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Numero do processo: 11330.000272/2007-79
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Feb 05 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Mar 29 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/02/1998 a 31/12/1998
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. DECADÊNCIA. SÚMULA VINCULANTE STF Nº 08.
As contribuições previdenciárias, assim como os demais tributos, sujeitam-se aos prazos decadenciais prescritos no Código Tributário Nacional, restando fulminados pela decadência os créditos tributários lançados cuja ciência do contribuinte tenha ocorrido após o decurso do prazo quinquenal legalmente previsto.
Numero da decisão: 2201-004.053
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e prover o recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Carlos Henrique de Oliveira - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Carlos Alberto do Amaral Azeredo, Douglas Kakazu Kushiyama, Marcelo Milton da Silva Risso, Daniel Melo Mendes Bezerra e Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim.
Ausente, justificadamente, a Conselheira Dione Jesabel Wasilewski.
Nome do relator: CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA
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DECADÊNCIA. SÚMULA VINCULANTE STF Nº 08. As contribuições previdenciárias, assim como os demais tributos, sujeitamse aos prazos decadenciais prescritos no Código Tributário Nacional, restando fulminados pela decadência os créditos tributários lançados cuja ciência do contribuinte tenha ocorrido após o decurso do prazo quinquenal legalmente previsto. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e prover o recurso voluntário. (assinado digitalmente) Carlos Henrique de Oliveira Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Carlos Alberto do Amaral Azeredo, Douglas Kakazu Kushiyama, Marcelo Milton da Silva Risso, Daniel Melo Mendes Bezerra e Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim. Ausente, justificadamente, a Conselheira Dione Jesabel Wasilewski. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 33 0. 00 02 72 /2 00 7- 79 Fl. 834DF CARF MF 2 Relatório O presente recurso foi objeto de julgamento na sistemática prevista no art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, adoto o relatório objeto do Acórdão nº 2201004.040 2ª Câmara/1ª Turma Ordinária, proferido no âmbito do processo n° 11330.000216/200734, paradigma deste julgamento. Acórdão nº 2201004.040 2ª Câmara/1ª Turma Ordinária " O presente processo trata de Notificação Fiscal de Lançamento de Débito, referente às contribuições sociais destinadas à Seguridade Social, Empregados, Empresa, inclusive para financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais de trabalho, e Terceiros. O valor originário lançado é relativo ao período de apuração constante do documento fiscal, sobre o qual incidiram multa e juros. A análise do Relatório Fiscal indica: que a Notificação em tela teve por objetivo substituir a NFLD que foi anulada pelo Conselho de Recursos da Previdência Social, por vício formal, erro na classificação da fundamentação legal do fato gerador das contribuições apuradas; que a lavratura da Notificação tem fundamento no inciso II do art. 45 da Lei 8.212/91, que assegura à Seguridade Social o direito de apurar e constituir seus créditos em até 10 anos contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada; que o fato gerador das contribuições apuradas foi a remuneração paga, devida ou creditada aos segurados da empresa prestadora, cedidos à empresa NET Rio S.A. (tomadora), cuja responsabilidade foi atribuída a esta última por solidariedade, não afastada nos termos da legislação (§ 4º do art. 31 da Lei 8.212/91). A NET Rio S.A. foi devidamente cientificada do lançamento e, inconformada, formalizou tempestivamente sua impugnação, estruturada nos seguintes tópicos: Preliminares: da necessidade de adequada constituição do pólo passivo desta NFLD; da necessidade de oferecerse ciência ao ora defendente, dos termos de eventual defesa apresentada pelo contribuinte gerador da solidariedade imposta nesta NFLD; Fl. 835DF CARF MF Processo nº 11330.000272/200779 Acórdão n.º 2201004.053 S2C2T1 Fl. 3 3 da inexistência de atos fiscais hábeis à minimização dos riscos de lançamentos em duplicidade; da inexistência de providências fiscais aptas à caracterização da ocorrência da cessão de mãodeobra hábil à geração da solidariedade previdenciária; da ocorrência da decadência quinquenal; De mérito: da condição legal da notificada; dos aspectos valorativos das exageradas alíquotas utilizadas para mensuração dos saláriosdecontribuição extraídos de faturas de serviço; Já a empresa prestadora apresentou intempestivamente sua impugnação. Na análise da impugnação, a Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento considerou procedente em parte o lançamento, promovendo a exclusão dos créditos tributários relativos às contribuições sociais destinadas a outras entidades ou fundos, por não comportar lançamento por solidariedade. No mais, entendeu improcedentes os argumentos da defesa, inclusive em relação à decadência, que concluiu ser de 10 anos, nos termos do art. 45 da Lei 8.212/91. Ciente do Acórdão da DRJ, ainda inconformada, a contribuinte apresentou Recurso Voluntário no qual trouxe à balha considerações sobre a edição da então recente Súmula Vinculante nº 08 do Supremo Tribunal Federal. Na sequência, o recurso, basicamente, constituise na reafirmação dos mesmos tópicos já tratados na impugnação. Posteriormente, o recorrente apresentou nova petição, exclusivamente para reiterar suas considerações sobre a necessidade de cancelamento do lançamento em razão da citada Súmula Vinculante nº 08. É o relatório necessário.." Voto Conselheiro Carlos Henrique de Oliveira Relator Este processo foi julgado na sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 2201004.040 2ª Câmara/1ª Turma Ordinária, de 05 de fevereiro de 2018, proferido no julgamento do processo n° 11330.000216/200734, paradigma ao qual o presente processo encontrase vinculado. Fl. 836DF CARF MF 4 Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o inteiro teor do voto proferido na susodita decisão paradigma, a saber, Acórdão nº 2201004.040 2ª Câmara/1ª Turma Ordinária, de 05 de fevereiro de 2018: Acórdão nº 2201004.040 2ª Câmara/1ª Turma Ordinária “Em razão de ser tempestivo e por preencher demais condições de admissibilidade, conheço do presente Recurso Voluntário. Por constituir matéria preliminar de mérito, relevante iniciar a análise do presente pela alegação de que os débitos lançados são relativos a períodos de apuração alcançados pela decadência. Como se viu no relatório supra, tanto a Autoridade Fiscal quanto o Julgador de 1ª Instância ampararam seus atos (lançamento e decisão) nos termos do art. 45 da Lei 8.212/91, cuja redação então vidente era a seguinte: art. 45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extinguese após 10 (dez) anos contados I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada. O débito ora sob análise decorre do cancelamento, por vício formal, de lançamento anterior. No presente caso, considerando os termos do art. 45 da Lei 8.212/91, o prazo decadencial teria início na data em que se tornou definitiva a decisão que cancelou o lançamento julgado nulo por vício formal. Não obstante, por não ter sido juntado aos autos os elementos que pudessem indicar a data efetiva em que esta se tornou definitiva e considerando que tratar do tema agora resultaria em inovação da lide administrativa com a inclusão de questão sobre a qual a autoridade lançadora, a autoridade julgadora e a defesa não se manifestaram, há que se considerar, como início do prazo decadencial, a data em que foi exarada a decisão definitiva que fulminou o lançamento original. Assim, levandose em consideração os estritos termos da legislação vigentes na época do lançamento, não haveria que se falar em decadência. Não obstante, em Sessão Extraordinária realizada em 12 de julho de 2008, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei n° 8.212/91, editando a Súmula Vinculante n° 08, nos seguintes termos: Súmula Vinculante n° 08: Fl. 837DF CARF MF Processo nº 11330.000272/200779 Acórdão n.º 2201004.053 S2C2T1 Fl. 4 5 “São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5º do Decretolei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Assim, resta evidente a inaplicabilidade do art. 45 da lei 8.212/91 para amparar o direito da fazenda pública em constituir o crédito tributário mediante lançamento, o que equivale a assentar que, como os demais tributos, as contribuições previdenciárias sujeitamse aos artigos 150, § 4º, e 173 da Lei 5.172/66 (CTN), cujo teor merece destaque: Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. (...) § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. (...) Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Grifouse Desta forma, considerando a data da prolação de decisão definitiva que anulou o lançamento como termo inicial para contagem do prazo decadencial, em cotejo com a data da ciência do lançamento substitutivo, há que se reconhecer que, nesta data, o direito do fisco em constituir o crédito tributário ora sob análise já se apresentava fulminado pela decadência. Conclusão: Por tudo que consta nos autos, bem assim nas razões e fundamentos legais acima expostos, conheço do Recurso Voluntário e, no mérito, doulhe provimento para considerar fulminados pela decadência todos o débitos contidos na Notificação Fiscal de Lançamento de Débito em discussão. Fl. 838DF CARF MF 6 Quanto às demais matérias questionadas pela recorrente, deixo de analisálas, por restarem prejudicadas em razão da decadência reconhecida. Carlos Alberto do Amaral Azeredo – Relator” Pelo exposto, voto por CONHECER do recurso para, no mérito, DARLHE PROVIMENTO. (assinado digitalmente) Conselheiro Carlos Henrique de Oliveira Fl. 839DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10835.902588/2009-15
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 22 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Apr 02 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano-calendário: 2000
SERVIÇOS HOSPITALARES CARACTERIZAÇÃO
À luz do entendimento fixado pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso repetitivo, a expressão serviços hospitalares para fins de quantificação do lucro presumido por meio do percentual mitigado de 8%, inferior àquele de 32% dispensado aos serviços em geral, deve ser objetivamente interpretado e alcança todas as atividades tipicamente promovidas em hospitais, mesmo eventualmente prestadas por outras pessoas, como clínicas.
Numero da decisão: 1401-002.231
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos dar provimento ao recurso voluntário para reconhecer o direito da recorrente de tributar suas receitas em relação ao IRPJ e à CSLL, pelas alíquotas reduzidas de 8% e 12% respectivamente, na forma Lei nº 9.249/95, art. 15, III, "a" e art. 20. Ausente momentaneamente a Conselheira Lívia De Carli Germano.
(assinado digitalmente)
Luiz Augusto de Souza Gonçalves - Presidente e Relator
Participaram do presente Julgamento os Conselheiros Luiz Augusto de Souza Goncalves (Presidente), Lívia De Carli Germano, Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin, Guilherme Adolfo dos Santos Mendes, Daniel Ribeiro Silva, Abel Nunes de Oliveira Neto, Letícia Domingues Costa Braga, Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa.
Nome do relator: LUIZ AUGUSTO DE SOUZA GONCALVES
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2000 SERVIÇOS HOSPITALARES CARACTERIZAÇÃO À luz do entendimento fixado pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso repetitivo, a expressão serviços hospitalares para fins de quantificação do lucro presumido por meio do percentual mitigado de 8%, inferior àquele de 32% dispensado aos serviços em geral, deve ser objetivamente interpretado e alcança todas as atividades tipicamente promovidas em hospitais, mesmo eventualmente prestadas por outras pessoas, como clínicas.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 8; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1831; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C4T1 Fl. 2 1 1 S1C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10835.902588/200915 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1401002.231 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 22 de fevereiro de 2018 Matéria PER/DCOMP PAGAMENTO A MAIOR Recorrente INSTITUTO DE RADIOLOGIA DE PRESIDENTE PRUDENTE Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2000 SERVIÇOS HOSPITALARES CARACTERIZAÇÃO À luz do entendimento fixado pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso repetitivo, a expressão “serviços hospitalares” para fins de quantificação do lucro presumido por meio do percentual mitigado de 8%, inferior àquele de 32% dispensado aos serviços em geral, deve ser objetivamente interpretado e alcança todas as atividades tipicamente promovidas em hospitais, mesmo eventualmente prestadas por outras pessoas, como clínicas. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos dar provimento ao recurso voluntário para reconhecer o direito da recorrente de tributar suas receitas em relação ao IRPJ e à CSLL, pelas alíquotas reduzidas de 8% e 12% respectivamente, na forma Lei nº 9.249/95, art. 15, III, "a" e art. 20. Ausente momentaneamente a Conselheira Lívia De Carli Germano. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Presidente e Relator Participaram do presente Julgamento os Conselheiros Luiz Augusto de Souza Goncalves (Presidente), Lívia De Carli Germano, Luciana Yoshihara Arcangelo Zanin, Guilherme Adolfo dos Santos Mendes, Daniel Ribeiro Silva, Abel Nunes de Oliveira Neto, Letícia Domingues Costa Braga, Luiz Rodrigo de Oliveira Barbosa. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 5. 90 25 88 /2 00 9- 15 Fl. 169DF CARF MF Processo nº 10835.902588/200915 Acórdão n.