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Numero do processo: 10680.910646/2015-33
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 27 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Dec 21 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Data do fato gerador: 25/07/2011
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. PRECLUSÃO.
Argumento trazido em sede de recurso voluntário não foi colocado ao tempo da manifestação de inconformidade, precluindo o direto fazê-lo em outro momento processual, nos termos do art. 17 do Decreto 70.235/72.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3301-005.300
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 10680.904943/2015-40, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
(assinado digitalmente)
Winderley Morais Pereira - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (Presidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques D'Oliveira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Salvador Cândido Brandão Júnior, Ari Vendramini, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen.
Nome do relator: WINDERLEY MORAIS PEREIRA
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Data do fato gerador: 25/07/2011 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. PRECLUSÃO. Argumento trazido em sede de recurso voluntário não foi colocado ao tempo da manifestação de inconformidade, precluindo o direto fazê-lo em outro momento processual, nos termos do art. 17 do Decreto 70.235/72. Recurso Voluntário Negado
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PRECLUSÃO. Argumento trazido em sede de recurso voluntário não foi colocado ao tempo da manifestação de inconformidade, precluindo o direto fazêlo em outro momento processual, nos termos do art. 17 do Decreto 70.235/72. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplicase o decidido no julgamento do processo 10680.904943/201540, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (Presidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques D'Oliveira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Salvador Cândido Brandão Júnior, Ari Vendramini, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 68 0. 91 06 46 /2 01 5- 33 Fl. 80DF CARF MF Processo nº 10680.910646/201533 Acórdão n.º 3301005.300 S3C3T1 Fl. 3 2 Relatório Trata o presente processo administrativo pedido de restituição formalizado por meio de PER/DCOMP para obter reconhecimento de direito creditório do tributo por suposto pagamento a maior ou indevido. Em análise ao referido documento, a autoridade tributária proferiu Despacho Decisório Eletrônico, formalizado no sentido do indeferimento da restituição pretendida pela interessada, explicando que o pagamento indicado já estava integralmente alocado, não restando, assim, crédito disponível para restituição e eventuais compensações vinculadas à esse crédito. Inconformado, o interessado apresentou manifestação de inconformidade tempestiva esclarecendo que durante procedimento de auditoria interna, realizada nas apurações dos tributos da companhia, foram identificados pagamentos a maior em determinados períodos e a menor em outros. Para regularizar a situação fiscal perante a Receita Federal do Brasil, providenciou a quitação dos débitos pagos a menor e solicitou a restituição dos pagamentos a maior, retificando as DCTF para informar os novos valores. Entende que a Per/Dcomp está em conformidade com o art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996 e com a Instrução Normativa RFB nº 1.300, de 2012, restando demonstrada a insubsistência e improcedência do despacho decisório. A DRJ julgou a manifestação de inconformidade improcedente, nos termos do Acórdão nº 06058.522. Inconformada com decisão de primeira instância, a contribuinte apresentou recurso voluntário, em síntese, trazendo argumento novo, de que o pagamento indevido seria da conta de Sociedades em Conta de Participação da qual é sócia ostensiva. É o relatório. Fl. 81DF CARF MF Processo nº 10680.910646/201533 Acórdão n.º 3301005.300 S3C3T1 Fl. 4 3 Voto Conselheiro Winderley Morais Pereira, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3301005.223, de 27 de setembro de 2018, proferido no julgamento do processo 10680.904943/201540, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 3301005.223): "O recurso voluntário apresentado é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade1. A acórdão recorrido desce a detalhes do ocorrido: Segundo a versão apresentada pela defesa, o crédito apontado (R$ 275,20) decorreu da revisão da base de cálculo da COFINS de 31/03/2010, conforme informado na DCTF retificadora apresentada em 06/11/2014. Constatouse que o despacho decisório foi emitido levando em conta as informações contidas na DCTF retificadora, transmitida em 06/11/2014, a qual, como se vê, tratase da DCTF retificadora que a contribuinte alega conter as informações corretas correspondente ao débito do período. Nessa DCTF, o débito de COFINS confessado do período de apuração de 31/03/2010 é de R$ 1.134.352,27 – que foi quitado por meio de vários pagamentos (DARF) que totalizam R$ 871.733,98 e compensações no valor de R$ 696,80 – restando, saldo a pagar de R$ 261.921,49 – conforme a tela extraída do sistema de controle de declarações: 1 Ressaltese ser desnecessário responder todos as questões levantadas pelas partes, em já havendo motivo suficiente para decidir (Lei n° 13.105/15, art. 489, § 1o , IV. STJ, 1ª Seção, EDcl no MS 21.315DF, julgado de 8/6/2016, rel. Min. Diva Malerbi). Fl. 82DF CARF MF Processo nº 10680.910646/201533 Acórdão n.º 3301005.300 S3C3T1 Fl. 5 4 Essas mesmas informações constam da DCTF que está ativa no sistema de controle de declarações, transmitida em 08/01/2015. No sistema de controle de arrecadação, verificouse que os pagamentos apontados na DCTF retificadora – no valor total de R$ 871.733,98 – foram validados e vinculados ao débito de Cofins do período (código 2172). No entanto, tendo em vista que os pagamentos validados foram insuficientes para a extinção do débito e verificada a existência de outros pagamentos para o mesmo período de apuração, dentre os quais o pagamento pleiteado no PER em tela, o sistema informatizado alocou esses pagamentos para amortizar parte do saldo devedor confessado na DCTF, como se vislumbra nas telas copiadas a seguir: Fl. 83DF CARF MF Processo nº 10680.910646/201533 Acórdão n.º 3301005.300 S3C3T1 Fl. 6 5 Desse modo, o pagamento por meio do DARF discriminado no PER – de R$ 275,20 – foi integralmente utilizado para quitar o débito de COFINS de 31/03/2010, em face das informações prestadas pela própria contribuinte na DCTF retificadora apresentada à Receita Federal, não restando crédito para a restituição pretendida: [...] Destaca ainda a decisão de piso que "desde a constituição da DCTF pela Instrução Normativa SRF nº 126, de 30/10/1998, e suas alterações posteriores, e de acordo com o disposto no DecretoLei nº 2.124, de 13/06/1984", tal declaração constituise em confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário. A recorrente, alega que o pagamento indevido de R$275,20, seria provenientes e originário "de SCP’s (Sociedades em Conta de Participação), das quais" [...] "é sócia ostensiva". E acrescenta: O débito montante de R$ 1134352,27, declarado em DCTF, alberga valores devidos de Cofins de várias SCP’s que tem a Recorrente como sócia ostensiva e outras empresas como sócias participantes. A título de lembrete sabese que os sócios ostensivos de SCP’s são aquelas pessoas jurídicas que se obrigam perante terceiros, enquanto que os sócios participantes (antigos sócios ocultos), não têm essa obrigação. Em vista dessa situação, a Recorrente é responsável pelas obrigações acessórias tributárias, dentre elas, a apresentação de DCTF com os competentes recolhimentos tributários. Fl. 84DF CARF MF Processo nº 10680.910646/201533 Acórdão n.º 3301005.300 S3C3T1 Fl. 7 6 No caso em questão, o valor recolhido, R$ 275,2 é proveniente da atividade da SCP, "Laguna Beach" contrato anexo, Doc. 1, que recolheu este valor. Contudo, como já informado, tinha como valor devido a quantia de R$ 0 Ao manter a decisão que indeferiu o crédito pleiteado, a Receita Federal acaba violando a individualidade de outra pessoa jurídica, uma vez que o crédito solicitado diz respeito a uma sociedade em conta de participação específica que tem a Recorrente como sócia ostensiva. O quadro abaixo, demonstra muito bem a composição deste crédito. Tanto que o código do imposto é o 217208, cujo dígito identifica ser o crédito decorrente de sociedade em conta de participação. Portanto, no caso da decisão ser mantida, permanecerseá uma verdadeira invasão no patrimônio da SCP Laguna Beach, visto o desrespeito à sua individualidade e atividade empresarial, pois está sendo punida por conta de débitos tributários que não são dela. “Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ Anocalendário: 2008 SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO. SUJEIÇÃO TRIBUTÁRIA. Na apuração dos resultados da sociedade em conta de participação serão observadas as normas aplicáveis às demais pessoas jurídicas. Tendo em vista que a sociedade em conta de participação não se confunde com o sócio ostensivo, os resultados daquela não podem ser tributados diretamente neste mas apenas distribuídos na proporção da participação.” (CARF, Recurso Voluntário Recurso de Ofício, PTA 15504.724276/201314, Acórdão 1402 002.208. Relator Dr. Leonardo de Andrade Couto , DJ 27.06.2016) (destacouse) Diante do exposto, não há que se falar na aplicação da IN SRF 126/98, pois o saldo a pagar da Recorrente não pode prejudicar uma SCP em que ela é a sócia ostensiva e que, por isso, é obrigada ao cumprimento das obrigações acessórias, dentre elas, a entrega de DCTF. Ocorre, no entanto, que tal argumento de defesa não foi trazido em sede de manifestação de inconformidade, precluindo o direto de fazêlo em outro momento processual, nos termos do art. 17 do Decreto 70.235/72. Também não localizei a prova da liquidez e certeza do crédito em foco, que não a DCTF retificada e o DARF dado como pago indevidamente. Tal Fl. 85DF CARF MF Processo nº 10680.910646/201533 Acórdão n.º 3301005.300 S3C3T1 Fl. 8 7 comprovação é exigência do art. 170 do Código Tributário Nacional e ônus do peticionário, nos termos do art. 373 do Código do Processo Civil. Assim, por todo o exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário." Importa registrar que nos autos ora em apreço, a situação fática e jurídica encontra correspondência com a verificada no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o Colegiado decidiu negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Fl. 86DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11128.720337/2015-10
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 26 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Nov 13 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Importação - II
Data do fato gerador: 22/08/2014, 03/09/2014
REVISÃO ADUANEIRA. LANÇAMENTO. PROCEDIMENTO LEGÍTIMO. AUSÊNCIA DE NULIDADE.
O contribuinte foi devidamente intimado do lançamento e apresentou sua impugnação, tudo nos moldes do Art. 142 do CTN e demais dispositivos correlatos do Decreto 70.235/72 e legislação pertinente. Portanto, além de obrigatório, o procedimento de revisão aduaneira é legítimo.
Portanto, em acordo com o disposto no Art. 59 do Decreto 70.235/72, o presente processo administrativo fiscal deve seguir para o julgamento do mérito, porque não há prejuízo.
CLASSIFICAÇÃO FISCAL. REGRAS GERAIS. APLICAÇÃO.
Consoante a RGC nº 1, as Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI/SH) se aplicarão, para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente.
MULTAS E JUROS. ACOLHIMENTO DA PRETENSÃO DE MÉRITO. PREJUDICIALIDADE.
O acolhimento da pretensão de mérito formulada no recurso torna desnecessário o julgamento das demais questões a ela relacionadas, como objeções à base de cálculo, multas e juros moratórios.
Numero da decisão: 3201-004.253
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao Recurso Voluntário. O conselheiro Leonardo Correia Lima Macedo acompanhou o relator pelas conclusões.
(assinatura digital)
Charles Mayer de Castro Souza - Presidente.
(assinatura digital)
Pedro Rinaldi de Oliveira Lima - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza (Presidente), Leonardo Correia Lima Macedo, Tatiana Josefovicz Belisario, Paulo Roberto Duarte Moreira, Laercio Cruz Uliana Junior, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Marcelo Giovani Vieira, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade.
