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Numero do processo: 19679.008309/2005-16
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 25 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES
Exercício: 2003
NULIDADE.
O enfrentamento das questões na peça de defesa com a indicação dos enquadramentos legais denotando perfeita compreensão da descrição dos fatos que ensejaram o procedimento e sendo asseguradas as garantias ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, não tem cabimento a nulidade do ato administrativo.
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA.
Toda obra de engenharia depende, para sua legalidade, da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) correspondente ao registro do contrato de prestação de serviços, de acordo com a Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977.
OPÇÃO. ATIVIDADE VEDADA.
Não pode optar pelo Simples a pessoa jurídica que se dedica à decoração de interiores por prestar serviço profissional assemelhado à de engenheiro, quando o contrato de prestação de serviço exige a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
EXCLUSÃO DE OFÍCIO. EFEITOS.
No caso de contribuintes que fizeram a opção pelo SIMPLES Federal até 27 de julho de 2001, constatada uma das hipóteses de que tratam os incisos III a XIV, XVII e XVIII do art. 9o da Lei n° 9.317, de 1996, os efeitos da exclusão dar-se-ão a partir de 1o de janeiro de 2002, quando a situação excludente tiver ocorrido até 31 de dezembro de 2001 e a exclusão for efetuada a partir de
2002.
Numero da decisão: 1801-000.581
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. A Conselheira Ana de Barros Fernandes apresentou a Declaração de Voto. Ausente momentaneamente o Conselheiro Luiz Tadeu Matosinho Machado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Carmen Ferreira Saraiva
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O enfrentamento das questões na peça de defesa com a indicação dos enquadramentos legais denotando perfeita compreensão da descrição dos fatos que ensejaram o procedimento e sendo asseguradas as garantias ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, não tem cabimento a nulidade do ato administrativo. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA. Toda obra de engenharia depende, para sua legalidade, da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) correspondente ao registro do contrato de prestação de serviços, de acordo com a Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977. OPÇÃO. ATIVIDADE VEDADA. Não pode optar pelo Simples a pessoa jurídica que se dedica à decoração de interiores por prestar serviço profissional assemelhado à de engenheiro, quando o contrato de prestação de serviço exige a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). EXCLUSÃO DE OFÍCIO. EFEITOS. No caso de contribuintes que fizeram a opção pelo SIMPLES Federal até 27 de julho de 2001, constatada uma das hipóteses de que tratam os incisos III a XIV, XVII e XVIII do art. 9o da Lei n° 9.317, de 1996, os efeitos da exclusão darseão a partir de 1o de janeiro de 2002, quando a situação excludente tiver ocorrido até 31 de dezembro de 2001 e a exclusão for efetuada a partir de 2002. Fl. 1DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 419 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. A Conselheira Ana de Barros Fernandes apresentou a Declaração de Voto. Ausente momentaneamente o Conselheiro Luiz Tadeu Matosinho Machado. (documento assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente (documento assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva Relatora Composição do Colegiado: Participaram do presente julgamento os Conselheiros Carmen Ferreira Saraiva, Guilherme Pollastri Gomes da Silva, Luiz Tadeu Matosinho Machado, Magda Azario Kanaan Polanczyk, Edgar Silva Vidal e Ana de Barros Fernandes. Relatório A Recorrente optante pelo Sistema Integrado de Pagamentos de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – Simples foi excluída de ofício pelo Ato Declaratório Executivo Derat/SPO/SP nº 571.704, de 02 de agosto de 2004, fl. 04, com efeitos a partir de 01/01/2002, com base nos fundamentos de fato e de direito indicados: Data da opção pelo Simples: 01/01/2001 Situação excludente: (evento 306): Descrição: atividade econômica vedada: 74993/06 Serviços de decoração de interiores. Data da ocorrência: 12/12/2002 Fundamentação legal: Lei nº 9.317, de 05/12/1996: art. 9º, XIII; art. 12; art. 14, I; art. 15, II. Medida Provisória nº 2.15834 , de 27/07/2001: art. 73. Instrução Normativa SRF nº 355, de 29/08/2003: art. 20, XII; art. 21; art. 23, I; art. 24, II, c/c parágrafo único. A Recorrente manifestouse contrariamente ao procedimento, apresentando a Solicitação de Revisão da Exclusão do Simples – SRS, fl. 01 e 05/29, com pedido de revisão do ato em rito sumário argumentado em síntese que o ato é nulo. Suscita que se dedica à “instalação, montagem e desmontagem de vitrines, cenários e elaboração de logomarcas”, em conformidade com os documentos que junta aos autos. Argúi que na prestação de serviço é desnecessária a cooperação de profissional de decorador, consultor ou assessor. Discorda dos Fl. 2DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 420 3 efeitos retroativos do procedimento fiscal. Indica a legislação que rege a matéria, princípios que alega foram violados ainda entendimentos doutrinários e jurisprudenciais em seu favor. Conclui 62. Pelo exposto, após devidamente demonstrado que: (i) a classificação feita pela Receita Federal da Requerente no CNAEFiscal n° 74993/06, Como serviços de decoração de interiores, foi equivocada; (ii) os serviços prestados pela Requerente, em verdade, dizem respeito a instalação, montagem e desmontagem de cenários, mormente os relativos às festas de final de ano, como devidamente demonstrado pelo contrato social da Requerente, pelos contratos de prestação de serviços firmados com terceiros e pelas notas fiscais de prestações de serviços; (iii) em face da jurisprudência administrativa pacífica, os serviços de montagem de móveis não impedem a opção ao SIMPLES, como devidamente demonstrado; (iv) o desenquadramento do SIMPLES sem a devida verificação da efetiva prática da atividade supostamente vedada pela Requerente acarreta na afronta ao princípio da busca da verdade material, que rege todos os atos administrativos; (v) mesmo que a Requerente realizasse serviços de decoração, tais serviços não se encontram inseridos no rol taxativo que veda a opção para o SIMPLES, constante do artigo 9°, XIII da Lei n° 9.317/96, reiterado pelo artigo 20, XII da Instrução Normativa n° 355/ 03; (vi) os serviços prestados pela Requerente não necessitam de profissionais cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida; (vii) é pacífico o entendimento da jurisprudência administrativa, no sentido de que a realização de serviços de decoração não veda a opção ao SIMPLES, desde que não necessite de profissionais que dependam de habilitação profissional legalmente exigida; (viii) fazer com que a exclusão do SIMPLES produza efeitos retroativos, a partir de janeiro de 2002, fere o princípio da segurança jurídica da Requerente, na medida em que somente após a notificação da suposta exclusão do SIMPLES é que o ato administrativo poderia produzir efeitos; requer a Requerente preliminarmente, à anulação do Ato Declaratório Executivo DRF/SPO n° 571.704, de 02 de agosto de 2004, na medida em que não se verificou, no caso em tela, nenhuma das hipóteses vedadas à opção ao SIMPLES, como robustamente demonstrado. 63. Caso assim não se entenda, no mérito, requer a Requerente à revogação do Ato Declaratório Executivo DRF/SPO n o 571.704, de 02 de agosto de 2004, a fim de que seja cancelada a sua exclusão do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Simples, como devidamente demonstrado nos presentes autos, por ser de merecida JUSTIÇA! Termos em que, Pede Deferimento. Fl. 3DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 421 4 Em conformidade com o Despacho Decisório, fl. 02, as informações relativas à opção pelo Simples foram analisadas das quais se concluiu pelo indeferimento do pedido. Restou esclarecido Nenhum erro de fato foi detectado. Os documentos que instruíram esta solicitação demonstram que a principal atividade econômica exercida é fator de vedação à opção pelo Simples. Cientificada em 14/06/2005, fl. 157, ela apresentou a manifestação de inconformidade em 13/07/2005, fls. 122/146, com as alegações abaixo sintetizadas. Reitera todos os argumentos apresentados na SRS. Conclui 66. Pelo exposto, após devidamente demonstrado que: (i) a classificação feita pela Receita Federal da Impugnante no CNAEFiscal, 74993/06, como serviços de decoração de interiores, foi equivocada; (ii) os serviços prestados pela Impugnante, em verdade, dizem respeito instalação, montagem e desmontagem de cenários, mormente os relativos à festas de final de ano, como devidamente demonstrado pelo contrato social da Impugnante, pelos contratos de prestação de serviços firmados com terceiros pelas notas fiscais de prestações de serviços; (iii) em face da jurisprudência administrativa pacífica, os serviços de montagem de móveis não impedem a opção ao SIMPLES, como devidamente demonstrado; (iv) o desenquadramento do SIMPLES sem a devida verificação da efetiva prática Ia atividade supostamente vedada pela Impugnante acarreta na afronta ao princípio da busca da verdade material, que rege todos os atos administrativos; (v) mesmo que a Impugnante realizasse serviços de decoração, tais serviços não se encontram inseridos no rol taxativo que veda a opção para o SIMPLES, constante do artigo 9°, XIII da Lei n° 9.317/96, reiterado pelo artigo 20, XII da Instrução Normativa n° 355/03; (vi) os serviços prestados pela Impugnante não necessitam de profissionais cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida; tal premissa também é válida, ainda na remota hipótese de se considerar os serviços prestados pela Impugnante como sendo de decoração; (vii) é pacífico o entendimento da jurisprudência administrativa, no sentido de que a realização de serviços de decoração não veda a opção ao SIMPLES, desde que não necessite de profissionais que dependam de habilitação profissional legalmente exigida; (viii) fazer com que a exclusão do SIMPLES produza efeitos retroativos, a partir de, janeiro de 2002, fere o princípio da segurança jurídica da Impugnante, na medida em que somente após a notificação da suposta exclusão do SIMPLES é que o ato administrativo poderia produzir efeitos; Fl. 4DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 422 5 Requer a Impugnante preliminarmente, à anulação do Ato Declaratório Executivo DRF/SPO n° 571.704, de 02 de agosto de 2004, na medida em que não se verificou, no 'caso em tela, nenhuma das hipóteses vedadas à opção ao SIMPLES, como robustamente demonstrado. 67. Caso assim não se entenda, no mérito, requer a Impugnante à revogação do Ato Declaratório Executivo DRF/SPO n° 571.704, de 02 de agosto de 2004, com a conseqüente reforma da decisão que julgou improcedente a Solicitação de Revisão de Exclusão do Simples, a fim de que seja cancelada e/ou reformada a sua exclusão do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte — Simples, como devidamente demonstrado nos presentes autos, por ser de merecida JUSTIÇA! Termos em que, Pede Deferimento. Está registrado como resultado do Acórdão da 1ª TURMA/DRJ/SPO I/SP nº 1617.966, de 01/08/2008, fls. 329/347: “Solicitação Indeferida”. Restou ementado ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2002 PRELIMINAR. NULIDADE. Não há que se cogitar de nulidade do ato de exclusão quando observados os requisito l previstos na legislação que rege o processO t administrativo fiscal. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. Não se cogita em cerceamento de defesa quando a empresa exerce plenamente o seu direito! ao , contraditório e à ampla defesa, nos termos estabelecidos pela Constituição Federal e pelo Decreto regulador do processo administrativo i 1, tributário. ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE, PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE; PEQUENO PORTE SIMPLES! Anocalendário: 2002 EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. As pessoas jurídicas cuja atividade seja prestação de serviços de arquiteto, diretor o produtor de espetáculo, consultor e administrador, estão impedidas de optar pe o / Simples, por vedação expressa na Lei criadora e a sistemática simplificada. EFEITOS DA EXCLUSÃO. EXCLUSÃO RETROATIVA. A pessoa jurídica que optou pelo SIMPLES até 27/07/2001, e foi excluída por atividade econômica vedada a partir de 2002, tem o efeito da exclusão retroagido para 01/01/2002, na hipótese de situação excludente ocorrida ,até 31/12/2001. ATO DE EXCLUSÃO X LANÇAMENTO. Fl. 5DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 423 6 Não há que se falar em lançamento de tributos, a teor do que dispõe o art. 142 do CTN. O caso idos autos é diverso, o que se discute restringese à exclusão da recorrente do regime simplificado; o lançamento futuro de tributos somente será efetuado caso se concretize a exclusão que se examina. DECISÕES ADMINISTRATIVAS OU JUDICIAIS. A eficácia de decisões administrativas ou judiciais alcança apenas aqueles ; que originalmente figuraram na contenda. Notificada em 18/03/2009, fl. 349, a Recorrente apresentou o recurso voluntário em 17/04/2009, fls. 363/399, esclarecendo a peça atende aos pressupostos de admissibilidade. Discorre sobre o procedimento fiscal contra o qual se insurge. Reitera todos os argumentos apresentados na manifestação de inconformidade. Acrescenta a houve inovação nos motivos da exclusão em sede julgamento de primeira instância. Conclui 135. Pelo exposto, após devidamente demonstrado que (i) O próprio Acórdão recorrido reconheceu que o fundamento do desenquadramento não é procedente; (ii) O Acórdão, ao alterar o fundamento do desenquadrarnento é inválido; (iii) O desenquadramento da Recorrente dó SIMPLES sem a devida comprovação da .prática da atividade que lhe é atribuída, e vedada acarreta na afronta ao principio da busca da verdade material, que rege todos os atos administrativos; (iv) A motivação do, Ato Administrativo de exclusão, que consiste, no mero apontamento do CNAEFiscal que foi atribuído à Recorrente de ofício, invalida o ato em si; pois carente de seu elemento essencial (motivo, fundamento), além de impedir uma adequada defesa por parte da Recorrente; (v) A classificação feita pela Receita Federal da Recorrente no CNAE Fiscal n° 74993/06, como serviços de decoração .de ,interiores, foi totalmente equivocada, pois ela jamais prestou tais serviços e os serviços que efetivamente presta em nada se confundem'com estes; (vi) Os serviços prestados .pela Recorrente, em verdade, dizem respeito a instalação, montagem e desmontagem de cenários, vitrines e decorações temáticas em estabelecimentos comerciais, como devidamente demonstrado pelo contrato social da Recorrente, pelos contratos de prestação de serviços firmados com terceiros e pelas notas fiscais de prestações de serviços; (vii) Em face da jurisprudência administrativa pacífica, os serviços de vitrinação e montagem de decorações temáticas com móveis não impedem a opção ao SIMPLES; como devidamente demonstrado; (viii) Mesmo que a Recorrente realizasse serviços de decoração, tais serviços não se encontram inseridos no rol taxativo que vedação opção para o SIMPLES, constante do artigo 9º, XIII da Lei n° 9.317/96, e é pacífico entendimento da jurisprudência administrativa, no sentido de que a realização de serviços de Fl. 6DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 424 7 decoração não veda a opção ao SIMPLES, desde que não necessite de profissionais que dependam de habilitação profissional legalmente exigida; (ix) Os serviços prestados pela Recorrente não necessitam de profissionais. cujo exercício, dependa de habilitação profissional legalmente exigida; tal premissa também é válida, ainda na remota hipótese de se considerar os serviços prestados pela Recorrente corno sendo de decoração; (x) A Recorrente não presta, tampouco, os demais serviços que lhe foram atribuídos pela Delegada de Julgamento, como serviços de arquitetura pois não realiza qualquer edificação, construção, obra projeto técnico, ou qualquer outro serviço que possa ser confundido com serviço de arquitetura; (xi) Também não presta serviços de, direção produção de espetáculos mormente porque não realiza ou participa de qualquer espetáculo, na correta acepção da palavra, adotada pela legislação, não obstante a Delegacia tenha pretendido desvirtuar tal conceito; (xii) Tampouco presta serviços de consultoria e administração, já, que somente executa e gerencia seus próprios serviços, jamais é contratada para prestar serviços de consultoria ou administração para outrem não obstante o objetivo da Delegacia de Julgamento fosse classificar ao gerenciamento interno de suas atividades como "prestação de serviços de consultoria e administração"; (xiii) Fazer com , que a exclusão do SIMPLES produza efeitos retroativos, a partir de janeiro de 2002, fere ó princípio da segurança,jurídica da Recorrente,na medida em que somente após a notificação da suposta exclusão do SIMPLES é que o ato administrativo poderia produzir efeitos. 136. Assim, pugna a Recorrente, preliminarmente, pelo, reconhecimento da nulidade do Ato Declaratório Executivo DRF/SPO nº 571.704, de 02 de agosto de 2004, na medida em que não se verificou, no caso em tela,. nenhuma das hipóteses vedadas à opção ao SIMPLES, como robustamente demonstrado. Requer, ainda, que se reconheça a ilegalidade da decisão proferida pela Delegacia de Julgamento, ora recorrida, a qual manteve a exclusão da Recorrente com base em fundamentos distintos daquele apresentados no mencionado Ato Declaratório de exclusão. 137. Caso assim não se entenda, no mérito, REQUER REVOGAÇÃO DO ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO DRF/SPO N° 571.704, de 02 de agosto de 2004, bem como a conseqüente REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA, QUE MANTEVE A EXCLUSÃO DA RECORRENTE DO SIMPLES, A FIM DE QUE SEJA CANCELADA E/ OU REFORMADA A SUA EXCLUSÃO DO REGIME SIMPLIFICADO EM QUESTÃO, DADA A INEXISTÊNCIA DE FUNDAMENTO JURÍDICO QUE SUPORTE TAL EXCLUSÃO, em, especial porque o Ato Declaratório de exclusão, assim como o Acórdão recorrido OFENDEM OS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DA AMPLA DEFESA, DA VERDADE MATERIAL, DA MOTIVAÇÃO E DA EFICIÊNCIA, QUE REGEM O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E A ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, COMO DEVIDAMENTE DEMONSTRADO NOS PRESENTES AUTOS. É o Relatório. Fl. 7DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 425 8 Voto Conselheira Carmen Ferreira Saraiva, Relatora O recurso voluntário apresentado pela Recorrente atende aos requisitos de admissibilidade previstos nas normas de regência. Assim, dele tomo conhecimento. A defesa alega que os atos administrativos são nulos. Ato Declaratório Executivo Derat/SPO/SP nº 571.704, de 02 de agosto de 2004, fl. 04, e o Acórdão da 1ª TURMA/DRJ/SPO I/SP nº 1617.966, de 01/08/2008, fls. 329/347, foram lavrados por servidor competente que regularmente intimou a Recorrente para cumprilo ou impugnálo no prazo legal. As formas instrumentais adequadas foram respeitadas, os documentos foram reunidos nos autos do processo, que estão instruídos com as provas produzidas por meios lícitos. Foi oferecida à interessada a oportunidade de apresentar, no prazo legal, a peça de defesa acompanhada de todos os meios de prova a ela inerentes. O enfrentamento das questões nas peças de defesa denotam perfeita compreensão da descrição dos fatos que ensejaram o procedimento e a indicação dos enquadramentos legais não propiciam a nulidade dos atos em litígio. Os atos administrativos não são carecedores dos requisitos legais, uma vez que contêm expressamente os motivos de fato e de direito que ensejaram e mantiveram a exclusão (inciso XIII do art. 9º da Lei nº 9.317, de 1996), não havendo que se falar em inovação nos motivos da exclusão em sede julgamento de primeira instância. As provas do ilícito tributário constantes nos autos foram exaustivamente analisadas pelas autoridades fiscais. Partindo do pressuposto legal de que a defesa deve comprovar todas as suas alegações na oportunidade própria (art. 15 do Decreto nº 70.235, de 1996), a Recorrente juntou provas aos autos mediante documentos hábeis e idôneos que demonstram que exerce atividade vedada. Por esta razão, as provas constantes nos autos, tais como contrato social e alterações, contratos de prestação de serviços e notas fiscais de prestação de serviços e dados constantes nos registros internos da RFB (CNAEFiscal) constituem um conjunto probatório robusto de que os atos administrativos lavrados de ofício não contêm incorreções. Além disso, foram asseguradas à Recorrente as garantias ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (inciso LIV e inciso LV do art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil CR e Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972). No exercício da função pública, as autoridades administrativas corretamente lavraram os atos administrativos com observância de todos os requisitos legais que lhes conferem existência, validade e eficácia. Logo, não cabem reparos aos procedimentos fiscais. A Recorrente discorda do procedimento de ofício. O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte relativo aos impostos e às contribuições estabelecido em cumprimento ao que determina o disposto no art. 179 da Constituição Federal de 1988 pode ser usufruído desde que as condições legais sejam preenchidas. A Lei nº 9.317, de 1996, fixa à época: Art. 9º Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: [...] XIII que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor Fl. 8DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 426 9 ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico, químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico, administrador, programador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista, publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida; O referido diploma legal impede a opção pelo Simples por parte das pessoas jurídicas: que prestem os serviços profissionais expressamente listados; que prestem os serviços profissionais assemelhados àqueles expressamente listados; que prestem serviços profissionais não expressamente listados, cujo exercício dependa de habilitação legalmente exigida. A hipótese de indeferimento da opção da Requerente pelo Simples com efeito desde 01/01/2002 fundamentada na prestação de serviço profissional de decoração de interiores assemelhada à de engenheiro, pressupõe a obtenção de receita proveniente de atividade vedada, qualquer que seja a sua proporção em relação à totalidade auferida pela pessoa jurídica. Para a solução do litígio, cabe buscar esclarecimentos na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO que determina (fonte: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf, acesso em 06/12/2010): 2629 Designer de interiores de nível superior [...] Descrição Sumária Projetam e executam de forma criativa e científica soluções para espaços interiores residenciais, comerciais e institucionais, visando a estética, a eficiência, a segurança, a saúde e o conforto. Pesquisam produtos, materiais e equipamentos para elaboração e execução de projetos de interiores. [...] 