Busca Facetada
Turma- 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (15,669)
- 3ª SEÇÃO (15,669)
- Câmara Superior de Recurs (15,669)
- IPI- processos NT- créd.p (135)
- PIS - proc. que não vers (81)
- Cofins - ação fiscal (tod (76)
- IPI- processos NT - ressa (76)
- PIS - ação fiscal (todas) (59)
- II/IE/IPIV - ação fiscal (51)
- IPI- ação fiscal- insuf. (37)
- II/IE/IPIV - ação fiscal (29)
- IPI- ação fiscal - penali (26)
- Finsocial -proc. que não (24)
- DCTF_PIS - Auto eletroni (15)
- CPMF - ação fiscal- (insu (12)
- Pasep- proc. que não vers (12)
- II/IE/IPI- proc. que não (10)
- II/IE/IPIV - ação fiscal (10)
- RODRIGO DA COSTA POSSAS (4,073)
- LIZIANE ANGELOTTI MEIRA (838)
- VANESSA MARINI CECCONELLO (780)
- TATIANA MIDORI MIGIYAMA (753)
- ERIKA COSTA CAMARGOS AUTR (679)
- REGIS XAVIER HOLANDA (592)
- DEMES BRITO (502)
- ANDRADA MARCIO CANUTO NAT (487)
- LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA (475)
- JORGE OLMIRO LOCK FREIRE (460)
- CARLOS ALBERTO FREITAS BA (457)
- HENRIQUE PINHEIRO TORRES (320)
- CHARLES MAYER DE CASTRO S (279)
- ROSALDO TREVISAN (234)
- GILSON MACEDO ROSENBURG F (231)
- 2019 (2,074)
- 2024 (1,879)
- 2017 (1,635)
- 2018 (1,611)
- 2021 (1,324)
- 2016 (1,194)
- 2020 (973)
- 2011 (787)
- 2023 (705)
- 2013 (624)
- 2022 (596)
- 2010 (493)
- 2014 (483)
- 2012 (395)
- 2025 (366)
- 2019 (2,029)
- 2018 (1,743)
- 2017 (1,513)
- 2024 (1,236)
- 2022 (1,067)
- 2025 (1,061)
- 2016 (1,015)
- 2020 (979)
- 2023 (877)
- 2021 (774)
- 2014 (546)
- 2015 (323)
- 2011 (267)
- 2013 (210)
- 2010 (70)
- os (15,662)
- membros (15,653)
- do (15,609)
- de (15,601)
- acordam (15,299)
- por (15,179)
- recurso (15,098)
- em (14,938)
- colegiado (14,888)
- votos (14,707)
- e (14,318)
- julgamento (13,937)
- da (13,486)
- conselheiros (13,408)
- presidente (13,369)
Numero do processo: 13866.000179/2002-37
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Apr 11 00:00:00 UTC 2012
Ementa: RESSARCIMENTO DE IPI. AQUISIÇÕES A NÃO CONTRIBUINTES DO PIS E COFINS E ACRÉSCIMO DE JUROS CALCULADOS COM BASE NA TAXA SELIC. APLICAÇÃO DAS DECISÕES DO STJ PROFERIDAS NO RITO DO ART. 543-C.
Na forma de reiterada jurisprudência oriunda do STJ, é cabível a inclusão na base de cálculo do crédito presumido de que trata
a Lei nº 9.363/96 das aquisições efetuadas junto a pessoas físicas bem como a aplicação da taxa selic acumulada a partir da data de protocolização do pedido administrativo, a título de “atualização monetária” do valor requerido, quando o seu deferimento decorre de ilegítima resistência por parte da Administração tributária (RESP 993.164)
Numero da decisão: 9303-001.950
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
Matéria: IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
Nome do relator: Julio Cesar Alves Ramos
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201204
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : RESSARCIMENTO DE IPI. AQUISIÇÕES A NÃO CONTRIBUINTES DO PIS E COFINS E ACRÉSCIMO DE JUROS CALCULADOS COM BASE NA TAXA SELIC. APLICAÇÃO DAS DECISÕES DO STJ PROFERIDAS NO RITO DO ART. 543-C. Na forma de reiterada jurisprudência oriunda do STJ, é cabível a inclusão na base de cálculo do crédito presumido de que trata a Lei nº 9.363/96 das aquisições efetuadas junto a pessoas físicas bem como a aplicação da taxa selic acumulada a partir da data de protocolização do pedido administrativo, a título de “atualização monetária” do valor requerido, quando o seu deferimento decorre de ilegítima resistência por parte da Administração tributária (RESP 993.164)
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
numero_processo_s : 13866.000179/2002-37
conteudo_id_s : 5239776
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri May 15 00:00:00 UTC 2020
numero_decisao_s : 9303-001.950
nome_arquivo_s : Decisao_13866000179200237.pdf
nome_relator_s : Julio Cesar Alves Ramos
nome_arquivo_pdf_s : 13866000179200237_5239776.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
dt_sessao_tdt : Wed Apr 11 00:00:00 UTC 2012
id : 4601926
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 09:02:14 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041574115409920
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2036; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 1 1 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 13866.000179200201 Recurso nº 240.106 Especial do Contribuinte Acórdão nº 9303001.950 – 3ª Turma Sessão de 11 de abril de 2012 Matéria CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI Recorrente USINA CERRADINHO AÇÚCAR E ÁLCOOL S/A Interessado FAZENDA NACIONAL RESSARCIMENTO DE IPI. AQUISIÇÕES A NÃO CONTRIBUINTES DO PIS E COFINS E ACRÉSCIMO DE JUROS CALCULADOS COM BASE NA TAXA SELIC. APLICAÇÃO DAS DECISÕES DO STJ PROFERIDAS NO RITO DO ART. 543C. Na forma de reiterada jurisprudência oriunda do STJ, é cabível a inclusão na base de cálculo do crédito presumido de que trata a Lei nº 9.363/96 das aquisições efetuadas junto a pessoas físicas bem como a aplicação da taxa selic acumulada a partir da data de protocolização do pedido administrativo, a título de “atualização monetária” do valor requerido, quando o seu deferimento decorre de ilegítima resistência por parte da Administração tributária (RESP 993.164) Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente. JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS Relator. EDITADO EM: 05/05/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martinez Lopez e Susy Gomes Hoffmann. Fl. 341DF CARF MF Impresso em 07/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 28/06/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS 2 Relatório Tratase de recurso especial de divergência com fundamento no art. 67 e parágrafos do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF n° 256, de 22/06/2009, que visa contestar decisão proferida pela terceira câmara do então segundo conselho de contribuintes expressa no acórdão 20313.807. Nele, havia sido negado o direito ao crédito presumido instituído pela Lei 9.363/96 sobre as aquisições de insumos efetuadas junto a pessoas físicas e sobre despesas entendidas como gastos gerais de fabricação, e não insumos. Além disso, também foi apontada a impossibilidade de acréscimo da taxa selic ao valor a ressarcir. O Presidente da Câmara recorrida deu seguimento parcial ao recurso especial por entender que não foram atendidos os pressupostos necessários para sua admissibilidade à Câmara Superior de Recursos Fiscais quanto à questão do direito ao crédito presumido sobre os gastos gerais de fabricação, uma vez que, nesta parte, o Acórdão recorrido está conforme Súmula de jurisprudência do Conselho de Contribuintes. Quanto às outras duas matérias, o contribuinte apresentou como paradigmas a decisão CSRF 0201.653 e o acórdão nº 20175.502. Houve contrarazões, em que a PFN pugna pela manutenção do quanto decidido. É o Relatório. Voto Conselheiro JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS O relatório foi sucinto porquanto as matérias discutidas no presente recurso já se encontram inteiramente pacificadas no âmbito deste Colegiado. Com efeito, elas não comportam maiores delongas por parte desta Câmara Superior em razão da inclusão, em seu regimento, do art. 62A, que impôs a reprodução das decisões do Superior Tribunal de Justiça que tenham sido proferidas já na sistemática do art. 543C. Assim foi feito em relação às duas questões sob análise no julgamento do RE 993.164, o qual, em cumprimento da norma regimental, reproduzo a seguir a fim de dar provimento ao recurso do contribuinte. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. IPI. CRÉDITO PRESUMIDO PARA RESSARCIMENTO DO VALOR DO PIS/PASEP E DA COFINS. EMPRESAS PRODUTORAS E EXPORTADORAS DE MERCADORIAS NACIONAIS. LEI 9.363/96. INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF 23/97. CONDICIONAMENTO DO INCENTIVO FISCAL AOS INSUMOS ADQUIRIDOS DE FORNECEDORES SUJEITOS À Fl. 342DF CARF MF Impresso em 07/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 28/06/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 13866.000179200201 Acórdão n.º 9303001.950 CSRFT3 Fl. 2 3 TRIBUTAÇÃO PELO PIS E PELA COFINS. EXORBITÂNCIA DOS LIMITES IMPOSTOS PELA LEI ORDINÁRIA. SÚMULA VINCULANTE 10/STF. OBSERVÂNCIA. INSTRUÇÃO NORMATIVA (ATO NORMATIVO SECUNDÁRIO). CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA. EXERCÍCIO DO DIREITO DE CRÉDITO POSTERGADO PELO FISCO. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE CRÉDITO ESCRITURAL. TAXA SELIC. APLICAÇÃO. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 535, DO CPC. INOCORRÊNCIA. 1. O crédito presumido de IPI, instituído pela Lei 9.363/96, não poderia ter sua aplicação restringida por força da Instrução Normativa SRF 23/97, ato normativo secundário, que não pode inovar no ordenamento jurídico, subordinandose aos limites do texto legal. 2. A Lei 9.363/96 instituiu crédito presumido de IPI para ressarcimento do valor do PIS/PASEP e COFINS, ao dispor que: "Art. 1º A empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais fará jus a crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados, como ressarcimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nos 7, de 7 de setembro de 1970, 8, de 3 de dezembro de 1970, e de dezembro de 1991, incidentes sobre as respectivas aquisições, no mercado interno, de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, para utilização no processo produtivo. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplicase, inclusive, nos casos de venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação para o exterior." 3. O artigo 6º, do aludido diploma legal, determina, ainda, que "o Ministro de Estado da Fazenda expedirá as instruções necessárias ao cumprimento do disposto nesta Lei, inclusive quanto aos requisitos e periodicidade para apuração e para fruição do crédito presumido e respectivo ressarcimento, à definição de receita de exportação e aos documentos fiscais comprobatórios dos lançamentos, a esse título, efetuados pelo produtor exportador". 4. O Ministro de Estado da Fazenda, no uso de suas atribuições, expediu a Portaria 38/97, dispondo sobre o cálculo e a utilização do crédito presumido instituído pela Lei 9.363/96 e autorizando o Secretário da Receita Federal a expedir normas complementares necessárias à implementação da aludida portaria (artigo 12). 5. Nesse segmento, o Secretário da Receita Federal expediu a Instrução Normativa 23/97 (revogada, sem interrupção de sua força normativa, pela Instrução Normativa 313/2003, também revogada, nos mesmos termos, pela Instrução Normativa 419/2004), assim preceituando: "Art. 2º Fará jus ao crédito presumido a que se refere o artigo anterior a empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais. § 1º O direito ao crédito presumido aplicase inclusive: I Quando o produto fabricado goze do benefício da alíquota zero; II nas vendas a empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação. § 2º O crédito presumido relativo a produtos oriundos da atividade rural, conforme definida no art. 2º da Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, utilizados como matériaprima, produto intermediário ou Fl. 343DF CARF MF Impresso em 07/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 28/06/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS 4 embalagem, na produção bens exportados, será calculado, exclusivamente, em relação às aquisições, efetuadas de pessoas jurídicas, sujeitas às contribuições PIS/PASEP e COFINS." 6. Com efeito, o § 2º, do artigo 2º, da Instrução Normativa SRF 23/97, restringiu a dedução do crédito presumido do IPI (instituído pela Lei 9.363/96), no que concerne às empresas produtoras e exportadoras de produtos oriundos de atividade rural, às aquisições, no mercado interno, efetuadas de pessoas jurídicas sujeitas às contribuições destinadas ao PIS/PASEP e à COFINS. 7. Como de sabença, a validade das instruções normativas (atos normativos secundários) pressupõe a estrita observância dos limites impostos pelos atos normativos primários a que se subordinam (leis, tratados, convenções internacionais, etc.), sendo certo que, se vierem a positivar em seu texto uma exegese que possa irromper a hierarquia normativa sobrejacente, viciarseão de ilegalidade e não de inconstitucionalidade (Precedentes do Supremo Tribunal Federal: ADI 531 AgR, Rel. Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, julgado em 11.12.1991, DJ 03.04.1992; e ADI 365 AgR, Rel. Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, julgado em 07.11.1990, DJ 15.03.1991). 8. Conseqüentemente, sobressai a "ilegalidade" da instrução normativa que extrapolou os limites impostos pela Lei 9.363/96, ao excluir, da base de cálculo do benefício do crédito presumido do IPI, as aquisições (relativamente aos produtos oriundos de atividade rural) de matériaprima e de insumos de fornecedores não sujeito à tributação pelo PIS/PASEP e pela COFINS (Precedentes das Turmas de Direito Público: REsp 849287/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 19.08.2010, DJe 28.09.2010; AgRg no REsp 913433/ES, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 04.06.2009, DJe 25.06.2009; REsp 1109034/PR, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 16.04.2009, DJe 06.05.2009; REsp 1008021/CE, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 01.04.2008, DJe 11.04.2008; REsp 767.617/CE, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 12.12.2006, DJ 15.02.2007; REsp 617733/CE, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 03.08.2006, DJ 24.08.2006; e REsp 586392/RN, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 19.10.2004, DJ 06.12.2004). 9. É que: (i) "a COFINS e o PIS oneram em cascata o produto rural e, por isso, estão embutidos no valor do produto final adquirido pelo produtor exportador, mesmo não havendo incidência na sua última aquisição"; (ii) "o Decreto 2.367/98 Regulamento do IPI , posterior à Lei 9.363/96, não fez restrição às aquisições de produtos rurais"; e (iii) "a base de cálculo do ressarcimento é o valor total das aquisições dos insumos utilizados no processo produtivo (art. 2º), sem condicionantes" (REsp 586392/RN). 10. A Súmula Vinculante 10/STF cristalizou o entendimento de que: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte." 11. Entrementes, é certo que a exigência de observância à cláusula de reserva de plenário não abrange os atos normativos secundários do Poder Público, uma vez não Fl. 344DF CARF MF Impresso em 07/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 28/06/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS Processo nº 13866.000179200201 Acórdão n.º 9303001.950 CSRFT3 Fl. 3 5 estabelecido confronto direto com a Constituição, razão pela qual inaplicável a Súmula Vinculante 10/STF à espécie. 12. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito de IPI (decorrente da aplicação do princípio constitucional da não cumulatividade), descaracteriza referido crédito como escritural (assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil), exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Aplicação analógica do precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543C, do CPC: REsp 1035847/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 24.06.2009, DJe 03.08.2009). 13. A Tabela Única aprovada pela Primeira Seção (que agrega o Manual de Cálculos da Justiça Federal e a jurisprudência do STJ) autoriza a aplicação da Taxa SELIC (a partir de janeiro de 1996) na correção monetária dos créditos extemporaneamente aproveitados por óbice do Fisco (REsp 1150188/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 20.04.2010, DJe 03.05.2010). 14. Outrossim, a apontada ofensa ao artigo 535, do CPC, não restou configurada, uma vez que o acórdão recorrido pronunciouse de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos. Salientese, ademais, que o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão, como de fato ocorreu na hipótese dos autos. 15. Recurso especial da empresa provido para reconhecer a incidência de correção monetária e a aplicação da Taxa Selic. 16. Recurso especial da Fazenda Nacional desprovido. 17. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. Comprovado que a a obstaculização da Fazenda pública ao recebimento pelo contribuinte de parte dos valores pleiteados decorreu de ato normativo tido por ilegal pelo e. Superior Tribunal de Justiça, cabível, por aplicação obrigatória do entendimento do mesmo Tribunal, a adição de juros ainda que calculados com base na taxa Selic utilizada aqui como “índice de atualização monetária”. Voto, assim, pelo provimento do recurso especial do contribuinte. É o voto. JÚLIO CÉSAR ALVES RAMOS Relator Fl. 345DF CARF MF Impresso em 07/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 28/06/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS 6 Fl. 346DF CARF MF Impresso em 07/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS, Assinado digitalmente em 28/06/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 05/05/2012 por JULIO CESAR ALVES RAMOS
score : 1.0
Numero do processo: 10070.000069/2003-14
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Mon May 30 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IPI – CRÉDITO PRESUMIDO
Data do fato gerador: 01/01/2002 a 31/03/2002
Ementa: CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS NT.
