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Numero do processo: 13769.000117/98-02
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Apr 10 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições
Exercício: 1989, 1990, 1991, 1992
FINSOCIAL. RESTITUIÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL.
O Regimento Interno deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF, através de alteração promovida pela Portaria do Ministro da Fazenda n.º 586, de 21.12.2010 (Publicada no em 22.12.2010), passou a fazer expressa previsão no sentido de que As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF (Art. 62-A do anexo II).
O STJ, em acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC definiu que para os recolhimentos indevidos que ocorreram antes do advento da LC 118/2005 o prazo para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, deve observar a cognominada tese dos cinco mais cinco. (RESP nº 1.002.932).
Recurso extraordinário negado.
Numero da decisão: 9900-000.391
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(Assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Gustavo Lian Haddad - Relator
EDITADO EM: 12/03/2013
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Nome do relator: GUSTAVO LIAN HADDAD
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente. (Assinado digitalmente) Gustavo Lian Haddad - Relator EDITADO EM: 12/03/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
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RESTITUIÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL. O Regimento Interno deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF, através de alteração promovida pela Portaria do Ministro da Fazenda n.º 586, de 21.12.2010 (Publicada no em 22.12.2010), passou a fazer expressa previsão no sentido de que “As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF” (Art. 62A do anexo II). O STJ, em acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC definiu que para os recolhimentos indevidos que ocorreram antes do advento da LC 118/2005 o prazo para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, deve observar a cognominada tese dos cinco mais cinco. (RESP nº 1.002.932). Recurso extraordinário negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 76 9. 00 01 17 /9 8- 02 Fl. 302DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 2 (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente. (Assinado digitalmente) Gustavo Lian Haddad Relator EDITADO EM: 12/03/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Em 22/05/1998, Granvel Grande Norte Veículos por meio dos documentos de fls. 01/42, solicitou a restituição dos valores recolhidos indevidamente a título de Contribuição para o Fundo de Investimento Social (FINSOCIAL) excedentes ao 0,5% relativo ao período de 09/1989 a 03/1992. A Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais CSRF, ao apreciar o recurso especial interposto pelo contribuinte, exarou o acórdão n° CSRF/0305.789 que se encontra às fls. 119/123 e cuja ementa é a seguinte: “PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL RECONHECIMENTO DE DIREITO CREDITÓRIO DUPLO GRAU ANÁLISE DE MÉRITO Nos processos administrativos fiscais de pedido de reconhecimento do direito creditório, cujo litígio instaurouse apenas quanto ao prazo para interposição do pleito, ou seja, a unidade de origem da Receita Federal não apreciou o mérito, afastada essa preliminar, os autos devem retornar àquela origem para essa análise, podendo o contribuinte apresentar outra manifestação de inconformidade à DRJ, no prazo de 30 dias da ciência, caso discorde da nova decisão. Recurso Especial da Fazenda Nacional Negado.” Fl. 303DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD Processo nº 13769.000117/9802 Acórdão n.º 9900000.391 CSRFPL Fl. 9 3 Como se verifica do referido acórdão, prevaleceu, pelo voto de qualidade, o entendimento de que a contagem do prazo de 5 (cinco) anos para interposição do pedido de restituição iniciouse em 31/08/1995, com a publicação da MP nº 1.110/1995, tendo sido determinado o retorno dos autos à DRF de origem para julgamento do mérito. Intimada do acórdão em 26/08/2008 (fls. 287) a Procuradoria da Fazenda Nacional interpôs o recurso extraordinário de fls. 289/298, em que sustenta divergência entre o v. acórdão recorrido e o Acórdão CSRF/0202.088, de 17/10/2005, proferido pela 2ª Câmara Superior de Recursos Fiscais. Ao Recurso Extraordinário da Procuradoria da Fazenda Nacional foi dado seguimento, conforme Despacho nº 430/2008 de 10/10/2008 (fls. 301/302). Intimado sobre a admissão do recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional o contribuinte deixou de apresentar contrarazões. É o Relatório. Voto Conselheiro Gustavo Lian Haddad, Relator O recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional sustenta divergência entre o v. acórdão recorrido e o Acórdão CSRF/0202.088, de 17/10/2005, em relação ao dies a quo para contagem do prazo prescricional para repetição de indébito preenche os requisitos de admissibilidade. O Acórdão CSRF/0202.088, de 17/10/2005, encontrase assim ementado: “PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL — REPETIÇÃO DE INDÉBITO O dies a quo para contagem do prazo prescricional de repetição de indébito é o da data de extinção do crédito tributário pelo pagamento antecipado e o termo final é o dia em que se completa o qüinqüênio legal, contado a partir daquela data. Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso voluntário do contribuinte.” Verifico que a divergência está caracterizada na interpretação, dada pelos julgadores da Segunda e Terceira Turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais, da norma que define o prazo e seu termo inicial de contagem, para o exercício do direito de restituição de indébito tributário. O dissídio jurisprudencial resta claro ante o confronto das referidas decisões enquanto no acórdão recorrido a contagem dos cinco anos iniciase a partir da publicação no DOU da Medida Provisória nº 1.110, de 30/08/1995, no acórdão paradigma é a partir da data de extinção do crédito tributário pelo pagamento antecipado. Dessa forma, conheço do recurso extraordinário interposto. Fl. 304DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 4 No mérito, já manifestei meu entendimento em diversas oportunidades segundo o qual o prazo para restituição de tributos cuja inconstitucionalidade ou não incidência foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal em sede de controle concentrado, pela autoridade fiscal ou por ato do Poder Legislativo deveria se dar a partir da data de publicação do ato que reconheceu tal circunstância. Ocorre que o Regimento Interno deste E. Conselho, conforme alteração promovida pela Portaria MF n.º 586/2010 no artigo 62A do anexo II, introduziu dispositivo que determina, in verbis, que: “As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF” No que diz respeito ao prazo para apresentação de pedido de restituição de tributo declarado inconstitucional ou cuja não incidência foi reconhecida pela administração tributária, o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o RESP nº 1.110.578, nos termos do artigo 543C, do CPC, consolidou entendimento diverso, conforme se verifica da ementa a seguir transcrita: “TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543C, DO CPC. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO INICIAL. PAGAMENTO INDEVIDO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO DE OFÍCIO. 1. O prazo de prescrição quinquenal para pleitear a repetição tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício, é contado da data em que se considera extinto o crédito tributário, qual seja, a data do efetivo pagamento do tributo, a teor do disposto no artigo 168, inciso I, c.c artigo 156, inciso I, do CTN. (Precedentes: REsp 947.233/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/06/2009, DJe 10/08/2009; AgRg no REsp 759.776/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/03/2009, DJe 20/04/2009; REsp 857.464/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe 02/03/2009; AgRg no REsp 1072339/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/02/2009, DJe 17/02/2009; AgRg no REsp. 404.073/SP, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJU 31.05.07; AgRg no REsp. 732.726/RJ, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, Primeira Turma, DJU 21.11.05) 2. A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso) é despicienda para fins de contagem do prazo prescricional tanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento de ofício. (Precedentes: EREsp 435835/SC, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, Rel. p/ Acórdão Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/03/2004, DJ 04/06/2007; AgRg no Ag 803.662/SP, Rel. Fl. 305DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD Processo nº 13769.000117/9802 Acórdão n.º 9900000.391 CSRFPL Fl. 10 5 Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/02/2007, DJ 19/12/2007) 3. In casu, os autores, ora recorrentes, ajuizaram ação em 04/04/2000, pleiteando a repetição de tributo indevidamente recolhido referente aos exercícios de 1990 a 1994, ressoando inequívoca a ocorrência da prescrição, porquanto transcorrido o lapso temporal quinquenal entre a data do efetivo pagamento do tributo e a da propositura da ação. 4. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução STJ 08/2008.” Nos termos da decisão acima referida, temse que é despicienda para fins de contagem do prazo para a restituição de tributos pagos indevidamente a declaração de inconstitucionalidade em controle concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado, da lei instituidora do tributo a ser restituído. No que diz respeito ao prazo para apresentação de pedido de restituição de tributo declarado inconstitucional ou cuja não incidência foi reconhecida pela administração tributária, o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o RESP nº 1.110.578, nos termos do artigo 543C, do CPC, consolidou entendimento diverso, conforme se verifica da ementa a seguir transcrita: “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. AUXÍLIO CONDUÇÃO. IMPOSTO DE RENDA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. PAGAMENTO INDEVIDO. ARTIGO 4º, DA LC 118/2005. DETERMINAÇÃO DE APLICAÇÃO RETROATIVA. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROLE DIFUSO. CORTE ESPECIAL. RESERVA DE PLENÁRIO. 1. O princípio da irretroatividade impõe a aplicação da LC 118, de 9 de fevereiro de 2005, aos pagamentos indevidos realizados após a sua vigência e não às ações propostas posteriormente ao referido diploma legal, posto norma referente à extinção da obrigação e não ao aspecto processual da ação corespectiva. 2. O advento da LC 118/05 e suas conseqüências sobre a prescrição, do ponto de vista prático, implica dever a mesma ser contada da seguinte forma: relativamente aos pagamentos efetuados a partir da sua vigência (que ocorreu em 09.06.05), o prazo para a repetição do indébito é de cinco a contar da data do pagamento; e relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime previsto no sistema anterior, limitada, porém, ao prazo máximo de cinco anos a contar da vigência da lei nova. 3. Isto porque a Corte Especial declarou a inconstitucionalidade da expressão "observado, quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, I, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional", constante do artigo 4º, segunda parte, da Fl. 306DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 6 Lei Complementar 118/2005 (AI nos ERESP 644736/PE, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 06.06.2007). 4. Deveras, a norma inserta no artigo 3º, da lei complementar em tela, indubitavelmente, cria direito novo, não configurando lei meramente interpretativa, cuja retroação é permitida, consoante apregoa doutrina abalizada: "Denominamse leis interpretativas as que têm por objeto determinar, em caso de dúvida, o sentido das leis existentes, sem introduzir disposições novas. {nota: A questão da caracterização da lei interpretativa tem sido objeto de não pequenas divergências, na doutrina. Há a corrente que exige uma declaração expressa do próprio legislador (ou do órgão de que emana a norma interpretativa), afirmando ter a lei (ou a norma jurídica, que não se apresente como lei) caráter interpretativo. Tal é o entendimento da AFFOLTER (Das intertemporale Recht, vol. 22, System des deutschen bürgerlichen Uebergangsrechts, 1903, pág. 185), julgando necessária uma Auslegungsklausel, ao qual GABBA, que cita, nesse sentido, decisão de tribunal de Parma, (...) Compreensão também de VESCOVI (Intorno alla misura dello stipendio dovuto alle maestre insegnanti nelle scuole elementari maschili, in Giurisprudenza italiana, 1904, I,I, cols. 1191, 1204) e a que adere DUGUIT , para quem nunca se deve presumir ter a lei caráter interpretativo "os tribunais não podem reconhecer esse caráter a uma disposição legal, senão nos casos em que o legislador lho atribua expressamente" (Traité de droit constitutionnel, 3a ed., vol. 2o, 1928, pág. 280). Com o mesmo ponto de vista, o jurista pátrio PAULO DE LACERDA concede, entretanto, que seria exagero exigir que a declaração seja inseri da no corpo da própria lei não vendo motivo para desprezála se lançada no preâmbulo, ou feita noutra lei. Encarada a questão, do ponto de vista da lei interpretativa por determinação legal, outra indagação, que se apresenta, é saber se, manifestada a explícita declaração do legislador, dando caráter interpretativo, à lei, esta se deve reputar, por isso, interpretativa, sem possibilidade de análise, por ver se reúne requisitos intrínsecos, autorizando uma tal consideração . (...) ... SAVIGNY coloca a questão nos seus precisos termos, ensinando: "tratase unicamente de saber se o legislador fez, ou quis fazer uma lei interpretativa, e, não, se na opinião do juiz essa interpretação está conforme com a verdade" (System dês heutigen romischen Rechts, vol. 8o, 1849, pág. 513). Mas, não é possível dar coerência a coisas, que são de si incoerentes, não se consegue conciliar o que é inconciliável. E, desde que a chamada interpretação autêntica é realmente incompatível com o conceito, com os requisitos da verdadeira interpretação (v., supra, a nota 55 ao n° 67), não admira que se procurem torcer as conseqüências inevitáveis, fatais de tese forçada, evitandose lhes os perigos. Compreendese, pois, que muitos autores não aceitem o rigor dos efeitos da imprópria interpretação. Há quem, como GABBA (Teoria delta retroattività delle leggi, 3a ed., vol. 1o, 1891, pág. 29), que invoca MAILHER DE CHASSAT Fl. 307DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD Processo nº 13769.000117/9802 Acórdão n.º 9900000.391 CSRFPL Fl. 11 7 (Traité de la rétroactivité des lois, vol. 1o, 1845, págs. 131 e 154), sendo seguido por LANDUCCI (Trattato storicoteorico pratico di diritto civile francese Ed italiano, versione ampliata del Corso di diritto civile francese, secondo il metodo dello Zachariæ, di Aubry e Rau, vol. 1o e único, 1900, pág. 675) e DEGNI (L'interpretazione della legge, 2a ed., 1909, pág. 101), entenda que é de distinguir quando uma lei é declarada interpretativa, mas encerra, ao lado de artigos que apenas esclarecem, outros introduzido novidade, ou modificando dispositivos da lei interpretada. PAULO DE LACERDA (loc. cit.) reconhece ao juiz competência para verificar se a lei é, na verdade, interpretativa, mas somente quando ela própria afirme que o é. LANDUCCI (nota 7 à pág. 674 do vol. cit.) é de prudência manifesta: "Se o legislador declarou interpretativa uma lei, devese, certo, negar tal caráter somente em casos extremos, quando seja absurdo ligála com a lei interpretada , quando nem mesmo se possa considerar a mais errada interpretação imaginável. A lei interpretativa, pois, permanece tal, ainda que errônea, mas, se de modo insuperável, que suplante a mais aguda conciliação, contrastar com a lei interpretada, desmente a própria declaração legislativa. " Ademais, a doutrina do tema é pacífica no sentido de que: "Pouco importa que o legislador, para cobrir o atentado ao direito, que comete, dê à sua lei o caráter interpretativo. É um ato de hipocrisia, que não pode cobrir uma violação flagrante do direito" (Traité de droit constitutionnel, 3ª ed., vol. 2º, 1928, págs. 274275)." (Eduardo Espínola e Eduardo Espínola Filho, in A Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, Vol. I, 3a ed., págs. 294 a 296). 5. Consectariamente, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da entrada em vigor da LC 118/05 (09.06.2005), o prazo prescricional para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, continua observando a cognominada tese dos cinco mais cinco, desde que, na data da vigência da novel lei complementar, sobejem, no máximo, cinco anos da contagem do lapso temporal (regra que se coaduna com o disposto no artigo 2.028, do Código Civil de 2002, segundo o qual: "Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada." ). 6. Desta sorte, ocorrido o pagamento antecipado do tributo após a vigência da aludida norma jurídica, o dies a quo do prazo prescricional para a repetição/compensação é a data do recolhimento indevido. 7. In casu, insurgese o recorrente contra a prescrição qüinqüenal determinada pelo Tribunal a quo, pleiteando a reforma da decisão para que seja determinada a prescrição decenal, sendo certo que não houve menção, nas instância ordinárias, acerca da data em que se efetivaram os recolhimentos indevidos, mercê de a propositura da ação ter ocorrido em 27.11.2002, razão pela qual forçoso concluir que os Fl. 308DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 8 recolhimentos indevidos ocorreram antes do advento da LC 118/2005, por isso que a tese aplicável é a que considera os 5 anos de decadência da homologação para a constituição do crédito tributário acrescidos de mais 5 anos referentes à prescrição da ação. 8. Impende salientar que, conquanto as instâncias ordinárias não tenham mencionado expressamente as datas em que ocorreram os pagamentos indevidos, é certo que os mesmos foram efetuados sob a égide da LC 70/91, uma vez que a Lei 9.430/96, vigente a partir de 31/03/1997, revogou a isenção concedida pelo art. 6º, II, da referida lei complementar às sociedades civis de prestação de serviços, tornando legítimo o pagamento da COFINS. 9. Recurso especial provido, nos termos da fundamentação expendida. Acórdão submetido ao regime do art. 543C do CPC e da Resolução STJ 08/2008.” Como se verifica do voto condutor do Ministro Luiz Fux, restou consagrada a tese de que o prazo prescricional para a repetição ou compensação dos tributos sujeitos a lançamento por homologação começa a fluir decorridos 05 (cinco) anos, contados a partir da ocorrência do fato gerador, acrescidos de mais um qüinqüênio computado desde o termo final do prazo atribuído ao Fisco para verificação do quantum devido. No presente caso, considerando que o pedido de restituição foi apresentado em 22/05/1998, verificase que de fato não ocorreu a decadência em relação a recolhimentos de FINSOCIAL relativos às competências de 09/1989 (fato gerador de 30/09/1989) a 03/1992 (fato gerador de 31/03/1992), haja vista que não ocorreu o transcurso de mais de 10 anos entre a data do pedido de restituição e a data da ocorrência do respectivo fato gerador do tributo. Destarte, voto no sentido de conhecer do recurso extraordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional para, no mérito, NEGARLHE PROVIMENTO. (Assinado digitalmente) Gustavo Lian Haddad Fl. 309DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/03/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 09/04/2 013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD
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Numero do processo: 10240.001228/2006-41
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jun 20 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF
Exercício: 2003
IRPF. RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS.
