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Numero do processo: 18471.003146/2003-87
Turma: Primeira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 08 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Oct 15 00:00:00 UTC 2014
Numero da decisão: 2801-000.320
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto da Relatora.
Assinado digitalmente
Tânia Mara Paschoalin - Presidente e Relatora.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, Flavio Araujo Rodrigues Torres, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Ewan Teles Aguiar, Carlos César Quadros Pierre e Marcio Henrique Sales Parada.
Nome do relator: TANIA MARA PASCHOALIN
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto da Relatora. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Presidente e Relatora. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, Flavio Araujo Rodrigues Torres, Marcelo Vasconcelos de Almeida, Ewan Teles Aguiar, Carlos César Quadros Pierre e Marcio Henrique Sales Parada. RELATÓRIO Tratase de recurso voluntário apresentado contra decisão proferida pela 3ª Turma da DRJ/RJOI/RJ. Por bem descrever os fatos, reproduzse abaixo o relatório da decisão recorrida: Versa este processo sobre o Auto de Infração de fls. 12/18 (que tem como parte integrante o Termo de Constatação de Infração), lavrado pela DEFIC/RJO, com ciência em ' 22/12/2003, para a exigência de crédito tributário de IRRF, no valor de R$146.446,22, com multa de 75% e juros de mora. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 84 71 .0 03 14 6/ 20 03 -8 7 Fl. 120DF CARF MF Impresso em 15/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 14/10/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 18471.003146/200387 Resolução nº 2801000.320 S2TE01 Fl. 121 2 0 lançamento foi efetuado por ter a fiscalização apurado: 1 DIFERENÇA ENTRE 0 VALOR ESCRITURADO E 0 DECLARADO/PAGO. Foram constatadas divergências entre o valor recolhido e os valores devidos de IRRF incidente sobre valores escriturados a crédito, em beneficio de sócio majoritário, a titulo de juros sobre o capital próprio. 0 enquadramento legal consta do Auto de Infração. Em 15/01/2004, houve a apresentação de impugnação (fls. 27/35). 0 interessado alega que não existe diferença a recolher e, portanto, não assumiu o ônus do imposto devido pelo beneficiário, conforme demonstra. Solicita diligencia, no caso de restar alguma dúvida, e encerra solicitando o cancelamento do lançamento. A fl. 60, o julgamento foi convertido em diligência. Foi apresentado o Relatório de fls. 73/74. Cientificado (fl. 75), o interessado não apresentou aditamento à impugnação. O lançamento foi julgado procedente em parte, conforme Acórdão de fls. 86/88, que restou assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE – IRRF Anocalendário: 1998 DIFERENÇA ENTRE 0 VALOR ESCRITURADO E 0 DECLARADO/PAGO. A diferença entre o valor escriturado e o declarado/pago enseja lançamento. 0 montante comprovado deve ser excluído. Lançamento Procedente em Parte Regularmente cientificada daquele acórdão em 16/09/2008 (fl. 91), a Interessada, através de representante legal (fl. 104), interpôs recurso voluntário de fls. 92/97, em 07/10/2008. Em sua defesa, reitera as explicações prestadas na impugnação. Contesta a não aceitação pela decisão recorrida, do recolhimento efetuado em 07/05/1997, no valor de R$ 120.015,98, sob a justificativa de que o mesmo se referia ao exercício de 1996. Alega que, sobre a provisão de R$ 672.845,00, feita em 31.12.96, o Contribuinte promoveu, antecipadamente, o recolhimento do Imposto de Renda de Fonte, Darf em anexo, no valor de R$ 100.926;72 (15% x 672.845,00) mais multa e juros de mora, totalizando R$ 120.015,98. Aduz que o valor de R$ 672.845,00, provisionado em 1996, e que já havia sido submetido à tributação dos 15% do IR Fonte, compõe o valor creditado em 31/12/98 de R$ 1.424.861,94, razão porque na ocasião de sua distribuição, não foi recolhido o tributo novamente. A numeração de folhas citada nesta decisão referese à serie de números do arquivo PDF. É o relatório. VOTO Fl. 121DF CARF MF Impresso em 15/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 14/10/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 18471.003146/200387 Resolução nº 2801000.320 S2TE01 Fl. 122 3 O recurso é tempestivo e atende às demais condições de admissibilidade, portanto merece ser conhecido. Consta do Termo de Constatação de Infração ,à fl.14: No exercício das funções de Auditor Fiscal da Receita Federal e em cumprimento ao que determina o MPF constante do cabeçalho, em fiscalização na Empresa acima identificada e durante o procedimento das verificações obrigatórias, foram constatadas divergências entre o valor recolhido e os valores devidos de Imposto de Renda de Fonte, incidente sobre os valores escriturados a crédito, em beneficio de sócio majoritário, a titulo de juros sobre o capital próprio, conforme discriminado a seguir: 1. Em 30/12/1998 a empresa efetuou, em sua escrituração contábil a fls. 252 do Livro Razão, créditos na conta 37902.1.6.03.002 Ruth Katz Castro Gelband (sócia controladora), a titulo de remuneração de juros sobre o capital próprio, nos valores de R$ 15.841,22 , de R$ 819.970,72 e de R$ 589.050,00, perfazendo o total de R$ 1.424.861,94; 2. A empresa, após intimada, não comprovou a retenção do Imposto de Renda de 15% incidente na Fonte, no momento do pagamento ou crédito, conforme disposto no parágrafo segundo do artigo 9º da Lei 9.249/95, assumindo assim ônus do imposto devido pelo beneficiário; 3. Dessa forma a empresa teria de recolher o Imposto de Renda de Fonte calculado sobre a base de cálculo reajustada, nos termos do artigo 796 do RIR/94 e IN/SRF 4/80, apurandose insuficiência no recolhimento, conforme discriminado a seguir: Total dos valores creditados em 30/12/1998 R$ 1.424.861,94 Base de cálculo do IRF reajustada conf. IN/SRF 4/80 R$ 1.676.308,16 IRF devido a alíquota de 15% R$ 251.446,22 IRF recolhido conf. Darf R$ 105.000,00 Diferença/Insuficiência de recolhimento de IRF apurada R$ 146.446,22. Em decorrência do procedimento de diligência determinado pela Delegacia de Julgamento do Rio de Janeiro I (fl. 69), foi proferido o Relatório de Conclusão de Diligência, às fls. 82/83, com as seguintes constatações: 2 O contribuinte, em sua impugnação, além do Darf de recolhimento de Imposto de Renda considerado no Auto de Infração, código 5706, no valor de R$ 105.000,00, referente ao exercício de 1998, recolhido em 06.01.99, apresenta também: darf no código 5706, no valor de R$ 120.015,98, recolhido em 09.04.97, referente ao exercício de 1996; darf no código 5706, no valor de 14.987,13, recolhido em 07.05.1997, referente ao primeiro trimestre de 1997; e darf no código 5706, no valor de R$ 30.248,36, recolhido em 14.01.1998, referente ao quarto trimestre de 1997; Fl. 122DF CARF MF Impresso em 15/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 14/10/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 18471.003146/200387 Resolução nº 2801000.320 S2TE01 Fl. 123 4 3 Conforme apurado em sua contabilidade, cm 31/12/1996, o contribuinte creditou Juros s/capital próprio referente ao exercício de 1996 no valor de R$672.845,50, escriturando como Imposto de Renda retido na fonte o valor de R$ 100.926,72; 4 Em 31/03/1997, o contribuinte creditou juros s/capital próprio referente ao primeiro trimestre do exercício de 1997 o valor de R$99.914,18, escriturando como Imposto de Renda retido na fonte o valor de R$ 14.987,13; 5 A partir de 31/07/1997 e até 31/12/1997, o contribuinte creditou, em lançamentos mensais, juros s/capital próprio referentes ao segundo, terceiro e quarto trimestres do exercício de 1997 o valor de R$ 201.655,77, sem que houvesse a escrituração de Imposto retido na fonte. Dessa forma e com base em sua escrituração contábil, considerando que a autuação recaiu sobre os exercícios de 1997 e 1998, concluímos que deverão ser considerados também, além do recolhimento através de darf no código 5706 de R$ 105.000,00 referente ao exercício de 1998, os seguintes: darf no código 5706, no valor de 14.987,13, recolhido em 07.05.1997, referente ao primeiro trimestre de 1997 (fls. 45); e darf no código 5706, no valor de R$ 30.248,36, recolhido em 14.01.1998, referente ao quarto trimestre de 1997 (fls. 46 ). Observase que a autoridade fiscal responsável pela diligência confirmou que na contabilidade da Contribuinte foi creditado, em 31/12/1996, juros s/capital próprio referente ao exercício de 1996 no valor de R$672.845,50, foi escriturado o correspondente Imposto de Renda retido na fonte no valor de R$ 100.926,72. Entretanto, não se pronunciou sobre os esclarecimentos prestados pela autuada no sentido de que a provisão de R$ 672.845,00, feita em 31.12.96, e que foi submetido à tributação dos 15% do IR Fonte, conforme recolhimento efetuado em 09/04/1997 (fl. 45), no valor de R$ 120.015,98, compõe o valor creditado em 31/12/98 de R$ 1.424.861,94, objeto do presente lançamento. A decisão de primeira instância também não se manifestou a respeito. Apenas implementou a conclusão da diligência, considerando os recolhimentos de 14.987,13, em 07/05/1997, referente ao primeiro trimestre de 1997, e de R$ 30.248,36, em 14/01/1998, referente ao quarto trimestre de 1997. Verificase não foram juntadas aos autos as copias de livros Diário e de folhas do Razão, referentes aos períodos de 1996 e 1999, apresentados pela Contribuinte no referido procedimento de diligência, mas somente vários demonstrativos elaborados pela interessada para provar que o crédito de R$ 1.424.861,94, em 30/12/1998, em favor da sócia controladora Ruth Katz Castro Gelband, é proveniente das provisões realizadas em 31/12/1996, 31/03/1997, 31/12/1997 e 31/12/1998. Face o acima exposto, voto pela conversão do julgamento em diligência à unidade de origem para que a autoridade fiscal averigúe se, de fato, o crédito de R$ 1.424.861,94, em 30/12/1998, em favor da sócia controladora Ruth Katz Castro Gelband, é proveniente das provisões realizadas em 31/12/1996, 31/03/1997, 31/12/1997 e 31/12/1998. Ou seja, a autoridade fiscal deve informar quando houve o crédito em favor da sócia controladora Ruth Katz Castro Gelbandare dos juros s/capital próprio de R$ 672.845,00 contabilizados em Fl. 123DF CARF MF Impresso em 15/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 14/10/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 18471.003146/200387 Resolução nº 2801000.320 S2TE01 Fl. 124 5 31.12.96, e que foi submetido à tributação dos 15% do IR Fonte, conforme recolhimento efetuado em 09/04/1997 (fl. 45), no valor de R$ 120.015,98. Após tais providências e ciência à Contribuinte (para que, querendo, se manifeste sobre seu conteúdo e conclusões, em prazo adequado), devem os autos retornar a este colegiado, devidamente instruídos com as peças que confirmam as informações prestadas, para que se prossiga no julgamento do recurso voluntário. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Fl. 124DF CARF MF Impresso em 15/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/10/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 14/10/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN
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Numero do processo: 10314.003813/2008-37
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 16 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Nov 06 00:00:00 UTC 2014
Numero da decisão: 3102-000.316
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Decidem os membros do colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência. Vencidos os Conselheiros Mirian de Fátima Lavocat de Queiroz, Relatora, e Demes Brito. O Conselheiro Ricardo Paulo Rosa redigirá o voto vencedor.
(assinatura digital)
Ricardo Paulo Rosa - Presidente e Redator
(assinatura digital)
Mirian de Fátima Lavocat de Queiroz - Relatora
EDITADO EM: 22/10/2014
Participaram da Sessão de Julgamento os Conselheiros Ricardo Paulo Rosa, José Fernandes do Nascimento, José Luiz Feistauer de Oliveira, Mirian de Fátima Lavocat de Queiroz e Demes Brito. Ausentes, justificadamente, as Conselheiras Andréa Medrado Darzé e Nanci Gama.