3751 Designers de interiores, de vitrines e visual merchandiser (nível médio) [...] Descrição Sumária Projetam e executam soluções para espaços internos residenciais, comerciais e industriais visando a estética, o bemestar e o conforto. Criam e projetam vitrines, ambientes comerciais e industriais que destaquem e valorizem o produto; projetam programações visuais com os objetivos de estimular o consumo de produtos e de informar o consumidor. Fl. 9DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 427 10 Em relação à prestação de serviço profissional de engenheiro, o referido diploma legal impede a opção pelo Simples por parte das pessoas jurídicas: que prestem os serviços profissionais expressamente listados; que prestem os serviços profissionais assemelhados àqueles expressamente listados; que prestem serviços profissionais não expressamente listados, cujo exercício dependa de habilitação legalmente exigida. A norma de regência adota a interpretação analógica que abrange casos semelhantes por ela regulados. Por seu turno, a Lei nº 5.194, de 1996, prevê: Art. 7º As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiroagrônomo consistem em: a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de economia mista e privada; b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária; c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica; d) ensino, pesquisas, experimentação e ensaios; e ) fiscalização de obras e serviços técnicos; f) direção de obras e serviços técnicos; g) execução de obras e serviços técnicos; h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária. A Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977, que institui a Anotação de Responsabilidade Técnica na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, prevê: Art 1º Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART). Art 2º A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia. § 1º A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia Fl. 10DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 428 11 (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA). No Contrato Social e Alterações está registrado, fls. 149/155 e 292/301: VI o objeto social é de natureza civil e compreende a prestação de serviços visuais e de cenografia, serviços de modelagem, desenhos, elaboração de logomarcas, artes gráfiCas, vitrinação, intermediação de negócios, a participação como acionista ou quotista em outras sociedades com personalidade jurídica, comercial ou civil, congêneres ou não, a participação em empreendimentos de terceiros, inclusive através de uma sociedade em conta de participação e a administração de bens próprios. [...] 1. Acrescentar a atividade de "Locação de Bens Móveis" no objeto social da empresa. Nas Notas Fiscais estão discriminadas as seguintes prestações de serviços, fls. 39/41 e 291, [...] projeto [...] execução [...] desmontagem [...]. Nos Contratos de Prestação de Serviços constam como objeto, fls. 42/117: Constituise objeto do presente instrumento, a realização pela CONTRATADA da criação, administração, montagem e desmontagem da exposição denominada "NATAL DOS 4R's: Respeitar, Restaurar, Reaproveitar e Reciclar", a realizarse no período de 18 de Novembro de 2003 até 06 de Janeiro de 2004, na praça do Edifício Sede do Banco Real, na Av. Paulista, 1374, São Paulo — S.P. A realização da exposição e a prestação dos demais serviços serão executadas de acordo com o estabelecido no Anexo I, parte integrante deste instrumento. [...] Constituise objeto do presente instrumento, a realização pela CONTRATADA da criação, administração, montagem e desmontagem dos projetos de decoração de Natal para o Banco Real de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Sudameris que serão executadas de acordo com o estabelecido nos Anexos I, II e M parte integrante deste instrumento. [...] Constituise objeto do presente instrumento, a realização pela CONTRATADA da criação, administração, montagem e desmontagem da exposição denominada "PAPAI NOEL EXISTE", a realizarse no período de 27 de Novembro de 2001 até 04 de Janeiro de 2002, na praça do Edifício Sede do Banco Real, na Av. Paulista, 1374, São Paulo — S.P. e da criação e administração das intervenções com profissionais vestidos de Papai Noel na Av. Paulista em frente ao Edifício sede da CONTRATANTE. [...] A CONTRATADA, na qualidade de empresa prestadora de serviços visuais e de cenografia, e de produtos para decoração natalina, comprometese a elaborar e desenvolver o projeto, assessorar, executar e gerenciar bem como instalar a decoração de Nata1/2003 na Praça Central, Mall e fachada Faria Lima do CONTRATANTE. O escopo dos serviços inclui a preparação, a montagem, a Fl. 11DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 429 12 manutenção, a desmontagem, a armazenagem adequada, a organização e o inventário de todo material natalino utilizado, conforme especificado na proposta apresentada e aprovada em Julho/2003 e respectivo projeto, que, ora seguem anexos e devidamente rubricados pelas partes integram o presente instrumento, [...] [...] A CONTRATADA, na qualidade de empresa prestadora de serviços visuais e de cenografia, e de produtos para decoração natalina, comprometese a elaborar e desenvolver o projeto, assessorar, executar e gerenciar bem como instalar a 'decoração natalina aérea das praças (Crouton, Romana, Riachuelo e Expansão) e também decoração da aérea do Palco, 3° Piso Expansão e área da árvore e poltrona do Papai Noel, 1° Piso, expansão. O escopo dos serviços inclui a preparação, a montagem, a manutenção a desmontagem, a armazenagem adequada (dos itens pertencentes ao Shopping Center lguatemi Campinas conforme descritos na proposta anexa), a organização e o inventário de todo material natalino utilizado, conforme especificado na proposta apresentada e aprovada em Agosto/2003 e respectivo projeto, que, ora seguem anexos e devidamente rubricados pelas partes integram o presente instrumento, [...] [...] 1. O presente contrato tem por objetivos: a Coordenar o fornecimento de materiais e equipamentos, para a montagem de cenografia e decoração de Natal, descrita no memorial descritivo dos anexos que integram este instrumento. b Coordenar a prestação de serviços de decoração e cenografia, compreendendo a montagem, instalação e desmontagem, a serem prestados pela CONTRATADA à CONTRATANTE, no Shopping Center Iguatemi Porto Alegre. [...] 1.1. O objeto do presente contrato é a prestação de serviços especializados de criação e execução, conforme especificado na cláusula 2.1 deste Contrato, do Projeto de decoração com motivos natalinos para Agência Trianon do BankBoston, sito à Av. Paulista, 1.811, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, no período de 7 de dezembro de 1998 a 6 de janeiro de 1999. Analisando as cláusulas contratuais verificase que a Recorrente se dedica à criação, administração, montagem e desmontagem de decorações de motivos natalinos em estabelecimentos comerciais tais como: instituições financeiras e shopping centers. Cabe ressaltar que toda obra de engenharia, arquitetura e agronomia depende, para sua legalidade, da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) correspondente ao registro do contrato de prestação de serviços, de acordo com a Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977, fato que restou comprovado nos autos nos Contratos de Prestação de Serviços, fls. 42/117: Apresentar ao CONTRATANTE a "ART" — Anotação de Responsabilidade Técnica I, assinada pelo responsável pelo projeto, que deverá ser legalmente habilitado, e devidamente autenticada pelo Órgão competente; [...] Fl. 12DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 430 13 Apresentar ao CONTRATANTE, se necessário for, a "ART" Anotação de Responsabilidade Técnica assinada pelo responsável do projeto, que deverá ser legalmente habilitado, e devidamente autenticada pelo Órgão competente; [...] Apresentar ao CONTRATANTE, se necessário for, a "ART" Anotação de Responsabilidade Técnica assinada pelo responsável do projeto, que deverá ser legalmente habilitado, e devidamente autenticada pelo órgão competente; [...] 3.18 A CONTRATADA fornecerá à CONTRATANTE, até 26 de setembro de 2003 plantas detalhadas da decoração contendo indicações precisas quanto à dimensão, à altura e peso dos cenários em relação aos pisos nos quais estes serão instalados; bem como as ART's (anotação de responsabilidade técnica). [...] 10.2 A CONTRATADA se obriga a apresentar à CONTRATANTE a guia de ART (anotação de responsabilidade técnica) devidamente quitada, para registro no CREA da região da CONTRATANTE, até a data de início da montagem. Em conformidade com a legislação, toda obra de engenharia depende, para sua legalidade, da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Não pode optar pelo Simples a pessoa jurídica que se dedica à decoração de interiores por prestar serviço profissional assemelhado à de engenheiro, quando o contrato de prestação de serviço exige a ART. Examinado as cláusulas contratuais verificase que as contratantes obrigam que a Recorrente apresente a ART assinada pelo responsável do projeto, que deve estar legalmente habilitado, e devidamente autenticada pelo órgão competente Analisando todas estas informações trazidas aos autos pela própria Recorrente, inferese que o serviço por ela prestado depende da ART e por esta razão é assemelhado àquele que necessita de engenheiro, cujo exercício, depende de habilitação profissional legalmente exigida e expressamente listado no inciso XIII do art. 9º da Lei nº 9.317, de 1996. Por conseguinte, os argumentos da Recorrente não podem prosperar. Sobre o efeito retroativo do procedimento fiscal, a Lei nº 9.317, de 1996, determina: Art. 12. A exclusão do SIMPLES será feita mediante comunicação pela pessoa jurídica ou de ofício. Art. 13. A exclusão mediante comunicação da pessoa jurídica darseá: I por opção; II obrigatoriamente, quando: a) incorrer em qualquer das situações excludentes constantes do art. 9°; [...] § 1° A exclusão na forma deste artigo será formalizada mediante alteração cadastral. Fl. 13DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 431 14 [...] Art. 14. A exclusão darseá de ofício quando a pessoa jurídica incorrer em quaisquer das seguintes hipóteses: I exclusão obrigatória, nas formas do inciso II e § 2° do artigo anterior, quando não realizada por comunicação da pessoa jurídica; [...] Art. 16. A pessoa jurídica excluída do SIMPLES sujeitarseá, a partir do período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas. A Instrução Normativa SRF nº 355, de 29 de agosto de 2003, que vigorava à época, previa: Art. 24. [...] Parágrafo único. Para as pessoas jurídicas enquadradas nas hipóteses dos incisos III a XVII do art. 20, que tenham optado pelo Simples até 27 de julho de 2001, o efeito da exclusão dar seá a partir: [...] II de 1º de janeiro de 2002, quando a situação excludente tiver ocorrido até 31 de dezembro de 2001 e a exclusão for efetuada a partir de 2002. Consta no Anexo II da Portaria MF n° 256, de 22 de junho de 2009, alterada pela Portaria MF nº 586, de 21 de dezembro de 2010, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF: Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543 B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Assim, têm aplicação os entendimentos do STJ e do STJ em decisões definitivas de mérito proferidas em repercussão geral e em recurso repetitivo, respectivamente, cujas matérias vinculam esta segunda instância de julgamento. Em relação à matéria, cabe mencionar a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça – STJ proferida em recurso especial representativo da controvérsia, cujo trânsito em julgado ocorreu em 16/06//2010 (https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sLink=ATC&sSeq=9771400&s Reg=200900296277&sData=20100506&sTipo=5&formato=PDF, acesso em 01/02/2011): RECURSO ESPECIAL Nº 1.124.507 MG (2009/00296277) RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : Fl. 14DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 432 15 PROCURADORIAGERAL DA FAZENDA NACIONAL RECORRIDO : MADEPLACAS LTDA ADVOGADO : HÉLCIO GERALDO DE OLIVEIRA CORRÊA E OUTRO(S) EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL.VIOLAÇÃO DOS ARTIGOS 535 e 468 DO CPC. ALEGAÇÕES GENÉRICAS. SÚMULA 284/STF. LEI 9.317/96. SIMPLES. EXCLUSÃO. ATO DECLARATÓRIO. EFEITOS RETROATIVOS. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ART. 15, INCISO II, DA LEI 9.317/96. RECURSO SUBMETIDO AO REGIME PREVISTO NO ARTIGO 543C DO CPC. 1. Controvérsia envolvendo a averiguação acerca da data em que começam a ser produzidos os efeitos do ato de exclusão do contribuinte do regime tributário denominado SIMPLES. Discutese se o ato de exclusão tem caráter meramente declaratório, de modo que seus efeitos retroagiriam à data da efetiva ocorrência da situação excludente; ou desconstitutivo, com efeitos gerados apenas após a notificação ao contribuinte a respeito da exclusão. [...] 5. O ato de exclusão de ofício, nas hipóteses previstas pela lei como impeditivas de ingresso ou permanência no sistema SIMPLES, em verdade, substitui obrigação do próprio contribuinte de comunicar ao fisco a superveniência de uma das situações excludentes. 6. Por se tratar de situação excludente, que já era ou deveria ser de conhecimento do contribuinte, é que a lei tratou o ato de exclusão como meramente declaratório, permitindo a retroação de seus efeitos à data de um mês após a ocorrência da circunstância ensejadora da exclusão. 7. No momento em que opta pela adesão ao sistema de recolhimento de tributos diferenciado pressupõese que o contribuinte tenha conhecimento das situações que impedem sua adesão ou permanência nesse regime. Assim, admitirse que o ato de exclusão em razão da ocorrência de uma das hipóteses que poderia ter sido comunicada ao fisco pelo próprio contribuinte apenas produza efeitos após a notificação da pessoa jurídica seria permitir que ela se beneficie da própria torpeza, mormente porque em nosso ordenamento jurídico não se admite descumprir o comando legal com base em alegação de seu desconhecimento. 8. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, submetido ao regime do artigo 543C do CPC e da Resolução 8/STJ. A situação impeditiva da opção pelo Simples se encontra positivada no ordenamento jurídico e por esta razão o ato de exclusão tem natureza meramente declaratória e a legislação tributária permite a retroatividade de seus efeitos. Fl. 15DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 433 16 Ainda em relação à matéria, vale transcrever o enunciado da súmulas do CARF nº 56, a qual é de adoção obrigatória (art. 72 do Anexo II da Portaria MF n° 256, de 22 de junho de 2009, que aprova o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF) que prevê: No caso de contribuintes que fizeram a opção pelo SIMPLES Federal até 27 de julho de 2001, constatada uma das hipóteses de que tratam os incisos III a XIV, XVII e XVIII do art. 9o da Lei n° 9.317, de 1996, os efeitos da exclusão darseão a partir de 1o de janeiro de 2002, quando a situação excludente tiver ocorrido até 31 de dezembro de 2001 e a exclusão for efetuada a partir de 2002. Neste sentido, cumpridos os requisitos normativos, os efeitos da exclusão darseão a partir de 1º de janeiro de 2002, uma vez que a Recorrente: fez a opção pelo Simples 01/01/2001; a situação excludente prevista no inciso XIII do art. 9º da Lei nº 9.317, de 1996, foi constatada até 31 de dezembro de 2001; a exclusão foi efetuada a partir de 2002. Cabe esclarecer que a opção pelo Simples é um direito da pessoa jurídica que preenche todos os requisitos legais. No presente caso a requerente incorreu em situação excludente e por esta razão estava obrigada a proceder à exclusão mediante comunicação à RFB. Como este procedimento não foi adotado voluntariamente, foi efetuada de forma regular a exclusão de ofício, no estrito cumprimento do dever legal (art. 116 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990). Além disso, a partir dos efeitos da exclusão, ou seja, 01/01/2002, a Recorrente fica sujeita às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas, inclusive às obrigações tributárias principais e acessórias. Logo os efeitos do ato de exclusão devem prevalecer. No que se refere à interpretação da legislação e aos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais indicados na peça recursal, cabe esclarecer que somente devem ser observados os atos para os quais a lei atribua eficácia normativa, o que não se aplica ao presente caso (art. 100 do Código Tributário Nacional). Em relação aos princípios constitucionais que a Recorrente entende que supostamente foram violados, cabe transcrever o enunciado da Súmula CARF n° 2, que é de adoção obrigatória (art. 72 do Anexo II da Portaria MF n° 256, de 22 de junho de 2009, que aprova o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF), e que assim determina: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Logo, este argumento não pode prosperar. Em face do exposto voto, em preliminar, por afastar as nulidades suscitadas, e, no mérito, por negar provimento ao recurso voluntário. Fl. 16DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 434 17 (documento assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva Declaração de Voto Conselheira Ana de Barros Fernandes, Redatora Em que pese o voto da Conselheira Relatora, peço vênia para divergir do entendimento esposado e registrar o meu entendimento sobre as empresas que optam por apurar os tributos federais pela sistemática diferenciada, favorecida e simplificada – Simples e as vedações impostas aos profissionais listados no inciso XIII do artigo 9º da Lei nº 9.317/96. O assunto é deveras polêmico, mas comungo da tese de que a vedação inserida no referido inciso XIII, do art. 9º, da Lei nº 9.317/96 – atividades vedadas aos profissionais prestadores de serviços – é para alcançar as associações destas pessoas, digo, escritórios, clínicas, cursos e assim por diante. No presente caso, a empresa pratica atividades vinculadas à decoração de shoppings, bancos e outra em datas festivas, tais como Natal. Não entendo que estas atividades forçosamente têm que ser praticadas por engenheiros ou arquitetos associados, embora, por questões óbvias de segurança, devam ter um engenheiro responsável pela montagem de cenários decorativos. Só que há uma diferença fundamental em ser uma sociedade civil, ou empresa de engenheiros/arquitetos, e contratarse pessoas qualificadas para desempenharem uma parcela que exija a tal qualificação. Daí que a apresentação de ART, em obras desta natureza – decorativas, no meu entendimento, não é suficiente para impedir a empresa de optar pelo Simples e qualificála como empresa que presta serviços de engenharia ou serviços próprios e exclusivos de arquitetos, quando flagrantemente depreendese dos contratos firmados entre a empresa e terceiros que a atividade principal é a decoração com peças e cenários temáticos. Defendo a tese, ainda, que, ao excluir o contribuinte do sistema por ele optado, o fisco deveria ter produzido a prova de que os sócios da empresa são os tais profissionais que alega, além do código CNAE e a mera vinculação à atividade vedada à adesão ao Simples, nos termos do citado artigo 9º, inciso XIII da Lei do Simples – 9.317/96. Afinal, o ônus da prova é de quem alega e a atividade da empresa, até prova em contrário, é a produção de cenários decorativos, atividade visivelmente conectada à arte e cultura..Assim dispõe o artigo 924 do Regulamento do Imposto de Renda vigente – RIR/99 (Decreto n 3000/99): Fl. 17DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA Processo nº 19679.008309/200516 Acórdão n.º 180100.581 S1TE01 Fl. 435 18 Art. 924. Cabe à autoridade administrativa a prova da inveracidade dos fatos registrados com observância do disposto no artigo anterior (DecretoLei nº 1.598, de 1977, art. 9º, § 2º). (aplicado por analogia) Como bem aventado pela recorrente a própria turma julgadora de primeira instância amoldou a motivação do ato administrativo de exclusão, inovandoa, atitude esta inconcebível consoante disposições do Decreto nº 70.235/72, que disciplina o processo administrativo fiscal – PAF. Concluo, pelo exposto, que as razões de recurso da recorrente merecem ser acolhidas e a recorrente deve ser reintegrada e mantida no Simples. (documento assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Fl. 18DF CARF MF Emitido em 28/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 22/06/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES, 27/06/2011 por CARMEN FERREIRA SARA IVA
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Numero do processo: 15971.000828/2007-32
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 19 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE - SIMPLES Exercício: 2005 APLICAÇÃO DA LEI MATERIAL NO TEMPO. A lei superveniente não alcança fatos ocorridos antes da sua eficácia, que se regem pela lei então vigente. EXCLUSÃO DE OFÍCIO. DEVER FUNCIONAL. No caso de a pessoa jurídica optante incorrer em hipótese legal de vedação e não comunicar espontaneamente o fato, há exclusão de ofício mediante emissão do ato pela autoridade competente, sob pena de responsabilidade funcional. EXCLUSÃO DE OFÍCIO. CIRCUNSTÂNCIA IMPEDITIVA. REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES RELATIVA À VIGILÂNCIA E À LIMPEZA. A opção pelo Simples pressupõe que os motivos que impedem sua adesão ou permanência no regime sejam conhecidas pela pessoa jurídica e a exclusão de ofício tem cabimento no caso de pessoa jurídica obter receita bruta decorrente de circunstâncias impeditivas de realização de operações relativas à vigilância e à limpeza expressamente previstas em lei. EXCLUSÃO DE OFÍCIO. CIRCUNSTÂNCIA IMPEDITIVA.EFEITOS. A norma trata o ato da exclusão do Simples como declaratório de uma circunstância impeditiva preexistente expressamente prevista em lei preexistente, permitindo a retroação de seus efeitos, independentemente se efetuado por comunicação da pessoa jurídica ou de ofício. DOUTRINA.JURISPRUDÊNCIA. Somente devem ser observados os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais para os quais a lei atribua eficácia normativa. INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI.
