Busca Facetada
Turma- Terceira Câmara (28,899)
- Segunda Câmara (27,777)
- Primeira Câmara (25,077)
- Segunda Turma Ordinária d (16,594)
- 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (15,671)
- Primeira Turma Ordinária (15,251)
- Segunda Turma Ordinária d (15,173)
- Primeira Turma Ordinária (15,154)
- Primeira Turma Ordinária (15,001)
- Segunda Turma Ordinária d (13,782)
- Primeira Turma Ordinária (12,673)
- Primeira Turma Ordinária (11,721)
- Segunda Turma Ordinária d (11,695)
- Quarta Câmara (11,510)
- 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (11,138)
- Quarta Câmara (81,380)
- Terceira Câmara (63,185)
- Segunda Câmara (50,669)
- Primeira Câmara (16,202)
- 3ª SEÇÃO (15,671)
- 2ª SEÇÃO (11,138)
- 1ª SEÇÃO (6,624)
- Pleno (786)
- Sexta Câmara (302)
- Sétima Câmara (172)
- Quinta Câmara (133)
- Oitava Câmara (123)
- Terceira Seção De Julgame (114,979)
- Segunda Seção de Julgamen (108,014)
- Primeira Seção de Julgame (70,951)
- Primeiro Conselho de Cont (49,037)
- Segundo Conselho de Contr (48,602)
- Câmara Superior de Recurs (37,027)
- Terceiro Conselho de Cont (25,920)
- IPI- processos NT - ressa (4,985)
- Outros imposto e contrib (4,458)
- PIS - ação fiscal (todas) (4,037)
- IRPF- auto de infração el (3,972)
- PIS - proc. que não vers (3,957)
- IRPJ - AF - lucro real (e (3,943)
- Cofins - ação fiscal (tod (3,829)
- Simples- proc. que não ve (3,681)
- IRPF- ação fiscal - Dep.B (3,040)
- IPI- processos NT- créd.p (2,235)
- IRPF- ação fiscal - omis. (2,215)
- Cofins- proc. que não ver (2,098)
- IRPJ - restituição e comp (2,087)
- Finsocial -proc. que não (1,996)
- IRPF- restituição - rendi (1,990)
- Não Informado (56,831)
- GILSON MACEDO ROSENBURG F (4,955)
- RODRIGO DA COSTA POSSAS (4,442)
- WINDERLEY MORAIS PEREIRA (4,269)
- CLAUDIA CRISTINA NOIRA PA (4,256)
- PEDRO SOUSA BISPO (3,270)
- CHARLES MAYER DE CASTRO S (3,219)
- HELCIO LAFETA REIS (3,172)
- ROSALDO TREVISAN (3,165)
- MARCOS ROBERTO DA SILVA (3,146)
- Não se aplica (2,782)
- LIZIANE ANGELOTTI MEIRA (2,594)
- HONORIO ALBUQUERQUE DE BR (2,474)
- WILDERSON BOTTO (2,439)
- PAULO GUILHERME DEROULEDE (2,330)
- 2020 (41,074)
- 2021 (35,801)
- 2019 (30,944)
- 2018 (26,036)
- 2024 (25,832)
- 2012 (23,620)
- 2023 (22,452)
- 2014 (22,372)
- 2013 (21,085)
- 2011 (20,979)
- 2010 (18,056)
- 2008 (17,072)
- 2017 (16,838)
- 2009 (15,828)
- 2006 (15,269)
- 2009 (69,607)
- 2020 (39,854)
- 2021 (34,153)
- 2019 (30,464)
- 2023 (25,918)
- 2024 (23,874)
- 2014 (23,412)
- 2018 (23,139)
- 2013 (16,584)
- 2017 (16,398)
- 2008 (15,518)
- 2006 (14,849)
- 2022 (13,226)
- 2007 (13,013)
- 2005 (12,075)
Numero do processo: 10410.004618/2002-41
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Feb 20 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed Apr 18 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/01/2000 a 31/03/2002
ALARGAMENTO. BASE DE CÁLCULO. LEI Nº 9.718.
É inconstitucional o alargamento da base de cálculo do PIS previsto no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98.
COFINS. BASE DE CÁLCULO.
A base de cálculo da Cofins é o faturamento do contribuinte, entendido como a receita bruta da venda de mercadorias e da prestação de serviços, originária da atividade típica da empresa, em consonância com o seu objeto social.
Numero da decisão: 9303-006.374
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em Exercício
(assinado digitalmente)
Charles Mayer de Castro Souza - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, Charles Mayer de Castro Souza (suplente convocado), Andrada Márcio Canuto Natal, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Tatiana Midori Migiyama, Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201802
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/01/2000 a 31/03/2002 ALARGAMENTO. BASE DE CÁLCULO. LEI Nº 9.718. É inconstitucional o alargamento da base de cálculo do PIS previsto no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. COFINS. BASE DE CÁLCULO. A base de cálculo da Cofins é o faturamento do contribuinte, entendido como a receita bruta da venda de mercadorias e da prestação de serviços, originária da atividade típica da empresa, em consonância com o seu objeto social.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Wed Apr 18 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 10410.004618/2002-41
anomes_publicacao_s : 201804
conteudo_id_s : 5855073
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Apr 19 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 9303-006.374
nome_arquivo_s : Decisao_10410004618200241.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10410004618200241_5855073.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em Exercício (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza - Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, Charles Mayer de Castro Souza (suplente convocado), Andrada Márcio Canuto Natal, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Tatiana Midori Migiyama, Vanessa Marini Cecconello.
dt_sessao_tdt : Tue Feb 20 00:00:00 UTC 2018
id : 7234313
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:16:14 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050009918767104
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1468; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 949 1 948 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10410.004618/200241 Recurso nº Especial do Procurador Acórdão nº 9303006.374 – 3ª Turma Sessão de 22 de fevereiro de 2018 Matéria COFINS. BASE DE CÁLCULO Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado USINAS REUNIDAS SERESTA S/A ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2000 a 31/03/2002 ALARGAMENTO. BASE DE CÁLCULO. LEI Nº 9.718. É inconstitucional o alargamento da base de cálculo do PIS previsto no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. COFINS. BASE DE CÁLCULO. A base de cálculo da Cofins é o faturamento do contribuinte, entendido como a receita bruta da venda de mercadorias e da prestação de serviços, originária da atividade típica da empresa, em consonância com o seu objeto social. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em Exercício (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas, Charles Mayer de Castro Souza (suplente convocado), Andrada Márcio Canuto Natal, AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 41 0. 00 46 18 /2 00 2- 41 Fl. 949DF CARF MF 2 Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Tatiana Midori Migiyama, Vanessa Marini Cecconello. Relatório Tratase de Recurso Especial de Divergência interposto tempestivamente pela Procuradoria da Fazenda Nacional PFN contra o Acórdão nº 340300.237, de 02/11/2010, proferido pela 3ª Turma da 4ª Câmara da Terceira Seção do CARF, que fora assim ementado: Irresignada, a Recorrente se insurgiu contra o entendimento esposado no acórdão recorrido que excluiu, da base de cálculo da Cofins, as bonificações, as receitas financeiras, as recuperações de indébitos fiscais e os incentivos fiscais. Alega divergência com relação ao que decidido no Acórdão nº 20401.643. O exame de admissibilidade do recurso encontrase às fls. 876/877. Intimada, a contribuinte apresentou contrarrazões ao recurso (fls. 895/904). É o Relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. Presentes os demais requisitos de admissibilidade, entendemos que o recurso especial interposto pela PFN deve ser conhecido. Com efeito, é de fácil percepção, os acórdãos recorrido e paradigma adotaram entendimentos contrários sobre o mesmo tema: a ampliação da base de cálculo do PIS no regime cumulativo. No mérito, sabese que o Supremo Tribunal Federal já reconheceu, em decisão submetida à sistemática da repercussão geral, a inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1999. Confirase: Fl. 950DF CARF MF Processo nº 10410.004618/200241 Acórdão n.º 9303006.374 CSRFT3 Fl. 950 3 EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Tributo. Contribuição social. PIS. COFINS Alargamento da base de cálculo. Art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. Inconstitucionalidade. Precedentes do Plenário (RE nº 346.084/PR, Rel. orig. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de 1º.9.2006; REs nos 357.950/RS, 358.273/RS e 390.840/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 15.8.2006) Repercussão Geral do tema. Reconhecimento pelo Plenário. Recurso improvido. É inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS e da COFINS, prevista no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. Decisão: O Tribunal, por unanimidade, resolveu questão de ordem no sentido de reconhecer a repercussão geral da questão constitucional, reafirmar a jurisprudência do Tribunal acerca da inconstitucionalidade do § 1º do artigo 3º da Lei 9.718/98 e negar provimento ao recurso da Fazenda Nacional, tudo nos termos do voto do Relator. Vencido, parcialmente, o Senhor Ministro Marco Aurélio, que entendia ser necessária a inclusão do processo em pauta. Em seguida, o Tribunal, por maioria,aprovou proposta do Relator para edição de súmula vinculante sobre o tema, e cujo teor será deliberado nas próximas sessões, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que reconhecia a necessidade de encaminhamento da proposta à Comissão de Jurisprudência. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 10.09.2008. Portanto, as contribuições sociais devem incidir apenas e tão somente sobre a receitas decorrentes da venda de mercadorias e da prestação de serviços. Ante o exposto, conheço do recurso especial e, no mérito, negolhe provimento. É como voto. (assinado digitalmente) Charles Mayer de Castro Souza Fl. 951DF CARF MF 4 Fl. 952DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10380.725776/2011-23
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 01 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Mar 09 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano-calendário: 2006, 2007
DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO. CRÉDITO TRIBUTÁRIO DEFINITIVO. RENÚNCIA À INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA.
Torna-se irrelevante que o processo judicial tenha sido extinto sem resolução de mérito, visto que a renúncia às instâncias administrativas, em decorrência da opção pela via judicial, é insuscetível de retratação.
Numero da decisão: 3302-005.215
Decisão: Recurso Voluntário Negado
Crédito Tributário Mantido
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário.
[assinado digitalmente]
Paulo Guilherme Déroulède - Presidente.
[assinado digitalmente]
Maria do Socorro Ferreira Aguiar - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, José Renato Pereira de Deus, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Jorge Lima Abud, Diego Weis Júnior, Sarah Maria Linhares de Araújo e Walker Araújo.
Nome do relator: MARIA DO SOCORRO FERREIRA AGUIAR
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201802
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2006, 2007 DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO. CRÉDITO TRIBUTÁRIO DEFINITIVO. RENÚNCIA À INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA. Torna-se irrelevante que o processo judicial tenha sido extinto sem resolução de mérito, visto que a renúncia às instâncias administrativas, em decorrência da opção pela via judicial, é insuscetível de retratação.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Fri Mar 09 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 10380.725776/2011-23
anomes_publicacao_s : 201803
conteudo_id_s : 5839621
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri Mar 09 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 3302-005.215
nome_arquivo_s : Decisao_10380725776201123.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : MARIA DO SOCORRO FERREIRA AGUIAR
nome_arquivo_pdf_s : 10380725776201123_5839621.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Recurso Voluntário Negado Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. [assinado digitalmente] Paulo Guilherme Déroulède - Presidente. [assinado digitalmente] Maria do Socorro Ferreira Aguiar - Relatora. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, José Renato Pereira de Deus, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Jorge Lima Abud, Diego Weis Júnior, Sarah Maria Linhares de Araújo e Walker Araújo.
dt_sessao_tdt : Thu Feb 01 00:00:00 UTC 2018
id : 7155568
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:13:28 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050009921912832
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1461; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C3T2 Fl. 1.629 1 1.628 S3C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10380.725776/201123 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3302005.215 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 01 de fevereiro de 2018 Matéria AI.CPMF Recorrente FUNDACAO EDSON QUEIROZ Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2006, 2007 DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO. CRÉDITO TRIBUTÁRIO DEFINITIVO. RENÚNCIA À INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA. Tornase irrelevante que o processo judicial tenha sido extinto sem resolução de mérito, visto que a renúncia às instâncias administrativas, em decorrência da opção pela via judicial, é insuscetível de retratação. Recurso Voluntário Negado Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. [assinado digitalmente] Paulo Guilherme Déroulède Presidente. [assinado digitalmente] Maria do Socorro Ferreira Aguiar Relatora. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, José Renato Pereira de Deus, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Jorge Lima Abud, Diego Weis Júnior, Sarah Maria Linhares de Araújo e Walker Araújo. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 38 0. 72 57 76 /2 01 1- 23 Fl. 1629DF CARF MF 2 Por bem descrever os fatos ocorridos até o presente momento processual, os quais foram relatados de forma minudente, adoto o relatório da r. decisão recorrida, conforme a seguir transcrito: Tratase do Auto de Infração da CPMF de fls. 03 a 13, cientificado em 20/06/2011 (fl. 04), no qual a Interessada é acusada de falta de recolhimento da CPMF durante os anos calendário de 2006 e 2007, com fulcro no enquadramento legal nele informado, tendo sido constituído crédito tributário de R$ 2.868.508,36 de CPMF, acrescido da multa de 75% e dos juros de mora. 2. Do Termo de Verificação Fiscal de fls. 14 a 17, com anexos de fls. 18 a 1.514, que é parte integrante do Auto de Infração, extraí trechos que bem resumem os fatos: (...) Inconformada, a Interessada apresentou, em 20/07/2011 (fl. 1.517), a Impugnação de fls. 1.517 a 1.523, com anexos de fls. 1.524 a 1.543, abaixo reproduzida: A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento sintetizou, na ementa a seguir transcrita , a decisão proferida. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2006, 2007 DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO DE EXTINGUIR O PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. A decisão de segunda instância transitada em julgado de extinguir o processo sem julgamento de mérito implica o término do impedimento de exigência de tributo decorrente de decisão de mérito de primeira instância. Assim, inconformada com a decisão de primeira instância, a empresa após ciência em 09/02/2015, conforme AR de fl. 1572, apresenta em 10/03/2015, fl. 1573, Recurso Voluntário a este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF, onde se insurge não só contra o lançamento, mas contra a decisão de piso que julgou improcedente a impugnação, mesmo estando a empresa litigando judicialmente. É o relatório. Voto Conselheira Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Relatora: Dos requisitos de admissibilidade O Recurso Voluntário é tempestivo, trata de matéria da competência deste Colegiado e atende aos pressupostos legais de admissibilidade, portanto, deve ser conhecido. Fl. 1630DF CARF MF Processo nº 10380.725776/201123 Acórdão n.º 3302005.215 S3C3T2 Fl. 1.630 3 Em sede recursal, a recorrente repisa os argumentos já colacionados em sede impugnatória, quanto à impossibilidade, seja do lançamento ou da manutenção deste pela decisão de piso em face concomitância. Destaca o TVF: A empresa contribuinte foi, então, intimada a manifestarse sobre os valores de ÇPMF calculados durante ação fiscal e sobre os valores de CPMF não cobrados pelo banco BRADESCO. Foram apresentadas para a empresa planilhas com todos os valores de CPMF dos anos 2006 e 2007 (vide TERMO DE INTIMAÇÃO FISCAL N° 002, de 17/maio/2011). Limitouse a citar a "sentença n° 0001.0004603/2006, proferida pela I a Vara da Justiça Federal no Ceará concedendo a ordem mandamental perquirida, para determinar à autoridade impetrada que se abstenha de efetuar a cobrança da CPMF nas operações realizadas nas contas correntes e aplicações financeiras da impetrante FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ:' Uma vez que tal processo foi extinto sem julgamento de mérito e a contribuinte não apresentou justificativas para as movimentações financeiras sem os correspondentes recolhimentos de CPMF, foi lavrado auto de infração no qual são cobradas tais contribuições, conforme Arts. 1o, 2o, 4o, 5o, 6o e 7o da Lei n° 9.311/96; art. 1o da Lei n°9.539/97; Art. 84 das Disposições Constitucionais Transitórias, acrescentado pelo art. 3o da Emenda Constitucional n°37/2002 e Art. 3o da Emenda Constitucional n° 42/03. Dos efeitos da concomitância entre as instâncias administrativa e judicial Estando demonstrado acima que no caso em exame há concomitância de pedidos nas duas instâncias administrativa e judicial, quanto ao mérito, discorrese a seguir sobre os efeitos e consequências no presente processo administrativo da cobrança do crédito tributário formalizado. Assim, do ponto de vista jurídico, a propositura pelo contribuinte, de ação judicial de qualquer espécie contra a Fazenda Pública, amparado pela garantia constitucional da inafastabilidade do controle judicial, contra a Fazenda, por qualquer modalidade processual (mandado de segurança, ação de repetição de indébito, ação declaratória ou ação anulatória), antes ou posteriormente à autuação, com o mesmo objeto, importa renúncia às instâncias administrativas, em face da concomitância dos pedidos. Essa questão está disciplinada nos seguintes dispositivos normativos: art. 62, parágrafo único, do Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972; art. 1º, § 2º, do Decretolei nº 1.737/79; art. 38, parágrafo único, da Lei nº 6.830, de 20 de setembro de 1980 e art. 87 do Decreto nº 7574, de 29 de setembro de 2011. No âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil, a matéria está normatizada pelo Parecer Normativo Cosit/RFB nº 07, de 22 de agosto de 2014. Verificase dos atos acima citados que os efeitos da concomitância entre as instâncias administrativa e judicial, quando a pretensão na ação judicial tenha objeto idêntico Fl. 1631DF CARF MF 4 ao do recurso administrativo, são a definitividade do crédito tributário, através de decisão formal, declaratória da definitividade da exigência discutida ou da decisão recorrida, pela autoridade competente para decidir a matéria na fase processual em que se encontra o processo e a impossibilidade de se conhecer de eventual recurso apresentado, prosseguindo o processo administrativo, (exceto na hipótese de mandado de segurança ou medida liminar, específico), até a inscrição da Dívida Ativa da União, pois mesmo quando haja medida judicial que suspenda ou impeça essa cobrança, a suspensão é quanto aos atos executórios e não da emissão do título executório. Observese contudo que, pela sistemática constitucional temse que o princípio da unicidade de jurisdição, previsto no artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal de 1988, confere exclusividade ao Poder Judiciário para a prestação jurisdicional (“a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito”), estabelecendo, deste modo, uma importante regra limitadora do processo administrativo, qual seja a de que as decisões administrativas não são definitivas e seu cumprimento depende de sua não invalidação por algum provimento judicial. Assim, em consequência da regra contida no art. 5o, XXXV, o ato administrativo está sujeito ao controle do Poder Judiciário, por ser este último, em relação ao primeiro, instância superior e autônoma. Superior porque pode rever, para cassar ou anular, o ato administrativo; autônoma, porque a parte não está obrigada a percorrer, antes, as instâncias administrativas, para ingressar em juízo. Nesse mister a decisão judicial transitada em julgado seja anterior ou posterior ao término do contencioso administrativo, por força da coisa julgada e da jurisdição única prevalece sobre a decisão administrativa, mesmo quando aquela tenha sido desfavorável ao contribuinte e esta lhe tenha sido favorável. O cerne da controvérsia foi pertinentemente abordado pela instância a quo, cuja fundamentação, tomo de empréstimo, como razão de decidir, com escopo no artigo 50, § 1º da Lei nº 9.784, de 1999, conforme excertos a seguir, na parte de interesse: No Mandado de Segurança, ao contrário do que acontece em regra, a apelação e a remessa não têm efeito suspensivo, de modo que a sentença se mantém eficaz, mesmo na pendência de julgamento das impugnações. Contudo, e neste ponto o Mandado de Segurança não é exceção, para que a sentença transite em julgado é preciso que o tribunal se pronuncie. Antes dessa manifestação, o conteúdo da sentença, embora eficaz, não faz coisa julgada. No caso em apreço, ao afirmar que não havia interesse processual, o tribunal estava claramente se referindo ao período posterior à extinção da CPMF. É claro que não há utilidade em se reconhecer que alguém, em determinada data, é imune a certo tributo se naquela data o tributo não mais existia. Por outro lado, para o período em que a exação existia, é igualmente claro que há o interesse. Como a omissão não foi suprida, a parte da sentença que reconheceu a imunidade até a extinção da CPMF não faz coisa julgada material, pois nem sequer transitou em julgado, uma vez que não foi examinada pelo tribunal. Fl. 1632DF CARF MF Processo nº 10380.725776/201123 Acórdão n.º 3302005.215 S3C3T2 Fl. 1.631 5 Consequentemente, ainda que se considere que o tribunal extinguiu o processo sem examinar o mérito das impugnações, inexiste óbice para que em outra relação processual (execução fiscal) se considere a Interessada não imune à contribuição e se faça a cobrança do crédito lançado.(grifei). Cumpre ainda destacar que o Parecer Normativo Cosit/RFB nº 07, de 22 de agosto de 2014 dispõe expressamente:. É irrelevante que o processo judicial tenha sido extinto sem resolução de mérito, na forma do art. 267 do CPC, pois a renúncia às instâncias administrativas, em decorrência da opção pela via judicial, é insuscetível de retratação. Assim, tendo em vista a natureza da obrigação tributária, ex lege, o C.T.N. submeteu o lançamento a princípios expressos de vinculação e obrigatoriedade administrativa, como assinala a doutrina dominante, de sorte que uma vez ocorrido o fato gerador, que corresponde à concretização da hipótese legal e faz nascer a obrigação tributária, tem a autoridade administrativa o dever de proceder ao lançamento, que é a formalização do crédito como requisito prévio e necessário para a cobrança administrativa, ex vi do parágrafo único do 1art. 142 do C.T.N., constatase que não há reparos no feito fiscal, tampouco na decisão de piso. Ante o exposto, VOTO POR NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO VOLUNTÁRIO. [Assinado digitalmente] Maria do Socorro Ferreira Aguiar Relatora 1 Art.142. (...) Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional." Fl. 1633DF CARF MF 6 Fl. 1634DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10880.986224/2009-34
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 22 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Mar 08 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 1301-000.490
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. Vencidos os Conselheiros Roberto Silva Junior, Nelso Kichel e Milene de Araújo Macedo que votaram por negar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Fernando Brasil de Oliveira Pinto - Presidente
(assinado digitalmente)
José Eduardo Dornelas Souza - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Roberto Silva Junior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Marcos Paulo Leme Brisola Caseiro, Milene de Araújo Macedo, Amélia Wakako Morishita Yamamoto, Bianca Felicia Rothschild e Fernando Brasil de Oliveira Pinto.
