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Numero do processo: 17460.000991/2007-91
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 08 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Mar 13 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/1999 a 30/09/2006
EMBARGOS. ERRO MATERIAL. POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO.
Constatada a existência do vício apontado pelo embargante, acolhem-se os embargos de declaração, sem efeito modificativo, para retificar a redação da CONCLUSÃO do acórdão embargado.
Embargos Acolhidos.
Numero da decisão: 2401-004.618
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos embargos de declaração, para, no mérito, acolhê-los, sem efeitos infringentes, para sanando a contradição apontada, corrigir a conclusão do voto vencedor do acórdão, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
Miriam Denise Xavier Lazarini - Presidente
(assinado digitalmente)
Carlos Alexandre Tortato - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Marcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Maria Cleci Coti Martins, Luciana Matos Pereira Barbosa e Rayd Santana Ferreira.
Nome do relator: CARLOS ALEXANDRE TORTATO
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Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/1999 a 30/09/2006 EMBARGOS. ERRO MATERIAL. POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO. Constatada a existência do vício apontado pelo embargante, acolhemse os embargos de declaração, sem efeito modificativo, para retificar a redação da “CONCLUSÃO” do acórdão embargado. Embargos Acolhidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 17 46 0. 00 09 91 /2 00 7- 91 Fl. 276DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer dos embargos de declaração, para, no mérito, acolhêlos, sem efeitos infringentes, para sanando a contradição apontada, corrigir a conclusão do voto vencedor do acórdão, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier Lazarini Presidente (assinado digitalmente) Carlos Alexandre Tortato Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Miriam Denise Xavier Lazarini, Carlos Alexandre Tortato, Cleberson Alex Friess, Marcio de Lacerda Martins, Andréa Viana Arrais Egypto, Maria Cleci Coti Martins, Luciana Matos Pereira Barbosa e Rayd Santana Ferreira. Fl. 277DF CARF MF Processo nº 17460.000991/200791 Acórdão n.º 2401004.618 S2C4T1 Fl. 270 3 Relatório Tratase de embargos inominados (fls. 258/259), opostos pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Manaus, com fulcro no art. 66 do RICARF, contra o Acórdão nº. 240101.481 (fls 236/241), que restou assim ementado: DECADÊNCIA ARTS 45 E 46 LEI Nº. 8.212/91 INCONSTITUCIONALIDADE STF SÚMULA VINCULANTE De acordo com a Súmula Vinculante nº. 08, do STF, os artigos 45 e 46 da Lei nº. 8.212/1991 são inconstitucionais, devendo prevalecer, no que tange à decadência e prescrição, as disposições do Código Tributário Nacional. Nos termos do art. 103A da Constituição Federal, as Súmulas Vinculantes aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terão efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Decadência parcial do débito, com aplicação do art. 150, § 4º do Código Tributário Nacional como critério adotado para o início da contagem do prazo decadencial. AJUDA DE CUSTO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES Para que a verba paga a título de ajuda de custo não sofra incidência das contribuições previdenciárias é necessário atender os requisitos legais, em especial as alíneas "g" e "s" do parágrafo 9º do art. 28 da Lei 8212/91. MULTA/PENALIDADE. LEGISLAÇÃO POSTERIOR MAIS BENÉFICA. RETROATIVIDADE. Aplicase ao lançamento legislação posterior à sua lavratura que comine penalidade mais branda, nos termos do art. 106, inciso II, alínea "c", do Código Tributário Nacional, impondo seja recalculada a multa com esteio na Medida Provisória nº. 449/2008, convertida na Lei nº. 11.941/2009. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO EM PARTE. Para melhor elucidação, trata o acórdão embargado de decisão que reconheceu parcialmente a decadência do crédito tributário lançado (competências 01/1999 a 11/2001) e determinou o recálculo do valor da multa, de acordo com o art. 44, I, da Lei nº. 9.430/96, acaso fosse mais benéfico ao contribuinte. Alega o embargante que há equívoco no acórdão embargado ao passo que, embora o lançamento refirase aos períodos de apuração entre /01/1999 em diante, a conclusão da referido acórdão determinou que fosse excluído "do lançamento as obrigações até a competência 11/1998". Fl. 278DF CARF MF 4 Assim, haveria evidente erro material entre as conclusões do julgado, bem como aos seus próprios fatos geradores, e a conclusão do acórdão embargado, que fez referência a período de apuração que sequer fora objeto de lançamento. Em despacho de admissibilidade de fls. 266/267, datado de 25/02/2015, foi apresentada e admitida a proposta de admissão dos embargos inominados, a fim de que se corrigir o erro material apontado pela embargante. É o relatório. Fl. 279DF CARF MF Processo nº 17460.000991/200791 Acórdão n.º 2401004.618 S2C4T1 Fl. 271 5 Voto Conselheiro Carlos Alexandre Tortato Relator Pressupostos de Admissibilidade Os Embargos Inominados opostos pela autoridade fiscal da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Manaus, inicialmente, atendem aos pressupostos de admissibilidade, já que não estão sujeitos ao prazo de cinco dias para sua inteposição, ante o disposto no art. 66 do RICARF. Mérito Com relação ao alegado erro material, este resta evidente. Eis o resultado do julgamento, constante no dispositivo do acórdão embargado: No voto vencedor da redatora designada do acórdão, restou assim consignado: Todavia, em que pese as informações acima contidas, na "CONCLUSÃO" do voto da redatora designada, foi redigido o seguinte trecho: Fl. 280DF CARF MF 6 É inconteste o equívoco da conclusão do voto vencedor, já que aborda competência (11/1998) que sequer era objeto de lançamento, bem como é distinto de todas as razões do voto vencedor e do próprio dispositivo do acórdão embargado. Isto posto, entendo que os embargos inominados devem ser admitidos e a eles dado provimento a fim de corrigir o evidente erro material, sem alteração do julgado, passando a "CONCLUSÃO" do Acórdão nº. 240101.481, a contar com a seguinte redação: "CONCLUSÃO: Voto pelo CONHECIMENTO do recurso para DARLHE PROVIMENTO PARCIAL, para que se exclua do lançamento as obrigações até a competência 11/2001." CONCLUSÃO Ante o exposto, voto por ACOLHER os Embargos Inominados para, no MÉRITO, DARLHES PROVIMENTO, alterando a redação da "CONCLUSÃO" do Acórdão nº. 240101.481, a fim de que conste como período abrangido pela decadência as obrigações até a competência 11/2001, em consonância com o dispositivo e voto vencedor do acórdão. É como voto. (assinado digitalmente) Carlos Alexandre Tortato. Fl. 281DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10746.001435/2004-43
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 05 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Apr 17 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 1402-000.170
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, sobrestar o julgamento até o pronunciamento definitivo do STF sobre a matéria em litígio. Ausentes, momentaneamente, os conselheiros Carlos Pelá e Moises Giacomelli Nunes da Silva.
(assinado digitalmente)
Leonardo de Andrade Couto Presidente
(assinado digitalmente)
Antônio José Praga de Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antônio José Praga de Souza, Carlos Pelá, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Leonardo de Andrade Couto.
