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Numero do processo: 10183.002146/2010-22
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 14 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Apr 10 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2009
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. AÇÃO JUDICIAL. CONCOMITÂNCIA.
Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial (Súmula CARF nº 1).
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 2402-005.681
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso.
(assinado digitalmente)
Mario Pereira de Pinho Filho Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
Túlio Teotônio de Melo Pereira - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Ronnie Soares Anderson, Mario Pereira de Pinho Filho, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Jamed Abdul Nasser Feitoza, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
Nome do relator: TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA
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PROCESSO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL. CONCOMITÂNCIA. Recorrente GILSA MARIA PAREDES BARBOSA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2009 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. AÇÃO JUDICIAL. CONCOMITÂNCIA. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial (Súmula CARF nº 1). Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 18 3. 00 21 46 /2 01 0- 22 Fl. 133DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso. (assinado digitalmente) Mario Pereira de Pinho Filho – Presidente em exercício (assinado digitalmente) Túlio Teotônio de Melo Pereira Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Ronnie Soares Anderson, Mario Pereira de Pinho Filho, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Jamed Abdul Nasser Feitoza, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild. Fl. 134DF CARF MF Processo nº 10183.002146/201022 Acórdão n.º 2402005.681 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Tratase, na origem, de notificação de lançamento no 2009/774583499512720 (fls. 9/13) para a exigência de crédito tributário consolidado em 03/2010, no valor de R$ 3.407,39. O lançamento originouse da omissão de rendimentos recebidos de pessoa jurídica. Cientificada do lançamento, a contribuinte apresentou impugnação alegando que é aposentada por invalidez, fazendo jus a isenção de imposto de renda. A impugnação foi julgada improcedente pela DRJ Campo Grande em acórdão (fls. 63/67) cuja ementa foi assim redigida: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2009 ISENÇÃO MOLÉSTIA GRAVE. SERVIÇO MÉDICO OFICIAL Somente são isentos os rendimentos de aposentadoria quando a doença houver sido reconhecida mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios e essa doença deve estar relacionada como grave para fins de isenção do imposto de renda, segundo a legislação tributária. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Cientificada da decisão em 16/12/2011 (fl. 73), a contribuinte apresentou manifestação (fls. 76/77), postada em 03/01/2012, aduzindo erro grave no julgamento e que: 1. seu problema de saúde foi caracterizado como acidente de trabalho, retroagindo a data da CAT para 18/08/2003 e que foi aposentada por invalidez depois da aprovação da CAT; 2. foi aposentada em 01/06/2006 e, em 25/09/2009, foi deferido o pedido de isenção do imposto de renda a contar de 01/06/2006. Entende ter direito às restituições. Juntou documentos (fls. 78/91). Em 31/05/2012, o órgão de origem noticiou que a contribuinte havia ajuizado ação de repetição de indébito (processo no 465157.2012.4.01.3600, 6.ª Vara do Juizado Especial Federal do Mato Grosso) requerendo a restituição do imposto de renda dos exercícios 2007, 2008 e 2009, sob argumento de ser isenta por ser portadora de moléstia profissional grave. O julgamento foi convertido em diligência (fls. 99/102) para o órgão de origem juntar as peças do processo judicial. Em resposta (fl. 127), o órgão de origem informa a juntada da petição inicial (fls. 107/124). Fl. 135DF CARF MF 4 A contribuinte foi intimada do resultado da diligência em 26/03/2015 (fl. 129), não havendo apresentado qualquer manifestação adicional. É o relatório. Fl. 136DF CARF MF Processo nº 10183.002146/201022 Acórdão n.º 2402005.681 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheiro Túlio Teotônio de Melo Pereira Relator Em razão do princípio da informalismo, recebese a manifestação da contribuinte (fls. 76/77) como recurso voluntário. Tendo sido apresentado no trintídio assinalado pela lei, temse que o recurso é tempestivo, pelo que deve ser conhecido. Dos documentos trazidos aos autos (fls. 107/124), constatase que a contribuinte ajuizou, perante a 6.ª Vara do Juizado Especial Federal do Mato Grosso, em 27/03/2012, ação anulatória de débito fiscal e restituição de imposto de renda, autuada sob no 465157.2012.4.01.3600, requerendo a restituição do imposto de renda dos exercícios 2007, 2008 e 2009, sob argumento de ser isenta por ser portadora de moléstia profissional grave. Dos fatos apontados na petição inicial, destacamse: "A autora após anos sofrendo de vários males por esforço repetitivo e lesões sofridas pelo mesmo motivo, e passar por diversas perícias, obteve através do Decreto "P" n° 1635/2006 de 31 de maio de 2006, publicado em Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul do dia 01/06/2006 (doe. anexo) a sua Aposentadoria por Invalidez." Ocorre, contudo, Excelência, que mesmo contando com o beneficio da isenção do Imposto de Renda os descontos deste imposto continuaram a serem deduzidos de seus benefícios, a autora que desconhecia ser portadora de tal beneficio só dera conta do mal que lhe estava sendo causado através da Ilegalidade de tal cobrança no ano de 2009." (...) "...lhe causou tremenda estranheza as notificações de lançamento que recebeu da Receita Federal de no 2007/601450918854118, 2008/774583414079015 e 2009/774583499512720, cobrando imposto de renda devido e acrescido de juros e multa." (...) "Excelência, o que a autora busca é apenas a restituição dos impostos cobrados indevidamente por parte de Receita Federal, direito este garantido por lei que corresponde a R$ 1.176,14 mil cento e setenta e seis reais e quatorze centavos (exercício 2007), R$ 3.951,67 Três mil, novecentos cinqüenta e um reais e sessenta e sete centavos (exercício 2008) e R$ 4.917,06 Quatro mil novecentos e dezessete reais e seis centavos (exercício 2009) conforme copias anexas das declarações de imposto de renda, o que totaliza a restituir R$ 10.044,87 Dez mil, quarenta e quatro reais e oitenta e sete centavos." Ainda do exame da petição inicial da referida ação, extraemse os seguintes pedidos: Fl. 137DF CARF MF 6 "I) a concessão da tutela antecipada "inaudita altera pars" de acordo com o artigo 273, do CPC, já que estão presentes ambos os requisitos autorizadores da medida, sendo para suspender a exigibilidade do credito tributário, consoante o artigo 151, inciso V do Código Tributário Nacional, e a restituição de imposto de renda a que tem direito no valor R$ 10.044.87 (Dez mil quarenta e quatro reais e oitenta e sete centavos.): II) a procedência dos pedidos confirmando em definitivo a tutela anteriormente concedida, sendo para anular lançamento tributário;" Assim, de plano constatase que a Contribuinte ajuizou ação com o mesmo objeto do presente recurso. A questão da concomitância entre ação judicial e processo administrativo, versando sobre o mesmo objeto, já se encontra sumulada: Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Diante do exposto, voto por não conhecer do recurso voluntário interposto pela contribuinte, declarando a definitividade do lançamento e determinando o cumprimento da sentença proferida no processo judicial. (assinado digitalmente) Túlio Teotônio de Melo Pereira Fl. 138DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13708.001243/98-81
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Apr 24 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 1996
FALTA DE CIÊNCIA DO ACÓRDÃO.FALTA DE INTIMAÇÃO POR EDITAL.INAPLICABILIDADE DA SÚMULACARFNº9.
Não sendo localizado o contribuinte pelos Correios e não comprovado que a repartição local deste órgão intentou todos os meios para dar ciência do Acórdão, é de ser considerada que só houve a ciência do contribuinte quando este pessoalmente se dirigiu a delegacia de regência para cientificar-se da decisão.
ANULAÇÃO DA DECISÃO DE 1A INSTANCIA. IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º. CUSTAS JUDICIAIS X HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. INCOMPETÊNCIA.
Incompetência dos órgãos administrativos de julgamento para julgar o reconhecimento de direito creditório de receitas arrecadadas mediante Darf, que, no entanto, não se configuram como tributo e, portanto, não são da administração da Receita Federal do Brasil.
Numero da decisão: 2402-005.757
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em anular a decisão de primeira instância para que os autos retornem ao órgão de origem de modo que se aplique o procedimento previsto IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente
(assinado digitalmente)
Bianca Felícia Rothschild - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
Nome do relator: BIANCA FELICIA ROTHSCHILD
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 1996 FALTA DE CIÊNCIA DO ACÓRDÃO.FALTA DE INTIMAÇÃO POR EDITAL.INAPLICABILIDADE DA SÚMULACARFNº9. Não sendo localizado o contribuinte pelos Correios e não comprovado que a repartição local deste órgão intentou todos os meios para dar ciência do Acórdão, é de ser considerada que só houve a ciência do contribuinte quando este pessoalmente se dirigiu a delegacia de regência para cientificar-se da decisão. ANULAÇÃO DA DECISÃO DE 1A INSTANCIA. IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º. CUSTAS JUDICIAIS X HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. INCOMPETÊNCIA. Incompetência dos órgãos administrativos de julgamento para julgar o reconhecimento de direito creditório de receitas arrecadadas mediante Darf, que, no entanto, não se configuram como tributo e, portanto, não são da administração da Receita Federal do Brasil.
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Não sendo localizado o contribuinte pelos Correios e não comprovado que a repartição local deste órgão intentou todos os meios para dar ciência do Acórdão, é de ser considerada que só houve a ciência do contribuinte quando este pessoalmente se dirigiu a delegacia de regência para cientificarse da decisão. ANULAÇÃO DA DECISÃO DE 1A INSTANCIA. IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º. CUSTAS JUDICIAIS X HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. INCOMPETÊNCIA. Incompetência dos órgãos administrativos de julgamento para julgar o reconhecimento de direito creditório de receitas arrecadadas mediante Darf, que, no entanto, não se configuram como tributo e, portanto, não são da administração da Receita Federal do Brasil. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 70 8. 00 12 43 /9 8- 81 Fl. 157DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em anular a decisão de primeira instância para que os autos retornem ao órgão de origem de modo que se aplique o procedimento previsto IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente (assinado digitalmente) Bianca Felícia Rothschild Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild. Fl. 158DF CARF MF Processo nº 13708.001243/9881 Acórdão n.º 2402005.757 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Conforme relatório da decisão recorrida, trata o presente processo de pedido de restituição de 156,926 UFIR, referente ao processo de Ação Ordinária n° 9100493546, que o requerente alega ter recolhido em duplicidade, conquanto a referida taxa foi paga pelo mesmo em 10/12/1996, no valor de R$ 130,04 , e pela Pagadoria de Inativos e Pensionistas da Aeronáutica, em 26/09/1997, na importância de R$ 142,92. Para efeito de comprovação, o requerente anexou à petição o DARF original, mais cópias dos documentos de fls. 03 a 08. Todavia, o pedido foi indeferido pela Delegacia da Receita Federal no Rio de Janeiro, através da Decisão n° 632/99, sublinhando que o interessado não logrou comprovar a efetividade do pagamento a maior ou indevido. Inconformado, o contribuinte apresentou o requerimento, contra a Decisão n° 632/99, agora pedindo a restituição de 146,9876 UFIR (admite erro no DARF), instruída com cópias dos mesmos documentos da petição inicial, ratificando que esta quantia teria sido paga em duplicidade, por ele e pela fonte pagadora, pois, como denota a ordem judicial expedida pelo Mandado de Citação, acompanhada da Planilha do Centro de Cálculos da União, oriundos da 21a Vara Federal no Rio de Janeiro, cuja sentença condenou cada titular da ação a recolher o valor de 156,926 UFIR (fls. 06/07), e só há uma condenação judicial no processo n° 9100493546. A decisão da autoridade de primeira instancia julgou improcedente a impugnação da Recorrente, em 07 de Março de 2003, alegando que apesar dos dois recolhimentos dizerem respeito ao processo judicial n° 9100493546, se referem à quitação de taxas judiciais diferentes. Portanto, não há prova nos autos de que tais pagamentos estejam vinculados ao mesmo fato, e de que um deles fosse indevido. Após duas tentativas frustradas de ciência do Recorrente por via postal, a Delegacia de regência determinou arquivamento do processo (fl. 92). Foi solicitado pelo Recorrente desarquivamento do processo (fl. 94) em 30 de Abril de 2009, quando então, tomouse ciência do decisão de 1a instancia (fl. 98). Cientificado da decisão de primeira instancia em 25 de Maio de 2009, o contribuinte apresentou, em 22 de Junho de 2009, o recurso voluntário aduzindo, em síntese que: · O Recorrente foi instado a pagar o mesmo tributo por duas vezes. · Quando da assinatura do contrato de honorários advocatícios à época, pagou pelas custas judiciais. · Quando citado da sentença judicial, o recorrente se prontificou a pagar o que ali determinava a Juíza, imediatamente, conforme DARF anexado ao processo n° 13708.001243/9881. Fl. 159DF CARF MF 4 · Passados mais de 8 (oito) meses do pagamento do referido DARF, foi descontado do recorrente, em seu contracheque, valores referentes a honorários advocaticios, ou seja, foi cobrado novamente pela mesma coisa. · Com efeito, o que temos é uma inobservância de regras claras e uma duplicidade de recolhimento. · 0 recorrente solicitou o desarquivamento do processo judicial n° 91.00493546 da 21a Vara Federal, para que sejam esclarecidos os fatos. Porém o processo ainda não foi desarquivado, dificultando assim a comprovação dos fatos narrados. Desta maneira, solicita o recorrente, a dilação do prazo para sua defesa, uma vez que os documentos elucidativos para a questão em foco sejam apresentados. É o relatório. Fl. 160DF CARF MF Processo nº 13708.001243/9881 Acórdão n.º 2402005.757 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheira Bianca Felicia Rothschild Relatora ADMISSIBILIDADE Primeiramente, há que se examinar se o recurso voluntário apresentado obedece ao requisito da tempestividade, o que exige a análise das considerações apresentadas pela recorrente, em preliminar, acerca da validade da intimação da correspondência que veiculou o acórdão a quo. Vejamos: Alegaram os funcionários da delegacia do Méier que o recorrente não foi localizado, pois se mudou e não informou seu novo endereço Receita Federal, o que é uma leviandade. Desde o ano de 1999 o recorrente apresenta declarações de Imposto de renda com seu novo endereço, conforme comprova com documentos em anexo. Tendo em vista o acima, verificase pelos documentos acostados aos autos que, deveras, não houve ciência do contribuinte através de Aviso de Recebimento — AR, pois como havia se mudado não houve assinatura do mesmo (fls. 88/89). Após a segunda tentativa postal, a Delegacia de regência determinou o arquivamento do processo (fl. 92). Vale relembrar que a legislação tributária considera endereço do contribuinte para fins de intimação, aquele por ele fornecido, para fins cadastrais, à administração tributária. Vejamos o que diz o Decreto nº 70.235/72 a este respeito: Art. 23. Farseá a intimação: (...) § 4o Para fins de intimação, considerase domicílio tributário do sujeito passivo: I o endereço postal por ele fornecido, para fins cadastrais, à administração tributária; e II o endereço eletrônico a ele atribuído pela administração tributária, desde que autorizado pelo sujeito passivo. Neste sentido, aduz o Recorrente que mudouse em 1999 e que informou devidamente a Receita Federal através de sua Declaração de Ajuste Anual tal mudança (fls. 124, 126 e 128). Fl. 161DF CARF MF 6 De acordo com artigo acima mencionado, a intimação pode ser realizada por diversas formas, mas que uma vez que esgotadas todas as formas, poderá ser realizada vis edital. Vejamos o que diz o Decreto nº 70.235/72 a este respeito: Art. 23. Farseá a intimação: I pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar; II por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; III por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo. § 1o Quando resultar improfícuo um dos meios previstos no caput deste artigo ou quando o sujeito passivo tiver sua inscrição declarada inapta perante o cadastro fiscal, a intimação poderá ser feita por edital publicado: I no endereço da administração tributária na internet; II em dependência, franqueada ao público, do órgão encarregado da intimação; ou III uma única vez, em órgão da imprensa oficial local. Não houve no caso em tela, ou ao menos não foi acostada aos autos, publicação de edital através do qual se buscasse dar ciência ao interessado. Desta forma, considero que a ciência só foi realizada na data de 25 de Maio de 2009, quando o Recorrente, através de seu procurador, buscou atualização do status do processo junto à Delegacia da Receita Federal. Ocasião em que os autos foram desarquivados e pôdese, então, haver ciência devida do teor da decisão pelo Recorrente. O artigo 33 do Decreto nº 70.235/72 dispõe que o prazo para apresentação de Recurso Voluntário é de 30 dias a contar da ciência do contribuinte. As normas para contagem dos prazos fixados na legislação tributária estão inscritas no artigo 210, do Código Tributário Nacional, e seu parágrafo único que em seu parágrafo único. Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei fixados ou na legislação tributária serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia de início e incluindose o do vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. Fl. 162DF CARF MF Processo nº 13708.001243/9881 Acórdão n.º 2402005.757 S2C4T2 Fl. 5 7 Desta forma, entendo que o Recurso Voluntário é tempestivo, tendo em vista que foi apresentado no dia 22 de Junho de 2009, conforme consta do carimbo de protocolo na capa do mesmo (fl. 108). O recurso é TEMPESTIVO, eis que intimado da decisão no dia 25 de Maio de 2009, interpôs recurso voluntário no dia 22 de Junho de 2009, atendendo também às demais condições de admissibilidade. Portanto, merece ser CONHECIDO. MÉRITO Em relação ao pagamento em duplicidade, cerne da questão, verificase no DARF de fls. 04 que o recolhimento de R$ 130,04, sob o código n° 1505, que identifica receita de custas judiciais, realizado em 10/12/1996, equivale a 146,99 UFIR, como resultado da divisão daquela cifra pelo valor da UFIR em dezembro de 1996 (0,8847) (fls. 14). O referido pagamento estaria alegadamente vinculado ao processo de ação ordinária n° 9100493546. Por seu turno, a cópia do documento de fls. 05 revela que a fonte pagadora recolheu a importância de R$ 857,52, em 26/09/1997, sob o código n° 5180, a titulo de honorários advocatícios. Tal quantia seria aquela rateada entre os protagonistas do processo n° 9100493546, tendo sido descontado pela fonte pagadora o valor de R$ 142,92 de cada um. Este valor corresponde a 156,916 UFIR (vide demonstrativo de fls. 16). Deveras, aparentemente, os dois recolhimentos dizem respeito ao processo judicial n° 9100493546, desta forma, poderia ter ocorrido pagamento em duplicidade, uma delas espontaneamente realizada pelo Recorrente e a outra realizada pela fonte pagadora. No entanto, há que se levar em conta, como levantado pela decisão recorrida, que podem tratarse de taxas judiciais diferentes, quais sejam, custas judiciais e sucumbência a honorário advocatícios da Advocacia Geral da União. Não bastasse a duvida que paira em relação a natureza jurídica dos valores pagos pelo contribuinte e seu eventual pagamento em duplicidade, a legislação de regência determina que o reconhecimento do direito creditório para a restituição de receitas arrecadadas mediante Darf, que, no entanto, não se configuram como tributo e, portanto, não são da administração da Receita Federal do Brasil, deve ser realizado pelo órgão ou responsável pela administração da respectiva receita. Instrução Normativa RFB nº 1.300 de 20 de novembro de 2012. Art. 2º Poderão ser restituídas pela RFB as quantias recolhidas a título de tributo sob sua administração, bem como outras receitas da União arrecadadas mediante Darf ou GPS, nas seguintes hipóteses: (...) § 2º A RFB promoverá a restituição de receitas arrecadadas mediante Darf e GPS que não estejam sob sua administração, desde que o direito creditório tenha sido previamente reconhecido pelo órgão ou entidade responsável pela administração da receita. Fl. 163DF CARF MF 8 Notase, desta forma, que os órgãos administrativos de julgamento no âmbito da Receita Federal não são competentes para reconhecer o eventual direito creditório do contribuinte, mas simplesmente, proceder à restituição dos valores. Tendo em vista todo o acima, voto por anular a decisão de primeira instância para que os autos retornem ao órgão de origem de modo que se aplique o procedimento previsto IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º. (assinado digitalmente ) Bianca Felícia Rothschild. Fl. 164DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 18186.000179/2007-14
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Jan 20 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Feb 08 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 2402-000.584
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci.
