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Numero do processo: 10283.720597/2011-06
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 11 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Mon Mar 02 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2008
DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM COMPROVADA - ART. 42 DA LEI Nº 9.430/96 - PRESUNÇÃO DE RENDIMENTO OMITIDO
A presunção do art. 42 da Lei nº 9.430/96 é relativa, podendo ser afastada pela comprovação da origem do depósito bancário, quando, então, a autoridade autuante submeterá o rendimento outrora omitido às normas específicas de tributação, previstas na legislação vigente à época em que o rendimento foi auferido ou recebido. No caso em questão há comprovação da origem dos depósitos bancários.
Numero da decisão: 2202-002.989
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, Por maioria de votos, dar provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA. e SUELY NUNES DA GAMA, que proviam em parte o recurso. Os Conselheiros ANTONIO LOPO MARTINEZ e JIMIR DONIAK JUNIOR (Suplente convocado) acompanharam o Relator pelas conclusões.
(Assinado digitalmente)
Antonio Lopo Martinez - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Pedro Anan Junior Relator
Participaram Do Presente Julgamento Os Conselheiros: ANTONIO LOPO MARTINEZ (Presidente), JIMIR DONIAK JUNIOR (Suplente convocado), SUELY NUNES DA GAMA, PEDRO ANAN JUNIOR, MARCO AURELIO DE OLIVEIRA BARBOSA, FABIO BRUN GOLDSCHMIDT. Ausente, justificadamente, o Conselheiro RAFAEL PANDOLFO.
Nome do relator: PEDRO ANAN JUNIOR
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No caso em questão há comprovação da origem dos depósitos bancários. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, Por maioria de votos, dar provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA. e SUELY NUNES DA GAMA, que proviam em parte o recurso. Os Conselheiros ANTONIO LOPO MARTINEZ e JIMIR DONIAK JUNIOR (Suplente convocado) acompanharam o Relator pelas conclusões. (Assinado digitalmente) Antonio Lopo Martinez Presidente. (Assinado digitalmente) Pedro Anan Junior– Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 72 05 97 /2 01 1- 06 Fl. 503DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 2 Participaram Do Presente Julgamento Os Conselheiros: ANTONIO LOPO MARTINEZ (Presidente), JIMIR DONIAK JUNIOR (Suplente convocado), SUELY NUNES DA GAMA, PEDRO ANAN JUNIOR, MARCO AURELIO DE OLIVEIRA BARBOSA, FABIO BRUN GOLDSCHMIDT. Ausente, justificadamente, o Conselheiro RAFAEL PANDOLFO. Fl. 504DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 504 3 Relatório Em face do contribuinte Alex Pereira Pinto, foi lavrado auto de infração de imposto de renda pessoa física, referente ao exercício de 2008, anocalendário de 2007. A ciência do lançamento ocorreu em 22 de junho de 2011. Nos termos do auto de infração de fls. 135/141, o fundamento do lançamento foi a omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários com origem não comprovada. Inconformado com a autuação o contribuinte apresentou sua impugnação, fls 167/177. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Belém – DRJ/Belém, ao analisar a impugnação por unanimidade de votos manteve o lançamento, nos termos do acórdão 01024.006, de 20 de janeiro de 2012, consubstanciado na ementa abaixo transcrita: Assunto: Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF Exercício: 2008 Ementa: DEPÓSITOS BANCÁRIOS. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. PRESUNÇÃO LEGAL. A Lei n° 9.430, de 1996, estabeleceu uma presunção legal de omissão de rendimentos que autoriza lançar o imposto correspondente sempre que o titular da conta bancária, regularmente intimado, não comprovar, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos creditados em sua conta de depósito ou de investimento. Devidamente cientificado dessa decisão o contribuinte apresenta tempestivamente recurso voluntário, onde alega em síntese: Que os recursos que transitaram na sua conta corrente eram na realidade da sociedade na qual ele era sóciogerente Bom Jesus Comércio e Industria de Alimentos EPP, CNPJ 00.562.008/000141, e a fiscalização deveria ter aprofundado suas investigações onde constataria esse fato; Teria ocorrido vicio na identificação do sujeito passivo, tendo em vista que os recursos objeto da autuação são de titularidade da pessoa jurídica na qual era sóciogerente Bom Jesus Comércio e Industria de Alimentos EPP, CNPJ 00.562.008/000141, trouxe o livro Fl. 505DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 4 diário na impugnação para demonstrar o alegado, bem como algumas notas fiscais para reforçar o argumento; Ocorreu vício material, na apuração da base de cálculo do lançamento, uma vez que foram considerados como omissão de rendimentos valores que não constam nos extratos bancários do contribuinte bem como valores em duplicidade, traz demonstrativo onde demonstra tais inconsistências; Também teria ocorrido vício no cálculo do lançamento uma vez que não foi considerado o valor do desconto padrão de R$ 11.669,72, que o contribuinte teria direito; Por fim pede pelo provimento do recurso apresentado. É o relatório. Fl. 506DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 505 5 Voto Conselheiro Pedro Anan Junior Relator O recurso preenche os pressupostos de admissibilidade portanto deve ser conhecido. O recurso é tempestivo tendo em vista o Recorrente ter interposto o mesmo dentro do prazo legal, diante das provas apresentadas nos autos. A questão que se coloca, no presente caso, diz respeito à ocorrência ou não de “omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários com origem não comprovada”. Segundo a fiscalização, teria havido sim tal omissão, em virtude de movimentações verificadas nas conta correntes de titularidade do Recorrente. Por sua vez o Recorrente alega que: os valores movimentados em sua conta corrente são de titularidade da sociedade em que ele era sóciogerente, para provar o alegado traz o livrocaixa da sociedade; e, foi considerado no lançamento valores que não constam no extrato bancário. a) Valores que não constam nos extratos bancários Inicialmente devemos analisar o argumento suscitado pelo Recorrente de que teria ocorrido vício na apuração do lançamento tendo em vista que a autoridade lançadora considerou como omissão de rendimentos valores que não constam nos extratos bancários, bem como também considerou valores em duplicadade. Entendo que assiste razão ao Recorrente no que diz respeito a essa alegação. Ao analisar os extratos bancários que estão nos autos, e os valores que foram considerados como rendimentos omitidos, podemos verificar que parte dos valores, conforme relação abaixo não constam nos extratos bancários, bem como foram considerados em duplicidade das contas correntes do Banco Bradesco e Banco do Brasil: Banco Data Valor Descrição 237 2/3/2007 R$ 550,00 Não consta do Extrato 1 2/3/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato Fl. 507DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 6 237 7/3/2007 R$ 400,00 Não consta do Extrato 237 7/3/2007 R$ 462,00 Não consta do Extrato 237 7/3/2007 R$ 707,50 Não consta do Extrato 237 7/3/2007 R$ 736,00 Não consta do Extrato 237 7/3/2007 R$ 775,00 Não consta do Extrato 237 7/3/2007 R$ 850,00 Não consta do Extrato 237 7/3/2007 R$ 851,50 Não consta do Extrato 237 8/3/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 8/3/2007 R$ 852,00 Não consta do Extrato 237 8/3/2007 R$ 950,00 Não consta do Extrato 237 8/3/2007 R$ 970,00 Não consta do Extrato 237 8/3/2007 R$ 989,50 Não consta do Extrato 1 8/3/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 8/3/2007 R$ 5.000,00 Não consta do Extrato 237 8/3/2007 R$ 5.000,00 Não consta do Extrato 237 12/3/2007 R$ 360,00 Não consta do Extrato 237 12/3/2007 R$ 1.900,00 Não consta do Extrato 237 12/3/2007 R$ 1.955,60 Não consta do Extrato 237 14/3/2007 R$ 7.315,00 Não consta do Extrato 237 14/3/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 14/3/2007 R$ 18.294,00 Não consta do Extrato 237 15/3/2007 R$ 635,00 Não consta do Extrato 237 15/3/2007 R$ 645,00 Não consta do Extrato 237 15/3/2007 R$ 1.255,45 Não consta do Extrato 237 15/3/2007 R$ 3.235,50 Não consta do Extrato 237 16/3/2007 R$ 3.626,50 Não consta do Extrato 237 3/4/2007 R$ 430,00 Não consta do Extrato 237 4/4/2007 R$ 461,00 Não consta do Extrato 237 4/4/2007 R$ 471,80 Não consta do Extrato 237 4/4/2007 R$ 472,00 Não consta do Extrato 237 4/4/2007 R$ 490,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 971,40 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 972,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 975,85 Em duplicidade 237 10/4/2007 R$ 976,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 983,50 Em duplicidade 1 10/4/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.050,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.050,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.050,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.075,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.110,70 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.156,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.166,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.219,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.247,25 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.247,25 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.255,45 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.273,60 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.293,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.305,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.350,00 Não consta do Extrato Fl. 508DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 506 7 237 10/4/2007 R$ 1.357,00 Não consta do Extrato 1 10/4/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.575,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.660,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 1.725,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.150,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.150,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.240,50 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.312,32 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.360,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.615,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.650,00 Em duplicidade 237 10/4/2007 R$ 2.800,00 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.811,26 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.856,50 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.856,50 Não consta do Extrato 237 10/4/2007 R$ 2.774,50 Não consta do Extrato 237 16/4/2007 R$ 766,50 Não consta do Extrato 237 16/4/2007 R$ 781,00 Não consta do Extrato 237 16/4/2007 R$ 803,50 Não consta do Extrato 237 16/4/2007 R$ 823,75 Não consta do Extrato 237 20/4/2007 R$ 4.000,00 Não consta do Extrato 237 20/4/2007 R$ 4.535,00 Não consta do Extrato 237 20/4/2007 R$ 4.550,00 Não consta do Extrato 237 20/4/2007 R$ 6.700,00 Não consta do Extrato 237 20/4/2007 R$ 15.000,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 4.535,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 500,00 Em duplicidade 237 24/4/2007 R$ 500,00 Em duplicidade 237 24/4/2007 R$ 500,00 Em duplicidade 237 24/4/2007 R$ 500,00 Em duplicidade 237 24/4/2007 R$ 515,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 527,75 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 533,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 562,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 562,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 562,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 567,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 567,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 576,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 576,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 580,12 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 630,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 648,90 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 679,00 Não consta do Extrato 237 25/4/2007 R$ 562,00 Não consta do Extrato 237 24/4/2007 R$ 436,00 Não consta do Extrato 237 27/4/2007 R$ 320,90 Não consta do Extrato 237 30/4/2007 R$ 708,00 Não consta do Extrato 237 30/4/2007 R$ 720,00 Não consta do Extrato 237 30/4/2007 R$ 720,00 Não consta do Extrato Fl. 509DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 8 237 30/4/2007 R$ 728,00 Não consta do Extrato 237 30/4/2007 R$ 750,00 Não consta do Extrato 237 30/4/2007 R$ 750,00 Não consta do Extrato 237 30/4/2007 R$ 750,00 Não consta do Extrato 237 30/4/2007 R$ 759,85 Não consta do Extrato 237 30/4/2007 R$ 764,75 Não consta do Extrato 237 2/5/2007 R$ 450,00 Não consta do Extrato 237 3/5/2007 R$ 547,00 Não consta do Extrato 237 3/5/2007 R$ 566,50 Não consta do Extrato 237 7/5/2007 R$ 1.100,00 Não consta do Extrato 237 7/5/2007 R$ 1.136,00 Não consta do Extrato 237 7/5/2007 R$ 3.100,00 Ref. a pagamento 237 10/5/2007 R$ 3.300,00 Não consta do Extrato 237 10/5/2007 R$ 3.774,50 Não consta do Extrato 237 10/5/2007 R$ 4.365,80 Não consta do Extrato 237 10/5/2007 R$ 4.500,00 Não consta do Extrato 237 10/5/2007 R$ 6.057,50 Não consta do Extrato 237 10/5/2007 R$ 310,10 Não consta do Extrato 237 10/5/2007 R$ 927,00 Não consta do Extrato 237 16/5/2007 R$ 532,50 Não consta do Extrato 237 16/5/2007 R$ 532,50 Em duplicidade 237 17/5/2007 R$ 1.072,00 Não consta do Extrato 237 18/5/2007 R$ 619,80 Não consta do Extrato 237 18/5/2007 R$ 709,25 Não consta do Extrato 237 18/5/2007 R$ 712,00 Não consta do Extrato 237 18/5/2007 R$ 740,00 Não consta do Extrato 237 18/5/2007 R$ 750,00 Não consta do Extrato 237 18/5/2007 R$ 785,00 Não consta do Extrato 237 18/5/2007 R$ 846,75 Não consta do Extrato 237 18/5/2007 R$ 863,10 Não consta do Extrato 237 21/5/2007 R$ 993,00 Não consta do Extrato 237 21/5/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 21/5/2007 R$ 1.010,00 Não consta do Extrato 237 21/5/2007 R$ 1.034,00 Não consta do Extrato 237 21/5/2007 R$ 1.039,00 Não consta do Extrato 237 21/5/2007 R$ 1.044,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.200,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.229,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.250,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.290,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.300,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.323,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.416,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.575,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.670,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.898,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 1.575,00 Em duplicidade 237 22/5/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato Fl. 510DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 507 9 237 22/5/2007 R$ 2.362,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 2.362,00 Não consta do Extrato 237 22/5/2007 R$ 2.400,00 Não consta do Extrato 237 28/5/2007 R$ 364,05 Não consta do Extrato 237 29/5/2007 R$ 589,50 Não consta do Extrato 237 29/5/2007 R$ 594,50 Em duplicidade 237 29/5/2007 R$ 617,50 Não consta do Extrato 237 30/5/2007 R$ 487,50 Não consta do Extrato 237 30/5/2007 R$ 515,00 Não consta do Extrato 237 30/5/2007 R$ 525,00 Não consta do Extrato 237 4/6/2007 R$ 783,80 Não consta do Extrato 237 4/6/2007 R$ 840,00 Não consta do Extrato 237 4/6/2007 R$ 841,00 Não consta do Extrato 237 6/6/2007 R$ 418,00 Não consta do Extrato 237 6/6/2007 R$ 423,00 Não consta do Extrato 237 8/6/2007 R$ 315,00 Não consta do Extrato 237 11/6/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 11/6/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 11/6/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 13/6/2007 R$ 364,05 Não consta do Extrato 237 19/6/2007 R$ 445,00 Não consta do Extrato 237 19/6/2007 R$ 475,00 Não consta do Extrato 237 19/6/2007 R$ 332,50 Não consta do Extrato 237 21/6/2007 R$ 709,00 Não consta do Extrato 237 21/6/2007 R$ 709,00 Não consta do Extrato 237 21/6/2007 R$ 730,00 Não consta do Extrato 237 22/6/2007 R$ 383,00 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.095,00 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.118,10 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.118,10 Em duplicidade 237 25/6/2007 R$ 1.130,00 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.139,00 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.139,00 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.187,00 Não consta do Extrato 1 25/6/2007 R$ 1.200,00 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 1.264.00 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.509,25 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.509,25 Em duplicidade 237 25/6/2007 R$ 1.571,60 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.575,00 Não consta do Extrato 237 25/6/2007 R$ 1.606,00 Em duplicidade 237 25/6/2007 R$ 1.748,00 Não consta do Extrato 237 26/6/2007 R$ 526,00 Não consta do Extrato 237 26/6/2007 R$ 526,00 Não consta do Extrato 237 26/6/2007 R$ 550,00 Não consta do Extrato 237 26/6/2007 R$ 589,50 Não consta do Extrato 237 26/6/2007 R$ 600,00 Não consta do Extrato 237 26/6/2007 R$ 625,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 1.800,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato Fl. 511DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 10 237 27/6/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 2.230,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 1.800,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 2.352,25 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 2.500,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 2.700,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 2.700,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 4.246,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 4.246,50 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 5.000,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 5.300,00 Não consta do Extrato 237 27/6/2007 R$ 8.400,00 Não consta do Extrato 237 28/6/2007 R$ 911,50 Não consta do Extrato 237 28/6/2007 R$ 967,50 Não consta do Extrato 237 4/7/2007 R$ 381,50 Em duplicidade 237 4/7/2007 R$ 384,00 Não consta do Extrato 237 5/7/2007 R$ 862,80 Não consta do Extrato 237 5/7/2007 R$ 862,80 Não consta do Extrato 237 5/7/2007 R$ 887,50 Não consta do Extrato 237 5/7/2007 R$ 904,00 Não consta do Extrato 237 5/7/2007 R$ 955,50 Não consta do Extrato 237 5/7/2007 R$ 980,00 Não consta do Extrato 237 10/7/2007 R$ 347,00 Não consta do Extrato 237 17/7/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 17/7/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 17/7/2007 R$ 1.002,25 Não consta do Extrato 237 17/7/2007 R$ 1.008,00 Valor estornado 237 17/7/2007 R$ 1.010,00 Não consta do Extrato 237 17/7/2007 R$ 1.095,00 Não consta do Extrato 237 17/7/2007 R$ 1.110,98 Não consta do Extrato 237 17/7/2007 R$ 1.125,62 Não consta do Extrato 237 17/7/2007 R$ 1.314,00 Não consta do Extrato 237 18/7/2007 R$ 696,00 Não consta do Extrato 237 18/7/2007 R$ 722,50 Não consta do Extrato 237 18/7/2007 R$ 754,50 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 1.458,25 Em duplicidade 237 19/7/2007 R$ 1.519,50 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 1.780,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 2.100,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 2.160,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 2.236,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 2,480,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 2.950,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 4.000,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 4.200,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 5.850,00 Não consta do Extrato 237 19/7/2007 R$ 7.000,00 Não consta do Extrato 237 20/7/2007 R$ 810,00 Em duplicidade 237 20/7/2007 R$ 828,75 Em duplicidade 237 20/7/2007 R$ 836,00 Não consta do Extrato 237 20/7/2007 R$ 844,00 Não consta do Extrato 237 20/7/2007 R$ 845,00 Não consta do Extrato Fl. 512DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 508 11 237 20/7/2007 R$ 845,00 Não consta do Extrato 237 24/7/2007 R$ 368,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 504,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 515,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 515,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 516,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 520,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 523,50 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 550,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 560,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 560,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 562,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 570,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 585,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 594,50 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 624,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 625,50 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 626,00 Não consta do Extrato 237 25/7/2007 R$ 650,00 Não consta do Extrato 237 26/7/2007 R$ 1.365,00 Não consta do Extrato 237 26/7/2007 R$ 1.382,00 Não consta do Extrato 237 26/7/2007 R$ 1.400,00 Não consta do Extrato 237 26/7/2007 R$ 1.404,50 Em duplicidade 237 27/7/2007 R$ 410,00 Não consta do Extrato 237 27/7/2007 R$ 410,00 Não consta do Extrato 237 27/7/2007 R$ 450,00 Não consta do Extrato 237 27/7/2007 R$ 485,00 Não consta do Extrato 237 1/8/2007 R$ 347,00 Não consta do Extrato 237 2/8/2007 R$ 650,00 Não consta do Extrato 237 2/8/2007 653.00 Não consta do Extrato 237 2/8/2007 R$ 704,00 Não consta do Extrato 237 2/8/2007 R$ 709,00 Não consta do Extrato 237 2/8/2007 709.00 Não consta do Extrato 237 2/8/2007 R$ 710,50 Não consta do Extrato 237 2/8/2007 R$ 722,00 Não consta do Extrato 237 2/8/2007 R$ 355,00 Não consta do Extrato 237 3/8/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 6/8/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 6/8/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 6/8/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 10/8/2007 R$ 560,00 Não consta do Extrato 237 10/8/2007 R$ 570,00 Não consta do Extrato 237 10/8/2007 R$ 588,00 Não consta do Extrato 237 10/8/2007 R$ 590,50 Não consta do Extrato 237 10/8/2007 R$ 591,50 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 751,50 Não consta do Extrato Fl. 513DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 12 237 14/8/2007 R$ 765,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 775,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 830,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 836,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 842,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 900,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 908,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 919,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 919,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 929,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 934,50 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 934,50 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.037,50 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.070,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.095,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.142,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.151,50 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.332,00 Não consta do Extrato 237 14/8/2007 R$ 1.404,00 Não consta do Extrato 237 16/8/2007 R$ 387,00 Não consta do Extrato 237 16/8/2007 R$ 388,75 Não consta do Extrato 237 17/8/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 17/8/2007 R$ 516,00 Não consta do Extrato 237 21/8/2007 R$ 440,00 Não consta do Extrato 237 22/8/2007 R$ 630,00 Não consta do Extrato 237 24/8/2007 R$ 600,00 Em duplicidade 237 28/8/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 1.601,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 1.655,00 Não consta do Extrato 1 10/4/2007 R$ 1.700,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 1.733,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 1.733,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 1.879,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 2.061,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 2.205,50 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 2.250,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 2.296,25 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 2.400,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 3.100,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 4.000,00 Não consta do Extrato 237 28/8/2007 R$ 4.000,00 Não consta do Extrato 237 29/8/2007 R$ 485,25 Não consta do Extrato 237 29/8/2007 R$ 487,00 Não consta do Extrato 237 29/8/2007 R$ 487,00 Não consta do Extrato 237 29/8/2007 R$ 490,00 Não consta do Extrato 1 28/8/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 1 29/8/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 1 29/082007 R$ 500,00 Não consta do Extrato Fl. 514DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 509 13 237 31/8/2007 R$ 485,25 Não consta do Extrato 237 4/9/2007 R$ 475,00 Não consta do Extrato 237 4/9/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.029,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.081,50 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.150,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.155,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.160,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.168,80 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.172,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.175,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.175,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.175,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.175,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.190,00 Não consta do Extrato 237 6/9/2007 R$ 1.190,00 Não consta do Extrato 237 11/9/2007 R$ 718,00 Não consta do Extrato 237 17/9/2007 R$ 1.200,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.350,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.350,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.350,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.470,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.480,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.600,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 1,695,25 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.800,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.842,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 1.900,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.100,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.250,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.250,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.261,50 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.350,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.380,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.380,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.380,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.400,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.498,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.587,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.900,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 2.970,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 3.334,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 3.570,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 4.700,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 4.700,00 Não consta do Extrato 237 19/9/2007 R$ 4.760,00 Não consta do Extrato Fl. 515DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 14 237 20/9/2007 R$ 940,00 Não consta do Extrato 237 20/9/2007 R$ 977,50 Não consta do Extrato 237 26/9/2007 R$ 394,00 Não consta do Extrato 237 27/9/2007 R$ 826,50 Não consta do Extrato 237 27/9/2007 R$ 842,00 Não consta do Extrato 237 2/10/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 2/10/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 2/10/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 2/10/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 2/10/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 2/10/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 8/10/2007 R$ 649,00 Não consta do Extrato 237 8/10/2007 R$ 677,00 Não consta do Extrato 237 8/10/2007 R$ 685,00 Não consta do Extrato 237 15/10/2007 R$ 447,50 Não consta do Extrato 1 16/10/2007 R$ 600,00 Não consta do Extrato 237 16/10/2007 R$ 633,50 Não consta do Extrato 1 16/10/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 1,500,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 1.782,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 1.925,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 2.046,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 17/10/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 18/10/2007 R$ 685,00 Não consta do Extrato 237 19/10/2007 R$ 880,00 Não consta do Extrato 237 19/10/2007 R$ 900,00 Não consta do Extrato 237 19/10/2007 R$ 900,50 Não consta do Extrato 237 19/10/2007 R$ 900,50 Não consta do Extrato 237 22/10/2007 R$ 413,00 Não consta do Extrato 237 23/10/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 23/10/2007 R$ 500,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.359,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.380,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.510,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.547,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.600,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.600,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 2.900,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 2,970,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 3.050,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 3.080,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 3.095,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 3.500,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 3.538,50 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 3.540,00 Não consta do Extrato Fl. 516DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 510 15 237 25/10/2007 R$ 3.810,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 4.200,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 4.370,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 4.600,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 4.600,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 4.600,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 4.600,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 4.642,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 5.750,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 6.000,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 6.130,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 6.900,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 8.000,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 8.000,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 10.000,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 10.000,00 Não consta do Extrato 237 25/10/2007 R$ 11.500,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.037,50 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.041,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.050,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.100,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.150,00 Em duplicidade 237 26/10/2007 R$ 1.175,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.175,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.175,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.190,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.350,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.389,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 1.475,00 Não consta do Extrato 237 26/10/2007 R$ 875,00 Não consta do Extrato 237 30/10/2007 R$ 400,00 Não consta do Extrato 237 31/10/2007 R$ 572,00 Não consta do Extrato 237 1º/11/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 1º/11/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 1º/11/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 1º/11/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 1º/11/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 6/11/2007 R$ 345,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 4.400,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 4.460,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 4.560,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 5.000,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 5.129,73 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 5.750,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 6.300,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 6.450,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 10.000,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 10.000,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 10.540,00 Não consta do Extrato Fl. 517DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 16 237 8/11/2007 R$ 27.000,00 Não consta do Extrato 237 8/11/2007 R$ 52.338,00 Não consta do Extrato 237 12/11/2007 R$ 508,00 Não consta do Extrato 237 14/11/2007 R$ 440,00 Não consta do Extrato 237 16/11/2007 R$ 625,75 Não consta do Extrato 237 16/11/2007 625.75 Não consta do Extrato 237 16/11/2007 R$ 660,00 Não consta do Extrato 237 16/11/2007 R$ 684,30 Não consta do Extrato 237 19/11/2007 R$ 580,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 1.150,00 Em duplicação 237 22/11/2007 R$ 