Nome do relator: PEDRO RINALDI DE OLIVEIRA LIMA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Importação - II Data do fato gerador: 22/08/2014, 03/09/2014 REVISÃO ADUANEIRA. LANÇAMENTO. PROCEDIMENTO LEGÍTIMO. AUSÊNCIA DE NULIDADE. O contribuinte foi devidamente intimado do lançamento e apresentou sua impugnação, tudo nos moldes do Art. 142 do CTN e demais dispositivos correlatos do Decreto 70.235/72 e legislação pertinente. Portanto, além de obrigatório, o procedimento de revisão aduaneira é legítimo. Portanto, em acordo com o disposto no Art. 59 do Decreto 70.235/72, o presente processo administrativo fiscal deve seguir para o julgamento do mérito, porque não há prejuízo. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. REGRAS GERAIS. APLICAÇÃO. Consoante a RGC nº 1, as Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI/SH) se aplicarão, para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente. MULTAS E JUROS. ACOLHIMENTO DA PRETENSÃO DE MÉRITO. PREJUDICIALIDADE. O acolhimento da pretensão de mérito formulada no recurso torna desnecessário o julgamento das demais questões a ela relacionadas, como objeções à base de cálculo, multas e juros moratórios.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao Recurso Voluntário. O conselheiro Leonardo Correia Lima Macedo acompanhou o relator pelas conclusões. (assinatura digital) Charles Mayer de Castro Souza - Presidente. (assinatura digital) Pedro Rinaldi de Oliveira Lima - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza (Presidente), Leonardo Correia Lima Macedo, Tatiana Josefovicz Belisario, Paulo Roberto Duarte Moreira, Laercio Cruz Uliana Junior, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Marcelo Giovani Vieira, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1851; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T1 Fl. 423 1 422 S3C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11128.720337/201510 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3201004.253 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 26 de setembro de 2018 Matéria Aduana Classificação Fiscal Recorrente JP INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S/A Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO II Data do fato gerador: 22/08/2014, 03/09/2014 REVISÃO ADUANEIRA. LANÇAMENTO. PROCEDIMENTO LEGÍTIMO. AUSÊNCIA DE NULIDADE. O contribuinte foi devidamente intimado do lançamento e apresentou sua impugnação, tudo nos moldes do Art. 142 do CTN e demais dispositivos correlatos do Decreto 70.235/72 e legislação pertinente. Portanto, além de obrigatório, o procedimento de revisão aduaneira é legítimo. Portanto, em acordo com o disposto no Art. 59 do Decreto 70.235/72, o presente processo administrativo fiscal deve seguir para o julgamento do mérito, porque não há prejuízo. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. REGRAS GERAIS. APLICAÇÃO. Consoante a RGC nº 1, as Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI/SH) se aplicarão, para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente. MULTAS E JUROS. ACOLHIMENTO DA PRETENSÃO DE MÉRITO. PREJUDICIALIDADE. O acolhimento da pretensão de mérito formulada no recurso torna desnecessário o julgamento das demais questões a ela relacionadas, como objeções à base de cálculo, multas e juros moratórios. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao Recurso Voluntário. O conselheiro Leonardo Correia Lima Macedo acompanhou o relator pelas conclusões. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 12 8. 72 03 37 /2 01 5- 10 Fl. 423DF CARF MF 2 (assinatura digital) Charles Mayer de Castro Souza Presidente. (assinatura digital) Pedro Rinaldi de Oliveira Lima Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Charles Mayer de Castro Souza (Presidente), Leonardo Correia Lima Macedo, Tatiana Josefovicz Belisario, Paulo Roberto Duarte Moreira, Laercio Cruz Uliana Junior, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Marcelo Giovani Vieira, Leonardo Vinicius Toledo de Andrade. Relatório Tratase de Recurso Voluntário de fls. 326 apresentado em face da decisão de primeira instância da DRJ/SP de fls. 292, que julgou improcedente a Impugnação de fls. 148 apresentada em face ao lançamento de II, IPI, Pis e Cofins importação de fls. 5 e seguintes. Como de costume desta Turma de julgamento, transcrevese o relatório da decisão de primeira instância: "O importador, por meio das declarações de importação DI n° 14/1606086 5 de 22/08/2014 e DI n° 14/16884760 de 03/09/2014, importou a mercadoria descrita de forma geral como “BOLSA DE PVC USADA COMO EMBALAGEM PRIMÁRIA PARA ENVASE DE SOLUÇÕES PARENTERAIS DE GRANDE VOLUME COM PONTO DE INJEÇÃO” com as descrições complementares “GLICOSE, GLICOFISIOLÓGICO, RINGER LACTATO, FISIOLÓGICO, ÁGUA PARA INJEÇÃO E ÁGUA DESTILADA” acompanhada de uma indicação de volume em mililitros (250, 500, 1000 mL). Classificou na NCM 3926.90.30, com alíquota de 0% de II, IPI, PIS e Cofins. Segundo a fiscalização, a classificação fiscal correta para o produto é a NCM 3923.29.10, com alíquota de II de 18%, IPI de 15%, PIS de 1,65% e Cofins de 8,6%. Baseouse a autuação no Laudo Técnico SAT n° 2787/14 e seu aditamento, nas Regras de Classificação do Sistema Harmonizado e nas NESH. Através do presente Auto de Infração, cobraramse as diferenças de II, IPI, PIS, Cofins e respectivas multas de ofício e juros de mora, além da multa de 1% pelo erro da classificação fiscal. A autuação totalizou o valor de R$ 572.288,30. Intimada do Auto de Infração em 10/02/2015 (fl. 144), a interessada apresentou impugnação e documentos em 10/03/2015, juntados às folhas 148 e seguintes, alegando em síntese: Fl. 424DF CARF MF Processo nº 11128.720337/201510 Acórdão n.º 3201004.253 S3C2T1 Fl. 424 3 1. Alega que é ônus do Fisco demonstrar o erro na classificação fiscal inclusive através de prova técnica. Cita doutrina sobre lançamento tributário. Alega que a fiscalização lançou por presunção. Alega violação do art. 142 do CTN. Cita doutrina sobre boa fé. Alega que teve importações desembaraçadas na classificação adotada denotando sua boafé. Alega que há dúvida no mercado sobre a classificação do produto importado o que levaria o Fisco a decidir em favor do contribuinte. Cita jurisprudência administrativa sobre o tema. 2. Cita as Regras de Classificação do Sistema Harmonizado. Alega que a classificação por ela adotada é mais específica e se identifica melhor com as características do produto. Alega que o produto é obra de plástico, é uma bolsa e é para uso em medicina. Além disso, é utilizado na hemodiálise conforme laudo apresentado pela impugnante, pelo Manual de Orientação e por declaração do Hospital São Paulo de Clínicas Especializadas. Alega ainda que segundo o laudo apresentado as bolsas teriam também uso semelhante às bolsas em hemodiálise. Reafirma que a classificação correta seria a NCM 3926.90.30. Alega que a bolsa não seria apenas uma bolsa de plástico com capacidade inferior a 1000 mL pois essa descrição é mais genérica que a por ela adotada. Alega que a bolsa de soro é utilizada na máquina que realiza a hemodiálise. Alega que a classificação adotada não abrange apenas bolsas para hemodiálise mas toda e qualquer bolsa que tenha uso em medicina e participe dentro de um processo de tratamento. Alega que na hemodiálise não há coleta de fluidos e excreções corporais conforme indicado pela fiscalização para as posições 3926 e 3006. Alega que há diferença entre os processos de hemodiálise e de diálise peritoneal. Apresenta críticas ao laudo de assistência técnica utilizado pela fiscalização na autuação. Alega que segundo Resolução ANVISA não podem os produtos serem considerados simples embalagens. Apresenta laudo da perita Sra. Maria Lúcia Perez Gomes da Silva que indica classificação fiscal. Alega que a classificação da fiscalização esta em desarmonia com o princípio da seletividade do art. 153, §3°, I da CF. Cita processo judicial que estaria no STF com parecer favorável do Procurador Geral. Alega que a política fiscal em relação aos produtos importados é de desoneração. Cita jurisprudência administrativa sobre classificação fiscal. Alega que a DI n° 14/10784063 foi conferida no canal vermelho com laudo técnico e que foi confirmada a classificação fiscal da impugnante. Alega que a ANVISA reconheceu que a correta classificação é a adotada pela impugnante através do processo administrativo n° 25767416817/200588. Alega que a impugnante recebe multa da ANVISA se não utilizar a classificação na NCM 3926.90.30. Alega que a Receita Federal deve respeitar a imposição da ANVISA. Reafirma que não há certeza sobre a classificação fiscal no mercado devendo ser aplicado o Princípio de In Dubio Fl. 425DF CARF MF 4 Pro Reo. Cita doutrina administrativa sobre o tema. Reafirma que o laudo da fiscalização é ilegítimo e repleto de equívocos técnicos. Cita jurisprudência administrativa sobre classificação fiscal. 3. Alega que a base de cálculo do PIS e da Cofins bem como da multa não pode incluir o ICMS e a própria contribuição. Cita decisão de repercussão geral do STF. 4. Alega que a multa por erro na classificação fiscal não pode ser cumulada com a multa de ofício de 75% por falta de recolhimento. Cita jurisprudência administrativa sobre o tema. 5. Alega que não são cabíveis juros aplicados sobre a multa. Cita o art. 61 e 43 da Lei n° 9.430/96. Cita jurisprudência administrativa sobre o tema. 6. Alega que no calculo da multa isolada não pode constar do valor aduaneiro o ICMS e as próprias contribuições. 7. Alega que os juros devidos são limitados a 1% nos termos do art. 161, §1° do CTN. Alega que a multa de ofício de 75% necessita de prova da conduta dolosa ou fraudulenta em função do Ato Declaratório Normativo COSIT n° 10/97 e do Ato Declaratório Interpretativo SRF n° 13/2002. Cita jurisprudência administrativa sobre o tema. Cita doutrina sobre interpretação de normas. Cita o art. 112 do CTN. Cita o art. 76, II, “a” da Lei n° 4.502/64. Cita jurisprudência judicial sobre boafé e segurança jurídica. Alega a inconstitucionalidade da multa de ofício de 75%. Cita doutrina judicial sobre o tema. Alega que a multa de ofício poderia ser reduzida a 20% nos termos do art. 61, §2° da Lei n° 9.430/96. Alega que também não são cabíveis juros sobre a multa de ofício. Cita jurisprudência administrativa sobre o tema. 8. Peticiona pela realização de perícia e apresenta quesitos e assistente técnico. 9. Requer, por fim, que sejam acatados os argumentos apresentados e que seja declarado improcedente o presente auto de infração. Em 25/03/2015 a impugnante solicitou, intempestivamente, a juntada de documentos já citados em sua impugnação e que foram considerados na análise deste Acórdão. É o relatório." A decisão de primeira instância da DRJ/SP foi publicada com a seguinte Ementa: "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO II Data do fato gerador: 22/08/2014, 03/09/2014 Ementa: As mercadorias descritas como “BOLSA DE PVC USADA COMO EMBALAGEM PRIMÁRIA PARA ENVASE DE Fl. 426DF CARF MF Processo nº 11128.720337/201510 Acórdão n.º 3201004.253 S3C2T1 Fl. 425 5 SOLUÇÕES PARENTERAIS DE GRANDE VOLUME COM PONTO DE INJEÇÃO”, com as características expostas neste processo, encontram correta classificação fiscal na NCM 3923.29.10. Impugnação Improcedente. Crédito Tributário Mantido." O processo digital foi distribuído e pautado nos moldes do regimento interno vigente. Relatório proferido. Voto Conselheiro Pedro Rinaldi de Oliveira Lima Relator. Conforme o Direito Tributário, a legislação, os fatos, as provas, documentos e petições apresentados aos autos deste procedimento administrativo e, no exercício dos trabalhos e atribuições profissionais concedidas aos Conselheiros, conforme Portaria de condução e Regimento Interno, apresentase este voto. Por conter matéria preventa desta 3.º Seção de julgamento deste Conselho e presentes os requisitos de admissibilidade, o tempestivo Recurso Voluntário deve ser conhecido. O contribuinte foi devidamente intimado do lançamento e apresentou sua impugnação, tudo nos moldes do Art. 142 do CTN e demais dispositivos correlatos do Decreto 70.235/72 e legislação pertinente. Portanto, além de obrigatório, o procedimento de revisão aduaneira é legítimo. Portanto, em acordo com o disposto no Art. 59 do Decreto 70.235/72, o presente processo administrativo fiscal deve seguir para o julgamento do mérito, porque não há prejuízo. Como foi muito bem registrado no voto do conselheiro Robson Bayerl, presente no Acórdão de n.º 3401003.179, que por unanimidade deu provimento ao recurso deste mesmo contribuinte para a classificação do mesmo produto, os próprios laudos técnicos juntados, tanto pelo contribuinte quanto pela fiscalização, são favoráveis à classificação utilizada pelo contribuinte, na medida em que todos confirmam que as mercadorias são destinadas ao uso em medicina, conforme expressamente determina a posição da classificação utilizada pelo contribuinte. Nesta linha de raciocínio, é importante reproduzir e utilizar como fundamento desta decisão algumas das razões de decidir do precedente mencionado, conforme segue: Fl. 427DF CARF MF 6 "Pois bem, a par dos argumentos deduzidos, tanto pelo lançamento, quando do recurso, e dos elementos constantes do processo, assiste razão ao recorrente. Em primeiro lugar, a despeito das colocações no Termo de Verificação Fiscal, a autoridade fiscal não indicou a fonte ou a origem da afirmação segundo a qual as bolsas do código 3926.90.30 seriam utilizadas especificamente para coleta de fluídos e excreções do corpo humano, tais como sangue e urina, não constando tal informação do laudo técnico juntado aos autos, texto de posição ou subposição e tampouco das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado – NESH, cuidandose, aparentemente, de percepção ou conhecimento pessoal do autuante, ou talvez influência dos produtos classificados pelos pareceres da Organização Mundial das Aduanas (OMA) que cita no TVF, referindose à IN RFB 873/2008. Nesse ponto, o laudo pericial (fls. 589 e ss.) respondeu que as bolsas qualificavamse “para uso em medicina”, consistindo em “bolsas de material PVC (policloreto de polivinila) utilizadas como embalagens primárias para envase de soluções”, sendo que apenas a bolsa com capacidade de 5.000 ml. seria utilizada em hemodiálise. Assim, não há elementos nos autos que confirmem o fundamento do lançamento que os produtos enquadráveis no código 3926.90.30 tenham a finalidade indicada, com exclusividade. Em segundo lugar, ainda que se acatasse esse entendimento, haveria uma inconsistência na aplicação do raciocínio, haja vista que a bolsa de 5.000 ml., excluída do lançamento por se destinar a hemodiálise, não é destinada à coleta de fluídos e excreções do corpo humano, como exigiria, em tese, o código fiscal, mas sim ao envase do produto LACTASOL, como indica o já mencionado laudo técnico (fls. 592 e 595), inclusive em resposta a quesito formulado pela autoridade fiscal: “LACTASOL é indicado para pacientes com insuficiência renal. O objetivo do tratamento com Lactasol são: controle do equilíbrio de fluídos, controle de eletrólitos no plasma, controle do equilíbrio ácidobase e remoção de produtos do desfalecimento do tecido e catabolismo protéico. (...) 2. Estas bolsas tem uso em hemodiálise? Qual (is) destas bolsas tem este uso? Não. Esclarecemos que apenas um modelo destas bolsas tem uso em hemodiálise, as bolsas para este fim são as descritas e constantes no item 1 do quadro 1 (Bolsas de 5.000 ml – Lactasol), (...) As demais, são bolsas/embalagens de plástico (PVC) de capacidade de até 1000 cm3, para envase de medicamentos e não tem uso em hemodiálise.” Fl. 428DF CARF MF Processo nº 11128.720337/201510 Acórdão n.º 3201004.253 S3C2T1 Fl. 426 7 Em terceiro lugar, partindo da premissa do lançamento, que a bolsa de 5.000 ml. contendo LACTASOL é destinada a hemodiálise, como confirmado pelo laudo técnico, as demais bolsas, contendo glicose, ringer, manitol, soro fisiológico, água para injeção, etc., teriam uso semelhante, bastando cotejar as imagens disponibilizadas no aludido laudo, onde as características dos produtos são idênticas, alterando apenas a capacidade e o produto envasado (fls. 598/606). Nada obstante o laudo pericial informar que não teriam uso assemelhado, mas seriam artigos de embalagem para medicamentos, esta peça não explica o porquê da diferença, apenas apartando as bolsas em função do medicamento que contém, considerando a destinação do produto Lactasol. Como dito alhures, examinando as fotos de fls 598/606, à exceção do produto envasado e da capacidade, não há nenhuma outra distinção aparente entre elas, cuja descrição comum, segundo o laudo, seria “bolsas de PVC utilizadas como embalagem primária para envase de soluções parenterais com ponto de injeção, capacidade de 100 mililitros (ml), 250 ml, 500 ml, 1.000 ml e 5.000 ml.” É certo que estes produtos podem ser caracterizados, grosso modo, como bolsas para transporte e embalagem de produtos, como se extrai das próprias notas explicativas da posição 3923 (IN RFB 807/2008): “39.23 Artigos de transporte ou de embalagem, de plásticos; rolhas, tampas, cápsulas e outros dispositivos para fechar recipientes, de plásticos. 3923.10 Caixas, caixotes, engradados e artigos semelhantes 3923.2 Sacos de quaisquer dimensões, bolsas e cartuchos: 3923.21 De polímeros de etileno 3923.29 De outros plásticos 3923.30 Garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes 3923.40 Bobinas, fusos, carretéis e suportes semelhantes 3923.50 Rolhas, tampas, cápsulas e outros dispositivos para fechar recipientes 3923.90 – Outros A presente posição abrange os artigos de plásticos que sirvam correntemente para embalagem ou transporte de qualquer tipo de produtos. Entre eles, podem citarse: a) Os recipientes tais como caixas, caixotes, engradados, sacos (incluídos os de pequeno porte, os cartuchos e sacos de lixo), tambores, garrafões, bidões, garrafas e frascos. A este respeito, incluemse igualmente nesta posição: 1º) os copos com características de recipientes utilizados para embalagem ou transporte de certos produtos alimentícios, mesmo que sejam suscetíveis de serem utilizados acessoriamente para serviço de mesa ou de toucador; 2º) os esboços de garrafas de plástico, que são produtos intermediários de forma tubular, fechados em uma extremidade e com a outra aberta e munida de Fl. 429DF CARF MF 8 uma rosca sobre a qual irá adaptarse uma tampa roscada, devendo a parte abaixo da rosca ser transformada, posteriormente, para se obter a dimensão e forma desejadas. b) As bobinas, fusos, carretéis, canelas e suportes semelhantes, incluídas as caixas (cassetes) sem fita (banda*) magnética para gravadores de suportes magnéticos e para aparelhos videofônicos (videocassetes). c) As rolhas, tampas, cápsulas e outros dispositivos próprios para fechar recipientes. Excluemse, entre outros, da presente posição certos artigos de uso doméstico, tais como cestas de lixo e os copos para serviços de mesa ou de toucador que não tenham características de recipientes para embalagem e transporte, mesmo que possam ser, por vezes, utilizados para esse fim (posição 39.24), os recipientes classificados na posição 42.02, bem como os recipientes flexíveis para matéria a granel da posição 63.05.” (destacado) Entretanto, pelo rol de exemplos alinhados, verificase que, pelas suas especificidades, as mercadorias sub examine, com eles não guardam pertinência, mais se aproximando de uma relação de gênero para espécie. Nesta parte, em que pese a bem fundamentada exposição do lançamento, merece provimento o recurso do contribuinte. Neste diapasão, uma vez afastada a procedência da classificação fiscal indicada pela autuação, mostrase prejudicado o enfrentamento das demais questões atinentes às objeções de base de cálculo, juros moratórios e multas aplicadas, em razão da relação de prejudicialidade entre estas e aquela, motivo pelo qual não serão conhecidas. Com estas considerações, voto por dar provimento ao recurso voluntário interposto." Ficou evidente que as funções que o julgamento de primeira instância pretendeu dar às mercadorias, não são funções que estão comprovadas nos laudos. Ou seja, não há prova de que as mercadorias sejam utilizadas exclusivamente para coleta de fluídos e excreções do corpo humano. Houve uma interpretação da fiscalização e da DRJ sobre as análises dos laudos, uma interpretação desfavorável ao contribuinte. Mas, em verdade, os laudos são favoráveis ao contribuinte, na medida em que todos os laudos comprovam que as mercadorias são destinadas à medicina e são utilizadas em procedimentos de hemodiálise. Em que pese o trabalho sério e robusto da fiscalização, a conclusão de que as mercadorias não são bolsas de hemodiálise destoa da realidade dos fatos. Em adição, a declaração do departamento de hemodiálise do Hospital São Paulo de Clínicas Especializadas e a Resolução RDC 29/07 da Anvisa reforçam a classificação utilizada pelo contribuinte, de tal maneira que, como bem colocou o contribuinte, sua atividade Fl. 430DF CARF MF Processo nº 11128.720337/201510 Acórdão n.º 3201004.253 S3C2T1 Fl. 427 9 sofreria insegurança jurídica se passar a classificar as mercadorias de forma diferente das exigências da ANVISA. A conclusão mais adequada, de acordo com o que dispõe a RG1 e a RG3, a posição 3926.90.30 é a mais adequada, por conter texto que corresponde à descrição da mercadoria e por ser mais específica do que a posição pretendida pela fiscalização (3923.29.10), conforme comparação exposta a seguir: “3926 OUTRAS OBRAS DE PLÁSTICOS E OBRAS DE OUTRAS MATÉRIAS DAS POSIÇÕES 39.01 A 39.14. 3926.90 Outras 3926.90.30 Bolsas para uso em medicina (hemodiálise e usos semelhantes) (...) “3923 ARTIGOS DE TRANSPORTE OU DE EMBALAGEM, DE PLÁSTICOS; ROLHAS, TAMPAS, CÁPSULAS E OUTROS DISPOSITIVOS PARA FECHAR RECIPIENTES, DE PLÁSTICOS. 3923.2 Sacos de quaisquer dimensões, bolsas e cartuchos: 3923.21 – De polímeros de etileno. 3923.29 De outros plásticos 3923.29.10 De capacidade inferior ou igual a 1.000 cm3” Por fim, é igualmente importante registrar que o ICMS na base de cálculo do Pis e Cofins não foi inserido no cálculo do lançamento e por isso não é objeto da lide. Favorável ao contribuinte a conclusão deste voto, restam prejudicados os demais argumentos a respeito da aplicação de multa isolada com a multa de ofício, dos juros sobre a multa e da legalidade da selic e multa de ofício. Diante do exposto, votase para que seja DADO PROVIMENTO ao Recurso Voluntário. Voto proferido. (assinatura digital) Pedro Rinaldi de Oliveira Lima. Fl. 431DF CARF MF 10 Fl. 432DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13702.000107/2008-58
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Nov 23 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2003
AÇÃO TRABALHISTA. RENDIMENTOS BRUTOS. IMPOSTO RETIDO NA FONTE.