Nome do relator: KLEBER FERREIRA DE ARAUJO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo - Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci.
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Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 81 86 .0 00 17 9/ 20 07 -1 4 Fl. 538DF CARF MF Processo nº 18186.000179/200714 Resolução nº 2402000.584 S2C4T2 Fl. 3 2 RELATÓRIO Tratase de retorno de diligência determinada na Resolução n. 2401000.228 (fls. 366/371), de 20/06/2012, na qual esta Turma, ao se deparar com a falta dos relatórios de apropriação de recolhimentos, determinou que o órgão lançador apresentasse demonstrativo discriminando a apropriação de todas as guias recolhidas em nome do sujeito passivo nas competências da NFLD (01/1999 a 01/2003). O fisco prestou informações às fls. 381/447, onde apresentou tabela de aproveitamento das GPS e conclui que há competências em que não houve apropriação integral de recolhimentos na apuração original, devendo ser efetuada a retificação conforme demonstrativo de fls. 384. A empresa contestou as afirmações da autoridade lançadora em peça de fls. 489/520. Menciona que o escopo da diligência fiscal era apenas no sentido de que o fisco discriminasse as apropriações efetuadas, não havendo espaço para que fosse efetuadas alocações de recolhimentos. Afirma ainda que a alocação de valores para o presente débito lança efeitos sobre a NFLD n.º 35.380.4522. Acusa a existência de contradições entre os recolhimentos identificados no anexo ao relatório fiscal e aqueles apresentados nas informações prestadas em sede de diligência. Faz demonstrativos do alegado. Assevera que o desencontro dos números que compõem a apuração fiscal, caracterizado pela incompleta apropriação de recolhimentos, conduz inexoravelmente à nulidade da NFLD. Cita precedente do CARF, cujo entendimento é de que esse tipo de erro representa vício material que nulifica o lançamento. Argumenta que outra contradição gritante é a menção no relatório fiscal de que a utilização da aferição indireta decorreu da falta de apresentação de folhas de pagamentos, ao passo que na informação fiscal prestada na diligência realizada em 13/04/2007, o fisco afirma que foram apresentadas todas as folhas de pagamento. Deduz que, se foram entregues todos os documentos, o arbitramentos das contribuições é ilegítimo. Por outro lado, advoga que, se as folhas foram mostradas, o fisco teria que excluir do lançamento todas as rubricas constantes do § 9.º do art. 28 da Lei n. 8.212/1991. Suscita que o próprio procedimento fiscal demonstrou que as folhas de pagamento foram apresentadas, posto que há outras notificações fiscais específicas para exigência de contribuições sobre determinadas rubricas (alimentação, assistência médica, vale transporte) que somente poderiam ser identificadas pela análise das folhas de pagamento. Conclui que sendo procedente a aferição indireta seriam nulas as NFLD construídas mediante verificação da folha de pagamento. Fl. 539DF CARF MF Processo nº 18186.000179/200714 Resolução nº 2402000.584 S2C4T2 Fl. 4 3 Argumenta que o fisco em nenhum momento indicou qual o critério de apropriação dos recolhimentos nas diversas NFLD, notandose casos em que, se a distribuição dos valores nos débitos fosse efetuada de outra forma, levaria a inexistência de diferenças a recolher em determinadas competências. Ao final, pede a declaração de nulidade/improcedência do lançamento. É o relatório. Fl. 540DF CARF MF Processo nº 18186.000179/200714 Resolução nº 2402000.584 S2C4T2 Fl. 5 4 VOTO Conselheiro Kleber Ferreira de Araújo Relator Admissibilidade O recurso merece conhecimento, conforme já havia decido a Turma na sentada anterior. Necessidade de conversão em diligência A planilha de fl. 384 está a indicar que para a competência 01/1999 inexistiram novas apropriações além daquelas levadas a efeito quando da lavratura fiscal, ou seja, no procedimento de diligência não foram aproveitados novos recolhimentos. Apreciando a planilha de fls. 385/447 que segrega as apropriações para as únicas notificações deste período onde foram aproveitados recolhimentos (NFLD 35.380.4522 e NFLD 35.380.4530), verifiquei que os argumentos apresentados pelo sujeito passivo na sua resposta à última diligência realizada fazem sentido, posto que cotejando os recolhimentos constantes como apropriados na planilha originalmente acostada (fls. 451/476) com aquela juntada na diligência fiscal (fls. 385/447) encontramos a seguinte discrepância para a competência 01/1999: PLANILHA DA LAVRATURA valores apropriados PLANILHA DA DILIGÊNCIA valores apropriados INSS R$ TERCEIROS R$ INSS R$ TERCEIROS R$ 39.335,27 116,17 25.016,77 6.167,66 O sujeito passivo alega que as mesmas divergências repetemse para as demais competências lançadas e apresenta demonstrativo. Assim, conforme frisei acima, como na diligência não houve novas apropriações para esta competência (01/1999), os valores acima apresentados deveriam coincidir. Em não se verificando a convergência de dados, entendo ser prudente mais uma vez ouvir o pronunciamento do fisco, até porque na planilha de fls. 451/476 há diversos dados que estão ilegíveis, merecendo que seja elaborada nova planilha contemplando todos os elementos suficientes para que se chegue a uma conclusão segura acerca da procedência ou não das contribuições lançadas. Sugiro que o demonstrativo traga, para todas as competências lançadas, as seguintes colunas, apenas com as totalizações mensais: a) base de cálculo; b) contribuição dos segurados; Fl. 541DF CARF MF Processo nº 18186.000179/200714 Resolução nº 2402000.584 S2C4T2 Fl. 6 5 c) total devido Seguridade Social; d) total devido Outras Entidades (terceiros); e) recolhimentos efetuados e apropriados e diferenças a apropriar para a Seguridade Social; f) recolhimentos efetuados e apropriados e diferenças a apropriar para Outras Entidades (terceiros); g) valor lançado Seguridade Social; h) valor lançado Outras Entidades (terceiros). Tendose em conta que este demonstrativo será tratado como sendo a manifestação do fisco acerca das divergências apontadas pelo sujeito passivo quando instando a falar sobre o resultado da diligência, a sua não produção poderá levar o órgão de julgamento a acatar como verdadeiros os argumentos da parte adversa. Desta decisão deve ser dada ciência ao sujeito passivo para manifestação no prazo legal. Conclusão Voto por conversão do julgamento em diligência, nos termos acima propostos. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo. Fl. 542DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10860.721811/2012-13
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 19 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Feb 08 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2009
IMPUGNAÇÃO INTEMPESTIVA. PEREMPÇÃO.
Apresentada a impugnação após o prazo regrado pelos arts. 14 e 15 do Decreto nº 70.235/72, deve ser reconhecida a sua intempestividade.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2402-005.601
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo, Presidente
(assinado digitalmente)
Mário Pereira de Pinho Filho, Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci.
