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Numero do processo: 17613.722280/2012-47
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2010
IRPF. ISENÇÃO MOLÉSTIA GRAVE MATÉRIA NÃO IMPUGNADA.
Considerar-se-á não impugnada a infração apontada no lançamento que o contribuinte não tenha expressamente contestado em fase recursal
LANÇAMENTO SUPLEMENTAR. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
As contribuições pagas por empregadores domésticos são dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda pessoa física.
Numero da decisão: 2202-003.789
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso.
(Assinatura digital)
MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA - Presidente.
(Assinatura digital)
JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO - Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada .
Nome do relator: JUNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso. (Assinatura digital) MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA - Presidente. (Assinatura digital) JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO - Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada .
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ISENÇÃO MOLÉSTIA GRAVE MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. Considerarseá não impugnada a infração apontada no lançamento que o contribuinte não tenha expressamente contestado em fase recursal LANÇAMENTO SUPLEMENTAR. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS As contribuições pagas por empregadores domésticos são dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda pessoa física. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso. (Assinatura digital) MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA Presidente. (Assinatura digital) JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada . AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 17 61 3. 72 22 80 /2 01 2- 47 Fl. 96DF CARF MF 2 Relatório Por bem descrever os fatos, adoto o relatório da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo (SP) Em procedimento de revisão da Declaração de Ajuste Anual 2011, anocalendário 2010, da contribuinte acima identificada, procedeuse ao lançamento de ofício, originário da apuração das infrações abaixo descritas, por meio da Notificação de Lançamento do Imposto de Renda Pessoa Física, lavrada em 07/08/2012, de fls. 45/49 (...) Omissão de Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica Confrontando o valor dos Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica declarados, com o valor dos rendimentos informados pelas fontes pagadoras em Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – Dirf, para o titular e/ou dependentes, constatouse omissão de rendimentos sujeitos à tabela progressiva, no valor de R$ 55.435,64, conforme relacionado abaixo. Na apuração do imposto devido, foi compensado o Imposto de Renda Retido (IRRF) sobre os rendimentos omitidos no valor de R$ 0,00. DA IMPUGNAÇÃO Devidamente intimada das alterações processadas em sua declaração, a contribuinte apresentou impugnação por meio do instrumento de fls. 02/03, alegando, em síntese, que: é pensionista do DINIT e portadora de Alzheimer e Parkinson. Apresentou DIRPF retificadora para obter os valores de IR descontados. Recebeu a Notificação de Lançamento e apresentou Solicitação de Retificação de Lançamento; quando da retificação da declaração original, o programa zerou a contribuição previdenciária de empregada doméstica por não haver proventos tributáveis, gerando a infração constante na notificação; assim, solicita a anulação da declaração retificadora para prevalecer a original. Anexa documentos e solicita análise da impugnação. Na fl. 08 consta Resultado da Solicitação de Retificação de Lançamento – SRL, emitida em 08/10/2012, cuja ciência à contribuinte deuse em 23/10/2012, em que se verifica no campo “Complementação da Descrição dos Fatos”: A contribuinte não apresentou laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo negou provimento à Impugnação em decisão cuja ementa é a seguinte: Fl. 97DF CARF MF Processo nº 17613.722280/201247 Acórdão n.º 2202003.789 S2C2T2 Fl. 97 3 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2010 Ementa: IRPF ISENÇÃO MOLÉSTIA GRAVE NÃO COMPROVAÇÃO A comprovação da moléstia grave deverá ser realizada mediante laudo pericial contendo requisitos mínimos necessários, tais como a especificação da data em que a doença foi contraída, o prazo de validade do laudo, e emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. É literal a interpretação da legislação tributária que dispõe sobre isenção, de acordo com o artigo 111 do Código Tributário Nacional. Cientificada da decisão acima transcrita (AR fls.88), a contribuinte apresentou o Recurso Voluntário de fls. 90/93, no qual requer o cancelamento do lançamento complementar ocasionado por equívoco do Auditor da Receita Federal que, ao analisar a Declaração Retificadora elaborou nova Declaração e não lançou os descontos referentes a Contribuição Previdenciária a Empregada Domestica, fartamente documentado neste processo 2011/5328390723790, como também este desconto não foi considerado pela relatora na decisão do Acórdão da 22ª Turma de Julgamento da DRJ/SPO em 07.12.2015, o que torna nulo ou improcedente o lançamento do imposto suplementar. É o relatório Voto Conselheira Relatora JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO O recurso preenche os pressupostos legais de admissibilidade, motivo pelo qual, dele conheço. Conforme se verifica pelo trecho do recurso abaixo transcrito, a Recorrente reconhece que os laudos médicos apresentados eram de datas posteriores às da declaração retificada: Com base no exposto acima e analisando os documentos já anexados ao processo de notificação de lançamento 2011/532783390723790 e descritos acima, procurouse os benefícios da Lei com a isenção de impostos aos declarantes possuidores de doenças ou moléstias graves mediante a apresentação de Laudos Médicos Oficiais, mas para o caso em tela os Laudos eram de data posterior a referida Declaração, então solicitase a Impugnação do lançamento de Imposto Fl. 98DF CARF MF 4 Suplementar com a anulação da Declaração Retificadora, entregue a Receita Federal em 29.07.2012 às 19:31 horas, via internet, tendo recebido o Recibo de Número 21.10.70248205, retornandose a Declaração Original, aquela entregue à Receita Federal em 28/04/2011 às 19:59 horas, via internet, tendo recebido o Recibo de Número 14.77.58.4.7847, onde está declarado o desconto da Contribuição Previdenciária a Empregada Doméstica no valor de R$ 810,00, devidamente comprovado com os documentos anexados a Impugnação nº 2011/90000005256 da Notificação de Lançamento nº 2011/5327833907233790, tais como, listagem, recolhimento INSS de empregada doméstica e cópia da carteira de trabalho. (grifos no original) Tratase, portanto, de matéria não impugnada. Dessa forma, a irresignação da Recorrente limitase à anulação do lançamento suplementar decorrente do cancelamento da declaração retificadora, uma vez que tal situação gerou um lançamento suplementar no montante de R$ 810,00. Na declaração original, por sua vez, a Recorrente teria direito à restituição. Não é possível, retornar a declaração original, uma vez que a retificação realizada com erro sujeita o contribuinte à penalidades. Da mesma forma, a dedução dos valores pagos à título de contribuição previdenciária, não implicam o cancelamento o lançamento suplementar, mas tão somente se admite a dedução pleiteada, desde que devidamente comprovada. Em face do exposto, dou provimento ao recuso para que seja considerada, no lançamento suplementar, a dedução do montante de R$ 810,00 relativo ao pagamento de contribuições previdenciárias para empregada doméstica. (Assinado digitalmente) Júnia Roberta Gouveia Sampaio. Fl. 99DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10783.914983/2009-01
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 28 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Apr 20 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/02/2002 a 28/02/2002
COMPENSAÇÃO. ÔNUS PROBATÓRIO. AUSÊNCIA DE PROVAS.
Aquele que se manifesta contra o Despacho Decisório tem o ônus probatório relativo à comprovação do crédito que alega possuir, o qual deve ser exercido oportunamente e de forma materialmente suficiente à demonstração do direito pleiteado.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3402-003.895
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em negar provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do relatório e voto do presente acórdão.
(Assinado digitalmente)
Antonio Carlos Atulim - Presidente e Relator.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Atulim, Jorge Olmiro Lock Freire, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Maria Aparecida Martins de Paula, Thais De Laurentiis Galkowicz, Waldir Navarro Bezerra, Diego Diniz Ribeiro e Carlos Augusto Daniel Neto.
Nome do relator: ANTONIO CARLOS ATULIM
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ÔNUS PROBATÓRIO. AUSÊNCIA DE PROVAS. Aquele que se manifesta contra o Despacho Decisório tem o ônus probatório relativo à comprovação do crédito que alega possuir, o qual deve ser exercido oportunamente e de forma materialmente suficiente à demonstração do direito pleiteado. Recurso Voluntário Negado. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em negar provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do relatório e voto do presente acórdão. (Assinado digitalmente) Antonio Carlos Atulim Presidente e Relator. Participaram do presente julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Atulim, Jorge Olmiro Lock Freire, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Maria Aparecida Martins de Paula, Thais De Laurentiis Galkowicz, Waldir Navarro Bezerra, Diego Diniz Ribeiro e Carlos Augusto Daniel Neto. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 78 3. 91 49 83 /2 00 9- 01 Fl. 75DF CARF MF Processo nº 10783.914983/200901 Acórdão n.º 3402003.895 S3C4T2 Fl. 3 2 Trata o presente processo de compensação declarada em PER/DCOMP apresentada pelo contribuinte, de crédito referente a valor que teria sido recolhido a maior ou indevidamente, a título de COFINS, atinente ao período de apuração indicado na folha de rosto do acórdão. Por meio de Despacho Decisório eletrônico, negouse homologação à compensação declarada, alegando não restar crédito disponível para a compensação dos débitos informados, em virtude de o pagamento do qual seria oriundo já ter sido integralmente utilizado para quitar débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP. O contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade que foi julgada improcedente pela DRJ sob os seguintes fundamentos: i) o contribuinte não indicou como apurou o crédito que alega possuir e indicado na Declaração de Compensação e ii) o contribuinte não juntou quaisquer provas do referido crédito. Irresignado, o contribuinte apresentou Recurso Voluntário no qual alega inauguralmente que a questão não necessitaria de produção de provas, por se tratar de incidência de COFINS sobre receitas financeiras, declarada inconstitucional pelo STF no RE nº 346.084. Ao final, solicita a realização de diligência. É o relatório. Voto Antonio Carlos Atulim, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3402003.885, de 28 de março de 2017, proferido no julgamento do processo 10783.914970/200924, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 3402003.885): "O Recurso Voluntário é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. O Despacho Decisório contestado nesse processo administrativo teve sua homologação negada sob fundamento do crédito alegado ter sido utilizado integralmente para quitar débitos da pessoa jurídica. Desde o início, o contribuinte não juntou qualquer documentação fiscal ou contábil que permita determinar o valor do crédito ou pelo menos um mínimo lastro probatório de sua existência. Menos ainda, sequer articulou argumento que sustentasse as razões para a Fl. 76DF CARF MF Processo nº 10783.914983/200901 Acórdão n.º 3402003.895 S3C4T2 Fl. 4 3 manutenção do crédito pretendido, limitandose a afirmar a sua existência. O Decreto n° 70.235/72, que regulamenta o processo administrativo fiscal, é expresso no sentido de que o contribuinte deve trazer ao litígio todos os motivos de contrariedade, acompanhados dos elementos probatórios que fundamentem suas alegações. Senão vejamos: Art. 15 A impugnação, formalizado por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de 30(trinta) dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência. Art. 16. A impugnação mencionará: III os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir;(inciso III com redação determinada pela Lei 8. 748/1993) §4. A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; b) refirase a fato ou a direito superveniente; c) destinese a contrapor fatos ou razoes posteriormente trazidos aos autos. Como precisamente apontado na decisão a quo, aquele que se manifesta contra o Despacho Decisório tem o ônus probatório relativo à comprovação do crédito que alega possuir alegar e não provar é o mesmo que não alegar. Tampouco se vislumbra nos autos quaisquer das exceções previstas no art. 16, §4º do Decreto 70.235/72. Assim, operouse a preclusão acerca do direito do contribuinte de produzir quaisquer provas do seu crédito, o que nos permite seguramente corroborar as conclusões alcançadas pela DRJ. Em seu Recurso Voluntário, o contribuinte traz uma reconstrução da discussão que culminou na declaração de inconstitucionalidade do art. 3º, §1º da Lei nº 9.718, para afirmar que o crédito se refere a receitas financeiras que compuseram a base de cálculo, o que causou o pagamento indevido das contribuições sociais. Quanto a este argumento, além de encontrar óbice no art. 17 do Decreto 70.235/72 (Art. 17. Considerarseá não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante.), não foi corroborado por qualquer prova nos autos, sequer existindo algum indício disto. Tratase de uma afirmação tão vazia quanto à afirmação do crédito na Manifestação de Inconformidade, não merecendo qualquer guarida deste Colegiado. Por fim, alega o Recorrente: Concluindo, o recolhimento a maior de parte do darf de RS 25.045,85 é decorrente do alargamento da base de cálculo do COFINS (código de receita 2172), a qual deu fundamento para a Fl. 77DF CARF MF Processo nº 10783.914983/200901 Acórdão n.º 3402003.895 S3C4T2 Fl. 5 4 compensação ora não homologada, o que poderá ser comprovado por mera diligência fiscal. O autor simplesmente alega a necessidade de uma diligência fiscal, mas sem atender aos requisitos do art. 14, IV do Decreto 70.235/72: Art. 16. A impugnação mencionará: IV as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu perito. A despeito da falha do Recorrente em indicar os elementos necessários para a solicitação de uma diligência, ainda assim o Colegiado poderia propor a conversão do julgamento em diligência se entender necessária, nos termos do art. 18 do Decreto 70.235/72: Art. 18. A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias, quando entendêlas necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis, observando o disposto no art. 28, in fine. Todavia, a diligência não tem a função de, atuando em lugar do Contribuinte, atender a um ônus probatório que não foi observado por este, mas sim esclarecer fatos que foram aventados no processo. Desse modo, nego o pedido de diligência. Conclusão Forte no exposto, voto por negar provimento ao Recurso Voluntário, por absoluta ausência de provas no processo." Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, negase provimento ao Recurso Voluntário, por absoluta ausência de provas no processo. assinado digitalmente Antonio Carlos Atulim Fl. 78DF CARF MF
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Numero do processo: 18471.000102/2004-86
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/1998, 01/12/2000 a 31/12/2000, 01/06/2001 a 30/06/2001
PIS. DECADÊNCIA
O Supremo Tribunal Federal, através da Súmula Vinculante n° 08, declarou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei n° 8.212, de 24/07/91, de modo que devem ser aplicadas, sobre o prazo extintivo do direito do Fisco, as regras previstas no CTN.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.488
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. Acompanhou o julgamento o advogado Rafael de Paula Gomes, OAB/DF nº. 26.345.
