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Numero do processo: 10580.728017/2015-90
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 20 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Mon Oct 10 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2013
MOLÉSTIA GRAVE. PROVENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO.
São isentos do imposto de renda pessoa física os rendimentos provenientes de aposentadoria, reforma, reserva ou pensão, uma vez comprovado, por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que o interessado é portador de uma das moléstias apontadas na legislação de regência como aptas à concessão do benefício fiscal.
Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Exercício: 2013
DECISÃO RECORRIDA. MATÉRIA NÃO DISCUTIDA. RECURSO. NÃO CONHECIMENTO.
O recurso é dirigido contra a decisão de primeira instância, que circunscreve as matérias que podem ser objeto do inconformismo do sujeito passivo. Desse modo, no julgamento do recurso, é impossível conhecer de matéria não discutida na decisão recorrida.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2402-005.489
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos: (i) não conhecer do recurso, quanto aos supostos recolhimentos não considerados, visto que a matéria não foi discutida na decisão recorrida; e (ii) conhecer do recurso quanto às demais matérias para, no mérito, dar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo Presidente
(assinado digitalmente)
Túlio Teotônio de Melo Pereira - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Mario Pereira de Pinho Filho, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Amílcar Barca Teixeira Junior, João Victor Ribeiro Aldinucci, Bianca Felicia Rothschild e Theodoro Vicente Agostinho.
Nome do relator: TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2013 MOLÉSTIA GRAVE. PROVENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. São isentos do imposto de renda pessoa física os rendimentos provenientes de aposentadoria, reforma, reserva ou pensão, uma vez comprovado, por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que o interessado é portador de uma das moléstias apontadas na legislação de regência como aptas à concessão do benefício fiscal. Assunto: Processo Administrativo Fiscal Exercício: 2013 DECISÃO RECORRIDA. MATÉRIA NÃO DISCUTIDA. RECURSO. NÃO CONHECIMENTO. O recurso é dirigido contra a decisão de primeira instância, que circunscreve as matérias que podem ser objeto do inconformismo do sujeito passivo. Desse modo, no julgamento do recurso, é impossível conhecer de matéria não discutida na decisão recorrida. Recurso Voluntário Provido.
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APOSENTADORIA. ISENÇÃO. Recorrente SAMUEL AUGUSTO RODRIGUES NOGUEIRA FILHO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2013 MOLÉSTIA GRAVE. PROVENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. São isentos do imposto de renda pessoa física os rendimentos provenientes de aposentadoria, reforma, reserva ou pensão, uma vez comprovado, por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que o interessado é portador de uma das moléstias apontadas na legislação de regência como aptas à concessão do benefício fiscal. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2013 DECISÃO RECORRIDA. MATÉRIA NÃO DISCUTIDA. RECURSO. NÃO CONHECIMENTO. O recurso é dirigido contra a decisão de primeira instância, que circunscreve as matérias que podem ser objeto do inconformismo do sujeito passivo. Desse modo, no julgamento do recurso, é impossível conhecer de matéria não discutida na decisão recorrida. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 58 0. 72 80 17 /2 01 5- 90 Fl. 69DF CARF MF Impresso em 10/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 08/10/2016 por KLEBER FERREI RA DE ARAUJO 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos: (i) não conhecer do recurso, quanto aos supostos recolhimentos não considerados, visto que a matéria não foi discutida na decisão recorrida; e (ii) conhecer do recurso quanto às demais matérias para, no mérito, darlhe provimento. (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo – Presidente (assinado digitalmente) Túlio Teotônio de Melo Pereira Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Mario Pereira de Pinho Filho, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Amílcar Barca Teixeira Junior, João Victor Ribeiro Aldinucci, Bianca Felicia Rothschild e Theodoro Vicente Agostinho. Fl. 70DF CARF MF Impresso em 10/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 08/10/2016 por KLEBER FERREI RA DE ARAUJO Processo nº 10580.728017/201590 Acórdão n.º 2402005.489 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Inicialmente, transcrevemos o relatório da decisão recorrida, por bem retratar os fatos ocorridos até então: Em nome do contribuinte acima identificado foi lavrada a Notificação de Lançamento de fls. 10/14, com ciência do sujeito passivo em 08/09/2015 (fls. 37), relativa ao Imposto de Renda Pessoa Física IRPF, exercício 2013, anocalendário 2012, sendo apurados os seguintes valores: IRPF Suplementar: 2.247,80 Multa de Oficio 75% (passível de redução) 1.685,85 Juros de Mora calculados até 31/08/2015 540,82 Total do crédito tributário apurado 4.474,47 Motivou o lançamento de ofício (fls. 12) a constatação de omissão de rendimentos tributáveis recebidos da fonte pagadora Fundo Financeiro da Previdência Social dos Servidores Públicos Funprev, no valor de R$ 128.263,96, tendo o contribuinte os declarado como isentos por entender ser portador de moléstia grave que lhe daria direito à isenção. A autoridade lançadora relatou que não foi aceito o laudo pericial apresentado para comprovar a moléstia por ter a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia informado que, nem o Departamento de Polícia Técnica, nem o perito médico que assinou o documento, possuem competência funcional para emitir laudo destinado a isenção do imposto de renda. O notificado apresentou impugnação em 01/10/2015 (fls. 05/09), alegando ser aposentado desde 12/07/86 e portador de cardiopatia grave desde 03/03/2007, o que implica a isenção de imposto de renda sobre os proventos de sua aposentadoria, tendo assim retificado sua Declaração de Ajuste Anual DAA/2013, acrescentando que apresenta novo laudo pericial que estaria de acordo com os requisitos legais. É o relatório. A impugnação foi julgada improcedente pelo acórdão no 0958.879 6a Turma da DRJ/JFA (fls. 42/45), por entender que: (...) Sendo servidor público estadual na Bahia, como declarado, o sujeito passivo encontra à sua disposição órgão específico para obtenção do laudo pericial para a finalidade de isenção de Fl. 71DF CARF MF Impresso em 10/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 08/10/2016 por KLEBER FERREI RA DE ARAUJO 4 imposto de renda, que é a Junta Médica Oficial do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria da Administração do Estado (Saeb) e subordinado à Superintendência de Recursos Humanos (SRH), a qual controla e executa a concessão de diversos benefícios previdenciários, inclusive realização de perícia médica para instrução de pedido de isenção do imposto sobre a renda para aposentados portadores de moléstia grave, atuando sempre que provocada pelo servidor, tendo por base legal a Lei n° 6.677/94 (Estatuto do Servidor), a Lei n° 11.357/2009 e o Decreto n° 9.967/2006 (http://www.saeb.ba.gov.br/juntamedica). Portanto, não se encontra justificada a reclassificação adotada para os rendimentos na categoria de isentos, por não existir comprovação da moléstia grave, em razão de deficiência do laudo apresentado, que não foi emitido pelo serviço médico oficial designado formalmente pelo ente federativo, devendo ser mantida a imputação fiscal. Voto para julgar improcedente a impugnação e manter o crédito tributário,sobre o qual incide a multa de ofício e os juros moratórios. Cientificado da decisão em 30/03/2016 (f. 67), o sujeito passivo inconformado apresentou recurso voluntário (fls. 49/53), em 06/04/2016, expedindo as seguintes razões: 1. preenche os requisitos para fruição da isenção prevista no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713/1988; 2. a equipe de fiscalização da DRF/SDR não considerou, na emissão do lançamento de ofício (notificação de lançamento) as cotas do imposto de renda pagas no montante de R$ 2.416,93 (comprovantes em anexo). Requer o provimento do recurso. Em 05/04/2016, o contribuinte atravessou requerimento para prioridade no pagamento de restituição de pessoas físicas (f. 54) motivado por ser portador de doença grave. É o relatório. Fl. 72DF CARF MF Impresso em 10/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 08/10/2016 por KLEBER FERREI RA DE ARAUJO Processo nº 10580.728017/201590 Acórdão n.º 2402005.489 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheiro Túlio Teotônio de Melo Pereira Relator O recurso, apresentado no trintídio assinalado pelo art. 33 do Decreto no 70.235/72, é tempestivo. Presentes os demais requisitos, deve ser conhecido. Da prioridade no julgamento por moléstia grave Primeiramente, cumpre destacar que o art. 69A, inciso IV, da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, assegura prioridade na tramitação dos procedimentos administrativos nas seguintes hipóteses: Art. 69A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). I pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). II pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). IV pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). Do exame do laudo pericial (f. 15), constatase que o requerente tem diagnóstico de cardiopatia grave, desde 03/2007, pelo que faz jus ao processamento prioritário do feito, nos termos do art. 69A, inciso IV, da Lei no 9.784/1999. Por conseqüência, passase ao exame imediato do presente recurso voluntário. Isenção decorrente de doença grave Temse em pauta recurso voluntário no qual o Interessado pretende que seja reconhecido seu direito à isenção do imposto de renda pessoa física incidentes sobre rendimentos de aposentadoria, alegando que é portador de doença grave. Fl. 73DF CARF MF Impresso em 10/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 08/10/2016 por KLEBER FERREI RA DE ARAUJO 6 Para o gozo da isenção pleiteada, a Lei no 7.713/1988 estabelece os seguintes requisitos: Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas: (...) XIV os proventos de aposentadoria ou reforma, desde que motivadas por acidente sem serviços, e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerosemúltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma; (Redação dada pela Lei nº 8.541, de 1992) (Vide Lei 9.250, de 1995) (...) XXI os valores recebidos a título de pensão quando o beneficiário desse rendimento for portador das doenças relacionadas no inciso XIV deste artigo, exceto as decorrentes de moléstia profissional, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após a concessão da pensão. (Incluído pela Lei nº 8.541, de 1992) (grifouse) Dos dispositivos transcritos, extraemse os dois requisitos para o exercício do direito à isenção pleiteada: a) que os rendimentos sejam oriundos de aposentadoria, reforma ou pensão; b) que o contribuinte seja portador de uma das doenças enumeradas no inciso XIV, do art. 6o, da Lei no 7.713/1988. Ademais, partir do anocalendário 1996, a Lei no 9.250/1995 qualificou a comprovação do segundo requisito nos seguintes termos: Art. 30 A partir de 1° de janeiro de 1996, para efeito do reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos XIV e XXI do art. 6° da Lei n° 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei n° 8.541, de 23 de dezembro de 1992, a moléstia deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (grifouse) Para comprovar suas alegações, o recorrente trouxe, além de outros documentos, laudo pericial (f. 15), emitido por médico perito da Junta Médica Oficial do Judiciário/BA, concluindo que o Interessado é portador de cardiopatia grave (CID I25), desde 03/03/2007. Considerase, então, que o Contribuinte é portador de doença grave prevista no artigo 6°, inciso XIV, da Lei n° 7.713/1988, nos termos do laudo pericial emitido por Fl. 74DF CARF MF Impresso em 10/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 08/10/2016 por KLEBER FERREI RA DE ARAUJO Processo nº 10580.728017/201590 Acórdão n.º 2402005.489 S2C4T2 Fl. 5 7 serviço médico oficial, fazendo jus, em razão disso, à isenção do imposto de renda incidente sobre os proventos de aposentadoria. Recurso provido na matéria. Dos supostos recolhimentos não considerados No tocante à reclamação de que o lançamento não teria considerado supostas cotas do imposto de renda pagas, devese observar que a matéria não foi impugnada e nem tratada na decisão recorrida, tendo sido argüida de maneira inédita no recurso. Nos termos do art. 33 do Decreto no 70.235/72, cabe recurso voluntário contra a decisão de primeira instância, não sendo viável, portanto, discutir, em sede de recurso, matéria não tratada na decisão a quo. Acontece que, por não ter sido impugnada, nos termos do art. 17 do Decreto no 70.235/72, operouse a preclusão administrativa do direito de o recorrente discutir a matéria. Desse modo, não se conhece de recurso quanto a matéria. Conclusão Diante do exposto, voto por: (i) não conhecer do recurso, quanto aos supostos recolhimentos não considerados, visto que a matéria não foi discutida na decisão recorrida; e (ii) conhecer do recurso quanto às demais matérias para, no mérito, darlhe provimento. (assinado digitalmente) Túlio Teotônio de Melo Pereira. Fl. 75DF CARF MF Impresso em 10/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 06/10/2016 por TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA, Assinado digitalmente em 08/10/2016 por KLEBER FERREI RA DE ARAUJO
score : 1.0
Numero do processo: 12448.734996/2011-41
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 12 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Thu Aug 11 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2009
OMISSÃO DE RENDIMENTOS. MOLÉSTIA GRAVE. ALIENAÇÃO MENTAL. ISENÇÃO. LAUDO MÉDICO OFICIAL.
Os rendimentos provenientes de aposentadoria recebidos pelo portador de alienação mental são isentos do imposto sobre a renda, desde que devidamente caracterizada a moléstia grave, relativamente ao ano-calendário a que se refere os proventos, mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial.
RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. JUROS MORATÓRIOS. DIFERENÇAS DE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIO INCIDÊNCIA.
Incide imposto de renda sobre os juros de mora recebidos em ação ajuizada com a finalidade de revisão do cálculo do benefício previdenciário de aposentadoria.
RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. REGIME DE COMPETÊNCIA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) Nº 614.406/RS. REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA.
A decisão definitiva de mérito no RE nº 614.406/RS, proferida pelo STF na sistemática da repercussão geral, deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos acumulados percebidos no ano-calendário de 2009 deve ser apurado com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, calculado de forma mensal, e não pelo montante global pago extemporaneamente.
Recurso Voluntário Provido em Parte
Numero da decisão: 2401-004.432
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, conhecer do recurso voluntário e, no mérito, por maioria, dar-lhe provimento parcial para determinar, em relação aos rendimentos de aposentadoria recebidos acumuladamente, relativos ao ano-calendário 2009, o recálculo do imposto sobre a renda, com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, observando a renda auferida mês a mês pelo contribuinte (regime de competência). Vencido o Conselheiro Rayd Santana Ferreira que dava provimento ao recurso voluntário. Vencidos os Conselheiros Carlos Alexandre Tortato e Luciana Matos Pereira Barbosa, quanto à incidência de tributação sobre os juros moratórios recebidos em ação de revisão de benefício previdenciário. Processo julgado no dia 13/7/16 às 9h.
Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente
Cleberson Alex Friess - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins e Andréa Viana Arrais Egypto.