Os insumos, matérias-primas e material de embalagem, consumidos no processo produtivo de produto exportado, e que tenham, em qualquer fase de suas comercializações, sofrido a incidência de PIS E/OU COFINS, incluem- se na base de cálculo do crédito presumido do IPI.
Incluem-se, igualmente, toadas as receitas de exportação, independentemente de referirem-se a produtos tributados ou não. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TAXA SELIC
No ressarcimento e na compensação de crédito presumido de IPI aplica-se a taxa SELIC desde o protocolo do pedido. (aplicação do art. 62-A do RICC).
O dies a quo para aplicação da Taxa selic é o da data do protocolo do pedido de ressarcimento ou restituição.
Recurso do Contribuinte Provido
Numero da decisão: 9303-001.442
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso especial, vencidos os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo da Costa Possas e Otacílio Dantas Cartaxo, que negavam provimento
Matéria: IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
Nome do relator: JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMANDO
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201105
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : IPI – CRÉDITO PRESUMIDO Data do fato gerador: 01/01/2002 a 31/03/2002 Ementa: CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS NT. Os insumos, matérias-primas e material de embalagem, consumidos no processo produtivo de produto exportado, e que tenham, em qualquer fase de suas comercializações, sofrido a incidência de PIS E/OU COFINS, incluem- se na base de cálculo do crédito presumido do IPI. Incluem-se, igualmente, toadas as receitas de exportação, independentemente de referirem-se a produtos tributados ou não. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TAXA SELIC No ressarcimento e na compensação de crédito presumido de IPI aplica-se a taxa SELIC desde o protocolo do pedido. (aplicação do art. 62-A do RICC). O dies a quo para aplicação da Taxa selic é o da data do protocolo do pedido de ressarcimento ou restituição. Recurso do Contribuinte Provido
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
numero_processo_s : 10070.000069/2003-14
conteudo_id_s : 5238220
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri Oct 11 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 9303-001.442
nome_arquivo_s : Decisao_10070000069200314.pdf
nome_relator_s : JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMANDO
nome_arquivo_pdf_s : 10070000069200314_5238220.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso especial, vencidos os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo da Costa Possas e Otacílio Dantas Cartaxo, que negavam provimento
dt_sessao_tdt : Mon May 30 00:00:00 UTC 2011
id : 4599417
ano_sessao_s : 2011
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 09:02:07 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041575728119808
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 12; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1909; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 202 1 201 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10070.000069/200314 Recurso nº 230.721 Voluntário Acórdão nº 9303001442 – 3ª Turma Sessão de 30 de maio de 2011 Matéria IPI CRÉDITO PRESUMIDO Recorrente MINERAÇÕES BRASILEIRAS REUNIDAS S/A MBR Recorrida FAZENDA NACIONAL Assunto: IPI – CRÉDITO PRESUMIDO Data do fato gerador: 01/01/2002 a 31/03/2002 Ementa: CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS NT. Os insumos, matériasprimas e material de embalagem, consumidos no processo produtivo de produto exportado, e que tenham, em qualquer fase de suas comercializações, sofrido a incidência de PIS E/OU COFINS, incluem se na base de cálculo do crédito presumido do IPI. Incluemse, igualmente, toadas as receitas de exportação, independentemente de referiremse a produtos tributados ou não. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TAXA SELIC No ressarcimento e na compensação de crédito presumido de IPI aplicase a taxa SELIC desde o protocolo do pedido. (aplicação do art. 62A do RICC). O dies a quo para aplicação da Taxa selic é o da data do protocolo do pedido de ressarcimento ou restituição. Recurso do Contribuinte Provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso especial, vencidos os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo da Costa Possas e Otacílio Dantas Cartaxo, que negavam provimento Fl. 257DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMANDO Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Marcos Trachesi Ortiz, Rodrigo da Costa Pôssas, Maria Teresa Martínez López e Susy Gomes Hoffmann. Relatório Por bem descrever os fatos adoto o Relatório do acórdão recorrido: Trata o presente processo do Pedido de Ressarcimento de IPI, fl.01, relativo ao i crédito presumido apurado no 1º trimestre do anocalendário de 2002, com fundamento na Lei n2 9.363, de 13 de dezembro de 1996, formalizado em 15/01/2003. Apenso o processo de compensação n2 10070.000588/200382. ‘A Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária (DERAI) no Rio de Janeiro RJ, por meio do despacho decisório de fls. 43/50, indeferiu o pleito em questão, sob os fundamentos de que a legislação de regência não permitem o aproveitamento de crédito do IPI nas operações que envolvam produtos NT, decorrente da aquisição de MP, PI e ME neles empregados, de que trata a Lei n° 9.363, de 13 de dezembro de 1996, como também não homologou a Declaração de Compensação.’ Inconformada com a negativa do seu pleito, a contribuinte apresentou manifestação de inconformidade de fls. 59/77, na qual, em síntese, apresentou argumentos resumidos, conforme transcrição abaixo: ‘FUNDAMENTOS JURÍDICOS a) Disciplina Legal Crédito Presumido: (...) a Contribuinte está obrigada a cumprir tão somente o disposto na lei, sabido que o nosso ordenamento jurídico consagra o PRINCIPIO DA LEGALIDADE: (...) b)Requisitos do Benefício Fiscal – Adimplemento (...) O fundamento do Despacho Decisório é o mesmo contido no Parecer MF/SRF/COSIT DITIP nº 139/1996, contudo, data vênia Fl. 258DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10070.000069/200314 Acórdão n.º 9303001442 CSRFT3 Fl. 203 3 é inadmissível, porque ao intérprete da lei não é atribuída competência para inovar a ordem jurídica. Assim, nenhum ato normativo emanado do poder executivo poderá restringir o alcance da Lei nº 9.363/1996, para aplicála somente em relação aos produtores com status de industrializados sujeitos a uma alíquota ou isentos do IPI, se a LEI elegeu como condição ao beneficio a exportação de 'MERCADORIA'. Também não se extrai da Lei nº 9.363/1996 nenhuma restrição ao direito aos créditos de IPI presumidos na hipótese de produtores exportadores de produtos IVT (nãotributados). (...) (...) a Contribuinte implementa todos os requisitos previstos na LEI para usufruir desse direito ao crédito de IPI presumido, ou seja, é produtora e exportadora de mercadorias nacionais, alcançadas pela imunidade. (...) (...) a concessão desse beneficio fiscal não está limitada aos ditames da, legislação do IPI, cuja aplicação é tão somente subsidiária. (...) (...) o fato da MERCADORIA exportada pela Contribuinte estar classificada na TIPI como NT (nãotributada) não a impede do exercício dó direito em questão, porque a intenção da lei não foi beneficiar somente os produtos tributados pela legislação do IPI, mas, toda e qualquer mercadoria destinada ao exterior. (...) o entendimento do Despacho Decisório diverge do entendimento jurisprudencial do Eg. Conselho de Contribuintes. (...) c) Apuração do Crédito Presumido: (...) (...) o crédito presumido merece deferimento em relação a qualquer aquisição que represente custos de produção, pois, a intenção da lei foi desonerar as exportações do PIS e da COFINS — incidentes no ciclo de produção sob o efeito cumulativo. (...) (...) a Instrução Normativa n° 23/1997 também não poderia restringir a utilização dos créditos, na forma do seu art. 2°, § 2°, porque a norma jurídica por ato emanado do Poder Executivo. (...) d) Extinção de obrigação tributária: Fl. 259DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 Uma vez demonstrada a legitimidade dos créditos presumidos de IPI, é imperiosa a homologação das compensações entre os créditos com débitos de outros tributos federais. (...) O desfecho da obrigação tributária é o seu cumprimento, desaparecendo o tributo ao verificarse qualquer causa extintiva dessa obrigação. O direito contempla as causas extintivas das obrigações tributárias, dentre elas a COMPENSAÇÃO, que tem o poder de impedir que se exija novamente a exação, que não mais existe em decorrência da extinção da relação obrigacional. (...) Assim sendo, reputamse legítimas as compensações promovidas pela Contribuinte, merecendo, ao final, serem declaradas como homologadas. e) Atualização Monetária: A Contribuinte acrescenta finalmente que desde o protocolo do seu pedido até a presente data já transcorreu um longo período, portanto, se os valores dos créditos presumidos forem deferidos, devem ser seguidos da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA desde sa (sic) suas ocorrências, para recompor esses valores dos efeitos da inflação. (...) Constatase que o óbice à correção monetária cria uma vantagem ilícita em favor da União Federal, em desequilíbrio ao PRINCÍPIO DA IGUALDADE, considerando que a União Federal recorre à correção monetária para atualizar os seus créditos. (...) Assim sendo, os valores correspondentes aos créditos de IPI presumidos devem ser atualizados a partir das ocorrências, nos mesmos moldes utilizados pela Secretaria da Receita Federal para atualizar os tributos pagos em atraso, em cumprimento do PRINCIPIO DA ISONOMIA’. Por tudo que expôs, propugnou pela reforma do despacho decisório recorrido, com a conseqüente procedência do seu pedido de ressarcimento. A DRJ em Juiz de Fora — MG apreciou as alegações postas na manifestação de inconformidade e o que mais consta dos autos do presente processo, decidindo pelo indeferimento da solicitação nos termos do voto do relator do Acórdão nº 10.337, de 02 de junho de 2005, assim ementado: ‘Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados IPI Período de apuração: 01/01/2002 a 31/03/2002 Fl. 260DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10070.000069/200314 Acórdão n.º 9303001442 CSRFT3 Fl. 204 5 Ementa: CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI EXPORTAÇÃO DE PRODUTO N'T. O direito ao crédito presumindo do IPI instituído pela Lei n° 9.363, de 1996 condicionase a que os produtos estejam dentro do campo de incidência do imposto, não estando, por conseguinte, alcançados pelo beneficio os produtos não tributados (NT). Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/01/2002 a 31/03/2002 Ementa: I LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. LEGALIDADE. As normas e determinações previstas na legislação tributária presumemse revestidas do caráter de legalidade, contando com validade e eficácia, não cabendo à esfera administrativa questionálas ou negarlhes aplicação. 2 CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS. É incabível, por falta de previsão legal, a incidência de atualização monetária ou de juros sobre créditos escriturais legítimos do IN. Para créditos que se revelem inexistentes ou ilegítimos, a pretensão de tal incidência é, deveras, absurda. Solicitação Indeferida’. Inconformada a contribuinte no devido prazo legal interpôs recurso voluntário a este Segundo Conselho de Contribuintes, fls. 99/117, solicitando a reforma do acórdão recorrido e o deferimento do seu pedido de ressarcimento. Na Sessão de Julgamento desta Segunda Câmara realizada em 07 de dezembro de 2005, o julgamento do presente foi convertido em diligência, por considerar relevante para o deslinde da controvérsia a legitimidade dos créditos pleiteados e se os insumos foram efetivamente aplicados na industrialização de produtos exportados ou vendidos a empresa comercial exportadora com fins específicos de exportação para o exterior. Determinou esta Segunda Câmara, por meio daquela Resolução, que a Unidade local da Secretaria da Receita Federal realizasse todas as verificações requisitadas pela autoridade local quando da análise do pedido de ressarcimento de IPI, solicitação não atendida à época por entender a fiscalização que não sendo a interessada contribuinte do 1PI não teria direito aos créditos. Após concluída a diligência, fosse intimada a contribuinte a conhecer do resultado, e, no prazo de 10 dias, a apresentar manifestação, se quisesse. Em cumprimento à diligência, a fiscalização expediu o Relatório Fiscal de Diligência no qual se constatou que dos créditos pleiteados pela recorrente, como a legislação que rege a matéria permitisse o crédito do IPI para a produção de produtos NT, Fl. 261DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 apenas as aquisições de insumos referidos como insumos permitidos seriam contemplados com o beneficio, no primeiro trimestre de 2002. Informou que os demais créditos referemse a óleo diesel, energia elétrica e fretes. Esclareceu ainda que a contribuinte não possui livro de Registro de Apuração de IPI, não fazendo, portanto, os estornos exigidos nestes livros. A contribuinte apresentou sua manifestação à diligência, na qual alegou que o crédito pleiteado não pode ser reduzido como pretende a fiscalização, pois a lei instituidora do beneficio não faz restrição aos custos agregados ao processo produtivo identificados na Instrução Normativa nº 65/1979 da Secretaria da Receita Federal. Acresce que a atualização monetária desde o protocolo do pedido é devida para recompor os valores dos créditos. É o Relatório. A Câmara a quo negou provimento ao recurso voluntário. O acórdão foi assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/01/2002 a 31/03/2002 CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI. EXPORTAÇÃO DE PRODUTO NT. O direito ao crédito presumindo do IPI instituído pela Lei nº 9.363, de 1996, condicionase a que os produtos estejam dentro do campo de incidência do imposto, não estando, por conseguinte, alcançados pelo beneficio os produtos não tributados (NT). (Súmula nº 13 do 2º Conselho de Contribuintes). CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS. É incabível, por falta de previsão legal, a incidência de atualização monetária ou de juros sobre créditos escriturais legítimos do IPI. Para créditos que se revelem inexistentes ou ilegítimos, a pretensão de tal incidência é, deveras, absurda. Recurso negado. Irresignado, o sujeito passivo apresentou recurso especial às fls. 174/244, por meio do qual requereu a reforma do acórdão ora fustigado. Alega em sua peça recursal que é direito do contribuinte exportador, ainda que produtor de mercadoria NT, a apuração do crédito presumido de IPI instituído pela Lei nº 9.636, de 1996, e que sobre os ressarcimentos deve incidir a taxa Selic. O recurso foi admitido pelo Presidente da Primeira Câmara da Segunda Seção de Julgamento do CARF, por meio de despacho às fls. 258/259, para que a CSRF aprecie as matérias impugnadas. Fl. 262DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10070.000069/200314 Acórdão n.