É tributável o montante recebido em decorrência de reclamatória trabalhista, mormente se inexistir prova de que o rendimento está alcançado pela isenção ou não incidência do imposto de renda.
IRPF. MULTA. EXCLUSÃO.
Deve ser excluída do lançamento a multa de ofício quando o contribuinte agiu de acordo com orientação emitida pela fonte pagadora que qualificara de forma equivocada os rendimentos por ele recebidos.
Numero da decisão: 2201-001.655
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, DAR
PROVIMENTO PARCIAL ao recurso para excluir da exigência a multa de ofício. Vencidos os Conselheiros Pedro Paulo Pereira Barbosa e Maria Helena Cotta Cardozo, que negaram provimento ao recurso.
Matéria: IRPF- auto de infração eletronico (exceto multa DIRPF)
Nome do relator: EDUARDO TADEU FARAH
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RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. É tributável o montante recebido em decorrência de reclamatória trabalhista, mormente se inexistir prova de que o rendimento está alcançado pela isenção ou não incidência do imposto de renda. IRPF. MULTA. EXCLUSÃO. Deve ser excluída do lançamento a multa de ofício quando o contribuinte agiu de acordo com orientação emitida pela fonte pagadora que qualificara de forma equivocada os rendimentos por ele recebidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso para excluir da exigência a multa de ofício. Vencidos os Conselheiros Pedro Paulo Pereira Barbosa e Maria Helena Cotta Cardozo, que negaram provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah – Relator Assinado Digitalmente Maria Helena Cotta Cardozo Presidente Fl. 131DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH 2 Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Eduardo Tadeu Farah, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Gustavo Lian Haddad, Pedro Paulo Pereira Barbosa, Eivanice Canário da Silva (Suplente Convocada) e Maria Helena Cotta Cardozo (Presidente). Ausente justificadamente a Conselheira Rayana Alves de Oliveira França. Relatório Trata o presente processo de lançamento de ofício relativo ao Imposto de Renda Pessoa Física, exercício 2003, consubstanciado no Auto de Infração, fls. 08/15, pelo qual se exige o pagamento do crédito tributário total no valor de R$ 53.365,32. A fiscalização apurou omissão de rendimentos recebidos de pessoa jurídica, decorrente do Processo Trabalhista nº 5579702, no valor de R$ 82.547,00. Cientificado do lançamento, o autuado apresentou tempestivamente Impugnação, alegando, conforme se extrai do relatório de primeira instância, que: 1. Tal cobrança referese a valores recebidos a título de indenização no processo trabalhista nº 0557/9702, cujos valores foram lançados em minha declaração IRPF como rendimentos isentos ou não tributáveis conforme informe de rendimentos fornecido pela reclamada no processo, Distribuidora Cummins Amazonas Ltda, CNPJ 04.278.834/000114; 2. Mesmo considerando que os valores oriundos de tal processo trabalhista são tributados pelo imposto de renda, esse imposto devia ser de responsabilidade da reclamada, pois nos cálculos da liquidação da sentença consta o valor de R$ 20.167,95 a título de IRRF, valor esse que deveria ser considerado como antecipação do valor devido na declaração; 3. Peço que a Delegacia da Receita Federal intime a reclamada no processo trabalhista, para apresentar o informe de rendimentos e o comprovante do pagamento do imposto retido na fonte de acordo com os cálculos de fl.663 do referido processo trabalhista, no sentido de que eu possa retificar minha declaração. A 2ª Turma da DRJ em Belém/PA julgou procedente em parte o lançamento, consubstanciado nas ementas abaixo transcritas: OMISSÃO DE RENDIMENTOS. Cabível a tributação de valores recebidos via reclamação trabalhista, referentes a salários atrasados, férias e seguro desemprego. TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA NA FONTE. Deve ser excluído dos rendimentos sujeitos ao ajuste anual o 13º salário, por se tratar de rendimento sujeito a tributação exclusiva na fonte. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. Fl. 132DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 10240.001228/200641 Acórdão n.º 2201001.655 S2C2T1 Fl. 2 3 Cabível a glosa de IRRF pelo fato do contribuinte ter efetuado acordo no âmbito da Justiça do Trabalho sem a retenção do IRRF. Também cabível a glosa de IRRF declarado e não constante nos sistemas da RFB. Lançamento Procedente em Parte Intimado da decisão de primeira instância em 21/08/2008 (fl. 114), Pedro Roberto Zangrando apresenta Recurso Voluntário em 22/09/2008 (fls. 117/120), sustentando, essencialmente, os mesmos argumentos defendidos em sua Impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro EDUARDO TADEU FARAH, Relator O recurso é tempestivo e reúne os demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Segundo se colhe dos autos o recorrente ingressou com reclamatória trabalhista contra a Distribuidora Cummins Amazonas Ltda, CNPJ 04.278.834/000114, pleiteando o recebimento de diferenças salariais, FGTS, 13º salário, seguro desemprego, entre outros. (fls. 43/54) Por sua vez, o Juiz do Trabalho, Dr. Jairo Silva Santana, determinou o pagamento ao recorrente das verbas trabalhistas sendo que, de acordo com a sentença de fl. 52, o rendimento tributário representou o montante de R$ 78.522,00 (68,28% de R$ 115.000,00 recebidos em 2002). Contudo, visando a quitação das parcelas trabalhistas, as partes firmaram um acordo, onde o recorrente receberia parte em dinheiro e outra através de um imóvel no valor de R$ 100.000,00. Todavia, do acordo firmado entre as partes, fls. 36 e 38/39, não houve destaque do IRRF, em que pese conste do contrato o seguinte: “A Executada comprovará nos autos o recolhimento de todos os encargos oriundos da presente ação trabalhista, notadamente o que se refere ao IRPF e INSS devidos pelo Exeqüente, em 30 dias após o cumprimento do acordo”. Assim, em sua peça recursal alega o recorrente que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto é única e exclusivamente da fonte pagadora, portanto, é dela que deve ser exigido o imposto. Pois bem, sem prejuízo da responsabilidade de reter e recolher o imposto permanece o dever do beneficiário dos rendimentos de declarálos para fins de apuração do imposto devido, quando do ajuste anual. O contribuinte, na qualidade de beneficiário dos rendimentos, não pode se furtar à tributação porque a fonte pagadora não procedeu à retenção do imposto. Fl. 133DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH 4 Em verdade, sendo a retenção do imposto pela fonte pagadora mera antecipação do imposto devido na declaração de ajuste anual, não há que se falar em responsabilidade pelo imposto concentrada exclusivamente na fonte pagadora. É neste sentido que este Órgão Administrativo tem reiteradamente decidido, conforme se colhe da leitura da Súmula CARF nº 12: Constatada a omissão de rendimentos sujeitos à incidência do imposto de renda na declaração de ajuste anual, é legítima a constituição do crédito tributário na pessoa física do beneficiário, ainda que a fonte pagadora não tenha procedido à respectiva retenção. Ressaltese, ainda, que no regime de retenção do imposto por antecipação, a legislação determina que a apuração definitiva do imposto de renda seja efetuada pelo contribuinte, pessoa física, na Declaração de Ajuste Anual. Neste sentido, se o Fisco constatar antes do prazo fixado para a entrega da Declaração de Ajuste Anual que a fonte pagadora não procedeu à retenção do imposto de renda na fonte, o imposto deve ser dela exigido, pois não terá surgido ainda para o contribuinte o dever de oferecer tais rendimentos à tributação. Todavia, se somente após a data prevista para a entrega da Declaração de Ajuste Anual, no caso de pessoa física, for constatado que não houve a retenção do imposto, o destinatário da exigência passa a ser o contribuinte. Destarte, pelos fundamentos expostos entendo que a exigência tributária em exame deve ser mantida. Quanto à multa de ofício aplicada assevera o suplicante que “... foi levado a erro pela reclamada, por que esta lhe enviou Comprovante de Rendimentos Pagos e Retenção do Imposto de Renda na Fonte, DIRF referente ao exercício de 2.002 (...) valores correspondentes a indenização trabalhista (...) onde consta que os valores recebidos seriam Rendimentos Isentos e não Tributados...” No que tange a aplicação da multa de ofício entendo, da mesma forma que o suplicante, que sua imposição não é possível, visto que o recorrente, concretamente, foi induzido ao erro pela fonte pagadora. Com efeito, compulsandose o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte, fl. 101, verificase a fonte pagadora classificou o rendimento como sendo “Indenizações por Rescisão do Contrato de Trabalho”. Assim, o recorrente de posse do referido documento apresentou sua declaração informando a verba como isenta, acreditando estar agindo de forma correta. Portanto, se houve erro no apontamento da natureza do rendimento tributável, este erro é escusável e não foi provocado pelo recorrente. Deste modo, deve ser excluída a multa de ofício aplicada ao lançamento em exame. Diante de todo o exposto, voto no sentido de DAR provimento parcial ao recurso para excluir da exigência a aplicação da multa de ofício. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah Fl. 134DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 10240.001228/200641 Acórdão n.º 2201001.655 S2C2T1 Fl. 3 5 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA CÂMARA DA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº: 10240.001228/200641 Recurso nº: 168.374 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no § 3º do art. 81 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovados pela Portaria Ministerial nº 256, de 22 de junho de 2009, intimese o (a) Senhor (a) Procurador (a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto a Segunda Câmara da Segunda Seção, a tomar ciência do Acórdão nº 2201001.655. Brasília/DF, 20 de junho de 2012 Assinado Digitalmente MARIA HELENA COTTA CARDOZO Presidente da Segunda Câmara / Segunda Seção Ciente, com a observação abaixo: (......) Apenas com ciência (......) Com Recurso Especial (......) Com Embargos de Declaração Data da ciência: _______/_______/_________ Procurador(a) da Fazenda Nacional Fl. 135DF CARF MF Impresso em 24/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 19/10/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 17/10/2012 por EDUARDO TADEU FARAH
score : 1.0
Numero do processo: 11516.004496/2009-43
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 24 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Mar 14 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 2803-000.157
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a Delegacia de origem anexe aos presentes autos, cópia do processo 11516.004495/2009-07.
assinado digitalmente
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
assinado digitalmente
Oséas Coimbra - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Natanael Vieira dos Santos.