Nome do relator: MARIO PEREIRA DE PINHO FILHO
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PEREMPÇÃO. Apresentada a impugnação após o prazo regrado pelos arts. 14 e 15 do Decreto nº 70.235/72, deve ser reconhecida a sua intempestividade. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo, Presidente (assinado digitalmente) Mário Pereira de Pinho Filho, Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 0. 72 18 11 /2 01 2- 13 Fl. 83DF CARF MF 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra acórdão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo I – DRJ/SP1, que não conheceu de impugnação interposta contra Notificação de Lançamento de Imposto sobre a Renda de Pessoa Física, (fls. 30/35), por intempestividade. A impugnação (fls. 2/11) não logrou êxito, sendo mantida a exigência face à intempestividade do recurso, conforme consubstanciado na ementa do acórdão de primeira instância (fls. 54/59): IMPUGNAÇÃO INTEMPESTIVA. Considerase intempestiva a peça impugnatória ofertada após o decurso do prazo estabelecido na legislação que rege o processo administrativo fiscal. Assim, a defesa apresentada não caracteriza impugnação, não instaura a fase litigiosa do processo e nem comporta julgamento de primeira instância quanto às alegações de mérito. Impugnação Não Conhecida O recurso voluntário foi interposto em 12/04/2013 (fls. 69/75), repisando alegações já apresentadas na impugnação. Com relação à preliminar de intempestividade, transcrevese as principais alegações do sujeito passivo: O Recorrente no dia 24 de Outubro de 2012, esteve por volta das 12 horas e 30 minutos na Secretária da Receita Federal de TaubatéSP para protocolar sua Impugnação, ao dirigirse até o guiché para retirada de senha, foi informado por uma das atendentes que iria verificar se naquele momento tinha algum servidor para protocolar o recebimento. Foi quando a mesma atendente informou que o único servidor presente no momento, estava muito ocupado realizando outro atendimento e não conseguiria atender o Recorrente para efetuar o protocolo naquele momento. Novamente o Recorrente solicitou que a atendente fosse verificar com o servidor, pois era o último dia para apresentar a Impugnação. Como o Recorrente trabalha em local distante da Secretária da Receita Federal de TaubatéSP, já tinha realizado diversas tentativa para efetuar o protocolo e todas sem sucesso, foi informado que o prazo limite era 31/10/2012 [...]. Pois bem, para sua enorme surpresa, a Impugnação foi indeferida por ser considerada intempestiva, fato este que o Recorrente não concorda, por ter recebido a informação, na própria Receita Federal, de que o prazo para apresentação da Impugnação era até 31/10/2012 e constar nos autos do. processo em epígrafe uma Consulta (fl. 39) e um Despacho de Encaminhamento (fl. 40), onde ambos os documentos mencionam a data de 31/10/2012 como prazo para apresentação de Impugnação. [...] O Recorrente não desabona a informação contida no A.R. (fl. 38), a qual, informa que a Notificação foi entregue no domicilio do agente passivo em 26/09/2012, pois o fato causador de todo esse problema e que motivou a apresentação da Impugnação no dia 31/10/2012, foi a Fl. 84DF CARF MF Processo nº 10860.721811/201213 Acórdão n.º 2402005.601 S2C4T2 Fl. 84 3 informação equivocada prestada por uma atendente da Receita Federal no dia 24/10/2012. [...] Ainda sobre à intempestividade da impugnação, reproduz doutrina relativa à possibilidade de reconhecimento de recurso administrativo intempestivo em razão de ilegalidade; cita a Lei nº 9.874/1999 para arguir que a administração pode rever seus atos eivados de ilegalidade; suscita o princípio da verdade material e suas orientações quanto à aceitação de provas supervenientes; recorre à Súmula do STF nº 346 e ao art. 53 da Lei nº 9.874/1999, os quais tratam da hipótese de anulação de atos com vício de ilegalidade; aduz que a Fazenda Pública pode rever o lançamento nos termos dos arts. 145, III e 149, parágrafo único do CTN. Ao final requer: a) que seja reconhecida a nulidade do acórdão que indeferiu a Impugnação; c) que seja acolhido o Recurso Voluntário, para permitir a análise do conteúdo apresentado em matéria demonstrada na Impugnação com a consequente anulação do Auto de Infração; b) no mérito, que se reconheça a improcedência do Acórdão; c) a produção de todas as provas em direito admitidas; d) o reconhecimento da nulidade e improcedência do acórdão recorrido e do auto de infração, tendo em vista o caráter confiscatório da multa exigida, ou ao menos a redução desta para um montante próximo de sua realidade. É o relatório. Fl. 85DF CARF MF 4 Voto Conselheiro Mário Pereira de Pinho Filho Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Preliminarmente, importa examinar os aspectos trazidos no Recurso Voluntário quanto à intempestividade da impugnação, uma vez que, reconhecida a caducidade da peça impugnatória, improfícua a análise de questões de mérito. Em relação às considerações invocadas pelo contribuinte de que realizou tentativas infrutíferas de protocolizar sua impugnação em unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil e de que foi induzido a erro por informação incorretas prestadas por servidores do órgão quanto ao prazo impugnatório, convém asseverar que não há nos autos qualquer elemento de prova que possa amparar tais alegações, razão pela qual não se pode atribuir relevância a essas supostas ocorrências. Por outro lado, os documentos de fls. 39 e 40, os quais, no entender do Recorrente, mencionam a data de 31/10/2012 como prazo para apresentação de Impugnação, em nenhum momento fazem alusão a essa hipótese. Referidos documentos tratam de prazo para o pagamento do tributo. E mais, tais documentos foram emitidos em 07/12/2012, ou seja, em data muito posterior à de apresentação da impugnação intempestiva, o que faz carecer de lógica as asserções feitas pelo sujeito passivo a respeito dessas peças processuais. Ora, não poderia um documento emitido em determinada data induzir o contribuinte a erro em relação a uma manifestação acostada aos autos em momento anterior. Quanto às manifestações doutrinárias e jurisprudenciais e às disposições normativas acerca da possibilidade de acolhimento de recurso intempestivo em razão de ilegalidade e até mesmo da revisão de ofício do lançamento do crédito tributário, convém destacar que não foram apontados indícios de ilegalidade no ato que culminou na Notificação de Lançamento, bem assim não restaram configuradas quaisquer das circunstâncias previstas no art. 149 do CTN que sejam aptas a possibilitar sua revisão. No que se refere ao prazo para a apresentação de impugnação, o art. 5º, 10 e 23 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972: Art. 5º. Os prazos serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia do início e incluindose o do vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. Art. 10. O auto de infração será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, e conterá obrigatoriamente: Fl. 86DF CARF MF Processo nº 10860.721811/201213 Acórdão n.º 2402005.601 S2C4T2 Fl. 85 5 [...]; V a determinação da exigência e a intimação para cumprila ou impugnála no prazo de trinta dias; Art. 23. Farseá a intimação: I pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar;(Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997)(Produção de efeito) II por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo;(Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997)(Produção de efeito) III por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante:(Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou(Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo.(Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) § 1o Quando resultar improfícuo um dos meios previstos no caput deste artigo ou quando o sujeito passivo tiver sua inscrição declarada inapta perante o cadastro fiscal, a intimação poderá ser feita por edital publicado:(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) (...) § 2° Considerase feita a intimação: I na data da ciência do intimado ou da declaração de quem fizer a intimação, se pessoal; II no caso do inciso II do caput deste artigo, na data do recebimento ou, se omitida, quinze dias após a data da expedição da intimação; (...) (grifei) Na espécie, o Recorrente teve ciência do lançamento em 26/09/2012 (Vide documento AR de fl. 38), uma quartafeira. Assim, levandose em consideração que os prazos são contínuos e somente se iniciam ou vencem em dia de expediente normal no órgão, nos exatos termos do parágrafo único do art. 5º do Decreto 70.235/1972, o prazo para interposição de recurso teve início em 27/09/2012, quintafeira. O trigésimo dia ocorreu em 26/10/2012 (sextafeira). Entretanto a impugnação somente foi apresentada ao Fisco em 31/10/2012 (quartafeira), portanto, fora do prazo impugnatório. Fl. 87DF CARF MF 6 Demonstrada, então, a intempestividade da impugnação, não cabe prosperar o exame das demais alegações recursais. Ante o exposto, voto no sentido de CONHECER E NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Mário Pereira de Pinho Filho. Fl. 88DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10580.902864/2008-01
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Apr 06 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed May 03 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 2402-000.605
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência nos termos do voto do Relator. Ausente justificadamente a Conselheira Bianca Felícia Rothschild. Julgado em 07/04/2017, no período da manhã.
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento o(a)s Conselheiro(a)s Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho e João Victor Ribeiro Aldinucci.
Nome do relator: KLEBER FERREIRA DE ARAUJO
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RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência nos termos do voto do Relator. Ausente justificadamente a Conselheira Bianca Felícia Rothschild. Julgado em 07/04/2017, no período da manhã. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente e Relator Participaram do presente julgamento o(a)s Conselheiro(a)s Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho e João Victor Ribeiro Aldinucci. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 05 80 .9 02 86 4/ 20 08 -0 1 Fl. 162DF CARF MF Processo nº 10580.902864/200801 Resolução nº 2402000.605 S2C4T2 Fl. 3 2 Relatório Tratase de recurso voluntário apresentado pelo sujeito passivo acima contra decisão de primeira instância que declarou improcedente a sua manifestação de inconformidade apresentada para desconstituir o Despacho Decisório DRF/SDR n° 759920855, fls. 35, que não homologou a compensação declarada à fl. 34. Vale a pena transcrever o voto condutor do acórdão da DRJ em Salvador: "Voto A manifestação de inconformidade é tempestiva e atende a todos os requisitos de admissibilidade, por isso, dela tomo conhecimento. Nos termos do § 6° do art. 74 da Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996, incluído pela Lei n° 10.833, de 2003, 'a declaração de compensação constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados'. Assim, a exigência do débito compensado indevidamente independe de ter sido ou não declarado em DCTF. Conseqüentemente, esta declaração não é documento hábil para comprovar a inexistência do débito, como pretende o interessado. Tal prova poderia ter sido realizada mediante a apresentação de documentação contábil que demonstrasse os valores devidos a título de IRRF nos períodos de apuração de agosto a novembro de 2004. O fato de não existir a 6.ª semana no mês de agosto de 2004 também não é suficiente para se afastar a exigência, pois tratase de uma informação preenchida pelo próprio contribuinte, às fls. 32, e que não altera o valor do débito declarado. Conclusão Dessa forma, voto por considerar improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário exigido." O sujeito passivo em seu recurso de fls. 131/137, em apertada síntese, alega que o envio da sua declaração de compensação decorreu de erro material uma vez que não existe nem o crédito, tampouco o débito indicados no PER/DCOMP n°. 21228.07784.031104.1.3.04 5320. Sustenta que, apesar de estar hipoteticamente estabelecido na Lei n.º 9.430/1996 que a declaração de compensação constitui confissão de dívida e instrumento hábil para exigência dos débitos confessados de forma indevida, não há como se extrair esses efeitos jurídicos quando inexistem os fatos que se subsumam à norma. Nesse sentido, quando ocorrer algum erro material ou meramente formal nas declarações prestadas pelo sujeito passivo ou em documentos fiscais por ele apresentados, deve o fisco ir além da simples análise desses documentos, investigando se realmente houve ou não a hipótese de incidência do tributo apta a ensejar a cobrança pretendida. Apresenta decisões administrativas no sentido de fazer valer o seu ponto de vista de que o preceito legal que atribui à declaração de compensação a eficácia constitutiva de débito tributário não significa que, ao alvedrio da realidade dos fatos, o declarante tenha que sofrer as conseqüências do seu erro na indicação dos valores e conformarse em pagar tributo Fl. 163DF CARF MF Processo nº 10580.902864/200801 Resolução nº 2402000.605 S2C4T2 Fl. 4 3 indevido, sem que o fisco ao menos tenha o trabalho de investigar os fatos, na busca da desejada verdade material. Aduz que as informações constantes na DCTF correspondem a um indício veemente de que as alegações formuladas pela recorrente na manifestação de inconformidade são verdadeiras, haja vista a concordância tácita do fisco quanto ao afirmado nesse documento. Nesse sentido, somente a perícia contábil poderia evidenciar, categoricamente, a absoluta inconsistência da declaração de compensação outrora requerida, especialmente em razão da inexistência de débito a ser compensado, viabilizandose seja afastada a exigência fiscal. Ao final, pede o provimento do recurso ou o deferimento do seu pedido de produção de prova pericial. Sem contrarrazões, os autos vieram a julgamento. É o relatório. Fl. 164DF CARF MF Processo nº 10580.902864/200801 Resolução nº 2402000.605 S2C4T2 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Kleber Ferreira de Araújo, Relator Admissibilidade O sujeito passivo tomou ciência da decisão da DRJ em 03/11/2010 e interpôs o seu recurso em 02/12/2010, portanto, dentro do prazo legal, além de que restam atendidos os demais requisitos de admissibilidade. Deve, portanto, ser conhecido o recurso. Necessidade de diligência Como se vê, não há litígio quanto à inexistência do alegado direito creditório mas o contribuinte se insurge contra os débitos por ele declarados no PERD/COMP nº 21228.07784.031104.1.3.045320, que fora transmitido por erro grosseiro de sua parte. A Recorrente sustenta que o débito informado na declaração de compensação inexiste, conforme revela uma análise da DCTF, além de que também não crédito a seu favor posto que no período não houve recolhimento de tributos federais a maior. A DRJ em decisão de primeira instância alega que de conformidade com o § 6º do art. 73 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, com a redação dada pela Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003 , as DComp constituem confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos nelas indevidamente compensados. Assim sendo, no caso de não homologação da compensação, os débitos transcritos em DComp gozam de certeza e correção, cabendo à contribuinte declarante a comprovação de erro ou de não exigibilidade dos mesmos, quando assim alegar. Não divirjo da decisão recorrida, por entender que as declarações de compensação constituemse em confissão de dívida (§ 6º,art.74, Lei nº 9.430/96), mas se deve ter em conta que tal regra não pode ser aplicada incondicionalmente, pois, havendo a confissão de dívida na DCTF, acompanhado do pagamento do débito devido não se pode sem exame dos documentos necessários manter a exigência dos débitos apenas porque confessados no PERD/COMP. Observo que a DRJ não acatou a tese do sujeito passivo de que os dados constantes na DCTF serviriam como prova em seu favor. Não tenho dúvida que a DCTF isoladamente não tem força probatória hábil a cancelar o lançamento, todavia, deve ser tomada como indício que pede o aprofundamento da análise dos argumentos e provas trazidos ao processo pelo contribuinte. O processo consubstanciase no método de compor a lide, de sorte que não se pode, no presente caso, simplesmente negar o pleito do contribuinte, no âmbito do contraditório, sem que a autoridade administrativa competente confirme a existência do débito declarado no PER/DCOMP. A diligência se faz necessária para que a busca da verdade material não seja negligenciada. Fl. 165DF CARF MF Processo nº 10580.902864/200801 Resolução nº 2402000.605 S2C4T2 Fl. 6 5 Nessa toada, encaminho no sentido de que sejam os autos encaminhados à Delegacia da RFB de origem, de modo que se esclareça se de fato existe o débito que o sujeito passivo alegar haver informado por equívoco. Elaborado o relatório fiscal de praxe, dêse ciência ao recorrente para sua manifestação, se interessar. Conclusão Voto por converter o julgamento em diligência de modo que o fisco confirme a existência do débito declarado no PER/DCOMP. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Fl. 166DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10730.600559/2009-90
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 07 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Mar 28 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2004, 2006
IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO PER/DCOMP OU RETIFICADORA.
Diante da impossibilidade de utilização do programa PER/DCOMP ou acesso ao sistema de retificação de declaração, o pedido de restituição poderá ser formalizado mediante formulário manual nos moldes da legislação tributária.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2402-005.603
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e dar-lhe provimento, de forma que os autos voltem à Delegacia de origem para que sejam apreciados os pedidos de restituição pendentes, juntamente com a respectiva documentação acostada, nos termos do voto da Relatora.