º 1401002.231 S1C4T1 Fl. 0 2 Relatório Trata o presente processo de PER/DCOMP apresentado pela empresa no qual solicita a compensação de pretensos créditos relativos a pagamento a maior de IRPJ/CSLL. A origem dos créditos, consoante informado pelo recorrente desde sua impugnação, baseiamse no entendimento que, sendo empresa prestadora de serviços de radiologia, estes seriam equivalentes aos serviços hospitalares prestados e, assim, ao invés de estar sujeito às alíquotas de lucro presumido no percentual de 32%, estaria submetida às alíquotas de 8% para o IRPJ e 12% para a CSLL. A compensação não foi homologada pela Delegacia de Origem com base na alegação constante no Despacho Decisório. Ou seja, os serviços prestados pela recorrente não seriam caracterizados como serviços hospitalares em função de a empresa não possuir estrutura permanente e de funcionamento ininterrupto para atendimento de casos de internação de pacientes para tratamento de saúde. Assim, os serviços por ela prestados não poderiam se submeter aos percentuais estabelecidos para os serviços hospitalares. Inconformada com a nãohomologação das compensações a empresa apresentou manifestação de inconformidade na qual argumenta que realizou consulta à SRRF, formulada sob o nº 10835.001313/200610, com vistas a esclarecer o seu enquadramento como prestadora de serviços hospitalares e argumentou que realizou a retificação de suas DIPJ, DCTF para que pudesse usufruir dos créditos. A delegacia de julgamento considerou improcedente a manifestação de inconformidade emitindo a seguinte decisão: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2000 DCOMP. CRÉDITO. INDEFERIMENTO. Pendente, nos autos, a comprovação do crédito indicado na declaração de compensação formalizada, impõese o seu indeferimento. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. COMPENSAÇÃO TRIBUTARIA. Apenas os créditos líquidos e certos são passíveis de compensação tributária, conforme artigo 170 do Código Tributário Nacional. Ou seja, a Delegacia de Julgamento entendeu que os créditos da empresa não estariam devidamente comprovados com a documentação apresentada pela recorrente. Inconformada com a decisão a empresa apresentou recurso voluntário no qual apresenta as seguintes alegações: Da apresentação de novos documentos. Alega que a decisão recorrida considerou que não foi comprovado que os serviços prestados referiamse apenas a serviços de Fl. 170DF CARF MF Processo nº 10835.902588/200915 Acórdão n.º 1401002.231 S1C4T1 Fl. 0 3 radiologia e radiodiagnóstico inseridos em seu objeto social. Mas que a documentação apresentada comprovaria o exercício destas atividades e, ainda, apresenta cópia do razão e declaração do contador da empresa, pelo que suscita que seja aceita a referida documentação como suficiente para caracterização dos serviços da empresa; Da realização de diligência. Entende que tendo em vista a apresentação dos novos documentos e que essa apresentação é possível em sede de recurso voluntário, haja vista que essa alegação somente foi trazida pela decisão da DRJ e, mais ainda, conforme farta jurisprudência que admite esta apresentação posterior. Do ônus da apresentação de prova impossível. Entende a empresa que a Delegacia de Julgamento pretende a formação de prova impossível visto que, mesmo que apresentasse todas as notas fiscais da empresa ainda assim não seria possível comprovar que somente realizou serviços indicados no seu objeto social. Nulidade por vícios formais. Entende que a decisão que considerou não homologadas as compensações padece de vícios, vez que indicou apenas o dispositivos que tratam da não homologação das compensações sem que exista dispositivo legal que constitua o crédito tributário. Do fato de a empresa não ser sociedade empresária e dos serviços realizados. Neste ponto apresenta farta jurisprudência deste CARF e do STJ, nos quais encontrase o entendimento de que a redução de alíquota decorre da efetiva prestação de serviços de natureza hospitalar e não do local em que se realizam, com exceção da realização de consultas. Com relação à natureza da sociedade entende que a decisão do STJ, relativa a sociedade simples e que este fato não foi impeditivo do direito, visto que a base para a sua concessão foi a natureza objetiva dos serviços realizados. Traz colações da doutrina no sentido de que a empresa se define mais pela verificação das atividades que desenvolve do que pelo seu simples registro formal. Assim eventual irregularidade seria apenas formal e não impeditiva do exercício do direito. Da natureza dos serviços prestados. Repisa os argumentos já trazidos para indicar que os serviços prestados pela sociedade são, efetivamente de radiologia e radiodiagnóstico. É o Relatório Voto Conselheiro Luiz Augusto de Souza Gonçalves Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1401002.211, de 22.02.2018, proferido no julgamento do processo nº 10835.901959/200941, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1401002.211): A análise do presente processo prendese, em síntese, à verificação acerca de, em face de solução de consulta que reconheceu a possibilidade de a empresa tributar seus lucros pelas alíquotas equivalentes a 8%, poder a Receita Federal desconsiderar este direito em razão de alegar a não Fl. 171DF CARF MF Processo nº 10835.902588/200915 Acórdão n.º 1401002.231 S1C4T1 Fl. 0 4 comprovação da inscrição da empresa como sociedade empresária e do exercício de atividades que possam ser consideradas como hospitalares. Vejamos o que determina a norma relativa à aplicação das alíquotas de serviços hospitalares: Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida mensalmente, observado o disposto no art. 12 do DecretoLei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, sem prejuízo do disposto nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) § 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de: ..... III trinta e dois por cento, para as atividades de: (Vide Medida Provisória nº 232, de 2004) a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares; a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa; (Redação dada pela Lei nº 11.727, de 2008) ..... Art. 20. A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, devida pelas pessoas jurídicas que efetuarem o pagamento mensal a que se referem os arts. 27 e 29 a 34 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995, e pelas pessoas jurídicas desobrigadas de escrituração contábil, corresponderá a doze por cento da receita bruta, na forma definida na legislação vigente, auferida em cada mês do anocalendário, exceto para as pessoas jurídicas que exerçam as atividades a que se refere o inciso III do § 1o do art. 15, cujo percentual corresponderá a trinta e dois por cento. (Redação dada Lei nº 10.684, de 2003) (Vide Medida Provisória nº 232, de 2004) (Vide Lei nº 11.119, de 205) Base de cálculo da CSLL Estimativa e Presumido Art. 20. A base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido devida pelas pessoas jurídicas que efetuarem o pagamento mensal ou trimestral a que se referem os arts. 2º, 25 e 27 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, corresponderá a 12% (doze por cento) sobre a receita bruta definida pelo art. 12 do DecretoLei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, auferida no período, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, exceto para as pessoas jurídicas que exerçam as atividades a que se refere o inciso III do § 1o do art. 15, cujo percentual Fl. 172DF CARF MF Processo nº 10835.902588/200915 Acórdão n.º 1401002.231 S1C4T1 Fl. 0 5 corresponderá a 32% (trinta e dois por cento). (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) Pelo que se depreende da norma acima, a redação da norma ao tempo dos fatos geradores dos pagamentos a maior realizados apenas estabelecia a aplicação da alíquota reduzida àqueles que realizassem o exercício de serviços hospitalares. A solução de consulta em que se baseou a empresa para a apuração dos seus créditos assim dispôs sobre os requisitos a serem atendidos para fins de fruição dos benefícios da alíquota reduzida. Em contraparida, verificase a existência de Recurso Repetitivo nº 217, do STJ que, tratando do assunto, assim dispôs sobre os serviços hospitalares sujeitos à alíquota reduzida do lucro presumido. Fl. 173DF CARF MF Processo nº 10835.902588/200915 Acórdão n.º 1401002.231 S1C4T1 Fl. 0 6 Vejase que o critério apresentado pelo STJ, seguindo o critério da Lei nº 9.249/95, é simples e objetivo. São enquadrados como serviços hospitalares os serviços de atendimento à saúde independentemente do local de prestação, excluindose, apenas, os serviços de simples consulta que não se identificam com as atividades prestadas em âmbito hospitalar. Inobstante, a Delegacia de Julgamento, ao analisar o caso do contribuinte baseou sua decisão nas diversas instruções normativas e atosdeclaratórios existentes a respeito da definição de serviços hospitalares para fins de aplicação da alíquota de presunção. Desta forma, fundamentou a improcedência na necessidade de o contribuinte atender a três requisitos, conforme abaixo apresentados: Ocorre, no entanto que não comungo do entendimento exposado pelo referido órgão julgador. A decisão proferida pelo STJ, aplicável ao caso dos autos, trata a norma redutora da alíquota de forma objetiva. Assim, o serviço que tenha natureza hospitalar, qual seja, diagnóstico, tratamento, internação, quer seja desenvolvido nos hospitais ou fora deles, com exceção apenas das simples consultas, devem ser considerados serviços hospitalares e, assim, estão sujeitos à alíquota reduzida estabelecida pela Lei nº 9.249/95, art. 15, III, "a" e art. 20. Comungam deste entendimento os seguintes julgados, inclusive desta mesma câmara em época anterior à entrada deste relator no colegiado. Acórdão nº 1401001.434 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 09 de dezembro de 2015 Matéria Imposto de Renda Pessoa Jurídica Recorrente Instituto Guaçuano de Orrino laringologia S/S Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Exercício: 2006 SERVIÇOS HOSPITALARES CARACTERIZAÇÃO Fl. 174DF CARF MF Processo nº 10835.902588/200915 Acórdão n.º 1401002.231 S1C4T1 Fl. 0 7 À luz do entendimento fixado pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso repetitivo, a expressão “serviços hospitalares” para fins de quantificação do lucro presumido por meio do percentual mitigado de 8%, inferior àquele de 32% dispensado aos serviços em geral, deve ser objetivamente interpretado e alcança todas as atividades tipicamente promovidas em hospitais, mesmo eventualmente prestadas por outras pessoas, como clínicas. Acórdão nº 1401001.433 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 09 de dezembro de 2015 Matéria Imposto de Renda Pessoa Jurídica Recorrentes Hemoclínica Serviços de Hemoterapia Ltda Fazenda Nacional ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário:2006, 2007, 2008, 2009 SERVIÇOS HOSPITALARES CARACTERIZAÇÃO À luz do entendimento fixado pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso repetitivo, a expressão “serviços hospitalares” para fins de quantificação do lucro presumido por meio do percentual mitigado de 8%, inferior àquele de 32% dispensado aos serviços em geral, deve ser objetivamente interpretado e alcança todas as atividades tipicamente promovidas em hospitais, mesmo eventualmente prestadas em ambientes externos ou por outras pessoas, como hemoclínicas. Acórdão nº 9101001.559 – 1ª Turma Sessão de 23 de janeiro de 2013 Matéria IRPJ Exercícios 1999 a 2001 Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado CAMP IMAGEM NUCLEAR S/C LTDA ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 1998, 1999, 2000 SERVIÇOS HOSPITALARES. SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM MEDICINA NUCLEAR. LUCRO PRESUMIDO. DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. COEFICIENTE DE 8%. No julgamento do Recurso Especial nº 1.116.399/BA (2009/00064810), na sistemática dos recursos especiais repetitivos, o STJ decidiu que a expressão "serviços hospitalares", constante do artigo 15, § 1º, inciso III, da Lei nº 9.249/95, deve ser interpretada de forma objetiva (ou seja, sob a perspectiva da atividade realizada pelo contribuinte), porquanto a lei, ao conceder o benefício fiscal, não considerou a característica ou a estrutura do contribuinte em si (critério subjetivo), mas a natureza do próprio serviço prestado (assistência à saúde). Do exposto, comungando do entendimento exposado pelo STJ no sentido de que a redução de alíquota tem caráter objetivo em razão do tipo de serviços prestados pela empresa. No caso dos autos, inobstante a argumentação da Decisão atacada de que não restou comprovado a prestação de serviços relacionados a hospitalares pelo contribuinte, havemos de esclarecer que a Fl. 175DF CARF MF Processo nº 10835.902588/200915 Acórdão n.º 1401002.231 S1C4T1 Fl. 0 8 Decisão da DRJ não pode inovar nos fundamentos utilizados pela Delegacia de Origem para o não reconhecimento dos créditos. Vejase que na decisão original o não reconhecimento dos créditos deveuse ao fato de a autoridade administrativa entender que a recorrente não possuía estrutura hospitalar para internação e tratamento e não pelo fato de não ter comprovado as atividades, até mesmo porque sequer foi intimada para tanto. Mais ainda, a decisão emitida na solução de consulta, corroborada pela Decisão da Delegacia de Julgamento corroborou o entendimento de que o requisito de estrutura estaria suprido pela apresentação de laudo da vigilância sanitária da jurisdição da recorrente. Assim, verificandose que o contribuinte, exercer atividades exclusivamente de radiologia e diagnóstico por imagem, atividades essas que estão incluídas no conceito de serviços de atendimento à saúde, voto no sentido de dar provimento ao recurso para reconhecer o direito da recorrente de tributar suas receitas em relação ao IRPJ e à CSLL, pelas alíquotas reduzidas de 8% e 12% respectivamente, na forma Lei nº 9.249/95, art. 15, III, "a" e art. 20. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, dou provimento ao recurso voluntário para reconhecer o direito da recorrente de tributar suas receitas em relação ao IRPJ e à CSLL, pelas alíquotas reduzidas de 8% e 12% respectivamente, na forma Lei nº 9.249/95, art. 15, III, "a" e art. 20. (assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Fl. 176DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10983.907302/2012-90
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 30 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Apr 02 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3201-001.106
Decisão: Resolvem os membros do colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência. Vencido o Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira.
(assinado digitalmente)
Winderley Morais Pereira - Presidente em exercício e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário, Marcelo Giovani Vieira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade.
