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Numero do processo: 19515.001867/2006-12
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 22 00:00:00 UTC 2010
Data da publicação: Wed Sep 22 00:00:00 UTC 2010
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF.
Ano-calendário: 2001, 2002, 2003
DEPÓSITOS BANCÁRIOS, OMISSÃO DE RENDIMENTOS. A Lei nº 9.430, de 1996, em seu artigo 42, autoriza a presunção de omissão de rendimentos com base nos valores depositados em conta bancária. Tendo sido comprovada a origem dos depósitos bancários, devem os respectivos créditos ser excluído do lançamento.ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO (APD) - LEVANTAMENTO DE RECURSOS E DISPÊNDIOS. A omissão de rendimentos tributáveis, apurada com base em acréscimos patrimoniais a descoberto, deve estar calcada na tabulação dos recursos comprovados pelo contribuinte e dos dispêndios apurados pela fiscalização. O simples cotejamento entre a situação patrimonial declarada pela contribuinte no final do ano-calendário, considerando os rendimentos Líquidos declarados, não se presta à caracterização do APD.Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Numero da decisão: 2201-000.804
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso de oficio e dar provimento ao recurso voluntário. Fez sustentação oral Dr. Rogério Pires da Silva, OAB — SP n° 111399.
Matéria: IRPF- ação fiscal - Ac.Patrim.Descoberto/Sinais Ext.Riqueza
Nome do relator: EDUARDO TADEU FARAH
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ME 1 S2-C2T Fr 1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo n 0 19515.001867/2006-12 Recurso n° 505.917 De Oficio e Voluntário Acórdão ri° 2201-00.804 — 2" Câmara / P Turma Ordinária Sessão de 22 de setembro de 2010 Matéria IRPF Recorrente MEL ANIE FARKAS Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Ano-calendário: 2001, 2002, 2003 DEPÓSITOS BANCÁRIOS, OMISSÃO DE RENDIMENTOS - A Lei n2 9,430, de 1996, em seu artigo 42, autoriza a presunção de omissão de rendimentos com base nos valores depositados em conta bancária Tendo sido comprovada a origem dos depósitos bancários, devem os respectivos créditos ser excluído do lançamento. ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO (APD) - LEVANTAMENTO DE RECURSOS E DISPÊNDIOS - A omissão de rendimentos tributáveis, apurada com base em acréscimos patrimoniais a descoberto, deve estar calcada na tabulação dos recursos comprovados pelo contribuinte e dos dispóndios apurados pela fiscalização. O simples cotejamento entre a situação patrimonial declarada pela contribuinte no final do ano-calendário, considerando os rendimentos Líquidos declarados, não se presta à caracterização do APD. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso de oficio e dar provimento ao recurso voluntário. Fez sustentação orai Dr. Rogério Pires da Silva, OAB — SP n° 111399. (Assinado digitahnente) Francisco Assis de Oliveira Júnior - Presidente.. A ..;.;![10,..)dUin r. 22/10 1 2010 pEr EDUARDO TADEU FARM . ! 0:V110010 par FRANCISCO ASSIS DE OUVE IRA Aulen"do di f:1 4 "firlte. 221[.)1201 O por EDUARDO TADEU FARAH EmRido em1 012/2.010 pnli) UnisiArio razenerd DE (ARE ME Fl 2 Processo if 19515.001867/2006-12 S2-C211 Acórdão o 2201-00.1304 Fl 2 (Assinado digitalmente) Eduardo Tadeu Fatah - Relator. 10 DEZ 2010 Participaram do presente julgamento, os Conselheiros: Pedro Paulo Pereira Barbosa, Eduardo Tadeu Farah, lanaina Mesquita Lourenço de Souza, Guilherme Barranco de Souza (Suplente convocado) e Francisco Assis de Oliveira Júnior (Presidente). Relatório Contra a contribuinte acima identificada foi lavrado Auto de Infração para exigir crédito tributário de Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF (fls 4761480), no valor total de R$ 2 981 517,37, já acrescidos de muita de oficio de 75% e juros de mora, calculados até 31108/2006 não comprovada; A infração apurada pela fiscalização foi de: i - omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários com origem ii - omissão de rendimentos tendo em vista a variação patrimonial a descoberto, onde se verificou excesso de aplicações sobre origens, não respaldado por rendimentos declarados/comprovados Cientificada do Auto de Infração em 