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Numero do processo: 15374.001934/00-61
Turma: Quarta Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Dec 07 00:00:00 UTC 2006
Ementa: RECUPERAÇÃO DA ESPONTANEIDADE - É incabível a aplicação da multa
de ofício sobre valor recolhido após transcorrido período superior a 60 dias sem que tenha havido ato escrito que dê continuidade ao procedimento fiscal, readquirindo o contribuinte a espontaneidade.
Recurso parcialmente provido.
Numero da decisão: 104-22.145
Decisão: ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso para excluir a multa de ofício relativamente ao valor recolhido cuja espontaneidade foi readquirida, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado
Nome do relator: Gustavo Lian Haddad
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Recurso parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por HOMERO COSTA DA SILVA. ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento PARCIAL ao recurso para excluir a multa de ofício relativamente ao valor recolhido cuja espontaneidade foi readquirida, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. ÁJL-12-L- ~-1 AIÁLACISTTA CARtg-tdj- PRESIDENTE GUS cibUitIVO LIAN HjADDAD RELATOR FORMALIZADO EM: n • s I j N" . , 'MINISTÉRIO DA FAZENDA • PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN, PAULO ROBERTO DE CASTRO (Suplente convocado), PEDRO PAULO PEREIRA BARBOSA, HELOISA GUARITA SOUZA, MARIA BEATRIZ ANDRADE DE CARVALHO e REMIS ALMEIDA ESTOL. Ausente justificadamente o Conselheiro OSCAR LUIZ MENDONÇA DE AGUIAR,Q_ 54 2 . . ' MINISTÉRIO DA FAZENDA • PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 Recurso n°. : 146.866 Recorrente : HOMERO COSTA DA SILVA RELATÓRIO Contra o contribuinte acima qualificado foi lavrado, em 14/07/2000, o auto de Infração de fls. 111/112, relativo ao Imposto de Renda Pessoa Física, exercícios 1996 a 1998, anos-calendário 1995 a 1997, por intermédio do qual lhe é exigido crédito tributário no montante de R$ 68.768,80, dos quais R$ 27.278,34 correspondem a imposto, R$ 20.458,74 a multa e R$ 21.031,72 a juros de mora calculados até 30/06/2000. Conforme Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal (fls. 112), a autoridade fiscal apurou as seguintes infrações: "001 - OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOAS JURÍDICAS OMISSÃO DE RENDIMENTOS DO TRABALHO COM VÍNCULO EMPREGATICIO RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA Omissão de rendimentos recebidos de pessoa jurídica, decorrentes de trabalho com vínculo empregatício (aposentadoria paga pelo INSS), conforme Termo de Verificação e Constatação às fls., o qual passa a fazer parte integrante deste auto de infração? Cientificado do Auto de Infração o contribuinte apresentou, em 12/09/2000, a impugnação de fls. 120/123, por meio do qual informa que procedeu ao recolhimento espontâneo do imposto omitido conforme cálculos que apresenta em sua impugnação. O contribuinte sustenta, ainda, a inaplicabilidade da cobrança dos juros com Taxa SELIC, devido à recente decisão do STJ alegando que a referida taxa não foi instituída por lei e sim por simples Resolução do BACEN, razão pela qual requer a restituição dos 3 546 'MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 encargos moratórios pagos a maior, em relação aos juros de mora devidos de 1% ao mês nos termos do art.165 do CTN. A 3' Turma da DRJ do Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade de votos, considerar procedente o lançamento sob os fundamentos a seguir sintetizados: - a impugnação foi interposta tempestivamente e atende ao disposto nos artigos 15 e 16, inciso III, do Decreto n° 70.235, de 06 de março de 1972, devendo ser apreciada; - com relação ao exercício 1996, nos cálculos apresentados na impugnação, o contribuinte altera o valor declarado da parcela de isenção para maiores de sessenta e cinco anos de R$9.598,68 para R$10.800,00; - nada obstante, como se verifica do art. 7° da IN 69/1995, bem como do manual de preenchimento da declaração para o exercício em questão, o total a informar como parcela isenta para maiores de sessenta e cinco anos é de R$9.598,68 (nove mil, quinhentos e noventa e oito reais e sessenta e oito centavos), conforme informado no comprovante de rendimentos de fl.15 e declaração de rendimentos (f1.68-verso, quadro 3, linha 07). - incabível, portanto, a alteração do valor da parcela de isenção para R$10.800,00; - ainda nos cálculos relativos a esse exercício, o contribuinte altera o valor declarado de R$2.390,00 (INSS = R$1.502,54 e UNIMED = R$888,02), fl.67, quadro 6, linhas 1 e 2, para o valor de apenas R$1.502,54; SA44 'MINISTÉRIO DA FAZENDA • PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 - no entanto, deve ser mantido o valor das despesas médicas declaradas de R$2.390,00 (dois mil, trezentos e noventa reais) já considerado na autuação (f1.113); - por fim, o contribuinte pleiteia a dedução de R$ 1.876,20 a título de previdência privada, não informada na declaração original; - a dedução em questão foi instituída pela Lei n° 9.250/1995 sendo, portanto, valida a partir de 01/01/1996, razão pela qual é incabível tal dedução; - assim, ficam mantidos os valores constantes do lançamento relativos ao exercício de 1996; - com relação ao exercício 1997, nos cálculos apresentados na impugnação, o contribuinte efetua a dedução a título de contribuição à previdência oficial de R$3.648,61, na fl.62, linha 06, representa a soma dos valores de R$2.730,56 e R$918,05 desmembrados na impugnação; - esse mesmo valor consta discriminado na fl.64, quadro 6, linha 01, razão pela qual é mantido o valor de R$3.648,61 já considerado na autuação na fl.114; - o contribuinte pretende diminuir o valor das despesas médicas para R$1.450,54, informado no comprovante de rendimentos de fl.21, quadro 8; - ocorre que na declaração (fl.64, quadro 6, linhas 02 e 03) constam discriminados: R$1.450,54 (INSS) e R$1.128,27 (UNIMED) que somam 5 5 . . , MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 os R$2.578,91 declarados na 0.62, linha 10, razão pela qual deve ser mantido o valor de R$2.578,91 já incluídos na autuação (0.114); - ressalte-se, ainda, que nos cálculos apresentados na impugnação o contribuinte cometeu erro no cálculo do imposto devido que daria R$10.204,46; - assim, ficam mantidos os valores constantes do lançamento relativos ao exercício de 1997; - com relação ao exercício 1998, nos cálculos apresentados na impugnação, o contribuinte pretende alterar o valor calculado pela fiscalização de R$49.771,02 (0.109) para R$38.970,99 (0.122); - nada obstante, no comprovante de rendimentos de 0.28, consta informado o valor tributável de R$66.361,36, já excluídos os R$11.700,00 (quadro 5, linha 2, relativos à parte isenta para maiores de sessenta e cinco anos), que equivale a: isenção mensal de R$900,00 x 12 = R$10.800,00, acrescido da parcela relativa ao 13° salário, totalizando os R$11.700,00; - assim, efetua-se o seguinte cálculo: R$66.361,36, divididos por 12 meses = R$5.530,11, e multiplicados por 9 meses (janeiro a setembro) = R$49.771,02; - incabível subtrair em duplicidade, do valor encontrado, a parcela isenta para maiores de sessenta e cinco anos, na medida em que o cálculo partiu de R$66.361,36 que já é o valor dos rendimentos tributáveis líquido; ?ti6 ,... . . MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 - o contribuinte pretende diminuir o valor das despesas médicas para R$1.626,27, informado no comprovante de rendimentos de fl.28, quadro 8; - ocorre que na declaração (fl.60, quadro 6, linhas 03 e 04) constam discriminados: R$1.626,27 (INSS) e R$1.507,02 (UNIMED) que somam os R$3.133,29 declarados na f1.57, linha 11; - dessa forma, deve ser mantido o valor de R$3.133,29 já incluídos na autuação (fl.115); - assim, ficam mantidos os valores constantes do lançamento relativos ao exercício de 1998; - no tocante aos juros de mora, não cabe à Administração Pública se manifestar ou até mesmo acatar o fato do Superior Tribunal de Justiça estar repelindo a utilização da taxa SELIC; - adicionalmente, cabe se frisar que a aplicação da taxa Selic encontra amparo na Lei n° 9.065, de 1995, que, em seu art.13, estabelece que a partir de 1° de abril de 1995, os juros de mora serão equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente; - verifica-se, ainda, que é cabível a multa de oficio, nos termos da IN 104/2000, na medida em que o procedimento fiscal teve início em 03/04/2000 (aviso de recebimento de fl.06), com atendimento da solicitação em 03/05/2000 (fls.09 a 51), e termo de ciência de continuação de procedimento fiscal em 21/06/2000 (aviso de recebimento de f1.53). 512.7 ' MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 Cientificado da decisão de primeira instância em 26/08/2003, conforme AR de fls. 149 e com ela não se conformando, o recorrente interpôs, em 23/09/2003, o recurso voluntário de fls. 150/162, por meio do qual sustenta, preliminarmente, a espontaneidade dos recolhimentos efetuados, razão pela qual pleiteia seja afastada a multa de ofício, e, no mérito, reconhece os equívocos cometidos em seus cálculos. Tendo em vista o oferecimento pelo contribuinte de veículo como garantia para a interposição de recurso e face à existência em seu patrimônio de imóvel, foi determinado ao contribuinte que procedesse à substituição da garantia. O contribuinte requereu a revisão da r. decisão que determinou a substituição da garantia, tendo sido proferido despacho decisório negando seguimento ao Recurso Voluntário. Posteriormente o contribuinte apresentou petição (fls. 183/188) questionando a decisão que negou seguimento ao seu recurso. Certificado o regular arrolamento do veículo (fls. 211) os autos foram remetidos a este E. Conselho para apreciação do Recurso Voluntário. É o Relatório. de, 8 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 VOTO Conselheiro GUSTAVO LIAN HADDAD, Relator O recurso preenche as condições de admissibilidade. Dele conheço. Não há argüição de preliminar. O Recorrente reconhece em suas razões de recurso ter cometido a infração que lhe é imputada (omissão de rendimentos recebidos de pessoa jurídica), razão pela qual efetuou o recolhimento do tributo quando da apresentação de sua impugnação, acrescido de juros SELIC. Questiona, no entanto, a incidência da multa de ofício tendo em vista a reaquisição da espontaneidade. A matéria em questão está regulada no artigo 7° do Decreto 70.235/72, verbis: "Art. 70 O procedimento fiscal tem inicio com: I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificando o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto; II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros; III - o começo do despacho aduaneiro de mercadoria importada. § 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores e, independentemente de intimação, a dos demais envolvidos nas infrações verificadas. § 2° Para os efeitos do disposto no § 1°, os atos referidos nos incisos I e II valerão pelo prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável, sucessivamente, por 9 Sjit4 • MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 igual período com qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos." Verifica-se da transcrição acima que com o início do procedimento fiscal o contribuinte perde seu direito ao recolhimento espontâneo das obrigações tributárias eventualmente em atraso. Nada obstante, com o transcurso de mais de 60 dias sem que a autoridade fiscal dê continuidade ao procedimento, a espontaneidade é readquirida. No caso dos autos, verifica-se que o procedimento fiscal teve inicio em 23/3/2000 (fls. 01), com ciência do Recorrente em 30/03/2000, tendo sido devidamente prorrogado em 15/06/2000 (fls. 52- com ciência em 21/06/2000). Posteriormente, foi lavrado o auto de infração em 14/07/2000 (fls. 111), recebido pelo Recorrente somente em 02/10/2000, conforme AR de fls. 127. Nada obstante, após a ciência do termo de prorrogação e antes da lavratura do auto de infração, o Recorrente, em 22/08/2000, efetuou o recolhimento do montante que entendeu devido, sem o acréscimo da multa de ofício que lhe foi imputada na autuação (DARFs de fls 124/126). Como o recolhimento efetuado pelo Recorrente se deu após o sexagésimo dia da ciência do Termo de Ciência de Continuação de Procedimento Fiscal, resta claro que a espontaneidade havia sido readquirida, nos termos do § 2° do artigo 7° do Decreto n° 70.235/72, sendo incabível a aplicação da multa de oficio sobre referida parcela. Ante o exposto, encaminho meu voto no sentido de conhecer do recurso para, no mérito, DAR LHE PARCIAL PROVIMENTO para excluir a multa de ofício relativamente ao valor recolhido cuja espontaneidade foi readquirida (DARFs de fls. 124/126). 3I0 • * MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 15374.001934/00-61 Acórdão n°. : 104-22.145 A autoridade preparadora, quando da execução do julgado, deverá confirmar os recolhimentos alegados às fls. 124/126. Sala das Sessões - DF, em 07 de dezembro de 2006 pijk GUST VO LIAN HADDAD 11 4 Page 1 _0044100.PDF Page 1 _0044200.PDF Page 1 _0044300.PDF Page 1 _0044400.PDF Page 1 _0044500.PDF Page 1 _0044600.PDF Page 1 _0044700.PDF Page 1 _0044800.PDF Page 1 _0044900.PDF Page 1 _0045000.PDF Page 1
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Numero do processo: 10660.002170/2002-89
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Aug 15 00:00:00 UTC 2007
Numero da decisão: 204-00.461
Decisão: RESOLVEM os Membros da Quarta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votes, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do Relator. Fez sustentação oral pela recorrente o Dr Leonardo Cançado Bicalho.
