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Numero do processo: 10880.659065/2012-01
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 22 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Apr 05 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 3402-001.322
Decisão: Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Jorge Olmiro Lock Freire - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Jorge Freire, Waldir Navarro Bezerra, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Thais De Laurentiis Galkowicz, Pedro Sousa Bispo, Maysa de Sá Pittondo Deligne e Carlos Augusto Daniel Neto.
Nome do relator: JORGE OLMIRO LOCK FREIRE
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decisao_txt : Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Jorge Olmiro Lock Freire - Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Jorge Freire, Waldir Navarro Bezerra, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Thais De Laurentiis Galkowicz, Pedro Sousa Bispo, Maysa de Sá Pittondo Deligne e Carlos Augusto Daniel Neto.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Jorge Olmiro Lock Freire Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Jorge Freire, Waldir Navarro Bezerra, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Thais De Laurentiis Galkowicz, Pedro Sousa Bispo, Maysa de Sá Pittondo Deligne e Carlos Augusto Daniel Neto. Relatório Cuida o presente de Recurso Voluntário interposto contra Acórdão da DRJ que considerou improcedente Manifestação de Inconformidade contra Despacho Decisório que não homologou a compensação pleiteada. Conforme o Despacho Decisório, o DARF identificado como origem do crédito vindicado havia sido integralmente utilizado para a quitação de débitos do contribuinte, não restando saldo disponível. Em sua manifestação de inconformidade, a contribuinte alega que: · importa mercadorias, referentes as NCMS n° 9021.1020 e revende a distribuidores e convênios médicos e hospitais; · de acordo com art. 8°, § 12, inciso XIX da Lei nº 10.865/04, incluído pela Lei nº 12.058/09 (vigência a partir de 01/01/2010), ficam reduzidas a 0% as alíquotas de PIS/COFINS importação, na hipótese de RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 80 .6 59 06 5/ 20 12 -0 1 Fl. 260DF CARF MF Processo nº 10880.659065/201201 Resolução nº 3402001.322 S3C4T2 Fl. 3 2 importação de artigos e aparelhos ortopédicos ou para fraturas classificados na NCM 90.21.10; · Art. 28. Ficam reduzidas a 0% (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de: XV artigos e aparelhos ortopédicos ou para fraturas classificados no código 90.21.10 da NCM; (Incluído pela Lei n°12.058, de 2009) (Produção de efeito); · a empresa durante o período de Janeiro/2010 a Abril/2012, continuou a recolher PIS/COFINS sobre as mencionadas mercadorias; · outrossim, o valor considerado como VALOR ORIGINAL TOTAL/UTILIZADO no despacho decisório está diferente do informado no PER/DCOMP; · portanto, acredita que faz jus ao crédito utilizado nos PER/DCOMP não homologados, para tanto anexando os documentos, assim especificados: a Cópia da Planilha com os valores dos créditos, tais como o número dos PER/DCOMP; b Cópia do livro de Saída do referido período; c Cópia dos Dacon com os valores de receita com alíquota zero; d Cópia dos Darf recolhidos do referido período; e Cópia da Lei nº 12.058 f Cópia do PER/DCOMP do período. A DRJ não reconheceu o direito creditório por entender que o contribuinte não havia comprovado a existência de crédito líquido e certo. Diante deste quadro, o contribuinte interpôs o recurso voluntário, em que repisou os fundamentos trazidos em sua manifestação de inconformidade, com especial ênfase para o fato haver provado as retificações das declarações prestadas (DACON's e DCTF's) com operações sujeitas à alíquota zero para o período em análise, fato este que não poderia ter sido ignorado pela decisão atacada, sob pena de ofensa ao princípio da verdade material. É o relatório. Voto Conselheiro Jorge Olmiro Lock Freire O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução nº 3402001.316, de 22 de março de 2018, proferida no julgamento do processo 10880.659059/201246, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Fl. 261DF CARF MF Processo nº 10880.659065/201201 Resolução nº 3402001.322 S3C4T2 Fl. 4 3 Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu na Resolução 3402001.316: "5. A questão aqui posta não demanda maiores digressões. Como visto alhures, no período de janeiro de 2010 a abril de 2012 o recorrente recolheu PIS/COFINS para mercadorias sujeitas a alíquota zero (art. 8°, § 12, inciso XIX e XV da Lei nº 10.865/04), o que fez com que apresentasse pedido de compensação para reaver o que pagou indevidamente. 6. Acontece que as sobreditas retificações foram apresentadas após o despacho decisório impugnado e, por isso, ignorados pela DRF. Ademais, a decisão recorrida aduz que além de tais retificações o contribuinte também deveria ter apresentado outros elementos de prova a atestar seu crédito, de modo a tornálo líquido e certo. 7. Já em sede de recurso voluntário o contribuinte trouxe outros documentos que aparentemente comprovam seu crédito, quais sejam, as notas fiscais de comercialização dos produtos desonerados e indevidamente tributados, bem como uma planilha em que correlaciona tais bens aos valores indevidamente pagos a título de tributo. 8. Percebese, pois, que diante dos fatos aqui expostos e dos documentos acostados nos autos, é possível vislumbrar que de fato o contribuinte possui um crédito em seu favor. Logo, levando ainda em consideração que no âmbito do processo administrativo vigora o princípio da verdade material1, e, ainda, com especial respeito aos valores da eficiência e da moralidade, que devem conformar as ações da Administração Pública, é salutar que o presente caso seja convertido em julgamento para que: · a unidade preparadora, com base nos documentos acostados nos autos, bem como outros que venha a solicitar junto ao contribuinte, analise se de fato o recorrente promoveu as retificações necessárias a demonstrar a existência do crédito aqui vindicado e, em caso positivo, detalhe analiticamente o impacto de tal crédito para a compensação promovida. 9. Elaborado o sobredito relatório fiscal, o contribuinte deverá ser intimado para, facultativamente, se manifestar a seu respeito em 30 (trinta) dias, exatamente como prescreve o parágrafo único do art. 35 do Decreto n. 7.574/2011." Importante frisar que os documentos juntados pela contribuinte no processo paradigma, como prova do direito creditório, encontram correspondência nos autos ora em 1 "Registrese, desde já, que este importante valor normativo não se assemelha a uma ferramenta mágica, como pretendem alguns, e, por óbvio, não tem a aptidão de "validar" preclusões e atecnias, nem de transformar tais defeitos em um processo administrativo "regular". Este tipo de interpretação a respeito do princípio da verdade material só se presta a apequenar esta importante norma. Assim, quando se fala em verdade material o que se quer exprimir é a possibilidade de reconstruir a relação jurídica de direito material conflituosa por intermédio de uma metodologia jurídica mais flexível, ou seja, menos apegada à forma, o que se dá pelas características peculiares do direito material vindicado processualmente, i.e., pela sua contextualização." (RIBEIRO, Diego Diniz. O CPC/2015 e seus reflexos no processo administrativo tributário. In: Paulo de Barros Carvalho, Priscila de Souza. (Orgs.). Racionalização do sistema tributário. São Paulo: Noeses, 2017, p. 219240.). Fl. 262DF CARF MF Processo nº 10880.659065/201201 Resolução nº 3402001.322 S3C4T2 Fl. 5 4 análise. Desta forma, os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência no caso do paradigma também a justificam no presente caso. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do anexo II do RICARF, DECIDO CONVERTER O JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA, para que unidade preparadora, com base nos documentos acostados nos autos, bem como outros que venha a solicitar junto ao contribuinte, analise se de fato o recorrente promoveu as retificações necessárias a demonstrar a existência do crédito aqui vindicado e, em caso positivo, detalhe analiticamente o impacto de tal crédito para a compensação promovida. Elaborado o sobredito relatório fiscal, o contribuinte deverá ser intimado para, facultativamente, se manifestar a seu respeito em 30 (trinta) dias, exatamente como prescreve o parágrafo único do art. 35 do Decreto n. 7.574/2011. (Assinado com certificado digital) Jorge Olmiro Lock Freire . Fl. 263DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 15983.000934/2008-68
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 06 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Mar 29 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 2201-000.303
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto da Relatora.
(assinado digitalmente)
Carlos Henrique de Oliveira - Presidente
(assinado digitalmente)
Dione Jesabel Wasilewski - Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Dione Jesabel Wasilewski, José Alfredo Duarte Filho, Marcelo Milton da Silva Risso, Carlos Alberto do Amaral Azeredo, Daniel Melo Mendes Bezerra e Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim.
Nome do relator: DIONE JESABEL WASILEWSKI
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto da Relatora. (assinado digitalmente) Carlos Henrique de Oliveira - Presidente (assinado digitalmente) Dione Jesabel Wasilewski - Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Henrique de Oliveira, Dione Jesabel Wasilewski, José Alfredo Duarte Filho, Marcelo Milton da Silva Risso, Carlos Alberto do Amaral Azeredo, Daniel Melo Mendes Bezerra e Rodrigo Monteiro Loureiro Amorim.
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score : 1.0
Numero do processo: 10835.901855/2009-37
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 22 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Apr 03 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2002
MATÉRIAS NÃO PROPOSTAS EM MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE. APRESENTAÇÃO EM RECURSO AO CARF. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO.
As matérias não propostas em sede de manifestação de inconformidade não podem ser deduzidas em recurso ao CARF em razão da perda da faculdade processual de seu exercício, configurando-se a preclusão consumativa, a par de representar, se admitida, indevida supressão de instância.
Numero da decisão: 1302-002.593
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatório e voto do relator.
(assinado digitalmente)
Luiz Tadeu Matosinho Machado - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos César Candal Moreira Filho, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Paulo Henrique Silva Figueiredo, Rogério Aparecido Gil, Gustavo Guimarães da Fonseca, Flávio Machado Vilhena Dias, Lizandro Rodrigues de Sousa (suplente convocado) e Luiz Tadeu Matosinho Machado.
Nome do relator: LUIZ TADEU MATOSINHO MACHADO
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Ano-calendário: 2002 MATÉRIAS NÃO PROPOSTAS EM MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE. APRESENTAÇÃO EM RECURSO AO CARF. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO. As matérias não propostas em sede de manifestação de inconformidade não podem ser deduzidas em recurso ao CARF em razão da perda da faculdade processual de seu exercício, configurando-se a preclusão consumativa, a par de representar, se admitida, indevida supressão de instância.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatório e voto do relator. (assinado digitalmente) Luiz Tadeu Matosinho Machado - Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos César Candal Moreira Filho, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Paulo Henrique Silva Figueiredo, Rogério Aparecido Gil, Gustavo Guimarães da Fonseca, Flávio Machado Vilhena Dias, Lizandro Rodrigues de Sousa (suplente convocado) e Luiz Tadeu Matosinho Machado.
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IRPJ. ATIVIDADE HOSPITALAR. Recorrente LABORATÓRIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA E CITOPATOLOGIA S/S LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2002 MATÉRIAS NÃO PROPOSTAS EM MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE. APRESENTAÇÃO EM RECURSO AO CARF. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO. As matérias não propostas em sede de manifestação de inconformidade não podem ser deduzidas em recurso ao CARF em razão da perda da faculdade processual de seu exercício, configurandose a preclusão consumativa, a par de representar, se admitida, indevida supressão de instância. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatório e voto do relator. (assinado digitalmente) Luiz Tadeu Matosinho Machado Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos César Candal Moreira Filho, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Paulo Henrique Silva Figueiredo, Rogério Aparecido Gil, Gustavo Guimarães da Fonseca, Flávio Machado Vilhena Dias, Lizandro Rodrigues de Sousa (suplente convocado) e Luiz Tadeu Matosinho Machado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 5. 90 18 55 /2 00 9- 37 Fl. 48DF CARF MF Processo nº 10835.901855/200937 Acórdão n.º 1302002.593 S1C3T2 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso apresentado em relação ao Acórdão nº 1431.911, proferido pela 5ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Ribeirão Preto/SP, que julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada pelo sujeito passivo, e cuja ementa é a seguinte: "Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Anocalendário: 2002 DCOMP. CRÉDITO. INDEFERIMENTO. Pendente, nos autos, a comprovação do crédito indicado na declaração de compensação formalizada, impõese o seu indeferimento. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. Apenas os créditos líquidos e certos são passíveis de compensação tributária, conforme artigo 170 do Código Tributário Nacional." O sujeito passivo apresentou o Pedido Eletrônico de Restituição/Declaração de Compensação (PER/DComp) nº 14666.60135.140705.1.3..047918, por meio do qual compensa suposto crédito de sua titularidade, referente a pagamento indevido ou a maior a título de IRPJ, período de apuração de abril de 2002, com débito(s) relativo(s) à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) , período de apuração de 2º trimestre de 2005. Por meio do Despacho Decisório a citada compensação não foi homologada, por inexistência do alegado crédito. Foi apresentada Manifestação de Inconformidade, na qual o sujeito passivo se limita a alegar a existência do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) que embasaria o crédito compensado via PER/Dcomp. O Acórdão recorrido entendeu que não foram comprovadas a liquidez e certeza necessárias para haver o reconhecimento do direito creditório. Regularmente intimado, o sujeito passivo apresentou Recurso Voluntário, por meio do qual sustenta que: a) o motivo da compensação pelo contribuinte é o desenvolvimento de atividade hospitalar; b) o Fisco, ao homologar várias compensações promovidas sob os mesmos fundamentos, reconheceu o direito da Recorrente à aplicação da alíquota de 8% incidente sobre a receita bruta na apuração do IRPJ sobre o lucro Presumido; Fl. 49DF CARF MF Processo nº 10835.901855/200937 Acórdão n.º 1302002.593 S1C3T2 Fl. 4 3 c) a Recorrente está cadastrada sob a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 8640202 "Laboratórios clínicos"; d) tal atividade corresponde à designada na atribuição 4, mencionada no art. 27, inciso II, da Instrução Normativa SRF nº 539, de 25 de abril de 2005, que, por sua vez, reportase à Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), parte II, subitem 2.1, atribuição 4, tópico 4.4, "Anatomia patológica e citopatologia"; e) à luz dos documentos apresentados, a Recorrente atende à legislação relativa à definição de "serviços hospitalares"; f) o Acórdão recorrido "contraria as conclusões de procedimento fiscal realizado pela própria Receita Federal (Termo de Verificação Fiscal nº 0810500200700032 2), no qual se reconheceu que a Recorrente atende às exigências legais e regulamentares concernentes à referida condição e, portanto, faz jus ao percentual diferenciado para apuração do lucro presumido na prestação de seus serviços"; g) a exigência do Fisco de exigir estrutura permanente e de funcionamento ininterrupto para atender casos de internação de pacientes é ilegal e inconstitucional; h) eventuais dúvidas foram dissipadas com a edição de Instruções Normativas, da Solução de Divergência nº 11, de 21 de julho de 2003, e do Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 18, de 23 de outubro de 2003, que considerou "serviços hospitalares" aqueles prestados por pessoas jurídicas diretamente ligadas à atenção e assistência à saúde, que possuam estrutura física condizente para a execução, dentre outras atividades, da relativa à anatomia patológica; i) igualmente, considerarseia serviços hospitalares os prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde constituídos por empresários ou sociedades empresárias, cujos serviços sejam prestados não apenas pelos sócios, mas provenham de uma atividade empresarial (organização de fatores intelectuais e materiais visando ao lucro); j) apenas nos casos em que a receita provém, unicamente, do trabalho intelectual e pessoa dos sócios, o percentual aplicável será o de 32%; k) as Instruções Normativas que regulamentaram a matéria em comento acabaram por imputar requisitos subjetivos contrários ao art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995; l) ainda assim, a estrutura da Recorrente atende a todas as normas acima referidas, conforme citado Termo de Verificação Fiscal; m) o Superior Tribunal de Justiça, por meio do julgamento do REsp nº 1.141.299/SC, consolidou o seu posicionamento no sentido de que os arts. 15, §1º, III, "a", e 20, da Lei nº 9.249, de 1995, explicitamente concede o benefício fiscal de forma objetiva, com foco nos serviços prestados, e não no contribuinte que os executa; n) por fim, requer que, para contrapor fatos trazidos na decisão combatida, por ocasião do julgamento do recurso voluntário, sejam requisitadas informações ou cópias do Termo de Verificação Fiscal nº 08105002007000322 / DRF Presidente Prudente (SP). É o Relatório. Fl. 50DF CARF MF Processo nº 10835.901855/200937 Acórdão n.