30/09/2006 (ti 489), a contribuinte apresentou impugnação em 31/10/2006 (fis 491/518), alegando, essencialmente, que: a) vendeu, em 1997, sua participação societária na empresa ALPHATRON S/A, recebendo R$ 3 491595,69, tendo aplicado tal montante em diversos estabelecimentos bancários o que resultou em inúmeras movimentações bancárias e expressivas receitas financeiras; b) devido a sua falta de experiência no mercado financeiro e por não ter contratado uma assessoria contábil permanente, deixou de contabilizar alguns extratos e informes financeiros Assim é forçoso reconhecer a ausência na DIRPF dos anos 1998 e 1999, de contas bancárias diversas, para o deslinde da origem dos valores que transitaram durante o ano-calendário 2001 e 2002; c) não foram incluídos na Declaração de Bens do ano-calendário de 1998 os valores de R$ 228 813,05 (Fundo de Investimento no Banco Safra), R$ 258 770,81 (Letras Hipotecárias do Banco Safra) e R$ 104 309,47 (Fundo do Banco de Boston CPT DI), totalizando R$ 59L843,00 No ano-calendário 1999, não constou o valor de R$ 793 801,65 relativos ao Fundo de Investimento FIF Check up do Banco Sudameris S/A; Assinado digdalmente em 22 1 1012010 por EDUARDO TADEU FARAH 0311112010 por FRANCISCO ASSIS DE OUVE IRA RJ Autenticado digitalmente em 22 1 1 or2o o per EDUARDO TADEU FARAH Erni1ido em 10/12001{3 pelo Minisleirio da Fazenda Processo n" 19515 001867/2006-12 Acórdão n o 22111-00,804 S2-C2T1 F1 3 Di' (ARI- NIF H 3 d) o valor de R$ 950.000,00 relativo à aplicação no Credit Lyonnais no exterior foi efetivamente realizada em .2002, apesar de ter sido declarada em 2003; e) elaborou os demonstrativos relativos à sua evolução patrimonial em função da impossibilidade de se apresentar declaração retificadora; O foram arbitrariamente lançadas as transferências de mesma titularidade. São elas: no dia 08/10/2002 o valor de R$ 74 314,52 do Sudameris; dia 13/11/2002 o valor de R$ 50 000,00 do Sudameris; dia 18/11/2002 o valor de R$ 100,000,00 do Sudarneris e dia 13/11/2002 o valor de R$ 150 000,00 do BNP; g) também foram incluídos os valores relativos a reembolso de seguro saúde, relacionados à fl.. 509, cujos documentos comprobatórios foram acostados aos autos; h) a omissão de receitas não pode resultar de mera presunção, tendo que ser demonstrada por um conjunto de indícios, tais como sinais exteriores de riqueza. Na hipótese de lançamento por presunção deve-se proporcionar à contribuinte a possibilidade de se refutar a ocorrência do suposto fato gerador, a fim de que se possa provar o contrário.. Não há nos autos qualquer prova de que o contribuinte tenha pura e simplesmente se negado a apontar a origem dos seus recursos, e nem teria motivos para tal conduta, já que são valores de origem lícita e de fácil constatação; i) o crédito de R$ 1,008,388,21, ocorrido em outubro de 2001, refere-se à transferência da mesma titularidade, proveniente do Banco Liberal, adquirido pelo Bank of America S/A. O referido valor foi regularmente baixado na DIRPF relativa ao ano-calendário 2002 O próprio extrato do Banco nau refere-se ao Banco Liberal, Esses valores migraram para o baú e depois para o Bank of America, no valor de R$ 950.000,00; j) quanto aos depósitos de R$ 370,000,00 e R$ 570 000,00 efetuados no Itaú em 14/11/2002 estão identificados, respectivamente, como oriundos de conta do Sudameris S/A de titularidade da contribuinte e como TED realizada após resgate do fundo no valor de R$ 300 000,00, em 18/11/2002 do Banco Safra; k) a análise da evolução patrimonial não levou em conta a expressiva receita financeira obtida em 2003, que chega a R$ 79.3,478,00. O item rendimentos sujeitos à tributação exclusiva na fonte, composto também pelas receitas financeiras em 2003 foi de R$ 1.520.599,98; 1) com a venda de sua participação na ALPHATRON S/A, a requerente deixou depositado parte do preço da venda como garantia, tendo sido autorizada à liberação da quantia correspondente a toda receita financeira creditada nessa conta de contingências que excederam o valor de R$ 940 000,00; m) recebeu R$ 435,000,00 de receitas financeiras provenientes do depósito e tributadas na fonte e o valor de R$ 291..320,00 foi imputado a titulo de ganho de capital e sobre o mesmo