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Numero do processo: 10860.720335/2013-02
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 16 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Sep 13 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2010
IMPOSTO DE RENDA. PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES. TABELA PROGRESSIVA. ALÍQUOTA. RE Nº 614.406/RS.
No julgamento do Recurso Extraordinário nº 614. 406/RS, conduzido sob o regime de recursos repetitivos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, sem declarar a inconstitucionalidade do artigo 12 da Lei nº 7.713/88, reconheceu que o critério de cálculo dos Rendimentos Recebidos Acumuladamente adotado pelo supracitado artigo 12, representa transgressão aos princípios da isonomia e da capacidade contributiva do contribuinte, conduzindo a uma majoração da alíquota do Imposto de Renda.
A percepção cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes, individualmente, os exercícios envolvidos.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2401-004.462
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, por maioria, dar-lhe provimento, para que o cálculo do tributo devido relativo aos rendimentos tributáveis recebidos acumuladamente pelo Contribuinte seja realizado levando-se em consideração as tabelas e alíquotas vigentes nas competências correspondentes a cada uma das parcelas integrantes do pagamento recebido de forma acumulada pelo Recorrente. Vencido o conselheiro Carlos Alexandre Tortato que dava provimento, em maior extensão, para exonerar o crédito tributário.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente
(assinado digitalmente)
Luciana Matos Pereira Barbosa - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arraes Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA
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PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES. TABELA PROGRESSIVA. ALÍQUOTA. RE Nº 614.406/RS. No julgamento do Recurso Extraordinário nº 614. 406/RS, conduzido sob o regime de recursos repetitivos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, sem declarar a inconstitucionalidade do artigo 12 da Lei nº 7.713/88, reconheceu que o critério de cálculo dos Rendimentos Recebidos Acumuladamente adotado pelo supracitado artigo 12, representa transgressão aos princípios da isonomia e da capacidade contributiva do contribuinte, conduzindo a uma majoração da alíquota do Imposto de Renda. A percepção cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes, individualmente, os exercícios envolvidos. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 0. 72 03 35 /2 01 3- 02 Fl. 56DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, por maioria, darlhe provimento, para que o cálculo do tributo devido relativo aos rendimentos tributáveis recebidos acumuladamente pelo Contribuinte seja realizado levandose em consideração as tabelas e alíquotas vigentes nas competências correspondentes a cada uma das parcelas integrantes do pagamento recebido de forma acumulada pelo Recorrente. Vencido o conselheiro Carlos Alexandre Tortato que dava provimento, em maior extensão, para exonerar o crédito tributário. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini– Presidente (assinado digitalmente) Luciana Matos Pereira Barbosa Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arraes Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira. Fl. 57DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI Processo nº 10860.720335/201302 Acórdão n.º 2401004.462 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto contra decisão de primeiro grau que negou provimento à impugnação apresentada pelo contribuinte. Em 28/01/2013, foi lavrada notificação de lançamento referente ao exercício de 2010, AnoCalendário 2009, na qual foi constatada a omissão de rendimentos sujeitos a tabela progressiva, no valor de R$ 169.901,17 (cento se sessenta nove mil, novecentos e um reais e dezessete centavos), recebidos pelo titular. Inconformado com a notificação apresentada, o contribuinte protocolizou impugnação alegando que os rendimentos em análise devem ser tributados de acordo com tabela progressiva por se tratar de rendimentos recebidos acumuladamente, em virtude de ação judicial. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo I (SP) manteve o crédito tributário, com a seguinte consideração: “RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. Os rendimentos atrasados recebidos acumuladamente pelo contribuinte estão sujeitos à tributação na declaração de ajuste anual. Tais rendimentos são tributáveis no momento em que o contribuinte adquire a disponibilidade efetiva da renda (regime de caixa).” “Assim, os rendimentos referentes a anos anteriores, recebidos de uma só vez, devem ser oferecidos à tributação no mês do seu recebimento com incidência sobre a totalidade dos rendimentos, inclusive juros e atualização monetária, podendo ser deduzido o valor das despesas com a ação judicial necessárias ao recebimento dos rendimentos, inclusive com advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização. Não obstante o exposto, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, com fundamento no artigo 19, inciso II, da Lei nº 10.522, de 2002, combinado com o artigo 5º do Decreto nº 2.346, de 1997, e no Parecer PGFN/CRJ/Nº 287, de 2009, aprovado pelo Sr. Ministro de Estado da Fazenda, editou o Ato Declaratório PGFN nº 1, de 27 de março de 2009, que autorizou a dispensa de interposição de recursos e a desistência dos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante, “nas ações judiciais que visem obter a declaração de que, no cálculo do imposto renda incidente sobre rendimentos pagos acumuladamente, devem ser levadas em consideração as tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se referem tais rendimentos, devendo o cálculo ser mensal e não global”. Fl. 58DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI 4 Observese o que estabelece o artigo 19, inciso II e §§ 4º e 5º, da Lei nº 10.522/2002, com a redação dada pela Lei nº 11.033/2004: (...) Todavia, em virtude da decisão do Supremo Tribunal Federal pela existência de repercussão geral da matéria, por ocasião da resolução de questão de ordem nos autos dos Agravos Regimentais nos Recursos Extraordinários 614.406 e 614.232, o Ato Declaratório PGFN nº 1/2009 foi suspenso pelo Parecer PGFN/CRJ/N° 2331/2010, com fundamento nas razões a seguir transcritas: (...) Portanto, a matéria volta a ser regida pelo artigo 12 da Lei n° 7.713/1988, base legal do artigo 56 do RIR/1999, acima reproduzido. (...) Isto posto, voto no sentido de considerar improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário exigido pela notificação de lançamento.” Posteriormente, dentro do lapso temporal legal, foi interposto recurso voluntário, no qual o contribuinte alegou que: · A cobrança exigida pelo Fisco é contraria ao que determina o Ato Declaratório do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional – PGFN nº 1 de 27.03.2009, uma vez que considera que há incidência do imposto de renda, cuja apuração decorrerseá pelo montante do crédito no momento do seu recebimento. E requer o cancelamento do Auto de Infração, inclusive todas as cobranças advindas de tal imposição feita pela Receita Federal. É o relatório. Fl. 59DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI Processo nº 10860.720335/201302 Acórdão n.º 2401004.462 S2C4T1 Fl. 4 5 Voto Conselheira Luciana Matos Pereira Barbosa, Relatora 1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 1.1. DA TEMPESTIVIDADE O Recorrente foi cientificado da r. decisão em debate no dia 26/04/2013, conforme AR às fls. 35, e o presente Recurso Voluntário foi apresentado, TEMPESTIVAMENTE, no dia 15/05/2013, razão pela qual CONHEÇO DO RECURSO já que presentes os requisitos de admissibilidade. 2. DO MÉRITO Cuidase o presente lançamento de omissão de rendimentos sujeitos a tabela progressiva, no valor de R$ 169.901,17 (cento se sessenta nove mil, novecentos e um reais e dezessete centavos), recebidos pelo titular, em virtude de ação judicial que concedeu a revisão da aposentadoria por tempo de contribuição referente ao período de julho de 1999 a novembro de 2005. 2.1. DOS RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. Nesse tocante, o artigo 62, § 2º do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 343/2015 impõe aos conselheiros, no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A reprodução de decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista nos artigos 1.036 a 1.041 do Novo Código de Processo Civil. Sobre o tema, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu pela improcedência do Recurso Extraordinário nº 614.406/RS, interposto pela União, no qual sobrou reconhecido que o critério de cálculo dos Rendimentos Recebidos Acumuladamente – RRA adotado pelo artigo 12 da Lei nº 7.713/88, representa transgressão aos princípios da isonomia e da capacidade contributiva do Contribuinte, conduzindo a uma majoração da alíquota do Imposto de Renda. Ficou sedimento o entendimento de que o imposto de renda, mesmo que incidente sobre rendimentos recebidos acumuladamente, deve ser apurado levandose em consideração as tabelas e alíquotas vigentes nos meses a que se referiam cada uma das parcelas integrantes do pagamento recebido de forma acumulada. Confirase: “IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA. A percepção cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes, individualmente, os exercícios envolvidos.” (STF, RE 614.406 RS) Fl. 60DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI 6 Nesse interregno, como o julgamento do Recurso Extraordinário nº 614.406/RS foi realizado conforme a Sistemática dos Recursos Repetitivos atrai a incidência do disposto no §2º do artigo 62 do Regimento Interno do CARF. Recordese: “Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. § 1º O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; II que fundamente crédito tributário objeto de: a) Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 103A da Constituição Federal; b) Decisão do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, em sede de julgamento realizado nos termos do art. 543B ou 543C da Lei nº 5.869, de 1973 Código de Processo Civil (CPC), na forma disciplinada pela Administração Tributária; c) Dispensa legal de constituição ou Ato Declaratório da ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN) aprovado pelo Ministro de Estado da Fazenda, nos termos dos arts. 18 e 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002; d) Parecer do AdvogadoGeral da União aprovado pelo Presidente da República, nos termos dos arts. 40 e 41 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993; e e) Súmula da AdvocaciaGeral da União, nos termos do art. 43 da Lei Complementar nº 73, de 1973. § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos arts. 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 1973 Código de Processo Civil (CPC), deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF.” Noutro giro, o Código Tributário Nacional em seu artigo 149 prevê a prerrogativa do Fisco de rever o lançamento. Assim, como a época do Lançamento em questão não existia o Julgamento Plenário do RE nº 614.406/RS, deve o fisco rever o lançamento de maneira que possa aplicar no cálculo do tributo devido o critério adotado pelo Supremo. Confirase: “ Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I quando a lei assim o determine; II quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; Fl. 61DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI Processo nº 10860.720335/201302 Acórdão n.º 2401004.462 S2C4T1 Fl. 5 7 III quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recusese a prestálo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; IV quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; VIII quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; IX quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.” Dessa forma, em atenção ao disposto no artigo 62, §2º do Regimento Interno do CARF e ao artigo 149, VIII, do Código Tributário Nacional, voto no sentido de, nesse específico particular, dar provimento ao Recurso Voluntário, para que o cálculo do tributo devido relativo aos rendimentos tributáveis recebidos acumuladamente pelo Contribuinte seja realizado levandose em consideração as tabelas e alíquotas vigentes nas competências correspondentes a cada uma das parcelas integrantes do pagamento recebido de forma acumulada pelo Recorrente. Nesse sentido entendimentos proferidos por esse egrégio Conselho Administrativo: “IRPF. RENDIMENTO RECEBIDO ACUMULADAMENTE. APLICAÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA. O Imposto de Renda incidente sobre os rendimentos pagos acumuladamente deve ser calculado de acordo com as tabelas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido adimplidos, observando a renda auferida mês a mês pelo segurado. Não é legítima a exigência do imposto de renda com parâmetro no montante global pago extemporaneamente. (Acordão nº 2202003.193, Processo nº 11080.731461/201324, rel. Conselheiro Martin da Silva Gesto, j. em 17/02/2016).” Fl. 62DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI 8 3. CONCLUSÃO: Pelos motivos expendidos, CONHEÇO do Recurso Voluntário para, no mérito, DARLHE PROVIMENTO, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. É como voto. (assinado digitalmente) Luciana Matos Pereira Barbosa. Fl. 63DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI
score : 1.0
Numero do processo: 10580.721038/2009-36
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 12 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Nov 08 00:00:00 UTC 2016
Numero da decisão: 2201-000.146
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, SOBRESTAR o julgamento do recurso, conforme a Portaria CARF nº 1, de 2012, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Fez sustentação oral o Dr. Manoel Pinto, OAB/BA 11.024.