Nome do relator: Jorge Freire
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Recorrida DRJ em Juiz de Fora - MG — - V. 2 ;. )- RESOLUÇÃO N° 204-00.461 Maria ia:/: ••C;Vt' 1 '•, • .P Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por COOPERATIVA DOS CAFEICULTORES DA ZONA DE TRÊS PONTAS LTDA. RESOLVEM os Membros da Quarta Câmara do Segundo Conselho de 4 Contribuintes, por unanimidade de votes, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do Relator. Fez sustentação oral pela recorrente o Dr. Leonardo Cançado Bicalho. Sala das Sessões, em 15 de agosto de 2007. /"7 • Hentique •Pinheiro Torres Presidente ) -( , • Jorge Freire • 'Relator Participaram, ainda, di::: presente julgamento os Cohselheiros 'Rodrigo Bernardes de Carvalho, Nayra, Bastos Manatta, halio ..Cesar Alves Ramos, Leonardo •Siade Ma .nzan, Airton Adelar Hack d Mauro Wasilewski (Suplente). 1 CC-N1 Fl. - •• , Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes Processo n2 : -Recurso : Recorrente : 10660.002170/2001-89 139.347 COOPERATIVA DOS CAFEICULTORES DA ZONA DE TRÊS PONTAS LTDA. RELATÓRIO- Por bem descrever os fatos, adoto o relatório da r. decisão, vazado nos seguintes termos: Em julgamento o pedido de ressarcimento de fl. 01, relativo ao 30 trimestre de 1998, no valor de RS 1.894.014,93, findado nos termos da Lei n° 9.363/96, da Portaria • MF n° 38/97 e da Instrução Normativa SRF n° 23/97 (crédito presumido). Não consta dos autos declaração de compensação vinculada ao pleito de ressarcimento. Os resultados da verUicagdo da legitimidade dos créditos solicitados em ressarcimento estão consolidados no Termo de Verificação Fiscal e no Despacho Decisório de fls. 40/43. Nesse último ato, a autoridade competente da DRF/Varginha indeferiu a solicitação em comento, sob o argumento principal de que o produto exportado pela interessada é o café cru, não descafeinado, em grãos, classificado na TIPI sob o código 0901.11.10 como produto NT, e a legislação não contempla a hipótese de concessão do crédito presumido sobre exportação de produtos NT. A contribuinte apresentou a manifestação de inconformidade de fls. 46/55. Discorda do indeferimento e solicita o reconhecimento total do crédito presumido pleiteado assim argumentando, de forma bastante sucihta: "(..).As Instruções Normativas utilizadas para fundamentar o indeferimento são de anos posteriores, aplicáveis somente quando de Sua edição (..). (.) Observe-se que em . nenhum momento a Lei 9.363/96 faz menção a que somente fará jus ao ressarcimento de crédito presumido de 4 IPI aquelas empresas que forem contribuintes do (.) Portanto, de acordo coma pacifico entendimento da Camara Superior de Recursos Fiscais o fato do produto exportado não ser tributado pelo IPI, ou seja, ser NT, não afasta o direito de se ressarcir sobre .o total das aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, (..). PP Não resignada com o decisuin a quo, que manteve o indeferimento da solicitação, a entidade interpôs o presente recurso voluntário, no qual, em suma, alega que a Lei 9.363/96 não estatui como requisito ao beneficio do crédito presumido ser a requerente contribuinte do IPI, portanto pouco importando ser a mercadoria que produz classificada como NT ou não, uma vez que a mesma é empresa produtora e exportadora, acostando escólio jurisprudencial da CSRS nesse sentido. t o relatório. • • • Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes 2Q CC-M FL • Processo n : 10660.002170/2002-89 Recurso n : '139.347 VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR JORGE FREIRE Antes de adentrar no mérito do julgamento, entendo que algumas matérias de ordem fática devem ser solucionadas, tais como qual o processo produtivo por que passa o café para chegar na condição em que é exportado, em que medida os insumos que a cooperativa alega serem matérias primas, produtos intermediários e material de embalagem (fl. 06) são utilizados no processo produtivo do produto exportado e quem os fornece. Todas essas questões são fundamentais para que eu possa formar minha convicção para julgamento do recurso. CONCLUSÃO Assim, decido converter o presente julgamento para que o órgão local intime o contribuinte a: • • 1 — Descrever minuciosamente a forma em que o café é adquirido e qual o processo produtivo que passa para fins de exportação, descrevendo pormenorizadamente as etapas desse processo ate resultar no produto final exportável, diferenciando-o daquele ao adentrar no estabelecimento produtivo; 2 Como os alegados insumos (fl. 06) são utilizados, 'e *em que medida, no curso do processo Produtivo; e 3 —. Quem são os fornecedores dos insumos listados a fl. '06, apontando aqueles fornecidos por cooperativas e pessoas fisicas, juntando os documentos fiscais de suas aquisições. Caso o • Orgão local tenha informações suplementares vinculadas aos itens supra mencionados, deve, a termo, acrescê-las aos autos. E comb voto. Sala das Sessões, em 15 de agosto de 2007: A , JORGE FREIRE • 3
score : 1.0
Numero do processo: 16327.001006/2003-11
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jul 27 00:00:00 UTC 2006
Numero da decisão: 204-00.269
Decisão: RESOLVEM os Membros da Quarta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligencia, nos termos do voto da Relatora .Fez sustentação oral pela Recorrente, o Dr. Dilson Gerent.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: Adriene Maria de Miranda
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Processo : 16327.001006/2003-11 Recurso n : 128.085 Recorrente : SOFISA LEASING S.A E ARRENDAMENTO MERCANTIL Recorrida : DRJ em Campinas - SP MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM 0 ORIGINAL Brasifia, / / RESOLUÇÃO N° 204-00.284 Maria Luzin a 61qovtis N1;11. Siape t) (01 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por SOFISA LEASING S.A E ARRENDAMENTO MERCANTIL. ACORDAM os Membros da Quarta Câmai ja do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligencia, nos termos do voto do Relator. Fez sustentação oral pela Recorrente, o Dr. Ricardo Krakowiak. Sala das Sessões, em 19 de setembro de 2006. • Henrique Pinhefro Torres , l'residente e Relator Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros Jorge Freire, Flávio de Sá Munhoz, Nayra Bastos Manatta, Rodrigo Bernardes de Carvalho, Mho César Alves Ramos, Raquel Motta B. Minatel (Suplente) e Adriene Maria de Miranda. 1 Nita I.uiini,r Novais Ni:it Si.qw 9164 Processo n : 16327.001006/2003-11 Recurso n1 : 128.085 Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuinte MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM 0 ORIGINAL Brasilia, O‘ / 0? / 474 2'1 CC-NIF Fl. Recorrente : SOFISA LEASING S.A E ARRENDAMENTO MERCANTIL RELATÓRIO Por bem relatar os fatos em tela, adoto e transcrevo o Relatório da Delegacia da Receita Federal de Julgamento: Trata o presente processo de auto de infração relativo a Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), fls. 05/11, instruido com os documentos de fls. 01/04 e 12/85. O crédito tributário formalizado totalizou a importância de RS 179.278,88, incluindo o principal e juros de mora. 2. De acordo com a descrição dos fatos do auto de infração, fl. 06, combinado com o Termo de Verificação Fiscal, fls. 14/16, a autuação é decorrente da falta de reclimento da diferença do PIS, relativamente aos períodos de apuração de dezembro de 1997 a dezembro de 1998, abril, maio, julho, outubro e novembro de 1999. A autoridade fiscal esclarece naquele termo que procedeu ao lançamento do PIS com exigibilidade suspensa, afim de resguardar os interesses da Fazenda Nacional. 3. No citado termo, a autora do feito informa que o contribuinte impetrou Mandado de Segurança, processo n° 97.0058780-0, em trâmite na 17° Vara Federal, no qual pleiteia, em relação aos fatos geradores ocorridos no período entre 01/07/1997 e até 90 dias da data da publicação da EC 17/97, o direito de calcular e recolher a contribuição ao PIS de acordo com a Lei Complementar n° 7/70 e, no período posterior, de mar-go de 1998 a dezembro de 1999, o direito de calcular e recolher as referidas contribuições sobre a receita bruta operacional como definida na legislação do imposto de renda, desconsiderando, por conseqüência, a Medida Provisória n°1.537-45/97. 4. A autoridade fiscal, ainda no referido termo, acrescenta que a liminar foi parcialmente deferida, ficando o impetrante desobrigado de cumprir a EC 17/97, no que se refere ás operações realizadas nos meses de julho de 1997 a fevereiro de 1998, obtendo o direito de calcular e recolher o PIS de acordo com a Lei Complementar n° 7/70. Em 29/11/2000, complementa aquela autoridade, foi concedida a segurança para que "a contribuição integrante do Fundo de que cuida o ADCT, art. 72, V (com redação da ECR n°17/97), seja calculada mediante a aplicação da alíquota e da base de cálculo constitucionais de 0,75% sobre a receita bruta operacional na forma em que definida . pela legislação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza afastando, destarte, a aplicação da Medida Provisória n° 517/94 e de todas as suas subseqüentes reedições." 5. A autora do feito informa ainda, no citado terv, que a União interpôs recurso de apelação, recebido no efeito meramente devolutivo. 6. Cientificada da exigência fiscal em 26/03/2003, o sujeito passivo contestou a exigência por meio da impugnação de fls. 87/98, em 25/04/2003, acompanhada dos documentos de jis. 100/185, expondo em sua defesa as seguintes razões de fato e de direito, em síntese: - a presente autuação teve como único e exclusivo objetivo a constituição do suposto crédito tributário, de modo a forrar-se dos efeitos de eventual decadência, sendo expressamente reconhecida a suspensão da exigibilidade por força da medida liminar concedida e da sentença proferida nos autos do mandado de segurança n° 97.0058780- 0; Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM 0 ORIGINAL Brasilia, e / Ce 04 22 CC-NIF Fl. Maria Ltizan r Novais Processo n : 16327.001006/2003-11 416.11 Recurso n : 128.085 - muito embora o auto de infração tenha sido lavrado para tal fim, no caso presente a decadência já se consumou relativamente aos meses de dezembro de 1997 a fevereiro de 1998, posto que passados mais de cinco anos da ocorrência do fato gerador, tendo em vista a constituição do lançamento em 27/03/2003, por força do artigo 150, § 4°, do Código Tributário Nacional; - nem se diga que no caso da contribuição ao PIS o prazo decadencial seria de 10 anos, por força da Lei n°8.212/91, pois em se tratando de tributos, como é o caso do PIS, os prazos de decadência não podem ser ampliados por lei ordinária. Para reforçar sua defesa, a impugnante traz lições da doutrina, decisões do Poder Judiciário e do Conselho de Contribuintes. 7.Posteriormente, a irnpugnante apresentou o documento de fl. 186. Julgando o Feito, os membros da la Turma da DRJ, por unanimid4le de votos, indeferiram a impugnação. A decisão recebeu a seguinte ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Data do fato gerador: 31/12/1997, 31/01/1998, 28/02/1998, 31/03/1998, 30/04/1998, 31/05/1998, 30/06/1998, 31/07/1998, 31/08/1998, 30/09/1998, 31/10/1998, 30/11/1998, 31/12/1998, 30/04/1999, 31/05/1999, 31/07/1999, 31/10/1999, 30/11/1999 Ementa: DECADÊNCIA — CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL — PRAZO. Ê de dez anos o prazo de decadência das contribuições para a seguridade social. NORMAS PROCESSUAIS CONCOMITÂNCIA ENTRE PROCESSO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL. A busca da tutela jurisdicional do Poder Judiciário, coin o mesmo objeto da autuação, importa ern renúncia ao litígio administrativo e impede a apreciação das razões de mérito pela autoridade administrativa competente, reputando-se o crédito tributário definitivamente constituído na esfera administrativa. Lançamento Procedente Cientificada do acórdão recorrido em 15 de abril de 2004 (fl. 222), a Reclamante protocolou recurso voluntário, em 07/07/2.004, onde se insurge contra a decisão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento, para tanto reedita os mesmos argumentos expendidos na impugnação e adescenta, ainda, as razões que refutariam a desistência da esfera administrativa e, também, a inteipestividade do recurso. Os 'autos vieram a exame na sessão de 26 de abril próximo passado, quando o Colegiado resolveu converter o julgamento em diligência Para que a autoridade preparadora informasse qual era o endereço do sujeito passivo nos cadastros da Receita Federal, na data ern que foi emitida a intimação pertinente ao acórdão recorrido. Em cumprimento ao determinado na diligencia, a autoridade preparadora juntou o documento de fl. 374, com as informações solicitadas. E o relatório. 3 Processo Recurso MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM 0 ORIGINAL o 1 011 Maria Lunn rNovais : 16327.001006/2003-11 )1641 amaresomemer : 128.05 Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuinte Brasilia A VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR HENRIQUE PINHEIRO TORRES A teor do relatado, o recurso foi apresentado após decurso do trintidio legal, todavia, o sujeito passivo refuta a intempestividade alegando que a intimação do acórdão a quo fora entregue em endereço estranho ao da recorrente. De outro lado, o correto endereçamento da intimação referente ao acórdão a quo, é condição de validade desta. A reclamante alega a tempestividade do recurso, muito embora o tenha apresentado muito além do prazo legal. A justificativa dada pela defesa envereda pelo caminho da invalidade da intimação, haja vista que esta teria sido enviada a endereço diverso do da reclamante, in casu, a correspondência fora entregue aonde funcionava a empresa incorporada, e não no da incorporadora. A resposta da diligencia determinada para averiguar o endereço do sujeito passivo nos cadastros da Receita Federal, na data em que foi emitida a intimação pertinente ao acórdão recorrido, não elucidou totalmente a questão, pois se de um lado diz que o evento da incorporação ocorrera em 13/11/2002, de outro informa que as datas de digitação e processamento da alteração no CNPJ deram-se, respectivamente, em 02/08/2004 e 08/10/2004. Ora, o que se pretendia com a diligencia era saber quando o sujeito passivo protocolou na Receita Federal alteração cadastral decorrente dessa incorporação. Saber as datas da digitação da alteração no sistema ou a de seu processamento, por si só, não são suficientes para se chegar conclusão de quando o sujeito passivo informou à repartição fiscal a alteração acima aludida. Diante do exposto, voto no sentido de converter o julgamento em diligência para que a autoridade preparadora informe quando o sujeito passivo levou ao conhecimento da Receita Federal as alterações pertinentes à predita incorporação, quando deu entrada no pedido de alteração cadastral, em outras palavras, quando a contribuinte promoveu perante a repartição fiscal os atos que lhe cabia no tocante h. alteração cadastral relativa à indigitada incorporação. Após a juntada das informações aos autos, sejam estes devolvidos a este Colegiado. Sala das Sessões, em 19 de setembro de 2006. HENRIQUE PINHEIRO 1--RK.E5 S 4
score : 1.0
Numero do processo: 18471.002615/2002-60
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed May 06 00:00:00 UTC 2009
Ementa: NORMAS PROCESSUAIS. DECISÃO PROFERIDA COM CERCEAMENTO DE DEFESA. NULIDADE.
Nos termos dos arts. 31 e 59 do Decreto 70.235/72 é nula, por cercear o direito de defesa cio contribuinte, a decisão que não enfrenta matéria aduzida na sua impugnação.
Processo anulado a partir da decisão de primeira instância, inclusive.
