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Numero do processo: 10480.006088/2003-22
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 20 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed Apr 10 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF
Ano-calendário: 2002
IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. RESTITUIÇÃO.
O recolhimento do IRRF não configura pagamento extintivo de crédito tributário, mas mera antecipação do tributo devido a ser apurado ao término do período. Em conseqüência, não é passível de restituição/compensação.
Numero da decisão: 1301-003.778
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Fernando Brasil de Oliveira Pinto - Presidente
(assinado digitalmente)
Bianca Felícia Rothschild - Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Fernando Brasil de Oliveira Pinto (Presidente), Roberto Silva Júnior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Carlos Augusto Daniel Neto, Giovana Pereira de Paiva Leite, Amélia Wakako Morishita Yamamoto e Bianca Felícia Rothschild.
Nome do relator: BIANCA FELICIA ROTHSCHILD
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF Ano-calendário: 2002 IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. RESTITUIÇÃO. O recolhimento do IRRF não configura pagamento extintivo de crédito tributário, mas mera antecipação do tributo devido a ser apurado ao término do período. Em conseqüência, não é passível de restituição/compensação.
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RESTITUIÇÃO. O recolhimento do IRRF não configura pagamento extintivo de crédito tributário, mas mera antecipação do tributo devido a ser apurado ao término do período. Em conseqüência, não é passível de restituição/compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 48 0. 00 60 88 /2 00 3- 22 Fl. 63DF CARF MF 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Fernando Brasil de Oliveira Pinto Presidente (assinado digitalmente) Bianca Felícia Rothschild Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Fernando Brasil de Oliveira Pinto (Presidente), Roberto Silva Júnior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Carlos Augusto Daniel Neto, Giovana Pereira de Paiva Leite, Amélia Wakako Morishita Yamamoto e Bianca Felícia Rothschild. Fl. 64DF CARF MF Processo nº 10480.006088/200322 Acórdão n.º 1301003.778 S1C3T1 Fl. 64 3 Relatório Inicialmente, adotase o relatório da decisão recorrida, o qual bem retrata os fatos ocorridos e os fundamentos adotados até então: A interessada acima qualificada apresentou o Pedido de Restituição de fl. 02, no valor de R$ 3.173,13, relativo ao Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF nos meses de setembro a dezembro de 2002. 2. Em Despacho Decisório de fls. 10/11, a Delegacia da Receita Federal DRF no Recife indeferiu a solicitação, sob o fundamento de que o IRRF, por se tratar de antecipação do imposto devido, não constitui crédito passível de restituição. 3. A interessada apresentou manifestação de inconformidade (fls. 21/25), alegando, em síntese, que o crédito é líquido e certo, devidamente declarado em DIPJ, na qual apurou resultado negativo. Diz que decisão anterior envolvendo a empresa reconheceu o direito à restituição do IRRF. Requereu a reforma da decisão denegatória. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento considerou improcedente a manifestação de inconformidade. A decisão da DRJ foi assim ementada: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2002 IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE. RESTITUIÇÃO. O recolhimento do IRRF não configura pagamento extintivo de crédito tributário, mas mera antecipação do tributo devido a ser apurado ao término do período. Em consequência, não é passível de restituição/compensação. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Cientificada, a empresa interpôs recurso voluntário, repisando as alegações apresentadas na impugnação. É o relatório. Fl. 65DF CARF MF 4 Voto Conselheira Bianca Felícia Rothschild Relatora Recurso Voluntário Admissibilidade O recurso voluntário é TEMPESTIVO e uma vez atendidos também às demais condições de admissibilidade, merece, portanto, ser CONHECIDO. Fatos A contribuinte apresentou Pedido de Restituição de fl. 02, no valor de R$ 3.173,13, relativo ao Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF nos meses de setembro a dezembro de 2002. No caso em tela, notase que a contribuinte solicitou restituição dos valores recolhidos a título de IRRF diretamente, antes de apurar o eventual saldo negativo do período. De acordo com a legislação de regência, o IRRF não é, por si só, passível de restituição/compensação, vez que constitui mera antecipação do tributo a ser apurado ao final do anocalendário. Sendo mera antecipação, não extingue o crédito tributário, não havendo falar em pagamento indevido ou a maior. Se, ao final do anocalendário, apurase saldo negativo do tributo, resta então configurado o pagamento indevido ou a maior, aí sim passível de restituição ou compensação. Transcrevamse dispositivos do Regulamento do Imposto de Renda/99, aprovado pelo Decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999 (grifos acrescentados): Art. 231. Para efeito de determinação do saldo de imposto a pagar ou a ser compensado, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido o valor (Lei n° 9.430, de 1996, art. 2°, § 4°): (...) III do imposto pago ou retido na fonte, incidente sobre receitas computadas na determinação do lucro real; (...) Art.526 Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no período de apuração, o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo, vedada qualquer dedução a título de Fl. 66DF CARF MF Processo nº 10480.006088/200322 Acórdão n.º 1301003.778 S1C3T1 Fl. 65 5 incentivo fiscal (Lei n° 8.981, de 1995, art. 34, Lei n° 9.065, de 1995, art. 1°, Lei n°9.430, de 1996, art. 51, parágrafo único, e Lei n°9.532, de 1997, art. 10). Parágrafo único.No caso em que o imposto retido na fonte ou pago seja superior ao devido, a diferença poderá ser compensada com o imposto a pagar relativo aos períodos de apuração subseqüentes. (...) Art. 837. No cálculo do imposto devido, para fins de compensação, restituição ou cobrança de diferença do tributo, será abatida do total apurado a importância que houver sido descontada nas fontes, correspondente a imposto retido, como antecipação, sobre rendimentos incluídos na declaração (DecretoLei n° 94, de 30 de dezembro de 1966, art. 9°) (...) Art. 943. A Secretaria da Receita Federal poderá instituir formulário próprio para prestação das informações de que tratam os arts. 941 e 942 (DecretoLei n° 2.124, de 1984, art. 3°, parágrafo único). (...) § 2° O imposto retido na fonte sobre quaisquer rendimentos ou ganhos de capital somente poderá ser compensado na declaração de pessoa física ou jurídica, quando for o caso, se o contribuinte possuir comprovante da retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora, ressalvado o disposto nos §§ 1° e 2° do art. 7°, e no § 1° do art. 8° (Lei n° 7.450, de 1985, art. 55) Portanto, o imposto retido na fonte prestase apenas para dedução do imposto apurado ao final do período, e ainda assim se corresponder a receitas que integraram a base de cálculo do imposto e se a pessoa jurídica possuir, na forma da legislação, comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora. No que concerne à alegação da Recorrente de que apurou saldo negativo no anocalendário, tratase de matéria nova, não apreciada pela autoridade detentora da competência originária, dado que o pedido da interessada versou exclusivamente sobre restituição do IRRF, e não do saldo negativo supostamente apurado no período. Ou seja, uma vez que o contribuinte apresentou o pedido de restituição/compensação diretamente a partir da soma dos DARFs de recolhimento do IRRF (fl. 5) não se pode cogitar de compensação por falta de previsão legal. Conclusão Fl. 67DF CARF MF 6 Diante de todo o acima exposto, voto no sentido de CONHECER o Recurso Voluntário para no mérito NEGAR PROVIMENTO. (assinado digitalmente) Bianca Felícia Rothschild. Fl. 68DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10850.902875/2009-37
Turma: Terceira Turma Extraordinária da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 12 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Tue Apr 02 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano-calendário: 2005
PER/DCOMP. DIREITO CREDITÓRIO. TRIBUTO DETERMINADO SOBRE A BASE DE CÁLCULO ESTIMADA.
É possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa.
RECONHECIMENTO DO DIREITO CREDITÓRIO. ANÁLISE INTERROMPIDA.
Inexiste reconhecimento implícito de direito creditório quando a apreciação da Per/DComp restringe-se a aspecto preliminar de possibilidade de reconhecimento de direito creditório decorrente de pagamento indevido de tributo determinado sobre a base de cálculo estimada. A homologação da compensação ou deferimento do pedido de restituição, uma vez superado este ponto, depende da análise da existência, suficiência e disponibilidade do crédito pela DRF que jurisdiciona o sujeito passivo.
Numero da decisão: 1003-000.517
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento em parte ao Recurso Voluntário para aplicação da Súmula CARF nº 84 e reconhecimento da possibilidade de formação de indébito, mas sem homologar a compensação por ausência de análise do mérito, com o consequente retorno dos autos a DRF que jurisdiciona a Recorrente para verificação da existência, suficiência e disponibilidade do direito creditório pleiteado no Per/DComp, bem como apreciação da informação trazida aos autos de que é inexistente o débitos então confessado no Per/DComp objeto de análise.
(assinado digitalmente)
Carmen Ferreira Saraiva Relatora e Presidente
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva (Presidente), Bárbara Santos Guedes e Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça. Ausente justificadamente o Conselheiro Wilson Kazumi Nakayama.
Nome do relator: CARMEN FERREIRA SARAIVA
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2005 PER/DCOMP. DIREITO CREDITÓRIO. TRIBUTO DETERMINADO SOBRE A BASE DE CÁLCULO ESTIMADA. É possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa. RECONHECIMENTO DO DIREITO CREDITÓRIO. ANÁLISE INTERROMPIDA. Inexiste reconhecimento implícito de direito creditório quando a apreciação da Per/DComp restringe-se a aspecto preliminar de possibilidade de reconhecimento de direito creditório decorrente de pagamento indevido de tributo determinado sobre a base de cálculo estimada. A homologação da compensação ou deferimento do pedido de restituição, uma vez superado este ponto, depende da análise da existência, suficiência e disponibilidade do crédito pela DRF que jurisdiciona o sujeito passivo.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2005 PER/DCOMP. DIREITO CREDITÓRIO. TRIBUTO DETERMINADO SOBRE A BASE DE CÁLCULO ESTIMADA. É possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa. RECONHECIMENTO DO DIREITO CREDITÓRIO. ANÁLISE INTERROMPIDA. Inexiste reconhecimento implícito de direito creditório quando a apreciação da Per/DComp restringese a aspecto preliminar de possibilidade de reconhecimento de direito creditório decorrente de pagamento indevido de tributo determinado sobre a base de cálculo estimada. A homologação da compensação ou deferimento do pedido de restituição, uma vez superado este ponto, depende da análise da existência, suficiência e disponibilidade do crédito pela DRF que jurisdiciona o sujeito passivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento em parte ao Recurso Voluntário para aplicação da Súmula CARF nº 84 e reconhecimento da possibilidade de formação de indébito, mas sem homologar a compensação por ausência de análise do mérito, com o consequente retorno dos autos a DRF que jurisdiciona a Recorrente para verificação da existência, suficiência e disponibilidade do direito creditório pleiteado no Per/DComp, bem como apreciação da informação trazida aos autos de que é inexistente o débitos então confessado no Per/DComp objeto de análise. (assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva – Relatora e Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 0. 90 28 75 /2 00 9- 37 Fl. 126DF CARF MF Processo nº 10850.902875/200937 Acórdão n.º 1003000.517 S1C0T3 Fl. 127 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva (Presidente), Bárbara Santos Guedes e Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça. Ausente justificadamente o Conselheiro Wilson Kazumi Nakayama. Relatório A Recorrente formalizou o Pedido de Ressarcimento ou Restituição/Declaração de Compensação (Per/DComp) nº 03786.91686.290506.1.3.040381, em 29.05.2006, fls. 2630, utilizandose do crédito relativo ao pagamento a maior de Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), código 5993, determinado sobre a base de cálculo estimada relativo ao mês do novembro do anocalendário de 2005 no valor de R$555,51 arrecadado em 28.12.2005 para compensação dos débitos ali confessados. Consta no Despacho Decisório Eletrônico, fl. 04, em que as informações relativas ao reconhecimento do direito creditório foram analisadas das quais se concluiu pelo indeferimento do pedido: A análise do direito creditório está limitada ao valor do "crédito original na data de transmissão" informado no PER/DCOMP, correspondendo a 555,513. Analisadas as informações prestadas no documento acima identificado, foi constatada a improcedência do crédito informado no PER/DCOMP por tratarse de pagamento a título de estimativa mensal de pessoa jurídica tributada pelo lucro real, caso em que o recolhimento somente pode ser utilizado na dedução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devida ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou CSLL do período. [...] Diante do exposto, NÃO HOMOLOGO a compensação [...] Enquadramento legal: Arts. 165 e 170 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (CTN) e art. 10 da Instrução Normativa SRF nº 600, de 2005. Art. 74 da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Cientificada, a Recorrente apresentou a manifestação de inconformidade. Está registrado na ementa do Acórdão da 5ª Turma/DRJ/RPO/SP nº 1434.700, de 27.07.2011, fls. 3338: DCOMP. CRÉDITO. INEXISTÊNCIA. Demonstrada nos autos a inexistência do crédito indicado na declaração de compensação formalizada, impõese a sua nãohomologação. COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. Apenas os créditos líquidos e certos são passíveis de compensação tributária, conforme artigo 170 do Código Tributário Nacional. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. Fl. 127DF CARF MF Processo nº 10850.902875/200937 Acórdão n.º 1003000.517 S1C0T3 Fl. 128 3 A glosa do indébito não impugnada expressamente é reputada como incontroversa e insuscetível de ser trazida à baila em momento processual subseqüente. DCOMP. PEDIDO DE CANCELAMENTO. A desistência da compensação poderá ser requerida pelo sujeito passivo mediante a apresentação à RFB do pedido de cancelamento gerado a partir do programa PER/DCOMP, o qual somente será deferido caso a declaração de compensação se encontre pendente de decisão administrativa à data da apresentação do requerimento. DCOMP. CONFISSÃO DE DÍVIDA. EXIGÊNCIA DE DÉBITO. CANCELAMENTO. ÔNUS DA PROVA. A declaração de compensação constitui confissão de dívida e, sem prova em contrário, instrumento hábil e suficiente para a exigência do débito indevidamente compensado. Manifestação de Inconformidade Improcedente Notificada em 26.01.2012, efl. 44, a Recorrente apresentou o recurso voluntário em 14.02.2012, efls. 4647, esclarecendo a peça atende aos pressupostos de admissibilidade. Discorre sobre o procedimento fiscal contra o qual se insurge. Relativamente aos fatos aduz que: I Estamos sendo cobrados por um débito declarado na PER/DCOMP [...] e estamos cientes de que o crédito apontado na mesma não poderia ser objeto de compensação por se tratar de pagamento a título de estimativa mensal de pessoa jurídica tributada pelo lucro real e também estamos cientes de que o débito declarado em PER/DCOMP é uma confissão de dívida. Por outro lado não podemos pagar o mesmo imposto duas vezes, já que houve um equivoco de nossa parte ao transmitir a referida PER/DCOMP. E não requeremos o cancelamento da mesma, pois só percebemos o equívoco após recebermos e analisarmos o Despacho Decisório em que a PER/DCOMP foi apreciada. II A entrega da PER/DCOMP como já foi dito anteriormente, foi um equívoco, pois conforme pode ser verificado pelo demonstrativo abaixo, os débitos de IRPJ referente ao ano de 2005 foram integralmente pagos, não existindo portanto o débito declarado na PER/DCOMP. Em anexo estão as cópias dos DRE Demonstrativo do Resultado do Exercício referente aos meses de janeiro a dezembro de 2005 extraídos dos Livros Diário n° 24 e 25, cópia das páginas do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), e do razão contábil da conta de Imposto de Renda Retido na Fonte, através dos quais pode ser confirmado o valor a pagar referente a cada mês do ano de 2005 que confere com o demonstrativo abaixo e com a DIPJ deste mesmo ano, e finalmente cópias dos comprovantes de arrecadação que comprovam os pagamentos relacionados no demonstrativo abaixo. Fl. 128DF CARF MF Processo nº 10850.902875/200937 Acórdão n.º 1003000.517 S1C0T3 Fl. 129 4 Período Valor IRPJ Valor Pago Data Pagto [...] Mês/Ano a pagar 31/01/2005 395,31 478,94 28/02/2005 28/02/2005 693,25 693,25 31/03/2005 31/03/2005 538,28 538,28 29/04/2005 30/04/2005 505,11 529,11 31/05/2005 31/05/2005 586,41 579,67 30/06/2005 30/06/2005 557,82 557,82 29/07/2005 31/07/2005 594,06 598,31 31/08/2005 31/08/2005 427,20 599,51 30/09/2005 30/09/2005 582,55 405,99 31/10/2005 31/10/2005 474,92 550,70 30/11/2005 30/11/2005 0,00 555,51 29/12/2005 31/12/2005 1.273,49 491,31 30/01/2006 [...] Doação estatuto da criança e adolescente 50,00 Total 6.628,40 6.628,40 Concernente ao pedido expõe que: III À vista de todo o exposto, demonstrada a insubsistência e improcedência da ação fiscal, espera e requer a recorrente seja acolhido o presente recurso para o fim de assim ser decidido, cancelandose o débito fiscal reclamado. É o Relatório. Voto Conselheira Carmen Ferreira Saraiva, Relatora O recurso voluntário apresentado pela Recorrente atende aos requisitos de admissibilidade previstos nas normas de regência, em especial no Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972. Assim, dele tomo conhecimento. A Recorrente discorda do procedimento fiscal, porque é inexistente o débito então confessado no Per/DComp objeto de análise. O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição, pode utilizálo na compensação de débitos. A partir de 01.10.2002, a compensação somente pode ser efetivada por meio de declaração e com créditos e débitos próprios, que ficam extintos sob condição resolutória de sua ulterior homologação. Também os pedidos pendentes de apreciação foram equiparados a declaração de compensação, retroagindo à data do protocolo. Posteriormente, ou seja, em de 30.12.2003, ficou estabelecido que a Per/DComp constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados, bem como que o prazo para homologação tácita da compensação declarada é de cinco anos, contados da data da sua entrega. Ademais, o Fl. 129DF CARF MF Processo nº 10850.902875/200937 Acórdão n.º 1003000.517 S1C0T3 Fl. 130 5 procedimento se submete ao rito do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, inclusive para os efeitos do inciso III do art. 151 do Código Tributário Nacional. 1. O pressuposto é de que a pessoa jurídica deve manter os registros de todos os ganhos e rendimentos, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio. A escrituração mantida com observância das disposições legais faz prova a favor dela dos fatos nela registrados e comprovados por documentos hábeis, segundo sua natureza, ou assim definidos em preceitos legais2. Instaurada a fase litigiosa do procedimento, a Recorrente deve detalhar os motivos de fato e de direito em que se basear expondo de forma minuciosa os pontos de discordância e suas razões e instruindo a peça de defesa com prova documental préconstituída imprescindível à comprovação das matérias suscitadas. Por seu turno, a autoridade julgadora, orientandose pelo princípio da verdade material na apreciação da prova, deve formar livremente sua convicção mediante a persuasão racional decidindo com base nos elementos existentes no processo e nos meios de prova em direito admitidos. Os diplomas normativos de regências da matéria, quais sejam o art. 170 do Código Tributário Nacional e o art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, deixam clara a necessidade da existência de direto creditório líquido e certo no momento da apresentação do Per/DComp, hipótese em que o débito confessado encontrarseia extinto sob condição resolutória da ulterior homologação. Apenas nas situações comprovadas de inexatidões materiais devidas a lapso manifesto e erros de escrita ou de cálculos podem ser corrigidas de ofício ou a requerimento da Requerente. O erro de fato é aquele que se situa no conhecimento e compreensão das características da situação fática tais como inexatidões materiais devidas a lapso manifesto e os erros de escrita ou de cálculos. A Administração Tributária tem o poder/dever de revisar de ofício o procedimento quando se comprove erro de fato quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória. A este poder/dever corresponde o direito de a Recorrente retificar e ver retificada de ofício a informação fornecida com erro de fato, desde que devidamente comprovado. O conceito de erro material apenas abrange a inexatidão quanto a aspectos objetivos, não resultantes de entendimento jurídico, como um cálculo errado, a ausência de palavras, a digitação errônea, e hipóteses similares. Somente podem ser corrigidas de ofício ou a pedido as informações declaradas no caso de verificada a circunstância objetiva de inexatidão material e congruentes com os demais dados constantes nos registros internos da RFB (art. 32 do Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972 e incisos I e III do art. 145 e inciso IV do art. 149 do Código Tributário Nacional). Por inexatidão material entendemse os pequenos erros involuntários, desvinculados da vontade do agente, cuja correção não inove o teor do ato formalizado, tais como a escrita errônea, o equívoco de datas, os erros ortográficos e de 1 Fundamentação legal: art. 165, art. 168, art. 170 e art. 170A do Códido Tributário Nacional, art. 9º do Decreto Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, 1º e art. 2º, art. 51 e art. 74 da Lei nº 9.430, de 26 de dezembro de 1996, art. 49 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002 e art. 17 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. 2 Fundamentação legal : art. 195 do Código Tributário Nacional, art. 51 da Lei nº 7.450, de 23 de dezembro de 1985, art. 6º e art. 9º do DecretoLei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, art. 37 da Lei nº 8.981, de 20 de novembro de 1995, art. 6º e art. 24 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995 e art. 1º e art. 2º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Fl. 130DF CARF MF Processo nº 10850.902875/200937 Acórdão n.º 1003000.517 S1C0T3 Fl. 131 6 digitação. Diferentemente o erro de direito, que não é escusável, diz respeito à norma jurídica disciplinadora e aos parâmetros previstos nas normas de regência da matéria. No Despacho Decisório e na decisão de primeira instância de julgamento foi afastada a possibilidade de análise do Per/DComp ao argumento de que o pagamento a título de estimativa mensal da pessoa jurídica tributada pelo lucro real, caso em que o recolhimento somente pode ser utilizado na dedução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devida ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou CSLL do período. O pedido inicial da Recorrente referente ao reconhecimento do direito creditório pleiteado do valor de IRPJ ou de CSLL determinado sobre a base de cálculo estimada, pode ser analisado, uma vez que o “é possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa” (Súmula CARF nº 84). O pressuposto é de que a pessoa jurídica deve manter os registros de todos os ganhos e rendimentos, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio. A escrituração mantida com observância das disposições legais faz prova a seu favor dos fatos nela registrados e comprovados por documentos hábeis, segundo sua natureza, ou assim definidos em preceitos legais.Para que haja o reconhecimento do direito creditório é necessário um cuidadoso exame do pagamento a maior de tributo, uma vez que é absolutamente essencial verificar a precisão dos dados informados em todos os livros de registro obrigatório pela legislação fiscal específica, bem como os documentos e demais papéis que serviram de base para escrituração comercial e fiscal ( art. 9º do DecretoLei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977). Instaurada a fase litigiosa do procedimento, cabe à Recorrente detalhar os motivos de fato e de direito em que se basear expondo de forma minuciosa os pontos de discordância e suas razões e instruindo a peça de defesa com prova documental préconstituída imprescindível à comprovação das matérias suscitadas. Por seu turno, a autoridade julgadora, orientandose pelo princípio da verdade material na apreciação da prova, deve formar livremente sua convicção mediante a persuasão racional decidindo com base nos elementos existentes no processo e nos meios de prova em direito admitidos. Cabe a Recorrente produzir o conjunto probatório nos autos de suas alegações, já que o procedimento de apuração do direito creditório não prescinde da comprovação inequívoca da liquidez e da certeza do valor de direito creditório pleiteado (art. 165, art. 168 e art. 170 do Código Tributário Nacional, art. 15 do Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972 e art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996). Cumpre registrar, inclusive, que, enquanto a Recorrente não for cientificada de uma nova decisão quanto ao mérito de sua compensação, os débitos compensados permanecem com a exigibilidade suspensa, por não se verificar decisão definitiva acerca de seus procedimentos. E, caso tal decisão não resulte na homologação total das compensações promovidas, deve possibilitandolhe a discussão do mérito da compensação nas duas instâncias administrativas de julgamento (Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972). Os efeitos do acatamento da preliminar da possibilidade de deferimento da Per/DComp, impõe, pois, o retorno dos autos a DRF que jurisdiciona a Recorrente para que seja analisado o mérito do pedido, ou seja, a origem e a procedência do crédito pleiteado, em conformidade com a escrituração mantida com observância das disposições legais, desde que Fl. 131DF CARF MF Processo nº 10850.902875/200937 Acórdão n.º 1003000.517 S1C0T3 Fl. 132 7 comprovada por documentos hábeis, segundo sua natureza, ou assim definidos em preceitos legais, bem como com os registros internos da RFB. Inexiste reconhecimento implícito de direito creditório quando a apreciação da Per/DComp restringese a aspecto preliminar de possibilidade de reconhecimento de direito creditório decorrente de pagamento indevido de tributo determinado sobre a base de cálculo estimada. A homologação da compensação ou deferimento do pedido de restituição, uma vez superado este ponto, depende da análise da existência, suficiência e disponibilidade do crédito pela DRF que jurisdiciona o sujeito passivo. Em assim sucedendo, voto por dar provimento em parte ao recurso voluntário para aplicação da Súmula CARF nº 84 e reconhecimento da possibilidade de formação de indébito, mas sem homologar a compensação por ausência de análise do mérito, com o consequente retorno dos autos a DRF que jurisdiciona a Recorrente para verificação da existência, suficiência e disponibilidade do direito creditório pleiteado no Per/DComp, bem como apreciação da informação trazida aos autos de que é inexistente o débitos então confessado no Per/DComp objeto de análise. (assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva Fl. 132DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10280.900758/2009-41
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 21 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Mon Mar 18 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
Ano-calendário: 2005
DIREITO CREDITÓRIO - FALTA DE COMPROVAÇÃO - NÃO HOMOLOGAÇÃO.
A falta de comprovação do crédito líquido e certo, requisito necessário para o reconhecimento do direito creditório, conforme o previsto no art. 170 da Lei nº 5.172/66 do Código Tributário Nacional, acarreta o indeferimento do pedido e a não-homologação das compensações.