Nome do relator: CLEBERSON ALEX FRIESS
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2009 OMISSÃO DE RENDIMENTOS. MOLÉSTIA GRAVE. ALIENAÇÃO MENTAL. ISENÇÃO. LAUDO MÉDICO OFICIAL. Os rendimentos provenientes de aposentadoria recebidos pelo portador de alienação mental são isentos do imposto sobre a renda, desde que devidamente caracterizada a moléstia grave, relativamente ao ano-calendário a que se refere os proventos, mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. JUROS MORATÓRIOS. DIFERENÇAS DE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIO INCIDÊNCIA. Incide imposto de renda sobre os juros de mora recebidos em ação ajuizada com a finalidade de revisão do cálculo do benefício previdenciário de aposentadoria. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. REGIME DE COMPETÊNCIA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) Nº 614.406/RS. REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA. A decisão definitiva de mérito no RE nº 614.406/RS, proferida pelo STF na sistemática da repercussão geral, deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos acumulados percebidos no ano-calendário de 2009 deve ser apurado com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, calculado de forma mensal, e não pelo montante global pago extemporaneamente. Recurso Voluntário Provido em Parte
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MOLÉSTIA GRAVE.. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE (RRA). Recorrente LUIZ HENRIQUE DA SILVA GRAÇA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2009 OMISSÃO DE RENDIMENTOS. MOLÉSTIA GRAVE. ALIENAÇÃO MENTAL. ISENÇÃO. LAUDO MÉDICO OFICIAL. Os rendimentos provenientes de aposentadoria recebidos pelo portador de alienação mental são isentos do imposto sobre a renda, desde que devidamente caracterizada a moléstia grave, relativamente ao anocalendário a que se refere os proventos, mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. JUROS MORATÓRIOS. DIFERENÇAS DE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIO INCIDÊNCIA. Incide imposto de renda sobre os juros de mora recebidos em ação ajuizada com a finalidade de revisão do cálculo do benefício previdenciário de aposentadoria. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. REGIME DE COMPETÊNCIA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) Nº 614.406/RS. REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA. A decisão definitiva de mérito no RE nº 614.406/RS, proferida pelo STF na sistemática da repercussão geral, deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos acumulados percebidos no anocalendário de 2009 deve ser apurado com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 12 44 8. 73 49 96 /2 01 1- 41 Fl. 281DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 282 2 calculado de forma mensal, e não pelo montante global pago extemporaneamente. Recurso Voluntário Provido em Parte Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, conhecer do recurso voluntário e, no mérito, por maioria, darlhe provimento parcial para determinar, em relação aos rendimentos de aposentadoria recebidos acumuladamente, relativos ao ano calendário 2009, o recálculo do imposto sobre a renda, com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, observando a renda auferida mês a mês pelo contribuinte (regime de competência). Vencido o Conselheiro Rayd Santana Ferreira que dava provimento ao recurso voluntário. Vencidos os Conselheiros Carlos Alexandre Tortato e Luciana Matos Pereira Barbosa, quanto à incidência de tributação sobre os juros moratórios recebidos em ação de revisão de benefício previdenciário. Processo julgado no dia 13/7/16 às 9h. Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente Cleberson Alex Friess Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Luciana Matos Pereira Barbosa, Rayd Santana Ferreira, Márcio de Lacerda Martins e Andréa Viana Arrais Egypto. Fl. 282DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 283 3 Relatório Cuidase de recurso voluntário interposto em face da decisão da 18ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento no Rio de Janeiro I (DRJ/RJ1), cujo dispositivo considerou improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário exigido. Transcrevo a ementa do Acórdão nº 1253.627 (fls. 132/137): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2010 OMISSÃO DE RENDIMENTOS. MOLÉSTIA GRAVE. É de se manter a omissão, quando o laudo ou parecer emitido por serviço médico oficial não atesta ser o contribuinte portador de moléstia grave, que justifique a isenção prevista no artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/1988, com a redação dada pela Lei nº 11.052, de 29 de dezembro de 2004, proventos provenientes de aposentadoria reforma ou pensão. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido 2. Em face do contribuinte foi emitida a Notificação de Lançamento nº 2010/234143413402608, relativa ao anocalendário 2009, decorrente de procedimento de revisão de Declaração de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF), em que foi apurada a omissão de rendimentos tributáveis recebidos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no valor de R$ 15.865,08, assim como de rendimentos oriundos de pagamento em ação judicial, no importe de R$ 459.561,95 (fls. 6/11). 2.1 A Notificação de Lançamento alterou o resultado de sua Declaração de Ajuste Anual (DAA), exigindo o Fisco imposto suplementar, acrescido de juros de mora e multa de ofício. 3. Cientificado da notificação por via postal em 12/9/2011, às fls. 129, o contribuinte, por meio de seu procurador, impugnou a exigência fiscal (fls. 2/5). 4. Intimado em 20/8/2014, por via postal, da decisão do colegiado de primeira instância, às fls. 138/142, o recorrente, representado pelo seu irmão, interpôs recurso voluntário no dia 18/9/2014, com os seguintes argumentos de defesa (fls. 145/151). i) o contribuinte é aposentado por invalidez pelo INSS, sendo portador de doença grave e irreversível, caracterizada como alienação mental, com quadro de distúrbio psiquiátrico persistente e estado de consciência alterado, que o incapacita para os atos mais simples e básicos da vida; Fl. 283DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 284 4 ii) os valores decorrentes da ação judicial referemse a diferenças do benefício de aposentadoria por invalidez; iii) no caso da incidência do imposto de renda sobre os rendimentos pagos acumuladamente devem ser observados os valores mensais, e não o montante global auferido; iv) os valores recebidos a título de juros de mora têm natureza indenizatória; e v) tendo em conta os fatos expostos, é cabível a restituição do imposto sobre a renda retido na fonte. É o relatório. Fl. 284DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 285 5 Voto Conselheiro Cleberson Alex Friess, Relator Juízo de admissibilidade 5. Uma vez realizado o juízo de validade do procedimento, verifico que estão satisfeitos os requisitos de admissibilidade do recurso voluntário e, por conseguinte, dele tomo conhecimento. Mérito a) Isenção por moléstia grave 6. A respeito do gozo da isenção do imposto sobre a renda da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, dispõe o art. 39 do Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR/99), veiculado pelo Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999, "in verbis": Art. 39. Não entrarão no cômputo do rendimento bruto: (...) XXXI os valores recebidos a título de pensão, quando o beneficiário desse rendimento for portador de doença relacionada no inciso XXXIII deste artigo, exceto a decorrente de moléstia profissional, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após a concessão da pensão (Lei nº 7.713, de 1988, art. 6º, inciso XXI, e Lei nº 8.541, de 1992, art. 47); (...) XXXIII os proventos de aposentadoria ou reforma, desde que motivadas por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, e fibrose cística (mucoviscidose), com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma (Lei nº 7.713, de 1988, art. 6º, inciso XIV, Lei nº 8.541, de 1992, art. 47, e Lei nº 9.250, de 1995, art. 30, § 2º); Fl. 285DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 286 6 (...) § 4º Para o reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos XXXI e XXXIII, a partir de 1º de janeiro de 1996, a moléstia deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, devendo ser fixado o prazo de validade do laudo pericial, no caso de moléstias passíveis de controle (Lei nº 9.250, de 1995, art. 30 e § 1º). § 5º As isenções a que se referem os incisos XXXI e XXXIII aplicamse aos rendimentos recebidos a partir: I do mês da concessão da aposentadoria, reforma ou pensão; II do mês da emissão do laudo ou parecer que reconhecer a moléstia, se esta for contraída após a aposentadoria, reforma ou pensão; III da data em que a doença foi contraída, quando identificada no laudo pericial. § 6º As isenções de que tratam os incisos XXXI e XXXIII também se aplicam à complementação de aposentadoria, reforma ou pensão. (grifouse) (...) 6.1 Percebese que para a fruição da isenção, concernente a determinado ano calendário, a legislação exige o preenchimento cumulativo de 3 (três) requisitos: i) rendimentos provenientes de aposentadoria, reforma ou pensão1; ii) rendimentos percebidos por portador de moléstia grave indicada de forma exaustiva em lei; e iii) moléstia comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 7. Como se vê, os rendimentos provenientes de aposentadoria recebidos pelo portador de alienação mental são isentos do imposto sobre a renda, desde que caracterizada a moléstia grave, relativamente ao anocalendário a que se refere os proventos, mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial. 8. Há prova que o autuado é aposentado por invalidez pelo INSS desde 1º/7/1988 (fls. 25). Além disso, os rendimentos recebidos acumuladamente, relativos ao Processo Judicial nº 8800403921, ajuizado em face do INSS, dizem respeito à revisão de cálculo de seu benefício previdenciário, correspondendo os pagamentos ao período de 07/1988 a 03/2007 (fls. 222/257). 1 Acrescento, nessa lista, os rendimentos provenientes de reserva remunerada, tendo em vista o enunciado da Súmula Carf nº 63. Fl. 286DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 287 7 9. Quanto à existência de moléstia grave, a documentação acostada aos autos é farta no sentido de que o contribuinte, de longa data, é portador de epilepsia lobo temporal e de distúrbios neurológicos, classificados como perturbação orgânica da personalidade, necessitando de medicação rotineira, tratamento ambulatorial e atendimento em hospitais. 10. Porém, por tratarse de enfermidade neuropsíquica, conforme salienta a petição recursal, a identificação exata da patologia a que está acometido o contribuinte exige indiscutivelmente a sua caracterização por definição do médico especialista, dado que o diagnóstico do acometimento de alienação mental não obedece a uma única característica ou sintomatologia constatada no paciente, necessitando também de avaliação da evolução do quadro clínico da enfermidade. 11. Nesse contexto, a análise dos atestados e laudos médicos revela que o contribuinte foi diagnosticado, antes do anocalendário 2009, como portador de transtornos de personalidade, patologia classificada na CID F07.0, com controle parcial das crises de epilepsia (CID G 40) pelo uso de medicamentos específicos (fls. 156/162). 12. Apenas a partir de 2011, identifico documentos médicos nos autos caracterizando o quadro clínico como alienação mental, devido às crises de epilepsia (fls. 166/170). 13. Existem diversos procedimentos clínicos e análises médicas necessários para caracterizar o enquadramento da patologia como alienação mental, conforme se observa do Manual de Diretrizes de Conduta MédicoPericial em Transtornos Mentais do INSS, fls. 40/116, do Protocolo Técnico de Inspeção Médica Pericial para Isenção de Imposto de Renda do Município de São Paulo, fls. 117/122, e do Ato nº 59/2009 do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, fls. 123/126. 13.1 Não há dúvidas que estados de demência, psicoses esquizofrênicas crônicas e oligofrenias graves são hipóteses de alienação mental. Já os casos de epilepsia associada a psicoses, quando comprovadamente crônicas e apresentando surtos psicóticos freqüentes, podem ser considerados alienação mental. Todavia, tornase imprescindível a expressa caracterização médica por meio do laudo pericial. 14. Dessa forma, entendo ausente prova hábil e suficiente nos autos de que o contribuinte estava acometido de alienação mental no anocalendário 2009, quando do recebimento dos proventos de aposentadoria. b) Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA) 15. Segundo nosso ordenamento jurídico, a lei tributária tem efeitos prospectivos. Nesse sentido, os arts. 105 e 144 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, que veicula o Código Tributário Nacional (CTN): Art. 105. A legislação tributária aplicase imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. (...) Fl. 287DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 288 8 Art. 144. O lançamento reportase à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e regese pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.(grifouse) (...) 16. Excepcionalmente é admitida a retroatividade nas hipóteses de lei expressamente interpretativa e de lei tributária penal mais benéfica ao infrator. Eis o art. 106 do CTN: Art. 106. A lei aplicase a ato ou fato pretérito: I em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II tratandose de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de definilo como infração; b) quando deixe de tratálo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 17. O art. 12A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, acrescido pela Medida Provisória nº 497, de 27 de julho de 2010, posteriormente convertida na Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, alterou a sistemática de tributação dos rendimentos recebidos acumuladamente correspondentes a anoscalendário anteriores ao do recebimento. 17.1 Tais rendimentos passaram a serem tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês, submetidos à tabela progressiva do imposto sobre a renda. Eis a redação atual do preceptivo de lei, com a alteração promovida pela Lei nº 13.149, de 21 de julho de 2015: Art. 12A. Os rendimentos recebidos acumuladamente e submetidos à incidência do imposto sobre a renda com base na tabela progressiva, quando correspondentes a anoscalendário anteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês. § 1º O imposto será retido pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento ou pela instituição financeira depositária do crédito e calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento ou crédito. (...) Fl. 288DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 289 9 § 7º Os rendimentos de que trata o caput, recebidos entre 1º de janeiro de 2010 e o dia anterior ao de publicação da Lei resultante da conversão da Medida Provisória nº 497, de 27 de julho de 2010, poderão ser tributados na forma deste artigo, devendo ser informados na Declaração de Ajuste Anual referente ao anocalendário de 2010. (...) 17.2 A mudança no regime de tributação, exclusivamente na fonte, implicou alterações nos elementos componentes da regramatriz de incidência tributária do imposto sobre a renda. Longe de um caráter meramente elucidativo, explicitador ou procedimental, tratouse de inovação da legislação tributária. 17.3 Por isso, em consonância com as prescrições contidas no CTN, a aplicabilidade do art. 12A da Lei nº 7.713, de 1988, restringese aos rendimentos recebidos acumuladamente a partir do anocalendário de 2010. 18. Com relação aos fatos geradores até o anocalendário de 2009, ora hipótese dos autos, a tributação continuou a regerse pelo art. 12 da Lei nº 7.713, de 1988, o qual acabou revogado recentemente pela Lei nº 13.149, de 2015. Copio sua redação à época do rendimentos acumulados percebidos pelo contribuinte, no ano de 2009: Art. 12. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização. 18.1 De acordo com o art. 12 da Lei nº 7.713, de 1988, o imposto incidirá no mês da percepção dos valores acumulados, utilizandose as tabelas e alíquotas vigentes na época do recebimento dessas parcelas, quando auferida a renda, independentemente do período que deveriam ter sido adimplidos, adotandose como parâmetro o montante global pago a destempo. 19. Acontece que em sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada no dia 23/10/2014, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº 614.406/RS, com repercussão geral reconhecida, redator para o acórdão Ministro Marco Aurélio, o Plenário da Corte reconheceu a inconstitucionalidade do art. 12 da Lei nº 7.713, de 1988, quanto à sistemática de cálculo para a incidência do imposto sobre os rendimentos recebidos acumuladamente, por violar os princípios da isonomia e da capacidade contributiva. 19.1 Com efeito, afastando o regime de caixa, o Tribunal acolheu o regime de competência para o cálculo mensal do imposto sobre a renda devido pela pessoa física, com a utilização das tabelas progressivas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido adimplidos. Eis a ementa desse julgado: IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA. A percepção cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes, individualmente, os exercícios envolvidos. 19.2 Em 9/12/2014, o Recurso Extraordinário nº 614.406/RS transitou em julgado. Fl. 289DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 290 10 20. Diante desse contexto fático, o § 2º do art. 62 do Anexo II do Regimento Interno deste Conselho RICARF , aprovado pela Portaria MF nº 343, de 9 de junho de 2015, com a redação dada pela Portaria MF nº 152, de 3 de maio de 2016, assim estabelece: Art. 62. (...) § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática dos arts. 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 1973, ou dos arts. 1.036 a 1.041 da Lei nº 13.105, de 2015 Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. 21. Como visto, a exigência de que o imposto incidirá no mês da percepção dos valores, sobre o total de rendimentos acumulados, aplicandose a tabela progressiva vigente no mês desse recebimento, foi considerada em descompasso com o texto constitucional, em decisão definitiva de mérito proferida pelo STF, na sistemática do art. 543B do Código de Processo Civil. Esse entendimento da Corte Suprema deverá ser reproduzido no âmbito deste Conselho. 22. Desse modo, no tocante aos rendimentos tributáveis de aposentadoria recebidos acumuladamente pelo recorrente, relativos ao anocalendário de 2009, a incidência do imposto sobre a renda ocorre no mês de recebimento ou crédito, porém o cálculo deve considerar as tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos, realizandose o cálculo de forma mensal, e não pelo montante global pago extemporaneamente. c) Juros Moratórios 23. No que tange à tributação pelo imposto sobre a renda dos juros moratórios recebidos em ação judicial, encontra fundamento nos §§ 1º e 4º do art. 3º da Lei nº 7.713, de 1988, abaixo reproduzido: Lei nº 7.713, de 1988 Art. 3º O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9º a 14 desta Lei. (Vide Lei 8.023, de 12.4.90) § 1º Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, os alimentos e pensões percebidos em dinheiro, e ainda os proventos de qualquer natureza, assim também entendidos os acréscimos patrimoniais não correspondentes aos rendimentos declarados. (grifouse) (...) § 4º A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou direitos, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda, e da forma de percepção das rendas ou proventos, bastando, para a incidência do imposto, o benefício do contribuinte por qualquer forma e a qualquer título. Fl. 290DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS Processo nº 12448.734996/201141 Acórdão n.º 2401004.432 S2C4T1 Fl. 291 11 24. Como se percebe da letra da lei, via de regra, incide imposto de renda sobre os juros de mora. 25. Entretanto, escapam à tributação do imposto sobre a renda os juros moratórios decorrentes do recebimento em atraso de verbas trabalhistas, independentemente da natureza destas, pagas no contexto da rescisão do contrato do trabalho, em reclamatória trabalhista ou não (Recurso Especial nº 1.227.133/RS, julgado na sistemática dos recursos repetitivos pelo Superior Tribunal de Justiça, com os esclarecimentos do Recurso Especial nº 1.089.720/RS). 25.1 Não se sujeitam à incidência do imposto, igualmente, os juros de mora decorrentes do recebimento de verbas que não acarretam acréscimo patrimonial ou que são isentas ou não tributadas (em razão da regra de que o acessório segue o principal). 26. Acontece que, na hipótese dos autos, os juros moratórios têm origem no recebimento em atraso de diferenças de aposentadoria, situação em que não há previsão para a não incidência do imposto sobre a renda. d) Restituição do imposto retido na fonte 27. Especificamente no que tange ao pedido de restituição do imposto retido na fonte, esclareço que ultrapassa os limites da controvérsia fixada pela notificação fiscal e impugnação, estando a matéria fora do presente litígio. Tal pleito é de competência da Delegacia da Receita Federal do Brasil de jurisdição do domicílio tributário do recorrente, observados os requisitos formais e materiais a ele inerentes. Conclusão Ante o exposto, voto por CONHECER do recurso voluntário e, no mérito, DAR LHE PROVIMENTO PARCIAL para determinar, em relação aos rendimentos de aposentadoria recebidos acumuladamente, relativos ao anocalendário 2009, o recálculo do imposto sobre a renda, com base nas tabelas e alíquotas das épocas próprias a que se refiram tais rendimentos tributáveis, observando a renda auferida mês a mês pelo contribuinte (regime de competência). É como voto. Cleberson Alex Friess Fl. 291DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 01/08/201 6 por CLEBERSON ALEX FRIESS, Assinado digitalmente em 02/08/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI, Assinado digitalmente em 01/08/2016 por CLEBERSON ALEX FRIESS
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Numero do processo: 14479.000872/2007-41
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 12 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Thu Aug 11 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/07/2006 a 01/12/2006
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.