(assinado digitalmente)
MARIA HELENA COTTA CARDOZO Presidente
(assinado digitalmente)
RAYANA ALVES DE OLIVEIRA FRANÇA Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Maria Helena Cotta Cardozo (Presidente), Rodrigo Santos Masset Lacombe, Rayana Alves de Oliveira França, Eduardo Tadeu Farah, Ricardo Anderle (Suplente convocado) e Pedro Paulo Pereira Barbosa. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Gustavo Lian Haddad.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, SOBRESTAR o julgamento do recurso, conforme a Portaria CARF nº 1, de 2012, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Fez sustentação oral o Dr. Manoel Pinto, OAB/BA 11.024. (assinado digitalmente) MARIA HELENA COTTA CARDOZO Presidente (assinado digitalmente) RAYANA ALVES DE OLIVEIRA FRANÇA Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Maria Helena Cotta Cardozo (Presidente), Rodrigo Santos Masset Lacombe, Rayana Alves de Oliveira França, Eduardo Tadeu Farah, Ricardo Anderle (Suplente convocado) e Pedro Paulo Pereira Barbosa. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Gustavo Lian Haddad.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2003; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C2T1 Fl. 239 1 238 S2C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10580.721038/200936 Recurso nº Voluntário Resolução nº 2201000.146 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Data 12 de março de 2013 Assunto Sobrestamento de Processo Rendimentos Recebidos Acumuladamente Recorrente PAVLOVA MARIA GOUVEIA CABRAL Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, SOBRESTAR o julgamento do recurso, conforme a Portaria CARF nº 1, de 2012, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Fez sustentação oral o Dr. Manoel Pinto, OAB/BA 11.024. (assinado digitalmente) MARIA HELENA COTTA CARDOZO – Presidente (assinado digitalmente) RAYANA ALVES DE OLIVEIRA FRANÇA – Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Maria Helena Cotta Cardozo (Presidente), Rodrigo Santos Masset Lacombe, Rayana Alves de Oliveira França, Eduardo Tadeu Farah, Ricardo Anderle (Suplente convocado) e Pedro Paulo Pereira Barbosa. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Gustavo Lian Haddad. RELATÓRIO Contra a contribuinte acima identificada, foi lavrado Auto de Infração para exigir crédito tributário de IRPF, referente aos exercícios de 2005, 2006 e 2007, no valor de R$165.937,95, incluída a multa de ofício no percentual de 75% (setenta e cinco por cento) e juros de mora, originado da constatação de classificação indevida na Declaração de Ajuste Anual, de rendimentos tributáveis recebidos do Ministério Público do Estado da Bahia. O procedimento fiscal encontrase resumido na Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal, na qual o autuante esclarece que a contribuinte classificou indevidamente como Rendimentos Isentos e Não Tributáveis os rendimentos auferidos do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, a título diferenças de remuneração ocorridas quando da RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 05 80 .7 21 03 8/ 20 09 -3 6 Fl. 239DF CARF MF Processo nº 10580.721038/200936 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2201 000.146 S2C2T1 Fl. 240 2 conversão de Cruzeiro Real para a Unidade Real de Valor URV em 1994, reconhecidas e pagas em 36 parcelas iguais no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006, com base na Lei Complementar do Estado da Bahia n.º 20 de 08 de setembro de 2003. Cientificada do lançamento, a contribuinte apresentou impugnação, cujos principais argumentos estão sintetizados pelo relatório do Acórdão de primeira instância, o qual adoto, nesta parte: a) o lançamento fiscal é improcedente, pois teve como objeto valores recebidos pelo impugnante a título de diferenças de URV, que não estão sujeitos à incidência do imposto de renda, em razão do seu caráter indenizatório, não se enquadrando nos conceitos de renda ou proventos de qualquer natureza, previstos no art. 43 do CTN; b) o STF, através da Resolução nº 245, de 2002, reconheceu a natureza indenizatória das diferenças de URV recebidas pelos magistrados federais, e que por esse motivo estariam isentas da contribuição previdenciária e do imposto de renda. Este tratamento seria extensível aos valores a mesmo título recebidos pelos membros do magistrados estaduais; c) o Estado da Bahia abriu mão da arrecadação do IRRF que lhe caberia ao estabelecer no art. 3º da Lei Estadual Complementar nº 20, de 2003, a natureza indenizatória da verba paga, sendo a União parte ilegítima para exigência de tal tributo. Além disso, se a fonte pagadora não fez a retenção que estaria obrigada, e levou o autuado a informar tal parcela como isenta em sua declaração de rendimentos, não tem este último qualquer responsabilidade pela infração; d) caso os rendimentos apontados como omitidos de fato fossem tributáveis, deveriam ter sido submetidos ao ajuste anual, e não tributados isoladamente como no lançamento fiscal; e) parcelas dos valores recebidos a título de diferenças de URV se referiam à correção incidente sobre 13º salários e a férias indenizadas (abono férias), que respectivamente estão sujeitas à tributação exclusiva e isenta, portanto, não deveriam compor a base de cálculo do imposto lançado; f) ainda que as diferenças de URV recebidas em atraso fossem consideradas como tributáveis, não caberia tributar os juros e correção monetária incidentes sobre elas, tendo em vista sua natureza indenizatória; g) mesmo que tal verba fosse tributável, não caberia a aplicação da multa de ofício e juros moratórios, pois o autuado teria agido com boa fé, seguindo orientações da fonte pagadora, que por sua vez estava fundamentada na Lei Estadual Complementar nº 20, de 2003, que dispunha acerca da natureza indenizatória das diferenças de URV. Antes do julgamento, foi determinada diligência fiscal para que o órgão de origem adotasse as medidas cabíveis para ajustar o lançamento fiscal ao Parecer PGFN/CRJ/Nº 287/2009, para que fossem levadas em consideração as tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se referem tais rendimentos, devendo o cálculo ser mensal e não global. Não obstante, essa diligência fiscal ficou prejudicada com a edição do Parecer PGFN/CRJ/Nº 2.331/2010, que concluiu pela suspensão das medidas propostas pelo Parecer PGFN/CRJ/Nº 287/2009 até que a questão fosse apreciada pelo Supremo Tribunal Federal. A 3ª Turma da DRJ em Salvador/BA julgou procedente em parte o lançamento, nos termos da ementa a seguir: Fl. 240DF CARF MF Processo nº 10580.721038/200936 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2201 000.146 S2C2T1 Fl. 241 3 “DIFERENÇAS DE REMUNERAÇÃO. INCIDÊNCIA IRPF. As diferenças de remuneração recebidas pelos membros do Ministério Público do Estado da Bahia, em decorrência do art. 2º da Lei Complementar do Estado da Bahia nº 20, de 2003, estão sujeitas à incidência do imposto de renda. MULTA DE OFÍCIO. INTENÇÃO. A aplicação da multa de ofício no percentual de 75% sobre o tributo não recolhido independe da intenção do contribuinte. Impugnação Improcedente. ” Cientificada da decisão de primeira instância em 11/04/2011 (“AR” fls. 134), a contribuinte interpôs, em 10/05/2011, Recurso Voluntário Tempestivo de fls. 135/222, utilizandose dos mesmos fatos e fundamentos legais da peça impugnatória. VOTO O Recurso preenche as condições de admissibilidade. Dele conheço. Antes da apreciação do presente recurso, é cediço que se registre que a exigência em questão versa sobre rendimentos recebidos acumuladamente – RRA, por pessoa física, em períodos diversos daquele de sua competência, calculado de forma anual, considerando as tabelas e alíquotas do período do recebimento. Essa é matéria reconhecida de repercussão geral, que aguarda julgamento dos Recursos Especiais nº 614.232/RS e 614.406/RS, pelo Supremo Tribunal Federal, no tocante a constitucionalidade do art. 12 da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, in verbis: Art. 12. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização. Vejase a ementa do julgado: TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDA SOBRE VALORES RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. ART. 12 DA LEI 7.713/88. ANTERIOR NEGATIVA DE REPERCUSSÃO. MODIFICAÇÃO DA POSIÇÃO EM FACE DA SUPERVENIENTE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI FEDERAL POR TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL. 1. A questão relativa ao modo de cálculo do imposto de renda sobre pagamentos acumulados se por regime de caixa ou de competência vinha sendo considerada por esta Corte como matéria infraconstitucional, tendo sido negada a sua repercussão geral. 2. A interposição do recurso extraordinário com fundamento no art. 102, III, b, da Constituição Federal, em razão do reconhecimento da inconstitucionalidade parcial do art. 12 da Lei 7.713/88 por Tribunal Regional Federal, constitui circunstância nova suficiente para justificar, agora, seu caráter constitucional e o reconhecimento da repercussão geral da matéria. Fl. 241DF CARF MF Processo nº 10580.721038/200936 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2201 000.146 S2C2T1 Fl. 242 4 3. Reconhecida a relevância jurídica da questão, tendo em conta os princípios constitucionais tributários da isonomia e da uniformidade geográfica. 4. Questão de ordem acolhida para: a) tornar sem efeito a decisão monocrática da relatora que negava seguimento ao recurso extraordinário com suporte no entendimento anterior desta Corte; b) reconhecer a repercussão geral da questão constitucional; e c) determinar o sobrestamento, na origem, dos recursos extraordinários sobre a matéria, bem como dos respectivos agravos de instrumento, nos termos do art. 543B, § 1º, do CPC. (RE 614406 AgRQORG, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, julgado em 20/10/2010, DJe043 DIVULG 03032011 PUBLIC 04032011 EMENT VOL0247601 PP 00258 LEXSTF v. 33, n. 388, 2011, p. 395414 ).(Grifei.) Conforme se vê, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral do tema em questão, qual seja, incidência de imposto de renda sobre rendimentos da pessoa física pagos acumuladamente e determinou o sobrestamento na origem dos recursos extraordinários sobre a matéria. O Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF determina que os Conselheiros deverão reproduzir as decisões proferidas Supremo Tribunal Federal STF na sistemática prevista pelo art. 543B do Código de Processo Civil – CPC, nos seguintes termos: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B. § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. (grifei) Para regulamentar referido dispositivo foi editada em 03 de janeiro de 2012, a Portaria CARF n° 001/2012, que determina os procedimentos a serem adotados para o sobrestamento de processos de que trata o §1o do art. 62A do anexo II do Regimento Interno do CARF, nos seguintes termos: Art. 1º. Determinar a observação dos procedimentos dispostos nesta portaria, para realização do sobrestamento do julgamento de recursos em tramitação no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF, em processos referentes a matérias de sua competência em que o Supremo Tribunal Federal STF tenha determinado o sobrestamento de Recursos Extraordinários RE, até que tenha transitado em julgado a respectiva decisão, nos termos do art. 543B da Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil. Fl. 242DF CARF MF Processo nº 10580.721038/200936 Erro! A origem da referência não foi encontrada. n.º 2201 000.146 S2C2T1 Fl. 243 5 Parágrafo único. O procedimento de sobrestamento de que trata o caput somente será aplicado a casos em que tiver comprovadamente sido determinado pelo Supremo Tribunal Federal STF o sobrestamento de processos relativos à matéria recorrida, independentemente da existência de repercussão geral reconhecida para o caso. Art. 2º. Cabe ao Conselheiro Relator do processo identificar, de ofício ou por provocação das partes, o processo cujo recurso subsumase, em tese, à hipótese de sobrestamento de que trata o art. 1º. Diante de todo o exposto, voto no sentido de SOBRESTAR o julgamento do presente recurso, conforme a Portaria CARF nº 1, de 2012, devendo o processo ser novamente incluído em pauta, após o pronunciamento definitivo do Supremo Tribunal Federal, de acordo com o disposto no art. 543B, §1o, do Código de Processo Civil, ou que haja alteração na legislação vigente, referente a sobrestamento dos feitos. (assinado digitalmente) Rayana Alves de Oliveira França Fl. 243DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 15504.726184/2015-22
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 18 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Jan 30 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2013
IRPF. CARNÊ-LEÃO.
