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Numero do processo: 10670.000247/2003-48
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 11 00:00:00 UTC 2010
Ementa: Normas de Administração Tributária
Ano calendário: 2000
Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — NOVA DECLARAÇÃO DE
COMPENSAÇÃO - Trata-se como novo pedido de restituição/compensação
quando no decurso do processo fora apresentada nova declaração de
compensação em que o interessado declara outro crédito tributário diverso do pleito inicial e requer a substituição da outra declaração de compensação.
Numero da decisão: 1802-000.389
Decisão: Acordam os membros do colegiado por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto da Relatora.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Ester Marques Lins de Sousa
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ementa_s : Normas de Administração Tributária Ano calendário: 2000 Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — NOVA DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO - Trata-se como novo pedido de restituição/compensação quando no decurso do processo fora apresentada nova declaração de compensação em que o interessado declara outro crédito tributário diverso do pleito inicial e requer a substituição da outra declaração de compensação.
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I MINISTÉRIO DA FAZENDA f" CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo n° 10670.000247/2003-48 Recurso n° 165.394 Voluntário Acórdão n° 1802-00.389 — r Turma Especial Sessão de 11 de março de 2010 Matéria IRPJ Recorrente BSB EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA Recorrida 2a.Turma/DRJ/Juiz de Fora/MG Assunto: Normas de Administração Tributária Ano calendário: 2000 Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO — NOVA DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO - Trata-se como novo pedido de restituição/compensação quando no decurso do processo fora apresentada nova declaração de compensação em que o interessado declara outro crédito tributário diverso do pleito inicial e requer a substituição da outra declaração de compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto da Relatora. __- ESTER MARQUES LlhIS DE SOUSA — Presidente e Relato EDITADO EM: ' O 8 ABR 2010 . Participaram da sessão4 julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa (Presidente de Turma), José de Oliveira Ferraz Corrêa, Nelso Kichel, Sérgio Luiz Bezerra Presta (Suplente Convocado), Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior, João Francisco Bianco (Vice Presidente de Turma). Processo n° 10670.00024712003-48 81-TE02 Acórdão me 1802-00389 Il. 2 Relatório Por economia processual e bem resumir a lide adoto o Relatório da decisão recorrida que transcrevo a seguir: A contribuinte acima identificada apresentou a declaração de compensação de fl. 01, utilizando crédito Do IRPJ e da CSLL, ambos do ano-calendário de 2000, demonstrativo de fl. - OZ anexando a cópia da DIPJ/2001 03/39). Em 26/07/2004, conforme consta da manifestação de inconformidade, apresentou declaração retificadora, informando novo crédito e débitos diferentes dos originais. No Despacho Decisório DRF/MCR n o 216, de fls. 88/95, não foi homologada a declaração de compensação de fl 01 face à inexistência do direito creditório pleiteado pela empresa, uma vez que a empresa não apurou em sua Declaração de Informações Económico-Fiscais do exercício de 2001 - DIPJ/2001, ano-calendário de 2000, qualquer valor a título de saldo negativo de IRPJ e C,S7 T. A interessada manifestou sua inconformidade, às fls. 97/99, quando argumenta, em resumo, que: O crédito que realmente pretendia compensar era o informado na retificadora e parece claro que substituir os códigos de tributos preenchidos equivocadamente não deixa de ser corrigir uma inexatidão material; Foi prejudicada pela desconsideração da retificadora, uma vez que a auditora fiscal concluiu que os créditos não existem; A alegado decadência para a compensação do crédito da retificadora não procede, pois no caso dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, como os do presente processo, tem-se o prazo prescricional de 05 anos contados a partir do decurso do prazo decadencial de 05 anos para homologação do lançamento, contando a requerente com 10 anos desde a ocorrência do fato gerador para reaver o indébito. Por fim, requer a reforma do despacho decisório, para homologação da compensação e extinção do débito compensado. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJ/SãoPaulo/SPI) negou a solicitação do pleito em decisão assim ementada: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2000 2 Processo n° 10670.000247/2003-48 81-TE02 Acórdão n.° 1802-00389 Fl. 3 COMPENSAÇÃO Não é permitida a retificação da declaração originalmente apresentada quando da mencionada retificação resultar nova declaração de compensação. A empresa foi cientificada da decisão prolatada mediante o Acórdão n° 09- 17.933 de 10/12/2007, fls.101/105, conforme o Aviso de Recebimento (AR), fl.106-v, em 128/12/2007, e, interpôs recurso ao Conselho de Contribuintes em 23/01/2008 (fls.112/115). A Recorrente alega, em síntese, que de fato, o crédito cuja compensação pretende é o informado na declaração retificadora referente ao ano calendário de 1998. Afirma que uma eventual irregularidade formal não afeta o direito material da recorrente aos créditos informados na retificadora que deveria ter sido tratada pela DRF de Montes Claros, como nova declaração. Finalmente insurge-se contra o prazo prescricional previsto no inciso I, do artigo 168 do CTN e, requer seja reformada a decisão proferida pela DRMFA. É o relatório. 3 Processo n°10670000247/2003.48 81-TE02 Acórdão n.° 1802-00389 Fl. 4 V080 Conselheira ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, kelatora O Recurso Voluntário é tempestivo e reúne os demais requisitos de admissibilidade constantes no Decreto n°70.235/1972. Dele conheço. A empresa interessada requer a refOrnia tia decisão recorrida que indeferiu o direito creditório relativo ao ano calendário de 2000 e, por conseqüência não homologara a declaração de compensação (f1.01102). Entende a recorrente que, havendo apresentado a declaração de compensação fl.57/58, o direito creditório a ser analisado deveria ser o relativo ao ano calendário de 1998, objeto da referida declaração de compensação, intitulada de retificadora. Eis a questão. O artigo 74 da Lei n° 9.430/96 que dispõe sobre a restituição e compensação de tributos e contribuições administrados pela Receita Federal, prescreve no § 14 que compete à Secretaria da Receita Federal disciplinar o disposto neste artigo, de modo que, ao dispor sobre os formulários mediante os quais o interessado formulará o seu pleito, cabe ao mesmo utilizá-los como estabelecido nos atos normativos expedidos pela Receita Federal. A Delegacia da Receita Federal em Montes Claros/MG, órgão competente para se manifestar sobre o pleito, analisou a declaração de compensação (1.01102) à luz das informações efetuadas pelo interessado, relativas ao ano calendário de 2000, concluindo pelo não reconhecimento de direito creditório diante da inexistência de saldo negativo a restituir e por conseqüência não homologara a declaração de compensação (11.01/02). A Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJ/SãoPaulo/SPI) manteve a não homologação da compensação em Acórdão assim ementado (f1.101): Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2000 COMPENSAÇÃO Não é permitida a retificação da declaração originalmente apresentada quando da mencionada retificação resultar nova declaração de compensação. É indubitável que a declaração de compensação (fl.01/02) foi substancialmente alterada pela declaração de compensação f1.57/58. Enquanto na primeira, foi declarado um crédito a compensar relativo a saldo negativo de IRPJ e CSLL, do ano calendário de 2000, a segunda, a título de "retificadora", apresentada anexa ao documento (fl.52), datado de 22/07/2004, diz respeito a declaração de compensação vinculada a crédito tributário relativo a suposto pagamento maior que o devido em 31/07/1998 (código — 2089, IFLPFlucro presumido). Não há dúvida de que esta última trata de nova declaração de compensação. 4 Processo n° 10670.000247/200348 51-TE02 Acórdão n.° 1802-00389 Fl. 5 COM efeito, a declaração de compensação (f1.57/58) não deve ser tratada como retificadora da declaração de compensação (f1.01102), e, sim como novo pedido, por se tratar de nova declaração de compensação, pelos fatos expressos acima. Entendo que, o contribuinte ao apresentar a nova declaração de compensação em que pede a substituição da declaração anteriormente apresentada, mediante o requerimento datado de 22/07/2004 e seus anexos, está implícito o pedido do cancelamento da substituída, nos termos do artigo 9° da Instrução Normativa n° 432, de 22/07/2004, permitindo a análise do novo pedido apresentado antes da decisão administrativa proferida pela Delegacia da Receita Federal em Montes Claros. Assim, e, para que não se alegue cerceamento ao direito de defesa , a autoridade competente deverá analisar a nova Declaração de Compensação (fis.57/58), apresentada em 22/07/2004, à luz da documentação juntada aos autos, podendo se for o caso intimar a interessada a apresentar os documentos fiscais/contábeis que entender necessários. Diante do exposto, e por entender desnecessária a formalização de novo processo administrativo haja vista que os documentos apresentados nos autos evidenciam o pleito do interessado, voto no sentido de DAR provimento PARCIAL ao recurso voluntário, para que a Declaração de Compensação (fis.57/58) apresentada com o requerimento datado de 22/07/2004 (fi.52) seja apreciada pela Delegacia da Receita Federal de Montes Claros - MG, em respeito à competência originaria, conforme disposto no § r do art.74 da Lei n° 9430/96. 11 de março de 2010 ,— ster a ques "ás de MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS Processo : 10670.000247/200348 Recurso : 165394 Acórdão : 1802-00.389 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no § 3° do artigo 81 do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Portaria MF n° 259/2009), intime-se o(a) Senhor(a) Procurador(a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto à Segunda Câmara da Primeira Seção do CARF, a tomar ciência do inteiro ter do Acórdão no 1802-00.389. Brasília - DF, em 14 de abril de 2010 ee.L2 ose Roberto França Secretá5j6 da r Câmara da Primeira Seção CARF Ciente, com a observação abaixo: [ ] Apenas com Ciência [ ] Com Recurso Especial [ ] Com Embargos de Declaração Data da ciência: Procurador(a) da Fazenda Nacional 1
score : 1.0
Numero do processo: 13804.003683/2003-02
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Jan 16 00:00:00 UTC 2012
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Anocalendário:
1994
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO PRESCRIÇÃO.INOCORRÊNCIA
ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO EG SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
TESE DOS CINCO MAIS CINCO. PEDIDO PROTOCOLADO ANTES DA
VIGÊNCIA DA LC 118/05.
Em se tratando de tributo lançado por homologação, o prazo prescricional para que venha o contribuinte pleitear a sua restituição ou mesmo a compensação será de cinco anos contados da data do fato gerador, acrescidos de mais cinco anos da homologação tácita do lançamento, desde que o pedido
formulado o tenha sido formalizado antes do decurso da vacatio legis de 120 dias, da Lei Complementar n. 118/05, ou seja, antes de 9 de junho de 2005.
Precedente do Eg. Supremo Tribunal Federal.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 1801-000.824
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento parcial ao recurso, afastando a preliminar de prescrição do pedido de compensação e determinando o retorno dos autos à unidade de jurisdição para a análise do mérito. Vencidos os conselheiros Magda Azario Kanaan Polanczyk e Jaci de Assis Junior que, em prejudicial, votaram pelo sobrestamento do julgamento até a declaração de trânsito em julgado da decisão do STF (LC 118/05)
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Edgar Silva Vidal
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ementa_s : NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 1994 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO PRESCRIÇÃO.INOCORRÊNCIA ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO EG SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TESE DOS CINCO MAIS CINCO. PEDIDO PROTOCOLADO ANTES DA VIGÊNCIA DA LC 118/05. Em se tratando de tributo lançado por homologação, o prazo prescricional para que venha o contribuinte pleitear a sua restituição ou mesmo a compensação será de cinco anos contados da data do fato gerador, acrescidos de mais cinco anos da homologação tácita do lançamento, desde que o pedido formulado o tenha sido formalizado antes do decurso da vacatio legis de 120 dias, da Lei Complementar n. 118/05, ou seja, antes de 9 de junho de 2005. Precedente do Eg. Supremo Tribunal Federal. Recurso Voluntário Provido em Parte.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 1994 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO PRESCRIÇÃO.INOCORRÊNCIA ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO EG SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TESE DOS CINCO MAIS CINCO. PEDIDO PROTOCOLADO ANTES DA VIGÊNCIA DA LC 118/05. Em se tratando de tributo lançado por homologação, o prazo prescricional para que venha o contribuinte pleitear a sua restituição ou mesmo a compensação será de cinco anos contados da data do fato gerador, acrescidos de mais cinco anos da homologação tácita do lançamento, desde que o pedido formulado o tenha sido formalizado antes do decurso da vacatio legis de 120 dias, da Lei Complementar n. 118/05, ou seja, antes de 9 de junho de 2005. Precedente do Eg. Supremo Tribunal Federal. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento parcial ao recurso, afastando a preliminar de prescrição do pedido de compensação e determinando o retorno dos autos à unidade de jurisdição para a análise do mérito. Vencidos os conselheiros Magda Azario Kanaan Polanczyk e Jaci de Assis Junior que, em prejudicial, votaram pelo sobrestamento do julgamento até a declaração de trânsito em julgado da decisão do STF (LC 118/05) . (Documento assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente. (Documento assinado digitalmente) Fl. 423DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES 2 Edgar Silva Vidal Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: : Luiz Tadeu Matosinho Machado, Magda Azario Kanaan Polanczyk, Jaci de Assis Junior, Edgar Silva Vidal, Marcos Vinícius Barros Ottoni e Ana de Barros Fernandes. Fl. 424DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13804.003683/200302 Acórdão n.º 1801000.824 S1TE01 Fl. 365 3 Relatório A Recorrente apresentou Pedido de Restituição em •02/07/2003 (fls. 01) pleiteando o reconhecimento do direito creditório no valor de R$ 333.436,26, conforme planilhas anexadas (fls. 243/279), decorrente do recolhimento indevido de atualização monetária acrescida aos tributos e contribuições federais , no período de julho a setembro de 1994. O valor reclamado referese a atualização monetária sobre os tributos recolhidos naquele período e que, segundo a Recorrente, contraria as disposições do artigo 34 da Medida Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994, que determinou a interrupção da incidência diária da Unidade de Atualização Monetária – UFIR, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, desde que os respectivo créditos tributários fossem pagos nos prazos originais previstos na legislação tributária. O Pedido de Restituição foi apresentado em formulário, de acordo com disposto no artigo 3º da IN/SRF nº 323, de abril de 2003, dada a impossibilidade de sua elaboração via PER/DCOMP, pois este não aceita cadastramento com pagamentos efetuados há mais de cinco anos, gerando a seguinte mensagem: Darf apresenta data de arrecadação com mais de cindo anos com relação à data de criação (Artigo 168 do CTN') Em Despacho Decisório de 09/2/2007 (fls. 282/285) a DRF em Osasco – SP, indeferiu o pedido de restituição, que restou assim ementado: Assunto: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO Ementa: Pagamento Indevido ou Maior Não deve ser reconhecido o pagamento indevido e/ou a maior quando não se submete aos ditames legais. Prescrição do pleito.Dispositivos Legais: Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966(CTN); IN SRF n° 600, de 2005; Ato Declaratório SRF n° 96, de 26 de novembro de 1992, Lei Complementar n° 118, 9 de fevereiro de 2005.". Cientificada do Despacho em 05/03/2007 (fls. 288), apresentou Manifestação de Inconformidade em 09/3/2007 (fls. 289/317), onde alega: I deixou de observar o disposto da MP542/94, recolhendo indevidamente atualização monetária com base na variação diária da UFIR sobre débitos tributários, após julho de 1994 e, por isso, tem direito à restituição dos valores indevidamente recolhidos; II é absurda a determinação contida na Intimação da DRF em Osasco – SP para que a Recorrente efetue o recolhimento dos débitos não compensados, pois não houve pedido de compensação; III – a prescrição/decadência contida no Despacho Decisório não ocorreu, pois em se tratando de tributos lançados por homologação, o prazo para restituição é de 10 (dez) anos, na sistemática dos cinco mais cinco; de acordo Fl. 425DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES 4 com entendimentos do STJ e do Conselho de Contribuintes; transcrevendo jurisprudências; IV – rejeita a aplicação do disposto no art. 3º da LC 118/2205, pois o STJ firmou entendimento de que sua aplicação só será válida para questões que venham a ocorrer a partir de sua vigência, ou seja, a partir de 10 de junho de 2005. Em sessão de 22 de novembro de 2007, a 2ª Turma da DRJ em Campinas SP, com o Acórdão nº 0520.219, indeferiu a solicitação da Recorrente. Intimada do Acórdão em 29/05/2008 (fls. 324), interpôs Recurso Voluntário em 05/06/2008 (fls. 326/351), onde reprisa as alegações contidas na Manifestação de Inconformidade , pede a reforma do Acórdão recorrido e o provimento do Recurso Voluntário. É o relatório. Fl. 426DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13804.003683/200302 Acórdão n.º 1801000.824 S1TE01 Fl. 366 5 Voto Conselheiro Edgar Silva Vidal, Relator O Recurso Voluntário é tempestivo e dele conheço. A DRJ em Campinas embasou sua decisão nos artigos 156, 165 e 168, todos do CTN e considerou prescritos os valores recolhidos há mais de cinco anos da propositura da ação. Entendeu ainda a DRJ em Campinas SP que a Lei Complementar n° 118, de 9 de fevereiro de 2005, em seu artigo 3º , afastou definitivamente a controvérsia ainda existente em relação à contagem do prazo para repetição de indébito. Art. 3a Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 —Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º o do art. 150 da referida Lei. Art. 4— Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3º'1, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei n" 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional. A Recorrente busca no presente Recurso voluntário ter reconhecido direito à restituição de valores pagos indevidamente. Os valores solicitados foram pagos no período de julho de 1994 a setembro de 1994 cujos períodos de apuração se deram nos meses de junho, julho e agosto de 1994. O Pedido de Restituição foi protocolado em 02/7/2003, ou seja 9 (nove) anos e um mês após os fatos geradores das obrigações.que motivaram os pagamentos indevidos. A matéria em discussão no presente caso – tese dos cinco mis cinco –foi definida com a recente manifestação do Supremo Tribunal Federal, quando analisou as modificações trazidas a lume pela Lei Complementar n. 118/05, nos autos do RE 566.621/RS, julgado sobre o rito do art. 543B do CPC, vejamos: DIREITO TRIBUTÁRIO. LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005. DESCABIMENTO .VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA . NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS. APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005 Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para Fl. 427DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES 6 repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido. Fixada a tese a ser seguida na análise da prescrição, considerandose que os fatos geradores ocorreram em 06, 07 e 08/1994 e o Pedido de Restituição da Recorrente foi protocolado em 07/2003, entendo que o prazo observado, por ser inferior a 10 (dez) anos, enquadrase na sistemática dos cinco mais cinco. Fl. 428DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13804.003683/200302 Acórdão n.º 1801000.824 S1TE01 Fl. 367 7 Diante do exposto voto para dar provimento parcial Recurso Voluntário, afastando a preliminar da prescrição e determino que os autos voltem a unidade de jurisdição da contribuinte para apreciar o mérito da questão. (Documento assinado digitalmente) Edgar Silva Vidal – Relator . Fl. 429DF CARF MF Impresso em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 po r EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 06/03/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES
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Numero do processo: 10725.720082/2005-11
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Aug 08 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano calendário: 2002
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. NORMAS PROCESSUAIS - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – SANEAMENTO
Constatado o vício de omissão apontado pela Embargante, impõe-se sejam acolhidos os embargos para que sejam prestados os devidos esclarecimentos e o vício saneado ainda que mantida a parte dispositiva do acórdão embargado.
