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Numero do processo: 11128.720111/2012-68
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed May 22 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Jan 05 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Classificação de Mercadorias
Data do Fato Gerador: 10/08/2011
EXCEÇÃO TARIFÁRIA. INTERPRETAÇÃO LITERAL.
A interpretação literal do Ex tarifário 067 da NCM 8453.10.90 permite o enquadramento neste Ex de máquina que, atendidas as demais condições do Ex, realize automaticamente a formação de lotes de peles, ainda que a embalagem destes lotes se faça manualmente.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 3802-001.809
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, dar provimento ao recurso voluntário. Vencido o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira, que negava provimento. Designado o Conselheiro Paulo Sérgio Celani para redigir o voto vencedor.
assinado digitalmente
RODRIGO DA COSTA PÔSSAS- Presidente.
assinado digitalmente
PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA - Redator ad hoc.
Participaram do presente julgamento os conselheiros Regis Xavier Holanda, Francisco José Barroso Rios, Paulo Sérgio Celani, Bruno Mauricio Macedo Curi, Cláudio Augusto Gonçalves Pereira e Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo.
Nome do relator: CLAUDIO AUGUSTO GONCALVES PEREIRA
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INTERPRETAÇÃO LITERAL. A interpretação literal do “Ex tarifário 067” da NCM 8453.10.90 permite o enquadramento neste “Ex” de máquina que, atendidas as demais condições do “Ex”, realize automaticamente a formação de lotes de peles, ainda que a embalagem destes lotes se faça manualmente. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, dar provimento ao recurso voluntário. Vencido o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira, que negava provimento. Designado o Conselheiro Paulo Sérgio Celani para redigir o voto vencedor. assinado digitalmente RODRIGO DA COSTA PÔSSAS Presidente. assinado digitalmente PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA Redator ad hoc. Participaram do presente julgamento os conselheiros Regis Xavier Holanda, Francisco José Barroso Rios, Paulo Sérgio Celani, Bruno Mauricio Macedo Curi, Cláudio Augusto Gonçalves Pereira e Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 12 8. 72 01 11 /2 01 2- 68 Fl. 289DF CARF MF Processo nº 11128.720111/201268 Acórdão n.º 3802001.809 S3TE02 Fl. 290 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário oposto com o objetivo de reformar o Acórdão nº 1637.636, de 13 de abril de 2012, proferido pelos membros da 23ª Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em São Paulo (DRJ/SP1), em que, por unanimidade de votos, julgaram a impugnação improcedente, sendo mantido o crédito tributário exigido. Foi lavrado Auto de Infração contra a recorrente, no valor de R$ 114.062, 32 (cento e catorze mil, sessenta e dois reais e trinta e dois centavos), referente aos valores das diferenças do Imposto de Importação, PIS, COFINS e multas que decorreram do desenquadramento da mercadoria em ex tarifário. Pelo que consta do Auto de Infração, quando do registro da declaração de importação 11/14985467 – adição 01, junto a Alfândega do Porto de Santos, o recorrente pleiteou o benefício da redução tarifária previsto no EX 067 da NCM 8453.10.90, constante do Anexo II da Resolução CAMEX 68/2010 com vigência até 30/06/2010, permitindo, assim, a redução da alíquota do Imposto de Importação de 14% para 2%. Consta ainda que, após a conferência documental, foi realizado exame pericial para verificar se o equipamento importado se ajustava aos moldes de benefício pleiteado. Feito o trabalho pericial, o entendimento da Receita Federal foi o de desconsiderar o ex tarifário dado que o equipamento importado não possuía a capacidade de realizar o empacotamento automático, de forma a não atender a literalidade do ex tarifário nº 67 da Resolução CAMEX nº 68/2010. A DRJ, por sua vez, entendeu o litígio, consoante ementa a seguir transcrita: ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Data do Fato Gerador: 10/08/2011 INDICAÇÃO INDEVIDA DE EX TARIFÁRIO. DECLARAÇÃO INEXTA. PENALIDADES. Constandose que as características do equipamento importado não se encaixam perfeitamente e literalidade ao ex tarifário, procedese ao desenquadramento da mercadoria, exigindose as eventuais diferenças apuradas e as penalidades cabíveis. Multa de ofício. A declaração inexata da mercadoria enseja a aplicação da multa prevista no artigo 44, inciso I, da Lei nº 9.430/96. Foi apresentado recurso voluntário contra a decisão de primeira instância administrativa, no qual são repetidos os argumentos da impugnação. É o relatório. Fl. 290DF CARF MF Processo nº 11128.720111/201268 Acórdão n.º 3802001.809 S3TE02 Fl. 291 3 Voto Vencido Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira, redator ad hoc Por intermédio do Despacho de fl. 288, nos termos do art. 17, III, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015, incumbiume o Presidente Substituto da Segunda Câmara da Terceira Seção do CARF a formalizar o presente acórdão. Ressaltese que o relator original, Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira, apresentou a minuta de seu voto, que, todavia, ficou com pendência de assinatura. Em virtude de sua renúncia ao mandato não foi possível concluir a formalização da decisão destes autos. Desta forma, adotase o voto entregue pelo relator original. "O presente Recurso foi apresentado por parte legítima em tempo hábil, preenche os demais requisitos de admissibilidade e trata de matéria da competência deste Colegiado e que se enquadra dentro do seu limite alçada, portanto, dele tomo conhecimento. No presente caso, a grande questão é saber se a mercadoria importada pelo recorrente atende ao ex tarifário nº 67 da NCM 8453.10.90, constante do Anexo II da Resolução CAMEX. Assim entendida a questão, me parece que nenhuma razão assiste ao recorrente, já que a regra de regência determina que: 8453.10.90 Ex 067 – Máquinas automáticas compactadas de medição, empilhamento, sincronizado, dobra e empacotamento automático de peles de couro semiacabadas e/ou acabadas, com diferentes combinações de dobra e empilhamento, com largura de trabalho igual ou superior a 2.700mm, com sistema controlado por um computador industrial com microprocessadores contendo o aplicativo para a automação e interfaceamento com sistemas de gestão e controle de produção, sensores infravermelhos espaçados em 20mm para a medição precisa. Para interpretar o ex tarifário acima citado, o enunciado prescrito de regência é o artigo 111 do CTN que dispõe: Art. 111. Interpretase literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I – suspensão ou exclusão de crédito tributário; II – outorga de isenção III – dispensa do cumprimento de obrigação principal Nesse sentido, há clara indicação de que a máquina importada, para ser beneficiária de redução de alíquota, teria que ter empacotamento automático, o que de fato, não acontece. Conforme consta do Laudo Técnico SAT 4821/11 – EQCOF e seu aditamento, o processo operacional da máquina importada é realizado em 04 (quatro) módulos, sendo que o módulo 04 (quatro), onde os lotes formados pelo módulo anterior são embalados para a Fl. 291DF CARF MF Processo nº 11128.720111/201268 Acórdão n.º 3802001.809 S3TE02 Fl. 292 4 expedição, é realizado de forma manual, em que pese o recorrente entender que o empacotamento acontece na operação realizada no módulo 03 (três). No processo administrativo fiscal temse como regra geral que aquele que alega um fato constitutivo de direito deve proválo de forma eficiente e suficiente para que suas pretensões sejam passíveis de aceitação por parte do julgador. Desse modo, o ônus da prova recaiu sobre o recorrente que, durante o regular desenvolvimento do processo, deveria ter apresentado prova robusta que fosse apta a demonstrar tecnicamente o seu direito ao crédito. Fabiana Del Padre Tomé (2012:92) esclarece que a prova diz respeito ao efeito que o resultado do procedimento probatório exerce sobre a convicção do destinatário. Seria o fenômeno psicológico provocador da convicção acerca da existência ou inexistência de certos fatos, de modo que, conquanto haja enunciados linguísticos produzidos com o intuito de fazer prova dos fatos alegados, se estes não forem aptos a convencer o sujeito a que se destinam, descaberá falar em prova. Essa é a definição adotada por João de Castro Mendes, para quem “prova é o pressuposto da decisão jurisdicional que consiste na formação, através do processo, no espírito do julgador, da convicção de que certa alegação singular de fato é justificavelmente aceita como fundamento da mesma decisão”. É a prova tomada como resultado (produto), porém com ênfase em seu aspecto subjetivo, apresentandose como sinônimo de êxito ou de valoração, consubstanciado na convicção do destinatário. Sobre os aspectos objetivo e subjetivo da prova jurídica, Tércio Sampaio Ferraz Jr. discorre: “No sentido etimológico do termo – probatio advém de probus, que deu, em português, prova e probo – provar não significa apenas uma constatação demonstrada de um fato ocorrido – sentido objetivo – mas também aprovar ou fazer aprovar – sentido subjetivo. Fazer provar significa a produção de uma espécie de simpatia, capaz de sugerir confiança, bem como a possibilidade de garantir, por critérios de relevância, o entendimento dos fatos num sentido favorável (o que envolve questões de justiça, equidade, bem comum etc)”. Em sentido subjetivo, prova é o meu de convencimento do destinatário. Para alcançar o objetivo colimado, o recorrente deveria terse utilizado de prova completa e atual para infirmar suas pretensões, por via inversa, a recorrida, além de seu próprio laudo técnico, buscou socorro em máquinas similares (fls. 156), e a conclusão foi a mesma: “a operação de empacotamento é a que se faz ao final do processo, módulo 04 (quatro), onde todo o processo é manual. Neste estágio de produção tanto as peles dobradas, como as empilhadas são empacotadas, embaladas e etiquetadas para a expedição. Logo a descrição apresentada na adição 01 da D.I. 11/149854467 para o equipamento encontrase incorreta, pois a função de equipamento não é automática. Portanto, não há como reconhecer a procedência da tese exposta pelo recorrente em sede recursal, já que afronta as normas regulamentadoras da situação fática aqui experimentada. Da conclusão. Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao presente Recurso, para manter exigível a cobrança crédito tributário complementar lançado, nos termos da decisão recorrida." Com base nestes fundamentos, o relator original negou provimento ao recurso voluntário, mas não foi acompanhado pelos demais integrantes do Colegiado. Fl. 292DF CARF MF Processo nº 11128.720111/201268 Acórdão n.º 3802001.809 S3TE02 Fl. 293 5 assinado digitalmente Paulo Roberto Duarte Moreira redator ad hoc Voto Vencedor Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira, redator ad hoc Como antes mencionado, por intermédio do Despacho de fl. 288 incumbiu me o Presidente Substituto da Segunda Câmara da Terceira Seção do CARF a formalizar o presente acórdão. Ressaltese que o redator do voto vencedor, Conselheiro Paulo Sérgio Celani, entregou a minuta do voto vencedor, mas o acórdão ficou com pendência da assinatura do relator original, que renunciou ao mandato. Desta forma, adotase, o voto vencedor entregue pelo redator designado. "A questão a ser decidida é se a máquina importada pela recorrente enquadrase na exceção tarifária 67 da NCM 8453.10.90, constante do Anexo II da Resolução Camex 68/2010, que possui o seguinte texto: “8453.10.90 Ex 067 – Máquinas automáticas compactadas de medição, empilhamento sincronizado, dobra e empacotamento automático de peles de couro semiacabadas e/ou acabadas, com diferentes combinações de dobra e empilhamento, com largura de trabalho igual ou superior a 2.700mm, com sistema controlado por um computador industrial com 2 microprocessadores contendo o aplicativo para automação e interfaceamento com sistemas de gestão e controle de produção, sensores infravermelhos espaçados em 20mm para uma medição precisa”. A autoridade fiscal entendeu que a máquina não realiza a etapa de empacotamento automático. Por isso, desenquadroua da exceção tarifária, que permitia aplicação de alíquota de Imposto de Importação menor do que a normal, e exigiu a diferença de tributos e consectários legais. A recorrente alega que o termo “empacotamento”, diferentemente do que entendeu a fiscalização, possui outros significados além de embrulhar e embalar e que a máquina, por efetuar automaticamente formação de pacotes realiza de fato o empacotamento automático. A questão, então, se resume ao significado do termo “empacotamento”. No Laudo Técnico SAT 4821/11 – EQCOF, fls. 123 e seguintes, aditado conforme Aditamento ao Laudo de Vistoria Técnica, fls. 159 e seguintes, o assistente técnico atestou que a máquina opera com os seguintes módulos: Módulo 1: realiza automaticamente a medição do formato e a área das peles de couro. Fl. 293DF CARF MF Processo nº 11128.720111/201268 Acórdão n.º 3802001.809 S3TE02 Fl. 294 6 Módulo 2: realiza automaticamente a marcação da peça de couro por um carimbo e possui sensores infravermelhos, fotocélulas que gerenciam os procedimentos do módulo seguinte. Módulo 3: realiza automaticamente atividades de empilhamento das peles de couro, as dobras das peles e a formação de lotes de peles dobradas, que são transferidas para o módulo seguinte. Módulo 4: etiqueta e embala manualmente os lotes formados no módulo anterior para expedição. A questão se reduz a: O termo “empacotamento” abrange a formação de lotes de peles dobradas, realizada automaticamente no módulo 3? Se a resposta for “sim”, a importação da máquina pode ser enquadrada na exceção tarifária. Segundo o Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa1: i) Empacotar pode significar embalar, embrulhar, enfardar e enfardelar. ii) Fardo é substantivo masculino que significa coisa ou conjunto de coisas, mais ou menos volumosas ou pesadas que se destinam a transporte. Significa também pacote, embrulho, volume. iii) Pacote, entre outras coisas, pode significar uma combinação de elementos que se relacionam e que são tomados como um todo. iv) Lote significa determinada quantidade de objetos, geralmente da mesma natureza. O texto da Exceção Tarifária não utiliza os termos “embalagem”, “acondicionamento” ou “embrulho”, que resultariam um alcance mais restrito da exceção. Utiliza o termo “empacotamento”, logo, devem ser aceitas todas as acepções deste termo, derivado do verbo “empacotar”, não apenas aquelas que implicariam a necessidade de que os bens fossem envolvidos por uma embalagem. Disto decorre que não é correto afirmar que o “Ex” exclui a máquina descrita na Declaração de ImportaçãoDI nº 11/14985467 pelo fato de a embalagem se dar manualmente. Pelo contrário: a interpretação literal do Ex tarifário 067 impõe que se aceite como suscetível de fruição desta exceção máquinas que realizem automaticamente formação de lotes de peles, desde que atendidas as demais condições. No presente caso, em que o fundamento para a lavratura do auto de infração foi apenas o de que a operação de formar lotes, realizada automaticamente no módulo 3, não poderia ser considerada uma operação de empacotamento, fundamento este que não se sustenta, o auto de infração não pode se manter. 1 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3ª ed. Curitiba. Positivo. 2004. Fl. 294DF CARF MF Processo nº 11128.720111/201268 Acórdão n.º 3802001.809 S3TE02 Fl. 295 7 Por estas razões, voto por dar provimento ao recurso voluntário." Com base nestes fundamentos, o redator designado para o voto vencedor deu provimento ao recurso voluntário, sendo acompanhado pela maioria do Colegiado. assinado digitalmente Paulo Roberto Duarte Moreira redator ad hoc Fl. 295DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10920.002336/2007-63
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jul 18 00:00:00 UTC 2013
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF
Exercício: 2005, 2006 IRPF.
DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE OMISSÃO DE RENDIMENTOS.
O artigo 42 da Lei n. 9.430/96 estabelece presunção relativa que, como tal, inverte o ônus da prova, cabendo ao contribuinte desconstituí-la. A comprovação da origem dos depósitos deve ser feita pelo contribuinte de forma individualizada e que permita estabelecer um vínculo claro entre cada depósito e a correspondente origem. Hipótese em que o Recorrente não desconstituiu a presunção.
Recurso negado.
Numero da decisão: 2101-002.245
Decisão: ACORDAM os Membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso.
