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Numero do processo: 10865.903792/2009-04
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Apr 11 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/07/2003 a 31/07/2003
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Cabem Embargos de Declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma.
Numero da decisão: 3803-003.992
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os Embargos de Declaração, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Eduardo Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira e José Luiz Feistauer de Oliveira.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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Cabem Embargos de Declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os Embargos de Declaração, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Presidente (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira e José Luiz Feistauer de Oliveira. Relatório Tratase de Embargos de Declaração interposto pelo Conselheiro Alexandre Kern, designado para a elaboração do voto vencedor do julgamento ocorrido em 17 de julho AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 5. 90 37 92 /2 00 9- 04 Fl. 118DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 02/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA 2 nesta Turma, que por sua vez negou provimento ao recurso em epígrafe, por maioria de votos, tendo sido ele designado para elaboração do voto vencedor. Todavia, no momento da elaboração do voto, o embargante constatou que embora o Recurso Voluntário tivesse sido apresentado dentro do prazo estabelecido na legislação, a Manifestação de Inconformidade seria intempestiva e por este motivo interpôs os Embargos de Declaração com o objetivo de alertar que o colegiado não poderia ter adentrado ao mérito da demanda, sob o pressuposto de que o acórdão foi omisso na medida em que deixou de apreciar pressuposto de admissibilidade do processo administrativo em epígrafe, especificamente em relação a intempestividade da Manifestação de Inconformidade. Comenta ainda, nos embargos, que talvez o equívoco possa ser atribuído ao servidor Reinaldo Brigatto que ignorou a informação de postagem e por isso sugeriu que a Manifestação de Inconformidade fosse conhecida pela DRJ. Agora, resta analisar se os embargos preenchem os pressupostos de admissibilidade, bem como se cabe reformar o acórdão. É o Relatório Voto Conselheiro Juliano Eduardo Lirani, Relator De acordo com o art. 65 do Anexo II do Regimento Interno do CARF, cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver omissão, contradição ou obscuridade entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Primeiramente é preciso dizer que os embargos são tempestivos, visto que foram apresentados no prazo de 5 (cinco) dias contados da ciência do acórdão, pelo que conheço do recurso, no termos do § 1º do art. 65 do Regimento Interno do CARF. Tendo em vista tal dispositivo regulamentar, será possível concluir que os embargos não preenchem os requisitos de admissibilidade, uma vez que o pressuposto de intempestividade da Manifestação de Inconformidade alegado não se encontra peremptoriamente atestado nos autos, conforme será demonstrado a seguir. Conforme se verifica do despacho da repartição de origem que encaminhou a Manifestação de Inconformidade à Delegacia de Julgamento, o agente consignou que não era possível constatar nos elementos presentes nos autos a data da ciência do despacho decisório por parte do contribuinte, o que, em princípio, fragiliza, de pronto, o argumento do Embargante. Além disso, as telas em que o Embargante se embasa para afirmar a ocorrência da intempestividade da Manifestação de Inconformidade não são originadas da Empresa Brasileira de Correios – ECT, mas de sistemas do Serpro, em que não se tem a imagem do Aviso de Recebimento (AR), elemento esse primordial à verificação da tempestividade. Fl. 119DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 02/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA Processo nº 10865.903792/200904 Acórdão n.º 3803003.992 S3TE03 Fl. 112 3 Não bastassem tais constatações, temse que o relator a quo afirmou que a Manifestação de Inconformidade atendia todos os pressupostos de admissibilidade, dentre os quais se inclui a tempestividade. Considerando que o relator a quo tem acesso às informações dos sistemas internos da Receita Federal, essa sua afirmativa, para ser afastada, dependeria de elemento de prova inequívoco, o que não ocorre no presente caso. Conforme este Colegiado já decidiu em outras ocasiões, havendo dúvida quanto à tempestividade de uma peça recursal, concluise pela regularidade processual, com fundamento nos princípios da eficiência, da oficialidade e formalidade mitigada. O Embargante, valendose da alegação de ocorrência de omissão desta Turma quanto à não constatação do erro no acórdão de primeira instância – erro esse não demonstrado, conforme acima apontado –, quis fazer uso dos embargos para provocar a prolação de nova decisão, de forma não consentânea com a previsão do Regulamento do CARF. Por fim, embora o Embargante tenha manifestado opinião de que este relator desconhece as rudimentares regras processuais e que ignora o prazo de 30 dias para a interposição da Manifestação de Inconformidade, cumpre esclarecer que tal alegação não procede, conforme acima demonstrado. Nesse sentido, voto por rejeitar os embargos de declaração. Sala das sessões, 28 de fevereiro de 2013 (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Fl. 120DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 02/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA
score : 1.0
Numero do processo: 10805.001132/2005-60
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 11 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2003 OPÇÃO PELO SIMPLES. PRÁTICA DE ATIVIDADE DE MANUTENÇÃO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. VEDAÇÃO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no Simples.
Numero da decisão: 1301-000.882
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator.
Nome do relator: EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES JUNIOR
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Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Anocalendário: 2003 OPÇÃO PELO SIMPLES. PRÁTICA DE ATIVIDADE DE MANUTENÇÃO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. VEDAÇÃO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no Simples. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto proferidos pelo Relator. (assinado digitalmente) Alberto Pinto Souza Junior Presidente (assinado digitalmente) Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr. Relator Fl. 92DF CARF MF Impresso em 24/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 04/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES 2 Participaram do julgamento os Conselheiros: Alberto Pinto Souza Junior, Wilson Fernandes Guimarães, Paulo Jakson da Silva Lucas, Valmir Sandri, Edwal Casoni de Paula Fernandes Junior e Carlos Augusto de Andrade Jenier. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto pela contribuinte acima identificada contra decisão proferida pela 1ª Turma da DRJ de Campinas/SP. Versa o presente processo administrativo de pedido de inclusão no Simples, protocolado na DRF de origem em 30/06/2005 (fl. 01), retroativo a 01/02/2003 (fl. 01). Sobredito pedido de inclusão não foi acolhido pela autoridade administrativa ao fundamento de que a recorrente explora atividade vedada para opção do regime simplificado (fl. 38). Regulamente notificada da citada decisão (fl. 48), a recorrente apresentou Manifestação de Inconformidade (fls. 41 43), alegando em síntese a tempestividade de sua insurgência e sustentando que a apesar de seu ato constitutivo declinar a atividade considerada vedada pela DRF de origem ("assistência técnica para [...] refrigeração comercial, industrial"), jamais teria exercitado tal atividade e teria direito ao que preceituado na Lei nº 10.964/2004, que versaria regra permissiva de ingresso no Simples, com efeitos retroativos inclusive, para aqueles que se dedicassem às atividades de manutenção e reparação de eletrodomésticos (atividade econômica efetivamente explorada). A 1ª Turma da DRJ em Campinas/SP, nos termos do acórdão e voto de folhas 50 a 52, indeferiu a solicitação, fundamentando para tanto que os autos estariam instruídos com cópia dos atos constitutivos (fls. 17 32, 45 47) levados a arquivamento na repartição pública competente, frisandose, diante disso, que o objeto de atividade econômica, domina a vontade do Contribuinte, chancelada, a propósito, por ato de terceiro desinteressado, isto é, pelas repartições públicas do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, e que isso significa isto que os atos constitutivos levados a arquivamento (contrato ou estatuto social, declaração de firma individual) são meios de prova servientes a permitir melhor e precisa aproximação sobre a real atividade desempenhada pelo Contribuinte. Dito isso, concluiuse que no caso da recorrente os atos constitutivos e as consequentes alterações, demonstrariam que a contribuinte em questão exerce/exerceu a atividade de "PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA [...] REFRIGERAÇÃO COMERCIAL, INDUSTRIAL " , situação considerada impeditiva. Com tais constatações, entendeu a decisão recorrida não ser possível concluir que a Contribuinte, ao exercer sua atividade, prescinde de conhecimento técnicocientífico próprio de profissional de engenharia (Lei n° 9.317/96, art. 9º, inciso XIII), e que sem maiores elementos de prova a colocar à luz a real atividade desempenhada pelo Contribuinte não se Fl. 93DF CARF MF Impresso em 24/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 04/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES Processo nº 10805.001132/200560 Acórdão n.º 130100.882 S1C3T1 Fl. 2 3 teria condições de saber se o interessado incide em alguma vedação para efeito de ingresso/permanência no Simples respeitante ao quesito "atividade econômica". Destacouse ainda, que o Simples seria um benefício fiscal, logo, se o interessado quer fazer jus a ele não pode deixar campo aberto à dúvida sobre a satisfação das condições exigidas, assentandose que a vedação estampada no art. 9º, inciso XIII, da Lei n° 9.317/96 (vigente à época), seria de ordem objetiva, de sorte que o impedimento traçado tem assento na atividade (critério objetivo) e não na pessoa que desempenha dita atividade (que se constituiria num critério subjetivo). No tocante ao pleito da recorrente quanto à Lei n° 10.964/2004, destacou a decisão recorrida ser necessário ressaltar a especialidade da matéria, mencionandose que na citada lei seria traçada regra permissiva de ingresso/permanência no Simples afeta a atividades de manutenção e reparação exclusivamente dos itens que especifica (automóveis, caminhões, ônibus, veículos automotores, motocicletas, motonetas, bicicletas, máquinas de escritório e de informática, aparelhos eletrodomésticos), entre os quais não constaria referência à "refrigeração comercial, industrial". Devidamente notificada da decisão desfavorável (fls. 64 68), a contribuinte interpôs Recurso Voluntário (fls. 69 – 76), alegando que se aplicaria o princípio da boa fé, porquanto assim procedeu com a opção pelo regime do Simples, porquanto jamais exerceu atividade de manutenção em máquinas de refrigeração industrial, salientando que a atividade desenvolvida, de acordo com seu porte e estrutura, se constitui unicamente em serviços de manutenção e reparação de aparelhos domésticos e comercialização das respectivas peças. No mais, sustentou a aplicabilidade do princípio da capacidade contributiva e da igualdade defendo sua eficácia no caso concreto e concluindo ao pugnar pelo provimento do recurso e consequente cancelamento do Ato Declaratório Executivo. É o relatório. Fl. 94DF CARF MF Impresso em 24/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 04/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES 4 Voto Conselheiro Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr., Relator. O Recurso é tempestivo e dotado dos pressupostos genéricos de recorribilidade. Admitoo para julgamento. A questão versada nos autos se relaciona à exclusão de contribuinte por constatada prática de atividade vedada ainda na vigência do artigo 9º, inciso XIII, da Lei n° 9.317/96. Segundo entendeu a decisão recorrida, o fato de constarse nos Atos Constitutivos da empresa recorrente o objeto social destinado a "prestação de serviços de assistência técnica para refrigeração comercial, industrial", seria hipótese suficiente a caracterizar a prática de atividade vedada. A recorrente, por seu turno, afirma que a despeito da citada atividade constar de seu Contrato Social, jamais se dedicou a ela, limitandose a prestar serviços de reparos em aparelhos domésticos. Sendo assim, a hipótese dos autos passa pelo enfrentamento da vedação contida à época no inciso XIII, do artigo 9º, da Lei nº 9.317/96, para daí depreenderse se a recorrente podia/pode optar pelo citado regime de tributação. Nessa ordem das ideias, importante registrar que o rol do inciso XIII, do artigo 9º da revogada Lei 9.317/96, dizia respeito a profissões regulamentadas, em que a sociedade estivesse voltada à prestação de serviços para contratação em razão da qualificação técnica do profissional ou do seu especial talento e que indiscutivelmente esse é o desiderato da impossibilidade de opção pelo regime em comento, reprisada no artigo 17 da Lei Complementar nº 123/06. Nessa toada, não se pode olvidar que o legislador, ao entender que os profissionais liberais possuem qualificação especial, considerou que estes não seriam sujeitados ao impacto do domínio de mercado das grandes empresas, nem constituiriam, em satisfatória escala, uma grande fonte de geração de empregos, enfim, suas atividades não se equiparam com as de uma microempresa, ainda que muito se assemelhem. Precisamente neste sentido firmaramse os precedentes deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, a ensejar, inclusive, a edição da Súmula CARF nº 57, consagradora de que a prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no Simples, confirase seu teor, in verbis: Súmula CARF nº 57: A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal. (meus os destaques) Fl. 95DF CARF MF Impresso em 24/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 04/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES Processo nº 10805.001132/200560 Acórdão n.º 130100.882 S1C3T1 Fl. 3 5 Não prospera, portanto, a exclusão da recorrente pela prática de atividade tida por vedada simplesmente por conterse em seus atos constitutivos o objeto social de "prestação de serviços de assistência técnica para refrigeração comercial, industrial", motivo pelo qual, encaminho meu voto no sentido de DAR provimento ao Recurso Voluntário para os fins de reformar a decisão recorrida e cancelarse a exclusão da contribuinte. Sala das Sessões, em 11 de abril de 2012. (assinado digitalmente) Edwal Casoni de Paula Fernandes Jr. Fl. 96DF CARF MF Impresso em 24/05/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES , Assinado digitalmente e m 04/05/2012 por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR, Assinado digitalmente em 04/05/2012 por EDWAL CASONI DE PAULA FERNANDES
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Numero do processo: 10675.900466/2010-16
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 26 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI
Período de apuração: 01/10/2005 a 31/12/2005
RESSARCIMENTO. SALDO CREDOR.
Resultando saldo credor, de período anterior, este poderá ser utilizado para fins de ressarcimento/compensação, desde que não seja objeto de outro pedido de ressarcimento/compensação e até a vigência da IN de n° 728/2007.
Numero da decisão: 3201-001.103
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em prover o recurso voluntário, nos termos do voto da relatora.