Numero da decisão: 1802-001.325
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos para sanar o vício da omissão contida no Acórdão nº 1802-001.180 de 11/04/2012, mantendo-se, contudo, a parte dispositiva do acórdão embargado, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Ester Marques Lins de Sousa
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NORMAS PROCESSUAIS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – SANEAMENTO Constatado o vício de omissão apontado pela Embargante, impõese sejam acolhidos os embargos para que sejam prestados os devidos esclarecimentos e o vício saneado ainda que mantida a parte dispositiva do acórdão embargado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos para sanar o vício da omissão contida no Acórdão nº 1802001.180 de 11/04/2012, mantendose, contudo, a parte dispositiva do acórdão embargado, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Corrêa, Marco Antonio Nunes Castilho, Nelso Kichel, Gustavo Junqueira Carneiro Leão e Marciel Eder Costa. Fl. 160DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 2 Relatório Tratase de Embargos de Declaração opostos pela Fazenda Nacional com base no artigo 65 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (aprovado pela Portaria MF n. 256, de 22/06/2009 e alterações posteriores), sob alegação de “omissão/contradição” no acórdão nº 1802001.180 proferido pelo colegiado dessa Segunda Turma Especial da Primeira Seção de Julgamento do CARF, no processo em epígrafe, em sessão realizada no dia 11/04/2012. O acórdão foi recepcionado na Procuradoria da Fazenda Nacional, em 15/05/2012, e, os embargos foram apresentados em 20/06/2012. Os fundamentos dos embargos são os seguintes que transcrevo, ipsis litteris: O objeto do presente julgado cingese à conclusão do colegiado no sentido de que o pedido de compensação objeto dos autos deve ser analisado conjuntamente a outra PERDCOMP apresentada pela contribuinte, uma vez que tal procedimento demonstra a integral quitação do debito, não restando saldo devedor. Eis a ementa do acórdão: Assunto: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Ano calendário: 2002 Ementa: COMPENSAÇÃO. Cabível a análise de PERDCOMP não apreciado em conjunto com os demais que possuem nexo de causa e efeito, na medida em que dá ao contribuinte o direito de contestar o saldo devedor apurado pela autoridade administrativa na realização do encontro de contas de crédito e débitos tributários. A irresignação da empresa com a decisão acima mencionada, perpetrada mediante apresentação de manifestação de inconformidade dirigida á DRJ, contudo, não se insere na alçada de competência das Delegacias da Receita Federal de Julgamento, conforme acórdão 1218.140 da 4ª Turma da DRJ/RJOI (fls.77/83). Destaca o julgado que "a estas [compensação de oficio], a propósito, existe previsão de rito especifico, detalhado nos art. 34 a 38 da Instrução Normativa SRF n`2 600, de 28/12/2005 , que afasta, a meu ver, a aplicação das regras do Decreto nº 70.235, de 06/03/1972". O CARF, em apreciação ao Recurso Voluntário interposto em face da decisão de primeira instancia, contudo, omitiuse na apreciação da mencionada impropriedade processual, adentrando no mérito da demanda sem qualquer análise acerca de sua eventual (in)competência para tanto. Fl. 161DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10725.720082/200511 Acórdão n.º 1802001.325 S1TE02 Fl. 161 3 Ultrapassada a preliminar acima disposta, cumpre apreciar o mérito e a conclusão do julgado proferido pela Segunda Turma Especial da Primeira Seção do CARF. Na hipótese, a ilustre Conselheira Relatora entende que deve ser homologada a compensação objeto dos autos, tendo em vista que "as autoridades fiscais desconsideraram em seus cálculos que as multas de mora devidas em razão do atraso no pagamento do IRPJ apurado nos meses de fevereiro, março, junho, julho e novembro de 2002 já haviam sido compensadas através da declaração de compensação n9 09409.28205.151204.1.3.04 2661, apresentada pela Recorrente em 15 de dezembro de 2004". Ocorre, todavia, que não há nos autos qualquer documento que comprove tal procedimento, em total descompasso com a afirmação disposta no voto condutor nestes termos: "Conforme relatado, por último, foi anexado ao presente processo cópia do Despacho n`2 675/2009, fls. 114/115, proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Campos do Goitacazes/RJ, exarado no processo nº 10725.720057/200520, no qual tratouse de Declaração de Compensação n9 09409.28205.151204.1.3.042661 em que restou consignada a homologação da compensação no montante de R$ 34.540,99, referente a parte do debito de IRPJ apurado no mês de novembro de 2002." Observando o documento mencionado, juntado às fls. 114/115, podese observar que se trata tãosomente de extrato do referido pedido de compensação, ilegível, em que não se podem extrair as informações acerca de suposta compensação no montante mencionado. Inexiste nos autos o imprescindível Despacho nº 675/2009 que comprova a afirmação da contribuinte neste sentido. Com efeito, mostrase contraditória a determinação contida no voto condutor, respaldada em documento inexistente nos autos, razão pela qual não há esteio para o provimento do Recurso Voluntário. Na remota hipótese de manutenção do provimento do recurso, requer que o colegiado aponte as razões para tanto, sob pena de ensejar cerceamento do direito de defesa. Diante disso, a União (Fazenda Nacional) requer sejam conhecidos e providos os presentes Embargos de Declaração, a fim de sanar a omissões/contradições apontadas. É o relatório. Fl. 162DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 4 Voto Conselheira Relatora Ester Marques Lins de Sousa Conforme relatado o acórdão embargado foi recepcionado pela Procuradoria da Fazenda Nacional, em 15/05/2012, conforme Relação de Movimentação RM, fl.155, considerandose intimada 30 (trinta) dias após (§§ 7º ao 9º, do art.23, do Decreto nº 70.235/72, com a redação dada pela Lei nº 11.547, de 16/03/2007, D.O.U de 19/03/2007). Os embargos foram apresentados em 19/06/2011, portanto, tempestivos, deles conheço. Preliminarmente, a Embargante argüi que a irresignação da empresa com a decisão de primeira instância, perpetrada mediante apresentação de manifestação de inconformidade dirigida à DRJ, não se insere na alçada de competência das Delegacias da Receita Federal de Julgamento, conforme acórdão 1218.140 da 4ª Turma da DRJ/RJOI (fls.77/83). Contudo, o CARF, em apreciação ao Recurso Voluntário interposto em face da decisão de primeira instancia, omitiuse na apreciação da mencionada impropriedade processual, adentrando no mérito da demanda sem qualquer análise acerca de sua eventual (in)competência para tanto. Conforme relatado no acórdão embargado, fl.153, a 4ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJI/Rio de Janeiro/RJ) sob o fundamento de que a Interessada não contesta as razões que levaram a autoridade fiscal a negar homologação às compensações informadas nas DCOMP's de fls. 01/07 e 08/12, e que, sua discordância limitase aos procedimentos adotados na compensação de oficio, determinada pela autoridade fiscal, decidiu por NÃO CONHECER da manifestação de inconformidade apresentada pela Interessada, conforme o venerando Acórdão nº 1218.140, de 14 de fevereiro de 2008 (fls.77/83), cientificado à interessada em 20/03/2008, fl.90. Consta dessa decisão de 1ª instância que, a legislação que disciplina os processos de restituição, ressarcimento e compensação, no âmbito da Receita Federal, só prevê a aplicação do rito processual do Decreto n° 70.235, de 06/03/1972, para as manifestações de inconformidade contra nãoreconhecimento de direito creditório ou nãohomologação de compensação efetuada pelo sujeito passivo (art. 74, §§ 9° e a 11, da Lei n° 9.430, de 27/12/1996, com redação dada pela Lei no 10.833, de 29/12/2003; art. 48, e §§, da Instrução Normativa SRF n° 600, de 28/12/2005). Diante de tal restrição, entende que as Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento não são competentes para apreciar manifestações de inconformidade contra compensações realizadas de ofício. Na verdade, o acórdão embargado não afirmou de forma expressa que a DRJ ao declarar sua incompetência e “NÃO CONHECER” da manifestação de inconformidade do interessado incorreu em equívoco processual, na medida em que, o litígio decorre de pedido de restituição para compensação de débitos declarados (PERDCOMP) e, a fase contenciosa do processo segue, em linhas gerais, o rito do Decreto nº 70.235/1972. Com efeito, no processo de PERDCOMP, a fase inicial se dá com o pleito do contribuinte e fica concluída com o Despacho Decisório no qual o chefe da unidade que jurisdiciona o domicílio do sujeito passivo, se manifesta quanto à procedência ou não do pleito. Assim, o ato administrativo que contestado, dá margem à inauguração da fase contenciosa, no presente caso, é o Despacho Decisório da Delegacia da Receita Federal em Campos dos Goytacazes — RJ, não importando os procedimentos adotados para a extinção parcial dos débitos pela via da compensação na forma como efetuada pelo sujeito passivo ou alternativamente pela Fl. 163DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10725.720082/200511 Acórdão n.º 1802001.325 S1TE02 Fl. 162 5 “compensação de ofício”, como a melhor forma encontrada pelo Fisco, a teor do mencionado Despacho Decisório (fl.37) a seguir, notadamente o item “b”: DESPACHO DECISÓRIO O Delegado da Receita Federal do Brasil em Campos dos Goytacazes, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 250 do Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF n.° 30, de 25 de fevereiro de 2005, tendo em vista as conclusões e os fundamentos legais reproduzidos no PARECER MACO/DRF/CGZ/RJ n° 056/2005, fls. 33 a 36, e considerando o disposto nos artigos 10, 28, 29, 30, 34 e 48 da Instrução Normativa SRF n.° 460, de 18 de outubro de 2004, DECIDE: a) NÃO HOMOLOGAR as compensações efetuadas nas DCOMP n° 24521.13798.291004.1.3.044979 e 30838.51314.291004.1.3.04 3731, por inexistência de direito creditório na forma como pleiteada; b) COMPENSAR DE OFÍCIO os recolhimentos efetuados a título de IRPJ —estimava mensal para o PA 1212002 com os débitos da mesma natureza apurados no decorrer do anocalendário de 2002; c) DETERMINAR a cobrança do valor de R$ 34.540,99, relativo a parte do débito de IRPJ estimativa mensal, código 2362, apurado no mês de novembro de 2002, com vencimento em 31/12/2002, por ter remanescido à compensação de oficio citada no item precedente; (...) Vale consignar que a própria autoridade administrativa da DRF/ em Campos dos Goytacazes — RJ, para justificar a extinção dos débitos pela compensação com os créditos apurados, assim se manifestou no aludido PARECER MACO/DRF/CGZ/RJ n° 056/2005: ... 12. Considerando que, ainda que indevido o recolhimento por estimativa, tal crédito somente estaria disponível para dedução do IRPJ devido ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo da IRPJ do período, a rigor, à luz do que preceitua a legislação em vigor, a compensação efetuada deveria não ser homologada e a contribuinte deveria ser intimada a recolher os débitos indevidamente compensados e a retificar sua declaração para inclusão dos valores recolhidos indevidamente para, então, apurar saldo negativo de IR e utilizálo, posteriormente, para novas compensações. Ou seja, a contribuinte deveria efetuar recolhimentos para ficar com crédito junto à Fazenda nacional, o que não se afigura compatível com o principio da razoabilidade, que é uma diretriz de bomsenso, aplicada ao Direito. Esse bomsenso jurídico se faz necessário à medida que as exigências formais que decorrem do princípio da legalidade tendem a reforçar mais o texto das normas que o seu espírito. 13. Ora, a legislação, ao permitir que a própria contribuinte, ao apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela Receita Federal do Brasil RFB, possa utilizálo na compensação de débitos e que tal compensação extingue o débito sob condição resolutória de ulterior homologação do procedimento, claramente Fl. 164DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 6 busca simplificar o cumprimento das obrigações. No caso em comento, ao invés de efetuar os recolhimentos em atraso, informando todos para o PA 12/2002, a contribuinte poderia ter utilizado darf segregados para os meses em que apurou débito de estimativa mensal e, neste caso, estaria efetuando mero recolhimento em atraso, os quais deveriam estar acompanhados dos respectivos acréscimos legais. 14. Portanto, inferese que a forma mais adequada ao tratamento do caso seria não homologar a compensação efetuada e proceder, de oficio, à compensação dos débitos relacionados nas DCOMP com os recolhimentos efetuados. Quanto ao preceito do § 2° do art 34, da IN SRF 460/2004, o qual determina que, previamente à compensação de oficio, deverá ser solicitado ao sujeito passivo que se manifeste quanto ao procedimento no prazo de quinze dias, presumese que o interesse da contribuinte em compensar os débitos, manifestado nas DCOMP apresentadas, suprem a necessidade da comunicação formal enviada pela RFB. 15. Desta forma, foi procedida à alocação dos recolhimentos efetuados aos débitos apurados de estimativa mensal no ano calendário de 2002 fls.27 a 29). Em razão da falta de recolhimento do valor relativo à multa de mora e ao fato de que a utilização da alocação linear dos créditos aos débitos resultaria em débito de tributo e crédito de juros, foram considerados os recolhimentos pelos seus valores totais (fl. 26). Os débitos foram, também, considerados pelos seus valores totais, sem considerar as vinculações a compensação e a pagamento informadas em DCTF pela contribuinte (fl. 25). (...) Grifei Como se vê no próprio Parecer MACO/DRF/CGZ n° 056/2005, às fls. 33/36 que deu fundamento ao despacho decisório já afasta o entrave processual, ao possível entendimento da compensação efetuada como se fosse de ofício, visto que presumiu o interesse da contribuinte, em compensar os débitos, manifestado nas DCOMP apresentadas. Com efeito, o rito processual do PERDCOMP não depende da forma como decidida no Despacho Decisório. Entender à contrário senso conduziria o resultado em cerceamento ao direito de defesa, pois, a alternativa razoável adotada pelo Fisco e intitulada de “compensação de ofício” resultaria em decisão definitiva, sem oportunidade ao contribuinte para contestar o despacho decisório. Ademais a alternativa dada pelo Fisco em proceder a compensação ocorreu pelo aproveitamento dos créditos, como estampado e transcrito acima. A DRF nãohomologou as compensações por inexistência de direito creditório “na forma como pleiteada”, mas procedeu a compensação dos recolhimentos efetuados a título de IRPJ — estimava mensal para o PA 12/2002 com os débitos da mesma natureza apurados no decorrer do anocalendário de 2002, o que denominou de “compensação de ofício”, adotando o princípio da razoabilidade, eficiência e eficácia. A decisão da DRJ é incompatível com o bomsenso desenvolvido no despacho decisório da autoridade administrativa da DRF/ em Campos dos Goytacazes — RJ que, embora com ressalvas ao procedimento adotado mas por atender ao princípio da razoabilidade, e, sem ofensa à legalidade, procedeu à compensação dos débitos relacionados nas DCOMP com os recolhimentos efetuados. Desse modo, dúvida não há que o saldo devedor resultante do encontro de contas relativas aos débitos declarados nas DCOMP discutidas é a matéria controvertida a ser dirimida nos Fl. 165DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10725.720082/200511 Acórdão n.º 1802001.325 S1TE02 Fl. 163 7 presentes autos, para a qual a pessoa jurídica apresentou a manifestação de inconformidade, não conhecida pela Delegacia de Julgamento, em virtude da equivocada incompetência declarada. Sobre a competência do julgamento em primeira instância, em processos administrativos relativos a compensação, transcrevo o artigo 61 do Decreto nº 7.574, de 29/09/2011, verbis: Art.61.O julgamento de processos sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e os relativos à exigência de direitos antidumping e direitos compensatórios, compete em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento, órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal do Brasil (Decreto no 70.235, de 1972, art. 25, inciso I; Lei no 9.019, de 30 de março de 1995, art. 7o, § 5o). Parágrafo único.A competência de que trata o caput inclui, dentre outros, o julgamento de: ... II manifestação de inconformidade do sujeito passivo em processos administrativos relativos a compensação, restituição e ressarcimento de tributos, inclusive créditos de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI (Lei no 8.748, de 1993, art. 3o, inciso II; Lei no 9.019, de 1995, art. 7o, §1o e §5o); e ... O contribuinte fora cientificado do despacho decisório em 28/08/2006 (fl.40) para apresentar sua manifestação de inconformidade. A inconformidade da recorrente residia em que o saldo devedor remanescente à compensação já havia sido compensado via Declaração de Compensação nº 09409.28205.151204.1.3.042661, apresentada pela Recorrente em 15 de dezembro de 2004. Do exposto, resta demonstrado o equívoco da DRJ em não conhecer da manifestação de inconformidade do contribuinte sob o fundamento de que não se insere na alçada de competência das Delegacias da Receita Federal de Julgamento, conforme acórdão 1218.140 da 4ª Turma da DRJ/RJOI (fls.77/83), pois, da mencionada inconformidade demandaria a análise e decisão fundamentada sob pena de sua nulidade por cerceamento ao direito de defesa. A Embargante aduz que no acórdão embargado se adentrou no mérito da demanda sem qualquer análise acerca de sua eventual (in)competência para tanto. Reconhecese, pois, a omissão apontada pela Embargante. Com efeito, afastada a preliminar da incompetência suscitada pela DRJ, poderiam os autos ter sido devolvidos àquele órgão, para a análise da manifestação da inconformidade. No entanto, em sede de segunda instância, o acórdão embargado decidindo em favor do sujeito passivo, prescindiu da declaração de nulidade, nos termos do § 3º do artigo 12 do mesmo Decreto nº 7.574/2011, verbis: Art. 12. São nulos (Decreto nº 70.235, de 1972, art. 59): I os atos e os termos lavrados por pessoa incompetente; e Fl. 166DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 8 II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. §1oA nulidade de qualquer ato só prejudica os atos posteriores que dele diretamente dependam ou sejam consequência. §2oNa declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. §3oQuando puder decidir o mérito em favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará, nem mandará repetir o ato, ou suprirlhe a falta. Como visto, não houve incompetência ou impedimento por parte desse colegiado em analisar o mérito do Recurso Voluntário apresentado pela interessada com os mesmos fundamentos expendidos na impugnação ao qual foi dado provimento. Sobre o mérito, alega a Embargante que no voto condutor do acórdão embargado a Relatora entende que deve ser homologada a compensação objeto dos autos, tendo em vista que "as autoridades fiscais desconsideraram em seus cálculos que as multas de mora devidas em razão do atraso no pagamento do IRPJ apurado nos meses de fevereiro, março, junho, julho e novembro de 2002 já haviam sido compensadas através da declaração de compensação n9 09409.28205.151204.1.3.042661, apresentada pela Recorrente em 15 de dezembro de 2004". O mencionado texto contido nos embargos merece correção por não ser a expressão real contida no acórdão embargado, que assim se pronunciou, citando a defesa da Recorrente verbis: A Recorrente destaca que, as autoridades fiscais desconsideraram em seus cálculos que as multas de mora devidas em razão do atraso no pagamento do IRPJ apurado nos meses de fevereiro, março, junho, julho e novembro de 2002 já haviam sido compensadas através da declaração de compensação n° 09409.28205.151204.1.3.042661, apresentada pela Recorrente em 15 de dezembro de 2004. (Grifei) Nesse contexto, é que se deu a motivação no voto condutor do acórdão embargado, para a análise do recurso voluntário apresentado, por este colegiado, vejamos: Ora, não poder o contribuinte se insurgir contra o saldo devedor apurado pela autoridade administrativa na análise conjunta dos PERDCOMPs, seria o mesmo que limitar a produção da defesa a ser superada de forma sintetizadora pela DRF de origem, a exemplo do Parecer MACO/DRF/CGZ n° 056/2005, às fls. 33/36. Assim, cabível a análise de PERDCOMP não apreciado em conjunto com os demais que possuem nexo de causa e efeito, na medida em que dá ao contribuinte o direito de contestar o saldo devedor apurado pela autoridade administrativa na realização do encontro de contas de crédito e débitos tributários. Argumenta a Embargante, que não há nos autos qualquer documento que comprove tal procedimento, em total descompasso com a afirmação disposta no voto condutor nestes termos: "Conforme relatado, por último, foi anexado ao presente processo cópia do Despacho nº 675/2009, fls. 114/115, proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Campos do Goitacazes/RJ, exarado no processo nº 10725.720057/200520, no Fl. 167DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10725.720082/200511 Acórdão n.