os documentos solicitados pela Fiscalização, prevista está a possibilidade de requisição, diretamente às instituições financeiras e na forma do art. 6º da Lei Complementar n.º 105, de 2001, dos dados relativos às informações específicas das suas contas correntes. Ainda sobre este assunto, impende ressaltar que todas as informações constantes deste processo estão protegidas pelo sigilo fiscal, nos termos do artigo 11, § 3.º, da Lei n.º 9.311, de 1996, ipsis litteris: Art. 11. Compete à Secretaria da Receita Federal a administração da contribuição, incluídas as atividades de tributação, fiscalização e arrecadação. (Vide Medida Provisória nº 2.15835, de 2001) [...] § 3o A Secretaria da Receita Federal resguardará, na forma da legislação aplicável à matéria, o sigilo das informações Fl. 6319DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 12 prestadas, facultada sua utilização para instaurar procedimento administrativo tendente a verificar a existência de crédito tributário relativo a impostos e contribuições e para lançamento, no âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributário porventura existente, observado o disposto no art. 42 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alterações posteriores. (Redação dada pela Lei nº 10.174, de 2001) (g.n.) Sendo assim, não há que se cogitar quebra de sigilo de dados do contribuinte. 2. Mérito Invocando a Súmula n.° 182 do extinto TFR, o recorrente argumenta que a simples existência do depósito bancário não conduz à presunção de disponibilidade econômica, sendo necessária a comprovação, pela autoridade administrativa, do nexo causal entre o depósito e o fato que representa omissão de rendimentos, eis que a simples existência de depósito bancário carece de requisito obrigatório para incidência do referido tributo, qual seja, o acréscimo patrimonial. Na sua peça recursal, informa que, na época dos fatos, atuava na Bolsa de Valores, o que esclarece sua movimentação bancária, e complementa que, para haver tributação, é necessária a existência de prova do fato gerador, assim como também compete ao autor da delação produzir a prova do ilícito praticado. A propósito dos argumentos trazidos pelo recorrente, esclareço que, na vigência da Lei n° 8.021, de 1990, para presumir que depósitos bancários de origem não comprovada eram rendimentos omitidos, o Fisco era, de fato, obrigado a comprovar o consumo da renda por eles representada, que tivesse ocasionado sinais exteriores de riqueza (acréscimo patrimonial ou dispêndio), incompatíveis com os rendimentos declarados. Assim prescrevia o artigo 6° da Lei n° 8.021, de 1990: Art. 6° O lançamento de ofício, além dos casos já especificados em lei, farseá arbitrandose os rendimentos com base na renda presumida, mediante utilização dos sinais exteriores de riqueza. § 1° Considerase sinal exterior de riqueza a realização de gastos incompatíveis com a renda disponível do contribuinte. § 2° Constitui renda disponível a receita auferida pelo contribuinte, diminuída dos abatimentos e deduções admitidos pela legislação do Imposto de Renda em vigor e do Imposto de Renda pago pelo contribuinte. § 3° Ocorrendo a hipótese prevista neste artigo, o contribuinte será notificado para o devido procedimento fiscal de arbitramento. § 4° No arbitramento tomarseão como base os preços de mercado vigentes à época da ocorrência dos fatos ou eventos, podendo, para tanto, ser adotados índices ou indicadores econômicos oficiais ou publicações técnicas especializadas. § 5° O arbitramento poderá ainda ser efetuado com base em depósitos ou aplicações realizadas junto a instituições financeiras, quando o contribuinte não comprovar a origem dos Fl. 6320DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10840.000942/200491 Acórdão n.º 2101001.884 S2C1T1 Fl. 7 13 recursos utilizados nessas operações. (Revogado pela lei nº 9.430, de 1996) (g.n) § 6° Qualquer que seja a modalidade escolhida para o arbitramento, será sempre levada a efeito aquela que mais favorecer o contribuinte. No entanto, esse cenário foi alterado com o advento da Lei n.º 9.430, de 1996, cujo artigo 88, XVIII, expressamente revogou os ditames do artigo 6.º, § 5.º da Lei n.º 8.021, de 1990, e, em seu artigo 42 assim determinou, verbis: Art. 42. Caracterizamse também omissão de receita ou de rendimento os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. § 1º O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição financeira. § 2º Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido computados na base de cálculo dos impostos e contribuições a que estiverem sujeitos, submeterseão às normas de tributação específicas, previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos. [...] A partir da vigência do artigo 42 da Lei nº 9.430, de 1996, o Fisco não mais ficou obrigado a comprovar o consumo da renda representada pelos depósitos bancários de origem não comprovada, a transparecer sinais exteriores de riqueza (acréscimo patrimonial ou dispêndio), incompatíveis com os rendimentos declarados, como ocorria sob égide do revogado parágrafo 5º do artigo 6º da Lei nº 8.021, de 1990. Agora, o contribuinte tem que comprovar a origem dos depósitos bancários, sob pena de se presumir que estes são rendimentos omitidos, sujeitos à aplicação da tabela progressiva. Atualmente, os valores mantidos em conta de depósito sem comprovação de sua origem são rendimentos presumidos. Tratase, contudo, de presunção juris tantum, passível de prova em contrário por parte do contribuinte. Caso o contribuinte, regularmente intimado, não comprove a origem dos valores mantidos em conta de depósito ou investimento, presume se que tais valores não foram oferecidos à tributação. É o que ocorreu neste processo: o contribuinte, regularmente intimado, teve a oportunidade de comprovar a origem dos recursos depositados em suas contas bancárias, mas não o fez. Sendo assim, não logrou desconstituir a presunção legal. Conforme explicitado, com o advento do artigo 42 da Lei n.