Nome do relator: MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM
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SALDO CREDOR. Resultando saldo credor, de período anterior, este poderá ser utilizado para fins de ressarcimento/compensação, desde que não seja objeto de outro pedido de ressarcimento/compensação e até a vigência da IN de n° 728/2007. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em prover o recurso voluntário, nos termos do voto da relatora. MARCOS AURÉLIO PEREIRA VALADÃO Presidente. MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcos Aurélio Pereira Valadão, Mércia Helena Trajano D'Amorim, Marcelo Ribeiro Nogueira, Paulo Sérgio Celani e Daniel Mariz Gudiño. Ausência justificada de Luciano Lopes de Almeida. Relatório Fl. 183DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 9/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO 2 O interessado acima identificado recorre a este Conselho, de decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Juiz de Fora/MG. Por bem descrever os fatos ocorridos, até então, adoto o relatório da decisão recorrida, que transcrevo, a seguir: “Trata o presente processo das DCOMPs relacionadas a seguir, que utilizaram como lastro das compensações declaradas saldo credor do IPI, informado como relativo ao 4º trimestre de 2005, apurado pelo estabelecimento 02.313.832/000193 (fl. 39). Às fls. 36 a 108 encontrase cópia da DCOMP nº 11780.93496.310106.1.7.019101 (declaração com o demonstrativo do crédito). Nº DCOMP Valor Solicitado/ Utilizado 11780.93496.310106.1.7.019101 14.473,52 21812.03544.310106.1.3.019562 14.214,20 09170.54752.080206.1.3.018601 231.859,91 03830.74284.090306.1.3.016007 135.767,79 Total: 396.315,42 A verificação da legitimidade dos créditos foi efetuada por processamento eletrônico, estando os resultados consolidados nos demonstrativos de fls. 10/11. Foi constatado que o saldo credor apurado pelo processamento, passível de ressarcimento, foi inferior ao valor pleiteado. Em decorrência da constatação acima foi reconhecido à empresa o direito creditório no montante de R$ 234.503,02. Este valor foi utilizado para homologar, integralmente, a compensação declarada nas DCOMPs de números 11780.93496 e 21812.03544 e para homologar parcialmente a compensação dos débitos informados na DCOMP nº 09170.54752 (fls. 12/13). Efetuados os procedimentos de compensação, restou a cobrança do débito discriminado no quadro 3 do Despacho Decisório (fl. 09), que consolida os débitos exigíveis detalhados à fl. 13. A contribuinte apresentou a manifestação de inconformidade de fls. 16/18, por intermédio da qual discorda do indeferimento parcial de seu pleito. Informou acreditar ter ocorrido um erro no preenchimento da DCOMP, que incluiu montantes de saldos credores acumulados em trimestres anteriores ao objeto da declaração, mas alegou que todos os créditos informados e utilizados nas compensações são legítimos. Para comprovar suas alegações elaborou o demonstrativo de utilização dos saldos credores, por trimestre de apuração (fl. 17), bem como apresentou a cópia do RAIPI de fls. 109 a 136. É o relatório, no essencial.” O pleito foi indeferido, no julgamento de primeira instância, nos termos do acórdão DRJ/JFA no 0936.294, de 12/08/2011, proferida pelos membros da 3ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em, Juiz de Fora/MG, cuja ementa dispõe, verbis: Fl. 184DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 9/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO Processo nº 10675.900466/201016 Acórdão n.º 3201001.103 S3C2T1 Fl. 2 3 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2005 a 31/12/2005 RESSARCIMENTO. SALDO CREDOR. TRIMESTRE DE APURAÇÃO. Conforme disposições normativas da Receita Federal, somente é passível de ressarcimento/compensação o saldo credor apurado no próprio trimestre de apuração objeto do pedido. O saldo credor oriundo de períodos anteriores, ainda que legítimo, tem sua utilização limitada à amortização de débitos escriturais do imposto. Manifestação de Inconformidade Improcedente. Direito Creditório Não Reconhecido. O julgamento foi pela improcedência da manifestação de inconformidade, no sentido de manter a não homologação da compensação. Regularmente cientificado do Acórdão proferido, o Contribuinte, tempestivamente, protocolizou o Recurso Voluntário, no qual, reproduz as razões de defesa constantes em sua peça impugnatória. O processo digitalizado foi distribuído e encaminhado a esta Conselheira. Voto Conselheiro MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM O presente recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, razão por que dele tomo conhecimento. Trata o presente processo de pedido de Ressarcimento/Compensação. A motivação pelo indeferimento parcial do pleito da recorrente deuse por conta do fato de o saldo credor utilizado nas compensações, informado como relativo ao 4º trimestre de 2005, englobar saldo credor acumulado em trimestres anteriores. O processamento eletrônico, todavia, só considerou como passível de ressarcimento/compensação o saldo credor acumulado no trimestre objeto do pedido (4º trimestre de 2005). Temse que o direito ao ressarcimento do saldo credor do IPI acumulado ao final do trimestre de apuração foi permitido através do art. 11, da Lei nº 9.779/99 (que foi a conversão da Medida Provisória nº 1.788/98), nos termos: Art. 11. O saldo credor do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, acumulado em cada trimestrecalendário, decorrente de aquisição de matériaprima, produto intermediário e material de embalagem, aplicados na industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota zero, que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos, poderá ser utilizado de conformidade com o disposto nos arts. 73 e 74 da Lei nº 9.430, de 1996, observadas normas expedidas pela Secretaria da Receita Federal SRF, do Ministério da Fazenda. Fl. 185DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 9/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO 4 A IN SRF n° 33/99 regulamentou tal dispositivo, em seu art. 2º: Art. 2º Os créditos do IPI relativos a matériaprima (MP), produto intermediário (PI) e material de embalagem (ME), adquiridos para emprego nos produtos industrializados, serão registrados na escrita fiscal, respeitado o prazo do art. 347 do RIPI: I – quando do recebimento da respectiva nota fiscal, na hipótese de entrada simbólica dos referidos insumos; II no período de apuração da efetiva entrada dos referidos insumos no estabelecimento industrial, nos demais casos. § 1º O aproveitamento dos créditos a que faz menção o caput darseá, inicialmente, por compensação do imposto devido pelas saídas dos produtos do estabelecimento industrial no período de apuração em que forem escriturados. § 2º No caso de remanescer saldo credor, após efetuada a compensação referida no parágrafo anterior, será adotado o seguinte procedimento: I o saldo credor remanescente de cada período de apuração será transferido para o período de apuração subseqüente; II ao final de cada trimestrecalendário, permanecendo saldo credor, esse poderá ser utilizado para ressarcimento ou compensação, na forma da Instrução Normativa SRF n.º 21, de 10 de março de 1997. (negritei) A IN nº 21/97 referida no texto da IN nº 33/99, não obstante as suas alterações, entendo que não trazia nenhuma disposição expressa sobre a questão de saldo credor ressarcível e saldo credor não ressarcível. No entanto, a IN mencionada foi substituída pela IN nº 210/2002 (e outras posteriores), que, foi quando surgiu o entendimento, uma corrente ao declarar que eram passíveis de ressarcimento apenas os créditos escriturados no trimestrecalendário. Comungo do voto da Declaração de Voto da decisão a quo, quando o ilustre julgador argumenta: No meu entendimento a expressão “escriturados no trimestrecalendário” não traz, isoladamente considerada, a informação de que o saldo credor de período anterior, ainda não solicitado em ressarcimento, não poderia compor o valor a ser ressarcido, já que ele também deve ser escriturado, assim como os demais créditos, no Livro de Apuração do IPI. Assim, todos eram créditos escriturados e, portanto, ressarcíveis, desde que relativos a entradas de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem. Enfim, todos esses saldos devem ser créditos escriturados e passíveis de ressarcimento. Pois bem, de fato, houve mudança, porém, somente com o § 7º no artigo 16 da IN nº 600/2005. Tal inclusão foi trazida pela IN nº 728/2007, conforme: Fl. 186DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 9/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO Processo nº 10675.900466/201016 Acórdão n.º 3201001.103 S3C2T1 Fl. 3 5 § 7º Cada pedido de ressarcimento deverá: (Incluído pela IN SRF nº 728, de 20 de março de 2007) (Vide art. 2º da IN SRF nº 728, de 2007) I referirse a um único trimestrecalendário; e II ser efetuado pelo saldo credor remanescente no trimestre calendário, após efetuadas as deduções na escrituração fiscal. (grifei) Assim sendo, concluo que somente, a partir da IN SRF n° 728/2007, o pedido de ressarcimento deveria ficar restrito a um único trimestrecalendário e antes era possível que esse mesmo pedido se referisse a mais de um trimestrecalendário. Ou seja, havendo saldo credor, passível de ressarcimento, também fosse composto pelo saldo credor de período anterior, desde que este não fosse objeto de pedido de ressarcimento outro e que fosse composto de créditos que, por sua natureza, fossem ressarcíveis, sendo neste sentido possível o ressarcimento/compensação. Portanto, é possível a compensação, porém deixando bem claro, desde que havendo saldo credor ressarcível, de período anterior, bem como, não sendo objeto de outro pedido de ressarcimento e até a vigência da IN SRF n° 728/2007. Diante do exposto, voto por dar provimento ao recurso voluntário, prejudicados os demais argumentos. MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Relator Fl. 187DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 09/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 9/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO
score : 1.0
Numero do processo: 15504.005297/2010-86
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 20 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Wed Apr 10 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2006
PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - AUTO DE INFRAÇÃO - OBRIGAÇÃO PRINCIPAL - SEGURADOS EMPREGADOS - PAGAMENTOS INDIRETOS - DESCUMPRIMENTO DA LEI - - INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO
Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia.
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS - DESCUMPRIMENTO DOS PRECEITOS LEGAIS - ESTIPULAÇÃO NO ACORDO OU CONVENÇÃO DE REGRAS CLARAS E OBJETIVAS.
Não demonstrou o recorrente que os acordos e convenções coletivas estipulavam metas ´para o pagamento de PLR.
PAGAMENTO DE ABONO PECUNIÁRIO - PREVISÃO EM AC/CC - DESVINCULADO DO SALÁRIO - NÃO COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DA RUBRICA PRETENDIDA.
A alegação de que os valores descrito em folha de pagamento seriam na verdade abono pecuniário não pode ser acolhida se não comprova o recorrente o equivoco cometido, seja por meio de retificação contábil ou mesmo da própria folha de pagamento.
PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS - BASE DE CÁLCULO DOS CARRETEIROS - DISCUSSÃO JUDICIAL. - RENÚNCIA A INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA - NÃO CONHECIMENTO.
Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo.
Trazendo aos autos declaração de que encontra-se filiado a associação que ingressou em juízo para questionar a base de cálculo de 20% sobre a contratação de carreteiros, não há como apreciar as questões meritórias, face a concomitância de ação judicial.
PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - AUTO DE INFRAÇÃO - OBRIGAÇÃO PRINCIPAL - SEGURADOS EMPREGADOS - CONTRIBUINTE INDIVIDUAL - CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO NÃO DESCONTADA EM ÉPOCA PRÓPRIA - ÔNUS DO EMPREGADOR
O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2401-002.900
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, conhecer parcialmente do recurso e na parte conhecida, negar provimento.
Elias Sampaio Freire - Presidente
Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira - Relatora
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Elias Sampaio Freire, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares, Marcelo Freitas de Souza Costa e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2006 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - AUTO DE INFRAÇÃO - OBRIGAÇÃO PRINCIPAL - SEGURADOS EMPREGADOS - PAGAMENTOS INDIRETOS - DESCUMPRIMENTO DA LEI - - INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS - DESCUMPRIMENTO DOS PRECEITOS LEGAIS - ESTIPULAÇÃO NO ACORDO OU CONVENÇÃO DE REGRAS CLARAS E OBJETIVAS. Não demonstrou o recorrente que os acordos e convenções coletivas estipulavam metas ´para o pagamento de PLR. PAGAMENTO DE ABONO PECUNIÁRIO - PREVISÃO EM AC/CC - DESVINCULADO DO SALÁRIO - NÃO COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DA RUBRICA PRETENDIDA. A alegação de que os valores descrito em folha de pagamento seriam na verdade abono pecuniário não pode ser acolhida se não comprova o recorrente o equivoco cometido, seja por meio de retificação contábil ou mesmo da própria folha de pagamento. PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS - BASE DE CÁLCULO DOS CARRETEIROS - DISCUSSÃO JUDICIAL. - RENÚNCIA A INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA - NÃO CONHECIMENTO. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo. Trazendo aos autos declaração de que encontra-se filiado a associação que ingressou em juízo para questionar a base de cálculo de 20% sobre a contratação de carreteiros, não há como apreciar as questões meritórias, face a concomitância de ação judicial. PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - AUTO DE INFRAÇÃO - OBRIGAÇÃO PRINCIPAL - SEGURADOS EMPREGADOS - CONTRIBUINTE INDIVIDUAL - CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO NÃO DESCONTADA EM ÉPOCA PRÓPRIA - ÔNUS DO EMPREGADOR O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. Recurso Voluntário Negado.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 19; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2301; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2C4T1 Fl. 2 1 1 S2C4T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 15504.005297/201086 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2401002.900 – 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 20 de fevereiro de 2013 Matéria DIFERENÇA DE CONTRIBUIÇÕES SEGURADOS Recorrente MINAS GOIÁS TRANSPORTES LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2006 PREVIDENCIÁRIO CUSTEIO AUTO DE INFRAÇÃO OBRIGAÇÃO PRINCIPAL SEGURADOS EMPREGADOS PAGAMENTOS INDIRETOS DESCUMPRIMENTO DA LEI INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DESCUMPRIMENTO DOS PRECEITOS LEGAIS ESTIPULAÇÃO NO ACORDO OU CONVENÇÃO DE REGRAS CLARAS E OBJETIVAS. Não demonstrou o recorrente que os acordos e convenções coletivas estipulavam metas ´para o pagamento de PLR. PAGAMENTO DE ABONO PECUNIÁRIO PREVISÃO EM AC/CC DESVINCULADO DO SALÁRIO NÃO COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DA RUBRICA PRETENDIDA. A alegação de que os valores descrito em folha de pagamento seriam na verdade abono pecuniário não pode ser acolhida se não comprova o recorrente o equivoco cometido, seja por meio de retificação contábil ou mesmo da própria folha de pagamento. PREVIDENCIÁRIO CUSTEIO CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS BASE DE CÁLCULO DOS CARRETEIROS DISCUSSÃO JUDICIAL. RENÚNCIA A INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA NÃO CONHECIMENTO. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 50 4. 00 52 97 /2 01 0- 86 Fl. 259DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 2 Trazendo aos autos declaração de que encontrase filiado a associação que ingressou em juízo para questionar a base de cálculo de 20% sobre a contratação de carreteiros, não há como apreciar as questões meritórias, face a concomitância de ação judicial. PREVIDENCIÁRIO CUSTEIO AUTO DE INFRAÇÃO OBRIGAÇÃO PRINCIPAL SEGURADOS EMPREGADOS CONTRIBUINTE INDIVIDUAL CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO NÃO DESCONTADA EM ÉPOCA PRÓPRIA ÔNUS DO EMPREGADOR O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, conhecer parcialmente do recurso e na parte conhecida, negar provimento. Elias Sampaio Freire Presidente Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Relatora Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Elias Sampaio Freire, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares, Marcelo Freitas de Souza Costa e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Fl. 260DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 3 3 Relatório O presente Auto de Infração de Obrigação Principal, lavrado sob o n. 37.260.3718, em desfavor da recorrente tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo dos segurados empregados não retida pela empresa, no período de 01/2006 a 12/2006. Conforme descrito no relatório fiscal, fl. 18 a 19, foram apuradas contribuições incidentes sobre remuneração paga aos seus segurados empregados, verificado através de folha de pagamento, registros contábeis e rescisões de contrato de trabalho relativa a pagamento de resultado econômico da empresa, nas competências 03,07,08,09,11 e 12/2006 pagos somente nas filiais 000722 e 001109. Além disso, a empresa recolheu as contribuições previdenciárias sobre os contribuintes individuais a seu serviço (carreteiros) sobre base de cálculo menor, utilizandose de percentual inferior ao estabelecido na legislação da espécie, ou seja, 11,71% ao invés de 20%, conforme demonstram planilhas anexas a este relatório. Logo, foram apuradas diferenças de base de cálculo no percentual de 8,29%, de 01 a 12/2006, valores esses que foram objeto também de lançamento nesse auto de infração. Importante, destacar que a lavratura do AI deuse em 30/03/2010, tendo a cientificação ao sujeito passivo ocorrido no dia 31/03/2010. Não conformada com a autuação a recorrente apresentou defesa, fls. 30 a 39. O processo foi baixado em diligência, tendo o auditor emitido informação fiscal, acerca dos argumentos trazidos pelo recorrente em sua impugnação, fl. 165: 1) O representante da empresa contesta, entre outros itens, os lançamentos relativos aos valores de participação dos lucros, informando que não cabe incidência de contribuição previdenciária. A empresa fiscalizada não apresentou a fiscalização nenhum documento constante no rol de exigências legais (Lei 10.101/00), ou seja: Comissão paritária e sindicato, metas e critério de distribuição e aplicação das metas para distribuição dos valores de participação nos lucros, entre outros. 