Relatório
Nome do relator: OSEAS COIMBRA JUNIOR
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a Delegacia de origem anexe aos presentes autos, cópia do processo 11516.004495/2009-07. assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima - Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Natanael Vieira dos Santos. Relatório
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Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência para que a Delegacia de origem anexe aos presentes autos, cópia do processo 11516.004495/200907. assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Eduardo de Oliveira e Natanael Vieira dos Santos. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 15 16 .0 04 49 6/ 20 09 -4 3 Fl. 235DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 27/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.004496/200943 Resolução nº 2803000.157 S2TE03 Fl. 3 2 Relatório A empresa foi autuada por descumprimento da legislação previdenciária, por ter apresentado GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social sem declarar as parcelas referentes à PRÊMIO ASSIDUIDADE/PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS, consideradas como salário de contribuição. Os autos de infração referentes à obrigação principal foram incluídos em parcelamento. O r. acórdão – fls 149 e ss, conclui pela improcedência da impugnação apresentada, mantendo o Auto lavrado. Inconformada com a decisão, apresenta recurso voluntário tempestivo, alegando, na parte que interessa, o seguinte: · O v. acórdão atacado decidiu fora dos limites do auto de infração, na medida em que utilizou como razões de decidir questões lá não aventadas. O órgão julgador utilizou como argumento para fundamentar a improcedência da impugnação "o fato das Convenções Coletivas de Trabalho que instituíram o PLR terem fixado como perda do direito à parcela todas as ausências, independentemente de motivação ou justificativa" e também utilizou como argumento para fundamentar a improcedência da impugnação "o fato da TRANSOL ter deixado de efetuar uma das condições fixadas nas Convenções Coletivas estabelecidas para pagamento da PLR, como a regra que estabelece o desconto do benefício dos empregados motoristas que deram causa à autuação da empresa por infração de trânsito". Em que pese as razões de decidir constantes no v. acórdão, acima citadas, ressaltese que o AuditorFiscal em nenhum momento as utilizou como razões para a lavratura do auto de infração. · Auto aplicabilidade do artigo 7°, XI, da Constituição Federal. · Não observância do §1° do artigo 2 o da Lei n° 10.101/2000 · O Sr. AuditorFiscal entendeu que a cláusula 10 a das convenções coletivas não atende à legislação da participação nos lucros ou resultados, sob o fundamento de que tal cláusula "não apresenta contrapartida de resultados para aferir o ganho", sendo que o termo "resultados" esta previsto no inciso II do §1° do artigo 2 o da Lei n° 10.101/2000, e a TRANSOL já demonstrou ao longo do presente recurso que os critérios lá existentes são apenas exemplificativos, de modo que outros podem ser pactuados, o que por si só é suficiente para que o auto de infração seja julgado insubsistente. Fl. 236DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 27/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.004496/200943 Resolução nº 2803000.157 S2TE03 Fl. 4 3 · Não há fundamento no entendimento fiscal de que “não houve fixação de critérios e condições de forma coletiva a serem atingidos pelos segurados empregados para alcançarem o direito à participação nos lucros”. · No que diz respeito às regras adjetivas, estas constam de forma expressa na cláusula 10a das convenções coletivas de trabalho. · As regras de avaliação estão previstas na cláusula 10 a , §§ 1o, 4o, 5o e 6o das CCTs, pois os colaboradores precisam cumprir todas as exigências lá previstas para receberem a PLR. · O fato de somente os motoristas e cobradores terem sido incluídos e os demais excluídos da PLR não têm a menor relevância jurídica. · O pagamento da PLR quando da rescisão do contrato de trabalho é um direito do trabalhador, de modo que tal pagamento não se confunde como pagamento em periodicidade inferior ao prazo previsto na Lei n° 10.101/2000 que é de seis meses. · A , fixação das regras do PLR deve ser feita, soberanamente, pelas partes interessadas, de modo que não pode a Receita Federal analisar o mérito das regras da participação nos lucros ou resultados, sobrepondose às partes, sob pena, inclusive, de violação do art. 7º, XXVI da CF, que reconhece amplamente as convenções coletivas de trabalho. · A multa aplicada viola os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. · Requer que a multa aplicada seja reduzida para 20 % , nos termos da MP 449/2008, que sejam aplicados os juros de mora na base de 1% ao mês consoante art 161 do CTN e, finalmente, seja provido o presente recurso para que seja julgado insubsistente o presente auto de infração. É o relatório. . Fl. 237DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 27/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.004496/200943 Resolução nº 2803000.157 S2TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Oséas Coimbra A questão de fundo a ser tratada se refere ao enquadramento das verbas pagas, se como PLR ou como salário de contribuição. Depreendese do que consta no acórdão 0339.610 5a Turma da DRJ/BSB que a discussão dos fatos objetivos deuse especialmente no processo 11516.004495/200907 (parte patronal e SAT), sendo que o referido acórdão remete ao que ali decidido em sua fundamentação. Assim sendo, tal processo traz elementos essenciais para que se forme a convicção necessária ao deslinde da questão. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por converter o julgamento em diligência para que a Delegacia de origem anexe aos presentes autos cópia do processo 11516.004495/200907. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Fl. 238DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 27/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 04/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR
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Numero do processo: 10820.900175/2009-65
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 15 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS – IRPJ. Ano-calendário: 2001 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. REQUISITOS DE CERTEZA E LIQUIDEZ. NÃO COMPROVAÇÃO. Se a própria recorrente admite a necessidade de retificar sua DIPJ, e afirma estar providenciando esta retificação, a declaração de compensação padece de certeza e liquidez.
Numero da decisão: 1301-000.852
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator.
Nome do relator: EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES JUNIOR
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ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS – IRPJ. Anocalendário: 2001 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. REQUISITOS DE CERTEZA E LIQUIDEZ. NÃO COMPROVAÇÃO. Se a própria recorrente admite a necessidade de retificar sua DIPJ, e afirma estar providenciando esta retificação, a declaração de compensação padece de certeza e liquidez. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator. (assinado digitalmente) Alberto Pinto Souza Junior Presidente (assinado digitalmente) Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr. Relator Participaram do julgamento os Conselheiros: Alberto Pinto Souza Junior, Waldir Veiga Rocha, Paulo Jakson da Silva Lucas, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Junior e Carlos Augusto de Andrade Jenier. Fl. 46DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pela contribuinte acima identificada contra decisão proferida pela 1ª Turma da DRJ do Rio de Janeiro/RJ. Verificase pela análise do presente processo administrativo que a recorrente apresentou PER/DCOMP (fls. 13 – 21), sendo que esta não foi homologada nos termos do Despacho Decisório de folha 07, porquanto analisadas as informações prestadas pela ora recorrente, constatouse que não foi apurado saldo negativo, uma vez que na DIPJ correspondente ao período de apuração do crédito informado no PER/DCOMP, constaria saldo de contribuição social a pagar. Destacou o aludido Despacho Decisório que o saldo negativo informado no PER/DCOMP, originariamente correspondia a R$ 8.331,94 e o valor da contribuição social a pagar na DIPJ foi de R$ 2.113,94, razão pela qual não se homologou a compensação pleiteada. Cientificada (fl. 08), a recorrente apresentou Manifestação de Inconformidade (fls. 01 02), sustentando a existência do direito creditório e requerendo a homologação da compensação apresentada. A 1ª Turma da DRJ do Rio de Janeiro/RJ, nos termos do acórdão e voto de folhas 30 a 32, indeferiu a solicitação, assentando que para o reconhecimento do direito creditório mister o preenchimento dos requisitos de certeza e liquidez do crédito indicado, e destacando que as informações prestadas na Dcomp devem corresponder àquelas prestadas ao Fisco nos demais documentos de escrituração. Afirmou a decisão recorrida que no caso concreto, ao confrontar as informações prestadas na Dcomp, com aquelas insertas na DIPJ, a DRF de origem não localizou o crédito pleiteado, contrário disso, verificou na DIPJ a existência de contribuição a pagar. Constatouse ainda, que na Manifestação de Inconformidade, a recorrente alegou possuir o citado crédito, e em seu demonstrativo informa saldo credor da DIPJ/2001 e recolhimentos por estimativa naquele ano, sendo certo que no PER/DCOMP, foi informado crédito decorrente de base negativa de CSLL do exercício 2002, período de 01/01/2001 a 31/12/2001, e que a recorrente ao indicar saldo credor da DIPJ/2001, introduziu matéria nova, alheia ao presente processo não sendo cabível naquele momento processual, destacandose que a consulta de folhas 28 a 29 confirmaria que na DIPJ/2002, Ficha 17, consta CSLL a pagar e que os recolhimentos antecipados e as retenções na fonte, constituem antecipações e somente após o encerramento do período de apuração e na hipótese de se apurar saldo negativo é que se pode cogitar de direito líquido e certo, passível, portanto, de compensação. Diante disso, firmouse entendimento de que o ato de verificação da certeza e liquidez do indébito tributário, em sede de análise pela DRF de origem, da declaração de compensação apresentada pelo sujeito passivo, não está limitada aos valores das antecipações recolhidas no curso do anocalendário, podendo atingir a verificação da regularidade da determinação da base de cálculo apurada pelo contribuinte, daí porque, a ausência de informação na DIPJ impossibilitaria naquela sede de julgamento reconhecerse a existência dos pressupostos de admissibilidade da compensação, já que o julgamento da DRJ se constitui em foro revisional. Fl. 47DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES Processo nº 10820.900175/200965 Acórdão n.º 1301000.852 S1C3T1 Fl. 2 3 Regularmente notificada, a contribuinte interpôs Recurso Voluntário (fl. 38), alegando em síntese que ao analisar a DIPJ/2001, na página 16, item 42 – CSLL a pagar no valor de R$ 2.113,94, advindo do item 36 da mesma página, cumpriria informar que “houve um esquecimento em não lançar no item 38 CSLL mensal paga por estimativa. Aduziu ainda que idêntica situação se deu com o imposto de renda, que foi recolhido mensalmente por estimativa e somou um valor total de R$ 9.514,23 não sendo compensado na DIPJ. Por fim, afirmouse que estava juntando ao processo cópia do relatório no qual se demonstra todos os recolhimentos, informando que se faria a retificação da DIPJ lançando os valores pagos por estimativa para serem compensados, pugnando assim, pelo provimento do recurso. É o relatório. Fl. 48DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES 4 Voto Conselheiro Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr., Relator. O recurso é tempestivo e dotado dos pressupostos genéricos de recorribilidade. Admitoo para julgamento. A questão versada nos autos se relaciona a declaração de compensação apresentada pela recorrente (fls. 13 – 21), com período de apuração do crédito atinente ao exercício 2002 e indicação da existência de saldo negativo de CSLL. De acordo com o Despacho Decisório de folha 07, em vez do citado crédito, a recorrente apresentou na DIPJ do período, CSLL a pagar, situação absolutamente contrária ao reconhecimento do direito creditório. Em análise da Manifestação de Inconformidade apresentada pela contribuinte, a decisão recorrida verificou que a recorrente alegava possuir saldo credor oriundo da DIPJ/2001, conquanto tenha informado, no PER/DCOMP, saldo negativo do ano calendário subsequente, introduzindo assim, matéria nova na declaração de compensação. Em sede de Recurso Voluntário, a contribuinte inova outra vez ao aduzir que analisando a DIPJ/2001 verificou que não lançou a CSLL mensal paga por estimativa, porém, realizou rigorosamente os pagamentos referentes às estimativas, situação que imporia reconhecerse o direito creditório. Para deslindar a questão posta em julgamento, de bom alvitre relembrar que se cuida de declaração de compensação formulada e apresentada pela recorrente, compensação que a seu turno, nos termos do artigo 170 do Código Tributário Nacional, reclama sejam aferidos, para sua homologação, os requisitos de certeza e liquidez do crédito indicado. Os tais requisitos, é bom que se diga, devem se fazer presentes de pronto, permitindo aos órgãos fazendários verificalos e, por conseguinte, homologar a compensação. Observo, nesse contexto, que tais exigências em nada ofendem o princípio da verdade material, tratase de exigência préestabelecida, e que se coaduna com a sistemática de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, sob condição de ulterior homologação, da simples apresentação da compensação. Sendo assim, considero de absoluta importância, para os fins de homologar se uma compensação declarada, que a certeza e liquidez estejam presentes desde o primitivo enfrentamento da autoridade administrativa, não me parecendo legítimo, que se afirme ter “esquecido” de incluir na DIPJ os pagamentos mensais efetuados e ainda assim se reputar o crédito como líquido e certo. Por outro lado, assiste razão à decisão recorrida quando afirma que a recorrente pretende inovar em sua declaração de compensação, situação que implicaria na supressão de instância caso se reconhecesse, nesta sede recursal, os elementos autorizadores da compensação. Se a própria recorrente admite a necessidade de retificar sua DIPJ, e afirma estar providenciando esta retificação, quer me parecer que a declaração de compensação padece de certeza e liquidez, razão pela qual encaminho meu voto no sentido de negar provimento ao Recurso Voluntário, mantendo inalterada a decisão impugnada. Fl. 49DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES Processo nº 10820.900175/200965 Acórdão n.º 1301000.852 S1C3T1 Fl. 3 5 Sala das Sessões, em 15 de março de 2012 (assinado digitalmente) Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr. Fl. 50DF CARF MF Impresso em 29/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 02/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 09/04/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES
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Numero do processo: 13063.001025/2007-12
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 14 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Apr 02 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 2302-000.214
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
RESOLVEM os membros da 2ª TO/3ª CÂMARA/2ª SEJUL/CARF/MF/DF, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Liége Lacroix Thomasi - Presidente Substituta.
Arlindo da Costa e Silva - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente Substituta de Turma), Adriana Sato, André Luis Mársico Lombardi, Juliana Campos de Carvalho Cruz e Arlindo da Costa e Silva.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. RESOLVEM os membros da 2ª TO/3ª CÂMARA/2ª SEJUL/CARF/MF/DF, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Liége Lacroix Thomasi - Presidente Substituta. Arlindo da Costa e Silva - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente Substituta de Turma), Adriana Sato, André Luis Mársico Lombardi, Juliana Campos de Carvalho Cruz e Arlindo da Costa e Silva.