Numero da decisão: 2202-000.077
Decisão: ACORDAM os Membros da 2ª Câmara/2ª Turma Ordinária, da Segunda
Seção de Julgamento do CARF, por unanimidade de votos, em anular o processo a partir cia decisão de primeira instância, inclusive. Fez sustentação oral pela Recorrente, a Drª Mary Elbe,
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: JULIO CESAR ALVES RAMOS
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TULGAMENTO 4wwir g̀mtí," .' Processo n" 18471.002615/2002-60 Recurso n" 141.120 Voluntário •Acórdão n" 2202-00.077 — r Câmara / 2" Turma Ordinária Sessão de 06 de maio de 2009 Matéria PIS Recorrente SAB TRADING COMERCIAL EXPORTADORA S/A Recorrida DR.I/BELO HORIZONTE-MG NORMAS PROCESSUAIS. DECISÃO PROFERIDA COM CERCEAMENTO DE DEFESA. NULIDADE. Nos termos dos arts. 31 e 59 do Decreto 70.235/72 é nula, por cercear o direito de defesa cio contribuinte, a decisão que não enfrenta matéria aduzida na sua impugnação. Processo anulado a partir da decisão de primeira instância, inclusive. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da 2" Câmara/2" Turma Ordinária, da Segunda Seção de Julgamento do CARF, por unanimidade de votos, em anular o processo a partir cia decisão de primeira instância, inclusive. Fez sustentação oral pela Recorrente, a Di a' Mary Elbe, -- "---""r- . NAY STOS NATTA . Presidenta J LIO CÉSAR ALVES MOS Rd ator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rodrigo Bernardes de Carvalho, Ali Zraik Junior, Silvia de Brito Oliveira, Marcos Tranellesi Ortiz, Alexandre Kern (Suplente) e Leonardo Siade Manzan. i Processo ti 18471.002615/2002-60 S2-C212 Acórdão ri." 2202-00.077 Fl 2 Relatório Veiculam os autos lançamento de oficio da contribuição PIS/PASEP em virtude de apontada insuficiência de recolhimento nos meses de novembro de 2000 a maio de 2002, cuja ciência ocorreu em 27 de fevereiro de 2003. São apontadas duas infrações: a) não inclusão na base de cálculo das demais receitas excedentes às de vendas de mercadorias ou serviços, consoante planilha de ft 97, decorrente da disposição inserta no art. 30 da Lei n° 9.718/98 objeto de questionamento judicial por parte da autuada. Segundo a autoridade fiscal a empresa dispunha, à época do lançamento, de decisão eficaz suspensiva de sua exigibilidade, mas não informou tal circunstância nas DCTF entregues limitando a base de cálculo da contribuição à "receita bruta de serviços de açúcar". Por esse motivo, fez-se necessário o lançamento para prevenir a decadência cio direito da Fazenda Nacional, mas não se imputou multa de oficio em respeito ao art. 63 da Lei n" 9_430/96. Na mencionada planilha, observa-se que a fiscalização exige a inclusão de receitas financeiras (ganhos em aplicações, juros ativos, descontos obtidos e multas contratuais) além das receitas denominadas de dispatch e demurrage, receita de performance, de aluguéis e de fin, de açúcar; b) não inclusão na base de cálculo da "receita de crédito-prêmio de IPI" cujo registro e aproveitamento foram garantidos à empresa por meio de decisão judicial em ação específica. Entende a autoridade autuante, com base no Parecer Normativo CST 51/78, que a contrapartida do registro desse direito é receita tributável pelo PIS, visto não haver, quanto a ela, qualquer norma isentiva ou de outra forma excludente. Também em relação a este ponto, entendeu a fiscalização estar o lançamento com sua exigibilidade suspensa e não aplicou multa de oficio, porque esta receita também só deveria ser incluída na base de cálculo se vigente a Lei 9.718. O lançamento foi tempestivamente impugnado pela empresa sob os fundamentos de mérito de que ou se têm parcelas que sequer são receitas, configurando-se meras recuperações de despesas — caso dos descontos obtidos, dispatch e demurrage — ou se têm receitas de exportação, isentas, portanto, até a promulgação da emenda constitucional n" 33/01 e imunes a partir dai. Especificando cada item constante do lançamento, defende que o crédito-prêmio tem a natureza de receita de exportação, trazendo em seu auxilio conclusão do Parecer Normativo CST 71/72, e, por isso, estaria abrigada pela isenção prevista na Medida Provisória 2.158-35/2001 em relação ao PIS. Quanto às receitas indicadas em sua contabilidade como multas contratuais, dispatch e demurrage e descontos obtidos, defende que sequer se enquadram na definição de receita, pois constituiriam meras recuperações de valores desembolsados mas que são de responsabilidade de seus clientes no Brasil. Quanto às demais parcelas (receitas estritamente financeiras), aponta a inconstitucionalidade do art. 3' da Lei n" 9.718/98. Antes dele, porém, aduziu como preliminar a nulidade do auto de infração em virtude da existência da decisão judicial suspensiva de sua exigibilidade, reconhecida pela própria autoridade autuante. Entende que, por isso, inexistente qualquer infração no não recolhimento do tributo com base em decisão judicial e que o lançamento possível para prevenir a decadência não deveria ser feito mediante auto de infração. No julgamento do auto de infração, a DR; Belo Horizonte apontou em ementa ter sido a impugnação do contribuinte "não conhecida", embora aí também se abordem duas matérias ali apontadas: os juros de mora e a isenção da receita de crédito-prêmio. Na parte dispositiva do acórdão, por outro lado, consignou-se que se rejeitara a preliminar de nulidade, Processo n° 18471.002615/2002-60 S2-C2T2 Acórdão n." 2202-00,077 Fl 3 não se conhecera da impugnação apresentada e declarara-se definitivo o lançamento na esfera administrativa no que tange à matéria submetida ao Poder Judiciário, e na parte não submetida, considerara-se o lançamento procedente. No corpo do acórdão, evidencia-se que foram consideradas matérias distintas daquela posta ao deslinde do Poder Judiciário tão-somente a existência ou não de isenção para a receita de crédito-prêmio e a incidência de juros de mora. No voto condutor, com efeito, apenas se disse com respeito ao caráter de receita das parcelas apontadas pela empresa como meras recuperações de despesas: "todas as rubricas levadas à tributação pelo fisco, quais sejam, crédito-prêmio de IPI, ganhos em aplicações financeiras, juros, receitas de aluguéis e especificas (dispatch e denzurrage), constituem efetivamente receitas, portanto tributáveis à luz dos dispositivos citados, submetidos à apreciação do • judiciário". Não há, como se vê, sequer menção às multas contratuais e aos descontos obtidos (se são receita ou não) bem como nenhuma fundamentação para que as demais questionadas pela empresa (dispath e demurrage ) "efetivamente" o sejam. Não há, conclusivamente, qualquer consideração para afastar a alegação da empresa de que seriam "recuperações de despesas" ou, se receitas, que teriam o caráter de receitas de exportação e não seriam tributáveis. No recurso, tempestivamente ofertado, postula a empresa a nulidade da decisão prolatada face à contradição entre a ementa e sua parte dispositiva, e ressalta ter sido ela ainda omissa quanto aos seus argumentos de que algumas parcelas seriam recuperação de despesas. Não postula, porém, nulidade em razão desse último aspecto. Defende ainda não haver identidade entre os objetos da ação judicial e do processo administrativo, requerendo, por isso, o exame de todas as matérias já postas em impugnação, que repete. É o relatório, Voto Conselheiro JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS, Relator Sendo tempestivo, o recurso deve ser analisado. A recorrente aduz como preliminar ter sido cerceado o seu amplo direito de defesa, visto que a decisão recorrida não enfrentou matérias constantes de sua impugnação.. • Concretamente, que não se pronunciaram as autoridades a quo sobre o caráter de receita ou não de determinadas rubricas acrescidas pela fiscalização, bem como sobre se outras se enquadram na condição de receitas de exportação, o que, em ambos os casos, determinaria a não incidência da contribuição sobre essas parcelas. Acolho a nulidade porque o não exame de matéria constitui, em n meu entender, cerceamento de defesa. Dispõe o art. 31 do Decreto 70.235/72: An. 31. A decisão conterá relatório resumido do processo, .fundamentos legais, conclusão e ordem de intimação, devendo referir-se, expressamente, a todos os autos de infração e notificações de lançamento objeto do processo, bens como às razões de defesa suscitadas pelo impugnante contra latias as exigências. (Redação dada pelo art. 1° da Lei n° 8.748/93) Processo if 18471.002615/2002-60 52-C272 Acórdão n." 2202-00.077 Fl 4 , Parágrafo único. O órgão preparador dará ciência da decisão do sujeito passivo, intimando-o, quando for o caso, a cumpri-/a, no prazo de 30 (trinta) dias, ressalvado o disposto no art. 33 Nesse sentido, confirma-se a omissão indicada pela empresa em seu recurso, pois não se consegue saber, lendo a decisão prolatada, por que as rubricas questionadas devem mesmo ser tributadas. De fato, a empresa afirmara, primeiro, que os descontos obtidos e as multas contratuais cobradas dos clientes não constituiriam receitas, em seu entender, mas apenas meras recuperações de despesas. Contra essa afirmação, aduziu o relator a quo que elas são receitas, mas não disse o parquê. , Como segundo argumento, postulou a ora recorrente em sua impugnação que, algumas delas ao menos, ainda que fossem consideradas receitas, seriam decorrentes de operações de exportação e, por isso, deveriam ser amparadas pelas desonerações previstas em lei, seja a isenção seja a imunidade. Nada há na decisão ,sobre esse ponto. Em conseqüência, parece-me fora de dúvida que a decisão foi proferida com nítido cerceamento do direito de defesa do contribuinte, que não é saneado pelo eventual enfrentamento das matérias nesta Casa. Neste último caso, patentear-se-ia nítida supressão de instância tão repetidamente combatida por este Colegiado. Nesse caso, estabelece com clareza o art. 59 do PAI-7: Art. 59, São nulos: 1- as atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. § 12. A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretaniente dependam ou sejam conseqüência § 2. Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo ,s5. .r. Quando puder decidir o mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. (Acrescido pelo art. E da Lei n° 8.748/93) Com base nessas considerações, acolho, com base nos arts. 31 e 59 do Decreto 70,235/72, a preliminar de nulidade da decisão de primeiro grau apontada no recurso, e voto por anular o processo desde aquela decisão para que seja proferida nova decisão que efetivamente enfrente as matérias de defesa expendidas na impugnação. É como voto, Sala das )ssõese 1 06 de maio de 2009 r , !r4,, .1 LIO CE . R 1, VES ' MOS A
score : 1.0
Numero do processo: 13811.002218/99-82
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Nov 09 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Mon Jul 01 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/09/1988 a 31/12/1995
PIS. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. 5 (CINCO) ANOS PARA HOMOLOGAR (ARTIGO 150, §4º DO CTN) MAIS 5 (CINCO) ANOS PARA PROTOCOLAR O PEDIDO DE RESTITUIÇÃO (ARTIGO 168, I DO CTN). IRRETROATIVIDADE DA LC 118/2005. ARTIGO 65-A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF.
Esta Corte Administrativa está vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF, bem como àquelas proferidas pelo STJ em recurso especial repetitivo. Com efeito, cabe a aplicação simultânea dos entendimentos proferidos pelo STF no julgamento do RE nº 566.621, bem como aquele proferido pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932. Nesse sentido, o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação, como é o caso do PIS, será, para os pedidos de compensação protocolados antes da vigência da Lei Complementar 118/2005, ou seja, antes do dia 09/06/2005, o de 5 (cinco) anos previsto no artigo 150, §4º do CTN somado ao de 5 (cinco) anos previsto no artigo 168, I desse mesmo código. Assim, tendo o contribuinte protocolado o seu pedido de restituição/compensação em 24/08/1999 visando a restituição dos valores de PIS relativos aos fatos geradores compreendidos entre dezembro de 1988 e janeiro de 1996, entendo que o direito do contribuinte decaiu apenas para o período compreendido entre dezembro de 1988 e julho de 1989, eis que anterior a 24/08/1989.
SEMESTRALIDADE. LEI COMPLEMENTAR 7/70.
Tendo o pedido de restituição ou de compensação do contribuinte se baseado na declaração de inconstitucionalidade dos Decretos-Leis n.os 2.445/88 e 2.449/88, é necessário que o julgador administrativo aplique integralmente a Lei Complementar 7/70 de forma a zelar pelos princípios da verdade material, da legalidade, sendo mister que se reconheça, independentemente de requerimento expresso do contribuinte, a semestralidade da base de cálculo de PIS, conforme, inclusive, manifestaram reiteradas decisões do STJ.
Recurso Especial do Procurador Provido em Parte.
Numero da decisão: 9303-001.750
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial quanto à semestralidade e em dar provimento parcial ao recurso especial para considerar prescrito o direito à repetição de indébito cujos fatos geradores ocorreram até agosto de 1989.