O crédito de imposto pago por intermédio de carnê-leão é aproveitado no ano-calendário a que se refere.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2401-004.530
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, e, no mérito, por voto de qualidade, negar-lhe provimento. Vencidos os conselheiros Carlos Alexandre Tortato, Rayd Santana Ferreira, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Relatora e Presidente
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa.
Nome do relator: MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2013 IRPF. CARNÊ-LEÃO. O crédito de imposto pago por intermédio de carnê-leão é aproveitado no ano-calendário a que se refere. Recurso Voluntário Negado.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
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nome_relator_s : MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, e, no mérito, por voto de qualidade, negar-lhe provimento. Vencidos os conselheiros Carlos Alexandre Tortato, Rayd Santana Ferreira, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini - Relatora e Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1365; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T1 Fl. 62 1 61 S2C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15504.726184/201522 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2401004.530 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 18 de janeiro de 2017 Matéria IRPF. COMPENSAÇÃO. Recorrente ENY MAGALHÃES GANDRA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2013 IRPF. CARNÊLEÃO. O crédito de imposto pago por intermédio de carnêleão é aproveitado no anocalendário a que se refere. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, e, no mérito, por voto de qualidade, negarlhe provimento. Vencidos os conselheiros Carlos Alexandre Tortato, Rayd Santana Ferreira, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Relatora e Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 50 4. 72 61 84 /2 01 5- 22 Fl. 62DF CARF MF 2 Relatório Tratase de notificação de lançamento de imposto de renda pessoa física IRPF no valor de R$ 1.000,00, acrescido de multa de mora e juros de mora (fls. 4/6), referente a glosa do valor de R$ 1.000,00, indevidamente compensado a título de carnêleão, relativo à diferença entre o valor de declarado de R$ 12.000,00 e o recolhido de R$ 11.000,00. A contribuinte impugnou o lançamento alegando que o valor de R$ 1.000,00 referese ao recolhimento efetuado no CPF do titular da declaração. A DRJ/JFA julgou improcedente a impugnação (Acórdão de fls. 36/39), mantendo o crédito tributário. Conta do voto que: O imposto relativo ao carnêleão é calculado mediante a aplicação da tabela progressiva mensal, vigente no mês do recebimento do rendimento, sobre o total recebido no mês, observado o valor do rendimento bruto relativo a cada espécie, devendo ser recolhido até o último dia útil do mês subsequente ao do recebimento do rendimento, com o código 0190. Atenta a isso, a autoridade revisora considerou como pagamentos de carnêleão, passíveis de integrar a DIRPF do exercício 2014, aqueles com vencimento entre fevereiro/2013 e janeiro/2014, uma vez que, em geral, os pagamentos com data de vencimento em janeiro/2013 seriam relativos a rendimentos recebidos em dezembro/2012. [...] Ocorre que, numa análise mais criteriosa desse DARF, é possível verificar que, efetivamente, houve um equívoco de preenchimento cometido pela interessada. Ora, de acordo com as instruções de preenchimento para esse documento, no caso de pagamento do carnêleão, no campo 02 – período de apuração – deve ser informado o último dia, mês e ano referente ao recebimento do rendimento e no campo 06 – data de vencimento – deve constar o dia, mês e ano do vencimento do imposto. Exemplificando, para rendimentos recebidos em março/2013, no campo 02: 31/03/2013 e no campo 06: 30/04/2013. Todavia, no DARF anteriormente reproduzido, observase que as datas constantes dos campos 02 e 06 são coincidentes – 31/01/2013. Tal equívoco foi cometido ainda para os demais recolhimentos ocorridos durante o anocalendário de 2013, conforme se observa na tabela de fl. 30, a seguir reproduzida: Ainda que se admita a possibilidade de que a contribuinte informava corretamente o período de apuração, equivocando se na data de vencimento, o pagamento efetuado em 31/01/2013 foi efetivamente utilizado na DIRPF/2013, conforme relatado na Notificação de Lançamento nº 2013/455832125463919: (grifo nosso) Fl. 63DF CARF MF Processo nº 15504.726184/201522 Acórdão n.º 2401004.530 S2C4T1 Fl. 63 3 Cientificado do Acórdão em 22/10/15 (Aviso de Recebimento AR de fl. 42), o contribuinte apresentou recurso voluntário em 18/11/15, fls. 45/46, que contém, em síntese: Diz que percebeu seu erro ao lançar em todos os campos da DARF aquela em que estava efetuando o pagamento, o que pode ser constatado pelas DARFs de outros meses. Entende que como houve o efetivo pagamento para a competência jan/13, havendo apenas incorreção no preenchimento do campo "data do vencimento". Solicita que seja retificado o vencimento da DARF, em vez de 31/1/13, o correto seria 28/2/13, a fim de que o sistema da RFB possa considerar este recolhimento como sendo referente ao anocalendário 2013. Pede o cancelamento do débito fiscal reclamado. É o relatório. Fl. 64DF CARF MF 4 Voto Conselheira Miriam Denise Xavier Lazarini Relatora ADMISSIBILIDADE O recurso voluntário foi oferecido no prazo legal, assim, deve ser conhecido. PEDIDO DE RETIFICAÇÃO DA DARF Ainda que fosse possível a retificação da data de vencimento na DARF, como pede a contribuinte, tal valor não poderia ser apropriado como crédito no presente processo. Vêse que a contribuinte não atentou para o penúltimo parágrafo do Acórdão recorrido, onde consta que: Ainda que se admita a possibilidade de que a contribuinte informava corretamente o período de apuração, equivocandose na data de vencimento, o pagamento efetuado em 31/01/2013 foi efetivamente utilizado na DIRPF/2013, conforme relatado na Notificação de Lançamento nº 2013/455832125463919: Ora, se o valor pago por meio de carnêleão foi considerado como crédito da contribuinte no anocalendário 2012 (exercício 2013), ele jamais poderia ser novamente aproveitado no anocalendário 2013 (exercício 2014). CONCLUSÃO Voto por conhecer do recurso, NEGANDOLHE provimento. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini. Fl. 65DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 37311.002241/2004-21
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 20 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Oct 04 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/04/1999 a 31/12/2002
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO.
Constatada a ocorrência de contradição na decisão embargada, deve ser dado provimento aos embargos de declaração com vistas a sanear tais incorreções.
Embargos Acolhidos.
Numero da decisão: 2401-004.516
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para afastar a decadência e retificar o dispositivo do acórdão embargado.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Relatora e Presidente
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa.
Nome do relator: MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/04/1999 a 31/12/2002 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. Constatada a ocorrência de contradição na decisão embargada, deve ser dado provimento aos embargos de declaração com vistas a sanear tais incorreções. Embargos Acolhidos.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para afastar a decadência e retificar o dispositivo do acórdão embargado. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini - Relatora e Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa.
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CONTRADIÇÃO. Constatada a ocorrência de contradição na decisão embargada, deve ser dado provimento aos embargos de declaração com vistas a sanear tais incorreções. Embargos Acolhidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para afastar a decadência e retificar o dispositivo do acórdão embargado. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Relatora e Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 37 31 1. 00 22 41 /2 00 4- 21 Fl. 2050DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 0 4/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI 2 Relatório Tratase de Embargos Declaratórios opostos pela Fazenda Nacional em face do Acórdão 2401002.164, assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/04/1999 a 31/12/2002 CRÉDITO PREVIDENCIÁRIO. ADICIONAL DE APOSENTADORIA ESPECIAL. AFERIÇÃO INDIRETA. ADICIONAL DE APOSENTADORIA ESPECIAL. Os adicionais destinados ao financiamento das aposentadorias especiais serão devidos pela empresa sempre que ficar constatada a ocorrência da situação prevista na legislação como necessária para ensejar a concessão do benefício da aposentadoria especial Recurso Voluntário Provido em Parte. A decisão foi proferida nos seguintes termos: ACORDAM os membros do Colegiado, Por unanimidade de votos: I) declarar a decadência até a competência 09/2002; II) rejeitar as preliminares de nulidade suscitadas; e III) no mérito, negar provimento ao recurso. A embargante alega que o acórdão é contraditório, pois declara de ofício a decadência do direito de lançar as contribuições relativas ao período de 04/00 a 12/02, pois considera que a ciência do lançamento pelo contribuinte se deu em 8/10/07. Contudo, a ciência do lançamento ocorreu em 8/10/03. Acórdão do recurso voluntário às fls. 2.008/2.017. É o relatório. Fl. 2051DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 0 4/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 37311.002241/200421 Acórdão n.º 2401004.516 S2C4T1 Fl. 2.051 3 Voto Conselheira Miriam Denise Xavier Lazarini Relatora Os embargos foram opostos diante da contradição entre o a data da ciência do lançamento considerada pela relatora do voto do acórdão e a data na qual se deu efetivamente a ciência. Assim, foi incluído em pauta para que seja sanado o vício. Da análise dos autos, vêse que o sujeito passivo foi cientificado do lançamento em 7/10/03, conforme assinatura na capa da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito, fl. 4, do procurador da recorrente, Sr. Paulo Cesar B. de Barros. Consta do voto do acórdão, fl. 2.016, que: No caso em exame, o período do lançamento foi de 01/04/1999 a 31/12/2002, tendo sido a empresa intimada do lançamento em 08/10/2007. (grifo nosso) Levandose em conta que se trata de lançamento de parte das contribuições, eis que foram levantadas apenas as contribuições adicionais, destinadas ao financiamento das aposentadorias especiais, entendo que para a verificação da decadência, importa na aplicação da regra estabelecida no artigo 150 § 4º do CTN, o que faz com que, na data da ciência da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito, as contribuições relativas ao período de 01/04/1999 a 09/2002, já se encontravam fulminadas pela decadência. Notase clara a contradição apontada pela embargante, pois tendo acontecido a ciência do lançamento em 7/10/03, não há que se falar em decadência do direito de apurar o crédito tributário ora lançado, referente ao período de 1/4/99 a 31/12/02. Para a competência mais remota, 1/4/99, nos termos do entendimento da relatora do acórdão embargado, o prazo decadencial terminaria em 04/04 e o presente lançamento ocorreu em 10/03. Quanto ao mérito, a decisão ora embargada, considerou correto o lançamento, negando provimento ao recurso. As razões de decidir relativas ao período considerado não decadente, aplicamse ao período de 1/4/99 a 30/9/02. Sendo assim, entendo que os embargos devem ser acolhidos, com efeitos infringentes, para afastar a declaração de ofício da decadência, devendo o dispositivo do acórdão embargado passar a ter a seguinte redação: Acordam os membros do colegiado, por Fl. 2052DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 0 4/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI 4 unanimidade, rejeitar as preliminares de nulidade suscitadas e, no mérito, negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini. Fl. 2053DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 0 4/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI
score : 1.0
Numero do processo: 11040.721497/2013-76
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 16 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Sep 13 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2012
IMPOSTO DE RENDA. ARTIGO 146 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL.
Pode o contribuinte retificar a sua declaração, antes de haver o lançamento. Autuação que se mantém, por irregularidade na declaração dos valores do Imposto Retido na Fonte e ausência de provas que demostrem o contrário.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2401-004.465
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário e, no mérito, negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente
(assinado digitalmente)
Luciana Matos Pereira Barbosa - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arraes Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2012 IMPOSTO DE RENDA. ARTIGO 146 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. Pode o contribuinte retificar a sua declaração, antes de haver o lançamento. Autuação que se mantém, por irregularidade na declaração dos valores do Imposto Retido na Fonte e ausência de provas que demostrem o contrário. Recurso Voluntário Negado
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário e, no mérito, negar-lhe provimento. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente (assinado digitalmente) Luciana Matos Pereira Barbosa - Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arraes Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira.