Nome do relator: ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF Exercício: 2005, 2006 IRPF. DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE OMISSÃO DE RENDIMENTOS. O artigo 42 da Lei n. 9.430/96 estabelece presunção relativa que, como tal, inverte o ônus da prova, cabendo ao contribuinte desconstituí-la. A comprovação da origem dos depósitos deve ser feita pelo contribuinte de forma individualizada e que permita estabelecer um vínculo claro entre cada depósito e a correspondente origem. Hipótese em que o Recorrente não desconstituiu a presunção. Recurso negado.
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DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE OMISSÃO DE RENDIMENTOS. O artigo 42 da Lei n. 9.430/96 estabelece presunção relativa que, como tal, inverte o ônus da prova, cabendo ao contribuinte desconstituíla. A comprovação da origem dos depósitos deve ser feita pelo contribuinte de forma individualizada e que permita estabelecer um vínculo claro entre cada depósito e a correspondente origem. Hipótese em que o Recorrente não desconstituiu a presunção. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Presidente (assinado digitalmente) ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 92 0. 00 23 36 /2 00 7- 63 Fl. 185DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP21.1216.14534.512M. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10920.002336/200763 Acórdão n.º 2101002.245 S2C1T1 Fl. 186 2 Participaram do julgamento os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente), Alexandre Naoki Nishioka (Relator), Celia Maria de Souza Murphy, Francisco Marconi de Oliveira, Gilvanci Antônio de Oliveira Sousa e Gonçalo Bonet Allage. Relatório Tratase de recurso voluntário (fls. 166/177) interposto em 05 de julho de 2011 contra acórdão proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Curitiba (PR) (fls. 127/129), do qual o Recorrente teve ciência em 21 de julho de 2011 (fl. 165), que, por unanimidade de votos, julgou procedente o auto de infração de fls. 99/101, lavrado em 12 de junho de 2007, em decorrência de omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários com origem não comprovada, verificada nos anoscalendário de 2004 e 2005. O acórdão teve a seguinte ementa: “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA ADEQUAÇÃO DA PRESUNÇÃO LEGAL. VINCULAÇÃO DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. Não cabe ao julgador administrativo discutir se a presunção estabelecida em lei é apropriada ou não, pois se encontra totalmente vinculado aos ditames legais (artigo 116, inciso III, da Lei n.° 8.112/1990), mormente quando do exercício do controle de legalidade do lançamento tributário (artigo 142 do Código Tributário Nacional CTN). Nesse passo, não é dado apreciar questões que importem a negação de vigência e eficácia do preceito legal que, de modo inequívoco, estabelece a presunção legal de omissão de rendimentos (artigo 42, caput, da Lei n.° 9.430/1996). DEPÓSITOS BANCÁRIOS. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. A Lei n° 9.430, de 1996, no seu art. 42, estabeleceu uma presunção legal de omissão de rendimentos que autoriza o lançamento do imposto correspondente, sempre que o titular da conta bancária, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos creditados em suas contas de depósitos ou investimentos. OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR. Tratandose de situação de fato, considerase ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, desde o momento da disponibilização dos recursos, nos termos do artigo 116 do CTN. Impugnação Improcedente. Crédito Tributário Mantido” (fl. 127). Não se conformando, o Recorrente interpôs recurso voluntário (fls. 166/177), pedindo a reforma do acórdão recorrido, para cancelar o auto de infração. É o relatório. Fl. 186DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP21.1216.14534.512M. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10920.002336/200763 Acórdão n.º 2101002.245 S2C1T1 Fl. 187 3 Voto Conselheiro Alexandre Naoki Nishioka, Relator. O recurso preenche os requisitos de admissibilidade, motivo pelo qual dele conheço. Inicialmente, cumpre tecer breves esclarecimentos acerca do tema que motivou a lavratura do auto de infração, qual seja, omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários com origem não comprovada. Como é pacífico na jurisprudência deste Conselho, desde 1997, após a edição da Lei n.º 9.430/96, em se verificando depósitos bancários sem origem comprovada, e em não havendo o contribuinte logrado êxito em demonstrar sua origem, gravita em prol do Fisco presunção relativa. Nesse sentido, conforme preceitua o artigo 42 da Lei n.º 9.430/96: “Art. 42. Caracterizamse também omissão de receita ou de rendimento os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto à instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. §1º. O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição financeira. §2º. Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido computados na base de cálculo dos impostos e contribuições a que estiverem sujeitos, submeterseão às normas de tributação específicas, previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos.” Na realidade, instituiu o referido dispositivo autêntica presunção legal relativa, cujo condão é justamente o de inverter o ônus da prova, atribuindoo ao contribuinte, que passa a ter o dever de a refutar. Como é cediço, a presunção, seja ela hominis ou legal, é meio de prova que prescreve o reconhecimento jurídico de um fato provado de forma indireta. Ou seja, provando se diretamente o fato indiciário, temse, por conseguinte, a formação de um juízo de probabilidade com relação ao fato presumido que, a partir de então, necessita ser afastado pelo contribuinte. Nesse sentido, a presunção relativa referida pelo artigo 42 da Lei n.º 9.430/96 é legítima, não ferindo, em nenhum ponto, a legislação tributária em vigor. Notese, ainda, que a Súmula 182 do extinto Tribunal Federal de Recursos (TFR), segundo a qual seria insuficiente para comprovação da omissão de rendimentos a simples verificação de movimentação bancária, consubstancia jurisprudência firmada anteriormente à edição da Lei n.º 9.430/96, motivo pelo qual não deve ser aplicada. A 2ª Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, da qual esta 1ª Turma Ordinária teve origem, por sua vez, já consolidou entendimento de acordo com o qual, a partir da edição da Lei n.º 9.430/96, é válida a presunção em referência, sendo ônus do Recorrente Fl. 187DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP21.1216.14534.512M. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10920.002336/200763 Acórdão n.º 2101002.245 S2C1T1 Fl. 188 4 desconstituíla com a apresentação de provas suficientes para tanto. É o que se depreende das seguintes ementas, destacadas dentre as inúmeras existentes sobre o tema: “OMISSÃO DE RENDIMENTOS LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS Para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 1997, o art. 42 da Lei nº 9.430, de 1996, autoriza a presunção legal de omissão de rendimentos com base em depósitos bancários de origem não comprovada pelo sujeito passivo. ÔNUS DA PROVA Se o ônus da prova, por presunção legal, é do contribuinte, cabe a ele a prova da origem dos recursos utilizados para acobertar seus depósitos bancários.” (1º Conselho de Contribuintes, 2ª Câmara, Recurso Voluntário nº. 158.817, Relatora Conselheira Núbia Matos Moura, sessão de 24/04/2008) “LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS PRESUNÇÃO DE OMISSÃO DE RENDIMENTOS Para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 1997, o art. 42 da Lei nº 9.430, de 1996, autoriza a presunção legal de omissão de rendimentos com base em depósitos bancários de origem não comprovada pelo sujeito passivo. TRIBUTAÇÃO PRESUMIDA DO IMPOSTO SOBRE A RENDA O procedimento da autoridade fiscal encontrase em conformidade com o que preceitua o art. 42 da Lei nº 9.430, de 1996, em que se presume como omissão de rendimentos os valores creditados em conta de depósito ou de investimento, mantidos em instituição financeira, cuja origem dos recursos utilizados nestas operações, em relação aos quais o titular pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprova, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. ÔNUS DA PROVA Se o ônus da prova, por presunção legal, é do contribuinte, cabe a ele a prova da origem dos recursos utilizados para acobertar seus depósitos bancários, que não pode ser substituída por meras alegações.” (1º Conselho de Contribuintes, 2ª Câmara, Recurso Voluntário nº. 141.207, Relator Conselheiro Romeu Bueno de Camargo, sessão de 22/02/2006) Nesse sentido, verificase, a partir de um breve compulsar dos autos, que o presente caso cingese à análise de depósitos realizados em contascorrentes de titularidade do Recorrente, ao longo dos anos de 2005 e 2006. Em que pesem as alegações ventiladas pelo Recorrente, fato é que, muito embora tenha apresentado extratos bancários alegadamente referentes aos depósitos glosados pela fiscalização e a declaração de ajuste anual de sua irmã, Maria Aparecida Aguiar Caliento, fato é que esses não são documentos suficientes para comprovar a origem de tais depósitos feitos em suas contas, não tendo sido acostadas aos autos provas que comprovassem a origem dos valores depositados. Ressaltese que as declarações feitas pelo próprio Recorrente, em que este justifica os depósitos bancários, não os comprovam, pois desprovidas das respectivas provas documentais. Fl. 188DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP21.1216.14534.512M. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10920.002336/200763 Acórdão n.º 2101002.245 S2C1T1 Fl. 189 5 Diante desse panorama, não há elementos probatórios aptos e suficientes a amparar a pretensão do Recorrente, haja vista a inexistência de documentos hábeis a comprovar a origem dos depósitos bancários. Eis os motivos pelos quais voto no sentido de NEGAR provimento ao recurso. (assinado digitalmente) ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA Relator Fl. 189DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP21.1216.14534.512M. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA em 18/07/2013 14:40:00. Documento autenticado digitalmente por ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA em 18/07/2013. Documento assinado digitalmente por: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS em 23/07/2013 e ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA em 18/07/2013. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 21/12/2016. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP21.1216.14534.512M Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Outros". 3) Selecione a opção "eAssinaRFB - Validação e Assinatura de Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 10920.002336/2007-63. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
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Numero do processo: 10280.720851/2010-15
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 06 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon May 07 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 1103-000.101
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, determinar o sobrestamento do julgamento nos termos do art. 2º da Portaria Carf nº 1/2012.
Assinado digitalmente
Aloysio José Percínio da Silva - Presidente.
Assinado digitalmente
Fábio Nieves Barreira - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Eduardo Martins Neiva Monteiro, Marcos Shigueo Takata, André Mendes de Moura, Fábio Nieves Barreira, Marcelo Baeta Ippolito e Aloysio José Percínio da Silva.
Nome do relator: Não se aplica
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score : 1.0
Numero do processo: 11065.100250/2008-76
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Nov 14 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Jul 05 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 9303-000.094
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por maioria, sobrestar o recurso, por força do art. 62-A do Regimento Interno do CARF. Vencido o Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos.
Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente Substituto)
JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS - Relator.
EDITADO EM: 07/03/2014 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Antônio Lisboa Cardoso (Substituto convocado), Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva e Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente Substituto). Ausentes, justificadamente, os Conselheiros Susy Gomes Hoffmann, Joel Miyazaki e Otacílio Dantas Cartaxo.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por maioria, sobrestar o recurso, por força do art. 62-A do Regimento Interno do CARF. Vencido o Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos. Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente Substituto) JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS - Relator. EDITADO EM: 07/03/2014 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Antônio Lisboa Cardoso (Substituto convocado), Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva e Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente Substituto). Ausentes, justificadamente, os Conselheiros Susy Gomes Hoffmann, Joel Miyazaki e Otacílio Dantas Cartaxo.
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Numero do processo: 13807.006300/2005-81
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Exercício: 2003
Ementa:
PEREMPÇÃO.
O prazo para apresentação de recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais é de trinta dias a contar da ciência da decisão de primeira instância, ex vi do disposto no art. 33 do Decreto nº. 70.235, de 1972. Recurso apresentado após o prazo estabelecido, dele não se toma conhecimento, visto que, nos termos do art. 42 do mesmo diploma, a decisão de primeira instância já se tornou definitiva.
Numero da decisão: 1301-001.165
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer o recurso voluntário, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator.
Matéria: IRPJ - multa por atraso na entrega da DIPJ
Nome do relator: Wilson Fernandes Guimarães
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ementa_s : OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Exercício: 2003 Ementa: PEREMPÇÃO. O prazo para apresentação de recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais é de trinta dias a contar da ciência da decisão de primeira instância, ex vi do disposto no art. 33 do Decreto nº. 70.235, de 1972. Recurso apresentado após o prazo estabelecido, dele não se toma conhecimento, visto que, nos termos do art. 42 do mesmo diploma, a decisão de primeira instância já se tornou definitiva.
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O prazo para apresentação de recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais é de trinta dias a contar da ciência da decisão de primeira instância, ex vi do disposto no art. 33 do Decreto nº. 70.235, de 1972. Recurso apresentado após o prazo estabelecido, dele não se toma conhecimento, visto que, nos termos do art. 42 do mesmo diploma, a decisão de primeira instância já se tornou definitiva. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer o recurso voluntário, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator. “documento assinado digitalmente” Plínio Rodrigues Lima Presidente. “documento assinado digitalmente” Wilson Fernandes Guimarães Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 80 7. 00 63 00 /2 00 5- 81 Fl. 41DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por SUELI TORRES SILVESTRE CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 13807.006300/200581 Acórdão n.º 1301001.165 S1C3T1 Fl. 24 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Plínio Rodrigues Lima, Paulo Jakson da Silva Lucas, Wilson Fernandes Guimarães, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior e Cristiane Silva Costa. Fl. 42DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por SUELI TORRES SILVESTRE CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 13807.006300/200581 Acórdão n.º 1301001.165 S1C3T1 Fl. 25 3 Relatório Trata o presente processo de exigência de MULTA REGULAMENTAR, imputada à contribuinte em razão da apresentação da Declaração de Informações (DIPJ) relativa ao anocalendário de 2002 fora do prazo legal. Inconformada, a autuada interpôs impugnação (fls. 01), momento em que argumentou ser entidade sem fins lucrativos, não possuindo condições financeiras para cumprir a exigência formalizada pelo auto de infração. A 5ª Turma da Delegacia da Receita Federal em São Paulo, São Paulo, apreciando a argumentação trazida pela entidade, decidiu, por meio do acórdão nº 169.484, de 18 de abril de 2006, pela procedência do lançamento tributário. O referido julgado restou assim ementado: MULTA POR ATRASO NA ENTREGA. A apresentação da Declaração de Informações – DIPJ pelas pessoas jurídicas obrigadas, quando intempestiva, enseja a aplicação da multa por atraso na entrega. Irresignada, a contribuinte apresentou recurso voluntário de fls. 20, por meio do qual solicita a concessão de ANISTIA e alega que a apresentação tardia do recurso se deu em razão de alteração de endereço. É o Relatório. Fl. 43DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por SUELI TORRES SILVESTRE CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 13807.006300/200581 Acórdão n.º 1301001.165 S1C3T1 Fl. 26 4 Voto Conselheiro Wilson Fernandes Guimarães PRELIMINAR PEREMPÇÃO A contribuinte foi cientificada da decisão de primeira instância no dia 14 de dezembro de 2007, sextafeira, conforme documento de fls. 17/verso, iniciandose a contagem do prazo para ingresso do recurso voluntário no dia 17 de dezembro, segundafeira. A contribuinte ingressou com o referido recurso voluntário, fls. 20, no dia 24 de janeiro de 2008. Consoante as disposições constantes do Decreto nº. 70.235/72, que dispõe sobre o Processo Administrativo Fiscal, temos que: Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão ... Art. 42. São definitivas as decisões: I de primeira instância esgotado o prazo para recurso voluntário sem que este tenha sido interposto; ... No caso sob exame, o prazo para interposição do recurso venceu no dia 15 de janeiro de 2008, uma terçafeira, sendo, portanto, o recurso apresentado em 24 de janeiro do mesmo ano, intempestivo, e, nos termos do artigo 42 acima transcrito, a decisão prolatada em primeira instância, definitiva. Assim, considerando que a entidade não cumpriu o prazo previsto no art. 33 do Decreto nº. 70.235, de 1972, para interposição do recurso voluntário contra a decisão exarada em primeira instância; e considerando que a alegação de alteração de endereço encontrase desprovida de comprovação e de demonstração que foi atendida a determinação contida no art. 233 do Regulamento do Imposto de Renda de 1999 – RIR/99 (comunicação de transferência de domicílio fiscal), conduzo meu voto no sentido de NÃO CONHECER o recurso, por perempto. “documento assinado digitalmente” Wilson Fernandes Guimarães Relator Fl. 44DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por SUELI TORRES SILVESTRE CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA Processo nº 13807.006300/200581 Acórdão n.º 1301001.165 S1C3T1 Fl. 27 5 Fl. 45DF CARF MF Impresso em 20/03/2013 por SUELI TORRES SILVESTRE CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/03/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 18/0 3/2013 por WILSON FERNANDES GUIMARAES, Assinado digitalmente em 19/03/2013 por PLINIO RODRIGUES LIMA
score : 1.0
Numero do processo: 13804.003197/98-94
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 10 00:00:00 UTC 2013
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Ano-calendário: 1993
COMPENSAÇÃO. CONTROVÉRSIA QUANTO À CORREÇÃO DO SALDO DEVEDOR. ANÁLISE DO CASO CONCRETO.