É cabível a compensação do imposto retido na fonte, quando na base de cálculo se incluem os rendimentos brutos que sofreram a sua incidência.
MATÉRIA NÃO IMPUGNADA.
Consolida-se administrativamente o crédito tributário relativo a matéria não impugnada.
Numero da decisão: 2001-000.798
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Jorge Henrique Backes - Presidente
(assinado digitalmente)
Fernanda Melo Leal - Relatora.
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Fernanda Melo Leal, Jose Alfredo Duarte Filho, Jose Ricardo Moreira e Jorge Henrique Backes.
Nome do relator: FERNANDA MELO LEAL
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AÇÃO TRABALHISTA Recorrente JOSÉ WALTER CARVALHO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2003 AÇÃO TRABALHISTA. RENDIMENTOS BRUTOS. IMPOSTO RETIDO NA FONTE. É cabível a compensação do imposto retido na fonte, quando na base de cálculo se incluem os rendimentos brutos que sofreram a sua incidência. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. Consolidase administrativamente o crédito tributário relativo a matéria não impugnada. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Jorge Henrique Backes Presidente (assinado digitalmente) Fernanda Melo Leal Relatora. Participaram do presente julgamento os conselheiros: Fernanda Melo Leal, Jose Alfredo Duarte Filho, Jose Ricardo Moreira e Jorge Henrique Backes. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 70 2. 00 01 07 /2 00 8- 58 Fl. 243DF CARF MF 2 Relatório Tratase de procedimento de revisão da declaração de ajuste anual do exercício 2003, anocalendário 2002, onde foram alterados os rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica e respectivo imposto retido na fonte, por falta de comprovação das informações prestadas pelo Contribuinte, que não atendera a intimação (fls.84/85). Foi notificado também para o mesmo exercício o lançamento relativo a multa por atraso na entrega da declaração, no valor de R$918,59 (novecentos e dezoito reais e cinquenta e nove centavos), contra a qual o Contribuinte não se opôs. Impugna, entretanto, a alteração registrada em sua declaração. Sustenta não haver recebido as intimações em razão de mudança de endereço e ratifica o imposto retido na fonte declarado, no valor de R$23.008,82 (vinte e três mil, oito reais e oitenta e dois centavos), como incidente sobre rendimentos decorrentes de ação trabalhista ajuizada contra a Empresa Brasileira de Telecomunicações S/A (Embratel). Informa que os honorários advocaticios pagos foram deduzidos proporcionalmente aos rendimentos tributáveis e isentos, junta os documentos de fls.3 a 57 e requer a improcedência do lançamento e a restituição originalmente apurada (fl.1). A DRJ Salvador manifestou seu entendimento no sentido de que os cálculos para definição do valor devido pelo Contribuinte teriam sido feitos de forma equivocada, no entanto , tendo em vista que não cabe a tal instância de julgamento constituir o crédito tributário porventura apurado, vota pela procedência do lançamento, SEM saldo de imposto a pagar ou a restituir. Mantém a multa por atraso na entrega da declaração, a ser cobrada em autos apartados, uma vez não impugnada. Inconformado com a decisão, maneja Recurso Voluntário repisando os mesmos argumentos ventilados anteriormente, e sustenta que não há que se falar em infração fiscal, posto que não haveria um auto que o consubstanciasse, que a responsabilidade tributária pela multa seria da Embratel (sendo que a multa imputada ao Contribuinte foi por atraso na entrega da sua declaração anual de pessoa física), e que as provas não teriam sido analisadas de forma cautelosa posto que os cálculos estariam sendo efetuados de acordo com planilhas diversas acostadas ao processo (sendo que a despeito do cálculo efetuado pela DRJ, não houve constituição de qualquer crédito tributário, mas tão somente a cobrança da multa por atraso na entrega da declaração). É o relatório. Voto Conselheira Fernanda Melo Leal Relatora. O recurso é tempestivo e atende às demais condições de admissibilidade. Portanto, merece ser conhecido. Conforme mencionado no relatório acima, a discussão administrativa decorreu da alteração dos rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica e respectivo imposto retido na fonte, por falta de comprovação das informações prestadas pelo Contribuinte, Fl. 244DF CARF MF Processo nº 13702.000107/200858 Acórdão n.º 2001000.798 S2C0T1 Fl. 3 3 que não atendera a intimação (fls.84/85). Além disso foi notificado para multa por atraso na entrega da declaração, no valor de R$918,59 (novecentos e dezoito reais e cinquenta e nove centavos), contra a qual o Contribuinte não se opôs. Em que pese ter o Contribuinte ventilado a questão da multa em sede de Recurso Voluntário, é fundamental esclarecer que esse direito, a questionar a multa, já estava precluso. Nesta senda, merece trazer a baila a norma contida no Decreto nº 70.235 de 06 de Março de 1972, o qual dispõe sobre o processo administrativo fiscal, e dá outras providências, deixando muito claro no seu art 17 a questão da preclusão. Vejamos: Art. 17. Considerarseá não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante. (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito) Ou seja, quando não impugnada a matéria no momento devido, ocorre a preclusão, que pode ser definida como a extinção da faculdade de se praticar determinado ato processual devido já haver ocorrido a oportunidade para realizálo. Segundo Luiz Rodrigues Wambier, em sua obra Curso Avançado de Processo Civil, preclusão é “um fenômeno exclusivamente processual, vinculado a idéia de que passo a passo os atos processuais vão acontecendo subseqüentemente no processo, realizando o modelo procedimental que se tenha adotado em cada caso.” Ou seja, cada ato há um momento próprio para ser executado, no qual o processo pode ser comparado a uma caminhada, uma verdadeira seqüência lógica de atos, no qual o baseia o posterior e assim sucessivamente. Cada fase superada serve de sucedâneo para fase seguinte, uma vez passada à fase posterior, não é mais dada à oportunidade de retornar a anterior, não sendo mais permitido discutir questões que já foram superadas. O principio da preclusão está diretamente ligado ao principio da eventualidade, no qual a parte ré deverá alegar na contestação toda matéria de defesa com a qual impugna o pedido do autor sob pena de ser impedido de fazêlo posteriormente ( norma destacada no art. 300 do Código de Processo Civil). Sendo assim, este colegiado analisará tão somente a matéria devolvida para análise pelo impugnante, qual seja a questão do cálculo realizado para identificação do imposto devido . Vale apenas o comentário no sentido de que o contribuinte fala sobre responsabilidade tributária da Embratel. Sem lógica, no entanto , esta argumentação eis que estamos tratando tão somente da multa por atraso na entrega da declaração anual do imposto de renda pessoa física. Pois bem. Como foi objetivamente e claramente afirmado na decisão a quo, tendo em vista que não compete a instância de julgamento constituir crédito tributário, apenas foi mantida a multa por atraso na entrega da declaração, a ser cobrada em autos apartados, uma vez não impugnada e portanto precluso o direito, como dito acima. Fl. 245DF CARF MF 4 Não foi apurado nenhum imposto a pagar ou a restituir em decorrência dos cálculos demonstrados na decisão a quo. Fora feita tão somente para fins elucidativos. Por tudo quanto exposto, voto no sentido de negar provimento ao Recurso Voluntário e manter a multa por atraso na entrega da declaração, conforme exarado na decisão a quo. CONCLUSÃO: Diante tudo o quanto exposto, voto no sentido de, CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário nos moldes acima expostos. (assinado digitalmente) Fernanda Melo Leal. Fl. 246DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10875.902976/2008-49
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 27 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed Nov 21 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3301-000.960
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do relatório e voto que integram presente julgado.
(assinado digitalmente)
Winderley Morais Pereira - Presidente
(assinado digitalmente)
Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (Presidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques D'Oliveira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Salvador Cândido Brandão Júnior, Ari Vendramini, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen.
Relatório
Nome do relator: ANTONIO CARLOS DA COSTA CAVALCANTI FILHO
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(assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Presidente (assinado digitalmente) Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira (Presidente), Liziane Angelotti Meira, Marcelo Costa Marques D'Oliveira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Salvador Cândido Brandão Júnior, Ari Vendramini, Semíramis de Oliveira Duro e Valcir Gassen. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 75 .9 02 97 6/ 20 08 -4 9 Fl. 235DF CARF MF Processo nº 10875.902976/200849 Resolução nº 3301000.960 S3C3T1 Fl. 235 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra o Acórdão proferido pela 7ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Campinas. Por bem descrever os fatos, adoto o relatório constante do acórdão recorrido, em parte: Tratase de Manifestação de Inconformidade, proposta em razão da expedição de Despacho Decisório que não homologou Declaração de Compensação Eletrônica ("PER/DCOMP"), cujos dados são os seguintes: [...] O Despacho Decisório assim fundamentou a não homologação da compensação pretendida pelo Contribuinte: A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram localizados um ou mais pagamentos, ..., mas integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP. Cientificado o Despacho Decisório, o Contribuinte apresentou Manifestação de inconformidade, afirmando que seria detentor do crédito declarado, já que teria realizado recolhimento a maior e que teria, inclusive, retificado a respectiva DCTF, da qual apresenta cópia. Requer o acolhimento da Manifestação de Inconformidade, porque estaria"... demonstrada a insubsistência e improcedência do indeferimento de seu pleito. O citado acórdão decidiu pela improcedência da manifestação de inconformidade, assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS PERÍODO DE APURAÇÃO: 01/11/2003 A 30/11/2003 COMPENSAÇÃO. CRÉDITO. FALTA DE COMPROVAÇÃO. COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO COMPENSADO Fl. 236DF CARF MF Processo nº 10875.902976/200849 Resolução nº 3301000.960 S3C3T1 Fl. 236 3 Declaração de compensação, sem que o respectivo crédito esteja prévia e devidamente formalizado pelo Contribuinte, segundo os mecanismos institucionais e informatizados de controle da competente Autoridade Administrativa. No âmbito do processo administrativo fiscal, é pressuposto indispensável efetivação da compensação a comprovação da existência e da demonstração do respectivo crédito. A mera alegação da sua existência, desacompanhada de provas, não basta para sua comprovação, por desatender às disposições do artigo 16 do Decreto 70.235/1972. Inconformada com decisão de primeira instância, a contribuinte apresentou recurso voluntário, basicamente repisando os argumentos antes apresentados. Em síntese, alega que sobre os redutores de velocidade que fabrica estaria reduzida a zero a alíquota de Cofins e a impossibilidade de desconsideração da DCTF e da DACON retificadoras. A 2ª Turma Ordinária da 2ª Câmara deste Seção de Julgamento emitiu a Resolução convertendo o julgamento em diligência, para "que a DRF competente verifique e confirme, à luz da DCTF retificadora apresentada, a existência ou não do crédito alegado pela Recorrente nestes autos ". Sobreveio então informação fiscal da Delegacia da Receita Federal em Campinas, sobre a qual se manifestou a contribuinte. Foime distribuído o presente processo para relatar e pautar. É o relatório. Fl. 237DF CARF MF Processo nº 10875.902976/200849 Resolução nº 3301000.960 S3C3T1 Fl. 237 4 Voto Conselheiro Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Relator. O recurso voluntário foi dado por tempestivo na dita resolução1. A recorrente dá conta de que retificou DCTF e DACON após o despacho decisório que deu pela não homologação a compensação pretendida, o que, a seu ver, teria ocorrido única e exclusiva em virtude da ausência de retificação destas declarações. Um exame da conclusão do acórdão da DRJ aponta que esta só consideraria retificações anteriores ao despacho decisório (ainda que não tenha afirmado categoricamente o aceite ou não das retificações posteriores): Finalmente, e considerando os pressupostos (informações e documentos), sobre os quais se assenta o Despacho Decisório recorrido (cronologicamente: DCTF original e retificação anterior ao Despacho Decisório, respectivas DARF e PER/DCOMP); e, considerando os demais documentos e elementos constantes dos autos, impõese a inexorável constatação de que o Contribuinte, tendo deixado de atender as exigências legais do Decreto 70.235/1972, não logrou demonstrar a efetiva existência do crédito, do qual pretendia se compensar. Entendo que a retificação extemporrânea da DCTF não causa prejuízo ao direito alegado, desde que comprovado por outros meios. Na mesma linha apontou o Resolução citada. Sigo jurisprudência do CARF: RETIFICAÇÃO DA DCTF A DESTEMPO. OBSTÁCULO. INEXISTÊNCIA. APRESENTAÇÃO DE PROVAS. RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO. INOCORRÊNCIA. Deve ser verificada a procedência do pedido de compensação fundado em direito de crédito recusado exclusivamente com base em cotejo eletrônico das informações prestadas pelo contribuinte na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, desde que essa tenha sido retificada, ainda que extemporaneamente. Não há que se falar em preclusão do direito de apresentação de provas em fase recursal quando tenha sido dada ciência ao requerente da necessidade de instrução do processo apenas por ocasião da decisão de primeira instância. 