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ARTIGO 146 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. Pode o contribuinte retificar a sua declaração, antes de haver o lançamento. Autuação que se mantém, por irregularidade na declaração dos valores do Imposto Retido na Fonte e ausência de provas que demostrem o contrário. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 04 0. 72 14 97 /2 01 3- 76 Fl. 113DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário e, no mérito, negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini– Presidente (assinado digitalmente) Luciana Matos Pereira Barbosa Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arraes Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira. Fl. 114DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI Processo nº 11040.721497/201376 Acórdão n.º 2401004.465 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto contra decisão de primeiro grau que negou provimento à impugnação apresentada pelo contribuinte. Em 26/08/2013, foi lavrada notificação de lançamento referente ao exercício de 2012, AnoCalendário 2011, na qual foi constatada a omissão de rendimentos de trabalho sem vínculo empregatício, no valor de R$ 25.279,24 (vinte cinco mil, duzentos e setenta nove reais e vinte quatro centavos), recebidos pelo titular. Inconformado com a notificação apresentada, o contribuinte protocolizou impugnação alegando que por equívoco os rendimentos foram declarados mês a mês como “Rendimentos tributáveis Recebidos de Pessoa Física”, in verbis: “Os rendimentos do trabalho sem vinculo empregatício (doc.01) por equivoco, foram declarados mês a mês como “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física”(doc. 02), que somados com os rendimentos de outra fonte pagadora em questão (docs. 03 e 04) e com os recibos das consultas médicas particulares (doc. 05), totalizam os rendimentos declarados mensalmente como tributáveis recebidos de pessoa física. Para detalhar melhor o ocorrido anexase um demonstrativo mensal por fontes pagadoras, totalizando os rendimentos declarados (doc. 06).” A Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Rio de Janeiro I (RJ) manteve o crédito tributário, com a seguinte consideração: “MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. Considerase como não impugnada a parte do lançamento contra a qual o Contribuinte não apresenta óbice. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DIRF. DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL. Consideramse omitidos os rendimentos apontados em DIRF que não foram informados pelo Contribuinte em sua declaração de ajuste anual.” “A Fiscalização apurou omissão de rendimentos recebidos de pessoas jurídicas. O Contribuinte não se insurge contra a omissão de rendimentos de seu dependente Marcelo Coswigg Fiss, no valor de R$ 4.207,12. Considerase essa omissão como matéria não impugnada, encontrandose fora do presente litígio. O Impugnante argumenta que teria declarado como rendimentos recebidos de pessoas físicas os rendimentos sem vínculo empregatício recebidos da Unimed Pelotas (R$ 10.818,12) e da Fl. 115DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI 4 Sociedade Portuguesa de Beneficência (R$ 10.354,00). Contudo, inexistem prova de que o Contribuinte efetivamente incluiu no quadro de rendimentos recebidos de pessoas físicas os rendimentos de pessoas jurídicas considerados omitidos na presente notificação de lançamento. As DIRF de fls. 85 e 90 confirmam a omissão de rendimentos oriundos da Unimed Pelotas (R$ 10.818,12) e da Sociedade Portuguesa de Beneficência (R$ 10.354,00) descrita às fls. 37 a 41. Destarte, com base em todo o exposto supra, VOTO PELA IMPROCEDÊNCIA DA IMPUGNAÇÃO, mantendose o crédito tributário lançado.” Posteriormente, foi interposto recurso voluntário, no qual o contribuinte alegou: “Que a postura em geral adota pelas autoridades da administração tributária, menosprezando os direitos do contribuinte e muitas vezes descumprindo flagrantemente a lei, constitui fator significativo de perda da crença no Direito, ferindo o princípio da Eficiência; Que o processo administrativo deve buscar o princípio da verdade real ou real, para verificação do fato gerador, que só ocorre por determinação expressa em lei e colaciona jurisprudências; Ao lume das considerações feitas até agora, o cerne do presente contencioso administrativo está no equivoco cometido na declaração dos rendimentos tributáveis do trabalho sem vínculo empregatício recebidos das pessoas jurídicas mencionadas, que, por equivoco, foram informadas como recebidos de pessoas físicas, resultando pelo cruzamento de dados com as DIRF, em malha fiscal e no lançamento ora em contento. Essa situação fática extremamente importante – equívoco ao registrar os rendimentos recebidos das pessoas jurídicas sem o cometimento da omissão dos mesmos – não foi considerada no indigitado acórdão, que, aliás, pelo que se depreende da sua leitura, sequer analisou as provas naquele sentido apresentada na impugnação eletrônica posta nos autos. Assim, provado esta cabalmente que não houve a omissão de rendimentos recebidos de pessoas jurídicas no total de R$ 21.172,12, que resultou no imposto suplementar de R$ 5.822,33, tratase apenas de equivoco cometido na declaração de rendimentos do recursante – declarados como recebidos das pessoas físicas – sem nenhum prejuízo ao imposto de renda devido ao exercício de 2012. Por fim requer seja tornado sem efeito a exigência tributária correspondente ao IRPF.” É o relatório. Fl. 116DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI Processo nº 11040.721497/201376 Acórdão n.º 2401004.465 S2C4T1 Fl. 4 5 Voto Conselheira Luciana Matos Pereira Barbosa, Relatora 1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 1.1. DA TEMPESTIVIDADE O Recorrente foi cientificado da r. decisão em debate no dia 24/02/2014, conforme AR às fls. 99, e o presente Recurso Voluntário foi apresentado, TEMPESTIVAMENTE, no dia 19/03/2014, razão pela qual CONHEÇO DO RECURSO já que presentes os requisitos de admissibilidade. 2. DO MÉRITO Cuidase o presente lançamento de omissão de rendimentos tributáveis no valor de R$ 25.279,24 (vinte cinco mil, duzentos e setenta nove reais e vinte quatro centavos). O recorrente requer a extinção do lançamento por este supostamente ferir os princípios da verdade real e da eficiência. Por sua vez, prevê o artigo 147, § 1° do Código Tributário Nacional, que o contribuinte ao preencher erroneamente a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física poderá retificála antes do lançamento. Confirase: “Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. In casu, a declaração retificadora não foi apresentada, sendo que não há como desconstituir a certidão de dívida ativa CDA ou anular a execução fiscal correspondente, ao fundamento de que a declaração foi feita de forma equivocada. Nesse sentido, já se posicionou o Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “TRIBUTÁRIO ERRO NO PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO RECEITA LÍQUIDA–DECLARAÇÃO RETIFICADORA NÃO APRESENTADA (ART. 147, DO CTN) LANÇAMENTO SUPLEMENTAR. APELAÇÃO NÃO PROVIDA. Fl. 117DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI 6 1. O lançamento do débito tributário foi efetivado regularmente, com fulcro em documentos apresentados pela própria apelante, por meio de Declaração entregue à Secretaria da Receita Federal. O contribuinte pode retificar a sua declaração , antes de haver o lançamento revisional (CTN, art. 147). Na hipótese vertente, a declaração retificadora não foi apresentada, sendo que não há como desconstituir a Certidão da Dívida Ativa CDA correspondente, ao fundamento de que a autuação administrativa em baila não encontra respaldo na documentação fiscal da executadaapelante. A apelante deveria, em face do erro em sua declaração do IRPJ, exercício 1989 (anocalendário 1990), proceder ao acerto por meio da declaração retificadora e o recolhimento, de ofício, do imposto devido, inclusive, no que à correção monetária, juros e multa pertinentes. 2. O art. 278, do Decreto 85.450/80, que disciplinava o Imposto de Renda, à época do fato gerador, determina que o pretendido benefício de aplicação da alíquota especial de 6%, referente à exploração de atividade agrícola, destinavase, exclusivamente, aos lucros decorrentes das aludidas atividades. Entretanto, existia uma ressalva que permitia a inclusão de outras receitas, desde que estas não ultrapassem o limite de 5% das geradas pelas atividades beneficiadas (agrícolas), caso em que seria aplicável a alíquota de 30%. 3. O Lançamento Suplementar é claro ao informar que a Declaração de Rendimentos apresentada pelo apelante foi preenchida de modo equivocado. Desse modo, o prejuízo apurado aumentou, em virtude da exclusão das receitas financeiras na apuração do resultado da atividade rural. Correta a fiscalização, pois, tributou as receitas financeiras, em separado, uma vez que a empresa não apresentou outro resultado não operacional, excluindoas, todavia do resultado operacional da atividade beneficiada, fato que acarretou o aumento do prejuízo fiscal desta atividade. 4. Por oportuno, quanto à limitação dos juros reais ao percentual anual de 12%, prevista no § 3º do artigo 192 da CF/88, o Plenário do STF, ao julgar a ADI 4/DF, afirmou não ser autoaplicável, dependendo, para a sua incidência, da edição da lei complementar referida no "caput" do mesmo artigo. 5. Apelação não provida. 6. Peças liberadas pelo Relator, em 20/11/2007, para publicação do acórdão. (TRF1, AC 004174487.2002.4.01.9199/MG, 7ª TURMA, Rel. DES. FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, Rel.Conv. JUIZ FEDERAL RAFAEL PAULO SOARES PINTO (CONV.), DJ p.194 de 30/11/2007) Como se vê, há restrição temporal ao contribuinte para apresentar declaração retificadora que importe a redução ou exclusão do tributo devido, sendo o termo ad quem para tanto exatamente a notificação do lançamento do crédito tributário respectivo. Fl. 118DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI Processo nº 11040.721497/201376 Acórdão n.º 2401004.465 S2C4T1 Fl. 5 7 Ressaltase ainda, que inexistem provas de que o contribuinte efetivamente incluiu no quadro de rendimentos recebidos de pessoa física os rendimentos de pessoa jurídicas considerados omitidos na notificação de lançamento. Pelo exposto, não merece provimento o recurso interposto, pois transcorrido o tempo hábil para apresentar declaração retificadora ou apresentar provas do alegado, devendo prevalecer o lançamento fiscal. 3. CONCLUSÃO: Pelos motivos expendidos, CONHEÇO do Recurso Voluntário para, no mérito, NEGAR PROVIMENTO, mantendo o crédito, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. É como voto. (assinado digitalmente) Luciana Matos Pereira Barbosa. Fl. 119DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 1 2/09/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 13/09/2016 por MIRIAM DENISE X AVIER LAZARINI
score : 1.0
Numero do processo: 11618.722859/2014-45
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 10 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Thu Aug 11 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2013
ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. APOSENTADORIA. Para gozo da isenção do imposto de renda da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, os rendimentos devem ser provenientes de aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico ofícial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2401-004.340
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário e, no mérito, negar-lhe provimento, nos termos do relatório e voto.
