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Numero do processo: 15374.000419/2001-80
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Mar 04 00:00:00 UTC 2009
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE
SOCIAL - COFINS
Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2000 LEI N2 9.718, DE 1998. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
INCONSTITUCIONALIDADE RESTRITA À BASE DE CÁLCULO.
Referindo-se a inconstitucionalidade da Lei n2 9.718, de 1998, pelo Supremo Tribunal Federal exclusivamente às alterações da base de cálculo, não há repercussão da decisão em relação ao lançamento efetuado sobre a diferença de alíquota aplicada sobre a base de cálculo apurada conforme a legislação anterior.
ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2000
RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. JUROS DE MORA.
SELIC. ILEGALIDADE. MATÉRIAS SUMULADAS. INDEFERIMENTO SUMÁRIO.
Indeferem-se sumariamente as alegações relativas a matérias sumuladas pelo 22 Conselho de Contribuintes.
Recurso voluntário negado.
Numero da decisão: 2102-000.036
Decisão: ACORDAM os Membros da SEGUNDA TURMA ORDINÁRIA da PRIMEIRA CÂMARA da SEGUNDA SEÇÃO do CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso
Nome do relator: JOSÉ ANTONIO FRANCISCO
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ementa_s : CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2000 LEI N2 9.718, DE 1998. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE RESTRITA À BASE DE CÁLCULO. Referindo-se a inconstitucionalidade da Lei n2 9.718, de 1998, pelo Supremo Tribunal Federal exclusivamente às alterações da base de cálculo, não há repercussão da decisão em relação ao lançamento efetuado sobre a diferença de alíquota aplicada sobre a base de cálculo apurada conforme a legislação anterior. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2000 RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. JUROS DE MORA. SELIC. ILEGALIDADE. MATÉRIAS SUMULADAS. INDEFERIMENTO SUMÁRIO. Indeferem-se sumariamente as alegações relativas a matérias sumuladas pelo 22 Conselho de Contribuintes. Recurso voluntário negado.
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Fl. 158 • MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS . n.4t,g,r,É4,- SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo n° 15374.000419/2001-80 Recurso n° 137.283 Voluntário Acórdão n° 2102-00.036 — i a Câmara / 2" Turma Ordinária Sessão de 04 de março de 2009 Matéria Cofins Recorrente PICORELLI S/A TRANSPORTES Recorrida DRJ no Rio de Janeiro II - RJ ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2000 LEI N2 9.718, DE 1998. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE RESTRITA À BASE DE CÁLCULO. Referindo-se a inconstitucionalidade da Lei n2 9.718, de 1998, pelo Supremo Tribunal Federal exclusivamente às alterações da base de cálculo, não há repercussão da decisão em relação ao lançamento efetuado sobre a diferença de alíquota aplicada sobre a base de cálculo apurada conforme a legislação anterior. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2000 RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. JUROS DE MORA. SELIC. ILEGALIDADE. MATÉRIAS SUMULADAS. INDEFERIMENTO SUMÁRIO. Indeferem-se sumariamente as alegações relativas a matérias sumuladas pelo 22 Conselho de Contribuintes. Recurso voluntário negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. bN4W".1 o - SEGUNDO CONSELHO DE CONTR1;.. CONFERE COMO ORIGINA4.Processo n° 15374.000419/2001-80 S2-C1T2 Acórdão n.° 2102-00.030 Brosilia, 44 /22_5_____ 0-7 Fl. 159 ACORDAM os Membros da SEGUNDA TURMA ORDINÁRIA da PRIMEIRA CÂMARA da SEGUNDA SEÇÃO do CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. • leSE 3. MARIA COELHO MARQUES Presidente JOWTONIO FRANCISCO 1 Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva, Fabiola Cassiano Keramidas, Mauricio Taveira e Silva, Roberto Velloso (Suplente), Ivan Allegretti (Suplente) e Gileno Gurjão Barreto. Relatório Trata-se de recurso voluntário (fls. 134 a 145) apresentado em 20 de abril de 2006 contra o Acórdão n2 11.392. de 3 de fevereiro de 2006, da DRJ no Rio de Janeiro II - RJ (fls. 120 a 130), do qual tomou ciência a interessada em 17 de março de 2006 e que, relativamente a auto de infração de Cofins de períodos situados entre janeiro e dezembro de 2000, considerou procedente o lançamento. A ementa do Acórdão de primeira instância foi a seguinte: "Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Co.fins Período de apuração: 01/01/2000 a 31/12/2000 Ementa: DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL. SUSPENSÃO. ART. 151, II, CIN - Nos termos do dispositivo do Codex invocado, o depósito judicial somente tem o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário devido, quando consignado de forma integral. INCONSTITUCIONALIDADE - Não compete à Autoridade Administrativa apreciar argüições de inconstitucionalidade de norma legitimamente inserida no ordenamento jurídico nacional, pois o controle das leis acha-se reservado ao Poder Judiciário. ACRÉSCIMOS LEGAIS - JUROS DE MORA - TAXA SELIC - A partir de 01/04/1995, por expressa disposição legal, a teor do disposto no art. 13 da Lei n" 9.065/95, os juros de mora serão equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic. Lançamento Procedente". 4g1("' 2 f , ; • r - SEGUNDO CONSELHO DE CON-N-.... .. - CONFERE COM O ORIGINAL Processo n° 15374.0004 I 9/2001-80 S2-C1T2 Acórdão n.° 2102-00.030 Brasília, O (1? Fl. 160 • O auto de infração foi lavrado em 14 de fevereir • Ge II e, segundo o termo de fls. 45 e 46, a interessada apresentou o Mandado de Segurança n2 99.0016384-2 contra as alterações da Lei n2 9.718, de 1998, tendo obtido medida liminar (fl. 36), que determinou o depósito judicial em relação à diferença de aliquota. A sentença concedeu parcialmente a segurança, em relação à base de cálculo. A Fiscalização esclareceu, a seguir, que foram lavrados dois autos de infração: o do presente processo, relativamente à aplicação da aliquota de 3% sobre a "receita bruta de venda de serviços"; e o do Processo n 2 15374.000420/2001-12, à diferença de base de cálculo. Na impugnação, a interessada alegou ser inconstitucional a aliquota de 3% adotada pela Lei n2 9.718, de 1998. Ademais, o processo legislativo da Lei n2 9.718, de 1998, não teria obecedido ao disposto no art. 59, parágrafo único, da Constituição Federal, regulado pela Lei Complementar n2 95, de 26 de fevereiro de 1998, relativamente à alteração e elaboração das leis. Também seria ilegal a taxa Selic. Ao final, ressaltou haver depósitos integrais relativamente aos períodos de março e abril de 2000. A DRJ, conforme relatado, considerou que o auto de infração referiu-se apenas às diferenças decorrentes da aplicação da aliquota de 3% sobre a receita bruta e que os depósitos efetuados eram inferiores aos valores lançados. No recurso, a interessada algou que o Supremo Tribunal Federal teria declarado a inconstitucionalidade do § 1 2 do art. 32 da Lei n2 9.718, de 1998, razão pela qual o auto de infração seria insubsistente. Passou a tratar do conceito de faturamento, da opinião da doutrina e da base de cálculo da contribuição. É o Relatório. Voto Conselheiro JOSÉ ANTONIO FRANCISCO, Relator O recurso é tempestivo e satisfaz os demais requisitos de admissibilidade, dele devendo-se tomar conhecimento. Ao que tudo indica, a interessada não leu o termo de verificação, que deixou claro referirem-se valores lançados no presente processo à diferença de aliquota, questão que foi reafirmada pelo Acórdão de primeira instância. Dessa forma, é inútil todo o discurso da interessada a respeito do conceito de faturamento. 1043-) 3 1 - SEGUNDO—"' CONSELHO DE CONTRIEt • -1___ ONFERIEj)OM O ORIGINAL Processo n" 5374.0004 19/200 I -80 S2-C1T2 I Brasília, Acórdão n.° 2102-00.030 Fl. 161 Ademais, como já é matéria amplamente nhecida, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucionais apenas as alterações relativas à base de cálculo e declarou a constitucionalidade da elevação da aliquota da contribuição de 2% para 3%. No mais, aplicam-se as seguintes súmulas deste 22 Conselho de Contribuintes, aprovadas em sessão plenária de 18 de setembro de 2007: "Súmula n" I : Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com omesmo objeto do processo administrativo. Súmula n°3: É cabível a cobrança de juros de mora sobre os débitos para com a União decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liqüidação e Custódia - Selic para títulos federais." À vista do exposto, voto por negar provimento ao recurso. Sala das Sessões, em 04 de março de 2009. • JOSÉ ONIO FRANCISCO 4
score : 1.0
Numero do processo: 13886.000952/2001-46
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Mar 05 00:00:00 UTC 2009
Ementa: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI
Período de apuração: 01/07/2001 a 30/09/2001
CRÉDITOS. ESCRITURAÇÃO EXTEMPORÂNEA. JUROS COMPENSATÓRIOS. NÃO INCIDÊNCIA.
Inexiste previsão legal para a incidência de juros compensatórios ou correção monetária, no caso de creditamento escritural extemporâneo de créditos de IPI.
Recurso voluntária negado.
Numero da decisão: 2102-000.010
Decisão: ACORDAM os Membros da SEGUNDA TURMA ORDINÁRIA da PRIMEIRA CÂMARA da SEGUNDA SEÇÃO do CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Matéria: IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
Nome do relator: JOSÉ ANTONIO FERNANDES
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI Período de apuração: 01/07/2001 a 30/09/2001 CRÉDITOS. ESCRITURAÇÃO EXTEMPORÂNEA. JUROS COMPENSATÓRIOS. NÃO INCIDÊNCIA. Inexiste previsão legal para a incidência de juros compensatórios ou correção monetária, no caso de creditamento escritural extemporâneo de créditos de IPI. Recurso voluntária negado.
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Recorrida DRJ em Ribeirão Preto - SP ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI Período de apuração: 01/07/2001 a 30/09/2001 CRÉDITOS. ESCRITURAÇÃO EXTEMPORÂNEA. JUROS COMPENSATÓRIOS. NÃO INCIDÊNCIA. Inexiste previsão legal para a incidência de juros compensatórios ou correção monetária, no caso de creditamento escritural extemporâneo de créditos de IPI. Recurso voluntária negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da SEGUNDA TURMA ORDINÁRIA da PRIMEIRA CÂMARA da SEGUNDA SEÇÃO do CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. n flifaafijav ~Lr S EF • MARIA COELHO MARQUES Presidente • JR0i VrC INSCNCISCO ator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva, Fabiola Cassiano Keramidas, Mauricio Taveira e Silva, Roberto Velloso (Suplente), Ivan Allegretti (Suplente) e Gileno Gurjão Barreto. o Processo n° 13886.000952/2001-46 S2-C1T2 Acórdão n.° 2102-00.010 Fl. 385 Relatório Trata-se de recurso voluntário (fls. 332 a 343) apresentado em 18 de junho de 2007 contra o Acórdão n2 14-15.419, de 4 de abril de 2007, da DRJ em Ribeirão Preto - SP (fls. 327 a 329), do qual tomou ciência a interessada em 25 de maio de 2007 e que, relativamente a pedido de ressarcimento de créditos de IPI do 3 2 trimestre de 2001, indeferiu a solicitação da interessada. A ementa do Acórdão de primeira instância foi a seguinte: "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI Período de apuração: 01/07/2001 a 30/09/2001 RESSARCIMENTO DO IPL JUROS PELA TAXA SELIC. POSSIBILIDADE. lnexiste previsão legal para abonar atualização monetária ou acréscimo de juros equivalentes à taxa SELIC a valores objeto de ressarcimento de crédito de IPL MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. Considera-se não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada na impugnação. Solicitação Indeferida". O pedido, relativo a crédito presumido e a créditos da Lei n 2 9.779, de 1999, foi apresentado em 13 de dezembro de 2001 e inicialmente indeferido pelo despacho de fls. 263 a 267, de 16 de outubro de 2006. Segundo o despacho, teria sido indevidamente incluída correção monetária na apuração de créditos básicos e glosada parcela do crédito presumido. Na manifestação de inconformidade, a interessada defendeu a aplicação dos juros Selic, relativamente aos períodos de apuração de julho de 2000 a setembro de 2001, escriturados no 3 2 trimestre de 2001. É o Relatório. Voto Conselheiro JOSÉ ANTONIO FRANCISCO, Relator O recurso é tempestivo e satisfaz os demais requisitos de admissibilidade, dele devendo-se tomar conhecimento. Como esclarecido no relatório, o recurso tratou da incidência da Selic aos créditos dos períodos de apuração de julho de 2000 a setembro de 2001, escriturados extemporaneamente no 32 trimestre de 2001. 41:Ait'd 2 n Processo n°13886.000952/2001-46 S2-C1T2 Acórdão n.° 2102-00.010 Fl. 386 Dessa forma, trata-se de incidência de juros sobre créditos escriturais. Inicialmente, observe-se que não há previsão legal que permita a incidência de juros, no caso de escrituração de créditos de IPI. Ademais, não se está falando de correção monetária, mas de juros compensatórios. A previsão legal para a incidência de juros Selic, por sua vez, somente se refere aos casos de restituição. Ao mencionar a compensação (art. 39, § 49), é claro que o dispositivo refere-se aos valores que poderiam ser restituídos, não permitindo interpretação extensiva. O texto da Lei n9 9.250, de 1995, é claro, não havendo como aplicar por analogia aquele dispositivo ao caso do ressarcimento. A data prevista para o início da incidência dos juros é a do pagamento indevido ou a maior do que o devido, data que somente pode ser identificada se se tratar de pedido de restituição. A incidência dos juros Selic a partir da data de protocolo do processo de pedido de ressarcimento é critério que não consta da legislação, o que reforça a tese de que os juros não podem incidir, no caso de creditamento extemporâneo. Como a incidência de juros depende de expressa previsão legal, não cabe a sua incidência no presente caso. Note-se, ainda, que o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça adotaram o entendimento restritivo em relação à incidência de correção monetária, segundo o qual, em principio, a escrituração de créditos, ainda que extemporaneamente, não a admite, uma vez que o direito é apenas escriturai. Ademais, somente quando haja óbices à escrituração é que seria permitida a atualização monetária: "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. IPL AQUISIÇÃO DE INSUMOS TRIBUTADOS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ISENTOS OU TRIBUTADOS À ALIQUOTA ZERO. APROVEITAMENTO DOS CRÉDITOS. INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA. DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA NÃO- TRANSFERÊNCIA A TERCEIRO DO ENCARGO RELATIVO AO TRIBUTO. PRESCRIÇÃO. COMPENSAÇÃO. 1. A orientação da Primeira Seção desta Corte é firme no sentido de que, tratando-se de hipótese de aproveitamento de créditos de IPI, como decorrência do mecanismo da não-cunutlatividade, é desnecessária a comprovação da não-transferência do respectivo encargo financeiro a terceiro, sendo, portanto, inaplicável o disposto no art. 166 do CTN. 1. A jurisprudência do STJ e do STF firmou-se no sentido de ser indevida a correção monetária dos créditos escriturais de IPL Entretanto, se o direito ao creditamento não foi exercido no momento oportuno, em razão de óbice normativo instituído pelo Fisco, a correção monetária deverá incidir sobre os referidos 3 Processo n° 13886.00095212001-46 S2-CIT2 Acórdão n? 2102-00.010 Fl. 387 créditos, afim de preservar o seu valor real (EREsp 468.926/SC, 1"Seção, Rel. Min. Teor! Albino Zavascki, DJ de 13.4.2005). 3. 'Posicionamento da 1" Seção desta Corte no sentido de que a compensação tributária rege-se pela legislação vigente à época do ajuizamento da ação. Prevendo a Lei n° 9430/96 a necessidade de requerimento à SRF para a efetuação de compensação com outros tributos, não se afigura possível a dispensa de tal requisito pelo Poder Judiciário' (EREsp 420.027/PR, 1" Seção, Rel. Min. José Delgado, al de 7.8.2006). 4. É de cinco anos o prazo prescricional nas ações relativas ao aproveitamento de créditos de IPI - inerente à aquisição de insumos utilizados na industrialização de produtos isentos ou tributados à alíquota zero -, porquanto não se trata de compensação ou de repetição de indébito tributário, sendo, pois, o prazo regido pelo Decreto 20.910/32. 5. Por fim, ressalva-se que o provimento parcial do presente recurso não sofre interferência do resultado do julgamento do RE 353.657/PR, por meio do qual o Supremo Tribunal Federal entendeu que 'a não-cumtdatividade pressupõe, salvo previsão contrária da própria Constituição Federal, tributo devido e recolhido anteriormente e que, na hipótese de não-tributação ou de alíquota zero, não existe parâmetro normativo para se definir a quantia a ser compensada', pendente apenas apreciação de questão de ordem 'no sentido de dar efeitos prospectivos à decisão' (Informativo 456/S7'F). 6. Recurso especial parcialmente provido." (REsp n2 674.542/MG, Recurso Especial n2 2004/0120752-0, Relatora: Ministra Denise Arruda (1126), órgão julgador: TI - Primeira Turma, data do julgamento: 27/03/2007, data da publicação/fonte: DJ de 30/04/2007, p. 285) À vista do exposto, voto por negar provimento ao recurso. Sala das Sessões, em 05 de março de 2009. ("< . JO TONIO FRANCISCO 4 Page 1 _0000300.PDF Page 1 _0000400.PDF Page 1 _0000500.PDF Page 1
score : 1.0
Numero do processo: 10120.004671/2002-15
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jun 04 00:00:00 UTC 2009
Ementa: COFINS REFIS
Ano-calendário: 2002
COFINS - TRIBUTO DEVIDO - INEXISTÊNCIA DE DISCUSSÃO DO MÉRITO - PARCELAMENTO NÃO COMPROVADO.