foi recolhido o IR no valor de R$ 54.465,00, sendo que o respectivo DARF está sendo solicitado junto ao banco A 6' Turma da DRJ - São Paulo/SP II julgou parcialmente procedente o lançamento, consubstanciado nas ementas abaixo transcritas: A . rcIr.) digiUnlarde: em 2211012010 por EDUARDO TADEU FARAH 011 1112010 por FRANCISCO ASSIS DE OLNE IRA ..II..I Auternic.nclo digiul iror„:rve. em 2210/2010 por E DuARDo FARAN EmIlIdo {mo 10112/2010 oe,le) 3 Imposto suplementar exigido 482.834,49 Imposto suplementar exonerado 222.249,77 Imposto suplementar mantido 260 584.72 "" 'As;rinràdo (figilaimente em 22 , i0/21i10 por E €.11JANOU Da) irí IRA RI Auten1icario digitIrnente em 22/10/2010 por EDUARDO TADEU FARAI-1 E-milido em 10/1212010 pelo MInistério da Fa75:!ndii "Srit1 ,1...) ,JI I 1/ZU Il.! por 1-N/À1,1•1:1;:if.-3..) R;;I:nUI OUVE 4 CA.R.F ME f 4 Processo n° 19515,001867/2006-12 S2-C2T1 Accirdflo n o 2201-00,804 Fl 4 PRELIMINAR NULIDADE DO LANÇAMENTO Comprovado que o procedimento fiscal foi feito regularmente, não se apresentando, nos autos, as causas apontadas no ar! 59 do Decreto n" 70 235/1972, não há que se cogitar em nulidade do lançamento enquanto ato administrativo Preliminar rejeitada DEPÓSITOS BANCÁRIOS OMISSÃO DE RENDIMENTOS A presunção legal de omissão de rendimentos autoriza o lançamento do imposto correspondente, sempre que o titular da conta bancária, pessoa .fisica ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idónea, a origem dos recursos creditados em sua conta de depósito ou de investimento.. Tendo sido comprovada a origem de parte dos depósitos bancários tributados, devem os respectivos créditos ser evoluídos do lançamento, mantendo-se parle da omissão de rendimentos apurada pelo Fisco ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO Os acréscimos patrimoniais são tributáveis quando não justificados, por meio de documentação idônea, pelos rendimentos tributáveis, isentos, não tributáveis, tributáveis exclusivamente na fonte ou sujeitos à tributação definitiva. Os valores relativos a rendimentos provenientes de aplicações .financeiras deverão ser considerados como origens no Demonstrativo da Evolução Patrimonial Em função do acolhimento parcial da impugnação, o crédito tributário restou assim constituído: Ano-ealernkirio 2001 Imposto suplementar exigido 358.655,84 Imposto suplementar exonerado 283.144,36 Imposto suplementar mantido .57 511_48 Multa de oficio exigida (75%) 268.991.88 Multo de oficio exonerada (75%) 212 358.27 Multa de oficio mantida (75%) 56 633,61 Ana-calendário 2002 Processo n" 19515.001867/2006-12 Acórdão n " 220141804 S2-C211 Ff 5 1)1 : CARI' {VI f' F 1.5 Multa de oficio exigida (7.5%) 362 125.86 Multa de oficio exonerada (75%) 166.687.32 Multa de oficio mantida (75%) 19.5 438.54 Ano-calendário 2003 Imposta yuplementar exigido 453 379,82 Imposto suplementar exonetado 160 514,73 hnposto sirplementar mantido 292 865,09 Multa de oficio exigida (75%) 340 034.86 Multa de oficio exonerada (75%) 120 386,04 Multa de oficio mantida (7.5%) 219 648.82 Em relação à parte do lançamento excluída, a DRJ de Belo Horizonte recorreu de oficio, nos termos da legislação pertinente. Cientificada da decisão de primeira em 25/05/2009 (fi, 694), Melanie Farkas apresenta Recurso Voluntário em 22/06/2009, sustentando, em síntese, que: a) os créditos abaixo relacionados representam transferências bancárias de mesma titularidade, conforme provas acostadas as fis. 664/666: Créditos mantidos (Os 664/666) Data Valor (RS) Remetente (CNR1) Histórico 01/02/01 1 000,00 03808183/0001-64 DOC 03/09/01 1150,00 03808183/0001-64 DOC 21/12/01 10 208,57 61809182/0001-30 DOC 28/01/02 7868,75 61809182/0001-30 DOC 15/02/02 36 547,94 03808183/0001-64 DOC 27/02/02 24 150,00 61377677/0032-34 DOC 27/02/02 48 653,38 61377677/0032-34 DOC 05/03/02 20 000,00 01782383/0001-60 DOC 09/10/02 22 942,87 01782383/0001-60 T ED 18/11/02 59 000,00 836263/0001-35 rED b) em relação à movimentação bancária no valor de R$ 370.000,00, a recorrente acostou, à fl, 628, cópia de solicitação de extrato dirigida a Reliance Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. Entretanto, o documento não foi enviado pela instituição Aliaele: n:figi!,3:rnente (fMS.4.r:1 I ,../2 1.. Pf.)1 ii4Uluti±ur FRANCISCO ASSIS DE OUVE RA nonsáviel devendo, senruntado ni os eriormen -.111 Aulentivadn digjlairnc-m€, e'rn 221102010 .