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Numero do processo: 10315.000329/2001-70
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jun 12 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 1993
RECURSO DE OFÍCIO. VALOR INFERIOR AO FIXADO PARA TAL. RECURSO NÃO CONHECIDO.
Não se conhece de recurso de ofício nos casos em que o valor do crédito tributário exonerado é inferior ao valor fixado, na época do julgamento, para reexame necessário.
ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO. JULGAMENTO CONVERTIDO EM DILIGÊNCIA. COMPROVAÇÃO EM PARTE.
Comprovados os pagamentos alegados pela parte recorrente, o recurso deve ser provido para que os pagamentos já realizados sejam excluídos do montante exigido.
Recurso de ofício não conhecido e recurso voluntário parcialmente provido.
Numero da decisão: 1402-001.061
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso de ofício por envolver crédito tributário inferior ao limite de alçada; e dar provimento parcial ao recurso voluntário para deduzir do valor exigido a título de PIS o montante de Cr$ 4.889.403,69 e reconhecer a quitação das exigências a título de IRPJ e CSLL referente às competências dos meses de janeiro a outubro de 1993, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Leonardo de Andrade Couto - Presidente
(assinado digitalmente)
Moisés Giacomelli Nunes da Silva - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antônio José Praga de Souza, Carlos Pelá, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Leonardo de Andrade Couto.
Nome do relator: MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA
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JOB DE OLIVEIRA & CIA LTDA., e FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 1993 RECURSO DE OFÍCIO. VALOR INFERIOR AO FIXADO PARA TAL. RECURSO NÃO CONHECIDO. Não se conhece de recurso de ofício nos casos em que o valor do crédito tributário exonerado é inferior ao valor fixado, na época do julgamento, para reexame necessário. ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO. JULGAMENTO CONVERTIDO EM DILIGÊNCIA. COMPROVAÇÃO EM PARTE. Comprovados os pagamentos alegados pela parte recorrente, o recurso deve ser provido para que os pagamentos já realizados sejam excluídos do montante exigido. Recurso de ofício não conhecido e recurso voluntário parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso de ofício por envolver crédito tributário inferior ao limite de alçada; e dar provimento parcial ao recurso voluntário para deduzir do valor exigido a título de PIS o montante de Cr$ 4.889.403,69 e reconhecer a quitação das exigências a título de IRPJ e CSLL referente às competências dos meses de janeiro a outubro de 1993, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto Presidente (assinado digitalmente) Moisés Giacomelli Nunes da Silva Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 31 5. 00 03 29 /2 00 1- 70 Fl. 368DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antônio José Praga de Souza, Carlos Pelá, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Leonardo de Andrade Couto. Relatório A contribuinte acima identificada foi intimada da decisão de fls. 210214 que considerou parcialmente procedente as irregularidades apontadas em ação fiscal, afastando as exigências do anocalendário de 1992 referente ao IRPJ, CSLL e a totalidade do IRRF, mantendo integralmente as exigências do PIS e da Cofins, bem como reduziu o percentual da multa aplicada de 100% para 75%, aplicando aqui a retroatividade benigna da norma. Consta da decisão recorrida o seguinte relato: Contra a empresa acima identificada foram lavrados os Autos de Infração (fls. 02, 27, 136, 165 e 190) exigindo o pagamento dos tributos abaixo: À fl. 214 foi dado provimento parcial ao recurso declarando devidas as seguintes exigências, com multa de 75%: Da decisão acima mencionada a parte interessada foi intimada, conforme AR de fls. 223 e 224 e tempestivamente ingressou com o recurso de fls. 227 a 230, que se fez acompanhado dos documentos de fls. 231 a 282. Este processo foi incluído em pauta na sessão de agosto de 1999 ocasião em que a Sétima Câmara converteu o julgamento em diligência à repartição preparadora para que a autoridade competente examinasse a pertinência da documentação anexada ao apelo voluntário e, se fosse o caso, procedesse os ajustes necessários. Em cumprimento da diligência foi exarado o termo de constatação de fls. 334 e seguintes onde a autoridade fiscal destaca que verificando a autenticidade dos documentos de fls. 225 a 278, não encontrou irregularidades quanto a autenticidade dos mesmos, sendo que no que diz respeito dos DARFs de fls 253, 254 e 255 “não foram pagos segundo o contador e que Fl. 369DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 3 constam no processo tãosomente para efeito de demonstração dos valores pedidos a ser compensados.” À fl. 328 a autoridade preparadora apresentou documento dando conta do desfecho da ação judicial que havia autorizado a compensação, sendo que cópia do acórdão que alterou a decisão anterior consta das fls. 336 a 345. À fl. 347 consta informação dando conta de que os saldos devedores de IRPJ e CSLL dos períodos de apuração dos meses de novembro e dezembro de 1993, que estavam com exigibilidade suspensa, foram encaminhados para inscrição em dívida ativa. O processo retornou à pauta na sessão de 26 de julho de 2001, ocasião em que o colegiado entendeu que a diligência não havia sido integralmente atendia, sendo que o processo retornou à origem para: À fl. 367 a autoridade informou o que segue: É o relatório. Fl. 370DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 4 Voto Conselheiro Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Relator. I – Do recurso de ofício Em conformidade com as normas que regem o processo administrativo fiscal, só há necessidade de recurso de ofício em caso de exoneração do crédito tributário superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), o que não é o caso dos autos, motivo pelo qual o recurso de ofício não preenche os requisitos de procedimentais. Quanto a eventual argumento de que na época do julgamento de primeira instância, há mais de 10 (dez) anos, o limite de alçada era outro, observo que em se tratando de recurso de ofício, na esfera administrativa tributária, é dado à Fazenda Nacional a prerrogativa de fixar o limite em relação ao qual não tem interesse em recorrer de ofício. Desta forma, no momento em que a própria parte interessada, em procedimento subsequente à interposição do recurso, pratica ato indicando que não tem interesse em recurso de ofício abaixo de R$ 1.000.000,00, tal norma que tem natureza procedimental e aplicase aos processos em curso. Assim, não conheço do recurso de ofício. Do recurso voluntário Análise dos débitos do IRPJ e da CSLL Em 070797 a empresa recorrente foi notificada exigindolhe o pagamento dos seguintes tributos, com valores fixados em UFIR: IRPJ ano 1992 Fl. 371DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 5 IRPJ ano 1993 CSLL ano 1992 CSLL ano 1993 Tendo a decisão “aquo” afastado a exigência do IRPJ e da CSLL em relação ao ano de 1992, resta a análise da exigência destes tributos em relação ao ano de 1993, onde não se discute o valor do débito, mas sim sua extinção por compensação ou pagamento por Darf. O próprio recorrente, em seu recurso, diz que não está pedindo para reduzir tributo, mas sim comprovando o pagamento. Neste sentido, transcrevo a seguinte passagem do recurso: Fl. 372DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 6 Retomo o exame da matéria observando que nas informações de fls. 367 a autoridade preparadora esclareceu que ao apresentar a DIPJ do exercício de 1992 a recorrente fazia jus à restituição de 5.191,54 UFIR (IRPJ) e 1.873,39 UFIR (CSLL), sendo emitida a ordem para o Banco do Brasil, não tendo sido resgatada pelo fato de o contribuinte ter optado pela compensação de tais valores em sua DIPJ do exercício de 1994, anocalendário de 1993. Assim, a restituição foi bloqueada e os valores retornaram aos cofres da Fazenda Nacional. Se a contribuinte optou em utilizar tais valores para compensar débitos do anocalendário de 1993, sendo tais valores bloqueados junto ao banco e vertido aos cofres da Fazenda Nacional, por evidente que tal procedimento corresponde à extinção dos valores devidos a título de IRPJ e CSLL, correspondente ao anocalendário de 1993, até os montantes aqui referidos. 5.191,54 UFIR (IRPJ) e 1.873,39 UFIR (CSLL). Ademais, do voto da resolução de fl. 356 trago os seguintes elementos: Fl. 373DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 7 No momento em que o processo retornou de diligência confirmando os pagamentos recolhidos entre junho e novembro de 1993, ditos valores devem ser acrescidos aos valores das competências de janeiro a abril de 1993, compensados com pagamento a maior do ano anterior. Em resumo, no que diz respeito ao IRPJ, do ano de 1993, chego às seguintes conclusões: a) No ano de 1993 a recorrente apurou saldo negativo correspondente 7.064,93 Ufir (5.191,54 UFIR (IRPJ) + 1.873,39 UFIR (CSLL = 7.064,93);. b) Segundo a própria recorrente, do saldo negativo em 1992 ela compensou 4.653,18 Ufir para quitar IRPJ referente às competências de janeiro a abril de 1993 e 3.930,50 Ufir para compensar CSLL referente às competências de janeiro a março de 1993, totalizando 8.583,68 Ufir c) Do confronto dos valores acima referidos há uma diferença de 1.418,55 Ufir (8.583,68 7.064,93 = 1.418,55), quitada com Darf em 200594. d) A existência do saldo negativo apontado na letra “a”, acima, e do pagamento especificado na letra “c”, que na moeda da época correspondeu a 1.564,63, foi certificada por meio de diligência. e) Quanto às compensações de IRPJ e CSLL referentes às competências de dos meses de novembro e dezembro de 1993, em face da concomitância com a ação judicial, há de ser observado o que decidido naquele processo. f) Da síntese acima exposta, entendo que os valores referentes às competências dos meses de janeiro a outubro de 1993, do IRPJ e da CSLL, encontramse quitados, não cabendo a este colegiado manifestase quanto às compensações realizadas para as competências de novembro e dezembro de 1993, em face da concomitância com ação judicial. Fl. 374DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 8 Da análise do PIS e da Cofins Em relação ao PIS transcrevo a seguinte passagem do acórdão recorrido: Conforme demonstrativo de fl. 137, que também possui o nº 143 e que pelo sistema digitalizado corresponde ao nº 264, foi apurado em face da contribuinte as seguintes diferenças: Fl. 375DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 9 Feito o registro acima, o contribuinte destaca que recebeu 5 (cinco) autos de infração (IRPJ, CSLL; IRRF; PIS e Cofins), sem número, e apresentou defesa, sendo que em relação ao PIS sua defesa consta da fl. 146 em que argumenta ter pago os referidos tributos. Entendo que ao sustentar a improcedência das exigências que lhes foram imputadas, deve ser conhecida e analisada a impugnação referente ao PIS (fl. 146). Ademais, tendo a decisão “aquo” entendido pela procedência do lançamento do PIS, deve ser apreciado o recurso em relação a este ponto para ver da pertinência ou não da alegação do sujeito passivo quando alega que: Fl. 376DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 10 No que se refere ao PIS, vimos informar que, também, nada devemos ao fisco, já que o tributo referente ao mês 12/93 no valor de R$ 2.836,58, foi compensado através da LIMINAR citada no tópico acima e, o mês 09/92, foi pago através do DARF autenticado pela CEF em 15/10/92, cuja fotocópia anexamos a presente. Para comprovar a exatidão do cálculo, vide demonstração no quadro 14 do citado DARF. Em relação ao valor referente ao mês de dezembro de 1993 que foi compensado conforme decisão judicial, posteriormente modificada, há que se reconhecer e acolher o que foi decidido naquele processo, não cabendo a este colegiado se manifestar. À fl. 245, que também tem o nº 255 e que pela numeração do processo digital é a fl. 301, encontrase o Darf de pagamento do PIS referente à receita de setembro de 1992 no valor de Cr$ 4.889.403,69. No mencionado Darf está consignado que se trata de pagamento de PIS referente à competência de setembro de 1992, quitado em 131092. Contudo, na autenticação mecânica apareceu 131090. Aqui, conforme documento fornecido pela Caixa Econômica Federal, houve erro na autenticação em relação ao ano. Se o Darf referiase a pagamento de tributo da competência de setembro de 1992, com vencimento em outubro do mesmo ano, por evidente que não poderia ter sido quitado em outubro de 1990. Assim, neste ponto, há que se dar provimento ao recurso para reconhecer o pagamento da quantia especificada no Darf de fl. 245, no montante de Cr$ 4.889.403,69, correspondente à competência de setembro de 1992. Quanto à Cofins, argumenta o requerente que o erro quanto à data da autenticação do Darf referido em relação ao PIS faz decorrer a conclusão de que nenhum Darf correspondente a pagamento da Cofins teria sido considerado. Sem razão a recorrente. O demonstrativo de fl. 177, que também possui o nº 166 e 322, demonstra a consideração dos valores pagos, o que transcrevo parte a título de exemplo: ISSO POSTO, voto no sentido de não conhecer do recurso de ofício por envolver crédito tributário inferior ao limite de alçada; e dar provimento parcial ao recurso voluntário para deduzir do valor exigido a título de PIS o montante de Cr$ 4.889.403,69 e Fl. 377DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA Processo nº 10315.000329/200170 Acórdão n.º 1402001.061 S1C4T2 Fl. 0 11 reconhecer a quitação das exigências a título de IRPJ e CSLL referente às competências dos meses de janeiro a outubro de 1993. (assinado digitalmente) Moisés Giacomelli Nunes da Silva Fl. 378DF CARF MF Impresso em 29/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELLI NUNES DA SILVA, Assinado digitalmente e m 13/11/2012 por LEONARDO DE ANDRADE COUTO, Assinado digitalmente em 25/10/2012 por MOISES GIACOMELL I NUNES DA SILVA
score : 1.0
Numero do processo: 13807.002179/00-98
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Mar 01 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/08/1988 a 31/12/1988, 01/09/1989 a 28/02/1992
FINSOCIAL. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ARTIGO 65A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF.
Esta Corte Administrativa está vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF, bem como àquelas proferidas pelo STJ em Recurso Especial repetitivo. Assim, conforme entendimento firmado pelo STF no julgamento do RE nº 566.621, bem como aquele esposado pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932, para os pedidos de restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação, como é o caso da contribuição para o FINSOCIAL, formalizados antes da vigência da Lei Complementar 118, de 2005, ou seja, antes de 09/06/2005, o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação é de cinco anos, conforme o artigo 150, § 4º, do CTN, somado ao prazo de cinco anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo código.
Numero da decisão: 9900-000.432
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(Assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Maria Helena Cotta Cardozo - Relatora
EDITADO EM: 22/10/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio PereiraValadão.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: MARIA HELENA COTTA CARDOZO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente. (Assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo - Relatora EDITADO EM: 22/10/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio PereiraValadão.