2) A DRJ BH nos solicita informação conclusiva quanto ao lançamento referente ao CNPJ 17.245.325/001109 que segundo a defesa se refere a abono pecuniário desvinculado do salário concedido por força de convença coletiva. O representante da empresa contesta os lançamentos efetuados para a filial 001109 Rio de Janeiro, relativo aos meses de 03/2006 e 09/2006, informando que se trata de abono pecuniário e não participação nos lucros PLR. Apenas alega, anexando convenções coletivas, sem documento comprobatório do Fl. 261DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 4 pagamento, como por exemplo, a folha de pagamento da empresa. Anexamos a esta informação fiscal o resumo das folhas de pagamento da filial 001109 Rio de Janeiro, nas competências 03 e 09 de 2006, onde se verifica claramente o pagamento da PLR código 053, nos valores respectivos de R$ 9.050,00 e 10.091,60, exatamente os valores lançados, comprovando que se tratam de participação nos lucros PLR e não abono pecuniário como afirma o ilustre representante da empresa,. Anexamos, também, tabela de incidência nos pagamentos feitos pela empresa, que comprova o código utilizado de 053 PLR. Todos os documentos anexados estão devidamente rubricados e carimbados pela empresa Minas Goiás e pelo Auditor Fiscal. Aproveitamos para anexar também os resumos das folhas de pagamento da filial 000722 São Paulo e Frota SP, onde se comprova o pagamento da PLR também nesta filial. Devidamente cientificado, manifestouse o recorrente, fl. 335, no sentido que a verba paga por erro na folha de pagamento com a nomenclatura PLR é na verdade abono pecuniário, não sofrendo incidência de contribuição previdenciária. Foi exarada a Decisão de 1 instância que confirmou a procedência do lançamento, fls. 176 a 182. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2006 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SEGURADO. A empresa é obrigada a arrecadar, descontar e recolher as contribuições previdenciárias a cargo dos segurados a seu serviço (empregados e contribuintes individuais), no prazo estabelecido pela legislação. CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS CARRETEIROS. Incide contribuição previdenciária sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título aos segurados contribuintes individuais, nos termos da legislação previdenciária. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS Parcela paga a título de Participação nos Resultados, em desacordo com a legislação pertinente, integra o salário de contribuição. INCONSTITUCIONALIDADE DA MULTA. Na esfera administrativa, não cabe discussão sobre inconstitucionalidade de norma. Os atos normativos que disciplinam a aplicação da penalidade foram regularmente observados e estão em consonância com as disposições constitucionais e legais. Fl. 262DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 4 5 A multa foi aplicada nos termos da legislação de regência e respeitada a multa mais benéfica ao contribuinte, em observância ao previsto no art. 106,11, "c" do CTN. PROVA A prova documental deve ser apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso pela notificada, conforme fls. 207 a 228, contendo em síntese os mesmo argumentos da impugnação, os quais podemos descrever de forma sucinta: 1. Faz um breve relato dos fatos e apresenta suas razões para que seja considerado como verba não incidente de contribuição previdenciária, os valores pagos a título de participação nos resultados econômicos da empresa. 2. Transcreve o art. 7 da CF Constituição da República, inciso XI, o art. 28, §9°, " j " , da Lei 8.212/91, cita jurisprudência do TRF Tribunal Regional Federal da Ia Região e afirma que a participação nos lucros ou resultados creditada, nos termos da Lei 10.101/2000, não integra a base de cálculo da contribuição previdenciária devida pela empresa. 3. Diz que, a convenção ou acordo coletivo de trabalho, como determina a Lei, é instrumento legítimo a regulamentar a forma de participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa. O ajuste decorrente desse acordo ou convenção, não compõe, via de consequência, a base de cálculo da contribuição previdenciária devida pelos segurados empregados. 4. Assevera que não possui programa próprio de participação nos lucros ou resultados. Em virtude disso, a participação de seus empregados nos lucros ou resultados fica condicionada ao disposto na CCT, conforme previsto no inciso II, do art. 2 o da Lei 10.101/00. 5. Assim, não há que se falar que a impugnante descumpriu as disposições contidas no §2°, da Cláusula 2a da CCT de 2005/2006 e o §1° da Cláusula 2a da CCT de 2006/2007. 6. A recorrente realizou os pagamentos em conformidade com a CCT, que foi fruto de negociação entre os empregadores e empregados. Todas as cláusulas da CCT, que tem caráter normativo, devem ser respeitadas, sob pena de incorrer em multa, a teor do contido nos artigos 611, 616 e 622 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT. 7. O pagamento da participação nos resultados econômicos da empresa, de caráter não remuneratório, foi realizado em conformidade com a CCT, com a Constituição Federal e a Lei Ordinária. Por tais razões, a exigência de contribuição previdenciária, parte patronal, sobre os valores pagos não pode subsistir. Fl. 263DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 6 8. No mesmo contexto, alega o recorrente que não pode ser exigida a contribuição destinada ao SAT sobre os valores pagos a título de participação nos resultados econômicos, uma vez ser tal pagamento desvinculado da remuneração. 9. Entende o recorrente, também, que não incide contribuição previdenciária sobre os pagamentos a título de abono pecuniário. 10. Em relação à filial 17.245.325/001109, a fiscalização sustentou que houve pagamento aos empregados relativos à participação nos resultados, nas competências 03/2006 e 09/2006, entretanto, tais pagamentos se referem a pagamentos de abono pecuniário. 11. Conforme cláusula 3a da CCT, vigente em 2005/2006 e 2006/2007, o abono pecuniário é desvinculado do salário. Tal parcela não integra o salário de contribuição nos termos do item 7, alínea "e", do §9° do art. 28 da Lei 8.212/91. 12. Cita ementa de entendimento do Superior Tribunal de Justiça STJ a respeito da questão e conclui que o lançamento fiscal deve ser julgado improcedente. 13. Aduz o recorrente que o Auto de Infração deve ser julgado improcedente em relação ao lançamento de supostas diferenças de recolhimento da contribuição previdenciária relativa aos pagamentos realizados a contribuintes individuais carreteiros, estabelecimento CNPJ 17.245.325/0000137, competências 01.2006 a 12/2006. 14. Conforme documentos anexos, a Impugnante recolheu a contribuição utilizando a base de cálculo de 11,71%, sobre a remuneração dos contribuintes individuais carreteiros, por força de decisão judicial. 15. Em que pese a decisão ter sido reformada pelo TRF da 3a Região, existe recurso especial pendente de julgamento que poderá modificar a decisão. 16. Traz artigo doutrinário sobre a inconstitucionalidade da fixação da base de cálculo da contribuição previdenciária incidente sobre a remuneração dos carreteiros por meio de Decreto, dispondo que somente a Lei poderia tratar tal matéria o que torna o lançamento, também, improcedente. 17. Argui que a multa aplicada, no percentual de 75% sobre o valor atualizado do tributo supostamente devido, tem caráter confiscatório, art. 150, IV da Carta Magna e afronta o princípio da proporcionalidade e o direito de propriedade, art. 5o , XXII, da Constituição. Pede a redução da multa em 50%, o que entende ser razoável. A DRFB encaminhou o processo para julgamento no âmbito do CARF. É o relatório. Fl. 264DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 5 7 Voto Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 207. Superados os pressupostos, passo as preliminares ao exame do mérito. DO MÉRITO Em primeiro lugar , cumpre observar que fiscalização da DRFB possui competência para arrecadar e fiscalizar as contribuições destinadas a terceiros, conforme art. 94 da Lei 8.212/91. No mérito, foram atacados os salários indiretos considerados pela auditoria fiscal, como salário de contribuição para efeitos previdenciários. Porém antes mesmo de apreciar cada um dos fatos geradores isoladamente, convém apreciar o conceito de salário de contribuição e remuneração. DA DEFINIÇÃO DE SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO De acordo com o previsto no art. 28 da Lei n ° 8.212/1991, para o segurado empregado entendese por saláriodecontribuição: Art.28. Entendese por saláriodecontribuição: I para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) grifo nosso. A legislação previdenciária é clara quando destaca, em seu art. 28, §9º, quais as verbas que não integram o salário de contribuição. Tais parcelas não sofrem incidência de contribuições previdenciárias, seja por sua natureza indenizatória ou assistencial. Art. 28 (...) § 9º Não integram o saláriodecontribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o saláriomaternidade; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) Fl. 265DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 8 b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973; c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976; d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do TrabalhoCLT; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) e) as importâncias: (Alínea alterada e itens de 1 a 5 acrescentados pela Lei nº 9.528, de 10/12/97, e de 6 a 9 acrescentados pela Lei nº 9.711, de 20/11/98) 1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; 2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de ServiçoFGTS; 3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT; 4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973; 5. recebidas a título de incentivo à demissão; 6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT; 7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário; 8. recebidas a título de licençaprêmio indenizada; 9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984; f) a parcela recebida a título de valetransporte, na forma da legislação própria; g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) h) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração mensal; i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977; j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica; l) o abono do Programa de Integração SocialPIS e do Programa de Assistência ao Servidor PúblicoPASEP; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) Fl. 266DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 6 9 m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxíliodoença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médicohospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) t) o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 20/11/98) u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) Fl. 267DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 10 v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT. (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97) Assim, ao não cumprir os dispositivos legais quanto a concessão dos benefícios entendeu a autoridade fiscal que assumiu o recorrente o ônus de ter os valores dos benefícios integrando o conceito de salário de contribuição, quando pago em desacordo com as respectivas leis. Contudo, entendo que a questão tenha que ser melhor apreciada, considerando as caraterísticas dos pagamentos e as regras impostas pela lei aos seus pagamentos. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS Em relação ao pagamento de PLR entendo que não logrou o recorrente exito em demonstrar o cumprimento da legislação para que as verbas sejam excluídas do conceito de salário de contribuição. Neste caso, não demonstrou o recorrente que os pagamento foi realizado nos moldes determinados pela lei 10.101. Os argumentos trazidos pelo recorrente foram no sentido que mesmo que não cumprido integralmente o rito procedimental, o pagamento de PLR, por si só, já se encontra afastado do conceito de salário de contribuição, contudo entendo que não é esse o entendimento previsto na legislação. Quanto a verba participação nos lucros e resultados, em primeiro lugar deve se ter em mente que é norma constitucional de eficácia limitada. Para fins de esclarecimento, cabe citar, o item 02, do Parecer CJ/MPAS no 547, de 03 de maio de 1996, aprovado pelo Exmo. Sr. Ministro do MPAS, dispõe, verbis: (...) de forma expressa, a Lei Maior remete à lei ordinária , a fixação dos direitos dessa participação. A norma constitucional em foco pode ser entendida, segundo a consagrada classificação de José Afonso da Silva, como de eficácia limitada, ou seja, aquela que depende "da emissão de uma normatividade futura, em que o legislador ordinário, integrandolhe a eficácia, mediante lei ordinária, lhes dê capacidade de execução em termos de regulamentação daqueles interesses". (Aplicabilidade das normas constitucionais, São Paulo, Revista dos Tribunais, 1968, pág. 150). (Grifamos) Vale ressaltar o que o Parecer CJ/MPAS nº 1.748/99 traz em seu bojo acerca da matéria: EMENTA DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO TRABALHADOR PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS ART. 7º , INC. XI DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA POSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. 1) O art. 7º , inciso XI da Constituição da República de 1988, que estende aos trabalhadores o direito a participação nos lucros desvinculado da remuneração é de eficácia limitada. 2) O Supremo Tribunal Federal ao julgar o Mandado de Injunção nº 426 estabeleceu que só com o advento da Medida Provisória nº 794, de 24 de dezembro de 1994, passou a ser lícito o pagamento da participação nos lucros na forma do texto constitucional. 3) A parcela paga a título de participação nos Fl. 268DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 7 11 lucros ou resultados antes da regulamentação ou em desacordo com essa norma, integra o conceito de remuneração para os fins de incidência da contribuição social. (...) 7. No entanto, o direito a participação dos lucros, sem vinculação à remuneração, não é auto aplicável, sendo sua eficácia limitada a edição de lei, consoante estabelece a parte final do inciso anteriormente transcrito. 8. Necessita portanto, de regulamentação para definir a forma e os critérios de pagamento da participação nos lucros, com a finalidade precípua de se evitar desvirtuamento dessa parcela. 9. A regulamentação ocorreu com a edição da Medida Provisória nº 794, 29 de dezembro de 1994, que dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas e dá outras providências, hoje reeditada sob o nº 1.76956, de 8 de abril de 1999. 10. A partir da adoção da primeira Medida Provisória e nos seus termos, passou a ser lícito o pagamento de participação nos lucros desvinculada da remuneração, mas, destaco, a desvinculação da remuneração só ocorrerá se atender os requisitos pré estabelecidos. 11. O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ao julgar o Mandado de Injunção nº 426, onde foi Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, que tinha por escopo suprir omissão do Poder Legislativo na regulamentação do art. 7º, inc. XI, da Constituição da República, referente a participação nos lucros dos trabalhadores, julgou a citada ação prejudicada, face a superveniência da medida provisória regulamentadora. 12. Em seu voto, o Ministro ILMAR GALVÃO, assim se manifestou: O mandado de injunção pretende o reconhecimento da omissão do Congresso Nacional em regulamentar o dispositivo que garante o direito dos trabalhadores de participarem dos lucros e resultados da empresa (art. 7º, inc. IX, da CF), concedendose a ordem para efeito de implementar in concreto o pagamento de tais verbas, sem prejuízo dos valores correspondentes à remuneração. Tendo em vista a continuação da transcrição a edição, superveniente ao julgamento do presente WRIT injuncional, da Medida Provisória nº 1.136, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e dá outras providências, verificase a perda do objeto desta impetração, a partir da possibilidade de os trabalhadores, que se achem nas condições previstas na norma constitucional invocada, terem garantida a participação nos lucros e nos resultados da empresa. (grifei) 14. O Pretório Excelso confirmou, com a decisão acima, a necessidade de regulamentação da norma constitucional (art. 7º, inc. XI), ficando o pagamento da participação nos lucros e sua Fl. 269DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 12 desvinculação da remuneração, sujeitas as regras e critérios estabelecidos pela Medida Provisória. 15. No caso concreto, as parcelas referemse a períodos anteriores a regulamentação do dispositivo constitucional, em que o Banco do Brasil, sem a devida autorização legal, efetuou o pagamento de parcelas a título de participação nos lucros. 