Verificado no acórdão de recurso voluntário ausência de enfrentamento de parte das razões levantadas pelo contribuinte, as quais teriam, caso acatadas, o condão de modificar a natureza do provimento, cabe o acolhimento dos embargos com o escopo de sanar tais omissões.
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. AUSÊNCIA DE CUMULAÇÃO DE PENALIDADES.
Tendo por pressupostos fatos e fundamentação jurídica distintos, não há falar em cumulação de penalidades na coexistência de infrações relativas a obrigação principal e acessórias.
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO AO ERÁRIO.
Tratando-se de infração de natureza precipuamente formal, a multa por descumprimento de obrigação acessória prescinde tanto do elemento volitivo do agente quanto da constatação de prejuízo ao Erário para sua verificação.
Embargos Acolhidos.
Numero da decisão: 2402-005.375
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, nos termos do voto do relator.
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente
Ronnie Soares Anderson - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Natanael Vieira dos Santos, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felicia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci.
Nome do relator: RONNIE SOARES ANDERSON
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Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/07/2006 a 01/12/2006 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. Verificado no acórdão de recurso voluntário ausência de enfrentamento de parte das razões levantadas pelo contribuinte, as quais teriam, caso acatadas, o condão de modificar a natureza do provimento, cabe o acolhimento dos embargos com o escopo de sanar tais omissões. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. AUSÊNCIA DE CUMULAÇÃO DE PENALIDADES. Tendo por pressupostos fatos e fundamentação jurídica distintos, não há falar em cumulação de penalidades na coexistência de infrações relativas a obrigação principal e acessórias. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO AO ERÁRIO. Tratandose de infração de natureza precipuamente formal, a multa por descumprimento de obrigação acessória prescinde tanto do elemento volitivo do agente quanto da constatação de prejuízo ao Erário para sua verificação. Embargos Acolhidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 14 47 9. 00 08 72 /2 00 7- 41 Fl. 203DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 29/07/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 30/07/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, nos termos do voto do relator. Kleber Ferreira de Araújo Presidente Ronnie Soares Anderson Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Natanael Vieira dos Santos, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felicia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci. Fl. 204DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 29/07/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 30/07/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO Processo nº 14479.000872/200741 Acórdão n.º 2402005.375 S2C4T2 Fl. 351 3 Relatório Em sessão realizada em 15/5/2013, a 2ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 2ª Seção de Julgamento do CARF julgou Recurso Voluntário, proferindo a decisão consubstanciada no Acórdão nº 2402003.559 (fls. 122/127), assim ementado: OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA DESCUMPRIMENTO INFRAÇÃO Consiste em descumprimento de obrigação acessória a empresa apresentar a GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social com dados não correspondentes aos fatos geradores de todas as contribuições previdenciárias AUTO DE INFRAÇÃO. CORRELAÇÃO COM O LANÇAMENTO PRINCIPAL. Uma vez que já foram julgadas as autuações cujos objetos são as contribuições correspondentes aos fatos geradores omitidos em GFIP, a autuação pelo descumprimento da obrigação acessória só subsistirá relativamente àqueles fatos geradores em que as autuações correlatas foram julgadas procedentes LEGISLAÇÃO POSTERIOR MULTA MAIS FAVORÁVEL APLICAÇÃO A lei aplicase a ato ou fato pretérito, tratandose de ato não definitivamente julgado quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Recurso Voluntário Provido em Parte. O dispositivo do acórdão recebeu a seguinte redação: “Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial para adequação da multa ao artigo 32A da Lei n° 8.212/91, caso mais benéfica.” A contribuinte, cientificada da decisão em 27/8/2014 (fl. 150), interpôs embargos tempestivamente em 1º/9/2014 (fls. 160/165), manifestando inconformidade relativamente ao aresto, o qual teria sido omisso no enfrentamento dos pontos a seguir sintetizados: 1. Duplicidade do lançamento da multa: o acórdão, ao entender que a autuação acessória contestada subsistiria em razão do parcelamento do crédito principal, não considerou que o lançamento "busca cumulação de outra penalidade, que consiste na aplicação de pena autônoma pela ausência de declaração em GFIP de valores pagos aos empregados a título de empréstimo", sendo ilícito a exigência de multas cumuladas sobre o mesmo fato, consoante decisões que colaciona; Fl. 205DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 29/07/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 30/07/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO 4 2. Ausência de prejuízo ao Erário: "isso, porque se a função da documentação fiscal da empresa é a identificação de todos os possíveis fatos geradores de contribuições previdenciárias, não se põe em dúvida que os documentos apresentados à D. Fiscalização atingiram esse objetivo". Os embargos foram admitidos por meio de Despacho datado de 19/11/2015 (fls. 199/201), o qual reconheceu a necessidade de enfrentamento das omissões supra mencionadas. É o relatório. Fl. 206DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 29/07/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 30/07/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO Processo nº 14479.000872/200741 Acórdão n.º 2402005.375 S2C4T2 Fl. 352 5 Voto Conselheiro Ronnie Soares Anderson, Relator Sendo tempestivos os embargos, consoante apontado no precitado Despacho, e estando preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, devem ser eles conhecidos. Registrese, inicialmente, que a empresa parcelou o débito da obrigação principal, NFLD 37.013.5512, correlacionada com a multa ora objeto de litígio. Assim informou a DERAT/SP (fl. 114) o que levou ao não provimento do recurso voluntário, sob a alegação, em síntese, de que a infração acessória segue o destino da principal. Apesar dessa fundamentação, houve, efetivamente, ausência de exame de duas matérias suscitadas em recurso pela contribuinte, as quais, se providas, dariam azo à reforma no lançamento. Inicialmente, no tocante à aventada duplicidade ou cumulação de penalidades, não merece prosperar o arrazoado da recorrente, pois foram aplicadas sanções distintas a fatos distintos, com supedâneo em prescrições legais diferenciadas. A mencionada NFLD 37.013.5512 trata de obrigação principal dos valores que deveriam ter sido recolhidos dada a ocorrência do fato gerador (a empresa não considerou os valores de empréstimos como base de cálculo da contribuição previdenciárias), tendo ela por objeto o pagamento do tributo, nos termos dos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212/91 (fls. 63/66). Já o Auto de Infração 37.013.5547, lavrado face a descumprimento de obrigação acessória, e veiculado neste processo, trata da informação em GFIP dos valores declarados nas folhas de pagamentos dos seus segurados. Essa informação foi prestada sem que fossem considerados, como base de cálculo para efeitos das contribuições devidas, os pagamentos a título de empréstimos, o que deu ensejo à multa prevista no § 5º do art. 32 da Lei nº 8.212/91, aplicável à época dos fatos (fls. 12/18). Cada uma das infrações, repitase, possui embasamento legal próprio, correspondendo a fatos diferentes previstos nas respectivas hipóteses de incidência. Portanto, não há falar em cumulação de penalidades. Melhor sorte não favorece à ilação de que não teria havido prejuízo ao Erário, pois a infração guerreada tem natureza meramente formal, independe do resultado efetivamente ocorrido, da vantagem obtida, da eventual falta de recolhimento de tributo ou da extensão da lesão ao Fisco. Como lembrado pela decisão de primeira instância, também não cogitou o Iegislador sobre o elemento volitivo subjacente à conduta, tal como estabelecido no art. 136 do Código Tributário Nacional: Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária Fl. 207DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 29/07/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 30/07/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO 6 independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Destarte, a investigação, seja de antecedente elemento volitivo, seja de prejuízo verificável, tornase irrelevante tanto para a tipificação da infração como para eventual afastamento da penalidade aplicada. Constatada a conduta em desconformidade com o disposto na legislação, cabe ao Fisco, mediante atuação vinculada, constituir o respectivo crédito tributário. Ante o exposto, voto no sentido de ACOLHER OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, sem efeitos modificativos, para suprir as omissões constatadas no acórdão de recurso voluntário. Ronnie Soares Anderson. Fl. 208DF CARF MF Impresso em 11/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/07/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 29/07/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 30/07/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO
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Numero do processo: 10735.722090/2013-85
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 20 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Oct 04 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2010
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. RECURSO VOLUNTÁRIO. REQUISITOS ESSENCIAIS. NÃO CONHECIMENTO.
Não se conhece de recuso voluntário sem o preenchimento dos requisitos essenciais para a sua validade, com a exposição dos motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e o pedido, mas tão somente com a apresentação de documentos.
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 2401-004.507
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, não conhecer do recurso, nos termos do voto da relatora. Vencido o conselheiro Carlos Alexandre Tortato.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente
(assinado digitalmente)
Andréa Viana Arrais Egypto - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Cleberson Alex Friess, Marcio Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, Carlos Alexandre Tortato e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2010 NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. RECURSO VOLUNTÁRIO. REQUISITOS ESSENCIAIS. NÃO CONHECIMENTO. Não se conhece de recuso voluntário sem o preenchimento dos requisitos essenciais para a sua validade, com a exposição dos motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e o pedido, mas tão somente com a apresentação de documentos. Recurso Voluntário Não Conhecido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, não conhecer do recurso, nos termos do voto da relatora. Vencido o conselheiro Carlos Alexandre Tortato. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente (assinado digitalmente) Andréa Viana Arrais Egypto - Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Cleberson Alex Friess, Marcio Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, Carlos Alexandre Tortato e Rayd Santana Ferreira.
