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Numero do processo: 13502.902343/2012-43
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu May 29 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Jun 06 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/08/2010 a 31/08/2010
NORMAS PROCESSUAIS. ARGUMENTOS DE DEFESA. INOVAÇÃO EM SEDE DE RECURSO. PRECLUSÃO.
Os argumentos de defesa devem ser trazidos na primeira instância administrativa.
INDÉBITO. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ÔNUS DA PROVA.
O ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa devidamente motivada não infirmada com elementos de prova hábeis e idôneos.
Numero da decisão: 3803-006.251
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, em não conhecer do recurso, por inovação dos argumentos de defesa.
(assinado digitalmente)
Corintho Oliveira Machado - Presidente.
(assinado digitalmente)
Hélcio Lafetá Reis - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado (Presidente), Hélcio Lafetá Reis (Relator), Belchior Melo de Sousa, João Alfredo Eduão Ferreira, Demes Brito e Jorge Victor Rodrigues.
Nome do relator: HELCIO LAFETA REIS
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/08/2010 a 31/08/2010 NORMAS PROCESSUAIS. ARGUMENTOS DE DEFESA. INOVAÇÃO EM SEDE DE RECURSO. PRECLUSÃO. Os argumentos de defesa devem ser trazidos na primeira instância administrativa. INDÉBITO. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. O ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa devidamente motivada não infirmada com elementos de prova hábeis e idôneos.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/08/2010 a 31/08/2010 NORMAS PROCESSUAIS. ARGUMENTOS DE DEFESA. INOVAÇÃO EM SEDE DE RECURSO. PRECLUSÃO. Os argumentos de defesa devem ser trazidos na primeira instância administrativa. INDÉBITO. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. O ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa devidamente motivada não infirmada com elementos de prova hábeis e idôneos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, em não conhecer do recurso, por inovação dos argumentos de defesa. (assinado digitalmente) Corintho Oliveira Machado Presidente. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado (Presidente), Hélcio Lafetá Reis (Relator), Belchior Melo de Sousa, João Alfredo Eduão Ferreira, Demes Brito e Jorge Victor Rodrigues. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 50 2. 90 23 43 /2 01 2- 43 Fl. 107DF CARF MF Impresso em 09/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 05/06/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 13502.902343/201243 Acórdão n.º 3803006.251 S3TE03 Fl. 108 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pelo contribuinte em contraposição à decisão da DRJ Belo Horizonte/MG que julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade apresentada em decorrência da não homologação da compensação declarada. O contribuinte havia transmitido Declaração de Compensação em 1º de junho de 2012, referente a crédito decorrente de alegado pagamento a maior de Cofins, no valor de R$ 257.236,61, destinado a quitar débito de sua titularidade. Por meio de despacho decisório eletrônico, a repartição de origem não homologou a compensação, pelo fato de que o pagamento declarado já havia sido integralmente utilizado na quitação de débitos do contribuinte. Cientificado da decisão, o contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade e requereu o reconhecimento do crédito e a homologação da compensação, com o seguinte argumento: “Tal indeferimento não pode prosperar porque os créditos oriundos de pagamento indevido ou maior já tinham sido devidamente disponibilizados em razão da desvinculação dos mesmos das DCTFs daquele período.” Junto à Manifestação de Inconformidade, o contribuinte trouxe aos autos cópias de documentos societários e do despacho decisório. A DRJ Belo Horizonte/MG não reconheceu o direito creditório, tendo sido o acórdão ementado nos seguintes termos: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 2010 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. Não se admite compensação com crédito que não se comprova existente. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Cientificado da decisão em 14 de outubro de 2013, o contribuinte apresentou Recurso Voluntário no dia 31 do mesmo mês e requereu prorrogação do prazo para a apuração adequada do efetivo direito creditório, alegando que o seu departamento fiscal não enviara as declarações retificadoras, sendo essa a razão da existência do presente passivo tributário. É o relatório. Voto Fl. 108DF CARF MF Impresso em 09/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 05/06/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 13502.902343/201243 Acórdão n.º 3803006.251 S3TE03 Fl. 109 3 Conselheiro Hélcio Lafetá Reis O recurso é tempestivo, mas dele não conheço, em razão dos fatos a seguir identificados. Diante do acima relatado, constatase que o Recorrente, nesta fase recursal, altera totalmente o seu pedido, não mais pleiteando a homologação da compensação devidamente declarada, conforme fizera na Manifestação de Inconformidade, mas requerendo a dilação de prazo para a apuração adequada do efetivo direito creditório e para produção de provas, em razão de equívoco cometido por seu departamento fiscal, que não providenciara a retificação das DCTFs do período. Notese que a afirmativa do Recorrente de que necessita de mais prazo para apurar adequadamente o efetivo direito creditório denota, inequivocamente, que as informações constantes da Declaração de Compensação foram repassadas de forma inadvertida, sem lastro na escrituração contábilfiscal, pois, do contrário, nada haveria a ser apurado, mas apenas informado no bojo deste processo. É flagrante a inovação operada em sede de recurso, tratandose de matéria preclusa em razão de sua não exposição na primeira instância administrativa, não tendo sido examinada pela autoridade julgadora de piso, o que contraria o princípio do duplo grau de jurisdição, bem como o do contraditório e o da ampla defesa. A preclusão processual é um elemento que limita a atuação das partes durante a tramitação do processo, imputandolhe celeridade, numa sequência lógica e ordenada dos fatos, em prol da pretendida pacificação social. Humberto Theodoro Júnior1 nos ensina que preclusão é “a perda da faculdade ou direito processual, que se extinguiu por não exercício em tempo útil”. Ainda segundo o mestre, com a preclusão, “evitase o desenvolvimento arbitrário do processo, que só geraria a balbúrdia, o caos e a perplexidade para as partes e o juiz”. O princípio da preclusão conectase ao princípio do impulso processual e destinase “não apenas a proporcionar uma mais rápida solução do litígio, mas bem ainda a tutelar a boafé no processo, impedindo o emprego de expedientes que configurem litigância de máfé” 2. Tal princípio busca garantir o avanço da relação processual e impedir o retrocesso às fases anteriores do processo, encontrandose fixado o limite da controvérsia, no Processo Administrativo Fiscal (PAF), no momento da impugnação/manifestação de inconformidade. De acordo com o art. 16, inciso III, do Decreto nº 70.235, de 1972, os atos processuais se concentram no momento da impugnação, cujo teor deverá abranger “os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância, as razões e provas que 1 HUMBERTO, Theodoro Júnior. Curso de direito processual civil. vol. 1. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 225 226. 2 GRINOVER, Ada Pellegrini. “Interesse da União, preclusão. A preclusão e o órgão judicial”. In: A Marcha do Processo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000, p. 230/241. Disponível em: http://www.ambito juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11781. Acesso em: 15 abr 2013. Fl. 109DF CARF MF Impresso em 09/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 05/06/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 13502.902343/201243 Acórdão n.º 3803006.251 S3TE03 Fl. 110 4 possuir", considerandose não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante (art. 17 do Decreto nº 70.235, de 1972). Não é lícito inovar no recurso para inserir questão diversa daquela originalmente deduzida na impugnação/manifestação de inconformidade, devendo a inovação ser afastada por se referir a matéria não exposta no momento processual devido. Além disso, mesmo que preclusão não houvesse, o interessado não trouxe aos autos nem mesmo um início de prova, tendo a instrução se dado apenas com documentos societários, nada tendo sido dito acerca da natureza do indébito utilizado em compensação. Não se pode perder de vista que a prova encontrase em poder do próprio Recorrente, e uma vez que foi dele a iniciativa de instauração do presente processo, pois que relativo a um direito que ele alega ser detentor, não se vislumbra razão à preponderância do princípio da verdade material sobre, por exemplo, o princípio constitucional da celeridade processual (art. 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal de 1988) ou o dever de comprovação dos fatos alegados (art. 16, inciso III, e § 4º do Decreto nº 70.235, de 1972). O ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa que não reconheceu o direito creditório e não homologou a compensação, amparada em informações prestadas pelo sujeito passivo e presentes nos sistemas internos da Receita Federal (DCTF e sistemas de arrecadação), não cabendo no Processo Administrativo Fiscal (PAF) a requisição de prorrogação de prazos fixados na legislação processual tributária. Nos termos do art. 16 do Decreto n° 70.235/19723, que regula o PAF, aplicável na discussão de processos envolvendo compensação tributária, cabe ao impugnante o ônus da prova de suas alegações contrapostas à decisão de não homologação baseada na DCTF e na base de dados de arrecadação. 3 Art. 16. A impugnação mencionará: (...) III os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993) – Grifei (...) § 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) b) refirase a fato ou a direito superveniente;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) Fl. 110DF CARF MF Impresso em 09/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 05/06/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 13502.902343/201243 Acórdão n.º 3803006.251 S3TE03 Fl. 111 5 Nesse contexto, por inovação dos argumentos de defesa, associada à ausência de qualquer elemento de prova do crédito reclamado, voto por NÃO CONHECER do recurso. É como voto. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator Fl. 111DF CARF MF Impresso em 09/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 05/06/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 29/05/2014 por HELCIO LAFETA REIS
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Numero do processo: 19991.000020/2007-78
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Fri Apr 25 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Aug 06 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 31/10/1995 a 28/02/1996
CONTRIBUIÇÃO AO PIS MP 1.212/95. ADIN 1.417-0. RESTITUIÇÃO DOS VALORES REFERENTES AOS FATOS GERADORES OCORRIDOS NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 1995 A FEVEREIRO DE 1996. "VACATIO LEGIS".
O STF declarou a inconstitucionalidade somente da aplicação retroativa da sistemática de apuração da contribuição PIS instituída pela MP 1.212/95 e reedições, convertida na Lei n° 9.715/98 e reafirmou a legalidade da cobrança da contribuição PIS no período de outubro de 1995 a fevereiro de 1996 nos termos da Lei Complementar 07/1970.
Numero da decisão: 3801-003.410
Decisão: Recurso Voluntário Negado.
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Flávio de Castro Pontes Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Flávio de Castro Pontes, Sidney Eduardo Stahl, Paulo Sérgio Celani, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Marcos Antônio Borges e Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira.
Nome do relator: FLAVIO DE CASTRO PONTES
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 31/10/1995 a 28/02/1996 CONTRIBUIÇÃO AO PIS MP 1.212/95. ADIN 1.417-0. RESTITUIÇÃO DOS VALORES REFERENTES AOS FATOS GERADORES OCORRIDOS NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 1995 A FEVEREIRO DE 1996. "VACATIO LEGIS". O STF declarou a inconstitucionalidade somente da aplicação retroativa da sistemática de apuração da contribuição PIS instituída pela MP 1.212/95 e reedições, convertida na Lei n° 9.715/98 e reafirmou a legalidade da cobrança da contribuição PIS no período de outubro de 1995 a fevereiro de 1996 nos termos da Lei Complementar 07/1970.
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decisao_txt : Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Flávio de Castro Pontes, Sidney Eduardo Stahl, Paulo Sérgio Celani, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Marcos Antônio Borges e Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira.