º 1302002.593 S1C3T2 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Luiz Tadeu Matosinho Machado Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1302002.563, de 22.02.2017, proferido no julgamento do processo nº 10835.901867/200961, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1302002.563): O sujeito passivo foi cientificado da decisão de primeira instância, por via postal, em 30 de março de 2011 (fl. 23), tendo apresentado recurso em 27 de abril de 2011 (fls. 24 a 56), dentro, portanto, do prazo de 30 (trinta) dias previsto no art. 33 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, aplicável por força do art. 74, §§10 e 11, da Lei nº 9.430, de 27 de março de 1996. O Recurso é assinado por sócioadministrador, com poder de representação, conforme fls. 48 a 55. A matéria objeto do Recurso está contida na competência da 1ª Seção de Julgamento do CARF, conforme Art. 2º, inciso I, e Art. 7º do Anexo II do Regimento Interno do CARF (RI/CARF), aprovado pela Portaria MF nº 343, de 9 de junho de 2015. Ocorre que o cotejo entre a manifestação de inconformidade apresentada pelo sujeito passivo (fl. 11) e o recurso ora tratado permite a constatação de que todas as matérias contidas neste último apelo não foram trazidas naquela primeira peça. Nos termos da legislação de regência do processo administrativo fiscal, a impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento, devendo dela constar todos os motivos de fato e de direito em que se fundamentam os pontos de discordância e as razões e provas das alegações (arts. 14 e 16 do Decreto nº 70.235, de 1972). Ou seja, é nesse instante em que se delimita a matéria objeto do contencioso administrativo, não sendo admitido ao contribuinte e à autoridade ad quem tratar de matéria não questionada por ocasião da impugnação, sob pena de supressão de instância e violação ao princípio do devido processo legal. Admitemse, contudo, algumas exceções à essa regra de preclusão consumativa. Em primeiro lugar, são admitidas as provas apresentadas em momento posterior, desde que presente alguma das hipóteses trazidas pelo §4º do referido art. 16 do Decreto nº 770.235, de 1972 (impossibilidade de apresentação oportuna, por motivo de força maior; fato ou direito superveniente; contraposição de fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos). Fl. 51DF CARF MF Processo nº 10835.901855/200937 Acórdão n.º 1302002.593 S1C3T2 Fl. 6 5 A par disso, também são excepcionadas as matérias que possam ser conhecidas de ofício pelo julgador, a exemplo das matérias de ordem pública. Todas as conclusões acima expostas em relação à impugnação são aplicáveis à manifestação de inconformidade contra a não homologação de compensação, em decorrência do art. 74, §§9º e 11, da Lei nº 9.430, de 27 de março de 1996. É patente que as matérias e provas trazidas no recurso de fls. 24 a 56 não se encaixam nas exceções acima tratadas, de modo que se torna imperioso o reconhecimento da preclusão do direito do Recorrente em trazêla aos autos neste momento, quando deveriam ter sido alegadas na manifestação de inconformidade. Tratando da preclusão consumativa, Fredie Didier Jr (Curso de Direito .Processual Civil, 18a ed, Salvador: Ed. Juspodium, 2016. Vol. 1, p. 432) assim leciona: "A preclusão consumativa consiste na perda de faculdade/poder processual, em razão de essa faculdade ou esse poder já ter sido exercido, pouco importa se bem ou mal. Já se praticou o ato processual pretendido, não sendo possível corrigilo, melhorálo ou repetilo. A consumação do exercício do poder o extingue. Perdese o poder pelo exercício dele." É exatamente o caso dos presentes autos. Se o Recorrente se limitou, em sua Manifestação de Inconformidade, a alegar a existência do Darf que motivou a Declaração de Compensação, sem explicitar minimamente a composição do suposto crédito que ensejou a compensação, não pode, em sede de Recurso ao CARF, inovar completamente os seus argumentos de defesa, para traz matéria que poderia, e deveria, ter sido oposta naquele primeiro recurso. A questão se relaciona ainda com a extensão do efeito devolutivo dos recursos, sobre a qual o mesmo autor (Curso de Direito Processual Civil, 13a ed, Salvador: Ed. Juspodium, 2016. Vol. 3, p. 143) se manifesta nos seguintes termos: "A extensão do efeito devolutivo significa delimitar o que se submete, por força do recurso, ao julgamento do órgão ad quem. A extensão do efeito devolutivo determinase pela extensão da impugnação: tantum devolutum quantum apellatum. O recurso não devolve ao tribunal o conhecimento de matéria estranha ao âmbito do julgamento (decisão) a quo. Só é devolvido o conhecimento da matéria impugnada (art. 1.013, caput, CPC)." Há diversos precedentes, no âmbito de todas as Seções deste Conselho, bem como da Câmara Superior de Recursos Fiscais, que concluem pelo reconhecimento da preclusão consumativa em relação às matérias não apreciadas pelo julgado a quo. Apenas para citar algumas mais recentes: "PROCESSO ADMINISTRATIVO. PRECLUSÃO. É o contribuinte quem delimita os termos do contraditório ao formular a seu pedido ou defesa, conforme o caso, e instruílo com as provas documentais pertinentes, de modo que, em regra, as questões não postas para discussão precluem. Há hipóteses de exceção para tal preclusão, a exemplo (i) das constantes dos Fl. 52DF CARF MF Processo nº 10835.901855/200937 Acórdão n.º 1302002.593 S1C3T2 Fl. 7 6 incisos I a III do § 4º do artigo 16 do Decreto 70.235/1972 e (ii) de quando o argumento possa ser conhecido de ofício pelo julgador, seja por tratar de matéria de ordem pública, seja por ser necessário à formação do seu livre convencimento, neste último caso em vista da vedação ao non liquet. Não ocorrência de tais hipóteses de exceção no caso concreto. Não se conhece de recurso voluntário que traz exclusivamente argumentos novos, não aventados na manifestação de inconformidade.Recurso Voluntário Não Conhecido." (Acórdão nº 1401002.047 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Primeira Seção, de 16 de agosto de 2017, Relatora Conselheira Lívia de Carli Germano) "ÔNUS DA PROVA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. ARTIGO 170 DO CTN. Em processos que decorrem da não homologação de declaração de compensação, o ônus da prova recai sobre o contribuinte, que deverá apresentar e produzir todas as provas necessárias para demonstrar a liquidez e certeza de seu direito de crédito (artigo 170, do CTN). MOMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. ARTIGOS 16 E 17 DO DECRETO Nº 70.235/1972. Seguindo o disposto no artigo 16, inciso III e parágrafo 4º, e artigo 17, do Decreto nº 70.235/1972, a regra geral é que seja apresentada no primeiro momento processual em que o contribuinte tiver a oportunidade, seja na apresentação da impugnação em processos decorrentes de lançamento seja na apresentação de manifestação de inconformidade em pedidos de restituição e/ou compensação, podendo a prova ser produzida em momento posterior apenas de forma excepcional, nas hipóteses em que "a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b) refirase a fato ou a direito superveniente; c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos", sob pena de preclusão." (Acórdão nº 3401004.146 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Terceira Seção, de 24 de outubro de 2017, Relator Conselheiro Leonardo Ogassawara de Araújo Branco) "PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. POSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE NOVOS ARGUMENTOS E PROVAS EM SEDE RECURSAL. PRECLUSÃO. A manifestação de inconformidade e os recursos dirigidos a este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais seguem o rito processual estabelecido no Decreto nº 70.235/72, além de suspenderem a exigibilidade do crédito tributário, conforme dispõem os §§ 4º e 5º da Instrução Normativa da RFB nº 1.300/2012.Os argumentos de defesa e as provas devem ser apresentados na manifestação de inconformidade interposta em face do despacho decisório de não homologação do pedido de compensação, precluindo o direito do Sujeito Passivo fazêlo posteriormente, salvo se demonstrada alguma das exceções previstas no art. 16, §§ 4º e 5º do Decreto nº 70.235/72." (Acórdão nº 9303005.208 3ª Turma, Câmara Superior de Recursos Fiscais, de 20 de junho de 2017, Relatora Conselheira Vanessa Marini Cecconello) Isto posto, voto pelo não conhecimento do recurso do sujeito passivo. Fl. 53DF CARF MF Processo nº 10835.901855/200937 Acórdão n.º 1302002.593 S1C3T2 Fl. 8 7 No presente processo a ciência da decisão de primeira instância deuse em 08 de fevereiro de 2011, e o recurso voluntário foi apresentado em 09 de março de 2011. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, não conheço do recurso voluntário. (assinado digitalmente) Luiz Tadeu Matosinho Machado Fl. 54DF CARF MF
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Numero do processo: 10166.908041/2009-53
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 13 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Apr 03 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/11/2005 a 30/11/2005
DCTF RETIFICADORA. POSSIBILIDADE DE APRESENTAÇÃO APÓS O DESPACHO DECISÓRIO.
A apresentação de DCTF retificadora, ainda que após a prolação de despacho decisório, desde que em hipótese não vedada pela legislação, substitui a original, constituindo-se em indício da certeza e liquidez do crédito tributário.
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. APRESENTAÇÃO DE NOVOS ELEMENTOS DE PROVA APÓS A APRECIAÇÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. POSSIBILIDADE.
Novos elementos de prova apresentados no âmbito do recurso voluntário podem, excepcionalmente, ser apreciados nos casos em que fique prejudicado o amplo direito de defesa do contribuinte ou em benefício do princípio da verdade material.
Numero da decisão: 3001-000.261
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário, com retorno dos autos à Unidade de Origem para análise da DCTF retificadora e demais documentos probatórios juntados em fase recursal, vencido o conselheiro Renato Viera de Avila que lhe negou provimento.
(assinado digitalmente)
Orlando Rutigliani Berri - Presidente.
(assinado digitalmente)
Cássio Schappo - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Orlando Rutigliani Berri, Cássio Schappo, Renato Vieira de Avila e Cleber Magalhães.
Nome do relator: CASSIO SCHAPPO
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/11/2005 a 30/11/2005 DCTF RETIFICADORA. POSSIBILIDADE DE APRESENTAÇÃO APÓS O DESPACHO DECISÓRIO. A apresentação de DCTF retificadora, ainda que após a prolação de despacho decisório, desde que em hipótese não vedada pela legislação, substitui a original, constituindo-se em indício da certeza e liquidez do crédito tributário. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. APRESENTAÇÃO DE NOVOS ELEMENTOS DE PROVA APÓS A APRECIAÇÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. POSSIBILIDADE. Novos elementos de prova apresentados no âmbito do recurso voluntário podem, excepcionalmente, ser apreciados nos casos em que fique prejudicado o amplo direito de defesa do contribuinte ou em benefício do princípio da verdade material.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário, com retorno dos autos à Unidade de Origem para análise da DCTF retificadora e demais documentos probatórios juntados em fase recursal, vencido o conselheiro Renato Viera de Avila que lhe negou provimento. (assinado digitalmente) Orlando Rutigliani Berri - Presidente. (assinado digitalmente) Cássio Schappo - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Orlando Rutigliani Berri, Cássio Schappo, Renato Vieira de Avila e Cleber Magalhães.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/11/2005 a 30/11/2005 DCTF RETIFICADORA. POSSIBILIDADE DE APRESENTAÇÃO APÓS O DESPACHO DECISÓRIO. A apresentação de DCTF retificadora, ainda que após a prolação de despacho decisório, desde que em hipótese não vedada pela legislação, substitui a original, constituindose em indício da certeza e liquidez do crédito tributário. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. APRESENTAÇÃO DE NOVOS ELEMENTOS DE PROVA APÓS A APRECIAÇÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. POSSIBILIDADE. Novos elementos de prova apresentados no âmbito do recurso voluntário podem, excepcionalmente, ser apreciados nos casos em que fique prejudicado o amplo direito de defesa do contribuinte ou em benefício do princípio da verdade material. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário, com retorno dos autos à Unidade de Origem para análise da DCTF retificadora e demais documentos probatórios juntados em fase recursal, vencido o conselheiro Renato Viera de Avila que lhe negou provimento. (assinado digitalmente) Orlando Rutigliani Berri Presidente. (assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 90 80 41 /2 00 9- 53 Fl. 102DF CARF MF Processo nº 10166.908041/200953 Acórdão n.º 3001000.261 S3C0T1 Fl. 3 2 Cássio Schappo Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Orlando Rutigliani Berri, Cássio Schappo, Renato Vieira de Avila e Cleber Magalhães. Relatório Tratam os autos de recurso voluntário apresentado contra decisão proferida pela 4ª Turma da DRJ/BSB, que não reconheceu o direito creditório, considerando improcedente a Manifestação de Inconformidade. Dos Fatos O Contribuinte buscou via PER/DCOMP a compensação de débito de COFINS (cód.2172) do período de apuração 03/2006 com crédito do mesmo tributo, por recolhimento a maior que o devido, via DARF, do período de apuração 11/2005, arrecadado na data de 15/12/2005. Do Despacho Decisório A DRF de Brasília em apreciação ao pleito da contribuinte proferiu Despacho Decisório (efls.3), pela não homologação da compensação pretendida, em face de inexistência de crédito disponível, pois o valor do DARF discriminado na PER/DCOMP já havia sido integralmente utilizado para quitação de débito declarado para a competência 11/2005. Da Manifestação de Inconformidade Não satisfeito com a resposta, o interessado apresentou Manifestação de Inconformidade (efls.2), justificando o ocorrido da seguinte forma: 1. que parte de sua receita, no período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2006, estaria sujeita a alíquota zero de incidência do PIS e da COFINS, correspondente a produtos tributados no sistema monofásico, em face de grande volume de suas vendas serem Chopp, cervejas e refrigerantes; 2. por ter ocorrido a tributação normal de seu faturamento no período acima mencionado, efetuou o recolhimento de PIS e COFINS em valores maior que o devido; 3. constatado o erro na apuração dos impostos fez a retificação da DIPJ e passou a realizar as compensações a partir de março/2006 através de PER/DCOMP; 4. ao tomar conhecimento do Despacho Decisório procurou o Plantão Fiscal da Receita Federal e foi orientado a apresentar DCTF retificadora, para demonstrar o correspondente crédito passível de compensação; 5. ao final pede deferimento da compensação praticada; Do Julgamento de Primeiro Grau Encaminhado os autos à 4ª Turma da DRJ/BSB, esta julgou improcedente a manifestação de inconformidade, cujos fundamentos encontramse sintetizados na ementa assim elabora: Fl. 103DF CARF MF Processo nº 10166.908041/200953 Acórdão n.º 3001000.261 S3C0T1 Fl. 4 3 ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 2005 APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS FEDERAISDCTF RETIFICADORA. PROVA INSUFICIENTE PARA COMPROVAR EXISTÊNCIA DE CRÉDITO DECORRENTE DE PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. Para se comprovar a existência de crédito decorrente de pagamento a maior, comparativamente com o valor do débito devido a menor, é imprescindível que seja demonstrado na escrituração contábilfiscal, baseada em documentos hábeis e idôneos, a diminuição do valor do débito correspondente a cada período de apuração. A simples entrega de DCTF retificadora, por si só, não tem o condão de comprovar a existência de pagamento indevido ou a maior. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO. A compensação de créditos tributários (débitos do contribuinte) só pode ser efetuada com crédito líquido e certo do sujeito passivo, sendo que a compensação somente pode ser autorizada nas condições e sob as garantias estipuladas em lei; no caso, o crédito pleiteado é inexistente. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Do Recurso Voluntário O sujeito passivo ingressou tempestivamente com recurso voluntário (efls. 27) contra a decisão de primeiro grau, com o intuito de ver seu pedido atendido, repisa os fatos e apela para busca da verdade material no processo administrativo; menciona outros julgados do CARF condescendentes a juntada de novos documentos probatórios com o recurso voluntário; que em face de ter havido o pagamento a maior que o devido, como bem demonstra as planilhas anexadas, tem o direito de realizar compensações do tributo e espera a compensação do crédito informado em PER/DCOMP. Do julgamento do Recurso Voluntário A 3ª Turma Especial da 3ª Seção de Julgamento do CARF, no acórdão de nº 3803003.493, sessão de 25/09/2012, negou provimento por unanimidade de votos, ratificando a decisão de piso. Fl. 104DF CARF MF Processo nº 10166.908041/200953 Acórdão n.º 3001000.261 S3C0T1 Fl. 5 4 Do Recurso Especial Cientificado da decisão de Segundo Grau a interessada tempestivamente ingressou com Recurso Especial. Primeiramente expôs os pressupostos de admissibilidade e com base no formalismo moderado (Lei nº 9.784/99), também, no princípio da razoabilidade que se aplicado com cautela, equilíbrio, moderação e harmonia, bem pode conduzir aos efeitos desejados. Esclarece ainda, “que a juntada de novos documentos no Recurso Voluntário tem respaldo sim no processo administrativo fiscal, no princípio da legalidade e o da verdade material que orienta e autoriza a Administração Pública a aceitar e buscar as provas que venham a demonstrar, a posteriori, a existência de vícios que tornem ilegal o ato administrativo. Os processos administrativos de que resultem sanções ao contribuinte poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício”. Adota como paradigma decisões da 2ª Seção de Julgamento do CARF que demonstram divergência de entendimento, com relação a possibilidade de juntada de novos documentos com o recurso voluntário, onde se destaca o seguinte trecho: “Não sendo suficientes os documentos juntados com a impugnação, mas vindo o contribuinte a trazêlos na fase recursal, é de se acatar a prova apresentada, em homenagem ao princípio da instrumentalidade do processo e da busca da verdade material que orienta o processo administrativo tributário”. Em suas razões finais pede para declarar nulo o Acórdão da 3ª Turma Especial da 3ª Seção de Julgamento do CARF, por ofensa aos princípios da busca da verdade material e do formalismo moderado. Do exame de Admissibilidade do Recurso Especial Presentes os pressupostos de admissibilidade o Recurso Especial foi admitido, pois “a matéria foi prequestionada no acórdão recorrido, os paradigmas apresentados foram proferidos por colegiados distintos do da decisão recorrida e não sofreram reforma, restou demonstrada a divergência alegada e não foi constatado que as teses paradigmas tenham sido superadas pela CSRF”. Com base no fundamento do RICARF o exame de admissibilidade foi submetido ao Presidente da 3ª Câmara da 3ª Seção de Julgamento do CARF, que aprovou e encaminhou à Câmara Superior de Recursos Fiscais (3ª Turma) para prosseguimento. Da ciência do Despacho pela PFN Cientificada a PFN, a mesma apresentou contra razões ao recurso especial, requerendo que seja negado provimento, uma vez que o contribuinte não se desincumbiu do ônus probatório a seu encargo, é imperiosa a manutenção do acórdão recorrido. Da decisão do Recurso Especial Levado a julgamento o presente Recurso Especial pela 3ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, na data de 16/05/2017, Acórdão nº 9303005.082, por unanimidade de votos, dele tomou conhecimento e no mérito deulhe provimento, com retorno dos autos ao colegiado de origem para análise do mérito do recurso voluntário, afastando a preclusão das provas. Dandose prosseguimento ao feito o presente processo foi objeto de sorteio e distribuição à minha relatoria. Fl. 105DF CARF MF Processo nº 10166.908041/200953 Acórdão n.