1 Ressaltese ser desnecessário responder todos as questões levantadas pelas partes, em já havendo motivo suficiente para decidir (Lei n° 13.105/15, art. 489, § 1o , IV. STJ, 1ª Seção, EDcl no MS 21.315DF, julgado de 8/6/2016, rel. Min. Diva Malerbi). Fl. 238DF CARF MF Processo nº 10875.902976/200849 Resolução nº 3301000.960 S3C3T1 Fl. 238 5 (Acórdão nº 3102001.959, sessão de 25/07/2013 10166.911735/ 200978, Rel. Ricardo Paulo Rosa). Alega a recorrente o seu direito a crédito em função de que sobre os redutores de velocidade que fabrica estaria reduzida a zero a alíquota de Cofins, pelo art. 3º da Lei 10.485/04. Segue, em sua versão original: Art. 3º Fica reduzida a 0% (zero por cento) a alíquota das contribuições para o PIS/Pasep e da Cofins relativamente à receita bruta da venda: I dos produtos relacionados nos Anexos I e II desta Lei; II dos produtos referidos no art. 1o, auferida por comerciantes atacadistas e varejistas, exceto as pessoas jurídicas a que se refere o art. 17, § 5º, da Medida Provisória nº 2.18949, de 23 de agosto de 2001. De fato, como lá informa: Aduz ter equivocadamente aplicado a alíquota de 3% a tais produtos, apontando planilhas, tendo havido indevido pagamento a maior a justificar seu crédito: Fl. 239DF CARF MF Processo nº 10875.902976/200849 Resolução nº 3301000.960 S3C3T1 Fl. 239 6 [...] A informação fiscal decorrente da diligência determinada pela dita resolução concluiu que "apurandose, com base nas notas fiscais anexadas, que o contribuinte, a princípio, faria jus a um crédito de PIS de [...]" (grifos do original), mas deu pela "ausência de registros contábeis que atestem, de forma inequívoca, que as receitas relativas às notas fiscais". Reproduzo o trecho completo: Pois bem. Juntamente ao Recurso Voluntário, o contribuinte apresentou os seguintes documentos: Recibos de Entrega de DCTF e sua cópia parcial (fls.175 a 180), Recibos de Entrega de DACON e sua cópia parcial (fls. 181 a 192), Demonstrativo de Cálculo do PIS – período jan/2003 a dez/2003 (fl. 193); Planilha com informações relativas às vendas, no mês de nov/2003, de redutores de velocidade (fls. 194 a 196); Cópia de notas fiscais de vendas (fls. 197 a 201); Memória de Cálculo de pagamentos indevidos ou a maior de PIS e COFINS – período nov/2002 a jul/2004 (fl. 203, 205 a 210) e Planilha com a relação dos débitos compensados pelos pagamentos indevidos ou a maior (fl. 212). Embora o contribuinte tenha evidenciado na Planilha de Vendas (fl. 196) e na Memória de Cálculo (fls. 203 e 208) o montante de R$ 2.054.728,86 (dois milhões, cinqüenta e quatro mil, setecentos e vinte e oito reais e oitenta e seis centavos), oriundo das vendas de redutores de velocidade no mês de nov/2003, o que teria acarretado, aplicandose a alíquota de 1,65%, na apuração indevida do PIS de R$ 33.903,03 (trinta e Fl. 240DF CARF MF Processo nº 10875.902976/200849 Resolução nº 3301000.960 S3C3T1 Fl. 240 7 três mil, novecentos e três reais e três centavos), fez a anexação aos autos de notas fiscais, cuja somatória monta apenas em R$ 551.054,06 (quinhentos e cinqüenta e um mil, cinqüenta e quatro reais e seis centavos). Considerando que a nota fiscal é o documento hábil para a comprovação da operação comercial, para fins de determinação do valor de crédito do PIS passível de compensação, serão utilizadas tão somente as notas fiscais carreadas aos autos. Assim, de conformidade com o determinado na Resolução nº 3202 000.140, expedida pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), foram averiguadas as alegações contidas na Manifestação de Inconformidade e no Recurso Voluntário, bem como examinados os documentos juntados aos autos, o que inclui a DCTF e DACON retificadores, apurandose, com base nas notas fiscais anexadas, que o contribuinte, a princípio, faria jus a um crédito de PIS de R$ 9.092,39 (nove mil, noventa e dois reais e trinta e nove centavos). [...] No entanto, em razão da ausência de registros contábeis que atestem, de forma inequívoca, que as receitas relativas às notas fiscais, para as quais foi calculado o crédito de PIS, foram de fato contabilizadas na base de cálculo da contribuição inicialmente apurada, tornase prejudicada a emissão de qualquer juízo de valor acerca do direito do contribuinte ao referido crédito. No entanto, este relator identificou que a contribuinte anexou aos autos, antes da resolução que determinou a diligência, "Recibos de Entrega de Arquivos Digitais" em CD/DVD (fls 213 a 214). Pelo exposto, considerando a busca pela verdade material, voto no sentido de converter o julgamento do recurso em diligência, a fim de que a Delegacia de Origem: 1) Verifique a liquidez e certeza dos créditos alegados, com base nos elementos constantes e mencionados dos autos; intimando a contribuinte a apresentar informações e documentos que entender necessários; e 2) Conceda prazo de trinta dias para a contribuinte se manifestar, finda a diligência, sobre o relatório dela decorrente, retornando os autos, em seguida, ao CARF para retomada do julgamento. (assinado digitalmente) Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho Relator Fl. 241DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 23034.008002/2003-14
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 04 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Nov 05 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições
Período de apuração: 01/07/1995 a 30/04/2002
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO. PRAZO.
No caso de lançamento por homologação, havendo antecipação de pagamento, o prazo de cinco anos para Fazenda Pública efetuar o lançamento de ofício tem seu termo inicial na data de ocorrência dos fatos geradores ou no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, no caso de não haver antecipação de pagamento.
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. ATO ADMINISTRATIVO. PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE E VERACIDADE. PROVA EM CONTRÁRIO. ÔNUS DO RECORRENTE.
O lançamento, devidamente motivado, é ato administrativo que goza do atributo de presunção relativa de legalidade e veracidade e, portanto, cumpre ao Recorrente o ônus de afastar, mediante prova robusta e inequívoca em contrário, essa presunção.
Numero da decisão: 2402-006.671
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em conhecer parcialmente do recurso para, na parte conhecida, dar-lhe provimento parcial de modo a excluir do lançamento as competências até 03/1999, inclusive, em virtude de decadência. Vencido o Conselheiro Luís Henrique Dias Lima, que não conheceu do recurso.
(assinado digitalmente)
Mário Pereira de Pinho Filho - Presidente
(assinado digitalmente)
Denny Medeiros da Silveira - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Denny Medeiros da Silveira, Gregório Rechmann Júnior, Jamed Abdul Nasser Feitoza, João Victor Ribeiro Aldinucci, Luís Henrique Dias Lima, Mário Pereira de Pinho Filho, Maurício Nogueira Righetti e Renata Toratti Cassini.
Nome do relator: DENNY MEDEIROS DA SILVEIRA
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ementa_s : Assunto: Outros Tributos ou Contribuições Período de apuração: 01/07/1995 a 30/04/2002 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO. PRAZO. No caso de lançamento por homologação, havendo antecipação de pagamento, o prazo de cinco anos para Fazenda Pública efetuar o lançamento de ofício tem seu termo inicial na data de ocorrência dos fatos geradores ou no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, no caso de não haver antecipação de pagamento. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. ATO ADMINISTRATIVO. PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE E VERACIDADE. PROVA EM CONTRÁRIO. ÔNUS DO RECORRENTE. O lançamento, devidamente motivado, é ato administrativo que goza do atributo de presunção relativa de legalidade e veracidade e, portanto, cumpre ao Recorrente o ônus de afastar, mediante prova robusta e inequívoca em contrário, essa presunção.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 11; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1775; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T2 Fl. 637 1 636 S2C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 23034.008002/200314 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2402006.671 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 4 de outubro de 2018 Matéria SALÁRIO EDUCAÇÃO Recorrente M. I. MONTREAL INFORMÁTICA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Período de apuração: 01/07/1995 a 30/04/2002 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO. PRAZO. No caso de lançamento por homologação, havendo antecipação de pagamento, o prazo de cinco anos para Fazenda Pública efetuar o lançamento de ofício tem seu termo inicial na data de ocorrência dos fatos geradores ou no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, no caso de não haver antecipação de pagamento. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. ATO ADMINISTRATIVO. PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE E VERACIDADE. PROVA EM CONTRÁRIO. ÔNUS DO RECORRENTE. O lançamento, devidamente motivado, é ato administrativo que goza do atributo de presunção relativa de legalidade e veracidade e, portanto, cumpre ao Recorrente o ônus de afastar, mediante prova robusta e inequívoca em contrário, essa presunção. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em conhecer parcialmente do recurso para, na parte conhecida, darlhe provimento parcial de modo a excluir do lançamento as competências até 03/1999, inclusive, em virtude de decadência. Vencido o Conselheiro Luís Henrique Dias Lima, que não conheceu do recurso. (assinado digitalmente) Mário Pereira de Pinho Filho Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 23 03 4. 00 80 02 /2 00 3- 14 Fl. 641DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 638 2 (assinado digitalmente) Denny Medeiros da Silveira Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Denny Medeiros da Silveira, Gregório Rechmann Júnior, Jamed Abdul Nasser Feitoza, João Victor Ribeiro Aldinucci, Luís Henrique Dias Lima, Mário Pereira de Pinho Filho, Maurício Nogueira Righetti e Renata Toratti Cassini. Relatório Por bem descrever os fatos ocorridos até a decisão de primeira instância, reproduzo, no presente relatório, o conteúdo da Informação nº 2.927/2004, da Divisão de Análise de Defesa do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), fls. 334 a 336: Informação nº 2.927/2004 – DIADE/CGACI/DIFIN/FNDE/MEC [...] Em inspeção do Programa Integrado de Inspeção em Empresas e Escolas PROINSPE, realizada à empresa em epígrafe, para verificação da regularidade da situação dos recolhimentos da contribuição social do SalárioEducação, quanto ao período de 01/1995 a 11/2002, os técnicos constataram débito referente às competências 07/1995 a 03/2001, 02 a 04/2002, proveniente de falha de recolhimento, compensações indevidas, respectivamente, conforme se verifica através dos quadros de fls. 55/56 e Informação n.º 450/2004 de fls. 57/58. Para a cobrança do debito, esta Coordenação emitiu a Notificação para Recolhimento de Débito NRD n.° 439/2004 de fl. 61, no valor de R$ 387.996,43 (trezentos e oitenta e sete mil, novecentos e noventa e seis reais e quarenta e três centavos), conforme Quadro de Atualização de Débito, fls. 62/64. A cobrança foi devidamente recepcionada pela empresa, conforme AR de fl. 83. Diante da cobrança, a empresa apresentou defesa tempestiva, acostada às fls. 85/306, com as seguintes alegações:' a) que o credito tributário do período de 07/95 a 11/97, foi abrangido pela decadência; b) que parte dos débitos já estão incluídos em parcelamento constituídos nas NFLD's n.ºs 35.371.5034/35.371.5131, compreendendo as competências de 04/97 a 12/97; c) a superposição de cobrança, sob o argumento de que parte dos débitos exigidos na NRD, também teriam sido objeto de lançamentos por parte do INSS em ações fiscais; Fl. 642DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 639 3 Com relação à alegação da decadência do prazo para cobrança do débito do período de 11/95 a 07/99, informamos que de acordo com a Instrução Normativa do INSS nº 100, de 18/12/2003, aprovada pela IN INSS/DC nº 107, de 22/04/2004 em seu artigo 583 § 2°, aduz que: “O prazo decadencial das contribuições devidas a outras entidades e fundos é de 10 anos, exceto para fatos geradores ocorridos até 18 de junho de 1995, cujo prazo decadencial é de cinco anos." Acrescentamos, ainda, o disposto na Lei n“ 9.766, de 18/12/1998, art. 1°, “in verbis”; “A contribuição social do SalárioEducação, a que se refere o art. 15 da Lei n" 9. 424. de 24 de dezembro de 1996, obedecerá aos mesmos prazos e condições, e sujeitarseá às mesmas sanções administrativas ou penais e outras normas relativas as contribuições sociais e demais importâncias devidas à Seguridade Social, ressalvada a competência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FNDE, sobre a matéria”. Portanto, a alegação da empresa não procede, tendo em vista que os fatos geradores desta cobrança ocorreram entre julho/1995 a abril/2002. O atr. 45 da Lei n.º 8.212/91 enumera que: “O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extinguese após 10 (dez) anos contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderá ter sido constituído: II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vicio formal. a constituição de crédito anteriormente efetuada. E, ainda, em seu art. 46 diz que:" O direito de cobrar os créditos da Seguridade Social constituídos na forma do artigo anterior, prescreve em 10 (dez) anos. " Diante do exposto, não cabe a alegação da empresa sobre o decurso do prazo para cobrança das competências 07/95 a 11/97. Com relação ao questionamento de que pane dos débitos já estariam incluídos em parcelamento, constituídos pela NFLD n.“ 35.371.5131, ou seja, o período de 01/99 a 04/01 , após análise da documentação, constatamos que as diferenças apuradas nesta NFLD, referemse a fatos geradores não informados em Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações a Previdência Social (GFIP), sendo que estas diferenças não foram levantadas na inspeção realizada pelo PRO1NSPE, bem como as apuradas por meio da NFLD n.° 35.371.5115, concernente ao período de 01/96 a 03/97, portanto, não há fundamento no questionamento da empresa. Consta, ainda, levantamento de débito para o SalárioEducação referente ao período de 01/99 a 04/01, por meio de outras NFLD's, inclusive a NFLD n.º 35.371.5140, abrangendo os valores do SalárioEducação apurados pelo PROINSPE, no Fl. 643DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 640 4 entanto, o fiscal do INSS relata no relatório de fl. 196 da fiscalização que os débitos apurados nestes levantamentos, resultam do total das contribuições sociais do SalárioEducação, incidentes sobre a remuneração dos empregados constante das folhas de pagamento, deduzidas as contribuições recolhidas pelo convênio do SalárioEducação e as contribuições compensadas devido ao processo judicial ajuizado a respeito da constitucionalidade do SalárioEducação. Por fim, quanto a alegada superposição de cobrança, sob o argumento de que parte dos débitos exigidos na NRD, também teria sido objeto de lançamentos por parte do INSS em ações fiscais, temos a esclarecer que, o fiscal informa em seu relatório que o levantamento tem o intuito de evitar a decadência até a decisão final a respeito do processo judicial sob o n.° 9700753271, ajuizado pela empresa contra a constitucionalidade da contribuição social do SalárioEducação. Cabe, ainda, salientar que na documentação apresentada pela empresa, não consta qualquer documento de parcelamento ou quitação do débito cobrado por meio da NRD em epígrafe. Isto posto, sugerimos o INDEFERIMENTO DA DEFESA, informando que o montante do crédito tributário é de R$ 401.441,86 (quatrocentos e um mil, quatrocentos e quarenta e um reais e oitenta e seis centavos), conforme Quadro de Atualização de Débito, acostado às fls. 306/308. (Grifos no original) O indeferimento da defesa, proposto nessa informação, foi, então, confirmado pela presidência do FNDE, nos seguintes termos, fl. 337: Decido pelo INDEFERIMENTO DA DEFESA, pelas razões expostas pela CGACI. Retomem os autos à DIADE/CGACI, para que seja providenciada a expedição de oficio à empresa em questão, dandolhe ciência do que foi decidido e informando quanto às alternativas de recolhimento do débito, da formalização de acordo para parcelamento da dívida, bem como do seu direito de interpor recurso ao Conselho Deliberativo do FNDE, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência desta decisão, com as razões e, se for o caso, documentos que o fundamentem, esclarecendo que a interposição de recurso deverá obedecer às disposições do § 2º, do artigo 15, do Decreto n.