Nome do relator: JOSE EDUARDO DORNELAS SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201802
camara_s : Terceira Câmara
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 08 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 10880.986224/2009-34
anomes_publicacao_s : 201803
conteudo_id_s : 5838823
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 08 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 1301-000.490
nome_arquivo_s : Decisao_10880986224200934.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : JOSE EDUARDO DORNELAS SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10880986224200934_5838823.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. Vencidos os Conselheiros Roberto Silva Junior, Nelso Kichel e Milene de Araújo Macedo que votaram por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Fernando Brasil de Oliveira Pinto - Presidente (assinado digitalmente) José Eduardo Dornelas Souza - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Roberto Silva Junior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Marcos Paulo Leme Brisola Caseiro, Milene de Araújo Macedo, Amélia Wakako Morishita Yamamoto, Bianca Felicia Rothschild e Fernando Brasil de Oliveira Pinto.
dt_sessao_tdt : Thu Feb 22 00:00:00 UTC 2018
id : 7153177
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:13:21 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050009924009984
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1598; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C3T1 Fl. 135 1 134 S1C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10880.986224/200934 Recurso nº Voluntário Resolução nº 1301000.490 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Data 22 de fevereiro de 2018 Assunto CSLL. ERRO DE PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO Recorrente CIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SAO PAULO SABESP Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por maioria de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. Vencidos os Conselheiros Roberto Silva Junior, Nelso Kichel e Milene de Araújo Macedo que votaram por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Fernando Brasil de Oliveira Pinto Presidente (assinado digitalmente) José Eduardo Dornelas Souza Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Roberto Silva Junior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Marcos Paulo Leme Brisola Caseiro, Milene de Araújo Macedo, Amélia Wakako Morishita Yamamoto, Bianca Felicia Rothschild e Fernando Brasil de Oliveira Pinto. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pelo contribuinte acima identificado contra o acórdão 1628.154, proferido pela 5ª Turma da DRJ/SP1, na sessão de 01 de dezembro de 2010, que, ao apreciar a Manifestação de Inconformidade apresentada pelo contribuinte, entendeu, por unanimidade de votos, rejeitála, não reconhecendo o direito creditório pleiteado. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 80 .9 86 22 4/ 20 09 -3 4 Fl. 135DF CARF MF Processo nº 10880.986224/200934 Resolução nº 1301000.490 S1C3T1 Fl. 136 2 Por bem descrever o ocorrido, valhome do relatório proferido por ocasião do julgamento da primeira instância, a seguir transcrito: DO DESPACHO DECISÓRIO Em face do PER/DCOMP de fls. 01/02, transmitido pela contribuinte em 04/01/2006, que indicava como crédito o pagamento indevido / a maior de CSLL no montante de R$ 111.862,27, a DERAT proferiu o Despacho Decisório de fl. 05, no qual não homologa a compensação declarada, em face de tratarse de pagamento a titulo de estimativa mensal de pessoa jurídica tributada pelo lucro real, caso em que o recolhimento somente pode ser utilizado na dedução do IRPJ ou da CSLL devida ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou CSLL do período, nos termos do artigo 10 da IN SRF n° 600/2005. DA MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE Cientificada do Despacho Decisório, a contribuinte, por meio , de sua advogada, regularmente constituída, apresentou a manifestação de inconformidade de fls. 07/16, alegando, em síntese, o seguinte. No anocalendário de 2004, a contribuinte apurou saldo negativo de CSLL no montante de R$ 1.762.820,93, conforme linha 51 da Ficha 17A da DIPJ/2005. Em absoluta consonância com as melhores práticas, houve o devido reconhecimento contábil do valor, como passivel de recuperação. Do valor ao qual a contribuinte fazia jus à restituição, houve aproveitamento parcial, da ordem de R$ 1.296.878,00, por meio do PER/DCOMP no 40135.39057.070405.1.7.044590, transmitido em 07/04/2005, cuja compensação foi não homologada e cuja manifestação de inconformidade, ainda pendente de julgamento na presente data, é tratada no processo n° 10880.913962/200962. Dessa forma, o valor remanescente favorável à contribuinte, após a dedução do aproveitamento realizado no PER/DCOMP supracitado, totalizava, em valores históricos, R$ 465.942,93. Desse total foi utilizado o valor de R$ 354.080,66 no PER/DCOMP n° 29567.40890.070405.1.3.04.4217, tratado no processo n°10880.936041/200978, em fase de julgamento. Do valor residual de R$ 111.862,27, foi utilizado para compensação o valor original de R$ 96.466,26, formalizado do presente PER/DCOMP, o qual teve Despacho Decisório desfavorável, originado o processo aqui em análise. Restou, assim, um valor residual de R$ 15.396,01, a ser aproveitado em outros PER/DCOMP. Vez que é incontestável a existência de valores favoráveis A contribuinte, devidamente construido com respaldo nos deveres instrumentais e contábeis, é que se pretende ver reformado o Despacho Decisório de maneira a se homologar a compensação tratada no PER/DCOMP objeto do presente processo. Fl. 136DF CARF MF Processo nº 10880.986224/200934 Resolução nº 1301000.490 S1C3T1 Fl. 137 3 Ocorre que, motivado por erro administrativo cometido no preenchimento do PER/DCOMP, o campo que indica a origem do crédito foi erroneamente aplicado como se fosse "Pagamento indevido ou a maior de CSLL". Entretanto, de maneira alguma isso prejudicaria o pleito formulado pela contribuinte, dada a inconteste vinculação dos créditos reclamados com o saldo negativo de CSLL apurado na competência de 2004. 0 crédito favorável à contribuinte decorre de excesso de recolhimentos de CSLL durante o ano de 2004, que, dada a peculiaridade de ser originado no bojo de regime anual e de recolhimentos mensais do tributo, tal excesso é chamado de "Saldo Negativo" e não "Pagamento indevido ou a maior". Esse erro meramente formal na caracterização da origem do crédito foi, a nosso ver, o motivo determinante para a autoridade fiscal considerar não homologada a compensação. Todavia, em que pese essa decisão, diante dos elementos probantes acostados à defesa, não há como ser ignorado o fato de que se tratava, em verdade, de "Saldo Negativo", e por tal razão deve a verdade material preponderar, consoante reiteradas decisões nesse sentido. Por todo exposto, requer a contribuinte que: a) Seja a presente manifestação de inconformidade julgada procedente, para declarar a anulação do Despacho Decisório; b) Sejam determinadas as necessárias correções e adequações das informações constantes do PER/DCOMP, segundo a realizada dos fatos, devidamente comprovados pela documentação acostada aos autos; e c) Seja declarado extinto o débito compensado, com base no artigo 156, inciso II, do CTN. Caso a autoridade julgadora assim não entenda possível, requer, alternativamente, a conversão do julgamento em diligência, para a produção das demais provas que se entender necessárias. Naquela oportunidade, a r.turma julgadora, apreciando as razões trazidas pelo contribuinte, decidiu pela improcedência da Manifestação de Inconformidade apresentada, conforme sintetizado pela seguinte Ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO CSLL Data do fato gerador: 31/01/2005 PER/DCOMP. ALEGAÇÃO DE ERRO DE FATO. IMPOSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO. Admitese a retificação do PER/DCOMP pelo sujeito passivo somente se estiver pendente de decisão administrativa. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Fl. 137DF CARF MF Processo nº 10880.986224/200934 Resolução nº 1301000.490 S1C3T1 Fl. 138 4 Ciente do acórdão recorrido, e com ele inconformado, a recorrente apresentou, tempestivamente, recurso voluntário, através de patrono legitimamente constituído, pugnando pelo provimento, onde apresenta argumentos que serão a seguir analisados. Em uma primeira apreciação, a 2ª Turma Especial desta Seção de Julgamento mediante a Resolução nº 1802000.476, resolveu encaminhar os presentes autos para serem juntados ao processo nº 10880.913962/200962, para que fossem julgados conjuntamente. É o Relatório. Voto Conselheiro José Eduardo Dornelas Souza, Relator O recurso é tempestivo e atende aos pressupostos regimentais, portanto, dele conheço. Porém, do exame dos autos, considero que o processo não reúne condições de julgamento, pelos motivos que passo a expor. Da análise inicial do recurso voluntário Sustenta a recorrente que pleiteou crédito decorrente de suposto pagamento indevido ou a maior de CSLL no anocalendário 2004, quando na verdade, o crédito era resultante de Saldo Negativo apurado no mesmo período e, para comprovar suas alegações, juntou documentos. Ao analisar o pleito do contribuinte, o colegiado anterior (DRJ), prolator da decisão recorrida, entendeu pelo seu indeferimento, sustentando a impossibilidade de ser admitida a alegação de erro de preenchimento. De acordo com a decisão recorrida, a compensação efetuada através de declaração de compensação se dá por conta e risco do contribuinte, que possui o dever de informação exata quanto à origem do crédito e de seu montante, não admitindo a alteração do seu conteúdo após o despacho decisório. Aduz que a pretendida retificação da origem do crédito tem a mesma natureza de uma declaração de compensação de débitos não homologados, o que não é permitido pela legislação, o que, em sua ótica, impede o saneamento do erro no curso do próprio processo. Penso que essa não seja a melhor interpretação, porque ela estabelece uma preclusão que inviabiliza a busca da verdade material pelo processo administrativo fiscal. Não se pode admitir que determinado erro de preenchimento de DCOMP, que motivou uma primeira negativa por parte da administração tributária (DRF), gere um impasse insuperável, uma situação em que o contribuinte não possa apresentar nova declaração, não pode retificar a declaração original, e nem possa ter o erro saneado no curso do processo administrativo através de exame de provas. Não vejo como acolher a idéia de preclusão total, especialmente pelas circunstâncias do caso concreto, onde o contribuinte defende, desde o início de sua manifestação, erro de preenchimento de declaração, apresentando documentos que comprovam, em tese, a verdadeira origem do direito creditório que afirma ser titular, ainda que em descompasso com a declaração anteriormente transmitida. Fl. 138DF CARF MF Processo nº 10880.986224/200934 Resolução nº 1301000.490 S1C3T1 Fl. 139 5 Tenho adotado o entendimento de considerar ilegítimo afastar uma declaração de compensação sob o fundamento puramente formal de erro de preenchimento, na hipótese de ser apontado equivocadamente a origem do crédito, considerando "pagamento indevido" de estimativas, quando na verdade o direito creditório resulta de "saldo negativo" formado pelo somatório destas mesmas estimativas, exclusivamente. No caso concreto, da análise dos documentos apresentados, não tenho dúvida de que não ocorreu pagamento a maior das estimativas de CSLL, ocorrendo, em tese, saldo negativo de CSLL no período. Se por um lado, a recorrente confundiu esses conceitos, por outro, no curso do presente processo, deixou inequívoco que sua intenção era mesma aproveitar crédito decorrente do referido saldo negativo formado pelo conjunto das estimativas. Ora, não é plausível que, com fundamento em mero erro no preenchimento de instrumento declaratório, seja negado ao contribuinte o direito de reaver aquilo que ele pagou indevidamente ou em montante maior do que o devido. Devese ponderar as grandezas de direitos envolvidos na lide: de um lado, o da Fazenda Nacional de não devolver o que lhe foi pago acima do devido em virtude de erro de forma no pedido apresentado pelo contribuinte; do outro, o legítimo direito do contribuinte de utilizar o montante pago a maior (ou indevidamente) para fins de compensação tributária. Em tais circunstâncias, tenho me posicionado, sem quaisquer dúvidas, que se deve relevar o erro de preenchimento cometido e, em homenagem ao princípio da verdade material, promover a utilização do direito creditório efetivamente reconhecido na extinção (ainda que parcial), por compensação, dos débitos de titularidade do requerente. Ora, se o método de solicitar a restituição, o ressarcimento e a compensação se mostrou inadequado sob a ótica formal, o processo administrativo fiscal é que deve acertar o procedimento guiandose pelo princípio matriz, da busca pela verdade real. Ocorre que o Colegiado anterior, em sessão realizada em 8 de abril de 2014, mediante a Resolução nº 1802000.476, resolveu determinar a juntada destes autos processo nº 10880.913962/200962, para que fossem julgados conjuntamente. Apesar de apensados (fls. 131), em seguida foram desapensados (fls. 132), de tal sorte que o processo nº 10880.913962/200962 foi julgado de forma isolada pela 1ª TO/2ªCÂMARA/1ª SEÇÃO, que entendeu dar provimento ao recurso apresentado, por unanimidade de votos. Atualmente este processo se encontra na CSRF. No exame deste último julgado, verifiquei que o crédito lá pleiteado possui de fato a mesma origem do direito crédito pleiteado nestes autos, qual seja, crédito oriundo de Saldo Negativo CSLL, AC 2004. Ocorre que naquele processo, em que pese o julgamento ter sido favorável ao contribuinte, não foi apurado o valor do Saldo Negativo CSLL, do período, limitandose a dizer que a documentação fiscal e contábil acostada seria suficiente para comprovar a existência de saldo negativo de CSLL no anobase de 2004. Confirase trecho sobre o ponto do votocondutor do mencionado processo, de relatoria do Conselheiro Luis Fabiano Alves Penteado, in verbis: Fl. 139DF CARF MF Processo nº 10880.986224/200934 Resolução nº 1301000.490 S1C3T1 Fl. 140 6 Cabe ressaltar, é condição indispensável que a prova de que se trata de simples engano ou falha humana, seja feita de forma absolutamente convincente, com base em indícios veementes, tendo, outrossim, livre a convicção do julgador. Neste sentido, cabe ressaltar que consta dos autos, documentação fiscal e contábil suficiente para comprovar a existência do saldo negativo de CSLL no anobase de 2004 (...). (G.N) Desta forma, apesar daquele ilustre Relator afirmar a existência de saldo negativo de CSLL, no anocalendário 2004, em nenhum momento informa o valor deste crédito, e por isso não há como saber, como base em informações daquele processo, se há saldo suficiente para que seja utilizado do Per/Dcomp aqui em apreciação. Dessa forma, decidir pelo sobrestamento dos presentes autos até julgamento definitivo daquele processo não soluciona a lide, sendo necessário, a meu ver, ser realizada diligência para apurar liquidez e certeza do direito creditório pleiteado. Assim, inclinome pela realização de diligência para que sejam adotadas as seguintes providências pela Fiscalização: a) Transmutar a situação de pagamento indevido para compensação de saldo negativo de CSLL para o anocalendário de 2004; b) verificação da existência, suficiência e disponibilidade do crédito pretendido em Per/DComp, inclusive no que diz respeito à juntada por anexação dos processos administrativos, cujas declarações tenham por base o mesmo crédito. c) Após as verificações acima, a autoridade fiscal deverá elaborar relatório conclusivo. d) Ao final do relatório conclusivo, o contribuinte deverá ser cientificado do seu resultado, facultandolhe a oportunidade de se manifestar nos autos sobre suas conclusões, no prazo de 30 dias, em conformidade com o parágrafo único, art. 35, do Decreto 7.574/2011. Na seqüência, o processo deverá retornar ao CARF para prosseguimento do julgamento, sendo distribuído a este Conselheiro independentemente de sorteio. (assinado digitalmente) José Eduardo Dornelas Souza Fl. 140DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13854.720057/2013-52
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Jan 19 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Feb 27 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Simples Nacional
Ano-calendário: 2013
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO.