Não há controvérsia quanto à apuração do saldo negativo. O litígio diz respeito a alegação de erro na correção do saldo pela taxa SELIC a partir de 01/01/1996. A planilha de fls. 525/527 demonstra que a autoridade fiscal corrigiu o saldo devedor pela Taxa SELIC sem que a parte interessada, em seu recurso, tenha apontado um único erro. Recurso que se nega provimento.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 1402-001.483
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: CSL- que não versem sobre exigência de cred. trib. (ex.:restituição.)
Nome do relator: Moisés Giacomelli Nunes da Silva
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Ano-calendário: 1993 COMPENSAÇÃO. CONTROVÉRSIA QUANTO À CORREÇÃO DO SALDO DEVEDOR. ANÁLISE DO CASO CONCRETO. Não há controvérsia quanto à apuração do saldo negativo. O litígio diz respeito a alegação de erro na correção do saldo pela taxa SELIC a partir de 01/01/1996. A planilha de fls. 525/527 demonstra que a autoridade fiscal corrigiu o saldo devedor pela Taxa SELIC sem que a parte interessada, em seu recurso, tenha apontado um único erro. Recurso que se nega provimento. Recurso Voluntário Negado.
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CIMENTO E FERROLIGA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 1993 COMPENSAÇÃO. CONTROVÉRSIA QUANTO À CORREÇÃO DO SALDO DEVEDOR. ANÁLISE DO CASO CONCRETO. Não há controvérsia quanto à apuração do saldo negativo. O litígio diz respeito a alegação de erro na correção do saldo pela taxa SELIC a partir de 01/01/1996. A planilha de fls. 525/527 demonstra que a autoridade fiscal corrigiu o saldo devedor pela Taxa SELIC sem que a parte interessada, em seu recurso, tenha apontado um único erro. Recurso que se nega provimento. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. (assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto Presidente (assinado digitalmente) Moisés Giacomelli Nunes da Silva Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Frederico Augusto Gomes de Alencar, Carlos Pelá, Fernando Brasil de Oliveira Pinto, Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Paulo Roberto Cortez e Leonardo de Andrade Couto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 80 4. 00 31 97 /9 8- 94 Fl. 590DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11262.R6VG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 13804.003197/9894 Acórdão n.º 1402001.483 S1C4T2 Fl. 3 2 Relatório Em 30/11/1998 a empresa recorrente apresentou pedido de restituição e compensação do valor de R$ 37.741,35. Na ocasião esclareceu que "o valor da restituição é parte do saldo da CSL da Declaração do IRPJ 1994, anobase 1993, recolhido a maior." A autoridade preparadora proferiu o despacho de fl. 41 e seguintes manifestandose pelo indeferimento da compensação em face da decadência, decisão esta que resultou alterada pelo acórdão de fls. 104 e seguintes. Afastada a decadência, a empresa, por meio do despacho de fl. 115, foi intimada a apresentar os documentos comprobatórios do saldo negativo da CSLL do ano calendário de 1993, bem como para se manifestar em relação as indagações formuladas nas letras "b" a "k" das fls. 114/115. À fl. 124 consta demonstrativo analítico de cálculos para compensações deferidas antes de 13/03/2008. Às fls. 137 há despacho fazendo referência ao processo nº 10880.015060/97 36 e a este de nº 13804/003197/9494 e processos vinculados constantes da planilha de fls. 138/140. Atendendo a requerimento, por meio da petição de fls. 141 e planilha de fl. 185, a interessada apresentou a relação de todos os pedidos de compensação vinculados ao saldo negativo da CSLL do anocalendário de 1993. Observo que são 36 pedidos de compensação. Às fls. 208/210 consta, dentre outras informações, relação de alocações de pagamento e às fls. 212/220 há informações sobre valores inscritos em dívida pela PGFN. Às fls. 235/238, constam cópias dos pedidos de restituição/compensação em relação ao saldo negativo da CSLL do anocalendário de 1993. À fl. 357 há despacho reconhecendo o direito creditório referente ao saldo negativo correspondente a 679.524,38 UFIRs, equivalente na data a R$ 536.121,85, propondo que fossem homologados os pedidos de compensação lá indicados, até o limite do crédito aqui referido. Intimada da decisão acima (fl. 488), a contribuinte apresentou a petição de fls. 511 e seguintes sustentando que seu crédito é suficiente para extinguir os débitos indicados à compensação, razão pela qual requer a homologação das mesmas. Após a manifestação da contribuinte, adveio o despacho de fls. 529 e seguintes, do qual a parte interessada foi intimada em 16/02/2012 (fl. 539) e apresentou a manifestação de inconformidade de fls. 541 e seguintes, que foi julgada pelo acórdão de fls. 547, que pode ser sintetizado com base nos seguintes fundamentos: “Destarte, considerando que a autoridade fiscal competente analisou todos os Pedidos de Restituição, Pedidos/Declarações Fl. 591DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11262.R6VG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 13804.003197/9894 Acórdão n.º 1402001.483 S1C4T2 Fl. 4 3 de Compensação e compensações sem processo vinculados ao saldo negativo de CSLL do anocalendários 1993, conforme detalhado no Relatório Diligencial, e tendo sido demonstrado que não há mais saldo para compensar o presente débito, haja vista o total aproveitamento do crédito de saldo negativo de CSLL do anocalendário 1993, em outros processos administrativos, cabe indeferir o Pedido de Restituição e não homologar o Pedido de Compensação.” Em 13/06/2012 o patrono da contribuinte teve vista aos autos (fl. 555) e em 27/07/2012 ingressou com o recurso de fls. 570 e seguintes, alegando: a) que os créditos têm origem no recolhimento a maior no anobase de 1993, a título de saldo negativo de CSLL; b) que a decisão deve ser reformada porque a autoridade que proferiu a análise, no que foi acompanhada pela DRJ, deixou de atualizálos pela taxa SELIC aplicável a partir de 1996. c) sustenta o recorrente que à luz do artigo 73 da Lei nº 9.532, de 1997, o termo inicial para pagamento da taxa de juros é o mês subsequente ao do pagamento indevido, o que não foi observado pela autoridade fiscal. É o relatório. Fl. 592DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11262.R6VG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 13804.003197/9894 Acórdão n.º 1402001.483 S1C4T2 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Moisés Giacomelli Nunes da Silva Relator O recurso é tempestivo, foi interposto por parte legítima e está devidamente fundamentado. Desta forma, preenche os requisitos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço e passo ao exame das questões suscitadas. Não há controvérsia quanto ao valor apurado do saldo negativo do ano calendário de 1993. Tanto a autoridade fiscal quanto à recorrente concordam que o mesmo equivale a 679.524,38 UFIRs, que em 01/01/1996 equivalia a R$ 536.121,85 Sustenta a recorrente que a decisão deve ser reformada porque a autoridade deixou de atualizar os valores pela taxa SELIC, aplicável a partir de 1996. Não há autos planilha de cálculo que indique, de forma clara, as compensações feitas com base no crédito existente em 01/01/96 (R$ 536.121,85), com a respectiva atualização do saldo credor. O mais indicado seria lançar como "principal" o valor do saldo negativo do anocalendário de 1993 e as respectivas "amortizações", correspondentes às compensações. Tal fato facilitaria identificar eventual erro quanto ao critério de correção. No entanto, no demonstrativo analítico de fls. 526 e seguintes, a autoridade fiscal lança o valor de 679.524,38 UFIR e corrige este valor pela até 01/01/1996, conforme quadro que segue: A partir de 01/01/1996, a planilha de fl. 525 indica que o saldo credor da recorrente passou a ser corrigido pela SELIC, critério adotado para cada compensação, conforme se depreende do exemplo acima. A recorrente alega que a autoridade fiscal não corrigiu o saldo devedor, pela SELIC, a partir de janeiro de 1996. Contudo, tal fundamento recursal está divorciado da Fl. 593DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11262.R6VG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 13804.003197/9894 Acórdão n.º 1402001.483 S1C4T2 Fl. 6 5 realidade dos autos, pois a planilha de fls. 525/527 demonstra exatamente o contrário, sem que a recorrente tenha apontado qualquer erro. ISSO POSTO, voto no sentido de negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Moisés Giacomelli Nunes Da Silva Fl. 594DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11262.R6VG. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA em 20/11/2013 17:33:00. Documento autenticado digitalmente por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA em 20/11/2013. Documento assinado digitalmente por: LEONARDO DE ANDRADE COUTO em 22/11/2013 e MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA em 20/11/2013. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 13/07/2018. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP13.0718.11262.R6VG Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha1: 0E5B073B36EEDACD17CAC2DBAFD478B1943785D5 Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Legislação e Processo". 3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 138040031979894. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
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Numero do processo: 10935.006907/2008-51
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 05 00:00:00 UTC 2013
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
Ano-calendário: 2004, 2005, 2006
AUTO DE INFRAÇÃO. APLICAÇÃO DAS MULTAS POR LANÇAMENTO DE OFICIO E JUROS DE MORA À TAXA SELIC. ARTIGOS 44 E 61 DA LEI 9.430/1996. Verificadas infrações à legislação tributária, correto a exigência dos tributos devidos mediante auto de infração, aplicando-se a pertinente multa de ofício, incidindo, ainda, juros de mora à taxa Selic.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 1402-001.491
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que passa a integrar o presente julgado.
Nome do relator: Moises Giacomelli Nunes da Silva
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APLICAÇÃO DAS MULTAS POR LANÇAMENTO DE OFICIO E JUROS DE MORA À TAXA SELIC. ARTIGOS 44 E 61 DA LEI 9.430/1996. Verificadas infrações à legislação tributária, correto a exigência dos tributos devidos mediante auto de infração, aplicandose a pertinente multa de ofício, incidindo, ainda, juros de mora à taxa Selic. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que passa a integrar o presente julgado. (assinado digitalmente) Moises Giacomelli Nunes da Silva Relator (assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto Presidente Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Frederico Augusto Gomes de Alencar, Carlos Pelá, Fernando Brasil de Oliveira Pinto, Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Paulo Roberto Cortez e Leonardo de Andrade Couto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 93 5. 00 69 07 /2 00 8- 51 Fl. 565DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11326.P5TK. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10935.006907/200851 Acórdão n.º 1402001.491 S1C4T2 Fl. 0 2 Relatório EXACTA REGULAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DE SINISTROS LTDA recorre a este Conselho contra a decisão proferida pela DRJ em primeira instância, que julgou procedente a exigência, pleiteando sua reforma, com fulcro no artigo 33 do Decreto nº 70.235 de 1972 (PAF). Transcrevo o relatório da decisão recorrida (verbis): Os autos de infração de fls. 162216, exigem do contribuinte crédito tributário no importe de R$ 27.676,12 a título de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (fl.162), R$ 4.721,81 de PIS (fl.176), R$ 21.793,57 de Cofins (fl.189) e, R$ 16.621,17 de CSLL (fl.202), todos acrescidos de multa de ofício à razão de 75% e juros, referentes a fatos ocorridos nos anos calendário de 2004, 2005 e 2006. 2. Ao contribuinte está sendo imputada omissão de receitas da atividade, sem a emissão de notas fiscais e, a aplicação incorreta do coeficiente de 16% sobre as receitas da atividade de prestação de serviços, tendo em vista ter ultrapassado no ano o limite de faturamento anual de R$ 120.000,00. 3. O suporte legal para a exigência dos tributos obedece ao seguinte: a) IRPJ – artigos 518, 519 e 528 do RIR de 1999; b) PIS – artigos 1º e 3º da Lei Complementar nº 7 de 07/09/1970, artigo 24, § 2º da Lei nº 9.249, de 26/12/1995, e, artigos 2º, inciso I, alínea “a” e parágrafo único, 3º, 10, 22, 51 e 91 do Decreto nº 4.524, de 17/12/2002; c) COFINS – artigos 2º, inciso II e parágrafo único, 3º, 10, 22, 51 e 91 do Decreto nº 4.524, de 17/12/2002 e; d) CSLL – artigo 37 da Lei nº 10.637, de 30/12/2002 e, artigo 22 da Lei nº 10.684, de 30/05/2003. 4. Cientificado da exigência em 19/09/2008, apresentou, por meio de procurador legalmente habilitado, instrumento de mandato à fl. 228, impugnação ao feito (fls. 218227), onde alega: que a exigência é ilegal posto estar amparada em informações prestadas em DIRF, pelas sociedades seguradoras, as quais possuem divergências. 5. Afirma que do auto de infração não consta as alíquotas aplicadas; o termo de início do prazo para a contagem dos juros incidentes sobre a multa aplicada; que a multa supera o limite de 20% determinada pelo Regulamento do Imposto de Renda e, em assim sendo, ocorreu violação ao princípio da legalidade e feriu o próprio Regulamento do Imposto de Renda. Sustenta que tais vícios de forma são insanáveis e acarretam a nulidade do auto de infração e que a pretensão do Fisco contraria o disposto no artigo 146, inciso III, alíneas “a” e “b” da Constituição Federal. 6. Ataca a aplicação da taxa Selic para o cálculo dos juros, taxandoa de inconstitucional uma vez que não foi instituída por Lei Complementar, e que por ser juro flutuante, afrontaria ao disposto no § 3º do artigo 192 e artigo 37 da Fl. 566DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11326.P5TK. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10935.006907/200851 Acórdão n.º 1402001.491 S1C4T2 Fl. 0 3 Constituição Federal. Alega que cobrar juros acima dos 12% previstos na Constituição fere o princípio da moralidade pois além de contrariam os dispositivos constitucionais acima mencionados, nega vigência ao disposto no § 1º do artigo 161 do Código Tributário Nacional; que a Receita Federal está aplicando o disposto na Lei 8.981 e a Lei 9.065, ambas de 1995 a fatos anteriores à sua instituição, em afronta ao princípio da irretroatividade das leis, da legalidade e o da segurança jurídica . Transcreve doutrina. 