º 1802001.325 S1TE02 Fl. 164 9 qual tratouse de Declaração de Compensação n9 09409.28205.151204.1.3.042661 em que restou consignada a homologação da compensação no montante de R$ 34.540,99, referente a parte do debito de IRPJ apurado no mês de novembro de 2002." Aduz que: Observando, o documento mencionado, juntado às fls. 114/115, podese observar que se trata tãosomente de extrato do referido pedido de compensação, ilegível, em que não se podem extrair as informações acerca de suposta compensação no montante mencionado. Inexiste nos autos o imprescindível Despacho nº 675/2009 que comprova a afirmação da contribuinte neste sentido. Com efeito, mostrase contraditória a determinação contida no voto condutor, respaldada em documento inexistente nos autos, razão pela qual não há esteio para o provimento do Recurso Voluntário. A afirmação feita pela Embargada está equivocada pois se reporta aos extratos fls.114/115, do presente processo, e não, ao Despacho nº 675/2009, fls. 114/115, proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Campos do Goitacazes/RJ, exarado no processo nº 10725.720057/200520, acostado aos presentes autos, ou seja: cópia do Despacho nº 675/2009, fls. 114/115, proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Campos do Goitacazes/RJ, exarado no processo nº 10725.720057/200520, no qual tratouse de Declaração de Compensação nº 09409.28205.151204.1.3.042661 em que restou consignada a homologação da compensação no montante de R$ 34.540,99, referente a parte do debito de IRPJ apurado no mês de novembro de 2002. Tal documento encontrase comprovado com arquivo eletrônico nos presentes autos, como pode ser constatado pela Embargante no “eprocesso”. Como se vê, resta patente e infundada a contradição apontada pela Embargante, pois, fundada em documento a que não se reportou o voto condutor do acórdão embargado. Assim, não há qualquer fundamento para que sejam acolhidos os Embargos apresentados sob o pretexto de que o julgado embargado foi viciado por contradição. A rigor, acolho os presentes embargos, apenas para deixar claro sobre a suposta omissão quanto à incompetência arguida pela Delegacia de Julgamento para não conhecer da manifestação de inconformidade apresentada pela pessoa jurídica. Contudo, reconhecida a competência da DRJ, foi suprida a falta da análise do mérito pelo acórdão embargado a favor do sujeito passivo, conforme acima evidenciado. Diante das considerações acima, voto no sentido de que sejam acolhidos parcialmente os embargos de declaração, apenas, quanto à omissão apontada pela Embargante, ratificandose os demais termos do acórdão embargado. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa. Fl. 168DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 10 Fl. 169DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 24/ 08/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
score : 1.0
Numero do processo: 10283.002017/2007-19
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 23 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Ano calendário:2003
IRRF COMPROVANTE DE RETENÇÃO
Não é aceita como prova de retenção de imposto de renda na fonte a simples juntada de notas fiscais. O reconhecimento de tal retenção se faz através do valor registrado a titulo de IR FONTE
no documento fornecido pela fonte pagadora, denominado de "Comprovante de Retenção de Imposto de Renda na Fonte”.
Numero da decisão: 1401-000.461
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reduzir em R$ 6.972,28 o valor do saldo negativo de IRPJ – ano calendário de 2003, conforme expresamente solicitado pela Recorrente, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencidas a conselheira Viviani Aparecida Bacchmi, que não conhecia o pedido de redução do valor do saldo negativo de IRPJ e, quanto as retenções não consideradas pelo Relator, determinava diligência para verificar se o IRRF foi retido e a receita foi tributada, e a conselheira Karem Jureidini Dias, que não conhecia o pedido de redução do valor do saldo negativo de IRPJ; e quanto as retenções não consideradas pelo Relator, determinava diligência para verificar a retenção na fonte apenas em relação às empresas não relacionadas.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS
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Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2003 IRRF COMPROVANTE DE RETENÇÃO Não é aceita como prova de retenção de imposto de renda na fonte a simples juntada de notas fiscais. O reconhecimento de tal retenção se faz através do valor registrado a titulo de IR FONTE no documento fornecido pela fonte pagadora, denominado de "Comprovante de Retenção de Imposto de Renda na Fonte”. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reduzir em R$ 6.972,28 o valor do saldo negativo de IRPJ – ano calendário de 2003, conforme expresamente solicitado pela Recorrente, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencidas a conselheira Viviani Aparecida Bacchmi, que não conhecia o pedido de redução do valor do saldo negativo de IRPJ e, quanto as retenções não consideradas pelo Relator, determinava diligência para verificar se o IRRF foi retido e a receita foi tributada, e a conselheira Karem Jureidini Dias, que não conhecia o pedido de redução do valor do saldo negativo de IRPJ; e quanto as retenções não consideradas pelo Relator, determinava diligência para verificar a retenção na fonte apenas em relação às empresas não relacionadas. (assinado digitalmente) VIVIANE VIDAL WAGNER Presidente. (assinado digitalmente) FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Relator. Fl. 1177DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER 2 EDITADO EM: 04/04/2011 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Viviane Vidal Wagner, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Antonio Bezerra Neto, Maurício Pereira Faro, Viviani Aparecida Bacchmi e Karem Jureidini Dias. Relatório Por bem descrever os fatos, adoto parcialmente o relatório que integra o Acórdão recorrido (fls. 980, verso): Versa o presente litígio sobre manifestação de inconformidade em face do despacho decisório de fls. 860 a 864. Nesta decisão não foi homologada a compensação pleiteada pelo contribuinte tendo em vista que na reconstituição da apuração anual do IRPJ do anocalendário 2003 foi encontrado um saldo a pagar de IRPJ no valor de R$ 594.169,20 sendo, portanto improcedente o pedido de reconhecimento de direito creditório no valor de R$ 416.708,85. Cientificada em 20/12/2007 (fl. 864) do despacho decisório de fls. 860 a 864, a empresa, inconformada, apresentou em 18/01/2008, a manifestação de inconformidade de fls. 876 a 881, na qual alega em síntese que: 1. o montante correto para constar no item IRRF fonte na tabela de fl. 863 seria o valor de R$ 9.976.073,31 e não R$ 8.965.195,27 como foi utilizado pelo Auditor Fiscal que analisou o pleito em debate; 2. o valor de R$ 9.849.8962,34, conforme tabela na fl. 908, se refere às retenções efetuadas pelos agentes financeiros em operações realizadas pela requerente; 3. o valor de R$ 82.426,64, conforme tabela de fl. 937, se refere aos serviços realizados pela requerente e que sofreram a retenção na fonte pelos tomadores; 4. o valor de R$ 43.684,33, conforme darf de fl. 944, é relativo à diferença apurada no mês de dezembro de 2003. Requer, por fim, o acolhimento, na íntegra, de suas razões de manifestação de Inconformidade, com o deferimento do seu pedido e, conseqüentemente, a homologação das compensações além do não lançamento do montante de R$ 594.169,20, considerando as razões expostas pela requerente no caso em tela. A 1ª Turma da DRJ Belém, por unanimidade, deferiu em parte a solicitação da contribuinte, por meio do Acórdão DRJ nº 0111.424, de 03/07/2008, assim ementado (v. fls 980): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Fl. 1178DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER Processo nº 10283.002017/200719 Acórdão n.º 140100.461 S1C4T1 Fl. 1.148 3 Anocalendário: 2003 SALDO NEGATIVO DE IRPJ. IRRF. Devem ser considerados para o cálculo do saldo negativo do IRPJ os valores confirmados em DIRF referentes ao IRRF. Solicitação Deferida em Parte Cientificada do Acórdão em 31/07/2008 (fls. 982), a contribuinte interpôs em 29/08/2008 o recurso voluntário de fls. 10141024, com base nos seguintes argumentos: a) o Acórdão recorrido considerou como créditos compensáveis valores alienígenas à compensação pleiteada. Às fls. 1017, apresentou uma relação de 13 retenções na fonte, no valor de R$ 6.972,28, valor este considerado pelo Fisco porém não solicitado pela contribuinte. No entender da Recorrente, “os valores acima ordenados NÃO fazem parte da prentensão da Recorrente. Logo, em prejuízo ao acórdão guerreado, devem ser extirpados, sob pena da não verificação da regular compensação realizada pela Recorrente (fls. 1017, grifado no original); b) o Acórdão recorrido errou ao afirmar que apenas os valores retidos confirmados em DIRF são passíveis de compensação. Segundo a Recorrente, “a eventual não informação dos valores retidos em DIRF pode ser superada pela apresentação/juntada das respectivas notas fiscais“ (fls. 1019, grifado no original). Neste sentido, mencionou precedentes do extinto Primeiro Conselho de Contribuintes. Juntou aos autos todas as notas fiscais que, no seu entendimento, comprovam a retenção do imposto nos casos não considerados pelo Acórdão recorrido (fls. 10281145); c) o Acórdão recorrido também errou ao afirmar que o valor de R$ 43.684,33, fl. 944, foi considerado pela unidade de origem em sua decisão. Segundo a Recorrente, “com efeio, a partir de qualquer exercício matemátivo que se faça, verificamos que em nenhum momento a Administração considerou lo valor vertente”(fls. 1022, grifado no original). Neste termos, requereu o provimento do seu recurso voluntário. É o relatório. Voto Conselheiro Fernando Luiz Gomes de Mattos O recurso atende aos requisitos legais, razão pela qual deve ser conhecido. Passo a analisar individualmente cada uma das alegações da Recorrente. Fl. 1179DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER 4 Solicitação de exclusão de valores não pleiteados pela contribuinte A Recorrente afirma que o Acórdão recorrido considerou como créditos compensáveis valores não pleiteados pela contribuinte. Estes valores, que alcançam o montante de R$ 6.972,28, encontramse discriminados em tabela específica, fls. 1017. Sobre o tema, afirma a Recorrente, às fls. 1017 (grifos do original): Insistase, os valores acima ordenados NÃO fazem parte da prentensão da Recorrente. Logo, em prejuízo ao acórdão guerreado, devem ser extirpados, sob pena da não verificação da regular compensação realizada pela Recorrente. Assiste razão à Recorrente. O Fisco deve se ater ao pedido formulado, não devendo incluir, de ofício, outros créditos no pedido de compensação apresentado pela contribuinte. Assim sendo, em estrito atendimento ao pedido da Recorrente, considero que deve ser excluído o valor de R$ 6.972,28 do montante do direito creditório reconhecido, relativo ao saldo negativo de IRPJ referente ao anocalendário de 2003. Admissibilidade das notas fiscais emitidas pelo interessado como elemento de prova suficiente para reconhecimento do IRRF A Recorrente considera que a ausência de informação dos valores retidos em DIRF pode ser superada pela apresentação/juntada das respectivas notas fiscais. Por esta razão, juntou aos autos todas as notas fiscais que, no seu entendimento, comprovam a retenção do imposto nos casos não considerados pelo Acórdão recorrido (fls. 10281145); Não assiste razão à Recorrente. Por óbvio, a escrituração contábil e os documentos produzidos pela própria pessoa contra ela fazem prova. No entanto, a recíproca não é verdadeira. Para o interessado constituir prova a seu favor, não basta carrear aos autos elementos por ele mesmo produzidos; deverá ratificálos por outros meios probatórios, cuja formação não tenha dependido exclusivamente da sua vontade. No caso específico do imposto de renda retido na fonte, esse entendimento está estampado expressamente na própria lei (art. 55, Lei n° 7.450/85), que exige para o reconhecimento do direito creditório a apresentação do comprovante da retenção emitido pela fonte pagadora. Vejamos a redação do dispositivo legal: Art 55 O imposto de renda retido na fonte sobre quaisquer rendimentos somente poderá ser compensado na declaração de pessoa física ou jurídica, se o contribuinte possuir comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora dos rendimentos. Dessarte, a apresentação de meras notas fiscais, que são documentos elaborados pelo próprio interessado, não é suficiente para comprovar o alegado direito. Esse tem sido também o entendimento de outras Câmaras desse Conselho, conforme acórdão que abaixo transcrevo: Fl. 1180DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER Processo nº 10283.002017/200719 Acórdão n.º 140100.461 S1C4T1 Fl. 1.149 5 Nesse sentido tem sido a jurisprudência dominante no âmbito desse Conselho, conforme demonstram os seguintes julgados: Acórdão 10514858, de 01/12/2004, unânime. IRRF COMPROVANTE DE RETENÇÃO Não é admitida como prova de retenção de imposto de renda na fonte a juntada de notas fiscais. O reconhecimento de tal retenção se faz através do valor registrado a titulo de IR FONTE no documento fornecido pela fonte pagadora denominado de "Comprovante de Retenção de Imposto de Renda na Fonte”. Acórdão 10809.757, de 12 de novembro de 2008, unânime IMPOSTO DE RENDA NA FONTE O aproveitamento do imposto de renda retido na fonte sujeitase à comprovação de que as receitas sobre as quais incidiu o referido imposto integraram a base de cálculo para a determinação do lucro apurado e à apresentação dos correspondentes comprovantes de retenção emitidos pela fonte pagadora. Recurso voluntário negado. Acórdão 10323.022, de 23 de maio de 2006, por maioria IRRF COMPROVANTE DE RETENÇÃO Não é admitida como prova de retenção de imposto de renda na fonte a juntada de notas fiscais. O reconhecimento de tal retenção se faz através do valor registrado a titulo de IR FONTE no documento fornecido pela fonte pagadora denominado de "Comprovante de Retenção de Imposto de Renda na Fonte" DARF de fls. 944, no valor de R$ 43.684,33 Sobre este assunto, assim se manifestou o Acórdão recorrido, fls. 980981 (grifado): O contribuinte alega que o valor de R$ 43.684,33, conforme darf de fl. 944, é relativo à diferença apurada no mês de dezembro de 2003 e que não foi considerado no despacho decisório. Ocorre que este valor foi considerado pela unidade de origem na sua decisão (fl. 863) conforme documento de fl. 828 (SINAL 02). Contrapondose a esta afirmação, a Recorrente alega que o aludido valor de R$ 43.684,33 não foi considerado pela unidade de origem em sua decisão. Não assiste razão à Recorrente. Analisandose o Parecer DRFB/MNS/AM/SEORT de fls. 860863, constata se que foram considerados os valores de todos os DARFs recolhidos com o código de receita Fl. 1181DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER 6 2362, constantes do sistema Sinal02, referentes ao anocalendário de 2003. A impressão da tela do aludido sistema encontrase às fls. 828, documento corretamente mencionado pelo Acórdão recorrido, conforme trecho acima transcrito. Analisandose o documento de fls. 828, constatase que os recolhimentos constantes do sistema Sinal02, referentes ao anocalendário 2003, devidamente considerados pelo Fisco, abrangem o recolhimento no valor originário de R$ 43.684,33, reivindicado pela Recorrente. Vale dizer que o somatório dos valores recolhidos a título de estimativa no anocalendário de 2003 (incluindo o DARF em litígio) importou em R$ 15.476.744,15, conforme consta da tabela apresentada pela unidade de origem às fls. 863. Este documento também foi corretamente mencionado pelo Acórdão recorrido. Diante do exposto, concluo que o Acórdão recorrido não merece quaisquer reparos. Dispositivo Diante de todo o exposto, voto no sentido de dar provimento parcial ao recurso voluntário, apenas para reduzir em R$ 6.972,28 o valor do saldo negativo de IRPJ – ano calendário de 2003, conforme expresamente solicitado pela Recorrente. Desta forma, resulta reconhecido o valor de o direito creditório relativo ao saldo negativo de IRPJ (anocalendário de 2003) no valor de R$ 296.830,18. Cópia desta decisão deve ser anexada ao processo de representação fiscal especificado no despacho decisório de fl. 864 para uma possível revisão de oficio do lançamento, caso já tenha sido efetuado. (assinado digitalmente) Fernando Luiz Gomes de Mattos Relator Fl. 1182DF CARF MF Emitido em 24/08/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS Assinado digitalmente em 04/04/2011 por FERNANDO LUIZ GOMES DE MATTOS, 26/04/2011 por VIVIANE VIDAL WAGNER
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Numero do processo: 11610.006870/2003-81
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 09 00:00:00 UTC 2013
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Ano-calendário: 2000, 2001, 2002
DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO DCOMP/ PER/DCOMP COMPENSAÇÃO
DE SALDO NEGATIVO DE IRPJ
Não se homologa DCOMP e PER/DCOMP que declaram como crédito
saldos negativos de IRPJ que já haviam sido utilizados em sua totalidade em compensações sem processo, declaradas em DCTF.
DECADÊNCIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO OCORRÊNCIA
Não há decadência do processo administrativo fiscal que segue os trâmites previstos no Decreto nº 70.235/72, sendo encerrado somente após decisão final da Autoridade Fiscal.
Numero da decisão: 1401-000.999
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar
provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Maurício Pereira Faro
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DECADÊNCIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO OCORRÊNCIA Não há decadência do processo administrativo fiscal que segue os trâmites previstos no Decreto nº 70.235/72, sendo encerrado somente após decisão final da Autoridade Fiscal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Jorge Celso Freire da Silva – Presidente. (assinado digitalmente) Maurício Pereira Faro Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Alexandre Antonio Alkmin Teixeira, Mauricio Pereira Faro e Sérgio Luiz Bezerra Presta. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 61 0. 00 68 70 /2 00 3- 81 Fl. 392DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 3 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto pelo Contribuinte, por bem resumir a questao, adoto o relatorio da decisao a quo: CNEC ENGENHARIA S/A manifesta inconformidade com Despacho Decisório, proferido pela Divisão de Orientação e Análise Tributária/EQPIR, da Delegacia de Administração Tributária em São Paulo – DERAT (fls. 272 a 291) que reconheceu parcialmente o direito creditório da contribuinte e homologou também parcialmente as DCOMP apresentadas, todas relativas ao saldo credor de IRPJ dos anoscalendário de 2000, 2001 e 2002. Ao analisar o crédito, o auditor fiscal verificou que a empresa embora tenha apresentado DCOMP em 13/05/2003 (fls. 01), declarando compensação de um débito próprio com crédito de seu saldo negativo de IRPJ apurado na DIPJ de 2003, anobase 2002, o valor declarado como o do saldo negativo (R$ 199.908,72), diverge do encontrado à linha 18 da ficha 12 A da DIPJ/2003 (fls. 230), onde consta o valor de R$ 532.787,13. Outras DCOMP transmitidas apresentaram valor idêntico ao encontrado na DIPJ/2003. Considerando essas informações o auditor fiscal analisou o valor do saldo negativo alegado como sendo de R$ 532.787,13, relativo ao anocalendário de 2003. Esse saldo negativo foi formado por compensações sem processo de estimativas com saldos negativos de períodos anteriores e, por esse motivo, o auditor fiscal analisou os alegados saldos negativos de IRPJ apurados nos anoscalendário de 1999 a 2002, uma vez que tais compensações eram permitidas à época. AnoCalendário de 1999 Relativamente ao anocalendário de 1999, a própria empresa havia declarado na DIPJ/2000, não haver qualquer saldo negativo, conforme os valores constantes à ficha 13 A, linha 18 (fls. 18). Ano Calendário de 2000 Nesse anocalendário, a empresa alega possuir saldo negativo passível de compensação no valor R$ 756.885,31 (fls. 28) formado por IRRF retido, inclusive por órgãos públicos e de pagamentos de antecipações de IRPJ, por estimativa. Do IRF retido, a empresa utilizou R$ 335.193,43 para abater o valor das estimativas mensais recolhidas e outros R$ 94.009,45 foram declarados à linha 13 da ficha 12 A (fls.28), totalizando R$ 429.202,88. Confrontando esse valor com o constante na pesquisa SIEF/DIRF (R$ 421.317,93), o auditor fiscal efetuou um pequeno ajuste no valor declarado à linha 13, pois a Fl. 393DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 4 3 contribuinte utilizou valor de IRRF superior ao constante na DIRF onde ele aparece como beneficiária. Quanto ao IRF retido por órgãos públicos, embora a contribuinte tenha declarado o valor de R$ 93.368,70, deduzido nas estimativas mensais e R$ 43.122,07 declarados à linha 14 da ficha 12 A (fls. 28), totalizando R$ 136.490,77, somente foi confirmado no sistema SIEF/DIRF, o valor de R$ 86.558,35, e o auditor fiscal corrigiu o valor reconhecido. O auditor fiscal apurou, entretanto que a contribuinte ofereceu rendimentos em montante compatível à retenção de IRRF, conforme tabela de fls. 275. Quanto às estimativas de IRPJ, essas foram vinculadas em DCTF a um pagamento e á compensações (fls. 57 e 58), sendo que o pagamento foi confirmado no sistema Sinal 08. Quanto às compensações, em três delas o crédito alegado tem origem em saldos negativos de IRPJ, mas em duas delas (janeiro e março) estão indicados dois processos administrativos de restituição enquanto que na outra o compensação teria se dado sem processo, com saldo negativo de período anterior ou seja do AC 1999 (fls. 60 a 62). As compensações dos processos administrativos foram consideradas confirmadas, mas não a compensação sem processo, pois não havia saldo negativo de IRPJ, relativo ao anocalendário de 1999. Desse modo, para o anocalendário de 2000, o saldo negativo de IRPJ, passível de ser utilizado, foi apurado pelo auditor fiscal como sendo de R$ 661.296,51. Entretanto, o auditor fiscal apurou que a contribuinte efetuou em DCTF, setenta compensações utilizando esse saldo negativo de 2000 (fls.69 a 138) e com ajuda do sistema de cálculo NeoSapo foi possível verificar que esse saldo negativo quita apenas parte dos débitos ( fls.139 a 152), sendo consideradas convalidadas apenas compensações que possuem indicação de saldo zero (fls. 140 a 142), estando convalidadas entre elas as compensações de fevereiro e março de 2001, e apenas parcialmente convalidado o débito da 1ª semana de agosto de 2001, não restando mais qualquer saldo negativo relativo ao anocalendário de 2000 passível de ser utilizado (fls. 139). AnoCalendário de 2001 Nesse anocalendário, a empresa alega possuir saldo negativo passível de compensação no valor R$ 1.064.800,05 (fls. 161) formado por IRRF retido, inclusive por órgãos públicos e de pagamentos de antecipações de IRPJ, por estimativa. Do IRF retido, a empresa utilizou R$ 660.302,60 para abater o valor das estimativas mensais recolhidas e outros R$ 147.793,31 foram declarados à linha 13 da ficha 12 A da DIPJ/2002 (fls.161), totalizando R$ 808.095,91. Confrontando esse valor Fl. 394DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 5 4 com o constante na pesquisa SIEF/DIRF (R$ 787.385,05), o auditor fiscal efetuou um pequeno ajuste no valor declarado à linha 13 pois a contribuinte utilizou valor de IRRF superior ao constante na DIRF onde ele aparece como beneficiária. Quanto ao IRF retido por órgãos públicos, embora a contribuinte declarou o valor de R$ 188.190,57 deduzido nas estimativas mensais e R$ 14.378,92 declarados à linha 14 da ficha 12 A (fls. 161), totalizando R$ 202.569,49, foi confirmado no sistema SIEF/DIRF, o valor de R$ 203.157,42. O auditor fiscal apurou, entretanto, que a contribuinte ofereceu rendimentos em montante compatível à retenção de IRRF, conforme tabela de fls. 285. De acordo com o declarado à ficha 11 da DIPJ /2002 ( fls. 157 a 160), somente há estimativa a pagar em 2001 nos meses de fevereiro e março. Corretamente transcritos a DCTF, esses débitos foram vinculados à compensações sem processo utilizando o saldo negativo do anocalendário anterior, 2000 (fls. 166 e 197), compensações essas que foram convalidadas conforme já visto. Desse modo, o auditor fiscal reconheceu o valor de R$ 1.024.089,20 como saldo negativo passível de ser utilizado. Entretanto, o auditor fiscal apurou que a contribuinte efetuou em DCTF, dezessete compensações utilizando esse saldo negativo de 2001 (fls.200 a 216) e com ajuda do sistema de cálculo NeoSapo foi possível verificar que esse saldo negativo é suficiente para dezesseis dessas compensações (fls.217 a 221), sendo a décima sétima, de vencimento mais tardio, convalidada apenas parcialmente (débito relativo a 1ª semana de setembro de 2002), estando convalidadas as compensações de janeiro a abril e junho de 2002, não restando mais qualquer saldo negativo relativo ao anocalendário de 2000 passível de ser utilizado (fls. 218). AnoCalendário de 2002 Nesse anocalendário, a empresa alega possuir saldo negativo passível de compensação no valor R$ 532.787,13 (fls. 230) formado por IRRF retido , inclusive por órgãos públicos e de pagamentos de antecipações de IRPJ, por estimativa. Do IRF retido, a empresa utilizou R$ 961.810,57, para abater o valor das estimativas mensais recolhidas e outros R$ 174.207,18 foram declarados à linha 13 da ficha 12 A da DIPJ/2002 (fls.230), totalizando R$ 1.136.017,75. Confrontando esse valor com o constante na pesquisa SIEF/DIRF (R$ 1.127.520,53), o auditor fiscal efetuou um pequeno ajuste no valor declarado à linha 13 pois a contribuinte utilizou valor de IRRF superior ao constante na DIRF onde ele aparece como beneficiária. Quanto ao IRF retido por órgãos públicos, embora a contribuinte declarou valor de R$ 223.967,63 deduzido nas Fl. 395DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 6 5 estimativas mensais e R$ 22.714,67, declarados à linha 14 da ficha 12 A (fls. 230), totalizando R$ 246.682,30, foi confirmado no sistema SIEF/DIRF, o valor de R$ 207.357,29 e o auditor efetuou ajuste da diferença na linha 14 da ficha 12A. O auditor fiscal apurou, entretanto, que a contribuinte ofereceu rendimentos em montante compatível à retenção de IRRF, conforme tabela de fls. 289. Quanto às estimativas de IRPJ, essas foram vinculadas em DCTF a um pagamento e as compensações (fls. 263 e 264), sendo que o pagamento foi confirmado no sistema Sinal 08 e os outros débitos foram vinculados à compensações sem processo utilizando como crédito o saldo negativo de IRPJ do ano calendário anterior, 2001 que, como já visto, foram convalidadas as compensações dos meses de janeiro a abril e junho de 2002. Assim, o auditor fiscal reconheceu o valor de R$ 484.964,90 como saldo negativo passível de ser utilizado, que não foi utilizado posteriormente para efetuar compensações sem processo, restando, portanto, passível de ser utilizado. Desse modo, o auditor fiscal não reconheceu qualquer crédito passível de ser compensado em DCOMP relativo aos anos calendário de 2000 e 2001, não homologando nenhuma compensação vinculada aos saldos negativos desses anos calendário, homologando apenas as DCOMP vinculadas ao saldo negativo de 2002, até o limite do valor reconhecido, corrigido pela taxa Selic. Cientificada do Despacho Decisório em 17/11/2008, conforme extrato dos Correios – Histórico do Objeto de fls. 304, a contribuinte apresentou, em 17/12/2008, Manifestação de Inconformidade de fls.306 a 329, apresentando suas razoes, em síntese, a seguir. Alega que assiste razão a manifestante em apresentar defesa contra o Despacho Decisório, protestando contra o que consta à fls. 22 desse ato, onde não caberia manifestação de inconformidade contra a convalidação /não convalidação das compensações feitas sem processo, citando os atos legais que regem a compensação. Alega que a decisão administrativa não tem como prosperar, pois o processo administrativo em questão que data de 13/05/2003, além de ter sido atingido pela decadência, não tem como objeto o reconhecimento ou não de créditos líquidos e certos da manifestante e sim a compensação desses créditos, que são imutáveis no seu entender, com débitos líquidos e certos. Alega achar incrível que a autoridade administrativa se imiscua em créditos da manifestante, que entende ser líquidos e certos, datados de 1999, 2000, 2001 e 2002, créditos que pensa estarem protegidos pela decadência, para recalcular esses créditos e apenas em 18/11/2009 (sic) intimar a contribuinte a respeito do Fl. 396DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 7 6 não reconhecimento de créditos dos anoscalendário de 2000 e 2001 e da não homologação das PER/DCOMP de nºs 12.745.72900.101204.1.3.029047 e 08088.11696.121104.1.3.022604. Alega que de forma contraditória a autoridade reconhece o crédito da manifestante, relativo ao anocalendário de 2002, em montante inferior ao que entende ser seu direito, homologa as compensações declaradas e as cinco PER/DCOMP, mas encaminha estas mesmo cinco PER/DCOMP e as PER/DCOMP anteriores para “...registro dos débitos incluídos(?!)” sic. Preliminarmente alega decadência do processo administrativo nos termos do art. 173 do Código Tributário Nacional, em conjunto com o §4º do art. 150 do mesmo diploma legal. Alega que o processo foi protocolado em 13/05/2003 e a autoridade teria o prazo de cinco anos para analisálo e notificar a decisão a manifestante em obediência ao art. 145 do CTN, tendo que notificar a contribuinte até 13/05/2008, para “... prevenir que a DECADÊNCIA atingisse os presentes autos, resultando em sua HOMOLOGAÇÃO TÁCITA!!!” (sublinhado e grifado no original). Alega que consultas da autoridade fiscal aos sistemas da compensação não impedem a decadência e proclama em termos veementes que o presente processo administrativo, em todos os seus atos e termos foi homologado tacitamente pois sobre ele incidiu a decadência , citando novamente os artigos 173 e §4 do 150, do CTN, Alega que entende que a proclamada decadência atingiria não apenas o processo administrativo, tornando definitivo o crédito apurado pela Manifestante e a sua própria pretensão compensatória, como também incidiria sobre as Declarações de Compensação, uma vez que, de acordo com o §5º do art. 74, o prazo de cinco anos para homologação já teria transcorrido. Alega que as DCOMP protocolizadas antes de 30 de dezembro de 2003 já teriam sido “... atingidas pela DECADENCIA, restando tão somente àquelas transmitidas em 2004”, que, por terem como crédito de 2000, 2001 e 2002, também teriam sido fulminadas pela decadência. No mérito, alega que “... antes mesmo da DECADÊNCIA ter fulminado o crédito recalculado no bojo deste processo administrativo, antes mesmo da denominada HOMOLOGAÇÃO TÁCITA, houve literalmente em relação aos anoscalendários (sic) de 2000,2001 e 2002, HOMOLOGAÇÃO EXPRESSA da autoridade administrativa quanto aos resultados fiscais determinados pela Manifestante.” (grifado e escrito incorretamente no original)”. Alega que essa “homologação expressa” teria se dado, pois a Receita não havia se manifestado a respeito das DCTF e DIPJ no prazo de cinco anos contados a partir da entrega de cada Fl. 397DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 8 7 DIPJ e DCTF, argumentando em letras maiúsculas em negrito e pontos de exclamações que as DIPJ relativas aos exercícios de 2001, 2002 e 2003 já teriam sido expressamente homologadas pela Receita Federal do Brasil, informando ainda que o mérito ora abordado, que também implicaria na extinção do suposto crédito tributário não se refere a homologação tácita do crédito ou das DIPJ, em virtude da decadência, mas sim ao que denomina homologação expressa dos créditos pela RFB. Alega que essa “homologação expressa” pode ser comprovada na decisão impugnada onde consta que as DIPJ foram liberadas das malhas nos respectivos processamentos, entendendo que essa liberação e o reconhecimento oficial que os valores apurados nas DIPJ estavam corretos. Alega que, em consequência, a RFB não poderia mais negar a manifestante o direito “... a tais créditos e sequer recalculálos.” (em negrito sublinhado e escrito incorretamente no original). Novamente alega que a RFB somente poderia revisar os lançamentos dentro do prazo legal de cinco anos, tendo ocorrido no seu entender, como letras maiúsculas e em negrito, a extinção do direito da Fazenda Publica, apresentando alguns parágrafos no mesmo teor. Em seguida apresenta longa peroração a respeito da responsabilidade das fontes pagadoras em reter e recolher o IRRF e quaisquer incorreções devem se imputadas à responsabilidade dessas fontes pagadoras, citando ainda acórdão do Conselho de Contribuintes, textos legais e normativos, para tentar embasar sua tese que a autoridade fiscal não poderia atribuir “...a responsabilidade pelo recolhimento deste Imposto de Renda Retido na Fonte a Manifestante, nem reduzir o crédito apurado pela Manifestante, que decorre do reconhecimento dessas retenções como imposto pago por antecipação. “, não havendo, em seu raciocínio como o Despacho Decisório se sustentar. Alega que ainda que se ultrapassassem todas suas alegações ainda assim teria direito a demonstrar documentalmente, com a participação da autoridade administrativa, a veracidade de suas DIPJ de 2001, 2002 e 2003. Por fim, requer que seja reconhecida em sede de preliminar que a houve homologação tácita relativa a existência do crédito a favor da contribuinte, uma vez que já se passaram mais de cinco anos da apresentação do presente processo e que seja reconhecida a decadência das DCOMP apresentadas antes a 30/ 12/ 2003. (xviii) Requer ainda que em virtude do que denomina homologação expressa das DIPJ de 2001, 2003 e 2003, seja reconhecido o direito ao crédito pleiteado no presente processo administrativo e que seja reconhecido não poder haver revisão de lançamento por já haver decaído o direito para tanto e que a Fl. 398DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 9 8 responsabilidade por diferenças de valores de IRRF declarados pela empresa e recolhidos pela fonte retentora seja dessa ultima. Em 03/02/2009, a contribuinte apresentou reclamação (fls. 336 a 337) contra a cartacobrança recebida, reclamando a suspensão de exigibilidade dos débitos elencados nessa carta, por estarem em discussão no presente processo. Em face de tais argumentos, entendeu a o órgão julgador a quo por unanimidade de de votos, indeferir a solicitação, nos seguintes termos: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Anocalendário: 2000, 2001, 2002 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO DCOMP/PER/DCOMP COMPENSAÇÃO DE SALDO NEGATIVO DE IRPJ Não se homologa DCOMP e PER/DCOMP que declaram como crédito saldos negativos de IRPJ que já haviam sido utilizados em sua totalidade em compensações sem processo, declaradas em DCTF. DECADÊNCIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO OCORRÊNCIA Não há decadência do processo administrativo fiscal que segue os trâmites previstos no Decreto nº 70.235/72, sendo encerrado somente após decisão final da Autoridade Fiscal. Solicitação indeferida. Em face do referido acórdão de Primeira Instância, a CNEC ENGENHARIA S/A interpôs Recurso Voluntário. É o relatório. Voto Conselheiro Maurício Pereira Faro Tratase de processo administrativo originado pela apresentação, no dia 13 de maio de 2003, de Declaração de Compensação na qual a Recorrente pretende compensar débitos de Imposto de Renda com créditos próprios desse mesmo Imposto decorrentes de saldo negativo do Imposto de Renda relativo aos anoscalendários de 1999, 2000, 2001 e 2002. Com relaçao a decadência do direito da Receita Federal examinar o crédito relativo ao anocalendário 1999, 2000, 2001 e 2002, sustenta a recorrente que que os valores declarados nas DIPJ deveriam ser aceitos sem discussão porque já haviam sido homologados. Todavia, embora o Fisco Federal não possa mais exigir eventuais diferenças ou débitos, relativos a esses anoscalendário, por haver decorrido o prazo legal para tanto, a Autoridade Fiscal pode verificar a origem, o valor e certeza do crédito pleiteado pela contribuinte e, verificada a inexistência de créditos compensáveis ou ainda a constatação de débitos onde deveria haver crédito, ainda que não possa fazer qualquer correção, nem enviar o Fl. 399DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 11610.006870/200381 Acórdão n.º 1401000.999 S1C4T1 Fl. 10 9 processo para a Delegacia de Fiscalização para lançamento desses valores devidos, o Fisco Federal tem o poder e o direito de negar a restituição e de não homologar as compensações. O que a contribuinte, eventualmente declarou incorretamente e, por conseqüência, recolheu IRPJ a menor, na DIPJ apresentada há mais de cinco anos da data da análise do crédito, não poderia mais ser exigido mas, o crédito pleiteado decorrente de apuração incorreta, deve ser negado pois não há "criação de créditos" por decurso do prazo homologatório. No que tange ao IRRF, nenhum comprovante de rendimento foi apresentado que comprovasse a retenção de IRRF, nos valores que a contribuinte alega.Os únicos documentos e pesquisas sobre esses valores foram providos pelos próprios sistemas da RFB. não lhe assiste razão em investir contra as empresas retentoras de IRRF pois é sua obrigação manter a documentação dessas retenções para fazer prova do que alega enquanto não finalizarem os processos administrativos relativos. Desse modo, é de se manter as glosas efetuadas pelo Auditor Fiscal se a reclamante não logra apresentar qualquer comprovação dos valores que declarou. Outro ponto relevante do presente caso, é que a contribuinte abstevese de aboradar as de compensações sem processo que promoveu com os saldos credores de IRPJ dos anoscalendário 2000 e 2001 que utilizaram a totalidade dos saldos aqui discutidos. Com relação as DCOMP e PER/DCOMP apresentadas e que não foram homologadas, conforme bem reconhecido pela DRJ, as mesmas foram homologadas até o limite do crédito reconhecido. Ante todo o exposto, afasto a decadência e nego provimento ao recurso voluntário. Maurício Pereira Faro Relator Fl. 400DF CARF MF Documento de 9 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP09.0218.10372.G2QL. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por MAURICIO PEREIRA FARO em 05/12/2013 14:13:00. Documento autenticado digitalmente por MAURICIO PEREIRA FARO em 05/12/2013. Documento assinado digitalmente por: JORGE CELSO FREIRE DA SILVA em 11/12/2013 e MAURICIO PEREIRA FARO em 05/12/2013. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 09/02/2018. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP09.0218.10372.G2QL Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha1: 3331875AA04A5058E40F5A50FA1C0DB3BE45FC25 Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Outros". 3) Selecione a opção "eAssinaRFB - Validação e Assinatura de Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 11610.006870/2003-81. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
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Numero do processo: 13839.001136/2003-87
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 26 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Ano calendário: 2002
SALDO NEGATIVO DE IRPJ. COMPENSAÇÃO.