É assegurado ao Contribuinte a interposição de Recurso Voluntário no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da ciência da decisão recorrida. Demonstrada nos autos a intempestividade do recurso voluntário, não se conhece das razões de mérito.
Numero da decisão: 1001-000.312
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Lizandro Rodrigues de Sousa - Presidente.
(assinado digitalmente)
Edgar Bragança Bazhuni - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Lizandro Rodrigues de Sousa (presidente), Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues e Jose Roberto Adelino da Silva.
Nome do relator: EDGAR BRAGANCA BAZHUNI
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201801
ementa_s : Assunto: Simples Nacional Ano-calendário: 2013 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. É assegurado ao Contribuinte a interposição de Recurso Voluntário no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da ciência da decisão recorrida. Demonstrada nos autos a intempestividade do recurso voluntário, não se conhece das razões de mérito.
turma_s : Primeira Turma Extraordinária da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Feb 27 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 13854.720057/2013-52
anomes_publicacao_s : 201802
conteudo_id_s : 5834164
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Feb 27 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 1001-000.312
nome_arquivo_s : Decisao_13854720057201352.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : EDGAR BRAGANCA BAZHUNI
nome_arquivo_pdf_s : 13854720057201352_5834164.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Lizandro Rodrigues de Sousa - Presidente. (assinado digitalmente) Edgar Bragança Bazhuni - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Lizandro Rodrigues de Sousa (presidente), Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues e Jose Roberto Adelino da Silva.
dt_sessao_tdt : Fri Jan 19 00:00:00 UTC 2018
id : 7136751
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:13:01 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050009929252864
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1390; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C0T1 Fl. 42 1 41 S1C0T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13854.720057/201352 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1001000.312 – Turma Extraordinária / 1ª Turma Sessão de 19 de janeiro de 2018 Matéria SIMPLES NACIONAL INDEFERIMENTO DA OPÇÃO Recorrente SUPERMERCADO FREITAS FERREIRA LTDA ME Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL Anocalendário: 2013 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. É assegurado ao Contribuinte a interposição de Recurso Voluntário no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da ciência da decisão recorrida. Demonstrada nos autos a intempestividade do recurso voluntário, não se conhece das razões de mérito. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Lizandro Rodrigues de Sousa Presidente. (assinado digitalmente) Edgar Bragança Bazhuni Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Lizandro Rodrigues de Sousa (presidente), Edgar Bragança Bazhuni, Eduardo Morgado Rodrigues e Jose Roberto Adelino da Silva. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 85 4. 72 00 57 /2 01 3- 52 Fl. 42DF CARF MF Processo nº 13854.720057/201352 Acórdão n.º 1001000.312 S1C0T1 Fl. 43 2 Tratase de Recurso Voluntário interposto pela Recorrente em face de decisão proferida pela 4ª Turma da Delegacia Regional de Julgamento em Brasília (DF), mediante o Acórdão nº 0361.936, de 24/06/2014 (efls. 29/31), objetivando a reforma do referido julgado. Em 14/01/2013, a empresa fez a opção pelo Simples Nacional, que foi indeferida mediante o “Termo de Indeferimento da Opção pelo Simples Nacional”, em 13/03/2013 (efl. 09/10), sob o fundamento de que a pessoa jurídica incorreu, naquele momento, em situações impeditivas (26 débitos previdenciários com a Secretaria da Receita Federal do Brasil, cujas exigibilidades não estavam suspensas). A interessada apresentou manifestação de inconformidade contra o indeferimento da sua opção pelo Simples Nacional, argumentando que "os débitos previdenciários foram parcelados em sua totalidade e devidamente quitados, conforme pesquisa de situação fiscal que evidencia a situação de parcelamento". Não apresenta documentos comprovando o que alega. A DRJ considerou improcedente a manifestação de inconformidade e publicou acórdão com a seguinte ementa: ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL Anocalendário: 2013 SIMPLES NACIONAL DECISÃO INDEFERITÓRIA DA OPÇÃO DE INGRESSO NÃO REGULARIZAÇÃO DAS PENDÊNCIAS NO PRAZO REGULAMENTAR A REGULARIZAÇÃO DE EVENTUAIS PENDÊNCIAS IMPEDITIVAS AO INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL DEVE SER FEITA ENQUANTO NÃO VENCIDO O PRAZO PARA A SOLICITAÇÃO Manifestação de Inconformidade Improcedente Sem Crédito em Litígio Ciente da decisão de primeira instância em 22/07/2014, conforme Aviso de Recebimento à efl. 35, a recorrente apresentou recurso voluntário em 03/09/2014 (efl. 37), conforme carimbo aposto no documento e corroborado pelo Termo da Análise de Solicitação de Juntada à efl. 40. É o Relatório. Voto Conselheiro Edgar Bragança Bazhuni, Relator Fl. 43DF CARF MF Processo nº 13854.720057/201352 Acórdão n.º 1001000.312 S1C0T1 Fl. 44 3 Nos termos do art. 33 do Decreto 70.235/72, o prazo para que seja interposto o Recurso Voluntário contra as decisões das Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento é de 30 dias a partir da ciência da referida decisão: Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. A Regra Geral sobre contagem de prazos no Processo Administrativo Fiscal é estabelecida pelo Art. 5º, do Decreto nº 70.235/72: "Art. 5º: Os prazos serão contínuos, excluindose, na sua contagem, o dia de início e incluindose o dia do vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado o ato." Acerca da Eficácia e Execução das Decisões, assim dispõe o Decreto n° 70.235/1972: Art. 42. São definitivas as decisões: I de primeira instância esgotado o prazo para recurso voluntário sem que este tenha sido interposto; [...] A contagem do prazo recursal deve iniciar no primeiro dia útil seguinte. Considerandose que a data de ciência foi no dia 22/07/2014 (terçafeira), a contagem do prazo recursal deve iniciar na sextafeira, dia 23/07/2014 (quartafeira). Tendo em vista que o prazo recursal esgotouse com o decurso de trinta (30) dias, portanto, em 21/08/2014 (quintafeira), e o recurso voluntário foi apresentado somente em 03/09/2014, o mesmo é intempestivo e não deve ser conhecido por este colegiado. Em relação à afirmação do agente da Unidade da RFB de controle do crédito tributário de que o recurso foi apresentado tempestivamente, a mesma não tem amparo nos documentos anexados aos autos e aqui relatados. Outrossim, a pesquisa fiscal (efl. 41) apresentada juntamente com a peça recursal, evidencia, em seu cabeçalho, que a mesma foi efetuada em 03/09/2014, sendo mais uma prova de que o recurso foi apresentado intempestivamente. Neste sentido, tendo em vista o não cumprimento do pressuposto de admissibilidade, previsto no art. 33 do Decreto 70.235/72, voto no sentido de NÃO CONHECER do recurso voluntário, por ser intempestivo, tornando definitiva, no âmbito administrativo, a decisão de primeira instância. (assinado digitalmente) Edgar Bragança Bazhuni Fl. 44DF CARF MF Processo nº 13854.720057/201352 Acórdão n.º 1001000.312 S1C0T1 Fl. 45 4 Fl. 45DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10680.011220/2007-95
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Jan 30 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Mar 16 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração:01/01/1999 a 31/12/2005
MULTA. RETROATIVIDADE BENÉFICA. APLICAÇÃO
Quando da aplicação, simultânea, em procedimento de ofício, da multa prevista no revogado art. 32, § 5º, da Lei no. 8.212, de 1991, que se refere à apresentação de declaração inexata em GFIP, e também da sanção pecuniária pelo não pagamento do tributo devido, prevista no art. 35, II da mesma Lei, deve-se cotejar, para fins de aplicação do instituto da retroatividade benéfica, a soma das duas sanções eventualmente aplicadas quando do lançamento, em relação à penalidade pecuniária do art. 44, inciso I, da Lei 9.430, de 1996, que se destina a punir ambas as infrações já referidas, e que se tornou aplicável no contexto da arrecadação das contribuições previdenciárias desde a edição da Medida Provisória no. 449, de 2008. Assim, estabelece-se como limitador para a soma das multas aplicadas através de procedimento de ofício o percentual de 75%.
DECADÊNCIA. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. AUTONOMIA. ART. 173, I DO CTN.
As obrigações acessórias ostentam caráter autônomo em relação à regra matriz de incidência do tributo. Assim o descumprimento de obrigação acessória leva ao lançamento de ofício da penalidade, aplicando-se o art. 173, I do CTN.
Numero da decisão: 9202-006.472
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em dar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
Patrícia da Silva - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Cecília Lustosa da Cruz, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício).
Nome do relator: PATRICIA DA SILVA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201801
camara_s : 2ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração:01/01/1999 a 31/12/2005 MULTA. RETROATIVIDADE BENÉFICA. APLICAÇÃO Quando da aplicação, simultânea, em procedimento de ofício, da multa prevista no revogado art. 32, § 5º, da Lei no. 8.212, de 1991, que se refere à apresentação de declaração inexata em GFIP, e também da sanção pecuniária pelo não pagamento do tributo devido, prevista no art. 35, II da mesma Lei, deve-se cotejar, para fins de aplicação do instituto da retroatividade benéfica, a soma das duas sanções eventualmente aplicadas quando do lançamento, em relação à penalidade pecuniária do art. 44, inciso I, da Lei 9.430, de 1996, que se destina a punir ambas as infrações já referidas, e que se tornou aplicável no contexto da arrecadação das contribuições previdenciárias desde a edição da Medida Provisória no. 449, de 2008. Assim, estabelece-se como limitador para a soma das multas aplicadas através de procedimento de ofício o percentual de 75%. DECADÊNCIA. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. AUTONOMIA. ART. 173, I DO CTN. As obrigações acessórias ostentam caráter autônomo em relação à regra matriz de incidência do tributo. Assim o descumprimento de obrigação acessória leva ao lançamento de ofício da penalidade, aplicando-se o art. 173, I do CTN.
turma_s : 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Fri Mar 16 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 10680.011220/2007-95
anomes_publicacao_s : 201803
conteudo_id_s : 5841755
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri Mar 16 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 9202-006.472
nome_arquivo_s : Decisao_10680011220200795.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : PATRICIA DA SILVA
nome_arquivo_pdf_s : 10680011220200795_5841755.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em dar-lhe provimento. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em exercício (assinado digitalmente) Patrícia da Silva - Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Cecília Lustosa da Cruz, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício).
dt_sessao_tdt : Tue Jan 30 00:00:00 UTC 2018
id : 7172952
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:14:01 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050009930301440
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 14; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2002; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT2 Fl. 200 1 199 CSRFT2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10680.011220/200795 Recurso nº Especial do Procurador Acórdão nº 9202006.472 – 2ª Turma Sessão de 31 de janeiro de 2018 Matéria CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES NO ESTADO DE MINAS GERAIS SINTTEL MG ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração:01/01/1999 a 31/12/2005 MULTA. RETROATIVIDADE BENÉFICA. APLICAÇÃO Quando da aplicação, simultânea, em procedimento de ofício, da multa prevista no revogado art. 32, § 5º, da Lei no. 8.212, de 1991, que se refere à apresentação de declaração inexata em GFIP, e também da sanção pecuniária pelo não pagamento do tributo devido, prevista no art. 35, II da mesma Lei, devese cotejar, para fins de aplicação do instituto da retroatividade benéfica, a soma das duas sanções eventualmente aplicadas quando do lançamento, em relação à penalidade pecuniária do art. 44, inciso I, da Lei 9.430, de 1996, que se destina a punir ambas as infrações já referidas, e que se tornou aplicável no contexto da arrecadação das contribuições previdenciárias desde a edição da Medida Provisória no. 449, de 2008. Assim, estabelecese como limitador para a soma das multas aplicadas através de procedimento de ofício o percentual de 75%. DECADÊNCIA. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. AUTONOMIA. ART. 173, I DO CTN. As obrigações acessórias ostentam caráter autônomo em relação à regra matriz de incidência do tributo. Assim o descumprimento de obrigação acessória leva ao lançamento de ofício da penalidade, aplicandose o art. 173, I do CTN. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em darlhe provimento. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 68 0. 01 12 20 /2 00 7- 95 Fl. 200DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 201 2 (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício (assinado digitalmente) Patrícia da Silva Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Cecília Lustosa da Cruz, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício). Relatório A Fazenda Nacional, inconformada com o decidido no Acórdão nº 2403 02.023, proferido pela 3ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 2ª Seção de Julgamento do CARF em 17/04/2013, interpôs recurso especial à Câmara Superior de Recursos Fiscais. A decisão restou assim ementada: ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Período de apuração: 01/01/1999 a 31/12/2005 PREVIDENCIÁRIO. DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. GFIP. OMISSÃO DE FATOS GERADORES. DECADÊNCIA. PRINCÍPIO DAS RETROATIVIDADE BENIGNA.MULTA MAIS BENÉFICA. A apresentação de GFIP sem o registro de todos os fatos geradores das contribuições previdenciárias constitui infração à Legislação Previdenciária. Ocorre a decadência com a extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia foi, de origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado, e este se esgotou sem que esse exercício tivesse se verificado. As edições da Súmula Vinculante n° 8 exarada pelo Supremo Tribunal Federal STF e da Lei Complementar n° 128 de dezembro de 2008, artigo 13, I , “a ” determinaram que são inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto lei 1.569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. O artigo 106, “c” , do CTN determina a aplicação retroativa da lei quando, tratandose de ato não definitivamente julgado, lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática, princípio da retroatividade benigna O contribuinte autuado na forma da infração à Lei n.° 8.212, de 24 de julho de 1991, artigo 32, inciso IV, parágrafo 5°, combinado com o Regulamento da Previdência Social RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048, de 06 de maio de 1999, artigo 225, inciso IV e parágrafo 4°, não tendo sido constatada Fl. 201DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 202 3 ocorrência de circunstâncias agravantes previstas no mesmo Regulamento, artigo 290, se mais benéfico, cabe o recálculo da multa de acordo com a redação do artigo 32A da Lei 8.212/91, dada pela Lei 11.941/2009. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, em preliminar, por unanimidade de votos, em determinar que se reconheça a decadência do crédito lançado para as competências 03/2002 e anteriores com base nos critérios estabelecidos no Art.150, § 4º, do Código Tributário Nacional CTN. Votou pelas conclusões o conselheiro Carlos Alberto Mees Stringari. No mérito: Por unanimidade de votos em dar provimento parcial ao recurso, promovendo o recálculo da multa de acordo com a redação do artigo 32 A da Lei 8.212/91, dada pela Lei 11.941/2009, fazendo prevalecer a multa mais benéfica para o contribuinte Na origem, conforme relatório fiscal da infração, de fls. 17, foi lavrado por ter a entidade sindical deixado de declarar nas Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), relativas ao período de janeiro de 1999 a dezembro de 2005, fatos geradores de contribuições previdenciárias consubstanciados em remunerações de contribuintes individuais que lhe prestaram serviços, remunerações de seus dirigentes, os valores recolhidos a título de reclamatórias trabalhistas nas competências de fevereiro e agosto de 2005, as parcelas pagas sob a rubrica de honorários advocatícios, de auxílio alimentação e de abonos, bem como vales transportes pagos em espécie, dentre outros discriminados nas planilhas de fls. 61/92. , Auto de Infração de Obrigação Acessória – DEBCAB 37.061.4801. A obrigação principal consta do DEBCAB 37.074.6007, (Processo 10680.011302/200730) que após juntada de desistência parcial em face de parcelamento, em 24/02/2010 foram mantidas as competências de 01/97 a 12/2001 em novo DEBCAB 37.402.2771. Em julgamento do processo supra, por meio do Acórdão 2401004.301, foi reconhecida a decadência dos períodos de 01/1997 a 02/2002. Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/1997 a 21/12/2005 DECADÊNCIA. SÚMULA VINCULANTE Nº 08 O Supremo Tribunal Federal, através da Súmula Vinculante nº 08, declarou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/91, devendo, portanto, ser aplicada a regra insculpida no Código Tributário Nacional. Assim, houve a decadência das contribuições previdenciárias levantadas no período de 01/1997 a 12/2001. No presente lançamento se aplica a regra insculpida no artigo 150, §4º do Código Tributário Nacional. O lançamento em testilha foi realizado em 30/03/2007, estando parcialmente decadente o período de 01/1997 a 02/2002. ADESÃO PARCIAL AO PARCELAMENTO ISTITUÍDO PELA LEI Nº 11.941/2009. PERDA DO INTERESSE DE AGIR. RENÚNCIA PARCIAL DAS ALEGAÇÕES DE DIREITO SOBRE AS QUAIS SE FUNDAM AS RAZÕES RECURSAIS. A adesão ao Fl. 202DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 203 4 parcelamento tributário para as competências 01/2002 a 13/2005 importa na desistência parcial e renúncia das alegações de direito, referentes a esse período, do Recurso Voluntário. Recurso Voluntário Provido em Parte. No Recurso Especial, a insurgência da Fazenda Nacional se dá com relação às seguintes matérias: i. Quanto à multa, que divergiria dos acórdãos nº 240100784 e 920202.086, tendo sido o primeiro considerado apto para embasar a divergência. ii. Quanto à regra aplicável para contagem do prazo decadencial, que diverge dos acórdãos n.º 920200472 e 24200.182, devendo ser aplicado ao caso a regra do art. 173, I do CTN. Apresentadas contrarrazões o Contribuinte alega que o genericamente ausência de divergência jurisprudencial e manutenção da decisão a quo, a uma pela correta aplicação da Portaria Conjunta PGFN/RFB 14, de 4 de dezembro de 2009; a duas, que a edição da Súmula 08 pelo STF é absolutamente desfocada e profícua, devendo ser mantido in totum a decisão recorrida. É o relatório. Voto Conselheira Patrícia da Silva Relatora O recurso preenche os pressupostos legais, razão pela qual, reiterando o despacho de admissibilidade, dele conheço. Quanto à retroatividade benigna. Já quanto ao mérito, este colegiado tem se debruçado frequentemente e o entendimento tem sido unânime, motivo pelo qual, trago a colação o constante do Acórdão 9202006.247, da lavra do ilustre colega Conselheiro Heitor de Souza Lima Junior: Sob análise a Lei no. 8.212, de 1991, cujos dispositivos de interesse aplicáveis à análise do recurso, são abaixo reproduzidos, abrangendose as redações anterior e posterior à edição da Medida Provisória no. 449, de 2008: Lei 8.212, de 1991 (Antes da edição da MP 449/08) Lei 8.212, de 1991 (Após a edição da MP 449/08) Art. 32. A empresa é também obrigada a: (...) IV informar mensalmente ao Instituto Art. 32. A empresa é também obrigada a: (...) IV declarar à Secretaria da Receita Federal do Fl. 203DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 204 5 Nacional do Seguro SocialINSS, por intermédio de documento a ser definido em regulamento, dados relacionados aos fatos geradores de contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). (...) § 1º O Poder Executivo poderá estabelecer critérios diferenciados de periodicidade, de formalização ou de dispensa de apresentação do documento a que se refere o inciso IV, para segmentos de empresas ou situações específicas. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 2º As informações constantes do documento de que trata o inciso IV, servirão como base de cálculo das contribuições devidas ao Instituto Nacional do Seguro SocialINSS, bem como comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 3º O regulamento disporá sobre local, data e forma de entrega do documento previsto no inciso IV. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 4º A não apresentação do documento previsto no inciso IV, independentemente do recolhimento da contribuição, sujeitará o infrator à pena administrativa correspondente a multa variável equivalente a um multiplicador sobre o valor mínimo previsto no art. 92, em função do número de segurados, conforme quadro abaixo: (Parágrafo e tabela acrescentados pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). 0 a 5 segurados 1/2 valor mínimo 6 a 15 segurados 1 x o valor mínimo 16 a 50 segurados 2 x o valor mínimo 51 a 100 segurados 5 x o valor mínimo Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS; (Redação dada pela MP nº 449, de 2008). (...) § 1o (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 2o A declaração de que trata o inciso IV constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 3o (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). §4o (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). §5o (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). §6o (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). §7o (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). §8o (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 9o A empresa deverá apresentar o documento a que se refere o inciso IV ainda que não ocorram fatos geradores de contribuição previdenciária, aplicando se, quando couber, a penalidade prevista no art. 32A. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) § 10. O descumprimento do disposto no inciso IV impede a expedição da certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) § 11. Em relação aos créditos tributários, os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações de que trata este artigo devem ficar arquivados na empresa até que ocorra a prescrição Fl. 204DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 205 6 101 a 500 segurados 10 x o valor mínimo 501 a 1000 segurados 20 x o valor mínimo 1001 a 5000 segurados 35 x o valor mínimo acima de 5000 segurados 50 x o valor mínimo § 5º A apresentação do documento com dados não correspondentes aos fatos geradores sujeitará o infrator à pena administrativa correspondente à multa de cem por cento do valor devido relativo à contribuição não declarada, limitada aos valores previstos no parágrafo anterior. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 6º A apresentação do documento com erro de preenchimento nos dados não relacionados aos fatos geradores sujeitará o infrator à pena administrativa de cinco por cento do valor mínimo previsto no art. 92, por campo com informações inexatas, incompletas ou omissas, limitadas aos valores previstos no § 4º. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 7º A multa de que trata o § 4º sofrerá acréscimo de cinco por cento por mês calendário ou fração, a partir do mês seguinte àquele em que o documento deveria ter sido entregue. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 8º O valor mínimo a que se refere o § 4º será o vigente na data da lavratura do auto de infração. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 9º A empresa deverá apresentar o documento a que se refere o inciso IV, mesmo quando não ocorrerem fatos geradores de contribuição previdenciária, sob pena da multa prevista no § 4º. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). relativa aos créditos decorrentes das operações a que se refiram. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). Art. 32A. O contribuinte que deixar de apresentar a declaração de que trata o inciso IV do art. 32 no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou omissões será intimado a apresentála ou a prestar esclarecimentos e sujeitarseá às seguintes multas (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). I de dois por cento ao mêscalendário ou fração, incidente sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a vinte por cento, observado o disposto no § 3o; e (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). II de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas. (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de nãoapresentação, a data da lavratura do auto de infração ou da notificação de lançamento. (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 2o Observado o disposto no § 3o, as multas serão reduzidas: (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008.: I à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou: (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). II a setenta e cinco por cento, se houver apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 3o A multa mínima a ser aplicada será de: (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). I R$ 200,00 (duzentos reais), tratandose de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária; e (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). II R$ 500,00 ( quinhentos reais), nos demais casos. (incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). Fl. 205DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 206 7 § 10. O descumprimento do disposto no inciso IV é condição impeditiva para expedição da prova de inexistência de débito para com o Instituto Nacional do Seguro SocialINSS. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). § 11. Os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações de que trata este artigo devem ficar arquivados na empresa durante dez anos, à disposição da fiscalização. (Parágrafo renumerado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). (...) Art. 35. Sobre as contribuições sociais em atraso, arrecadadas pelo INSS, incidirá multa de mora, que não poderá ser relevada, nos seguintes termos: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). I para pagamento, após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento: a) oito por cento, dentro do mês de vencimento da obrigação; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). b) quatorze por cento, no mês seguinte; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). c) vinte por cento, a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da obrigação; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). II para pagamento de créditos incluídos em notificação fiscal de lançamento: a) vinte e quatro por cento, em até quinze dias do recebimento da notificação; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). b) trinta por cento, após o décimo quinto dia do recebimento da notificação; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). c) quarenta por cento, após apresentação (...) Art. 35. Os débitos com a União decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, não pagos nos prazos previstos em legislação, serão acrescidos de multa de mora e juros de mora, nos termos do art. 61 da Lei no 9.430, de 1996. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). I – (revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). a) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). b) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). c) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). II – (revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). a) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). b) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). c) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). d) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). III – (revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). a) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). b) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). c) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). d) (revogada pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 1o (revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 2o (revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). § 3o (revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008) § 4o (revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008). Art. 35A. Nos casos de lançamento de ofício relativos às contribuições referidas no art. 35, aplicase o Fl. 206DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 207 8 de recurso desde que antecedido de defesa, sendo ambos tempestivos, até quinze dias da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social CRPS; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). d) cinqüenta por cento, após o décimo quinto dia da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social CRPS, enquanto não inscrito em Dívida Ativa; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). III para pagamento do crédito inscrito em Dívida Ativa: a) sessenta por cento, quando não tenha sido objeto de parcelamento; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). b) setenta por cento, se houve parcelamento; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). c) oitenta por cento, após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito não foi objeto de parcelamento; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). d) cem por cento, após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito foi objeto de parcelamento. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). § 1º Na hipótese de parcelamento ou reparcelamento, incidirá um acréscimo de vinte por cento sobre a multa de mora a que se refere o caput e seus incisos. § 2º Se houver pagamento antecipado à vista, no todo ou em parte, do saldo devedor, o acréscimo previsto no parágrafo anterior não incidirá sobre a multa correspondente à parte do pagamento que se efetuar. § 3º O valor do pagamento parcial, antecipado, do saldo devedor de parcelamento ou do reparcelamento somente poderá ser utilizado para quitação de parcelas na ordem inversa disposto no art. 44 da Lei nº 9.430, de 1996. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008). Fl. 207DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 208 9 do vencimento, sem prejuízo da que for devida no mês de competência em curso e sobre a qual incidirá sempre o acréscimo a que se refere o § 1º deste artigo. § 4o Na hipótese de as contribuições terem sido declaradas no documento a que se refere o inciso IV do art. 32, ou quando se tratar de empregador doméstico ou de empresa ou segurado dispensados de apresentar o citado documento, a multa de mora a que se refere o caput e seus incisos será reduzida em cinqüenta por cento. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). Notese permanecer em litígio, no caso sob análise, somente o recálculo mais benéfico de multa perpretado pela autoridade julgadora recorrida, que optou por aplicar a multa de mora nos termos do artigo 32A da Lei 8.212, de 1991. Com a devida vênia ao entendimento esposado no recorrido, entendo, a propósito, que, em verdade, o art. 35, da Lei no. 8.212, de 1991, regrava, anteriormente à sua alteração promovida pela MP no. 449, de 2008, duas multas de natureza diferenciada, a saber: a) em seu inciso I, o dispositivo regulamentava a aplicação de multa de natureza moratória, decorrente do recolhimento espontâneo efetuado pelo contribuinte a destempo, sem qualquer procedimento de ofício da autoridade tributária e mantida aqui a espontaneidade do contribuinte; b) em seu inciso II, o referido art. 35 estabelecia a aplicação de multa para o caso de lavratura de Notificação de Lançamento pela autoridade fiscalizadora, neste caso se tratando, aqui, de multa de ofício. Ainda, de se notar a possibilidade de aplicação, já anteriormente à edição da MP no. 449, de outras espécies de multa (também de ofício), quando da constatação, também em sede de ação fiscal, de descumprimento das obrigações acessórias, na forma preconizada pelos §§4o. e 5o. do art. 32 da Lei no. 8.212, de 1991, convertendose, nesta hipótese, a obrigação acessória em principal. Cediço em meu entendimento que, o que se passou a ter agora, a partir do advento da MP no. 449, de 2008, foi a existência de um dispositivo único a regrar a aplicação das multas aplicáveis em sede de ação fiscal, abrangendo a constatação, através de procedimento de ofício, tanto de falta de pagamento como a de falta de declaração (ou de declaração a menor) em GFIP de fatos geradores ocorridos/contribuições devidas, a saber, o art. 35A daquela mesma Lei no. 8.212, de 1991, acrescentado pela referida MP. Este também é o entendimento majoritário esposado por esta Câmara Superior, conforme excertos dos seguintes votos constantes dos Acórdãos CSRF 9.202 003.070 e 9.202003.386, os quais se adotam, aqui, como razões de decidir. Acórdão 9.202003.070 – Voto do Conselheiro Marcelo Oliveira “ Fl. 208DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 209 10 (...) Portanto, pela determinação do CTN, acima, a administração pública deve verificar. nos lançamentos não definitivamente julgados, se a penalidade determinada na nova legislação é menos severa que a prevista na lei vigente no momento do lançamento. Só não posso concordar com a análise feita, que leva à comparação de penalidades distintas: multa de ofício e multa de mora. (...) Ocorre que o acórdão recorrido comparou, para a aplicação do Art. 106 do CTN, penalidade de multa aplicada em lançamento de ofício (grifos no original), com penalidade aplicada quando o sujeito passivo está em mora, sem a existência do lançamento de ofício, e decide, espontaneamente, realizar o pagamento. Para tanto, na defesa dessa tese, há o argumento que a antiga redação utilizava o termo multa de mora (grifos no original). Lei 8.212/1991: Art. 35. Sobre as contribuições sociais em atraso, arrecadadas pelo INSS, incidirá multa de mora (grifos no original), que não poderá ser relevada, nos seguintes termos: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). I para pagamento, após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento (grifos no original): (...) II para pagamento de créditos incluídos em notificação fiscal de lançamento (grifos no original): Esclarecemos aqui que a multa de lançamento de ofício (grifos no original), como decorre do próprio termo, pressupõe a atividade da autoridade administrativa que, diante da constatação de descumprimento da lei, pelo contribuinte, apura a infração e lhe aplica as cominações legais. Em direito tributário, cuidase da obrigação principal e da obrigação acessória, consoante art. 113 do CTN. A obrigação principal é obrigação de dar. De entregar dinheiro ao Estado por ter ocorrido o fato gerador do pagamento de tributo ou de penalidade pecuniária. A obrigação acessória é obrigação de fazer ou obrigação de não fazer. A legislação tributária estabelece para o contribuinte certas obrigações de fazer alguma coisa (escriturar livros, emitir documentos fiscais etc.): são as prestações positivas de que fala o §2º do art. 113 do CTN. Exige também, em certas situações, Fl. 209DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 210 11 que o contribuinte se abstenha de produzir determinados atos (causar embaraço à fiscalização, por exemplo): são as prestações negativas, mencionadas neste mesmo dispositivo legal. O descumprimento de obrigação principal gera para o Fisco o direito de constituir o crédito tributário correspondente, mediante lançamento de ofício (grifos no original). É também fato gerador da cominação de penalidade pecuniária, leiase multa, sanção decorrente de tal descumprimento. O descumprimento de obrigação acessória gera para o Fisco o direito de aplicar multa, igualmente por meio de lançamento de ofício (grifos no original). Na locução do §3º do art. 113 do CTN, este descumprimento de obrigação acessória, isto é, de obrigação de fazer ou não fazer, convertea em obrigação principal, ou seja, obrigação de dar. Já a multa de mora não pressupõe a atividade da autoridade administrativa, não tem caráter punitivo e a sua finalidade primordial é desestimular o cumprimento da obrigação fora de prazo. Ela é devida quando o contribuinte estiver recolhendo espontaneamente um débito vencido. Essa multa nunca incide sobre as multas de lançamento de ofício (grifos no original) e nem sobre as multas por atraso na entrega de declarações. Portanto, para a correta aplicação do Art. 106 do CTN, que trata de retroatividade benigna, o Relator deveria ter comparado a penalidade determinada pelo II, Art. 35 da Lei 8.212/1991 (créditos incluídos em notificação fiscal de lançamento (grifos no original)), antiga redação, com a penalidade determinada atualmente pelo Art. 35A da Lei 8.212/1991 (nos casos de lançamento de ofício (grifos no original)). Conseqüentemente, divirjo do acórdão recorrido, pelas razões expostas. (...)” Acórdão 9.202003.386 – Voto do Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos "(...) Verifico, assim, que, ainda que a antiga redação do art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, tenha utilizado apenas a expressão “multa de mora”, independentemente da denominação que tenha se dado à penalidade, não resta dúvida de que estavam ali descritas duas diferentes espécies de multas: a) as multas de mora e b) as multas de ofício. As primeiras eram cobradas com o tributo recolhido espontaneamente. As últimas, cobradas nos lançamentos de ofício e através de notificação fiscal de lançamento de débito, Fl. 210DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 211 12 ou, posteriormente, após a fusão entre a SRP e RFB, através de auto de infração (lançamento de obrigação principal) e auto de infração (no caso de obrigação acessória convertida em obrigação principal através de lavratura de AI pelo seu descumprimento), ambas por força de ação fiscal, tal como ocorria com os demais tributos federais. Ainda, quanto às multas de ofício, estas duas situações supra elencadas se encontravam, respectivamente, regradas na forma dos antigos arts. 35, II (multa referente à obrigação principal constituída através de NFLD ou AI) e 32, IV, §4o. ou §5o. (ambos referindose à obrigação acessória convertida em obrigação principal através de lavratura de AI pelo seu descumprimento), ambos da Lei nº 8.212, de 1991, sendo que, com a alteração legislativa propugnada no referido diploma, passaram a estar regradas conjuntamente na forma de seu art. 35A. Assim, entendo que a penalidade a ser aplicada não pode ser aquela mais benéfica a ser obtida pela comparação da antiga “multa de mora” estabelecida pela anterior redação do art. 35, inciso II, da Lei nº 8.212, de 1991, com a do art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, agora referida pela nova redação dada ao mesmo art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, pela Lei nº 11.941, de 2009 e que, notese, pressupõe a espontaneidade, inaplicável à situação fática em tela. A propósito, entendo que, para fins de aplicação da retroatividade benéfica, se deva comparar àquela antiga multa regrada na forma da anterior redação do art. 35, inciso II, da Lei nº 8.212, de 1991 (repetindose, indevidamente denominada como “multa de mora”, nos casos de lançamento por força de ação fiscal), quando somada à multa aplicada no âmbito dos AIs conexos, lavrados de ofício por descumprimento de obrigação acessória (na forma da anterior redação do art. 32, inciso IV, §4o ou 5o da Lei nº 8.212, de 1991), a multa estabelecida pelo art. 44, da mesma Lei nº 9.430, de 1996, e atualmente aplicável quando dos lançamentos de ofício,consoante disposto no art. 35 A, da Lei nº 8.212, de 1991. Assim, aplicandose o entendimento aqui adotado agora ao caso sob análise, entendo que se deva manter a cobrança das penalidades lançadas no presente auto de obrigação acessória, bem como aquelas aplicadas no âmbito do auto de obrigação principal vinculado, limitado o somatório de ambas ao patamar estabelecido pelo art. 44 da Lei no. 9.430, de 1996 (75%), na forma propugnada pela Fazenda Nacional. O percentual de 75% (quando da inexistência de agravamento ou qualificação de multa) é o limite atual para sanções pecuniárias, decorrente de lançamento de ofício, quando de falta de declaração ou de declaração inexata, conforme previsto no art. 44, I da mesma Lei nº 9.430, de 1996, e referenciado no art. 35A, da Lei nº 8.212, de 1991, aplicável aqui a retroatividade da norma, caso benéfica, em plena consonância, inclusive, com a sistemática estabelecida pelo art. 476A da Instrução Normativa RFB no. 971, de 2009, acrescido pela Instrução Normativa RFB no. 1.027, de 22 de abril de 2010, sistemática esta também expressa na Portaria Conjunta PGFN/RFB no. 14, de 2009. Fl. 211DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 212 13 Quanto à decadência das obrigações acessórias É sedimentado por esta turma, unanimemente, que o prazo decadencial aplicável às obrigações acessórias é aquele previsto no art. 173, I do CTN. Isso porque, independentemente do reconhecimento da decadência, em algum momento a obrigação principal era devida e por não ter sido adimplida gerou o lançamento de ofício, tanto do tributo quanto do respectivo descumprimento do dever instrumental, ex vi Acórdão da lavra da ilustre Conselheira Rita Eliza n.º 9202004.490: A meu ver o art. 113 do CTN deixa claro que as obrigações acessórias, apesar de em sua maioria estarem relacionadas ao dever de pagar um tributo, dessas são distintas e autônomas: Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extinguese juntamente com o crédito dela decorrente. § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, convertese em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. Assim, descumprida uma obrigação acessória haverá o lançamento de ofício da penalidade, devendo neste caso ser aplicado o art. 173, I do CTN. Cito para ilustrar o entendimento da Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, no acórdão 2401003.209, que ainda nos traz apontamentos relevantes acerca da finalidade das informações prestadas em GFIP: Ressalto, que independente da decadência das obrigações principais ter sido decretada a luz do art. 150, § 4, nos autos de obrigação acessória não há como atribuir mesmo raciocínio, tendo em vista serem obrigações distintas, a de recolher a contribuição devida, e a de informar em GFIP fatos geradores de contribuição previdenciária. A informação em GFIP não possui o condão de apenas informar a contribuição devida, mas acima de tudo, informar a remuneração do segurado da previdência social, informação essa que irá subsidiar a concessão de benefícios e o correspondente cálculo do salário de benefício. Em face ao exposto, dou provimento ao recurso da Fazenda Nacional: i. para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009 e, Fl. 212DF CARF MF Processo nº 10680.011220/200795 Acórdão n.º 9202006.472 CSRFT2 Fl. 213 14 ii. que aplicandose a regra do artigo 173, I do CTN, entendo que estão decaídas as competências anteriores a 12/2001, tendo em vista que o contribuinte teve ciência do auto de infração em 05/04/2007 (assinado digitalmente) Patrícia da Silva Fl. 213DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 15892.720013/2016-44
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 21 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Mar 19 00:00:00 UTC 2018
Numero da decisão: 1201-000.334
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em sobrestar o julgamento; retornando os autos à DRF de origem para aguardar a decisão definitiva quanto aos processos nº 10825.721246/2015-63, 10825.721247/2015-16 e 10825.722255/2016-52 aos quais o presente processo possui vinculação, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Ester Marques Lins de Sousa - Presidente
(assinado digitalmente)
Paulo Cezar Fernandes de Aguiar - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, Eva Maria Los, Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli e Leonam Rocha de Medeiros (suplente convocado). Ausentes, justificadamente, os conselheiros José Carlos de Assis Guimarães, Rafael Gasparello Lima e Gisele Barra Bossa.