16. Nessa hipótese, não há que se falar em desvinculação da remuneração, pois, a norma do inc. XI, do art. 7º da Constituição da República não era aplicável, na época, consoante ficou anteriormente dito. (Grifamos) Neste contexto podemos descrever normas constitucionais de eficácia limitada são as que dependem de outras providências normativas para que possam surtir os efeitos essenciais pretendidos pelo legislador constituinte. Ou seja, enquanto não editada a norma, não há que se falar em produção de efeitos. Conforme disposição expressa no art. 28, § 9º, alínea “j”, da Lei nº 8.212/91, notase que a exclusão da parcela de participação nos lucros na composição do saláriode contribuição está condicionada à estrita observância da lei reguladora do dispositivo constitucional. Essa regulamentação somente ocorreu com a edição da Medida Provisória nº 794, de 29 de dezembro de 1994, reeditada sucessivas vezes e convertida na Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, que veio regular o assunto em tela. De forma expressa, a Constituição Federal de 1988 remete à lei ordinária a fixação dos direitos da participação nos lucros, nestas palavras: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XI participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. A Lei nº 8.212/1991, em obediência ao preceito constitucional, na alínea “j”, § 9º, do art. 28, dispõe, nestas palavras: Art. 28 § 9º Não integram o saláriodecontribuição: (...) j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica. A edição da Medida Provisória nº 794, de 29 de dezembro de 1994, que dispunha sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas, veio atender ao comando constitucional. Desde então, sofreu reedições e remunerações sucessivamente, tendo sofrido poucas alterações ao texto legal, até a conversão na Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000. Os pagamentos referentes à Participação nos Lucros pela recorrente sofrem incidência de contribuição previdenciária, haja vista no período em que foram efetuados terem sido realizadas em desacordo com a legislação específica. A Lei nº 10.101/2000 dispõe, nestas palavras : Art. 2º A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um Fl. 270DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 8 13 dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo: I comissão escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria; II convenção ou acordo coletivo. § 1º Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições: I índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa; II programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente. § 2º O instrumento de acordo celebrado será arquivado na entidade sindical dos trabalhadores. (...) Art. 3º (...) § 3º Todos os pagamentos efetuados em decorrência de planos de participação nos lucros ou resultados, mantidos espontaneamente pela empresa, poderão ser compensados com as obrigações decorrentes de acordos ou convenções coletivas de trabalho atinentes à participação nos lucros ou resultados. (...) Isto posto, não há de se acatar a teoria de que os pagamentos à título de PLR já encontramse, por previsão constitucional, fora da base de cálculo conforme argumentado pelo recorrente. Embora tenha alegado o auditor que durante o procedimento fiscal não foram apresentados os documentos pertinentes a comprovação do pagamento de acordo com a lei, trouxe o recorrente em sua impugnação, acordos e convenções coletivas para demonstrar a previsão de pagamento do PLR. Nesse sentido, aduziu o recorrente que a menção de pagamento de PLR no AC/CC, atribui legitimidade ao pagamento, cumprindo o rito descrito na norma, razão porque deve ser afastada a incidência de contribuição. Contdo, não concordo com a tese trazida pelo recorrente. Senão vejamos: DA ESTIPULAÇÃO DE METAS Ao contrário do entendimento externado pelo recorrente, a previsão em AC/CC, é apenas um dos requisitos, sendo que não conseguiu o mesmo demonstrar que houve a estipulação de qualquer meta, quando da realização do referido acordo. Ainda conforme descrito na informação fiscal, outro ponto que justifica o lançamento de contribuições previdenciárias sobre os pagamentos feitos à título de participação Fl. 271DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 14 nos lucros é o fato que inexistia estipulação de metas claras e objetivas, destacando os instrumentos o pagamento de uma parcela fixa em meses determinados. Nesse sentido, entendo que o grande objetivo do pagamento de participação nos lucros e resultados e a participação do empregado no capital da empresa, de forma que esse se sinta estimulado a trabalhar em prol do empreendimento, tendo em vista que o seu engajamento, resultará em sua participação (na forma de distribuição dos lucros alcançados). Assim, como falar em engajamento do empregado na empresa, se o mesmo não tem conhecimento prévio do quanto a sua dedicação irá refletir em termos de participação. É nesse sentido, que entendo que a lei exigiu não apenas o acordo prévio ao trabalho do empregado, ou seja, no início do exercício, bem como o conhecimento por parte do trabalhador de quais as regras (ou mesmo metas) que deverá alcançar para fazer jus ao pagamento. Vejamos o que diz o art. 2º, § 1º da lei 10.101/2000: § 1º Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições: Assim, conforme transcrito acima, “dos instrumentos DEVERÃO constar regras claras e objetivas quanto a fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas (...). Entendo que a expressão “podendo”, descrita no final do dispositivo legal, visou apenas indicar os incisos I e II, como exemplos, mas de forma alguma, afastou o estabelecimento de critérios. Se assim, não fosse, poderseia vislumbrar que o trabalho exaustivo do empregado durante todo um ano, com a promessa por parte do empregador de uma futura participação nos lucros, resultasse no incremento ínfimo em sua remuneração. Ou seja, para que possa sentirse estimulado o empregado, tem que ter a mínima noção do quanto esse seu empenho, trarlheá de resultados. Da mesma forma, não consegui vislumbrar o pagamento de abono pecuniário desvinculado do salário como argumentado pelo recorrente. Conforme já afastado pela autoridade julgadora, não basta argumentar, mas compete ao recorrente demonstrar suas alegações. . Trouxe o auditor em sua informação fiscal, que a rubrica paga na FOPAG sob o código 053, diz respeito a PLR. Alegou o recorrente tratarse de erro, posto que a única previsão em AC/CC seria para pagamento de abono, contudo não há como utilizar essa alegação para refutar o lançamento, posto não ter o recorrente comprovado qualquer retificação contábil, ou mesmo da própria folha de pagamento. NO caso, indicou o auditor os fundamento para o lançamento, competindo a empresa o ônus de demonstrar o equivoco cometido e proceder as retificações para que comprovasse ser a verba desvinculada do salário. Assim, entendo correto o julgamento realizado, de que deva a verba ser tida como PLR para fins de incidência de contribuição, uma vez que em relação a essa verba, não houve cumprimento dos requisitos, como já destacado no item acima. DAS DIFERENÇAS EM RELAÇÃO AOS CARRETEIROS. Quanto as diferenças apuradas em relação a base de cálculo dos carretos, também entendo que o procedimento adotado seguiu a legislação pertinente. Embora tenha ingressado em juízo, por meio de mandado de segurança coletivo por parte de sua associação, a recorrente não obteve qualquer liminar que impedisse a constituição do crédito. Assim, entendo perfeitamente possível a apuração das contribuições devidas, inclusive para que se evite a ocorrência da decadência. Fl. 272DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 9 15 Contudo, apenas em relação a apreciação das razões recursais, apresento posicionamento diverso da autoridade julgadora. Naquela oportunidade, entendeu o julgador que não havia o recorrente demonstrado a legitima representação da associação para ingressar em juízo, razão porque procedeu a análise do mérito em relação as diferenças dos pagamentos aos carreteiros. Na esfera recursal, trouxe o recorrente declaração da associação, demonstrando sua filiação em data anterior ao ingresso em juízo, o que no meu entender demonstra a legitimidade da representação em juízo. Isto posto, ao considerar a existência de ação judicial em nome do recorrente, em relação a base de cálculo considerada pelo auditor, no caso 20%, não há como adentrar ao mérito da questão, uma vez que a concomitância de ação judicial importa renúncia, como já pacificado no âmbito deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF ao publicar a súmula nº. 1 aprovada em sessão plenária de 08/12/2009, sessão que determinou nova numeração após a extinção dos Conselhos de Contribuintes. SÚMULA NO 1 Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo. QUANTO AO SAT Em considerando legitima a base de cálculo, PLR, por conseguinte legítima a cobrança de contribuição para o SAT, conforme expressa previsão legal. A exigência da contribuição para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais do trabalho – RAT (antigo SAT) é prevista no art. 22, II da Lei n ° 8.212/1991, alterada pela Lei n ° 9.732/1998, nestas palavras: Art.22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: (...) II para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11/12/98) a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. Regulamenta o dispositivo acima transcrito o art. 202 do RPS, aprovado pelo Decreto n ° 3.048/1999, com alterações posteriores, nestas palavras: Fl. 273DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 16 Art.202. A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da aposentadoria especial, nos termos dos arts. 64 a 70, e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso: I um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado leve; II dois por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado médio; ou III três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado grave. § 1º As alíquotas constantes do caput serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição. § 2º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. § 3º Considerase preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos. § 4º A atividade econômica preponderante da empresa e os respectivos riscos de acidentes do trabalho compõem a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes Graus de Risco, prevista no Anexo V. § 5º O enquadramento no correspondente grau de risco é de responsabilidade da empresa, observada a sua atividade econômica preponderante e será feito mensalmente, cabendo ao Instituto Nacional do Seguro Social rever o autoenquadramento em qualquer tempo. § 6º Verificado erro no autoenquadramento, o Instituto Nacional do Seguro Social adotará as medidas necessárias à sua correção, orientando o responsável pela empresa em caso de recolhimento indevido e procedendo à notificação dos valores devidos. § 7º O disposto neste artigo não se aplica à pessoa física de que trata a alínea “a” do inciso V do caput do art. 9º. § 8º Quando se tratar de produtor rural pessoa jurídica que se dedique à produção rural e contribua nos moldes do inciso IV do caput do art. 201, a contribuição referida neste artigo corresponde a zero vírgula um por cento incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização de sua produção. § 9º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99) Fl. 274DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 10 17 § 10. Será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) § 11. Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) § 12. Para os fins do § 11, será emitida nota fiscal ou fatura de prestação de serviços específica para a atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729/2003) Quanto ao Decreto 612/92 e posteriores alterações (Decretos 2.173/97 e 3.048/99), que, regulamentando a contribuição em causa, estabeleceu os conceitos de “atividade preponderante” e “grau de risco leve, médio ou grave”, devese afastar a argüição de contrariedade ao princípio da legalidade, uma vez que a lei fixou os parâmetros, deixando para o regulamento (Decreto) apenas a delimitação dos conceitos necessários à aplicação concreta da norma. Reforçando tal entendimento já decidiu o STF, no RE n ° 343.446SC, cujo relator foi o Min. Carlos Velloso, em 20.3.2003, cuja ementa segue abaixo: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO: SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO SAT. LEI 7.787/89, ARTS. 3º E 4º; LEI 8.212/91, ART. 22, II, REDAÇÃO DA LEI 9.732/98. DECRETOS 612/92, 2.173/97 E 3.048/99. C.F., ARTIGO 195, § 4º; ART. 154, II; ART. 5º, II; ART. 150, I. I. Contribuição para o custeio do Seguro de Acidente do Trabalho SAT: Lei 7.787/89, art. 3º, II; Lei 8.212/91, art. 22, II: alegação no sentido de que são ofensivos ao art. 195, § 4º, c/c art. 154, I, da Constituição Federal: improcedência. Desnecessidade de observância da técnica da competência residual da União, C.F., art. 154, I. Desnecessidade de lei complementar para a instituição da contribuição para o SAT. II. O art. 3º, II, da Lei 7.787/89, não é ofensivo ao princípio da igualdade, por isso que o art. 4º da mencionada Lei 7.787/89 cuidou de tratar desigualmente aos desiguais. III. As Leis 7.787/89, art. 3º, II, e 8.212/91, art. 22, II, definem, satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de "atividade preponderante" e "grau de risco leve, médio e grave", não implica ofensa ao princípio da legalidade genérica, C.F., art. 5º, II, e da legalidade tributária, C.F., art. 150, I. Fl. 275DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 18 IV. Se o regulamento vai além do conteúdo da lei, a questão não é de inconstitucionalidade, mas de ilegalidade, matéria que não integra o contencioso constitucional. V. Recurso extraordinário não conhecido.” Assim, os conceitos de atividade preponderante, bem como, a graduação dos riscos de acidente de trabalho, não precisariam estar definidos em lei. O Decreto é ato normativo suficiente para definição de tais conceitos, uma vez que são complementares e não essenciais na definição da exação. Assim, ao descumprir os preceitos legais e efetuar pagamentos de participação nos lucros, sem a existência estabelecimento de metas prévias nos acordos, assumiu o recorrente o risco de não se beneficiar pela possibilidade de que tais valores estariam desvinculados do salário. QUANTO A CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS Sendo válida a base de cálculo dos segurados, surge a obrigação da empresa em arrecadar as contribuições dos segurados empregados a seu serviço mediante desconto sobre as respectivas remunerações está prevista no art. 30, I da Lei n ° 8.212/1991, nestas palavras: Art.30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 8.620, de 5/01/93) I a empresa é obrigada a: a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontandoas da respectiva remuneração; b) recolher o produto arrecadado na forma da alínea anterior, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço, até o dia dois do mês seguinte ao da competência; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). Uma vez que a recorrente remunerou segurados, deveria a notificada efetuar o desconto e recolhimento à Previdência Social. Não efetuando o recolhimento, a notificada passa a ter a responsabilidade sobre o mesmo. “Art. 33. Ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS compete arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas "a", ‘b" e "c" do parágrafo único do art. 11, bem como as contribuições incidentes a título de substituição; e à Secretaria da Receita Federal – SRF compete arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas "d" e "e" do parágrafo único do art. 11, cabendo a ambos os órgãos, na esfera de sua competência, promover a respectiva cobrança e aplicar as sanções previstas legalmente. § 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar Fl. 276DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15504.005297/201086 Acórdão n.º 2401002.900 S2C4T1 Fl. 11 19 omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei.” Em relação ao abatimento da contribuição do segurados retida e recolhida pelas empresas que originalmente os mantinham como segurados, entendo que razão em parte assiste ao recorrente. Ao contrário do que trouxe a autoridade julgadora não entendo que tenha sido requerido a compensação com parcelas relativas a contribuição para o SIMPLES, mas pela análise da defesa e do recurso apresentados fl. 2178, solicitou o recorrente que fossem considerados os valores das contribuições recolhidas pelas empresas “de fachada” referentes a parcela dos “segurados”. Ao contrário do que votou em situação pretérita acerca da mesma matéria, entendo realmente que a cobrança da contribuição dos segurados empregados na empresa TRANSMAGNA referente aos valores já efetivamente retidos e recolhidos importaria cobrança em duplicidade, tendo em vista que se estaria cobrando da empresa, parcela dos segurados já recolhida, referente ao mesmo período, porém em relação a vinculo diverso. Mas, entendo que o abatimento do valor já efetivamente recolhido, é o que melhor se amolda ao aso concreto. Por todo o exposto o lançamento fiscal seguiu os ditames previstos, devendo ser mantido nos termos acima expostos, haja vista que os argumentos apontados pelo recorrente são incapazes de refutar em sua totalidade o lançamento. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo CONHECIMENTO PARCIAL do recurso para na parte conhecida NEGARLHE PROVIMENTO. É como voto. Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Fl. 277DF CARF MF Impresso em 10/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digital mente em 07/03/2013 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por ELIAS SAMPAIO FREIRE
score : 1.0
Numero do processo: 13971.903722/2010-62
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 17 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/10/2007 a 31/12/2007 IPI. CRÉDITOS. FORNECEDORES OPTANTES PELO SIMPLES. A legislação em vigor não permite o creditamento do IPI calculado pelo contribuinte sobre aquisições de estabelecimento optante pelo SIMPLES. Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3301-001.545
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da relatora.