1.250,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 1.250,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 1.268,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 1.370,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 1.741,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 1.900,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.000,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.009,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.170,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.200,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.200,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.200,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.200,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.250,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.280,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.280,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.300,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.338,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.717,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 2.795,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 3.000,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 3.300,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 3.420,00 Não consta do Extrato 237 22/11/2007 R$ 3.500,00 Não consta do Extrato 237 23/11/2007 R$ 856,00 Não consta do Extrato 237 23/11/2007 R$ 912,00 Não consta do Extrato 237 23/11/2007 R$ 950,00 Não consta do Extrato 237 27/11/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 27/11/2007 R$ 1.015,00 Não consta do Extrato 237 27/11/2007 R$ 1.050,00 Não consta do Extrato 237 27/11/2007 R$ 1.100,00 Não consta do Extrato 237 29/11/2007 R$ 475,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.150,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.150,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.150,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.150,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.150,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.197,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.200,00 Em duplicidade Fl. 518DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 511 17 237 3/12/2007 R$ 2.200,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.365,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 2.400,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 3.000,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 3.100,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 3.225,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 3.225,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 3.252,00 Não consta do Extrato 1 3/12/2007 R$ 4.300,00 Não consta do Extrato 237 3/12/2007 R$ 4.300,00 Não consta do Extrato 237 6/12/2007 R$ 986,00 Não consta do Extrato 237 7/12/2007 R$ 525,00 Não consta do Extrato 237 10/12/2007 R$ 1.000,00 Não consta do Extrato 237 10/12/2007 R$ 1.075,00 Não consta do Extrato 237 10/12/2007 R$ 1.075,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 4.300,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 4.300,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 4.300,00 Em duplicidade 237 11/12/2007 R$ 4.400,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 4.400,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 4.400,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 4.400,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 4.585,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 5.000,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 5.000,00 Não consta do Extrato 237 11/12/2007 R$ 5.750,00 Não consta do Extrato 237 13/12/2007 R$ 10.750,00 Não consta do Extrato 237 13/12/2007 R$ 15.000,00 Não consta do Extrato 237 17/12/2007 R$ 1.200,00 Não consta do Extrato 237 17/12/2007 R$ 1.380,00 Não consta do Extrato 1 17/12/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato 237 17/12/2007 R$ 1.500,00 Não consta do Extrato 237 18/12/2007 R$ 2.100,00 Não consta do Extrato 237 24/12/2007 R$ 420,00 Não consta do Extrato 237 26/12/2007 R$ 432,00 Não consta do Extrato 237 27/12/2007 R$ 600,00 Não consta do Extrato 237 27/12/2007 R$ 660,00 Não consta do Extrato 237 27/12/2007 R$ 693,00 Não consta do Extrato 237 28/12/2007 R$ 480,00 Não consta do Extrato Total R$ 1.163.083,23 Desta forma, como tais valores não constam dos extratos bancário, bem como foram considerados em duplicidade, entendo que devem ser excluídos do lançamento o valor de R$ 1.163.083,23. b) Valores com a origem identificada. Fl. 519DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 18 Podemos verificar que parte das movimentações financeiras estado devidamente identificadas nos extratos bancários juntados aos autoes. Como já se antecipou, atribuise ao Recorrente a omissão de rendimento de que trata o artigo 42 da Lei n. 9.430/96, que tem a seguinte redação: “Art. 42. Caracterizamse também omissão de receita ou de rendimento os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. §1º O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição financeira. §2º Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido computados na base de cálculo dos impostos e contribuições a que estiverem sujeitos, submeterseão às normas de tributação específicas, previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos. §3º Para efeito de determinação da receita omitida, os créditos serão analisados individualizadamente, observado que não serão considerados: I os decorrentes de transferências de outras contas da própria pessoa física ou jurídica; II no caso de pessoa física, sem prejuízo do disposto no inciso anterior, os de valor individual igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil reais), desde que o seu somatório, dentro do ano calendário, não ultrapasse o valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais). (Vide Lei nº 9481, de 1997) §4º Tratandose de pessoa física, os rendimentos omitidos serão tributados no mês em que considerados recebidos, com base na tabela progressiva vigente à época em que tenha sido efetuado o crédito pela instituição financeira. § 5o Quando provado que os valores creditados na conta de depósito ou de investimento pertencem a terceiro, evidenciando interposição de pessoa, a determinação dos rendimentos ou receitas será efetuada em relação ao terceiro, na condição de efetivo titular da conta de depósito ou de investimento.(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002) § 6o Na hipótese de contas de depósito ou de investimento mantidas em conjunto, cuja declaração de rendimentos ou de informações dos titulares tenham sido apresentadas em separado, e não havendo comprovação da origem dos recursos nos termos deste artigo, o valor dos rendimentos ou receitas será imputado a cada titular mediante divisão entre o total dos rendimentos ou receitas pela quantidade de titulares.(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002)” Fl. 520DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 512 19 Conforme se depreende do caput do referido dispositivo, caracterizase a omissão de rendimento quando a origem dos valores creditados na conta de depósito não for comprovada, caso em que a tributação da pessoa física será feita com base na tabela progressiva (§4º.). Se a origem dos depósitos for demonstrada, os respectivos valores deverão observar as regras de tributação específicas, nos termos do §2º da referida norma legal. Estabelece ainda o §5º. que “quando provado que os valores creditados na conta de depósito ... pertencem a terceiro, evidenciando interposição de pessoa, a determinação dos rendimentos ou receitas será efetuada em relação ao terceiro, na condição de efetivo titular da conta de depósito ...”. É o caso dos autos, uma vez que nos extratos bancários do Banco Bradesco constam a devida idenficação dos depositantes conforme podemos verificar na relação abaixo: Banco Valor Identificação no Extrato Bancário 237 R$ 1.241,00 Pedro Oliveira da Cunha 237 R$ 3.000,00 Gilberto de Azevedo Viana 237 R$ 1.000,00 LH Ribeiro 237 R$ 2.062,00 Justino E. Souza Silva 237 R$ 4.500,00 JAA Do Nascimento 237 R$ 1.600,00 MC da Silva 237 R$ 1.900,00 C M L Celani 237 R$ 2.173,00 Adalberto F. Aragão 237 R$ 696,50 João Braga 237 R$ 620,00 Jadson da Silva Duarte 237 R$ 751,50 Santino 237 R$ 1.934,00 H S P de Oliveira 237 R$ 5.403,00 Maria Helena de Oliveira T. 237 R$ 3.200,00 Adalberto F. Aragão 237 R$ 3.289,50 LH Ribeiro Comercial 237 R$ 2.905,00 J M P Gonçalves 237 R$ 3.100,00 Orgete Maria 237 R$ 500,00 Raimundo Antonio de S Gomes 237 R$ 810,50 Maria Jose M dos Santos 237 R$ 1.311,00 Antonivaldo da Silva Queiroz 237 R$ 3.498,00 F das C dos R Uchoa 237 R$ 5.400,00 Maria Helena de O Tabosa 237 R$ 6.910,00 Vidal R Magalhaes 237 R$ 700,00 R B Soares Filho Fl. 521DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 20 237 R$ 747,00 C M Angeleti Linhares 237 R$ 2.173,00 Adalberto F. Aragão 237 R$ 610,00 Americo C. de Almeida 237 R$ 3.117,00 Walder Ribeiro da Costa 237 R$ 394,68 J N da Silva 237 R$ 6.200,00 S de Araujo Bemergui 237 R$ 415,00 Antonivaldo da Silva Queiroz 237 R$ 990,00 Raimundo Mendes Franca 237 R$ 1.392,00 Elcinete Nogueira da Silva Bem 237 R$ 1.425,00 M N de Souza Mercearia 237 R$ 1.540,00 Narciso Lopes Moura 237 R$ 627,00 Maria Fatima V da Costa 237 R$ 915,00 João Paulo Braga 237 R$ 1.036,40 Paulo de Oliveira Mafra 237 R$ 728,32 J N da Silva Comercio 237 R$ 301,00 M N Michiles 237 R$ 482,00 A DE J T dos Santos 237 R$ 1.248,00 Nilton Souza Vasconcelos 237 R$ 1.624,00 Alcilene da Silva Araujo 237 R$ 511,75 Gilvanio Queiroz Branco 237 R$ 302,00 M N Michiles 237 R$ 375,00 Emiliano Silva 237 R$ 415,00 Antonivaldo da Silva Queiroz 237 R$ 884,00 Casa Silvana Ltda 237 R$ 1.001,00 M N Michiles Comercial 237 R$ 2.950,00 J M P Gonçalves 237 R$ 990,00 Raimundo Mendes de Franca 237 R$ 1.351,00 M N Michiles Comercial 237 R$ 11.672,90 Reescalonamento de Divida MPE 237 R$ 481,70 Gildete Goes 237 R$ 971,50 Joao Braga 237 R$ 808,00 Raimundo Marinho de Souza 237 R$ 2.931,26 Francisco de Jesus Damião 237 R$ 418,00 Alfredo Cury 237 R$ 700,00 Raimundo Cunha 237 R$ 793,00 João Braga da Silva 237 R$ 2.000,00 JM Lasmar 237 R$ 612,75 Santino 237 R$ 880,00 MM do Nascimento 237 R$ 1.471,80 Maria Clarinda 237 R$ 1.760,00 Adalberto Ferreira de Aragão 237 R$ 301,00 M N Michiles Comercial 237 R$ 302,00 M N Michiles Comercial Fl. 522DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 513 21 237 R$ 463,70 Gildete Goes 237 R$ 703,97 Gina Barbosa 237 R$ 797,00 Gilvan 237 R$ 2.930,00 Francisco de Jesus D Souza 237 R$ 303,00 M N Michiles Comercial 237 R$ 600,00 M C da Silva 237 R$ 630,50 João Paulo 237 R$ 1.972,50 Adalberto F de Aragão 237 R$ 355,00 A F de Almeida 237 R$ 440,00 L P Cruz 237 R$ 500,00 Antonivaldo 237 R$ 689,00 H S Neto 237 R$ 800,00 João Braga da Silva 237 R$ 305,00 M N Michiles Comercial 237 R$ 375,00 J M P Gonçalves 237 R$ 549,83 Gina Canllya 237 R$ 553,00 Francisco de Jesus Damião 237 R$ 577,70 Felipe Antonio 237 R$ 797,00 Gilvan 237 R$ 1.180,86 Alfrenilda Pinto e Silva 237 R$ 1.196,54 A C Picanco 237 R$ 1.800,00 Maria Helena de O de Tabosa 237 R$ 3.055,00 A F dos Santos Estivas 237 R$ 3.900,00 J A A do Nascimento 237 R$ 401,63 João Pereira Antunes 237 R$ 5.420,00 F das C dos R Uchoa 237 R$ 307,00 M N Michiles Comercial 237 R$ 400,00 Aley Pereira Pinto 237 R$ 457,50 J Lima Albuquerque 237 R$ 520,00 Valdemilson 237 R$ 810,00 Fernando Albino Dantas 237 R$ 1.012,50 Noemia Bulcao Freire Correa 237 R$ 1.857,50 Adalberto F de Aragão 237 R$ 308,00 M N M M 237 R$ 558,10 M A U de Oliveira 237 R$ 577,70 Felipe Antonio 237 R$ 309,00 M N Michiles Comercial 237 R$ 549,83 Gina Canllya 237 R$ 1.314,00 Clemonds Pinheiro de Franca 237 R$ 313,75 Maria Eliete Otaviano 237 R$ 401,63 João Pereira Antunes Fl. 523DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 22 237 R$ 486,50 J M Lasmar 237 R$ 504,90 Bianor 237 R$ 675,00 Jadson da Silva Duarte 237 R$ 1.000,00 Valdemilson 237 R$ 4.028,00 Francisca das Chagass Rets Uchoa 237 R$ 1.670,00 J C M Teixeira 237 R$ 1.972,50 Adalberto F Aragão 237 R$ 380,00 Terezinha de Jesus Paiva 237 R$ 440,00 Francisco Soares de Souza 237 R$ 600,00 Valdemilson 237 R$ 700,00 Raimundo Jose Q Braga 237 R$ 310,00 M C Saraiva 237 R$ 558,00 M A U de Oliveira 237 R$ 900,00 Box Paraiba 237 R$ 542,50 Gildete Goes 237 R$ 894,07 J N da Silva 237 R$ 1.000,00 Valdemilson 237 R$ 1.210,00 Raimundo Nonato da Silva Bezer 237 R$ 360,00 Joaquim Gurgel 237 R$ 1.000,00 Joaquim Gurgel 237 R$ 1.558,00 Adalberto F Aragão 237 R$ 504,90 Bianor Nazar Silva 237 R$ 2.800,00 Roziel P de Souza 237 R$ 4.050,00 Joanildo 237 R$ 4.120,00 M G da Costa Quirino 237 R$ 7.315,00 Roziel P de Souza 237 R$ 600,00 Valdemilson 237 R$ 1.220,00 Rosiel 237 R$ 2.370,00 J A A do Nascimento 237 R$ 2.875,00 Narciso Lopes Moura 237 R$ 695,00 João Braga da Silva 237 R$ 882,88 J N da Silva 237 R$ 466,65 Zesmina Geber Pereira 237 R$ 360,00 M C da Silva 237 R$ 360,00 João Braga da Silva 237 R$ 1.540,00 Edir Costa Castelo Branco 237 R$ 372,00 M F V da Costa 237 R$ 422,00 Alfredo Cury 237 R$ 461,00 A P D F 237 R$ 880,00 H S Neto 237 R$ 923,10 D S Novo Airão 237 R$ 975,85 M Delza 237 R$ 983,50 Antonivaldo da Silva Queiroz Fl. 524DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 514 23 237 R$ 1.000,00 Maria Clarinda 237 R$ 400,00 Ivan 237 R$ 414,00 Cinarea Correa Caxias 237 R$ 400,00 Pedro Oliveira da Cunha 237 R$ 323,00 Sebastião Chaves 237 R$ 3.975,00 F das C dos R Uchoa 237 R$ 4.750,00 Walder Ribeiro da Costa 237 R$ 453,00 D S Novo Airão 237 R$ 490,00 Bianor Nazare da Silva 237 R$ 512,00 Sidonio Trindade Gomes 237 R$ 700,00 Raimundo Jose Q Braga 237 R$ 432,00 Alfredo Cury 237 R$ 532,00 Darlu C Guimarães 237 R$ 619,80 F Paulain Gonçalves 237 R$ 1.146,00 D S Novo Airão 237 R$ 1.780,00 Francisca das Chagas Reis Uchoa 237 R$ 2.150,00 Narciso Lopes Moura 237 R$ 2.295,00 Euclides F dos Santos 237 R$ 6.125,00 Carlos Peres 237 R$ 365,00 D S Novo Airão 237 R$ 347,06 Gina Canllya 237 R$ 574,00 M F V da Costa 237 R$ 594,50 Antonivaldo da Silva Queiroz 237 R$ 500,00 Alfredo Cury 237 R$ 432,75 Raimundo Antonio S Gomes 237 R$ 750,00 Carlos 237 R$ 800,00 Velho 237 R$ 317,00 João Pereira Antunes 237 R$ 393,50 Alfredo Cury 237 R$ 315,00 M F V da Costa 237 R$ 495,00 Cinarea Correa Caxias 237 R$ 319,00 J F A de Oliveira 237 R$ 383,00 Juscelino Peres Tomas 237 R$ 436,50 M C da Silva 237 R$ 340,00 D S Novo Airão 237 R$ 644,70 J N da Silva 237 R$ 680,00 José Mario 237 R$ 503,00 N M Mendes 237 R$ 560,00 Jose Marques de Lima 237 R$ 3.549,00 Jose Raimundo de Gomes Bezerra Fl. 525DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 24 237 R$ 850,00 Antonivaldo 237 R$ 453,00 Raimundo Jose de O Braga 237 R$ 340,00 J C M Teixeira 237 R$ 320,00 Erminio Grana Gonçalves 237 R$ 381,50 Sidonio 237 R$ 850,00 L H Ribeiro 237 R$ 406,00 Gina Canllya 237 R$ 345,00 Marizenaide Pinto de Pinho 237 R$ 770,00 Paulo de Oliveira Mafra 237 R$ 800,00 R S Prado 237 R$ 310,50 R M Mendes 237 R$ 981,00 Francisca das Chagas dos Reis U. 237 R$ 1.458,25 Antonivaldo da Silva Queiroz 237 R$ 810,00 Edmundo Litaiff Mendes 237 R$ 364,00 Valdemilson Gomes 237 R$ 491,00 Raimundo Alves Ponciano 237 R$ 406,00 Gina Canllya 237 R$ 487,00 Edir 237 R$ 368,00 M A U de Oliveira 237 R$ 650,00 DLEA Gomes da Silva 237 R$ 653,00 J C M Teixeira 237 R$ 355,00 Sidonio T Gonçalves 237 R$ 378,00 Zulmira Lobo Ramos 237 R$ 387,00 Juscelino Peres 237 R$ 355,00 Sidonio T Gonçalves 237 R$ 551,00 Francisco Soares 237 R$ 336,00 Elcinete 237 R$ 340,35 M C da Silva 237 R$ 722,50 D S Novo Airão 237 R$ 399,50 J Lima Albuquerque 237 R$ 630,00 Francisco Pereira dos Santos 237 R$ 399,50 J Lima Albuquerque 237 R$ 600,00 DLEA Gomes da Silva 237 R$ 319,00 Arefrenilda P da Silva 237 R$ 333,00 Valdenei Brandão O 237 R$ 1.480,00 Dorama S Oliveira 237 R$ 525,00 J M P Gonçalves 237 R$ 467,50 R M Mendes 237 R$ 319,00 Arefrenilda P da Silva 237 R$ 1.000,00 Olimpio Laborda Pindo 237 R$ 420,00 Osvaldo A de Moura Fl. 526DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 515 25 237 R$ 665,00 J M P Gonçalves 237 R$ 526,00 Antonivaldo 237 R$ 569,00 Julia Ferreira Dib 237 R$ 649,00 Jadson da Silva Duarte 237 R$ 1.338,50 Radosn B da Silva 237 R$ 1.338,50 Radson 237 R$ 400,00 Raimundo Jose Q Braga 237 R$ 346,50 Elcy M da Silva 237 R$ 382,00 Dlea Gomes da Silva 237 R$ 371,00 Sidonio Trindado 237 R$ 316,20 M C da Silva 237 R$ 460,00 F das C dos R Uchoa 237 R$ 344,50 Fernando Albino Dantas 237 R$ 392,00 D S Novo Airão 237 R$ 633,50 Maria Eliete A Otaviano 237 R$ 344,50 Fernando Albino Dantas 237 R$ 429,00 Mauricio Monteiro de Resende 237 R$ 592,00 F P dos Santos 237 R$ 1.150,00 Maria Eliete A Otaviano 237 R$ 780,00 Mauro Leda 237 R$ 500,00 J Mlasmar 237 R$ 400,00 Raimundo Jose Q Braga 237 R$ 345,00 Erminio Grana Golçalves 237 R$ 360,00 Adalberto F Aragão 237 R$ 4.000,00 Francisco Jesus Damião 237 R$ 91.139,00 ABC Primo Rossi Admin de Consorcio 237 R$ 317,75 Edite Alves Rodrigues 237 R$ 402,00 M C da Silva 237 R$ 620,00 D S Novo Airão 237 R$ 570,00 Edir 237 R$ 833,50 O L Pinto 237 R$ 1.125,00 R de Q Branco 237 R$ 833,50 O L Pinto 237 R$ 317,50 Edite Alves Rodrigues 237 R$ 1.000,00 Arfrenilda Pinto da Silva 237 R$ 470,00 RC da Cunha 237 R$ 2.200,00 F das C dos R Uchoa 237 R$ 2.236,65 Olimpio L Pinto ME 237 R$ 4.300,00 E de Macedo Medeiros Fl. 527DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ 26 237 R$ 950,00 Eucinet N da Silva Bentes 237 R$ 500,00 João Braga da Silva 237 R$ 411,00 Juscelino P Tomas 237 R$ 6.450,00 Jadson da Silva Duarte 237 R$ 450,00 João Braga da Silva 237 R$ 1.705,27 M S Gonçalves 237 R$ 1.100,00 Gilvaio de Queiroz Branco 237 R$ 400,00 A Da S Alves 237 R$ 418,50 Bianor Nazare Silva 237 R$ 660,00 Nancy Soares Miranda R$ 417.962,43 Ora, como esses depósitos foram minuciosamente identificados nos extratos bancários, a autoridade lançadora deveria ter observado o disposto nos §§ 2º. e 5º. do artigo 42 da Lei n. 9.430/96, ou seja fundamentar o auto de infração com base em omissão de rendimentos, e não com base fundamento legal que foi utilizado no presente caso.. Desta forma entendo que tais valores no montante de R$ 417.962,43 devem ser excluídos da base de cálculo do lançamento. Gostaria de destacar que esse é o atual posicionamento da Câmara Superior de Recursos Fiscais conforme ementa abaixo transcrita: Processo n 11020.000638/200380 Recurso n° 102137.659 Especial do Procurador Matéria IRPF Acórdão n° CSRF/0401.132 Sessão de 04 de novembro de 2008 Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado PETER BRUGGER DEPÓSITOS BANCÁRIOS ORIGEM COMPROVADA Comprovada a origem do depósito bancário, não há que se falar em autuação com fundamento no art. 42 da Lei no 9.430, de 1996. Recurso Especial do Procurador Negado. c) Valores que são de titularidade da pessoa jurídica. Fl. 528DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ Processo nº 10283.720597/201106 Acórdão n.º 2202002.989 S2C2T2 Fl. 516 27 Por fim alega o Recorrente que os valores que transitaram em suas contas bancárias objeto do lançamento são de titularidade da Pessoa Jurídica na qual era sócio gerente. Entendo que assiste razão ao Recorrente, o valor remanescente dos depósitos bancários, no montante de R$ 182.556,08 onde não constam a origem de quem efetuou o depósito nos extratos bancários, estão devidamente escriturados no livrocaixa da sociedade na qual era sóciogerente, há coincidência de datas e valores no referido livro. Com base nessas informações a autoridade lançadora deveria ter aprofundado suas investigações e ter efetuado uma diligência na Pessoa Jurídica Bom Jesus Comércio e Industria de Alimentos EPP, para verificar se tais valores foram tributados ou não pela sociedade, coisa que não foi efetuada no presente caso. Diante disso entendo que assiste razão ao Recorrente. Diante do exposto, conheço do recurso e no mérito dou provimento. (Assinado Digitalmente) Pedro Anan Junior Relator Fl. 529DF CARF MF Impresso em 02/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/02/2015 por PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 19/02/2015 po r PEDRO ANAN JUNIOR, Assinado digitalmente em 22/02/2015 por ANTONIO LOPO MARTINEZ
score : 1.0
Numero do processo: 12897.000517/2009-87
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 05 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Mar 05 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/03/2005 a 31/12/2005
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS FORMAIS E MATERIAIS. NULIDADE NÃO CARACTERIZADA.
O Auto de Infração foi lavrado em sintonia com o art. 142 do Código Tributário Nacional, já que o autuante observou o rito processual aplicável, identificou o sujeito passivo, a origem e os fundamentos da penalidade.
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. MULTA. PARCELAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO RELATIVO À OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. INFRAÇÃO CARACTERIZADA
Tendo o sujeito passivo reconhecido como procedente o Auto de Infração lavrado para cobrança da contribuição previdenciária que deixou de recolher as contribuições previdenciárias cujos fatos geradores foram omitidos das GFIP, a multa aplicável pelo descumprimento da obrigação acessória de apresentar a referida declaração sem omissões ou incorreções deve ser mantida.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2401-003.750
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de nulidade e no mérito negar provimento ao recurso. Ausente justificadamente o Presidente, Conselheiro Elias Sampaio Freire.
Elaine Cristina Monteiro E Silva Vieira Presidente em exercício
Carolina Wanderley Landim - Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (presidente em exercício), Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares e Carolina Wanderley Landim.
Nome do relator: CAROLINA WANDERLEY LANDIM
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de nulidade e no mérito negar provimento ao recurso. Ausente justificadamente o Presidente, Conselheiro Elias Sampaio Freire. Elaine Cristina Monteiro E Silva Vieira Presidente em exercício Carolina Wanderley Landim - Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (presidente em exercício), Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares e Carolina Wanderley Landim.
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OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS FORMAIS E MATERIAIS. NULIDADE NÃO CARACTERIZADA. O Auto de Infração foi lavrado em sintonia com o art. 142 do Código Tributário Nacional, já que o autuante observou o rito processual aplicável, identificou o sujeito passivo, a origem e os fundamentos da penalidade. DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. MULTA. PARCELAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO RELATIVO À OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. INFRAÇÃO CARACTERIZADA Tendo o sujeito passivo reconhecido como procedente o Auto de Infração lavrado para cobrança da contribuição previdenciária que deixou de recolher as contribuições previdenciárias cujos fatos geradores foram omitidos das GFIP, a multa aplicável pelo descumprimento da obrigação acessória de apresentar a referida declaração sem omissões ou incorreções deve ser mantida. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 12 89 7. 00 05 17 /2 00 9- 87 Fl. 220DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 26/12 /2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 02/03/2015 por ELAINE CRISTINA MONTEIR O E SILVA VIEIRA 2 ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de nulidade e no mérito negar provimento ao recurso. Ausente justificadamente o Presidente, Conselheiro Elias Sampaio Freire. Elaine Cristina Monteiro E Silva Vieira – Presidente em exercício Carolina Wanderley Landim Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (presidente em exercício), Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares e Carolina Wanderley Landim. Fl. 221DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 26/12 /2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 02/03/2015 por ELAINE CRISTINA MONTEIR O E SILVA VIEIRA Processo nº 12897.000517/200987 Acórdão n.º 2401003.750 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Auto de Infração (AI DEBCAD 37.241.5962 CFL 68), que objetiva a cobrança de multa no valor de R$ 132.918,00, lavrado em decorrência da apresentação de GFIP com omissões de contribuições previdenciárias, incidentes sobre as remunerações pagas a segurados que lhe prestam serviços, nas competências de 03/2005 a 12/2005. Segundo o Relatório Fiscal de fls. 102/108, em virtude do descumprimento, por parte do contribuinte, das obrigações principal e acessórias terem ocorrido em data anterior à entrada em vigor da MP 449/08, as multas aplicadas observaram o princípio da retroatividade benigna prevista no art. 106, inciso II, alínea “c” da Lei 5.172/66, comparandose, por competência, as multas impostas pelas legislações vigentes antes e depois da MP 449/08. Em 25/09/2009, o contribuinte tomou ciência da Ação Fiscal (fl. 114) e, em seguida, apresentou impugnação (fls. 118/127) alegando, em síntese: · Que não houve nenhum sentimento de fraude a respeito da suposta ilicitude que lhe está sendo imputada. · Que não há tipicidade no comportamento da empresa para justificar a lavratura do presente auto de infração. · Que o lançamento não observou os requisitos previstos no art. 142 do Código Tributário Nacional, sendo, portanto, nulo. Instada a manifestarse acerca da matéria, a Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento do Rio de Janeiro entendeu por bem julgar improcedente a impugnação, mantendo totalmente o crédito tributário, nos termos do acórdão abaixo ementado: ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Período de apuração: 01/03/2005 a 31/12/2005 DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. Constitui infração a apresentação de GFIP com dados não correspondentes a todos os fatos geradores das contribuições previdenciárias. A obrigação tributária acessória é aquela decorrente da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos, a teor do artigo 113 § 2º do CTN. RETROATIVIDADE DE NORMA BENIGNA. O cálculo para aplicação da norma mais benéfica ao contribuinte deverá ser efetuado na data da quitação do débito, comparandose a legislação vigente a época da infração com os termos da Lei nº 11.941/2009. Fl. 222DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 26/12 /2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 02/03/2015 por ELAINE CRISTINA MONTEIR O E SILVA VIEIRA 4 Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido. Devidamente intimada em 12/07/2012 (fl. 176), a Recorrente interpôs recurso voluntário em 10/08/2012 (fls. 180/189), rebatendo a decisão proferida pela DRJ com base nos argumentos já trazidos na impugnação ao lançamento. Na sessão de julgamento ocorrida em 22 de janeiro de 2014, esta 1ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 2ª Seção do CARF decidiu converter o processo em diligência, a fim de que fossem adotadas as seguintes providências: a) Caso ainda pendentes de julgamento os processos principais, este presente processo fique sobrestado no órgão onde aqueles tramitam. b) Em já havendo decisão definitiva, informese sobre o resultado do julgamento. Em resposta, o Auditor informou que o crédito tributário consubstanciado no Auto de Infração decorrente do descumprimento da obrigação principal DEBCAD 37.241.5938 – PAF 12897.000514/200943 – foi incluído no parcelamento instituído pela Lei 11.941/2009, o que implicaria em desistência de qualquer recurso administrativo. É o relatório. Fl. 223DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 26/12 /2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 02/03/2015 por ELAINE CRISTINA MONTEIR O E SILVA VIEIRA Processo nº 12897.000517/200987 Acórdão n.º 2401003.750 S2C4T1 Fl. 4 5 Voto Conselheira Carolina Wanderley Landim Relatora Da Nulidade Examinando criteriosamente as razões do recurso voluntário, não foi possível identificar quais dos aspectos formais ou materiais não teriam sido observados no procedimento de constituição do crédito tributário, já que os argumentos de direito trazidos não foram adequadamente relacionados com o caso concreto. As alegações recursais aduzidas pelo sujeito passivo foram sobremodo genéricas, resumindose à afirmação de inexistência do ânimo fraudulento de suas condutas e à suposta nulidade da autuação, ao argumento de que o lançamento tributário não observou os requisitos exigidos pelo art. 142 do CTN. No entanto, a alegada desobediência às regras dispostas no mencionado art. 142 não se sustenta. O que se verifica dos autos, especialmente o relatório que instruiu a peça acusatória, é que a autoridade fazendária cumpriu fielmente os ditames legais, tendo determinado a matéria tributável – a contribuição que deixou de ser recolhida em virtude da omissão dos respectivos fatos geradores em GFIP – e aplicado a sanção pecuniária cabível pelo descumprimento do dever instrumental exigido pela legislação previdenciária. Ora, ao descrever a infração apurada no procedimento fiscalizatório, o Autuante foi claro ao afirmar que o sujeito passivo apresentou GFIP com dados não correspondentes aos fatos geradores, tendo sido minudentemente apontadas quais foram as contribuições não declaradas no referido documento: a) Segurados (Anexo I, Col. 5); b) Empresa (Anexo I, Col. 7); c) SAT/RAT (Anexo I, Col. 8); d) Adic RAT 25 anos (Anexo I, Col. 9). No relatório fiscal de fl. 23 e ss., a fiscalização realizou cálculo comparativo para fins de aplicação da penalidade mais benéfica. Ou seja, a autoridade lançadora identificou o sujeito passivo, descreveu claramente a infração cometida, apontou os documentos de que se valeu para concluir pela ocorrência do ilícito, justificou os critérios para definição da multa aplicável, além de ter discriminado no Anexo I do Auto de Infração relativo à obrigação principal as informações omitidas das GFIPs, razão pela qual não há falar em nulidade. Do Mérito Fl. 224DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 26/12 /2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 02/03/2015 por ELAINE CRISTINA MONTEIR O E SILVA VIEIRA 6 Quanto ao mérito, o sujeito passivo afirma ter recolhido as contribuições lançadas, daí porque a penalidade aplicada seria insubsistente. Ocorre que, conforme relatado, em cumprimento à Resolução 2401000.341, deliberada por essa 1ª Turma Ordinária, o Auditor Fiscal informou que o Processo Administrativo referente à obrigação principal – DEBCAD 37.241.5938, ao qual se vincula diretamente o presente Auto de Infração, lavrado em decorrência da omissão dos fatos geradores em GFIP, foi incluído no Parcelamento instituído pela Lei n. 11.941/2009. Para comprovar a notícia trazida aos autos, a autoridade fazendária anexa o extrato do referido PAF, no qual consta a situação INCLUIDO PARC.ESP/ORD/SIMPLIF (fls. 217), o que implicaria na desistência do recurso voluntário interposto nos autos sob análise. Foi constatado, ainda, que o sujeito passivo apresentou petição de desistência nos autos do PAF relativo ao Auto de Infração DEBCAD 37.241.5938, em cumprimento às normas que disciplinam a mencionada moratória. Portanto, uma vez admitida a procedência da acusação fiscal apontada no AIOP n. 37.241.5938, que tem por objeto as contribuições previdenciárias, tornase incontroverso que a empresa autuada descumpriu a obrigação acessória correspondente, a saber, a de apresentar GFIP contendo todos os fatos geradores das contribuições previdenciárias. Diante do exposto, rejeito a preliminar de nulidade e, no mérito, nego provimento ao recurso voluntário. É como voto. Carolina Wanderley Landim. Fl. 225DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/12/2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 26/12 /2014 por CAROLINA WANDERLEY LANDIM, Assinado digitalmente em 02/03/2015 por ELAINE CRISTINA MONTEIR O E SILVA VIEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 17437.720178/2011-12
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 11 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Apr 09 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/07/2007 a 31/12/2008
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE.
No tocante à relação previdenciária, os fatos devem prevalecer sobre a aparência que, formal ou documentalmente, possam oferecer, ficando a empresa autuada, na condição de efetiva beneficiária do trabalho dos segurados que lhe prestaram serviços através de empresa interposta, obrigada ao recolhimento das contribuições devidas.
MULTA QUALIFICADA.
A multa de ofício de 150% é aplicável sempre que caracterizada a prática de ato com o objetivo de impedir o conhecimento da ocorrência do fato gerador pela autoridade fazendária.
MULTA DE MORA. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENÉFICA. ATO NÃO DEFINITIVAMENTE JULGADO.
Conforme determinação do Código Tributário Nacional (CTN) a lei aplica-se a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
Nova Lei limitou a multa de mora a 20%.
A multa de mora, aplicada até a competência 11/2008, deve ser recalculada, prevalecendo a mais benéfica ao contribuinte.
MULTA DE OFÍCIO. EXCLUSÃO
Se à época dos fatos geradores a multa de ofício não existia para o tributo em questão, ela deve ser excluída do lançamento.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 2403-002.983
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso para, até a competência 11/2008, excluir a multa de ofício e determinar o recálculo da multa de mora, artigo 35, nas competências em que foi aplicada. Vencido o conselheiro Paulo Maurício Pinheiro Monteiro na questão das multas.
Carlos Alberto Mees Stringari - Presidente
Ewan Teles Aguiar - Relator
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari, Ivacir Júlio de Souza, Paulo Maurício Pinheiro Monteiro, Ewan Teles Aguiar, Marcelo Magalhães Peixoto e Elfas Cavalcante Lustosa Aragão Elvas.