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
Nanci Gama - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: NANCI GAMA
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ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/09/1988 a 31/12/1995 PIS. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. 5 (CINCO) ANOS PARA HOMOLOGAR (ARTIGO 150, §4º DO CTN) MAIS 5 (CINCO) ANOS PARA PROTOCOLAR O PEDIDO DE RESTITUIÇÃO (ARTIGO 168, I DO CTN). IRRETROATIVIDADE DA LC 118/2005. ARTIGO 65A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. Esta Corte Administrativa está vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF, bem como àquelas proferidas pelo STJ em recurso especial repetitivo. Com efeito, cabe a aplicação simultânea dos entendimentos proferidos pelo STF no julgamento do RE nº 566.621, bem como aquele proferido pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932. Nesse sentido, o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação, como é o caso do PIS, será, para os pedidos de compensação protocolados antes da vigência da Lei Complementar 118/2005, ou seja, antes do dia 09/06/2005, o de 5 (cinco) anos previsto no artigo 150, §4º do CTN somado ao de 5 (cinco) anos previsto no artigo 168, I desse mesmo código. Assim, tendo o contribuinte protocolado o seu pedido de restituição/compensação em 24/08/1999 visando a restituição dos valores de PIS relativos aos fatos geradores compreendidos entre dezembro de 1988 e janeiro de 1996, entendo que o direito do contribuinte decaiu apenas para o período compreendido entre dezembro de 1988 e julho de 1989, eis que anterior a 24/08/1989. SEMESTRALIDADE. LEI COMPLEMENTAR 7/70. 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Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial quanto à semestralidade e em dar provimento parcial ao recurso especial para considerar prescrito o direito à repetição de indébito cujos fatos geradores ocorreram até agosto de 1989. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Nanci Gama Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório Tratase de recurso especial interposto pela Fazenda Nacional com fulcro no artigo 56, inciso II do antigo Regimento Interno do Conselho de Contribuintes, bem como no artigo 7º, inciso I do antigo Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, ambos aprovados pela Portaria MF nº 147/2007, em face ao acórdão de nº 20402.698, o qual, por maioria de votos, deu provimento ao recurso voluntário para entender que o prazo decadencial de 5 (cinco) anos para o contribuinte pleitear restituição dos valores de PIS pagos na sistemática dos DecretosLeis n.os 2.445/88 e 2.449/88, declarados inconstitucionais pela Resolução do Senado Federal de nº 49/95, deve ser contado a partir da publicação de aludida Resolução, bem como, por unanimidade de votos, reconheceu a semestralidade da base de cálculo do PIS, conforme ementa a seguir: “NORMAS PROCESSUAIS RESTITUIÇÃO. DECADÊNCIA. O prazo decadencial para se pedir a restituição do tributo pago indevidamente tem como termo inicial a data de publicação da Resolução que extirpou do ordenamento jurídico a norma declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. COMPENSAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. Até a vigência da Medida Provisória nº 1.212/95 a contribuição para o PIS deve ser calculada observandose que a alíquota era de 0,75% incidente sobre a base de cálculo, assim considerada o Fl. 467DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/05/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 17/05/2013 por NAN CI GAMA, Assinado digitalmente em 18/06/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13811.002218/9982 Acórdão n.º 9303001.750 CSRFT3 Fl. 384 3 faturamento do sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, sem correção monetária. Recurso Voluntário Provido em Parte.” Inconformada, a Fazenda Nacional interpôs recurso especial insurgindose tanto contra a decadência quanto contra o reconhecimento de ofício da semestralidade do PIS. Quanto à decadência, a Fazenda alegou que, ao contrário do entendido pelo acórdão a quo, o prazo decadencial de 5 (cinco) anos para o contribuinte pleitear restituição deve ser contado a partir da data da extinção do crédito tributário, conforme dispõem os artigos 165, inciso I e 168, caput e inciso I, ambos do CTN, o que, inclusive, foi dirimido com a publicação da Lei Complementar nº 118/2005, a qual, a seu ver, se trataria de uma norma de caráter interpretativo que deveria ser aplicada a fatos pretéritos a teor do que dispõe o artigo 106, inciso I do CTN. Dessa forma, entendeu a Fazenda Nacional que na data em que o contribuinte pleiteou sua restituição, ou seja, em 24/08/1999, o seu direito de restituir os créditos tributários de PIS recolhidos no período de dezembro de 1988 a janeiro de 1996, já teria sido atingido pela decadência. Quanto à semestralidade, a Fazenda Nacional alegou que acórdãos suscitados como paradigmas teriam entendido que a semestralidade da base de cálculo do PIS não pode ser reconhecida de ofício eis que não se trataria de matéria de ordem pública, sendo impreterível que a mesma seja expressamente requerida pelo contribuinte, o que não teria ocorrido in casu. Em despacho de fls. 376, o i. Presidente da Quarta Câmara do extinto Segundo Conselho de Contribuintes, aprovando a informação de fls. 372/375, deu seguimento ao recurso especial da Fazenda Nacional. Intimado por meio do edital nº 363/2009, o contribuinte não se manifestou. É o relatório. Voto Conselheira Nanci Gama, Relatora O recurso especial da Fazenda Nacional é tempestivo e, a meu ver, reúne os pressupostos de admissibilidade previstos no Regimento Interno, razão pela qual dele conheço. A controvérsia aduzida nos presentes autos cingese, basicamente, em determinar dois pontos, quais sejam: (i) o prazo decadencial para o contribuinte pleitear restituição dos créditos de PIS recolhidos sob a sistemática dos DecretosLeis n.os 2.445/88 e 2.449/88; e (ii) se a semestralidade de é possível de ser conferida de ofício quando o contribuinte não a requer expressamente. Quanto à decadência, conforme consta do relatório, o acórdão recorrido entendeu que o prazo decadencial deve ser de 5 (cinco) anos contados a partir da data da Fl. 468DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/05/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 17/05/2013 por NAN CI GAMA, Assinado digitalmente em 18/06/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 publicação da Resolução do Senado Federal de nº 49, a qual declarou aludidos DecretosLeis como inconstitucionais, ou seja, a partir de 10/10/1995. Em contrapartida, a Fazenda Nacional entende que o prazo decadencial de 5 (cinco) anos deve ser contado a partir da extinção do crédito tributário, conforme determinaria a literalidade dos artigos 165 e 168 do CTN, os quais, inclusive, teriam sido expressamente interpretados pela Lei Complementar 118/2005, a qual, exatamente por ter caráter interpretativo, deveria ser aplicada retroativamente aos períodos objeto do pedido de restituição in casu. A relevância de aludida controvérsia é nítida tendo em vista que o contribuinte protocolou seu pedido de restituição no dia 24/08/1999 e os créditos de PIS objeto de referido pedido se referem ao período de dezembro de 1988 a janeiro de 1996. Considerando que segundo o artigo 62A1 do atual Regimento Interno do CARF, qual seja, o aprovado pela Portaria MF nº 256/2009, esta Corte Administrativa deve reproduzir as decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF, mister se faz que esta Relatora reproduza integralmente o teor do julgamento do Recurso Extraordinário de nº 566.621, o qual foi realizado na Sessão Plenária de 04/08/2011, no sentido de entender que aludida Lei Complementar se tratou de lei nova e não de lei interpretativa, cabendo a sua aplicação tão somente a partir de 09/06/2005, ou seja, apenas a partir da vacacio legis de 120 dias somada à data da sua publicação dada em 09/02/2005. Entendeu aludida decisão, ainda, que o prazo para repetição ou compensação de indébitos relativos a tributos sujeitos a lançamento por homologação, anteriormente à vigência de aludida Lei Complementar, deveria ser de 10 (dez) anos contados a partir do fato gerador, tendo em vista a aplicação do prazo de 5 (cinco) anos previsto nos artigos 150, §4º c/c 156, VII somado ao de 5 (cinco) anos previsto no artigo 168, I do CTN, conforme se tratava do entendimento do STJ respaldado no julgamento do recurso especial repetitivo de nº 1.002.932. O acórdão do STF restou assim ementado: “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, §4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 1 “Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF.” Fl. 469DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/05/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 17/05/2013 por NAN CI GAMA, Assinado digitalmente em 18/06/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13811.002218/9982 Acórdão n.º 9303001.750 CSRFT3 Fl. 385 5 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, §3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.” Assim, em que pese o entendimento pessoal dessa Relatora acerca da inaplicabilidade da tese dos 5 (cinco) anos para homologar (artigo 150,§4º do CTN) mais 5 (cinco) anos, a partir dessa homologação, para pleitear restituição (artigo 168, I do CTN), cumulandose num prazo de 10 (dez) anos contados a partir do fato gerador, mister se faz, por força do atual Regimento Interno do CARF, que a mesma a reproduza integralmente, tendo em vista que se tratou do objeto de decisão repetitiva do Superior Tribunal de Justiça e que o PIS se trata de tributo sujeito a lançamento por homologação. Sendo certo que o contribuinte protocolou seus pedidos de restituição/compensação no dia 24/08/1999, e que os fatos geradores ocorreram entre dezembro Fl. 470DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/05/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 17/05/2013 por NAN CI GAMA, Assinado digitalmente em 18/06/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 de 1988 e janeiro de 1996, entendo que apenas restouse decaído o direito de pleitear restituição para os valores de PIS relativos ao período de dezembro de 1988 a julho de 1989. Nesse sentido, quanto a esse primeiro ponto, conheço do recurso especial interposto pela Fazenda Nacional e, no mérito, voto no sentido de lhe dar parcial provimento apenas para reconhecer decaído o direito do contribuinte de pleitear a restituição dos valores de PIS relativos ao período compreendido entre dezembro de 1988 e julho de 1989, eis que anteriores a 24/08/1989. Quanto à matéria relativa à possibilidade do reconhecimento “de ofício” da semestralidade da base de cálculo do PIS, vale mencionar, primeiramente, que, de fato, o contribuinte não a requereu de forma expressa nem em seu pedido inicial, nem em sua manifestação de inconformidade nem, tampouco, em seu recurso voluntário. Quanto a esse ponto, entendo ter sido devidamente demonstrada a divergência entre o acórdão recorrido, que reconheceu de ofício a semestralidade da base de cálculo do PIS, e o acórdão utilizado como paradigma, o qual entendeu que não é possível o reconhecimento de ofício da semestralidade da base de cálculo do PIS sem que tenha havido pedido expresso do contribuinte, eis que não se trataria de matéria de ordem pública, razão pela qual conheço do recurso especial da Fazenda Nacional quanto à esse ponto. No entanto, em que pesem os argumentos suscitados pela d. Procuradoria da Fazenda Nacional, entendo que o fato de o contribuinte ter deixado de alegar, de forma expressa, tanto em sua impugnação, quanto em seu recurso voluntário, a semestralidade da base de cálculo do PIS, não impossibilita que esta seja reconhecida, eis que a partir do momento que o contribuinte se embasou na declaração de inconstitucionalidade dos Decretos Leis 2.445/88 e 2.449/88 para pleitear sua restituição, o mesmo obviamente requereu a aplicação da Lei Complementar 7/70. A decisão do Supremo Tribunal Federal que declarou aludidas normas impositivas como sendo inconstitucionais foi assertiva ao determinar que deveria ser aplicada a Lei Complementar 7/70. Além disso, o ordenamento jurídico brasileiro ampara o princípio do da mihi factum, dabo tibi ius, o qual consiste no princípio do dáme os fatos, que lhe darei o direito e, por sua vez, consubstancia exatamente a necessidade de que seja dado o direito para os fatos que tenham sido devidamente esclarecidos, como é o caso dos presentes autos. Além disso, mister se faz considerar que cabe ao julgador administrativo zelar, de forma precípua, pelo princípio da verdade material, aplicando ao caso concreto a totalidade da lei pertinente. Nesse sentido, inclusive, já se manifestou o Superior Tribunal de Justiça em diversos julgados como os acórdãos proferidos nos Recursos Especiais de nos 873.364, 939.335 e 759.213, ao entender que “não se configura decisão extra petita o fato de o Tribunal de origem entender que o PIS é devido nos moldes da LC 7/70”. E, inclusive, no julgamento do recurso especial repetitivo de nº 1.136.210, restouse definitivamente entendido, pelo STJ, que “o reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, da inconstitucionalidade formal dos DecretosLeis 2.445/88 e 2.449/88 (RE 148.754, Rel. Ministro Carlos Velloso, Rel. p/ Acórdão Ministro Francisco Rezek, Tribunal Pleno, julgado em 24.06.1993, DJ 04.03.1994) teve o condão de restaurar a sistemática de cobrança do PIS disciplinada na Lei Complementar 7/70”. Fl. 471DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/05/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 17/05/2013 por NAN CI GAMA, Assinado digitalmente em 18/06/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13811.002218/9982 Acórdão n.º 9303001.750 CSRFT3 Fl. 386 7 Assim, sendo certo que o pedido de restituição do contribuinte se baseou na declaração de inconstitucionalidade dos DecretosLeis 2.445/88 e 2.449/88, entendo ser plenamente cabível que o julgador administrativo, zelando pelos princípios da verdade material, da legalidade e do da mihi factum, dabo tibi ius, aplique integralmente a Lei Complementar 7/70 para reconhecer a inafastável semestralidade da base de cálculo do PIS a ser considerada para o período não atingido pela decadência. Nesse segundo ponto, portanto, voto no sentido de conhecer o recurso especial da Fazenda Nacional para, no mérito, negarlhe provimento Face ao exposto, conheço do recurso especial interposto pela Fazenda Nacional tanto quanto à divergência como à matéria relativa à semestralidade de ofício, para, no mérito, darlhe parcial provimento quanto à decadência, reconhecendo ter decaído o direito do contribuinte de pleitear restituição dos períodos compreendidos entre dezembro de 1988 e julho de 1989, eis que anteriores a 24/08/1989, e, paralelamente, negarlhe integral provimento quanto à semestralidade, para entender ser possível o reconhecimento da semestralidade da base de cálculo do PIS pelo julgador administrativo. Nanci Gama Fl. 472DF CARF MF Impresso em 02/07/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/05/2013 por CLEIDE LEITE, Assinado digitalmente em 17/05/2013 por NAN CI GAMA, Assinado digitalmente em 18/06/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
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Numero do processo: 13748.000500/2001-49
Turma: Quarta Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Oct 15 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Nov 08 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 1999
IRPF. GLOSA DE IRRF COMPENSADO NA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL. VALOR DEPOSITADO EM JUÍZO.
Havendo prova nos autos de que houve retenção de imposto de renda na fonte, ainda que tal valor tenha sido depositado em juízo pela fonte pagadora nos autos de reclamação trabalhista, deve ser aceita a compensação de tal valor pelo beneficiário dos rendimentos.
Numero da decisão: 2201-002.261
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
MARIA HELENA COTTA CARDOZO - Presidente.
(assinado digitalmente)
GUSTAVO LIAN HADDAD - Relator.
EDITADO EM: 05/11/2013
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Maria Helena Cotta Cardozo, Nathalia Mesquita Ceia, Gustavo Lian Haddad, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Walter Reinaldo Falcão Lima, Heitor de Souza Lima Junior. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Eduardo Tadeu Farah.
Matéria: IRPF- auto de infração eletronico (exceto multa DIRPF)
Nome do relator: GUSTAVO LIAN HADDAD
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) MARIA HELENA COTTA CARDOZO - Presidente. (assinado digitalmente) GUSTAVO LIAN HADDAD - Relator. EDITADO EM: 05/11/2013 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Maria Helena Cotta Cardozo, Nathalia Mesquita Ceia, Gustavo Lian Haddad, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Walter Reinaldo Falcão Lima, Heitor de Souza Lima Junior. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Eduardo Tadeu Farah.