Nome do relator: ANDREA MEDRADO DARZE
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/10/2007 a 31/12/2007 IPI. CRÉDITOS. FORNECEDORES OPTANTES PELO SIMPLES. A legislação em vigor não permite o creditamento do IPI calculado pelo contribuinte sobre aquisições de estabelecimento optante pelo SIMPLES. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da relatora. [assinado digitalmente] Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. [assinado digitalmente] Andréa Medrado Darzé Relatora. Participaram ainda da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas (presidente), José Adão Vitorino de Morais, Maria Teresa Martinez Lopez, Paulo Guilherme Déroulède e Antônio Lisboa Cardoso. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto em face de decisão da DRJ em Ribeirão Preto que negou provimento à manifestação de inconformidade, por entender que as aquisições de insumos de empresas optantes do SIMPLES não geram direito ao crédito básico de IPI. Fl. 77DF CARF MF Impresso em 26/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/08/2012 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 16/10/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 21/08/2012 por ANDREA MEDRADO DARZE 2 A contribuinte apresentou pedido de ressarcimento de crédito básico do IPI, relativo ao 4º trimestre de 2007. A Delegacia da Receita Federal em Blumenau proferiu Despacho Decisório, indeferindo parcialmente o pleito do contribuinte e homologou as compensações pleiteadas, no limite do crédito reconhecido. Apresentou, como fundamento legal para as glosas efetuadas, os seguintes dispositivos legais: art. 11 da Lei n° 9.779/99; art. 164, inciso I, do Decreto n° 4.544/2002 (RIPI). Art. 74 da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Inconformada com o despacho decisório, a ora Recorrente apresentou, tempestivamente, manifestação de inconformidade, alegando, em apertada síntese, que (i) a fiscalização não considerou o fato de que a redação dada pelo art. 166 do Decreto nº 4.544/2002 pela Lei nº 9.317/96, que vedava o direito ao crédito na hipótese de aquisição de empresas optantes pelo Simples Federal, foi revogada Lei Complementar n° 123 de 2006; (ii) como consequência, a partir de 01/07/07, o referido art. 166 perdeu sua eficácia, permitindo o aproveitamento do crédito, conforme disposto no art. 165 do Decreto 4544/2002. A DRJ em Ribeirão Preto julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade, nos seguintes termos: IPI. CRÉDITOS. FORNECEDORES OPTANTES PELO SIMPLES. A legislação em vigor não permite o creditamento do IPI calculado pelo contribuinte sobre aquisições de estabelecimento optantes pelo SIMPLES. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Irresignado, o contribuinte recorre a este Conselho, repetindo as razões apresentadas na sua manifestação de inconformidade. É o relatório. Voto Conselheira Andréa Medrado Darzé. O recurso é tempestivo, atende as demais condições de admissibilidade e dele tomo conhecimento. Conforme é possível perceber do relato acima, a presente controvérsia versa, exclusivamente, sobre a possibilidade de se creditar dos valores relativos à aquisição de insumos de empresas optantes do SIMPLES. Pois bem. A matéria em questão foi inicialmente regulada pela Lei nº 9.317/96, que assim dispunha em seu art. 5º: Art. 5º O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte, inscritas no SIMPLES, será determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta mensal auferida, dos seguintes percentuais: Fl. 78DF CARF MF Impresso em 26/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/08/2012 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 16/10/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 21/08/2012 por ANDREA MEDRADO DARZE Processo nº 13971.903722/201062 Acórdão n.º 3301001.545 S3C3T1 Fl. 93 3 § 5° A inscrição no SIMPLES veda, para a microempresa ou empresa de pequeno porte, a utilização ou destinação de qualquer valor a título de incentivo fiscal, bem assim a apropriação ou a transferência de créditos relativos ao IPI e ao ICMS. Esta disposição foi regulamentada pelo Decreto nº 4.544/2002 (RIPI), que determinava igualmente a vedação aos créditos decorrentes de compras de insumos de pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES, em seu artigo 118: Art. 118. Aos contribuintes do imposto optantes pelo SIMPLES é vedada a utilização ou destinação de qualquer valor a título de incentivo fiscal, bem assim a apropriação ou a transferência de créditos relativos ao imposto Em 14 de dezembro de 2006, a Lei nº 9.317/96 foi revogada pela Lei Complementar nº 123. Todavia, diferentemente do que alega a Recorrente, este diploma legal manteve a vedação ao crédito nas compras de insumos de empresas optantes do SIMPLES: Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. Referido enunciado normativo passou a ser regulamentado pelo Decreto nº 7.212/2010 (RIPI), nos seguintes temos: Art. 178. Às microempresas e empresas de pequeno porte, optantes pelo SIMPLES Nacional, é vedada: I a apropriação e a transferência de créditos relativos ao imposto; e II a utilização ou destinação de qualquer valor a título de incentivo fiscal Diante dessas disposições expressas, a conclusão é única: não é permitido a este colegiado, no exercício do controle de legalidade, reconhecer como possível o aproveitamento de crédito de IPI decorrente da aquisição de insumos de pessoa jurídica optante pelo SIMPLES. Em face do exposto, nego provimento ao Recurso Voluntário interposto pelo contribuinte. [Assinado digitalmente] Andréa Medrado Darzé Fl. 79DF CARF MF Impresso em 26/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/08/2012 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 16/10/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 21/08/2012 por ANDREA MEDRADO DARZE 4 Fl. 80DF CARF MF Impresso em 26/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/08/2012 por ANDREA MEDRADO DARZE, Assinado digitalmente em 16/10/2012 por RODRIGO DA COSTA POSSAS, Assinado digitalmente em 21/08/2012 por ANDREA MEDRADO DARZE
score : 1.0
Numero do processo: 10831.013185/2004-25
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 25 00:00:00 UTC 2012
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEREMPÇÃO.
Recurso apresentado após decorrido o prazo de 30 dias da ciência da
decisão de primeira instância não se toma conhecimento, por perempto.
Numero da decisão: 3201-001.095
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário; nos termos do voto da relatora.
Nome do relator: MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM
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PEREMPÇÃO. Recurso apresentado após decorrido o prazo de 30 dias da ciência da decisão de primeira instância não se toma conhecimento, por perempto. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário; nos termos do voto da relatora. MARCOS AURÉLIO PEREIRA VALADÃO Presidente. MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Relator. EDITADO EM: 08/11/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcos Aurélio Pereira Valadão, Mércia Helena Trajano D'Amorim, Paulo Sérgio Celani, Marcelo Ribeiro Nogueira, Daniel Mariz Gudiño e Luciano Lopes de Almeida Moraes. Relatório Fl. 512DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 8/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO 2 O interessado acima identificado recorre a este Conselho, de decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo/SP. Por bem descrever os fatos ocorridos, até então, adoto o relatório da decisão recorrida, que transcrevo, a seguir: “Tratam os autos de procedimento fiscal de conferência final de manifesto, do qual decorreu a lavratura de Auto de Infração para exigência do Imposto sobre a Importação (II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep e COFINS incidentes na operação, e multa prevista no art. 628, inciso III, alínea “d”, do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto 4.543/2002, em virtude do extravio de mercadoria manifestada. A autoridade lançadora relata haver constatado o não armazenamento de cargas que foram devidamente declaradas pelo interessado no Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento – MANTRA, instituído pela IN SRF n° 102/94, a saber: a) 01 (um) volume, peso 12 Kg, sob o Termo de Entrada nº 990010279, de 09/03/1999, com o documento de carga MAWB 045 7204 8922 HAWB 775068; importador: ALCATELLUCENT BRASIL S/A; b) 02 (dois) volumes, peso 43 kg, sob o Termo de Entrada nº 990062899, de 10/12/1999, com o documento de carga MAWB 045 7260 6295 HAWB 8243502307; importador: EMBRAER S/A. Além dos extratos do sistema MANTRA (fls. 25 e 27), a fiscalização juntou, como elementos de prova, cópia da Intimação CFM nº 86/2003 (fl. 29), em que se solicitam à interessada esclarecimentos sobre os volumes extraviados. A resposta apresentada, porém, não fez qualquer menção aos volumes acobertados pelos documentos de carga acima referidos, tampouco foi apresentado qualquer documento a eles relacionado. Considerando ocorrido, por presunção legal, o fato gerador; e tendo em vista a impossibilidade de identificação das mercadorias importadas, a base de cálculo dos tributos foi arbitrada nos termos do artigo 67, caput e § 1º, da Lei nº 10.833/2003, tendo sido lavrado o Auto de Infração de fls. 01/19. Cientificada do lançamento em 24/12/2004, a interessada apresentou impugnação em 21/01/2005 (fls. 44/91), alegando em síntese que: (a) não houve extravio de mercadoria, apenas mero equívoco do transportador em informar os HAWB acima mencionados, vez que as mercadorias de fato nunca vieram para o Brasil, não havendo importação e, portanto, sendo indevida a exigência dos tributos lançados; (b) tais alegações seriam confirmadas se a fiscalização tivesse intimado as partes envolvidas como importador e agente de cargas, ao invés de se limitar à informação do MANTRA. Ou seja, deveria a fiscalização ter realizado vistoria aduaneira para verificação de responsabilidade, sendo que o fato de o importador não ter requerido esse procedimento já corrobora a inexistência de extravio de mercadorias; Fl. 513DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 8/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO Processo nº 10831.013185/200425 Acórdão n.º 3201001.095 S3C2T1 Fl. 2 3 (c) o auto de infração padece de vício formal vez que foi extraído à margem da participação dos envolvidos, sem dar qualquer oportunidade de defesa a esta requerente; (d) com relação à intimação para apresentar documentos, esclarece que o transportador não tem a obrigação de possuílos, sendo óbvio que os auditoresfiscais deveriam ter intimado o importador ou agente de cargas; (e) tendo em vista a inexistência de processo fiscal tendente à determinação da exigência do crédito tributário, deve o auto de infração ser declarado nulo pelo vício de ilegalidade formal, violação do princípio da legalidade e violação do princípio da busca da verdade material e outros; (f) impossibilidade da cobrança do PIS/Pasep e COFINS na importação de fatos geradores ocorridos em período anterior à entrada em vigência da Lei nº 10.865/2004 que instituiu referidos tributos nas importações; (g) não era impossível identificar as mercadorias constantes dos HAWBs considerados extraviados. Isto porque bastava uma simples intimação à empresa consignatária para identificar as mercadorias constantes dos conhecimentos; (h) a Lei nº 10.833/2003 não poderia ter sido utilizada para arbitrar a base de cálculo e as alíquotas de mercadorias cujos fatos geradores ocorreram anteriormente a sua vigência; (i) não houve demonstração de como a fiscalização chegou à base de cálculo arbitrada no lançamento, ferindo o direito de defesa da interessada; (j) por outro lado, se for o entendimento de que a legislação é aplicável, requer a realização de perícia técnica para a apuração da real base de cálculo, segundo os critérios legais, com a identificação, valoração e classificação das mercadorias, vez que não se trata de caso de impossibilidade de identificação. O presente processo foi baixado em diligência por esta DRJ para que se adotassem as providências solicitadas às folhas 93 a 95, especialmente a intimação dos envolvidos na operação (importador, despachante ou agente de cargas), os quais deveriam apresentar cópia dos manifestos de carga (papel), bem como esclarecer sobre o destino dado às mercadorias, discriminando todas as informações relevantes para fins de sua identificação. Caso as mercadorias pudessem ser identificadas, a fiscalização deveria promover novo cálculo dos tributos e; em caso negativo, deveria demonstrar os cálculos que constituíram a base de cálculo indicada no Auto de Infração. Conforme despacho de fls. 177/179, a Alfândega do Aeroporto Internacional de Viracopos intimou todos os intervenientes: agente desconsolidador, importador, transportador, depositário, tendo inclusive buscado documentos nos arquivos da Receita Federal. Um dos agentes desconsolidadores declarou não possuir os documentos e esclarecimentos solicitados (fls. Fl. 514DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 8/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO 4 100/103), enquanto o outro não respondeu às intimações (fls. 126/144); a importadora ALCATEL não respondeu às intimações (fls. 104/114); a importadora EMBRAER informou não haver localizado nenhum documento referente à carga (fls. 115/125); a transportadora (interessada) reafirmou que a carga jamais foi embarcada, declarando não ser possível a apresentação dos dados solicitados (fls. 145/165); a depositária afirmou que as cargas não foram objeto de armazenamento e que os respectivos relatórios de carga já foram destruídos (fls. 166/172); quanto aos arquivos da Receita Federal, os documentos relativos ao momento da entrada das mercadorias já haviam sido destruídos (fls. 173/176). Considerando a impossibilidade de identificação das mercadorias, foi elaborado demonstrativo de apuração do valor aduaneiro, necessário para a compreensão da composição da base de cálculo, nos termos do art. 67 da Lei nº 10.833/2003 (fls. 182/269). Instada a manifestarse sobre o resultado da diligência, além de reiterar os termos da impugnação, a transportadora aduziu as seguintes razões (fls. 273/309), em suma: (a) a principal alegação dos intimados para não prestarem qualquer informação ou apresentarem documentação que pudesse identificar a carga ou corroborar seu extravio foi o longo lapso temporal entre o recebimento da intimação e a data do vôo, nove anos; fazendo com que as informações fossem perdidas e os documentos destruídos, o que prejudica um almejado julgamento justo e eficaz do auto de infração; (b) repudia o fato de a própria autoridade alfandegária haver destruído os antecedentes relacionados ao caso, os quais ainda estão sendo objeto de debate processual; (c) a autoridade alfandegária não só lavrou um auto de infração sem antes realizar qualquer diligência ou busca de informações concretas e da verdade material dos fatos, como também, no momento em que teve a oportunidade de fazêlo, já havia destruído aqueles documentos que possuía sobre o caso; (d) como não houve extravio da mercadoria, haja vista que jamais foi embarcada; o equívoco na informação prestada pela transportadora devese ao fato de o agente de cargas na origem haver entregado à impugnante quantidade de carga distinta daquela descrita no Conhecimento Aéreo, devendo a cobrança ser destinada exclusivamente àquele, na hipótese de procedência do auto de infração; consoante legislação aduaneira, aeronáutica, o Protocolo de Montreal, o Código Brasileiro de Aeronáutica e a Convenção Internacional de Varsóvia; (e) cita o Regulamento Aduaneiro para concluir que o transportador somente é responsável pelo extravio de mercadoria quando houver claro e evidente descarregamento de volume com indício de violação, o que não se observa no caso concreto; (f) cita jurisprudência administrativa para referendar seu entendimento de que o fato de a carga não haver sido objeto de armazenamento não autoriza presumir o extravio da mercadoria. Fl. 515DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 8/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO Processo nº 10831.013185/200425 Acórdão n.º 3201001.095 S3C2T1 Fl. 3 5 É o relatório.” O pleito foi indeferido, no julgamento de primeira instância, nos termos do acórdão DRJ/SP2 no 1751.034, de 24/05/2011, proferida pelos membros da 2ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo/SP, cuja ementa dispõe, verbis: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO II Data do fato gerador: 16/12/2004 CONFERÊNCIA FINAL DE MANIFESTO. CARGA MANIFESTADA. EXTRAVIO. Comprova o extravio de mercadoria manifestada os registros do MANTRA (Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento) que indicam sua falta na descarga e não armazenamento. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. TRANSPORTADOR. Atribuise ao transportador a responsabilidade pelos tributos e multa incidentes sobre o extravio, constatado na descarga, de mercadorias manifestadas. ARBITRAMENTO DA BASE DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE DE IDENTIFICAÇÃO DAS MERCADORIAS. APLICAÇÃO DO ARTIGO 67, CAPUT E PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI Nº 10.833/2003. Para efeito de cálculo do imposto de importação, considerase ocorrido o fato gerador de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria for apurado pela autoridade aduaneira, na data do correspondente lançamento. Logo, apesar de as importações da impugnante terem ocorrido no ano de 1999, para fins de cálculo tributário, o fato gerador das mercadorias extraviadas considerase ocorrido em 16/12/2004, data do respectivo lançamento fiscal, inexistindo assim aplicação retroativa da Lei 10.833/2003. CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E COFINSIMPORTAÇÃO. EXIGÊNCIA DEVIDA. No momento em que a autoridade aduaneira apurou a falta de mercadoria, as contribuições ao PIS/Pasep e COFINS já estavam em vigor no país, razão pela qual é devida sua cobrança, nos termos do artigo 23 do DecretoLei nº 37/66. Impugnação Improcedente Crédito Tributário mantido.” O julgamento foi no sentido de julgar improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário. Regularmente cientificado do Acórdão proferido, o Contribuinte, inconformado apresenta recurso voluntário. Consta, nos autos, manifestação pela recorrente, em 12/09/2011, acerca da CartaCobrança, datada de 05/08/2011 e recebida por esta transportadora aérea no dia 26 do mesmo mês. Continua, em suas alegações, que em razão do decurso excessivo de tempo do traslado da referida defesa, de Campinas até o órgão competente para julgamento, qual seja, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda, é que foi enviada antecipada e inadvertidamente a cartacobrança em tela. requerse seja a cartacobrança Fl. 516DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 8/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO 6 desconsiderada para todos os seus efeitos, em razão de restar pendente de julgamento o recurso interposto. O processo digitalizado foi distribuído e encaminhado a esta Conselheira. Voto Conselheiro MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Os autos do processo dão conta de que o contribuinte tomou ciência da decisão de primeira instância em 21/06/2011, quartafeira, conforme AR (fl. 333). A contagem de prazo começou na quintafeira, dia 22/06/2011 e com término em 21/07/2011 (30 dias) numa quartafeira; no entanto o recurso voluntário foi recepcionado somente em 16/08/2011, ultrapassando, portanto, os 30 dias. Consta, nos autos, Termo de Perempção, à fl. 334, datado em 04/08/2011. O Decreto no 70.235/1972 dispõe em seu art. 33 que o recurso voluntário deverá ser apresentado no prazo de 30 dias da ciência da decisão de primeira instância. Os elementos do processo demonstram, de forma inequívoca, que a interessada não cumpriu o prazo previsto na legislação processual administrativa para interposição do recurso, ocasionando a perempção. Diante do exposto, e tendo em vista os prazos processuais são fatais, não comportando qualquer dilação por falta de previsão legal, voto por que não se tome conhecimento do recurso, por perempto. MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Relator Fl. 517DF CARF MF Impresso em 14/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 0 8/11/2012 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM, Assinado digitalmente em 13/11/2012 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO
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Numero do processo: 10825.002086/2006-69
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 16 00:00:00 UTC 2012
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF
Exercício: 2003
DESPESAS MÉDICAS. COMPROVAÇÃO.