º 3001000.261 S3C0T1 Fl. 6 5 É o relatório. Voto Conselheiro Relator Cássio Schappo O recurso voluntário atende aos requisitos de admissibilidade, portanto, dele tomo conhecimento. Com base nas decisões acima apresentadas, incorridas no presente processo, ficou superada a preclusão de provas no processo administrativo tributário na forma como conduzido pela recorrente em seu recurso voluntário. Da mesma forma é de se reconhecer como válida a DCTF retificadora para fins de análise e posterior homologação dos créditos pretendidos. Portanto, em cumprimento ao dispositivo de sentença prolatada pela CSRF, procedese a análise de mérito do recurso voluntário, que restou prejudicada na decisão contida no acórdão proferido pela 3ª Turma Especial da 3ª Seção de Julgamento do CARF. Em primeiro plano surgiu a apresentação de DCTF retificadora que tratou de acertar os corretos valores devidos de PIS e COFINS para o período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2006. Por ter sido apresentada, a DCTF retificadora, em data posterior a emissão do Despacho Decisório, a DRJ/BSB – 4ª Turma sustentou que essa simples entrega, por si só, não tem o condão de comprovar a existência de pagamento indevido ou a maior; que incumbe ao sujeito passivo fazer a demonstração das provas que alega possuir, para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. Esse fato relacionado a apresentação de DCTF retificadora em data posterior a emissão de Despacho Decisório, já tem entendimento assentado na jurisprudência deste Conselho. Citase, por exemplo, o julgado da 3ª Turma da CSRF no acórdão nº 9303005.396, de 25/07/2017, que analisando caso semelhante manteve decisão proferida no acórdão da 2ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 3ª Seção de Julgamento, no sentido de dar parcial provimento ao recurso voluntário. De onde se extrai: “que a DCTF retificadora, nas hipóteses admitidas por lei, tem os mesmos efeitos da original, podendo ser admitida para comprovação da certeza e liquidez do crédito, ainda que transmitida após a prolação do despacho decisório”. Por outro lado “O crédito tributário da Contribuinte e seu direito à restituição/compensação não nascem com a apresentação da DCTF retificadora, mas sim com o pagamento indevido ou a maior”. A administração tributária nos dá orientação sobre o tema, através do Parecer Cosit nº 02/2015,de 28 de agosto de 2015, cuja ementa se deu nos seguintes termos: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. RETIFICAÇÃO DA DCTF DEPOIS DA TRANSMISSÃO DO PER/DCOMP E CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO. POSSIBILIDADE. IMPRESCINDIBILIDADE DA RETIFICAÇÃO DA DCTF PARA COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. As informações declaradas em DCTF – original ou retificadora – que confirmam disponibilidade de direito creditório utilizado em PER/DCOMP, podem tornar o crédito apto a ser objeto de PER/DCOMP desde que não sejam diferentes das informações Fl. 106DF CARF MF Processo nº 10166.908041/200953 Acórdão n.º 3001000.261 S3C0T1 Fl. 7 6 prestadas à RFB em outras declarações, tais como DIPJ e Dacon, por força do disposto no§ 6º do art. 9º da IN RFB nº 1.110, de 2010, sem prejuízo, no caso concreto, da competência da autoridade fiscal para analisar outras questões ou documentos com o fim de decidir sobre o indébito tributário. Não há impedimento para que a DCTF seja retificada depois de apresentado o PER/DCOMP que utiliza como crédito pagamento inteiramente alocado na DCTF original, ainda que a retificação se dê depois do indeferimento do pedido ou da não homologação da compensação, respeitadas as restrições impostas pela IN RFB nº 1.110, de 2010. Retificada a DCTF depois do despacho decisório, e apresentada manifestação de inconformidade tempestiva contra o indeferimento do PER ou contra a não homologação da DCOMP, a DRJ poderá baixar em diligência à DRF. Caso se refira apenas a erro de fato, e a revisão do despacho decisório implique o deferimento integral daquele crédito (ou homologação integral da DCOMP), cabe à DRF assim proceder. Caso haja questão de direito a ser decidida ou a revisão seja parcial, compete ao órgão julgador administrativo decidir a lide, sem prejuízo de renúncia à instância administrativa por parte do sujeito passivo. (...) Como antes dito, a liquidez e certeza do crédito tributário não se encerra com a simples DCTF retificadora, há outros indicativos a serem seguidos, sendo, por exemplo, os livros contábeis e fiscais, DIPJ, que de acordo com as razões recursais foram parâmetros utilizados para atestar o erro de declaração cometido. Nesse sentido, em respeito ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, na busca da verdade real no processo administrativo tributário, é cabível oportunizar à Recorrente uma melhor análise pela unidade de origem quanto ao crédito pleiteado. Ademais, não pode o CARF suprir deficiência instrutória ainda que em sede de compensação, pois à luz do art. 10 da IN RFB nº 903/2008: "Os valores informados na DCTF serão objeto de procedimento de auditoria interna". De se observar que procedimento algum fora realizado em relação à apuração dos valores da compensação, sejam débitos ou créditos. Não podem as autoridades administrativas omitirse de analisar a materialidade dos débitos e créditos em compensação, eis que do contrário comprometem a regularidade do processo administrativo de restituição e compensação de tributos, cuja implicação é a manifesta nulidade nos termos do art. 59, II do PAF. A premissa menor que compõe a ementa do acórdão do Recurso Especial, tratado nesse processo, resume com precisão a questão que envolve a apresentação de prova no processo administrativo tributário, “verbis”: Novos elementos de prova apresentados no âmbito do recurso voluntário, após o julgamento de primeira instância administrativa, podem excepcionalmente ser apreciados nos casos em que fique prejudicado o amplo direito de defesa do contribuinte ou em benefício do princípio da verdade material. Situação que se apresenta comum Fl. 107DF CARF MF Processo nº 10166.908041/200953 Acórdão n.º 3001000.261 S3C0T1 Fl. 8 7 quando o indeferimento da compensação é efetuado por meio de despacho decisório eletrônico no qual não são apresentadas ao contribuinte orientações completas quanto aos documentos necessários à comprovação do direito de crédito. Merece ser reproduzido aqui, por oportuno, parte em destaque dos fundamentos do acórdão do Recurso Especial que determinou a análise de mérito nos presentes autos: A análise da compensação operada pelo contribuinte da qual resulta o despacho decisório, bem poderia conformarse ao mesmo modelo do procedimento de determinação e exigência de crédito tributário, caso fosse precedido de Termo de Verificação Fiscal, em procedimento manual, em que ficassem evidenciados os erros em que incorrera o contribuinte e a forma e providências necessárias que deveria suprir para elidir a apuração fiscal. É evidente que o despacho decisório eletrônico não cumpre esse desiderato, sendo sintética a formatação da decisão e o teor da sua intimação para a apresentação de defesa, não fornece ao contribuinte todos os elementos de que deve o interessado valerse, e exigíveis pela Administração, para subsidiála. Somente na decisão de primeira instância é que o julgador levanta a exigência das provas, por vezes apenas de forma genérica, diferentemente do que se deu no acórdão ora recorrido, que especificou ser este respaldo a escrita contábil/fiscal. Desse modo, o art. 16, § 4º, do Decreto nº 70.235/72 deve ser interpretado com parcimônia para este modelo de rito processual administrativo, sobretudo quando o conteúdo da sua letra “c” permite o enquadramento desta situação, quando sobreleva o risco de cerceamento da ampla defesa do contribuinte, quando irrelevase o princípio da verdade material, que informa o PAF, e o da moralidade, que rege os atos da Administração, a impedir a exigência de tributo já quitado ou não repetir o indébito. O fato material que resultou em revisão de base de cálculo do PIS/COFINS, diz respeito a não exclusão do total de suas vendas mensais realizadas no período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2006, dos valores correspondentes às saídas de produtos enquadrados no regime MONOFÁSICO de tributação, instituído pela Lei 10.147/2000. Tal regime consiste em mecanismo semelhante à substituição tributária, pois atribui a um determinado contribuinte a responsabilidade pelo tributo devido em toda cadeia produtiva ou de distribuição subsequente. O art. 2º da Lei 10.147/2000 define que: “São reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda dos produtos tributados na forma do inciso I do art. 1o, pelas pessoas jurídicas não enquadradas na condição de industrial ou de importador”. Com respaldo nessa previsão legal a recorrente sustentou em sua manifestação de inconformidade, que realizou grande volume de vendas de Chopp, cervejas e refrigerantes, sujeitos ao regime monofásico e que efetivamente foram tributados pelo regime normal de incidência do PIS/COFINS. A revisão de cálculo dessas contribuições é que Fl. 108DF CARF MF Processo nº 10166.908041/200953 Acórdão n.º 3001000.261 S3C0T1 Fl. 9 8 redundou em saldo credor pelo pagamento a maior que o devido e objeto dos pedidos de compensação via PER/DCOMP. As DCTFs retificadoras nada mais representam, conforme os argumentos de defesa, do que o repasse ao fisco dos corretos valores devidos de PIS e COFINS do período antes mencionado. Caso a unidade julgadora de primeiro grau tivesse remetido os autos a unidade de origem para que promovesse a análise das DCTFs retificadoras, talvez o deslinde do litígio tivesse outro rumo. As razões recursais reforçam essa tese com a juntada de provas que evidenciam as operações com produtos enquadrados no regime monofásico, planilhas e livros fiscais, plenamente vinculados ao objeto da recorrente. Não reconhecer a análise de mérito de todas as operações realizadas pelo sujeito passivo para o período que deu causa ao levantamento do crédito pleiteado, é incorrer em cerceamento do amplo direito de defesa, desrespeito ao princípio da verdade material e o da moralidade que rege os atos da Administração Pública, em não impedir exigência de tributo já quitado ou não repetir o indébito. Ante o exposto, voto por dar provimento parcial ao recurso voluntário, para que a unidade de origem aprecie a DCTF retificadora com relação ao crédito pleiteado, juntamente com as provas disponibilizadas pela recorrente ou requerendo outras que entender pertinente e lhe confira liquidez e certeza para a realização da compensação requerida. (assinado digitalmente) Cássio Schappo Fl. 109DF CARF MF
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Numero do processo: 13888.916051/2011-20
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Dec 13 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Fri Feb 09 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Data do fato gerador: 30/06/2001
RECURSO ESPECIAL DE DIVERGÊNCIA. ADMISSIBILIDADE.
A admissibilidade do recurso especial de divergência está condicionada à demonstração de que outro Colegiado do CARF ou dos extintos Conselhos de Contribuintes, julgando matéria similar, tenha interpretado a mesma legislação de maneira diversa da assentada no acórdão recorrido.
Conseqüentemente, não há que se falar divergência jurisprudencial, quando estão em confronto situações diversas, que atraem incidências específicas, cada qual regida por legislação própria.
Da mesma forma, se os acórdãos apontados como paradigma só demonstram divergência com relação a um dos fundamentos assentados no acórdão recorrido e o outro fundamento, por si só, é suficiente para a manutenção do decisum, não há como se considerar demonstrada a necessária divergência de interpretação.
Recurso Especial do Contribuinte não Conhecido.
Numero da decisão: 9303-006.156
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em Exercício e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza (suplente convocado), Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire (suplente convocado), Valcir Gassen (suplente convocado), Vanessa Marini Cecconello, Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em exercício).
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Data do fato gerador: 30/06/2001 RECURSO ESPECIAL DE DIVERGÊNCIA. ADMISSIBILIDADE. A admissibilidade do recurso especial de divergência está condicionada à demonstração de que outro Colegiado do CARF ou dos extintos Conselhos de Contribuintes, julgando matéria similar, tenha interpretado a mesma legislação de maneira diversa da assentada no acórdão recorrido. Conseqüentemente, não há que se falar divergência jurisprudencial, quando estão em confronto situações diversas, que atraem incidências específicas, cada qual regida por legislação própria. Da mesma forma, se os acórdãos apontados como paradigma só demonstram divergência com relação a um dos fundamentos assentados no acórdão recorrido e o outro fundamento, por si só, é suficiente para a manutenção do decisum, não há como se considerar demonstrada a necessária divergência de interpretação. Recurso Especial do Contribuinte não Conhecido.
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PAGAMENTO INDEVIDO. COMPROVAÇÃO. Recorrente FÊNIX EMPREENDIMENTOS S.A. Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 30/06/2001 RECURSO ESPECIAL DE DIVERGÊNCIA. ADMISSIBILIDADE. A admissibilidade do recurso especial de divergência está condicionada à demonstração de que outro Colegiado do CARF ou dos extintos Conselhos de Contribuintes, julgando matéria similar, tenha interpretado a mesma legislação de maneira diversa da assentada no acórdão recorrido. Conseqüentemente, não há que se falar divergência jurisprudencial, quando estão em confronto situações diversas, que atraem incidências específicas, cada qual regida por legislação própria. Da mesma forma, se os acórdãos apontados como paradigma só demonstram divergência com relação a um dos fundamentos assentados no acórdão recorrido e o outro fundamento, por si só, é suficiente para a manutenção do decisum, não há como se considerar demonstrada a necessária divergência de interpretação. Recurso Especial do Contribuinte não Conhecido. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do Recurso Especial. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em Exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Charles Mayer de Castro Souza (suplente convocado), Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire (suplente convocado), Valcir Gassen (suplente convocado), Vanessa Marini Cecconello, Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em exercício). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 88 8. 91 60 51 /2 01 1- 20 Fl. 162DF CARF MF Processo nº 13888.916051/201120 Acórdão n.º 9303006.156 CSRFT3 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Especial de divergência interposto pela Contribuinte com fundamento nos artigos 64, inciso II, 67 e seguintes do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 256/09, contra ao Acórdão nº 3802002.822, que possui a seguinte ementa: ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins Data do fato gerador: 30/06/2001 PIS. BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 9.718, DE 1998, QUE AMPLIAVA O CONCEITO DE FATURAMENTO. NÃO INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE RECEITAS NÃO COMPREENDIDAS NO CONCEITO DE FATURAMENTO ESTABELECIDO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PREVIAMENTE À PUBLICAÇÃO DA EC Nº 20/98. A base de cálculo do PIS e da COFINS é o faturamento, assim compreendido a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza. Inadmissível o conceito ampliado de faturamento contido no § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, uma vez que referido dispositivo foi declarado inconstitucional pelo plenário do Supremo Tribunal Federal. Diante disso, não poderão integrar a base de cálculo da contribuição as receitas não compreendidas no conceito de faturamento previsto no art. 195, I, “b”, na redação originária da Constituição Federal de 1988, previamente à publicação da Emenda Constitucional no 20, de 1998. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 30/06/2001 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. DIREITO MATERIAL NÃO DEMONSTRADO. RECURSO NÃO PROVIDO. Realidade em que o sujeito passivo, embora abrigado, em tese, pela inconstitucionalidade do § 1o do artigo 3o da Lei no 9.718/98, não demonstrou nos autos o alegado recolhimento indevido, requisito indispensável ao gozo do direito à restituição previsto no inciso I do artigo 165 do Código Tributário Nacional. A não comprovação, portanto, do indébito, impede seja reconhecido o direito à restituição pleiteada. Recurso a que se nega provimento". Não conformada com tal decisão a Contribuinte interpôs o presente recurso. Visando comprovar o dissenso jurisprudencial apontou como paradigmas os Acórdãos nºs 3302002.226 e 330201.748. Fl. 163DF CARF MF Processo nº 13888.916051/201120 Acórdão n.º 9303006.156 CSRFT3 Fl. 4 3 Mediante despacho de admissibilidade do Presidente da Segunda Câmara da Terceira Seção de Julgamento do CARF foi dado seguimento ao recurso. Devidamente cientificada, a Fazenda Nacional apresentou contrarrazões nas quais requer o nãoconhecimento do recurso especial interposto pela Contribuinte. Alternativamente, requer, no mérito, que seja negado provimento ao recurso, mantendose o acórdão proferido pela eg. Turma a quo por seus próprios fundamentos. É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9303006.142, de 13/12/2017, proferido no julgamento do processo 13888.916042/201139, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 9303006.142): "O Recurso foi apresentado com observância do prazo previsto, restando contudo investigar adequadamente o atendimento aos demais pressupostos de admissibilidade, prerrogativa, em última análise, da composição plenária da Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, a qual tem competência para não conhecer de recurso especiais nos quais não estejam presentes os pressupostos de admissibilidade respectivos. Primeiramente, se faz necessário relembrar e reiterar que a interposição de Recurso Especial junto à Câmara Superior de Recursos Fiscais, ao contrário do Recurso Voluntário, é de cognição restrita, limitada à demonstração de divergência jurisprudencial, além da necessidade de atendimento a diversos outros pressupostos, estabelecidos no artigo 67 do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 09 de junho de 2015. Por isso mesmo, essa modalidade de apelo é chamada de Recurso Especial de Divergência e tem como objetivo a uniformização de eventual dissídio jurisprudencial, verificado entre as diversas Turmas do CARF. Neste passo, ao julgar o Recurso Especial de Divergência, a Câmara Superior de Recursos Fiscais não constitui uma Terceira Instância, mas sim a Instância Especial, responsável pela pacificação dos conflitos interpretativos e, conseqüentemente, pela garantia da segurança jurídica dos conflitos. Após essa breve introdução, passemos, então, ao exame de admissibilidade do Recurso Especial. A divergência suscitada pela Contribuinte em razão do acórdão recorrido ter decidido que o Recorrente não teria demonstrado nos autos o recolhimento indevido, pois apesar de ter acostado documentos, deixou de retificar a DCTF e o DACON, sendo que este último seria imprescindível para se confirmar a alegada inclusão indevida de receitas não tributáveis, na base de cálculo da contribuição em questão. Fl. 164DF CARF MF Processo nº 13888.916051/201120 Acórdão n.