Nome do relator: Charles Mayer de Castro Souza
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MULTA Recorrente DOCEPAR S/A Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/1998, 01/12/2000 a 31/12/2000, 01/06/2001 a 30/06/2001 PIS. DECADÊNCIA O Supremo Tribunal Federal, através da Súmula Vinculante n° 08, declarou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei n° 8.212, de 24/07/91, de modo que devem ser aplicadas, sobre o prazo extintivo do direito do Fisco, as regras previstas no CTN. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. Acompanhou o julgamento o advogado Rafael de Paula Gomes, OAB/DF nº. 26.345. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira – Presidente Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama, Gilberto de Castro Moreira Junior e Thiago Moura de Albuquerque Alves. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 94 5. 72 03 25 /2 01 3- 29 Fl. 368DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP31.0317.14099.MPUD. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 2 Relatório Trata o presente processo de auto de infração lavrado contra a contribuinte acima identificada, constituindo crédito tributário decorrente da Contribuição para o Programa de Integração Social – PIS, referente aos períodos de apuração 01/98 a 12/98, 12/00 e 06/01, no valor total de R$ 886.041,55, incluídos multa proporcional e juros de mora. Por bem retratar os fatos constatados nos autos, transcrevo o Relatório da decisão de primeira instância administrativa, in verbis: Trata o presente processo de auto de infração lavrado contra o contribuinte acima identificado, relativo à falta de recolhimento da Contribuição para o Programa de Integração Social — PIS, abrangendo os períodos de apuração 01/98 a 12/98, 12/00 e 06/01 (fls. 206 a 213), no valor de R$ 317.271,28, com o acréscimo de multa de oficio de 75%, no valor de R$ 237.953,41, e juros de mora, calculados até 30/12/2003, no valor de R$ 330.816,86, totalizando um crédito tributário apurado de R$ 886.041,55, em decorrência de ação Fiscal levada a efeito pela DeficRJO, conforme Termo de Início de Fiscalização às fls. 30. • 2. No Termo de Verificação (fls. 205), o AFRF autuante informa, em resumo, que: • A empresa não recolheu o PIS referente ao ano de 1998, em virtude de ter contestado judicialmente o modo de apuração previsto na MP n° 1.212/95 e suas reedições; • A empresa impetrou o Mandado de Segurança n° 96.00085056 contra a referida legislação e obteve liminar determinando a apuração e pagamento do PIS sem as modificações trazidas por tais normas, ou seja, com base na LC n° 7/70; • Em 10/01/97 foi julgado o mérito e proferida sentença confirmando a liminar; • Sendo a empresa prestadora exclusiva de serviços, o PIS a ser recolhido seria de 5% sobre o imposto devido. Tendo em vista que, neste ano, ela apurou resultado negativo, não houve imposto devido e, consequentemente, nada foi pago; • Em 11/07/02 a decisão del a instância foi reformada pelo TRF 2allegião. A empresa apresentou agravo de instrumento, que até a presente data, ainda sem manifestação daquele Tribunal; • Às fls. 127 a 204 consta cópia do processo judicial e decisões correspondentes; • As bases de cálculo foram apuradas conforme demonstrativo de fls. 31, nos termos das normas aplicáveis. 3. O enquadramento legal da autuação foi: Lei Complementar n° 7/70; artigos 2°I, 3 0, 40, I a III, 8°4 e 9° da Medida Provisória n° 1.212/95 e suas reedições, convalidadas pela Lei n° 9.715/98; artigos 2°4, 3°, 4°, I a III, 8°4, 90 e 18 da Lei n° 9.715/98; artigos 2° e 3° da Lei n°9.718/98. Fl. 369DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP31.0317.14099.MPUD. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10945.720325/201329 Acórdão n.º 3202001.488 S3C2T2 Fl. 327 3 4. Após tomar ciência da autuação em 28/01/2004 (fls. 206), a empresa autuada, • inconformada, apresentou a impugnação anexada às fls. 217 a 230 em 20/02/2004, com as alegações abaixo resumidas: 4.1. Com a declaração de inconstitucionalidade dos Decretos Leis n's 2.445/88 e 2.449/88, a empresa passou a recolher o PIS de acordo com a Lei Complementar n° 7/70; 4.2. Com a edição da Medida Provisória n° 1.212/95, a impugnante impetrou mandado de segurança, visando o recolhimento da contribuição nos termos da citada Lei Complementar; 4.3. Foi deferida liminar suspendendo 'a exigibilidade do crédito mediante depósito judicial, sendo que a empresa entendeu por bem não efetuar o depósito, proferindo o juizo despacho tornando a decisão sem efeito; 4.4. Foi proferida sentença concedendo a segurança pleiteada, tendo a Fazenda interposto recurso de apelação, provido pelo TRF2aRegião; 4.5. Após a oposição de embargos de declaração pela impugnante, aos quais foi negado provimento, e, posteriormente, recurso extraordinário, inadmitido, não restou à empresa outra alternativa senão a interposição de agravo de instrumento, de forma que a matéria fosse apreciada pelo STF; 4.6. O presente auto encontrase eivado de ilegalidades, pois, não obstante não assistir qualquer razão à Fiscalização, em hipótese alguma poderia a Fazenda Nacional efetuar o lançamento relativo a fatos geradores sobre os quais já se operou a decadência do direito de lançar, uma vez que os valores exigidos se referem ao ano de 1998, sendo que a impugnante somente foi notificada do auto em 28/01/04; 4.7. Ademais, ainda que os valores fossem devidos e não houvesse decaído o direito de a Fazenda lançar, em hipótese alguma poderia a Fiscalização efetuar a cobrança de multa punitiva, em razão de recolhimento menor do tributo efetuado sob amparo judicial; 4.8. A existência de ação judicial, em que se questiona o tributo, não possui o condão de autorizar a cobrança dos valores, sem que as autoridades fazendárias tenham efetuado o lançamento, nos termos do artigo 142 do CTN; 4.9. Assim, se durante o prazo decadencial a autoridade fiscal não efetuar o lançamento do tributo cuja exigibilidade esteja suspensa por ordem judicial, em hipótese alguma poderá o Fisco cobrar os valores em discussão, sob pena de incorrer em invasão de competência, uma vez que estarseia colocando nas mãos do Poder Judiciário o poder de lançar tributo, cuja competência é exclusiva da administração; Fl. 370DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP31.0317.14099.MPUD. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 4 4.10. Ressaltese que a suspensão regulada pelo artigo 151 do CTN paralisa temporariamente o exercício efetivo do poder de execução, mas não suspende a prática do próprio ato administrativo de lançamento decorrente de atividade vinculada, obrigatória e necessária para evitar a decadência do poder de lançar; 4.11. A legitimidade da prática do ato de lançamento na pendência do período de suspensão da exigibilidade do crédito foi expressamente reconhecida pelo artigo 63 da Lei n° 9.430/96, sendo esse o entendimento do STJ e dos Conselhos de Contribuintes; 4.12. Com base em tais considerações e no fato de que, durante o período decadencial, a Fiscalização não efetuou o lançamento dos valores ora exigidos, restará inócua qualquer alegação das autoridades fiscais, no sentido de que estariam impedidas de realizar o lançamento; 4.13. No caso dos tributos lançados por homologação, caso do PIS, a Fazenda possui, nos termos do artigo 150, § 4° do CTN, o prazo, ininterrupto, de cinco anos, contados da data da ocorrência do fato gerador, para constituir o crédito; 4.14. A pretensão da autoridade fazendária, no sentido de que o prazo decadencial seria de dez anos, carece de embasamento legal, pois insistem em aplicar conjuntamente o artigo 150, § 40 do CTN com o artigo 173, ambos do CTN, entendendo, equivocadamente, que, após transcorridos cinco anos do fato gerador, a Fazenda disporia de mais cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; 4.15. Nos termos do artigo 150 do CTN, o lançamento por homologação se dá no momento em que a autoridade administrativa, de forma expressa ou tácita, homologa a • atividade exercida pelo sujeito passivo, considerandose extinto o crédito; 4.16. Assim, não há como se aplicar a regra geral do artigo 173, pois não há como conceber que algo que tenha sido "definitivamente extinto" possa "renascer" sob a égide do artigo 173; 4.17. Confirmando tal entendimento, citamse doutrina e jurisprudência, judicial e administrativa; 4.18. Não cabe discorrer na presente defesa sobre as razões de mérito pelas quais o auto deve ser julgado improcedente, uma vez que tal discussão já foi entregue ao Poder Judiciário; 4.19. Protesta a impugnante, em homenagem ao princípio da verdade material, pela produção de quaisquer provas que se façam necessárias, requerendo a improcedência do lançamento. Fl. 371DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP31.0317.14099.MPUD. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10945.720325/201329 Acórdão n.º 3202001.488 S3C2T2 Fl. 328 5 A 5ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Rio de janeiro II julgou improcedente a impugnação, proferindo o Acórdão DRJ/RJII n.º 1314.611, de 15/12/2006 (fls. 274 e ss.), assim ementado: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/1998 a 31/12/1998, 01/12/2000 a 31/12/2000, 01/06/2001 a 30/06/2001 PIS DECADÊNCIA Tendo sido constituído o crédito tributário dentro do prazo de dez anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, não se caracteriza a decadência. IMPUGNAÇÃO PROVA A prova documental deve ser apresentada pelo contribuinte no momento da impugnação do lançamento. AÇÃO JUDICIAL CRÉDITO TRIBUTÁRIO SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE Não há que se falar em suspensão da exigibilidade do crédito tributário, quando o provimento judicial obtido pelo sujeito passivo já havia sido reformado, favoravelmente à Fazenda Nacional, em data anterior ao início do procedimento Fiscal. Lançamento Procedente Irresignada, a contribuinte apresentou, no prazo legal, recurso voluntário de fls. 288/300, por meio do qual, depois de relatar os fatos, apenas sustenta a extinção, pela decadência, do direito do Fisco. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. O lançamento constitui crédito decorrente do PIS sobre valores devidos nos períodos de apuração de janeiro de dezembro de 1998, dezembro de 2000 e junho de 2001. A autuação se fundamentou na Medida Provisória nº 1.212, de 1995, e suas reedições, convalidadas pela Lei n° 9.715/98. Segundo consta dos autos, a Recorrente impetrou Mandado de Segurança, com pedido de liminar, visando obter provimento jurisdicional que lhe garantisse o seu direito a continuar a recolher a contribuição ao PIS nos termos da Lei Complementar n° 7, de 1970, sem se sujeitar a quaisquer atos de cobrança do tributo com fulcro na Medida Provisória n° 1.212, de 1995. Fl. 372DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP31.0317.14099.MPUD. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 6 Embora tenha sido concedida a segurança, esta decisão restou modificada pelo TRF da 2ª Região, que deu provimento à apelação aviada pela Fazenda Nacional. Também negouse provimento aos embargos de declaração opostos pela Recorrente contra o acórdão prolatado pelo Tribunal, bem como posteriormente inadmitiuse o recurso extraordinário que interpôs. Após a apresentação de diversos recursos, os quais não alteraram a inadmissão do recurso extraordinário, a decisão do STF transitou em julgado em 13/10/2005. Em síntese, no momento em que iniciado o procedimento fiscal, a Recorrente não estava amparada por qualquer medida judicial. Assim, como já destacado pelo relator da decisão recorrida, não cabia o lançamento apenas para prevenir a decadência, uma que a aplicação do disposto no art. 63 da Lei nº 9.430, de 1996, reclama esteja suspensa a exigibilidade do crédito tributário. No recurso voluntário, debateuse apenas a extinção, pela decadência, do direito de lançar do Fisco, que não havia sido reconhecido pela instância de piso, ao fundamento de que a Lei n° 8.212, de 1991, em seu art. 45, definiu que o prazo decadencial das contribuições para a Seguridade Social seria de dez anos. Como cediço, o Supremo Tribunal Federal já reconheceu a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei 8.212 de 1991, em entendimento sumulado com a seguinte redação: Súmula Vinculante nº 8: “São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decretolei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Sobre a matéria, devem ser observadas, portanto, as regras previstas no Código Tributário Nacional CTN. Analisados as informações encartadas nos autos, constatamos que não houve depósitos judiciais dos valores devidos (isso a própria Recorrente afirma em seu recurso), tampouco recolhimento de parte dos valores devidos. Assim, é de se aplicar o disposto no art. 173, I, do CTN, segundo o qual o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Nesse contexto, no momento em que a Recorrente foi cientificada do lançamento, o que ocorreu em 28/01/2004, já havia operado a decadência em relação aos períodos de apuração de janeiro a novembro de 1998 (quanto a este último, o termo a quo do prazo decadencial se iniciou no 1º dia útil de 1999, pois o lançamento já poderia ter sido efetuado em dezembro de 1998, de modo que se extinguiu no mesmo dia do ano de 2004). Com relação ao mês de dezembro de 1998, considerando que o lançamento só poderia ter sido efetuado a partir do mês de janeiro de 1999, a contagem do prazo decadencial se iniciou no 1º dia útil de 2000, encerrandose no mesmo dia de 2005, de sorte que, para o mês de dezembro de 1998 – e por maior razão para os meses de dezembro de 2000 e junho de 2001 –, é de se manter o lançamento. Fl. 373DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP31.0317.14099.MPUD. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10945.720325/201329 Acórdão n.º 3202001.488 S3C2T2 Fl. 329 7 Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para manter o lançamento apenas quanto aos períodos de apuração de dezembro de 1998, dezembro de 2000 e junho de 2001. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 374DF CARF MF Documento de 7 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP31.0317.14099.MPUD. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA em 24/03/2015 21:02:00. Documento autenticado digitalmente por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA em 24/03/2015. Documento assinado digitalmente por: IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA em 05/04/2015 e CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA em 24/03/2015. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 31/03/2017. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP31.0317.14099.MPUD Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Outros". 3) Selecione a opção "eAssinaRFB - Validação e Assinatura de Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 18471.000102/2004-86. Por ser página de controle, possui uma numeração independente da numeração constante no processo.
score : 1.0
Numero do processo: 10980.006292/2006-55
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 26 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E
CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE SIMPLES
Ano calendário: 2002
SIMPLES.EXCLUSÃO. REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. SÚMULA CARF N° 57.
A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal.
SIMPLES. EXCLUSÃO INDEVIDA. CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. CONDICIONADORES DE AR. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.POSSIBILIDADE DE PERMANECER NO REGIME DO SIMPLES
Não demonstrado nos autos que há nas dependências da empresa atividade que requer habilitação profissional legalmente exigida, deve ser cancelado o ato de exclusão do Simples Federal.