Numero da decisão: 1302-003.412
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto da relatora.
(assinado digitalmente)
Luiz Tadeu Matosinho Machado - Presidente.
(assinado digitalmente)
Maria Lúcia Miceli - Relatora.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Tadeu Matosinho Machado, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Paulo Henrique Silva Figueiredo, Ailton Neves da Silva (Suplente Convocado), Rogério Aparecido Gil, Maria Lúcia Miceli, Flávio Machado Vilhena Dias e Gustavo Guimarães da Fonseca.
Nome do relator: MARIA LUCIA MICELI
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto da relatora. (assinado digitalmente) Luiz Tadeu Matosinho Machado - Presidente. (assinado digitalmente) Maria Lúcia Miceli - Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Tadeu Matosinho Machado, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Paulo Henrique Silva Figueiredo, Ailton Neves da Silva (Suplente Convocado), Rogério Aparecido Gil, Maria Lúcia Miceli, Flávio Machado Vilhena Dias e Gustavo Guimarães da Fonseca.
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A falta de comprovação do crédito líquido e certo, requisito necessário para o reconhecimento do direito creditório, conforme o previsto no art. 170 da Lei Nº 5.172/66 do Código Tributário Nacional, acarreta o indeferimento do pedido e a nãohomologação das compensações. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto da relatora. (assinado digitalmente) Luiz Tadeu Matosinho Machado Presidente. (assinado digitalmente) Maria Lúcia Miceli Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Tadeu Matosinho Machado, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Paulo Henrique Silva Figueiredo, Ailton Neves da Silva (Suplente Convocado), Rogério Aparecido Gil, Maria Lúcia Miceli, Flávio Machado Vilhena Dias e Gustavo Guimarães da Fonseca. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 0. 90 07 58 /2 00 9- 41 Fl. 206DF CARF MF 2 Relatório A recorrente apresentou Declaração de Compensação nº 31026.57854.090206.1.3.046782, na qual pretende utilizar crédito de pagamento a maior de CSLL, no valor de R$ 2.612.217,12. De acordo com a FICHA DARF, fls. 6, o pagamento foi recolhido em 31/01/2005, no valor de R$ 4.336.295,99. A declaração não foi homologada pela DRF/BelémPA, pois o pagamento se encontra integralmente utilizado para quitação de débito da recorrente, não restando crédito disponível para compensação de débitos informados na DCOMP. Em sessão do dia 21/05/2009, a 1ª Turma da DRJ/BEL julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada, com a seguinte ementa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE 0 LUCRO LÍQUIDO — CSLL Data do fato gerador: 31/12/2004 PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. CRÉDITO TOTALMENTE ALOCADO. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. Tendo sido comprovado que o DARF indicado pelo contribuinte em declaração de compensação pagamento indevido ou a maior está totalmente alocado a débito declarado em DCTF, restou caracterizada a inexistência do direito creditório. A decisão de primeira instância apresentou os seguintes motivos para indeferir o pedido: afastou a alegação do contribuinte de que o direito creditório estaria demonstrado na DIPJ/2005, uma vez que o crédito de saldo negativo é o resultado da diferença entre todos os pagamentos mensais de CSLL (no total de R$ 37.690.247,11) e a CSLL devida (R$ 35.078.029,99), não podendo ser vinculado a um único DARF. o pagamento diz respeito a CSLL sob o código 6773, para fins de quitação da contribuição devida no final do período de apuração. há inconsistência entre as informações da DIPJ/2005, que aponta crédito de saldo negativo de CSLL, enquanto que a DCTF do mês de março/2005, ainda ativa, declarou CSLL devida, relativa ao anocalendário de 2004, de R$ 5.983.063,30, tendo vinculado dois créditos: o pagamento no valor de R$ 4.336.295,99 e R$ 1.646.767,31 via compensação. dessa maneira, correto o não reconhecimento do direito creditório e consequente não homologação da compensação, haja vista que o DARF encontrase totalmente vinculado a débito de CSLL declarado pela recorrente na DCTF e possui saldo disponível zero nos sistemas da Receita Federal do Brasil. A ciência da decisão se deu em 15/06/2009, conforme AR de fls. 95. O recurso voluntário foi apresentado em 14/07/2009, fls. 96/114, com as seguintes alegações: Fl. 207DF CARF MF Processo nº 10280.900758/200941 Acórdão n.º 1302003.412 S1C3T2 Fl. 207 3 ao final do anocalendário de 2004 foi constatado pagamento a maior de CSLL no valor de R$ 2.612.217,12, conforme DIPJ/2005. levando em conta o montante apurado como pagamento a maior no ajuste anual de 2004, procedeu a compensação legal que lhe entendia devida. cita o artigo 165 do CTN e artigo 74 da Lei nº 9.430/96 como fundamentos legais para seu pedido, devendo ser homologada a compensação. o crédito tributário adquirido pela recorrente deveuse ao pagamento a maior da CSLL, no anocalendário de 2004, tributo que esse que, consoante a legislação tributária, é passível de restituição, podendo ser utilizado na compensação. a Receita Federal, ao analisar o montante apurado como pago a maior de R$ 2.612.217,12, não atentou ao fato que tal crédito disponível à recorrente, no momento em que foi efetuada a compensação, fora atualizado pela taxa SELIC, nos termos do artigo 72 da IN SRF nº 900/2008, e artigo 89, § 4º Decreto nº 70.235/72 (sic). resta claro que a contribuinte efetuou as compensações segundo a legislação então vigente, não devendo, desta maneira, a fiscalização desconsiderar o procedimento adotado pela ora manifestante, qual seja, o de proceder a atualização em consonância com o Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É o relatório. Voto Conselheira Maria Lúcia Miceli Relatora O recurso voluntário é tempestivo, e atende aos demais requisitos de admissibilidade. Assim, dele eu conheço. De acordo com a DCOMP apresentada, o crédito teria origem em pagamento indevido ou a maior de CSLL. Em sua defesa, a recorrente alega que este pagamento a maior seria demonstrado pela apuração constante na DIPJ/2005. Antes de adentrar no mérito, esclareço que pagamento indevido ou a mairo, e o saldo negativo de IRPJ/CSLL são créditos de naturezas diferentes, com procedimentos distintos para sua determinação. Tanto é assim que estes créditos são tratados em artigos diferentas na IN SRF nº 600/2005, vigente à época da transmissão da DCOMP, abaixo transcritos: Art. 2º Poderão ser restituídas pela SRF as quantias recolhidas a título de tributo ou contribuição sob sua administração, nas seguintes hipóteses: Fl. 208DF CARF MF 4 I cobrança ou pagamento espontâneo, indevido ou em valor maior que o devido; (...) Art. 5º Os saldos negativos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) poderão ser objeto de restituição: I na hipótese de apuração anual, a partir do mês de janeiro do anocalendário subseqüente ao do encerramento do período de apuração; II na hipótese de apuração trimestral, a partir do mês subseqüente ao do trimestre de apuração. Uma vez feita a distinção entre os créditos aqui tratados, é possível afirmar que a legislação tributária não permite que crédito decorrente de pagamento a maior, recolhido em 31/01/2005, seja tratado como crédito de saldo negativo do anocalendário de 2004, cujo fato gerador ocorre em 31/12/2004. Concluise, portanto, não se tratar de mero erro formal, mas erro do próprio direito. A delimitação da prestação jurisdicional administrativa está definida no pedido inicial. Neste contexto, não pode esta autoridade julgadora analisar crédito diverso do que foi pedido, pois consistiria em sua inovação, o que não é permitido na legislação tributária. Ademais, a competência original para análise do direito creditório é da Delegacia da Receita Federal do Brasil de jurisdição do contribuinte, no caso, a DEMAC, conforme preceitua o artigo 41 da IN SRF nº 600/2005, vigente à época da transmissão da DCOMP. Qualquer manifestação quanto ao crédito de saldo negativo por esta conselheira, além de inaugurar a análise, implicaria em avanço na competência do citado órgão. Mas não é só. Como bem apontou a decisão recorrida, as declarações apresentadas são divergentes. De um lado, temos a DIPJ/2005 retificadora, apresentada em 25/10/2005, onde aponta um saldo negativo de CSLL no valor de R$ 2.612.217,12. Por outro lado, a DCTF retificadora relativa ao mês de março/2005, apresentada em 25/11/2005, declara um débito de CSLL código 6773 Apuração anual, relativo ao anocalendário de 2004 (PA 31/12/2004), com data de vencimento em 31/03/2005, no valor de R$ 5.983.063,30, tendo vinculado dois créditos: o pagamento no valor de R$ 4.336.295,99 (objeto deste processo) e R$ 1.646.767,31 via compensação. Fl. 209DF CARF MF Processo nº 10280.900758/200941 Acórdão n.º 1302003.412 S1C3T2 Fl. 208 5 Notase que esta DCTF retificadora foi apresentada após a DIPJ/2005 que apresenta saldo negativo de CSLL para o anocalendário de 2004, e se encontra ativa nos sistemas da Receita Federal, motivo pelo qual o direito creditório não foi reconhecido. O pagamento no valor de R$ 4.336.295,99, arrecadado em 31/01/2005, tem como data de vencimento 31/03/2005 (vencimento para o recolhimento de tributos, determinados ao final do anocalendário cujo fato gerador é 31/12/2004). Este pagamento está totalmente alocado ao débito confessado pela DCTF retificadora apresentada em 25/10/2005: Ora, ou bem é declarado na apuração anual que há crédito (DIPJ/2005) ou se declara que há CSLL a pagar (DCTF de março/2005). Estas informações conflitantes afastam os requisitos necessários para o reconhecimento do direito creditório, a certeza e liquidez, por força do artigo 170 do CTN. Por todo acima exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário. Maria Lúcia Miceli Relatora Fl. 210DF CARF MF 6 Fl. 211DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10830.010958/2007-74
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Mon Feb 25 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed Apr 03 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/06/2003 a 31/12/2003
EMBARGOS DECLARATÓRIOS
Acolher parcialmente os embargos sem efeitos infringentes.
Numero da decisão: 3302-006.544
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos de declaração, sem efeitos infringentes, para afastar a aplicação das decisões judiciais proferidas no Mandado de Segurança 2005.51.04.0014546 ao lançamento.
(assinado digitalmente)
Paulo Guilherme Déroulède - Presidente.
(assinado digitalmente)
Raphael Madeira Abad - Relator.
Participaram do julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Deroulede (Presidente), Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araujo, Corintho Oliveira Machado, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad e Müller Nonato Cavalcanti Silva (suplente convocado).