º 3.142, de 16/08/1999. (Grifos no original) Cientificada da decisão, em 21/3/05, segundo o Aviso de Recebimento (AR) de fl. 384, a contribuinte, por meio de seu advogado (procuração de fl. 632), apresentou o recurso voluntário de fls. 388 a 400, em 15/3/05, no qual traz, em síntese, as seguintes alegações: Fl. 644DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 641 5 DA PRELIMINAR DE DECADÊNCIA [...] fazse imperioso repisarmos que, na verdade, foram ilegalmente constituídos na NRD em tela todos os valores lançados pelo FNDE relativos às competências anteriores a novembro de 1997, inclusive. E assim se afirma porque, consoante já exposto, incide sobre o presente lançamento a figura jurídica da decadência. [...] DA NULIDADE FORMAL DO ATO POR INOBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Insta registrar que a autoridade administrativa, ao lavrar a NRD em tela, atevese a dispor valores de forma imprecisa, deixando de explicitar adequadamente os motivos que ensejaram a cobrança das importâncias impostas, gerando muitas dúvidas na identificação dos valores lançados pela NRD em cada competência, e não permitindo a necessária conferência destes. [...] De inferirse, portanto, que o lançamento fiscal não pode surtir qualquer efeito, ante a irrefutável nulidade formal que o contamina, por ausência de devida e precisa motivação, necessária tanto para o exercício da ampla defesa por parte do contribuinte (CF 88, art. 5°, LV), quanto para o adequado controle jurisdicional. DA DUPLA COBRANÇA Cumpre notar que os débitos ora discutidos são objeto de dupla cobrança pelo próprio FNDE em determinadas competências, uma vez que foram os mesmos objeto de compensação pela empresa como um todo, de uma só vez. (sic) Destarte, notase que nas competências de abril a dezembro e a gratificação natalina de 1997 e janeiro a março de 1998, cobra o fiscal os valores devidos a título de SalárioEducação para esta filial em específico (000800), além de lançar os valores compensados pela empresa como um todo na matriz (000126). Assim, exige duas vezes a mesma exação, pois aqueles valores já se encontravam incluídos nestes últimos, consoante atesta, inclusive o documento em anexo. Destarte, comprovado que os valores lançados como devidos, por esta filial, a título da exação em comento nas competências acima descriminadas encontramse abarcados pelas compensações realizadas, necessária a exclusão das respectivas bases de cálculo e fatos geradores da presente NRD. Fl. 645DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 642 6 DA SUPERPOSIÇÃO DE COBRANÇAS Conforme já pisado e repisado na peça de bloqueio, os débitos ora discutidos são objeto de dupla cobrança, uma vez que já foram lançados pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS, em agosto de 2001, mediante a lavratura das seguintes NFLDS: As notificações elencadas, da lavra do INSS, possuem o mesmo objeto (salárioeducação), utilizaram a mesma base de cálculo, correspondem ao mesmo período, bem como aplicaram a mesma alíquota aplicada aos débitos lançados na presente NRD, configurando, portanto, indubitavelmente uma dupla cobrança de um débito que, a rigor, é o mesmo. [...] Patente que a Recorrente está sendo objeto de dupla cobrança dos valores destinados ao FNDE e, por que não dizer, tripla cobrança, se considerarmos o período compreendido entre as competências de abril a dezembro e a gratificação natalina de 1997 e janeiro a março de 1998, pelas razões já expostas anteriormente. (Grifos no original) É o relatório. Voto Conselheiro Denny Medeiros da Silveira – Relator. Do conhecimento O recurso voluntário é tempestivo e foi apresentado por procurador devidamente constituído, porém, não será conhecido em relação à alegação de nulidade, uma vez que tal alegação não chegou a ser prequestionada, em sede de impugnação, e seu exame, no presente julgamento, importaria na supressão de instância e consequente afronta ao princípio do duplo grau de jurisdição a que está submetido o Processo Administrativo Tributário. Da preliminar de decadência Alega a Recorrente que os valores lançados pelo FNDE e relativos às competências anteriores a novembro de 1997, inclusive, teriam sido “ilegalmente constituídos na NRD em tela”, pois, em seu entendimento, teria incidido, no presente lançamento, “a figura jurídica da decadência”. Fl. 646DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 643 7 Pois bem, compulsando o Quadro de Atualização de Débito de fls. 89 a 91, que segue em anexo à Notificação para Recolhimento de Débito (NRD) nº 0000439/2004, fl. 87, constatase que o lançamento sob foco diz respeito às competências de 07/1995 a 04/2002. Por sua vez, segundo o AR de fl. 93, a ciência da NRD ocorreu em 20/7/04. Acontece que, nos termos do art. 45, da Lei 8.212, de 24/7/91, o direito da Seguridade Social de apurar e lançar seus créditos extinguiase em 10 (dez) anos1, regra esta empregada pela decisão de primeira instância, em 7/12/04, porém, em decorrência do julgamento dos Recursos Extraordinários 556.664, 559.882, 559.943 e 560.626, o Supremo Tribunal Federal (STF) editou, em 12/6/08, a Súmula Vinculante nº 8 (DOU 20/6/2008), nos seguintes termos: São inconstitucionais o parágrafo único do art. 5º do Decreto Lei nº 1.569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. Nesta feita, ao analisar os efeitos da edição da Súmula Vinculante nº 8 do STF, assim concluiu o Parecer PGFN/CAT nº 1617/2008: a) no caso do pagamento parcial da obrigação, independentemente de encaminhamento de documentação de confissão (DCTF, GFIP ou pedido de parcelamento), o prazo de decadência para o lançamento de ofício da diferença não paga é contado com base no § 4º, do art. 150, do Código Tributário Nacional; b) no caso de não pagamento, nas hipóteses acima elencadas (com ou sem o encaminhamento de documentação de confissão), o prazo é contado com base no inciso I, do art. 173, do CTN; A esse respeito, vejamos o que dispõe o Código Tributário Nacional (CTN), Lei 5.172, de 25/10/66: Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. [...] § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 1 Contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada. Fl. 647DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 644 8 [...] Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extinguese definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Conforme se observa, o prazo para a Seguridade Social apurar e lançar seus créditos passou a ser de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador, nas hipóteses em que o tributo obedeça ao regime de lançamento por homologação e desde que haja início de pagamento (antecipação), ainda que parcial (art. 150, § 4º, do CTN), ou a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, na hipótese de inexistência de início de pagamento (art. 173, I, do CTN). Portanto, tendo em vista que as contribuições lançadas dizem respeito às competências de 07/1995 a 04/2002, e que a ciência do lançamento ocorreu em 20/7/042, pela nova regra decadencial, restariam assim atingidas pela decadência: As contribuições até a competência 06/1999, inclusive, pela regra do art. 150, § 4º, do CTN – havendo antecipação de pagamento; e As contribuições até a competência 11/1998, inclusive, pela regra do art. 173, inciso I, do CTN – não havendo antecipação de pagamento. Para análise da existência ou não de recolhimento, trazemos à baila o seguinte histórico constante do Termo de Encerramento da Inspeção de fl. 7, elaborado pelos técnicos do Programa Integrado de Inspeção em Empresas e Escolas (PROINSPE3): Histórico: Após análise da documentação, constatamos que a empresa acima, utilizou uma guia única, com o CNPJ final 000126, para fazer o recolhimento Social do Salário Educação incluindo todas as empresas do grupo, apenas na competência 06/95, e nas demais competências, até a competência 03/97, não houve recolhimentos. A partir da competência 04/1997 a 03/1998, usou a compensação, em função da Liminar concedida através da impetração da Ação Ordinária, Processo n° 97.00753271 RJ, questionando a constitucionalidade da contribuição, porém, a compensação foi feita também junto, numa guia única do CNPJ citado acima, conforme cópia em anexo, e Demonstrativo de 2 Deve ser considerada a data da ciência do lançamento e não a data de início da fiscalização, constante do Termo de Visita – Empresa de fl. 3, ou seja, 3/12/02. 3 Criado pela Resolução n° 15, de 19/10/93, do Conselho Deliberativo do FNDE. Fl. 648DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 645 9 Recolhimentos. De 04 de 1998 a 03 de 1999, 02, 03 e 04 de 2002, também compensou, já em guia própria conforme Demonstrativo. De 04 de 1999 a 03 de 2001 não houve recolhimento nem compensação. A partir de 05/2002 até a presente data, a empresa vem fazendo o recolhimento em sua própria guia. Quanto ao demonstrativo das indenizações, a empresa foi orientada a entrar em contato com o setor de cadastro para regularização e povoamento da RAI, no prazo de 15 dias. O Quadro de Lançamento de Débitos de fls. 64 e 65, por sua vez, informa o recolhimento dos seguintes valores em relação às competências de 04/1998 a 03/1999: COMPETÊNCIA RECOLHIMENTO 04/1998 1,81 05/1998 1,82 06/1998 1,47 07/1998 1,67 08/1998 1,73 09/1998 1,74 10/1998 1,44 11/1998 1,23 12/1998 1,39 13/1998 1,13 01/1999 1,98 02/1999 1,83 03/1999 1,94 Portanto, encontramse atingidas pela decadência as contribuições referentes às competências até 03/1999, inclusive. Da alegada dupla cobrança Segundo a Recorrente, estaria ocorrendo dupla cobrança pelo FNDE em determinadas competências, uma vez que "nas competências de abril a dezembro e a gratificação natalina de 1997 e janeiro a março de 1998, cobra o fiscal os valores devidos a título de SalárioEducação para esta filial em específico (000800), além de lançar os valores compensados pela empresa como um todo na matriz (000126). Acontece, porém, que as competências abrangidas por essa alegada dupla cobrança se encontram atingidas pela decadência e serão excluídas do lançamento, como visto no tópico anterior deste voto. Logo, temse por prejudicada a análise desse item do recurso, o qual, portanto, não será objeto de julgamento. Da alegada superposição de cobranças Conforme se observa nesse item da defesa, trazendo quase as mesmas alegações da impugnação, a Recorrente alega que os “débitos ora discutidos” já teriam sido Fl. 649DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 646 10 “lançados pelo Instituto Nacional do Seguro social – INSS” nas Notificações Fiscais de Lançamento de Débito (NFLDs) que relaciona. Aduz, ainda, que tais NFLDs possuiriam o mesmo objeto (salárioeducação), utilizariam mesma base de cálculo, corresponderiam ao mesmo período, bem como estariam aplicando a mesma alíquota dos débitos lançados na presente NRD, configurando, portanto, em seu entendimento, dupla cobrança e, talvez, tripla cobrança, se forem considerados os valores referentes ao período de abril a dezembro de 1997, inclusive o 13º, e de janeiro a março de 1998. Todavia, segundo se extrai da decisão recorrida, não merecem guarida tais argumentos. Senão, vejamos: Com relação ao questionamento de que parte dos débitos já estariam incluídos em parcelamento, constituídos pela NFLD n.º 35.371.5131, ou seja, o período de 01/99 a 04/01, após análise da documentação, constatamos que as diferenças apuradas nesta NFLD, referemse a fatos geradores não informados em Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações a Previdência Social (GFIP), sendo que estas diferenças não foram levantadas na inspeção realizada pelo PRO1NSPE, bem como as apuradas por meio da NFLD n.° 35.371.5115, concernente ao período de 0l/96 a 03/97, portanto, não há fundamento no questionamento da empresa. Consta, ainda, levantamento de débito para o SalárioEducação referente ao período de 01/99 a 04/01, por meio de outras NFLD's, inclusive a NFLD n.º 35.371.5140, abrangendo os valores do SalárioEducação apurados pelo PROINSPE, no entanto, o fiscal do INSS relata no relatório de fl. 196 da fiscalização que os débitos apurados nestes levantamentos, resultam do total das contribuições sociais do SalárioEducação, incidentes sobre a remuneração dos empregados constante das folhas de pagamento, deduzidas as contribuições recolhidas pelo convênio do SalárioEducação e as contribuições compensadas devido ao processo judicial ajuizado a respeito da constitucionalidade do SalárioEducação. Primeiramente, insta destacar que tais débitos parcelados citados na transcrição acima não chegaram a ser mencionados no recurso voluntário, constando na impugnação apenas uma referência a respeito, no último item dos pedidos, nos seguintes termos: “ Por todo o exposto, a Defendente requer: [...] c) A suspensão dos débitos já submetidos a parcelamentos, em razão do disposto no CTN, artigo 151, inciso VI”. Também cabe destacar que os valores referentes ao período de 04/1998 a 03/1999 foram atingidos pela decadência e serão excluídos do lançamento. Quanto às demais alegações constantes desse item do recurso, percebese, claramente, que a decisão de primeira instância fez os devidos esclarecimentos, mostrando que não houve coincidência de valores entre aqueles apurados na inspeção realizada pelo Programa Integrado de Inspeção em Empresas e Escolas (PROINSPE) e aqueles lançados nas citadas NFLDs. Fl. 650DF CARF MF Processo nº 23034.008002/200314 Acórdão n.º 2402006.671 S2C4T2 Fl. 647 11 Ponderese que o lançamento, devidamente motivado, é ato administrativo que goza do atributo de presunção relativa de legalidade e veracidade e, portanto, cumpria à Recorrente o ônus de afastar, mediante prova robusta e inequívoca em contrário, essa presunção (vide art. 16, inciso III, do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972), fazendo a devida demonstração (comprovação) da alegada superposição de cobrança, porém, não o fez. Conclusão Isso posto, voto por DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, excluindo do lançamento as contribuições até a competência de 03/1999, inclusive, uma vez que atingidas pela decadência. (assinado digitalmente) Denny Medeiros da Silveira Fl. 651DF CARF MF
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Numero do processo: 11516.000162/2003-13
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Nov 22 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 1994, 1995
RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. PRAZO PRESCRICIONAL.
Aquele que paga indevidamente, possui direito à restituição (princípio da vedação ao enriquecimento sem causa). O art. 168 do CTN prevê o prazo de natureza prescricional de 5 anos para o pedido de repetição de indébito, contados da extinção do crédito tributário.
Numero da decisão: 2001-000.804
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em DAR provimento ao Recurso Voluntário, vencido o conselheiro Jose Ricardo Moreira que lhe negou provimento.
(assinado digitalmente)
Jorge Henrique Backes - Presidente
(assinado digitalmente)
Fernanda Melo Leal - Relatora.
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Fernanda Melo Leal, Jose Alfredo Duarte Filho, Jose Ricardo Moreira e Jorge Henrique Backes.
Nome do relator: FERNANDA MELO LEAL
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 1994, 1995 RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. PRAZO PRESCRICIONAL. Aquele que paga indevidamente, possui direito à restituição (princípio da vedação ao enriquecimento sem causa). O art. 168 do CTN prevê o prazo de natureza prescricional de 5 anos para o pedido de repetição de indébito, contados da extinção do crédito tributário.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em DAR provimento ao Recurso Voluntário, vencido o conselheiro Jose Ricardo Moreira que lhe negou provimento. (assinado digitalmente) Jorge Henrique Backes - Presidente (assinado digitalmente) Fernanda Melo Leal - Relatora. Participaram do presente julgamento os conselheiros: Fernanda Melo Leal, Jose Alfredo Duarte Filho, Jose Ricardo Moreira e Jorge Henrique Backes.