º 9303006.156 CSRFT3 Fl. 5 4 Verificase que o voto condutor da decisão recorrida, o recurso voluntário não mereceu provimento sob o fundamento de que: "Agora, além dos documentos acima citados, a suplicante acosta aos autos cópias das folhas do Livro Razão inerentes à contabilização das receitas financeiras do período (ver fls. 80/81). Todavia, permanece sem apresentar a DCTF retificadora, o mesmo podendo ser dito em relação à DIPJ retificadora e ao DACON retificador. Ou seja, mesmo considerando a possibilidade de retificação de ofício da DCTF por parte da autoridade administrativa – acaso demonstrada a legitimidade da correção dos valores declarados – , entendimento que esta Turma tem adotado em muitos de seus julgados, não se pode olvidar da necessidade de apresentação dos documentos comprobatórios do reclamado indébito, dentre os quais o DACON retificador, imprescindível para verificar se, na base de cálculo da contribuição, foram originalmente consideradas as receitas financeiras do sujeito passivo, fonte do direito creditório reclamado. Sem a devida comprovação não há como afirmar que o crédito reclamado é indevido, ainda que admitidas as novas provas acostadas aos autos (Livro Razão) em homenagem ao princípio da efetividade do processo, que tem como norte um processo menos formalista, que deságua na busca pela verdade material. Mas esta há que ser harmonizada com a segurança e a celeridade exigidas nas lides administrativas, não se podendo transferir para o Fisco o ônus de comprovar o direito creditório alegado, que é do sujeito passivo, a teor do disposto no artigo 333, inciso I, do CPC". Como se observa, a decisão recorrida, fundamentou que a Contribuinte não comprovou o direito ao crédito reclamado, se desincumbiu do ônus probatório consistente em demonstrar o seu direito creditório. Isto é, não comprovou que houve erro ou pagamento a maior hábil a gerar o indébito alegado. Por outro lado, o acórdão paradigma nº 330201748, analisou tão somente a questão relativa a necessidade de retificação da DCTF em momento anterior à apresentação da DCOMP. Além disso, naquele caso o Sujeito Passivo providenciou a retificação da DCTF, circunstância que não se verifica no presente caso. Transcrevo parte do aresto: “Como relatado, a empresa Recorrente apurou a existência de pagamento indevido de Cofins e o utilizou para compensação de débito seu, apresentando a competente PER/DCOMP sem, contudo, efetuar a retificação da DCTF anteriormente apresentada. Corretamente, a DRF verificou que o valor do pagamento (Darfs) informado pela Recorrente foi integralmente aproveitado no débito informado na DCTF e, por esta razão, não reconheceu a existência de crédito e não homologou a compensação declarada. Somente após a ciência da decisão que não homologou a compensação declarada é que a Recorrente providenciou a retificação da DCTF e ingressou com manifestação de inconformidade, esta indeferida pela DRJ porque a DCTF fora apresentada após a ciência do Despacho Decisório da DRF e porque a Recorrente não apresentou a prova da existência do crédito alegado. Por seu turno, no recurso voluntário a empresa Recorrente sustente que o crédito efetivamente existe e está devidamente provado nos autos e que efetuou a retificação da DCTF após a ciência do despacho decisório. Concluindo: à mingua de previsão legal, a falta de apresentação de DCTF retificadora, ou a sua apresentação após a emissão do Despacho Decisório, por si só, não se constitui em motivo para o indeferimento do pedido de restituição e, conseqüentemente, para a não homologação da compensação declarada pela Recorrente. Deve, portanto, a autoridade administrativa da RFB apurar a liquidez e a certeza do crédito pleiteado considerando Fl. 165DF CARF MF Processo nº 13888.916051/201120 Acórdão n.º 9303006.156 CSRFT3 Fl. 6 5 todas as provas trazidas aos autos e outras que julgar imprescindível para apurar a verdade material e formar sua convicção.” Neste mesmo sentido, o acórdão paradigma nº 3302002.226, trata de situação na qual foi apresentado o DACON retificador. Vejamos: Por seu turno, no recurso voluntário a empresa Recorrente sustente que o crédito efetivamente existe e está devidamente provado nos autos e que efetuou a retificação da DCTF após a ciência do despacho decisório. Relatório “Por bem retratar a matéria tratada no presente processo, transcrevo o relatório produzido pela DRJ de Brasília: (...) Considerado cientificado dessa decisão em 22/10/2009, bem como da cobrança dos débitos confessados na Dcomp, o sujeito passivo apresentou em 23/11/2009, manifestação de inconformidade à fl. 2 a 6, acrescida de documentação anexa. A contribuinte alega que houve inúmeros erros na consolidação dos dados da apuração da contribuição, o que teria originado o crédito pleiteado. Retificou a Dacon do período para demonstrar o valor que seria realmente devido. Anexa cópias das declarações retificadas. Voto “Em síntese, a Recorrente advoga a existência de pagamentos indevidos e junta ao processo a Dacon retificadora transmitida em data anterior ao despacho decisório exarado pela DRF.” Como se vê, as decisões paragonadas não se identifica semelhança fática, o acórdão recorrido entendeu imprescindível a apresentação dos documentos comprobatórios do indébito, dentre os quais o DACON retificador, para verificar se, na base de cálculo da contribuição, foram originalmente consideradas as receitas financeiras da Contribuinte, fonte do direito creditório guerreado. Por outro lado, Os acórdãos indicados como paradigmas, não apresentam similitude fática, considerada relevante para o resultado do julgamento. No que tange o acórdão nº 330201748, nada fala sobre a questão da apresentação do DACON retificador. Além disso, traz o fundamento com o qual concorda a Turma a quo, relativa à necessidade ou não de retificação da DCTF em momento anterior à emissão do despacho decisório. Se a presente controvérsia girasse apenas em torno dessa matéria, a Turma a quo poderia ter acatado a pretensão da Contribuinte. A decisão recorrida encampou o fundamento de que: “mesmo considerando a possibilidade de retificação de ofício da DCTF por parte da autoridade administrativa – acaso demonstrada a legitimidade da correção dos valores declarados –, entendimento que esta Turma tem adotado em muitos de seus julgados”. Sem embargo, a retificação do DACON, embora, possa parecer irrelevante para o Acórdão n. 3302002.226, o mesmo não ocorre em relação a decisão recorrida. Fl. 166DF CARF MF Processo nº 13888.916051/201120 Acórdão n.º 9303006.156 CSRFT3 Fl. 7 6 Entretanto, o fato é que essa retificação do DACON ocorreu no caso discutido no acórdão indicado como paradigma (Acórdão nº 3302002.226), ao passo que o mesmo não se verificou no presente caso. Com efeito, a situação examinada pelo Acórdão n. 3302002.226, poderia a Turma a quo ter decidido de forma diversa, ou acolhendo a pretensão da contribuinte, ou determinando o retorno dos autos em diligência. O fato é que ocorreu na situação abordada pelo Acórdão n. 3302002.226 circunstância relevante, não presente na decisão recorrida, que poderia ter alterado a convicção ou a fundamentação do colegiado a quo. O contexto fático exposto nas decisões paradigmas e no acórdão recorrido, patente pela leitura das passagens acima transcritas, demanda do mesmo modo, que o recurso especial não seja conhecido em face da ausência de demonstração de que, discutindo casos similares, foi dada interpretação jurídica diversa. Neste sentido, O Manual de Exame de Admissibilidade de Recurso Especial (versão atualizada, pg.30) estabelece que: O RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, assim estabeleceu, em seu art. 67, § 1º, do Anexo II: "§ 1º Não será conhecido o recurso que não demonstrar de forma objetiva qual a legislação que está sendo interpretada de forma divergente." Em 15 de fevereiro de 2016, foi publicada a Portaria MF nº 39, de 12 de fevereiro de 2016, com a seguinte redação: “§ 1º Não será conhecido o recurso que não demonstrar a legislação tributária interpretada de forma divergente.” Neste sentido, não tomo conhecimento do Recurso interposto pela Contribuinte, em razão de não ter sido comprovada divergência, e similitude fática, nos termos do § 1º da Portaria MF nº 39, de 12 de fevereiro de 2016." Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, o recurso especial do contribuinte não foi conhecido. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 167DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10280.904432/2011-15
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 27 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Mar 09 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador: 31/05/1999
CONEXÃO. NÃO EXISTÊNCIA DE FATOS IDÊNTICOS. NÃO OCORRÊNCIA.
Quando os processos não se baseiam em fatos idênticos, apesar de ser a mesma matéria, pois os períodos de apuração são distintos, não se vislumbra a conexão.
PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. CRÉDITO. COMPROVAÇÃO EM DILIGÊNCIA.
Apesar de não ter ocorrido a retificação da DCTF, o que se fazia necessário, a diligência comprovou a existência do crédito em virtude do princípio da verdade material.
Recurso Voluntário Provido. Direito Creditório Reconhecido.
Numero da decisão: 3302-005.256
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar arguida e, no mérito, em dar provimento ao recurso voluntário.
(assinatura digital)
Paulo Guilherme Déroulède - Presidente
(assinatura digital)
Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza - Relatora
Participaram do julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Déroulède (Presidente), José Fernandes do Nascimento, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, José Renato Pereira de Deus, Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad e Walker Araujo.
Nome do relator: SARAH MARIA LINHARES DE ARAUJO PAES DE SOUZA
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NÃO EXISTÊNCIA DE FATOS IDÊNTICOS. NÃO OCORRÊNCIA. Quando os processos não se baseiam em fatos idênticos, apesar de ser a mesma matéria, pois os períodos de apuração são distintos, não se vislumbra a conexão. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. CRÉDITO. COMPROVAÇÃO EM DILIGÊNCIA. Apesar de não ter ocorrido a retificação da DCTF, o que se fazia necessário, a diligência comprovou a existência do crédito em virtude do princípio da verdade material. Recurso Voluntário Provido. Direito Creditório Reconhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar arguida e, no mérito, em dar provimento ao recurso voluntário. (assinatura digital) Paulo Guilherme Déroulède Presidente (assinatura digital) Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza Relatora Participaram do julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Déroulède (Presidente), José Fernandes do Nascimento, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, José Renato AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 0. 90 44 32 /2 01 1- 15 Fl. 306DF CARF MF 2 Pereira de Deus, Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad e Walker Araujo. Relatório Adotase o relatório da resolução nº 3803000.525, relator Jorge Victor Rodrigues, fls.176/1811: A autoridade administrativa competente por meio de Despacho Decisório emitido em 01/11/2011, após análise do valor do direito creditório informado em Per/DComp, concluiu pela inexistência do crédito pleiteado, por conseguinte não homologando a compensação declarada. Manifestando a sua inconformidade com o decidido no referido despacho, a contribuinte aduziu sucintamente: (i) A despeito da inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, a autoridade administrativa houve por bem indeferir o pedido de restituição apresentado, sem que fosse fundamentadas as razões para tanto, por conseguinte não reúne condições mínimas para prosperar, pois está em desacordo com a legislação vigente e jurisprudência já pacificada sobre o tema, impondose a restituição integral da quantia pleiteada no pedido de restituição apresentado. (ii) Em homenagem ao princípio da economia processual requer a reunião dos processos adiante listados para apreciação em julgamentos simultâneos, posto que possuem o mesmo objeto, fundamento legal e partes (conexão). São eles: 10850.906133/201103, 10850.906134/201140, 10280.904439/201129, 10280.904424/201161, 10280.904436/201195, 10280.904440/201153, 10280.904438/201184, 10280.904443/201197, 10280.904441/201106, 10280.904427/201102, 10280.904425/201113, 10280.904437/201130, 10280.904426/201150, 10280.904431/201162, 10280.906137/201183, 10280.906135/201194, 10280.906136/201139, 10280.906138/201128, 10280.906139/201172, 10280.904444/201131, 10280.904446/201121, 10280.904433/201151, 10280.904430/201118, 10280.904432/201115, 10280.904445/201186, 10280.904435/201141, 10280.904447/201175 e 10280.904442/201142 (28 PAF). (iii) Reclamou pela inexistência de realização de diligência ao seu estabelecimento para verificação da exatidão das informações prestadas, em contrariedade ao disposto no art. 65 da IN RFB nº 900/08, uma vez que não foi intimada para prestar quaisquer esclarecimentos acerca da higidez de seu crédito. (iv) Com base no art. 195, I, CF/88 a LC nº 70/91 instituiu a Cofins sobre o faturamento mensal das pessoas jurídicas em geral, assim entendido "a receita bruta das vendas de 1 Todas as páginas, referenciadas no acórdão, correspondem ao eprocesso. Fl. 307DF CARF MF Processo nº 10280.904432/201115 Acórdão n.º 3302005.256 S3C3T2 Fl. 3 3 mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza". (v) O legislador ordinário pretendeu modificar a sistemática de apuração da contribuição em comento e ampliar a sua base de cálculo, o que foi feito por meio da Lei nº 9.718/98, notadamente através dos seus arts. 2º e 3º, inclusive o caput e § 1º, deste. (vi) Ao assim proceder o legislador ordinário afrontou o mandamento constitucional do inciso I do art. 195 da Constituição Federal, bem como contrariou a norma consubstanciada no art. 110 do CTN, que proíbe a alteração, pela lei tributária, da definição, do conteúdo e do alcance dos institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. (vii) Essa discussão se encontra totalmente superada na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal quando, em sessão plenária, declarou a inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/99, mediante decisão proferida no julgamento do RE nº 390840/MG, em 09/11/05. Após o que inúmeros outros RE foram julgados no mesmo sentido a exemplo dos números 342.051/2006, 479.612/2006, 346.084/2005 e 585.235/2008, respectivamente, este considerado como de repercussão geral, com proposta de súmula vinculante a respeito do assunto. entendimento (sic) este que já foi pacificado por meio da Lei nº 11.941/09, que revogou o malsinado § 1º do art. 3º dessa Lei. (viii) a jurisprudência administrativa já se manifestou favoravelmente à aplicação pelo Fisco, das decisões prolatadas neste sentido no âmbito do poder Judiciário, conforme os acórdãos proferidos pela CSRF do CARF em destaque: 230378, 226802 e 239790/2010 (3ª T, CSRF), 142592 e 147967/2010 (1ª T, CSRF). (ix) Ademais disso, o inciso I, do § 6º, do art. 26A, do Dec. nº 70.235/72, incluído pela Lei nº 11.941/09, veda aos órgãos de julgamento, no âmbito do processo administrativo fiscal, afastar a aplicação ou deixar de observar tratado acordo internacional, lei ou ato normativo que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva plenária do STF, no mesmo sentido vai o art. 59 do Dec. nº 7.574/11, como também no caput do art. 62A do RICARF/09. (x) No caso concreto em comento a requerente faz jus a um crédito de R$ 5.388,86, valor que foi calculado sobre receita que não integra o seu faturamento, razão pela qual não é alcançada pela hipótese de incidência da mencionada contribuição. (xi) E para que não restem quaisquer dúvidas a esse respeito, a requerente acostou aos autos: a) cópia do respectivo DARF, o qual demonstra o recolhimento indevido (doc. 03); b) o demonstrativo por ela elaborado, onde está discriminado o valor Fl. 308DF CARF MF 4 que foi indevidamente computado à base de cálculo da COFINS (doc. 04); e c) cópia dos documentos contábeis com o registro dos valores que compõem o crédito aqui pleiteado (doc. 05). (xii) Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, especialmente a produção de perícia, a realização de diligências e a juntada de documentos para, ao final, requerer pela reforma do despacho decisório. Conclusos foram os autos para apreciação pela 4ª Turma da DRJ/RPO/SP, que em sessão realizada em 18/04/13, julgou a manifestação de inconformidade improcedente, também não reconhecendo o direito creditório, consoante os termos vazados na ementa adiante transcrita: Assunto: Processo Administrativo Fiscal. Data do fato gerador: 31/03/1999 PROVA DOCUMENTAL. PRECLUSÃO. a prova documental do direito creditório deve ser apresentada na manifestação de inconformidade, precluindo o direito de o contribuinte fazêlo em outro momento processual sem que verifiquem as exceções previstas em lei. Manifestação de Inconformidade Improcedente. Direito Creditório não Reconhecido. Relativamente à questão atinente à reunião de processos o voto condutor mencionou o contido no inciso IV do art. 1º da Portaria SRF nº 666/2008, que disciplina a formalização de processos no âmbito da SRF, para fundamentar a rejeição ao pleito, eis que os processos não são oriundos do mesmo crédito, condição no seu entender sine qua non para o atendimento ao pleito formulado pela contribuinte. Acerca do motivo do indeferimento do pedido supôs o acórdão de piso que a interessada possa haver cometido erro no preenchimento do Per/DComp, razão pela qual não foi encontrado o DARF nele indicado, eis que do confronto das informações constantes do Per/DComp com as do DARF, verificouse que houve inversão entre as datas de arrecadação e de vencimento no preenchimento do pedido. Ademais disso, remanesceu a questão do direito creditório, eis que ao realizar pesquisa aos sistemas da RFB, verificouse que a contribuinte confessou um débito de R$ 52.027,65 da Cofins para o mês de março de 1999, quitado com três DARF's, um deles no valor de R$ 45.396,03, que se encontra totalmente utilizado para quitar o referido débito, portanto dentre os débitos confessados pela própria contribuinte por meio de DCTF, em valor até superior ao do recolhimento objeto do pedido de restituição. Não existe, portanto, saldo passível de restituição. Aduziu ainda o juízo de piso que para existir saldo a restituir seria necessário que a interessada houvesse retificado sua DCTF até a transmissão de seu PER/DCOMP, fazendo constar o Fl. 309DF CARF MF Processo nº 10280.904432/201115 Acórdão n.