E de ser mantido o auto de infração de valor confessado pelo contribuinte. A simples alegação, em sede de defesa, de inclusão em parcelamento sem a devida comprovação deste fato, não é suficiente para suspender a exigibilidade do tributo ou cancelar o auto de infração. Situação que piora com a constatação, nos registros da Receita Federal, de que o valor não se encontra parcelado.
REFIS - INCOMPETÊNCIA DE MATÉRIA PROCESSO ADMINISTRATIVO PRÓPRIO
PROCESSO
A questão referente à inclusão de débitos no REFIS deve ser discutida no processo administrativo próprio. A matéria referente à anistia de tributos não é de competência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2102-000.166
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª câmara / 2ªurma ordinária da terceira SEÇÃO DE JULGAMENTO, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso
Matéria: DCTF_COFINS - Auto eletronico (AE) lancamento de tributos e multa isolada (COFINS)
Nome do relator: Fabiola Cassiano Keramidas
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ementa_s : COFINS REFIS Ano-calendário: 2002 COFINS - TRIBUTO DEVIDO - INEXISTÊNCIA DE DISCUSSÃO DO MÉRITO - PARCELAMENTO NÃO COMPROVADO. E de ser mantido o auto de infração de valor confessado pelo contribuinte. A simples alegação, em sede de defesa, de inclusão em parcelamento sem a devida comprovação deste fato, não é suficiente para suspender a exigibilidade do tributo ou cancelar o auto de infração. Situação que piora com a constatação, nos registros da Receita Federal, de que o valor não se encontra parcelado. REFIS - INCOMPETÊNCIA DE MATÉRIA PROCESSO ADMINISTRATIVO PRÓPRIO PROCESSO A questão referente à inclusão de débitos no REFIS deve ser discutida no processo administrativo próprio. A matéria referente à anistia de tributos não é de competência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF. Recurso Voluntário Negado.
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Numero do processo: 13410.000084/2002-71
Turma: Primeira Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Sep 17 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Nov 08 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 1998
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP). ÁREA DE RESERVA LEGAL. ADA. EXERCÍCIO ANTERIOR A 2000.
A não apresentação do Ato Declaratório Ambiental (ADA) emitido pelo IBAMA, ou órgão conveniado, não pode motivar o lançamento de ofício relativo a fatos geradores ocorridos até o exercício de 2000. (Súmula CARF nº 41). Hipótese em que a contribuinte apresenta ADA protocolado intempestivamente e consta Laudo Técnico emitido pelo IBAMA indicando a existência de APP, declarada na DITR.
DILIGÊNCIAS OU PERÍCIAS.
Na apreciação das provas, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que entender necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2801-003.191
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso para restabelecer as áreas de preservação permanente e reserva legal, nos termos do voto do Relator.
Assinado digitalmente
Tânia Mara Paschoalin Presidente em exercício.
Assinado digitalmente
Marcio Henrique Sales Parada - Relator.
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, José Valdemir da Silva, Luiz Cláudio Farina Ventrilho, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Marcio Henrique Sales Parada. Ausente, justificadamente, o Conselheiros Carlos César Quadros Pierre.
Nome do relator: MARCIO HENRIQUE SALES PARADA
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ÁREA DE RESERVA LEGAL. ADA. EXERCÍCIO ANTERIOR A 2000. A não apresentação do Ato Declaratório Ambiental (ADA) emitido pelo IBAMA, ou órgão conveniado, não pode motivar o lançamento de ofício relativo a fatos geradores ocorridos até o exercício de 2000. (Súmula CARF nº 41). Hipótese em que a contribuinte apresenta ADA protocolado intempestivamente e consta Laudo Técnico emitido pelo IBAMA indicando a existência de APP, declarada na DITR. DILIGÊNCIAS OU PERÍCIAS. Na apreciação das provas, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que entender necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso para restabelecer as áreas de preservação permanente e reserva legal, nos termos do voto do Relator. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin – Presidente em exercício. Assinado digitalmente Marcio Henrique Sales Parada Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 41 0. 00 00 84 /2 00 2- 71 Fl. 139DF CARF MF Impresso em 12/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 11 /10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 13/10/2013 por TANIA MARA PASCHO ALIN Processo nº 13410.000084/200271 Acórdão n.º 2801003.191 S2TE01 Fl. 140 2 Participaram do presente julgamento os conselheiros: Tânia Mara Paschoalin, José Valdemir da Silva, Luiz Cláudio Farina Ventrilho, Marcelo Vasconcelos de Almeida e Marcio Henrique Sales Parada. Ausente, justificadamente, o Conselheiros Carlos César Quadros Pierre. Relatório Contra a contribuinte interessada foi lavrado, em 21/12/2002, o Auto de Infração de fl. 04 e ss., pelo qual se exige o pagamento do crédito tributário no montante de R$ 1.574,30, a título de Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, do exercício de 1998, acrescido de multa de ofício (75,0%) no valor de R$ 1.180,72 e mais juros de mora, calculados pela Taxa Selic, tendo como objeto o imóvel rural denominado “Fazenda Sobrado”, cadastrado na RFB sob o nº 21849226, com área declarada de 1.625,0 ha, localizado no Município de Santa Maria da Boa Vista/PE. O Auditor Fiscal relatou, no Lançamento, em suma, que apurou a falta de recolhimento do ITR, considerando que a Receita Federal, no ano de 2001, intimou a contribuinte a comprovar legalmente as áreas de preservação permanente e de utilização limitada. Porém, a contribuinte apresentou um Ato Declaratório Ambiental (ADA) formalizado junto ao IBAMA no dia 03/04/2001. Fundamentase na Instrução Normativa SRF nº 67/97 e no Manual do ITR/1998, para concluir que o ADA fora apresentado intempestivamente e, portanto, para efetuar a glosa de 186,0 há declarados como Área de Preservação Permanente (APP) e de 487,0 há declarados como Área de Utilização Limitada, com a conseqüente alteração do grau de utilização do imóvel e da alíquota aplicável.(fl. 5) Inconformada, a contribuinte apresentou Impugnação, conforme fl. 41, que, conhecida e analisada pela DRJ RECIFE/PE, ensejou o pronunciamento do Julgador de 1ª instância para considerar procedente o lançamento, uma vez que, no seu entendimento, o ADA fora protocolado intempestivamente no IBAMA e que, em relação à Reserva legal (área de utilização limitada), ainda, a mesma deveria estar averbada á margem da matrícula de registro de imóveis, conforme a Lei nº 4.771/1965, com alterações posteriores, em data anterior ao fato gerador do ITR em caso. Cientificada da decisão, a contribuinte apresentou recurso voluntário, onde em resumo, assim manifesta suas razões: houve um “impasse” entre os Cartórios e o Ibama, em sua região, em função das modificações nas formalidades legais exigidas para reconhecimento de áreas isentas para fins de ITR. Não foi possível providenciar o Termo de Responsabilidade de Preservação de Florestas e averbálo no registro imobiliário, no período de 1997 e 1998; diligenciara junto ao Ibama para que aquele órgão procedesse vistoria para fins de declaração da Reserva Legal, não tendo sido atendida. Possui ADA protocolado em 2001, fato que torna inquestionável a existência da “área de preservação” em 1998; estando na iminência de ser gravemente prejudicada pela exigência fiscal, empreendeu esforços junto ao IBAMA para obter a confirmação de que requerera os Fl. 140DF CARF MF Impresso em 12/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 11 /10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 13/10/2013 por TANIA MARA PASCHO ALIN Processo nº 13410.000084/200271 Acórdão n.º 2801003.191 S2TE01 Fl. 141 3 procedimentos necessários para o “reconhecimento da área de Preservação Permanente de Utilização Limitada, mediante o ADA” (sic) e que tal procedimento não pode ser realizado. Pugna pelo acolhimento do Recurso para que seja “cancelada a exigência do débito fiscal reclamado”. Foram proferidas, pela Primeira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, duas Resoluções que decidiram pela conversão do julgamento em Diligência, para esclarecer a questão: a primeira, nº 3011.738, de 19 de outubro de 2006, que entendeu pela necessidade de se anexar “Laudo Técnico e/ou ADA” que corroborassem as alegações da Recorrente da existência das áreas em litígio, vindo então aos autos o documento de fl. 106; a segunda, nº 3011.865, de 24 de maio de 2007, que acrescentou a necessidade de que houvesse “um pronunciamento do IBAMA sobre a área de preservação permanente”, o que, providenciado pela Unidade preparadora, trouxe aos autos o Ofício nº 034/2010, do IBAMA/PE, que encaminhou o Laudo Técnico nº 019/2010, referente ao imóvel do qual aqui se trata (fl. 127/8) É o Relatório. Voto Conselheiro Marcio Henrique Sales Parada, Relator. O recurso é tempestivo, conforme manifestação da Unidade preparadora na fl. 86, e com condições de admissibilidade, já tendo sido conhecido anteriormente por esta instância recursal, conforme mencionado no Relatório. Destaco que o arrolamento de bens para seguimento de recurso administrativo não é mais necessário, a teor da Súmula Vinculante nº 21 do STF, devendo a Unidade de origem adotar as providências necessárias para seu cancelamento. Entendo que não são necessárias mais diligências ou perícias, além das que já foram determinadas anteriormente. No momento, a discussão sobre a matéria cingese a questões formais para o reconhecimento ou não do direito à isenção de áreas definidas como de utilização limitada/reserva legal e preservação permanente. Observo que parece haver confusão no que tange à classificação as áreas objeto do litígio, que a Instrução Normativa SRF nº 43/1997, art. 1º, tratou de discriminar. Vejamos: a) São áreas de preservação permanente as ocupadas por florestas e demais formas de vegetação natural, sem destinação comercial, descritas nos arts. 2º e 3º da Lei nº 4.771, de 1965: I com o fim de proteção aos cursos d'água, lagoas, nascentes, topos de morros, restingas e encostas; Fl. 141DF CARF MF Impresso em 12/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 11 /10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 13/10/2013 por TANIA MARA PASCHO ALIN Processo nº 13410.000084/200271 Acórdão n.º 2801003.191 S2TE01 Fl. 142 4 II declaradas por ato do Poder Público, destinadas a atenuar a erosão, fixar dunas, formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias, auxílio à defesa nacional, proteção de sítios de excepcional beleza, de valor científico ou histórico, asilos de fauna e flora, de proteção à vida e manutenção das populações silvícolas e para assegurar o bemestar público. b) São áreas de utilização limitada: I as áreas de Reserva Particular do Patrimônio Natural, destinadas à proteção de ecossistemas, de domínio privado, declaradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, mediante requerimento do proprietário, conforme previsto no Decreto nº 1.922, de 5 de junho de 1996; II as áreas imprestáveis para a atividade produtiva, declaradas de interesse ecológico, mediante ato do órgão competente federal ou estadual, conforme previsto no art. 10, § 1º, inciso II, alínea "c", da Lei nº 9.393, de 1996; III as áreas de reserva legal, descritas no art. 16 e seus parágrafos e no art. 44, parágrafo único, da Lei nº 4.771, de 1965, com a redação dada pela Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989, onde não é permitido o corte raso da cobertura florestal ou arbórea para fins de conversão a usos agrícolas ou pecuários mas onde são permitidos outros usos sustentados que não comprometam a integridade dos ecossistemas que as formam. MÉRITO. Façamos breve digressão sobre o instituto da isenção tributária: CTN Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o prazo de sua duração. (sublinhei) Natureza da isenção. Conforme art. 175, caput, a isenção exclui o crédito tributário, ou seja, surge a obrigação, mas o respectivo crédito não será exigível; logo, o cumprimento da obrigação resta dispensado. Para Rubens Gomes de Souza, favor legal consubstanciado na dispensa do pagamento de tributo. Para Alfredo Augusto Becker e José Souto Maior Borges, hipótese de nãoincidência da norma tributária. Para Paulo de Barros Carvalho, o preceito de isenção subtrai parcela do campo de abrangência do critério antecedente ou do conseqüente da norma tributária, paralisando a atuação da regra matriz de incidência para certos e determinados casos.(PAULSEN. Leandro, Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência, 10 ed – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora; ESMAFE, 2008, p. 1179) Fl. 142DF CARF MF Impresso em 12/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 11 /10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 13/10/2013 por TANIA MARA PASCHO ALIN Processo nº 13410.000084/200271 Acórdão n.