Nome do relator: EWAN TELES AGUIAR
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/07/2007 a 31/12/2008 PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE. No tocante à relação previdenciária, os fatos devem prevalecer sobre a aparência que, formal ou documentalmente, possam oferecer, ficando a empresa autuada, na condição de efetiva beneficiária do trabalho dos segurados que lhe prestaram serviços através de empresa interposta, obrigada ao recolhimento das contribuições devidas. MULTA QUALIFICADA. A multa de ofício de 150% é aplicável sempre que caracterizada a prática de ato com o objetivo de impedir o conhecimento da ocorrência do fato gerador pela autoridade fazendária. MULTA DE MORA. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENÉFICA. ATO NÃO DEFINITIVAMENTE JULGADO. Conforme determinação do Código Tributário Nacional (CTN) a lei aplica-se a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Nova Lei limitou a multa de mora a 20%. A multa de mora, aplicada até a competência 11/2008, deve ser recalculada, prevalecendo a mais benéfica ao contribuinte. MULTA DE OFÍCIO. EXCLUSÃO Se à época dos fatos geradores a multa de ofício não existia para o tributo em questão, ela deve ser excluída do lançamento. Recurso Voluntário Provido em Parte.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/07/2007 a 31/12/2008 NULIDADE. Possuindo o Auto de Infração todos os requisitos necessários à sua formalização, nos termos do artigo 10 do Decreto nº 70.235/1972, e não sendo verificadas as hipóteses enumeradas no artigo 59, o lançamento não é nulo. ÔNUS DA PROVA. A impugnante tem o ônus da prova acerca daquilo que alega. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/07/2007 a 31/12/2008 PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE. No tocante à relação previdenciária, os fatos devem prevalecer sobre a aparência que, formal ou documentalmente, possam oferecer, ficando a empresa autuada, na condição de efetiva beneficiária do trabalho dos segurados que lhe prestaram serviços através de empresa interposta, obrigada ao recolhimento das contribuições devidas. MULTA QUALIFICADA. A multa de ofício de 150% é aplicável sempre que caracterizada a prática de ato com o objetivo de impedir o conhecimento da ocorrência do fato gerador pela autoridade fazendária. MULTA DE MORA. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENÉFICA. ATO NÃO DEFINITIVAMENTE JULGADO. Conforme determinação do Código Tributário Nacional (CTN) a lei aplicase a ato ou fato pretérito, tratandose de ato não definitivamente julgado, quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Nova Lei limitou a multa de mora a 20%. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 17 43 7. 72 01 78 /2 01 1- 12 Fl. 699DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 2 A multa de mora, aplicada até a competência 11/2008, deve ser recalculada, prevalecendo a mais benéfica ao contribuinte. MULTA DE OFÍCIO. EXCLUSÃO Se à época dos fatos geradores a multa de ofício não existia para o tributo em questão, ela deve ser excluída do lançamento. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso para, até a competência 11/2008, excluir a multa de ofício e determinar o recálculo da multa de mora, artigo 35, nas competências em que foi aplicada. Vencido o conselheiro Paulo Maurício Pinheiro Monteiro na questão das multas. Carlos Alberto Mees Stringari Presidente Ewan Teles Aguiar Relator Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari, Ivacir Júlio de Souza, Paulo Maurício Pinheiro Monteiro, Ewan Teles Aguiar, Marcelo Magalhães Peixoto e Elfas Cavalcante Lustosa Aragão Elvas. Fl. 700DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 17437.720178/201112 Acórdão n.º 2403002.983 S2C4T3 Fl. 156 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário, fls. 653694, apresentado contra Acórdão nº 1044.179 – 7ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Pelotas RS, fls. 624644, que por unanimidade de votos, julgou improcedente a impugnação, mantendo os créditos tributários exigidos, oriundos de descumprimento de obrigação tributária legal principal, DEBCAD 37.356.8312 no valor de R$ 303.195,75 e DEBCAD 37.356.8339 no valor de R$ 74.118,56. Conforme Relatório Fiscal, fls. 2858, com Anexos às fls. 5962, o lançamento referese a as contribuições sociais a cargo da empresa destinadas à Seguridade Social (incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a segurados contribuintes individuais e segurados empregados; e para financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incapacidade laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – RAT), e contribuições sociais incidentes sobre as remunerações de segurados empregados não recolhidas em época própria e destinadas a outras Entidades Do lançamento Em decorrência de ação fiscal levada a efeito na empresa Arrozeira Bom Jesus Ltda., foram lavrados os seguintes Autos de Infração – AI: AI DEBCAD nº 37.356.8312: no valor de R$ 303.195,75 (trezentos e três mil, cento e noventa e cinco reais e setenta e cinco centavos), consolidado em 14/10/2011, referente a contribuições previdenciárias patronais, incluindo as contribuições para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho – RAT, incidentes sobre a remuneração, aferida indiretamente, de segurados empregados; e parte patronal incidente sobre a remuneração, aferida indiretamente, de contribuintes individuais, todos constantes das folhas de pagamento da empresa São João Comercial de Cereais Ltda., CNPJ nº 06.981.392/000101, nas competências 07/2007 a 12/2008, incluídas as Gratificações Natalinas (13º salários) dos anos de 2007 e 2008; AI DEBCAD nº 37.356.8339: no valor de R$ 74.118,56 (setenta e quatro mil, cento e dezoito reais e cinqüenta e seis centavos), consolidado em 14/10/2011, referente a contribuições para outras entidades e fundos: Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação FNDE (SalárioEducação), Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária – INCRA, Serviço Social da Indústria – SESI, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, tendo como base de cálculo a remuneração, aferida indiretamente, de segurados empregados constantes das folhas de pagamento da empresa São João Comercial de Cereais Ltda., nas competências 07/2007 a 12/2008, incluídas as Gratificações Natalinas. No Relatório Fiscal a autoridade lançadora consigna, inicialmente, que a autuada tem como objeto social o beneficiamento de arroz, comércio e transporte rodoviário de cereais, e “desde sua constituição, até a competência 08/2005 apurou seus impostos e tributos com base no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições SIMPLES.” Fl. 701DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 4 Que, a “partir do mês de setembro do ano calendário de 2005, em razão da receita bruta da sociedade ter ultrapassado o limite estabelecido pela legislação, o contribuinte passou a recolher impostos e tributos com base no lucro presumido sendo que, a partir do ano calendário de 2007, com base no Lucro Real.” Informa, ainda, que a “administração da sociedade ARROZEIRA BOM JESUS LTDA é exercida exclusivamente por Cláudio Zemieski Brandeburski.”. Que foi lavrado Termo de Início de Procedimento Fiscal – TIPF para a empresa São João Comercial de Cereais Ltda., localizada no mesmo endereço da autuada, com a atividade econômica de secagem e beneficiamento de cereais, que utiliza as mesmas instalações e equipamentos que a Arrozeira Bom Jesus Ltda. Que a “ciência do TIPF foi dada por Cláudio Zemieski Brandeburski, na qualidade de Administrador da empresa SÃO JOÃO COMERCIAL DE CEREAIS LTDA”. A São João Comercial de Cereais Ltda. iniciou suas atividades em 01/09/2004 e, em 19/07/2007, houve alteração contratual estabelecendo que o “objeto da empresa será o COMÉRCIO DE CEREAIS E SUBPRODUTOS DE ARROZ, EMPACOTAMENTO E EMPILHAMENTO DE CEREAIS.” Em visita à “empresa e com base na análise dos registros contábeis, foi constatado, que o contribuinte não deixou de realizar atividades de secagem e beneficiamento de arroz.” O Relatório Fiscal informa, ainda, que desde o início de suas atividades, a São João Comércio de Cereais “apurou seus impostos e tributos sempre com base no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições SIMPLES.” Da impugnação A empresa impugnou tempestivamente a exigência. A ciência dos Autos de Infração ocorreu em 07/11/2011, enquanto as impugnações foram apresentadas em 06/12/2011. Aponta máculas ao lançamento, começando pelos aspectos formais: a) “INEXISTÊNCIA DE ESPECIFICAÇÃO DO FUNDAMENTO JURÍDICO POSITIVO PARA O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA PARA DESCONSIDERAR ATOS, NEGÓCIOS E PERSONALIDADES JURÍDICAS”, afirmando que “não tendo havido no corpo do auto de infração impugnado a indicação expressa da norma jurídica que autoriza ao agente fiscal a desconsideração de atos, negócios e personalidades jurídicas, devesse declarar a nulidade do documento fiscal e, por decorrência, considerase nula também a autuação realizada.”; b) “INEXISTÊNCIA DE COMPETÊNCIA PARA DESCONSIDERAR ATOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E PERSONALIDADES JURÍDICAS PARA FINS TRIBUTÁRIOS EM DECORRÊNCIA DA AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 116 DO CTN”, identificada como “a única norma jurídica existente e válida com aptidão para subsidiar juridicamente o exercício pela fiscalização tributária da competência para desconsiderar atos, negócios e personalidades jurídicas”, ressaltando não ter sido, tal dispositivo legal, mencionado no Auto de Infração impugnado. Afirma que “o agente fiscal que formalizou o auto de infração impugnado desbordou do âmbito de atuação que lhe é outorgado pela ordem jurídica, devendo, pois, ser reconhecida a inaptidão do ato de desconsideração”, com a declaração de nulidade do lançamento; e Fl. 702DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 17437.720178/201112 Acórdão n.º 2403002.983 S2C4T3 Fl. 157 5 c) “INEXISTÊNCIA DE ESPECIFICAÇÃO DO MOTIVO JURÍDICO E DA MOTIVAÇÃO FÁTICA SUFICIENTE PARA A FORMAÇÃO JURÍDICA DO FATO JURÍDICO TRIBUTÁRIO”, afirmando que a função específica do “ato administrativo é exatamente a identificação e descrição pormenorizada do fato ocorrido, para que, com isso, seja possível, na hipótese de identidade conceitual entre tal fato e o evento previsto no antecedente da norma de tributação, a realização da subsunção particular, quando então é realizada a incidência específica, com todas as repercussões daí decorrentes: mensuração do fato, aplicação da alíquota, identificação do sujeito passivo e mensuração final do crédito tributário.” Entendem que o Auto de Infração sob ataque “Restringiuse indicar alguns fatos que considerou indiciários de evasão fiscal e, com base nisso, sem conectálos logicamente e desconsiderando os verdadeiros fundamentos econômicos das operações realizadas entre a impugnante e a São João Comercial de Cereais Ltda., lavrou a autuação.” “Sendo assim, o auto de infração impugnado, por não ter trazido, expressa, clara e minuciosamente, a identificação e descrição concreta: (i) dos fatos que, conectados entre si e não relacionados com qualquer fundamento econômico negocial, justificassem a desconsideração dos negócios jurídicos e da personalidade jurídica, (ii) do fato acontecido, (iii) a identificação do momento de ocorrência de tal fato, (iv) do local de ocorrência do fato em não preencheu o pressuposto de validade que exige a motivação dos atos administrativos, motivo pelo qual deve ser reconhecida a nulidade absoluta de seus termos.” Na parte dois, as impugnações tratam da inocorrência do suporte fático para a desconsideração dos negócio e da personalidade jurídica, posto que inexistente qualquer ato simulado a justificar a autuação, já que “Os fatos mais relevantes mencionados pelo agente fiscal no relatório de fiscalização foram os seguintes: (i) a impugnante e a São João Comercial de Cereais Ltda. teriam sido constituídas e instaladas no mesmo imóvel, com a mesma atividade sob uma única administração e de propriedade de um mesmo núcleo familiar; (ii) o imóvel em que se desenvolve o beneficiamento de arroz pela São João Comercial de Cereais Ltda. e os equipamentos industriais utilizados para tal desiderato teriam sido cedidos gratuitamente pela impugnante; (iii) os pagamentos de despesas de água, energia elétrica, telefone e aluguel de todos os prédios que compõem o imóvel em que as empresas desenvolvem as suas atividades não foram segregados e foram assumidos integralmente pela impugnante; e (iv) houve migração dos empregados da impugnante para a São João Comercial de Cereais Ltda.” Afirma que essas circunstâncias, ainda que “combinadas, não têm o condão de confirmar o indício de evasão fiscal e, com isso, servir de subsídio para a desconsideração dos negócios e da personalidade jurídica mantidos por ambas as empresas em questão.” Afirma que o fato das duas empresas “terem sido constituídas e instaladas no mesmo imóvel, com a mesma atividade, sob uma única administração e sob propriedade de um mesmo núcleo familiar não predica qualquer fraude ou simulação não servindo nem mesmo para tornálas integrantes de um mesmo grupo empresarial.” Alegam não ser verdade que dividam o “mesmo imóvel: embora o terreno e a propriedade sobre os prédios sejam unos, há mais de um prédio e o desenvolvimento da atividade operacional da impugnante e da São João Comercial de Cereais Ltda. ocorrem de modo nitidamente separado e em imóveis distintos.” Informa que as duas empresas “têm atuação distinta: a impugnante atua como indústria tomadora e de caráter preponderantemente comercial, com pouca produção em linhas industriais próprias e atuação concentrada na área comercial de venda a terceiros, e a São João Comercial de Cereais Ltda. atua como indústria prestadora, com muita produção em linha de produção própria e atuação quase inexistente na área comercial.” Fl. 703DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 6 Quanto ao mesmo administrador, afirmam tratarse de razão de “ordem prática envolvendo o mercado de arroz e a própria origem do negócio relacionado a São João Comercial e Cereais Ltda.: como a intenção, ao criar tal empresa, era especializála na transformação e beneficiamento, sem marca própria, de arroz, e, com isso, conseguir atuar sobre parcela da produção de outras empresas situadas no Estado, com destaque para atacadistas ou varejistas, e sendo o Sr. Cláudio Brandeburski bastante conhecido pelo potencial mercado consumidor do produto, possuindo atuação comercial destacada, a ideia foi exatamente apresentálo como administrador, embora não sócio, apto a assinar eventuais contratos de beneficiamento, para dar mais credibilidade para a sociedade recém iniciada.” E, antes de um “desejo de burlar o pagamento de tributos, significou a sincera tentativa de apoiar o início do negócio próprio de membros da família.” Expõem que o fato de ambas as empresas serem propriedade de um mesmo núcleo familiar, antes de indicar qualquer intenção dolosa, evidencia a falta de malícia na “conformação dos negócios”, deixando de adotar “estruturas sociais e operacionais bem mais complexas, que dificultassem qualquer fiscalização.” Quanto ao imóvel e equipamentos de beneficiamento do arroz terem sido cedidos gratuitamente pela impugnante, não pode ser considerado como evasão fiscal, já que o comodato gratuito “guarda nexo direto com o contrato de industrialização por encomenda mantido pelas duas empresas. Para além da questão familiar representada pelo interesse de que o novo negócio fosse exitoso, era fundamental, sob o aspecto de custos operacionais, que a São João Comercial de Cereais Ltda. estivesse fisicamente perto da impugnante e que pudesse realizar a industrialização por encomenda do arroz adquirido por esta sem custos de transporte e com preferência sobre eventuais outras sociedades do mesmo ramo. Por essa razão, nada mais natural que oferecer espaço físico, estrutura tecnológica e outras facilidades para garantir um custo operacional mais baixo na terceirização da industrialização.” Mesmo raciocínio para os pagamentos das despesas de água, energia elétrica, telefone e aluguel de todos os prédios que “compõem o imóvel em que as empresas desenvolvem as suas atividades não terem sido segregados e tenham sido assumidos integralmente pela impugnante”, pois “a Arrozeira Bom Jesus tornouse naturalmente a principal encomendante da São João Comercial de Cereais Ltda., então era interesse direto daquela não apenas que esta se mantivesse próxima, como também que os custos industriais não se elevassem a ponto de repercutir sobre o preço do serviço de industrialização contratado.” Afirmam que a migração de empregados da Arrozeira Bom Jesus Ltda. para a São João Comercial de Cereais Ltda. não serve para fundamentar qualquer desconsideração dos negócios e da personalidade jurídica das empresas, pois “com o passar do tempo e o aprofundamento do relacionamento comercial entre as empresas, optouse, por uma questão de racionalização das atividades como forma de otimização dos resultados a partir da atuação especializada, por dividir atividade das referidas sociedades de forma a complementálas: (i) a impugnante passou a atuar como indústria tomadora e de caráter preponderantemente comercial, com pouca produção em linhas industriais próprias e atuação concentrada na área comercial de venda a terceiros; e (ii) a São João Comercial de Cereais Ltda. passou a atuar como indústria prestadora, com muita produção em linha de produção própria e atuação quase inexistente na área comercial. Nesse contexto, criouse uma dinâmica de relação jurídica que pode ser assim descrita: (i) a Arrozeira Bom Jesus Ltda. adquiria o arroz diretamente do produtor rural; (ii) a seguir, remetia o produto para beneficiamento pela São João Comercial de Cereais Ltda.; (iii) após tal processo, a beneficiadora transferia as mercadorias industrializadas para a encomendante, remunerandose das sobras; (iv) quando necessário, a Arrozeira Bom Jesus Ltda. complementava o processo industrial, e, quando desnecessário, realizava a venda para terceiros.” Frisam que “nenhuma norma jurídica existente, válida e eficaz, dentro da ordem jurídica pátria, impede que sociedades empresárias dividam parcialmente estruturas físicas ou de pessoal, tenham atividades correlatas, pertençam a parentes e mantenham relação comercial. Talvez se possa concluir que, mais preocupadas com o ritmo das atividades empresariais do que com a formatação jurídica das operações, as empresas tenham errado por não haverem, eventualmente, formalizado tais ajustes comerciais, porém não se pode afirmar que Fl. 704DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 17437.720178/201112 Acórdão n.º 2403002.983 S2C4T3 Fl. 158 7 desbordaram da realidade cotidiana dos relacionamentos empresariais. Todas as operações são claras e nunca houve a tentativa, ainda que mínima, de sonegálas ao conhecimento e controle do Fisco, o que infirma o próprio caráter malicioso que buscou ser identificado pelo auto de infração.” Entendem que, a partir dos dados fornecidos à Auditoria Fiscal pela Arrozeira Bom Jesus Ltda., deve ser aplicada, pela proporcionalidade, razoabilidade e pela regra do artigo 112 do Código Tributário Nacional – CTN, a presunção de boa fé e a interpretação mais favorável ao contribuinte. Invocam, citando o artigo 2º, parágrafo único e inciso VI, da Lei nº 9.784/1999, a adequação entre os meios e os fins, no procedimento e no processo administrativo. Expõem extenso arrazoado acerca da proporcionalidade e da razoabilidade aplicadas “à interpretação das normas jurídicas, dos fatos e da relação entre ambos, no seio da atividade administrativa, é condição para a validade dos atos específicos.” Afirmam que “é desproporcional e irrazoável a interpretação positivada no auto de infração impugnado, no sentido de que, a partir dos fatos mencionados, teria havido evasão fiscal por parte do impugnante: não se deve ignorar que o indício é fundamento para o instauramento de procedimento de fiscalização, porém não serve de única causa para a autuação, sobretudo nas hipóteses em que envolve sanção grave. Na hipótese, porém, a Fiscalização tornou o indício fato concreto e, invertendo a lógica própria das interpretações dos fatos e atos jurídicos, presumiu a máfé e o dolo, quando, em termos efetivos, a ordem da equação é inversa, isto é, devesse sempre presumir a boafé.’ Entendem que deve ser reconhecida a inexistência de qualquer simulação e ser considerada nula a autuação sob ataque. Na terceira parte, as impugnações, elencam “diversos equívocos na identificação dos valores levantados pela Fiscalização, razão pela qual devesse revisar a mensuração da dívida, alegando ilegalidade da tributação das verbas pagas a título de indenização para empregados e administradores, quando pagas como auxíliocondução, auxíliocreche, auxílio transporte, auxílioalimentação, auxíliodoença, férias não gozadas, licençaprêmio não gozada, aviso prévio indenizado, abono assiduidade, terço constitucional de férias gozadas e não gozadas e adicional por horaextra.” A por fim as impugnações trazem a inconformidade com a aplicação da multa qualificada, com a explanação da “inexistência de suporte fático para a qualificação da multa em vista da previsão do § 1º do art. 44 da Lei nº 9.430/99 e ausência de motivação suficiente para a formação jurídica do fato ilícito.” Afirmam que as autuações não cumpriram as exigências da legislação, não trazendo comprovação de dolo, fraude ou sonegação “para justificar a imposição da multa de mora de 150% (cento e cinquenta por cento).” Ainda, que o artigo 112 do CTN determina que “a lei tributária que define a infração, ou lhe comine penalidades, deve ser interpretada da maneira mais favorável ao contribuinte.” “E é exatamente nesse contexto que agiu equivocadamente a Fiscalização: embora os indícios tenham servido para instaurar validamente o procedimento de fiscalização, não deram ensejo a qualquer comprovação inequívoca no sentido de que a impetrante agiu com dolo, de modo que, forte no postulado da razoabilidade e na regra do art. 112 do CTN, se deve aplicar, na Fl. 705DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 8 compreensão do fato e das demais circunstâncias que o envolvem, a presunção de boafé e a interpretação mais favorável da situação do impetrante.” Considera deva ser reformado o Auto de Infração para a anulação da multa agravada, por falta de subsídio fático e jurídico. Requerem: “(i) invalidar o auto de infração impugnado, reconhecendo, sucessivamente, a ocorrência dos seguintes vícios formais: (a) inexistência de especificação do fundamento jurídico positivo para o exercício da competência administrativa para desconsiderar atos, negócios e personalidades jurídicas; (b) inexistência de competência administrativa para desconsiderar atos, negócios jurídicos e personalidades jurídicas para fins tributários em decorrência da ausência de regulamentação por lei ordinária do parágrafo único do art. 116 do CTN; (c) inexistência de fundamentação por intermédio da especificação do motivo jurídico e da motivação fática suficiente para a formação jurídica do fato jurídico tributário; (ii) na hipótese de não ser admitido o pedido anterior e quaisquer dos seus subitens, invalidar o auto de infração impugnado, reconhecendo o vício material da inexistência de qualquer ato simulado a justificar a desconsideração de atos, negócios e personalidade jurídica que geraram a presente autuação; (iii) na hipótese de não serem admitidos os pedido dos itens (i) e (ii), invalidar parcialmente o auto de infração impugnado, reconhecendo a obrigatoriedade de excluirse da base de cálculo do principal e da multa as contribuições calculadas sobre as remunerações pagas as verbas de natureza indenizatória (auxíliocondução, auxíliocreche, auxiliotransporte, auxílio alimentação, primeiros quinze dias de auxíliodoença, férias não gozadas, licença prêmio não gozada, aviso prévio indenizado, abono assiduidade não gozado, um terço de férias gozadas e não gozadas e adicional relativo às horasextras (...) (iv) também na hipótese de não serem admitidos os pedidos dos itens (i) e (ii), invalidar parcialmente o auto de infração impugnado, reconhecendo a inexistência de suporte fático para a qualificação da multa em vista da previsão do § 1º do art. 44 da Lei n° 9.430/96 e a ausência de motivação suficiente para a formação do fato ilícito. A impugnante protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas.” A impugnação ao Auto de Infração DEBCAD nº 37.356.8312 traz como argumento, ainda, a “necessidade de abatimento dos valores pagos a título de contribuição previdenciária pela São João Comercial de Cereais Ltda.”, posto que, “Se o raciocínio empregado é no sentido de que o eventual ônus tributário deve ser transferido para a impugnante, então, por decorrência lógica, o possível bônus tributário também o deve, razão pela qual deve ser abatido do valor apurado, além dos valores indicados no item ‘a’, da Parte III, supra, também as parcelas pagas a título de CPP pela São João Comercial de Cereais Ltda. Em virtude da relação de emprego com os mesmos empregados cuja prestação de serviços serve de hipótese de incidência para a autuação levada a efeito e cuja folha de salários serve de base de cálculo para a apuração do montante devido.” Assim, entende que “a exigência de pagamento das contribuições em questão em duplicidade (na sistemática do SIMPLES NACIONAL e na sistemática geral) deve ser considerado inválida, com a consequente apuração de novo montante de tributo e a alteração da base de cálculo da multa fixada.” Fl. 706DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 17437.720178/201112 Acórdão n.º 2403002.983 S2C4T3 Fl. 159 9 Requer “abaterse do montante apurado também as parcelas pagas a título de CPP pela São João Comercial de Cereais Ltda. em virtude da relação de emprego com os mesmos empregados cuja prestação de serviços serve de hipótese de incidência para a autuação levada a efeito e cuja folha de salários serve de base de cálculo para a apuração do montante devido”. A DRJ manteve integralmente os Autos de Infração, com a seguinte Ementa: ASSUNTO: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/07/2007 a 31/12/2008 NULIDADE. Possuindo o Auto de Infração todos os requisitos necessários à sua formalização, nos termos do artigo 10 do Decreto nº 70.235/1972, e não sendo verificadas as hipóteses enumeradas no artigo 59, o lançamento não é nulo. ÔNUS DA PROVA. A impugnante tem o ônus da prova acerca daquilo que alega. PRODUÇÃO DE PROVAS. PRAZO. É de nenhum efeito o protesto genericamente formulado no tocante à produção de provas. DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO. ENDEREÇO CADASTRAL. É prevista a intimação do sujeito passivo apenas no domicílio tributário, assim considerado o do endereço, pelo contribuinte fornecido, para fins cadastrais, à Secretaria da Receita Federal do Brasil. ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/07/2007 a 31/12/2008 PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE. No tocante à relação previdenciária, os fatos devem prevalecer sobre a aparência que, formal ou documentalmente, possam oferecer, ficando a empresa autuada, na condição de efetiva beneficiária do trabalho dossegurados que lhe prestaram serviços através de empresa interposta,obrigada ao recolhimento das contribuições devidas. SIMPLES. COMPENSAÇÃO. É vedada, pelas normas que regem a matéria, a compensação de contribuições previdenciárias com o valor recolhido para o Simples Nacional. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/07/2007 a 31/12/2008 MULTA QUALIFICADA. Fl. 707DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 10 A multa de ofício de 150% é aplicável sempre que caracterizada a prática de ato com o objetivo de impedir o conhecimento da ocorrência do fato gerador pela autoridade fazendária. Inconformada com a decisão da DRJ, a Contribuinte apresenta Recurso Voluntário, que reitera os argumentos que haviam sido deduzidos quando da Impugnação. É o relatório. Fl. 708DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 17437.720178/201112 Acórdão n.º 2403002.983 S2C4T3 Fl. 160 11 Voto Conselheiro Ewan Teles Aguiar , Relator A) PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação nos autos. B) DAS QUESTÕES PRELIMINARES AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO A recorrente foi autuada pelo não recolhimento de contribuições patronais, nas competências janeiro de 2007 a dezembro de 2008, incidentes sobre as remunerações pagas ou creditadas a segurados empregados e a segurados contribuintes individuais, contratados através de empresa interposta, no caso, a empresa São João Comercial de Cereais Ltda. A Lei Complementar n.º 104, de 10 de janeiro de 2001 – que, dentre outras alterações, incluiu o parágrafo único ao artigo 116 do CTN –, nada há a examinar, posto que foram os fundamento legais para o lançamento, conforme exposto nos Fundamentos Legais do Débito – FLD, bem assim como confirmado por alegação do autuado em suas razões. No presente caso, o Auto de Infração foi lavrado por autoridade administrativa competente, com a correta identificação do sujeito passivo, do cálculo do tributo devido, da matéria tributável e do fato gerador dos lançamentos em tela. Os Autos de Infração permitiram ao autuado entender as infrações que lhe estão sendo imputadas. Os fatos vêm suficientemente descritos no Relatório Fiscal, permitindo verificarse não só quais as contribuições objeto do lançamento, mas também o porquê de tais exações haverem sido lançadas. Identifica, além das contribuições objeto do lançamento, os procedimentos iniciais adotados e bem assim as verificações efetuadas a partir dos dados fornecidos pela autuada; os levantamentos que compõem o auto de infração; os fatos geradores do crédito; e os documentos anexados ao auto de infração. Nesse contexto, cabe examinar o Relatório Discriminativo do Débito – DD e o relatório Fundamentos Legais do Débito – FLD, que possibilitam verificar todos os elementos exigidos para que o lançamento seja válido. O DD identifica, por competência, as bases de cálculo e as alíquotas consideradas no lançamento; as contribuições apuradas em relação a essas bases de cálculo. Aponta, ainda, para cada competência, as contribuições devidas, objeto do lançamento, os percentuais e valores das multas incidentes e os juros aplicados. Ao final do DD consta o total do débito, com a discriminação das contribuições, juros e multa devidos. O FLD informa ao contribuinte os dispositivos legais que fundamentam o lançamento efetuado, Fl. 709DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 12 de acordo com a legislação vigente à época da ocorrência dos fatos geradores, inclusive no que pertine à sujeição passiva da autuada em relação à contribuição lançada, identificando os atos legais aplicados no lançamento, por tipo de contribuição lançada e acréscimos legais correspondentes (Fundamentos Legais do Débito, Fundamentos Legais das Rubricas e Fundamentos Legais dos Acréscimos Legais). Temse, dessa maneira, como suficientemente identificados, nas peças de autuação, o sujeito passivo, a matéria tributável, a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, o débito consolidado, as bases de cálculo utilizadas, os critérios utilizados para calcular o montante do tributo devido, o período lançado, e a origem dos valores considerados devidos pela autoridade lançadora.Desta forma, o procedimento fiscal atendeu todas as determinações legais, não havendo, pois, a nulidade apontada. B) DO MÉRITO (i) inocorrência do suporte fático suficiente à desconsideração dos negócios jurídicos e da personalidade jurídica; Deve ficar absolutamente claro que não houve a desconsideração da personalidade jurídica das empresas envolvidas. O que houve foi a constatação, pela Fiscalização, conforme o Relatório Fiscal e o conjunto probatório, de que a recorrente utilizouse da mãodeobra declarada pela São João Comercial de Cereais Ltda. – empresa optante pelo Simples – com a finalidade específica de evitar o pagamento das contribuições previdenciárias patronais e para outras entidades e fundos, devidas e incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores por ela contratados. Considerando que a atividade de lançamento é vinculada, constatado o não recolhimento das contribuições previdenciárias e para outras entidades e fundos, a autoridade fiscal tem o dever de lançar as exações, com base na legislação vigente, sob pena de responsabilidade funcional. (ii) equívoco na mensuração do crédito; A recorrente alega o equivoco mas não consegue se contrapor e superar as informações trazidas no Relatório Fiscal, vejamos: 100. As bases de cálculo das contribuições apuradas nos Autos de Infração DEBCAD n° 37.356.8312 e 37.356.8339, que se encontram no Relatório anexo Discriminativo do Debito DD, correspondem às remunerações mensais pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e contribuintes individuais contratados pela empresa São João Comercial de Cereais Ltda; 101. As contribuições objeto de lançamento são decorrentes da análise das informações contidas nas folhas de pagamento, Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações a Previdência Social GFIP e nos registros efetuados na contabilidade das empresas São João Comercial de Cereais Ltda., e Arrozeira Bom Jesus Ltda. 121. Os elementos que serviram de base para os lançamentos deste processo foram: 121.1. Folhas de pagamentos das empresas Arrozeira Bom Jesus Ltda e São João Comercial de Cereais Ltda; 121.2. Contabilidade das empresas Arrozeira Bom Jesus Ltda e São João Comercial de Cereais Ltda; 121.3. Guias Fl. 710DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 17437.720178/201112 Acórdão n.º 2403002.983 S2C4T3 Fl. 161 13 de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações a Previdência social GFIP, obtidas no Sistema GFIP WEB da Receita Federal do Brasil.” Temse, pois, que não tendo trazido aos autos qualquer início de prova da alegação de equívoco na mensuração do crédito tributário lançado, a empresa não se desincumbiu do ônus, que lhe competia, de fazer prova de que os valores lançados incidiram sobre os pagamentos em questão. Assim, não podem ser aceitos os argumentos da recorrente. (iii) inaplicabilidade da multa qualificada; Ficando configurada a utilização de interposta pessoa, não se pode dar outro tratamento que não a aplicação da penalidade de 150%. Houve, no caso, a verificação pela Auditoria Fiscal, nos termos do Relatório Fiscal e demais elementos de prova carreados aos autos, de que a recorrente utilizouse da mãodeobra declarada pela São João Comercial de Cereais Ltda. – empresa optante pelo Simples – com a finalidade específica de evitar o pagamento das contribuições previdenciárias patronais e para outras entidades e fundos, devidas e incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores por ela contratados. Assim, não podem ser aceitos os argumentos da recorrente. (iv) das multas de ofício de mora; No que se referem à multa de mora aplicada, mister se faz tecer alguns comentários. A MP nº 449, convertida na Lei nº 11.941/09, que deu nova redação aos arts. 32 e 35 e incluiu os arts. 32A e 35A na Lei nº 8.212/91, trouxe mudanças em relação à multa aplicada no caso de contribuição previdenciária. Assim dispunha o art. 35 da Lei nº 8.212/91 antes da MP nº 449, in verbis: Art. 35. Sobre as contribuições sociais em atraso, arrecadadas pelo INSS, incidirá multa de mora, que não poderá ser relevada, nos seguintes termos: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). I para pagamento, após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento: a) oito por cento, dentro do mês de vencimento da obrigação; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). b) quatorze por cento, no mês seguinte; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). c) vinte por cento, a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da obrigação; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). Fl. 711DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI 14 II para pagamento de créditos incluídos em notificação fiscal de lançamento: a) vinte e quatro por cento, em até quinze dias do recebimento da notificação; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). b) trinta por cento, após o décimo quinto dia do recebimento da notificação; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). c) quarenta por cento, após apresentação de recurso desde que antecedido de defesa, sendo ambos tempestivos, até quinze dias da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social CRPS; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). d) cinqüenta por cento, após o décimo quinto dia da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social CRPS, enquanto não inscrito em Dívida Ativa; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (sem destaques no original) Verificase, portanto, que antes da MP nº 449 não havia multa de ofício. Havia apenas multa de mora em duas modalidades: decorrente do pagamento em atraso, desde que de forma espontânea e decorrente da notificação fiscal de lançamento, conforme previsto nos incisos I e II, respectivamente, do art. 35 da Lei nº 8.212/91, então vigente. Nesse sentido dispõe a hodierna doutrina (Contribuições Previdenciárias à luz da jurisprudência do CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais / Elias Sampaio Freire, Marcelo Magalhães Peixoto (coordenadores). – Julio César Vieira Gomes (autor) – São Paulo: MP Ed., 2012. Pág. 94), in verbis: “De fato, a multa inserida como acréscimo legal nos lançamentos tinha natureza moratória – era punido o atraso no pagamento das contribuições previdenciárias, independentemente de a cobrança ser decorrente do procedimento de ofício. Mesmo que o contribuinte não tivesse realizado qualquer pagamento espontâneo, sendo, portanto, necessária a constituição do crédito tributário por meio do lançamento, ainda assim a multa era de mora. (...) Não se punia a falta de espontaneidade, mas tão somente o atraso no pagamento – a mora.” (com destaque no original) Com o advento da MP nº 449, que passou a vigorar a partir 04/12/2008, data da sua publicação, e posteriormente convertida na Lei nº 11.941/09, foi dada nova redação ao art. 35 e incluído o art. 35A na Lei nº 8.212/91, in verbis: Art. 35. Os débitos com a União decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, não pagos nos prazos previstos em legislação, serão acrescidos de multa de mora e juros de mora, nos termos do art. 61 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). Art. 35A. Nos casos de lançamento de ofício relativos às contribuições referidas no art. 35 desta Lei, aplicase o disposto no art. 44 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). (sem destaques no original) Fl. 712DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI Processo nº 17437.720178/201112 Acórdão n.º 2403002.983 S2C4T3 Fl. 162 15 Nesse momento surgiu a multa de ofício em relação à contribuição previdenciária. Logo, tendo em vista que o lançamento se reporta à data da ocorrência do fato gerador, nos termos do art. 144 do CTN, temse que, em relação aos fatos geradores ocorridos até 11/2008, aplicase apenas a multa de mora. Já em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 12/2008, aplicase apenas a multa de ofício. Contudo, no que diz respeito à multa de mora aplicada até 11/2008, com base no artigo 35 da Lei nº 8.212/91, tendo em vista que o artigo 106 do CTN determina a aplicação retroativa da lei quando, tratandose de ato não definitivamente julgado, cominelhe penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática, princípio da retroatividade benigna. Impõese o cálculo da multa com base no artigo 61 da Lei nº 9.430/96, que estabelece multa de 0,33% ao dia, limitada a 20%, em comparativo com a multa aplicada com base na redação anterior do artigo 35 da Lei 8.212/91, para determinação e prevalência da multa mais benéfica, no momento do pagamento. CONCLUSÃO Voto sentido de CONHECER e PROVIMENTO PARCIAL ao recurso determinando a exclusão da multa de ofício até a competência 11/2008 e o recálculo da multa de mora, nas competências em que foi aplicada, com base na redação dada pela lei 11.941/2009 ao artigo 35 da Lei 8.212/91 e prevalência da mais benéfica ao contribuinte. É como voto. Ewan Teles Aguiar Fl. 713DF CARF MF Impresso em 09/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/03/2015 por AMARILDA BATISTA AMORIM, Assinado digitalmente em 26/03/2 015 por EWAN TELES AGUIAR, Assinado digitalmente em 09/04/2015 por CARLOS ALBERTO MEES STRINGARI
score : 1.0
Numero do processo: 13864.000381/2009-55
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Jul 18 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2007
LANÇAMENTO FISCAL. AUSÊNCIA DE ATO CANCELATÓRIO DE ISENÇÃO. NULIDADE.