Nome do relator: RAPHAEL MADEIRA ABAD
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Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos de declaração, sem efeitos infringentes, para afastar a aplicação das decisões judiciais proferidas no Mandado de Segurança 2005.51.04.0014546 ao lançamento. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Presidente. (assinado digitalmente) Raphael Madeira Abad Relator. Participaram do julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Deroulede (Presidente), Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araujo, Corintho Oliveira Machado, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad e Müller Nonato Cavalcanti Silva (suplente convocado). Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 01 09 58 /2 00 7- 74 Fl. 990DF CARF MF Processo nº 10830.010958/200774 Acórdão n.º 3302006.544 S3C3T2 Fl. 990 2 Tratase de Embargos de Declaração que foram recebidos conforme Despacho de Admissibilidade de efls. 2787 e seguintes onde se concluiu: Com base nas razões acima expostas, admito, parcialmente, os embargos de declaração opostos pelo contribuinte quanto ao esclarecimento relativo ao impetrante do Mandado de Segurança nº 2005.51.04.0014546 e seus efeitos no sujeito passivo do lançamento. É o Relatório. Voto Conselheiro Raphael Madeira Abad, Relator. A Embargante insurgese contra o fato do Acórdão haver sido alegadamente omisso em relação aos efeitos do Mandado de Segurança n. 2005.51.04.0014546 no sujeito passivo do lançamento, sentido no qual foram recebidos os presentes Embargos de Declaração. Isto porque apesar da decisão haver feito menção às ações judiciais de forma genérica, não tratou especificamente do referido Mandado de Segurança n. 2005.51.04.0014546, rendendo ensejo aos presentes aclaratórios. Efetivamente, a CERVEJARIAS CINTRA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. nos autos do Mandado de Segurança n. 2005.51.04.0014546 obteve provimento jurisdicional no sentido de assegurarlhe o seguinte direito: "Face aos exposto, DEFIRO A MEDIDA LIMINAR, nos termos da fundamentação retro, para determinar que o impetrado se abstenha de adotar quaisquer medidas administrativas contra a Impetrante, em especial a lavratura de Auto de Infração e cobrança de valores de IPI pertinente às distribuidoras de bebidas, não recolhidos por força de medida judicial." (efls. 474) O despacho não está datado, contudo há menção a ciência em 13.05.2005. Contudo, cerca de um ano depois, em 08.06.2006, nos mesmos autos foi proferida decisão meritória por meio da qual a segurança foi denegada, merecendo destaque os seguintes fragmentos (efls. 458 e seguintes) Tratase de Mandado de Segurança preventivo impetrado por CERVEJARIAS CINTRA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., em face do DELEGADO DA RECEITA FEDERAL EM VOLTA REDONDA, em que é apontado como ato coator a possibilidade de vir a autoridade impetrada a lançar de ofício, por meio da lavratura de auto de infração, o Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, que deixou de ser destacado e cobrado em notas fiscais por força de decisões judiciais. Fl. 991DF CARF MF Processo nº 10830.010958/200774 Acórdão n.º 3302006.544 S3C3T2 Fl. 991 3 Argumenta a Impetrante que industrializa bebidas (cervejas, chopes e refrigerantes) e celebra contrato com empresas distribuidoras a fim de que estas atuem como revendedoras de seus produtos, sendo, nestas vendas realizadas às distribuidoras, obrigada a destacar o IPI de toda a cadeia comercial de seus produtos com base em valores previamente fixados em pautas fiscais, nos termos do que dispõem a Lei 7.798/89 e os Decreto 2.637/98 (RIPI) e 4.554/02. Não obstante, esclarece a impetrante que diversas distribuidoras com as quais mantém relações comerciais ajuizaram ações com o objetivo de ver afastada a sistemática de cobrança do IPI com base em pautas fiscais, como seria exemplo a ação declaratória proposta em 22 de julho de 1998 e autuada sob o n. 98.0007330 2, na qual obtiveram antecipação de tutela confirmada pelo E. Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Agravo de Instrumento n. 75.150/ES) Semelhante situação teria se verificado nos autos do Processo n. 2002.5001.0098979. (...) Em outras palavras, o cerne da discussão travada nestes autos reside na resposta à indagação inicial acerca da possibilidade de o fisco, por meio da autoridade coatora, proceder ao lançamento e cobrança do IPI que a impetrante, na qualidade de contribuinte de direito, deixou de destacar e recolher, por força de decisões judiciais proferidas em ações judiciais das quais não foi parte, ações essas propostas pelas distribuidoras, que não ostentam a qualidade de contribuinte de direito ou de fato. (...) É de todo importante, por fim, delimitar o âmbito de cognição da presente impetração. O que se discute nesses autos é a possibilidade de realização do lançamento fiscal, o que, nos estreitos limites da cognição do mandamus se responde afirmativamente. A higidez do lançamento fiscal que vier a ser realizado, por evidente, poderá ser objeto de discussão nas vias adequadas, consoante já mencionado, por meio de recursos administrativos ou mesmo por via de ação anulatória ou embargos do devedor. Por todo o exposto, DENEGO A SEGURANÇA." Em outras palavras, o Poder Judiciário, em sede de Apelação Cível (efls. 466 e seguintes), afirmou que não obstante possam existir medidas liminares que obriguem a ora Embargante a não destacar o tributo de suas adquirentes, mesmo assim ela responderá pelo imposto não destacado mencionando a existência do direito de regresso. Em sua Impugnação (efls. 580 e seguintes, especialmente efls. 592), bem como no Recurso Voluntário (efls. 692, especialmente 710), a ora Embargante alega que o referido Mandado de Segurança 2005.51.04.0014546 era circunscrito ao ato do Senhor Delegado da Secretaria da Receita Federal de Volta Redonda, não surtindo efeitos em relação à Delegacia da Receita Federal de Campinas. Fl. 992DF CARF MF Processo nº 10830.010958/200774 Acórdão n.º 3302006.544 S3C3T2 Fl. 992 4 Efetivamente, levando em consideração os efeitos da Coisa Julgada no Mandado de Segurança individual, temse que o citado Mandado de Segurança 2005.51.04.0014546 foi impetrado por pessoa diversa da Recorrente contra ato do Senhor Delegado da Secretaria da Receita Federal de Volta Redonda, o que limitou seus efeitos àquela Delegacia. Assim, por uma razão lógica, os efeitos das decisões judiciais proferidas no citado Mandado de Segurança impetrado por CERVEJARIA CINTRA IND. E COM LTDA. CNPJ 02.125.403/000354, que não é o mesmo CNPJ da Recorrente AMBEV S.A. SUCESSORA POR INCORPORAÇÃO DE LONDRINA BEBIDAS LTDA CNPJ 02.125.403/000192, não podem ser utilizados como fundamento para Autuação em Campinas, a não ser como obiter dictum, mas não como ratio decidendi, ou seja razão de decidir. Desta feita, voto no sentido de acolher os Embargos Declaratórios para reconhecer a omissão no Acórdão guerreado e integrálo, sem efeitos infringentes, no sentido de afirmar que o Mandado de Segurança 2005.51.04.0014546 não pode ser utilizado, no caso concreto, como fundamento para autuação, eis que o limite territorial da impetração não coincide com o da Autuação. É como voto. (assinado digitalmente) Raphael Madeira Abad Fl. 993DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10840.906171/2011-77
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Dec 13 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Mar 15 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples
Ano-calendário: 2002, 2003, 2004, 2005
EXCLUSÃO- COMPENSAÇÃO
Após a exclusão do Simples são passíveis de compensação os eventuais recolhimentos nos termos do computado pela autoridade fiscal.
Numero da decisão: 1402-003.637
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo nº 10840.906164/2011-75, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
assinado digitalmente
Paulo Mateus Ciccone - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Marco Rogério Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Edeli Pereira Bessa, Leonardo Luis Pagano Gonçalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Junia Roberta Gouveia Sampaio e Paulo Mateus Ciccone (Presidente).
Nome do relator: PAULO MATEUS CICCONE
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ementa_s : Assunto: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples Ano-calendário: 2002, 2003, 2004, 2005 EXCLUSÃO- COMPENSAÇÃO Após a exclusão do Simples são passíveis de compensação os eventuais recolhimentos nos termos do computado pela autoridade fiscal.
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Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplicase o decidido no julgamento do processo nº 10840.906164/2011 75, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. assinado digitalmente Paulo Mateus Ciccone Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Marco Rogério Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Edeli Pereira Bessa, Leonardo Luis Pagano Gonçalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Junia Roberta Gouveia Sampaio e Paulo Mateus Ciccone (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 84 0. 90 61 71 /2 01 1- 77 Fl. 159DF CARF MF 2 Relatório Trata o presente feito de retorno de diligência dos autos do processo administrativo em epígrafe. Na sessão ocorrida em 26 de janeiro deste ano, esta turma deliberou e decidiu por converter o feito em diligência, nos termos do voto do Conselheiro Leonardo de Andrade Couto. Adoto o relatório encartado naquele voto como ponto de referência, complementandoo ao final: Tratase o presente processo de Pedido de Compensação (PER/DCOMP), com base em créditos do SIMPLES e débitos apurados pela sistemática do Lucro Presumido (IRPJ). O Despacho Decisório não homologou a pretensa compensação sob a justificativa da ausente apresentação de Declaração (obrigação acessória) relativa ao período correspondente ao crédito original informado na DCOMP, o que impossibilitou a confirmação sobre a existência do crédito pleiteado. Inconformada com a decisão acima resumida, a Recorrente apresentou Manifestação de Inconformidade, apenas alegando que efetuou os pagamentos de tributos em 2003 ainda como optante do SIMPLES, mas que efetuou a entrega de suas obrigações acessórias (DIPJ), pela apuração do Lucro Presumido. Em primeira instância o pedido da contribuinte foi julgado totalmente improcedente sob a fundamentação de não ter restado comprovado suficientemente nos autos a liquidez e certeza do direito creditório pleiteado. Irresignada com tal decisão, a contribuinte interpôs Recurso Voluntário a este Conselho, repisando seus argumentos, mas também trazendo algumas inovações em suas alegações, as quais resumo a seguir: a) Explica que sua exclusão do SIMPLES ocorreu por ato de ofício, qual seja: Ato Declaratório Executivo nº 76, de 29/11/2005; b) Afirma que foi comunicada do supracitado ato por edital SACAT/DRF/POR nº 01/2006 em 02 de janeiro de 2006 e que os efeitos de tal exclusão retroagiram a 2002; c) Acrescenta que não pode juntar cópia de tal ato aos autos pelo fato de a comunicação ter ocorrido por edital; d) Alega que só entregou a DIPJ em momento posterior, devido a equívoco da contabilidade da empresa e que tal declaração possui os valores pelo presumido; Por fim, registrese, ainda, que junto de seu Recurso Voluntário a Recorrente anexa novos documentos: Fl. 160DF CARF MF Processo nº 10840.906171/201177 Acórdão n.º 1402003.637 S1C4T2 Fl. 3 3 a) parte de um Termo de Encerramento de Ação Fiscal de outro processo que está registrado sob o MPF nº 08.1.09.002006009198 (efls94102); b) mais especificamente, cabe ainda relatar que no retromencionado Termo de Encerramento de Ação Fiscal, consta que no início da fiscalização a Recorrente não se encontrava no domicílio fiscal por ela indicado. Confirmam os auditores fiscais que no local operava a empresa Organização Educacional Barão de Mauá, CNPJ 56.001.480/000836. Além disso, os funcionários do local afirmaram desconhecer a empresa Liceu Leonardo da Vinci LTDA e, menos ainda, o representante desta, o Sr. João Ângelo Everaldo Mucke. Os auditores localizaram, então, o endereço do escritório de contabilidade da fiscalizada. Lá, foram atendidos pelo Sr. Newton Figueira de Mello, proprietário da empresa, que entrou em contato com os sócios da fiscalizada, que compareceram no local tomando ciência do Termo de Início de Fiscalização e respectivo MPFF. c) apresenta um Demonstrativo de receitas elaborado pela fiscalização, cujos valores foram extraídos das notas fiscais de prestação de serviços do contribuinte; d) sob MPF nº 0810900/00910/06, há Autos de Infração de IRPJ, CSLL, COFINS e PIS/PASEP, apurados pela sistemática do Lucro Arbitrado, haja vista a fiscalização ter considerado a escrituração da autuada como imprestável e ter entendido como configurada a infração de omissão de receita. Tal glosa pertencente ao processo administrativo sob o nº 15956.000077/200742, cujo acórdão de impugnação a Recorrente anexa logo em seguida, o que se deduz pela correlação evidente entre os fatos narrados em tal acórdão e os dados presentes em tais autos de infração. Na sessão de 21 de janeiro de 2018, baixaramse os autos em diligência para: a) a autoridade preparadora, considerando que os pagamentos realizados a titulo de Simples são incontroversos neste processo, depure tais recolhimentos de acordo com a legislação do Simples vigente a época dos pagamentos informados, especificando quais os tributos e respectivos valores compõem cada recolhimento realizado pelo contribuinte, ou seja, depure cada um dos tributos e contribuições sociais que compõe o valor recolhido (IRPJ, PIS, INSS, ISS, etc). b) uma vez depurados, que seja apresentado em tabela, onde se possa identificálos por competência. c) uma vez identificados, elabore um ultimo demonstrativo apenas com os valores dos tributos federais compensáveis, ou seja, IRPJ, CSLL, PIS E COFINS, excluindose portanto eventuais recolhimentos a titulo de Contribuições Previdenciárias INSS ou tributos não federais (ISS, p. ex.). Ao Fl. 161DF CARF MF 4 final, que tais valores compensáveis sejam somados e o valor resultante seja destacado ao final do demonstrativo. d) Observase que as efolhas onde se encontram os valores apontados não estão sendo aqui especificados pois este julgamento segue o sistema de julgamento de recursos repetitivos. e) ao contribuinte seja dada a oportunidade de, cientificado da diligência, manifestarse no prazo de 30 (trinta) dias (parágrafo único, do art. 35, do Decreto 7.574/2011) sobre o resultado da mesma. Foi então proferido o despacho de diligência de fls. 146/151, em que o AFRFB responsável elaborou tabela constante dos autos apenas com os valores dos tributos federais compensáveis, ou seja, IRPJ, CSLL, PIS e Cofins, para a competência discutida nos presentes autos. É o relatório do essencial. Voto Conselheiro Paulo Mateus Ciccone, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º, 2º e 3º, do Anexo II, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1402003.630, de 13/12/2018, proferido no julgamento do Processo nº 10840.906164/2011 75, paradigma ao qual o presente processo fica vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1402003.630): 1. DA ADMISSIBILIDADE: O Recurso é tempestivo e interposto por parte competente, posto que o admito. 2. MÉRITO: A exclusão do sujeito passível, por meio da ADE n.76, DE 29/11/2005, da sistemática do simples torna indevidos os recolhimentos naquela sistemática, contudo, a compensação por meio de DCOMP exlcui as contribuições previdenciárias Aplicase ao caso o entendimento de que após a exclusão do Simples são passíveis de compensação os eventuais recolhimentos nos termos da resolução transcrita no relatório da presente decisão. Fl. 162DF CARF MF Processo nº 10840.906171/201177 Acórdão n.º 1402003.637 S1C4T2 Fl. 4 5 Depurados os recolhimentos realizados na sistemática do Simples pela Receita Federal, sem contestação do contribuinte, este deve ser o valor compensável nos termos do apurado em sede do relatório da diligência fiscal. Diante do exposto voto por dar provimento parcial ao Recurso Voluntário. É como voto. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 47, do Anexo II, do RICARF, voto por dar provimento parcial ao recurso voluntário (assinado digitalmente) Paulo Mateus Ciccone Fl. 163DF CARF MF
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Numero do processo: 10925.911406/2011-11
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jun 28 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Jul 17 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Ano-calendário: 2006
ÔNUS DA PROVA. DIREITO CREDITÓRIO
O ônus da prova do crédito tributário é do contribuinte (Artigo 373 do CPC). Não sendo produzido nos autos provas capazes de comprovar seu pretenso direito, o despacho decisório que não homologou o pedido de restituição deve ser mantido.