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente
(assinado digitalmente)
Bianca Felícia Rothschild - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
Nome do relator: BIANCA FELICIA ROTHSCHILD
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2004, 2006 IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO PER/DCOMP OU RETIFICADORA. Diante da impossibilidade de utilização do programa PER/DCOMP ou acesso ao sistema de retificação de declaração, o pedido de restituição poderá ser formalizado mediante formulário manual nos moldes da legislação tributária. Recurso Voluntário Provido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e dar-lhe provimento, de forma que os autos voltem à Delegacia de origem para que sejam apreciados os pedidos de restituição pendentes, juntamente com a respectiva documentação acostada, nos termos do voto da Relatora. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo - Presidente (assinado digitalmente) Bianca Felícia Rothschild - Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
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PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO PER/DCOMP OU RETIFICADORA. Diante da impossibilidade de utilização do programa PER/DCOMP ou acesso ao sistema de retificação de declaração, o pedido de restituição poderá ser formalizado mediante formulário manual nos moldes da legislação tributária. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 0. 60 05 59 /2 00 9- 90 Fl. 259DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e darlhe provimento, de forma que os autos voltem à Delegacia de origem para que sejam apreciados os pedidos de restituição pendentes, juntamente com a respectiva documentação acostada, nos termos do voto da Relatora. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente (assinado digitalmente) Bianca Felícia Rothschild Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild. Fl. 260DF CARF MF Processo nº 10730.600559/200990 Acórdão n.º 2402005.603 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Conforme relatório da decisão recorrida, em 16/07/2009, o contribuinte interpôs pedido de revisão de débitos inscritos em dívida ativa da União, alegando ser portador de moléstia grave. Em 18/05/2010, o Interessado apresentou pedido de cancelamento de cobrança da dívida fiscal e baixa de anotação no CADIN endereçado ao Procurador Seccional da Fazenda Nacional em Nova Friburgo. Por meio de despacho, o Procurador Seccional da Fazenda Nacional em Nova Friburgo solicitou que o SEORT/DRF/Niterói se pronunciasse a respeito da isenção por moléstia grave alegada pelo Interessado. Por meio do despacho decisório de 22/10/2010 (fls. 111), o SEORT/DRF/Niterói considerou que o Contribuinte fazia jus à isenção do imposto de renda por ser portador de moléstia grave desde março de 2000 e, em razão disso, decidiu revisar de ofício os lançamentos dos exercícios de 2005, 2006 e 2007 e propor à Procuradoria Seccional da Fazenda Nacional em Nova Friburgo (PSFN/Nova Friburgo) o cancelamento da inscrição na dívida ativa da União que constava do presente processo. O cancelamento da dívida ativa foi efetuado por meio do despacho de fl. 115. Posteriormente, em 21/12/2010, o contribuinte apresentou novos pedidos de restituição de fls. 132 a 137. Por meio do despacho decisório de fls. 182 a 186, em 19/08/2011, o SEORT/DRF/Niterói decidiu considerar não formulados os pedidos de restituição de fls. 132 e 133 (porque deveriam ter sido apresentados por meio de PER/DCOMP) e 134 e 135 (porque não haveria impedimento para a apresentação de declaração retificadora) e indeferiu os pedidos referentes às fls. 136 e 137, devido à ocorrência de decadência. Após ciência por edital do despacho decisório, o contribuinte apresentou em 12/12/2011, fl. 194, a manifestação de inconformidade, valendose, em síntese, dos seguintes argumentos: 1) considerando que o pedido de revisão de débitos inscritos na dívida ativa da União e a solicitação de isenção do imposto de renda por moléstia grave foram entregues à Agência da Receita Federal em Nova Friburgo em julho de 2009, e que os pedidos só foram analisados pela Delegacia da Receita Federal em Niterói em 22/10/2010, não estaria decadente o pleito do Interessado; 2) ao deferir as solicitações e conceder a isenção, a própria Receita Federal deveria providenciar a devolução dos valores retidos na fonte nos exercícios em questão, haja vista que os valores aparecem nas tabelas constantes do despacho decisório da DRF/Niterói; Fl. 261DF CARF MF 4 3) por não ter sido efetuada a devolução do imposto a que o Interessado fazia jus, apesar do deferimento do pedido de revisão de débitos inscritos na dívida ativa da União e do reconhecimento da isenção da moléstia grave a partir de 2000, o Contribuinte teve que preencher diversos formulários de pedidos de restituição manualmente, que foram anexados a este processo que teve início em julho de 2009 e ainda não foi concluído; 4) o Interessado, no exercício 2008, solicitou a retificação de notificação lançamento e recebeu automaticamente a restituição do imposto em sua conta, sem que tivesse que solicitar em separado. Ao final, o contribuinte requereu a procedência de seu pedido e o recebimento da devolução de imposto de renda pleiteada. A decisão da autoridade de primeira instancia DRJ/RJ julgou, em 5 de julho de 2012, a Manifestação de Inconformidade Procedente em Parte o pedido do contribuinte, alegando que (fls. 206 a 210): 1) os pedidos de restituição dos DARF, nos montantes de R$ 3.800,00 e R$ 3.753,40, não podem ser apreciados, haja vista que deveriam ser objeto de PER/DCOMP, observado o prazo decadencial da legislação de regência; 2) não podem ser apreciados os pedidos de restituição do imposto de renda retido na fonte sobre os proventos de aposentadoria recebidos nos anoscalendário de 2006 e 2008, haja vista que deveriam ser objeto de declarações retificadoras; 3) rechaçada a decadência suscitada no Despacho Decisório de fls. 171 a 175, cabe à DRF/Niterói/RJ se pronunciar acerca da restituição do imposto de renda retido na fonte nos anos calendário de 2004 e 2005. Desta forma, acordaram os membros da 18ª Turma de Julgamento da DRJ/RJ, por unanimidade, rejeitar a decadência suscitada no Despacho Decisório e julgar a Manifestação de Inconformidade Procedente em Parte. Os autos retornaram a DRF de origem para cientificar o contribuinte do acórdão, mediante entrega de cópia do mesmo, ressalvandolhe a possibilidade de interposição de recurso voluntário ao CARF. E os autos foram enviados à DRF/Niterói/RJ para se pronunciar acerca da mérito do pedido restituição do imposto de renda retido na fonte nos anoscalendário de 2004 e 2005, haja vista o presente acórdão ter afastado a decadência suscitada originalmente. Conforme despacho decisório de fls. 228 e segs, a DRF/Niterói/RJ, em 26/11/2012, decidiu por reconhecer o Direito Creditório relativo ao lançamento do IRPF dos exercícios de 2005 e 2006. Cientificado da decisão de primeira instancia em 25/10/2012, o contribuinte apresentou tempestivamente, fl. 244/247, em 05/11/2012, o recurso voluntário aduzindo, em síntese que: 1. Logrou êxito em retificar a declaração do ano calendário 2008, cujo pedido foi processado e o crédito já realizado pela RFB. Fl. 262DF CARF MF Processo nº 10730.600559/200990 Acórdão n.º 2402005.603 S2C4T2 Fl. 4 5 2. Em relação aos créditos pendentes de 2004 e 2006, aduz que não obteve êxito em retificar a declaração de 2006 ou mesmo acessar o sistema Per/Dcomp. Desta forma, requer que os pedidos apresentados em papel, em 21/12/2010, conforme formulário da RFB sejam aceitos para apreciação de seu pedido. É o relatório. Fl. 263DF CARF MF 6 Voto Conselheira Bianca Felícia Rothschild Relatora O recurso é TEMPESTIVO, eis que intimado da decisão no dia 25/10/2012 (fl. 271), interpôs recurso voluntário no dia 05/11/2012, atendendo também às demais condições de admissibilidade. Portanto, merece ser CONHECIDO. A insatisfação recursal cingese à falta de apreciação pela Receita Federal dos pedidos de restituição dos imposto de renda recolhido através de DARF no anoscalendário 2004 e 2006 e o retido na fonte no anocalendário de 2006, conforme tabela abaixo: AnoCalendário Exercício Valor PGTO 2004 2005 3.753,40 DARF 2006 2007 3.800,00 DARF 2006 2007 16.396,02 DIRPF Ressalta a Recorrente que não há duvidas quanto ao seu direito de isenção do imposto de renda por motivo de ser portadora de moléstia grave, conforme se verifica do despacho de fls 111 emitido em 22 de Outubro de 2010 pela SEORT/RJ/NITEROI, vejamos: De acordo com o Laudo Médico PEricial emitido pelo Hospital Municipal Raul Sertã, o contribuinte é portador de Nefropatia Grave (CID X N 18.0) desde março de 2000 (fl 88). Tratase, portanto, de doença enquadrada no inciso XIV, do artigo 6º, da Lei 7.713/88, com redução dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541/92. Portanto, a satisfação plena das condições para o gozo do benefício da isenção do imposto de renda ocorreu em março de 2000. Neste sentido, a Recorrente formulou os pedidos de restituição via formulário manual e entregues a Receita Federal em 21 de Dezembro de 2010, conforme consta nos autos nas fls. 133, 132 e 135, respectivamente. No entanto, em 5 de julho de 2012, a 18 ª Turma da DRJ/RJ, entendeu conforme acórdão nº 1248.020 (fl. 206 e segs) que não seria possível apreciar os pedidos de restituição entregues via formulário manual conforme a motivação abaixo transcrita: 1) os pedidos de restituição dos DARF, nos montantes de R$ 3.800,00 e R$ 3.753,40, não podem ser apreciados, haja vista que deveriam ser objeto de PER/DCOMP, observado o prazo decadencial da legislação de regência; 2) não podem ser apreciados os pedidos de restituição do imposto de renda retido na fonte sobre os proventos de aposentadoria recebidos nos anos Fl. 264DF CARF MF Processo nº 10730.600559/200990 Acórdão n.º 2402005.603 S2C4T2 Fl. 5 7 calendário de 2006 e 2008, haja vista que deveriam ser objeto de declarações retificadoras; A Recorrente, no entanto, afirma que quando tentou realizar os pedidos de restituição conforme orientado pela DRJ/RJ, ou seja, via Per/Dcomp e declaração retificadora, não logrou êxito tendo em vista que o sistema da Receita Federal acusa decadência no direito a retificar a declaração de 2006 e bloqueio no acesso ao sistema Per/Dcomp pois houve, no passado, inscrição em dívida ativa no CPF da mesma. Alega que, apesar da Receita Federal ter revisado a inscrição em dívida ativa e já realizado sua baixa, a declaração retificadora continua indisponível via sistema, conforme mensagens do sistema que colacionou em sua peça recursal: A legislação tributária de regência, qual seja, a Instrução Normativa nº 1300/12, que estabelece normas sobre restituição, compensação, ressarcimento e reembolso, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil, determina que nos casos de impossibilidade de utilização do sistema PER/DCOMP, o requerimento será formalizado por meio do formulário 'Pedido de Restituição ou Ressarcimento" cujo preenchimento é manual, vejamos: Art. 3º A restituição a que se refere o art. 2º poderá ser efetuada: I a requerimento do sujeito passivo ou da pessoa autorizada a requerer a quantia; ou II mediante processamento eletrônico da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF). § 1º A restituição de que trata o inciso I do caput será requerida pelo sujeito passivo mediante utilização do programa Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP). § 2º Na impossibilidade de utilização do programa PER/DCOMP, o requerimento será formalizado por meio do formulário Pedido de Fl. 265DF CARF MF 8 Restituição ou Ressarcimento, constante do Anexo I a esta Instrução Normativa, ou mediante o formulário Pedido de Restituição de Valores Indevidos Relativos a Contribuição Previdenciária, constante do Anexo II a esta Instrução Normativa, conforme o caso, aos quais deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório. Tendo em vista o dispositivo acima vis a vis os pedidos de restituição constantes às fls. 133, 132 e 135, notase que o recorrente está impossibilidade de utilizarse do sistema Per/Dcomp ou retificadora, sendo assim, se utilizou justamente do formulário indicado no Anexo I da Instrução Normativa nº 1300/12 Pedido de Restituição ou Ressarcimento. Desta forma, tendo em visto que o sistema acusa decadência de prazo ou impossibilidade por motivo de inscrição em dívida ativa para que haja solicitação de restituição, entendo que os formulários apresentados às fls 133, 132 e 135, devem ser considerados como legítimos para apreciação pelas autoridades fiscais. Neste sentido, voto por CONHECER e DAR PROVIMENTO ao Recurso Voluntário, de forma que os autos voltem à Delegacia de origem para que sejam apreciados os pedidos de restituição pendentes, formulados às fls. 133, 132 e 135, juntamente com a respectiva documentação acostada, nos termos do voto acima. (assinado digitalmente) Bianca Felícia Rothschild. Fl. 266DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10855.722301/2015-85
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 18 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Mar 28 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário:2012
DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. COMPROVAÇÃO
A dedução de despesas médicas na Declaração de Ajuste Anual do contribuinte está condicionada a comprovação hábil e idônea de que os gastos foram suportados pelo próprio contribuinte e que ocorreram no ano calendário da declaração.
DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. PAGAMENTOS
A dedução de despesas médicas na Declaração de Ajuste Anual do contribuinte está condicionada a comprovação hábil e idônea dos pagamentos efetuados, no caso de solicitados pela fiscalização.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 2402-005.581
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial nos termos da fundamentação do voto da Relatora.
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente
(assinado digitalmente)
Bianca Felícia Rothschild - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
Nome do relator: BIANCA FELICIA ROTHSCHILD
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário:2012 DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. COMPROVAÇÃO A dedução de despesas médicas na Declaração de Ajuste Anual do contribuinte está condicionada a comprovação hábil e idônea de que os gastos foram suportados pelo próprio contribuinte e que ocorreram no ano calendário da declaração. DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. PAGAMENTOS A dedução de despesas médicas na Declaração de Ajuste Anual do contribuinte está condicionada a comprovação hábil e idônea dos pagamentos efetuados, no caso de solicitados pela fiscalização. Recurso Voluntário Provido em Parte.