Numero da decisão: 1803-000.898
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Selene Ferreira de Moraes
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ementa_s : SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Ano calendário: 2002 SIMPLES.EXCLUSÃO. REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. SÚMULA CARF N° 57. A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal. SIMPLES. EXCLUSÃO INDEVIDA. CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. CONDICIONADORES DE AR. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.POSSIBILIDADE DE PERMANECER NO REGIME DO SIMPLES Não demonstrado nos autos que há nas dependências da empresa atividade que requer habilitação profissional legalmente exigida, deve ser cancelado o ato de exclusão do Simples Federal.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2002 SIMPLES.EXCLUSÃO. REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. SÚMULA CARF N° 57. A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal. SIMPLES. EXCLUSÃO INDEVIDA. CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. CONDICIONADORES DE AR. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.POSSIBILIDADE DE PERMANECER NO REGIME DO SIMPLES Não demonstrado nos autos que há nas dependências da empresa atividade que requer habilitação profissional legalmente exigida, deve ser cancelado o ato de exclusão do Simples Federal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Fl. 43DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006292/200655 Acórdão n.º 180300.898 S1TE03 Fl. 36 2 (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes – Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walter Adolfo Maresch, Victor Humberto da Silva Maizman, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Sérgio Rodrigues Mendes, Meigan Sack Rodrigues, Selene Ferreira de Moraes. Relatório Por bem descrever os fatos relativos ao contencioso, adoto o relato do órgão julgador de primeira instância até aquela fase: “A contribuinte acima qualificada, mediante o Ato Declaratório Executivo DRF/CTA n° 437.598, de 07 de agosto de 2003 (fls. 4 e 11), foi excluída do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Simples, com efeitos a partir de 01/01/2002, por incorrer na vedação prevista no art. 9°, XIII, da Lei n° 9.317, de 5 de dezembro de 1996, ou seja, pelo exercício da atividade econômica vedada de instalação e manutenção elétrica em edificações, inclusive elevadores, escadas, esteiras rolantes e antenas (CNAE 45411/00). 2. A exclusão do Simples foi fundamentada nos arts. 9°, XIII, 12, 14, I, e 15, II, da Lei n° 9.317, de 1996, art. 73 da Medida Provisória n° 2.15834, de 27 de julho de 2001, e arts. 20, XII, 21, 23, I, 24, II e parágrafo único, da Instrução Normativa SRF n° 355, de 29 de agosto de 2003. 3. Regularmente intimada por via postal (AR recebido em 28/08/2003, à fl. 25, a interessada apresentou, tempestivamente, em 29/09/2003, a Solicitação de Revisão da Exclusão do Simples de fl. 03, que foi julgada improcedente pela DRF/Curitiba em face de constar do Contrato Social que ela presta serviços de instalações elétricas, cuja atividade é vedada ao Simples pelo art. 9°, V e § 4° da Lei n° 9.317, de 1996, e itens VI e VII do ADN Cosit n° 30, de 1999 (fl. 05). 4. Cientificada do resultado da SRS por via postal (AR recebido em 17/05/2006, à fl. 15), a reclamante apresentou, em 12/06/2006, a tempestiva manifestação de inconformidade de fl. 02, na qual alega que nunca prestou serviços de instalação elétrica e nem possui estrutura para desenvolver tal atividade, conforme faz prova mediante apresentação das notas fiscais de Fl. 44DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006292/200655 Acórdão n.º 180300.898 S1TE03 Fl. 37 3 fls. 0608, e que apenas faz a venda de alguns aparelhos de ar condicionado e presta serviços de reparos nesses aparelhos. A Delegacia de Julgamento julgou improcedente a manifestação, com base nos seguintes fundamentos (fls. 26/29): a) Como na análise da SRS foi alterado o motivo que fundamentou a exclusão do Simples, passando de atividades assemelhadas à de engenheiro para serviços auxiliares e complementares da construção civil, cabe destacar que, como os atos da administração pública devem ser transparentes, é vedado alterar o motivo da exclusão no curso do processo fiscal, em obediência ao principio da motivação. b) No Contrato Social, de 02/05/1997 (fl. 14), consta da cláusula primeira que a interessada tem como objeto social o comércio varejista de material elétrico, aparelho e peças de ar condicionado; serviços de manutenção e reparação em aparelho de ar condicionado e instalações elétricas. c) Inobstante não haja prova nos autos do efetivo exercício da atividade de instalações elétricas, é certo que a atividade de serviços de reparos em sistema de ar condicionado central executados pela reclamante constitui causa impeditiva à opção pelo Simples prevista no inciso XIII do art. 9° da Lei n° 9.317, de 1996. d) O Ato Declaratório (Normativo) Cosit n° 04, de 22 de fevereiro de 2000 (publicado no DOU de 23/02/2000), consignou que a atividade de montagem e manutenção de equipamentos industriais é vedada ao Simples, por caracterizar prestações de serviço profissional de engenharia. e) Pela transcrição dos supracitados artigos das Resoluções Confea n° 218, de 1973, e 262, de 1979, depreendese que a competência para executar serviços de reparação e manutenção de sistemas de ar condicionado central cabe aos engenheiros e técnicos, no âmbito dessas modalidades profissionais específicas. f) O termo "assemelhado" constante do inciso XIII do art. 9° da Lei n° 9.317, de 1996, faz incluir na vedação à opção pelo Simples qualquer atividade de prestação de serviço que tenha similaridade ou semelhança com aquelas enumeradas. Nessa linha de raciocínio, e tendo em conta que a vedação é para "a pessoa jurídica que preste serviços profissionais de engenheiro ou assemelhado", devese assentar o fato de que basta o exercício de qualquer de suas atribuições, com ou sem supervisão, assinatura ou execução por profissional regulamentado, para que a opção pelo Simples seja vedada. Mesmo que os serviços sejam prestados por outro tipo de profissional ou pessoa não qualificada, a pessoa jurídica não poderá permanecer no regime simplificado, porquanto se trata do exercício de atividades assemelhadas à profissão de engenheiro. g) Os serviços de reparo em sistema de ar condicionado central se enquadram na vedação do inciso XIII do art. 9° da Lei n° 9.317, de 1996. Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, em que, tece as seguintes considerações (fls. 33) : a) A empresa teve indeferido o pedido de Opção pelo Simples Nacional, pelo fato da atividade ser vedada, o que é injusto, pelo fato da empresa prestar serviços de pequenos Fl. 45DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006292/200655 Acórdão n.º 180300.898 S1TE03 Fl. 38 4 consertos, atividade essa simples sem a necessidade de técnicos com maiores conhecimentos muito menos engenheiro, tanto é que hoje é uma empresa optante pelo Simples Nacional, desde a sua criação desse tributo, seu faturamento é baixo, pagando devidamente os impostos desde de sua inscrição em 08/07/1997, com CNAE 4321 5/00. É o relatório. Voto Conselheira Selene Ferreira de Moraes A contribuinte foi cientificada por via postal, tendo recebido a intimação em 01/06/2009 (AR de fls. 32). O recurso foi protocolado em 29/06/2009, logo, é tempestivo e deve ser conhecido. A recorrente foi excluída do Simples a partir de 1° de janeiro de 2002, em virtude do entendimento de que as empresas que prestam serviços de manutenção instalação, e manutenção elétrica em edificações, inclusive elevadores, escadas, esteiras rolantes e antenas, não podem optar por aquele regime, nos termos do art. 9°, inciso XIII, da Lei n° 9.317/1996. O objeto social da empresa está assim descrito no contrato social datado de 02/05/1997 (fls. 14): “OBJETO SOCIAL: Comércio Varejista de Material Elétrico; Aparelho e peças de Ar Candicionado; Serviços de Manutenção e Reparação em Aparelho de Ar Condicionado e Instalações Elétricas.” A questão relativa aos serviços de manutenção e reparação de ar condicionado já encontrase sumulada neste Conselho, devendo ser aplicada ao caso a Súmula CARF n° 57, que assim dispõe: “A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no Simples Federal”. No tocante à execução de instalações elétricas, também não restou demonstrado nos autos que a atividade desenvolvida pela empresa requer a contratação de um engenheiro, ou deva ser realizada por profissional legalmente habilitado. Trazemos à colação decisões do antigo 3° Conselho de Contribuintes sobre o tema: “SIMPLES EXCLUSÃO INDEVIDA.CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E MANUTENÇÕES DE Fl. 46DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006292/200655 Acórdão n.º 180300.898 S1TE03 Fl. 39 5 APARELHOS ELETRÔNICOS. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.PROVA. Restado provado nos autos que os serviços prestados pelo Contribuinte são tipicamente de eletricista, sem qualquer necessidade de conhecimentos técnicos específicos da profissão de engenheiro elétrico, há que ser afastada a exclusão do SIMPLES. (Acórdão n° 30133488, sessão em 06/12/2006) SIMPLES. EXCLUSÃO INDEVIDA. CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.CONDICIONADORES DE AR, TELEFONES E INTERFONES. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.POSSIBILIDADE DE PERMANECER NO REGIME DO SIMPLES Não demonstrado nos autos que há nas dependências da empresa atividade que requer habilitação profissional legalmente exigida, inaplicável se toma à vedação legal ao regime Simplificado. Ante todo o exposto, dou provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Fl. 47DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES
score : 1.0
Numero do processo: 13799.720195/2015-13
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon May 08 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2012
RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA MONOCULAR. ALCANCE.
A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial
Numero da decisão: 2202-003.786
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso
(Assinado digitalmente)
MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA - Presidente.
(Assinado digitalmente)
JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO - Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada.
Nome do relator: JUNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Ano-calendário: 2012 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA MONOCULAR. ALCANCE. A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso (Assinado digitalmente) MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA - Presidente. (Assinado digitalmente) JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO - Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada.
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ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA MONOCULAR. ALCANCE. A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso (Assinado digitalmente) MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA Presidente. (Assinado digitalmente) JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 79 9. 72 01 95 /2 01 5- 13 Fl. 87DF CARF MF 2 Relatório Por bem descrever os fatos adoto o relatório da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Salvador (BA): O interessado impugna decisão que indeferiu o seu direito à restituição que pleiteava alegando ser portador de moléstia grave. Visava obter uma diferença de imposto a restituir de R$ 6.100,75. O pedido foi indeferido porque se tratava de rendimentos da reserva remunerada, não abrangidos pela isenção dos portadores de moléstia grave. O impugnante argumenta, em síntese, que é portador de cegueira parcial (cegueira de um olho, laudo fls. 08), moléstia que se inclui dentre aquelas enumeradas na lei de isenção. A lei usa o termo genérico cegueira. A CID classifica diversas espécies de cegueira, inclusive cegueira de um olho. A isenção dos proventos de reserva remunerada dos portadores de moléstia grave já foi reconhecida na Súmula 43 do CARF. O conceito de aposentadoria inclui os rendimentos de inatividade tanto do inativo civil (aposentadoria civil) quanto do inativo militar (reforma e reserva remunerada). A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Salvador (BA), negou provimento à manifestação de inconformidade em decisão cuja ementa é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2009 ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. RESERVA REMUNERADA. A isenção por moléstia grave não se aplica aos proventos da reserva remunerada. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. PERDA PARCIAL DA VISÃO. Em obediência ao princípio da interpretação literal das normas isentivas, o conceito de cegueira não pode ser estendido para incluir a mera redução da acuidade visual ou a visão monocular. Cientificado ( fls. 45) o contribuinte apresentou o Recurso Voluntário de fls. 59/67, no qual reitera as razões suscitadas quando da Impugnação. O Recorrente requereu a juntada do Ato Declaratório Executivo PGFN nº 3 , de 30 de março de 2016 (fls. 75), bem como do Acórdão nº 92.02004.531 da Câmara Superior de Recursos Fiscais, no qual foi negado provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional em discussão idêntica à dos autos (fls 79/83). Fl. 88DF CARF MF Processo nº 13799.720195/201513 Acórdão n.º 2202003.786 S2C2T2 Fl. 88 3 É o relatório. Voto Conselheira Relatora JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO O recurso está dotado dos pressupostos legais de admissibilidade devendo, portanto, ser conhecido. A controvérsia desse recurso se resume à duas questões referente à abrangência da isenção prevista no artigo 6º, inciso XIV da Lei nº 7.713/88: a) se o valores recebidos pelos militares da reserva podem ser considerados isentos, uma vez que, embora sejam proventos recebidos em razão da inatividade a norma só menciona os proventos decorrente de "reforma". c) se a expressão "cegueira" prevista no mencionado dispositivo legal refere se apenas a cegueira "biocular" ou se abrange também a cegueira monocular. Em relação a letra "a" o CARF possui entendimento consolidado no sentido de que, embora o artigo 6º, inciso XIV, da Lei 7.713/88 utilize apenas as expressões "aposentadoria" e "reforma" a isenção nele prevista aplicase, igualmente, à reserva, conforme se verifica pelo o teor da Súmula 63: Súmula CARF nº 63: Para gozo da isenção do imposto de renda da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, os rendimentos devem ser provenientes de aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (grifamos) Por outro lado, o artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88 arrola, dentre as moléstias graves passíveis de gerar o direito a isenção, a cegueira. Confirase: Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas: (...) XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina Fl. 89DF CARF MF 4 especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma (grifamos) Entendeu a decisão recorrida que, nos termos do disposto no artigo 111 do Código Tributário Nacional, não seria possível ampliar o conceito legal para abranger a cegueira de um só olho.Tal raciocínio, todavia, não procede. Isso porque, o referido artigo determina que "a interpretação das normas que disponham sobre isenção deve ser literal". A norma isencional acima transcrita menciona, dentre as moléstias graves, "cegueira" que é gênero do qual são espécies a cegueira de ambos olhos e a cegueira de um olho. Como bem ressalta o Recorrente, a prova de que "cegueira" é gênero do qual as demais são espécies é fornecida pelo próprio Código Internacional de Doenças CID 10 que assim dispõe: Código Doença H54 Cegueira e visão subnormal H54.0 Cegueira, ambos os olhos H54.1 Cegueira em um olho e visão subnormal em outro H54.2 Visão subnormal de ambos os olhos H54.3 Perda não qualificada da visão em ambos os olhos H54.4 Cegueira em um olho H54.5 Visão subnormal em um olho H54.6 Perda não qualificada da visão em um olho H54.7 Perda não especificada da visão (grifamos) Sendo assim, a interpretação realizada pela DRJ não foi literal, mas restritiva o que conflita com o princípio da legalidade. Com efeito, quisesse o legislador utilizar a espécie (cegueira de ambos os olhos) teria adjetivado a expressão. Como bem observa Hugo de Brito Machado: "Há quem afirme que a interpretação literal deve ser entendida como interpretação restritiva. Isto é um equívoco. Quem interpreta literalmente por certo não amplia o alcance do texto, mas com certeza também não o restringe. Fica no exato alcance que a expressão literal permite. Nem mais, nem menos. Tanto é incorreta a interpretação do seu alcance, como sua restrição" (MACHADO, Hugo de Brito, Curso de Direito Tributário, 22 ed. Malheiros, São Paulo, 2003, p.105) (grifamos) Essa é a interpretação que vem sendo dada pelas turmas do CARF, conforme se verifica pelo teor das ementas abaixo transcritas: “Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Exercício: 2004 Ementa: RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL. ALCANCE. Fl. 90DF CARF MF Processo nº 13799.720195/201513 Acórdão n.º 2202003.786 S2C2T2 Fl. 89 5 A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial." Recurso Voluntário Provido. (Processo nº 10166.013759/200706, j. 14/03/2012, relator conselheiro Sidney Ferro Barros) (grifamos) "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2010 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL. ALCANCE. O legislador tributário, ao estabelecer a isenção do IRPF cobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira, não faz qualquer limitação no sentido de que somente o portador de cegueira total faça jus ao benefício. Assim, o contribuinte acometido por cegueira parcial também se enquadra no dispositivo isentivo. Recurso Voluntário Provido" (Processo nº 10166.731097/201217, acórdão 2101002.460– 1ª Câmara / 1ª Turma Ordinária, rel. Cons. MARIA CLECI COTI MARTINS, j. 13.05.2014) (grifamos) "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2009 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL.ALCANCE. O legislador tributário, ao estabelecer a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira, não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício. Assim, o contribuinte acometido por cegueira parcial também se enquadra no dispositivo isentivo. Recurso provido." (Processo nº 10845.725352/201235, Acórdão 2202002.877– 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária, j. 06.11.2014, Rel. Cons. Marco Aurélio de Oliveira Barbosa) (grifamos) Fl. 91DF CARF MF 6 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2007 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL. ALCANCE. O legislador tributário, ao estabelecer a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira, não faz qualquer limitação no sentido de que somente o portador de cegueira total faça jus ao benefício. Assim, o contribuinte acometido por cegueira parcial também se enquadra no dispositivo isentivo. Recurso Voluntário Provido (Processo n. 13830.720890/201118, Acórdão n. 2801003.907– 1ª Turma Especial, j. 04.12.2014,Rel. Cons. Carlos César Quadros Pierre) (grifamos) Nesse mesmo sentido já se manifestou a Câmara Superior de Recursos Fiscais no Acórdão nº 9202004.631, julgado na sessão de 26 de outubro de 2016, cuja ementa é a seguinte: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Anocalendário: 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL. ALCANCE. A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial. Recurso especial conhecido e negado.(grifamos) Por fim, é importante destacar que a própria Procuradoria da Fazenda Nacional acatou esse entendimento por meio do Ato Declaratório Executivo PGFN nº 3 , de 30 de março de 2016, que assim dispõe: O PROCURADORGERAL DA FAZENDA NACIONAL, no uso da competência legal que lhe foi conferida, nos termos do inciso II do art. 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, e do art. 5º do Decreto nº 2.346, de 10 de outubro de 1997, tendo em vista a aprovação do Parecer PGFN/CRJ/Nº 29/2016, desta ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional, pelo Senhor Ministro de Estado da Fazenda, conforme despacho publicado no DOU de 29 de março de 2016, DECLARA que fica autorizada a dispensa de apresentação de contestação, de interposição de recursos e a desistência dos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante: “nas ações judiciais fundadas no entendimento de que a isenção do Imposto de Renda prevista no art. 6º, incisos XIV e XXI, da Lei 7.713, de 1988, abrange os valores recebidos a título de aposentadoria, reforma ou pensão, quando o beneficiário for portador do gênero patológico “cegueira”, seja ela binocular ou Fl. 92DF CARF MF Processo nº 13799.720195/201513 Acórdão n.º 2202003.786 S2C2T2 Fl. 90 7 monocular, desde que devidamente caracterizada por definição médica” Em face de todo exposto, dou provimento ao Recurso Voluntário. (Assinado digitalmente) Júnia Roberta Gouveia Sampaio. Fl. 93DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 18050.005981/2008-17
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Jan 25 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Mar 13 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/04/1996 a 31/01/1999
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. DECADÊNCIA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. AUSÊNCIA RECOLHIMENTOS ANTECIPADOS.