Nome do relator: MIRIAM DE FATIMA LAVOCAT DE QUEIROZ
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1901; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C1T2 Fl. 2 1 1 S3C1T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10314.003813/200837 Recurso nº De Ofício Resolução nº 3102000.316 – 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 16 de setembro de 2014 Assunto Auto de Infração Aduana Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado MODINE DO BRASIL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Decidem os membros do colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência. Vencidos os Conselheiros Mirian de Fátima Lavocat de Queiroz, Relatora, e Demes Brito. O Conselheiro Ricardo Paulo Rosa redigirá o voto vencedor. (assinatura digital) Ricardo Paulo Rosa Presidente e Redator (assinatura digital) Mirian de Fátima Lavocat de Queiroz Relatora EDITADO EM: 22/10/2014 Participaram da Sessão de Julgamento os Conselheiros Ricardo Paulo Rosa, José Fernandes do Nascimento, José Luiz Feistauer de Oliveira, Mirian de Fátima Lavocat de Queiroz e Demes Brito. Ausentes, justificadamente, as Conselheiras Andréa Medrado Darzé e Nanci Gama. Relatório Cuidase de Recurso de Ofício, em face de acórdão proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em São Paulo I (SP), o qual julgou procedente a impugnação da empresa MODINE DO BRASIL SISTEMAS TÉRMICOS LTDA (há época Radiadores Visconde Ltda, empresa adquirida posteriormente pela ora Recorrida, conforme consta na impugnação), exonerando o credito tributário na sua totalidade. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 03 14 .0 03 81 3/ 20 08 -3 7 Fl. 584DF CARF MF Impresso em 06/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA, Assinado digitalmente em 04/11/2014 p or MIRIAM DE FATIMA LAVOCAT DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10314.003813/200837 Resolução nº 3102000.316 S3C1T2 Fl. 3 2 Diante da precisão do relatório constante do acórdão, que minunciosamente reportou o auto de infração, passo a adotálo, nos termos a seguir: “O importador, por intermédio da DI n° 08/00617554, de 11/01/2008, submeteu a despacho a mercadoria descrita na adição 001, como: “FORNO ELÉTRICO PARA BRASAGEM Ex 015 Fornoselétricos de aquecimento indireto, industriais, para brasagem de trocadores de calor do tipo "placa e barra" de alumínio, com duas bombas de difusão comcapacidade para 50.000 litros/s, com uma bomba criogênica e criogerador com capacidade de bombeamento de 100.000 litros/s, com capacidade para brasar até 2.000Kg por ciclo, com ciclo de brasagem máximo de 2 horas, com temperatura máxima de 705°C, equipados com 23 zonas de aquecimento independentes, com variação máxima de temperatura na carga de +/3° C, compostos por vaso selado, câmara térmica, sistema de aquecimento, sistema de bombeamento, sistema derefrigeração, controlador lógico programável (CLP) com sistema supervisório incluso e sistema automático de manipulação de carga. O equipamento foi classificado na Tarifa Externa Comum no código 8514.10.10, com solicitação de enquadramento no extarifário nº 15 da Resolução Camex n°36,de 06 de setembro de 2007, que altera a alíquota, para bens de capital, para 2%, até 31/12/2008. O laudo do perito técnico certificante apontou divergências entre o textodo extarifário pleiteado com a mercadoria importada, razão pela qual a fiscalizaçãodescaracterizou o equipamento do benefício requerido, cobrando diferença de tributos, acréscimos legais e multas, no valor de R$ 2.026.701,05. Cientificada da autuação, a interessada apresentou impugnação alegando,em síntese que: É pessoa jurídica de direito privado que se dedica à indústria, comércioatacadista, importação, exportação, consignação, serviços de engenharia em desenvolvimento de projetos industriais, serviços de manutenção e conservação de radiadores, trocadores de calor, implementos de refrigeração e demais peças. Para o desenvolvimento de suas atividades, entendeu necessária a aquisição de forno elétrico para brasagem de trocadores de calor. Todavia, diante da impossibilidade de aquisição de similar no mercadonacional, à Impugnante não restou outra opção a não ser importar referido equipamento de fornecedor estrangeiro (TA V Tecnologie Alto Vuoto"TAV"). Foi então que a Impugnante pleiteou ao Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior a concessão de extarifárioespecífico para o forno elétrico a ser importado (Doc. 02), ocasião na qual apresentou: (i) "Atestado de Inexistência de Produção Nacional" emitido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ABIMAQ (Doc. 03), (ii) "Atestado de Inexistência de Produção Nacional" emitido pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – ABINEE (Doc. 04) e (iii) catálogo técnico do equipamento com a respectiva tradução (Doc. 05). No laudo técnico, o perito certificante apontou as seguintes divergências: Fl. 585DF CARF MF Impresso em 06/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA, Assinado digitalmente em 04/11/2014 p or MIRIAM DE FATIMA LAVOCAT DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10314.003813/200837 Resolução nº 3102000.316 S3C1T2 Fl. 4 3 Descrição Ex Laudo Criogerador com capacidade de bombeamento 100.000 litros/s 200.000 litros/s Capacidade para brasar até 2.000 Kg por ciclo 2000/2.278 Kg/ por ciclo Ciclo de brasagem máximo de 2 horas superior a 2 horas Temperatura máxima de 705°C 750ºC /705ºC Apresenta na defesa argumentos para cada um dos itens elencados pela fiscalização, solicitando ao final a manutenção do equipamento no extarifáriopleiteado. Insurgese também contra aplicação das multas. Ao final requer a improcedência da ação.” É o relatório Voto Vencido Conselheira Mirian de Fátima Lavocat de Queiroz, Relatora O Recurso preenche os requisitos legais, razão pelo qual dele conheço. Durante a Sessão de Julgamento, foi apresentada preliminar de conversão do julgamento em diligência para complementação da instrução processual. Uma vez que, na opinião desta Relatora, tal providência seja desnecessária, já que, a meu ver, o Processo encontrase pronto para julgamento, VOTO pela rejeição da preliminar. Mirian de Fátima Lavocat de Queiroz Voto Vencedor Conselheiro Ricardo Paulo Rosa Redator Peço vênia para apresentar minha divergência sobre qual seja o melhor encaminhamento a ser dado ao vertente litígio. Uma vez constatadas as discrepâncias que deram azo ao Auto de Infração sub judice, a Recorrente, em sede de impugnação ao lançamento, procurou demonstrar porque certas características do bem não correspondiam exatamente com a descrição contida no texto do "EX" tarifário. Tendo em conta as alegações apresentadas pelo contribuinte, a Delegacia da Receita Federal de Julgamento expôs os motivos porque considerou improcedentes as conclusões a que chegaram os AuditoresFiscais responsáveis pelo procedimento. Em apertada síntese, o caminho trilhado pelo i. Julgador de primeira instância foi o seguinte. Primeiro, faz a reconstituição do processo que leva à concessão do "EX" tarifário, para, então, concluir que o Laudo Pericial realizado quando da importação da mercadoria em Regime de Admissão Temporária atestava sua correspondência com o texto do "EX". Fl. 586DF CARF MF Impresso em 06/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA, Assinado digitalmente em 04/11/2014 p or MIRIAM DE FATIMA LAVOCAT DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10314.003813/200837 Resolução nº 3102000.316 S3C1T2 Fl. 5 4 "Percebese claramente que a proposta de descrição é feita com base nos catálogos e dados técnicos apresentados pelo contribuinte que pleiteia o EX tarifário. No caso em questão, a empresa Radiadores Visconde Ltda, (empresa adquirida posteriormente pela Impugnante, conforme consta na impugnação), apresentou à Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior pedido de Concessão de Extarifário, referente à máquina descrita como: (...) O laudo elaborado pelo assistente técnico (SAT nº 3944/07 – EQCOF), fls. 432 e ss, referente à mercadoria a que se refere a DSI1 nº 07/00263160 (que posteriormente seria desembaraçada pela DI nº 08/00617554) identificou a máquina como: (...) Que atesta que a maquina importada é a mesma (modelo, fabricante e marca) descrita no extarifário nº 15, da posição 8514.10.10, da Resolução Camex n°36, de 06 de setembro de 2007." A seguir, aduz que o Laudo Técnico realizado durante o despacho para consumo do bem, informa que foram feitos diversos contatos com o fabricante do forno para que este esclarecesse suas características técnicas, porém ele apenas informou que tais informações poderiam ser extraídas do Descritivo Técnico TD nº 060442. Entretanto, o Descritivo Técnico mencionado não apresenta todos os subsídios necessários para comprovar sua descrição detalhada utilizada na Declaração de Importação. Adentra às discrepâncias apontadas pela Perícia no curso do Despacho Aduaneiro promovido pela DI nº 08/00617554, para, logo após, demonstrar as razões porque entende que tais divergências não teriam o condão de desenquadrar a mercadoria do "EX" tarifário. A seguir transcrevo de forma resumida os fundamentos da decisão recorrida. • Criogerador com capacidade de bombeamento: No Ex tarifário consta que a capacidade de bombeamento de 100.000 litros/s, sendo que a capacidade verificada na perícia é de 200.000 l/s. Em sua defesa, a interessada esclarece que o criogerador integrado no forno elétrico pode ter capacidade de bombeamento de 10.000 L/s a 200.000 L/s, o que ao contrário do que pretendem as d. autoridades fiscais só confirma que esse equipamento tem a característica prevista no extarifário. (...) • capacidade para brasar até 2.000 Kg por ciclo No laudo técnico o perito informa que o manual técnico do forno apresenta a informação de que a capacidade de carga é de 2.000 kg. O fabricante enviou uma carta esclarecendo que a capacidade de carga" referese à capacidade de brasagem do forno. 1 Antes de ser despachada para consumo (importação definitiva), a mercadoria foi desembaraçada em Regime de Admissão Temporária, por meio de DSI Declaração Simplificada de Importação Fl. 587DF CARF MF Impresso em 06/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA, Assinado digitalmente em 04/11/2014 p or MIRIAM DE FATIMA LAVOCAT DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10314.003813/200837 Resolução nº 3102000.316 S3C1T2 Fl. 6 5 Já no descritivo Já o Descritivo Técnico do forno apresenta a informação de que o peso total por carga (excluindo o transportador) é de 2.278 kg. Em sua defesa, a interessada esclarece que ao elaborar o referido descritivo técnico, o fabricante do forno elétrico, a TAV, indicou como peso máximo de carga 2.278 Kg. No entanto, ao ser questionado pela Impugnante sobre a composição dessa carga, a TAV enviou carta à Impugnante esclarecendo que (i) a carga máxima de 2.278 Kg correspondia à carga do objeto da brasagem acrescida dos instrumentos necessários para a brasagem (tal como apoios e suportes); e que, portanto, (ii) a capacidade de carga máxima para os materiais a serem brasados é de 2.000 Kg. Visando a afastar qualquer dúvida sobre a carga máxima a ser brasada no forno elétrico, notese que o manual do forno (elaborado depois do descritivo técnico) reitera que a carga máxima para brasar é de 2.000 Kg. • Ciclo de brasagem com máximo de 2 horas O perito certificante informa que o manual técnico do equipamento apresenta somente o valor de tempo mínimo de operação (20), mas declara que durante a vistoria técnica foi realizado um ciclo de brasagem, o qual teve a duração de 2:53:01 horas. Em sua defesa, a interessada esclarece que: O item de Cycle Features do Manual Técnico e o item 0.8 Cycle Fcatures do Descritivo Técnico indicam cada uma das etapas do ciclo de brasagem, da seguinte forma (indicouse uma das etapas a título exemplificativo): (...) • Temperatura máxima de 705 ºC No laudo técnico consta que no Manual a temperatura máxima do forno é de 750° C, enquanto que o descritivo técnico informa que a temperatura máxima é de 705ºC. Em sua defesa, a interessada alega que a temperatura máxima de 750°C ("max temperature (short tcrm bumout)) ", a que se refere o Manual Técnico não se trata da temperatura máxima aplicada na operação de brasagem, mas, unicamente, àquela que é possível atingirse em curtos espaços de tempo, para fins específicos de ajuste e limpeza do forno. (...) Por fim, baseado nos esclarecimentos prestados pelo importador, o i. Julgador decide: Considerando que: 1) Restou comprovado que a mercadoria importada é a mesma em que baseou o pedido do extarifário nº 15, posição 8514.10.10, da Resolução Camex n°36, de 06 de setembro de 2007. 2) O laudo elaborado pelo assistente técnico (SAT nº 3944/07 – EQCOF), fls. 432 e ss, referente à mercadoria a que se refere a DSI nº 07/00263160 (que posteriormente seria desembaraçada pela DI nº 08/00617554) atestou que a máquina Fl. 588DF CARF MF Impresso em 06/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA, Assinado digitalmente em 04/11/2014 p or MIRIAM DE FATIMA LAVOCAT DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA Processo nº 10314.003813/200837 Resolução nº 3102000.316 S3C1T2 Fl. 7 6 importada corresponde à descrição da declaração de importação que por sua vez corresponde ao descritivo no Extarifário. 3) Os pontos divergentes apontados pelo perito no laudo técnico foram justificados pela interessada na impugnação. Concluise que a máquina, objeto da DI n° 08/00617554, de 11/01/2008, faz jus ao benefício do ex tarifário nº 15, posição 8514.10.10, da Resolução Camex n°36, de 06 de setembro de 2007. A despeito de que considere alguns dos apontamentos acima bastante razoáveis, peço licença para apresentar minha divergência não só em relação a algumas conclusões a que se chegou, mas, principalmente, em relação ao procedimento adotado. Por exemplo, já em relação ao primeiro fundamento, relacionado ao processo de concessão do "EX" tarifário, que se diga que o fato de ter sido ele requerido pelo próprio importador de maneira nenhuma atesta a regularidade na aplicação da redução. É de extrema importância que as especificações técnicas declaradas no pleito para concessão do destaque sejam confirmadas na importação das mercadorias. E algumas outras tantas ponderação mais poderiam ser acrescentadas; contudo, como disse, o mais importante não encontrase em cada uma das divergências que esse Relator possa encontrar no teor da decisão tomada, mas reside na maneira como o assunto foi conduzido. O Acórdão rechaçou cada uma das discrepâncias apontadas pela Perícia única e exclusivamente com base nas alegações do contribuinte, sem o cuidado de confirmálas junto àquele que havia informado em sentido contrário. Ora, se há no Descritivo Técnico (que é justamente o documento de onde, por sugestão do Fabricante, deveriam ser obtidas as informações técnicas do equipamento) informação de que a temperatura máxima que pode ser atingida pelo equipamento é de 705ºC, e o Perito assim informou, como se pode tomar por verdade absoluta a contra informação de que a temperatura máxima de 750°C ("max temperature (short tcrm bumout)) ", a que se refere o Manual Técnico não se trata da temperatura máxima aplicada na operação de brasagem, mas, unicamente, àquela que é possível atingirse em curtos espaços de tempo? Não tenho dúvida, é imperioso que os argumentos da defesa sejam submetidos a confirmação pericial. Pelas razões acima expostas, VOTO pela conversão do julgamento em diligência, para que a Fiscalização Aduaneira submeta ao Perito responsável pelo Laudo Técnico realizado na importação promovida pela Declaração de Importação nº 08/00617554 as ponderações apresentadas em sede de impugnação ao lançamento, para que o mesmo ateste ou não, em Laudo Técnico Complementar, sua procedência e, corolário, o enquadramento ou não do equipamento no texto do "EX". Na impossibilidade de designação do mesmo Perito, novo profissional deve ser indicado pela Fiscalização. Sala de Sessões, 16 de setembro de 2014. (assinatura digital) Ricardo Paulo Rosa Redator Fl. 589DF CARF MF Impresso em 06/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA, Assinado digitalmente em 04/11/2014 p or MIRIAM DE FATIMA LAVOCAT DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 22/10/2014 por RICARDO PAULO ROSA
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Numero do processo: 10380.726496/2012-13
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 07 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Nov 03 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 26/06/2012
AUTO DE INFRAÇÃO. GFIP - APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS.
ATIVIDADE FISCAL. VINCULAÇÃO À DETERMINAÇÃO LEGAL. ESTÁ FORA DO ÂMBITO DO AGENTE FISCAL FAZER JUÍZO DE VALOR OU CONCEDER PRAZO SEM DETERMINAÇÃO LEGAL. CÁLCULO DA MULTA. FIXADO EM LEI. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA. MULTA FIXADA EM RAZÃO DO NÚMERO DE INFRAÇÕES .
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2803-003.677
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
(Assinado digitalmente).
Helton Carlos Praia de Lima. -Presidente
(Assinado digitalmente).
Eduardo de Oliveira. - Relator
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Ricardo Magaldi Messetti, Oseas Coimbra Júnior, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Gustavo Vettorato.
Nome do relator: EDUARDO DE OLIVEIRA
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APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. Recorrente MUNICÍPIO DE FORTALEZA CÂMARA MUNICIPAL. Recorrida FAZENDA NACIONAL. ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 26/06/2012 AUTO DE INFRAÇÃO. GFIP APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. ATIVIDADE FISCAL. VINCULAÇÃO À DETERMINAÇÃO LEGAL. ESTÁ FORA DO ÂMBITO DO AGENTE FISCAL FAZER JUÍZO DE VALOR OU CONCEDER PRAZO SEM DETERMINAÇÃO LEGAL. CÁLCULO DA MULTA. FIXADO EM LEI. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA. MULTA FIXADA EM RAZÃO DO NÚMERO DE INFRAÇÕES . Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. (Assinado digitalmente). Helton Carlos Praia de Lima. Presidente (Assinado digitalmente). Eduardo de Oliveira. Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Ricardo Magaldi Messetti, Oseas Coimbra Júnior, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Gustavo Vettorato. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 38 0. 72 64 96 /2 01 2- 13 Fl. 1698DF CARF MF Impresso em 03/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 03/11/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 10380.726496/201213 Acórdão n.º 2803003.677 S2TE03 Fl. 1.699 2 Relatório O presente Processo Administrativo Fiscal encerra o Auto de Infração de Obrigação Acessória – AIOA DEBCAD 51.005.5630, CFL.78, apresentar a empresa a declaração a que se refere a Lei 8.212, de 24.07.91, art. 32, inciso IV, acrescentado pela Lei n. 9.528, de 10.12.97, e redação da MP 449, de 03.12.2008, convertida na Lei n. 11.941, de 27.05.2009, com informações incorretas ou omissas, sendo o período de apuração, de 07/2007 a 12/2008, conforme Termo de Início de Procedimento Fiscal TIPF, de fls. 04 a 07, o auto de infração, objetiva a aplicação de penalidade por infração a dever instrumental, determinada por lei. O sujeito passivo foi cientificado da autuação, em 26/06/2012, conforme Folha de Rosto do Auto de Infração – AI, de fls. 03. O contribuinte apresentou sua defesa/impugnação, em 26/07/2012, conforme carimbo de recepção, de fls. 1.626, a defesa está acostada, as fls. 1.626 a 1.635, acompanhada dos documentos, de fls. 1.636 a 1.658. A impugnação foi considerada tempestiva, fls. 1.661. O órgão julgador de primeiro grau prolatou o Acórdão Nº 1533.185 5ª Turma da DRJ/SDR, em 22/08/2013, fls. 1.676 a 1.684, sendo a impugnação considerada improcedente. O contribuinte tomou conhecimento desse decisório, em 17/10/2013, conforme, AR, de fls. 1.685. Irresignado o contribuinte impetrou o Recurso Voluntário, petição de interposição e razões recusais, as fls. 1.687 a 1.690, recebida, em 13/11/2013, carimbo de recepção, as fls. 1.687, acompanhado dos documentos, de fls. 1.692 e 1.693. As razões recursais resumidas são as seguintes. · que o dispositivo violado e apontado na infração é o artigo 32A, caput, inciso I, parágrafos 2 e 3, ambos da Lei n° 8.212/91, o que transcreve; · que a multa no importe de R$ 9.540,00 foi resultado da ausência de prestação de informação em GFIP para o período de 07/2007 ao 13º/2008, referente a alguns comissionados, assessores parlamentares, vereadores e alíquota SAT; · que o agente lançador no ato da ação fiscal foi informado, que a Câmara estava buscando a regularização das pendências, ratificando que não reteve as contribuições da remuneração dos servidores indicados no REFISC, suplicando pela extinção da autuação; Fl. 1699DF CARF MF Impresso em 03/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 03/11/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 10380.726496/201213 Acórdão n.º 2803003.677 S2TE03 Fl. 1.700 3 · que o agente fiscal poderia ter ofertado prazo para a atuado regularizar as pendências, razão pela qual considera desproporcional e desarrazoada a sanção; · Espera e requer ao final: a) acolhimento do recurso e cancelamento do débito. O órgão preparador reconheceu a tempestividade do Recurso Voluntário, fls. 1.695. Os autos foram remetidos ao CARF, fls. 1.696. Os autos foram sorteados e distribuídos a esse conselheiro, em 20/03/2014, Lote 07, fls. 1.697. É o Relatório. Fl. 1700DF CARF MF Impresso em 03/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 03/11/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 10380.726496/201213 Acórdão n.º 2803003.677 S2TE03 Fl. 1.701 4 Voto Conselheiro Eduardo de Oliveira Relator O recurso voluntário é tempestivo e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade ele merece ser apreciado O recorrente demonstra ter atingindo perfeita compreensão da infração que praticou, conforme descrição inicial de seu recurso, citando o dispositivo violado, a infração praticada, o período, as informações omitidas e importe da multa. A atividade fiscal nos termos do artigo 142, e seu parágrafo único, da Lei 5.172/66 c/c o artigo 37, caput, da Lei 8.212/91 c/c o artigo 116, III, da Lei 8.112/90 é vinculada e obrigatória, não cabendo ao agente fiscal fazer juízo de valor sobre as razões deste ou daquele contribuinte ter deixado de cumprir a legislação, pois ele – agente fiscal – tem o dever de cumprila e nada mais, foi o que fez o agente no presente caso, pois uma vez constatada a irregularidade aplicou a sanção determinada em lei. Ter a recorrente informado que estava buscando a regularização das pendências e que não reteve as contribuições em nada altera o fato de que o agente fiscal detectou o descumprimento da lei fiscal, muito pelo contrário apenas confirma a constatação. Como supramencionado o fisco deve agir ante a violação da lei, nos termos que ele determina e não cabe a ele fisco transigir em matéria fiscal, quando há previsão legal para tanto. Irrelevante o fato de a recorrente considerar a multa desproporcional e desarrazoada. A uma, por que a multa foi determinada pelo legislador ordinário em projeto de lei sancionado pela autoridade competente constitucionalmente estabelecida para tanto. A duas, por que certamente na discussão legislativa o quantum da multa deve ter sido objeto de discussão e o valor fixado foi aquele considerado adequado pelo órgão competente. A três, por que o valor da multa é bem baixo, conforme determina o inciso I, do artigo 32 – A, da Lei 8.212/91 na redação dada pela Lei 11.941/2009, ou seja, vinte reais para cada dez (10) infrações, a exacerbação da multa para R$ 9.540,00 se deu em razão do número de infração praticadas pela recorrente, que a título de exemplo apenas na competência 11/2008 deixou de informar setecentos e quarenta e nove (749) campos na GFIP, o que resultou nessa competência em uma multa no valor de R$ 1.500,00 reais. Fl. 1701DF CARF MF Impresso em 03/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 03/11/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 10380.726496/201213 Acórdão n.º 2803003.677 S2TE03 Fl. 1.702 5 Declinadas as razões acima não há motivos para declarar a improcedência da autuação. CONCLUSÃO: Pelo exposto voto por conhecer do recurso para no mérito negarlhe provimento. (Assinado digitalmente). Eduardo de Oliveira. Fl. 1702DF CARF MF Impresso em 03/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 31/10/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 03/11/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
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Numero do processo: 13981.000256/2005-85
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue May 27 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Oct 31 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Data do fato gerador: 30/11/2005
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO (DCOMP). HOMOLOGAÇÃO PARCIAL.