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ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/08/1988 a 31/12/1988, 01/09/1989 a 28/02/1992 FINSOCIAL. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ARTIGO 65A DO REGIMENTO INTERNO DO CARF. Esta Corte Administrativa está vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF, bem como àquelas proferidas pelo STJ em Recurso Especial repetitivo. Assim, conforme entendimento firmado pelo STF no julgamento do RE nº 566.621, bem como aquele esposado pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932, para os pedidos de restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação, como é o caso da contribuição para o FINSOCIAL, formalizados antes da vigência da Lei Complementar 118, de 2005, ou seja, antes de 09/06/2005, o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação é de cinco anos, conforme o artigo 150, § 4º, do CTN, somado ao prazo de cinco anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo código. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente. (Assinado digitalmente) AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 80 7. 00 21 79 /0 0- 98 Fl. 1DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO 2 Maria Helena Cotta Cardozo Relatora EDITADO EM: 22/10/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio PereiraValadão. Relatório A Fazenda Nacional, com fundamento nos artigos 9º e 43 do Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 147, de 25/06/2007, interpôs o Recurso Extraordinário de fls. 185 a 201, visando a uniformização de decisões, em face dos Acórdãos 0305.804 e 0202.088, da Terceira e Segunda Turmas, respectivamente, da Câmara Superior de Recursos Fiscais. O acórdão recorrido 0305.804 apresenta a seguinte ementa: FINSOCIAL. RECONHECIMENTO DE DIREITO CREDITÓRIO O direito de se pleitear o reconhecimento de crédito com o conseqüente pedido de restituição/compensação, perante a autoridade administrativa, de tributo pago em virtude de lei que tenha sido declarada inconstitucional, somente surge com a declaração de inconstitucionalidade pelo STF, em ação direta, ou com a suspensão, pelo Senado Federal, da lei declarada inconstitucional, na via indireta.Por esta via, o termo a quo para o pedido de restituição começa a contar da data da publicação da MP n°. 1.110 em 31/08/1995, posto que foi o primeiro ato emanado do Poder Executivo a reconhecer o caráter indevido do recolhimento do Finsocial à alíquota superior a 0,5%. Precedentes: AC. CSRF/0304.227, 30131.406, 30131404 e 30131.321. Recurso Especial da Fazenda Nacional Negado. Para configurar a divergência, a recorrente apresentou como paradigma o Acórdão 0202.088, cuja ementa é reproduzida abaixo: ACÓRDÃO PARADIGMA "PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL REPETIÇÃO DE INDÉBITO O dies a quo para contagem do prazo prescricional de repetição de indébito é o da data de extinção do crédito tributário pelo pagamento antecipado e o termo final é o dia em que se completa o qüinqüênio legal, contado a partir daquela data." Fl. 2DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO Processo nº 13807.002179/0098 Acórdão n.º 9900000.432 CSRFPL Fl. 219 3 (CSRF; Segunda Turma; Recurso n° 201121066, Rel. Cons.Henrique Pinheiro Torres, Ac. 0202.088, Sessão de 17.10.2005) O Presidente da Câmara Superior de Recursos Fiscais, em juízo de admissibilidade, deu seguimento ao Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional, por meio do Despacho de fls. 203 a 205. Em seu Recurso Extraordinário, a Fazenda Nacional requer, em síntese, o reconhecimento da decadência do direito à restituição/compensação do FINSOCIAL, uma vez que o contribuinte formalizou o seu pedido quando já havia expirado o prazo de cinco anos, contados da data de cada pagamento indevido eventualmente comprovado. Cientificado do Recurso Extraordinário da Fazenda Nacional por Edital (fls. 209), o contribuinte não ofereceu ContraRazões. É o relatório. Voto Conselheira Maria Helena Cotta Cardozo, Relatora. Inicialmente, cabe salientar que, embora não esteja previsto no atual Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (RICARF), aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22/06/2009, o Recurso Extraordinário, referente a acórdão prolatado em sessão de julgamento ocorrida até 30/06/2009, será, nos termos do artigo 4º do RICARF, processado de acordo com o rito previsto no Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 147, de 25/06/2007. O Recurso Extraordinário é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, portanto merece ser conhecido. A divergência entre os acórdãos recorrido e paradigma cingese, basicamente, à fixação da data inicial para a contagem do prazo decadencial para o contribuinte pleitear restituição/compensação de valores de FINSOCIAL, recolhidos com base nas alíquotas instituídas pelas Leis nºs 7.787 e 7.894, ambas de 1989, e 8.147, de 1990. O acórdão recorrido aplica o prazo de cinco anos, contados da data da publicação da Medida Provisória nº 1.110, de 1995. A Fazenda Nacional, por sua vez, pede que seja aplicado o prazo de cinco anos, contados da data de cada pagamento indevido eventualmente comprovado. Conforme o artigo 62A do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 2009, esta Corte Administrativa deve reproduzir as decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF, bem como aquelas proferidas pelo STJ em sede de Recurso Especial repetitivo. No que tange ao objeto do presente recurso, houve pronunciamento do STF no julgamento do RE nº 566.621, bem como do STJ no julgamento do REsp nº 1.002.932, com efeito repetitivo, ao qual o CARF deve se curvar, conforme expressa disposição regimental. Fl. 3DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO 4 O entendimento exarado pelas Cortes Superiores é no sentido de que o prazo para o contribuinte pleitear restituição/compensação de tributos sujeitos a lançamento por homologação (como é o caso da contribuição para o FINSOCIAL), para os pedidos protocolados antes da vigência da Lei Complementar 118, de 2005, ou seja, antes de 09/06/2005, é de cinco anos, conforme o artigo 150, § 4º, do CTN, somado ao prazo de cinco anos, previsto no artigo 168, I, desse mesmo código. O acórdão do Supremo Tribunal Federal restou assim ementado: O acórdão do Supremo Tribunal Federal restou assim ementado: “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – DESCABIMENTO –VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando se as aplicações inconstitucionais e resguardando se, no mais, a eficácia da norma, permite se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. Fl. 4DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO Processo nº 13807.002179/0098 Acórdão n.º 9900000.432 CSRFPL Fl. 220 5 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543B, §3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.” Em síntese, os contribuintes teriam o prazo de dez anos, a contar do fato gerador, para pleitear a restituição/compensação. Assim, no caso em apreço, como o contribuinte protocolou seu pedido em 10/03/2000, concluise que os pagamentos relativos aos fatos geradores que ocorreram até 10/03/1990 não mais são passíveis de restituição/compensação, tendo em vista a ocorrência da decadência. Entretanto, quanto aos pagamentos referentes aos fatos geradores que ocorreram após 10/03/1990, estes são passíveis de restituição/compensação. Diante do exposto, DOU provimento PARCIAL ao Recurso Extraordinário interposto pela Fazenda Nacional, para AFASTAR a decadência relativamente aos pagamentos referentes aos fatos geradores do FINSOCIAL que ocorreram após 10/03/1990 e determinar o retorno dos autos à Autoridade Administrativa, para julgamento das demais questões objeto do pedido. (Assinado digitalmente) Maria Helena Cotta Cardozo Fl. 5DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/12/2 012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO
score : 1.0
Numero do processo: 10280.005713/2002-94
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Jul 11 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Dec 11 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/1998 a 31/12/1998
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO.
Integra a base de cálculo do crédito presumido de IPI o valor referente ao crédito relativo aos insumos adquiridos de pessoas físicas. A restrição imposta pela IN/SRF 23/97 não é devida, uma vez que a Lei que instituiu o benefício, qual seja, a Lei n. 9.363/96 não estabeleceu nenhuma restrição com relação à aquisição dos insumos de pessoas físicas.
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO PELA SELIC.
A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito de IPI (decorrente da aplicação do princípio constitucional da não-cumulatividade), descaracteriza referido crédito como escritural (assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil), exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Aplicação analógica do precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543-C, do CPC: REsp 1035847/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 24.06.2009, DJe 03.08.2009).
APLICAÇÃO DO ARTIGO 62-A DO RICARF. MATÉRIA JULGADA NA SISTEMÁTICA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ.
Nos termos do artigo 62-A do Regimento Interno do CARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF.
Recurso Especial do Contribuinte Provido.
Numero da decisão: 9303-002.055
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso especial.
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
Rodrigo Cardozo Miranda - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo.
Matéria: IPI- processos NT- créd.presumido ressarc PIS e COFINS
Nome do relator: RODRIGO CARDOZO MIRANDA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/10/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO. Integra a base de cálculo do crédito presumido de IPI o valor referente ao crédito relativo aos insumos adquiridos de pessoas físicas. A restrição imposta pela IN/SRF 23/97 não é devida, uma vez que a Lei que instituiu o benefício, qual seja, a Lei n. 9.363/96 não estabeleceu nenhuma restrição com relação à aquisição dos insumos de pessoas físicas. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO PELA SELIC. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito de IPI (decorrente da aplicação do princípio constitucional da não-cumulatividade), descaracteriza referido crédito como escritural (assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil), exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Aplicação analógica do precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543-C, do CPC: REsp 1035847/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 24.06.2009, DJe 03.08.2009). APLICAÇÃO DO ARTIGO 62-A DO RICARF. MATÉRIA JULGADA NA SISTEMÁTICA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ. Nos termos do artigo 62-A do Regimento Interno do CARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. Recurso Especial do Contribuinte Provido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso especial. Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente Rodrigo Cardozo Miranda - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo.
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Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO. Integra a base de cálculo do crédito presumido de IPI o valor referente ao crédito relativo aos insumos adquiridos de pessoas físicas. A restrição imposta pela IN/SRF 23/97 não é devida, uma vez que a Lei que instituiu o benefício, qual seja, a Lei n. 9.363/96 não estabeleceu nenhuma restrição com relação à aquisição dos insumos de pessoas físicas. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO PELA SELIC. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito de IPI (decorrente da aplicação do princípio constitucional da nãocumulatividade), descaracteriza referido crédito como escritural (assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil), exsurgindo legítima a incidência de correção monetária, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Aplicação analógica do precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo 543 C, do CPC: REsp 1035847/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 24.06.2009, DJe 03.08.2009). APLICAÇÃO DO ARTIGO 62A DO RICARF. MATÉRIA JULGADA NA SISTEMÁTICA DE RECURSO REPETITIVO PELO STJ. Nos termos do artigo 62A do Regimento Interno do CARF, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 0. 00 57 13 /2 00 2- 94 Fl. 277DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 Recurso Especial do Contribuinte Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso especial. Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Rodrigo Cardozo Miranda Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Barreto e Otacílio Dantas Cartaxo. Relatório Cuidase de recurso especial interposto pelo contribuinte (fls. 182 a 220) contra o v. acórdão proferido pela Colenda Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes (fls. 175 a 179) que, por maioria de votos, negou provimento ao recurso voluntário interposto pelo contribuinte, especificamente quanto ao aproveitamento das aquisições de pessoa físicas e à aplicação da Taxa Selic aos créditos objeto do ressarcimento. A ementa do julgado ora recorrido, que bem resume os seus fundamentos, é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/1998 a 31/12/1998 CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. AQUISIÇÃO DE INSUMOS JUNTO A PRODUTORES RURAIS. PESSOAS FÍSICAS. O valor da matériaprima, do produto intermediário e do material de embalagem adquiridos de pessoas físicas ou de pessoas jurídicas não contribuintes do PIS e da Cofins não integra a base de cálculo do crédito presumido do IPI. Recurso negado. Irresignado, o contribuinte interpôs o já mencionado recurso especial, aduzindo que (i) não se afigura legítima a exclusão de insumos adquiridos de pessoa física do cálculo do crédito presumido de IPI decorrente da exportação de mercadorias nacionais, bem como (ii) o impedimento de gozo do seu direito à atualização monetária do valor ressarcido. O recurso foi admitido através do r. despacho de fl. 246 nos dois pontos. Fl. 278DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10280.005713/200294 Acórdão n.º 9303002.055 CSRFT3 Fl. 268 3 A Fazenda Nacional apresentou contrarrazões (fls. 249 a 263), alegando, em síntese, que não é possível o ressarcimento de créditos de IPI quando os insumos foram adquiridos de não contribuintes das contribuições em questão, nos termos do Parecer PGFN/CAT/ nº 3092/2002, e que não é possível a atualização pela Taxa Selic por violação ao art. 39, §4º, da Lei n. 9.250/95. É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo Cardozo Miranda, Relator Presentes os requisitos de admissibilidade, entendo que o recurso merece ser conhecido. Com relação à inclusão dos gastos com insumos adquiridos de pessoas físicas na base de cálculo do crédito presumido do IPI, destaco o seguinte precedente da Câmara Superior de Recursos Fiscais, ao qual me filio: Processo n° 13974.0001221200391 Recurso n° 228.637 Especial do Contribuinte Acórdão n° 930300.682 — 3' Turma Sessão de 2 de fevereiro de 2010 Matéria IPI Crédito Presumido Aquisições de não contribuintes Recorrente CEREAGRO S/A Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2002 a 31/12/2002 IPI. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. AQUISIÇÕES DE NÃO CONTRIBUINTES. O incentivo corresponde a um crédito que é presumido, cujo valor deflui de fórmula estabelecida pela lei, a qual considera que é possível ter havido sucessivas incidências das duas contribuições, mas que, por se tratar de presunção "juris et de jure", não exige nem admite prova ou contraprova de incidências ou não incidências, seja pelo Fisco, seja pelo contribuinte. Os valores correspondentes às aquisições de matériasprimas, produtos intermediários e material de embalagem de não contribuintes do PIS e da Cofins (pessoas físicas e cooperativas) podem compor a base de cálculo do crédito Fl. 279DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 presumido de que trata a Lei n° 9.363/96. Não cabe ao intérprete fazer distinção nos casos em que a lei não o fez. Recurso Especial do Contribuinte Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em dar provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo da Costa Pôssas e Carlos Alberto Freitas Barreto, que negavam provimento. Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente e Relator (grifos nossos) Mas não é só. Deveras, com relação à atualização do ressarcimento de créditos presumidos de IPI pela taxa SELIC, é de se notar que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça já se posicionou quanto à matéria na sistemática do artigo 543C do Código de Processo Civil, ou seja, através da análise dos chamados “recursos repetitivos”. O precedente acima referido tem a seguinte ementa: PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. IPI. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE. EXERCÍCIO DO DIREITO DE CRÉDITO POSTERGADO PELO FISCO. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE CRÉDITO ESCRITURAL. CORREÇÃO MONETÁRIA.INCIDÊNCIA. 1. A correção monetária não incide sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio constitucional da nãocumulatividade (créditos escriturais), por ausência de previsão legal. 2. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito oriundo da aplicação do princípio da nãocumulatividade, descaracteriza referido crédito como escritural, assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil. 3. Destarte, a vedação legal ao aproveitamento do crédito impele o contribuinte a socorrerse do Judiciário, circunstância que acarreta demora no reconhecimento do direito pleiteado, dada a tramitação normal dos feitos judiciais. 4. Consectariamente, ocorrendo a vedação ao aproveitamento desses créditos, com o conseqüente ingresso no Judiciário, postergase o reconhecimento do direito pleiteado, exsurgindo legítima a necessidade de atualizálos monetariamente, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco (Precedentes da Primeira Seção: EREsp 490.547/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.09.2005, DJ 10.10.2005; EREsp 613.977/RS, Rel. Ministro José Delgado, julgado em 09.11.2005, DJ 05.12.2005; EREsp 495.953/PR, Rel. Ministra Denise Arruda, julgado em Fl. 280DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10280.005713/200294 Acórdão n.º 9303002.055 CSRFT3 Fl. 269 5 27.09.2006, DJ 23.10.2006; EREsp 522.796/PR, Rel.Ministro Herman Benjamin, julgado em 08.11.2006, DJ 24.09.2007; EREsp 430.498/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, julgado em 26.03.2008, DJe 07.04.2008; e EREsp 605.921/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 12.11.2008, DJe 24.11.2008). 5. Recurso especial da Fazenda Nacional desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 1035847/RS, Rel. Ministro oLUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/06/2009, DJe 03/08/2009) (grifos nossos) A decisão acima aludida foi proferida justamente em julgamento relativo a pedido de ressarcimento/compensação de crédito presumido de IPI, em que atos normativos infralegais obstaculizaram a inclusão na base de cálculo do incentivo das compras realizadas junto a pessoas físicas e cooperativas, o que também alcança objeto do presente processo. Restou consolidado, assim, no âmbito do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, não só a atualização do ressarcimento de créditos presumidos de IPI pela taxa SELIC, mas também que afigurase legítima a inclusão dos gastos com insumos adquiridos de pessoas físicas na base de cálculo do crédito presumido do IPI O Regimento Interno do CARF, por sua vez, na redação dada recentemente pela Portaria MF nº 586, de 21/12/2010, tem os seguintes comandos nos seus artigos 62 e 62 A: Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: I que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária definitiva do Supremo Tribunal Federal; ou II que fundamente crédito tributário objeto de: a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002; b) súmula da AdvocaciaGeral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar n° 73, de 1993; ou c) parecer do AdvogadoGeral da União aprovado pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar n° 73, de 1993. Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Fl. 281DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B.} § 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. (grifos e destaques nossos) Verificase, portanto, que a referida decisão do Egrégio Superior Tribunal de Justiça deve ser reproduzida pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. A propósito, no tocante à inclusão da SELIC, apesar do recurso especial do contribuinte não ter sido admitido quanto a essa matéria, entendo que não só por conta do disposto no artigo 62A do RICARF, mas também em homenagem ao próprio Princípio da Economia Processual, entendo que o ressarcimento de créditos presumidos de IPI devem ser atualizados pela taxa SELIC Por conseguinte, em face de todo o exposto, voto no sentido de DAR PROVIMENTO ao recurso especial do contribuinte para admitir o crédito presumido do IPI em relação às aquisições de produtos de pessoas físicas, atualizados pela taxa SELIC, nos termos do precedente proferido pelo Superior Tribunal de Justiça na sistemática de recurso repetitivo. Rodrigo Cardozo Miranda Fl. 282DF CARF MF Impresso em 14/12/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 20/11/2012 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 27/11/2012 por RODRIGO CARDOZO MIRANDA, Assinado digitalmente em 04/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
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Numero do processo: 15504.012974/2008-06
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 17 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Feb 07 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Período de apuração: 01/06/2003 a 28/02/2004
AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. TICKET ALIMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE INSCRIÇÃO NO PAT. PARECER PGFN/CRJ/Nº 2117 /2011. NÃO INCIDÊNCIA. Com e edição do parecer PGFN 2117/2011, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional reconheceu ser aplicável a jurisprudência já consolidada do STJ, no sentido de que não incidem contribuições previdenciárias sobre valores de alimentação in natura concedidas pelos empregadores a seus empregados, estando ai compreendida a concessão de alimento via ticket alimentação.