Nome do relator: WINDERLEY MORAIS PEREIRA
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Vencido o Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Presidente em exercício e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário, Marcelo Giovani Vieira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pelo contribuinte supra identificado em face de decisão da DRJ Belo Horizonte/MG que julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade manejada para se contrapor ao Despacho Decisório que não homologara a compensação declarada, sob o argumento de que o pagamento informado havia sido localizado mas sem saldo reconhecido para compensação dos débitos indicados no Per/Dcomp. Na Manifestação de Inconformidade, o contribuinte alegou, em síntese, que a DCTF e o Dacon coincidiam nos centavos nos valores do crédito, crédito esse quitado por meio de DARFs, e requereu a produção de todos os meios de prova em direito admitidas, sobretudo a documental inclusa, a documental superveniente e a pericial, e que fosse julgada procedente a sua defesa, com a nulidade da incidência e a anulação do lançamento, com fundamento no art. 145, I, do CTN. A decisão da Delegacia de Julgamento, denegatória do direito pleiteado, fundamentouse na falta de apresentação de prova documental por parte do interessado que pudesse embasar o indébito tributário alegado. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 09 83 .9 07 30 2/ 20 12 -9 0 Fl. 105DF CARF MF Processo nº 10983.907302/201290 Resolução nº 3201001.106 S3C2T1 Fl. 106 2 Cientificado da decisão de primeira instância, o contribuinte interpôs Recurso Voluntário e reiterou a existência do crédito postulado, alegando o seguinte: 1. é agente gerador de energia participante do Sistema Interligado Nacional SIN, que funciona com mecanismo de rateio de custos de geração de energia com fins à segurança ao sistema; 2. a Conta de Consumo de Combustíveis CCC e a Conta de Desenvolvimento Energético CDE são fundos geridos pela Eletrobrás que viabiliza economicamente a geração de energia com base em matrizes elétricas, por intermédio da utilização de combustíveis fósseis; 3. os valores recebidos são utilizados nas aquisições de combustíveis fósseis carvão mineral e consumidos na geração de energia termoelétrica; 4. os agentes geradores procedem ao registro contábil para controle dos custos adquiridos com recursos da CCC e CDE; 5. os combustíveis fósseis não integram seus ativos e não se constituem custos em decorrência da aquisição de terceiros pela Eletrobrás; 6. Os custos dos combustíveis são cobrados dos consumidores finais da energia, através das distribuidoras e permissionárias; 7. a sistemática de contabilização dos custos com combustíveis como receita se alterou exsurgindo um crédito da recorrente com o Fisco em razão dos valores oferecidos à tributação pelo PIS e Cofins não se constituírem receitas, mas sim simples ingressos; 8. Procedeu à retificação de suas DCTFs para excluir dos débitos as parcelas da CCC e CDE e transmitiu DCOMPs visando a compensação; 9. as compensações foram indeferidas, vez que o Fisco entende erroneamente tratarse de receitas passíveis de tributação; 10. o despacho decisório acusou falta de documentação comprobatória; 11. o procedimento deveria ser precedido de retificação de ofício das declarações DCTF e DACON. É o relatório. Voto Conselheiro Winderley Morais Pereira, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do Regimento Interno do CARF (RICARF), aprovado pela Portaria MF 343, de 9 de junho de 2015, aplicandose, portanto, ao presente litígio o decidido na Resolução nº 3201001.095, de 30/01/2018, proferido no julgamento do processo 10983.908751/201255, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Fl. 106DF CARF MF Processo nº 10983.907302/201290 Resolução nº 3201001.106 S3C2T1 Fl. 107 3 Transcrevese, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Resolução nº 3201001.095): Conforme o Direito Tributário, a legislação, os fatos, as provas, documentos e petições apresentados aos autos deste procedimento administrativo e, no exercício dos trabalhos e atribuições profissionais concedidas aos Conselheiros, conforme Portaria de condução e Regimento Interno, apresentase esta resolução. Por conter matéria preventa desta Seção de Julgamento e estarem presentes os requisitos de admissibilidade, o tempestivo Recurso Voluntário deve ser conhecido. Contudo, é preciso esclarecer que esta lide administrativa fiscal não está em condições de julgamento, uma vez que existe situação que impossibilita a sua imediata solução. Como já mencionado no voto do Conselheiro Relator, durante a sessão de julgamento foi debatida a necessidade de conversão do processo em diligência, diante da existência de DCTF retificadora, apresentada e não apreciada. Conforme debatido, o Despacho Decisório reconheceu a retificadora, mas não homologou o pedido do contribuinte fundamentada na seguinte premissa: "retificação não esclarecida". Cumpre ressaltar que, a retificadora, quando anterior ao procedimento de ofício, substitui integralmente a DCTF original, sem necessidade de esclarecimento, conforme pode ser verificado na IN 1.599/2015, Art. 9.º (mesmo teor desde IN´s de 2002): "Art. 9ºA alteração das informações prestadas em DCTF, nas hipóteses em que admitida, será efetuada mediante apresentação de DCTF retificadora, elaborada com observância das mesmas normas estabelecidas para a declaração retificada. § 1º A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada e servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos créditos vinculados. § 2ºA retificação não produzirá efeitos quando tiver por objeto: I redução dos débitos relativos a impostos e contribuições: a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em DAU; b) cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou não comprovadas prestadas na DCTF, sobre pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, já tenham sido enviados à PGFN para inscrição em DAU; ou c) que tenham sido objeto de exame em procedimento de fiscalização; e II alteração dos débitos de impostos e contribuições em relação aos quais o sujeito passivo tenha sido intimado de início de procedimento fiscal. § 3ºA retificação de valores informados na DCTF, que resulte em alteração do montante do débito já enviado à PGFN para inscrição em DAU ou de débito que tenha sido objeto de exame em procedimento de fiscalização, somente Fl. 107DF CARF MF Processo nº 10983.907302/201290 Resolução nº 3201001.106 S3C2T1 Fl. 108 4 poderá ser efetuada pela RFB nos casos em que houver prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no preenchimento da declaração e enquanto não extinto o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário correspondente àquela declaração. § 4ºNa hipótese prevista no inciso II do § 2º, havendo recolhimento anterior ao início do procedimento fiscal, em valor superior ao declarado, a pessoa jurídica poderá apresentar declaração retificadora, em atendimento à intimação fiscal e nos termos desta, para sanar erro de fato, sem prejuízo das penalidades calculadas na forma prevista no art. 7º. § 5ºO direito do sujeito passivo de pleitear a retificação da DCTF extinguese em 5 (cinco) anos contados a partir do 1º(primeiro) dia do exercício seguinte àquele ao qual se refere a declaração. § 6ºA pessoa jurídica que apresentar DCTF retificadora alterando valores que tenham sido informados: I na Declaração de Informações EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), deverá apresentar, também, DIPJ retificadora; e II no Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon), deverá apresentar, também, Dacon retificador." Tais disposições normatizam, para a DCTF, o princípio da espontaneidade, conforme garantia prevista no Art. 138 do CTN. Assim, para que houvesse acusação de falta de esclarecimento da DCTF retificadora (que no caso, foi espontânea e tem a mesma natureza da original), deveria existir, nos autos, uma intimação anterior do Fisco, solicitando o esclarecimento e motivo da retificação. Assim, contribuiria para a solução desta lide fiscal que a fiscalização apresentasse essa intimação ou alguma tentativa, do Fisco, de esclarecer a retificação, ou seja, uma possível falha de instrução do processo. Esta Turma de julgamento não identificou a presença de tal intimação ao contribuinte, assim como a ausência de despacho decisório próprio ao caso, que considerasse esta situação exposta, que considerasse o caso concreto do contribuinte. Constatada esta irregularidade que poderia afrontar o devido processo legal, decidiuse por converter o julgamento em diligência e, para esta tarefa, fui designado para apresentar o voto vencedor. Diante desta breve exposição, em busca da verdade material e, com fundamento na legislação que concerne ao processo administrativo fiscal e ao Direito Tributário, votase para que o julgamento seja convertido em diligência, para que: a autoridade de origem verifique e comprove se houve ou não intimação anterior que solicitasse o esclarecimento e motivo da retificação; a autoridade de origem verifique se há ou não Despacho Decisório que considerou a DCTF retificadora e, se houver, identificar e juntar nos autos; cumprida a diligência, o contribuinte deve ser intimado para se manifestar, em 30 dias da intimação, a respeito do relatório apresentado pela autoridade fiscal. Fl. 108DF CARF MF Processo nº 10983.907302/201290 Resolução nº 3201001.106 S3C2T1 Fl. 109 5 Após, retornem os autos a este Conselho para julgamento. Resolução proferida. Esclareçase que, nos presentes autos, ocorreu a mesma situação fática identificada na resolução do processo paradigma quanto à ausência de comprovação da existência de intimação tendente a esclarecer a retificação espontânea da DCTF. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu converter o julgamento em diligência, para que a Autoridade Preparadora verifique e comprove se houve ou não intimação anterior que solicitasse esclarecimentos e o motivo da retificação da DCTF, bem como verifique se há ou não Despacho Decisório que tenha considerado a DCTF retificadora e, se houver, identificar e juntar nos autos. Cumprida a diligência, concedase vista ao contribuinte pelo prazo de 30 (trinta dias) para se manifestar acerca das conclusões do trabalho fiscal. Após, retornemse os autos para julgamento. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Fl. 109DF CARF MF
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Numero do processo: 16327.914737/2009-13
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Fri Jan 26 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Feb 20 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/12/2006 a 31/12/2006
COFINS. PAGAMENTO A MAIOR. RESSARCIMENTO. COMPROVAÇÃO DE ERRO. FASE LITIGIOSA. ÔNUS DO CONTRIBUINTE.
Em pedido de compensação, ao adentrar a fase litigiosa do processo, é dever do contribuinte demonstrar, pormenorizadamente, a origem do crédito pleiteado. Ao se constatar a ocorrência de erro material, deve ser disponibilizado todo o raciocínio matemático que gerou o tributo pago equivocadamente; e, também, o percurso percorrido até atingir o montante apontado pela apuração tida por correta. Assim, restará possível a reconstrução dos fatos contábeis necessários à evidenciação do pagamento indevido.
COMPENSAÇÃO. LIQUIDEZ E CERTEZA NÃO DEMONSTRADAS. DOCUMENTAÇÃO HÁBIL, IDÔNEA E APTA À VERIFICAÇÃO DO ERRO E DA CORRETA APURAÇÃO DO TRIBUTO.
É requisito à compensação, a liquidez e certeza do crédito almejado pela contribuinte. Instaurada a fase litigiosa do processo administrativo fiscal, o contribuinte, quando em procedimento de ressarcimento, afirma ter ocorrido erro material, assume para si, o ônus de comprová-lo. A documentação hábil e idônea, são os documentos relativos às suas operações, tais como contratos relativos à sua atividade social, comprovantes de prestação do serviço, comprovantes de recebimento pelo serviço prestado e os devidos registros contábeis.
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. MOMENTO PARA A APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS COMPROBATÓRIO. MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE. PRECLUSÃO.
O processo administrativo fiscal é norteado por legislação própria, na qual se encontra previsto o prazo para apresentação de documentos, qual seja, o parágrafo 11 constante no artigo 74 da Lei 9.430/96 c/c artigo 14 e 16 parágrafo 4.º do Decreto n.º 70.235/72.
DCTF. ERRO MATERIAL. NECESSIDADE DE RETIFICAÇÃO.
A DCTF é instrumento de constituição do crédito tributário. Em caso de constatação de erro material por parte da contribuinte, além de outras condutas a fim de certificar seu crédito, também é necessária a retificação da DCTF, a fim de atualizar o sistema de informações da autoridade fazendária.
Numero da decisão: 3001-000.195
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Orlando Rutigliani Berri - Presidente
(assinado digitalmente)
Renato Vieira de Avila - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Orlando Rutigliani Berri, Renato Vieira de Avila, Cleber Magalhães e Cássio Schappo.
Nome do relator: RENATO VIEIRA DE AVILA
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PAGAMENTO A MAIOR. RESSARCIMENTO. COMPROVAÇÃO DE ERRO. FASE LITIGIOSA. ÔNUS DO CONTRIBUINTE. Em pedido de compensação, ao adentrar a fase litigiosa do processo, é dever do contribuinte demonstrar, pormenorizadamente, a origem do crédito pleiteado. Ao se constatar a ocorrência de erro material, deve ser disponibilizado todo o raciocínio matemático que gerou o tributo pago equivocadamente; e, também, o percurso percorrido até atingir o montante apontado pela apuração tida por correta. Assim, restará possível a reconstrução dos fatos contábeis necessários à evidenciação do pagamento indevido. COMPENSAÇÃO. LIQUIDEZ E CERTEZA NÃO DEMONSTRADAS. DOCUMENTAÇÃO HÁBIL, IDÔNEA E APTA À VERIFICAÇÃO DO ERRO E DA CORRETA APURAÇÃO DO TRIBUTO. É requisito à compensação, a liquidez e certeza do crédito almejado pela contribuinte. Instaurada a fase litigiosa do processo administrativo fiscal, o contribuinte, quando em procedimento de ressarcimento, afirma ter ocorrido erro material, assume para si, o ônus de comproválo. A documentação hábil e idônea, são os documentos relativos às suas operações, tais como contratos relativos à sua atividade social, comprovantes de prestação do serviço, comprovantes de recebimento pelo serviço prestado e os devidos registros contábeis. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. MOMENTO PARA A APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS COMPROBATÓRIO. MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE. PRECLUSÃO. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 91 47 37 /2 00 9- 13 Fl. 768DF CARF MF 2 O processo administrativo fiscal é norteado por legislação própria, na qual se encontra previsto o prazo para apresentação de documentos, qual seja, o parágrafo 11 constante no artigo 74 da Lei 9.430/96 c/c artigo 14 e 16 parágrafo 4.º do Decreto n.º 70.235/72. DCTF. ERRO MATERIAL. NECESSIDADE DE RETIFICAÇÃO. A DCTF é instrumento de constituição do crédito tributário. Em caso de constatação de erro material por parte da contribuinte, além de outras condutas a fim de certificar seu crédito, também é necessária a retificação da DCTF, a fim de atualizar o sistema de informações da autoridade fazendária. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Orlando Rutigliani Berri Presidente (assinado digitalmente) Renato Vieira de Avila Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Orlando Rutigliani Berri, Renato Vieira de Avila, Cleber Magalhães e Cássio Schappo. Relatório Despacho Decisório 848665695 Tratase de decisão sobre pedido de Compensação efetuado em Per/Dcomp registrada sob n.