O reconhecimento da certeza e liquidez de parte do crédito financeiro declarado, na Dcomp, implica homologação da compensação do débito tributário declarado até o limite do valor suplementar reconhecido na fase recursal.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Mantém-se a glosa dos créditos apurados sobre os custos/despesas com demais insumos por falta de identificação de suas naturezas e da demonstração de seus empregos no processo produtivo.
CRÉDITO. JUROS/MULTAS. PAGAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
As despesas com juros moratórios e multa de mora incidentes no pagamento, a destempo, da conta de energia elétrica, consumida no processo produtivo, não geram créditos passíveis de desconto da contribuição apurada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor trimestral.
CRÉDITO. DESPESA. ARRENDAMENTO MERCANTIL. APROVEITAMENTO. PROVA. INEXISTÊNCIA. VEDAÇÃO.
É vedado o aproveitamento de créditos sobre despesa de arrendamento mercantil, para a qual não foi comprovada sua vinculação com o bem arrendado e a respectiva despesa incorrida, no período mensal e, ainda, sua correlação com o valor informado no Dacon.
CRÉDITO. ENCARGOS DE DEPRECIAÇÕES. APROVEITAMENTO.
Os encargos de depreciação de bens utilizados no processo produtivo (exaustores, ventiladores de transporte, filtros de manga; e ciclones) geram créditos da contribuição.
Numero da decisão: 3301-002.333
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. A conselheira Fábia Regina Freitas se declarou impedida.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente.
(assinado digitalmente)
José Adão Vitorino de Morais - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, Maria Teresa Martínez López, José Adão Vitorino de Morais, Andrada Márcio Canuto Natal e Antônio Mário de Abreu Pinto.
Nome do relator: JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/07/2005 a 30/09/2005 DILIGÊNCIA. PRESCINDIBILIDADE. REJEIÇÃO. Rejeitase o pedido de diligência prescindível ao julgamento das questões de mérito. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/07/2005 a 30/09/2005 CRÉDITO. EMBALAGEM. APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE. Os custos com aquisições de etiquetas adesivas, chapas de papelão ondulado, cantoneiras, filme stretch e fita de aço integram o custo dos produtos fabricados e exportados pela recorrente, gerando créditos passíveis de desconto da contribuição apurada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor trimestral. CRÉDITO. DEMAIS INSUMOS. FALTA DE IDENTIFICAÇÃO. GLOSA. Mantémse a glosa dos créditos apurados sobre os custos/despesas com demais insumos por falta de identificação de suas naturezas e da demonstração de seus empregos no processo produtivo. CRÉDITO. JUROS/MULTAS. PAGAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. As despesas com juros moratórios e multa de mora incidentes no pagamento, a destempo, da conta de energia elétrica, consumida no processo produtivo, não geram créditos passíveis de desconto da contribuição apurada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor trimestral. CRÉDITO. DESPESA. ARRENDAMENTO MERCANTIL. APROVEITAMENTO. PROVA. INEXISTÊNCIA. VEDAÇÃO. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 98 1. 00 02 56 /2 00 5- 85 Fl. 579DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 2 É vedado o aproveitamento de créditos sobre despesa de arrendamento mercantil, para a qual não foi comprovada sua vinculação com o bem arrendado e a respectiva despesa incorrida, no período mensal e, ainda, sua correlação com o valor informado no Dacon. CRÉDITO. ENCARGOS DE DEPRECIAÇÕES. APROVEITAMENTO. Os encargos de depreciação de bens utilizados no processo produtivo (exaustores, ventiladores de transporte, filtros de manga; e ciclones) geram créditos da contribuição. ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Data do fato gerador: 30/11/2005 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO (DCOMP). HOMOLOGAÇÃO PARCIAL. O reconhecimento da certeza e liquidez de parte do crédito financeiro declarado, na Dcomp, implica homologação da compensação do débito tributário declarado até o limite do valor suplementar reconhecido na fase recursal. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. A conselheira Fábia Regina Freitas se declarou impedida. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. (assinado digitalmente) José Adão Vitorino de Morais Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, Maria Teresa Martínez López, José Adão Vitorino de Morais, Andrada Márcio Canuto Natal e Antônio Mário de Abreu Pinto. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da DRJ em Florianópolis (SC) que julgou parcialmente procedente manifestação de inconformidade apresentada contra despacho decisório que homologou, em parte, a compensação do débito fiscal declarado na Declaração de Compensação (Dcomp) às fls. 02, apresentada em 30/11/2005, com saldo credor de créditos básicos da contribuição para o PIS não cumulativo, apurado para o 3º trimestre de 2005, decorrentes de exportações. A Delegacia da Receita Federal em Joaçaba (SC) homologou, em parte, a compensação declarada sob o fundamento de insuficiência do crédito financeiro reconhecido à Fl. 580DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13981.000256/200585 Acórdão n.º 3301002.333 S3C3T1 Fl. 580 3 recorrente, por força das glosas efetuadas, conforme Parecer Fiscal às fls. 395/412 e Despacho Decisório às fls. 413/414. Inconformada com a aquele despacho decisório, a recorrente apresentou manifestação de inconformidade, insistindo na homologação integral, alegando razões assim resumidas por aquela DRJ: (a) Da glosa referente a insumos embalagens: A contribuinte alega que para efetuar a comercialização de seus produtos – madeiras e seus artefatos, entre outros – é necessária a embalagem, realizada por meio de insumos adquiridos para esta finalidade, tais como chapas de papelão ondulado, etiqueta adesiva, cantoneiras, caixas plásticas etc. Explica que os insumos glosados são etiquetas adesivas (legalmente exigidas para produtos destinados ao exterior e coladas na madeira), chapa de papelão ondulado (utilizado como proteção do produto embalado), as cantoneiras (utilizadas para proteção), filme stretch (utilizado para amarrar o pacote) e fita de aço (utilizada na embalagem com a finalidade de amarrar/prender o pacote). Conclui a contribuinte que, como tais produtos compõem o produto final, devem ser passíveis de creditamento. (b) Da glosa referente a despesas com energia elétrica – créditos extemporâneos: A contribuinte alega que a legislação não estabelece quaisquer vedações ao direito de crédito das despesas com energia elétrica em sua totalidade. E, em relação aos créditos extemporâneos atinentes à energia elétrica, glosados pela autoridade fiscal por se referirem a meses anteriores, não pode prosperar, uma vez que não há qualquer restrição temporal no texto legal, exceto os já conhecidos como o da decadência. (c) Da glosa das despesas de contraprestação de arrendamento mercantil: A contribuinte alega que os documentos acostados aos autos, durante o procedimento fiscal, se mostram suficientemente válidos para os fins probatórios a que se destinam – contratos de arrendamento mercantil e notas fiscais, haja vista ser possível estabelecer relação de pertinência com os valores demonstrados no Dacon correspondente. Defende que a exigência da memória e calculo e esclarecimentos complementares não possuem suporte legal. (d) da glosa dos encargos de depreciação dos bens do ativo imobilizado: A contribuinte argumenta que: [...] tendo em vista que foi permitido o aproveitamento de crédito das contribuições sobre máquinas e equipamentos adquiridos para utilização na fabricação de produtos destinados à venda (ativo imobilizado), bem como pela lisura dos procedimentos adotados pela Manifestante em relação a tomada destes créditos, deve ser revista a decisão final para fins de alteração, reconhecendo o direito creditório da Manifestante em relação a estes bens que participam diretamente do processo produtivo. Em aditamento à manifestação de conformidade, às folhas 453 a 462, a contribuinte alega que traz aos autos cópia de Notas Fiscais (por amostragem) e o Livro de Registro de Entradas, no qual os materiais de embalagem foram lançados sob o código de "compra para industrialização ou produção rural" ou "compra para industrialização ou produção rural – mercadorias provenientes de outros Estados", a fim de caracterizar os materiais de embalagem como insumos, nos termos do artigo Fl. 581DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 4 3° da Lei n° 10.637/02. Afirma que junta, ainda, as Fichas Técnicas dos produtos comercializados, os quais compreendem todas as mercadorias acobertadas pelas notas fiscais glosadas pela autoridade fiscal. No tópico denominado Dos demais bens utilizados como insumos, a contribuinte argumenta que o fundamento da glosa efetuada pela autoridade fiscal – que a aquisição de bens foi genericamente descrita – carece de suporte fático e jurídico. Explica que o fundamento é impreciso, sendo defeso à autoridade fiscal utilizar argumentos evasivos, em vista do princípio da verdade material; que a autoridade fiscal deve exaurir todos os meios de prova. Conclui a contribuinte: Contudo, a fim de liquidar por vezes a presente discussão, acentua a Manifestante que os documentos referidos no tópico antecedente, de igual forma corroboram a insubsistência da glosa alicerçada no citado fundamento, na medida em que as Notas Fiscais e Fichas Técnicas dos produtos (anexas) constituem elementos mais que suficientes para descrevêlos e caracterizálos como insumos, porquanto, passíveis do desconto de créditos tal como procedido pela Manifestante. Sob o título – Das despesas com arrendamento mercantil, a contribuinte alega que com a juntada dos comprovantes de pagamentos relativos à contraprestação de arrendamento mercantil, em anexos, o fundamento da glosa não mais existe. Repete que a legislação não determina a apresentação de memórias de cálculo, para fazer jus ao respectivo direito creditório. Em Do crédito a descontar referente ao ativo imobilizado, a contribuinte alega que os bens – sistema elevadores de carga de madeira e sistema de aspiração e transporte de partículas – caracterizamse pela essencialidade no processo de produção. A contribuinte detalha a função de cada equipamento dos citados sistemas no processo produtivo da empresa. Analisada a manifestação de inconformidade, aquela DRJ julgoua procedente, em parte, conforme Acórdão nº 0720.128, datado de 28/05/2010, às fls. 533/562, sob as seguintes ementas: “PEDIDOS DE RESTITUIÇÃO, COMPENSAÇÃO OU RESSARCIMENTO. COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA A CARGO DO CONTRIBUINTE. No âmbito específico dos pedidos de restituição, compensação ou ressarcimento, é ônus do contribuinte/pleiteante a comprovação minudente da existência do direito creditório. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. CONCEITO DE INSUMOS. No regime da nãocumulatividade, só são considerados como insumos, para fins de creditamento de valores: aqueles utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda; as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; e os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. EMBALAGENS. CONDIÇÕES DE CREDITAMENTO. Fl. 582DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13981.000256/200585 Acórdão n.º 3301002.333 S3C3T1 Fl. 581 5 As embalagens que não são incorporadas ao produto durante o processo de industrialização (embalagens de apresentação), mas apenas depois de concluído o processo produtivo e que se destinam tãosomente ao transporte dos produtos acabados (embalagens para transporte), não podem gerar direito a creditamento relativo às suas aquisições. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA. CONDIÇÕES DE CREDITAMENTO. Somente dão direito a crédito no âmbito do regime da não cumulatividade os valores gastos com o consumo de eletricidade, não sendo considerados créditos os valores pagos a outro título as empresas concessionárias de energia elétrica. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. DESPESAS COM DEPRECIAÇÃO. CONDIÇÕES DE CREDITAMENTO. No âmbito do regime da nãocumulatividade, a pessoa jurídica poderá descontar créditos, a título de depreciação, calculados em relação a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado que estejam diretamente associados ao processo produtivo de bens destinados à venda.” Intimada dessa decisão, a recorrente interpôs recurso voluntário (564/577) requerendo a sua reforma, a fim que se homologue, na íntegra, a compensação declarada, alegando, em síntese, que, nos termos da Lei nº 10.637, de 30/12/2002, art. 3º, faz jus aos créditos apurados sobre os custos/despesas com aquisições de (i) embalagem (etiquetas adesivas, chapas de papelão ondulado, cantoneiras, filme stretch e fita de aço; (ii) demais insumos, sob o argumento de que os vários documentos juntados aos autos são suficientes para caracterizálos como; (iii) energia elétrica, porque a glosa sobre as despesas com multa e juros moratórios sobre seu pagamento a destempo não procede, pois não devem ser considerados isoladamente e sim pelo total pago; (iv) arrendamento mercantil, os documentos apresentados são suficientes e válidos para comprovar o montante do crédito requerido, assim a ausência de memórias de cálculo não inviabilizam seu aproveitamento, bastando a apresentação dos contratos, notas fiscais e/ ou comprovantes de pagamentos; e, (v) encargos de depreciações, tendo em vista que os bens (26 exaustores, 4 ventiladores de transporte, 4 filtros de manga e 4 ciclones instalados sobre silos para armazenagem de partículas de madeiras) são utilizados no seu processo produtivo. E caso, não seja esse o entendimento desta Turma, requereu a baixa dos autos em diligência, para que seja verificada a real situação dos créditos envolvidos. É o relatório. Voto Conselheiro José Adão Vitorino de Morais O recurso apresentado atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. Assim, dele conheço. Fl. 583DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 6 A recorrente solicitou a baixa dos autos, em diligência, para que a autoridade preparadora verifique a real situação dos créditos reclamados. No presente caso, conforme se verifica do Parecer às fls. 395/412 e da decisão recorrida, tanto a autoridade administrativa como a julgadora de primeira instância examinaram a documentação apresentada. Caberia à recorrente ter identificado a natureza de cada insumo cujo crédito foi glosado e, ainda, demonstrado sua utilização no seu processo produtivo. Além disto, o deferimento de pedido de diligência está condicionado ao atendimento do disposto no art. 18 do Decreto nº 70.235, de 1972, que assim dispõe: “Art. 16. A impugnação mencionará: [...]; IV as diligências, ou perícias que o impugnaste pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação de quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional de seu perito; § 1º Considerarseá não formulado o pedido de diligência ou perícia que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso IV do art. 16. [...]. Art. 28. Na decisão em que for julgada questão preliminar será também julgado o mérito, salvo quando incompatíveis, e dela constará o indeferimento fundamentado do pedido de diligência ou perícia, se for o caso.” A recorrente atendeu, em parte, os requisitos elencados no inciso IV, citado e transcrito acima, informando, de forma genérica, o objetivo da diligência, ou seja, “com intuito de que seja verificada a real situação dos créditos envolvidos”. Assim rejeitase diligência requerida. No mérito, as questões opostas nesta fase recursal se restringem às glosas dos créditos sobre os custos/despesas com (i) etiquetas adesivas, chapas de papelão ondulado, cantoneiras, filme stretch e fita de aço; (ii) demais insumos; (iii) arrendamento mercantil; (iv) glosas sobre despesas com juros e multa moratórios; e, (v) encargos de depreciações. A Lei nº 10.637. de 30/12/2002, que instituiu o regime não cumulativo para a PIS, assim dispõe quanto aos créditos e ressarcimento: “Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: [...]; II bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao Fl. 584DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13981.000256/200585 Acórdão n.º 3301002.333 S3C3T1 Fl. 582 7 concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI; [...]; V valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte SIMPLES; VI máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. [...]. § 2o Não dará direito a crédito o valor: [...]; II da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição. [...]. Art. 5o A contribuição para o PIS/Pasep não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de: I exportação de mercadorias para o exterior; [...]