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COMPROVAÇÃO A dedução de despesas médicas na Declaração de Ajuste Anual do contribuinte está condicionada a comprovação hábil e idônea de que os gastos foram suportados pelo próprio contribuinte e que ocorreram no ano calendário da declaração. DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. PAGAMENTOS A dedução de despesas médicas na Declaração de Ajuste Anual do contribuinte está condicionada a comprovação hábil e idônea dos pagamentos efetuados, no caso de solicitados pela fiscalização. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 5. 72 23 01 /2 01 5- 85 Fl. 242DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e darlhe provimento parcial nos termos da fundamentação do voto da Relatora. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente (assinado digitalmente) Bianca Felícia Rothschild Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild. Fl. 243DF CARF MF Processo nº 10855.722301/201585 Acórdão n.º 2402005.581 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Conforme relatório da decisão recorrida, o processo referese à Notificação de Lançamento, relativa ao ano calendário de 2012, fls. 163/167. O valor do imposto suplementar originalmente calculado, sujeito à multa de ofício de 75%, foi de R$ 6.638,29. A contribuinte calculou uma restituição no valor de R$ 1.343,34. A Notificação de Lançamento, lavrada em 08/06/2015, decorreu da dedução indevida a título de despesas médicas. Foi glosado o valor de R$ 29.024,10 devido a contribuinte intimada a apresentar o comprovante dos efetivo pagamento das despesas médicas abaixo relacionadas, apresentou extratos do Banco do Brasil. Os extratos não comprovaram a efetividade dos pagamentos perqueridos, pois o fato da contribuinte fazer saques regulares em sua conta não prova o pagamento das despesas médicas, já que não foram coincidentes em data e valor com os recibos apresentados. O sujeito passivo foi cientificado, apresentou impugnação em 16/07/2015 (fls. 2/5), alegando, em síntese, que: · CPF: 488.787.23568 CÁTIA MOURA GALVÃO ELOY PEREIRA, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai,Carlos Toloi CPF 035.301.83849 apresenta para comprovar recibo e relatório médico. · CPF: 05.430.580/000170 CLINICA DE ASSISTÊNCIA PEDIÁTRICA S/C LTDA ME, do valor de R$ 300,00 questiona o valor de R$ 180,00,pois referese a despesas médicas do filho Rodrigo Toloi de Andrade nascido em 04.02.2002. · CNPJ: 60.840.055/013209 FLEURY S A, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai, Carlos Toloi CPF 035.301.83849. · CPF 733.058.04572 VANYERE DE LIMA ALMEIDA, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai, , Carlos Toloi CPF 035.301.83849 apresenta para comprovar recibo, declaração e carta. · .CNPJ:63.554.067/000198 HAPVIDA ASSISTÊNCIA MEDICA LTDA,questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai,Carlos Toloi CPF 035.301.83849 apresenta para comprovar boletos com recibos e declaração do plano de saúde. · .CNPJ: 09.021.760/000150 RCS SERVIÇOS MÉDICOS ESPECIALIZADOS LTDA EPP, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai, Carlos Toloi CPF 35.301.83849 consulta com médico a domicilio, anexa declaração atual do médico, cópia do cheque, cópia da receita do dia da consulta (não conseguiu localizar contator para pegar o recibo) Fl. 244DF CARF MF 4 · CNPJ: 01.667.119/000185 MASTOGIN CLINICA DE MASTOLOGIA E GINECOLOGIA S/C LTDA ME, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas próprias. Anexa o recibo, pago em especie. · CPF: 482.220.03534 ANA PATRICIA COSTA TAVARES, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas próprias. Anexa o recibo,cópia do extrato do cartão de credito, declaração da dentista com data atual · CPF: 021.313.17573 DIOGO NUNES MIGUEL DE OLIVEIRA, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas próprias.Anexa o recibo, cópia do extrato conta corrente, cópia extrato de cartão de crédito , cópia do cheque, declaração do dentista com data atual · CPF 041.556.01877 ELIANA MARIA NUNES MIGUEL DE OLIVEIRA, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas próprias, do filho (Rodrigo Toloi de Andrade) e do pai. Anexa o recibo, cópia do extrato conta corrente, cópia extrato de cartão de crédito, cópia do cheque, declaração da dentista com data atual, ondeela consta todos os tratamento, nclusive dois que não citei na minha declaração. · CPF: SIMONE CERQUEIRA CARDOSO, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas próprias. Anexa o recibo, cópia do extrato conta corrente, cópia extrato de cartão de crédito , relatório do ocorrido e declaração da dentista com data atual · CNPJ 00.081.049/000116 CENTRO OFTALMOLÓGICO DE ITAPOAN S/C LTDA ME, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai, Carlos Toloi CPF 035.301.83849 consulta oftamologica, não conseguiu entrar em contato com a clínica, o recibo foi encaminho via internet, site da prefeitura de Salvador. · : CNPJ: 13.612.189/000115 CLINICA DE OLHOS LEITÃO GUERRAS/S LTDA EPP, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai, Carlos Toloi CPF 35.301.83849 tratamento oftamológico, não consegui entrar em contato com a clínica, o recibo foi encaminho via intrnet site da prefeitura de Salvador. · CPF: 925.463.66572 CLAUDIA COSTA PINTO FURTADOMACHADO, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai, Carlos Toloi CPF 035.301.83849 anexo recibo e cópia do cheque. · CNPJ: 00.317.661/0001 45 PEDCLIN CLINICA ODONTOLÓGICALTDA, questiona o valor total , pois referese a despesas médicas próprias. Anexa recibos, extratos e declaração com data atual da dentista. · CNPJ 15.166.416/000151 REAL SOCIEDADE PORTUGUESA DEZESEIS DE SETEMBRO questiona o valor total , pois referese a despesas médicas do pai, Carlos Toloi CPF 035.301.83849 internação de urgência feita pelo genitor, que estava com sérios problemas com seu convênio, conforme explicada em minha carta .Ficaram de mandar a nota fiscal pelo site da prefeitura de Salvador mas não recebi. A decisão da autoridade de primeira instancia julgou procedente parcialmente a impugnação da Recorrente demonstrando no quadro as glosas mantidas e revertidas: Fl. 245DF CARF MF Processo nº 10855.722301/201585 Acórdão n.º 2402005.581 S2C4T2 Fl. 4 5 (1) A contribuinte anexou o recibo de fl.65, datado de 13/09/2012, no valor de R$200,00. Comprovando, através dos extratos bancários, que no mês de setembro/2012 (fls.139/140) efetuou saques que justificariam o pagamento alegado à fl. 56. (2) Anexa o recibo, no valor de R$ 180,00, de data 13/04/2012 (fl. 58), comprovando o pagamento pela cópia do cheque da mesma data (fl.72), compensado em 17/04/ 2012, conforme extrato bancário (fl.73). Nada apresenta para a diferença de R$ 200,00. Fl. 246DF CARF MF 6 (3) Anexa nota fiscal eletrônica, no valor de R$23,91, datada de 19/7/2012(fl.76), e comprova, através dos extratos bancários, que no mês de julho/2012 (fl.137) efetuou saques que justificariam o pagamento em espécie alegado à fl. 56. (4) Apresenta declaração do prestador especificando nove pagamentos efetuado nos meses de janeiro a setembro de 2012 (fl.79) e recibos nos valores constantes na declaração (fls.80 a 82), totalizando o montante de R$ 12.000,00, afirmando que efetuou os pagamentos em dinheiro (fl.56). Entretanto, pela análise dos extratos bancários presentes nos autos, verificase que a contribuinte não efetuou saques que justificassem os pagamentos. Em geral os saques da contribuinte eram em valores baixo, tais como R$40,00, R$90,00 e R$190,00, os quais continuaram a ser efetuados nos meses em que não houve mais pagamentos para quitar a despesa médica relacionada ao prestador Vanyere de Lima Almeida, indicando que os saques efetuados eram destinados a outras necessidades da contribuinte. (5) Comprovar o efetivo pagamento com os boletos do plano de saúde e comprovantes de pagamentos dos mesmos (fls. 18/38). (6) Apresenta declaração do médico especificando dois pagamentos nos valores individuais de R$400(fl.63). Comprova o efetivo pagamento com a apresentação dos extratos bancários dos meses de março(fl.100) e agosto (fl.74), nos quais há compensação de cheques no valor de R$400,00. (7) Anexa o recibo datado de 26/07/2012 (fl. 83) e comprova, através dos extratos bancários, que no mês de julho/2012 (fls.137/124) efetuou saques que justificariam o pagamento em espécie alegado à fl. 56. (8) Anexa o recibo datado de 27/7/2012 (fl. 64), no valor de R$100,00). Comprova o pagamento pela cópia do extrato do cartão de credito, onde consta o faturamento do montante em 23/8/2012 (fl.85). (9) Anexa declaração (fl. 94) e recibos das despesas médicas, nos valores de R$ 195,00 em 7/3/2012 (fl. 60) e R$ 160,00 em 14/11/2012 (fl.66). Comprovando os pagamentos através da apresentação de cópia de cheque (fl.95) de valor de R$195,00, datado de 7/3/2012, pela apresentação do extrato do cartão de crédito, onde consta o valor de R$ 160,00 faturado em 14/11/2012 (fl. 97). (10) Anexa declaração da prestadora à fl. 99, informando os pagamentos de: R$300,00 em 27/03/2012; R$1.055,83 em 03/04/2012; R$300,00 em 27/04/2012; R$350,00 em 08/05/2012; R$300,00 em 27/05/2012; R$92,00 em 25/09/2012 ; R$66,00 em 23/07/2012 e R$880,00 em 12/07/201, .totalizando o valor de R$ 3.343,88. Anexa recibos às fls: 61 (R$300,00 em 27/03/2012); 57 (R$ 1.055,88 em 03/04/2012); 59 (R$ 300,00 em 27/04/2012); 62 (R$350,00 em 08/05/2012); 104 (R$300,00 em 27/05/2012) e 107 (R$ 880,00 em 12/07/2012), totalizado o montante de R$ 3.185,88. Entretanto, somente comprovou o pagamento da quantia de R$1.872,00, através de: · extratos bancários, onde consta a compensação dos cheques: nº 850976, em 28/3/2012, no valor de R$ 300,00 (fls. 100 e 132); nº 850977 em 30/4/2012, no valor de R$ 300,00 (fls. 101 e 102) e nº 850978 em 28/5/2012, nº valor de R$ 300,00 (fl.105). Fl. 247DF CARF MF Processo nº 10855.722301/201585 Acórdão n.º 2402005.581 S2C4T2 Fl. 5 7 · extratos do cartão de crédito com os faturamentos de: R$92,00 em 25/09/2012 (fl.92) e R$ 880,00, dividido em três parcelar de R$293,34, nos dias 03 dos meses de julho, agosto e setembro (fls. 85 e 109). Faltando a comprovação dos valores de R$1.055,88 e R$350,00, pois apesar de afirmar que pagou através do cartão de crédito, não apresentou os extratos nas competências de abril e maio de 2012. (11) Anexa recibo datado de 11/12/2012, no valor de R$700,00 (fl.111). Afirma que pagou o valor em três parcelas, a primeira com o cheque nº 851006, compensando em 7/12/2012, no valor de R$ 234,00 (fl.112). A segunda e a terceira parcela, no valor de R$ 233,00, pagou com o cartão de crédito faturado em 23/1/2012 e 23/2/2012, porém não apresentou o extrato do cartão de crédito. Assim, como o valor do cheque não confere com o recibo, sem cópia do mesmo não pode ser aceito como relacionado a despesa médica. (12) Anexa duas notas fiscais eletrônicas, no valor de R$ 45,00, datadas de 29/2/2012(fl.118) e 26/1/2012(fl.119). Comprova, através dos extratos bancários, que nos meses de janeiro e fevereiro de 2012, efetuou saques que justificariam o pagamento em espécie (fls.128, 129, 121 e 130). (13) Anexa nota fiscal de 6/3/2012, com valor de R$300,00 (fl.120), afirmando que pagou o montante através do cheque nª 850969 e apresenta extrato bancário onde consta a compensação em 7/2/2012 (fl.121). Entretanto, como a nota fiscal tem data posterior a compensação do cheque, apenas o extrato bancário é insuficiente para comprovar o pagamento da despesa médica. (14) Anexa recibo no valor de R$480,00(fl. 122). Comprovando o pagamento da quantia pela apresentação da cópia do cheque nº 850987 de 15/8/2012 (fl. 123) e extrato bancário (fl. 124). (15) Anexa nota fiscal, datada de 11/10/2012, no valor de R$1.300,00 (fl.87). Comprova que pagou o montante em três vezes, faturando no cartão de crédito nas datas de: 23/9/2012; 23/10/2012 e 23/11/2012 ( 3 vezes de R$ 433,34) (fls. 88 a 91). (16) Nada apresentou comprovantes relacionado a essa despesa médica. Portanto, como o lançamento ocorreu pela ausência de comprovação do efetivo pagamento das despesas médicas, deve ser permitido a dedução da base de cálculo do imposto de renda do montante de R$11.790,22, enquanto o valor não comprovado de R$17.233,88 deve permanecer glosado. Fl. 248DF CARF MF 8 Cientificado da decisão de primeira instancia em 17/02/2016, o contribuinte apresentou tempestivamente, fls. 191/237, em 17/03/2016, o recurso voluntário apresentando, em relação aos item 04, 10, 11 e 13, documentos com vista a comprovar a legitimidade das deduções. Requer que tais documentos sejam acolhidos como hábeis para legitimar a dedução das despesas médicas. É o relatório. Fl. 249DF CARF MF Processo nº 10855.722301/201585 Acórdão n.º 2402005.581 S2C4T2 Fl. 6 9 Voto Conselheira Bianca Felicia Rothschild Relatora O recurso é TEMPESTIVO, eis que intimado da decisão no dia 17/02/2016, interpôs recurso voluntário no dia 16/03/2016, atendendo também às demais condições de admissibilidade. Portanto, merece ser CONHECIDO. Nos termos do artigo 8°, inciso II, alínea "a", da Lei 9.250/1995, com a redação vigente ao tempo dos fatos ora analisados, são dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda pessoa física, a título de despesas com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e dentistas, os pagamentos especificados e comprovados. Lei 9.250/1995: Art. 8°. A base de cálculo do imposto devido no anocalendário será a diferença entre as somas: I de todos os rendimentos percebidos durante o anocalendário, exceto os isentos, os nãotributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva; II das deduções relativas: a) aos pagamentos efetuados, no anocalendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias. (...) § 2º O disposto na alínea ‘a’ do inciso II: (...) II restringese aos pagamentos feitos pelo contribuinte, relativos ao seu próprio tratamento e ao de seus dependentes; III limitase a pagamentos especificados e comprovados, com indicação do nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro de Pessoas Jurídicas de quem recebeu, podendo, na falta de documentação, ser feita indicação do cheque nominativo pelo qual foi efetuado o pagamento.” A Recorrente apresentou cópias dos pagamentos efetuados aos seguintes prestadores (fls 193 a 237): Fl. 250DF CARF MF 10 a) Em relação ao item 04 VANYERE DE LIMA ALMEIDA, recibos já acostados anteriormente aos autos (Fls. 79/82), no entanto, desta vez mais legíveis em que constando valor, data, nome, inscrição no CPF do prestador, mas não indica endereço do prestador e, ainda, declaração do profissional afirmando que o pagamento foi devidamente, realizado pelo contribuinte, em dinheiro. Apresenta, ainda, carta à defensoria pública. b) Em relação ao item 10 ELIANA MARIA NUNES MIGUEL DE OLIVEIRA, recibo no valor de R$ 350,00 que consta de valor, data, nome, inscrição no CPF do prestador, mas não indica endereço do prestador e extrato de conta corrente que demonstra que no dia 08/05/2012 foi realizado um gasto no mesmo valor de R$ 350,00. c) Em relação ao item 11 SIMONE CARDOSO CERQUEIRA, , recibo (fls 212) no valor de R$ 700,00 que consta de valor, data (11/12/2012), nome, inscrição no CPF do prestador e endereço do prestador. d) Em relação ao item 13 CLÍNICA DE OLHOS LEITÃO GUERRA, copia de nota fiscal emitida pela Prefeitura de Salvador (fl 205), no valor de R$ 300,00, referente a exame oftalmológico realizado pelo paciente Carlos Toloi (pai da Recorrente) Tendo em vista os novos documentos acostados aos autos, entendo que os relacionados aos itens 11 e 13 devem ser considerados como legítimos para fins de dedutibilidade de imposto de renda, tendo em vista serem incontestes quanto ao cumprimento de todos os requisitos legais e hábeis a comprovar a respectiva despesa. Forte nas razões expostas, voto no sentido de CONHECER e DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para reconhecer o direito dedução das despesas médicas glosadas, nos termos do voto e dos autos em si. (assinado digitalmente) Bianca Felicia Rothschild. Fl. 251DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11060.002104/2009-15
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2005, 2006, 2007, 2008
BOLSAS DE ESTUDO. ISENÇÃO. REQUISITOS.
Somente são isentas do imposto de renda as bolsas caracterizadas como doação quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos, pesquisas ou extensão e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços.
Numero da decisão: 2402-005.760
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente
(assinado digitalmente)
Mário Pereira de Pinho Filho - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci.