O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.
Numero da decisão: 1801-000.746
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Carmen Ferreira Saraiva
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A lei superveniente não alcança fatos ocorridos antes da sua eficácia, que se regem pela lei então vigente. EXCLUSÃO DE OFÍCIO. DEVER FUNCIONAL. No caso de a pessoa jurídica optante incorrer em hipótese legal de vedação e não comunicar espontaneamente o fato, há exclusão de ofício mediante emissão do ato pela autoridade competente, sob pena de responsabilidade funcional. EXCLUSÃO DE OFÍCIO. CIRCUNSTÂNCIA IMPEDITIVA. REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES RELATIVA À VIGILÂNCIA E À LIMPEZA. A opção pelo Simples pressupõe que os motivos que impedem sua adesão ou permanência no regime sejam conhecidas pela pessoa jurídica e a exclusão de ofício tem cabimento no caso de pessoa jurídica obter receita bruta decorrente de circunstâncias impeditivas de realização de operações relativas à vigilância e à limpeza expressamente previstas em lei. EXCLUSÃO DE OFÍCIO. CIRCUNSTÂNCIA IMPEDITIVA.EFEITOS. A norma trata o ato da exclusão do Simples como declaratório de uma circunstância impeditiva preexistente expressamente prevista em lei preexistente, permitindo a retroação de seus efeitos, independentemente se efetuado por comunicação da pessoa jurídica ou de ofício. DOUTRINA.JURISPRUDÊNCIA. Fl. 1DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/10/2011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 26/10/2 011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 31/10/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 15971.000828/200732 Acórdão n.º 180100.746 S1TE01 Fl. 89 2 Somente devem ser observados os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais para os quais a lei atribua eficácia normativa. INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. (documento assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente (documento assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva Relatora Composição do Colegiado: Participaram do presente julgamento os Conselheiros Carmen Ferreira Saraiva, Magda Azario Kanaan Polanczyk, Edijalmo Antonio da Cruz, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Edgar Silva Vidal e Ana de Barros Fernandes. Relatório A Recorrente optante pelo Sistema Integrado de Pagamentos de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples) foi excluída de ofício pelo Ato Declaratório Executivo DRF/AQA/SP nº 58, de 24 de agosto de 2007, com efeitos a partir de 16.07.2004, fl. 31. A circunstância que motivou a emissão do ato foi a realização de operações relativas a vigilância e a limpeza (alínea “f” do inciso XII do art. 9º da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996). Cientificada em 30.09.2007, fl. 33, a Recorrente apresentou a manifestação de inconformidade em 01.10.2007, fls. 3652, com as alegações abaixo sintetizadas. Suscita que não deve ser excluída, por não incorrer em atividade vedada. Alega que presta serviço de controle de acesso de pessoas, que não é vedada. Afirma que as pessoas jurídicas distintas Confiança Segurança Empresarial S/S Ltda, CNPJ 66.997.363/0001 25 e Confiança Serviços Administrativos S/S Ltda, CNPJ 68.326.222/000132 exercem, respectivamente, as atividades de vigilância, bem como limpeza e conservação. Acrescenta que é optante pelo Simples Nacional. Procura demonstrar que os efeitos do ato devem ser afastados, tendo em vista o princípio da irretroatividade legal. Agui que somente após a ciência do ato há que se falar em sua eficácia. Entende que tem direito permanecer na sistemática. Fl. 2DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/10/2011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 26/10/2 011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 31/10/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 15971.000828/200732 Acórdão n.º 180100.746 S1TE01 Fl. 90 3 Com o objetivo de fundamentar as razões apresentadas na peça de defesa, interpreta a legislação pertinente, indica princípios constitucionais que supostamente foram violados e faz referência a entendimentos doutrinários e jurisprudenciais em seu favor. Conclui Diante de todo o exposto, visando coibir atos lesivos e danosos a ora contestante, é o presente para requerer à Vossa Senhoria a fim de que se mantenha a empresa no regime Simples, e ainda, se esse não for o entendimento de vossa senhoria, que se abstenha de fazer retroagirem os efeitos do Despacho Decisório de exclusão do SIMPLES, bem como de exigirlhes as diferenças apuradas entre os valores que seriam normalmente recolhidos pelas pessoas jurídicas em geral e aqueles calculados segundo os critérios adotados pelo regime especial previsto pela Lei n° 9.317/96, sob pena de violação a alínea "a", do inciso III, do artigo 150, da Carta Magna c.c. o inciso II, do artigo 15, da Lei acima citada. Consta como resultado do Acórdão da 6ª TURMA/DRJ/RPO/SP nº 14 22.105, de 28.01.2009, fls. 8266: “Solicitação Indeferida”. Restou ementado ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2004 SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA E LIMPEZA. As pessoas jurídicas que realizam operações relativas à prestação de serviços de vigilância e limpeza, por exercerem atividades vedadas pela legislação tributária, estão impedidas de optar pelo Simples Federal. Notificada em 22.04.2009, fl. 67verso, a Recorrente apresentou o recurso voluntário em 04.05.2009, fls. 6879, esclarecendo a peça atende aos pressupostos de admissibilidade. Discorre sobre o procedimento fiscal contra o qual se insurge. Reitera todos os argumentos apresentados na manifestação de inconformidade, inclusive com o mesmo pedido. É o Relatório. Voto Conselheira Carmen Ferreira Saraiva, Relatora O recurso voluntário apresentado pela Recorrente atende aos requisitos de admissibilidade previstos nas normas de regência. Assim, dele tomo conhecimento. A Recorrente defende que é optante pelo Simples Nacional. No ordenamento jurídico vigora o princípio da irretroatividade da lei, como limitador ao direito de poder de tributar, salvo disposição normativa em contrário. Por esta Fl. 3DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/10/2011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 26/10/2 011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 31/10/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 15971.000828/200732 Acórdão n.º 180100.746 S1TE01 Fl. 91 4 razão o procedimento de exclusão sempre deve se reportar à data da ocorrência da situação impeditiva e se rege pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. No período de 01.01.1997 a 30.06.2007, relativo ao ato contestado, o Simples produziu validamente efeitos. A partir de 01.01.2007 começa a vigorar o regime diferenciado de cumprimento de obrigações principais e acessórias de tributos de todos os entes políticos, que não alcança fatos ocorridos antes da sua eficácia, por ser a eles superveniente1. A inferência denotada pela defendente, nesse caso, não é acertada. A Recorrente menciona que o procedimento não poderia ter sido formalizado. A pessoa jurídica optante deve comunicar obrigatoriamente a sua exclusão à RFB, por meio alteração cadastral no prazo previsto em lei, quando incorrer em hipótese legal de vedação. Verificada a falta de informação espontânea, há exclusão de ofício mediante emissão do termo de exclusão do Simples pela autoridade competente, sob pena de responsabilidade funcional, devendo ser observadas as determinações do processo administrativo fiscal2. Por esta razão foi exarado de forma regular o Ato Declaratório Executivo DRF/AQA/SP nº 58, de 24 de agosto de 2007, com efeitos a partir de 16.07.2004, fl. 31, por incorrer em circunstância excludente. A proposição mencionada pela defendente, por conseguinte, não tem validade. A Recorrente afirma que fez a opção nos termos legais. O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido denominado Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples) é mensal e uma opção do sujeito passivo para todo anocalendário, desde que observados os requisitos legais, devendo ser manifestada mediante a alteração cadastral no prazo previsto em lei. A opção pelo Simples é um direito da pessoa jurídica que preenche todos os requisitos legais e que não incorra em circunstância objeto de vedação por expressa previsão legal. O pressuposto é de que os motivos que impedem sua adesão ou permanência no regime sejam dela conhecidas. A exclusão de ofício darseá mediante ato declaratório da autoridade fiscal da RFB que jurisdicione a pessoa jurídica optante, assegurado o contraditório e a ampla defesa, observada a legislação relativa ao processo tributário administrativo. Tratandose de ato vinculado, a Administração Pública tem o dever de motiválo no sentido de evidenciar sua expedição com os requisitos legais que constituem pressupostos essenciais de sua existência e de sua validade3.A exclusão de ofício tem cabimento no caso de pessoa jurídica obter receita bruta decorrente de circunstância impeditiva. O pressuposto é de que não pode optar pelo Simples, a pessoa jurídica que realize operações relativas à vigilância e à limpeza, entendidas como contínuas e postas à disposição da Contratante em caráter permanente. O porteiro tem como atividades principais: identificar pessoas, interfonar, encaminhar as pessoas, acompanhar o visitante, controlar a movimentação das pessoas e 1 Fundamentação legal: alínea "a" do inciso III do art. 150 da Constituição Federal, art. 30 da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996 e art. 88 e art. 89 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 2 Fundamentação legal: Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, art. 13 e art. 14 da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996 e art. 116 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 3 Fundamentação legal: art. 179 da Constituição Federal, art. 2º da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, § 2º do art. 9º do DecretoLei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977 e art. 9º da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996. Fl. 4DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/10/2011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 26/10/2 011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 31/10/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 15971.000828/200732 Acórdão n.º 180100.746 S1TE01 Fl. 92 5 receber materiais. Assemelhase à função de vigilante que zela pela segurança das pessoas, do patrimônio e pelo cumprimento dos regulamentos. Por seu turno, o auxiliar de limpeza desempenha notadamente as seguintes tarefas: lavar pisos, encerar pisos, remover sujeira, varrer pisos, secar pisos, passar pano, limpar cortinas e persianas e recolher lixo em imóveis4. Tem cabimento a análise da situação fática com destaque no conjunto probatório que se refere exclusivamente o motivo constante no ato de exclusão, quais sejam, vigilância e limpeza. A Recorrente/Contratada pactuou o Contrato Particular de Prestação de Serviços em 16.10.2004 com o Condomínio Residencial GranVillage/Contratante, fls. 0811, nos seguintes termos: CLÁUSULA PRIMEIRA DO OBJETO DO CONTRATO A CONTRATADA se obriga a executar os serviços com mão de obra qualificada na função de: 04 — funcionários controladores de acesso/portaria; 01 — funcionário auxiliar geral. Total de 05 (cinco) funcionários CLÁUSULA SEGUNDA DOS SERVIÇOS A execução dos serviços, serão realizados nos seguintes horários: 01 — Posto de Portaria 24 hrs = 720 hrs/mês (segunda à Segundafeira) Escala 12x36; 01 — Auxiliar Geral: 08h:00 às 12h:00 (segunda à Sábado) 04 hrs/dia. Apoio Operacional e Administrativo Para uma efetiva supervisão e funcionabilidade de nossos serviços, bem como o necessário apoio administrativo e social aos nossos funcionários, será deslocado cada 07 dias até o local dos serviços, supervisores altamente qualificados e treinados e todos os dias será deslocado 01 (uma) viatura ronda (24hrs) equipada com rádio até o posto de serviços de Portaria, com lideres altamente qualificados. [...] CLÁUSULA OITAVA DA VIGÊNCIA DO CONTRATO O presente contrato é firmado para viger pelo prazo indeterminado, a partir de 16/10/2004, podendo ser renovado, mediante a confecção de aditivo contratual, com antecedência mínima de 30 (Trinta) dias do término deste instrumento. A Recorrente/Contratada pactuou o Contrato Particular de Prestação de Serviços em 28.06.2005 com a RodoMax Pneus e Acessórios Ltda/Contratante, fls. 2125, nos seguintes termos: CLÁUSULA PRIMEIRA DO OBJETO DO CONTRATO 4 Fundamentação legal. Classificação Brasileira de Ocupações, aprovado pela Portaria do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego nº 397, de 9 de outubro de 2002, Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983 e Ato Declaratório Normativo CST nº 9, de 20 de julho de 1990. Fl. 5DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/10/2011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 26/10/2 011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 31/10/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 15971.000828/200732 Acórdão n.º 180100.746 S1TE01 Fl. 93 6 A CONTRATADA se obriga a executar os serviços com mão de obra qualificada na função de: Funcionários Função 01 Auxiliar de Limpeza CLÁUSULA SEGUNDA DOS SERVIÇOS A execução dos serviços, serão realizados nos seguintes horários: Auxiliar de Limpeza (01 func.) : (08h:00 às 11h:00 / 12h:00 às 17h:45) de Terça a Quinta feira 32 hrs/mês. Domingos e feriados, através de solicitação por escrito da CONTRATANTE, em regime de horas extras. [...] CLÁUSULA OITAVA DA VIGÊNCIA DO CONTRATO O presente contrato é firmado para viger pelo prazo indeterminado, a partir de 28/06/2005, podendo ser renovado, mediante a confecção de aditivo contratual, com antecedência mínima de 30 (Trinta) dias do término deste instrumento. Observando minuciosamente os dados constantes nas Notas Fiscais Fatura de Serviços nºs 00055, 00060 e 00062, todas emitidas em 19.07.2005, fls. 2628 e as informações constantes nos contratos de prestação de serviços, verificase que a Recorrente presta serviços de portaria e de limpeza para outras pessoas jurídicas. A partir da análise os documentos que instruem os autos, inferese que restou evidenciado o exercício da a atividade de porteiro que se assemelha à função de vigilância. Atinente à limpeza, verificase que esta operação de fato é realizada pela Recorrente, havendo subsunção do fato à hipótese legal impeditiva descrita no ato de exclusão. Não foram produzidos no processo novos elementos de prova, de modo que o conjunto probatório já produzido evidencia que o ato de exclusão está correto. A contestação proposta pela defendente, dessa maneira, não se confirma. A Recorrente discorda do efeito retroativo da exclusão. A norma trata o ato da exclusão do Simples como declaratório de uma circunstância impeditiva preexistente expressamente prevista em lei, permitindo a retroação de seus efeitos, independentemente se efetuado por comunicação da pessoa jurídica ou de ofício. Tendo em vista a falta do procedimento voluntário, a exclusão de ofício foi efetivada por ato declaratório da autoridade fiscal que jurisdiciona a Recorrente. A partir da data dos efeitos do ato, ela fica sujeita às demais normas de tributação. Este é o entendimento constante na decisão definitiva de mérito proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Recurso Especial Repetitivo nº 1124507/MG5, cujo trânsito em julgado ocorreu em 16.06.2010 e que deve ser 5 BRASIL.Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial Repetitivo nº 1124507/MG. Ministro Relator: Benedito Gonçalves, Primeira Seção, Brasília, DF, 28 de abril de 2010. Disponível em: <https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sLink=ATC&sSeq=9771400&sReg=20090029627 7&sData=20100506&sTipo=5&formato=PDF>. Acesso em: 31 ago.2011. Fl. 6DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/10/2011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 26/10/2 011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 31/10/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 15971.000828/200732 Acórdão n.º 180100.746 S1TE01 Fl. 94 7 reproduzido pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF6. A inferência denotada pela defendente, nesse caso, não é acertada. No que concerne à interpretação da legislação e aos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais indicados pela Recorrente, cabe esclarecer que somente devem ser observados os atos para os quais a lei atribua eficácia normativa, o que não se aplica ao presente caso7. A alegação relatada pela defendente, consequentemente, não está justificada. Atinente aos princípios constitucionais que a Recorrente aduz que supostamente foram violados, cabe ressaltar que o CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária, uma vez que no âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade8. A proposição afirmada pela defendente, desse modo, não tem cabimento. Em face do exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (documento assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva 6 Fundamentação legal: art. 12, art. 13, art. 14, art. 15 e art. 16 da Lei nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996 e Súmula CARF nº 56. 7 Fundamentação legal: art. 100 do Código Tributário Nacional e art. 26A do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. 8 Fundamentação legal: art. 26A do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972 e Súmula CARF nº 2. Fl. 7DF CARF MF Emitido em 31/10/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/10/2011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 26/10/2 011 por CARMEN FERREIRA SARAIVA, Assinado digitalmente em 31/10/2011 por ANA DE BARROS FERNANDES
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Numero do processo: 10830.007118/2007-24
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 25 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SIMPLES NACIONAL
Ano-calendário: 2007
ATIVIDADE VEDADA. INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS.
Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste
serviços de instrutor, corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios.
Numero da decisão: 1801-000.458
Decisão: ACORDAM, os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Maria de Lourdes Ramirez
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HUMANO LTDA. ME Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL Ano-calendário: 2007 ATIVIDADE VEDADA. INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM, os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) ______________________________________ Ana de Barros Fernandes – Presidente (assinado digitalmente) ______________________________________ Maria de Lourdes Ramirez – Relatora Editado em 25/01/2011. Fl. 1DF CARF MF Emitido em 02/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ Assinado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, 27/01/2011 por ANA DE BARROS FERNA NDES 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Carmem Ferreira Saraiva, Guilherme Pollastri Gomes da Silva, Maria de Lourdes Ramirez, Marcos Vinicius Barros Ottoni, Sandra Maria Dias Nunes e Ana de Barros Fernandes. Relatório Trata-se de Recurso Voluntário interposto contra a decisão da 1ª Turma da Delegacia de Julgamento em Campinas/SP que, por unanimidade de votos, indeferiu a manifestação de inconformidade da interessada apresentada contra a negativa do pleito de inclusão no Simples Nacional, exarado pela Delegacia da Receita Federal em Campinas/SP, em razão da atividade econômica retratada no código CNAE – Fiscal 7020-4/00 consignado no Termo de Opção: “consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica”, vedada para ingresso na sistemática. Na manifestação de inconformidade apresentada contra o indeferimento do pleito a interessada alega praticar atividade não impeditiva e já ter providenciado a alteração do código CNAE-Fiscal na Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica para 85 99-6-04: “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”. Apreciando o litígio a DRJ/CPS indeferiu a solicitação. Estudando o alcance das vedações impostas pelo inciso XI do artigo 17 da Lei Complementar 123, de 2006, analisou o conteúdo semântico da expressão “serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não” consignado no referido dispositivo legal. Ao interpretar o mencionado comando legal, tomou o auxílio do disposto no artigo 966 do Código Civil – Lei no. 10.406, de 10 de janeiro de 2002, concluindo que o inciso XI, parte primeira do artigo 17 da Lei Complementar 123, de 2006, cuidaria de vedar o não empresário ao ingresso Simples Nacional. Assim, valendo-se de pesquisas realizadas junto aos sistemas informatizados da Receita Federal, estudou as atividades exercidas pela contribuinte solicitante para deduzir que, em que pese haver registrado seus estatutos sociais junto ao órgão de registro típico dos empresários e sociedades empresárias – Registro Público de Empresas Mercantis – deduziu que “o interessado não se valeu do fator de produção trabalho/mão-de-obra, pois é certo que nas GFIP’s entregues anota-se pagamento de remuneração justa e simplesmente para um dos sócios, isto é, a Sra. Evelyn Kaufmann Correia. Donde se vê que, de fato, não se destaca neste Contribuinte como elemento autônomo o fator de produção trabalho/mão-de-obra. São os próprios sócios (no caso, a sócia), e exclusivamente eles (exclusivamente ela), que concorrem com sua força intelectual/laborativa para dar cabo do objeto social anunciado nos atos constitutivos”. Assim, o objeto social constante do estatuto social estaria submisso a primeira parte do inciso XI do artigo 17 da LC 123, de 2006: “Prestação de Serviços de Fl. 2DF CARF MF Emitido em 02/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ Assinado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, 27/01/2011 por ANA DE BARROS FERNA NDES Processo nº 10830.007118/2007-24 Acórdão n.º 1801-00.458 S1-TE01 Fl. 63 3 Desenvolvimento Humano, Cursos de Capacitação e Orientação Profissional e Educação Corporativa Empresarial”, atividade vedada para ingresso no sistema. Cientificada, em 05/05/2009, do indeferimento de sua solicitação, como comprova o Aviso de Recebimento de fl. 51, apresenta, a contribuinte, em 12/05/2009, Recurso Voluntário em face deste Colegiado. Depois de oferecer justificativas a respeito da tempestividade da manifestação de inconformidade, o que já havia sido superado pela própria DRJ em Campinas/SP, ressalta ser sociedade empresária nos termos do artigo 966 do Código Civil. Afirma que a atividade econômica explorada pela empresa não necessitaria de mão-de-obra externa, mas que isso não seria impedimento ao ingresso no Simples, observando, ainda, que o código CNAE-Fiscal estaria em consonância com os serviços prestados de cursos gerenciais, atividade permitida na sistemática simplificada como determinaria o parágrafo 3 o . do artigo 12. da Resolução CGSN no. 4, de 2007. Ao final pugna pelo deferimento do pleito. É o relatório. Voto Conselheira Maria de Lourdes Ramirez, Relatora O Recurso é tempestivo e dotado dos pressupostos para sua admissibilidade, pelo que dele tomo conhecimento. No mérito verifica-se que a empresa recorrente teve indeferido seu pleito de inclusão na sistemática do Simples Nacional por praticar atividades consideradas vedadas pela legislação de regência.. A Lei Complementar no. 123, de 14 de dezembro de 2006, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispôs, no artigo 17, sobre vedações ao ingresso no Simples Nacional, elencando, dentre outras, as seguintes situações: Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: ... XI – que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza Fl. 3DF CARF MF Emitido em 02/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ Assinado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, 27/01/2011 por ANA DE BARROS FERNA NDES 4 técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; ... XIII - que realize atividade de consultoria; O fundamento legal para indeferimento do ingresso da empresa no Simples Nacional foi o inciso XIII do artigo 17 acima citado. De acordo com a 2 a . Alteração de Contrato Social, datada de 16/07/2007 e registrada na JUCESP em 13/09/2007 (fls. 03/08) o objeto social da empresa é o seguinte: “Prestação de Serviços de Consultoria, Capacitação e Suporte Empresarial, Bem Como Desenvolvimento Humano, Mercadológico e Orientação Profissional e Representações Comerciais por Conta e Ordem de Terceiros para Prestação de Serviços de Desenvolvimento Humano, Cursos de Capacitação e Orientação Profissional e Educação Corporativa Empresarial” É verdade que o parágrafo 3 o . do artigo 12. da Resolução CGSN no. 4, de 2007 excluiu das vedações impostas pelo inciso XI do artigo 17 da Lei Complementar no. 123, de 2006, as escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais. Entretanto, o objeto social da solicitante descrito na 2 a . Alteração do Contrato Social, cuja cópia encontra-se à fls. 03 a 08, é vasto e muito abrangente e enumera diversas outras atividades que também se enquadram nas referidas vedações. As atividades descritas no objeto social definido nos atos constitutivos da pessoa jurídica relacionam-se diretamente às seguintes atividades vedadas, elencadas no citado dispositivo legal: (i) Atividade Intelectual: Prestação de Serviços de Capacitação e Suporte Empresarial, Bem Como Desenvolvimento Humano, Mercadológico e Orientação Profissional; (ii) Serviços de Instrutor: Cursos de Capacitação e Orientação Profissional e Educação Corporativa Empresarial; (iii) Intermediação de Negócios: Representações Comerciais por Conta e Ordem de Terceiros; (iv) Atividade de Consultoria: Prestação de Serviços de Consultoria. Também é verdade que o código CNAE-Fiscal da empresa foi alterado em 20/08/2007 para 85 99-6-04: “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”. Todavia não é o código CNAE-Fiscal o fator determinante da atividade da pessoa jurídica e sim o que vai descrito em seus estatutos sociais, especificamente no objeto social da empresa. Observe-se que até a presente data não consta dos autos qualquer alteração no objeto social da empresa, que permanece o mesmo descrito às fls. 03 a 08. Ademais, uma rápida visita ao sítio da empresa na “internet” – www.forsterbr.com.br - demonstra ser a interessada uma companhia de grande porte, especializada em treinamento e desenvolvimento humano, gestão de negócios e desenvolvimento de mercado, tendo como principais clientes, dentre outros, a 3M, Banco do Brasil, Ciesp, CPFL, DHL, Dow Corning, Karcher, para os quais fornece os seguintes serviços: - Palestras, Cursos, Workshops, Programas de Educação, Treinamento; - Gestão Empresarial, Implantação de Sistemas de Gestão Integrada, da Qualidade, Ambiental e Saúde e Segurança Ocupacional; Fl. 4DF CARF MF Emitido em 02/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ Assinado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, 27/01/2011 por ANA DE BARROS FERNA NDES Processo nº 10830.007118/2007-24 Acórdão n.º 1801-00.458 S1-TE01 Fl. 64 5 - Educação e Desenvolvimento Humano Organizacional - Recrutamento e Seleção; - Planejamento de Carreira; - Desenvolvimento de Negócios em Novos Mercados. - Estudos de viabilidade e otimização de produção. Assim, diante da prova da prática de atividades que impedem o ingresso da empresa interessada na sistemática do Simples Nacional não há como atender o seu pleito. Por todo o exposto voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário. Sala de Sessões, 25 de janeiro de 2011. (assinado digitalmente) ______________________________________ Maria de Lourdes Ramirez – Relatora Fl. 5DF CARF MF Emitido em 02/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ Assinado digitalmente em 26/01/2011 por MARIA DE LOURDES RAMIREZ, 27/01/2011 por ANA DE BARROS FERNA NDES
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Numero do processo: 15971.000322/2007-23
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 25 00:00:00 UTC 2011
Ementa: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – Simples Ano calendário: 2002 Ementa: OPÇÃO PELO SIMPLES. COMPROVAÇÃO DO IMPEDIMENTO LEGAL. Havendo nos autos prova de que a pessoa jurídica tenha exercido a atividade impeditiva de arquitetura e consultoria torna-se cabível a sua exclusão do SIMPLES por restar configurado o impedimento legal de que trata o inciso XIII do artigo 9º da Lei nº 9.317/96.
Numero da decisão: 1802-000.895
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
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ementa_s : Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – Simples Ano calendário: 2002 Ementa: OPÇÃO PELO SIMPLES. COMPROVAÇÃO DO IMPEDIMENTO LEGAL. Havendo nos autos prova de que a pessoa jurídica tenha exercido a atividade impeditiva de arquitetura e consultoria torna-se cabível a sua exclusão do SIMPLES por restar configurado o impedimento legal de que trata o inciso XIII do artigo 9º da Lei nº 9.317/96.
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COMPROVAÇÃO DO IMPEDIMENTO LEGAL. Havendo nos autos prova de que a pessoa jurídica tenha exercido a atividade impeditiva de arquitetura e consultoria tornase cabível a sua exclusão do SIMPLES por restar configurado o impedimento legal de que trata o inciso XIII do artigo 9º da Lei nº 9.317/96. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins De Sousa – Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José De Oliveira Ferraz Corrêa, Marco Antonio Nunes Castilho, Nelso Kichel, André Almeida Blanco e Marcelo de Assis Guerra. Relatório Fl. 1DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 2 Por economia processual e bem descrever a lide adoto o Relatório da decisão recorrida (fl.31) que a seguir transcrevo: Trata o processo, de exclusão da contribuinte acima identificada do Sistema Integrado de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte — SIMPLES (Federal), a partir de 01/01/2002 conforme Ato Declaratório Executivo (ADE) DRF/Araraquara/SP n° 66, de 25 de setembro de 2007 (fl. 20), considerando que a empresa exerceu atividade vedada para a opção pelo sistema, de acordo com a Lei n° 9.317, de 1996, art. 9°, inciso XIII — "serviços de arquiteto" e "serviços de consultor", conforme consta do despacho decisório de fls. 18/19. Mediante recebimento do ADE, e do referido despacho, conforme da comunicação DRF/Araraquara/Sacat n° 636 (fl.21), a contribuinte teve ciência da exclusão em 02/10/2007(AR de fl. 22), tendo em vista as atividades de arquiteto e consultor. Em 24/10/2007, apresentou manifestação de inconformidade (fl. 24), na qual solicitou o cancelamento de sua exclusão do regime, em suma, sob os seguintes argumentos: • A empresa, constituída em 1997, tinha como objeto social e o exercia, elaboração de desenhos e modelagem gráfica, trabalho que não necessita de nenhum conhecimento técnico especializado. Qualquer pessoa pode desenvolver essa atividade. , • Atuou nesse ramo até 28/09/2004, quando então realmente passou a exercer, uma nova atividade: projetos e arquitetura, assessoria técnica em construção planejamento e gerenciamento de obras e de reformas em casas, edifícios, prédios e demais imóveis, conforme registro de alteração contratual no registro civil de pessoas jurídica sob n° 39037. Na Receita Federal foi entregue a declaração da pessoa jurídica relativa ao exercício 2005, anocalendário 2004 e em consulta elaborada junto ao órgão, a empresa estava enquadrada no regime. • Todos os impostos foram devidamente recolhidos e as obrigações acessórias cumpridas, pleiteando ser considerada enquadrada no Simples, após o período da data da alteração contratual. A 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ/Ribeirão/SP), decidiu pelo indeferimento da solicitação do Contribuinte mediante o Acórdão nº 1425.561, de 05/08/2009 (fls.30/32), assim ementado: ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2002 ATIVIDADE VEDADA. ARQUITETO. CONSULTOR. Constatado nos autos que a empresa exerce atividade de arquiteto e consultor, vedadas pela legislação tributária para opção pelo Simples, cabe sua exclusão do sistema. Fl. 2DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 15971.000322/200723 Acórdão n.º 180200.895 S1TE02 Fl. 2 3 A empresa foi cientificada da decisão acima, conforme o Aviso de Recebimento (AR), de 14/09/2009, fl.34, e, interpôs o recurso voluntário ao Conselho de Contribuintes atual Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF, em 09/10/20, fl.35. com os mesmos argumentos apresentados na manifestação de inconformidade em sede de primeira instância. A recorrente alega, em síntese, que a empresa inicialmente denominada Cryonics Serviços Técnicos S/C Ltda., constituída em 07/10/1997 com a atividade de elaboração de desenhos e modelagem gráfica (editoração eletrônica), tinha como finalidade desenvolver catálogos de equipamentos e materiais audiovisuais diversos para promoção, marketing institucional e comercial. Os produtos eram produzidos a partir de ferramentassofwares de tratamento de imagens e demais recursos audiovisuais e finalizados na forma de catálogos ou imagens, que eram posteriormente entregues aos clientes. Estas atividades eram perfeitamente compatíveis com o sistema tributário denominado “Simples” e perduraram até 09/2004, quando a atividade foi abandonada e substituída pela atividade de elaboração de projetos de arquitetura. Afirma que somente em 01/09/2004 é que a empresa passa a trabalhar com projetos de Arquitetura o que não era possível anteriormente porque só a partir de 2003 é que foi obtida a habilitação nesta área. A recorrente explica que nas cópias das notas fiscais anexadas a este processo, a palavra "consultoria", que aparece em algumas das notas no campo descrição dos serviços foi empregada de maneira errada, sua intenção era apenas a de ressaltar o caráter de assunto de seu domínio, conhecimento específico a despeito de catálogos de produtos e ou imagem institucional, não sendo, portanto nenhuma atividade relacionada a arquitetura ou consultoria como entendido pela Receita Federal. Finalmente, a recorrente solicita que a exclusão do sistema Simples só ocorra a partir da data de alteração real de sua nova atividade, ou seja, 01/09/2004. É o relatório. Fl. 3DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 4 Voto Conselheira Relatora Ester Marques Lins De Sousa O recurso voluntário é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235/72, dele conheço. A Recorrente requer seja reformada a decisão no tocante ao Ato Declaratório Executivo DRF/AQA n° 66, de 25 de setembro de 2007, por entender que as condutas praticadas pela Recorrente até 01/09/2004 não são vetadas pela legislação do SIMPLES, ou seja que não exerceu a atividade de “consultoria e arquitetura” até a mencionada data, somente a partir de 01/09/2004 em que a empresa passa a trabalhar com projetos de Arquitetura. Sobre o assunto a Lei n° 9.317/1996 em seu art. 9°, inciso XIII, e inciso II do artigo 15, assim dispõe: Art. 9° Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: (...) XIII que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico, químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico, administrador, programador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista, publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida; (...) Art. 15. A exclusão do SIMPLES nas condições de que tratam os arts. 13 e 14 surtirá efeito: I a partir do anocalendário subseqüente, na hipótese de que trata o inciso I do art. 13; II a partir do mês subseqüente ao em que incorrida a situação excludente, nas hipóteses de que tratam os incisos III a XVIII do art. 9º; II a partir do mês subseqüente àquele em que se proceder à exclusão, ainda que de ofício, em virtude de constatação de situação excludente prevista nos incisos III a XVIII do art. 9o; (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.1998) (Vide Lei nº 10.925, de 2004) II a partir do mês subseqüente ao que for incorrida a situação excludente, nas hipóteses de que tratam os incisos III a XIV e XVII a XIX do caput do art. 9o desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) III a partir do início de atividade da pessoa jurídica, sujeitandoa ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos impostos e contribuições, devidos de conformidade com as normas gerais de incidência, acrescidos, apenas, de juros Fl. 4DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 15971.000322/200723 Acórdão n.º 180200.895 S1TE02 Fl. 3 5 de mora quando efetuado antes do início de procedimento de ofício, na hipótese do inciso II, "b", do art. 13; IV a partir do anocalendário subseqüente àquele em que for ultrapassado o limite estabelecido, nas hipóteses dos incisos I e II do art. 9º; V a partir, inclusive, do mês de ocorrência de qualquer dos fatos mencionados nos incisos II a VII do artigo anterior. VI a partir do anocalendário subseqüente ao da ciência do ato declaratório de exclusão, nos casos dos incisos XV e XVI do caput do art. 9o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) (Destaquei) Sobre os efeitos da exclusão em seu aspecto temporal, cumpre lembrar que o artigo 73 da Medida Provisória nº 2.15835/01 regulamentou o assunto da seguinte forma: (...) Art.73.O inciso II do art. 15 da Lei no 9.317, de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: (Revogado pela Lei nº 11.196, de 2005) "IIa partir do mês subseqüente ao que incorrida a situação excludente, nas hipóteses de que tratam os incisos III a XIX do art. 9º;” (NR) (Revogado pela Lei nº 11.196, de 2005) As Notas Fiscais juntadas aos autos, fls.07/12 emitidas no período de 2001 e 2002, registram, no campo "Natureza da Operação", que se trata de prestação de serviços, e na descrição dos serviços “Consultoria”. Concluise assim, que a recorrente teve como objetivo social (fl.13) a prestação de qualquer dos serviços (de desenho e modelagem gráfica), no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (fl.02), serviços de arquitetura, e, comprovado nos autos que exerceu atividade de consultoria, portanto, não reúne condições para adesão ao sistema tributário SIMPLES. A documentação acima mencionada deixa comprovado que a recorrente exerceu a atividade de prestação de serviços de consultoria o que é vedado conforme inciso XIII do artigo 9º da Lei nº 9.317/96. De fato, pelo citado dispositivo legal excluise do referido SIMPLES a atividade de arquitetura e consultoria. A recorrente afirma que somente em 01/09/2004 é que a empresa passa a trabalhar com projetos de Arquitetura o que não era possível anteriormente porque só a partir de 2003 é que foi obtida a habilitação nesta área. Ora, tal afirmação não significa provar que não exercia de fato a atividade de arquitetura antes da dita “habilitação”, até porque na Nota Fiscal fl.05, consta “Serviços Realizados na Obra...” Fl. 5DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 6 A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Araraquara/SP emitiu o Ato Declaratório Executivo AQA/SPO n°66/2007, de exclusão do SIMPLES em 25/09/2007, com efeitos retroativos a partir de 01/01/2002 (fl. 20) cientificado ao interessado em 02/10/2007 (fl. 22). Consta dos fundamentos para a expedição do Ato Declaratório à fl.18, a seguinte conclusão: Em linhas gerais, a empresa Mirô Arquitetura e Urbanismo elabora desenhos técnicos, projetos e presta consultoria nesta área (conforme notas fiscais anexas), estando assim impedida em optar pelo SIMPLES, pois presta serviços profissionais de arquiteto e também de consultor nesta área. Desse modo, ainda, que constatada a situação excludente, prevista no inciso XIII do artigo 9º, e expedido o Ato Declaratório somente em 2007, os efeitos da exclusão retroagem ao tempo em que incorrida tal situação excludente. Tratase pois, de respeito ao princípio da legalidade, pois, desde 2001 com a edição da MP nº nº 2.15835, de 24 de agosto de 2001, e, com a nova redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005 ao inciso II do art. 15 da Lei no 9.317, de 1996, a exclusão do SIMPLES na condição de que trata o presente processo (inciso XIII do caput do art. 9o da Lei 9.317/96) tem efeito retroativo a partir do mês subseqüente ao que for incorrida a situação excludente, ou seja, em 01/01/2002, e, não a partir de 2004 porque habilitada claramente a exercer a atividade de arquitetura como pretende a recorrente. Conforme demonstrado nas notas fiscais (fls.07/12)desde 2001 a recorrente se encontrava em situação irregular, razão pela qual deve ser mantida a exclusão a partir do mês subseqüente ao que incorrida a situação excludente, portanto, a partir de 01/01/2002. Com efeito, havendo nos autos prova de a pessoa jurídica exerceu atividade de consultoria e arquitetura em 2001, resta configurado o impedimento legal de que trata o inciso XIII do artigo 9º da Lei nº 9.317/96, portanto, cabível a sua exclusão da sistemática do Simples, a partir de 01/01/2002, nos termos da Súmula CARF nº 56 (Portaria CARF nº 49 de 01/12/2010), verbis: Súmula CARF nº 56: No caso de contribuintes que fizeram a opção pelo SIMPLES Federal até 27 de julho de 2001, constatada uma das hipóteses de que tratam os incisos III a XIV, XVII e XVIII do art. 9º da Lei n° 9.317, de 1996, os efeitos da exclusão darseão a partir de 1º de janeiro de 2002, quando a situação excludente tiver ocorrido até 31 de dezembro de 2001 e a exclusão for efetuada a partir de 2002. Diante do exposto, voto no sentido de NEGAR provimento ao recurso. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins De Sousa Fl. 6DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 15971.000322/200723 Acórdão n.º 180200.895 S1TE02 Fl. 4 7 Fl. 7DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
score : 1.0
Numero do processo: 13710.002969/2004-92
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri Mar 16 00:00:00 UTC 2012
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE - SIMPLES Ano-calendário: 2004
ATO DECLARATÓRIO DE EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. SERVIÇO DE PRÓTESE DENTÁRIA.
