Busca Facetada
Turma- Terceira Câmara (28,938)
- Segunda Câmara (27,777)
- Primeira Câmara (25,077)
- Segunda Turma Ordinária d (16,601)
- 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (15,675)
- Primeira Turma Ordinária (15,289)
- Segunda Turma Ordinária d (15,189)
- Primeira Turma Ordinária (15,159)
- Primeira Turma Ordinária (15,050)
- Segunda Turma Ordinária d (13,812)
- Primeira Turma Ordinária (12,687)
- Primeira Turma Ordinária (11,759)
- Segunda Turma Ordinária d (11,722)
- Quarta Câmara (11,510)
- 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR (11,138)
- Quarta Câmara (81,527)
- Terceira Câmara (63,247)
- Segunda Câmara (51,030)
- Primeira Câmara (16,295)
- 3ª SEÇÃO (15,675)
- 2ª SEÇÃO (11,138)
- 1ª SEÇÃO (6,635)
- Pleno (786)
- Sexta Câmara (302)
- Sétima Câmara (172)
- Quinta Câmara (133)
- Oitava Câmara (123)
- Terceira Seção De Julgame (115,411)
- Segunda Seção de Julgamen (108,296)
- Primeira Seção de Julgame (71,067)
- Primeiro Conselho de Cont (49,037)
- Segundo Conselho de Contr (48,641)
- Câmara Superior de Recurs (37,042)
- Terceiro Conselho de Cont (25,920)
- IPI- processos NT - ressa (4,985)
- Outros imposto e contrib (4,458)
- PIS - ação fiscal (todas) (4,038)
- IRPF- auto de infração el (3,972)
- PIS - proc. que não vers (3,957)
- IRPJ - AF - lucro real (e (3,943)
- Cofins - ação fiscal (tod (3,836)
- Simples- proc. que não ve (3,681)
- IRPF- ação fiscal - Dep.B (3,040)
- IPI- processos NT- créd.p (2,235)
- IRPF- ação fiscal - omis. (2,215)
- Cofins- proc. que não ver (2,098)
- IRPJ - restituição e comp (2,087)
- Finsocial -proc. que não (1,996)
- IRPF- restituição - rendi (1,990)
- Não Informado (56,823)
- GILSON MACEDO ROSENBURG F (4,955)
- RODRIGO DA COSTA POSSAS (4,442)
- WINDERLEY MORAIS PEREIRA (4,269)
- CLAUDIA CRISTINA NOIRA PA (4,256)
- PEDRO SOUSA BISPO (3,293)
- CHARLES MAYER DE CASTRO S (3,219)
- HELCIO LAFETA REIS (3,187)
- ROSALDO TREVISAN (3,165)
- MARCOS ROBERTO DA SILVA (3,146)
- Não se aplica (2,782)
- LIZIANE ANGELOTTI MEIRA (2,594)
- HONORIO ALBUQUERQUE DE BR (2,474)
- WILDERSON BOTTO (2,439)
- PAULO GUILHERME DEROULEDE (2,330)
- 2020 (41,074)
- 2021 (35,801)
- 2019 (30,945)
- 2018 (26,036)
- 2024 (25,839)
- 2012 (23,620)
- 2023 (22,452)
- 2014 (22,372)
- 2013 (21,085)
- 2011 (20,979)
- 2010 (18,056)
- 2008 (17,072)
- 2017 (16,838)
- 2009 (15,828)
- 2006 (15,269)
- 2009 (69,607)
- 2020 (39,854)
- 2021 (34,153)
- 2019 (30,464)
- 2023 (25,918)
- 2024 (23,874)
- 2014 (23,412)
- 2018 (23,139)
- 2013 (16,584)
- 2017 (16,398)
- 2008 (15,518)
- 2006 (14,849)
- 2022 (13,226)
- 2007 (13,014)
- 2005 (12,075)
Numero do processo: 10480.907087/2009-92
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 21 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu May 23 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
Ano-calendário: 2004
COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO DE ESTIMATIVA DE CSLL. TOTAL DEDUZIDO AO FINAL DO PERÍODO. DIVERGÊNCIA COM VALORES DECLARADOS EM DCTF. CRÉDITO NÃO RECONHECIDO.
Não cabe reconhecimento de direito creditório relativo à estimativa da CSLL quando, ainda que o contribuinte tenha recolhido valor a maior que o apurado em determinado mês, o valor total deduzido ao final do ano calendário, a título de pagamento de estimativas, é maior que a soma de estimativas declaradas em DCTF, sendo que tal diferença é superior ao crédito postulado
Numero da decisão: 1402-003.844
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 10480.907079/2009-46, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
(assinado digitalmente)
EDELI PEREIRA BESSA - Presidente e Relatora.
Participaram do julgamento os Conselheiros: Marco Rogério Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Paulo Mateus Ciccone, Leonardo Luis Pagano Gonçalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Júnia Roberta Gouveia Sampaio e Edeli Pereira Bessa (Presidente).
Nome do relator: EDELI PEREIRA BESSA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201903
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL Ano-calendário: 2004 COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO DE ESTIMATIVA DE CSLL. TOTAL DEDUZIDO AO FINAL DO PERÍODO. DIVERGÊNCIA COM VALORES DECLARADOS EM DCTF. CRÉDITO NÃO RECONHECIDO. Não cabe reconhecimento de direito creditório relativo à estimativa da CSLL quando, ainda que o contribuinte tenha recolhido valor a maior que o apurado em determinado mês, o valor total deduzido ao final do ano calendário, a título de pagamento de estimativas, é maior que a soma de estimativas declaradas em DCTF, sendo que tal diferença é superior ao crédito postulado
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu May 23 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 10480.907087/2009-92
anomes_publicacao_s : 201905
conteudo_id_s : 6010478
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu May 23 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 1402-003.844
nome_arquivo_s : Decisao_10480907087200992.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : EDELI PEREIRA BESSA
nome_arquivo_pdf_s : 10480907087200992_6010478.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo 10480.907079/2009-46, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) EDELI PEREIRA BESSA - Presidente e Relatora. Participaram do julgamento os Conselheiros: Marco Rogério Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Paulo Mateus Ciccone, Leonardo Luis Pagano Gonçalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Júnia Roberta Gouveia Sampaio e Edeli Pereira Bessa (Presidente).
dt_sessao_tdt : Thu Mar 21 00:00:00 UTC 2019
id : 7751781
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:45:16 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911498760192
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 6; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1751; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C4T2 Fl. 2 1 1 S1C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10480.907087/200992 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1402003.844 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 21 de março de 2019 Matéria DCOMP Recorrente SABARA QUIMICOS E INGREDIENTES S/A Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO CSLL Anocalendário: 2004 COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO DE ESTIMATIVA DE CSLL. TOTAL DEDUZIDO AO FINAL DO PERÍODO. DIVERGÊNCIA COM VALORES DECLARADOS EM DCTF. CRÉDITO NÃO RECONHECIDO. Não cabe reconhecimento de direito creditório relativo à estimativa da CSLL quando, ainda que o contribuinte tenha recolhido valor a maior que o apurado em determinado mês, o valor total deduzido ao final do ano calendário, a título de pagamento de estimativas, é maior que a soma de estimativas declaradas em DCTF, sendo que tal diferença é superior ao crédito postulado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplicase o decidido no julgamento do processo 10480.907079/200946, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) EDELI PEREIRA BESSA Presidente e Relatora. Participaram do julgamento os Conselheiros: Marco Rogério Borges, Caio Cesar Nader Quintella, Paulo Mateus Ciccone, Leonardo Luis Pagano Gonçalves, Evandro Correa Dias, Lucas Bevilacqua Cabianca Vieira, Júnia Roberta Gouveia Sampaio e Edeli Pereira Bessa (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 48 0. 90 70 87 /2 00 9- 92 Fl. 286DF CARF MF Processo nº 10480.907087/200992 Acórdão n.º 1402003.844 S1C4T2 Fl. 3 2 Relatório Trata o presente feito de Recurso Voluntário interposto em face da r. decisão proferida pela 3ª Turma de Julgamento da DRJ em Recife que decidiu por unanimidade de votos, julgar improcedente a manifestação de inconformidade. Adoto o relatório da r. DRJ em sua integralidade, complementandoo ao final no que entender necessário. A contribuinte acima qualificada apresentou a Declaração de Compensação DCOMP de fls. [...], por meio da qual compensou crédito da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL, apurada por estimativa em [...], com débito da contribuição apurada por estimativa em [...]. O crédito pleiteado importa em [...]. Através do Despacho Decisório eletrônico de fl. [...], a Delegacia da Receita Federal do Recife – DRF/Recife não reconheceu o direito creditório e não homologou a compensação, ao fundamento de que a pessoa jurídica somente poderá utilizar o valor a maior pago por estimativa ao final do período de apuração. A interessada apresentou manifestação de inconformidade (fls. [...]), alegando, em síntese: preliminar de prescrição do direito de cobrança do crédito tributário indevidamente compensado com base no art. 174 do Código Tributário Nacional (CTN); apura seus resultados com base em balancetes mensais de suspensão e tendo verificado recolhimento de estimativa indevido entregou PER/DCOMP para compensação com base no art. 74 da Lei nº 9430/1996; não concorda com a decisão prolatada porque a compensação foi elaborada com base no seu balanço anual e nas disposições normativas tributárias vigentes. A r. DRJ em São Paulo proferiu decisão que restou assim ementada: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2004 COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO DE ESTIMATIVAS DE IRPJ OU CSLL. IN RFB N° 900/2008. SOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA COSIT N° 19/2011. CARÁTER INTERPRETATIVO. POSSIBILIDADE. De acordo com a Solução de Consulta Interna COSIT n° 19, de 05/12/2011, a revogação da vedação do uso de estimativa de IRPJ/CSLL como crédito, instituída pela IN RFB n° 900/2008, tem caráter interpretativo, sendo tal tipo de crédito permitido, mesmo para fatos geradores anteriores à publicação daquela instrução normativa. COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO DE ESTIMATIVA DE CSLL. TOTAL DEDUZIDO AO FINAL DO PERÍODO. DIVERGÊNCIA COM VALORES DECLARADOS EM DCTF. CRÉDITO NÃO RECONHECIDO. Não cabe reconhecimento de direito creditório relativo à Fl. 287DF CARF MF Processo nº 10480.907087/200992 Acórdão n.º 1402003.844 S1C4T2 Fl. 4 3 estimativa da CSLL quando, ainda que o contribuinte tenha recolhido valor a maior que o apurado em determinado mês, o valor total deduzido ao final do ano calendário, a título de pagamento de estimativas, é maior que a soma de estimativas declaradas em DCTF, sendo que tal diferença é superior ao crédito postulado. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido A Recorrente interpôs o presente Recurso Voluntário alegando preliminarmente a prescrição do débito pretendido. No mérito, sustenta que utilizou crédito de CSLL recolhido, incluindo juros e multa, para compensar com débito o mesmo imposto vencido posteriormente, através de PER/DCOMP. Afirma que a compensação carreada está em linha com a legislação tributária vigente. É o relatório. Voto Conselheira Edeli Pereira Bessa, Relatora. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º, 2º e 3º, do Anexo II, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1402003.836, de 21/03/2019, proferido no julgamento do Processo nº10480.907079/200946, paradigma ao qual o presente processo fica vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1402003.836): 1. DA ADMISSIBILIDADE: O Recurso é tempestivo e interposto por parte competente, posto que o admito. 2. – PRELIMINAR PRESCRIÇÃO A Recorrente alega que teria prescrito o direito de a Fiscalização cobrar o crédito definitivamente constituído. Ocorre que, in casu, a prescrição é instituto que visa a preservação da segurança jurídica, impedindo que o fisco exerça sua pretensão de cobrança após se manter inerte pelo prazo de 5 anos. No caso em análise, o contribuinte pleiteou a compensação, cujo prazo para homologação é de 5 anos contados da data da entrega da declaração, nos termos do §5 do art. 74, da Lei nº 9.430/96. Além disso, o próprio art. 174 do CTN em seu Fl. 288DF CARF MF Processo nº 10480.907087/200992 Acórdão n.º 1402003.844 S1C4T2 Fl. 5 4 inciso IV determina que interrompe a prescrição qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Nessa senda, ante o reconhecimento do débito, nos termos nos termos o § 6 do art. 74 da Lei 9.430/96, não há como se aplicar o instituto da prescrição ao caso em espécie, como bem observou a r. DRJ. Por esse motivo, afasto a preliminar suscitada. 3. DO MÉRITO Em que pese o inconformismo da Recorrente, razão não lhe assiste. O levantamento realizado pela DRJ em sua fundamentação de decidir mostram tanto a ausência de liquidez e certeza do crédito quanto a ausência do próprio crédito. Por essa razão, adoto os fundamentos da r. DRJ como razão de decidir: Assente a possibilidade, em tese, de promoverse a compensação na forma dos autos, cumpre averiguarse os requisitos de liquidez e certeza previstos no art. 170 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional (CTN). Conforme consta do Despacho Decisório, fl. [...], foi recolhido em [...], CSLL relativa à estimativa apurada em [...], no valor total de [...], pagamento confirmado no sistema SIEF, encontrando¬se disponível, sem alocações, reservas ou bloqueio. Também no sistema IRPJConsulta, se verifica que a contribuinte, em sua Declaração de Informações Econômico Fiscais– DIPJ retificadora entregue em 15/09/2005, não apurou CSLL por estimativa em [...], nada declarando a tal título na DCTF, conforme consulta no sistema DCTF (DCTF retificadora ativa entregue em [...]). No entanto, a contribuinte declarou em DCTF o valor total de CSLL por estimativa código 2484 de R$ 362.224,15 enquanto que para apuração da CSLL no ajuste anual (DIPJ retificadora entregue em 15/09/2005) deduziu CSLL mensal paga por estimativa na Ficha 17 linha 43 no valor de R$ 492.466,92, portanto, valor superior em R$ 130.242,77 à soma dos valores efetivamente declarados em DCTF o que conduziria, caso homologada a compensação em análise, ao duplo aproveitamento do crédito. Logo, se utilizou de R$ 130.242.77 maior do que declarado em DCTF, conforme se demonstra. Fl. 289DF CARF MF Processo nº 10480.907087/200992 Acórdão n.º 1402003.844 S1C4T2 Fl. 6 5 Com efeito, constatase que o valor das estimativas deduzidas no ajuste anual é superior à soma das estimativas declaradas mensalmente em DCTF, o que leva à conclusão de que o excesso de estimativa no montante de R$ 130.242,77 já foi utilizado ao final do anocalendário. Essa diferença é superior ao pagamento de estimativa feito a maior (ou indevidamente) relativo ao período de apuração [...], crédito oferecido na presente compensação, [...]. Isto posto, voto por afastar a preliminar suscitada e no mérito negar provimento ao recurso aduzido. É como voto. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 47, do Anexo II, do RICARF, por afastar a preliminar suscitada e no mérito negar provimento ao recurso aduzido. (assinado digitalmente) Edeli Pereira Bessa Fl. 290DF CARF MF Processo nº 10480.907087/200992 Acórdão n.º 1402003.844 S1C4T2 Fl. 7 6 Fl. 291DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10580.902873/2008-94
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 08 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Tue Jun 04 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 1001-001.242
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Sergio Abelson- Presidente
(assinado digitalmente)
José Roberto Adelino da Silva - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Sergio Abelson (presidente), Andrea Machado Millan e Jose Roberto Adelino da Silva.