Nulo é o lançamento cujo ato cancelatório que motivou sua lavratura já não possuía eficácia para declarar a perda do direito a isenção.
Recurso de Ofício Negado
Numero da decisão: 2302-003.279
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade de votos em negar provimento ao Recurso de Ofício, mantendo a nulidade formal do lançamento, vez que o mesmo não se encontra amparado pela legislação vigente.
Liege Lacroix Thomasi - Presidente
Leonardo Henrique Pires Lopes Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: LIEGE LACROIX THOMASI (Presidente), ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, ARLINDO DA COSTA E SILVA, LEO MEIRELLES DO AMARAL, JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES
Nome do relator: LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES
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AUSÊNCIA DE ATO CANCELATÓRIO DE ISENÇÃO. NULIDADE. Nulo é o lançamento cujo ato cancelatório que motivou sua lavratura já não possuía eficácia para declarar a perda do direito a isenção. Recurso de Ofício Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade de votos em negar provimento ao Recurso de Ofício, mantendo a nulidade formal do lançamento, vez que o mesmo não se encontra amparado pela legislação vigente. Liege Lacroix Thomasi Presidente Leonardo Henrique Pires Lopes – Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: LIEGE LACROIX THOMASI (Presidente), ANDRE LUIS MARSICO LOMBARDI, ARLINDO DA COSTA E SILVA, LEO MEIRELLES DO AMARAL, JULIANA CAMPOS DE CARVALHO CRUZ, LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 86 4. 00 03 81 /2 00 9- 55 Fl. 248DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 0 5/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 05/02/2015 por LIEGE LACROIX T HOMASI 2 Relatório Tratase do Auto de Infração por Descumprimento de Obrigação Acessória, DEBCAD nº 37.123.6045, consolidado em 14/10/2009, em face de CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA E RECURSO HUMANOS, no valor de R$ 338.940,90 (trezentos e trinta e oito mil novecentos e quarenta reais e noventa centavos) referente à multa por apresentação de GFIP com dados não correspondente a todos os fatos geradores de contribuições previdenciárias, no período de 01/2006 a 13/2007. Segundo relatório fiscal, a empresa é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, cuja finalidade é promover a filantropia, prestando serviços gratuitos e permanentes aos necessitados, nos limites de sua capacidade e dentro dos parâmetros legais, sem discriminação de sexo, cor, credo religioso ou político, com sede em São José dos Campos SP. A Associação era portadora do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social — CEAS, renovado para o período de 01/01/04 a 31/12/06, conforme Resolução CNAS 158/2005. Todavia, teve Ato Declaratório de Concessão de Isenção Previdenciária cancelado, a partir de 01 de janeiro de 1995 com emissão do Ato Cancelatório de isenção de contribuições sociais previdenciárias em 05.05.2006. Afirmou a Auditoria Fiscal que, em que pese o cancelamento, a Associação auto declarouse entidade filantrópica isenta das contribuições previdenciárias em Guia de. Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações a Previdência Social — GFIP, quando informou o código de, FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social), 639, e deixou de recolher as contribuições relativas a cota patronal, no período de 01/2006 a 13/2007. Ocorre que, a posteriori, a Empresa juntou aos Autos prova de que a referida Decisão Notificação, que ensejou o Ato Cancelatório n° 01/2006 da isenção, foi julgada nula, pela Sexta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por meio do Acórdão 20601.303, anulando, também, todos os atos que a sucederam. Assim sendo, a Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Campinas/SP entendeu por anular o lançamento, por entender inexistir, ao tempo deste lançamento, ato cancelatório de isenção. A ementa de tal decisão foi proferida nos seguintes termos: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2007 LANÇAMENTO FISCAL. INEXISTÊNCIA AO TEMPO DA CONSTITUIÇÃO DO LANÇAMENTO DE ATO CANCELATóRIO DE ISENÇÃO. NULIDADE. Tornada nula a Decisão que propôs o Ato Cancelatório de Isenção, não operam se os efeitos do referido ato, não subsistindo o lançamento dele decorrente. Impugnação Procedente Crédito Tributário Exonerado Assim vieram os autos ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por meio de Recurso de Ofício. Fl. 249DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 0 5/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 05/02/2015 por LIEGE LACROIX T HOMASI Processo nº 13864.000381/200955 Acórdão n.º 2302003.277 S2C3T2 Fl. 3 3 É o relatório. Voto Conselheiro Leonardo Henrique Pires Lopes Conselheiro Leonardo Henrique Pires Lopes, Relator. É cediço que a fiscalização motivou o lançamento ora em questão diante da existência de Ato Cancelatório de Isenção, este emitido em 05/05/2006. Cabe, inicialmente, portanto, avaliarse se tal Ato encontravase passível de produzir efeitos no momento do lançamento. Pois bem, como indicam os documentos juntados ao processo pelo contribuinte a Decisão Notificação de Informação Fiscal de Cancelamento de Isenção n° 21.437.4/002/2006, fls. 220/242, que ensejou o Ato Cancelatório de Isenção suprareferido, foi anulada por Acórdão exarado pela sexta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, em 04/09/2008, processo no 35437.000365/200692, fls. 246/253, assim também foi reconhecida a nulidade de todos os atos subseqüentes, conforme trecho do acórdão abaixo transcrito: (...) Nesta esteira de entendimento, deixando o julgador recorrido de intimar cientificar a contribuinte do resultado da diligência requerida, para devida manifestação, após a apresentação de sua impugnação e antes de proferida a decisão, incorreu em cerceamento do direito de defesa da recorrente, em total afronta ao principio do devido processo legal, o que enseja a nulidade da decisão recorrida, bem como de todos os atos subseqüentes, devendo o presente processo ser remetido a origem para intimar a entidade das razões da fiscalização consubstanciadas na Informação Fiscal, cis f 1.513/1.522, para que seja proferida nova decisão pela autoridade julgadora de primeira instância na boa e devida forma. (g. n) Deste modo, por ser nulo, o Ato Cancelatório n° 01/2006 não poderia surtir efeitos, uma vez que os efeitos da nulidade retroagem as suas origens. Desta feita, a partir da ciência do Acórdão exarado em 04/09/2008, o Ato Cancelatório de Isenção 01/2006, que embasou a presente autuação, não tinha mais eficácia, somente mantendose higida a informação fiscal para o cancelamento da isenção/IF. A Informação Fiscal para o Cancelamento de Isenção é procedimento que antecede o Ato Cancelatório e não poderia servir de elemento para fundamentar o presente auto, isto porque a partir da Informação Fiscal, há oportunidade de o contribuinte se manifestar Fl. 250DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 0 5/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 05/02/2015 por LIEGE LACROIX T HOMASI 4 e interpor Recurso com efeito suspensivo à Instância Superior, como se verifica do artigo 206, § 8°, do Decreto n° 3.048/99, verbis: Art. 206. (..) sç 82 0 Instituto Nacional do Seguro Social cancelará a isenção da pessoa jurídica de direito privado beneficente que não atender aos requisitos previstos neste artigo, a partir da data em que deixar de atendêlos, observado o seguinte procedimento: 1 se a fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social verificar que a pessoa jurídica a que se refere este artigo deixou de cumprir os requisitos nele previstos, emitirá Informação Fiscal na qual relatará os fatos que determinaram a perda da isenção; II a pessoa jurídica de direito privado beneficente será cientificada do inteiro teor da Informação Fiscal, sugestões e conclusões emitidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social e terá o prazo de quinze dias para apresentação de defesa e produção de provas; III apresentada a defesa ou decorrido o prazo sem manifestação da parte interessada, o Instituto Nacional do Seguro Social decidirá acerca do cancelamento da isenção, emitindo Ato Cancelatório, se for o caso; e IV cancelada a isenção, a pessoa jurídica de direito privado beneficente terá o prazo de trinta dias contados da ciência da d ecisão, para interpor recurso com efeito suspensivo ao Conselho de Recursos da Previdência Social. Previsão idêntica é encontrada no Regulamento da Previdência Social: a Instrução Normativa SRP n° 03/2005, posteriormente ratificada pela Instrução Normativa RFB n° 971, de 24/11/2009, impõe o como rito procedimental, inicialmente, a Emissão de Informação Fiscal/IF, seguida da ciência do contribuinte, para, posteriormente, a manifestação decisão pela autoridade competente confirmando o cancelamento. A partir daí, há a emissão do Ato Cancelatório de Isenção. Vejase que a perda do direito a isenção é declarada em Ato Cancelatório devendo constar deste a data em que a entidade deixou de cumprir os requisitos para tal. Diante de todo o exposto, concluise que, ao tempo do lançamento, o ato cancelatório 01/2006, que motivou a lavratura dos presentes autos, já não tinha mais eficácia para declarar a perda do direito a isenção. No que concerne ao Ato Cancelatório 01/2009, emitido posteriormente em 06/11/2009, há que se perquirir se este poderia suprir a motivação do presente lançamento. Pois bem, o Lançamento se deu em 27/10/2009 e a emissão do Ato Cancelatório n° 01/2009, em 06/11/2009, com ciência do contribuinte em 13/11/2009, assim sendo, somente a partir deste momento poderia a fiscalização lançar as contribuições devidas, sob pena de ofensa ao devido processo legal e nítido cerceamento do direito defesa. Fato é que, no momento do Lançamento, o contribuinte sequer tinha tomado conhecimento do Cancelatório 01/2009, bem como, não havia ocorrido a manifestação da autoridade competente para o cancelamento da isenção. Importa consignar que ampla defesa, assegurada constitucionalmente aos contribuintes, deve ser observada no processo administrativo fiscal. A propósito do tema, é salutar a adoção dos ensinamentos de Sandro Luiz Nunes que, em seu trabalho intitulado Processo Administrativo Tributário no Município de Florianópolis, esclarece de forma precisa e cristalina: Fl. 251DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 0 5/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 05/02/2015 por LIEGE LACROIX T HOMASI Processo nº 13864.000381/200955 Acórdão n.º 2302003.277 S2C3T2 Fl. 4 5 A ampla defesa deve ser observada no processo administrativo, sob pena de nulidade deste. Manifestase mediante o oferecimento de oportunidade ao sujeito passivo para que este, querendo, possa oporse a pretensão do fisco, fazendose serem conhecidas e apreciadas todas as suas alegações de caráter processual e material, bem como as provas com que pretende provar as suas alegações. Deverá, pois, se for o caso, ser lavrado novo AIOP com base no ATO CANCELATORIO 01/2009, respeitandose a legislação pertinente. Por tudo, é inegável que o Lançamento aqui tratado não se apresenta em conformidade com as exigências legais e normativas exigíveis, razão pela qual deve ser decretada, de oficio, a sua nulidade. Neste diapasão, dispõe a Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, Art. 53: "A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vicio de legalidade, e pode revogálos por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos". Do mesmo entendimento, partilha o Supremo Tribunal Federal no enunciado n.°473, ,vejase: "A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos: ou revogálos por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial". Dessa forma, tendo em vista todo o exposto, verificase a necessidade de se manter a nulidade, do AI DEBCAD nº 37.123.6045. Conclusão Ante todo o exposto, conheço do recurso de ofício, para, no mérito, NEGAR LHE PROVIMENTO, mantendo a nulidade formal do lançamento do Auto de Infração DEBCAD DEBCAD nº 37.123.6045, vez que o mesmo não se encontra amparado pela legislação vigente. É como voto. Sala das Sessões, em 18 de julho de 2014. Leonardo Henrique Pires Lopes Relator Fl. 252DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 0 5/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 05/02/2015 por LIEGE LACROIX T HOMASI 6 Fl. 253DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 0 5/02/2015 por LEONARDO HENRIQUE PIRES LOPES, Assinado digitalmente em 05/02/2015 por LIEGE LACROIX T HOMASI
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Numero do processo: 10380.001674/2007-32
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 29 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 05 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/01/2002 a 31/12/2004
PIS. RECEITA DE EXPORTAÇÃO. PROVA.
A alegação de contratação e pagamento por meio de intermediário exige a comprovação de que os pagamentos realizados correspondem a efetivos repasses de recursos que ingressaram do exterior, para que se configure o ingresso de divisas, requisito indispensável para a configuração da receita da exportação de serviços.
Recurso negado.
Numero da decisão: 3403-003.531
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Sustentou pela recorrente o Dr. Leonardo Rufino Capistrano, OAB/DF nº 29.510.
(assinado digitalmente)
Antonio Carlos Atulim - Presidente
(assinado digitalmente)
Ivan Allegretti - Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Atulim, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Luiz Rogério Sawaya Batista, Ivan Allegretti e Fenelon Moscoso de Almeida.
Nome do relator: IVAN ALLEGRETTI
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RECEITA DE EXPORTAÇÃO. PROVA. A alegação de contratação e pagamento por meio de intermediário exige a comprovação de que os pagamentos realizados correspondem a efetivos repasses de recursos que ingressaram do exterior, para que se configure o ingresso de divisas, requisito indispensável para a configuração da receita da exportação de serviços. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Sustentou pela recorrente o Dr. Leonardo Rufino Capistrano, OAB/DF nº 29.510. (assinado digitalmente) Antonio Carlos Atulim Presidente (assinado digitalmente) Ivan Allegretti Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Atulim, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Luiz Rogério Sawaya Batista, Ivan Allegretti e Fenelon Moscoso de Almeida. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 38 0. 00 16 74 /2 00 7- 32 Fl. 269DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM 2 Relatório Tratase de auto de infração (fls. 6/20) lavrados para constituir créditos tributários de Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), apurados sob o regime nãocumulativo da Lei nºs 10.637/2002, em relação a fatos geradores ocorridos entre 01/2002 e 12/2004. A notificação aconteceu em 02/03/2007 (fls. 6). A motivação do lançamento é a seguinte: A empresa recolheu/declarou a menor em DCTF a Contribuição para o Programa de Integração SocialPIS, referente aos fatos geradores ocorridos nos meses abaixo discriminados, incidente sobre a receita bruta/faturamento. Assim sendo, estamos procedendo ao lançamento de oficio, com base nos valores levantados a partir do escriturado nos Livros Diários (Balancete) (cópias anexas), conforme retratado no "Demonstrativo das ReceitaAnos de 2002, 2003 e 2004" e "Demonstrativo de Situação Fiscal Apurada", integrantes do presente Auto de Infração. A respeito dessa divergência, a empresa tenta se justificar mediante apresentação de demonstrativos onde segrega parte de suas receitas de serviços como sendo decorrentes de exportação. Entretanto, devidamente intimada, não logrou a empresa comprovar que tais receitas fossem efetivamente oriundas de exportações isentas do PIS na forma da legislação pertinente. Cabe ainda registrar que nas fichas 19A da DIPJ/2002 e 22A das DIPJ de 2003 e 2004 (apuração da base de cálculo PIS) não há quaisquer exclusões concernentes a receitas de exportação. O contribuinte apresentou impugnação (fls. 148/162) na qual sustenta o seguinte: 2. Os serviços mencionados acima consistem na movimentação dos containeres, utilizados nas exportações e importações de mercadorias realizadas pelos clientes da empresa de navegação, dentro das Áreas portuárias, bem como do transporte desses containeres vazios entre os locais onde estão "estocados" e os portos e viceversa. 3. Esses serviços são contratados e pagos pelos agentes/representantes das empresas de navegação no Brasil, por conta e ordem dessas últimas. 4. Os recursos utilizados pelos agentes/representantes das empresas de navegação, para pagamentos dos serviços da Impugnante, têm origem nas remessas do exterior, efetuadas pelas empresas de navegação aos seus agentes/representantes para custear todas as despesas portuárias, em relação as cargas/descargas dos seus navios. Ingresso de recursos esses através de Contratos de Câmbio, na forma estipulada pelo Bacen (Circular Bacen n° 3.280/2005). 5. A operação acima descrita caracteriza, de forma contundente, a prestação de serviços à pessoa jurídica domiciliada no exterior, cujo pagamento representou o ingresso de divisas Fl. 270DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM Processo nº 10380.001674/200732 Acórdão n.º 3403003.531 S3C4T3 Fl. 263 3 estrangeira e, portanto, operação na qual não incide o PIS, de acordo com o Inciso II, do artigo 5° da Lei 10.637/02 (...)” COm a impugnação, junta copia das notas fiscais que representam tal receita. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Fortaleza/CE (DRJ), por meio do Acórdão nº 0823.073, de 22 de março de 2012 (fls. 179/183), negou provimento à impugnação, mantendo integralmente o lançamento, pelos seguintes fundamentos sintetizados em sua ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Anocalendário: 2002, 2003, 2004 EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS. NÃOINCIDÊNCIA. INTERPOSIÇÃO LEGAL. A exclusão da incidência do PIS sobre a receita proveniente da exportação de serviços e ́ situação excepcional que demanda a satisfação de duas condições: o tomador dos serviços deve ser pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior e o pagamento represente ingresso de divisas no País. Não é relevante o fato da contratação do serviço ter sido feita por empresa nacional, quando esta, comprovadamente, atua exclusivamente como mandatária da empresa estrangeira tomadora do serviço. O ônus da prova de que foram atendidas as condições necessárias à exclusão da incidência e ́ encargo do contribuinte exportador do serviço. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido O contribuinte interpôs recurso voluntário (fls. 194/207), por meio do qual reitera os mesmos fundamentos da impugnação, acrescentando os seguintes esclarecimentos: Isso porque, em um primeiro momento, conforme já noticiado, a própria denominação das contratantes da Recorrente indicada nas notas fiscais já apresentadas (a titulo exemplificativo, repita se) já comprovam sua ligação com pessoas jurídicas estrangeiras de igual nomenclatura. Diante disso, é despiciendo probatório adicional, já que está évidente^ dos documentos neles constantes para a qualquer elemento nos autos a aptidão estar a relação de dicas brasileira representação e : 11r e aa pess oas juri estrangeira envolvidas. Sabese, inclusive, que marcas do SUD, de propriedade de empresas internacionalmente conhecidas, enquadrandose no conceito de marca notoriamente conhecida estabelecida no art. 1262 da Lei n° tipo MAERSK e HAMBURG estrangeiras, são 9.279/96, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Fl. 271DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM 4 (...) Melhor explicando, o fato é que a MAE RS K BRASIL e HAMBURG SUD BRASIL somente puderam obter 'regular registro nas Juntas Comerciais dos locais onde possuem estabelecimento juntamente porque são representantes/agentes no Brasil das marcas MAERSK e HAMBURG SUD, cujas proprietárias são as empresas estrangeiras já citadas, já que, se assim não o fossem, estariam violando a proteção conferida pela Lei às marcas notoriamente conhecidas. Por conta disso, em virtude de uma nítida impossibilidade jurídica, não se pode concluir que as empresas contratantes da Recorrente não são representantes/agentes das pessoas jurídicas estrangeiras citadas a titulo ilustrativo, motivo pelo qual, seguindo o entendimento já pacificado nesta Administração Tributária e admitido pelo acórdão recorrido, as receitas delas percebidas devem ser enquadradas como decorrentes de exportação. Indo mais além, ilustres Conselheiros, é interessante destacar também que a relação de representação existente entre as contratantes consignadas nos documentos colacionados aos autos com as empresas de origem estrangeira é tão evidente que dispensa até mesmo produção de prova neste sentido. (...) Cumpre frisar que se está atendo nsstas razões apenas a essas duas empresas porque a demonstração da veracidade dos argumentos aduzidos pelo contribuinte está sendo feita a título meramente exemplificativo, o que não impede a verificação da mesma situação com relação às demais contratantes e respectivas empresas estrangeiras. Dessa forma, sendo notória a relação de representação, o que dispensa a produção de prova no mesmo sentido, então equivocouse o acórdão recorrido ao entender que não estaria comprovada nos autos tal relação, motivo pelo qual ele merece ser reformado. Ao final pugna ou pela anulação da decisão do acórdão da DRJ, para permitir a produção de provas, ou pela sua reforma, reconhecendose a não incidência das contribuições em relação às receitas de exportação. É o relatório. Voto Conselheiro Ivan Allegretti, Relator O recurso voluntário foi protocolado em 05/07/2012 (fl. 197), dentro do prazo de 30 dias contados da ciência do acórdão da DRJ, que aconteceu no dia 15/06/2012 (fl. 195). Fl. 272DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM Processo nº 10380.001674/200732 Acórdão n.º 3403003.531 S3C4T3 Fl. 264 5 Por ser tempestivo e por conter fundamentos de reforma do acórdão da DRJ, conheço do recurso. A Fiscalização entendeu que não houve a demonstração de que as receitas auferidas pelo contribuinte seriam qualificadas como receitas de exportação de serviços, não se enquadrando na hipótese do art. 5º, II, da Lei nº 10.637/2002, o qual tinha a seguinte redação na época dos fatos: Art. 5º A contribuição para o PIS/Pasep não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de: Produção de efeito I exportação de mercadorias para o exterior; II prestação de serviços para pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento em moeda conversível; Este mesmo dispositivo foi posteriormente alterado, ganhando a seguinte redação: II prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004) A nova redação dada ao dispositivo torna clara a exigência de que o contribuinte demonstre que a operação implicou em ingresso de divisas. A redação anterior queria traduzir esta mesma exigência, mas adotava como critério a menção de que o pagamento pela prestação de serviço fosse feito em moeda conversível. Por certo que não se poderia exigir que o contribuinte recebesse em pecúnia, em moeda estrangeira conversível. E de outro lado é impossível o depósito em conta bancária brasileira de valor em moeda estrangeira. O que se queria dizer é que o pagamento tem de ser feito pelo estrangeiro com moeda estrangeira conversível, enquanto meio de exigir que houvesse ingresso de divisas no pais. Por isso, seja na redação anterior ou na vigente, o que se reclama é que o contribuinte demonstre que a sua receita tem origem no ingresso de divisas, ou seja, num pagamento com moeda conversível. Não parece, com efeito, que o texto da redação anterior – ao falar “com pagamento em moeda conversível” – pudesse ser interpretado no sentido de exigir que a operação de câmbio deveria representar o pagamento direto entre o estrangeiro, tomador do serviço, e o contribuinte, prestador do serviço. E a redação atual parece deixar isto fora de dúvida, permitindo expressamente a configuração da exportação de serviços quando se demonstre que houve o ingresso de divisas, afastando qualquer possibilidade de interpretação que implique na exigência de pagamento direto entre tomador e prestador em moeda conversível. Fl. 273DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM 6 A lei não exige que o ingresso de divisa seja concomitante, nem que aconteça no exato valor do pagamento. Quando isto ocorrer, por certo, haverá segurança na caracterização do pagamento que representa o ingresso de divisas. Mas não é a única e exclusiva forma admitida para a caracterização da referida hipótese legal. Isto, aliás, é reconhecido pela Administração Tributária nas seguintes Soluções de Consulta: SOLUÇÃO DE CONSULTA SRRF/9º RF/DISlT N° 63, de 24 de fevereiro de 2005 Assumo: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofíns Ementa: As receitas de prestação de serviços de operação portuária para pessoa física ou jurídica, domiciliada no exterior, cujo pagamento, ainda que ocorrido esse através de agentes do contratante no Brasil, represente ingresso de divisas no País, não são objeto de incidência da Cofins. Dispositivos Legais: Lei n° 10.833, de 2003, art. 6o, II; Lei n° 10.865, de 2004, art. 21; CC Bacen n° 2.297. de 1992. Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Ementa: As receitas de prestação de serviços de operação portuária para pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, cujo pagamento, ainda que ocorrido este através de agentes do contratante nu Brasil, represente ingresso de divisas no Pais, não são objeto de incidência da contribuição para o PIS/Pasep. Dispositivos Legais: Lei n° 10.637, de 2002, art. 5a, II; Lei n" 10.865, de 2004, art 37; CC Bacen n° 2.297, de 1992. SOLUÇÃO DE CONSULTA SRRF/8º RF/DISIT Nº 153, de 3 de julho de 2013 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. HOTELARIA. INGRESSO DE DIVISAS. NÃOINCIDÊNCIA. MODALIDADES DE PAGAMENTO. Não incide a Contribuição para o PIS/Pasep sobre a receita auferida na prestação de serviços de hotelaria a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior, quando o pagamento realizado represente ingresso de divisas no País, como se observa nos pagamentos realizados por tais pessoas com uso de cartão de crédito internacional emitido no exterior e por meio de cheques de viagem (traveller´s checks), ainda que o recebimento do valor destes pelo estabelecimento seja intermediado por instituições financeiras nacionais. Receitas decorrentes de pagamentos por serviço de hotelaria são unicamente as referentes à cobrança de diária pela ocupação de unidade habitacional com as características definidas pelo Ministério do Turismo. Tal conceito abrange o fornecimento de alimentos, desde que incluído na regular diária cobrada e não for objeto de cobrança destacada do valor da diária. (...) (DOU de 28/08/2013 nº 166, Seção 1, pág. 23) Fl. 274DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM Processo nº 10380.001674/200732 Acórdão n.º 3403003.531 S3C4T3 Fl. 265 7 Não se exige, pois, que o pagamento seja realizado em uma operação de câmbio diretamente realizada entre o estrangeiro, tomador do serviço, e o prestador de serviço. A contratação e o pagamento pode ser feito pelo estrangeiro por meio de representante legal ou mandatário, inclusive em moeda nacional, desde que se comprove de forma categórica que tal pagamento foi realizado com recursos que ingressaram do exterior. Assim, o ato do ingresso de divisas, ordinariamente materializado em um contrato câmbio, pode acontecer no mesmo momento em que ocorre o pagamento pela prestação de serviço – que é a situação ordinária –, mas também pode acontecer em momento anterior – como ocorre no presente caso. Ocorre que tal configuração depende da prova do ingresso de divisas. Ou seja, é preciso demonstrar o encadeamento das operações financeiras que comprovam que o pagamento representa um ingresso concreto de divisas no Pais. Tais provas não existem. Apenas constam dos autos as notas fiscais emitidas pela recorrente contra empresas brasileiras, sem nenhuma prova que demonstre que tais empresas tenham atuado como intermediárias e, principalmente, que o valor do pagamento corresponde ao repasse de valores que ingressaram no pais, configurando o ingresso de divisas. Enfim: é patente a falta de provas que amparem a alegação do recorrente. De outro lado, o contencioso administrativo não equivale à fase de fiscalização, no sentido de que não cabe ao julgador reabrir a fiscalização, sendo seu dever analisar a legalidade do lançamento a partir das provas apresentadas pelo contribuinte com a sua impugnação. É dever do contribuinte apresentar com a impugnação todas as provas que dão lastro às suas alegações. É isso o que exigem os arts. 15 e 16, § 4º, do Decreto nº 70.235/72 (Processo Administrativo Fiscal – PAF), ao dispor que: Fl. 275DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM 8 Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência. Art. 16. A impugnação mencionará: (….) § 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b) refirase a fato ou a direito superveniente; c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos. Não se alega nem se configura no presente caso nenhuma das exceções listadas nas alíneas do § 4º do art. 16 do PAF. Não tendo apresentado o recorrente a prova do encadeamento das operações financeiras que seria capaz de demonstrar que o pagamento decorre de um ingresso concreto de divisas no Pais, nem de que a pessoa jurídica que realizou diretamente o pagamento agiu como mera mandatária do estrangeiro, agindo em seu nome, não há como se caracterizar a hipótese de aplicação da não incidência prevista na Lei. Voto por negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Ivan Allegretti Fl. 276DF CARF MF Impresso em 05/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por IVAN ALLEGRETTI, Assinado digitalmente em 03/03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM
score : 1.0
Numero do processo: 13982.000796/2010-16
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 21 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Feb 19 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 21/07/2010
EXCLUSÃO DO SISTEMA SIMPLES. SUSPENSÃO DO CRÉDITO LANÇADO EM RAZÃO DA EXCLUSÃO EM DECORRÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE RECURSO NO PROCESSO DE EXCLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE. O RECURSO APRESENTADO NO PROCESSO DE EXCLUSÃO DO SIMPLES OPERA EFEITO APENAS EM RELAÇÃO A ELE MESMO. IMPEDIDO QUE O ADE SE TORNE DEFINITIVO ATÉ O JULGAMENTO FINAL DAQUELE RECURSO. MAS, NÃO OPERA EFEITOS NO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO POSTERIOR, AINDA, QUE DA EXCLUSÃO DECORRENTE. SÚMULAS DO CARF ATENDIDAS E RESPEITADAS. AS MATÉRIAS RELATIVAS AOS MOTIVOS DA EXCLUSÃO E AS QUE SE DEIXOU DE SUSCITAR EM PRIMEIRO GRAU TEM SUA APRECIAÇÃO VEDADA, POIS IMPLICARIA VIOLAÇÃO DE COMPETÊNCIA NO CASO DA EXCLUSÃO E EM SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA, INOVAÇÃO RECURSAL E VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO TANTUM DEVOLUTUM QUANTUM APELLATUM EM RELAÇÃO AS MATÉRIAS QUE SE DEIXOU DE SUSCITAR EM PRIMEIRO GRAU.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 2803-003.974
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade, em dar provimento parcial ao recurso, para aplicar o artigo 32 - A - I, da lei 8.212/91 na redação dada pela Lei 11.941/2009, se mais benéfica, conforme o momento do pagamento, parcelamento ou execução.