Não pode recolher os impostos na forma do SIMPLES, a pessoa jurídica prestadora de serviços de prótese dentária, por desenvolver atividade cujo exercício exige habilitação profissional legal.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 1801-000.937
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Edgar Silva Vidal
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ementa_s : SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE - SIMPLES Ano-calendário: 2004 ATO DECLARATÓRIO DE EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. SERVIÇO DE PRÓTESE DENTÁRIA. Não pode recolher os impostos na forma do SIMPLES, a pessoa jurídica prestadora de serviços de prótese dentária, por desenvolver atividade cujo exercício exige habilitação profissional legal. Recurso Voluntário Negado.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2004 ATO DECLARATÓRIO DE EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. SERVIÇO DE PRÓTESE DENTÁRIA. Não pode recolher os impostos na forma do SIMPLES, a pessoa jurídica prestadora de serviços de prótese dentária, por desenvolver atividade cujo exercício exige habilitação profissional legal. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator (Documento assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes – Presidente (Documento assinado digitalmente Edgar Silva Vidal Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Carmem Ferreira Saraiva, Marcos Vinicius Barros Ottoni, Maria de Lourdes Ramirez, Edgar Silva Vidal, Luiz Guilherme de Medeiros Ferreira e Ana de Barros Fernandes Fl. 49DF CARF MF Impresso em 04/04/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 04/04/2012 po r ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 25/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL 2 Relatório A Recorrente foi excluída do SIMPLES a partir de 01/01/2002, pelo Ato Declaratório Executivo DERAT/RJO nº 535.658, de 02 de agosto de 2004, por exercer atividade econômica vedada “outras atividades de serviços profissionais da área de saúde” CNAE 85154/99. O Ato teve por fundamentação legal a Lei 9.317, de 05/12/1996, art. 9º, XIII, art. 12, art. 14, I, art. 15, II ; Medida Provisória nº 2.15834, de 27/07/2001, art. 73, Instrução Normativa SRF nº 355, de 29/08/2003, art. 20, XII, art. 21, art.. 23, I, art. 24, II c/c parágrafo único. A atividade da Recorrente é a prestação de serviços de prótese dentária. Comunicada da exclusão em 26/08/2004 (fls. 14), a contribuinte solicitou Revisão do ato junto à DERAT/RJ, mas teve seu pleito indeferido (fls. 01/03). Cientificada do Despacho Denegatório em 17/08/2006 (fls. 21v), apresentou impugnação em à DRJ, alegando, em síntese (fls. 23/25) I a exclusão efetivada mais de sete anos após a empresa haver optado pelo regime, e ainda por cima 'com efeitos retroativos, ofende o principio da segurança jurídica, o do ato jurídico perfeito, o da moralidade, o do não confisco e o da capacidade contributiva, entre outros; II no caso especifico, a própria Receita Federal aceitou os débitos confessados pela empresa na sistemática 'do Simples, e tanto isto é verdade que tais dividas encontramse parceladas no âmbito do PAES, programa de regularização Fiscal instituído pela Lei n° 10.684/2003; III o Supremo Tribunal Federal, por outro lado, ao apreciar o pedido de liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 1.643/UF, entendeu que o inciso XIII do art. 9° da Lei n° 9.317/1996, vedaria a opção pelo Simples somente para as pessoas jurídicas prestadoras de serviços que dependam de habilitação profissional exigida e regulamentada por lei; IV a atividade desenvolvida pela empresa, que é de prestação de serviços de prótese dentária, não se enquadra, absolutamente, entre aquelas que exigem habilitação profissional legalmente exigida; IV muito embora a definição da forma e das dimensões da prótese dentária seja de competência do dentista, profissional com habilitação legalmente exigida, o trabalho de confecção da prótese pode ser realizado por um protético, profissional de nível técnico cuja formação é de apenas dois anos, sem necessidade de registro no conselho próprio dos dentistas. Em sessão de julgamento de 12 de abril de 2007. a 4ª Turma DRJ/RJOI, com o Acórdão nº 1213.901, indeferiu a Solicitação, tendo por base a Lei nº 6.710, de 05 de Fl. 50DF CARF MF Impresso em 04/04/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 04/04/2012 po r ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 25/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL Processo nº 13710.002969/200492 Acórdão n.º 180100.937 S1TE01 Fl. 43 3 novembro de 1979, regulamentada pelo Decreto nº 87.689, de 11 de outubro de 1982, que tratam da profissão de Técnico em Prótese Dentária. Intimada do Acórdão em 19/6/2007 (fls. 34), interpôs Recurso Voluntário em 16/7/2007 (fls. 35/39), onde alega: I –dentre as profissões vedadas pelo artigo 9º, inciso XIII, da Lei 9.317/96 cujo exercício depende de habilitação profissionalmente exigida está a de dentista, mas não a de protético, simplesmente porque a profissão de protético depende do dentista, ou seja, o protético é um auxiliar do dentista; II – por não estar identificado na Lei, a rigor, está excluído da vedação citada; III – A Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, em seu artigo 17, cita as profissões vedadas para adesão ao SIMPLES e outras que agora podem optar pelo benefício, mas não veda expressamente a profissão de protético; IV – reconhece que a profissão de protético é regulamentada por Lei, no caso a 6.710, de 05 de novembro de 1979, regulamentada pelo Decreto nº 87.689, de 11 de outubro de 1982 que exigem para sua habilitação, curso profissional a nível de 2º grau e inscrição no Conselho Regional de Odontologia; V repete, o protético é um profissional com formação exigida apenas de 2° grau, seu trabalho é monitorado,conferido e com acabamento do dentista, este, sim, um profissional de curso superior que tem responsabilidade pessoal na hipótese da aplicação da prótese, já que ela é encomendada, desenhada e aplicada por ele, dentista. VI – destaca o aspecto da responsabilidade pessoal, já que o propósito da lei é justamente o de vedar no SIMPLES aqueles profissionais de profissões legalmente regulamentadas, e que tenham responsabilidade pessoal com o trabalho realizado, caso dos médicos (qualquer erro, responde no Conselho de Medicina), assim como advogados, etc. Pede o provimento do Recurso. É o relatório. Fl. 51DF CARF MF Impresso em 04/04/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 04/04/2012 po r ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 25/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL 4 Voto Conselheiro Edgar Silva Vidal – Relator O Recurso Voluntário é tempestivo e dele conheço. A Recorrente foi excluída do SIMPLES por exercer atividade vedada nos termos do artigo 9º, XIII, da Lei nº 9.317, de 1996. Embora a Recorrente apresente vários argumentos, não há como mantêla no SIMPLES, pois como reconhecido pela própria, a profissão de protético é regulamentada por Lei, no caso a nº 6.710, de 05 de novembro de 1979, regulamentada pelo Decreto nº 87.689, de 11 de outubro de 1982, que exigem para sua habilitação, curso profissional a nível de 2º grau e inscrição no Conselho Regional de Odontologia, enquadrandose perfeitamente na parte final do art. 9º , XIII, da Lei 9.317/96: Art. 9° Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: (...) "XIII — que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico, químico, economista, contador, auditor, consultor,estatístico, administrador, programador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista, publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício depende de habilitação profissional legalmente exigida. Diante do exposto voto para negar provimento ao Recurso (Documento assinado digitalmente) Edgar Silva Vidal – Relator Fl. 52DF CARF MF Impresso em 04/04/2012 por ANA DE BARROS FERNANDES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL, Assinado digitalmente em 04/04/2012 po r ANA DE BARROS FERNANDES, Assinado digitalmente em 25/03/2012 por EDGAR SILVA VIDAL
score : 1.0
Numero do processo: 10840.002339/2003-63
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Dec 06 00:00:00 UTC 2007
Ementa: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples
Ano-calendário: 2004
Ementa: SIMPLES / EXCLUSÃO RETROATIVA.
Comprovado que a recorrente, pequena sociedade empresária, se dedicando ao ramo de comercialização no varejo e instalações de materiais elétricos em geral, prestados por técnico de nível médio, e que este ramo não se confunde com a prestação de serviços privativos de engenheiros, assemelhados e profissões legalmente regulamentadas de engenharia elétrica ou ramo de construção de imóveis, sendo essa atividade exercida pela recorrente perfeitamente permitida pela legislação vigente aplicável, é de incluir retroativamente a recorrente no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES.
Recurso Voluntário Provido
Numero da decisão: 303-35.043
Decisão: ACORDAM os Membros da TERCEIRA CÂMARA do TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do relator.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Silvio Marcos Barcelos Fiúza
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ementa_s : Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples Ano-calendário: 2004 Ementa: SIMPLES / EXCLUSÃO RETROATIVA. Comprovado que a recorrente, pequena sociedade empresária, se dedicando ao ramo de comercialização no varejo e instalações de materiais elétricos em geral, prestados por técnico de nível médio, e que este ramo não se confunde com a prestação de serviços privativos de engenheiros, assemelhados e profissões legalmente regulamentadas de engenharia elétrica ou ramo de construção de imóveis, sendo essa atividade exercida pela recorrente perfeitamente permitida pela legislação vigente aplicável, é de incluir retroativamente a recorrente no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES. Recurso Voluntário Provido
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Comprovado que a recorrente, pequena sociedade empresária, se dedicando ao ramo de comercialização no varejo e instalações de materiais elétricos em geral, prestados por técnico de nível médio, e que este ramo não se confunde corn a prestação de serviços privativos de engenheiros, assemelhados e profissões legalmente regulamentadas de engenharia elétrica ou ramo de construção de imóveis, sendo essa atividade exercida pela recorrente perfeitamente permitida pela legislação vigente aplicável, é de incluir retroativamente a recorrente no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES. Recurso Voluntário Provido Processo n.° 10840.002339/2003-63 Acórdão n.° 303-35.043 CC03/CO3 Fls. 183 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da TERCEIRA CÂMARA do TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do relator. ANELI E DAUDT PRIETO Presidente SILVIO MAR OS BARCELOS FIÚZA Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Nanci Gama, Nilton Luiz Bartoli, Marciel Eder Costa, Luis Marcelo Guerra de Castro, Tardsio Campelo Borges e Zenaldo Loibman. Process() n.° 10840.002339/2003-63 AcOrclào n.° 303-35.043 CC03/CO3 Fls. 184 Relatório Trata o presente da manifestação de inconformidade contra Ato Declaratório Executivo n° 53 de 29 de outubro de 2004, que excluiu a empresa do SIMPLES, em face da atividade exercida pela pessoa jurídica — instalações de materiais elétricos em geral — foi considerada atividade de construção de imóveis, conforme disciplina o inciso V, art. 9° da lei no 9.317/96. A DRF de Julgamento em Ribeirao Preto — SP, através do Acórdão n° 14- 12.424 de 24/04/2006 indeferiu a solicitação do contribuinte, nos termos que a seguir se transcreve textualmente do original: "A manifestação de inconformidade apresentada atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto n° 70.235, de 06/03/1972, e alterações posteriores. Assim, dela conheço. Em primeiro lugar analisa-se o pedido de anulação do presente processo em razão do cerceamento de direito de defesa alegado pelo contribuinte. Verifica-se que a contribuinte ingressou com a manifestação de inconformidade relativa ao ato Declaratório Executivo em questão, demonstrando de forma inequívoca ter pleno conhecimento do processo fiscal. Ademais, cabe esclarecer que somente com a manifestação de inconformidade se inicia o litígio, quando devem ser observados os princípios da ampla defesa e do contraditório. Antes da apresentação da manifestação, não há litígio, não há contraditório, o procedimento é levado a efeito, de oficio, pelo Fisco. O exercício do contraditório e a ampla defesa realizaram-se com a apresentação da manifestação e sua análise, que ora se faz, nos termos do processo administrativo fiscal. Dessa forma, não procede a argüição de nulidade por cerceamento do direito de defesa. Superada questão preliminar, passa-se a análise do mérito. 0 que está em discussão neste processo e que necessita ser bem esclarecido para a manifestante é o caso de empresas que prestam servigos auxiliares e complementares da construção civil. 0 art. 9° da Lei n°9,317, de 05 de dezembro de 1996, o qual estabelece as vedações a op cão pelo sistema Simples, dispõe "in verbis ": Art. 9. Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: (. ..) V — que se dedique A compra e venda, ao loteamento, A incorporação ou construção de imóveis; Processo n.° 10840.002339/2003-63 Acórclab n.° 303-35.043 Em seguida, o art. 40 da Lei n° 9.528, de 10 de dezembro de 1997, introduziu o § 40 no art. 90 da Lei n° 9.317/96, dispondo da seguinte maneira: Art. 4 Os arts. 3° e 9° da Lei n° 9.317, de 05 de dezembro de 1996, passam a vigorar com a seguinte redação: (. ..) § 4° Compreende-se na atividade de construção de imóveis, de que trata o inciso V deste artigo, a execução de obra de construção civil, própria ou de terceiros, como a construção, demolição, reforma, ampliação de edificação ou outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo (...) Em face do principio constitucional descrito na alínea "b" do inciso III do art. 150 da Constituição Federal, tal alteração passou a ser aplicada a partir do ano de 1998. Interpretando esse dispositivo legal, foi baixado pela Administração Tributá ria, nos termos do art 100, I, do Código Tributário Nacional, o Ato Declaratório Normativo Cosit n° 30, de 14/10/1999 (DOU de 18/10/1999), dispondo que a vedação ao exercício de opção ao Simples aplicável a atividade de construção de imóveis abrange as obras e serviços auxiliares e complementares de construção civil tais como: construção, demolição, reforma e ampliação de edificações; pintura, carpintaria, instalações elétricas e hidráulicas, aplicação de tacos e azulejos, colocação de vidros e esquadrias,e quaisquer outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo, etc. No caso em análise, e ern que pese a argumentação da interessada, a cláusula terceira do contrato social e as notas fiscais trazidas aos autos pela AFPS, demonstram claramente que os serviços executados pela empresa estão entre aqueles definidos como auxiliares da construção civil. Tratam-se de serviços de montagens de estruturas metálicas, reforma de porteio, etc. Por outro lado, a lei, em nenhum momento, condicionou o exercício destas atividades a concordância prévia, ou não, da Secretaria da Receita Federal quanto et op geio pelo Simples. Sob tal aspecto, as prescrições normativas legais têm aplicação a partir da vigência da lei que as veicularam e não se encontram subordinadas a eventual manifestagdo prévia da autoridade administrativa quanto a seu entendimento. Dúvidas que possam surgir quanto ao alcance dessas prescrições podem ser objeto de processo de consulta, nos termos do Decreto n° 70.235/1972 e alterações posteriores. Não tendo o contribuinte se utilizado desse expediente, não parece razoável que pudesse alegar, em seu proveito, que somente tomou conhecimento da irregularidade de sua opção pelo Simples após ter CC03/CO3 Fls. 185 Processo n.° 10840.002339/2003-63 Acórdão n.° 303-35.043 gozado indevidamente do beneficio fiscal durante certo período, por sua conta e risco. Veja-se que o entendimento da Secretaria da Receita Federal, explicito no Ato Declaratório (Normativo) Cosit n° 30 de 1999, deflui da interpretação da legislação tributária, notadamente do art. 9°, inciso V. § 4°, da Lei n°9.317, de 1996, aliado its disposições legais que regulam a prestação de serviços da construção civil, não tendo o condão de modaficar, extinguir ou criar direito já existente, decorrente de lei. Desse modo, totalmente improcedente o pleito da recorrente quanto impossibilidade dos "efeitos pretéritos" do Ato Declaratório. A vedação estabelecida em lei produz conseqüências jurídicas desde o inicio da sua vigência e não se altera pela expedição, ou não, de atos interpretativos pela autoridade administrativa, sendo inconcebível cogitar do principio da irretroatividade legal. Quanto its alegadas conseqüências financeiras danosas para o contribuinte, decorrentes da opção equivocada pelo Simples, não há qualquer amparo legal para tais ponderações pela autoridade julgadora, tomando-as igualmente improcedentes. Portanto, sem reparos o Ato Declaratório de exclusão. Pelo exposto, voto pelo indeferimento da solicitação do contribuinte. Sala de Sessões, em 24 de abril de 2006." "A manifestação de inconformidade apresentada atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto n° 70.235, de 06 de março de 1972. Assim sendo, dela conheço. A exclusão foi fundamentada na Lei n°9.317, de 1996, art. 9°, XIII, in verbis: Art. 9° Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: (. ..) XIII — que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, fisico, químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico, administrador, programador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista, publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida; (grifei) Relativamente a prestação de serviços de engenheiro ou assemelhados, a interpretação do inciso XIII do art. 9° da Lei n° 9.317, de 1996, admite considerar três hipóteses distintas de vedação. A primeira destina-se as pessoas jurídicas que prestem ou vendam os serviços relativos ás profissões expressamente listadas, entre elas, a de engenheiro. A segunda estende a vedação para as pessoas jurídicas que prestem ou vendam serviços profissionais assemelhados àqueles i\ listados anteriormente. Por ultimo, dispõe que a pessoa jurídica que CC03/CO3 Fls. 186 Processo n.° 10840,002339/2003-63 AcórdAo n.