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RESOLVEM os membros da 2ª TO/3ª CÂMARA/2ª SEJUL/CARF/MF/DF, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Liége Lacroix Thomasi Presidente Substituta. Arlindo da Costa e Silva Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Liége Lacroix Thomasi (Presidente Substituta de Turma), Adriana Sato, André Luis Mársico Lombardi, Juliana Campos de Carvalho Cruz e Arlindo da Costa e Silva. 1. RELATÓRIO Período de apuração: 01/08/2007 a 30/09/2007 Data do Requerimento de Restituição: 21/11/2007. Tratase de processo formado a partir de Requerimento de Restituição de Contribuições Retidas RRCR, protocolizado em 21/11/2007, relativo ao período de 08/2007 e 09/2007, mediante o qual o Requerente informa ser optante pelo SIMPLES e não manter contabilidade regular. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 30 63 .0 01 02 5/ 20 07 -1 2 Fl. 162DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 163 2 O pedido de restituição houvese por indeferido, nos termos assentados no Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, de 26/11/2007, a fls. 85/87, em razão de a DRF de Santo Ângelo haver considerado indevido o enquadramento da empresa no SIMPLES, pelo fato do interessado realizar cessão de mão de obra, forma de prestação de serviços vedada à opção pelo SIMPLES. Devidamente cientificado do citado Despacho Decisório, inconformado, o Contribuinte apresentou recurso tempestivo, a fls. 89/94, ao Segundo Conselho de Contribuintes. Em cumprimento às determinações contidas no art. 1º da Portaria 2CC n° 14/2008, a Chefe de Secretaria da Quarta Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais determinou o retorno dos autos à Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento competente para julgamento do pleito, conforme despacho a fl. 104. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Santa Maria/RS lavrou decisão administrativa nos termos do Acórdão a fls. 106/108, julgando procedente a manifestação de Inconformidade e determinando a restituição do valor da retenção que excedesse as contribuições devidas no regime de tributação em que se figurar a empresa requerente no período em debate. Após a ciência do Acórdão ao interessado e antes de dar prosseguimento ao pagamento da restituição, o processo foi encaminhado à SAFIS/DRF/SAO/RS para apreciação quanto à exclusão da empresa do SIMPLES, em virtude de exercício de atividades impeditivas, conforme Despacho a fl. 111, de 22/09/2009. A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santo Ângelo/RS emitiu Termo de Constatação Fiscal a fl. 114 onde resta consignado: a) Que os pedidos de restituição não são procedentes; b) Que a empresa realizava atividade vedada à opção pelo SIMPLES; c) Que em 26/10/2011 foram emitidos os Atos Declaratórios Executivos DRF/SAO nº 053 e 054, a fls. 115/116, declarando a exclusão da empresa do Simples Federal a partir de 01/01/2006 (até a extinção do sistema, em 30/06/2007) e do Simples Nacional a partir de 01/07/2007, respectivamente; d) Que na ação fiscal foram lavrados os autos de infração Debcad nº 37.369.3699 e 51.018.7641, relativos a contribuições devidas a Outras Entidades e Fundos; e) Que não houve lançamento de débito com relação à parte patronal e SAT porque os créditos dos valores retidos em notas fiscais e os recolhimentos em DARF referentes à Previdência Social satisfaziam à exigência; Por fim, opinou o Auditor Fiscal pelo indeferimento da restituição, demonstrando em quadro demonstrativo a existência de débito do contribuinte perante a Seguridade Social. Fl. 163DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 164 3 Atos Declaratórios Executivos DRF/SAO nº 053 e 054, de 26/10/2011, a fls. 115/116, respectivamente. Em 07/05/2012, a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santo Ângelo/RS emitiu Despacho Decisório DD, DRF/SAO/SAORT nº 376/2012, a fls. 117/118, indeferindo o pedido de restituição, pelas razões expostas no Termo de Constatação Fiscal a fl. 114. Inconformado, o Contribuinte interpôs Manifestação de Inconformidade a fls. 120/130. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Porto Alegre/RS lavrou decisão administrativa aviada no Acórdão a fls. 143/147, não conhecendo a Manifestação de Inconformidade interposta pelo Contribuinte, por considerar ser descabida a rediscussão de matéria já submetida à decisão administrativa definitiva. A empresa foi cientificada da decisão de 1ª Instância no dia 19/07/2012, conforme Aviso de Recebimento a fl. 149. Inconformado com a decisão exarada pelo órgão administrativo julgador a quo, o ora Recorrente interpôs recurso voluntário, a fls. 150/154, requerendo a restituição dos valores perseguidos. Relatados sumariamente os fatos relevantes. 2. VOTO Conselheiro Arlindo da Costa e Silva, Relator “Foi em diamantina onde nasceu J.K. E a princesa Leopoldina lá resolveu se casar Mas Chica da Silva tinha outros pretendentes E obrigou a princesa a se casar com Tiradentes Laiá, lá laiá, laiá, o bode que deu vou te contar Joaquim José, que também é da Silva Xavier Queria ser dono do mundo E se elegeu Pedro Segundo Das estradas de minas, seguiu pra São Paulo E falou com Anchieta O vigário dos índios Aliouse a Dom Pedro E acabou com a falseta Da união deles dois ficou resolvida a questão E foi proclamada a escravidão Assim se conta essa história Que é dos dois a maior glória A Leopoldina virou trem E Dom Pedro é uma estação também Oô, ô, oô, oô trem tá atrasado ou já passou”. Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) Samba do Crioulo doido Fl. 164DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 165 4 2.1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE O sujeito passivo foi válida e eficazmente cientificado da decisão recorrida no dia 19/07/2012. Havendo sido o recurso voluntário protocolado no dia 17 de agosto do mesmo ano, há que se reconhecer a tempestividade do recurso interposto. Presentes os demais requisitos de admissibilidade do recurso, dele conheço. 2.2. DAS PRELIMINARES 2.2.1. DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DO CERCEAMENTO DE DEFESA. Por meio do Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, de 26/11/2007, a fls. 85/87, a DRF de Santo Ângelo/RS indeferiu o pedido de restituição por considerar indevido o enquadramento da empresa no SIMPLES, em virtude de a atividade por ela realizada, executada mediante cessão de mão de obra, constituise óbice à opção pelo SIMPLES. O Contribuinte foi cientificado do Despacho Decisório suso referido em 30/11/2007, e apresentou recurso tempestivo em 28/12/2007, a fls. 89/94, época em que a interposição de recursos em face de indeferimento de pedido de restituição de contribuições previdenciárias obedecia ao rito previsto nos artigos 254, 305 a 310 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Dec. nº 3.048/99. Regulamento da Previdência Social Art. 254. Da decisão sobre pedido de restituição de contribuições ou de outras importâncias, cabe recurso na forma da Subseção II da Seção II do Capítulo Único do Título I do Livro V. Subseção II Dos Recursos Art. 305. Das decisões do Instituto Nacional do Seguro Social e da Secretaria da Receita Previdenciária nos processos de interesse dos beneficiários e dos contribuintes da seguridade social, respectivamente, caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), conforme o disposto neste Regulamento e no Regimento do CRPS. (Redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 1º de fevereiro de 2007) (grifos nossos) Art. 306. Em se tratando de processo que tenha por objeto a discussão de crédito previdenciário, o recurso de que trata esta Subseção somente terá seguimento se o recorrente pessoa jurídica instruílo com prova de depósito, em favor do Instituto Nacional de Seguro Social, de valor correspondente a trinta por cento da exigência fiscal definida na decisão. Art. 307. A propositura, pelo beneficiário ou contribuinte, de ação que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto. Art. 308. Os recursos tempestivos contra decisões das Juntas de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Social têm efeito suspensivo e devolutivo. (Redação dada pelo Decreto nº 5.699/2006) Fl. 165DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 166 5 §1º Para fins do disposto neste artigo, não se considera recurso o pedido de revisão de acórdão endereçado às Juntas de Recursos e Câmaras de Julgamento. (Incluído pelo Decreto nº 5.699/2006) §2º É vedado ao INSS e à Secretaria da Receita Previdenciária escusaremse de cumprir as diligências solicitadas pelo Conselho de Recursos da Previdência Social, bem como deixar de dar cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou executálas de modo que contrarie ou prejudique seu evidente sentido. (Incluído pelo Decreto nº 5.699/2006) Art. 309. Havendo controvérsia na aplicação de lei ou de ato normativo, entre órgãos do Ministério da Previdência e Assistência Social ou entidades vinculadas, ou ocorrência de questão previdenciária ou de assistência social de relevante interesse público ou social, poderá o órgão interessado, por intermédio de seu dirigente, solicitar ao Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social solução para a controvérsia ou questão. (Redação dada pelo Decreto nº 3.452/2000) §1º A controvérsia na aplicação de lei ou ato normativo será relatada in abstracto e encaminhada com manifestações fundamentadas dos órgãos interessados, podendo ser instruída com cópias dos documentos que demonstrem sua ocorrência. (Incluído pelo Decreto nº 4.729/2003) §2º A Procuradoria Geral Federal Especializada/INSS deverá pronunciarse em todos os casos previstos neste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 4.729/2003) Art. 310. Os recursos de decisões da Secretaria da Receita Federal serão interpostos e julgados, no âmbito administrativo, de acordo com a legislação pertinente. Na sequência, em 10/04/2008, o processo foi encaminhado ao 2º Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, então órgão competente para apreciar recursos dos contribuintes contra as decisões relativas a pedidos de restituição de contribuições previdenciárias, conforme Despacho a fl. 101/102. No mesmo sentido também se posicionam as disposições insculpidas no Parágrafo Único do art. 217 da IN SRP nº 3/2005, vigente à data da formalização do ato processual em foco. Instrução Normativa SRP nº 3, de 14 de julho de 2005 Art. 216. Compete ao supervisor da UARP tipos "A" e "B" e à chefia da UARP tipo "C" decidir sobre requerimento de reembolso e de restituição. (Redação dada pela IN SRP nº 20, de 11/01/2007) Art. 217. Da decisão proferida nos pedidos de que trata o caput do art. 216, será dada ciência ao requerente por meio postal ou por correio eletrônico. Parágrafo único. Da decisão pela improcedência total ou parcial do pedido, caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social CRPS, no prazo de trinta dias, contados da Fl. 166DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 167 6 data da ciência da decisão, devendo, nesta hipótese, serem apresentadas contrarrazões pela SRP. (grifos nossos) Acontece que, em 03 de dezembro de 2008, foi editada a MP nº 449/2008 que fez inserir o §11 ao art. 89 da Lei nº 8.212/1991 determinando que os processos de restituição de contribuições previdenciárias passariam a obedecer ao rito fixado no Decreto nº 70.235/1972. Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 Art.89. As contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11, as contribuições instituídas a título de substituição e as contribuições devidas a terceiros somente poderão ser restituídas ou compensadas nas hipóteses de pagamento ou recolhimento indevido ou maior que o devido, nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) (...) §11. Aplicase aos processos de restituição das contribuições de que trata este artigo e de reembolso de saláriofamília e salário maternidade o rito do Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) O estudo das questões atávicas à aplicação da lei processual no tempo é objeto de direito intertemporal, cujo regramento observa dois princípios jurídicos fundamentais: o da não retroatividade relativa e o da aplicação imediata das normas de direito processual da lei nova, mesmo aos casos pendentes. O princípio da irretroatividade visa a resguardar a certeza e a segurança jurídica dos atos praticados sob a égide da lei revogada, frente às garantias constitucionais do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada. O da aplicação imediata almeja brindar a imediata eficácia da lei posterior, coroando o princípio tempus regit actum. Deflui da conjugação de tais princípios que as normas de direito processual devem ter aplicação imediata, mesmo sobre os processos ainda em curso, não podendo, todavia, retroagir para alcançar os atos jurídicos perfeitos praticados na vigência da lei revogada. Aliado a tal conclusão, acrescentese que o Direito Brasileiro sufragou o Sistema do Isolamento dos Atos Processuais como forma de delimitar a imediata aplicação das normas de direito processual aos processos em curso, com a única condição de respeitar os atos jurídicos praticados sobre a regência da lei anterior e que possuam valor próprio e independente. A regência ex nunc da lei nova abraça, tão somente, os atos futuros, assim considerados aqueles praticados no processo a partir da vigência e eficácia da nova lei, sendo assim asseguradas as garantias constitucionais do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada. Os princípios acima invocados encontramse espelhados, em nosso Ordenamento Jurídico, em diversos Diplomas Legais, bem como no Inciso XXXVI do art. 5º da Constituição Federal. Fl. 167DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 168 7 Constituição Federal, de 03 de outubro de 1988 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XXXVI a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; Lei de Introdução do Código Civil Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) §1º Reputase ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Parágrafo incluído pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) §2º Consideramse adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo préfixo, ou condição préestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Parágrafo incluído pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) §3º Chamase coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Parágrafo incluído pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) Código de Processo Civil Art. 1.211. Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas disposições aplicarseão desde logo aos processos pendentes. Código de Processo Penal Art.2o A lei processual penal aplicarseá desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. A corte Superior de Justiça desta Nação já fez sedimentar em seus julgados um entendimento pacífico que não discrepa de nossas ilações: REsp 1034251/RS Rel. Ministra ELIANA CALMON Órgão Julgador T2 SEGUNDA TURMA Publicação/Fonte DJe 15/12/2008 Ementa PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO EXECUÇÃO FISCAL PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE DECRETAÇÃO EX OFFICIO POSSIBILIDADE PRÉVIA OITIVA DA FAZENDA PÚBLICA ART. 40, §4º DA LEI 6.830/80 (REDAÇÃO DA LEI 11.051/2004) NORMA DE DIREITO PROCESSUAL APLICAÇÃO AOS FEITOS AJUIZADOS ANTES DE SUA VIGÊNCIA OMISSÃO ABORDAGEM EXPRESSA INEXISTÊNCIA. 1. Havendo abordagem expressa sobre a tese devolvida à Corte Regional, inexiste omissão sanável por intermédio de embargos de declaração. Fl. 168DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 169 8 2. Na execução fiscal, interrompida a prescrição com a citação pessoal e não havendo bens a penhorar, pode a Fazenda Pública valerse do art. 40 da LEF para suspender o processo pelo prazo de um ano, ao término do qual recomeça a fluir a contagem até que se complete cinco anos, caso permaneça inerte a exequente durante esse período. 3. Predomina na jurisprudência dominante desta Corte o entendimento de que, na execução fiscal, a partir da Lei 11.051/04, que acrescentou o §4º ao artigo 40 da Lei 6.830/80, pode o juiz decretar, de ofício, a prescrição, após ouvida a Fazenda Pública exequente. 4. Tratandose de norma de direito processual, a sua incidência é imediata, aplicandose, portanto, às execuções em curso. 5. O novo art. 219, § 5º, do CPC não revogou o art. 40, §4º, da LEF, nos termos do art. 2º, § 2º, da LICC. 6. Recurso especial provido. AgRg no REsp 1221452/AM Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES Órgão Julgador T1 PRIMEIRA TURMA Publicação/Fonte DJe 02/05/2011 Ementa PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO DISPOSTO NO §4º DO ART. 40 DA LEI Nº 6.830/80, ACRESCIDO PELA LEI Nº 11.051/2004. 1. A jurisprudência desta Corte pacificouse no sentido de que a Lei 11.051/2004 é norma de direito processual e, por conseguinte, tem aplicação imediata, alcançando inclusive os processos em curso. Precedentes: REsp 1.015.258/PE, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 22/09/2008; REsp 891.589/PE, Primeira Turma, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJ 2/4/2007; REsp 911.637/SC, Primeira Turma, Rel. Ministro Francisco Falcão, DJ 30/4/2007. 