ICMS. BASE DE CÁLCULO. PIS/COFINS. COMPOSIÇÃO.
O ICMS compõe a base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS, integrando, portanto, o conceito de receita bruta.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3302-004.404
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Paulo Guilherme Déroulède - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, Walker Araujo, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Lenisa Rodrigues Prado, Charles Pereira Nunes, Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza e José Renato Pereira de Deus.
Nome do relator: PAULO GUILHERME DEROULEDE
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PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. INCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES. Recorrente PARATI S/A Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 2006 ÔNUS DA PROVA. DIREITO CREDITÓRIO O ônus da prova do crédito tributário é do contribuinte (Artigo 373 do CPC). Não sendo produzido nos autos provas capazes de comprovar seu pretenso direito, o despacho decisório que não homologou o pedido de restituição deve ser mantido. ICMS. BASE DE CÁLCULO. PIS/COFINS. COMPOSIÇÃO. O ICMS compõe a base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS, integrando, portanto, o conceito de receita bruta. Recurso Voluntário Negado. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Paulo Guilherme Déroulède, José Fernandes do Nascimento, Walker Araujo, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Lenisa Rodrigues Prado, Charles Pereira Nunes, Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza e José Renato Pereira de Deus. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 92 5. 91 14 06 /2 01 1- 11 Fl. 61DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 3 2 Relatório Trata o presente processo de Pedido de Restituição (PER) eletrônico por meio da qual a contribuinte solicita restituição de valor que teria sido indevidamente recolhido a título de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins. Na apreciação do pleito, manifestouse a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Joaçaba SC pelo indeferimento do pedido de restituição, mediante Despacho Decisório, fazendoo com base na constatação da inexistência do crédito informado, uma vez que o valor recolhido já havia sido integralmente utilizado para extinção do débito relativo ao período de apuração a que se referia, não restando crédito disponível para restituição. Inconformada com o indeferimento do PER, a contribuinte apresenta manifestação de inconformidade na qual alega que o pedido de restituição referese a créditos decorrentes de pagamentos a maior de PIS/Pasep e Cofins, em razão da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições. A DRJ julgou, por unanimidade de votos, improcedente a manifestação de inconformidade nos termos do Acórdão 07031.517. O fundamento adotado, em síntese, foi: (i) que, pagamentos efetuados mediante DARF (vinculados a débitos declarados em DCTF) somente se caracterizam como indevidos ou a maior, quando o contribuinte retifica a DCTF, informando corretamente o débito (a menor); e (ii) que, não procede a alegação da contribuinte de que o ICMS não compõe as bases de cálculo da contribuição ao PIS/Pasep e da Cofins; e (iii) que o órgão administrativo não pode ser pronunciar sobre a inconstitucionalidade de legislação tributária. Intimada de decisão piso, a Recorrente interpôs tempestivamente recurso voluntário, aduzindo (i) ausência de previsão legal exigindo a retificação da DCTF como condição para a restituição; (ii) inconstitucionalidade e ilegalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS; (iii) sobrestamento do feito até o transito em julgado da decisão proferida pelo STF (RE 574.706). É o relatório. Voto Conselheiro Paulo Guilherme Déroulède, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3302004.379, de 28 de junho de 2017, proferido no julgamento do processo 10925.907614/201298, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 3302004.379): Fl. 62DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 4 3 "I Tempestividade A Recorrente foi intimada da decisão de piso em 19.03.2014 (fls.43) e protocolou Recurso Voluntário em 07.04.2014 (fls.4653), dentro do prazo de 30 (trinta) dias previsto no artigo 33, do Decreto 70.235/721. Desta forma, considerando que o recurso preenche o requisito de admissibilidade, dele tomo conhecimento. II Mérito II.1 Inconstitucionalidade de lei tributária Súmula CARF nº 02 Inicialmente é imperioso destacar que nos termos da Súmula nº 02 "O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária". Deste modo, a análise da inconstitucionalidade da legislação tributária envolvendo a inclusão ou não do ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS resta totalmente prejudicada. II.2 Ausência de retificação da DCTF direito creditório É incontroverso nos autos que a Recorrente não retificou a DCTF antes de apresentar o Pedido de Restituição (PER) Eletrônico nº 15219.42808.210808.1.2.043337, fato este que para fiscalização obsta o direito ao crédito buscado pelo contribuinte. Contudo, o fato de a Recorrente não ter retificado a DCTF antes de apresentar o pedido de restituição, por si só, não é motivo suficiente para que seu crédito não seja reconhecido, podendo, tal procedimento, ser superado com a apresentação de provas capazes de comprovar a existência de erro na apuração contábil/fiscal e consequentemente do pagamento indevido ou a maior alegado pelo contribuinte, nos termos do §1º ao art. 147 do CTN, a saber: Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. §1º. A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. No presente caso, a Recorrente não trouxe aos autos documentos necessários e substanciais à comprovar suas alegações e demonstrar a origem do crédito apresentado no Pedido de Restituição (PER) Eletrônico nº 15219.42808.210808.1.2.043337, alegando, pura e simplesmente que o citado pedido referese a créditos decorrentes de pagamentos a maior de PIS/Pasep e Cofins, em razão da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições. 1 Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. Fl. 63DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 5 4 Com efeito, o ônus da prova do crédito tributário é do contribuinte (Artigo 373 do CPC2). Não sendo produzido nos autos provas capazes de comprovar seu pretenso direito, o indeferindo do crédito é medida que se impõe. Nesse sentido: "Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 31/07/2009 a 30/09/2009 VERDADE MATERIAL. INVESTIGAÇÃO. COLABORAÇÃO. A verdade material é composta pelo dever de investigação da Administração somado ao dever de colaboração por parte do particular, unidos na finalidade de propiciar a aproximação da atividade formalizadora com a realidade dos acontecimentos. PEDIDOS DE COMPENSAÇÃO/ RESSARCIMENTO. ÔNUS PROBATÓRIO. DILIGÊNCIA/ PERÍCIA. Nos processos derivados de pedidos de compensação/ressarcimento, a comprovação do direito creditório incumbe ao postulante, que deve carrear aos autos os elementos probatórios correspondentes. Não se presta a diligência, ou perícia, a suprir deficiência probatória, seja do contribuinte ou do fisco. (...)" (Processo n.º 11516.721501/201443. Sessão 23/02/2016. Relator Rosaldo Trevisan. Acórdão n.º 3401003.096 grifei) Pertinente destacar a lição do professor Hugo de Brito Machado, a respeito da divisão do ônus da prova: No processo tributário fiscal para apuração e exigência do crédito tributário, ou procedimento administrativo de lançamento tributário, autor é o Fisco. A ele, portanto, incumbe o ônus de provar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária que serve de suporte à exigência do crédito que está a constituir. Na linguagem do Código de Processo Civil, ao autor incumbe o ônus do fato constitutivo de seu direito (Código de Processo Civil, art.333, I). Se o contribuinte, ao impugnar a exigência, em vez de negar o fato gerador do tributo, alega ser imune, ou isento, ou haver sido, no todo ou em parte, desconstituída a situação de fato geradora da obrigação tributária, ou ainda, já haver pago o tributo, é seu ônus de provar o que alegou. A imunidade, como isenção, impedem o nascimento da obrigação tributária. São, na linguagem do Código de Processo Civil, fatos impeditivos do direito do Fisco. A desconstituição, parcial ou total, do fato gerador do tributo, é fato modificativo ou extintivo, e o pagamento é fato extintivo do direito do Fisco. Deve ser comprovado, portanto, pelo contribuinte, que assume no processo administrativo de determinação e exigência do tributo posição equivalente a do réu no processo civil”. (original não destacado)3 2 Art. 373. O ônus da prova incumbe: I ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor 3 Mandado de Segurança em Matéria Tributária, 3. ed., São Paulo: Dialética, 1998, p.252. Fl. 64DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 6 5 Somase a isso, que a escrituração somente faz prova a favor do sujeito passivo se acompanhada por documentos hábeis à comprovar a origem do crédito pleiteado, conforme previsão contida no artigo 26, do Decreto nº 7574/20114. Superada essa questão, passase a análise da matéria sobre a inclusão ou não do ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS. II.3 ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS Conforme relatado anteriormente, alega a Recorrente, sem contudo provar, que o pedido de restituição referese a créditos decorrentes de pagamentos a maior de PIS/Pasep e Cofins, em razão da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições. Cita e pede aplicação dos RE´s 240.785 2/MS e 574.706. Para dirimir a controvérsia sobre a inclusão ou não do ICMS na base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS e afastar a aplicação da decisão proferida pela Suprema Corte ao presente caso, empresto as razões de decidir da i. Conselheira Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, nos autos do processo administrativo nº 10283.902818/201235 (acórdão 3302 004.158): A controvérsia cingese sobre a inclusão ou não do ICMS na base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS. A situação que permeia os tribunais na atualidade é de dois posicionamentos conflitantes quanto à inclusão ou não do tributo na base de cálculo do PIS e da COFINS. O Superior Tribunal de Justiça no REsp 1144469/PR, em sistema de recursos repetitivos assim decidiu: RECURSO ESPECIAL DO PARTICULAR: TRIBUTÁRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543C, DO CPC. PIS/PASEP E COFINS. BASE DE CÁLCULO. RECEITA OU FATURAMENTO. INCLUSÃO DO ICMS. 1. A Constituição Federal de 1988 somente veda expressamente a inclusão de um imposto na base de cálculo de um outro no art. 155, §2º, XI, ao tratar do ICMS, quanto estabelece que este tributo: "XI não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos". 2. A contrario sensu é permitida a incidência de tributo sobre tributo nos casos diversos daquele estabelecido na exceção, já tendo sido reconhecida jurisprudencialmente, entre outros casos, a incidência: 2.1. Do ICMS sobre o próprio ICMS: repercussão geral no RE n. 582.461 / SP, STF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18.05.2011. 4 Art. 26. A escrituração mantida com observância das disposições legais faz prova a favor do sujeito passivo dos fatos nela registrados e comprovados por documentos hábeis, segundo sua natureza, ou assim definidos em preceitos legais (DecretoLei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, art. 9o, § 1o). Fl. 65DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 7 6 2.2. Das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS sobre as próprias contribuições ao PIS/PASEP e COFINS: recurso representativo da controvérsia REsp. n. 976.836 RS, STJ, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25.8.2010. 2.3. Do IRPJ e da CSLL sobre a própria CSLL: recurso representativo da controvérsia REsp. n. 1.113.159 AM, STJ, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 11.11.2009. 2.4. Do IPI sobre o ICMS: REsp. n. 675.663 PR, STJ, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 24.08.2010; REsp. Nº 610.908 PR, STJ, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 20.9.2005, AgRg no REsp.Nº 462.262 SC, STJ, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 20.11.2007. 2.5. Das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS sobre o ISSQN: recurso representativo da controvérsia REsp. n. 1.330.737 SP, Primeira Seção, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 10.06.2015. 3. Desse modo, o ordenamento jurídico pátrio comporta, em regra, a incidência de tributos sobre o valor a ser pago a título de outros tributos ou do mesmo tributo. Ou seja, é legítima a incidência de tributo sobre tributo ou imposto sobre imposto, salvo determinação constitucional ou legal expressa em sentido contrário, não havendo aí qualquer violação, a priori, ao princípio da capacidade contributiva. 4. Consoante o disposto no art. 12 e §1º, do DecretoLei n. 1.598/77, o ISSQN e o ICMS devidos pela empresa prestadora de serviços na condição de contribuinte de direito fazem parte de sua receita bruta e, quando dela excluídos, a nova rubrica que se tem é a receita líquida. 5. Situação que não pode ser confundida com aquela outra decorrente da retenção e recolhimento do ISSQN e do ICMS pela empresa a título de substituição tributária (ISSQNST e ICMSST). Nesse outro caso, a empresa não é a contribuinte, o contribuinte é o próximo na cadeia, o substituído. Quando é assim, a própria legislação tributária prevê que tais valores são meros ingressos na contabilidade da empresa que se torna apenas depositária de tributo que será entregue ao Fisco, consoante o art. 279 do RIR/99. 6. Na tributação sobre as vendas, o fato de haver ou não discriminação na fatura do valor suportado pelo vendedor a título de tributação decorre apenas da necessidade de se informar ou não ao Fisco, ou ao adquirente, o valor do tributo embutido no preço pago. Essa necessidade somente surgiu quando os diversos ordenamentos jurídicos passaram a adotar o lançamento por homologação (informação ao Fisco) e/ou o princípio da não cumulatividade (informação ao Fisco e ao adquirente), sob a Fl. 66DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 8 7 técnica específica de dedução de imposto sobre imposto (imposto pago sobre imposto devido ou "tax on tax"). 7. Tal é o que acontece com o ICMS, onde autolançamento pelo contribuinte na nota fiscal existe apenas para permitir ao Fisco efetivar a fiscalização a posteriori, dentro da sistemática do lançamento por homologação e permitir ao contribuinte contabilizar o crédito de imposto que irá utilizar para calcular o saldo do tributo devido dentro do princípio da não cumulatividade sob a técnica de dedução de imposto sobre imposto. Não se trata em momento algum de exclusão do valor do tributo do preço da mercadoria ou serviço. 8. Desse modo, firmase para efeito de recurso repetitivo a tese de que: "O valor do ICMS, destacado na nota, devido e recolhido pela empresa compõe seu faturamento, submetendo se à tributação pelas contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, sendo integrante também do conceito maior de receita bruta, base de cálculo das referidas exações". 9. Tema que já foi objeto de quatro súmulas produzidas pelo extinto Tribunal Federal de Recursos TFR e por este Superior Tribunal de Justiça STJ: Súmula n. 191/TFR: "É compatível a exigência da contribuição para o PIS com o imposto único sobre combustíveis e lubrificantes". Súmula n. 258/TFR: "Incluise na base de cálculo do PIS a parcela relativa ao ICM". Súmula n. 68/STJ: "A parcela relativa ao ICM incluise na base de cálculo do PIS". Súmula n. 94/STJ: "A parcela relativa ao ICMS inclui se na base de cálculo do FINSOCIAL". 10. Tema que já foi objeto também do recurso representativo da controvérsia REsp. n. 1.330.737 SP (Primeira Seção, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 10.06.2015) que decidiu matéria idêntica para o ISSQN e cujos fundamentos determinantes devem ser respeitados por esta Seção por dever de coerência na prestação jurisdicional previsto no art. 926, do CPC/2015. 