Nome do relator: MARIO PEREIRA DE PINHO FILHO
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ISENÇÃO. REQUISITOS. Somente são isentas do imposto de renda as bolsas caracterizadas como doação quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos, pesquisas ou extensão e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente (assinado digitalmente) Mário Pereira de Pinho Filho Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 06 0. 00 21 04 /2 00 9- 15 Fl. 1158DF CARF MF 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra acórdão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Porto Alegre – DRJ/POA (fls. 1.048/1060), que julgou improcedente impugnação apresentada em face de Auto de Infração de Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF, relativo ao anoscalendário 2004, 2005, 2006 e 2007 / exercícios 2005, 2006, 2007 e 2008, o qual resultou na exigência de crédito tributário no valor de R$ 80.724,82, sendo R$ 39.407,50 de imposto; R$ 29.555,62, de multa proporcional; e R$ 11.761,70, de juros de mora calculados até 31/07/2009. Consta do Auto de Infração (fls. 100/106) que o procedimento fiscal teve como escopo a apuração da apuração de classificação indevida rendimentos na Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física. Impugnação Por bem retratar as alegações trazidas pelo contribuinte na peça impugnatória, reproduzemse os trechos correspondente do Acórdão nº 1029.377, da 4ª Turma da DRJ/POA: Tempestivamente, o interessado apresenta a impugnação da exigência às fls. 73 a 98. Suas alegações estão, em síntese, a seguir descritas. Lançamento, contra o contribuinte, de juros de mora já lançados contra a FATEC, bis in idem tributário. A Auditoria lançou, a débito do Contribuinte, juros de mora calculados pela taxa Selic incidentes sobre o Imposto de Renda lançado com base nas bolsas recebidas. Ocorre que, recentemente, juros de mora incidentes sobre a mesma base de cálculo, qual seja, Imposto de Renda da Pessoa Física, foram lançados contra a Fundação de Apoio á Tecnologia e Ciência. Os juros foram lançados contra a FATEC, juntamente com multa, em razão da falta de recolhimento do IR na fonte. Apesar de se tratar de um título de recolhimento diferente, eventualmente sob uma alíquota diferente, é óbvio que tratase do mesmo imposto que está sendo cobrado da contribuinte, sobre o mesmo fato gerador; logo, sendo idêntica a natureza do principal, idêntica é a natureza do acessório. Transcreve o disposto no art. 4º do CTN. Pelo exposto, requer a decretação da nulidade do Auto de Infração. Boafé. Uso arraigado da isenção nas fundações. Fiscalização dentro do período que não apontou irregularidade. Basicamente, o AFRFB encarregado do cumprimento do MPF apresentou, como motivo para o Lançamento de Ofício, a Fl. 1159DF CARF MF Processo nº 11060.002104/200915 Acórdão n.º 2402005.760 S2C4T2 Fl. 3 3 acusação de que o Contribuinte teria apresentado, nos anos base afetados, "declaração inexata", fundamentando a opção no art. 841, III do RIR/99. No caso, a "inexatidão" consistiria em "classificação indevida de rendimentos na DIRPF", consubstanciada pela declaração, na qualidade de rendimento isento, de bolsas recebidas pelo contribuinte no período afetado. Ocorre que o contribuinte, ao classificar suas bolsas como rendimento nãotributável, não errou nem agiu de máfé. Ao revés,f seguiu orientação da Lei e de seus regulamentos, bem como das práticas reiteradamente adotadas pela DRF de Santa Maria na interpretação do alcance e da incidência da isenção concedida pelas leis 8.958/94 e 9.250/95 e seus regulamentos, notadamente o Decreto n° 5.205/04. Ou seja, não se trata de inexatidão; mas sim, da aplicação de uma interpretação juridicamente válida e até então pacificamente aceita, e compartilhada pelos próprios AFRFB lotados em Santa Maria. Vale dizer que o entendimento do contribuinte, que era também o da Receita, é no sentido de que suas bolsas são nãotributáveis, embora a Declaração não lhe permita fazer diferença entre essa natureza e a de "receita isenta". Em 31 de maio de 2001, a Fundação foi intimada, pelo MPF 1010300 2001 000714, referente às bolsas pagas, onde então foi verificado o cumprimento das obrigações fiscais. Logo, houve fiscalização sobre os mesmos fatos analisados pela presente autuação, sem que fosse apontada a suposta irregularidade agora lançada. Como houve fiscalização específica sobre o cumprimento das obrigações fiscais relativamente às bolsas de estudo e pesquisa, com análise de toda a documentação pertinente, restou consolidado o entendimento de que as bolsas em questão não sofrem a incidência do IRRF. Por conseguinte, este critério jurídico deve sei" respeitado, até o momento em que a administração muda de entendimento. Cita o artigo 100 do CTN. Como no caso em tela tratamos de modificação de interpretação jurídica, e não erro de fato, deve vigorar o entendimento que até então era aceito. Nesse sentido, o contribuinte cita a doutrina. Transcreve ementas da jurisprudência judicial. Pelo exposto, requer que, em face de ter o contribuinte agido: A) com base em prática arraigada em situações de fato e de direito análogas ou idênticas; B) de ser tal prática aceita pelas autoridades competentes; C) de ter sido o sistema de bolsas da FATEC, no qual se origina a matéria de fato, ter sido Fl. 1160DF CARF MF 4 sucessivamente fiscalizado em 1996, 2001 e 2005, com ênfase especial em 2001, e de não ter sido constatada nenhuma infração em tais ocasiões, corroborando a prática em vigor; D) de ter agido o contribuinte; de boafé, ao declarar suas bolsas como nãotributáveis, de acordo com o informe assim rotulado, que lhe foi entregue pela FATEC; E) de acreditar o contribuinte, assim como já interpretou a SRF, que as bolsas que recebeu são, de fato e de direito, nãotributáveis, como abaixo se comprovará. Seja o auto de infração anulado, por conter multa e juros de mora indevidos, a teor do disposto no art. 100, § único do CTN. Efeito confiscatório art. 150, IV da CF Princípio dos motivos determinantes. O Auto de Infração deve ser anulado, por representar o uso indevido da legislação tributária com intenção confiscatória proibida pela Constituição Federal. Configuração dos requisitos para isenção Está ao abrigo da isenção preconizada pelas leis 8.958/94, 9.250/95 e pelo Decreto 5.205/04. Suas atividades preenchem plenamente os requisitos estabelecidos pela legislação; ou seja, sua declaração, nesse sentido e contexto, foi perfeitamente exata, afastando o fundamento principal do Lançamento de Ofício. A legislação invocada no auto de infração como delimitadora da outorga de isenção: Lei 9250/95, Lei 8958/94 e Decreto 5.205/04 estabelece o seguinte conjunto de requisitos: 1. Que a bolsa seja caracterizada como doação (sendo, portanto, inadmitida a contraprestação de serviços, exceto no caso de extensão); 2.Que a bolsa seja de estudo, pesquisa ou EXTENSÃO; 3. Que os resultados do estudo, da pesquisa ou do ato de extensão não revertam economicamente para o doador da bolsa. A bolsa é uma doação em dinheiro, titulada, no caso em tela, pela FATEC como doadora e pelo contribuinte como donatário. A contraprestação (no caso, de serviços) é caracterizada como elemento sinalagmatismo, ou seja, o troco da bolsa, o bolsista presta um serviço a favor do donatário. Salvo no restrito caso da Patente, regrada por lei própria, o conteúdo d arte ou do conhecimento produzido por um bolsista é patrimônio universal, que nessa qualidade, também pode ser recebido pelo doador. A outra exceção é a extensão. E de sua essência a prestação do serviço especializado, fundamentalmente como atividade de meio para a qualificação do estudante ou docente, vez que propicia o campo prático pra exercício do estudo teórico e para a comprovação e aplicação de hipóteses e teses. Fl. 1161DF CARF MF Processo nº 11060.002104/200915 Acórdão n.º 2402005.760 S2C4T2 Fl. 4 5 A bolsa de pesquisa constituise em instrumento de apoio e incentivo à execução de projetos de pesquisa científica e tecnológica. A bolsa de extensão constituise em instrumento de apoio à execução de projetos desenvolvidos em interação com os diversos setores da sociedade que visem ao intercâmbio e ao aprimoramento do conhecimento utilizado, bem como ao desenvolvimento institucional, científico e tecnológico da instituição federal de ensino superior ou de pesquisa científica e tecnológica apoiada. Pelo último requisito, o doador a bolsa não pode obter benefício econômico com o resultado do estudo, da pesquisa ou do ato j de extensão; ou, em bom português, não pode obter lucro. O sistema de relacionamento Universidade Fundação Docente foi idealizado de modo que os institutos comuns da legislação civil permitissem o efeito isenção. A intermediação da Fundação destinase exatamente' a evitar que o Docente estabeleça relacionamento direto com o Mercado, bem como a vincular os fins de sua atividade aos pilares da educação superior Ensino, Pesquisa e Extensão. Destarte, a Fundação aparecerá, na maioria dos casos, como doadora das bolsas, sem obter com isso nenhum proveito econômico nem contraprestação de serviços do docente. Pelo exposto, impugna o sentido dado pelo AFRFB responsável pela autuação à legislação pertinente, por ser ofensivo à real aplicabilidade da isenção às bolsas em geral. Fundamento econômico da isenção favorecimento do PIB e do patrimônio público por via diversa da tributária A isenção é incentivo econômico e não meramente financeiro As isenções sempre são fundamentadas em um interesse do Estado que seja maior ou mais importante que a receita renunciada. Dessa forma, a isenção serve para estimular o desenvolvimento de atividades econômicas incipientes; para estimular o desenvolvimento de certa região geográfica; para incrementar a capacidade competitiva de certo setor econômico em face da concorrência internacional; para combater crises; para privilegiar( cidadão em situação fática especial, como certos doentes; e muitas outras razões da mais alta importância. No caso em tela, a isenção se presta a privilegiar o Docente que, por sua iniciativa, busca desenvolver as atividades não obrigatórias de ensino, pesquisa e extensão. Mais recentemente, o processo de inovação ,tecnológica foi oficialmente estatizado pela Lei 10.973, que igualmente trouxe importantes incentivos para os docentes universitários, além da bolsa. Fl. 1162DF CARF MF 6 É perfeitamente claro que a incorporação de desenvolvimento e de capital intelectual à nação Brasileira é muito mais valiosa e importante que a renúncia fiscal consistente na isenção e é a sua razão de ser. Tratase de uma forma de arrecadação extrafiscal, acrescida de arrecadação reflexa decorrente de novos negócios e atividades baseados em tecnologia e conhecimento nacionais. Destarte, uma interpretação que anule a possibilidade de isenção vai de encontro ao sistema idealizado pelas leis 8.958 e 10.973, frustrando os objetivos estratégicos do Estado assim envolvidos, e, portanto, ofendendo a baliza teleológica da interpretação. Relação de trabalho Art. 43 do RIR x Doação com encargos – nãoincidência do IR Incompetência material da SRF O RIR/99 dá dois tratamentos possíveis a bolsas de estudo: ou a isenção, pelo art. 39, ou a tributação, pelo art. 43,1. O caso de isenção e seus requisitos já foram exaustivamente analisados. O caso de tributação, ao contrário'do que possa parecer, não é de mera aplicação alternativa dos dispositivos supracitados; mas cumulativa. Ou seja, não só a bolsa deve deixar de preencher os requisitos de isenção, mas também deve preencher os requisitos de tributação do art. 43, I. Ou seja: a bolsa de estudo e pesquisa deve ser resultado de contrato de trabalho assalariado ou resultar do exercício de cargo, emprego ou função. Ocorre que a FATEC nunca toma a iniciativa de um projeto. Os projetos sempre são de iniciativa dos Professores, que possuem as equipes e a previsão dos recursos necessários para sua execução. Logo, tratase da primeira desconfiguração de incidência do IR. A segunda desconfiguração vem do fato que os Professores bolsistas não detém cargo, nem emprego nem função na FATEC. Não são contratados, nem formal nem informalmente, para prestar serviços. A relação entre as partes é totalmente voluntária, sem subordinação, dependência econômica ou obrigação de assiduidade. A terceira vem do fato de que normalmente as ações que possam ser identificadas como contraprestação de serviços ficam ao encargo dos alunos, na qualidade de prática profissional, ou, a cargo dos empregados da FATEC. Ainda há o caso especial da Bolsa de Extensão, que não foi prevista no dispositivo supracitado, mas está prevista como isenta no dec. 5.205/04.Logo, ou a bolsa de extensão é isenta, ou, é caso absoluto de nãoincidência,por falta de previsão expressa (como fato gerador). Logo, observase que, uma vez que, no caso, não estão preenchidos os requisitos para tributação, mesmo que Fl. 1163DF CARF MF Processo nº 11060.002104/200915 Acórdão n.º 2402005.760 S2C4T2 Fl. 5 7 eventualmente não se configure a isenção, a situação é de não tributação pelo IR. Ademais, ao escapar, ao menos em tese, da hipótese de isenção, parece haver sério conflito de competência tributária entre o Estado do RS e a União. Isso porque as bolsas de pesquisa, salvo que sejam fraude ao contrato de trabalho (e este não é o caso), sempre são doação mesmo que com encargos. Como se pode observar do art. 43, I (supracitado), o mesmo é aplicável à bolsa não em função da mera contraprestação voluntária de serviço; mas da existência de vínculo jurídico de prestação de serviço entre o "doador'j e o "donatário": O Contribuinte Donatário nunca teve vínculo jurídico nenhum para com a FATEC. Não mantém contrato de tipo nenhum com a mesma, não lhe deve subordinação, nem dependência econômica, nem assiduidade. Suas obrigações decorrentes do Projeto são apenas morais, para com a UFSM e ninguém mais. Vale dizer, se o Contribuinte deixar de executar as tarefas do Projeto, a Fatec nada pode fazer, exceto deixar de doar ajbolsa no próximo mês. Mas não poderá exigir do Contribuinte que faça ou deixe de fazer qualquer tarefa. Igualmente, a UFSM também não o pode exigir. No mesmo compasso, se a FATEC deixar de lhe pagar as bolsas, a legislação não dá ao Contribuinte título jurídico para exigi las. | Logo, estamos diante de doação, mesmo que, eventualmente, com encargo a favor de terceiro. Em tese, pode incidir o ITCMD, instituído no RS pela Lei 8.821/89. Mas isso não diz respeito à Receita Federal. Pelo exposto, requer que o Auto de Infração seja integralmente anulado, por ter sido lavrado em ofensa às normas constitucionais e infraconstitucionais sobre competência tributária, e por ter aplicado Imposto de Renda sobre eventos, que, em tese, são fatos geradores de ITCMD do Estado do Rio Grande do Sul. Amoldamento dos fatos à legislação em vigor Segundo a Fiscalização, os projetos que originaram a autuação, contém contraprestação de serviços, apresentam vantagem para o doador das bolsas e não são de pesquisa, motivo pelo qual as bolsas oriundas dos mesmos foram erroneamente classificadas como isentas; fato esse que consistiria em "DECLARAÇÃO INEXATA", fazendo incidir, entre outros dispositivos, os arts. 43 e 841, II, do RIR/99 e o art. 44,1, da lei 9.430. O contribuinte descreve os projetos pelos quais ele recebeu bolsa, com o intuito de demonstrar que o entendimento da fiscalização é totalmente equivocado. Fl. 1164DF CARF MF 8 Pelo exposto, o contribuinte requer: A A juntada dos documentos comprobatórios em anexo aos autos do processo fiscal, para que seja encaminhado ao órgão competente para julgamento e surta seus efeitos legais; B A decretação da nulidade do Auto de Infração, de pleno direito, por: 1. Conter bis in idem tributário; 2. Ser resultante do uso indevido do sistema tributário federal com o fim de provocar efeito de confisco; 3. Resultar da aplicação indevida de multas e juros, contra contribuinte que seguiu orientação jurídica pacificamente aceita e emanada da SRF; 4. Resultar de conduta, em tese, penalmente típica, por ser presumivelmente de conhecimento da SRF e de seus prepostos o lançamento, contra outro Contribuinte, de parcelas que foram lançadas contra o impugnante; 5. Ter sido lavrado por autoridade incompetente para fiscalizar e tributar fatos geradores relativos à doação; C O reconhecimento de ser o Imposto de Renda nãoincidente sobre fatos geradores caracterizados como doação; J D Alternativamente, que sejam as bolsas! recebidas pelo Impugnante consideradas isentas do Imposto de Renda, em vista dd entendimento da SRF que estava em vigor à época dos fatos geradores; E Sendo as bolsas consideradas nãoisentas, que sejam excluídos do auto os juros já cobrados da FATEC, como acima descrito; F Em vista da boafé do contribuinte, e da alteração de entendimento da SRF, que sejam excluídas as parcelas referentes a multa e juros de mora, na forma da legislação aplicável. A 4ª Turma de Julgamento DRJ/POA, por unanimidade de votos, julgou procedente o lançamento, conforme ementa do acórdão da decisão recorrida. Vejamos: ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Anocalendário: 2004, 2005, 2006 e 2007 Ementa: NULIDADE. Comprovado que o procedimento fiscal foi feito regularmente, não se apresentando, nos autos, as causas apontadas no art. 59 do Decreto n.