Constatada a ausência de recolhimento antecipado do tributo, o critério para aplicação da regra decadencial será o previsto no art. 173, I do CTN, mesmo nos casos de lançamento por homologação.
Numero da decisão: 9202-005.170
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em dar-lhe provimento para afastar a decadência, com retorno dos autos ao colegiado de origem para análise das demais questões postas no recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em Exercício
(assinado digitalmente)
Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Relatora
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. DECADÊNCIA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. AUSÊNCIA RECOLHIMENTOS ANTECIPADOS. Constatada a ausência de recolhimento antecipado do tributo, o critério para aplicação da regra decadencial será o previsto no art. 173, I do CTN, mesmo nos casos de lançamento por homologação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 18 05 0. 00 59 81 /2 00 8- 17 Fl. 487DF CARF MF 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em darlhe provimento para afastar a decadência, com retorno dos autos ao colegiado de origem para análise das demais questões postas no recurso voluntário. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em Exercício (assinado digitalmente) Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira – Relatora Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Fl. 488DF CARF MF Processo nº 18050.005981/200817 Acórdão n.º 9202005.170 CSRFT2 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Notificação Fiscal de Lançamento de Débito NFLD, nº 5.790.6853,, lavrado contra o contribuinte identificado em decorrência da aferição da remuneração da mãodeobra contida em notas fiscais/faturas de serviços prestados mediante cessão de mãodeobra pela empresa JOINT ASSESSORIA TÉCNICA LTDA à contratante BRASKEM S/A, visto não ter comprovado esta a elisão da responsabilidade solidária prevista no artigo 31 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991; e, tem por finalidade apurar e constituir as contribuições previdenciárias, correspondente às contribuições dos segurados, da empresa, do financiamento concedido em razão do grau de incidência laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (antigo SAT). O crédito, relativo às competências 04/1996 a 01/1999. De acordo com o Relatório da NFLD, fls. 74/86, as remunerações de mãode obra contidas nas notas fiscais vistas foram aferidas mediante a aplicação do percentual de 40% sobre o valor bruto da nota fiscal, conforme estabelecido nos procedimentos da Instrução Normativa n° 100 de 18/12/2003. O processo foi baixado em diligência para que sejam prestadas informações acerca da notificação da contratada, fls. 295. Foi prestada informação fiscal, com as seguintes observações: 1 Em atenção à solicitação do Serviço do Contencioso Administrativo (exSRI') noque tange a necessidade de confecção de Relatório Complementar. objetivando evidenciar de forma clara c precisa os elementos caracierizadores da cessão de mão deobra, existentes nos contratos firmados entre a prestadora de serviço supracitada e a tomadora COPENE — PE"I'ROQUIMICA DO NORDESTE S/A, atual BRASKEM S/A, informamos que o fato gerador da contribuição previdenciária, correspondente ao processo supracitado, foi aferido através das notas fiscais referentes aos serviços prestados pela JOINT Assessoria Técnica LTDA ME, emitidas no período de abr11/1996 a ianeiro/1999. 2 Considerando que a Súmula Vinculante n° 08 do Supremo Tribunal Federal, aprovada na Sessão Plenária de 12/06/2008 e publicada no DOU em 20/06/2008, tornou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei n° 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência do crédito tributário. 3 — Considerando que o Parecer PGFN/CAT n° 161712008, que trata da forma da contagem dos prazos de decadência e prescrição do crédito tributário, enuncia no item 49, subitem "e", que para fins de cômputo do prazo de decadência, tendo havido pagamento antecipado, aplicase a regra do § 4° do art. 150 do C'I'N. 4 — Considerando que o § 4° do art. 150 do CTN estabelece que o prazo para o lançamento de ofício de eventual diferença a Fl. 489DF CARF MF 4 maior, ainda devida, é de cinco anos contados da ocorrência do fato gerador. 5 — Considerando que o crédito lançado na NFLD 35.790.6853 foi efetivado cm 20.12 2004, data da cientifìcação do sujeito passivo, e que as competências lançadas são relativas ao período de abril/1996 a janeiro/1999 , e que relativamente à competência Janeiro/99 houve pagamento antecipado, efetuado pela prestadora em epígrafe, conforme cópia, em anexo, da consulta feita ao sistema informatizado da Receita Federal do Brasil, constatase que as competências supracitadas encontramse abrangidas pela decadência qüinqüenal prevista no Código tributário Nacional (CTN). A autuada apresentou impugnação, fls. 162, tendo a Delegacia da Receita Federal de Julgamento, julgado o lançamento procedente em parte, declarando a decadência parcial do crédito, fls. 305. Apresentado Recurso Voluntário pela autuada, os autos foram encaminhados ao CARF para julgamento do mesmo. No Acórdão de Recurso Voluntário, fls. 439 e seguintes (efls. 5017), o Colegiado, por unanimidade de votos, deu provimento ao recurso, face a aplicação da decadência. Portanto, em sessão plenária de 12/32012, deuse provimento ao recurso, prolatandose o Acórdão nº 2403001.101, assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/04/1996 a 31/01/1999 PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. Ocorre a decadência com a extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia foi, de origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado, e este se esgotou sem que esse exercício tivesse se verificado. Assim, cumpre observar hipótese decadencial face a edição da Súmula Vinculante n° 8 exarada pelo Supremo Tribunal Federal STF e da Lei Complementar n° 128 de dezembro de 2008, artigo 13, I , “a ”. Recurso Voluntário Provido. O processo foi encaminhado, para ciência da Fazenda Nacional, em 25/4/2012, para cientificação em até 30 dias, nos termos da Portaria MF nº 527/2010. A Fazenda Nacional interpôs, tempestivamente, em 22/5/2012, Recurso Especial. Em seu recurso visa a reforma do acórdão recorrido a fim de afastar integralmente a decadência. Ao Recurso Especial foi dado seguimento, conforme o Despacho 2400 053/2013, efls.464, de 15/1/2013. A recorrente traz como alegações, que: · É consenso na doutrina e jurisprudência pátrias que, em sede de tributo sujeito a lançamento por homologação, a aplicação do artigo 150, §4º somente é possível quando o contribuinte, reconhecendo a ocorrência do fato gerador de determinado tributo, efetua o pagamento, ainda que parcial, possibilitando ao Fisco a conferência posterior dos valores recolhidos, contrapondo‑ os com os Fl. 490DF CARF MF Processo nº 18050.005981/200817 Acórdão n.º 9202005.170 CSRFT2 Fl. 4 5 efetivamente devidos, efetuando o lançamento de ofício de eventuais diferenças. · Conclui‑ se, pois, que o pressuposto primordial para a aplicação da regra de decadência constante do artigo 150, §4º, do CTN, é o pagamento antecipado parcial do tributo exigido. · Noutro passo, diante da inexistência de qualquer pagamento, o prazo decadencial para a cobrança dos tributos sujeitos a lançamento por homologação é aquele constante do artigo 173, I, do CTN. Esta concepção, aliás, encontra‑ se cristalizada no Enunciado n.º 219 da Súmula do extinto Tribunal Federal de Recursos, verbis: “Não havendo antecipação de pagamento, o direito de constituir o crédito previdenciário extingue‑ se decorridos cinco anos do primeiro dia do exercício seguinte aquele em que ocorreu o fato gerador.” · Ressalte‑ se que não há que se falar em recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pelo contribuinte como um todo, de modo que qualquer recolhimento efetuado, ainda que não se refira ao objeto do lançamento, possa influir na contagem do prazo decadencial deste de forma a ensejar a aplicação do art. 150, § 4.º, do CTN. Este raciocínio não pode prevalecer, sob pena de fulminar as normas legais de regência e abrir ensanchas para injustiças e inauditas lesões ao Erário. Também cientificado do Acórdão nº 2403001.101, do Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional e do Despacho de Admissibilidade do Recurso Especial, em 25/7/2013, o apresentou, tempestivamente em 08/8/2013, contrarrazões em que alega o não conhecimento do recurso, por veicular teses já superada pela CSRF, bem como adota paradigmas desprovidos de similitude fática. Assim manifestase: Fl. 491DF CARF MF 6 É o relatório. Fl. 492DF CARF MF Processo nº 18050.005981/200817 Acórdão n.º 9202005.170 CSRFT2 Fl. 5 7 Voto Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE O Recurso Especial de divergência apresentando pelo sujeito passivo é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, conforme Despacho de Exame de Admissibilidade de Recurso Especial, fls. 464. Assim, não havendo qualquer questionamento acerca do conhecimento e concordando com os termos do despacho proferido, passo a apreciar o mérito da questão. Citese, de pronto, trecho da decisão de primeira instância que já atribuiu provimento parcial a questão, para que possamos, analisando os termos do acórdão recorrido delimitar o que se pretende reapreciar com o recurso em questão: Neste lançamento, conforme acima mencionado, tendo em vista que os fatos geradores da Obrigação Tributária ocorreram nas competências abril de 1996 a janeiro de 1999 e o lançamento se completou em 31 de dezembro de 2004 (fls.01), com a ciência do sujeito passivo. Inegável que já estavam alcançados pela decadência até a competência novembro de 1998; mantendose o valor lançado na competência dezembro de 1998 e janeiro de 1999, na rubrica segurado, visto não haver recolhimento para esta, conforme consulta ao sistema informatizado deste órgão, cujas cópias foram acostadas aos autos (fls. 303/304). A empresa prestadora dos serviços (JOINT ASSESSORIA TÉCNICA LTDA) por não ter sido notificada desta NFLD será excluída do lançamento, prosseguindo apenas a empresa contratante dos serviços (BRASKEM S.A.). Consultando o sistema informatizado da Receita Federal do Brasil, constatase que a empresa prestadora dos serviços (JOINT ASSESSORIA TÉCNICA LTDA), no período de 01/01/1997 a 01/11/2000, era optante pelo SIMPLES, conforme consta nos autos (fls. 305). Conforme acima explicitado a empresa optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte • (SIMPLES) contribui para a Seguridade Social conforme dispõe no parágrafo, alínea "h", do art. 3° da Lei n° 9.317, de 5 de dezembro de 1996 (Contribuição para a Seguridade Social, relativa ao empregado). Ante o exposto, e considerando tudo o mais que nos autos consta, VOTO pela PROCEDENCIA PARCIAL do Lançamento, mantendo o montante total de R$ 6.449,43 (seis mil, quatrocentos e quarenta e nove reais e quarenta e três centavos), isto na data da consolidação do lançamento. Fl. 493DF CARF MF 8 Já no acórdão recorrido enfrenta a questão da decadência. porém chegando a conclusão diversa, conforme passamos a apreciar: [...] É relevante ressaltar que os recolhimentos das contribuições previdenciárias, antes da atual Guia da previdência Social – GPS, eram efetuados mediante as denominadas Guias de Recolhimento da Previdência Social GRPS, vigentes até a edição da Resolução Nº 657, de 17 de dezembro de 1998, que institui a atual GPS. Naquelas guias denominadas GRPS, segregados em campos próprios, se informavam os pagamentos que estavam sendo recolhidos bem como a que título, se vinculados aos segurados, às empresas ou para terceiros. Muito embora segregados, tais recolhimentos não representavam “dinheiro carimbado”, permitindose assim eventuais remanejamentos/retificações daquelas destinações, até porque os ingressos daqueles valores afluíam de um mesmo contribuinte para o mesmo cofre público. Atualmente, na forma do leiaute das Guias da Previdência Social – GPS, a exceção da rubrica outras entidades, não se vislumbra, de imediato, tampouco de forma mais detida, de modo claro e efetivo, quais os fatos geradores ou quais rubricas estão sendo contemplados com tal pagamento. Eis porque a necessidade de ações e procedimentos fiscais, considerados os prazos decadenciais, para corroborar ou não, de forma expressa os autolançamentos e eventuais recolhimentos produzidos pelos contribuintes. Refratário a chamar de pagamento antecipado os recolhimentos efetuados dentro dos prazos legais, rechaço ainda mais conceber que , também, os pagamentos efetuados fora dos prazos com multa e juros, porém realizados antes da ação fiscal, são distinguidos como tal. A meu juízo, tratase de concepção teratológica. A leitura atenta do artigo 150 do CTN, caput, evidencia que o que o legislador pretendeu exortando o dever de antecipar o pagamento, antes da ação fiscal ação essa, ressaltese, cujo prazo para ocorrer, sem a perda do direito potestativo, se insere no comando qüinqüenal do artigo em tela foi conceituar a modalidade de lançamento, neste caso lançamento por homologação, e não condicionar direitos para o reconhecimento de eventual reconhecimento decadência : “Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. Por tudo isso, entendo que qualquer possível “recolhimento antecipado”na forma difusa como é procedido atualmente, bem Fl. 494DF CARF MF Processo nº 18050.005981/200817 Acórdão n.º 9202005.170 CSRFT2 Fl. 6 9 como no modo como o fora no passado, tem o condão de alcançar qualquer rubrica de modo integral ou parcial. É de se reparar que para os tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, isto é para aqueles sob lançamento por homologação, o legislador foi explícito preceituando que a decadência se observa na forma do artigo 150 § 4º : “ Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação” Assim, conforme registro de fls.10 , considerando o período da ocorrência da infração definido pelas competências 04/1996 a 01/1999, e ainda que a empresa fora notificada em 31/12/2004( fls.01), na forma do artigo 150, § 4° do CTN, diante dos argumentos supra, e em obediência ao previsto no artigo 62A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, sou de parecer que o crédito lançado conforme a Notificação Fiscal de Lançamento de Débito NFLD em comento encontrase, todo ele, fulminado pelo instituto da decadência. Tal decisão requer reformar o Acórdão a quo para ver alcançadas todas as competências lançadas. Por economia processual, deixo de enfrentar demais alegações. Ou seja, entendeu o relator do acórdão recorrido que qualquer recolhimento seria apto a atrair a tese do art. 150, §4º, agregado ao fato que nas atuais GPS, não existe segregação dos campos. Contudo, não me filio a essa tese quando, não existem nos autos, provas por parte do sujeito passivo de que a informação de inexistência de recolhimento antecipado da parcela dos segurados, trazida na decisão de primeira instância, não corresponde a realidade. No caso, a aplicação do art. 150, § 4º, é possível quando realizado pagamento de contribuições, que em data posterior acabam por ser homologados expressa ou tacitamente. Todavia, não podemos perder de vista que em relação ao critério da decadência, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, devemos aplicar o REsp 761.908 SC em observância ao art. 62 do RICARF Regimento Interno do Carf. Dessa forma, entendo pertinente as colocações da ilustre procuradora, que destacou, em trecho do próprio relatório fiscal, que inexistiam recolhimentos para o período objeto do lançamento. Dessa forma, inexistindo recolhimento antecipado, a decadência deve ser operada a luz do art. 173, I do CTN, razão pela qual procedentes suas alegações. Conforme descrito acima, o julgador da DRJ foi específico em acatar a decadência parcial, exceto para as contribuição dos segurados nas competências 12/1998 e 01/1999, dessa forma, entendo não existir respaldo para a tese aplicada pelo relator do acórdão recorrido, razão pela qual dou provimento ao recurso da Fazenda Nacional Fl. 495DF CARF MF 10 Notese, que o instituto da responsabilidade solidária na cessão de mão de obra, admite ao fisco, a escolha de qual responsável para adimplir o divida, mas essa escolha, no meu entender, não dá direito a escolher momentos distintos para o lançamento. No presente caso, a decisão da DRJ já havia afastado a prestadora do lançamento, posto que, quando da formalização da NFLD a mesma não foi cientificada da autuação. Assim, o ponto relevante é: como deve ser aplicada a decadência em relação ao casos de responsabilidade solidária por cessão de mão de obra? Embora tenha me manifestado em outras oportunidade no colegiado a quo acerca da questão em sentido diverso, entendo que a responsabilidade solidária trata de um débito único, recolhimento de contribuições previdenciárias sobre os serviços prestados pela prestadora JOINT ASSESSORIA TÉCNICA LTDA para a tomadora BRASKEN. Nesse sentido, entendo que a argumentação da PGFN merece guarida, já que, em sede de contrarrazões, insiste a recorrida em argumentar a aplicabilidade do art. 150, §4º, sendo irrelevante a existência do pagamento antecipado, mas em momento algum consegue rebater a tese de inexistência dos referidos recolhimentos para a contribuição do segurado mantida na decisão da DRJ. Assim, entendo deva ser dado provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional, contudo com retorno dos autos a Câmara baixa para apreciação de outras questões postas no recurso voluntário, fls. 328 e seguintes, que foram relegadas pela decretação da decadência de todo o crédito. CONCLUSÃO Face o exposto, voto por CONHECER do Recurso Especial da Fazenda Nacional, para, no mérito DARLHE PROVIMENTO para afastar a decadência, com retorno dos autos ao colegiado de origem para análise das demais questões postas no recurso voluntário. É como voto. (assinado digitalmente) Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira. Fl. 496DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13708.001243/98-81
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Apr 24 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 1996
FALTA DE CIÊNCIA DO ACÓRDÃO.FALTA DE INTIMAÇÃO POR EDITAL.INAPLICABILIDADE DA SÚMULACARFNº9.