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ADIN 1.4170. RESTITUIÇÃO DOS VALORES REFERENTES AOS FATOS GERADORES OCORRIDOS NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 1995 A FEVEREIRO DE 1996. "VACATIO LEGIS". O STF declarou a inconstitucionalidade somente da aplicação retroativa da sistemática de apuração da contribuição PIS instituída pela MP 1.212/95 e reedições, convertida na Lei n° 9.715/98 e reafirmou a legalidade da cobrança da contribuição PIS no período de outubro de 1995 a fevereiro de 1996 nos termos da Lei Complementar 07/1970. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes – Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Flávio de Castro Pontes, Sidney Eduardo Stahl, Paulo Sérgio Celani, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Marcos Antônio Borges e Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 99 1. 00 00 20 /2 00 7- 78 Fl. 108DF CARF MF Impresso em 06/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 09/06/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 19991.000020/200778 Acórdão n.º 3801003.410 S3TE01 Fl. 11 2 Relatório Adoto o relatório da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento, uma vez que narra bem os fatos: O interessado transmitiu a PER/DCOMP nº 31331.25837.160904.1.3.540582, visando compensar os débitos nela declarados, com pretenso crédito relativo a pagamentos indevidos efetuados ao PIS/Pasep, entre 10/1995 a 02/1996, em função da ADIN14170. Essa declaração foi selecionada para tratamento manual por meio do presente processo; A DRFPoços de Caldas/MG emitiu Despacho Decisório, no qual reconhece o direito creditório no valor de R$ 89,71 e homologa parcialmente a compensação pleiteada (fls. 40 e seguintes); A empresa apresenta manifestação de inconformidade (fls. 48 e seguintes), na qual alega que “uma vez que uma lei não pode retroagir cobrança de tributos, nem vigorar no mesmo exercício financeiro em que foi instituída e menos ainda exigir a cobrança antes do prazo nonagesimal para sua exigibilidade a empresa Indústria de Laticínios Bandeirante vem, dessa forma, valendo se dos direitos instituídos por Lei (ADIN 14170, Constituição Da República Federativa do Brasil de 1988 e Lei 9430/96), solicitar a homologação das compensações efetuadas com os créditos oriundos do período de 1 de outubro de 1995 a 29 de março de 1996, conforme demonstrações anexas (darfs, perdcomp, DIRPJ)”. A DRJ em Juiz de Fora (MG) indeferiu a solicitação, nos termos da ementa abaixo transcrita: COMPENSAÇÃO. APURAÇÃO DO CRÉDITO. APLICAÇÃO DA LC 07/70, NO PERÍODO DE 10/1995 A 02/1996. A edição de medida provisória não revoga o ato normativo então vigente, apenas paralisa temporariamente sua eficácia até a aprovação definitiva daquela medida. Não o sendo, restaurase a força da norma primitiva. Discordando da decisão de primeira instância, a recorrente interpôs recurso voluntário, cujo teor é sintetizado a seguir. Após um breve relatório, faz um histórico da edição da Medida Provisória 1.212/95 e do princípio da retroatividade da lei tributária. Defende a tese de que a publicação da medida provisória somente ocorreu em 28 de novembro de 1995, o PIS somente poderia ser exigido a partir de 28 de março de 1996, sendo inconstitucional sua cobrança em relação ao período imediatamente anterior. Fl. 109DF CARF MF Impresso em 06/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 09/06/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 19991.000020/200778 Acórdão n.º 3801003.410 S3TE01 Fl. 12 3 Assim, o pagamento do tributo em relação aos meses de outubro/novembro/dezembro de 1995 e janeiro/fevereiro de 1996 é indevido. Pontua que a própria Receita Federal já reconheceu de ofício a possibilidade de compensação nos termos da Instrução Normativa SRF n° 06/2000. Argumenta que em face da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 14170, declarando a inconstitucionalidade da parte final do artigo 18 da Lei 9.7151/98, abriuse a possibilidade de se recuperar administrativamente junto à SRF da respectiva jurisdição da empresa, todos os valores recolhidos a titulo do PIS, durante o período de outubro de 1995 a outubro de 1998. Aduz que a exigibilidade da contribuição relativa ao PIS deve atender ao princípio da anterioridade nonagesimal, na forma insculpida no artigo 195, parágrafo 6° da Constituição Federal. Sustenta que constitui garantia efetiva ao contribuinte de que somente após o decurso de prazo de 90 (noventa) dias arcará com instituição ou majoração das contribuições sociais destinadas à seguridade social. Por fim requereu o deferimento das compensações efetuadas. É o relatório. Fl. 110DF CARF MF Impresso em 06/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 09/06/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 19991.000020/200778 Acórdão n.º 3801003.410 S3TE01 Fl. 13 4 Voto Conselheiro Flávio de Castro Pontes O recurso é tempestivo e atende aos demais pressupostos recursais, portanto, dele tomase conhecimento. O litígio tem como objeto o direito à restituição e compensação dos valores recolhidos a título da contribuição PIS no período de 31/10/1995 a 28/02/1996 em razão da declaração da inconstitucionalidade do art. 17 da Medida Provisória nº 1.212/95. A recorrente não tem razão, conforme será demonstrado. A interessada insiste na tese de que a retroatividade da contribuição PIS prevista no art. 18 da Lei nº 9.715/98 foi considerada inconstitucional de acordo com decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1417 0, portanto tornase legítima a sua reivindicação de restituição dos valores pagos sob o título de PIS no período de outubro de 1995 a fevereiro de 1996. A recorrente tenta distorcer os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal. É certo que o STF ao apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 14170 declarou a inconstitucionalidade da aplicação retroativa a 1º de outubro de 1995, prevista na parte final do art. 18 da Lei nº 9.715/1998 (correspondente ao art. 15 da Medida Provisória 1.212/95), todavia afastou a ocorrência de outros vícios formais e materiais. De sorte que tãosomente a expressão “aplicandose aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de outubro de 1995” foi declarada inconstitucional em face do princípio da irretroatividade da lei tributária. Destarte, ao contrário do alegado, os outros dispositivos da Medida Provisória 1.212/95 e reedições posteriores continuaram eficazes. Diferentemente da tese da recorrente, inexistência de fato gerador, o STF pacificou o entendimento da legalidade da cobrança da contribuição PIS com base na Lei Complementar 07/70, em face da declaração de inconstitucionalidade dos DecretosLeis 2.445 e 2.449/1988, no período anterior a vigência da Medida Provisória 1.212/95, conforme o julgamento dos Embargos de Declaração no Recurso Extraordinário 168.554, Relator Ministro Marco Aurélio: INCONSTITUCIONALIDADE DECLARAÇÃO EFEITOS. A declaração de inconstitucionalidade de um certo ato normativo tem efeito "extunc", não cabendo buscar a preservação visando a interesses momentâneos e isolados. Isto ocorre quanto a prevalência dos parâmetros da Lei Complementar n. 7/70, relativamente a base de incidência e alíquotas concernentes ao Programa de Integração Social. Exsurge a incongruência de se sustentar, a um só tempo, o conflito dos DecretosLeis n.s 2.445 e 2449, ambos de 1988, com a Carta e, alcançada a vitoria, pretender, assim, deles retirar a eficácia no que se apresentaram mais favoráveis, considerada a lei que tinham Fl. 111DF CARF MF Impresso em 06/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 09/06/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 19991.000020/200778 Acórdão n.º 3801003.410 S3TE01 Fl. 14 5 como escopo alterar Lei Complementar n. 7/70. A espécie sugere a observância ao princípio do terceiro excluído. (grifou se) Por pertinente, transcrevese o seguinte excerto do voto proferido Min. Marco Aurélio no aludido acórdão do STF: A declaração de inconstitucionalidade de um certo ato normativo tem efeitos “extunc”, retroagindo, portanto, à data da edição respectiva. Provejo estes declaratórios para assentar que a inconstitucionalidade declarada tem efeitos lineares, afastando a repercussão dos decretoleis no mundo jurídico e que, assim, não afastaram os parâmetros da Lei Complementar n° 7/70.(grifouse) A propósito, em diversas oportunidades o STF reafirmou a legalidade da cobrança da contribuição PIS no período de outubro de 1995 a fevereiro de 1996, a exemplo do julgamento, decisão unânime da 1ª Turma, do Agravo Regimental em Agravo de Instrumento nº 806555, DJe020 publicado em 01022011: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO AO PIS. LEI COMPLEMENTAR 7/70: PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE OUTUBRO/95 E FEVEREIRO/96. LEGITIMIDADE DA COBRANÇA APÓS A DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DOS DECRETOSLEIS 2.445/88 E 2.449/88. AGRAVO IMPROVIDO. I O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a declaração de inconstitucionalidade dos DecretosLeis 2.445 e 2.449/1988 fez com que eles nunca houvessem alterado a Lei Complementar 7/70. Assim, legítima a incidência da contribuição para o PIS, nos termos da Lei Complementar 07/1970, no período entre os meses de outubro de 1995 a fevereiro de 1996. Precedentes. II – Agravo regimental improvido.(grifouse) Deste modo, o STF afastou por completo a tese de inexistência do fato gerador da contribuição PIS no período em discussão. Destarte, temse que até 29 de fevereiro de 1996, vigeu para o PIS, a Lei 7/70 e suas alterações. Neste sentido foi a posição da administração fazendária ao editar a Instrução Normativa SRF nº 6/2000: Art. 1º Fica vedada a constituição de crédito tributário referente à contribuição para o PIS/PASEP, baseado nas alterações introduzidas pela Medida Provisória No 1.212, de 1995, no período compreendido entre 1º de outubro de 1995 e 29 de fevereiro de 1996, inclusive. Parágrafo único. Aos fatos geradores ocorridos no período compreendido entre 1o de outubro de 1995 e 29 de fevereiro de 1996 aplicase o disposto na Lei Complementar Nº 7, de 7 de setembro de 1970, e Nº 8, de 3 de dezembro de 1970.(grifouse) Fl. 112DF CARF MF Impresso em 06/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 09/06/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 19991.000020/200778 Acórdão n.º 3801003.410 S3TE01 Fl. 15 6 Em que pese não vincular a autoridade julgadora, a interpretação dada pela Receita Federal apresentase compatível e coerente com a posição do STF. Essa norma complementar não atentou contra a legalidade, além de não ter extrapolado os limites traçados na aludida decisão. Deste modo, é forçoso concluir a improcedência da tese da interessada, segundo a qual, no período compreendido entre outubro/95 e fevereiro de 1996 inexistiu fato gerador da contribuição para o PIS. Ante ao exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes Relator Fl. 113DF CARF MF Impresso em 06/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 09/06/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
score : 1.0
Numero do processo: 19515.008487/2008-62
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 15 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Jun 16 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/09/2003 a 31/12/2006
CONTRIBUIÇÃO PARA TERCEIROS. COMPETÊNCIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL.
A Receita Federal do Brasil é competente para proceder a devida cobrança de contribuições devidas a terceiros, mesmo quando advindas de decisões exaradas pela Justiça do Trabalho, consoante arts. 2º e 3º da lei 11.547/2007 c/c artigo 114 , VIII , da Constituição Federal.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2803-003.357
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
assinado digitalmente
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
assinado digitalmente
Oséas Coimbra - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Carlos Cornet Scharfstein.
Nome do relator: OSEAS COIMBRA JUNIOR
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COMPETÊNCIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. A Receita Federal do Brasil é competente para proceder a devida cobrança de contribuições devidas a terceiros, mesmo quando advindas de decisões exaradas pela Justiça do Trabalho, consoante arts. 2º e 3º da lei 11.547/2007 c/c artigo 114 , VIII , da Constituição Federal. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 51 5. 00 84 87 /2 00 8- 62 Fl. 226DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 19515.008487/200862 Acórdão n.º 2803003.357 S2TE03 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Carlos Cornet Scharfstein. Fl. 227DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 19515.008487/200862 Acórdão n.º 2803003.357 S2TE03 Fl. 4 3 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da Delegacia da Secretaria da Receita Federal do Brasil de Julgamento, que manteve o auto de infração lavrado, referente a contribuições devidas em razão de contribuições sociais devidas pela empresa a terceiros (Sal. Educ., SESC, INCRA e SEBRAE), apuradas com base nos valores nominais retirados da Contabilidade, apresentados pelo sujeito passivo nos Arquivos Digitais no formado do Manual de Arquivos Digitais (MANAD), e se referem a sentenças ou acordos perante a justiça trabalhista. O r. acórdão – fls 158 e ss, conclui pela procedência parcial da impugnação apresentada, retificando o auto de infração lavrado em razão da exclusão de verbas indenizatórias da base de cálcuo considerada. Inconformada com a decisão, apresenta recurso voluntário, alegando, em síntese, o seguinte: · Incompetência da Receita Federal do Brasil para apurar o crédito · Decadência · Verbas indenizatórias não se constituem em base de cálculo de contribuições. · Não incidência de contribuição sobre horas extras eventuais. · Imprecisão do lançamento · Requer o provimento do recurso, para julgar nulo o presente lançamento. É o relatório. Fl. 228DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 19515.008487/200862 Acórdão n.º 2803003.357 S2TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Oséas Coimbra O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. DA DECADÊNCIA A súmula vinculante do STF, nº 08 traz: “São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5º do Decretolei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Com a decisão do Pretório Excelso, a questão passa a ser decidida com base nos artigos art. 150, § 4º e 173, ambos do Código Tributário Nacional – CTN. Transcrevemos o artigo 173 : Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extinguese definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. A jurisprudência pátria já assentou que a aplicabilidade deste artigo seria na hipóteses de inexistência de pagamento antecipado ou na ocorrência de fraude ou dolo, conforme transcrevemos. “Ementa: .... II. Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN. ....” (STJ. REsp 395059/RS. Rel.: Min. Eliana Calmon. 2ª Turma. Decisão: 19/09/02. DJ de 21/10/02, p. 347.) ... Fl. 229DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 19515.008487/200862 Acórdão n.º 2803003.357 S2TE03 Fl. 6 5 “Ementa: .... Em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, a fixação do termo a quo do prazo decadencial para a constituição do crédito deve considerar, em conjunto, os arts. 150, § 4º, e 173, I, do Código Tributário Nacional. Na hipótese em exame, que cuida de lançamento por homologação (contribuição previdenciária) com pagamento antecipado, o prazo decadencial será de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador. .... .... Somente quando não há pagamento antecipado, ou há prova de fraude, dolo ou simulação é que se aplica o disposto no art. 173, I, do CTN. ....” (STJ. EREsp 278727/DF. Rel.: Min. Franciulli Netto. 1ª Seção. Decisão: 27/08/03. DJ de 28/10/03, p. 184.) Já o artigo 150, § 4º, informa: Art.150 O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. ... § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. (grifo nosso) No presente caso, aplicase a regra do art 173, pois não há registros de pagamentos parciais. Assim sendo, aplicandose o art. 173, há que se reconhecer a decadência referente às competências anteriores a 11/2002, inclusive, uma vez que a ciência do débito foi em 19/12/2008. Nessa linha já se manifestou o STJ, no rito do art. 543C do Código Processual, consoante RESP 973.733/SC e nos EDcl nos EDcl no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 674.497 PR (2004/01099782), DJe 26/02/2010, que transcrevo. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. RECOLHIMENTOS NÃO EFETUADOS E NÃO DECLARADOS. ART. 173, I, DO CTN. DECADÊNCIA. ERRO MATERIAL. OCORRÊNCIA. ACOLHIMENTO. EFEITOS MODIFICATIVOS. EXCEPCIONALIDADE. 1. Tratase de embargos de declaração opostos pela Fazenda Nacional objetivando afastar a decadência de créditos Fl. 230DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 19515.008487/200862 Acórdão n.º 2803003.357 S2TE03 Fl. 7 6 tributários referentes a fatos geradores ocorridos em dezembro de 1993. 