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RECURSO VOLUNTÁRIO. REQUISITOS ESSENCIAIS. NÃO CONHECIMENTO. Não se conhece de recuso voluntário sem o preenchimento dos requisitos essenciais para a sua validade, com a exposição dos motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e o pedido, mas tão somente com a apresentação de documentos. Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 5. 72 20 90 /2 01 3- 85 Fl. 73DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 03/1 0/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI 2 Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, não conhecer do recurso, nos termos do voto da relatora. Vencido o conselheiro Carlos Alexandre Tortato. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente (assinado digitalmente) Andréa Viana Arrais Egypto Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Maria Cleci Coti Martins, Cleberson Alex Friess, Marcio Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, Carlos Alexandre Tortato e Rayd Santana Ferreira. Fl. 74DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 03/1 0/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 10735.722090/201385 Acórdão n.º 2401004.507 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto em face da decisão da 20ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento no Rio de Janeiro (DRJ/RJ1), que no Acórdão nº 1268.302 (fls. 39/42), julgou parcialmente procedente a impugnação, mantendo a aplicação da regra geral do art. 12, da Lei nº 7.713/88, com incidência do imposto no mês do recebimento do crédito sobre o total do rendimento, pelo fato do Contribuinte não ter feito a opção pela tributação na forma do art. 12A, do mesmo diploma legal, diminuídos os valores das despesas de honorários advocatícios com a ação judicial. Calculou a omissão de R$ 13.410,25 e manteve o imposto suplementar no valor parcial de R$ 3.687,81. O Presente processo teve sua origem na Notificação de Imposto sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF (fls. 27/30), lavrada em face de ALMIR DA SILVA GUERRA, em procedimento de revisão da declaração de ajuste anual do exercício 2011, anocalendário 2010, exigindo do Contribuinte o Crédito Tributário de R$ 32.839,87, abrangendo: 1. Imposto de Renda Pessoa Física – Suplementar (Cód. 2904) de R$ 16.875,58; 2. Multa de Ofício de R$ 12.656,68; 3. Juros de Mora de R$ 3.307,61. De acordo com as Descrições dos Fatos e Enquadramento Legal (fl. 28), da análise das informações e documentos, constatouse que o Contribuinte declarou valor menor do que o informado pela DIRF relativo ao montante de Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA) em virtude de processo judicial trabalhista, omitindo o montante de R$ 61.365,77. Em 13/06/2013 o Contribuinte tomou ciência do lançamento (fl. 15) e, em 28/06/2013, tempestivamente, apresentou impugnação (fls. 02/03), instruída com os anexos de fls. 04 a 12. Em sua impugnação alega que os rendimentos declarados estavam de acordo com a planilha constante do Recibo de Prestação de Contas e Quitação de Obrigações fornecido pelo escritório de advocacia (fl.04), onde estava discriminado o valor de R$ 47.955,52 de honorários advocatícios, R$ 5.994,44 do Perito Contábil e R$ 7.415,80 de IRRF. Afirma ter recebido em 29/03/2010, através de depósito em sua conta corrente do Banco do Brasil, o valor líquido de R$ 185.827,65 (fl. 06). Por fim, solicita prioridade no julgamento de sua impugnação com base no art. 71, da Lei nº 10.471/2003 (Estatuto do Idoso). Encaminhado o processo para apreciação e julgamento, a 20ª Turma da DRJ/RJ1 julgou procedente em parte a impugnação do contribuinte, sendo este notificado do Acórdão de nº 1268.302 em 11/12/2014 (fl. 47). Em 22/12/2014, dentro do prazo para a Fl. 75DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 03/1 0/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI 4 apresentação do Recurso Voluntário, fez a juntada apenas de documentos (fls. 50/68), sem formular nenhum pedido. É o relatório. Fl. 76DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 03/1 0/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI Processo nº 10735.722090/201385 Acórdão n.º 2401004.507 S2C4T1 Fl. 4 5 Voto Conselheira Andréa Viana Arrais Egypto Relatora Juízo de admissibilidade O contribuinte foi cientificado do teor do Acórdão em 11/12/2014, por via postal e, em 22/12/2014, apresentou tão somente os documentos de fls. 50/68, sem expor razões recursais objetivando contestar a decisão administrativa proferida pela Delegacia de Julgamento que julgou sua impugnação parcialmente procedente. Nos termos estabelecidos pelos artigos 33 e 42 do Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972, da decisão de primeira instância caberá recurso voluntário no prazo de trinta dias, sendo definitivas as decisões quando não tenha sido interposto o recurso no prazo legal: Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. Art. 35. O recurso, mesmo perempto, será encaminhado ao órgão de segunda instância, que julgará a perempção. Art. 42. São definitivas as decisões: I de primeira instância esgotado o prazo para recurso voluntário sem que este tenha sido interposto; É cediço que a apresentação do Recurso Voluntário com os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir (Art. 16, III do Decreto 70.235/72), se faz necessária para a apreciação deste Órgão de Julgamento. O Regimento Interno do CARF assim estabelece: Art. 1º O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), órgão colegiado, paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, tem por finalidade julgar recursos de ofício e voluntário de decisão de 1ª (primeira) instância, bem como os recursos de natureza especial, que versem sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Como se verifica no caso concreto, não foram preenchidos os requisitos essenciais para a validade do recurso voluntário. O contribuinte apenas anexou vários documentos sem apresentar suas razões recursais, com expressa delimitação da matéria recorrida e formulação de pedido. Assim, não há recurso a ser conhecido. Fl. 77DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 03/1 0/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI 6 Conclusão Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do recurso, mantendose a decisão de primeira instância. (assinado digitalmente) Andréa Viana Arrais Egypto. Fl. 78DF CARF MF Impresso em 04/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/10/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 03/1 0/2016 por ANDREA VIANA ARRAIS EGYPTO, Assinado digitalmente em 04/10/2016 por MIRIAM DENISE XAVIER LAZARINI
score : 1.0
Numero do processo: 10630.000421/2004-18
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 05 00:00:00 UTC 2009
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA- IRPF
Exercício: 2002, 2003
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. DESPESAS MÉDICAS GLOSADAS.
As informações do próprio acusado foram valiosas, precisas e verdadeiras em relação à falsidade das despesas médicas que reduziram o montante tributável apurado em sua Declaração de Ajuste Anual.
MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. AUSÊNCIA DE DOLO.
Deve ser desqualificada a multa de oficio quando comprovado, pelos elementos de prova utilizados pela própria acusação fiscal, que o sujeito passivo não agiu com dolo.
Recurso parcialmente provido.
Numero da decisão: 3301-000.036
Decisão: ACORDAM os Membros da Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara
da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, DAR parcial provimento ao recurso, para desqualificar a multa, nos termos do voto do Relator.
Matéria: IRPF- ação fiscal - outros assuntos (ex.: glosas diversas)
Nome do relator: José Raimundo Tosta Santos
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA- IRPF Exercício: 2002, 2003 RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. DESPESAS MÉDICAS GLOSADAS. As informações do próprio acusado foram valiosas, precisas e verdadeiras em relação à falsidade das despesas médicas que reduziram o montante tributável apurado em sua Declaração de Ajuste Anual. MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. AUSÊNCIA DE DOLO. Deve ser desqualificada a multa de oficio quando comprovado, pelos elementos de prova utilizados pela própria acusação fiscal, que o sujeito passivo não agiu com dolo. Recurso parcialmente provido.
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MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO 10630.000421/2004-18 143.376 Voluntário 3301-00036 - 3a Câmara / fS Turma Ordinária 05 de março de 2009 IRP.F OCTA VIO DE ALMEIDA NEVES 1a TURMA/DRJ JUIZ DE FORA/MG ASSUNTO:IMPOSTOSOBREARENDADEPESSOAFÍSICA- IRPF ExerCÍcio: 2002, 2003 RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS. DESPESAS MÉDICAS GLOSADAS. As informações do próprio acusado foram valiosas, precisas e verdadeiras em .relação à falsidade das despesas médicas que reduziram o montante tributável apurado em sua Declaração de Ajuste Anual. MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. AUSÊNCIA DE DOLO. Deve ser desqualificada a multa de oficio quando comprovado, pelos elementos de prova utilizados pela própria acusação fiscal, que o sujeito passivo não agiu com dolo. Recurso parcialmente provido. ACORDAM os Membros da Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, DAR parcial provimento ao recurso, para desqualifi áF a multa, nos termos do voto do Relator. fi i JtJ PESSOA MONTEIRO - Presidente I ..•. STA SANTOS - Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Silvana Mancini Karan, Alexandre Naoki Nishioka, Eduardo Tadeu Farah, Vanessa Pereira Rodrigues Domene, Núbia Matos Moura e Moisés Giacomelli Nunes da Silva. Relatório o recurso voluntário em exame pretende a reforma do Acórdão DRJ/JF A nO 7.714, de 13/06/2004 (fls. 178/187), que, por unanimidade de votos, julgou procedente o Auto de Infração às fls. 02/11. Por bem circunstanciar os fatos, transcrevo a seguir o relatório da Decisão a quo: Para aCT ÁVIa DE ALMEIDA NEVES, já qualificado nos autos, foi lavrado, em 11/5/2004, o Auto de Infração de fls. 2/11, que lhe exige o recolhimento do crédito tributário no valor total de R$S4.217,72 (cinqüenta e quatro mil, duzentos e dezessete reais e setenta e dois centavos), sendo R$19.075,76 de imposto sobre a renda de pessoa fisica, R$6.720,70 de juros de mora, calculados até abri1l2004,e R$28.42l,26 de multa proporcional, passível de redução. Decorreu o citado lançamento de fiscalização levada a efeito junto ao contribuinte, quando foram glosadas deduções de despesas médicas que discrimina, referentes ao EF 2002 e 2003, AC 2001 e 2002, e deduções de despesas com instrução que discrimina, referentes ao mesmo período. Tudo conforme Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal, a fl 4, e Relatório Fiscal, a fls. 12/17. Do precitado Relatório Fiscal, oportuno transcrever o que se segue: "4. A restituição de imposto de renda apurada no ano-calendário de 2001, R$11. 714, 74, foi resgatada pelo contribuinte em 15/8/2002, na agência 0166 do Banco do Brasil, que acrescida da correção Selic, resultou em R$12.333,27, conforme documento defls. 105. Já o valor a restituir apurado no ano de 2002 não foi pago porque sua declaração ficou retida em malha para comprovação de despesas médicas. 6.... 0 investigado, conforme Termo de Esclarecimentos, reconhece como não verdadeiros os documentos, bem como desconhece a existência de pagamento aos supostos beneficiários, relacionados nos quadros seguintes, os quais foram utilizados para reduzir a base de cálculo do imposto de renda e,por conseguinte, diminuir o imposto a pagar ou aumentar o valor de sua restituição, nos anos-calendário de 2001 e 2002. A seguir, a autoridade autuante relaciona os valores das despesas médicas glosadas, e os beneficiários que teriam recebido ospagamentos, informados nas respectivas DIRPFs. (acrescentei) 7. Ainda segundo o investigado, suas declarações de imposto de renda relativas ao período de 2001 e 2002 foram confeccionadas e transmitidas pela internet pelo Sr. MUdo Dias e que nunca soube que aqueles documentos, os quais reconhece como não verdadeiros, constavam lançados em suas DIRPF, do que só veio tomar conhecimento depois de iniciado oprocedimento fiscal. 9. Em 22 de março, ofiscalizado, em atendimento ao Termo de Início de Ação Fiscal, apresentou os documentos de fls. 25/26, entre os quais, no entanto, não estavam os relativos aos valores .relacionados nos quadro do item 6 acima, reconhecidos pelo investigado como não verdadeiros. " . . . 2 , .. . Processo nO i0630.000421/2004-1 8 Acórdão n.o 3301-00036 S3-C3T1 FI. 2 11. Em 23 de março de 2002, o Sr. Mildo Dias, a'quem ofiscalizado imputa a responsabilidade por ter providenciado os documentos tidos como não verdadeiros e os lançado em suas declarações de imposto de renda, além de afirmar que nunca disse ao fiscalizado que havia utilizado recibos e despesas fictícias nas suas decla.rações, revela no Termo de Esclarecimentos dejls. 22/24 ter comprado R$46.000,00 em recibos falsos (cópias asjls. 57/59 e 61/63), pelos quais disse ter pago R$l. 640, 00, correspondente a um percentual entre 3% e 5% do valor dos r.ecibos comprados e utilizados na DIRPF/2003. Também disse ter conseguido, graciosamente junto a Fabiano Nu:nes Rocha e Stella Nunes Rocha mais R$9. 000, 00 em recibos (fls. 58 e 60), também utilizados na DIRPF/2003. Com relação ao ano-calendário 2001, afirmou ter comprado de Clóves de Souza Drumond recibos no valor de R$l 0.000, 00, pelos quais pagou 3% do valor, e disse que R$43.170,00, conforme consta do Termo de Esclarecimentos (Complemento), dejls. 24, foram inventados por uma ex-funcionária do seu escritório. 12. Não cabe à fiscalização fa~er juízo de valor de quem quer que seja, mas no caso dos esclarecimentos do Sr. Mildo há um jlagrante descompasso de razoabilidade. Ora, se ele, Mildo, conforme Termo de Esclarecimentos de jls. 22/24, disse ter cobrado do fiscalizado R$200,00 por declaração, como aceitar por razoável que ele tenha pago, inclusive em prestações, R$1.640, 00 na compra de recibos utilizados na DIRPF/2003? 20. As infrações tributárias, via de regra, são penalizadas com a multa de oficio básica de 75%, exceto se verificada a situação descrita no item II do art. 44 da Lei nO 9.430/96, matriz legal do art. 957 do RIR/99 (Decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999), ou seja, evidente intuito de fraude, definido nos arts. 71, 72 e 73 da Lei n° 4.502 de 1964 que qualifica a multa aplicável para 150%. 