Inexistente o saldo negativo de IRPJ pleiteado como direito creditório, não se homologa a compensação pleiteada.
ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Ano calendário: 2002
SALDO NEGATIVO DE IRPJ. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA.
O saldo negativo de IRPJ não é passível de homologação tácita mas sim a base de cálculo apresentada na DIPJ, ficando assegurada a análise da liquidez e certeza do direito creditório apresentado inclusive envolvendo períodos anteriores.
Numero da decisão: 1803-000.889
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Walter Adolfo Maresch
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COMPENSAÇÃO. Inexistente o saldo negativo de IRPJ pleiteado como direito creditório, não se homologa a compensação pleiteada. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2002 SALDO NEGATIVO DE IRPJ. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. O saldo negativo de IRPJ não é passível de homologação tácita mas sim a base de cálculo apresentada na DIPJ, ficando assegurada a análise da liquidez e certeza do direito creditório apresentado inclusive envolvendo períodos anteriores. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Selene Ferreira De Moraes Presidente. (assinado digitalmente) Walter Adolfo Maresch Relator. Fl. 310DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 277 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Selene Ferreira de Moraes (Presidente), Sérgio Rodrigues Mendes, Walter Adolfo Maresch, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Meigan Sack Rodrigues e Victor Humberto da Silva Maizman. Relatório EXPRESSO JUNDIAI SÃO PAULO LTDA, pessoa jurídica já qualificada nestes autos, inconformada com a decisão proferida pela DRJ CAMPINAS (SP), interpõe recurso voluntário a este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, objetivando a reforma da decisão. Adoto o relatório da DRJ por bem retratar os fatos. Tratase de Declaração de Compensação protocolizada em 13/05/2003 pela contribuinte em epígrafe, formulário à fl. 01, apontando total de crédito utilizado de R$ 5.030,39, e débitos compensados de estimativa de IRPJ apuradas em janeiro e fevereiro/2003, nos valores respectivos de R$ 2.303,15 e R$ 2.727,24. No Demonstrativo do Crédito à fl. 02 é indicado como origem do indébito o saldo negativo de IRPJ apurado no anocalendário de 2002 no valor de R$ 4.839,04. Pela Intimação SEORT/DRF/JUN n° 71, de 01/06/2007, fl. 29, foi solicitado à contribuinte que identificasse o período em que apurados os saldos negativos de IRPJ utilizados na compensação de estimativas mensais indicada nas DCTF, relativas aos anos calendários de 1997 e 1998, o que foi providenciado em 03/08/2007 pelo documento formalizado às fls. 42/45, sendo juntados às fls. 47/52 os demonstrativos da apuração dos saldos negativos de 1995 a 1997 e às fls. 60/64 do ano de 1998. Em 09/08/2007 foi proferido o Despacho Decisório da DRF JUN/SEORT de fls. 135/139, NÃO HOMOLOGANDO as compensações declaradas tendo em conta que a autoridade administrativa, após análise dos documentos constantes dos autos, recompôs as apurações de saldos negativos de IRPJ dos anoscalendário de 1997 a 2000, constatando a insuficiência do indébito apurado em 31/12/2001 para compensar as estimativas de IRPJ do ano 2002, concluindo, ao final: (...) com relação ao AC 2002 não há saldo credor de IRPJ e sim saldo devedor no valor de R$ 15.566,96 (R$ 4.839,04 informados na DIPJ/2003 menos R$ 20.406,00 estimativas não liquidadas). Tendo tomado ciência do despacho decisório em 15/08/2007 (Aviso de Recebimento AR à fl. 142) a contribuinte, por intermédio de seu sócio administrador (cópia de alteração do contrato social registrado na JUCESP em 05/10/2004 às fls. 33/40), interpôs em 14/09/2007 a manifestação de Fl. 311DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 278 3 inconformidade de fls. 143/146, alegando as razões de fato e de direito adiante sintetizadas. Afirma que as explicações concernentes à compensação de estimativas de 1998 com o pagamento indevido realizado em 30/01/1998, no valor de R$ 43.972,62, prestadas em atendimento à intimação da DRF Jundiaí/SP, não foram aceitas no despacho decisório, apenas em razão de não ter sido retificada a DCTF de 12/1997. A respeito das compensações das estimativas apuradas no ano calendário de 1998, questionadas no despacho decisório, vem esclarecer os seguintes pontos: 1. na DCTF do ano de 1998 não foi especificado o ano a que se referia o indébito utilizado na compensação das estimativas declaradas em virtude do software disponibilizado à época não possuir campo para tal identificação; 2. embora não tenha sido retificada a DCTF referente ao mês de dezembro/1997, para excluir a apuração da estimativa no valor de R$ 43.972,62, na DIPJ/1998 retificadora em 18/12/1998, regularmente aceita pela Receita Federal e apreciada pela autoridade administrativa, foi alterado o saldo a pagar de IRPJ de 'zero', para saldo compensável em períodos posteriores no valor de R$ 142.112,98; 3. os créditos utilizados nas compensações das estimativas mensais apuradas no ano de 1998 decorrem do referido saldo negativo do ano de 1997, acrescido do recolhimento indevido de 30/01/1998. Destaca a manifestante que o fato de não ter retificado a DCTF de 1997 não torna devido o recolhimento efetuado em 30/01/1998, visto que deve prevalecer a DIPJ/1998 retificadora, na qual não consta qualquer valor de 1RPJ devido em 31/12/1997, nem mesmo havendo nos demonstrativos da apuração das estimativas mensais de IRPJ no ano de 1997 qualquer valor devido no mês de dezembro/1997. Contesta também o entendimento da autoridade administrativa de que já teria decorrido o prazo de decadência para a empresa pleitear a restituição do valor pago em 30/01/1998, nos termos do art. 168 do CTN, como se a compensação tivesse sido realizada no ano de 2007 e não na apuração das estimativas em 1998, em observância aos termos admitidos pela legislação vigente à época. Requer a manifestante a reforma da decisão, e a conseqüente homologação das compensações, uma vez que em decorrência da não aceitação da compensação realizada com o indébito de janeiro/1998, todos os subseqüentes saldos negativos de IRPJ de 1999 a 2002 ficaram prejudicados, resultando no incorreto saldo devedor na D1PJ/2003 apurado pela autoridade administrativa. Fl. 312DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 279 4 Acrescenta ainda que os saldos credores apurados pela empresa e declarados à Receita Federal do Brasil em suas DIPJs, referentes aos anos calendários anteriores a 2002 não podem ser revistos e alterados 'ex officio' pelo Fisco, em razão de estarem prescritos, nos termos do artigo 173 do Código Tributário Nacional. Entende a manifestante que a revisão feita pelo Fisco na apuração do 1RPJ desde 1995 até 2001 corresponde à constituição de crédito tributário já prescrito, indevidamente transferido para períodos posteriores, sendo, assim, incorreta a conclusão de não ter a empresa apurado crédito no ano de 2002, em valor suficiente para compensar os débitos em pendência nos autos. A DRJ CAMPINAS/SP, através do acórdão 0523.976, de 28 de outubro de 2008 (fls. 248/256.v), julgou improcedente a manifestação de inconformidade, ementando assim a decisão: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2002 DIREITO CREDITÓRIO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ NA DECLARAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO TÁCITA. IMPOSSIBILIDADE. AFERIÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA. O transcurso do prazo decadencial incide apenas sobre o dever/poder de constituição pelo Fisco de exigência tributária, uma vez que a decadência constitui modalidade de extinção do crédito tributário. O saldo negativo de IRPJ informado em declaração apresentada à RFB não se submete à homologação tácita, visto que a legislação que disciplina a restituição/compensação de tributos federais submete à autoridade administrativa a aferição de certeza e liquidez do crédito junto à Fazenda Pública. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2002 ESTIMATIVAS COMPENSADAS EM DCTF. CRÉDITO UTILIZADO NÃO CONFIRMADO. RECOMPOSIÇÃO DO AJUSTE. As estimativas compensadas sem processo, cujo crédito utilizado não restar confirmado em períodos anteriores, tornamse indedutíveis na apuração do IRPJ no ajuste anual. ESTIMATIVA. DECLARADA EM DCTF E RECOLHIDA. ANTECIPAÇÃO NO AJUSTE. Cabe recompor o saldo negativo de períodos anteriores, utilizado no despacho decisório recorrido na compensação de estimativas em períodos analisados, admitindose como Fl. 313DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 280 5 dedutível na apuração de ajuste a estimativa de IRPJ declarada em DCTF e devidamente recolhida no ano. DCOMP. DIREITO CREDITÓRIO. INSUFICIÊNCIA. NÃO HOMOLOGAÇÃO. Ratificase a não homologação das compensações em litígio dada a confirmação de inexistência do direito creditório vinculado, uma vez que o saldo negativo recomposto nos autos foi totalmente utilizado na compensação de estimativas de períodos anteriores ao crédito constante da DCOMP. Ciente da decisão em 31/03/2009, conforme Aviso de Recebimento – AR (fl. 258), apresentou o recurso voluntário em 30/04/2009 fls. 259/264, onde reitera os argumentos da inicial de que deve ser considerado o recolhimento indevido de estimativa em 1998 e que os saldos credores dos períodos de 1995 a 2001 já foram homologados tacitamente. É o relatório. Fl. 314DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 281 6 Voto Conselheiro Walter Adolfo Maresch O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos legais para sua admissibilidade, dele conheço. Trata o presente processo de Declaração de Compensação, utilizando saldo negativo de IRPJ do ano calendário 2002, não homologada pela unidade de origem, tendo havido recomposição dos saldos negativos de IRPJ dos anos calendários 1997 a 2002. Alega a recorrente em síntese: a) Que deve ser considerada nos cálculos a estimativa relativa ao 4º Trimestre de 1997, recolhida em 31/01/1998, no valor de R$ 43.972,62, independentemente de constar na DIPJ e informada indevidamente com débito na DCTF; b) Que os saldos negativos dos períodos anteriores já se encontravam tacitamente homologados, sendo vedada a apreciação pela Administração Tributária. Não assiste razão à interessada. Com efeito, devese rechaçar inicialmente a alegação de homologação tácita dos saldos negativos de períodos anteriores e de que estaria vedada a análise dos créditos que já estariam atingidos pela decadência. Equivocase evidentemente a recorrente pois o que recebe homologação tácita é o resultado apurado pela contribuinte e o correspondente imposto recolhido e não o saldo negativo porventura apontado na DIPJ. Já no que tange ao possível saldo negativo utilizado como direito creditório em períodos posteriores, pode a Administração Tributária rever sua legitimidade, sem adentrar no entanto no mérito da base de cálculo do tributo correspondente a período já atingido pela decadência. Desta forma, não há óbice para que a Administração Tributária reveja a liquidez e certeza do crédito utilizado para a compensação e recomponha este mesmo direito creditório com base nas informações disponíveis. Foi exatamente isto que ocorreu no presente processo, devendo ser rejeitadas as alegações de homologação tácita dos saldos negativos de períodos anteriores. No que se refere ao mérito, constatase que a bem lançada decisão de primeira instância embora tenha acolhido a alegação de cômputo da estimativa relativa ao 4º Trimestre de 1997, recolhida em 31/01/1998, no valor de R$ 43.972,62, demonstrou mesmo assim, não existir saldo negativo em relação ao ano calendário de 2002. Fl. 315DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH Processo nº 13839.001136/200387 Acórdão n.º 180300.889 S1TE03 Fl. 282 7 A recomposição realizada criteriosamente ano a ano, a partir de 1997, demonstrou que mesmo com a adição do valor de R$ 43.972,62, passando o saldo negativo de 1997 para R$ 181.233,48, não remanesceu qualquer valor de direito creditório em relação ao ano calendário de 2002. Não tendo a recorrente se insurgido em relação aos demonstrativos apresentados pelos julgadores de primeira instância, resignandose a reprisar as mesmas alegações da manifestação de inconformidade, é de se rejeitar o recurso. Ante o exposto, voto por negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Walter Adolfo Maresch Relator Fl. 316DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARESCH Assinado digitalmente em 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES, 03/06/2011 por WALTER ADOLFO MARE SCH
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Numero do processo: 10880.032362/99-41
Turma: Quinta Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2007
Data da publicação: Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2007
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ - EXERCÍCIO: 1997
PEDIDOS DE COMPENSAÇÃO CONVERTIDOS EM DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO - HOMOLOGAÇÃO Consoante as disposições do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, na redação que lhe foi dada pelas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, o prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da declaração. Tratando-se de pedido de compensação convertido em declaração de compensação, a teor do disposto no parágrafo 4º do referido artigo, o prazo de cinco anos é contado da data da protocolização do pedido.