(Assinado digitalmente).
Helton Carlos Praia de Lima. -Presidente
(Assinado digitalmente).
Eduardo de Oliveira. - Relator
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Oseas Coimbra Júnior, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Gustavo Vettorato.
Nome do relator: EDUARDO DE OLIVEIRA
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FATOS GERADORES. Recorrente RODAOESTE MECÂNICA E CHAPEAÇÃO LTDA EPP. Recorrida FAZENDA NACIONAL. ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 21/07/2010 EXCLUSÃO DO SISTEMA SIMPLES. SUSPENSÃO DO CRÉDITO LANÇADO EM RAZÃO DA EXCLUSÃO EM DECORRÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE RECURSO NO PROCESSO DE EXCLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE. O RECURSO APRESENTADO NO PROCESSO DE EXCLUSÃO DO SIMPLES OPERA EFEITO APENAS EM RELAÇÃO A ELE MESMO. IMPEDIDO QUE O ADE SE TORNE DEFINITIVO ATÉ O JULGAMENTO FINAL DAQUELE RECURSO. MAS, NÃO OPERA EFEITOS NO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO POSTERIOR, AINDA, QUE DA EXCLUSÃO DECORRENTE. SÚMULAS DO CARF ATENDIDAS E RESPEITADAS. AS MATÉRIAS RELATIVAS AOS MOTIVOS DA EXCLUSÃO E AS QUE SE DEIXOU DE SUSCITAR EM PRIMEIRO GRAU TEM SUA APRECIAÇÃO VEDADA, POIS IMPLICARIA VIOLAÇÃO DE COMPETÊNCIA NO CASO DA EXCLUSÃO E EM SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA, INOVAÇÃO RECURSAL E VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO TANTUM DEVOLUTUM QUANTUM APELLATUM EM RELAÇÃO AS MATÉRIAS QUE SE DEIXOU DE SUSCITAR EM PRIMEIRO GRAU. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade, em dar provimento parcial ao recurso, para aplicar o artigo 32 A I, da lei 8.212/91 na redação dada pela Lei 11.941/2009, se mais benéfica, conforme o momento do pagamento, parcelamento ou execução. (Assinado digitalmente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 98 2. 00 07 96 /2 01 0- 16 Fl. 95DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 96 2 Helton Carlos Praia de Lima. Presidente (Assinado digitalmente). Eduardo de Oliveira. Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Oseas Coimbra Júnior, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Gustavo Vettorato. Fl. 96DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 97 3 Relatório O presente Processo Administrativo Fiscal – PAF encerra o Auto de Infração de Obrigação Acessória AIOA DEBCAD 37.268.7059, CFL.68, em razão de apresentar a empresa o documento a que se refere a Lei 8.212, de 24.07.91, art. 32, inciso IV, parágrafo 3º, acrescentados pela Lei n. 9.528, de 10.12.97, com dados não correspondentes aos fatos geradores de todas as contribuições previdenciárias, conforme previsto na Lei n. 8.212, de 24.07.91, art. 32, IV, parágrafo 5º., também, acrescentado pela Lei 9.528, de 10.12.97, combinado com o art. 225, IV e parágrafo 4º., do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto n. 3.048, de 06.05.99, conforme Relatório Fiscal da Infração – REFISC, de fls. 12 a 21, com período de apuração de 01/2005 a 05/2010, conforme Termo de Início de Procedimento Fiscal TIPF, de fls. 18 e 19. O sujeito passivo foi cientificado da autuação, em 04/08/2010, conforme Folha de Rosto do Auto de Infração de Obrigação Acessória – AIOA, de fls. 01. O contribuinte apresentou petição de defesa/impugnação com suas razões, as fls. 27 a 37, recebida, em 30/08/2010, acompanhada dos documentos, de fls. 38 a 49. A defesa foi considerada tempestiva, fls. 53 e 54. Consta, as fls. 55, Termo de Apensação(2), pelo qual este processo foi apensado ao processo 13982.000797/201061. O órgão julgador de primeiro grau emitiu o Acórdão Nº 1654.451 12ª, Turma DRJ/SP1, em 23/01/2014, fls. 56 a 69. No qual a impugnação foi considerada improcedente. O contribuinte tomou conhecimento desse decisório, em data ilegível, conforme Termo de Ciência nos Autos com o recebimento de cópia do acórdão, de fls. 70. Irresignado o contribuinte impetrou o Recurso Voluntário, petição de interposição com razões recursais, as fls. 71 a 92, recebido, em 05/02/2014, conforme carimbo de recepção, de fls. 71, desacompanhado de qualquer documento. Prejudicial. · que tendo em vista que o julgamento do processo 13982.000494/201048 de exclusão do sistema SIMPLES não foi concluindo, estando o mesmo em fase de recurso voluntário, o julgamento do presente feito deve ser suspenso até a decisão daquele em razão da interligação das matérias; Preliminar. · que a decisão recorrida deixou de aplicar o artigo 151, III, do CTN e o artigo 33, do Decreto 70.235/72, pois o recurso contra a exclusão do Fl. 97DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 98 4 SIMPLES tem efeito suspensivo, citando decisão do TRF5 e a IN/SRF 355/2003, cita precedente do TRF3 e transcreve doutrina Agustín Gordillo, citado por Eduardo Domingos Bottallo, afirma a recorrente que conforme jurisprudência do TRF5 só apos sua notificação e manifestação e que ela pode ser excluída do SIMPLES, transcreve decisões; · que se entendido pela inexistência de efeito suspensivo o lançamento efetuado feito para prevenir a decadência desrespeita a Súmula CARF 17, a qual possui efeito vinculante ao fisco federal nos termos da PT/MF Nº 383/2010, não cabendo a aplicação de multa de ofício; · que realizado o lançamento deve este ficar com a exigibilidade suspensa até a julgamento da exclusão, sendo que a Súmula 77, do CARF apenas autoriza o lançamento de ofício para evitar a decadência, mas não autoriza a aplicação de penalidade, nem autoriza que o crédito seja exigido, pois essa está suspensa por força de lei, devendo o recurso ser acolhido; A parte do recurso em preliminar que se refere a possibilidade ou não da exclusão em razão de ato simulado e ausência de decisão judicial NÃO SERÁ SUMARIADA E NEM OBJETO DE ANÁLISE E JULGAMENTO POR NÃO SER DE COMPETÊNCIA DESTA TURMA E POR ENCONTRARSE EM DISCUSSÃO EM OUTRO PROCESSO 13982.000494/201048, O QUE OCORRE A PARTIR DO 3º PARÁGRAFO, DA FLS. 79, A TE O ÚLTIMO PARÁGRAFO QUE SE INICIA NA FLS. 88 E SE FINALIZA NA FLS 89, DOS AUTOS. Mérito. NÃO SERÁ SUMARIADA E ANALISADA A QUESTÃO DA MULTA QUALIFICADA DE 150%. · Requerimento Final: a) espera ver o recurso acolhido, para reformar a decisão guerreada, desobrigando a recorrente do pagamento do crédito representado pelo autos de infração; A autoridade preparadora considerou o recurso tempestivo e sugeriu seu encaminhamento ao CARF, o que foi feito, fls. 94. Os autos foram sorteados e distribuídos a esse conselheiro, em 18/07/2014, Lote 16. É o Relatório. Fl. 98DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 99 5 Voto Conselheiro Eduardo de Oliveira. O recurso voluntário é tempestivo e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade ele merece ser apreciado. Delimitação da lide. Esclareço, inicialmente, qual é o âmbito de discussão nesses autos. A matéria relativa as razões pela qual a empresa foi excluída do SIMPLES FEDERAL e do SIMPLES NACIONAL, não comportam julgamento no bojo do processo administrativo fiscal que discute lançamento tributário, pois isso implicaria violação de competência de outra Seção do CARF, bem como duplicidade de tramitação de processo (litispendência), uma vez que a exclusão está sendo contestada no processo 13982.000494/201048. Aliás, o contribuinte tem plena consciência dessa impossibilidade, pois assim diz na impugnação de defesa, veja a transcrição. Apesar deste processo administrativo não ser a seara própria para o questionamento acerca da exclusão da requerente do Simples Federal e do Simples Nacional, é de se realçar questões de direito a impedir o procedimento na forma como foi levado a efeito pela autoridade administrativa. Todavia, não é só, também, não comporta julgamento na via recursal a questão da multa qualificada de 150% e varias são a razões. A uma, porque tal matéria não foi questionada em primeiro grau e assim em relação a ela aplicase os artigos 14, 15 e 17, do Decreto 70.235/72, pois considerase não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada. A duas, por que o conhecimento dessa matéria implicaria supressão de instância. EMEN: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. 1. EXECUÇÃO DA PENA. SUPERVENIENTE SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. PRETENSÃO DE REDUÇÃO DOS DIAS REMIDOS PERDIDOS. INTERESSE PROCESSUAL NO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS. RECONHECIMENTO. 2. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. VÍCIO NÃO CONFIGURADO. PERDA DOS DIAS REMIDOS. PLEITO DE APLICAÇÃO DA LEI Nº 12.433/11. ÓBICE À ANÁLISE EM SEDE DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INOVAÇÃO RECURSAL E SUPRESSÃO DE Fl. 99DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 100 6 INSTÂNCIA. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. 1. Tendo em conta que ainda persiste o interesse da parte agravante no conhecimento dos embargos de declaração opostos contra acórdão desta eg. Quinta Turma, merece reforma o decisum monocrático que os julgou prejudicados, com a submissão deles ao Órgão Colegiado. 2. O pleito de apreciação da questão referente à revogação dos dias remidos à luz da Lei nº 12.433/11 não foi deduzido na inicial do writ, tampouco enfrentado pelo Tribunal de origem no acórdão do recurso de agravo em execução, tratandose, a um só tempo, de inovação recursal, que impede o conhecimento da matéria neste momento processual, tendo em vista o advento da preclusão consumativa e também de supressão de instância. 3. Agravo regimental provido para, afastada a ausência de interesse, rejeitar os embargos de declaração, com a observação de que caberá à Primeira Instância examinar a questão relativa à retroação benéfica da nova lei. ..EMEN: (AGRHC 201101494878, MOURA RIBEIRO, STJ QUINTA TURMA, DJE DATA:11/12/2013 ..DTPB:.) Ementa: HABEAS CORPUS. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INOCORRÊNCIA. INTELIGÊNCIA DO ART. 38 DA LEI 8.038/90. IMPETRAÇÃO CONTRA ALEGADA DEMORA DO STJ PARA PROCEDER AO JULGAMENTO DE HC. INEXISTÊNCIA. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. Não há falar em ofensa ao princípio da colegialidade, já que a viabilidade do julgamento por decisão monocrática do relator se legitima quando se tratar de pedido manifestamente intempestivo, incabível ou, improcedente ou ainda, que contrariar, nas questões predominantemente de direito, Súmula do respectivo Tribunal (art. 38 da Lei 8.038/1990). Ademais, eventual nulidade da decisão monocrática fica superada com a reapreciação do recurso pelo órgão colegiado, na via de agravo interno. 2. O art. 5º, LXXVIII, da CF assegura, nos âmbitos judicial e administrativo, a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Duração razoável é o processo que se desenvolve regularmente, consideradas, ainda, a natureza e a complexidade da causa, bem como a quantidade de demandas em trâmite no órgão judicial. Nessa perspectiva, o exíguo período de tempo que o recurso aguarda julgamento no STJ (agosto de 2014) afasta qualquer alegação de constrangimento ilegal. 3. As alegações de mérito não podem ser conhecidas, já que (a) não foram enfrentadas definitivamente pelo Superior Tribunal de Justiça, dando azo ao óbice da supressão de instância; e (b) só foram suscitadas em sede de agravo regimental, constituindo indevida inovação recursal. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.(HCAgR 125068, TEORI ZAVASCKI, STF.) (destaquei). A três, por que não ocorre a devolutividade da matéria, pois tal não foi levada do conhecimento do julgador a quo, violando o princípio do tantum devolutum quantum apellatum. Fl. 100DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 101 7 EMEN: TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. OMISSÃO NÃO CARACTERIZADA. RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO. PERÍODO DE 2002 A 2006. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. Inexiste violação do art. 535 do CPC quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida, com enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso. 2. O efeito devolutivo expresso nos arts. 505 e 515 do CPC consagra o princípio do tantum devolutum quantum appellatum, que consiste em transferir ao tribunal ad quem todo o exame da matéria impugnada. Se a apelação for total, a devolução será total. Se parcial, parcial será a devolução. Assim, o tribunal fica adstrito apenas ao que foi impugnado no recurso. 3. A alegada violação dos arts. 168, inciso I, e 6º, inciso XIV, da Lei n. 7.713/88, não foi sequer citada nas razões de apelação. Logo, não foi devolvida ao Tribunal de origem, não podendo ser apreciada também em recurso especial por tratarse de inovação recursal. Agravo regimental improvido. ..EMEN:(AGRESP 201402621001, HUMBERTO MARTINS, STJ SEGUNDA TURMA, DJE DATA:21/11/2014 ..DTPB:.) Destarte, com esses esclarecimentos ficam definidas as matéria sujeitas a apreciação, o que se fará a seguir. Prejudicial. A pendência de julgamento do processo de exclusão do SIMPLES FEDERAL e NACIONAL (13982.000494/201048 – vide anexo), não tem o condão de suspender a tramitação do processo administrativo fiscal que discute um lançamento tributário, ainda, que tal lançamento tenha se dado por conta de tal exclusão, e o motivo é muito simples são processos autônomos que expressão interesses/situações diferentes. Aliás, não existe previsão legal de suspensão de lançamento ou da exigibilidade de um lançamento efetuado em razão da exclusão do SIMPLES. O recurso apresentado no processo de exclusão do SIMPLES evita que o ADE tornese definitivo e nada mais, mas não pode impedir que o fisco faça lançamentos tributários, cientifique o contribuinte de tal lançamento e dê início ao processo administrativo fiscal, caso o contribuinte apresente impugnação nos termos da lei. Todavia, entendo que apenas os atos executivos ficarão suspensos até a decisão do processo de exclusão, pois uma vez confirmada o lançamento pode ir à cobrança e caso anulada a exclusão, cabe ao fisco de ofício anular o lançamento, pois não há mais base para tal. Assim, nenhum prejuízo há para o contribuinte na tramitação conjunta dos dois processos. A jurisprudência do CARF, também, afirma a falta do efeito suspensivo do recurso da exclusão frente ao lançamento. Fl. 101DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 102 8 Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2008 a 01/01/2010 INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. NEGATIVA DE CONHECIMENTO. RECURSO DA EXCLUSÃO DO SIMPLES. AUSÊNCIA DE EFEITO SUSPENSIVO. O LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO INDEPENDE DA SOLUÇÃO DO PROCESSO DE EXCLUSÃO DO SIMPLES. AUSÊNCIA DE VÍCIO FORMAL OU DE VIOLAÇÃO AO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. INEXISTÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA. LANÇAMENTO QUE CONTÉM TODOS OS ELEMENTOS E RELATÓRIOS NECESSÁRIOS. CARACTERIZAÇÃO DE SEGURADOS NA CATEGORIA DE EMPREGADOS. COMPETÊNCIA DO FISCO. BASE DE CÁLCULO E VALOR DO CRÉDITO DE FÁCIL E SIMPLES VERIFICAÇÃO. MERA OBSERVAÇÃO E CÁLCULOS ARITMÉTICOS BÁSICOS. RELEVAÇÃO DA MULTA. SITUAÇÃO QUE SÓ APLICAVA AO AUTO DE INFRAÇÃO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. CONFISCO MATÉRIA FORA DO CAMPO DE APRECIAÇÃO ADMINISTRATIVA. Recurso Voluntário Negado. Processo 11860721520201144. 2803003.865. 02/12/2014. Cons. Eduardo de Oliveira. Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2009 a 31/12/2009 AUTO DE INFRAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. EXCLUSÃO DO SIMPLES. SUSPENSÃO DO DIREITO DE LANÇAMENTO DO FISCO. INOCORRÊNCIA Sob pena de responsabilidade funcional a Autoridade Fiscal tem o dever de efetuar o lançamento quando presentes as condições legais para tanto. A discussão acerca da exclusão do SIMPLES não tem efeito suspensivo, não impedindo o fisco de lançar o devido, inclusive evitando a decadência de eventuais créditos. SIMPLES. GUIAS DE RECOLHIMENTO. DARF. APROVEITAMENTO. É possível a compensação dos valores recolhidos para o regime tributário simplicifado SIMPLES com os valores apurados no lançamento fiscal, desde que o contribuinte tenha cumprido todos os requisitos legais para a compensação. ILEGALIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE. NÃO APRECIAÇÃO. Não cabe apreciação, pela instância administrativa, de alegações de ilegalidade e/ou inconstitucionalidade de lei e ato normativo em vigor, a qual incumbe ao Poder Judiciário. Recurso Voluntário Provido em Parte. Processo 15563.720094/201281. 2803 003.579. 09/09/2014 . HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA A Súmula 77, do CARF, inclusive prevê a inexistência de tal efeito, veja sua redação. Súmula CARF nº 77: A possibilidade de discussão administrativa do Ato Declaratório Executivo (ADE) de exclusão do Simples não impede o lançamento de ofício dos créditos tributários devidos em face da exclusão. Assim sendo, a prejudicial não deve ser acatada. Fl. 102DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 103 9 A decisão recorrida não deixou de aplicar o artigo 151, III, da Lei 5.172/66, pois por imperativo legal, assim que o contribuinte interpôs a impugnação de primeiro grau, dentro das determinações legais, teve a autoridade local da DRF que promover o seu registro nos controle de crédito SICOB, SIEF e etc e desta forma automaticamente tal registro implica em suspensão da exigibilidade do crédito, o que pode ser confirmado na DRF ou simplesmente fazendo pedido de CND ou CPD – EN no sistema. O contribuinte não é destinatário de decisão judicial que lhe favoreça ao menos não há tal informação nos autos, assim as jurisprudências suscitadas não lhe aproveitam. A Súmula 17 do CARF não se aplica ao caso, pois essa se limita as hipóteses de suspensão da exigibilidade quando tal ocorrer por conta do artigo 151, IV e V, da Lei 5.172/66, o que não é o caso dos autos. Ademais, no presente processo não existe a aplicação de multa de ofício, basta ler o que diz o lançador em seu Relatório Fiscal da Multa Aplicada, observese abaixo. 8. Com relação aos meses de competência janeiro/2005 a março/2005, abril/2007, janeiro/2007, março/2007, maio/2007 a agosto/2007, outubro/2007 a dezembro/2007, janeiro/2007 a junho/2008 e de agosto/2008 a novembro/2008, NÃO houve aplicação desta multa nestas competências, pois que a apuração da multa mais benéfica determinou a aplicação do percentual de 75% de multa no auto de infração de obrigação principal e, assim sendo, NÃO há multa por descumprimento da obrigação acessória nesta hipótese, conforme se demonstra na planilha de fls. 05 e 06 do presente processo. Não se aplica como supramencionado a suspensão da exigibilidade do lançamento em razão de recurso em outro processo, não havendo efeito suspensivo em razão do crédito, tal situação está sumulada no CARF Súmula 77 como já descrito. Em momento algum a súmula fala em decadência e, ainda, que o fizesse apenas nos casos do artigo 63, da Lei 9.430/96 é que tal vedação se impõe, não sendo esse o caso dos autos. Débitos com Exigibilidade Suspensa Art. 63. Na constituição de crédito tributário destinada a prevenir a decadência, relativo a tributo de competência da União, cuja exigibilidade houver sido suspensa na forma dos incisos IV e V do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não caberá lançamento de multa de ofício. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.15835, de 2001) § 1º O disposto neste artigo aplicase, exclusivamente, aos casos em que a suspensão da exigibilidade do débito tenha ocorrido antes do início de qualquer procedimento de ofício a ele relativo. § 2º A interposição da ação judicial favorecida com a medida liminar interrompe a incidência da multa de mora, desde a concessão da medida judicial, até 30 dias após a data da publicação da decisão judicial que considerar devido o tributo ou contribuição. Fl. 103DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 13982.000796/201016 Acórdão n.º 2803003.974 S2TE03 Fl. 104 10 Assim sendo, não há razões para o acatamento dos pedidos da recorrente. Entretanto, como diz o agente lançador a multa foi determinada levando em consideração a metodologia de cálculo do artigo 284, II, do Regulamento da Previdência Social – RPS apenso ao Decreto 3.048/99, veja a passagem. 7. A multa foi determinada na forma do artigo 284, II, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n° 3.048/99, a saber: Porém, com o advento da MP 449/2008, convertida na Lei 11.941/2009 tal sistemática de cálculo mudou, assim, reconheço que a aplicação da multa como estabelecido no auto de infração fere o espírito da nova lei, pois a pena que era estipulada no artigo 32, parágrafo 5º, com a limitação do parágrafo 4º, tudo da Lei 8.212/91 na redação anterior, passou a ter outro patamar, conforme nova sistemática introduzida pelo artigo 32, A, I, da Lei 8.212/91 na redação da Lei 11.941/2009. Assim sendo, nos termos do artigo 106, II, “c”, da Lei 5.172/66 deve a multa ser recalculada na forma estabelecida em lei, como acima declinado e sem levar em consideração o cálculo da PT Conjunta PGFN/RFB 14/2009. CONCLUSÃO: Pelo exposto voto por conhecer do recurso, para no mérito, darlhe provimento parcial para aplicação do artigo 32 – A – I, da Lei 8.212/91 na redação dada pela Lei 11.941/2009, se mais benéfica, conforme o momento do pagamento, parcelamento ou execução. (Assinado digitalmente). Eduardo de Oliveira. Fl. 104DF CARF MF Impresso em 19/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 16/02/2015 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/02/2015 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
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Numero do processo: 10280.004561/2003-93
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 27 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Mon Feb 23 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/03/1999 a 30/09/2003
COFINS. BASE DE CÁLCULO. ART. 3o, § Io, DA LEI N" 9.718/98. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF. EFEITOS.
Já é do domínio público que o Supremo Tribunal declarou a inconstitucionalidade do art. 3o, § 1º, da Lei n° 9.718/98 (RREE n°s 346.084, ..; 357.950, 358.273 e 390.840, Marco Aurélio, Pleno, 09/11/2005 - Inf/STF 408), proclamando que a ampliação da base de cálculo da Cofins por lei ordinária violou a redação original do art. 195, I, da Constituição Federal, ainda vigente ao ser editada a mencionada norma legal. A inconstitucionalidade é vício que acarreta a nulidade ex tunc do ato normativo, que, por isso mesmo, já não pode ser considerado para qualquer efeito e, embora tomada em controle difuso, a decisão do STF tem natural vocação expansiva, com eficácia imediatamente vinculante para os demais tribunais, inclusive para o STJ (CPC, art. 481, parágrafo único), e com a força de inibir a execução de sentenças judiciais contrárias (CPC, arts. 741, parágrafo único; e 475-L, § 1º, redação da Lei n° 11.232/2005). Afastada a incidência do § 1º do art. 3º da Lei n° 9.718/98, que ampliara a base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, é ilegítima a exação tributaria decorrente de sua aplicação.
DESISTÊNCIA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO.
Implica em desistência do recurso no que corresponder à parcela da exigência que o contribuinte solicitar quitação por meio de declaração a de compensação.
Numero da decisão: 3401-002.843
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, conheceu-se apenas parcialmente do recurso, dando-se-lhe provimentos.
Júlio César Alves Ramos - Presidente.
Eloy Eros da Silva Nogueira - Relator.
EDITADO EM: 05/02/2015
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Júlio César Alves Ramos (Presidente), Robson José Bayerl, Jean Cleuter Simões Mendonça, Eloy Eros da Silva Nogueira, Ângela Sartori, Bernardo Leite de Queiroz Lima.