2. Agravo regimental não provido. HC 152456/SP Rel. Ministro FELIX FISCHER Órgão Julgador T5 QUINTA TURMA Publicação/Fonte DJe 31/05/2010 Ementa PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 302, CAPUT, DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. APLICAÇÃO DO ART. 400 DO CPP COM A NOVA REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI N° 11.719/08. NORMA DE NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA. VALIDADE DO INTERROGATÓRIO DO RÉU REALIZADO SOB A VIGÊNCIA DE LEI ANTERIOR. PRINCÍPIO DO TEMPUS REGIT ACTUM. I A norma de natureza processual possui aplicação imediata, consoante determina o art. 2° do CPP, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, consagrando o princípio do tempus regit actum (Precedentes). Fl. 169DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 170 9 II Assim, nesta linha, o art. 400 do CPP, com a nova redação conferida pela Lei n° 11.719/08, regra de caráter eminentemente processual , possui aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos processuais realizados em observância ao rito procedimental anterior. III Portanto, não há que se falar em cerceamento de defesa na espécie por ausência de realização de novo interrogatório do ora paciente ao final da audiência de instrução e julgamento, pois o referido ato processual foi validamente realizado pelo Juízo processante antes do advento da novel legislação em observância ao rito procedimental vigente à época, não possuindo a lei processual penal efeito retroativo. Ordem denegada. No caso ora em trato, em face da decisão de 1ª Instância proferida pela DRF de Santo Ângelo/RS, nos termos assentados no Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, a fls. 85/87, que indeferiu o pedido de restituição, o Interessado interpôs Recurso Voluntário a fls. 89/94, em 28/12/2007, o qual foi remetido ao Segundo Conselho de Contribuintes, conforme despacho de 10 de abril de 2008, em plena conformidade com as normas processuais então vigentes e eficazes encartadas nos artigos 254 e 305 do Regulamento da Previdência Social e artigos 216 e 217 da IN SRP nº 3/2005. Ocorre que, ao ser publicada em 03 de dezembro de 2008, a MP nº 449/2008, ao acrescentar o §11 ao art. 89 da Lei nº 8.212/91, determinou, laconicamente, que os processos em curso teriam que observar, a partir daquele instante para o futuro, o rito estabelecido no Decreto nº 70.235/72, respeitandose, por óbvio, a validade e os efeitos dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, em razão do princípio da irretroatividade da lei nova. No caso em espécie, a lide objeto do processo em debate já havia sido julgada, em primeira instância, pelo órgão competente e em conformidade com o trâmite estatuído na lei vigente à data de sua realização. Tratase, por conseguinte, de ato jurídico perfeito, na fina acepção adotada pelo §1º do art. 6º da LICC. Ora, sendo o processo um encadeamento de atos praticados pelos sujeitos processuais destinados à obtenção uma decisão final voltada a resolver a lide posta, no curso do Devido Processo Legal, estando o processo já munido de decisão de 1ª Instância válida e eficaz, o ato seguinte na sequência lógica seria o encaminhamento para o órgão ad quem para distribuição, apreciação e julgamento em segunda instância pelo Colegiado legalmente competente. O procedimento consignado na lei nova é o mesmo, mutatis mutandis, que aquele previsto na lei antiga. Nesta, o órgão de 2ª instância competente era o 2º Conselho de Contribuintes; naquela, a 2ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, nos termos dos artigos 3º e 7º do Anexo II do Regimento Interno do CARF. Regimento Interno do CARF Art. 3° À Segunda Seção cabe processar e julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância que versem sobre aplicação da legislação de: I Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF); II Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF); III Imposto Territorial Rural (ITR); Fl. 170DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 171 10 IV Contribuições Previdenciárias, inclusive as instituídas a título de substituição e as devidas a terceiros, definidas no art. 3° da Lei n° 11.457, de 16 de março de 2007; (grifos nossos) V penalidades pelo descumprimento de obrigações acessórias pelas pessoas físicas e jurídicas, relativamente aos tributos de que trata este artigo. Art. 7° Incluemse na competência das Seções os recursos interpostos em processos administrativos de compensação, ressarcimento, restituição e reembolso, bem como de reconhecimento de isenção ou de imunidade tributária. (grifos nossos) §1° A competência para o julgamento de recurso em processo administrativo de compensação é definida pelo crédito alegado, inclusive quando houver lançamento de crédito tributário de matéria que se inclua na especialização de outra Câmara ou Seção. §2° Os recursos interpostos em processos administrativos de cancelamento ou de suspensão de isenção ou de imunidade tributária, dos quais não tenha decorrido a lavratura de auto de infração, incluise na competência da Segunda Seção. §3° Na hipótese do §1°, quando o crédito alegado envolver mais de um tributo com competência de diferentes Seções, a competência para julgamento será: I Da Primeira Seção de Julgamento, se envolver crédito alegado de competência dessa Seção e das demais; II Da Segunda Seção de Julgamento, se envolver crédito alegado de competência dessa Seção e da Terceira Seção; III Da Terceira Seção de Julgamento, se envolver crédito alegado unicamente de competência dessa Seção. Assim, a observância do Devido Processo Legal determina a mera distribuição para o órgão julgador previsto na lei nova, qual seja, a 2ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Mas aí, meteramse os pés pelas mãos. Em 11 de dezembro de 2008, publicouse no Diário Oficial da União a Portaria nº 14, de 09 de dezembro de 2008, do 2º Conselho de Contribuintes, nos seguintes termos: Portaria nº 14, de 09 de dezembro de 2008 Art. 1º Os processos relativos a pedidos de restituição de contribuições previdenciárias previstas nas alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ do Parágrafo Único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 1991, de contribuições instituídas a título de substituição e de contribuições devidas a terceiros, que estejam aguardando julgamento no Segundo Conselho de Contribuintes serão encaminhados à Unidade Local da Receita Federal do Brasil da Jurisdição da Autoridade que exarou o Despacho Decisório relativamente ao qual haja a manifestação de inconformidade, com vistas ao encaminhamento à Delegacia da Receita Federal de Julgamento competente para o Fl. 171DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 172 11 julgamento em razão da localidade e matéria, nos termos do Decreto nº 70.235, de 1972. Parágrafo Único. A movimentação será realizada pelo Serviço de Logística e pelas Câmaras especializadas em matéria previdenciária mediante a utilização do Sistema Comprot e, no caso de o processos estar cadastrado no Sincon, com o registro de ocorrência “EXPEDIDO” nesse sistema. Art. 2º Aplicase aos processos de restituição de que trata o art. 1º que chegarem ao Segundo Conselho de Contribuintes, sem ter sido apreciado por Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento o procedimento estabelecido no referido artigo. Em consequência, a Chefe de Secretaria da Quarta Câmara da Segunda Seção do CARF determinou o encaminhamento do Processo Administrativo Fiscal em julgamento à Delegacia da Receita Federal de Julgamento DRJ em Santa Maria/RS, conforme Despacho a fl. 104. E então, o angu encaroçou. Em outras palavras, numa só tacada, a Portaria suso transcrita transgrediu o princípio da irretroatividade da lei nova, fez tábula rasa do ato jurídico perfeito, cassou a decisão de 1ª Instância, revogou norma de hierarquia superior, enxovalhou o devido processo legal e bagunçou a segurança jurídica. Ao fazer retornar o processo para julgamento na Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Porto Alegre/RS, a Portaria citada simplesmente ignorou o princípio da irretroatividade da lei, fazendo a lei nova incidir no processo em curso para que fossem praticados atos processuais já consumados pela preclusão consumativa. O que diria Bandeira de Mello diante de tal evento? “Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas ao específico mandamento obrigatório, mas a todo sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra. Isto porque, com ofendê lo, abatemse as vigas que sustêm e aluise toda a estrutura nelas esforçada”. (Celso Antônio Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo, 16.ª ed., São Paulo, Malheiros, 2003, pag. 818). Não parou por aí, não: Cassou Decisão de 1ª Instância válida e eficaz proferida pela DRF de Santo Ângelo/RS, nos termos assentados no Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, a fls. 85/87, a qual somente poderia ser reformada ou declarada nula pelo Órgão de 2ª Instância competente para apreciar o Recurso interposto pelo Interessado. Ou seja, tornou sem efeito, ao arrepio da lei, ato jurídico perfeito. Fl. 172DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 173 12 Mas não é só, há mais: Subverteu todo o Devido Processo Legal criando uma instância intermediária não prevista na lei processual e cuja decisão se sobrepõe integralmente à exarada na Instância anterior. Assim, uma decisão administrativa dotada dos atributos de ato jurídico perfeito foi substituída, sem qualquer previsão legal, por outra de mesma hierarquia processual, providência essa que somente poderia emergir de determinação expressa de lei formal, jamais de uma Portaria do Segundo Conselho de Contribuintes. Como é cediço, as Portarias são Atos Administrativos pelos quais as autoridades competentes determinam providências de caráter administrativo gerais ou especiais aos seus subordinados com vistas à execução de leis e serviços, definem situações funcionais e aplicam medidas de ordem disciplinar. Apesar de ato administrativo interno, os efeitos da Portaria podem atingir o público externo, como é o caso das Portarias que reajustam o valor mínimo das multas por infração a dispositivos da Lei de Custeio da Seguridade Social. O que não se admite é que a portaria, ao expedir procedimentos, o faça ao asco da lei, ou inovando a ordem jurídica ou massacrando princípios constitucionais. Isso não pode ser. Mas as atrocidades processuais cometidas no curso do procedimento não se esgotaram. Vejam: Baixados os autos, em razão da Portaria 2CC nº 14/2008, a lide houvese por apreciada e julgada pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Santa Maria/RS, que deu provimento à Manifestação de Inconformidade determinando a restituição do valor da retenção que exceder as contribuições devidas no regime de tributação em que se figurar a empresa no período. A decisão de 1ª Instância referida no parágrafo precedente, que no curso do presente processo já era irregular, em razão da ilegal e inconstitucional retroatividade da Lei Processual nova, somente poderia ser reformada pelo órgão competente de 2ª Instância, in casu, a 2ª Seção de Julgamento do CARF. Mas não foi isso que aconteceu. Antes de os autos subirem para o órgão ad quem, a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santo Ângelo/RS incluiu o contribuinte na agenda de planejamento fiscal, e com base em Termo de Constatação Fiscal, proferiu o Despacho Decisório DRF/SAO/SAORT n° 374/2012, indeferindo o Pedido de Restituição, que já havia sido deferido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Santa Maria/RS. Em outras palavras, o Despacho Decisório mencionado no parágrafo anterior, com uma só cajadada, matou uma variedade de coelhos. Sem possuir competência legal para tanto, cassou decisão de 1ª Instância proferida pela DRJ em Santa Maria/RS. Por outro lado, tendo a DRJ em Santa Maria/RS dado provimento ao pleito do contribuinte, e inexistindo Recurso de Ofício por parte da Fazenda, considerando que o Sistema Processual Brasileiro não admite a reformatio in pejus, o Contribuinte já possuía em seu patrimônio o direito à restituição do valor da retenção que viesse a exceder as contribuições Fl. 173DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 174 13 devidas no regime de tributação em que se figurar a empresa no período em foco, direito este conferido pela DRJ. O Despacho Decisório DRF/SAO/SAORT n° 374/2012, subjugando a decisão da DRJ, aniquilou o Direito Adquirido do Contribuinte mencionado no parágrafo acima, intrometeuse no curso do processo como mais uma instância administrativa, cassando os efeitos da Decisão de 1ª Instância proferida pela DRJ e apreciando o pleito novamente, triturou o Devido Processo Legal, e não deu bola para a Coisa Julgada Administrativa (relativa, não absoluta), eis que o processo já se encontrava adornado com decisão definitiva na instância primeira, e negou vigência às leis processuais, dentre outras barbáries. Como dizia minha Avó, “loucura pouca é bobagem”. Na sequência, em face da decisão do Despacho Decisório suso mencionado, o Interessado apresentou manifestação de inconformidade, a qual não foi conhecida pela DRJ em Porto Alegre, em razão da existência de Decisão Definitiva em 1ª Instância. Por tal razão, o Contribuinte interpôs Recurso Voluntário e, assim, subiram os presentes Autos para apreciação e julgamento. Por todo o exposto, vislumbrase inaplicável, por ilegalidade, as providências administrativas assentadas na Portaria 2CC nº 14/2008 do 2º Conselho de Contribuintes, uma vez que suas determinações subverteram toda uma matriz principiológica constitucional e chocaramse frontalmente com o Devido Processo Legal, corrompendoo. Nesse panorama, mediante mera Portaria, viuse o Interessado alijado de seu direito de ter o Recurso por ele interposto em face da Decisão proferida pelo órgão de 1ª instância apreciado e julgado pelo Colegiado legalmente competente. O Processo Administrativo Fiscal é refratário ao proferimento de despachos e decisões por autoridade incompetente ou que comportem qualquer forma de preterição do direito de defesa, as quais já nascem marcadas sob o estigma da nulidade, a teor do inciso II, in fine, do art. 59 do Decreto nº 70.235/72. O Segundo Conselho de Contribuintes não possui competência para expedir norma de ordenação interna que resulte em modificação substancial do Devido Processo Legal, providência essa que demanda lei stricto sensu, de competência do Congresso Nacional, não se contentando o Ordenamento Jurídico com mera Portaria, como sucedâneo. Diante tal cenário, sendo nulas, por carência de fundamento jurídico, as determinações aviadas na citada Portaria 2CC nº 14/2008, assim como a decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Santa Maria/RS a fls. 106/108, pela falta de previsão legal no rito processual vigente e eficaz a data da prática do ato, nulos são todos os demais atos praticados no curso do vertente processo, que dela diretamente dependam ou sejam consequência, a teor do §1º do art. 59 do Decreto nº 70.235/72. Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 Art. 59. São nulos: I os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. Fl. 174DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 175 14 §1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam consequência. §2º Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. §3º Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir lhe a falta. (Incluído pela Lei nº 8.748/93) Assim sendo, tendo a lei nova encontrado o presente processo no momento processual específico em que o recurso interposto pelo Interessado (fls. 89/94) em face da decisão 1ª Instância (fls. 85/87) jazia no aguardo da prática do ato processual de distribuição ao órgão ad quem para apreciação e julgamento, o Devido Processo Legal exige que a lei nova prossiga deste então, de maneira prospectiva, mantida a eficácia dos atos processuais até então praticados na regência da lei antiga, de forma que, na sequência do encadeamento, o próximo ato a ser praticado seja, exatamente, a distribuição para o órgão de 2ª Instância competente, segundo a lei nova, para a apreciação e julgamento da lide em relevo. Pelos motivos expendidos, voto por ANULAR todos os atos processuais realizados a contar da DECISÃO proferida a fl. 104, inclusive, que determinou o encaminhamento dos autos à Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santo Ângelo, eis que fundamentada em Portaria flagrantemente ilegal e com preterição do direito de defesa, devendo o processo retornar seu curso sob a nova legislação, de maneira ex nunc, para que seja apreciado e julgado o recurso interposto pelo Interessado a fls. 89/94, em face da decisão 1ª Instância a fls. 85/87. Vencidas as preliminares, passamos ao exame do mérito. 