•n ()r EDUARDO TAIDE":€.1 FARAH Ernii ido m 0 / 12i2010 o Mm IAOu d .. Ea2wIda 5 Processo nu 19515.001867/2006-12 Acórdão n ° 220140.804 S2-C211 11 6 13F (ART' NIF 1"1 6 c) não ocorreu acréscimo patrimonial em 2003, pasto que no ano-calendário de 2002 houve uma aplicação realizada no Credit Lyonais na Suíça, mas que somente foi informada na DIRPF do ano-calendário de 2003 (tis 41/45) A existência de aplicação financeira no exterior em 2002 (11 600) foi cabalmente demonstrada com a juntada pelo próprio agente fiscal do Registro Sisbacen 2002000401 (fl. 03 do processo administrativo), onde consta a data da operação (19/11/2002), o tipo de operação (transferência para o exterior), o banco emitente (Hal), a conta no exterior (Credit Lyonnais Uruguay). São duas operações no mesmo dia, uma no valor de R$ 700.000,00 e outra no valor de R$ 300.000,00; d) parte do valor de R$ 435,000,00 decorreu de receitas financeiras recebidas da conta escrow referente à venda de participação societária da empresa Alphatron. Para compr ovar sua alegação a recorrente junta a microfilmagem dos cheques (doc 03), que comprova o recebimento da conta escrow. Portanto, não há que se falar em acréscimo patrimonial a descoberto quanto a esses valores; c) o valor remanescente de aproximadamente R$ 291 000,00 (R$ 288,382,40) se refere a ganho de capital, sendo este tributado pelo imposto de renda Entretanto, o documento carreado na impugnação mencionou o valor total recolhido, sem discriminar o valor do principal, de multa e de juros, impossibilitando a verificação de que o recolhimento foi feito em atraso em 27/05/2004. Assim, para dirimir qualquer dúvida juntou outra carta expedida pelo Banco Itaú que possibilita identificar que o pagamento refere-se a ganho de capital ocorrido em 2003, cujo imposto foi recolhido em atraso com os acréscimos legais É o relatório Voto Conselheiro EDUARDO TADEU FARM, Relator Os recursos de oficio e voluntário são tempestivos, portanto, devem ser conhecidos, 1 — Do exame do recurso de oficio: Ao analisar a impugnação apresentada pela contribuinte a autoridade julgadora de primeira instância, assim concluiu: DEPÓSITOS BANCÁRIOS A requerente apresenta, em sua peça impugnatória a relação de fls. 508/509 que se referem aos créditos realizados por meio de depósitos em cheque em função do reembolso do plano de Saúde Sulamérica, conforme os documentos de fls. 571 a 589. Assim, tais valores deverão ser exchados do rol de créditos tributados em função da eficaz comprovação No entanto, os créditos R$ 32,89 del8/09/02 e de R$ 50,00 de 13/11/02 e, apesar de terem sido relacionados não serão considerados por absoluta falta de comprovação (vide planilha anexa) Quanto às transferências de mesma tindaridade, cabe razão à requerente, pois conforme consta no inciso 1 do §3" do artigo 42 Asi,tin acto d ta; moine em 22 .'1012010 pnr E DISMFMN-4:4S ffig 'e:MAM-1 110AM~ w8Az A7-éjiStiRE2,0:, da IRA .10 Autenticado digilatmente em 22/101201(1 por EDUARDO TADEU FARA11 Emitido ern 10/17/7010 pelo Ministério do Fozendo 6 1::)F CAIU' Mr H 7 Processo n" 19515 00186712006-12 S2-C2T1 Acórdão n ° 2201-00,804 F1 7 base de cálculo, desde que .fique efetivamente comprovada a mesma tindaridade A requerente apresenta às fls. 660/666 declarações do HSBC e do Sudameris que informam alguns créditos que se referem a transferências de mesma titular-idade, ocorridas por DOC D (créditos entre bancos, mesmo CPF, e portanto, isentos de CPMF) ou TED D, cuja diferença trata-se de transferência entre agências do mesmo banco. Houve, ainda, a identificação do remetente das transferências (lis 664/666). Assim, serão excluídos da tributação os créditos relacionados na tabela citada que têm como remetente a própria contribuinte ou João Paulo Farkas, tendo em vista que há co-litularidade nas mesmas (DOC D) Estes, por óbvio, deverão ser excluídos da tributação (vide tabela anexa). Há ainda os créditos ali relacionados datados de 01/04/200.2 de R$ 1100,00 e de 01/08/2002 de R$ 121.580,49, cujos históricos trazem somente a expressão DOC, mas, no entanto, o Banco