º 3302005.256 S3C3T2 Fl. 4 5 suposto débito inferior ao declarado, o que faria exsurgir a possibilidade de se alegar pagamento a maior e, neste caso, a autoridade fiscal poderia determinar a realização de diligência nos estabelecimentos do sujeito passivo, a fim de que fosse verificada, mediante exame da sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas, conforme prevê o disposto no art. 65 da IN RFB nº 900/08, suscitada pela recorrente. No tocante à inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo, não se discute o entendimento do STF, exposto nos REs mencionados pela interessada, ou mesmo a vinculação do CARF em face da decisão plenária, na sistemática da repercussão geral. No entendimento vazado no acórdão de primeira instância apenas deve ser esclarecido que tal revogação não tem efeitos retroativos, e portanto não atinge o período a que se refere o PER/DCOMP em análise, isto consubstanciado em excertos do Parecer PGFN nº 2.025/11, que trata da repercussão no âmbito da inscrição, administração e cobrança administrativa e judicial da dívida ativa da União, nos casos de julgamentos submetidos à sistemática dos arts. 543B (repercussão geral) e 543C (recurso repetitivo) do CPC. Do referido Parecer concluiu a autoridade julgadora que: "podese afirmar que a adequação prática das atividades administrativas não significa concordância com a tese contrária à da Fazenda. Inexistindo alterações na legislação de regência, Parecer aprovado pelo PGFN, Súmula ou Parecer da AGU ou Súmula do CARF, que concluam no mesmo sentido do pleito do particular, não há razões jurídicas que obriguem a Fazenda Nacional a anuir à tese contrária aos interesses da União". Mencionou ainda que o contribuinte que houver pago crédito considerado indevido pelos tribunais Superiores, em virtude do julgamento proferido na forma dos art. 543B e 543C do CPC, não faz jus à restituição do montante pago, uma vez que: (i) a Fazenda Nacional, ao deixar de contestar e recorrer em razão de julgado oriundo da sistemática dos recursos extremos repetitivos, não manifesta concordância com a tese dos Tribunais Superiores. (ii) os fundamentos jurídicos que autorizam a Fazenda Nacional a absterse de cobrar não extravasam para o plano do direito material (não há remissão sem lei tributária específica). (iii) observe que o tributo é devido. A lei tributária não foi expurgada do ordenamento jurídico e o julgamento proferido na forma dos art. 543B e 543C, do CPC, embora revestido de força persuasiva qualificada, não tem propriamente efeito vinculante erga omnes. Em verdade, o que vincula a Fazenda Nacional é a decisão institucional de não contestar e não recorrer. Ademais, sobretudo para os créditos extintos por Fl. 310DF CARF MF 6 pagamento em momento anterior ao advento do julgado do STF ou STJ, não há como questionar a validade dos pagamentos efetuados. (iv) a restituição do indébito, em situações tais, dependeria de lei que considerasse indevidos os valores pagos quando houvesse julgamento na sistemática dos recursos extremos repetitivos. Dessa forma, seria possível o enquadramento nas hipóteses de restituição do art. 165, I, do CTN. Por derradeiro, ainda que os óbices quanto à utilização integral do recolhimento não existissem, e que fosse possível estender os efeitos do julgado do STF para o presente caso, a interessada não se desincumbiu de demonstrar e provar o suposto recolhimento a maior. A cópia parcial do balancete apresentada permite vislumbrar tão somente as receitas financeiras do período, mas não o faturamento da empresa. Assim, não haveria como se apurar o total da base de cálculo e a contribuição devida, para compará la com o recolhimento efetuado e concluirse pela eventual existência de recolhimento a maior, e em que montante. E mais, não tendo a interessada apresentado provas de seu suposto crédito, precluiu do direito de fazêlo em outro momento, a teor do disposto no art. 16 do Decreto nº 70.235. Cientificado da decisão de piso por meio de AR, em 30/08/13, e irresignada com o nela decidido, a contribuinte interpôs recurso voluntário em 25/09/13, para aduzir: · Relativamente à reunião de processos alegou a recorrente acerca da existência de conexão entre os mesmos, pois têm o mesmo objeto e causa de pedir, mencionando jurisprudência administrativa em prol de sua tese. · Houve falta de aprofundamento da investigação dos fatos – falta de retificação de DCTF, o que contraria o contido no art. 76 da IN RFB nº 1300/12, segundo o qual a autoridade competente para decidir sobre a restituição, o ressarcimento, o reembolso e a compensação poderá condicionar o reconhecimento do direito creditório à apresentação de documentos comprobatórios do referido direito, inclusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo a fim de que seja verificada, mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas. Isto por força do contido no art. 142 do CTN. Notadamente porque a DCTF não é o único meio hábil de prova da existência de crédito passível de restituição. · O art. 165 do CTN e nem o art. 74 da Lei nº 9.430/96 condicionam o reconhecimento do crédito à retificação de declarações. Trata se de formalidade, a qual não pode se sobrepor ao direito substantivo. Fl. 311DF CARF MF Processo nº 10280.904432/201115 Acórdão n.º 3302005.256 S3C3T2 Fl. 5 7 · A exigência de retificação de declarações é medida que, além de não constar da lei tampouco das normas infralegais, decorre de excesso de formalismo, que restringe o direito à repetição de indébito, em detrimento do princípio da legalidade, que deve nortear não apenas a apuração de tributos, como sua restituição, além de também se distanciar do alcance do interesse público. · A recorrente, seja porque a lei não contém semelhante restrição, seja porque se trata de medida de formalismo excessivo, entendeu que a retificação de declarações não se afigura legítima como condição à restituição de indébito tributário, mencionando, inclusive jurisprudência e doutrina em defesa de sua tese. Analisando a situação por outro viés temse que o descumprimento de obrigação acessória não altera a disciplina referente à obrigação principal, e viceversa, o que, transportado ao caso em comento, significa dizer que a não retificação da DCTF não interfere na obrigação principal (recolhimento de imposto indevidamente) e, portanto, não impede o reconhecimento do direito creditório da recorrente. · A falta de retificação de uma declaração não tem o condão de tornar devido o que é indevido, sendo certo que o aproveitamento do crédito é corolário do princípio da legalidade. Além do mais, em matéria de fato, são válidos todos os meios de prova em direito admitidos, sendo certo que, desde o advento do Código Comercial de 1850, prescreve que a contabilidade em ordem faz prova em favor da pessoa jurídica, conforme se observa pela leitura de seu art. 23, III, não mais em vigor, por força do advento do Código Civil de 2002, entretanto em plena vigência e expressamente previsto no art. 923 do RIR/99 (art. 9º, § 1º, DL nº 1.598/77), citando jurisprudência administrativa em defesa de sua tese. · Acerca das provas juntadas para demonstrar a existência do crédito pleiteado, a decisão recorrida alegou a insuficiência para o intento, entretanto esse entendimento não merece prosperar, eis que os documentos colacionados são suficientes para a comprovação do direito de crédito alegado, eis que o valor em foco recolhido indevidamente sobre as receitas financeiras está devidamente lastreado nas receitas financeiras destacadas no balancete em anexo à manifestação de inconformidade, documento este obrigatório paras as pessoas jurídicas, possuindo, inclusive, força probante para recolhimento de estimativas em caso de pessoa jurídica optante pelo lucro real mensal, ex vi do art. 230 do RIR/99. · Com relação à preclusão da produção da prova, a alínea ‘c’ do §4º do art. 16 do Dec. nº 70.235/72, Fl. 312DF CARF MF 8 possibilita a produção de provas em outro momento processual, quando se destine a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos, o que ocorreu por ocasião da decisão contida no despacho decisório, o que se fez mediante a manifestação de inconformidade, inclusive para contrapor os argumentos aventados pelo acórdão recorrido, a recorrente requer com base neste fundamento, a juntada aos presentes autos do Livro Razão, o qual, por si só, tem o condão de comprovar o direito creditório ora postulado, posto que é documento obrigatório para todas as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, ex vi do art. 259, do RIR/99, que incorporou os art. 14 da Lei nº 8218/91 e 62 da Lei nº 8383/91. No mais, em relação à discussão de mérito, a recorrente reitera os termos expendidos na exordial, de maneira minudente, para postular ao final, pelo provimento do recurso, pela reforma do acórdão recorrido, com o reconhecimento do direito à plena restituição da Cofins, calculada sobre receitas estranhas ao conceito de faturamento, diante da inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, declarada pelo STF e já reconhecida pela jurisprudência administrativa. Conforme exposto anteriormente, o presente processo é um retorno de diligência, onde o relator reconheceu a inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 no transcorrer do seu voto. Ele converteu o feito em diligência para, trechos in verbis, fls. 186: Assim oriento o meu voto pela conversão do julgamento em diligência à repartição de origem, para que possa ser efetivamente apurado e informado, DETALHADAMENTE, o valor do débito e do crédito existentes na data de transmissão dos PER/DCOMPs dos processos retromencionados. Vencida esta etapa deve a autoridade administrativa informar se há o direito creditório alegado pela contribuinte, se o mesmo é suficiente para a extinção do débito existente nessa data. A Recorrente foi intimada para apresentar o livro diário geral e o livro razão. Após a elaboração da informação fiscal, ela também foi intimada a manifestarse e assim o fez. Diante das informações prestadas pela Recorrente, o feito foi novamente convertido em diligência sob a minha relatoria, Resolução 3302000.646, para que: (...) aprecie as alegações da recorrente quanto à inclusão indevida de IPI e ICMSsubstituição tributária na base de cálculo das contribuições, quanto ao equívoco relativo à conta operacional de “pneus/câmaras/protetores” e quanto à alegação de recolhimento de DARFs não considerados pela fiscalização. Sobreveio a informação fiscal, fls. 281 e seguintes, sendo que houve ciência por parte da Recorrente, fls. 286, e manifestação pelo provimento integral. É o relatório. Voto Fl. 313DF CARF MF Processo nº 10280.904432/201115 Acórdão n.º 3302005.256 S3C3T2 Fl. 6 9 Conselheira Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, Relatora. 1. Dos requisitos de admissibilidade O Recurso Voluntário foi apresentado de modo tempestivo, tratase, portanto, de recurso tempestivo e de matéria que pertence a este colegiado. 2. Preliminar 2.1. Da reunião de processos A Recorrente pleiteia pela reunião dos seguintes processos: 10850.906134/201140; 10850.906133/201103; 10280.904439/201129; 10280.904424/2011 61; 10280.904436/201195; 10280.904440/201153; 1280.904438/201184; 10280.904443/201197; 10280.904441/201106; 10280.904427/201102; 10280.904425/2011 13; 10280.904437/201130; 10280.904426/201150; 10280.904431/201162; 10850.906137/201183; 10865.906135/201194; 10850.906136/201139; 10850.906138/2011 28; 10850.906139/201172; 10280.904444/201131; 10280.904446/201121; 10280.904433/201151; 10280.904430/201118; 10280.904432/201115; 10280.904445/2011 86; 10280.904435/201141; 10280.904447/201175 e 10280.904442/201142. Afirma que os processos, acima listados, têm o mesmo objeto, qual seja a restituição de crédito, decorrente do recolhimento indevido da COFINS ou da contribuição para o PIS/Pasep, pautado na inconstitucionalidade do artigo 3º, parágrafo 1º, da Lei nº 9.718, de 1998. A Recorrente afirma que por serem idênticos, os processos devem ser reunidos. Pleiteia pela conexão dos processos a fim de cumprir o princípio constitucional da celeridade processual. A fim de verificar sobre a reunião ou dos processos, importante transcrever a Portaria MF nº 343, de 09 de junho de 2015 RICARF: RICARF Art. 6º Os processos vinculados poderão ser distribuídos e julgados observandose a seguinte disciplina: §1º Os processos podem ser vinculados por: I conexão, constatada entre processos que tratam de exigência de crédito tributário ou pedido do contribuinte fundamentados em fato idêntico, incluindo aqueles formalizados em face de diferentes sujeitos passivos; II decorrência, constatada a partir de processos formalizados em razão de procedimento fiscal anterior ou de atos do sujeito passivo acerca de direito creditório ou de benefício fiscal, ainda que veiculem outras matérias autônomas; e III reflexo, constatado entre processos formalizados em um mesmo procedimento fiscal, com base nos mesmos elementos de prova, mas referentes a tributos distintos. (grifos e sublinhados não constam no original) Fl. 314DF CARF MF 10 No caso em análise, não se trata de processos baseados em fatos idênticos, pois apesar de ser a mesma matéria, os períodos de apuração são distintos, portanto, rejeitase o pedido de reunião dos processos. 3. Do mérito 3.1. Das demais matérias e do resultado da diligência A Recorrente insurgese contra o tratamento dispensado ao seu caso, manifestando o fato de que a fiscalização deveria ter se aprofundado para verificar a existência do seu crédito. Afirma que não há necessidade de retificação da DCTF, tratandose de um formalismo exagerado, portanto, afronta o princípio da verdade material. Insurgese também contra a insuficiência de provas, conforme decidido pela DRJ/Ribeirão Preto, e afirma que fez a produção probatória necessária para lastrear a existência de seu crédito. Solicita pela complementação das provas e, posteriormente, faz longa explicação sobre a inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. No caso em análise, antes de adentrar no resultado da diligência propriamente dita, importante considerar o RE nº 585.2351/MG decidido sobre o regime da repercussão geral: EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Tributo. Contribuição social. PIS. COFINS. Alargamento da base de cálculo. Art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. Inconstitucionalidade. Precedentes do Plenário (RE nº 346.084/PR, Rel. orig. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de 1º.9.2006; REs nos 357.950/RS, 358.273/RS e 390.840/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 15.8.2006) Repercussão Geral do tema. Reconhecimento pelo Plenário. Recurso improvido. É inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS e da COFINS prevista no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. (RE nº 585.2351/MG; Relator: Cezar Peluso: Data do julgamento: 10/09/2008) (grifos não constam no original) A declaração de inconstitucionalidade do parágrafo 1º, do artigo 3º, da Lei nº 9.718, de 1998, teve efeitos "erga omnes" e tal dispositivo foi revogado pela Lei nº 11.941, de 2009. Portanto, foi considerada inconstitucional a ampliação da base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e para COFINS. No âmbito do regimento interno deste Egrégio Tribunal Administrativo, existe previsão normativa em seu artigo 62, anexo II, sobre a obrigatoriedade de se observar os precedentes em sistema de repetitivos e/ou repercussão geral na análise dos casos: RICARF Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. § 1º O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: Fl. 315DF CARF MF Processo nº 10280.904432/201115 Acórdão n.º 3302005.256 S3C3T2 Fl. 7 11 (...) II que fundamente crédito tributário objeto de: (...) b) Decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, em sede de julgamento realizado nos termos dos arts. 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 1973, ou dos arts. 1.036 a 1.041 da Lei n º 13.105, de 2015 Código de Processo Civil, na forma disciplinada pela Administração Tributária; (Redação dada pela Portaria MF nº 152, de 2016) Portanto, é dever deste Tribunal Administrativo aplicar decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal que declarou dispositivo inconstitucional sob o regime de repercussão geral. Quanto ao prazo para pleitear a restituição, sua contagem somente ocorre a partir da revogação expressa da regra, que permitia o alargamento da base de cálculo, pela Lei nº 11.941, de 2009, sendo que somente a partir daí é que se tornou disponível o direito para postular pela restituição do pagamento indevido pela contribuinte. No que concerne às provas e aprofundamento da fiscalização, tais argumentos encontramse superados, uma vez que o feito foi convertido em diligência por dois momentos. Do resultado da segunda diligência, temse que, fls. 281 e seguintes: Analisando a documentação juntada aos autos pelo contribuinte, conforme documentos de fls. 211/267, confrontando com a informação fiscal de fls. 202/204, verificamos que não foi considerada a existência de IPI e ICMS na condição de substituto tributário quando da emissão de referida informação, valores esses confirmado na DIPJ referente ao anocalendário 1999. Verificamos também que houve o equívoco em relação à conta operacional de “Pneus/Câmaras/Protetores”, duplicando o valor a ser considerado. Através de pesquisas efetuadas no sistema SIEF Pagamento identificamos dois pagamentos referentes ao recolhimento da COFINS (2172), o primeiro no valor total de R$74.785,07, data de arrecadação 10/06/1999 e o segundo no valor total de R$168,77 (R$161,31 + acréscimos legais), data de arrecadação 24/06/1999, sendo que ambos os pagamentos foram utilizados para amortizar o débito confessado através da DCTF da COFINS (2172) do período de apuração do mês de maio de 1999. (...) Conforme demonstrado na planilha acima, o valor apurado a título de COFINS (2172) para o mês de maio de 1999 foi de R$69.042,23, enquanto que o valor recolhido, conforme já mencionado, foi de R$74.946,38 (R$74.785,07 + R$161,31), pelo que, apuramos um Saldo Recolhido a Maior de R$5.904,15. Fl. 316DF CARF MF 12 Desta forma, proponho o reconhecimento do direito creditório pleiteado no PER nº 13626.66299.150404.1.2.042694, transmitido em 15/04/2004 (fls. 02/04). (grifos não constam no original) Apesar de não ter ocorrido a retificação da DCTF, o que se faz necessário, não se tratando de mero formalismo, reconhecese o crédito pleiteado, conforme o resultado da diligência, em virtude do princípio da verdade material. 4. Conclusão Por todo o exposto, voto por conhecer o Recurso Voluntário, rejeitar a preliminar suscitada, e, no mérito, conceder provimento integral. Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza Fl. 317DF CARF MF
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Numero do processo: 10665.000880/2010-34
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Dec 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Mar 15 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2008
EMBARGOS INFRINGENTES. LAPSO MANIFESTO. DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. RETORNO DE DILIGÊNCIA.
Em cumprimento de diligência restando comprovado que inexiste o lapso manifesto alegado pela DRF- em sede de Embargos Infringentes - impõe-se a manutenção do Acórdão vergastado.
Numero da decisão: 2401-005.147
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos embargos declaratórios e, no mérito, negar-lhes provimento, ante a inexistência de lapso manifesto no acórdão recorrido.