AUTO DE INFRAÇÃO. AUSÊNCIA DE ARRECADAÇÃO MEDIANTE DESCONTO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS INCIDENTES SOBRE PAGAMENTOS EFETUADOS A TÍTULO DE ALIMENTAÇÃO IN NATURA (TICKET ALIMENTAÇÃO). MULTA. CABIMENTO. Uma vez que restou verificada a condição de isenção ao pagamento de contribuições previdenciárias incidentes sobre valores concedidos aos empregados via ticket alimentação, sem a inscrição no PAT, deve ser anulado o Auto de Infração, por ter a mesma deixado de descontar referidas contribuições de seus segurados.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 2402-002.750
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário.
Júlio César Vieira Gomes - Presidente
Lourenço Ferreira do Prado - Relator
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Nereu Miguel Ribeiro Domingues, Ewan Teles Aguiar, Ronaldo de Lima Macedo e Lourenço Ferreira do Prado.
Nome do relator: LOURENCO FERREIRA DO PRADO
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ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Período de apuração: 01/06/2003 a 28/02/2004 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. TICKET ALIMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE INSCRIÇÃO NO PAT. PARECER PGFN/CRJ/Nº 2117 /2011. NÃO INCIDÊNCIA. Com e edição do parecer PGFN 2117/2011, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional reconheceu ser aplicável a jurisprudência já consolidada do STJ, no sentido de que não incidem contribuições previdenciárias sobre valores de alimentação in natura concedidas pelos empregadores a seus empregados, estando ai compreendida a concessão de alimento via ticket alimentação. AUTO DE INFRAÇÃO. AUSÊNCIA DE ARRECADAÇÃO MEDIANTE DESCONTO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS INCIDENTES SOBRE PAGAMENTOS EFETUADOS A TÍTULO DE ALIMENTAÇÃO IN NATURA (TICKET ALIMENTAÇÃO). MULTA. CABIMENTO. Uma vez que restou verificada a condição de isenção ao pagamento de contribuições previdenciárias incidentes sobre valores concedidos aos empregados via ticket alimentação, sem a inscrição no PAT, deve ser anulado o Auto de Infração, por ter a mesma deixado de descontar referidas contribuições de seus segurados. Recurso Voluntário Provido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. Júlio César Vieira Gomes - Presidente Lourenço Ferreira do Prado - Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Nereu Miguel Ribeiro Domingues, Ewan Teles Aguiar, Ronaldo de Lima Macedo e Lourenço Ferreira do Prado.
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Recorrente MILLENIUM PROMOTORA DE VENDAS LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Período de apuração: 01/06/2003 a 28/02/2004 AUXÍLIOALIMENTAÇÃO. TICKET ALIMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE INSCRIÇÃO NO PAT. PARECER PGFN/CRJ/Nº 2117 /2011. NÃO INCIDÊNCIA. Com e edição do parecer PGFN 2117/2011, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional reconheceu ser aplicável a jurisprudência já consolidada do STJ, no sentido de que não incidem contribuições previdenciárias sobre valores de alimentação in natura concedidas pelos empregadores a seus empregados, estando ai compreendida a concessão de alimento via ticket alimentação. AUTO DE INFRAÇÃO. AUSÊNCIA DE ARRECADAÇÃO MEDIANTE DESCONTO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS INCIDENTES SOBRE PAGAMENTOS EFETUADOS A TÍTULO DE ALIMENTAÇÃO IN NATURA (TICKET ALIMENTAÇÃO). MULTA. CABIMENTO. Uma vez que restou verificada a condição de isenção ao pagamento de contribuições previdenciárias incidentes sobre valores concedidos aos empregados via ticket alimentação, sem a inscrição no PAT, deve ser anulado o Auto de Infração, por ter a mesma deixado de descontar referidas contribuições de seus segurados. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 50 4. 01 29 74 /2 00 8- 06 Fl. 78DF CARF MF Impresso em 07/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/12/2012 por CLAUDIA DOLORES ROSA, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por LOURENCO FERREIRA DO PRADO, Assinado digitalmente em 23/01/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. Júlio César Vieira Gomes Presidente Lourenço Ferreira do Prado Relator Participaram do presente julgamento os conselheiros: Júlio César Vieira Gomes, Ana Maria Bandeira, Nereu Miguel Ribeiro Domingues, Ewan Teles Aguiar, Ronaldo de Lima Macedo e Lourenço Ferreira do Prado. Fl. 79DF CARF MF Impresso em 07/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/12/2012 por CLAUDIA DOLORES ROSA, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por LOURENCO FERREIRA DO PRADO, Assinado digitalmente em 23/01/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15504.012974/200806 Acórdão n.º 2402002.750 S2C4T2 Fl. 73 3 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto por MILLENIUM PROMOTORA DE VENDAS LTDAEPP, em face de acórdão que manteve a integralidade do Auto de Infração n. 37.171.1479, lavrado para a cobrança de multa por ter deixado a recorrente de arrecadar, mediante desconto na remuneração de seus segurados empregados, os valores de suas contribuições previdenciárias incidentes sobre a rubrica tíquetes alimentação. O lançamento compreende o período de 06/2003 a 02/2004, tendo sido o contribuinte cientificado em 22/07/2008 (fls. 01). Devidamente intimado do julgamento em primeira instância (fls.53/58), a recorrente interpôs o competente recurso voluntário, através do qual sustenta: 1. que o fornecimento de tíquete alimentação, mesmo sem a inscrição da empresa no PAT, não pode ser considerada como fato gerador de contribuições previdenciárias, motivo pelo qual merece ser anulada a multa aplicada; 2. que para a não incidência das contribuições sobre a verba alimentação, basta que esta não seja paga em pecúnia; 3. requereu, portanto, a anulação da multa; Processado o recurso sem contrarrazões da Procuradoria da Fazenda Nacional, subiram os autos a este Eg. Conselho. É o relatório. Fl. 80DF CARF MF Impresso em 07/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/12/2012 por CLAUDIA DOLORES ROSA, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por LOURENCO FERREIRA DO PRADO, Assinado digitalmente em 23/01/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES 4 Voto Conselheiro Lourenço Ferreira do Prado, Relator CONHECIMENTO Tempestivo o recurso e presentes os demais requisitos de admissibilidade, dele conheço. MÉRITO Inicialmente cumpre asseverar que em momento algum a recorrente impugnou expressamente a infração que lhe fora imputada, alegando não ter deixado de arrecadar as contribuições incidentes osbre a parcela alimentação mediante o desconto. Em que pesem os fundamentos contidos no Recurso Voluntário, tenho que a matéria objeto do lançamento já fora recentemente regulada por meio do parecer PARECER PGFN/CRJ/Nº 2117 /2011, mediante o qual a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional passou a reconhecer estar definitivamente vencida quanto no que se refere a não incidência das contribuições previdenciárias sobre os valores de alimentação in natura, concedida pelos empregadores a seus empregados, conforme consolidada jurisprudência do STJ. O parecer restou assim ementado: Tributário. Contribuição previdenciária. Auxílioalimentação in natura. Não incidência. Jurisprudência pacífica do Egrégio Superior Tribunal de Justiça. Aplicação da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, e do Decreto nº 2.346, de 10 de outubro de 1997. ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional autorizada a não contestar, a não interpor recursos e a desistir dos já interpostos. Entretanto, referido parecer claramente dita que : “Por outro lado, quando o auxílioalimentação for pago em espécie ou creditado em contacorrente, em caráter habitual, assume feição salarial e, desse modo, integra a base de cálculo da contribuição previdenciária.” No caso dos autos, consta que a recorrente fornecia a seus empregados tíquete alimentação, não considerado por esta Turma como pagamento em espécie ou mesmo creditado em contacorrente. Logo, pelo parecer supra citado deve ser considerado como forma de alimentação in natura. Está configurada, portanto, a situação de isenção preconizada pelo art. 28, 9o, “c”, da Lei 8.212/91, a seguir: 'Art. 28 ... § 9° Não integram o saláriodecontribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (Redação dada pela Lei n° 9.528, de 10.12.97) c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Fl. 81DF CARF MF Impresso em 07/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/12/2012 por CLAUDIA DOLORES ROSA, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por LOURENCO FERREIRA DO PRADO, Assinado digitalmente em 23/01/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES Processo nº 15504.012974/200806 Acórdão n.º 2402002.750 S2C4T2 Fl. 74 5 Previdência Social, nos termos da Lei no 6.321, de 14 de abril de 1976;' Ante todo o exposto, voto no sentido de DAR PROVIMENTO ao recurso. É como voto. Lourenço Ferreira do Prado. Fl. 82DF CARF MF Impresso em 07/02/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/12/2012 por CLAUDIA DOLORES ROSA, Assinado digitalmente em 28/12/2012 por LOURENCO FERREIRA DO PRADO, Assinado digitalmente em 23/01/2013 por JULIO CESAR VIEIRA GOMES
score : 1.0
Numero do processo: 13002.001428/2008-67
Turma: Segunda Turma Ordinária da Primeira Câmara da Segunda Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 14 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Oct 17 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2005
SÚMULA CARF Nº 39
Os valores recebidos pelos técnicos residentes no Brasil a serviço da ONU e suas Agências Especializadas, com vínculo contratual, não são isentos do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.
MULTA DE OFÍCIO.
A multa aplicável no lançamento de ofício prevista na legislação tributária é de 75%, por descumprimento à obrigação principal instituída em norma legal, e somente por disposição expressa de lei a autoridade administrativa poderia deixar de aplicá-la.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2102-002.216
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso.
Assinado digitalmente.
Giovanni Christian Nunes Campos - Presidente.
Assinado digitalmente.
Rubens Maurício Carvalho - Relator.
EDITADO EM: 04/09/2012
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Atilio Pitarelli, Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Rubens Maurício Carvalho.
Nome do relator: RUBENS MAURICIO CARVALHO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso. Assinado digitalmente. Giovanni Christian Nunes Campos - Presidente. Assinado digitalmente. Rubens Maurício Carvalho - Relator. EDITADO EM: 04/09/2012 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Atilio Pitarelli, Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Rubens Maurício Carvalho.