RELATORIO
Nome do relator: Não se aplica
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Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, sobrestar o julgamento até o pronunciamento definitivo do STF sobre a matéria em litígio. Ausentes, momentaneamente, os conselheiros Carlos Pelá e Moises Giacomelli Nunes da Silva. (assinado digitalmente) Leonardo de Andrade Couto – Presidente (assinado digitalmente) Antônio José Praga de Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Antônio José Praga de Souza, Carlos Pelá, Frederico Augusto Gomes de Alencar, Moisés Giacomelli Nunes da Silva, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Leonardo de Andrade Couto. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 07 46 .0 01 43 5/ 20 04 -4 3 Fl. 3796DF CARF MF Processo nº 10746.001435/200443 Resolução nº 1402000.170 S1C4T2 Fl. 3.802 2 RELATORIO PEDRA GRANDE S/A recorreu a este Conselho, fls. 3105/3160, representada por advogado, contra a decisão proferida pela DRJ em primeira instância, que julgou procedente a exigência de IRFonte, no valor total de R$ 9.461.282,93 (incluindo multa de oficio de 150% e juros de mora calculados até 29/10/2004)., pleiteando sua reforma, com fulcro no artigo 33 do Decreto nº 70.235 de 1972 (PAF). Este processo foi anteriormente julgado pela Quarta Câmara do 1o. Conselho de Contribuintes, em 6/03/2008, que mediante acórdão 10423068, fls. 2788 e seguintes não conheceu do recurso voluntário por intempestivo. A contribuinte ingressou com embargos, questionando a intempestividade, que foram rejeitados. A seguir apresentou recurso especial de divergência, cujo seguimento foi negado, mediante reexame do presidente da CSRF (fls. 2934 a 2968). O contribuinte foi intimado porem não se manifestou, unidade de origem encaminhou os autos para cobrança executiva pela PFN, fls. 2984 e seguintes. O contribuinte impetrou então Mandado de Segurança e obteve liminar em 21/10/2010(MS 2198156.2010.4.01340043), fls. 3075 e seguintes, determinando a apreciação do recurso voluntário administrativo. O processo foi apreciado por esta Turma na sessão de 14/12/2010, sendo convertido em diligência, mediante resolução n º 140200.027, cujo voto condutor abaixo transcrevo: “(...) Conforme relatado o lançamento decorreu do fato de que vários pagamentos efetuados pelo sujeito passivo às empresas Brasfértil Agroindustrial Norte, Construtora Crescimento, Construtora Dantas e Agroverde, detalhados nos demonstrativos às fl. 363/368, em verdade, teriam sido desviados para outros beneficiários, sem justificativa da causa ou identificação do mesmo, ensejando o lançamento de IRRF no percentual de 35%. Vejamos alguns pontos que conduziram a autoridade fiscal à conclusão apresentada: as empresas Construtora Crescimento, Construtora Dantas e Agroverde endossaram ao portador todos os cheques recebidos, os quais foram depositados em uma mesma conta no Bancoob. A empresa Brasfértil Agroindustrial endossou e depositou seis cheques recebidos na mesma conta. Consta que esta empresa também recebeu pagamentos mediante cheques avulsos (emitidos no caixa do banco), ou seja, recebeu pagamentos em dinheiro; conforme informação obtida na internet, o Bancoob integra a estrutura do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). O Sicoob, por sua vez, abrange diversas cooperativas, entre as quais a Cooperativa de Crédito Rural de Brasília Ltda (Credibrasilia), onde a empresa Brasfértil Representações e Serviços Ltda, cujos sócios também são sócios quotistas do sujeito passivo, possui contacorrente; Fl. 3797DF CARF MF Processo nº 10746.001435/200443 Resolução nº 1402000.170 S1C4T2 Fl. 3.803 3 consta que as empresas Brasfertil Agroindustrial e Dantas não possuíam contas bancárias; a empresa Agroverde, mesmo possuindo conta no Bradesco, endossou ao portador os cheques, tendo sido os mesmos depositados na conta do Bancoob; a empresa Crescimento declarou que não prestou serviço ao sujeito passivo e teve suas notas extraviadas pelo seu contador, por sinal o mesmo contador do sujeito