º 42849.50490.160507.1.3.046118, referente a pagamento indevido ou a maior, sendo que o limite do Crédito analisado corresponde ao valor do crédito original na data de transmissão do Per/DCOMP no total de R$ 38.138,96. A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP, foram localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados. Diante do exposto, foi considerada não homologada a compensação, tendo sido posto em cobrança crédito tributário no valor de R$ 38.138,96, acrescido de multa no valor de R$ 7.627,79 e juros correspondentes a R$ 10.114,45. Manifestação de Inconformidade Em sua defesa, a Recorrente alegou a ocorrência de erro. Fl. 769DF CARF MF Processo nº 16327.914737/200913 Acórdão n.º 3001000.195 S3C0T1 Fl. 769 3 Erro no preenchimento da DCTF Houve a ocorrência de erro no preenchimento da DCTF, pois teria apurado o valor de R$ 810.966,70, enquanto que o correto seria R$ 772.827,74, havendo, portanto, um crédito no valor de R$ 38.138,96. A fim de comprovar o erro, anexou ao eprocesso a DCTF com o valor errado e solicitou autorização para retificála. DRJ/POA A manifestação de inconformidade foi julgada com a seguinte ementa: Acórdão 1053.977 2ª Turma ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS Período de apuração: 01/12/2006 a 31/12/2006 DIREITO CREDITÓRIO. CERTEZA E LIQUIDEZ. A restituição e/ou compensação de indébito fiscal com créditos tributários está condicionada à comprovação da certeza e liquidez do respectivo indébito. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido O relatório do mencionado acórdão, por bem retratar a situação fática, será aproveitado conforme a transcrição a seguir: A empresa acima identificada transmitiu declaração de compensação (Dcomp) nº 42849.50490.160507.1.3.046118 visando compensar o valor de débito ali declarado, informando como crédito o valor de R$ 38.138,96, decorrente de pagamento indevido ou a maior de Cofins de entidades financeiras e equiparadas (cód. 7987) do período de apuração dezembro de 2006, arrecadado em 15/01/2007. O Darf em questão foi recolhido no valor total de R$ 810.966,70. A Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Instituições Financeiras em São Paulo (Deinf/SP), através do Despacho Decisório da fl. 03, não reconheceu o direito creditório pleiteado e não homologou a compensação declarada, por ausência de crédito. É informado que o DARF indicado como pagamento indevido ou a maior teve seu valor integralmente aproveitado na amortização do crédito tributário a que se refere, confessado pela empresa na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF). Cientificado, o contribuinte apresentou manifestação de inconformidade (fls. 02 em diante). Alega que ocorreu erro no preenchimento da DCTF. Indica que o valor devido correto para o período é de R$ 772.827,74. Portanto, existiria um crédito de R$ 38.138,96. Anexa a DCTF e solicita autorização para retificar a declaração com vistas a regularizar a pendência. Fl. 770DF CARF MF 4 No voto, a autoridade julgadora de primeira instância firma seu entendimento no sentido de delimitar o tema a ser enfrentado, qual seja a alegação de erro e os meios suficientes para proválo. Segundo consta do acórdão, nenhum documento contábil ou fiscal foi apresentado. DACON Embora não tenha sido alegado, como elemento adicional ao julgamento, foi verificado o Dacon transmitido. Observouse que o demonstrativo, retificador transmitido em 30/01/2007, apura exatamente ao valor de R$ 810.966,70 para a Cofins devida em dezembro de 2006. Ainda na data do acórdão, a DCTF e o Dacon informam o valor posto em cobrança. Retificação DCTF Descabe solicitar autorização ao órgão julgador da manifestação de inconformidade apresentada para a retificação da DCTF. A apresentação da declaração é de iniciativa do contribuinte Recurso Voluntário Sustenta a Recorrente que o crédito em questão é valido, e tornouse contestável devido a um erro de preenchimento. Erro na DCTF e DACON A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e o Demonstrativo de Apuração das Contribuições Sociais (DACON) foram preenchidas de forma equivocada, gerando um confronto nas informações. Relata que deveria ser preenchida com o valor de R$ 19.476.229,46 no campo 01. Faturamento/ Receita Bruta na Ficha 18B – Cálculo da Cofins Instituições Financeiras, Seguradoras, Previdência Aberta e Capitalização e não o valor de R$ 20.429.703,43 como consta na declaração atual. Meios Probatórios e Momento de sua Apresentação Pretende a Recorrente comprovar a legitimidade de seu crédito anexando alguns documentos extraídos da contabilidade, como o balancete de apuração de dezembro de 2006, razão de todas as contas contábeis que compõe a base de calculo da COFINS, demonstração de cálculo da COFINS e, por fim, a planilha de apuração da contribuição. É o Relatório. Voto Conselheiro Renato Vieira de Avila Relator Tempestividade A ciência da decisão preferida pela DRJ ocorreu mediante intimação no dia 13 de março de 2015. A data do protocolo do Recurso Voluntário ocorreu em 10 de abril de 2015. Tempestivo, portanto, o recurso. Mérito Fl. 771DF CARF MF Processo nº 16327.914737/200913 Acórdão n.º 3001000.195 S3C0T1 Fl. 770 5 Pretende a Recorrente, através de seu Recurso Voluntário, ver reconhecida, e, por conseguinte, restar declarada por este Conselho, a ocorrência de erro, uma vez que teria recolhido o valor de R$ 810.966,70, enquanto que o correto apurado seria R$ 772.827,74. Da diferença, inferiu crédito a seu favor, no valor de R$ 38.138,96, objeto da compensação. A fim de comprovar a ocorrência do erro, anexou a este eprocesso, a DCTF com o valor inicialmente lançado (R$ 810.966,70), solicitando autorização para retificála. Origem do Crédito Pleiteado A alegação da Recorrente referese a ocorrência de erro material na apuração do tributo em tela, tendo ocorrido pagamento a maior, motivo pelo qual manejou a referenciada DCOMP, a fim de ressarcir o que considerou indevido, vez que apontou, a seu entender, a existência de crédito próprio suficiente para fomentar a compensação. Nestes autos, reparase que não retificadora de DCTF, impossibilitando, de início, a simples verificação da divergência dos valores apontados, pois a informação constante no sistema de controle da Receita, ainda é o original (R$ 810.966,70). A fim de demonstrar seu crédito, é dever da Recorrente apontar sua origem, de forma robusta, em documentação contábil suficiente, tanto para aferição do crédito, como de sua real ocorrência. Seguese ao julgado: Acórdão: 3202001.185 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIALCOFINS Data do fato gerador: 20/04/2007 PEDIDO DE RESSARCIMENTO. DCTF RETIFICADORA. NECESSIDADE DA PROVA PELO CONTRIBUINTE. Nos termos dos §1º do art. 147 do CTN, para a validade da DCTF retificadora, nos casos em que a retificação importa na redução de tributo, é imprescindível a prova do erro que ensejou a necessidade da retificação. Tratandose de pedido de ressarcimento/restituição cumulado com pedido de compensação, o ônus de comprovar o direito creditório que alega é do contribuinte. Ausência DCTF Retificadora O valor considerado incorreto pela Recorrente ainda se encontra constituído perante o ordenamento jurídico, haja vista não ter havido a retificação da DCTF. Importa ressaltar que a autoridade em primeira instância, embora não tenha sido alegado pela parte recorrente, foi verificado o Dacon transmitido e observouse que o demonstrativo, apura exatamente ao valor de R$ 810.966,70 para a Cofins devida em dezembro de 2006. Ainda na data do acórdão, asseverou o julgador, a DCTF e o Dacon informam o valor posto em cobrança. Ressaltada, assim, pelas particularidades do caso, a ausência de prova a favor do contribuinte. Acórdão 3302002.709 Fl. 772DF CARF MF 6 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/1997 a 31/03/1997 DÉBITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. ERRO. ÔNUS DA PR OVA. O crédito tributário também resulta constituído nas hipót eses de confissão de dívida previstas pela legislação tributária, c omo é caso da DCTF. Dos meios para a Comprovação do erro material O tema presente se faz crucial para o desdobramento da questão. O cerne da discussão transita entre a exigência da autoridade fazendária na qual os erros devem ser provados com meios robustos e claros, com a definição e evidência dos fatos geradores ocorridos, e a devida construção lógico temporal entre a ocorrência do erro e a ocorrência do fato em si. Por outro lado, notase por parte do contribuinte, a pretensão em fazer valer seu suposto direito ao crédito, no presente caso, com o argumento de que errou. Não indicou, no momento apropriado, conforme se verá no item seguinte, nenhum indício da materialização do erro e o percurso percorrido para atingir o novo montante, considerado correto. Os meios de prova, aptos a comprovar a legitimidade do crédito, seriam, no entender deste julgador, a demonstração, com os documentos contábeis que permitam, em sede de contencioso administrativo, a efetiva leitura de como ocorreu apuração do tributo no valor apontado pela Recorrente. Este Conselho imputa à Recorrente, o ônus de comprovar este erro. Isto porque, a fim de aproveitar seu direito creditório, quando posto em litígio administrativo, deve assumir, plenamente, a tarefa de provar a existência do crédito. E, assumir o ônus de provar a existência do crédito, significa dizer, provar a existência da efetiva operação. Neste sentido, contratos comprovantes das operações que deram lastro aos lançamento contábeis, os seus devidos reflexos nos livros contábeis e fiscais, acompanhados de memoriais de cálculo, poderiam servir à apreciação do julgador, e demonstrar, justamente, o real acontecido. Mais substância ainda, seria trazer aos autos, os comprovantes da real ocorrência das operações negociais, como comprovantes de pagamentos e da efetiva prestação de serviço. Neste sentido, são as manifestações deste Conselho: Acórdão: 3302002.709 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/1997 a 31/03/1997 DÉBITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. ERRO. ÔNUS DA PR OVA. Tratandose de suposto erro de fato que aponta para a inexistência do débito declarado, o contribuinte possui o ônus de prova do direito invo cado, o que, no presente caso, não ocorreu. Fl. 773DF CARF MF Processo nº 16327.914737/200913 Acórdão n.º 3001000.195 S3C0T1 Fl. 771 7 Recurso Voluntário Negado. A mera alegação de inexistência de débito, desacompanhada dos documentos comprobatórios de sua real inexistência não é suficiente para que sejam homologadas quaisquer compensações, ou que quaisquer débitos sejam anulados. No presente caso o Recorrente não comprovou os recolhimentos efetuados por meio de documentos hábeis e idôneos, bem como de que se trata o débito inexistente. Há que se esclarecer que o Recorrente está obrigado a comprovar o erro de fato cometido ao preencher sua DCTF Complementar referente ao 1ºTrimestre de 1997, bem como que nenhum valor a título de COFINS é devido no referido período, mediante a apresentação de documentos hábeis e idôneos. Sem a comprovação de seu direito, através de tais documentos, a autoridade administrativa fica impedida de lhe proporcionar qualquer anulação de débito. Tratandose, portanto de matéria de prova, cabia ao recorrente produzila de forma satisfatória, a fim de demonstrar o seu direito Acórdão nº 3302.004.108 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ÔNUS DA PROVA. ERRO EM DECLARAÇÃO. A DCTF retificadora apresentada após o início de procedimento fiscal não têm o condão de provar suposto erro de fato que aponta para a i nexistência do débito declarado. O contribuinte possui o ônus d e prova do direito invocado mediante a apresentação de escrituração contábil e fiscal, lastreada em documentação idônea que dê suporte aos seus lançamentos. Acórdão n° 3801000.681 — la Turma Especial ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA 0 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2004 a 31/01/2004 DÉBITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. ERRO. ONUS DA PROVA. 0 crédito tributário também resulta constituído nas hipóteses de confissão de divida previstas pela legislação tributária, como é o caso da DCTF. Tratandose de suposto erro de fato que aponta para a inexistência do débito declarado, o contribuinte possui o ônus de prova do direito invocado Recurso Voluntário Negado. "Logo, a desconstituição do crédito tributário nascido com a con fissão de divida ocorrida através da DCTF dependerá de comprovação inequívoca, por meio de documentos hábeis e idôneos, de que se trata de débito inexistente. E que, para ilidir Fl. 774DF CARF MF 8 a presunção de legitimidade do crédito tributário nascido não se mostra suficiente que o contribuinte limitese a alegar erros, fazendose necessário que demonstre, por intermédio de documentação hábil e idônea, que a obrigação tributária principal é indevida. Momento da prova A Recorrente juntou ao seu Recurso Voluntário, a destempo portanto, documentos extraídos da contabilidade, como o balancete de apuração de dezembro de 2006, razão de todas as contas contábeis que compõe a base de calculo da COFINS, demonstração de cálculo da COFINS e, por fim, a planilha de apuração da contribuição. Os documentos juntados, quais sejam, planilha intitulada de 'apuração dos impostos', indicando valores como base de cálculo da COFINS; demonstração do Cálculo da Cofins; cópia do balancete de dezembro de 2006; e, cópia do livro Razão de dezembro de 2006, além de intempestivos, são insuficientes, haja vista que não possibilitam rastrear a ocorrência efetiva do pagamento indevido das operações excluídas pelo recorrente. Ou seja, não é possível, recompor a correta base de cálculo para fins de verificação da ocorrência do erro. Acórdão: 3202001.185 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 20/04/2007 . PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. MOMENTO DA APRESENTAÇÃO DA PROVA. PRECLUSÃO. Conforme o art. 16, § 4º, do Decreto nº. 70.235/72, no processo administrativo fiscal, as provas devem ser apresentadas na impugnação, sendo admitida a juntada posterior somente nos casos excepcionais elencados naquele dispositivo legal. Recurso Voluntário negado. 3802002.108–2ªTurma Especial ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário:2003 COMPENSAÇÃO. DESPACHO DECISÓRIO. FUNDAMENTAÇÃO. MOMENTO PARA APRESENTAÇÃO DE ESCLARECIMENTOS. MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE. CERCEAMENTO AO DIREITO DE DEFESA.NULIDADE.INOCORRÊNCIA. Não enseja nulidade o despacho decisório exarado por autoridade competente e devidamente fundamentado. O momento oportuno para apresentação de esclarecimentos pelo contribuinte é o da manifestação de inconformidade que instaura a fase litigiosa do procedimento, restando afastada a ocorrência de cerceamento ao direito de defesa. Fl. 775DF CARF MF Processo nº 16327.914737/200913 Acórdão n.º 3001000.195 S3C0T1 Fl. 772 9 Da Conclusão Ante o exposto, voto por conhecer do recurso voluntário e negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Renato Vieira de Avila Fl. 776DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10675.905179/2012-56
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 27 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed Apr 04 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3201-001.173
Decisão: Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência.
(assinado digitalmente)
Winderley Morais Pereira - Presidente em exercício e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (Presidente Substituto), Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisário, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade.