11. Ante o exposto, DIVIRJO do relator para NEGAR PROVIMENTO ao recurso especial do PARTICULAR e reconhecer a legalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS. RECURSO ESPECIAL DA FAZENDA NACIONAL: TRIBUTÁRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543C, DO CPC. PIS/PASEP E COFINS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DOS VALORES COMPUTADOS COMO RECEITAS QUE TENHAM SIDO TRANSFERIDOS PARA OUTRAS PESSOAS JURÍDICAS. ART. 3º, § 2º, III, DA LEI Nº 9.718/98. NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA. NÃO APLICABILIDADE. 12. A Corte Especial deste STJ já firmou o entendimento de que a restrição legislativa do artigo 3º, § 2º, III, da Lei n.º 9.718/98 ao conceito de faturamento (exclusão dos valores computados como receitas que tenham sido transferidos para outras pessoas jurídicas) não teve eficácia no mundo jurídico já que dependia Fl. 67DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 9 8 de regulamentação administrativa e, antes da publicação dessa regulamentação, foi revogado pela Medida Provisória n. 2.158 35, de 2001. Precedentes: AgRg nos EREsp. n. 529.034/RS, Corte Especial, Rel. Min. José Delgado, julgado em 07.06.2006; AgRg no Ag 596.818/PR, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 28/02/2005; EDcl no AREsp 797544 / SP, Primeira Turma, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 14.12.2015, AgRg no Ag 544.104/PR, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJ 28.8.2006; AgRg nos EDcl no Ag 706.635/RS, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 28.8.2006; AgRg no Ag 727.679/SC, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, DJ 8.6.2006; AgRg no Ag 544.118/TO, Rel. Min. Franciulli Netto, Segunda Turma, DJ 2.5.2005; REsp 438.797/RS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJ 3.5.2004; e REsp 445.452/RS, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, DJ 10.3.2003. 13. Tese firmada para efeito de recurso representativo da controvérsia: "O artigo 3º, § 2º, III, da Lei n.º 9718/98 não teve eficácia jurídica, de modo que integram o faturamento e também o conceito maior de receita bruta, base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, os valores que, computados como receita, tenham sido transferidos para outra pessoa jurídica". 14. Ante o exposto, ACOMPANHO o relator para DAR PROVIMENTO ao recurso especial da FAZENDA NACIONAL. (REsp 1144469/PR; Relator: Napoleão Nunes Maia Filho; Relator para o acórdão: Mauro Campbell Maques) (grifos não constam no original) Já o Supremo Tribunal Federal, no RE 574.706RG/PR, julgou, no dia 15.03.2017, no sentido de que: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente), apreciando o tema 69 da repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário e fixou a seguinte tese: "O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da Cofins". Vencidos os Ministros Edson Fachin, Roberto Barroso, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Nesta assentada o Ministro Dias Toffoli aditou seu voto. Plenário, 15.3.2017. (grifos não constam do original) No âmbito do regimento interno deste Egrégio Tribunal Administrativo, existe previsão normativa em seu artigo 62, anexo II, sobre a obrigatoriedade de se observar os precedentes em sistema de repetitivos e/ou repercussão geral na análise dos casos: RICARF Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. Fl. 68DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 10 9 § 1º O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: (...) II que fundamente crédito tributário objeto de: (...) b) Decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, em sede de julgamento realizado nos termos dos arts. 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 1973, ou dos arts. 1.036 a 1.041 da Lei n º 13.105, de 2015 Código de Processo Civil, na forma disciplinada pela Administração Tributária; (Redação dada pela Portaria MF nº 152, de 2016) O RICARF prevê o requisito da decisão definitiva para a obrigatoriedade da aplicação do precedente, no caso em análise, o REsp 1.144.469/PR transitou em julgado em 10.03.2017 e o RE 574.706 RG/PR ainda espera a modulação de seus efeitos, não havendo, portanto, trânsito em julgado. Logo, devese observar a decisão, já transitada em julgado, do Superior Tribunal de Justiça. Em razão da obrigatoriedade por parte do conselheiro em aplicar o RICARF, acima exposto, os argumentos da Recorrente de desnecessidade de previsão legal para a exclusão do ICMS por respeito ao princípio da capacidade contributiva e da impossibilidade de considerar o ICMS como parte integrante do faturamento ficam, desde já, encontramse fundamentados com a aplicação do precedente obrigatório. Portanto, em conformidade com o REsp 1.144.469/PR, que firmou para efeito de recurso repetitivo a tese de que: "O valor do ICMS, destacado na nota, devido e recolhido pela empresa compõe seu faturamento, submetendose à tributação pelas contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, sendo integrante também do conceito maior de receita bruta, base de cálculo das referidas exações", é negado provimento ao recurso voluntário. II.4 Sobrestamento do processo Por fim, a Recorrente pleiteou o sobrestamento do feito até o julgamento definitivo do RE 504.706, suplicando pela aplicação do princípio da economia processual. Com todo respeito ao pedido formulado pela Recorrente, as hipóteses de sobrestamento do feito previstas no Regimento Interno deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, Portaria MF nº 343, de 09 de junho de 2015, não albergam o pedido do contribuinte, logo, deve ser afastado o requerimento anteriormente citado, por total ausência de fundamento legal. III. Conclusão Diante do exposto, considerando que a Recorrente não comprovou a origem do crédito e, que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.144.469/PR), aplicável ao presente caso, é no sentido de manter o ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS, voto por negar provimento ao recurso voluntário." Fl. 69DF CARF MF Processo nº 10925.911406/201111 Acórdão n.º 3302004.404 S3C3T2 Fl. 11 10 Da mesma forma que ocorreu no caso do paradigma, no presente processo o recurso voluntário também foi apresentado tempestivamente e, não obstante a Recorrente não ter retificado a DCTF antes de apresentar o pedido de restituição, não logrou comprovar o crédito que alega fazer jus, decorrente de pagamentos a maior de PIS/Pasep e Cofins, em razão da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, nego provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Fl. 70DF CARF MF
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Numero do processo: 13838.000065/00-73
Turma: Terceira Turma Superior
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Oct 16 00:00:00 UTC 2002
Numero da decisão: 202-00.376
Decisão: RESOLVEM os Membros da Segunda Câmara do Segundo Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, declinar competência ao Terceiro Conselho de Contribuintes para o julgamento do recurso, em razão da matéria.
Nome do relator: Raimar da Silva Aguiar
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Numero do processo: 13819.720253/2014-34
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 10 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Jun 14 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2010
DESPESAS MÉDICAS. PLANO DE SAÚDE.
Poderão ser deduzidos os pagamentos referentes a plano de saúde efetuados pelo contribuinte, cujo beneficiário seja o próprio declarante ou seus dependentes, desde que comprovados mediante documentação hábil e idônea. Lei nº 9.250/1995, art. 8º, inc. II, § 2º.
Numero da decisão: 2202-003.865
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Marco Aurélio de Oliveira Barbosa Presidente
(assinado digitalmente)
Cecilia Dutra Pillar - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Marco Aurélio de Oliveira Barbosa, Júnia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada. Ausente justificadamente Rosemary Figueiroa Augusto.
Nome do relator: CECILIA DUTRA PILLAR
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PLANO DE SAÚDE. Poderão ser deduzidos os pagamentos referentes a plano de saúde efetuados pelo contribuinte, cujo beneficiário seja o próprio declarante ou seus dependentes, desde que comprovados mediante documentação hábil e idônea. Lei nº 9.250/1995, art. 8º, inc. II, § 2º. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Marco Aurélio de Oliveira Barbosa – Presidente (assinado digitalmente) Cecilia Dutra Pillar Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros Marco Aurélio de Oliveira Barbosa, Júnia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada. Ausente justificadamente Rosemary Figueiroa Augusto. Relatório Trata o presente processo de Notificação de Lançamento relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas no valor de R$ 10.380,92 (fls. 04/10), decorrente de revisão AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 81 9. 72 02 53 /2 01 4- 34 Fl. 49DF CARF MF 2 da Declaração de Ajuste Anual do IRPF do exercício de 2011, ano calendário de 2010, em que, devido ao não atendimento de intimação para apresentação de documentos, foram glosados valores indevidamente deduzidos a título de: 1) dependente, no valor de R$ 1.808,28, por falta de comprovação; 2) despesas médicas, no valor de R$ 37.253,15, por falta de comprovação. Foi apresentada impugnação tempestiva e parcial, fls. 02 (pois o contribuinte aceitou a glosa do valor de R$ 5.287,48, referente à dependente e parte da despesa médica indevidamente deduzida). Quanto ao valor remanescente, afirmou o impugnante tratarse de plano de saúde pago à Sul América Cia. de Seguro Saúde juntando documentos (fls. 11/13). A 4ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Campo Grande (MS), julgou improcedente a impugnação, conforme acórdão de fls. 22/28, pois nos documentos apresentados foi observado que Tatiana Buoniconti V. Marangon, não declarada como dependente do contribuinte, é também beneficiária do plano de saúde e o demonstrativo de pagamentos do plano não traz o valor da cota devida por cada um dos beneficiários. Cientificado dessa decisão por via postal em 02/06/2014 (A.R. de fls. 32), o interessado interpôs Recurso Voluntário em 01/07/2014 (fls. 34/39), argumentando que deduziu o valor pago à Sul América referente à filha Tatiana, embora ela não seja mais sua dependente. Que o acórdão recorrido contém equívoco pois ainda que a filha não fosse sua dependente, o pagamento foi realizado por ele. Alega, também, que os valores achamse devidamente especificados e comprovados pois do total pago à Sul América apenas R$ 8.256,22 referese à Tatiana e que o valor devido em razão da impossibilidade desta dedução foi recolhido em DAR (sic) emitido pela própria Receita Federal, quando da apresentação da defesa. Requer seja provido seu recurso e traz aos autos o mesmo documento apresentado na impugnação (fls. 37), relativo a extrato de utilização do seguro saúde, onde estão demonstrados os valores pagos pela Cia ao sr. Joel F. Vasconcelos, referentes à solicitações de reembolso de despesas médicas/hospitalares e/ou odontológicas. É o Relatório. Voto Conselheira Cecilia Dutra Pillar Relatora. O recurso é tempestivo e atende às demais formalidades legais, portanto dele conheço. O presente recurso resumese à controvérsia acerca da não aceitação de documentos relativos a despesas médicas pagas pelo declarante no valor de R$ 33.773,95 destinado a plano de saúde, por falta de comprovação dos valores pagos por beneficiário, uma vez que o demonstrativo apresentado engloba os pagamentos do contribuinte, de sua esposa e da filha (não dependente para fins do imposto de renda). Fl. 50DF CARF MF Processo nº 13819.720253/201434 Acórdão n.º 2202003.865 S2C2T2 Fl. 50 3 O contribuinte alega equívoco na decisão da DRJ pois foi ele quem arcou com todos os pagamentos ao plano de saúde e que do total pago à Sul América, o valor de R$ 8.256,22 referente à filha Tatiana, foi recolhido à RFB. Equivocase o recorrente. O fato de ter sido ele quem arcou com a despesa não lhe dá direito à dedução da totalidade, mas tão somente das parcelas atinentes a ele próprio e a seus dependentes para fins de IRPF. Sobre a matéria, a orientação do "perguntas e Respostas" que disciplina sobre o preenchimento da DIRPF a partir do exercício de 2009: 358 — O contribuinte, titular de plano de saúde, pode deduzir o valor integral pago ao plano, incluindo os valores referentes ao cônjuge e aos filhos quando estes declarem em separado? O contribuinte, titular de plano de saúde, não pode deduzir os valores referentes ao cônjuge e aos filhos quando estes declarem em separado, pois somente são dedutíveis na declaração os valores pagos a planos de saúde de pessoas físicas consideradas dependentes perante a legislação tributária e incluídas na declaração do responsável em que forem consideradas dependentes. Dos documentos trazidos aos autos, vêse que o Demonstrativo de Imposto de Renda Prêmios, fornecido pela Sul América Cia de Seguro Saúde (fls. 12) contém informação dos pagamentos realizados durante o ano de 2010, totalizando R$ 33.773,95 sem qualquer discriminação dos valores correspondentes a cada beneficiário. Às fls. 13 e 37 está o "Extrato de Utilização para fins de Imposto de Renda", com a demonstração dos valores reembolsados pela Cia relativamente a cada beneficiário do plano, onde consta que os reembolsos das despesas médicas da filha Tatiana, no ano de 2010, totalizaram R$ 8.256,22. As importâncias reembolsadas não são despesas do contribuinte, mas sim valores indedutíveis na sua declaração. O recolhimento que o recorrente alega ter feito, se refere ao valor das deduções não impugnadas (R$ 5.287,48), cujo imposto correspondente (R$ 1.189,69) foi transferido para outro processo para fins de execução da cobrança. Portanto, não houve qualquer pagamento com relação à matéria impugnada, permanecendo em litígio a dedução de R$ 33.773,95 paga à seguradora de plano de saúde englobando todos os beneficiários (titular, esposa e filha) cujo imposto de renda corresponde a R$ 9.191,23. Quanto à dedução de despesas médicas na declaração de ajuste anual, a Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, em seu art. 8º, estabelece: “Art. 8º A base de cálculo do imposto devido no anocalendário será a diferença entre as somas: I – de todos os rendimentos percebidos durante o ano calendário, exceto os isentos, os nãotributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva; II – das deduções relativas: Fl. 51DF CARF MF 4 a) aos pagamentos efetuados, no anocalendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias. (...) § 2º O disposto na alínea ‘a’ do inciso II: I aplicase, também, aos pagamentos efetuados a empresas domiciliadas no País, destinados à cobertura de despesas com hospitalização, médicas e odontológicas, bem como a entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento de despesas da mesma natureza; II restringese aos pagamentos feitos pelo contribuinte, relativos ao seu próprio tratamento e ao de seus dependentes; Os documentos anexados à impugnação e no recurso nada comprovam com relação à glosa em discussão pois não apresentam as parcelas da despesa correspondente a cada beneficiário do plano de saúde, de modo a possibilitar a identificação do quantum corresponde a cada um e quanto é passível de dedução na DIRPF. Deste modo, deve ser mantida a glosa da dedução, por falta de comprovação. Conclusão Diante do exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Cecilia Dutra Pillar Relatora Fl. 52DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10640.720090/2007-51
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu May 25 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Jul 05 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 2005
PAF - PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTOS. CONHECIMENTO.