Nome do relator: ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA
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Recorrente ALUNORTE ALUMINA DO NORTE DOBRASIL SA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/03/1999 a 30/09/2003 COFINS. BASE DE CÁLCULO. ART. 3o, § Io, DA LEI N" 9.718/98. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF. EFEITOS. Já é do domínio público que o Supremo Tribunal declarou a inconstitucionalidade do art. 3o, § 1º, da Lei n° 9.718/98 (RREE n°s 346.084, ..; 357.950, 358.273 e 390.840, Marco Aurélio, Pleno, 09/11/2005 Inf/STF 408), proclamando que a ampliação da base de cálculo da Cofins por lei ordinária violou a redação original do art. 195, I, da Constituição Federal, ainda vigente ao ser editada a mencionada norma legal. A inconstitucionalidade é vício que acarreta a nulidade ex tunc do ato normativo, que, por isso mesmo, já não pode ser considerado para qualquer efeito e, embora tomada em controle difuso, a decisão do STF tem natural vocação expansiva, com eficácia imediatamente vinculante para os demais tribunais, inclusive para o STJ (CPC, art. 481, parágrafo único), e com a força de inibir a execução de sentenças judiciais contrárias (CPC, arts. 741, parágrafo único; e 475L, § 1º, redação da Lei n° 11.232/2005). Afastada a incidência do § 1º do art. 3º da Lei n° 9.718/98, que ampliara a base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, é ilegítima a exação tributaria decorrente de sua aplicação. DESISTÊNCIA. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. Implica em desistência do recurso no que corresponder à parcela da exigência que o contribuinte solicitar quitação por meio de declaração a de compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 0. 00 45 61 /2 00 3- 93 Fl. 1729DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, conheceuse apenas parcialmente do recurso, dandoselhe provimentos. Júlio César Alves Ramos Presidente. Eloy Eros da Silva Nogueira Relator. EDITADO EM: 05/02/2015 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Júlio César Alves Ramos (Presidente), Robson José Bayerl, Jean Cleuter Simões Mendonça, Eloy Eros da Silva Nogueira, Ângela Sartori, Bernardo Leite de Queiroz Lima. Relatório Trata o presente processo de auto de infração para exigir COFINS com base da constatação de diferença apurada entre o valor escriturado e o declarado e pago nos períodos de apuração seguintes: 01/03/1999 a 31/12/1999, 01/01/2000 a 30/06/2000, 01/08/2000 a 31/12/2000, 01/01/2001 a 30/09/2001, 01/11/2001 a 31/12/2001, 01/01/2002 a 30/09/2002, 01/11/2002 a 31/12/2002, 01/01/2003 a 30/09/2003. A contribuinte apresentou sua impugnação, que foi apreciada pela 2ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Belém, que decidiu considerar procedente o lançamento. O Acórdão n. 2.688, de 09/07/2004 ficou assim ementado: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/03/1999 a 31/12/1999, 01/01/2000 a 30/06/2000, 01/08/2000 a 31/12/2000, 01/01/2001 a 30/09/2001, 01/11/2001 a 31/12/2001, 01/01/2002 a 30/09/2002, 01/11/2002 a 31/12/2002, 01/01/2003 a 30/09/2003 Ementa: DECISÕES ADMINISTRATIVAS. EFEITOS. As decisões administrativas proferidas por Conselhos de Contribuintes não se constituem em normas gerais, razão pela qual seus julgados não se aproveitam em relação a qualquer outra ocorrência, senão àquela objeto da decisão. DECISÕES JUDICIAIS. EFEITOS. É vedada a extensão administrativa dos efeitos de decisões judiciais, quando comprovado que o contribuinte não figurou como parte na referida ação judicial. Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/03/1999 a 31/12/1999, 01/01/2000 a 30/06/2000, 01/08/2000 a 31/12/2000, 01/01/2001 a 30/09/2001, 01/11/2001 a 31/12/2001, 01/01/2002 a 30/09/2002, 01/11/2002 a 31/12/2002, 01/01/2003 a 30/09/2003 Ementa: NULIDADE. MATÉRIA PRELIMINAR. DESCRIÇÃO DOS FATOS. ENQUADRAMENTO LEGAL. CONSONÂNCIA. Não há que se falar em nulidade do lançamento, por alegada insustentabilidade legal das glosas de despesas, por ser matéria analisada no mérito. Também não incide a nulidade, se a descrição dos fatos foi fartamente demonstrada no auto de infração e tais fatos em perfeita consonância com o enquadramento legal, não havendo infringência ao art. 10, III e IV, do Decreto n° 70.235/1972. Fl. 1730DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA Processo nº 10280.004561/200393 Acórdão n.º 3401002.843 S3C4T1 Fl. 3 3 PERÍCIA. Nos termos do inciso IV e § 1 ° do artigo 16 do Decreto n° 70.235, de 1972, considerase não formulado o pedido para realização de perícia em que não conste a formulação de quesitos. INCONSTITUCIONALIDADE. ILEGALIDADE. BASE LEGAL DO AUTO DE INFRAÇÃO. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE. A autoridade administrativa não possui atribuição para apreciar a arguição de inconstitucionalidade ou de ilegalidade dos preceitos legais que embasaram o ato de lançamento. As leis regularmente editadas segundo o processo constitucional gozam de presunção de constitucionalidade e de legalidade até decisão em contrário do Poder Judiciário. Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins Período de apuração: 01/03/1999 a 31/12/1999, 01/01/2000 a 30/06/2000, 01/08/2000 a 31/12/2000, 01/01/2001 a 30/09/2001, 01/11/2001 a 31/12/2001, 01/01/2002 a 30/09/2002, 01/11/2002 a 31/12/2002, 01/01/2003 a 30/09/2003 Ementa: CONCEITO DE RECEITA. Se há um conceito de receita no direito privado, este conceito é de totalidade dos recebimentos, não importando a que título. CONCEITOS DO DIREITO PRIVADO. BASE DE CÁLCULO. O art. 3o da Lei n° 9.718/98, quando estabeleceu que faturamento "corresponde à receita bruta da pessoa jurídica ", não alterou a definição e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado para definir ou limitar competência tributária, mas apenas definiu a base de cálculo da contribuição social instituída pela Lei Complementar n° 70/91, também não configurando infringência aos arts. 109 e 110 do Código Tributário Nacional. RECEITA. FATURAMENTO. CONCEITO. A Lei n° 4.320/1964 trata de normas gerais para elaboração e controle dos orçamentos públicos e a Lei n° 5.474/1968 dispõe sobre duplicatas. Não se prestam para definir os limites precisos do conceito de receita e de faturamento analisados no processo administrativo tributário. RECEITA. ESPÉCIE DE DIREITO. VENDA EXPRESSA EM DÓLARES. TRIBUTAÇÃO NA DATA DA VENDA. ALTERAÇÃO CAMBIAL. OPÇÃO DO CONTRIBUINTE. ART. 30, §1°, DA MP N° 2.15835/2001. Nem sempre a receita é espécie de direito, pois ao efetuarse uma venda expressa em dólares deve imediatamente registrar este valor na contabilidade, segundo o regime de competência, independentemente da opção do regime de apuração das variações cambiais, incidindo a tributação naquela quantia transformada para reais na data da venda, sem embargo de eventual oscilação cambial e conseqüente aumento ou diminuição da base tributável. Da mesma forma, no caso concreto, o legislador optou por tributar as variações monetárias ativas que, segundo o regime de competência, são auferidas mês a mês para apuração da COFINS, independentemente de haver ou não um direito do contribuinte. Pensando em dar opções aos contribuintes em geral, foi estipulada a regra do § 10 do art. 30 da MP n° 2.158 35/2001, concedendo a possibilidade de adoção do regime de caixa, para tributação apenas no momento do efetivo recebimento. LANÇAMENTO CONTÁBIL. CONCEITOS JURÍDICO E CONTÁBIL. MÉTODO DE APURAÇÃO. O caso concreto não considerou a receita como mero lançamento contábil, e sim a receita financeira proveniente de alteração cambial ativa ou, genericamente, de variação monetária ativa, não havendo, pois, inovação da contabilidade. Na análise jurídicotributária, a contabilidade serve como mecanismo de apuração das grandezas, pelo descabe a dicotomia entre conceito jurídico e conceito contábil. DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO SOCIETÁRIO. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA. RESOLUÇÃO DO CFC. IBRACON. A Lei n° 6.404/1976 claramente procedeu a um corte entre o direito tributário e o societário. Assim, a legislação e a doutrina contábeis somente se aplicam em Direito Tributário de forma subsidiária., nos termos do §2° do art 177 da referida lei. Destarte, Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade e conceitos e orientações do Instituto Brasileiro dos Contadores somente se aplicam no processo administrativo fiscal, em caso de integração. Já o princípio do conservadorismo cuida de melhor demonstrar a situação da sociedade empresária perante o mercado e os investidores, e não para fins de apuração de receita tributável. RECEITA. MAJORAÇÃO DO PATRIMÔNIO. A receita é o simples aumento bruto do patrimônio (e não o aumento líquido), pois uma despesa qualquer não representa dedução da base de cálculo da contribuição, pois implica num reajuste a menor da receita e, conseqüentemente, do patrimônio. A despesa ou a variação cambial negativa é elemento não computado para fins de apuração desta contribuição social e, por isso, deve ser acrescentada à Fl. 1731DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA 4 base de cálculo quando o contribuinte efetua sua dedução indevida. O artigo 57 do Código Civil de 1916 não demonstra o contrário. VARIAÇÕES CAMBIAIS. RECONHECIMENTO MENSAL. LIQUIDAÇÃO. CRITÉRIO TEMPORAL. ESPÉCIE DE DIREITO. As variações cambiais ativas de direitos e obrigações em moeda estrangeira compõem a base de cálculo da COFINS e, se tributadas pelo regime de competência, devem ser reconhecidas a cada mês, consoante o critério temporal da hipótese de incidência desta contribuição, independentemente da efetiva liquidação das operações correspondentes. A receita somente é espécie de direito quando o contribuinte opta pelo regime de caixa para apuração das variações monetárias, nos termos do §1° do art. 30 da MP n° 2.157 35/2001. RECEITA. ATIVO CIRCULANTE. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO. CONCEITOS. Não é cabível a comparação do conceito de receita com o de ativo circulante ou de realizável a longo prazo, pois tratamse de contas distintas em seu conceito contábil. EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO. VARIAÇÕES MONETÁRIAS PASSIVAS. A variação monetária passiva não pode ser excluída da base de cálculo da COFINS com fundamento no art. 3o, §2°, II, da Lei n° 9.718/1999, que não a menciona explicitamente. Para a exclusão, deve existir regra expressa neste sentido. Quando o art. 9o da referida lei menciona que essas variações serão consideradas como receitas ou despesas financeiras, está se referindo apenas ao imposto de renda e à contribuição social sobre o lucro líquido, de acordo com o que se conclui a partir da expressão "conforme o caso ", no final do preceito legal. Já o art. 375 do RIR/99 determina que as variações monetárias ativas podem surgir dos ganhos obtidos de créditos indexados. Essas variações monetárias ativas são consideradas como receitas financeiras, as quais compõem a base de cálculo da COFINS. AUFERIR. GANHAR. CONCEITOS. O Ato Declaratório SRF n° 73/1999 apenas esclareceu que, a partir de 01/02/1999, as variações monetárias ativas auferidas deveriam ser computadas na determinação da base de cálculo da COFINS, não decorrendo que tal auferimento tenha que ser definitivo. Também a Lei n° 6.404/1976, quando explica o alcance do regime de competência em seu art. 187, §1°, a, determina que as receitas e os rendimentos ganhos no período serão computadas no resultado do exercício, independentemente de sua realização em moeda. PATRIMÔNIO. ELEMENTO POSITIVO. DEDUÇÃO DE ELEMENTO NEGATIVO. Como o legislador escolheu o elemento positivo do patrimônio da pessoa jurídica como elemento deflagrador do recolhimento da contribuição social, decorre então a impossibilidade de deduzir elementos negativos da da base de cálculo desta contribuição (como a variação monetária passiva), exceto as exceções preconizadas na Lei n° 9.718/1998, art. 3o, §2°, II. VARIAÇÃO MONETÁRIA PASSIVA. REDUÇÃO DE DESPESA. O lançamento que cuida de glosa de variação monetária passiva da base de cálculo da contribuição, não está reduzindo a despesa do contribuinte, mas apenas determinando que esta despesa financeira não é passível de utilização na base de cálculo da COFINS. REGIME DE CAIXA. REGIME DE COMPETÊNCIA. OPÇÃO. Sensível às peculiaridades de cada contribuinte, e tendo em vista as oscilações na taxa de câmbio, o legislador alterou as regras de reconhecimento das variações cambiais, fornecendo a opção de adotarse o regime de caixa ou o de competência para apuração das variações monetárias dos direito dos créditos e das obrigações, nos termos do art. 30, caput e §1°, da Medida Provisória (MP) n° 2.15835, de 24 de agosto de 2001. Não há desconformidade com o direito, pois a utilização do regime de competência no reconhecimento dos resultados da variação monetária decorre de opção livremente manifestada pelo contribuinte. REGIME DE CAIXA. REGIME DE COMPETÊNCIA. INCONFUNDÍVEIS. DEFINITIVIDADE DA RECEITA. O regime de caixa e o de competência são inconfundíveis. O contribuinte não pode optar pelo regime de competência, para em seguida realizar a escrituração apenas por ocasião do efetivo recebimento da receita (definitividade da receita), pois aí caracterizaria o regime de caixa, e não o de competência. REGIME DE CAIXA. REGIME DE COMPETÊNCIA. VALOR TRIBUTÁVEL. Seja pelo regime de caixa, seja pelo regime de competência as variações monetárias ativas devem ser oferecidas à tributação, sem direito à dedução das variações monetárias passivas. LEI N° 10.833/2003. LEI N° 10.637/2002. INAPLICABILIDADE. A Lei n° 10.833/2003, em relação aos arts. I o a 3o, somente produziu efeitos a partir de I o de fevereiro de 2004, nos termos do art. 93, I, e, portanto, inaplicável aos anoscalendário de 1999 a 2003. Ademais, a citada lei veio estabelecer sistemática totalmente diversa para apuração da COFINS, com base de cálculo distinta a partir da escrituração de débitos e créditos (arts. I o e 3o), e com a alíquota aumentada para 7,6 %, não havendo falar que o inciso V do art 3 o da referida lei reforça a tese da não tributação das despesas financeiras. Também o art. 3o, V, da Lei n° 10.637/2002 resta inaplicável à COFINS, pois referese a PIS Fl. 1732DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA Processo nº 10280.004561/200393 Acórdão n.º 3401002.843 S3C4T1 Fl. 4 5 CRITÉRIO TEMPORAL. DUPLICIDADE. Compreendese o critério temporal da hipótese tributária como o grupo de indicações, contidas no suposto da regra, e que nos oferecem elementos para saber, com exatidão, em que preciso instante acontece o fato descrito, passando a existir o liame jurídico que amarra devedor e credor, em função de um objeto o pagamento de certa prestação pecuniária. Pelos arts. 2° e 3o da Lei n° 9.718/1998, o instante da ocorrência do fato jurídico tributário é a obtenção de receita. Se há vários ganhos de variação monetária procedentes do mesmo direito de crédito do contribuinte, e fruto de oscilações cambiais, tais ganhos ocorreram em momentos diferentes e, portanto, o critério temporal indica que se tratam de fatos jurídicos tributários distintos, não havendo, pois, duplicidade na tributação. ART. 375 DO RIR/1999. O art. 375 do RIR/1999 (com base legal no art. 18 do Decretolei n° 1.598/1977, correspondente ao art. 320 do RIR/1994) cuida exclusivamente de IMPOSTO DE RENDA, e não de COFINS. FORMA DE CONTABILIZAÇÃO. IMPOSTO DE RENDA. COFINS. Os Pareceres Normativos (PN) CST n° 347/1970, 23/1977 e 04/1981 cuidam do imposto de renda e determinam de forma comum que a forma de escriturar suas operações é de livre escolha do contribuinte, dentro dos princípios técnicos ditados pela Contabilidade e a repartição fiscal só o impugnará quando em desacordo com as normas e padrões de contabilidade geralmente aceitos ou que possam levar a um resultado diferente do legítimo. Tratandose de COFINS, o contribuinte pode adotar qualquer processo de contabilização, contanto que não acarrete uma receita diferente da legítima. CTN. ARTS. 116 E 117. POSSIBILIDADE DE EXCEÇÃO. LIBERDADE PARA O LEGISLADOR. O art. 116, e seus incisos, do Código Tributário Nacional (CTN), não leva ao entendimento de que a perenidade do acréscimo patrimonial constituise em premissa fundamental ao enquadramento da variação do ativo e a efemeridade do ingresso de recursos, sua antítese. Conforme se observa da simples leitura da regra acima, o CTN estabelece regras definidoras do momento em que se considera ocorrido o fato gerador do tributo, mas deixa livre o legislador ordinário para dispor de modo diferente. Observese novamente que o artigo 117 do CTN se submete à exceção de dispositivo legal em contrário. TERMO.CONDIÇÃO. O art. 131 do Código Civil em vigor é relativo a termo. In casu, melhor seria falar em condição, pois esta se refere a evento futuro e incerto, e aquele, a evento futuro e certo. Como não se pode aferir certeza absoluta e constante pela valorização do dólar em relação ao real, é tecnicamente preferível utilizarse de condição. TERMO. CONDIÇÃO. O teor dos arts. 125 e 131 do mesmo estatuto não contradizem o auto de infração, eis que a obrigação tributária teve como "fato gerador" a ocorrência de variação monetária ativa, a partir da qual a Fazenda Pública exerceu plenamente sua pretensão fiscal, por meio do lançamento. Tal variação não estava sujeita a nenhum termo ou condição. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. RECEITAS DE EXPORTAÇÕES. RECEITA DE CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. A imunidade tributária é uma disposição excepcional, abrandando o ônus da tributação em proveito de indivíduos ou corporações, devendo, nessa hipótese, sofrer interpretação em estrito respeito aos limites impostos pela investigação sintática. As despesas e receitas financeiras, como se pode observar no inciso III do art. 187 da Lei n° 6.404/1976, são dissociadas das operações (vendas no mercado interno ou externo) que geraram os direitos e obrigações passíveis desses ajustes. Nesse passo, se fosse realmente intenção do legislador constitucional contemplar as receitas de ajustes em obrigações e direitos de crédito decorrentes de operações de exportação, com o mesmo benefício concedido às receitas dessa índole, ele deveria têlo feito expressamente. Em relação ao crédito presumido de IPI, por certo que tal imunidade não se situa no art. 153, §3°, IV, da Constituição Federal, pois seu comando prescreve que o IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior e, in casu, o fisco não está tributando IPI, e sim COFINS. Não há como invocar regra que torna imune um tributo para aplicála em outro. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. BASE UNIVERSAL IMUNIDADE. ISENÇÃO. Com a edição da Lei n° 9.718/98, as receitas decorrentes de crédito presumido de IPI passaram a integrar a base de cálculo da COFINS, com a adoção da base universal, independentemente de sua classificação contábil. Não há na legislação tributária exclusão expressa desta incidência. Não é permitido conceder imunidade ou isenção que não estejam expressamente previstas na Constituição ou em lei. A interpretação neste caso deve ser literal, e não teleológica. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. POLÍTICA ECONÔMICA. As alegações meramente de política econômica não podem ser opostas na via administrativa, pois somente poderiam ser analisadas pelo Poder Legislativo, eis que competente para conceder isenção ou imunidade de tributos. Fl. 1733DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA 6 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. REVOGAÇÃO. O fisco ao tributar a receita de crédito presumido, com base legal estatuída pelo §1° do art. 3 o da Lei n° 9.718/1998, não está revogando ad nutum a isenção, pois não se pode revogar preceito legal que não existe. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. MANUTENÇÃO. REGRA INVÁLIDA PARA A COFINS. Os créditos incidentes sobre a produção deverão ser mantidos para abatimento ou devolução, em relação ao IPI, e que, em relação ao IPI, , mas não pode ser utilizada quando o objeto do litígio é COFINS. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. ISENÇÃO. NÃO CONCESSÃO. Os artigos 165 e seguintes do Decreto n° 2.637/1998 (artigo I o da Lei n° 9.363/1996) e o artigo I o da Lei n° 10.276 simplesmente instituíram o crédito presumido de IPI e a forma de seu cálculo. Todavia, os citados artigos não concederam isenção à receita do crédito presumido de IPI. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. ANULAÇÃO DE ISENÇÃO. A tributação de COFINS sobre o crédito presumido não anula a isenção, pois a COFINS incide em apenas três por cento (3%), restando noventa e sete por cento (97%) do crédito presumido de IPI concedidos ao contribuinte. VARIAÇÕES MONETÁRIAS PASSIVAS. VARIAÇÕES MONETÁRIAS ATIVAS. DEPÓSITO. PROCEDDO JUDICIAL. ANALOGIA DESCABIDA. O presente litígio dáse em decorrência de glosa de variações passivas, e não por suspensão de variações ativas de depósitos em processos judiciais, incidindo então analogia descabida. PARECERES NORMATIVOS (PN) CST N° 121/1973 E 35/1974. O PN CST n° 35/1974 estipula que não obstante os pagamentos sejam efetuados a prazo que abrange mais de um exercício, a receita em questão deverá ser apropriada naquele em que a operação se realizou, uma vez que, nessa oportunidade, se configura o crédito incondicional da empresa, pelo valor total da comissão a que faz jus. Não vinga a objeção de que, por quaisquer circunstâncias, o valor, total ou parcial, desse crédito poderá não ser efetivamente recebido. Já o PN CST n° 121/1973 é relativo a imposto de renda retido na fonte sobre rendimentos do trabalho assalariado que, conforme se sabe sem objeções, é regido pelo regime de caixa. OPERAÇÕES DE 'HEDGE'. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA. A hipótese de incidência da COFINS sobre as operações de 'hedge' é qualquer operação que gere, de algum modo, receita, na forma do § 1 ° do art. 3o da Lei n° 9.718/1998, e não o resultado líquido, nem a receita proveniente de especulação. OPERAÇÕES DE 'HEDGE'. AJUSTES DIÁRIOS. Já o §3° determina que, nas operações realizadas em mercados futuros, considerase receita bruta o resultado positivo dos ajustes diários ocorridos no mês. OPERAÇÕES DE 'HEDGE'. POSSIBILIDADE EXCLUSÃO. A Medida Provisória n° 2.158 35/2001, em seu art. 2°, determina que somente os bancos, caixas econômicas, sociedades de crédito e assemelhados estão autorizados a excluir da base de cálculo da COFINS as perdas com ativos financeiros e mercadorias, não podendo o julgador administrativo alargar analogicamente tal comando. Lançamento Procedente Irresignada, a contribuinte ingressou com recurso voluntário, por meio do qual apresentou as razões porque entende deveria reverter a autuação fiscal. Aproveito o resumo desses argumentos elaborado pela Ilma Conselheira Silvia Brito, às fls. 1625, em louvor à sua objetividade e clareza: I as variações cambiais só devem ser oferecidas à tributação pelo seu valor líquido no período de apuração; II no ano de 2000, a recorrente optou pelo regime de caixa com base na Medida Provisória (MP) no. 2.15835, de 2001; III receita possui natureza de direito e, como tal, só se considera apropriada para fins tributários quando for definitiva e irreversivelmente incorporada ao patrimônio da pessoa jurídica; IV as variações positivas de contas ativas subseqüentes às variações negativas representam meras recuperações de créditos baixados anteriormente; Fl. 1734DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA Processo nº 10280.004561/200393 Acórdão n.º 3401002.843 S3C4T1 Fl. 5 7 V só se pode falar em ganho cambial ou receita cambial se e na medida em que se estiver diante de um direito efetivo ou real, mas nunca de um direito simplesmente potencial; VI a jurisprudência firmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) é de que os ganhos decorrentes de variações cambiais somente configuram receita quando ocorrem em definitivo, infenso a eventos futuros e incertos; VII o art. 116 da Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional (CTN), em seu inc. II, afirma que só há fato gerador, tratandose de situação jurídica, quando esta estiver definitivamente constituída, nos termos do direito aplicável; VIII o direito à receita de variação cambial acrescida ao ativo a receber só é adquirido quando for definitivo, insuscetível de ulterior oscilação; e IX o crédito presumido do IPI é o meio de desonerar as exportações da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e da Cofins, por isso não há sentido na incidência dessas contribuições sobre os valores ressarcidos a esse título, visto que tal incidência tornaria ineficaz a desoneração pretendida. Ao final, a recorrente solicitou a nulidade do auto de infração, por insustentabilidade legal das glosas efetuadas pela fiscalização, ou a desconstituição do lançamento, tendo em vista a legalidade da exclusão da base de cálculo da Cofins das variações monetárias passivas, das perdas cambiais decorrentes das operações de hedge e dos valores recebidos de crédito presumido do IPI. A recorrente renovou o pedido de produção de prova pericial que teria sido imotivadamente negado, o que reclamaria a nulidade do feito por cerceamento do direito de defesa. O processo subiu à consideração do Segundo Conselho de Contribuintes, 2ª Turma Ordinária, que, na sessão de 1º/03/2011, decidiu pela conversão do julgamento em diligência nos seguintes termos (Resolução n.º 3402000.197): Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 000.197 4" câmara / 2a turma ordinária da terceira SEÇÃO DE JULGAMENTO, por unanimidade de votos, em converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto da Relatora. NAYRA BASTOS MANATTA Presidente Sílvia de Brito Oliveira Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Júlio César Alves Ramos, Angela Sartori, Sílvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, Leonardo Siade Manzan e Nayra Bastos Manatta. RELATÓRIO: Contra a pessoa jurídica qualificada neste processo foi lavrado auto de infração para formalizar a exigência tributária relativa à Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) decorrente dos fatos geradores ocorridos de março de 1999 a setembro de 2003, com a multa aplicável nos lançamentos de ofício e os juros moratórios correspondentes. Ensejou a constituição de ofício do crédito tributário a constatação de insuficiência de recolhimento dessa contribuição, tendo em vista a apuração de diferenças entre os valores escriturados e os valores declarados dessa contribuição. De acordo com a fiscalização, as diferenças apuradas devemse à equivocada exclusão da base de cálculo da Cofins de valores relativos a variações monetárias passivas, a perdas em operações de hedge e a ressarcimento de crédito presumido do Imposto sobre Fl. 1735DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA 8 Produtos Industrializados (IPI), além do reconhecimento de parcelas da base de cálculo em meses posteriores ao de competência. (....) É o relatório. VOTO Conselheira Sílvia de Brito Oliveira, Relatora. O recurso é tempestivo e seu julgamento está inserto na esfera de competência da Terceira Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), devendo, pois, ser conhecido. Aparentemente, a autuação sustentouse na constitucionalidade do art. 3º , § 1º da Lei nº. 9.718, de 1998. Todavia, tal dispositivo deve ser afastado por este colegiado, tendo em vista a declaração de sua inconstitucionalidade pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF). Em face disso, julgo necessário o retorno dos autos à unidade preparadora para que, em diligência junto ao contribuinte, esclareça se remanesce algum valor a ser objeto de lançamento de ofício calculandose a contribuição apenas sobre as receitas da venda de bens e de prestação de serviços. Uma vez feita essa diligência e remanescendo valores a serem cobrados por meio do auto de infração, solicitase que seja elaborada planilha demonstrativa dos valores remanescentes, por período de apuração e, ao final, que seja cientificada a contribuinte para, querendo, manifestarse, no prazo de trinta dias, sobre o resultado da diligência. Destarte, voto por converter o julgamento do recurso em diligência para as providências acima. A autoridade fiscal e a administrativa da unidade de jurisdição, em atendimento à Resolução n.º 3402000.197, realizou os procedimentos e calculou os novos valores que seriam devidos a partir do decidido nessa Resolução. Em sua informação fiscal ela relatou o resultado da diligência nos seguintes termos: "Para o esclarecimento sobre a existência de possíveis valores remanescentes, foram confrontados os valores declarados pelo diligenciado, conforme consta na coluna (2) das planilhas às fls. 272 a 276. Do cotejamento entre o resultado apurado pelo contribuinte, cito às fls. 178 a 235, sua memória de cálculo, e aqueles declarados pelo mesmo, a fiscalização encontrou divergências nos seguintes períodos de apuração: 05/1999, 08/1999, 09/1999, 10/1999, 11/1999, 03/2000, 04/2000, 08/2000, 09/2000, 10/2000, 03/2001, 06/2001, 10/2001, 12/2001, 01/2002, 04/2002, 08/2002, 11/2002, 01/2003, 02/2003, 03/2003, 07/2003 e 09/2003, que consolidados resultaram no montante de R$ 231.225,95 (duzentos e trinta e um mil, duzentos e vinte cinco reais e noventa e cinco centavos), somente de principal apurado, tudo conforme a planilha anexa. Assim, considerando a existência de valores remanescentes a serem cobrados por meio de auto de infração e seguindo o voto da relatora do presente processo CIENTIFICAMOS o contribuinte para, querendo, manifestarse, no prazo de 30 (trinta) dias, sobre o resultado da diligência." Na seqüência, consta o despacho da unidade de jurisdição informando: "Tendo em vista a ciência do contribuinte em 14/06/2012, conforme AR de fls. 1047, do Termo de Encerramento de Diligência Fiscal e demais planilhas SEFIS, conforme o determinado pela resolução 3402 – 000.197 4ª Câmara/ 2ª Turma Ordinária, de fls 1005 à 1009, e o contribuinte não ter apresentado contrarazões relativa ao referido Termo, e entregue PERD/COMP, conforme documentos de fls 1049 a 1057, com data de transmissão em 27/07/2012, onde constam os créditos tributários objetos do presente processo, presumese, então, pela desistência do mesmo na demanda deste. Desta forma, encaminho o presente processo a chefia da ARF, com proposta de envio ao CARF, para as devidas providências." Fl. 1736DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA Processo nº 10280.004561/200393 Acórdão n.º 3401002.843 S3C4T1 Fl. 6 9 É o relatório Voto Conselheiro Eloy Eros da Silva Nogueira. Tempestividade e atendimento de requisitos de admissibilidade já apreciados por este Colegiado às fls. 1625. A Resolução de n.º 3402000.197, a meu ver, contém decisão que aprecia o mérito da lide e que, de fato, justificou a realização da diligência para calcular o remanescente devido da autuação, ao se excluir a parcela que corresponderia a essa decisão de mérito. No caso, o entendimento do colegiado de que a autuação se sustentou na constitucionalidade do art. 3º , § 1º da Lei nº. 9.718, de 1998, motivação mas que deveria ser, tendo em vista a declaração de sua inconstitucionalidade pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF). A contribuinte foi cientificada dessa decisão e também do resultado da diligência com a definição de novos valores devidos (em 14/06/2012, fls. 1665). Com relação a estes, após a ciência, a contribuinte apresentou em 27/07/2012 (fls. 1667 a 1683) Declaração de Compensação de n.º 3522.8.47162.270712.1.3.02.1701, por meio da qual ela pede compensação para quitar cada um desses novos valores calculados a partir do decidido na Resolução como saldo de débito de COFINS. Acolho, como expresso pelo voto condutor da Resolução aqui citada, que não pode se sustentar a autuação fiscal que tenha como fundamento interpretação ou sentido de dispositivo de lei declarado inconstitucional. Portanto, proponho dar provimento parcial ao recurso voluntário nessa parte da exigência fiscal. Com relação à parcela devedora remanescente: considero que a declaração de compensação apresentada pelo contribuinte para quitar os débitos remanescentes é desistência da parte da exigência não alcançada pelo provimento Ademais, entendo que as razões que são base para Resoluções que modificam a exigência são, de fato e de direito, decisões de mérito, e com tal dignidade devem ser integradas nas apreciações seguintes do Colegiado. Sublinho que, a meu ver, para o contribuinte, a Resolução teve natureza de decisão. Vejo nesse caso um exemplo que concorre à minha visão de que o contencioso pode, na mesma instância, receber decisões que tratam do mérito antes do julgamento que profere o Acórdão conclusivo. Fl. 1737DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA 10 Dar Provimento parcial ao recurso voluntário pela parte acolhida na sessão anterior deste Colegiado na Resolução n.º 3402000.197 e não conhecer o recurso voluntário pela parte remanescente. Conselheiro Eloy Eros da Silva Nogueira Relator Fl. 1738DF CARF MF Impresso em 23/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGUEIRA, Assinado digitalmente em 12/ 02/2015 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 12/02/2015 por ELOY EROS DA SILVA NOGU EIRA
score : 1.0
Numero do processo: 11516.004068/2007-59
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 26 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 12 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/07/2006 a 30/09/2006
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SUPOSTA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO OCORRÊNCIA
Não há que se falar em supressão de instância se as razões de decidir do acórdão apontam que o crédito foi reconhecido pelas provas constantes nos autos, expressamente reconhecidas pela DRJ, vez que o crédito em questão não se constitui pela retificação da DACON, mas sim pelos documentos constantes no processo.
Embargos Rejeitados.
Numero da decisão: 3403-003.590
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar os Embargos de Declaração.
(assinado digitalmente)
Antonio Carlos Atulim - Presidente.
(assinado digitalmente)
Luiz Rogério Sawaya Batista
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan, Fenelon Moscoso de Almeida, Ivan Allegretti, Domingos de Sá Filho e Luiz Rogério Sawaya Batista (relator).