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PRAZO PRESCRICIONAL. Aquele que paga indevidamente, possui direito à restituição (princípio da vedação ao enriquecimento sem causa). O art. 168 do CTN prevê o prazo de natureza prescricional de 5 anos para o pedido de repetição de indébito, contados da extinção do crédito tributário. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em DAR provimento ao Recurso Voluntário, vencido o conselheiro Jose Ricardo Moreira que lhe negou provimento. (assinado digitalmente) Jorge Henrique Backes Presidente (assinado digitalmente) Fernanda Melo Leal Relatora. Participaram do presente julgamento os conselheiros: Fernanda Melo Leal, Jose Alfredo Duarte Filho, Jose Ricardo Moreira e Jorge Henrique Backes. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 01 62 /2 00 3- 13 Fl. 141DF CARF MF 2 Tratase de pedido de restituição apresentado pelo interessado o qual pretende reaver valores correspondentes ao IRRF incidente nas verbas referentes a licenças prêmio e férias não gozadas nos anos de 1994 e 1995. Na apreciação do pleito, em manifestação exarada no Despacho Decisório, a autoridade administrativa o indefere em razão da suposta extinção do direito do requerente à repetição do indébito. Apresentou o contribuinte a manifestação de inconformidade, por intermédio de seus procuradores, alegando, em síntese: que o prazo decadencial para exercer o direito do pedido de restituição no caso em comento se encerraria em 2005 e que não se deve falar em incidência de IR sobre pagamento de férias não gozadas. Cita doutrina para corroborar o quanto alega e jurisprudência administrativa e judicial para corroborar a sua argumentação. A DRJ Florianópolis manifestou seu entendimento no sentido de que o direito do contribuinte estava extinto, vale dizer, o contribuinte somente protocolou o pedido de restituição em 2003 e neste momento já havia ocorrido a decadência do direito à repetição de indébitos ocorridos em data anterior a 31/12/1995 . Em sede de Recurso Voluntário, a contribuinte repisa as fundamentações e alega que não pode ser penalizado por uma decisão que não reconheça seu claro direito a restituição nos moldes expostos no decorrer da peça recursal. É o relatório. Voto Conselheira Fernanda Melo Leal Relatora. O recurso é tempestivo e atende às demais condições de admissibilidade. Portanto, merece ser conhecido. Conforme mencionado no relatório acima, a discussão administrativa decorre do pedido de restituição do IR pelo contribuinte, incidente sobre pagamento de férias não gozadas. Os auditores julgadores demonstraram claro entendimento, fundamentado, de que o direito do contribuinte já teria sido extinto em decorrencia do prazo prescricional estabelecido em lei. Por outro lado, o contribuinte, ora Recorrente, traz diversos argumentos, doutrina e jurisprudência para corroborar seu entendimento de que, no seu caso, o prazo prescricional ainda não teria decorrido quando da elaboração do pleito de restituição. Fl. 142DF CARF MF Processo nº 11516.000162/200313 Acórdão n.º 2001000.804 S2C0T1 Fl. 3 3 Sabemos que quem paga indevidamente, possui direito à restituição. A fundamentação de tal assertiva decorre do princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, pois, não é crível que o Direito admita aumento patrimonial em decorrência de erro de outrem. Tanto que o art. 876 do Código Civil dispõe que aquele que recebeu o que não lhe era devido fica obrigado a restituir. De acordo com Caio Mário da Silva Pereira, a obrigação de restituir referese "a uma obrigação que ao accipiens é imposta por lei, mas nem por isto menos obrigação, a qual se origina do recebimento do indébito, e que somente se extingue com a restituição do indevido".(PEREIRA, 2008) No campo do direito tributário, aplicase a regra geral do dever de restituir quando houver pagamento indevido, tal como previsto no art. 165 do CTN, que assim dispõe: Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. Por sua vez, o art. 168 do CTN prevê o prazo de natureza prescricional de 5 anos para o pedido de repetição de indébito, contados da extinção do crédito tributário. Art. 168. O direito de pleitear a restituição extinguese com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118, de 2005) II na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. Notese que para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, a extinção do crédito tributário, antes da Lei Complementar 118/05, na modalidade tácita, ocorria em período distinto. Vejamos. Nos tributos lançados de ofício e por declaração, o prazo do pedido de restituição contase a partir do pagamento do tributo, o que equivale a sua extinção. Ocorre que Fl. 143DF CARF MF 4 para os tributos sujeitos ao lançamento por homologação, até a promulgação da LC 118/05, havia divergências acerca do termo a quo do prazo prescricional para a ação de repetição de indébito. Até a publicação da Lei 118/05, prevalecia o entendimento de que o prazo inicial para a contagem do prazo prescricional para a ação de repetição do indébito não seria a data do pagamento, mas da homologação. Nessa toada, dispõe o art. 150 do CTN: Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. Nos dizeres de Ricardo Alexandre, “é com a homologação que a autoridade administrativa manifesta sua concordância com a atividade do sujeito passivo, atestando sua correção. Como decorrência, nos tributos sujeitos a tal modalidade de lançamento, não é com o pagamento, mas sim com a homologação, que se pode considerar o crédito tributário definitivamente extinto”.(ALEXANDRE, 2013, pag. 369) Assim, a extinção somente é definitiva com a homologação, que poderá ser expressa ou tácita. A homologação expressa ocorre quando a autoridade administrativa editar ato em que formalmente concorde as informações prestadas e o tributo pago antecipadamente pelo sujeito passivo. Já a homologação tácita ocorre após 5 anos do efetivo pagamento do tributo, data cuja extinção do crédito tributário é ultimada. Assim dispõe o CTN, em seu art. 150, § 4º: § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Sendo assim, se o sujeito passivo tem direito de pedir a restituição do imposto após 5 anos da extinção do crédito, nos termos do art. 160, inciso I do CTN, logo, tem se o prazo de 10 anos para as ações de repetição de indébito nos tributos sujeito a lançamento por homologação, quando realizada na modalidade tácita, o que ocorre na maioria das vezes. Foi o que ficou denominado de a tese dos 5 mais 5. Porém, com a edição da Lei Complementar 118/05, definiuse que o termo a quo do prazo prescricional para as ações de repetição de indébito em relação aos tributos lançados por homologação seria da data do efetivo pagamento, independentemente da data da homologação. Assim, dispõe o art. 3° da LC 118/05: Art. 3o Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1o do art. 150 da referida Lei. Fl. 144DF CARF MF Processo nº 11516.000162/200313 Acórdão n.º 2001000.804 S2C0T1 Fl. 4 5 Até esse ponto, não havia discussões, pois tal matéria estava no âmbito de conformação do legislador. Ocorre que, a referida LC 188/05, em seu art. 4°, expressamente consignou que a norma que dispunha acerca do termo inicial para as ações de repetição de indébito nos tributos sujeitos a lançamento por homologação deveria ser considerada como meramente interpretativa. Vejase o teor do art. 4° da LC 118/05: Art. 4o Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3o, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional. O art. 106, inciso I do CTN afirma que a lei aplicase a ato ou fato pretérito em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. Desse modo, pretendeuse atingir todas as ações de repetição de indébito tributário, inclusive àquelas ajuizadas antes da LC 118/05, de modo a reduzir o prazo prescricional de 10 para 5 anos, o que implicaria uma redução no pagamento de tributos pagos indevidamente pelos sujeitos passivos. O STJ rechaçou a tentativa legislativa de conferir natureza interpretativa ao art. 4º da LC 188/05 e definiu que se aplicaria o termo inicial do prazo prescricional da data do efetivo pagamento para os pagamentos indevidos realizados após 09/06/2005, permanecendo válido o prazo de 10 anos – termo inicial da prescrição a partir da homologação – para os pagamentos realizados anteriormente àquela data. Em substancial acórdão, o STJ assim posicionouse: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. AUXÍLIO CONDUÇÃO. IMPOSTO DE RENDA.TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. PAGAMENTO INDEVIDO. ARTIGO 4º, DA LC 118/2005. DETERMINAÇÃO DE APLICAÇÃO RETROATIVA. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROLE DIFUSO. CORTE ESPECIAL. RESERVA DE PLENÁRIO. 1. O princípio da irretroatividade impõe a aplicação da LC 118, de 9 de fevereiro de 2005, aos pagamentos indevidos realizados após a sua vigência e não às ações propostas posteriormente ao referido diploma legal, posto norma referente à extinção da obrigação e não ao aspecto processual da ação correspectiva. 2. O advento da LC 118/05 e suas conseqüências sobre a prescrição, do ponto de vista prático, implica dever a mesma ser contada da seguinte forma: relativamente aos pagamentos efetuados a partir da sua vigência (que ocorreu em 09.06.05), o prazo para a repetição do indébito é de cinco a contar da data do pagamento; e relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime previsto no sistema anterior, limitada, porém, ao prazo máximo de cinco anos a contar da vigência da lei nova. Fl. 145DF CARF MF 6 3. Isto porque a Corte Especial declarou a inconstitucionalidade da expressão "observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, I, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional", constante do artigo 4º, segunda parte, da Lei Complementar 118/2005 (AI nos ERESP 644736/PE, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 06.06.2007). 4. Deveras, a norma inserta no artigo 3º, da lei complementar em tela, indubitavelmente, cria direito novo, não configurando lei meramente interpretativa, cuja retroação é permitida (...). 5. Consectariamente, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da entrada em vigor da LC 118/05 (09.06.2005), o prazo prescricional para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, continua observando a cognominada tese dos cinco mais cinco, desde que, na data da vigência da novel lei complementar, sobejem, no máximo, cinco anos da contagem do lapso temporal (regra que se coaduna com o disposto no artigo 2.028, do Código Civil de 2002, segundo o qual: "Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada."). 6. Desta sorte, ocorrido o pagamento antecipado do tributo após a vigência da aludida norma jurídica, o dies a quo do prazo prescricional para a repetição/compensação é a data do recolhimento indevido. 7. In casu, insurgese o recorrente contra a prescrição qüinqüenal determinada pelo Tribunal a quo, pleiteando a reforma da decisão para que seja determinada a prescrição decenal, sendo certo que não houve menção, nas instância ordinárias, acerca da data em que se efetivaram os recolhimentos indevidos, mercê de a propositura da ação ter ocorrido em 27.11.2002, razão pela qual forçoso concluir que os recolhimentos indevidos ocorreram antes do advento da LC 118/2005, por isso que a tese aplicável é a que considera os 5 anos de decadência da homologação para a constituição do crédito tributário acrescidos de mais 5 anos referentes à prescrição da ação. 8. Impende salientar que, conquanto as instâncias ordinárias não tenham mencionado expressamente as datas em que ocorreram os pagamentos indevidos, é certo que os mesmos foram efetuados sob a égide da LC 70/91, uma vez que a Lei 9.430/96, vigente a partir de 31/03/1997, revogou a isenção concedida pelo art. 6º, II, da referida lei complementar às sociedades civis de prestação de serviços, tornando legítimo o pagamento da COFINS. 9. Recurso especial provido, nos termos da fundamentação expendida. Acórdão submetido ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 1002932 / SP, Rel. Ministro LUIZ FUX. S1 PRIMEIRA SEÇÃO. DJe 18/12/2009) Fl. 146DF CARF MF Processo nº 11516.000162/200313 Acórdão n.º 2001000.804 S2C0T1 Fl. 5 7 Porém, o STF definiu outros marcos temporais para a aplicação do art. 3° da LC 118/05, considerandose não a realização do pagamento indevido, como fez o STJ, mas a data do ajuizamento da ação. DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para arepetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido. Portanto, definiuse que, uma vez reconhecida a inconstitucionalidade do art. 4°, segunda parte, da LC 118/05, considerouse legítimo o prazo de 5 anos apenas para as demandas propostas após o período da vacatio legis de 120 dias, isto é, a partir de 09 de Junho de 2005. Ressaltese que enquanto o STJ admite como válida a aplicação do antigo prazo Fl. 147DF CARF MF 8 prescricional de 10 anos para as demandas em que se afirma o pagamento indevido até 09 de Junho de 2005, para o STF o relevante não seria a data do pagamento indevido, mas a propositura da ação de repetição de indébito. Ao traçar pertinentes comentários acerca dos dois julgados acima transcritos, Márcio Cavalcante esclarece que por se tratar de matéria envolvendo a interpretação da lei em face da Constituição Federal, prevaleceu a posição do STF. Assim, o STJ afirma expressamente que está superado seu antigo entendimento para se adequar a posição do STF (CAVALCANTE, 2013, pag. 980) Portanto, o que atualmente prevalece, de forma pacífica, é a posição do STF. Por tudo quanto exposto, voto no sentido de dar provimento ao Recurso Voluntário e reconhecer o direito creditório guerreado pelo contribuinte, devidamente atualizado. CONCLUSÃO: Diante tudo o quanto exposto, voto no sentido de, CONHECER e DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário nos moldes acima expostos. (assinado digitalmente) Fernanda Melo Leal. Fl. 148DF CARF MF
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Numero do processo: 11080.927776/2011-11
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 26 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/10/2000 a 31/10/2000
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL.
Inexiste norma legal que prescreva a homologação tácita do Pedido de Restituição no prazo de 5 anos. Entender de forma diversa implicaria em violação aos art. 5º, II, e 37, caput, da Constituição e art. 97 do CTN.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3301-005.193
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Winderley Morais Pereira - Presidente e Relator
Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini, Salvador Cândido Brandão Junior e Semíramis de Oliveira Duro.
Nome do relator: WINDERLEY MORAIS PEREIRA
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/10/2000 a 31/10/2000 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. Inexiste norma legal que prescreva a homologação tácita do Pedido de Restituição no prazo de 5 anos. Entender de forma diversa implicaria em violação aos art. 5º, II, e 37, caput, da Constituição e art. 97 do CTN. Recurso Voluntário Negado.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira - Presidente e Relator Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini, Salvador Cândido Brandão Junior e Semíramis de Oliveira Duro.
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HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. Inexiste norma legal que prescreva a homologação tácita do Pedido de Restituição no prazo de 5 anos. Entender de forma diversa implicaria em violação aos art. 5º, II, e 37, caput, da Constituição e art. 97 do CTN. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Presidente e Relator Participaram da presente sessão de julgamento os conselheiros Winderley Morais Pereira (Presidente), Marcelo Costa Marques d'Oliveira, Valcir Gassen, Liziane Angelotti Meira, Antonio Carlos da Costa Cavalcanti Filho, Ari Vendramini, Salvador Cândido Brandão Junior e Semíramis de Oliveira Duro. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 92 77 76 /2 01 1- 11 Fl. 76DF CARF MF Processo nº 11080.927776/201111 Acórdão n.º 3301005.193 S3C3T1 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto contra decisão de primeira instância que julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade apresentada, mantendo a decisão da repartição de origem de indeferimento do Pedido de Restituição (PER) da Contribuição para o PIS, em virtude de o pagamento informado estar totalmente alocado para quitação de débito da titularidade do contribuinte. Em sua Manifestação de Inconformidade, o contribuinte havia alegado a ocorrência de decadência para a análise do PER, uma vez que fora transmitido havia mais de cinco anos, pleiteando a aplicação do prazo previsto no art. 74, § 5º, da Lei nº 9.430/1996, para reconhecimento da ocorrência de homologação tácita. A Delegacia de Julgamento (DRJ), por meio do acórdão nº 10042.206, julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade, afastando o pleito por falta de previsão legal e por ausência de comprovação do direito creditório. Cientificado da decisão de primeira instância, o contribuinte interpôs Recurso Voluntário e requereu o reconhecimento do seu direito, repisando praticamente os mesmos argumentos de defesa encetados na Manifestação de Inconformidade. É o relatório. Fl. 77DF CARF MF Processo nº 11080.927776/201111 Acórdão n.º 3301005.193 S3C3T1 Fl. 4 3 Voto Conselheiro Winderley Morais Pereira, Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do Regimento Interno do CARF (RICARF), aprovado pela Portaria MF 343, de 9 de junho de 2015, aplicandose, portanto, ao presente litígio o decidido no Acórdão nº 3301005.190, de 26/09/2018, proferida no julgamento do processo nº 11080.927782/201161, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Resolução nº 3301005.190): O recurso voluntário é tempestivo e reúne os pressupostos legais de interposição, dele, portanto, tomo conhecimento. Como relatado, a Recorrente transmitiu Pedido de Ressarcimento, visando à restituição do crédito nele informado em razão de pagamento indevido ou a maior de PIS/Pasep. Cabe esclarecer que a prova do recolhimento indevido não foi objeto de defesa da empresa. A Delegacia de origem emitiu Despacho Decisório que indeferiu o pleito diante da inexistência do crédito, nos termos do art. 165 do CTN. Sustenta a contribuinte que entre a data de transmissão do PER, 11/11/2005, até a ciência do despacho decisório, 21/12/2011, transcorreu prazo superior a cinco anos, o que implica na homologação tácita do ressarcimento, nos termos do art. 74 da Lei nº 9.430/1996. Dispõe o § 5º do art. 74 da Lei nº 9.430/1996 que: “o prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da declaração de compensação”. Ressaltese que a Declaração de Compensação DCOMP e o Pedido de Restituição PER são declarações diferentes com efeitos também diversos. Assim, não cabe aplicar ao Pedido de Restituição a homologação tácita prevista para a Declaração de Compensação. Como bem apontado pela DRJ, a compensação se viabiliza por via de um regime declaratório (Declaração de Compensação), enquanto que a restituição se viabiliza por um regime de requerimento (Pedido de Restituição), sendo a compensação operada e satisfeita de imediato, sob condição resolutória de sua ulterior homologação, ao passo que o valor da restituição pleiteada não é entregue imediatamente ao contribuinte, havendo a necessidade de uma decisão explícita e nunca tácita da Administração Tributária. Não há como se acolher a pretensão da Recorrente, porquanto a previsão legal de homologação tácita referese tão somente ao pedido de compensação, não se aplicando à apreciação de Pedidos de Restituição ou Ressarcimento. Observese que neste processo não houve qualquer Fl. 78DF CARF MF Processo nº 11080.927776/201111 Acórdão n.º 3301005.193 S3C3T1 Fl. 5 4 vinculação entre crédito e débito, apenas houve o pleito de ressarcimento. Entender de forma diversa implicaria em violação aos art. 5º, II, e 37, caput da Constituição e art. 97 do CTN. Conclusão Do exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário. Importa registrar que, nos presentes autos, as situações fática e jurídica encontram correspondência com as verificadas no paradigma, de tal sorte que o entendimento lá esposado pode ser perfeitamente aqui aplicado. Portanto, aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Winderley Morais Pereira Fl. 79DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10540.002128/2007-39
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 18 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte SIMPLES
Ano-calendário: 2002, 2003, 2004, 2005, 2006
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. DECRETO N. 70.235/72.