Não sendo localizado o contribuinte pelos Correios e não comprovado que a repartição local deste órgão intentou todos os meios para dar ciência do Acórdão, é de ser considerada que só houve a ciência do contribuinte quando este pessoalmente se dirigiu a delegacia de regência para cientificar-se da decisão.
ANULAÇÃO DA DECISÃO DE 1A INSTANCIA. IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º. CUSTAS JUDICIAIS X HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. INCOMPETÊNCIA.
Incompetência dos órgãos administrativos de julgamento para julgar o reconhecimento de direito creditório de receitas arrecadadas mediante Darf, que, no entanto, não se configuram como tributo e, portanto, não são da administração da Receita Federal do Brasil.
Numero da decisão: 2402-005.757
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em anular a decisão de primeira instância para que os autos retornem ao órgão de origem de modo que se aplique o procedimento previsto IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º
(assinado digitalmente)
Kleber Ferreira de Araújo - Presidente
(assinado digitalmente)
Bianca Felícia Rothschild - Relatora
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
Nome do relator: BIANCA FELICIA ROTHSCHILD
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Não sendo localizado o contribuinte pelos Correios e não comprovado que a repartição local deste órgão intentou todos os meios para dar ciência do Acórdão, é de ser considerada que só houve a ciência do contribuinte quando este pessoalmente se dirigiu a delegacia de regência para cientificarse da decisão. ANULAÇÃO DA DECISÃO DE 1A INSTANCIA. IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º. CUSTAS JUDICIAIS X HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. INCOMPETÊNCIA. Incompetência dos órgãos administrativos de julgamento para julgar o reconhecimento de direito creditório de receitas arrecadadas mediante Darf, que, no entanto, não se configuram como tributo e, portanto, não são da administração da Receita Federal do Brasil. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 70 8. 00 12 43 /9 8- 81 Fl. 157DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em anular a decisão de primeira instância para que os autos retornem ao órgão de origem de modo que se aplique o procedimento previsto IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º (assinado digitalmente) Kleber Ferreira de Araújo Presidente (assinado digitalmente) Bianca Felícia Rothschild Relatora Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Kleber Ferreira de Araújo, Ronnie Soares Anderson, Jamed Abdul Nasser Feitoza, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Theodoro Vicente Agostinho, Mário Pereira de Pinho Filho, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild. Fl. 158DF CARF MF Processo nº 13708.001243/9881 Acórdão n.º 2402005.757 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Conforme relatório da decisão recorrida, trata o presente processo de pedido de restituição de 156,926 UFIR, referente ao processo de Ação Ordinária n° 9100493546, que o requerente alega ter recolhido em duplicidade, conquanto a referida taxa foi paga pelo mesmo em 10/12/1996, no valor de R$ 130,04 , e pela Pagadoria de Inativos e Pensionistas da Aeronáutica, em 26/09/1997, na importância de R$ 142,92. Para efeito de comprovação, o requerente anexou à petição o DARF original, mais cópias dos documentos de fls. 03 a 08. Todavia, o pedido foi indeferido pela Delegacia da Receita Federal no Rio de Janeiro, através da Decisão n° 632/99, sublinhando que o interessado não logrou comprovar a efetividade do pagamento a maior ou indevido. Inconformado, o contribuinte apresentou o requerimento, contra a Decisão n° 632/99, agora pedindo a restituição de 146,9876 UFIR (admite erro no DARF), instruída com cópias dos mesmos documentos da petição inicial, ratificando que esta quantia teria sido paga em duplicidade, por ele e pela fonte pagadora, pois, como denota a ordem judicial expedida pelo Mandado de Citação, acompanhada da Planilha do Centro de Cálculos da União, oriundos da 21a Vara Federal no Rio de Janeiro, cuja sentença condenou cada titular da ação a recolher o valor de 156,926 UFIR (fls. 06/07), e só há uma condenação judicial no processo n° 9100493546. A decisão da autoridade de primeira instancia julgou improcedente a impugnação da Recorrente, em 07 de Março de 2003, alegando que apesar dos dois recolhimentos dizerem respeito ao processo judicial n° 9100493546, se referem à quitação de taxas judiciais diferentes. Portanto, não há prova nos autos de que tais pagamentos estejam vinculados ao mesmo fato, e de que um deles fosse indevido. Após duas tentativas frustradas de ciência do Recorrente por via postal, a Delegacia de regência determinou arquivamento do processo (fl. 92). Foi solicitado pelo Recorrente desarquivamento do processo (fl. 94) em 30 de Abril de 2009, quando então, tomouse ciência do decisão de 1a instancia (fl. 98). Cientificado da decisão de primeira instancia em 25 de Maio de 2009, o contribuinte apresentou, em 22 de Junho de 2009, o recurso voluntário aduzindo, em síntese que: · O Recorrente foi instado a pagar o mesmo tributo por duas vezes. · Quando da assinatura do contrato de honorários advocatícios à época, pagou pelas custas judiciais. · Quando citado da sentença judicial, o recorrente se prontificou a pagar o que ali determinava a Juíza, imediatamente, conforme DARF anexado ao processo n° 13708.001243/9881. Fl. 159DF CARF MF 4 · Passados mais de 8 (oito) meses do pagamento do referido DARF, foi descontado do recorrente, em seu contracheque, valores referentes a honorários advocaticios, ou seja, foi cobrado novamente pela mesma coisa. · Com efeito, o que temos é uma inobservância de regras claras e uma duplicidade de recolhimento. · 0 recorrente solicitou o desarquivamento do processo judicial n° 91.00493546 da 21a Vara Federal, para que sejam esclarecidos os fatos. Porém o processo ainda não foi desarquivado, dificultando assim a comprovação dos fatos narrados. Desta maneira, solicita o recorrente, a dilação do prazo para sua defesa, uma vez que os documentos elucidativos para a questão em foco sejam apresentados. É o relatório. Fl. 160DF CARF MF Processo nº 13708.001243/9881 Acórdão n.º 2402005.757 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheira Bianca Felicia Rothschild Relatora ADMISSIBILIDADE Primeiramente, há que se examinar se o recurso voluntário apresentado obedece ao requisito da tempestividade, o que exige a análise das considerações apresentadas pela recorrente, em preliminar, acerca da validade da intimação da correspondência que veiculou o acórdão a quo. Vejamos: Alegaram os funcionários da delegacia do Méier que o recorrente não foi localizado, pois se mudou e não informou seu novo endereço Receita Federal, o que é uma leviandade. Desde o ano de 1999 o recorrente apresenta declarações de Imposto de renda com seu novo endereço, conforme comprova com documentos em anexo. Tendo em vista o acima, verificase pelos documentos acostados aos autos que, deveras, não houve ciência do contribuinte através de Aviso de Recebimento — AR, pois como havia se mudado não houve assinatura do mesmo (fls. 88/89). Após a segunda tentativa postal, a Delegacia de regência determinou o arquivamento do processo (fl. 92). Vale relembrar que a legislação tributária considera endereço do contribuinte para fins de intimação, aquele por ele fornecido, para fins cadastrais, à administração tributária. Vejamos o que diz o Decreto nº 70.235/72 a este respeito: Art. 23. Farseá a intimação: (...) § 4o Para fins de intimação, considerase domicílio tributário do sujeito passivo: I o endereço postal por ele fornecido, para fins cadastrais, à administração tributária; e II o endereço eletrônico a ele atribuído pela administração tributária, desde que autorizado pelo sujeito passivo. Neste sentido, aduz o Recorrente que mudouse em 1999 e que informou devidamente a Receita Federal através de sua Declaração de Ajuste Anual tal mudança (fls. 124, 126 e 128). Fl. 161DF CARF MF 6 De acordo com artigo acima mencionado, a intimação pode ser realizada por diversas formas, mas que uma vez que esgotadas todas as formas, poderá ser realizada vis edital. Vejamos o que diz o Decreto nº 70.235/72 a este respeito: Art. 23. Farseá a intimação: I pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar; II por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; III por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo. § 1o Quando resultar improfícuo um dos meios previstos no caput deste artigo ou quando o sujeito passivo tiver sua inscrição declarada inapta perante o cadastro fiscal, a intimação poderá ser feita por edital publicado: I no endereço da administração tributária na internet; II em dependência, franqueada ao público, do órgão encarregado da intimação; ou III uma única vez, em órgão da imprensa oficial local. Não houve no caso em tela, ou ao menos não foi acostada aos autos, publicação de edital através do qual se buscasse dar ciência ao interessado. Desta forma, considero que a ciência só foi realizada na data de 25 de Maio de 2009, quando o Recorrente, através de seu procurador, buscou atualização do status do processo junto à Delegacia da Receita Federal. Ocasião em que os autos foram desarquivados e pôdese, então, haver ciência devida do teor da decisão pelo Recorrente. O artigo 33 do Decreto nº 70.235/72 dispõe que o prazo para apresentação de Recurso Voluntário é de 30 dias a contar da ciência do contribuinte. As normas para contagem dos prazos fixados na legislação tributária estão inscritas no artigo 210, do Código Tributário Nacional, e seu parágrafo único que em seu parágrafo único. Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei fixados ou na legislação tributária serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia de início e incluindose o do vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. Fl. 162DF CARF MF Processo nº 13708.001243/9881 Acórdão n.º 2402005.757 S2C4T2 Fl. 5 7 Desta forma, entendo que o Recurso Voluntário é tempestivo, tendo em vista que foi apresentado no dia 22 de Junho de 2009, conforme consta do carimbo de protocolo na capa do mesmo (fl. 108). O recurso é TEMPESTIVO, eis que intimado da decisão no dia 25 de Maio de 2009, interpôs recurso voluntário no dia 22 de Junho de 2009, atendendo também às demais condições de admissibilidade. Portanto, merece ser CONHECIDO. MÉRITO Em relação ao pagamento em duplicidade, cerne da questão, verificase no DARF de fls. 04 que o recolhimento de R$ 130,04, sob o código n° 1505, que identifica receita de custas judiciais, realizado em 10/12/1996, equivale a 146,99 UFIR, como resultado da divisão daquela cifra pelo valor da UFIR em dezembro de 1996 (0,8847) (fls. 14). O referido pagamento estaria alegadamente vinculado ao processo de ação ordinária n° 9100493546. Por seu turno, a cópia do documento de fls. 05 revela que a fonte pagadora recolheu a importância de R$ 857,52, em 26/09/1997, sob o código n° 5180, a titulo de honorários advocatícios. Tal quantia seria aquela rateada entre os protagonistas do processo n° 9100493546, tendo sido descontado pela fonte pagadora o valor de R$ 142,92 de cada um. Este valor corresponde a 156,916 UFIR (vide demonstrativo de fls. 16). Deveras, aparentemente, os dois recolhimentos dizem respeito ao processo judicial n° 9100493546, desta forma, poderia ter ocorrido pagamento em duplicidade, uma delas espontaneamente realizada pelo Recorrente e a outra realizada pela fonte pagadora. No entanto, há que se levar em conta, como levantado pela decisão recorrida, que podem tratarse de taxas judiciais diferentes, quais sejam, custas judiciais e sucumbência a honorário advocatícios da Advocacia Geral da União. Não bastasse a duvida que paira em relação a natureza jurídica dos valores pagos pelo contribuinte e seu eventual pagamento em duplicidade, a legislação de regência determina que o reconhecimento do direito creditório para a restituição de receitas arrecadadas mediante Darf, que, no entanto, não se configuram como tributo e, portanto, não são da administração da Receita Federal do Brasil, deve ser realizado pelo órgão ou responsável pela administração da respectiva receita. Instrução Normativa RFB nº 1.300 de 20 de novembro de 2012. Art. 2º Poderão ser restituídas pela RFB as quantias recolhidas a título de tributo sob sua administração, bem como outras receitas da União arrecadadas mediante Darf ou GPS, nas seguintes hipóteses: (...) § 2º A RFB promoverá a restituição de receitas arrecadadas mediante Darf e GPS que não estejam sob sua administração, desde que o direito creditório tenha sido previamente reconhecido pelo órgão ou entidade responsável pela administração da receita. Fl. 163DF CARF MF 8 Notase, desta forma, que os órgãos administrativos de julgamento no âmbito da Receita Federal não são competentes para reconhecer o eventual direito creditório do contribuinte, mas simplesmente, proceder à restituição dos valores. Tendo em vista todo o acima, voto por anular a decisão de primeira instância para que os autos retornem ao órgão de origem de modo que se aplique o procedimento previsto IN RFB n.º 1.300/2012, art. 2.º, § 2.º. (assinado digitalmente ) Bianca Felícia Rothschild. Fl. 164DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10725.903018/2009-90
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 31 00:00:00 UTC 2012
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2002 PRELIMINAR DE NULIDADE. DESPACHO DECISÓRIO. DESCABIMENTO. Tendo sido o Despacho Decisório prolatado por autoridade para tanto competente [Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)] e com fundamento em informações prestadas pela própria Recorrente (DComp x Darf x DCTF), descabe se falar em nulidade por incompetência ou por cerceamento do direito de defesa. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ Exercício: 2002 SERVIÇOS HOSPITALARES. LEI Nº 9.249, DE 1995. DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO. Devem ser considerados serviços hospitalares “aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde”, de sorte que, “em regra, mas não necessariamente, são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindo-se as simples consultas médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos consultórios médicos” (STJ - Recurso Repetitivo).