2. Na espécie, os fatos geradores do tributo em questão são relativos ao período de 1º a 31.12.1993, ou seja, a exação só poderia ser exigida e lançada a partir de janeiro de 1994. Sendo assim, na forma do art. 173, I, do CTN, o prazo decadencial teve início somente em 1º.1.1995, expirandose em 1º.1.2000. Considerando que o auto de infração foi lavrado em 29.11.1999, temse por não consumada a decadência, in casu. 3. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos modificativos, para dar parcial provimento ao recurso especial. Dessa feita não há competência abarcada pela decadência no presente auto, que apurou débitos a partir de 09/2003. DA COMPETÊNCIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL O art. 114 da Constituição Federal traz: Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: ... VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; Também o art. 876 da CLT: Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo. (Alterado pela Lei 9.9582000) Parágrafo único. Serão executadas exofficio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. (acrescentado pela L 010.0352000) (Alterado pela L011.4572007) Do que posto, temos que a competência da justiça do trabalho restringese a execução das contribuições sociais, não abarcando as contribuições devidas a terceiros. Fl. 231DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 19515.008487/200862 Acórdão n.º 2803003.357 S2TE03 Fl. 8 7 Marco Aurélio Marsiglia Treviso1 traz elucidativa observação na matéria: O legislador infraconstitucional diferenciou, no nosso entendimento, o conceito de “contribuições sociais” de “outras receitas”. O parágrafo único do artigo 11 da Lei n. 8.212/91, como já esclarecido, explicita quais são as contribuições sociais, não incluindo, no entanto, nesse rol, as contribuições de terceiros, que, por sua vez, estão disciplinadas no inciso II do artigo 27 da mesma Lei, que trata, especificamente, sobre o tema das receitas que integram o financiamento indireto da seguridade social. Isso porque, tais contribuições são apenas arrecadadas pelo INSS (agora, Secretaria da Receita Federal do Brasil, conforme Lei n. 11.457/2007); dessa arrecadação, o INSS possui pequena participação (3,5% do produto arrecadado, por força dos artigos 3º, § 1º da Lei n. 11.457/2007 e 274 do Decreto n. 3.048/99), como contraprestação pelo “serviço prestado” às empresas ligadas ao sistema “S” (SESI, SENAC, etc.). Entendemos que a Lei n. 11.457/2007, ao estender à Secretaria da Receita Federal a possibilidade de fiscalizar e cobrar, ainda que judicialmente, a tributação das contribuições de terceiros, não chegou a estender a competência para a execução dessa parcela perante a Justiça do Trabalho. Essa foi a linha adotada em nossos Tribunais, que já pacificaram a matéria, expurgando a contribuição de terceiros do alcance da Justiça Trabalhista, senão vejamos: TST AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR 745409220065120052 7454092.2006.5.12.0052 (TST) Data de publicação: 19/06/2009 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO . EXECUÇÃO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO PARA EXECUTAR CONTRIBUIÇÃO DE TERCEIROS. As contribuições de terceiros diferem das contribuições sociais, de que trata o artigo 114 da CF/88 , razão por que não se enquadra nos limites da competência da Justiça do Trabalho, mas tão somente do INSS (agora, de acordo com a Lei nº 11.457/2007, Secretaria da Receita Federal do Brasil). Agravo de instrumento a que se nega provimento. TST RECURSO DE REVISTA RR 274009520075080001 2740095.2007.5.08.0001 (TST) Data de publicação: 21/10/2011 1 Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte, v.46, n.76, p.6169, jul./dez.2007 Fl. 232DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 19515.008487/200862 Acórdão n.º 2803003.357 S2TE03 Fl. 9 8 Ementa: RECURSO DE REVISTA. COMPETÊNCIA MATERIAL. JUSTIÇA DO TRABALHO. CONTRIBUIÇÃO DE TERCEIROS. O Tribunal Superior do Trabalho vem reiteradamente decidindo no sentido de que o artigo 114 , VIII , da Constituição Federal limita a competência da Justiça do Trabalho para a execução das quotas das contribuições previdenciárias devidas pelo empregador e pelo empregado, não havendo como se incluir as contribuições devidas a terceiro , cuja arrecadação e fiscalização é atribuição do INSS, conforme dispõe o art. 94 da Lei 8.212 /91 . Precedentes. Não conhecido . CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. JUROS E MULTAS. FATO GERADOR. Consoante o disposto no caput do artigo 276 do Decreto nº 3.048 /99, a data para o recolhimento das contribuições previdenciárias decorrentes de decisões judiciais será o dia dois do mês seguinte ao da liquidação da sentença. Daí a inviabilidade do acolhimento de pretensão tendente à incidência de juros e multas desde a prestação dos serviços. Precedentes . Recurso de revista não conhecido Assim sendo, a Receita Federal do Brasil tem plena competência para efetuar o lançamento de contribuições devidas a terceiros, mesmo quando as verbas envolvidas foram dirimidas perante a Justiça do Trabalho. DA BASE DE CÁLCULO CONSIDERADA O relatório fiscal aponta a base de cálculo utilizada para a apuração do tributo devido, consubstanciada em sentenças ou acordos judiciais. Foram apurados apenas os valores devidos a “terceiros”, em razão da incompetência da Justiça do Trabalho para tal apuração, conforme já explanado em tópico retro. Foi elaborada tabela onde se detalha um a um os processos envolvidos. Após a alegação da empresa de que havia verbas indenizatórias consideradas, foi determinada diligência para verificação. O Auditor autuante consigna que durante o Procedimento Fiscal não foram apresentados os Acordos e Sentenças Trabalhistas solicitados no TIAD. Tais procedimentos foram apresentados na diligência, o que proporcionou a correção de vários lançamentos, desconsiderando verbas não passíveis de tributação. A empresa não contestou o resultado da diligência, sendo que no recurso se insurge expressamente acerca das bases relacionadas aos empregados Ângela Marcomini, Rosa Rodrigues, Ivan Ell Murr, Maria José Ângelo Rodrigues Tiago e José Braz de Oliveira. Transcreve ementas de julgados, sem anexar as respectivas sentenças. Em relação a José B. de Oliveira, os valores foram refeitos. As horas extras devem ser computadas em razão de sua natureza salarial, compondo a respectiva remuneração. Tal matéria já foi examinada pelo Superior tribunal de Justiça, no rito especial previsto no art. artigo 543C no Código de Processo Civil, RESP 1358281. Fl. 233DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 19515.008487/200862 Acórdão n.º 2803003.357 S2TE03 Fl. 10 9 Em relação a Rosa Rodrigues e Maria José Ângelo Rodrigues Tiago, o Auditor autuante esclarece que não foram apresentadas as sentenças, devendo assim ser mantidas as bases de cálculo consideradas. Em relação a Ivan Ell Murr, a r. decisão já o excluiu em razão de ter sido lançado em competência diversa da competência constante nos documentos apresentados na defesa. Em relação a Ângela Marcomini, o dispositivo trazido no recurso, informando que se trata de verba referente a reembolso de mensalidades escolares, não é suficiente a afastar a exação. Acrescentese que o art. 28, § 9º. “t”da lei 8212/91, na redação então vigente não afasta tal verba da base de cálculo previdenciária. Fica assim demonstrado que o contribuinte não trouxe nenhum elemento que desconstituísse o que declarado em GFIP/Folhas de Pagamento e devidamente lançado. . CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por conhecer do recurso e, no mérito, negolhe provimento. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Fl. 234DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 11/06/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 09/06/2014 por OSEAS COIMBRA JUNIOR
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Numero do processo: 10425.720042/2011-94
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed May 28 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Jun 27 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/07/2007 a 30/09/2007
INDÉBITO. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ÔNUS DA PROVA.
O ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa devidamente fundamentada, não infirmada com documentação hábil e idônea.
Numero da decisão: 3803-006.169
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, pelo voto de qualidade, em negar provimento ao recurso. Vencidos os conselheiros João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Demes Brito, que convertiam o julgamento em diligência.
(assinado digitalmente)
Corintho Oliveira Machado - Presidente
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Corintho Oliveira Machado, Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Demes Brito.
Nome do relator: BELCHIOR MELO DE SOUSA
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ICMS. INCLUSÃO. O valor do ICMS compõe a estrutura de preço da mercadoria ou produto, que corresponde ao faturamento, não podendo ser excluído na apuração da base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins sem expressa disposição legal. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/07/2007 a 30/09/2007 APRECIAÇÃO DE ALEGAÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA. A discussão sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de lei não cabe na esfera administrativa, ressalvadas as exceções à regra. (Súmula CARF nº 2). ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/07/2007 a 30/09/2007 INDÉBITO. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. O ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa devidamente fundamentada, não infirmada com documentação hábil e idônea. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, pelo voto de qualidade, em negar provimento ao recurso. Vencidos os conselheiros João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Demes Brito, que convertiam o julgamento em diligência. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 42 5. 72 00 42 /2 01 1- 94 Fl. 130DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 2 (assinado digitalmente) Corintho Oliveira Machado Presidente (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Corintho Oliveira Machado, Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Demes Brito. Relatório Esta Contribuinte transmitiu Declaração de Compensação (DComp) em que utiliza crédito decorrente de ressarcimento de PIS apuradO no regime não cumulativo, cujo saldo corresponde ao terceiro trimestre de 2007. Despacho Decisório do DRF/Campina Grande/PB indeferiu a DComp, tendo em vista que a partir das características do DARF discriminado, foram localizados um ou mais pagamentos abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para restituição. Em manifestação de inconformidade apresentada, a Contribuinte alegou que: a) a DComp referese a crédito decorrente de pagamento a maior da Cofins, em razão da inclusão do ICMS nas bases de cálculos do PIS e da Cofins; b) os arts. 2º e 3º, da Lei nº 9.718/98, e o art. 195, I, “b”, da Constituição Federal, apenas admitem como base de cálculo de supraditas contribuições a receita ou o faturamento, não autorizando a inclusão do ICMS em citada base de cálculo, pois o valor deste imposto constitui ônus fiscal – e não faturamento; c) o valor do ICMS está embutido no preço das mercadorias por força da legislação deste imposto1, a qual determina que sua base de cálculo seja composta do próprio tributo, constituindo o destaque mera indicação para fins de controle; d) o faturamento “é decorrente, em essência, de um negócio jurídico, de uma operação, importando, por isso mesmo, o que é recebido por aquele que a realiza, considerada a venda de mercadoria ou mesmo a prestação de serviço” e que “a base de cálculo não pode extravasar, desse modo, sob o ângulo do faturamento, o valor do negócio, ou seja, a parcela recebida com a operação mercantil ou similar”; Pugnou, ainda, que se atentasse “para o princípio da razoabilidade, pressupondose que o texto constitucional se mostre fiel, no emprego dos institutos, de Expressões e vocábulos, ao sentido próprio que eles possuem, não merecendo outras interpretações” e transcreve o art. 110, do CTN. Em julgamento da lide a DRJ/Recife fez menção à regramatriz da base de cálculo das contribuições, disposta na norma dos arts. 2º e 3º da Lei nº 9.718/98 e de outras disposições legais e concluiu não haver previsão para a exclusão do ICMS do faturamento. Buscou reforço em decisões do STJ e de tribunais regionais. Demais, mencionou a falta de anexação de provas da alegado indébito. Fl. 131DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Processo nº 10425.720042/201194 Acórdão n.º 3803006.169 S3TE03 Fl. 131 3 A decisão foi ementada como segue: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/07/2007 a 30/09/2007 ICMS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO. O valor incidente a título de ICMS, que compõe o preço da mercadoria, integra a base de cálculo da Cofins. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Cientificada da decisão em 04 de outubro 2013 irresignada, apresentou recurso voluntário em 15 de outubro de 2013, em que reiterou os termos da manifestação de inconformidade, acrescentando o pedido de sobrestamento do julgamento, por aplicação do art. 62A do Regimento Interno do CARF, em razão de a matéria se encontrar em apreciação pelo Supremo Tribunal Federal. É o relatório. Voto Conselheiro Belchior Melo de Sousa Relator O recurso é tempestivo e atende os demais requisitos para sua admissibilidade, portanto dele conheço. A presente controvérsia cingese à inclusão dos valores de ICMS no faturamento como base de cálculo da Cofins e do PIS/Pasep. Destaco, inicialmente, que não se pode perder de vista que a carga valorativa a se aplicar na interpretação da legislação tributária relativa a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil no exercício da competência que cabe ao CARF , deve ser dosada no âmbito do controle de legalidade a que se limitam as decisões administrativas. Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, em apreciação da matéria aqui sob exame, sobresteve o julgamento do RE 240.785/MG, em 13/08/2008, em face da superveniência e da precedência da ADC nº 18/DF[1]. A propositura desta ação é do Presidente da República e o seu objeto é obter a declaração de legitimidade da inclusão na base de cálculo da Cofins e do PIS/Pasep dos valores pagos título de ICMS e repassados aos consumidores no preço dos produtos ou serviços, pressuposta no art. 3º, § 2º, I, da Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998[2]. 1 Decisão: O Tribunal sobrestou o julgamento do recurso, tendo em vista a decisão proferida na ADC 185/DF. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 13.08.2008. 2 § 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art. 2º, excluemse da receita bruta: Fl. 132DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 4 Com a perda da eficácia da Medida Cautelar na dita ADC, em 21/9/2010, nada obsta o julgamento da matéria pelo CARF, razão porque não pode ser atendido o pedido de sobrestamento do presente processo. A instituição da Cofins pela LC 70/91[3] inaugurou a delimitação da palavra faturamento afirmando que o IPI não o integra, quando destacado em separado no documento fiscal. A alteração do PIS/Pasep pela MP nº 1.212/96, convertida na Lei nº 9.715/98[4], também o fez estabelecendo que nele não se incluem o IPI e o ICMS retido pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. A Lei nº 9.718/98[5] unificou a base de cálculo das contribuições e o fez destacando as grandezas que devem ser excluídas da receita bruta, a teor do seu o parágrafo segundo, entre estas o IPI e o ICMS retido pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. Sabese que o ICMS é imposto que via de regra incide na entrega de mercadorias e serviços e compõe a sua estrutura de preços. Ao definirem faturamento, a LC 70/91 informa que não o integra o IPI; a Lei nº 9.715/98 informa que não o integra o IPI e o ICMS do substituto tributário; a Lei nº 9.718/98 informa que se excluem da receita bruta o IPI e o ICMS do substituto tributário. Ora, se o ICMS normal está fora desse rol de não integração/exclusão da base de cálculo, o faturamento, não há como não se considerar que ficou definido implícitamente que ele (o ICMS) integra o faturamento. Aditese que o seu histórico cálculo “por dentro”, segundo o ditame do DecretoLei nº 406/686 reiterado pela LC Nº 87/96[7][8].endossam esta conclusão. I as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; 3 Art. 2° A contribuição de que trata o artigo anterior será de dois por cento e incidirá sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza. Parágrafo único. Não integra a receita de que trata este artigo, para efeito de determinação da base de cálculo da contribuição, o valor: a) do imposto sobre produtos industrializados, quando destacado em separado no documento fiscal; b) das vendas canceladas, das devolvidas e dos descontos a qualquer título concedidos incondicionalmente. 