° 303-35.043 CC03/CO3 Fls. 187 preste serviços profissionais de qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida também incorre em vedação à opção, Interligadas as duas primeiras pela caracterização da atividade exercida, tal como expressamente listada, na primeira hipótese, ou assemelhada, na segunda, depreende-se do próprio dispositivo legal que elas são distintas e independentes da terceira, bastando que a pessoa jurídica incorra em urna só delas para que sua inscrição no Simples seja vedada. A lei tornou não exaustiva a lista de serviços profissionais relacionados, conduzindo o intérprete para o entendimento de que estaria alcançada pela vedação toda prestação de serviços que tem similaridade ou semelhança com as atividades listadas no dispositivo legal transcrito, da maneira mais ampla possível. A contribuinte foi excluida do Simples em virtude do exercício de atividade econômica vedada: Manutenção e instalação de máquinas, aparelhos e equipamentos de sistemas eletrônicos dedicados a automação industrial e controle do processo produtivo. Tal atividade econômica encontra-se corroborada pelo Contrato Social da interessada, fl. 08, no qual consta: "A sociedade terá como objetivo a manutenção e instalações elétricas de máquinas, aparelhos e equipamentos dedicados a automação industrial e comércio de materiais elétricos". Por outro lado, constata-se que a impugnante não esclarece qual a atividade efetivamente desenvolvida pela empresa, limitando-se a afirmar que sua atividade é muito simples e que a maior da atividade consiste em reparação. Juntou aos autos 04 (quatro) notas fiscais nas quais esteio discriminados os serviços prestados como sendo "conserto de programadores", "revisão e montagem" e "revisão de queimadores ". A Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, no seu art. 27, dispõe: Art.27 — Siio atribuições do Conselho Federal: (.) .19 baixar e fazer publicar as resoluções previstas para regulamentação e execução da presente Lei, e ouvidos os Conselhos Regionais, resolver os casos omissos; No uso da atribuição que lhe conferiu a alínea acima transcrita, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia — CONFEA baixou a Resolução n° 218, de 29 de junho de 1973, publicada no Diário Oficial da União em 31 de julho de 1973 (transcrita). O "caput" do art. 2° da Resolução acima transcrita cuidava de distribuir os Técnicos de 2° grau por Areas de habilitação, com vistas à fiscalização de suas atividades, bem como à adequada supervisão, quando prevista naquela mesma Resolução, por profissional de nível Superior. Atualmente disciplina a matéria a Resolução CONFEA n° 473, de 26 de Processo n.° 10840.002339/2003-63 Acórdão n.° 303-35.043 CC03/CO3 Fls. 188 novembro de 2002, que instituiu a Tabela de Títulos Profissionais do Sistema CONFEA/CREA e deu outras providências: O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA — CONFEA, no uso das atribuições que The confere a alínea "f" do art. 27, da Lei le 5.194, de 24 de dezembro de 1966 (Transcrita). A tabela mencionada no art. 1° da Resolução acima transcrita atribui os códigos: 121-08-00 ao Engenheiro Eletricista; 121-09-00 ao Engenheiro em Eletrônica; 123-02-00 ao Técnico de nível médio em Eletricidade; 123-04-00 ao Técnico de nível médio em Eletrônica; 131-08-00 ao Engenheiro Mecânico e 133-14-00 ao Técnico de nível médio em Mecânica. Assim, pela simples leitura da Resolução n° 218, de 1973, arts. 1 0, 12, 23 e 24, depreende-se que a competência para executar serviços na area de reparação, manutenção e instalações elétricas de maquinas, aparelhos e equipamentos em geral cabe aos engenheiros e técnicos, no âmbito dessas modalidades profissionais especificas. Outrossim, analisando-se o significado do termo "assemelhado" constante do inciso XIII, do art. 9°, da Lei n° 9.317, de 1996, conclui-se que sua interpretação tem o sentido de que a relação de atividades desse dispositivo não seria exaustiva, incluindo qualquer atividade de prestação de serviço que tenha similaridade ou semelhança com aquelas enumeradas. Nessa linha de raciocínio, no caso dos autos mesmo que os serviços sejam prestados por outro tipo de profissional ou pessoa não qualificada, a pessoa jurídica não poderá permanecer no regime simplificado, porquanto se trata do exercício de atividades no mínimo assemelhadas à profissão de engenheiro. Assim, correta a exclusão do Simples. Diante de todo o exposto e com base na análise acima, VOTO pela improcedência da manifestação de inconformidade, mantendo-se a exclusão consubstanciada no Ato Declaratário Executivo n° 567.175, de 02/08/2004. Sala de Sessões, em 11 de julho de 2006." A recorrente tomou ciência dessa decisão através da Comunicação recebida via AR e apresentou, tempestivamente, seu arrazoado, em que manteve todos os argumentos explanados na exordial, em preliminar, por pretensamente não ter sido notificada do inicio do processo neste ato vergastado, e no mérito assevera quanto ao tipo de serviço que presta, além de rebater os argumentos utilizados pela DRF de Julgamento, reafirmando que jamais prestou serviços de limpeza ou outros de engenharia, e por meramente prestar os serviços que vem sendo exercidos de comércio e instalação de materiais elétricos em geral, não está vedada sua opção pelo SIMPLES. Outrossim, demonstra que sempre cumpriu com as determinações da sistemática do SIMPLES, declarando e pagando mensalmente os valores devidos, para no final, requereu que por não se encontrar em situação que vete a sua inclusão na sistemática do SIMPLES, que seja a mesma incluída retroativamente a data de seu pedido, reformando a decisão atacada que indeferiu retroativamente o seq pleito. o Relatório. Processo n.° 10840.002339/2003-63 Acórdão n.° 303-35.043 CC03/CO3 Fls, 189 Voto Conselheiro SILVIO MARCOS BARCELOS FIÚZA, Relator Tomo conhecimento do recurso, que é tempestivo, tendo ern vista que a recorrente tomou ciência da decisão da DRF de Julgamento de Ribeirao Preto — SP, através da Comunicação SACAT/745/2006, via AR da ECT em data de 23/08/2006 (fls. 169/179), inclusive a tempestivida fora igualmente aferida pelo Sr. Chefe da SACAT da DRF em Ribeirão Preto (SP), as fls. 180, tendo apresentado suas razões recursais com anexos, devidamente protocolados na repartição competente da SRF em 29/08/2006 (fls. 28 a 39), estando revestido das demais formalidades legais, bem coma, trata-se de matéria da competência deste Colegiado. Pelas razões acima expostas, é de se concluir que a exclusão retroativa da recorrente no SIMPLES se deu, pelo motivo de que a mesma se enquadraria no inciso V, art. 90 da Lei 9.317 de 05/12/1996, por pretensamente exercer as atividades de construção de imóveis (obras auxiliares da construção civil). Em principio, o que ficou devidamente comprovado no processo ora vergastado, sem embargos, é que a empresa recorrente, pequena sociedade empresária, se dedicava ao ramo de comercialização no varejo e instalações de materiais elétricos em geral, prestados por seu proprietário, técnico de nível médio, e que este ramo não se confunde com a prestação de serviços privativos de engenheiros, assemelhados e profissões legalmente regulamentadas de engenharia elétrica, ou de construção civil e assemelhados, sendo essa atividade exercida pela recorrente perfeitamente permitida pela legislação vigente aplicável De plano, é dever se concluir que as atividades privativas do engenheiro são somente as Atividades listadas de 01 a 08, na Resolução CONFEA N° 218, pois as demais, de 09 a 18, são concorrentes com os Teem:5logos e os Técnicos de Grau Médio, ou seja, exemplificando, são privativas somente as atividades de Supervisão, estudo, planejamento, projeto, estudo de viabilidade técnico-econômica, assessoria, consultoria, direção de obra, ensino, pesquisa, vistoria, perícia, dentre outros, conforme ressalta o artigo 25 dessa Resolução. Observa-se, ainda, que não há exigência ou pré-requisito legal algum para que sejam executados os serviços propostos e que vinham sendo exercidos pela recorrente, como seja, a de comercialização no varejo e a prestação de serviços de instalações de materiais elétricos em geral, prestados por técnico de nível médio, não havendo necessidade de pro fissão legalmente habilitada para exercer tal atividade. Destarte, entendemos que este tipo de prestação de serviços da recorrente, prestados por técnicos de qualificação profissional de nível media, não representa serviço profissional de engenharia elétrica, nem tão pouco, obras de construção civil ou assemelhada, nem há necessidade de exercício por profissão legalmente regulamentada. Não sendo, portanto, no nosso entendimento, atividade vedada para opção pelo SIMPLES. Observe-se ainda, que a recorrente se encontra devidamente amparada nos termos do art. 8°, inciso II, § 6° da Lei 9.317/1996 (parágrafo acrescido pela Lei 10.833/2003), combinado com o Art. 106, inciso II alínea "b" do Código Tributário Nacional, não estando suas atividades abrangidas pelas ve acões contidas nos dispositivos legais que regem a Sala das S s, em 6 de dezembro de 2007 Processo n.° 10840.002339/2003-63 Acórdão n.° 303-35.043 CC03/CO3 Fls. 190 • sistemática do SIMPLES, fazendo jus, portanto, aos beneficios desse regime especial de pagamento. Em vista disso, concluímos que as atividades exercidas pela recorrente, estão entre aquelas permitidas pela legislação para inclusão no SIMPLES. Por essas razões, é de se reconsiderar o ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO N° 53 de 29/10/2004, as fls. 60, que excluia retroativamente a recorrente desde 01/01/2001 do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte. Então, VOTO no sentido de que seja dado provimento ao Recurso. SIL 0 MARCO CELOS FIÚZA - Relator S
score : 1.0
Numero do processo: 10980.007112/2006-52
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 15 00:00:00 UTC 2012
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE - SIMPLES Exercício: 2000 EXCLUSÃO. DÉBITO INSCRITO EM DÍVIDA ATIVA. Será excluída do Simples a pessoa jurídica que tenha débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cuja exigibilidade não esteja suspensa.
Numero da decisão: 1803-001.249
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Sérgio Rodrigues Mendes
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ementa_s : SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE - SIMPLES Exercício: 2000 EXCLUSÃO. DÉBITO INSCRITO EM DÍVIDA ATIVA. Será excluída do Simples a pessoa jurídica que tenha débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cuja exigibilidade não esteja suspensa.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 7; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1089; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1TE03 Fl. 448 1 447 S1TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10980.007112/200652 Recurso nº 503.141 Voluntário Acórdão nº 180301.249 – 3ª Turma Especial Sessão de 15 de março de 2012 Matéria SIMPLES EXCLUSÃO Recorrente LEBLON TURISMO LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Exercício: 2000 EXCLUSÃO. DÉBITO INSCRITO EM DÍVIDA ATIVA. Será excluída do Simples a pessoa jurídica que tenha débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cuja exigibilidade não esteja suspensa. Fl. 1DF CARF MF Impresso em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.007112/200652 Acórdão n.º 180301.249 S1TE03 Fl. 449 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Presidente (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Selene Ferreira de Moraes, Meigan Sack Rodrigues, Walter Adolfo Maresch, Victor Humberto da Silva Maizman, Sérgio Rodrigues Mendes e Sérgio Luiz Bezerra Presta. Fl. 2DF CARF MF Impresso em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.007112/200652 Acórdão n.º 180301.249 S1TE03 Fl. 450 3 Relatório Por bem retratar os acontecimentos do presente processo, adoto o Relatório do acórdão recorrido (fls. 427verso): A contribuinte acima qualificada, mediante Ato Declaratório Executivo Nº 17, de 14/02/2007, de emissão do Delegado da Receita Federal em CuritibaPR, tendo por fundamentação o Despacho Decisório de fl. 38/40, foi excluída do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples), informando, como causa, a existência de débitos inscritos na Dívida Ativa da União, com exigibilidade não suspensa, em afronta ao disposto no inciso XV do artigo 9º da Lei nº 9.317, de 1996. 2. A ação que culminou com a exclusão da contribuinte ao Simples teve origem na análise do Requerimento de fl. 02, onde a interessada pede a inclusão de ofício no Simples, com efeitos desde 01/01/1999, além de pedir permissão para retificar a Declaração Anual do ano de 1999, exercício 2000, que havia sido entregue no formulário do Lucro Presumido. O referido requerimento foi instruído com os documentos de fls. 03 a 34. 3. Cientificada do ato de exclusão, a reclamante apresentou a manifestação de inconformidade de fls. 47/51, para afirmar que é pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Simples desde 01/01/2000, sendo que havia feito a opção pelo referido regime desde 01/01/1999, conforme pagamentos efetuados e, ao perceber que o enquadramento ocorreu para o anocalendário de 2000, protocolou o pedido para que o mesmo fosse estendido também para 1999; que, quando da análise do pedido, foi constatada a existência de débitos inscritos em Dívida Ativa da União, o que acarretou a edição do Ato Declaratório de Exclusão que ora ataca; que a exclusão não deve prosperar, pois o referido débito é objeto de discussão judicial no processo nº 96.00194114, em trâmite perante a 1ª Vara de Execuções Fiscais de Curitiba. 4. Relata o trâmite do processo e reconhece a existência de Embargos à Execução sob o nº 2004.70.00.0021679, ainda sem julgamento final. Anexa cópia integral dos processos judiciais para comprovar suas alegações e sustenta que inexiste razão para sua exclusão do Simples, posto que, desde maio de 1998, procurou, por todos os meios, provar a quitação da suposta dívida. 5. Pede que sejam acatados seus argumentos, para permitir a permanência no Simples, bem como seja autorizada a retificação da declaração apresentada para o anocalendário de 1999, no formulário do Lucro Presumido e lhe seja autorizado o Recurso ao Conselho de Contribuintes. 6. Juntou os documentos de fls. 52/200, 201/400 e 401/418. 2. A decisão da instância a quo foi assim ementada (fls. 427): ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 1999 Fl. 3DF CARF MF Impresso em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.007112/200652 Acórdão n.º 180301.249 S1TE03 Fl. 451 4 EXCLUSÃO AO SIMPLES POR EXISTÊNCIA DE DÉBITOS SUBMETIDOS AO JUDICIÁRIO. A existência de débitos inscritos em Dívida Ativa da União, cuja exigibilidade não se encontra suspensa, constitui hipótese de exclusão ao benefício do Simples. Solicitação Indeferida. 3. Cientificada da referida decisão em 06/08/2009 (fls. 432), a tempo, em 27/08/2009, apresenta a interessada Recurso de fls. 435 a 438, instruído com os documentos de fls. 439 a 445, nele reiterando os argumentos anteriormente expendidos. Em mesa para julgamento. Fl. 4DF CARF MF Impresso em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.007112/200652 Acórdão n.º 180301.249 S1TE03 Fl. 452 5 Voto Conselheiro Sérgio Rodrigues Mendes, Relator Atendidos os pressupostos formais e materiais, tomo conhecimento do Recurso. Título 4. Dispõe o art. 9º, inciso XV, da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996: Art. 9º Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: [...]; XV que tenha débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social INSS, cuja exigibilidade não esteja suspensa; 5. Afirma a Recorrente que a exclusão não deve prosperar, pois o referido débito é objeto de discussão judicial no processo nº 96.00194114, em trâmite perante a 1ª Vara de Execuções Fiscais de Curitiba. Informa, ainda, a existência de Embargos à Execução sob o nº 2004.70.00.0021679, ainda sem julgamento final. 6. Acerca dessa ação judicial, é a seguinte a decisão final nele prolatada (grifouse): APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004.70.00.0021679/PR RELATOR-:-Des. Federal ÁLVARO EDUARDO JUNQUEIRA APELANTE-:-LEBLON TURISMO LTDA ADVOGADO-:-Marcos Wengerkiewicz e outros APELADO-:-UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO-:-ProcuradoriaRegional da Fazenda Nacional DECISÃO Leblon Turismo Ltda opôs embargos à execução fiscal promovida pela Fazenda Nacional. Sustenta, em síntese, existência de coisa julgada material a impedir a execução dos valores pretendidos pela Fazenda Nacional. Atribuiu à causa, em 07/01/2004, o valor de R$ 7.339,00. A sentença proferida julgou improcedentes os presentes embargos. Deixou de condenar a embargante em honorários Fl. 5DF CARF MF Impresso em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.007112/200652 Acórdão n.º 180301.249 S1TE03 Fl. 453 6 advocatícios face à incidência, na execução fiscal, do encargo de 20% previsto no DecretoLei nº 1.025/69. Irresignada, apelou a embargante reiterando os argumentos lançados na petição inicial. Com contrarrazões, vieram os autos a esta Corte. Antes do julgamento da apelação, informou a Fazenda Nacional a extinção da execução fiscal embargada pela remissão (fl. 303). Daí evidenciase que os presentes embargos à execução fiscal perderam seu objeto, pois extinto o crédito tributário executado. Frente ao exposto, julgo os presentes embargos extintos sem julgamento do mérito, prejudicada a apelação, forte no art. 267, VI, do CPC. Intimemse. Publiquese. Após, dêse baixa na SRIP e remetamse os autos ao Juízo de origem, com as cautelas de estilo. Porto Alegre, 08 de julho de 2011. Juiz Federal ARTUR CÉSAR DE SOUZA Relator 7. Por outro lado, enquadrandose a Recorrente, à época da opção pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples), no disposto no art. 9º, inciso XV, da Lei nº 9.317, de 1996 (débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social INSS, cuja exigibilidade não esteja suspensa), é cabível a exclusão procedida. 8. Destacase, ainda, o contido no item 11 da decisão recorrida (fls. 428 e verso) (destacouse): 11. Pois bem, conforme consta do artigo 151 acima transcrito, constituem hipóteses de suspensão de exigência do crédito tributário o depósito do seu montante integral ou a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial. Nenhuma destas hipóteses foi preenchida pela contribuinte e, desta forma, sua exclusão ao Simples não merece reparos. Fl. 6DF CARF MF Impresso em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.007112/200652 Acórdão n.º 180301.249 S1TE03 Fl. 454 7 Conclusão Em face do exposto, e considerando tudo o mais que dos autos consta, voto no sentido de NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. É como voto. (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Fl. 7DF CARF MF Impresso em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/03/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 20/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES
score : 1.0
Numero do processo: 13209.000184/2007-06
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Feb 22 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SIMPLES NACIONAL
Exercício: 2008
ALTERAÇÃO CONTRATUAL.EFICÁCIA.