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MULTA DE OFÍCIO. A multa aplicável no lançamento de ofício prevista na legislação tributária é de 75%, por descumprimento à obrigação principal instituída em norma legal, e somente por disposição expressa de lei a autoridade administrativa poderia deixar de aplicála. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso. Assinado digitalmente. Giovanni Christian Nunes Campos Presidente. Assinado digitalmente. Rubens Maurício Carvalho Relator. EDITADO EM: 04/09/2012 AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 00 2. 00 14 28 /2 00 8- 67 Fl. 239DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/09/2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 05/09/ 2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 13002.001428/200867 Acórdão n.º 2102002.216 S2C1T2 Fl. 12 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Atilio Pitarelli, Carlos André Rodrigues Pereira Lima, Giovanni Christian Nunes Campos, Núbia Matos Moura, Roberta de Azeredo Ferreira Pagetti e Rubens Maurício Carvalho. Relatório Para descrever a sucessão dos fatos deste processo até o julgamento na Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ), adoto de forma livre o relatório do acórdão da instância anterior de fls. 103 a 109: Através de Notificação de Lançamento As fls. 98 a 101, exigese do contribuinte acima identificado a importância de R$ 6.390,60, a titulo de imposto suplementar (código 2904), a ser acrescida da multa de oficio de 75% e de juros moratórios, relativo ao imposto de renda pessoa física, exercício 2005. 0 total do crédito tributário atinge a R$ 12.987,61, calculado até 28.02.2007. A ação da Fiscalização decorreu de revisão da Declaração de Ajuste Anual, exercício 2005, DIRPF 2005, cópia As fls. 95 e 96, com o cruzamento e análise de informações constantes nas Declarações de Rendimentos Pagos a Consultores por Organismos Internacionais — DERC, e o contrato celebrado entre o contribuinte e o organismo internacional, quando foi apurada irregularidade às normas tributárias, conforme relatada na "Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal" fl. 99, indicada a seguir: omissão de rendimentos recebidos do exterior DERC, decorrente de serviços prestados a organismos internacionais, no valor de RS 41.700,00, no ano calendário 2004. 0 enquadramento legal: arts. 10, 2°, 30 e parágrafos, e 8°, da Lei n° 7.713/88; arts. 1° a 40, da Lei n° 8.134/90; art. 6° da Lei n° 9.250/95; art. 55, inciso VII e 995, do Regulamento do Imposto de Renda RIR/99, aprovado pelo Decreto n° 3.000/99, arts. 10 e 15 da Lei n° 10.451102, Instrução Normativa SRF n° 166/2002, Decreto n°3.751/2001. O contribuinte, inconformado com o lançamento, apresentou impugnação tempestiva A Notificação de Lançamento, As fls. 01 a 12, representado por procurador legalmente constituído docs. às fls. 13 e 14, informando, inicialmente, que foi contratado como consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento — PNUD, através da Agencia Nacional de Execução do Projeto BRA/97/026, no período de 03.09.2001 até 02.12.2005, laborando de forma ininterrupta, embora tenha assinados contratos temporários. Aduz que os funcionários dos organismos internacionais possuem isenção de imposto sobre os rendimentos auferidos do trabalho nesses organismos. Afirma que tem demanda trabalhista para que reste declarado o vinculo de emprego com o PNUD. Invoca ainda os termos do Acordo Básico de Assistência Técnica com a Organização das Nações Unidas, suas Agências Especializadas e a Agência Internacional de Energia Atômica. Ressalta também o Parecer Normativo n° 717, de 06.04.1979. Afirma que o Brasil é signatário da Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas, recepcionada em nosso ordenamento jurídico através do Decreto n° 27.784/50. Menciona ementas de julgados do então Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, bem como manifestação do Egrégio Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Conclui pela inexistência de relação jurídica capaz de ensejar a cobrança do imposto de renda, pois se considera abrangida pela isenção concedida aos funcionários de organismos internacionais referente a sua remuneração. Requer, Fl. 240DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/09/2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 05/09/ 2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 13002.001428/200867 Acórdão n.º 2102002.216 S2C1T2 Fl. 13 3 pois, a desconstituição do lançamento do crédito tributário referente ao ano calendário 2004. Preenchidos os requisitos formais de admissibilidade, conhecese da impugnação. Diante desses fatos, as alegações da impugnação e demais documentos que compõem estes autos, o órgão julgador de primeiro grau, ao apreciar o litígio, em votação unânime, julgou procedente o lançamento, mantendo o crédito consignado no auto de infração, considerando que os argumentos da recorrente não foram acompanhadas de fundamentos legais, para desconstituir os fatos postos nos autos que embasaram o lançamento, resumindo o seu entendimento na seguinte ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2005 RENDIMENTO TRIBUTÁVEL. São tributáveis os rendimentos decorrentes de prestação de serviço junto ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD, percebidos por pessoa física nacional, residente e contratada no Pais, que não detenha a condição de funcionário de organismo internacional. SÚMULA CARF N° 39: "Os valores recebidos pelos técnicos residentes no Brasil a serviço da ONU e suas Agências Especializadas, com vinculo contratual, não são isentos do imposto sobre a renda da pessoa física." Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Inconformado, o contribuinte apresentou Recurso Voluntário, de fls. 113 a 125, ratificando os argumentos de fato e de direito expendidos em sua impugnação e requerendo pelo provimento ao recurso com o cancelamento da exigência ou subsidiariamente com o cancelamento da multa e juros aplicados, uma vez que não efetuou o recolhimento em razão de consulta realizada pelo PNUD, entidade representativa, portanto vinculante nos termos do artigo 51 da Lei do Processo Administrativo Fiscal, Decreto n° 70.235/72, regulamentado através do ato declaratório (normativo) COSIT n° 26 de 20.09.1999. Desta feita, inviável a cobrança de multa. Dando prosseguimento ao processo este foi encaminhado para o julgamento de segunda instância administrativa. É O RELATÓRIO. Voto Conselheiro Rubens Maurício Carvalho. Fl. 241DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/09/2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 05/09/ 2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 13002.001428/200867 Acórdão n.º 2102002.216 S2C1T2 Fl. 14 4 ADMISSIBILIDADE O recurso apresentado atende aos requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. Assim sendo, dele conheço. A tributação dos rendimentos recebidos por técnicos residentes no Brasil a serviço da ONU e suas Agências Especializadas, com vínculo contratual é matéria já pacificada no âmbito deste Conselho, conforme inferese da Súmula nº 39, abaixo transcrita: Súmula CARF nº 39: Os valores recebidos pelos técnicos residentes no Brasil a serviço da ONU e suas Agências Especializadas, com vínculo contratual, não são isentos do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. (Portaria CARF nº 52, de 21 de dezembro de 2010) No presente caso, restou comprovado nos autos que a recorrente é residente no Brasil e que não é funcionária internacional, sendo certo que os rendimentos por ele recebidos são decorrentes da prestação de serviços contratuais. Nessa conformidade, temse que o caso presente subsumese à hipótese prevista na Súmula acima transcrita, sendo, portanto, procedente o lançamento. No que se refere á multa de ofício, temse que foi aplicada com supedâneo no art. 44, inciso I, da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que a seguir se transcreve: Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007) I de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007) A autoridade fiscal verificou que a contribuinte omitiu rendimentos, deixando, conseqüentemente, de recolher o imposto de renda correspondente, sujeitandose, portanto, à imposição da multa de 75%. No que tange à exclusão dos juros de mora e das multas aplicadas, em virtude do disposto no art. 51 do PAF, reitero que a recorrente encontrase em situação diversa da tratada no aludido Parecer. Isso porque não se enquadra na condição de funcionário do Organismo, logo, não há que falar na exclusão de penalidade, prevista no art. 100 do CTN, por observância das orientações contidas em Pareceres. Ademais, de acordo com o inciso VI do art. 97 do CTN, somente a lei pode estabelecer as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. Assim, deve prevalecer a cobrança da multa de ofício de 75%, conforme exigido na Notificação de Lançamento. Ante o exposto, voto por NEGAR provimento ao recurso. Assinado digitalmente Fl. 242DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/09/2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 05/09/ 2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS Processo nº 13002.001428/200867 Acórdão n.º 2102002.216 S2C1T2 Fl. 15 5 Rubens Maurício Carvalho Relator. Fl. 243DF CARF MF Impresso em 18/10/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 05/09/2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 05/09/ 2012 por RUBENS MAURICIO CARVALHO, Assinado digitalmente em 06/09/2012 por GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
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Numero do processo: 10215.720039/2008-41
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 11 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Sep 21 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário:2003
OMISSÃO DE RECEITA. A emissão de Nota Fiscal e sua escrituração mas sem o reconhecimento na apuração dos tributos devidos e sem a confissão da dívida em DCTF , implica em omissão de receita e conseqüente lançamento de ofício para exigência do tributo e contribuição devidos, não pagos e não declarados. PRESUNÇÃO LEGAL - OMISSÃO DE RECEITAS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS SEM COMPROVAÇÃO DA ORIGEM. Caracterizam-se como omissão de receita ou de rendimento, por presunção legal - juris tantum - os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. ÔNUS DA PROVA. Cabe ao contribuinte desfazer a presunção legal com documentação própria e individualizada que justifique os ingressos ocorridos em suas contas correntes de modo a garantir que os créditos/depósitos bancários não constituem fato gerador do tributo devido, haja vista que pela mencionada presunção, a sua existência (créditos/depósitos bancários), desacompanhada da prova da operação que lhe deu origem, espelha omissão de receitas, justificando-se sua tributação a esse título. MATÉRIA SUMULADA - INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI - Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. MATÉRIA SUMULADA - JUROS SELIC - Súmula CARFnº 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais. LANÇAMENTOS REFLEXOS - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS - CSLL, PIS e Cofins. Decorrendo as exigências da mesma imputação que fundamentou o lançamento do IRPJ, deve ser adotada a mesma decisão proferida para o imposto de renda, na medida em que não há fatos ou argumentos novos a ensejar conclusão diversa.
Numero da decisão: 1802-001.351
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso voluntário nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José De Oliveira Ferraz Corrêa, Gustavo Junqueira Carneiro Leão, Nelso Kichel, Marciel Eder Costa e Marco Antonio Nunes Castilho.
Nome do relator: ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
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A emissão de Nota Fiscal e sua escrituração mas sem o reconhecimento na apuração dos tributos devidos e sem a confissão da dívida em DCTF , implica em omissão de receita e conseqüente lançamento de ofício para exigência do tributo e contribuição devidos, não pagos e não declarados. PRESUNÇÃO LEGAL OMISSÃO DE RECEITAS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS SEM COMPROVAÇÃO DA ORIGEM. Caracterizamse como omissão de receita ou de rendimento, por presunção legal juris tantum os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. ÔNUS DA PROVA. Cabe ao contribuinte desfazer a presunção legal com documentação própria e individualizada que justifique os ingressos ocorridos em suas contas correntes de modo a garantir que os créditos/depósitos bancários não constituem fato gerador do tributo devido, haja vista que pela mencionada presunção, a sua existência (créditos/depósitos bancários), desacompanhada da prova da operação que lhe deu origem, espelha omissão de receitas, justificandose sua tributação a esse título. MATÉRIA SUMULADA INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. MATÉRIA SUMULADA JUROS SELIC Súmula CARFnº 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 21 5. 72 00 39 /2 00 8- 41 Fl. 2267DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 2 LANÇAMENTOS REFLEXOS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CSLL, PIS e Cofins. Decorrendo as exigências da mesma imputação que fundamentou o lançamento do IRPJ, deve ser adotada a mesma decisão proferida para o imposto de renda, na medida em que não há fatos ou argumentos novos a ensejar conclusão diversa. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao recurso voluntário nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa – Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José De Oliveira Ferraz Corrêa, Gustavo Junqueira Carneiro Leão, Nelso Kichel, Marciel Eder Costa e Marco Antonio Nunes Castilho. Relatório O presente processo tem origem nos autos de infração de fls.1.867 a 1.896, e Termo de Verificação Fiscal, fls.1898/1913, lavrados pela DRF – Santarém/PA, dos quais a interessada acima identificada foi cientificada em 18/03/2008, conforme o Aviso de Recebimento,fls.1917 e 1918, consubstanciando exigência do Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), no valor de R$ 426.397,19; da Contribuição para o PIS, R$ 22.976,07; da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), R$ 251.016,70; da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), R$ 106.044,08, acrescidos da multa de ofício no percentual de 75% (setenta e cinco por cento) e juros de mora calculados até 29/02/2008. As infrações apuradas e descritas nos autos de infração são as seguintes: OMISSÃO DE RECEITAS DA ATIVIDADE: Omissão de receitas da atividade com emissão de nota fiscal escriturada, porém não declarada e nem recolhido os tributos e contribuições, conforme Termo de Verificação Fiscal em anexo, que é parte integrante dos autos de infração; Art. 528 do RIR/99; DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA:Valor referente a depósitos e investimentos, realizados junto a instituições financeiras, em que o contribuinte, regularmente intimado, não comprovou, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações; arts. 25 e 42 da Lei n° 9.430/96, conforme Termo de Verificação Fiscal em anexo, que é parte integrante dos autos de infração; art. 528 do RIR/99; Por considerar pertinente transcrevo a seguinte parte do relatório da decisão recorrida relativa à matéria impugnada, verbis: A IMPUGNAÇÃO Por sua vez, a impugnante afirma em sua defesa: Registrese que a Impugnação aos aludidos Autos de Infração é ora formulada em uma só Peça, por ser evidente que todas as Fl. 2268DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10215.720039/200841 Acórdão n.º 1802001.351 S1TE02 Fl. 3 3 exigências reflexas concernentes ao PIS, COFINS e à Contribuição Social decorrem e estão intimamente vinculadas e dependentes à imposição básica de IRPJ; In casu, todos os lançamentos decorrem de um único Mandado de Procedimento Fiscal e se encontram embasados nos mesmos fatos, justificandose, portanto, a impugnação de tais exigências através de uma única Peça de Defesa, já que os argumentos aduzidos para desconstituição de um se aplicarão aos demais, conduzindoos para o mesmo rumo da improcedência; A Autuada foi cientificada dos termos dos Autos de Infração sob refute somente em 18/03/2008 (terça feira),conforme faz prova a aposição da assinatura no Aviso de Recebimento constante do respectivo Processo Administrativo. Desse modo, a contagem do prazo legal de 30 (trinta) dias para apresentação da presente Impugnação iniciouse em 19/03/2008 (quarta feira), findando, portanto, o seu curso em 17/04/2008 (quinta feira); Notese, portanto, que os Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade impõem restrições jurídicas que comprometem a validade dos procedimentos fiscais. “...Assim é que, a regra do art. 42 da Lei 9.430/96 deve ser interpretada com as ponderações jurídicas impostas pelos Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade, de modo que, para se pautar nesses Princípios, a Fiscalização, ao proceder a intimação fiscal da Contribuinte, fundada no art. 42 da Lei 9.430/96, deve DEFINIR E CIRCUNSCREVER OBJETIVAMENTE OS CRÉDITOS cuja origem deseja sejam demonstradas pelo sujeito passivo hipótese em debate, o que já torna os Instrumentos de Exigência nulos de pleno direito, desde a sua origem, hipótese em debate, o que já torna os Instrumentos de Exigência nulos de pleno direito, desde a sua origem. A generalidade do procedimento fiscal o transformou em instrumento de arbítrio; Ante o exposto, A PRÁTICA DE INTIMAÇÃO GENÉRICA À AUTUADA ACERCA DAS MOVIMENTAÇÕES BANCÁRIAS IMPORTOU EVIDENTE DESVIO DE FINALIDADE NA EXEGESE DA NORMA DO ART. 42 DA LEI 9.430/96 E MANIFESTA AGRESSÃO AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE, pelo que, HÃO DE SER REPUTADOS NULOS, DE PLENO DIREITO, OS LANÇAMENTOS FISCAIS CONSTITUÍDOS A PARTIR DESSE VICIADO PROCEDIMENTO, o que, desde logo, se requer. Caso não desconstituídos os lançamentos tributários sob refute por força do vício de nulidade acima apontado, A AUTUADA, em face do Princípio da Eventualidade, INSURGESE QUANTO AOS ASPECTOS DE MÉRITO DAS EXIGÊNCIAS FISCAIS. DO MÉRITO...” Assim sendo, a infração tributária de que cogita o Auto de Infração de IRPJ não guarda consonância com o fatos ocorridos no mundo jurídico, já que cogita equivocadamente de "omissão de receitas", quando que deveria reportarse a "inexatidão de declaração de rendimentos. Ora, Ilustre Delegado, desnecessário aduzir, nesta passagem, que O AUTO DE Fl. 2269DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 4 INFRAÇÃO DEVERÁ CONTER,dentre outros, A CORRETA E REAL DESCRIÇÃO DOS FATOS QUE TENHAM INFRINGIDO À LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA...” Este Órgão Fazendário instaurou fiscalização contra a Impugnante, através da qual pretendeu obter esclarecimentos sobre os depósitos bancários creditados nas contas correntes da pessoa jurídica e, por entender que não restaram esclarecidas, nem tampouco demonstradas as origens de tais depósitos, acabou por lançar mão da discutível presunção constante do art. 42 da Lei 9.430/96, conforme se infere do embasamento legal dos Instrumentos de Exigência. Tal regra determina que o simples depósito bancário não justificado perante a Receita, nos termos da presunção legal, por si só, já caracterizará omissão de rendimentos ou de receita, passível de tributação pelo imposto de renda e também pelas demais contribuições incidentes sobre receitas omissas (CSLL, PIS, COFINS), no caso de pessoa jurídica. Esquecese, contudo, a Fiscalização que a presunção lançada pela lei quanto aos depósitos bancários é carente de maiores indícios que justifiquem, per se, que os valores transitados na conta da contribuinte seriam equiparáveis a rendimentos tributáveis, de modo que referida presunção acaba por atingir o que não é renda nem receita, ALARGANDO A AUTORIZAÇÃO QUE O LEGISLADOR ORDINÁRIO RECEBEU DO TEXTO CONSTITUCIONAL E AMPLIANDO A PRÓPRIA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DA UNIÃO FEDERAL;INEXISTINDO QUALQUER PROVA QUE ATESTE A EFETIVA EXISTÊNCIA DE ACRÉSCIMOS PATRIMONIAIS NÃO OFERECIDOS À TRIBUTAÇÃO, NÃO HÁ COMO PREVALECER OS INSTRUMENTOS DE EXIGÊNCIA PERPETRADOS PELA FISCALIZAÇÃO COM BASE EM MEROS E SIMPLES DEPÓSITOS BANCÁRIOS MANTIDOS PELA AUTUADA, haja vista que a prova do acréscimo patrimonial é pressuposto para o lançamento. Como dito, meros depósitos bancários não revelam, por si só, rendimento tributável, como equivocadamente pretende fazer crer a Fiscalização. Cumpre ao Fisco apurar se há riqueza por detrás de tais depósitos. E, em não se confirmando a elevação patrimonial ou o consumo excessivo de renda, resta prejudicado o lançamento de imposto de renda; OS DEPÓSITOS EM MONTANTE ACIMA DA RENDA DECLARADA PELO CONTRIBUINTE NÃO SÃO SUFICIENTES PARA SE SUSTENTAR QUE SE TRATA DE RENDA. Cumpria à Fiscalização confrontar se houve acréscimo patrimonial de um ano calendário para o outro ou se houve um consumo incompatível com a renda oferecida, para, então, poder presumir, de forma válida, a existência de rendimentos omissos por parte da Autuada nas suas contas bancárias; DA INCONSTITUCIONALIDADE DA APLICAÇÃO DA SELIC COMO TAXA DE JUROS MORATÓRIOS. DA ILEGALIDADE DO ARROLAMENTO DE BENS COMPULSÓRIO UNILATERAL EFETIVADO NOS TERMOS Fl. 2270DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10215.720039/200841 Acórdão n.