(assinado digitalmente)
Cleberson Alex Friess Presidente em Exercício
(assinado digitalmente)
Luciana Matos Pereira Barbosa - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Cleberson Alex Friess, Andréa Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, Virgilio Cansino Gil e Rayd Santana Ferreira. Ausentes os Conselheiros Miriam Denise Xavier e Francisco Ricardo Gouveia Coutinho.
Nome do relator: LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 935; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T1 Fl. 2 1 1 S2C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10665.000880/201034 Recurso nº Embargos Acórdão nº 2401005.147 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 05 de dezembro de 2017 Matéria CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA Embargante DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM DIVINÓPOLIS E Interessado TENACE INDÚSTRIA E COMÉRCIO EIRELI ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2008 EMBARGOS INFRINGENTES. LAPSO MANIFESTO. DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. RETORNO DE DILIGÊNCIA. Em cumprimento de diligência restando comprovado que inexiste o lapso manifesto alegado pela DRF em sede de Embargos Infringentes impõese a manutenção do Acórdão vergastado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 66 5. 00 08 80 /2 01 0- 34 Fl. 130DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos embargos declaratórios e, no mérito, negarlhes provimento, ante a inexistência de lapso manifesto no acórdão recorrido. (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess – Presidente em Exercício (assinado digitalmente) Luciana Matos Pereira Barbosa Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Cleberson Alex Friess, Andréa Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, Virgilio Cansino Gil e Rayd Santana Ferreira. Ausentes os Conselheiros Miriam Denise Xavier e Francisco Ricardo Gouveia Coutinho. Fl. 131DF CARF MF Processo nº 10665.000880/201034 Acórdão n.º 2401005.147 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório Tratase de retorno de diligência em Embargos Inominados (fls.106/107) opostos pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Divinópolis, com fulcro no artigo 66 do Regimento Interno dos Conselhos Administrativos de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 09 de junho de 2015, considerando o lapso manifesto no acórdão 2401004.129 (fls. 54/58), proferido no processo em epígrafe. O processo trata de infração à Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, artigo 33, §§ 2º e 3º, c/c o artigo 232 e 233, parágrafo único, do Regulamento da Previdência Social RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048, de 06 de maio de 1999, tendo em vista que a empresa autuada apresentou escrituração contábil diversa da realidade, omitindo informações verdadeiras, como discriminado no Relatório Fiscal da Infração, fls.07/11. Em decorrência da infração cometida, foi aplicada multa no valor de R$14.107,77, calculada com base na Lei 8.212/91, artigos 92 e 102 e no Regulamento da Previdência Social RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99, artigo 283, inciso II, alínea ‘j’e artigo 373. A ação fiscal teve inicio com o Termo de Início de Procedimento Fiscal TIPF de fls. 13/14. A interessada foi cientificada em 24/06/2010 e apresentou impugnação em 26/07/2010 (fls. 21/29), na qual alega, em suma, (i) que o Fisco apenas alega ter intimado a impugnante para apresentar documentos, sem contudo fazer prova de que realmente procedeu à intimação e que tal atitude fere os princípios do contraditório e da ampla defesa; (ii) que a multa aplicada é exorbitante e ultrapassa o limite de valor estipulado pela legislação vigente. Em 27/10/2010 A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Belo Horizonte (BH) manteve o crédito tributário (fls.50/52), com a seguinte consideração: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2008 AUTO DE INFRAÇÃO. EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU LIVRO QUE CONTENHA INFORMAÇÃO DIVERSA DA REALIDADE OU QUE OMITA INFORMAÇÃO VERDADEIRA. Constitui infração à legislação previdenciária a empresa exibir à fiscalização livro ou documento necessário à verificação de sua situação perante a Seguridade Social, que contenha informação diversa da realidade ou que omita informação verdadeira. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Inconformada, em 22/12/2010 a empresa autuada interpôs recurso voluntário (fls. 56/64), cujas razões de inconformidade repisam as mesmas alegações contidas em sua peça impugnatória. Fl. 132DF CARF MF 4 Ao analisar o recurso (fls.68/73), em 16/02/2016 a egrégia 4ª Câmara da 1ª Turma Ordinária negou provimento ao inconformismo e manteve a decisão de primeira instância nos seguintes termos: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2005 a 31/12/2008 INTIMAÇÃO FISCAL. DESATENDIMENTO. O descumprimento de atendimento de obrigação acessória, consistente na exibição de escrita contábil, sujeita o infrator Recorrente à penalidade administrativa de multa, a ser calculada na forma da legislação vigente. Recurso Voluntário Negado. Devidamente cientificada em 24/06/16 (fl.75), a embargada interpôs Recurso Especial (fls.77/86), tempestivamente, em 06/07/2016. A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Divinópolis apresentou embargos de declaração (fls. 106/107) com fulcro no artigo 66 do Regimento Interno dos Conselhos Administrativos de Recursos Fiscais, onde alega que no presente caso, a identificação do lapso manifesto fica evidenciada, na medida em que, trazido aos autos informação sobre pedido de parcelamento, com a inclusão do processo em questão, sem que tal fato tenha sido anteriormente indicado pelo contribuinte por meio de expresso pedido de desistência ou mesmo pelo Fisco. Assim, em 08/02/2017 esta Turma de julgamento, por intermédio da Resolução nº 2401000.555 (fls. 110/114), converteu o julgamento dos Embargos em diligência para determinar à Delegacia da Receita Federal do Brasil em Divinópolis que juntasse aos autos o pedido de parcelamento do contribuinte, específico para o crédito tributário que compõe a presente lide, e, após, intimasse a Embargada TENACE INDUSTRIA E COMERCIO EIRELI, para que se manifestasse sobre os termos do referido parcelamento. Em cumprimento à diligência solicitada às fls. 121, foi proferido o Despacho SACAT/DRF/DIV/MG, de 04/04/2017 , informando que: A Empresa optou pelo parcelamento de débitos previdenciários junto à RFB previsto na Lei nº 12.996/14, em 22/08/2014, conforme se depreende dos documentos ora juntados às fls. 117/118; A indicação de quais débitos o contribuinte desejava parcelar só ocorreria no momento da consolidação do parcelamento, razão pela qual a RFB decidiu suspender, automaticamente, todos os débitos lançados até 31/12/2013, de contribuintes que optaram pelo parcelamento ( às fls. 119, consta o histórico do caso em debate); Entretanto, como a empresa não efetuou o pagamento da 1ª parcela, seu pedido não foi validado pela RFB e automaticamente foi restabelecido o débito 37.251.1104, conforme documento de fls 120. Ato contínuo a empresa foi intimada a se manifestar sobre os fatos encimados em 06/04/2017, quedandose inerte, razão pela qual os presentes autos foram restituídos para regular prosseguimento do feito (fls. 123/125). É o relatório. Fl. 133DF CARF MF Processo nº 10665.000880/201034 Acórdão n.º 2401005.147 S2C4T1 Fl. 4 5 Voto Conselheira Luciana Matos Pereira Barbosa – Relatora 1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE Primeiramente, deixo de apreciar a questão da tempestividade, posto que, sendo adotado o despacho como embargos inominados do art. 66 do RICARF, não existe prazo para correção de erro manifesto, razão pela qual CONHEÇO DO RECURSO já que presentes os requisitos de admissibilidade. 2. DO MÉRITO Conforme constam dos autos, cuidase de infração à Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, artigo 33, §§ 2º e 3º, c/c o artigo 232 e 233, parágrafo único, do Regulamento da Previdência Social RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048, de 06 de maio de 1999, tendo em vista que a empresa autuada apresentou escrituração contábil diversa da realidade, omitindo informações verdadeiras. A interessada foi cientificada em 24/06/2010 e apresentou impugnação em 26/07/2010 (fls. 21/29). Em sessão realizada no dia 27/10/2010, a 8ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Belo Horizonte (BH) manteve o crédito tributário (Acórdão nº 0229.226 de fls.50/52). Inconformada, em 22/12/2010 a empresa autuada interpôs recurso voluntário (fls. 56/64), e, ao analisar o referido recurso, em 16/02/2016 a egrégia 4ª Câmara da 1ª Turma Ordinária negoulhe provimento e manteve incólume a decisão de primeira instância (fls.68/73). Ocorre que, posteriormente ao julgamento, às fls. 76 foi juntada tela do sistema SICOB informando sobre parcelamento de débito em 01/12/2014, contudo, não é possível verificar se referido parcelamento referese especificamente ao crédito tributário ora em debate. Diante desse cenário, para que não remanescessem dúvidas acerca do referido pedido, bem como se esse referiase ao crédito tributário sub examine, em 08/02/2017 esta Turma, por intermédio da Resolução nº 2401000.555 (fls. 110/114), converteu o julgamento dos Embargos em diligência para determinar à Delegacia da Receita Federal do Brasil em Divinópolis que juntasse aos autos o pedido de parcelamento do contribuinte, específico para o crédito tributário que compõe a presente lide, e, após, intimasse a Embargada TENACE INDUSTRIA E COMERCIO EIRELI, para que se manifestasse sobre os termos do referido parcelamento. Fl. 134DF CARF MF 6 Em cumprimento à diligência solicitada às fls. 121, foi proferido o Despacho SACAT/DRF/DIV/MG, de 04/04/2017 , informando que: A Empresa optou pelo parcelamento de débitos previdenciários junto à RFB previsto na Lei nº 12.996/14, em 22/08/2014, conforme se depreende dos documentos ora juntados às fls. 117/118; A indicação de quais débitos o contribuinte desejava parcelar só ocorreria no momento da consolidação do parcelamento, razão pela qual a RFB decidiu suspender, automaticamente, todos os débitos lançados até 31/12/2013, de contribuintes que optaram pelo parcelamento ( às fls. 119, consta o histórico do caso em debate); Entretanto, como a empresa não efetuou o pagamento da 1ª parcela, seu pedido não foi validado pela RFB e automaticamente foi restabelecido o débito 37.251.1104, conforme documento de fls 120. Ato contínuo a empresa foi intimada a se manifestar sobre os fatos encimados em 06/04/2017, e quedouse inerte, razão pela qual os presentes autos foram restituídos para regular prosseguimento do feito (fls. 123/125). Logo, verificase que inexiste o lapso manifesto alegado, em sede de Embargos Infringentes, pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Divinópolis, razão pela qual mantenho incólume o Acórdão 2401004.130, julgado em 16/02/16 (fls.68/73). 3. CONCLUSÃO: Pelos motivos expendidos, voto para conhecer dos embargos declaratórios e negarlhes provimento, mantendo incólume o Acórdão 2401004.130, julgado em 16/02/16,tendo em vista a inexistência de lapso manifesto capaz de ensejar sua modificação. É como voto. (assinado digitalmente) Luciana Matos Pereira Barbosa. Fl. 135DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10735.720690/2014-90
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 06 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Apr 23 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Simples Nacional
Ano-calendário: 2014
SIMPLES NACIONAL. ATIVIDADE VEDADA. IMPOSSIBILIDADE DE OPÇÃO.
Se no prazo limite para a opção a empresa (ou filial) possuir atividade vedada na sistemática do Simples Nacional, conforme Anexo VI da Resolução CGSN nº 94, de 2011, fica impedida de opção de ingresso, ainda que se trate de atividade secundária ou não a exerça.
Numero da decisão: 1001-000.397
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Lizandro Rodrigues de Sousa - Presidente.
(assinado digitalmente)
Edgar Bragança Bazhuni - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Lizandro Rodrigues de Sousa (presidente), Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues e Jose Roberto Adelino da Silva.
Nome do relator: EDGAR BRAGANCA BAZHUNI
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Lizandro Rodrigues de Sousa - Presidente. (assinado digitalmente) Edgar Bragança Bazhuni - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Lizandro Rodrigues de Sousa (presidente), Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues e Jose Roberto Adelino da Silva.
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ATIVIDADE VEDADA. IMPOSSIBILIDADE DE OPÇÃO. Se no prazo limite para a opção a empresa (ou filial) possuir atividade vedada na sistemática do Simples Nacional, conforme Anexo VI da Resolução CGSN nº 94, de 2011, fica impedida de opção de ingresso, ainda que se trate de atividade secundária ou não a exerça. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Lizandro Rodrigues de Sousa Presidente. (assinado digitalmente) Edgar Bragança Bazhuni Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Lizandro Rodrigues de Sousa (presidente), Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues e Jose Roberto Adelino da Silva. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 5. 72 06 90 /2 01 4- 90 Fl. 71DF CARF MF Processo nº 10735.720690/201490 Acórdão n.º 1001000.397 S1C0T1 Fl. 72 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pela Recorrente em face de decisão proferida pela 2ª Turma da Delegacia Regional de Julgamento em Campo Grande (MS), mediante o Acórdão nº 0438.606, de 24/02/2015 (efls. 28/30), objetivando a reforma do referido julgado. Por bem descrever o ocorrido, valhome do relatório elaborado por ocasião do julgamento em primeira instância, a seguir transcrito: A contribuinte, acima qualificada, teve o seu pedido de inscrição no Simples Nacional indeferido por exercer, nos estabelecimentos, 02.163.751/000235, 02.163.751/000316 e 02.163.751/000405, atividade econômica vedada: planos auxílio funeral, CNAE 65111/02, nos termos do art. 3º, § 4º, inciso VIII, da Lei Complementar nº 123/2006, conforme Termo de Indeferimento da Opção pelo Simples Nacional com data de registro em 10/03/2014 (fls. 17). Apresentou manifestação de inconformidade em 20/03/2014 (fls. 02), alegando, em síntese, que o registro da alteração contratual com as mudança dos CNAEs, permitidos para a inclusão no Simples Nacional foi efetuado em 29/01/2014, portanto, deixou de existir o motivo do indeferimento. Por fim, solicitou a sua inclusão no Simples Nacional. Juntou documentos de fls. 03 e seguintes. Em despacho de fls. 23, a Secat/DRF/Nova Iguaçu informou que as pendências que impediram a opção pelo Simples Nacional estão relacionadas nas referidas filiais e permanecem com a atividade impeditiva no CNPJ (fls. 20 a 22).. A DRJ considerou improcedente a manifestação de inconformidade tendo em vista que as atividades impeditivas permanecem constando no CNPJ das filiais da empresa e mesmo sendo atividade secundária é causa de impedimento e publicou acórdão com a seguinte ementa: ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL Anocalendário: 2014 TERMO DE INDEFERIMENTO DE OPÇÃO. ATIVIDADE VEDADA. Está impedida de optar ao Simples Nacional a empresa que tem por objeto social atividade cujo código está listado como impeditivo de opção ao Simples Nacional, conforme o Anexo VI da Resolução CGSN nº 94/2011, ainda que se trate de atividade secundária. Manifestação de Inconformidade Improcedente Fl. 72DF CARF MF Processo nº 10735.720690/201490 Acórdão n.º 1001000.397 S1C0T1 Fl. 73 3 Sem Crédito em Litígio. Ciente da decisão de primeira instância em 27/05/2016, conforme Aviso de Recebimento à efl. 45, a recorrente apresentou recurso voluntário em 11/06/2016 (efls. 48/56), conforme carimbo à efl. 48. É o Relatório. Voto Conselheiro Edgar Bragança Bazhuni, Relator O recurso apresentado atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, que regula o processo administrativofiscal (PAF). Dele conheço. Gira a lide sobre o indeferimento do pedido de inclusão no Simples Nacional, em virtude de possuir atividade econômica vedada em seu objetivo social. A base legal do indeferimento foi o inciso VIII, do § 4º, do art. 3º, da Lei Complementar 123/2006, verbis: Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: (...) VIII que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; Nesse particular, mediante o art 6º, §§1º e 2º, da Resolução CGSN nº 94/2011, o Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (CGSN), assim dispôs sobre a forma de ingresso no regime especial: DA OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL Art. 6º A opção pelo Simples Nacional darseá por meio do Portal do Simples Nacional na internet, sendo irretratável para todo o anocalendário. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput) § 1º A opção de que trata o caput deverá ser realizada no mês de janeiro, até seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do anocalendário da opção, ressalvado o disposto no § 5º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 2º) Fl. 73DF CARF MF Processo nº 10735.720690/201490 Acórdão n.º 1001000.397 S1C0T1 Fl. 74 4 § 2º Enquanto não vencido o prazo para solicitação da opção o contribuinte poderá: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput) I regularizar eventuais pendências impeditivas ao ingresso no Simples Nacional, sujeitandose ao indeferimento da opção caso não as regularize até o término desse prazo; (grifos não pertencem ao original) No recurso interposto, a recorrente reitera a alegação de que alterou o contrato social deixando apenas atividades permitidas no Simples Nacional. Em relação à decisão de primeira instância que indeferiu a manifestação de inconformidade, a recorrente apresentou os seguintes argumentos (efl. 41): Quanto a atividade vedada nas filiais alega que apresentou todos os documentos para a regularização e acrescenta: Notarseá que. conforme documentos apresentados suas atividades estão em conformidade com a legislação do Simples Nacional, tanto é verdade que no exercício de 2015, não tivera nenhuma dificuldade no enquadramento. (grifo acrescido ao original) Quanto a atividade vedada ser secundária, alega que a mesma "foi extinta de seu contrato conforme apresentara por ocasião de sua contestação". Além dos documentos apresentados na manifestação de inconformidade (contratos e CNPJ da matriz), a recorrente anexa cópia do CNPJ das filiais emitidos em 23/06/2015. Esses argumentos foram fundamentadamente afastados em primeira instância, pelo que peço vênia para transcrever o excerto a seguir do voto condutor do acórdão recorrido, adotandoo desde já como razões de decidir, nos termos do § 1º do art. 50 da Lei nº 9.784/1999, completandoo ao final: A DRF local informou (fls. 23) que a referida atividade impeditiva continua constando no CNPJ das filiais (fls. 2022). Assim, a argumentação aduzida na manifestação não procede. Com efeito, a vedação constante da lei ocorreu no caso concreto, bastando a infração preceitual para sua configuração, vez que compete à autoridade administrativa aplicar a lei de ofício, como ensina Seabra Fagundes. Na espécie, a atividade objetivada pela manifestante (fls. 05) tem o respectivo código listado como impeditivo. Quanto à alegação de a atividade vedada ser secundária, está bem claro no Perguntas e Respostas do Simples Nacional, coletânea de diversas orientações do Comitê Gestor do Simples Nacional, que se houver no contrato social da empresa alguma atividade impeditiva, constante do Anexo VI da Resolução nº 94, de 2011, mesmo que não a exerça, estará impedida de optar: (grifos não constam do original) 2.4. AS MICROEMPRESAS (ME) E AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE (EPP) QUE EXERÇAM ATIVIDADES Fl. 74DF CARF MF Processo nº 10735.720690/201490 Acórdão n.º 1001000.397 S1C0T1 Fl. 75 5 DIVERSIFICADAS, SENDO APENAS UMA DELAS VEDADA E DE POUCA REPRESENTATIVIDADE NO TOTAL DAS RECEITAS, PODEM OPTAR PELO SIMPLES NACIONAL? Não poderão optar pelo Simples Nacional as ME e as EPP que, embora exerçam diversas atividades permitidas, também exerçam pelo menos uma atividade vedada (ver Pergunta 2.2), independentemente da relevância da atividade impeditiva e de eventual omissão do contrato social. 2.5. SE CONSTAR DO CONTRATO SOCIAL ALGUMA ATIVIDADE IMPEDITIVA À OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL, AINDA QUE NÃO VENHA A EXERCÊLA, TAL FATO É MOTIVO DE IMPEDIMENTO À OPÇÃO? Se a atividade impeditiva constante do contrato estiver relacionada no Anexo VI da Resolução CGSN nº 94, de 2011, seu ingresso no Simples Nacional será vedado, ainda que não exerça tal atividade. Se a atividade impeditiva constante do contrato estiver relacionada no Anexo VII da Resolução CGSN nº 94, de 2011, seu ingresso no Simples Nacional será permitido, desde que declare, no momento da opção, que exerce apenas atividades permitidas. De outra parte, também estará impedida de optar pelo Simples Nacional a pessoa jurídica que obtiver receita de atividade impeditiva, em qualquer montante, ainda que não prevista no contrato social (ver Pergunta 2.2). 2.6. A ME OU A EPP INSCRITA NO CNPJ COM CÓDIGO CNAE CORRESPONDENTE A UMA ATIVIDADE ECONÔMICA SECUNDÁRIA VEDADA PODE OPTAR PELO SIMPLES NACIONAL? Não. A Lei Complementar nº 123, de 2006, prevê que o exercício de algumas atividades impede a opção pelo Simples Nacional. Elas correspondem a códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) estabelecidas por uma Comissão do IBGE. Os códigos CNAE impeditivos ao Simples Nacional estão listados no Anexo VI da Resolução CGSN nº 94, de 2011, e os códigos CNAE que abrangem concomitantemente atividades impeditivas e permitidas (CNAE ambíguas) constam do Anexo VII da mesma Resolução ver Pergunta 2.5. O exercício de qualquer dessas atividades pela ME ou EPP impede a opção pelo Simples Nacional, bem como a sua permanência no Regime, independentemente de essa atividade econômica ser considerada principal ou secundária. Como se verifica, a recorrente deveria ter solicitado, antes de esgotado o prazo para a regularização das pendências impeditivas à Opção pelo Simples Nacional, a regularização do seu cadastro perante à Receita Federal. Quanto à alegação de que "no exercício de 2015, não tivera nenhuma dificuldade no enquadramento", creio que a recorrente queira se referir ao anocalendário Fl. 75DF CARF MF Processo nº 10735.720690/201490 Acórdão n.º 1001000.397 S1C0T1 Fl. 76 6 2015, pois o presente processo já diz respeito ao exercício de 2015, referente ao anocalendário 2014. Não obstante o lapso da recorrente, cabe esclarecer, que esta decisão não se vincula às demais posteriores, mesmo porque, se verificado que, em relação ao anocalendário 2015, a contribuinte possuía pendências impeditivas, a mesma poderá, enquanto não ocorrer a decadência, ser retroativamente excluída de ofício. Por todo o exposto, face à comprovada existência de pendências impeditivas na data limite para a opção, voto por NEGAR PROVIMENTO ao recurso voluntário mantendose o indeferimento da opção pelo Simples Nacional. (assinado digitalmente) Edgar Bragança Bazhuni Fl. 76DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 12689.002085/2006-51
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 30 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Feb 23 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador: 02/07/2013
PRECLUSÃO. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. NÃO CONHECIMENTO.