º 9303001442 CSRFT3 Fl. 205 7 A Procuradoria da Fazenda Nacional apresentou contrarazões às fls. 262/276. É o Relatório. Voto Conselheira Relatora Judith da Amaral Marcondes Armando Aprecio o Recurso Especial do Contribuinte, apresentado, conforme despacho acima mencionado, em boa forma. As matérias postas à apreciação por esta Câmara Superior cingemse ao direito ao crédito presumido de IPI decorrente da exportação de produtos NT e à atualização do ressarcimento pela taxa Selic. Quanto ao direito ao crédito presumido de IPI decorrente da exportação de produtos NT, permitome aproveitar parte de voto por mim proferido anteriormente, ressaltando a necessidade de promover os ajustes correspondentes a esta lide: A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional disse algumas vezes em seus recursos sobre esta matéria: “ É inegável que a meta da norma em apreço é desonerar os produtos exportados, eliminando parcela da carga tributária cumulada ao longo do ciclo produtivo, representada pelas indigitadas contribuições sociais, sendo também irrefutável que, em princípio, esse crédito presumido não guardaria correlação com o IPI. No entanto, esta não foi a opção do legislador ordinário, haja vista que inegavelmente criou um crédito presumido de IPI, em todos os seus contornos, de forma que é incontestável que referido imposto, neste comenos, tangencia aquelas contribuições. Assim, a análise desse texto legal, ainda sob o prisma teleológico, pode levar à inferência diametralmente oposta, qual seja, que o objetivo da Lei foi, em verdade, desonerar apenas os produtos industrializados, visando com isso incentivar a exportação de produtos elaborados com maior valor agregado, em detrimento de produtos em estado quase natural ou com incipiente processo de elaboração, como o caso dos produtos em comento” cf. fls 112 Tendo em conta tais afirmativas, ao meu ver perfeitamente válidas em termos de aspirações ao desenvolvimento nacional com padrões mais elevados de agregação de valor, muito embora julgueas subjetivas, passo à interpretação sistemática como sugere o Procurador em seu arrazoado, e chegarei a conclusão diametralmente oposta à do Procurador. A Lei 9.363, de 1996 em seus arts 1º e 3º , parágrafo único diz: Fl. 263DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 8 Art. 1º A empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais fará jus a crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados, como ressarcimento das contribuições de que tratam as Leis Complementares nºs 7, de 7 de setembro de 1970; 8, de 3 de dezembro de 1970; e 70, de 30 de dezembro de 1991, incidentes sobre as respectivas aquisições, no mercado interno, de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, para utilização no processo produtivo. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplicase, inclusive, nos casos de venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação para o exterior. ...................................................................................................... Art. 3º Para os efeitos desta Lei, a apuração do montante da receita operacional bruta, da receita de exportação e do valor das matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem será efetuada nos termos das normas que regem a incidência das contribuições referidas no art. 1º, tendo em vista o valor constante da respectiva nota fiscal de venda emitida pelo fornecedor ao produtor exportador. Parágrafo único. Utilizarseá, subsidiariamente, a legislação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados para o estabelecimento, respectivamente, dos conceitos de receita operacional bruta e de produção, matériaprima, produtos intermediários e material de embalagem. (os grifos são meus) Aqui observo que o crédito presumido está direcionado à empresa produtora e exportadora de mercadorias nacionais, (não fala de mercadorias nacionais industrializadas) e que o estabelecimento dos conceitos de receita operacional bruta, produção, matérias primas, insumos e materiais de embalagem devem ser buscados no escopo das normas que falam respectivamente do Imposto de Renda e do IPI. Assim sendo, não tenho dúvidas quanto aos produtos que podem gerar os benefícios desta lei 9.363, que são matérias primas, materiais de embalagens e insumos, nas condições estabelecidas na legislação do IPI, isto é, que se consumam no processo produtivo ou integrem o produto final desse processo, e que em algum passo da cadeia produtiva tenham sofrido incidência das contribuições PIS e COFINS. Não tenho dúvidas que a norma não se destina a proteger exportações de maior valor agregado, e menos ainda, de produtos que figurem na TIPI como tributados. Até porque, sabemos, a tributação pelo IPI deixou a muito de ser fundamentada nos princípios que nortearam a criação do tributo, chegando mesmo a não ser seletiva, e não refletir o grau de industrialização do produto. Hoje temos produtos bastante industrializados com notação NT na TIPI, bem assim outros, sem qualquer industrialização com alíquota zero. Passamos ao conceito de crédito presumido: Fl. 264DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10070.000069/200314 Acórdão n.º 9303001442 CSRFT3 Fl. 206 9 Presumido é o que se pretende verdadeiro à luz de certos conhecimentos previstos. Pode ser entendido como uma probabilidade alta de verdade, ainda que fictício. Pois bem, na proposta de lei introduzida pela Medida Provisória nº. 948, de 23 de março de 1995, ficou clara a inviabilidade de aferir todos os valores de PISPASEPCOFINS que oneram o produto final a ser exportado. O Legislador fez a escolha de presumir um valor a ser restituído ao exportador, a título de desoneração de parte dessa tributação. Naturalmente, não estamos aqui diante de uma benesse do Estado. Estamos diante de ponderação racional e objetiva relativa ao princípio de não exportar tributos, na medida exata do interesse comercial, nem mais nem menos. Vejase bem que, de outra forma, poderíamos incorrer nos subsídios considerados da caixa vermelha pela Organização Mundial de Comércio, órgão ao qual o Brasil deve referenciar se. E lhe convém que o faça. Observo que a Lei não determina que se busque na legislação do IPI o conceito de produtor exportador. Vamos aos aspectos históricos do conjunto de normas que regeram o IPI, o crédito prêmio do IPI, e o ressarcimento. Nascidas da LEI Nº. 4.502 DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964, que dispôs sobre o Imposto de Consumo e reorganizou a Diretoria de Rendas Internas, posteriormente regulamentada pelo Decreto nº 61.514, de 12 de outubro de 1967, temos que: Art. 1º O Imposto de Consumo incide sobre os produtos industrializados compreendidos na Tabela anexa. ......................................................................................................... Art. 3º Considerase estabelecimento produtor todo aquele que industrializar produtos sujeitos ao imposto. ......................................................................................................... Art. 7º São também isentos ......................................................................................................... § 1º No caso o inciso I, quando a exportação for efetuada diretamente pelo produtor, fica assegurado o ressarcimento, por compensação, do imposto relativo às matériasprimas e produtos intermediários efetivamente utilizados na respectiva industrialização, ou por via de restituição, quando não for possível a recuperação pelo sistema de crédito. A referida tabela anexa não incluía o universo de produtos industrializados. Fl. 265DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 10 Assim sendo, o estabelecimento produtor e exportador a que se refere a Lei nº 9.363, de 1996 poderia, em princípio, ser aquele que produz os produtos tributados ou com alíquota zero, que estão contidas no campo de incidência do hoje IPI. Mas, voltando ainda aos aspectos históricos, na própria Lei inaugural há uma série de excepcionalidades que contextualizam o desejo do legislador dentro de um processo de substituição de importação acelerado, com elevada defesa da produção interna. Andando um pouco mais no tempo, o Decreto Lei nº 1.136, de 1970, pretendendo modernizar o parque industrial brasileiro permitiu o creditamento de IPI a máquinas e outros bens do ativo das empresas § 2º O Ministro a Fazenda poderá atribuir aos estabelecimentos industriais o direito de crédito do imposto sobre produtos industrializados relativo a máquinas, aparelhos e equipamentos, de produção nacional, inclusive quando adquiridos de comerciantes não contribuintes do referido imposto destinados à sua instalação, ampliação ou modernização e que integrarem o seu ativo fixo, de acordo com as diretrizes gerais de política de desenvolvimento econômico do país. § 3º O regulamento disporá sobre a anulação do crédito ou o restabelecimento de débito, correspondente ao imposto deduzido, nos casos em que os produtos adquiridos saiam do estabelecimento com isenção do tributo, ou os resultantes da industrialização gozem de isenção ou não estejam tributado Verificamos que o IPI, utilizado como ferramenta de desenvolvimento econômico se presta a intervenções pontuais, que afetam aspectos macro e micro econômicos, entrando em vigor imediatamente, e produzindo os efeitos politicamente desejados. Tais intervenções nada têm a ver com a industrialização do produto em si, ou com a notação da alíquota na TIPI, mas estão ligadas a qualificação econômica do produto no contexto econômico, de modo especial ao grau de ganho de produtividade que possa conferir aos processos produtivos em que está inserido. Ora, permitome entender que sendo o IPI um imposto de fácil manejo, e federativo, o legislador diz sempre exatamente o que pretende a fim de que não sejam introduzidas interpretações locais que possam alterar a universalidade da norma. Por outro lado, se é possível admitir que a Lei nº 9.363 tenha vindo substituir a normatização de crédito–prêmio de IPI, superado pela realidade internacional dos incentivos não permitidos pela OMC, e que nesse novo contexto estejamos tratando, de fato, de desoneração das exportações, o conceito de produtor exportador não se confunde com o conceito de produtor industrial. E, pode ser que, em razão dessa construção que acabo de propor seja mais adequada à interpretação do que seja empresa produtora exportadora, como aquela que exporta o que produz, já que na mesma lei, no art. 3º parágrafo único, está determinado que devem ser buscados na legislação do IPI os Fl. 266DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10070.000069/200314 Acórdão n.º 9303001442 CSRFT3 Fl. 207 11 conceitos de produto, matéria prima, insumos e material de embalagem e não de empresa produtora exportadora. Vendo sob esse aspecto, é importante o contexto econômico e político dos incentivos tributários à exportação ou ao desenvolvimento econômico, conforme induz o raciocínio da PGFN. Sabemos que em tempos de incentivo à modernização do parque industrial deuse o crédito pertinente a máquinas e outros bens de ativo das empresas. Hoje, visando tão só não exportar tributos e fomentar a atividade econômica, é essa a razão que se encontra na exposição de motivos que acompanhou a formação da lei, há de se considerar que, qualquer produto exportado, mesmo estando ele fora do campo de incidência do IPI, ou seja notificado como produto NT circunstancialmente, não deve carregar consigo, por razões que passam da análise dessa lide, carga tributária interna. Por essas razões, entendo que a interpretação teleológica que melhor atende ao espírito da lei, hoje, é que empresas produtoras e exportadoras de produtos fora do campo de incidência do IPI podem beneficiarse do regresso de parte da tributação previstos na lei em comento, desde que tenham utilizado em sua produção os insumos, matérias primas e material de embalagem como definidos nas normas do IPI. Seguindo essa interpretação que não julgo apartada dos termos da Lei, encaminho meu voto no sentido de ser cabível o ressarcimento a título de desoneração da carga tributária nas exportações, quando os produtos exportados sejam obtidos a partir de insumos, matérias primas e material de embalagem, adquiridos de quem quer que os tenha produzido, desde que tenham sido objeto de tributação relativa às contribuições para o PIS, PASEP e COFINS em qualquer etapa de suas produções, e desde que consumidos no processo produtivo ou dele fizerem parte nos termos da legislação do IPI, independentemente de ser o produto resultante exportado tributável pelo IPI. Por todo exposto, voto no sentido de incluir no valor das receitas de exportação todos os resultados de vendas ao exterior de produtos sujeitos ou não à incidência do IPI. É importante ressaltar que não foi avaliada neste processo a questão do processo produtivo da mercadoria exportada. Entretanto, entendo que o fundamento da glosa foi tratarse de mercadoria com notação NT na TIPI, o que ao meu sentir está equivocado, conforme argumentei. Por outro lado, consultei o sito do CARF e já não existe a mencionada Súmula nº 13. No que se refere à atualização do ressarcimento pela taxa Selic, faço a ressalva de que, a despeito de meu entendimento quanto à matéria, em face da superveniência do art. 62A do Regimento Interno do CARF RICARF, as decisões definitivas de mérito Fl. 267DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 12 proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça devem ser reproduzidas nos julgamentos dos recursos no âmbito deste Tribunal Administrativo. A recorrente teve obstada pela administração tributária a aplicação da referida Taxa. No recurso, pede a fruição do benefício desde o protocolo do pedido até a data do efetivo pagamento. Nos recursos repetitivos do STJ está subjacente a questão do dies a quo para aplicação da taxa Selic, considerado o protocolo do pedido de restituição ou ressarcimento junto à administração tributária. Na esteira do exposto voto por dar provimento ao Recurso Especial do sujeito passivo. Judith da Amaral Marcondes Armando Fl. 268DF CARF MF Impresso em 02/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente e m 12/09/2011 por JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMAN, Assinado digitalmente em 25/11/2011 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 10930.000765/98-71
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Aug 30 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI
Período de apuração: 01/01/1998 a 31/03/1998
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI - AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS E DE COOPERATIVAS.
As decisões do Superior Tribunal de Justiça, em sede recursos repetitivos, por força do art. 62-A do Regimento Interno do CARF, devem ser observadas no Julgamento deste Tribunal Administrativo.
É lícita a inclusão, na base de cálculo do crédito presumido de IPI, dos valores pertinentes às aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagens, efetuadas junto a pessoas físicas e de cooperativas de produtores.
Recurso Especial do Procurador Negado.