Nome do relator: LUIZ ROGERIO SAWAYA BATISTA
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ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/07/2006 a 30/09/2006 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SUPOSTA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO OCORRÊNCIA Não há que se falar em supressão de instância se as razões de decidir do acórdão apontam que o crédito foi reconhecido pelas provas constantes nos autos, expressamente reconhecidas pela DRJ, vez que o crédito em questão não se constitui pela retificação da DACON, mas sim pelos documentos constantes no processo. Embargos Rejeitados. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar os Embargos de Declaração. (assinado digitalmente) Antonio Carlos Atulim Presidente. (assinado digitalmente) Luiz Rogério Sawaya Batista AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 40 68 /2 00 7- 59 Fl. 443DF CARF MF Impresso em 12/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATISTA, Assinado digitalmente em 11/ 03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATIS TA 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan, Fenelon Moscoso de Almeida, Ivan Allegretti, Domingos de Sá Filho e Luiz Rogério Sawaya Batista (relator). Relatório Tratase de Embargos de Declaração, apresentados pela Fazenda Nacional, em face do Acórdão 3403003.141, proferido por esta Terceira Turma Ordinária, em que foi dado provimento ao Recurso Voluntário do Recorrente, Agroavícola Veneto Ltda. A discussão dos presentes autos restringiuse ao percentual de crédito presumido aplicado, posto que a Recorrente defendeu que o percentual seria de 60% e não 35%, sob o argumento de que o percentual não se refere ao produto, mas sim à sua atividade de venda de produtos animais. E também a discussão teve como objeto crédito nãocumulativo da Recorrente, devidamente reconhecido na decisão da DRJ, mas não aplicável porque tais valores não constariam de sua DACON quando de seu pedido. Tendo em vista que no voto restou decidido que a Recorrente tinha direito ao crédito em questão, pelas razões nele relacionadas, que consistiram no reconhecimento, pela própria DRJ, da existência do crédito, da verificação dos próprios créditos e, ainda, da própria DACON retificada pela Recorrente, que simplesmente sumariza em termos de valor o crédito reconhecido pela DRJ, a Fazenda Nacional apresentou Embargos de Declaração. E no seu Recurso descreve que a 3ª Turma Ordinária entendeu que a retificação da DACON após o despacho decisório não configurava óbice à análise do direito creditório. E, prossegue a Fazenda Nacional, relatando que a 3ª Turma Ordinária prosseguiu analisando a liquidez e certeza dos valores apresentados, e reconheceu os créditos decorrentes da aquisição de farelo de soja e milho em grãos, realizadas no 1º Trimestre de 2006. Porém, de acordo com a Fazenda Nacional, a Turma não se manifestou sobre a supressão de instância, e para afastar tal vício, alega, seria necessário que o processo fosse remetido para a DRF para se manifestar sobre a liquidez e certeza dos créditos apresentados. É o Relatório. Voto Fl. 444DF CARF MF Impresso em 12/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATISTA, Assinado digitalmente em 11/ 03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATIS TA Processo nº 11516.004068/200759 Acórdão n.º 3403003.590 S3C4T3 Fl. 14 3 Conselheiro Luiz Rogério Sawaya Batista, Os Embargos de Declaração devem ser rejeitados. Isso porque, diversamente do alegado pela Embargante, esta 3ª Turma Ordinária não decidiu que entendeu que a retificação da DACON após o despacho decisório não configurava óbice à análise do direito creditório. Não! A decisão que sobreveio com o Acórdão Embargado foi circunstancial. Ou seja, levou em consideração, inicialmente, o próprio reconhecimento, pela DRJ, da existência do crédito em questão: “Assim sendo, as aquisições da contribuinte de farelo de soja e milho em grãos, efetuadas no primeiro trimestre de 2006 junto a pessoa jurídica que exerça atividade agropecuária ou cooperativa de produção agropecuária, em tese, concedem direito a créditos como insumos do processo produtivo.” (fls. 372) Por outro lado, no voto, a Turma levou em conta que a Recorrente, quando da apresentação de sua manifestação de inconformidade, juntou a DACON retificadora, que se refere a um título devidamente reconhecido pela DRJ, que apenas não lhe foi outorgado por um aspecto formal. Observem V. Sas. que a DACON foi adotada como prova porque foi juntada, pela Recorrente, no momento de sua produção de provas, suprindo um singelo aspecto formal, uma vez que o crédito já havia sido reconhedido. E, por fim, a Turma fundamentou a sua decisão que a DACON se presta a informar à Receita Federal o montante de crédito apurado pela Recorrente, mas não configura condição imprescindível ao reconhecimento do crédito no presente caso, uma vez que o crédito constou no pedido de ressarcimento e foi amplamente debatido nos autos. Ou seja, decidiu a Turma que a DACON por si só não constitui o crédito, mas apenas serve como instrumento de informação à Receita Federal, informação esta que foi expressamente reconhecida pela DRJ, e que foi amplamente discutida nos autos, não havendo, como decidido, nenhuma razão jurídica para negála. E nessa linha de raciocínio a citação do Acórdão nº 3302002.224, relatado pelo Conselheiro Alexandre Gomes, da 2ª Turma Ordinária (3ª Câmara – 3ª Seção), em que Fl. 445DF CARF MF Impresso em 12/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATISTA, Assinado digitalmente em 11/ 03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATIS TA 4 restou decidido que o pedido de repetição de indébito não está condicionado à prévia retificação de DCTF ou DACON, conforme ementa abaixo transcrita: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 2007 REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RETIFICAÇÃO DE DCTF E DACON. PROVA DO INDÉBITO. O direito à repetição de indébito não está condicionado à prévia retificação de DCTF ou da DACON, que contenham erro material. A DCTF (retificadora ou original) e a DACON não fazem prova de liquid ez e certeza do crédito a restituir. Na apuração da liquidez e certeza do crédito pleiteado, devese apreciar as provas trazidas pelo contribuinte e solicitar outras sempre que necessário. Recurso Voluntário Provido em Parte. Por essas singelas razões que não há que se falar em supressão de instância, vez que a DACON retificadora foi utilizada como fundamento para a decisão da DRJ, mas a Terceira Turma Ordinária, no presente processo, em razão especificamente das provas nos processo, decidiu que não seria a DACON que fundamentaria a existência do crédito em si, mas sim as provas constantes nos autos, às quais, digase passagem, contaram com reconhecimento da própria DRJ quanto ao crédito em si. Ainda que a Embargante não tenha apontado a ocorrência de omissão, dúvida ou contradição no Acórdão, e tenha ventilado a ocorrência de supressão de instância, supostamente sob a forma de anulabilidade, sanável com a remessa dos autos para a DRF/Origem, restou claro pelas cincustâncias dos autos que não há que se aventar sobre supressão de instância, pelas razões acima descritas. Ante o exposto, rejeito os Embargos de Declaração. É como voto. (assinado digitalmente) Luiz Rogério Sawaya Batista Fl. 446DF CARF MF Impresso em 12/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATISTA, Assinado digitalmente em 11/ 03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATIS TA Processo nº 11516.004068/200759 Acórdão n.º 3403003.590 S3C4T3 Fl. 15 5 Fl. 447DF CARF MF Impresso em 12/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATISTA, Assinado digitalmente em 11/ 03/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 10/03/2015 por LUIZ ROGERIO SAWAYA BATIS TA
score : 1.0
Numero do processo: 13896.910094/2012-83
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 28 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Wed Apr 01 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 3801-000.888
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do presente voto.
(assinado digitalmente)
Flavio de Castro Pontes - Presidente.
(assinado digitalmente)
Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel - Relator.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Paulo Sérgio Celani, Cassio Schappo, Marcos Antônio Borges, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira e Flávio de Castro Pontes.
Nome do relator: MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do presente voto. (assinado digitalmente) Flavio de Castro Pontes Presidente. (assinado digitalmente) Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros Paulo Sérgio Celani, Cassio Schappo, Marcos Antônio Borges, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Paulo Antônio Caliendo Velloso da Silveira e Flávio de Castro Pontes. Relatório Tratase de Manifestação de Inconformidade contra Despacho Decisório eletronicamente emitido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil no Recife, por meio do RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 38 96 .9 10 09 4/ 20 12 -8 3 Fl. 281DF CARF MF Impresso em 01/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 31 /03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13896.910094/201283 Resolução nº 3801000.888 S3TE01 Fl. 12 2 qual foi não homologada a Declaração de Compensação DCOMP em que é indicado suposto crédito a título de pagamento indevido ou a maior da COFINS. Por bem descrever os fatos, transcrevo o Relatório da DRJ de Recife: 2. A não homologação da compensação se deu porque, embora localizado supradito pagamento, ele fora integralmente utilizado para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para a compensação. 3. No recurso, a defendente alega que tem por objeto a prestação de serviços técnicos no ramo de engenharia e que tem como principal tomadora de serviços o Grupo PETROBRÁS, estando submetida ao pagamento, dentre outros tributos, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP, relativamente às quais as Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003 estabeleceram sistemática não cumulativa de pagamento, que consiste “em deduzir, dos débitos apurados de cada contribuição, os respectivos créditos admitidos na legislação”. 4. Transcreve a recorrente o art. 3º, da Lei nº 10.833/2003, que prevê a possibilidade de desconto de créditos da COFINS, e apresenta decisões administrativas e judiciais que tratam do conceito de insumos para fins de desconto de créditos desta contribuição, após o que assevera que, “fundamentada na legislação tributária e no entendimento dado pelos Tribunais Pátrios, em decorrência de recolhimentos realizados a maior no exercício de liquidação de sua carga tributária inerente às Contribuições Sociais em comento, razão pela qual requereuse a presente compensação administrativa”. 5. Diz ter cumprido todas as etapas legais estabelecidas e que preencheu todos os requisitos e que, desta forma, não haveria que se negar a homologação das compensações e muito menos ainda aplicar multa. 6. Argúi que a alegação do Despacho Decisório recorrido de que inexistiria crédito indicaria, de forma clara, erro no cruzamento de informações dos sistemas que impediu a identificação do crédito, que fala ser líquido e certo. 7. Menciona que, para sanar quaisquer dúvidas, apresenta Demonstrativo de Apuração das Contribuições Sociais – DACON e de Declaração de Débitos e Créditos – DCTF da DCOMP. 8. Ao final, diante das provas apresentadas, requereu o acolhimento da defesa e que seja julgada “improcedente a autuação e, em decorrência, cancelada a exigência”. 9. Dentre outros documentos, a contribuinte anexou aos presentes autos cópia de DACON retificadora e este. Analisando o caso, a Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Recife entendeu por bem julgar improcedente a Manifestação de Inconformidade do contribuinte, ao Fl. 282DF CARF MF Impresso em 01/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 31 /03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13896.910094/201283 Resolução nº 3801000.888 S3TE01 Fl. 13 3 argumento de que este não apresentou documentos que evidenciassem, de forma inequívoca, o direito ao pretendido indébito. Transcrevase a ementa da referida decisão: TRIBUTO. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. RESTITUIÇÃO. RECONHECIMENTO. REQUISITOS. O reconhecimento do direito à restituição/compensação de tributo recolhido de acordo com confissão de dívida constante de DCTF ativa quando da emissão do Despacho Decisório que não homologa a compensação exige a comprovação, pelo sujeito passivo, de erro na confissão e de que o pagamento realizado foi indevido ou a maior que o devido em face da legislação aplicável ou das circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido. DIREITO CREDITÓRIO. PROVAS. MOMENTO PARA APRESENTAÇÃO. Ressalvadas as hipóteses das alíneas “a” a “c”, do art. 16, do Decreto nº 70.235/72, as provas do direito creditório devem ser apresentadas por ocasião da interposição da Manifestação de Inconformidade, precluindo o direito de posterior juntada. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido. Diante dessa decisão, o contribuinte apresentou seu Recurso Voluntário, alegando, em síntese, que não fora intimado para prestar qualquer esclarecimento ou apresentar documentação fiscal que atestassem a natureza e demonstrassem inequivocamente o seu crédito, tendo o seu pedido de compensação sido não homologado direto por meio de despacho eletrônico. Assim, juntou ao Recurso todos os documentos contábeis, fiscais, relatórios, planilhas demonstrativas, balancetes, que comprovam a natureza do crédito. Registrou também disponibilizar os documentos fiscais e contábeis, que poderão ser retirados a qualquer momento no arquivo central da empresa, em Barueri. Argumentou que o processo administrativo fiscal possui como princípio a verdade material e traz jurisprudência deste Conselho e do Poder Judiciário sobre a necessidade e importância de sua aplicação. É o relatório. Fl. 283DF CARF MF Impresso em 01/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 31 /03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13896.910094/201283 Resolução nº 3801000.888 S3TE01 Fl. 14 4 Voto Conselheira Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Relatora O Recurso Voluntário foi apresentado dentro do prazo legal, reunindo, ainda, os demais requisitos de admissibilidade. Portanto, dele conheço. Analisando os autos, entendo que no julgamento da Manifestação de Inconformidade apresentada pela Recorrente, a Delegacia de Julgamento de Recife poderia, de ofício, independentemente de requerimento expresso, ter realizado diligências para aferir autenticidade e correção dos créditos declarados pela Recorrente. Esta é a orientação do artigo 18 do Decreto 70.235/72. Confirase: Art. 18. A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias, quando entendêlas necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis, observando o disposto no art. 28, in fine. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993) A ilação do citado dispositivo do Decreto que rege o processo administrativo é de que deve a Administração Pública se valer de todos os elementos possíveis para aferir a autenticidade das declarações dos contribuintes, o que, data venia, não foi feito no presente caso. Devese ressaltar, sobre o processo administrativo fiscal, que ele é delineado por diversos princípios, dentre os quais se destaca o da Verdade Material, cujo fundamento constitucional reside nos artigos 2º e 37 da Constituição Federal, no qual o julgador deve pautar suas decisões. Ou seja, o julgador deve perseguir a realidade dos fatos, para que não incorra em decisões injustas ou sem fundamento. Nesse sentido, são os ensinamentos do ilustre Professor James Marins: A exigência da verdade material corresponde à busca pela aproximação entre a realidade factual e sua representação formal; aproximação entre os eventos ocorridos na dinâmica econômica e o registro formal de sua existência; entre a materialidade do evento econômico (fato imponível) e sua formalidade através do lançamento tributário. A busca pela verdade material é princípio de observância indeclinável da Administração tributária no âmbito de suas atividades procedimentais e processuais. (grifouse). (MARINS, James. Direito Tributário brasileiro: (administrativo e judicial). 4. ed. São Paulo: Dialética, 2005. pág. 178 e 179.) No processo administrativo tributário, o julgador deve sempre buscar a verdade e, portanto, não pode basear sua decisão em apenas uma prova carreada nos autos. É permitido ao julgador administrativo, inclusive, ao contrário do que ocorre nos processos judiciais, não ficar restrito ao que foi alegado, trazido e provado pelas partes, devendo sempre buscar todos os elementos capazes de influir em seu convencimento. Isto porque, no processo administrativo não há a formação de uma lide propriamente dita, não há, em tese, um conflito de interesses. O objetivo é esclarecer a Fl. 284DF CARF MF Impresso em 01/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 31 /03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13896.910094/201283 Resolução nº 3801000.888 S3TE01 Fl. 15 5 ocorrência dos fatos geradores de obrigação tributária, de modo a legitimar os atos da autoridade administrativa. Este Conselho, em reiteradas decisões, há muito se posiciona no sentido de que o processo administrativo, em especial o julgador, deve ter como norte a verdade material para solução da lide. Confirase: IPI. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. Nos termos do § 4º do artigo 16 do Decreto 70.235/72, é facultado ao sujeito passivo a apresentação de elementos probatórios na fase impugnatória. A não apreciação de documentos juntados aos autos ainda na fase de impugnação, antes, portanto, da decisão, fere o princípio da verdade material com ofensa ao princípio constitucional da ampla defesa. No processo administrativo predomina o princípio da verdade material, no sentido de que aí se busca descobrir se realmente ocorreu ou não o fato gerador, pois o que está em jogo é a legalidade da tributação. Deve ser anulada decisão de primeira instância que deixa de reconhecer tal preceito. Processo anulado. (13896.000730/00 99, Recurso Voluntário n°. 132.865, ACÓRDÃO 20312338, Relator Dalton Cesar Cordeiro de Miranda) PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO PROVA MATERIAL APRESENTADA EM SEGUNDA INSTÂNCIA DE JULGAMENTO PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE PROCESSUAL E A BUSCA DA VERDADE MATERIAL A não apreciação de provas trazidas aos autos depois da impugnação e já na fase recursal, antes da decisão final administrativa, fere o princípio da instrumentalidade processual prevista no CPC e a busca da verdade material, que norteia o contencioso administrativo tributário. "No processo administrativo predomina o princípio da verdade material no sentido de que aí se busca descobrir se realmente ocorreu ou não o fato gerador, pois o que está em jogo é a legalidade da tributação. O importante é saber se o fato gerador ocorreu e se a obrigação teve seu nascimento". (Ac. 103 18789 3ª. Câmara 1º. C.C.). Precedente: Acórdão CSRF/0304.371 RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO. (10950.002540/200565, Recurso Voluntário n°. 136.880, Acórdão 30239947, Relatora Judith do Amaral Marcondes) IRPJ PREJUÍZO FISCAL IRRF RESTITUIÇÃO DE SALDO NEGATIVO ERRO DE FATO NO PREENCHIMENTO DA DIPJ PREVALÊNCIA DA VERDADE MATERIAL Não procede o não reconhecimento de direito creditório relativo a IRRF que compõe saldo negativo de IRPJ, quando comprovado que a receita correspondente foi oferecida à tributação, ainda que em campo inadequado da declaração. Recurso provido. (Número do Recurso: 150652 Câmara: Quinta Câmara Número do Processo: 13877.000442/200269 – Recurso Voluntário: 28/02/2007) COMPENSAÇÃO ERRO NO PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO E/OU PEDIDO – Uma vez demonstrado o erro no preenchimento da declaração e/ou pedido, deve a verdade material prevalecer sobre a formal. Recurso Voluntário Provido. (Número do Recurso: 157222 Primeira Câmara Número do Fl. 285DF CARF MF Impresso em 01/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 31 /03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 13896.910094/201283 Resolução nº 3801000.888 S3TE01 Fl. 16 6 Processo:10768.100409/200368 – Recurso Voluntário: 27/06/2008 Acórdão 10196829). Assim, devem ser considerados, in casu, a DACON que foi retificada pelo Recorrente, que, a princípio, em uma análise superficial, demonstra créditos passíveis de compensação. Contudo, só através de diligência, que deverá ser realizada pela DRF de Recife, é que se poderá ter certeza de que os créditos utilizados são mesmo decorrentes de bens e serviços utilizados como insumos na sua prestação de serviços de engenharia e, em conseqüência, são passíveis de compensação, como pretendeu a Recorrente. Não se pode olvidar que consta anexada aos Autos, além da DACON retificada, balancete, documentação fiscal e contábil passível de verificação do direito creditório. Tal documentação, contudo, não foi considerada pela DRJ/Recife, sob a alegação de ter sido apresentada posteriormente ao indeferimento da compensação. Tendo em vista o acima exposto, voto por converter o julgamento em diligência à DRF de Recife para: 1. Apurar se, com base na documentação acostada aos autos, os valores dos créditos de bens e serviços utilizados como insumos na sua atividade declarado no DACON retificado estão corretos; 2. Caso se entenda que a documentação acostada aos autos não seja suficiente para a verificação dos créditos, intimar a empresa a apresentar documentos adicionais para esse fim específico, concedendolhe prazo para tal apresentação; 3. Intimar a empresa a se manifestar acerca da diligência realizada, se assim desejar, no prazo de trinta dias de sua ciência; 4. Retornar os presentes autos ao CARF para julgamento. Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel Fl. 286DF CARF MF Impresso em 01/04/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado dig italmente em 12/03/2015 por MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL, Assinado digitalmente em 31 /03/2015 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
score : 1.0
Numero do processo: 16682.720422/2012-55
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 27 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/01/2008 a 31/03/2008
COFINS. NÃO-CUMULATIVIDADE. INSUMO. CONCEITO.
O conceito de insumo na legislação referente à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS não guarda correspondência com o extraído da legislação do IPI (demasiadamente restritivo) ou do IR (excessivamente alargado). Em atendimento ao comando legal, o insumo deve ser necessário ao processo produtivo/fabril, e, consequentemente, à obtenção do produto final. São exemplos de insumos, no caso analisado: estudos e pesquisas; prospecção e sondagem; e serviços de geologia.
Nos processos derivados de pedidos de compensação/ressarcimento, a comprovação do direito creditório incumbe ao postulante, que deve carrear aos autos os elementos probatórios correspondentes.
ANÁLISE ADMINISTRATIVA DE CONSTITUCIONALIDADE. VEDAÇÃO. SÚMULA CARF N. 2.
O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
Numero da decisão: 3403-003.492
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso para reconhecer o direito à tomada de crédito em relação a estudos e pesquisas; prospecção e sondagem; e serviços de geologia. Vencidos os Conselheiros Domingos de Sá Filho (relator) e Luiz Rogério Sawaya Batista, que deram provimento em maior extensão para reconhecer créditos em relação a fretes para formação de lote; depreciação de materiais ferroviários; e serviços de capatazia. Vencido o Conselheiro Ivan Allegretti, apenas quanto aos serviços de capatazia. Designado o Conselheiro Rosaldo Trevisan. Esteve presente ao julgamento o Dr. Fillipe Leal Leite Néas, OAB/DF no 32.944.
ANTONIO CARLOS ATULIM - Presidente.
DOMINGOS DE SÁ FILHO - Relator.
ROSALDO TREVISAN - Redator designado.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan, Fenelon Moscoso de Almeida, Ivan Allegretti, Domingos de Sá Filho (relator) e Luiz Rogério Sawaya Batista.
Nome do relator: DOMINGOS DE SA FILHO
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/01/2008 a 31/03/2008 COFINS. NÃO-CUMULATIVIDADE. INSUMO. CONCEITO. O conceito de insumo na legislação referente à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS não guarda correspondência com o extraído da legislação do IPI (demasiadamente restritivo) ou do IR (excessivamente alargado). Em atendimento ao comando legal, o insumo deve ser necessário ao processo produtivo/fabril, e, consequentemente, à obtenção do produto final. São exemplos de insumos, no caso analisado: estudos e pesquisas; prospecção e sondagem; e serviços de geologia. Nos processos derivados de pedidos de compensação/ressarcimento, a comprovação do direito creditório incumbe ao postulante, que deve carrear aos autos os elementos probatórios correspondentes. ANÁLISE ADMINISTRATIVA DE CONSTITUCIONALIDADE. VEDAÇÃO. SÚMULA CARF N. 2. O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
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ÔNUS PROBATÓRIO. Nos processos derivados de pedidos de compensação/ressarcimento, a comprovação do direito creditório incumbe ao postulante, que deve carrear aos autos os elementos probatórios correspondentes. ANÁLISE ADMINISTRATIVA DE CONSTITUCIONALIDADE. VEDAÇÃO. SÚMULA CARF N. 2. O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2008 a 31/03/2008 COFINS. NÃOCUMULATIVIDADE. INSUMO. CONCEITO. O conceito de insumo na legislação referente à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS não guarda correspondência com o extraído da legislação do IPI (demasiadamente restritivo) ou do IR (excessivamente alargado). Em atendimento ao comando legal, o insumo deve ser necessário ao processo produtivo/fabril, e, consequentemente, à obtenção do produto final. São exemplos de insumos, no caso analisado: estudos e pesquisas; prospecção e sondagem; e serviços de geologia. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 68 2. 72 04 22 /2 01 2- 55 Fl. 1005DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 2 Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso para reconhecer o direito à tomada de crédito em relação a estudos e pesquisas; prospecção e sondagem; e serviços de geologia. Vencidos os Conselheiros Domingos de Sá Filho (relator) e Luiz Rogério Sawaya Batista, que deram provimento em maior extensão para reconhecer créditos em relação a fretes para formação de lote; depreciação de materiais ferroviários; e serviços de capatazia. Vencido o Conselheiro Ivan Allegretti, apenas quanto aos serviços de capatazia. Designado o Conselheiro Rosaldo Trevisan. Esteve presente ao julgamento o Dr. Fillipe Leal Leite Néas, OAB/DF no 32.944. ANTONIO CARLOS ATULIM Presidente. DOMINGOS DE SÁ FILHO Relator. ROSALDO TREVISAN Redator designado. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antonio Carlos Atulim (presidente da turma), Rosaldo Trevisan, Fenelon Moscoso de Almeida, Ivan Allegretti, Domingos de Sá Filho (relator) e Luiz Rogério Sawaya Batista. Relatório A Vale S/A pleiteou ressarcimento da ordem de R$ 108.961.892,35 (cento e oito milhões, novecentos e sessenta um mil, oitocentos e noventa e dois reais e trinta e cinco centavos fls. 5 a 15)1 referente à parcela dos créditos de CofinsExportação não utilizada na dedução dos valores de contribuição a recolher apurados no 1o trimestre de 2008. Após o procedimento fiscal fisco foi deferido o valor de R$ 48.438.268,99 (quarenta e oito milhões, quatrocentos e trinta e oito mil, duzentos e sessenta e oito reais e noventa e nove centavos), conforme Despacho Decisório de fl. 665, alicerçado no parecer de fls. 638 a 659. Quando da apreciação da Manifestação de Inconformidade de fls. 774 a 806, a decisão de piso recorrida (fls. 812 a 831) reconheceu o direito de R$ 3.209.269,95 (três milhões, duzentos e nove mil, duzentos e sessenta nove reais e noventa e cinco centavos). Narra o parecer que ampara o Despacho Decisório que a interessada apurou os créditos principalmente sobre o valor: das aquisições de bens para revenda e de bens/serviços utilizados como insumos; das despesas de energia elétrica; das despesas de contraprestações de arrendamento mercantil; e dos encargos de depreciação dos bens do ativo imobilizado, conforme facultavam os incisos I, II, III, V e VI do art. 3o da Lei no 10.833, de 2003. 1 Todos os números de folhas indicados nesta decisão são baseados na numeração eletrônica da versão digital do processo (eprocessos). Fl. 1006DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 16682.720422/201255 Acórdão n.º 3403003.492 S3C4T3 Fl. 1.006 3 A questão, segundo o parecer, restringe aos serviços de transporte ferroviário de minério de ferro das minas para os terminais de descarga em Guaíba e em Sepetiba, serviços prestados pela MRS Logística, CNPJ no 01.417.222/000339. O parecer considerou, com base no processo produtivos da Vale S/A e na documentação apreciada, que o translado de minério de ferro das minas para os portos configura transporte de produto acabado e pronto para comercialização, razão pela qual se excluem as duas primeiras hipóteses de creditamento das despesas com frete de mercadorias, relacionadas à revenda e à industrialização. A terceira possibilidade: do custo do frete na operação de venda é quando o ônus for suportado pelo vendedor. O custo do frete relativo ao transporte foi analisado sob a ótica de que o produto destinado ao exterior ocorreu já inserido em uma venda realizada ou se tratava apenas de uma operação logística da empresa. Assim, notificouse a empresa para apresentar planilhas anuais especificando os serviços que deveriam estar classificados como Despesas de Frete na operação de venda, nas quais constasse pelo menos: a) Número da Nota Fiscal de Vendas onde figure o valor da Despesa de Frete; b) Número do respectivo Conhecimento de Transporte; c) data de emissão da Nota Fiscal de Vendas e do Conhecimento de Transporte; d) data da efetiva entrada (ref. à despesa de frete); e) valor da Despesa de Frete; e f) CNPJ do tomador e do prestador dos serviços. A Vale S/A fez observação quanto ao procedimento de transporte nos termos seguintes: “O processo de vendas para o segmento em que a Vale S.A. opera é bastante específico/diferenciado da absoluta maioria dos demais que atuam na comercialização de mercadorias, eis que se trata de minério, predominantemente de ferro e destinado a exportação. Tão específico diferenciado que mereceu tratamento fiscal igualmente diferenciado dos fiscos estaduais, através do Convênio ICMS no 83/2006, que dispôs sobre procedimentos de controle das remessas de mercadorias, in casu, de minério de ferro, para formação de lote de exportação em recintos alfandegados, sendo que 100% das cargas vendidas a clientes do exterior são transportadas das Minas até o Porto por ferrovia e nos casos em que a Vale não possui malha ferroviária própria, utiliza os serviços da empresa MRS”. E continuou a sua prestação de informação dizendo que: “Para empresas que necessitam exportar grande quantidade de produto/minério, é cediço que não é possível encaminhar, em tempo hábil, todo o minério no momento do embarque do navio, motivo pelo qual se utilizam da remessa para a formação de lotes como a alternativa adequada para resolver esse impasse, amparada pelo citado Convênio ICMS 83/2006. Considerando que o frete da citada primeira fase é pago pelo vendedor (Vale) e que a movimentação do produto se dá após o Fl. 1007DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 4 fechamento de contrato de venda, o qual pode ser ajustado durante o ano (geralmente esses contratos são anuais), caracterizado está o direito ao crédito, eis que preenche os requisitos exigidos pela legislação para tal. A título de ilustração, segue Solução de Consulta da 9ª Região Fiscal, que tratou de caso vagamente similar ao presente (de fato, apenas vagamente similar, visto que no caso da Vale, o estabelecimento situado no Porto não é distribuidor e sim, mero formador de lotes para embarque do minério vendido nos navios, restando comprovado o direito ao crédito)”. A fiscalização, diante da justificativa apresentada erro de preenchimento do DACON, e da demora no atendimento à Administração Tributária e a parca documentação trazida à baila, concluiu que a contribuinte não se preocupou em lastrear os referidos valores informados como créditos nas aquisições de bens para revenda. Disse, com efeito, que a apresentação de um único conjunto de notas fiscais referentes a apenas uma operação de venda, desamparada de qualquer contrato ou pedido, depois de quase três meses da data de ciência de intimação específica para a comprovação do crédito em análise, não é compatível, nem com a ordem de grandeza dos valores envolvidos, nem com o avançado nível de governança corporativa com a qual sabidamente a VALE S/A é administrada. Afirmou, ainda, que o montante dos créditos envolvidos, que abrange importâncias relativas não só ao ano de 2008, mas também aos anoscalendários de 2009 e 2010, merece conjunto probatório mais robusto que o ofertado pela interessada no ressarcimento, e que, por consequência, cabia glosar os valores referentes aos serviços de transporte prestados pela MRS Logística por falta de comprovação dos créditos informados no DACON. Deixou evidente que mesmo se tratando de venda de minério de ferro, considerada uma operação diferenciada daquelas normalmente realizadas pelas empresas, o transporte do minério das minas da Vale para pátios pertencentes às pessoas jurídicas ligadas teria natureza de transporte interno, conforme evidenciam os documentos fiscais apresentados, que mostram inexistir qualquer transferência de titularidade da mercadoria transportada. Afirma, ainda, que os fretes em análise caracterizamse como transporte interno de produtos acabados, que, do ponto vista logístico ou geográfico, pode ser compreendido como etapa da futura operação de venda. Contudo, juridicamente, não integra ainda a venda e, por isso não se enquadra entre as hipóteses legais de geração de crédito aceitas. Assim, subtraiu dos valores informados no DACON os montantes referentes ao transporte de minério de ferro efetuado pela MRV Logística S/A (ver planilha Créditos de Revenda glosados 2008 fls. 630/635) e considerou os percentuais de tateio informados pela Vale S.A.. Glosa de bens utilizados como insumos. Asseverase que da análise das planilhas fornecidas à fiscalização constatou se apuração do crédito sobre aquisições de bens e despesas de uso e consumo, que no entendimento do fisco, não geram crédito, desconsiderandose as aquisições constantes das planilhas de fls. 377/379 de lavra da recorrente, com anotação dos CFOP respectivos. Foram desconsiderados: CFOP 1407 compra de mercadoria para uso ou consumo cuja mercadoria Fl. 1008DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 16682.720422/201255 Acórdão n.