º 2801003.191 S2TE01 Fl. 143 5 DO ADA COMO REQUISITO PARA ISENÇÃO. INAPLICABILIDADE ATÉ O EXERCÍCIO DE 2000. Considerando tratarse aqui do exercício de 1998, cujo fato gerador do tributo ocorreu em 1º de janeiro daquele ano, a jurisprudência deste CARF já se orientou no sentido de não ser exigível o ADA, uma vez que até o exercício de 2000, inclusive, não havia lei stricto senso que o subsidiasse. A Lei nº 9.393/1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, em seu artigo 10, que trata da apuração e pagamento do imposto, menciona que para efeitos de apuração do ITR considerarseá “área tributável” a área total do imóvel “menos as áreas de preservação permanente e de reserva legal”, previstas na Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965, com redação dada pela Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989. O tamanho da área tributável influi no cálculo e, conseqüentemente, no valor a pagar de ITR. A apresentação do ADA – Ato Declaratório Ambiental, para fins de exclusão das áreas de preservação permanente e reserva legal, que outrora era exigida pela RFB com base em norma infra legal, surgiu no ordenamento jurídico com o art. 1º, da Lei nº 10.165/2000, que incluiu o art. 17O, § 1º na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, para os exercícios a partir de 2001: Art. 17O Os proprietários rurais que se beneficiarem com redução do valor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, com base em Ato Declaratório Ambiental – ADA, deverão recolher ao Ibama a importância prevista no item 3.11 do Anexo VII da Lei nº 9.960, de 29 de janeiro de 2000, a título de Taxa de Vistoria. (...) §1º A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar do ITR é obrigatória. Cabe ressaltar a importância do Ato Declaratório Ambiental (ADA). O ADA é documento de cadastro das áreas do imóvel rural junto ao IBAMA e das áreas de interesse ambiental e possui como função cadastramento as áreas de interesse ambiental declaradas, permitindo o controle e verificação dessas áreas pelo órgão responsável pela área ambiental. Com essa declaração aos órgãos responsáveis, em busca da preservação ambiental dessas áreas, o Estado concede isenção tributária quanto ao ITR. Cabe ressaltar também que a isenção tributária, como a incidência, decorre de lei. É o próprio poder público competente para exigir tributo que tem o poder de isentar É a isenção um caso de exclusão tributária, de dispensa do crédito tributário, conforme determina o I, Art. 175 do Código Tributário Nacional (CTN). Buscase, assim, uma conduta determinada dos cidadãos. No caso, o objetivo é a preservação das áreas em comento, pela fiscalização das áreas informadas pelo ADA. Desta forma, a finalidade da isenção é estimular a preservação e proteção da flora e das florestas e, conseqüentemente, contribuir para a conservação da natureza e proporcionar melhor qualidade de vida. Fl. 143DF CARF MF Impresso em 12/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 11 /10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 13/10/2013 por TANIA MARA PASCHO ALIN Processo nº 13410.000084/200271 Acórdão n.º 2801003.191 S2TE01 Fl. 144 6 Entretanto, considerando a Súmula CARF nº 41, de aplicação obrigatória pelos Conselheiros, não há que se falar em desconsideração de área de preservação permanente e reserva legal por apresentação de ADA intempestivo, para os exercícios anteriores a 2000, inclusive: “Súmula CARF nº 41 A não apresentação do Ato Declaratório Ambiental (ADA) emitido pelo IBAMA, ou órgão conveniado, não pode motivar o lançamento de ofício relativo a fatos geradores ocorridos até o exercício de 2000”. Desta feita, a alteração procedida pelo Auditor Fiscal na Área de Preservação Permanente declarada, de 186,0 há, e na área de Utilização Limitada, de 487,0 há, exclusivamente porque constatou que não fora apresentado ADA no prazo de até seis meses após a apresentação da DITR ao IBAMA, conforme a “descrição dos fatos” integrante do Auto de Infração, na fl. 05, não pode subsistir. Observo que no Relatório de Vistoria efetuado pelo Analista Ambiental do IBAMA, conforme fl. 128, o mesmo conclui, “por estimativa”, que na área existam de “10% a 15%” de áreas que podem ser enquadradas como de preservação permanente. Assim, considerando tratarse do exercício de 1998, que a motivação da glosa das áreas declaradas foi a apresentação intempestiva do ADA, a manifestação do IBAMA que estima a existência real de áreas assim definidas na propriedade, entendo que devam ser restabelecidos os valores declarados como APP ( 186,0 há) e Utilização Limitada (487,0 há). Desta feita, voto no sentido de dar provimento ao recurso. Assinado digitalmente Marcio Henrique Sales Parada. Fl. 144DF CARF MF Impresso em 12/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 11 /10/2013 por MARCIO HENRIQUE SALES PARADA, Assinado digitalmente em 13/10/2013 por TANIA MARA PASCHO ALIN
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Numero do processo: 18471.001615/2005-95
Turma: Primeira Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Nov 08 00:00:00 UTC 2006
Ementa: IRPJ- OMISSÃO DE RECEITAS — PASSIVO FICTÍCIO LATO SENSO .RESERVA NÃO OBRIGATÓRIA. A constituição de reserva não obrigatória, por si só, não autoriza a presunção de omissão de receitas a titulo de passivo fictício.
Não confirmada a reavaliação de bens na coligada ou controlada, não se sustenta a acusação de falta de adição ao lucro líquido da contrapartida do ajuste decorrente da reavaliação de bens em coligada ou controlada Recurso de oficio a que se nega provimento.
Numero da decisão: 101-95.844
Decisão: ACORDAM, os Membros da Primeira Câmara do Primeiro Conselho
de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso de ofício, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.
Matéria: IRPJ - AF- omissão receitas - demais presunções legais
Nome do relator: Sandra Maria Faroni
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DRJ no Rio de Janeiro - RJ. I Interessada : Farmoquimica S.A. Sessão de : 08 de novembro de 2006 Acórdão n°. : 101-95.844 IRPJ- OMISSÃO DE RECEITAS — PASSIVO FICTÍCIO LATO SENSO .RESERVA NÃO OBRIGATÓRIA. A constituição de reserva não obrigatória, por si só, não autoriza a presunção de omissão de receitas a titulo de passivo fictício. Não confirmada a reavaliação de bens na coligada ou controlada, não se sustenta a acusação de falta de adição ao lucro líquido da contrapartida do ajuste decorrente da reavaliação de bens em coligada ou controlada Recurso de oficio a que se nega provimento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso de oficio interposto pela 6° Turma de Julgamento da DRJ no Rio de Janeiro — RJ. I ACORDAM, os Membros da Primeira Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso de ofício, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. MANOEL ANTONIO GADELHA DIAS PRESIDENTE SANDRA MARIA FARONI RELATORA FORMALIZADO EM: 1 8 DEZ 2306 , Processo n° 18741.001615/2005-95 Acórdão n° 101-95.844 • Participaram, ainda, do presente julgamento os Conselheiros SEBASTIÃO RODRIGUES CABRAL, PAULO ROBERTO CORTEZ, CAIO MARCOS CÂNDIDO, VALMIR SANDRI, JOÃO CARLOS DE LIMA JÚNIOR e MÁRIO JUNQUEIRA FRANCO JÚNIOR. 2 . . . Processo n° 18741.001615/2005-95 Acórdão n° 101-95.844 Recurso n°. : 152.159 (ex officio) Recorrente : 6° T. DRJ no Rio de Janeiro - RJ. I RELATÓRIO Contra Farmoquímica S.A. foram lavrados autos de infração do IRPJ e decorrentes (CSLL, PIS, COFINS), relativos a fatos geradores ocorridos no ano-calendário de 2002. A empresa é acusada de ter cometido as seguintes irregularidades: a) Omissão de receitas caracterizada pela manutenção, no passivo (PL), de obrigação incomprovada. b) Ausência de adição ao lucro líquido do período, na determinação do lucro real, de contrapartida do ajuste do lucro decorrente da reavaliação de bens, pela controlada ou coligada, por valor superior ao que justificou o ágio, não contabilizado como reserva de reavaliação. A empresa apresentou impugnação tempestiva na qual contesta a acusação de omissão de receitas, afirmando que não manteve passivo fictício em suas demonstrações financeiras, tendo adotado procedimento previsto no art. 6° §1°, "a", da Instrução CVM n° 349/01, o qual, a despeito de não ser de observância obrigatória para as sociedades anônimas de capital fechado, reflete os princípios da boa técnica contábil. Quanto à acusação de ausência de adição da contrapartida do ajuste decorrente de reavaliação de participação societária, diz que a autoridade autuante se equivocou, pois não ocorreu a indigitada reavaliação. Submetido o litígio a julgamento, entendeu a Turma de julgamento ser improcedente o auto de infração. A motivação da decisão consistiu, em síntese, no seguinte: (a) Quanto à primeira infração, há ausência de tipicidade, uma vez que a presunção de omissão de receitas com base em passivo fictício (art. 281 do RI/99) ocorre em situações em que se apura a manutenção no passivo ÇÇe obrigações já 3 fr . . * . . . Processo n°18741.001615/2005-95 Acórdão n° 101-95.844 pagas ou incomprovadas e, no caso, o fato apontado como infração pela autoridade autuante foi a constituição de reserva sem amparo legal; (b) Quanto à segunda infração, por ter restado comprovado nos autos não ter ocorrido a alagada reavaliação. Foi interposto recurso de oficio. É o relatório.r ce) 4 . ., Processo n° 18741.001615/2005-95 Acórdão n° 101-95.844 VOTO Conselheira SANDRA MARIA FARONI, Relatora O valor do crédito exonerado supera o limite estabelecido pela Portaria MF 333/97, razão pela qual, nos termos do art. 34, inciso I, do Decreto 70.235/72, com a redação dada pelo art. 67 da Lei 9.532/97, deve a decisão ser submetida à revisão necessária. Conforme Termo de Constatação (fls. 679/682), a acusação de omissão de receita baseou-se no seguinte: Intimada a apresentar os lançamentos contábeis no valor de R$14.536.836,58, indicados na DIPJ do ano-calendário de 2002, na Ficha 38-A, a título de "Outras Reservas", o contribuinte prestou, em síntese, os seguintes esclarecimentos: 1. Em agosto de 2001 a Farmoquímica Holding adquiriu 80% da participação no capital da Farmoquímica S.A. por R$ 49.609.560,00 sendo R$ 2.967.808,56 correspondente ao valor do PL e R$ 46.642.256,44 a titulo de ágio. 2. Em setembro de 2001 a Holding iniciou a amortizar o ágio, à razão de 1/120 (dez anos). 3. Em julho de 2002 a Farmoquimica S A incorporou a Holding, e tributou a parcela já amortizada do ágio (10/120) 4. Nos termos do art. 386, III, do RIR/99, o ágio registrado nos livros da Holding pode ter sua amortização dedutival após a incorporação. 5. O valor real do ágio está atrelado à redução/ economia de tributos que o mesmo pode gerar com a incorporação, e nesse sentido, o ágio vale apenas 34% do seu valor registrado na contabilidade, que é o valor do imposto de renda e contribuição social reduzidos por conta da sua amortização dedutiva'. 6. Observando o princípio do conservadorismo, a Holding registrou provisão para ajustar o ágio ao valor efetivo de realização, ou seja, criou provisão no valor de 66% do respectivo montante. r_ 5 . • Processo n° 18741.001615/2005-95 Acórdão n° 101-95.844 7. O registro dessa provisão é corroborado pelos atos normativos da CVM, e em que pese as empresas envolvidas não serem de capital aberto, a observância das normas da CVM revela sua preocupação com a aplicação das melhores práticas contábeis. 8. A provisão (R$ 28.218.565,15) foi calculada pela aplicação do percentual de 66% do ágio contabilizado, e foi devidamente adicionada nas apurações do Lucro Real e da Base de Cálculo da Contribuição Social. 9. Seguindo as boas práticas contábeis e as normas da CVM (art. 6°, §1°, "a", da Instrução CVM n° 319/99, alterada pela Instrução CVM n° 349/01), após a incorporação, a diferença (R$14.536.836,58) entre o valor do ágio o valor da provisão foi registrada em conta de reserva no PL da Farmoquimica S.A. A autoridade fiscal observou: (a) que a normatização da CVM não alcança as sociedades fechadas; (b) que o art. 386 do RIR199 não alcança a interessada. Afinal, considerando que não há amparo legal para a reserva e que os lançamentos contábeis informados pelo contribuinte em sua resposta à intimação não foram escriturados no Diário da Fiscalizada e, por conseqüência, não registrados no balanço patrimonial estampado às fls. 630 do Livro Diário, conclui pela existência de omissão de receitas caracterizada pela manutenção, no passivo "lato sensu", de obrigação incomprovada (14.436.836,59). O primeiro aspecto a ser considerado é que o fato de a contribuinte não estar obrigada a observar as normas da CVM não a impede de fazê-lo. Quanto à referência ao art. 386, III, do RIR/99, é pertinente a observação da autoridade fiscal, de que a norma se aplicaria se a Holding tivesse incorporado a Farmoquimica S.A., não alcançando a situação concreta em que a interessada incorporou a Holding. Não obstante, a acusação fiscal não encontra respaldo nos fatos descritos. Em momento algum o autuante esclarece como identificou a manutenção, no passivo, de obrigação incomprovada. O item 2 do auto de infração também não pode subsistir, porque os fatos apontados como irregulares (falta de adição ao lucro liquido da contrapartida do ajuste decorrente da reavaliação de bens em coligada ou controlada) não se confirmaram. Efetivamente, a autoridade fiscal acusou a interessada de ter reavaliado a participação societária na Zest Farmac utica Ltda, de 6 . . . . •. .. Processo n° 18741.001615/2005-95 Acórdão n° 101-95.844 R$14.847.144,00 para R$ 22.991.774,79, sem registrar a contrapartida como reserva de reavaliação. Não obstante, restou comprovado nos autos não ter havido reavaliação da participação, não se sustentando a acusação. Nego provimento ao recurso de oficio. Sala das Sessões, DF, em 08 de novembro de 2006 gre SANDRA MARIA FARONI 7 Page 1 _0038900.PDF Page 1 _0039000.PDF Page 1 _0039100.PDF Page 1 _0039200.PDF Page 1 _0039300.PDF Page 1 _0039400.PDF Page 1
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Numero do processo: 10680.006200/2005-31
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Fri May 08 00:00:00 UTC 2009
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
Exercício: 2002, 2003
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEREMPÇÃO.