RECURSO VOLUNTÁRIO – PEREMPÇÃO – NÃO CONHECIMENTO.
Não se conhece, por perempto, o recurso do contribuinte apresentado após o decurso de prazo de 30 dias da ciência da decisão da autoridade julgadora de primeira instância, nos termos do artigo 33 do Decreto nº 70.235/72, contado na forma estabelecida pelo artigo 5º do referido diploma legal.
Numero da decisão: 1202-000.697
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário, por perempto, nos termos do voto do Relator.
Nome do relator: Geraldo Valentim Neto
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte SIMPLES Anocalendário: 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. DECRETO N. 70.235/72. RECURSO VOLUNTÁRIO – PEREMPÇÃO – NÃO CONHECIMENTO. Não se conhece, por perempto, o recurso do contribuinte apresentado após o decurso de prazo de 30 dias da ciência da decisão da autoridade julgadora de primeira instância, nos termos do artigo 33 do Decreto nº 70.235/72, contado na forma estabelecida pelo artigo 5º do referido diploma legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário, por perempto, nos termos do voto do Relator. (documento assinado digitalmente) Nelson Lósso Filho Presidente (documento assinado digitalmente) Geraldo Valentim Neto – Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros, Nelson Lósso Filho (Presidente), Viviane Vidal Wagner, Nereida De Miranda Finamore Horta, Carlos Alberto Donassolo e Orlando José Gonçalves Bueno. . Fl. 1613DF CARF MF Impresso em 08/03/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/02/2012 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/02/201 2 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 07/03/2012 por NELSON LOSSO FILHO Processo nº 10540.002128/200739 Acórdão n.º 1202000.697 S1C2T2 Fl. 1.596 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto em face da decisão da 1ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Salvador (“DRJ/SDR”), que julgou improcedente a Impugnação da Contribuinte, ora Recorrente. Em 13/12/2007, a Recorrente foi intimada do Ato Declaratório Executivo nº 42 de 23/11/2007, segundo o qual, em decorrência de situações excludentes, devidamente indicadas no documento, a excluía do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições de Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES. Em 14/01/2008, a Recorrente apresentou Manifestação de Inconformidade tão somente com a alegação de que houve cerceamento a seu direito de defesa, tendose em vista que teve ciência apenas do Ato Declaratório Executivo, não tendo sido apresentados os fatos e motivos que levaram à sua exclusão do SIMPLES. Quanto ao teor do Ato Declaratório, consta neste que a Requerente foi excluída do SIMPLES com efeitos retroativos a 24/05/2006 em razão de (i) o titular ou sócio participar com mais de 10% do capital de outra empresa; (ii) auferir receita bruta superior a R$ 1.200.000,00; e (iii) estar constituída por interpostas pessoas que não sejam os verdadeiros sócios ou acionistas, ou titular, no caso de empresa individual. Por tais razões, requereu a Recorrente anulação do Ato Declaratório nº 42/2007, tendose em vista sua alegação preliminar de cerceamento de defesa, mantendoa no regime de tributação do SIMPLES. Em 21/05/2009, A 1ª Turma da DJR/SDR julgou improcedente a solicitação da Recorrente, conforme ementa abaixo transcrita: “ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2006 DIREITO DE DEFESA. CERCEAMENTO. Ficando comprovado que o sócio de fato controlador da pessoa jurídica e do grupo de "microempresas" já tinha conhecimento de todos os elementos que deram causa ao ato declaratório de exclusão do contribuinte da sistemática de tributação pelo "Simples", descabe o alegado cerceamento ao direito de defesa, ainda que não lhe tenha sido enviado todo o relatório fiscal. Solicitação Indeferida” O julgador de 1ª instância da RFB/SDR considerou incontroverso o fato de que o contribuinte recebeu somente o “ADE nº 42 de 23/11/2007” e nada mais, conforme consta do “AR” de fls. 1564, não obstante considerou que o contribuinte tinha ciência dos fatos contra ele alegados tendose em vista que a pessoa jurídica CRIATIVA SUL CALÇADOS LTDA. faz parte do “Grupo Silva Calçados”, o qual é constituído por outras catorze empresas, todas beneficiárias do regime de tributação favorecida em questão. Fl. 1614DF CARF MF Impresso em 08/03/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/02/2012 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/02/201 2 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 07/03/2012 por NELSON LOSSO FILHO Processo nº 10540.002128/200739 Acórdão n.º 1202000.697 S1C2T2 Fl. 1.597 3 Observou acertadamente o Delegado da RFB/SDR que para as demais empresas (com exceção a Calçados Jequié Ltda., Moda Arte Confecções Ltda., LG Calçados Ltda., e Atos Shoes Ltda.) foi devidamente expedido pelo Fisco tanto o Ato Declaratório Executivo, como o Relatório de Fiscalização, onde estão motivadas, pormenorizadamente, as razões da exclusão. Desta forma, o Conselho concluiu sua fundamentação de decisão em negar provimento à Manifestação de Inconformidade apresentada pelo contribuinte em questão, ora Recorrente, destacando que o sócio controlador do Grupo Silva Calçados, Daniel Soares Neto, tinha o devido conhecimento das razões porque o fisco houvera excluído todas as quinze empresas do sistema Simples de tributação, tendose em vista que o Relatório de Fiscalização fora enviado para 9 (nove) das 15 (empresas) do grupo e continham as mesmas caracterizações de infração. Ademais, ressaltou o Conselho que a causa está defendida pelo mesmo patrono, o escritório de advocacia FREIRE, FRAGA & TRIGO. Por tais razões, a RFB/SDR considerou não haver cerceamento de defesa. Em 28/7/2009, inconformada, a Recorrente apresentou seu recurso voluntário. Alega ser acusação falsa do órgão fiscalizador o fato de a Recorrente ser parte de um grupo de empresas e que seu direito de defesa foi impossível devido à não apresentação do Relatório de Fiscalização quando de sua intimação. Oportunamente, os autos foram enviados a este Colegiado. Tendo sido designado relator do caso, requisitei a inclusão em pauta para julgamento do recurso. É o Relatório. Voto Conselheiro Geraldo Valentim Neto, Relator Tratase de recurso voluntário interposto por Criativa Sul Calçados Ltda. contra a decisão proferida pela 1ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Salvador/BA, que indeferiu a solicitação da interessada, mantendo o despacho que a excluiu do Simples. A norma reguladora do prazo para a interposição de recurso voluntário contra decisão de primeira instância está expressa no artigo 33 do Decreto nº 70.235/1972, que estabelece o seguinte: “Art. 33: Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão.” Fl. 1615DF CARF MF Impresso em 08/03/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/02/2012 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/02/201 2 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 07/03/2012 por NELSON LOSSO FILHO Processo nº 10540.002128/200739 Acórdão n.º 1202000.697 S1C2T2 Fl. 1.598 4 A legislação acima transcrita que dispõe sobre o processo administrativo fiscal é clara e objetiva ao estabelecer prazo limite para que o contribuinte possa exercer o seu direito de defesa em segunda instância no contencioso administrativo. Os prazos para interposição de impugnações e recursos estabelecidos no Decreto nº 70.235/72 são fatais, de forma que as petições da espécie apresentadas após os prazos estabelecidos em lei não devem ser conhecidas pelas instâncias administrativas julgadoras. No caso em exame verificase que pelo aviso de recebimento (fl. 1585) a Recorrente foi regularmente notificada em seu domicílio fiscal em 25 de junho de 2009 (quintafeira). No entanto, o recurso voluntário foi interposto em 28 de julho de 2009 (terça feira), ou seja, 1 dia após o término do prazo legal, contado nos termos do artigo 5º do referido Decreto. Destarte, os elementos constantes do presente processo demonstram, de forma inequívoca, que a Recorrente não observou o prazo de 30 dias estabelecido na norma legal para interposição de recurso voluntário, o qual venceu em 27 de julho de 2009 (segunda feira). Em vista dos fatos, não pairam dúvidas sobre a ocorrência da perempção, nos termos do posicionamento deste E. Conselho, a exemplo da ementa abaixo transcrita: “SIMPLES. EXCLUSÃO. PEREMPÇÃO. O recurso voluntário interposto após o prazo de trinta dias, contado da data da ciência da decisão de primeira instância, não deve ser conhecido por perempção. Precedentes: Acórdão 30132.786, 3027.575, 30127.583, 30127.584, 30233.878 e 303 27.884, dentre outros. RECURSO VOLUNTÁRIO NÃO CONHECIDO.” (Terceiro Conselho de Contribuintes. 1ª Câmara. Turma Ordinária, Acórdão nº 30131149). Diante do acima exposto, voto no sentido de não conhecer o Recurso Voluntário. É como voto. (documento assinado digitalmente) Geraldo Valentim Neto Fl. 1616DF CARF MF Impresso em 08/03/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/02/2012 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 24/02/201 2 por GERALDO VALENTIM NETO, Assinado digitalmente em 07/03/2012 por NELSON LOSSO FILHO
score : 1.0
Numero do processo: 15504.721195/2013-54
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 24 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Dec 21 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Ano-calendário: 1993.2000
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO.CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
Pedido de restituição de contribuições previdenciárias incidentes sobre mão-de-obra na construção civil com o argumento da ocorrência de decadência. Recolhimentos efetuados com o objetivo de obtenção de CND e regularização de obra. Direito Creditório não Reconhecido.
Numero da decisão: 2001-000.823
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Jorge Henrique Backes - Presidente
(assinado digitalmente)
Jose Alfredo Duarte Filho - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Henrique Backes, Jose Alfredo Duarte Filho, Fernanda Melo Leal e Jose Ricardo Moreira.