Nome do relator: WINDERLEY MORAIS PEREIRA
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(assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Presidente em exercício e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (Presidente Substituto), Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisário, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pelo contribuinte supra identificado em face de decisão da DRJ Juiz de Fora/MG que julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade manejada para se contrapor ao Despacho Decisório que não homologara a compensação declarada, sob o argumento de que o pagamento informado havia sido localizado mas utilizado na quitação de débitos do contribuinte. Na Manifestação de Inconformidade, o contribuinte alegou haver transmitido DCTF retificadora na qual se confirmou o seu crédito e que o quantum informado e pleiteado no PER/DComp era suficiente para a homologação da compensação declarada. Requereu, ainda, a juntada do presente processo a outro processo administrativo alegando haver conexão entre eles. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 06 75 .9 05 17 9/ 20 12 -5 6 Fl. 132DF CARF MF Processo nº 10675.905179/201256 Resolução nº 3201001.173 S3C2T1 Fl. 133 2 A decisão da Delegacia de Julgamento, denegatória do direito pleiteado, fundamentouse na falta de apresentação de prova documental por parte do interessado que pudesse embasar o indébito tributário alegado. Apontou a autoridade julgadora de primeira instância que a simples retificação da DCTF para alterar valores originalmente declarados, desacompanhada de documentação hábil e idônea, não era hábil à modificação do Despacho Decisório. Cientificado da decisão de piso, o contribuinte interpôs Recurso Voluntário e, sucintamente, reiterou a existência do crédito postulado, anexando documentação complementar com vista à comprovação do direito creditório. É o relatório. Voto Conselheiro Winderley Morais Pereira, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do Regimento Interno do CARF (RICARF), aprovado pela Portaria MF 343, de 9 de junho de 2015, aplicandose, portanto, ao presente litígio o decidido na Resolução nº 3201001.164, de 27/02/2018, proferido no julgamento do processo 10675.905169/201211, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Resolução nº 3201001.164): Como relatado, discutese no presente feito a legitimidade de crédito postulado pela Recorrente por meio de PER/DCOMP, correspondente à apuração de COFINS não cumulativa. De acordo com o PER/DCOMP apresentado, o crédito postulado teve origem no pagamento indevido ou a maior de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS. Consoante Despacho Decisório Eletrônico proferido, o crédito indicado seria inexistente, posto que o recolhimento do DARF em questão teria sido integralmente utilizado para a quitação de débito de COFINS declarado pelo próprio contribuinte. Em sua Manifestação de Inconformidade, a Recorrente aduz que o crédito utilizado é legítimo, informando que: Visando recuperar o crédito tributário acima apontado, a Manifestante providenciou a retificação da DCTF em 04/02/2011, conforme atesta o recibo de entrega nº 35.35.13.86.29.00, e a retificação do DACON em 27/01/2011, consoante atesta o recibo de entrega nº 1078177135. Diante da regular constituição do crédito tributário, através da retificação das obrigações acessórias acima mencionadas, a Manifestante transmitiu o PER/DCOMP nº 33828.46086.280111.1.3.042016 para a Receita Federal do Brasil em 28/01/2011 para compensar o seu lídimo crédito tributário com outros débitos tributários de sua titularidade. Foram anexadas à Impugnação cópias das declarações mencionadas. Fl. 133DF CARF MF Processo nº 10675.905179/201256 Resolução nº 3201001.173 S3C2T1 Fl. 134 3 A Delegacia da Receita Federal indeferiu a Manifestação apresentada ao argumento de que a "compensação é realizada mediante entrega da DCOMP. Assim, o crédito informado deve existir na data da transmissão dessa Declaração" Com efeito, não resta dúvidas de que a retificação da DCTF da Recorrente ocorreu após a transmissão do PER/DCOMP, muito embora esta tenha ocorrido anteriormente à emissão do Despacho Decisório Eletrônico. Não obstante, embora não afaste a possibilidade de revisão do lançamento, a partir dos documentos apresentados pela Recorrente em sede de Manifestação de Inconformidade, entendeu a Turma Julgadora de origem que os documentos apresentados não seriam suficientes para a análise do crédito postulado: Entretanto, a contribuinte limitouse a apresentar a DCTF retificadora e a informar que o crédito decorre da retificação da DCTF. Nada mais foi trazido, como, por exemplo, escrituração contábil, documentos fiscais ou quaisquer outros documentos hábeis e idôneos que demonstrassem a liquidez e certeza do direito creditório pretendido. No presente caso, somente a apresentação de documentos integrantes da escrituração contábil e fiscal da empresa poderiam comprovar o montante do tributo devido no período, e que, desta forma, o pagamento indevido ou a maior efetuado em DARF daria ao interessado crédito passível de ser compensado. São os livros fiscais e contábeis mantidos pelo contribuinte, os elementos capazes de fornecer à Fazenda Nacional conteúdo substancial válido juridicamente para a busca da verdade material dos fatos. Em sede de Recurso Voluntário, a Recorrente reafirma os argumentos de defesa e, diante dos fundamentos do acórdão recorrido, acrescenta aos autos cópia do seu balancete contábil. Na hipótese dos autos, não houve inércia do contribuinte na apresentação de documentos, além do fato de que a retificação da sua DCTF ocorreu antes da emissão do despacho decisório. O que se verifica é que os documentos inicialmente apresentados em sede de Manifestação de Inconformidade se mostraram insuficientes para que a Autoridade Julgadora determinasse a revisão do crédito tributário. E, imediatamente após tal manifestação, em sede de Recurso Voluntário, foram apresentados novos documentos. Ademais, não se pode olvidar que se está diante de um despacho decisório eletrônico, ou seja, a primeira oportunidade concedida ao contribuinte para a apresentação de documentos comprobatórios do seu direito foi, exatamente, no momento da apresentação da sua Manifestação de Inconformidade. E, foi apenas em sede de acórdão, que tais documentos foram tidos por insuficientes. Sabese quem em autuações fiscais realizadas de maneira ordinária, é, em regra, concedido ao contribuinte diversas oportunidades de apresentação de documentos e esclarecimentos, por meio dos Termos de Intimação emitidos durante o procedimento. Assim, limitar, na autuação eletrônica, a oportunidade de apresentação de documentos à manifestação de inconformidade, aplicando a preclusão relativamente ao Recurso Voluntário, não me parece razoável ou isonômico, além de atentatório aos princípios da ampla defesa e do devido processo legal. Desse modo, voto por CONVERTER O FEITO EM DILIGÊNCIA para que a Autoridade Preparadora efetue a análise do Pedido de Compensação com base nos dados informados em DCTF retificadora, transmitida anteriormente ao Fl. 134DF CARF MF Processo nº 10675.905179/201256 Resolução nº 3201001.173 S3C2T1 Fl. 135 4 despacho decisório, podendo intimar o contribuinte para apresentar demais documentos ou informações que entenda necessário. Após a manifestação fiscal, concedase vista ao contribuinte pelo prazo de 30 (trinta dias) para se manifestar acerca das conclusões. Após, retornemse os autos para julgamento. Da mesma forma que ocorreu no paradigma, neste processo, o contribuinte retificou a DCTF depois da transmissão do PER/DComp mas antes da ciência do despacho decisório. Apesar de o processo paradigma se referir apenas à Cofins, o mesmo raciocínio desenvolvido se aplica também à contribuição para o PIS. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu converter o julgamento em diligência, para que a Autoridade Preparadora efetue a análise da Declaração de Compensação com base nos dados informados em DCTF retificadora, transmitida anteriormente ao despacho decisório, podendo intimar o contribuinte para apresentar demais documentos ou informações que entender necessários. Após, concedase o prazo de 30 (trinta) dias ao Contribuinte para que se manifeste acerca do resultado da diligência. Concluída a instrução do feito, retornem os autos para julgamento. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Fl. 135DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13888.905780/2012-31
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 01 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Feb 16 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3402-001.247
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, por converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Waldir Navarro Bezerra - Presidente substituto e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os seguintes Conselheiros: Waldir Navarro Bezerra, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Carlos Augusto Daniel Neto, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Thais de Laurentiis Galkowicz, e Marcos Roberto da Silva (Suplente convocado).
Nome do relator: WALDIR NAVARRO BEZERRA
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, por converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra - Presidente substituto e Relator. Participaram da sessão de julgamento os seguintes Conselheiros: Waldir Navarro Bezerra, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Carlos Augusto Daniel Neto, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Thais de Laurentiis Galkowicz, e Marcos Roberto da Silva (Suplente convocado).
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Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, por converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Presidente substituto e Relator. Participaram da sessão de julgamento os seguintes Conselheiros: Waldir Navarro Bezerra, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Carlos Augusto Daniel Neto, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Thais de Laurentiis Galkowicz, e Marcos Roberto da Silva (Suplente convocado). Relatório Trata o presente processo de PER/DCOMP apresentada pela empresa KSPG AUTOMOTIVE BRAZIL LTDA., em que pelo Despacho Decisório emitido pela DRF não homologou Declaração de Compensação eletrônica (nº 00887.59564.200410.1.3.049004), sustentando pela seguinte fundamentação: "A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP". (...) "Diante da inexistência do crédito, NÃO HOMOLOGO a compensação declarada". RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 38 88 .9 05 78 0/ 20 12 -3 1 Fl. 122DF CARF MF Processo nº 13888.905780/201231 Resolução nº 3402001.247 S3C4T2 Fl. 123 2 Cientificada, a interessada apresentou Manifestação de Inconformidade alegando, em síntese, que: em 11/02/2010 foi retificada a apuração de PIS e COFINS referente ao mês outubro de 2009, e logo em seguida sua obrigação acessória DACON Mensal 1.6 do mesmo período (anexo IV); o imposto referente ao (...) (PIS) apurado inicialmente no valor de R$ 172.043,87, após retificação da apuração, passou para R$ 136.111,47, restando um crédito de R$ 35.932,39. visto que o (...) (PIS) foi recolhido em 25/11/2009 (anexo III), após a retificação da apuração restava compensar o valor pago a maior. (...). Ao analisar o despacho decisório (...) percebeu que não havia sido retificada a DCTF referente a outubro de 2009 (anexo IV). A referida Manifestação de Inconformidade foi analisada pela Administração Tributária. No entanto, os argumentos aduzidos pelo sujeito passivo, não foram acolhidos pela primeira instância de julgamento administrativo fiscal, conforme ementa do Acórdão proferido pela DRJ em Ribeirão Preto/SP sob nº 1451.603, de 26/06/2014, conforme ementa abaixo reproduzida (fls. 38): ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 25/11/2009 DIREITO CREDITÓRIO. PROVA. O reconhecimento do direito creditório pleiteado requer a prova de sua existência e montante, sem o que não pode ser restituído ou utilizado em compensação. Faltando ao conjunto probatório carreado aos autos pela interessada elemento que permita a verificação da existência de pagamento indevido ou a maior frente à legislação tributária, o direito creditório não pode ser admitido. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Em 18/09/2014 a Recorrente foi devidamente cientificada conforme consta do Despacho de fl. 48 e não resignada com a r. decisão, a empresa em 03/10/2014 (fl. 49), interpôs o presente Recurso Voluntário (RV), (fls. 50/62) no qual, repisa os argumentos de sua impugnação e em suma, alega o descabimento das glosas dos créditos, argumentando as seguintes razões: que a DRJ em Ribeirão Preto/SP, indeferiu a solicitação da Recorrente ratificando a decisão da DRF, sob o argumento de que: "(...) Como visto, há uma inconsistência nos documentos trazidos aos autos, inconsistência essa que somente o recurso à contabilidade do sujeito passivo poderia resolver. No entanto, tal elemento de prova não foi juntado pela interessada, razão pela qual o único resultado possível é o indeferimento do seu pleito de reconhecimento integral do crédito pleiteado, mantendose incólume o Despacho Decisório". Fl. 123DF CARF MF Processo nº 13888.905780/201231 Resolução nº 3402001.247 S3C4T2 Fl. 124 3 que conforme amplamente relatado no Acórdão, para que o direito creditório seja reconhecido é necessário que seja apresentada documentação fiscal hábil e idônea através da qual se demonstre o crédito em discussão; explica a empresa que o montante recolhido a maior a título de PIS foi devidamente escriturado nos documentos contábeis da empresa, conforme se verifica da análise do balancete do período de fevereiro de 2010 (fl. 112) na conta 115180 denominada "PIS a Recuperar s/ Entradas" que no final de fevereiro de 2010 perfazia o montante de R$ 36.546,87. Vale esclarecer que, na escrituração contábil o montante é reportado pelo seu valor histórico, sem o acréscimo da SELIC e que em tal conta contábil estão reportados todos os créditos de PIS a recuperar da empresa, incluindo os montantes de outros créditos; que é possível verificar que no Livro Razão (fls. 113/116) da empresa de 30/04/2010 foi contabilizada a baixa do crédito na mesma conta„ contábil identificada acima (115180) no valor de R$ 37.832,58, cuja observação menciona "compensação de PIS referente 03/2010 conforme PER/DCOMP de 20/04"; que analisando o Razão (fls. 113/116) da empresa é possível verificar que foram efetuados quatro lançamentos na data de 30/04/2010 cuja somatória é de R$ 37.962,59, conforme demonstrado à fl. 58 do recurso; tais valores comprovam que havia crédito de PIS a ser compensado, cuja origem provém do pagamento a maior do DARF recolhido em 25/11/2009; não restam dúvidas de que tratase de erro material cometido pelo contribuinte quando da apuração do tributo; aborda o Princípio da Verdade Material no Processo Administrativo Tributário: no processo administrativo tributário deve predominar o princípio da verdade material, no sentido de se buscar descobrir se realmente ocorreu ou não o fato gerador, para que então se tenha certeza de que a obrigação/direito teve seu nascimento efetivado. Assim o objetivo da fiscalização é o de apurar os fatos concretos ocorridos; Tal premissa é verdadeira e deve ser aplicada para o reconhecimento do direito de compensação, postulado pela Recorrente. Portanto, deve ser admitida a apuração da verdade concreta, passível de comprovação por meio dos documentos apresentados pela Recorrente (DACON, DARF, PER/DCOMP, Livro Razão, Balancete, etc) e outros que possam vir a ser posteriormente juntados Por fim, requer o provimento do recurso voluntário, para reforma integral da decisão proferida em primeira instância administrativa. É o relatório. Voto Conselheiro Waldir Navarro Bezerra, Relator. Fl. 124DF CARF MF Processo nº 13888.905780/201231 Resolução nº 3402001.247 S3C4T2 Fl. 125 4 1. Da admissibilidade do Recurso O Recurso Voluntário é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade, devendo, portanto, ser conhecido por este Colegiado. 3. Objeto da lide Trata a presente lide de PER/DCOMP apresentada pela empresa KSPG AUTOMOTIVE BRAZIL LTDA., em que pelo Despacho Decisório emitido pela DRF não homologou Declaração de Compensação eletrônica nº 00887.59564.200410.1.3.049004, e a decisão recorrida ratificou a decisão da DRF, alegando falta de documentos probatórios da existência do crédito do PIS pleiteado. 4. Quanto ao MÉRITO Primeiramente se faz necessário relembrar que a DCOMP se presta a formalizar o encontro de contas entre o contribuinte e a Fazenda Pública, por iniciativa do primeiro a quem cabe, portanto, a responsabilidade pelas informações sobre os créditos e os débitos, cabendo ao Fisco a sua necessária verificação e validação. Encontradas conforme, sobrevém a homologação confirmando a extinção. Invalidadas as informações prestadas pelo declarante, o inverso se verifica. No caso sob análise, quando do exame das declarações prestadas pela própria Recorrente à RFB, revelouse que o crédito utilizado na compensação declarada não existia. Por conseguinte, não havia saldo disponível para suportar uma nova extinção, desta vez por meio de compensação. Decorre disso que o Despacho Decisório (fl. 32) foi emitido corretamente, já que baseado nas informações disponíveis pela Administração Tributária. Conforme amplamente relatado no Acórdão recorrido, para que o direito creditório seja reconhecido é necessário que seja apresentada documentação fiscal hábil e idônea através da qual se demonstre o crédito em discussão: Vejase trecho reproduzido: "(...) A contribuinte, não obstante, sustenta a existência do crédito, o qual, segundo alega, decorreria de retificação da apuração da contribuição. A partir dos novos resultados, teria retificado o Demonstrativo de Apuração das Contribuições Sociais, mas não a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais. (...) Como visto, há uma inconsistência nos documentos trazidos aos autos, inconsistência essa que somente o recurso à contabilidade do sujeito passivo poderia resolver. No entanto, tal elemento de prova não foi juntado pela interessada, razão pela qual o único resultado possível é o indeferimento do seu pleito de reconhecimento integral do crédito pleiteado, mantendose incólume o Despacho Decisório. Importa destacar que a contribuinte não apresenta sequer um demonstrativo ou uma razão pela qual teria retificado a apuração original. Nenhum documento contábil. Nada. (Grifei) Agora, em fase de recurso voluntário, a Recorrente informa que, "(...) O montante recolhido a maior a título de PIS foi devidamente escriturado nos documentos contábeis da empresa, conforme se verifica da análise do balancete do período de fevereiro de 2010 (Doc. de fls. 112/116) na conta 115180 denominada "PIS a Recuperar s/ Entradas" que no final de fevereiro de 2010 perfazia o montante de R$ 36.546,87 (trinta e seis mil, quinhentos e quarenta e seis Reais e oitenta e sete centavos). Vale esclarecer que, na Fl. 125DF CARF MF Processo nº 13888.905780/201231 Resolução nº 3402001.247 S3C4T2 Fl. 126 5 escrituração contábil o montante é reportado pelo seu valor histórico, sem o acréscimo da Selic e que em tal conta contábil estão reportados todos os créditos de PIS a recuperar da empresa, incluindo os montantes de outros créditos". Informa também que acostou os autos cópia de vários outros documentos comprobatórios, tais como: extrato de conta do Livro Razão de 30/04/2010, Balancete Comparado de fevereiro de 2010 a abril de 2010; Documentos contábil onde consta o lançamento do DARF; cópia dos DACON original referente a outubro/2009 (docs. anexados às fls. 81 a 116). Ao final aduz que não restam dúvidas de que por tratarse de erro material cometido pelo contribuinte quando da apuração do tributo, o recolhimento a maior efetuado por este deve ser revertido em favor do mesmo, na forma de compensação, conforme pleiteado na PER/DCOMP, mencionada. Assim, restaria à Recorrente comprovar o seu direito ao crédito pleiteado, com base nos documentos comprobatórios acostados aos autos (fls. 81/116). 5. Da conversão dos autos em Diligência Pois bem. Como acima exposto, entendo que há razoável dúvida quanto à certeza e liquidez dos alegados direitos aos créditos que a Recorrente pretende compensar nestes autos. É certo que é condição indispensável à compensação de tributos a liquidez e certeza do crédito, nos termos do que dispõe o art. 170 da Lei n° 5.172/66 (Código Tributário Nacional CTN). Necessário, neste sentido, a comprovação cabal da existência desses supostos créditos, o que pode ser demonstrados com base na análise da documentação contábilfiscal do contribuinte e outros elementos probatórios que ensejar necessário, tais como os que foram acostados aos autos às fls. 81/116. Deste modo, visando propiciar a ampla oportunidade para a Recorrente esclarecer e comprovar os fatos alegados, em atendimento aos princípios da verdade material, da ampla defesa e do contraditório, entendo que o presente julgamento deve ser convertido em diligência, uma vez que esse novos documento apensados ainda não foram examinados pelo Fisco. Em face do acima exposto, nos termos dos artigos 18 e 29 do Decreto n° 70.235/72, proponho a realização de diligência para que a autoridade fiscal da DRF/PIRACICABA/SP, proceda à análise de todos os fatos, argumentos, cópias de documentos, dos livros contábeis e demonstrativos que foram apresentados junto com o Recurso Voluntário (fls. 50/116), no que se refere aos créditos pleiteados neste processo. Para tanto, se entender necessário, a autoridade fiscal poderá intimar a interessada para apresentar outros documentos e/ou informações, a critério da fiscalização, com vistas a esclarecer e comprovar a existência dos supostos créditos suscetíveis de serem utilizados na compensação tratados neste PAF. Desta forma, o processo deve retornar à repartição de origem Delegacia da Receita Federal em Piracicaba/SP, para realização da diligência, a fim de se apurar e confirmar, ou não, as seguintes afirmações da Recorrente: Fl. 126DF CARF MF Processo nº 13888.905780/201231 Resolução nº 3402001.247 S3C4T2 Fl. 127 6 "(...) Diante do exposto, não restam dúvidas de que por tratarse de erro material cometido pelo contribuinte quando da apuração do tributo, o recolhimento a maior efetuado por este deve ser revertido em favor do mesmo, na forma de compensação, conforme pleiteado na PER/DCOMP, acima mencionada". (Grifei) (i) diante da noticia acima, o Fisco deve esclarecer se há (ou não) a existência comprovada do direito aos créditos suscetíveis de serem utilizados na compensação tratados nestes autos; e (ii) ao término dos trabalhos, a autoridade fiscal da DRF, deverá elaborar Relatório Conclusivo sobre os fatos apurados nesta solicitação de diligência, podendo inclusive, manifestarse sobre a possível existência de crédito líquido e certo suscetível de ser utilizado pela Recorrente contestada nos demais itens do Recurso Voluntário (fls. 50/61). Encerrada a instrução processual a Interessada deverá ser intimada para manifestarse no prazo de 30 (trinta) dias, conforme art. 35, parágrafo único, do Decreto nº 7.574, de 29 de setembro de 2011. Concluída a diligência, os autos deverão retornar a este Colegiado para que se dê prosseguimento ao julgamento. É como voto. (assinado com certificado digital) Waldir Navarro Bezerra Fl. 127DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13830.001904/2004-63
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Jan 17 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Feb 27 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 1999
RECURSO ESPECIAL. CONFLITO COM SÚMULA DO CARF. NÃO CONHECIMENTO.