º 9.430, de 1996, o depósito bancário com origem não comprovada é, por presunção legal, rendimento omitido, e, não sendo a presunção desconstituída, sobre o montante depositado incide o imposto sobre a renda, de acordo com as alíquotas estipuladas na tabela progressiva aplicável. Não há mais que se falar em sinais exteriores de riqueza ou prova do consumo da renda como requisito para Fl. 6321DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 14 tributar depósitos bancários com origem não comprovada, eis que expressamente revogado o § 5.º do artigo 6.º da Lei n.º 8.021, de 1990. Esse entendimento encontrase pacificado no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, tal como expresso na Súmula CARF n.º 26, a seguir transcrita: Súmula CARF nº 26: A presunção estabelecida no art. 42 da Lei nº 9.430/96 dispensa o Fisco de comprovar o consumo da renda representada pelos depósitos bancários sem origem comprovada. A Súmula n.º 182 do extinto TFR, que o Recorrente invoca em sua defesa, é ainda anterior à Lei n° 8.021, de 1990. A interpretação, na época, era de que os depósitos bancários não caracterizavam rendimentos, e, por isso, não ensejavam a incidência do imposto sobre a renda. Como explicitado, não se trata mais de se aplicar essa interpretação ante as alterações legislativas mais recentes; a Súmula 182 do TFR está superada. Em suma, na hipótese, o contribuinte não logrou comprovar a origem dos recursos financeiros depositados em suas contas bancárias, eis que, regularmente intimado, inúmeras vezes, não se manifestou. A omissão do contribuinte justificou todo o procedimento de fiscalização e o lançamento de imposto sobre a renda e multas. Sendo assim, correta a decisão de primeira instância, que manteve o lançamento. 3. Dos documentos apresentados em sede de recurso voluntário Foram acostados aos autos, em sede de recurso voluntário, os documentos às fls. 3.678 a 3.830. No Processo Administrativo Fiscal, o fiscalizado pode apresentar provas documentais durante a ação fiscal e no momento da apresentação da Impugnação, tal como prescreve o parágrafo 4.º do artigo 16 do Decreto n.º 70.235, de 1972, a seguir transcrito: Art. 16. [...] § 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) b) refirase a fato ou a direito superveniente;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) § 5º A juntada de documentos após a impugnação deverá ser requerida à autoridade julgadora, mediante petição em que se demonstre, com fundamentos, a ocorrência de uma das condições previstas nas alíneas do parágrafo anterior. (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) Fl. 6322DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10840.000942/200491 Acórdão n.º 2101001.884 S2C1T1 Fl. 8 15 [...] Excepcionalmente, o próprio Decreto n.º 70.235, de 1972, admite a apresentação de provas em momento posterior ao da Impugnação, desde que ocorridas determinadas circunstâncias, que são aquelas previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo 4.º do artigo 16 do referido diploma legal, na forma estipulada em seu parágrafo 5.º. Isto significa dizer que é possível a juntada de provas após a Impugnação, mas somente em circunstâncias excepcionais, nele previstas, e desde que requerida à autoridade julgadora mediante petição na qual se demonstre, com fundamentos, a ocorrência de uma das condições previstas nas alíneas do parágrafo 4.º. Durante a ação fiscal levada a efeito junto ao contribuinte, foi ele inúmeras vezes intimado a apresentar provas, mas jamais o fez. Também em sede de impugnação, não carreou aos autos documentos a dar suporte a seus argumentos de defesa. Em sede de Recurso Voluntário, anexou documentos às fls. 3.678 a 3.830. No entanto, observase que alguns desses documentos agora apresentados foram emitidos pela própria Fiscalização, a exemplo do “Extrato de Crédito – A examinar/Comprovar” (vide fls. 3.692 a 3.728), outros já haviam sido acostados aos autos anteriormente (compare fls. 482 e seguintes com fls. 3.729 e seguintes). Os demais são documentos esparsos, anexados aleatoriamente, sem que o contribuinte tenha se dignado indicar a existência de qualquer correlação entre eles e os argumentos de defesa suscitados, qual seria essa correlação e em que medida tais provas poderiam alterar o lançamento. Ademais, da análise dos documentos apresentados, não foi possível identificar a existência de um ou mais que comprovassem a origem dos depósitos bancários questionados pela Fiscalização. Forçoso concluir, do exposto, que, mesmo que tivesse ocorrido uma das hipóteses permissivas da apresentação de documentos após a impugnação, previstas no artigo 16, § 4.º, do Decreto n.º 70.235, de 1972, o que não foi alegado pelo recorrente e, muito menos, comprovado, mesmo assim o contribuinte não logrou apresentar provas aptas a desconstituir o lançamento. 4. Do pedido de encaminhamento de futuras intimações a seus patronos Por fim, o recorrente pede sejam as futuras intimações e notificações feitas, também, em nome dos seus patronos. Tal pedido não pode ser acolhido, uma vez que as intimações, no âmbito do processo administrativo fiscal, devem seguir o disposto no artigo 23 do Decreto nº 70.235, de 1972, que não prevê a hipótese suscitada. Não existe, portanto, previsão legal a suportar o pedido do recorrente. Conclusão Ante todo o exposto, voto por afastar as preliminares e, no mérito, negar provimento ao recurso voluntário. Fl. 6323DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 16 (assinado digitalmente) _________________________________ Celia Maria de Souza Murphy Relatora Fl. 6324DF CARF MF Impresso em 29/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 25/ 09/2012 por CELIA MARIA DE SOUZA MURPHY, Assinado digitalmente em 01/10/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS
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