7. Ao final, requer que a impugnação seja recebida nos efeitos suspensivos da exigibilidade do crédito e o lançamento seja julgado improcedente, decretando a nulidade do auto de infração ou, alternativamente, caso o lançamento seja julgado procedente, que apliquese a multa de 20%, conforme determina o Regulamento do Imposto de Renda e que sejam afastados os juros calculados por meio da aplicação da taxa Selic. A decisão recorrida está assim ementada: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ OMISSÃO DE RECEITA DE COMISSÕES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA COMPANHIAS DE SEGUROS. Comprovado pela fiscalização, por meio das DIRF transmitidas pelas tomadoras de serviços, que a contribuinte tributou a menor as receitas de comissões auferidas junto às companhias de seguros, correto o lançamento fiscal sobre as parcelas subtraídas ao crivo do imposto. LUCRO PRESUMIDO. A opção pela tributação pelo Lucro Presumido impede que o sujeito passivo deduza as despesas decorrentes de deslocamento quando da prestação dos serviços. TRIBUTAÇÃO REFLEXA. Verificada a omissão de receita, o valor correspondente deverá ser considerado na determinação da base de cálculo para o lançamento da Contribuição Social, do PIS e da Cofins. JUROS DE MORA. APLICABILIDADE DA TAXA SELIC. SÚMULA CARF nº 4. A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. MULTA DE OFÍCIO. PERCENTUAL ESTABELECIDO EM LEI. No caso de lançamento de ofício, é cabível a exigência da multa, no percentual previsto na legislação de regência, a qual se exige juntamente com o imposto ou a contribuição apurados na respectiva ação fiscal. CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE. As autoridades administrativas estão obrigadas à observância da legislação tributária vigente no País, sendo incompetentes para a apreciação de argüições de inconstitucionalidade e ilegalidade. Impugnação Improcedente. Crédito Tributário Mantido. Cientificada da aludida decisão em 23/6/2010, fl. 267, a contribuinte apresentou recurso voluntário em 15/7/2010, fls. 268 e seguintes, no qual repisa as alegações da peça impugnatória e, ao final, requer o provimento alegando que: Fl. 567DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11326.P5TK. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10935.006907/200851 Acórdão n.º 1402001.491 S1C4T2 Fl. 0 4 (...) o respeitável ACÓRDÃO/VOTO da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de fls., prolatado no Auto de Infração MPF n. 2 0910300/00851/08, lavrado em 19/09/2008, Processo n. 9 10935 006.907/200851, não pode prevalecer, porque a constituição do crédito tributário, pela autoridade competente, apurada e descrita no mencionado Auto de Infração MPF e Processo, "data vênia" e com todo respeito que a autoridade que o lavrou merece, não tem condão de legalidade. (...) Vejase. I DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE CONSTA do indigitado processo administrativo fiscal, que confrontando os valores das receitas declaradas à Receita Federal pela Impugnante com os valores das comissões informadas em DIRFs pelas sociedades seguradoras constatouse que existem divergências. CONSTA, também, do Al, que, a multa a ser aplicada deve ser de R$ 53.109,13 (Cinqüenta e Três Mil, Cento e Nove Reais e Treze Centavos). CONSTA, ainda, do termo de encerramento de ação fiscal, que, o procedimento de fiscalização foi levado a termo com a análise dos livros e documentos da lmpugnante relativamente aos anos calendários de 2004 à 2006 e que, após concluído os referidos trabalhos os livros e documentos utilizados foram devolvidos a Impugnante. E, por derradeiro, que após a fiscalização foi apurado um crédito tributário de R$ 152.250,58 (Cento e Cinqüenta e Dois Mil, Duzentos e Cinqüenta Rea is e Cinqüenta e Oito Centavos). Todavia, Nobres Julgadores, não constam corretamente e claramente do Auto de Infração MPF n. 2 0910300/00851/08: a) 0 percentual das aliquotas aplicadas. b) 0 termo de inicio do prazo para contagem dos juros moratórios incidentes sobre a multa aplicada. c) A multa supera o limite máximo de 20% determinado pelo Regulamento do Imposto de Renda, pois foi fixada em 75%. Por essas razões de fato e de direito, o Auto de Infração MPF n.2 0910300/00851/08, merece reparos, de vez que, violou o principio constitucional da legalidade, infringiu os dispositivos do Regulamento do Imposto de Renda. Tais vícios de forma, casuística no curso do procedimento administrativo fiscal, que antecedeu o lançamento, remeteu o Auto de Infração MPF n. 2 0910300/00851/08, à nulidade, relativa, a qual deve ser reconhecida de pleno, por esse Egrégio Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. 0 ato administrativo público, é, no entendimento remansoso da doutrina e da jurisprudência dos Tribunais, urna espécie de ato jurídico, e, para que sua validade tenha efeito no circulo do império da ordem jurídica deverá conter todos os atributos previstos para validade do ato jurídico perfeito. Acontece, que, IN espécie, o ATO que constituiu a presente notificação de lançamento, não foi balizado nessa ordem normativa, eis que, omitiu atributos essenciais elencados no mencionado Regulamento. Dessa forma, pelo texto da lei processual normatizadora do tributo a peça acusatória instituída pelo Auto de Infração, ora impugnado, não 6 a via legal adequada à Fl. 568DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11326.P5TK. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10935.006907/200851 Acórdão n.º 1402001.491 S1C4T2 Fl. 0 5 espécie, devendo ser reconhecida de pleno, por esse órgão judicante monocrático, com a decretação de nulidade absoluta do feito, por vícios de forma, insanáveis. Pois, o Al, como peça acusatória, que 6, deve guardar respeito aos requisitos de sua formação, a fim de que, não só se constitua em ato ilícito e proporcione ao acusado ampla, geral e irrestrita defesa. II DO EXCESSO DE COBRANCA lnobstante estar o Auto de Infração MPF n. 2 0910300/00851/08, eivado de vícios formais, em razão da inobservância dos requisitos essenciais, ainda há que se observar que, a aplicação na multa, excedeu aos valores supostamente devidos e exigidos pelo Regulamento do Imposto de Renda, eis que pelos demonstrativos em anexo, documentos integrantes do Al, a multa excede o percentual de 20% previsto no Regulamento. III CORREÇÃO MONETÁRIA COMO ELEMENTO DA OBRIGACAO TRIBUTARIA É fora de dúvida que a indexação monetária 6 um dos elementos da constituição da obrigação tributária. Esta tem diversos aspectos, tais como os sujeitos ativo e passivo, a hipótese de incidência, a base de cálculo, a aliquota, o prazo de pagamento, etc. e, também, a correção do credito. (...) IV OS JUROS PELO SELIC SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDACAO E DE CUSTÓDIA Segundo a legislação vigente, todo fato gerador de tributo havido após 01 de janeiro de 1.995, incidirá juros de 1% ao mês, contados do mês subseqüente ao do vencimento, ou o valor equivalente a Taxa Média Mensal de Captação do Tesouro Nacional relativo a Divida Mobiliária Federal Interna TMCTN, dos dois o maior, até 31 de março de 1.995, conforme a Lei n9 8.981/95. A partir de 12 de abril de 1.995, os .juros de mora passaram a ser equivalentes h taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC, para títulos federais, desde que não inferior a 1% ao mêscalendário ou fração. (...) Desta forma, estando perfeitamente claro, pelas razões aqui expostas e, demonstrado a violação dos princípios legais anteriormente elencados, espera a Recorrente desse Colendo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, seja dado provimento ao presente RECURSO, no sentido de ser tornado nulo o lançamento, e julgado o feito administrativo improcedente, decretando por conseqüência a nulidade do Auto de Infração MPF n. 2 0910300/00851/08, lavrado em 19/09/2008, Processo n. 2 10935 006.907/200851 e a extinção do crédito, na forma dos dispositivos legais do Código Tributário Nacional, por ser este inexigível. E, por derradeiro, "AD ARGUMENTANDUM", se procedente o Auto de Infração MPF n. 2 0910300/00851/08, lavrado em 19/09/2008, Processo n.2 10935 006.907/200851, se requer a aplicação da multa na base de 20%, conforme determina o Regulamento do Imposto de Renda e ainda a exclusão dos juros calculados pela Taxa Média Mensal de Captação do Tesouro Nacional relativo a Divida Mobiliaria Federal Interna — TMCTN e pela Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia —SELIC. (...)” É o relatório. Fl. 569DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11326.P5TK. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10935.006907/200851 Acórdão n.º 1402001.491 S1C4T2 Fl. 0 6 Voto Conselheiro Moises Giacomelli Nunes da Silva, Relator. O recurso é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade. Conforme relatado, tratase de exigência de IRPJ e Reflexos, na sistemática do lucro presumido, tendo em vista a constatação de omissão de receitas a partir das informações das sociedades seguradoras para as quais a contribuinte prestou serviços no período fiscalizado (fls. 131143). Foi aplicada a multa de oficio de 75%. Tal qual já asseverado na decisão recorrida, a ação fiscal iniciou em 01/09/2008, fl. 3, quando foi solicitado a contribuinte que confirmasse a veracidade dos valores informados pelas seguradoras a título de comissões pagas a ele. Foi respondido que os valores eram verdadeiros, fl. 5. Portanto, não há litígio quanto ao montante das omissões de receitas. A diferença entre os valores declarados à Receita Federal e aqueles informados pelas seguradores em DIRF referemse a serviços de perícias em bens segurados por terceiros, junto a companhias de seguros, os quais requerem deslocamento de pessoas para fora do ambiente da empresa, gerando diversos gastos. A Fiscalização recompôs a a base de cálculo dos tributos e, sendo esta base de cálculo superior ao limite estabelecido na legislação de regência, apurouse a diferença de tributos em relação aos valores anteriormente declarados à Receita Federal, porque a impugnante, em face do volume de receitas, está sujeita à alíquota de 32% e não 16%, como havia calculado. No recurso voluntário a contribuinte repisa parte das alegações da peça impugnatória: alega em preliminar ter havido afronta a princípios constitucionais, contesta o percentual da alíquota aplicada, reclama da multa de ofício que excedeu 20% e ataca a aplicação da taxa Selic no cálculo dos juros. Pois bem, analisei o procedimento fiscal e formei pleno convencimento de que a lavratura dos autos de infração, fls. não merece qualquer reparo, tendo sido observado os preceitos do art. 142 do Código Tributário Nacinal – CTN, bem como do art. 10 do Decreto 70.235/1972. Todas o procedimento e as irregularidades apuradas estão detalhadamente descritas no Termo de Verificação Fiscal de fls. 154161, especialmente quanto a apuração da base de cálculo (receitas omitidas) e a legislação aplicada às irregularidades. Frisese que o sóciogerente da autuada obteve cópia deste mediante ciência pessoal (fl. 161 ao final). Destaco que nos fundamentos do voto condutor da decisão recorrida foi repisada a base legal do auto de infração, sendo que o recorrente não aponta qualquer falha ou equivoco, especifica, neste voto. Portanto, não há que se falar em inobservância do principio da legalidade. Fl. 570DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11326.P5TK. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10935.006907/200851 Acórdão n.º 1402001.491 S1C4T2 Fl. 0 7 No que tange a alegação de confisco, esclareçase que a apuração de infrações em auditoria fiscal é condição suficiente para ensejar a exigência dos tributos mediante lavratura do auto de infração e, por conseguinte, aplicar a multa de ofício de 75% ou 150% nos termos do artigo 44, inciso I ou II, da Lei nº 9.430/1996. Essa multa é devida quando houver lançamento de ofício, como é o caso. De qualquer forma, convém esclarecer, que o princípio do não confisco insculpido na Constituição, em seu art. 150, IV, dirigese ao legislador infraconstitucional e não à Administração Tributária, que não pode furtarse à aplicação da norma, baseada em juízo subjetivo sobre a natureza confiscatória da exigência prevista em lei. Ademais, tal princípio não se aplica às multas, conforme entendimento já consagrado na jurisprudência administrativa, como exemplificam as ementas transcritas na decisão recorrida e que ora reproduzo: "CONFISCO – A multa constitui penalidade aplicada como sanção de ato ilícito, não se revestindo das características de tributo, sendo inaplicável o conceito de confisco previsto no inciso IV do artigo 150 da Constituição Federal (Ac. 102 42741, sessão de 20/02/1998). MULTA DE OFÍCIO – A vedação ao confisco, como limitação ao poder de tributar, restringese ao valor do tributo, não extravasando para o percentual aplicável às multas por infrações à legislação tributária. A multa deve, no entanto, ser reduzida aos limites impostos pela Lei nº 9.430/96, conforme preconiza o art. 112 do CTN (Ac. 20171102, sessão de 15/10/1997)." Por sua vez, A aplicação da taxa Selic no cálculo dos juros de mora também está prevista em normas legais em pleno vigor, regularmente citada no auto de infração (artigo 61, § 3º da Lei 9.430 de 1996), portanto, deve ser mantida. Nesse sentido dispõe a Súmula nº 4 do CARF: “A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais.” Quanto aos demais alegações do contribuinte, verificase que todas foram enfrentadas no voto condutor do acórdão recorrido, o qual não merecer reparos, pelo que peço vênia para adotar tais fundamentos como razões adicionais de decidir. Conclusão Diante do exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Moises Giacomelli Nunes da Silva Fl. 571DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP13.0718.11326.P5TK. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA em 10/12/2013 13:08:00. Documento autenticado digitalmente por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA em 10/12/2013. Documento assinado digitalmente por: LEONARDO DE ANDRADE COUTO em 10/12/2013 e MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA em 10/12/2013. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 13/07/2018. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP13.0718.11326.P5TK Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha1: D7C9D84DCE961D8AD2F4C1E7EEB50C480B6DF201 Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Legislação e Processo". 3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 10935.006907/2008-51. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
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Numero do processo: 14041.000056/2007-77
Turma: Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jul 10 00:00:00 UTC 2013
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ Ano-calendário: 2002, 2003 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS DE IRPJ E CSLL. RECOLHIMENTO. MATÉRIA INCONTROVERSA. O recolhimento dos créditos tributários de IRPJ e CSLL, com os consectários legais, antes mesmo da decisão de primeira instância, implica em não conhecimento das alegações de defesa veiculadas no recurso voluntário, não havendo controvérsia a ser equacionada em segunda instância. MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO LÓGICA. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. Falta interesse recursal ao contribuinte para discutir a qualificação da multa de ofício, incidente sobre os créditos tributários de PIS e Cofins (reflexos), quando em momento anterior, ao recolher as exigências de IRPJ e CSLL, concordou com o percentual de 150% (cento e cinquenta por cento). Preclusão lógica caracterizada. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Ano-calendário: 2002, 2003 AÇÃO JUDICIAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO. CONCOMITÂNCIA. RENÚNCIA. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial (Súmula CARF nº 1)
Numero da decisão: 1103-000.891
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, em negar provimento ao recurso, pelo voto de qualidade, vencidos os Conselheiros Marcos Shigueo Takata, Fábio Nieves Barreira e Manoel Mota Fonseca, unicamente quanto à preclusão administrativa da matéria relativa à multa qualificada.