Nome do relator: JOSE ROBERTO ADELINO DA SILVA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201905
ementa_s :
turma_s : Primeira Turma Extraordinária da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Jun 04 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 10580.902873/2008-94
anomes_publicacao_s : 201906
conteudo_id_s : 6017694
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Jun 04 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 1001-001.242
nome_arquivo_s : Decisao_10580902873200894.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : JOSE ROBERTO ADELINO DA SILVA
nome_arquivo_pdf_s : 10580902873200894_6017694.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Sergio Abelson- Presidente (assinado digitalmente) José Roberto Adelino da Silva - Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Sergio Abelson (presidente), Andrea Machado Millan e Jose Roberto Adelino da Silva.
dt_sessao_tdt : Wed May 08 00:00:00 UTC 2019
id : 7771531
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:46:25 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911523926016
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1316; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C0T1 Fl. 2 1 1 S1C0T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10580.902873/200894 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1001001.242 – Turma Extraordinária / 1ª Turma Sessão de 8 de maio de 2019 Matéria IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Recorrente CLÍNICA DRA. LAILA TUFFI HASSAN ARRUDA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL RETIFICAÇÃO DE DCTF PRAZO ANOCALENDÁRIO 2004 RETIFICAÇÃO DE DCTF. POSSIBILIDADE. PRAZO. Só é possível a retificação da DCTF enquanto ainda não homologados os lançamentos originais, ou seja, dentro do prazo de 05 anos contados da ocorrência do fato gerador ou do ano seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido realizado, observado a existência ou não de pagamentos por parte do sujeito passivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Sergio Abelson Presidente (assinado digitalmente) José Roberto Adelino da Silva Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Sergio Abelson (presidente), Andrea Machado Millan e Jose Roberto Adelino da Silva. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 58 0. 90 28 73 /2 00 8- 94 Fl. 202DF CARF MF 2 Trata o presente processo de recurso voluntário, contra o acórdão número 15 21.958, da 1ª Turma da DRJ/SDR, que considerou improcedente a manifestação de inconformidade contra o Despacho Decisório que indeferiu o pedido de compensação feito através da Declaração de Compensação (PER/DCOMP). Transcrevo, a seguir, o relatório: Tratase de Manifestação de Inconformidade (fl.01/03) contra Despacho Decisório. eletrônico (fl.167), que NÃO HOMOLOGOU compensação declarada pela Impugnante conforme os seguintes argumentos: "A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram, localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP." Inconformado com a não homologação o ' contribuinte apresenta Manifestação de Inconformidade ao mesmo, alegando basicamente que: . o mencionado débito de IRPJ e CSLL, objeto da compensação nos valores de R$ 4.677,82 e R$ 3.639,26 respectivamente, correspondentes ao 3° trimestre de 2004, não foi corretamente imputado, porque, posteriormente ao envio da DCOMP se constatou ter havido erro na imputação do percentual para identificação da base de cálculo do IRPJ, apurado na modalidade de Lucro Presumido. Com isso, se "apurou saldo negativo de IRPJ a pagar, em valor inferior ao informado na referida DCOMP equivalente à monta de R$ 1.415,01" respectivamente, resultando num débito a ser compensado inferior e que ademais, por um lapso ocorrido, não de atentou para cancelar a respectiva DCOMP, bem como para providenciar a correspondente retificação da DCTF à época, o que somente se deu agora em razão da identificação da inconsistência verificada pelo Despacho Decisório em questão. Ressalta por fim, que a retificação da DIPJ e DCTF se deu pelo fato da requerente ter reconhecido o direito de se enquadrar no conceito de "serviços hospitalares", para os fins da apuração do IRPJ e CSLL, utilizandose de forma retroativa os percentuais de 8% e 12%, respectivamente, ao invés do percent al de 32% originalmente imputado, conforme processo de consulta 10580.001100/2004 65. Cientificada em 08/03/2010 (fl 175), a recorrente apresentou o recurso voluntário em 18/03/2010 (fl 176). Voto Conselheiro José Roberto Adelino da Silva Relator Inconformada, a recorrente apresentou o Recurso Voluntário, tempestivo, que apresenta os demais pressupostos de admissibilidade, previstos no Decreto 70.235/72, e, portanto, dele eu conheço. Em seu recurso, a recorrente (resumidamente) argumenta que houve erro material ocorrido, qual seja: Fl. 203DF CARF MF Processo nº 10580.902873/200894 Acórdão n.º 1001001.242 S1C0T1 Fl. 3 3 A DCTF retificadora enviada a posteriori foi devidamente recepcionada pela Receita Federal, ao passo em que nenhuma mensagem negativa fora gerada nesse' sentido, assim como ocorre quando é enviada uma DCOMP cujo direito ao crédito já decaiu, por ter passado os 05 (cinco)i anos da ocorrência do fato gerador. Ora, tendo sido devidamente recepcionada pela Receita Federal, há de ser admitida a retificação, ainda que já decorrido aquele prazo decadencial, que aqui não se discute. Por outro lado, ressaltese que o direito a compensação do indébito foi devidamente exercido dentro do prazo decadencial de 05 (cinco) anos. Mais adiante, alega o princípio da verdade material, cita doutrina. Cita jurisprudência de várias de algumas DRJ, que não lhe são favoráveis, mas, de qualquer forma, que não vinculantes. Culmina, requerendo: 1. Que seja admitida a retificação da DCTF por se tratar de evidente ERRO MATERIAL, devidamente demonstrado; 2. Que seja reformado o Acórdão ora recorrido para que sejam admitidas as respectivas compensações como devidamente homologadas. A DRJ, por sua vez, assim decidiu em relação à manifestação de inconformidade, a qual reproduzo, parcialmente: Observase que o Despacho Decisório deixou de homologar a compensação pleiteada pela Impugnante porque, efetivamente, não existia nenhum indébito tributário em favor do sujeito passivo. Visualizase da Manifestação de Inconformidade, que a impugnante tomando ciência do processo administrativo de consulta n° 10580.001100/200465, sentiuse no direito de compensar com débitos seus, a diferença existente entre o valor do lucro presumido apurado com base no percentual de 32% e os de 8% (IRPJ) e 12% (CSLL) passiveis para aqueles contribuintes que efetivamente se dedicam a atividades hospitalares, sendo que os fatos geradores ocorreram no anocalendário de 2000. Deste modo foi apresentada em 28/10/2004, DCOMP onde informa o valor de DARF de R$ 6.590,03, sem contudo, haver praticado a retificação do lançamento, pois, conforme afirmado na manifestação de inconformidade, somente agora, no ato de verificação da inconsistência observada no Despacho Decisório é que foi apresentada DCTF retificadora. Observese que o pretenso indébito corresponde ao anocalendário de 2000.conforme consta do despacho decisório o período de apuração é de 30/06/2000, o código de receita 2089, valor de R$ 6.590,02 e que foi recolhido em 31/07/2000. Pois bem, no momento da apresentação do PER/DCOMP não existia nenhum indébito, posto que não foi feita a retificação da DCTF dos trimestres correspondentes ao suposto indébito no anocalendário de 2000, prevalecendo até então a tributação do IRPJ e da CSLL sobre o lucro presumido ao percentual de 32% (trinta e dois) por cento. Destarte, no momento da apreciação da compensação não existia de fato qualquer indébito tributário. Fl. 204DF CARF MF 4 Somente após a ciência do despacho decisório é que o contribuinte tomou a iniciativa de retificar a sua DCTF, isto em 23 de maio de 2008. Neste momento, entretanto, já decaíra o direito da pessoa jurídica de retificar sua declaração em face de já estar tacitamente homologado o lançamento que ocorreu nos idos de 2000, e que somente poderia ser modificado até 31/06/2005. Não pensem que só existe a homologação tácita em favor do sujeito passivo? Neste adiantado de tempo, nem o Fisco pode modificar o lançamento original para cobrar mais tributo e nem a pessoa jurídica para diminuir. Então não há que se falar em questão formal, em possibilidade de o contribuinte possuir o crédito e não haver sido reconhecido apenas pelo que alguns entendem como formalismo do ato de retificação da DCTF, porque este direito efetivamente não nasceu. Atentese que não resta comprovado um erro formal, porquanto nem mesmo se pode asseverar que a Impugnante tem o direito de tributar se ao percentual de 8% e 12% respectivamente para o IRPJ e para a CSLL. No meu entendimento, o que se discute aqui é o direito de a recorrente efetuar a retificação do lançamento após ter ocorrido o prazo decadencial. A própria recorrente reconhece isso ao afirmar: Ora, tendo sido devidamente recepcionada pela Receita Federal, há de ser admitida a retificação, ainda que já decorrido aquele prazo decadencial, que aqui não se discute. (grifei). A retificação da DCTF é admitida no prazo decadencial. Veja o que diz o artigo 150, do Código Tributário Nacional CTN: Art. 150. O, lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação, atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, .operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. ... § 4° Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Assim dispunha a IN SRF 1.110/2010, art. 9°, parágrafo 5°, a seguir: Art. 9º A alteração das informações prestadas em DCTF, nas hipóteses em que admitida, será efetuada mediante apresentação de DCTF retificadora, elaborada com observância das mesmas normas estabelecidas para a declaração retificada. § 5º O direito de o contribuinte pleitear a retificação da DCTF extinguese em 5 (cinco) anos contados a partir do 1º (primeiro) dia do exercício seguinte ao qual se refere a declaração. Vencido este prazo, conforme comentado pela DRJ (vale para ambos, ou seja Receita e Contribuinte), não há como a retificação da DCTF produzir os efeitos pretendidos Fl. 205DF CARF MF Processo nº 10580.902873/200894 Acórdão n.º 1001001.242 S1C0T1 Fl. 4 5 pela recorrente. A DCTF, desde a sua instituição, constituise em confissão de dívida e a sua retificação, quando permitida, o que não é o caso, é essencial para o reconhecimento do débito. Tal fato foi corroborado através do item 3 do Parecer Normativo COSIT n° 2/2015: 3 É possível o reconhecimento do crédito com base em provas ou indícios sem a retificação da DCTF? Não. A DCTF é confissão de dívida, portanto sua retificação é imprescindível para o reconhecimento do crédito. A existência de crédito líquido e certo é requisito legal para a concessão da compensação (CTN, art. 170). A divergência entre os valores informados na DCTF afasta a certeza do crédito e é razão suficiente para o indeferimento do pedido. (grifei). Portanto, concluo, repetindo as palavras da DRJ , acima reproduzidas: Então não há que se falar em questão formal, em possibilidade de o contribuinte possuir o crédito e não haver sido reconhecido apenas pelo que alguns entendem como formalismo do ato de retificação da DCTF, porque este direito efetivamente não nasceu. Assim, nego provimento ao presente recurso. É como voto. (assinado digitalmente) José Roberto Adelino da Silva Fl. 206DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13312.900021/2006-59
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Apr 17 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed May 15 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003
IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. CORRETA ESCRITURAÇÃO. ESTORNO DE CRÉDITOS. REQUISITO
Para a devida apuração do crédito presumido de IPI e seu eventual ressarcimento, é condição que o mesmo tenha sido devidamente escriturado nos livros fiscais com os respectivos estornos de créditos empregados na industrialização de produtos.
Numero da decisão: 9303-008.520
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, por voto de qualidade, em negar-lhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello, que lhe deram provimento.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em exercício).
Nome do relator: LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201904
camara_s : 3ª SEÇÃO
ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003 IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. CORRETA ESCRITURAÇÃO. ESTORNO DE CRÉDITOS. REQUISITO Para a devida apuração do crédito presumido de IPI e seu eventual ressarcimento, é condição que o mesmo tenha sido devidamente escriturado nos livros fiscais com os respectivos estornos de créditos empregados na industrialização de produtos.
turma_s : 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
dt_publicacao_tdt : Wed May 15 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 13312.900021/2006-59
anomes_publicacao_s : 201905
conteudo_id_s : 6006784
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed May 15 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 9303-008.520
nome_arquivo_s : Decisao_13312900021200659.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA SANTOS
nome_arquivo_pdf_s : 13312900021200659_6006784.pdf
secao_s : Câmara Superior de Recursos Fiscais
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, por voto de qualidade, em negar-lhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello, que lhe deram provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em exercício).
dt_sessao_tdt : Wed Apr 17 00:00:00 UTC 2019
id : 7738334
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:44:26 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911530217472
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 8; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1709; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 479 1 478 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 13312.900021/200659 Recurso nº Especial do Contribuinte Acórdão nº 9303008.520 – 3ª Turma Sessão de 17 de abril de 2019 Matéria 40.854.9999 IPI CRÉDITO PRESUMIDO Outros Recorrente AQUACULTURA FORTALEZA AQUAFORT S.A Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2003 a 31/12/2003 IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. CORRETA ESCRITURAÇÃO. ESTORNO DE CRÉDITOS. REQUISITO Para a devida apuração do crédito presumido de IPI e seu eventual ressarcimento, é condição que o mesmo tenha sido devidamente escriturado nos livros fiscais com os respectivos estornos de créditos empregados na industrialização de produtos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, por voto de qualidade, em negarlhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran e Vanessa Marini Cecconello, que lhe deram provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Andrada Márcio Canuto Natal, Tatiana Midori Migiyama, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Demes Brito, Jorge Olmiro Lock Freire, Érika Costa Camargos Autran, Vanessa Marini Cecconello e Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente em exercício). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 31 2. 90 00 21 /2 00 6- 59 Fl. 479DF CARF MF 2 Relatório Trata o presente processo de pedido de ressarcimento eletrônico de créditos presumidos de IPI no PERD/COMP nº 21885.73997.190803.1.3.014986, no montante originário de R$ 37.790,43, referente ao saldo credor do IPI so 3º trimestre de 2002, de acordo com o documento de efls. 03 a 09, efetuado em 19/08/2003. O crédito deste pedido foi utilizado como base para declarações de compensação de débitos no mesmo PER/DCOMP, para compensação de débitos do IRPJ com vencimento em 31/07/2003. A Seção de Fiscalização da DRF em Sobral CE, após realização de diligência, elaborou Termo de Verificação Fiscal de efls. 154 e 155, dando conta de que a contribuinte declarara não possuir créditos presumidos de IPI no período solicitado. Isso deu base à Informação Fiscal da SARAC da mesma DRF, às efls. 160 a 162, e ambos fundamentaram o Despacho Decisório de efls. 160 a 163, em 03/07/2008, pelo qual não foi reconhecido o direito creditório pleiteado e não foi homologada a compensação correspondente. Cientificada (efl. 164) do despacho, a contribuinte apresentou manifestação de inconformidade, às efls. 165 a 181, em 16/09/2008, afirmando ter se equivocado nas informações prestadas e apresentando elementos probatórios que comprovariam os créditos pleiteados. Já a 3ª Turma da DRJ/BEL, em 05/02/2009, apreciou os pleitos da contribuinte, e elaborou o acórdão nº 0112.955, às efls. 209 a 213, que considerou improcedente a manifestação de inconformidade. Irresignada, a empresa interpôs recurso voluntário ao CARF em 13/04/2009, às efls. 216 a 236. Em resumo traz os seguintes argumentos: é de fundamental importância o fato da recorrente não ter realizado pedido de Ressarcimento de Crédito relativo ao saldo credor de IPI em duplicidade, e portanto, embora não tenha registrado em tempo hábil no Livro do IPI a dedução do crédito solicitado em cada período, não gerou, por isso, prejuízo algum ao erário, pois mero descumprimento de obrigação acessória, que não tem o poder de mudar a natureza constitutiva do fato gerador do crédito a que faz jus; as notas fiscais emitidas pela recorrente se enquadram no dispositivo do §2º do art. 39 da Lei nº 9.532/97, sobretudo porque as mercadorias objeto da exportação se encontravam nas instalações da empresa exportadora e não teria sentido terse de emitir nota fiscal do produtorexportador tendo como destinatário o porto; nas operações em que empresa comercial (exportadora ou não) realiza beneficiamento, age, no seu desígnio, como estabelecimento industrial, logo, obedecido ao preceito legal inferido no §2º é de amplo conhecimento da recorrida que a fase final de industrialização se processou no estabelecimento da empresa exportadora, a própria recorrente, portanto, quem ultimou limpeza, descabeçamento, classificação e acondicionamento de apresentação do produto em caixas de 20 kg; Fl. 480DF CARF MF Processo nº 13312.900021/200659 Acórdão n.º 9303008.520 CSRFT3 Fl. 480 3 foi inicialmente emitida nota fiscal de remessa para beneficiamento, e findo tal processo, foi emitida pela empresa exportadora, que nesta operação funcionou como estabelecimento industrial , nota fiscal de retorno dos produtos beneficiados de forma ficta e uma nota fiscal relativa ao custo do processo de industrialização realizado, tendo como destinatário a recorrente; como a mercadoria se encontrava na comercial exportadora, para que fosse enviada diretamente para a exportação e para que o documentário fiscal espelhasse a realidade e obedecesse ao dispositivo legal acima, a recorrente (produtorexportador) emitiu nota fiscal de venda para a comercial exportadora figurando na nota fiscal como adquirente a ser exportado, e descrevendo, claro e legível, em dois carimbos ali apostos: "MERCADORIA EXCLUSIVA PARA EXPORTAÇÃO" e "REMESSA COM FIM ESPECÍFICO DE EXPORTAÇÃO ..."; a empresa comercial exportadora, ressaltese, equiparada a estabelecimento industrial na operação de beneficiamento dos camarões e local onde estes se encontravam congelados e embalados para embarque rumo ao exterior, emitiu nota fiscal para que saíssem do seu estabelecimento diretamente para o porto, juntamente com o extrato do Registro de Exportação onde se faz, também de forma clara, referencia à(s) nota(s) fiscal(is) originárias e emitidas pela recorrente, além da nota fiscal de venda para o exterior emitida pela comercial exportadora a negativa do crédito por parte da autuante na sua ação fiscal devese ao fato de que não considerou como exportações indiretas as efetuadas mediante Comercial Exportadora, sob a alegativa de que o endereço do destinatário na nota fiscal deveria constar como o do próprio comprador, quando na realidade esta equivocada a agente do Fisco, pois a recorrente vendeu cerca de 20% dos produtos que industrializou através desse tipo de empresa, e ela a Comercial Exportadora, é quem emitiu a correspondente nota fiscal de venda para o exterior, daquela sua operação, simples de verificar, basta a SRF identificar nas próprias Trandings em que realizou o negócio, que sem dúvidas comprovarão do alegado, pois acredita o recorrente não iriam proceder diferente, pelo rigor da legislação a que estão comprometidas; quanto aos 80% restantes das operações de vendas dos produtos industrializados para o exterior, a recorrente os fez diretamente por seu estabelecimento, basta que esse R.Conselho verifique na farta documentação probante constante dos autos, além do que, disponibiliza e faz questão de que seja determinada perícia por parte desse órgão de Julgamento para comprovação de todas essas operações de venda de produtos industrializados, quer direta ou indiretamente exportados, e de tudo quanto seja necessário para o esclarecimento da questão suscitada nos presentes autos; Fl. 481DF CARF MF 4 quanto ao tópico 13 da decisão recorrida, da natureza constitutiva para escrituração no livro de apuração do IPI, e não declarativa, levese em conta esse E. Conselho, que o que faz nascer, no caso em questão, o direito creditório presumido do IPI da recorrente, não é sua escrituração do livro fiscal, mas sua existência, conforme a lei, que se constitui ante a ocorrência do fato gerador que lhe deu causa; o direito à fruição do crédito, como se vê, é incontroverso, e como já se demonstrou, o equívoco da ausência de registro do saldo do crédito de IPI no livro próprio, em cada período, implica mero descumprimento de obrigação acessória, que não ilide o direito da recorrente, de fruílo, isso porque mero erro de forma não deve prevalecer sobre a verdade material, ao que poderiam, tanto a r. Agente do Fisco, quanto o i. julgador a quo, identificar a fidedignidade das operações efetivamente realizadas, e. revendo seus atos, mandar reparar o que tivesse dissonante. O feito foi distribuído para 1ª Turma Especial da Terceira Seção de Julgamento, a qual, ao apreciar o recurso, em face dos argumentos do relator, resolveu converte o julgamento em diligência, pra garantir o amplo direito de defesa da contribuinte, para que a recorrente viesse a apresentar documentos que constavam em outros processos, aos quais aquele relator não tinha acesso para bem julgar o recurso. Tal resolução se deu em 23/08/2010,no documento de efls. 238 a 242, recebendo o nº 380100.063. A mesma 1ª Turma Especiala, no acórdão nº 3801002.070, apreciou o recurso em 22/08/2013, às efls. 427 a 436, e, por unanimidade, negou provimento ao recurso voluntário. Tal acórdão teve as seguintes ementas: IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. RESSARCIMENTO. MANUTENÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS CRÉDITOS. PROVAS DO DIREITO CREDITÓRIO. A análise do processo produtivo, a correta escrituração dos livros fiscais e respectivos estornos de créditos empregados na industrialização de produtos são elementos de prova imprescindíveis ao reconhecimento da legitimidade dos créditos do IPI. RESSARCIMENTO. ESTORNO DE CRÉDITOS NA ESCRITURAÇÃO FISCAL. REQUISITO. O estorno do valor pleiteado na escrituração fiscal é um requisito formal previsto na legislação de regência, e a sua falta implica no indeferimento do direito creditório, visto que o estorno, além de evitar uma duplicidade de ressarcimentos de créditos do IPI, tem por escopo o controle do saldo credor acumulado dos créditos. O referido acórdão teve a seguinte redação: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. O Conselheiro Sidney Eduardo Stahl votou pelas conclusões. Fl. 482DF CARF MF Processo nº 13312.900021/200659 Acórdão n.