Numero da decisão: 1803-001.203
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, para homologar a compensação pleiteada até o limite do direito creditório reconhecido (R$ 6.188,95), nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Nome do relator: Sérgio Rodrigues Mendes
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2002 PRELIMINAR DE NULIDADE. DESPACHO DECISÓRIO. DESCABIMENTO. Tendo sido o Despacho Decisório prolatado por autoridade para tanto competente [AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)] e com fundamento em informações prestadas pela própria Recorrente (DComp x Darf x DCTF), descabe se falar em nulidade por incompetência ou por cerceamento do direito de defesa. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Exercício: 2002 SERVIÇOS HOSPITALARES. LEI Nº 9.249, DE 1995. DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO. Devem ser considerados serviços hospitalares “aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde”, de sorte que, “em regra, mas não necessariamente, são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindose as simples consultas médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos consultórios médicos” (STJ Recurso Repetitivo). Fl. 64DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 65 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, para homologar a compensação pleiteada até o limite do direito creditório reconhecido (R$ 6.188,95), nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Ausente justificadamente o Conselheiro Victor Humberto da Silva Maizman. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Presidente (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Selene Ferreira de Moraes, Meigan Sack Rodrigues, Walter Adolfo Maresch, Sérgio Rodrigues Mendes, Sérgio Luiz Bezerra Presta e João Carlos Figueiredo Neto. Fl. 65DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 66 3 Relatório Por bem retratar os acontecimentos do presente processo, adoto o Relatório do acórdão recorrido (fls. 42): Tratase de manifestação de inconformidade apresentada em face de despacho decisório eletrônico, por meio do qual não foi homologada compensação declarada pela interessada acima identificada na DCOMP retificadora de nº 14031.99272.240809.1.7.047581, indicando suposto crédito de pagamento indevido ou a maior de imposto de renda – IRPJ, cód 2089, no valor de R$ 6.188,95, do período de apuração (PA) 1º trimestre de 2001, para compensar débitos do PA julho de 2005, de contribuição para o PIS/PASEP, cód. 8109, no valor de R$ 46,66 e COFINS, cód. 2172, de R$ 215,34 2. A compensação não foi homologada pela autoridade fazendária, pelo Despacho Decisório nº 848589971, de 7/10/2009, sob o argumento de que, a partir das características do DARF discriminado na DCOMP acima identificada, foram localizados um ou mais pagamentos que foram integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados na DCOMP. 3. Inconformada, a interessada apresentou manifestação de inconformidade aos fls. 1 e 2, alegando em síntese que: 3.1. o crédito pleiteado de pagamento a maior ou indevido existe e foi informado ao fisco; 3.2. que o IRPJ supostamente devido pelo contribuinte no 1º trimestre de 2001 se constata pela DCTFretificadora entregue em 14/08/2009; 3.3 que a impugnante não apurou IRPJ a pagar em 30/04/2001, tendo realizado um pagamento indevido no valor de R$ 6.188,95, gerando por conseguinte o crédito de mesmo valor; 3.4. concluise que o débito satisfeito com o valor pago que consta do DARF discriminado na DCOMP inexiste, pois o contribuinte nada devia a título de IRPJ no 1º trimestre de 2001, conforme DCTFretificadora; 3.5. de todo o exposto, requereu para ser recebida a manifestação de inconformidade, por sua tempestividade, suspendendose a exigibilidade do crédito tributário, e considerandoa procedente e reformando a decisão que não homologou a compensação. 2. A decisão da instância a quo foi assim fundamentada (fls. 43 e 44): 5. O contribuinte recolheu aos cofres públicos, em 30/04/2001, o DARF com as seguintes características: PA de 31/03/2001, cód. receita 2089, de R$ 6.188,95. O pagamento foi confirmado no sistema eletrônico da Receita Federal, cf. consta do Extrato Sistêmico RFB do 1º trimestre do ano calendário de 2001, fl. 37. 6. Em DCTF retificadora datada de 28/05/2003 (fl. 40), o mesmo contribuinte declarou um débito de IRPJ, cód. receita 2089, no valor de R$ 5.803,16 (fl. 40, Fl. 66DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 67 4 verso), mas em 14/08/2009 apresentou nova DCTF retificadora (fl. 38, vs) declarando que não mais existia o débito anteriormente informado do mesmo IRPJ, cód. 2089 (fls. 39 e vs), sem juntar qualquer documentação comprobatória da veracidade das informações nela contidas. 7. Consultada a declaração do imposto de renda da pessoa jurídica (DIPJ) do exercício de 2002, ano base de 2000, vemos, no Extrato Sistêmico RFB, fls. 37 verso e 38, que não há DIPJ retificadora e a única DIPJ, original, apresentada sob o nº 0959726, acusava para o trimestre 1 do ano calendário de 2001 um imposto de renda a pagar de R$ 6.188,95. 8. A restituição/compensação de tributos no âmbito da Receita Federal do Brasil é regida pelos artigos 165 e 170 da Lei nº 5.172/1966 (Código Tributário Nacional – C.T.N.) que assim dispõe: [...]. 9. Quanto à retificação da DCTF efetuada pelo contribuinte, o mesmo CTN assim dispõe: [...]. 10. Temos que, por um lado, o contribuinte vem afirmando, em DCTF retificadora apresentada em 14/08/2009, que no 1º trimestre de 2001 não havia IRPJ, cód. 2089, a pagar; por outro lado, a DIPJ originalmente apresentada, ativa e única, aponta para um IRPJ a pagar de R$ 6.188,95, valor idêntico ao que foi recolhido em DARF pelo contribuinte. 11. Ainda que houvesse coerência nas declarações prestadas pelo contribuinte (pois não há), deveria ele provar, com a apresentação de sua escrituração contábil e fiscal, as razões da mudança do seu entendimento quanto ao real valor devido de IRPJ cód. 2089 do PA 1º trimestre de 2001, para que o crédito alegado pudesse gozar de certeza e liquidez, o que não ocorre no presente caso. 12. Não havendo certeza e liquidez do crédito alegado pelo contribuinte em seu favor, não é possível homologar a compensação por ele declarada. 13.Assim, entendo que não deve ser dado provimento à manifestação de inconformidade apresentada e voto pela manutenção da conclusão contida no Despacho Decisório combatido. 3. Cientificada da referida decisão em 12/08/2011 (fls. 56 numeração digital ND), a tempo, em 08/09/2011, apresenta a interessada Recurso de fls. 57 a 61 (ND), nele argumentando, em síntese: a) que o despacho decisório que não homologou a compensação sofre de inafastáveis vícios de nulidade, quais sejam, inexistência de fundamentação e cerceamento de defesa, por não ter oportunizado ao contribuinte a possibilidade de comprovar o seu crédito, matéria de ordem pública que pode ser alegada e reconhecida em qualquer fase processual, inclusive na segunda instância, mesmo não tendo sido alegada expressamente na defesa inicial apresentada na primeira instância administrativa; Fl. 67DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 68 5 b) que não há, no despacho decisório, sequer, referência à DCTF que teria dado margem à alocação do pagamento arguido, muito embora a DCTF retificadora, que permite aferir a existência do crédito do contribuinte em face do fisco federal, já tivesse sido transmitida; c) que não poderia o despacho decisório, sem uma motivação razoável e congruente, desconsiderar as informações transmitidas através da DCTF retificadora, declaração capaz de demonstrar o crédito oposto; d) que, em que pese a divergência existente entre a DCTF retificadora e a DIPJ, tal situação, no fundo, exige (ou teria exigido à época) que o fisco federal intime (ou tivesse intimado) o contribuinte para explicar a origem e a regularidade do seu crédito e as alterações promovidas na DCTF retificadora, o que não foi feito; e) que, realmente, a Recorrente opôs crédito regular em face da Fazenda Pública Federal, para efetivar a compensação promovida via DCOMP; f) que, durante o período referente à DCTF retificadora, apurou e recolheu valores a maior a título de imposto de renda (IRPJ), visto que, no citado período, apurou o imposto pelo regime do lucro presumido, aplicando o percentual equivocado de 32% sobre a sua receita bruta, para efeitos de identificação da base de cálculo, enquanto o correto, por se dedicar à prestação de serviços hospitalares, seria o percentual de 8%, conforme previa o art. 15, § 1º, inciso III, alínea “a”, da Lei nº 9.249, de 1995, c/c o art. 25 da Lei nº 9.430, de 1996; g) que, diante de tais recolhimentos indevidos a título de IRPJ, apurou o seu crédito e o utilizou para promover a compensação de seus tributos federais, consoante declarado na DComp relacionada ao presente feito, meio adequado para instrumentalizar o ajuste de contas no âmbito administrativo, conforme preceitua a sistemática tratada no art. 74 e parágrafos da Lei nº 9.430, de 1996; e h) que eis, então, a origem do crédito da Recorrente, crédito este que a própria RFB, em nome do princípio da legalidade, pode e deve apurar e reconhecer de ofício, caso não seja reconhecida a nulidade do despacho decisório de acordo com os argumentos demonstrados acima. Em mesa para julgamento. Fl. 68DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 69 6 Voto Conselheiro Sérgio Rodrigues Mendes, Relator Atendidos os pressupostos formais e materiais, tomo conhecimento do Recurso. Preliminar de nulidade do Despacho Decisório 4. Argui a Recorrente, preliminarmente, a nulidade do Despacho Decisório, ao fundamento de que sofreria, este, de inafastáveis vícios, quais sejam: (a) inexistência de fundamentação; e (b) cerceamento de defesa, por não ter oportunizado a ela a possibilidade de comprovar o seu crédito. 5. Inicialmente, quanto ao tema de nulidade, convém reproduzir o art. 59 do PAF (Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972): Art. 59. São nulos: I – os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II – os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. 6. São, portanto, apenas duas as espécies de irregularidades, elencadas nos incisos do dispositivo retro transcrito, que possuem o condão de contaminar de nulidade as peças que compõem o processo administrativo. 7. Observese que a discordância quanto aos fatos e/ou capitulação legal não é causa de nulidade. 8. No presente caso, de ato decisório (Despacho Decisório eletrônico), foi este prolatado por autoridade para tanto competente [AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)] e com fundamento em informações prestadas pela própria Recorrente (DComp x Darf x DCTF), não havendo, pois, que se falar em nulidade por incompetência ou por cerceamento do direito de defesa. 9. Há que se ressaltar, ainda, que referido Despacho Decisório eletrônico também procede ao cruzamento de informações entre a DComp e a DIPJ e, não tendo sido esta retificada pela Recorrente, como por ela mesma reconhecido (fls. 59ND, item 7), outro não poderia ter sido o resultado daquela análise de compensação. 10. Rejeito a preliminar de nulidade arguida. Mérito 11. Constou da decisão recorrida o seguinte (fls. 44): Fl. 69DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 70 7 10. Temos que, por um lado, o contribuinte vem afirmando, em DCTF retificadora apresentada em 14/08/2009, que no 1º trimestre de 2001 não havia IRPJ, cód. 2089, a pagar; por outro lado, a DIPJ originalmente apresentada, ativa e única, aponta para um IRPJ a pagar de R$ 6.188,95, valor idêntico ao que foi recolhido em DARF pelo contribuinte. 11. Ainda que houvesse coerência nas declarações prestadas pelo contribuinte (pois não há), deveria ele provar, com a apresentação de sua escrituração contábil e fiscal, as razões da mudança do seu entendimento quanto ao real valor devido de IRPJ cód. 2089 do PA 1º trimestre de 2001, para que o crédito alegado pudesse gozar de certeza e liquidez, o que não ocorre no presente caso. 12. Não havendo certeza e liquidez do crédito alegado pelo contribuinte em seu favor, não é possível homologar a compensação por ele declarada. 12. Em seu Recurso, afirma a Recorrente que o crédito alegado é decorrente da apuração do imposto pelo regime do lucro presumido, com a aplicação do percentual equivocado de 32% sobre a receita bruta, para efeitos de identificação da base de cálculo, enquanto o correto, por se dedicar à prestação de serviços hospitalares, seria o percentual de 8%. Recursos repetitivos (STJ) 13. Dispõe o art. 62A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (RICARF), aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, com as alterações das Portarias MF nºs 446, de 27 de agosto de 2009, e 586, de 21 de dezembro de 2010 (grifouse): Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. 14. Relativamente à questão da definição da expressão “serviços hospitalares”, prevista na Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, é o seguinte o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na sistemática de Recursos Repetitivos (art. 543C do CPC): DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 535 e 468 DO CPC. VÍCIOS NÃO CONFIGURADOS. LEI 9.249/95. IRPJ E CSLL COM BASE DE CÁLCULO REDUZIDA. DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO “SERVIÇOS HOSPITALARES”. INTERPRETAÇÃO OBJETIVA. DESNECESSIDADE DE ESTRUTURA DISPONIBILIZADA PARA INTERNAÇÃO. ENTENDIMENTO RECENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO. RECURSO SUBMETIDO AO REGIME PREVISTO NO ARTIGO 543C DO CPC. Fl. 70DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 71 8 1. Controvérsia envolvendo a forma de interpretação da expressão “serviços hospitalares” prevista na Lei 9.429/95, para fins de obtenção da redução de alíquota do IRPJ e da CSLL. Discutese a possibilidade de, a despeito da generalidade da expressão contida na lei, poderse restringir o benefício fiscal, incluindo no conceito de “serviços hospitalares” apenas aqueles estabelecimentos destinados ao atendimento global ao paciente, mediante internação e assistência médica integral. 2. Por ocasião do julgamento do RESP 951.251PR, da relatoria do eminente Ministro Castro Meira, a 1ª Seção, modificando a orientação anterior, decidiu que, para fins do pagamento dos tributos com as alíquotas reduzidas, a expressão “serviços hospitalares”, constante do artigo 15, § 1º, inciso III, da Lei 9.249/95, deve ser interpretada de forma objetiva (ou seja, sob a perspectiva da atividade realizada pelo contribuinte), porquanto a lei, ao conceder o benefício fiscal, não considerou a característica ou a estrutura do contribuinte em si (critério subjetivo), mas a natureza do próprio serviço prestado (assistência à saúde). Na mesma oportunidade, ficou consignado que os regulamentos emanados da Receita Federal referentes aos dispositivos legais acima mencionados não poderiam exigir que os contribuintes cumprissem requisitos não previstos em lei (a exemplo da necessidade de manter estrutura que permita a internação de pacientes) para a obtenção do benefício. Daí a conclusão de que “a dispensa da capacidade de internação hospitalar tem supedâneo diretamente na Lei 9.249/95, pelo que se mostra irrelevante para tal intento as disposições constantes em atos regulamentares”. 3. Assim, devem ser considerados serviços hospitalares “aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde”, de sorte que, “em regra, mas não necessariamente, são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindose as simples consultas médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos consultórios médicos”. 4. Ressalva de que as modificações introduzidas pela Lei 11.727/08 não se aplicam às demandas decididas anteriormente à sua vigência, bem como de que a redução de alíquota prevista na Lei 9.249/95 não se refere a toda a receita bruta da empresa contribuinte genericamente considerada, mas sim àquela parcela da receita proveniente unicamente da atividade específica sujeita ao benefício fiscal, desenvolvida pelo contribuinte, nos exatos termos do § 2º do artigo 15 da Lei 9.249/95. 5. Hipótese em que o Tribunal de origem consignou que a empresa recorrida presta serviços médicos laboratoriais (fl. 389), atividade diretamente ligada à promoção da saúde, que demanda maquinário específico, podendo ser realizada em ambientes hospitalares ou similares, não se assemelhando a simples consultas médicas, motivo pelo qual, segundo o novel entendimento desta Corte, faz jus ao benefício em discussão (incidência dos percentuais de 8% (oito por cento), no caso do Fl. 71DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 72 9 IRPJ, e de 12% (doze por cento), no caso de CSLL, sobre a receita bruta auferida pela atividade específica de prestação de serviços médicos laboratoriais). 6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, submetido ao regime do artigo 543C do CPC e da Resolução 8/STJ. 7. Recurso especial não provido. (REsp 1116399/BA, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/10/2009, DJe 24/02/2010) 15. No presente caso, conforme se verifica do próprio Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), faz jus a Recorrente ao percentual de presunção do lucro de 8% (fls. 10): 16. Procedendose, por conseguinte, ao recálculo do imposto devido relativo ao 1º trimestre do anocalendário de 2001 (fls. 37verso e 38), obtémse o seguinte demonstrativo: DIPJ 2002/2001 ENTREGUE RETIFICADA PAGO A MAIOR RECEITA BRUTA 181.320,44 181.320,44 Fl. 72DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903018/200990 Acórdão n.º 180301.203 S1TE03 Fl. 73 10 PERCENTUAL 32% 8% BASE CÁLCULO 58.022,54 14.505,63 ALÍQUOTA 15% 15% IRPJ DEVIDO 8.703,38 2.175,84 IRRF (2.514,43) (2.514,43) IRPJ A PAGAR 6.188,95 (338,59) 6.188,95 17. Dessa forma, é de ser reconhecido à Recorrente o direito creditório pleiteado, no valor de R$ 6.188,95. 18. Com relação à afirmação da Recorrente de que “não poderia o despacho decisório, sem uma motivação razoável e congruente, desconsiderar as informações transmitidas através da DCTF retificadora”, cumpre ressaltar que, entregue em 14/08/2009, não poderia essa DCTF pretender retificar dados relativos ao anocalendário de 2001, daí a sua total desconsideração por aquele despacho decisório. Conclusão Em face do exposto, e considerando tudo o mais que dos autos consta, voto no sentido de DAR PROVIMENTO AO RECURSO, para homologar a compensação pleiteada até o limite do direito creditório reconhecido (R$ 6.188,95), atentandose, ainda, para a existência de outras compensações, objeto de outros processos, que também utilizam o mesmo crédito ora reconhecido. É como voto. (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Fl. 73DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES
score : 1.0
Numero do processo: 16327.002492/2002-03
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 26 00:00:00 UTC 2011
Ementa: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Exercício: 1999
PEDIDO DE REVISÃO DE ORDEM DE EMISSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS (PERC). REGULARIDADE FISCAL. MOMENTO DA COMPROVAÇÃO.