Nome do relator: ALOYSIO JOSÉ PERCÍNIO DA SILVA
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RECOLHIMENTO. MATÉRIA INCONTROVERSA. O recolhimento dos créditos tributários de IRPJ e CSLL, com os consectários legais, antes mesmo da decisão de primeira instância, implica em não conhecimento das alegações de defesa veiculadas no recurso voluntário, não havendo controvérsia a ser equacionada em segunda instância. MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO LÓGICA. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. Falta interesse recursal ao contribuinte para discutir a qualificação da multa de ofício, incidente sobre os créditos tributários de PIS e Cofins (reflexos), quando em momento anterior, ao recolher as exigências de IRPJ e CSLL, concordou com o percentual de 150% (cento e cinquenta por cento). Preclusão lógica caracterizada. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2002, 2003 AÇÃO JUDICIAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO. CONCOMITÂNCIA. RENÚNCIA. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial (Súmula CARF nº 1) Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR Dà O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 14 04 1. 00 00 56 /2 00 7- 77 Fl. 1039DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.040 2 Acordam os membros do Colegiado, em negar provimento ao recurso, pelo voto de qualidade, vencidos os Conselheiros Marcos Shigueo Takata, Fábio Nieves Barreira e Manoel Mota Fonseca, unicamente quanto à preclusão administrativa da matéria relativa à multa qualificada. (assinado digitalmente) Eduardo Martins Neiva Monteiro – Relator (assinado digitalmente) Aloysio José Percínio da Silva Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros Eduardo Martins Neiva Monteiro, Marcos Shigueo Takata, André Mendes de Moura, Fábio Nieves Barreira, Manoel Mota Fonseca e Aloysio José Percínio da Silva. Relatório Tratase de autos de infração de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins, anoscalendário 2002 e 2003, no valor total de R$ 6.006.569,28 (seis milhões, seis mil, quinhentos e sessenta e nove reais e vinte e oito centavos), sobre o qual incidem juros de mora e multa de ofício no percentual de 150% (fls.806/861). A ciência do contribuinte efetivouse em 29/03/07 (fl.862). No “Relatório de Verificação Fiscal” (fls.809/828), a autoridade fiscal consignou, em síntese: a autuação decorreu da constatação de não oferecimento à tributação da quase totalidade dos rendimentos de aplicações financeiras percebidos durante os anoscalendário 2002 e 2003; o contribuinte informou que “...a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Distrito Federal impetrou Mandado de Segurança coletivo Proc. n°. 2003.34.00.0429404 contra o Delegado da Receita Federal em Brasília/DF válido para todas as sociedades de advogados registrados na circunscrição da OAB em Brasília (caso desta empresa) para desobrigálas do recolhimento da COFINS (art. 56 da Lei n°. 9.430/96) podendo ainda ser compensado o imposto eventualmente pago, desde 11/12/1998, com outros tributos administrados pela S.R.F. Referido processo foi julgado favoravelmente às sociedades em questão, tendo transitado em julgado em 7 de abril de 2006, conforme comprova a certidão judicial em anexo. Continuou informando que ‘tendo em vista o trânsito em julgado, o processo é definitivo, pelo que esta Advocacia não está sujeita ao pagamento da COFINS e tem direito à compensação das contribuições já pagas”; verificouse, “...no site do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que o sujeito passivo impetrou o Mandado de Segurança Individual de n° 1997.34.00.0158845 (Seção Judiciária do Distrito Federal)”, em que se discute a exigibilidade das contribuições sociais (CSLL, PIS e Cofins); Fl. 1040DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.041 3 de acordo com informações prestadas pelo contribuinte, “...impetrou em 12/02/2007, o Mandado de Segurança n°. 2007.34.00.0044004, perante a 2a Vara Federal no Distrito Federal para discutir a base de cálculo do PIS/COFINS”, sendo que até a data de lavratura do auto de infração, “...o MM. Juiz Federal da 2ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal ainda não apreciou o pedido liminar”; “Em complemento às informações prestadas em atendimento ao Termo de Intimação Fiscal n° 001 (fls.608/613), a firma apresentou ‘certidão expedida pelo Supremo Tribunal Federal referente ao Agravo de Instrumento n°. 551.227’, assim como também informou que ‘foi publicado no DJU de 07/03/2007 o despacho nesse processo homologando a desistência do recurso, o qual, como informado antes, é decorrente do Mandado de Segurança n°. 1997.34.00.0158845, conforme cópias anexas’ (fls.798/803)”. Acerca da multa de ofício, a fiscalização assim fundamentou a qualificação: “Sobre o valor dos tributos lançados no Auto de Infração, decorrentes da omissão de rendimentos de aplicações financeiras, o percentual da multa de oficio foi duplicado, passando para 150% (cento e cinqüenta por cento), segundo preceitua o art. 44, §1º, da Lei n° 9.430/96, modificada pelo art. 14 da Medida Provisória no 351, de 22 de janeiro de 2007, tendo em vista a conduta dolosa da contribuinte em omitir, em dois exercícios consecutivos, ou seja, de forma reiterada, a quase totalidade dos rendimentos de aplicações financeiras percebidos por ela durante os anosbase de 2002 e 2003. Além de não ter declarado a maioria desses rendimentos ao Fisco, por meio de suas Declarações de Informações EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica (DIPJs fls.14/86), também não escriturou esses valores em seus livros contábeis (Diário e Razão 457/532 e 646/710). Outrossim, foram ainda omitidos, na contabilidade da firma, os recursos que geraram esses rendimentos, ou seja, o principal aplicado. Notese que não estamos falando de valores irrelevantes, ou que poderiam passar despercebidos pelo setor de contabilidade da empresa. No ano base de 2002 foram mais de treze milhões de reais de rendimento, sendo que no anocalendário de 2003 esse valor sobe para mais de vinte milhões de reais. Qual o montante aplicado necessário para se ter um rendimento desta monta? Considerando uma rentabilidade média anual de 20% (vinte por cento), seria necessária uma aplicação de aproximadamente 100 (cem) milhões de reais no anobase de 2003. Caso fosse verdade a alegação da empresa de que não tributou esses valores porque talvez, no futuro, tivessem que ser devolvidos aos seus clientes, na hipótese de os mesmos não conseguirem compensar ou receber o valor da causa patrocinada pela firma, seria razoável supor que esses valores estariam na contabilidade da empresa, até mesmo por uma questão de controle, e que somente não tivessem sido oferecidos à tributação. O dolo está caracterizado pelo fato de a empresa ter oferecido à tributação uma pequena parcela dos rendimentos de aplicações financeiras (CEF, Banco do Brasil e Banco BNP Paribás Brasil), indicando que a mesma tinha conhecimento de que essas Fl. 1041DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.042 4 receitas deveriam ser tributadas. Ressaltese que a firma tinha também todas as informações necessárias para se apurar o montante dessas receitas omitidas, como ficou comprovado pela apresentação de todos os Informes/Comprovantes de Rendimentos Financeiros pela interessada. Além de não pagar a totalidade dos tributos incidentes sobre os rendimentos omitidos, a conduta da contribuinte objetivou ocultar o conhecimento, por parte da autoridade fazendária, da ocorrência dos fatos geradores das obrigações tributárias provenientes da percepção dos rendimentos de aplicações financeiras. Não fosse as informações disponibilizadas pelas fontes pagadoras em suas DIRFs, os tributos devidos nunca teriam sido apurados e lançados de oficio pela fiscalização.” Os lançamentos foram considerados procedentes pela Segunda Turma da DRJ – Brasília (DF), conforme acórdão que recebeu a seguinte ementa (fls.926/941): IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA 1RPJ LUCRO PRESUMIDO OMISSÃO DE RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE RENDA FIXA PAGAMENTO EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Comprovado o recolhimento integral dos valores lançados nos Autos de Infração a titulo de IRPJ e CSLL, acrescidos dos respectivos encargos legais, inclusive da multa de oficio qualificada, considerase a matéria não impugnada e os créditos tributários respectivos extintos pelo pagamento. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO CSLL REFLEXO. Aplicase à Contribuição Social sobre o Lucro Liquido CSLL o disposto em relação ao lançamento do IRPJ, por decorrer dos mesmos elementos de prova e se referir à mesma matéria tributável. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS MULTA QUALIFICADA. EVIDENTE INTUITO DE FRAUDE CARACTERIZAÇÃO DA INTENÇÃO DO AGENTE NA PRÁTICA DA INFRAÇÃO. A omissão de rendimentos relevantes, tanto na escrituração contábil quanto nas declarações apresentadas ao Fisco, praticada de forma reiterada, ocultando o efetivo valor da obrigação tributária principal e impedindo o conhecimento da ocorrência dos fatos geradores, evidencia a intenção dolosa do agente no cometimento da infração e implica qualificação da multa de oficio. CONCOMITÂNCIA ENTRE PROCESSO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL. IMPUGNAÇÃO NÃO CONHECIDA. A propositura pelo contribuinte de ação judicial contra a Fazenda Nacional, por qualquer modalidade processual, antes ou posteriormente à autuação, com o mesmo objeto, importa em renúncia à discussão na via administrativa, tornandose definitiva a exigência discutida. Fl. 1042DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.043 5 CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP MULTA QUALIFICADA. EVIDENTE INTUITO DE FRAUDE CARACTERIZAÇÃO DA INTENÇÃO DO AGENTE NA PRATICA DA INFRAÇÃO. A omissão de rendimentos relevantes, tanto na escrituração contábil quanto nas declarações apresentadas ao Fisco, praticada de forma reiterada, ocultando o efetivo valor da obrigação tributária principal e impedindo o conhecimento da ocorrência dos fatos geradores, evidencia a intenção dolosa do agente no cometimento da infração e implica qualificação da multa de oficio. CONCOMITÂNCIA ENTRE PROCESSO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL. IMPUGNAÇÃO NÃO CONHECIDA. A propositura pelo contribuinte de ação judicial contra a Fazenda Nacional, por qualquer modalidade processual, antes ou posteriormente à autuação, com o mesmo objeto, importa em renúncia à discussão na via administrativa, tornandose definitiva a exigência discutida. Na oportunidade, decidiuse: “[...] a) não conhecer da impugnação do sujeito passivo quanto à matéria objeto de discussão na órbita do Poder Judiciário (processos judiciais n° 2007.34.00.0044004, 1997.34.00.0158845 e 2003.34.00.0429404), relativa à exigência de Contribuições para o PIS e COFINS, deixando, nessa parte, de apreciar o mérito correspondente, e declarar definitivamente constituído, na esfera administrativa, o respectivo crédito tributário; b) conhecer da referida impugnação, na parte não objeto de ação judicial, e considerar PROCEDENTE a exigência da Multa Majorada aplicada, em percentual de 150%, nos termos do Voto que acompanha o presente Acórdão; c) considerar não impugnadas as exigências a titulo de IRPJ e CSLL, cujo credito tributário encontrase extinto, tendo em vista o pagamento integral do valor lançado.” Devidamente cientificado em 07/02/08 (fl.944), o contribuinte tempestivamente interpôs Recurso Voluntário em 28/02/08 (fls.945/984), em que alega, em síntese: a não incidência de PIS e Cofins sobre rendimentos de aplicações financeiras, conforme decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (RE nº 357.9509); não poderia o CARF, “...tendo sido a inconstitucionalidade já declarada pelo Supremo Tribunal Federal para a espécie discutida neste processo, simplesmente ignorar a realidade, alegando não poder se pronunciar sobre matéria constitucional, colocando um grosso véu sobre a realidade e mantendo iníqua autuação, que deve, por Direito, ser julgada improcedente, o quanto antes, por ferir a Constituição”; ao contrário do afirmado pela DRJ – Brasília (DF), “...o crédito da União não está definitivamente constituído na esfera administrativa, porque o que é inconstitucional não gera efeito algum (a não ser quanto à responsabilização penal do agente público que desrespeite ordem judicial) já que a Desembargadora Federal da 1ª Região, Dra. Maria do Carmo Fl. 1043DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.044 6 Cardoso, no Agravo de Instrumento nº 2007.01.00.013652/DF deferiu em 14/6/2007 pedido de tutela antecipada, requerida pela recorrente, com apoio no julgado do STF que declarou a inconstitucionalidade do §1º do art.3º da Lei 9718/98, decisão já comunicada à Delegacia da Receita Federal de Brasília, suspendendo a exigibilidade da COFINS e do PIS sobre as receitas financeiras da Advocacia, mesmo após a edição da EC 20/98, até final julgamento do Recurso Judicial”; inexistiu dolo a justificar a multa qualificada, tendo havido erro na escrituração; quanto aos anos 2003 e 2004 não teriam sido encontradas quaisquer irregularidades relacionadas à “...atividade principal da empresa, ou seja, a prestação de serviços advocatícios que geraram a receita majoritária da Advocacia, como reconhecido pelo Fisco no item III de seu Relatório”; as aplicações financeiras em questão originarseiam de ações judiciais transitadas em julgado, relativas a ressarcimento de créditoprêmio de IPI, sendo que, em razão de contrato de risco, “...só teria direito ao recebimento de seus honorários por ocasião de seu efetivo ressarcimento pela União aos clientes, seja em dinheiro (precatório judicial), seja através da compensação com tributos determinada pelo juiz ao fisco, sem risco de autuação. Assim, para a Advocacia o direito ao recebimentos desses honorários ainda não existia, posto não concluído o processo judicial, sendo mera antecipação de pagamentos condicionais, por conta de honorários futuros, se a final tornaremse devidos, na hipótese dessas autuações vierem a ser julgadas improcedentes e legítimas as compensações efetuadas pelos clientes”. “Por erro, o contador autônomo (contador desde 1985 e amigo particular do Dr. Francisco, hoje com 75 anos) ao invés de contabilizar tais aplicações como exigibilidade de terceiros, já que feitas para preservar o seu poder aquisitivo, de vez que a Advocacia teria que devolver tais adiantamentos corrigidos aos seus clientes, em caso de serem as autuações julgadas procedentes, não o fez”; dedicarseia apenas a “...velhos processos judiciais, a maioria sobre o CréditoPrêmio do IPI iniciados na década de 1980 e só recebe honorários quando a União paga os precatórios ou, quando algum cliente, após o trânsito em julgado, resolve compensar seus créditos com débitos de tributos”; recolhera integralmente os tributos incidentes sobre a prestação de serviços advocatícios; todas as indagações do Fisco teriam sido respondidas de forma clara e verdadeira; “...o IRF retido pelos Bancos nas aplicações financeiras de clientes jamais foi usado pela empresa em seus negócios próprios, como informado e constatado pelo fisco em seu Relatório, não se praticando qualquer ilicitude”; “...os adiantamentos não foram ocultados do fisco, eis que abertas contascorrentes bancárias regulares de aplicação, sem saques, guardandose o dinheiro para ser restituído aos clientes se, a final, fossem julgados indevidos os créditos fiscais, ou devidos, com o advento da condição suspensiva, quando seriam tributados, aí sim, como receita da Advocacia”; o percentual de 150% teria caráter confiscatório e agrediria os princípios da razoabilidade e da capacidade contributiva, conforme decisões dos Tribunais superiores; os rendimentos de aplicações financeiras não teriam sido omitidos, mas oferecidos à fiscalização, não tendo havido máfé no proceder do contador; “...a autuada deu tratamento fiscal diverso para duas situações distintas, pois se uma receita é definitiva ela deve ser tributada, mas se outros recebimentos são feitos como adiantamento, Fl. 1044DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.045 7 sob condição suspensiva, de só virem a pertencer ao patrimônio da Advocacia se as compensações de tributos forem aprovadas pelo fisco e em caso contrário deverem ser restituídas ao cliente, com acréscimos de juros e correção, não haveria tributação alguma, como exporemos em seguida, sempre no intuito de mostrar sua boafé e a razoabilidade de seu entendimento, no concernente à aplicação da multa em dobro de 150%, quando inexistiu dolo da autuada.”; a diferença de tributação sobre receitas financeiras decorreriam de adiantamentos de honorários de contratos de risco, não podendo ser considerados recursos do contribuinte, não podendo ser enquadrados no conceito de renda definido no art.43 do Código Tributário Nacional; considerando que os contratos de prestação de serviços foram celebrados sob condição suspensiva, cuja eficácia dependia da ocorrência de evento futuro e incerto, apenas quando implementada nasceria o direito ao recebimento de honorários e o fato gerador do imposto de renda; “...a Advocacia não falsificou documentos, ou registros, não deu informações falsas, ou fez lançamentos inverídicos nos livros fiscais; existe há 27 anos e tem pago todos os tributos nesse tempo todo; nada devia à União ou a quem quer que seja, até a lavratura do Auto; não responde a processos fiscais ou civis de cobrança de dividas, e não tinha porque esconder receitas de aplicações (mesmo porque todos sabemos que com o advento da CPMF, os Bancos fornecem todas as informações ao FISCO) e não se pode esconder o que não é ocultável. Diante de tudo o que foi exposto, resta evidente que o mero erro ou desconhecimento da boa técnica contábil consistente na falta de contabilização dos rendimentos dos clientes em uma conta de ‘exigibilidade de terceiros’, em razão do valor não ter ingressado efetivamente no patrimônio da Recorrente, e conseqüentemente não haver disponibilidade jurídica e acréscimo patrimonial, não pode ser equiparado a uma atitude dolosa, fraudulenta ou feita com o intuito de conluio”. Em petição protocolizada em 06/03/13 (fls.992/994 e 997/999 – numeração eletrônica), informa que penderia de apreciação no CARF “...o recurso apenas no que se refere à não incidência do PIS e da Cofins sobre os rendimentos de aplicações financeiras e o pedido de redução da multa de 150%, que, mesmo já recolhida a multa também, ficará com o direito de compensála com débitos passados e futuros”. Acrescenta que em razão de decisões judiciais que lhe foram favoráveis, “...a exigência do PIS e COFINS sobre as receitas financeiras restou inteiramente prejudicada na autuação, perdendo o objeto o auto de infração nessa parte”. É o que importa relatar. Fl. 1045DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.046 8 Voto Conselheiro Eduardo Martins Neiva Monteiro, Relator. Preenchidos os requisitos de admissibilidade do recurso voluntário, dele se toma conhecimento. De início, reafirmase a inexistência de controvérsia quanto às exigências de IRPJ e CSLL, inclusive dos juros de mora e da multa de ofício qualificada, pois o contribuinte recolheuas integralmente, como afirmado no acórdão recorrido: “[...] A matéria impugnada restringese à exigência das Contribuições para o PIS e COFINS e à aplicação da multa qualificada, de 150%, incidente exclusivamente sobre tais contribuições, tendo em vista que o crédito tributário exigido a titulo de IRPJ e CSLL (inclusive a multa qualificada) foi integralmente recolhido pela autuada, encontrandose extinto, pelo pagamento, conforme cópia de DARF à fl.917, cujo recolhimento foi confirmado por meio das telas do Sistema SINAL01 de fls.924/925.” Tal informação foi confirmada pelo próprio contribuinte, quando, na petição encaminhada ao CARF em 05/03/13, informou ter “...recolhido os valores relativos ao IRPJ e CSLL em 27/04/07, conforme DARF's anexados à impugnação como Doc.1, no valor de R$11.393.119,32, com a redução da multa em 50%, conforme faculta a Lei n°. 