4 Art. 3o Para os efeitos do inciso I do artigo anterior considerase faturamento a receita bruta, como definida pela legislação do imposto de renda, proveniente da venda de bens nas operações de conta própria, do preço dos serviços prestados e do resultado auferido nas operações de conta alheia. Parágrafo único. Na receita bruta não se incluem as vendas de bens e serviços canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, e o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias ICMS, retido pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. 5 § 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art. 2º, excluemse da receita bruta: I as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; 6 Art 2º A base de cálculo do impôsto é: § 7º O montante do impôsto de circulação de mercadorias integra a base de cálculo a que se refere êste artigo, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de contrôle. 7 Art. 13. A base de cálculo do imposto é: Fl. 133DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Processo nº 10425.720042/201194 Acórdão n.º 3803006.169 S3TE03 Fl. 132 5 Exemplificando: · ICMS por dentro Tenhase, por hipótese o valor de: Mercadorias em estoque = R$ 830,00 Alíquota do ICMS = 17% Cálculo do preço de venda cujo montante final resultará no faturamento = R$ 830,00/83 % (100% 17%) = R$ 1.000,00 Valor do ICMS incluso no faturamento = 170,00 · Se o cálculo do ICMS fosse por fora O preço de venda seria o valor da mercadoria em estoque, que corresponderia ao faturamento Valor do ICMS: 830,00 x 17% = R$ 141,10; Na conformidade da formulação legal acima demonstrada o ICMS faz parte do preço da mercadoria como custo. E este é o desenho constitucional deste imposto após a declaração da constitucionalidade da LC 87/96 na decisão no RE nº 212.209/RJ, ementada na forma do transcrito abaixo: TRIBUTÁRIO. ICMS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DO VALOR DO IMPOSTO COMO ELEMENTO INTEGRATIVO DA BASE DE CÁLCULO. POSSIBILIDADE JURÍDICA. A base de cálculo dos tributos e a metodologia de sua determinação, porque constituem elementos de conhecimento indispensáveis para a definição do quantum debeatur, necessariamente, devem ser estabelecidas por lei, em obediência ao princípio da legalidade (CF, arts. 146, III, “a”, 150, I, e CTN, art. 97, IV). Inexiste inconstitucionalidade ou ilegalidade, se a própria lei complementar e a lei local permitem que entre os elementos componentes e formativos da base de cálculo do ICMS se inclua o valor do próprio imposto. É demais sabido que a ampliação do conceito de faturamento pelo § 1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98 foi foco da disputa que resultou na declaração da sua inconstitucionalidade pelo STF, prevalecendo a definição abrangente apenas das receitas § 1o Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso V do caput deste artigo: (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) I o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle; § 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos. 8 A LC nº 87/96, distintamente da LC nº 406/67, dispõe que integra a base de cálculo do ICMS além do próprio imposto o montante do IPI, exceto quando a operação, realizado entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos. Fl. 134DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 6 provenientes das vendas de mercadorias e serviços pertinentes ao objeto social da atividade da pessoa jurídica. Em vista de subsistir uma definição legal de faturamento que permite considerar nele contido o ICMS normal segundo os dispositivos acima destrinçados , o Supremo Tribunal Federal ao fixar o seu conteúdo com a declaração de inconstitucionalidade do § 1º, do art. 3º, da Lei nº 9.718/98, poderia ter declarado a inconstitucionalidade, sem redução de texto, do § 2º do mesmo artigo, por deixar de inserir no rol das exclusões da receita bruta o ICMS normal. Se aquela Corte tinha a prerrogativa de fazêlo e não o fez, para tornar livres de mais questionamentos os seus contornos, o juízo que proferiu, tendo como alvo apenas o art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98, ao contrário de se reputálo omisso, endossa o entendimento de inclusão do ICMS no faturamento. Entender diferente está a depender de novo posicionamento daquele Tribunal. A idéia sobre a qual se funda o grito pela exclusão do ICMS do faturamento é a de que o imposto é ‘cobrado’ do comprador pelo vendedor, e, assim, representa um ônus tributário que é repassado ao Estado; logo, por não configurar circulação de riqueza, não ingressa no patrimônio do alienante, não podendo ser considerado receita do vendedor. Esta é a suma da tese que sustenta o voto do Min. Marco Aurélio no RE nº 240.785/MG. A tese já foi contraposta com sólido argumento por Hugo de Brito Machado[9], ao qual me filio. Defende ele que o entendimento segundo o qual o valor do ICMS componente do preço é receita do Estado é um equívoco conceitual relacionado à sujeição passiva do ICMS. O vendedor é o contribuinte de direito, não atua como um intermediário entre o comprador e o Estado, e os custos com o pagamento do imposto são custos seus e não do adquirente. O ônus correspondente ao valor do imposto é suportado pelo adquirente somente por meio do pagamento do preço, que é a contrapartida do fornecimento de mercadorias e serviços. Resultante dessa continência, tal valor ingressa no patrimônio do alienante e compõe o seu faturamento[10]. Apesar de ser voto minoritário no julgamento do RE 240.785/MG o Ministro Eros Grau manifestouse nesse mesmo sentido, verbis: O Min. Eros Grau, em divergência, negou provimento ao recurso por considerar que o montante do ICMS integra a base de cálculo da COFINS, porque está incluído no faturamento, haja vista que é imposto indireto que se agrega ao preço da mercadoria. Ser o ICMS custo que se adere à estrutura do preço do produto ou de certos serviços e, via de consequência, integra o faturamento, e não um ônus tributário do adquirente do qual se desincumbe perante o Estado por intermédio do repasse a este feito pelo vendedor, é demonstrado por implicações de ordem sancionatória, segundo as hipóteses abaixo: 9 Citado por Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, in A inclusão do ICMS na Base de Cálculo da COFINS, disponível em http://jus.com.br/artigos/9674/ainclusaodoicmsnabasedecalculodacofins/2; data de acesso: 22.12.2013. 10 No ICMSST o empresário que promove a saída do produto é o contribuinte de direito. No entanto, a Lei de Normas Gerais do ICMS, LC 87/96, ao manter na relação jurídica tributária o adquirente, por legitimálo para repetir indébito ou pagamento a maior do imposto recolhido pelo substituto, subverte a lógica própria desse regime e faz com que o vendedor atue como intermediário entre o comprador e o Estado e torna de terceiro os custos com o pagamento do imposto e de natureza tributária o ônus correspondente ao valor do imposto suportado pelo adquirente. Penso que daí a sua legitimação para não integrar o faturamento o ICMS retido pelo vendedor. Fl. 135DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Processo nº 10425.720042/201194 Acórdão n.º 3803006.169 S3TE03 Fl. 133 7 a) a falta de inclusão do ICMS no valor da operação, com a subsequente falta de destaque do imposto e de posterior recolhimento, não afeta a relação jurídica de sujeição passiva tributária, havendo de ser exigido do vendedor o imposto e seus consectários; b) a inclusão do ICMS no valor da operação e a subsequente falta de emissão da nota fiscal não configura o crime de apropriação indébita, mas o de sonegação fiscal, previsto art. 1º, V, da Lei nº 8.137/90 e no art. 71, I, da Lei nº 4.502/65, cujo procedimento fiscal tem como sujeito passivo o vendedor. Ademais, nesta segunda fase recursal, a Recorrente nenhum elemento anexa referente às provas. Pelo exposto, voto por negar provimento ao recurso. Sala das sessões, 28 de maio de 2014 (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Fl. 136DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 20/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO
score : 1.0
Numero do processo: 10510.900448/2012-71
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed May 28 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Jun 27 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/09/2007 a 30/09/2007
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. ÔNUS DA PROVA. CONTRIBUINTE.
Cabe ao interessado o ônus da prova da certeza e liquidez do crédito utilizado na declaração de compensação.
INOVAÇÃO NO ARGUMENTO DE DEFESA. PRECLUSÃO.
O Interessado deve apresentar as questões de direito e de fato na manifestação de inconformidade, bem como anexar todos os documentos que provem os fatos constitutivos do seu direito, precluindo a faculdade de fazê-lo em outro momento, ressalvadas as hipóteses constantes do mesmo dispositivo legal.
Numero da decisão: 3803-006.170
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, por inovação dos argumentos de defesa.
(assinado digitalmente)
Corintho Oliveira Machado - Presidente
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Corintho Oliveira Machado, Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Demes Brito.
Nome do relator: BELCHIOR MELO DE SOUSA
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PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. ÔNUS DA PROVA. CONTRIBUINTE. Cabe ao interessado o ônus da prova da certeza e liquidez do crédito utilizado na declaração de compensação. INOVAÇÃO NO ARGUMENTO DE DEFESA. PRECLUSÃO. O Interessado deve apresentar as questões de direito e de fato na manifestação de inconformidade, bem como anexar todos os documentos que provem os fatos constitutivos do seu direito, precluindo a faculdade de fazê lo em outro momento, ressalvadas as hipóteses constantes do mesmo dispositivo legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, por inovação dos argumentos de defesa. (assinado digitalmente) Corintho Oliveira Machado Presidente (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 51 0. 90 04 48 /2 01 2- 71 Fl. 81DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 18/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 2 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Corintho Oliveira Machado, Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues e Demes Brito. Relatório Esta contribuinte transmitiu declaração de compensação em que compensou o débito discriminado no referido PeR/DComp servindose de suposto crédito de pagamento a maior de Cofins. Despacho Decisório da DRF/Aracaju reconheceu parcialmente o direito creditório e homologou parcialmente a DComp, por insuficiência de crédito. Em manifestação de inconformidade apresentada, a Manifestante alegou que: a) a falta de retificação da DCTF não invalida o direito de proceder à compensação do pagamento efetuado indevidamente ou a maior; b) discorreu sobre o direito à compensação administrativa, fazendo menção à legislação pertinente, tendo ainda tratado da retificação da DCTF e das hipóteses em que há vedação legal e expressa para a Declaração de Compensação. Em julgamento da lide, a DRJ/Belo Horizonte consignou que o fato evidenciado pelo Despacho Decisório é que o crédito utilizado pela Contribuinte foi alocado conforme especificado no demonstrativo de utilização do pagamento, não restando crédito passível de compensação, além do montante já considerado na decisão. A decisão foi ementada como segue: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Data do fato gerador: 30/09/2007 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO NÃO COMPROVADO. Não se admite a compensação se o contribuinte não comprovar a existência e suficiência do crédito postulado. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Cientificada da decisão em 11/03/2014, 15 dias após a disponibilização da decisão na caixa postal eCAC, irresignada, a Contribuinte apresentou recurso voluntário em 14/03/2014, em que identificou que a origem do crédito era pagamento indevido sobre as receitas decorrentes do fornecimento de medicamentos sujeitos à alíquota zero, com tributação concentrada no produtor, nos termos da Lei nº 10.147/00, com liminar deferida no processo judicial nº 2009.34.00.0314472, confirmada na segurança concedida, em trâmite na 9ª Vara Federal da Seção Judiciária Federal do Distrito Federal, ascendidos os autos ao TRF1ª Região em 02/05/2001 para o reexame necessário. É o relatório. Fl. 82DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 18/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Processo nº 10510.900448/201271 Acórdão n.º 3803006.170 S3TE03 Fl. 82 3 Voto Conselheiro Belchior Melo de Sousa Relator O recurso é tempestivo e atende os demais requisitos para admissibilidade, portanto dele conheço. Com efeito, na manifestação de inconformidade a Contribuinte não identifica a origem do crédito que utiliza na declaração de compensação e não anexa documentos nem sua escrita fiscal e contábil para comprovar a sua alegação de pagamento a maior. No recurso voluntário a Recorrente apresentase como substituída no mandado de segurança coletivo impetrado pela Confederação Nacional de Saúde, ação que teve como objeto a exclusão da base de cálculo das contribuições apuradas por hospitais e clínicas das receitas obtidas com o fornecimento de medicamentos na prestação de serviços, uma vez que tais medicamentos estão sujeitos à incidência concentrada e da alíquota zero relativamente aos demais agentes da cadeia de circulação desses produtos. Anexa Certidão Narrativa de Objeto e Pé contendo o andamento do processo e em que é atestada a concessão de liminar, a posterior concessão da segurança, a subida dos autos para reexame necessário e seu estado de concluso para o relator. Com este argumento a Recorrente inova a sua defesa, trazendo questão que não foi posta perante o juízo de primeiro grau. Reza o art. 16 do Decreto nº 70.235/72 que o impugnante deve arguir na impugnação todas as questões de fato e de direito, bem como apresentar todos os documentos que fazem a prova das alegações. Os processos de restituição, ressarcimento e compensação são de iniciativa do interessado, que se constitui em sujeito ativo no processo fazendo a afirmação do seu direito ao crédito e à concomitante compensação, cabendo a ele, dessa forma, o ônus de instruir o processo com as provas dos fatos constitutivos do seu direito. No presente caso, além de o novo argumento repercutir na supressão da primeira instância, que deixou de apreciar o mérito ora colocado, a Recorrente trouxe apenas a prova quanto à certeza do seu crédito, decorrente da existência da ação judicial em que é parte na condição de substituída processual, com provimento do pedido reconhecendo o direito de não se submeter ao pagamento do PIS/Cofins, porém não se desincumbiu de demonstrar a sua liquidez, comprovandoo por meio de controle segregado dos produtos alvo da exclusão da base de cálculo, bem como, adicionalmente, por meio da escrita contábil e fiscal. Os argumentos da Recorrente apoiados apenas no documento apresentado corresponde à pretensão de obter o provimento do recurso voluntário com base no direito em tese. A prova da certeza do crédito é necessária, mas insuficiente, porquanto não assegura minimamente a existência do seu direito material. Desse modo, a Recorrente apresenta uma defesa que não tem força para lhe favorecer, pois é elementar que restasse provada a materialidade do direito alegado, sintetizada, pelo menos, num demonstrativo de recuperação de crédito, tecnicamente consistente e facilitador de uma possível diligência fiscal, de vez que apresentada apenas na segunda instância. Somente assim, poderia a Recorrente obter, quando menos, alguma parcela de êxito no presente julgamento. Fl. 83DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 18/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 4 Dessarte, a carência de elementos probatórios que ministrassem em favor da sua alegação realça tão só a inovação no argumento de defesa, que, ante a correção da decisão recorrida, não tem índole bastante para ser conhecida. Pelo exposto, voto por não conhecer do recurso por inovação no argumento de defesa. Sala das sessões, 28 de maio de 2014 (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Fl. 84DF CARF MF Impresso em 27/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/06/2014 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 18/06/20 14 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/06/2014 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO
score : 1.0
Numero do processo: 10805.002103/99-51
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 21 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Aug 08 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/09/1989 a 30/09/1995
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO
Constatada a inocorrência das omissões suscitadas, devem ser rejeitados os embargos de declaração apresentados.