Torna-se definitiva a matéria não impugnada, portanto, não deve ser conhecida.
Recurso Voluntário Não Conhecido. Crédito Tributário Mantido.
Numero da decisão: 3302-005.091
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário.
(assinatura digital)
Paulo Guilherme Déroulède - Presidente
(assinatura digital)
Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza - Relatora
Participaram do julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Déroulède (Presidente), José Fernandes do Nascimento, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, José Renato Pereira de Deus, Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, Jorge Lima Abud, Diego Weis Júnior e Walker Araujo.
Nome do relator: SARAH MARIA LINHARES DE ARAUJO PAES DE SOUZA
1.0 = *:*
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MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. NÃO CONHECIMENTO. Tornase definitiva a matéria não impugnada, portanto, não deve ser conhecida. Recurso Voluntário Não Conhecido. Crédito Tributário Mantido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário. (assinatura digital) Paulo Guilherme Déroulède Presidente (assinatura digital) Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza Relatora Participaram do julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Déroulède (Presidente), José Fernandes do Nascimento, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, José Renato Pereira de Deus, Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, Jorge Lima Abud, Diego Weis Júnior e Walker Araujo. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 12 68 9. 00 20 85 /2 00 6- 51 Fl. 160DF CARF MF 2 Por ser sintético e bem transcrever os fatos, colacionase o relatório do acórdão da DRJ/Fortaleza, fls. 134/1351: Trata o presente processo de lançamentos de créditos tributários, formalizados em dois autos de infração, conforme discriminado a seguir: a) Auto de Infração de fls. 0206, através do qual foi constituído o crédito tributário relativo à Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social incidente na Importação (COFINSImportação), no valor de R$ 47.169,42, acrescido de multa de ofício, no percentual de 75%; b) Auto de Infração de fls. 0711, por meio do qual foi constituído o crédito tributário relativo à Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação (PIS/PASEP Importação), no valor de R$ 10.240,73, acrescido de multa de ofício, no percentual de 75%. De acordo com a descrição dos fatos, contida nos autos de infração, houve falta de recolhimento das referidas Contribuições, instituídas pelo art. 1º da Lei nº 10.865/2004, incidentes na importação da mercadoria amparada pela Declaração de Importação (DI) nº 06/14012060, registrada em 20/11/2006 (fls. 1215). Afirma, a fiscalização: “Sendo assim, cobrase a contribuição e os acréscimos legais devidos. A DI citada foi desembaraçada em atendimento à liminar em mandado de segurança proferida no processo n° 2006.33.00.0172140 da 14ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado da Bahia.” Cientificada dos lançamentos em 15/10/2007, conforme Aviso de Recebimento de fl. 33, a empresa insurgiuse contra a exigência, apresentando, em 06/11/2007, as impugnações de fls. 3443 e 7079, acompanhadas dos documentos de fls. 4569 e 80122, nas quais expõe as seguintes razões de defesa: a) ajuizou mandado de segurança, sustentando a impossibilidade de cobrança da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre a importação promovida por empresa optante pelo SIMPLES, uma vez que contraria os artigos 170, IX, e 179 da Constituição Federal de 1988, os quais exigem a dispensa de tratamento diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte estando obrigada apenas a recolher os tributos previstos na Lei n° 9.317/1996, não podendo sujeitarse às contribuições instituídas pela Lei n° 10.865/2004; b) a liminar foi inicialmente indeferida e em seguida reformada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, por meio de decisão proferida em Agravo de Instrumento, que determinou que a autoridade impetrada se abstenha de exigir o recolhimento da COFINSImportação e PIS/PASEPImportação, incidentes sobre a mercadoria importada; 1 Todas as páginas, referenciadas no voto, correspondem ao eprocesso. Fl. 161DF CARF MF Processo nº 12689.002085/200651 Acórdão n.º 3302005.091 S3C3T2 Fl. 3 3 c) posteriormente, revendo o seu entendimento sobre a matéria, a Juíza de primeiro grau concedeu a segurança em sentença, confirmando a liminar para determinar a não incidência do PIS e da COFINS sobre a importação; d) o processo encontrase em grau recursal, para julgamento da apelação interposta pela Procuradoria da Fazenda Nacional; e) a impugnante possui em seu favor decisão liminar posteriormente confirmada em sentença em mandado de segurança suspendendo a exigibilidade do PIS e da COFINS Importação, o que inviabiliza qualquer expediente de cobrança; f) não poderia a Autoridade Fiscal ter dado início ao procedimento de cobrança, materializado no Auto de Infração, uma vez que este foi iniciado após a concessão de liminar em Mandado de Segurança, quando já havia suspensão da exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 151, IV, do CTN; g) a referida regra impossibilita a instauração de qualquer expediente de cobrança do crédito até que o Poder Judiciário se manifeste acerca do questionamento sobre a legalidade/constitucionalidade da cobrança; h) há violação de determinação judicial pela autoridade administrativa ao lavrar o presente auto de infração, na medida em que a questão foi posta à apreciação do Poder Judiciário, o qual determinou que a impugnante possui o direito de não recolher o tributo; i) a autoridade administrativa desrespeitou a coisa julgada, violando o preceito do art. 5°, inciso XXXVI, da Constituição Federal; j) ainda que se entenda possível o lançamento de crédito cuja exigibilidade se encontra suspensa, não é válida a exigência de multa de ofício, nos termos do art. 63 da Lei nº 9.430/1996; k) por fim, em razão da suspensão da exigibilidade do crédito tributário e pelo desrespeito à coisa julgada, requer sejam declarados nulos os autos de Infração sendo que, caso ultrapassada a preliminar, requer a exclusão das multas de oficio. A impugnação foi considerada parcialmente improcedente, conforme se depreende da ementa: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 20/11/2006 PROCESSOS ADMINISTRATIVO E JUDICIAL. DIVERGÊNCIA PARCIAL DE OBJETOS. RENÚNCIA PARCIAL À INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA. Fl. 162DF CARF MF 4 Em razão do Princípio da Unidade de Jurisdição, a propositura de ação judicial contra a Fazenda Pública importa renúncia ao direito de recorrer às instâncias julgadoras administrativas, no tocante à matéria objeto de discussão perante o Poder Judiciário. Em relação à referida matéria, o lançamento torna se definitivo na esfera administrativa, ficando vinculado ao que for decidido no processo judicial. Havendo divergência parcial de objetos entre o processo administrativo e a ação judicial, é cabível o julgamento administrativo da lide unicamente no que concerne à matéria diferenciada. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Data do fato gerador: 20/11/2006 MANDADO DE SEGURANÇA. MEDIDA LIMINAR. LANÇAMENTO. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. A propositura de ação em mandado de segurança, ainda que favorecida com medida liminar, não afasta o dever da autoridade fiscal de proceder ao lançamento de ofício do crédito tributário em litígio, ficando apenas suspensa a sua exigibilidade enquanto vigorar a decisão judicial. MANDADO DE SEGURANÇA. MEDIDA LIMINAR. LANÇAMENTO. MULTA DE OFÍCIO. Incabível o lançamento de multa de ofício na constituição de crédito tributário destinada a prevenir a decadência, no caso de suspensão da exigibilidade por medida liminar em mandado de segurança. A contribuinte irresignada apresentou Recurso Voluntário para discutir a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo da contribuição para o PIS importação e COFINSimportação, contudo, tal argumento somente foi apresentado em sede recursal. É o relatório. Voto Conselheira Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, Relatora. 1. Dos requisitos de admissibilidade O Recurso Voluntário foi apresentado de modo tempestivo, a ciência do acórdão ocorreu em 28 de março de 2013, fls. 148, e o recurso foi protocolado em 30 de abril de 2013, fls. 150. Tratase, portanto, de recurso tempestivo e de matéria que pertence a este colegiado. 2. Da Preclusão Fl. 163DF CARF MF Processo nº 12689.002085/200651 Acórdão n.º 3302005.091 S3C3T2 Fl. 4 5 A matéria suscitada em sede de recurso voluntário, qual seja, o ICMS na base de cálculo do PISimportação e COFINSimportação somente foi arguida em sede recursal, não tendo sido apresentada em fase de impugnação, por tal motivação, encontrase preclusa. Da legislação, extraise que: Decreto nº 70.235/1972 Art. 17. Considerarseá não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante. Nesse sentido, como não houve impugnação pela Recorrente, tal matéria encontrase preclusa e, portanto, não deve ser conhecida. 3. Conclusão Por todo exposto, não conheço do recurso voluntário. Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza Fl. 164DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 12448.910961/2016-20
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 22 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed Mar 21 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2005, 2006
IRRF. RETENÇÃO NO BRASIL. APROVEITAMENTO. OFERECIMENTO DA RECEITA CORRESPONDENTE À TRIBUTAÇÃO. COMPROVAÇÃO. DIPJ.
Constatada a inclusão das informações correspondentes à receita que deu origem ao IRRF na Ficha 57 e na linha 31 da Ficha 06A da DIPJ resta presente um conjunto de evidências de que a Contribuinte ofereceu à tributação as receitas que deram origem às retenções efetuadas fazendo jus à utilização do IRRF correspondente.
IMPOSTO DE RENDA RETIDO NO EXTERIOR. COMPROVANTE DE RETENÇÃO. AUSÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO.
Para aproveitamento do IRRF retido no exterior decorrente de juros recebidos em razão de empréstimo efetuado à empresa sediada no México, necessária a apresentação nos autos do respectivo comprovante do recolhimento reconhecido pelo órgão arrecadador mexicano e pelo consulado brasileiro no México.
Numero da decisão: 1201-001.988
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do relator
(assinado digitalmente)
Ester Marques Lins de Sousa - Presidente
(assinado digitalmente)
Luis Fabiano Alves Penteado - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa (Presidente), Eva Maria Los, Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli e Gisele Barra Bossa. Ausentes, justificadamente, os Conselheiros José Carlos de Assis Guimarães e Rafael Gasparello Lima.
Nome do relator: LUIS FABIANO ALVES PENTEADO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2005, 2006 IRRF. RETENÇÃO NO BRASIL. APROVEITAMENTO. OFERECIMENTO DA RECEITA CORRESPONDENTE À TRIBUTAÇÃO. COMPROVAÇÃO. DIPJ. Constatada a inclusão das informações correspondentes à receita que deu origem ao IRRF na Ficha 57 e na linha 31 da Ficha 06A da DIPJ resta presente um conjunto de evidências de que a Contribuinte ofereceu à tributação as receitas que deram origem às retenções efetuadas fazendo jus à utilização do IRRF correspondente. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NO EXTERIOR. COMPROVANTE DE RETENÇÃO. AUSÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO. Para aproveitamento do IRRF retido no exterior decorrente de juros recebidos em razão de empréstimo efetuado à empresa sediada no México, necessária a apresentação nos autos do respectivo comprovante do recolhimento reconhecido pelo órgão arrecadador mexicano e pelo consulado brasileiro no México.