Maria Cleci Coti Martins - Presidente
Luciana Matos Pereira Barbosa - Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Rosemary Figueiroa Augusto, Theodoro Vicente Agostinho, Miriam Denise Xavier Lazarini, Luciana Matos Pereira Barbosa e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA
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MOLÉSTIA GRAVE. APOSENTADORIA. Para gozo da isenção do imposto de renda da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, os rendimentos devem ser provenientes de aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico ofícial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 61 8. 72 28 59 /2 01 4- 45 Fl. 111DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 2 9/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por MARIA CLECI COT I MARTINS 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário e, no mérito, negarlhe provimento, nos termos do relatório e voto. Maria Cleci Coti Martins Presidente Luciana Matos Pereira Barbosa Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Rosemary Figueiroa Augusto, Theodoro Vicente Agostinho, Miriam Denise Xavier Lazarini, Luciana Matos Pereira Barbosa e Rayd Santana Ferreira. Fl. 112DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 2 9/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por MARIA CLECI COT I MARTINS Processo nº 11618.722859/201445 Acórdão n.º 2401004.340 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto contra decisão de primeiro grau que negou provimento à impugnação apresentada pelo contribuinte. Em 22/04/2014, foi lavrada notificação de lançamento referente ao exercício de 2013, AnoCalendário 2012, na qual foi constatada a omissão de rendimentos do trabalho com vínculo e/ou sem vínculo empregatício, sujeitos a tabela progressiva, no valor de R$ 108.456,28 (cento e oito mil, quatrocentos e cinquenta seis reais e vinte oito centavos), recebidos pelo titular. A fim de comprovar o acometimento de moléstia grave pelo contribuinte, foi juntado aos autos Laudo Pericial emitido pela Previdência Social (fls. 9), dispondo que o contribuinte é portador de Cardiopatia Grave. Inconformado com a notificação apresentada, que se refere a período posterior ao indicado pelo Laudo como início da incapacidade em 15/04/2009, o contribuinte protocolizou impugnação alegando que os rendimentos em análise eram isentos em razão do reconhecimento da sua incapacidade por Laudo Médico de Órgão Oficial. E apresentou ainda cópia de acórdão proferido no Mandado de Segurança nº 999.2012.0012763/001, julgado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, que determinou sua aposentadoria e reconheceu o direito a isenção do Imposto de Renda. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo (SP) manteve o crédito tributário, com a seguinte consideração: “Embora o contribuinte alegue que o Mandado de Segurança tenha garantido seu direito à isenção desde abril de 2009, o que se observa dos autos é que o acórdão determinou a isenção de imposto de renda incidente sobre seus proventos de aposentadoria, em face de laudos médicos atestando sua condição de portador de cardiopatia grave desde abril de 2009. Em nenhum momento a decisão judicial determinou a isenção de imposto sobre os vencimentos percebidos pelo interessado anteriormente à data de sua aposentadoria.” Posteriormente, dentro do lapso temporal legal, foi interposto recurso voluntário, no qual o contribuinte alegou que havia sido diagnosticado com Cardiopatia grave em 15/04/2009, conforme exames, mas a aposentadoria só teria sido concedida três anos após por morosidade do órgão que a concedeu. Alegando ainda, que não poderia ser prejudicado pela demora do Órgão em efetivar a aposentadoria. Por fim, alega que o artigo 30 da Lei nº 9.250, de 1995 veio exigir Laudo Pericial de Órgão Oficial para reconhecimento de isenção por doença grave, não podendo Fl. 113DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 2 9/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por MARIA CLECI COT I MARTINS 4 prevalecer sobre essa Lei a Instrução Normativa SRF nº 15, de 06/02/2001, especificamente no artigo 5, §2º, inciso I, que diz que a isenção tão somente será a partir do rendimento do mês da concessão da aposentadoria. É o relatório. Fl. 114DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 2 9/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por MARIA CLECI COT I MARTINS Processo nº 11618.722859/201445 Acórdão n.º 2401004.340 S2C4T1 Fl. 4 5 Voto Conselheira Luciana Matos Pereira Barbosa, Relatora 1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 1.1. DA TEMPESTIVIDADE O Recorrente foi cientificado da r. decisão em debate no dia 03/11/2014, conforme termo de ciência às fls. 86, e o presente Recurso Voluntário foi apresentado, TEMPESTIVAMENTE, no dia 25/11/2014, razão pela qual CONHEÇO DO RECURSO já que presentes os requisitos de admissibilidade. 2. DO MÉRITO Cuidase o presente lançamento de omissão de rendimentos tributáveis no valor de R$ 108.456,28 (cento e oito mil, quatrocentos e cinquenta seis reais e vinte oito centavos), recebidos de Pessoa Jurídica indevidamente declarados como isentos ou não tributáveis, em razão de a contribuinte não estar aposentado á época, nos termos da legislação em vigor, para fins de isenção do imposto de renda. Acerca da matéria, os incisos XIV e XXI, artigo 6º, da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com redação dada pelas Leis nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, e nº 11.052, de 19 de dezembro de 2004, determinam: “Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas: XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma; XXI os valores recebidos a título de pensão quando o beneficiário desse rendimento for portador das doenças relacionadas no inciso XIV deste artigo, exceto as decorrentes de moléstia profissional, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após a concessão da pensão.” Fl. 115DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 2 9/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por MARIA CLECI COT I MARTINS 6 Nesse sentido, o artigo 30 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, passou a veicular a exigência de que a moléstia grave fosse comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial. Confirase: “Art. 30. A partir de 1º de janeiro de 1996, para efeito do reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos XIV e XXI do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, a moléstia deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.” Assim, a isenção sob análise requer a consideração do binômio: moléstia grave e natureza específica do rendimento, qual sejam, provenientes de aposentadoria, reforma ou pensão. Inexistindo dúvida acerca da doença do recorrente, fazse necessário a análise acerca da natureza dos rendimentos percebidos. Verificase que o cerne da controvérsia em questão é a possibilidade de isenção do Imposto de Renda do contribuinte anteriormente a concessão da Aposentadoria pelo Órgão Oficial competente para tal, em virtude da morosidade em sua concessão e reconhecimento anterior da Cardiopatia Grave. Cumpre esclarecer que embora o Laudo oficial reconheça a existência de patologia grave desde 2009, a aposentadoria do contribuinte só foi publicada no diário Oficial em 02/08/2012, conforme se extrai do documento de fls. 6. Nesse descortino, ao contrário do que alega o recorrente, em nenhum momento a decisão judicial juntada aos autos determinou a isenção de imposto de renda sobre os proventos anteriormente à data de sua aposentadoria. Recordese: “Assim, tendo sido comprovado que o impetrante preencheu os requisitos previstos no art. 40 da CF/88 com redação dada pela Emenda Constitucional nº 70/2012, art. 19, §§ 5º e 6º da lei nº 7.517/2003, alterada pela Lei 9.721/2012 e art. 6º, XIV da Lei nº 7.713/88, modificada pela Lei n 1.052/04, verificase que o requerente tem direito líquido e certo a aposentadoria com proventos integrais, garantida a paridade, bem com à isenção do Imposto de renda sobre seus proventos.” (fls. 24) Assim, não resta dúvida sobre o direito do recorrente a aposentadoria, bem como a isenção destes proventos. No entanto, não existe decisão judicial, nem amparo legal para o pedido de isenção de proventos anteriores a aposentadoria em virtude da existência de doença grave preexistente. Por todo o exposto, e tendo em vista que a documentação anexada demonstrou que a aposentadoria só ocorreu em 02/08/2012 (fls. 6), os rendimentos percebidos até essa data não gozam da isenção requerida. Fl. 116DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 2 9/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por MARIA CLECI COT I MARTINS Processo nº 11618.722859/201445 Acórdão n.º 2401004.340 S2C4T1 Fl. 5 7 3. CONCLUSÃO: Pelos motivos expendidos, CONHEÇO do Recurso Voluntário para, no mérito, NEGAR PROVIMENTO, mantendo o crédito, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. É como voto. Luciana Matos Pereira Barbosa. Fl. 117DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 2 9/07/2016 por LUCIANA MATOS PEREIRA BARBOSA, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por MARIA CLECI COT I MARTINS
score : 1.0
Numero do processo: 11080.720533/2013-16
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Apr 14 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Thu Aug 11 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2009
DEDUÇÃO DE DESPESAS COM PENSÃO ALIMENTÍCIA. COMPROVAÇÃO. POSSIBILIDADE.
Comprovado pelo contribuinte que incorreu em despesas com pensão alimentícia decorrente de acordo homologado judicialmente, faz jus a dedução dessas despesas da base de cálculo do imposto de renda da pessoa física, nos termos do art. 8º, II, f, da Lei nº. 9.250/95.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2401-004.313
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, conhecer do recurso voluntário para, no mérito, dar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.
André Luís Marsico Lombardi - Presidente
Carlos Alexandre Tortato - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: André Luís Marsico Lombardi, Miriam Denise Xavier Lazarini, Theodoro Vicente Agostinho, Carlos Alexandre Tortato, Maria Cleci Coti Martins, Luciana Matos Pereira Barbosa, Arlindo da Costa e Silva e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: CARLOS ALEXANDRE TORTATO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2009 DEDUÇÃO DE DESPESAS COM PENSÃO ALIMENTÍCIA. COMPROVAÇÃO. POSSIBILIDADE. Comprovado pelo contribuinte que incorreu em despesas com pensão alimentícia decorrente de acordo homologado judicialmente, faz jus a dedução dessas despesas da base de cálculo do imposto de renda da pessoa física, nos termos do art. 8º, II, f, da Lei nº. 9.250/95. Recurso Voluntário Provido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, conhecer do recurso voluntário para, no mérito, dar-lhe provimento, nos termos do voto do relator. André Luís Marsico Lombardi - Presidente Carlos Alexandre Tortato - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: André Luís Marsico Lombardi, Miriam Denise Xavier Lazarini, Theodoro Vicente Agostinho, Carlos Alexandre Tortato, Maria Cleci Coti Martins, Luciana Matos Pereira Barbosa, Arlindo da Costa e Silva e Rayd Santana Ferreira.