NULIDADE. MÉRITO. EXAME. INCABÍVEL.
É incabível o exame de matéria de mérito, na hipótese em que o colegiado decidiu pela nulidade do processo.
IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO. FUNDMENTAÇÃO.
Apenas na hipótese em que a suspeição ou o impedimento forem arguidos por terceiros e recusados pelo conselheiro acusado, o colegiado está obrigado a deliberar sobre a arguição e, portanto, fazer constar do Acórdão a fundamentação quanto ao acatamento ou não da suspeição ou do impedimento arguidos.
Numero da decisão: 3402-001.864
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e rejeitar os embargos declaratórios apresentados pela Prysmian Energia Cabos e Sistemas do Brasil nestes autos.
O Conselheiro Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça declarou-se impedido.
Gilson Macedo Rosenburg Filho- Presidente Substituto.
Sílvia de Brito Oliveira- Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Sílvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, Mário César Fracalossi Bais (Suplente), João Carlos Cassuli Júnior, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva e Gilson Macedo Rosenburg Filho (Presidente Substituto)
Nome do relator: SILVIA DE BRITO OLIVEIRA
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/09/1989 a 30/09/1995 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO Constatada a inocorrência das omissões suscitadas, devem ser rejeitados os embargos de declaração apresentados. NULIDADE. MÉRITO. EXAME. INCABÍVEL. É incabível o exame de matéria de mérito, na hipótese em que o colegiado decidiu pela nulidade do processo. IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO. FUNDMENTAÇÃO. Apenas na hipótese em que a suspeição ou o impedimento forem arguidos por terceiros e recusados pelo conselheiro acusado, o colegiado está obrigado a deliberar sobre a arguição e, portanto, fazer constar do Acórdão a fundamentação quanto ao acatamento ou não da suspeição ou do impedimento arguidos.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e rejeitar os embargos declaratórios apresentados pela Prysmian Energia Cabos e Sistemas do Brasil nestes autos. O Conselheiro Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça declarou-se impedido. Gilson Macedo Rosenburg Filho- Presidente Substituto. Sílvia de Brito Oliveira- Relatora. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Sílvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, Mário César Fracalossi Bais (Suplente), João Carlos Cassuli Júnior, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva e Gilson Macedo Rosenburg Filho (Presidente Substituto)
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RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. Embargante PRYSMIAN ENERGIA CABOS E SISTEMAS DO BRASIL Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/09/1989 a 30/09/1995 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO Constatada a inocorrência das omissões suscitadas, devem ser rejeitados os embargos de declaração apresentados. NULIDADE. MÉRITO. EXAME. INCABÍVEL. É incabível o exame de matéria de mérito, na hipótese em que o colegiado decidiu pela nulidade do processo. IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO. FUNDMENTAÇÃO. Apenas na hipótese em que a suspeição ou o impedimento forem arguidos por terceiros e recusados pelo conselheiro acusado, o colegiado está obrigado a deliberar sobre a arguição e, portanto, fazer constar do Acórdão a fundamentação quanto ao acatamento ou não da suspeição ou do impedimento arguidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer e rejeitar os embargos declaratórios apresentados pela Prysmian Energia Cabos e Sistemas do Brasil nestes autos. O Conselheiro Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça declarouse impedido. Gilson Macedo Rosenburg Filho Presidente Substituto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 80 5. 00 21 03 /9 9- 51 Fl. 1272DF CARF MF Impresso em 08/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/08/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 30/08/ 2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 10/09/2012 por GILSON MACEDO ROSENBURG F ILHO 2 Sílvia de Brito Oliveira Relatora. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Sílvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, Mário César Fracalossi Bais (Suplente), João Carlos Cassuli Júnior, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva e Gilson Macedo Rosenburg Filho (Presidente Substituto) Relatório Tratase de embargos de declaração ao Acórdão n° 3402001.562, de 07 de outubro de 2011, apresentados pela pessoa jurídica qualificada nestes autos para apontar a ocorrência omissão no julgado deste colegiado. Aduziu a embargante a ausência de fundamentação para subsidiar a declaração de impedimento do Conselheiro Fernando Luiz da Gama Lobo D’Eça e também a omissão quanto à Súmula 15 do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), de aplicação obrigatória pelas turmas julgadoras. Ao final, a embargante solicitou a nulidade do Acórdão embargado, tendo em vista que as omissões e contradições nele verificadas o maculam com vício insanável. É o relatório. Voto Conselheira Sílvia de Brito Oliveira Os embargos de declaração são tempestivos e, considerando que foram propostos por parte legítima, nos termos das disposições regimentais do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), deles conheço. Cumpre primeiro registrar que, por meio do Acórdão embargado, decidiu este colegiado pela nulidade do processo a partir do Acórdão 20180178, de 28 de março de 2007, proferido pela Primeira Câmara do extinto Segundo Conselho de Contribuintes, em virtude de se ter, anteriormente a essa decisão que se aqui se anulou, denegado a segurança no MS n° 2006.61.10.0083988 impetrado pela contribuinte com o objetivo de garantir o processamento administrativo de seu recurso. Relativamente à alegada omissão quanto à Súmula Carf n° 15, registrese que, em face da nulidade constatada, não poderia o colegiado examinar nenhuma matéria concernente ao mérito do litígio, conforme restou consignado no voto condutor do Acórdão ora embargado, nos seguintes termos: (...) considerando os reiterados pedidos de devolução deste processo e a decisão judicial quanto ao seu curso, prolatada antes mesmo de se proferir o Acórdão n° 20180.178, de 28 de Fl. 1273DF CARF MF Impresso em 08/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/08/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 30/08/ 2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 10/09/2012 por GILSON MACEDO ROSENBURG F ILHO Processo nº 10805.002103/9951 Acórdão n.º 3402001.864 S3C4T2 Fl. 1.273 3 março de 2007, constatase que referido acórdão é nulo desde a data em que proferido e, consequentemente, são nulos os demais atos processuais que lhe são posteriores, razão pela qual o último ato válido praticado nestes autos é o despacho denegatório do seguimento da manifestação de inconformidade apresentada pela contribuinte, portanto, não podem aqui ser examinadas as razões recursais interpostas. (Grifouse) Sobre a alegada omissão quanto à fundamentação do impedimento declarado pelo conselheiro Fernando Luiz da Gama Lobo D’Eça, cabe esclarecer que o impedimento ou a suspeição serão submetidos à deliberação do colegiado apenas na hipótese em que são suscitados por terceiros interessados e, também apenas nessa hipótese, o conselheiro está obrigado a pronunciarse por escrito sobre o impedimento ou a suspeição arguidos, conforme depreendese do art. 44 do Anexo II da Portaria MF n° 256, de 22 de junho de 2009 – Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (RICARF), que transcrevese: Art. 44. O impedimento ou a suspeição será declarado por conselheiro ou suscitado por qualquer interessado, cabendo ao arguído, neste caso, pronunciarse por escrito sobre a alegação antes do término do julgamento, o qual, se não for por ele reconhecido, será submetido à deliberação do colegiado. (...) Concluise, portanto, que não ocorreram nenhuma das omissões suscitadas nos embargos de declaração. Diante do exposto, voto por rejeitar os embargos de declaração. É como voto. Sílvia de Brito Oliveira Relatora Fl. 1274DF CARF MF Impresso em 08/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/08/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 30/08/ 2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 10/09/2012 por GILSON MACEDO ROSENBURG F ILHO
score : 1.0
Numero do processo: 16327.720122/2013-04
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed May 28 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Jul 30 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 29/10/2010 a 27/04/2011
LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL E FALÊNCIA, APLICAÇÃO DE MULTA . IMPOSSIBILIDADE.
Após a decretação da liquidação extrajudicial ou da falência não cabe a imposição de multa , seja de mora seja de ofício, por força do art. 18, "f", da Lei n° 6.024/74.
COMPENSAÇÃO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
O direito à compensação pressupõe a existência de créditos líquidos e certos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública (art. 170 do CTN).
DIREITO CREDITÓRIO. PROVA.
O reconhecimento do direito creditório pleiteado requer a prova de sua existência e montante, sem o que não pode ser restituído ou compensado.
Recurso voluntário negado.
Recurso de ofício negado.
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Numero da decisão: 3202-001.216
Decisão:
Acordam os membros do Colegiado:
a) em relação ao recurso de ofício, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso; e,
b) em relação ao recurso voluntário, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de nulidade suscitada, e, no mérito, em negar provimento ao recurso. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira - Presidente
Charles Mayer de Castro Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Tatiana Midori Migiyama.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 29/10/2010 a 27/04/2011 LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL E FALÊNCIA, APLICAÇÃO DE MULTA . IMPOSSIBILIDADE. Após a decretação da liquidação extrajudicial ou da falência não cabe a imposição de multa , seja de mora seja de ofício, por força do art. 18, "f", da Lei n° 6.024/74. COMPENSAÇÃO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. O direito à compensação pressupõe a existência de créditos líquidos e certos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública (art. 170 do CTN). DIREITO CREDITÓRIO. PROVA. O reconhecimento do direito creditório pleiteado requer a prova de sua existência e montante, sem o que não pode ser restituído ou compensado. Recurso voluntário negado. Recurso de ofício negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
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decisao_txt : Acordam os membros do Colegiado: a) em relação ao recurso de ofício, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso; e, b) em relação ao recurso voluntário, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de nulidade suscitada, e, no mérito, em negar provimento ao recurso. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira - Presidente Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Tatiana Midori Migiyama.
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RESTITUIÇÃO Recorrente BANCO CRUZEIRO DO SUL SA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 29/10/2010 a 27/04/2011 LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL E FALÊNCIA, APLICAÇÃO DE MULTA . IMPOSSIBILIDADE. Após a decretação da liquidação extrajudicial ou da falência não cabe a imposição de multa , seja de mora seja de ofício, por força do art. 18, "f", da Lei n° 6.024/74. COMPENSAÇÃO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. O direito à compensação pressupõe a existência de créditos líquidos e certos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública (art. 170 do CTN). DIREITO CREDITÓRIO. PROVA. O reconhecimento do direito creditório pleiteado requer a prova de sua existência e montante, sem o que não pode ser restituído ou compensado. Recurso voluntário negado. Recurso de ofício negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado: AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 72 01 22 /2 01 3- 04 Fl. 874DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 2 a) em relação ao recurso de ofício, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso; e, b) em relação ao recurso voluntário, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de nulidade suscitada, e, no mérito, em negar provimento ao recurso. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Tatiana Midori Migiyama. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de restituição, cumulado com pedido de compensação de débitos próprios (PER/DCOMP), de crédito oriundo de pagamento a maior ou indevido de Imposto sobre Operações Financeiras IOF. Por bem retratar os fatos constatados nos autos, transcrevo o Relatório da decisão de primeira instância administrativa, in verbis: A contribuinte acima identificada apresentou entre 24/11/2010 e 29/07/2011 Declarações de Compensação, fls. 02/544 do e processo, formalizando a compensação de débitos com aproveitamento de supostos pagamentos a maior do IOF (código de receita 7893), incidente sobre operações de crédito com pessoas físicas. Segundo informação presente à fl. 558, o total do crédito original demandado soma R$ 56.476.917,78 e o total dos débitos compensados, com juros e multa de mora, monta R$ 62.308.197,81 (vejase quadro de fls. 555/557). Abriuse procedimento com vistas a aferir a existência e a dimensão do mencionado direito de crédito, tendo sido a interessada intimada em 21/12/2012 conforme fl. 549, a justificar e esclarecer o motivo pelo qual entendeu serem indevidos os recolhimentos do IOF, bem como a demonstrar a recomposição da base de cálculo do tributo, amparada pelos documentos contábeis pertinentes, e ainda a comprovar a devolução ao beneficiário da quantia retida a maior, nos termos do parágrafo 1º, artigo 8º, da Instrução Normativa RFB n.º 900, de2008 (fls. 545 a 548). Não houve atendimento à solicitação fiscal até o final do prazo aberto pela fiscalização, 24/01/2013. Em 22/02/2013 o titular da Delegacia de Instituições Financeiras – DEINF assinou o Despacho Decisório de fls. 550/554 pelo qual não se homologaram as compensações declaradas. O trecho abaixo resume o que motivou a não homologação das DCOMPs (fl. 553): Nos termos da legislação aplicável ao caso, a contribuinte foi intimada a apresentar os documentos comprobatórios do direito creditório, especialmente quanto a adoção do procedimento descrito no artigo 8º e 9º da IN RFB n.º 900, de 2008, a fim de Fl. 875DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 16327.720122/201304 Acórdão n.º 3202001.216 S3C2T2 Fl. 875 3 verificar a legitimidade da interessada para demandar a restituição de valores cujo ônus, a princípio, teria sido suportado por terceiros. Ademais, em face da soma envolvida e dos pagamentos supostamente indevidos terem se sucedido por período superior a um exercício, prudente que a administração tributária almeje esclarecer os fatos e as circunstâncias que ensejaram o alegado erro na apuração de imposto espontaneamente recolhido. Conforme já relatado, não houve qualquer manifestação por parte do contribuinte. O texto do despacho noticia ainda a necessidade de lavratura de auto de infração para exigência da multa isolada de cinqüenta por cento sobre o valor total do crédito objeto da compensação não homologada, conforme art. 74, §§15 a 17 da Lei nº 9.430, de 1996, na redação estabelecida pela Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010. O lançamento integra os presentes autos às fls. 590/595. Cientificada do despacho decisório em 08/03/2013 (fls. 567), em 09/04/2013 a interessada apresentou a Manifestação de Inconformidade de fls. 569/573 alegando, em síntese o que segue. Inicialmente, afirma a contribuinte que o Despacho Decisório atacado não teria considerado na soma dos valores não homologados, a cifra de R$ 453.224,048 declarado na DCOMP n º 41259.44911.290711.1.3.041087, não havendo portanto decisão formal da administração fiscal sobre o citado documento. Conclui assim que o valor deve ser desconsiderado da cobrança enviada pela Receita Federal. Na sequência, diz que até o momento da decretação de sua liquidação extrajudicial, praticava, como instituição financeira, operações de concessão de crédito. No período de janeiro de 2009 a setembro de 2010, efetuou diversas operações de crédito recolhendo o IOF nos termos do Decreto nº 6.306/2007, ou seja, conforme o prazo da operação, limitado a trezentos e sessenta a cinco dias. E prossegue: Ocorre que não se tratava de operações de crédito novas e sim de operações renegociadas, ou seja, que já haviam tido o IOF recolhido de acordo com o prazo dos contratos originais. O Banco recolheu indevidamente o IOF total calculado sobre o novo prazo das operações renegociadas, deixando de desconsiderar o IOF já recolhido anteriormente no momento de liberação dos recursos nos contratos originais, recolhendo em duplicidade os valores do tributo das operações renegociadas. Fl. 876DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 4 Os valores de IOF recolhidos em duplicidade foram então compensados com o IOF de períodos subsequentes, assim como com alguns tributos próprios [...] Em relação ao IOF recolhido a maior, é importante frisar que não houve substituição do devedor, tampouco liberação de novos recursos, assim, não deveria ter sido recolhido IOF algum em relação a essas operações, conforme o art. 7º do Decreto nº 6.306, de 2007 [...] Por um parâmetro de sistema, todo contrato registrado no sistema era considerado como novo contrato e, assim, acabava calculando o IOF como se fosse uma nova operação e não uma operação antiga renegociada sem liberação de novos valore se sem substituição do devedor, ocasionando em recolhimento indevido de IOF. Em relação à autorização expressa do contribuinte, dois fatos são importantes. Em primeiro lugar, por se tratar de renegociação, os clientes estavam cientes do IOF recolhido em duplicidade, daí que não há que falar em ignorância em relação a isso. Em segundo lugar, ao renegociar seu contrato, o cliente renegociava a taxa de juros utilizada pelas instituições financeiras para concessão de crédito paras as pessoas físicas e jurídicas. Quanto menor o IOF menor será a taxa de juros praticada pelas instituições financeiras, pois mais liquidez o mercado terá. Assim, fica claro que ao renegociar seus contratos por um prazo maior, com a mesma taxa de juros ou, pelo mesmo prazo com taxa de juros menor, o cliente terá necessariamente um custo menor na operação de crédito, portanto ele terá um desembolso menor e indiretamente, terá a devolução da quantia retida a maior de IOF, nos termos do parágrafo 1º, artigo 8º da Instrução Normativa nº 900, de 2008. Ainda que esses argumentos não revertam o despacho decisório atacado, os juros de mora não podem ser calculados de acordo com a variação da taxa Selic, por ser ela inconstitucional. Tendo em vista o Despacho Decisório que não homologou as compensações declaradas formalizouse exigência fiscal no auto de infração, fls. 590/595 do eprocesso. O feito constituiu crédito de R$ 31.154.098,97 relativo a imposição de multa isolada em decorrência de declaração de compensação não homologada. No Termo de Verificação Fiscal de fls. 583/587, a autoridade autuante lembra que a contribuinte declarou a compensação de suposto crédito originado de pagamentos realizados em valores maiores que os devidos a título de Imposto sobre Operações Financeiras IOF incidente sobre operações de crédito com pessoas físicas (código de receita 7893), referentes a fatos geradores ocorridos entre os anos de 2009 e 2010. Diz ainda o Fl. 877DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 16327.720122/201304 Acórdão n.