º 1802001.351 S1TE02 Fl. 4 5 DO ART. 64 DA LEI 9.532/97 DA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO DIREITO DE PROPRIEDADE INSERTOS NO ART. 5o, INCISOS LIV, LV E XXII; DO DESCABIMENTO DA IMPUTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA AOS SÓCIOS DA AUTUADA “...O Termo de Verificação Fiscal cogita imputar responsabilidade solidária aos sócios da Autuada, os Srs. IVO VARGAS e ADAIR ABEL DE VARGAS, em face do que preceituam os arts. 124, 135 e 137 do CTN. Equivocase, por mais uma vez, a Fiscalização. Mostrase descabida referida pretensão, haja vista a inexistência de prova, a cargo da Fazenda Publica, de que os sócios agiram com excesso de mandato, infringência à lei ou ao contrato, para justificar eventual responsabilidade solidária destes...” DO PEDIDO A IMPUGNANTE REQUER: Prioritariamente, A APRECIAÇÃO E ACOLHIMENTO DA PRELIMINAR DE NULIDADE LEVANTADA LOGO NO INÍCIO DESTA DEFESA; Caso ultrapassada a Preliminar argüida, o que se admite em função do Princípio da Eventualidade, A IMPROCEDÊNCIA TOTAL DOS AUTOS DE INFRAÇÃO PRINCIPAL DE IRPJ E REFLEXOS DE PIS, COFINS E CSLL, em acolhimento a quaisquer dos consistentes argumentos de mérito nesta esposados, COM A CONSEQUENTE DESCONSTITUIÇÃO DO TERMO DE ARROLAMENTO DE BENS E DESONERAÇÃO DOS SÓCIOS QUANTO À SUSCITADA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA; A 1ª Turma da DRJ/Belém/PA, mediante o Acórdão nº 0123.639, de 28/11/2011, (fls.2.210/2224) decidiu para: 1. Excluir as pessoas físicas Ivo Vargas, CPF 211.473.889/20, e Adair Abel Vargas, CPF 370.113.319/91 do pólo passivo das obrigações tributárias, nos moldes descritos pela fiscalização no auto de infração e termo de responsabilidade; 2. Considerar improcedente a impugnação no tocante aos créditos tributários, mantendose o crédito tributário devido. O mencionado acórdão está assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Ano calendário:2003 Fl. 2271DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 6 DESPROPORCIONALIDADE E FALTA DE RAZOABILIDADE NA APLICAÇÃO DO PRECEITO LEGAL. A alegação de que a aplicação da lei é confiscatória não pode ser discutida nesta esfera de julgamento, uma vez que se trata de exigência fundada em legislação vigente, à qual este julgador é vinculado. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. Inexistência de ilegalidade na aplicação da taxa SELIC, porquanto o Código Tributário Nacional outorga à lei a faculdade de estipular os juros de mora incidentes sobre os créditos não integralmente pagos no vencimento e autoriza a utilização de percentual diverso de 1%, desde que previsto em lei. OMISSÃO DE RECEITAS. RECEITAS NÃO DECLARADAS. Constatado por intermédio de ação fiscal que o sujeito passivo não informou na DIRPJ receitas devidamente escrituradas em sua contabilidade, procede o lançamento para cobrança do tributo e contribuição devidos. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS. Comprovado que os administradores de pessoa jurídica agiram com infração de lei, é de considerálos pessoalmente responsáveis pelos créditos tributários apurados contra a empresa. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações resultantes de atos praticados com infração de lei, os mandatários, prepostos, empregados, bem como os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. Tal responsabilidade é pessoal, mas não exclusiva. RESPONSABILIDADE PASSIVA SOLIDÁRIA. COMPROVAÇÃO DO INTERESSE DE TERCEIRO NOS FATOS QUE GERARAM A EXIGÊNCIA FISCAL. Segundo o art. 124, I, do CTN, são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. FATO INDICIÁRIO. FATO JURÍDICO TRIBUTÁRIO. A presunção legal juris tantum inverte o ônus da prova. Nesse caso, a autoridade lançadora fica dispensada de provar que o depósito bancário não comprovado (fato indiciário) corresponde, efetivamente, ao auferimento de rendimentos (fato jurídico tributário), nos termos do art.334, IV, do Código de Processo Civil. Cabe ao contribuinte provar que o fato presumido não existiu na situação concreta. A pessoa jurídica foi cientificada da mencionada decisão em 28/03/2012 e, protocolizou recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, em Fl. 2272DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10215.720039/200841 Acórdão n.º 1802001.351 S1TE02 Fl. 5 7 17/04/2012, no qual apresenta os mesmos argumentos expendidos na impugnação, acima relatados, em síntese, portanto, desnecessário repetilos. É o relatório. Voto Conselheira Ester Marques Lins de Sousa, Relatora O Recurso Voluntário é tempestivo. Dele tomo conhecimento. De início vale salientar que a modalidade ou regime de apuração do lucro adotado pelo contribuinte no ano calendário de 2003 e mantido na autuação é o lucro presumido. Conforme relatado o presente processo decorre de ação fiscal junto à contribuinte, na qual a fiscalização constatou as seguintes irregularidades: Omissão de receitas da atividade com emissão de nota fiscal escriturada, porém não declarada e nem recolhido os tributos e contribuições, conforme Termo de Verificação Fiscal, em anexo, parte integrante dos autos de infração; Art. 528 do RIR/99; Omissão de receita por depósitos bancários e investimentos de origem não comprovada, realizados junto a instituições financeiras, em que o contribuinte, regularmente intimado, não comprovou, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações; arts. 25 e 42 da Lei n° 9.430/96, conforme Termo de Verificação Fiscal em anexo, parte integrante dos autos de infração; art. 528 do RIR/99. No tocante à primeira infração, a recorrente alega que a escrituração fiscal não constitui elemento suficiente para arrimar a receita, de modo que necessário se faz o aprofundamento da ação fiscal, sob pena de ser reputado inválido o lançamento decorrente. Aduz que as receitas constantes de notas fiscais emitidas, porém não incluídas na Declaração de Rendimentos da pessoa jurídica, não se.confundem com a omissão de receita preconizada no artigo 528 do RIR/99, como pretende fazer crer a Fiscalização. Isso porque, no caso da receita estar escriturada mas não declarada, não tipifica omissão de receita, porém, inexatidão da Declaração de Rendimentos. Como se vê, a Recorrente não nega o fato da obtenção da receita, apenas traz argumento com claro efeito de dilatar a suspensão do débito com recurso sem qualquer substância fática, pois, não se trata de mera inexatidão da Declaração de Rendimentos, na medida em que, a Recorrente não trouxe aos autos a prova de que sobre a receita escriturada e não declarada foram pagos ou confessados em DCTF (s) os tributos devidos. O dever de escriturar é obrigação acessória que não se confunde com a obrigação de pagar o tributo devido que foi apurado mediante procedimento fiscal e lançado de ofício com a penalidade aplicável e acréscimos moratórios, nos exatos termos do artigo 142 do Código Tributário Nacional. Vale exalçar que, as normas contidas na legislação tributária indicam que o lucro tributável, para o cálculo do IRPJ e da CSLL, é integrado por todas as receitas auferidas pela pessoa jurídicas salvo as exclusões permitidas por lei. Desse modo, razão não há para que Fl. 2273DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 8 as receitas escrituradas com a prova das notas fiscais emitidas, representantes do faturamento, sejam excluídas da tributação para apurar o IRPJ, CSLL, PIS e Cofins como procedeu a Recorrente. Ademais, a argumentação da Recorrente se constitui em verdadeira falácia, pois, a inexatidão da Declaração de Rendimentos, no presente caso, é uma decorrência lógica da própria omissão de receitas. Correta é a descrição dos fatos e seu enquadramento legal à infração imputada, e, insubsistente é argumentação da recorrente. Melhor sorte também não tem a Recorrente em relação à segunda infração, como será visto a seguir. A Recorrente alega que a Lei 9.430/96 não autoriza à Fiscalização a formular requerimentos abrangentes e genéricos de informações bancárias relativas a todo um ano calendário, isso porque,os Agentes Públicos Federais estão obrigados, por força de Lei, a atender, dentre outros, aos Princípios da Finalidade,Razoabilidade e Proporcionalidade, de modo que, para se pautar nesses Princípios, a Fiscalização ao proceder a intimação fiscal da Contribuinte, fundada no art, 42 da Lei 9.430/96 deve DEFINIR E CIRCUNSCREVER OBJETIVAMENTE OS CRÉDITOS cuja origem deseja sejam demonstradas pelo sujeito passivo. Insiste que a regra do art. 42 da Lei 9.430/96 não autoriza a “devassas fiscais” praticadas por Agentes do Fisco, consistentes na intimação para que o contribuinte comprove com documentação hábil e idônea todas as operações bancários que praticou ao longo de vários meses ou anos. Em primeiro lugar é preciso salientar que a Lei nº 9.430/96 não quantificou ou limitou o montante dos depósitos e ou investimentos a ser comprovada a origem pelo contribuinte. Ao contrário, permite à autoridade fiscal perquirir junto ao contribuinte qual a origem daqueles depósitos ou investimentos existentes em suas contas bancárias sendo que a ausência da comprovação de sua origem faz presumir tratarse de omissão de receitas próprias da atividade da pessoa jurídica. A lei não facultou ao Fisco a discricionariedade aventada pela interessada. As receitas omitidas apuradas com fundamento na presunção legal instituída pelo artigo 42 da Lei nº 9.430/96, baseada nos depósitos bancários com recursos de origem não comprovada, são considerados, por presunção, como receita bruta da pessoa jurídica. Argúi a Recorrente que, a presunção lançada pela lei quanto aos depósitos bancários é carente de maiores indícios a justificar que os valores transitados na conta da contribuinte seriam equiparáveis a rendimentos tributáveis, de modo que referida presunção acaba por atingir o que não é renda nem receita. Ou seja, a defesa da Recorrente para expurgar o lançamento é no sentido de que os extratos bancários considerados de origem não comprovada não representam "renda". Não ocorreu o Fato Gerador do imposto de renda previsto no art. 43 do CTN, não houve acréscimo patrimonial, e não ocorreu a disponibilidade econômica de renda ou proventos. Outro argumento da Recorrente é que, com o advento da LC 105/2001, não pode mais a Administração, tributar os depósitos bancários com base na presunção do artigo 42 da Lei 9.430/96, pois há previsão expressa na aludida Lei Complementar quanto ao DEVER Fl. 2274DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10215.720039/200841 Acórdão n.º 1802001.351 S1TE02 Fl. 6 9 DE APURAÇÃO DOS FATOS, o que vem reforçar o preceituado pela Constituição Federal e pelos arts. 43 e 142 do CTN. Salientese que as informações sobre a movimentação bancária do contribuinte foi efetivada diretamente ao Fisco, pela própria pessoa jurídica fiscalizada ou por esta autorizada às instituições financeiras, portanto não cabe qualquer referência à LC 105/2001. A Recorrente aduz que, cumpria à Fiscalização confrontar se houve acréscimo patrimonial de um ano calendário para o outro ou se houve um consumo incompatível com a renda oferecida, para, então, poder presumir, de forma válida, a existência de rendimentos omissos por parte da Autuada nas suas contas bancárias. Ressaltese, de plano, que aqui não cabe discussão sobre inconstitucionalidade da Lei nº 9.430/1996 nem tampouco sobre a alegada necessidade de comprovação por parte do Fisco. Os enunciados das súmulas abaixo são esclarecedores, portanto desnecessária outra explicação sobre o assunto, vejamos: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Súmula CARF Nº 26 A presunção estabelecida no art. 42 da Lei nº 9.430/96 dispensa o Fisco de comprovar o consumo da renda representada pelos depósitos bancários sem origem comprovada Súmula CARF Nº 30 Na tributação da omissão de rendimentos ou receitas caracterizada por depósitos bancários com origem não comprovada os depósitos de um mês não servem para comprovar a origem de depósitos havidos em meses subseqüentes. Assim, intimado o contribuinte a comprovar a origem dos recursos utilizados em relação aos valores creditados nas contas bancárias em comento e, na ausência de tal comprovação foram os mesmos valores tributados como receita omitida, em consonância com o artigo 42 da Lei nº 9.430/96, consolidado no artigo 287 do RIR/99, verbis: Art.287.Caracterizamse também como omissão de receita os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações (Lei nº 9.430, de 1996, art. 42). §1ºO valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição financeira (Lei nº 9.430, de 1996, art. 42, §1º). §2ºOs valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido computados na base de cálculo do imposto a que estiverem sujeitos, submeterseão às normas de tributação específicas, previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos (Lei nº 9.430, de 1996, art. 42, §2º). Fl. 2275DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 10 §3ºPara efeito de determinação da receita omitida, os créditos serão analisados individualizadamente, observado que não serão considerados os decorrentes de transferência de outras contas da própria pessoa jurídica (Lei nº 9.430, de 1996, art. 42, §3º, inciso I). Art.288.Verificada a omissão de receita, a autoridade determinará o valor do imposto e do adicional a serem lançados de acordo com o regime de tributação a que estiver submetida a pessoa jurídica no período de apuração a que corresponder a omissão (Lei nº 9.249, de 1995, art. 24). Os valores mensais dos créditos não comprovados foram objeto de lançamento de ofício, pois ficou caracterizada a omissão de receita à qual não há contestação cabal. Como se vê, a partir da Lei nº 9.430/96, comporta a tributação por presunção de omissão de receitas caracterizada por depósitos mantidos junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. É o caso dos autos. Cabe ao contribuinte desfazer a presunção legal com documentação própria e individualizada que justifique os ingressos ocorridos em suas contas correntes de modo a garantir que os créditos/depósitos bancários não constituem fato gerador do tributo devido, haja vista que pela mencionada presunção, a sua existência (créditos/depósitos bancários), desacompanhada da prova da operação que lhe deu origem, espelha omissão de receitas, justificandose sua tributação a esse título. Tratase, na hipótese, de indícios que conduzem à presunção juris tantum de omissão de receita, com fulcro no art. 42 da Lei n° 9.430/96, tendo em vista que não fora oportunizado à fiscalização detectar a real proveniência dos recursos depositados em conta corrente da empresa. Portanto, caberia ao contribuinte apresentar justificativas válidas com documentação hábil e idônea para os ingressos ocorridos em suas contas correntes. A tributação dessa receita, por sua vez, encontra abrigo e visibilidade na mencionada lei tributária que estabeleceu uma presunção de omissão de rendimentos que autoriza o lançamento do tributo correspondente, sempre que o titular da conta bancária, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos creditados em sua conta de depósito ou de investimento. Concluise, por conseguinte, que a presunção legal de renda, caracterizada por depósitos bancários, é do tipo júris tantum (relativa). A empresa autuada, para descaracterizar a presunção de omissão de receitas, por depósitos bancários, deveria produzir a prova que se lhe impunha, fato de que não se desincumbiu. Feitas as observações acima cai por terra toda a argumentação da Recorrente. Finalmente a Recorrente alega que, não é possível considerar como "receitas" as importâncias depositadas em contas bancárias da Impugnante SEM QUE A FISCALIZAÇÃO, SEQUER PROCEDESSE A DEDUÇÃO DOS SAQUES EFETUADOS NESSAS MESMÍSSIMAS CONTAS. Alega ainda, que, quando da apuração do imposto e das contribuições lançadas contra a Autuada, DEVERIA A FISCALIZAÇÃO TER PROCEDIDO NÃO SÓ A Fl. 2276DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 10215.720039/200841 Acórdão n.º 1802001.351 S1TE02 Fl. 7 11 EXCLUSÃO DOS SAQUES, COMO TAMBÉM DAS RECEITAS JÁ INFORMADAS NA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS PELO CONTRIBUINTE E, OFERECIDAS À TRIBUTAÇÃO, SOB PENA DE INCORRER EM REPROVÁVEL BITRIBUTAÇAO. Tratase de defesa genérica e sem consistência, pois, apesar do alegado, a Recorrente não demonstra quais “Saques” se somam aos valores depositados com origem não comprovada, como também a defesa não identifica qual receita foi declarada e que justifica a origem dos depósitos efetivados. Com efeito, os depósitos em contacorrente da empresa cujas operações que lhes deram origem restem incomprovadas presumemse advindos de transações realizadas à margem da contabilidade. À mingua de tal comprovação correta a autuação conforme relatado acima. Finalmente, argúi a Recorrente que a aplicação da taxa Selic é ilegal e inconstitucional quando utilizada para aferição de juros de mora quanto aos tributos e contribuições sociais. Sobre a mencionada matéria não serão tecidas maiores considerações, por encontrar óbice, inclusive, nas seguintes súmulas administrativas emanadas por esse Egrégio Conselho Administrativo de Recursos Fiscais que resolvem de plano o assunto: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária Súmula CARFnº 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. Quanto à multa de 75%, a Recorrente opõese, à aplicação alegando seu caráter confiscatório.A cobrança da mencionada multa decorre da exigência do tributo lançado de ofício e tem como supedâneo legal o art. 44, incisos I , da Lei nº 9.430/96 que assim prescreve: Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: I de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; (...) Assim, fica claro que a hipótese descrita pela fiscalização para a aplicação da multa de ofício sobre a diferença de recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS e Cofins, decorrentes das omissões de receitas, é situação para a qual a lei prevê a multa de 75%. Quanto ao aspecto confiscatório alegado pela recorrente, como afirmado acima, a exigência decorre de expressa disposição legal, não cabendo a esse órgão do Poder Executivo deixar de aplicála, encontrando óbice, inclusive na Súmula nº 2 já transcrita acima, que “ O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária”. Fl. 2277DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 12 LANÇAMENTOS REFLEXOS – CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – CSLL, PIS e Cofins. Decorrendo as exigências da mesma imputação que fundamentou o lançamento do IRPJ, deve ser adotada a mesma decisão proferida para o imposto de renda, na medida em que não há fatos ou argumentos novos a ensejar conclusão diversa. Diante do exposto, voto no sentido de NEGAR provimento ao recurso voluntário. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Fl. 2278DF CARF MF Impresso em 21/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA, Assinado digitalmente em 21/ 09/2012 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
score : 1.0
Numero do processo: 11020.724687/2011-11
Turma: Segunda Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 18 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Sep 27 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2007, 2008
LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS. FATOS GERADORES A PARTIR DE 01/01/1997. A Lei n.° 9.430/1996, vigente a partir de 1° de janeiro de 1997, estabeleceu, em seu artigo 42, uma presunção legal de omissão de rendimentos que autoriza o lançamento do imposto correspondente quando o titular da conta bancária não comprovar, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos valores depositados em sua conta de depósito. IRPF. LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS. COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DOS DEPÓSITOS.Para elidir a presunção de omissão de rendimentos com base em depósitos bancários de origem não comprovada, a demonstração da origem dos depósitos deve ser feita de forma inequívoca, correlacionando, de forma individualizada, as apontadas origens a cada um dos depósitos. IRPF. LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS. CONTA CONJUNTA. DECLARAÇÃO EM SEPARADO. CONVENÇÕES PARTICULARES. DIVISÃO DOS RENDIMENTOS ENTRE OS CO-TITULARES. Na hipótese de contas de depósito ou de investimento mantidas em conjunto, cuja declaração de rendimentos ou de informações dos titulares tenham sido apresentadas em separado, e não havendo comprovação da origem dos recursos nos termos deste artigo, o valor dos rendimentos ou receitas será imputado a cada titular mediante divisão entre o total dos rendimentos ou receitas pela quantidade de titulares. As convenções particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Recurso voluntário negado.