Demonstrado o cumprimento dos pressupostos regimentais relativamente a um dos julgados indicados como paradigmas, não há óbice ao conhecimento do Recurso Especial, ainda que o outro julgado não se preste à demonstração de divergência jurisprudencial.
VTN-VALOR DA TERRA NUA. ARBITRAMENTO. SIPT-SISTEMA DE PREÇOS DE TERRAS. VALOR MÉDIO DAS DITR. AUSÊNCIA DE APTIDÃO AGRÍCOLA.
Incabível a manutenção do arbitramento com base no SIPT, quando o VTN é apurado adotando-se o valor médio das DITR do município, sem levar-se em conta a aptidão agrícola do imóvel.
Numero da decisão: 9202-005.521
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
Maria Helena Cotta Cardozo - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, João Victor Ribeiro Aldinucci (suplente convocado), Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri e Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício).
Nome do relator: MARIA HELENA COTTA CARDOZO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Exercício: 2005 PAF - PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTOS. CONHECIMENTO. Demonstrado o cumprimento dos pressupostos regimentais relativamente a um dos julgados indicados como paradigmas, não há óbice ao conhecimento do Recurso Especial, ainda que o outro julgado não se preste à demonstração de divergência jurisprudencial. VTN-VALOR DA TERRA NUA. ARBITRAMENTO. SIPT-SISTEMA DE PREÇOS DE TERRAS. VALOR MÉDIO DAS DITR. AUSÊNCIA DE APTIDÃO AGRÍCOLA. Incabível a manutenção do arbitramento com base no SIPT, quando o VTN é apurado adotando-se o valor médio das DITR do município, sem levar-se em conta a aptidão agrícola do imóvel.
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RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTOS. CONHECIMENTO. Demonstrado o cumprimento dos pressupostos regimentais relativamente a um dos julgados indicados como paradigmas, não há óbice ao conhecimento do Recurso Especial, ainda que o outro julgado não se preste à demonstração de divergência jurisprudencial. VTNVALOR DA TERRA NUA. ARBITRAMENTO. SIPTSISTEMA DE PREÇOS DE TERRAS. VALOR MÉDIO DAS DITR. AUSÊNCIA DE APTIDÃO AGRÍCOLA. Incabível a manutenção do arbitramento com base no SIPT, quando o VTN é apurado adotandose o valor médio das DITR do município, sem levarse em conta a aptidão agrícola do imóvel. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, em negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício (assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo Relatora AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 64 0. 72 00 90 /2 00 7- 51 Fl. 174DF CARF MF 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, João Victor Ribeiro Aldinucci (suplente convocado), Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri e Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício). Relatório Trata o presente processo, de exigência do ITR Imposto Territorial Rural do exercício de 2005, tendo em vista o arbitramento do VTN Valor da Terra Nua. Em sessão plenária de 28/07/2010, foi julgado o Recurso Voluntário s/n, prolatandose o Acórdão nº 280100.788 (fls. 121 a 127), assim ementado: “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2005 VALOR DA TERRA NUA (VTN). ARBITRAMENTO.. O lançamento de ofício deve considerar, por expressa previsão legal, as informações constantes do Sistema de Preços de Terra, SIPT, referentes a levantamentos realizados pelas Secretarias de Agricultura das Unidades Federadas ou dos Municípios, que considerem a localização do imóvel, a capacidade potencial da terra e a dimensão do imóvel. Na ausência de tais informações, a utilização do VTN médio apurado a partir do universo de DITR apresentadas para determinado município e exercício, por não observar o critério da capacidade potencial da terra, não pode prevalecer. Recurso Voluntário Provido." A decisão foi assim registrada: "Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. Os conselheiros Antonio de Pádua Athayde Magalhães, Sandro Machado dos Reis, Tânia Mara Paschoalin, Marcelo Magalhães Peixoto e Amarylles Reinaldi e Henriques Resende votaram pelas conclusões." O processo foi recebido na PGFN em 03/05/2012 (carimbo acostado à Relação de Movimentação de fls. 130), sendo o Procurador da Fazenda Nacional intimado em 24/05/2012 (fls. 123). Na mesma data, foram opostos os Embargos de Declaração de fls. 132 a 133 (Relação de Movimentação de fls. 131), rejeitados conforme despacho de fls. 136 a 138. Dessa forma, o processo foi novamente recebido na PGFN em 09/04/2013 (carimbo acostado à Relação de Movimentação de fls.142), sendo o Procurador da Fazenda Nacional intimado em 19/04/2013 (fls. 131). Em 10/04/2013, foi interposto o Recurso Especial de fls. 146 a 153 (Relação de Movimentação de fls. 144). O Recurso Especial está fundamentado no art. 67, Anexo II, do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 2009, e visa rediscutir a validade do Fl. 175DF CARF MF Processo nº 10640.720090/200751 Acórdão n.º 9202005.521 CSRFT2 Fl. 175 3 arbitramento do VTNValor da Terra Nua tendo por base o SIPTSistema de Preços de Terras, utilizandose o VTN médio das DITR, sem informações sobre aptidão agrícola. Como paradigmas foram indicados os Acórdãos nºs 210201.405 e 210200.609. Ao Recurso Especial foi dado seguimento, conforme despacho s/n de 03/02/2014 (fls. 161 a 163). Cientificado em 11/09/2014 (AR Aviso de Recebimento de fls. 156), o Contribuinte ofereceu, em 26/09/2014, as Contrarrazões de fls. 164 a 169, reiterando os fundamentos do acórdão recorrido e aduzindo: no caso dos autos, o que quer a PGFN é a reapreciação de provas, já que o acórdão recorrido especifica que o laudo apresentado à época do atendimento à intimação da fiscalização é elemento suficiente a demonstrar o valor da terra nua; ocorre que tal providência não encontra guarida em sede de Recurso Especial, uma vez que não se está apreciando mais divergência de interpretação, mas de valoração de provas já existentes nos autos. por outro lado, observase que, além de tudo isso, o acórdão fundamentou sua decisão em prover o recurso em afronta aos princípios da publicidade dos atos administrativos, da ampla defesa e da legalidade e não apenas em relação à utilização ou não do SPIT; finalmente, o Acórdão nº 210200.609, citado como paradigma pela PFN, apenas autoriza a utilização do VTN médio das declarações apresentadas quando for mais benéfico ao contribuinte, não se prestando, pois a sustentar o lançamento. Ao final, o Contribuinte pede o não conhecimentos do Recurso Especial ou, do contrário, que lhe seja negado provimento e mantida a decisão do acórdão recorrido. Voto Conselheira Maria Helena Cotta Cardozo Relatora O Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional é tempestivo, restando perquirir sobre o atendimento aos demais pressupostos de admissibilidade. Em sede de Contrarrazões, o Contribuinte pede o não conhecimento do apelo, uma vez que o paradigma representado pelo Acórdão nº 210200.609 apenas autorizaria a utilização do VTN Valor da Terra Nua médio das declarações apresentadas, quando este é mais benéfico ao Contribuinte, portanto não se prestaria a sustentar o lançamento, no caso do acórdão recorrido. Com efeito, no presente caso dito paradigma não se presta a demonstrar a alegada divergência, razão pela qual já foi rejeitado em inúmeros julgados em que se tratou de litígio semelhante. Entretanto, o Recorrente tem o direito de indicar até dois paradigmas, e no Fl. 176DF CARF MF 4 caso foi também indicado o Acórdão nº 210201.405, considerado apto a demonstrar o dissídio interpretativo, sem qualquer óbice por parte desta Conselheira, tampouco do Contribuinte. Assim, conheço do Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional e passo a examinarlhe o mérito. Tratase de ITR Imposto Territorial Rural do exercício de 2005 e a matéria em litígio diz respeito à validade do arbitramento do VTN Valor da Terra Nua tendo por base o SIPT Sistema de Preços de Terras, utilizandose o VTN médio das DITR, sem informações sobre aptidão agrícola. No caso do acórdão recorrido, foi promovido o arbitramento do VTN Valor da Terra Nua com base no SIPT Sistema Integrado de Preços de Terras, com base no valor médio das DITR do Município de Matias Barbosa/MG, fixado em R$ 2.277,69/ha (fls. 05), sem levarse em conta a aptidão agrícola, razão pela qual foi dado provimento ao Recurso Voluntário, restabelecendose o VTN declarado pelo Contribuinte (R$ 544,79/ha). A Fazenda Nacional, por sua vez, pede que o arbitramento seja restabelecido. No que tange ao arbitramento do VTN, assim dispõe o art. 14, § 1º, da Lei nº 9.396, de 1996: "Art. 14. No caso de falta de entrega do DIAC ou do DIAT, bem como de subavaliação ou prestação de informações inexatas, incorretas ou fraudulentas, a Secretaria da Receita Federal procederá à determinação e ao lançamento de ofício do imposto, considerando informações sobre preços de terras, constantes de sistema a ser por ela instituído, e os dados de área total, área tributável e grau de utilização do imóvel, apurados em procedimentos de fiscalização. § 1º As informações sobre preços de terra observarão os critérios estabelecidos no art. 12, § 1º, inciso II da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e considerarão levantamentos realizados pelas Secretarias de Agricultura das Unidades Federadas ou dos Municípios." (grifei) E o art. 12, da Lei nº 8.629, de 1993, ao tempo da edição da Lei nº 9.393, de 1996, tinha a seguinte redação: "Art. 12. Considerase justa a indenização que permita ao desapropriado a reposição, em seu patrimônio, do valor do bem que perdeu por interesse social. § 1º A identificação do valor do bem a ser indenizado será feita, preferencialmente, com base nos seguintes referenciais técnicos e mercadológicos, entre outros usualmente empregados: I valor das benfeitorias úteis e necessárias, descontada a depreciação conforme o estado de conservação; II valor da terra nua, observados os seguintes aspectos: a) localização do imóvel; b) capacitação potencial da terra; c) dimensão do imóvel." (grifei) Fl. 177DF CARF MF Processo nº 10640.720090/200751 Acórdão n.º 9202005.521 CSRFT2 Fl. 176 5 Com as alterações da Medida Provisória nº 2.18.356, de 2001, a redação do art. 12, da Lei nº 8.629, de 1993, passou a ser a seguinte: "Art.12.Considerase justa a indenização que reflita o preço atual de mercado do imóvel em sua totalidade, aí incluídas as terras e acessões naturais, matas e florestas e as benfeitorias indenizáveis, observados os seguintes aspectos: I localização do imóvel II aptidão agrícola; III dimensão do imóvel; IV área ocupada e ancianidade das posses; V funcionalidade, tempo de uso e estado de conservação das benfeitorias." (grifei) Destarte, verificase que, no caso em tela, uma vez que foi adotado o valor médio das DITR do município do imóvel, não foi atendida a determinação legal, no sentido de considerarse a aptidão agrícola, de sorte que o arbitramento não pode ser mantido. Por outro lado, quanto ao Laudo de Avaliação apresentado pelo Contribuinte, não há como sequer analisálo, já que apura VTN de R$ 387,06 (fls. 54), menor que o declarado, o que implicaria solicitação e retificação de declaração, o que não é o caso do presente processo. Diante do exposto, conheço do Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional e, no mérito, seguindo a jurisprudência do CARF, negolhe provimento, mantendo o VTN declarado pelo Contribuinte. (assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo Fl. 178DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 19515.005377/2009-20
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Jun 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Jul 13 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2004 a 31/12/2004
DECADÊNCIA.