Para fins de deferimento do Pedido de Revisão de Ordem de Incentivos Fiscais (Perc), a exigência de comprovação de regularidade fiscal deve se ater ao período a que se referir a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica na qual se deu a opção pelo incentivo, admitindo se a prova da quitação em
qualquer momento do processo administrativo, nos termos do Decreto nº 70.235/72 (Súmula Carf nº 37).
Numero da decisão: 1803-000.905
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar
provimento parcial ao recurso, para afastar a preliminar de descumprimento do art. 60 da Lei nº 9.069, de 1995, devendo os autos retornarem à unidade de origem a fim de ser analisado o
mérito do pedido, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Matéria: IRPJ - AF (ação fiscal) - Instituição Financeiras (Todas)
Nome do relator: Sérgio Rodrigues Mendes
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Exercício: 1999 PEDIDO DE REVISÃO DE ORDEM DE EMISSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS (PERC). REGULARIDADE FISCAL. MOMENTO DA COMPROVAÇÃO. Para fins de deferimento do Pedido de Revisão de Ordem de Incentivos Fiscais (Perc), a exigência de comprovação de regularidade fiscal deve se ater ao período a que se referir a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica na qual se deu a opção pelo incentivo, admitindose a prova da quitação em qualquer momento do processo administrativo, nos termos do Decreto nº 70.235/72 (Súmula Carf nº 37). Fl. 171DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE M ORAES Processo nº 16327.002492/200203 Acórdão n.º 180300.905 S1TE03 Fl. 164 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, para afastar a preliminar de descumprimento do art. 60 da Lei nº 9.069, de 1995, devendo os autos retornarem à unidade de origem a fim de ser analisado o mérito do pedido, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Declarouse impedida de votar a Conselheira Selene Ferreira de Moraes. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Presidente (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Selene Ferreira de Moraes, Meigan Sack Rodrigues, Walter Adolfo Maresch, Victor Humberto da Silva Maizman, Sérgio Rodrigues Mendes e Sérgio Luiz Bezerra Presta. Fl. 172DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE M ORAES Processo nº 16327.002492/200203 Acórdão n.º 180300.905 S1TE03 Fl. 165 3 Relatório Por bem retratar os acontecimentos do presente processo, adoto o Relatório do acórdão recorrido (fls. 126): A contribuinte acima identificada ingressou com o PERC — Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos Fiscais de fl. 01, tendo em vista que “NÃO HOUVE ORDEM DE EMISSÃO PARA O FINOR E O CONTRIBUINTE CONSTA DO SISTEMA IRPJ OEIF”, relativamente à sua opção por aplicação de parte do IRPJ relativo ao anocalendário 1998, exercício 1999, no FINOR. 2. Por meio do Despacho Decisório de fls. 98/100, a autoridade administrativa competente indeferiu o pedido, tendo em vista informações (extraídas dos sistemas da Secretaria da Receita Federal SRF e da Procuradoria da Fazenda Nacional PFN) de existência de débitos tributários e, com base no artigo 60 da Lei n° 9.069, de 29/06/1995. 3. Inconformada com o referido Despacho Decisório, do qual foi devidamente cientificada em 10/08/2006, a interessada apresentou, em 08/09/2006, a manifestação de inconformidade de fls. 103 a 106, acompanhada da documentação de fls. 107 a 123. Na peça de defesa a interessada argúi: 3.1. que a situação fiscal da recorrente oscila entre “regular” e “não regular”, e isto se daria em razão de falhas do sistema do Fisco que, inúmeras vezes, obriga a interessada a requerer baixa de débitos tributários inexistentes; 3.2. não ser possível que o direito ao incentivo fiscal, apurado na declaração do anobase 1998, esteja vinculado a esse sistema que, algumas vezes, apresenta distorções na situação real do cadastro dos contribuintes (que pode oscilar com frequência). Assim, se o julgador tivesse analisado este processo na fase de situação cadastral regular, teria deferido o incentivo. No entanto, poucos dias depois, em face de mudança da situação cadastral para irregular, indeferiuo; 3.3. que, analisando os processos envolvidos nas listagens fornecidas pela SRF e PGFN, verificase que todos os débitos apontados estão com a exigibilidade suspensa ou já foram pagos pela recorrente; 3.4. que a regularidade fiscal estaria comprovada pela “Certidão Conjunta Positiva com Efeitos de Negativa” emitida pela própria SRF e pela PGFN (doc. de fls. 123); 3.5. que todos os débitos mencionados pelo julgador estariam sendo analisados pelas autoridades competentes. Vale dizer que, até que a Procuradoria da Fazenda Nacional aprecie a documentação juntada pela Recorrente, não há que se falar em débito de tributo ou contribuição que impeça o exercício dos direitos e o uso dos benefícios concedidos (investimento em incentivo fiscal). 2. A decisão da instância a quo foi assim ementada (fls. 125): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 1998 Fl. 173DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE M ORAES Processo nº 16327.002492/200203 Acórdão n.º 180300.905 S1TE03 Fl. 166 4 PERC. QUITAÇÃO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS. PROVA. Nos termos do art. 60 da Lei 9.069/95, a concessão ou reconhecimento de qualquer incentivo fiscal fica condicionada à comprovação, pelo contribuinte, da quitação de tributos e contribuições federais. Diante da ausência desta prova, o PERC não pode ser deferido. Solicitação Indeferida. 3. Cientificada da referida decisão em 20/04/2007 (fls. 136), a tempo, em 11/05/2007, apresenta a interessada Recurso de fls. 137 a 141, instruído com os documentos de fls. 142 a 158, nele reiterando os argumentos anteriormente expendidos. Em mesa para julgamento. Fl. 174DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE M ORAES Processo nº 16327.002492/200203 Acórdão n.º 180300.905 S1TE03 Fl. 167 5 Voto Conselheiro Sérgio Rodrigues Mendes, Relator Atendidos os pressupostos formais e materiais, tomo conhecimento do Recurso. Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos Fiscais (Perc) 4. Tratandose de Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos Fiscais (Perc), incide na espécie a Súmula Carf nº 37, de seguinte teor: Para fins de deferimento do Pedido de Revisão de Ordem de Incentivos Fiscais (Perc), a exigência de comprovação de regularidade fiscal deve se ater ao período a que se referir a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica na qual se deu a opção pelo incentivo, admitindose a prova da quitação em qualquer momento do processo administrativo, nos termos do Decreto nº 70.235/72. 5. Consta, de fls. 123, confirmada a sua autenticidade de fls. 162, Certidão Conjunta Positiva com Efeitos de Negativa de Débitos Relativos a Tributos Federais e À Dívida Ativa da União, emitida em favor da Recorrente e apresentada dentro de seu prazo de validade, a qual, nos termos do disposto nos arts. 205 e 206 do Código Tributário Nacional – CTN (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), tem os mesmos efeitos da Certidão Negativa, estando, pois, plenamente atendida a ressalva contida na Súmula acima transcrita regularidade fiscal de débitos porventura existentes no período a que se referir a DIPJ. 6. A decisão recorrida, por maioria, entretanto, não acatou a referida Certidão sob o seguinte argumento (fls. 128): 6.7. Ocorre que a certidão cuja cópia encontrase às fls.123, apresentada pela contribuinte, foi emitida com base na Instrução Normativa SRF nº 565, de 23/11/2005, cujo art. 10 disciplina que: Art. 10. Na hipótese de concessão ou reconhecimento de qualquer incentivo ou beneficio fiscal, no âmbito da SRF, é vedada a exigência da certidão conjunta de que trata o art. 1º da Portaria Conjunta PGFN/SRF nº 3, de 2005, cabendo a verificação de regularidade fiscal do sujeito passivo à unidade da SRF encarregada da análise do pedido. 6.8. O caso em tela trata especificamente da concessão de incentivos fiscais e, por força do dispositivo legal, é vedada a exigência da certidão acerca da situação da contribuinte, relativamente aos tributos e contribuições federais administrados pela Receita Federal, no âmbito do próprio órgão. Fl. 175DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE M ORAES Processo nº 16327.002492/200203 Acórdão n.º 180300.905 S1TE03 Fl. 168 6 6.9. A verificação da regularidade fiscal do sujeito passivo compete à unidade encarregada da análise do pedido de revisão, conforme efetuado no presente processo pela DEINF/SP, por meio do despacho decisório de fls. 98/100. 7. Ora, a vedação da exigência da referida Certidão não implica sua invalidade ou desconsideração, se espontaneamente apresentada pelo sujeito passivo dentro de seu prazo de validade. Não é esse, obviamente, o desiderato da norma em questão. Conclusão Em face do exposto, e considerando tudo o mais que dos autos consta, voto no sentido de DAR PROVIMENTO, EM PARTE, AO RECURSO, para afastar a preliminar de descumprimento do art. 60 da Lei nº 9.069, de 1995, devendo a repartição de origem prosseguir a análise do mérito do pedido. É como voto. (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Fl. 176DF CARF MF Emitido em 07/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES Assinado digitalmente em 03/06/2011 por SERGIO RODRIGUES MENDES, 07/06/2011 por SELENE FERREIRA DE M ORAES
score : 1.0
Numero do processo: 10980.004224/2006-51
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Jan 26 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Fri Apr 07 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 2002
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO.
Constatando-se contradição entre a decisão e seus fundamentos, devem ser acolhidos os Embargos de Declaração, para que o vício seja sanado.
APP - ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. ADA - ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL. PROTOCOLO ANTERIOR À AÇÃO FISCAL.
Tratando-se de ato meramente declaratório, o protocolo do ADA junto ao Ibama, antes do início da ação fiscal, permite a exclusão da Área de Preservação Permanente da tributação do ITR.
Numero da decisão: 9202-005.179
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos Embargos de Declaração opostos pela Fazenda Nacional e, por maioria de votos, acolhê-los com efeitos infringentes, para retificar o acórdão embargado, para negar provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional, vencida a conselheira Ana Paula Fernandes (relatora), que acolheu os embargos sem efeitos infringentes. Votaram pelas conclusões os conselheiros Patrícia da Silva, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Designada para redigir o voto vencedor a conselheira Maria Helena Cotta Cardozo.
(Assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício
(Assinado digitalmente)
Ana Paula Fernandes Relatora
(Assinado digitalmente)
Maria Helena Cotta Cardozo Redatora Designada
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior e Fábio Piovesan Bozza.