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GLOSA DE IRRF COMPENSADO NA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL. VALOR DEPOSITADO EM JUÍZO. Havendo prova nos autos de que houve retenção de imposto de renda na fonte, ainda que tal valor tenha sido depositado em juízo pela fonte pagadora nos autos de reclamação trabalhista, deve ser aceita a compensação de tal valor pelo beneficiário dos rendimentos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) MARIA HELENA COTTA CARDOZO Presidente. (assinado digitalmente) GUSTAVO LIAN HADDAD Relator. EDITADO EM: 05/11/2013 AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 74 8. 00 05 00 /2 00 1- 49 Fl. 244DF CARF MF Impresso em 08/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD, Assinado digitalmente em 07/11/2013 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 05/11/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 2 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Maria Helena Cotta Cardozo, Nathalia Mesquita Ceia, Gustavo Lian Haddad, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Walter Reinaldo Falcão Lima, Heitor de Souza Lima Junior. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Eduardo Tadeu Farah. Relatório Contra a contribuinte acima qualificada foi lavrado, em 22/06/2001, o auto de infração de fls. 03, relativo ao Imposto sobre a Renda de Pessoa Física, exercício 1999, ano calendário de 1998, por intermédio do qual lhe é exigido crédito tributário incluindo principal, multa e juros de mora calculados até julho de 2001. Conforme Demonstrativo das Infrações (fls. 05), a autoridade fiscal apurou a seguinte infração: “DEDUÇÃO INDEVIDA DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE, EM FUNÇÃO POR FALTA DE COMPROVAÇÃO DO DARF DE RECOLHIMENTO DO DECLARADO.” Cientificada do Auto de Infração em 15/08/2001 (AR de fls. 18), a contribuinte apresentou, em 28/08/2001, a impugnação de fls. 01, cujas alegações foram assim sintetizadas pela autoridade julgadora de primeira instância: “1. – o valor do imposto em questão teria sido recolhido pelas Lojas Americanas S/A, nos autos do processo trabalhista nº 00506/97; 2. – conforme os documentos anexos, o auto de infração seria improcedente.” A 2ª Turma da DRJ no Rio de Janeiro, por unanimidade de votos, considerou procedente o lançamento, em decisão assim ementada: “Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF Anocalendário: 1998 Ementa: GLOSA DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. Diante da ausência de documentação hábil que comprove a retenção do imposto de renda na fonte, deve ser mantida a glosa efetuada pelo Fisco.” Cientificada da decisão de primeira instância em 13/11/2006, conforme AR de fls. 47, e com ela não se conformando, a recorrente interpôs, em 11/12/2006, o recurso voluntário de fls. 40/54, por meio do qual reiterou as razões apresentadas na impugnação. Em sessão de 24/06/2008 a antiga 4ª Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes converteu o julgamento em diligência para que a autoridade preparadora intimasse a pessoa jurídica “Lojas Americanas S.A.” (CNPJ nº 29.979.036/000140) para que informasse se efetivamente pagou rendimentos à recorrente no anocalendário de 1998, confirmando também se houve a retenção de imposto de renda na fonte (Resolução nº 104 02.073). Fl. 245DF CARF MF Impresso em 08/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD, Assinado digitalmente em 07/11/2013 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 05/11/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD Processo nº 13748.000500/200149 Acórdão n.º 2201002.261 S2C2T1 Fl. 101 3 Em 02/11/2011 a pessoa jurídica “Lojas Americanas S.A.” foi intimada da referida diligência (fls. 71/72) e em resposta apresentou a documentação de fls. 74/90. Dentre os esclarecimentos apresentados verificase petição (fls. 88) por meio da qual Lojas Americanas confirma a efetiva retenção do imposto de renda retido na fonte no valor de R$20.136,67, bem como (i) cópia da petição apresentada à época ao Juízo da 2ª Junta de Conciliação e Julgamento de Petrópolis (fls. 89) informando o depósito de tal quantia a título de imposto de renda retido da recorrente e (ii) a guia comprobatória do depósito em juízo dessa retenção (fls. 90). Por meio do termo de fls. foi encerrado o procedimento fiscal, dandose ciência à recorrente que deixou de apresentar manifestação. É o relatório. Voto Conselheiro Gustavo Lian Haddad O recurso preenche os pressupostos de admissibilidade. Dele conheço. A discussão posta no presente processo é a glosa pela autoridade fiscal do imposto de renda retido na fonte informado pela contribuinte em sua declaração de ajuste anual para o anocalendário de 1998 no valor de R$20.136,67. O lançamento decorre da ausência de apresentação pela contribuinte do DARF comprobatório do imposto de renda retido. Em sua impugnação a recorrente sustenta que a retenção foi efetuada pela fonte pagadora, tendo sido o valor depositado em juízo nos autos de reclamatória trabalhista (cuja sentença foi trazida aos autos). A DRJ, ao julgar a impugnação apresentada pela contribuinte, manteve o lançamento por não considerar como comprovada a retenção já que não constam no sistema da Receita Federal DARFs ou DIRF apresentada pela fonte pagadora informando a retenção desse valor. A diligência foi frutífera e resultou na obtenção de informações relevantes para o deslinde. Conforme constatado pela D. Autoridade Preparadora em diligência determinada por este E. Colegiado a fonte pagadora (“Lojas Americanas”), devidamente intimada, apresentou os esclarecimentos de fls. 88 e documentos de fls. 89/90 por meio dos quais confirmou o depósito em juízo do imposto de renda no valor de R$20.136,67, relativamente aos rendimentos pagos à recorrente e por ela oferecidos a tributação. Assim, resta comprovado que a recorrente suportou o ônus do referido tributo tendo declarado corretamente esse valor em sua declaração de ajuste anual. Fl. 246DF CARF MF Impresso em 08/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD, Assinado digitalmente em 07/11/2013 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 05/11/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD 4 A ausência de apresentação pela fonte pagadora de DIRF informando tal retenção ou a inexistência de DARFs no sistema da Receita Federal não podem prejudicar a recorrente que efetivamente teve tal tributo retido por ocasião do recebimento de suas verbas trabalhistas. Ante o exposto, conheço do recurso voluntário para, no mérito, DAR LHE PROVIMENTO para restabelecer a dedução do imposto de renda retido na fonte no montante de R$20.136,67 para o anocalendário de 1998. (assinado digitalmente) Gustavo Lian Haddad Relator Fl. 247DF CARF MF Impresso em 08/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/11/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD, Assinado digitalmente em 07/11/2013 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 05/11/2013 por GUSTAVO LIAN HADDAD
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Numero do processo: 18471.001657/2005-26
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Aug 20 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Oct 03 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/01/2007 a 31/12/2007
RECURSO DE OFÍCIO
PIS E COFINS. REGIME NÃO CUMULATIVO. FALTA OU INSUFICIËNCIA DE RECOLHIMENTO. CONSIDERAÇÃO DOS CRÉDITOS REGISTRADOS PELO CONTRIBUINTE. OBRIGATORIEDADE DE CONSIDERAÇÃO.
A legislação de regência das contribuições ao PIS e à COFINS (Leis nºs. 10.637/02 e 10.833/03) prevê que do valor das contribuições apuradas sobre as receitas tributáveis (art. 2º), podem ser descontados os créditos legalmente permitidos (art. 3º), para com isso se evitar a cumulatividade tributária que se pretendeu coibir e justificar o aumento das alíquotas levado a efeito, de modo que agiu com acerto a decisão que cancelou parcialmente o crédito tributário por aceitar o desconto dos referidos créditos, apurados conforme os livros e registros do contribuinte.
Recurso de Ofício Negado
DESISTÊNCIA PERDA DE OBJETO. NÃO CONHECIMENTO.
Tendo o contribuinte desistido da discussão contida em seu recurso voluntário, renunciando ao direito sobre o qual se fundamenta sua irresignação, opera-se a perda do objeto recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso.
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 3402-002.138
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de ofício e, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário em face da desistência apresentada pelo recorrente. Fez sustentação oral Dra. Juliana Borges, OAB/SP 154.716.
(assinado digitalmente)
Gilson Macedo Rosenburg Filho Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
João Carlos Cassuli Junior - Relator
Participaram do julgamento os Conselheiros Gilson Macedo Rosenburg Filho (Presidente Substituto), Fernando Luiz da Gama Lobo d'Eça, Luiz Carlos Shimoyama (Suplente), Winderley Morais Pereira (Substituto), João Carlos Cassuli Júnior (Relator) e Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva. Ausentes justificadamente as conselheiras Nayra Bastos Manatta e Silvia de Brito Oliveira.
Matéria: Cofins - ação fiscal (todas)
Nome do relator: JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR
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Recorrida SAB TRADING COMERCIALEXPORTADORA S/A ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/2007 a 31/12/2007 RECURSO DE OFÍCIO PIS E COFINS. REGIME NÃO CUMULATIVO. FALTA OU INSUFICIËNCIA DE RECOLHIMENTO. CONSIDERAÇÃO DOS CRÉDITOS REGISTRADOS PELO CONTRIBUINTE. OBRIGATORIEDADE DE CONSIDERAÇÃO. A legislação de regência das contribuições ao PIS e à COFINS (Leis nºs. 10.637/02 e 10.833/03) prevê que do valor das contribuições apuradas sobre as receitas tributáveis (art. 2º), podem ser descontados os créditos legalmente permitidos (art. 3º), para com isso se evitar a cumulatividade tributária que se pretendeu coibir e justificar o aumento das alíquotas levado a efeito, de modo que agiu com acerto a decisão que cancelou parcialmente o crédito tributário por aceitar o desconto dos referidos créditos, apurados conforme os livros e registros do contribuinte. Recurso de Ofício Negado DESISTÊNCIA PERDA DE OBJETO. NÃO CONHECIMENTO. Tendo o contribuinte desistido da discussão contida em seu recurso voluntário, renunciando ao direito sobre o qual se fundamenta sua irresignação, operase a perda do objeto recursal, impondose o não conhecimento do recurso. Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de ofício e, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 18 47 1. 00 16 57 /2 00 5- 26 Fl. 1DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO 2 voluntário em face da desistência apresentada pelo recorrente. Fez sustentação oral Dra. Juliana Borges, OAB/SP 154.716. (assinado digitalmente) Gilson Macedo Rosenburg Filho – Presidente em exercício (assinado digitalmente) João Carlos Cassuli Junior Relator Participaram do julgamento os Conselheiros Gilson Macedo Rosenburg Filho (Presidente Substituto), Fernando Luiz da Gama Lobo d'Eça, Luiz Carlos Shimoyama (Suplente), Winderley Morais Pereira (Substituto), João Carlos Cassuli Júnior (Relator) e Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva. Ausentes justificadamente as conselheiras Nayra Bastos Manatta e Silvia de Brito Oliveira. Fl. 2DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO Processo nº 18471.001657/200526 Acórdão n.º 3402002.138 S3C4T2 Fl. 2.950 3 Relatório Versa originalmente o processo de auto de infração de COFINS, ao qual foi também apensado o processo nº. 18471.0001656/200581 que cuida de auto de infração de PIS, ambos decorrentes de ação fiscal efetuada pela Delegacia da Receita Federal de Fiscalização do Rio de Janeiro (DEFIC/JRO), conforme MPF de fls. 01 dos autos. A autuação de COFINS foi lavrada no valor total (principal, multa e juros) equivalente a R$26.672.864,84 e a de PIS no valor de R$8.923.104,39, ambas abrangendo os períodos de 06/2002 a 09/2004, 12/2004 e 01/2005, sob o palio da “não inclusão”, na base de cálculo das aludidas contribuições, de receitas entendidas como tributáveis à ótica do §1º, do artigo 3º da Lei 9.718/98 (alargamento da base de cálculo), bem como, pela exclusão indevida de receitas sobre CréditoPrêmio de IPI, tudo conforme Termo de Verificação Fiscal de fls. 101102 (numeração eletrônica). O lançamento ainda foi efetuado sem a imposição de qualquer multa ou juros “com a exigibilidade suspensa com a finalidade de resguardar o direito da Fazenda Nacional efetuar a cobrança de crédito tributário em momento oportuno (...)” em face do provimento de decisão judicial em favor da contribuinte, prolatada nos autos da Ação Ordinária nº. 99.00619951 que discutia o mencionado alargamento. DA IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA Por ser possuir riqueza de detalhes, porém ser resumido de forma clara, adoto o relatório da DRJ/RJOII quanto a Impugnação apresentada pelo sujeito passivo: 7. Após tomar ciência da autuação, a empresa autuada, inconformada, apresentou, em 21/12/2005, as impugnações juntadas às fls. 1046/1077 (COFINS) e fls. 2139/2170 (PIS), e documentos anexos de fls. 1078/1095 (COFINS) e fls. 2171/2188 (PIS), com as alegações assim resumidas: 7.1. Narrando os fatos considerados pelo fisco na formalização do presente processo, argúi a invalidade da autuação, porquanto a presente cobrança está sendo objeto de discussão judicial, encontrandose a sua exigibilidade, nos moldes instituídos pela Lei n° 9.718, de 1998, suspensa, por força de medida liminar concedida nos autos da ação ordinária n° 99.00619951/9ª.Vara Federal/RJ (fls. 1017/1039), pelo que não há que se falar em infração, podendo o fisco, quando muito, nos termos do art. 63 da Lei n° 9.430, de 1996, constituir o crédito tributário por meio do lançamento de ofício e não mediante lavratura de auto de infração. 7.2. Aduz que o fisco, ao entender que houve recolhimento a menor com fulcro na Lei n° 9.718, de 1998, violou diversos dispositivos constitucionais, uma vez que, consoante o art. 195 Fl. 3DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO 4 da Constituição Federal e o art. 2 0 da Lei Complementar n° 70, de 1991, o fato gerador a ser tributado é a receita com vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços, ou prestação de serviços de qualquer natureza. 7.3. Nesse aspecto, a aprovação da Lei n° 9.718, de 1998, contrariou a Constituição Federal e a própria lei complementar instituidora ao ampliar o conceito de faturamento, fato que violou o princípio constitucional da legalidade. Transcreve jurisprudência a respeito do assunto. 7.4. Argumenta também quanto ao fato de não se ter observado o princípio da hierarquia das leis, porquanto o conceito de faturamento não pode ser ampliado por lei ordinária, o que corresponde à violação do vigente texto constitucional, não podendo a Lei n° 9.718, de 1998, ser recepcionada pela Emenda Constitucional n° 20, concebida posteriormente à lei. 7.5. Alega ainda que, por sua natureza, o créditoprêmio de IPI, instituído pelo DecretoLei n° 491, de 1969, constitui receita de exportação, como reconhece a própria Receita Federal por intermédio do Parecer Normativo CST n° 71, de 1972, e do Parecer Normativo CST n° 45, de 1976, os quais transcreve, pelo que isenta da contribuição nos termos do art. 14, II, da Medida Provisória n° 2.15835, de 2001, notadamente a partir da aprovação da Emenda Constitucional n° 33, de 21 de dezembro de 2001, que modificou o art. 149 da Constituição Federal, estabelecendo a não incidência das contribuições sociais sobre as receitas decorrentes de exportação. 7.6. Considera também que os juros recebidos em razão do pagamento das exportações de mercadorias, incluídos na base de cálculo do PIS/COFINS pelo fiscal autuante, são acessórios à receita de exportação, sendo impossível dissociálos, a teor do disposto no artigo 92 do Código Civil. Assim, tendo natureza de receita de exportação, os juros decorrentes dos pagamentos de exportação de mercadorias estão imunes às contribuições sociais, ou, ainda que assim não se entenda, devem ser considerados como receitas isentas, já que a isenção das contribuições sobre as receitas de exportação de mercadorias (c£ art. 14, II, da MP n° 2.158 35/2001) alcança toda e qualquer receita que resulte da exportação de mercadorias. 7.7. Ainda na seqüência, entende que os autos de infração são inválidos por não terem sido considerados, para abatimento do valor devido: i) em relação à COFINS, os créditos devidamente apurados pelo impugnante (mercadorias adquiridas para revenda, aluguéis pagos a pessoa jurídica, despesas com energia elétrica, encargos de depreciação, entre outros), a partir de fevereiro de 2004, nos termos do art. 3° da Lei n° 10.833/2003, conforme tabela anexa (Doe. 3, fl. 1095); ii) em relação ao PIS, os créditos devidamente apurados pelo impugnante, a partir de dezembro de 2002, nos termos do art. 3° da Lei n° 10.637/2002, conforme tabela anexa (Doc. 3, fl. 2188). Fl. 4DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO Processo nº 18471.001657/200526 Acórdão n.º 3402002.138 S3C4T2 Fl. 2.951 5 7.8. Prossegue em seu arrazoado, insurgindose contra a possibilidade de aplicarse a taxa Selic, seja como índice de atualização de tributos, seja como taxa de juros, em face de sua manifesta inconstitucionalidade, pelo fato de esta possuir caráter estritamente remuneratório de capital, porquanto criada e regulamentada pelo Banco Central do Brasil, regulamentação essa sem força legal, o que contraria o princípio da legalidade, contido no art. 150, I da Constituição Federal, ferindo ainda o mandamento contido no art. 161, § 1% do Código Tributário Nacional, e o § 3° do art. 193 da Constituição Federal, que estabelece o limite de juros de 12% ao ano, pelo que requer a sua exclusão. Transcreve jurisprudência acerca do assunto. 