Para o lançamento de multa por descumprimento de obrigação acessória a regra da contagem do prazo decadencial é aquela prevista no art. 173, I, do CTN.
RELEVAÇÃO DA MULTA. INAPLICABILIDADE.
Com o advento do Decreto n° 6.727, de 12 de janeiro de 2009, restou revogado o artigo 291 do Decreto 3.048/99 que, enquanto vigente, possibilitava a atenuação ou relevação das multas aplicadas, conforme o caso, não havendo, pois, a partir de então, qualquer possibilidade de ser afastada.
Numero da decisão: 2401-004.851
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso, não reconhecer a decadência e, no mérito, negar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente
(assinado digitalmente)
Carlos Alexandre Tortato - Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Rayd Santana Ferreira, Denny Medeiros da Silveira, Andrea Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, Cleberson Alex Friess e Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez.
Nome do relator: CARLOS ALEXANDRE TORTATO
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2004 a 31/12/2004 DECADÊNCIA. Para o lançamento de multa por descumprimento de obrigação acessória a regra da contagem do prazo decadencial é aquela prevista no art. 173, I, do CTN. RELEVAÇÃO DA MULTA. INAPLICABILIDADE. Com o advento do Decreto n° 6.727, de 12 de janeiro de 2009, restou revogado o artigo 291 do Decreto 3.048/99 que, enquanto vigente, possibilitava a atenuação ou relevação das multas aplicadas, conforme o caso, não havendo, pois, a partir de então, qualquer possibilidade de ser afastada.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso, não reconhecer a decadência e, no mérito, negar-lhe provimento. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente (assinado digitalmente) Carlos Alexandre Tortato - Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Rayd Santana Ferreira, Denny Medeiros da Silveira, Andrea Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, Cleberson Alex Friess e Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1128; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T1 Fl. 105 1 104 S2C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 19515.005377/200920 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2401004.851 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 05 de junho de 2017 Matéria Contribuições Sociais Previdenciárias Recorrente CENTRO DE PESQUISAS EM GINECOLOGIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2004 a 31/12/2004 DECADÊNCIA. Para o lançamento de multa por descumprimento de obrigação acessória a regra da contagem do prazo decadencial é aquela prevista no art. 173, I, do CTN. RELEVAÇÃO DA MULTA. INAPLICABILIDADE. Com o advento do Decreto n° 6.727, de 12 de janeiro de 2009, restou revogado o artigo 291 do Decreto 3.048/99 que, enquanto vigente, possibilitava a atenuação ou relevação das multas aplicadas, conforme o caso, não havendo, pois, a partir de então, qualquer possibilidade de ser afastada. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 51 5. 00 53 77 /2 00 9- 20 Fl. 105DF CARF MF 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso, não reconhecer a decadência e, no mérito, negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente (assinado digitalmente) Carlos Alexandre Tortato Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Rayd Santana Ferreira, Denny Medeiros da Silveira, Andrea Viana Arrais Egypto, Luciana Matos Pereira Barbosa, Cleberson Alex Friess e Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez. Fl. 106DF CARF MF Processo nº 19515.005377/200920 Acórdão n.º 2401004.851 S2C4T1 Fl. 106 3 Relatório Tratase de recurso voluntário (fls. 85/94) interposto em face do Acórdão nº. 1626.630 (fls. 69/78) que julgou improcedente a impugnação da ora recorrente, cuja ementa restou assim redigida: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2004 a 31/12/2004 Ementa: INFRAÇÃO. Constitui infração a empresa deixar de informar mensalmente por meio de GFIP, os dados cadastrais, todos os fatos geradores, as bases de cálculo e os valores devidos da contribuição previdenciária. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. Obrigações acessórias previdenciárias decaem no prazo previsto no artigo 173, inciso I, do CTN, pois, não há que se falar em antecipação de pagamento para as mesmas. RELEVAÇÃO DA MULTA. INAPLICABILIDADE. Com o advento do Decreto n° 6.727, de 12 de janeiro de 2009, restou revogado o artigo 291 do Decreto 3.048/99 que, enquanto vigente, possibilitava a atenuação ou relevação das multas aplicadas, conforme o caso, não havendo, pois, a partir de então, qualquer possibilidade de ser afastada. LEGISLAÇÃO SUPERVENIENTE. ALTERAÇÃO NOS CÁLCULOS E LIMITES DA MULTA. APLICAÇÃO DA NORMA MAIS BENÉFICA. Tratandose de ato não definitivamente julgado, a Administração deve aplicar a lei nova a ato ou fato pretérito quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática, assim observando, quando da aplicação das alterações na legislação tributária referente às penalidades, a norma mais benéfica ao contribuinte (art. 106, II, "c", do CTN). De acordo com a legislação vigente à época da autuação, a alíquota da multa moratória incidente sobre contribuição previdenciária incluída em lançamento tributário será definida no momento do pagamento, ocasião em que deverá ser realizado o confronto entre as multas aplicáveis de acordo com a legislação vigente à época do lançamento e a atual, para a fixação daquela menos severa ao contribuinte. O presente processo decorre do crédito tributário lançado em face da recorrente, por meio do DEBCAD nº. 37.248.5944. Nos termos do Relatório Fiscal de fls. 21, tratase de multa por apresentar GFIP com dados não correspondentes a todos os fatos Fl. 107DF CARF MF 4 geradores de todas as contribuições previdenciárias, referente ao período de 01/2004 a 11/2004, nos termos do art. 32, IV, § 3º, da Lei nº. 8.212/9, consoante o previsto no inciso IV, § 5º, do mesmo artigo. Ainda, tendo em vista os demais autos de infração lançados em decorrência da mesma ação fiscal que originou o presente, em todos os processos foi realizada a análise comparativa para aplicação da multa mais benéfica (conforme planilha de fls. 24) e, neste PAF, verificouse que a legislação vigente à data do lançamento não era a mais benéfica para as competências em questão (01/2004 a 11/2004), razão pela qual a multa para as mencionadas competências foi lançada no presente auto de infração (Relatório fls. 22). Apresentada a impugnação (fls. 48/56), esta foi julgada improcedente, nos termos do acórdão reproduzido acima. Intimada do referido acórdão em 28/02/2011 (fl. 83), apresentou tempestivamente o seu recurso voluntário (fls. 85/94) em 21/03/2011, alegando, em síntese: a) Decadência, por aplicação do art. 150, § 4º, CTN, por se tratar de tributo sujeito ao lançamento por homologação e pelo lançamento ter sido realizado em 03/12/2009 e exigir as contribuições do período referente a 01/01/2004 a 31/12/2004; b) Relevação da multa, por força do art. 291, § 1º, do Decreto 3.048/99, que exige a correção da infração no prazo para apresentação de defesa, ser primária e não contar circunstância agravante. O presente processo administrativo e seus 7 apensos foram incluídos em pauta de julgamento do dia 16 de abril de 2014, quando todos foram convertidos em diligência, por meio de resoluções específicas para cada processo, a fim de que fossem prestadas as seguintes explicações (as mesmas em todos os processos): Ante todo o exposto, voto no sentido de CONVERTER O JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA, para que os autos do presente processo baixem à Delegacia de Origem, com todos os seus 07 (sete) apensos, para que a fiscalização informe se as GFIP´s juntadas às fls. 62/76 do processo 19515.005379/2009 19: (i) se relacionam ao presente lançamento; (ii) se o pagamento dos valores de cada uma delas fora devidamente recepcionado e consta no sistema da SRFB; (iii) se tais pagamentos se referem ao crédito tributário objeto do presente lançamento ou em qualquer dos outros objeto dos processos apensados a este Auto de Infração; (iv) se tais pagamentos foram aproveitados no presente lançamento ou em qualquer outro dos lançamentos constantes dos processos apensados; (v) Se tais GFIP´s foram apresentadas pela contribuinte durante a ação fiscal, tendo sido ou não consideradas na oportunidade da realização do lançamento; (vi) Se tais GFIp´s apresentam a informação acerca de valores pagos à contribuintes individuais cujas remunerações foram Fl. 108DF CARF MF Processo nº 19515.005377/200920 Acórdão n.º 2401004.851 S2C4T1 Fl. 107 5 omitidas em GFIP e folha de pagamentos relativamente a todos os processos apensados ao presente Auto de Infração; Em resposta à Resolução nº. 2401000.361 (fls. 110/113) do presente processo, a Delegacia da Receita Federal do Brasil em São Paulo, emitiu a Informação Fiscal de fls. 176/177 do PAF 19515.005375/200931, apresentando as seguintes conclusões aos questionamentos desta turma julgadora: Assim, retornaram os autos a este e. Conselho e foram a mim distribuídos. É o relatório. Fl. 109DF CARF MF 6 Voto Conselheiro Carlos Alexandre Tortato Relator Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Decadência A recorrente traz alegações quanto à decadência ante a natureza do crédito tributário (principal), alegando ser o mesmo tributo sujeito ao lançamento por homologação. Assim, discorre que por ser tributo sujeito ao lançamento por homologação, o prazo decadencial deve ser contado pela regra do art. 150, § 4º do CTN. Em que pese as razões de seu recurso, estas parecem impertinentes ao presente PAF. Ora, o presente trata do lançamento de multa por descumprimento de obrigação acessória, razão pela qual pouco sentido fazem as alegações do recorrente. Por essa razão, entendo que a regra da contagem do prazo decadencial deve ser dar pelo art. 173, I, do CTN, por se tratar de lançamento por descumprimento de obrigação acessória, o que atrai a regra geral de contagem do prazo decadencial, nos termos do já decidido pelo STJ e entendimento pacificado neste E. Conselho. Assim, afasto a alegação de decadência do lançamento. Do pedido de relevação da multa Pugna a recorrente pela aplicação do disposto no art. 291, § 1º, do Decreto 3.048/99: Art. 291. Constitui circunstância atenuante da penalidade aplicada ter o infrator corrigido a falta até o termo final do prazo para impugnação. § 1o A multa será relevada se o infrator formular pedido e corrigir a falta, dentro do prazo de impugnação, ainda que não contestada a infração, desde que seja o infrator primário e não tenha ocorrido nenhuma circunstância agravante. O presente auto de infração data de 25/11/2009, ao passo que a redação o referido artigo fora revogado pelo Decreto 6.727/2009, datado de 12 de janeiro. O que pleiteia a recorrente é a aplicação de um dispositivo legal revogado, sob o fundamento de que o lançamento deve regerse pela lei vigente à época dos fatos geradores. Ora, regerse o lançamento pela lei vigente à época dos fatos geradores não implica na aplicação de lei revogada quanto à benefícios de redução/relevação da multa. O Fl. 110DF CARF MF Processo nº 19515.005377/200920 Acórdão n.º 2401004.851 S2C4T1 Fl. 108 7 dispositivo legal suscitado pela recorrente estava revogado no momento da lavratura do auto de infração, razão pela qual não há qualquer fundamento legal que justifique a sua aplicação. Ainda, destaquese ser absolutamente inaplicáveis ao presente caso os mencionados artigos 144 e 106 do CTN, apresentados pela Recorrente em seu recurso voluntário. Assim, afasto o pedido de relevação da multa por ausência de fundamento legal. CONCLUSÃO Isto posto, voto no sentido de conhecer do recurso voluntário para, no mérito, NEGARLHE PROVIMENTO. É como voto. (assinado digitalmente) Carlos Alexandre Tortato Fl. 111DF CARF MF
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