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COMPROVAÇÃO. POSSIBILIDADE. Comprovado pelo contribuinte que incorreu em despesas com pensão alimentícia decorrente de acordo homologado judicialmente, faz jus a dedução dessas despesas da base de cálculo do imposto de renda da pessoa física, nos termos do art. 8º, II, f, da Lei nº. 9.250/95. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 72 05 33 /2 01 3- 16 Fl. 165DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/08/2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 02/08/ 2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBAR DI 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, conhecer do recurso voluntário para, no mérito, darlhe provimento, nos termos do voto do relator. André Luís Marsico Lombardi Presidente Carlos Alexandre Tortato Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: André Luís Marsico Lombardi, Miriam Denise Xavier Lazarini, Theodoro Vicente Agostinho, Carlos Alexandre Tortato, Maria Cleci Coti Martins, Luciana Matos Pereira Barbosa, Arlindo da Costa e Silva e Rayd Santana Ferreira. Fl. 166DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/08/2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 02/08/ 2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBAR DI Processo nº 11080.720533/201316 Acórdão n.º 2401004.313 S2C4T1 Fl. 166 3 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto em face do Acórdão nº. 1042.366 (fls. 52/54), proferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Porto Alegre (DRJ/POA), que julgou improcedente a impugnação (fls. 01/02) do contribuinte, conforme ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2009 PENSÃO ALIMENTÍCIA JUDICIAL. São dedutíveis as importâncias efetivamente pagas a título de alimentos ou pensões, inclusive a prestação de alimentos provisórios, em face de normas do Direito de Família ou as admissíveis pela Lei Civil nos estritos termos fixados na decisão ou acordo judicial, desde que devidamente comprovadas Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido A Notificação de Lançamento nº. 2019/645378381145954 de fls. 05/10 exigiu do contribuinte o recolhimento do imposto de renda pessoa física –suplementar acrescido de multa de ofício e juros de mora no valor de R$ 16.153,95, calculados até 28/12/2012, em virtude da constatação de irregularidades na declaração de ajuste anual referente ao exercício de 2009, anocalendário de 2008. Foi procedida a glosa de despesas com pensão alimentícia judicial no valor de R$ 27.497,57 e despesas médicas no valor de R$ 500,00. Na Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal (fl. 06) a fiscalização informa a glosa de R$ 27.497,57 correspondente à Dedução Indevida de Pensão Alimentícia Judicial e/ou por Escritura Pública, nos seguintes termos: Fl. 167DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/08/2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 02/08/ 2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBAR DI 4 Em sede de impugnação (fls. 02/07), o contribuinte trouxe ao presente processo administrativo os seguintes argumentos: a) O valor de R$ 27.497,57 referese a pagamento (s) efetuado(s) a título de pensão alimentícia. A prestação de alimentos provisionais, em decorrência de decisão judicial, acordo homologado judicialmente ou de escritura pública, no caso de divórcio consensual.; b) O empregador desconta mês a mês da remuneração os valores da pensão judicial em razão de acordo judicial; c) Que concorda com a infração de “Dedução Indevida de Despesas Médicas”. Para a DRJ/POA, a impugnação foi considerada improcedente, mantendo a glosa de R$ 27.497,57 de despesas com pensão alimentícia judicial, sob o fundamento de ausência de acordo homologado judicialmente ou escritura pública conforme requisitado pelo Termo de Intimação Fiscal 2009/536629948213712. Devidamente intimado do acórdão proferido pela DRJ/POA em 18/02/2013 (A.R. fl. 59) o contribuinte apresentou o seu recurso voluntário de fls. 60/64 em 19/03/2013, alegando, em síntese: a) Por equívoco, deixou de acompanhar a impugnação, cópias da integralidade do processo de separação judicial, bem como da medida cautelar (onde se deu a fixação da verba alimentar, a qual restou confirmada no feito principal. Por esta razão, apresenta a juntada das cópias integrais, tanto da medida cautelar quando da separação judicial. b) A exesposa do contribuinte, Carmen Virgínia do Carmo Martins, ajuizou em 24/10/1983, medida cautelar de separação de corpos, cumulada com pedido de guarda provisória e alimentos (processo n° 012/3081196), a qual tramitou perante o juízo da 4° Vara de Famílias e Sucessões do Foro Central da Comarca de Porto Alegre. Fl. 168DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/08/2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 02/08/ 2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBAR DI Processo nº 11080.720533/201316 Acórdão n.º 2401004.313 S2C4T1 Fl. 167 5 c) Naquele feito, foi prolatada decisão liminar, na qual foram arbitrados alimentos provisórios em favor da mulher e dos dois filhos do casal (Tiago e Luiza) em valor equivalente a um terço dos rendimentos do contribuinte, afora os descontos obrigatórios da Previdência Social, com descontos em folha de pagamentos da fonte empregadora do alimentante. (os documentos foram anexados) d) Desde a dada do deferimento da liminar que concedeu os alimentos a sua exmulher e filhos, vem o contribuinte, religiosamente, adimplindo com a obrigação alimentar, descontada em folha pelo empregador. e) É indevida a glosa, porquanto a dedução do contribuinte foi embasada na decisão judicial que fixou os alimentos, com previsão expressa na Lei n° 7.713/1988, que determina serem dedutíveis as importâncias efetivamente pagas a título de alimentos e pensões, inclusive a prestação de alimentos provisórios, nos estritos termos fixados na decisão ou acordo judicial, desde que devidamente comprovadas. f) No que tange às despesas médicas,, o recorrente alega já ter efetivado o recolhimento dos valores devidos em 28 de fevereiro do ano corrente, juntamente com outros valores que foram glosados a título de despesas com dependentes e reconhecidos como devidos, conforme prova o DARF por ele anexada. É o relatório. Fl. 169DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/08/2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 02/08/ 2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBAR DI 6 Voto Conselheiro Carlos Alexandre Tortato – Relator Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Mérito Preliminar Inicialmente, não conheço da glosa de despesas médicas, eis que o contribuinte não impugnou a matéria, inclusive concordando com a cobrança na Impugnação apresentada. Dedução de Despesa com Pensão Alimentícia Judicial O recorrente pleiteia a exclusão da glosa sobre o valor de R$ 27.497,57, sob a alegação de que a verba alimentar, na medida em que fixada a favor da mulher e dos filhos possuía natureza intuito familie, tendo sido sempre recebida por Carmem Virgínia Gonçalves do Carmo, a quem compete oferecer a tributação perante a Receita Federal. A DRJ/POA apenas não reconheceu as despesas de pensão alimentícia por não constar nos autos cópia do procedimento cautelar que fixou os beneficiários dos alimentos. Diante da falta deste documento, reforçou o procedimento adotado pela fiscalização ao proceder a glosa da despesa, sob o fundamento de que não foi possível identificar os beneficiários. Como o contribuinte apresenta em seu Recurso Voluntário a íntegra do processo de separação judicial (, no qual consta, por sua vez, a citação da medida cautelar em que foi fixada verba alimentar Judicial (fl. 69/153), acabou por cumprir, anexando tais documentos, a exigência da fiscalização. E tal fato se verifica ante a análise de intimação do Juiz de Direito da 04° Vara de Família e Sucessões de Porto Alegre, vejamos (fl. 125): Fl. 170DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/08/2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 02/08/ 2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBAR DI Processo nº 11080.720533/201316 Acórdão n.º 2401004.313 S2C4T1 Fl. 168 7 Como se vê, de fato foi concedida a medida cautelar que fixou a verba alimentar, a qual restou confirmada no feito principal, no valor referente a um terço dos rendimentos do ora recorrente. Foi possível, através da análise dos documentos em anexo, comprovar a veracidade das alegações feitas pelo contribuinte, eis que no Processo n° 012/3081196(Medida Cautelar de separação de corpos, cumulada com pedido de guarda provisória e alimentos) a qual tramitou perante o juízo da comarca de Porto Alegre, foram arbitrados alimentos provisórios em favor da ex mulher e dos dois filhos do casal(fl. 148/150) Nesse caso, com a conjugação das provas trazidas ao processo administrativo fiscal (acordo do divórcio homologado judicialmente e cópia do procedimento cautelar que fixou os beneficiários dos alimentos) não restam dúvidas que o recorrente arcou com essa despesa e, por este motivo, deduziu do seu imposto de renda devida ante a permissão legal do art. 8º, II, “f”, da Lei nº. 9.250/95: Art. 8º A base de cálculo do imposto devido no anocalendário será a diferença entre as somas: I de todos os rendimentos percebidos durante o anocalendário, exceto os isentos, os nãotributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva; II das deduções relativas: f) às importâncias pagas a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais; Assim, restou claro que o pagamento glosado indevidamente é “importância paga a título de pensão alimentícia”, conforme acordado entre o Sr.Domingos Martins Sobrinho, ora recorrente, e sua exesposa Carmem Virgínia Gonçalves do Carmo, conforme Termo de Divórcio de fls. 19/20. Fl. 171DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/08/2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 02/08/ 2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBAR DI 8 O fato da alimentanda/beneficiária não ter informado o referido montante em sua declaração de ajuste anual não pode implicar em penalidade ao recorrente que, cumprindo fielmente com suas obrigações, realizou o pagamento a qual estava obrigado por força de acordo firmado judicialmente. Assim, o recurso voluntário merece provimento para afastar da glosa a título de “Dedução Indevida de Pensão Alimentícia Judicial” o montante de R$ 27.497,57 No que tange às despesas com dependentes, o recorrente juntou o efetivo recolhimento dos valores devidos em 28 de fevereiro do ano corrente, juntamente com outros valores que foram glosados a título de despesas médicas como devidos, comprovandoos através de DARF anexado no Recurso. (fl. 159): Quanto ao efetivo pagamento do crédito tributário decorrente do lançamento em virtude da glosa da dedução com dependentes e despesas médicas, caberá à autoridade preparadora verificar a ocorrência do pagamento e realizar a apropriação do pagamento. CONCLUSÃO Ante o exposto, voto por CONHECER do recurso voluntário e DARLHE PROVIMENTO para o fim de afastar o saldo residual da glosa de “Dedução Indevida de Pensão Alimentícia Judicial” para o fim de afastar o lançamento decorrente da glosa de “Dedução Indevida de Pensão Alimentícia Judicial”.. Quanto às glosas relacionada à "Despesas com dependentes” e despesas médicas caberá à autoridade preparadora verificar a autenticidade e correção do pagamento realizado conforme DARF de fl. 159 para fins de apropriação ao crédito tributário lançado. É como voto. Carlos Alexandre Tortato. Fl. 172DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/08/2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 02/08/ 2016 por CARLOS ALEXANDRE TORTATO, Assinado digitalmente em 03/08/2016 por ANDRE LUIS MARSICO LOMBAR DI
score : 1.0
Numero do processo: 10480.728121/2011-89
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 18 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Feb 07 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF
Ano-calendário: 2009, 2010
MULTA DE OFÍCIO. A multa de ofício deve ser aplicada sobre o valor de tributo não pago até o início do procedimento fiscal. No caso dos autos, parte dos valores relativos aos tributos lançados não fora quitada antes do início do procedimento fiscal e, por isso, a multa de ofício é devida.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2401-004.544
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente
(assinado digitalmente)
Maria Cleci Coti Martins - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Luciana Matos Pereira Barbosa, Marcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: MARIA CLECI COTI MARTINS
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, negar-lhe provimento. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente (assinado digitalmente) Maria Cleci Coti Martins - Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Luciana Matos Pereira Barbosa, Marcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira.