9.430/96, art. 44, §3º”. Assim, as alegações de defesa relacionadas a tais autuações (v.g., alcance do conceito de renda) deixam de ser conhecidas, haja vista a não instauração da controvérsia desde a primeira instância. O litígio limitouse, portanto, aos autos de infração de PIS e Cofins. A Segunda Turma da DRJ – Brasília (DF) não conheceu da impugnação quanto à matéria, tendo em vista a existência de ações judiciais em que o contribuinte discutiu(e) exatamente a incidência daquelas contribuições sociais. Dispôs o respectivo voto condutor: “Tendo em vista o que consta da decisão juntada as fls.918/922, proferida nos autos de Agravo de Instrumento n° 2007.34.00.0044004, foi deferida a tutela antecipada e suspensa a exigibilidade da COFINS e do PIS sobre receitas financeiras até final julgamento do presente recurso. Conforme Mandado de Intimação à f.917, do Juízo Federal da 2ª Vara do Distrito Federal, o Delegado da Receita Federal do Brasil em Brasília foi cientificado e intimado a dar cumprimento da referida decisão. Fl. 1046DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.047 9 Anteriormente, a autuada já havia impetrado o Mandado de Segurança Individual n° 1997.34.00.0158845, sendo, também, parte do Mandado de Segurança Coletivo impetrado pela OAB DF n° 2003.34.00.0429404, ambos tratando especificamente da incidência das Contribuições ao PIS e à COFINS.” O contribuinte noticiou (fl.998 – numeração eletrônica): “[...] Quanto ao PIS e COFINS, a Requerente impetrara o Mandado de Segurança n°. 2007.34.00.0044004 perante a Justiça Federal do Distrito Federal para desobrigála do recolhimento dessas contribuições sem nenhuma incidência sobre as receitas financeiras em face de ser pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, não se aplicando as alterações promovidas pelas Leis nºs 10.637/02 e 10.833/03, pois continuava a ter a mesma base de cálculo para o PIS e COFINS fixadas anteriormente às Leis n°s. 10.637/02 e 10.833/03, conforme exceções contidas no inciso II do artigo 8° da Lei n°. 10.637/2002 (em relação ao PIS) e no inciso II do artigo 10 da Lei n°. 10.833/2003 (em relação ao COFINS), pedindo o reconhecimento do seu direito à compensação dos valores recolhidos desde 11/12/1998 com quaisquer tributos que viessem a ser lançados e exigidos pela fiscalização, obtendo decisão concessiva da segurança nesse aspecto e reconhecendo a não ocorrência de prescrição quinquenal do direito de compensar, porque seria contada em dez anos [...]”. Tal informação confirmase com a certidão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, lavrada em 07/02/13 nos seguintes termos (fl.1.000 – numeração eletrônica), com alguns destaques por mim efetuados: “FÁBIO AUGUSTO NEIVA DE LIMA, Diretor da Divisão de Processamento, da Coordenadoria de Recursos, da Secretaria Judiciária, do Tribunal Regional Federal da 1ª Regido, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, CERTIFICA, a pedido da parte interessada, que revendo os autos do MANDADO DE SEGURANÇA n. 2007.34.00.0044004, provenientes da 2a Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, em que figuram como Impetrante ADVOCACIA FRANCISCO R. S. CALDERARO S/C. (CNPJ n. 47.435.912/000150) e como Impetrado o DELEGADO DA RECEITA FEDERAL NO DISTRITO FEDERAL, autuados nesta Corte na classe de Apelação em Mandado de Segurança sob o mesmo número, tendo como apelante a FAZENDA NACIONAL e como apelado FRANCISCO R. S CALDERARO SOCIEDADE DE ADVOGADOS. Dos autos constam que a impetrante objetiva que seja desobrigada do recolhimento da COFINS na integralidade, em razão de decisão transitada em julgado em mandado de segurança coletivo impetrado pela OAB/DF, que reconheceu a isenção da contribuição para as sociedades prestadoras de serviço (advogados e escritórios de advocacia); que seja desobrigada do recolhimento do PIS e da COFINS sobre o que exceder o faturamento/receita bruta e sobre quaisquer outras receitas não integrantes do seu Fl. 1047DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.048 10 faturamento, tais como rendimentos recebidos oriundos de aplicações financeiras e seja declarado o direito à compensação dos valores pagos indevidamente do PIS e da COFINS, corrigidos pela taxa SELIC, com tributos eventualmente devidos em caso de lavratura do auto de infração. Por sentença de fls. 287/300, o Juiz a quo "julgou procedente em parte o pedido da impetrante para desobrigála do recolhimento do PIS e da COFINS sobre o que exceder o faturamento/receita bruta e sobre quaisquer outras receitas não integrantes do seu faturamento, bem como para reconhecer o direito de proceder à compensação dos valores indevidamente recolhidos a título de COFINS e da contribuição ao PIS, sob a égide do art.3º, §1º, da Lei n.9.718/98 no período não alcançado pela prescrição, com outro tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, na forma do art. 74 da Lei n. 9.430/96, com a redação que lhe foi conferida pelo art.49 da Lei n. 10.637/2002, corrigidos pela taxa SELIC desde o recolhimento indevido”. A União interpôs recurso de apelação. Neste Tribunal, a Oitava Turma decidiu, à unanimidade, negar provimento à apelação e à remessa oficial. Em seguida, a apelante interpôs recurso extraordinário, tendo a parte apelada apresentado contrarrazões. Certifica, finalmente, que, nesta data, os autos serão conclusos à Presidência para decisão, quanto ao juízo de adrnissibilidade, do mencionado recurso [...]” Conforme decisão datada de 14/06/07 (fls.918/922), exarada em sede de Agravo de Instrumento (processo original 2007.34.00.0044004) interposto contra o indeferimento da medida liminar pelo Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, concedeuse tutela antecipada para suspender a “...exigibilidade da COFINS e do PIS da agravante sobre as receitas financeiras, mesmo após a edição da EC 20/98”. Notese que tal decisão foi proferida após a autuação fiscal. Quanto ao Mandado de Segurança Coletivo n° 2003.34.00.0429404, impetrado pela OAB, apesar de não constar dos autos cópia da petição inicial, notase que não se referiu especificamente à incidência das contribuições sobre rendimentos de aplicações financeiras, de que trata o presente processo administrativo, mas à exigibilidade da Cofins em geral, em face da isenção contemplada na Lei Complementar nº 70/91. Na certidão do TRF – 1ª Região, lavrada em 20/09/06 (fl.582), evidenciase que tal ação judicial objetivou: “...a suspensão da exigibilidade da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, previsto no art.56 da Lei nº 9.430/96, para todas as sociedades de advogados registrados em sua circunscrição, em face da isenção concedida pelo art.6º, inciso II, da Lei Complementar nº 70/91, para as sociedades prestadoras de serviços de profissões regulamentadas, ou alternativamente, a declaração incidental de inconstitucionalidade da exação nos moldes previstos na Lei nº 9.718/98”. Fl. 1048DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.049 11 Ainda que se entenda que tal decisão não se limitaria à isenção da Cofins incidente sobre receitas próprias da atividade, na hipótese, de prestação de serviços advocatícios, vale lembrar que o contribuinte já havia impetrado um Mandado de Segurança Individual em 1997, quando sustentava não ser contribuinte da CSLL, PIS e Cofins, tendo preferido persistir nesta demanda, não tendo requerido suspensão nem desistência a tempo de se beneficiar dos efeitos da coisa julgada da ação coletiva. A propósito, aqui são adotadas as lições do atual Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Albino Zavascki, ainda sob a égide da antiga lei do mandado de segurança, postas como um dos fundamentos doutrinários do acórdão proferido pela Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (EDcl Execução em Mandado de Segurança nº 7.385 DF, Rel. Min. Paulo Gallotti, Julg. 11/02/09, DJe 17/03/09) nos seguintes termos,: “[...] Às regras sobre coisa julgada previstas na Lei 1.533, de 1951, agregamse, em se tratando de mandado de segurança coletivo, as que são próprias das ações coletivas, nomeadamente as do art.103 da Lei 8.078, de 1990. Ali se estabelece que a coisa julgada será erga omnes, somente em caso de procedência do pedido (inc.III). A mesma Lei, no seu art.104, segunda parte, estabelece que ‘os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do ajuizamento da ação coletiva’. Desse conjunto normativo, podese extrair o seguinte regime, próprio para o mandado de segurança coletivo: a) só a sentença de procedência faz coisa julgada material; b) a sentença tem eficácia erga omnes, beneficiando a todos os substituídos processuais; c) todavia, o interessado que tiver optado por promover ou dar seguimento a ação individual para tutelar seu direito, ficará sujeito à sentença de mérito que nela for proferida, não se beneficiando e nem se prejudicando com o que for decidido no mandado de segurança coletivo” (in Processo Coletivo. Tutela de direitos coletivos e tutela coletiva de direitos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p.222) (destaquei) Notese que este entendimento, a prestigiar um coerente sistema de vasos comunicantes entre as ações coletivas, foi prestigiado na decisão proferida no mencionado Agravo de Instrumento (fl.920), na parte em que não se acolheu um dos fundamentos do agravante. In verbis: “[...] Quanto à questão de estar a agravante amparada pela decisão proferida nos autos da Apelação em Mandado de Segurança Coletivo 2003.34.00.0429404, não vislumbro plausibilidade jurídica nesta tese. ..... Em segundo, coaduno do entendimento firmado pelo Juízo a quo no sentido de que não ficou comprovada a desistência do Mandado de Segurança 1997.34.00.0158845, traçado nos seguintes termos: Fl. 1049DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.050 12 Da mesma forma, no que tange à Contribuição para o financiamento da Seguridade Social COFINS, deixo de conferir relevância jurídica ao direito invocado na exordial. É que os efeitos da coisa julgada do Mandado de Segurança Coletivo no 2003.34.00.0429404, impetrado vela Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Distrito Federal, somente se estenderiam à impetrante – se ela tivesse requerido a suspensão da ação individual anteriormente proposta (Mandado de Segurança n° 1997.34.00.0158845, ao tomar ciência da ação coletiva em comento [...].” Quando da autuação fiscal, a autoridade fazendária igualmente sustentou tal tese para justificar a autuação quanto à Cofins. Vejamos: “[...] No tocante à COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), apesar de a contribuinte postular que está amparada pelo Mandado de Segurança Coletivo n° 2003.34.00.0429404 (fls.553/590), impetrado pela OAB/DF em favor de todas as sociedades civis de advogados registrados nesse órgão, e que determinou que para as sociedades de advogados do DF vigora a isenção da COFINS expressa no art. 6° da Lei Complementar n° 70/91, afastada a regra do art. 56 da Lei n° 9.430/96, ficou evidenciado que a interessada impetrou o Mandado de Segurança Individual de n° 1997.34.00.0158845 (fls.712/781), visando o mesmo resultado obtido pelo Mandado de Segurança impetrado pela OAB/DF. Neste contexto, embora inexista litispendência entre o mandado de segurança coletivo e o individual, consoante entendimento pacificado na jurisprudência e na doutrina, os efeitos da coisa julgada ultra partes produzida na ação coletiva só beneficiam o demandante individual se, após tomar conhecimento da existência da ação coletiva, requerer no prazo de trinta dias a suspensão do feito individual, conforme assevera o artigo 104 do Código de Defesa do Consumidor (Lei n° 8.078/90), aplicado analogicamente à espécie. Desta forma, se o autor não postular o sobrestamento da ação individual no prazo legal de trinta dias, como aduz o aludido dispositivo legal, importa dizer que optou por defender seu direito individualmente, retirando a legitimidade da entidade de classe de substituílo na ação coletiva, e, conseqüentemente, fica ciente de que não será beneficiado nem alcançado pelos efeitos da coisa julgada ultra partes produzida na ação coletiva. No caso em concreto, a contribuinte apresentou cópia do informativo da OAB/DF, de outubro de 2006, onde é reproduzido um facsímile da certidão emitida pelo TRF da 1ª Região sobre o caso (fls.553), evidenciando, dessa forma, que a interessada estava ciente da existência da ação coletiva, no mínimo, desde a citada data. No entanto, a firma não requereu a suspensão do feito individual dentro do prazo de trinta dias, só vindo a apresentar petições de desistência dos recursos interpostos no dia 02 de fevereiro de 2007 (fls.778/780), após expirado o prazo legal.” Fl. 1050DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.051 13 Lembrese que a Lei nº 12.016, de 07/08/09, que atualmente disciplina o mandado de segurança individual e coletivo, recepcionou tal entendimento doutrinário e jurisprudencial, exigindo, entretanto, a desistência da ação individual, conforme art.22, §1º: Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. § 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. A respeito do Mandado de Segurança Individual nº 1997.34.00.0158845, que também não se relaciona especificamente com a incidência do PIS e da Cofins sobre rendimentos de aplicações financeiras1, o contribuinte informou, durante o procedimento fiscal, ter requerido a desistência (fl.611): “...Em anexo seguem cópias da inicial, sentença, acórdão, e decisão do STJ e do STF, bem como os pedidos de desistência e outras peças relativas ao processo nº 1997.34.00.0158845”. Verificase, ainda, que foi denegada a segurança, conforme sentença datada de 16/09/97 (fls.726/730), e que a apelação não foi provida pelo TRF – 1ª Região (fls.732/740), não tendo o Recorrente tido sucesso também perante o STJ e STF, conforme documentação acostada às fls.746/777. Constam, às fls.778/779, cópias de pedidos de desistência de Agravo de Instrumento perante o STJ e de Agravo Regimental perante o STF, ambos protocolizados em 02/02/2007. Considerando as mencionadas ações judiciais, vêse que o contribuinte, quando da lavratura dos autos de infração, não estava acobertado por qualquer decisão que, por exemplo, impedisse a autuação ou implicasse na realização de lançamento tributário com exigibilidade suspensa, para fins de se evitar a decadência. Em que pese a decisão da DRJ – Brasília ter mencionado os Mandados de Segurança nº 1997.34.00.0158845 e 2003.34.00.0429404, apenas com o Mandado de Segurança nº 2007.34.00.0044004 é suficiente concluir pela concomitância, ou seja, pela identidade entre o objeto da ação judicial e o do presente processo administrativo, no tocante à exigência de PIS e Cofins, conforme certidão acima transcrita. Em tais casos, a jurisprudência, com base no princípio da unicidade de jurisdição, pacificouse no sentido de que a propositura de ação judicial com o mesmo objeto do processo administrativo implica renúncia à instância administrativa, consoante Enunciado nº 1 da Súmula de jurisprudência do CARF, de observância obrigatória por seus membros (art.72 do Anexo II do Regimento Interno do CARF): 1 Como causa de pedir, apontou o impetrante: "...não está sujeita ao recolhimento de nenhuma das Contribuições Sociais Sobre o Lucro (Lei 7.689/88), PIS (Lei Complementar 7/70) e COFINS (Lei Complementar 70/91), pelo simples motivo de não ser empregadora, conforme determinação da Constituição Federal, que em seu art. 195, I, define que estas contribuições serão devidas apenas por empregadores, conceito este adotado no seu sentido técnicojurídico, válido para o direito no campo trabalhista, ou seja, quem não tem empregados, não é empregador e quem não é empregador, não está obrigado a financiar a seguridade ou sujeito aos recolhimentos em causa. Não é qualquer pessoa jurídica, indistintamente, que se enquadra nessa condição de contribuinteempregador, como vem sendo exigida pela autoridade impetrada." (fls.712/713) Fl. 1051DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.052 14 “Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.” Portanto, reafirmase a decisão a quo, de não se conhecer das razões de defesa quanto às exigências de PIS e Cofins, restando definitiva a discussão na esfera administrativa. Passase à apreciação da qualificação da multa de ofício. A conclusão primeira a que se chega é que restou caracterizada a preclusão lógica. O contribuinte não poderia mais discutir os fundamentos da qualificação da penalidade em sede de recurso voluntário, quando anteriormente com eles concordou ao praticar inequívoco ato em tal sentido, qual seja, o recolhimento das exigências de IRPJ e CSLL, acompanhadas da multa de ofício no percentual de 150% (cento e cinquenta por cento), ainda que tenha se valido da redução legal para pagamento à vista. Ao reconhecer a procedência da qualificação, faltalhe interesse recursal para posteriormente contestála. Os fundamentos da fiscalização, atinentes à qualificação da multa de ofício, foram únicos, justificando a sua incidência proporcionalmente sobre todos os tributos exigidos no auto de infração (IRPJ, CSLL, PIS e Cofins), de maneira que não há como se fazer qualquer segregação, como entende o Recorrente. Por absoluta impossibilidade lógica, não é possível se conformar com a qualificação da multa de ofício no tocante aos créditos tributários de IRPJ e CSLL, e, ao mesmo tempo, insurgirse contra os mesmos fundamentos daquela, quando aplicadas relativamente às exigências de PIS e Cofins. Ao tratar da preclusão, Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart (in Manual do Processo de Conhecimento. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p.609), com base nas lições de Chiovenda, esclarecem: “Preclusão lógica: a extinção do direito de efetivar certo ato processual também pode derivar da prática de algum ato com ele incompatível. Dessa forma, se a parte renuncia ao direito de recorrer, certamente não poderá manifestar interesse em oferecer recurso, já que praticara anteriormente ato incompatível com a segunda faculdade. A perda do direito de recorrer decorre da prática de ato logicamente inconciliável com aquele”. Em suma, não pode nos próprios autos o contribuinte concordar com os fundamentos da qualificação da multa de ofício e contestálos, faltandolhe o necessário interesse recursal. Não sendo possível transpor tal barreira processual, tornase desnecessário analisar os argumentos de defesa relacionados à qualificação. Fl. 1052DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 14041.000056/200777 Acórdão n.º 1103000.891 S1C1T3 Fl. 1.053 15 Por todo o exposto, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao recurso. (assinado digitalmente) Eduardo Martins Neiva Monteiro Fl. 1053DF CARF MF Impresso em 28/08/2013 por JOSE ANTONIO DA SILVA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA
score : 1.0
Numero do processo: 19515.000433/2006-97
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 19 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Mar 19 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 2102-000.116
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em SOBRESTAR o julgamento, pois se trata de debate sobre a transferência compulsória do sigilo bancário do contribuinte para o fisco, matéria em debate no Supremo Tribunal Federal no rito da repercussão geral (art. 62-A, §§, do Anexo II, do RICARF).