O Recurso Voluntário interposto fora do prazo previsto no art. 33 do Decreto 70.235/72 impõe ao Julgador o seu não conhecimento face à ocorrência da perempção.
INTIMAÇÃO VIA POSTAL. VALIDADE
É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário.
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 2102-000.101
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos voto do Relator.
Nome do relator: ALEXANDRE GOMES
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ementa_s : CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Exercício: 2002, 2003 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEREMPÇÃO. O Recurso Voluntário interposto fora do prazo previsto no art. 33 do Decreto 70.235/72 impõe ao Julgador o seu não conhecimento face à ocorrência da perempção. INTIMAÇÃO VIA POSTAL. VALIDADE É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Recurso Voluntário Não Conhecido.
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conteudo_txt : Metadados => date: 2014-08-18T15:10:02Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; pdf:docinfo:title: Microsoft Word - APV3302_10680006200200531_CIDOL.doc; xmp:CreatorTool: PScript5.dll Version 5.2.2; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; dc:creator: hp; dcterms:created: 2014-08-18T15:10:02Z; Last-Modified: 2014-08-18T15:10:02Z; dcterms:modified: 2014-08-18T15:10:02Z; dc:format: application/pdf; version=1.4; title: Microsoft Word - APV3302_10680006200200531_CIDOL.doc; xmpMM:DocumentID: 3a064222-2945-11e4-0000-fe224fc734c0; Last-Save-Date: 2014-08-18T15:10:02Z; pdf:docinfo:creator_tool: PScript5.dll Version 5.2.2; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:modified: 2014-08-18T15:10:02Z; meta:save-date: 2014-08-18T15:10:02Z; pdf:encrypted: true; dc:title: Microsoft Word - APV3302_10680006200200531_CIDOL.doc; modified: 2014-08-18T15:10:02Z; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: hp; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: hp; meta:author: hp; meta:creation-date: 2014-08-18T15:10:02Z; created: 2014-08-18T15:10:02Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; Creation-Date: 2014-08-18T15:10:02Z; pdf:charsPerPage: 1571; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; Author: hp; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; pdf:docinfo:created: 2014-08-18T15:10:02Z | Conteúdo => S3-C3T2 Fl. 100 1 99 S3-C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10680.006200/2005-31 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2102-000101 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 08 de maio de 2009 Matéria PIS Recorrente CIDOL COMÉRCIO E INDUSTRIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Exercício: 2002, 2003 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PEREMPÇÃO. O Recurso Voluntário interposto fora do prazo previsto no art. 33 do Decreto 70.235/72 impõe ao Julgador o seu não conhecimento face à ocorrência da perempção. INTIMAÇÃO VIA POSTAL. VALIDADE É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário. Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos voto do Relator. (assinado digitalmente) WALBER JOSÉ DA SILVA – Presidente ad hoc. (assinado digitalmente) ALEXANDRE GOMES - Relator. EDITADO EM: 18/08/2014 Fl. 255DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Josefa Maria Coelho Marques, Walber José da Silva, Fabíola Cassiano Keramidas, Maurício Taveira e Silva, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, José Antonio Francisco, Gileno Gurjão Barreto Relatório Trata-se de Auto de Infração de PIS decorrente da verificação do cumprimento das obrigações tributárias por parte da Recorrente que resultou na constatação de Falta/Insuficiência de recolhimentos do tributo. Através de Termo de Inicio de Fiscalização, a Recorrente, foi instada a justificar e comprovar, mediante documentação hábil e inidônea, as diferenças existentes entre os valores informados a título de receita bruta constantes da ficha 14A da DIPJ 2002 no valor de R$ 627.453,83 e o valor da receita bruta consultada no sistema SICAF da Secretaria Estadual da Fazenda no valor de R$ 2.375.370,00, bem como as diferenças existentes entre os valores informados na DIPJ 2003 num total de R$ 522.903,66 e o valor consultado no SICAF da Secretaria da Fazenda Estadual, que apontava um valor de R$ 3.188.369,00. Em resposta ao TIAF (fls. 26) a Recorrente alegou em síntese: a) que em relação ao ano de 2001 deveria ser decotado o valor de R$ 8.195,97 referentes a devolução de mercadorias, e que os tributos devidos em relação ao saldo da diferença de receita bruta estariam incluídos no PAES e por isto não existira valor sujeito a imputação de penalidade ou lançamento de crédito tributário; b) que em relação ao ano de 2002 deveria ser decotado o valor de R$ 23.997,72, referentes a devolução de mercadorias, e que os tributos devidos em relação ao saldo da diferença de receita bruta estariam incluídos no PAES e por isto não existira valor sujeito a imputação de penalidade ou lançamento de crédito tributário; Após analise dos livros contábeis e verificada a existência de diferenças entre os valores escriturados de receita e os declarados em DIPJ, foi novamente intimada a Recorrente a justificar tais constatações (Termo de Intimação Fiscal 02, fls. 48). Esta intimação não foi respondida. Ante o silêncio da Recorrente, lavrou-se o Auto de Infração para a cobrança das diferenças apuradas. Intima em 12/05/2005 a Recorrente apresentou impugnação onde alegou: 1) que o “respectivo ato defeituoso não teve motivação; não preenche os requisitos legais de validade; não caracteriza a suposta infração que teria justificado a sua expedição; não indica sua data; o seu conteúdo fático legal, sendo correto e insofismável que a recorrente/impugnante sempre pagou suas obrigações decorrentes através de sua adesão ao PAES, bem como suas obrigações correntes...” 2) que haveria vicio de forma e de conteúdo no que diz respeito aos mencionados autos de infração, uma vez que não está perfeitamente formalizado, além de lhe Fl. 256DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES Processo nº 10680.006200/2005-31 Acórdão n.º 2102-000101 S3-C3T2 Fl. 101 3 faltar requisitos essenciais de validade (...) caracterizando-se a absoluta falta de liquidez e certeza, bem como, por efeito, da indispensável exigibilidade. 3) No mérito afirma que o auto de infração deixou de: (i) considerar as transferências entre a conta de vendas à vista para a conta de vendas à prazo, o que altera a base de calculo dos tributos; (ii) afastar as receitas ditas financeiras (iii) considerar que contabilmente o valor do mês da Base de Calculo decorre da diferença entre os débitos e créditos respectivamente considerados (iv) que a não consideração das devoluções importa em ausência de liquidez e certeza do lançamento. A DRJ de Belo Horizonte manteve o lançamento em decisão que assim foi ementada: Assunto: Contribuição para o PIS/PASEP Exercício: 2002 2003 Ementa: FORMALIDADE DO LANÇAMENTO Legítima a exigência de crédito tributário formalizado em auto de infração que satisfaça os requisitos legais e seja lavrado sem preterição do direito de defesa. EXECUÇÃO FISCAL Em sede de contencioso fiscal administrativo de primeira instancia, não se cuida de questões inerentes à execução fiscal. INCONSTITUCIONALIDADE A argüição de inconstitucionalidade não pode ser examinada na esfera administrativa, por transbordar os limites de sua competência. DEDUÇÕES DO FATURAMENTO As vendas a prazo e os juros não são deduzidos do faturamento para fins de cálculo do PIS. Desta decisão houve ciência em 22/03/2006, conforme se verifica do AR (fls. 228) que foi recebido na sede da Recorrente, na Rua Riachuelo, nº 1.778, Padre Eustáquio, Belo Horizonte- MG pelo Sr. Raimundo Jorge. Em 27/04/2007 o procurador da empresa declara ter tomado vista do processo, conforme se depreende da certidão juntada as folhas 229. Já em 23/05/07 a Recorrente apresenta Recurso Voluntário onde além de reprisar os argumentos lançados na Impugnação, alegando ainda que “esta se dando por intimada nesta data, do acórdão ora respeitosamente guerreado via deste RECURSO ADMINISTRATIVO ao CONSELHO DE CONTRIBUINTES, caracterizada a nulidade da intimação por não ter preenchido os requisitos legais, não ter sido feita pessoalmente, não ter sido recebida por que de direito, na forma do seu contrato social, sendo a titular da empresa recorrente, a pessoa de Lívia Gomes Cabral...” É o relatório. Fl. 257DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES 4 Voto Conselheiro Alexandre Gomes, Relator O presente Recurso é INTEMPESTIVO e dele não tomo conhecimento. Conforme exposto anteriormente a decisão da DRJ de Belo Horizonte foi encaminhada via correio para o endereço da Recorrente, sendo lá recebida em 22/03/2005. É de se registrar que o endereço consignado no AR que acompanhou a decisão é o mesmo que consta do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ juntado as folhas 28. Em seu recurso alega apenas que a pessoa que recebeu o AR não possuía poderes para representar a empresa, o que tornaria nula a intimação, e que esta deveria ter sido endereçada, recebida e assinada pela Sra. Lívia Gomes Cabral, que é a representante legal da empresa. O Decreto 70.235/72, que normatiza o processo administrativo fiscal, assim estabelece os procedimentos de intimação: Art. 23. Far-se-á a intimação: I - pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) II - por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) III - por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo. (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005) (...) § 3o Os meios de intimação previstos nos incisos do caput deste artigo não estão sujeitos a ordem de preferência. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005) O dispositivo legal citado autoriza a realização das intimações por via postal, inclusive expressamente determina não existir ordem de preferência. Quanto a ilegalidade de intimação por pessoa diversa do representante legal, melhor sorte não assiste ao recorrente, uma vez que o decreto exige apenas que a intimação seja endereçada ao domicilio do sujeito passivo. Fl. 258DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES Processo nº 10680.006200/2005-31 Acórdão n.º 2102-000101 S3-C3T2 Fl. 102 5 É este o entendimento sedimentado neste conselho através da sumula de nº 6, senão vejamos: “É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo contribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário.” Por todo o exposto voto por não conhecer do Recurso, por intempestivo. (assinado digitalmente) ALEXANDRE GOMES Fl. 259DF CARF MF Impresso em 25/08/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 22/08/2014 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 19/08/2014 por ALEXANDRE GOMES
score : 1.0
Numero do processo: 10120.000801/2003-13
Turma: Primeira Câmara
Seção: Primeiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Sep 11 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Aug 19 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
Ano-calendário: 1998
CSLL. COMPENSAÇÃO DE BASE NEGATIVA DE CÁLCULO. LIMITE DE 30%.
Para a determinação da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, a partir do ano-calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, 30% (trinta por cento), em razão da compensação da base de cálculo negativa.
Numero da decisão: 1101-000.793
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros da Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO à fração do Recurso Voluntário em análise nesta assentada que se cinge aos argumentos de mérito atrelados aos lançamentos do ano-calendário de 1998.
(assinado digitalmente)
VALMAR FONSECA DE MENEZES
Presidente
(assinado digitalmente)
BENEDICTO CELSO BENÍCIO JÚNIOR
Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Valmar Fonseca de Menezes, Benedicto Celso Benício Júnior, Edeli Pereira Bessa, Carlos Eduardo de Almeida Guerreiro, José Ricardo da Silva e Nara Cristina Takeda Taga.