23. Dada a ocorrênc\ ia de infrações que, em tese, configuram crime contra a ordem tributária, definido na Lei 8.137/90, cumprindo determinação legal, através do processo administrativo n° 10630.000422/2004-54, formalizei a competente Representação Fiscal para Fins Penais. Os autos do precitado Processo Administrativo de nO 10630.000422/2004-54 estão apensados ao presente, e como se vê, a fl. 04, daquele, foram incluídos como responsáveis todos os envolvidos: o autuado, o contador e os profissionais que forneceram os recibos. O contribuinte apresenta a impugnação de fls. 112/161, instruída com os elementos de fls. 162/175, na qual afirma, em síntese e entre outros aspectos, que: - suas Declarações de IRPF, a partir de 2002, foram feitas pelo contabilista Milton Dias, pessoa de sua confiança, e assim "louvava-se em confiança, nas informações verbais que lhe eram passadas pelo contador sobre imposto a pagar ou a receber ..."; -em razão de significativos valores de seus rendimentos e valores retidos na fonte, não suspeitou que nas DIRPF, objetos do presente AI, fossem descabidas restituições de pouco mais de onze mil reais; • por negligência involuntária motivada pela confiança, viu-se envolvido em ação fiscal, instado' a justificar gastos inclusive com cirurgia, cardíaca" atendimentos ôdotÍtológicos e 'iisioterapêutico's que' nunca fez; - afirma, ainda, que nunca tomou conhecimento que tais despesas foram lançadas em seu favor pelo contador, nunca ouviu falar das pessoas emitentes dos recibos, nunca 4-- 3 autorizou fossem adotados quaisquer expedientes para maquiar a verdade de suas declarações de ajustes anuais de Imposto de Renda, nunca quis deixar de pagar os impostos que deve, nunca quis submeter-se ao vexame de ver-se sob suspeita de sonegação e de fraude e nunca deixou de ser honesto e honrado; acatou como corretos os valores de restituições que lhe foram informados em razão da confiança na pessoa de seu contador, tido como probo; sempre pagou ao contador o preço equivalente a cinco salários mínimos pelas respectivas declarações; - pede a. interpretação justa dos fatos, sob ótica ampla e justa, que é indispensável para fazer ~erta a não incidência de multa sobre os tributos que forem devidos e que quer pagar quando devidamente apurados; - não praticou fraude e nem usou de artificio ou quis reduzir o montante do imposto de renda devido, e isto está patenteado em todas as declarações colhidas no procedimento fiscal; . - a multa de 150% é inconstitucional, por configurar confisco, referindo-se à ADIN 551, DOU 14/2/2003, na qual o srF julgou procedente ação contra a Assembléia Legislativa/RJ ; -não pode prosperar o Auto de Infração, posto que ausente oportunidade de defesa na apuração, fazendo com que não pudesse trazer à colação fatos e direitos seus que por certo teriam sido levados em consideração pelos senhores Auditores Fiscais: teve valores retidos na fonte a título de imposto de renda, desde janeiro de 1998 até maio de 2002 sobre verbas e ganhos não tributáveis, conforme os argumentos que expõe, razão pela qual solicita que tais valores sejam levados em consideração, a qualquer título, inclusive de compensação imediata ou futura. Ao fim, transcreve matéria do Júris Millenium nO31 acerca de Ética e Direito Tributário. o Órgão julgador de primeiro grau, ao analisar as questões suscitadas pelo impugnante, manteve integralmente a exigência tributária em exame, .resumindo seu entendimento na seguinte ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF MULTA DE OFÍCIO. INTUITO DE FRAUDE. Será aplicada a multa de cento e cinqüenta por cento, nos casos de evidente intuito defraude, definido nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nO4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis, calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição. Lançamento Procedente 4 Processo nO 10630.000421/2004-18 Acórdão n.o 3301-00036 S3-C3T1 F1.3 Em sua peça recursal, o recorrente repisa as mesmas questões suscitadas perante o Órgão julgador de piso: • falta de oportunidade de defesa; • ausência de apuração de créditos em seu favor, por ter tido retenção na fonte e inclusão como rendimentos tributáveis valores correspondentes às verbas de ajuda de custo, de equivalência salarial e de representação, que não deveriam ser tributadas por força da Resolução 245/2002 do STF; • descabimento de multa: seja pela inexistência de imposto a pagar, quando considerados os seus créditos de verbas que indevidamente sofreram retenção na fonte; nulidade do lançamento por falta de justa causa - a inexistência de crédito em favor do fisco; ou ainda por não ter cabimento a aplicação da multa de 150%, por ser confiscatória e em razão da ausência de prova da fraude ou do dolo do contribuinte . • por fim, o recorrente requer seja acolhida a revisão nas declarações de ajuste anual do IRPF de 2001 e 2002, para apuração de imposto a pagar ou a restituir em razão das retenções na fonte indevidas; requer a suspensão da exigibilidade à ação fiscal em tela; requer sejam os documentos relativos às parcelas não incidentes sejam requisitadas ao órgão pagador e que a matéria transcrita do Júris Síntese Millennium nO31 seja parte integrante da petição de recurso. Nos termos da Resolução de nO102-02.254 (fls. 291/298), o julgamento foi convertido em diligência, sendo juntado aos autos os documentos às fls. 301/318. O Relatório de Diligência (fls. 320 e verso) foi cientificado ao sujeito passivo, que se manifestou às fls. 327/332, e juntou os documentos às fls. 333/346. Arrolamento de bens às fls. 204/205. Processo de Representação Fiscal para Fins Penais de nO10630.000422/2004- 54 em anexo. É o Relatório. Voto Conselheiro JOSÉ RAIMUNDO TOSTA SANTOS, Relator O recurso é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade. O contencioso administrativo se repórta à infração fiscal imputada ao sujeito passivo e às provas que lhe dão suporte. A fiscalização tributária tem por objetivo verificar o cumprimento da legislação fiscal, inclusive com a intimação de terceiros para prestar informações sobre os fatos que pretende esclarecer, o que se reflete no teor dos dispositivos legais que conferem tal poder aos órgãos do Fisco, consolidados nos artigos 927 e 928 do Decreto nO3000, de 1999 - RIR/1999. , ' . , . Na fase investigatória, a fiscalização deve buscar os esclarecimentos que entender serem necessários à condução do seu trabalho, juntando aos autos os elementos de ~5 prova necessários à formulação da acusação fiscal. Se estes são insuficientes para comprovar o .fato jurídico tributário indicado no lançamento, caberá ao Órgão julgador se manifestar nesse sentido, e não declarar a nulidade do lançamento, por desobediência aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, inexistente na fase investigativa. Sem auto de infração não há que se falar em processo administrativo, pois o lançamento tributário é o ato administrativo que concretiza a aplicação da norma geral e abstrata, impondo ao sujeito passivo uma relação jurídica inexistente até aquele momento. Não é outro o entendimento de James Marins, in Direito Processual Tributário Brasileiro (Administrativo e Judicial), São Paulo, Dialética, 2001, p. 180, que, ao dissertar sobre os princípios informativos do procedimento fiscal, reporta-se ao princípio da inquisitoriedade e diz do caráter inquisitório do procedimento administrativo que decorre da relativa liberdade que concedida à autoridade tributária em sua tarefa de fiscalização e apuração dos eventos de interesse tributário, e demarca a diferença entre o procedimento administrativo de lançamento e o processo administrativo tributário, dizendo ser o primeiro procedimento preparatório que pode vir a se tomar um processo, e releva a inquisitoriedade que preside o procedimento de lançamento, nos segUintestermos: Enquanto que a inquisitoriedade que preside o procedimento permite - dentro da lei - uma atuação mais célere e eficaz por parte da Administração, as garantias do processo enfeixam o atuar administrativo, criando para o contribuinte poderes de participação no iter dojulgamento (contraditório, ampla defesa, recursos...). Então, o procedimento fiscal é informado pelo princípio da inquisitoriedade no sentido de que os poderes legais investigatórios (princípio do dever de investigação) da autoridade administrativa devem ser suportados pelos particulares (princípio do dever de colaboração) que não atuam como parte, já que na etapa averiguatória sequer existe, tecnicamente, pretensão fiscal. As garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa estão preservadas quando o contribuinte é notificado do lançamento, e lhe é garantido o prazo de trinta dias para impugnar o feito (Decreto nO70.235, de1972, artigo 15), ocasião em que pode alegar as razões de fato e direito a seu favor e produzir provas do alegado, requerendo inclusive diligências e perícias. o recorrente não se insurge contra as glosas, mas afirma que incluiu em sua Declaração de Ajuste Anual as verbas de ajuda de custo, de equivalência salarial e de representação, que não deveriam ser tributadas por força da Resolução 245/2002 do STF. Como o procedimento de fiscalização parte das informações contidas nas Declarações de Ajuste Anual, apresentadas pelo contribuinte, as alterações efetuadas no lançamento repOrtam- se, tão-somente, à glosa de despesas médicas. Inexistindo norma l~gal atribuindo' isenção sobre as parcelas que o recorrente quer excluir da base tributável, conforme dispõe o artigo 97, inciso VI, do CTN, não há razão para a autoridade fiscal reclassificar rendimentos regularmente tributados, sobre os quais, inclusive, incidiu imposto de renda na fonte. Ressalte-se, por oportuno, que tal questão somente foi argüida pelo contribuinte após a ciência do lançamento, em sede de impugnação. Neste aspecto, diferentemente do que aduz o recorrente, foi afastada a aplicação da Resolução nO245/2002 do STF, no âmbito da magistratura do Estado de Minas Gerais, conforme Oficio DEARHU n° 741/2008 e documento às fls. 303/304, juntado aos autos 6 Processo nO 10630.000421/2004-18 Acórdão n.o 3301-00036 S3-C3T1 , FI. 4 em diligência requisitada por este Colegiado, nos termos da Resolução de nO102-02.254 (fls. 291/298). Os extratos da DIRF dos anos-calendário de 2001 e 2002, também fornecidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, inclusive das declarações retificadoras (fls. 307/319), indicam que os valores referentes a Octávio de Almeida Neves não foramobjeto da declaração retificadora, e são precisamente os mesmos valores informados pelo contribuinte em suas DIPF dos referidos anos (fls. 103 e 107), razão pela qual entendo que nenhuma alteração deve ser procedida nos rendimentos tributáveis declarados, considerados no lançamento em exame. Diante das informações fornecidas pelo TJ do Esta de Minas Gerais, claras e precisas, desnecessário saber, qual a razão da declaração retificadora, que podem se referir a qualquer pagamento que tenha havido retenção de fonte, mas que não se relacionam com informações do interesse deste processo. Também desnecessário questionar o referido Tribunal, mediante nova diligência, se existiu outro Processo de Comissão Administrativa, sobre o tema (o desfecho da matéria consta do Oficio assinado pelo Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça, datado de 03/07/2008 - fls. 303/304 - e não há fundamento para se pensar que alguma deliberação nova alterou pagamentos realizados há mais de cinco anos, sobre os quais repousa a decadência), ou a respeito dos valores mensais das parcelas que o recorrente pretende excluir dos rendimentos tributáveis, já que estes integraram a DIRF original e retificadora. Sobre a multa de oficio, entendo que os elementos de prova nos autos são .. amplamente favoráveis ao apelo do recorrente, no que tange à sua desqualificação. Com efeito, o Relatório de Procedimento Fiscal às fls. 13, quando trata dos fatos apurados, indica expressamente que o contribuinte, antes de decorrido o prazo estabelecido pelo Termo de Início de Fiscalização de fls. 18/19, compareceu à repartição fiscal e reconheceu como não-verdadeiras as despesas médicas indicadas no Termo de Esclarecimento às fls. 20/21, deduzidas nas DIPF dos anos-calendário de 2001 e 2002. Mais: afirmou desconhecer a inexistência desses pagamentos e dos supostos beneficiários, atribuindo ao Sr. Mildo Dias, técnico em contabilidade, a quem confiava a elaboração e transmissão via internet das declarações, a responsabilidade pela inclusão dos recibos inverídicos. Os acontecimentos seguintes encarregaram-se de confirmar as alegações do autuado. Vejamos. Conforme relatado pelo próprio fiscal, às fls. 22/24, çinco dias após as declarações do autuado, o Sr. Mildo Dias, compareceu à repartição para resolver assuntos de outros contribuintes, quando foi abordado pela autoridade fiscal para prestar esclarecimentos. No item 4 do Termo de Esclarecimento, o Sr. Mildo expressamente reconhece que os recibos falsos não lhes foram entregues pelo Sr. Octavio de Almeida Neves, e que este desconhecia 'que recibos falsos e despesas fictícias eram lançadas em sua DIPF, fornecendo todos os dados relevantes sobre a forma como operacionalizava a fraude. Da mesma forma,' a profissional de fisioterapia Stela Nunes Rocha, às fls. 100/101, confirmou não conhecer o autuado, nem ter tratado com este a respeito dos recibos médicos, relacionando a fraude à pessoa do Sr. Mildo Dias. Por oportuno, constata-se"que as despesas médicÇls,glosadas;no lançamento em tela (fl. 04), foram exatamente àquelas relacionadas pelo autuado às fls. 20/21, em face do seu comparecimento espontâneo à Seção de Fiscalização da DRF Governador Valadares/MG, o que evidencia, de fato, um comportamento probo. Se todos os contribuintes que estivessem ~7 L nesta situação agissem da mesma forma, a Administração Tributária (arrecadação e fiscalização) e a sociedade viveriam dias melhores. Nenhum documento ou recibo falso foi apresentado pelo autuado ao fisco, com o propósito de tentar comprovar as despesas indevidas, comportamento usual entre os contribuintes que fazem uso desta fraude. Não é preciso muito esforço para se perceber que as informações do próprio acusado foram valiosas, precisas e verdadeiras em relação à falsidade das despesas médicas deduzidas e seu respectivo montante, razão pela qual entendo que tal conduta afasta o elemento subjetivo do tipo, ou seja, a intenção de fraudar o fisco, sendo este mesmo vítima da sua negligência no cumprimento do dever de calcular o montante do tributo devido. A responsabilidade pelos dados das Declarações de Ajuste Anual entregues à Receita Federal é do declarante e nunca poderia ser diferente. Dispõe o artigo 136 do CTN que, salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Neste diapasão, entendo que cabe à aplicação da multa de oficio ao caso em exame, mas não em seu percentual majorado, que requer a comprovação do evidente intuito de fraude, situação que, conforme já analisado, não se confirmou. Confira-se o que dispõe o enquadramento legal indicado no Auto de Infração (artigo 44 da Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996), verbis: Art. 44. Nos casos de lançamento de oficio, serão aplicadas as seguintes multas, calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição: I - de setenta e cinco por cento, nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, pagamento ou recolhimento após o vencimento do prazo, sem o acréscimo de multa moratória, de falta de declaração e nos de declaração inexata, excetuada a hipótese do inciso seguinte; II - cento e cinqüenta por cento, nos casos de evidente intuito de fraude, definido nos arts. 71, 72, e 73 da Lei n° 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis. (grifei) Pela letra da lei, sempre que o lançamento do crédito tributário for realizado pelos Agentes do Fisco, há que ser exigida a multa de oficio no percentual de 75%, nos casos de falta de pagamento, falta de declaração, declaração inexata, ou de 150%, nos casos de evidente intuito de fraude, definido nos artigos 71, 72 e 73 da Lei n° 4.502, de 1964. Não é o caso, entretanto, de declarar-se a nulidade do lançamento, como requer o contribuinte, tendo em vista que a penalidade aplicada (acusação acessória) possui regramento específico, diverso da norma aplicada ao tributo relacionada à omissão de rendimento (acusação principal). Assim, pacífica a jurisprudência deste Conselho no sentido de que, verificado no caso concreto a inexistência de fundamento para a aplicação da multa de 150%, impõe-se a sua redução ao percentual básico de 75%, prevista no inciso I do mesmo artigo. Sobre possível violação da ordem constitucional, vale ressaltar que o lançamento é ato administrativo de aplicação da norma tributária ao caso concreto. Não ' caberia, portanto, à fiscalização se posicionar acerca da inconstitUcionalidade da lei que dispõe .sobre o percentual da multa de oficio (atitude que também é vedada ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Presume-se, inclusive, que os princípios constitucionais ~8 . -. Processo nO 10630.00042112004-18 Acórdão n.o 3301-00036 S3-C3T1 FI. 5 tributários e também os garantidores de direitos fundamentais encontrem na lei sua aplicação imediata. Antes de ser aprovada pelo Congresso Nacional o projeto de lei tramita por várias comissões que aquilatam sua constitucionalidade. Após essa fase, o presidente da República a sanciona. Ao poder _Judiciário, cumpre velar pela constitucionalidade das leis, através do controle a posteriori. Os Órgãos da administração não, podem deixar de aplicar as leis o-- aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo Presidente da República, ao qual estão 0_ vinculados pelo poder hierárquico. Desta forma, vedada à própria administração declarar a inconstitucionalidade de norma legal, conforme dispõe a Súmula nO02 do Primeiro Conselho de Contribuintes: Súmula ree n° 2: O Primeiro Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Não é outro o balizado pronunciamento do professor Hugo de Brito Machado (Temas de Direito Tributário, VoI. I, Editora Revista dos Tribunais: São Paulo, 1994, p. 134) sobre a matéria: (..) Não pode a autoridade administrativa deixar de aplicar uma lei ante o argumento de ser ela inconstitucional. Se não cumpri-la sujeita-se à pena de responsabilidade, artigo 142, parágrafo único, do CTN. Há o inconformado de provocar o Judiciário, ou pedir a repetição do indébito, tratando-se de inconstitucionalidadejá declarada. Ressalte-se, por fim, que as intimações, no processo administrativo fiscal, devem ser feitas em nome do sujeito passivo e dirigidas ao domicílio eleito por este, consoante dispõe o artigo 23 do Decreto nO70.235, de 1972. Em face ao exposto, rejeito as preliminares argüidas, e, no mérito, dou provimento parcial ao recurso, para excluir da base de cálculo dos anos calendários de 2001 e 2002. TA SANTOS 9 00000001 00000002 00000003 00000004 00000005 00000006 00000007 00000008 00000009
score : 1.0
Numero do processo: 10680.008632/2003-14
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jul 30 00:00:00 UTC 2009
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica — IRPJ e Outro
Ano-calendário. 1999 a 2000
IRRE COMPETÊNCIA RATIONE MATERLAE. A Primeira Seção do
CARF é competente para apreciar recursos relativos ao IRRF quando este se tratar de antecipação de IRPJ (CARF, Regimento Interno, Anexo II, att. 2°, III).