Sudameris informa como remetente a própria contribuinte. Assim, deverão eles também ser excluídos da tributação, por terem tido sua origem comprovada. ( ) Conforme se percebe por meio do Extrato mensal do Bank of America de fl 80, houve, efetivamente um resgate em 03/10/2001, cujo valor liquido foi de R$ L008.388,21, confirmando, portanto, a alegação da contribuinte e, portanto, deve ser excluído da base de cálculo do imposto (vide tabela anexa ils 684/689) Ainda com relação às transferências de mesma titular idade, a contribuinte identificou os créditos ocorridos no Banco 'terá em 18/11/2002 (extrato de il. .591) nos montantes de R$ 300 000,00 e 370.000,00 provenientes, segundo ela, respectivamente, dos bancos Safra e Sudameris. Acrescenta ela ainda que os valores mais expressivos constantes do extrato do Banco flori no valor de R$ 370 000,000 e R$ 350 000,00 são relativos a transferências de mesma thularidade oriundas do Banco Sudameris. Conforme se verifica no extrato de fls. 217 do Banco Sudameris, efetivamente ocorreu o envio de TED no valor de R$ 350,000,00 em 18/11/2002, devendo tal valor ser excluído da tributação Quanto ao valor de R$ 300.000,00 há que se esclarecer que não houve nenhum crédito deste valor tributado no presente lançamento, conforme relação de lis 444/462 e planilha de fls.. 684/689, anexa ao presente acórdão Assim, apesar de ter sido identificado no extrato do Banco Safra de 11. 599 o débito do referido montante, não há o que ser comprovado, pois o mesmo não foi tributado. No entanto, o valor de R$ 370.000,00, apesar de constar no dic 1!írnE!I!1, eu 22i1012010 Dor EDÉ.0if3(91 Cf511) OfiAR°1K)i tçrg.t*r_PreffigiMeASWÇF-deLATIC° IR A 11.1 Autentiçado (flgdaftTienle en": 22:, 1012 5310 pnr EDUARDO TADEU FARAFI Ermaido ,•:1 .1 I ál l212010 pelD Fâzerai...ã 7 Processo o° 19515.001867/2006-12 Acórdão n 2201-00.804 S2-C211 Fl 8 DF CARI' ME I.' I 8 Sudameris. não foi possível localizar o débito cor Tespondente no extrato de fl. 217, proveniente do Sudameris. Tampouco consta nos autos outro extrato proveniente do referido banco relativo ao mesmo período (novembro/2002) Assim, o valor citado será mantido ) Em anexo ao presente acórdão, juntamos a planilha de fls. 684/689, na qual identificamos todos os créditos tributados (data, banco e valor), o histórico e a origem daqueles que foram considerados comprovados Desta forma, serão tributados, mês a mês os seguintes valores• Período Valor (RS) Período Valor (RS) oneiro/2001 I1Ç Joneiro/2002 11111111111111111111111111111~111111111 1111111111111111111111111 /11111111111111111111111111~11111111 Smembro/2001 4.878,43 Setembro/2002 24.487,92 Ileellefflell lelleffleele Dezembro/200I 35.058,5 Dezembro/2002 8,063,00 Total 2001 273.857,0 Total 2002 947.580,96 ACRÉSCIMO PATRIMONIAL A DESCOBERTO Alega ainda a requerente que as receitas financeiras auferidas no ano-calendário 2003, provenientes das aplicações que mantinha em diversas instituições .financeiras não foram consideradas no Demonstrativo da Evolução Patrimonial de fls 464/465, Acrescenta ainda que tais receitas totalizavam R$ 793. 478,00. Assiste razão à requerente quanto ao fato de não terem sido considerados os rendimentos provenientes das aplicações .financeiras. No entanto, conforme se verifica por meio dos informes de rendimentos juntados aos autos, nos quais a . fiscalização baseou- se para compor os itens "Total de aplicações no inicio do ano" e "Total de aplicações no final do ano", os rendimentos provenientes das aplicações totalizaram o valor de R$ 583 690,42, conforme tabela abaixo.: TABELA DE RENDIMENTOS FINANCEIROS Ar_o_hdddo dIgitalmenie km 92 / 1 rif7n1 n Pn r rmlIAronTADF! ft: ARAI-1 0311117n111rw-,r ERA KInISC:O A SRIS r4:. 