passivo, da Brasfértil Agroindustrial e da Dantas; os períodos abrangidos pelos pagamentos às empresas coincidem com períodos de grande movimento de depósitos na conta da Brasfértil Representações e Serviços na Credibrasília; as notas fiscais emitidas pelos beneficiários não têm equivalência de valores com os pagamentos. Conforme asseverado na decisão recorrida, os fatos apurados pela autoridade fiscal demonstram que a contribuinte obteve um financiamento público para a realização de projeto agroindustrial na região de sua abrangência e arquiteta uma rede de empresas para superfaturar pagamentos por serviços prestados, apropriandose de grande parte dos valores recebidos da Sudam, mas não efetivamente gastos no projeto. Esse procedimento não é novo e, via de regra, os projetos são com custos muito inferiores aos lançados nas notas fiscais emitidas. No caso presente, afirma a fiscalização, que o retorno dos valores pagos superfaturados era feito por meio da conta no Bancoob, instituição integrante de grupo financeiro onde a empresa Brasfértil Representações, de propriedade dos mesmos sócios do sujeito passivo, mantinha conta corrente. Tal qual asseverado na decisão recorrida, “(...)ainda que a execução da obra restasse comprovada, o que não ocorreu no caso, vez que o sujeito passivo não anexou qualquer prova aos autos de tal fato (alegou que juntou relatórios de acompanhamento do projeto emitidos pela Sudam e fotos, os quais não constam nos autos), os pagamentos efetuados não estariam justificados pelo projeto, vez que claramente destinados a encobrir desvio do valor financiado para os sócios do sujeito passivo.” E continua: “A juntada dos contratos de prestação de serviços ou de vendas efetuados com as empresas Brasfértil Agroindustrial Norte, Dantas e Crescimento, não servem como prova de que os pagamentos destinaramse ao projeto aprovado pela Sudam, vez que não conseguem explicar o porquê dos valores terem sido desviados para uma mesma conta no Bancoob. Tais contratos provam apenas que tais empresas tinham consciência da irregularidade cometida e, quando muito, servem como prova de que tais empresas iriam prestar algum serviço ou fornecer alguma material, o que pode ter ocorrido, fato este que não está sendo discutido. O cerne da questão é o desvio dos pagamentos efetuados em benefício de sócios do sujeito passivo, a meu ver bem caracterizado pela autoridade fiscal.”(grifei) Outro registro relevante do voto condutor do acórdão recorrido, em consonância com a acusação fiscal é no sentido de que “o sujeito passivo não está sendo prejudicado indevidamente por irregularidades cometidas pelas outras empresas no cumprimento de suas obrigações tributárias, mas está sendo autuado pela existência de um conjunto de indícios que demonstram o desvio do financiamento da Sudam para o enriquecimento ilícito de seus sócios. Em nenhum momento o sujeito passivo conseguiu ou, ao menos, tentou explicar a relação entre as empresas, a Fl. 3798DF CARF MF Processo nº 10746.001435/200443 Resolução nº 1402000.170 S1C4T2 Fl. 3.804 4 conta no Bancoob, a conta no Credibrasília e a Brasfértil Representações. Preferiu passar ao largo, atacando somente pontos abordados pela autoridade fiscal como reforço das conclusões alcançadas.” Portanto, o litígio passa à margem da implantação do projeto em si, até porque seria preciso uma auditoria técnica para verificar a quantidade de recursos efetivamente aplicada no que foi realizado e isso não tem qualquer influencia direta na autuação, haja vista que a acusação fiscal é que parte dos recursos que a autuada recebeu da Sudam foram desviado para outros fins e beneficiários diversos, daí a exigência de IRFonte sobre tais pagamentos. Pois bem, o art. 29 do Decreto 70.235/1972 estabelece: Art. 29. Na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que entender necessárias. Estamos em um julgamento colegiado, num grupo de 6 julgadores e normalmente temos diferentes níveis de convencimento diante dos fatos e das provas. Todavia, no presente caso, acredito seja