º 9303008.520 CSRFT3 Fl. 481 5 Em suma, o relator entendeu como fato incontroverso a omissão da recorrente em relação à correta escrituração fiscal dos créditos que pretendia pleitear, ficando assim em desconformidade com a legislação de regência. Essa escorreita escrituração e os respectivos estornos dos valores objeto de ressarcimento são elementos de prova imprescindíveis ao reconhecimento da legitimidade dos créditos de IPI, sendo inadmissível a comprovação de créditos por meio de documentos apresentados após a interposição do recurso voluntário. Recurso especial de divergência da contribuinte A contribuinte foi cientificada do acórdão nº 3801002.070, em 19/09/2013 (efl. 449), e interpôs recurso especial de divergência às efls. 450 a 457, em 04/10/2013. Esgrime para divergência, os seguintes acórdãos paradigmas: nº 3101 002.379 e nº 3402001.910. O entendimento desses arestos defenderia que a ausência de escrituração do crédito presumido do IPI, apurado sob o regime da Lei nº 10.273/2001, apenas postergaria seu eventual aproveitamento mensal para o início do trimestre subsequente, diversamente do acórdão a quo que negava o direito a esse crédito. O então Presidente da 1ª Câmara da Terceira Seção de Julgamento no despacho de efls. 467 a 469, em 06/10/2014, analisou o recurso especial, com base n os dois primeiros acórdãos referidos, concluindo por darlhe seguimento, com base no art. 67 do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF n° 256 de 22/06/2009. Contrarrazões da Fazenda Cientificada do despacho de efls. 929 a 932, em 08/10/2014 (efl. 470) a Procuradoria da Fazenda Nacional apresentou contrarrazões ao recurso especial de divergência da contribuinte em 21/10/2014, às efls. 471 a 477. A Procuradora revolve a legislação de regência da matéria e afirma que a ausência de estorno dos créditos aproveitados na escrita fiscal provoca nova e indevida utilização do valor pleiteado. Por essa razão, os procedimentos de restituição, ressarcimento e compensação são rigorosamente disciplinados visando impedir a saída indevida de valores dos cofres públicos cabendo aos contribuintes observarem as regras impostas sem ressalvas. SUstenta esse entendimento também em outros acórdãos do CARF. Ao final, a Procuradora pleiteia que seja negado provimento ao recurso especial do sujeito passivo. É o Relatório. Voto Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Santos Relator O recurso especial de divergência da contribuinte é tempestivo, cumpre os requisitos regimentais e dele conheço. Fl. 483DF CARF MF 6 A questão cuja divergência aqui se admite é centrada na possibilidade ou não de utilização de crédito presumido do IPI em ressarcimento, sem que este tenha sido escriturado na forma estritamente determinada nas normas que regem a matéria. Recentemente, esta Turma enfrentou a mesma matéria, no acórdão nº 9303 006.976, na sessão de 13/06/2018, que por unanimidade entendeu ser fundamental para o deferimento do pedido de ressarcimento a escrituração dos créditos no Livro de Apuração do IPI. Participei daquele julgamento e adoto as razões de decidir do voto condutor do i. Conselheiro Jorge Olmiro Lock Freire que assim se expressou: Cediço que o legislador ordinário ao criar o benefício fiscal que veio a ser chamado de crédito presumido do IPI, embora tivesse por escopo, em tese, a desoneração dos tributos PIS e COFINS na exportação, utilizouse da legislação do IPI para sua fruição e controle. Nesse sentido o art. 4º da Lei 9.363/96: Art. 4º Em caso de comprovada impossibilidade de utilização do crédito presumido em compensação do Imposto sobre Produtos Industrializados devido, pelo produtor exportador, nas operações de venda no mercado interno, farseá o ressarcimento em moeda corrente. Ou seja, determinou o legislador que os valores resultantes da apuração do crédito presumido, deveriam antes de seu pedido de ressarcimento, sendo apurado saldo devedor de IPI, serem compensados com este. E não nos esqueçamos que a lei criou um benefício fiscal. Normatizando a matéria foi editada a IN SRF nº 23/97 (posteriormente revogada pela IN SRF nº 313/03 e, na sequência, pela IN SRF nº 419/04), dispondo em seu art. 3º e 9º o que segue: Art. 3º O crédito presumido será apurado ao final de cada mês em que houver ocorrido exportação ou venda para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. § 1º Para efeito de determinação do crédito presumido correspondente a cada mês, a empresa ou o estabelecimento produtor e exportador deverá: ... V diminuir, do valor apurado de conformidade com o inciso anterior, o resultado da soma dos seguintes valores de créditos presumidos, relativos ao anocalendário: a) ressarcidos por meio de compensação com o IPI devido; ... Art. 9º A utilização do crédito presumido farseá de conformidade com as normas sobre ressarcimento e compensação previstas nos arts. 8º a 22 da Instrução Normativa SRF nº 021, de 1997. Fl. 484DF CARF MF Processo nº 13312.900021/200659 Acórdão n.º 9303008.520 CSRFT3 Fl. 482 7 De seu turno, a IN SRF nº 21/97 (posteriormente revogada pela IN SRF nº 210/02 e, na sequência, pela IN SRF nº 460/04), registra: Art. 3º Poderão ser objeto de ressarcimento, sob a forma compensação com débitos do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, da mesma pessoa jurídica, relativos às operações no mercado interno, os créditos: ... II presumidos de IPI, como ressarcimento da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para a Seguridade Social COFINS, instituídos pela Lei nº 9.363, de 1996; ... Art. 11. O estabelecimento que apurar crédito presumido de IPI, como ressarcimento das contribuições para o PIS/PASEP e COFINS, inclusive o estabelecimento matriz, no caso de apuração centralizada, deverá escriturálo no item 005 do quadro "Demonstrativo de Créditos", do livro Registro de Apuração do IPI, com indicação de sua origem no quadro "Observações". Portanto, estreme de dúvida que desde a instituição do benefício os procedimentos de escrituração do crédito presumido no Livro Registro de Apuração do IPI RAIPI e o estorno dos valores consignados no pedido de ressarcimento, já se faziam necessários. E o art. 11 da IN SRF 21/97, acima transcrito, continuou sendo requisito para a fruição do benefício. O art 20 da IN SRF 315, de 03/04/2003, vigente ao tempo da transmissão da PER/DCOMP tinha idêntica redação. Assim, a escrituração dos créditos no Livro Registro de Apuração do IPI LAIPI, é condição fundamental para o deferimento do pedido de ressarcimento, vez que o aproveitamento de crédito se dá primeiramente na escrita fiscal, para dedução dos débitos decorrentes das saídas, sendo concedido de forma subsidiária o ressarcimento. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por negar provimento ao recurso especial de divergência do sujeito passivo. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Fl. 485DF CARF MF 8 Fl. 486DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10880.914895/2009-01
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 22 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed May 22 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 2006
Ementa:
INDÉBITO. CARACTERIZAÇÃO. DIREITO À RESTITUIÇÃO OU COMPENSAÇÃO. SÚMULA CARF Nº 84
É possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa. (Súmula revisada conforme Ata da Sessão Extraordinária de 03/09/2018, DOU de 11/09/2018).
Numero da decisão: 1302-003.326
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reconhecer o direito à compensação de estimativas mensais e determinar o retorno dos autos à unidade de origem para continuidade do exame do direito creditório, nos termos do relatório e voto do relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo nº10880.935088/2009-14, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado.
(assinado digitalmente)
Luiz Tadeu Matosinho Machado - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Henrique Silva Figueiredo, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Carmen Ferreira Saraiva (Suplente Convocada), Rogério Aparecido Gil, Maria Lúcia Miceli, Gustavo Guimarães Fonseca, Flávio Machado Vilhena Dias e Luiz Tadeu Matosinho Machado (Presidente).
Nome do relator: LUIZ TADEU MATOSINHO MACHADO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201901
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2006 Ementa: INDÉBITO. CARACTERIZAÇÃO. DIREITO À RESTITUIÇÃO OU COMPENSAÇÃO. SÚMULA CARF Nº 84 É possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa. (Súmula revisada conforme Ata da Sessão Extraordinária de 03/09/2018, DOU de 11/09/2018).
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed May 22 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 10880.914895/2009-01
anomes_publicacao_s : 201905
conteudo_id_s : 6009773
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed May 22 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 1302-003.326
nome_arquivo_s : Decisao_10880914895200901.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : LUIZ TADEU MATOSINHO MACHADO
nome_arquivo_pdf_s : 10880914895200901_6009773.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reconhecer o direito à compensação de estimativas mensais e determinar o retorno dos autos à unidade de origem para continuidade do exame do direito creditório, nos termos do relatório e voto do relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplica-se o decidido no julgamento do processo nº10880.935088/2009-14, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) Luiz Tadeu Matosinho Machado - Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Henrique Silva Figueiredo, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Carmen Ferreira Saraiva (Suplente Convocada), Rogério Aparecido Gil, Maria Lúcia Miceli, Gustavo Guimarães Fonseca, Flávio Machado Vilhena Dias e Luiz Tadeu Matosinho Machado (Presidente).
dt_sessao_tdt : Tue Jan 22 00:00:00 UTC 2019
id : 7751242
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:45:12 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911533363200
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1829; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C3T2 Fl. 2 1 1 S1C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10880.914895/200901 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1302003.326 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 22 de janeiro de 2019 Matéria PAGAMENTOS INDEVIDOS OU A MAIOR. ESTIMATIVA. PARADIGMA Recorrente NOVELIS DO BRASIL LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 2006 Ementa: INDÉBITO. CARACTERIZAÇÃO. DIREITO À RESTITUIÇÃO OU COMPENSAÇÃO. SÚMULA CARF Nº 84 É possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa. (Súmula revisada conforme Ata da Sessão Extraordinária de 03/09/2018, DOU de 11/09/2018). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reconhecer o direito à compensação de estimativas mensais e determinar o retorno dos autos à unidade de origem para continuidade do exame do direito creditório, nos termos do relatório e voto do relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos. Portanto, aplicase o decidido no julgamento do processo nº10880.935088/200914, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. (assinado digitalmente) Luiz Tadeu Matosinho Machado Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Paulo Henrique Silva Figueiredo, Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Carmen Ferreira Saraiva (Suplente Convocada), Rogério Aparecido Gil, Maria Lúcia Miceli, Gustavo Guimarães Fonseca, Flávio Machado Vilhena Dias e Luiz Tadeu Matosinho Machado (Presidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 91 48 95 /2 00 9- 01 Fl. 123DF CARF MF Processo nº 10880.914895/200901 Acórdão n.º 1302003.326 S1C3T2 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto face a acórdão que, por unanimidade de votos, julgou improcedente a Manifestação de Inconformidade, registrandose a seguinte ementa: PAGAMENTOS INDEVIDOS OU A MAIOR DE ESTIMATIVAS A edição da IN SRE n° 460/2004, publicada em 29/10/2004, determinou em seu art. 10 que os recolhimentos a maior ou indevidos de estimativas de IRPJ e CSLL deveriam ser utilizados na apuração anual dos tributos e apuração do saldo negativo correspondente, sendo vedada sua utilização em compensações como pagamentos a maior ou indevidos. A IN SRF n° 600/2005, publicada em 30/12/2005, reproduziu essa proibição no seu exato teor e no mesmo artigo. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido A Recorrente apresentou Declaração de Compensação, indicando como crédito pagamento indevido ou a maior. A fiscalização concluiu pela improcedência do crédito, por tratarse de pagamento de estimativa mensal de pessoa jurídica tributada pelo lucro real, caso em que o recolhimento somente poderia ser utilizado na dedução do IRPJ ou da CSLL devidos, ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou CSLL do período. As decisões foram fundamentadas nas disposições das IN SRF nº 460, de 18/10/2004 e IN SRF nº 600, de 28/12/2005. Apresentouse DARF para demonstrar a origem do crédito. A DCOMP não foi homologada e resultou em lançamento. A Recorrente apresentou Manifestação de Inconformidade e Recurso Voluntário, tempestivamente. Defende que, a fiscalização e a DRJ se equivocaram. Pois, o valor compensado no mês subsequente ao do recolhimento, referese a valor que pagou além do valor apurado como sendo o valor devido de estimativa. Alega, assim, que "as antecipações devidas pelo contribuinte e posteriormente transformadas em crédito, por conta do IRPJ e/ou da CSLL apurados a menor, por ocasião do ajuste, somente podem ser compensadas a partir do mês de abril do ano subsequente, ao passo que as antecipações recolhidas indevidamente ou a maior pelo contribuinte, ou seja, aquelas recolhidas em valor maior que o apurado com base na estimativa, como ocorre no presente caso, configurariam créditos que poderiam ser compensados já no mês subsequente ao do recolhimento indevido." Fl. 124DF CARF MF Processo nº 10880.914895/200901 Acórdão n.º 1302003.326 S1C3T2 Fl. 4 3 Fundamentou seu entendimento nas disposições dos arts. 2º e 6º, da Lei nº 9.430/96; art. 74 da Lei nº 9.430/96. Também colacionou ementas de julgados do CARF. Sustentou que o regramento contido no artigo 10 da Instrução Normativa SRF n° 460/2004, replicado na Instrução Normativa n° 600/2005, tratava apenas do recolhimento do que efetivamente devido a título de antecipação de IRPJ e CSLL, não abrangendo recolhimentos a maior ou indevidos. Do contrário, contrariaria o citado art. 74 da Lei n° 9.430/96. No intuito de demonstrar o valor devido estimado para recolhimento antecipado de IRPJ, a Recorrente apresentou a DCOMP, Darfs, DCTFs retificadoras. Não há informação sobre o motivo pelo qual a Recorrente teria apurado, no primeiro momento, o referido valor devido de IRPJ por estimativa e no momento seguinte retificou DCTF e DIPJ para indicar outro valor como sendo correto. A Recorrente não informou o erro ou o equívoco cometido. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Tadeu Matosinho Machado Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º, 2º e 3º, do Anexo II, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão nº 1302003.319, de 22/01/2019, proferido no julgamento do Processo nº 10880.935088/2009 14, paradigma ao qual o presente processo fica vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão nº 1302003.319): Conheço do Recurso Voluntário à vista de sua interposição tempestiva e do atendimento ao demais pressupostos de admissibilidade previstos no Dec. nº 70.235/72. A questão, portanto, reside em verificar se a Recorrente teria crédito de IRPJ e CSLL, relativo a pagamento, indevido ou a maior, além da estimativa, e se estaria autorizada a utilizar o suposto crédito, já no mês subsequente. Como visto, o acórdão recorrido ratificou o entendimento da fiscalização, no sentido de que, no caso (empresa optante pelo lucro real e estimativas mensais, com base em balancete de suspensão ou redução) somente no ajuste anual seria possível apurar pagamento de valor indevido ou a maior de estimativa mensal. Antes do ajuste anual, não haveria pagamento indevido ou a maior, nem mesmo a possibilidade de compensação no mês subsequente. Esse foi o entendimento que a fiscalização e a DRJ extraíram da IN SRF nº 460, de 18/10/2004 e IN SRF nº 600, de 28/12/2005. De outro modo, a Recorrente refuta tal entendimento, colacionando acórdãos do CARF, que concluíram pela possibilidade de se utilizar, para fins de Fl. 125DF CARF MF Processo nº 10880.914895/200901 Acórdão n.º 1302003.326 S1C3T2 Fl. 5 4 compensação, já no mês subsequente, os recolhimentos realizados em valor superior à quantia regularmente apurada, como sendo a estimativa mensal devida. A controvérsia quanto à possibilidade de compensação de pagamentos indevidos ou a maior de estimativas foi solucionada pela Solução de Consulta Interna da Cosit SCI n° 19, de 05/12/2011, de cuja ementa se extrai: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO ESTIMATIVAS. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO. O art. 11 da IN RFB n° 900, de 2008, que admite a restituição ou a compensação de valor pago a maior ou indevidamente de estimativa, é preceito de caráter interpretativo das normas materiais que definem a formação do indébito na apuração anual do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, aplicandose, portanto, aos PER/DCOMP originais transmitidos anteriormente a 1° de janeiro de 2009 e que estejam pendentes de decisão administrativa. Caracterizase como indébito de estimativa inclusive o pagamento a maior ou indevido efetuado a este título após o encerramento do período de apuração, seja ela quitação do débito de estimativa de dezembro dentro do prazo de vencimento, seja pelo pagamento em atraso da estimativa devida referente a qualquer mês do período, realizado em ano posterior ao do período da estimativa apurada, mesmo na hipótese de a restituição ter sido solicitada ou a compensação declarada na vigência das IN SRF n° 460, de 2004, e IN SRF n° 600, de 2005. A nova interpretação dada pelo art. 11 da IN RFB n° 900, de 2008, aplicase inclusive aos PER/DCOMP retificadores apresentados a partir de 1° de janeiro de 2009, relativos a PER/DCOMP originais transmitidos durante o período de vigência da IN SRF n° 460, de 2004, e IN SRF n° 600, de 2005, desde que estes se encontrem pendentes de decisão administrativa. Dispositivos Legais: Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996, arts. 2° e 74; IN SRF n° 460, de 18 de outubro de 2004; IN SRF n° 600, de 28 de dezembro de 2005; IN RFB n° 900, de 30 de dezembro de 2008. Este entendimento também foi consolidado na jurisprudência deste conselho por meio da Súmula CARF n° 84, verbis: É possível a caracterização de indébito, para fins de restituição ou compensação, na data do recolhimento de estimativa. (Súmula revisada conforme Ata da Sessão Extraordinária de 03/09/2018, DOU de 11/09/2018). Nesse ponto específico, portanto, assiste razão à recorrente. Não obstante, quanto ao mérito do reconhecimento do direito creditório pleiteado e da respectiva compensação, não é possível a este colegiado adentrar no seu exame, posto que a autoridade administrativa competente ainda não se pronunciou sobre tal matéria. Fl. 126DF CARF MF Processo nº 10880.914895/200901 Acórdão n.º 1302003.326 S1C3T2 Fl. 6 5 Pelo exposto, voto por dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reconhecer o direito à compensação de estimativas mensais e determinar o retorno dos autos à unidade de origem para continuidade do exame do direito creditório. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 47, do Anexo II, do RICARF, voto por dar provimento parcial ao recurso voluntário, para reconhecer o direito à compensação de estimativas mensais e determinar o retorno dos autos à unidade de origem para continuidade do exame do direito creditório. (assinado digitalmente) Luiz Tadeu Matosinho Machado Fl. 127DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10855.911808/2009-63
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 24 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Fri Jun 07 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 3302-001.086
Decisão: Resolvem os membros do colegiado, por maioria de votos, em converter o julgamento em diligência nos termos do voto do relator, vencido o Conselheiro Walker Araújo que negava provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Gilson Macedo Rosenburg Filho
Presidente Substituto e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Déroulède, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araújo, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad, Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) e Corintho Oliveira Machado.