7.9. Por fim, requer seja reconhecida a invalidade (nulidade) da autuação, em razão da suspensão da exigibilidade do crédito tributário por medida judicial ou, subsidiariamente, que seja julgada improcedente a autuação, tendo em vista a exigência recair sobre casos de imunidade, ou, quando menos, isenção das contribuições; ainda subsidiariamente, caso se entenda pela manutenção da autuação, que o lançamento seja ajustado para reconhecer os créditos a que o impugnante faz jus, nos termos das Leis n°s 10.637/2002 e 10.833/2003, propugnandose também pela inaplicabilidade dos juros baseados na taxa Selic. DA DILIGÊNCIA Em face das alegações do sujeito passivo na defesa apresentada, propôsse o encaminho do processo para realização de diligência (fls. 2047 – numeração eletrônica) à Autoridade lançadora, para que verificasse a composição dos créditos alegados pelo contribuinte passíveis de abatimento. Em atendimento à referida solicitação foi juntada pela Autoridade Preparadora a documentação de fls. 20562203 (n. e), cujo resultado, de fls. 2204 consignou “que, de posse dos elementos apresentados pelo sujeito passivo, relativos aos créditos das contribuições a que o mesmo alega fazer jus, e considerada a sua apuração segundo o regime da nãocumulatividade, procedeu, por amostragem, à verificação da exatidão dos valores escriturados, de acordo com a legislação vigente, fazendo o aproveitamento de citados créditos junto à contribuição devida” Na oportunidade que teve para se manifestar sobre a Diligência, o contribuinte, em síntese, alega que tendo sido constatada a efetiva existência de tais créditos e procedido ao seu desconto dos débitos de PIS e COFINS devidos nos meses a que se referiam, comprovavase que o auto de infração continha graves equívocos na apuração reconstituída, devendo ser anulado. DO JULGAMENTO DE 1ª INSTÂNCIA Em análise e atenção à Impugnação, ao resultado da diligência e à Manifestação em diligência apresentada pelo contribuinte, a Delegacia da Receita Federal do Fl. 5DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO 6 Brasil de Julgamento do Rio de Janeiro/RJOII, julgou o processo em 31 de Agosto de 2007, proferindo o Acórdão de nº. 1317.025, que restou assim ementando: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/06/2002 a 30/09/2004, 01/12/2004 a 31/01/2005 NULIDADE. PRESSUPOSTOS. Ensejam a nulidade apenas os atos e termos lavrados por pessoa incompetente e os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. AÇÃO JUDICIAL PROPOSTA PELO INTERESSADO. RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. IMPUGNAÇÃO NÃO CONHECIDA EM PARTE. Ação judicial proposta pelo interessado contra a Fazenda Nacional antes ou após o lançamento do crédito tributário com idêntico objeto, impõe renúncia às instâncias administrativas, determinando o encerramento do processo fiscal nessa via, sem a apreciação do mérito. PIS/COFINS. CRÉDITOPRÊMIO DE IPI. JUROS DECORRENTES. RECEITAS DE EXPORTAÇÃO. IMUNIDADE. ISENÇÃO. DISTINÇÃO. A imunidade e a isenção relativas às receitas de exportação não alcançam o créditoprêmio de IPI e os juros decorrentes de exportação, que têm, respectivamente, natureza de incentivo fiscal e de receita financeira, devendo, como tal, compor a base de cálculo das contribuições. PIS/COFINS. APURAÇÃO DE CRÉDITOS. REGIME NÃO CUMULATIVO. Faz jus o contribuinte, na apuração das contribuições segundo o regime nãocumulativo, aos créditos a que se referem as Lei n° 10.637/2002 e Lei n° 10.833/2003. ACRÉSCIMOS LEGAIS. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. É cabível, por expressa disposição legal, a partir de 01/04/95, a aplicação de juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC. Lançamento Procedente em Parte. Em síntese, a decisão prolatada pela instância a quo houve por bem em deixar de apreciar toda a discussão acerca da inclusão de receitas (ou não) na base de cálculo do PIS e da COFINS em vista do chamado alargamento da base de cálculo introduzido pelo artigo 3º da Lei 9.718/98, por considerar tal aspecto concomitante com a ação judicial de nº 99.00619951, proposta pelo contribuinte e até então pendente de decisão final. Fl. 6DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO Processo nº 18471.001657/200526 Acórdão n.º 3402002.138 S3C4T2 Fl. 2.952 7 No que tange ao créditoprêmio de IPI, a DRJ votou no sentido de que referida receita, por se constituir em benefício fiscal, deve integrar a base de cálculo do PIS e da COFINS, não podendo o contribuinte interpretála como devolução ou restituição de algo indevido, eis que nada foi arrecadado aos cofres públicos de forma maior/indevida. Quanto ao reconhecimento/aproveitamentos dos créditos decorrentes da não cumulatividade, a DRJ/RJOII adotou o posicionamento esposado no resultado da diligência, mantendoo por seus termos. Por fim, considerou improcedente os argumentos do contribuinte quanto a aplicação indevida da SELIC na correção dos créditos exigidos, pelo fundamento de que o ato administrativo de lançamento é vinculado e deve obedecer a estrita legalidade, estando tal correção prevista na Lei, é inerente à Administração Pública sua aplicação nos autos de infração. O crédito tributário consistente nos dois autos de infração foi parcialmente mantido, restando no lançamento todos os valores que remanesceram do encontro de contas dos créditos com os débitos, bem como, os do créditoprêmio de IPI indevidamente excluídos das bases tributáveis. Foi ainda interposto Recurso de Ofício pela DRJ Julgadora, em virtude da parcela da autuação exonerada. DO RECURSO VOLUNTÁRIO Conforme AR de fls. 2508 (n.e), em 30/10/2007 o sujeito passivo foi cientificado do Acórdão de 1ª Instância, tendo apresentado o competente recurso voluntário em 28/11/2007, aduzindo, em síntese, os seguintes argumentos: Que todos os débitos de PIS e de COFINS oriundo da interpretação de que a base de cálculo das aludidas contribuições era aquela prevista no §1º do art. 3º da Lei 9.718/98, não mais poderia subsistir em vista do êxito obtido na Ação nº. 99.00619951; Que estando todo o auto de infração lastreado – lançado inclusive apenas para prevenir a decadência – na discussão a que se referia a Ação nº 99.00619951 (alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS), e, em se obtendo êxito na mesma, devem ser extintos todos os créditos tributários exigidos; Que o créditoprêmio de IPI é receita decorrente de exportação e, portanto, deve ser excluído da tributação, não merecendo nem neste tocante prosperar o lançamento; Que a própria Autoridade Administrativa reputa o créditoprêmio de IPI como inexistente, ao mesmo tempo em que pretende sobre o mesmo fazer incidir as contribuições ao PIS e a COFINS; Que a Recorrente impetrou Mandado de Segurança tendo por objeto o “CréditoPrêmio de IPI”, possuindo sentença favorável a seu favor, bem como que a Fazenda Nacional ajuizou Ação Cautelar Rescisória na qual obteve liminar, impedindo a recorrente de apropriarse efetivamente da receita de créditoprêmio de IPI; Assim, se a recorrente não pode Fl. 7DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO 8 apropriarse da receita decorrente destes créditos, não pode a Autoridade Administrativa pretender cobrar PIS e COFINS sobre a mesma; Requereu ao final o provimento do recurso e a extinção dos créditos lançados. Às fls. 2623 (n.e.) a recorrente juntou petição nos autos, informando do trânsito em julgado da Ação Ordinária nº. 99.00619951, requerendo a extinção do auto de infração que a tenha considerado como substrato. Às fls. 2655 (n.e.) o contribuinte apresentou nova petição, requerendo expressa desistência do recurso voluntário, reiterando os termos da petição anterior, na qual informou o trânsito em julgado da ação em que discutia o alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS. Às fls. 2660 (n.e.) consta Informação Fiscal, na qual a Superintendência Regional da 7ª Região Fiscal (considerando a petição de fls. 2623 apresentada pelo contribuinte) determina – após breve resumo do processo – que para a exclusão de valores do auto de infração, sejam consideradas pela Autoridade Fiscal as decisões judiciais prolatadas a favor do contribuinte, salientando que a DRJ manteve em sua decisão todas as exigências a título de créditoprêmio de IPI, e, que em face da desistência de fls. 2655, sejam as mesmas prontamente encaminhadas à cobrança. Às fls. 2692 (n.e.) consta nova Informação Fiscal, proferida pela Divisão de Controle e Acompanhamento Tributário da Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária do Rio de Janeiro, na qual a referida Autoridade informa que constam do Processo nº. 12448.720211/201072 todos os valores considerados procedentes pela DRJ e ajustados conforme a decisão judicial, restando nestes autos apenas os valores exonerados pela DRJ e submetidos à apreciação deste Conselho por força do Recurso de Ofício. Às fls. 2694 (n.e.) o sujeito passivo apresenta nova petição, mencionando que o lançamento constante destes autos foi lavrado apenas para prevenir a decadência, objetivando garantir o direito de a Fazenda constituir créditos tributários preservando o direito em discussão na Ação Ordinária nº. 99.00619951, e, que obteve integral êxito na referida demanda, motivo pelo qual apresentou a desistência de fls. 2623. E que se a interpretação é de que a autuação consistia em glosas diversas, foi induzida a erro, o que configura vício de vontade, ensejando assim a anulação da desistência apresentada, requerendo que seja apreciado o seu recurso voluntário. DA DISTRIBUIÇÃO Tendo o processo sido distribuído a esse relator por sorteio regularmente realizado, vieram os autos para relatoria, por meio de processo eletrônico, em 14 (quatorze) volumes, numerado até a folha 2948 (dois mil, novecentos e quarenta e oito) estando apto para análise desta Colenda 2ª Turma Ordinária, da 4ª Câmara, da 3ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF. É o relatório. Fl. 8DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO Processo nº 18471.001657/200526 Acórdão n.º 3402002.138 S3C4T2 Fl. 2.953 9 Voto Conselheiro João Carlos Cassuli Junior, Relator. 1. Do recurso de Ofício. O recurso de ofício é invocado por ter a decisão da Delegacia/RJOII cancelado a exigência fiscal em valores que excedem ao valor de alçada (atualmente em R$ 1.000.000,00) pelo que dele conheço. Verificase que o cancelamento da exigência decorre do fato de que, ao ser lavrado o Auto de Infração, no que se refere aos períodos de apuração das contribuições ao PIS e à COFINS, submetidos ao regime da não cumulatividade, foram apenas consideradas as receitas auferidas pelo contribuinte, sem, no entanto, serem abatidos os créditos que poderiam ser descontadas as contribuições, ou ainda, sem serem efetuados os descontos legalmente previstos. Os valores foram encontrados pela Fiscalização atendendo determinação de diligência deflagrada pela Administração, sendo que do resultado da referida diligência foi a constatação de que a autuação fiscal não havia levado em consideração na base de cálculo tributável as deduções legalmente permitidas, bem como os créditos regularmente apurados, propondo então sua exclusão, o que foi acatado pela DRJ mencionada. Revisitando as Leis nºs. 10.637, de 30 de dezembro de 2002 e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, temos o art. 3º que dispõe o seguinte: “Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: (...)” (grifo nosso). Sem precisar adentrar em cada um dos incisos alinhados nos arts. 3º, das citadas Leis de regência das contribuições em tela, verificase que foram simplesmente aplicados seus ditames, usando de forma completa as regras de apuração não cumulativa, pois que, se assim não fosse, se teria aplicado alíquotas maiores (7,60% e 1,65%) do que aquelas vigentes pelo regime cumulativo (3,00% e 0,65%), sem considerar os créditos respectivos, o que é essencial no regime que busca evitar justamente o efeito em cascata dos tributos em questão. Assim, agiu bem a DRJ/RJOII ao contemplar os créditos registrados e apurados pelo próprio contribuinte, fazendo que esses créditos refletissem sobre os valores lançados, pois que assim zelou pela correta aplicação das regras da não cumulatividade das contribuições ao PIS e à COFINS. Ante o exposto, voto por negar provimento ao recurso de ofício. 1. Do Recurso Voluntário. Fl. 9DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO 10 Observo, antes de mais nada, que o recurso atende os pressupostos de admissibilidade e tempestividade, no entanto, em razão de esclarecimentos que adiante serão alinhados, dele não tomo conhecimento. Inicialmente, insta mencionar que o contribuinte requereu, expressamente nestes autos, desistência do recurso apresentado, vindo posteriormente a apresentar petição específica, na qual “arrependese” da desistência, asseverando que o conteúdo/fundamento do auto de infração o induziu ao erro. Apenas para melhor elucidar a questão, repiso o fato de que o contribuinte alegou estar o auto de infração objeto destes autos integralmente fundado no direito de prevenir a decadência de lançar as contribuições ao PIS e a COFINS em face da existência da Ação Ordinária nº. 99.00619951, e, que por conta de ser esta a única motivação do lançamento – e de ter obtido êxito na mesma – houvera por bem em desistir do recurso, entendendo estar extinto totalmente o lançamento. Afirmou o sujeito passivo que o “créditoprêmio de IPI” totalmente mantido pela decisão de 1ª instancia proferida neste processo consistia em exigência “decorrente” da interpretação alargada da base de cálculo das contribuições autuadas, não sendo glosa “independente” daquela questão proposta. No entanto, discordo do que afirma o contribuinte, uma vez que todas as suas oportunidades de defesa demonstram “vontade” diversa desta que afirmou, tendo o contribuinte se defendido, em todas as oportunidade, com argumentos diferentes: (i) um para todas as glosas decorrentes da interpretação do alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS trazidas pelo artigo 3º da Lei 9.718/98; e, (ii) outro para a natureza da receita discriminada como “CrédioPrêmio de IPI” em seus registros contábeis. Ademais disso, a leitura do Termo de Verificação Fiscal (fls. 99 e 100 – numeração em papel), dá conta de que haviam 02 infrações, uma delas atinentes à falta de submissão à tributação das “outras receitas”, objeto de discussão na demanda judicial (tanto que motivara o lançamento sem a imposição da multa), e outro tópico, específico e separado, em que tratou do Crédito Prêmio de IPI. Eis a transcrição do trecho do Termo de Verificação Fiscal: • Sendo o contribuinte uma empresa essencialmente exportadora tem suas receitas operacionais isentas das contribuições para PIS e a COFINS. Assim, com a sentença de primeira instância concedida pela Juíza Valéria Medeiros de Albuquerque da 9ª Vara Federal/RJ na qual julga improcedente a alteração da base de cálculo do PIS e da COFINS, introduzida pelo art. 3° da Lei 9.718/98 o contribuinte não necessitava efetuar o recolhimento das referidas contribuições sobre as demais receitas. Diante do exposto, efetuo o presente lançamento com exigibilidade suspensa com a finalidade de resguardar o direito da Fazenda Nacional efetuar a cobrança do crédito tributário em momento oportuno, em virtude da empresa SAB TRADING COMERCIAL EXPORTADORA S/A não ter apurado e declarado os respectivos débitos. Fl. 10DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO Processo nº 18471.001657/200526 Acórdão n.º 3402002.138 S3C4T2 Fl. 2.954 11 • O Contribuinte acima qualificado teve ainda a receita sobre crédito premio de IPI incluído na base de cálculo das contribuições tendo em vista que o DecretoLei n° 491, de 05 de março de 1969, d 1969, de estímulos iscais à exportação de manufaturados, contem em seu art.1°: (...) As contribuições para o PIS e a COFINS têm como fato gerador o faturamento que é o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independente de sua denominação ou classificação contábil. Excluindose de sua base de cálculo as receitas isentas, vendas canceladas, descontos concedidos incondicionalmente. Como as receitas oriundas do crédito prêmio de IPI não gozam de nenhum dos critérios de exclusão, deve4mos então, interpretar literalmente a legislação tributária que disponha sobre: (...) Entendemos que as receitas cuja a finalidade é o estimulo a exportação integram a base de cálculo do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Reitero que, em todas as oportunidades processais o contribuinte trouxe argumentos distintos para as duas linhas de discussão, sendolhe incorreto afirmar que desistiu do recurso por que foi induzido ao erro ao interpretar que o auto de infração continha apenas um ponto de motivação, e que o êxito quanto a demanda judicial que discutia o alargamento da base de cálculo (concomitante ao presente feito, digase de passagem), imporia a automática extinção também da exigência relativa a inclusão da receita do registro do crédito prêmio de IPI na base e cálculo das contribuições, para os períodos em que não vigorava a Lei nº 9.718/98, já que no caso em concreto temse períodos submetidos ao regime não cumulativo. Neste cenário, imperioso se faz observar o que determina o artigo 78 do Regimento Interno desta Casa, in verbis: Art. 78. Em qualquer fase processual o recorrente poderá desistir do recurso em tramitação. § 1° A desistência será manifestada em petição ou a termo nos autos do processo. § 2° O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, a extinção sem ressalva do débito, por qualquer de suas modalidades, ou a propositura pelo contribuinte, contra a Fazenda Nacional, de ação judicial com o mesmo objeto, importa a desistência do recurso. § 3º No caso de desistência, pedido de parcelamento, confissão irretratável de dívida e de extinção sem ressalva de débito, estará configurada renúncia ao direito sobre o qual se funda o recurso interposto pelo sujeito passivo, inclusive na hipótese de já ter ocorrido decisão favorável ao recorrente, descabendo Fl. 11DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO 12 recurso da Procuradoria da Fazenda Nacional por falta de interesse. Logo, o fato do contribuinte ter pedido desistência expressa do recurso, implica, nos termos da regulamentação acima, em renúncia de qualquer discussão que possa ter o sujeito passivo trazido aos autos, pelo que no tocante a todos os valores que restariam remanescentes em razão da decisão da DRJ, deixo de tomar conhecimento das razões aduzidas pela recorrente. Assim, na linha das considerações acima, voto no sentido de não conhecer do Recurso Voluntário apresentado pelo sujeito passivo. (assinado digitalmente) João Carlos Cassuli Junior – Relator. Fl. 12DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 03/0 9/2013 por JOAO CARLOS CASSULI JUNIOR, Assinado digitalmente em 25/09/2013 por GILSON MACEDO ROSENBU RG FILHO
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Numero do processo: 13956.000048/2001-60
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Sep 20 00:00:00 UTC 2006
Data da publicação: Wed Sep 20 00:00:00 UTC 2006
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. A desistência formal de recurso interposto pela contribuinte implica em não julgamento do mérito, haja visto que a ação perdeu seu objeto.