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A multa de ofício deve ser aplicada sobre o valor de tributo não pago até o início do procedimento fiscal. No caso dos autos, parte dos valores relativos aos tributos lançados não fora quitada antes do início do procedimento fiscal e, por isso, a multa de ofício é devida. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 48 0. 72 81 21 /2 01 1- 89 Fl. 392DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente (assinado digitalmente) Maria Cleci Coti Martins Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Luciana Matos Pereira Barbosa, Marcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Maria Cleci Coti Martins e Rayd Santana Ferreira. Fl. 393DF CARF MF Processo nº 10480.728121/201189 Acórdão n.º 2401004.544 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório Recurso Voluntário interposto em 09/04/2012 em face do Acórdão 1135.916 3ª Turma da DRJ/REC, que considerou parcialmente procedente a impugnação do contribuinte para o crédito tributário lançado neste processo. A ciência ao acórdão recorrido deuse em 09/03/2012. A decisão recorrida está assim ementada. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE IRRF Anocalendário: 2009,2010 IRRF NÃO DECLARADO EM DCTF. PAGAMENTOS ESPONTÂNEOS. A falta de registro em DCTF do Imposto de Renda Retido na Fonte impõe a necessidade do lançamento, para constituição do crédito tributário correspondente, sem considerar os pagamentos efetuados, os quais deverão ser utilizados na sua amortização quando da fase de cobrança. MULTA DE OFÍCIO. Excluise a multa de ofício incidente sobre os valores de IRRF exigidos, para os quais houve o recolhimento espontâneo. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2009,2010 NULIDADE. Não há que se falar de nulidade quando a exigência fiscal foi lavrada por pessoa competente e sustentase em processo instruído com todas as peças indispensáveis, contendo o lançamento descrição dos fatos suficiente para o conhecimento da infração cometida. REPRESENTAÇÃO FISCAL PARA FINS PENAIS. IMPUGNAÇÃO. As Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento não têm competência para apreciar impugnação de representação fiscal para fins penais, por se tratar de ato informativo e obrigatório do servidor que tomar conhecimento de fato que, em tese, caracteriza ilícito penal. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2009,2010 INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. INCOMPETÊNCIA PARA APRECIAÇÃO. As autoridades administrativas são incompetentes para apreciar arguições de inconstitucionalidade, tarefa privativa do Poder Judiciário. Fl. 394DF CARF MF 4 O acórdão recorrido manteve conforme lançado: o IRRF e os juros de mora; e exonerou o valor de R$ 672.837,60 da multa de ofício, mantendo o valor de R$ 21.464,27 ( remanescente da multa de ofício). O recorrente aduz as seguintes razões. O Acórdão guerreado não preencheu as formalidades próprias, não contemplando com clareza a fundamentação e a parte dispositiva. Não teriam sido objetivamente estabelecidos os fundamentos da decisão quanto ao exame preciso das questões de fato e de direito. Falta a delimitação perfeita dos preceitos do direito objetivo para a formulação da norma aplicável. Pelos documentos acostados à impugnação administrativa o recorrente reconhece que os valores efetivamente devidos são conforme a seguir. A código de receita 0561 nada a recolher B código de receita 0588 R$ 17.180,00 C código de receita 1708 R$ 1.818,48 Informa ainda que os valores pagos estão vinculados às importâncias informadas em DIRF´s relativamente aos rendimentos pagos ou creditados aos beneficiários. Entende que a multa de ofício na quantia de R$ 21.464,27 é improcedente pois é excessiva e viola os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, sendo ainda atentatória ao princípio da capacidade contributiva. É o relatório. Fl. 395DF CARF MF Processo nº 10480.728121/201189 Acórdão n.º 2401004.544 S2C4T1 Fl. 4 5 Voto Conselheira Maria Cleci Coti Martins Relatora O recurso é tempestivo, atende aos requisitos legais e dele conheço. O lançamento decorreu da não declaração em DCTF dos tributos devidos relativamente aos códigos de receita 0561, 1708 e 0588 cujos valores lançados foram, em quase sua totalidade, recolhidos antes do início do procedimento fiscal. A autoridade a quo exonerou as multas de ofício de todos os valores lançados cujo recolhimento fora feito antes do início do procedimento fiscal. O contribuinte se insurge contra o lançamento ainda remanescente da multa de ofício, que não fora exonerada no acórdão a quo, no valor de R$ 21.464,27. Não indica, contudo, aonde poderia estar o equívoco da decisão. Desta forma, foi necessário reconstituir as tabelas com base no Auto de Infração e na tabela de pagamentos do sistema SINAL 4 (efl. 46 e seguintes) para se chegar a uma análise do possível equívoco. A multa de ofício é calculada aplicandose o percentual de 75% sobre o principal dos tributos devidos. Assim, é necessário verificar os cálculos contidos na decisão vergastada para encontrar o valor do principal ainda não quitado e cuja multa de ofício é devida. A análise foi feita tendo como base as informações que o contribuinte considera corretas (A,B e C no relatório). No caso, o contribuinte entende que, relativamente ao código de receita 0561, não teria mais nada a recolher. No entanto, analisando os valores e refazendo os cálculos, observase que para o mês dezembro/2010, o contribuinte teria pago apenas o declarado em DCTF, enquanto que o lançamento fora de R$ 4.442,25, que não fora quitado. Desta forma, entendo que não assiste razão ao contribuinte nesse item de divergência. Somandose os valores devidos (incluindo todos os débitos ainda não quitados, para o código 0561) resta um débito de R$ 5.695,87. Relativamente ao código de receita 0588, observo que no mês de fevereiro/2009, houve um equívoco na planilha da decisão recorrida. O Contribuinte teria quitado R$ 5.692,43, sendo R$ 3.702,74 referente ao declarado em DCTF, e R$ 1.989,69 referente ao lançamento feito de ofício. Tal equívoco resultou que o valor ainda devido para o código 0588 é de R$ 17.180,06, coincidente com os cálculos do contribuinte. Para os cálculos relativos ao código de receita 1708, o contribuinte alegou dever apenas R$ 1.818,48, enquanto que a autoridade a quo teria concluído por R$ 5.742,84. Refazendo os cálculos, encontrei o saldo devido de R$ 5.759,75, ligeiramente maior do que o encontrado pela autoridade a quo e, cuja decisão não pode ser modificada para prejudicar o recorrente. Fl. 396DF CARF MF 6 Assim, concluo que o valor total do principal ainda devido neste processo é de R$ 28.635,68 e, portanto, a multa de ofício é de R$ 21.476,76. Desta forma, voto por negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Maria Cleci Coti Martins. Fl. 397DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 15586.720125/2013-16
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 18 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Jan 30 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 2401-000.545
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto da relatora.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Relatora e Presidente
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa.
Nome do relator: MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto da relatora. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini - Relatora e Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa.
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Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto da relatora. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Relatora e Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Denny Medeiros da Silveira, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto e Luciana Matos Pereira Barbosa. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 55 86 .7 20 12 5/ 20 13 -1 6 Fl. 1082DF CARF MF Processo nº 15586.720125/201316 Resolução nº 2401000.545 S2C4T1 Fl. 1.083 2 RELATÓRIO Tratase de Auto de Infração AI lavrado contra a empresa em epígrafe, referente à contribuição social previdenciária correspondente à contribuição para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), incidente sobre a remuneração paga a segurados empregados, no período de 01/10 a 10/12. De acordo com o Relatório Fiscal (fls. 412/415) a empresa informou incorretamente em GFIP a alíquota GILRAT e também o Fator Acidentário de Prevenção FAP. Para alguns estabelecimentos, a empresa informou GILRAT no percentual de 1%, quando o correto é 3%. Informou FAP 1, quando o correto era 1,3245 em 2010, 1,0589 em 2011, e 1,2972 em 2012. Cientificado dos Autos de Infração AIs, o contribuinte apresentou impugnação, sendo proferido o Acórdão com a seguinte ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2010 a 31/12/2012 AIOP DEBCAD Nº 51.031.6719 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO (SAT). ALÍQUOTA DEFINIDA POR ESTABELECIMENTO. PARECER PGFN/CRJ 2120/2011 A alíquota da contribuição para o SAT é aferida pelo grau de risco desenvolvido em cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro. Aplicação do Parecer PGFN/CRJ/n. 2120/2011. FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO FAP. PUBLICAÇÃO. INTERNET. O FAP da empresa é publicado pelo Ministério da Previdência Social na internet, sendo por isso de pleno conhecimento da empresa, não se configurando como obrigação da fiscalização a demonstração de tal fator. A contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade Social para o financiamento do SAT, poderá ser majorada ou reduzida em função da aplicação do Fator Acidentário de Prevenção, nos termos das Leis nº 8.212/91 e 10.666/03, com a regulamentação dos Decretos nº 3.048/99, 6.042/07 e 6.957/09. Se houver discordância quanto ao FAP atribuído pelo Ministério da Previdência Social, a empresa poderá contestálo perante o Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional da Secretaria Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, no prazo de trinta dias da sua divulgação oficial. CONSTITUCIONALIDADE. LEGALIDADE. Fl. 1083DF CARF MF Processo nº 15586.720125/201316 Resolução nº 2401000.545 S2C4T1 Fl. 1.084 3 A declaração de inconstitucionalidade de lei ou atos normativos federais, bem como de ilegalidade destes últimos, é prerrogativa outorgada pela Constituição Federal ao Poder Judiciário. PEDIDO DE JUNTADA DE DOCUMENTOS. PRECLUSÃO TEMPORAL. A prova documental deve ser apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual. Impugnação Procedente em Parte Crédito Tributário Mantido em Parte Cientificado do Acórdão em 12/12/13 (Aviso de Recebimento AR de fl. 1.039), o contribuinte apresentou recurso voluntário em 13/1/14, fls. 1.041/1.052, no qual, dentre outras alegações, afirma que os índices apontados para 2011 e 2012 não podem ser aplicados imediatamente, já que foram objeto de impugnação administrativa. Conforme Resolução de fls. 1.066/1.071, os autos foram encaminhados à DRF de origem para aguardar a conclusão dos processos administrativos que contestavam o FAP de 2011 e 2012, devendo retornar ao CARF após a informação nos autos das conclusões havidas, para prosseguimento do julgamento. Eis o voto da Resolução: Compulsando os autos, verifico que há questão prejudicial pendente de julgamento administrativo. Com efeito, de acordo com o Relatório Fiscal (fls. 412/415), parte do lançamento decorre da informação incorreta em GFIP do multiplicador do FAP Fator Previdenciário de Prevenção. A própria recorrente, durante o procedimento fiscal, em resposta ao Termo de Início de Procedimento Fiscal, já havia informado que não concordava com os índices apresentados pelo INSS e que ingressou com três processos administrativos junto ao Ministério da Previdência Social MPS, órgão competente para discutir os referidos cálculos, relativos aos citados anos de 2010, 2011 e 2012 (o primeiro, de 2010, já solucionado, com provimento parcial para da Secretaria de Políticas de Previdência Social Decisão Notificação GT/SPS nº 000.005.869/2010 processo n° 44000.00774/201017). Verifico que, a teor do art. 202B do Decreto n° 3.048/99, o processo administrativo de contestação do FAP atribuído às empresas ostenta efeito suspensivo, de sorte que o lançamento efetuado não poderá prosseguir antes da conclusão dos processos administrativos n°s. 1011030001087/011 FAP 2010 com vigência para 2011; e 1111300003752/011 FAP 2011 com vigência em 2012. Sendo assim, os autos devem retornar à origem, ficando sobrestados até decisão final dos processos administrativos n°s. 1011030001087/011 e 1111300003752/011. Somente após a informação nos autos das conclusões havidas é que devem retornar a este Colegiado, para prosseguimento do julgamento. Fl. 1084DF CARF MF Processo nº 15586.720125/201316 Resolução nº 2401000.545 S2C4T1 Fl. 1.085 4 Do resultado da diligência deve ser dado conhecimento à recorrente e concedido prazo para manifestação. Em despachos de fls. 1.077/1.078 a DEFIS/SPO retornou o presente processo para o CARF para verificação da necessidade da diligência solicitada. É o relatório. Fl. 1085DF CARF MF Processo nº 15586.720125/201316 Resolução nº 2401000.545 S2C4T1 Fl. 1.086 5 VOTO Miriam Denise Xavier Lazarini Relatora Da leitura do voto da Resolução 2302000.315, vêse que o processo somente deveria retornar ao CARF instruído com o resultado do julgamento proferido nos processos administrativos n° 1011030001087/011 e 1111300003752/011. O Regulamento da Previdência Social RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99, assim determina: Art.202B.O FAP atribuído às empresas pelo Ministério da Previdência Social poderá ser contestado perante o Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional da Secretaria Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, no prazo de trinta dias da sua divulgação oficial §1oA contestação de que trata o caput deverá versar, exclusivamente, sobre razões relativas a divergências quanto aos elementos previdenciários que compõem o cálculo do FAP. §2oDa decisão proferida pelo Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional, caberá recurso, no prazo de trinta dias da intimação da decisão, para a Secretaria de Políticas de Previdência Social, que examinará a matéria em caráter terminativo. §3oO processo administrativo de que trata este artigo tem efeito suspensivo. Portanto, para conferir liquidez e certeza ao crédito tributário apurado no presente processo, necessário saber se houve revisão do FAP atribuído ao contribuinte para os anos de 2011 e 2012, pelo Departamento de Políticas Públicas de Saúde e Segurança Ocupacional ou pela Secretaria de Políticas de Previdência Social. Sendo assim, os autos devem retornar à DRF de origem para que intime o Departamento de Políticas Públicas de Saúde e Segurança Ocupacional DPSSO para que este informe o resultado das decisões proferidas nos processos administrativos n° 1011030001087/011 e 1111300003752/011, explicando que o julgamento do presente processo depende das decisões proferidas nos processos de competência do DPSSO citados. Caso ainda não tenha sido proferida decisão definitiva em referidos processos, os autos deverão ficar sobrestados na DRF de origem aguardando referida providência. Somente após a informação nos autos das conclusões havidas, o processo deverá retornar ao CARF para prosseguimento do julgamento. Fl. 1086DF CARF MF Processo nº 15586.720125/201316 Resolução nº 2401000.545 S2C4T1 Fl. 1.087 6 O sujeito passivo deverá ser intimado do resultado da diligência, devendo ser concedido a ele o prazo de trinta dias para manifestação. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini. Fl. 1087DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10725.720568/2012-71
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 16 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Thu Sep 15 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2008
RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. DESPESAS COM AÇÃO JUDICIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO.