Não se conhece do Recurso Especial que conflita com a jurisprudência sedimentada em Súmula do CARF.
Numero da decisão: 9101-003.339
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 13830.001892/2004-77, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
(assinado digitalmente)
Adriana Gomes Rêgo - Presidente e Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros André Mendes de Moura, Cristiane Silva Costa, Rafael Vidal de Araújo, Luis Flávio Neto, Flávio Franco Corrêa, Daniele Souto Rodrigues Amadio, Gerson Macedo Guerra e Adriana Gomes Rêgo (Presidente).
Nome do relator: ADRIANA GOMES REGO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 13830.001892/2004-77, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) Adriana Gomes Rêgo - Presidente e Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros André Mendes de Moura, Cristiane Silva Costa, Rafael Vidal de Araújo, Luis Flávio Neto, Flávio Franco Corrêa, Daniele Souto Rodrigues Amadio, Gerson Macedo Guerra e Adriana Gomes Rêgo (Presidente).
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ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 1999 RECURSO ESPECIAL. CONFLITO COM SÚMULA DO CARF. NÃO CONHECIMENTO. Não se conhece do Recurso Especial que conflita com a jurisprudência sedimentada em Súmula do CARF. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplicase o decidido no julgamento do processo 13830.001892/200477, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) Adriana Gomes Rêgo Presidente e Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros André Mendes de Moura, Cristiane Silva Costa, Rafael Vidal de Araújo, Luis Flávio Neto, Flávio Franco Corrêa, Daniele Souto Rodrigues Amadio, Gerson Macedo Guerra e Adriana Gomes Rêgo (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 83 0. 00 19 04 /2 00 4- 63 Fl. 182DF CARF MF Processo nº 13830.001904/200463 Acórdão n.º 9101003.339 CSRFT1 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Especial interposto pela ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN), com a alegação de dissídio interpretativo em relação ao acórdão ofertado como paradigma de nº 10513.625, assim ementado: “CONTRIBUIÇÃO SOCIAL — COMPENSAÇÃO DE BASE DE CÁLCULO NEGATIVA — LIMITE DE 30% A base de calculo negativa da Contribuição Social, apurada a partir de períodos de apuração referentes ao ano calendário de 1995, poderá ser compensada, cumulativamente com o saldo compensável, apurado a partir do ano calendário de 1992, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação específica, observado o limite máximo de redução de trinta por cento.” Nessa oportunidade, a PGFN aduz a não aplicação da limitação de 30%, na compensação da base negativa da CSLL de períodos anteriores, para o resultado decorrente da atividade rural, somente surgiu no ordenamento jurídico com a edição do artigo 42 da Medida Provisória nº 199115/2000. A recorrida apresenta contrarrazões. É o relatório. Voto Conselheira Adriana Gomes Rêgo Relatora O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 9101003.335, de 17.01.2018, proferido no julgamento do Processo nº 13830.001892/200477. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 9101003.335): O presente Recurso Especial da PGFN é tempestivo. Entretanto, a decisão a ser proferida sobre o conhecimento do presente apelo a esta instância especial depende da solução sobre a questão deduzida pela recorrida, quando expõe que o acórdão ofertado como paradigma conflita com a jurisprudência do CARF que se consolidou sobre o tema em estudo. Com efeito, a Súmula CARF nº 53 está assim redigida: “Não se aplica ao resultado decorrente da exploração de atividade rural o limite de 30% do lucro líquido ajustado, relativamente à compensação da base de cálculo negativa de CSLL, mesmo para os fatos ocorridos antes da vigência do art. 42 da Medida Provisória n° 199115, de 10 de março de 2000.” Por outro lado, o acórdão ofertado como paradigma assentou o seguinte entendimento da turma que o exarou: “CONTRIBUIÇÃO SOCIAL — COMPENSAÇÃO DE BASE DE CÁLCULO NEGATIVA — LIMITE DE 30% A base de calculo Fl. 183DF CARF MF Processo nº 13830.001904/200463 Acórdão n.º 9101003.339 CSRFT1 Fl. 4 3 negativa da Contribuição Social, apurada a partir de períodos de apuração referentes ao anocalendário de 1995, poderá ser compensada, cumulativamente com o saldo compensável, apurado a partir do ano calendário de 1992, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação específica, observado o limite máximo de redução de trinta por cento.” Portanto, é indubitável que há colisão entre o paradigma ofertado e a Súmula CARF nº 53, pois aquele acolheu a trava de 30%, relativamente à compensação da base de cálculo negativa da CSLL, para as pessoas jurídicas que exploram a atividade rural, ao passo que o entendimento jurisprudencial sedimentado na Súmula CARF nº 53 repudia a supracitada limitação. Nesses termos, é preciso ter em conta o disposto no artigo 67, §§ 9º e 12, inciso III, do Anexo II do vigente Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343/2015: “Art. 67. Compete à CSRF, por suas turmas, julgar recurso especial interposto contra decisão que der à legislação tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria CSRF. [...] § 9º O recurso deverá ser instruído com a cópia do inteiro teor dos acórdãos indicados como paradigmas ou com cópia da publicação em que tenha sido divulgado ou, ainda, com a apresentação de cópia de publicação de até 2 (duas) ementas. [...] § 12. Não servirá como paradigma o acórdão que, na data da análise da admissibilidade do recurso especial, contrariar: [...] III Súmula ou Resolução do Pleno do CARF.” Em face do exposto, não se deve conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional, a teor do que consta no artigo 67, § 12, inciso III, do Anexo II do vigente Regimento Interno do CARF. É como voto. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, não conheço do Recurso Especial. (assinado digitalmente) Adriana Gomes Rêgo Fl. 184DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10880.954392/2008-80
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 24 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Feb 21 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador: 15/01/2001
ÔNUS DA PROVA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. ARTIGO 170 DO CTN.
Em processos que decorrem da não-homologação de declaração de compensação, o ônus da prova recai sobre o contribuinte, que deverá apresentar e produzir todas as provas necessárias para demonstrar a liquidez e certeza de seu direito de crédito (artigo 170, do CTN).
MOMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. ARTIGOS 16 E 17 DO DECRETO Nº 70.235/1972.
Seguindo o disposto no artigo 16, inciso III e parágrafo 4º, e artigo 17, do Decreto nº 70.235/1972, a regra geral é que seja apresentada no primeiro momento processual em que o contribuinte tiver a oportunidade, seja na apresentação da impugnação em processos decorrentes de lançamento seja na apresentação de manifestação de inconformidade em pedidos de restituição e/ou compensação, podendo a prova ser produzida em momento posterior apenas de forma excepcional, nas hipóteses em que "a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b) refira-se a fato ou a direito superveniente; c) destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos", sob pena de preclusão.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3401-004.156
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário apresentado.
(assinado digitalmente)
Rosaldo Trevisan - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan, Robson Jose Bayerl, Augusto Fiel Jorge d'Oliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araujo Branco.