01 \1f: IRA 10 Auienticadn diqiIrT1ene em 22/1012010 per EDUARDO TADEU FARM Emitido em 10/12/2010 pelo MInistérIe do Fa2endo 8 Processo n" 19515.001867/2006-12 Acórdão n° 2201-00,804 82-C2TI El 9 il.)V CA It.1 11 9 INS1ITUIÇÃO FINANCEIRA VALOR (RS) FLS. Banco do Brasil 1.683,25 618 Citibank 5.748,00 617 Unibanco 11.369,45 616 Bánk of America 67.993,99 615 Banco Safra 43.707,94 614 Banco Sudameris 45.833,60 612 Banco hair 5.448,67 610 1-1SBC 161.918,97 609 Votara/Mn; Finanças 7.508,63 607 BNP Paribas 88.581,79 606 Pactua, DUM 3.421,76 605 Credit Lvonnais-Brasil 75.387,09 604 Talica DVTII 0,00 603 11edding. Cm ifjo 4.820,66 602 Credit Suisse-fica hm. CSFB 60.266,12 601 Credit Lvonnai,s-Suiça 0,00 600 TOTAL 583.689,92 Assim, tendo em vista que o acréscimo patrimonial somente foi apurado em dezembro de 2003, o valor dos rendimentos financeiros (R$ 583 689,92) deverá ser considerado como receitas no demonstrativo e, portanto, excluído do montante de R$ 1 648.653,87, reduzindo o mesmo para R$ 1.064,963,95 Depreende-se na análise supra que a autoridade julgadora "a giro" na aplicação da Lei tributária afastou da autuação as transferências de mesma titularidade ocorridas por DOC D ou TED D (fls. 217 e 664 a 666), que possui como remetente a própria contribuinte ou João Paulo Farkas, tendo em vista a co-titularidade nas contas, Da mesma forma, o valor creditado em sua conta no Banco Itail (extrato de fl.. 254) em 03/10/2001 de R$ 1,008388,21, cujo histórico foi "ACT DOC 235,119930 LIBERA", refere-se à transferência de mesma titularidade recebida do Banco Liberal S/A Ressalte-se a declaração firmada em 04/09/2006, pelos co-titulares e pela própria fiscalizada, atribui a recorrente titularidade dos recursos creditados nas contas conjuntas (Termo de Verificação Fiscal fl. 642). Quanto ao acréscimo patrimonial a descoberto a autoridade julgadora de primeira instância identificou que as receitas financeiras auferidas no ano-calendário 2003, são provenientes das aplicações que mantinha em diversas instituições financeiras e não foram consideradas no Demonstrativo da Evolução Patrimonial de fis, 464/465. Tais rendimentos totalizaram o montante de R$ 583.690,42, tendo sido considerado como receitas no referido demonstrativo e, portanto, excluído do valor total de R$ L648.653,87, que, após a exclusão, representou R$ 1 064 963,95 Assim, verificando que a decisão recorrida está fundamenta em elementos de prova, todos eles constantes dos autos, e, estando seus argumentos em perfeita sintonia com a legislação de regência, NEGO provimento ao recurso de oficio. II — Do exame do Recurso Voluntário: ein 22:10/2010 per EDUARDO TADEU FARAH 03/11/2010 por' FRANCISCO ASSIS DE OUVE RA .IU 22102010 r.',or EDUARDO TADEU FARTEI 9 Erni1a10 ern 101122010 rolo Mirds:11-::r:a doElzpr:dri DF CA 1"1 10 Processo n" 19515.001867/2005-12 52-C211 Acórdão n " 2201410,804 Fl 10 Propugna a recorrente pela juntada de provas, nesse sentido, cabe verificai o disposto no art 16 do Decreto 70.235, de 1972, com a nova redação dada pela Lei ri° 8748, de 1993, e do art 67 da Lei 9532, de 1997, in verbis: Art. 16 A impugnação mencionará • III - os motivos de .fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e provas que possuir- IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as .justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu perito. § I" Considerar-se-á não formulado o pedido de diligência ou perícia que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso IV do art. 16. ( • ) §4" - A prova documental seTá apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnanie fazê-lo em outro momento processual, a menos que• a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentacão oportuna, por motivo de forca maior,. b) refira-se a fato ou a direito superveniente; c) destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos. § 5' A juntada de documentos após a impugnação deverá ser requerida à autoridade julgadora, mediante petição em que se demonstre, com fundamentos, a ocorrência de uma das condiçães previstas nas alíneas do parágrafo anterior § 6" Caso já tenha sido proferida a decisão, os documentos apresentados permanecerão nos autos para, se for interposto recurso, serem apreciados pela autoridade julgadora de segunda instância (grifei) Pelo que se depreende do acima exposto não há impedimento para que sejam aceitos os documentos apresentados juntamente com o Recurso Voluntário, em função da impossibilidade de apresentação por ocasião da Impugnação, portanto, serão apreciados por este julgador. Quanto ao mérito insiste a suplicante na tese de que os créditos abaixo relacionados representam transferências bancárias de mesma titularidade, conforme provas acostadas as