Numero da decisão: 9303-001.607
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Nome do relator: Henrique Pinheiro Torres
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201108
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI Período de apuração: 01/01/1998 a 31/03/1998 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI - AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS E DE COOPERATIVAS. As decisões do Superior Tribunal de Justiça, em sede recursos repetitivos, por força do art. 62-A do Regimento Interno do CARF, devem ser observadas no Julgamento deste Tribunal Administrativo. É lícita a inclusão, na base de cálculo do crédito presumido de IPI, dos valores pertinentes às aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagens, efetuadas junto a pessoas físicas e de cooperativas de produtores. Recurso Especial do Procurador Negado.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
numero_processo_s : 10930.000765/98-71
conteudo_id_s : 5226842
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Apr 06 00:00:00 UTC 2020
numero_decisao_s : 9303-001.607
nome_arquivo_s : Decisao_109300007659871.pdf
nome_relator_s : Henrique Pinheiro Torres
nome_arquivo_pdf_s : 109300007659871_5226842.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
dt_sessao_tdt : Tue Aug 30 00:00:00 UTC 2011
id : 4577831
ano_sessao_s : 2011
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 09:00:38 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041577164668928
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1971; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 330 1 329 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10930.000765/9871 Recurso nº 212.193 Especial do Procurador Acórdão nº 930301.607 – 3ª Turma Sessão de 30 de agosto de 2011 Matéria CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI AQUISIÇÕES DE COOPERATIVAS E REX X ROB Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado COMPANHIA CACIQUE DE CAFÉ SOLÚVEL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/01/1998 a 31/03/1998 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS E DE COOPERATIVAS. As decisões do Superior Tribunal de Justiça, em sede recursos repetitivos, por força do art. 62A do Regimento Interno do CARF, devem ser observadas no Julgamento deste Tribunal Administrativo. É lícita a inclusão, na base de cálculo do crédito presumido de IPI, dos valores pertinentes às aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagens, efetuadas junto a pessoas físicas e de cooperativas de produtores. Recurso Especial do Procurador Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Henrique Pinheiro Torres Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Luís Eduardo Garrossino Barbieri, Rodrigo Cardozo Miranda, Júlio César Alves Ramos, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Rodrigo da Costa Pôssas, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo. Fl. 368DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/08/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/08/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 13/08/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 Relatório Os fatos foram assim descritos no relatório do acórdão recorrido: A contribuinte solicitou Pedido de Ressarcimento de crédito presumido de IPI de que trata a Portaria n° 38/97, em relação ao período de 01 a 03/1998. Em seguida, foi o processo baixado em diligência. A Informação Fiscal de fls. 189/192, que relata a diligência, concluiu favoravelmente, em parte, ao pedido do contribuinte. Propôs a exclusão dos cálculos das matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem adquiridos de pessoas fisicas, cooperativas e do MICT, bem como dos combustíveis, energia elétrica e fretes. A DRF em LondrinaPR seguiu o entendimento da Fiscalização e reconheceu parcialmente o direito creditório em favor da contribuinte. O ressarcimento parcial foi efetivado através de compensações, conforme Documento de fls. 226. De tal decisão houve recurso à DRJ em Curitiba – PR, questionando as exclusões dos valores relativos às aquisições de pessoas fisicas, cooperativas e do MICT, bem como as exclusões de combustíveis, energia elétrica e frete. A DRJ em Curitiba PR indeferiu a reclamação da interessada De tal decisão, a contribuinte recorreu ao Segundo Conselho de Contribuintes. Julgando o feito, a Câmara recorrida deu provimento parcial ao recurso voluntário, em acórdão assim ementado: IPI — IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO As Instruções Normativas são normas complementares das leis. Não podem transpor, inovar ou modificar o texto da norma que complementam. AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS, COOPERATIVAS E MICT A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total, das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários, e material de embalagem referidos no art. 1° da Lei n° 9.363, de 13.12.96, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador (art. 20 da Lei n° 9.363/96). A lei citada referese a "valor total" e não prevê qualquer exclusão. As Instruções Normativas rrs 23/97 e 103/97 inovaram o texto da Lei n° 9.363, de 13.12.96, ao estabelecerem que o crédito presumido de IPI será calculado, exclusivamente, em relação às aquisições, efetuadas de pessoas jurídicas, sujeitas às Contribuições PIS/PASEP e à COFINS (IN 23/97), bem como Fl. 369DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/08/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/08/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 13/08/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10930.000765/9871 Acórdão n.º 930301.607 CSRFT3 Fl. 331 3 que as matériasprimas, produtos intermediários e materiais de embalagem adquiridos de cooperativas não geram direito ao crédito presumido (IN n° 103/97). Tais exclusões somente poderiam ser feitas mediante Lei ou Medida Provisória, visto que as Instruções Normativas são normas complementares das leis (art. 100 do CTN) e não podem transpor, inovar ou modificar o texto da norma que complementam. COMBUSTÍVEIS, ENERGIA ELÉTRICA E FRETES Não integram a base de cálculo do crédito presumido na exportação as aquisições de combustíveis e energia elétrica, de vez que não existe previsão legal para tal inclusão. O art. 2° da Lei n° 9.363/96 trata apenas das aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem, não contemplando outros insumos. Igualmente, não há previsão legal para a inclusão dos fretes. Recurso provido quanto às cooperativas e pessoas físicas e negado quanto aos demais itens. Inconformada, a ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional apresentou recurso especial, por contrariedade à lei, onde requereu a reforma do acórdão vergastado para que fosse restabelecida a decisão de primeira instância. O recurso foi admitido, nos termos do despacho de fl. 277. Cientificada do acórdão e, também, do despacho de admissibilidade do recurso da Fazenda Nacional, o Sujeito Passivo apresentou embargos de declaração, alegando omissão no tocante a matéria sobre a qual deveria terse pronunciado o Colegiado, mais precisamente, sobre a questão de se excluir da receita operacional bruta os valores relativos as exportações de mercadorias adquiridas de terceiros. Junto com os Embargos, a contribuinte apresentou as contrarrazões ao apelo Fazendário. A Câmara recorrida acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, e determinou a exclusão, da receita operacional bruta, dos valores correspondentes as exportações de mercadorias adquiridas de terceiros. Cientificada do acórdão integrativo referente aos declaratórios mencionados linhas acima, a PGFN não apresentou recurso. É o relatório. Fl. 370DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/08/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/08/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 13/08/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 Voto Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, dele conheço. A matéria devolvida ao Colegiado cingese às questões da inclusão dos valores pertinentes às aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem junto a pessoas físicas e cooperativas de produtores, na base de cálculo do crédito presumido de IPI. No tocante às aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem junto a pessoas físicas e cooperativas, o meu entendimento é no sentido contrário à pretensão do sujeito passivo. Todavia, com a alteração regimental, que acrescentou o art. 62A ao Regimento Interno do Carf, as decisões do Superior Tribunal de Justiça, em sede recursos repetitivos devem ser observados no Julgamento deste Tribunal Administrativo. Assim, se a matéria foi julgada pelo STJ, em sede de recurso repetitivo, a decisão de lá deve ser adotada aqui, independentemente de convicções pessoais dos julgadores. Essa é justamente a hipótese dos autos, em que o STJ, em sede de recurso repetitivo versando sobre matéria idêntica à do recurso ora sob exame, decidiu1 que, O crédito presumido de IPI, instituído pela Lei 9.363/96, não poderia ter sua aplicação restringida por força da Instrução Normativa SRF 23/97, ato normativo secundário, que não pode inovar no ordenamento jurídico, subordinandose aos limites do texto legal. ......................................................................................................... Conseqüentemente, sobressai a "ilegalidade" da instrução normativa que extrapolou os limites impostos pela Lei 9.363/96, ao excluir, da base de cálculo do benefício do crédito presumido do IPI, as aquisições (relativamente aos produtos oriundos de atividade rural) de matériaprima e de insumos de fornecedores não sujeito à tributação pelo PIS/PASEP e pela COFINS. É que: (i) "a COFINS e o PIS oneram em cascata o produto rural e, por isso, estão embutidos no valor do produto final adquirido pelo produtorexportador, mesmo não havendo incidência na sua última aquisição"; (ii) "o Decreto 2.367/98 Regulamento do IPI , posterior à Lei 9.363/96, não fez restrição às aquisições de produtos rurais"; e (iii) "a base de cálculo do ressarcimento é o valor total das aquisições dos insumos utilizados no processo produtivo (art. 2º), sem condicionantes" (REsp 586392/RN). 1 AgRg no AgRg no REsp 1088292 / RS AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2008/02047717 Fl. 371DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/08/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/08/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 13/08/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10930.000765/9871 Acórdão n.º 930301.607 CSRFT3 Fl. 332 5 Essa decisão foi proferida, justamente, em julgamento relativo a pedido de ressarcimento/compensação de crédito presumido de IPI, de que trata a lei 9.363/1996, em que atos normativos infralegais obstaculizaram a inclusão na base de cálculo do incentivo das compras realizadas junto a cooperativas. Com essas considerações, ressalvo meu entendimento em contrário, explicitado em inúmeros votos neste Colegiado, e, por força regimental, curvome a decisão do STJ, e dou provimento ao recurso para a admitir a inclusão, na base de cálculo do crédito presumido de IPI, dos valores pertinentes às aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagens, efetuadas junto a pessoas físicas e cooperativas de produtores. É como voto. Henrique Pinheiro Torres Fl. 372DF CARF MF Impresso em 28/08/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/08/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/08/2012 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 13/08/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 11065.003063/99-20
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Mar 07 00:00:00 UTC 2012
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
Período de apuração: 01/02/1998 a 31/07/1999
PIS. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. APLICAÇÃO DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA.
As entidades sem fins lucrativos que tenham empregados assim definidos pela legislação trabalhista contribuirão para o fundo mediante aplicação da alíquota de 1% sobre a folha de pagamento.
Recurso Especial do Procurador Negado.
Numero da decisão: 9303-001.883
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso especial.
Matéria: Pasep- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: MARIA TERESA MARTINEZ LOPEZ
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : Pasep- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201203
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/02/1998 a 31/07/1999 PIS. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. APLICAÇÃO DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. As entidades sem fins lucrativos que tenham empregados assim definidos pela legislação trabalhista contribuirão para o fundo mediante aplicação da alíquota de 1% sobre a folha de pagamento. Recurso Especial do Procurador Negado.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
numero_processo_s : 11065.003063/99-20
conteudo_id_s : 5218589
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri May 08 00:00:00 UTC 2020
numero_decisao_s : 9303-001.883
nome_arquivo_s : Decisao_110650030639920.pdf
nome_relator_s : MARIA TERESA MARTINEZ LOPEZ
nome_arquivo_pdf_s : 110650030639920_5218589.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial.
dt_sessao_tdt : Wed Mar 07 00:00:00 UTC 2012
id : 4573364
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:59:28 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041396446789632
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1731; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 226 1 225 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 11065.003063/9920 Recurso nº 221.221 Especial do Procurador Acórdão nº 930301.883 – 3ª Turma Sessão de 07 de março de 2012 Matéria PIS base de cálculo Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado FEDERAÇÃO DE VELA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/02/1998 a 31/07/1999 PIS. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. APLICAÇÃO DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. As entidades sem fins lucrativos que tenham empregados assim definidos pela legislação trabalhista contribuirão para o fundo mediante aplicação da alíquota de 1% sobre a folha de pagamento. Recurso Especial do Procurador Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Maria Teresa Martínez López Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo. Ausente, justificadamente, a Conselheira Nanci Gama. Fl. 262DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por MARIA TERESA MARTINEZ LOPEZ, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 Relatório Tratase de recurso especial de contrariedade à lei, interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional ao amparo da então Portaria n° 147, de 25/06/2007 (RICSRF), em face do Acórdão nº 20180.094, por meio do qual se deu provimento ao recurso voluntário. A ementa dessa decisão, possui a seguinte redação: PIS. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. ATIVIDADE DE BINGO. APLICAÇÃO DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. As entidades sem fins lucrativos que tenham empregados assim definidos pela legislação trabalhista contribuirão para o fundo mediante aplicação da alíquota de 1% sobre a folha de pagamento (Lei Complementar n° 7/70, arts. 3 2 e 42, c/c o DecretoLei n° 2.202/86, art 33). Incabível a exigência da contribuição, tendo como base de cálculo o faturamento, em vista do enquadramento como entidade sem fins lucrativos. Impossibilidade de interpretação diversa em vista da legislação específica. Recurso Provido. A recorrente alega, em suma que (SIC): O acórdão recorrido, porém, limitouse apenas em cancelar o auto de infração, sob o argumento de que a autuada é entidade sem fins lucrativos, e como tal deve contribuir com a alíquota de 1% (um por cento) sobre a folha de pagamento. Em suma: os julgadores entenderam, a nosso ver e data vênia, equivocadamente, que a receita obtida por entidades sem fins lucrativos em decorrência da exploração de bingos não significa "faturamento" para fins de incidência do PIS, na medida em que tais pessoas jurídicas já contribuem com base na folha de pagamento. Constatase, portanto, que a decisão recorrida não enfrentou o tema como deveria, pois a recorrida, embora seja entidade sem fim lucrativo, credenciouse junto à União para explorar o jogo de bingo, contratando para administrar a atividade, empresa comercial. Assim, na prática desta atividade, a recorrida passou a auferir determinado faturamento, sobre o qual o PIS deverá incidir, sem implicar em violação ao art. 2% II, da Lei 9.715198 (e art. 13 da MP 2.037/00 convertida na Lei 10.637/02) ou ao art. 15 da Lei 9.532/97. Por meio do Despacho nº 0012010 (fls. 211/212), sob o entendimento de terem sido observados os requisitos legais, deuse seguimento ao recurso da Fazenda Nacional. É o relatório. Fl. 263DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por MARIA TERESA MARTINEZ LOPEZ, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11065.003063/9920 Acórdão n.º 930301.883 CSRFT3 Fl. 227 3 Voto Conselheira Maria Teresa Martínez López, Relatora O recurso especial atende aos requisitos legais e dele tomo conhecimento. A questão limitase: (i) à natureza da entidade sem fins lucrativos; e (ii) à possibilidade, dada a sua natureza, de a tributação ser idêntica a de uma sociedade com fins lucrativos, ou seja, sobre o faturamento e não folha de salários. Penso acertada a decisão recorrida que cancelou o auto de infração por entender que, no caso de tratarse de entidade de fins não lucrativos deve contribuir com a alíquota de 1% (um por cento) sobre a folha de pagamento. Nesse sentido, houve erro de enquadramento legal. De fato as normas concernentes à base de cálculo e a correspondente alíquota têm se mantido inalteradas, não admitindo adoção de critério misto (folha de pagamento X faturamento) como quer a respeitável fiscalização e DRJ, no entendimento equivocado de que: PIS. BASE DE CALCULO A base de cálculo para a incidência do PIS na atividade de bingo corresponde a 100% do valor arrecadado. Nesse sentido, a decisão guerreada foi precisa ao estabelecer a impossibilidade de se manter o lançamento. Confirase: Digo isso porque entendo pela total impossibilidade de aplicar se tratamento diferenciado daquele legalmente determinado pela Lei Complementar n° 7/70, art. 3 2, § 42; Lei n° 9715/98, art. 2 2, inciso II, e art. 8 2, inciso II; Lei n° 9.718/98 e MP n° 1858 6/99, art. 13. Ao meu entender, está claro que a legislação específica, na intenção de incentivar as entidades sem fins lucrativos, estabeleceu pela impossibilidade de admitirse outro tratamento para fim de recolhimento da contribuição ao PIS que não seja 1% sobre a folha de salários. Neste sentido importa registrar que em nenhum momento discutiuse o enquadramento da recorrente como entidade sem fins lucrativos, inclusive esta questão foi ignorada, em vista das orientações administrativas da Secretaria da Fazenda, utilizadas para fundamentar o Acórdão de primeira instância (Parecer MF/SRF/Cosit/Ditir n° 216/96 e Decisão SRF/10 RF/Disit n° 233/98). É imperioso, portanto, acreditar na regularidade da instituição e, portanto, no direito aos benefícios legais, entre eles o recolhimento da contribuição ao PIS à alíquota de 1% sobre a folha de pagamento. (a expressão “folha de empregados” foi objeto de retificação por meio de embargos) E mais: Fl. 264DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por MARIA TERESA MARTINEZ LOPEZ, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 Voltando ao passado, a Contribuição para o Programa de Integração Social PIS foi instituída pela Lei Complementar n.º 7/70, estabelecendo que: “Art. 3º O Fundo de Participação será constituído por duas parcelas: A primeira, mediante dedução do Imposto de Renda devido, na forma estabelecida no parágrafo 1º, deste artigo, processandose o seu recolhimento ao fundo juntamente com o pagamento do Imposto de Renda; A segunda, com recursos próprios da empresa, calculados com base no faturamento, como segue: [...] Parágrafo 4º As entidades de fins não lucrativos, que tenham empregados assim definidos pela Legislação Trabalhista, contribuirão para o Fundo na forma da lei.” Por seu turno, o Decretolei n.º 2.303/86, no artigo 33, cumprindo esse dispositivo da L.C. 7/70, estabeleceu que as “entidades de fins não lucrativos, que tenham empregados, assim definidos na legislação trabalhista, continuarão a contribuir para o Programa de Integração Social – PIS à alíquota de 1%, incidente sobre a folha de pagamento”. Continuando no tempo, MP 1.212/95 e edições posteriores, culminando na Lei nº 9.715/98 que assim tratou da matéria: Art. 2º A contribuição para o PIS/PASEP será apurada mensalmente: (...) II pelas entidades sem fins lucrativos definidas como empregadoras pela legislação trabalhista, inclusive as fundações, com base na folha de salários; (...) Percebese que o dispositivo se refere a entidades sem fins lucrativos de forma genérica ressaltando a circunstância de ser empregadora. A MP nº 1.8586, de 29 de junho de 1999 e reedições, culminando na MP nº 2.15835, de 24 de agosto de 2001, revogou o dispositivo da Lei nº 9.715/98 supra transcrito. Entretanto, manteve a sistemática de tributação: Art. 13. A contribuição para o PIS/PASEP será determinada com base na folha de salários, à alíquota de um por cento, pelas seguintes entidades: I templos de qualquer culto; II partidos políticos; III instituições de educação e de assistência social a que se refere o art. 12 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997; IV instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, a que se refere o art. 15 da Lei no 9.532, de 1997; Fl. 265DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por MARIA TERESA MARTINEZ LOPEZ, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11065.003063/9920 Acórdão n.º 930301.883 CSRFT3 Fl. 228 5 (...); Nesse entendimento por mim adotado, em relação às entidades sem fins lucrativos, são contribuintes do PIS, tendo como base de cálculo o total da folha de pagamento mensal de seus empregados, à alíquota de 1% (um por cento). CONCLUSÃO Diante do exposto, nego provimento ao recurso da Fazenda Nacional. Maria Teresa Martínez López Fl. 266DF CARF MF Impresso em 10/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/09/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por MARIA TERESA MARTINEZ LOPEZ, Assinado digitalmente em 24/09/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 10510.001836/2002-03
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Feb 25 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/07/1998 a 31/12/1998
LANÇAMENTO ELETRÔNICO. DCTF. MOTIVAÇÃO INCONSISTENTE. CANCELAMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO.