Nome do relator: ROSALDO TREVISAN
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1939; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T1 Fl. 2 1 1 S3C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10880.954392/200880 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3401004.156 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 24 de outubro de 2017 Matéria DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR PIS Recorrente UNILEVER BRASIL INDUSTRIAL LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 15/01/2001 ÔNUS DA PROVA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. ARTIGO 170 DO CTN. Em processos que decorrem da nãohomologação de declaração de compensação, o ônus da prova recai sobre o contribuinte, que deverá apresentar e produzir todas as provas necessárias para demonstrar a liquidez e certeza de seu direito de crédito (artigo 170, do CTN). MOMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. ARTIGOS 16 E 17 DO DECRETO Nº 70.235/1972. Seguindo o disposto no artigo 16, inciso III e parágrafo 4º, e artigo 17, do Decreto nº 70.235/1972, a regra geral é que seja apresentada no primeiro momento processual em que o contribuinte tiver a oportunidade, seja na apresentação da impugnação em processos decorrentes de lançamento seja na apresentação de manifestação de inconformidade em pedidos de restituição e/ou compensação, podendo a prova ser produzida em momento posterior apenas de forma excepcional, nas hipóteses em que "a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b) refirase a fato ou a direito superveniente; c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos", sob pena de preclusão. Recurso Voluntário Negado Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário apresentado. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Presidente e Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 95 43 92 /2 00 8- 80 Fl. 101DF CARF MF Processo nº 10880.954392/200880 Acórdão n.º 3401004.156 S3C4T1 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Rosaldo Trevisan, Robson Jose Bayerl, Augusto Fiel Jorge d'Oliveira, Mara Cristina Sifuentes, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Tiago Guerra Machado e Leonardo Ogassawara de Araujo Branco. Relatório Tratase de declaração de compensação apresentada em meio eletrônico, que restou não homologada face a inexistência de crédito, conforme despacho decisório que integra os autos ora em apreço. A contribuinte apresentou manifestação de inconformidade tempestiva, na qual alegou, em síntese, que: (i) o DARF indicado na DCOMP pela Manifestante como sendo a fonte de seu crédito foi localizado nos sistemas da Receita Federal do Brasil; (ii) foi identificada também a existência de um pagamento vinculado ao referido DARF; (iii) o crédito utilizado na DCOMP efetivamente existe, tendo sido o Despacho Decisório proferido unicamente em razão de um simples equívoco cometido pela contribuinte, o de se esquecer de retificar a respectiva DCTF no momento em que foi constatado que o pagamento da contribuição havia sido feito a maior; (iv) no caso de não ser acatada a defesa apresentada, prevalecerá o enriquecimento ilícito da Fazenda Nacional em prejuízo de direito liquido e certo da manifestante. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em São Paulo I (SP) prolatou o Acórdão DRJ nº 1630.770, que julgou, por unanimidade de votos, improcedente a manifestação de inconformidade manejada, de forma a não reconhecer o direito creditório pleiteado. Regularmente notificada desta decisão, a contribuinte apresentou recurso voluntário tempestivo, no qual reiterou as razões de sua impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Rosaldo Trevisan, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3401004.146, de 24 de outubro de 2017, proferido no julgamento do processo 10880.954389/200866, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Na apreciação de tal processo, o relator (Conselheiro Leonardo Ogassawara de Araújo Branco) propôs conversão em diligência, rechaçada por todos os demais conselheiros que compõem o colegiado, sendo designado para redigir o voto vencedor em relação à matéria o Conselheiro Augusto Fiel Jorge D’Oliveira. Vencida a proposta de Fl. 102DF CARF MF Processo nº 10880.954392/200880 Acórdão n.º 3401004.156 S3C4T1 Fl. 4 3 diligência, o colegiado, no mérito, foi unânime na negativa de provimento ao recurso voluntário. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 3401004.146): "Com as devidas vênias ao entendimento do i. Conselheiro Relator, apresento nas linhas a seguir os motivos pelos quais divergi da proposta de conversão do julgamento em diligência, votando pela apreciação da Recurso Voluntário. A questão a ser decidida pelo Colegiado no processo ora em julgamento diz respeito ao direito probatório em pedido de restituição com declaração de compensação. Como regra, o artigo 373 do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) estabelece que o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito, e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. A respeito, comenta a doutrina: "compete, em regra, a cada uma das partes o ônus de fornecer os elementos de prova das alegações de fato que fizer. A parte que alega deve buscar os meios necessários para convencer o juiz da veracidade do fato deduzido como base da sua pretensão/exceção, afinal é a maior interessada no seu reconhecimento e acolhimento".1 Nessa linha, a Lei nº 9.784/1999, que regula os processos administrativos federais, determina: "Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei". (grifos nossos) Assim, como esse Colegiado já teve a oportunidade de decidir, "o ônus da prova atua de forma diversa em processos decorrentes de lançamento tributário, no qual cabe ao Fisco provar a ocorrência do fato gerador, e em processos relativos a pedidos de ressarcimento e compensação, em que cabe ao contribuinte provar o seu direito de crédito". (Acórdão nº 3401003.204; Data da Sessão: 23/08/2016: Relator: Augusto Fiel Jorge d'Oliveira) Quanto ao momento de produção de prova, seguindo o disposto no artigo 16, inciso III e parágrafo 4º, e artigo 17, do Decreto nº 70.235/1972, a regra geral é que seja apresentada no primeiro momento processual em que o contribuinte tiver a oportunidade, seja na apresentação da impugnação em processos decorrentes de lançamento seja na apresentação de manifestação de inconformidade em pedidos de restituição e/ou compensação, podendo a prova ser produzida em momento posterior apenas de forma excepcional, nas hipóteses em que "a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b) refirase a fato ou a direito superveniente; c) 1 Curso de Direito Processual Civil. Vol. 02. Fredie Didier Jr., Paula Braga, Rafael de Oliveira. Edição 2013. Editora Juspodivm. p. 8185. Fl. 103DF CARF MF Processo nº 10880.954392/200880 Acórdão n.º 3401004.156 S3C4T1 Fl. 5 4 destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos", sob pena de preclusão. Dessa maneira, no presente processo, que trata de declaração de compensação, o ônus da prova cabe à Recorrente, sendo que o momento adequado para a apresentação das razões de fato e de direito, com amparo em toda prova necessária para tanto, se dá por ocasião do protocolo de sua Manifestação de Inconformidade ao despacho eletrônico que não homologou a compensação. Como se verifica pela análise do despacho decisório e da decisão recorrida, o motivo para a não homologação da declaração de compensação foi o equívoco cometido pela Recorrente, de não ter retificado a DCTF referente ao alegado pagamento a maior, qual seja referente ao PIS de Setembro de 2000. Diante disso, as autoridades fiscais constataram uma coincidência entre valores devidos e pagos a título de PIS naquele período de apuração, não sendo possível a identificação pela Administração Tributária de qualquer pagamento a maior ou indébito a ser restituído ou compensado. Na linha do que vem decidindo o CARF, a retificação de DCTF não é condição para a homologação de compensação, sendo, na realidade, necessário que o indébito esteja devidamente provado. Assim, uma vez não homologada a compensação da Recorrente e ficando claro à Recorrente que tal decisão se deu em razão da ausência de DCTF, caberia a ela, na apresentação de sua Manifestação de Inconformidade, demonstrar o indébito, o que poderia ser feito, inicialmente, com a exposição do valor que foi pago e do que, a seu entender deveria ter sido pago, a gerar a diferença. Segundo, as razões de fato ou de direito que levam a conclusão de que os valores efetivamente pagos o foram de forma indevida. Terceiro, a juntada da documentação comprovando a ocorrência do indébito, o que, a depender do caso, exigiria documentos contábeis, notas fiscais etc. Porém, em sua Manifestação de Inconformidade, para sustentar o seu direito de crédito, a Recorrente apenas reitera a afirmação de que teria ocorrido um pagamento a maior e que o excesso em tal pagamento corresponderia ao exato valor objeto da declaração de compensação. Segundo a Recorrente, “foi constatado que o pagamento de PIS realizado em 13/10/2000 havia sido feito a maior, para assim reduzir o valor do débito de PIS relativo ao mês de outubro/2000 de R$ 539.691,85 para R$ 529.519,48, medida essa necessária para evidenciar o direito creditório na importância de R$ 10.172,37”. (fls. 42) Porém, a Recorrente inicia e encerra ali as suas explicações acerca do pagamento a maior que teria realizado. A Recorrente deixa de expor as razões de fato ou de direito que levam a conclusão de que os valores efetivamente pagos o foram de forma indevida e não apresenta documento algum que Fl. 104DF CARF MF Processo nº 10880.954392/200880 Acórdão n.º 3401004.156 S3C4T1 Fl. 6 5 porventura pudesse dar suporte à ocorrência do indébito, como documentos contábeis e notas fiscais, ainda que de modo rudimentar, para indicar um princípio de prova, a ser potencialmente aprofundada em diligência. Nesse cenário, entendo que a Recorrente não se desincumbiu do ônus de provar o seu direito de crédito. Ressaltese que esse direito não foi obstado pela ausência de retificação de DCTF, providência que já se afirmou não é entendida por essa Turma como condição para homologação da compensação, mas por carência probatória do direito alegado, que poderia ter sido suprida no decorrer do contencioso, seguindo as regras de processo administrativo, mas não o foi pela parte a quem interessava demonstrálo, a Recorrente. Ante o exposto, apresento divergência em relação ao Relator, por entender que não é hipótese de conversão do julgamento em diligência, mas sim de carência probatória por parte do Recorrente, motivo pelo qual voto por conhecer e negar provimento ao Recurso Voluntário interposto, mantendo a decisão recorrida e o despacho decisório que não reconheceu a homologação da compensação declarada pela Recorrente. " Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, o colegiado negou provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Rosaldo Trevisan Fl. 105DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13603.900479/2009-85
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Mon Feb 26 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Mar 20 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Data do fato gerador: 10/02/2005
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO CONFIRMADO EM DILIGÊNCIA.
Comprovado por diligência fiscal a liquidez e certeza do direito creditório homologa-se a compensação.
Recurso Voluntário Provido
Numero da decisão: 3201-003.447
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário.
Winderley Morais Pereira - Presidente Substituto.
Paulo Roberto Duarte Moreira - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisario, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade.
Nome do relator: PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 10/02/2005 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO CONFIRMADO EM DILIGÊNCIA. Comprovado por diligência fiscal a liquidez e certeza do direito creditório homologase a compensação. Recurso Voluntário Provido Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário. Winderley Morais Pereira Presidente Substituto. Paulo Roberto Duarte Moreira Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Marcelo Giovani Vieira, Tatiana Josefovicz Belisario, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade. Relatório O interessado acima identificado recorre a este Conselho, de decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Ribeirão Preto/SP. Por bem descrever os fatos ocorridos, até então, adoto o relatório elaborado no acórdão nº 3802000.254 que decidiu converter o julgamento em diligência, que transcrevo, a seguir: AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 60 3. 90 04 79 /2 00 9- 85 Fl. 182DF CARF MF Processo nº 13603.900479/200985 Acórdão n.º 3201003.447 S3C2T1 Fl. 3 2 Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da 2a Turma da DRJ Ribeirão Preto (fls. 73/76), a qual, por unanimidade de votos, julgou improcedente a manifestação de inconformidade formalizada pelo sujeito passivo contra a não homologação de compensação (vide despacho decisório de fls. 15/17), nos termos do acórdão assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Data do fato gerador: 10/02/2005 COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. DISPONIBILIDADE DO CRÉDITO. A compensação, nos termos em que definida pelo artigo 170 do CTN só poderá ser homologada se o crédito do contribuinte em relação à Fazenda Pública estiver revestido dos atributos de liquidez e certeza, o que traz como conseqüência que o crédito usado em compensação tem que estar disponível na data da transmissão do PER/DCOMP. Não cabe reparo a despacho decisório que não homologou a compensação declarada pelo contribuinte por inexistência de direito creditório, tendo em vista que o recolhimento alegado como origem do crédito estava integralmente alocado para a quitação de débito confessado. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Por bem descrever os fatos, reproduzo, abaixo, o relatório objeto da decisão recorrida: Tratase de manifestação de inconformidade contra despacho decisório (fls. 17/19), que indeferiu o pedido de restituição e não homologou a compensação declarada na PERDCOMP de fls. 04/06, transmitida em 10/02/2005, porque o valor pleiteado foi inteiramente utilizado na quitação de débitos confessados pela contribuinte em DCTF. Irresignada, a interessada apresentou manifestação de inconformidade de fls. 21/27, na qual alega que: 1. Informou equivocadamente na DCTF, para o 2º decêndio de setembro/2004, o débito de IPI de R$ 111.619,75; 2. O valor real devido para o período é de R$ 86.626,45, conforme folha da DIPJ/2005 e o Controle de Apuração do IPI decorrente do Livro de Apuração, caracterizando que houve um pagamento a maior de R$ 24.993,30; 3. Comprovado de que houve pagamento a maior, devese homologar a compensação pleiteada; Fl. 183DF CARF MF Processo nº 13603.900479/200985 Acórdão n.º 3201003.447 S3C2T1 Fl. 4 3 4. O despacho decisório foi realizado sem qualquer diligência ou intimação prévia por parte da fiscalização; 5. Requerse que a Delegacia de Julgamento determine as diligências que considere necessárias a fim de tornar ainda mais incontroversos os fatos apresentados; 6. A compensação deve ser homologada por força do princípio da verdade material. Por fim, reconheceu o reconhecimento do direito creditório e a homologação da compensação. Segundo a decisão de primeira instância o sujeito passivo apresentou DCTF retificadora antes de proferido o despacho decisório que não homologou a compensação intentada; todavia, na aludida declaração manteve o valor do IPI devido (R$ 111.619,75 – fls. 12). Além disso, a manifestante não comprovou o alegado direito creditório. [...] Limitouse a juntar aos autos, cópia da DIPJ, mas para demonstrar o IPI apurado no período é necessário o Livro Registro de Apuração do IPI, os Livros de Entradas e Saídas e as notas fiscais geradoras dos créditos e débitos do imposto. (cf. fls. 75) A ciência da decisão de primeira instância ocorreu em 19/12/2012 (fls. 79). Inconformada, a interessada apresentou, em 14/01/2013, o recurso voluntário de fls. 81/89 (as fls. correspondem à cópia digitalizada acostada ao eprocesso), onde reitera que o crédito alegado seria decorrente de pagamento a maior do IPI do 2º decêndio de setembro de 2004 (no montante de R$ 111.619,75), cujo valor correto seria o declarado na DIPJ do anobase de 2005 (R$ 86.626,45). Assim, o sujeito passivo teria um crédito equivalente a R$ 24.993,30. Assevera ainda o sujeito passivo que as cópias do Livro Registro de Apuração do IPI, acostadas aos autos, “comprovam que o valor efetivamente devido a título de IPI do 2º decêndio de setembro de 2004 correspondia a R$ 86.626,45”. Diante do exposto, requer a interessada seja dado provimento ao recurso e homologada integralmente a compensação intentada. É o relatório. Submetido a julgamento, em Turma extinta deste CARF, na sessão de 16/09/2014, decidiu seus conselheiros em converter o julgamento em diligência para que a Unidade de Origem se manifestasse sobre o valor efetivamente devido do IPI no segundo decêndio de setembro de 2004, bem como se o crédito eventualmente apurado se encontrava disponível para fins da presente compensação O relator fundamentou sua proposta conforme extraise do excerto: Fl. 184DF CARF MF Processo nº 13603.900479/200985 Acórdão n.º 3201003.447 S3C2T1 Fl. 5 4 A questão em exame é restrita à análise probatória dos documentos acostados aos autos. Dentre os argumentos apresentados pela recorrente esta se alicerça em cópias de folhas do Registro de Apuração do IPI que comprovariam o crédito reclamado. Com efeito, em exame das folhas do aduzido livro de registro fiscal, constatase, às fls. 96/98 da cópia digitalizada do processo que o débito do imposto no período (11/09/2004 a 20/09/2004) seria de R$ 148.633,21. Por seu turno, o crédito no mesmo período seria de R$ 62.006,76 (v. fls. 95, 97/98), o que redunda num saldo do imposto a pagar de R$ 86.626,45, como consignado às fls. 98. Como o recolhimento do tributo correspondeu a R$ 111.619,75, o sujeito passivo teria um crédito em seu favor de R$ 24.993,30, ou seja, o crédito apontado no PER/DCOMP de fls. 003. Resta, portanto, apenas confirmar a autenticidade dos documentos acostados aos autos na presente instância e os valores nele consignados, bem como se o crédito não foi utilizado em outra compensação do sujeito passivo. Assim, voto para converter o presente julgamento em diligência para que a unidade de origem, diante das cópias do Livro Registro de Apuração do IPI acostadas às fls. 91 e seguintes dos autos, se manifeste sobre o valor efetivamente devido do IPI no segundo decêndio de setembro de 2004, bem como se o crédito eventualmente apurado se encontra disponível para fins da presente compensação. Instruído o processo com os esclarecimentos necessários, e intimados o contribuinte e a Fazenda Nacional do resultado da diligência para eventual manifestação, deverão os autos ser devolvidos a este Conselho para prosseguimento do julgamento.. A Unidade da Receita Federal procedeu a diligência, consubstanciado em Informação Fiscal (fls. 152/153), confirmando o solicitado, ou seja: (i) o valor devido de IPI no período em referência é de R$ 86.626,45, conforme suscitado e comprovado nos livros da recorrente; (ii) o crédito pleiteado de R$ 24.993,30 é realmente indevido; e (iii) o crédito não foi utilizado em outras compensações. As informações foram assim explicitadas pela autoridade fiscal: (...) Através da Intimação DRF/SOR/SEORT nº 0235/2016 foi solicitado ao interessado a apresentação de cópias autenticadas das páginas 000102 a 000105 do Livro 4 de Registro de Apuração do IPI – RAIPI, relativo ao Período de 11/09/2004 a 20/09/2004 da filial 60.850.617/000390. Tal documentação foi juntada em 20/05/2016. Em pesquisa nos Sistemas da RFB constatamos que o crédito não foi utilizado em outras compensações. Fl. 185DF CARF MF Processo nº 13603.900479/200985 Acórdão n.º 3201003.447 S3C2T1 Fl. 6 5 Consta no Livro RAIPI o valor do débito do IPI no 2º decêndio de setembro/2004 de R$ 148.633,21 e crédito de R$ 62.006,76 totalizando saldo de IPI a pagar de R$ 86.626,45. Portanto o valor efetivamente devido de IPI no segundo decêndio de setembro de 2004 é de R$ 86.626,45. Tais valores estão em conformidade com o declarado na DIPJ/2005. Como o valor total do recolhimento foi de R$ 111.619,75 fica confirmado que o crédito pleiteado de R$ 24.993,30 foi realmente indevido. Tal valor não consta como disponível em razão de estar alocado ao débito declarado na DCTF. (...) Nos termos constantes da relatório fiscal, a Recorrente foi cientificada das conclusões da diligência e se manifestou (fls. 160/163) reiterando os termos do pedido em sede de seu recurso voluntário. Em seguida, a PGFN tomou ciência nos autos Cumprida a diligência o processo retornou para este CARF e redistribuído em razão da extinção da turma em que se iniciou o julgamento. É o relatório. Voto Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira, Relator O Recurso Voluntário atende aos requisitos de admissibilidade, razão pela qual dele tomo conhecimento. O litígio que se afigura cingese tãosomente à questão fática da existência do direito creditório postulado pela recorrente. A unidade preparadora, em atendimento a diligência determinada pelo CARF, procedeu à verificação das informações prestadas pela recorrente confrontandoas com o Livro de Apuração do IPI e demais sistemas internos da Receita Federal. Em conclusão, confirmou (i) o valor efetivamente devido de IPI no 2º decêndio de setembro/2004, no valor exato declarado em DIPJ/2005, (ii) o direito creditório no montante de R$ 24.993,30, e (iii) a inexistência do aproveitamento do crédito em outras compensações. Única ressalva na informação fiscal foi a indisponibilidade do crédito em razão de sua alocação em DCTF, fato que, não obstante não ter sido corrigido o equívoco na DCTF retificadora, os documentos coletados e a constatação fiscal corroboram o direito creditório líquido e certo da contribuinte, devendo deferir o pleito em face da verdade material que exsurgiu nos autos. Fl. 186DF CARF MF Processo nº 13603.900479/200985 Acórdão n.º 3201003.447 S3C2T1 Fl. 7 6 Conclusão Diante do exposto, voto no sentido de DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário, reconhecendose o direito à restituição do valor de IPI pago a maior para que se homologue a compensação, nos termos da informação fiscal às fls. 160/163. Paulo Roberto Duarte Moreira Fl. 187DF CARF MF
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Numero do processo: 10675.720612/2012-85
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Feb 05 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Mar 20 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Simples Nacional
Ano-calendário: 2012
DÉBITOS COM A SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. EFEITOS. MANUTENÇÃO DO TERMO DE INDEFERIMENTO DA OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL.