Na hipótese de rendimentos recebidos acumuladamente em ação trabalhista, é admitida a dedução do valor das despesas com honorários advocatícios comprovadamente pagas pelo contribuinte, necessárias ao recebimento dos rendimentos tributáveis.
Recurso Voluntário Provido em Parte
Numero da decisão: 2401-004.451
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, dar-lhe provimento parcial, para restabelecer a dedução com despesas de advogados no valor de R$ 61.621,00, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente
(assinado digitalmente)
Cleberson Alex Friess - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins e Andréa Viana Arrais Egypto.
Nome do relator: CLEBERSON ALEX FRIESS
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2008 RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. DESPESAS COM AÇÃO JUDICIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. Na hipótese de rendimentos recebidos acumuladamente em ação trabalhista, é admitida a dedução do valor das despesas com honorários advocatícios comprovadamente pagas pelo contribuinte, necessárias ao recebimento dos rendimentos tributáveis. Recurso Voluntário Provido em Parte
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, dar-lhe provimento parcial, para restabelecer a dedução com despesas de advogados no valor de R$ 61.621,00, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins e Andréa Viana Arrais Egypto.
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OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULAMENTE (RRA). DESPESAS COM AÇÃO JUDICIAL. Recorrente MARIEL LIMA DE OLIVEIRA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2008 RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. DESPESAS COM AÇÃO JUDICIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. Na hipótese de rendimentos recebidos acumuladamente em ação trabalhista, é admitida a dedução do valor das despesas com honorários advocatícios comprovadamente pagas pelo contribuinte, necessárias ao recebimento dos rendimentos tributáveis. Recurso Voluntário Provido em Parte Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso voluntário, para, no mérito, darlhe provimento parcial, para restabelecer a dedução com despesas de advogados no valor de R$ 61.621,00, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 72 5. 72 05 68 /2 01 2- 71 Fl. 65DF CARF MF Impresso em 15/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/09/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 10725.720568/201271 Acórdão n.º 2401004.451 S2C4T1 Fl. 66 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins e Andréa Viana Arrais Egypto. Fl. 66DF CARF MF Impresso em 15/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/09/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 10725.720568/201271 Acórdão n.º 2401004.451 S2C4T1 Fl. 67 3 Relatório Cuidase de recurso voluntário interposto em face da decisão da 21ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento no Rio de Janeiro (DRJ/RJ1), cujo dispositivo tratou de considerar improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário exigido. Transcrevo a ementa do Acórdão nº 1248.659 (fls. 44/47): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2008 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FALTA DE COMPROVAÇÃO. A dedução do honorário advocatício está condicionada à comprovação de que este foi pago em decorrência da Ação Trabalhista na qual o Contribuinte recebeu os rendimentos. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA PARTE DA OMISSÃO DE RENDIMENTOS. Consolidase administrativamente o crédito tributário relativo à matéria não impugnada, na forma do art. 17 do Decreto 70.235/72. Impugnação Improcedente 2. Em face do contribuinte foi emitida a Notificação de Lançamento nº 2009/421855596483048, relativa ao anocalendário 2008, decorrente de procedimento de revisão de Declaração de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF), em que foi apurada omissão de rendimentos recebidos de pessoa jurídica decorrentes da Ação Trabalhista nº 310 199428101009, em tramitação na 1ª Vara de Trabalho de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro (fls. 31/34). 2.1 A Notificação de Lançamento alterou o resultado de sua Declaração de Ajuste Anual (DAA), exigindo o Fisco imposto suplementar, acrescido de juros de mora e multa de ofício. 3. Cientificado da notificação por via postal em 17/4/2012, às fls. 36, o contribuinte impugnou a exigência fiscal (fls. 2/5). 4. Intimado em 13/8/2012, por via postal, da decisão do colegiado de primeira instância, às fls. 50/52, o recorrente apresentou recurso voluntário no dia 12/9/2012 (fls. 53/54). Fl. 67DF CARF MF Impresso em 15/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/09/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 10725.720568/201271 Acórdão n.º 2401004.451 S2C4T1 Fl. 68 4 4.1 Expõe, em síntese, os seguintes argumentos de fato e de direito: (i) que para o recebimento dos valores reconhecidos na Reclamação Trabalhista nº 310199428101009 contratou os serviços de 3 (três) advogados, com escritórios em Campos dos Goytacazes (1ª instância), Rio de Janeiro (2ª instância) e Brasília (3ª instância); (ii) a fiscalização não aceitou as seguintes despesas com advogados, por não haver a inequívoca vinculação com a ação trabalhista: a) Nota Fiscal nº 0925, emitida por Waldir Nilo Passos Advogados Associados S/C, no valor de R$ 35.946,00 (trinta e cinco mil, novecentos e quarenta e seis reais); e b) Nota Fiscal nº 0574, emitida por Ferraz e Passos Advocacia e Consultoria Sociedade Simples, no valor de R$ 25.675,00 (vinte e cinco mil, seiscentos e setenta e cinco reais); (iii) com relação ao escritório Waldir Nilo Passos Advogados Associados, anexase uma declaração da pessoa jurídica, confirmando o recebimento dos honorários em decorrência da autuação no Processo nº 003100012.1994.5.01.0281, atual numeração definida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ); (iv) já quanto ao escritório Ferraz e Passos, a declaração semelhante não chegou a tempo para a juntada no recurso voluntário, porém é trazido aos autos cópias de fls. do processo judicial em que se comprova a participação do escritório como patrono da causa junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST); e (v) de qualquer modo, ainda que possa ter havido omissão, a retenção do imposto sobre a renda na fonte incidente sobre o total de rendimentos recebidos na ação judicial implica cumprida a obrigação tributária relativa ao anocalendário 2008, exercício 2009. É o relatório. Fl. 68DF CARF MF Impresso em 15/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/09/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 10725.720568/201271 Acórdão n.º 2401004.451 S2C4T1 Fl. 69 5 Voto Conselheiro Cleberson Alex Friess Relator Juízo de admissibilidade 5. Uma vez realizado o juízo de validade do procedimento, verifico que estão satisfeitos os requisitos de admissibilidade do recurso voluntário e, por conseguinte, dele tomo conhecimento. Mérito 6. Ainda que o valor do imposto retido pela fonte pagadora tenha tomado como parâmetro o montante informado na Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), equivalente a R$ 537.533,39, o contribuinte na sua DAA 2009/2008 declarou como rendimentos tributáveis um valor inferior, igual a R$ 376.273,37, pleiteando a restituição do imposto sobre a renda em excesso (fls. 20/26). 6.1 Logo, não se pode falar em improcedência da revisão fiscal da declaração entregue pelo contribuinte, com fundamento apenas na realização da retenção do imposto pela fonte pagadora no momento em que foram disponibilizados os recursos financeiros ao beneficiário. 7. Quanto às despesas com advogados, o art. 12 da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, vigente à época dos fatos geradores, autorizava a dedução das despesas com a ação judicial necessárias ao recebimento de valores, tais como honorários advocatícios pagos pelo beneficiário dos rendimentos. Art. 12. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização. 7.1 A autoridade lançadora acatou o pagamento de R$ 76.262,00, conforme Nota Fiscal nº 578, emitida por Rangel e Oliveira Advogados Associados S/C, deduzindo da base de cálculo do imposto a despesa paga ao escritório de advocacia (fls. 7 e 13). 8. Passo, na sequência, a analisar as demais notas fiscais apresentadas pelo recorrente. No que se refere à Nota Fiscal nº 0925, emitida por Waldir Nilo Passos Advogados Associados S/C, no valor de R$ 35.946,00, o documento não faz alusão, de fato, ao processo trabalhista supracitado ou a qualquer outro (fls. 15). Fl. 69DF CARF MF Impresso em 15/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/09/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 10725.720568/201271 Acórdão n.º 2401004.451 S2C4T1 Fl. 70 6 9. Inobstante tal omissão, a própria decisão de piso, em consulta ao andamento do processo no sítio da Justiça do Trabalho, identificou que Waldir Nilo Passos Filho atuou como patrono da causa trabalhista (fls. 42), 9.1 Adicionalmente, juntouse uma declaração do escritório Waldir Passos que confirma o recebimento dos honorários registrados na Nota Fiscal nº 925, relativos ao Processo nº 003100012.1994.5.01.0281 (fls. 55). 9.2 Além disso, como mais um elemento de convicção, a data de emissão da documento fiscal, em 30/9/2008, é compatível com a liberação da parcela incontroversa dos créditos trabalhistas ao reclamante (fls. 11/12). 9.3 Entendo, portanto, comprovado o pagamento da despesa de R$ 35.946,00, em decorrência da ação trabalhista em apreço. 10. No tocante ao pagamento relativo à Nota Fiscal nº 0574, emitida por Ferraz e Passos Advocacia e Consultoria Sociedade Simples, no valor de R$ 25.675,00, existe menção no corpo do documento que o desembolso está associado aos "Honorários advocatícios referente ao Processo E RR 47336/1998.9" (fls. 14). 11. Na verdade, tratase dos Embargos no Recurso de Revista (ERR) nº 475336/1998.9, que tramitou no TST, com origem no Processo nº 15118/19950 junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, conforme se percebe do conteúdo do ato de transferência de poderes pelo advogado principal da causa, bem como das cópias da petição e do despacho judicial colacionados aos autos pelo recorrente (fls. 56/58). 11.1 As informações podem ser corroboradas mediante acesso à consulta pública disponível no sítio do TST (http://www.tst.jus.br/web/guest/processosdotst), cuja numeração atual do Processo é 47533683.1998.5.01.5555:1 1 A Reclamação Trabalhista nº 310199428101009 foi proposta em face da Caixa Econômica Federal, com formação de litisconsórcio ativo facultativo, identificado no processo por César Ferreira de Araújo e outros. O Sr. Mariel Lima de Oliveira, ora recorrente, é um dos litigantes (fls. 11, 16 e 42). Fl. 70DF CARF MF Impresso em 15/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/09/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 10725.720568/201271 Acórdão n.º 2401004.451 S2C4T1 Fl. 71 7 11.2 Assim, estou convencido da possibilidade de dedução da despesas com advogados no valor de R$ 25.675,00, correspondente à Nota Fiscal nº 0574, na medida em que decorrente da ação trabalhista em análise. 12. Dessa feita, relativamente ao montante dos rendimentos tributáveis omitidos, sou favorável a exclusão da importância total de R$ 61.621,00, a título de despesas vinculadas à Ação Trabalhista nº 310199428101009, conforme Notas Fiscais nº 0925 e 0574 (fls. 14/15). Conclusão Ante o exposto, voto por CONHECER do recurso voluntário e, no mérito, DAR LHE PROVIMENTO PARCIAL para reconhecer a dedução com despesas de advogados no valor de R$ 61.621,00 (sessenta e um mil, seiscentos e vinte e um reais), reduzindo o montante da omissão de rendimentos apurada pela fiscalização. É como voto. (assinado digitalmente) Cleberson Alex Friess Fl. 71DF CARF MF Impresso em 15/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/09/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 14/09/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI
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