Numero da decisão: 2802-001.848
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos NEGAR PROVIMENTO ao recurso nos termos do voto do relator. (Assinado digitalmente) Jorge Claudio Duarte Cardoso Presidente e Relator. EDITADO EM: 25/09/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jaci de Assis Júnior, Sidney Ferro Barros, Dayse Fernandes Leite, Carlos André Ribas de Mello, German Alejandro San Martín Fernández e Jorge Cláudio Duarte Cardoso (Presidente).
Nome do relator: JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO
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FATOS GERADORES A PARTIR DE 01/01/1997. A Lei n.° 9.430/1996, vigente a partir de 1° de janeiro de 1997, estabeleceu, em seu artigo 42, uma presunção legal de omissão de rendimentos que autoriza o lançamento do imposto correspondente quando o titular da conta bancária não comprovar, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos valores depositados em sua conta de depósito. IRPF. LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS. COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DOS DEPÓSITOS.Para elidir a presunção de omissão de rendimentos com base em depósitos bancários de origem não comprovada, a demonstração da origem dos depósitos deve ser feita de forma inequívoca, correlacionando, de forma individualizada, as apontadas origens a cada um dos depósitos. IRPF. LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS. CONTA CONJUNTA. DECLARAÇÃO EM SEPARADO. CONVENÇÕES PARTICULARES. DIVISÃO DOS RENDIMENTOS ENTRE OS CO TITULARES. Na hipótese de contas de depósito ou de investimento mantidas em conjunto, cuja declaração de rendimentos ou de informações dos titulares tenham sido apresentadas em separado, e não havendo comprovação da origem dos recursos nos termos deste artigo, o valor dos rendimentos ou receitas será imputado a cada titular mediante divisão entre o total dos rendimentos ou receitas pela quantidade de titulares. As convenções particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Recurso voluntário negado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 02 0. 72 46 87 /2 01 1- 11 Fl. 366DF CARF MF Impresso em 27/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 26 /09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos NEGAR PROVIMENTO ao recurso nos termos do voto do relator. (Assinado digitalmente) Jorge Claudio Duarte Cardoso – Presidente e Relator. EDITADO EM: 25/09/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Jaci de Assis Júnior, Sidney Ferro Barros, Dayse Fernandes Leite, Carlos André Ribas de Mello, German Alejandro San Martín Fernández e Jorge Cláudio Duarte Cardoso (Presidente). Relatório Tratase de lançamento de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do exercício 2007 e 2008 , anocalendário 2006 e 2007, em virtude de apuração de omissão de receitas com base em depósitos bancários de origem não comprovada, nos termos do art. 42 da Lei nº 9.430/1996. O Termo de Verificação Fiscal (fls. 302/312) indica que os extratos bancários analisados pela fiscalização foram obtidos com autorização judicial (fls. 14/18) e que a fiscalização intimou o autuado a comprovar, de forma individual, mediante documentação hábil e idônea, compatível em datas e valores, a origem dos recursos (valores) creditados/depositados na conta do BANCO HSBC (agência 1140, c/c 0143408), que ele tem em conjunto com sua cônjuge JUDITE VALENTI GIACOMELLO, bem como na conta do BANCO SANTANDER (agência 1047, c/c 010036400, inclusive na conta denominada CONTAMAX). O referido termo registra que JUDITE VALENTI GIACOMELLO foi intimada (fls. 228/229) e declarou que embora figurasse como 2ª titular da conta bancária junto ao BANCO HSBC, a movimentação era feita exclusivamente pelo 1º titular, o contribuinte, e que ele daria as devidas justificativas. Atendendo às intimações o contribuinte apresentou planilhas e documentos no intuito de esclarecer a origem dos valores depositados, em resumo: a) percebeu da empresa VALNAMNK FOMENTO MERCANTIL LTDA, como pró labores, R$1.000,00 mensais, no período de janeiro de 2006 a agosto de 2007; e distribuição de lucros de R$133.360,00 em 31/12/2005; b) tomou empréstimo de R$19.800,00 no Banco Santander em setembro de 2006; c) vendeu 3 carros em 2007: de R$30.000,00 recebido em maio de 2007; R$3.000,00 recebido em junho de 2007 e R$32.500,00 recebido em maio e junho de 2007. Fl. 367DF CARF MF Impresso em 27/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 26 /09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 11020.724687/201111 Acórdão n.º 2802001.848 S2TE02 Fl. 367 3 A autoridade fiscal apontou inconsistências nas explicações e no fato de a fls. 419 do Livro Diário (Livro 14) conter lançamento de distribuição de lucros somente em 31/12/2005 sem que houvesse depósito desse valor na conta corrente do Santander ou do HSBC; que não há comprovantes que façam menção ao valor de R$19.800,00 nem foi comprovado com documentação hábil e idônea a vinculação das vendas dos veículos com os depósitos/créditos. Em seguida o contribuinte esclareceu que a conta Contamax no Santander é uma poupança multidata vinculada à conta corrente com transferência automática entre conta corrente e poupança. A autoridade fiscal concluiu que não foi comprovada a origem dos recursos depositados nas constas do Santander e do HSBC. Na impugnação foi alegado que a movimentação na conta do HSBC é de exclusiva responsabilidade do recorrente (embora sua esposa figure como 2º titular), que deve ser considerado o aporte de R$133.360,00 de distribuição de lucros da empresa VALBNK dos quais permaneceu no final de 2005 com R$115.800,00 em moeda corrente, que por ser adepto de corrida de carro recebeu alguns depósitos a titulo de doações, os depósitos de pró labore e adiantamento de lucros eram feitos de forma fracionada ou conjuntamente com outros valores, as venda de veículos foram comprovadas (fls. 197/199), os documentos de fls 106/122 revelam extratos unificados, não sendo possível direcionar depósitos diretamente à conta poupança pois funciona com transferência automática da conta corrente (todos os históricos indicados com a letra “P”), fazia movimentação entre suas contas sem que isso configurasse receitas distintas. O acórdão recorrido indeferiu a impugnação, em suma, baseandose inversão do ônus da prova decorrente da presunção legal de omissão de receita; na inadequação das alegações que não é corroborada por documentação hábil e idônea; no fato de os depósitos/créditos na conta poupança não terem sido computados na autuação; na ausência de coincidência de datas e valores entre créditos e débitos nas contas do contribuinte ou falta de identificação de cheque comum (alegação de movimentação entre contas). Ciente da decisão de primeira instância em 16/04/2012, o recorrente apresentou recurso voluntário em 15/05/2012, no qual apresenta os seguintes argumentos: 1. fundamento do acórdão recorrido é a inflexível norma da ausência de documentação hábil e idônea da origem dos recursos utilizados nas operações bancárias, de forma individualizada; 2. era de sua exclusiva responsabilidade a movimentação na conta do HSBC em que sua esposa figura como cotitular, ponto em que foi omissa a decisão; 3. como sua esposa não exercia ingerência sobre a conta corrente não pode responder pelo auto de infração muito menos pela metade dos débitos lançados, seus recursos resumiramse única e exclusivamente aos vencimentos de professora; 4. não foram reconhecidos os registros do anocalendário 2005, em que lançado o aporte de R$ 133.360,00 proveniente da distribuição de lucros da empresa Valbank Fomento Mercantil Ltda., desses recursos o recorrente permaneceu, no final daquele ano calendário, com R$ 115.800,00 (cento e quinze mil e oitocentos reais), em moeda corrente; Fl. 368DF CARF MF Impresso em 27/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 26 /09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 4 5. recebeu diversos depósitos a título de doações referentes a sua participação em corridas de carros (como por exemplo, R$ 245,00, em 16/03/2006; ou ainda, em 09/05/2007, R$ 220,00); 6. os créditos de pró labore e adiantamento de lucros não foram considerados sob o argumento da inexistência de documentação e da presunção legal; 7. a prova documental da obtenção de recursos com a venda de veículos automotores está acostada às fls. 197/199, 8. não obstante correspondência do Gerente Geral do Banco Santander explicando a forma como se dão os créditos e débitos na Contamax e os documentos de fls. 106/122, o acórdão insiste em tributar créditos provenientes da poupança vinculada (registro assinalado com “P” no histórico); 9. há movimentação feita pelo recorrente de uma conta para outra que está sendo tratado erroneamente como duas receitas distintas, por exemplo: em 21/05/207 há um saque de R$5.865,00 do HSBC utilizado para cobrir um saldo devedor de R$3.895,30 no Santander em 23/05/2007 mediante depósito de R$4.000,00; em 29/08/2007 há um depósito de R$1.850,00 no Santander (fls. 118) com cheque de mesmo valor do HSBC compensado na mesma data (fls. 41); 10. para atender à inflexibilidade da exigência de comprovação individualizada seria necessário obter cópia de cheques de terceiros o que somente o Fisco poderia conseguir mas não o contribuinte; e 11. no mínimo, em sendo afastado o rigorismo e inflexibilidade do Fisco a movimentação considerada no auto de infração ficaria no limite legal e por conseguinte seria cancelado. Houve juntada ao processo da Nota Técnica 2ª SEJUL 10/2012, de 29 de julho de 2012 em que o Presidente da 2º Seção do CARF determinou a prioridade de tramitação do processo. É o relatório. Voto Conselheiro Jorge Claudio Duarte Cardoso, Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, dele devese tomar conhecimento. Há duas presunções legais de omissão de receitas que são inconfundíveis: uma é a apuração de acréscimo patrimonial a descoberto, outra a tributação dos créditos em contas bancárias sem a comprovação da origem. No primeiro caso cabe ao contribuinte demonstrar que há origem de recursos não tributados ou tributados exclusivamente na fonte em montante suficiente a cobrir as aplicações de recursos. Nestes casos são aceitos saldos declarados de recursos do ano anterior, rendimento decorrentes de alienações de bens, etc. Fl. 369DF CARF MF Impresso em 27/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 26 /09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 11020.724687/201111 Acórdão n.º 2802001.848 S2TE02 Fl. 368 5 Contudo, o caso dos autos é de omissão de receitas caracterizada por depósitos de origem não comprovada. Para afastar a presunção legal o caminho a ser percorrido pelo contribuinte é outro. Não se trata de comprovar que obteve recursos com venda de veículos, com doações, ou que manteve dinheiro em espécie ao longo do ano ou de um ano para outro, nem que havia recursos disponíveis que foram obtidos com saques de sua conta em data anterior. Aqui se exige do contribuinte que comprove cada um dos créditos em sua conta que foram objeto de intimação fiscal. Não se trata de formalismo exagerado e sim de vinculação ao mandamento legal. Nesse sentido é a jurisprudência deste Conselho, a seguir exemplificada. Como assentado na jurisprudência desse conselho a justificativa para a origem dos depósitos há de ser feita de forma individualizada. Vejamos: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Exercício: 1998 (...)IRPF LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DOS DEPÓSITOS Para elidir a presunção de omissão de rendimentos com base em depósitos bancários de origem não comprovada, a demonstração da origem dos depósitos deve ser feita de forma inequívoca, correlacionando, de forma individualizada, as apontadas origens a cada um dos depósitos. A alegação de que as origens dos depósitos foram cheques omitidos por uma empresa deve ser comprovada com a demonstração de que os depósitos se referem aos referidos cheques, não bastando para tanto a mera existência de proximidade de datas entre as emissões dos cheques e os depósitos. Embargos acolhidos.Recurso parcialmente provido.(acórdão nº 10423276, de 2562008, da 4ª Câmara do 1º Conselho de Contribuintes, conselheiro(a) relator(a) Pedro Paulo Pereira Barbosa) Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Exercício: 1997, 1998, 1999, 2000, 2001 (...) Ementa: IMPOSTO DE RENDA TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVAMENTE COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS POSSIBILIDADE A partir da vigência do art. 42 da Lei nº 9.430/96, o fisco não mais ficou obrigado a comprovar o consumo da renda representado pelos depósitos bancários de origem não comprovada, a transparecer sinais exteriores de riqueza (acréscimo patrimonial ou dispêndio), incompatíveis com os rendimentos declarados, como ocorria sob égide do revogado parágrafo 5º do art. 6º da Lei nº 8.021/90. O contribuinte tem que comprovar a origem dos depósitos bancários, sob pena de se presumir que esses são rendimentos omitidos, sujeitos à aplicação da tabela progressiva.(...)COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS – IMPOSSIBILIDADE DE O DEPÓSITO DE UM MÊS SERVIR COMO COMPROVAÇÃO PARA O DEPÓSITO DO MÊS SEGUINTE Na tributação dos Fl. 370DF CARF MF Impresso em 27/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 26 /09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 6 depósitos bancários de origem não comprovada não se individualiza os saldos em fins de período, mas os próprios depósitos, considerados rendimentos omitidos na hipótese especificada em lei. Permitir que os depósitos de um mês pudessem funcionar como origens para os depósitos do mês seguinte, somente seria possível se houvesse a comprovação de que o valor sacado foi, posteriormente, depositado. Acatar a possibilidade, em tese, dos depósitos antecedentes servirem como comprovação e origem dos depósitos subseqüentes, no extremo, permitiria que o depósito de um dia servisse para justificar o depósito do dia seguinte.(...)Recurso voluntário parcialmente provido.(acórdão nº 10616977, de 2662008, da 6ª Câmara do 1º Conselho de Contribuintes, conselheiro(a) relator(a) Giovanni Christian Nunes Campos) Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Anocalendário: (...)IMPOSTO DE RENDA TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVAMENTE COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS POSSIBILIDADE A partir da vigência do art. 42 da Lei nº 9.430/96, o fisco não mais ficou obrigado a comprovar o consumo da renda representado pelos depósitos bancários de origem não comprovada, a transparecer sinais exteriores de riqueza (acréscimo patrimonial ou dispêndio), incompatíveis com os rendimentos declarados, como ocorria sob égide do revogado parágrafo 5º do art. 6º da Lei nº 8.021/90. Agora, o contribuinte tem que comprovar a origem dos depósitos bancários, sob pena de se presumir que estes são rendimentos omitidos, sujeitos à aplicação da tabela progressiva.(...)OMISSÃO DE RENDIMENTOS CARACTERIZADA POR DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA PRESUNÇÃO LEGAL CONSTRUÍDA PELO ART. 42 DA LEI Nº 9.430/96 IMPOSSIBILIDADE DA DESCONSTRUÇÃO DA PRESUNÇÃO A PARTIR DA VARIAÇÃO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE COTITULARIDADE NO ANO AUTUADO NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DE CADA DEPÓSITO, INDIVIDUALIZADAMENTE Não se deve confundir a tributação prevista no art. 42 da Lei nº 9.430/96 com a referente ao acréscimo patrimonial a descoberto, na forma do art. 3º, § 1º (parte final), da Lei nº 7.713/88. Nesta, utilizamse os saldos das contas correntes e de aplicações financeiras, como origem e aplicação de recursos, apontandose, se for o caso, o acréscimo patrimonial a descoberto. No tocante à presunção do art. 42 da Lei nº 9.430/96, devese comprovar a origem dos depósitos bancários individualizadamente, não sendo possível efetuar a comprovação a partir da variação dos saldos de aplicações financeiras. Sendo comprovada a origem do depósito, este deve ser excluído da base de cálculo da omissão dos rendimentos. Ausente a comprovação de cotitularidade na conta de depósito, afastase as conseqüências dessa realidade. Recurso voluntário provido parcialmente.