A não regularização de todas as pendências com a Secretaria da Receita Federal, no prazo regulamentar, impossibilita o ingresso da pessoa jurídica no regime especial de tributação Simples Nacional.
Numero da decisão: 1001-000.350
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
LIZANDRO RODRIGUES DE SOUSA (PRESIDENTE) - Presidente.
(assinado digitalmente)
EDUARDO MORGADO RODRIGUES - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues (Relator), José Roberto Adelino da Silva e Lizandro Rodrigues de Sousa (Presidente).
Nome do relator: EDUARDO MORGADO RODRIGUES
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EFEITOS. MANUTENÇÃO DO TERMO DE INDEFERIMENTO DA OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL. A não regularização de todas as pendências com a Secretaria da Receita Federal, no prazo regulamentar, impossibilita o ingresso da pessoa jurídica no regime especial de tributação Simples Nacional. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) LIZANDRO RODRIGUES DE SOUSA (PRESIDENTE) Presidente. (assinado digitalmente) EDUARDO MORGADO RODRIGUES Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues (Relator), José Roberto Adelino da Silva e Lizandro Rodrigues de Sousa (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 67 5. 72 06 12 /2 01 2- 85 Fl. 105DF CARF MF Processo nº 10675.720612/201285 Acórdão n.º 1001000.350 S1C0T1 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário (fls. 72 a 101) interposto contra o Acórdão nº 1263.107, proferido pela 10ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Rio de Janeiro/RJ (fls. 64 a 67), que, por unanimidade, julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade apresentada pela ora Recorrente, decisão esta consubstanciada na seguinte ementa: "ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL Anocalendário: 2012 DÉBITOS COM A SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL EFEITOS. MANUTENÇÃO DO TERMO DE INDEFERIMENTO DA OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL. A não regularização de todas as pendências com a Secretaria da Receita Federal, no prazo regulamentar, impossibilita o ingresso da pessoa jurídica no regime especial de tributação Simples Nacional. Manifestação de Inconformidade Improcedente Sem Crédito em Litígio" Por sua precisão na descrição dos fatos que desembocaram no presente processo, peço licença para adotar e reproduzir os termos do relatório da decisão da DRJ de origem: " Tratase de Manifestação de Inconformidade, oposta pela interessada acima qualificada, contra Despacho Decisório 1232/2012 DRF/UBL (fls. 25/26), expedido pela DR UberlândiaMG, em 02/10/2012, indeferindo o pedido de reconsideração à inclusão no SIMPLES Nacional, pelo fato de o pedido de parcelamento relativo ao débito n° 39.109.2413, ter sido protocolado somente em 22/06/2012, não obedecendo ao prazo legal (31/01/2012) estabelecido pelo art. 6°, § 2°, I, da Resolução CGSN n° 94/2011. Do Pedido de Reconsideração 2. Insurgese contra o Termo de Indeferimento da Opção pelo SIMPLES Nacional, interpondo Pedido de Reconsideração em 01/03/2012 (fl. 2/3), alegando que: 2.1. Em 31/01/2012 protocolou, no CAC Uberlândia, Pedido de Parcelamento de Débitos – PEPAR – englobando os débitos de origem previdenciária e não previdenciária, constantes dos processos 10.675.400.414/200811 e 18.208.678.894/200761; Do Despacho Decisório 2.2. em 02/10/2012, a DRF UberlândiaMG expede Despacho Decisório 1232/2012 DRF/UBL (fls. 25/26), indeferindo o pedido de reconsideração à inclusão no SIMPLES Nacional, pelo fato de o pedido de parcelamento relativo ao débito n° 39.109.2413, ter sido protocolado somente em 22/06/2012, não obedecendo ao Fl. 106DF CARF MF Processo nº 10675.720612/201285 Acórdão n.º 1001000.350 S1C0T1 Fl. 4 3 prazo legal (31/01/2012) estabelecido pelo art. 6°, § 2°, I, da Resolução CGSN n° 94/2011; 2.3. a ciência por parte do Contribuinte do teor do Despacho Decisório deuse por via postal, com Aviso de Recebimento (fl. 28), em 10/12/2012; Da Manifestação de Inconformidade 2.4. Insurgese a Impugnante contra decisão exarada no Despacho Decisório 1232/2012 DRF/UBL, interpondo Manifestação de Inconformidade em 09/01/2013 (fls. 34/38), alegando que: 2.5. o débito n° 39.109.2413, foi objeto de pedido de parcelamento feito em 18/11/2011, com base na Lei 11.941/2009; 2.6. consultando o Extrato do Parcelamento Especial (fl. 43), verificase que apenas as prestações 24 e 25, vencidas em 30/12/2011 e 30/01/2012, não foram pagas no vencimento; 2.7. em função do parcelamento o débito n° 39.109.2413 não constava da relação de pendências do Relatório de Pendências à Opção pelo SIMPLES Nacional (fl. 45), emitida em 15/12/2011; 2.8. as duas prestações inadimplidas representam apenas 0,04% do total do débito parcelado; 2.9. tão logo percebeu a irregularidade, pediu outro parcelamento, em 22/06/2012, para regularizar a inadimplência; 2.10. face ao exposto, requer sua inclusão no regime do SIMPLES Nacional." Inconformada com a decisão de primeiro grau que indeferiu a sua Manifestação de Inconformidade, a ora Recorrente apresentou Recurso Voluntário sustentando, em apertada síntese, que no final do prazo para se realizar a Opção todos os seus débitos estavam com a exigibilidade suspensa em razão de parcelamento. É o relatório. Voto Conselheiro Eduardo Morgado Rodrigues O presente Recurso Voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Ainda que a Recorrente tenha alegada que na ocasião do pedido de inclusão no sistema simplificado todos os seus débitos se encontravam parcelados, há que se apontar algumas inconsistências neste relato. Fl. 107DF CARF MF Processo nº 10675.720612/201285 Acórdão n.º 1001000.350 S1C0T1 Fl. 5 4 Foi sustentado pela ora Recorrente que o débito inscrito sob número Debcad n° 39.109.2413 estava incluído no parcelamento aderido 18/11/2011, e que, ainda que houvesse parcelas vencidas, o parcelamento estaria em pleno vigor. Por sua vez, foi bem apurado pela decisão de piso, que não há qualquer documento nos autos que demonstre a inclusão do débito "Debcad n° 39.109.2413" em qualquer parcelamento. Muito pelo contrário, como foi noticiado pela autoridade fazendária, consta dos registros fazendários que tal débito foi incluído em parcelamento apenas em 22/06/2012 (fls. 23). Outrossim, há que se apontar ainda uma inconsistência na própria narrativa da Recorrente. Em seu recurso, ao mesmo tempo que aduz que o parcelamento de 18/11/2011 não foi invalidado pelas duas parcelas vencidas, em suas palavras: "(...) bastando, apenas, quitar, mesmo depois do vencimento, as duas prestações que, por motivos fortuitos, alheios à vontade da empresa, não haviam sido pagas no vencimento." , também justifica que o parcelamento ocorrido em 22/06/2012 serviria tão somente para a regularização dessas prestações em aberto. Ora, com a devida vênia, tal relato não parece fazer sentido. Com a devida vênia, não há razão para inscrever os débitos em um novo parcelamento caso o anterior ainda esteja em vigor , pois como disse a própria Recorrente, bastaria pagar as parcelas em atrasos. Se houve um novo parcelamento dos débitos, é de se entender que o parcelamento anterior fracassou, seja por eventual indeferimento, exclusão ou rescisão voluntária. Mas não é crível que tenhase feito um novo parcelamento dos débitos para regularizar apenas duas parcelas atrasadas de outro parcelamento já existente. Destarte, após compulsar os autos, é de se concordar com a análise da DRJ de origem, razão pela qual peço licença para reproduzir e adotar os termos da decisão de piso, vez que bem exauriu as questões fáticas e jurídicas pertinentes ao caso: "(...) 5. Inicialmente, cabe esclarecer que o Sistema Simples, que passou a integrar a legislação tributária a partir de 1997 (Lei nº 9.317/1996), dando efetividade aos artigos 170, inciso IX, e 179, da Constituição Federal, foi instituído com vistas à simplificação e unificação da sistemática de arrecadação de tributos recolhidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte, implicando substancial redução de procedimentos e custos para as empresas beneficiadas. 6. Posteriormente, sobreveio a Lei Complementar nº 123/2006, que revogou a Lei no 9.317/1996 e instituiu o Simples Nacional, onde vários tributos e contribuições passaram a ser recolhidos de forma unificada, abrangendo as três esferas da federação. O referido diploma legal estipulou, em seu art. 17, inciso V, as hipóteses de vedação ao ingresso no referido regime tributário, não admitindo que EPP ou ME devedora de tributos faça a opção e se mantenha neste sistema tributário sem regularizálos, motivo pelo qual foi emitido o referido Termo de Indeferimento da Opção pelo SIMPLES Nacional. 7. Acerca do prazo de que dispõe o interessado, a cada ano, para realizar a opção pelo Simples Nacional, o parágrafo 2º do artigo 16 da Lei Complementar nº 123/2006 assim dispõe: Fl. 108DF CARF MF Processo nº 10675.720612/201285 Acórdão n.º 1001000.350 S1C0T1 Fl. 6 5 Art. 16 – A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e empresa de pequeno porte darseá na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano calendário. (...) § 2º – A opção de que trata o caput deste artigo deverá ser realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano calendário de opção, ressalvado o disposto no parágrafo terceiro deste artigo. 8. O Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (CGSN) dispôs sobre a forma de ingresso no regime especial na Resolução CGSN nº 94/2011, cujo artigo 6º assim estabelece: DA OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL Art. 6 º A opção pelo Simples Nacional darseá por meio do Portal do Simples Nacional na internet, sendo irretratável para todo o anocalendário. (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 16, caput ) § 1 º A opção de que trata o caput deverá ser realizada no mês de janeiro, até seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano calendário da opção, ressalvado o disposto no § 5 º . (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 16, § 2 º ) § 2 º Enquanto não vencido o prazo para solicitação da opção o contribuinte poderá: (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 16, caput ) I regularizar eventuais pendências impeditivas ao ingresso no Simples Nacional, sujeitandose ao indeferimento da opção caso não as regularize até o término desse prazo; II efetuar o cancelamento da solicitação de opção, salvo se o pedido já houver sido deferido. (g.n.) 9. Observase, pela documentação acostada aos autos, e ainda pela própria afirmação do Contribuinte em sua defesa, que o mesmo encontravase em débito com relação a suas obrigações de origem previdenciária. 10. De modo diverso do alegado, o Contribuinte não faz prova de que o débito em questão (Debcad n° 39.109.2413) estava incluso em parcelamento até a data limite para tal – 31/01/2012. 11. Ao contrário, o documento acostado à fl. 23 informa que o referido débito somente foi parcelado em 22/06/2012, ou seja, após escoar o prazo legal que permitiria o ingresso do Contribuinte no regime tributário diferenciado. 12. Ainda que se levasse em conta a assertiva do contribuinte de que o referido débito encontravase incluso em parcelamento, o mesmo encontravase com a prestação vencida em 30/12/2011, não paga, o que afronta o preceito estampado no art. 17, inciso V, da lei Complementar 123/2006, “in verbis”: “Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006 (…) Fl. 109DF CARF MF Processo nº 10675.720612/201285 Acórdão n.º 1001000.350 S1C0T1 Fl. 7 6 Art.17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: (…) V que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; 13. Diante do exposto, permanece o óbice ao ingresso do Contribuinte no regime tributário diferenciado do Simples Nacional. (...)" Conforme apontando, inexiste quaisquer indícios nos autos que permitam concluir pela inexistência de débitos em aberto que justificaram o Indeferimento da Opção pelo Simples. Desta forma, deve ser confirmado o ato praticado pela autoridade administrativa. Em face a todo o exposto, VOTO pelo NÃO PROVIMENTO do Recurso Voluntário, com a consequente manutenção da decisão de origem. (assinado digitalmente) Eduardo Morgado Rodrigues Relator Fl. 110DF CARF MF
score : 1.0