Deve ser cancelado o auto de infração quando a motivação do lançamento (proc jud não comprovad) não se mostrou verdadeira, notadamente em face do conteúdo fático-probatório trazido aos autos.
DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. AUTO DE INFRAÇÃO. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ART. 156, INCISO X, DO CTN.
Proferida decisão, em Ação Judicial ajuizada pelo Contribuinte, anteriormente à lavratura do Auto de Infração, com trânsito em julgado favorável aos seus interesses, fica extinto o crédito tributário, nos termos do inciso X do artigo 156 do Código Tributário Nacional.
Recurso Especial do Procurador Negado.
Numero da decisão: 9303-002.175
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. O Conselheiro Henrique Pinheiro Torres votou pelas conclusões.
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente Substituto
Rodrigo Cardozo Miranda - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Mércia Helena Trajano DAmorim, Maria Teresa Martínez López, Antônio Lisboa Cardoso e Luiz Eduardo de Oliveira Santos.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: RODRIGO CARDOZO MIRANDA
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : PIS - ação fiscal (todas)
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201210
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/07/1998 a 31/12/1998 LANÇAMENTO ELETRÔNICO. DCTF. MOTIVAÇÃO INCONSISTENTE. CANCELAMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO. Deve ser cancelado o auto de infração quando a motivação do lançamento (proc jud não comprovad) não se mostrou verdadeira, notadamente em face do conteúdo fático-probatório trazido aos autos. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. AUTO DE INFRAÇÃO. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ART. 156, INCISO X, DO CTN. Proferida decisão, em Ação Judicial ajuizada pelo Contribuinte, anteriormente à lavratura do Auto de Infração, com trânsito em julgado favorável aos seus interesses, fica extinto o crédito tributário, nos termos do inciso X do artigo 156 do Código Tributário Nacional. Recurso Especial do Procurador Negado.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Mon Feb 25 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 10510.001836/2002-03
anomes_publicacao_s : 201302
conteudo_id_s : 5187828
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 9303-002.175
nome_arquivo_s : Decisao_10510001836200203.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : RODRIGO CARDOZO MIRANDA
nome_arquivo_pdf_s : 10510001836200203_5187828.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. O Conselheiro Henrique Pinheiro Torres votou pelas conclusões. Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente Substituto Rodrigo Cardozo Miranda - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Mércia Helena Trajano DAmorim, Maria Teresa Martínez López, Antônio Lisboa Cardoso e Luiz Eduardo de Oliveira Santos.
dt_sessao_tdt : Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2012
id : 4502816
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:34 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041215616712704
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1900; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 276 1 275 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10510.001836/200203 Recurso nº 231.263 Especial do Procurador Acórdão nº 9303002.175 – 3ª Turma Sessão de 18 de outubro de 2012 Matéria PIS Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado G. BARBOSA & CIA. LTDA. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/07/1998 a 31/12/1998 LANÇAMENTO ELETRÔNICO. DCTF. MOTIVAÇÃO INCONSISTENTE. CANCELAMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO. Deve ser cancelado o auto de infração quando a motivação do lançamento (“proc jud não comprovad”) não se mostrou verdadeira, notadamente em face do conteúdo fáticoprobatório trazido aos autos. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. AUTO DE INFRAÇÃO. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ART. 156, INCISO X, DO CTN. Proferida decisão, em Ação Judicial ajuizada pelo Contribuinte, anteriormente à lavratura do Auto de Infração, com trânsito em julgado favorável aos seus interesses, fica extinto o crédito tributário, nos termos do inciso X do artigo 156 do Código Tributário Nacional. Recurso Especial do Procurador Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. O Conselheiro Henrique Pinheiro Torres votou pelas conclusões. Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente Substituto Rodrigo Cardozo Miranda Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 51 0. 00 18 36 /2 00 2- 03 Fl. 309DF CARF MF Impresso em 28/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/02/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Mércia Helena Trajano D’Amorim, Maria Teresa Martínez López, Antônio Lisboa Cardoso e Luiz Eduardo de Oliveira Santos. Relatório Cuidase de Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional (fls. 254 a 260) contra o v. acórdão proferido pela Quarta Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes (fls. 246 a 251) que, por maioria de votos, deu provimento ao Recurso Voluntário e, por unanimidade de votos, negou provimento ao Recurso de Ofício. O auto de infração eletrônico, em síntese, apresentou como fundamento “Proc jud de outro CNPJ”. O v. acórdão recorrido tem a seguinte ementa: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/07/1998 a 31/12/1998 PIS. COMPENSAÇÃO. AÇÃO JUDICIAL. Se o crédito tributário está com a sua exigibilidade suspensa, nada obsta o lançamento de ofício deste. Contudo, se no curso do processo fiscal o contribuinte obtiver título judicial definitivo reconhecendo determinado indébito e declarando o direito à compensação com o valor sob exação, este deve ser compensado com aquele e nos termos daquele, a ser quantificado pelo Fisco, com as cautelas de praxe. Recurso de ofício negado NORMAS PROCESSUAIS. LANÇAMENTO POR REVISÃO DE DCTF. INSUBSISTÊNCIA DA ACUSAÇÃO. IMPROCEDÊNCIA. Comprovada pelo contribuinte a veracidade das informações constantes em sua DCTF tornase improcedente lançamento efetuado nos moldes do art. 90 da Medida Provisória nº 2.58 35, cuja acusação é exatamente a existência de débito exigível em decorrência da inexatidão das informações prestadas. O lançamento para prevenir a decadência apenas é necessário se o débito suspenso não está regularmente confessado na DCTF.” (grifos nossos) A Colenda Câmara a quo entendeu, em síntese, na esteira do voto vencedor proferido pelo Ilustre Conselheiro Júlio César Alves Ramos, que a acusação fiscal no sentido de que inexistiria ação judicial, no curso da qual se teriam efetuado depósitos suspensivos da exigibilidade do crédito confessado em DCTF, restou desmentida pelos documentos trazidos aos autos pelo contribuinte em sua defesa. Irresignada, a Fazenda Nacional interpôs Recurso Especial, arguindo que: (i) o lançamento foi lavrado pelo não reconhecimento de valores do PIS informados em DCTF, porquanto não confirmados os processos judiciais; (ii) inexiste, no caso, cerceamento ao direito Fl. 310DF CARF MF Impresso em 28/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/02/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Processo nº 10510.001836/200203 Acórdão n.º 9303002.175 CSRFT3 Fl. 277 3 de defesa, pois os fundamentos da autuação restaram devidamente consignados no auto de infração; (iii) faziase necessária a constituição do crédito tributário para prevenção de decadência, independentemente da suspensão da exigibilidade; e, por fim, (iv) faziase necessária a comprovação da desistência da execução pela via judicial, a fim de evitar a execução nas duas frentes (administrativa e judicial). O recurso especial da Fazenda Nacional foi admitido através do r. despacho de fls. 268. A Recorrida não apresentou contrarrazões (fl. 274). É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo Cardozo Miranda, Relator Presentes os requisitos de admissibilidade, entendo que o recurso especial deve ser conhecido. Quanto ao mérito, o acórdão recorrido entendeu pelo provimento do Recurso Voluntário apresentado pela Recorrida, exonerandoa da exigência consubstanciada no Auto de Infração. Entendo que tal decisão deve ser mantida, conforme passo a demonstrar. A lavratura do Auto de Infração e a sua manutenção pelo não reconhecimento dos valores compensados em DCTF, em virtude da ausência de comprovação de Ação Judicial, ou, mais especificamente, “Proc Jud de outro CNPJ”, não merece guarida. Como visto, o lançamento originouse de suposta insuficiência de pagamento de tributo. A Recorrida informou a existência de processo judicial que lhe havia reconhecido crédito tributário e assegurado a compensação. Posteriormente, em sua impugnação, a Recorrida juntou as principais decisões do referido processo, provando, assim, a existência de um direito creditório contra o Fisco. Ora, provado o direito creditório em desfavor do Fisco e tendo o referido crédito sido utilizado para quitar débitos vinculados em DCTF, desaparece o motivo que deu origem à lavratura do auto de infração. Vulnerada a causa que autorizava a autoridade tributária a lançar o crédito em seu favor (débito sem correspondente crédito confirmado), não há como manter o auto de infração, independentemente da forma em que a compensação foi procedida, pois aqui falta elemento essencial ao lançamento, qual seja, faltalhe o motivo. Conforme ensinam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo Descomplicado. 16ª Edição. São Paulo: Método: 2008. Pág. 407): “O motivo ou causa é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo, ou, Fl. 311DF CARF MF Impresso em 28/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/02/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS 4 por outras palavras, é o pressuposto fático e jurídico (ou normativo) que enseja a prática do ato” Dito isto, desaparecendo o motivo, desaparece a causa que ensejou o lançamento, devendo o mesmo ser desconstituído. Inexistindo débito sem crédito confirmado – motivo do auto de infração –, pois o crédito foi posteriormente confirmado pela Recorrida, não há como manter o auto de infração em apreço, por lhe faltar elemento essencial para sua manutenção. Além disso, especificamente quanto à presente hipótese e conforme consta dos autos, a Recorrida ajuizou Ação Judicial, anteriormente à lavratura do auto de infração, que originou o presente processo, com vistas a obter provimento que lhe assegurasse “o direito de compensar os valores pagos a maior com base nos DecretosLei 2.445 e 2.449, com valores devidos a título de PIS na forma da MP 1212/95, com correção monetária plena desde o recolhimento indevido”, tendo sido prolatada sentença favorável aos seus interesses, transitada em julgado em 14/10/2004 (fls. 239). Neste cenário, entendo que, de toda forma, o Auto de Infração não merece ser mantido, devendo ser reconhecida a extinção do crédito tributário, nos termos do artigo 156, X, do Código Tributário Nacional. Por conseguinte, em face de todo o exposto, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao Recurso Especial da Fazenda Nacional. Rodrigo Cardozo Miranda Fl. 312DF CARF MF Impresso em 28/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/02/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
score : 1.0
Numero do processo: 10882.002418/2002-05
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Oct 16 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Feb 01 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/01/1995 a 31/12/1999
EMENTA:
COFINS - DECADÊNCIA-543-C. A inocorrência de recolhimento faz com que a constituição do crédito tributário se subsuma aos ditames do art. 173, I do Código Tributário Nacional. Recurso provido.
Numero da decisão: 9303-002.138
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos,
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso especial.Vencida a Conselheira Nanci Gama, que negava provimento.
VALMAR FONSECA DE MENEZES Presidente substituto.
FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros:
Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Mércia Helena Trajano DAmorim (Substituta convocada), Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Valmar Fonseca de Menezes (Presidente Substituto).
Nome do relator: FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201210
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/01/1995 a 31/12/1999 EMENTA: COFINS - DECADÊNCIA-543-C. A inocorrência de recolhimento faz com que a constituição do crédito tributário se subsuma aos ditames do art. 173, I do Código Tributário Nacional. Recurso provido.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Fri Feb 01 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 10882.002418/2002-05
anomes_publicacao_s : 201302
conteudo_id_s : 5183159
dt_registro_atualizacao_tdt : Sat Feb 02 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 9303-002.138
nome_arquivo_s : Decisao_10882002418200205.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA
nome_arquivo_pdf_s : 10882002418200205_5183159.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso especial.Vencida a Conselheira Nanci Gama, que negava provimento. VALMAR FONSECA DE MENEZES Presidente substituto. FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Mércia Helena Trajano DAmorim (Substituta convocada), Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Valmar Fonseca de Menezes (Presidente Substituto).
dt_sessao_tdt : Tue Oct 16 00:00:00 UTC 2012
id : 4463660
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:15 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041215977422848
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1540; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 814 1 813 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10882.002418/200205 Recurso nº 223.857 Especial do Procurador Acórdão nº 9303002.138 – 3ª Turma Sessão de 16 de outubro de 2012 Matéria Auto de Infração Recorrente Fazenda Nacional Interessado Fundação Instituto de Ensino para Osasco ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/1995 a 31/12/1999 EMENTA: COFINS DECADÊNCIA543C. A inocorrência de recolhimento faz com que a constituição do crédito tributário se subsuma aos ditames do art. 173, I do Código Tributário Nacional. Recurso provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso especial.Vencida a Conselheira Nanci Gama, que negava provimento. VALMAR FONSECA DE MENEZES – Presidente substituto. FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 2. 00 24 18 /2 00 2- 05 Fl. 814DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por VALMAR FONSECA DE MENEZES 2 Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Mércia Helena Trajano D’Amorim (Substituta convocada), Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Valmar Fonseca de Menezes (Presidente Substituto). Relatório Insurgese a Fazenda Nacional, Recurso Especial de fls. 714/730, admitido pelo despacho de fls. 732, contra o Acórdão de fls. 699/700, que, unanimemente, deu provimento parcial ao recurso para declarar decadente o lançamento relativamente aos períodos de apuração anteriores a dezembro de 1995. O acórdão guerreado traz a seguinte ementa: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS Período de apuração: 01/01/1995 a 31/12/1999 NORMAS PROCESSUAIS. OPÇÃO PELA VIA JUDICIAL. DESISTÊNCIA DA ESFERA ADMINISTRATIVA. O contribuinte que busca a tutela jurisdicional abdica da esfera administrativa, na parte em que trata do mesmo objeto. DECADÊNCIA. CINCO ANOS A CONTAR DO FATO GERADOR. SÚMULA VINCULANTE DO STF N° 8/2008. Editada a Súmula vinculante do STF n° 8/2008, segundo a qual é inconstitucional o art. 45 da Lei n° 8.212/91, o prazo para a Fazenda proceder ao lançamento da COFINS e do PIS é de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador, nos termos dos art. 150, § 4°, do Código Tributário Nacional, independente de ter havido o pagamento antecipado exigido por esse artigo. ENTIDADES FILANTRÓPICAS E BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. IMUNIDADE. ISENÇÃO. REQUISITOS. ART. 55 DA LEI N° 8.212/91. Para o gozo da imunidade estatuída pelo art. 195, § 7°, da Constituição Federal, ou da isenção aplicável ás entidades filantrópicas ou beneficentes de assistência social, carece sejam obedecidos os requisitos estabelecidos pelo art. 55 da Lei n°8.212/91. Fl. 815DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por VALMAR FONSECA DE MENEZES Processo nº 10882.002418/200205 Acórdão n.º 9303002.138 CSRFT3 Fl. 815 3 Recurso Provido em Parte.” Aduz a Fazenda Nacional que não havendo recolhimento antecipado do tributo, correto é que se conte o prazo decadencial conforme prevê o artigo 173, inciso I, ao invés do artigo 150, §4º, ambos do CTN, conforme ficou decidido no acórdão guerreado. Embasa a divergência transcrevendo acórdãos paradigmáticos à fl. 716, onde entendeuse que a ausência de pagamento antecipado é prerrogativa para aplicação do prazo decadencial do artigo 173, inciso I, CTN. Neste ponto, pugna pela aplicação da contagem decadencial tendo como marco inicial o primeiro dia útil do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ter sido efetuado, conforme anota o artigo 173 multireferido no apelo especial. Transcreve à fl. 718 Informativo nº 250 do STJ, e à fl. 719 entendimento do doutrinador LUCIANO AMARO, dando sustentação à tese trazida de que para contar o prazo decadencial pelo artigo 150, §4º, CTN, deve ter havido pagamento antecipado a homologar. Também insere jurisprudência do STJ, Resp nº 973.733/SC, da Relatoria do Min. Luiz Fux, às fls. 720/722 e trecho do parecer PGFN/CAT Nº 1607/2008 às fls. 722/725, ambas favoráveis a aplicação da tese de contagem do prazo decadencial. Finalmente, requer seja reformado o acórdão combatido para afastar a decadência dos lançamentos anteriores à dezembro de 1995. Sem ContraRazões. É o relatório. Voto V O T O do Conselheiro Relator Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva. O Recurso preenche condições de admissibilidade, dele tomo conhecimento. Fl. 816DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por VALMAR FONSECA DE MENEZES 4 A inconformidade da Fazenda Nacional repousa exclusivamente no fato de que o Acórdão recorrido, amparado no art. 150, § 4º do CTN decidiu, independentemente de ter havido ou não pagamento. Conforme Demonstrativo de Apuração de fl. 64/68 nenhum recolhimento a título da COFINS foi levado a efeito portanto, lastreado no art. 543C do CPC voto no sentido de dar provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional para que seja aplicado ao presente caso o art. 173,I do CTN. Sala das Sessões, 16 de outubro de 2012. FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA – Relator. Fl. 817DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 29/01/2013 por VALMAR FONSECA DE MENEZES
score : 1.0
Numero do processo: 10925.000722/2005-17
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Jul 11 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Feb 04 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003
RESSARCIMENTO - TAXA SELIC - AQUISIÇÕES DE NÃO CONTRIBUINTES - De ser admitida a Taxa Selic sobre o ressarcimento a partir da protocolização do pedido na esteira dos precedentes deste CARF. A Lei nº 9.363/96 não excluiu da base de cálculo as aquisições de não contribuintes.