Nome do relator: PAULO CEZAR FERNANDES DE AGUIAR
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201802
camara_s : Segunda Câmara
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Mon Mar 19 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 15892.720013/2016-44
anomes_publicacao_s : 201803
conteudo_id_s : 5843660
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Mar 21 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 1201-000.334
nome_arquivo_s : Decisao_15892720013201644.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : PAULO CEZAR FERNANDES DE AGUIAR
nome_arquivo_pdf_s : 15892720013201644_5843660.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em sobrestar o julgamento; retornando os autos à DRF de origem para aguardar a decisão definitiva quanto aos processos nº 10825.721246/2015-63, 10825.721247/2015-16 e 10825.722255/2016-52 aos quais o presente processo possui vinculação, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa - Presidente (assinado digitalmente) Paulo Cezar Fernandes de Aguiar - Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, Eva Maria Los, Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli e Leonam Rocha de Medeiros (suplente convocado). Ausentes, justificadamente, os conselheiros José Carlos de Assis Guimarães, Rafael Gasparello Lima e Gisele Barra Bossa.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 21 00:00:00 UTC 2018
id : 7174053
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:14:07 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050009955467264
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1319; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C2T1 Fl. 2 1 1 S1C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15892.720013/201644 Recurso nº Voluntário Resolução nº 1201000.334 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Data 20 de fevereiro de 2018 Assunto AUTO DE INFRAÇÃO Recorrente COMPANHIA AGRICOLA QUATÁ Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em sobrestar o julgamento; retornando os autos à DRF de origem para aguardar a decisão definitiva quanto aos processos nº 10825.721246/201563, 10825.721247/201516 e 10825.722255/201652 aos quais o presente processo possui vinculação, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Presidente (assinado digitalmente) Paulo Cezar Fernandes de Aguiar Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, Eva Maria Los, Luis Fabiano Alves Penteado, Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Luis Henrique Marotti Toselli e Leonam Rocha de Medeiros (suplente convocado). Ausentes, justificadamente, os conselheiros José Carlos de Assis Guimarães, Rafael Gasparello Lima e Gisele Barra Bossa. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 58 92 .7 20 01 3/ 20 16 -4 4 Fl. 1496DF CARF MF Processo nº 15892.720013/201644 Resolução nº 1201000.334 S1C2T1 Fl. 3 2 Relatório Adotase o relatório da decisão de primeira instância, com os complementos necessários: Tratase da impugnação ao auto de infração que formalizou exigências de multas por descumprimento da legislação tributária, nos termos do art. 74, § 17, da Lei 9.430/96 (redação dada pela Lei 13.097/15), tendo em vista compensações indevidas, efetuadas em declarações de compensação. O total lançado correspondeu a R$ 21.987.126,45. As compensações sobre cujos débitos incidiram as multas de 50% estão relacionadas no Termo de Início de Fiscalização e Relatório Fiscal Saort nº 1/2016 (fls. 1332/1371) e foram tratadas nos processos administrativos 10825.901092/201591, 10825.721246/201563, 10825.721247/201516 e 10825.722255/201652. A contribuinte foi intimada do auto de infração em 21/9/16 e apresentou impugnação em 21/10/16. A impugnante pede o cancelamento do auto de infração por ilegitimidade da cominação da pena. Quando menos, requer a suspensão deste processo até que ocorra o julgamento definitivo dos processos em que se discute a legitimidade das compensações declaradas. A defesa argúi, em síntese: a) segundo o princípio da irretroatividade (art. 105 do CTN), a multa do art. 74, § 17, da Lei 9.430/96 não pode ser aplicada às declarações de compensação entregues antes de 19 de janeiro de 2015, uma vez que a redação desse dispositivo advém da Lei 13.097/15, publicada nessa data (irretroatividade); b) as compensações efetuadas antes de 21/9/11 estariam definitivamente homologadas, não sendo mais sujeitas a revisão, em razão do decurso de prazo de cinco anos, contado da entrega das declarações de compensação (art. 74, § 5º, da Lei 9.430/96); c) as penalidades em questão não são aplicáveis aos pleitos de compensação não julgados em definitivo; d) o § 17º do art. 74 da Lei 9.430/96 afronta o direito constitucional de petição do contribuinte; e) a multa aplicada consiste em sanção política, o que já sofreu repulsa pelo Supremo Tribunal Federal, vez que exteriorizam por meios transversos que se predispõem a substituir os mecanismos de cobrança de créditos tributários, violando o devido processo legal e coagindo os particulares ao pagamento de tributos mediante limitação de direitos; f) a cominação da multa de 50% pela simples não homologação de compensação em análise perfunctória e passível de reversão afronta o princípio constitucional da proporcionalidade, que também é aplicável às multas punitivas; e g) as compensações realizadas são legítimas. Pela referida decisão, a impugnação foi considerada procedente em parte, conforme ementa abaixo transcrita: Fl. 1497DF CARF MF Processo nº 15892.720013/201644 Resolução nº 1201000.334 S1C2T1 Fl. 4 3 INCONSTITUCIONALIDADE DE DISPOSITIVO LEGAL. A instância administrativa não é competente para se manifestar sobre a inconstitucionalidade de norma legitimamente incluída no ordenamento jurídico. MULTA ISOLADA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. INCIDÊNCIA E BASE DE CÁLCULO. A não homologação de compensação formalizase mediante despacho decisório expedido pela delegacia da RFB que tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo. Constituído o ato, é cabível a aplicação da multa isolada de cinquenta por cento sobre o valor do crédito compensado, se a compensação foi formalizada até 8 de outubro de 2014, ou sobre o débito compensado, após essa data, exceto em caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo. Protocolado o competente Recurso Voluntário, foram aduzidos os mesmos argumentos veiculados na impugnação, sendo acrescentado, em síntese: a) que a MP nº 656, editada em 7 de outubro de 2014, não foi convertida em lei até o fim de 2014, o que ocorreu somente em 2015, mediante a publicação da Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de 2015. Assim, devem ser canceladas as penalidades ora impugnadas em relação às declarações de compensação enviadas até 31 de dezembro de 2015, por força de disposições constitucionais e infraconstitucionais (artigo 150, III, c, da CF88, artigo 104 do CTN e artigo 62, § 2º, da CF88, com a redação dada pela EC nº 32, de 2001) ou, no mínimo, para as enviadas anteriormente a 7 de outubro de 2014; b) "o recálculo da multa determinado pela DRJ demonstra a nulidade dos trabalhos fiscais, que se utilizaram da base de cálculo incorreta para a quantificação das penalidades (o valor dos débitos ao invés do valor dos créditos), o que afronta o art. 142 do CTN", tendo havido "alteração do critério jurídico do lançamento, procedimento que, à luz do art. 146, só seria possível para fatos futuros, após a prolação do acórdão DRJ, nunca para o passado"; c) a DRJ equivocouse "na medida em que, da mesma forma que a Fiscalização tem o prazo de cinco anos para analisar a declaração de compensação, sob pena de sua homologação tácita, ela detém o mesmo período de tempo para imputar de ofício a multa de 50% sobre as declarações não declaradas, visto que a exigência da penalidade é mera decorrência da não homologação da compensação. Em outras palavras, o prazo extintivo, seja para a análise da compensação, seja para a cominação de multa de 50% de que se trata, tem início no mesmo momento, qual seja, o envio (a entrega) da declaração de compensação"; d) relativamente à aplicação da multa estando os processos relativos às declarações de compensação ainda em análise, "a DRJ não se manifestou sobre esse ponto, certamente por lhe faltar argumentos para tanto, limitandose a afirmar que não existe previsão legislativa para o sobrestamento do processo administrativo de lançamento das multas em decorrência dos recursos que analisam as compensações, mas, apenas e tão somente, orientação de que os autos sejam juntados por apensação nos termos da Portaria RFB nº 1.668, de 2016"; Ao final a recorrente pede o cancelamento do Auto de Infração, ou, no mínimo, "a suspensão do presente processo administrativo até o julgamento definitivo dos processos nos quais se discutem a legitimidade das compensações declaradas (processos administrativos Fl. 1498DF CARF MF Processo nº 15892.720013/201644 Resolução nº 1201000.334 S1C2T1 Fl. 5 4 nºs 10825.901092/201591, 10825.721246/201563, 10825.721247/201516 e 10825.722255/201652). Na hipótese de não haver o cancelamento da autuação fiscal de que se trata pelos motivos já expostos, o que se admite apenas para argumentar, é de rigor a sua apensação aos processos administrativos de compensação, nos termos do quanto aduzido pela DRJ, de modo que todos os processos sejam analisados em conjunto". É o relatório. Voto Conselheiro Paulo Cezar Fernandes de Aguiar, Relator. Admissibilidade. O recurso é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, dele devendose conhecer. Sobrestamento. Como relatado, o auto de infração referese a multas isoladas em face de compensações indevidas cujos procedimentos estão controlados nos processos administrativos 10825.901092/201591, 10825.721246/201563, 10825.721247/201516 e 10825.722255/201652. Conforme decidido nesta mesma sessão de julgamento, os referidos processos (com exceção do nº 10825.901092/201591) tiveram seus julgamentos sobrestados em virtude da prejudicialidade reconhecida em relação a outros processos relativos a Autos de Infração decorrentes de glosas das despesas com as debêntures emitidas por pessoa ligada e adquiridas pela recorrente. Em face disso, sobrestados aqueles julgamentos, não resta opção senão também o sobrestamento deste. Os julgamentos de todos esses processos deverão dar em conjunto. Conclusão. Em face do exposto, voto pelo sobrestamento do presente feito, enviandose estes autos à DRF da circunscrição do sujeito passivo para que seja aguardado o momento de julgamento dos processos 10825.721246/201563, 10825.721247/201516 e 10825.722255/201652. Retornando os referidos processos, estes autos também devem acompanhálos, para o julgamento neste CARF. (assinado digitalmente) Paulo Cezar Fernandes de Aguiar Fl. 1499DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10768.004810/2008-82
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Jul 01 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SIMPLES NACIONAL
ANO CALENDÁRIO: 2007
SIMPLES NACIONAL. OPÇÃO. Comprovado nos autos que o contribuinte
apresentou opção pelo Simples Nacional, bem como não há condições
impeditivas ao enquadramento, cabível sua inclusão retroativa.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 1402-000.625
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento ao recurso, confirmando a inclusão do contribuinte no Simples Nacional a partir de 01.07.2007, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencida a Conselheira Albertina Silva Santos de Lima, que apenas superava a preliminar de ausência de comprovação de adesão ao Simples Nacional, e determinava o retorno dos autos à Unidade de origem, para que a autoridade administrativa prosseguisse na apreciação do pedido de inclusão no Simples Nacional, a partir de 01.07.2007.
Nome do relator: Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201107
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : SIMPLES NACIONAL ANO CALENDÁRIO: 2007 SIMPLES NACIONAL. OPÇÃO. Comprovado nos autos que o contribuinte apresentou opção pelo Simples Nacional, bem como não há condições impeditivas ao enquadramento, cabível sua inclusão retroativa. Recurso Voluntário Provido.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
numero_processo_s : 10768.004810/2008-82
conteudo_id_s : 5843962
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Mar 21 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 1402-000.625
nome_arquivo_s : Decisao_10768004810200882.pdf
nome_relator_s : Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira
nome_arquivo_pdf_s : 10768004810200882_5843962.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento ao recurso, confirmando a inclusão do contribuinte no Simples Nacional a partir de 01.07.2007, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencida a Conselheira Albertina Silva Santos de Lima, que apenas superava a preliminar de ausência de comprovação de adesão ao Simples Nacional, e determinava o retorno dos autos à Unidade de origem, para que a autoridade administrativa prosseguisse na apreciação do pedido de inclusão no Simples Nacional, a partir de 01.07.2007.
dt_sessao_tdt : Fri Jul 01 00:00:00 UTC 2011
id : 7174250
ano_sessao_s : 2011
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:14:14 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050009984827392
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1948; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C4T2 Fl. 1 1 0 S1C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10768.004810/200882 Recurso nº 869.880 Voluntário Acórdão nº 140200.625 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 01 de julho de 2011 Matéria SIMPLES ENQUADRAMENTO. Recorrente BAR E RESTAURANTE LARBAC LTDA ME Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL ANOCALENDÁRIO: 2007 SIMPLES NACIONAL. OPÇÃO. Comprovado nos autos que o contribuinte apresentou opção pelo Simples Nacional, bem como não há condições impeditivas ao enquadramento, cabível sua inclusão retroativa. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, dar provimento ao recurso, confirmando a inclusão do contribuinte no Simples Nacional a partir de 01.07.2007, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Vencida a Conselheira Albertina Silva Santos de Lima, que apenas superava a preliminar de ausência de comprovação de adesão ao Simples Nacional, e determinava o retorno dos autos à Unidade de origem, para que a autoridade administrativa prosseguisse na apreciação do pedido de inclusão no Simples Nacional, a partir de 01.07.2007. (assinado digitalmente) Albertina Silva Santos de Lima Presidente (assinado digitalmente) Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira – Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antônio José Praga de Souza, Ana Clarissa Masuko dos Santos Araújo, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Moises Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Albertina Silva Santos de Lima. Fl. 42DF CARF MF Emitido em 15/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/07/2011 por LEONARDO HENRIQUE MAGALHAES DE O Assinado digitalmente em 15/07/2011 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, 14/07/2011 por LEONARDO HENR IQUE MAGALHAES DE O Processo nº 10768.004810/200882 Acórdão n.º 140200.625 S1C4T2 Fl. 2 2 Relatório BAR E RESTAURANTE LARBAC LTDA ME recorre a este Conselho contra a decisão proferida pela 4a. TURMA DA DRJ RIO DE JANEIRO I/RJ em primeira instância, que julgou procedente a exigência, pleiteando sua reforma, com fulcro no artigo 33 do Decreto nº 70.235 de 1972 (PAF). Em razão de sua pertinência, transcrevo o relatório da decisão recorrida (verbis): Tratase de pedido de inclusão de oficio no Simples Nacional — Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) —, de que trata o artigo 12 da Lei Complementar n° 123/2006. Em 07/08/2008 a contribuinte apresentou requerimento, por escrito (doc. de fls. 1), de inclusão no regime especial, pelo fato de a migração automática não ter sido efetivada, e de a empresa não ter impedimentos para que tal migração ocorresse, de acordo com o art. 17 da Lei Complementar n° 123/06. O pleito em questão foi indeferido pela DICAT/DERAT/RJO (fls. 14), que entendeu não ter havido qualquer erro de processamento, já que não existia qualquer solicitação de opção formulada pela interessada, alertando, ainda, que a solicitação não fora encaminhada dentro do prazo legal disposto na Resolução CGSN n° 04/2007. Devidamente cientificada (fls. 15 v.) em 30/10/2009, a interessada, em 18/11/2009 (fls. 16) apresentou manifestação de inconformidade alegando, em síntese, que: a) A empresa agendou a opção pelo Simples Nacional em 30/07/2007, com efeitos a partir de 01/01/2007; b) Como parte dessa missão, recolheu, na condição de ME/EPP os DARF gerados pelo sistema de pagamentos de tributos (PGDAS), a partir da competência julho de 2007; mas a empresa não migrou automaticamente para 2008, por motivo de ter pendência impeditiva, ou seja, parcelamento em andamento, sendo regularizada posteriormente; c) Requer, portanto, o acolhimento do presente feito. A decisão recorrida está assim ementada: SIMPLES OPÇÃO AUTOMÁTICA. Somente foram inscritas automaticamente no Simples Nacional a partir de 1 2 de julho de 2007 as empresas optantes pelo regime tributário de que trata a Lei n' 9.317, de 1996, que não estavam impedidas de optar pelo regime especial, instituído pela Lei Complementar n° 123, de 2006. Não comprovado que, por ocasião da opção tácita, a contribuinte atendia a todos os Fl. 43DF CARF MF Emitido em 15/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/07/2011 por LEONARDO HENRIQUE MAGALHAES DE O Assinado digitalmente em 15/07/2011 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, 14/07/2011 por LEONARDO HENR IQUE MAGALHAES DE O Processo nº 10768.004810/200882 Acórdão n.º 140200.625 S1C4T2 Fl. 3 3 requisitos para a opção pelo regime especial, não há que se falar em migração automática. OPÇÃO VOLUNTÁRIA. INCLUSÃO DE OFÍCIO. Para o anocalendário de 2007, a opção pelo Simples Nacional deveria ser feita por meio da internet, no período compreendido entre o primeiro dia útil de julho e o dia 20 de agosto de 2007. Caso a pessoa jurídica não comprove ter adotado todos os procedimentos previstos para a opção, dentro dos prazos determinados pela legislação, não há amparo legal para atendimento a pedido de inclusão de oficio. Manifestação de Inconformidade Improcedente Cientificada da aludida decisão, a contribuinte apresentou recurso voluntário, no qual contesta as conclusões do acórdão recorrido, apresenta comprovante de inscrição no Simples Nacional, bem como a Declaração de Pessoa Jurídica Simplificada do Ano de 2008, ambas apresentado no prazo e, ao final, requer o provimento. É o relatório. Fl. 44DF CARF MF Emitido em 15/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/07/2011 por LEONARDO HENRIQUE MAGALHAES DE O Assinado digitalmente em 15/07/2011 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, 14/07/2011 por LEONARDO HENR IQUE MAGALHAES DE O Processo nº 10768.004810/200882 Acórdão n.º 140200.625 S1C4T2 Fl. 4 4 Voto Conselheiro Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira, Relator. O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos legais e regimentais para sua admissibilidade, dele conheço. Tratase de pedido de inclusão no Simples Nacional, no anocalendário de 2007, que foi negado sob o fundamento de que o contribuinte não teria apresentado a opção na forma e no prazo correto. Na peça impugnatória o contribuinte afirmou que teria feito a opção em 30/07/2007, contudo, em face de uma pendência de parcelamento, o pedido não foi processado. A DRJ não acatou a alegação em face da ausência de provas. Todavia, a contribuinte juntou ao recurso voluntário o documento de fl. 32, que teria sido impresso do “sitio” da Receita Federal na internet, em 30/07/2007, para comprovar sua adesão ao Simples Nacional. Além disso, apresentou o extrato do Sistema do Simples Nacional, fl. 34/34, gerado em 03/03/2010, comprovando que apurou e recolheu regularmente o valor devido em julho/2007 na modalidade. Formei convencimento de que o contribuinte fez sua opção tempestivamente e que, em principio, ocorreu alguma falha nos sistemas de controle do Simples Nacional, portanto, a contribuinte deve ser incluída no sistema retroativamente a 2007. Além disso, pesquisei no site da Receita Federal e constatei que o contribuinte está regularmente incluída no Simples Nacional desde 01/01/2010 (CNPJ 42.375.543/000133), vide http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Aplicacoes/ ATBHE/ConsultaOptantes.app/ConsultarOpcao.aspx Diante do exposto, voto no sentido de dar provimento ao recurso, confirmando a inclusão do contribuinte no Simples Nacional a partir de 01.07.2007. (assinado digitalmente) Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira Fl. 45DF CARF MF Emitido em 15/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/07/2011 por LEONARDO HENRIQUE MAGALHAES DE O Assinado digitalmente em 15/07/2011 por ALBERTINA SILVA SANTOS DE LIMA, 14/07/2011 por LEONARDO HENR IQUE MAGALHAES DE O
score : 1.0
Numero do processo: 10983.902054/2009-95
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 22 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed Apr 04 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
Ano-calendário: 2002
DILIGÊNCIA. PEDIDO INDEFERIDO.