. § 1o Na hipótese deste artigo, a pessoa jurídica vendedora poderá utilizar o crédito apurado na forma do art. 3o, para fins de: I dedução do valor da contribuição a recolher, decorrente das demais operações no mercado interno; II compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, observada a legislação específica aplicável à matéria. § 2o A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar o crédito por qualquer das formas previstas no § 1o poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro, observada a legislação específica aplicável à matéria.” Assim, passemos a análise de cada uma das rubricas cujos valores foram glosados: Fl. 585DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 8 (i) etiquetas adesivas, chapas de papelão ondulado, cantoneiras, filme stretch e fita de aço. Tratase de bens que integram o custo final do produto fabricado e exportado pela recorrente. Assim, nos termos do inciso II do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, citados e transcritos anteriormente, geram créditos da contribuição, passíveis de desconto da contribuição apurada sobre o faturamento mensal e/ ou de ressarcimento/compensação do saldo credor trimestral. Portanto, os valores apurados pela recorrente sobre tais custos e glosados pela Fiscalização deverão restabelecidos e utilizados na Dcomp em discussão. (ii) demais insumos. Em seu recurso voluntário, a recorrente não identificou tais insumos nem demonstrou seus empregos no seu processo produtivo; se limitando à alegação de que juntou vários documentos que, segundo seu entendimento, constituem elementos suficientes para caracterizar tais bens como insumos, nos termos do dispositivo legal citado no item (i) acima. Contudo, tais documentos não permitem identificar suas natureza nem que são utilizados no seu processo produtivo, Caberia a ela ter elaborado uma planilha identificando cada um deles, informando valor de aquisição, nota fiscal, vida útil, e seus empregos no processo produtivo, ou seja, em que fase do processo são empregados e qual a finalidade especifica de cada um. Como não o fez, as glosas devem ser mantidas. (iii) juros moratórios e multa de mora (energia elétrica) A recorrente defende o aproveitamento de crédito apurado sobre despesas incorridas com juros de mora e multa mora, incidentes sobre pagamentos, a destempo, de energia elétrica sob o argumento de que integram o custo total desse insumo. Ao contrário do seu entendimento, tais despesas não integram o custo da energia elétrica utilizado no processo produtivo nem geram créditos da contribuição, nos termos do inciso II do § 2º do art. 3º, da Lei nº 10.833. de 2003, citados anteriormente. Somente geram créditos os custos e despesas de bens/serviços sujeitos ao pagamento da contribuição. (iv) arrendamento mercantil. A glosa sobre o valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica teve como fundamento a insuficiência de provas. Intimada, a recorrente apresentou notas fiscais e contratos, sem contudo, apresentar memória de cálculo que permitisse comprovar a vinculação dos valores constantes dos documentos apresentados com os valores informados no Dacon, ou seja, com as despesas sobre as quais foram apurados os créditos. Na manifestação de inconformidade, a recorrente apresentou apenas e tão somente boletos bancários que, no entanto, não permitem fazer vinculação com os contratos de arrendamento mercantil ou com as notas fiscais. Nesta fase recursal, a recorrente não apresentou nenhum outro documento. Caberia a ela, no mínimo, ter apresentado planilha, contendo: descrição do bem arrendado, Fl. 586DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 13981.000256/200585 Acórdão n.º 3301002.333 S3C3T1 Fl. 583 9 contrato, nota fiscal, custo, amortizações mensais, ficha do livro Razão com as respectivas escriturações, o que permitiria comprovar as despesas incorridas em cada mês e com cada bem arrendado. Assim, a glosa sobre tais despesas deve ser mantida. (v) encargos de depreciações. Nos termos do inciso III do § 1º, c/c o inciso VI, todos do art. 3º, da Lei nº 10.637, de 2002, citados e transcritos anteriormente, os encargos de depreciação das máquinas, equipamentos, utilizados na produção dos bens destinados a venda gerados, incorridos no mês, geram créditos da contribuição. No presente caso, os encargos de depreciação cujos créditos foram glosados, se referem a equipamentos utilizados no processo produtivo da recorrente, conforme se conclui de suas identificações e finalidades descritas nos autos. A recorrente tem como atividade econômica a industrialização de madeira, produzindo diversos produtos, dentre eles, aglomerados, compensados, placas de MDF, móveis, etc. Assim, os valores das glosas sobre os encargos e depreciação referentes a: exaustores (26); ventiladores de transporte (4); filtros de manga (4); e ciclones (4) instalados sobre silos para armazenagem de partículas de madeiras, devem restabelecidos. Quanto à homologação da compensação do débito fiscal declarado nas Dcomp em discussão, segundo a Lei nº 9.430, de 27/12/1996, art. 74, aquela está condicionada à certeza e liquidez do crédito financeiro declarado. No presente caso, conforme demonstrado anteriormente, a recorrente faz jus a crédito financeiro suplementar, reconhecido nesta fase recursal. Assim, compete a autoridade administrativa apurar os créditos da contribuição, nos termos desta decisão, e homologar a compensação declarada até o limite apurado. Em face do exposto, dou provimento parcial ao recurso voluntário para reconhecer o direito de a recorrente apurar créditos da contribuição sobre: a) os custos incorridos com aquisições de etiquetas adesivas, chapas de papelão ondulado, cantoneiras, filme stretch e fita de aço; e, b) sobre os encargos de depreciação de exaustores (26); ventiladores de transporte (4); filtros de manga (4); e ciclones (4) instalados sobre silos para armazenagem de partículas de madeiras, cabendo à autoridade administrativa recalcular os créditos, apurar o saldo credor trimestral passível de ressarcimento/compensação e homologar a compensação declarada na Dcomp, em discussão, até o limite apurado, exigindo possível saldo remanescente. (assinado digitalmente) José Adão Vitorino de Morais Relator Fl. 587DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS 10 Fl. 588DF CARF MF Impresso em 31/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 24 /06/2014 por JOSE ADAO VITORINO DE MORAIS, Assinado digitalmente em 25/08/2014 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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Numero do processo: 10380.005302/2007-85
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 09 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Oct 20 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2003 a 31/01/2003
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. PRAZO DECADENCIAL. CINCO ANOS. TERMO A QUO. AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO ANTECIPADO SOBRE AS RUBRICAS LANÇADAS. ART. 173, INCISO I, DO CTN.
O Supremo Tribunal Federal, conforme entendimento sumulado, Súmula Vinculante de n º 8, no julgamento proferido em 12 de junho de 2008, reconheceu a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n º 8.212 de 1991.
Não tendo havido pagamento antecipado sobre as rubricas lançadas pela fiscalização, ou nos autos de infração por descumprimento de obrigação acessória, há que se observar o disposto no art. 173, inciso I do CTN.
Encontram-se atingidos pela fluência do prazo decadencial os fatos geradores anteriores a 11/2000, inclusive.
RELATÓRIO FISCAL.FALTA DA DESCRIÇÃO DAS BASES DE CÁLCULO DOS FATOS GERADORES.OFENSA AO ART. 142 DO CTN.
O relatório fiscal deve trazer de forma clara como a autoridade fiscal obteve as bases de cálculo do tributo cobrado. A falta da precisa descrição dos fatos ensejadores da autuação constitui vício material, tendo como conseqüência a improcedência do lançamento.
Recurso Voluntário Provido
Numero da decisão: 2803-003.748
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator
assinado digitalmente
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
assinado digitalmente
Oséas Coimbra - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Ricardo Magaldi Messetti.
Nome do relator: OSEAS COIMBRA JUNIOR
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PRAZO DECADENCIAL. CINCO ANOS. TERMO A QUO. AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO ANTECIPADO SOBRE AS RUBRICAS LANÇADAS. ART. 173, INCISO I, DO CTN. O Supremo Tribunal Federal, conforme entendimento sumulado, Súmula Vinculante de n º 8, no julgamento proferido em 12 de junho de 2008, reconheceu a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n º 8.212 de 1991. Não tendo havido pagamento antecipado sobre as rubricas lançadas pela fiscalização, ou nos autos de infração por descumprimento de obrigação acessória, há que se observar o disposto no art. 173, inciso I do CTN. Encontramse atingidos pela fluência do prazo decadencial os fatos geradores anteriores a 11/2000, inclusive. RELATÓRIO FISCAL.FALTA DA DESCRIÇÃO DAS BASES DE CÁLCULO DOS FATOS GERADORES.OFENSA AO ART. 142 DO CTN. O relatório fiscal deve trazer de forma clara como a autoridade fiscal obteve as bases de cálculo do tributo cobrado. A falta da precisa descrição dos fatos ensejadores da autuação constitui vício material, tendo como conseqüência a improcedência do lançamento. Recurso Voluntário Provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 38 0. 00 53 02 /2 00 7- 85 Fl. 56DF CARF MF Impresso em 20/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 15/10/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10380.005302/200785 Acórdão n.º 2803003.748 S2TE03 Fl. 3 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Ricardo Magaldi Messetti. Fl. 57DF CARF MF Impresso em 20/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 15/10/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10380.005302/200785 Acórdão n.º 2803003.748 S2TE03 Fl. 4 3 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da Delegacia da Secretaria da Receita Federal do Brasil de Julgamento, que manteve o auto de infração lavrado, referente a contribuições devidas em razão de obra de construção civil. O r. acórdão – fls 35 e ss, conclui pela improcedência da impugnação apresentada, mantendo o auto de infração lavrado. Inconformada com a decisão, apresenta recurso voluntário, alegando, em síntese, o seguinte: · Como dito na defesa anteriormente apresentada, o imóvel, objeto deste procedimento, foi cadastrado em 1990 fl.09. O único documento a comprovar, efetivamente, o término da obra, é esse, nenhum outro mais, valendo destacar que é oriundo de órgão oficial Prefeitura Municipal de Aquiraz. · Não há nada nos autos informando que dita edificação foi concluída em 04.04.2001, sendo certo que, mesmo que tal houvesse ocorrido, mesmo assim o direito à constituição do crédito em questão já havia sido fulminado pela prescrição, vez que o artigo 45 da Lei n° 8.212, invocado pela Turma apelada para estabelecer o prazo de 10 anos como sendo decadencial, é inconstitucional. · Requer o acolhimento do presente Recurso, dandoo por procedente para o fim de cassar a decisão apelada, tudo nos termos das razões ora apresentadas, além daqueloutras, referidas no intróito. É o relatório. Fl. 58DF CARF MF Impresso em 20/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 15/10/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10380.005302/200785 Acórdão n.º 2803003.748 S2TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Oséas Coimbra O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. DA DECADÊNCIA A súmula vinculante do STF, nº 08 traz: “São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5º do Decretolei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Com a decisão do Pretório Excelso, a questão passa a ser decidida com base nos artigos art. 150, § 4 e 173, ambos do Código Tributário Nacional – CTN. Trasncrevemos o artigo 173 : Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extinguese definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. A jurisprudência pátria já assentou que a aplicabilidade deste artigo seria nas hipóteses de inexistência de pagamento antecipado ou na ocorrência de fraude ou dolo, conforme transcrevemos. “Ementa: .... II. Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN. ....” (STJ. REsp 395059/RS. Rel.: Min. Eliana Calmon. 2ª Turma. Decisão: 19/09/02. DJ de 21/10/02, p. 347.) ... “Ementa: .... Em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, a fixação do termo a quo do prazo decadencial Fl. 59DF CARF MF Impresso em 20/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 15/10/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10380.005302/200785 Acórdão n.º 2803003.748 S2TE03 Fl. 6 5 para a constituição do crédito deve considerar, em conjunto, os arts. 150, § 4º, e 173, I, do Código Tributário Nacional. Na hipótese em exame, que cuida de lançamento por homologação (contribuição previdenciária) com pagamento antecipado, o prazo decadencial será de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador. .... .... Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN. ....” (STJ. EREsp 278727/DF. Rel.: Min. Franciulli Netto. 1ª Seção. Decisão: 27/08/03. DJ de 28/10/03, p. 184.) Por fim, tal matéria foi submetida ao crivo da 1ª. Seção do Superior Tribunal de Justiça, através de Recurso Especial representativo de controvérsia – RESP 973.733, conforme art. 543C do normativo processual e, segundo a nova redação do art. 62A do Regimento interno do CARF, de reprodução obrigatória pelos Conselheiros. Reproduzimos excerto da ementa: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. (...) 3. O dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelandose inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Codex Tributário, ante a configuração de. desarrazoado prazo decadencial decenal(...) grifamos Do relatório DAD – Discriminativo Analítico do Débito, constatase a não ocorrência de pagamentos referentes as rubricas sub examine, justificando a aplicabilidade do art. 173. Tendo sido dado ciência ao contribuinte em 23/08/2006, aplicandose o art. 173 do CTN temos que considerar decadentes as competências anteriores a 11/2000, inclusive. Apesar de constar que se trata de NFLD substitutiva, não há elementos para que possa aferir se tal fato altera o curso decadencial. Fl. 60DF CARF MF Impresso em 20/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 15/10/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10380.005302/200785 Acórdão n.º 2803003.748 S2TE03 Fl. 7 6 Nessa linha já se manifestou o STJ, no rito do art. 543C do Código Processual, consoante RESP 973.733/SC e nos EDcl nos EDcl no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 674.497 PR (2004/01099782), DJe 26/02/2010, que transcrevo. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. RECOLHIMENTOS NÃO EFETUADOS E NÃO DECLARADOS. ART. 173, I, DO CTN. DECADÊNCIA. ERRO MATERIAL. OCORRÊNCIA. ACOLHIMENTO. EFEITOS MODIFICATIVOS. EXCEPCIONALIDADE. 1. Tratase de embargos de declaração opostos pela Fazenda Nacional objetivando afastar a decadência de créditos tributários referentes a fatos geradores ocorridos em dezembro de 1993. 2. Na espécie, os fatos geradores do tributo em questão são relativos ao período de 1º a 31.12.1993, ou seja, a exação só poderia ser exigida e lançada a partir de janeiro de 1994. Sendo assim, na forma do art. 173, I, do CTN, o prazo decadencial teve início somente em 1º.1.1995, expirandose em 1º.1.2000. Considerando que o auto de infração foi lavrado em 29.11.1999, temse por não consumada a decadência, in casu. 3. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos modificativos, para dar parcial provimento ao recurso especial. Ante o exposto, acato a preliminar de decadência, nos termos do voto proferido. DO MÉRITO Tratase de lançamento em razão de obra de construção civil. O relatório fiscal assim descreve: Este relatório é parte integrante da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito NFLD, e referese a crédito lançado relativo a contribuições devidas pelo contribuinte à Seguridade Social, acerca de obra de construção civil particular não regularizada. O critério utilizado pelo INSS para apuração do valor da mão deobra empregada na construção civil, tem como base as tabelas do CUB (Custo Unitário Básico), publicadas mensalmente pela imprensa de circulação regular e pelo Sindicato da Industria da Construção Civil SINDUSCON no Estado do Ceará. BASE DE CÁLCULO: R$ 3.508,50 Levantamento baseado no Aviso para Regularização de Obra (ARO), extraído do processo referente à NFLD No. 35.503.1680, cópia em anexo, e enviada ao contribuinte. Fl. 61DF CARF MF Impresso em 20/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 15/10/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10380.005302/200785 Acórdão n.º 2803003.748 S2TE03 Fl. 8 7 Esta NFLD substitui a NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO NFLD No.35.503.l680, com as justificativas apresentadas pela DECISAO NOTIFICAÇAO DN No. 05.401 .4/0240/2005. Do que exposto, tenho que o relatório fiscal sequer descreve a localização da obra efetuada. A NFLD consta endereço do contribuinte em FortalezaCE, sendo que, nas peças defensivas, o contribuinte atesta se tratar de obra em outro Municípío Aquiraz, fazendo inclusive contar às fls 50, comprovante desta Prefeitura atestando a obra como realizada em 1990. O código tributário nacional, em seu art. 142 assim determina: Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Por certo que o relatório fiscal não atende às exigências legais para sua perfectibilização, pois não demonstra sequer a que obra se refere, sem apontar a localização desta, devendo assim ser desconstituído em sua inteireza. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por conhecer do recurso e, preliminarmente, declaro a decadência das competências anteriores a 11/2000, inclusive e, no mérito, em relação as demais competências, pela improcedência do auto lavrado. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Fl. 62DF CARF MF Impresso em 20/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 15/10/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10380.005302/200785 Acórdão n.º 2803003.748 S2TE03 Fl. 9 8 Fl. 63DF CARF MF Impresso em 20/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 15/10/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR
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Numero do processo: 15374.000573/2009-17
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Apr 10 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Oct 30 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Exercício: 1999
REFIS. COMITÊ GESTOR. COMPETÊNCIA.