Numero da decisão: 1302-000.030
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, declinar competência em favor de uma das turmas da 2ª Seção do CARF , nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Matéria: IRF- ação fiscal - outros
Nome do relator: Irineu Biachi
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Numero do processo: 10735.002689/00-12
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 16 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Mon Sep 05 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 1997
DESPESAS DE LIVRO-CAIXA COMPROVADAS NO CURSO DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-FISCAL. DEDUÇÃO.
As despesas de Livro-Caixa devidamente comprovadas e admitidas pela fiscalização, no decorrer do contencioso administrativo fiscal, devem ser consideradas na apuração do imposto devido.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 2402-005.445
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso para dar-lhe provimento parcial, para fins de que o imposto de renda de pessoa física devido no ano-calendário 1997 seja recalculado levando-se em conta a dedução de despesas de Livro-Caixa no montante de R$ 14.135,34.
(Assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente
(Assinado digitalmente)
Ronnie Soares Anderson - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felicia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci.
Nome do relator: RONNIE SOARES ANDERSON
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 1997 DESPESAS DE LIVRO-CAIXA COMPROVADAS NO CURSO DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-FISCAL. DEDUÇÃO. As despesas de Livro-Caixa devidamente comprovadas e admitidas pela fiscalização, no decorrer do contencioso administrativo fiscal, devem ser consideradas na apuração do imposto devido. Recurso Voluntário Provido em Parte.
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DEDUÇÃO. As despesas de LivroCaixa devidamente comprovadas e admitidas pela fiscalização, no decorrer do contencioso administrativo fiscal, devem ser consideradas na apuração do imposto devido. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 73 5. 00 26 89 /0 0- 12 Fl. 194DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/08/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 26/08/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 03/09/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso para darlhe provimento parcial, para fins de que o imposto de renda de pessoa física devido no anocalendário 1997 seja recalculado levandose em conta a dedução de despesas de LivroCaixa no montante de R$ 14.135,34. (Assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente (Assinado digitalmente) Ronnie Soares Anderson Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, Bianca Felicia Rothschild e João Victor Ribeiro Aldinucci. Fl. 195DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/08/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 26/08/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 03/09/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO Processo nº 10735.002689/0012 Acórdão n.º 2402005.445 S2C4T2 Fl. 1.817 3 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto contra acórdão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Rio de Janeiro II (RJ) DRJ/RJ2, que julgou procedente Auto de Infração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), exigindo crédito tributário no valor total de R$ 12.733,47 relativo ao anocalendário 1997. O lançamento de fls. 5/10 deuse em virtude da constatação das infrações de omissão de rendimentos recebidos das fontes pagadoras Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, Bradesco Seguros S/A., Golden Cross Assistência Internacional de Saúde e Mediservice Administradora de Plano de Saúde Ltda. Em sua impugnação (fl. 1), o contribuinte afirmou que as irregularidades constatadas se devem ao fato de por motivos de doença em família esteve impossibilitado de preencher a declaração delegando tal tarefa a pessoa desabilitada, e que não foram declaradas as despesas de LivroCaixa relativas ao consultório médico. Mantida a exigência pela instância de primeiro grau (fls. 57/59), foi interposto recurso voluntário em 8/9/2005 (fls. 63/135), afirmandose ter sido demandado à DRJ a apresentação do LivroCaixa, e carreando o que qualifica como documentos comprobatórios desse livro. Mediante a Resolução nº 10601.445, datada de 8/11/2007 (fls. 177/181), a Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuinte determinou a conversão do julgamento em diligência, para que a autoridade emitisse relatório conclusivo sobre as despesas de livro caixa juntadas aos autos. A Delegacia de origem emitiu informação fiscal acatando despesas de Livro Caixa no montante de R$ 14.135,34, resultado do qual foi intimado o contribuinte, que não se manifestou no prazo legal (fls. 186/193). É o relatório. Fl. 196DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/08/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 26/08/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 03/09/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO 4 Voto Conselheiro Ronnie Soares Anderson Relator O recurso já foi conhecido pelo CARF, portanto cabe passar de plano à sua análise. Compulsando os autos, vêse que a autoridade fiscal admitiu fazer o autuado jus à dedução de despesas de LivroCaixa no valor R$ 14.135,34 (fl. 186), quantia bem próxima à postulada, R$ 15.764,22. O contribuinte, por seu turno, quedou silente quando cientificado acerca da conclusão da diligência. Assim sendo, deve a fiscalização refazer o demonstrativo de cálculo do imposto devido, considerando a dedução das despesas de LivroCaixa de R$ 14.135,34, incontroversamente estabelecidas no presente contencioso. Ante o exposto, voto no sentido de conhecer e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso voluntário, para fins de que a imposto de renda pessoa física devido no anocalendário 1997 seja recalculado considerada a dedução de despesas de Livro Caixa no montante de R$ 14.135,34. (Assinado digitalmente) Ronnie Soares Anderson. Fl. 197DF CARF MF Impresso em 05/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/08/2016 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 26/08/20 16 por RONNIE SOARES ANDERSON, Assinado digitalmente em 03/09/2016 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO
score : 1.0
Numero do processo: 15586.002464/2008-50
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 12 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Wed Aug 31 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Período de apuração: 01/12/2001 a 31/10/2007
CORRELAÇÃO ENTRE PROCESSOS DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. AUSÊNCIA.
A nulidade por vício formal de processo de obrigação principal não será reproduzida no processo de obrigação acessória cujo auto de infração foi regularmente lavrado.
Embargos Rejeitados.
Numero da decisão: 2301-004.767
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, por unanimidade de votos, conhecer dos embargos e os rejeitar, nos termos do voto do relator. Fez sustentação oral o Dr. Tiago Conde Teixeira, OAB/DF 24.259.
João Bellini Junior - Presidente
Julio Cesar Vieira Gomes - Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: JOAO BELLINI JUNIOR, ALICE GRECCHI, AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, FABIO PIOVESAN BOZZA, ANDREA BROSE ADOLFO, GISA BARBOSA GAMBOGI NEVES, JULIO CESAR VIEIRA GOMES e MARCELA BRASIL DE ARAUJO NOGUEIRA.
Nome do relator: JULIO CESAR VIEIRA GOMES
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ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Período de apuração: 01/12/2001 a 31/10/2007 CORRELAÇÃO ENTRE PROCESSOS DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. AUSÊNCIA. A nulidade por vício formal de processo de obrigação principal não será reproduzida no processo de obrigação acessória cujo auto de infração foi regularmente lavrado. Embargos Rejeitados.
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AUSÊNCIA. A nulidade por vício formal de processo de obrigação principal não será reproduzida no processo de obrigação acessória cujo auto de infração foi regularmente lavrado. Embargos Rejeitados. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 58 6. 00 24 64 /2 00 8- 50 Fl. 788DF CARF MF Impresso em 31/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 24/08/ 2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 30/08/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, por unanimidade de votos, conhecer dos embargos e os rejeitar, nos termos do voto do relator. Fez sustentação oral o Dr. Tiago Conde Teixeira, OAB/DF 24.259. João Bellini Junior Presidente Julio Cesar Vieira Gomes Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: JOAO BELLINI JUNIOR, ALICE GRECCHI, AMILCAR BARCA TEIXEIRA JUNIOR, FABIO PIOVESAN BOZZA, ANDREA BROSE ADOLFO, GISA BARBOSA GAMBOGI NEVES, JULIO CESAR VIEIRA GOMES e MARCELA BRASIL DE ARAUJO NOGUEIRA. Fl. 789DF CARF MF Impresso em 31/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 24/08/ 2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 30/08/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR Processo nº 15586.002464/200850 Acórdão n.º 2301004.767 S2C3T1 Fl. 786 3 Relatório Tratamse de embargos opostos com fundamento no artigo 65 do Regimento Interno deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 09/06/2015. Segue parte da ementa no acórdão embargado: EXIBIÇÃO DE LIVROS OU DOCUMENTOS. OBRIGAÇÃO AFETA A TODOS OS CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DESCUMPRIMENTO. INFRAÇÃO. Apresentar documentos e livros relacionados com a previdência social é obrigação que afeta a todos os contribuintes da previdência social. Por isto, configura infração ao artigo 33, §§ 2 e 3, da Lei 8.212/91, deixar a empresa de exibir à Auditoria Fiscal da Receita Federal do Brasil tais livros e documentos. Entende o embargante que teria havido omissão. O acórdão embargado não teria enfrentado a alegação de conexão entre o presente processo de obrigação acessória e o processo de obrigação principal. A autuação por falta de apresentação de documentos teria motivado o arbitramento de contribuições previdenciárias, cujo lançamento fora declarado nulo pela decisão de primeira instância e, assim, também seria nula a autuação sob exame: Assim, a suposta não entrega dos documentos acima listados teria impedido que a fiscalização verificasse o recolhimento das contribuições sociais sobre os valores gastos com os serviços prestados mediante cessão de mãodeobra e, por essa razão, lavrou um outro auto de infração, o AI 37.178.0322. Pela suposta não entrega, também lavrou a presente multa! Para além disso, lavrou o auto de infração da obrigação principal, arbitrando o valor supostamente não recolhido. ... A decisão embargada não menciona a autuação de origem, AI Nº 37.178.0322, que acarretou a lavratura da presente obrigação assessória. E a menção à autuação principal é extremamente relevante, pois FOI INTEGRALMENTE CANCELADA PELA DRJ, em 2011. Eis o conteúdo da decisão proferida pela DRJ, cujo inteiro teor segue em anexo (doc. 02): “Acordam os membros da Turma de Julgamento, por unanimidade de votos, considerar, nos termos do inteiro teor desta decisão, em dar provimento à impugnação, cancelando o crédito tributário, no valor original de R$ 51.056.011,29. A Presidente substituta da Turma de Julgamento, considerando o disposto no artigo 10 da Portaria MF n° 03, de 03 de janeiro de 2008, DOU de 07/01/2008, resolve interpor Recurso de Ofício ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF". Acórdão 1243.112 – 12” ... Fl. 790DF CARF MF Impresso em 31/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 24/08/ 2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 30/08/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 4 Ora, é certo que a obrigação acessória tem existência independente da obrigação principal, mas se – em processo administrativo anterior – restou demonstrado que todo procedimento de fiscalização estava maculado, não há sentido em manter a existência por ausência de cumprimento de obrigação acessória. A empresa deixou os documentos à inteira disposição da Fiscalização, tanto que os apresentou posteriormente e a autuação foi cancelada. Em despacho, o Senhor Presidente da turma entendeu presentes os pressupostos para conhecimento dos embargos. É o Relatório. Fl. 791DF CARF MF Impresso em 31/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 24/08/ 2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 30/08/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR Processo nº 15586.002464/200850 Acórdão n.º 2301004.767 S2C3T1 Fl. 787 5 Voto Conselheiro Julio Cesar Vieira Gomes, Relator Comprovada a tempestividade, conheço dos embargos e passo ao exame. De fato, o acórdão embargado não enfrentou a aplicação no presente processo de obrigação acessória da mesma decisão proferida no processo de obrigação principal. Verifico que no caso a obrigação acessória descumprida foi a recusa em apresentar livros ou documentos de interesse da fiscalização: EXIBIÇÃO DE LIVROS OU DOCUMENTOS. OBRIGAÇÃO AFETA A TODOS OS CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DESCUMPRIMENTO. INFRAÇÃO. Apresentar documentos e livros relacionados com a previdência social é obrigação que afeta a todos os contribuintes da previdência social. Por isto, configura infração ao artigo 33, §§ 2 e 3, da Lei 8.212/91, deixar a empresa de exibir à Auditoria Fiscal da Receita Federal do Brasil tais livros e documentos. O processo de obrigação principal indicado foi o nº 15586.002463/200813. No caso, a fiscalização realizou lançamento tributário por arbitramento sobre serviços sujeitos à retenção na cessão de mão de obra. O fundamento para o arbitramento foi a falta de apresentação de documentos para a verificação das características dos serviços prestados por terceiros. O que ensejou o auto de infração por descumprimento de obrigação acessória, examinado pelo acórdão embargado. Observada a decisão proferida no processo de obrigação principal nº 15586.002463/200813, constato que se declarou nulidade por vício formal, não teria sido indicado o dispositivo legal para o arbitramento, fls. 759. Como se depreende da análise, o vício formal não contamina o presente processo de obrigação acessória. A correlação entre os processos de obrigação principal e obrigação acessória não implica uma interdependência absoluta, mas apenas relativa às características que lhes sejam comuns, sobretudo questões fáticas e fundamentos jurídicos. No presente caso nenhuma característica coincide. O vício não esta presente neste auto de infração por descumprimento de obrigação acessória. Nele não há arbitramento que possa ensejar uma análise da presença ou não dos fundamentos que o justifique. Assim, voto por conhecer dos embargos para rejeitálos. É como voto. Julio Cesar Vieira Gomes Fl. 792DF CARF MF Impresso em 31/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 24/08/ 2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 30/08/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 6 Fl. 793DF CARF MF Impresso em 31/08/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/08/2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 24/08/ 2016 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES, Assinado digitalmente em 30/08/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR
score : 1.0
Numero do processo: 10820.000225/2009-11
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 16 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Sep 13 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 1995
REMISSÃO DÉBITOS.INAPLICABILIDADE.
A remissão de que trata o art. 14, da Lei nº 11.941/2009, somente poderá ser concedida quando o total dos débitos do contribuinte não ultrapassarem o valor de R$10.000,00.
Não há que se falar em remissão de débitos com a Fazenda Nacional, quando a situação de fato não se subsume ao disposto no referido artigo.
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. INAPLICABILIDADE.
Conforme artigo 173, II do Código Tributário Nacional CTN, no caso de declaração de nulidade do lançamento por vício formal, o lançamento substitutivo deve ser realizado dentro do prazo de cinco anos da ciência da decisão que reconheceu a nulidade por vício formal.
Conforme Súmula CARF nº 11, não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal.
Recurso Negado
Numero da decisão: 2301-004.790
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da relatora.