O arquivamento da alteração contratual no órgão competente se revela para todos os fins e efeitos de direito, passando a surtir regulares e jurídicos efeitos legais oponíveis erga omnes.
Os atos perante o CNPJ, solicitados por intermédio da página da RFB na Internet, no endereço eletrônico , retroagem à data da transmissão da FCPJ.
OPÇÃO. PERMISSIVO LEGAL.
A legislação expressamente admite a opção pelo Simples Nacional a
microempresa ou empresa de pequeno porte que se dedique ao comércio varejista.
Numero da decisão: 1801-000.499
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos em dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Carmen Ferreira Saraiva
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O arquivamento da alteração contratual no órgão competente se revela para todos os fins e efeitos de direito, passando a surtir regulares e jurídicos efeitos legais oponíveis erga omnes. Os atos perante o CNPJ, solicitados por intermédio da página da RFB na Internet, no endereço eletrônico <http://www.receita.fazenda.gov.br>, retroagem à data da transmissão da FCPJ. OPÇÃO. PERMISSIVO LEGAL. A legislação expressamente admite a opção pelo Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte que se dedique ao comércio varejista. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos em dar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto da Relatora. (documento assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente (documento assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva Relatora Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 34 2 Composição do Colegiado: Participaram do presente julgamento os Conselheiros Carmen Ferreira Saraiva, Guilherme Pollastri Gomes da Silva, Maria de Lourdes Ramirez, Diniz Raposo e Silva, Rogério Garcia Peres e Ana de Barros Fernandes. Relatório A Recorrente solicitou em 17/07/2007, fl. 04, opção pelo Simples Nacional a qual foi indeferida com base nos fundamentos de fato e de direito indicados: Termo de Indeferimento da Opção pelo Simples Nacional (Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006) [...] Com fundamento no parágrafo 6º do artigo 16 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e no artigo 8º da Resolução CGSN nº 4, de 30 de maio de 2007, fica a pessoa jurídica acima identificada impedida de optar pelo Simples Nacional pro incorrer na(s) seguinte(s) situação (ões): Estabelecimento CNPJ: 05.968.837/000142 Atividade econômica vedada: 74901/04 Atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários Fundamentação Legal: Lei Complementar n° 123, de 14/12/2006, art. 17, inciso XI. A Recorrente manifestouse contrariamente ao procedimento, apresentando a impugnação em 14/09/2007, fl. 01/02, com as alegações abaixo transcritas. I Sr. Delegado; a referida empresa tratase de microempresa e que como tantas outras do Brasil faz um esforço enorme para manter suas atividades, pois a carga tributária elevada, as despesas operacionais e a grande concorrência requer um esforço demasiado para sua existência. Foi o que levou a mesma a fazer a Solicitação da Opção pelo Simples Nacional em 17/07/2007, e através do acompanhamento constatouse que a Atividade Econômica é Vedada. II — Sr. Julgador, a atividade da mesma é comercio varejista entre outras atividades e que a intermediação ou agenciamento não ocorre. Por esta razão foi feita a Alteração nas atividades nos órgãos competentes JUNTA COMERCIAL, RECEITA FEDERAL E SEFA dentro do prazo legal conforme cópias em anexo do Contrato de Alteração, Cartão do CNPJ e Inscrição Estadual. III Face ao exposto, requer a Autuada o Deferimento da Opção pelo Simples Nacional por uma questão de Justiça. N. Termos P. Deferimento Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 35 3 Em conformidade com o Despacho, fl. 08, consta: Tendo em vista que a partir de 28/08/2007 ter sido a data definida, no portal do Simples Nacional, para as empresas tomarem conhecimento do resultado de sua opção pelo novo regime de tributação, a impugnação é tempestiva. Está registrado como resultado do Acórdão da 2ª TURMA/DRJ/BEL/PA nº 0111.752, de 18/08/2008, fls. 09/11: “Solicitação Indeferida”. Consta que 8. Esta Secretaria estabeleceu o prazo de 28.08.2007 no Portal do Simples Nacional, para as empresas tomarem conhecimento do resultado de sua opção pelo novo regime de tributação, e pelos documentos acostados ao processo verificouse que o sujeito passivo tomou as providências necessárias no sentido de regularizar a atividade exercida, quando procedeu alteração contratual devidamente arquivada na JUCEPA, na data de 26.07.2007, com alteração de atividade, unicamente as permitidas para a opção de tributação estabelecida pela Lei Complementar n° 123, datada de 14 de dezembro de 2006. 9. Entretanto, de acordo com as instruções emanadas desta Secretaria a alteração procedida na data de 26.07.2007, fl 03, terá validade para o exercício subseqüente (pergunta 2.5 do Livro Perguntas e Respostas do Simples Nacional). Notificada em 23/09/2008, fl. 12, a Recorrente apresentou o recurso voluntário em 25/09/2008, fls. 13/15, esclarecendo a peça atende aos pressupostos de admissibilidade. Discorre sobre o procedimento fiscal contra o qual se insurge. Suscita E nosso caso se enquadra dentro do Livro Perguntas e Respostas do Simples Nacional no item 2.8. A OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL PODE SER EFETUADA A QUALQUER TEMPO? Não. A opção pelo Simples Nacional somente poderá ser realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano calendário da opção. Nota: 1. Excepcionalmente, para o anocalendário de 2007 a opção pôde ser realizada do primeiro dia útil de julho de 2007 até o dia 20 de agosto de 2007, produzindo efeitos a partir de 1° de julho de 2007. Respaldamosnos ainda no Comunicado CGSN/SE n° 2/2008 de 06 de março de 2008. Esclarecimentos acerca das inclusões de oficio, item 2, letra C.3 "Empresa fez a opção até 20/08/2007, mas houve pendências com pelo menos um dos entes federativos; [...] uma vez que as pendências tenham sido resolvidas dentro do prazo (ou seja, ate dia 20/08/2007 para os entes que não prorrogaram o prazo, e até 31/10/2007 para os que prorrogaram), a "dataefeito 01/07/2007; Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 36 4 IV Face ao exposto, requer a Autuada o Deferimento da Opção pelo Simples —Nacional por uma questão de Justiça. N. Termos P. Deferimento É o Relatório. Voto Conselheira Carmen Ferreira Saraiva, Relatora O recurso voluntário apresentado pela Recorrente atende aos requisitos de admissibilidade previstos nas normas de regência. Assim, dele tomo conhecimento. A Recorrente discorda do procedimento fiscal. O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte relativo aos impostos e às contribuições estabelecido em cumprimento ao que determina o disposto no art. 179 da Constituição Federal de 1988 pode ser usufruído desde que as condições legais sejam preenchidas. A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, determina: Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: [...] XI que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; [...] § 2o Também poderá optar pelo Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte que se dedique à prestação de outros serviços que não tenham sido objeto de vedação expressa neste artigo, desde que não incorra em nenhuma das hipóteses de vedação previstas nesta Lei Complementar. A hipótese de indeferimento de opção pelo Simples Nacional com fundamento no exercício de atividade econômica vedada para o sistema, pressupõe a obtenção de receita oriunda de atividade vedada qualquer que seja a sua proporção em relação à totalidade auferida pela pessoa jurídica. O indeferimento não prescinde da caracterização Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 37 5 inequívoca da situação considerada impeditiva, bem como da comprovação de que a atividade econômica exercida pela pessoa jurídica seja considerada vedada para fins de opção pelo Simples Nacional. A legislação não impede a opção pelo Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte que se dedique ao comércio varejista. A Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos, determina: Art. 119. A existência legal das pessoas jurídicas só começa com o registro de seus atos constitutivos. (Renumerado do art. 120 pela Lei nº 6.216, de 1975). A Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, que trata sobre o registro público da empresa mercantil, prevê: Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às normas gerais prescritas nesta lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades: I dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei; [...] Art. 32. O registro compreende: I a matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazénsgerais; II O arquivamento: a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas; No Contrato Social registrado na Junta Comercial do Estado do Pará (JUCEPA) em 26/07/2007, consta, fl. 03: 1ª Cláusula — ALTERAÇÃO DE ATIVIDADE A Sociedade altera neste ato suas atividades para: Comércio varejista de artigos de cama, mesa e banho CNAE: 47555/03; Comercio varejista de artigos do vestuário e acessórios CNAE 47814/00; Comércio varejista de calçados CNAE 47822/01; Comércio varejista de móveis CNAE 47547/01; Comércio varejista de artigos de armarinho CNAE 47555/02; Comércio varejista de utilidades domésticas em geral: CNAE 47598/99; Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal CNAE 47725/00; O arquivamento da alteração contratual no órgão competente se revela para todos os fins e efeitos de direito, passando a surtir regulares e jurídicos efeitos legais oponíveis erga omnes. Assim, desde 26/07/2007, com o arquivamento da alteração contratual na Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 38 6 JUCEPA, este ato jurídico produziu todos os efeitos legais de modo, inclusive, a comprovar que a Recorrente exerce atividade expressamente permitida para opção pelo Simples Nacional. O litígio nos autos se limita à análise da tempestividade da regularização cadastral de eventuais pendências impeditivas ao ingresso no Simples Nacional. Sobre a matéria, a Resolução CGSN nº 04 de 30 de maio de 2007, prevê: Art. 7º A opção pelo Simples Nacional darseá por meio da internet, sendo irretratável para todo o anocalendário. § 1º A opção de que trata o caput deverá ser realizada no mês de janeiro, até seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do anocalendário da opção, ressalvado o disposto no § 3º deste artigo e observado o disposto no § 3º do art. 21. § 1ºA Enquanto não vencido o prazo para solicitação da opção o contribuinte poderá: (Incluído pela Resolução CGSN nº 56, de 23 de março de 2009) I regularizar eventuais pendências impeditivas ao ingresso no Simples Nacional, sujeitandose ao indeferimento da opção caso não as regularize até o término desse prazo; (Incluído pela Resolução CGSN nº 56, de 23 de março de 2009) [...] Art. 17. Excepcionalmente, para o anocalendário de 2007, a opção a que se refere o art. 7º poderá ser realizada do primeiro dia útil de julho de 2007 até 20 de agosto de 2007, produzindo efeitos a partir de 1º de julho de 2007. (Redação dada pela Resolução CGSN no 19, de 13 de agosto de 2007) A Instrução Normativa RFB nº 748, de 28 de junho de 2007, que trata das alterações cadastrais, determina: Art. 8º Constituem atos a serem praticados perante o CNPJ: [...] II alteração de dados cadastrais; III alteração de situação cadastral; [...] § 1º Os atos perante o CNPJ serão solicitados por intermédio da página da RFB na Internet, no endereço eletrônico <http://www.receita.fazenda.gov.br>, observado o seguinte: I as solicitações dos atos darserão por meio de FCPJ, de QSA preenchido com a qualificação constante do Anexo III, no caso de estabelecimento matriz de entidade, e de Ficha Específica, quando a requerente estiver localizada em unidade federada ou município conveniado, gerados pelo Programa CNPJ, ou por meio de outro aplicativo aprovado pela RFB; Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 39 7 II a solicitação será formalizada: a) pela remessa, por via postal, pela entrega direta ou por outro meio aprovado pela RFB, à unidade cadastradora de jurisdição do estabelecimento, do DBE ou do Protocolo de Transmissão da FCPJ e de cópia autenticada do ato constitutivo, alterador ou extintivo da entidade, devidamente registrado no órgão competente, observada a tabela de documentos constante do Anexo IV; ou [...] § 2º O DBE: I ficará disponível, na página da RFB na Internet, no endereço eletrônico referido no § 1º, na opção "Consulta da Situação do Pedido Referente ao CNPJ", pelo prazo de noventa dias, para impressão e respectivo envio ou entrega previsto no inciso II do § 1º; II deverá ser assinado pela pessoa física responsável perante o CNPJ, por seu preposto ou mandatário, com reconhecimento da firma do signatário; e III será substituído pelo Protocolo de Transmissão da FCPJ quando a entidade for identificada pela atribuição de: a) certificação digital; ou b) senhas eletrônicas e demais formas de identificação atribuídas pelas administrações tributárias, conforme previsto em convênio. [...] § 5º O disposto no inciso I do § 2º aplicase ao Protocolo de Transmissão da FCPJ. No acompanhamento do resultado da Solicitação de Opção está registrado, fl. 07: Como resolver as pendências: [...] No caso de .pessoa jurídica; com demais pendências cadastrais: se for o caso ratifique no CNPJ a informação .cadastral impeditiva à opção pelo Simples Nacional; por meio da Internet, mediante utilização do Programa Gerador de Documentos (PGD) do CNPJ e a entrega da documentação correspondente à Unidade da RFB de sua jurisdição. No Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral emitido em 31/07/2007 consta como atividade econômica o comércio varejista dos seguintes artigos, dentre outros: cama, mesa, banho, vestuário, calçados, móveis, armarinho, cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal, fl. 28. Os atos perante o CNPJ, solicitados por intermédio da página da RFB na Internet, no endereço eletrônico <http://www.receita.fazenda.gov.br>, retroagem à data da transmissão da FCPJ. Analisando toda a situação fática verificase que Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 40 8 houve o protocolo de transmissão da FCPJ e as foram informações processadas mediante o DBE e em 31/07/2007 já produzia o efeito da conduta positiva livre e consciente da Recorrente de atualizar seus dados cadastrais no prazo legal. Restou comprovado, portanto, que ela regularizou eventuais pendências impeditivas ao ingresso no Simples Nacional. Em face do exposto voto por dar provimento ao recurso voluntário. (documento assinado digitalmente) Carmen Ferreira Saraiva Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 41 9 TERMO DE INTIMAÇÃO Intimese um dos Procuradores da Fazenda Nacional, credenciado junto a este Conselho, da decisão consubstanciada no acórdão supra, nos termos do § 3º do art. 81 do Anexo II, do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria Ministerial nº 256, de 22 de junho de 2009. Brasília, 22 de fevereiro de 2011. _____________________________ Moema de Souza Nogueira – Secretária da Câmara Ciência Data: ____/___________/________ _____________________________ Nome: Procurador(a) da Fazenda Nacional Encaminhamento da PFN: [ ] apenas com ciência; [ ] com Recurso Especial; [ ] com Embargos de Declaração. [ ] _________________________ Processo nº 13209.000184/200706 Acórdão n.º 180100.499 S1TE01 Fl. 42 10
score : 1.0
Numero do processo: 13706.001456/2004-23
Turma: Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Jun 13 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Aug 29 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2001
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OBSCURIDADE.
Obscuridade sanada para esclarecer que por meio do acórdão nº 1103-00.185/2010 confirmou-se o indeferimento do pedido de inclusão retroativa no SIMPLES a partir do ano-calendário 2001, não se referindo a controvérsia ao Simples Nacional.