Recibos emitidos por profissionais da área de saúde são documentos hábeis para comprovar a dedução de despesas médicas. Contudo, não se admite a dedução de despesas médicas, quando presente a existência de indícios de que os serviços a que se referem os recibos não foram de fato executados e o contribuinte intimado deixa de carrear aos autos a prova do pagamento e da
efetividade da prestação dos serviços.
MULTA DE OFÍCIO.
Nos casos de lançamento de ofício aplica-se a multa de ofício no percentual de 75%, prevista na legislação tributária, sempre que for apurada diferença de imposto a pagar.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2102-002.033
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso.
Nome do relator: NUBIA MATOS MOURA
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COMPROVAÇÃO. Recibos emitidos por profissionais da área de saúde são documentos hábeis para comprovar a dedução de despesas médicas. Contudo, não se admite a dedução de despesas médicas, quando presente a existência de indícios de que os serviços a que se referem os recibos não foram de fato executados e o contribuinte intimado deixa de carrear aos autos a prova do pagamento e da efetividade da prestação dos serviços. MULTA DE OFÍCIO. Nos casos de lançamento de ofício aplicase a multa de ofício no percentual de 75%, prevista na legislação tributária, sempre que for apurada diferença de imposto a pagar. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso. Assinado digitalmente Giovanni Christian Nunes Campos – Presidente Assinado digitalmente Núbia Matos Moura – Relatora Fl. 75DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/06/2012 por NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 25/06/2012 po r NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 28/06/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10825.002086/200669 Acórdão n.º 210202.033 S2C1T2 Fl. 2 2 EDITADO EM: 25/06/2012 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Rubens Maurício Carvalho. Ausente justificadamente o Conselheiro Atilio Pitarelli. Relatório Contra JOSÉ ROBERTO SALINAS foi lavrado Auto de Infração, fls. 09/14, para formalização de exigência de Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF), relativa ao anocalendário 2002, exercício 2003, no valor total de R$ 15.523,05, incluindo multa de ofício e juros de mora, estes últimos calculados até setembro de 2006. A infração apurada pela autoridade fiscal foi dedução indevida de despesas médicas, no valor de R$ 24.291,00, em razão da falta de comprovação do efetivo pagamento. Inconformado com a exigência, o contribuinte apresentou impugnação, fls. 01/08, e a autoridade julgadora de primeira instância julgou procedente o lançamento, conforme Acórdão DRJ/BSA nº 0326.367, de 21/08/2008, fls. 34/40. Cientificado da decisão de primeira instância, por via postal, em 01/10/2008, Aviso de Recebimento (AR), fls. 44, o contribuinte apresentou, em 29/10/2008, recurso voluntário, fls. 45/56, no qual traz as alegações a seguir resumidas: Arbitrariedade do agente fiscal – Falta de motivação – O Recorrente cumpriu com seu ônus de provar a realização das despesas, uma vez que juntou os documentos exigidos pela lei. O agente fiscal afirmou que a comprovação do pagamento não pode ser feita apenas através de recibos dos profissionais, quando restar dúvida quanto à idoneidade do documento, entretanto, não explicou/justificou onde está a dúvida quanto aos recibos assinados pelos profissionais. Idoneidade dos recibos e das declarações (despesas médicas) O único meio de se provar o pagamento realizado em dinheiro, é através de uma declaração assinada daquele que o recebeu. E foi justamente o que fez o Recorrente, juntou em sua defesa uma declaração assinada e com firma reconhecida de cada um dos profissionais, atestando a veracidade dos recibos e, por conseguinte, comprovando mais uma vez que as despesas médicas foram efetivamente realizadas no ano de 2002. Possibilidade de ocorrência de um inconstitucional e ilegal bis in idem – Ao glosar a dedução de despesas médicas, incorrese na cobrança simultânea do IRPF do prestador e do tomador do serviço. Fl. 76DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/06/2012 por NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 25/06/2012 po r NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 28/06/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10825.002086/200669 Acórdão n.º 210202.033 S2C1T2 Fl. 3 3 Ausência de solidariedade entre o recorrente e os profissionais da saúde – Caso houvesse sido apurado uma omissão de rendimentos na declaração dos profissionais, somente eles deveriam responder por esta ausência, e não o Recorrente. Exclusão da multa punitiva pela equidade O Codex Tributário autoriza a exclusão ou diminuição da responsabilidade por infração, quando houver erro escusável por parte do contribuinte, como no caso em apreço. Assim, requerse o cancelamento da multa, no percentual de 75%, ou que a multa aplicada seja a moratória de 20%. É o Relatório. Fl. 77DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/06/2012 por NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 25/06/2012 po r NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 28/06/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10825.002086/200669 Acórdão n.º 210202.033 S2C1T2 Fl. 4 4 Voto Conselheira Núbia Matos Moura, relatora O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade. Dele conheço. Cuida o presente lançamento de glosa de dedução de despesas médicas, no valor de R$ 24.291,00, por falta de comprovação do efetivo pagamento das quantias referidas nos recibos emitidos pelos seguintes profissionais: Maria Cecília Veronezi (R$ 2.521,00), Fumiko Nakano (R$ 770,00), Márcio Rodrigo P. de Abreu (R$ 10.000,00) e Karina R. Furlanetto (R$ 11.000,00). Para a análise das alegações trazidas pela defesa, trazse a seguir a legislação tributária que regula a matéria: Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995 Art.8º A base de cálculo do imposto devido no anocalendário será a diferença entre as somas: I de todos os rendimentos percebidos durante o anocalendário, exceto os isentos, os nãotributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva; II das deduções relativas: a) aos pagamentos efetuados, no anocalendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 Art. 73. Todas as deduções estão sujeitas a comprovação ou justificação, a juízo da autoridade lançadora (Decretolei nº 5.844, de 1943, art. 11, § 3º). § 1º se forem pleiteadas deduções exageradas em relação aos rendimentos declarados, ou se tais deduções não forem cabíveis, poderão ser glosadas sem a audiência do contribuinte (Decreto lei nº 5.844, de 1943, art. 11, § 4º). Conforme se depreende dos dispositivos acima, cabe ao contribuinte que pleiteou a dedução provar que realmente efetuou os pagamentos nos valores e nas datas constantes nos comprovantes, para que fique caracterizada a efetividade da despesa passível de dedução. E mais, quando forem pleiteadas deduções exageradas em relação aos rendimentos declarados, tais deduções podem ser glosadas até mesmo sem a audiência do contribuinte. Fl. 78DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/06/2012 por NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 25/06/2012 po r NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 28/06/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10825.002086/200669 Acórdão n.º 210202.033 S2C1T2 Fl. 5 5 No presente caso, o contribuinte declarou rendimentos de R$ 202.920,76, dos quais excluídas as despesas de previdência oficial e privada (R$ 19.721,05) e o imposto de renda retido na fonte (R$ 30.239,91), chegase ao rendimento líquido de R$ 152.959,80. Já a dedução de despesas médicas pleiteada foi de R$ 25.913,16, quantia que corresponde a 17% do rendimento líquido do contribuinte. Temse, portanto, que a dedução pleiteada é exagerada em relação aos rendimentos declarados, de sorte que está plenamente justificada a conduta da autoridade fiscal em solicitar a comprovação do efetivo pagamento das quantias especificadas nos recibos apresentados pelo contribuinte. Nestes termos, não pode prosperar as argüições da defesa de arbitrariedade e falta de motivação. No que se refere a alegação do recorrente de que os pagamentos feitos em espécie somente podem ser comprovados mediante a apresentação de recibos também não pode prosperar. Extratos bancários, onde sejam identificados saques com datas e valores compatíveis com as datas e os valores consignados nos recibos são meios bastante eficazes para comprovar pagamentos em espécie. Nesse ponto, importa observar que praticamente a totalidade dos rendimentos recebidos pelo contribuinte advêm de pessoas jurídicas, as quais normalmente usam as instituições financeiras para efetuar pagamentos. Logo, o contribuinte teria obrigatoriamente que sacar os valores dos bancos para realizar pagamentos em espécie, fato que seria facilmente comprovado. Também não pode prosperar a argüição de bis in idem, suscitada pela defesa. Como bem ressaltou a decisão recorrida, o bis in idem é um fenômeno do direito tributário que ocorre quando o mesmo ente tributante cobra mais de um tributo do mesmo contribuinte e sobre o mesmo fato gerador. O que não é o caso, dado que o contribuinte e os profissionais de saúde que emitiram os recibos são pessoas distintas e também distintos são os fatos geradores. Importa, ainda, dizer que o fato de as quantias consignadas nos recibos terem sido oferecidas à tributação por parte dos profissionais de saúde em nada socorre o contribuinte. O que importa para o deslinde da questão é a comprovação de que as despesas efetivamente ocorreram, sendo irrelevante que o profissional que emitiu o recibo tenha ou não informado tal quantia em sua Declaração de Ajuste Anual. Assim, pelas razões acima expostas e também por tudo que consta no Auto de Infração e na decisão recorrida, devese manter a glosa da dedução de despesas médicas, tendo em vista que o contribuinte não logrou comprovar, durante o procedimento fiscal, tampouco nas fases de impugnação e recursal, a efetividade dos pagamentos apontados nos recibos de despesas médicas. Por fim, devese examinar o pedido do recorrente de exclusão da multa de ofício. No caso, a multa de ofício foi aplicada com base no art. 44, inciso I, da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que a seguir se transcreve: Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas, calculadas sobre a totalidade ou diferença de tributo ou contribuição: I de setenta e cinco por cento, nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, pagamento ou recolhimento após o vencimento Fl. 79DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/06/2012 por NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 25/06/2012 po r NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 28/06/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10825.002086/200669 Acórdão n.º 210202.033 S2C1T2 Fl. 6 6 do prazo, sem o acréscimo de multa moratória, de falta de declaração e nos de declaração inexata, excetuada a hipótese do inciso seguinte; De acordo com a legislação acima transcrita inferese que nos casos de lançamento de ofício aplicase a multa de ofício, no percentual de 75%, sempre que for apurada diferença de imposto a pagar. E este é o caso dos autos. A autoridade fiscal verificou que o contribuinte recolheu imposto menor do que o devido, sujeitandose, portanto, à imposição da multa de 75%. Assim, deve prevalecer a cobrança da multa de ofício de 75%, conforme exigido no presente Auto de Infração. Ante o exposto, voto por NEGAR provimento ao recurso. Assinado digitalmente Núbia Matos Moura Relatora Fl. 80DF CARF MF Impresso em 17/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/06/2012 por NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 25/06/2012 po r NUBIA MATOS MOURA, Assinado digitalmente em 28/06/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
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Numero do processo: 10073.000728/2004-73
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Dec 01 00:00:00 UTC 2010
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF
Ano-calendário: 2002
IRPF GLOSA DE DEDUÇÕES COM DEPENDENTES E DESPESAS COM INSTRUÇÃO.
Uma vez comprovado que o contribuinte informou em sua DIRPF o valor das deduções dentro dos limites estabelecidos pelo art. 8º, inciso II, alíneas “b” e “c”, da Lei nº 9.250/1995, e que as despesas foram efetivamente incorridas, não há que se falar em glosa dos referidos valores.
Numero da decisão: 2102-000.975
Decisão: ACORDAM os membros da 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário para julgar improcedente o lançamento tributário.