º 3202001.216 S3C2T2 Fl. 876 5 Termo que as compensações não foram homologadas conforme despacho decisório de fls. 550/557. Continua o texto do documento: As compensações que constituíram o objeto do Despacho Decisório de folhas 550 a 557 foram declaradas entre 29/10/2010 a 29/07/2011, período em que já vigoravam as alterações promovidas pela Lei n.° 12.249, de 11 de junho de 2010, no artigo 74, da Lei n.° 9.430, de 27 de dezembro de 1996. A nova redação introduziu o parágrafo 17, consoante o qual qualquer compensação não homologada pela administração fazendária exige a imposição de multa isolada sobre o valor do crédito indevidamente utilizado, com o fito de penalizar e inibir a extinção de débitos pelo sujeito passivo com créditos não revestidos de liquidez e certeza exigidos pelo artigo 170 do Código Tributário Nacional. Art 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. (Redação dada pela Lei n° 10.637. de 2002) (Vide Decreto n° 7.212. de 2010) § 14. A Secretaria da Receita Federal SRF disciplinará o disposto neste artigo, inclusive quanto à fixação de critérios de prioridade para apreciação de processos de restituição, de ressarcimento e de compensação. (Incluído pela Lei n° 11.051. de 2004) §15. Será aplicada multa isolada de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do crédito objeto de pedido de ressarcimento indeferido ou indevido. (Incluído pela Lei n" 12.249. de 2010) § 16. O percentual da multa de que trata o § 15 será de 100% (cem por cento) na hipótese de ressarcimento obtido com falsidade no pedido apresentado pelo sujeito passivo. (Incluído pela Lei n° 12.249. de 2010) §17. Aplicase a multa prevista no §15, também, sobre o valor do crédito objeto de declaração de compensação não homologada, salvo no caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo. (Incluído pela Lei nº 12.249. de 2010)). Depois de se referir aos artigos 38 da IN nº 900, de 2008 e artigos 45 e 77, da IN RFB nº 1300, de 2012, que regularam a matéria assim conclui o autuante: Assim, verificase que a penalidade pecuniária tem como fato gerador o ato de promover a compensação posteriormente não homologada, ou seja, considerase ocorrido o fato gerador da multa isolada na data de apresentação da Declaração de Compensação, já que neste momento houve a transgressão de norma previamente estabelecida, a qual exige o aproveitamento Fl. 878DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 6 de crédito líquido e certo, passíveis de restituição. A base de cálculo para lançamento da multa isolada corresponde ao total do crédito utilizado, o que equivale ao total dos débitos expressamente confessados na Declaração de Compensação, com os respectivos acréscimos calculados pela contribuinte, se for o caso, opostos no encontro de contas. O Termo finaliza pela constatação de necessidade de lançamento da multa isolada no percentual de 50% sobre os valores indevidamente compensados conforme anexo de fls. 588/589. Notificada do lançamento em 09/05/2013, em 10/06/2013 a autuada apresentou a impugnação de fls. 601/608 contestando a autuação com base no que segue. O art. 83, VII, da nova Lei de Falências, Lei nº 11.101, de 2005, passou a incluir as multas tributárias no rol de créditos habilitados em falências, alterando a disposição inscrita no art. 23, III do DecretoLei nº 7661, de 1945, que interditava a reclamação, na falência, de penas pecuniárias administrativas. Contudo, diz, essa nova orientação legal não se aplica às instituições financeiras em situação de liquidação extra judicial, já que há regra específica contida no inciso 18, f, da Lei nº 6.024, de 1974, que afasta a reclamação de penas por infrações administrativas a partir da decretação da liquidação extrajudicial de instituição financeira. O modelo normativo introduzido pela nova Lei de Falências não alterou a legislação específica que tratava das instituições financeiras em liquidação extrajudicial permanecendo válida a orientação anterior sobre a impossibilidade de imposição de multa de ofício em sociedade na situação de liquidação extrajudicial. O entendimento foi confirmado pela PGFN, conforme Pareceres PGF/CDA nº 181/2006 e 2281/2006 e da ressalva feita no Ato Declaratório PGFN nº 10 de 2006 e da Nota PGFN/PGA nº 722/2006. A multa imposta no percentual de 50% sobre os valores cuja compensação não foi homologada e que alcançou a cifra de R$ 31 milhões revela cunho confiscatório, o que é inconstitucional, sendo aceitável o patamar de 20%, nos termos de entendimento exarado pelo STF no RE nº 582.461. A manifestação de inconformidade contra a não homologação da compensação e a impugnação apresentada contra o lançamento da multa isolada foram reunidas nos presentes autos, a teor do disposto no art. 77, §6º da IN RFN nº 1300, de 2012. A 14ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Salvados julgou improcedente a manifestação de inconformidade e procedente a impugnação, proferindo o Acórdão DRJ/SDR n.º 1443.108, de 12/07/2013 (fls. 698 e ss.), assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGUROS OU RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS IOF Período de apuração: 29/10/2010 a 27/04/2011 Fl. 879DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 16327.720122/201304 Acórdão n.º 3202001.216 S3C2T2 Fl. 877 7 DIREITO CREDITÓRIO. PROVA. O reconhecimento do direito creditório pleiteado requer a prova de sua existência e montante, sem o que não pode ser restituído ou utilizado em compensação. Deixando de responder intimação para apresentar à Administração o conjunto probatório que permitisse a verificação da existência de pagamento indevido ou a maior frente à legislação tributária, e também não o fazendo em sede de manifestação de inconformidade, o direito creditório não pode ser admitido. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito de Crédito Não Reconhecido ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Período de apuração: 29/10/2010 a 27/04/2011 LANÇAMENTO. MULTA ADMINISTRATIVA POR INFRAÇÃO À LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL. ATO DECLARATÓRIO PGFN. DISPENSA DE RECURSOS. CANCELAMENTO PELO ÓRGÃO LANÇADOR. Cancelase a exigência de multas fiscais de qualquer natureza imposta sobre instituição financeira em situação de liquidação extrajudicial em relação às infrações cometidas antes da decretação da intervenção, tendo em vista o §5º do artigo 19, da Lei nº 10.522, de 2002 e o Ato Declaratório PGFN nº 10, de 2006. Impugnação Procedente Crédito Tributário Exonerado Irresignada, a interessada apresentou, no prazo legal, Recurso Voluntário de fls. 848/849, por meio do qual aduz, depois de relatar os fatos: Foi intimada a apresentar documentos com base em fundamento jurídico inaplicável ao caso. O art. 8º, § 1º, da Instrução Normativa – IN RFB n.º 900, de 2008, não se aplica aos créditos de IOF, pois, na sistemática deste imposto, não há uma fonte pagadora, não informe de rendimento e retenção e o contribuinte que realiza a operação sujeita a este imposto não tem a obrigação de entregar declarações. Para ser válido, o Despacho Decisório deveria ter se reportado aos fatos e à legislação própria do tributo. O Despacho Decisório é nulo, tratandose de vício material insanável. Ainda que assim não seja entendido, impõese reconhecer que esse vício deixou a Recorrente numa situação de dúvida objetiva, diante da qual deduziu em sentido contrário ao que havia sido apontado pela RFB, que o art. 61 do Decreto n.º 6.306, de 14/12/2007, estabeleceria os requisitos para o reconhecimento dos créditos de IOF apurados e decorrência do pagamento indevido ou a maior. Fl. 880DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 8 Os requisitos para o reconhecimento de créditos tributários com repercussão financeira encontramse previsto no art. 166 do CTN. O art. 166 do CTN e o art. 61 do Decreto n.º 6.306, de 14/12/2007, não estabelecem um rol de documentos necessários para a comprovação do crédito de IOF, em contrariedade ao que foi exigida Recorrente. Em razão da dúvida, também pode ser justificada a nulidade do Despacho Decisório em razão do cerceamento do direito de defesa. A DRJ aperfeiçoou o trabalho das autoridades fiscais na medida em que afastou a aplicação do art. 8º, § 1º, da IN RFB n.º 900, de 2008, inovação que é vedada pelo próprio CARF. O Despacho Decisório é desprovido de motivação. Ao menos caberia à autoridade julgadora converter o julgamento em diligência. Na época, os contratos originais haviam sido celebrados pela Recorrente há mais de um ano. O encargo foi integralmente arcado pela Recorrente, no qual incluído o IOF. O ônus financeiro não foi atribuído aos clientes. Ao final, requer o cancelamento do Despacho Decisório e a conversão do julgamento em diligência, para que possa apresentar documentos a fim de comprovar o direito creditório. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP objetivando repetir crédito oriundo de pagamento a maior ou indevido de IOF, cumulado com pedido de compensação de débitos próprios. A unidade de origem indeferiu o pleito e, por consequência, não homologou as compensações vinculadas, ao fundamento de que, embora intimada a apresentar os documentos comprobatórios do direito vindicado, a Recorrente permaneceu inerte. Concomitantemente à elaboração do Despacho Decisório, lavrouse auto de infração exigindo multa isolada de cinquenta por cento sobre o valor total do crédito objeto da compensação não homologada. A instância de piso manteve a decisão que indeferiu a restituição e não homologou as compensações, mas exonerou, pelos motivos que expôs, o crédito tributário lançado. A nosso juízo, a razão está com a DRJ. No pertinente à preliminar, ainda que tenha havido um equívoco na citação dos dispositivos da legislação infralegal no Termo de Intimação de fl. 545, podese facilmente perceber o que pretendia a fiscalização quando requereu, no item 1 do mesmo Termo, que a Recorrente justificasse os motivos e esclarecesse as circunstâncias “que provocaram os recolhimentos indevidos de IOF (código 7893) entre 2009 e 2010, supostamente indevido ou maior que o devido”. Mais claro que isso, impossível! Fl. 881DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 16327.720122/201304 Acórdão n.º 3202001.216 S3C2T2 Fl. 878 9 Nulidade, portanto, não há. No mérito, melhor sorte não assiste à Recorrente. É que, além de documento algum ter entregue à fiscalização, a Recorrente também nada trouxe nas duas oportunidades em que compareceu aos autos – na manifestação de inconformidade e no Recurso Voluntário, ora em julgamento. Ressaltese não caber ao Fisco promover a instrução do processo (daí impertinente o pedido de realização de diligência), mas ao próprio contribuinte que reclama o crédito. Exceção se faz quando a própria Administração Pública já detém todos os dados necessários à apreciação do pleito (art. 37 da Lei n.º 9.784, de 1999). Não é a hipótese, porém. A exoneração da multa isolada é medida igualmente acertada. Isso porque são inexigíveis as multas de ofício de natureza tributária cujos fatos geradores tenham ocorrido anteriormente à decretação da liquidação extrajudicial, nos termos do art. 18, “f”, da Lei nº 6.024/1974, cuja redação é a seguinte: Lei nº 6.024, de 1974: Art. 18. A decretação da liquidação extrajudicial produzirá, de imediato, os seguintes efeitos: a) suspensão das ações e execuções iniciadas sobre direitos e interesses relativos ao acervo da entidade liquidanda, não podendo ser intentadas quaisquer outras, enquanto durar a liquidação; b) vencimento antecipado das obrigações da liquidanda; c) não atendimento das cláusulas penais dos contratos unilaterais vencidos em virtude da decretação da liquidação extrajudicial; d) não fluência de juros, mesmo que estipulados, contra a massa, enquanto não integralmente pago o passivo; e) interrupção da prescrição relativa a obrigações de responsabilidade da instituição; f) não reclamação de correção monetária de quaisquer dividas passivas, nem de penas pecuniárias por infração de leis penais ou administrativas. A própria Administração Pública vem chancelando esse entendimento, como são exemplos o Parecer PGFN/CDA nº 2.281/2006, já transcrito na decisão recorrida, e as seguintes ementas de acórdão: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 2006, 2007, 2008 Fl. 882DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES 10 PESSOA JURÍDICA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL. INCIDÊNCIA DE MULTA DE OFÍCIO E JUROS DE MORA A constituição do crédito tributário contra empresa em liquidação extrajudicial deve incluir a exigência de multa de ofício e juros de mora quando formalizada antes de iniciado o procedimento de liquidação pois, nesse caso, esses consectários já estariam integrados ao passivo da pessoa jurídica. (CARF, 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária, Rel. Conselheiro Leonardo de Andrade Couto Acórdão n.º 1402001.498, de 06/11/2013). (g.n.) ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Anocalendário: 1991 INSTITUIÇÃO FINANCEIRA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL APLICAÇÃO DE MULTA DE OFÍCIO EM AUTO DE INFRAÇÃO IMPOSIÇÃO POSTERIOR À DECRETAÇÃO DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL: É inadequada a qualificação da multa, por meio de alteração no lançamento, quando ocorrida após a decretação de liquidação extrajudicial de Instituição Financeira. Essa conclusão defluiu do entendimento de que a liquidação extrajudicial é o sucedâneo administrativo da falência (Art. 34 da Lei n° 6.024/74) e diante do teor da Súmula n° 565 do Egrégio STF. (CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS, Rel. Conselheira Karem Jureidini Dias, Acórdão n.º 9101001.697, de 17/07/2013). (g.n.) LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL E FALÊNCIA, APLICAÇÃO DE MULTA . IMPOSSIBILIDADE. Após a decretação da liquidação extrajudicial ou da falência não cabe a imposição de multa , seja de mora seja de ofício, por força do art. 18, "f", da Lei n° 6.024/74, bem como pela aplicação sistemática do art. 34 desta mesma Lei com o art. 23, III, do DecretoLei n° 7.661/45, combinados todos com a Súmula STF/565 Precedentes (RESP 532.539, DI 16/11/2004; Acórdão CSRF/0105.387, j. 20/03/2006; Acórdão CSRF/0105.389, j. 20/03/2006). (CARF, 4" Câmara / 3" Turma Ordinária, Rel. Conselheiro Winderley Morais Pereira, Acórdão n.º 3403 00.486, sessão em 30/07/2010).(g.n.) Notese que, embora os fatos geradores se reportem a período anterior à decretação da liquidação extrajudicial (período de 29/10/2010 a 27/04/2011) – que, no caso, ocorreu em 5/4/2012 –, o lançamento somente foi cientificado à contribuinte após esta data, ou seja, em 9/5/2013 (fl. 590), daí que inaplicável a multa de ofício lançada. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso de ofício e, quanto ao recurso voluntário, rejeito a preliminar de nulidade e, no mérito, NEGO PROVIMENTO. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 883DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Processo nº 16327.720122/201304 Acórdão n.º 3202001.216 S3C2T2 Fl. 879 11 Fl. 884DF CARF MF Impresso em 30/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 8/07/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 28/07/2014 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES
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Numero do processo: 16572.000064/2008-21
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 14 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Tue Aug 05 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2005
PROCESSO ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO DURANTE A FISCALIZAÇÃO. VIOLAÇÃO AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. INEXISTÊNCIA.