Recurso da Fazenda Nacional negado.Recurso da Contribuinte provido.
Numero da decisão: 9303-002.059
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, , por unanimidade, I) em negar provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional; e II) dar provimento ao recurso especial do sujeito passivo.
OTACÍLIO DANTAS CARTAXO - Presidente.
FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto (Substituto convocado), e Otacílio Dantas Cartaxo.
Matéria: IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
Nome do relator: FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201207
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003 RESSARCIMENTO - TAXA SELIC - AQUISIÇÕES DE NÃO CONTRIBUINTES - De ser admitida a Taxa Selic sobre o ressarcimento a partir da protocolização do pedido na esteira dos precedentes deste CARF. A Lei nº 9.363/96 não excluiu da base de cálculo as aquisições de não contribuintes. Recurso da Fazenda Nacional negado.Recurso da Contribuinte provido.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Mon Feb 04 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 10925.000722/2005-17
anomes_publicacao_s : 201302
conteudo_id_s : 5183417
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Feb 06 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 9303-002.059
nome_arquivo_s : Decisao_10925000722200517.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA
nome_arquivo_pdf_s : 10925000722200517_5183417.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, , por unanimidade, I) em negar provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional; e II) dar provimento ao recurso especial do sujeito passivo. OTACÍLIO DANTAS CARTAXO - Presidente. FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto (Substituto convocado), e Otacílio Dantas Cartaxo.
dt_sessao_tdt : Wed Jul 11 00:00:00 UTC 2012
id : 4473071
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:17 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041215982665728
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1775; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 334 1 333 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10925.000722/200517 Recurso nº 237.353 Especial do Procurador e do Contribuinte Acórdão nº 9303002.059 – 3ª Turma Sessão de 11 de julho de 2012 Matéria Crédito Presumido de IPIPIS/CONFINS Recorrentes SADIA FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003 RESSARCIMENTO TAXA SELIC AQUISIÇÕES DE NÃO CONTRIBUINTES De ser admitida a Taxa Selic sobre o ressarcimento a partir da protocolização do pedido na esteira dos precedentes deste CARF. A Lei nº 9.363/96 não excluiu da base de cálculo as aquisições de não contribuintes. Recurso da Fazenda Nacional negado.Recurso da Contribuinte provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, , por unanimidade, I) em negar provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional; e II) dar provimento ao recurso especial do sujeito passivo. OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente. FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 92 5. 00 07 22 /2 00 5- 17 Fl. 334DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto (Substituto convocado), e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório Às fls. 200/219 e 234/302, recursos especiais da Fazenda e da Contribuinte, insurgindose contra o Acórdão de fls. 182/183, que por maioria de votos, deu provimento parcial ao recurso voluntário da Contribuinte para permitir a inclusão na base de cálculo do crédito presumido de IPI às aquisições de cooperativas, assim como corrigir o crédito objeto do pedido de ressarcimento a partir da taxa SELIC. O despacho de admissibilidade à fl. 222 deu seguimento total ao Recurso Especial da Fazenda. Na fl. 304 exame de admissibilidade do Recurso da Contribuinte dando seguimento apenas às aquisições de pessoas físicas e na fl. 305 a confirmação do Presidente da CSRF. O acórdão recorrido foi assim ementado: “IPI. CRÉDITO PRESUMIDO DE BASE DE CÁLCULO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE NÃO CONTRIBUINTES. PESSOAS FÍSICAS. Excluemse da base de cálculo do crédito presumido do IPI as aquisições de insumos que não sofreram incidência das contribuições ao PIS e à Cofins no fornecimento ao produtorexportador. BASE DE CÁLCULO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE NÃO CONTRIBUINTES COOPERATIVAS. A partir da revogação da isenção deferida às cooperativas de produção, em relação às contribuições ao PIS e à Cofins, é legítima a inclusão das aquisições a essas entidades na base de cálculo do crédito presumido instituído pela Lei n° 9.363/96. BASE DE CÁLCULO. INSUMOS ADQUIRIDOS DE NÃO CONTRIBUINTES. COOPERATIVAS. DESPESAS HAVIDAS COM PRODUTOS QUE NÃO ATENDEM À DEFINIÇÃO DE MATÉRIAPRIMA, PRODUTO INTERMEDIÁRIO OU Fl. 335DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10925.000722/200517 Acórdão n.º 9303002.059 CSRFT3 Fl. 335 3 MATERIAL DE EMBALAGEM DA LEGISLAÇÃO DO IPI. Somente podem ser incluídas na base de calculo do crédito presumido as aquisições de matériaprima, de produto intermediário ou de material de embalagem. Nos termos da legislação do IPI, somente se enquadram nessa condição aqueles produtos que, não sendo bens do ativo permanente, sejam aplicados no processo produtivo e que se consumam em decorrência de contato físico direto com o bem em elaboração. IPI. RESSARCIMENTO. TAXA SELIC. O ressarcimento é uma espécie do gênero restituição, conforme já decidido por esta Câmara Superior de Recursos Fiscais (Acórdão CSRF/02.0.708), pelo que deve ser aplicado o disposto no art. 39, § 4º da Lei n° 9.250/95, aplicandose a Taxa Selic a partir do protocolo do pedido. Recurso provido em parte. ” A União (Fazenda Nacional) insurgese apenas contra a incidência da taxa SELIC aduzindo que o julgado recorrido equiparou o instituto do ressarcimento de crédito presumido do IPI, regulado pela Lei nº 9.363/96, à restituição de indébito prevista no art. 165, CTN, fazendo incidir, por analogia, a disciplina do art. 39, §4°, da Lei n° 9.250/95 àquela hipótese. Cita às fls. 204/205, ementas do STJ, corroborando com sua tese da não equiparação dos institutos, bem como a não incidência da SELIC em caso de ressarcimento. Transcreve ementas de julgados deste Conselho às fls. 208/209 favoráveis a tese argüida, requerendo o reexame do acórdão vergastado para excluir a incidência da SELIC do monte passível de ressarcimento. Dispara argumentos também no sentido de que a taxa SELIC não é índice de correção monetária, conceituandoa como taxa básica para remuneração de investidores na compra e venda de títulos públicos. Por fim, pede que seja reconhecido que a taxa Selic não incide sobre os valores recebidos a titulo de ressarcimento de crédito presumido do IPI; ou, alternativamente, seja determinada a incidência da Taxa Selic em momento posterior à protocolização do pedido originário de ressarcimento. Fl. 336DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 Em ContraRazões às fls. 229/233, a Contribuinte discorre: Preliminarmente, minando a admissibilidade do Recurso da Fazenda, aduz que o mesmo não cumpre com os requisitos do “art. 67º, § 3º do Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais”, que, transcrito à fl. 231, prevê admissibilidade apenas à matéria prequestionada, cabendo a Recorrente demonstrála nas peças processuais. No mérito, reforça argumentos para manutenção da decisão em relação à SELIC, aduzindo que o legislador equiparou a restituição ao ressarcimento através do Decreto n° 2.138 de 29 de janeiro de 1997, diferentemente do que aborda a Fazenda em seu Recurso. Relaciona também a incidência da correção monetária pela SELIC através da conclusão do Parecer AGU n° GQ96, de 11 de janeiro de 1996, no sentido de que a falta de expressão legal não autoriza o Fisco a negar correção monetária. Segue transcrevendo ementas deste Conselho às fls. 232/233, mencionando também numerações de acórdãos precedentes, bem como posicionamento do STJ exteriorizado no voto do Ministro José Delgado, no Resp nº611905/RS, assim transcrito: "A jurisprudência desta Corte é remansosa no sentido de que as regras atinentes à repetição de indébito são extensíveis ao ressarcimento do IPI. Portanto, tanto em um caso quanto no outro, cabe a aplicação de correção monetária e a compensação desses valores com débitos vencidos e vincendos, relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob administração da Secretaria da Receita Federal."” Por fim, requer que o acórdão vergastado seja mantido por não subsistir razão aos argumentos da União. No Recurso Especial, a Contribuinte traz a matéria relativamente à exclusão no acórdão das aquisições feitas de pessoas físicas e dos materiais relativos à “conservação, manutenção, limpeza, desinfecção, vestuários e equipamentos de proteção e, ainda, a energia elétrica, combustíveis e lubrificantes consumidos” da base de cálculo do crédito presumido de IPI. Às fls. 238/242, relaciona o acórdão recorrido com acórdãos paradigmas, pois nas ementas transcritas como dissidência jurisprudencial, admitiuse a inclusão de todas as aquisições, inclusive as das pessoas físicas, demonstrando pontualmente a divergência de entendimentos deste Conselho. Fl. 337DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10925.000722/200517 Acórdão n.º 9303002.059 CSRFT3 Fl. 336 5 Noutro ponto, questiona a exclusão dos produtos de conservação e manutenção, limpeza e desinfecção, combustível e lubrificantes, uniformes e equipamentos e energia elétrica, pois foi devidamente comprovado, pelos documentos acostados ao recurso voluntário, que os mesmos se exaurem no processo produtivo, entretanto, não tiveram inclusão reconhecida no acórdão, que mencionou, inclusive, a ausência de explicação da relação desses insumos com o produto final, transparecendo para a Recorrente possível omissão do julgador na apreciação do anexo probatório. Nesta esteira, transcreve às fls. 243/244 acórdãos paradigmas que admitem a inclusão de tais insumos, estabelecendo o dissídio de entendimento dentro do Conselho. Requer que seja modificado o acórdão para admitir, também, a inclusão na base de cálculo das aquisições de pessoas físicas e dos insumos, quais sejam os utilizados na conservação e manutenção, limpeza e desinfecção, produtos combustíveis e lubrificantes, uniformes e equipamentos e energia elétrica. Nas fls. 308/321 Contra Razões da Fazenda Nacional pugnando pelo improvimento do Recurso da Contribuinte. É o relatório. Voto Conselheiro Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva O Recurso está adequado para exame, dele tomo conhecimento. Manifestação de inconformidade às fls. 117/129. O dissídio sobre a matéria recursal intentada pela Fazenda Nacional cingese à incidência da taxa Selic no crédito presumido de IPI. Fl. 338DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 O fundamento da decisão da Quarta Câmara do Segundo Conselho de então para reconhecer a aplicação da taxa Selic lastreouse a partir do procedimento levado a efeito pela Fazenda Nacional quando da desindexação da economia relativamente à atualização de seus créditos, procedimento esse que fundamentou entendimento deste Conselho no sentido de corrigir os créditos incentivados de IPI nos mesmos moldes, por aplicação analógica do disposto no § 3º, do artigo 66, da Lei nº 8.383/91. Em sede de Contra – Razões, a preliminar argüida pela Contribuinte por inobservância de prequestionamento não merece guarida posto que, o dispositivo apontado no § 3º do Art. 67 do RICARF, é destinado exclusivamente ao sujeito passivo. Quanto às matérias trazidas pela Contribuinte, apenas as aquisições de não contribuintes restou admitida e, assim sendo, continuo entendendo serem adequadas aos ditames da Lei nº 9.363/96, que não determinou em seu conteúdo nenhum obstáculo quanto a esse tema. Diante do exposto, tendo o Decreto nº 2.138/97 tratado de igual maneira a restituição e o ressarcimento e, também por aplicação analógica do art. 39, § 4º da Lei nº 9.250/95, nego provimento ao Recurso da Fazenda Nacional, e dou provimento Recurso da Contribuinte. Sala das Sessões, 11 de julho de 2012. Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva Relator. Fl. 339DF CARF MF Impresso em 06/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 10580.009615/2003-22
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Sep 11 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Feb 25 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/01/1998 a 01/03/2001
PIS/Pasep. DECADÊNCIA. SUMULA Nº 8 DO STF. PAGAMENTO ANTECIPADO A HOMOLOGAR. PRAZO DECADENCIAL DO ARTIGO 150, §4º, CTN. ARTIGO 62-A, RICARF.
Sendo declarado inconstitucional pelo E. STF do artigo 45 da Lei nº 8.212/91 com a edição da Súmula nº 8 do E. STF, o prazo para a Fazenda Nacional constituir créditos de PIS/Pasep passa a ser de 5 (cinco) anos a contar do fato-gerador tendo havido pagamento antecipado a homologar.
Numero da decisão: 9303-002.089
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso especial.
LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Presidente substituto.
FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA - Relator.
EDITADO EM: 04/01/2013
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Luciano Lopes de Almeida Moraes (Substituto convocado), Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente Substituto).