Indefere-se pedido de perícia ou diligência quando sua realização revele-se impraticável e prescindível para a formação de convicção pela autoridade julgadora.
DCOMP. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. DCTF RETIFICADORA APÓS CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO E TRANSCORRIDOS MAIS DE 5 ANOS DO FATO GERADOR.
A DCTF retificadora transmitida após a ciência do Despacho Decisório, objetivando reduzir o valor do débito ao qual o pagamento estava integralmente alocado, e já transcorridos 5 (cinco) anos para pleito da restituição, não pode gerar efeitos jurídicos para a compensação pleiteada.
Numero da decisão: 1402-002.930
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a solicitação de diligência e, no mérito, negar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Leonardo de Andrade Couto Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Mateus Ciccone, Caio Cesar Nader Quintella, Marco Rogério Borges, Eduardo Morgado Rodrigues (suplente convocado em substituição ao conselheiro Leonardo Luis Pagano Gonçalves), Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Demetrius Nichele Macei e Leonardo de Andrade Couto (Presidente). Ausente justificadamente Leonardo Luis Pagano Gonçalves.
Nome do relator: LEONARDO DE ANDRADE COUTO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201802
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL Ano-calendário: 2002 DILIGÊNCIA. PEDIDO INDEFERIDO. Indefere-se pedido de perícia ou diligência quando sua realização revele-se impraticável e prescindível para a formação de convicção pela autoridade julgadora. DCOMP. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. DCTF RETIFICADORA APÓS CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO E TRANSCORRIDOS MAIS DE 5 ANOS DO FATO GERADOR. A DCTF retificadora transmitida após a ciência do Despacho Decisório, objetivando reduzir o valor do débito ao qual o pagamento estava integralmente alocado, e já transcorridos 5 (cinco) anos para pleito da restituição, não pode gerar efeitos jurídicos para a compensação pleiteada.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Apr 04 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 10983.902054/2009-95
anomes_publicacao_s : 201804
conteudo_id_s : 5851493
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Apr 04 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 1402-002.930
nome_arquivo_s : Decisao_10983902054200995.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : LEONARDO DE ANDRADE COUTO
nome_arquivo_pdf_s : 10983902054200995_5851493.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a solicitação de diligência e, no mérito, negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Mateus Ciccone, Caio Cesar Nader Quintella, Marco Rogério Borges, Eduardo Morgado Rodrigues (suplente convocado em substituição ao conselheiro Leonardo Luis Pagano Gonçalves), Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Demetrius Nichele Macei e Leonardo de Andrade Couto (Presidente). Ausente justificadamente Leonardo Luis Pagano Gonçalves.
dt_sessao_tdt : Thu Feb 22 00:00:00 UTC 2018
id : 7200611
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:15:14 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050009992167424
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1880; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C4T2 Fl. 2 1 1 S1C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10983.902054/200995 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1402002.930 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 22 de fevereiro de 2018 Matéria PER/DCOMP COMPENSAÇÃO DE VALOR RECOLHIDO INDEVIDAMENTE Recorrente CONFRETTA CONSTRUTORA FRETTA LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO CSLL Anocalendário: 2002 DILIGÊNCIA. PEDIDO INDEFERIDO. Indeferese pedido de perícia ou diligência quando sua realização revelese impraticável e prescindível para a formação de convicção pela autoridade julgadora. DCOMP. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. DCTF RETIFICADORA APÓS CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO E TRANSCORRIDOS MAIS DE 5 ANOS DO FATO GERADOR. A DCTF retificadora transmitida após a ciência do Despacho Decisório, objetivando reduzir o valor do débito ao qual o pagamento estava integralmente alocado, e já transcorridos 5 (cinco) anos para pleito da restituição, não pode gerar efeitos jurídicos para a compensação pleiteada. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a solicitação de diligência e, no mérito, negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto – Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Mateus Ciccone, Caio Cesar Nader Quintella, Marco Rogério Borges, Eduardo Morgado Rodrigues (suplente convocado em substituição ao conselheiro Leonardo Luis Pagano Gonçalves), Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Demetrius Nichele Macei e Leonardo de Andrade Couto (Presidente). Ausente justificadamente Leonardo Luis Pagano Gonçalves. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 3. 90 20 54 /2 00 9- 95 Fl. 92DF CARF MF Processo nº 10983.902054/200995 Acórdão n.º 1402002.930 S1C4T2 Fl. 3 2 Relatório Trata o presente de Recurso Voluntário interposto em face de decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento, em primeira instância administrativa, que julgou IMPROCEDENTE, a manifestação de inconformidade do contribuinte em epígrafe. Do Despacho Decisório: Trata o presente processo da Declaração de Compensação, na qual a recorrente alega possuir crédito contra a Fazenda Pública, decorrente de pagamento a maior ou indevido da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL, buscando extinguir por compensação de débito próprio. A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Florianópolis/SC – DRF Florianópolis proferiu o Despacho Decisório, o qual não homologou a compensação declarada, sob o fundamento de que o pagamento arrolado como crédito já teria sido integralmente utilizado. Conseqüentemente, foi promovida a cobrança do débito arrolado na compensação, com os acréscimos legais decorrentes da mora (multa de mora e juros). Da Manifestação de Inconformidade: Inconformada com a autuação, a recorrente interpôs a manifestação de inconformidade, na qual alega, em síntese, que foi entregue retificadora da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica referente ao exercício 2003, anocalendário de 2002, e também DCTF retificadora, sendo informados os débitos correspondentes ao exercício. Complementa dizendo que não merece prosperar o entendimento exarado pela autoridade fiscal, posto tratarse de compensação devida e que houve pagamento a maior/indevido. Da decisão da DRJ: A DRJ, em seu julgamento, entendeu que não há elementos suficientes para concluir que o pagamento arrolado como crédito é maior que o devido, devendo, por isso, ser mantido o que foi decidido através do Despacho Decisório e ser considerada não homologada a compensação. Fundamentou a sua decisão que a recorrente admite que apresentou a DCTF retificadora, somente após a ciência do Despacho Decisório. Portanto, a conclusão a que chegou o Despacho Decisório advém das informações contidas nos sistemas de controle da RFB, que foram prestadas pela própria interessada através da DCTF original. Destarte, é certo, porém, que a retificação da DCTF promovida através da mera apresentação de declaração retificadora, sem a comprovação documental do erro anteriormente cometido, não tem o condão de, de pronto, alterar o débito anteriormente informado e, conseqüentemente, fazer surgir crédito para ser utilizado em compensação. Neste sentido, deve ser levado em conta que a interessada apresentou retificação da DCTF somente após a ciência do Despacho Decisório que não homologou a compensação e, ainda, sem a devida comprovação de que o valor do débito anteriormente confessado não é devido, o que seria obrigatório na hipótese ora analisada, dada a perda de espontaneidade. Do Recurso Voluntário: Irresignada com o a decisão, apresentou recurso voluntário em que expõe os seguintes elementos e argumentos: Fl. 93DF CARF MF Processo nº 10983.902054/200995 Acórdão n.º 1402002.930 S1C4T2 Fl. 4 3 O art. 1º da IN nº 166/99 reconhece a possibilidade de restituição e/ou compensação de tributos a partir da DIPJ retificadora, sem condicionar a necessidade de DCTF retificadora; Os valores constantes nas declarações retificadoras são revestidos de veracidade, sendo ônus da fiscalização solicitar documentos, nos termos do art. 9º, caput, do Decreto nº 70.235/72; A apresentação da DCTF retificadora apresentada após o início do MPF não constituiria motivo por si só para indeferimento do pedido de restituição; Aplicarseia a verdade material, pois um erro material no envio da DCTF retificadora não poderia prevalecer sobre o direito do crédito, este decorrente de pagamento indevidamente efetuado, e informado na DIPJ. Cita alguns acórdãos e ementas pertinentes para corroborar seu raciocínio; Se houvesse dúvida, poderia ser convertido o julgamento em diligência, para análise do direito creditório e da compensação; Dispõe posteriormente sobre a formalidade moderada e da verdade material que regem o processo administrativo fiscal para justificar a apresentação da DIPJ e demais documentos que demonstram o direito ao crédito; Disto pede que seja julgado procedente o presente recurso, e alternativamente, seja determinada a conversão em diligência para apuração da compensação pleiteada. É o relatório. Voto Conselheiro Leonardo de Andrade Couto Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1402002.926, de 22.02.2018, proferido no julgamento do Processo nº 10983.901701/200941. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1402002.926): O recurso voluntário é tempestivo e preenche os demais requisitos de admissibilidade. Portanto, podese dele conhecer. Do pedido de diligência Quanto ao pedido de diligência efetuado pela recorrente, para apuração da compensação pleiteada, entendo que todos os elementos necessários à formação da convicção deste julgador se encontram presentes nos autos. Destarte, aplicase o art. 18 do Decreto nº 70.235/1972: “A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de Fl. 94DF CARF MF Processo nº 10983.902054/200995 Acórdão n.º 1402002.930 S1C4T2 Fl. 5 4 diligências ou perícias, quando entendêlas necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis”. Embora o comando legal inserido no art. 18 do Decreto nº 70.235/1972 esteja direcionado ao julgador administrativo de primeira instância, entendo também aplicável a esta instância recursal diante de eventual necessidade de esclarecimento de fatos necessários ao julgamento da lide, o que não ocorre no presente caso. Destarte, INDEFIRO o pedido de diligência. Da questão material Conforme relatado, o Despacho Decisório cerne da peça recursal declarou a inexistência do direito creditório pleiteado pela recorrente, em razão do pagamento indicado encontrarse totalmente utilizado, vinculado a débito de mesmo valor. Irresignada, a recorrente alega que no ano de 2004 retificou a DIPJ do período, informando os verdadeiros débitos correspondentes ao exercício. Em análise aos elementos constantes nos autos, no período pertinente ao tributo em discussão no presente processo, foi apresentada a DCTF original, no prazo legal para tanto. Igualmente, foi apresentada, no seu prazo devido, a DIPJ original, referente ao anocalendário do tributo e respectivo período de apuração do tributo em questão neste processo. Percebese que o pagamento efetuado pelo contribuinte mostra se compatível com o que fora declarado na DCTF e na DIPJ originais. Destarte, em algum tempo depois, considerando o débito que consta na DIPJ última entregue, e sem ter retificado a DCTF original, a recorrente apresentou a DCOMP pleiteando a compensação ora em exame, que não foi homologada pela autoridade fiscal. Somente no ano de 2009, após tomar ciência do Despacho Decisório, a recorrente retificou a DCTF original, informando nesta o valor então apurado na DIPJ última entregue. Aqui, há que se atentar que é por meio da DCTF, e não pela DIPJ, que o débito do sujeito passivo considerase juridicamente constituído. A DIPJ tem caráter meramente informativo, distinto da DCTF, que tem caráter declaratórioconstitutivo, significando uma confissão de débitos apurados pela pessoa jurídica. Destarte, na data da apresentação da DCOMP não homologada pela autoridade fiscal, a DCTF original ainda não tinha sido retificada, o que significa que o crédito utilizado pela recorrente em sua compensação, juridicamente, não existia. No caso que se examina, não há dúvidas que a recorrente retificou sua DCTF somente após a ciência da decisão administrativa que não homologou a compensação pretendida. Neste caso, não haveria que se falar, juridicamente, no alegado pagamento a maior, o que retiraria do crédito pretendido a Fl. 95DF CARF MF Processo nº 10983.902054/200995 Acórdão n.º 1402002.930 S1C4T2 Fl. 6 5 liquidez e certeza que a lei impõe para que este possa ser objeto de repetição, nos termos do art. 170 do Código Tributário Nacional: Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Há ainda que se destacar que a retificação da DCTF ocorreu já com o decurso do prazo de cinco anos contado da data de ocorrência do fato gerador do débito ali declarado, nos termos do art. 168, caput, do CTN, de forma que a referida retificação não poderia produzir quaisquer efeitos tributários. Com este entendimento, NEGO PROVIMENTO ao recurso voluntário. É como voto. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, rejeito a solicitação de diligência e, no mérito, nego provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto Fl. 96DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 37169.002837/2004-12
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Mar 20 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Apr 09 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/04/1999 a 31/10/2003
CONHECIMENTO. RECURSO ESPECIAL. COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE MATÉRIA SUMULADA. PORTARIA Nº 256/2009.
O Recurso Especial da Divergência deve ser conhecido sempre que restar comprovado que, em face de situações equivalentes, a legislação de regência tenha sido aplicada de forma divergente, por diferentes colegiados.
Somente deve ser desconsiderado para fins de conhecimento o acórdão paradigma que contrariar súmula de jurisprudência dos Conselhos de Contribuintes, da Câmara Superior de Recursos Fiscais ou do CARF.
APLICAÇÃO DE PENALIDADE. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 8.212/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA MP 449/2008, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.941/2009. PORTARIA PGFN/RFB Nº 14 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2009.
Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, antes de tudo, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto que sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta.
O cálculo da penalidade deve ser efetuado em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, se mais benéfico para o sujeito passivo.
Numero da decisão: 9202-006.601
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em dar-lhe provimento, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14, de 2009.
(assinado digitalmente)
Maria Helena Cotta Cardozo - Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Patrícia da Silva, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Paula Fernandes, Mário Pereira de Pinho Filho (suplente convocado), Ana Cecília Lustosa da Cruz, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo.
Nome do relator: RITA ELIZA REIS DA COSTA BACCHIERI
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201803
camara_s : 2ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/04/1999 a 31/10/2003 CONHECIMENTO. RECURSO ESPECIAL. COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE MATÉRIA SUMULADA. PORTARIA Nº 256/2009. O Recurso Especial da Divergência deve ser conhecido sempre que restar comprovado que, em face de situações equivalentes, a legislação de regência tenha sido aplicada de forma divergente, por diferentes colegiados. Somente deve ser desconsiderado para fins de conhecimento o acórdão paradigma que contrariar súmula de jurisprudência dos Conselhos de Contribuintes, da Câmara Superior de Recursos Fiscais ou do CARF. APLICAÇÃO DE PENALIDADE. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 8.212/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA MP 449/2008, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.941/2009. PORTARIA PGFN/RFB Nº 14 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2009. Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, antes de tudo, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto que sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. O cálculo da penalidade deve ser efetuado em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, se mais benéfico para o sujeito passivo.
turma_s : 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Mon Apr 09 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 37169.002837/2004-12
anomes_publicacao_s : 201804
conteudo_id_s : 5852825
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Apr 09 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 9202-006.601
nome_arquivo_s : Decisao_37169002837200412.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : RITA ELIZA REIS DA COSTA BACCHIERI
nome_arquivo_pdf_s : 37169002837200412_5852825.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em dar-lhe provimento, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14, de 2009. (assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo - Presidente em exercício (assinado digitalmente) Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri - Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Patrícia da Silva, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Paula Fernandes, Mário Pereira de Pinho Filho (suplente convocado), Ana Cecília Lustosa da Cruz, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo.