(Assinado digitalmente)
João Bellini Júnior - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Alice Grecchi - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: João Bellini Júnior (Presidente), Gisa Barbosa Gambogi Neves, Julio Cesar Vieira Gomes, Andrea Brose Adolfo, Alice Grecchi e Fabio Piovesan Bozza
Nome do relator: ALICE GRECCHI
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Exercício: 1995 REMISSÃO DÉBITOS.INAPLICABILIDADE. A remissão de que trata o art. 14, da Lei nº 11.941/2009, somente poderá ser concedida quando o total dos débitos do contribuinte não ultrapassarem o valor de R$10.000,00. Não há que se falar em remissão de débitos com a Fazenda Nacional, quando a situação de fato não se subsume ao disposto no referido artigo. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. INAPLICABILIDADE. Conforme artigo 173, II do Código Tributário Nacional CTN, no caso de declaração de nulidade do lançamento por vício formal, o lançamento substitutivo deve ser realizado dentro do prazo de cinco anos da ciência da decisão que reconheceu a nulidade por vício formal. Conforme Súmula CARF nº 11, não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal. Recurso Negado
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A remissão de que trata o art. 14, da Lei nº 11.941/2009, somente poderá ser concedida quando o total dos débitos do contribuinte não ultrapassarem o valor de R$10.000,00. Não há que se falar em remissão de débitos com a Fazenda Nacional, quando a situação de fato não se subsume ao disposto no referido artigo. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. INAPLICABILIDADE. Conforme artigo 173, II do Código Tributário Nacional CTN, no caso de declaração de nulidade do lançamento por vício formal, o lançamento substitutivo deve ser realizado dentro do prazo de cinco anos da ciência da decisão que reconheceu a nulidade por vício formal. Conforme Súmula CARF nº 11, não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal. Recurso Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da relatora. (Assinado digitalmente) João Bellini Júnior Presidente. (Assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 82 0. 00 02 25 /2 00 9- 11 Fl. 66DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 2 Alice Grecchi Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: João Bellini Júnior (Presidente), Gisa Barbosa Gambogi Neves, Julio Cesar Vieira Gomes, Andrea Brose Adolfo, Alice Grecchi e Fabio Piovesan Bozza Relatório Trata o presente processo de lançamento do Imposto Territorial Rural ITR e Contribuições Sindicais do Exercício 1995, no total de R$ 4.734,16, formalizado na Notificação de Lançamento de fls. 21, relativo ao imóvel rural denominado Fazenda São João, com área total de 853,5 ha, NIRF 35965649, localizado no município de Santópolis do Aguapeí/SP. O lançamento foi cientificado ao contribuinte, por via postal, em 26/02/2009 (fls. 23). O lançamento em questão foi formalizado em fevereiro/2009, em decorrência do reconhecimento da nulidade do lançamento anterior, por vício formal, pelo Acórdão CSRF/0305.397, sessão de 13 de agosto de 2007, que negou provimento ao recurso especial contra o Acórdão n.° 30332.660, sessão de 07 de dezembro de 2005. Em fl. 32, antes do julgamento, a DRJ devolveu o presente feito para à DRF/Araçatuba/SP, nos seguintes termos: O débito questionado apresenta vencimento posterior ao indicado na citada Medida Provisória, razão pela qual não deve ter sido objeto de verificação automática pelos sistemas da Receita Federal para avaliar seu possível enquadramento nos critérios de remissão ali previstos. Porém, como o mesmo é decorrente do lançamento formalizado no ano de 1996, com vencimento em 30/09/1996, declarado nulo pela segunda instância de julgamento administrativo, é mister que o órgão lançador avalie se o lançamento anterior apresentava os requisitos para a remissão prevista no art. 14 da MP 449/2008, o que pode implicar na falta de justificativa para o novo lançamento. Visto que, para o Exercício ora tratado, cabe observar as disposições da Norma de Execução SRF/COSAR/COSIT n° 07/1996, que atribuía às DRF/IRF de jurisdição do domicílio do contribuinte a análise inicial do pedido de retificação do lançamento, e que é cabível a revisão de ofício do lançamento pela autoridade administrativa nos casos previstos no art. 149 do CTN, devolvo o presente processo à DRF/Araçatuba/SP, para análise da situação e, se for o caso, cancelamento da exigência e posterior arquivamento do processo. Caso seja constatada a impossibilidade de reconhecimento da remissão, deve ser elaborado relatório dos fatos que justificarem esse entendimento, antes do retorno dos autos a esta DRJ, para julgamento do mérito da impugnação. Em fl. 33 consta a consolidação do débito em 31/12/2007, informando que o débito consolidado representava um total de R$ 15.421,05. A DRF/Araçatuba/SP acosta, em fls. 34 Parecer SACAT N.º 10820/473/2009, concluindo que: Fl. 67DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR Processo nº 10820.000225/200911 Acórdão n.º 2301004.790 S2C3T1 Fl. 67 3 Por meio da presente Revisão, contatei que não houve remissão do crédito tributário anulado por vício formal, tendo em vista que ele estava suspenso para julgamento e sua consolidação, na data de 31/12/2007, importava em R$15.421,05 (v. fls. 30). Importância que ultrapassa o limite estabelecido no Art. 14 da Lei 11.941. Dessa forma, o lançamento ora questionado está correto. Na impugnação de fls. 02 a 10, apresentada em 26/03/2009, a representante legal do contribuinte argumentou, em suma, o que segue: A primeira Notificação de Lançamento do ITR do Exercício 1995, com vencimento em 30/09/1996, foi impugnada em 20/09/1996, e o lançamento foi julgado procedente; foi apresentado recurso ao Terceiro Conselho de Contribuintes, que anulou o lançamento, reconhecendo a nulidade da notificação efetuada por meio eletrônico, sendo essa decisão confirmada pela Câmara Superior de Recursos Fiscais; posteriormente, foi emitida nova Notificação de Lançamento do ITR/1995, com vencimento em 31/03/2009; A exigência não pode prosseguir, em razão do prazo decorrido desde o primeiro lançamento, tendo ocorrido prescrição intercorrente; para ilustrar seu entendimento, transcreveu doutrina e jurisprudência judicial; A Medida Provisória 449/2008 convertida na Lei n.° 11.941/2009, instituiu a remissão de dívida tributária em seu art. 14, o que se aplica ao débito em questão por ser inferior a R$ 10.000,00 e 31/12/2007, resultando na extinção da obrigação tributária. O lançamento, ora recorrido, foi formalizado em decorrência do reconhecimento da nulidade da Notificação de Lançamento anterior pela Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais do antigo Conselho de Contribuintes, conforme Acórdão n.° CSRF/0305.397, sessão de 13 de agosto de 2007, formalizado em 23 de junho de 2008, que, por unanimidade de votos, negou provimento ao recurso interposto pela Fazenda Nacional, conforme ementa a seguir transcrita: NULIDADE VÍCIO FORMAL É nula por vício formal a Notificação de Lançamento que não contenha a identificação da autoridade que a expediu, requisito essencial prescrito em lei. O Recurso da Fazenda Nacional questionou o Acórdão n.° 30332.660, da Terceira Câmara do antigo Terceiro Conselho de Contribuintes, sessão de 07 de dezembro de 2005, que, por maioria de votos, declarou a nulidade da notificação, por vício formal. A impugnação contra o lançamento anulado foi tratada no processo n.° 13805.010826/9624, anexo ao presente, pela então DRJ/São PauloSP, que julgou procedente o lançamento, Decisão DRJ/SPO n.° 4044, de 26 de novembro de 1999, sob o argumento, em suma, de que o lançamento foi efetuado de acordo com a legislação tributária em vigor e que os documentos apresentados não justificavam sua alteração. Conforme consta acima, atendendo solicitação da DRJ (fls. 32), a Sacat/DRF/Araçatuba/SP analisou a situação do lançamento do ITR/1995 do imóvel e concluiu que o débito respectivo não se enquadrou nos requisitos de remissão previstos na Lei n.° 11.941/2009 (fls. 34). Fl. 68DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 4 A Turma Julgadora de Primeira Instância julgou a impugnação improcedente, restando a decisão assim ementada: Assunto: Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural ITR Exercício: 1995 . PRESCRIÇAO. PRESCRIÇAO INTERCORRENTE. No processo administrativo fiscal não se inicia a contagem do prazo prescricional enquanto estiver suspensa a exigibilidade do crédito tributário em razão de apresentação de impugnação ou recurso, pendentes de julgamento. A prescrição intercorrente não se aplica ao crédito tributário em litígio na esfera administrativa, pendente de decisão. REMISSAO DE DEBITOS TRIBUTARIOS. A remissão prevista na Lei n.° 11.941/2009 somente se aplica a débitos que, em 31/12/2007, estavam vencidos a mais de cinco anos, cujo valor consolidado era igual ou inferior a dez mil reais. VALOR DA TERRA NUA VTN A base de cálculo do imposto é o valor da terra nua apurado com base no VTN mínimo por hectare, fixado pela Administração Tributária, se não for apresentada comprovação efetiva que justifique reconhecer valor menor. O EMPREGADOR RURAL Para efeito de enquadramento sindical, é considerado empresário ou empregador rural, o proprietário cujo imóvel rural se enquadre na situação prevista no inciso II, alínea b do Decreto Lei 1.166/1971, sendo, nesse caso, devida a contribuição à CNA. Impugnação Improcedente YCrédito Tributário Mantido A notificação do Acórdão 0419.662 1ª Turma da DRJ/CGE ao sujeito passivo ocorreu em 23/03/2010, mediante Aviso de Recebimento AR (fl. 44). Sobreveio recurso voluntário em 22/04/2010 (fls. 46/55). Em suas razões cingiuse a argüir a prescrição intercorrente, bem como remissão da dívida, com base no art. 14, da Lei nº 11.941/2009. É o relatório. Voto Conselheira Alice Grecchi O presente recurso possui os requisitos de admissibilidade do Decreto 70.235/72, merecendo ser conhecido. Fl. 69DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR Processo nº 10820.000225/200911 Acórdão n.º 2301004.790 S2C3T1 Fl. 68 5 Segundo se verifica nos autos, o Recorrente, representado pelo seu Espólio, na pessoa da Inventariante Sra. Maria Terezinha de Barros Cisneiros, não veio a combater o mérito da autuação, limitandose a alegar que a cobrança em questão não pode prevalecer, posto a ocorrência de prescrição intercorrente, bem como a remissão da dívida pelo art. 14, da Lei nº 11.941/09. Quanto à prescrição intercorrente, não há como acolher a sua pretensão, uma vez que se trata de matéria objeto da Súmula CARF nº 11, que dispõe: Súmula CARF n° 11: Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal. Nos termos do caput do artigo 72, do Anexo II, do Regimento Interno deste Colegiado, aprovado pela Portaria MF n° 343, de 9 de junho de 2015, “As decisões reiteradas e uniformes do CARF serão consubstanciadas em súmula de observância obrigatória pelos membros do CARF." No que tange a remissão da dívida, aqui não se pode aplicar o art. 14 da Lei nº 11.941/2009, resultante da Medida Provisória nº 449, de 03 de dezembro de 2008, considera remitidos os débitos com a Fazenda Nacional, inclusive aqueles com exigibilidade suspensa que, em 31 de dezembro de 2007, estejam vencidos há 5 (cinco) anos ou mais e cujo valor total consolidado, nessa mesma data, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). O caput do art. 14 da Lei n.°11.941/2009, preceitua: Art. 14. Ficam remitidos os débitos com a Fazenda Nacional, inclusive aqueles com exigibilidade suspensa que, em 31 de dezembro de 2007, estejam vencidos há 5 (cinco) anos ou mais e cujo valor total consolidado, nessa mesma data, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). Conforme comprova o documento de fl. 33 e Pelo Parecer da Sacat/DRF/Araçatuba/SP o débito ora tratado não se enquadra nos requisitos de remissão ali contidos, visto que seu valor consolidado importava em R$15.421,05. Importância que ultrapassava o limite estabelecido no Art. 14 da Lei 11.941/2009. Portanto, com relação à remissão prevista na MP 449, convertida na Lei nº 11.941/2009, artigo 14, também não assiste razão ao recorrente. Assim, tendo em vista a impossibilidade de aplicação do art. 14, da Lei nº 11.941/2009 para o caso em concreto e verificado que não houve a prescrição intercorrente alegada pelo recorrente, sendo que esses foram os únicos fundamentos do recurso voluntário, não sendo combatido o mérito da decisão "a quo", é dever manter o lançamento. Ante o exposto, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao recurso. (Assinado digitalmente) Alice Grecchi Relatora Fl. 70DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 6 Fl. 71DF CARF MF Impresso em 13/09/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 12/09/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR
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Numero do processo: 13609.720811/2009-70
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 22 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Thu Oct 06 00:00:00 UTC 2016
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 2006
ÁREA OCUPADA COM BENFEITORIAS. COMPROVAÇÃO. LAUDO. Acolhe-se, para fins de cálculo do ITR devido, área ocupada com benfeitorias, cuja existência seja devidamente confirmada mediante apresentação de laudo técnico.
VALOR DA TERRA NUA (VTN). ARBITRAMENTO COM BASE NO SISTEMA DE PREÇOS DE TERRAS (SIPT).
Incabível a manutenção do Valor da Terra Nua (VTN) arbitrado pela fiscalização, com base no Sistema de Preços de Terras (SIPT), por contrariar o disposto no art. 14 da Lei nº 9.393, de 1996.
Recurso de Ofício Negado
Numero da decisão: 2301-004.855
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, negar provimento ao recurso de ofício, nos termos do voto da relatora.