RELATÓRIO
Nome do relator: PAULO GUILHERME DEROULEDE
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201904
camara_s : Terceira Câmara
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Fri Jun 07 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 10855.911808/2009-63
anomes_publicacao_s : 201906
conteudo_id_s : 6019272
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri Jun 07 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 3302-001.086
nome_arquivo_s : Decisao_10855911808200963.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : PAULO GUILHERME DEROULEDE
nome_arquivo_pdf_s : 10855911808200963_6019272.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Resolvem os membros do colegiado, por maioria de votos, em converter o julgamento em diligência nos termos do voto do relator, vencido o Conselheiro Walker Araújo que negava provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Gilson Macedo Rosenburg Filho Presidente Substituto e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Déroulède, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araújo, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad, Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) e Corintho Oliveira Machado. RELATÓRIO
dt_sessao_tdt : Wed Apr 24 00:00:00 UTC 2019
id : 7777449
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:46:43 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911538606080
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1622; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C3T2 Fl. 2 1 1 S3C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10855.911808/200963 Recurso nº Voluntário Resolução nº 3302001.086 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 24 de abril de 2019 Assunto Solicitação de Diligência Recorrente METSO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL Resolvem os membros do colegiado, por maioria de votos, em converter o julgamento em diligência nos termos do voto do relator, vencido o Conselheiro Walker Araújo que negava provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Gilson Macedo Rosenburg Filho Presidente Substituto e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Paulo Guilherme Déroulède, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araújo, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad, Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) e Corintho Oliveira Machado. RELATÓRIO Tratam os autos da Declaração de Compensação (DCOMP), transmitida eletronicamente, com base em créditos relativos à Contribuição. Conforme consta do relatório que subsidiou a decisão da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento, na referida DCOMP a contribuinte declarou a existência de crédito decorrente de pagamento indevido ou a maior, apontando as características do DARF correspondente. Por sua vez, o processamento eletrônico do pedido teria apontado que, a partir das características do DARF, foi identificado que o referido pagamento havia sido utilizado RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 55 .9 11 80 8/ 20 09 -6 3 Fl. 610DF CARF MF Processo nº 10855.911808/200963 Resolução nº 3302001.086 S3C3T2 Fl. 3 2 integralmente, de modo que não existia crédito disponível para efetuar a compensação solicitada. Cientificado eletronicamente do Despacho Decisório que não homologou a compensação dos débitos confessados por inexistência de crédito, o sujeito passivo apresentou Manifestação de Inconformidade, sintetizada, no acórdão recorrido, nos seguintes termos: Em suma, esclarece que teria declarado indevidamente o valor da contribuição do período e que teria retificado a DCTF no intuito de demonstrar a existência do crédito pleiteado. Ao final, solicita a homologação da compensação. A 4ª Turma da DRJ Brasília (DF) julgou a manifestação de inconformidade improcedente, conforme ementa parcialmente reproduzida a seguir: APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO RETIFICADORA. PROVA INSUFICIENTE PARA COMPROVAR EXISTÊNCIA DE CRÉDITO DECORRENTE DE PAGAMENTO A MAIOR. Para se comprovar a existência de crédito decorrente de pagamento a maior, comparativamente com o valor do débito devido a menor, é imprescindível que seja demonstrado na escrituração contábilfiscal, baseada em documentos hábeis e idôneos, a diminuição do valor do débito correspondente a cada período de apuração. A simples entrega de declaração retificadora, por si só, não tem o condão de comprovar a existência de pagamento indevido ou a maior. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO. A compensação de créditos tributários (débitos do contribuinte) só pode ser efetuada com crédito líquido e certo do sujeito passivo, sendo que a compensação somente pode ser autorizada nas condições e sob as garantias estipuladas em lei; no caso, o crédito pleiteado é inexistente. Manifestação de Inconformidade Improcedente. Irresignado com a decisão da primeira instância administrativa, o recorrente interpôs recurso voluntário ao CARF, no qual argumenta que: a) O despacho decisório eletrônico foi proferido sem a prévia intimação do recorrente para prestar os esclarecimentos necessários, cerceando o direito de defesa; b) Houve um erro de fato no preenchimento da DCTF, o qual foi devidamente sanado por meio da apresentação de DCTF retificadora. Com base na retificadora pode ser verificado que o real valor apurado é zero, diferentemente do alegado; Fl. 611DF CARF MF Processo nº 10855.911808/200963 Resolução nº 3302001.086 S3C3T2 Fl. 4 3 c) É totalmente lícito e legítima a retificação de DCTF nos casos de erro de fato, em virtude da observância ao princípio da verdade material; e d) É imprescindível a realização de diligência para averiguação de seu direito creditório. Termina petição recursal requerendo o provimento do recurso voluntário para fins de que seja reconhecido o direito creditório e integralmente homologada a compensação declarada. É o breve relatório. VOTO Conselheiro Gilson Macedo Rosenburg Filho Relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 24 de abril de 2019. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução 3302001.076, de 24 de abril de 2019, proferido no julgamento do processo 10855.911798/200966, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevemse, como solução deste litígio, nos termos regimentais, os entendimentos que prevaleceram naquela decisão (Resolução 3302001.076): "O recurso é tempestivo e apresenta os demais pressupostos de admissibilidade, de forma que dele conheço e passo à análise do mérito. A instância a quo, utilizou como razão de decidir a falta de provas do direito creditório, de acordo com trecho do voto condutor do acórdão recorrido, verbis: Logo, a simples entrega de declarações retificadoras, por si só, não tem o condão de comprovar a existência de pagamento a maior, que teria originado o crédito pleiteado pela contribuinte em sua Declaração de Compensação. As informações prestadas à RFB por meio de declarações ou demonstrativos previstos na legislação (DCTF, DIPJ, Dacon ou PER/DCOMP) situamse na esfera de responsabilidade do próprio contribuinte, a quem cabe demonstrar, mediante adequada instrução probatória dos autos, os fatos eventualmente favoráveis às suas pretensões, consoante disciplina instituída pelo já citado artigo 16, inciso III, do PAF. Dessa forma, na hipótese de ter ocorrido erro no valor do débito confessado na DCTF, esta circunstância deveria ter sido documentalmente provada pela interessada por ocasião da apresentação da manifestação de inconformidade. No caso em concreto, a manifestante não juntou nos autos seus registros contábeis e fiscais, acompanhados de documentação hábil, para infirmar o motivo que levou a autoridade fiscal Fl. 612DF CARF MF Processo nº 10855.911808/200963 Resolução nº 3302001.086 S3C3T2 Fl. 5 4 competente a não homologar a compensação ou comprovar inclusão indevida de valores na base de cálculo, erro material na apuração do imposto e reduções de valores da base de cálculo de débito confessado em DCTF. Portanto, uma vez não comprovada nos autos a existência de direito creditório líquido e certo do contribuinte contra a Fazenda Pública passível de compensação, não há o que ser reconsiderado na decisão dada pela autoridade administrativa. O recorrente, em sede de recurso voluntário, também não apresentou um único documento que comprovasse seu direito creditório. Ocorre que cerca de um ano e oito meses depois da interposição do recurso voluntário,em 02/06/16, o recorrente apresentou petição requisitando a análise de diversos documentos, entre eles: planilha com a apuração do PIS e da Cofins, planilha com comparativo do SINTEGRA e os livros fiscais, os lançamentos no sintegra, os lançamentos nos livros fiscais, a listagem das notas fiscais, a composição das receitas de exportação, a composição das receitas de projetos de longo prazo, a composição das devoluções de vendas, o balancete mensal de setembro de 2005 e o balancete analítico. A questão que surge está ligada ao direito de apresentação de documentos a qualquer momento processual em nome da verdade material. Entendo que depende do tipo de processo que está em análise. Nos casos de procedimentos referentes a despacho eletrônico de pedido de restituição, onde o sujeito passivo não é intimado pela unidade preparadora para prestar informações jurídicas acerca do crédito requisitado, o primeiro momento que ele tem para se pronunciar sobre questões de direito é na manifestação de inconformidade. Porém, nem todo patrono é operador do direito ou está familiarizado com a instrução probatória, podendo deixar de providenciar documentos relevantes, pelo simples fato de desconhecer sua importância. Por esse motivo, se o sujeito passivo não se manteve inerte, buscando sempre participar da instrução probatória, não vejo motivos para negar a apreciação de documentos acostados aos autos no momento da interposição do recurso voluntário. Conforme já mencionado, foram acostados aos autos documentos que embasariam seu pedido de restituição. Acontece que os documentos acostados, caso autênticos, podem sugerir que o sujeito passivo efetuou recolhimentos indevidos. Não posso deixar de admitir que os fatos produzidos extemporaneamente geraram grande dúvida, o que impossibilita meu julgamento nesta assentada. Consoante noção cediça, na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que entender necessárias, é a literalidade do art. 29 do Decreto nº 70.235/72. Fl. 613DF CARF MF Processo nº 10855.911808/200963 Resolução nº 3302001.086 S3C3T2 Fl. 6 5 Assim, entendo que as alegações e as provas produzidas pelo recorrente nesta fase recursal devem ser analisadas com mais profundidade pela Unidade Preparadora nos termos do Parecer Cosit n° 02/2015. Pelo exposto, voto por converter o julgamento em diligência para que o órgão de origem avalie os documentos acostados às efls. 140/728, analise a existência do indébito tributário pleiteado, inclusive podendo intimar o sujeito passivo a apresentar documentos que ache necessário. Caso exista o indébito, informar se foi utilizado em outro pedido de restituição ou de compensação. Após realizados os procedimentos, que seja elaborado relatório fiscal, facultando à recorrente o prazo de trinta dias para se pronunciar sobre os resultados obtidos, nos termos do parágrafo único do artigo 35 do Decreto nº 7.574/2011. Posteriormente, que sejam devolvidos os autos ao CARF para prosseguimento do rito processual." Importante frisar que as situações fática e jurídica presentes no processo paradigma encontram correspondência nos autos ora em análise. Desta forma, os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência no caso do paradigma também a justificam no presente caso. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu por converter o julgamento em diligência para que o órgão de origem avalie os documentos citados/trazidos na petição, analise a existência do indébito tributário pleiteado, inclusive podendo intimar o sujeito passivo a apresentar documentos que ache necessário. Caso exista o indébito, informar se foi utilizado em outro pedido de restituição ou de compensação. Após realizados os procedimentos, que seja elaborado relatório fiscal, facultando à recorrente o prazo de trinta dias para se pronunciar sobre os resultados obtidos, nos termos do parágrafo único do artigo 35 do Decreto nº 7.574/2011. Posteriormente, que sejam devolvidos os autos ao CARF para prosseguimento do rito processual. (assinado digitalmente) Gilson Macedo Rosenburg Filho Fl. 614DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13896.908078/2012-21
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 24 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 3402-001.925
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Waldir Navarro Bezerra - Presidente.
(assinado digitalmente)
Diego Diniz Ribeiro- Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Rodrigo Mineiro Fernandes, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Cynthia Elena de Campos e Thais De Laurentiis Galkowicz.