Matéria: Cofins - ação fiscal (todas)
Nome do relator: FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : Cofins - ação fiscal (todas)
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201209
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/01/1998 a 01/03/2001 PIS/Pasep. DECADÊNCIA. SUMULA Nº 8 DO STF. PAGAMENTO ANTECIPADO A HOMOLOGAR. PRAZO DECADENCIAL DO ARTIGO 150, §4º, CTN. ARTIGO 62-A, RICARF. Sendo declarado inconstitucional pelo E. STF do artigo 45 da Lei nº 8.212/91 com a edição da Súmula nº 8 do E. STF, o prazo para a Fazenda Nacional constituir créditos de PIS/Pasep passa a ser de 5 (cinco) anos a contar do fato-gerador tendo havido pagamento antecipado a homologar.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Mon Feb 25 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 10580.009615/2003-22
anomes_publicacao_s : 201302
conteudo_id_s : 5187844
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 9303-002.089
nome_arquivo_s : Decisao_10580009615200322.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA
nome_arquivo_pdf_s : 10580009615200322_5187844.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso especial. LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Presidente substituto. FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA - Relator. EDITADO EM: 04/01/2013 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Luciano Lopes de Almeida Moraes (Substituto convocado), Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente Substituto).
dt_sessao_tdt : Tue Sep 11 00:00:00 UTC 2012
id : 4502832
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:34 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041216327647232
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1670; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 1.195 1 1.194 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10580.009615/200322 Recurso nº 135.521 Especial do Contribuinte Acórdão nº 9303002.089 – 3ª Turma Sessão de 11 de setembro de 2012 Matéria Auto de Infração PIS/PASEP e Cofins Recorrente Ecotrading S/A Comércio Exterior Interessado Fazenda Nacional ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/1998 a 01/03/2001 PIS/Pasep. DECADÊNCIA. SUMULA Nº 8 DO STF. PAGAMENTO ANTECIPADO A HOMOLOGAR. PRAZO DECADENCIAL DO ARTIGO 150, §4º, CTN. ARTIGO 62A, RICARF. Sendo declarado inconstitucional pelo E. STF do artigo 45 da Lei nº 8.212/91 com a edição da Súmula nº 8 do E. STF, o prazo para a Fazenda Nacional constituir créditos de PIS/Pasep passa a ser de 5 (cinco) anos a contar do fato gerador tendo havido pagamento antecipado a homologar. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso especial. LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS – Presidente substituto. FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA Relator. EDITADO EM: 04/01/2013 AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 58 0. 00 96 15 /2 00 3- 22 Fl. 1195DF CARF MF Impresso em 28/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/02/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Luciano Lopes de Almeida Moraes (Substituto convocado), Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente Substituto). Relatório Insurgese a Contribuinte em Recurso Especial às fls. 1051/1177, contra o Acórdão – retificado por Embargos de Declaração – às fls. 1037, que unanimemente negou provimento ao Recurso Voluntário, rejeitando as preliminares de nulidade, afastando a decadência do PIS/Pasep e COFINS e negando pedido de compensação. Em despacho de admissibilidade às fls. 1179/1181 foi dado seguimento parcial exclusivamente quanto à discussão da decadência do direito da Fazenda constituir o crédito tributário mediante lançamento, confirmado pelo Presidente deste Conselho no reexame definitivo à fl. 1182. O Acórdão confrontado traz a seguinte ementa: “NORMAS PROCESSUAIS. NULIDADE. CERCEAMENTO DE DIREITO DE DEFESA. FALTA DE TIPIFICAÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. INEXISTÊNCIA. Não há que se falar de cerceamento de direito de defesa quando a indicação da autoridade fiscal é suficiente para compor apresentar a impugnação do contribuinte, que nenhum prejuízo sofreu quanto a compreensão dos fatos que geraram a sua autuação. NORMAS PROCESSUAIS. RETROATIVIDADE. INEXISTÊNCIA. COMPENSAÇÃO. Os débitos tributários do contribuinte, objeto de pretensão compensatória, são regidos por normas vigentes há época da existência do fato gerador por força da irretroatividade da lei tributária. PIS/Pasep e Cofins. DECADÊNCIA. PRAZO. DEZ ANOS. O prazo para a Fazenda Pública constituir o crédito tributário relativo ao PIS e à Cofins é de dez anos, a contar da data do fato gerador, nos termos do artigo 45, I, da Lei n° 8.212, de 1991, combinado com o artigo 150, § 4 º, do CTN. COMPENSAÇÃO. LIQUIDEZ E CERTEZA. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. INEXISTÊNCIA. É requisito indispensável da compensação a liquidez e certeza dos créditos que se pretende opor aos Fl. 1196DF CARF MF Impresso em 28/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/02/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS Processo nº 10580.009615/200322 Acórdão n.º 9303002.089 CSRFT3 Fl. 1.196 3 débitos tributários. Havendo discussão judicial para se determinar os critérios para a apuração dos créditos do contribuintes, ausente a possibilidade de compensação tributária. Recurso negado.” Quanto ao debate em torno do prazo decadencial da Fazenda Nacional relativamente ao lançamento do PIS/PASEP e Cofins (matéria admitida), a Contribuinte tece argumentos tendo como fundamento a Súmula nº 8 do STF, combinada com os artigos 146, inc. III, “b” da Constituição Federal e 150, § 4º do Código Tributário. Transcreve ementa e trecho do Acórdão paradigmático deste Conselho às fls. 1054/1057, cujo julgamento concedeu prazo qüinqüenal à decadência do direito da Fazenda constituir o crédito através de lançamento. Ainda à fl. 1057, reproduz o texto da Súmula Vinculante nº 8 do STF, que declara inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/91, instituidores do prazo decenal para a Seguridade Social constituir seus créditos. Por fim, pede que seja considerado o entendimento sumulado do STF, atribuindo prazo qüinqüenal à decadência do direito da Seguridade Social, lastreandose no §4º, art. 150, CTN e no acórdão deste Conselho trazido como paradigma. Às fls. 1185/1190, ContraRazões. Aduz a Fazenda Nacional que o cerne da questão está no marco inicial para contagem do prazo decadencial, eis que superada a discussão sobre o art. 45 da Lei nº 8.212/91 através da Súmula Vinculante nº 8 do STF. Para tal contagem de prazo, associa o caso dos autos à hipótese do art. 173, inc. I do Código Tributário, que atribui o marco inicial como sendo o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento do contribuinte poderia ter sido efetuado, não se verificando o recolhimento de exação e montante a homologar e nem havendo dolo. Neste ponto, transcreve trecho do julgamento de Recurso Especial Representativo de Controvérsia às fls. 1186/1188, afirmando ser o prazo qüinqüenal regido pelo art. 173, inc. I, CTN, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação. Por fim, relaciona o entendimento com o caso dos autos por não haver pagamento antecipado, restando contar o prazo de decadência na conformidade do artigo aludido, requerendo seja negado provimento ao recurso especial da contribuinte por não ter sido o lançamento atingido pela decadência qüinqüenal. É o relatório. Fl. 1197DF CARF MF Impresso em 28/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/02/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS 4 Voto V O T O do Conselheiro Relator Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva. Este Recurso tem admissibilidade adequada aos ditames normativos que regem a matéria, dele tomo conhecimento. O Despacho de nº 340000.382 de fl. 1.179 reexaminado na fl. 1.182, admitiu seguimento, exclusivamente, em relação à decadência do direito da Fazenda Nacional constituir crédito tributário mediante lançamento. De todos sabido que o E. STF por via da Súmula nº 8 já pacificou o entendimento quanto ao art. 45 da Lei nº 8.212/91 cabendo neste caso a aplicação do § 4º do art. 150 pela existência de recolhimentos comprovados até pelos períodos base dos lançamentos. Em razão do exposto, com fundamento no art. 62A do RICARF, voto no sentido de conceder provimento ao recurso interposto. Sala das Sessões, 11 de setembro de 2012. FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA – Relator. Fl. 1198DF CARF MF Impresso em 28/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 21/01/2013 por FRANCISCO MAURICIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA, Assinado digitalmente em 22/02/2013 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
score : 1.0
Numero do processo: 11065.000003/2005-28
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Apr 12 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Jan 30 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004
HIPÓTESE DE CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL. CONTRARIEDADE À LEGISLAÇÃO. NÃO VERIFICAÇÃO.
Não se configura julgamento extra petita quando o colegiado profere decisão nos exatos limites do pedido formulado, ainda que por fundamento diverso do que foi apresentado pelo contribuinte.
Recurso Especial do Procurador Negado.
Numero da decisão: 9303-001.960
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso especial. Vencido o Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, que dava provimento.
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
Rodrigo Cardozo Miranda - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: RODRIGO CARDOZO MIRANDA
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201204
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004 HIPÓTESE DE CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL. CONTRARIEDADE À LEGISLAÇÃO. NÃO VERIFICAÇÃO. Não se configura julgamento extra petita quando o colegiado profere decisão nos exatos limites do pedido formulado, ainda que por fundamento diverso do que foi apresentado pelo contribuinte. Recurso Especial do Procurador Negado.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Wed Jan 30 00:00:00 UTC 2013
numero_processo_s : 11065.000003/2005-28
anomes_publicacao_s : 201301
conteudo_id_s : 5183101
dt_registro_atualizacao_tdt : Sat Feb 02 00:00:00 UTC 2013
numero_decisao_s : 9303-001.960
nome_arquivo_s : Decisao_11065000003200528.PDF
ano_publicacao_s : 2013
nome_relator_s : RODRIGO CARDOZO MIRANDA
nome_arquivo_pdf_s : 11065000003200528_5183101.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso especial. Vencido o Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, que dava provimento. Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente Rodrigo Cardozo Miranda - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo.
dt_sessao_tdt : Thu Apr 12 00:00:00 UTC 2012
id : 4463602
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:56:14 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217596424192
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1792; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 139 1 138 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 11065.000003/200528 Recurso nº 239.302 Especial do Procurador Acórdão nº 9303001.960 – 3ª Turma Sessão de 12 de abril de 2012 Matéria PIS Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado HG INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS LTDA. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/2004 a 31/03/2004 HIPÓTESE DE CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL. CONTRARIEDADE À LEGISLAÇÃO. NÃO VERIFICAÇÃO. Não se configura julgamento extra petita quando o colegiado profere decisão nos exatos limites do pedido formulado, ainda que por fundamento diverso do que foi apresentado pelo contribuinte. Recurso Especial do Procurador Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso especial. Vencido o Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, que dava provimento. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Rodrigo Cardozo Miranda Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Susy Gomes Hoffmann e Otacílio Dantas Cartaxo. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 06 5. 00 00 03 /2 00 5- 28 Fl. 145DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 Relatório Cuidase de recurso especial por contrariedade à lei interposto pela Fazenda Nacional (fls. 125 a 127) contra o v. acórdão proferido pela Colenda Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes (fls. 108 a 112) que, por maioria de votos, deu provimento ao recurso voluntário. O presente caso iniciouse com a apresentação de declaração de compensação junto à Delegacia Federal de Novo Hamburgo (“DRF/NHO”) de HG INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS LTDA, referente ao PIS relativo ao período compreendido entre fevereiro e março de 2004. A DRF/NHO reconheceu parcialmente o direito creditório da Contribuinte (fls. 35 a 37), tendo sido expedido, em 03/03/2005, mandado de procedimento fiscal nº 10.1.07.002005001390 (fls. 45), no qual foram solicitados diversos documentos contábeis e fiscais à Contribuinte, objetivando verificar o valor exato para a compensação pleiteada. No decorrer do procedimento fiscal foi encontrada irregularidade na apuração da base de cálculo do PIS, referente ao período de janeiro e março de 2004. Verificouse, então, que a Contribuinte efetuou cessão de créditos do ICMS a terceiros e não incluiu as receitas decorrentes desta operação na base de cálculo do PIS, conforme se observa no relatório fiscal fls. 54 a 57. Em 28/04/2005, a DRF/NHO reconheceu os direitos creditórios da Contribuinte no limite do saldo apurado pela fiscalização (fls. 58). Diante da decisão da DRF/NHO, a Contribuinte apresentou manifestação de inconformidade em 30/06/2005 (fls. 64 a 70), pleiteando o reconhecimento integral do seu direito creditório. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Porto Alegre (“DRJ/POA”), ao seu turno, indeferiu o pedido formulado na manifestação de inconformidade (fls. 94 a 97). Irresignada com a decisão da DRJ/POA, a Contribuinte interpôs recurso voluntário (fls. 100 a 105) em 10/04/2007, reiterando o pedido do reconhecimento do direito ao crédito integral do tributo preceituado no artigo 5º da Lei nº 10.637/2002 e apontando, em síntese, que Em 19/10/2007, o Conselho de Contribuintes proferiu acórdão nº 20312.256 (fls. 108 a 112), no qual, por maioria dos votos, deu provimento ao recurso voluntário da Contribuinte. A decisão encontrase assim ementada: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/02/2004 a 31/03/2004 PEDIDO DE RESSARCIMENTO. PIS NÃO CUMULATIVO. BASE DE CÁLCULO DOS DÉBITOS. DIFERENÇA A EXIGIR. NECESSIDADE DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO. Fl. 146DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11065.000003/200528 Acórdão n.º 9303001.960 CSRFT3 Fl. 140 3 A sistemática de ressarcimento do PIS não permite que, em pedidos de ressarcimento, valores como o de transferências de créditos de ICMS, computados pela fiscalização no faturamento, base de cálculo dos débitos, sejam subtraidas do montante a ressarcir. Em tal hipótese, para a exigência das Contribuições carece seja efetuado lançamento de oficio. Recurso provido. (grifos nossos) Observase que o acórdão prolatado pelo Conselho de Contribuintes deferiu integralmente o direito creditório da Contribuinte, fundamentando que para a exigência das receitas auferidas com a cessão do crédito do ICMS a terceiros não compreendidos anteriormente na base de cálculo do tributo, seria necessário o lançamento de oficio de tais valores, constituindo, assim, a exigibilidade do tributo devido. Não sendo correta a simples compensação entre os valores não tributados com os valores a qual a Contribuinte tinha direito ao ressarcimento. Podemos destacar os seguintes trechos do acórdão, onde ficam demonstrados os fundamentos do ilustre Conselheiro relator, Luciano Pontes de Maya Gomes: Estando preenchidos os pressupostos legais de admissibilidade, passo a tomar conhecimento das razões deste recurso voluntário. Compulsando os autos, salta questão relativa a formalidade processual que afeta a matéria em litígio, constituindo, pois, questão prejudicial à análise do mérito, sobre a qual passo a tecer algumas considerações. Ora, tratando estes autos de pedido de ressarcimento de saldo credor do PIS, de plano, causa espécie que neles se debatam aspectos estritamente relacionados à base de calculo dessa contribuição, portanto, próprios do lançamento tributário, com vista ao deslinde do litígio que decorre de glosas efetuadas no saldo credor objeto do pedido de ressarcimento protocolizado pela recorrente. Assim, na hipótese em apreço, não tendo a fiscalização proferido nenhuma manifestação sobre a (i) legitimidade do crédito pleiteado, mas, ao contrário, ao proceder à dedução dos valores necessários a satisfazer suposto crédito tributário, ela afirmou, em face do que dispõe o art. 170 do CT'N, a certeza e a liquidez desse crédito, pois, aos olhos da fiscalização, prestase ele a satisfazer obrigação tributária, é de se concluir que o total pleiteado é mesmo, em tese, passível de ressarcimento. Então, ao proceder à glosa do crédito objeto do pedido de ressarcimento, com o escopo de satisfazer a acusada obrigação tributária nascida com a venda de créditos do ICMS, o que ao fim e ao cabo se tem é uma compensação efetuada de ofício com "crédito tributário" não constituído, nem confessado em nenhum dos documentos instituídos como obrigação acessória pela administração tributária e capazes de constituir confissão de divida. Fl. 147DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 Ora, a compensação de oficio, ademais de estar subordinada a rito próprio, que visa assegurar, inclusive, o contraditório e a ampla defesa para se ter, a respeito do débito do contribuinte que a administração pretenda satisfazer por meio da compensação, a certeza e a liquidez necessária. Neste particular, analisando caso análogo ao presente feito administrativo, atentemos para passagem do voto do Conselheiro Eric Castro e Silva, nos autos do Recurso Voluntário n° 134.247: "Por essas razões, entendo que não pode prosperar a glosa efetuada nestes autos, sob pena de, em completa inversão do processo de determinação e exigência de crédito tributário, estarse conferindo certeza e liquidez a crédito que sequer foi constituído, revelando, inclusive, clara ofensa ao art. 142 do CTN e ao art. 44 da Lei n°9.430 de 1996." Ante ao exposto, voto no sentido de conhecer do presente recurso voluntário para DARLHE PROVIMENTO. (grifos e destaques nossos) Inconformada, a Fazenda Nacional opôs embargos de declaração (fls. 116 a 118) em 24/04/2009, por entender que o julgamento feito pelo Conselho de Contribuintes foi extra petita ao adotar fundamento não apresentado pela contribuinte para acolhimento do seu pedido de restituição. O Colegiado a quo, ao seu turno, não admitiu os embargos de declaração da Fazenda Nacional (fls.121 a 123), ao fundamento, em síntese, que na hipótese de possível julgamento extra petita o instrumento cabível seria o recurso especial e que eventual reforma da decisão deveria ser buscada via recurso especial e não por meio de embargos de declaração. Em consequência, a Fazenda Nacional interpôs o já mencionado recurso especial (fls. 125 a 127), no qual requer o conhecimento e provimento para que seja declarado a nulidade da decisão favorável ao contribuinte por suposta violação aos artigos 128, 302 e 460 do Código de Processo Civil, que devem ser aplicados de forma subsidiária ao processo administrativo, no que tange ao julgamento extra petita, e aos artigos 16 e 17 do Decreto nº 70.235/72. O recurso foi admitido através do r. despacho de fls. 128 a 129. A Contribuinte apresentou contrarrazões (fls. 131 a 136), propugnando pelo não provimento do recurso, asseverando que a adoção pelo julgador de fundamento legal diverso do invocado pela parte, limitandose ao pedido formulado, não importa em julgamento extra petita. É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo Cardozo Miranda, Relator Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso especial interposto pela Fazenda Nacional. Fl. 148DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11065.000003/200528 Acórdão n.º 9303001.960 CSRFT3 Fl. 141 5 Importante salientar que a única questão debatida pela Fazenda Nacional no presente recurso especial é o suposto julgamento extra petita por parte do Conselho de Contribuintes, alegação esta que não logra êxito pelas razões de fato e direito que passo a expor. O acórdão guerreado não julgou de forma extra petita o recurso voluntário interposto pela ora Contribuinte. Ocorre que o ilustre relator do Conselho de Contribuintes simplesmente adotou fundamento não apresentado pelo requerente para acolher o pedido inicialmente formulado. O pedido de restituição foi acolhido. O julgamento extra petita diz respeito ao pedido, e este, no presente caso, foi acolhido nos exatos limites em que formulado. Desta maneira, o acórdão prolatado pelo Conselho de Contribuintes não feriu o artigo 128 e 460 do Código de Processo Civil (“CPC”), como alegado pela Fazenda Nacional, pois não houve julgamento extra petita. Consoante apontado anteriormente, o pedido foi acolhido nos exatos termos em que foi formulado, ainda que por fundamento diverso do que foi apresentado pelo contribuinte. Por conseguinte, em face de todo o exposto, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao recurso especial da Fazenda Nacional. Rodrigo Cardozo Miranda Fl. 149DF CARF MF Impresso em 02/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/12/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 26/12/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 22/01/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0
Numero do processo: 10280.005713/2002-94
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Jul 11 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Dec 11 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/1998 a 31/12/1998
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO.