Matéria: CSL- glosa compens. bases negativas de períodos anteriores
Nome do relator: BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO à fração do Recurso Voluntário em análise nesta assentada que se cinge aos argumentos de mérito atrelados aos lançamentos do ano-calendário de 1998. (assinado digitalmente) VALMAR FONSECA DE MENEZES Presidente (assinado digitalmente) BENEDICTO CELSO BENÍCIO JÚNIOR Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Valmar Fonseca de Menezes, Benedicto Celso Benício Júnior, Edeli Pereira Bessa, Carlos Eduardo de Almeida Guerreiro, José Ricardo da Silva e Nara Cristina Takeda Taga.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO CSLL Anocalendário: 1998 CSLL. COMPENSAÇÃO DE BASE NEGATIVA DE CÁLCULO. LIMITE DE 30%. Para a determinação da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, a partir do anocalendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, 30% (trinta por cento), em razão da compensação da base de cálculo negativa. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO à fração do Recurso Voluntário em análise nesta assentada – que se cinge aos argumentos de mérito atrelados aos lançamentos do anocalendário de 1998. (assinado digitalmente) VALMAR FONSECA DE MENEZES Presidente (assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 12 0. 00 08 01 /2 00 3- 13 Fl. 298DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES 2 BENEDICTO CELSO BENÍCIO JÚNIOR Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Valmar Fonseca de Menezes, Benedicto Celso Benício Júnior, Edeli Pereira Bessa, Carlos Eduardo de Almeida Guerreiro, José Ricardo da Silva e Nara Cristina Takeda Taga. Relatório Trata o presente litígio, originalmente, do auto de infração de fls. 69/77, referente à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL dos anos calendários de 1997 e 1998. A lavratura da citada peça infracional se fundamentou em suposta compensação indevida de bases de cálculo negativas de CSLL, acumuladas em períodos anteriores, operada em montantes superiores àqueles efetivamente existentes no sistema de controle da Receita Federal do Brasil, alimentado por dados coligidos a partir das DIPJ’s dos exercícios de 1993 e seguintes. Consta da Intimação Fiscal de fl. 41 a seguinte informação, que elucida a causa do lançamento: “Constatouse que o Anexo 8 da DIRPJ foi processado parcialmente, tomandose como base de cálculo negativa, em 31/12/1992, o valor de Cr$ 2.944.680.494 declarado pelo contribuinte, razão pela qual referido anexo foi reprocessado mês a mês, resultando em um novo Demonstrativo da Base de Cálculo Negativa da CSLL — SAPLI (anexo), onde, também, podem ser visualizadas as inconsistências acima mencionadas.” Às fls. 02/06, encontrase o demonstrativo do SAPLI original, antes das alterações procedidas. À fl. 26, consta cópia do Demonstrativo da CSLL – Anexo 8 da DIPJ do exercício de 1993, em que os valores declarados a título de Lucro Líquido antes da CSLL e de adições efetuadas coincidem com os importes considerados pelo Demonstrativo da Base de Cálculo Negativa da CSLL anexo ao SAPLI (fls. 35/36), formatado depois das correções promovidas durante a ação fiscal. Fl. 299DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES Processo nº 10120.000801/200313 Acórdão n.º 1101000.793 S1C1T1 Fl. 3 3 Constataramse, ao final do procedimento de revisão noticiado, as seguintes divergências entre os saldos de base de cálculo negativa apurados, pelo contribuinte e pela RFB, para o ano findado em 31.12.1992: SALDO INFORMADO NA DIPJ/1993 SALDO APURADO PELA RFB NO SAPLI Cr$ 2.944.680.494,00 Cr$ 2.802.649.211,00 A partir de tais diferenças, o i. agente fiscal encarregado da fiscalização efetuou o ajuste de todas as compensações engendradas a maior pelo contribuinte, “reduzindose as compensações ao valor da base de cálculo apurada mensalmente ou ao valor 'zero' quando aquela resultou negativa”. Às fls. 59 e 61, jazem as Fichas 11 da DIPJ/1998 e 30 da DIPJ/1999, no bojo das quais restou consignado que a autuada compensou, em cada exercício, bases de cálculo negativas equivalentes, respectivamente, a R$ 620.098,64 (seiscentos e vinte mil, noventa e oito reais e sessenta e quatro centavos), de um lado, e a R$ 26.833,28 (vinte e seis mil, oitocentos e trinta e três reais e vinte e oito centavos), de outro. Os saldos acumulados de bases negativas da CSLL constantes do sistema de controles da RFB, por sua vez, depois de reajustados, equivaliam a R$ 51.405,56 (cinquenta e um mil, quatrocentos e cinco reais e cinquenta e seis centavos), no ano de 1997, e a R$ 0,00 (zero real), no ano de 1998. Resultouse daí, então, o lançamento ora analisado. Irresignado com a autuação, da qual teve ciência em 18.02.2003, o contribuinte apresentou, em 19.03.2003, a impugnação de fls. 88/98, na qual alegou que teria ocorrido a decadência do direito de a Fazenda efetuar o lançamento tributário. Foram os seguintes os argumentos apresentados: i. o lançamento se deu em 2003, a partir de alterações das cifras de base de cálculo negativa do exercício de 1993 – depois de transcorridos, portanto, mais de 10 (dez) anos da ocorrência do fato gerador correspondente; ii. a CSLL é tributo lançado por homologação. Como tal, o direito de a Fazenda Pública efetivar o lançamento se extingue em 05 (cinco) anos, a contar da data da ocorrência do fato imponível; iii. o artigo 45 da Lei n° 8.212/1991 padece de inconstitucionalidade, ao tratar de decadência tributária, posto tal competência estar reservada à lei complementar. Mesmo que superado este entrave, o referido dispositivo só se aplicaria às matérias de competência da Fl. 300DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES 4 Receita Federal do Brasil, e não às de competência do Instituto Nacional de Seguro Social; e iv. mesmo se admitindo a decadência em 10 (dez) anos, em virtude da aplicação do citado artigo 45, haveria se dado, no caso presente, a caducidade, eis que o fato gerador das exações ocorrera em 12.1992, ao passo que o lançamento se materializara apenas em meados de 2003. A autoridade julgadora de primeira instância, ao estudar a defesa ventilada, julgou procedente o lançamento, por meio do acórdão n° 5.854 (fls. 125/136), de 09.05.2003, assim ementado: “Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL Exercício: 1998 e 1999 Ementa: BASE DE CÁLCULO NEGATIVA. Constatada a compensação de base de cálculo negativa de contribuição social superior ao saldo existente é de se manter a glosa efetuada, bem como o lançamento da CSLL formalizado no auto de infração. JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA. As decisões administrativas não constituem normas complementares da legislação tributária, tampouco vinculam a administração, pois não existe lei que lhes confira a efetividade de caráter normativo. Lançamento Procedente” Referido acórdão, em síntese, encampou as seguintes considerações: i. “o lançamento da CSLL foi efetuado com base nos dados das DIPJ dos exercícios 1998 e 1999, apresentadas pela contribuinte, que na forma da legislação tributária está obrigada a prestar à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato e que os erros nela contidos, verificados pelo seu exame serão retificados de ofício”; Fl. 301DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES Processo nº 10120.000801/200313 Acórdão n.º 1101000.793 S1C1T1 Fl. 4 5 ii. não ocorreu a decadência apontada, uma vez não ter havido, “por parte do Fisco, qualquer alteração dos valores informados nas declarações de rendimentos de exercícios anteriores. Na realidade houve, conforme consta no formulário de alteração da base de cálculo negativa da contribuição social (FACS), doc. de fls. 33, a inclusão no sistema SAPLI de valores, relativos à base de cálculo negativa apurada pela contribuinte no anocalendário 1992, informados no anexo 8, quadro 3, da DIRPJ/1993 (fls. 26) não capitados pelo referido sistema. Tal inclusão não trouxe nenhum prejuízo para a contribuinte, ao contrário lhe favoreceu, uma vez que o saldo da base de cálculo negativa da contribuição social existente em 31 de dezembro de 1997 era bem inferior ao valor R$ 51.406,56, aceito e compensado pelo Fiscal autuante”; e iii. o artigo 16 da Lei n° 9.065/1995 dispõe que a pessoa jurídica só poderá compensar base de cálculo negativa, de um lado, com o resultado do período de apuração, ajustado pelas adições e pelas exclusões previstas na legislação da referida contribuição social, de outro, se mantiver os livros e os documentos exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios da base de cálculo negativa utilizada para o encontro de contas. Cientificado do acórdão em 21.10.2003, o contribuinte, em 19.11.2003, apresentou Recurso Voluntário (fls. 147/163), por meio do qual reiterou os argumentos expendidos em sua impugnação, respeitantes à decadência do direito fazendário de lançar. Aduziuse, no mais, que as Leis n° 8.981 e nº 9.065, ambas de 1995, apontadas pela autoridade lançadora como fundamentos do auto de infração formalizado, eram posteriores às normas aplicáveis às compensações de bases negativas de CSLL ocorridas antes de 1995. Teria se aperfeiçoado, por isso, clara ofensa a direito adquirido da recorrente. O Recurso Voluntário interposto foi julgado, oportunamente, pela Primeira Câmara do extinto Primeiro Conselho de Contribuintes. Na oportunidade, proferiuse o acórdão nº 10194.952 (fls. 181/199), mediante o qual se acolheu a preliminar de decadência suscitada pela recorrente, cancelandose a totalidade das exigências de ofício. À conta de elucidação, copiese, a seguir, a parte dispositiva do voto vencedor que moldurou dito aresto: “Assim, tendo o auto de infração foi sido emitido na data 22 de abril de 1999 para exigir CSLL com fato gerador ocorrido na data de 31/12/1993, e não tendo sido demonstrado nos presentes autos a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, aplicase o Fl. 302DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES 6 disposto no parágrafo 4°. Art. 150 do CTN, ocorrendo, em conseqüência, a decadência do direito do Fisco constituir o crédito tributário, tendo em vista que decorrido 5 (cinco) anos e 4 (quatro) meses da data do seu respectivo fato gerador. Diante do exposto, voto no sentido de acolher a preliminar de decadência suscitada pela Recorrente.” Cientificada deste decisum em 01.09.2005, a Fazenda Nacional, por meio de sua Procuradoria, interpôs, na mesma data, o Recurso Especial de fls. 202/215. A este apelo foi dado, então, parcial provimento, conforme aresto exarado pela Câmara Superior de Recursos Fiscais, juntado às fls. 252/257. Depois de corrigida via novo acórdão (fls. 264/268), pronunciado em sede de Embargos Declaratórios, a decisão da instância especial fez consagrar exegese segundo a qual somente os lançamentos respeitantes ao anocalendário de 1997 estariam decaídos, a teor do artigo 150, § 4º, do CTN. Determinouse, assim, o retorno dos autos à instância ordinária, nos seguintes termos, a fim de que se analisasse o mérito das exigências concernentes ao anobase de 1998: “Pelo exposto, voto por ACOLHER os Embargos de Declaração, para sanar a contradição apontada pelo Embargante, a fim de que prevaleça o resultado de julgamento, no sentido de ‘DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso, para afastar a decadência quanto ao anocalendário de 1998, determinando o retorno dos autos à câmara de origem para apreciação do mérito’.” (grifos nossos) O Recurso Voluntário, por todo o exposto, foi redistribuído a nós. É o relatório. Voto Conselheiro BENEDICTO CELSO BENÍCIO JÚNIOR, Relator: Como se explanou, os lançamentos respeitantes ao anocalendário de 1997 foram reputados nulos, pela Câmara Superior de Recursos Fiscais (fls. 252/257 e 264/268), em razão da caracterização da caducidade do deverpoder fazendário de lançar, nos moldes do Fl. 303DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES Processo nº 10120.000801/200313 Acórdão n.º 1101000.793 S1C1T1 Fl. 5 7 artigo 150, § 4º, do CTN. Igual conclusão foi afastada, no entanto, naquilo que toca aos valores de CSLL pertinentes ao anobase de 1998. O julgamento em curso se atém, pois, à perscrutação dos argumentos meritórios, veiculados pela recorrente, ligados aos débitos sobreviventes. O remédio recursal, no ponto que nos interessa, foi assim redigido: “Conforme já demonstrado, de acordo com a descrição dos fatos e enquadramento legal constantes do Auto de Infração, a RECORRENTE foi autuada porque teria efetuado compensação de bases negativas da Contribuição Social sobre o Lucro – CSLL de períodos anteriores, não observando a limitação de 30% contida no art. 58 da Lei n° 8.981/95. Todavia, a exigência constante do Auto de Infração de Contribuição Social sobre o Lucro – CSLL revelase totalmente improcedente, pelas razões a seguir expendidas. A RECORRENTE, em obediência às normas contidas no Regulamento do Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto 1.041, de 1994, quando do preenchimento da declaração do imposto de renda relativo aos anos base de 1997 e 1998, exercícios de 1998 e 1999, respectivamente, procedeu a compensação integral de bases negativas da Contribuição Social sobre o Lucro, nos termos da legislação de regência. Conforme se observa do Auto de Infração, a Autoridade Lançadora, fundamentou a autuação com base no art. 58, da Lei n° 8.981/95 e no art. 16 da Lei n° 9.065/95, legislação essa posterior àquela vigente e aplicável à compensação de bases negativas da Contribuição Social sobre o Lucro ocorridas no ano bases anteriores a 1995, em flagrante ofensa e desrespeito ao direito adquirido da RECORRENTE, constitucionalmente garantido. (...)” Notase, do transcrito excerto, que a insurgência da autuada, no que condiz à substância dos lançamentos pendentes, circunscrevese à tentativa de fazer aplicar o artigo 58 da Lei nº 8.981/1995 e o artigo 16 da Lei nº 9.065/1995 – responsáveis por instituir, para as compensações de base negativa de cálculo, limite máximo de 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado – apenas aos casos em que o saldo de crédito aproveitável fosse apurado depois do anocalendário de 1995. Sucede, contudo, que estresidos dispositivos de lei, adiante transcritos, não têm essa abrangência. O teto preconizado para a compensação das bases imponíveis negativas de CSLL se aplica, por expressa determinação legal, aos períodos de apuração subsequentes Fl. 304DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES 8 aos da edição das Leis nº 8.981/1995 e nº 9.065/1995, independentemente do ano ou do trimestre em que fora formado o saldo ativo utilizável. O que importa, para todos os fins, é o aspecto temporal da configuração do lucro líquido passível de minoração, e não a data de origem das cifras redutoras: “Art. 58. Para efeito de determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido por compensação da base de cálculo negativa, apurada em períodosbase anteriores em, no máximo, trinta por cento.” “Art. 16. A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, quando negativa, apurada a partir do encerramento do anocalendário de 1995, poderá ser compensada, cumulativamente com a base de cálculo negativa apurada até 31 de dezembro de 1994, com o resultado do período de apuração ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação da referida contribuição social, determinado em anoscalendário subseqüentes, observado o limite máximo de redução de trinta por cento, previsto no art. 58 da Lei nº 8.981, de 1995. Parágrafo único. O disposto neste artigo somente se aplica às pessoas jurídicas que mantiverem os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios da base de cálculo negativa utilizada para a compensação.” Insistase, para que reste mais claro: os acúmulos de base negativa de cálculo de CSLL, apurados até 31.12.1995, poderiam, sim, ser aproveitados integralmente, em períodos posteriores, mas apenas até a razão de 30% (trinta por cento) do lucro líquido atinente a cada um dos períodos de apuração subsequentes. Irrelevante, para a cominação desta trava, seria o período de surgimento do saldo aproveitável de base negativa de contribuição. Somente seria adotado, como critério de diferenciação, o período de apuração do lucro líquido ajustado passível de redução, via ajuste de contas. Tanto é assim que o artigo 18 da Lei nº 9.065/1995 explicitou que os efeitos do artigo 16, acima copiado, seriam gerados a partir de 01.01.1996: “Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 1995, exceto os arts. 10, 11, 15 e 16, que produzirão efeitos a partir de 1º de janeiro de 1996, e os arts. 13 e 14, com efeitos, respectivamente, a partir de 1º de abril e 1º de julho de 1995.” Fl. 305DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES Processo nº 10120.000801/200313 Acórdão n.º 1101000.793 S1C1T1 Fl. 6 9 A exegese que ora se explana jaz sedimentada neste colegiado, conforme se pode depreender da leitura da Súmula CARF nº 03, assim redigida: “Súmula CARF nº 3: Para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro, a partir do ano calendário de 1995, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento, tanto em razão da compensação de prejuízo, como em razão da compensação da base de cálculo negativa.” (grifos nossos) A imposição deste limite não configurou retroação de lei ou ofensa a direito adquirido. A prerrogativa de realização desta espécie de compensação, no que tange à CSLL apurada para o anobase de 1998, só ganhou concretude, afinal, no átimo de materialização do correspondente fato gerador complexivo – ou seja, em 31.12.1998. É verdade que o sujeito passivo tinha direito adquirido à utilização, em períodos posteriores, da totalidade dos montantes de base de cálculo negativa acumulados até 31.12.1995. Isso não significa, porém, que a forma de aproveitamento destes créditos não pudesse ser modificada por lei ulterior. Desde que se garantisse o aproveitamento integral dessas importâncias, não seria inconstitucional a legislação que determinasse o dever de compensação fracionada dos saldos preexistentes, em observância a determinados tetos periódicos. Questionar a constitucionalidade dos permissivos legais sob estudo, de mais a mais, não é tarefa deste Conselho, segundo bem sintetizou a Súmula CARF nº 02: “Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.” Isto posto, voto por NEGAR PROVIMENTO à única fração do Recurso Voluntário aqui analisada, atinente aos argumentos de mérito atrelados aos lançamentos do anocalendário de 1998. Sala das Sessões, em 11 de setembro de 2012 (assinado digitalmente) Fl. 306DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES 10 BENEDICTO CELSO BENÍCIO JUNIOR Relator Fl. 307DF CARF MF Impresso em 19/08/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 28/05/2013 por BENEDICTO CELSO BENICIO JUNIOR, Assinado digitalmente em 14/08/2013 por VALMAR FONSEC A DE MENEZES
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Numero do processo: 10865.001075/2001-81
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Apr 23 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri May 17 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/07/1999 a 30/06/2000
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA RESTITUIÇÃO E ÔNUS TRIBUTÁRIO.