Matéria: IRPF- auto de infração eletronico (exceto multa DIRPF)
Nome do relator: CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Ano-calendário: 2002 IRPF GLOSA DE DEDUÇÕES COM DEPENDENTES E DESPESAS COM INSTRUÇÃO. Uma vez comprovado que o contribuinte informou em sua DIRPF o valor das deduções dentro dos limites estabelecidos pelo art. 8º, inciso II, alíneas “b” e “c”, da Lei nº 9.250/1995, e que as despesas foram efetivamente incorridas, não há que se falar em glosa dos referidos valores.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1623; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S2‐C1T2 Fl. 52 1 51 S2C1T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10073.000728/200473 Recurso nº 167.330 Voluntário Acórdão nº 2102000.975 – 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 01 de dezembro de 2010 Matéria IRPF Glosa de Despesas com Dependentes/Instrução Recorrente JOSÉ GUILHERME DA SILVA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2002 IRPF GLOSA DE DEDUÇÕES COM DEPENDENTES E DESPESAS COM INSTRUÇÃO. Uma vez comprovado que o contribuinte informou em sua DIRPF o valor das deduções dentro dos limites estabelecidos pelo art. 8º, inciso II, alíneas “b” e “c”, da Lei nº 9.250/1995, e que as despesas foram efetivamente incorridas, não há que se falar em glosa dos referidos valores. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário para julgar improcedente o lançamento tributário. ASSINADO DIGITALMENTE Giovanni Christian Nunes Campos Presidente ASSINADO DIGITALMENTE Carlos André Rodrigues Pereira Lima Relator EDITADO EM 01/12/2010 Fl. 61DF CARF MF Impresso em 13/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalment e em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalmente em 23/09/2011 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10073.000728/200473 Acórdão n.º 2102000.975 S2‐C1T2 Fl. 53 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Giovanni Christian Nunes Campos, Vanessa Pereira Rodrigues Domene, Núbia Matos Moura, Rubens Maurício Carvalho, Acácia Sayuri Wakasugi e Carlos André Rodrigues Pereira Lima. Relatório Cuidase de recurso voluntário, de fls. 25/28, interposto contra decisão da DRJ no Rio de Janeiro/RJ, de fls. 19/21, que julgou procedente o lançamento de IRPF de fls. 03 a 05 dos autos, relativo ao anocalendário 2002, lavrado em 11/03/2004, do qual o RECORRENTE tomou ciência em 17/03/2004 (fl. 07 dos autos). O imposto de renda objeto da presente notificação de lançamento foi apurado no valor de R$ 1.362,60, que, conforme mensagem de fl. 04, é um complemento do imposto apurado na declaração de rendimentos do RECORRENTE. Assim, a tal quantia ainda deve ser acrescida da multa e dos juros de mora a serem calculados na data do pagamento, conforme instruções de fl. 05. Ainda de acordo com o texto de fl. 04 destes autos, foram constatadas irregularidades na DIRPF do RECORRENTE em relação às deduções relativas a dependentes e a despesas com instrução, sendo realizadas as seguintes observações pela autoridade fiscal: “O valor informado como dependentes (linha 09) foi alterado por ter ultrapassado o limite determinado pela multiplicação do cálculo efetuado na linha 08 do quadro 06. Enquadramento legal: art. 8, inciso II, alínea c, da Lei 9.250/1995, com alterações do art. 2 da Lei 10.451/2002.” “O valor informado como despesas com instrução (linha 10) foi alterado porque o somatório das linhas 09 e 10 do quadro 06, mais o somatório das despesas com instrução própria, declarada no quadro 07 com o código 01, multiplicado pelo valor legal ultrapassou o limite permitido. Enquadramento legal: art. 8, inciso II, alínea, b, da Lei 9.250/1995, com alterações do art. 2 da Lei 10.451/2002.” Assim, os valores declarados originalmente pelo RECORRENTE como despesas com dependentes e com instrução (R$ 5.088,00 e R$ 3.996,00 respectivamente) foram glosados integralmente. Em razão das glosas das quantias acima mencionadas, a autoridade fiscal apurou IRPF, no valor de R$ 1.655,08, que quando subtraído do valor do imposto inicialmente declarado (R$ 292,48), resultou na quantia complementar de R$ 1.362,60, conforme fl. 03 dos autos. DA IMPUGNAÇÃO Fl. 62DF CARF MF Impresso em 13/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalment e em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalmente em 23/09/2011 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10073.000728/200473 Acórdão n.º 2102000.975 S2‐C1T2 Fl. 54 3 Em 24/03/2004, o RECORRENTE apresentou a impugnação de fl. 01 alegando que não foram considerados os valores apurados após a revisão de R$ 5.088,00 correspondente a 4 (quatro) dependentes e o valor de R$ 3.996,00 correspondente a 2 (duas) despesas com instrução que o contribuinte tem direito, conforme informou na Declaração do Imposto de Renda Nº 07/03.284.300 (fls. 10 a 12). O RECORRENTE afirmou ainda que suas alegações estariam “de acordo com as cópias de 4 (quatro) certidões e despesas com instrução anexadas a esta impugnação”. Ocorre que não foram juntados quaisquer documentos com a impugnação de fl. 01. DA DECISÃO DA DRJ A DRJ, às fls. 19 a 21 dos autos, julgou procedente o presente lançamento, através de acórdão com a seguinte ementa: “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2003 DEPENDENTE. DESPESA COM INSTRUÇÃO. Mantido o lançamento por ausência de comprovação dos valores declarados. Lançamento Procedente” Nas razões do voto que compõe o julgamento, a autoridade julgadora verificou que o RECORRENTE não juntou em sua impugnação qualquer comprovação dos valores declarados a título de deduções da base de cálculo, apesar de declarar que fazia (certidões e documentos outros que comprovariam as despesas com instrução). Afirmou que, conforme o art. 16 do Decreto nº 70.235/72, as provas devem ser apresentadas juntamente com a impugnação. Desta forma, julgou procedente o lançamento por ausência de comprovação das alegações do RECORRENTE, sendo mantida a cobrança da exigência fiscal no valor de R$ 1.362,60 e demais acréscimos legais. DO RECURSO VOLUNTÁRIO O RECORRENTE, devidamente intimado da decisão em 11/04/2008 (sexta feira), conforme AR de fl. 24 dos autos, apresentou recurso voluntário de fls. 25 a 28, em 12/05/2008 (segundafeira). Em suas razões de apelo, o RECORRENTE, a princípio, esclareceu que havia instruído a sua impugnação com os documentos citados na mesma, sendo que tal documentação havia desaparecido dos autos. Assim, afirmou que teve a sua defesa prejudicada. Fl. 63DF CARF MF Impresso em 13/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalment e em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalmente em 23/09/2011 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10073.000728/200473 Acórdão n.º 2102000.975 S2‐C1T2 Fl. 55 4 Desta forma, o RECORRENTE requereu a reforma da decisão de 1ª instância, uma vez que acostou aos autos todos os documentos que comprovariam o informado em sua declaração, especificamente : (i) prova da relação de dependência das pessoas citadas e (ii) comprovantes das despesas com instrução de dois de seus dependentes. Este recurso voluntário compôs lote sorteado para este relator, em Sessão Pública. É o relatório. Voto Conselheiro Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Relator O recurso voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos legais, razões por que dele conheço. Em princípio, devese esclarecer que, de acordo com as informações constantes na notificação de lançamento de fls. 03 a 05, o presente crédito tributário originou se pelo fato de que o valor informado pelo RECORRENTE em sua DIRPF, a título de dedução com dependentes e com instrução, teria ultrapassado o limite permitido pelo art. 8º, inciso II, alíneas “b” e “c”, da Lei nº 9.250/1995, com alterações promovidas pela Lei nº 10.451/2002. Devese atentar para o fato de que não foi questionada a relação de dependência entre o RECORRENTE e as pessoas indicadas no quadro 06 de sua DIRPF de fls. 10 a 12 dos autos. Ocorre que, após a edição da Lei nº 10.451/02, art. 8º, inciso II, alíneas “b” e “c”, da Lei nº 9.250/95, passaram a ter a seguinte redação, verbis: "Art. 8º A base de cálculo do imposto devido no anocalendário será a diferença entre as somas: (...) II das deduções relativas: (...) b) a pagamentos efetuados a estabelecimentos de ensino relativamente à educação préescolar, de 1º, 2º e 3º graus, creches, cursos de especialização ou profissionalizantes do contribuinte e de seus dependentes, até o limite anual individual de R$ 1.998,00 (um mil, novecentos e noventa e oito reais);(Redação dada pela Lei nº 10.451, de 10.5.2002) c) à quantia de R$ 1.272,00 (um mil, duzentos e setenta e dois reais) por dependente; (Redação dada pela Lei nº 10.451, de 10.5.2002)" Fl. 64DF CARF MF Impresso em 13/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalment e em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalmente em 23/09/2011 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10073.000728/200473 Acórdão n.º 2102000.975 S2‐C1T2 Fl. 56 5 Deste modo, podese observar que a fundamentação dada pela autoridade fiscal quando do lançamento do presente crédito tributário não deve prevalecer, uma vez que o valor da dedução com dependente informada pelo RECORRENTE encontrase dentro do limite legalmente estabelecido, visto que foram indicados quatro dependentes no quadro 06 de sua DIRPF, o que corresponde ao valor dedutível de R$ 5.088,00 (4 x R$ 1.272,00 – “c” do II do art. 8º da Lei nº 9.250/95). O mesmo raciocínio se aplica às despesas com instrução declaradas pelo RECORRENTE no valor de R$ 3.996,00 que corresponde às despesas com instrução de suas filhas menores de 21 anos (conforme certidões de nascimento de fls. 32 e 45 dos autos), e que estão igualmente dentro do limite legalmente estabelecido (2 x R$ 1.998,00 = R$ 3.996,00 “b” do II do art. 8º da Lei nº 9.250/95). Deste modo, concluise que as razões utilizadas pelo agente lançador são infundadas, visto que o RECORRENTE informou em sua DIRPF deduções relativas a dependentes e a despesas com instrução em valores dentro do limite estabelecido pelo art. 8º, inciso II, alíneas “b” e “c”, da Lei nº 9.250/1995, com redação dada pela Lei nº 10.451/2002. Não há, portanto, como prevalecer o lançamento que se fundamenta em acusações claramente equivocadas, pois o lançamento a elas se vincula. Se a autoridade fiscal pretendia proceder ao lançamento porque as despesas com dependentes e com instrução não haviam sido comprovadas, a acusação não deveria ser de estouro de limite de despesas com dependentes. Sobre o tema, importante citar o julgado do CARF, como abaixo transcrito: “Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2004 PREVIDENCIÁRIO. NORMAS PROCEDIMENTAIS. LANÇAMENTO. ERRO DESCRIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. VÍCIO MATERIAL. NULIDADE. A descrição clara e precisa do fato gerador, bem como da base de cálculo (matéria tributável) do tributo lançado, in casu, contribuições previdenciárias, é condição sine qua non à validade do lançamento, e a sua ausência e/ou equívoco importa na nulidade material do ato, configurando afronta aos preceitos do artigo 142 do Código Tributário Nacional. RELATÓRIO FISCAL DA NOTIFICAÇÃO. OMISSÕES. O Relatório Fiscal tem por finalidade demonstrar/explicitar, de forma clara e precisa, todos os procedimentos e critérios utilizados pela fiscalização na constituição do crédito previdenciário, possibilitando ao contribuinte o pleno direito da ampla defesa e contraditório. Omissões ou incorreções no Relatório Fiscal, relativamente aos critérios de apuração do crédito tributário levados a efeito por ocasião do lançamento fiscal, que impossibilitem o exercício pleno do direito de defesa e contraditório do contribuinte, enseja a nulidade da notificação. Fl. 65DF CARF MF Impresso em 13/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalment e em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalmente em 23/09/2011 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 10073.000728/200473 Acórdão n.º 2102000.975 S2‐C1T2 Fl. 57 6 CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. DECADÊNCIA. PRAZO QUINQUENAL. O prazo decadencial para a constituição dos créditos previdenciários é de 05 (cinco) anos, contados da data da ocorrência do fato gerador do tributo, nos termos do artigo 150, § 4º, do Códex Tributário, ou do 173 do mesmo Diploma Legal, no caso de dolo, fraude ou simulação comprovados, tendo em vista a declaração da inconstitucionalidade do artigo 45 da Lei nº 8.212/91, pelo Supremo Tribunal Federal, nos autos dos RE’s nºs 556664, 559882 e 560626, oportunidade em que fora aprovada Súmula Vinculante nº 08, disciplinando a matéria. In casu, houve antecipação de pagamento, fato relevante para aqueles que entendem ser determinante à aplicação do instituto. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. DECADÊNCIA. Tratandose de matéria de ordem pública, incumbe ao julgador reconhecer de ofício a decadência do crédito previdenciário lançado. Processo Anulado. (recurso voluntário nº 250714; 6ª Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes; julgamento em 04/02/2009)” Isto posto, voto no sentido de DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário, para julgar improcedente o lançamento tributário. ASSINADO DIGITALMENTE Carlos André Rodrigues Pereira Lima Fl. 66DF CARF MF Impresso em 13/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalment e em 22/09/2011 por CARLOS ANDRE RODRIGUES PEREIRA LIMA, Assinado digitalmente em 23/09/2011 por GIO VANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
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Numero do processo: 10920.900442/2009-76
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 31 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Mar 25 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Data do fato gerador: 11/01/2005
PIS. RESTITUIÇÃO. PEDIDO PROTOCOLADO EM DATA ANTERIOR A 09/06/2005. PRAZO DECADÊNCIAL DE 10 ANOS.
Aplica-se o prazo de 10 (dez) anos para decadência dos pedidos de restituição do PIS, que tenham sido protocolados anteriormente a data de 09/06/2005, por sentença proferida no Supremo Tribunal Federal no RE 566621, julgado nos termos do art. 543-B do CPC.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3102-001.758
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário.
Luis Marcelo Guerra de Castro - Presidente.
Winderley Morais Pereira - Relator.
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Luis Marcelo Guerra de Castro, Ricardo Paulo Rosa, Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho, Winderley Morais Pereira, Helder Massaaki Kanamaru e Nanci Gama.
Nome do relator: WINDERLEY MORAIS PEREIRA
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 11/01/2005 PIS. RESTITUIÇÃO. PEDIDO PROTOCOLADO EM DATA ANTERIOR A 09/06/2005. PRAZO DECADÊNCIAL DE 10 ANOS. Aplicase o prazo de 10 (dez) anos para decadência dos pedidos de restituição do PIS, que tenham sido protocolados anteriormente a data de 09/06/2005, por sentença proferida no Supremo Tribunal Federal no RE 566621, julgado nos termos do art. 543B do CPC. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. Luis Marcelo Guerra de Castro Presidente. Winderley Morais Pereira Relator. Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Luis Marcelo Guerra de Castro, Ricardo Paulo Rosa, Álvaro Arthur Lopes de Almeida Filho, Winderley Morais Pereira, Helder Massaaki Kanamaru e Nanci Gama. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 92 0. 90 04 42 /2 00 9- 76 Fl. 70DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PEREIRA, Assinado digitalmente em 21/03/ 2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PER EIRA 2 Relatório Por bem descrever os fatos adoto com as devidas adições, o relatório da primeira instância. "Trata o presente processo de Declaração de Compensação — Dcomp, emitida em 11/01/2005, por meio da qual a contribuinte, acima identificada, intenta ter compensado um débito, referente ao mês de dezembro de 2004, com crédito contra a fazenda nacional, decorrente de pagamento indevido ou a maior de PIS efetuado em 11/01/2005. Na apreciação do pleito, manifestouse a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Joinvile/SC pela não homologação da compensação pretendida (Despacho Decisório juntado aos autos), em razão de não ter sido localizado, nos Sistemas da Receita Federal do Brasil — RFB, o Darf discriminado no PER/Dcomp apresentado: valor R$ 17.923,85, código receita 3885; período de apuração 31/10/1993; data de vencimento 19/11/1993; data de arrecadação 11/01/2005. lrresignada com a não homologação de sua compensação, a contribuinte encaminhou manifestação de inconformidade, onde traz argumentos de variada ordem em defesa de seu direito ao crédito decorrente de pagamentos indevidos de PIS, que seguem em breve síntese. A contribuinte defende: o cabimento da manifestação apresentada e da suspensão, em face desta, da exigibilidade dos créditos tributários cuja compensação não foi homologada; a inaplicabilidade da multa isolada; a ilegalidade da exigência de prévia habilitação dos créditos decorrentes de ação judicial. No mais, por meio de remissão ao artigo 66 da Lei n.° 8.383/91, defende seu direito à compensação de valores recolhidos nos moldes dos DecretosLeis nº 2.445/88 e 2.449/88, que foram declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal e tiveram suas aplicações suspensas por resolução do Senado Federal. Ao final pugna pela "concessão da medida liminar" a fim de lhe garantir "efetuar a referida compensação" e "declarar nulo o lançamento de oficio, objeto da compensação tributária e dito como não compensado". A Delegacia da Receita Federal de Julgamento, identificou que o pagamento supostamente indevido, constante do pedido de compensação, referese ao recolhimento de PIS em novembro de 1993, considerando que o pedido de compensação foi protocolado em 11/01/2005, decidiu pela decadência do pedido de compensação, em razão do prazo ser superior a 5 (cinco) anos. Cientificada da decisão da DRJ, a empresa apresentou recurso voluntário, repisando as alegações já apresentadas na impugnação. É o Relatório. Fl. 71DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PEREIRA, Assinado digitalmente em 21/03/ 2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PER EIRA Processo nº 10920.900442/200976 Acórdão n.º 3102001.758 S3C1T2 Fl. 71 3 Voto Conselheiro Winderley Morais Pereira, Relator. O recurso é voluntário e tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, merecendo, por isto, ser conhecido. Inicialmente por tratarse de questão preliminar há de analisar o prazo de decadência a ser considerado para o pleitear a restituição de contribuições pagas a maior. A decisão de piso decidiu pela decadência, utilizando o prazo de 5 (cinco) anos contados do fato gerador. Em que pese a correta interpretação da legislação vigente a época da decisão da primeira instância, ha de se considerar fato relevante que sobreveio posteriormente àquele julgamento. A matéria foi objeto de decisão no Supremo Tribunal Federal no RE 566621, de Relatoria da Ministra Ellen Gracie, submetido ao regime do art. 543B do CPC, quando foi decidido que as alterações promovidas pela Lei Complementar nº 118/2005, que definiu o prazo decadencial de 5 (cinco) anos para repetição ou compensação de indébito dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, somente passaram a ser aplicáveis a partir do vacatio legis desta norma. Assim, os pedidos de restituição ou compensação, ajuizados antes da data de 09/06/2005, teriam o prazo de 10 (dez) anos contados do seu fato gerador. Transcrevo abaixo a ementa da decisão. “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Fl. 72DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PEREIRA, Assinado digitalmente em 21/03/ 2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PER EIRA 4 Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastandose as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permitese a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerandose válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.” A partir das alterações promovidas no Regimento Interno do CARF, com a edição da Portaria MF nº 586, de 21 de dezembro de 2010, foi incluída a determinação de reproduzir nos julgamentos deste colegiado, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF e pelo STJ, julgados nos termos do art. 543B e do art. 543C, do CPC, verbis: “Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Fl. 73DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PEREIRA, Assinado digitalmente em 21/03/ 2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PER EIRA Processo nº 10920.900442/200976 Acórdão n.º 3102001.758 S3C1T2 Fl. 72 5 § 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B. § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes..” Portanto, atendendo a determinação do Regimento Interno do CARF, adoto o entendimento prolatado no RE 566621, no sentido de considerar o prazo de 10 (dez) anos contados do fato gerador, para os pedidos protocolados em data anterior a 09/06/2005. No caso em tela, mesmo considerando o prazo de 10 (dez) anos, o Pedido de Compensação foi alcançado pelo instituto da decadência. O crédito pleiteado, referese ao PIS apurado em outubro e recolhido em novembro de 1993 e a PER/DCOMP foi protocolada em 11/01/2005, data posterior ao prazo decadencial para apresentação do pedido de compensação. Diante do exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso, por considerar alcançado pela decadência o pedido de compensação controlado no presente processo. Winderley Morais Pereira Fl. 74DF CARF MF Impresso em 26/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PEREIRA, Assinado digitalmente em 21/03/ 2013 por LUIS MARCELO GUERRA DE CASTRO, Assinado digitalmente em 11/03/2013 por WINDERLEY MORAIS PER EIRA
score : 1.0
Numero do processo: 17546.000994/2007-84
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jul 11 00:00:00 UTC 2012
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Data do fato gerador: 26/10/2006
CUSTEIO AUTO DE INFRAÇÃO ARTIGO 32, III DA LEI N.º 8.212/91
C/C ARTIGO 283, II, “b” DO RPS, APROVADO PELO DECRETO N.º
3.048/99 NÃO SUBSUNÇÃO DO SITUAÇÃO FÁTICA DESCRITA PELO AUDITOR FISCAL À NORMA TRIBUTÁRIA
A inobservância da obrigação tributária acessória é fato gerador do auto de infração, o qual se constitui, principalmente, em forma de exigir que a obrigação seja cumprida, cuja finalidade é auxiliar o INSS na administração previdenciária.