Numero da decisão: 105-16.733
Decisão: ACORDAM os Membros da QUINTA CÂMARA do PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Wilson Fernandes Guimarães
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Tratando-se de pedido de compensação convertido em declaração de compensação, a teor do disposto no parágrafo 4° do referido artigo, o prazo de cinco anos é • contado da data da protocolização do pedido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso voluntário interposto por ABC BULL S/A TELEMATIC ACORDAM os Membros da QUINTA CÂMARA do PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.foet; Orme • • Processo n.° 10880.032362/99-41 CCOI/CO5 Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 2• J• " *VIS AL S Pi - sidente W LSON F gMARAES late o em: a 9 NOV 2007 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros: EDUARDO DA ROCHA SCHMIDT, MARCOS RODRIGUES DE MELLO, ROBERTO BEKIERMAN (Suplente Convocado), WALDIR VEIGA ROCHA, MARCOS VINÍCIUS BARROS OTTONI (Suplente Convocado) e IRINEU BIANCHI. Ausente, justificadamente o Conselheiro JOSÉ CARLOS PASSUELLO. É • Processo n.° 10880.032362/9941 CO31/C95 • Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 3 Relatório ABC BULI. S/A TELEMATIC, já devidamente qualificada nestes autos, recorre a este Conselho contra a decisão prolatada pela 7° Turma da DRJ em São Paulo, São Paulo, que indeferiu os pedidos veiculados através de manifestação de inconformidade apresentada contra a decisão da Delegacia de Administração Tributária em São Paulo. Trata a lide de pedido de restituição, cumulado com o de compensação, relativo ao saldo negativo apurado no ano de 1996. A unidade administrativa que primeiro analisou os pedidos formulados pela empresa (Delegacia de Administração Tributária em São Paulo), os indeferiu após concluir que a requerente não tinha apurado saldo credor de imposto de renda na declaração relativa ao ano-calendário de 1996 (DIRPJ de 1997). Inconformada, a empresa apresentou manifestação de inconformidade à Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo, fls. 864/872, trazendo, em apertada síntese, os seguintes argumentos: - que não tinha a obrigação de manter os livros fiscais relativos aos anos-calendário de 1994 e 1995 tendo em vista que os créditos tributários correlatos já haviam sido atingidos pela prescrição; - que, mesmo sem a apresentação dos livros dos anos-calendário de 1994 e 1995, teria comprovado a existência do crédito a seu favor; - que não se poderia efetuar glosa dos valores sem a realização de diligências; - que a homologação tácita da totalidade dos valores indicados na referida declaração teria ocorrido em 10 de janeiro de 2003; ri, • Processo n.° 10880.032362/9941 CCOI/CO5 Acórdão n.• 105-16.733 Fls. 4 - que os pedidos de compensação estariam tacitamente homologados em 11 de novembro de 2004 (IN SRF n° 460/04, art.29); - que não caberia o indeferimento do pleito tendo em vista que o seu crédito já se encontrava homologado desde janeiro de 2003, não cabendo, portanto, pedido de documentação correlata; Ao final, requereu a suspensão da exigibilidade dos créditos tributários; que fosse declarada a não obrigatoriedade de apresentação dos livros contábeis dos anos-calendário de 1994/1995; uma nova análise da documentação apresentada; a homologação expressa do pedido de restituição; a homologação dos pedidos de compensação e a produção de prova pericial contábil. A 7a Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo, São Paulo, analisou a manifestação de inconformidade apresentada pela contribuinte e, através do Acórdão n° 9.240, de 29 de março de 2006, fls. 1.467/1.482, indeferiu a solicitação, conforme ementa que ora transcrevemos. SALDO NEGATIVO DE IMPOSTO APURADO NA DECLARACÃO. Constituem crédito a compensar ou restituir os saldos negativos de imposto de renda apurados em declaração de rendimentos, desde que ainda não tenham sido compensados ou restituídos. RECONHECIMENTO DO DIREITO CREDITóRIO. O reconhecimento do crédito depende da efetiva comprovação do alegado recolhimento indevido ou maior do que o devido. DECLARAÇÃO DE COMPENSA CÃO. O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela SRF, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá- lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob administração da SRF, respeitadas as normas vigentes para a sua utilização. HOMOLOGAÇÃO. Somente é possível compensação de débito com crédito líquido e certo do sujeito passivo. Não comprovada a liquidez e certeza do crédito, não há como se falar em ,s homologação tácita por decurso de prazo, devendo-se manter a decisão recorrida. ' Processo n.° 10880.032362/99-41 CC01/CO5 Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 5 Ciente da Decisão de Primeira Instância em 12 de junho de 2006, conforme documento de fls. 1.484/verso, a empresa apresentou recurso voluntário em 11 de julho de 2006 (registro de recepção às fls. 1.488), através do qual oferece, em apertada síntese, os seguintes argumentos: - que toda a documentação disponível e necessária a prova de seu direito já foram, por duas vezes, anexadas aos autos, razão pela qual se limita a fazer referência aos documentos na peça recursal; - que, por ocasião da apresentação da manifestação de inconformidade, requereu que fosse oficiado o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) visando comprovar a análise e homologação das despesas efetuadas a título de desenvolvimento e pesquisa na área de informática, que garantiu a ela os benefícios fiscais previstos em lei; - que requereu também a expedição de oficio à empresa Ticket Serviços Comércio e Administração Ltda, visando demonstrar as despesas efetivamente havidas com o Plano de Alimentação do Trabalhador (PAT); - que a autoridade de primeira instância, ao não acatar o pedido de diligência e não aceitar a documentação anexada, invadiu a competência do MCT e invalidou, sem qualquer competência para isso, os valores já analisados e homologados; - que, da mesma forma, a desconsideração do documento emitido pela empresa prestadora de serviços, relativamente ao PAT, bem como a negativa de expedição de ofício, cerceia a sua defesa de modo arbitrário; - que, em razão de tais fatos, requer a realização de diligências pleiteadas, bem como a expedição dos referidos ofícios, com o intuito de complementar as informações; - que todos os créditos questionados não poderiam ser exigidos pelo Fisco em razão da decadência; e/ 257 • Processo n.° 10880.032362/99-41 CCO 1/CO5 Acórdão n.• 105-16.733 Fls. 6 - que, no caso do IRPJ declarado em junho de 1997, a contagem do prazo decadencial iniciou-se no dia 1° de janeiro de 1998, e, assim sendo, a conseqüente homologação tácita da totalidade dos valores indicados na referida declaração ocorreu em 1° de janeiro de 2003; - que, diante disso, a partir de janeiro de 2003 os créditos informados na declaração de imposto de renda de 1997, que geraram o pagamento maior, estavam homologados tacitamente, estando ela apta a ressarcir-se desses valores; - que os pedidos de ressarcimento e compensações foram protocolizados junto a Receita Federal em 11 de setembro de 1999, iniciando-se o prazo decadencial para a homologação nessa mesma data, conforme determina o art. 168, inciso I, do Código Tributário Nacional, prazo esse que posteriormente foi expresso na Instrução Normativa SRF n° 460, de 2004, em seu art. 29, parágrafo 2° (transcreve o dispositivo); - que, em razão disso, os pedidos de compensação estavam tacitamente homologados em 11 de novembro de 2004; - que a notificação de indeferimento do pedido de ressarcimento com a conseqüente determinação de pagamento dos valores, somente foi entregue a ela em 27 de junho de 2005, depois de transcorrido o prazo decadencial; - que, se assim não fosse, fato inquestionável é que o crédito no qual foram baseados os pedidos de compensação já estava homologado tacitamente em dezembro de 2003; - que, à época em que foram protocolizados os pedidos, a compensação de créditos com débitos de terceiros era autorizada, sendo válida a 2normatização de tal momento para a solução do caso concreto; IÇ' ' Processo n.° 10880.032362/99-41 MOUCOS • Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 7 - que apresentou os documentos referentes aos valores apurados na ficha 08 da DIRPJ/97 que teriam gerado o imposto de renda negativo (relaciona a documentação anexada na impugnação); - que os Livros Razão e Diário relativos aos anos de 1994 e 1995 não foram apresentados, posto que já inexistentes, em virtude de a obrigação tributária que neles constava já havia decaído (transcreve os arts. 195 e 173 do CTN); - que, apesar da inexistência dos livros relativos aos anos de 1994 e 1995, outros documentos hábeis foram apresentados à Fiscalização, não sendo cabível, assim, a glosa efetivada (relaciona a documentação apresentada na impugnação); e - que o entendimento da autoridade de primeiro grau de que a decadência só ocorreria nos casos de lançamento é infundada. Por fim, requereu: a) a admissão do recurso sem o depósito de garantia; b) a suspensão da exigibilidade dos créditos tributários, perante ela e terceiros, enquanto pendente o julgamento; c) a declaração de ausência de obrigatoriedade de apresentação dos Livros Razão e Diário, relativos aos anos de 1994 e de 1995; d) a reanálise da documentação apresentada; e) a homologação expressa do pedido de restituição formulado e dos pedidos de compensação; e f) a produção de prova pericial contábil. È o Relatório. • Processo n.° 10880.032362/99-41 CCOI/CO5 Acórdão fl. 105-16.733 Fls. 8 Voto Conselheiro WILSON FERNANDES GUIMARAES, Relator Atendidos os requisitos de admissibilidade, conheço do apelo. Trata a lide de pedido de restituição, cumulado com o de compensação, relativo ao saldo negativo apurado no ano de 1996. O indeferimento inicial dos pedidos formulados pela contribuinte, efetuado pela Delegacia de Administração Tributária em São Paulo, foi fundamentado na argumentação de que a requerente não tinha apurado saldo credor de imposto de renda na declaração relativa ao ano-calendário de 1996 (DIRPJ de 1997). Inconformada com a decisão de primeiro grau, que manteve o indeferimento dos pedidos, a contribuinte traz razões, em sede de recurso voluntário, as quais passaremos a apreciar. Sustenta a recorrente que toda a documentação disponível e necessária a prova de seu direito já foram, por duas vezes, anexadas aos autos, razão pela qual se limita a fazer referência aos documentos na peça recursal; que, por ocasião da apresentação da manifestação de inconformidade, requereu que fosse oficiado o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) visando comprovar a análise e homologação das despesas efetuadas a título de desenvolvimento e pesquisa na área de informática, que garantiu à ela os benefícios fiscais previstos em lei; que requereu também a expedição de ofício à empresa Ticket Serviços Comércio e Administração Ltda, visando demonstrar as despesas efetivamente havidas com o Plano de Alimentação do Trabalhador (PAT); que a autoridade de primeira instância, ao não acatar o pedido de diligência e não aceitar a documentação anexada, invadiu a competência do MCT e invalidou, sem qualquer competência para isso, os valores já analisados e homologados; que, da mesma forma, a desconsideração do documento emitido pela empresa prestadora de serviços, relativamente ao PAT, bem como a negativa de expedição de ofício, cerceia a sua defesa de modo arbitrário; e • Processo n.° 10880.032362/99-41 CCOI/CO5 Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 9 , que, em razão de tais fatos, requer a realização de diligências pleiteadas bem como a expedição dos referidos ofícios, com o intuito de complementar as informações; que todos os créditos questionados não poderiam ser exigidos pelo Fisco em razão da decadência; que, no caso do IRPJ declarado em junho de 1997, a contagem do prazo decadencial iniciou-se no dia 1° de janeiro de 1998, e, assim sendo, a conseqüente homologação tácita da totalidade dos valores indicados na referida declaração ocorreu em 1° de janeiro de 2003; que, diante disso, a partir de janeiro de 2003 os créditos informados na declaração de imposto de renda de 1997, que geraram o pagamento maior, estavam homologados tacitamente, estando ela apta a ressarcir-se desses valores; que os pedidos de ressarcimento e compensações foram protocolizados junto a Receita Federal em 11 de setembro de 1999, iniciando-se o prazo decadencial para a homologação nessa mesma data, conforme determina o art. 168, inciso I, do Código Tributário Nacional, prazo esse que posteriormente foi expresso na Instrução Normativa SRF n° 460, de 2004, em seu art. 29, parágrafo 2°; que, em razão disso, os pedidos de compensação estavam tacitamente homologados em 11 de novembro de 2004; que a notificação de indeferimento do pedido de ressarcimento com a conseqüente determinação de pagamento dos valores, somente foi entregue a ela em 27 de junho de 2005, depois de transcorrido o prazo decadencial; que, se assim não fosse, fato inquestionável é que o crédito no qual foram baseados os pedidos de compensação já estava homologado tacitamente em dezembro de 2003; que, à época em que foram protocolizados os pedidos, a compensação de créditos com débitos de terceiros era autorizada, sendo válida a normatização de tal momento para a solução do caso concreto; que apresentou os documentos referentes aos valores apurados na ficha 08 da DIRPJ/97 que teriam gerado o imposto de renda negativo; que os Livros Razão e Diário relativos aos anos de 1994 e 1995 não foram apresentados, posto que já inexistentes, em virtude de a obrigação tributária que neles constava já havia decaído; que, apesar da inexistência dos livros relativos aos anos de 1994 e 1995, outros documentos hábeis foram apresentados à Fiscalização, não sendo cabível, assim, a glosa efetivada (relaciona a documentação apresentada na impugnação); e que o entendimento da autoridade de primeiro grau de que a decadência só ocorreria nos casos de lançamento é g infundada. QS7 • Processo n.° 10880.032362/99-41 CCOI/CO5 Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 10• Requereu, ao final, a admissão do recurso sem o depósito de garantia; a suspensão da exigibilidade dos créditos tributários, perante ela e terceiros, enquanto pendente o julgamento; a declaração de ausência de obrigatoriedade de apresentação dos Livros Razão e Diário, relativos aos anos de 1994 e de 1995; a reanálise da documentação apresentada; a homologação expressa do pedido de restituição formulado e dos pedidos de compensação; e a produção de prova pericial contábil. Conforme documento de fls. 01, a contribuinte apresentou os pedidos (de restituição e compensação) em 11 de setembro de 1999 1 tendo sido intimada em 31 de marco de 2004 (fls. 87/88) a apresentar documentação relacionada com as seguintes deduções (efetuadas na apuração do saldo de imposto relativo ao ano- calendário de 1996): Pesquisa e Desenvolvimento — Informática (R$ 532.256,14); Saldo de IR a Compensar Apurado em Períodos Anteriores (R$ 2.172.085,20); Imposto de Renda Retido na Fonte (R$ 29.389,58); Programa de Alimentação do Trabalhador (R$ 18.646,40). Na declaração de rendimentos correspondente (relativa ao ano- calendário de 1996), a contribuinte apurou o seguinte saldo de imposto (fls. 29): IR — Aliquota de 15% R$ 1.083.158,77 Adicional R$ 698.105,84 (-) PAT R$ 18.646,40 (-) Pesquisa e Desenvolvimento — Informática R$ 532.256,14 (-) Imposto de Renda Retido na Fonte R$ 29.389,58 (-) Saldo de IR a Compensar Per. Anteriores R$ 2.172.085,20 Imposto de Renda a Pagar R$ (971.112,71) Em atendimento, a contribuinte apresentou a documentação de fls. 19 95/655. •(2)-1 • Processo n.• 10880.032362199-41 MOUCOS . Acórdão n.° 105-16.733 Fls. II Às fls. 656, a contribuinte esclareceu que os Livros Razão e Diário dos anos de 1994 e de 1995, também objeto de solicitação através da referida intimação, haviam sido destruídos em 2002, em razão do transcurso do prazo decadencial. Às fls. 743/756, a Delegacia de Administração Tributária em São Paulo (Derat/SPO) emite despacho decisório, datado de 15 de dezembro de 2004, indeferindo o pedido de restituição de Imposto de Renda Pessoa Jurídica relativo ao exercício de 1997, alegando não ter sido apurado saldo credor. Tal decisão decorreu da análise da documentação apresentada pela empresa para comprovar as deduções promovidas na apuração do saldo de imposto de renda da DIRPJ/97 (Programa de Alimentação do Trabalhador — PAT; Pesquisa e Desenvolvimento — Informática; Imposto de Renda Retido na Fonte e Saldo de IR a compensar apurado em períodos anteriores). Nesse sentido, concluiu: SALDO DE IR A COMPENSAR APURADO EM PERÍODOS ANTERIORES (valor informado = R$ 2.172.085,20): na medida em que o valor originava-se da declaração relativa ao ano de 1995, e, considerando o fato de que parte da documentação requerida não foi apresentada (em especial, os Livros Diário e Razão), reduziu este item para R$ 1.476.590,94; PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (valor informado = R$ 18.646,40): diante do fato de que, segundo a autoridade responsável pela análise do pedido, a documentação apresentada pela contribuinte (cópias de folhas do Diário Auxiliar do contas a pagar e do Razão) não permitia concluir sobre a efetividade dos gastos, não aceitou a dedução; PESQUISA E DESENVOLVIMENTO — INFORMÁTICA (valor informado = R$ 532.256,14): Alegando que a contribuinte "não apresentou documentação adequada, satisfatória para comprovação do efetivo dispêndio, tais como notas fiscais, notas de débito ou comprovantes de pagamentos e demais livros _i (Diário, por exemplo)", não aceitou a dedução ' eir . . • • Processo n.° 10880.032362/99-41 Cal /CO5 • Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 12 Relativamente ao IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (valor informado = R$ 29.389,58): Considerando os comprovantes de retenção de imposto analisados e os valores compensados com estimativas mensais de 1996, considerou neste item o montante de R$ 59.589,32. Diante de tais glosas/reduções, apurou, para o exercício de 1997, um imposto a pagar de R$ 245.084,35. Releva observar que, não obstante o fato do pedido da contribuinte ter sido formalizado em 11 de setembro de 1999, a primeira intimação para que ela apresentasse a documentação de suporte dos valores que haviam sido consignados na declaração relativa ao ano-calendário de 1996 só foi efetivada em 31 de março de 2004. Questão que primeiro deve ser apreciada diz respeito a ocorrência, ou não, da decadência suscitada pela recorrente. Explicitemos, então, as datas dos fatos. - data do pedido: 11 de setembro de 1999 - saldo negativo: ano-calendário de 1996 - data do despacho decisório denegatório: 15 de dezembro de 2004 Em conformidade com as disposições do art. 74 da Lei n° 9.430, de 1996, na redação que lhe foi dada pelas leis n°s 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, o prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo é de cinco anos, contado da data da entrega da declaração de compensação (parágrafo 5° do art. 74). No caso vertente, estamos diante de pedido de compensação formulado antes da instituição da denominada declaração de compensação. Nessa situação, dispõe o já citado artigo 74 da Lei n° 9.430, de 1996, que os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa devem ser 2‘,%7 • Processo n.° 10880.032362/99-41 CCOI/CO5 • Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 13 considerados, para os efeitos previstos no artiao declaração de compensação desde o seu protocolo. Em que pese a existência de manifestações doutrinárias e jurisprudenciais no sentido de que a lei que introduz prazo decadencial ou prescricional só se aplica para o futuro (isto é, inexistindo prazo decadencial ou prescricional fixado, surgindo lei instituindo algum prazo, esse só passa a fluir da data em que tal lei entrar em vigor), no caso sob exame, a lei dispôs de forma diferente. Com efeito, o parágrafo 4° do art. 74, ao estabelecer que os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa serão considerados declaração de compensação desde o seu protocolo para os efeitos previstos no artigo, deu aplicação retroativa à disposição que estabelece o prazo de cinco anos para homologação expressa da compensação declarada pelo sujeito passivo. Esta interpretação, inclusive, é dada pela própria Secretaria da Receita Federal, senão vejamos: Instrução Normativa SRF n° 600, de 28 de dezembro de 2005 Art. 29. A autoridade da SRF que não homologar a compensação cientificará o sujeito passivo e intimá-lo-á a efetuar, no prazo de trinta dias, contados da ciência do despacho de não-homologação, o pagamento dos débitos indevidamente compensados. § 19 Não ocorrendo o pagamento ou o parcelamento no prazo previsto no caput, o débito deverá ser encaminhado à PGFN, para inscrição em Divida Ativa da União, ressalvado o disposto no art. 48. § 29 O prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de cinco anos, contados da data da entrega da Declaração de Compensação. Art. 64. Serão considerados Declaração de Compensação, para os efeitos previstos no art. 74 da Lei n9 9.430, de 1996, com a redação determinada pelo art. 49 da Lei n9 10.637, de 2002, e pelo art. 17 da Lei n2 10.833, de 2003, os pedidos de compensação que, em 1 9 de outubro de 2002, encontravam-se pendentes de decisão pela autoridade administrativa da SRF. • • - Processo n.° 10880.032362/99-41 CCOI/COS . Acórdão n.° 105-16.733 Fls. 14 Art. 70. A data de inicio da contagem do prazo previsto no § 22 do art. 29, na hipótese de pedido de compensação convertido em Declaração de Compensação, é a data da protocolização do pedido na SRF. Assim, acolhendo a preliminar de ocorrência de homologação tácita da compensação declarada pela recorrente, conduzo meu voto no sentido de dar provimento ao recurso voluntário interposto. Sala das Sessões, 18 de outubro de 2007.i WIL e - iN I ': '- 'ES /"..".. • Page 1 _0018000.PDF Page 1 _0018100.PDF Page 1 _0018200.PDF Page 1 _0018300.PDF Page 1 _0018400.PDF Page 1 _0018500.PDF Page 1 _0018600.PDF Page 1 _0018700.PDF Page 1 _0018800.PDF Page 1 _0018900.PDF Page 1 _0019000.PDF Page 1 _0019100.PDF Page 1 _0019200.PDF Page 1
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Numero do processo: 10880.003508/00-56
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Mon Nov 08 00:00:00 UTC 2010
Ementa: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ,
Ano-calendário: 1999
Ementa: PEDIDO DE COMPENSAÇÃO CONVERTIDO EM PER/DCOMP. HOMOLOGAÇÃO TÁC1TA.