Recurso não conhecido.
Numero da decisão: 204-01772
Matéria: IPI- processos NT - ressarc/restituição/bnf_fiscal(ex.:taxi)
Nome do relator: Nayra Bastos Manatta
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". ,,,,Qcseca„ o -9n .) ,,,A- Segundo Conselho de Contribuintes wo.51.0"649 , "-Sicrita I— k-- : tel° - E. Processo n° : 13956.000048/2001-60 de mai -- Recurso n° : 131.317 Acórdão n° : 204-01.772 Recorrente : INDÚSTRIA COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO DE ESPUMA GAZINBERLANDA LTDA. (Incorporada por Gazin Indústria e Comércio de Móveis e Eletrodomésticos Ltda.) Recorrida : DRJ em Porto Alegre - RS PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. A desistência formal de recurso interposto pela contribuinte implica em não julgamento do mérito, haja visto que a ação perdeu seu objeto. Recurso não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por INDÚSTRIA COMERCIO E EXPORTAÇÃO DE ESPUMA GAZINBERLANDA LTDA. (Incorporada por Gazin Indústria e Comércio de Móveis e Eletrodomésticos Ltda.). ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, por desistência da Recorrente. Sala das Sessões, em 20 de setembro de 2006. I li I 1 "HennitseeleigeiretOTS . . Presidente 1 IRelatora a..- tu t.) Lu C" •••..„, i :g 11 O L- a#-TIElasto\ivlanatta - -- O • : *St 2 a. 5 8 iotu ri (n €); - Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros Jorge Freire, Flávio de Sá Munhoz, Rodrigo Bemardes de Carvalho, Júlio César Alves Ramos, Raquel Motta B. Minatel (Suplente) e Adriene Maria de Miranda. 1 MF • SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 2,t cC-MF Ministério da Fazenda CONFERS COm O ORIGINA' Segundo Conselho de Contribuintes •Brastk /a. -r (/ 404 t-a Processo n° : 13956.000048/2001-60 MarGItilAtRovais Recurso n° : 131317 M. Siape 916-11 Acórdão n° : 204-01.772 Recorrente : INDÚSTRIA COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO DE ESPUMA GAZINBERLANDA LTDA. (Incorporada por Gazin Indústria e Comércio de Móveis e Eletrodomésticos Ltda.) RELATÓRIO Trata-se de pedido de ressarcimento de créditos do IPI, com base no art. 11 da Lei n° 9779/99, decorrente de saldo credor do imposto relativo ao 3° trimestre de 2000 advindos da aquisição de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem aplicados na industrialização de produto tributado à alíquota zero. A fiscalização empreendeu ação fiscal que resultou em lavratura de auto de infração contra a empresa originando novos débitos do IPI, sendo realizada a correspondente reconstituição das escrita fiscal da empresa. Consta do termo de informação que aprecia a legitimidade do pedido objeto deste processo que a contribuinte incluiu no saldo credor objeto do pedido créditos oriundos da aquisição de partes e peças de máquinas, que não se enquadram no conceito de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem. Em decorrência da fiscalização realizada na empresa e da glosa de créditos oriundos da aquisição de partes e peças de máquinas, que não se enquadram no conceito de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, o pedido foi deferido parcialmente. Cientificada a contribuinte apresentou manifestação de inconformidade sustentando que: 1. o direito ao crédito estende-se a equipamentos e mercadorias indispensáveis ao processo produtivo da empresa, ocorrendo o seu desgaste em razão da aplicação direta no processo produtivo; 2. a empresa possuía saldo credor do IPI no valor de R$ 251.538,17 tendo sido glosado o valor de R$ 56.558,05, restando portando um saldo credor de R$ 194.980,12 suficiente para efetivar a compensação do valor ora glosado, pois a recorrente não possui débitos do IPI já que suas saídas são tributadas à alíquota zero; 3. entre 01/07/03 a 10/07/03 a recorrente possuía um saldo credor de R$286 326,49 e após o estorno passou a ter saldo credor de R$ 229.149,94; e 4. quando foi efetuada a glosa o auditor fiscal solicitou que a empresa efetivasse um estorno no seu livro registro de apuração do IPI do valor correspondente a este processo bem como aos demais de números 13956.000041/2001-48, 13956.000042/2001-92, 13956.000043/2001-37, 13956.000044/2001-81, 13956.000045/2001-26, 13956. 000046/2001-71 e 13956.000047/2001-15, totalizando R$ 56.558,05. A DRF em Porto Alegre - RS manteve o entendimento da fiscalização e indeferiu a solicitação. 2 MF -SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 22 CC-MF ••• Ministério da Fazenda CONFERE CO*. O ORIG!NAL Fl.12 s. rlit 1 70,.. Segundo Conselho de Contribuintes Brasilia, /L_: 1/ Processo n° : 13956.000048/2001-60 Recurso e : 131317 MariSir NovaisMM. MaN 91641 Acórdão n° : 204-01.772 Inconformada a contribuinte apresentou recurso voluntário alegando em sua defesa as mesmas razões da inicial. Após a inclusão do processo em pauta a contribuinte apresentou pedido formal de desistência do recurso interposto. É o relatóri fi 3 Segundo C m de Contribuintes NIF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CC-MF • s' Ministério da Fazenda CONFERE cal O ORIG!NA FL 't̀ PS7L, -4.N1r. - onsell Brasília IV ; Processo n° : 13956.000048/2001-60 Recurso n° : 131.317 NlariarRovaiS Acórdão n° : 204-01.772 Nkd SeaN91641 VOTO DA CONSELHEIRA-RELATORA NAYRA BASTOS MANATTA Do exame dos autos, constata-se que a ora recorrente desistiu formalmente do objeto deste processa solicitando a sua baixa e arquivamento. A finalidade do processo, seja ele administrativo ou judicial, é a de resolver a lide conforme a norma jurídica reguladora da espécie, e tem como objeto material a pretensão. É exatamente esta pretensão que vai ensejar a formação do processo. Ora, havendo desistência por parte daquele que propiciou o ato jurígino do processo, não há mais qualquer pretensão a ser analisada, desaparecendo, assim, o objeto da contenda administrativa. No caso em tela, o próprio recurso interposto pela contribuinte refere-se apenas à sua desistência formalmente do objeto do litígio anteriormente travado. Deixando de existir objeto de pretensão ou de discórdia não há que se falar em mérito a ser apreciado. Diante disso, não conheço do mérito do recurso voluntário interposto, por falta de objeto. É COMO voto. Sala das Sessões, em 20 de setembro de 2006. NAY7A BASTOS MANATTA ^44 • • 4 Page 1 _0046500.PDF Page 1 _0046600.PDF Page 1 _0046700.PDF Page 1
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Numero do processo: 13819.002189/2001-91
Turma: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue May 23 00:00:00 UTC 2006
Data da publicação: Tue May 23 00:00:00 UTC 2006
Ementa: NORMAS PROCESSUAIS. GLOSA DE COMPENSAÇÃO. Serão objeto de lançamento de ofício as diferenças apuradas, em declaração prestada pelo sujeito passivo, decorrentes de compensação indevida ou não comprovada, relativamente aos tributos e às contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal.
Recurso negado.
Numero da decisão: 204-01323
Matéria: IPI- ação fiscal- insuf. na apuração/recolhimento (outros)
Nome do relator: Rodrigo Bernardes de Carvalho
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'efr;711/4 ),k: Segundo Conselho de Contribuintes 6,3 Cont("eiteS — arte Crreallt,rialduly,tbe, Processo n2 : 13819.002189/2001-91 to-Se9"— „, I al° /Cl ...S,Lan PIO IC"e" •Recurso n2 : 127.409 Acórdão n2 : 204-01.323 Rutem Recorrente : HENKEL SURFACE TECHNOLOGIES BRASIL LTDA. Recorrida : DRJ em Ribeirão Preto -SP NORMAS PROCESSUAIS. GLOSA DE COMPENSAÇÃO. 11A t" AZEN‘..n Serão objeto de lançamento de ofício as diferenças apuradas, em CONf 04 1Gtag:ã declaração prestada pelo sujeito passivo, decorrentes de ... compensação indevida ou não comprovada, relativamente aosBRAS1L . tributos e às contribuições administrados pela Secretaria da LÁ , VISTO Receita Federal. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por HENKEL SURFACE TECHNOLOGIES BRASIL LTDA. ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Sala das Sessões, em 23 de maio de 2006. 4ii;fiqUe finte' i risos)i'l;frãi`?" Presidente • • / •odriog Bernardes de e alho Relator -- Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros Jorge Freire, Flávio de Sá Munhoz, Nayra Bastos Manatta, Júlio César Alves Ramos, Leonardo Siade Manzan e Adriene Maria de Miranda. 1 e Antfw - 2' CCCC-MF Ministério da Faz,enda N L• O MULA Fl.lop t- Segundo Conselho de Contribuinte coll ERE 31̀.• ir% Cyr Processo n2 :13819.002189/2001.91 BedASILIA Recurso n't : 127.409 Acórdão nfi : 204-01.323 Recorrente : HENKEL SURFACE TECHNOLOGIES BRASIL LTDA. RELATÓRIO Com vistas a uma apresentação sistemática e abrangente deste feito sirvo-me do relatório contido na decisão recorrida (fls. 430/436): 1. Contra a empresa em epígrafe foi lavrado o Auto de Infração de fls. 357/360, por recolhimento a menor do IPI, no período de 10/10/1996 a 09/01/1998, em razão da indevida utilização de créditos presumidos do IPI, constantes dos pedidos de ressarcimento, dos processos listados à fl. 351, que foram integralmente indeferidos. 2.Segundo o Termo de fls. 319/320, os referidos processos foram recebidos como: "CRÉDITOS PRESUMIDOS DO IPI PARA RESSARCIMENTO DO PIS/PASEP E COFINS, os quais foram requisitados para compensação com parte de débitos de IPI registrados nos Livros de registros de Apuração do IPI". A fiscalização verificou que não constavam nos processos os formulários de "Pedidos de Ressarcimento", nem "Pedido de Compensação", bem como não teriam sido incluídos os documentos essenciais para análise do pedido, em obediência às instruções normativos existentes à época. Tampouco, apesar de intimada e reintimada, apresentou os Demonstrativos do Crédito Presumido, documentos obrigatórios exigidos pela portaria ME 129/95, IN SRF 21/95 e Portaria 38197 c/c o artigo 11 da In SRF 23197, declarando-se impossibilitada de fazê-lo. Conseqüentemente, os pedidos de compensação foram indeferidos pelo descumprimento desta obrigação acessória. 3. Como o contribuinte já tinha se aproveitado de tais créditos a fiscalização, conforme o Termo de f1.35 1 efetuou o lançamento do crédito tributário no montante de R$303.245,35, inclusos juros de mora e multa de ofício, sob a fundamentação legal de fl. 358. 4. Cientificado em 21/09/01, o sujeito passivo apresentou, em 23/10/2001, a tempestiva impugnação de fls. 363/371, acompanhada dos documentos de fls. 372/423, dentando uma série de argumentos visando, basicamente, a fundamentar o entendimento de que, realizadas as exportações, nasce para o contribuinte, á revelia de qualquer fonnalidade. - - o direito subjetivo ao crédito presumido. Conseqüentemente, o descumprimento de uma obrigação acessória tão somente poderia acarretar a aplicação da multa prevista no artigo 11 da Portaria ME n°38197 e na IN SRF n°23197. 5. Encerrou requerendo o cancelamento do Auto de Infração e o arquivamento do processo. A r Turma de Julgamento da DRI em Ribeirão Preto - SP que julgou procedente a exigência fiscal de que trata este processo, fê-lo mediante a prolação do Acórdão DRJ/RPO N° 4.249 , de 01 de outubro de 2003, traçado nos termos seguintes: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 10/10/1996 a 09/01/1998 Ementa: DEMONSTRATIVO DO CRÉDITO PRESUMIDO. A apresentação do DCP foi considerada pela Portaria ME n° 129/95 como condição indispensável para a fruição do crédito presumido, caracterizando utilização indevidado crédito sua não apresentação. Para os períodos de apuração encerrados a partir de janeiro de 1997, a Portaria ME n° 38/97 resolveu que o DCP é obrigação acessória, at 2 2 -•`;%:.; Ministério da Fazenda 2 CC-MF %- nA FAZENDA - 2è C, n. Segundo Conselho de Contribuinte Min. - 4:-.04%k> 9.Processo n2 : 13819.002189/2001-91 644p;:sL:9‘14r: r\-47-vi-str*-5:194$18:16 Recurso n2 : 127.409 Acórdão n2 : 204-01.323 cujo descumprimento acarreta apenas a imposição da multa prevista no an.9° do DL n° 2.303/86. Lançamento Procedente em Parte Irresignada com a decisão retro, a recorrente lançou mão do presente recurso voluntário (fls. 449/468) oportunidade em que reiterou os argumentos expendidos por ocasião de sua impugnação. É o relatório. io 3 •• CC-MF •?.-07e Ministério da Fazenda • Fl. Segundo Conselho de Contribuintes ----rICIION;;:•DLFAELSF A L"Ad. 123oSCC ,„. BRAS:LIA _ _ Processo n° : 13819.002189/2001-91 Recurso ri° : 127.409 Acórdão n° : 204-01.323 VOTO DO CONSELHEIRO RELATOR RODRIGO BERNARDES DE CARVALHO O recurso é tempestivo e cumpre aos demais requisitos para sua admissibilidade, razão pela qual, dele tomo conhecimento. Afirma a recorrente não ter procedido ao recolhimento do IPI, no período de 10/10/1996 a 09/01/1998, em virtude de tê-lo compensado com os créditos presumidos do IPI, não obstante os seus pedidos de compensação (processos listados à fl. 351), terem sido indeferidos pelo Fisco, pelo que propugna neste processo pelo seu acolhimento. Inicialmente, cumpre informar ao contribuinte que se mostra inoportuna a discussão neste processo sobre a possibilidade de ver seu suposto crédito presumido do IPI ressarcido e compensado. Ora, esta matéria já foi objeto dos mencionados processos administrativos, portanto, resta a este Colegiado analisar apenas o lançamento decorrente dos indeferimentos dos pedidos nos referidos processos, sob pena se ferir com decisões conflitantes a segurança jurídica. Com efeito, o inconformismo com o despacho decisório que negou a compensação pleiteada deveria ser manifestado no âmbito do próprio processo, não sendo possível o seu exercício em sede de defesa de lançamento por falta de recolhimento. Ademais, compulsando os autos, verifica-se pelo Termo de Verificação Fiscal (fl. 351) a inércia da contribuinte quando intimada e reintimada a apresentar os documentos exigidos pela legislação de regência da matéria para o fim de ressarcimento e compensação do crédito presumido do IPI. A entrega do Demonstrativo do Crédito Presumido era considerado indispensável para fruição do benefício, de acordo com a norma (Portaria 129/95). Assim, sua não apresentação gerou o indeferimento dos pedidos de ressarcimento Portanto, como o ato administrativo de lançamento a ser exercido pela fiscalização é vinculado e obrigatório, de acordo com o artigo 142 do CTN. Considerando ainda, que ao agente administrativo não cabe analisar a conveniência e oportunidade de efetuar o lançamento, correto, portanto, o procedimento adotado pelo fiscal no sentido de lavrar o auto de infração para cobrança dos créditos compensados indevidamente e não recolhidos, inclusive os acréscimos legais, quantos aos períodos anteriores a janeiro de 1997. Quanto aos períodos posteriores, mais uma vez correta a decisão recorrida. Isto porque, a Portaria n° 38/97 tornou o Demonstrativo do Crédito Presumido obrigação acessória, ensejando apenas a aplicação da multa prevista no artigo 9 do Decreto-Lei n° 2.303/86. Pelo exposto, nego provimento ao recurso por considerar corretas as glosas de compensação efetuadas e a impropriedade de ser analisado, neste processo, a justiça de decisão que indeferiu a compensação pleiteada. Sala das Sessões, em 23 de maio de 2006. R RIG BERNARDES D ARVALHO 4 Page 1 _0011300.PDF Page 1 _0011400.PDF Page 1 _0011500.PDF Page 1
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Numero do processo: 10840.000177/95-49
Turma: Quarta Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Jan 26 00:00:00 UTC 2000
Data da publicação: Wed Jan 26 00:00:00 UTC 2000
Ementa: IRPF - GANHO DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO DE VEÍCULO - VALOR DE CUSTO - É de ser aceito o valor de aquisição constante no Recibo emitido pelo alienante, mormente quando a aquisição ocorreu nove anos antes da ação fiscal, quando ainda não havia sequer documentação específica em tais transações e não tendo o fisco logrado desconstituir tal documento.