Nome do relator: JOSE ALFREDO DUARTE FILHO
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Ano-calendário: 1993.2000 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO.CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA Pedido de restituição de contribuições previdenciárias incidentes sobre mão-de-obra na construção civil com o argumento da ocorrência de decadência. Recolhimentos efetuados com o objetivo de obtenção de CND e regularização de obra. Direito Creditório não Reconhecido.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1292; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C0T1 Fl. 54 1 53 S2C0T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15504.721195/201354 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2001000.823 – Turma Extraordinária / 1ª Turma Sessão de 24 de outubro de 2018 Matéria RESTITUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA Recorrente HUMBERTO SAD CAETANO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Anocalendário: 1993.2000 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO.CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA Pedido de restituição de contribuições previdenciárias incidentes sobre mão deobra na construção civil com o argumento da ocorrência de decadência. Recolhimentos efetuados com o objetivo de obtenção de CND e regularização de obra. Direito Creditório não Reconhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Jorge Henrique Backes Presidente (assinado digitalmente) Jose Alfredo Duarte Filho Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Henrique Backes, Jose Alfredo Duarte Filho, Fernanda Melo Leal e Jose Ricardo Moreira. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 50 4. 72 11 95 /2 01 3- 54 Fl. 58DF CARF MF 2 Tratase de Recurso Voluntário interposto contra decisão de inconformidade por negativa de reconhecimento de direito creditório para devolução de Contribuição Social Previdenciária referente ao período de 01.01.1993 a 31.12.2000. A fundamentação para o não reconhecimento creditório é a afirmação de ausência de pagamento indevido de vez que os recolhimentos das contribuições previdenciárias ocorreram em razão da incidência legal e o pedido se deu fora dos procedimentos regulamentares. A constituição do acórdão recorrido segue na linha do procedimento adotado na expedição da decisão de negativa do direto creditório pleiteado, como segue: O Requerente pleiteia a restituição de contribuições previdenciárias no montante de R$ 8.719,15 (valor originário, recolhido em 20/11/2012). Segundo se depreende dos elementos disponíveis dos autos: 1. Em 20/11/2012 – o Requerente realizou o recolhimento de contribuições previdenciárias para regularização de obra de construção civil, após ter ingressado, ao que consta, em 24/10/2012, com pedido para obtenção de CND da respectiva obra. 2. 08/01/2013 – o Requerente ingressou com seu pedido de restituição, através de petição, para reaver valores pagos a título de contribuições previdenciárias sobre obra de construção civil, para regularizála. 3. Em 07/07/2014 – proferido o Despacho Decisório que indeferiu o pedido de restituição. 4. 11/07/2014 – o Requerente é intimado do Despacho Decisório. 5. 16/07/2014 – o Requerente apresenta Manifestação de Inconformidade. Despacho Decisório Em razão do aludido requerimento foi proferido o Despacho Decisório nº 1.239DRF/BHE, de 07/07/2014 (fls. 10/13), que: 1. Relata que o pedido não cumpriu as pertinentes exigências legais (§§ 1º e 2º do artigo 3º, artigo 111 e §§ 2º ao 5º do artigo 113 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012), que exigem a sua formulação através do programa PER/DCOMP – Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação. 2. Conclui pelo indeferimento do pedido formulado. (...) O recolhimento de contribuições previdenciárias, cuja restituição dos respectivos valores constitui objeto deste processo, deuse, segundo se depreende da Manifestação de Inconformidade, em razão do indeferimento, pelo órgão local da RFB, de pedido de CND sob o alegado fundamento de ocorrência da decadência dos respectivos valores incidentes sobre a remuneração da mãodeobra empregada na realização de obra de construção civil. Em que pese ter o Requerente procurado demonstrar a ocorrência da decadência, e, por não ter logrado êxito, optou pelo recolhimento das respectivas contribuições, em razão do que, tendo recebido a CND, Fl. 59DF CARF MF Processo nº 15504.721195/201354 Acórdão n.º 2001000.823 S2C0T1 Fl. 55 3 obteve a averbação da correspondente obra na respectiva matrícula do imóvel no competente Cartório de Registro. Ora, nestas circunstâncias duas são as questões suscitadas pela Manifestação de Inconformidade: 1. Obtenção de CND para a regularização da obra de construção civil. Tratase, pois, de processo administrativo fiscal cujo objeto é a regularização de obra de construção civil. 2. Restituição de contribuições previdenciárias pagas, segundo alegação do Contribuinte, de forma indevida (justamente em razão da decadência). Tratase, pois, de processo administrativo fiscal, cujo objeto é a restituição de contribuições que teriam sido indevidamente pagas. A obtenção de CND constitui questão específica (com objeto próprio), tratada pelo Requerente em processo também específico, no qual, justamente por não ter sido reconhecida a ocorrência da decadência, foram cobradas as contribuições previdenciárias devidas, contribuições estas que foram espontaneamente pagas, resultando, inclusive, na consequente emissão de CND sob tal fundamento (o do recolhimento das contribuições devidas). O Requerente inclusive se valeu da correspondente CND obtida e promoveu a regularização da obra de construção civil. Aliás, o Cartório de Registro de Imóvel, ao fazêlo (ao averbar a obra de construção civil na respectiva matrícula), assim procedeu adotando a premissa de que o Requerente havia regularizado a sua situação tributária, quanto ao recolhimento das contribuições devidas sobre a remuneração da mãodeobra empregada na construção. Por isso, em face desta premissa (a de regularização tributária, mediante recolhimento das contribuições devidas), a restituição das contribuições recolhidas implicaria em cancelar, tornar sem efeito o procedimento do Cartório, procedimento este, que, neste caso, seria incompatível com a pressuposição da regularidade do ato (o registro) conferida exatamente pelo recolhimento dos valores apurados. Ou seja, caso fosse deferida a restituição, o ato de registro praticado pelo respectivo Cartório perderia seu fundamento, deixando de pressupor o recolhimento das contribuições, para se fundar no reconhecimento da decadência, fundamento este absolutamente não considerado no ato de registro. Ora, o respectivo processo administrativo – no qual se discutiu a ocorrência (ou não) da decadência – teve seu trâmite próprio, concluindose com o recolhimento espontâneo das contribuições apuradas. Por outro lado, o presente processo (de restituição de contribuições previdenciárias que teriam sido recolhidas indevidamente), além de ter também objeto próprio, exige o cumprimento de formalidades legais específicas, não cumpridas pelo Requerente, fato este Fl. 60DF CARF MF 4 (descumprimento de formalidades legais) suficiente para dar causa ao seu indeferimento. São, pois, processos distintos. Naquele se discutindo a decadência; neste a restituição. Aquele já concluído e com efeitos legais já consumados (registro imobiliário de obra de construção civil). Este, sem que o Requerente tenha sequer cumprido as formalidades legais, quanto ao procedimento a ser observado no pedido. Pelas razões expostas e considerando tudo o mais que dos autos consta, voto pela improcedência da manifestação de Inconformidade, com o indeferimento do Pedido de Restituição, sem reconhecimento do direito creditório. Assim, conclui o acórdão vergastado pela improcedência da manifestação de inconformidade e decide pela manutenção da negativa do direito creditório pleiteado. Por sua vez, com a decisão do Acórdão da DRJ, o Recorrente apresenta recurso voluntário com as considerações e argumentações que entende justificável ao seu procedimento, nos termos que segue: O Processo nº 15.504.721195/201354, em epígrafe, originouse da recusa da DRF/BH em fornecer “Certidão Negativa de Débito – CND sobre obra de construção civil – DISO” com objetivo de comprovar o período decadencial de uma casa, construída, aproximadamente, há trinta anos, pelo proprietário anterior; A regularização promovida junto à Prefeitura de Belo Horizonte em 2010 foi concluída em 2012 com a expedição de dois únicos documentos: “Certidão de Baixa de Construção” nº 02137/2012 e a “Planta Arquitetônica Baixa” devidamente aprovada e autenticada. (Anexo II). Em respeito á orientação da DRF/BH (Plantão Fiscal) foram anexados à “DISO”, em 24.10.2012, todos os documentos pedidos conforme relação denominada “Documentos para CND Decadência”, total de treze, faltando, apenas, um documento, “Certidão de Baixa de Habitese”, pelo motivo abaixo explicado: (...) É pedida a atenção dos senhores Conselheiro: “de um dos documentos listados...”. O contrário, os demais doze documentos, logicamente foram aceitos como prova da existência da decadência e, portanto, a DRF/BH não poderia deixar de emitir a CND. O único documento não anexado foi a “Certidão de Baixa de Habite se” e, em atenção ao Ofício da DRG/BH, foi esclarecido que a Prefeitura/BH não emitiu tal documento porque se tratava de regularização de imóvel já construído e não imóvel novo, para o qual, finalizada a construção a certidão é o meio que diz da baixa e autoriza o habitese. Regularização do imóvel somente ocorre porque foi construído irregularmente e, portanto, não poderia existir “Certidão de Baixa e Habitese”. Destarte, ao concluir o processo de regularização a Fl. 61DF CARF MF Processo nº 15504.721195/201354 Acórdão n.º 2001000.823 S2C0T1 Fl. 56 5 Prefeitura de BH somente expediu a de “Baixa de Construção”. (Esta certidão de nº 02137/2012 foi confundida como sendo “Certidão de Baixa de Habitese” no item 1 do oficio da DRF/BH). (Anexo II). A IN 971/2009 citada no Ofício da DRF/BH, quando relaciona os documentos exigidos no § 3º o faz para o geral e não para os casos específicos em que não havendo fatos que lhes deem origem sejam eles exigidos. Consequentemente a comprovação plena da decadência estava realizada com os demais documentos (12 no total). Ainda, resposta ao Ofício, foram adicionados outros documentos com base no § 1º do art. 390 da IN SRF 971/2009: planta arquitetônica comprada com fotografias do imóvel, fotografias da rua, na época da compra do imóvel, com a avenida atual, contratos de aluguel etc. Documentação mais do que suficiente para convencimento de que o imóvel estava apto a receber a Certidão Negativa de Débito. Toda essa gama de documentos, protocolizada na DRF/BH, encontrase no processo. (Anexo V). Houve bom seno do julgador que analisou os documentos a única atitude correta seria expedir a Certidão Negativa do Débito – CND e não causar prejuízo ao recorrente e aos cofres públicos. Em 20.11.2012 ao comparecer à DRF/BH para receber a CND, porque foi juntada farta documentação comprobatória da decadência, ao contrário, foi entregue ao recorrente guia com a cobrança de R$ 8.719,15 (oito mil, setecentos e dezenove reais e quinze centavos) a título de “Guia da Previdência Social – Cod. 2208”. Este lançamento, feito sem fato gerador porque a decadência estava comprovada, foi constituído ilegalmente. Lançamento de tributo somente pode ocorrer quando existem: base legal e o fato gerador (contribuições previdenciárias têm natureza tributária e, portanto, submetemse ao CTN. Assim, notificação de valor a recolher, que não guarda consonância com a Lei, conforme explicado no item 13, tributo não pode ser. É cobrança indevida. Não há, portanto, impugnação. Ao receber, tal guia, o recorrente foi compelido a pagála para registrar o imóvel no Cartório. Se, ao contrário, fosse tributo e impugnado a morosidade da resposta impediria o registro até hoje. Assim, fezse a opção de liquidar o valor de R$ 8.719,15 para requerer a devolução posteriormente. (Anexo VI). Face ao exposto, senhores conselheiros, recorro a esse Conselho para desconsiderar o Acórdão 1466901 12 Turma da DRJ/POR, porque não tratou do mérito do processo – pedido de restituição – e não observou o pedido feito através do programa PER/DCOMP de 27.08.2014 realizado com orientação da DRF/BH (Anexo I), determinado a DRF/BH que se procedam as seguinte providências: Preliminarmente reconhecer a decadência; Proceder a restituição do valor de R$ 8.719,15 indevidamente cobrado corrigido de acordo coma Lei. Fl. 62DF CARF MF 6 É o relatório. Voto Conselheiro Jose Alfredo Duarte Filho Relator O Recurso Voluntário é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, portanto, deve ser conhecido. Vencidas as questões de formalidades no pedido de restituição PER/DCOMP, em observância a possibilidade de formalização por meio de formulário Pedido de Restituição ou Ressarcimento, constante do Anexo I da Instrução Normativa, ou mediante o formulário Pedido de Restituição de Valores Indevidos Relativos à Contribuição Previdenciária, constante do Anexo II da Instrução Normativa, conforme o caso, aos quais deverão ser anexados documentos probatórios do pretendido direito de crédito, conforme disposto no § 2º, do art. 3º, da INRFB nº 1.300/2012, devendo a lide ser tratada diretamente na questão de mérito. O pedido de restituição foi feito sob a alegação de decadência das contribuições embora tenha o Recorrente recolhido espontaneamente. Pelo que se constata há processos distintos que tratam separadamente de alegação e pedido de reconhecimento de decadência das contribuições sobre mãodeobra empregada em obra de construção civil e este que trata de manifestação de inconformidade por negativa de reconhecimento de direito creditório e pedido de restituição de contribuições previdenciárias recolhidas pelo Contribuinte. As contribuições identificadas nestes autos, segundo alegação do Recorrente teriam sido feitas indevidamente porque já em período decadencial. Ocorre que o Contribuinte mesmo sabedor da negativa de sua solicitação de reconhecimento da decadência do período que indica, ainda assim as recolheu com o fito de obter CND de forma ágil e realizar a regularização documental da obra de construção civil. A obtenção da CND tratase de questão específica providenciada pelo Recorrente em procedimento próprio, tendo ocorrida em razão do pagamento das contribuições previdenciárias por não ter sido reconhecido pela Receita Federal a decadência alegada pelo Contribuinte. A CND expedida teve sua utilização aplicada junto ao Cartório de Registro de Imóveis, tendo sido executada a averbação e respectivo registro na matrícula do imóvel, diante dos requisitos que a constituíram mediante pagamento das correspondentes contribuições assim como apontadas pelo Fisco a pedido do Contribuinte. O processo administrativo que tratou da decadência teve seu trâmite naquele momento próprio e anterior a este, tendo sido concluído com o não reconhecimento da decadência requerida e o recolhimento espontâneo das contribuições previdenciárias apuradas. Este processo trata de pedido de restituição de contribuições previdenciárias sob alegação de decadência aqui não comprovada o que se conclui não haver contribuições indevidamente recolhidas que resguarde eventual decisão de considerar a existência de direito creditório que permita restituição de valores. Fl. 63DF CARF MF Processo nº 15504.721195/201354 Acórdão n.º 2001000.823 S2C0T1 Fl. 57 7 Por todo o exposto, voto por conhecer do Recurso Voluntário, e no mérito NEGAR PROVIMENTO ao pleito de direito creditório conforme solicitado. (assinado digitalmente) Jose Alfredo Duarte Filho Fl. 64DF CARF MF
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Numero do processo: 19515.002178/2009-60
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Jan 08 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2005
RECURSO DE OFÍCIO. LIMITE DO VALOR DE ALÇADA. NÃO CONHECIMENTO. MOMENTO DA VERIFICAÇÃO. SÚMULA CARF Nº 103.
A Portaria MF nº 63/2017 elevou para R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais) o valor mínimo da exoneração do crédito e penalidades promovida pelas Delegacias Regionais de Julgamento para dar ensejo à interposição válida de Recurso de Ofício.
Súmula CARF nº 103: Para fins de conhecimento de recurso de ofício, aplica-se o limite de alçada vigente na data de sua apreciação em segunda instância.
Ainda que, quando da prolatação de Acórdão que cancela determinada exação, a monta exonerada enquadrava-se na hipótese de Recurso de Ofício, o derradeiro momento da verificação do limite do valor de alçada é na apreciação do feito pelo Julgador da 2ª Instância administrativa.
Numero da decisão: 1402-003.552
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso de ofício, nos termos da Súmula CARF nº 103. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 15521.000284/2009-79, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Ausente momentaneamente o Conselheiro Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira.
(assinado digitalmente)
Paulo Mateus Ciccone - Presidente Substituto e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Rogerio Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Edeli Pereira Bessa, Leonardo Luis Pagano Goncalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Eduardo Morgado Rodrigues (Suplente Convocado) e Paulo Mateus Ciccone (Presidente Substituto). Ausente justificadamente a Conselheira Junia Roberta Gouveia Sampaio.
Nome do relator: PAULO MATEUS CICCONE
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LIMITE DO VALOR DE ALÇADA. NÃO CONHECIMENTO. MOMENTO DA VERIFICAÇÃO. SÚMULA CARF Nº 103. A Portaria MF nº 63/2017 elevou para R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais) o valor mínimo da exoneração do crédito e penalidades promovida pelas Delegacias Regionais de Julgamento para dar ensejo à interposição válida de Recurso de Ofício. Súmula CARF nº 103: Para fins de conhecimento de recurso de ofício, aplicase o limite de alçada vigente na data de sua apreciação em segunda instância. Ainda que, quando da prolatação de Acórdão que cancela determinada exação, a monta exonerada enquadravase na hipótese de Recurso de Ofício, o derradeiro momento da verificação do limite do valor de alçada é na apreciação do feito pelo Julgador da 2ª Instância administrativa. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso de ofício, nos termos da Súmula CARF nº 103. Portanto, aplicase o decidido no julgamento do processo 15521.000284/200979, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Ausente momentaneamente o Conselheiro Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira. (assinado digitalmente) Paulo Mateus Ciccone Presidente Substituto e Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 51 5. 00 21 78 /2 00 9- 60 Fl. 374DF CARF MF Processo nº 19515.002178/200960 Acórdão n.º 1402003.552 S1C4T2 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Rogerio Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Edeli Pereira Bessa, Leonardo Luis Pagano Goncalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Eduardo Morgado Rodrigues (Suplente Convocado) e Paulo Mateus Ciccone (Presidente Substituto). Ausente justificadamente a Conselheira Junia Roberta Gouveia Sampaio. Relatório Trata de Recurso de Ofício oposto em face do cancelamento de exações sofridas pela Contribuinte, promovido pela DRJ a quo, dando provimento às razões de Impugnação opostas contra o lançamento de ofício procedido. Na sequência, os autos foram encaminhados para este Conselheiro relatar e votar. É o relatório. Voto Conselheiro Paulo Mateus Ciccone Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º, 2º e 3º, do Anexo II, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1402003.484, de 18/10/2018, proferido no julgamento do Processo nº 15521.000284/2009 79, paradigma ao qual o presente processo fica vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1402003.484): "Inicialmente, analisando os requisitos de admissibilidade do Recurso de Ofício, constatase que tal apelo foi tirado de v. Acórdão que exonerou débito tributário (considerando, aqui, principal e multas) em monta inferior ao atual valor de alçada que propiciaria seu manejo e consequente conhecimento por este E. CARF. Posto isso, tal montante está abaixo do mínimo de R$ 2.500.000,00 fixados pela Portaria MF nº 63/2017, acarretando no seu não conhecimento, considerandose definitivamente exonerado tal crédito fiscal, nos precisos termos e limites da r. decisão da DRJ a quo. Fl. 375DF CARF MF Processo nº 19515.002178/200960 Acórdão n.º 1402003.552 S1C4T2 Fl. 4 3 Tais circunstâncias e ocorrência também atraem a incidência da Súmula CARF nº 103: Para fins de conhecimento de recurso de ofício, aplica se o limite de alçada vigente na data de sua apreciação em segunda instância. Como se extrai de tal entendimento sumular plenamente vigente deste E. Conselho, ainda que quando da prolatação do v. Acórdão recorrido a monta do débito cancelado enquadravase na hipótese de Recurso de Ofício, o derradeiro momento da verificação do limite do valor de alçada é na apreciação do feito pelo Julgador de 2ª Instância administrativa. In casu, como mencionado, tal evento ocorre após a vigência Portaria MF nº 63/2017, não havendo mais justificativa e motivação para o conhecimento recursal. Diante de todo o exposto, voto por não conhecer do Recurso de Ofício, nos termos da Súmula CARF nº 103." Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 47, do Anexo II, do RICARF, voto no sentido de não conhecer do recurso de ofício, nos termos da Súmula CARF nº 103, conforme voto acima transcrito. (assinado digitalmente) Paulo Mateus Ciccone Fl. 376DF CARF MF
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