Tanto o CTN como o Decreto 70.235/72 garantem várias oportunidades ao contribuinte para exercer seu direito de defesa, desde a impugnação até a apresentação de recursos ao CARF, não se podendo falar em violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa no presente caso.
IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS EM AÇÃO TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DO DÉBITO, COM SUPOSTA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE.
O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. (Súmula CARF 2).
Recurso negado.
Numero da decisão: 2101-002.479
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os Membros do Colegiado, por maioria de votos, em afastar as preliminares e, no mérito, em negar provimento ao recurso. Vencido o Conselheiro Eduardo de Souza Leão, que votou por dar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
MARIA CLECI COTI MARTINS Presidente Substituta
(assinado digitalmente)
ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA Relator
Participaram do julgamento os Conselheiros Maria Cleci Coti Martins (Presidente Substituta), Alexandre Naoki Nishioka (Relator), Heitor de Souza Lima Júnior, Gilvanci Antônio de Oliveira Sousa, Carlos Henrique de Oliveira e Eduardo de Souza Leão.
Nome do relator: ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2005 PROCESSO ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO DURANTE A FISCALIZAÇÃO. VIOLAÇÃO AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. INEXISTÊNCIA. Tanto o CTN como o Decreto 70.235/72 garantem várias oportunidades ao contribuinte para exercer seu direito de defesa, desde a impugnação até a apresentação de recursos ao CARF, não se podendo falar em violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa no presente caso. IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS EM AÇÃO TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DO DÉBITO, COM SUPOSTA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. (Súmula CARF 2). Recurso negado.
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AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO DURANTE A FISCALIZAÇÃO. VIOLAÇÃO AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. INEXISTÊNCIA. Tanto o CTN como o Decreto 70.235/72 garantem várias oportunidades ao contribuinte para exercer seu direito de defesa, desde a impugnação até a apresentação de recursos ao CARF, não se podendo falar em violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa no presente caso. IRPF. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS EM AÇÃO TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DO DÉBITO, COM SUPOSTA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. “O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.” (Súmula CARF 2). Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros do Colegiado, por maioria de votos, em afastar as preliminares e, no mérito, em negar provimento ao recurso. Vencido o Conselheiro Eduardo de Souza Leão, que votou por dar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) MARIA CLECI COTI MARTINS – Presidente Substituta AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 57 2. 00 00 64 /2 00 8- 21 Fl. 185DF CARF MF Impresso em 05/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 04/06/ 2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 20/07/2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS 2 (assinado digitalmente) ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA – Relator Participaram do julgamento os Conselheiros Maria Cleci Coti Martins (Presidente Substituta), Alexandre Naoki Nishioka (Relator), Heitor de Souza Lima Júnior, Gilvanci Antônio de Oliveira Sousa, Carlos Henrique de Oliveira e Eduardo de Souza Leão. Relatório Tratase de recurso voluntário (fls. 82/91 – numeração digital) interposto em 06 de maio de 2011 contra acórdão proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Curitiba (PR) (fls. 62/75), do qual o Recorrente teve ciência, via edital (afixado em 29 de março de 2011), em 05 de abril de 2011 (fl. 69), que, por unanimidade de votos, julgou procedente o lançamento de fl. 31/34, lavrado em 17 de março de 2008, em decorrência de omissão de rendimentos tributáveis recebidos acumuladamente em virtude de processo judicial trabalhista, auferidos pelo titular no anocalendário de 2004. O acórdão teve a seguinte ementa: “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2005 NULIDADE. PRESSUPOSTOS. INOCORRÊNCIA. Somente ensejam a nulidade os atos e termos lavrados por pessoa incompetente e os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. CONTRADITÓRIO. INTIMAÇÃO PRÉVIA. AUSÊNCIA DE NECESSIDADE. O contraditório no âmbito do processo administrativo fiscal é estabelecido a partir da impugnação ao lançamento, não havendo a necessidade de o contribuinte ser previamente intimado para se manifestar sobre o crédito tributário. CONTESTAÇÃO DE VALIDADE DE NORMAS VIGENTES. JULGAMENTO ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA. Compete à autoridade administrativa de julgamento a análise da conformidade da atividade de lançamento com as normas vigentes, portanto, em âmbito administrativo, não é efetuada a análise de ofensa a princípios constitucionais e nem da validade sócio econômica das exigências legais. JURISPRUDÊNCIA. EFEITOS. As decisões administrativas e as judiciais, não proferidas pelo STF sobre a inconstitucionalidade das normas legais, não se constituem em normas gerais, razão pela qual seus julgados não se aproveitam em relação a qualquer outra ocorrência, senão àquela objeto da decisão. Fl. 186DF CARF MF Impresso em 05/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 04/06/ 2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 20/07/2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS Processo nº 16572.000064/200821 Acórdão n.º 2101002.479 S2C1T1 Fl. 185 3 JULGAMENTO EXTRA PETITA. VEDAÇÃO. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. CONCEITO. MOMENTO DE APRESENTAÇÃO DA PROVA. Incabível o julgamento extra petita porque, segundo a legislação que rege os processos administrativos fiscais, cumpre ao contribuinte instruir a peça impugnatória com todos os documentos em que se fundamentar e que comprovem as alegações de defesa, considerandose como nãoimpugnada a parte do lançamento não expressamente contestada. FALTA DE CONDIÇÕES FINANCEIRAS. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA DAS DRJS. Incabível o pedido de remissão porque, além de as Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento não possuírem competência regimental para a sua apreciação, a extinção do crédito tributário, ainda que parcial, está condicionada à existência de previsão legal. LANÇAMENTO. DECADÊNCIA. PRAZO. INOCORRÊNCIA. Incabível a alegação de decadência, quando o lançamento foi cientificado ao contribuinte antes de cinco anos do fato gerador. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. DEMANDA JUDICIAL. TRIBUTAÇÃO. Os rendimentos recebidos por meio de demanda judicial e não abrangidos pelas hipóteses legais de isenção de IR estão sujeitos à incidência do imposto de renda quando do seu recebimento e devem ser declarados como tributáveis na declaração de ajuste anual, caso não provado o seu enquadramento em rendimentos de tributação exclusiva, sendo cabível a compensação do IRRF por ocasião do pagamento. MULTA DE OFÍCIO. PERCENTUAL. PREVISÃO LEGAL. APLICAÇÃO. OBRIGATORIEDADE. Segundo expressa previsão legal, com força vinculante sobre a autoridade lançadora, a multa de ofício de 75% deve ser aplicada quando verificada a falta de recolhimento de imposto de renda, em razão do descumprimento da legislação tributária. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido” Não se conformando, o Recorrente interpôs o recurso voluntário de fls. 82/91, pedindo a reforma do acórdão recorrido, para cancelar o auto de infração. É o relatório. Voto Conselheiro Alexandre Naoki Nishioka, Relator Fl. 187DF CARF MF Impresso em 05/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 04/06/ 2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 20/07/2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS 4 O recurso preenche os requisitos de admissibilidade, motivo pelo qual dele conheço. Tratase de auto de infração lavrado em decorrência de omissão de rendimentos recebidos em ação trabalhista. Em se tratando de recurso que versa a respeito de rendimentos recebidos acumuladamente pelo contribuinte, houve resolução deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF no sentido de determinar o sobrestamento de seu julgamento, até o trânsito em julgado de decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, a ser proferida nos autos do RE n.º 614.406, nos termos do disposto pelos art. 62A, §§ 1º e 2º, do RICARF. Cumpre salientar, todavia, que, em 18 de novembro de 2013, foi editada a Portaria MF n.º 545, que alterou o Regimento Interno do CARF, revogando os parágrafos primeiro e segundo do supracitado art. 62A, razão pela qual retornam os autos para julgamento. Em seu recurso, alega a Recorrente basicamente que o processo seria nulo porque durante a fiscalização não teria sido aberto prazo para manifestação, o que violaria o contraditório e a ampla defesa, sendo ainda impossível o pagamento do débito, o que afrontaria os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Quanto ao primeiro aspecto, tanto o CTN como o Decreto 70.235/72 garantem várias oportunidades ao contribuinte para exercer seu direito de defesa, desde a impugnação até a apresentação de recursos ao CARF, não se podendo, portanto, concordar com o Recorrente. No que se refere a eventual impossibilidade de pagamento do débito com suposta violação aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, tratase de questão que não pode ser analisada pelo CARF, nos termos de sua Súmula 2. Eis os motivos pelos quais voto no sentido de AFASTAR a preliminar e, no mérito, NEGAR provimento ao recurso. (assinado digitalmente) ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA Relator Fl. 188DF CARF MF Impresso em 05/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 04/06/ 2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 20/07/2014 por MARIA CLECI COTI MARTINS
score : 1.0
Numero do processo: 11831.001384/2007-04
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 13 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Jun 16 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2003
PROCESSO ADMINISTRATIVO. RECURSO QUE TRAZ ARGUMENTOS NÃO APRESENTADOS NA IMPUGNAÇÃO. PRECLUSÃO.
O recurso que traz argumentos não apresentados na impugnação não deve ser conhecido, em virtude da preclusão.
Recurso não conhecido.
Numero da decisão: 2101-002.449
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os Membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso.
(assinado digitalmente)
LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS - Presidente
(assinado digitalmente)
ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA - Relator
Participaram do julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente), Alexandre Naoki Nishioka (Relator), Maria Cleci Coti Martins, Gilvanci Antônio de Oliveira Sousa, Heitor de Souza Lima Júnior e Eduardo de Souza Leão.