dt_sessao_tdt : Tue Mar 20 00:00:00 UTC 2018
id : 7210080
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:15:37 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050010023624704
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 12; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1873; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT2 Fl. 1.316 1 1.315 CSRFT2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 37169.002837/200412 Recurso nº Especial do Procurador Acórdão nº 9202006.601 – 2ª Turma Sessão de 20 de março de 2018 Matéria CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S.A ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/04/1999 a 31/10/2003 CONHECIMENTO. RECURSO ESPECIAL. COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE MATÉRIA SUMULADA. PORTARIA Nº 256/2009. O Recurso Especial da Divergência deve ser conhecido sempre que restar comprovado que, em face de situações equivalentes, a legislação de regência tenha sido aplicada de forma divergente, por diferentes colegiados. Somente deve ser desconsiderado para fins de conhecimento o acórdão paradigma que contrariar súmula de jurisprudência dos Conselhos de Contribuintes, da Câmara Superior de Recursos Fiscais ou do CARF. APLICAÇÃO DE PENALIDADE. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 8.212/1991, COM A REDAÇÃO DADA PELA MP 449/2008, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.941/2009. PORTARIA PGFN/RFB Nº 14 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2009. Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, antes de tudo, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto que sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. O cálculo da penalidade deve ser efetuado em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, se mais benéfico para o sujeito passivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 37 16 9. 00 28 37 /2 00 4- 12 Fl. 1317DF CARF MF 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em darlhe provimento, para que a retroatividade benigna seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14, de 2009. (assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo Presidente em exercício (assinado digitalmente) Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Patrícia da Silva, Heitor de Souza Lima Junior, Ana Paula Fernandes, Mário Pereira de Pinho Filho (suplente convocado), Ana Cecília Lustosa da Cruz, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo. Relatório Tratase de auto de infração para cobrança de multa por descumprimento de obrigação acessória caracterizada pelo fato do contribuinte ter apresentado Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social GFIP com dados não correspondentes aos fatos geradores da totalidade das contribuições previdenciárias devidas no período. Nos termos do relatório fiscal a infração foi assim resumida: 2. Infração Por intermédio de Termos de Intimação para Apresentação de Documentos TIAD , a empresa foi intimada a apresentar diversos documentos, dentre os quais as GFIP e eventuais retificações, bem como os respectivos arquivos "SEFIPCR.RE" (arquivo com as informações da GFIP que é entregue à Caixa Econômica Federal, agente receptor) em meio magnético. A empresa deixou de informar em GFIP os fatos geradores relacionados à contribuição adicional para a aposentadoria especial no período de 04/99 a 10/2003 item 3 deste relatório e à remuneração do Conselho Fiscal no período de 06/99 a 07/2003 item 4 deste relatório. 3. Contribuição Adicional para Aposentadoria Especial ... Da análise das demonstrações ambientais da empresa, constatamos a presença de 2 situações, nas quais ocorrem a exposição de trabalhadores a agentes nocivos em condições de ensejar a concessão da aposentadoria especial e, portanto, Fl. 1318DF CARF MF Processo nº 37169.002837/200412 Acórdão n.º 9202006.601 CSRFT2 Fl. 1.317 3 sujeitas a alíquota adicional para o seu financiamento. Dividiremos o assunto em Agentes Nocivos Químicos e Físico Calor (item 3.5.) e Agente Nocivo Físico — Ruído (item 3.6.), ... 4. Conselho Fiscal A empresa deixou de informar na GFIP as remunerações pagas ao Conselho Fiscal da sociedade no período de 06/1999 a 07/2003. Os conselheiros fiscais são segurados obrigatórios na condição de Contribuintes Individuais, conforme art. 9°, § 15, inciso V do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo decreto n.° 3.048/99. Após o trâmite processual, a 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária manteve em parte o lançamento. O Colegiado a quo fundamentadose nas decisões proferidas nos processos onde se discutiu os lançamentos das obrigações principais (NFLD's 35.635.0983 e 35.635.0991) determinou, em relação à multa aplicada, o recálculo do presente lançamento com base na regra do art. 32A da Lei nº 8.212/91, caso mais benéfico ao contribuinte. O acórdão 230100.532 recebeu a seguinte ementa: ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Período de apuração: 01/04/1999 a 30/10/2003 PREVIDENCIÁRIO CUSTEIO AUTO DE INFRAÇÃO APRESENTAÇÃO DE GFIP/GRFP COM DADOS NÃO CORREPONDENTES AOS FATOS GERADORES DE TODAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS . Toda empresa está obrigada a informar, por intermédio de GFIP/GRFP, todos os fatos geradores de contribuição previdenciária. CONTRIBUIÇÕES RELACIONADAS COM OS RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO. Os adicionais destinados ao financiamento das aposentadorias especiais serão devidos pela empresa sempre que ficar constatada a ocorrência da situação prevista na legislação como necessária para ensejar a concessão do benefício da aposentadoria especial. CONSELHO FISCAL O membro de conselho fiscal das sociedades por ações são segurados obrigatórios da Previdência Social na condição de contribuinte individual. MULTA APLICADA Os critérios estabelecidos pelada MP 449/08, caso sejam mais benéficos ao contribuinte, se aplicam aos atos ainda não Fl. 1319DF CARF MF 4 julgados definitivamente, em observância ao disposto no art. 106, II, "c", do CTN. Recurso Voluntário Provido em Parte Em sede de Recurso Especial, a Fazenda Nacional, juntado os paradigmas necessários, traz para debate a discussão acerca da aplicação do princípio da retroatividade benigna previsto no artigo 106, inciso II, alínea “c”, do CTN, em face das penalidades aplicadas. Requer seja dado total provimento ao recurso, para reformar o acórdão recorrido no ponto em que determinou a aplicação do art. 32A, da Lei nº 8.212/91, em detrimento do art. 35A, do mesmo diploma legal, para que seja esposada a tese de que a autoridade preparadora deve verificar, na execução do julgado, qual norma mais benéfica: se a soma das duas multas anteriores (art. 35, II, e 32, IV, da norma revogada) ou a do art. 35A da MP nº 449/2008. Intimado o Contribuinte apresentou contrarrazões pugnando pelo não conhecimento do recurso, pois os paradigmas apresentados não representariam o atual entendimento desta Corte Administrativa. É o relatório. Voto Conselheira Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri Relatora Do conhecimento: Pugna o contribuinte pelo não conhecimento do recurso por ausência de demonstração da divergência, haja vista que os acórdãos indicados como paradigmas não representariam o atual entendimento deste E. Conselho. Cita o art. 67, §10 do Regimento Interno, cuja redação vigente era a da Portaria nº 256/2009: Art. 67. Compete à CSRF, por suas turmas, julgar recurso especial interposto contra decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria CSRF. ... § 10. O acórdão cuja tese, na data de interposição do recurso, já tiver sido superada pela CSRF, não servirá de paradigma, independentemente da reforma específica do paradigma indicado. Quanto a este ponto, em que pese o fundamento apresentado, não há reparos a serem feitos no exame de admissibilidade. Primeiro, porque o próprio contribuinte ao mencionar que haveria decisão favorável da Câmara Superior afirma tratarse de entendimento 'recente' (ainda não formalizado), ou seja, posterior a interposição do recurso, contrariando a regra do dispositivo que traz o critério temporal "na data da interposição do recurso"; e segundo porque o Fl. 1320DF CARF MF Processo nº 37169.002837/200412 Acórdão n.º 9202006.601 CSRFT2 Fl. 1.318 5 entendimento construído a partir do termo 'tese superada' deve ser feito em conjunto com §2º do mesmo art. 67, o qual previa o não cabimento de recurso especial contra decisão de qualquer das turmas que aplicasse súmula de jurisprudência dos Conselhos de Contribuintes, da Câmara Superior de Recursos Fiscais ou do CARF. Ora, não há até a presente data qualquer decisão sumulada deste Conselho ou de qualquer tribunal judiciário sobre o tema devolvido, o qual foi muito bem delimitado pela Recorrente: Insta aqui consignar que a hipótese em análise nos acórdãos paradigmas é idêntica a que ora se reporta. Isso porque, o que se encontrava em julgamento era exatamente o auto de infração, por descumprimento de obrigação acessória, qual seja, apresentar GFIP com dados não correspondentes aos fatos geradores de todas as contribuições previdenciárias (art. 32, inciso IV e § 5 o da Lei n° 8.212/91), em que também se lavrou NFLD em decorrência da mesma ação fiscal. Naquelas ocorrências, consignouse que havendo lançamento do tributo, juntamente com a lavratura de auto de infração por descumprimento de obrigação acessória, o dispositivo legal a ser aplicado passa a ser o art. 35A da Lei n° 8.212/91, que nos remete ao art. 44,1, da Lei n° 9.430/96, e não o art. 32A da Lei n° 8.212/91, conforme entendeu a e. Turma a quo, haja vista que este preceito normativo somente se aplica às situações em que somente tenha havido descumprimento de obrigação acessória relacionada á GFIP. Havendo lançamento de tributo, a multa passa a ser aplicada nos termos do art. 35A, da Lei n° 8.212/91, sob pena de bis in idem. Assim, cumpridos os requisitos formais, ratifico o exame de admissibilidade de efls. 1.283/1.286 e conheço do recurso interposto pela Fazenda Nacional. Do mérito: No mérito, o recurso interposto pela Fazenda Nacional trata da controvérsia relativa às penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP nº 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009, quando mais benéfica ao sujeito passivo. A solução do litígio decorre do disposto no artigo 106, inciso II, alínea “a” do CTN, a seguir transcrito: Art. 106. A lei aplicase a ato ou fato pretérito: I em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II tratandose de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de definilo como infração; Fl. 1321DF CARF MF 6 b) quando deixe de tratálo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. (grifos acrescidos) De inicio, cumpre registrar que a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), de forma unânime pacificou o entendimento de que na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre dispositivos, percentuais e limites. É necessário, basicamente, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. Assim, a multa de mora prevista no art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, não é aplicável quando realizado o lançamento de ofício, conforme consta do Acórdão nº 9202004.262 (Sessão de 23 de junho de 2016), cuja ementa transcrevese: AUTO DE INFRAÇÃO OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA MULTA APLICAÇÃO NOS LIMITES DA LEI 8.212/91 C/C LEI 11.941/08 APLICAÇÃO DA MULTA MAIS FAVORÁVEL RETROATIVIDADE BENIGNA NATUREZA DA MULTA APLICADA. A multa nos casos em que há lançamento de obrigação principal lavrados após a MP 449/2008, convertida na lei 11.941/2009, mesmo que referente a fatos geradores anteriores a publicação da referida lei, é de ofício. AUTO DE INFRAÇÃO DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA COMPARATIVO DE MULTAS APLICAÇÃO DE PENALIDADE. RETROATIVIDADE BENIGNA. Na aferição acerca da aplicabilidade da retroatividade benigna, não basta a verificação da denominação atribuída à penalidade, tampouco a simples comparação entre percentuais e limites. É necessário, basicamente, que as penalidades sopesadas tenham a mesma natureza material, portanto sejam aplicáveis ao mesmo tipo de conduta. Se as multas por descumprimento de obrigações acessória e principal foram exigidas em procedimentos de ofício, ainda que em separado, incabível a aplicação retroativa do art. 32A, da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009, eis que esta última estabeleceu, em seu art. 35 A, penalidade única combinando as duas condutas. A legislação vigente anteriormente à Medida Provisória n° 449, de 2008, determinava, para a situação em que ocorresse (a) recolhimento insuficiente do tributo e (b) falta de declaração da verba tributável em GFIP, a constituição do crédito tributário de ofício, acrescido das multas previstas nos arts. 35, II, e 32, § 5o, ambos da Lei n° 8.212, de 1991, respectivamente. Posteriormente, foi determinada, para essa mesma situação (falta de pagamento e de declaração), apenas a aplicação do art. 35A da Lei n° 8.212, de 1991, que faz remissão ao art. 44 da Lei n° 9.430, de 1996. Portanto, para aplicação da retroatividade benigna, resta necessário comparar (a) o somatório das multas previstas nos arts. 35, II, e 32, § 5o, ambos da Lei n° 8.212, de 1991, e (b) a multa prevista no art. 35A da Lei n° 8.212, de 1991. Fl. 1322DF CARF MF Processo nº 37169.002837/200412 Acórdão n.º 9202006.601 CSRFT2 Fl. 1.319 7 A comparação de que trata o item anterior tem por fim a aplicação da retroatividade benigna prevista no art. 106 do CTN e, caso necessário, a retificação dos valores no sistema de cobrança, a fim de que, em cada competência, o valor da multa aplicada no AIOA somado com a multa aplicada na NFLD/AIOP não exceda o percentual de 75%. Prosseguindo na análise do tema, também é entendimento pacífico deste Colegiado que na hipótese de lançamento apenas de obrigação principal, a retroatividade benigna será aplicada se, na liquidação do acórdão, a penalidade anterior à vigência da MP 449, de 2008, ultrapassar a multa do art. 35A da Lei n° 8.212/91, correspondente aos 75% previstos no art. 44 da Lei n° 9.430/96. Caso as multas previstas nos §§ 4º e 5º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela MP 449 (convertida na Lei 11.941, de 2009), tenham sido aplicadas isoladamente descumprimento de obrigação acessória sem a imposição de penalidade pecuniária pelo descumprimento de obrigação principal deverão ser comparadas com as penalidades previstas no art. 32A da Lei nº 8.212, de 1991, bem assim no caso de competências em que o lançamento da obrigação principal tenha sido atingida pela decadência. Neste sentido, transcrevese excerto do voto unânime proferido no Acórdão nº 9202004.499: Até a edição da MP 449/2008, quando realizado um procedimento fiscal, em que se constatava a existência de débitos previdenciários, lavravase em relação ao montante da contribuição devida, notificação fiscal de lançamento de débito NFLD. Caso constatado que, além do montante devido, descumprira o contribuinte obrigação acessória, ou seja, obrigação de fazer, como no caso de omissão em GFIP (que tem correlação direta com o fato gerador), a empresa era autuada também por descumprimento de obrigação acessória. Nessa época os dispositivos legais aplicáveis eram multa art. 35 para a NFLD (24%, que sofria acréscimos dependendo da fase processual do débito) e art. 32 (100% da contribuição devida em caso de omissões de fatos geradores em GFIP) para o Auto de infração de obrigação acessória. Contudo, a MP 449/2008, convertida na lei 11.941/2009, inseriu o art. 32A, o qual dispõe o seguinte: “Art. 32A. O contribuinte que deixar de apresentar a declaração de que trata o inciso IV do caput do art. 32 desta Lei no prazo fixado ou que a apresentar com incorreções ou omissões será intimado a apresentála ou a prestar esclarecimentos e sujeitarseá às seguintes multas: I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas; e II – de 2% (dois por cento) ao mêscalendário ou fração, incidentes sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3o deste artigo. § 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso II do caput deste artigo, será considerado como termo inicial o dia Fl. 1323DF CARF MF 8 seguinte ao término do prazo fixado para entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, a data da lavratura do auto de infração ou da notificação de lançamento. § 2o Observado o disposto no § 3o deste artigo, as multas serão reduzidas: I – à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou II – a 75% (setenta e cinco por cento), se houver apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. § 3o A multa mínima a ser aplicada será de: I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratandose de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores de contribuição previdenciária; e II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais casos.” Entretanto, a MP 449, Lei 11.941/2009, também acrescentou o art. 35A que dispõe o seguinte, “Art. 35A. Nos casos de lançamento de ofício relativos às contribuições referidas no art. 35 desta Lei, aplicase o disposto no art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.” O inciso I do art. 44 da Lei 9.430/96, por sua vez, dispõe o seguinte: “Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: I de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata “ Com a alteração acima, em caso de atraso, cujo recolhimento não ocorrer de forma espontânea pelo contribuinte, levando ao lançamento de ofício, a multa a ser aplicada passa a ser a estabelecida no dispositivo acima citado, ou seja, em havendo lançamento da obrigação principal (a antiga NFLD), aplicase multa de ofício no patamar de 75%. Essa conclusão levanos ao raciocínio que a natureza da multa, sempre que existe lançamento, referese a multa de ofício e não a multa de mora referida no antigo art. 35 da lei 8212/91. Contudo, mesmo que consideremos que a natureza da multa é de "multa de ofício" não podemos isoladamente aplicar 75% para as Notificações Fiscais NFLD ou Autos de Infração de Obrigação Principal AIOP, pois estaríamos na verdade retroagindo para agravar a penalidade aplicada. Por outro lado, com base nas alterações legislativas não mais caberia, nos patamares anteriormente existentes, aplicação de NFLD + AIOA (Auto de Infração de Obrigação Acessória) Fl. 1324DF CARF MF Processo nº 37169.002837/200412 Acórdão n.º 9202006.601 CSRFT2 Fl. 1.320 9 cumulativamente, pois em existindo lançamento de ofício a multa passa a ser exclusivamente de 75%. Tendo identificado que a natureza da multa, sempre que há lançamento, é de multa de ofício, considerando o princípio da retroatividade benigna previsto no art. 106. inciso II, alínea “c”, do Código Tributário Nacional, há que se verificar a situação mais favorável ao sujeito passivo, face às alterações trazidas. No presente caso, foi lavrado AIOA julgada, e alvo do presente recurso especial, prevaleceu o valor de multa aplicado nos moldes do art. 32A. No caso da ausência de informação em GFIP, conforme descrito no relatório a multa aplicada ocorreu nos termos do art. 32, inciso IV, § 5º, da Lei nº 8.212/1991 também revogado, o qual previa uma multa no valor de 100% (cem por cento) da contribuição não declarada, limitada aos limites previstos no § 4º do mesmo artigo. Face essas considerações para efeitos da apuração da situação mais favorável, entendo que há que se observar qual das seguintes situações resulta mais favorável ao contribuinte: · Norma anterior, pela soma da multa aplicada nos moldes do art. 35, inciso II com a multa prevista no art. 32, inciso IV, § 5º, observada a limitação imposta pelo § 4º do mesmo artigo, ou · Norma atual, pela aplicação da multa de setenta e cinco por cento sobre os valores não declarados, sem qualquer limitação, excluído o valor de multa mantido na notificação. Levando em consideração a legislação mais benéfica ao contribuinte, conforme dispõe o art. 106 do Código Tributário Nacional (CTN), o órgão responsável pela execução do acórdão deve, quando do trânsito em julgado administrativo, efetuar o cálculo da multa, em cada competência, somando o valor da multa aplicada no AI de obrigação acessória com a multa aplicada na NFLD/AIOP, que não pode exceder o percentual de 75%, previsto no art. 44, I da Lei n° 9.430/1996. Da mesma forma, no lançamento apenas de obrigação principal o valor das multa de ofício não pode exceder 75%. No AI de obrigação acessória, isoladamente, o percentual não pode exceder as penalidades previstas no art. 32A da Lei nº 8.212, de 1991. Observese que, no caso de competências em que a obrigação principal tenha sido atingida pela decadência (pela antecipação do pagamento nos termos do art. 150, § 4º, do CTN), subsiste a obrigação acessória, isoladamente, relativa às mesmas competências, não atingidas pela decadência posto que regidas pelo art. 173, I, do CTN, e que, portanto, deve ter sua penalidade limitada ao valor previsto no artigo 32A da Lei nº 8.212, de 1991. Cumpre ressaltar que o entendimento acima está em consonância com o que dispõe a Instrução Normativa RFB nº Fl. 1325DF CARF MF 10 971, de 13 de novembro de 2009, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.027 em 22/04/2010, e no mesmo diapasão do que estabelece a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009, que contempla tanto os lançamentos de obrigação principal quanto de obrigação acessória, em conjunto ou isoladamente. Neste passo, para os fatos geradores ocorridos até 03/12/2008, a autoridade responsável pela execução do acórdão, quando do trânsito em julgado administrativo, deverá observar a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009 que se reporta à aplicação do princípio da retroatividade benigna previsto no artigo 106, inciso II, alínea “c”, do CTN, em face das penalidades aplicadas às contribuições previdenciárias nos lançamentos de obrigação principal e de obrigação acessória, em conjunto ou isoladamente, previstas na Lei nº 8.212/1991, com as alterações promovidas pela MP 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009. De fato, as disposições da referida Portaria, a seguir transcritas, estão em consonância com a jurisprudência unânime desta 2ª Turma da CSRF sobre o tema: Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009 Art. 1º A aplicação do disposto nos arts. 35 e 35A da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, às prestações de parcelamento e aos demais débitos não pagos até 3 de dezembro de 2008, inscritos ou não em Dívida Ativa, cobrados por meio de processo ainda não definitivamente julgado, observará o disposto nesta Portaria. Art. 2º No momento do pagamento ou do parcelamento do débito pelo contribuinte, o valor das multas aplicadas será analisado e os lançamentos, se necessário, serão retificados, para fins de aplicação da penalidade mais benéfica, nos termos da alínea "c" do inciso II do art. 106 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional (CTN). § 1º Caso não haja pagamento ou parcelamento do débito, a análise do valor das multas referidas no caput será realizada no momento do ajuizamento da execução fiscal pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). § 2º A análise a que se refere o caput darseá por competência. § 3º A aplicação da penalidade mais benéfica na forma deste artigo darseá: I mediante requerimento do sujeito passivo, dirigido à autoridade administrativa competente, informando e comprovando que se subsume à mencionada hipótese; ou II de ofício, quando verificada pela autoridade administrativa a possibilidade de aplicação. § 4º Se o processo encontrarse em trâmite no contencioso administrativo de primeira instância, a autoridade julgadora fará constar de sua decisão que a análise do valor das multas para verificação e aplicação daquela que for mais benéfica, se cabível, será realizada no momento do pagamento ou do parcelamento. Fl. 1326DF CARF MF Processo nº 37169.002837/200412 Acórdão n.º 9202006.601 CSRFT2 Fl. 1.321 11 Art. 3º A análise da penalidade mais benéfica, a que se refere esta Portaria, será realizada pela comparação entre a soma dos valores das multas aplicadas nos lançamentos por descumprimento de obrigação principal, conforme o art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, e de obrigações acessórias, conforme §§ 4º e 5º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, e da multa de ofício calculada na forma do art. 35A da Lei nº 8.212, de 1991, acrescido pela Lei nº 11.941, de 2009. § 1º Caso as multas previstas nos §§ 4º e 5º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, tenham sido aplicadas isoladamente, sem a imposição de penalidade pecuniária pelo descumprimento de obrigação principal, deverão ser comparadas com as penalidades previstas no art. 32A da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009. § 2º A comparação na forma do caput deverá ser efetuada em relação aos processos conexos, devendo ser considerados, inclusive, os débitos pagos, os parcelados, os nãoimpugnados, os inscritos em Dívida Ativa da União e os ajuizados após a publicação da Medida Provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008. Art. 4º O valor das multas aplicadas, na forma do art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei nº 11.941, de 2009, sobre as contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, deverá ser comparado com o valor das multa de ofício previsto no art. 35 A daquela Lei, acrescido pela Lei nº 11.941, de 2009, e, caso resulte mais benéfico ao sujeito passivo, será reduzido àquele patamar. Art. 5º Na hipótese de ter havido lançamento de ofício relativo a contribuições declaradas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), a multa aplicada limitarseá àquela prevista no art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009. Pela pertinência, lembramos que os lançamentos relativos às obrigações principais foram objetos das NFLD 35.635.0983 e 35.635.0991, e conforme consta do acórdão recorrido ambos foram mantidos por este Conselho de Recursos Fiscais. Vale destacar que contra esta parte do julgado o Contribuinte não apresentou qualquer considerando ou mesmo interpôs recurso levandonos à conclusão pela existência de decisão transitada em julgado pela manutenção dos lançamentos. Assim, diante do exposto, conheço e dou provimento ao recurso da Fazenda Nacional para determinar que a multa seja aplicada em conformidade com a Portaria PGFN/RFB nº 14 de 04 de dezembro de 2009. Fl. 1327DF CARF MF 12 (assinado digitalmente) Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri Fl. 1328DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10480.723254/2010-88
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 01 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Mar 20 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/01/2007 a 20/06/2007
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA.