Compete ao Comitê Gestor do REFIS decidir acerca da inclusão no programa de determinado crédito tributário, bem como analisar a possibilidade de correção de eventuais erros do interessado, não sendo possível revolver tais matérias em sede de recurso voluntário.
Numero da decisão: 1201-001.015
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Vencido o Conselheiro Marcelo Cuba Netto, que votou por converter o julgamento em diligência.
(documento assinado digitalmente)
Marcelo Cuba Netto - Presidente
(documento assinado digitalmente)
Roberto Caparroz de Almeida - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcelo Cuba Netto, Roberto Caparroz de Almeida, Maria Elisa Bruzzi Boechat, André Almeida Blanco, Rafael Correia Fuso e Luis Fabiano Alves Penteado.
Nome do relator: Roberto Caparroz de Almeida
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AUSÊNCIA DE PROVAS. É válido e deve ser mantido o lançamento de ofício quando o contribuinte deixa de apresentar prova capaz de refutar as diferenças apuradas pela fiscalização, entre os valores escriturados e aqueles oferecidos à tributação. ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Exercício: 1999 REFIS. COMITÊ GESTOR. COMPETÊNCIA. Compete ao Comitê Gestor do REFIS decidir acerca da inclusão no programa de determinado crédito tributário, bem como analisar a possibilidade de correção de eventuais erros do interessado, não sendo possível revolver tais matérias em sede de recurso voluntário. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Vencido o Conselheiro Marcelo Cuba Netto, que votou por converter o julgamento em diligência. (documento assinado digitalmente) Marcelo Cuba Netto Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 37 4. 00 05 73 /2 00 9- 17 Fl. 205DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 3 2 (documento assinado digitalmente) Roberto Caparroz de Almeida Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcelo Cuba Netto, Roberto Caparroz de Almeida, Maria Elisa Bruzzi Boechat, André Almeida Blanco, Rafael Correia Fuso e Luis Fabiano Alves Penteado. Relatório Inicialmente, cumpre ressaltar que o presente processo representa a reconstituição dos autos n. 11080.006768/200401, conforme se depreende do despacho do Delegado da DERAT/RJ, de fls. 02, que designou comissão de servidores para tal mister, relativo a diversos processos do Contribuinte, que, segundo consta, foram extraviados. Assim, este relatório e o respectivo voto têm como referência, exclusivamente, os documentos que puderam ser recuperados e que constam do processo eletrônico. Tratase de Auto de Infração com a exigência de recolhimento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), relativa ao quarto trimestre do ano calendário de 1999, acrescido da multa de ofício de 75% e juros de mora. A autuação originouse de fiscalização do IRPJ que apurou diferenças entre o valor escriturado e o valor declarado pelo Contribuinte. A Decisão da DRJ de Porto Alegre, de fls. 16 a 21, indica que: De acordo com o relatório da auditoria fiscal (fls. 14/19), foi constatado, na ficha 30 da DIPJ (fls. 37), que a autuada apurou, como base de cálculo da CSLL, um lucro de R$ 99.388.710,45 no trimestre em questão, bem como o correspondente valor de CSLL de R$ 11.926.645,25. Em que pese os dados constantes na DIPJ, esse crédito tributário não foi informado em DCTF, nem pago. Intimada a prestar esclarecimentos a respeito dessa situação, a autuada alegou que teria incluído o crédito no Refis, tendo apresentado os requerimentos das fls. 39 e 40, dirigidos ao Comitê Gestor desse programa. No entanto, o pleito não foi atendido, conforme o Parecer do Comitê Gestor do Programa de Recuperação Fiscal n° 33, de 31/05/2004 (fls. 41/43). Como não fora pago nem estava em regime de parcelamento, o crédito tributário foi lançado de ofício, mediante auto de infração. Fl. 206DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 4 3 Devidamente intimada do Auto de Infração, a Recorrente apresentou impugnação em 15 de outubro de 2004, acompanhada de documentos, na qual utilizou, em síntese, os seguintes argumentos, conforme consta do relatório da decisão recorrida: 1. Declarou seus tributos "a tempo e modo para, após, dentro do prazo, consolidálo no âmbito do Refis". Tratarseia, assim, de tributo declarado, consolidado e parcelado. Além disso, o lucro real apurado teria "caráter diferido"; 2. Trouxe a valor presente o montante do passivo tributário parcelado. Esse procedimento reduziu seu passivo em cerca de R$ 159.028.000,00, “transportados sob condição ao resultado operacional”, o que gerou um “lucro ficto, e não real”, pois ele só acontecerá caso o parcelamento se mantenha pelo prazo estimado de 170 anos e vier a se concretizar o ganho financeiro previsto. Só após verificadas essas condições poderiam as reduções previstas para o passivo tributário ser objeto de tributação. Isso se justifica também porque ela poderia vir a optar por recolher os valores parcelados ou mesmo vir a ser excluída do Refis, não tendo como vir a reaver o indébito; 3. Foi indevida a inclusão, na DIPJ do anocalendário de 1999, do lucro apurado com base no desconto do passivo tributário no Refis e os tributos dele decorrentes; 4. Os requerimentos dirigidos ao Comitê Gestor não visavam a incluir novos tributos no Refis, mas a retificar o código correto de tributos já incluídos, uma vez que na DIPJ efetuou a apuração trimestral do lucro, enquanto na declaração ao Refis informou ter optado pela apuração anual, erro esse que o AFRF autuante deveria ter constatado, o que o levaria a absterse de lançar de ofício os mesmos tributos já parcelados, o que veio a produzir uma situação de "bis in idem". Diz ainda que antes do lançamento, a fiscalização deveria têla notificado da não homologação; 5. A redução condicional do passivo tributário não é passível de incidência tributária; 6. O ganho com o parcelamento do Refis só é tributável mês a mês, proporcionalmente aos pagamentos; 7. O tributo não é exigível porque não teve formalmente ciência da não homologação do Refis; A Impugnante, ainda, requereu perícia contábil, sem indicar perito. Em sessão realizada no dia 29 de abril de 2005, a Delegacia de Julgamento de Porto Alegre, por unanimidade de votos, julgou procedente o lançamento de IRPJ. As Ementas a seguir reproduzem o entendimento daquela instância de julgamento: Fl. 207DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 5 4 Assunto: Processo Administrativo Fiscal Anocalendário: 1999 Ementa: PERÍCIA. OMISSÃO DO NOME PERITO. Desconhecese do pedido de perícia em que a autuada não aponta o nome, endereço e qualificação profissional de seu perito. REFIS. COMITÊ GESTOR. COMPETÊNCIA. Cabe ao Comitê Gestor do Refis decidir sobre a inclusão nesse programa de determinado crédito tributário, não sendo possível revolver essa matéria em sede de impugnação. Assunto: Obrigações Acessórias Anocalendário: 1999 Ementa: DIPJ E DCTF. EFICÁCIA. CONFISSÃO DE DÍVIDA. Apenas a DCTF tem eficácia de confissão de dívida, cabendo à DIPJ papel meramente informativo. DIPJ. MATÉRIA TRIBUTÁVEL OBJETO DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO. Não se admite a retificação de DIPJ para alterar matéria tributável objeto de lançamento de ofício. A Recorrente foi intimada da decisão da Delegacia de Julgamento e, em 08 de junho de 2005, interpôs Recurso Voluntário, alegando, em síntese, que (informações extraídas do relatório da Resolução n. 10102.573, da Primeira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, de fls. 26 a 31): 1. Ao fechar o balanço do 4° trimestre de 1999, teve que optar entre (a) manter o valor nominal do passivo tributário, acusando prejuízo no exercício ou (b) lançar o débito já levando em consideração o beneficio decorrente da adesão ao REFIS, isto é, a redução contábil do exigível de longo prazo por via da adoção do critério de valor presente, resultando lucro ficto; 2. A alternativa "a" não atrairia o recolhimento de IRPJ nem de CSLL, pois a base de cálculo seria negativa (prejuízo). A alternativa "b", ao contrário, distribuiria fatos geradores ao longo do prazo de parcelamento, à medida em que o benefício fosse realizado mês a mês. A alternativa "a" era a regra geral ditada pela SRF (os tributos seriam indevidos independente da realização do ganho estimado nos exercícios subsequentes). A alternativa "b" representaria prática contábil "especial" autorizada pela CVM, cujo lucro apurado dependeria de condição futura. A existência de fato gerador decorreria da vontade do contribuinte ao exercer a opção; 3. De boafé, o contribuinte acabou exercendo a opção "b", submetendo o lucro ficto e condicionado à tributação do Fl. 208DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 6 5 IRPJ e da CSLL, lançandoo, contudo, não mês a mês, mas de uma única vez no resultado do 4° trimestre de 1999. Além de constarem do balanço do trimestre e da DIPJ do respectivo período, os tributos foram relacionados nas Fichas 2 e 4 da Declaração do REFIS. O parcelamento foi deferido sem ressalvas; 4. Após o término do prazo de homologação, porém, detectando imprecisão nos códigos, o contribuinte teve a iniciativa de informar à autoridade tributária o equívoco, requerendo a correção de ofício. A autoridade tributária houve por não só indeferir a retificação dos códigos, como também, mais grave, determinar o lançamento de ofício do IRPJ e da CSLL do 4° trimestre de 1999, já homologados no REFIS. Isto sob o pretexto de que o prazo de inclusão de novos tributos havia se exaurido, quando, em verdade, o requerimento tratava apenas de retificação; 5. A decisão recorrida deixou de responder à questão da inexistência do fato gerador (art. 3° do CTN, prestação compulsória e não decorrente da vontade do contribuinte) ou da inexigibilidade imediata da totalidade do tributo (art. 117 do CTN, realização diferida do lucro ao longo do parcelamento); 6. Que não houve resposta a questão da nãoincidência do 1RPJ e da CSLL sobre a redução do estoque do passivo tributário. Deixou também de responder o que acontecerá, afinal, se o contribuinte for excluído do REFIS, ou pagar antecipadamente o débito, já que, nesta hipótese, a condição do resultado do trimestre deixará de existir, invertendoo para apontar prejuízo e retirando o suporte do fato da exação; 7. É certo que a matéria não era tributável, e que, se existisse, o tributo só seria exigível mês a mês, proporcionalmente a realização do ganho, de acordo com o art. 117, inciso I, do CTN. É certo ainda, que, se existisse, o tributo foi parcelado no REFIS, não apenas em razão da homologação, mas também diante da caracterização suficiente. É certo também, que ao exercer a opção do art. 2° da Lei n. 9.964/00, o contribuinte parcelou o débito de modo integral, independente da exatidão do código informado na declaração do REFIS; 8. Que o art. 147, § 2° do CTN, dispõe ser o dever de detectar e de corrigir o erro da declaração pela própria autoridade tributária, tratandose de ato de ofício e, portanto, vinculado; 9. No que se refere ao impedimento do exame do lançamento por representar “matéria informada em DIPJ”, conforme item 3, em grave contradição a autoridade tributária utiliza exatamente essa circunstância para sustentar a não revisão do código, sem esclarecer o real motivo de considerála o Fl. 209DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 7 6 meio adequado para motivar o lançamento de ofício e não a consolidação do débito no REFIS; 10. No que se refere ao cunho meramente informativo da DIPJ, a rigor, a matéria em debate é outra, consistente no efeito de confissão de dívida atribuído a Declaração do REFIS pelo art. 3°, inciso I, da Lei n° 9.964/00. Ao inverso do que deixa transparecer a autoridade tributária, a declaração do REFIS, já era, por si, o meio adequado para se confessar, consolidar e parcelar o débito, inclusive de tributos antes sonegados (o que não é o caso dos autos); 11. Que a DCTF era então dispensável para o atendimento da exigência legal, sendo irrelevante a circunstância de a DIPJ ter ou não natureza informativa quando, a rigor, o contribuinte confessou o débito de modo irrevogável e irretratável ao exercer a opção do REFIS. Em sessão realizada no dia 09 de novembro de 2006, a Primeira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, converteu o julgamento em diligência para que a autoridade fiscal: 1. Intimasse a Recorrente a demonstrar de forma pormenorizada os procedimentos adotados quanto às supostas "receitas extraordinárias REFIS" oferecidas à tributação no 4º trimestre de 1999, inclusive em relação aos registros contábeis; 2. Procedesse à análise dos procedimentos adotados pelo Recorrente que originaram as supostas receitas extraordinárias REFIS, em relação ao valor questionado nos presentes autos, tecendo os comentários que achasse necessário para o bom deslinde da questão; 3. Após, intimasse a Recorrente acerca do resultado e conclusão da presente diligência, para, se quisesse, viesse aos autos contraditála. Em 28 de abril de 2010, foi lavrado o Termo de Início de Diligência Fiscal, no qual se solicitou à Recorrente os seguintes documentos, a fim de cumprir com o que foi determinado na decisão do Conselho de Contribuintes: Cópias das DIPJ da incorporadora e incorporada relativas ao anocalendário de 1999; Livros: Diário, Razão e de Apuração do Lucro Real das empresas em comento, do mesmo período, que devem permanecer a disposição desta fiscalização na sede da contribuinte; Balanços e balancetes analíticos do período sob análise; Demonstrativos analíticos dos procedimentos adotados pela contribuinte no quarto trimestre de 1999 para valoração de seus passivos tributários junto à União Federal a valor presente, acompanhados de todos os lançamentos contábeis que originaram a redução desses passivos. Fl. 210DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 8 7 A Recorrente foi intimada na mesma data e em resposta informou que a documentação relativa ao período de apuração do 4º trimestre de 1999 não foi encontrada, provavelmente por ter sido eliminada, nos termos do parágrafo único do artigo 195 e do artigo 174 do Código Tributário Nacional. A intimação foi reiterada em 19 de julho de 2010 e a Recorrente respondeu que confirmava o anteriormente afirmado, de que a documentação solicitada não foi encontrada nos arquivos da companhia. Em 13 de agosto de 2010 a Diligência Fiscal foi encerrada com a entrega de cópia do relatório à Recorrente, para ciência e eventual manifestação. No Termo de Encerramento da Diligência a autoridade fiscal fez consignar que não cientificou o contribuinte do resultado das análises em decorrência do não atendimento, por parte da mesma, dos elementos necessários à sua execução. O Contribuinte não se pronunciou no prazo concedido e os autos foram encaminhados ao CARF para apreciação e julgamento. Em outubro de 2013 os novos patronos da Recorrente apresentaram pedido no sentido de que o julgamento incluído na pauta de novembro fosse adiado, por duas sessões, para que fosse providenciada a elaboração de memoriais, além de concedido prazo para a preparação da sustentação oral em defesa da contribuinte. Em novembro de 2013 os novos patronos da Recorrente apresentaram manifestações no sentido de que sejam aplicados ao presente caso o relatório de diligência e a decisão de mérito lavrada no Processo Administrativo 11080.006580/200454, porque a autuação daquele processo decorre da mesma ação fiscal aqui debatida. Este é o relatório. Voto Conselheiro Roberto Caparroz de Almeida, Relator O Recurso é tempestivo e atende aos pressupostos legais, razão pela qual dele conheço. Como mencionado no Relatório, os autos decorrem de procedimento de reconstituição do processo 11080.006768/200401. Tendo em vista essa circunstância peculiar, cumpre ressaltar que, no meu entendimento, todos os documentos e atos administrativos necessários à compreensão e julgamento dos créditos em questão encontramse no processo eletrônico reconstituído, de modo que não vislumbro qualquer prejuízo ou possibilidade de cerceamento de defesa dos direitos da Recorrente. Fl. 211DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 9 8 Ademais, a empresa foi notificada, por meio de diligência solicitada por este Conselho, a apresentar os livros, documentos e manifestações que entendesse necessários para instruir o processo, o que lhe garantiu o pleno exercício ao contraditório. Todavia, diante de tal solicitação, a Recorrente simplesmente alegou que: A documentação relativa ao período