Nome do relator: DIEGO DINIZ RIBEIRO
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201904
camara_s : Quarta Câmara
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 13896.908078/2012-21
anomes_publicacao_s : 201905
conteudo_id_s : 6007256
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 3402-001.925
nome_arquivo_s : Decisao_13896908078201221.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : DIEGO DINIZ RIBEIRO
nome_arquivo_pdf_s : 13896908078201221_6007256.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra - Presidente. (assinado digitalmente) Diego Diniz Ribeiro- Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Rodrigo Mineiro Fernandes, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Cynthia Elena de Campos e Thais De Laurentiis Galkowicz.
dt_sessao_tdt : Wed Apr 24 00:00:00 UTC 2019
id : 7738587
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:44:28 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911554334720
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1485; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C4T2 Fl. 364 1 363 S3C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13896.908078/201221 Recurso nº Voluntário Resolução nº 3402001.925 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 24 de abril de 2019 Assunto PIS e COFINS Recorrente INTERNATIONAL MASTERS PUBLISHERS PUBLICAÇÕES E MARKETING LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Waldir Navarro Bezerra Presidente. (assinado digitalmente) Diego Diniz Ribeiro Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Waldir Navarro Bezerra, Rodrigo Mineiro Fernandes, Diego Diniz Ribeiro, Maria Aparecida Martins de Paula, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Pedro Sousa Bispo, Cynthia Elena de Campos e Thais De Laurentiis Galkowicz. Relatório 1. Por bem retratar o caso em questão, emprego parte do relatório veiculado no acórdão n. 0361.421 (fls. 97/102), desenvolvido pela DRJ de Brasília/DF, o que passo a fazer nos seguintes termos: Tratam os autos da Declaração de Compensação (DCOMP) de nº 18078.56192.310311.1.3.043731, transmitida eletronicamente em 31/03/2011, com base em créditos relativos à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 38 96 .9 08 07 8/ 20 12 -2 1 Fl. 365DF CARF MF Processo nº 13896.908078/201221 Resolução nº 3402001.925 S3C4T2 Fl. 365 2 A contribuinte declarou no PER/DCOMP a existência de crédito decorrente de pagamento indevido ou a maior, cujo DARF apresenta as seguintes características: Características do DARF: A partir das características do DARF foi identificado que o referido pagamento havia sido utilizado integralmente, de modo que não existia crédito disponível para efetuar a compensação solicitada. Assim, em 05/11/2012, foi emitido eletronicamente o Despacho Decisório (fl. 87), cuja decisão não homologou a compensação dos débitos confessados por inexistência de crédito. O valor do principal correspondente aos débitos informados é de R$ 46.765,30. Cientificado dessa decisão em 13/11/2012 (fl. 86), bem como da cobrança dos débitos confessados na Dcomp, o sujeito passivo apresentou em 12/12/2012, manifestação de inconformidade à fl. 2 a 6, acrescida de documentação anexa. Em suma, a contribuinte esclarece que, por meio da Solução de Consulta nº 429 – SRRF08/Disit, de dezembro de 2010, obteve “a equiparação dos fascículos, produtos de suas venda a “LIVRO”, de modo que as alíquotas das contribuições para o PIS/Pasep e para a Cofins, incidentes sobre sua receita de vendas no mercado interno de fascículos, seriam iguais a ZERO, nos termo do inciso I, do Parágrafo Único, do artigo 2º da Lei nº 10.753, de 2003. Acrescenta que, diante disto, teria realizado as reapurações e identificado os valores de Cofins recolhidos no período que teriam sido realizados de forma indevida. Informa, ainda, que não retificou a DCTF do período quando da elaboração e entrega dos PER/DCOMP, o que teria originado análises as equivocadas contidas no Despacho Decisório. Cita jurisprudência do Carf e apresenta demonstrativo no intuito de comprovar suas alegações. Ao final, apresenta o entendimento de que não existe nenhuma hipótese para que o Despacho Decisório siga como instrução de indeferimento, uma vez que o crédito por pagamento indevido ou maior existe, apensa ocorrendo o concurso do não encontro de informações por parte da RFB, com relação à análise da DCTF, que seja por erro material ou de fato, não deixaram de cumprir com suas obrigações acessórias. Colocase, ainda, à disposição para prestar informações, no caso de dúvida ou necessidade de esclarecimentos. O crédito pleiteado foi objeto dos processos 13896.908078/201221, 13896.908082/201299, 13896.908084/201288, 13896.908085/2012 22, 13896.908086/201277, 13896.908087/201211, 13896.908088/201266. Fl. 366DF CARF MF Processo nº 13896.908078/201221 Resolução nº 3402001.925 S3C4T2 Fl. 366 3 (...). 2. A manifestação de inconformidade apresentada pelo contribuinte as fls. 02/06 foi julgada improcedente pelo sobredito acórdão, nos termos da ementa abaixo transcrita: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 2009 APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO RETIFICADORA. PROVA INSUFICIENTE PARA COMPROVAR EXISTÊNCIA DE CRÉDITO DECORRENTE DE PAGAMENTO A MAIOR. Para se comprovar a existência de crédito decorrente de pagamento a maior, comparativamente com o valor do débito devido a menor, é imprescindível que seja demonstrado na escrituração contábilfiscal, baseada em documentos hábeis e idôneos, a diminuição do valor do débito correspondente a cada período de apuração. A simples entrega de declaração retificadora, bem como cópias de livros contábeis, por si só, não tem o condão de comprovar a existência de pagamento indevido ou a maior. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO. A compensação de créditos tributários (débitos do contribuinte) só pode ser efetuada com crédito líquido e certo do sujeito passivo, sendo que a compensação somente pode ser autorizada nas condições e sob as garantias estipuladas em lei; no caso, o crédito pleiteado é inexistente. Manifestação de Inconformidade Improcedente. Direito Creditório Não Reconhecido. 3. Tendo em vista a aludida decisão, o contribuinte interpôs o recurso voluntário de fls. 116/125, acompanhado dos documentos fiscais de fls. 126/357, oportunidade em que reiterou a alegação de retificação da sua DCTF original e que os documentos acostados com o sobredito recurso fariam prova da correição do quantum vindicado a título de crédito. 4. É o relatório. Resolução 5. Primeiramente, insta destacar que o despacho denegatório da compensação perpetrada (fl. 87) pautouse pelo fato do crédito utilizado pelo contribuinte ter sido supostamente utilizado para saldar outro débito apontado pelo próprio recorrente em DCTF. Fl. 367DF CARF MF Processo nº 13896.908078/201221 Resolução nº 3402001.925 S3C4T2 Fl. 367 4 6. Ciente deste despacho, o contribuinte retificou a DCTF sobredita, acostando documentos fiscais com sua manifestação de inconformidade e informando em suas razões que o débito para o qual o crédito foi originalmente utilizado era inexistente. 7. O acórdão recorrido, por seu turno, entendeu que o contribuinte não fez prova suficiente do seu direito, uma vez que a simples retificação da DCTF não seria suficiente para atestar seu direito, a qual deveria ser acompanhada dos documentos fiscais aptos a demonstrar a devida apuração do pretenso crédito. 8. Assim, em sede de recurso voluntário, o contribuinte trouxe aos autos cópia de farta documentação fiscal (fls. 126/357) que comprovaria a correição do quantum vindicado a título de crédito. 9. Embora não se olvide do disposto no art. 16, §4o do Decreto n. 70.235/72, também não é demais frisar que no processo administrativo fiscal vige o princípio da verdade material1 que, por sua vez, reforça a existência de outro princípio que ganhou novo fôlego com o advento do CPC/2015: o princípio da primazia da decisão de mérito, que visa prestigiar a decisão que resolva definitivamente a lide posta para julgamento. 10. Assim, no presente caso, parecenos que a simples chancela da tecnicamente adequada decisão da DRJ de Brasília resultaria em um convite para que o contribuinte continuasse discutindo a presente demanda pelos mesmos fundamentos aqui expostos, só que agora em outro palco, i.e., no âmbito do Poder Judiciário. 11. Tal postura, pura e simples, implicaria em uma sobrecarga do já assoberbado Poder Judiciário, bem como da própria Procuradoria da Fazenda Nacional, além de poder redundar, em ultima ratio, em uma condenação da Fazenda Pública em honorários advocatícios que, diante do CPC/2015, pode ter impacto significativo aos cofres públicos em razão do disposto no art. 85, §3o da novel legislação2. Em suma, tal postura se demonstraria assaz 1 O princípio da verdade material é valor normativo que aqui se convoca não como uma ferramenta mágica, semelhante a uma "varinha de condão" dotada de aptidão para "validar" preclusões e atecnias e transformar tais defeitos em um processo administrativo "regular". Com a devida vênia, este tipo de interpretação a respeito do princípio da verdade material só se presta a apequenar e, até mesmo, achincalhar esta importante norma. Assim, quando se fala em verdade material o que se quer aqui exprimir é a possibilidade de reconstruir fatos sociais no universo jurídico por intermédio de uma metodologia jurídica mais flexível, ou seja, menos apegada à forma, o que se dá, preponderantemente, em razão da relevância do valor jurídico do fato social que se pretende provar juridicamente. Em outros termos, "verdade material" é sinônimo de uma maior flexibilização probante em sede de processos administrativos, o que, se for usado com a devida prudência à luz do caso decidendo, só tem a contribuir para a qualidade da prestação jurisdicional atipicamente prestada em tais processos. 2 "Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (..). § 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2o e os seguintes percentuais: I mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) saláriosmínimos; II mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) saláriosmínimos até 2.000 (dois mil) saláriosmínimos; III mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) saláriosmínimos até 20.000 (vinte mil) saláriosmínimos; IV mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) saláriosmínimos até 100.000 (cem mil) saláriosmínimos; V mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) saláriosmínimos." Fl. 368DF CARF MF Processo nº 13896.908078/201221 Resolução nº 3402001.925 S3C4T2 Fl. 368 5 afrontosa a ideia de interesse público primário3, bem como ao princípio da moralidade, que devem nortear a Administração Pública. Ademais, também conflitaria contra os desígnios da própria existência do processo administrativo, i.e., de promover um controle de legalidade do crédito tributário e evitar, sempre que possível,.a judicialização de demandas. 12. Diante de tais razões, entendo por bem converter o julgamento em diligência para que a unidade preparadora: (i) analise os documentos acostados aos autos e, sem prejuízo de outros que possam ser solicitados, verifique se o contribuinte faz ou não jus ao crédito vindicado, apresentando, inclusive, planilha analítica a fundamentar suas considerações. 13. Uma vez realizada a diligência acima (ii) o Recorrente deverá ser intimado para, facultativamente, manifestarse em 30 (trinta) dias a seu respeito, nos termos do art. 35 do Decreto nº 7.574/2011. 14. É a resolução. (assinado digitalmente) Diego Diniz Ribeiro. 3 O qual se configura como interesse de toda uma coletividade e não da Administração Pública enquanto parte (no caso, enquanto parte litigante). Fl. 369DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13839.004727/2007-30
Turma: Primeira Turma Extraordinária da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed May 15 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed May 29 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/01/2007 a 30/06/2007
REGIME NÃO CUMULATIVO. ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. APROPRIAÇÃO DE CRÉDITOS. IMPOSSIBILIDADE.
O ICMS substituição tributária (ICMS-ST) não integra a base de cálculo da COFINS do contribuinte substituto, constituindo uma mera antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído.
Somente o substituto tributário pode excluir o ICMS-ST do substituído da base de cálculo da Cofins, com isso é incabível a apuração de créditos da não-cumulatividade da COFINS em relação ao valor do ICMS-ST recolhido por ausência de previsão legal.
Numero da decisão: 3001-000.808
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar suscitada no recurso e, no mérito, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Marcos Roberto da Silva Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcos Roberto da Silva (Presidente), Francisco Martins Leite Cavalcante e Luis Felipe de Barros Reche.
Nome do relator: MARCOS ROBERTO DA SILVA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201905
ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Período de apuração: 01/01/2007 a 30/06/2007 REGIME NÃO CUMULATIVO. ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. APROPRIAÇÃO DE CRÉDITOS. IMPOSSIBILIDADE. O ICMS substituição tributária (ICMS-ST) não integra a base de cálculo da COFINS do contribuinte substituto, constituindo uma mera antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído. Somente o substituto tributário pode excluir o ICMS-ST do substituído da base de cálculo da Cofins, com isso é incabível a apuração de créditos da não-cumulatividade da COFINS em relação ao valor do ICMS-ST recolhido por ausência de previsão legal.
turma_s : Primeira Turma Extraordinária da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed May 29 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 13839.004727/2007-30
anomes_publicacao_s : 201905
conteudo_id_s : 6013345
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed May 29 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 3001-000.808
nome_arquivo_s : Decisao_13839004727200730.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : MARCOS ROBERTO DA SILVA
nome_arquivo_pdf_s : 13839004727200730_6013345.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar suscitada no recurso e, no mérito, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Marcos Roberto da Silva Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcos Roberto da Silva (Presidente), Francisco Martins Leite Cavalcante e Luis Felipe de Barros Reche.
dt_sessao_tdt : Wed May 15 00:00:00 UTC 2019
id : 7759870
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:45:49 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911616200704
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 11; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1558; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C0T1 Fl. 325 1 324 S3C0T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13839.004727/200730 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3001000.808 – Turma Extraordinária / 1ª Turma Sessão de 15 de maio de 2019 Matéria DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO Recorrente AUTO POSTO MARCUSSI LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2007 a 30/06/2007 REGIME NÃO CUMULATIVO. ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. APROPRIAÇÃO DE CRÉDITOS. IMPOSSIBILIDADE. O ICMS substituição tributária (ICMSST) não integra a base de cálculo da COFINS do contribuinte substituto, constituindo uma mera antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído. Somente o substituto tributário pode excluir o ICMSST do substituído da base de cálculo da Cofins, com isso é incabível a apuração de créditos da nãocumulatividade da COFINS em relação ao valor do ICMSST recolhido por ausência de previsão legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar suscitada no recurso e, no mérito, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Marcos Roberto da Silva – Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marcos Roberto da Silva (Presidente), Francisco Martins Leite Cavalcante e Luis Felipe de Barros Reche. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 83 9. 00 47 27 /2 00 7- 30 Fl. 177DF CARF MF 2 Relatório Por economia processual e por bem relatar a realidade dos fatos reproduzo o relatório da decisão de piso: “Tratase de processo em que o contribuinte formalizou Pedido solicitando restituição de valores recolhidos a título de Cofins, em 07/11/2007, na quantia de R$8.998,52, referentes à incidência da alíquota de Cofins sobre valores relativos ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O contribuinte juntou planilhas pelas quais pretende demonstrar o valor do pretenso crédito e sua atualização. Informou ainda o presente processo como origem do crédito em Declaração de Compensação (DCOMP) eletrônica n° 42301.52774.121107.1.3.049223, por meio da qual pretende liquidar débitos de IRPJ e CSLL de sua responsabilidade, vencidos em 31/10/2007, no valor total original de R$ 8.768,49. O Despacho Decisório DRF/JUN/SAORT, de 30/11/2007, assim concluiu: Dentre as exclusões da receita bruta para a determinação da base de cálculo das contribuições para o PIS e a COFINS consta o ICMS quando cobrado do vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário, que é situação diferente daquela ora em análise, em que o interessado pretende que seja excluído da base de cálculo valores referentes à sua própria receita. Como pode ser verificado às fls. 31 o interessado atua no ramo de varejo de combustíveis, não efetuando, obviamente, nenhuma retenção de ICMS como substituto tributário. Porquanto os recolhimentos da COFINS nos períodos aqui considerados tenham sido ao amparo de legislação vigente, está provado que não existe nenhum crédito a favor do interessado. (...) À vista da informação supra, e no uso das atribuições do art. 243 da Portaria MF n° 95/2007 e da Portaria DRF/Jundiaí n° 81 de 22/05/2007, e com fundamento no art. 47 da IN SRF no 600/2005, indefiro o pedido e não homologo a compensação declarada. O contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade alegando, em síntese, o seguinte: Em 07/11/2007 o contribuinte requereu restituição correspondente ao expurgo do ICMS substituição tributária da base de cálculo da Cofins, procedendo, na seqüência, a compensação tributária no valor original de R$8.768,49, e recebendo posteriormente comunicação do indeferimento do pedido de restituição e da não homologação da compensação efetuada. PRELIMINARMENTE VÍCIO DE ILEGALIDADE Fl. 178DF CARF MF Processo nº 13839.004727/200730 Acórdão n.º 3001000.808 S3C0T1 Fl. 326 3 A Lei n° 9784/99 estabelece que: "Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I — a edição de atos de caráter normativo; II — a decisão de recursos administrativos (gn); III — as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade". (...) (...) Com base nestas premissas, o Conselho de Contribuintes já se manifestou no sentido de anular o processo, a partir da decisão de primeira instância, no caso de a decisão singular ter sido emitida por pessoa outra, que não o(a) Delegado(a) da Receita Federal de Julgamento, por delegação de competência. (AC nº 20213.025 de 24 de maio de 2001): (...) A jurisprudência do Conselho de Contribuintes já se encontra pacificada quanto à impossibilidade legal da delegação do poder de decidir e da consequente anulação dos atos processuais contaminados com tal vício (...) (...) Além da ilegalidade acima, por si só suficiente para invalidar a decisão em debate, enfatizase, ainda, que o Pedido de Restituição protocolizado sob o nº 13839.0044727/200730 foi também indevidamente indeferido com preterição do direito de defesa, por ato tipicamente discricionário, portanto, defeso em lei: inciso II, art. 59 do Decreto no 70.235/72: (...) (...) RAZÕES DE MÉRITO Alega a manifestante que se exclui o ICMS se acaso cobrado pelo vendedor dos bens (no caso concreto, Petrobrás) na condição de substituto tributário. Desta forma, o ICMS cobrado na condição de substituto tributário caracteriza receita de terceiros. E segue argumentando: Neste ponto evidenciase que existe uma real coincidência quando se interpreta que no faturamento não se incluem receitas de terceiros, no caso, o ICMS. Entretanto, concorda a interessada que este último entendimento extrapola os rígidos limites dos atos vinculados da administração tributária e por essa razão, não pretende nesta fase, debater tal entendimento. Entretanto, tudo isso vem fortalecer que realmente esta é a vontade do legislador, que em momento algum pretendeu ver a receita de terceiros, no caso o ICMS substituição tributária, considerado como integrante da base de cálculo dessas exações. (...) O ICMS, se acaso cobrado pelo vendedor na condição de substituto tributário (como de fato é), deve ser excluído da base de cálculo do crédito tributário. Neste caso, pouco importando as quantidades de fases de comercialização em que é submetido o produto. No caso concreto temos apenas duas fases de comercialização: FASE DE COMERCIALIZAÇÃO 1: Da Refinaria para a Distribuidora; FASE DE COMERCIALIZAÇÃO 2: Da Distribuidora para o Revendedor Varejista. Se, houvesse mais duas ou três fases para frente, nenhuma delas consideraria em sua base de cálculo o ICMS cobrado pelo vendedor na condição de substituto tributário. Fl. 179DF CARF MF 4 Resta agora, provar o que se entende por ICMS quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestação dos serviços na condição de substituto tributário, igualmente interpretada conforme o art. 111 do CTN. De acordo com o art. 8º da LC 87/96, a base de cálculo, para fins de substituição tributária será: II em relação às operações ou prestações subseqüentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes: a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituto tributário intermediário; b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subseqüentes, ou PMPF (§ 6º), (...) (...) Esta equação demonstra matematicamente que o ICMS substituição tributária cobrado pela vendedora Refinaria Petrobrás equivale a "x"% sobre o Preço Médio de Bomba, dos produtos vendidos dentro do Estado de São Paulo, na condição de substituto tributário, correspondendo exatamente ao montante relativo ao Σ ICMS ST acima demonstrado. Com a correta interpretação dada à legislação em vigor, resta provado que, de acordo com o § 2º, art. 3º da Lei 9.718/98, o ICMS cobrado pela vendedora Refinaria Petrobrás, na condição de substituta tributária, deve ser excluído da receita bruta. Portanto, requer respeitosamente, senão pelas preliminares arguidas, seja decretada a nulidade do presente indeferimento e respectiva não homologação de compensação, após exame exaustivo das razões de mérito que deixaram de ser devidamente enfrentadas, por autoridade competente na forma da lei” A DRJ de Campinas/SP julgou improcedente a manifestação de inconformidade, não reconhecendo o direito creditório conforme Acórdão no 0537.165 a seguir transcrito: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2007 a 31/08/2007 DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA. LEGALIDADE DO ATO. EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DA COFINS. O ato administrativo efetuado com base em competência delegada é juridicamente válido. Somente o substituto tributário pode excluir o ICMS do substituído da base de cálculo da Cofins. O sujeito passivo intermediário na cadeia de revenda do produto não pode excluir o valor do ICMS pago ao produtor em razão de sua posição legal de substituto tributário. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Fl. 180DF CARF MF Processo nº 13839.004727/200730 Acórdão n.º 3001000.808 S3C0T1 Fl. 327 5 Inconformada com a decisão da DRJ, a Recorrente apresenta Recurso Voluntário contra a decisão de primeira instância apresentando os seguintes argumentos: preliminarmente, a preclusão do direito de proferir decisão nos termos do art. 24 da Lei no 11.457/07; no mérito alega ter direito a restituição do PIS/COFINS recolhido sobre o ICMSST que deveria ter sido excluído da base de cálculo nos termos dos art. 8º, II, “c” da Lei no 87/96 e art. 3º, §2º, I da Lei no 9.718/98. Dandose prosseguimento ao feito o presente processo foi objeto de sorteio e distribuição à minha relatoria. É o relatório. Voto Conselheiro Relator Marcos Roberto da Silva Da competência para julgamento do feito O presente colegiado é competente para apreciar o presente feito, em conformidade com o prescrito no artigo 23B do Anexo II da Portaria MF nº 343, de 2015, que aprova o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, com redação da Portaria MF nº 329, de 2017. Conhecimento O recurso voluntário atende aos requisitos de admissibilidade, portanto, dele tomo conhecimento. Preliminar A Recorrente alega, em sede preliminar, abuso de poder da autoridade administrativa por afrontar os princípios constitucionais da legalidade e da eficiência. Afirma que a autoridade administrativa não pode permitir a eterna tramitação dos processos nos termos do art. 24 da Lei no 11.457/07 no qual determina que as decisões administrativas devem ser proferidas em um prazo máximo de 360 dias a contar da data do protocolo das petições, defesas e recursos do contribuinte. Não assiste razão à recorrente tendo em vista que o dispositivo suscitado pela Recorrente versa sobre o princípio da duração razoável do processo. Esta demora excessiva em proferir decisões por parte da administração pública nos processos tributários poderia implicar, em tese, a prescrição intercorrente. Entretanto, não há que se falar na ocorrência deste instituto Fl. 181DF CARF MF 6 tendo em vista a jurisprudência pacífica do CARF ao editar a Súmula no 11 que assim dispõe: “Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal”. Apesar da obrigatoriedade de se proferir decisão no prazo máximo de 360 dias insculpida no art. 24 da Lei no 11.457/07, não há que se falar em preclusão do direito de proferir decisão por parte da administração pública por ausência de previsão legal neste sentido. Portanto, voto por rejeitar a preliminar de preclusão. Mérito A discussão objeto da presente demanda versa sobre a restituição da contribuição para PIS e COFINS incidente sobre o ICMS–ST inserido indevidamente na base de cálculo daquelas contribuições. A decisão de piso afirmou o seguinte: No caso em estudo o contribuinte é varejista e, portanto, o substituído, sendo a vendedora Refinaria Petrobrás o substituto. De acordo com o art. 3º, § 2º, I, da Lei nº 9.718/98, o ICMS só se exclui da receita bruta para fins de determinação da base de cálculo das contribuições para o PIS/Cofins quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. Ou seja, o ICMS só é excluído quando o vendedor substituto tributário reteve esse imposto em substituição ao varejista, no caso, o manifestante, tendo em vista que referido tributo não mais é cobrado em toda a cadeia de revenda do produto por já ter sido todo exigido na sua saída do estabelecimento industrial. Desta forma, o substituto (Petrobrás) não paga Cofins sobre o ICMS embutido na receita do substituído, ou seja, do manifestante, mas apenas sobre aquele embutido em sua própria receita. Assim, a receita do substituído não pode sofrer a exclusão do ICMS, por falta de previsão legal. Inconformada, a Recorrente alega em sua peça recursal a certeza de seu crédito sob os seguintes argumentos: 1) Que o valor do ICMSST, por meio da MP no 199114/2000, foi indevidamente incorporado na base de cálculo das contribuições para o PIS e da COFINS, calculadas e recolhidas pelo produtor ou importador de combustíveis em afronta a determinação do art. 3º, §2º, I da Lei no 9.718/98; 2) Apesar de reconhecer que não figura no polo passivo das exações das contribuições para o PIS e da COFINS, a lesão materialmente sofrida foi provada pelo nexo de causalidade demonstrado em seu recurso voluntário por intermédio de complexos cálculo, segundo a própria recorrente; 3) Assevera não ser correta a afirmação de que o revendedor varejista não é devedor das contribuições para o PIS e da COFINS incidentes sobre receita decorrente da venda de gasolina, óleo diesel e álcool para fins carburantes; 4) Esclarece o seu entendimento a respeito do inciso I do §2º do art. 3º da Lei no 9.718/98 em uma interpretação literal do seu dispositivo, afirmando que o termo “quando” deveria ser caracterizado como uma conjunção condicional no seguinte sentido: “se o ICMS for cobrado do vendedor dos bens, no caso a refinaria, produtor nacional ou importador, Fl. 182DF CARF MF Processo nº 13839.004727/200730 Acórdão n.º 3001000.808 S3C0T1 Fl. 328 7 na condição de substituto tributário, como de fato é, deve ser excluído da base de cálculo do Pis/Cofins”; 5) Nos termos do art. 8º da Lei Complementar 87/96, nos casos das vendas de combustíveis, o ICMS total devido pelo último elo da cadeia de comercialização (ICMSST) é calculado pela aplicação da alíquota vigente do ICMS sobre o preço médio da bomba retido e recolhido pela refinaria na condição de substituto tributário. Inicialmente cabe ressaltar que de acordo com a Súmula CARF no 02: “O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária”. Portanto, não cabe a este colegiado adotar juízo de valor se foi indevida ou não a sua inserção do ICMSST na base de cálculo das contribuições para o PIS e da COFINS. Nesta mesma linha de entendimento, não cabe a este Tribunal julgar lesão por ventura sofrida pela Recorrente diante da determinação de instrumento normativo vigente à época dos fatos geradores (MP no 199114/2000) tendo em vista os cálculos apresentados para demonstrar o custo de um litro de óleo diesel em 30/06/2000 e 01/07/2000. A Recorrente, conforme descrito no Relatório acima, efetuou Pedido de Restituição de valores recolhidos a título de COFINS referentes a incidência de sua alíquota sobre valores relativos ao ICMSST. Destaquese que para haver pedido de restituição, é necessário que tenha havido qualquer recolhimento da referida contribuição por parte da requerente, o que não ocorreu no presente caso. A própria Recorrente afirma ainda que não tem legitimidade ativa para requerer a Restituição das contribuições recolhidas pela refinaria, produtor ou importador dos combustíveis, e de fato não tem mesmo, com isso reforçase o entendimento da impossibilidade de peticionar a PER no presente caso por ausência de legitimidade ativa. No que se refere às alegações da recorrente a respeito da possibilidade de restituição da contribuição para PIS e COFINS incidente sobre o ICMS–ST inserido indevidamente na base de cálculo, não assiste razão em seu pleito. Corroboro com os fundamentos constantes da decisão de piso reproduzida novamente a seguir: No caso em estudo o contribuinte é varejista e, portanto, o substituído, sendo a vendedora Refinaria Petrobrás o substituto. De acordo com o art. 3º, § 2º, I, da Lei nº 9.718/98, o ICMS só se exclui da receita bruta para fins de determinação da base de cálculo das contribuições para o PIS/Cofins quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. Ou seja, o ICMS só é excluído quando o vendedor substituto tributário reteve esse imposto em substituição ao varejista, no caso, o manifestante, tendo em vista que referido tributo não mais é cobrado em toda a cadeia de revenda do produto por já ter sido todo exigido na sua saída do estabelecimento industrial. Desta forma, o substituto (Petrobrás) não paga Cofins sobre o ICMS embutido na receita do substituído, ou seja, do manifestante, mas apenas sobre aquele embutido em sua própria receita. Assim, a receita do substituído não pode sofrer a exclusão do ICMS, por falta de previsão legal. Este entendimento encontrase em sintonia com aquele externado pela Administração Tributária por intermédio das soluções de consulta COSIT no 106/2014 e 99041/2017 abaixo reproduzidas: Fl. 183DF CARF MF 8 Solução de Consulta Cosit 106/2014 Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CRÉDITOS. NÃO CUMULATIVIDADE. No regime de apuração não cumulativa, o valor do ICMS, incidente na aquisição, integra a base de cálculo da Cofins para fins de crédito, faz parte do custo de aquisição do bem ou serviço, nos termos do inciso II do § 3º do art. 8º da Instrução Normativa SRF nº 404, de 2004. A pessoa jurídica poderá descontar créditos, inclusive de ICMS, calculados com base no custo de aquisição de mercadoria adquirida para revenda, inciso I do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003. O ICMS substituição tributária (ICMSST), pago pelo adquirente na condição de substituto, não integra o valor das aquisições de mercadorias para revenda, por não constituir custo de aquisição, mas uma antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído na operação de saída da mercadoria. Sobre a parcela do ICMSST, não poderá a pessoa jurídica descontar créditos de Cofins. Dispositivos Legais: Art. 150 da CF/88; arts. 9º, 10 e 13 da Lei Complementar nº 87, de 1996; arts. 3º e 66 da Lei nº 10.637, de 2002; art. 8º da Instrução Normativa SRF nº 404, de 2004; Instrução Normativa SRF nº 594, de 2005; Parecer Normativo CST nº 70, de 1972 (Publicado no DOU 22.03.1972); Parecer Normativo CST nº 77, de 1986 (DOU 28/10/86). Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CRÉDITOS. NÃOCUMULATIVIDADE. No regime de apuração não cumulativa, o valor do ICMS, incidente na aquisição, integra a base de cálculo da PIS/Pasep para fins de crédito, faz parte do custo de aquisição do bem ou serviço. A pessoa jurídica poderá descontar créditos, inclusive de ICMS, calculados com base no custo de aquisição de mercadoria adquirida para revenda, inciso I do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002. O ICMS substituição tributária (ICMSST), pago pelo adquirente na condição de substituto, não integra o valor das aquisições de mercadorias para revenda, por não constituir custo de aquisição, mas uma antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído na operação de saída da mercadoria. Sobre a parcela do ICMSST, não poderá a pessoa jurídica descontar créditos de PIS/Pasep. Dispositivos Legais: Art. 150 da CF/88; arts. 9º, 10 e 13 da Lei Complementar nº 87, de 1996; art. 66 da Instrução Normativa SRF nº 247, de 2002; Instrução Normativa SRF nº 594, de 2005; Parecer Normativo CST nº 70, de 1972 (Publicado no DOU 22.03.1972); Parecer Normativo CST nº 77, de 1986 (DOU 28/10/86) Solução de Consulta Cosit 99041/2017: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS EMENTA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CRÉDITOS. NÃO CUMULATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. É incabível a apuração de créditos da não cumulatividade da Cofins em relação ao valor do ICMS Substituição Tributária (ICMSST) destacado na nota fiscal de aquisição de bens. Fl. 184DF CARF MF Processo nº 13839.004727/200730 Acórdão n.º 3001000.808 S3C0T1 Fl. 329 9 [...] ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP EMENTA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CRÉDITOS. NÃO CUMULATIVIDADE É incabível a apuração de créditos da não cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep em relação ao valor do ICMS Substituição Tributária (ICMSST) destacado na nota fiscal de aquisição de bens. [...]. No julgamento do Recurso Especial (REsp) nº 1.456.648/RS o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também manifestou o entendimento de que o ICMS Substituição Tributária não integra o custo dos bens e serviços, reproduzse a seguir a ementa: RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC/1973. CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E COFINS NÃO CUMULATIVAS. CREDITAMENTO. VALORES REFERENTES A ICMSSUBSTITUIÇÃO (ICMSST). IMPOSSIBILIDADE. 1. Não tem direito o contribuinte ao creditamento, no âmbito do regime não cumulativo do PIS e COFINS, dos valores que, na condição de substituído tributário, paga ao contribuinte substituto a título de reembolso pelo recolhimento do ICMSsubstituição. 2. Quando ocorre a retenção e recolhimento do ICMS pela empresa a título de substituição tributária (ICMSST), a empresa substituta não é a contribuinte, o contribuinte é o próximo na cadeia, o substituído. Nessa situação, a própria legislação tributária prevê que tais valores são meros ingressos na contabilidade da empresa substituta que se torna apenas depositária de tributo (responsável tributário por substituição ou agente arrecadador) que será entregue ao Fisco. Então não ocorre a incidência das contribuições ao PIS/PASEP, COFINS, já que não há receita da empresa prestadora substituta. É o que estabelece o art. 279 do RIR/99 e o art. 3º, §2º, da Lei n. 9.718/98. 3. Desse modo, não sendo receita bruta, o ICMSST não está na base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS não cumulativas devidas pelo substituto e definida nos arts. 1º e §2º, da Lei n. 10.637/2002 e 10.833/2003. 4. Sendo assim, o valor do ICMSST não pode compor o conceito de valor de bens e serviços adquiridos para efeito de creditamento das referidas contribuições para o substituído, exigido pelos arts. 3, §1º, das Leis n n. 10.637/2002 e 10.833/2003, já que o princípio da nãocumulatividade pressupõe o pagamento do tributo na etapa econômica anterior, ou seja, pressupõe a cumulatividade (ou a incidência em "cascata") das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS. 5. Recurso especial não provido. No voto condutor julgado o Ministro Mauro Campbell expôs com clareza e objetividade os fundamentos da decisão nos excertos que seguem transcritos: Quando ocorre a retenção e recolhimento do ICMS pela empresa a título de substituição tributária (ICMSST), a empresa substituta não é a contribuinte, o contribuinte é o próximo na cadeia, o substituído. Nessa situação, a própria legislação tributária prevê que tais valores são meros ingressos na contabilidade da empresa substituta que se torna apenas depositária de tributo (responsável Fl. 185DF CARF MF 10 tributário por substituição ou agente arrecadador) que será entregue ao Fisco. Então não ocorre a incidência das contribuições ao PIS/PASEP, COFINS, já que não há receita da empresa prestadora substituta. É o que estabelece o art. 279 do RIR/99 e o art. 3º, §2º, da Lei n. 9.718/98, que trata das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cumulativas, in verbis: RIR/99 Art. 279. A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (Lei nº 4.506, de 1964, art. 44, e Decreto Lei nº 1.598, de 1977, art. 12). Parágrafo único. Na receita bruta não se incluem os impostos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante, dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário. Lei n. 9.718/98 Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica. (Vide Medida Provisória nº 215835, de 2001) § 1º Entendese por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art. 2º, excluemse da receita bruta: I as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; [...] Desse modo, não sendo receita bruta, o ICMSST não está na base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS não cumulativas devidas pelo substituto e definida nos arts. 1º e §2º, da Lei n. 10.637/2002 e 10.833/2003. Transcrevo: Art. 1º A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS, com a incidência nãocumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. § 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica. § 2º A base de cálculo da contribuição é o valor do faturamento, conforme definido no caput. Sendo assim, o valor do ICMSST não pode compor o conceito de valor de bens e serviços adquiridos para efeito de creditamento das referidas contribuições para o substituído, exigido pelos arts. 3, §1º, das Leis n n. 10.637/2002 e 10.833/2003. De observar que o princípio da nãocumulatividade pressupõe o pagamento do tributo na etapa econômica anterior, ou seja, pressupõe a cumulatividade (ou a incidência em "cascata") das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS. Fl. 186DF CARF MF Processo nº 13839.004727/200730 Acórdão n.º 3001000.808 S3C0T1 Fl. 330 11 (...) Com efeito, o ICMSST, se fosse recolhido na sistemática normal, sem substituição, seria um tributo de ICMS devido na saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte substituído, ou seja, o valor correspondente representaria receita do substituído que seria tributada pelas contribuições ao PIS/PASEP e COFINS. Assim, representaria DÉBITO de contribuições ao PIS/PASEP e COFINS e não CRÉDITO, como pretende o substituído. De ver que seu CRÉDITO está restrito ao valor das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS incidentes sobre o ICMS embutido nas mercadorias que adquire do estabelecimento anterior na cadeia e que paga como contribuinte de fato. Admitir se o creditamento também pelo ICMSST pago pelo substituto tributário seria admitir duplo creditamento ao substituído: primeiro pelo valor das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS incidentes sobre o ICMS embutido nas mercadorias que adquire do substituto, segundo pelo ICMSST (sobre o qual não incidiram as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS) embutido no preço dessas mesmas mercadorias, criandose benefício fiscal não estabelecido em lei. Com base nessas considerações, resta evidenciado ser incabível a Restituição da COFINS requerida pela Recorrente cuja origem seria o ICMS–ST inserido na base de cálculo daquelas contribuições e recolhido pelo substituto tributário. Por conseguinte, prejudicada a homologação das compensações a ela relacionada. Diante do exposto, voto por rejeitar a preliminar suscitada e, no mérito, em negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Marcos Roberto da Silva Fl. 187DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10805.902242/2014-31
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 28 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 3302-001.014
Decisão: Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Paulo Guilherme Déroulède - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araujo, Corintho Oliveira Machado, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad e Paulo Guilherme Deroulede (Presidente). Ausente justificadamente o Conselheiro Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) para participar de julgamento na 1º Turma Ordinária da 4º Câmara da 3º Seção de Julgamento.