Recurso provido.
Numero da decisão: 104-17336
Nome do relator: Leila Maria Scherrer Leitão
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MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Recurso n°. : 117.990 Matéria : IRPF — Exs: 1989 e 1990 Recorrente : MOACIR JOSÉ GALLI Recorrida : DRJ em RIBEIRÃO PRETO - SP Sessão de : 26 de janeiro de 2000 Acórdão n°. : 104-17.336 IRPF - GANHO DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO DE VEÍCULO - VALOR DE CUSTO - É de ser aceito o valor de aquisição constante no Recibo emitido pelo alienante, mormente quando a aquisição ocorreu nove anos antes da ação fiscal, quando ainda não havia sequer documentação específica em tais transações e não tendo o fisco logrado desconstituir tal documento. Recurso provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por MOACIR JOSÉ GALLI. ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. /-,r, - /eco LEILA - • SCHERRER LEITÃO PRESIDENTE E RELATORA FORMALIZADO EM: 17 MAR 200 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN, MARIA CLÉLIA PEREIRA DE ANDRADE, ROBERTO VVILLIAM GONÇALVES, JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO, ELIZABETO CARREIRO VARÃO, JOÃO LUÍS DE SOUZA PEREIRA e REMIS ALMEIDA ESTOL. • MINISTÉRIO DA FAZENDA p•-,; .? PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Acórdão n°. : 104-17.336 Recurso n°. : 117.990 Recorrente : MOACIR JOSÉ GALLI RELATÓRIO As matérias objeto de lançamento referem-se à constatação de acréscimo patrimonial a descoberto no valor de NCz$ 12.239,00, em fevereiro/89 (fls. 6), e ganho de capital na alienação de bens no valor de NCz$ 187.876,00, no mês de julho/89 (fls. 07 a 09), apurando-se o imposto de renda na pessoa física em valor equivalente a 5.323,20 UFIR, com os acréscimos legais cabíveis. Na defesa inicial, o interessado argumenta, em síntese, que: - a aquisição do veículo Monza, ano 84, deu- se em agosto de 1989 e não em fevereiro/89, conforme considerado na ação fiscal (fls. 06); - o cavalo mecânico Scania com carreta, ano 77, vendido em julho/89, declarado como adquirido em março/85 por Cr$ 36.000.000,00, na realidade, seu valor de aquisição foi de Cr$ 360.000.000,00, conforme documento anexado às fls. 24. Considerando tais argumentos, em primeira instância, baixou-se o processo em diligência, para as seguintes providências: 1) manifestação do autor do feito quanto à alegação de que o veículo Monza teria sido adquirido em agosto/89, juntando-se aos autos o documento em que se baseou para lançar a aquisição desse veículo no mês de fe/89 e, ainda, na hipótese de não se ter tal documento, intimar o contribuinte para comprovar a aquisição de tal veículo; 2 e' ir . MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Acórdão n°. : 10417.336 2 — intimar o contribuinte a comprovar, com documentação hábil, o valor de Cr$ 360.000.000,00, relativo à aquisição do veículo Scania, ano 77. Em atendimento, apresentou o sujeito passivo a documentação de fls. 35/36, informando o Sr. Chefe da Seção de Fiscalização, às fls. 38, não ter sido possível a juntada dos documentos constantes no item °a° da diligência solicitada pela DRJ/Ribeirão Preto — SP. A autoridade julgadora de primeira decide deferir em parte a impugnação do sujeito passivo, sob os fundamentos consubstanciados nas ementas a seguir transcritas: "ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO. Não cabe a tributação do acréscimo patrimonial , quando não constam no processo elementos que confirmem a data de aquisição adotada pelo fisco. GANHO DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO DE BENS. Mantém-se o lançamento efetuado se não for apresentada documentação hábil que comprove o valor de aquisição alegado na impugnação. TRD. JUROS DE MORA. A Taxa Referencial Diária - TRD, prevista na Lei n.° 8.218/91 só pode ser cobrada, como juros de mora, a partir do mês de agosto de 1991.° Ciente dessa decisão em 29.06.98 e inconformado, dela recorre o contribuinte a este Primeiro Conselho, estando o recurso voluntário de fls. 47/50, instruído com a documentação de fls. 51/63, protocolizado em 29.09.98. Leio em sessão aos ilustres pares as razões de defesa (lido na íntegra). 3 .0, 1, • e.% 2 .. MINISTÉRIO DA FAZENDA k PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ?:.`"; 1 QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Acórdão n°. : 104-17.336 Cópia de decisão deferindo a liminar para que o fisco se abstenha de exigir o depósito administrativo prévio, como condição de admissibilidade do recurso (fls. 570‘.. É o Relatório. • 4 . MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Acórdão n°. : 104-17.336 VOTO Conselheira LEILA MARIA SCHERRER LEITÃO, Relatora O recurso preenche os requisitos para seu conhecimento. Conforme relatado, o sujeito passivo foi intimado a recolher aos cofres públicos imposto de renda — pessoa física, em decorrência de acréscimo patrimonial a descoberto e ganho de capital na alienação de bens. Preliminarmente, é de se destacar que, nesta assentada, encontra-se em julgamento exclusivamente o ganho de capital na alienação de um cavalo mecânico Scania, ano 77, com carreta, conforme descrito às fls. 7 dos autos. A exigência relativa ao ganho de capital descrita às fls. 8 e 9 não foi objeto de impugnação, inclusive apresentando o contribuinte cópia de DARF com pagamento referente àqueles lançamentos. Por sua vez, o valor do Acréscimo Patrimonial a Descoberto foi reduzido pela i. autoridade julgadora de primeira instância para NCz$ 239,08 (fls. 420 e, conforme relatado, afirma o recorrente ter efetuado o respectivo recolhimento, conforme juntada de cópia de DARF às fls. 58. // ff 5 n•• . MINISTÉRIO DA FAZENDA p ? PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Acórdão n°. : 104-17.336 Na planilha de apuração do ganho de capital (fis. 07), verifica-se que a fiscalização baseou-se em dados constantes na declaração de rendimentos do contribuinte, correspondente ao exercício de 1990 (fls. 12,v). No item 6 da citada declaração de rendimentos, consta a informação de `Cavalo mecânico Scania ano 1.977 com carreta Rondon, vendido p/NCZ$ 200.000,00' , e ainda a informação na coluna relativa ao ano anterior, de sua aquisição ao valor de NUS 36,00. Tanto na impugnação como na peça recursal, argúi o contribuinte que referido veículo foi adquirido em março/95 por Cr$ 360.000.000,00, conforme documento juntado às fls. 24 e 59, tendo constado naquela declaração de bens, por erro de datilografia, o valor em Cr$ de 36.000.000,00. Na fase recursal, alega o sujeito passivo que o documento "recibo de venda", juntado quando da impugnação, não foi aceito pela autoridade julgadora de primeira instância sob o argumento de que ".. o documento não é hábil'. Afirma, ainda, que "Até o dia 15/01/1986, data posterior a aquisição do veículo pelo recorrente (05/03/85), o documento hábil para venda e transferência de veículos era o apresentado pelo recorrente, fato este que poderá ser confirmado perante as autoridades através de ofício' Constata-se que o julgamento diz respeito exclusivamente a matéria de prova. Isto é, aceitação ou não do 'Recibo de Venda" de um caminhão Scania, para se aceitar o respectivo custo. Verifica-se que o recibo constante às fls. 24 tem sua autenticação datada de 20/02/95. A impugnação constante às fls. 22 foi protocolizada em 02/03/95. Logo, pode-se concluir que a autenticação daquele documento foi providenciada para a devida juntada do /' 6 1. • st.1 • . MINISTÉRIO DA FAZENDA. . PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Acórdão n°. : 104-17.336 documento aos presentes autos. Observa-se que aquele documento encontra-se devidamente assinado. Da mesma forma, no mesmo recibo, trazido aos autos às fls. 35, foi autenticado em26102198, para fazer face à Intimação constante às fls. 32, de 29/02/98, também consta a assinatura do então alienante daquele caminhão. Destaca-se, ainda, que cópia daquele mesmo recibo foi trazido aos autos (fls. 59). Entretanto, sem a assinatura do alienante. Para o devido julgamento, passa-se às seguintes considerações. Na Declaração de Bens correspondente à Declaração de Ajuste do exercício de 1990, tempestivamente apresentada, aquele veículo foi declarado, na coluna relativa ao "ano de 1988", pelo valor de NCz$ 36,00, representando, pois, em 1985, ano de sua aquisição Cr$ 36.000.000,00. Argúi, em sua defesa, ter cometido erro de fato na transformação da moeda, que seda correto o valor de NCz$ 360,00. Alega, ainda, que à época da transação não se possuía o Recibo que acompanha a documentação do veículo e, sendo assim, o recibo apresentado seria hábil. Posiciono-me, em face da fragilidade das acusações, de forma favorável ao recorrente. Observa-se que o tempo decorrido da aquisição do veículo (1985) e o da ciência do primeiro ato de ofício para comprovar a data de aquisição do veículo (21/10/94 7 4 • MINISTÉRIO DA FAZENDA •••, t •-i'j PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Acórdão n°. : 104-17.336 • fls. 16), é superior a oito anos. Em assim sendo, não mais estaria obrigado o contribuinte a sequer guardar o comprovante de aquisição do veículo. Nesse caso, deveria prevalecer o dado constante na declaração de bens, espontaneamente declarado pelo contribuinte. Não obstante, alega o contribuinte ter-se equivocado quando nos cortes dos zeros, nas duas trocas de moedas. Além do mais, o recibo foi questionado pelo fisco quanto a não ser hábil, sem, entretanto, mencionar-se qual a documentação a ser hábil, ao caso, e, também, sem declinar o motivo de não aceitá-lo, apenas se afirma que ... não é hábil para comprovar a operação de compra do veículo, além de não estar apoiado em documentos que comprovem a efetividade da transação, ...* Nove anos após sua aquisição, qual a documentação que se poderia acompanhar aquele recibo? Ademais, poderia a fiscalização, objetivando descaracterizar o recibo trazido pelo autuado, intimar o alienante daquele veículo, uma vez que o recibo identifica-o, com o devido número de sua inscrição no CPF. Frágeis, pois, os argumentos do Fisco Não caracterizado tal recibo como falso ou inidâneo e não logrando o fisco desconstitui-Io, há de prevalecer aquele valor, mormente quando decorrido tanto tempo da aquisição do veícul;i' 8 MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES '=;'21,-..Z5 QUARTA CÂMARA Processo n°. : 10840.000177/95-49 Acórdão n°. : 104-17.336 Em assim sendo, há de se prover o recurso, nesse aspecto. Sala das Sessões - DF, em 26 de janeiro de 2000. LEILA MARIA SCHERRER LEITÃO 9 Page 1 _0005100.PDF Page 1 _0005200.PDF Page 1 _0005300.PDF Page 1 _0005400.PDF Page 1 _0005500.PDF Page 1 _0005600.PDF Page 1 _0005700.PDF Page 1 _0005800.PDF Page 1
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