Não é possível admitir a restituição de contribuição por fato gerador não ocorrido, na substituição tributária para frente, quando incerta a retenção da contribuição pelo substituto tributário e demonstrado que o substituído não arcou com o ônus financeiro da contribuição.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3302-002.040
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos,
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator.
(Assinado digitalmente)
Walber José da Silva - Presidente
(Assinado digitalmente)
José Antonio Francisco - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto.
Nome do relator: JOSE ANTONIO FRANCISCO
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/07/1999 a 30/06/2000 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA RESTITUIÇÃO E ÔNUS TRIBUTÁRIO. Não é possível admitir a restituição de contribuição por fato gerador não ocorrido, na substituição tributária para frente, quando incerta a retenção da contribuição pelo substituto tributário e demonstrado que o substituído não arcou com o ônus financeiro da contribuição. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do Relator. (Assinado digitalmente) Walber José da Silva Presidente (Assinado digitalmente) José Antonio Francisco Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Walber José da Silva, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidas, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes e Gileno Gurjão Barreto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 5. 00 10 75 /2 00 1- 81 Fl. 236DF CARF MF Impresso em 17/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/20 13 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por WALBER JOSE DA SILVA 2 Relatório Tratase de retorno de diligência, aprovada pela Resolução n. 330200.204, de 22 de março de 2012 (fls. 397 e segs.), cujo relatório foi o seguinte: Tratase de recurso voluntário (fls. 74 a 90) apresentado contra o Acórdão n1414.509, de 18 de dezembro de 2006, da D RJ em Ribeirão Preto SP (fls. 66 a 71), que indeferiu a manifestação de inconformidade do interessado, quanto a pedido de restituição de PTS til. 1), apresentado em 10 de agosto de 2001, relativamente aos períodos de julho de 1999 a junho de 2000, acompanhado de pedido de compensação com débitos "vincendos" e a apurar do próprio PIS (fl. 2). A ementa do Acórdão de primeira instância foi a seguinte: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/07/1999 a 30/06/2000 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. RESTITUIÇÃO / COMPENSAÇÃO. “A restituição e/ou a compensação de contribuição para o PIS paga sob o regime de substituição tributária, na aquisição de gás liquefeito de petróleo, está condicionada à comprovação de que a contribuição foi efetivamente apurada, retida e recolhida pelo substituto. “Solicitação Indeferida.” O pedido foi objeto de Despacho Decisório da autoridade local (fls. 34 a 37), comunicado à interessada em 4 de agosto de 2006, que considerou que "A restituição de que trata o art. 6 o da Instrução Normativa SRF n° 6, de 29 de janeiro de 1999, diz respeito somente à aquisição de gasolina automotiva e óleo dieseí\ A DRJ considerou que, "No presente caso, além dos valores reclamados se referirem às aquisições de GLP cujo ressarcimento não tem amparo na legislação que instituiu o regime de substituição tributária nem na instrução normativa transcrita acima, a interessada não comprovou a efetiva retenção da contribuição apurada sob aquele regime tributário, por parte do distribuidor. Sequer apresentou as notas fiscais de aquisição do GLP cujo ressarcimento de PIS pleiteia." Por fim, considerou que a apuração teria sido efetuada de forma incorreta. No recurso esclareceu a interessada que desenvolveria "a atividade mercantil no setor de fabricação de azulejos e pisos" e que, "para a industrialização de seus produtos", utilizaria "como um de seus principais insumos o Gás liquefeito de Petróleo GLP", que, "em decorrência da grande quantidade de combustível", seria adquirido "diretamente de distribuidores de combustíveis, ou seja, no atacado". Como o PIS incidiria sob o regime de substituição tributária, em face das disposições da Medida Provisória n° 1.8586, de 29 de junho de 1999, o titular Fl. 237DF CARF MF Impresso em 17/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/20 13 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 10865.001075/200181 Acórdão n.º 3302002.040 S3C3T2 Fl. 236 3 do direito de crédito decorrente da retenção a maior da contribuição seria o adquirente. Quando houvesse retenção a maior da contribuição, a Instrução Normativa SRF n. 6, de 1999, teria resguardado o direito de ressarcimento das diferenças ao consumidor final, relativamente à gasolina e ao óleo diesel. Entretanto, segundo a recorrente, a não inclusão do GLP deveuse ao fato de que, na data de sua edição, "não existia o regime de substituição tributária para as operações com GLP". Mencionou decisão em processo de consulta da Superintendência Regional da Receita Federa 1 da 6 Região, segundo a qual "Fica assegurado ao consumidor final, pessoa jurídica, o ressarcimento dos valores do PIS, pagos por substituição tributária na hipótese de aquisição de gasolina automotiva, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo GLP diretamente à distribuidora. A situação teria permanecido até anteriormente a 1 de julho de 2000 e as notas fiscais não teriam sido apresentadas em razão da "necessidade de autenticação das mesmas, as quais são em grande quantidade", tendo a recorrente aguardado "notificação para apresentação das mesmas, ou que em procedimento de diligência a autoridade fiscal verificasse tais documentos na sede da empresa, o que não foi feito". A decisão da DRJ, assim, feriria o princípio constitucional na razoabilidade e o bom senso, uma vez que o tratamento dado ao GLP não poderia ser distinto do dado à gasolina e ao óleo diesel. A seguir, analisou aspectos relativos à compensação de tributos para considerar insubsistente a nota constante do Acórdão de primeira instância de que não teriam sido juntados aos autos pedidos de compensação ou Declarações de Compensação. Segundo a recorrente, os valores compensados foram declarados em DCTF, vinculados a compensação em processo administrativo, e tratouse de compensação entre contribuições da mesma espécie. A declaração dos valores não seria exigida pela Instrução Normativa SRF n. 21, de 1997, e a IN SRF n. 210, de 2002, não poderia ser aplicada retroativamente. Segundo a recorrente, a apuração teria sido efetuada nos termos da IN SRF n. 6, de 1999, arts. 6°, § 2, e 2 2 , parágrafo único. A diligência foi aprovada nos seguinte termos: Quando a substituição tributária para o GLP foi novamente criada, não houve alteração na redação da IN. Entretanto, o direito ao ressarcimento foi previsto pela IN SRF n. 6, de 1999, mas não poderia ter sido por ela criado. Se a IN regulou o direito de ressarcimento e regulou o critério de sua apuração, então se deve pressupor que o direito resultou das disposições legais, no caso específico regulado pela IN, que diz Fl. 238DF CARF MF Impresso em 17/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/20 13 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por WALBER JOSE DA SILVA 4 respeito tãosomente "ao consumidor final, pessoa jurídica", que adquire os combustíveis diretamente da distribuidora. Nesse contexto, voto por converter o julgamento do recurso em diligência para que a interessada seja intimada a demonstrar, relativamente ao período em que vigeu o regime de substituição tributária, o direito alegado, nos termos do art. 6° da Instrução Normativa SRF n. 6, de 2000, especialmente no que diz respeito à base de cálculo e à situação de ser consumidora do combustível. A interessada poderá ser intimada a apresentar à Fiscalização ou a colocar a sua disposição os documentos que se fizerem necessários, apresentando também demonstrativo de apuração. Após a diligência, a Fiscalização deverá dar ciência do relatório à contribuinte para que apresente resposta no prazo de trinta dias. Foi elaborado o despacho de fls. 177 a 187, por meio do qual se apurou o valor do PIS que seria passível de ressarcimento. Intimada do despacho, a Interessada apresentou a resposta de fls. 190 e seguintes, por meio da qual discordou do período de início de abrangência do direito, considerado o dia 4 de outubro de 1999 pelo despacho. Segundo a Interessada, nos termos o art. 22 da Medida Provisória no 1.8586, publicada em 30 de junho de 1999, essa seria a data de entrada em vigor das suas disposições. Não se aplicaria ao caso o prazo do art. 195, § 6º, da Constituição Federal, por se tratar apenas de mudança de regime de arrecadação e não de nova exigência. Ademais, discordou do fator de multiplicação (2,2) utilizado na apuração. Segundo a Interessada, deveria ser levado em conta o disposto no art. 6º, § 2º, da Instrução Normativa SRF no 6, de 1999, que se referiu ao parágrafo único do art. 2º, que previu a multiplicação por quatro do preço da refinaria, no caso da gasolina automotiva. É o relatório. Voto O recurso é tempestivo e satisfaz os demais requisitos de admissibilidade, dele devendose tomar conhecimento. Foi determinada a realização de diligência para apuração dos valores de PIS que poderiam ser objeto de ressarcimento e, no processo n. 10865.001074/200136, por meio de Acórdão n. 330201.283, de 09 de novembro de 2011, foi reconhecido em parte o direito da Interessada, nos seguintes termos: A principal alegação da Interessada é de que a Medida Provisória n. 1.8586, de 29 de junho de 1999, teria abrangido o período posterior a julho de 1999. Dispunha o art. 4º da mencionada MP: Fl. 239DF CARF MF Impresso em 17/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/20 13 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 10865.001075/200181 Acórdão n.º 3302002.040 S3C3T2 Fl. 237 5 “Art.4º O disposto no art. 4o da Lei no 9.718, de 1998, aplicase, exclusivamente, em relação às vendas de gasolina automotiva, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo GLP.” Entretanto, a mencionada MP entrou em vigor apenas a partir de setembro de 1999, por conta da anterioridade nonagesimal. No caso, não importa que a Interessada discorde do posicionamento oficial da Receita Federal, uma vez que tendo esse posicionamento sido externado, a retenção não ocorreu anteriormente a esse período (como exemplo, citese http://www.receita.fazenda.gov.br/ pessoajuridica/ dipj/ 2000/ Orientacoes/ COFINSgerais.htm). Ademais, a recorrente não prova que a refinaria tenha descumprido esta disposição constitucional e iniciado a retenção e recolhimento do PIS antes do prazo legal, especialmente nas operações objeto do pedido de restituição. A situação do GLP não se assemelha totalmente à do óleo diesel e à da gasolina automotiva, em que a substituição tributária, na saída da refinaria, referese à venda do distribuidor para o posto de combustíveis e à do posto de combustíveis ao consumidor final. Nesse caso, há no mínimo três incidências das contribuições sociais: saída da refinaria, saída do distribuidor (primeira substituição) e saída do posto (segunda substituição). Se a pessoa jurídica adquire o combustível diretamente do distribuidor, torna se indevida a incidência relativa à saída do posto. No caso do GLP, pode ocorrer o envasamento para venda a varejo, que normalmente ocorre na distribuidora. Então, o gás envasado é vendido à revenda. As disposições sobre substituição tributária, entretanto, somente foram alteradas posteriormente. Até MP 18075 não havia previsão de substituição para o GLP: “Art. 4º O disposto no art. 4oda Lei no9.718, de 1998, aplicase, exclusivamente, em relação às vendas de gasolina automotiva e óleo diesel.” Depois, com a MP 18586 já citada, a substituição vigorou de setembro até a MP de no 1.99118, de 9 de junho de 2000, publicada no DOU em 10 de junho de 2000: “Art. 4o O disposto no art. 4oda Lei no9.718, de 1998, aplicase, exclusivamente, em relação às vendas de gasolina automotiva, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo GLP. “Parágrafo único. Nas vendas de óleo diesel ocorridas a partir de 1º de fevereiro de 1999, o fator de multiplicação previsto no Fl. 240DF CARF MF Impresso em 17/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/20 13 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por WALBER JOSE DA SILVA 6 parágrafo único do art. 4º da Lei no 9.718, de 1998, fica reduzido de quatro para três inteiros e trinta e três centésimos.” Portanto, a substituição tributária vigorou em relação ao GLP até a publicação da MP no 1.99118, de 09 de junho de 2000, que determinou o seguinte: “Art. 4o O disposto no art. 4o da Lei no 9.718, de 1998, em sua versão original, aplicase, exclusivamente, em relação às vendas de gasolinas, exceto gasolina de aviação, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo GLP.” Não obstante, a Receita Federal admitiu somente a possibilidade do que chamou de ressarcimento das contribuições em relação à gasolina