de apuração do 4° trimestre de 1999 não foi encontrada, provavelmente por ter sido eliminada, nos termos do parágrafo único do artigo 195 e do artigo 174 do Código Tributário Nacional. O insólito argumento parece desconsiderar que os preceitos evocados não se aplicam ao caso em tela, visto que os enunciados dos artigos 174 e 195 do Código Tributário Nacional, que supostamente a liberariam da incumbência de conservar os livros solicitados, tratam de prescrição, cujo prazo de contagem sequer se iniciou, visto ser pacífico o entendimento jurisprudencial de que tal circunstância só ocorre com a constituição definitiva do crédito, ou seja, após o julgamento peremptório na esfera administrativa. Assim, o argumento, além de inaplicável, não lhe traz qualquer benefício, pois a ausência de documentos aptos a provar suas alegações, que também não foram apresentados nas fases de impugnação e de recurso voluntário, simplesmente exige a manutenção dos créditos lançados. Com efeito, não há nos autos qualquer livro ou documento capaz de esclarecer as operações e os lançamentos efetuados pela empresa e relativos ao quarto trimestre de 1999 ou, ainda, aos procedimentos de aceitação destes no REFIS. Ressaltese que a Recorrente é uma companhia de capital aberto, com ações negociadas em Bolsa, e que a simples negativa geral não condiz com as obrigações previstas pela legislação para este tipo de sociedade. Em razão disso, entendo que o lançamento foi efetuado de modo correto, observando os requisitos previstos no Código Tributário Nacional, e que caberia à Recorrente a comprovação de suas alegações, mediante provas cabais, o que efetivamente não ocorreu, pois o recurso voluntário foi interposto sem qualquer livro ou documento apto a suportálas, circunstância que se repetiu quando dos procedimentos de diligência. Na esteira da decisão prolatada pela DRJ de Porto Alegre, que acolho integralmente, pareceme claro que o crédito tributário foi apurado com base na própria DIPJ da Contribuinte, cujos montantes não foram objeto de confissão de dívida em DCTF nem tampouco de pagamento. No mesmo sentido, os valores questionados também não foram incluídos no âmbito do parcelamento previsto no REFIS, pois, se houve erro de codificação ou qualquer outro vício na declaração prestada para ingresso ao regime, como alegado, a responsabilidade pela correção é exclusiva da Contribuinte, que deve agir com a devida diligência e atender aos requisitos legais para usufruir dos benefícios previstos naquele regime. Também em razão da absoluta ausência de provas não merecem prosperar os argumentos da Recorrente, quer aqueles decorrente de sua “opção contábil”, quer os que se referem à suposta “ausência de fato gerador”. No mesmo sentido, não cabe a este Conselho Fl. 212DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 10 9 manifestarse, sem qualquer subsídio ou dado concreto trazido pela Recorrente, quanto à decisão do Conselho Gestor do REFIS, que negou a inclusão dos créditos lançados. A Recorrente declarou, de forma taxativa, que não possui qualquer documento ou livro relativo ao período, em evidente descumprimento da legislação tributária, fato que, por si só, afasta alegações de cunho meramente teórico, visto que o lançamento se lastreou na própria DIPJ da empresa, que apurou valores e não os ofereceu à tributação. Este Conselho é firme no sentido de que as possíveis diferenças entre os valores declarados e efetivamente pagos pelo Contribuinte devem por ele ser comprovados, conforme se depreende, por exemplo, do acórdão a seguir transcrito: 1ª Seção de Julgamento. 4ª Câmara. 1ª Turma Ordinária. Acórdão nº 1401.00163 do Processo 13888001540/200375 Data: 29/01/2010 ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. ANOCALENDÁRIO: 1998. DIFERENÇA ENTRE O VALOR ESCRITURADO E O DECLARADO/PAGO. PROVA. Deve ser mantido o lançamento quando o contribuinte deixa de apresentar prova capaz de refutar as diferenças expostas no trabalho fiscal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Ausente, justificadamente, a Conselheira Karem Jureidini Dias. No que tange às alegações feitas a posteriori, muito depois da interposição do Recurso Voluntário (apenas em novembro de 2013, depois, inclusive, do processo ter sido incluído na pauta de julgamento desta Turma), entendo que em nada alteram a percepção dos fatos relatados nos autos. Ainda assim, passo a examinálas. Quanto ao argumento de que este processo precisa ser julgado nos termos do que foi decidido no feito de número 11080.006580/200454, entendo que não assiste razão à Recorrente. Conquanto a matéria possa ser semelhante, lá se tratou de outra operação de incorporação, com pessoa jurídica distinta. O que é determinante para o deslinde deste processo é que o Contribuinte não apresentou qualquer prova do alegado, pois apenas se manifestou pela negativa geral e pela destruição dos documentos comprobatórios. Ora, não pode o julgador se basear, ainda que em homenagem ao princípio da verdade material, em meras alegações ou provas emprestadas de outro processo, até porque a verdade material exige, ao menos, fortes indícios de sua real ocorrência no mundo fenomênico. Existe um postulado clássico que não se pode criar do nada, muito menos em matéria jurídica. Fl. 213DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 11 10 Não há sentido em se valer das conclusões de diligência efetuada em outro processo, quando nos presentes autos foi determinada e realizada diligência, na qual a autoridade responsável afirmou, textualmente, que a Recorrente, embora intimada e reintimada, não apresentou qualquer documento ou prova, optando pela negativa geral. Se naquele processo houve diligência, com a elaboração de conclusões baseadas em documentos apresentados pela contribuinte, visto que foram analisados os lançamentos contábeis pertinentes à matéria debatida, aqui, ao revés, a diligência foi infrutífera, visto que nada foi apresentado. A partir do vazio nada se pode concluir e, nesse sentido, não é possível, à luz de qualquer argumento minimamente razoável, dar razão à Recorrente. Assim, o acórdão lá proferido teve como fundamento a materialidade apurada e constatada pela autoridade fiscal na diligência, circunstância que aqui não se repetiu. Nem há de se falar em “prova emprestada” de outro processo, como quer a Recorrente, quando esta teve a oportunidade, por diversas vezes, de apresentar documentos e provas nos presentes autos, pois, se assim fosse, todos os processos administrativos e judiciários, relativos a um mesmo contribuinte, não precisariam sequer ser instruídos, bastando que um subsidiasse os demais, mesmo que se tratasse de empresas diferentes, como ocorre no presente caso. Quanto ao suposto erro material incorrido quando da inscrição no REFIS, nada há nos autos que possa subsidiar tal alegação; ademais, como bem destacado na decisão recorrida, a apreciação da matéria compete, na essência, ao Comitê Gestor do REFIS, que já se manifestou, ao tempo dos fatos, pela improcedência do pedido. Repitase: não há, neste processo, qualquer prova apresentada pela contribuinte e tal circunstância não se relaciona com o extravio ocorrido, até porque foilhe dada a oportunidade, por diversas vezes, de apresentar documentos que subsidiassem suas alegações. Quanto ao argumento de que não houve clareza e certeza na identificação dos fatos que deram origem ao presente lançamento, porque houve encerramento parcial das verificações preliminares, é pacífico, no âmbito deste Conselho, o entendimento de que tais procedimentos são legítimos e dotados de eficácia jurídica. Por fim, quanto à alegação de ocorrência de prescrição intercorrente, o tema encontrase sumulado na esfera administrativa, conforme segue: Súmula CARF nº 11: Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal. Diante do exposto, CONHEÇO do Recurso e, no mérito, NEGOLHE provimento. É como voto. Fl. 214DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO Processo nº 15374.000573/200917 Acórdão n.º 1201001.015 S1C2T1 Fl. 12 11 (documento assinado digitalmente) Roberto Caparroz de Almeida Relator Fl. 215DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/10/2014 por GILDA ALEIXO DOS SANTOS, Assinado digitalmente em 09/10/2 014 por ROBERTO CAPARROZ DE ALMEIDA, Assinado digitalmente em 30/10/2014 por MARCELO CUBA NETTO
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Numero do processo: 10510.904226/2009-21
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Aug 21 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Oct 29 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 15/03/2004
COMPENSAÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO RECONHECIDO ATRAVÉS DE DILIGÊNCIA .
Realizada diligência em que se demonstrou haver crédito suficiente para quitação de débitos indicados em compensação, deve ser dado provimento ao Recurso Voluntário.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 3801-004.235
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário. Os Conselheiros Flávio de Castro Pontes e Marcos Antônio Borges votaram pelas conclusões.
(assinado digitalmente)
Flávio de Castro Pontes - Presidente.
(assinado digitalmente)
Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel- Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Maria Ines Caldeira Pereira da Silva Murgel, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira e Flávio de Castro Pontes.
Nome do relator: MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 15/03/2004 COMPENSAÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO RECONHECIDO ATRAVÉS DE DILIGÊNCIA . Realizada diligência em que se demonstrou haver crédito suficiente para quitação de débitos indicados em compensação, deve ser dado provimento ao Recurso Voluntário. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário. Os Conselheiros Flávio de Castro Pontes e Marcos Antônio Borges votaram pelas conclusões. (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes Presidente. (assinado digitalmente) Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel Relatora. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 51 0. 90 42 26 /2 00 9- 21 Fl. 86DF CARF MF Impresso em 29/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 22/10/2014 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 27 /10/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Maria Ines Caldeira Pereira da Silva Murgel, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira e Flávio de Castro Pontes. Relatório Por bem descrever os fatos, adoto o relatório da DRJ em Salvador (BA), abaixo transcrito: A interessada transmitiu em 27/03/2008 o PERDCOMP eletrônico 39777.60521.270308.1.3.041372 visando utilizar R$17.223,74 do DARF do tributo de código de receita 5856, período de apuração relativo a fevereiro/2004, no valor total de R$30.702,28, na compensação de débito declarado. A DRF/Aracaju emitiu Despacho Decisório eletrônico (fl.05) não homologando a compensação pleiteada, sob o argumento de que o pagamento fora integralmente utilizado na quitação de débito da contribuinte, não restando assim crédito disponível para a compensação. Irresignada, a contribuinte apresenta Manifestação de Inconformidade (fls.08/09) alegando que o débito correto do tributo recolhido indevidamente era de R$12.555,05, este que foi objeto da DCTF retifícadora, conforme recibo de entrega n° l 4.24.17.76.6000. E, assim, considerandose o recolhimento efetuado no vencimento, há um crédito no valor de R$18.147,23, utilizado parcialmente noPER/DCOMP ora em litígio, devendose homologar a compensação declarada.” Analisando o litígio, a DRJSalvador/ BA entendeu por bem indeferir a Manifestação de Inconformidade e não homologar a compensação declarada (fls. 22), conforme ementa abaixo transcrita: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 15/03/2004 DCTF RETIFICADORA POSTERIOR AO DESPACHO DECISÓRIO. NÃO ADMISSÃO. Não cabe reparo a despacho decisório que não homologou a compensação declarada pelo contribuinte por inexistência de direito creditório, tendo em vista que o recolhimento alegado como origem do crédito estava integralmente alocado para a quitação de débito confessado. COMPENSAÇÃO. Fl. 87DF CARF MF Impresso em 29/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 22/10/2014 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 27 /10/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10510.904226/200921 Acórdão n.º 3801004.235 S3TE01 Fl. 12 3 Deixase de homologar a compensação quando não comprovado o crédito objeto do PER/DCOMP. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido. Às fls. 34 a 47 consta recurso voluntário apresentado tempestivamente, no qual a empresa traz as seguintes alegações, em síntese: • Decadência do direito do fisco de cobrar os débitos objeto do pedido de compensação; • O erro de preenchimento da DCTF, que foi posteriormente retificada, não pode ensejar na ausência de reconhecimento do pagamento indevido ou maior realizado pelo contribuinte;. Em julgamento realizado por este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, após ter sido indeferido o pedido de diligência, bem como ter sido afastado o reconhecimento da decadência alegada pelo contribuinte, foi determinada a realização de diligência, para que, basicamente, fosse apurado se “os valores dos créditos indicados pelo Recorrente em sua compensação não foram utilizados para o pagamento de outros tributos”; tendo em vista as retificações das declarações realizadas pelo próprio contribuinte. Realizada a diligência, os autos retornaram a este Conselho para julgamento. É o relatório. Voto Conselheira Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Relatora. Os requisitos para admissibilidade e julgamento do voluntário já foram analisados quando da seção de julgamento que determinou a realização de diligência como relatado acima. Portanto, dele conheço. Em cumprimento à determinação deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, a DRJ de Aracaju realizou diligência, analisando as declarações e comprovantes de pagamentos dos tributos realizados pelo Recorrente, chegando à seguinte conclusão: Do exposto, considerando a retificação promovida pelo contribuinte em DIPJ, resultando na apuração do PIS do mês 12/2003 no valor de R$ 2.137,38, bem como a existência de outro pagamento de PIS no valor total de R$ 1.000,92, verificase, que, segundo as informações constantes dos Sistemas da RFB, o valor do crédito indicado pelo contribuinte relativo ao pagamento de PIS do mês 12/2003, no valor total de R$ 16.004,09, foi utilizado para extinção de parcela do novo débito de PIS apurado para o período, e na Declaração de Compensação nº 40207.10022.270308.1.3.040497, sendo tal valor suficiente para extinção do débito compensado, de acordo com o demonstrativo anexo às fls. 77/79. Fl. 88DF CARF MF Impresso em 29/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 22/10/2014 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 27 /10/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES 4 Assim, não há que se alongar no presente julgamento. A própria Delegacia da Receita Federal do Brasil reconheceu que os créditos do Recorrente, constituídos após as retificações das declarações por ele realizadas, são suficientes para a extinção do débito indicado no pedido de compensação. Por tudo, conheço do Recurso Voluntário e a ele dou provimento, para reformar o acórdão recorrido, declarando como homologada a compensação realizada pelo Recorrente. (assinado digitalmente) Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel Relator Fl. 89DF CARF MF Impresso em 29/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/10/2014 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 22/10/2014 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 27 /10/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
score : 1.0
Numero do processo: 10166.908049/2009-10
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jun 27 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Oct 30 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Exercício: 2005
ERRO FORMAL - PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL - PREVALÊNCIA.
Embora a DCTF seja o documento válido para constituir o crédito tributário, se o contribuinte demonstra que as informações nela constantes estão erradas, pois foram por ele prestadas equivocadamente, deve ser observado o princípio da verdade material, afastando quaisquer atos da autoridade fiscal que tenham se baseado em informações equivocadas.