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RETENÇÃO NO BRASIL. APROVEITAMENTO. OFERECIMENTO DA RECEITA CORRESPONDENTE À TRIBUTAÇÃO. COMPROVAÇÃO. DIPJ. Constatada a inclusão das informações correspondentes à receita que deu origem ao IRRF na Ficha 57 e na linha 31 da Ficha 06A da DIPJ resta presente um conjunto de evidências de que a Contribuinte ofereceu à tributação as receitas que deram origem às retenções efetuadas fazendo jus à utilização do IRRF correspondente. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NO EXTERIOR. COMPROVANTE DE RETENÇÃO. AUSÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO. Para aproveitamento do IRRF retido no exterior decorrente de juros recebidos em razão de empréstimo efetuado à empresa sediada no México, necessária a apresentação nos autos do respectivo comprovante do recolhimento reconhecido pelo órgão arrecadador mexicano e pelo consulado brasileiro no México. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do relator (assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 12 44 8. 91 09 61 /2 01 6- 20 Fl. 737DF CARF MF 2 (assinado digitalmente) Luis Fabiano Alves Penteado Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa (Presidente), Eva Maria Los, Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli e Gisele Barra Bossa. Ausentes, justificadamente, os Conselheiros José Carlos de Assis Guimarães e Rafael Gasparello Lima. Relatório O presente processo trata de Manifestação de Inconformidade contra Despacho Decisório nº rastreamento 115329025, emitido em 07/06/2016, referente ao PER/DCOMP nº 20649.99373.310311.1.3.029301 e outros dezoito relacionados ao mesmo crédito (fls. 20 e 128/150). As declarações de compensação foram geradas com o objetivo de ter reconhecido o direito creditório correspondente a saldo negativo de IRPJ apurado no exercício 2011, no valor de R$ 11.444.877,80, e compensar os débitos discriminados nos referidos PER/DCOMP. De acordo com o despacho decisório, o crédito reconhecido foi insuficiente para compensar integralmente os débitos informados pelo sujeito passivo, razão pela qual a compensação declarada no PER/DCOMP nº 20649.99373.310311.1.3.029301 foi HOMOLOGADA, a declarada no PER/DCOMP nº 17919.03645.100511.1.7.026412 foi PARCIALMENTE HOMOLOGADA e as dos demais PER/DCOMP foram NÃO HOMOLOGADAS. As parcelas de composição do crédito, representadas por imposto de renda pago no exterior, retenções na fonte passíveis de aproveitamento a título de antecipação do imposto de renda, pagamentos e compensações de estimativas, foram assim confirmadas: Tendo em vista que, como consta do despacho decisório, a soma das parcelas de composição do crédito informadas no PER/DCOMP deve ser suficiente para comprovar a quitação do imposto de renda devido e a apuração do saldo negativo, das parcelas de composição do crédito confirmadas foi deduzido o IRPJ devido no período, no valor de R$ 1.155.686,29, o que resultou no reconhecimento do direito ao crédito no valor de R$ 474.593,87, inferior ao informado na Declaração de Informações EconômicoFiscais (DIPJ), R$ 11.444.877,80. Fl. 738DF CARF MF Processo nº 12448.910961/201620 Acórdão n.º 1201001.988 S1C2T1 Fl. 3 3 No documento intitulado “PER/DCOMP Despacho Decisório – Análise de Crédito”, que é parte integrante do despacho emitido, vêse ser a razão para não confirmação das parcelas: Ao final desse mesmo documento, sob o título “Documentação Complementar” consta que documentos considerados na análise do direito creditório estão arquivados no processo nº 15251.720005/201643, fls. 832 a 928, e podem ser consultados na Delegacia da Receita Federal do Brasil da jurisdição do sujeito passivo. Em despacho que consta do citado processo, cuja cópia encontrase anexada às fls. 140/150, a autoridade fiscal assim se manifestou: Fl. 739DF CARF MF 4 1) Estimativas de IRPJ pagas com compensação – verificase nas respectivas DCTF que as estimativas de março, parcial de abril, junho, julho agosto setembro e outubro, nos valores abaixo descritos, foram pagas com compensação através das DCOMP abaixo listadas: Pesquisandose nos sistemas SIEF PERD/COMP e SIEF PROCESSOS, fls. 870/897, constatase que referidas compensações não foram homologadas, portanto, os valores dessas estimativas não serão considerados para compor o saldo negativo de IRPJ do ano de 2010, uma vez que nos termos do art. 2º, §4º, IV, da Lei n.º 9.430, de 1996, somente são dedutíveis do tributo devido no ajuste anual as antecipações mensais efetivamente extintas. 2) IR pago no exterior a interessada informa em DCOMP em análise o valor de R$ 13.959,00 como formador do saldo negativo. Pesquisandose em sua DIPJ/2011, ficha 12A (de apuração do imposto de renda anual) linha 14 “Imp. Pago no Ext. s/ Lucros, Rend. e Ganhos de Capital” e em ficha 11 (de estimativas) linha “Imp. Pago no Ext. s/ Lucros, Rend. e Ganhos de Capital”, fls. 841/849 constatase que referidos campos encontramse zerados, não sendo possível aferilo como verdadeiro, uma vez que sequer foi demonstrado em DIPJ em respectivos campo, razão pela qual referido valor não será considerado para compor o saldo negativo de IRPJ 2010. 3) IRRF e Receitas financeiras DIPJ x Receitas financeira DIRF – verificandose as retenções declaradas em DCOMP e ficha 57 da DIPJ/2011, com as retenções declaradas pelas fontes pagadoras em DIRF/2010, fls. 898/916, elaborouse a planilha abaixo: Fl. 740DF CARF MF Processo nº 12448.910961/201620 Acórdão n.º 1201001.988 S1C2T1 Fl. 4 5 Conforme se verifica na referida DIRF e no demonstrativo acima, as receitas financeiras declaradas pelas fontes pagadoras foram no valor total de R$ 43.061.266,84, enquanto que, na demonstração de resultado, em ficha 06A linha 23, fls. 853, as receitas financeiras oferecidas à tributação foram no valor de R$ 3.812.310,52, bem inferior aos rendimentos declarados em DIRF. Cabe ressaltar que a fonte declarante dos rendimentos no valor de R$ 41.870.866,94, HSJ COMERCIAL S/A, CNPJ nº 02.091.365/000102, que corresponde à maior parte da retenção deduzida, como podese verificar no demonstrativo acima, é uma empresa de comércio varejista de artigos de joalheria, de acordo com o cadastro da RFB, fls. 917, não havendo como deixar de declarar este rendimento no seu valor total como rendimento do anocalendário de 2010. O inciso III do § 4º do artigo 2º da Lei 9.430/96 determina que para efeito de determinação do saldo de imposto de renda a pagar ou a ser compensado, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido o valor do imposto de renda retido na fonte, incidente sobre receitas computadas na determinação do lucro real, razão pela qual, a respectiva retenção será considerada proporcionalmente à receita oferecida à tributação em ficha 06A, conforme a seguir: receita financeira oferecida à tributação em DIPJ (R$ 3.812.310,52): receita financeira declarada pelas fontes pagadoras (R$ 42.963.055,08) x IRRF declarado em DCOMP (R$ 8.609.170,11) = R$ 774.825,31 Fl. 741DF CARF MF 6 Obs.: o valor 42.963.055,08 foi obtido excluindose do valor total das receitas financeiras declaradas em DIRF (43.062.925,77) o valor da receita referente ao código 8045 (99.870,69, receita de serviço); Portanto o valor das retenções a serem reconhecidas para efeito de dedução do IRPJ do ano de 2010 corresponde ao valor de R$ 774.825,31. Diante do acima exposto, tendo como base as informações constantes do presente processo, o valor do IRRF considerado para efeito de dedução no ano de 2010 corresponde a R$ 774.825,31; não será considerado o valor de R$ 13.959,00 relativo ao IR pago no exterior assim como não serão consideradas as estimativas compensadas no valor de R$ 3.121.980,13, pelas razões anteriormente expostas. Manifestação de Inconformidade Cientificado do Despacho Decisório em 16/06/2016, conforme AR de fls. 123/124, o sujeito passivo protocolou, em 14/07/2016, a Manifestação de Inconformidade de fls. 3 a 19 e documentação de fls. 21/110, com as seguintes alegações: Retenção na Fonte Sobre a retenção sob responsabilidade da fonte pagadora HSJ Comercial S.A., CNPJ 02.091.365/000192, afirma que apresenta comprovante de retenção, esclarece que a operação realizada foi o pagamento de remuneração de debêntures e que a receita correspondente à retenção foi adicionada à base de cálculo do tributo. Quanto à retenção do Banco Safra, CNPJ 58.160.789/000128, informa serem decorrentes de aplicações financeiras, conforme dois informes de rendimentos emitidos pelo banco, que comprovam o valor de R$ 69.572,13. Quanto à diferença de R$ 161,46 em relação ao valor da parcela informado no PER/DCOMP, R$ 69.733,59, informa que “se deve à atualização pela taxa Selic do valor do crédito no momento da apresentação do pedido de compensação, conforme prevê o art. 83 da IN RFB nº 1.300/12.” Em relação à retenção informada sob o CNPJ 60.701.190/000104, informa que efetuou, na mesma época, duas operações que ensejaram a retenção do imposto de renda na fonte, uma com o Itaú Unibanco, CNPJ 60.701.190/000104, que gerou IRRF no valor de R$ 2,61, e outra com o Itaú BBA S.A., CNPJ 17.298.092/000130, no valor de R$ 23.809,57. Por equívoco, informou, no PER/DCOMP, essas retenções de forma invertida, ou seja, associou o valor de R$ 23.809,57 ao CNPJ 60.701.190/000104, e viceversa. Estimativa compensada Após informar que o saldo negativo utilizado na compensação foi apurado na DIPJ/2010, apresentando as fichas da declaração em que consta tal apuração, afirma que as compensações foram analisadas no processo 16682.900714/201431, cujo despacho decisório foi objeto de contestação pela apresentação de manifestação de inconformidade. Fl. 742DF CARF MF Processo nº 12448.910961/201620 Acórdão n.º 1201001.988 S1C2T1 Fl. 5 7 Informa que “a Recorrente remeteu recursos ao exterior, a título de empréstimo para empresa mexicana (H.Stern Joyeros S. de R.L. de C.V), no valor de R$ 1.730.000,00, no ano de 2009, através do banco HSBC. A empresa estrangeira realizou o pagamento do empréstimo de forma parcelada, pagando juros no ano de 2010 à ora Requerente, o que acarretou na retenção do imposto de renda na fonte, no valor de R$136.959,00, correspondente à alíquota de 15%, incidente sobre o valor total pago no exercício”, operação que estaria registrada na conta de tributos a recuperar do livro Razão. Acórdão 0271.776 da 2°Turma da DRJ/BHE Por meio do acórdão n. 0271.776 a 2°Turma da DRJ/BHE julgou parcialmente procedente a Manifestação de Inconformidade da ora Recorrente, tendo reconhecido em parte o direito creditório, conforme conclusão abaixo transcrita: Conclusão Ante o exposto e o contido nos autos do presente processo administrativo, reconheço por tempestiva a manifestação de inconformidade e concluo pela sua procedência parcial, reconhecendo direito creditório complementar referente ao saldo negativo de IRPJ apurado pela interessada no exercício 2011, no valor de R$ 3.121.980,13, e a utilização do direito creditório reconhecido para homologação das compensações declaradas nos PER/DCOMP objeto desse processo até o limite do crédito reconhecido. Ressalto que o valor do crédito complementar reconhecido, somado ao valor do direito creditório concedido no despacho decisório, soma R$ 3.596.574,00, inferior ao apurado na DIPJ/2011, no valor de R$ 11.444.877,80. Desta forma, o acórdão restou assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Exercício: 2011 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real que apurar saldo do imposto pago a maior no encerramento do período poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a tributos administrados pela RFB. OFERECIMENTO DA RECEITA À TRIBUTAÇÃO Para que o imposto de renda retido na fonte seja considerado como antecipação do devido pelo contribuinte, é imperioso que Fl. 743DF CARF MF 8 as receitas correspondentes tenham sido computadas na base de cálculo do tributo. ESTIMATIVA COMPENSADA. EXIGÊNCIA DE CERTEZA E LIQUIDEZ DO CRÉDITO UTILIZADO NA EXTINÇÃO DO DÉBITO POR COMPENSAÇÃO. Compensação é a forma de extinção das obrigações em que as pessoas são, reciprocamente, credoras e devedoras entre si, até onde as dívidas se compensem. Para que tal encontro de contas possa ocorrer no contexto tributário, é imperativo que o crédito que o sujeito passivo afirma ter em seu favor atenda aos requisitos de certeza e liquidez, condição imposta pelo art. 170 do CTN. Na tributação pelo lucro real, as estimativas são consideradas antecipação do imposto de renda devido no encerramento do período de apuração. Assim sendo, só pode ser considerado como antecipação, passível de dedução, o montante que tenha ingressado nos cofres públicos, seja pelo recolhimento, seja pela retenção na fonte, seja objeto de efetiva compensação. IMPOSTO DE RENDA PAGO NO EXTERIOR. COMPROVAÇÃO. A pessoa jurídica poderá compensar o imposto de renda incidente, no exterior, sobre os lucros, rendimentos e ganhos de capital computados no lucro real, até o limite do imposto de renda incidente, no Brasil, sobre os referidos lucros, rendimentos ou ganhos de capital. O tributo pago no exterior, passível de compensação, será sempre proporcional ao montante dos lucros, rendimentos ou ganhos de capital que houverem sido computados na determinação do lucro real. Para fins de compensação, o documento relativo ao imposto de renda incidente no exterior deverá ser reconhecido pelo respectivo órgão arrecadador e pelo Consulado da Embaixada Brasileira no país em que for devido o imposto. Recurso Voluntário Inconformada, a contribuinte apresentou Recurso Voluntário no qual repisa os termos da Manifestação de Inconformidade. É o relatório. Voto Conselheiro Luis Fabiano Alves Penteado Relator Fl. 744DF CARF MF Processo nº 12448.910961/201620 Acórdão n.º 1201001.988 S1C2T1 Fl. 6 9 O recurso interposto é tempestivo e encontrase revestido das formalidades legais cabíveis, merecendo ser apreciado. Mérito Escopo do voto Considerando que a DRJ/BHE reconheceu a totalidade do crédito referente às estimativas compensadas em razão de homologação de compensação ocorrida em outro processo julgado pela Turma de Julgamento, resta a seguinte em sede de Recurso Voluntário dos seguintes tópicos: i) IRRF das fontes pagadoras CNPJ n. 02.091.365/000102; 58.160.789/000128 e 60.701.190/000104 segundo a autoridade fiscal, não obstante a comprovação das efetivas retenções, não fora comprovado o reconhecimento da receita correspondente pela ora Recorrente; ii) IR Exterior decorrente de juros recebidos em razão de empréstimo efetuado a empresa mexicana H Stern Joyeros segundo a autoridade fiscal, não fora apresentado comprovante de pagamento do IR pago no exterior reconhecido pelo órgão arrecadador mexicano e pelo consulado brasileiro no México. Retenções na Fonte Brasil A questão aqui posta se refere à falta de comprovação do reconhecimento pela ora Recorrente da receita que deu origem às retenções efetuadas. Sustenta a Recorrente que " 10. Ao contrário do que fora afirmado pela Turma Julgadora, com o devido respeito, de acordo com o que se infere da linha 15, ficha 12 da DIPJ 2011 (Doc. 19 da Impugnação), que retrata o cálculo do imposto de renda a pagar no lucro real pela empresa, todos os valores retidos integraram a base do cálculo do imposto a pagar. 11. No mesmo sentido, podese verificar que tal receita, objeto da retenção fora oferecida à tributação, a partir da ficha 57 da DIPJ 2011, que consiste no Demonstrativo do Imposto de Renda, CSLL e Contribuição Previdenciária retidos na fonte (Doc. 20 da Impugnação). 12. Com relação ao reconhecimento da receita financeira na DIPJ, é possível notar através da ficha 06 A da DIPJ 2010, ora anexada, que foi feito o lançamento corretamente da receita financeira em questão, mas o pagamento efetivo somente ocorreu no exercício subsequente, de modo que a retenção na fonte, acompanhou tal pagamento. Fl. 745DF CARF MF 10 13. Além disso, convém registrar que toda a receita foi devidamente contabilizada, assim como a respectiva retenção, a teor do que se verifica no Livro Razão (Doc. 08 e 12 – anexos à Impugnação), conta contábil nº 01.1151010.00060.10001, que trata dos impostos a recuperar e do balanço 2011, ano base 2010, relativo ao IRRF a compensar, emitido pela ora Recorrente (Doc. 11 – anexo à Impugnação)." Tratase aqui, portanto, de matéria de fato comprovação do reconhecimento de receita. Com relação ao argumento relativo à Linha 15 da Ficha 12 da DIPJ, entendo que a informação lá contida (valor de IRRF) em nada colabora para o deslinde da discussão, vez que o ponto de controvérsia, ou seja, o fundamento da autoridade fiscal para não reconhecer o respectivo crédito de IRRF, não se refere à comprovação da retenção mas à demonstração do reconhecimento integral da receita correspondente. No tangente às informações da Ficha 57 Demonstrativos do Imposto de Renda, CSLL e Contribuição Previdenciária Retidos na Fonte, temos uma evidência dos argumentos da Recorrente. Isso porque, é possível verificar que a Recorrente declara rendimentos no valor de R$ 39.949.433,24 referentes á HSJ Comercial (CNPJ 02.091.365/000102) e de R$ 170.626,50 referente ao Banco Safra (CNPJ 58.160.789/000128). Por fim, na linha 31 da Ficha 06A é informado o valor de R$ 41.870.866,94 como receita de Prêmios na Emissão de Debênture. Assim, enxergo um conjunto de evidências de que a ora Recorrente ofereceu à tributação as receitas que deram origem às retenções efetuadas e que foram comprovadas nos autos, fazendo jus à utilizar o IRRF correspondente. IR Juros do Exterior Com relação IRRF retido no exterior decorrente de juros recebidos em razão de empréstimo efetuado à empresa mexicana H Stern Joyeros, não encontrei nos autos comprovante de pagamento do IR pago no exterior reconhecido pelo órgão arrecadador mexicano e pelo consulado brasileiro no México. Tratase, contudo, de documento imprescindível para o aproveitamento do IRRF conforme previsão expressa do art. 26 e parágrafos da Lei n. 9.249/95, in verbis: Art. 26. A pessoa jurídica poderá compensar o imposto de renda incidente, no exterior, sobre os lucros, rendimentos e ganhos de capital computados no lucro real, até o limite do imposto de renda incidente, no Brasil, sobre os referidos lucros, rendimentos ou ganhos de capital. § 1º Para efeito de determinação do limite fixado no caput, o imposto incidente, no Brasil, correspondente aos lucros, rendimentos, ganhos de capital e receitas de prestação de serviços auferidos no exterior, será proporcional ao total do imposto e adicional devidos pela pessoa jurídica no Brasil. Fl. 746DF CARF MF Processo nº 12448.910961/201620 Acórdão n.º 1201001.988 S1C2T1 Fl. 7 11 § 2º Para fins de compensação, o documento relativo ao imposto de renda incidente no exterior deverá ser reconhecido pelo respectivo órgão arrecadador e pelo Consulado da Embaixada Brasileira no país em que for devido o imposto. Uma vez não preenchidos integralmente os requisitos previstos em lei, não há como admitir o aproveitamento do crédito de IRRF. Conclusão Diante do exposto, CONHEÇO do Recurso Voluntário para no MÉRITO, DARLHE PARCIAL PROVIMENTO no sentido de reconhecer o crédito de IRRF referente às fontes pagadoras HSJ Comercial (CNPJ 02.091.365/000102) e referente ao Banco Safra (CNPJ 58.160.789/000128) na proporção da receita reconhecida em DIPJ na Ficha 06A linha 31 e Ficha 57. É como voto. (assinado digitalmente) Luis Fabiano Alves Penteado Relator Fl. 747DF CARF MF
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