(acórdão nº 106 17092, de 8102008, da 6ª Câmara do 1º Conselho de Contribuintes, conselheiro(a) relator(a) Giovanni Christian Nunes Campos) Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF Exercício: 1999 Fl. 371DF CARF MF Impresso em 27/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 26 /09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO Processo nº 11020.724687/201111 Acórdão n.º 2802001.848 S2TE02 Fl. 369 7 Ementa: (...) IRPF. LANÇAMENTO COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS. COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DOS DEPÓSITOS.Para elidir a presunção de omissão de rendimentos com base em depósitos bancários de origem não comprovada, a demonstração da origem dos depósitos deve ser feita de forma inequívoca, correlacionando, de forma individualizada, as apontadas origens a cada um dos depósitos. Recurso negado.(Acórdão 280201.012, de 24/08/2011, 2ª Turma Especial, Relator Conselheiro Jorge Cláudio Duarte Cardoso) O recorrente pleiteia a comprovação de diversos créditos sob a alegação de que foram feitos com recursos de lucros distribuídos em 31/12/2005. Sendo que a documentação apresentada somente comprova o pagamento de lucros distribuídos em 31/12/2005, sem qualquer vinculação com depósitos posteriores. Também não há qualquer comprovação de pagamento de pró labore mensal de R$1.000,00 de forma que vincule créditos nas contas bancárias a essa origem. O recorrente baseado tão só em alegações almeja a comprovação de créditos como tendo por origem “recursos próprios cfe pró labore e distribuição anos anteriores” qualquer que seja o valor creditado. Quanto às doações referente à participação em corridas de carros, igualmente são alegações desacompanhadas de documentação que as vincule aos créditos objeto da autuação. No tocante às vendas de três veículos, o recorrente sustenta que a prova documental da obtenção de recursos com a venda de veículos automotores está acostada às fls. 197/199, porém ainda que provada a receita com essas vendas não há qualquer indicativo que as relacione com os créditos objeto de lançamento. Ao examinar a defesa inerente às contas vinculadas do Santander (operações Contamax), verificase que o recorrente alega que está sendo tributado pelos créditos na conta corrente (fls. 106/122) que seriam meras transferências automáticas da Contamax. Esse ponto foi esclarecido pela autoridade fiscal no Termo de Verificação Fiscal, que observou corretamente que há transferências automáticas e que os registros são assinalados com “P” à frente do histórico. A autoridade fiscal indicou que estão sendo tributados os créditos na conta poupança 1047.61.0020353, vinculada à conta corrente 1047.01.0036400, que foram discriminado no anexo ao Termo de Intimação Fiscal nº 02. O extrato deste conta poupança consta das fls. 201/217, enquanto o recorrente argumenta com base nos extratos de fls. 106/122 correspondentes à conta corrente 0.10036400 sem trazer comprovação inerente aos créditos objeto da autuação. O recorrente alega que sacava recursos de uma das contas para cobrir saldo da outra. Embora este seja um procedimento aceitável, não basta alegar é preciso comprovar. Caberia ao recorrente efetuar a conciliação bancária de forma a demonstrar a veracidade desta alegação, contudo limitouse a tecer dois frágeis exemplos. Não tendo se desincumbido do ônus que lhe compete, não cabe ao órgão julgador realizar a conciliação bancária fundamental Fl. 372DF CARF MF Impresso em 27/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 26 /09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO 8 à tese defensiva, notadamente quando os dois exemplos foram adequadamente refutados pelo julgador de primeira instância, como se passa a demonstrar. Não há comprovação da vinculação entre o cheque sacado em 21/05/2007 no HSBC (R$5.865,00) tenha sido a origem do depósito em dinheiro de R$4.000,00 no Santander em 23/05/2007, nem entre o depósito em cheque no Santander em 23/05/2007 e o cheque compensado na mesma data e no mesmo valor no HSBC. Segundo as alegações seriam cheques de emissão do próprio contribuinte, cujas cópias não foram trazidas aos autos. O recorrente insurgese contra a divisão da omissão de receitas referente à conta conjunta mantida com sua esposa, pois ambos alegam que a responsabilidade pela divisão é exclusiva do recorrente. Ambos apresentaram declaração em separado e não houve comprovação da origem dos recursos nos termos do art. 42 da Lei 9.430/1996, o que atrai a aplicação do §6º do citado dispositivo legal no sentido de dividir o total dos rendimentos entre os dois titulares. As alegações dos cotitulares, ainda que viessem a ser comprovadas, teriam a natureza de convenção entre particulares sem força para alterar a relação jurídicotributária (art. 123 do CTN). Diante do exposto, voto por NEGAR PROVIMENTO ao recurso. (Assinado digitalmente) Jorge Claudio Duarte Cardoso Fl. 373DF CARF MF Impresso em 27/09/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO, Assinado digitalmente em 26 /09/2012 por JORGE CLAUDIO DUARTE CARDOSO
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Numero do processo: 10120.001803/99-55
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 29 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Feb 27 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/09/1989 a 30/06/1991
FINSOCIAL. PRAZO PARA PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. MATÉRIA DECIDIDA NO STF NA SISTEMÁTICA DO ART. 543-B DO CPC. TEORIA DOS 5+5 PARA PEDIDOS PROTOCOLADOS ANTES DE 09 DE JUNHO DE 2005.
O art. 62-A do RICARF obriga a utilização da regra do RE nº 566.621/RS, decidido na sistemática do art. 543-B do Código de Processo Civil, o que faz com que se deva adotar a teoria dos 5+5 para os pedidos administrativos protocolados antes de 09 de junho de 2005.
Essa interpretação entende que o prazo de 5 anos para se pleitear a restituição de tributos, previsto no art. 168, inciso I, do CTN, só se inicia após o lapso temporal de 5 anos para a homologação do pagamento previsto no art. 150, §4o, do CTN, o que resulta, para os tributos lançados por homologação, em um prazo para a repetição do indébito de 10 anos após a ocorrência do fato gerador.
Como o pedido administrativo de repetição de FINSOCIAL foi protocolado em 1/6/1999, permanece o direito de se pleitear a restituição pretendida, já que engloba apenas tributos com fatos geradores ocorridos após 1/6/1989.
Recurso extraordinário negado.
Numero da decisão: 9900-000.828
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, mantendo o direito à restituição dado pelo acórdão recorrido, e determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões.
(Assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
(Assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos Relator
EDITADO EM : 21/11/2012
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Matéria: Finsocial -proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
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ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/09/1989 a 30/06/1991 FINSOCIAL. PRAZO PARA PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. MATÉRIA DECIDIDA NO STF NA SISTEMÁTICA DO ART. 543B DO CPC. TEORIA DOS 5+5 PARA PEDIDOS PROTOCOLADOS ANTES DE 09 DE JUNHO DE 2005. O art. 62A do RICARF obriga a utilização da regra do RE nº 566.621/RS, decidido na sistemática do art. 543B do Código de Processo Civil, o que faz com que se deva adotar a teoria dos 5+5 para os pedidos administrativos protocolados antes de 09 de junho de 2005. Essa interpretação entende que o prazo de 5 anos para se pleitear a restituição de tributos, previsto no art. 168, inciso I, do CTN, só se inicia após o lapso temporal de 5 anos para a homologação do pagamento previsto no art. 150, §4o, do CTN, o que resulta, para os tributos lançados por homologação, em um prazo para a repetição do indébito de 10 anos após a ocorrência do fato gerador. Como o pedido administrativo de repetição de FINSOCIAL foi protocolado em 1/6/1999, permanece o direito de se pleitear a restituição pretendida, já que engloba apenas tributos com fatos geradores ocorridos após 1/6/1989. Recurso extraordinário negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, mantendo o direito à restituição dado pelo acórdão recorrido, e determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 12 0. 00 18 03 /9 9- 55 Fl. 1DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 2 (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos – Relator EDITADO EM : 21/11/2012 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Marcos Tranchesi Ortiz que substituiu Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias,Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Mercia Helena Trajano Damorim que substituiu Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de recurso extraordinário ao pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais CSRF, com fundamento no artigo 9º do antigo Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais RICSRF, aprovado pela Portaria MF nº 147, de 25 de junho de 2007. Observese que, embora não esteja previsto no atual Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos proferidos até 30 de junho de 2009 serão, por força do artigo 4° do mesmo Regimento, processados de acordo com o rito previsto no RICSRF. O Acórdão no 0305.697 da 3a Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (fls. 342 a 346v) reconheceu o direito do contribuinte pleitear, em 01/06/1999, repetição de FINSOCIAL referente a fatos geradores ocorridos de 01/09/1989 a 30/06/1991. A Fazenda Nacional apresentou tempestivamente recurso extraordinário (fls. 349 a 353v), onde afirma que somente é possível se pleitear a repetição do indébito no prazo de 5 anos após o recolhimento indevido. Para comprovar a divergência, indicou, como paradigma, o Acórdão CSRF/0400.810, da 4a Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, julgado em 03 de março de 2008, cuja ementa se transcreve: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO ILL O direito de pleitear a restituição de tributo indevido, pago espontaneamente, perece com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data de Fl. 2DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10120.001803/9955 Acórdão n.º 9900000.828 CSRFPL Fl. 6 3 extinção do crédito tributário, sendo irrelevante que o indébito tenha por fundamento inconstitucionalidade ou simples erro (art. 165, incisos 1 e II, e 168, inciso I, do CTN, e entendimento do Superior Tribunal de Justiça). Recurso Especial do Procurador Provido. O recurso foi admitido pelo despacho de fls. 355 a 356, que considerou a divergência jurisprudencial comprovada. Devidamente cientificado, o sujeito passivo não apresentou contrarrazões. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Relator Data do pedido: 01/06/1999 Fatos Geradores: 01/09/1989 a 30/06/1991 O presente recurso extraordinário é tempestivo, e preenche os demais requisitos de admissibilidade, tendo em vista que a recorrente logrou demonstrar a divergência jurisprudencial suscitada. Portanto, dele conheço. Discutese qual o prazo para se pleitear a restituição dos tributos lançados por homologação, especificamente no caso de tributo declarado inconstitucional. Nessa situação, o CARF está obrigatoriamente vinculado ao posicionamento dos Tribunais Superiores nos termos do art. 62A do anexo II do RICARF, segundo o qual se deve reproduzir o conteúdo das decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil. Isso porque, no Recurso Extraordinário n° 566.621/RS, julgado em 11/10/2011, com trânsito em julgado em 17/11/2011, o STF decidiu que (a) considerase o prazo de 5 anos tãosomente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias da LC 118/05, ou seja a partir de 9 de junho de 2005, e (b) para os demais casos, aplicase a posição do STJ de que o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados da ocorrência do fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4o, 156, VII, e 168, I do CTN. Não há que se falar em tratamento diverso do acima exposto para o caso de inconstitucionalidade de lei. Nesse sentido: no RESP nº 1.002.932SP, de 05/11/2009, em regime de Recurso Repetitivo, o Ministro Relator, Luiz Fux, faz expressa referência, em seu voto (fls. 6 e 7) à jurisprudência do STJ, reproduzindo o ERESP n° 4.35835SC, nos termos a seguir: Fl. 3DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS 4 ... 2. Não há que se falar em prazo prescricional a contar de declaração de inconstitucionalidade pelo STF ou da Resolução do Senado. ... o Supremo Tribunal Federal confirma essa afirmação, no RE nº 566.621 RS, de 11/10/2011, da relatoria da Ministra Ellen Gracie, em que é definido o critério de aplicação da tese dos 5 + 5 anos, em detrimento da redação dada ao art. 168 do CTN pela Lei Complementar n° 118, de 2005, e, à fl. 11 do voto, é também referida a jurisprudência consolidada do STJ, nos termos a seguir: ... é que a União invoca precedentes relativos a questões específicas, como tributos retidos no regime de substituição tributária e tributos inconstitucionais, em que chegou a haver, é verdade, alguma dúvida quanto à aplicação da regra geral dos 10 anos, mas que não perdurou. Logo, aquela Corte [STJ] firmou posição no sentido de que, também em tais situações de retenção e de reconhecimento do indébito em razão da inconstitucionalidade de lei instituidora, deverseia aplicar, sem ressalvas, a tese dos dez anos, conforme se vê dos EREsp 329.160/DF e EREsp 435.835/SC, julgados pela Primeira Seção daquela Corte. Aliás, nada melhor do que o próprio STJ para reconhecer que se tratava de jurisprudência consolidada. esse entendimento foi confirmado pelo próprio STJ, quando adaptou sua jurisprudência à decisão do STF, conforme RESP n° 1.269.570MG, de 23/05/2012, da relatoria do Ministro Mauro Campbell, em que se esclarece que a única alteração foi referente à data da mudança de critério, qual seja, para pedidos a partir da vigência da Lei Complementar n° 118, de 2005. Salientese, adicionalmente, que a expressão "ações ajuizadas" na decisão referida deve ser entendida como a realização do pedido de repetição de valor à autoridade competente para tal, o que inclui o processo administrativo, no âmbito da Administração Tributária. No presente caso, o pedido de repetição do indébito ocorreu antes de 09 de junho de 2005 e, portanto, aplicase o prazo de 10 anos a partir da ocorrência do fato gerador. Como o pedido foi feito em 01/06/1999, estava apto a pleitear a restituição de tributos com fatos geradores ocorridos após 01/06/1989. Dessa forma, como o pleito se refere a fatos geradores ocorridos de 01/09/1989 a 30/06/1991, o direito não estava fulminado pelo transcurso do prazo fatal. Assim, voto no sentido de conhecer do recurso extraordinário da Fazenda Nacional para, no mérito, negarlhe provimento, determinando o retorno dos autos à unidade de origem para exame das demais questões. (Assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Fl. 4DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS Processo nº 10120.001803/9955 Acórdão n.º 9900000.828 CSRFPL Fl. 7 5 Fl. 5DF CARF MF Impresso em 05/03/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 14/12/2012 por LUIZ EDUARDO DE OLI VEIRA SANTOS
score : 1.0
Numero do processo: 10480.906052/2010-70
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 23 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/07/2003 a 31/07/2003
COMPENSAÇÃO. LIQUIDEZ E CERTEZA DO CRÉDITO NÃO DEMONSTRADAS. IMPOSSIBILIDADE DE EXTINÇÃO DOS DÉBITOS PARA COM A FAZENDA PÚBLICA.