Recurso parcialmente provido.
Numero da decisão: 3302-002.209
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 3ª câmara / 2ª turma ordinária da terceira seção de julgamento, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora.
(assinado digitalmente)
WALBER JOSÉ DA SILVA
Presidente
(assinado digitalmente)
FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS
Relatora
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Gileno Gurjão Barreto e Jonathan Barros Vita.
Nome do relator: Relator
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Embora a DCTF seja o documento válido para constituir o crédito tributário, se o contribuinte demonstra que as informações nela constantes estão erradas, pois foram por ele prestadas equivocadamente, deve ser observado o princípio da verdade material, afastando quaisquer atos da autoridade fiscal que tenham se baseado em informações equivocadas. Recurso parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª câmara / 2ª turma ordinária da terceira seção de julgamento, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA Presidente (assinado digitalmente) FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Relatora AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 90 80 49 /2 00 9- 10 Fl. 59DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 16/0 9/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS 2 Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Gileno Gurjão Barreto e Jonathan Barros Vita. Relatório Trata se de compensação de crédito decorrente de pagamento a maior de Cofins em virtude de apuração equivocada por parte da contribuinte. Ocorre que a contribuinte, constatado o erro de apuração, procedeu à retificação da DIPJ, mas não retificou as respectivas DCTF’s. O despacho decisório foi pelo indeferimento da compensação em vista do crédito ter sido considerado inexistente. Após o Despacho Decisório a contribuinte retificou as DCTF’s e recorreu do indeferimento da compensação promovida. Com detalhes segue o relato da decisão de primeira instância administrativa que reproduzo, verbis: “Tratase de Declaração de Compensação – Dcomp n21531.98387.131108.1.7.040033, transmitida eletronicamente em 13/11/2006, com base em suposto crédito de Cofins oriundo de pagamento indevido ou a maior. A DRF de origem emitiu Despacho Decisório Eletrônico pela não homologação da compensação, fundamentando na inexistência de crédito. Cientificada desse Despacho, a interessada apresentou sua manifestação de inconformidade alegando em síntese, que de janeiro de 2004 a fevereiro de 2006, foram pagos Pis e Cofins sobre toda a receita de venda de mercadorias, sem a devida exclusão da base de calculo dos produtos monofásicos. Esclarece que a atividade da empresa é bar e restaurante, com grande volume de venda de chopp, cervejas e refrigerantes, tendo sido pago Cofins a maior, haja vista a não observância do tratamento tributário adequado. Informada do erro na apuração dos impostos, apresentou Declaração de Informações Econômicofiscais da Pessoa JurídicaDIPJ retificadora do período, corrigindo as informações referentes ao Pis e Cofins, passando a compensar os valores pagos a maior na quitação do Pis e Cofins dos meses seguintes a partir de março/2006, por meio de PER/DCOMP. Inteirada do referido Despacho Decisório, procurou o plantão fiscal da Receita Federal, com todos os documentos a respeito do assunto, sendo informada da necessidade de apresentar DCTF retificadoras. Desta forma, com a apresentação das DCTF retificadoras, solicita a baixa dos débitos referentes aos Despachos Decisórios, estaremos a disposição para a apresentação de outros documentos.” Fl. 60DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 16/0 9/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Processo nº 10166.908049/200910 Acórdão n.º 3302002.209 S3C3T2 Fl. 11 3 Após analisar as razões da Recorrente a 4 ª Turma da Delegacia de Julgamento de Brasília DRJ/BSB – proferiu o acórdão n° 0347.825, o qual restou da seguinte forma ementado, verbis: “ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Ano calendário: 2005 APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS FEDERAIS DCTF RETIFICADORA. PROVA INSUFICIENTE PARA COMPROVAR EXISTÊNCIA DE CRÉDITO DECORRENTE DE PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. Para se comprovar a existência de crédito decorrente de pagamento a maior, comparativamente com o valor do débito devido a menor, é imprescindível que seja demonstrado na escrituração contábilfiscal, baseada em documentos hábeis e idôneos, a diminuição do valor do débito correspondente a cada período de apuração. A simples entrega de DCTF retificadora, por si só, não tem o condão de comprovar a existência de pagamento indevido ou a maior. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO. A compensação de créditos tributários (débitos do contribuinte) só pode ser efetuada com crédito líquido e certo do sujeito passivo, sendo que a compensação somente pode ser autorizada nas condições e sob as garantias estipuladas em lei; no caso, o crédito pleiteado é inexistente.” Em resumo, as autoridades administrativas de primeira instância entenderam que a Recorrente apenas retificou sua DCTF, sem contudo comprovar a existência de seu direito, razão pela qual indeferiram a compensação pleiteada. A Recorrente foi intimada em 28/05/2012 (AR – fls. 25) e, irresignada, interpôs Recurso Voluntário em 28/06/2012, reiterando as razões de impugnação e rogando pela aplicação do princípio da verdade material. É o relatório. Fl. 61DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 16/0 9/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS 4 Voto CONSELHEIRA FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS O recurso atende aos pressupostos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço. Da análise dos autos verificase que a DIPJ e a DCTF indicam a existência de saldo credor de contribuições de Pis e Cofins. Informa a Recorrente não ter realizado, à época devida, a exclusão das respectivas bases de cálculo dos valores referentes aos produtos monofásicos. Vale notar que em momento algum do processo a autoridade fiscal questionou as informações da Recorrente. A abordagem da DRJ foi estritamente no sentido de que a simples retificação de DCTF não seria suficiente para a constituição do crédito tributário. Ou seja, não questionou o fato de a Recorrente deduzir da base de cálculo os valores referentes aos produtos monofásicos. Pois bem, muito embora tenha razão a DRJ ao afirmar que a simples retificação de DCTF e DIPJ não é suficiente para comprovar a existência do crédito tributário, fato é que se o contribuinte comprova que há um erro na DCTF e procede à retificação das informações, constitui outro valor como devido, o que não pode ser desconsiderado. Vale dizer, o processo administrativo tributário, regido pelo princípio da verdade material, não permite análise rasas de documentos, tampouco a prevalência de declarações equivocadas, uma vez que se constate que os fatos se deram de forma distinta daquilo que foi declarado. Assim, mero erro formal do contribuinte, consubstanciando erro nas informações prestadas em declarações obrigatórias não prevalece, quando comprovada a verdade dos fatos. A jurisprudência deste Tribunal corrobora este entendimento, tendo cancelado diversos lançamentos quando comprovada a ocorrência de mero erro formal, por equivoco do contribuinte na prestação de informações em suas declarações. Destaco: “AUDITORIA DE DCTF. ERRO DE FATO. COMPROVAÇÃO. No caso de lançamento decorrente de auditoria interna de DCTF, estando demonstrado nos autos que o valor recolhido pelo sujeito passivo a título de IRPJ corresponde ao informado na DIPJ, é de se admitir como incorreto o valor divergente informado pelo contribuinte na DCTF.(...)” (CARF 1ª Seção, 2ª Turma da 4ª Câmara, Acórdão 140200.189) “(...) AUTO DE INFRAÇÃO. EXIGÊNCIA EM DUPLICIDADE. FORMALIDADE PRINCÍPIOS DA VERDADE MATERIAL E DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA. CANCELAMENTO. De se cancelar a exigência fundada em erro formal cometido pelo sujeito passivo, que, embora não corrigido mediante a entrega de DCTF retificadora antes do inicio do procedimento fiscal, teve sua comprovação demonstrada nos autos de maneira a evidenciar a duplicidade de lançamento. Prestígio dos princípios da verdade material e da moralidade administrativa em detrimento de formalidade dispensável diante das Fl. 62DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 16/0 9/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Processo nº 10166.908049/200910 Acórdão n.º 3302002.209 S3C3T2 Fl. 12 5 circunstâncias.(...)” (CARF 3ª Seção, 1ª Turma da 4ª Câmara, Acórdão 340100.891) “(...) AUTO DE INFRAÇÃO. EXIGÊNCIA EM DUPLICIDADE. FORMALIDADE PRINCÍPIOS DA VERDADE MATERIAL E DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA. CANCELAMENTO. De se cancelar a exigência fundada em erro formal cometido pelo sujeito passivo, que, embora não corrigido mediante a entrega de DCTF retificadora antes do inicio do procedimento fiscal, teve sua comprovação demonstrada nos autos de maneira a evidenciar a duplicidade de lançamento. Prestígio dos princípios da verdade material e da moralidade administrativa em detrimento de formalidade dispensável diante das circunstâncias. (...)” (CARF – 3ª Seção – 1ª Turma da 4ª Câmara, Acórdão 340100.891) “(...) IRPJ ERRO NO PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO Uma vez demonstrado o erro no preenchimento da declaração, deve a verdade material prevalecer sobre a formal, e exigido o valor efetivamente devido conforme o lucro real. Recurso provido.” (1º Conselho de Contribuintes, 8ª Câmara, Acórdão 10808.689) “(...) VALOR DA TERRA NUA. DITR ERRO NO PREENCHIMENTO Constatado erro no preenchimento da DITR, a autoridade administrativa deve rever o lançamento, para adequálo aos elementos fáticos reais. Havendo erro no Valor da Terra Nua declarado e inexistindo nos autos elementos que permitam a manutenção da base de cálculo do tributo, adotase o valor fixado na IN pertinente. Embargos de declaração da Fazenda Nacional acolhidos.Recurso especial da Fazenda Nacional negado.” (CSRF, 3ª Turma, Acórdão CSRF/0304.471) As decisões acima apresentadas fundamentamse no princípio da verdade material, que impede que o formalismo se sobreponha à matéria e à verdade dos fatos. O processo administrativo fiscal tem por fim a busca da verdade material justamente por permitir, nesta instância, a análise irrestrita e profunda dos fatos, visando justamente estabelecer como se deram de modo que a tributação não ultrapasse seus limites. Em observância a tais princípios, uma vez constatado que houve erro nas informações prestadas pelo contribuinte, de se considerar a verdade dos fatos, ainda que elas sejam diversas das informações em que se baseou o Fisco na execução de seus atos – seja na lavratura de um auto de infração, ou, como no presente caso, na não homologação de uma compensação. Ressaltando, contudo, que esta decisão não significa a homologação da compensação pleiteada, uma vez que o crédito tem de ser avaliado pela autoridade administrativa competente. A questão é que não há impedimento legal para que a retificação seja realizada posteriormente, sendo permitido o procedimento adotado pela Recorrente. Fl. 63DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 16/0 9/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS 6 Ante o exposto, conheço do presente para DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário da Recorrente, para reconhecer o direito ao procedimento de compensação, ficando ressalvado à fiscalização a apuração do crédito tributário pleiteado. É como voto, 27 de junho de 2013. (assinado digitalmente) FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Fl. 64DF CARF MF Impresso em 30/10/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 16/0 9/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 15/09/2014 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS
score : 1.0
Numero do processo: 11065.100826/2009-86
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Aug 21 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Tue Nov 18 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Exercício: 2009
DACON. MULTA POR ATRASO.
A apresentação do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon) a destempo enseja o lançamento da penalidade pelo atraso na sua entrega.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3801-004.266
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por voto de qualidade, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. Vencidos os Conselheiros Sidney Eduardo Stahl (Relator), Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira e Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel. Designado para elaborar o voto vencedor o Conselheiro Marcos Antonio Borges..
(assinado digitalmente)
Flávio De Castro Pontes - Presidente.
(assinado digitalmente)
Sidney Eduardo Stahl - Relator.
(assinado digitalmente)
Marcos Antonio Borges - Redator designado
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio de Castro Pontes (Presidente).
Nome do relator: SIDNEY EDUARDO STAHL
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MULTA POR ATRASO. A apresentação do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon) a destempo enseja o lançamento da penalidade pelo atraso na sua entrega. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por voto de qualidade, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. Vencidos os Conselheiros Sidney Eduardo Stahl (Relator), Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira e Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel. Designado para elaborar o voto vencedor o Conselheiro Marcos Antonio Borges.. (assinado digitalmente) Flávio De Castro Pontes Presidente. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl Relator. (assinado digitalmente) Marcos Antonio Borges Redator designado AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 06 5. 10 08 26 /2 00 9- 86 Fl. 102DF CARF MF Impresso em 18/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/10/201 4 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 11065.100826/200986 Acórdão n.º 3801004.266 S3TE01 Fl. 103 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Sérgio Celani, Sidney Eduardo Stahl, Marcos Antonio Borges, Paulo Antonio Caliendo Velloso da Silveira, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel e Flávio de Castro Pontes (Presidente). Fl. 103DF CARF MF Impresso em 18/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/10/201 4 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 11065.100826/200986 Acórdão n.º 3801004.266 S3TE01 Fl. 104 3 Relatório Versa o presente processo sobre lançamento tributário (auto de infração) consubstanciado na notificação de lançamento de multa por atraso na entrega do Dacon. A contribuinte apresentou impugnação alegando ser irrazoável a punição da contribuinte de forma quantitativamente igual à descumpridores da obrigação principal. Que não houve por dolo de sua parte, cabendo, no seu entendimento, ser aplicada a sanção no valor mínimo, especialmente porque o atraso ocorreu em virtude das constantes alterações nas orientações e sistemas do Fisco e da insegurança causada em contribuintes cumpridores das normas, como é o seu caso e por conta de intermitências no sistema. Apontou, ainda, argumentos acerca da inadequação da punição em relação ao prejuízo do fisco. A DRJ de Porto Alegre julgou improcedente a improcedente a impugnação com base na seguinte ementa: ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Anocalendário: 2009 DACON MULTA POR ATRASO A apresentação do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Dacon, após o prazo previsto pela legislação tributária, ainda que o contribuinte o faça espontaneamente, autoriza o lançamento da multa por atraso correspondente. DACON. ENTREGA FORA DO PRAZO. MULTA. CONGESTIONAMENTO. PROBLEMA TÉCNICO. INTERMITÊNCIA. EXCEÇÕES. PROVA. Eventual problema intermitente de congestionamento no sistema ocorrido no último dia de entrega de declaração resolvese com sucessivas tentativas de transmissão, pois quando há indisponibilidade permanente no sistema de recepção, a própria Administração reconhece tal fato. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido. Apresenta a Recorrente o presente recurso voluntário reprisando as alegações da impugnação. É o que importa relatar. Fl. 104DF CARF MF Impresso em 18/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/10/201 4 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 11065.100826/200986 Acórdão n.º 3801004.266 S3TE01 Fl. 105 4 Voto Vencido Conselheiro Sidney Eduardo Stahl, relator O recurso é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade, portanto dele tomo conhecimento. A multa pelo atraso na entrega do Dacon estava positivada no art. 7º da Lei n.º 10.426/2002, in verbis: Art. 7º. sujeito passivo que deixar de apresentar Declaração de Informações Econômico Fiscais da Pessoa Jurídica D1PJ, Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais DCTF, Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica, Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte DIRE e Demonstrativo de Apuração de contribuições Sociais Dacon, nos prazos fixados, ou que as apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar declaração original, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela Secretaria da Receita Federal SRF, e sujeitarseá às seguintes multas: (Redação dada pela Lei 11.051, de 2004) (...) III de 2% (dois por cento) ao mês calendário ou fração, incidente sobre o montante da Cofins, ou, na sua falta, da contribuição para o PIS/Pasep, informado no Dacon ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega desta Declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3 deste artigo; e (Redação dada pela Lei no 11.051, de 2004) (...) § 1º Para efeito de aplicação das multas previstas nos incisos I, II e III do caput deste artigo, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do auto de infração. (Redação dada pela Lei n°11.051, de 2004) § 2º Observado o disposto no § 3º, as multas serão reduzidas: I – à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de oficio; II – a setenta e cinco por cento, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. § 3º A multa mínima a ser aplicada será de: Fl. 105DF CARF MF Impresso em 18/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/10/201 4 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 11065.100826/200986 Acórdão n.º 3801004.266 S3TE01 Fl. 106 5 I R$ 200,00 (duzentos reais), tratandose de pessoa física, pessoa jurídica inativa e pessoa jurídica optante pelo regime de tributação previsto na Lei n.º 9.317, de 1996; II R$500,00 ( quinhentos reais), nos demais casos. ...” (grifei) A própria Recorrente afirma na impugnação e no recurso que entregou as DACON’s em datas diversas da estipulada pela legislação vigente na época. Entretanto, a Receita Federal do Brasil, por meio de Instrução Normativa n.º 1.441/2014, publicada no DOU de 21.1.2014, extinguiu o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (DACON). Extinta a DACON extinguemse igualmente as suas penalidades. Nos termos do art. 106 do CTN a legislação deve ser aplicada a ato ou fato pretérito quando o processo não tenha se encerrado e quando a conduta deixe de ser considerada infracional, não implique em falta de pagamento do tributo e não decorra de ato fraudulento, expressandose do seguinte modo: Art. 106. A lei aplicase a ato ou fato pretérito: (...) II tratandose de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de definilo como infração; b) quando deixe de tratálo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Entendo que é o que ocorreu no presente processo. Sobre esse tema cito a lição de Luciano Amaro, assim expressa (Direito Tributário, 12ª Ed., 2006, Ed. Saraiva, fls. 202/203): Já em matéria de sanção as infrações tributárias (recordese que sanção de ato ilícito não se confunde com tributo, nem é compreendida no conceito deste), o Código Tributário Nacional, inspirado no direito penal, manda aplicar retroativamente a lei nova, quando mais favorável ao acusado do que a lei vigente à época da ocorrência do fato. Prevalece, pois, a lei mais branda (lex mitior). Diz o Código Tributário Nacional que a lei se aplica a ato ou fato pretérito, "tratandose de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de definilo como infração; b) quando deixe de tratálo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática" (art. 106,II). Fl. 106DF CARF MF Impresso em 18/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/10/201 4 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 11065.100826/200986 Acórdão n.º 3801004.266 S3TE01 Fl. 107 6 Nas alíneas a e c temos a clara aplicação da retroatividade benigna: se a lei nova não mais pune certo ato, que deixou de ser considerado infração (OU se o sanciona com penalidade mais branda), ela retroage em benefício do acusado, eximindoo de pena (ou sujeitandoo a penalidade menos severa que tenha criado). É óbvio que, se a lei nova agravar a punição, ela não retroage. (destaquei). Portanto, em matéria de penalidade pelo descumprimento da legislação tributária a regra é a retroatividade da lei mais benigna. No caso em questão, considerando que a Lei não manteve a penalidade pelo atraso na entrega da DACON tenho que é premente a aplicação do disposto no art. 106 do CTN e o cancelamento do lançamento. Nesse sentido, julgo procedente o presente recurso voluntário. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl Relator Fl. 107DF CARF MF Impresso em 18/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/10/201 4 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 11065.100826/200986 Acórdão n.º 3801004.266 S3TE01 Fl. 108 7 Voto Vencedor Conselheiro Marcos Antonio Borges, Em que pese o entendimento do relator, ouso dele discordar. Muito embora a Instrução Normativa RFB Nº 1441, de 20 de janeiro de 2014 tenha extinto o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon), os lançamentos efetuados para cobrança da multa pela sua apresentação a destempo constituem atos perfeitos segundo a norma vigente à data em que foram elaborados. A IN RFB 1.441/2014 extingue apenas o DACON relativo aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014 e ressalva que a apresentação de Dacon, original ou retificador, relativo a fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2013, deverá ser efetuada com a utilização das versões anteriores do programa gerador, ou seja, ela não isenta a apresentação da DACON para períodos anteriores, como é o caso, mantendose a penalidade pelo atraso na sua entrega, não cabendo, assim, a alegada retroatividade da lei mais benigna prevista no art. 106 do CTN. Quanto as alegações de violação a princípios constitucionais é defeso a esse Conselho questionar a validade da norma legal devidamente inserida no ordenamento jurídico nacional e pontuo ainda que a alegação de inconstitucionalidade de lei é objeto da abaixo transcrita súmula n° 2 do CARF, de observância obrigatória por parte de seus membros, por força do disposto no art. 72, caput, do Anexo II do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF n° 256/2009: Súmula CARF nº 2 (D.O.U de 22/12/2009, Seção 1) O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária Nesse sentido, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Marcos Antonio Borges Fl. 108DF CARF MF Impresso em 18/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/10/2014 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 30/10/201 4 por MARCOS ANTONIO BORGES, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 17/11/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
score : 1.0
Numero do processo: 10880.020350/94-50
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 28 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Nov 10 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Período de apuração: 01/01/1992 a 31/03/1992
LANÇAMENTO PARA PREVENIR DECADÊNCIA. DEPÓSITO JUDICIAL. POSSIBILIDADE.