Assinado digitalmente
GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS - Relator e Presidente.
EDITADO EM: 26/02/2013
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Acácia Sayuri Wakasugi, Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Rubens Maurício Carvalho.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em SOBRESTAR o julgamento, pois se trata de debate sobre a transferência compulsória do sigilo bancário do contribuinte para o fisco, matéria em debate no Supremo Tribunal Federal no rito da repercussão geral (art. 62-A, §§, do Anexo II, do RICARF). Assinado digitalmente GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS - Relator e Presidente. EDITADO EM: 26/02/2013 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Acácia Sayuri Wakasugi, Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Rubens Maurício Carvalho.
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em SOBRESTAR o julgamento, pois se trata de debate sobre a transferência compulsória do sigilo bancário do contribuinte para o fisco, matéria em debate no Supremo Tribunal Federal no rito da repercussão geral (art. 62A, §§, do Anexo II, do RICARF). Assinado digitalmente GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Relator e Presidente. EDITADO EM: 26/02/2013 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Acácia Sayuri Wakasugi, Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Rubens Maurício Carvalho. RELATÓRIO RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 95 15 .0 00 43 3/ 20 06 -9 7 Fl. 1046DF CARF MF Processo nº 19515.000433/200697 Resolução nº 2102000.116 S2C1T2 Fl. 3 2 Em face do contribuinte DOUGLAS LARA, CPF/MF nº 089.672.97882, já qualificado neste processo, foi lavrado, em 06/03/2006, auto de infração, imputandolhe uma omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários de origem não comprovada, nos anoscalendário 2000, 2001 e 2002, nos importes de R$ 1.395.129,94, R$ 790.475,49 e R$ 1.146.273,59, respectivamente, conduta essa apenada com multa de ofício de 75% sobre o imposto lançado. As informações bancárias foram assenhoreadas pela fiscalização via Requisição de Informações sobre Movimentações Financerias – RMF, como se vê nas fls. 18, 19 e 608. Inconformado com a autuação, o contribuinte apresentou impugnação ao lançamento, dirigida à Delegacia da Receita Federal de Julgamento, apontando as seguintes defesas: a) a impossibilidade de caracterização de omissão de receita pela mera apreciação de lançamentos em conta corrente, Citando jurisprudência e doutrina; b) a impossibilidade de retroagir na quebra do sigilo bancário anteriormente à Lei Complementar nº 105/2001, citando jurisprudência; c) a receita omitida apontada pela Autoridade Fiscal, não existiu, devendo ser afastada as movimentações decorrentes da atividade exercida em caráter pessoal e a profissional para terceiros (contrato de comissão de compra em leilões) e da movimentação de conta corrente de mútuo, realizada com o sr. Vámilton Fonseca de Oliveira; d) trabalha negociando lotes em leilões, ou oriundos deles, atuando na empre a Onak Comercial de Metais Ltda., de sua família, e também atuando como comissário de terceiros, mais especificamente, para a enpresa DIMELT Distribuidora de Metais Ltda (DIMELT), usualmente interessada em adquirir mercadorias oriundas de leilões; e) dos valores apontados pela Autoridade Fiscal, a quantia de R$ 2.100.048,17 é decorrente de depósitos efetuados pela DIMELT, para que o impugnante adquirisse mercadoria por ela desejada, conforme declaração e planilha apresentadas pela empresa (fls. 657 a 666); f) durante o período de 2000 a 2002, emprestou diversas quantias ao Sr. Vamilton Fonseca de Oliveira, titular do CPF 169.089.03800, que periodicamente as devolvia. Assim a quantia de R$ 397.000,00, advindos da soma de meros lançamentos em conta corrente de mútuo deve ser desconsiderada; d) o Auditor desconsiderou os valores atinentes a recebimentos de cheques que haviam sido devolvidos, conforme planilha anexa, devendo ser deduzida do auto a quantia de R$ 728.772,00. e) A multa aplicada é excessiva, pois não houve máfé da sua parte,descabendo a multa qualificada. (...) Fl. 1047DF CARF MF Processo nº 19515.000433/200697 Resolução nº 2102000.116 S2C1T2 Fl. 4 3 A 2ª Turma de Julgamento da DRJCGE (MS), por unanimidade de votos, julgou procedente em parte o lançamento, em decisão consubstanciada no Acórdão n° 04 17.432, de 24 de abril de 2009, que restou assim ementado: Preliminar de Ilegalidade e Inconstitucionalidade. A instância administrativa é incompetente para manifestarse sobre a constitucionalidade de leis. Quebra do Sigilo Bancário. O sigilo bancário não é oponível ao Fisco ante ao contido na Lei Complementar n° 105/2001. Utilização de Dados da CPMF pelo Fisco. É lícita a utilização dos dados da CPMF para a apuração de outros tributos, após a edição da Lei Complementar n° 105/2001 e da Lei n° 10.174/2001. Multa de Ofício. Caráter Confiscatório. Ilegalidade. Inconstitucionalidade. Foge ao campo decisório da autoridade administrativa investigar se a multa de ofício, incidência prevista em lei, têm caráter confiscatório, ainda se é ilegal ou inconstitucional, cabendo à autoridade administrativa apenas verificar a correção da incidência dessa exação, na forma tda legislação que a instituiu. Omissão de Rendimentos. Depósitos Bancários. A presunção legal de omissão de rendimentos, prevista no art. 42, da Lei n° 9.430, de 1996, autoriza o lançamento com base em depósitos bancários de origem nãO, comprovada pelo sujeito passivo, quando não resiar devidamente comprovada a fonte dos recursos. Comissões Recebidas sobre Compras. Operações de Mútuo. A alegação da existência de comissões recebidas por compras efetuadas por conta de terceiros e empréstimos realizados com terceiros, pessoa física ou jurídica, deve ser acompanhada de demonstração inequívoca da transferência dos recursos, não servindo a isso meros contratos particulares, declarações ou planilhas, desprovidos de qualquer documentação que sustentem o ingresso ou a saída dos recursos. O contribuinte foi intimado da decisão acima em 14/08/2009. Irresignado, interpôs recurso voluntário em 11/09/2009. No voluntário, o recorrente repisou as argumentações deduzidas na impugnação. É o relatório. VOTO Fl. 1048DF CARF MF Processo nº 19515.000433/200697 Resolução nº 2102000.116 S2C1T2 Fl. 5 4 Conselheiro Giovanni Christian Nunes Campos, Relator O recurso voluntário é tempestivo e atende as demais formalidades legais, devendo ser conhecido. Entretanto, atualmente, deve ter seu julgamento sobrestado, como se demonstra a seguir. Na forma do art. 62A, caput e § 1º, do Anexo II, do RICARF (As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1º. Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B), sempre que a controvérsia tributária seja admitida no rito da repercussão geral (art. 543B do CPC), deveriam as Turmas de Julgamento do CARF sobrestar o julgamento de matéria idêntica em recurso administrativo, aguardando a decisão definitiva da Suprema Corte. A interpretação conjunta da cabeça e do parágrafo primeiro do dispositivo regimental citado indicava que bastava o reconhecimento da repercussão geral para o sobrestamento do trâmite do recurso administrativo fiscal, não se fazendo maiores considerações sobre o procedimento de sobrestamento dos recursos extraordinários do próprio judiciário, como condicionante para o sobrestamento dos recursos da via administrativa. Essa era a interpretação das Turmas de julgamento do CARF. Daí, no âmbito das Turmas de Julgamento da Primeira e Segunda Câmaras da Segunda Seção do CARF, as controvérsias sobre a tributação dos rendimentos recebidos acumuladamente e a incidente a partir da transferência compulsória do sigilo bancário dos contribuintes para o fisco (e aplicação retroativa da Lei nº 10.174/2001) vinham tendo o julgamento administrativo sobrestado, pois o STF havia reconhecido a repercussão geral em ambas as matérias, como se vê abaixo (informação extraída do site www.stf.jus.br): Tema 225 Fornecimento de informações sobre movimentações financeiras ao Fisco sem autorização judicial, nos termos do art. 6º da Lei Complementar nº 105/2001; b) Aplicação retroativa da Lei nº 10.174/2001 para apuração de créditos tributários referentes a exercícios anteriores ao de sua vigência. RE 601.314 – Relator o Min. Ricardo Lewandowski. Tema 228 Incidência do imposto de renda de pessoa física sobre rendimentos percebidos acumuladamente. – RE 614.406 – Relatora a Min. Ellen Grace. Com a publicação da Portaria CARF nº 001/2012, que objetiva disciplinar os procedimentos do sobrestamento no âmbito do CARF, surgiram dúvidas sobre o cabimento do sobrestamento para o Tema 225, acima, em decorrência da redação do art. 1º, parágrafo único, da referida Portaria (O procedimento de sobrestamento de que trata o caput [rito do art. 543B do CPC] somente será aplicado a casos em que tiver comprovadamente sido determinado pelo Supremo Tribunal Federal – STF o sobrestamento de processos relativos à matéria recorrida, independentemente da existência de repercussão geral reconhecida para o caso), pois o STF não teria determinado o sobrestamento dos recursos extraordinários que versavam sobre a transferência compulsória do sigilo bancário para o fisco (e retroatividade da Lei nº 10.174/2001), como se poderia ver na decisão que reconheceu a repercussão geral para o tema, no RE 601.314. Fl. 1049DF CARF MF Processo nº 19515.000433/200697 Resolução nº 2102000.116 S2C1T2 Fl. 6 5 Apreciando a controvérsia acima, no julgamento do processo 19647.009419/200653, sessão de 09 de fevereiro de 2012, pela Resolução 2102000.045, esta Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção entendeu que a controvérsia espelhada no Tema 225 do STF deveria continuar tendo os julgamentos administrativos sobrestados, pois “o reconhecimento da repercussão geral pelo STF, por si só, tem como consectário lógico e inafastável o sobrestamento do julgamento de todos os recursos extraordinários sobre a mesma matéria, pois não se pode imaginar que o STF reconheça a repercussão geral e os RE possam continuar a tramitar, isso sem qualquer possibilidade de julgamento no STF, pois na Suprema Corte somente se apreciará o RE leading case”. E como exemplo do entendimento que tem obstado o julgamento dos recursos extraordinários, com devolução do apelo extremo aos tribunais de origem no Tema 225, vejase despacho no Recurso Extraordinário 611.139, relator o Min. Luiz Fux, decisão de 07 de fevereiro de 2012. Ora se há o sobrestamento dos recursos extraordinários no rito da repercussão geral, aplicável o art. 62A, § 1º, do RICARF nos recursos com o Tema 225 no âmbito administrativo. Por tudo, no caso de controvérsias sobre a transferência compulsória do sigilo bancário (Lei complementar nº 105/2001) e retroatividade da Lei nº 10.174/2001, considerando que o STF também vem sobrestando o julgamento dos recursos extraordinários dessa matéria, devemse igualmente sobrestar os julgamentos administrativos nesta Turma de Julgamento, na forma do art. 62A, caput e § 1º, do Anexo II, do RICARF, aguardando que o STF resolva em definitivo a controvérsia sobre o Tema 225. No caso destes autos, os dados bancários do contribuinte foram assenhoreados compulsoriamente pela Receita Federal, como se vê pela RMFs de fls. 18, 19 e 608, sendo certo também que o recorrente suscitou tal discussão em seu recurso voluntário, implicando que este julgamento deve ser sobrestado. Antes o exposto, voto no sentido de sobrestar o julgamento do presente recurso, devendo o feito ser transferido para a atividade SOBRESTAR PROCESSO do eprocesso, aguardando a decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal no tema referido acima. Assinado digitalmente Giovanni Christian Nunes Campos Fl. 1050DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 19515.000972/2008-98
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Aug 14 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Mar 29 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 2202-000.532
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por Ye Zhengwu.
RESOLVEM os Membros da 2ª. Turma Ordinária da 2ª Câmara da 2ª Seção de Julgamento do CARF, por maioria de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto do Conselheiro Relator, vencido o conselheiro Pedro Paulo Pereira Barbosa. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal..