fls. 664/666 São eles: N.;sinado digit:3Imeote em 27 , 10/2010 por EDUARDO TADEU FARAH CEiiII;2010 por FRANCISCO ASSIS DE OUVE [RA RI /te rlik: nd o digitilhileot ,_,, elo 22'1U'20 li par EDIJARDO TADEU FARINO Emitido em '10(12/2010 pelo Minislérà3 do Fazenda 10 Processo n" 19515 001567/2006-12 Acórdão ri ° 2201-00,804 S2-C2T1 Fl 11 (..TA R. NI F I Créditos mantidos pela 6 a Turma da D11.3 de São Paulo li (fls 6641666) Data Valor (as) Remetente (CNP.1) Histórico 01/02/01 1 000,00 03808 i 83/0001-64 DOC 03/09/01 1 150,00 03808183/0001-64 DOC 21/12/01 10 208,57 61809182/0001-30 DOC 28/01/02 7868,75 61809182/0001-30 DOC 15/02/02 36 547,94 03808183/0001-64 DOC 27/02102 24 150,00 61377677/0032-34 DOC 27/02/02 48 653,38 61377677/0032-34 DOC 05/03/02 20 000,00 01782383/0001-60 DOC 09/10/02 22 942,87 01782383/0001-60 TED 18/11/02 59 000,00 83626310001-35 TED Pois bem, compulsando os autos verifica-se que a recorrente efetivamente manteve aplicações financeiras com todas as instituições portadoras do CNPI's supracitados. Segundo se colhe das informações extraídas do Dossiê Integrado (fls,.24-28), bem como do informe de rendimentos (tis, 523,537 e 620) houve retenção de imposto de renda na fonte sobre as aplicações em fundos de renda fixa com os quais a recorrente possuía regularmente aplicações Ademais, de acordo com a relação de Bens e Direitos constante da Declaração de Ajuste (fl. 34/35), constata-se que a contribuinte declarou saldo de aplicações financeiras com as instituições constantes do quadro anteriormente referenciado. Portanto, o demonstrativo de depósito acostado as fis, 664/666 do Banco Sudameris informa, em verdade, que os créditos efetuados na conta corrente da fiscalizada advêm de diversas instituições bancárias com as quais a suplicante manteve seus recursos aplicados e, por esse motivo, todos os remetentes foram identificados pela autoridade fiscal como sendo pessoa jurídica, Assim, em que pese não constar nas transferências o nome da recorrente como remetente dos recursos (até porque a mesma não possuía conta corrente formal nestas instituições) é plausível concluir que os valores creditados em sua conta corrente representam resgates/transferências de aplicações financeiras, tempestivamente consignadas em sua Declaração de Ajuste, Destarte, o valor de R$ 10,208,57, relativo ao ano-calendário de 2001, bem como o montante de R$ 219.162,94, referente ao ano-calendário de 2002, deverão ser excluído da exigência fiscal. Em outra passagem alega a recorrente que o crédito no banco baú, datado de 18/11/2002, no valor de R$ 370.000,00 (fl. 591), representa resgate de aplicação financeira do fundo Sudameris Check Up Invest Agressivo Fim e, por essa razão, o referido valor não poderia ser alcançado pela tributação.. AsInodo diglIi)Imente Rin 22/10/2010 par EDUARDO TADEU FARM 03/ 11/2010 par FRANCISCO ASSIS DE OUVE IRA .#1.; Autenk-aclo digilaln-wilt..= em 22/10;2010 ;Jor . EDUARDO TADEU FARAH li Enlitido n 10/12/2010 peIo Márlistérn razenril DF CA RI M.E 11 12 Processo n° 19515.001807/2006- 2 S2-C211 Acórdão n o 2201-00,804 Fl 12 Após análise dos documentos iuntados aos autos, mais precisamente da correspondência datada do dia 14/10/2009, o banco Santander confirma a realização do DOC para a conta 00058-7, agência 3765 do banco baú. É o que se colhe da transcrição do referido documento, ver bis: Referente a solicitação de esclarecimento em 29 de julho de 2009, Prezado Senhor, Banco Santandel Brasil S/A, Pr sua agência NR 1780 vem, em resposta à vossa solicitação, declarar para os devidos fins, que foi realizado "DOC" em 18 de novembro de 2002, a partir da conta corrente 171 0624403332001, mantida nessa agencia, de vossa hilaridade, no importe de R4 370 000,00, para credito na conta /71' 00058-7, agência nr 3765, banco nr 341 Á disposição para maiores esclarecimentos, Banco Santander Brasil S A Isto posto, o valor de R$ 370,000,00 deverá ser excluído da exigência Quanto ao acréscimo patrimonial apurado pela autoridade fiscal no ano- calendário de 2003, afirma a suplicante que por erro consignou em sua D1RPF/2004 (fis. 41/45), saldo de aplicação financeira no exterior no valor de R$ 1 000 000,00 no Credit Lyonais na Suíça Tal fato gerou um acréscimo