Embora o crédito tributário tenha sido depositado em juízo, em seu montante integral, não há vedação legal à sua constituição por meio de lançamento de ofício, com o objetivo de afastar a decadência. A realização do depósito do montante integral, entretanto, descaracteriza a ocorrência de mora, sendo, portanto, indevida a cobrança da multa e dos acréscimos moratórios.
Numero da decisão: 3201-001.531
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher parcialmente os embargos de declaração, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
JOEL MIYAZAKI- Presidente.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
DANIEL MARIZ GUDIÑO - Relator.
EDITADO EM: 16/03/2014
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Joel Miyazaki (presidente da turma), Luciano Lopes de Almeida Moraes (vice-presidente), Mércia Helena Trajano D'Amorim, Daniel Mariz Gudiño, Carlos Alberto Nascimento Pinto e Silva, e Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo.
Nome do relator: DANIEL MARIZ GUDINO
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ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Período de apuração: 01/01/1992 a 31/03/1992 LANÇAMENTO PARA PREVENIR DECADÊNCIA. DEPÓSITO JUDICIAL. POSSIBILIDADE. Embora o crédito tributário tenha sido depositado em juízo, em seu montante integral, não há vedação legal à sua constituição por meio de lançamento de ofício, com o objetivo de afastar a decadência. A realização do depósito do montante integral, entretanto, descaracteriza a ocorrência de mora, sendo, portanto, indevida a cobrança da multa e dos acréscimos moratórios.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher parcialmente os embargos de declaração, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (ASSINADO DIGITALMENTE) JOEL MIYAZAKI- Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE) DANIEL MARIZ GUDIÑO - Relator. EDITADO EM: 16/03/2014 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Joel Miyazaki (presidente da turma), Luciano Lopes de Almeida Moraes (vice-presidente), Mércia Helena Trajano D'Amorim, Daniel Mariz Gudiño, Carlos Alberto Nascimento Pinto e Silva, e Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo.
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Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/1992 a 31/03/1992 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EFEITOS MODIFICATIVOS. Verificada a omissão do acórdão embargado, o mesmo deve ser saneado. O saneamento da decisão, contudo, não gera efeitos modificativos necessariamente. ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Período de apuração: 01/01/1992 a 31/03/1992 LANÇAMENTO PARA PREVENIR DECADÊNCIA. DEPÓSITO JUDICIAL. POSSIBILIDADE. Embora o crédito tributário tenha sido depositado em juízo, em seu montante integral, não há vedação legal à sua constituição por meio de lançamento de ofício, com o objetivo de afastar a decadência. A realização do depósito do montante integral, entretanto, descaracteriza a ocorrência de mora, sendo, portanto, indevida a cobrança da multa e dos acréscimos moratórios. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e acolher parcialmente os embargos de declaração, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (ASSINADO DIGITALMENTE) JOEL MIYAZAKI Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 02 03 50 /9 4- 50 Fl. 323DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO 2 (ASSINADO DIGITALMENTE) DANIEL MARIZ GUDIÑO Relator. EDITADO EM: 16/03/2014 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Joel Miyazaki (presidente da turma), Luciano Lopes de Almeida Moraes (vicepresidente), Mércia Helena Trajano D'Amorim, Daniel Mariz Gudiño, Carlos Alberto Nascimento Pinto e Silva, e Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo. Relatório Tratase de embargos declaratórios opostos pela Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda., por entender que o Acórdão nº 320100.280, proferido por este colegiado, em 14 de agosto de 2009, contém omissão. O acórdão embargado ficou assim ementado: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições Período de apuração: 01/01/1992 a 31/03/1992 CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. AUTO DE INFRAÇÃO. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. O crédito tributário pode ser constituído em auto de infração ou em notificação de lançamento. 0 fato de têlo sido por meio de auto de infração em procedimento no qual não foi apurada infração à legislação tributária não implica a declaração de nulidade do ato. AÇÃO JUDICIAL. CONCOMITÂNCIA. INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA. RENÚNCIA. A existência de ação judicial proposta pelo contribuinte em face da Fazenda Nacional com o mesmo objeto do auto de infração implica renúncia à instância administrativa. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. LEGALIDADE. SÚMULA Nº 4 DO TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES. Nos termos da Súmula n° 04 do antigo Terceiro Conselho de Contribuintes, a partir de 1° de abril de 1995 é legítima a aplicação/utilização da taxa Selic no cálculo dos juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal. Recurso Voluntário Negado Fl. 324DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO Processo nº 10880.020350/9450 Acórdão n.º 3201001.531 S3C2T1 Fl. 324 3 Segundo a Embargante, a omissão do referido acórdão reside no fato de que o colegiado limitouse a se posicionar sobre qual seria o meio devido para o lançamento para a prevenção da decadência do crédito tributário, sem contudo se pronunciar sobre questão preliminar, qual seja, se haveria a necessidade de constituir o crédito tributário que já havia sido constituído pela própria Embargante. Ainda de acordo com a Embargante, ela própria teria constituído o crédito tributário ao efetuar os depósitos nos autos da Medida Cautelar Inominada nº 91.07.231334, fato este que retiraria a motivação da lavratura do auto de infração. Por essas razões, a Embargante pleiteia que o vício apontado no acórdão embargado seja sanado, e, conseqüentemente, este seja reformado para cancelar o auto de infração em questão. É o relatório. Voto Conselheiro Daniel Mariz Gudiño 1 Admissibilidade O cabimento dos embargos de declaração está previsto no art. 65 do Anexo II do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 2009, e alterações posteriores. Confirase: Art. 65. Cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. § 1° Os embargos de declaração poderão ser interpostos, mediante petição fundamentada dirigida ao presidente da Turma, no prazo de cinco dias contado da ciência do acórdão: [...] II pelo contribuinte, responsável ou preposto; [...] (Grifouse) Considerando os fatos relatados e a tempestividade do recurso, fazse imperioso reconhecer o cabimento dos presentes embargos à luz do dispositivo regimental em tela. 2 Omissão Analisando o acórdão embargado, percebese que apenas três aspectos foram analisados, a saber: o cabimento do lançamento do crédito tributário por meio de auto de infração; a impossibilidade de se discutir o mérito comum ao contencioso administrativo e Fl. 325DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO 4 judicial (concomitância); e a possibilidade da cobrança dos juros moratórios calculados com base na taxa Selic. Em seu recurso voluntário, no entanto, a Embargante suscita outro aspecto não enfrentado na decisão embargada, a saber: De fato, a lavratura do auto de infração só se justifica quando há necessidade de aplicação de penalidades às infrações cometidas pelo contribuinte. Inexistindo tais infrações, tem o Fisco outro instrumento para garantir a constituição do crédito, qual seja, de notificação de lançamento prevista nos artigos 9º e 11 do Decreto nº 70.235/72, isto é, se o próprio contribuinte não houver constituído o crédito tributário. Pois bem, no presente caso, utilizouse o Fisco de instrumento inadeqUado para constituir o crédito, uma vez que a Recorrente efetuou o depósito integral do crédito tributário de FINSOCIAL, nos autos da mencionada Medida Cautelar, garantido assim, o débito em juízo e, por conseqüência, constituindose o verdadeiro lançamento por homologação. Assim, não há que se falar em notificação de lançamento, tampouco em lançamento de ofício, já que a matéria se encontra sub judice e o crédito tributário com a exigibilidade suspensa pelo depósito judicial. Verificase, portanto, a nulidade e a desnecessidade do presente lançamento, em razão do "pagamento antecipado" (depósito judicial) efetuado pela Recorrente. Com efeito, neste particular, devem ser acolhidos os presentes embargos. 3 Saneamento do acórdão embargado A despeito da jurisprudência e da doutrina colacionadas pela Embargante em seu recurso voluntário, é fato incontroverso que o depósito judicial suspende a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 151, inc. II, do Código Tributário Nacional.1 Disso resultam duas ponderações fundamentais: a primeira é que o depósito judicial não é um auto lançamento especial, como afirma a Embargante; e a segunda é que a suspensão da exigibilidade do crédito tributário pressupõe que o mesmo já esteja constituído, embora não definitivamente. Convém ressaltar que, de acordo com o art. 142 do Código Tributário Nacional, o crédito tributário é materializado pela atividade do lançamento, que é privativa da Administração Tributária.2 Mesmo nos casos de lançamento por homologação constante do art. 1 Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I moratória; II o depósito do seu montante integral; III as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 2 Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação Fl. 326DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO Processo nº 10880.020350/9450 Acórdão n.º 3201001.531 S3C2T1 Fl. 325 5 150 do CTN, o crédito tributário é constituído por quem homologa, expressa ou tacitamente, ou seja, a Administração Tributária.3 Registrese, por oportuno, que a previsão contida no art. 63 da Lei nº 9.430, de 1996, não criou a figura do lançamento para prevenir decadência; ao contrário, passou a prever o benefício do afastamento da multa de ofício quando o lançamento fosse realizado para constituir crédito tributário com exigibilidade suspensa por força de liminar ou antecipação de tutela.4 Importante que se diga que o referido dispositivo não contempla o depósito judicial como causa de suspensão de exigibilidade do crédito tributário, o que, a rigor, autorizaria à Administração Tributária efetuar o lançamento para prevenir a decadência incluindo a multa de ofício. Contudo, dado o absurdo que seria exigir a penalidade quando o sujeito passivo estava previamente amparado por hipótese de suspensão de exigibilidade do crédito tributário, a jurisprudência administrativa ampliou a abrangência do art. 63 da Lei nº 9.430, de 1996. É o que se depreende das ementas abaixo transcritas: DEPÓSITO JUDICIAL. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE. LANÇAMENTO DE OFÍCIO PARA PREVENIR A DECADÊNCIA. A prévia confissão do crédito tributário via DCTF, indicando depósitos judiciais efetuados,não impede o lançamento, que é atividade privativa da autoridade administrativa (art. 142 do CTN), não havendo vício no lançamento se este não ocasiona ônus adicional ao sujeito passivo, sendo constituído sem acréscimo da multa de oficio e com a finalidade de tão somente prevenir a decadência. Precedente do CSRF. (Acórdão nº 3202000.899, Rel. Cons. Thiago Moura de Albuquerque Alves, Sessão de 24/09/2013) ......................................................................................................... LANÇAMENTO PARA PREVENIR A DECADÊNCIA. O lançamento de tributos objeto de depósito de seu montante integral, apesar de desnecessário, não é inválido. Precedentes do STJ. correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 3 Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. [...] § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 4 Art. 63. Na constituição de crédito tributário destinada a prevenir a decadência, relativo a tributo de competência da União, cuja exigibilidade houver sido suspensa na forma dos incisos IV e V do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não caberá lançamento de multa de ofício. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.15835, de 2001) Fl. 327DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO 6 (Acórdão nº 1201000.776, Rel. Cons. Marcelo Cuba Netto, Sessão de 05/03/2013) ......................................................................................................... AÇÃO JUDICIAL. LANÇAMENTO DE OFÍCIO PARA PREVENIR A DECADÊNCIA. INAPLICABILIDADE DE MULTA E JUROS. Embora o crédito tributário tenha sido depositado em juízo, em seu montante integral, não há vedação legal à sua constituição por meio de lançamento de ofício, com o objetivo de afastar a decadência. A realização do depósito do montante integral, entretanto, descaracteriza a ocorrência de mora, sendo, portanto, indevida a cobrança da multa e dos acréscimos moratórios. (Acórdão nº 2403001.794, Rel. Cons. Carolina Wanderley Landim, Sessão de 22/01/2013) Vêse, pois, que a pretensão recursal não está em linha com a legislação vigente e a jurisprudência atual. 4 Conclusão Diante do exposto, os embargos de declaração devem ser conhecidos pela alegada omissão do acórdão embargado, porém, providos apenas em parte, ou seja, para sanar a omissão verificada sem lhe emprestar os efeitos modificativos pleiteados. (ASSINADO DIGITALMENTE) Daniel Mariz Gudiño Relator Fl. 328DF CARF MF Impresso em 10/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO, Assinado digitalmente em 07/11/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 05/11/2014 por DANIEL MARIZ GUDINO
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