Para que seja procedente a autuação, a situação fática deve subsumir-se à norma tributária, o que não ocorreu no caso concreto. Foram apresentados os esclarecimentos solicitados por meio do documento TIAF, porém entendeu a autoridade fiscal que a desconsideração da contabilidade por constatação da existência de situações que comprometem a escrituração contábil ferindo os
princípios e convenções contábeis geralmente aceitos, ensejaria a infração que lhe fora imputada.
Não é cabível auto de infração pela ausência de informações cadastrais e contábeis, quando ditas informações foram prestadas pelo recorrente. A não contabilização de acordo com as normas técnicas, que enseja inclusive a descaracterização da contabilidade enseja autuação com capitulação legal diversa.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2401-002.553
Decisão: ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso.
Matéria: Outras penalidades (ex.MULTAS DOI, etc)
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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COSTA NORTE LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Data do fato gerador: 26/10/2006 CUSTEIO AUTO DE INFRAÇÃO ARTIGO 32, III DA LEI N.º 8.212/91 C/C ARTIGO 283, II, “b” DO RPS, APROVADO PELO DECRETO N.º 3.048/99 NÃO SUBSUNÇÃO DO SITUAÇÃO FÁTICA DESCRITA PELO AUDITOR FISCAL À NORMA TRIBUTÁRIA A inobservância da obrigação tributária acessória é fato gerador do autode infração, o qual se constitui, principalmente, em forma de exigir que a obrigação seja cumprida, cuja finalidade é auxiliar o INSS na administração previdenciária. Para que seja procedente a autuação, a situação fática deve subsumirse à norma tributária, o que não ocorreu no caso concreto. Foram apresentados os esclarecimentos solicitados por meio do documento TIAF, porém entendeu a autoridade fiscal que a desconsideração da contabilidade por constatação da existência de situações que comprometem a escrituração contábil ferindo os princípios e convenções contábeis geralmente aceitos, ensejaria a infração que lhe fora imputada. Não é cabível auto de infração pela ausência de informações cadastrais e contábeis, quando ditas informações foram prestadas pelo recorrente. A não contabilização de acordo com as normas técnicas, que enseja inclusive a descaracterização da contabilidade enseja autuação com capitulação legal diversa. Recurso Voluntário Provido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso. Fl. 410DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente e m 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ELIAS SAM PAIO FREIRE 2 Elias Sampaio Freire Presidente Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Relatora Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Elias Sampaio Freire, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Fl. 411DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente e m 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ELIAS SAM PAIO FREIRE Processo nº 17546.000994/200784 Acórdão n.º 2401002.553 S2C4T1 Fl. 2 3 Relatório Trata o presente auto de infração, lavrado sob o n. 37.036.9491, em desfavor da recorrente, originado em virtude do descumprimento do art. 32, III da Lei n ° 8.212/1991 c/c art. 225, III e § 22 e art. 283, II, “b” do RPS, aprovado pelo Decreto n ° 3.048/1999. Segundo consta no relatório fiscal, fl. 10, a recorrente deixou de prestar todas as informações contábeis, econômicas e financeiras de interesse da fiscalização, posto que por meio do TIAF foi solicitada esclarecimentos sobre saldos das contas constantes em termo de intimação para apresentação de documentos TIAD, de 09/10/2006, em anexo, na forma da lei no. 8212/91, art.32, III, regulamentada pelo decreto 3048/99, art.283. Ainda segundo a autoridade fiscal em seu relatório, fl. 06 a 08, restou detalhado quais os esclarecimentos se faziam necessários, bem como as contas contábeis envolvidas, informações estas não esclarecidas pelo recorrente. Importante, destacar que a lavratura do AI deuse em 26/10/2006, tendo a cientificação ao sujeito passivo ocorrido por via postal no dia 30/10/2006. Não conformada com a autuação a recorrente apresentou impugnação, fls. 108 a 114. O processo foi baixado em diligência, tendo em vista as considerações ofertadas na impugnação, fl. 144 a 147. A autoridade fiscal manifestouse as fls. 150 a 152. As alegações apresentadas pela empresa não modifica o fato descrito no Auto de Infração, fls. 06 a 08, deste processo, pelo seguinte motivo: 1 A contabilidade foi desconsiderada por constatação da existência de situações que comprometem a escrituração contábil não refletindo a real situação dos negócios da mesma, ferindo os princípios e convenções contábeis geralmente aceitos, conforme resoluções do Conselho Federal de Contabilidade. A boa técnica contábil determina que os lançamentos contábeis devem registrar fielmente os fatos administrativos das empresas, presentes os mais elementares princípios compreensibilidade, da relevância, da confiabilidade e da comparabilidade, consubstanciados em registros apropriados. Porém Porém comprovada a omissão de lançamentos através da verificação de documentos, a contabilidade perde sua credibilidade, deixando de fazer prova a favor da empresa, cabendo a sua desconsideração e a lavratura do auto de infração.(...) Devidamente cientificado o recorrente manifestase fl. 155 a 164, aduzindo: Diante dos fatos e provas cm anexo, Requer a Vossas Senhorias a NULIDADE DOS LANÇAMENTOS FISCAIS AI Auto de Fl. 412DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente e m 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ELIAS SAM PAIO FREIRE 4 Infração 37.036.949 1, e que está Defesa seja considerada ao Processo da NFLD n.° 37.036.9505. Dando Plena NULIDADE AOS LANÇAMENTOS do AI e da NFLD, para que desta forma se faça a verdadeira JUSTIÇA. Foi exarada a DecisãoNotificação DN que confirmou a procedência do lançamento, conforme fls. 205 a 210. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Data do fato gerador: 26/10/2006 AIOA DEBCAD N. 37.036.9491(CFL 35) AUTO DE INFRAÇÃO Constitui infração à legislação previdenciária deixar a empresa de prestar ao INSS todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse do mesmo, na forma por ele estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização. Lançamento Procedente Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso pela notificada, conforme fls. 231 a 257 (notese que a numeração original do processo encontrase com erro, pulando de 229 para 330) . Em síntese, a recorrente alega: 1. Que todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis solicitadas pela fiscalização foram prestadas, e o Agente Fiscal teve acesso a toda a documentação contábil da empresa, destacando que o próprio autodeinfração especificou, em detalhes, elementos de sua contabilidade como: aquisição de terreno no valor de R$ 930.699,07; empréstimo de R$300.000,00; transferência de R$ 600.000,00 e diminuição em R$ 593.071,25 no balanço patrimonial de 2004 para 2005; 2. Que, após conhecer todos os documentos contábeis solicitados, o Auditor Fiscal pediu esclarecimentos de forma detalhada e novamente, com a devida presteza, os esclarecimentos foram apresentados, item por item, conforme recibo de próprio punho do referido Auditor Fiscal (doc. 5). 3. Entretanto, ao elaborar seu Relatório, o Auditor não aplicou metodologia adequada, lavrando o presente auto de forma desconexa com a realidade contábil, mercantil e, em especial, de ordem civil. 4. No que se refere ao valor de R$ 900.000,00, transferido nas contas bancárias de Caixa, tendente a aquisição do terreno — no valor de R$ 930.699,07, foram devidamente contabilizados no Livro Razão Analítico (does 6/7 em anexo), bem como demonstrada a sua origem (R$ 600.000,00, da conta da CEF — CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e R$ 300.000,00, empréstimo de sócio). 5. Insurgese, ainda o Auditor Fiscal pelo fato de o credorsócio exonerar a Impugnante do pagamento de juros. Entretanto, o mútuo é urna rein do jurídica típica do Código Civil, não havendo proibição legal, seja de ordem civil, tributária ou previdenciária de o sócio emprestar dinheiro à empresa, exonerandoa do pagamento de juros. Fl. 413DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente e m 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ELIAS SAM PAIO FREIRE Processo nº 17546.000994/200784 Acórdão n.º 2401002.553 S2C4T1 Fl. 3 5 6. 0 certo é que o empréstimo e sua devolução foram devidamente contabilizados no Livro Razão Analítico (does. 9/10 — anexados). 7. Quanto A. suposta "diminuição" no balanço patrimonial de 2004 para 2005, corresponde a ajuste no preço de custo dos imóveis e transferência para uma única conta, apenas para simplificar o plano de contas da contabilidade, o que não é defeso para empresas que atuam no ramo da construção civil. 8. 0 ajuste de preço de custo consiste em proporcionalizar e abater contabilmente o valor do preço de custo do imóvel de terceiro dado de entrada para aquisição de imóvel da Impugnante com o preço de mercado. 9. Esclarece que os imóveis recebidos de terceiros pela Impugnante, para a aquisição de bens por ela comercializados, foram lançados no balanço patrimonial de 2004 pelo valor de mercado, recolhendose devidamente os impostos, efetuandose a posteriori, em 2005, o ajuste do valor do imóvel com o preço de custo, e após a unificação das contas com o valor ajustado. 10. Requer, dessa forma, ante a afronta dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade pelo Agente Fiscal, uma vez que lhe foi disponibilizada toda a documentação necessária para a fiscalização, o recebimento da presente defesa, julgandoa procedente para anular/cancelar o auto infracional em referencia, determinando seu arquivamento definitivo. 11. É o relatório. Fl. 414DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente e m 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ELIAS SAM PAIO FREIRE 6 Voto Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 256. Superados os pressupostos, passo as preliminares ao exame do mérito. DAS PRELIMINARES AO MÉRITO Pelos documentos presentes nos autos a autoridade fiscal em procedimento fiscal realizado junto ao recorrente, procedeu a autuação consubstanciado no seguinte dispositivo legal: No presente caso, a obrigação acessória descrita pelo auditor na aplicação do presente auto de infração está prevista na Lei n ° 8.212/1991 em seu artigo 32, III, nestas palavras: Art.32. A empresa é também obrigada a: (...) III prestar ao Instituto Nacional do Seguro SocialINSS e ao Departamento da Receita FederalDRF todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização. Segundo o auditor constatouse que a mesma, deixou de atender à solicitação fiscal ao não prestar as informações cadastrais, financeiras e contábeis, na forma estabelecida nos atos legais e normativos que disciplinam o assunto. Mais especificamente deixou de apresentar: DEIXAR A EMPRESA DE PRESTAR AO INSS TODAS AS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E CONTÁBEIS, ASSIM COMO, ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS, SOBRE SALDOS DAS CONTAS CONSTANTES EM TERMO DE INTIMAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS TIAD, DE 09/10/2006, EM ANEXO, NA FORMA DA LEI No. 8212/91, ART.32, III, REGULAMENTADA PELO DECRETO 3048/99, ART.283. No anexo mencionado descreveu o auditor quais os esclarecimentos deixaram deveriam ter sido prestados. Na impugnação, questionou o recorrente a falta que lhe foi imputada, argumentando que segundo o anexo 5 da impugnação, ficou demonstrado o cumprimento das informações, tendo inclusive procedido a retificação dos lançamentos indevidos. Face os argumentos trazidos na peça defensiva foi o processo baixado em diligência para manifestação da autoridade lançadora, tendo a mesma se manifestado às fls. 150 a 152: Fl. 415DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente e m 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ELIAS SAM PAIO FREIRE Processo nº 17546.000994/200784 Acórdão n.º 2401002.553 S2C4T1 Fl. 4 7 As alegações apresentadas pela empresa não modifica o fato descrito no Auto de Infração, fls. 06 a 08, deste processo, pelo seguinte motivo: 1 A contabilidade foi desconsiderada por constatação da existência de situações que comprometem a escrituração contábil não refletindo a real situação dos negócios da mesma, ferindo os princípios e convenções contábeis geralmente aceitos, conforme resoluções do Conselho Federal de Contabilidade. A boa técnica contábil determina que os lançamentos contábeis devem registrar fielmente os fatos administrativos das empresas, presentes os mais elementares princípios compreensibilidade, da relevância, da confiabilidade e da comparabilidade, consubstanciados em registros apropriados. Porém Porém comprovada a omissão de lançamentos através da verificação de documentos, a contabilidade perde sua credibilidade, deixando de fazer prova a favor da empresa, cabendo a sua desconsideração e a lavratura do auto de infração.(...) O art. 293 do Decreto 3.048/99, assim dispõe neste sentido: Art.293. Constatada a ocorrência de infração a dispositivo deste Regulamento, a fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social lavrará, de imediato, autodeinfração com discriminação clara e precisa da infração e das circunstâncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido e a penalidade aplicada e os critérios de sua gradação, indicando local, dia, hora de sua lavratura, observadas as normas fixadas pelos órgãos competentes. Contudo, ao contrário do entendimento da autoridade julgadora de primeira instância não vislumbro que a situação fática descrita, subsumise a falta imputada ao recorrente pela autoridade fiscal. Ao lermos o relatório fiscal observamos que a base para autuação é deixar de atender à solicitação fiscal ao não prestar as informações cadastrais, financeiras e contábeis abaixo relacionadas, na forma estabelecida nos atos legais e normativos que disciplinam o assunto. Todavia, a não apresentação de documentos e esclarecimentos não restou configurada, na medida que o recorrente foi intimado e trouxe nos autos, folha (ANEXO 5) em que presta os esclarecimentos solicitados. Tanto o é, que o auditor na diligência, não rebate o argumento de que os esclarecimentos foram prestados, mas atemse a descrever que: “ As alegações apresentadas pela empresa não modifica o fato descrito no Auto de Infração, fls. 06 a 08, deste processo, pelo seguinte motivo: 1 A contabilidade foi desconsiderada por constatação da existência de situações que comprometem a escrituração contábil não refletindo a real situação dos negócios da mesma, ferindo os princípios e convenções contábeis geralmente aceitos, conforme resoluções do Conselho Federal de Contabilidade. A boa técnica contábil determina que os lançamentos contábeis devem registrar fielmente os fatos administrativos das empresas, presentes os mais elementares princípios compreensibilidade, da relevância, da confiabilidade Fl. 416DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente e m 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ELIAS SAM PAIO FREIRE 8 e da comparabilidade, consubstanciados em registros apropriados. Porém Porém comprovada a omissão de lançamentos através da verificação de documentos, a contabilidade perde sua credibilidade, deixando de fazer prova a favor da empresa, cabendo a sua desconsideração e a lavratura do auto de infração.(...) Contudo, entendo que a conduta descrita elo auditor não respalda o auto de infração ora sob análise, com a capitulação aqui descrita, mas, sim, enseja auto de infração específico em relação a contabilização dos registros contábeis. Assim, não vislumbro a correta descrição da falta para aplicação do auto, nem mesmo há como consubstanciar a infração no art. 225, III do Decreto 3.048, posto que restou descrito pelo recorrente e não rebatido pela autoridade fiscal, que os esclarecimentos e documentos não foram entregues. Face o exposto, não vislumbro como ser mantido o auto de infração em questão. CONCLUSÃO: Voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito DARLHE PROVIMENTO. É como voto. Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Fl. 417DF CARF MF Impresso em 04/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente e m 02/09/2012 por ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Assinado digitalmente em 30/09/2012 por ELIAS SAM PAIO FREIRE
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