Relatório
Nome do relator: PAULO GUILHERME DEROULEDE
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201903
camara_s : Terceira Câmara
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 10805.902242/2014-31
anomes_publicacao_s : 201905
conteudo_id_s : 6007413
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 3302-001.014
nome_arquivo_s : Decisao_10805902242201431.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : PAULO GUILHERME DEROULEDE
nome_arquivo_pdf_s : 10805902242201431_6007413.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède - Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araujo, Corintho Oliveira Machado, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad e Paulo Guilherme Deroulede (Presidente). Ausente justificadamente o Conselheiro Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) para participar de julgamento na 1º Turma Ordinária da 4º Câmara da 3º Seção de Julgamento. Relatório
dt_sessao_tdt : Thu Mar 28 00:00:00 UTC 2019
id : 7738744
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:44:37 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911631929344
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1915; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C3T2 Fl. 2 1 1 S3C3T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10805.902242/201431 Recurso nº Voluntário Resolução nº 3302001.014 – 3ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 28 de março de 2019 Assunto Solicitação de diligência Recorrente DIAUTO DISTRIBUIDORA DE AUTOMOVEIS VILA PAULA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Gilson Macedo Rosenburg Filho, Walker Araujo, Corintho Oliveira Machado, Jose Renato Pereira de Deus, Jorge Lima Abud, Raphael Madeira Abad e Paulo Guilherme Deroulede (Presidente). Ausente justificadamente o Conselheiro Muller Nonato Cavalcanti Silva (Suplente Convocado) para participar de julgamento na 1º Turma Ordinária da 4º Câmara da 3º Seção de Julgamento. Relatório Trata o presente processo do PER/DCOMP, transmitido pelo contribuinte acima identificado por meio do qual solicita o reconhecimento de um direito creditório referente à COFINS, para fins de sua compensação com débitos próprios. O Despacho Decisório constante dos autos, emitido de forma eletrônica, não homologou a compensação pleiteada, sob o fundamento de não haver crédito disponível para tanto, pelo fato de o pagamento informado no DARF correspondente haver sido integralmente utilizado para quitação de débitos do contribuinte. Anteriormente à emissão do referido Despacho Decisório, foi disponibilizada ao contribuinte a Análise Preliminar do Direito Creditório, no sítio da RFB, com a informação de que, no caso de inconsistências constatadas na referida Análise, ser a ele concedido o prazo de RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 05 .9 02 24 2/ 20 14 -3 1 Fl. 271DF CARF MF Processo nº 10805.902242/201431 Resolução nº 3302001.014 S3C3T2 Fl. 3 2 45 dias a contar dessa disponibilização, para o seu saneamento, através da transmissão de PERDCOMP retificador, ou ainda de outras declarações retificadoras, como DCTF, DIPJ, Dacon, Redarf, DIRF, etc. Contra a referida decisão, o contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade, em que alegou basicamente o seguinte: Através de auditoria em seus controles internos, constatou a ocorrência de pagamento a maior da COFINS do período de apuração em questão, tendo apresentado pedido de compensação do referido crédito, através de PERDCOMP retificador, desacompanhado, porém, da retificação das demais Declarações que compõem sua obrigação acessória – como DACON e DCTF, nas quais o débito devido da referida contribuição social foi declarado com erro. Somente após o recebimento do Despacho Decisório em comento, procedeu à retificação das declarações DACON e DCTF, conforme anexadas aos autos, e nas quais fez refletir o valor a menor devido a título de COFINS, como origem de seu direito creditório, cuja liquidez e certeza restaria então comprovada. Assim, a Defendente requer que seja julgada procedente a presente Manifestação de Inconformidade, com a consequente homologação da compensação pleiteada. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Rio de Janeiro, por unanimidade de votos, julgou improcedente a impugnação, entendendo não restar comprovada a certeza e liquidez do direito creditório pleiteado. Assentou ainda, o colegiado a quo, ser ônus do contribuinte a comprovação documental do direito creditório informado em declaração de compensação. Intimado da decisão a Recorrente interpôs recurso voluntário, no qual reproduz as alegações oferecidas na impugnação e aduz que a decisão de primeira instância trouxe os fatos e razões novas que merecem ser contrapostos, tais como a insuficiência da apresentação da DCTF e da DACON retificadoras para provar o direito da recorrente, daí porque no recurso voluntário traz balancete de verificação que discrimina as contas tributadas indevidamente. É o relatório. Voto Conselheiro Paulo Guilherme Deroulede O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do Anexo II do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução 3302001.004, de 28 de março de 2019, proferido no julgamento do processo 10805.902226/201449, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevemse, como solução deste litígio, nos termos regimentais, os entendimentos que prevaleceram naquela decisão (Resolução 3302001.004): Fl. 272DF CARF MF Processo nº 10805.902242/201431 Resolução nº 3302001.014 S3C3T2 Fl. 4 3 "O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. Sem embargo de a recorrente não ter trazido todas as provas necessárias à comprovação do seu direito na manifestação de inconformidade, houve um esforço nesse sentido, com a apresentação da DCTF e da DACON retificadoras. Agora em recurso voluntário, o balancete de verificação e as explicações produzidas demonstram continuação do esforço de comprovar seu direito, todavia surgiu apenas verossimilhança do direito da recorrente, notase que as provas trazidas aos autos são documentos produzidos unilateralmente pela contribuinte, e não foram alvo de inspeção pela auditoriafiscal. Nesse diapasão, voto por converter o julgamento em diligência, para que a unidade de origem do lançamento proceda a análise detalhada dos lançamentos contábeis das contas da escrituração da contribuinte em que ocorreram o pagamento a maior (receitas financeiras oriundas de juros, descontos, rendimentos de aplicação financeira e variações monetárias ativas, bem como o não aproveitamento de crédito sobre a depreciação de prédio em que está instalada a empresa) e pronunciese, de forma fundamentada, em relatório fiscal conclusivo se, de fato, a contribuinte tem direito ao crédito pleiteado. Após, dar ciência ao sujeito passivo do resultado da diligência, com reabertura do prazo de 30 (trinta dias) para apresentação de manifestação da recorrente, no tocante às conclusões da diligência proposta. Ao fim do prazo, com ou sem manifestação, devolvase o processo a este Conselho para a conclusão do julgamento." Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do Anexo II do RICARF, o colegiado decidiu por converter o julgamento em diligência, para que a unidade de origem do lançamento proceda a análise detalhada dos lançamentos contábeis das contas da escrituração da contribuinte em que ocorreram o pagamento a maior (receitas financeiras oriundas de juros, descontos, rendimentos de aplicação financeira e variações monetárias ativas, bem como o não aproveitamento de crédito sobre a depreciação de prédio em que está instalada a empresa) e pronunciese, de forma fundamentada, em relatório fiscal conclusivo se, de fato, a contribuinte tem direito ao crédito pleiteado. Após, dar ciência ao sujeito passivo do resultado da diligência, com reabertura do prazo de 30 (trinta dias) para apresentação de manifestação da recorrente, no tocante às conclusões da diligência proposta. Ao fim do prazo, com ou sem manifestação, devolvase o processo a este Conselho para a conclusão do julgamento." (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Deroulede Fl. 273DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10283.723535/2016-52
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed Jun 05 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Ano-calendário: 2016
Processo Administrativo. Ofensa a Direito de Petição. Controle de Constitucionalidade de Ato Normativo. Impossibilidade.
A alegação de ofensa a direito de petição não pode ser examinada no processo administrativo tributário quando implicar controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo.
Multa. Compensação não Homologada. Legislação Aplicável.
Na hipótese de multa por compensação não homologada, aplica-se a legislação vigente ao tempo da entrega da declaração de compensação, exceto se existir legislação superveniente mais favorável ao sujeito passivo.
Numero da decisão: 1301-003.911
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, vencido o Conselheiro Nelso Kichel, que votou por lhe dar provimento. Declarou-se impedido de participar do julgamento o Conselheiro José Roberto Adelino da Silva (suplente convocado), substituído pelo Conselheiro Breno do Carmo Moreira Vieira (suplente convocado).
(assinado digitalmente)
Fernando Brasil de Oliveira Pinto - Presidente
(assinado digitalmente)
Roberto Silva Junior - Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Roberto Silva Junior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Carlos Augusto Daniel Neto, Giovana Pereira de Paiva Leite, Amélia Wakako Morishita Yamamoto, Breno do Carmo Moreira Vieira (suplente convocado) e Fernando Brasil de Oliveira Pinto (Presidente). Ausente a Conselheira Bianca Felícia Rothschild, substituída pelo Conselheiro Breno do Carmo Moreira Vieira.
Nome do relator: ROBERTO SILVA JUNIOR
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201905
camara_s : Terceira Câmara
ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Ano-calendário: 2016 Processo Administrativo. Ofensa a Direito de Petição. Controle de Constitucionalidade de Ato Normativo. Impossibilidade. A alegação de ofensa a direito de petição não pode ser examinada no processo administrativo tributário quando implicar controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo. Multa. Compensação não Homologada. Legislação Aplicável. Na hipótese de multa por compensação não homologada, aplica-se a legislação vigente ao tempo da entrega da declaração de compensação, exceto se existir legislação superveniente mais favorável ao sujeito passivo.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Jun 05 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 10283.723535/2016-52
anomes_publicacao_s : 201906
conteudo_id_s : 6018214
dt_registro_atualizacao_tdt : Wed Jun 05 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 1301-003.911
nome_arquivo_s : Decisao_10283723535201652.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : ROBERTO SILVA JUNIOR
nome_arquivo_pdf_s : 10283723535201652_6018214.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, vencido o Conselheiro Nelso Kichel, que votou por lhe dar provimento. Declarou-se impedido de participar do julgamento o Conselheiro José Roberto Adelino da Silva (suplente convocado), substituído pelo Conselheiro Breno do Carmo Moreira Vieira (suplente convocado). (assinado digitalmente) Fernando Brasil de Oliveira Pinto - Presidente (assinado digitalmente) Roberto Silva Junior - Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Roberto Silva Junior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Carlos Augusto Daniel Neto, Giovana Pereira de Paiva Leite, Amélia Wakako Morishita Yamamoto, Breno do Carmo Moreira Vieira (suplente convocado) e Fernando Brasil de Oliveira Pinto (Presidente). Ausente a Conselheira Bianca Felícia Rothschild, substituída pelo Conselheiro Breno do Carmo Moreira Vieira.
dt_sessao_tdt : Thu May 16 00:00:00 UTC 2019
id : 7773746
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:46:30 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713051911642415104
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1654; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C3T1 Fl. 241 1 240 S1C3T1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10283.723535/201652 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1301003.911 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 16 de maio de 2019 Matéria MULTA COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA Recorrente SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 2016 PROCESSO ADMINISTRATIVO. OFENSA A DIREITO DE PETIÇÃO. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DE ATO NORMATIVO. IMPOSSIBILIDADE. A alegação de ofensa a direito de petição não pode ser examinada no processo administrativo tributário quando implicar controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo. MULTA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. Na hipótese de multa por compensação não homologada, aplicase a legislação vigente ao tempo da entrega da declaração de compensação, exceto se existir legislação superveniente mais favorável ao sujeito passivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, vencido o Conselheiro Nelso Kichel, que votou por lhe dar provimento. Declarouse impedido de participar do julgamento o Conselheiro José Roberto Adelino da Silva (suplente convocado), substituído pelo Conselheiro Breno do Carmo Moreira Vieira (suplente convocado). (assinado digitalmente) Fernando Brasil de Oliveira Pinto Presidente (assinado digitalmente) Roberto Silva Junior Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 72 35 35 /2 01 6- 52 Fl. 241DF CARF MF Processo nº 10283.723535/201652 Acórdão n.º 1301003.911 S1C3T1 Fl. 242 2 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Roberto Silva Junior, José Eduardo Dornelas Souza, Nelso Kichel, Carlos Augusto Daniel Neto, Giovana Pereira de Paiva Leite, Amélia Wakako Morishita Yamamoto, Breno do Carmo Moreira Vieira (suplente convocado) e Fernando Brasil de Oliveira Pinto (Presidente). Ausente a Conselheira Bianca Felícia Rothschild, substituída pelo Conselheiro Breno do Carmo Moreira Vieira. Relatório Tratase de recurso interposto por SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA LTDA., contra a decisão da 2ª Turma da DRJ Campo Grande, que negou provimento à impugnação da recorrente e, contra ela, manteve o auto de infração em que se aplica multa por declaração de compensação não homologada, sendo fixada a penalidade em 50% do valor do crédito utilizado. O acórdão recorrido foi assim ementado: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2016 NULIDADE. INOCORRÊNCIA. Somente ensejam a nulidade os atos e termos lavrados por pessoa incompetente e os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. MULTA ISOLADA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. CABIMENTO. Enseja o lançamento da multa isolada de ofício, os débitos cujas Declarações de Compensação não foram homologadas, desde que apresentadas após a vigência do art. 62 da Lei n° 12.249/2010, independentemente da existência de dolo ou fraude. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido A recorrente, não resignada, alegou nulidade do lançamento por "vício material", insuscetível de convalidação. É que não teria sido observado um dos requisitos do art. 142 do Código Tributário Nacional CTN, especificamente o que cuida da quantificação do crédito. A multa não foi calculada sobre o valor do débito objeto da compensação, como determinava a legislação vigente ao tempo do fato gerador, mas, sim, sobre o valor do crédito informado. A Fiscalização indicou, como fundamento legal do auto de infração, o § 17 do art. 74 da Lei n° 9.430/96, introduzido pelo art. 62 da Lei n° 12.249/2010, o qual determinava que a multa deveria ser apurada sobre o valor do crédito informado na declaração de compensação. Entretanto, o fato gerador da multa teria ocorrido em 24/03/2016, época em que o aludido § 17 já exibia a nova redação dada pela Medida Provisória nº 656/2014 (depois convertida na Lei nº 13.097/2015), que elege, como a base de cálculo da multa, o débito Fl. 242DF CARF MF Processo nº 10283.723535/201652 Acórdão n.º 1301003.911 S1C3T1 Fl. 243 3 compensado. Tal erro, segundo a recorrente, tornaria irremediavelmente inválido o auto de infração. A par desse vício, a recorrente alegou que a multa ofende o direito de petição, ao apenar o contribuinte por mero requerimento que venha a ser indeferido, independentemente de qualquer ato ilícito. Aduziu que formular pedido de ressarcimento e declarar compensação são atos que se encontram ao abrigo do direito de petição previsto na Constituição Federal. Com essas alegações, pediu o provimento do recurso. É o relatório. Voto Conselheiro Roberto Silva Junior Relator O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos formais de admissibilidade. A recorrente sustenta a nulidade do lançamento por duas razões distintas. A primeira consiste em suposto erro na aplicação da lei, redundando em distorção do valor da multa. A segunda, em ofensa ao direito de petição ao Poder Público na defesa de direitos ou contra ilegalidade e abuso de poder, assegurado pelo art. 5º, inciso XXXIV, alínea "a", da Constituição Federal. No que tange à alegada ofensa ao direito de petição, a matéria não pode ser apreciada pelo CARF. Isso porque, se acolhida a pretensão da recorrente, o órgão julgador teria necessariamente de afastar a aplicação da lei por desconformidade com a Constituição Federal, o que é vedado pelo art. 26A do Decreto nº 70.235/1972 e pela Súmula CARF nº 2. O segundo fundamento consiste no erro de quantificação da multa, em decorrência da aplicação de norma já revogada ao tempo do fato gerador. O fato que rendeu ensejo à multa, tal como descrito no auto de infração, é a "compensação indevida efetuada em declaração prestada pelo sujeito passivo". Na dicção da lei, o fato é descrito como "declaração de compensação não homologada". A hipótese, como se percebe, exige a conjugação de duas situações, a saber: a) a entrega de uma declaração de compensação dcomp pelo contribuinte; e b) a decisão da autoridade administrativa competente não homologando a compensação declarada. O primeiro é fato do contribuinte; o segundo, do Fisco. As duas situações, embora necessárias para configurar a causa da multa, não são simultâneas. Entre elas se interpõe um lapso temporal que pode ser curto ou mais elástico, desde que não ultrapasse a cinco anos, pois com esse tempo ocorreria homologação tácita da compensação. Fl. 243DF CARF MF Processo nº 10283.723535/201652 Acórdão n.º 1301003.911 S1C3T1 Fl. 244 4 A circunstância de existirem dois fatos em momentos diferentes pode gerar dúvida sobre a legislação a ser aplicada quando da lavratura do auto de infração, pois a lei vigente ao tempo da entrega da dcomp pode não mais estar em vigor quando do despacho decisório. O problema admite analogia com o Direito Penal. O Código Penal, ao tratar do "tempo do crime", assim dispõe: Art. 4º Considerase praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Esse dispositivo é especialmente importante nos chamados crimes materiais, cuja consumação só ocorre com a produção do resultado. O art 4º do Código Penal deixa claro que o crime se considera praticado no momento da conduta do agente, mesmo que o resultado se materialize depois. É intuitivo que o escopo da regra, entre outros, é definir qual a lei penal aplicável ao caso, quando a atividade criminosa tenha sido realizada na vigência de uma lei e o resultado dessa conduta tenha ocorrido na vigência de outra. Aplicase a lei em vigor no momento da realização da conduta. Em relação aos crimes contra a ordem tributária, o E. Supremo Tribunal Federal STF, na Súmula vinculante 24, expressou entendimento no sentido de que "não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo." Daí se conclui que, embora a atividade ilícita tenha sido praticada em determinado momento, a materialidade do crime depende da definitividade do lançamento do tributo, que ocorre posteriormente à conduta. No entanto, a lei penal aplicável não é a vigente ao tempo em que o lançamento se torna definitivo, mas aquela em vigor quando da prática ilícita. A mesma lógica presente em ambos os casos (art. 4º do CP e Súmula vinculante 24) se aplica à multa por compensação não homologada. A materialização do fato gerador da multa depende do ato administrativo não homologando a compensação, porém a legislação aplicável é a vigente ao tempo da transmissão da dcomp. Nessa linha de raciocínio, concluise que está correto o auto de infração contra o qual a recorrente se insurge. Assim estava redigido o § 17 do art. 74 da Lei nº 9.430/1996, quando da entrega da dcomp: § 17. Aplicase a multa prevista no § 15, também, sobre o valor do crédito objeto de declaração de compensação não homologada, salvo no caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo. Quando expedido o despacho decisório não homologando a compensação, o dispositivo já havia sido alterado pela Lei nº 13.907/2015. Com a mudança legislativa, a base de cálculo da multa passou a ser o valor do débito compensado. Confirase: § 17. Será aplicada multa isolada de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do débito objeto de declaração de compensação não homologada, salvo no caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo. Fl. 244DF CARF MF Processo nº 10283.723535/201652 Acórdão n.º 1301003.911 S1C3T1 Fl. 245 5 A autoridade lançadora adotou como base de cálculo da multa o valor do crédito informado na dcomp, porque assim prescrevia a lei vigente ao tempo da transmissão, não obstante tenha sido posteriormente modificada. A lei vigente no momento do despacho decisório só poderia ser adotada se mais favorável ao contribuinte, o que não ocorre no caso concreto, já que o valor do débito compensado é superior ao valor do crédito. Portanto, abstraindo a questão que envolve a alegada ofensa ao direito de petição, é forçoso concluir pela correção do lançamento. Conclusão Pelo exposto, voto por conhecer do recurso e, no mérito, negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Roberto Silva Junior Fl. 245DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13411.720048/2007-22
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Jul 17 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Tue Aug 20 00:00:00 UTC 2019
Ementa: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA (IRPJ)
Ano-calendário: 2003
INCENTIVO DE REDUÇÃO DO IMPOSTO. SUDENE. RECONHECIMENTO. TERMO INICIAL DE FRUIÇÃO.