Constatada omissão no acórdão, acolhem-se parcialmente os embargos de declaração, sem efeitos infringentes, para que seja sanado o vício apontado.
IPI. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. REGRAS GERAIS INTERPRETATIVAS PARA O SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E DE CODIFICAÇÃO DE MERCADORIAS - RGI-SH. "1" E "3-A".
Os produtos formulários contínuos personalizados multivias, formulários contínuos documento fiscal e formulários contínuos personalizados simples classificam-se na posição 4820 da TIPI; o produto bobina de/para PDV classifica-se no código 4816.20.00 da TIPI.
Reclassificação exclusivamente fundamentada nas disposições das regras "1" e "3-a", dada a especificidade em relação à adotada pelo sujeito passivo.
Embargos Acolhidos Parcialmente
Numero da decisão: 3201-003.451
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos, sem efeitos infringentes. Ausente a Conselheira Tatiana Josefovicz Belisário, que foi substituída pela Conselheira Maria Eduarda Alencar Câmara Simões.
Winderley Morais Pereira - Presidente Substituto.
Paulo Roberto Duarte Moreira - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Marcelo Giovani Vieira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade.
Nome do relator: PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201803
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/01/2007 a 20/06/2007 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA. Constatada omissão no acórdão, acolhem-se parcialmente os embargos de declaração, sem efeitos infringentes, para que seja sanado o vício apontado. IPI. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. REGRAS GERAIS INTERPRETATIVAS PARA O SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E DE CODIFICAÇÃO DE MERCADORIAS - RGI-SH. "1" E "3-A". Os produtos formulários contínuos personalizados multivias, formulários contínuos documento fiscal e formulários contínuos personalizados simples classificam-se na posição 4820 da TIPI; o produto bobina de/para PDV classifica-se no código 4816.20.00 da TIPI. Reclassificação exclusivamente fundamentada nas disposições das regras "1" e "3-a", dada a especificidade em relação à adotada pelo sujeito passivo. Embargos Acolhidos Parcialmente
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Mar 20 00:00:00 UTC 2018
numero_processo_s : 10480.723254/2010-88
anomes_publicacao_s : 201803
conteudo_id_s : 5843797
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Mar 21 00:00:00 UTC 2018
numero_decisao_s : 3201-003.451
nome_arquivo_s : Decisao_10480723254201088.PDF
ano_publicacao_s : 2018
nome_relator_s : PAULO ROBERTO DUARTE MOREIRA
nome_arquivo_pdf_s : 10480723254201088_5843797.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos, sem efeitos infringentes. Ausente a Conselheira Tatiana Josefovicz Belisário, que foi substituída pela Conselheira Maria Eduarda Alencar Câmara Simões. Winderley Morais Pereira - Presidente Substituto. Paulo Roberto Duarte Moreira - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Marcelo Giovani Vieira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade.
dt_sessao_tdt : Thu Mar 01 00:00:00 UTC 2018
id : 7174190
ano_sessao_s : 2018
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:14:12 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713050010047741952
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1939; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T1 Fl. 2 1 1 S3C2T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10480.723254/201088 Recurso nº Embargos Acórdão nº 3201003.451 – 2ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 01 de março de 2018 Matéria IPI CLASSIFICAÇÃO FISCAL Embargante CENTAURO SOLUCOES EM IMPRESSOS EIRELI Interessado CENTAURO SOLUCOES EM IMPRESSOS EIRELI ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/01/2007 a 20/06/2007 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA. Constatada omissão no acórdão, acolhemse parcialmente os embargos de declaração, sem efeitos infringentes, para que seja sanado o vício apontado. IPI. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. REGRAS GERAIS INTERPRETATIVAS PARA O SISTEMA HARMONIZADO DE DESIGNAÇÃO E DE CODIFICAÇÃO DE MERCADORIAS RGISH. "1" E "3A". Os produtos “formulários contínuos personalizados multivias”, “formulários contínuos documento fiscal” e “formulários contínuos personalizados simples” classificamse na posição 4820 da TIPI; o produto “bobina de/para PDV” classificase no código 4816.20.00 da TIPI. Reclassificação exclusivamente fundamentada nas disposições das regras "1" e "3a", dada a especificidade em relação à adotada pelo sujeito passivo. Embargos Acolhidos Parcialmente Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, acolher os embargos, sem efeitos infringentes. Ausente a Conselheira Tatiana Josefovicz Belisário, que foi substituída pela Conselheira Maria Eduarda Alencar Câmara Simões. Winderley Morais Pereira Presidente Substituto. Paulo Roberto Duarte Moreira Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Marcelo Giovani Vieira, Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, Paulo Roberto Duarte Moreira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima e Leonardo Vinicius Toledo de Andrade. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 48 0. 72 32 54 /2 01 0- 88 Fl. 842DF CARF MF Processo nº 10480.723254/201088 Acórdão n.º 3201003.451 S3C2T1 Fl. 3 2 Relatório Trata o presente processo de embargos de declaração opostos pelo sujeito passivo, em face do Acórdão 3201002.225, prolatado por esta Turma na sessão de 21/06/2016. O acórdão embargado negou provimento ao Recurso Voluntário, cuja ementa foi assim redigida: ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Período de apuração: 01/01/2007 a 20/06/2007 IPI. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. Os produtos “formulários contínuos personalizados multivias”, “formulários contínuos documento fiscal” e “formulários contínuos personalizados simples” classificamse na posição 4820 da TIPI. O produto “bobina de/para PDV” classificase no código 4816.20.00 da TIPI. Cientificado da decisão, o sujeito passivo interpôs embargos de declaração, sustentando que a decisão recorrida contém omissão e contradição por deixar de discorrer objetivamente sobre os argumentos suscitados em recurso voluntário para manutenção da classificação tarifária na TIPI nos produtos indicados, o que lhe poderia gerar cerceamento ao direito de defesa. Em síntese aduz: 1. Omissão por falta de análise da alegação que entende ponto fulcral para a alteração da classificação fiscal, qual seja, o trabalho efetuado de personalização de produtos de papelaria que não se caracteriza mera fabricação padrão; 2. Contradição/erro material ao tratar dos formulários contínuos como se fossem blocos do tipo "manifold", sem considerar sua distinção, que implicaria classificação diversa à adotada pela fiscalização; No despacho de admissibilidade (fls. 837/840), atestouse a tempestividade da peça e, no mérito da análise, acolheu em parte os embargos, apenas em relação à omissão apontada que trata da classificação fiscal dos produtos em face de sua alegada personalização, rejeitandose, em caráter definitivo, a alegação de contradição/erro material por inexistente. É o relatório. Voto Conselheiro Paulo Roberto Duarte Moreira, Relator. Admitidos os embargos por decisão do Presidente da Turma, o processo foi a mim distribuído, o qual incluí em pauta de julgamento. Fl. 843DF CARF MF Processo nº 10480.723254/201088 Acórdão n.º 3201003.451 S3C2T1 Fl. 4 3 Conforme relatado, os embargos foram acolhidos exclusivamente em face da constatação de omissão na decisão recorrida por ausência de análise de argumentos aduzidos quanto às características de "fabricação" (personalização) do produto para efeito de classificação fiscal.. Nos termos do art. 65 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009 (RICARF), cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciarse a Turma. O vício de omissão se dá quando a decisão deixar de apreciar ponto relevante para a solução do litígio. Caracterizase no silêncio do julgador frente à matéria, fato ou direito, invocado pelas partes ou que deva se pronunciar de ofício. De fato, há ponto não enfrentado na decisão, que no entendimento da contribuinte é relevante à solução do litígio. A rigor, e como decidiu o Presidente da Turma em seu despacho de admissibilidade, restou caracterizado uma omissão. De se ter bem presente que este voto deve se ater à verificação de que os argumentos trazidos pela recorrente, não analisados no voto, constituemse fundamento de fato e/ou de direito relevante a ser apreciados e que sua omissão implicou a não aplicação das normas pertinentes ao caso. O argumento (tese) da embargante, reconhecido no voto, é que nos documentos produzidos em sua atividade gráfica, o trabalho de impressão alcança importância absoluta, o que afastaria a adoção da posição 4820. Contudo, o relator adotou fundamento distinto à tese da contribuinte para proferir seu voto, que pode ser expresso nos seguintes termos: a (re)classificação dos produtos empregada pela fiscalização foi acolhida no acórdão sob o fundamento exclusivo que se ampara nos dispositivos das regras nº "1" e "3a" das Regras Gerais Interpretativas para o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (RGI). Assim prescrevem a RGI do Sistema harmonizado: A classificação das mercadorias na Nomenclatura regese pelas seguintes Regras: 1. Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas, pelas Regras seguintes: 2. (...) (...) 3. Quando pareça que a mercadoria pode classificarse em duas ou mais posições por aplicação da Regra 2 b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuarse da forma seguinte: Fl. 844DF CARF MF Processo nº 10480.723254/201088 Acórdão n.º 3201003.451 S3C2T1 Fl. 5 4 a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. (...) Destarte, o fundamento erigido pelo relator foi tãosomente o da especificidade do texto da posição 4820 em relação à 4911, quanto aos formulários, e da 4816 em face do 4810, no caso das bobinas de papel. O relator concebe a precedência dessa regra sobre os argumentos do sujeito passivo quando no voto expõe inicialmente a tese da recorrente e, em seguida, passa a assentar os fundamentos de sua decisão, trazendo ainda como segundo fundamento, e tomando como razão de decidir, o excerto do voto no acórdão nº 3401002.482, cujo contribuinte é parte. Mister transcrever os excertos do voto embargado em que se estabelece o fundamento da especificidade dos textos das posições adotadas pela fiscalização: Os formulários contínuos objeto do lançamento enquadramse na posição 4820, posto ser mais específica que posição 4911, adotada pela recorrente. Abaixo transcrevese os textos da posições: (...) Da mesma forma, em relação à bobina de papel para fins de uso em equipamento de emissão de cupom fiscal PDV, a posição 4816 mostrase mais específica ao produto do que a posição 4810, requerida pela recorrente. Abaixo transcrevese o texto destas posições: (...) Verificase, ainda, que a classificação fiscal destes produtos já foi objeto de decisão por esta casa, em processo relacionado ao mesmo contribuinte, tendo sido decidido pela manutenção da exigência fiscal. Tendo em vista a clareza com que o relator, conselheiro Fenelon Moscoso de Almeida, tratou da lide, transcrevese abaixo excerto de seu voto, proferido junto ao acórdão nº 3401002.482, sessão de 28/01/14, ao qual adoto como razão de decidir neste julgamento: Formulário Continuo Personalizado Multivias, Formulário Continuo Documento Fiscal e Formulário Continuo Personalizado Simples (...) Entendeu a decisão a quo, a qual me afiliu[sic], que deve ser aplicada a Regra Geral para Interpretação 3 " a", a qual estabelece que "A posição mais especifica prevalece sobre as mais genéricas", entendendo que a posição 4820 é mais especifica para os formulários continuos produzidos do que a posição 4911. Tal especificidade pode ser identificada da leitura dos textos das posições e das Notas de Seção e de Capitulo, tudo em Fl. 845DF CARF MF Processo nº 10480.723254/201088 Acórdão n.º 3201003.451 S3C2T1 Fl. 6 5 consonância com a la Regra Geral para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI 1), conforme aduzido e motivado nas razões da decisão recorrida. Do exposto fica evidenciado, portanto, que os produtos de que se trata estão corretamente classificados na posição 4820, todos com aliquota de 15%. Bobina de/para PDV (...) No que se refere a classificação do produto em questão — bobina de papel para fins de uso em equipamento de emissão de cupom fiscal PDV — na posição 4810.19.10 da NCM, também entendo ser incabível, posto que esta contempla mercadorias que se apresentam apenas em uma via, enquanto a Bobina de/para PDV apresentase em duas ou três vias, conforme descrição constante das notas fiscais de saída. (...) Do exposto fica também evidenciado que o produto de que se trata está corretamente classificado na posição 4816.20.00, com alíquota de 15%. Por fim, acrescentase que, conforme remansosa jurisprudência, é pacífico o entendimento de que o julgador não está obrigado a rebater todas as alegações do recurso ou da impugnação ao lançamento. Transcrevese, nesse sentido, manifestação do eminente então Ministro do STJ, Luiz Fux, no Recurso Especial nº 779.680. Inexiste ofensa ao art. 535, CPC, quando o Tribunal de origem pronunciase de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos, cujo decisum revelase devidamente fundamentado. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão. Precedente desta Corte: RESP 658.859/RS, publicado no DJ de 09.05.2005. [...] É pacífico o entendimento jurisprudencial de que o juiz não está obrigado a analisar e rebater todas as alegações da parte, bem como todos os argumentos sobre os quais suporta a pretensão deduzida em juízo, bastando apenas que indique os fundamentos suficientes à compreensão de suas razões de decidir, cumprindo, assim, o mandamento constitucional insculpido no art. 93, inc. IX, da Lei Fundamental. Nesse sentido: STJ: EDRESP 581.682/SC, 2ª. Turma, Rel. Min. Castro Meira, in DJU, I, 1º.3.2004, p. 176; e EEERSP 332.663/SC, 1a. Turma, Rel. Min. José Delgado, in DJU, I, 16.2.2004, p. 204. O fundamento arguido nos embargos caminham no sentido de convencer os julgadores do suposto desacerto na decisão do acórdão embargado. Impende afirmar que os embargos são instrumentos para sanar vício no acórdão, não se prestam à reconsideração ou Fl. 846DF CARF MF Processo nº 10480.723254/201088 Acórdão n.º 3201003.451 S3C2T1 Fl. 7 6 modificação de uma decisão, função esta, quando admissível, ao Recurso Especial previsto no Regimento Interno deste Conselho. Suplantar o entendimento majoritário do que decidiu a Turma adotandose outro fundamento, ainda que suscitado pelo contribuinte, para proclamar decisão nova, em oposição àquela regularmente proferida é, por via transversa, anular julgamento anterior em afronta àquela decisão e usurpação de competência regimental. Entendo que a tese arguida pela embargante revelouse secundária em face das decidibilidade do litígio frente aos fundamentos do acórdão embargado constatações erigidas pela fiscalização e assentadas no relatório de auditoria, pois os fatos subsumemse à prescrição do art. 23, § 2º do DL nº 1.455/72. Conclusão Caracterizada a omissão, integrase o voto do relator para assentar que a tese arguida pela embargante revelouse secundária em razão da decidibilidade do litígio frente ao fundamento do acórdão embargado, com base na aplicação das regras "1" e "3a" da RGISH. Por todo exposto, voto para ACOLHER PARCIALMENTE os Embargos de Declaração interpostos, sem efeitos infringentes, para sanar a omissão no voto. Paulo Roberto Duarte Moreira Fl. 847DF CARF MF
score : 1.0