(Assinado digitalmente)
Pedro Paulo Pereira Barbosa - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Pedro Anan Junior Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Pedro Paulo Pereira Barbosa (Presidente), Pedro Anan Junior, Fabio Brun Goldschmidt, Antonio Lopo Martinez, Rafael Pandolfo, Maria Lucia Moniz De Aragao Calomino Astorga.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por Ye Zhengwu. RESOLVEM os Membros da 2ª. Turma Ordinária da 2ª Câmara da 2ª Seção de Julgamento do CARF, por maioria de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto do Conselheiro Relator, vencido o conselheiro Pedro Paulo Pereira Barbosa. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal.. (Assinado digitalmente) Pedro Paulo Pereira Barbosa - Presidente. (Assinado digitalmente) Pedro Anan Junior Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Pedro Paulo Pereira Barbosa (Presidente), Pedro Anan Junior, Fabio Brun Goldschmidt, Antonio Lopo Martinez, Rafael Pandolfo, Maria Lucia Moniz De Aragao Calomino Astorga.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1476; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C2T2 Fl. 489 1 488 S2C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 19515.000972/200898 Recurso nº Voluntário Resolução nº 2202000.532 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 14 de agosto de 2013 Assunto Sobrestamento Recorrente Ye Zhengwu Recorrida Fazenda Nacional Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por Ye Zhengwu. RESOLVEM os Membros da 2ª. Turma Ordinária da 2ª Câmara da 2ª Seção de Julgamento do CARF, por maioria de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto do Conselheiro Relator, vencido o conselheiro Pedro Paulo Pereira Barbosa. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal.. (Assinado digitalmente) Pedro Paulo Pereira Barbosa Presidente. (Assinado digitalmente) Pedro Anan Junior– Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Pedro Paulo Pereira Barbosa (Presidente), Pedro Anan Junior, Fabio Brun Goldschmidt, Antonio Lopo Martinez, Rafael Pandolfo, Maria Lucia Moniz De Aragao Calomino Astorga. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 95 15 .0 00 97 2/ 20 08 -9 8 Fl. 596DF CARF MF Processo nº 19515.000972/200898 Resolução nº 2202000.532 S2C2T2 Fl. 490 2 Relatório Contra o contribuinte acima identificado foi lavrado Auto de Infração de fls. 288/301, com lançamento de imposto de renda da pessoa física relativo aos anoscalendários exercícios 2002/2003, 2003/2004, 2004/2005 e 2005/2006, no valor de R$3.347.942,41, dos quais R$1.541.411,32 correspondem ao imposto; R$1.156.058,48, à multa proporcional e R$650.472,61, a juros de mora, calculados até 29/02/2008. A lavratura do auto de infração decorreu da constatação de omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários de origem não comprovada, cujo enquadramento legal, descrição e demonstrativo do fato gerador, e valor tributável foram devidamente consignados no auto de infração e Termo de Verificação Fiscal, que informa, em síntese: tendo em vista movimentação financeira incompatível com os rendimentos declarados pelo contribuinte no período em questão, foi determinada ação fiscal, conforme Mandado de Procedimento Fiscal — MPF n.° 08.1.90.002007016831; por meio de Termo de Início da Ação Fiscal, em 24/08/2007, o contribuinte foi intimado a apresentar os extratos bancários relativos às suas contas correntes e poupanças mantidas nos bancos Bradesco, Sudameris, HSBC e liai', origem da movimentação financeira sob análise fiscal; em carta datada de 19/09/2007, a procuradora do interessado alegou impossibilidade de atendimento, tendo em vista que o mesmo encontravase na China (fls. 353/355) e declarouse impossibilitada de apresentar a documentação solicitada, a qual deveria ser obtida junto às instituições financeiras mencionadas. nenhum documento ou esclarecimento foi apresentado e, diante do não atendimento da intimação, foi lavrado Termo de Embaraço à Ação Fiscal (fls. 76177) e emitida Requisição de Informações sobre Movimentação Financeira para cada uma das instituições financeiras citadas (fls. 79/80, 208/209, 238/239 e 253/2549 de acordo com as informações prestadas, foi constatada a existência de diversas contas, a saber: 1. banco Bradesco — duas contascorrentes e duas contaspoupança, em conjunto com o filho, Ye Chengpu — CPF 227.336.60861; 2. banco Sudameris — uma contacorrente movimentada em conjunto com o filho, Ye Chengpu — CPF 227.336.60861, de novembro/2002 a julho/2004 e isoladamente de agosto/2004 a dezembro/2005; 3. bancos Itati e HSBC — contas de titularidade individual. Fl. 597DF CARF MF Processo nº 19515.000972/200898 Resolução nº 2202000.532 S2C2T2 Fl. 491 3 o cotitular das contas conjuntas mantidas no Bradesco e no Sudameris, Ye Chengpu — CPF 227.336.60861, foi intimado a comprovar a origem dos créditos movimentados, mas não atendeu às intimações. de posse das informações encaminhadas pelas instituições financeiras, a autoridade fiscal intimou o interessado a apresentar documentos hábeis a comprovar a origem dos recursos depositados em sua contacorrente, conforme detalhamento em planilhas anexadas ao Termo de Intimação Fiscal, o qual foi recebido pelo contribuinte em 14/01/2008 (fls. 05/74 e 78). reintimado em 22/02/2008, o contribuinte não se manifestou. a auditorafiscal esclarece que foram relacionados os valores dos cheques devolvidos e estornos de depósitos nos Demonstrativos de Cheques Devolvidos e Estornos, sendo que tais valores foram desconsiderados para efeitos de apurar os rendimentos omitidos, conforme demonstrativos elaborados para cada banco em que o interessado manteve contas. a relação detalhada dos créditos cuja origem não foi comprovada encontrase a fls. 06/74 e a tributação considerou que algumas das contas – foram conjuntas , atribuindo 50% do valor a cada cotitular, tendo por base o art. 42, §6°, da Lei n.° 9.430/96. As planilhas de fls. 390 apresentam os valores mensais e totalização anual dos depósitos bancários de responsabilidade do autuado. Cientificado, o contribuinte apresentou a impugnação de fls. 407/428. A decima turma de julgamento da Delegacia da Receita Federal de Julgamento de São Paulo, DRJ/SPOII, ao analisar a impugnação negou provimento através do acórdão 17 29.860, de 04 de fevereiro de 2009. Devidamente cientificado dessa decisão o contribuinte apresenta recurso voluntário onde reitera os argumentos da impugnação. É o relatório. Fl. 598DF CARF MF Processo nº 19515.000972/200898 Resolução nº 2202000.532 S2C2T2 Fl. 492 4 VOTO Conselheiro Pedro Anan Junior, Relator Ante de apreciar o recurso cabe discutir se o referido processo estaria sujeito a sobrestamento. Após análise pormenorizada dos autos entendo que cabe aqui sobrestamento de julgado feito de ofício pelo relator, nos termos do art. 62A e parágrafos do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF n° 256, de 22 de junho de 2009, verbis: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543 C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543 B. § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. Ocorre que está em Repercussão Geral pela utilização de dados obtidos com base em RMF. Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos artigos 5º, X, XII, XXXVI, LIV, LV; 145, § 1º; e 150, III, a, da Constituição Federal, a constitucionalidade, ou não, do art. 6º da Lei Complementar nº 105/2001, que permitiu o fornecimento de informações sobre movimentações financeiras diretamente ao Fisco, sem autorização judicial, bem como a possibilidade, ou não, da aplicação da Lei nº 10.174/2001 para apuração de créditos tributários referentes a exercícios anteriores ao de sua vigência. A constitucionalidade das prerrogativas estendidas à autoridade fiscal através de instrumentos infraconstitucionais utilização de dados da CPMF e obtenção de informações junto às instituições através da RMF está sendo analisada pelo STF no âmbito do Recurso Extraordinário nº 601.314, que tramita em regime de repercussão geral, reconhecida em 22/10/09, conforme ementa abaixo transcrita: CONSTITUCIONAL. SIGILO BANCÁRIO. FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES SOBRE MOVIMENTAÇÃO BANCÁRIA DE CONTRIBUINTES, PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, DIRETAMENTE AO FISCO, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL (LEI COMPLEMENTAR 105/2001). POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI 10.174/2001 PARA APURAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REFERENTES A EXERCÍCIOS ANTERIORES AO DE Fl. 599DF CARF MF Processo nº 19515.000972/200898 Resolução nº 2202000.532 S2C2T2 Fl. 493 5 SUA VIGÊNCIA. RELEVÂNCIA JURÍDICA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL Conforme disposto no § 1º do art. 62A da Portaria MF nº 256/09, devem ficar sobrestados os julgamentos dos recursos que versarem sobre matéria cuja repercussão geral tenha sido admitida pelo STF. O dispositivo há pouco referido vai ao encontro da segurança jurídica, da estabilidade e da eficiência, pois ao tempo em que assegura a coerência do ordenamento, confere utilidade à atividade judicante exercida no âmbito do CARF. Assim, reconhecida, pelo STF, a relevância constitucional de tema prejudicial à validade do procedimento utilizado na constituição do crédito tributário, deve ser sobrestado o julgamento do recurso no CARF. Não se desconhece a decisão Plenária do STF no âmbito do RE nº 389.808, que acolheu o recurso extraordinário interposto pelos contribuintes. O Recurso foi pautado pelo Ministro Marco Aurélio (i) poucos dias antes da publicação da Emenda Regimental nº 42, do RISTF, que determina que todos os recursos relacionados ao tema do caso admitido como paradigma, em repercussão geral, devam ser distribuídos ao respectivo Relator, e (ii) quase um ano após o reconhecimento da repercussão geral no RE 601.314, o que gerou confusão quanto à mecânica processual de julgamento dos recursos extraordinários anteriores à Emenda Constitucional nº 45/04. Uma leitura atenta do acórdão revela que o julgamento, inicialmente adstrito à reanálise da medida cautelar requerida pela parte recorrente, desbordou para enfrentamento do mérito a partir da contrariedade manifestada pela Min. Ellen Gracie centrada, sobretudo, na ausência do Min. Joaquim Barbosa e sua consequência à apuração do quorum de votação. A atipicidade do caso, entretanto, não indica posicionamento da Corte afastando as consequências imediatas da repercussão geral, como o sobrestamento dos processos que veiculam o tema da violação de sigilo pela Fazenda. O fato é que, com exceção do inusitado julgamento ocorrido no âmbito do RE 389.808, o posicionamento do STF tem sido uníssono no sentido de sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários que veiculam a mesma matéria objeto do Recurso Extraordinário nº 601.314. As decisões abaixo transcritas são elucidativas: DESPACHO: Vistos. O presente apelo discute a violação da garantia do sigilo fiscal em face do inciso II do artigo 17 da Lei n° 9.393/96, que possibilitou a celebração de convênios entre a Secretaria da Receita Federal e a Confederação Nacional da Agricultura CNA e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura ? Contag, a fim de viabilizar o fornecimento de dados cadastrais de imóveis rurais para possibilitar cobranças tributárias. Verificase que no exame do RE n° 601.314/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, foi reconhecida a repercussão geral de matéria análoga à da presente lide, e terá seu mérito julgado no Plenário deste Supremo Tribunal Federal Destarte, determino o sobrestamento do feito até a conclusão do julgamento do mencionado RE nº 601.314/SP. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária até a conclusão do referido julgamento. Publiquese. Brasília, 9 de fevereiro de 2011. Ministro D IAS T OFFOLI Relator Documento assinado digitalmente (RE 488993, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, julgado em 09/02/2011, publicado em DJe035 DIVULG 21/02/2011 PUBLIC 22/02/2011) DECISÃO REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA ? PROCESSOS VERSANDO A MATÉRIA ? SIGILO DADOS BANCÁRIOS ? FISCO ? Fl. 600DF CARF MF Processo nº 19515.000972/200898 Resolução nº 2202000.532 S2C2T2 Fl. 494 6 AFASTAMENTO ? ARTIGO 6º DA LEI COMPLEMENTAR Nº 105/2001 ? SOBRESTAMENTO. 1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 601.314/SP, relator Ministro Ricardo Lewandowski, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à constitucionalidade de o Fisco exigir informações bancárias de contribuintes mediante o procedimento administrativo previsto no artigo 6º da Lei Complementar nº 105/2001. 2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, tendo a intimação do acórdão da Corte de origem ocorrido anteriormente à vigência do sistema da repercussão geral, determino o sobrestamento destes autos. 3. À Assessoria, para o acompanhamento devido. 4. Publiquem. Brasília, 04 de outubro de 2011. Ministro MARCO AURÉLIO Relator (AI 691349 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, julgado em 04/10/2011, publicado em DJe213 DIVULG 08/11/2011 PUBLIC 09/11/2011) REPERCUSSÃO GERAL. LC 105/01. CONSTITUCIONALIDADE. LEI 10.174/01. APLICAÇÃO PARA APURAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REFERENTES À EXERCÍCOS ANTERIORES AO DE SUA VIGÊNCIA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DA UNIÃO PREJUDICADO. POSSIBILIDADE. DEVOLUÇÃO DO PROCESSO AO TRIBUNAL DE ORIGEM (ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF ). Decisão: Discutese nestes recursos extraordinários a constitucionalidade, ou não, do artigo 6º da LC 105/01, que permitiu o fornecimento de informações sobre movimentações financeiras diretamente ao Fisco, sem autorização judicial; bem como a possibilidade, ou não, da aplicação da Lei 10.174/01 para apuração de créditos tributários referentes a exercícios anteriores ao de sua vigência. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou seguimento à remessa oficial e à apelação da União, reconhecendo a impossibilidade da aplicação retroativa da LC 105/01 e da Lei 10.174/01. Contra essa decisão, a União interpôs, simultaneamente, recursos especial e extraordinário, ambos admitidos na Corte de origem. Verificase que o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial em decisão assim ementada (fl. 281): "ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO ? UTILIZAÇÃO DE DADOS DA CPMF PARA LANÇAMENTO DE OUTROS TRIBUTOS ? IMPOSTO DE RENDA ? QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO ? PERÍODO ANTERIOR À LC 105/2001 ? APLICAÇÃO IMEDIATA ? RETROATIVIDADE PERMITIDA PELO ART. 144, § 1º, DO CTN ? PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO ? RECURSO ESPECIAL PROVIDO." Irresignado, Gildo Edgar Wendt interpôs novo recurso extraordinário, alegando, em suma, a inconstitucionalidade da LC 105/01 e a impossibilidade da aplicação retroativa da Lei 10.174/01 . O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto destes autos, que será submetida à apreciação do Pleno desta Corte, nos autos do RE 601.314, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski. Pelo exposto, declaro a prejudicialidade do recurso extraordinário interposto pela União, com fundamento no disposto no artigo 21, inciso IX, do RISTF. Com relação ao apelo extremo interposto por Gildo Edgar Wendt, revejo o sobrestamento anteriormente determinado pelo Min. Eros Grau, e, aplicando a decisão Plenária no RE n. 579.431, secundada, a posteriori pelo AI n. 503.064AgRAgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO; AI n. 811.626AgR Fl. 601DF CARF MF Processo nº 19515.000972/200898 Resolução nº 2202000.532 S2C2T2 Fl. 495 7 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, e RE n. 513.473ED, Rel. Min CÉZAR PELUSO, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem (art. 328, parágrafo único, do RISTF c.c. artigo 543B e seus parágrafos do Código de Processo Civil). Publiquese. Brasília, 1º de agosto de 2011. Ministro Luiz Fux Relator Documento assinado digitalmente (RE 602945, Relator(a): Min. LUIZ FUX, julgado em 01/08/2011, publicado em DJe158 DIVULG 17/08/2011 PUBLIC 18/08/2011) DECISÃO: A matéria veiculada na presente sede recursal ?discussão em torno da suposta transgressão à garantia constitucional de inviolabilidade do sigilo de dados e da intimidade das pessoas em geral, naqueles casos em que a administração tributária, sem prévia autorização judicial, recebe, diretamente, das instituições financeiras, informações sobre as operações bancárias ativas e passivas dos contribuintes será apreciada no recurso extraordinário representativo da controvérsia jurídica suscitada no RE 601.314/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, em cujo âmbito o Plenário desta Corte reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional. Sendo assim, impõese o sobrestamento dos presentes autos, que permanecerão na Secretaria desta Corte até final julgamento do mencionado recurso extraordinário. Publiquese. Brasília, 21 de maio de 2010. Ministro CELSO DE MELLO Relator (RE 479841, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 21/05/2010, publicado em DJe100 DIVULG 02/06/2010 PUBLIC 04/06/2010) Sendo assim, tenho como inquestionável o enquadramento do presente caso ao art. 26A, §1º, da Portaria 256/09, ratificado pelas decisões acima transcritas, que retratam o quadro descrito pela Portaria nº1, de 03 de janeiro de 2012 (art. 1º, Parágrafo Único). Nesses termos, voto para que seja sobrestado o presente recurso, até o julgamento definitivo do Recurso Extraordinário nº 601.314, pelo STF. Diante de todo o exposto, proponho o SOBRESTAMENTO do julgamento do presente Recurso, conforme previsto no art. 62, §1o e 2o, do RICARF. Observandose que após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. (Assinado digitalmente) Pedro Anan Junior Fl. 602DF CARF MF
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