Apresentado o requerimento de redução do pagamento do imposto, considerar-se-á a interessada automaticamente no pleno gozo do benefício pretendido, a partir da data da expiração do prazo de 120 dias do respectivo protocolo no caso de a mesma não ser notificada da decisão contrária ao pedido.
Numero da decisão: 1401-003.598
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário.
(documento assinado digitalmente)
Luiz Augusto de Souza Gonçalves Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcângelo Zanin, Carlos André Soares Nogueira, Letícia Domingues Costa Braga, Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça (suplente convocada) e Luiz Augusto de Souza Gonçalves (Presidente). Ausente o Conselheiro Eduardo Morgado Rodrigues substituído pela conselheira Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça.
Nome do relator: LUIZ AUGUSTO DE SOUZA GONCALVES
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201907
camara_s : Quarta Câmara
ementa_s : ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA (IRPJ) Ano-calendário: 2003 INCENTIVO DE REDUÇÃO DO IMPOSTO. SUDENE. RECONHECIMENTO. TERMO INICIAL DE FRUIÇÃO. Apresentado o requerimento de redução do pagamento do imposto, considerar-se-á a interessada automaticamente no pleno gozo do benefício pretendido, a partir da data da expiração do prazo de 120 dias do respectivo protocolo no caso de a mesma não ser notificada da decisão contrária ao pedido.
turma_s : Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
dt_publicacao_tdt : Tue Aug 20 00:00:00 UTC 2019
numero_processo_s : 13411.720048/2007-22
anomes_publicacao_s : 201908
conteudo_id_s : 6050607
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Aug 20 00:00:00 UTC 2019
numero_decisao_s : 1401-003.598
nome_arquivo_s : Decisao_13411720048200722.PDF
ano_publicacao_s : 2019
nome_relator_s : LUIZ AUGUSTO DE SOUZA GONCALVES
nome_arquivo_pdf_s : 13411720048200722_6050607.pdf
secao_s : Primeira Seção de Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. (documento assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcângelo Zanin, Carlos André Soares Nogueira, Letícia Domingues Costa Braga, Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça (suplente convocada) e Luiz Augusto de Souza Gonçalves (Presidente). Ausente o Conselheiro Eduardo Morgado Rodrigues substituído pela conselheira Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça.
dt_sessao_tdt : Wed Jul 17 00:00:00 UTC 2019
id : 7864427
ano_sessao_s : 2019
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:51:06 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713052296579907584
conteudo_txt : Metadados => date: 2019-08-16T20:19:33Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.5; xmp:CreatorTool: Microsoft® Word 2010; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; language: pt-BR; dcterms:created: 2019-08-16T20:19:33Z; Last-Modified: 2019-08-16T20:19:33Z; dcterms:modified: 2019-08-16T20:19:33Z; dc:format: application/pdf; version=1.5; Last-Save-Date: 2019-08-16T20:19:33Z; pdf:docinfo:creator_tool: Microsoft® Word 2010; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:modified: 2019-08-16T20:19:33Z; meta:save-date: 2019-08-16T20:19:33Z; pdf:encrypted: true; modified: 2019-08-16T20:19:33Z; Content-Type: application/pdf; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; dc:language: pt-BR; meta:creation-date: 2019-08-16T20:19:33Z; created: 2019-08-16T20:19:33Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; Creation-Date: 2019-08-16T20:19:33Z; pdf:charsPerPage: 1986; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; pdf:docinfo:created: 2019-08-16T20:19:33Z | Conteúdo => S1-C 4T1 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais Processo nº 13411.720048/2007-22 Recurso Voluntário Acórdão nº 1401-003.598 – 1ª Seção de Julgamento / 4ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 17 de julho de 2019 Recorrente VINÍCOLA DO VALE DO SÃO FRANCISCO S/A Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA (IRPJ) Ano-calendário: 2003 INCENTIVO DE REDUÇÃO DO IMPOSTO. SUDENE. RECONHECIMENTO. TERMO INICIAL DE FRUIÇÃO. Apresentado o requerimento de redução do pagamento do imposto, considerar- se-á a interessada automaticamente no pleno gozo do benefício pretendido, a partir da data da expiração do prazo de 120 dias do respectivo protocolo no caso de a mesma não ser notificada da decisão contrária ao pedido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário. (documento assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves – Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Abel Nunes de Oliveira Neto, Daniel Ribeiro Silva, Cláudio de Andrade Camerano, Luciana Yoshihara Arcângelo Zanin, Carlos André Soares Nogueira, Letícia Domingues Costa Braga, Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça (suplente convocada) e Luiz Augusto de Souza Gonçalves (Presidente). Ausente o Conselheiro Eduardo Morgado Rodrigues substituído pela conselheira Mauritânia Elvira de Sousa Mendonça. Relatório Trata o presente processo de Auto de Infração de IRPJ e CSLL (v. e-fls. 144/164), relativo ao ano calendário de 2003. A infração apontada pela Autoridade Fiscal foi de Falta/Insuficiência de Recolhimento de IRPJ e CSLL constatada a partir do indeferimento de benefício fiscal de redução do imposto. Irresignada com o Auto de Infração a Contribuinte apresentou a impugnação de e- fls. 170/172, na qual alega, em apertada síntese: AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 41 1. 72 00 48 /2 00 7- 22 Fl. 235DF CARF MF Fl. 2 do Acórdão n.º 1401-003.598 - 1ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 13411.720048/2007-22 Que em 11/06/2003 protocolizou pedido de reconhecimento do direito de redução do IRPJ, de acordo com o disposto na IN/SRF n° 267, de 23/12/2002; Que decorrido o prazo de 120 dias desse pedido, entrou em gozo do beneficio, consoante lhe autoria os § 1° e §2°, do art. 60, da IN/SRF n° 267, de 23/12/2002; Que somente em 04/08/2005, através do comunicado n° 631/2005, a Receita federal indeferiu o pedido, sob o argumento de que não fora anexado a certidão negativa de débitos e "tributos federais e contribuições federais", embora tenha anexado todas as certidões referidas no anexo único — campo 3 do formulário do pedido de reconhecimento; Por fim, requer o cancelamento do lançamento, tendo em vista que estava legalmente em gozo do beneficio fiscal, por falta de manifestação da Receita Federal, no prazo de 120 dias da data da protocolização do pedido, não podendo sofrer qualquer sanção fiscal por ter assim usufruído a redução do IRPJ no ano calendário de 2003. A impugnação foi julgada pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Recife – DRJ/REC, que editou o Acórdão nº 11-24.411 – 3ª Turma, cuja ementa reproduzo abaixo: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA – IRPJ Ano-calendário: 2003 FALTA DE RECOLHIMENTO. Procede o lançamento da diferença de imposto apurada com base na escrituração do contribuinte em cotejo com os valores declarados/pagos. INCENTIVO DE REDUÇÃO SUDENE. RECONHECIMENTO. ADMISSIBILIDADE. FALTA DE APRESENTAÇÃO DA CERTIDÃO DE DÉBITOS DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS O reconhecimento pela autoridade tributária competente do direito ao beneficio de redução de tributo está vinculado à comprovação, pela pessoa jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais, conforme disposto no artigo 124 e parágrafo único da Instrução Normativa SRF n° 267, de 23 de dezembro de 2002. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de oficio, a obtenção dos documentos ou das respectivas cópias. ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO – CSLL Ano-calendário: 2003 DIFERENÇA APURADA ENTRE O VALOR ESCRITURADO E O DECLARADO/PAGO. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. Considerar-se-á não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante, devendo ser considerada definitivamente consolidada na esfera administrativa. Lançamento Procedente em Parte A DRJ/REC deu parcial provimento ao recurso, afastando a exigência relativa ao 4º trimestre de 2003 por considerar que a Recorrente só passou a ter direito à fruição do benefício a partir de 10/10/2003 e não em todo o ano-calendário de 2003. Considerando que o requerimento de redução do IRPJ foi protocolado em 11/06/2003, a aplicação do disposto no art. 60, § 2º, da Instrução Normativa SRF nº 267/2002, levou à conclusão de que o início do gozo do benefício somente se daria em 09/10/2003 (120 dias após o protocolo do pedido). Fl. 236DF CARF MF Fl. 3 do Acórdão n.º 1401-003.598 - 1ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 13411.720048/2007-22 Não satisfeita com o decidido pela DRJ/REC a Contribuinte apresentou o recurso de e-fls. 215/218 em que: a) Reconhece ser devido o pagamento da CSLL e informa o seu recolhimento; b) Reforça o pedido de anulação integral do auto de infração tendo em vista que a Recorrente estava em gozo regular do direito de se beneficiar do incentivo fiscal na apuração do imposto de renda relativo ao ano calendário de 2003; Para justificar o seu pedido reproduz o voto em separado apresentado pelos julgadores Benedito Nunes Pereira Filho, Cléa Maria Falcão Souto Rocha e Maria Lucia Andrade Lopes Filha. É o relatório. Voto Conselheiro Luiz Augusto de Souza Gonçalves, Relator. O Recurso Voluntário é tempestivo e sua matéria se enquadra na competência deste Colegiado. Os demais pressupostos de admissibilidade igualmente foram atendidos. Entretanto, não vejo como prosperar o pedido da Recorrente de anulação do auto de infração na sua integralidade. A decisão da DRJ/REC foi pelo provimento parcial da impugnação, determinando a exclusão do lançamento daqueles valores lançados relativamente ao 3º trimestre de 2003. Isso porque entendeu a Turma Julgadora a quo que a Contribuinte fazia jus à fruição do benefício tão somente a partir da expiração do prazo contido no § 2º do art. 60 da Instrução Normativa nº 267/2002, abaixo transcrito: Art. 60. A competência para reconhecer o direito será da unidade da SRF a que estiver jurisdicionada a pessoa jurídica, devendo o pedido estar instruído com laudo expedido pelo MI. § 1º O titular da unidade da SRF decidirá sobre o pedido em cento e vinte dias contados da apresentação do requerimento à repartição fiscal competente. § 2º Expirado o prazo indicado no § 1º, sem que a requerente tenha sido notificada da decisão contrária ao pedido e enquanto não sobrevier decisão irrecorrível, considerar-se- á a interessada automaticamente no pleno gozo da redução pretendida, a partir da data de expiração do prazo. O voto do Relator foi acatado pelos demais integrantes da Turma pelas suas conclusões. Ou seja, a Turma acompanhou o Relator no sentido de considerar como iniciado o prazo de fruição do benefício apenas a partir da expiração do interregno de 120 dias dado à Administração Tributária para se pronunciar a respeito do pedido de redução do imposto. Abaixo reproduzo a declaração de voto: Não obstante concordar com o relator quanto às conclusões a que chegou, divirjo, em parte, dos seus fundamentos. Fl. 237DF CARF MF Fl. 4 do Acórdão n.º 1401-003.598 - 1ª Sejul/4ª Câmara/1ª Turma Ordinária Processo nº 13411.720048/2007-22 2. O ponto específico de minha divergência diz respeito ao direito à redução do imposto de renda. Na minha ótica, o § 2° do art. 60 da IN/SRF n° 267, de 2002, é peremptório ao determinar que uma vez expirado o prazo para apreciação do requerimento (§ 10), sem que a requerente tenha sido notificada da decisão contrária ao pedido e enquanto não sobrevier decisão irrecorrível, deve-se considerá-la automaticamente no pleno gozo da redução pretendida, a partir da data da expiração do prazo. 3. Os §§ 7 e 81 da IN/SRF nº 267, de 2002 (transcritos à fl. 196), que, à primeira vista, dão a impressão de tratar-se de exceção ao § 2º, com efeito, tratam da não admissibilidade do pedido em face de incompletude de requisitos materiais e formais e da não contagem do prazo para fruição do benefício previsto no §1°, o que não dispensa, todavia, a apreciação da admissibilidade seja feita dentro do referido interregno. 4. Desse modo, acaso o pedido seja feito ao desamparo de algum documento, se a repartição não se pronunciar sobre ele dentro de 120 dias, como ocorreu no caso em questão, entendo o beneficio pode ser fruído. A divergência da Turma Julgadora, consubstanciada em declaração de voto, foi tão somente em relação aos fundamentos utilizados pela Relatora para prescindir da juntada das certidões negativas de débitos de tributos e contribuições federais. Assim, não faz nenhum sentido a Recorrente fundamentar o seu pedido de anulação integral do auto de infração em declaração de voto que não lhe aproveita. Diante disso, chego à conclusão de que o presente recurso é meramente protelatório devendo, razão pela qual adoto como minhas as razões expendidas pela DRJ/REC na decisão recorrida. Por todo o exposto, nego provimento ao recurso. É como voto. (documento assinado digitalmente) Luiz Augusto de Souza Gonçalves Fl. 238DF CARF MF
score : 1.0