Os pedidos de compensação pendentes de apreciação em 01.10.2002
convertem-se em declaração de compensação, conforme o § 4º, do art. 74, da Lei n° 9.430/96, com a redação dada pela Lei n° 10.637/2002, e se consideram homologados tacitamente, nos termos do § 5 0, após o decurso do prazo de cinco anos de sua protocolização sem manifestação da autoridade competente.
Numero da decisão: 9101-000.728
Decisão: ACORDAM os membros da 1° turma da CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso da Fazenda Nacional.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Viviane Vidal Wagner
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HOMOLOGAÇÃO TÃC1TA. Os pedidos de compensação pendentes de apreciação em 01.10.2002 convertem-se ern declaração de compensação, conforme o § 40, do art. 74, da Lei n° 9.430/96, com a redação dada pela Lei n° 10.637/2002, e se consideram homologados tacitamente, nos termos do § 5 0, após o decurso do prazo de cinco anos de sua protocolização sem manifestação da autoridade competente. relatados e discutidos os presentes autos ACORDAM os membros da 1° turma da CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCUS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso da Fazenda Nacional (assinado digitalmente) Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente (assinado digitalnzente) Viviane Vidal Wagner - Relatora EDITADO EM: 30/11/2010 CSRF-T1 Ft I Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Alberto Freitas Barreto, Francisco Sales Ribeiro de Queiroz, Alexandre Andrade Lima da Fonte Filho, er te !:.!.[ C.AP.10 S ALBERTO FREITAS ;JARRETO 073:12/2010 r Vi'v!A;qE VIDAL ii! ̀...T-IIAN E. VIAL 1201I r:eal ?In 1:1. 2 nardo de Andrade Couto, Karen Jureidini Dias, Claudemir Rodrigues Malaquias, Antônio los Guidoni Filho, Viviane Vidal Wagner, Valmir Sandri e Susy Gomes Hoffman Trata-se de recurso especial interposto pela Procuradoria da Fazenda Ional em face de acórdão proferido pela Quinta Câmara do Primeiro Conselho de tTibuintes que, por unanimidade de votos, deu provimento ao recurso voluntário, siderando homologado pelo decurso do prazo de 5 (cinco) anos os pedido de compensação a izados entre 01.03.2000 a 14,07.2000,. 0 ilustre relator consignou em seu voto que "o termo inicial para contagem se deu em 09/03/2000, para o primeiro Pedido de Compensação, e em :14/07/2000, para o último Por conseqüência, o termo final foi ern 09/03/2005 e em 14/07/2005, respectivamente, O Despacho Decisório Os 139/141) que indeferiu o pedido de restituição foi lavrado em 06/04/2005 No entanto, a ciência do contribuinte somente se deu em 20/1012005". Diante disso, concluiu pela homologação tácita, tendo restado a decisão PEDIDO DE COMPENSAÇÃO — HOMOLOGAÇÃO TÃ CITA — DiC011 idos cinco anos do pedido de compensação formalizado pelo contribuinte e convertido em declaração de compensação, nos termos das §§ e e 5° da Lei n° 9 430/1996, com as alterações inu aduzidas pelos al t49 da Lei n° 10 637/2002 e art 17 da Lei n° 1083312003, consideram-se tacitamente homologadas as compensações declaradas, e extinto o crédito tributário, A Fazenda Nacional interpôs recurso especial de divergência com amento no art. 7°, 11, do Regimento Interno da Camara Superior de Recursos Fiscais vado pela Portaria n° 147, de 25 06 2007, apresentando paradigma que, em caso análogo, diu que a previsão legal de homologação tácita não se aplica a pedidos de compensação entados antes de 30,10.2003, pela impossibilidade de retroatividade da legislação . rvemente à entrega do pedido Em contrarrazões, a interessada aduz que deve ser aplicada a legislação ificada aos pedidos de compensação pendentes de apreciação à época e que a autoridade inistrativa teria reconhecido a retroatividade dos efeitos da norma com a edição da çâo Normativa SRF n° 460/2004. o relatório Az I loslci ,W Au ent r, Err tr.10.enl 7, '1 eere em 11'12120 10 pCti LC; .AI3ERTO FpErcAS 0,c ETO 0.:,i2 0 C.A. au .ente em C:?.¡"12/20 I 0 IVIANE VII)1--',L WAGNER 2 V2011 cab 1-Znrsti:/io di4 Processo n° 10880.003508/00-56 Acór18o n.° 9101-00,728 F $ CSRF-11 Fl 2 Voto Conselheira Viviane Vidal Wagner, relatora Constatada a divergência jurisprudencial, o recurso merece ser conhecido e apreciado. A discussão cinge-se ao alcance da norma que prevê a homologação tácita da compensação informada em pedido de compensação posteriormente convertido em declaração' de compensação, como é o caso dos autos. 0 art. 49 da Medida Provisória n° 66, de 29 de agosto de 2002, convertida na Lei n° 10.637, de 30 de dezembro de 2002, deu nova redação ao art, 74 da Lei n° 9.430/96, 1 instituindo a Declaração de Compensação (PER/DCONfP), em que a compensação procedida pelo próprio contribuinte tem o efeito de extinguir o crédito tributário sob condição resolutória l de sua ulterior homologação pela autoridade administrativa competente 0 artigo alterado teve l a seguinte configuração: Art 74. 0 sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passivel de restitui cão ou de ressarcimento, poderá na compensação de dibitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuigile.s administrados por aquele Órglio.(Redacão dada pela Lei n° 10.637. de 2002) Wide Decreto n°7.212, de 2010) § JC A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas aos créditos utilkados e aos respectivos débitos compensados fincluido pela Lei n° 10.637, de 2002) ,f 2" A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutórict de sua ulterior homologação.(7nchlido pela Lei n° 10,637, de 2002) -.I .§ 4' Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa serão considerados declaração de compensação, desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste artigo (Indada pela Lei n° 10.637, de 2002) A vigência da referida norma a partir de 10 de outubro de 2002 foi estabelecida no art. 68 da lei modificativa. Assim, a partir dessa data, os pedidos pendentes converteram-se automaticamente em declaração de compensação. Após essa alteração, novas disposições surgiram com a edição da MP no 135, ,:,:)..1.0.13,949,1319Kincilte..cns,t.M1:‘?,-_PPYI-RoargAIARTieic1P?:496c.10rec99PFWORO eelareda, como se vê: enl:r:?.. 122010 por VIDAL VIA (2,14,7..R t :2%21'; r,Io cr 3 1.3 § 52 0 prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da declaração de compensação (Redacão dada pela Lei n°10.833, de 2003) j 62 A declaração de compensação constitui confissão de divida e instrumento hábil e suliciente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. (Incluído pela Lei n° 10.833. de 2003) § 72 Não homologada a compensação, a autoridade administrativa deverá cientificar o sujeito passivo e intimá-lo a efetuar, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o pagamento dos débitos indevidamente compensados fincluido pela Lei n°10.833, de 2003) 82 Não efetuado o pagamento no prazo previsto no § 72, o débito será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em Divida Ativa da União. ressalvado o disposto no § (Inchtido pela Lei n°10.833, de 2003) Alega o recorrente que não se submeteriam os pedidos de compensação vertidos em declaração de compensação à regra do §5 0 do art_ 74 da Lei n° 9.430/96, com a ção dada pela MP n° 135/2003, convertida na Lei n° 10.833/2003, ern face do principio da xiatividade da legislação tributária. Para o deslinde da questão, faz-se mister examinar todo o sistema jurídico. A Constituição Federal, em seu art. 50, inciso XXXVI, estabelece que "a lei prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada", O principio da inça jurídica aqui consubstanciado visa manter a estabilidade das relações jurídicas. Dele decorrem os princípios previstos no capitulo destinado ao Sistema , utario, dentre eles o princif4o da irretroatividade, que reza que aos entes tributantes é o cobrar tributos "em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência que os houver instituído ou aumentado" (destaquei) (art. 150, inciso Ill , alínea a, da CF) Nesse diapasão, o Código Tributário Nacional prevê, em seus arts. 105 e 106, gra de irretroatividade da legislação tributária e suas exceções A legislação tributária -se, imediatamente, somente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, nos moldes 105 do CIN, As hipóteses excepcionais de retroatividade, em beneficio do contribuinte, previstas no art. 106 e englobam a lei expressamente interpretativa e o ato não livamente julgado quando não importe mais ern in fração, não contrarie exigência de ação missão ou comine penalidade menos severa. A questão ora posta, contudo, não se submete ao principio da irretroatividade, rip se trata de instituição de tributo sobre fatos geradores já ocorridos e sim de forma de tituição e extinção do crédito tributário . , ebte i 112'2O ALBERTO FRE:TAS"JARRETO, D3 , 121201D p,of ,.'1%.r!Aird VIDAL ahnerite. 2t Vn!AG1.:ER 4 /2011 pc; f. n° 10880 003508100-56 rdiío n..° 9101-00.728 Fl. 5 CSRF-11 FL 3 ,N1F I I Onde antes se previa a mera suspensão da exigibilidade do crédito pela entrega de Pedido de Compensação, a partir da vigência do §5 0 do art 74 da Lei no 9.430/96, insorido pelo art. 17 da MP n° 135/2003, convertida na Lei n° 10.833/2003, passou-se a prever a extinção do crédito tributário pelo decurso do lapso temporal de cinco anos da data da entrega da declaração de compensação (PER/DCOMP), considerada confissão de divida No momento em que estabelecido o prazo de homologação, considerando a linha cronológica das alterações legislativas, não havia mais que se falar em pedido I de compensação convertido, mas apenas em PER/DCOMP, já que aqueles, a partir de 01.10.2002, 1 deixaram de existir como tal e passaram a ser considerados declaração de compensação, desde a data do seu protocolo, para os efeitos previstos no art, 74 da Lei n° 9 430/96, nos termos do seu §4°. O estabelecimento de prazo para homologação tácita somente se tornou possível pela atribuição à PER/DCOMP do poder de confissão de divida, necessário para exigência dos débitos indevidamente compensados. Até a edição desse dispositivo, não havia prazo para que a Administração Tributária homologasse os pedidos de compensação, os quais não representavam confissão de divida. A constituição de crédito tributário pela declaração de compensação, dessa forma, equivale ao lançamento por homologação, o qual também se extingue pelo decurso do' prazo de homologação tácita. Assim, os pedidos de compensação convertidos em declaração de compensação (PER/DCOMP) não apreciados até 0110.2002, representam confissão de dividal- . e o crédito tributário compensado é extinto, sob ulterior homologação da Administração no prazo de cinco anos de seu.protpcolo, Cabe registrar, por fim, que a própria Administração Tributária, através da instrução Normativa SRF no 460/2004, reconheceu o alcance daquela norma sobre os pedidos antigos, nos termos seguintes: II Art. 29. A autoridade da SRF qua não-homologar a compensação cientificará o sujeito passivo e intinui-lo-ti a efetuar, no prazo de trino dias, contados da ciência do despacho de não-homologação, o pagamento dos débitos indevidamente compensados § IE Não ocorrendo o pagamento ou o parcelamento no p>a:o previsto no caput, o débito deveici ser encaminhado à PG1W, para inscrição em Divida Ativa da União, ressalvado o disposto no art 48. •, ! • 7 , ,Vt.! 1,(3144TNI ' Ao Cy: § 2 O prazo para homologação da compensa cão declarada pelo sujello passivo será de cinco anos, contados da data da entrega da Declaração de Compensa ção. [- Art. 64, Serão considerados Declamação de Compensação, paro os efeitos previstos no art 74 da Lei 129 9.430, de 1996. com .E redação determinada peto art 49 da Lei n2 10637, de 2002, e lera- Pff.1.95 lii03, 1 -bef, `.) MT,. de ri3n..:420 I 1 pe4c F1 &A compensação que, em 1 2 de outubro de 2002, encontravam-se pendentes de decisão pela autoridade administrativa da SRF: (destaquei) 1 6 11 t1 F Pelo exposto, nego provimento ao recurso da Fazenda Nacional, erando tacitamente homologados os pedidos de compensação relacionados na decisão rr da.. (assinado digitalmente) Viviane Vidal Wagner hr. , II ' „ Aa itiadq GWER 4t.it nO6zidli j Em tidri • rxm CARCCS ALE>IIRTO FREITAS BARRET°. 0'3 , 12 1 2 ,-J1 0 pot VIVIANE Al.re.r.7!: fl'31 I Ir) por V1V17-,Nr. v15,41, i2011 Fazend:',_ 6
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Numero do processo: 10425.000908/98-18
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 09 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Jun 25 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano-calendário: 2001, 2002
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Os Embargos de Declaração não são o veículo adequado para a discussão do inconformismo da Recorrente, pois eventual inconformismo do embargante deve ser objeto de discussão nos meios processuais cabíveis.
Numero da decisão: 1401-000.973
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, REJEITAR os embargos de declaração.