Nome do relator: ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA
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RECURSO QUE TRAZ ARGUMENTOS NÃO APRESENTADOS NA IMPUGNAÇÃO. PRECLUSÃO. O recurso que traz argumentos não apresentados na impugnação não deve ser conhecido, em virtude da preclusão. Recurso não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso. (assinado digitalmente) LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Presidente (assinado digitalmente) ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 83 1. 00 13 84 /2 00 7- 04 Fl. 140DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 04/06/ 2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 16/06/2014 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS 2 Participaram do julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente), Alexandre Naoki Nishioka (Relator), Maria Cleci Coti Martins, Gilvanci Antônio de Oliveira Sousa, Heitor de Souza Lima Júnior e Eduardo de Souza Leão. Relatório Tratase de recurso voluntário (fl. 111/123) interposto em 17 de setembro de 2010 contra acórdão proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em São Paulo II (SP) (fls. 42/44), do qual o Recorrente teve ciência em 20 de agosto de 2010 (fl. 49), que, por unanimidade de votos, julgou procedente o auto de infração de fls. 06/10, lavrado em 11 de janeiro de 2007, em decorrência de omissão de rendimentos recebidos de pessoa jurídica ou física, verificada no anocalendário de 2002. O acórdão teve a seguinte ementa: “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2002 OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA. A tributação de valores omitidos apurados em ato de fiscalização, consoante legislação pertinente, somente pode ser elidida mediante a apresentação de prova inequívoca de que tais valores refiramse a rendimentos não tributáveis ou isentos e tributados exclusivamente na fonte. Impugnação Improcedente. Crédito Tributário Mantido” (fl. 42). Não se conformando, o Recorrente interpôs recurso voluntário (fl. 111/123), pedindo a reforma do acórdão recorrido, para cancelar o lançamento. Superada a causa de sobrestamento do julgamento do recurso, este foi novamente incluído em pauta para julgamento. É o relatório. Voto Conselheiro Alexandre Naoki Nishioka, Relator Tratase de auto de infração lavrado em face do contribuinte, em virtude de ter sido verificada a omissão de rendimentos tributáveis recebidos acumuladamente em virtude de processo judicial trabalhista. Em se tratando de recurso que versa a respeito de rendimentos recebidos acumuladamente pelo contribuinte, houve resolução deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF no sentido de determinar o sobrestamento de seu julgamento, até o trânsito em julgado de decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, a ser proferida nos autos do RE n.º 614.406, nos termos do disposto pelos art. 62A, §§ 1º e 2º, do RICARF. Cumpre salientar, todavia, que, em 18 de novembro de 2013, foi editada a Portaria MF n.º 545, que alterou o Regimento Interno do CARF, revogando os parágrafos Fl. 141DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 04/06/ 2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 16/06/2014 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Processo nº 11831.001384/200704 Acórdão n.º 2101002.449 S2C1T1 Fl. 141 3 primeiro e segundo do supracitado art. 62A, razão pela qual retornam os autos para julgamento. O Recorrente alega, em síntese, que as verbas não seriam tributáveis, assim como informa que a fonte pagadora teria assumido o ônus do pagamento do imposto, não tendo recebido a DIRF da Editora Abril S/A, o que o teria impedido de elaborar a sua declaração da forma como sustentado pela fiscalização tributária. Na realidade, em sua impugnação, o Recorrente confirma os valores recebidos, pedindo apenas e tão somente a exclusão dos valores pagos a título de honorários advocatícios e assessoria contábil.; A DRJ julgou improcedente a impugnação, sob o argumento de que tais quantias já tinham sido excluídas pela DRF. Ocorre, todavia, que, em seu recurso, o Recorrente traz novos argumentos, que não tinham sido apresentados na impugnação, os quais não devem ser conhecidos, em virtude da preclusão. Além disso, o conhecimento dos novos argumentos caracterizaria supressão de instância, vedada pelo ordenamento. Eis os motivos pelos quais voto no sentido de NÃO CONHECER do recurso. (assinado digitalmente) ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA Relator Fl. 142DF CARF MF Impresso em 16/06/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 04/06/ 2014 por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA, Assinado digitalmente em 16/06/2014 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
score : 1.0
Numero do processo: 16366.003428/2007-80
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 26 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Jul 10 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004
RENÚNCIA À ESFERA ADMINISTRATIVA. CONCOMITÂNCIA. A concomitância de discussão administrativa e judicial de mesma matéria importa em renúncia à esfera administrativa. Súmula 01 do CARF.
Recurso Voluntário Não Conhecido
Numero da decisão: 3101-001.620
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em não conhecer do recurso voluntário, em face da concomitância.
Luiz Roberto Domingo - Relator,Vice-Presidente no exercício da Presidência
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo Mineiro Fernandes, Valdete Aparecida Marinheiro, Jose Henrique Mauri (Suplente), Vanessa Albuquerque Valente e Luiz Roberto Domingo (Vice-Presidente no exercício da Presidência). Ausente, justificadamente, o Conselheiro Henrique Pinheiro Torres.
Nome do relator: LUIZ ROBERTO DOMINGO
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004 RENÚNCIA À ESFERA ADMINISTRATIVA. CONCOMITÂNCIA. A concomitância de discussão administrativa e judicial de mesma matéria importa em renúncia à esfera administrativa. Súmula 01 do CARF. Recurso Voluntário Não Conhecido
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LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004 RENÚNCIA À ESFERA ADMINISTRATIVA. CONCOMITÂNCIA. A concomitância de discussão administrativa e judicial de mesma matéria importa em renúncia à esfera administrativa. Súmula 01 do CARF. Recurso Voluntário Não Conhecido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em não conhecer do recurso voluntário, em face da concomitância. Luiz Roberto Domingo Relator,VicePresidente no exercício da Presidência Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo Mineiro Fernandes, Valdete Aparecida Marinheiro, Jose Henrique Mauri (Suplente), Vanessa Albuquerque Valente e Luiz Roberto Domingo (VicePresidente no exercício da Presidência). Ausente, justificadamente, o Conselheiro Henrique Pinheiro Torres. Relatório Tratase de pedido de ressarcimento de crédito presumido de IPI, relativo ao ressarcimento de PIS e COFINS de aquisições destinadas à exportação, com fundamento na Lei nº 10.276/2001, do período de apuração referente ao primeiro trimestre de 2004. Retornam os autos após o cumprimento parcial das diligências determinadas pela Resolução nº 3101000.127, de 09 de dezembro de 2010, na qual foi solicitado que: (i) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 36 6. 00 34 28 /2 00 7- 80 Fl. 1466DF CARF MF Impresso em 10/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/06/2014 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 10/06/2014 por LUIZ ROBERTO DOMINGO Processo nº 16366.003428/200780 Acórdão n.º 3101001.620 S3C1T1 Fl. 1.467 2 fosse juntado aos autos cópia das peças do Mandado de Segurança nº 2007.70.01.0072727/PR (inicial, decisão liminar, informações da autoridade coatora, sentença, recursos e Acórdãos dos autos principais e Agravos, bem como certidão de objeto e pé, atualizada); e (ii) fosse “nomeado perito habilitado pela repartição de origem para, juntamente com assistente técnico a ser nomeado pela Contribuinte”,para constatar o processo produtivo alegado no recurso.” Instruído o feito com as peças do processo judicial em curso (fls. 388/1209 e 1239/1348), manifestouse o AFRFB pelo retorno e apreciação a este Conselho, posto que verificou o expresso reconhecimento judicial quanto à qualidade de produtor e exportador do contribuinte, assim como o processo judicial já se encontraria em fase de cumprimento de sentença. Aduz que a ocorrência de renúncia à via administrativa está plenamente configurada. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Roberto Domingo, Relator Com o retorno dos autos da diligência, verificase que tal providência apresentou resultados esclarecedores acerca da lide posta nos autos. A proposta formulada, nos termos do elogioso relatório fiscal elaborado pelo AFRFB Mário Iberê D’Alessio Quintas que, perspicazmente, observou a superveniência de expressa confirmação judicial quanto à posição de produtor exportador do contribuinte, sugerindo o retorno dos autos para apreciação deste Conselho, mostrase acertada e, portanto, comporta acolhida. Ante os novos fatos trazidos à baila, tornase desnecessária a realização da diligência determinada no item “b” da mencionada resolução, razão pela qual a torno sem efeito. De fato, extraise do conjuto probatório acostado aos autos a prejudicialidade da análise deste recurso administrativo quanto ao seu mérito, em razão da judicialização da questão, o que importa em renúncia à via administrativa. Incialmente, devese observar que o presente caso coincide em exatidão a outro apreciado por este E. Conselho Administrativo (PAF n 16366.003420/200713), já que ambos versam sobre a mesma controvérsia jurídica, tendo também como fato fundante da prejudicialidade o mesmo Mandado de Segurança e as mesmas razões recursais, diferindose somente quanto ao período de apuração. Contudo, inobstante a decisão unânime proferida à época por este colegiado, impende pontuar o equívoco cometido na apreciação do mesmo. Analisando o voto condutor proferido pelo eminente Conselheiro Tarásio Campelo Borges, em que pese seu costumeiro acerto, vêse uma pequena contradição na exposição apresentada, fulcral para determinar a má sorte da decisão colegiada. Senão vejamos: Fl. 1467DF CARF MF Impresso em 10/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/06/2014 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 10/06/2014 por LUIZ ROBERTO DOMINGO Processo nº 16366.003428/200780 Acórdão n.º 3101001.620 S3C1T1 Fl. 1.468 3 “(...) A Recorrente é empresa comercial que desempenha atividades que se equiparam à indústria, dedicada à produção, comercialização e exportação de mercadorias nacionais classificadas na TIPI como não tributados NT (tais como mercadorias agrícolas e agropecuárias, entre outras), conforme contrato social em anexo, submetidos a processos que se equiparam a industrialização, de acordo com regulamento do IPI (Decreto nº 4.544 de de [sic] 26/12/2002 – RIPI, em seu artigo 3º, e artigo 4º inciso II). Do uso subsidiário da legislação do IPI para buscar o conceito de estabelecimento produtor, tenho como fato de somenos importância a alegada equiparação das atividades da ora recorrente às da industria, porque operação de beneficiamento não equipara estabelecimento comercial a estabelecimento produtor. A equiparação tem pressupostos específicos, enumerados no artigo 4º da Lei 4.502, de 30 de novembro de 1964, regulamentado no artigo 9º tanto do RIPI 1998 (Decreto 2.637, de 25 de junho de 1998) quanto do RIPI 2002 (Decreto 4.544, de 26 de dezembro de 2002). Distintas da equiparação, a transformação, o beneficiamento, a montagem, o recondicionamento (renovação) e o acondicionamento ou o reacondicionamento são características próprias das operações industriais. É certo que a lei do imposto de consumo e os regulamentos do IPI dela decorrentes somente consideram estabelecimento industrial, stricto sensu, aquele que executa operações próprias das indústrias (transformação, beneficiamento, montagem, recondicionamento e acondicionamento ou reacondicionamento) e cuja produção resulta produto tributado pelo IPI, ainda que de alíquota zero ou isento. Isso acontece porque a saída de mercadorias do estabelecimento produtor é fato gerador do IPI e não há se falar em fato gerador do tributo diante de produtos não tributáveis (NT). Por outro lado, o crédito outorgado pela Lei 9.363, de 1996, é uma presunção e essa norma jurídica não delimita o alcance do benefício aos contribuintes do IPI. Outrossim, quando determina o uso da legislação desse tributo, expressamente indica o seu emprego subsidiário, vale dizer, uso secundário, uso auxiliar, uso subordinado aos ditames da norma extravagante. Além disso, a confessada natureza comercial da pessoa jurídica corrobora fato denunciado no indeferimento do pedido de ressarcimento: a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) cadastrada na Receita Federal do Brasil, tanto da matriz quanto dos estabelecimentos filiais, aponta, inquestionavelmente, para o exercício de atividade comercial, ora atacadista, ora varejista. Igualmente demonstram o exercício de atividade comercial os livros fiscais “Registro de Apuração de IPI”, “Registro de Entradas” e “Registro de Saídas” e todos os documentos fiscais neles escriturados. Nesses livros não existe um só registro de saída de produtos industrializados pelo estabelecimento, nem de entrada de insumos (matériasprimas, produtos intermediários ou materiais de embalagem), sejam insumos provenientes de pessoas jurídicas, sejam insumos oriundos de pessoas físicas. Quanto ao Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) consignado nos documentos fiscais, eles são próprios de operações comerciais. A contradição importa no desfecho da questão, uma vez que, na linha do exposto, se a “norma jurídica não delimita o alcance do benefício aos contribuintes do IPI.” Fl. 1468DF CARF MF Impresso em 10/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/06/2014 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 10/06/2014 por LUIZ ROBERTO DOMINGO Processo nº 16366.003428/200780 Acórdão n.º 3101001.620 S3C1T1 Fl. 1.469 4 não poderia enumerar como necessários documentos que visam a comprovação, justamente, desta condição de contribuinte do IPI. No presente recurso, como visto, pleiteia o contribuinte provimento para: 1) Considerar como Receita de Exportação o somatório das vendas ao exterior ou com o fim específico de exportação das mercadorias classificadas na TIPI como NT; 2) Considerar o processo produtivo (beneficiamento); 3)Considerar como integrante da base de cálculo para a incidência do crédito o valor total das aquisições (pessoas físicas e jurídicas); 4) Correção dos valores pleiteados pela incidência da taxa SELIC desde o mês subseqüente ao fato gerador conforme decisão judicial em caso concreto. Contudo, o Mandado de Segurança citado, atualmente em fase de apreciação quanto à admissibilidade dos recursos interposto perante o E. Superior Tribunal de Justiça e E. Supremo Tribunal Federal, abrange inequivocamente todos os pontos passíveis de apreciação no presente feito. Isto porque, conforme se extrai das informações acostadas por meio das cópias do mandamus impetrado, o juízo não somente reconheceu expressamente sua condição de produtor exportador (fls. 1880/1881), como já havia concedido integral provimento jurisdicional em relação ao objeto litigado na via administrativa, tanto é assim que a RFB, inclusive, já apresentou em juízo os cálculos referentes aos créditos ao qual o contribuinte tem direito (fls. 1318/1335 e 1453/1457). Portanto, no que tange à matéria recursal coincidente com o objeto do writ, aplicase a Súmula CARF 01: SÚMULA Nº 1 do CARF: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Diante do exposto, NÃO CONHEÇO DO RECURSO VOLUNTÁRIO. Luiz Roberto Domingo Fl. 1469DF CARF MF Impresso em 10/07/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/06/2014 por LUIZ ROBERTO DOMINGO, Assinado digitalmente em 10/06/2014 por LUIZ ROBERTO DOMINGO
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