2.3. DO MÉRITO Cumpre de plano assentar que não serão objeto de apreciação por este Colegiado as matérias não expressamente impugnadas pelo Recorrente, as quais serão consideradas como verdadeiras, assim como as matérias já decididas pelo Órgão Julgador de 1ª Instância não expressamente contestadas pelo sujeito passivo em seu instrumento de Recurso Voluntário, as quais se presumirão como anuídas pela Parte. Também não serão objeto de apreciação por esta Corte Administrativa as matérias substancialmente alheias ao vertente lançamento, eis que, em seu louvor, no processo de que ora se cuida, não se houve por instaurado qualquer litígio a ser dirimido por este Conselho. 2.3.1. DO JULGAMENTO DO RECURSO VOLUNTÁRIO Conforme salientado anteriormente, o vertente processo tem por objeto Requerimento de Restituição de Contribuições Retidas RRCR, protocolizado em 21/11/2007, relativo ao período de 08/2007 e 09/2007, mediante o qual o Requerente informa ser optante pelo SIMPLES e não manter contabilidade regular. Fl. 175DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 176 15 O pedido de restituição houvese por indeferido, nos termos assentados no Despacho Decisório DD ARF/SRA/RS, de 26/11/2007, a fls. 85/87, em razão de a DRF de Santo Ângelo haver considerado indevido o enquadramento da empresa no SIMPLES, pelo fato do interessado realizar cessão de mão de obra, forma de prestação de serviços vedada à opção pelo SIMPLES. Inconformado com a decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Santo Ângelo/RS, o Contribuinte interpôs Recurso Voluntário tempestivo, a fls. 89/94, ao Segundo Conselho de Contribuintes, concentrando seu inconformismo em alegações centradas nos seguintes elementos: · Que o serviço de suporte e manutenção de equipamentos de informática é atividade permitida para fins de enquadramento no regime do simples (Lei 9.317/96), conforme faculta a o art. 4º, IV da lei n° 10.964/2004; · Que a atividade desenvolvida pela recorrente, não pode ser considerada locação de mãodeobra porque lhe faltam os elementos essenciais para a sua caracterização; O busílis da questão reside na validade ou não do enquadramento da empresa Recorrente ao Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, disciplinado pela Lei nº 9.317/96 e, posteriormente, pela Lei Complementar nº 123/2006. No iter procedimental ordinário, não estando o Processo Administrativo Fiscal perfeitamente instruído de molde a sedimentar a convicção do Julgador, a lei processual autoriza que a Autoridade Julgadora determine as diligências que julgar necessárias visando à consolidação do seu convencimento. Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 Art. 29. Na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que entender necessárias. No caso presente, muito embora o vertente processo não esteja instruído de maneira adequada ao deslinde da controvérsia acerca da exclusão da Notificada do Simples Nacional, a deflagração de incidente processual visando à produção de tal prova não será necessária. Isso porque durante o curso tortuoso em que o vertente processo indevidamente seguiu, foi emitido pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Santo Ângelo/RS, em 26 de outubro de 2011, o Ato Declaratório Executivo nº 053, a fl. 115, determinando a exclusão da empresa ARTE.COM EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA LTDA, CNPJ n° 05.293.995/000140, estabelecida na Av. Tucunduva, 277, Sala 01, no Município de Horizontina/RS, do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte SIMPLES, instituído pela Lei n° 9.317/1996, face ao exercício de atividade de locação/cessão de mão de obra, a partir de maio de 2005, na forma do disposto nos termos do art. 9º, inciso XIIf, da referida lei, Fl. 176DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 177 16 consoante informações contidas no processo administrativo n° 11070.721900/201148, com efeitos no período de 1º de janeiro de 2006 a 30 de junho de 2007. Na mesma data, foi publicado, igualmente, o Ato Declaratório Executivo nº 054, a fl. 116, determinando a exclusão da empresa referida no parágrafo anterior do SIMPLES NACIONAL, instituído pela Lei Complementar n° 123/2006, em razão de a empresa realizar atividade de cessão/locação de mão de obra, além da falta de comunicação de exclusão obrigatória na forma do disposto no art. 29, incisos I e V da Lei Complementar n° 123/2006, consoante informações contidas no processo administrativo n° 11070.721900/201148, com efeitos a contar de 1º de julho de 2007. É certo que, em resistência aos Atos Declaratórios Executivos acima referidos, o ora Recorrente ofereceu Impugnação Administrativa a fls. 129/146 dos autos do Processo Administrativo Fiscal n° 11070.721900/201148, a qual foi julgada improcedente pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Porto Alegre/RS, nos termos do Acórdão nº 1039.712 da 6ª Turma da DRJ/POA, a fl. 406/414 do PAF acima aludido, que ratificou a exclusão da empresa em relevo do Simples e do Simples Nacional, nos termos dos Atos Declaratórios Executivos nº 053 e 054, em virtude da prestação de serviços mediante cessão de mão de obra. Em face de Tal decisão administrativa, a Arte.Com Equipamentos de Informática Ltda interpôs Recurso Voluntário a fls. 424/436, ainda pendente de julgamento na 1ª SEJUL/CARF/MF/DF O desfecho definitivo na instância administrativa do Processo Administrativo Fiscal n° 11070.721900/201148 é de visceral significância para decisão a ser proferida nos vertentes autos, em virtude da flagrante relação de prejudicialidade entre ambos. De fato, a eventual improcedência do Recurso Voluntário interposto naquele processo, com a consequente manutenção dos Atos Declaratórios Executivos nº 053 e 054, irá implicar, em tese, a negativa de provimento ao pedido aviado no Requerimento de Restituição de Contribuições Retidas RRCR, de 11/06/2007, relativo ao período de 08/2007e 09/2007. A contrário senso, o acolhimento da defesa ofertada no Recurso Voluntário acima citado, e a decorrente cassação dos mencionados atos declaratórios, poderá desaguar no acolhimento total ou parcial do pedido de restituição em foco. Dessarte, tudo depende do desenlace do litígio objeto do PAF n° 11070.721900/201148, uma vez que deste emergirá a decisão de mérito relativa aos Atos Declaratórios Executivos nº 053 e 054, e, daí, o atendimento ou não do pedido formulado no processo aqui em debate. Alea jacta est. Por tais razões, pugnamos pela conversão do presente julgamento em diligência, até a prolação, nos autos do PAF n° 11070.721900/201148, da decisão definitiva de mérito, na instância administrativa, relativa aos Atos Declaratórios Executivos nº 053 e 054 tantas vezes aludidos. Para que não restem dúvidas, a presente diligência deverá ser concluída com a juntada aos vertentes autos da decisão de mérito definitiva, na instância administrativa, a ser proferida nos autos do PAF n° 11070.721900/201148. Fl. 177DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI Processo nº 13063.001025/200712 Resolução nº 2302000.214 S2C3T2 Fl. 178 17 Do resultado da diligência, antes de os autos retornarem a este Colegiado, deverá ser intimado o Recorrente, para que tome ciência do resultado e conteúdo da diligência ora em foco e, desejando, possa se manifestar nos autos do processo, no prazo normativo. 3. CONCLUSÃO: Pelos motivos expendidos, voto pela CONVERSÃO do julgamento em DILIGÊNCIA, nos termos formulados nos parágrafos acima. É como voto. Arlindo da Costa e Silva, Relator. Fl. 178DF CARF MF Impresso em 02/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/ 2013 por ARLINDO DA COSTA E SILVA, Assinado digitalmente em 25/03/2013 por LIEGE LACROIX THOMASI
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Numero do processo: 10675.902091/2008-04
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 05 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Mar 27 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2002
PAF- RECURSO DE OFÍCIO EM FACE DE DECISÃO QUE HOMOLOGOU INTEGRALMENTE A COMPENSAÇÃO.
Conforme dispõem os artigo 27 da Lei nº 10.522/02 e 79 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, não cabe recurso de ofício da decisão que considerar procedente manifestação de inconformidade em processos relativos a restituição, ressarcimento, reembolso ou compensação.
Numero da decisão: 1401-000.911
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso de ofício
(ASSINADO DIGITALMENTE)
Jorge Celso Freire da Silva - Presidente.
(ASSINADO DIGITALMENTE)
Karem Jureidini Dias- Relatora.
EDITADO EM: 26/12/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (presidente da turma), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Karem Jureidini Dias.
Matéria: RF06 - C01 - Fazendária - Compensação
Nome do relator: KAREM JUREIDINI DIAS
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2002 PAF- RECURSO DE OFÍCIO EM FACE DE DECISÃO QUE HOMOLOGOU INTEGRALMENTE A COMPENSAÇÃO. Conforme dispõem os artigo 27 da Lei nº 10.522/02 e 79 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, não cabe recurso de ofício da decisão que considerar procedente manifestação de inconformidade em processos relativos a restituição, ressarcimento, reembolso ou compensação.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso de ofício (ASSINADO DIGITALMENTE) Jorge Celso Freire da Silva - Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE) Karem Jureidini Dias- Relatora. EDITADO EM: 26/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (presidente da turma), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Karem Jureidini Dias.
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ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2002 PAF RECURSO DE OFÍCIO EM FACE DE DECISÃO QUE HOMOLOGOU INTEGRALMENTE A COMPENSAÇÃO. Conforme dispõem os artigo 27 da Lei nº 10.522/02 e 79 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, não cabe recurso de ofício da decisão que considerar procedente manifestação de inconformidade em processos relativos a restituição, ressarcimento, reembolso ou compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso de ofício (ASSINADO DIGITALMENTE) Jorge Celso Freire da Silva Presidente. (ASSINADO DIGITALMENTE) Karem Jureidini Dias Relatora. EDITADO EM: 26/12/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jorge Celso Freire da Silva (presidente da turma), Alexandre Antonio Alkmim Teixeira, Mauricio Pereira Faro, Antonio Bezerra Neto, Fernando Luiz Gomes de Mattos, Karem Jureidini Dias. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 67 5. 90 20 91 /2 00 8- 04 Fl. 459DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS, Assinado digitalmente em 20/03/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS 2 Relatório Tratase de Recurso de Ofício interposto em face do Acórdão n° 0938.067 de 07/12/2011, proferido pela 2ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Juiz de Fora – MG. A DRFUBE/MG emitiu Despacho Decisório Eletrônico (fl. 61), no qual homologou parcialmente as compensações pleiteadas pelo contribuinte, sob o argumento de que o direito creditório reconhecido (Saldo Negativo do IRPJ do anocalendário de 2002), no valor de R$ 15.723.613,60, não foi suficiente para homologação integral dos débitos declarados nas PER/DCOMP´s. A confirmação parcial do Saldo Negativo do Contribuinte se deveu ao fato de constarem retenções na fonte no montante de R$ 22.030.286,53 ao passo que o contribuinte informou um total de R$ 23.258.316,95. Por não concordar com o Despacho Decisório, o contribuinte apresentou manifestação de inconformidade (fls. 86/95) alegando, em suma, que a diferença apontada no Despacho se referia ao valor recolhido de IRRF proveniente das comissões e corretagens pagas à Pessoa Jurídica, o qual foi desconsiderado pela Autoridade Fiscal. Vejamos o cerne da questão conforme alegação do contribuinte: As receitas por ela adquirida são conceituadas como comissões relativas à administração de cartão de crédito, se enquadrando na hipótese do art. 53, inciso I, da Lei 7.450/1985. Nessa situação – diferentemente de outras hipóteses de IRRF, em que a fonte pagadora é quem efetua a retenção dos respectivos valores – é a beneficiária dos rendimentos que recolhe o IRRF devido. Portanto recolheu o IRRF incidente sobre as comissões recebidas dos seus estabelecimentos filiados (lojistas), como disciplinado na IN SRF 153/1987. Assim, no decorrer do ano calendário 2002, recolheu IRRF (código de receita 8045), a título de comissão pela administração de cartão de crédito American Express, paga pelos seus estabelecimentos filiados (lojas), no valor de R$ 2.253.456,42, tendo devidamente declarado tais valores em sua DIPJ; A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Juiz de Fora julgou procedente, por unanimidade dos votos, a manifestação de inconformidade do contribuinte, homologando as compensações declaradas e extinguindo todos os débitos objeto das DCOMP`s relacionadas ao Despacho Decisório n° 845332509 (fls. 181/190), em decisão que restou assim ementada: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA. Data do fato gerador: 28/01/2004 COMPENSAÇÃO A homologação da compensação declarada é cabível quando comprovado o direito creditório a ela vinculado. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 28/01/2004 NULIDADE. Fl. 460DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS, Assinado digitalmente em 20/03/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS Processo nº 10675.902091/200804 Acórdão n.º 1401000.911 S1C4T1 Fl. 3 3 Não procedem as arguições de nulidade quando não se vislumbra no procedimento fiscal qualquer das hipóteses previstas no art. 59 do Decreto nº 70.235/72. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE IRRF Ano calendário: 2002 COMISSÕES E CORRETAGENS PAGAS À PESSOA JURÍDICA. O recolhimento do IRRF, relativo ao código de receita 8045, deverá ser efetuado pela pessoa jurídica que receber de outras pessoas jurídicas importâncias a título de comissões e corretagens relativas à administração de cartões de crédito. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Ano calendário: 2002 DECADÊNCIA A decadência se reporta ao lançamento de crédito tributário, não operando efeitos sobre a comprovação da liquidez e certeza do direito creditório que a contribuinte pretende recuperar. Manifestação de Inconformidade Procedente Direito Creditório Reconhecido Uma vez que os débitos compensados superaram o limite de R$ 1.000.000,00, a DRJ, seguindo o disposto no artigo 34 do Decreto n° 70.235, de 6 de março de 1972 (com alterações introduzidas pela Lei n° 9.532, de 10 de dezembro de 1997) e Portaria MF n° 3, de 3 de janeiro de 2008, determinou a remessa de ofício ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. É o relatório Voto Conselheira Karem Jureidini Dias Em primeiro lugar, a despeito de a exoneração superar o limite de alçada para remessa de ofício, entendo que não deve ser conhecido o recurso de ofício, em razão da previsão do artigo da Lei nº 10.522, o qual assim dispõe: Art. 27. Não cabe recurso de ofício das decisões prolatadas, pela autoridade fiscal da jurisdição do sujeito passivo, em processos relativos a restituição de impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal e a ressarcimento de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados. Fl. 461DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS, Assinado digitalmente em 20/03/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS 4 Nesse sentido, e mais detalhadamente, prevê a instrução normativa Instrução Normativa RFB nº 1.300, de 20 de novembro de 2012 prevê: Art. 79. Não caberá recurso de ofício da decisão que considerar procedente manifestação de inconformidade em processos relativos a restituição, ressarcimento, reembolso ou compensação. Se assim é, considerando que o recurso de ofício versa justamente sobre o reconhecimento, no acórdão proferido pela DRJ, de saldo a restituir utilizado para compensação, então homologada, voto pelo NÃO CONHECIMENTO do Recurso de Ofício, encerrandose então definitivamente a lide com a homologação das compensações declaradas nas PER/DCOMP`s. (ASSINADO DIGITALMENTE) Karem Jureidini Dias – Relatora. Fl. 462DF CARF MF Impresso em 27/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS, Assinado digitalmente em 20/03/2013 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 06/02/2013 por KAREM JUREIDINI DIAS
score : 1.0
Numero do processo: 10166.721395/2009-95
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 19 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Mar 12 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2004 a 31/12/2004
BOLSAS DE ESTUDO EM DESACORDO COM A LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. BASE DE CÁLCULO.
O pagamento de bolsas de estudo em desacordo com a legislação previdenciária - alínea tdo § 9° do art. 28 da lei 8.212/91, se constitui em salário de contribuição.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2803-002.063
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a). Vencidos os Conselheiros Gustavo Vettorato e Eduardo de Oliveira.
assinado digitalmente
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
assinado digitalmente
Oséas Coimbra - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato. Ausente momentaneamente o conselheiro Amílcar Barca Teixeira Júnior.