º 3403003.492 S3C4T3 Fl. 1.007 5 está sujeita ao regime de substituição tributária; CFOP 1556 compra de material para uso ou consumo; CFOP 2407 compra de mercadoria para uso ou consumo sujeito ao regime de substituição tributária; e CFOP 2556 compra de material para uso ou consumo. Glosou a fiscalização também as aquisições efetuadas nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2007, as quais, equivocadamente, teriam sido indicadas como sendo do primeiro trimestre de 2008, conforme planilha de fls. 380/391. Entendeu também por glosar os serviços que no seu entender não geram tomada de crédito: serviços de logística, estudos e pesquisas, prospecção e sondagem, serviços de geologia, serviço de operação portuária, serviço de manutenção em equipamento ferroviário, serviços prestados em equipamentos de telecomunicação, serviços de dragagens, serviços de manutenção de embarcações. Disse o fisco que análise se deu em conformidade com manual de tomada de crédito (fls. 222/233) com a relação de contas contábeis e das unidades de controle, o qual foi utilizado na identificação da natureza do serviço prestado. Teceu ainda comentários detalhados sobre cada glosa. Transcrevese a justifica da glosa com referência os serviços portuários: “Os serviços de operação portuária, como: capatazia (movimentação de mercadorias nas instalações portuárias, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega); praticagem e rebocagem (serviços executados por rebocadores para cumprir as manobras de atracação e desatracação de navios); movimentação de mercadorias; e serviços diversos prestados no âmbito do porto e do navio, não podem ser considerados insumos de produção dos bens produzidos pela interessada, pois, como as próprias denominações esclarecem, não possuem qualquer relação com a produção de minério. Em síntese, tratase de serviços auxiliares executados em momento posterior, quando ocorre o escoamento do que foi produzido.” GLOSA DE DEPRECIAÇÃO SOBRE LOCOMOTIVAS E OS EQUIPAMENTOS FERROVIÁRIOS. GLOSA DE CRÉDITO DECORRENTE DE OPERAÇÃO DE FRETE DE TERCEIRO. Justificou o fisco a glosa afirmando que o translado do minério produzido pela VALE S/A e efetuado pelas suas ferrovias, e não se confunde com a produção do referido bem. Assim, procedeu à glosa de créditos de Bens Imobilizados do 1o trimestre de 2008, relacionando as aquisições glosadas de ofício (fls. 430/522). A planilha de Composição de Crédito Imobilizado com glosas mostra os créditos apurados de ofício (fls. 523/534). Inconformado com a glosa do frete de transporte de minério apresenta a empresa impugnação alegando, em síntese: 1 nulidade da autuação por falta de exaurimento do poderdever de lançar; Fl. 1009DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 6 2 que a Suplicante não se furtou a demonstrar que os valores declinados em DACON e PER/COMP decorre de prévia análise e separação de cada uma das aquisições de bens e serviços; 3 que o ônus da prova quanto ao fato constitutivo do direito teria sido devidamente atendido pela Recorrente; 4 que rebate a glosa de serviços utilizados como insumos e bens do ativo imobilizado, dizendo que atividade da empresa é mais abrangente do que aquela escolhida pelo fiscal, declinando as receitas de venda de produtos ao mercado externo, receita no mercado interno, serviços ferroviários, serviços portuários, operação de usina, venda de energia elétrica, serviços de transporte marítimo e serviços diversos prestados; e 5 que requer pericia. A decisão de piso mantém o parecer em sua totalidade, porque aquisições especificadas não são insumos utilizados na produção ou por ausência de prova. Reconhece ainda a DRJ ter havido erro de cálculo no mês de fevereiro de 2008, o que levou a acrescentar mais R$ 3.209.269,95 ao montante deferido no Despacho Decisório. Sobreveio o recurso voluntário, mantendose a inconformidade com as glosas perpetuadas, reprisandose os termos da defesa e os pleitos formulados em sede de Manifestação de Inconformidade. É o relatório. Voto Vencido Conselheiro Domingos de Sá Filhio, relator. Cuidase de recurso tempestivo e que atende os demais pressupostos de admissibilidade, motivo pelo qual deve ser conhecido. O inconformismo trazido em sede recursal se refere glosa de aquisição de bens e serviços classificados pela Recorrente na qualidade insumos. A decisão hostilizada manteve glosa, especificamente, de frete na operação de venda, bens utilizados como insumos e depreciação de bens do ativo imobilizado, que não amoldavam aos conceitos legais aplicáveis. PRELIMINAR DE NULIDADE DO DESPACHO DECISÓRIO. O argumento para nulidade do despacho de acordo com o entendimento da Recorrente decorre de análise superficial de todas as informações prestadas. Não se vislumbra essa situação, ao contrário análise é criteriosa e minuciosa, os fatos são narrados com pormenores suficientemente capaz de afastar, a meu sentir, qualquer dúvida quanto à verdade. A valoração da prova é entendimento subjetivo, mas isso não implica que as provas não foram examinadas e sopesadas. Não se vislumbra mácula capaz de invalidar o trabalho fiscal desenvolvido. Fl. 1010DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 16682.720422/201255 Acórdão n.º 3403003.492 S3C4T3 Fl. 1.008 7 Assim, deve ser rejeitada a preliminar. A matéria de fundo se refere a glosas. O despacho sustenta que o conjunto probatório deveria ter sido mais robusto que o ofertado pela Interessada. Isso foi dito especificamente em relação aos fretes tomados pela Vale S/A da empresa MRS LOGÍSTICA, que tudo indica tratarse de valor substancial, como se vê das planilhas anexadas. Menciona o douto agente fiscal que foi anexado tãosó um conjunto de notas fiscais a título de exemplo, deixando transparecer que a Vale S/A deveria ter trazido à colação todas as notas fiscais referente ao transporte de minério de ferro, inclusive de outros exercícios, mencionandose 2009 e 2010. Em sede de ressarcimento, não há dúvida de que ônus probante é da Interessada, e no caso concreto há peculiaridade a ser considerada. Conforme mencionado no relatório o fiscal notificou a Recorrente para que fosse prestada informação para apresentar planilhas anuais especificando os serviços que deveriam estar classificados como Despesas de Frete na operação de venda, nas quais contasse pelo menos: a) Número da Nota Fiscal de Vendas onde conste o valor da Despesa de Frete; b) Número do respectivo Conhecimento de Transporte; c) data de emissão da Nota Fiscal de Vendas e do Conhecimento de Transporte; d) data da efetiva entrada (ref. à despesa de frete); e) valor da Despesa de Frete; e f) CNPJ do tomador e do prestador dos serviços. Essa foi a exigência para análise do crédito, e, concluiuse no sentido de glosar todos os créditos tomados provenientes das notas fiscais da MRS LOGÍSTICA, por entenderse que o transporte do minério das minas da Vale para pátios pertencentes às pessoas jurídicas ligadas teria natureza de transporte interno, conforme evidenciam os documentos fiscais apresentados, que mostram inexistir qualquer transferência de titularidade da mercadoria transportada. O entendimento que se extrai do relatório é que só poderia a empresa tomar crédito do frete se fosse possível vinculálo a venda. Afirmou o fisco, ainda, que o montante dos créditos envolvidos, que abrange importâncias relativas não só a 2008, mas também aos anoscalendário de 2009 e 2010, merecem conjunto probatório mais robusto que o ofertado pela Interessada no ressarcimento, e que, por consequência, cabia glosar os valores referentes aos serviços de transporte prestados pela MRS Logística por falta de comprovação dos créditos informados no DACON. Deixou evidente que mesmo se tratando de venda de minério de ferro possa ser considerada uma operação diferenciada daquelas normalmente realizadas pelas empresas, concluindo que o transporte do minério das minas da Vale para pátios pertencentes às pessoas jurídicas ligadas teria natureza de transporte interno, conforme evidenciam os documentos fiscais apresentados, que mostram inexistir qualquer transferência de titularidade da mercadoria transportada. A Vale S/A prestou informação afirmando que por se tratar de operação de minério de ferro para formar lote de exportação em recintos alfandegados, 100% das cargas estão vendidas a clientes do exterior e são transportadas das minas até o porto por ferrovia e, Fl. 1011DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 8 nos casos em que a Vale não possui malha ferroviária própria, utiliza os serviços da empresa MRS. No entanto, há afirmação no relatório de que a Vale participa de Joint Venture com diversas empresas instaladas no Porto do Tubarão, entre as quais a Cia. Ítalo Brasileira de Pelotização Itabrasco, a Cia. Nipo Brasileira de Pelotização Nibrasco, e a Cia. Coreano Brasileira de Pelotização Kobrasco. Após longa análise, concluiuse que as operações não são alcançadas pelo art. 31 da Lei no 10.865/2004, que veda a constituição de crédito relativos às contraprestações dos arrendamentos de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica. O processo produtivo revela que as exportações pelo Porto de Tubarão, localizado no Município de VitóriaES, concentramse em minério fino, resultado de industrialização ainda nas minas, e incluem o processo de trituração e limpeza. As empresas acima mencionadas a partir do minério fino produzem pellet enriquecendo a concentração do teor de ferro, agregando maior valor ao produto. As usinas de pelotização fazem parte integrante do processo de industrialização da Vale, daí o arredamento dessas unidades fabris, onde se dá continuidade do processo. O transporte do minério até o Porto de Tubarão é necessário para a Vale concluir o seu processo de venda. O pátio de estocagem de minério localizado no Porto de Tubarão, VitóriaES, pertence Vale S/A, nesse ponto discordo do auditor, pois, se entender que o transporte é para as usinas localizadas no porto, também é considerado industrialização. Há passagem no relatório que o fiscal assevera: “... As usinas de pelotização em momento algum foram diretamente da VALE S/A. e as “Joint Venture” foram constituídas muito antes da entrada em vigor do sistema de nãocumulatividade do PIS e da COFINS”. “Em suma, não foram encontrados óbices nos dispositivos legais para o arrendamento das unidades de pelotização pela VALE S/A junto às empresas ligadas, motivo pelo qual ficam mantidos os valores declarados pela contribuinte para estas despesas”. A transcrição é oportuna com o objetivo de mostrar que o minério transportado continua na área portuária a sofrer processo de industrialização. E, a formação de lote de minério no porto se revela o único meio capaz de abastecer o navio no tempo exíguo que se exige pela logística do transporte marítimo. O transporte de minério para os portos localizado em Guaíba e Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro, locais nos quais a Vale não possui instalações industriais, no raciocínio da fiscalização, constitui transporte interno. Qual seria o interesse de movimentar milhões de toneladas de minério de ferro para a retroárea portuária se não for o de ter condições de carregar o navio no menor tempo? Assim, é desnecessário falar em custo pela permanência do navio no costado do porto. A Recorrente atendeu a contento a fiscalização, prestando e entregando a documentação solicitada, suficiente para reconhecer o direito da Vale de tomar crédito sobre o frete pago a MRS. Assim, discordo da decisão contida no Despacho Decisório, para modificálo, e autorizar a tomada de crédito sobre o frete de transporte de minério. Fl. 1012DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 16682.720422/201255 Acórdão n.º 3403003.492 S3C4T3 Fl. 1.009 9 GLOSA DE DEPRECIAÇÃO SOBRE LOCOMOTIVAS E OS EQUIPAMENTOS FERROVIÁRIOS. A malha ferroviária de propriedade da Vale é crucial ao negócio de extração e venda de minério de ferro De nada adiantaria extrair e deixar toda produção, em alguns casos, a 1.200 km do porto. Tanto é de decisivo que nos locais de minas de minério que não possuem via própria a empresa paga pelo transporte, como restou claro no transporte do produto para o Porto de Sepetiba. Não enxergo a produção de minério sem a utilização de caminhões especiais, conhecidos como fora de estrada, capazes de retirarem toneladas e levar até o embarque ferroviário, sem os quais restaria o local de produção inviabilizado. A composição da receita da interessada demonstra que sua receita, além da comercialização do minério de ferro, advém da prestação de serviços de transporte ferroviário, e existindo receita oriunda dessa atividade é difícil deixar de reconhecer que as locomotivas e vagões são ferramentas utilizadas na produção dessa riqueza. Reconheço certa dificuldade entre dezenas de equipamentos listados, mas no caso específico de locomotivas e os equipamentos rodante empregados diretamente no emprego de transporte ferroviário, entendo tratarse de bens úteis à atividade da empresa, assim, tenho que assiste direito em tomar crédito decorrente da quota de depreciação. Desse modo, modifico a decisão que nega o direito de tomar crédito relativo à quota de depreciação sobre locomotivas e equipamentos ferroviários para reconhecer o direito e afastar a glosa. Glosa das despesas de capatazia. Os serviços incluídos em operação portuária, como, capatazia: movimentação de mercadorias nas instalações portuárias, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega são serviços a permitir a tomada de crédito. Diferentemente das despesas relacionadas praticagem e rebocagem (serviços de rebocador). Os serviços de armazenagem e capatazia são essenciais no manuseio dos produtos, e nenhuma empresa exportadora consegue carregar navio sem se utilizar dessa prestação de serviços. Ao contrário dos serviços de rebocador, que para mim são custo do transportador, nestes autos não há evidência de que a venda e a entrega do produto seja de responsabilidade da vendedora. Assim, tenho como certo que os custos de capatazia glosados devem ser incluídos no cálculo da tomada de crédito. GLOSA DAS AQUISIÇÕES DE 2007. A glosa das aquisições efetuadas nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2007, incluídas equivocadamente no cálculo do primeiro trimestre de 2008, não foram Fl. 1013DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 10 contestadas pela recorrente. Assim, não há o que apreciar, mantendose a glosa nos termos do parecer. GLOSA DE BENS UTILIZADOS NO CÁLCULO COMO INSUMOS. As planilhas fornecidas à fiscalização apuração do crédito sobre aquisições de bens de custo e despesas de uso e consumo, fls. 377/379 de lavra da recorrente, anotados ali os CFOP relativos a: compra de mercadoria para uso ou consumo cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária; compra de material para uso ou consumo; compra de mercadoria para uso ou consumo sujeito ao regime de substituição tributária; e compra de material para uso ou consumo. Nesse ponto concordo com a fiscalização e mantenho a decisão nessa parte, pois o modo disposto nas planilhas não permite analise mais acurada. Cabia à interessada fazer uma prova mais robusta no sentido de permitir conhecer minuciosamente a finalidade de cada um dos bens adquiridos de modo a possibilitar formar juízo da participação de cada um deles no processo produtivo. Diante da ausência de informação precisa, não há como acudir o pleito nesse ponto. GLOSA DAS DESPESAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Os itens glosados se referem a: serviços de logística, estudos e pesquisas, prospecção e sondagem, serviços de geologia, serviço de operação portuária, serviço de manutenção em equipamento ferroviário, serviços prestados em equipamentos de telecomunicação, serviço de dragagem, serviços de manutenção de embarcações. Não há dúvida de que tratam de serviços decisivos as atividades de pesquisa, prospecção, sondagem e serviços de geologia, e essa afirmação decorre do próprio negócio da Vale, que é exploração de minério de ferro. Não é difícil concluir que os dispêndios invalidariam todos os esforços de se produzir minério, sem conhecer a capacidade da mina, qualidade, estabilidade do terreno a ser explorado. Além do que, esses mesmos serviços continuam sendo necessários ao longo da vida útil da mina. De modo que, tenho que esses custos autorizam a empresa recorrente a tomar crédito sobre os serviços de pesquisa, prospecção, sondagem e serviços de geologia. No que se refere aos custos de manutenção, serviço de operação portuária, serviço de manutenção em equipamento ferroviário, serviços prestados em equipamentos de telecomunicação, serviço de dragagem, serviços de manutenção de embarcações, embora se tratem de serviços necessários a manutenção da atividade, é preciso prova contundente a permitir concluir tratarse de serviços executados em local produtivo. É vaga a expressão “serviço de operação portuária”, em que consiste a operação portuária, pois se está a falar de produção de minério de ferro. Não se sabe ainda se os “serviços de manutenção em equipamento ferroviário” se tratam de reposição por desgaste natural de ativo, cujo direito de tomar crédito está vinculado a quota de depreciação. E o mesmo raciocínio se estende aos demais serviços de manutenção. Fl. 1014DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 16682.720422/201255 Acórdão n.º 3403003.492 S3C4T3 Fl. 1.010 11 No entanto, a ausência de riqueza de informação da tomada desses serviços a caracterizar efetivamente a sua participação crítica no processo produtivo penaliza a contribuinte. Não vislumbro em acudir o pleito por ausência de prova concludente. Assim, nego provimento ao pleito quanto à tomada de crédito de tais serviços prestados, mantendo o provimento somente em relação aos estudos e pesquisas; prospecção e sondagem; e serviços de geologia. Diante do exposto, voto no sentido de conhecer do recurso e dar provimento parcial para afastar glosa incidente sobre: a) fretes ferroviários pagos à empresa MRS, b) quota de depreciação sobre locomotivas e equipamentos ferroviários; c) serviços de capatazia; e d) estudos e pesquisas; prospecção e sondagem; e serviços de geologia. É como voto. Domingos de Sá Filhio Fl. 1015DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 12 Voto Vencedor Conselheiro Rosaldo Trevisan, redator designado Com a devida vênia, divirjo do relator em relação: (a) aos fretes ferroviários pagos à empresa MRS; (b) à quota de depreciação sobre locomotivas e equipamentos ferroviários; e (c) aos serviços de capatazia. Assim, cabe manifestar que não há aparas no que se refere às conclusões de direito sobre ausência de nulidades e sobre o ônus probatório nos processos de ressarcimento/compensação, na linha do que já vem entendendo esta Terceira Turma de forma unânime: “ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO NO QUAL SE FUNDAMENTA A AÇÃO. INCUMBÊNCIA DO INTERESSADO. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado. DILAÇÃO PROBATÓRIA. DILIGÊNCIAS. A realização de diligências destinase a resolver dúvidas acerca de questão controversa originada da confrontação de elementos de prova trazidos pelas partes, mas não para permitir que seja feito aquilo que a lei já impunha como obrigação, desde a instauração do litígio, às partes componentes da relação jurídica.” (Acórdãos n. 3403002.106 a 111, Rel. Cons. Alexandre Kern, unânimes, sessão de 23.abr.2013) (grifo nosso) “PEDIDOS DE COMPENSAÇÃO/RESSARCIMENTO. ÔNUS PROBATÓRIO. Nos pedidos de compensação/ressarcimento, incumbe ao postulante a prova de que cumpre os requisitos previstos na legislação para a obtenção do crédito pleiteado.” (grifo nosso) (Acórdão n. 3403003.173, Rel Cons. Rosaldo Trevisan, unânime em relação à matéria, sessão de 21.ago.2014) (No mesmo sentido: Acórdão n. 3403003.166, Rel Cons. Rosaldo Trevisan, unânime em relação à matéria, sessão de 20.ago.2014; Acórdão 3403002.681, Rel Cons. Rosaldo Trevisan, unânime em relação à matéria, sessão de 28.jan.2014; e Acórdãos n. 3403002.472, 473, 474, 475 e 476, Rel Cons. Rosaldo Trevisan, unânimes em relação à matéria, sessão de 24.set.2013) Também não reside discórdia no que trata do caráter constitucional da não cumulatividade relativa às contribuições, carecendo este tribunal de competência para análise de constitucionalidade, nos termos da Súmula Carf no 2. Por fim, não há contrariedade em relação ao voto no que se refere à amplitude do conceito de insumos adotado, entendendose que o insumo deve ser necessário ao processo produtivo/fabril, e, consequentemente, à obtenção do produto final, como vem reiteradamente decidindo esta Terceira Turma (v.g. Acórdãos no 3403002.469 a 477; no 3403 001.893 a 896; no 3403001.935; no 3403002.318 e 319; e no 3403.002.783 e 784): “CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP. NÃO CUMULATIVIDADE. INSUMO. CONCEITO. O conceito de insumo na legislação referente à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS não guarda correspondência com o extraído da legislação do IPI (demasiadamente restritivo) ou do Fl. 1016DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 16682.720422/201255 Acórdão n.º 3403003.492 S3C4T3 Fl. 1.011 13 IR (excessivamente alargado). Em atendimento ao comando legal, o insumo deve ser necessário ao processo produtivo/fabril, e, consequentemente, à obtenção do produto final. (...).” (Acórdão no 3403003.166, Rel. Cons. Rosaldo Trevisan, unânime em relação à matéria, sessão de 20.ago.2014) Nossa primeira divergência em relação ao voto condutor se refere aos fretes ferroviários pagos à empresa MRS. E a discordância já principia no próprio modo de relatar a glosa. Como se percebe do parecer que ampara as glosas (fl. 644): “(...) a interessada foi intimada a explicar o motivo pelo qual o montante de aquisições de serviços de transporte, CFOP 1352, corresponde a mais de 77% dos créditos apurados a título de revenda de mercadorias, bem como a apresentar determinadas notas fiscais. Em sua resposta, a Vale S/A afirmou: “O serviço de transporte classificado na linha de “Produtos para Revenda” trata, principalmente, do transporte realizado das minas para o porto, de onde o minério é embarcado para o exterior. A utilização desta linha foi apenas uma classificação (a classificação poderia ser na linha de “Despesas de armazenagem e fretes na operação de venda” ou “bens utilizados como insumo”)”. A partir da resposta da contribuinte é possível concluir que parte das despesas de fretes informadas como créditos oriundos da aquisição de produtos para revenda, na verdade não se relacionam com este tipo de operação. Desta feita, é indubitável a existência de erro no preenchimento no DACON, o que, por si só, não é motivo para glosar parcela dos créditos ora apreciados. Porém, para fazer jus aos referidos créditos é necessário que a contribuinte repare seu equívoco, comprovando que os serviços de transportes listados em sua planilha encontramse dentro das hipóteses previstas na legislação tributária para gerar créditos de PIS/Cofins não cumulativo. (...) No presente caso, compulsandose a planilha 01.Revendas_2008 (contida no arquivo ANO 2008.zip – código de autenticação SVA 7ba012122c18e4d3a4d490d368c5cddt) e as notas fiscais (fls. 571/629) apresentadas, verificase que a questão praticamente se restringe à análise dos serviços de transporte prestados pela MRS Logística, CNPJ n.º 01.417.222/0003 39. Com efeito, a referida empresa efetuou serviços em 2008 que totalizam R$ 1.212.612.583,00, os quais, em suma, referemse ao transporte ferroviário de minério de ferro das minas para os terminais de descarga em Guaíba e em Sepetiba. Considerando os processos produtivos da Vale S/A e a documentação ora apreciada, o translado de minério de ferro das minas para os portos configura transporte de seu produto acabado e pronto para comercialização, razão pela qual se excluem as duas primeiras hipóteses de creditamento das Fl. 1017DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 14 despesas com frete de mercadorias, relacionadas à revenda e à industrialização. Resta, portanto, a terceira possibilidade: o custo do frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo vendedor. Nesse sentido, em que pese as Notas Fiscais da MRS indicarem o “Transporte de Mercadoria destinada ao exterior”, cabe verificar se o translado ocorreu já inserido em uma venda realizada ou apenas dentro de uma operação logística da empresa. Dentro deste contexto, e principalmente para oferecer a empresa oportunidade para corrigir os equívocos cometidos no preenchimento do DACON, a contribuinte foi intimada, em 23/08/2012, a apresentar planilhas anuais especificando os serviços que deveriam estar classificados como Despesas de Frete na operação de venda, nas quais contasse pelo menos: a) Número da Nota Fiscal de Vendas onde conste o valor da Despesa de Frete; b) Número do respectivo Conhecimento de Transporte; c) data de emissão da Nota Fiscal de Vendas e do Conhecimento de Transporte; d) data da efetiva entrada (ref. à despesa de frete); e) valor da Despesa de Frete; f) CNPJ do tomador e do prestador dos serviços. A empresa somente respondeu sobre o assunto, em 14/11/2012, após três solicitações de prorrogação de prazo, acostando ao processo os documentos de fls. 544/570. Reproduzse a seguir parte dos esclarecimentos apresentados: (...) Para empresas que necessitam exportar grande quantidade de produto/minério, é cediço que não é possível encaminhar, em tempo hábil, todo o minério no momento do embarque do navio, motivo pelo qual se utilizam da remessa para a formação de lotes como a alternativa adequada para resolver esse impasse, amparada pelo citado Convênio ICMS 83/2006. Considerando que o frete da citada primeira fase é pago pelo vendedor (Vale) e que a movimentação do produto se dá após o fechamento de contrato de venda, o qual pode ser ajustado durante o ano (geralmente esses contratos são anuais), caracterizado está o direito ao crédito, eis que preenche os requisitos exigidos pela legislação para tal. (...) Considerando o erro de preenchimento do DACON, a demora no atendimento à Administração Tributária e a parca documentação trazida à baila, podese inferir que a contribuinte não se preocupou em lastrear os referidos valores informados como créditos nas aquisições de bens para revenda. Com efeito, a apresentação de um único conjunto de notas fiscais referentes a apenas uma operação de venda, desamparada de qualquer contrato ou pedido, depois de quase três meses da data de ciência de intimação específica para a comprovação do crédito em análise, não é compatível, nem com a ordem de grandeza dos valores envolvidos, nem com o avançado nível de governança corporativa com a qual sabidamente a VALE S/A é administrada. Fl. 1018DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 16682.720422/201255 Acórdão n.º 3403003.492 S3C4T3 Fl. 1.012 15 Sem dúvida, o montante dos créditos envolvidos, que abrange importâncias relativas não só a 2008, mas também outras referentes aos anoscalendário de 2009 e 2010, merece conjunto probatório mais robusto que o ofertado pela interessada no ressarcimento. E, por conseqüência, cabe glosar os valores referentes aos serviços de transporte prestados pela MRS Logística por falta de comprovação dos créditos informados no DACON. (grifo nosso) Resta claro, assim, que a glosa operou por carência probatória da postulante ao crédito. Ademais, o frete para “formação de lote”, sem vínculo comprovado com operação de venda, não gera direito a crédito por absoluta ausência de previsão normativa, como já decidiu unanimemente esta Terceira Turma: “COFINS. FRETE ENTRE ESTABELECIMENTOS. FORMAÇÃO DE LOTE PARA EXPORTAÇÃO. CRÉDITOS. IMPOSSIBILIDADE. A transferência de produto acabado a estabelecimento filial para “formação de lote” de exportação, ainda que se efetive a exportação, não corresponde juridicamente à própria venda, ou exportação, não gerando o direito ao creditamento em relação à contribuição.” (grifo nosso) (Acórdão no 3403002.681, Rel. Cons. Rosaldo Trevisan, unânime em relação à matéria, sessão de 28.jan.2014) Assim, seja pela carência probatória, que se endossa, ou pela própria ausência de direito, não assiste razão à recorrente. No que se refere à quota de depreciação sobre locomotivas e equipamentos ferroviários (segundo tema sobre o qual discordamos do voto do relator), também já se posicionou esta Terceira Turma recentemente, em processo da mesma recorrente: “As glosas referentes a créditos relativos a bens do ativo imobilizado se devem ao cômputo de equipamentos e máquinas que não se enquadram nas hipóteses previstas na legislação, como locomotivas, vagões de transporte de minério de ferro, dormentes ferroviários, caminhões, barcos de alumínio, notebooks, mobiliário, livros e material de escritório, conforme planilha de fls. 450/452 e fl. 473. Sobre tais rubricas afirma a recorrente que o traslado do minério dos estabelecimentos de lavra da empresa até as estruturas portuárias para posterior venda é etapa indissociável da venda do produto final (cabendo o crédito em relação a trilhos, dormentes, locomotivas, vagões, v.g.), citando precedente do STJ (que já de início se destaca não vincular o fisco nem o julgador administrativo, além de ter pouca relação com o caso em análise). Remetese aqui à argumentação já externada no tópico anterior, referente a serviços, no sentido de que o legislador contemplou as hipóteses de crédito em diversos incisos do art. 3o das Leis no 10.637/2002 e no 10.833/2003, de acordo com a situação regulada (v.g. insumos, inciso II; bens do ativo imobilizado inciso VI; e armazenagem e frete na venda inciso IX), não devendo ser confundidas as hipóteses. Fl. 1019DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 16 A confusão, expressa na peça recursal, deriva basicamente do indevido alargamento do conceito de insumo pela recorrente, que defende (fl. 675) que: “Não se pode perder de vista, no que pertine (sic) o direito aos créditos sobre encargos de depreciação do ativo imobilizado que a não cumulatividade das contribuições sociais sobre receita/faturamento visa (sic) desonerar todo o ciclo operacional envolvido na consecução de seus objetos sociais, que são origem do faturamento.” (grifo nosso) E é só com tal conceito alargado que se poderia conceber créditos, por exemplo, a aquisições de livros e material de escritório. Contudo, como aqui já se tratou (ao início do tópico 3, referente à delimitação do conceito de insumos), há necessidade de vínculo do insumo com o processo produtivo, e tal vínculo restou inexistente ou não comprovado nas operações para as quais houve glosa pelo fisco em relação ao ativo imobilizado.” (grifo nosso) (Acórdão no 3403003.378, Rel. Cons. Rosaldo Trevisan, maioria, sessão de 11.nov.2014) A situação verificada pelo fisco no presente processo, assim como as razões de defesa, são as mesmas. E não se pode, diante do conceito de insumos delimitado por esta turma, acolher o desconto de créditos. Não há ainda prova que permita vincular tais bens individualizadamente ao permissivo legal que trata do direito ao crédito de acordo com a depreciação, prova esta que, como dito de início, incumbiria ao recorrente, ao demandar a atuação deste tribunal administrativo para modificar o enquadramento de crédito já pleiteado. Assim, novamente não assiste razão à recorrente. Derradeiramente, incumbe apresentar nossa última divergência em relação ao voto condutor, referente a serviços de capatazia. Cabe destacar que também sobre esse tema esta Terceira Turma se manifestou por diversas vezes recentemente, de forma unânime: “COFINS NÃOCUMULATIVA. DIREITO DE CRÉDITO. DESPESAS COM SERVIÇOS DE CAPATAZIA E ESTIVA. INADMISSIBILIDADE. Não se vinculando à atividade propriamente produtiva, as despesas incorridas com capatazia e estiva se assemelham mais a espécies de despesas com vendas, sem que, todavia, o artigo 3o da Lei no 10.833/03 contenha hipótese permissiva para o creditamento da COFINS, apurada segundo o regime não cumulativo. (...) É o que se dá com os serviços de capatazia e estiva, incorridos pela ora recorrente nas operações portuárias associadas à exportação de seus produtos. Não importa que os serviços sejam prestados por pessoas jurídicas com sede no País. O relevante, a meu ver, é que as atividades cogitadas não constituem insumo para a fabricação, no sentido de que não compõem o respectivo custo de produção. Mais apropriado seria entendêlas como espécies de despesas com as vendas, entre as quais habitualmente se inserem “os gastos de promoção, colocação e Fl. 1020DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN Processo nº 16682.720422/201255 Acórdão n.º 3403003.492 S3C4T3 Fl. 1.013 17 distribuição dos produtos da empresa, bem como os riscos assumidos pela venda, constando dessa categoria despesas como: com o pessoal da área de vendas, marketing, distribuição, pessoal administrativo interno de vendas, comissões sobre vendas (...)” (Manual de contabilidade das sociedade por ações (aplicável às demais sociedades). Ob. cit., p. 383). E se não caracterizam insumo da atividade produtiva da recorrente, os serviços de capatazia e estiva igualmente não se identificam com as espécies de despesas com vendas cuja realização autoriza o creditamento. Embora envolvam o manuseio da carga, capatazia e estiva não constituem serviço de transporte e, portanto, o preço que a ora recorrente paga por eles não se define como “frete”. Daí a inaplicabilidade à hipótese do inciso IX, do já referido artigo 3o.” (Acórdão no 3403002.139, Rel. Cons. Marcos Tranchesi Ortiz, unânime, sessão de 25.abr.2013) (grifo nosso) “NÃO CUMULATIVIDADE. FRETE E DESPESAS DE ARMAZENAGEM NAS OPERAÇÕES DE VENDA. EXTENSÃO As operações de movimentação de contêiner cheio; serviço de fumigação de pallets; despesas com capatazia e reembolso de CPMF; movimentação de embarcação; transporte de contêineres vazios e sua devolução para o exportador; descarga de contêineres; vistoria de contêineres; handling de contêineres; unitização e desunitização de contêineres e uso de pátio não estão abrangidos no conceito de armazenagem e tampouco podem ser concebidas como etapa do frete nas operações de venda, razão pela qual os respectivos gastos não ensejam o creditamento da contribuição.” (Acórdão no 3403003.097, Rel. Cons. Alexandre Kern, unânime, sessão de 22.jul.2014) (grifo nosso) O posicionamento no sentido de inexistência de direito de crédito sobre serviços de capatazia, por inadequação a quaisquer dos incisos do art. 3o da lei de regência, foi mantido em julgamento recente de processo da mesma recorrente, com as mesmas alegações de defesa (Acórdão no 3403003.378, Rel. Cons. Rosaldo Trevisan, maioria, sessão de 11.nov.2014). Assim, mantendo o entendimento predominante na turma, entendo não haver enquadramento para o direito de crédito pleiteado sobre serviços de capatazia, exercidos sobre o produto acabado, e não abrangidos nas rubricas referentes a frete e armazenagem. Novamente, deve ser mantida a glosa correspondente. Pelo exposto, diante das divergências apontadas, voto pelo parcial provimento do recurso voluntário, para reconhecer o direito à tomada de crédito em relação a estudos e pesquisas; prospecção e sondagem; e serviços de geologia. Rosaldo Trevisan Fl. 1021DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN 18 Fl. 1022DF CARF MF Impresso em 25/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado d igitalmente em 09/02/2015 por ROSALDO TREVISAN
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