° 70.235, de 1972, não há que se cogitar em nulidade do lançamento. INCONSTITUCIONALIDADE. O exame da constitucionalidade ou legalidade das leis é tarefa estritamente reservada aos órgãos do Poder Judiciário. DECISÕES JUDICIAIS. EFEITOS. a eficácia dos acórdãos dos tribunais limitase especificamente ao caso julgado e às partes Fl. 1165DF CARF MF Processo nº 11060.002104/200915 Acórdão n.º 2402005.760 S2C4T2 Fl. 6 9 inseridas no processo de que resultou a sentença, não aproveitando esses acórdãos em relação a qualquer outra ocorrência senão aquela objeto da sentença, ainda que de idêntica natureza, seja ou não interessado na nova relação o contribuinte parte do processo de que decorreu o acórdão. DIRPF. INFORMAÇÕES. RESPONSABILIDADE DO CONTRIBUINTE. A responsabilidade pelas informações prestadas na declaração de rendimentos é do declarante, independentemente de entrega do comprovante de rendimentos pela fonte pagadora. BOLSAS DE ESTUDO E PESQUISA. Somente são isentas as bolsas de estudo caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os1 resultados dessas pesquisas não representem vantagem pra o doador e nem importem contraprestação de serviços. MULTA DE OFÍCIO E JUROS DE MORA. Os valores apurados em procedimento fiscal deverão ser submetidos à devida tributação com a aplicação da multa de ofício e dos juros de mora. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Em seu recurso voluntário (fls. 1.103/1.113) o recorrente repisa questões trazidas na impugnação no que diz respeito à natureza das pesquisas realizadas, ressaltando, adicionalmente, que: a) a decisão não analisou a vasta documentação apresentada, eis que nada mencionou sobre a especificidade dos projetos em que atuou ou da forma como se deu sua atuação, tendo os julgadores simplesmente optado por não analisar nenhuma das provas carreadas aos autos; e b) os membros do Colegiado a quo decidiram todas as impugnações opostas por bolsistas da FATEC juntas, como se uma só fossem, sem avaliar casuisticamente nenhuma delas, sem atentar para a gigantesca diversidade de projetos em que os bolsistas estão envolvidos (pesquisa, extensão, ensino, convênios, contratos, termos de parceria, etc), o que não é condizente com o princípio do contraditório e da ampla defesa. Por fim, postula pela reforma da decisão ora atacada, de modo que seja determinada a anulação do Auto de Infração, reconhecendose que as bolsas que lhe foram concedidas pela FATEC, nos projetos em que este atuou, tiveram o caráter jurídico de doação, de forma que sobre elas não há incidência do IRPF. É o relatório. Fl. 1166DF CARF MF 10 Voto Conselheiro Mário Pereira de Pinho Filho Relator O recurso é tempestivo e atende às demais condições de admissibilidade, portanto, dele conheço. Preliminar de Nulidade Consoante consta da peça recursal, os julgadores de primeira instância simplesmente optaram por não analisar nenhuma das provas carreadas aos autos, julgando todas as impugnações opostas por bolsistas da FATEC como se fossem uma só. Ao agir dessa forma, sem atentar para a diversidade de projetos em que os bolsistas atuavam, a DRJ/POA adotou procedimento que vai de encontro à noção de ampla defesa e contraditório. Primeiramente, é preciso esclarecer que o fato de não haver, na decisão atacada, menção a cada um dos projetos cujas cópias foram acostadas aos autos pelo recorrente, não quer dizer que o Colegiado a quo não os tenha analisado. No caso, verificase prescindível fazer referência às especificidades desses projetos para formar juízo a respeito da situação fática abordada no Auto de Infração, bastando para tal, como se verá adiante, o exame dos contratos que respaldaram o pagamento das bolsas objeto da autuação. Além do mais, é pacífico no âmbito deste Colegiado, que o órgão julgador não é obrigado a rebater cada um dos argumentos declinados pelo contribuinte, aqui compreendida a documentação colacionada aos autos, desde que tenha adotado argumento suficiente para fundamentar a sua decisão. Com efeito, o decisum atacado considerou que, para que os valores recebidos a título de bolsa de estudos pudesse gozar da isenção em pauta, farseia necessário o atendimento cumulativo dos seguintes requisitos: i) serem caracterizados como doação; ii) serem recebidos exclusivamente para a realização de estudos/pesquisas; e ii) que os resultados destas atividades não representassem vantagens para o doador nem importasse em contraprestação de serviços. De se notar que o voto condutor do acórdão da DRJ/POA, ao assentar que os requisitos previstos em lei para a fruição do favor legal não foram cumpridos, tomou por base os apontamentos contidos no Relatório de Fiscalização (fls. 108/126), feitos a partir da análise dos contratos trazidos aos autos, segundos os quais, “a concessão das referidas bolsas teve por objeto o pagamento de mãodeobra especializada e imprescindível para o atendimento dos compromissos contratados com financiadores dos projetos, caracterizando, desta forma a contraprestação de serviços”. Senão vejamos: Conforme consta do Relatório da Fiscalização contido no auto de infração às fls. 55 a 64, os rendimentos recebidos a título de bolsa de estudo e pesquisa da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência FATEC, nos anoscalendário 2004, 2005, 2006 e 2007, considerados pelo contribuinte como isentos e não tributáveis, foram objetos de lançamento, por entender que tais bolsas não Fl. 1167DF CARF MF Processo nº 11060.002104/200915 Acórdão n.º 2402005.760 S2C4T2 Fl. 7 11 satisfazem os critérios previstos para usufruir o benefício de isenção previsto em lei. Diante da minuciosa descrição dos fatos feita pela fiscalização e da farta documentação constante dos autos, constatase que os valores percebidos pelo impugnante foram em virtude de prestação de serviços à Fundação. No caso, verificase que há prestação de serviço da FATEC para a UFSM, sendo que a fundação contrata servidores pertencentes aos quadros da própria universidade para comporem a equipe técnica que atuará na execução do projeto, mediante o pagamento de bolsas. Assim, a FATEC efetua os pagamentos aos servidores participantes como remuneração pelos serviços prestados nos diversos projetos. Destarte, as atividades desenvolvidas pelos bolsistas representam uma vantagem para o doador ou contraprestação de serviços, ainda que de forma indireta, descaracterizando a isenção nos termos do inciso VII do art. 39 do RIR/99, pretendida pelo impugnante.(Grifamos) Assim, embora, por desnecessário, não se tenha feito referência individualizada a cada um dos documentos anexados à impugnação, constato que, diferentemente do que indaga o recorrente, não restou caracterizada a alegada ofensa à ampla defesa ou ao contraditório, mormente porque as razões que levaram os julgadores de primeira instância a concluir pela improcedência da impugnação estão devidamente evidenciadas no acórdão recorrido. Afasto, pois, a preliminar. Mérito No que se refere ao mérito, a questão cingese à discussão sobre a natureza dos rendimentos percebidos pelo sujeito passivo e caracterizados como bolsa de extensão, na forma da Lei nº 8.958/1994, com o objetivo de determinar se estes estariam amoldados à espécie de rendimentos isentos ou não tributáveis, tal como informado nas Declarações Anuais de Ajuste DAA, ou se deveriam ser entendidos como rendimentos tributáveis. Alega o recorrente que as bolsas que lhe foram concedidas pela FATEC preenchem o requisitos estabelecidos na legislação isentiva, estando em consonância com os disposto no art. 26 da Lei nº 9.250/1996, no art. 4º da Lei nº 8.958/1994 e nos arts. 6º e 7º do Decreto nº 5.205/2004. Consta do peça recursal que: O contribuinte, ora recorrente, atuou em projetos de pesquisa. EM NENHUM DOS PROJETOS, NENHUM. A FATEC FICOU COM O MONOPÓLIO DOS RESULTADOS DA SUA PESQUISA, NUNCA. Tais também não foram privilégio da UFSM ou de qualquer outra empresa ou entidade. Os resultados das pesquisas FORAM PUBLICADOS EM CENTENAS DE ARTIGOS E PERIÓDICOS de âmbito nacional e internacional. Ou seja, o conhecimento desenvolvido pelo autor se tornou PÚBLICO! Ninguém obteve lucro com essa Fl. 1168DF CARF MF 12 pesquisa (a não ser a humanidade como um todo, haja vista o conhecimento obtido), muito menos a FATEC que doou bolsas para incetivo da mesma e NÃO GANHOU ABSOLUTAMENTE NADA COM ISSO! (Grifos do Original) De conformidade com o acórdão recorrido, as bolsas concedidas por instituições de ensino são, via de regra, consideradas como rendimentos tributáveis, tal como estabelecido pelo art. 43, I, do RIR/1999, na medida em que, acrescendo o patrimônio do contribuinte, devem ser consideradas riquezas novas, passíveis de tributação. A despeito do tratamento conferido pela legislação tributária para as bolsas em geral, o legislador conferiu tratamento diferenciado a essa espécie de benefício quando verificadas simultaneamente três condições, a saber: i) constituir mera liberalidade do cedente em favor do beneficiário, sem significar o pagamento de contraprestação, caracterizandose como doação; ii) sua concessão se dê exclusivamente para a realização de estudos e pesquisas; e iii) os resultados destas atividades não representem vantagens para o doador. Aliás, é essa a dicção expressa do art. 39, VII do RIR (fundamentado no art. 26 da Lei n.º 9.250/95), in verbis: Art. 39. Não entrarão no cômputo do rendimento bruto: [...] VII as bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços (Lei nº 9.250, de 1995, art. 26). Esse entendimento é perfeitamente aplicável também às bolsas de ensino e pesquisa referidas no § 1º do art. 4º da Lei n.º 8.958/1994 e no Decreto nº 5.205/2004, que regulamenta a legislação em espeque, conforme se infere dos dispositivos reproduzidos a seguir: Lei nº 8.958/1994 Art. 4º As IFES e demais ICTs contratantes poderão autorizar, de acordo com as normas aprovadas pelo órgão de direção superior competente e limites e condições previstos em regulamento, a participação de seus servidores nas atividades realizadas pelas fundações referidas no art. 1º. desta Lei, sem prejuízo de suas atribuições funcionais. § 1º A participação de servidores das IFES e demais ICTs contratantes nas atividades previstas no art. 1º. desta Lei, autorizada nos termos deste artigo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, podendo as fundações contratadas, para sua execução, conceder bolsas de ensino, de pesquisa e de extensão, de acordo com os parâmetros a serem fixados em regulamento. Decreto n.º 5.205/2004 Art. 6º As bolsas de ensino, pesquisa e extensão a que se refere o art. 4º , § 1º , da Lei 8.958, de 1994, constituemse em doação civil a servidores das instituições apoiadas para a realização de estudos e pesquisas e sua disseminação à sociedade, cujos Fl. 1169DF CARF MF Processo nº 11060.002104/200915 Acórdão n.º 2402005.760 S2C4T2 Fl. 8 13 resultados não revertam economicamente para o doador ou pessoa interposta, nem importem contraprestação de serviços. (...) Art. 7º As bolsas concedidas nos termos deste Decreto são isentas do imposto de renda, conforme o disposto no art. 26 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, e não integram a base de cálculo de incidência da contribuição previdenciária prevista no art. 28, incisos I a III, da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. (Grifos Nossos) Extraise do art. 110 do Código Tributário Nacional que “a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado [...] para definir ou limitar competências tributárias”, em vista disso, temse que, nos termos da legislação de regência, as bolsas de estudo somente podem ser consideradas como rendimentos isentos ou não tributáveis nas hipóteses em que tais verbas possam, na forma da legislação cível, ser consideradas como doações por parte da instituição de ensino em favor do beneficiário e, como já se viu, sem qualquer exigência de contraprestação por parte deste em favor do doador. Não é outro o juízo que tem imperado nas decisões do Superior Tribunal de Justiça: TRIBUTÁRIO IMPOSTO DE RENDA BOLSA DE ESTUDOS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL ISENÇÃO DOAÇÃO NÃO CARACTERIZADA CONTRAPRESTAÇÃO DE SERVIÇOS RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. 1. A isenção do imposto de renda prevista no art. 26 da Lei 9.250/95 exige que a bolsa de estudos seja espécie de doação, sem vantagens para o doador. 2. Hipótese em que o recorrente continuou recebendo salário a título de bolsa de estudos para desenvolver atividades acadêmicas no exterior, assumindo por escrito a obrigação de reverter ao empregador os resultados dos estudos e pesquisas por este financiados. 3. A manutenção da natureza salarial da verba paga para cobrir os custos da oportunidade dada pelo Banco Central do Brasil ao seu servidor descaracteriza a doação. 4. Recurso especial improvido.” (STJ, 2ª Turma, REsp 959.195/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, julgado em 25/11/2008, DJe 17/02/2009) (Grifos Nossos) No mesmo sentido, é o entendimento que prepondera neste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF Exercício: 2006, 2007, 2008 IRPF. BOLSA DE EXTENSÃO. ISENÇÃO. De acordo com a jurisprudência deste CARF e em consonância com julgados do STJ, apenas são isentos os rendimentos provenientes de bolsas de estudos concedidas se tais valores decorrerem de liberalidade, bem como se os trabalhos exercidos pelo beneficiário não representem, de nenhuma forma, benefício Fl. 1170DF CARF MF 14 econômico para a instituição de ensino ou contraprestação pela prestação de serviços. Hipótese em que as bolsas recebidas pelo contribuinte não caracterizam mera liberalidade da instituição de ensino. (Acórdão 2101002.370, Processo: 11080.005297/200910, data de Publicação: 24/02/2014, Relator(a): ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA) Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF Exercício: 2005, 2007, 2008 BOLSAS DE ESTUDO. ISENÇÃO. REQUISITOS NÃO ATENDIDOS. Somente são isentas do imposto de renda as bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços. (Acórdão 2102003.083, Processo: 11060.002452/200984, data de Publicação: 14/08/2014, Relator(a): ROBERTA DE AZEREDO FERREIRA PAGETTI) Com base nesses assentamentos, mostrase adequado analisar, de forma individualizada, cada uma das circunstâncias que deram ensejo ao lançamento, de modo a concluir se os valores recebidos pelo contribuinte da FATEC poderiam ser qualificados juridicamente como doações, importando mera liberalidade em favor do recorrente, sem a exigência de contraprestação em favor do pretenso doador. A esse respeito, o Relatório de Fiscalização (fls. 108/126) esclarece que, com o fim de estabelecer a natureza dos rendimentos, a autoridade autante examinou a documentação entregue pela FATEC relativa aos seguintes projetos: a) Diagnóstico em Micologia Humana e Animal – nº 95407 (fls. 18/29); b) Avaliação de Fungos Patogênicos e seus Metabólicos n° 95420 (fls. 30/44); e c) Desenvolvimento e Avaliação de Produtos Biológicos, Técnicas Diagnosticas, Aplicadas à Micologia Animal e Humana – nº 95440 (fls: 46/60). Os códigos de cada um desses projetos constam da última coluna dos comprovantes de rendimentos entregues pelo sujeito passivo (fls. 8/13). Sobre os citados projetos, a fiscalização apresentou considerações que, pela relevância para o deslinde da controvérsia que ora se analisa, fazse necessário reproduzir em sua integralidade: Diagnóstico em Micologia humana e Animal – 95407 Analisando o contrato 91/2003, observase que os recursos financeiros do projeto foram provenientes dos clientes conforme dispõem a alínea b da cláusula segunda do contrato. Dentre os objetivos elencados na descrição do projeto consta o item (2.2 1): promover assessoria ao diagnóstico micológico e Fl. 1171DF CARF MF Processo nº 11060.002104/200915 Acórdão n.