(Assinado digitalmente)
João Bellini Júnior - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Alice Grecchi - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: João Bellini Junior, Gisa Barbosa Gambogi Neses, Julio Cesar Vieira Gomes, Andrea Brose Adolfo, Alice Grecchi, Fabio Piovesan Bozza
Nome do relator: ALICE GRECCHI
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Exercício: 2006 ÁREA OCUPADA COM BENFEITORIAS. COMPROVAÇÃO. LAUDO. Acolhe-se, para fins de cálculo do ITR devido, área ocupada com benfeitorias, cuja existência seja devidamente confirmada mediante apresentação de laudo técnico. VALOR DA TERRA NUA (VTN). ARBITRAMENTO COM BASE NO SISTEMA DE PREÇOS DE TERRAS (SIPT). Incabível a manutenção do Valor da Terra Nua (VTN) arbitrado pela fiscalização, com base no Sistema de Preços de Terras (SIPT), por contrariar o disposto no art. 14 da Lei nº 9.393, de 1996. Recurso de Ofício Negado
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COMPROVAÇÃO. LAUDO. Acolhese, para fins de cálculo do ITR devido, área ocupada com benfeitorias, cuja existência seja devidamente confirmada mediante apresentação de laudo técnico. VALOR DA TERRA NUA (VTN). ARBITRAMENTO COM BASE NO SISTEMA DE PREÇOS DE TERRAS (SIPT). Incabível a manutenção do Valor da Terra Nua (VTN) arbitrado pela fiscalização, com base no Sistema de Preços de Terras (SIPT), por contrariar o disposto no art. 14 da Lei nº 9.393, de 1996. Recurso de Ofício Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, negar provimento ao recurso de ofício, nos termos do voto da relatora. (Assinado digitalmente) João Bellini Júnior Presidente. (Assinado digitalmente) Alice Grecchi Relatora. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 60 9. 72 08 11 /2 00 9- 70 Fl. 387DF CARF MF Impresso em 06/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: João Bellini Junior, Gisa Barbosa Gambogi Neses, Julio Cesar Vieira Gomes, Andrea Brose Adolfo, Alice Grecchi, Fabio Piovesan Bozza Relatório Contra o contribuinte acima identificado, foi lavrado Notificação de Lançamento n° 06113/00004/2009 de fls. 150, intimando a recolher o crédito tributário referente ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, exercício de 2006, acrescido de juros de mora e multa proporcional (75%), totalizando o crédito tributário de R$ 1.497.297,10 relativos a propriedade rural denominada “Fazenda Cordeiro I”, NIRF 3.480.2096, com área declarada de 20.805,6 ha, localizada no Município de Três Marias – MG. Na Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal (fls. 151/154), consta as seguintes informações: que o sujeito passivo após intimado não comprovou a área declarada de benfeitorias úteis e necessárias destinadas à atividade rural, bem como não comprovou os valores de terra nua através de laudo de avaliação do imóvel. Após analisar os documentos apresentados pelo contribuinte em resposta ao Termo de Intimação n° 06113/00004/2009 e da DITR/2006, a autoridade fiscal glosou integralmente a área ocupada com benfeitorias (520,4 ha) e recusou o VTN declarado de R$ 8.322.240,00 (R$ 400,00/ha), integrando o montante de R$ 41.611.200,00 (R$ 2.000,00/ha), com base no Sistema de Preços de Terras – SIPT, da RFB, com o consequente aumento da área aproveitável, do VTN tributável e respectiva alíquota de cálculo, tendo sido apurado imposto suplementar de R$ 709.821,32 (fls. 153). Resumo da autuação: Distribuição da Área do Imóvel (ha) Declarado Apurado 01. Área Total do Imóvel 20.805,6 20.805,6 02. Área de Preservação Permanente 1.607,4 1.607,4 03. Área de Reserva Legal 7.000,0 7.000,0 04. Área de Reserva Particular do Patrimônio Natural 0,0 0,0 05. Área de Interesse Ecológico 0,0 0,0 06. Área de Servidão Florestal ou Ambiental 0,0 0,0 07. Área Tributável 12.198,2 12.198,2 08. Área Ocupada com Benfeitorias Úteis e Necessárias Destinadas à Atividade Rural 520,4 0,0 09. Área Aproveitável 11.677,8 12.198,2 Cálculo do Valor da Terra Nua Declarado (R$) Apurado (R$) 19. Valor Total do Imóvel 79.304.685,00 111.593.645,00 Fl. 388DF CARF MF Impresso em 06/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR Processo nº 13609.720811/200970 Acórdão n.º 2301004.855 S2C3T1 Fl. 388 3 20. Valor das Benfeitorias 0,0 0,0 21. Valor das Culturas/Pastagens/Florestas 69.982.445,00 69.982.445,00 22. Valor da Terra Nua 8.322.240,00 41.611.200,00 Cálculo do Imposto Declarado (R$) Apurado (R$) 23. Valor da Terra Nua Tributável (07 / 01) * 22 4.787.497,08 24.392.485,44 24. Alíquota 0,45 3,00 25. Imposto Devido (23 * 24) / 100 21.953,23 731.774,56 DIFERENÇA DE IMPOSTO APURADA 709.821,33 Após o contribuinte ser cientificado do lançamento em 21/12/2009, conforme Aviso de Recebimento AR à fl. 158, apresentou a impugnação de fls. 159 a 174, em 18/01/2010, que em suas razões, alega: discorda do procedimento fiscal, por glosar área declarada com benfeitorias, além de arbitrar o VTN com base na tabela SIPT, “cujos valores não refletem as particularidades do imóvel e a realidade regional”; que o valor de R$ 2.000,00 por hectare é considerado incorreto e equivocado pelo contribuinte, por não ser razoável para o imóvel em questão, ratificando através de laudo de avaliação com o valor de terra nua declarada; ressalta o valor de R$ 400,00 por hectare apurado através de levantamento cartorial das transações efetuadas no ano de 2006 na região de Três Marias – MG; cita legislação de regência, acórdãos do antigo Conselho de Contribuintes, atual CARF, e doutrinas para reforçar seus argumentos; o contribuinte pede que seja realizada perícia técnica por peritos indicados, para comprovar o VTN e a área com benfeitorias declarados no exercício de 2006. A Turma de Primeira Instância julgou a impugnação procedente, restando a decisão assim ementada: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL – ITR Exercício: 2006 DA ÁREA OCUPADA COM BENFEITORIAS. Fl. 389DF CARF MF Impresso em 06/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 4 Deverá ser restabelecida a área ocupada com benfeitorias, informada na DITR/2006 e glosada pela autoridade autuante, com base em documentos hábeis para comprovála, à época do respectivo fato gerador. DO VALOR DA TERRA NUA VTN. Deverá ser revisto o VTN arbitrado para o ITR/2006, restabelecendose o VTN declarado, com base em laudo técnico de avaliação, emitido por profissional habilitado e com ART/CREA, demonstrando de maneira convincente o valor fundiário do imóvel rural avaliado, a preços da época do fato gerador do imposto, bem como suas peculiaridades desfavoráveis. Impugnação Procedente Crédito Tributário Exonerado O contribuinte foi notificado do Acórdão 0351.437 1ª Turma da DRJ/BSB em 02/07/2013 (fl. 380), mediante Aviso de Recebimento – AR. Tendo em vista que a decisão foi de procedência, não apresentou recurso voluntário. Considerando que foi exonerado crédito tributário em limite superior ao estabelecido pela Portaria MF nº 03, de 03 de janeiro de 2008, houve RECURSO DE OFÍCIO, o qual passo a analisar. É o relatório. Voto Conselheira Alice Grecchi Tratase de Recurso de Ofício, interposto face a decisão de Primeira Instância ter exonerado crédito tributário em valor superior a R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais). Passo a apreciar as razões de decidir da decisão recorrida, colacionando, abaixo, excertos do voto: [...] Para comprovar a área ocupada com benfeitorias (520,4 ha), informada na declaração do ITR/2006 e glosada pela autoridade fiscal, a requerente apresentou laudo técnico agronômico (fls. 163/179), que comprova a existência dessa área na propriedade, composta por estradas internas e externas, aceiros, plantas de carbonização (carvoarias), torre de vigilância e sede (fls. 168). Assim, entendo que deva ser restabelecida a área ocupada com benfeitorias úteis e necessárias à atividade rural (520,4 ha), informada na DITR/2006 e compatível com a área total do imóvel, por ter sido apresentada documentação hábil para tanto. Fl. 390DF CARF MF Impresso em 06/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR Processo nº 13609.720811/200970 Acórdão n.º 2301004.855 S2C3T1 Fl. 389 5 Registrese que esse acatamento restabelece o grau de utilização do imóvel (GU) de 80,2% e a alíquota de 0,45%, utilizados pela contribuinte na DITR/2006, conforme demonstrativo de fls. 108. Do Valor da Terra Nua – VTN A autoridade fiscal considerou ter havido subavaliação no cálculo do VTN declarado para o ITR/2006, R$ 8.322.240,00 (R$ 400,00/ha), arbitrandoo em R$ 41.611.200,00 (R$ 2.000,00/ha), com base no SIPT da Receita Federal, instituído em consonância com o art. 14 da Lei 9.393/1996, e observado o art. 3º da Portaria SRF nº 447/2002 e o item 6.8. da Norma de Execução Cofis nº 02/2010, aplicável à execução da malha fiscal desse exercício. Esse valor corresponde ao menor VTN/ha, por aptidão agrícola (campos), para o exercício de 2006 (fls. 110), para os imóveis rurais localizados no município de Três Marias MG, com base nos valores fornecidos pela Secretaria Estadual de Agricultura, nos termos do § 1º do art. 14 da Lei 9.393/1996 A requerente reapresentou nesta fase o laudo de avaliação e anexos de fls. 183/214, elaborado por profissional habilitado, com ART/CREA MG (fls. 215), com o valor da terra nua do imóvel de R$ 400,00/ha, equivalente a R$ 8.322.240,00, solicitando seu acolhimento para revisão do VTN arbitrado. Não obstante a autoridade fiscal ter rejeitado esse laudo de avaliação como documento hábil para comprovação do VTN declarado, formei convicção de que o mesmo, quando analisado no contexto, cabe ser acatado para revisão do VTN arbitrado e, consequentemente, restabelecimento do VTN declarado. Na análise do laudo apresentado, verificase que o autor do trabalho descreve as características particulares do imóvel rural, arenoso e com baixa fertilidade, cuja destinação econômica é unicamente o reflorestamento, utilizando o método comparativo de dados de mercado, com homogeneização dos valores encontrados em 05 amostras. Efetuado o devido tratamento matemático estatístico, esse laudo apresenta o VTN de R$ 400,00/ha (R$ 8.322.240,00), igual ao valor da terra nua declarado (fls. 237), e conclui ter alcançado o grau de precisão II, conforme pontuação definida na NBR 14.6533. Salientese que esse valor encontrase muito próximo do VTN/ha médio do SIPT (R$ 401,47 fls. 110), apurado com base nos valores informados pelos contribuintes em suas respectivas declarações do ITR/2006, para os imóveis localizados no município de Três Marias – MG. Fl. 391DF CARF MF Impresso em 06/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 6 Assim, entendo que o referido laudo de avaliação, além de ter sido emitido por profissional habilitado, com ART/CREA, atende aos requisitos essenciais estabelecidos na NBR 14.6533 da ABNT e demonstra de maneira convincente o valor fundiário do imóvel à época do fato gerador, sendo considerado documento hábil para alterar o VTN arbitrado, nos termos da NE/Cofis nº 002/2010. Portanto, cabe ser acatado o laudo de avaliação trazido aos autos, com um de VTN de R$ 400,00/ha (R$ 8.322.240,00), para revisar o VTN arbitrado para o ITR/2006 da Fazenda Cordeiro I. Dessa forma, devem ser restabelecidos o VTN de R$ 8.322.240,00 e a área com benfeitorias (520,4 ha) informados na DITR/2006, ratificando o imposto apurado pela Contribuinte nessa declaração (autolançamento), com o consequente cancelamento do imposto suplementar apurado pela autoridade fiscal (fls.108). Diante do exposto, voto no sentido de se julgar procedente a impugnação interposta pela contribuinte, para cancelar o lançamento constituído pela notificação/anexos de fls. 105/109 e tornar insubsistente o crédito tributário exigido. [...] Primeiramente, cumpre apreciar a glosa da área declarada com benfeitorias úteis e necessárias para a atividade rural. Compulsando os documentos acostados ao feito, verifico que consta Laudo Técnico Agronômico às fls. 233, em que são elencadas as benfeitorias existentes na propriedade em questão. Em anexo ao referido laudo, constam os mapas com as áreas ocupadas por essas benfeitorias. Ainda, há outro Laudo Técnico acostado às fls.110/112, em que consta informação de que as áreas ocupadas com benfeitorias úteis e necessárias à atividade rural (aceiros e estradas), totalizam 520,40 ha. O documento foi elaborado pelo engenheiro florestal Carlúcio Guimarães Oliveira CREAMG nº 23.913/D, com Anotação de Responsabilidade Técnica às fls. 113. Portando, resta confirmado o que foi declarado na DITR/06 pela contribuinte, uma vez que os Laudos juntados atestam a existência da área informada de 520,40 ha de benfeitorias. No que se refere ao arbitramento do VTN, a decisão da Turma Julgadora de Primeira Instância se coaduna com o entendimento que esta relatora vem adotando nos processos de sua relatoria, de que o arbitramento do Valor da Terra Nua, não está com consonância com a legislação de regência, sendo arbitrado pelo preço médio constante das DITR ou mesmo de acordo com os dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Agricultura. Vejamos: Processo nº 10183.720539/200716 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2301004.596 Fl. 392DF CARF MF Impresso em 06/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR Processo nº 13609.720811/200970 Acórdão n.º 2301004.855 S2C3T1 Fl. 390 7 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 12 de abril de 2016 Matéria IRPF Recorrente TAQUARI EMPREENDIMENTOS AGROPECUÁRIOS LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2004 [...] VALOR DA TERRA NUA (VTN). ARBITRAMENTO COM BASE NO SISTEMA DE PREÇOS DE TERRAS (SIPT). UTILIZAÇÃO DO VTN MÉDIO DITR. Incabível a manutenção do Valor da Terra Nua (VTN) arbitrado pela fiscalização, com base no Sistema de Preços de Terras (SIPT), utilizando VTN médio das DITR entregues no município de localização do imóvel, por contrariar o disposto no art. 14 da Lei nº 9.393, de 1996. Recurso Voluntário Provido em Parte Não é outro entendimento da E. Câmara Superior de Recursos Fiscais CSRF, ao proferir o Acórdão nº 9202003.749 abaixo ementado: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2005 ITR. VALOR DA TERRA NUA. ARBITRAMENTO COM BASE NO SISTEMA DE PREÇOS DE TERRAS (SIPT). VALOR MÉDIO SEM APTIDÃO AGRÍCOLA. IMPOSSIBILIDADE. Resta impróprio o arbitramento do VTN, com base no SIPT, quando da não observância ao requisito legal de consideração de aptidão agrícola para fins de estabelecimento do valor do imóvel. Ainda que conste às fls. 155 (Tela SIPT CONSULTA) não há como saber se foram atendidos todos os parâmetros legais para o cálculo do VTN, de modo que não pode ser utilizado para proceder o arbitramento do valor da terra nua. Ademais, como bem observado na decisão recorrida, o Valor da Terra Nua atribuído ao imóvel, constante do Laudo e Avaliação (R$ 400,00/ha), está muito próximo ao valor informado pelos contribuintes em suas respectivas declarações do ITR/2006, para os imóveis localizados no município de Três Marias – MG, que foi de R$ 401,47/ha (fl. 155). Assim, bem exarada a decisão "a quo", a qual acatou o Laudo Técnico para atribuir o VTN de R$ 400,00/ha, não merecendo reparos. Fl. 393DF CARF MF Impresso em 06/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR 8 Diante do exposto, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao recurso de ofício, mantendo a decisão recorrida por seus próprios fundamentos. (Assinado digitalmente) Alice Grecchi Relatora Fl. 394DF CARF MF Impresso em 06/10/2016 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/10/2016 por ALICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por AL ICE GRECCHI, Assinado digitalmente em 05/10/2016 por JOAO BELLINI JUNIOR
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