Integra a base de cálculo do crédito presumido de IPI o valor referente ao crédito relativo aos insumos adquiridos de pessoas físicas. A restrição imposta pela IN/SRF 23/97 não é devida, uma vez que a Lei que instituiu o benefício, qual seja, a Lei n. 9.363/96 não estabeleceu nenhuma restrição com relação à aquisição dos insumos de pessoas físicas.
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO PELA SELIC.
A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito de IPI (decorrente da aplicação do princípio constitucional da não-cumulatividade), descaracteriza referido crédito como escritural (assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil), exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Aplicação analógica do precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543-C, do CPC: REsp 1035847/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 24.06.2009, DJe 03.08.2009).
APLICAÇÃO DO ARTIGO 62-A DO RICARF. MATÉRIA JULGADA NA SISTEMÁTICA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ.
Nos termos do artigo 62-A do Regimento Interno do CARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF.
Recurso Especial do Contribuinte Provido.
Numero da decisão: 9303-002.055
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso especial.
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
Rodrigo Cardozo Miranda - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo.
Matéria: IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
Nome do relator: RODRIGO CARDOZO MIRANDA
1.0 = *:*toggle all fields
materia_s : IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201207
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/10/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO. Integra a base de cálculo do crédito presumido de IPI o valor referente ao crédito relativo aos insumos adquiridos de pessoas físicas. A restrição imposta pela IN/SRF 23/97 não é devida, uma vez que a Lei que instituiu o benefício, qual seja, a Lei n. 9.363/96 não estabeleceu nenhuma restrição com relação à aquisição dos insumos de pessoas físicas. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO PELA SELIC. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito de IPI (decorrente da aplicação do princípio constitucional da não-cumulatividade), descaracteriza referido crédito como escritural (assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil), exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Aplicação analógica do precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543-C, do CPC: REsp 1035847/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 24.06.2009, DJe 03.08.2009). APLICAÇÃO DO ARTIGO 62-A DO RICARF. MATÉRIA JULGADA NA SISTEMÁTICA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ. Nos termos do artigo 62-A do Regimento Interno do CARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Recurso Especial do Contribuinte Provido.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Tue Dec 11 00:00:00 UTC 2012
numero_processo_s : 10280.005713/2002-94
anomes_publicacao_s : 201212
conteudo_id_s : 5177624
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Dec 17 00:00:00 UTC 2012
numero_decisao_s : 9303-002.055
nome_arquivo_s : Decisao_10280005713200294.PDF
ano_publicacao_s : 2012
nome_relator_s : RODRIGO CARDOZO MIRANDA
nome_arquivo_pdf_s : 10280005713200294_5177624.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso especial. Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente Rodrigo Cardozo Miranda - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo.
dt_sessao_tdt : Wed Jul 11 00:00:00 UTC 2012
id : 4418619
ano_sessao_s : 2012
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 08:55:28 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713041217940357120
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2527; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 267 1 266 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10280.005713/200294 Recurso nº 243.207 Especial do Contribuinte Acórdão nº 9303002.055 – 3ª Turma Sessão de 11 de julho de 2012 Matéria IPI RESSARCIMENTO CORREÇÃO MONETÁRIA Recorrente PAMPA EXPORTAÇÕES LTDA. Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO. Integra a base de cálculo do crédito presumido de IPI o valor referente ao crédito relativo aos insumos adquiridos de pessoas físicas. A restrição imposta pela IN/SRF 23/97 não é devida, uma vez que a Lei que instituiu o benefício, qual seja, a Lei n. 9.363/96 não estabeleceu nenhuma restrição com relação à aquisição dos insumos de pessoas físicas. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO PELA SELIC. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito de IPI (decorrente da aplicação do princípio constitucional da nãocumulatividade), descaracteriza referido crédito como escritural (assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil), exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Aplicação analógica do precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543 C, do CPC: REsp 1035847/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 24.06.2009, DJe 03.08.2009). APLICAÇÃO DO ARTIGO 62A DO RICARF. MATÉRIA JULGADA NA SISTEMÁTICA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ. Nos termos do artigo 62A do Regimento Interno do CARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 0. 00 57 13 /2 00 2- 94 Fl. 277DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 Recurso Especial do Contribuinte Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso especial. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Rodrigo Cardozo Miranda Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório Cuidase de recurso especial interposto pelo contribuinte (fls. 182 a 220) contra o v. acórdão proferido pela Colenda Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes (fls. 175 a 179) que, por maioria de votos, negou provimento ao recurso voluntário interposto pelo contribuinte, especificamente quanto ao aproveitamento das aquisições de pessoa físicas e à aplicação da Taxa Selic aos créditos objeto do ressarcimento. A ementa do julgado ora recorrido, que bem resume os seus fundamentos, é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. AQUISIÇÃO DE INSUMOS JUNTO A PRODUTORES RURAIS. PESSOAS FÍSICAS. O valor da matériaprima, do produto intermediário e do material de embalagem adquiridos de pessoas físicas ou de pessoas jurídicas não contribuintes do PIS e da Cofins não integra a base de cálculo do crédito presumido do IPI. Recurso negado. Irresignado, o contribuinte interpôs o já mencionado recurso especial, aduzindo que (i) não se afigura legítima a exclusão de insumos adquiridos de pessoa física do cálculo do crédito presumido de IPI decorrente da exportação de mercadorias nacionais, bem como (ii) o impedimento de gozo do seu direito à atualização monetária do valor ressarcido. O recurso foi admitido através do r. despacho de fl. 246 nos dois pontos. Fl. 278DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10280.005713/200294 Acórdão n.º 9303002.055 CSRFT3 Fl. 268 3 A Fazenda Nacional apresentou contrarrazões (fls. 249 a 263), alegando, em síntese, que não é possível o ressarcimento de créditos de IPI quando os insumos foram adquiridos de não contribuintes das contribuições em questão, nos termos do Parecer PGFN/CAT/ nº 3092/2002, e que não é possível a atualização pela Taxa Selic por violação ao art. 39, §4º, da Lei n. 9.250/95. É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo Cardozo Miranda, Relator Presentes os requisitos de admissibilidade, entendo que o recurso merece ser conhecido. Com relação à inclusão dos gastos com insumos adquiridos de pessoas físicas na base de cálculo do crédito presumido do IPI, destaco o seguinte precedente da Câmara Superior de Recursos Fiscais, ao qual me filio: Processo n° 13974.0001221200391 Recurso n° 228.637 Especial do Contribuinte Acórdão n° 930300.682 — 3' Turma Sessão de 2 de fevereiro de 2010 Matéria IPI Crédito Presumido Aquisições de não contribuintes Recorrente CEREAGRO S/A Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2002 a 31/12/2002 IPI. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DE NÃO CONTRIBUINTES. O incentivo corresponde a um crédito que é presumido, cujo valor deflui de fórmula estabelecida pela lei, a qual considera que é possível ter havido sucessivas incidências das duas contribuições, mas que, por se tratar de presunção "juris et de jure", não exige nem admite prova ou contraprova de incidências ou não incidências, seja pelo Fisco, seja pelo contribuinte. Os valores correspondentes às aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem de não contribuintes do PIS e da Cofins (pessoas físicas e cooperativas) podem compor a base de cálculo do crédito Fl. 279DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 presumido de que trata a Lei n° 9.363/96. Não cabe ao intérprete fazer distinção nos casos em que a lei não o fez. Recurso Especial do Contribuinte Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo da Costa Pôssas e Carlos Alberto Freitas Barreto, que negavam provimento. Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente e Relator (grifos nossos) Mas não é só. Deveras, com relação à atualização do ressarcimento de créditos presumidos de IPI pela taxa SELIC, é de se notar que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça já se posicionou quanto à matéria na sistemática do artigo 543C do Código de Processo Civil, ou seja, através da análise dos chamados “recursos repetitivos”. O precedente acima referido tem a seguinte ementa: PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. IPI. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE. EXERCÍCIO DO DIREITO DE CRÉDITO POSTERGADO PELO FISCO. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE CRÉDITO ESCRITURAL. CORREÇÃO MONETÁRIA.INCIDÊNCIA. 1. A correção monetária não incide sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio constitucional da nãocumulatividade (créditos escriturais), por ausência de previsão legal. 2. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito oriundo da aplicação do princípio da nãocumulatividade, descaracteriza referido crédito como escritural, assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil. 3. Destarte, a vedação legal ao aproveitamento do crédito impele o contribuinte a socorrerse do Judiciário, circunstância que acarreta demora no reconhecimento do direito pleiteado, dada a tramitação normal dos feitos judiciais. 4. Consectariamente, ocorrendo a vedação ao aproveitamento desses créditos, com o conseqüente ingresso no Judiciário, postergase o reconhecimento do direito pleiteado, exsurgindo legítima a necessidade de atualizálos monetariamente, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Precedentes da Primeira Seção: EREsp 490.547/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.09.2005, DJ 10.10.2005; EREsp 613.977/RS, Rel. Ministro José Delgado, julgado em 09.11.2005, DJ 05.12.2005; EREsp 495.953/PR, Rel. Ministra Denise Arruda, julgado em Fl. 280DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10280.005713/200294 Acórdão n.º 9303002.055 CSRFT3 Fl. 269 5 27.09.2006, DJ 23.10.2006; EREsp 522.796/PR, Rel.Ministro Herman Benjamin, julgado em 08.11.2006, DJ 24.09.2007; EREsp 430.498/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, julgado em 26.03.2008, DJe 07.04.2008; e EREsp 605.921/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 12.11.2008, DJe 24.11.2008). 5. Recurso especial da Fazenda Nacional desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 1035847/RS, Rel. Ministro oLUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/06/2009, DJe 03/08/2009) (grifos nossos) A decisão acima aludida foi proferida justamente em julgamento relativo a pedido de ressarcimento/compensação de crédito presumido de IPI, em que atos normativos infralegais obstaculizaram a inclusão na base de cálculo do incentivo das compras realizadas junto a pessoas físicas e cooperativas, o que também alcança objeto do presente processo. Restou consolidado, assim, no âmbito do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, não só a atualização do ressarcimento de créditos presumidos de IPI pela taxa SELIC, mas também que afigurase legítima a inclusão dos gastos com insumos adquiridos de pessoas físicas na base de cálculo do crédito presumido do IPI O Regimento Interno do CARF, por sua vez, na redação dada recentemente pela Portaria MF nº 586, de 21/12/2010, tem os seguintes comandos nos seus artigos 62 e 62 A: Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária definitiva do Supremo Tribunal Federal; ou II que fundamente crédito tributário objeto de: a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002; b) súmula da AdvocaciaGeral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar n° 73, de 1993; ou c) parecer do AdvogadoGeral da União aprovado pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar n° 73, de 1993. Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Fl. 281DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B.} § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. (grifos e destaques nossos) Verificase, portanto, que a referida decisão do Egrégio Superior Tribunal de Justiça deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. A propósito, no tocante à inclusão da SELIC, apesar do recurso especial do contribuinte não ter sido admitido quanto a essa matéria, entendo que não só por conta do disposto no artigo 62A do RICARF, mas também em homenagem ao próprio Princípio da Economia Processual, entendo que o ressarcimento de créditos presumidos de IPI devem ser atualizados pela taxa SELIC Por conseguinte, em face de todo o exposto, voto no sentido de DAR PROVIMENTO ao recurso especial do contribuinte para admitir o crédito presumido do IPI em relação às aquisições de produtos de pessoas físicas, atualizados pela taxa SELIC, nos termos do precedente proferido pelo Superior Tribunal de Justiça na sistemática de recurso repetitivo. Rodrigo Cardozo Miranda Fl. 282DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
score : 1.0