e ao óleo Diesel. Vejase que a apuração da base de cálculo das duas substituições tributárias, que se dava pela multiplicação do fator “4” (em relação ao óleo Diesel, passou a ser 3,3), foi estabelecida igualmente em relação ao GLP, portanto, a refinaria submetiase às mesmas regras, quer em relação ao GLP, quer em relação à gasolina e ao óleo Diesel. Entretanto, a IN SRF no 6, de 1999, somente previu o ressarcimento de uma das etapas (venda ao varejista), quando o combustível fosse adquirido diretamente do distribuidor, aplicandose, assim, o fator de 2,2, quanto à gasolina e ao óleo Diesel, deixando, sem explicação, o GLP de lado. Embora se refira a ressarcimento, na realidade tratase de restituição, uma vez que o substituído tributário é o contribuinte, enquanto que o substituto é o responsável pela antecipação do recolhimento do tributo. A IN, portanto, reconheceu como parte legítima para receber os valores pagos a maior o contribuinte de direito (não se trata apenas de contribuinte de fato, como ocorre nos casos dos tributos indiretos). Embora o tema seja controverso na doutrina, tratase de uma interpretação plenamente admissível, uma vez que é possível identificar o titular do direito de crédito e sua liquidez e certeza, à vista das instruções expedidas pela própria RFB. Nesse contexto, independentemente da IN, o sujeito passivo (aquele que efetivamente arcou com o encargo financeiro do tributo indevido ou a maior do que o devido) tem direito à restituição, na forma prevista no CTN. Por fim, a Interessada contestou a apuração efetuada na diligência, alegando incidir os juros Selic. Conforme já esclarecido anteriormente, embora a IN denomine o pedido como ressarcimento, na realidade se trata de restituição. Portanto, cabe a incidência de juros compensatórios. À vista do exposto, voto por dar provimento parcial ao recurso, para reconhecer o direito à ressarcimento da Interessada, nos termos do que foi apurado na diligência, incidindo ainda os juros Selic. Fl. 241DF CARF MF Impresso em 17/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/20 13 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por WALBER JOSE DA SILVA Processo nº 10865.001075/200181 Acórdão n.º 3302002.040 S3C3T2 Fl. 238 7 Entretanto, no Acórdão n. 330201.436, a Turma decidiu o seguinte sobre caso semelhante: No caso, o pedido foi apresentado em 19 de março de 2004, aplicandose os dez anos, não havendo, em consequência, perda de prazo. Quanto à segunda matéria, o despacho decisório (fl. 207) ressalvou que “as notas fiscais (com exceção das notas emitidas entre 08/02/1999 e 02/03/1999) não trazem destacadamente a base de cálculo do valor a ser ressarcido, conforme descrito no §1° do Art 6° da IN A Primeira Instância considerou o seguinte: “De fato, o destaque das bases de cálculo do PIS e da Cofins é formalidade necessária à obtenção do ressarcimento, consoante § 1º do artigo 6º acima transcrito, pois o que se busca não é apenas verificar a correção dos cálculos dos valores reclamados pela interessada, mas principalmente a demonstração de que houve a efetiva retenção daquelas contribuições.” Dessa forma, incabível o ressarcimento dos valores de Cofins pleiteados pela contribuinte. A informação de que a Esso Brasileira não teria cobrado de seus clientes o valor dos tributos foi dada pela própria Interessada em seu recurso e não consta tal declaração Todas as notas fiscais trazem a informação de que houve retenção na refinaria do PIS, mas não da Cofins. Em princípio, não se sabe ao certo se a refinaria reteve a contribuição, se reteve e a distribuidora não cobrou dos clientes, ou se reteve, cobrou e não destacou a base de cálculo. Somente nesta última hipótese é que o direito da Interessada seria inquestionável. Para resolver a questão, a conversão do julgamento do recurso em diligência restaria improfícua, à vista de se tratar de fatos a serem apurados na contabilidade do fornecedor e da refinaria ocorridos há mais de dez anos. Entretanto, comparar as notas fiscais próximas à data limite de 2 de março de 1999 pode resultar em alguma conclusão. [...] A seguir, constatouse que, quando não havia indicação de retenção, de fato a retenção não era efetuada. Naquele caso, pôdese comparar as situações de PIS e Cofins e se verificou que, no caso da Cofins, não havia informação sobre a retenção nas notas fiscais e não havia também as retenções. Tal situação demonstrou que as distribuidoras cumpriam as disposições relativas às instruções normativas e que, portanto, não se poderia pressupor que a retenção ocorrera e, sim, o contrário. Fl. 242DF CARF MF Impresso em 17/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/20 13 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por WALBER JOSE DA SILVA 8 Portanto, em que pese a diligência realizada, no caso dos autos inexiste indício de que tenha ocorrido a retenção. Pelo contrário, como se verificam das notas fiscais de fls. 166 e seguintes, não há indicação alguma de valores retidos, diferentemente do que ocorre com o ICMS. Dessa forma, não se poderia admitir a restituição de valores que, à evidência que se pôde vislumbrar, não foram recolhidos. Portanto, voto por negar provimento ao recurso. (Assinado digitalmente) José Antonio Francisco Fl. 243DF CARF MF Impresso em 17/05/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/05/2013 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/20 13 por JOSE ANTONIO FRANCISCO, Assinado digitalmente em 14/05/2013 por WALBER JOSE DA SILVA
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Numero do processo: 19647.004442/2003-17
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jun 29 00:00:00 UTC 2006
Data da publicação: Thu Jun 29 00:00:00 UTC 2006
Ementa: NORMAS PROCESSUAIS. COMPENSAÇÃO.
É de se reconhecer o direito à compensação de débitos da própria pessoa jurídica com créditos oriundos de pagamento efetuado indevidamente, em respeito à vedação de enriquecimento sem causa, por quaisquer das partes.
MULTA CONFISCATÓRIA.
A vedação constitucional à utilização de tributo com efeito confiscatório é dirigida ao legislador que deve observá-la na elaboração das leis. Este fato não se confunde com o caráter coercitivo da multa cujo intuito é de evitar determinadas práticas definidas pelo legislador.
INCONSTITUCIONALIDADE COMPETÊNCIA.
Os órgãos de julgamento administrativo não têm competência para negar vigência à lei, sob a mera alegação de sua inconstitucionalidade. Cabe à autoridade administrativa apenas aplicá-la, nos moldes da legislação que a instituiu.
JUROS DE MORA. TAXA SELIC.
É legítima a cobrança dos juros de mora com base na taxa Selic, nos termos da Lei nº 9.430/96, porque o § 1º do art. 161 do CTN ressalvou a possibilidade de lei ordinária dispor de forma diversa. O § 3º do art. 192 da CF que limitava os juros a 12% a.a. foi revogado pela EC nº 40/2003.
Recurso provido em parte.
Numero da decisão: 201-79419
Matéria: Cofins - ação fiscal (todas)
Nome do relator: Maurício Taveira e Silva
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' Segundo Conselho de Contribuintes Processo n2 : 19647.004442/2003-17, mf..segundo C?nsen:±side CcindaubunesU: Recurso n2 : 129.496 r • Acórdão n2 : 201-79.419 Pub:Istr,D o I de 4/10» Recorrente : J. MARIA SILVA Recorrida DRJ em Recife - PE NORMAS PROCESSUAIS. COMPENSAÇÃO. É de se reconhecer o direito à compensação de débitos da própria pessoa jurídica com créditos oriundos de pagamento efetuado indevidamente, em respeito à vedação de enriquecimento sem causa, por quaisquer das partes. MULTA CONFISCATORIA. A vedação constitucional à utilização de tributo com efeito confiscatório é dirigida ao legislador que deve observá-la na elaboração das leis. Este fato não se confunde com o caráter coercitivo da multa cujo intuito é de evitar determinadas práticas definidas pelo legislador. INCONSTITUCIONALIDADE COMPETÊNCIA. Os órgãos de julgamento administrativo não têm competência para negar vigência à lei, sob a mera alegação de sua inconstitucionalidade. Cabe à autoridade administrativa apenas aplica-la, nos moldes da legislação que a instituiu. JUROS DE MORA. TAXA SELIC É legitima a cobrança dos juros de mora com base na taxa Selic, nos termos da Lei n2 9.430/96, porque o § 1 2 do art. 161 do CTN ressalvou a possibilidade de lei ordinária dispor de forma diversa. O § 3 2 do art. 192 da CF que limitava os juros a 12% a.a. foi revogado pela EC n2 40/2003. Recurso provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por J. MARIA SILVA. ACORDAM os Membros da Primeira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do Relator. Sala das Sessões, em 29 de junho de 2006. 4acL QAPPOJWc1/4. J.Àfi@CUtir . sefa Maria Coelho Marques Presidente MF - SEGUNDO CONVIIHO DE CONTRIBUINTES I CONFERE COM O 02!C:HP.I. I erasiiia CA I 1 1 j 0 4 1 Ma i a e Silva Relator tuna C:Uukíia Si it a Castro Mal Siape 92) 3C, Participaram ainda, do presente julgamento os Conselheiros Walber José da Silva, Gileno Gurjão <Barreto, Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça, José Antonio Francisco, Fabiola Cassiano Keramidail e Gustavo Vieira de Melo Monteiro. • 22 CC-MF , Ministério da Fazenda Fl. Segundo Conselho de Contribuintes mi:. sEG'Imoo coNsguiD DE Di..»,71:z:BuINTEs - Processo n' : 19647.004442/2003-17 CONFERE: COM O Wi3:NAL Recurso o' 129.496iltasq•a 05I ' • — -„j_ f O Ç. Acórdão o' : 201-79419 1 Ivana Cláudia SiNa Recorrente : J. MARIA SILVA g htzu. ',tape f RELATÓRIO J. MARIA SILVA, devidamente qualificada nos autos, recorre a este Colegiado, por meio do Recurso de fls. 354/378, contra o Acórdão n 2 9.376, de 3/9/2004, prolatado pela 4t Turma de Julgamento da DRJ em Recife - PE, fls. 339/349, que julgou procedente em parte o auto de infração lavrado em virtude de diferença apurada entre o valor escriturado e o declarado/pago da Cofins (fls.06/09), referente a períodos de janeiro/2001 a dezembro/2002, • perfazendo um crédito tributário de R$ 510.261,88, à época do lançamento, cuja ciência ocorreu em 10/11/2003. Conforme consignado no "Termo de Verificação e de Encerramento de Ação • Fiscal" (fls. 17/19), a contribuinte permaneceu, indevidamente, enquadrada no sistema Simples desde do ano-calendário de 2001. Assim sendo, foi emitido o Ato Declaratório n 2 91, publicado no D.O.0 em 20/10/2003, com efeitos a partir de 1/1/2001. Segundo o fiscal autuante (fl. 18), houve reiteradas entregas de Declaração pelo Simples, registrando valores inferiores aos escriturados no Livro de Apuração de ICMS, o qual serviu de base ao presente lançamento. Em 9/12/2003, a interessada apresentou uma peça única de impugnação, fls. 260/284, dirigida aos cinco autos de. infração, Processos d's 19647.002785/2003-39, 19647.004441/2003-64, 19647.004443/2003-53, 19647.00444/2003-06 e 19647.004442/2003-17, acrescida de documentos de fls. 285/332, na qual alega, em síntese, o seguinte: 1) nos meses de outubro/2000 e novembro/200I, não foram consideradas as devoluções de vendas; 2) contesta a autuação referente ao IPI no valor de R$ 27.011,04; •• 3) os pagamentos realizados a título de Simples, nos anos calendários de 1999 a 2003, encontram-se desalocados, solicitando a compensação destes valores; 4) a multa de oficio de 75% fere os princípios da capacidade contributiva e do não confisco, requerendo a redução desta para 30%; 5) do anatocismo e da limitação constitucional dos juros de 12% ao ano, portanto, inconstitucional a aplicação dos juros de mora com base na taxa Selic. A DRJ considerou procedente em parte o auto de infração, reduzindo o valor devido no mês de novembro/2001, tendo o acórdão a seguinte ementa: "Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/01/2001 a 31/12/2002 Ementa: EXCLUSÃO DO SIMPLES DE OFÍCIO. A pessoa jurídica excluída do SIMPLES sujeitar-se-á, a partir do período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas. ruit 2 MÇ:" 22 CC-MF -Ministério da Fazenda - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O, OR: 1-1: NAL Fl. .;n:,.! Segundo Conselho de Contribuintes , Brasla. 05 r_ _0» I Processo n' : 19647.004442/2003-17 Recurso n' : 129.496 Ivan ClAtAlia Silvt, Czrato Acórdão n 201-79.419 Ntat Siape : I .I6 • • FALTA DE RECOLHIMENTO DA COFINS. - Apurados, através de procedimento de oficio, valores devidos da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, que não haviam sido declarados ou confessados pela contribuinte é procedente a autuação, com a aplicação da multa de oficio. . • • BASE DE CÁLCULO. • • OS valores consignacks no livro de apuração do ICMS na coluna de sOidas corno devoluções de compras não compõem a base de cálculo para apuração dos valores • devidos da COFINS. . . COMPENSAÇÃO — PAGAMENTOS INDEVIDOS. .• • ' • • Os pagamentos efetuados pela sistemática do SIMPLES, quando a empresa foi excluída • . de oficio retroativamente, são indevidos e para sua restituição/compensação devem . ; • seguir os tramites da I7V SRF n° 210 de 2002, c/c a LV SRF n.°322 de 24/04/2003.