A compensação, hipótese expressa de extinção do crédito tributário (art. 156 do CTN), só poderá ser autorizada se os créditos do contribuinte em relação à Fazenda Pública, vencidos ou vincendos, se revestirem dos atributos de liquidez e certeza, a teor do disposto no caput do artigo 170 do CTN.
A não comprovação da certeza e da liquidez do crédito alegado impossibilita a extinção de débitos para com a Fazenda Pública mediante compensação.
Recurso a que se nega provimento.
Numero da decisão: 3802-001.364
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Regis Xavier Holanda - Presidente
(assinado digitalmente)
Francisco José Barroso Rios - Relator
EDITADO EM: 31/10/2012
Participaram, ainda, da presente sessão de julgamento, os conselheiros Cláudio Augusto Gonçalves Pereira e José Fernandes do Nascimento. Ausente, momentaneamente, o conselheiro Solon Sehn.
Nome do relator: FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS
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Recorrida Fazenda Nacional ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/07/2003 a 31/07/2003 COMPENSAÇÃO. LIQUIDEZ E CERTEZA DO CRÉDITO NÃO DEMONSTRADAS. IMPOSSIBILIDADE DE EXTINÇÃO DOS DÉBITOS PARA COM A FAZENDA PÚBLICA. A compensação, hipótese expressa de extinção do crédito tributário (art. 156 do CTN), só poderá ser autorizada se os créditos do contribuinte em relação à Fazenda Pública, vencidos ou vincendos, se revestirem dos atributos de liquidez e certeza, a teor do disposto no caput do artigo 170 do CTN. A não comprovação da certeza e da liquidez do crédito alegado impossibilita a extinção de débitos para com a Fazenda Pública mediante compensação. Recurso a que se nega provimento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Regis Xavier Holanda Presidente (assinado digitalmente) Francisco José Barroso Rios Relator EDITADO EM: 31/10/2012 AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 48 0. 90 60 52 /2 01 0- 70 Fl. 80DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 06/ 11/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 26/11/2012 por REGIS XAVIER HOLAND A 2 Participaram, ainda, da presente sessão de julgamento, os conselheiros Cláudio Augusto Gonçalves Pereira e José Fernandes do Nascimento. Ausente, momentaneamente, o conselheiro Solon Sehn. Relatório Este processo decorre da não homologação de compensação pleiteada por meio de PER/DCOMP (retificadora), uma vez que, para a quitação do débito apontado pela suplicante, não foi confirmado o direito creditório por esta alegado, relativamente à COFINS de julho de 2003, no valor de R$ 436,81. Inconformada, a recorrente apresentou manifestação de inconformidade onde alegou que o direito creditório estaria demonstrado na DACON retificadora do período e que, por limitação técnica da Receita Federal, não procedera à correspondente retificação da DCTF. Tais argumentos, todavia, não foram acolhidos pela 2a Turma da DRJ Recife, a qual, por unanimidade de votos, julgou improcedente a manifestação de inconformidade formalizada pela interessada, fundamentada, basicamente, na não comprovação do direito creditório alegado (vide fls. 62/68). A ciência da decisão de primeira instância ocorreu em 02/03/2012 (fls. 71). Inconformada, a autuada apresentou, em 21/03/2012, o recurso voluntário de fls. 74/77, onde alega que a receita apontada como “outras receitas” na DIPJ do anocalendário de 2004, trata se exclusivamente de receita financeira, não tendo o contribuinte, no período, nada faturado a título de resultado de sua atividade de prestação de serviços. Ressalta, ainda, que a análise da ficha 06A da DIPJ (que alega anexar) seria suficiente para se chegar à conclusão de que nada recebera pela prestação de serviços (linha 08), portanto, o faturamento e a receita bruta do período corresponderiam a zero. Por sua vez, a receita financeira, indicada na linha 24 da DIPJ, não entraria na composição da Receita Bruta. Defende que a Lei no 11.941/09, ao revogar expressamente o § 1o do art. 3o da Lei no 9.718/98, mudou o conceito anterior de receita bruta, deixando claro que esta corresponde ao faturamento. Assim, a receita financeira, mera compensação parcial do capital de giro no tempo, não poderia ser confundida com a “receita do faturamento”, a qual decorre principalmente das vendas e revendas de mercadorias e da prestação de serviços. Por todo o exposto, requer seja provido integralmente seu recurso. É o relatório. Voto Conselheiro Francisco José Barroso Rios O recurso há que ser conhecido por preencher os requisitos formais e materiais exigidos para a sua aceitação. Fl. 81DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 06/ 11/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 26/11/2012 por REGIS XAVIER HOLAND A Processo nº 10480.906052/201070 Acórdão n.º 3802001.364 S3TE02 Fl. 81 3 A discussão diz respeito à existência ou não de direito creditório decorrente de alegado pagamento indevido da COFINS de competência de julho de 2003 (regime cumulativo). É verdade que a Lei no 11.941, de 27/05/2009, em seu artigo 79, inciso XII, revogou expressamente o § 1o do artigo 3o da Lei no 9.718/98, que ampliara a base de cálculo do PIS e da COFINS. Este dispositivo, contudo, já fora declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ao entender que o alargamento do conceito de faturamento prescrito pela norma em evidência estava maculado por vício formal de constitucionalidade. Com a declaração de inconstitucionalidade do § 1o do artigo 3o da Lei no 9.718/98, o STF entendeu que o PIS e a COFINS somente poderiam incidir sobre as receitas operacionais das empresas, ou seja, aquelas ligadas às suas atividades principais. O alcance desse entendimento, em relação à COFINS regida pelo regime da nãocumulatividade, prevaleceu até a edição da Medida Provisória no 135, de 20/10/2003, posteriormente convertida na Lei no 10.833, de 29/12/2003, que trouxe nova ampliação da base de cálculo da contribuição, agora, sem o vício da inconstitucionalidade, dada a edição da EC no 20, de 15/12/1998. A ampliação da base de cálculo para as empresas submetidas ao novo regime edificado pela norma em evidência – da nãocumulatividade – passou a viger a partir de 1o de fevereiro de 2004. Portanto, referida ampliação da base de cálculo da COFINS, nos termos acima observados, não alcança o período cujo direito creditório é reclamado pela empresa (julho de 2003). Consequentemente, considerando a natureza jurídica da reclamante – empresa de natureza comercial –, para o mês de julho de 2003, a exigência da contribuição sobre receitas outras além das originadas da venda de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza, em tese, não é legítima. Abstraindose dessa questão, temse, contudo, que a recorrente não comprova o crédito tributário reclamado. A título comprobatório do direito, esta alega anexar a ficha 06A da DIPJ, a qual, segundo defende, seria suficiente para demonstrar que a base de cálculo da contribuição teria sido composta unicamente por receitas financeiras não integrantes da citada base de cálculo. Tal documento, contudo, não foi acostado aos autos e, ainda que o fosse, o mesmo, por si só, não seria suficiente para demonstrar o alegado equívoco e o consequente direito creditório que a suplicante alega fazer jus. Com efeito, a interessada não juntou ao processo nenhuma documentação contábil ou fiscal capaz de confirmar o direito reclamado. Constam dos autos unicamente as DACON original e retificadora, bem como a ficha 26A da DIPJ do período, documentos que são insuficientes para a comprovação do direito. Para tanto, deveria a suplicante, por exemplo, ter apresentado o Livro Razão acompanhado do Livro Diário com os lançamentos que alicerçassem as correções aduzidas como legítimas. Não custa lembrar que a compensação, como uma das formas de extinção do crédito tributário (art. 156 do CTN), só poderá ser autorizada se os créditos do contribuinte em relação à Fazenda Pública, vencidos ou vincendos, se revestirem dos atributos de liquidez e certeza, a teor do disposto no caput do artigo 170 do CTN. Assim, a certeza e a liquidez do direito creditório alegado deverá ser cabalmente demonstrada pela interessada na extinção do crédito tributário mediante Fl. 82DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 06/ 11/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 26/11/2012 por REGIS XAVIER HOLAND A 4 compensação. A não comprovação da certeza e da liquidez dos referidos créditos não poderia redundar na extinção do débito para com a Fazenda Pública mediante compensação. Da Conclusão Por todo o exposto, voto para negar provimento ao recurso voluntário interposto pelo sujeito passivo. Sala de Sessões, em 23 de outubro de 2012. (assinado digitalmente) Francisco José Barroso Rios Relator Fl. 83DF CARF MF Impresso em 27/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 06/ 11/2012 por FRANCISCO JOSE BARROSO RIOS, Assinado digitalmente em 26/11/2012 por REGIS XAVIER HOLAND A
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Numero do processo: 11020.006986/2008-75
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 15 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Wed Nov 28 00:00:00 UTC 2012
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Exercício: 2008
Ementa:
IRRF. ERRO NA ENTREGA DA DIRF.
Quando o contribuinte comprova que não estava sujeito à apresentação da DIRF de extinção, é incabível a Notificação de Lançamento decorrente do atraso na entrega de tal obrigação acessória.
Numero da decisão: 2201-001.605
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso.
Assinado Digitalmente
Maria Helena Cotta Cardozo - Presidente.
Assinado Digitalmente
Eduardo Tadeu Farah - Relator.
EDITADO EM: 06/11/2012
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rayana Alves de Oliveira França, Eduardo Tadeu Farah, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Gustavo Lian Haddad, Pedro Paulo Pereira Barbosa e Maria Helena Cotta Cardozo (Presidente).
Nome do relator: EDUARDO TADEU FARAH
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Exercício: 2008 Ementa: IRRF. ERRO NA ENTREGA DA DIRF. Quando o contribuinte comprova que não estava sujeito à apresentação da DIRF de extinção, é incabível a Notificação de Lançamento decorrente do atraso na entrega de tal obrigação acessória.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Maria Helena Cotta Cardozo - Presidente. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah - Relator. EDITADO EM: 06/11/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rayana Alves de Oliveira França, Eduardo Tadeu Farah, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Gustavo Lian Haddad, Pedro Paulo Pereira Barbosa e Maria Helena Cotta Cardozo (Presidente).
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ERRO NA ENTREGA DA DIRF. Quando o contribuinte comprova que não estava sujeito à apresentação da DIRF de extinção, é incabível a Notificação de Lançamento decorrente do atraso na entrega de tal obrigação acessória. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Maria Helena Cotta Cardozo Presidente. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah Relator. EDITADO EM: 06/11/2012 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rayana Alves de Oliveira França, Eduardo Tadeu Farah, Rodrigo Santos Masset Lacombe, Gustavo Lian Haddad, Pedro Paulo Pereira Barbosa e Maria Helena Cotta Cardozo (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 02 0. 00 69 86 /2 00 8- 75 Fl. 127DF CARF MF Impresso em 28/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 09/11/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH 2 Relatório Contra a contribuinte acima qualificada foi lavrada Notificação de Lançamento decorrente do atraso na entrega da DIRF/2008 (fl. 2), apresentada eletronicamente em 23/09/2008, por meio da qual foi constituído crédito tributário no valor de R$ 13.653,66. Cientificada do lançamento, a autuada apresentou impugnação, fl. 1, alegando que o ofício datado de 20 de junho de 2008 do Ministério da Previdência induziu a contribuinte ao erro na entrega da DIRF por extinção, pois o referido ofício não determinava a extinção do Plano de Benefício da CICPREV, mas, apenas, consistia na autorização para distribuir os valores entre os assistidos e participantes do Fundo, o que foi efetuado nos meses de julho e agosto do corrente ano. A 9ª Turma da DRJ – Rio de Janeiro/RJ I julgou integralmente procedente o lançamento, consubstanciado na ementa abaixo transcrita: DIRF MULTA POR ATRASO DE ENTREGA. Não descaracterizada a obrigação de apresentar a DIRF, cabível a sanção pela sua apresentação a destempo. Crédito Tributário Mantido Intimada da decisão de primeira instância em 03/03/2011 (fl. 65), a interessada apresenta Recurso Voluntário em 29/03/2011 (fls. 66/69), sustentando, essencialmente, os mesmos argumentos defendidos em sua Impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Eduardo Tadeu Farah O recurso é tempestivo e reúne os demais requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. No presente litígio está em discussão, como se pode verificar da leitura do relatório, o auto de infração relativo à multa regulamentar aplicada em função da entrega a destempo da DIRF de extinção. Em sua peça recursal alega a suplicante que por equivoco entregou a DIRF de extinção em 23/09/2008 e, em função do engano, foi lavrada Notificação de Lançamento no valor de R$ 13.653,66. Pois bem, compulsandose os autos verifico, pois, que assiste razão a recorrente. O extrato de fl. 40 demonstra que a recorrente apresentou declaração de imposto de renda pessoa jurídica para os exercícios de 2009 e 2010. Fl. 128DF CARF MF Impresso em 28/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 09/11/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 11020.006986/200875 Acórdão n.º 2201001.605 S2C2T1 Fl. 3 3 Assim sendo, os documentos acostados aos autos atestam que de fato a recorrente não encerrou suas atividades em 20/06/2008 e, conseqüentemente, não haveria a obrigação de apresentação da DIRF de extinção em 31/07/2008. Ressaltese que os equívocos ou erros de fato não tem, ante a legislação tributária, o condão de transformarse em fatos geradores de impostos. Ante o exposto, voto por dar provimento ao recurso. Assinado Digitalmente Eduardo Tadeu Farah Fl. 129DF CARF MF Impresso em 28/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 09/11/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH 4 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA CÂMARA DA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº: 11020.006986/200875 Recurso nº: 905.972 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no § 3º do art. 81 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovados pela Portaria Ministerial nº 256, de 22 de junho de 2009, intimese o (a) Senhor (a) Procurador (a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto a Segunda Câmara da Segunda Seção, a tomar ciência do Acórdão nº 2201001.605. Brasília/DF, 15 de maio de 2012 Assinado Digitalmente Maria Helena Cotta Cardozo Presidente da Segunda Câmara / Segunda Seção Ciente, com a observação abaixo: (......) Apenas com ciência (......) Com Recurso Especial (......) Com Embargos de Declaração Data da ciência: _______/_______/_________ Procurador(a) da Fazenda Nacional Fl. 130DF CARF MF Impresso em 28/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 09/11/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH Processo nº 11020.006986/200875 Acórdão n.º 2201001.605 S2C2T1 Fl. 4 5 Fl. 131DF CARF MF Impresso em 28/11/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH, Assinado digitalmente em 09/11/2012 por MARIA HELENA COTTA CARDOZO, Assinado digitalmente em 06/11/2012 por EDUARDO TADEU FARAH
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