Nome do relator: OSEAS COIMBRA JUNIOR
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2004 a 31/12/2004 BOLSAS DE ESTUDO EM DESACORDO COM A LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. BASE DE CÁLCULO. O pagamento de bolsas de estudo em desacordo com a legislação previdenciária - alínea tdo § 9° do art. 28 da lei 8.212/91, se constitui em salário de contribuição. Recurso Voluntário Negado
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BASE DE CÁLCULO. O pagamento de bolsas de estudo em desacordo com a legislação previdenciária alínea “t”do § 9° do art. 28 da lei 8.212/91, se constitui em salário de contribuição. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a). Vencidos os Conselheiros Gustavo Vettorato e Eduardo de Oliveira. assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 72 13 95 /2 00 9- 95 Fl. 211DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10166.721395/200995 Acórdão n.º 2803002.063 S2TE03 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Oséas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato. Ausente momentaneamente o conselheiro Amílcar Barca Teixeira Júnior. Fl. 212DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10166.721395/200995 Acórdão n.º 2803002.063 S2TE03 Fl. 4 3 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da Delegacia da Secretaria da Receita Federal do Brasil de Julgamento, que manteve a notificação fiscal lavrada, referente a contribuições devidas em razão de pagamentos de bolsas de estudos aos dependentes dos segurados empregados, as quais foram consideradas como salário de contribuição – parte do segurado. A DecisãoNotificação – fls 186 e ss, conclui pela procedência parcial da impugnação apresentada, retificando a Notificação lavrada devido a decadência reconhecida. Inconformada com a decisão, apresenta recurso voluntário tempestivo, alegando, em síntese, o seguinte : · Já havia sido fiscalizada em junho de 2005, quando não foram apurados débitos, sendo que tal situação só poderia ser revista nas hipóteses do art. 145,146 e 149 do CTN · Os valores referentes às bolsas de estudo não são tributáveis. Isto porque são de educação básica, encontrandose na exceção da alínea “t”do § 9° do art. 28 da lei 8.212/91 · A natureza jurídica da bolsa de estudos não é salário. · Pugna pelo provimento do recurso, com a declaração de improcedência do lançamento e, alternativamente, o afastamento do lançamento pelo fato de bolsas de estudo não serem base de cálculo de contribuição patronal previdenciária. É o relatório. Fl. 213DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10166.721395/200995 Acórdão n.º 2803002.063 S2TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Oséas Coimbra Acerca de preclusão alegada, temos que não assiste razão a recorrente. O fato de já ter sido fiscalizada em 29.06.2005 em nada altera a ocorrência do fato gerador sub examine. A fiscalização tributária, a qualquer momento, constatando a ocorrência do fato gerador, pode efetuar o lançamento, sendo irrelevante a ocorrência de outros procedimentos fiscais com o mesmo desiderato, inclusive os Termos de Encerramento entregues aos contribuintes sob ação fiscal, sempre ressalvam que, a qualquer tempo, importâncias consideradas devidas podem ser apuradas. Acrescentese que, como pontuado pela recorrente, na ação anterior não houve lançamento algum, o que indica que não estamos a falar de revisão de lançamento, ou lançamento em duplicidade, quando se poderiam discutir as razões das supostas imperfeições do lançamento anterior. Quanto ao mérito, tenho que a interpretação do Auditor autuante está de acordo com o previsto na lei 8.212/91. O pagamento de bolsas aos dependentes dos empregados não se enquadra na exceção prevista na alínea “t” do Art. 28 § 9° da prefalada norma legal, senão vejamos. Art. 28 .... § 9° Não integram o saláriodecontribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: ( ... ) t) O valor relativo a plano educacional que vise à educação básica. nos termos do Art. 21 da Lei n° 9.394. de 20 de dezembro de 1996. e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; Alínea acrescentada pela MP n° 1.59614, de 10/11/97 e convertida na Lei n° 9.528, de 10/12/97 Redação dada pela Lei n° 9.711, de 20.11.98 Do exposto, não vislumbro como enquadrar as verbas pagas na exceção legal, que diz respeito a bolsas oferecidas aos próprios empregados e não a seus dependentes. Fl. 214DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 10166.721395/200995 Acórdão n.º 2803002.063 S2TE03 Fl. 6 5 CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por conhecer do recurso e, no mérito, negolhe provimento. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Fl. 215DF CARF MF Impresso em 12/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR
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Numero do processo: 15374.920767/2008-41
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jun 12 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ
Exercício: 2001
Ementa: COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ. ERRO DE
INFORMAÇÃO EM DIPJ. Não é legítimo afastar definitivamente o direito
do contribuinte à recuperação de créditos apenas pelo fato de este ter
preenchido a DIPJ respectiva de forma incorreta. Por conseguinte, devem ser
conhecidos e apreciados pela Autoridade Administrativa todos os argumentos
aduzidos pelo contribuinte em manifestação de inconformidade sobre erros
no preenchimento de DIPJ, os quais, se comprovados, conduzirão ao
reconhecimento da existência do direito creditório e o conseqüente
acolhimento do pedido de compensação.
ERRO MATERIAL. Ocorre erro material suscetível de retificação quando há
divergência facilmente perceptível entre o que foi escrito e aquilo que se
queria ter escrito, normalmente revelada no próprio contexto da declaração
ou através das circunstâncias em que a declaração é feita.
COMPENSAÇÃO. PEDIDO DE RETIFICAÇÃO FORMULADO
POSTERIORMENTE À DECISÃO DENEGATÓRIA DO PEDIDO PELA
ADMINISTRAÇÃO. Não se admite a retificação de pedido de compensação
formulado pelo contribuinte quando a pretensão respectiva já tenha sido
negada pela Administração, mormente quando tal retificação significa, em
verdade, apresentação de novo pleito.
Recurso voluntário a que se dá parcial provimento para que seja determinado
à Delegacia de Origem seja procedido o exame da procedência do direito
creditório do Contribuinte informado na PER/DComp originária.
Numero da decisão: 1102-000.750
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, DAR provimento parcial ao recurso para superar o erro no preenchimento da DIPJ e determinar à unidade de origem o exame da procedência do direito creditório informado na PER/DCOMP originária.
Nome do relator: ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Exercício: 2001 Ementa: COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO DE IRPJ. ERRO DE INFORMAÇÃO EM DIPJ. Não é legítimo afastar definitivamente o direito do contribuinte à recuperação de créditos apenas pelo fato de este ter preenchido a DIPJ respectiva de forma incorreta. Por conseguinte, devem ser conhecidos e apreciados pela Autoridade Administrativa todos os argumentos aduzidos pelo contribuinte em manifestação de inconformidade sobre erros no preenchimento de DIPJ, os quais, se comprovados, conduzirão ao reconhecimento da existência do direito creditório e o conseqüente acolhimento do pedido de compensação. ERRO MATERIAL. Ocorre erro material suscetível de retificação quando há divergência facilmente perceptível entre o que foi escrito e aquilo que se queria ter escrito, normalmente revelada no próprio contexto da declaração ou através das circunstâncias em que a declaração é feita. COMPENSAÇÃO. PEDIDO DE RETIFICAÇÃO FORMULADO POSTERIORMENTE À DECISÃO DENEGATÓRIA DO PEDIDO PELA ADMINISTRAÇÃO. Não se admite a retificação de pedido de compensação formulado pelo contribuinte quando a pretensão respectiva já tenha sido negada pela Administração, mormente quando tal retificação significa, em verdade, apresentação de novo pleito. Recurso voluntário a que se dá parcial provimento para que seja determinado à Delegacia de Origem seja procedido o exame da procedência do direito creditório do Contribuinte informado na PER/DComp originária. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, DAR provimento parcial ao recurso para superar o erro no preenchimento da DIPJ e determinar à Fl. 187DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO 2 unidade de origem o exame da procedência do direito creditório informado na PER/DCOMP originária. (assinado digitalmente) ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA Presidente. (assinado digitalmente) ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO Relator. EDITADO EM: Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Albertina Silva Santos de Lima, Plínio Rodrigues Lima, João Otávio Opperman Thomé, Antonio Carlos Guidoni Filho, Silvana Rescigno Guerra Barreto. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto pela Contribuinte contra acórdão proferido pela Primeira Turma da Delegacia Regional de Julgamento do Rio de Janeiro (DRJ/RJ 1) assim ementado, verbis: “ASSUNTO: OUTROS TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES Anocalendário: 2000 COMPENSAÇÃO. Mantémse o despacho decisório, se não elididos os fatos que lhe deram causa. Manifestação de Inconformidade Improcedente. Direito Creditório Não Reconhecido.” O caso foi assim relatado pela instância a quo, verbis: Versa este processo sobre PER/DCOMP. A DERAT/RJO, através do Despacho Decisório n° 783770944 (fl. 9), não homologou a compensação declarada no PER/DCOMP que relaciona. O despacho decisório contém a seguinte fundamentação: Analisadas as informações prestadas no documento acima identificado, constatouse que não houve apuração de crédito na Declaração de Informações EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) correspondente ao período de apuração do saldo negativo informado no PER/DCOMP. Valor original do saldo negativo informado no PER/DCOMP com demonstrativo de crédito: R$60.940,50 Fl. 188DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO Processo nº 15374.920767/200841 Acórdão n.º 110200.750 S1C1T2 Fl. 2 3 Valor do crédito na DIPJ: R$0,00 O interessado, cientificado em 02/09/2008 (fls. 7/8), apresentou, em 26/09/2008, manifestação de inconformidade (fls. 11/17). Nesta peça, alega, em síntese, que: embora tenha informado as retenções na fonte na Ficha 43 da DIPJ, deixou de informar os valores de estimativa e IRRF na ficha 12 A, fatos já reparados na DIPJ retificadora; o saldo informado no PER/DCOMP é incorreto (possui saldo negativo de R$ IRPJ no total de R$ 167.468,21); o despacho decisório foi motivado por preenchimento incorreto da DIPJ e do PER/DCOMP, estando a administração presa ao Princípio da Verdade Material (cita jurisprudência). E o relatório.” O acórdão acima ementado rejeitou a manifestação de inconformidade apresentada pela Contribuinte, sob o fundamento de que: (i) a DERAT/RJO, ao confrontar as informações prestadas no PER/DCOMP (tipo de crédito: saldo negativo) com as da DIPJ, não localizou o crédito pleiteado (na DIPJ constava saldo zero); (ii) na manifestação de inconformidade, o contribuinte não elide os fatos apontados no Despacho Decisório (reconhece ter deixado de informar os valores de estimativa e IRRF na ficha 12 A), ao contrário, informa a retificação da declaração; (iii) a DIPJ deveria ter sido retificada antes da apresentação do PER/DCOMP ou antes da emissão do Despacho Decisório. Por sua vez, a retificação da Declaração de Compensação somente pode ser admitida antes do Despacho Decisório que não homologou a compensação (art. 57 da IN n° 600/2005); (iv) o contribuinte havia sido cientificado das inconsistências apuradas pela DERAT e, nesta data, lhe foi dada a oportunidade de efetuar a retificação na DIPJ antes da emissão do Despacho Decisório (foi intimado, através do Termo de Intimação n° 621528307, com ciência em 06/09/2006, fls. 82/83, a retificar a DIPJ ou a apresentar PER/DCOMP retificador); (v) cabe à DRF de origem a análise do crédito pleiteado e o pronunciamento inicial a respeito do deferimento, ou não, de pedidos de restituição/compensação. A ausência de informação na DIPJ, declaração própria para este fim, fez com que não houvesse a análise, pela DERAT/RJO, de eventual saldo negativo (posto que não restou configurado o direito creditório pleiteado saldo negativo de IRPJ); (vi) o julgamento pela DRJ decorre de mera revisão do ato praticado pela DERAT, sendo a matéria impugnada tãosomente aquela resolvida pela decisão a quo e que foi atingida pelo recurso; (vii) por conseguinte, sem a apuração, em tempo hábil, de saldo negativo, não há que se falar em constituição de direito creditório a tal título.. Em sede de recurso voluntário, a Contribuinte reproduz suas razões de impugnação, no sentido de que teria direito à restituição dos valores pretendidos, por intermédio de compensação, em vista da (i) aplicação dos princípios da verdade material e da moralidade ao caso; e (ii) da efetiva existência de crédito consubstanciado em saldo negativo de IRPJ de R$ 167.468,21, proveniente de (a) retenção de tributos na fonte; (b) recolhimento de estimativas no mês de março do anocalendário de 2001 e (c) prejuízo fiscal apurado na DIPJ 2001, no valor de R$1.014.487,84. É o relatório. Fl. 189DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO 4 Voto Conselheiro ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO O recurso voluntário é tempestivo e interposto por parte legítima, pelo que dele tomo conhecimento. Depreendese do relatório supra que são três as questões controvertidas nesse procedimento, quais sejam: (i) a existência (ou não) do erro material alegado pela Recorrente na Declaração de Compensação originária, que seria suscetível de mera retificação; (ii) a legitimidade (ou não) da retificação da Declaração de Compensação levada a efeito pela Recorrente mesmo após o proferimento de decisão administrativa que a indeferiu; e (iii) a possibilidade de o contribuinte ver examinadas as razões e documentos que justificam o direito creditório informado em PER/DComp, nada obstante tais documentos e razões não tenham sido examinado pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de origem por força de erros no preenchimento de DIPJ. A resposta às duas primeiras questões é negativa. Não há como sustentar (tal como o fez a Contribuinte) que teria ocorrido “erro material” (suscetível de retificação) na Declaração de Compensação originária apresentada à SRF. Conforme é de conhecimento geral, o erro material suscetível de retificação ocorre quando o sujeito escreve coisa distinta daquela que queria declarar. É a divergência facilmente perceptível entre o que foi escrito e aquilo que se queria ter escrito. Trata do simples erro de cálculo ou de escrita, revelado no próprio contexto da declaração ou através das circunstâncias em que a declaração é feita. Do exame dos autos, resta inequívoco que, na data da formulação do pedido de compensação originário (14.02.2005), a Contribuinte pretendia efetivamente compensar débitos de IRRF (relativos ao anocalendário de 2004) com supostos créditos decorrentes de saldos negativos de IRPJ apurados no anocalendário de 2000, no valor de R$ 60.940,50. De fato, ao par da clareza meridiana da declaração respectiva, o pedido de compensação apresentado pelo contribuinte em 15/02/2002 continha relação dos valores retidos na fonte que caracterizariam seu direito creditório. Não pode ser considerado erro material, (reiterese: susceptível de retificação), o fato de a Recorrente ter pleiteado a compensação de crédito em montante eventualmente inferior ao seu pretenso direito quando a declaração respectiva não traz qualquer indício a esse respeito. Em verdade, sob a alcunha de “retificação de erro material” pretende a Recorrente formular novo pedido de compensação (outro crédito) aproveitandose da data do pleito originário para afastar eventual alegação de prescrição. Não bastasse tal fato, que por si só seria suficiente para rejeitar o pleito da Contribuinte nessa parte, é de se destacar que não é legítimo ao contribuinte pretender a retificação de Pedido (Declaração) de Compensação quando já proferida decisão administrativa sobre seu mérito. Trata de restrição de ordem lógica que sequer necessitaria ter sido positivada pelos órgãos da SRF. É preceito indispensável à organização e estabilização das relações jurídicas de que cuidam os procedimentos julgados pela Administração. É fácil intuir que os Fl. 190DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO Processo nº 15374.920767/200841 Acórdão n.º 110200.750 S1C1T2 Fl. 3 5 procedimentos administrativos jamais chegariam ao seu final caso fosse permitido às partes alterar os fundamentos ou o conteúdo do pedido após a análise de seu mérito pelo julgador. Entendo, contudo, que o recurso voluntário da Contribuinte merece ser provido na parte em que pretende seja examinado o direito creditório expressamente pleiteado na PER/DComp. Não é legítimo afastar definitivamente o direito do contribuinte à recuperação de créditos apenas pelo fato de este ter preenchido a DIPJ respectiva de forma incorreta. A informação contida na DIPJ original (de inexistência de saldo negativo no período) tem caráter de presunção simples, que admite prova em contrário pelo contribuinte por meio de documentos e de sua própria escrituração ao longo do processo administrativo. No caso, particularmente, há fortes indícios de que o crédito informado em PER/DComp seja procedente, ante (i) os lançamentos feitos na escrituração fiscal acostada aos autos; (ii) o significativo prejuízo fiscal apurado ao final do anocalendário de 2000 e (iii) a provável existência de tributos retidos e recolhidos pela fonte pagadora, cuja constatação pela RFB prescinde inclusive de diligência específica em vista das informações contidas em seus sistemas informatizados. Por conseguinte, entendo que devem ser conhecidos e apreciados pela Autoridade Administrativa todos os argumentos aduzidos pelo contribuinte em manifestação de inconformidade sobre erros no preenchimento de DIPJ, os quais, se comprovados, conduzirão ao reconhecimento da existência do direito creditório e o conseqüente acolhimento do pedido de compensação. Por tais fundamentos, oriento meu voto no sentido de conhecer do recurso voluntário da Contribuinte para, no mérito, darlhe parcial provimento para que seja determinado à Delegacia de Origem seja procedido o exame da procedência do direito creditório do Contribuinte informado na PER/DComp originária. (assinado digitalmente) ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO Relator Fl. 191DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2012 por MARIA CONCEICAO DE SOUSA RODRIGUES, Assinado digitalmente em 11/10/2012 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, Assinado digitalmente em 03/10/2012 por ANTONIO C ARLOS GUIDONI FILHO
score : 1.0
Numero do processo: 10907.000679/2005-08
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Apr 17 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/03/2002 a 10/03/2002
ISENÇÃO. TÁXI. ALIENAÇÃO. PRAZO. EFEITOS.