• - • • . , MULTA DE OFICIO E JUROS DE MORA (TAXA SELIC) — • • . INCONSTITUCIONALIDADE. . • .Não está compreendida no espectro de competência das Autoridades Administrativas de • . Julgamento a apreciação de alegação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. ., federal. • Lançamento Procedente em Parte". . . • Inconformada, a contribuinte prótocolizou, em 12/11/2004, recurso voluntário, •- • • novamente apresentando uma única peça recursal para todos seus processos, porém, efetuando - considerações especificas aos Processos n2s 19647.002785/2003-39 — exclusão de imposto único . ?, Simples e 19647.004444/2003-06 — auto de infração do imposto Simples, repisando os - • argumentos anteriormente aduzidos. • , • Às fls. 382/385 consta o arrolamento recursal necessário. • É o relatório. • . • • . _ • 1 - NIF - SEGUNDO CONSELHO DE Cr;NTRIBUINTES 22 CC-MF 3/4w Ministério da Fazenda CONFERE COM O Fl. Segundo Conselho de ContribuintesO ço Brasil:a. O 49 i Processo n2 : 19647.004442/2003-17 is na Clàudia S a: Castro Recurso»2 : 129.496 Mut Siape 92136 • 5 Acórdão n2 : 201-79.419 • • VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR MAURÍCIO TAVEIRA E SILVA • • O recurso é tempestivo, atende aos requisitos de admissibilidade previstos em lei, - razão pela qual dele se conhece. Inicialmente cabe repisar que a recorrente apresentou, tal qual em sua impugnação, "uma só peça recursal para os cinco processos, porém, desta vez, pontuando isoladamente alguns itens específicos de determinados autos de infração. Portanto, a apreciação deste recurso cingir-se-á às matérias pertinentes ao presente processo. Conforme decidiu a recorrida, a compensação é uma faculdade de que dispõe a • . contribuinte, a ser exercida conforme rito que lhe é próprio. Desse modo, não compete ao fiscal • • • autuante proceder à compen gaCão de oficio, até porque a contribuinte pode ter-se utilizado desses créditos em algurà momento, efetuando 'uma Outra .compensação. Porém, o presente cato requer uma maior reflexão e ponderação das questões envolvidas, conforme se demonstrará. A contribuinte solicitou, tanto em sua impugnação quanto em seu recurso, que a administração tributária proceda a compensação em questão. Este fato determina que a - interessada se obrigue a ficar inerte, aguardando a decisão de seu pleito, impedindo-a de requerê- la, simultaneamente, de acordo com as regras que regulamentam esse procedimento. Assim sendo, do " moniento que a contribuinte solicitou que fosse efetuada a - compensação, houve a interrupção do prazo prescricional, o qual corre em desfavor da contribuinte. Em sentido contrário, do momento eni que essa compensação lhe é negada, restaria • se submeter ao rito próprio para tê-la concretizada. Entretanto, neste caso, seu direito encontrar- se-ia parcialmente fulminando pela prescrição. • •A finalidade da norma que possibilita a compensação é prestigiar o principio que veda o enriquecimento sem causa, por quaisquer das partes. Portanto, considerando os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e do enriquecimento sem causa, no presente caso, reconheço • o direito de a recorrente ter abatido dos débitos, objeto do presente lançamento, os créditos - porventura existentes decorrentes do recolhimento na modalidade Simples. • .. Quanto à multa confiscatória e a inobservância da capacidade contributiva é de se esclarecer que a vedação constitucional à utilização de tributo com efeito confiscatório e a observância da capacidade contributiva são dirigidas ao legislador que. deve levar em consideração tais princípios, na elaboração das leis. Este fato não se confunde com o caráter - coercitivo da multa de oficio cujo intuito é de evitar determinadas práticas definidas pelo - legislador. Os órgãos de julgamento administrativo não têm competência para negar vigência à lei, sob a mera alegação de sua inconstitucionalidade. Cabe à autoridade administrativa apenas aplicá-la, nos moldes da legislação que a instituiu, não havendo previsão le gislativa para que este órgão julgador substitua a multa de oficio de 75% por outra de 30%. Sobre a ilegalidade da aplicação da taxa Selic para cálculo dos juros de mora, aplicável aos débitos fiscais, cabe consignar que as Leis n22 9.065/95, art. 13, e 9.430/96, art. 61, § 32, que normatizam sua aplicação, estão em perfeita harmonia com o art. 161 do CTN, que rcg 4 • \ Ministério da Fazenda - SEGUME",0::ONSELHICIET:r.INTSiBUINTES 22 CC-MF Segundo Conselho de Contribuintes Bilfi (r) • Li ; O (1 Processo n2 : 19647.004442/2003-17 et, bana Cláudia S:lvt: Calaro Recurso n2 : 129.496 Siepe ; 3f, Acórdão n2 : 201-79.419 autorizou a lei ordinária a dispor de modo diverso do estabelecido na norma complementar e em momento algum exigiu que a taxa fosse fixada pela lei em sentido estrito. Estando o encargo previsto em normas jurídicas emanadas do órgão legiferante competente, só resta à Administração Pública velar pela sua fiel aplicação, restando aos - inconformados buscar a tutela de seus direitos na via judicial. • Registre-se, por oportuno, que a limitação constitucional de juros ao patamar de 12% ao ano foi revogada pela Emenda Constitucional n2 40, de 29/5/2003, que deu nova redação ao art. 192, revogando o § .32, não, mais havendo previsão limitativa de juros, embora que, quando ainda vigorava, o STF já havia se pronunciado no sentido de não se tratar de norma auto- - aplicável, dependendo de legislação complementar para sua aplicação. Diferente do que aduz a recorrente, não ocorre anatocismo, pois, conforme se - verifica no Demonstrativo de Multa e Juros de Mora (fls. 12/13), os juros foram calculados pela soma dos valores mensais, através de juros simples e não compostos, obedecendo ao que dispõe a legislação pertinente à matéria. Ante o exposto, dou provimento , parcial ao recurso voluntário interposto pela recorrente par. a acolher compensação requerida. Desse modo, a DRF de origem deverá proceder ao novo cálculo, levando em conta os valores pagos 'a titulo de Simples, que não tenham sido •. „ aproveitados pela contribuinte, para determinar o saldo remanescente desfavorável à recorrente, no auto de infração. • Sala das Sessões, em 29 de junho de 2006. . • MA ' ICIO TA •• .4 Là 4$ SILVA , • • . • 5 Page 1 _0020300.PDF Page 1 _0020500.PDF Page 1 _0020700.PDF Page 1 _0020900.PDF Page 1
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Numero do processo: 41300.003036/89-25
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Fri Dec 07 00:00:00 UTC 1990
Data da publicação: Fri Dec 07 00:00:00 UTC 1990
Ementa: ITR - Isenção - A Lei nº 4287/63, que conforme sua ementa, "concede isenção fiscal" à Petrobrás e, pelo seu
art. 1º, especifica, nos incisos I a VI, os impostos
compreendidos na isenção e o alcance da mesma, revogou
o art. 22 da Lei nº 2004/53 que dispunha sobre a materia de forma generica. Não estando inscrito o ITR entre
as isenções referidas no art.1º da Lei nº 4287, não
assiste à Petrobrás o direito ao benefício invocado.
Recurso negado.
Numero da decisão: 201-66.798
Decisão: ACORDAM os Membros da Primeira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso.
Nome do relator: ROBERTO BARBOSA DE CASTRO
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O. 2.° De ...... 19 tti -2;le C .„ 5V'7 MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo N. 41.300.003.036/89-25 MCTPG Sessão de 07 de dezembro de 19 90 ACORDÃO N..201-66.798 Recurso n.° 84.691 Recorrente PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. — PETROBRÃS Recorrida INCRA — SÃO PAULO — SP ITR - Isenção - A Lei nQ 4287/63, que conforme sua emen ta, "concede isenção fiscal" â Petrobrás e, pelo seu art. 1Q, especifica, nos. incisos I a VI, os impostos compreendidos na isenção e o alcance da mesma, revogou o art. 22 da Lei nQ 2004/53 que dispunha sobre a mate ria de forma generica. Não estando inscrito o ITR entre as isenções referidas no art.1Q da Lei nQ 4287, não assiste â. Petrobrás o direito ao benefício invocado.Re curso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRÁS. ACORDAM os Membros da Primeira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, negar provimento ao re Curso. Sala das Seses, em 07 de dezembro de 1990. i7ERTO A':41SA 2 CASTRO — PRESIDENTE E RELATOR IRAN DE LIMA — PROCURADOR—REPRESENTANTE DA FAZENDA NACIONAL VISTA EM SESSÃO DE 07 DEZ 1990 Participaram, ainda do presente julgamento os Conselheiro LINO DE AZEVEDO MESQUITA, SELMA SANTOS SALOMÃO WOLSZCZAK, MÁRIO DE ALMEIDA, DITIMAR SOUSA BRITTO, HENRIQUE NEVES DA SILVA, DOMINGOS ALFEU CO LENCI DA SILVA NETO e WOLLS ROOSEVELT DE ALVARENGA (Suplente). — S-tig 4 -.4u 01111& .4~ MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo N2 41.300.003.036/89-25 Recurso N2: 84.691 Acordão N2: 201-66.798 Recorrente: PETRÓLEO BRASILEIRO S. A. - PETROBRAS RELATÓRIO Tendo recebido notificação de pagamento de ITR, relativo a 1988, incidente sobre imóvel de sua propriedade o qual especifi- ca, a epigrafada impugnou alegando ser beneficiária de isenção, nos termos da Lei nQ 2004/53. Informação de fls. opina pelo indeferimento, por consi derar que o artigo 22 da Lei nQ 2001/53 está revogada pelo artigo 1(2 da Lei n(2 4287/63. Comunicado o indeferimento por carta de 03.10.89. Recurso em 30.10.89, insistindo em que a Lei n(2 2004/53 não foi derrogada nem ab-rogada; que, por ser norma especial, afas- ta a aplicação de qualquer outra norma geral. Protesta ainda pela mudança de entendimento de autoridade administrativa, que " como o comprovam os pareceres anexos à impugnação, entende que a recorren- te é isenta do pagamento de ITR". Invoca o benefício do art.100-III do CTN. É o relatório. - segue - -2- 4 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Processo n(1) 41.300.003.036/89-25 Acórdão n9. 201-66.798 VOTO DO RELATOR, CONSELHEIRO ROBERTO BARBOSA DE CASTRO Não assiste razão à recorrente. Quanto à suposta mudança de entendimento da autoridade administrativa não vieram aos autos os pareceres em que se arrime esta parte do recurso. Logo, não há como analisar o argumento. De qualquer forma, a aplicação do artigo 100 do CTN, como reclamado, não estabeleceria liberação do pagamento do tributo, mas tão somen te de penalidades, juros de mora e correção monetária, ocorrentes em função de comportamento que o contribuinte tivesse adotado em obediência às práticas reiteradamente observadas pelas autoridades. A estas não e vedado mudar de entendimento e corrigir seus próprios erros, ate mesmo anulando atos administrativos. A vedação implíci ta na norma diz respeito apenas a penalizar o contribuinte que tem agido por indução sua. Quanto à alegada isenção, este Conselho tem antiga e farta orientação, repetida em inúmeros julgados. Nesta oportunidade, adoto os termos do voto proferido pelo Eminente Conselheiro Oswaldo Tancredo de Oliveira, nos Acór- dãos ng. 62.110 e 62.111: "Efetivamente, o deslinde da questão consiste em se saber se o art. 22 da Lei nQ 2.004, de 03 de outu bro de 1953, continua prevalecendo ante a supervenien-1 cia do art. 1Q da Lei n(2) 4.287, de 03 de dezembro de 1963, se e com este compatível, ou se foi por este ab-rogado, por incompatível com o mesmo. Temos que aquele primeiro dispositivo, o art. 22 da Lei nQ 2.004/53, declara que os atos, as proprieda des e as operações ali indicadas, da Recorrente, 'serão isentos de impostos e taxas e quaisquer outros ónus fiscais, compreendidos na competên cia da União,, que se entenderá com as outras en tidades de direito público, solicitando-lhe os mesmos favores para a sociedade do qual partici- parão, na esfera de sua competência tributária. - segue - 6-----D3 .•0 SERVIÇO PUBLICO FEDERAI Processo nQ 41.300.003.036/89-25 Acórdão n(2 201-66.798 Já superveniente Lei 'IQ 4.287, de 03 de dezem- bro de 1963 que, conforme expresso em sua ementa, "concede isenção fiscal ã Petróleo Brasileiro S.A. e suas subsidiárias ...", enuncia, nos seis incisos de de seu artigo 1Q, os impostos dos quais a mencionada empresa está isenta e, dentro de cada um desses im postos, o alcance da isenção. Estou, sem dúvida, com a decisão recorrida,que optou pela imcompatibilidade dos dois dispositivos, prevalencendo o superveniente, ou seja, o art. 19- da Lei nQ 4.287/63. É certo que a Lei nQ 2.004/53 é uma lei espe cial, como invocado pela Recorrente. Mas uma lei especial, no que se refere ã cria- ção da empresa Recorrente, para execução do monopó lio estatal do petróleo. Não assim no que se refere ao seu artigo 22 que, como vimos, concede, em caráter amplo e geral, as isenções ali referidas. E, no que diz respeito a essa matéria - isen ções fiscais - não só é mais específica a Lei nV 4.287/63, até como um todo, porque só cuida dessa ma teria, como especialíssimo é o seu artigo 1Q, acima referido, eis que discrimina não só os impostos abrangidos pela isenção, como, em cada imposto, os atos, bens, serviços ou operações que abrange. E, entre os impostos especificados no citado artigo 1Q da Lei nQ 4.287/63, não está incluído o tributo de que estamos tratando." Nego provimento. Sala das Sessões, em 07 de dezembro de 1990. °Pfri O' ROBERT10 BARBOSA DE CASTRO Presidente ,
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