(assinado digitalmente)
Jorge Celso Freire da Silva Presidente
(assinado digitalmente)
Antonio Bezerra Neto - Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antonio Bezerra Neto, Alexandre Antônio Alkmim Teixeira, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Maurício Pereira Faro, Marcos Vinicius Barros Ottoni e Jorge Celso Freire da Silva.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: ANTONIO BEZERRA NETO
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METALÚRGICA SILVANA S/A Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2001, 2002 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Os Embargos de Declaração não são o veículo adequado para a discussão do inconformismo da Recorrente, pois eventual inconformismo do embargante deve ser objeto de discussão nos meios processuais cabíveis. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, REJEITAR os embargos de declaração. (assinado digitalmente) Jorge Celso Freire da Silva – Presidente (assinado digitalmente) Antonio Bezerra Neto Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antonio Bezerra Neto, Alexandre Antônio Alkmim Teixeira, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Maurício Pereira Faro, Marcos Vinicius Barros Ottoni e Jorge Celso Freire da Silva. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 42 5. 00 09 08 /9 8- 18 Fl. 425DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 04/06/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA 2 Relatório Tratase de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO em que se alega omissão, contradição e obscuridade no Acórdão nº 140100.524, proferido por esta 1a Turma da 4ª Câmara da 1a Seção do CARF, que, por unanimidade de votos, NEGARAM provimento ao recurso, nos termos da ementa abaixo: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2000 Ementa. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO PERANTE A AUTORIDADE JULGADORA. Caracteriza novo pedido, a exigir os trâmites próprios, a pretensão de reconhecimento de crédito contra a Fazenda Pública, formulado na manifestação de inconformidade. Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Anocalendário: 2001 Ementa: IRPJ RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA. A lei pode nas condições que estipular autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, não se admitindo, portanto, o desrespeito ao princípio da competência positivado na legislação de regência do imposto de renda que garante que as retenções inclusas no cálculo do saldo negativo do IRPJ devam se referir a receitas auferidas no próprio ano calendário correspondente às retenções. COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS APÓS A MEDIDA PROVISÓRIA Nº 66, de 2002. A compensação tributária, a partir de 1º de outubro de 2002, quando exercitada pelo contribuinte, requisita, nas hipóteses legalmente permitidas, a entrega da Declaração de Compensação (Dcomp), independentemente do encontro de contas versar sobre tributos e contribuições de mesma ou diferentes espécies e destinação constitucional. Transcrevo parte dos Embargos naquilo que é essencial, onde a Embargante aponta duas premissas equivocadas da qual partiu o Acórdão embargado, em que na última se cometeria um erro de fato: (...) 22. Aliás, tal ocorrência está presente no Acórdão, pois o seu voto conduto partiu das seguintes premissas: Fl. 426DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 04/06/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10425.000908/9818 Acórdão n.º 1401000.973 S1C4T1 Fl. 426 3 a) O incentivo fiscal de 100% do IRPJ e CSLL concedido pela SUDENE, que originou o direito de crédito da Embargante, se restringe a determinado produto fabricado pela Embargante e, portanto, demandaria complicada auditoria para aferição do valor do crédito; b) De acordo com as alterações legislativas promovidas pela MP n° 66/2002, não caberia pedido de compensação, mas de declaração de compensação acompanhada de pedido de restituição. Porém, tais premissas estão totalmente divergentes com a realidade fática, assim como as provas carreadas nos autos, o que justifica, desde já, o cabimento do presente recurso. Em relação ao primeiro aspecto, assim desenvolve a matéria: . Ora Doutos Julgadores, não estamos diante de isenção referente a uma parcela da receita bruta da Embargante, mas de toda sua receita bruta. Aliás, no próprio cadastro da empresa perante a Receita Federal do Brasil, consta a informação de que a atividade desenvolvida pela Embargante foi a mesma que foi TOTALMENTE incentivada pela SUDENE: (...) Ou seja, não há o que se falar em necessidade de complexo cálculo para a comprovação do crédito pleiteado pela Embargante, já que basta simplesmente comparar os valores recolhidos por estimativa a título de IRPJ e a receita auferida no anocalendario, a qual foi totalmente beneficiada pela isenção de 100% sobre o imposto a pagar no período. Em relação ao segundo aspecto, alega cometido de erro de fato: O Acórdão embargado clama pela necessidade da feitura de dcomps, com a nova sistemática de compensação inaugurada pela MP n. 66/2002 que passou a viger a partir de outubro de 2002: (...) 36. Contudo, com todas as vénias, mais uma a vez o acórdão incorre em vício, visto que os pedidos de compensação objeto da presente lide foram formulados antes da vigência da Medida Provisória n° 66/2002 que alterou o art. 74 da Lei n° 9.430/96. 37. Compulsando os autos, especificamente na folha 141, verificase que o último pedido de compensação foi formulado em 07.02.2002, isto é, antes da vigência da citada norma: É o relatório. Fl. 427DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 04/06/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA 4 Voto Conselheiro Antonio Bezerra Neto, Relator Atendidos os requisitos de admissibilidade, tomo conhecimento dos embargos de declaração. A embargante assim maneja esse recurso de escopo bastante restrito, que são os embargos declaratórios: 22. Aliás, tal ocorrência está presente no Acórdão, pois o seu voto conduto partiu das seguintes premissas: a) O incentivo fiscal de 100% do IRPJ e CSLL concedido pela SUDENE, que originou o direito de crédito da Embargante, se restringe a determinado produto fabricado pela Embargante e, portanto, demandaria complicada auditoria para aferição do valor do crédito; b) De acordo com as alterações legislativas promovidas pela MP n° 66/2002, não caberia pedido de compensação, mas de declaração de compensação acompanhada de pedido de restituição. Porém, tais premissas estão totalmente divergentes com a realidade fática, assim como as provas carreadas nos autos, o que justifica, desde já, o cabimento do presente recurso. E daí prossegue aprofundandose no porquë tais premissas seriam equivocadas. Ora,. de plano se vê que se maneja os embargos com outra finalidade diferente de suprir omissão, contradição ou obscuridade. É patente que o inconformismo do embargante referese ao fato de o Acórdão impugnado haver adotado entendimento diverso daquele que entende seja o correto, uma vez que partira de premissas equivocadas. Entretanto, tal circunstância não comparece como motivo suficiente a viabilizar os embargos de declaração. Isso porque eventual inconformismo do embargante deve ser objeto de discussão nos meios processuais cabíveis, porquanto os embargos declaratórios não se prestam a modificar o julgado ou a responder questionamentos das partes. E nem poderia haver omissão, a uma porque o Acórdão recorrido tratou especificamente sobre a questão de forma substanciosa, deixando bem claro os motivos para o indeferimento do pleito.. Nesse aspecto cabe salientar que as premissas questionadas pela Recorrente não passaram de argumentos subsidiários a outros argumentos mais importantes. Isso quer dizer que mesmo que tais premissas fossem consideradas aqui equivocadas e se dessem efeitos infringentes a essa retificação, o destino final do Acórdão embargado ainda assim não iria mudar, uma vez que a premissa principal relativa à inovação no pleito, e não atacada em sede de embargos ainda permaneceria incólume. Vejamos os termos em que isso ficou assentado no Acórdão embargado: Dessa forma, corroboro com a decisão de piso em todos os seus termos, pois além de não terem sido solicitados formalmente os referidos créditos que viriam a complementar o seu pedido, há flagrante inovação no pedido e a competência de se analisar tal pleito é da DRF e não das instâncias julgadoras: Art. 174. As Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento DRJ, órgãos com jurisdição nacional, compete, especificamente, julgar, em primeira instância, processos administrativos fiscais (...) Fl. 428DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 04/06/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 10425.000908/9818 Acórdão n.º 1401000.973 S1C4T1 Fl. 427 5 III de manifestação de inconformidade do sujeito passivo contra apreciações das autoridades competentes relativos à restituição, compensação, ressarcimento, imunidade, suspensão, isenção e à redução de tributos e contribuições, (ênfase acrescida) (....) Art. 175. As turmas das DRJ são inerentes as competências descritas nos incisos I a Ilido artigo anterior. (...) Art.238 Aos Delegados~da~Receita Federal do Brasil e InspetoresChefes da Receita Federal do Brasil incumbe, no âmbito da respectiva jurisdição, as atividades relacionadas com a gerência e a modernização da administração tributária e aduaneira e, especificamente: (...) VI decidir sobre a concessão de regimes aduaneiros especiais e pedidos de parcelamento, sobre restituição, compensação, ressarcimento, reembolso, suspensão e redução de tributos; (....) A seu turno, referida inovação não pode ser apreciada em grau de recurso, seja porque não há litígio tomando com base o parecer da DRF, seja porque importaria em supressão de instância. Por outro lado, trago ainda à baila outros argumentos que se somam aos já colocados pela DRJ no sentido de obstaculizar ainda mais o referido pleito. Por fim, nem se pode dizer também que os argumentos subsidiários atacados estariam de fato equivocados, uma vez que o relator o relator demonstrou minuciosamente que o referido crédito tomado a partir do recálculo do lucro da exploração nem mesmo foi demonstrado nos autos, e isso é fato. Em relação, ao segundo argumento auxiliar a Recorrente também tem razão, o Acórdão embargado fez menção também à necessidade de se ter feito Dcomps, uma vez que o seu pleito se referia a créditos até 2004, o que necessariamente deveria requerer acompanhando o pleito as respectivas Dcomps, sistemática nova adotada a partir de outubro de 2002. Por todo o exposto, rejeito os embargas. (assinado digitalmente) Antonio Bezerra Neto Fl. 429DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 24/05/2013 por ANTONIO BEZERRA NETO, Assinado digitalmente em 04/06/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA
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Numero do processo: 13811.000091/2003-31
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 03 00:00:00 UTC 2012
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Compensação. Cinco mais cinco. Lei Complementar nº 118/05.
O Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, em repercussão geral reconhecida no RE nº 561.908-7/RS reconheceu a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118cionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Em observância ao decidido pelo E. Supremo Tribunal Federal o recurso deve ser provido para determinar-se o retorno dos autos à instância de origem para apreciação da certeza e liquidez do crédito objeto de restituição, assim como de sua suficiência e legalidade da compensação pleiteada.
Numero da decisão: 1401-000.815
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos dar provimento ao recurso voluntário tão somente para afastar a decadência e retorno dos autos à instância de origem para apreciação da certeza e liquidez do crédito objeto de restituição, assim como de sua suficiência e legalidade da compensação pleiteada.
Matéria: IRPJ - restituição e compensação
Nome do relator: Maurício Pereira Faro
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Compensação. Cinco mais cinco. Lei Complementar nº 118/05. O Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, em repercussão geral reconhecida no RE nº 561.9087/RS reconheceu a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118cionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Em observância ao decidido pelo E. Supremo Tribunal Federal o recurso deve ser provido para determinarse o retorno dos autos à instância de origem para apreciação da certeza e liquidez do crédito objeto de restituição, assim como de sua suficiência e legalidade da compensação pleiteada. . Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos dar provimento ao recurso voluntário tão somente para afastar a decadência e retorno dos autos à instância de origem para apreciação da certeza e liquidez do crédito objeto de restituição, assim como de sua suficiência e legalidade da compensação pleiteada. Assinado digitalmente Jorge Celso Freire da Silva Presidente Fl. 449DF CARF MF Impresso em 16/08/2012 por MARISTELA DE SOUSA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2012 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 09/08/201 2 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 16/08/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 13811.000091/200331 Acórdão n.º 140100.815 S1C4T1 Fl. 2 2 Assinado digitalmente Maurício Pereira Faro – Relator Participaram do julgamento os conselheiros Jorge Celso Freire da Silva (Presidente), Ana Clarissa Masuko dos Santos Araujo, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Mauricio Pereira Faro, Sergio Luiz Bezerra Presta, Antonio Bezerra Neto. Relatório Tratase de recurso voluntário contra o Acórdão nº 1227.031, da 1ª Turma da Delegacia da Receita Federal Rio de JaneiroRJ1. Por economia processual, adoto e transcrevo o relatório constante na decisão de primeira instância: 1. SANTA SOFIA ADMINISTRAÇÃO E INCORPORAÇÃO IMOBILIARIA LTDA., manifesta inconformidade contra o Despacho Decisório, proferido pela Divisão de Orientação e Análise Tributária/EQPIR, da Delegacia de Administração Tributária em São Paulo — DERAT (fls. 243 a 246), que não homologou a Declaração de Compensação apresentada (fls. 01 e 02). 2. Ao analisar os documentos apresentados, a Autoridade Fiscal verificou que ao contrário do que alega a empresa, não haveria saldo negativo de IRPJ a ser compensado no anocalendário de 2001 e sim imposto a pagar pois a empresa declarou erroneamente valor maior de antecipação de IRPJ na ficha 12 A (R$ 184.202,73) do que tinha efetivamente declarado nas estimativas mensais na Ficha 11 (R$ 181.538,02), causando uma diferença de R$ 2.664,71 que deixou de ser recolhido. 3. Verificou também que a empresa informou na memória do cálculo utilizado nas compensações (fls.05), o aproveitamento de crédito do anocalendário de 1997, acrescido de algumas parcelas de IRRF e IRPJ estimativa dos anoscalendário de 1998 a 2001, embora não tenha citado nenhum desses supostos créditos na DCOMP. 4. O crédito relativo ao anocalendário de 1997 não poderia mais ser objeto de DCOMP apresentada em 21/01/2003, pois já havia decaído o direito de pleitear a compensação desse crédito. Quanto ao anocalendário de 1998 a contribuinte apurou saldo a pagar. Finalmente nas DIPJ dos anoscalendário de 1999 e 2000, a contribuinte apurou R$ 0,00 de imposto a pagar, não havendo qualquer saldo negativo compensável. Fl. 450DF CARF MF Impresso em 16/08/2012 por MARISTELA DE SOUSA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2012 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 09/08/201 2 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 16/08/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 13811.000091/200331 Acórdão n.º 140100.815 S1C4T1 Fl. 3 3 5. Cientificada em 01/02/2008, da decisão proferida, conforme AR de recebimento (fls. 249 verso), a contribuinte apresentou, em 05/03/2008, Manifestação de Inconformidade (fls. 253 a 253) cujas razões estão a seguir, em síntese: 5.1. Alega que o valor de R$ 184.202,73 se refere a crédito de Imposto de Renda de períodos anteriores, onde foi efetuada a compensação com o imposto apurado por estimativa mensal. 5.2. Alega que o saldo de R$ 2.664,71 também foi compensado não restando débito algum e sim crédito, “..conforme ressalta o próprio julgador de primeira instância, ao dizer que os recolhimentos efetuados alcançam R$ 184.202,73, quando o devido seria R$ 181.538,02." 5.3. Alega que o crédito de 1997 não estaria prescrito uma vez que foi apurado em 1997, com a compensação efetuada corretamente com o período de apuração de 2002, embora declarado, foi informado em 2003, como determinava a orientação administrativa que só foi modificada a partir de abril de 2003 através da Instrução Normativa n° 323/2003. 5.4. Alega que a formalização da declaração somente em janeiro de 2003 em nada influi sobre o direito de compensar, não havendo em seu entender, qualquer irregularidade na compensação. 5.5. Alega que a alegação que a contribuinte teria "...o saldo a pagar de IRPJ no montante de R$ 41.671,71, a qual informa ter sido compensado com saldo negativo de períodos anteriores, mister esclarecer que conforme podemos observar da ficha 08 da DIPJ, anocalendário de 1997, há existência de crédito no valor de R$ 220.449,51." 5.6. Alega que o valor do IRPJ correspondente ao anocalendário de 1998 foi compensado com o saldo negativo de IRPJ do ano calendário de 1997. 5.7. Alega que "...na declaração do anocalendário de 1999 não era obrigatória a informação de retenção na fonte, bem como na de anocalendário 2000, a empresa declarou o imposto de renda devido" 5.8. Por fim, requer a revisão da decisão e homologação das compensações efetuadas. Analisando a Manifestação de Inconformidade apresentada entendeu a 5ª Turma da DRJ/SPO1, por unanimidade de votos, não homologar o pedido de compensação. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2001 DCOMP PRAZO PARA UTILIZAÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente ou em valor maior que o devido, inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei posteriormente Fl. 451DF CARF MF Impresso em 16/08/2012 por MARISTELA DE SOUSA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2012 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 09/08/201 2 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 16/08/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 13811.000091/200331 Acórdão n.º 140100.815 S1C4T1 Fl. 4 4 declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação declaratória ou em recurso extraordinário, extinguese após o transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da extinção do crédito tributário. Compensação não Homologada Inconformada, a Recorrente apresentou o presente recurso voluntário, alegando, em suma, os mesmos argumentos deduzidos em sede de manifestação. É o relatório. Voto Conselheiro MAURÍCIO PEREIRA FARO, Relator Conheço do presente Recurso Voluntário, visto que atende aos pressupostos de admissibilidade. O Superior Tribunal de Justiça, por reiteradas decisões firmadas pacificamente no âmbito de sua jurisprudência, fixou entendimento de que o prazo de restituição dos tributos pagos no âmbito do regime de lançamento por homologação deveria ser contado da data da homologação do pagamento, e não da data do pagamento. Esse entendimento, alcunhado de “tese dos cinco mais cinco”, deferia aos contribuintes que não tiveram o seu pagamento expressamente homologado pela autoridade fiscal, que postulassem a restituição de tributos em até cinco anos após a homologação tácita do pagamento, ou seja, passados cinco anos da ocorrência do fato gerador. Contrariamente a este entendimento, foi editada a Lei Complementar nº 118/05 que, a título interpretativo, previu que, nos casos de pedido de restituição, o prazo prescricional para postular a restituição deveria ser contado da data do pagamento; e não da data da homologação do pagamento. Surgiu, então, questionamento acerca da aplicação retroativa de referida lei, que foi julgada definitivamente pelo Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal no processo nº 566.621/RS, em repercussão geral reconhecida no RE nº 561.9087/RS, tendo ficado assentado o seguinte: 1) Para as ações e pedidos de repetição realizados antes da vigência da lei complementar nº 118/05 (considerado, aqui, a vacatio legis de 120 dias da sua publicação), o prazo prescricional para restituição de tributos deve ser contado da data da homologação do pagamento, nos termos da “tese dos cinco mais cinco”; 2) Para as ações e pedidos de restituição realizados após a vigência da lei complementar nº 118/05, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005, aplicase o prazo prescricional de cinco anos, contados do pagamento. Transcrevo a ementa do julgado do Excelso Pretório, in litteris: Fl. 452DF CARF MF Impresso em 16/08/2012 por MARISTELA DE SOUSA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2012 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 09/08/201 2 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 16/08/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 13811.000091/200331 Acórdão n.º 140100.815 S1C4T1 Fl. 5 5 DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da Fl. 453DF CARF MF Impresso em 16/08/2012 por MARISTELA DE SOUSA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2012 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 09/08/201 2 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 16/08/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA Processo nº 13811.000091/200331 Acórdão n.º 140100.815 S1C4T1 Fl. 6 6 vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido. Referida decisão transitou em julgado no dia 27 de fevereiro de 2012. No caso dos autos, o pedido de restituição postulado pelo Recorrente ocorreu antes da vigência da lei complementar nº 118/05, razão pela qual deve ser dado provimento ao recurso. Diante do exposto, voto por dar provimento ao recurso voluntário, determinandose o retorno dos autos à instância de origem para apreciação da certeza e liquidez do crédito objeto de restituição, assim como de sua suficiência e legalidade da compensação pleiteada. Assinado digitalmente Relator Maurício Pereira Faro Fl. 454DF CARF MF Impresso em 16/08/2012 por MARISTELA DE SOUSA RODRIGUES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/08/2012 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 09/08/201 2 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 16/08/2012 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA
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