A alienação do veículo destinado a taxista, adquirido com isenção de IPI, antes de três anos contados da data de sua aquisição, acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária.
Numero da decisão: 3101-001.346
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em negar provimento ao recurso voluntário.
Henrique Pinheiro Torres - Presidente.
Corintho Oliveira Machado - Relator.
EDITADO EM: 19/03/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado, Valdete Aparecida Marinheiro, Rodrigo Marinheiro Fernandes, Leonardo Mussi da Silva, Luiz Roberto Domingo e Henrique Pinheiro Torres.
Nome do relator: CORINTHO OLIVEIRA MACHADO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/03/2002 a 10/03/2002 ISENÇÃO. TÁXI. ALIENAÇÃO. PRAZO. EFEITOS. A alienação do veículo destinado a taxista, adquirido com isenção de IPI, antes de três anos contados da data de sua aquisição, acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em negar provimento ao recurso voluntário. Henrique Pinheiro Torres - Presidente. Corintho Oliveira Machado - Relator. EDITADO EM: 19/03/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado, Valdete Aparecida Marinheiro, Rodrigo Marinheiro Fernandes, Leonardo Mussi da Silva, Luiz Roberto Domingo e Henrique Pinheiro Torres.
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TÁXI. ALIENAÇÃO. PRAZO. EFEITOS. A alienação do veículo destinado a taxista, adquirido com isenção de IPI, antes de três anos contados da data de sua aquisição, acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em negar provimento ao recurso voluntário. Henrique Pinheiro Torres Presidente. Corintho Oliveira Machado Relator. EDITADO EM: 19/03/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado, Valdete Aparecida Marinheiro, Rodrigo Marinheiro Fernandes, Leonardo Mussi da Silva, Luiz Roberto Domingo e Henrique Pinheiro Torres. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 90 7. 00 06 79 /2 00 5- 08 Fl. 56DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S 2 Relatório Adoto o relato do órgão julgador de primeiro grau até aquela fase: O processo epigrafado foi inaugurado para recepcionar auto de infração relativo ao Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI (fls. 18/22) que se prestou a constituir crédito tributário devido em face de constatação de infração à legislação tributária, descrita no lançamento nos seguintes termos: 001 PRODUTO SAÍDO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL OU EQUIPARADO A INDUSTRIAL COM EMISSÃO DE NOTA FISCAL. DESCUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES DA ISENÇÃO PELO RECEBEDOR DO PRODUTO. Alienação de veiculo adquirido com isenção para taxistas antes de três anos da sua aquisição, sem a autorização da unidade da SRF. Automóvel GM/ASTRA GL SEDAN 1.8 L, 110 CV, 5 passageiros, 4 portas, adquirido em 19/03/2002 e alienado em 31/01/2005, conforme Nota Fiscal e Certificado de Registro de Veiculo anexados ao processo do auto de infração. O crédito tributário exigido foi composto dos seguintes montantes: COMPONENTES DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO VALOR (R$) IMPOSTO 4.503,18 JUROS DE MORA 2.360,11 MULTA PROPORCIONAL 3.377,38 VALOR DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO APURADO 10.240,67 O sujeito passivo foi pessoalmente cientificado do lançamento por meio de correspondência enviada pelos Correios com Aviso de Recebimento (AR), recebida em 31/03/2005 (fl. 25), tendo apresentado sua impugnação em 02/05/2005 (uma segunda feira), conforme peça de fls. 27/28 (e anexos), firmada por procurador regularmente estabelecido (fl. 29), por meio da qual aduziu que “alienara o veiculo em questão, desonerandoa de todos os encargos fiscais que gravavam o referido bem, como faz prova a cópia do certificado em apenso, cujo registro ocorreu em 20/03/2005, ocasião em que a postulante promovera sua efetiva tradição ao adquirente”, não obstante “a autorização para transferência do veículo tivesse sido preenchida em 31/01/2005”. Asseverou, ademais, que “no Brasil, a transmissão de bens móveis, dos quais o veículo é uma de suas espécies, só se legitima através da entrega da coisa ao adquirente, ou seja, com a tradição”, conforme entendimento pacífico da “doutrina pátria” (citação). E assim está disposto no art. 1.267 do novo Código Civil brasileiro (Lei nº 10.406/2002). Concluiu requerendo o cancelamento do lançamento, uma vez que “o ato que consumou a alienação do veículo objeto do presente procedimento fiscal ao seu adquirente” (tradição), só Fl. 57DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S Processo nº 10907.000679/200508 Acórdão n.º 3101001.346 S3C1T1 Fl. 3 3 ocorreu quando já transcorrido o prazo de três anos previstos na lei de regência para a não incidência do imposto na operação. A DRJ em RIBEIRÃO PRETO/SP julgou a impugnação improcedente, ficando a ementa do acórdão com a seguinte dicção: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados IPI Período de apuração: 01/03/2002 a 10/03/2002 ISENÇÃO. TÁXI. ALIENAÇÃO. PRAZO. EFEITOS. A alienação do veículo destinado a taxista, adquirido com isenção de IPI, antes de três anos contados da data de sua aquisição, acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária. Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/03/2002 a 10/03/2002 PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PRIVADO. EFEITOS TRIBUTÁRIOS. Os princípios gerais de direito privado utilizamse para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. Impugnação Improcedente. Crédito Tributário Mantido. Discordando da decisão de primeira instância, a interessada apresentou recurso voluntário, no qual reprisa os argumentos esgrimidos na peça vestibular de defesa e ao final requer a reforma do acórdão a quo, para que seja cancelado o auto de infração. Ato seguido, a Repartição de origem encaminhou os presentes autos para apreciação do órgão julgador de segundo grau. Relatados, passo a votar. Fl. 58DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S 4 Voto Conselheiro Corintho Oliveira Machado, Relator O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. Nada de novo veio aos autos, bem por isso não devo alongar na fundamentação deste voto, que somente deve sufragar o quanto decidido pela órgão judicante de primeira instância: Consta dos autos que o sujeito passivo teve deferido seu pedido de isenção de IPI na aquisição de veículo destinado ao uso na atividade de taxista em 01/03/2002 (fls. 04/06). De posse dessa autorização, adquiriu o veículo GM/ASTRA GL SEDAN 1.8L, em 19/03/2002, como fazem prova os documentos de fls. 13/14. Naquela época, encontravase em vigor a Instrução Normativa (IN) SRF nº 31, de 2000, que fundamentou o deferimento do pedido, cujo artigo 9º normatizava a questão ora litigada, verbis: Art. 9o A alienação de veículo adquirido com o benefício de que trata esta Instrução Normativa, efetuada antes de três anos da sua aquisição, dependerá de autorização da Secretaria da Receita Federal, que somente a concederá se comprovado que a transferência será feita para pessoa que satisfaça os requisitos estabelecidos neste ato, ou que foram cumpridas as obrigações a que se refere o inciso II do § 1o. (...) § 3o A alienação do veículo adquirido com isenção do IPI, sem prévia autorização da SRF, antes de transcorridos três anos da sua aquisição, ainda que efetuada a pessoa que satisfaça os requisitos necessários à fruição do benefício, implica a perda do direito à isenção. (...) E ao tempo da alienação do veículo de que trata o caso sub analisis, vigorava a Instrução Normativa (IN) SRF nº 353, de 2003, que continha os mesmos dispositivos normativos recém transcritos. Não há dúvidas na espécie de que a alienação do veículo tratado nos autos deuse por ocasião do preenchimento, pelo sujeito passivo, da Autorização para Transferência de Veículo (recibo de venda), ocorrida em 31/01/2005. A própria impugnante anexou ao recurso uma cópia desse documento (fl. 34), que já havia sido acostado aos autos pela autoridade fiscal (fl. 08). Fl. 59DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S Processo nº 10907.000679/200508 Acórdão n.º 3101001.346 S3C1T1 Fl. 4 5 O fato de o Certificado de Registro de Veículo (CRV) ter sido emitido em nome do novo adquirente (fl. 35) apenas em 20/03/2005, ao contrário do alegado no recurso, não tem o condão de transferir a data de alienação do bem, a qual, como dito, ocorreu em 31/01/2005. A expedição do novo CRV é ato que se processa após a alienação, de responsabilidade do novo proprietário (o que pode não ocorrer, não obstante a alienação ter ocorrido), o qual inclusive tem prazo de 30 dias para tomar as providências de atualização cadastral junto ao Órgão de Trânsito (Detran), ex vi do disposto no art. 123, § 1º, da Lei nº 9.503, de 2007, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, verbis: Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando: I for transferida a propriedade; (...) § 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as providências deverão ser imediatas. Demais disso, a alegação da impugnante no sentido de que a tradição (entrega) do bem só ocorreu na oportunidade da atualização do registro no Detran, além de ferir o bom senso (já que a praxe é a emissão do recibo de venda no momento da entrega do bem), não vem acompanhada de qualquer prova. E, como diz a hermenêutica jurídica, alegar e não provar é o mesmo que não provar. Ante o exposto, voto por DESPROVER o recurso voluntário, prejudicados os demais argumentos. Sala das Sessões, em 28 de fevereiro de 2013. CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Fl. 60DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S 6 Fl. 61DF CARF MF Impresso em 17/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 28/03 /2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por HENRIQUE PINHEIRO TORRE S
score : 1.0
Numero do processo: 11516.002267/2010-28
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 20 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Mar 14 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 08/07/2010
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INFRAÇÃO. GFIP. APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS.
Apresentar a empresa GFIP com informações incorretas ou omissas constitui infração à legislação previdenciária, conforme previsto na Lei n. 8.212, de 24.07.91, art. 32 -A, inciso II , acrescentado pela MP n. 449, de 04.12.2008.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2803-002.103
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a).
assinado digitalmente
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
assinado digitalmente
Oséas Coimbra - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Eduardo de Oliveira, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior e Natanael Vieira dos Santos.
Nome do relator: OSEAS COIMBRA JUNIOR
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ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Data do fato gerador: 08/07/2010 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INFRAÇÃO. GFIP. APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. Apresentar a empresa GFIP com informações incorretas ou omissas constitui infração à legislação previdenciária, conforme previsto na Lei n. 8.212, de 24.07.91, art. 32 -A, inciso II , acrescentado pela MP n. 449, de 04.12.2008. Recurso Voluntário Negado
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Obrigação Acessória Recorrente DÍGITRO TECNOLOGIA LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 08/07/2010 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INFRAÇÃO. GFIP. APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. Apresentar a empresa GFIP com informações incorretas ou omissas constitui infração à legislação previdenciária, conforme previsto na Lei n. 8.212, de 24.07.91, art. 32 A, inciso II , acrescentado pela MP n. 449, de 04.12.2008. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) relator(a). assinado digitalmente Helton Carlos Praia de Lima Presidente. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 22 67 /2 01 0- 28 Fl. 281DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.002267/201028 Acórdão n.º 2803002.103 S2TE03 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima, Oséas Coimbra Júnior, Eduardo de Oliveira, Gustavo Vettorato, Amílcar Barca Teixeira Júnior e Natanael Vieira dos Santos. Fl. 282DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.002267/201028 Acórdão n.º 2803002.103 S2TE03 Fl. 4 3 Relatório A empresa foi autuada por descumprimento da legislação previdenciária, por não ter informado em GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social as remunerações pagas aos segurados empregados por intermédio do salário indireto "assistência médica" (Plano de Saúde Unimed Dependentes) no mês de 11/2008 e os valores pagos a cooperativa de trabalho nos meses de 02 a 06, 08, 09 e 12/2007. O r. acórdão – fls 265 e ss, conclui pela improcedência da impugnação apresentada, mantendo o Auto lavrado. Inconformada com a decisão, apresenta recurso voluntário tempestivo, alegando, na parte que interessa, o seguinte: · A decisão recorrida considera que a extensão do plano de saúde aos dependentes cabe nos estritos limites da 'isenção' prevista no art. 28, §9°, 'q' da Lei 8.212 e que, por se tratar de benefício (utilidade), deve integrar o salário de contribuição. O raciocínio merece reforma. A uma, porque parece impossível estabelecer um conceito de salário utilidade ou indireto para efeito trabalhista e outro para efeito tributário, estabelecendo assim tratamento diverso para o mesmo fato jurídico. A duas, porque o art. 28, §9°, 'q' da Lei 8.212 não trata de isenção fiscal a ser interpretada restritivamente. · A hipótese do §9° do art. 28 da Lei 8.212 não prevê a exclusão do crédito tributário pela inexigibilidade da contribuição. Absolutamente. A declaração da lei de que "não integram o salário de contribuição" repercute sobre a hipótese de incidência do tributo que deixa de existir e não apenas de ser exigível. · Podese afirmar que a 'isenção' se aplica ao valor da assistência médica conveniada, não existindo na literalidade Lei nenhuma limitação da isenção ao valor do plano do empregado ou dirigente ou exclusão do valor dos dependentes. · Requer o provimento do recurso para anular o auto de infração É o relatório. Fl. 283DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.002267/201028 Acórdão n.º 2803002.103 S2TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Oséas Coimbra O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. DO PAGAMENTO DOS PLANOS DE SAÚDE DOS DEPENDENTES DOS EMPREGADOS Tratase a decidir se a legislação em regência determina que a assistência médica oferecida aos dependentes dos empregados se configura ou não como salário de contribuição. Vejamos a legislação que trata o tema: Lei 8 212/1991 An 28. Entendese por saláriodecontribuição: I para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos o creditados a qualquer titulo, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei n' 9.528, de 10/12/97) ... §9º Não integram o saláriodecontribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) ... q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médicohospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; (Incluído pela Lei n • 9.528, de 10/12197) Fl. 284DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR Processo nº 11516.002267/201028 Acórdão n.º 2803002.103 S2TE03 Fl. 6 5 No caso presente, temos que o pagamento de planos de saúde dos dependentes dos empregados não se encontra albergado na exceção legal, configurandose como salário de contribuição. Os referidos pagamentos a desdúvida representam benefício financeiro aos segurados, os quais não necessitam de efetuar desembolsos para a cobertura de seus dependentes e são pagos em razão do vínculo empregatício existente, amoldandose no conceito trazido no art. 28,I da lei 8.212/91. Dessa feita, os valores pagos a título de assistência médica oferecida aos dependentes dos empregados se constituem como salário de contribuição, de obrigatória declaração em GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social. A ausência de declaração dos valores mencionados informa a procedência da autuação. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por conhecer do recurso e, no mérito, negolhe provimento. assinado digitalmente Oséas Coimbra Relator. Fl. 285DF CARF MF Impresso em 15/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR, Assinado digitalmente em 26/02/2013 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 21/02/2013 por OSEAS COIMBRA JUNIOR
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