Numero da decisão: 1103-000.881
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em ACOLHER os embargos para suprimir a obscuridade no Acórdão 1103-00.185/2010 e ratificar o seu dispositivo, no sentido de NEGADO provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Eduardo Martins Neiva Monteiro Relator
(assinado digitalmente)
Aloysio José Percínio da Silva - Presidente
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Eduardo Martins Neiva Monteiro, Marcos Shigueo Takata, André Mendes de Moura, Fábio Nieves Barreira, Hugo Correia Sotero e Aloysio José Percínio da Silva.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO
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OBSCURIDADE. Obscuridade sanada para esclarecer que por meio do acórdão nº 1103 00.185/2010 confirmouse o indeferimento do pedido de inclusão retroativa no SIMPLES a partir do anocalendário 2001, não se referindo a controvérsia ao Simples Nacional. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em ACOLHER os embargos para suprimir a obscuridade no Acórdão 110300.185/2010 e ratificar o seu dispositivo, no sentido de “NEGADO provimento ao recurso voluntário”, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Eduardo Martins Neiva Monteiro – Relator (assinado digitalmente) Aloysio José Percínio da Silva Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros Eduardo Martins Neiva Monteiro, Marcos Shigueo Takata, André Mendes de Moura, Fábio Nieves Barreira, Hugo Correia Sotero e Aloysio José Percínio da Silva. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 70 6. 00 14 56 /2 00 4- 23 Fl. 661DF CARF MF Impresso em 03/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 13706.001456/200423 Acórdão n.º 1103000.881 S1C1T3 Fl. 662 2 Relatório Tratase de pedido de esclarecimento da DRF/RJI (fl.665), veiculado em razão do acórdão nº 110300.185, de 08/04/10 (fls.653/654). Aquela unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil busca esclarecer a qual período referiuse a negativa de inclusão no Simples. In verbis: “[...] O acórdão nº 110300.185 da 1º Câmara/3ª Turma Ordinária do CARF, datado de 08/04/2010, relativo ao processo nº 13706.001456/200423, negou provimento ao recurso, confirmando a não inclusão da recorrente no Simples. O relator fundamentouse em diligência que confirma a existência atual de débitos da recorrente que não se encontram com exigibilidade suspensa. Pela leitura desta decisão não ficou claro se alcançaria apenas o período de exclusão do Simples considerado na ocasião da exclusão do Refis, ou seja entre 01/11/2000 e 31/12/2001. O contribuinte permaneceu optante pelo Simples Federal de 01/01/2002 até 30/06/2006, data de sua exclusão eletrônica pelo sistema quando da vigência do Simples Nacional e não passou a optante pelo Simples Nacional, a partir de 01/07/2006. 5. Verificouse que o contribuinte efetuou a opção pelo parcelamento da Lei nº 11.841/09, nos termos dos artigos 11.841/09, nos termos dos artigos 1º e 3º, e já manifestouse pela inclusão da totalidade de seus débitos, que abrangeria os débitos anteriormente no Refis. Como não consta que o contribuinte tenha desistido da manifestação de inconformidade contra a exclusão do Refis, teremos que analisála. Para tanto é preciso esclarecer a situação do enquadramento no Simples em discussão no processo nº 13706.001456/200423. 6. Solicito que seja esclarecido a que período o acórdão citado acima esta se referindo para negar a inclusão ao Simples, se entre 01/11/2000 e 31/12/2001 ou em relação a adesão do contribuinte ao Simples Nacional.” É o relatório. Voto Conselheiro Eduardo Martins Neiva Monteiro, Relator. Do relato acima, concluise que a unidade da RFB busca, na realidade, sanar obscuridade supostamente existente no acórdão nº 110300.185, de sorte que se justifica considerála como embargos de declaração, nos termos do art.65 do Anexo II do Regimento Interno do CARF. Fl. 662DF CARF MF Impresso em 03/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 13706.001456/200423 Acórdão n.º 1103000.881 S1C1T3 Fl. 663 3 Na essência, requerse “...que seja esclarecido a que período o acórdão citado acima está se referindo para negar a inclusão ao Simples, se entre 01/11/2000 e 31/12/2001 ou em relação a adesão do contribuinte ao Simples Nacional”. Pois bem. O processo trata de Solicitação de Revisão da Exclusão do Simples (SRS), protocolizada em 29/04/04, com as seguintes justificativas (fl.01): “O requerente conseguiu na Justiça Federal, liminar para se enquadrar no Simples em 2000. Em Julho/2000, a liminar foi cassada. O processo foi para o TRF. Em 27/12/2000, o requerente com o advento da Lei 10.034/2000, esteve no CAC para se enquadrar para 2001, quando lhe foi dito que não poderia visto já se enquadrar no Simples. Em 10/2001 foi notificado que fora excluído do Simples em 2000, e assim perdeu o prazo legal para seu enquadramento para 2001. Ora, o requerente tentou se enquadrar em 27/12/2000, e estava no Simples, então quando em 2000 foi excluído? Ademais, o Tribunal ao denegar a segurança definitivamente para 2000, permitiu que o impetrante se enquadrasse durante o ano de 2001, para 2001, o que não está sendo cumprido. O requerente quer pagar os tributos de 2000, porém não consegue visto estar pendente o ano de 2001; e, por isto, vem encontrando dificuldades no seu REFIS, ao qual está rigorosamente em dia.” Da informação fiscal colhida do processo nº 10768.006222/0037, anexa à fl.05, constou: “Trata o presente processo de Mandado de Segurança nº 2000.51010043546, em que o impetrante em epígrafe pleiteia o enquadramento na sistemática do SIMPLES com efeito retroativo a 01/01/1997 (fl.4/8). Em juízo preliminar, o Juízo a quo deferiu “EM PARTE A LIMINAR, para determinar à autoridade impetrada que suspenda a cobrança do referido crédito tributário em desacordo com o disposto no art.3º da lei 9317/96, sistemática pela qual determino a reinclusão da impetrante para o pagamento de seus tributos” (fls.25/26). Em vista disso, o contribuinte foi incluído ou reincluído no SIMPLES (fl.36). Na análise do mérito, foi proferida sentença julgando “IMPROCEDENTE O PEDIDO” e, em consequência, denegando a ordem de segurança pleiteada proclamando a legitimidade do ato de exclusão do impetrante do SIMPLES” (fls.48/42). ..... Fl. 663DF CARF MF Impresso em 03/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 13706.001456/200423 Acórdão n.º 1103000.881 S1C1T3 Fl. 664 4 Analisando os autos deste PA, podese verificar que a determinação do Juiz constante da sentença (fl.48/52) é pela eficácia retroativa do ato de exclusão do SIMPLES, o que nos leva a crer que a retirada do contribuinte desta sistemática deve retroagir à data do anterior ato declaratório excludente. ..... Sendo assim, como o enquadramento da empresa no regime simplificado se devia, durante o ano de 2000, apenas em função da liminar concedida (fls.25/26), sua cassação, ainda que tácita, retroage a data de seu deferimento, o que equivale à situação de inexistência de qualquer medida liminar. O contribuinte, portanto, deve ser excluído do SIMPLES com efeitos durante todo o ano de 2000, podendo, entretanto, se enquadrar nesta sistemática durante o ano de 2001, se cumprir as formalidades previstas no artigo 1º, parágrafo 1º da IN SRF nº 115/2000 e na Lei nº 10.034/2000”. (destaquei) Conforme análise realizada pela Divisão de Controle e Acompanhamento Tributário – DICAT da Derat – Rio de Janeiro (RJ), o pleito foi indeferido por existir débito inscrito em Dívida Ativa da União (fls.56/57). A Oitava Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento do Rio de Janeiro I (RJ) (fls.157/162), negou provimento à manifestação de inconformidade do contribuinte “...contra a sua não inclusão retroativa na sistemática do SIMPLES a partir de 2001”. No respectivo voto condutor ainda se esclareceu: “A interessada, em sua impugnação, nada alega sobre as inscrições em Divida Ativa da Unido. Argumenta que, em 2000, impossibilitada de optar pelo SIMPLES, impetrou Mandado de Segurança junto à Justiça Federal. Contudo, com o sancionamento da Lei n° 10.034/2000, que permitiu a adesão ao SIMPLES de creches e escolas de ensino fundamental, a interessada compareceu à agência da Receita Federal CAC Ipanema para solicitar seu enquadramento para o ano de 2001. Foi informada que já era enquadrada no SIMPLES por força de liminar e não poderia habilitarse de novo. Posteriormente, a liminar foi cassada e a segurança foi denegada; a sentença foi mantida em Recurso de Apelação. Ao solicitar seu enquadramento em 2001, foi informada que só teria efeito para 2002. Deste modo, solicita inclusão com efeitos a partir de 2001, visto ter tentado se enquadrar no SIMPLES em 27/12/2000, recolher os impostos no SIMPLES e estar amparado na decisão do TRF, que permitiu que a interessada se enquadrasse durante o ano de 2001. (destaquei) Da decisão de primeira instância, verificase que a controvérsia diz respeito à possibilidade de inclusão retroativa no Simples a partir do anocalendário 2001, o que pode ser confirmado pelo teor do recurso voluntário (fls.164/167): Fl. 664DF CARF MF Impresso em 03/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 13706.001456/200423 Acórdão n.º 1103000.881 S1C1T3 Fl. 665 5 “[...] Dessa forma, podemos concluir que, se assiste ao recorrente, razão no tocante ao seu enquadramento pela Lei 10.034/2000, o que foi afirmado no relatório; e, se o motivo de se manter o indeferimento foi débitos existentes no ano calendário de 2000, o recorrente pode perfeitamente ter os seu enquadramento retroativo a 01/01/2001, visto que em 2000 estava no REFIS (até hoje permanece). Logo o segundo motivo do indeferimento é inexistente e por isso a decisão deve ser reformada e o recurso ser deferido, para determinar que o enquadramento seja retroativo a 01/01/2001. ..... Desta forma, por tudo que expôs, requer e espera o recorrente, deste Egrégio Terceiro Conselho de Contribuintes, acolhimento para reformar a decisão que indeferiu o seu pedido de revisão e o deferimento deste recurso para que seja revogado o Ato Declaratório que determinou a sua exclusão do Simples, principalmente, no que diz respeito ao efeito da exclusão (data do efeito), pois tudo que o recorrente vem passando é tão somente por erro do CAC – Ipanema, e determine a sua reinclusão no sistema SIMPLES retroativo a 01/01/2001, por ser medida de justiça e do mais legítimo Direito” Chegase, então, à conclusão de que esta Terceira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção de Julgamento, com base no voto condutor do I. Cons. Eric Moraes de Castro e Silva, ao decidir “...pelo não provimento do recurso, confirmando a não inclusão da Recorrente no regime do Simples”, confirmou o indeferimento do pedido de inclusão retroativa a partir do anocalendário 2001, não se referindo ao Simples Nacional, como se nota do seguinte excerto: “A diligência acima relatada foi categórica em confirmar a existência de débitos da Recorrente que não se encontram com a exigibilidade suspensa, diferentemente do alegado no seu Recurso Voluntário, o que impede a inclusão do regime do Simples, nos termos do art. 9°, XV da lei n° 9.317/96, abaixo transcrito: Art. 9º Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: (...) XV que tenha débito inscrito em Divida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social INSS, cuja exigibilidade não esteja suspensa;” (destaquei) Assim, sanase a obscuridade para esclarecer que no acórdão nº 1103 00.185/2010 confirmouse o indeferimento do pedido de inclusão retroativa no Simples a partir do anocalendário 2001, não se referindo a controvérsia ao Simples Nacional. Fl. 665DF CARF MF Impresso em 03/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA Processo nº 13706.001456/200423 Acórdão n.º 1103000.881 S1C1T3 Fl. 666 6 Pelo exposto, voto no sentido de ACOLHER os embargos de declaração para suprimir a obscuridade no Acórdão 110300.185/2010 e ratificar o seu dispositivo, no sentido de “negar provimento ao recurso voluntário”. (assinado digitalmente) Eduardo Martins Neiva Monteiro Fl. 666DF CARF MF Impresso em 03/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/07/2013 por EDUARDO MARTINS NEIVA MONTEIRO, Assinado digitalmente em 20/08/2013 por ALOYSIO JOSE PERCINIO DA SILVA
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Numero do processo: 10980.006831/2004-94
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 11 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Apr 11 00:00:00 UTC 2012
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES
Exercício: 2004, 2005
INCLUSÃO RETROATIVA NO SIMPLES. COMPROVAÇÃO DE NÃO EXECUÇÃO DE ATIVIDADE IMPEDITIVA.
Comprovado que, embora constassem do objeto social da empresa, atividades impeditivas de opção pelo Simples não foram por ela executadas, defere-se o pedido de inclusão retroativa nessa sistemática de tributação.
Numero da decisão: 1803-001.278
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Ausente justificadamente o Conselheiro Victor Humberto da Silva Maizman.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Sérgio Rodrigues Mendes
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Exercício: 2004, 2005 INCLUSÃO RETROATIVA NO SIMPLES. COMPROVAÇÃO DE NÃO EXECUÇÃO DE ATIVIDADE IMPEDITIVA. Comprovado que, embora constassem do objeto social da empresa, atividades impeditivas de opção pelo Simples não foram por ela executadas, deferese o pedido de inclusão retroativa nessa sistemática de tributação. Fl. 142DF CARF MF Impresso em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/04/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/04/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006831/200494 Acórdão n.º 180301.278 S1TE03 Fl. 134 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Ausente justificadamente o Conselheiro Victor Humberto da Silva Maizman. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Presidente (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Selene Ferreira de Moraes, Meigan Sack Rodrigues, Walter Adolfo Maresch, Sérgio Rodrigues Mendes e Sérgio Luiz Bezerra Presta. Fl. 143DF CARF MF Impresso em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/04/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/04/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006831/200494 Acórdão n.º 180301.278 S1TE03 Fl. 135 3 Relatório Por bem retratar os acontecimentos do presente processo, adoto o Relatório do acórdão recorrido (fls. 34 e 35): Tratavase este processo, de início, de petição protocolizada em 26/05/2004 (fl. 3), pela qual a contribuinte solicita seu enquadramento no Simples, retroativo a 01/01/2003, em face do disposto na Lei nº 9.317, de 1996. A DRF, apreciando a petição como uma solicitação de inclusão retroativa no Simples (fl. 2), indeferiua, sob a fundamentação de que a pessoa jurídica desenvolve atividades de elaboração de projetos, assessoria e consultoria, as quais não podem optar pelo Simples, à luz do disposto no artigo 9º, inciso XIII, da Lei nº 9.317, de 1996. Comunicada do indeferimento em 08/07/2004, a contribuinte manifestou seu inconformismo com o despacho denegatório em 06/08/2004 (fls. 16/20), alegando, em síntese, que esteve enquadrada no Simples desde 1997 até 1999, ocasião em que comunicou sua desistência ao benefício, face ter extrapolado o faturamento permitido. Voltando a faturar dentro dos limites admitidos pela sistemática, requereu seu novo enquadramento, o qual, em tese teria sido deferido, passando a recolher os tributos sob o código específico. Em 2004, quando tentou transmitir sua declaração referente ao anocalendário 2003, houve recusa do sistema, ao argumento de ter sido excluída do regime. Ocorre que não foi comunicada da exclusão, na forma como determina a legislação de regência, fato que, por si só, deixa de observar a garantia ao contraditório, além de acarretar prejuízos, posto estar em débito com o novo regime de tributação a que ficou vinculada. Quanto à justificativa do indeferimento, afirma que, embora conste de seu contrato social a previsão do exercício das atividades de projeto, assessoria e consultoria, estas nunca foram desenvolvidas e que está providenciando a alteração do contrato para a exclusão das mesmas, posto que somente agora lhe foi explicado ser este o motivo que veda sua permanência no Simples. Sustenta que não existem critérios para os atos da Receita Federal, uma vez que uma concorrente sua, que possui na razão social a previsão de planejamento e projetos de telecomunicações, continua constando como optante do Simples, conforme documentos em anexo. Por fim, pede que seja revisto o indeferimento. Junta ao processo os documentos de fls. 21/27. Em 03/09/2004, comparece novamente aos autos para pedir a anexação de sua Décima Segunda Alteração do Contrato Social, registrada em 30/08/2004, onde fez constara alteração do objeto social de: “industrialização, reparação de serviços de projetos, assessoria e consultoria em equipamentos de telecomunicações” para: “industrialização e comercialização de equipamentos e materiais na área de comunicação”. 2. A decisão da instância a quo foi assim ementada (fls. 33): Fl. 144DF CARF MF Impresso em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/04/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/04/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006831/200494 Acórdão n.º 180301.278 S1TE03 Fl. 136 4 ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2004 EXCLUSÃO AO SIMPLES. ATIVIDADE VEDADA. PREVISÃO CONTRATUAL Se no contrato social consta atividade incompatível com o Simples, a prova de que não exerce tal atividade cabe ao contribuinte, não o fazendo, é lícito considerar válidas as informações constantes no contrato social. Solicitação Indeferida. 3. Cientificada da referida decisão em 19/07/2007 (fls. 40), a tempo, em 09/08/2007, apresenta a interessada Recurso de fls. 41 a 46, instruído com os documentos de fls. 47 a 49, nele argumentando, em síntese: a) que, na decisão da 2ª Turma de Julgamento, que ora se recorre, nada foi mencionado acerca da comunicação de desenquadramento, pois diz o parágrafo único do art. 23 da Instrução Normativa SRF nº 355/2003 que a exclusão de oficio do regime darseá mediante Ato Declaratório Executivo da autoridade fiscal da Secretaria da Receita Federal que jurisdicione o contribuinte; b) que, considerando os percentuais de impostos pagos a título de SIMPLES, conforme documentos anexos, a Recorrente pagou R$ 40.073,18 (quarenta mil, setenta e três reais e dezoito centavos), e o eventual pagamento pelo regime do Lucro Presumido, conforme planilha ora anexada ao feito, representaria o valor devido de R$ 38.532,21 (trinta e oito mil, quinhentos e trinta e dois reais e vinte e um centavos), o que acaba por indicar diferença insignificante de R$ 1.548,97 a menor em favor da Recorrente; c) que se reitera o pedido, aqui, para que o assunto seja baixado em diligência, para a efetiva comprovação de que não existem notas fiscais determinantes de exercício de atividade vedada, nos anos de 2003 e 2004; d) que a manutenção da exclusão não trará maiores valores de arrecadação ao Fisco, mas apenas e tão somente diversas retificações, correções, multas e demais obrigações acessórias, absolutamente onerosas à Recorrente, que já pagou o imposto devido de todo o período como SIMPLES, e não há razão plausível para tais correções daquilo que já é definitivo; e) que está habilitada, desde 14/05/2003, a usufruir os incentivos fiscais da Lei nº 8.248/1991, alterada pelas Leis nºs 10.176/01 e 11.077/04 – Lei de Informática, do Ministério da Ciência e Tecnologia, conforme Portaria 232, publicada no DOU; e Fl. 145DF CARF MF Impresso em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/04/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/04/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006831/200494 Acórdão n.º 180301.278 S1TE03 Fl. 137 5 f) que, estando enquadrada no SIMPLES, não está usufruindo os benefícios, mas vem apresentando, todos os anos, os Relatórios Demonstrativos, nos termos da Lei (consoante documento anexo). 4. Consta, de fls. 51 a 52verso, Resolução nº 380100.011, da Primeira Turma Especial da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), convertendo o julgamento do processo em diligência, cujo atendimento se deu de fls. 55 e 57 a 59. Em mesa para julgamento. Fl. 146DF CARF MF Impresso em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/04/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/04/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006831/200494 Acórdão n.º 180301.278 S1TE03 Fl. 138 6 Voto Conselheiro Sérgio Rodrigues Mendes, Relator Atendidos os pressupostos formais e materiais, tomo conhecimento do Recurso. 5. Em atendimento à diligência requerida, consta do despacho de fls. 55 o seguinte: Após alterar seu ramo de atividade para industrialização e comercialização de equipamentos e materiais na área de comunicação, solicitou inclusão retroativa a 1º/1/2003, optando, em 21 de dezembro de 2004, com efeitos a partir de 1º/1/2005, pois o exercício dessa nova atividade não constitui óbice à adesão.Teve êxito na opção realizada a partir de 2005, mas o pedido para ingresso a partir de 1º/1/2003 foi indeferido com fulcro no art. 92, inciso XIII, da Lei nº 9.317, de 1996. 6. Extraise, ainda, do Termo de Diligência Fiscal, de fls. 57 a 59, o que segue: Quanto à prestação de serviços e venda de produtos, observamos que, no exercício de 2003, os principais clientes de Satech foram EMBRATEL, GVT, INDEL e LAB SERVIÇOS Razão, fls. 39, 40 e 41 anexas se repetem em 2004 Razão, fls. 51, 52, 53 e 54 , com acréscimos de novos clientes (Zhone, SSH Tech, Telenge) (fls.111 a 117). Da análise das notas fiscais emitidas a partir de 2003, podese observar que os serviços prestados para a empresa EMBRATEL referemse a serviço de adequação de régua de voz em sua maioria, da INDEL INDÚSTRIA ELETRÔNICA, a confecção de fontes de alimentação, da GVT — GLOBAL VILLAGE TELECOM LTDA., o fornecimento de cabos assíncronos, unidades de ventilação, da LAB SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES LTDA., a confecção de unidades retificadoras e fontes de alimentação. Quanto ao ano de 2004, na análise das notas fiscais emitidas, os mesmos clientes estão sendo atendidos, e idênticos serviços prestados. Anexo duas cópias de notas fiscais emitidas em 2003 e 2004 da EMBRATEL e GVT, bem como contrato celebrado com a Embratel e pedido de compra da GVT, já que a mesma não fazia contrato diretamente — fls. 118 a 130. 7. Conforme se observa, ficou devidamente comprovado que, embora constassem do objeto social da Recorrente, nos anoscalendário de 2003 e 2004, as atividades de elaboração de projetos, assessoria e consultoria, impeditivas da opção pelo Simples, ela não os executou naqueles períodos. Fl. 147DF CARF MF Impresso em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/04/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/04/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006831/200494 Acórdão n.º 180301.278 S1TE03 Fl. 139 7 Conclusão Em face do exposto, e considerando tudo o mais que dos autos consta, voto no sentido de DAR PROVIMENTO AO RECURSO, para admitir a inclusão retroativa da Recorrente no Simples desde 01/01/2003. É como voto. (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Fl. 148DF CARF MF Impresso em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/04/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 18/04/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 25/05/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES
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