Nome do relator: ANA PAULA FERNANDES
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camara_s : 2ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Exercício: 2002 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. Constatando-se contradição entre a decisão e seus fundamentos, devem ser acolhidos os Embargos de Declaração, para que o vício seja sanado. APP - ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. ADA - ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL. PROTOCOLO ANTERIOR À AÇÃO FISCAL. Tratando-se de ato meramente declaratório, o protocolo do ADA junto ao Ibama, antes do início da ação fiscal, permite a exclusão da Área de Preservação Permanente da tributação do ITR.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos Embargos de Declaração opostos pela Fazenda Nacional e, por maioria de votos, acolhê-los com efeitos infringentes, para retificar o acórdão embargado, para negar provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional, vencida a conselheira Ana Paula Fernandes (relatora), que acolheu os embargos sem efeitos infringentes. Votaram pelas conclusões os conselheiros Patrícia da Silva, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Designada para redigir o voto vencedor a conselheira Maria Helena Cotta Cardozo. (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício (Assinado digitalmente) Ana Paula Fernandes Relatora (Assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo Redatora Designada Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior e Fábio Piovesan Bozza.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 8; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1768; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT2 Fl. 9 1 8 CSRFT2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 10980.004224/200651 Recurso nº Embargos Acórdão nº 9202005.179 – 2ª Turma Sessão de 26 de janeiro de 2017 Matéria ITR Recorrente ANGELO AVELINO TONIOLO Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2002 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. Constatandose contradição entre a decisão e seus fundamentos, devem ser acolhidos os Embargos de Declaração, para que o vício seja sanado. APP ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. ADA ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL. PROTOCOLO ANTERIOR À AÇÃO FISCAL. Tratandose de ato meramente declaratório, o protocolo do ADA junto ao Ibama, antes do início da ação fiscal, permite a exclusão da Área de Preservação Permanente da tributação do ITR. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos Embargos de Declaração opostos pela Fazenda Nacional e, por maioria de votos, acolhêlos com efeitos infringentes, para retificar o acórdão embargado, para negar provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional, vencida a conselheira Ana Paula Fernandes (relatora), que acolheu os embargos sem efeitos infringentes. Votaram pelas conclusões os conselheiros Patrícia da Silva, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Designada para redigir o voto vencedor a conselheira Maria Helena Cotta Cardozo. (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos – Presidente em exercício (Assinado digitalmente) Ana Paula Fernandes – Relatora AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 0. 00 42 24 /2 00 6- 51 Fl. 389DF CARF MF 2 (Assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo – Redatora Designada Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior e Fábio Piovesan Bozza. Relatório O presente recurso de Embargos de Declaração objetiva corrigir contradição no Acórdão 9202003.082, proferido pela 2ª Turma desta Câmara Superior de Recursos Fiscais. Em face de Ângelo Avelino Toniolo e Outros foi lavrado o auto de infração de fls. 52/59, objetivando a exigência de imposto territorial rural do exercício de 2002, acrescidos de juros moratórios e multa de ofício, em decorrência da glosa dos valores declarados a título de área de reserva legal e área de preservação permanente. A Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF, ao apreciar o recurso voluntário interposto pelo contribuinte, exarou o acórdão n° 210200.829, às fls. 198/203v, dando parcial provimento ao recurso para excluir da exigência a parcela relativa à área de reserva legal e à área de preservação permanente. A Fazenda Nacional interpôs recurso especial às fls. 207/210, pleiteando a reforma do acórdão sustentando a necessidade da apresentação tempestiva de Ato Declaratório Ambiental para a dedução da área de preservação permanente e da área de reserva legal da base de cálculo do ITR. Ao recurso especial da Fazenda Nacional foi dado seguimento, conforme Despacho nº 210000.257/2011, de 10/05/2011 (fls. 231/232). O contribuinte interpôs Recurso Especial de fls. 241/256 pleiteando a reforma do acórdão para afastar a aplicação da multa de ofício e rever o Valor da Terra Nua arbitrado pela fiscalização e apresentou contrarrazões ao recurso especial da Fazenda Nacional (fls. 273/290). Em 13/02/2014, esta Câmara Superior de Recursos Fiscais proferiu a decisão, às fls. 347/354, dando provimento em parte ao Recurso Especial da Fazenda Nacional, restando assim ementado: “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2002 ÁREA DE RESERVA LEGAL COMPROVAÇÃO. Fl. 390DF CARF MF Processo nº 10980.004224/200651 Acórdão n.º 9202005.179 CSRFT2 Fl. 10 3 A averbação à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, faz prova da existência da área de reserva legal, independentemente da apresentação tempestiva do Ato Declaratório Ambiental (ADA). ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. NECESSIDADE DE ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL. Não obstante a previsão legal da obrigatoriedade do ADA, para efeito de redução do valor a pagar do ITR, a partir do exercício de 2001, inexigível é a sua prévia comprovação de protocolização tempestiva do ADA para fins da redução do valor do ITR. No presente caso, a autuação decorrente de glosa de área preservação permanente foi realizada em virtude de o contribuinte ter apresentado Ato Declaratório Ambiental (ADA) protocolizado no Ibama apenas em 28/10/2003 (fls 27/verso). Recurso especial provido em parte.” Às fls. 365/372, o Contribuinte apresentou Embargos de Declaração alegando contradição na decisão embargada, estando a conclusão do voto vencedor contraditória à fundamentação explicitada, especificamente quanto à inexigibilidade de apresentação tempestiva do ADA para fins de apuração de ITR. Às fls. 386/388, os Embargos de Declaração restaram acolhidos pela a 2ª Seção de Julgamento para correção da contradição apontada. É o relatório. Voto Vencido Conselheira Ana Paula Fernandes Relatora Em face de Ângelo Avelino Toniolo e Outros foi lavrado o auto de infração de fls. 52/59, objetivando a exigência de imposto territorial rural do exercício de 2002, acrescidos de juros moratórios e multa de ofício, em decorrência da glosa dos valores declarados a título de área de reserva legal e área de preservação permanente. O acórdão de recurso especial julgado trouxe para análise a divergência jurisprudencial no tocante à necessidade de averbação da área de Reserva Legal antes da ocorrência do fato gerador, para fins de exclusão da área tributável do ITR. Da leitura do acórdão recorrido, verifico que tanto o voto vencido como o vencedor entenderem que acerca da inexigibilidade de apresentação tempestiva do ADA para fins de apuração de ITR, contudo com entendimentos e dispositivos diversos. Fl. 391DF CARF MF 4 Enquanto o Relator vencido negou o Recurso Especial da Fazenda Nacional, que discutia Área de Preservação Permanente e Área de Reserva Legal, o Voto vencedor do redator designado deu parcial provimento ao Recurso da Fazenda Nacional, mantendo a glosa da área de preservação permanente. A contradição se dá nos seguintes termos: RAZÃO DE DECIDIR DO RELATOR VENCIDO Quanto ao mérito, já me manifestei em diversas oportunidades no sentido de que o ADA é meio de prova, mas não exclusivo, à comprovação do direito à exclusão da área tributável sujeita ao ITR. (...) Por essa razão, como já tratado acima, entendo que a glosa efetuada pela autoridade fiscal não merece prosperar já que a comprovação das áreas de preservação permanente e de reserva legal, para efeito de sua exclusão na base de cálculo de ITR, não depende da apresentação do ADA, no prazo estabelecido Ocorre que o dispositivo ficou aparentemente contraditório, pois o Conselheiro Elias Sampaio, voto vencedor, se contrapõe ao Conselheiro Vencido Gustavo Haddad, nos seguintes termos: RAZÃO DE DECIDIR DO REDATOR DESIGNADO VOTO DE QUALIDADE Destarte, não obstante a previsão legal da obrigatoriedade do ADA, para efeito de redução do valor a pagar do ITR, a partir do exercício de 2001, inexigível é a sua prévia comprovação e, consequentemente, não há de se exigir a protocolização tempestiva do ADA para fins da redução do valor do ITR. Neste sentido são os precedentes desta 2ª Turma da CSRF: “ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL. TEMPESTIVIDADE. INEXIGÊNCIA NA LEGISLAÇÃO HODIERNA. APLICAÇÃO RETROATIVA. Inexistindo na Lei n° 10.165/2000, que alterou o artigo 17O da Lei n° 6.938/81, exigência à observância de qualquer prazo para requerimento do ADA, não se pode cogitar em impor como condição à isenção sob análise a data de sua requisição/apresentação, sobretudo quando se constata que fora requerido anteriormente ao início da ação fiscal.” (Acórdão nº 920202.018, Relator: Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, de 22 de março de 2012) Fl. 392DF CARF MF Processo nº 10980.004224/200651 Acórdão n.º 9202005.179 CSRFT2 Fl. 11 5 No presente caso, a autuação decorrente de glosa de área preservação permanente foi realizada em virtude de o contribuinte ter apresentado Ato Declaratório Ambiental (ADA) protocolizado no Ibama apenas em 28/10/2003 (fls 27/verso). A posição adotada por cada um dos conselheiros é CONVERGENTE EM PARTE, pois ambos concordam que o contribuinte tem direito a GOZAR DA ISENÇÃO, porém com diferentes fundamentos: o RELATOR VENCIDO considera que o ADA não é elemento único de prova nem precisa ser tempestivo, enquanto que o REDATOR DESIGNADO considera que o ADA é necessário, mas concorda que não precisa ser tempestivo para área de reserva legal, e apresentado antes FATO GERADOR (seria do inicio da ação fiscal) para área de preservação permanente conforme ATA E EMENTA. Contudo, observo que o voto vencido trata apenas da questão REDAÇÃO EMBARGADA: Ante o exposto, voto dar provimento parcial ao recurso especial da Fazenda Nacional, para restabelecer a tributação da área de preservação permanente. A meu ver, de fato, a primeira leitura do acórdão recorrido demonstra uma aparente contrariedade que não consegue ser resolvida sem a análise de outros elementos: ATA E EMENTA. Aparentemente parece que a decisão prolatada pelo colegiado reconheceu o direito do contribuinte a gozar da isenção prevista para o ITR face ao reconhecimento do ADA mesmo que intempestivo para as duas áreas de preservação permanente e a de reserva legal. Isso por que, o relator restou vencido pelo fato defender que podem ser aceitos outros elementos de prova, não sendo o ADA obrigatório, enquanto que e o voto vencedor do relator designado, em suas razões de decidir citou a legislação e a jurisprudência no sentido de que o ADA é obrigatório, mas não precisa ser tempestivo para gozar de isenção do ITR. E aqui reside o motivo da dúvida, pois o redator do voto vencedor não esclarece de forma clara que esta tratando tão somente da área de preservação permanente. Pois tão somente na última linha faz a seguinte ponderação: "No presente caso, a autuação decorrente de glosa de área preservação permanente foi realizada em virtude de o contribuinte ter apresentado Ato Declaratório Ambiental (ADA) protocolizado no Ibama apenas em 28/10/2003. Para quem acompanha a jurisprudência deste órgão existe a discussão de que o ADA pode ser intempestivo devendo, no entanto, ser apresentado para APP até a data do inicio da ação fiscal, mas aqui o redator leva em conta a data do fato gerador, que normalmente não é contabilizada para fins de APP, mas sim de ARL. Fl. 393DF CARF MF 6 Contudo, não cabe aqui revolver o mérito, mas sim esclarecer o julgado e para esclarecer melhor a questão, a leitura da ATA e da EMENTA fornecem os elementos necessários para solução. Qual seja: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, quanto à reserva legal. Quanto à Área Preservação Permanente, pelo voto de qualidade, dar provimento ao recurso. E assim da análise comparada da ATA DO JULGAMENTO com o acórdão recorrido embargado, observase que o VOTO VENCEDOR, que concordava com o relator quanto a área de reserva legal, manifestouse apenas quanto a área de preservação permanente da qual discordava em razão do ADA (2003) apresentado, ser posterior ao fato gerador 2001. Sendo assim para sanar a questão sugiro a seguinte redação ao dispositivo: REDAÇÃO CORRIGIDA: Ante o exposto, voto por dar provimento parcial ao Recurso Especial da Fazenda Nacional, para restabelecer a tributação da área de preservação permanente , mantendo o acórdão recorrido quanto a área de reserva legal, nos termos do relator. Assim considero que de fato a redação ficou confusa, contudo quando analisada a luz de outros elementos do julgamento (ATA E EMENTA) não há o que ser reparado. Por todo o exposto, voto no sentido de acolher os embargos de declaração, interpostos pelo contribuinte sem efeitos infringentes. É como voto. (assinado digitalmente) Ana Paula Fernandes Voto Vencedor Conselheira Maria Helena Cotta Cardozo Redatora Designada Fl. 394DF CARF MF Processo nº 10980.004224/200651 Acórdão n.º 9202005.179 CSRFT2 Fl. 12 7 Divirjo do voto da Ilustre Conselheira Relatora, no que tange aos efeitos dos Embargos de Declaração, que a meu ver são infringentes. Tratase do ITR Imposto Territorial Rural do exercício de 2002, e a matéria objeto dos Embargos é a manutenção da glosa da APP Área de Preservação Permanente. No voto vencido do acórdão embargado, no que tange à área ambiental objeto dos aclaratórios, o Relator negou provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional, por entender que a comprovação da citada área não dependeria da apresentação tempestiva do ADA Ato Declaratório Ambiental. Confirase o voto vencido: "Ademais, no presente caso, a documentação trazida aos autos demonstra que o contribuinte averbou a área de reserva legal de 153,5 ha no cartório imobiliário em 26/10/1994 (fl. 26) e apresentou os laudos técnicos de fls. 30/39 e 48, bem como o requerimento do ADA em 28/10/2003 (fl.27v), tendo a glosa decorrido da não protocolização de solicitação de ADA junto ao IBAMA dentro do prazo previsto em ato normativo. Por essa razão, como já tratado acima, entendo que a glosa efetuada pela autoridade fiscal não merece prosperar já que a comprovação das áreas de preservação permanente e de reserva legal, para efeito de sua exclusão na base de cálculo de ITR, não depende da apresentação do ADA, no prazo estabelecido." (grifei) Entretanto, apesar de o Redator Designado para redigir o voto vencedor manifestar o mesmo entendimento do Relator, concluiu por dar provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional, o que efetivamente se revelou contraditório. Confirase o voto vencedor: "Destarte, não obstante a previsão legal da obrigatoriedade do ADA, para efeito de redução do valor a pagar do ITR, a partir do exercício de 2001, inexigível é a sua prévia comprovação e, consequentemente, não há de se exigir a protocolização tempestiva do ADA para fins da redução do valor do ITR. Neste sentido são os precedentes desta 2ª Turma da CSRF: “ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL. TEMPESTIVIDADE. INEXIGÊNCIA NA LEGISLAÇÃO HODIERNA. APLICAÇÃO RETROATIVA. Inexistindo na Lei n° 10.165/2000, que alterou o artigo 17O da Lei n° 6.938/81, exigência à observância de qualquer prazo para requerimento do ADA, não se pode cogitar em impor como condição à isenção sob análise a data de sua requisição/apresentação, sobretudo quando se constata que fora requerido anteriormente ao início da ação fiscal.” (Acórdão nº 920202.018, Relator: Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, de 22 de março de 2012) No presente caso, a autuação decorrente de glosa de área preservação permanente foi realizada em virtude de o Fl. 395DF CARF MF 8 contribuinte ter apresentado Ato Declaratório Ambiental (ADA) protocolizado no Ibama apenas em 28/10/2003 (fls 27/verso). Ante o exposto, voto dar provimento parcial ao recurso especial da Fazenda Nacional, para restabelecer a tributação da área de preservação permanente." (grifei) Ora, o Redator Designado manifesta seu entendimento, no sentido de que não é exigível a tempestividade do ADA, bem como colaciona jurisprudência defendendo a aceitação do ADA apresentado antes do início da ação fiscal. Após, especifica que, no presente caso, o ADA foi protocolado no Ibama em 28/10/2003. Compulsandose os autos, constatase que a ação fiscal iniciouse em 14/03/2006 (fls. 03). Nessas circunstâncias, a conclusão lógica seria a de negar provimento ao Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional, de sorte que o fecho do voto restabelecendo a tributação da APP efetivamente não condiz com toda a argumentação tecida no voto. Acrescentese que a jurisprudência majoritária da Instância Especial, relativamente à área em tela, era efetivamente no sentido de que o protocolo do ADA até o início da ação fiscal tem o condão de garantir a exclusão da tributação do ITR. Diante do exposto, acolho os Embargos de Declaração com efeitos infringentes, para, retificando o Acórdão nº 9202003.082, de 13/02/2014, alterar a conclusão do voto vencedor e a parte dispositiva do julgado, para negar provimento ao Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional. (assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo Fl. 396DF CARF MF
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