º 2402005.760 S2C4T2 Fl. 9 15 bacteriológico aos laboratórios clínicos do interior do Rio Grande do Sul. Observase, portanto a vinculação entre a origem dos recursos e a contrapartida requerida, desconfigurandose assim a isenção dos valores distribuídos aos docentes participantes. De acordo com consulta aos arquivos digitais de lançamentos contábeis entregues pela FATEC em 07/02/08, obtidos em decorrência de ação fiscal e cumprimento ao Mandado de Procedimento Fiscal Fiscalização nº 1010300.2008.00045, verificouse que os recursos obtidos pela Fundação para a execução do projeto foram obtidos a partir de pagamentos efetuados por pessoas jurídicas interessadas nos resultados do projeto, tais como Agrogen Desenvolvimento Genético, Penasul Alimentos Ltda., dentre outras. O Montante recebido pelo fiscalizado referente à prestação de serviços neste projeto, totalizou R$ 21.600,00 no anocalendário 2004 e R$ 9.600,00 no anocalendário 2005. Avaliação de Fungos Patogênicos e seus Metabólicos – 95420 O projeto apresenta o mesmo padrão do anterior: recursos obtidos junto aos clientes (cláusula segunda, alínea b) tendo como contrapartida “Oferecer aos profissionais das áreas médicoveterinárias e zootécnica, produtos e serviços que tragam melhor custo beneficio nas áreas de avicultura, bovino e oviniculturas. Ao mesmo tempo, oferece diagnóstico laboratorial ao meio médico e ao meio veterinário, nas áreas de micologia, microbiologia, imunologia e biologia molecular”. Ou seja, há verdadeira prestação de serviços a ente privado, dentre os financiadores do projeto se encontram as empresas Alltech do Brasil Agroindústria, Agrogen Desenvolvimento Genético, Açucareira Quata S/A, Perdigão Agroindústria S.A. Tais informações foram obtidas nos arquivos digitais da contabilidade da FATEC anteriormente mencionados. O montante recebido pelo fiscalizado referente à prestação de serviços neste projeto totalizou R$ 28.800,00 no anocalendário 2005 e R$ 35 200,00 no anocalendário 2006. Desenvolvimento e Avaliação de Produtos Biológicos, Técnicas Diagnosticas, Aplicadas à Micologia Animal e Humana 95440 Novamente a mesma configuração dos projetos anteriores, tendo mesmos objetivos do projeto "Avaliação de .Fungos,. Patogênicos e seus Metabólicos”. Em. consulta aos arquivos digitais da contabilidade também se verificou pagamento de empresas interessadas nos resultados do projeto tais como Açucareira Quata S/A, Agrogen Desenvolvimento Genético, Alltech do Brasil Agroindústria, Syngenta Seeds Ltda. Du Pont do Brasil S.A. O montante recebido pelo fiscalizado referente à prestação de serviços neste projeto totalizou R$ 3.700,00 no anocalendário 2006 e R$ 44.000,00 no anocalendário 2007. Fl. 1172DF CARF MF 16 Considero elucidativos os esclarecimentos constantes do Relatório de Fiscalização. De fato, verificase, em vista dos elementos trazidos aos autos, sobretudo dos contratos e demais documentos de fls. 18 a 60, que as bolsas pagas ao contribuinte decorreram de sua participação em projetos desenvolvidos a partir de contratos firmados entre a Universidade Federal de Santa Maria e a FATEC, cujos recurso foram obtidos junto a pessoas jurídicas de direito privado. Por certo, não há como considerar que tais pagamentos tenham constituído mera liberalidade da FATEC em favor do sujeito passivo, tampouco que os produtos das atividades desenvolvidas pelo recorrente não tenham representado vantagem para a contratante. Ao revés disso, todos os serviços remunerados sob a forma de bolsa de extensão exigiam resultados específicos em benefício dos financiadores dos projetos. Também não remanescem dúvidas quanto ao proveito econômico obtido pela Fundação, eis que essa captou recursos junto a entidades privadas e, em contrapartida, desenvolveu programas voltados para os interesses dessas entidades. Cabe fazer ainda um breve comentário sobre asserção feita no recurso voluntário, de que “EM NENHUM DOS PROJETOS, NENHUM. A FATEC FICOU COM O MONOPÓLIO DOS RESULTADOS DA SUA PESQUISA, NUNCA. Tais também não foram privilégio da UFSM ou de qualquer outra empresa ou entidade. Os resultados das pesquisas FORAM PUBLICADOS EM CENTENAS DE ARTIGOS E PERIÓDICOS de âmbito nacional e internacional. Sobre essa questão, convém salientar que todos os contratos que redundaram no desenvolvimento dos projetos acima referenciados continham cláusula de confidencialidade, o que também denota que as pesquisas foram feitas em proveito de seus demandantes. Abaixo reproduzse referida cláusula, cuja redação e comum aos citados contratos: CLÁUSULA SÉTIMA DA CONFIDENCIALIDADE, TITULARIDADE E PARTICIPAÇÃO NA CRIAÇÃO INTELECTUAL A CONTRATADA comunicará a CONTRATANTE, durante e após a vigência do presente Contrato, os resultados alcançados pelo PROJETO, passíveis de obtenção de proteção legal, no âmbito da legislação de propriedade intelectual, ou de licenciamento a terceiros, devendo ser informado à CONTRATANTE, caso seja efetuado o respectivo registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI, ou em outro órgão competente. SUBCLÁUSULA ÚNICA Qualquer licença de uso da criação intelectual resultante do PROJETO, para terceiros nele não envolvidos, deverá observar a regulamentação específica aplicável às operações com recursos públicos e incluir a participação da CONTRATANTE, desde a fase de sua negociação, devendo o respectivo contrato ser formalmente aprovado pela CONTRATANTE1 e registrado no órgão competente. Aludida cláusula se soma aos demais elementos já evidenciados, tornando ainda mais claro que os valores recebidos pelo recorrente decorreram de verdadeira prestação de serviços à FATEC, a qual obteve proveito com as atividades desenvolvidas, não havendo que se falar que os recursos despendidos para o pagamento dos executores dos referidos projetos tenham constituído qualquer espécie de doação. Fl. 1173DF CARF MF Processo nº 11060.002104/200915 Acórdão n.º 2402005.760 S2C4T2 Fl. 10 17 De se acrescentar que há inúmeras decisões de segunda instância administrativa que versam sobre situação semelhante à retratada no presente processo, onde a fonte pagadora é, inclusive, a mesma (FATEC) e os contratados são professores vinculados à Universidade Federal de Santa Maria. Essas decisões reconhecem, indistintamente, a natureza tributável de rendimentos de mesma espécie dos tratados neste processo. A título de exemplo, citamos os acórdãos nº 2801003.850, 2801003.680, 2801003.338, 2801003.343. CONCLUSÃO Ante o exposto, voto no sentido CONHECER, afastar a preliminar de nulidade e, no mérito, NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Mário Pereira de Pinho Filho. Fl. 1174DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13749.720232/2011-47
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 15 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2006
DEDUÇÃO. DEPENDENTES. COMPANHEIRA.
Nos termos do inciso II do art. 35 da Lei nº 9.250/95, poderão ser considerados dependentes o companheiro ou a companheira, desde que haja comprovação de vida em comum por mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2402-005.708
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso e negar-lhe provimento.
(Assinado digitalmente)
Mário Pereira de Pinho Filho, Presidente em Exercício.
(Assinado digitalmente)
Ronnie Soares Anderson, Relator.
Participaram do presente julgamento o(a)s Conselheiro(a)s Mário Pereira de Pinho Filho, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci.
Nome do relator: RONNIE SOARES ANDERSON
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DEPENDENTES. COMPANHEIRA. Nos termos do inciso II do art. 35 da Lei nº 9.250/95, poderão ser considerados dependentes o companheiro ou a companheira, desde que haja comprovação de vida em comum por mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 74 9. 72 02 32 /2 01 1- 47 Fl. 38DF CARF MF 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso e negarlhe provimento. (Assinado digitalmente) Mário Pereira de Pinho Filho, Presidente em Exercício. (Assinado digitalmente) Ronnie Soares Anderson, Relator. Participaram do presente julgamento o(a)s Conselheiro(a)s Mário Pereira de Pinho Filho, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Bianca Felícia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci. Fl. 39DF CARF MF Processo nº 13749.720232/201147 Acórdão n.º 2402005.708 S2C4T2 Fl. 102 3 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra acórdão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Campo Grande (MS) DRJ/CGE, que julgou procedente Notificação de Lançamento de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) relativa ao exercício 2007 (fls.5/7). O lançamento decorreu da glosa de dedução com dependente, em razão de este ter apresentado declaração anual de isento DAI. O contribuinte impugnou (fl. 2) o lançamento, arguindo que o dependente é sua companheira, contudo, a exigência foi mantida no julgamento de primeiro grau (fls. 18/20), ensejando a interposição de recurso voluntário em 25/7/2012 (fls. 24/30), no qual é reiterada a alegação de que a dependente é sua companheira. É o relatório. Fl. 40DF CARF MF 4 Voto Conselheiro Ronnie Soares Anderson, Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. A matéria é regrada pelo inciso II do art. 35 da Lei nº 9.250/95, que assim estabelece: Art. 35. Para efeito do disposto nos arts. 4º, inciso III, e 8º, inciso II, alínea c, poderão ser considerados como dependentes: (...) II o companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho; (...) A instância recorrida entendeu não restar comprovado a cogitada relação de dependência, assim fundamentando: (...) poderia o sujeito passivo ter apresentado documentos que comprovassem a situação de dependência, como certidão de casamento, certidão de nascimento do filho em comum, comprovantes de residência em nome do dependente, escritura pública declaratória de união estável etc. Contudo, o sujeito passivo traz aos autos o documento de fl.08 (carteira de trabalho e previdência social) no qual consta a inscrição de Marilda Wermelinger como beneficiária. Contudo, não há nem como saber se esse documento seja pertencente ao sujeito passivo. Além disso, esse documento não comprova a situação de dependência dessa pessoa. Não obstante os documentos carreados no recurso voluntário, não há motivo para reformar a decisão guerreada. O documento de fls. 28/29 tratase, aparentemente, de cópia da carteira de trabalho do recorrente, no qual há inscrição datada de 27/6/1995 na qual Marilda Wermeliger é apontada como beneficiária, e anotação aposta "companheira". Por sua vez, o documento de fls. 26/27 datado de 29/8/1997 consta como uma ficha de recadastramento de grupo familiar, emitido pela fonte pagadora, na qual é reproduzida informação de que perante o INSS Marilda Wermelinger seria beneficiária, sem especificarse a que título. Não há qualquer informação acerca da condição da precitada pessoa física, como companheira, em períodos sequer próximos do anocalendário em foco, 2006. Também o transcurso do prazo legal de cinco anos naquela condição não ficou atestado. Fl. 41DF CARF MF Processo nº 13749.720232/201147 Acórdão n.º 2402005.708 S2C4T2 Fl. 103 5 A DRJ/CGE ainda aludiu a uma série de documentos que poderiam suprir a precariedade dos elementos carreados pelo notificado, porém o contribuinte não logrou assim o fazer. Em suma, não há prova suficiente nos autos de que a aventada dependente seja efetivamente companheira do recorrente, partilhando de vida em comum há mais de cinco anos, consoante demanda a legislação de regência. Ante o exposto, voto no sentido de conhecer do recurso e negarlhe provimento. (Assinado digitalmente) Ronnie Soares Anderson Fl. 42DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 16696.720239/2014-62
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 18 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Mar 28 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2012
IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF. RENDIMENTOS DE ALUGUEL. LIVRO CAIXA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL.
Pela falta de previsão legal para dedução de despesas escrituradas em Livro Caixa no caso de rendimentos de aluguéis e também pela falta de Comprovação de despesas pagas para cobrança ou recebimento dos rendimentos de aluguéis, deve ser mantida a infração de dedução indevida de Livro Caixa.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2402-005.577
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso para negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente
(assinado digitalmente)
Bianca Felicia Rothschild - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
Nome do relator: BIANCA FELICIA ROTHSCHILD
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RENDIMENTOS DE ALUGUEL. LIVRO CAIXA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. Pela falta de previsão legal para dedução de despesas escrituradas em Livro Caixa no caso de rendimentos de aluguéis e também pela falta de Comprovação de despesas pagas para cobrança ou recebimento dos rendimentos de aluguéis, deve ser mantida a infração de dedução indevida de Livro Caixa. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 69 6. 72 02 39 /2 01 4- 62 Fl. 52DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso para negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente (assinado digitalmente) Bianca Felicia Rothschild Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild. Fl. 53DF CARF MF Processo nº 16696.720239/201462 Acórdão n.º 2402005.577 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Conforme relatório da decisão recorrida, tratase de Notificação de Lançamento (fls. 04/07) em nome do recorrente identificado em epígrafe, decorrente de procedimento de revisão da sua Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) do exercício 2012 (fls. 25/34). A autoridade lançadora apurou a infração de dedução indevida de Livro Caixa, com glosa no valor de R$ 48.093,72, por falta de justificativa hábil para esta dedução, uma vez que os rendimentos declarados são provenientes de aluguéis e do trabalho assalariado. Em virtude deste lançamento, apurouse Imposto de Renda Pessoa Física suplementar de R$ 13.225,77, multa de ofício de R$ 9.919,32, além de juros de mora de R$ 2.057,92 (calculados até março de 2014). Com a ciência da Notificação, por via postal, em 09/04/2014 (fl. 09), o Interessado apresentou impugnação (fls. 02/03) em 09/05/2014, complementada pela petição de fls. 13/14, alegando, em síntese, que: a) as despesas escrituradas em Livro Caixa correspondem aos encargos para manutenção da fonte pagadora, incluindo pessoal assalariado, material de limpeza e conservação e despesas com pessoal administrativo, contador e advogado; b) tem em seu poder os documentos comprobatórios das despesas; e c) os rendimentos declarados não são provenientes do trabalho assalariado, mas sim em sua totalidade dos aluguéis de bens, para os quais exerce a atividade de autônomo como administrador. Em sessão realizada em 23 de Fevereiro de 2016, a DRJ/RJ julgou a impugnação improcedente, conforme decisão assim ementada: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2012 RENDIMENTOS DE ALUGUEL. LIVRO CAIXA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. Pela falta de previsão legal para dedução de despesas escrituradas em Livro Caixa no caso de rendimentos de aluguéis e também pela falta de comprovação de despesas pagas para cobrança ou recebimento dos rendimentos de aluguéis, deve ser mantida a infração de dedução indevida de Livro Caixa. A recorrente foi intimada da decisão e interpôs recurso voluntário, aduzindo, em síntese, que: Fl. 54DF CARF MF 4 Sem contrarrazões. É o relatório. Fl. 55DF CARF MF Processo nº 16696.720239/201462 Acórdão n.º 2402005.577 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheira Bianca Felicia Rothschild Relatora O recurso é TEMPESTIVO, eis que intimado da decisão no dia 15/04/2016, interpôs recurso voluntário no dia 13/05/2016, atendendo também às demais condições de admissibilidade. Portanto, merece ser CONHECIDO. DEDUÇÃO DE DESPESAS DE LIVRO CAIXA De acordo com o artigo 75 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto n.º 3.000, de 26 de março de 1999), o contribuinte que percebe rendimentos de trabalho não assalariado pode deduzir da receita decorrente do exercício da respectiva atividade uma serie de despesas que são necessárias a percepção de tal receita, conforme discriminação em Livro Caixa. O contribuinte apensa aos autos as folhas do Livro Caixa e defende que tais despesas são dedutíveis para fins de imposto de renda. No entanto, ao analisar as Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirfs) que apresentam o Recorrente como beneficiário de rendimentos, estas apontam que a natureza dos mesmos é de rendimentos de aluguéis. A grande quantidade de bens imóveis de sua propriedade declarados na DIRPF corrobora a informação de rendimentos de aluguéis. O próprio recorrente afirma no recurso voluntário que tratamse de receitas decorrentes de alugueis, vejamos: Fl. 56DF CARF MF 6 Apesar de mencionar orientação dada aos contribuintes pela Receita Federal no Perguntas e Respostas de 2014 que justificaria as deduções por ele realizadas em Livro caixa, não foi possível localizar tal orientação. Sendo assim, entendo que devam ser aplicadas as deduções previstas em lei, mais especificamente no artigo 50 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto n.º 3.000, de 26 de março de 1999), e não a dedução de despesas escrituradas em Livro Caixa conforme feito pelo Recorrente. Art. 50. Não entrarão no cômputo do rendimento bruto, no caso de aluguéis de imóveis: I o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento; II o aluguel pago pela locação de imóvel sublocado; III as despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento; IV as despesas de condomínio. Em analise ao artigo acima mencionado vis a vis as despesas mencionadas no Livro Caixa apresentado pelo recorrente, verificase que a remuneração paga a terceiros com vínculo empregatício e despesas de custeio em geral (material de limpeza e conservação) não são hipóteses de dedução dos rendimentos de aluguel. No entanto, as despesas incorridas a título de comissões pagas para administradores de imóveis são dedutíveis na medida em que forem devidamente comprovadas por documentação legítima. Pela falta de previsão legal para dedução de despesas escrituradas em Livro Caixa no caso de rendimentos de aluguéis e também pela falta de comprovação de despesas pagas para cobrança ou recebimento dos rendimentos de aluguéis, deve ser mantida a infração de dedução indevida de Livro Caixa. Diante do acima exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário, mantendo o crédito tributário lançado, acrescido de multa de ofício e juros de mora calculados de acordo com a legislação vigente. Firme no entendimento exposto, voto por CONHECER, mas NEGAR PROVIMENTO ao recurso de forma a manter o Crédito Tributário. (assinado digitalmente) Bianca Felicia Rothschild. Fl. 57DF CARF MF
score : 1.0