patrimonial indevido no ano-calendário de 2003, visto que a data correta da aplicação na referida instituição financeira foi em 19/11/2002, conforme Registro Sisbacen 20020004001 e 20020004002 de Ils 03 e comprovante de aplicação acostado à ti 600. Pois bem, a luz dos documentos constantes dos autos, verifico, pois, que assiste razão a recorrente, Analisando detidamente as informações extraidas do Dossiê Integrado (ti 03) fica fácil identificar que a recorrente de fato efetuou duas transferências de recursos para o exterior no dia 19/12/2002, uma no valor de R$ 700,000,00 e outra no valor de R$ 300.000,00, ambas para a sua conta no Credit Lyonais (Uruguay) S/A. Corroborando, o documento n' RUC 212094770014 do Credit Lyonais Uruguay, carreado à ti 722, confirma o depósito de R$ 1,000.000,00 no ano-calendário de 2002 e não em 2003, conforme consignou a fiscalização. Ademais, não há nos autos prova de que a recorrente efetivamente tenha transferido recursos para Credit Lyonais (Uruguay) S/A, em 2003, posto que o próprio dossiê integrado, constante dos autos, não identificou a recorrente como responsável de qualquer transferência de recursos para o exterior no referido ano Vê-se, então, que a fiscalização fundamentou a apuração do acréscimo patrimonial a descoberto simplesmente na DIRPF/2004, que apresentava erro em seu preenchimento. Assim, não há como considerar no "Demonstrativo de Mensal da Movimentação Patrimonial e Financeira de 2003" (fi. 465), o valor de R$ 1 000,000,00 como saldo de aplicação financeira no exterior em 31/12/2003. Prossegue a contribuinte com seu inconformisrno, alegando que do valor recebido de cerca de R$ 726.000,00, o montante de R$ 435 000,00 representou receita financeira tributadas exclusivamente na fonte e o restante, aproximadamente, R$ 291.320,00, refere-se a ganho de capital e, sobre o mesmo, foi recolhido o imposto de renda no valor de R$ 43 698,00, conforme carta expedida pelo Banco Itan carreada à fi 730 Assinodo dlgiulmente em 22 , 1012010 pnr ENJAEDO TADEU FARAH 0:51 11/2010 par FRANCISCO ASSIS DE OUVE Aulenlicado digitalmente em 22/10/2010 pnr EDUARDO TADEU FARAH ErniIido em 10/12/2010 pelo Ministério do Eazenda 12 Dl' CA R1- - Nu: Fi Processo r? 19515.001867/2006-12 S2-C2T1 Acórdão n 2201-0G,804 H. 13 Compulsando o documento remetido pelo banco baú de fl. 7.30, verifica-se que o recolhimento foi efetuado em 27/05/2004, entretanto, seu período de apuração refere-se a 30/11/2003, portanto, dentro do período abrangido pelo auto de infração. Deste modo, o valor de R$ 288.382,40, que serviu de base para o recolhimento de R$ 43.257,36, a título de imposto de renda representou, concretamente, ganho de capital em 2003, Portanto, o valor de R$ 288.382,40 deve ser considerado como origem de recursos no mês de novembro de 2003 (fl. 465). Assim sendo, feitas as devidas correções, não há acréscimo patrimonial a descoberto no ano calendário de 2003, posto que a autoridade julgadora de primeira instância já havia reduzido o mesmo paia R$ L064 963,95. Ante ao exposto, voto no sentido de negar provimento ao Recurso de Oficio e dar provimento ao Recurso Voluntário. (Assinado digitalmente) Eduardo Tadeu Farah inicIo digibi,r1rnPrite en 2211W2010 por EDUARDO TADEU FARM. !. 0131112010 por FRANCISCO ASSIS DE OUVE IRA .11.1 Auteinlir.ncin ern 22!10 , 2010 por EDUARDO TADEU Ç!Ifl hi 1.-)0io Ministério dp 13 Data da ciência: MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA CÂMARA DA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo a': 19515.001867/200642 Recurso ri': 505.917 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no § 3' do art. 81 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria Ministerial IV 256, de 22 de junho de 2009, intime-se o (a) Senhor (a) Procurador (a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto à Segunda Câmara da Segunda Seção, a tomar ciência do Acórdão n° 2201-00.804 Brasilia/DF, 14/12/2010. EVELINE COÊLHO DE MELO HOMAR Chefe da Secretaria Segunda Câmara da Segunda Seção Ciente, com a observação abaixo: (...,..) Apenas com ciência Com Recurso Especial (.....„ .) Com Embargos de Declaração Procurador(a) da Fazenda Nacional
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