senso comum que os elementos da conta corrente no Bancoob na qual teriam sido depositados os valores pagos pela empresa poderá convergir os entendimentos dos julgadores. Entendo, pois, que a instituição financeira deva ser oficiada para (i)identificar o titular da aludida conta, (ii)informar se existem procuradores autorizados a movimentála, (iii) fornecer cópia dos documentos de abertura da conta, (iv) fornecer extratos e cópias frente e verso dos cheques ou documentos de saque de valores acima de R$ 10.000,00. A Fiscalização pode fazer outras verificações e procedimentos, em estrita consonância com o escopo da diligencia visando seu êxito, qual seja, elucidar nos autos o destino mediato dos pagamentos efetuados pela autuada. Ao final, deverá lavrar termo consubstanciado e cientificar a contribuinte para, caso deseje, manifestarse no prazo de 30 dias. Os procedimentos fiscais para cumprir a diligência resultaram na juntada dos documentos de fls. 3173 a 3395. Ao final dos trabalhos foi lavrado relatório de fls. 3396 e 3397 nos seguintes termos: “(...) A Cooperativa de Credito Rural de Brasilia Ltda foi intimado através do TERMO DE INTMAÇÃO FISCAL. n° 01 a: (1) INFORMAR o titular da contacorrente, referente aos cheques relacionados no referido termo, emitidos pela empresa Pedra Grande S/A, tendo como beneficiários as seguintes empresas: Crescimento Construtora Imobiliária Ltda CNPJ: 03.611.089/000110, Agroverde Ltda CNPJ: 25.084.856/000113, Brasfértil Agroindustrial Norte Ltda CNPJ:00.647,412/000118 e W.b. Sousa e Cia Ltda CNPJ: 38.134.516/000100 (cópias dos cheques consta nos autos). Esses cheques foram objetos de endosso e depositados em contacorrente mantida junto a esta instituição; (2) Informar se existem procuradores autorizados a movimentála; Fl. 3799DF CARF MF Processo nº 10746.001435/200443 Resolução nº 1402000.170 S1C4T2 Fl. 3.805 5 (3) Fornecer cópia dos documentos de abertura da aludida conta, extratos e cópias (frente e verso) dos cheques ou documentos de saque de valores acima de R$ 10.000,00 no período de 01/1999 a 12/2000. A intimação deuse em 05 de setembro de 2011 por via postal com Aviso de Recebimento (AR) no RJ 09415630 0 BR. 3. Da resposta do contribuinte 0 contribuinte apresentou resposta ,datada de 26 de setembro de 2011, onde prestou os seguintes esclarecimentos e documentos: • 0 favorecido pelos créditos relacionados no termo de intimação fiscal é a empresa Brasfertil Industria e Comércio de Fertilizantes Ltda conta corrente 2500, inscrita no CNPJ 32.915.670/000124 ( folhas 3212 e 3213); • 0 procurador constituído era Rubens Barbosa Nogueira, CPF: 361.610.63115 instrumento registrado no 2 ° Oficio de Notas e Registro Civil e Protesto de Títulos de Sobradinho Brasilia DF livro 370, folha 124; • 0 contribuinte encaminhou cópias da Ficha de Matrícula, da Ata de Aprovação, do Cartão de abertura da Contacorrente, da Procuração, da Solicitação de Desligamento e Eliminação da Cooperativa, do Diário Auxiliar Contas Correntes Período de Janeiro de 1999 a Dezembro de 2000 , dos cheques de valores acima de R$ 10.000,00, saques, entre outros ( folhas 3217 a 3395) . Não foram apresentados os extratos bancários do período solicitado. 5. Informações Gerais O Sujeito Passivo receberá uma via do presente relatório por via postal, mediante Aviso de Recebimento (AR) RJ 09415631 3 BR, para manifestação no prazo de 30 ( trinta ) dias , se desejar. (...)” Cientificada, a contribuinte apresentou manifestação em 26/01/2012, fls. 3409 e seguintes, na qual afirma que a diligência quebrou indevidamente o sigilo bancário da empresa, pelo que deve ser declarada sua nulidade. Ao final requer (verbis): 1) Seja conhecida, posto que preenchidos os requisitos fixados, a Manifestação aqui expressa; 2) No mérito, dêlhe provimento, declarando a nulidade, por ilegal, da diligência ordenada, pela indevida quebra de sigilo que macula o procedimento. É o sucinto relatório. Fl. 3800DF CARF MF Processo nº 10746.001435/200443 Resolução nº 1402000.170 S1C4T2 Fl. 3.806 6 VOTO Conselheiro Antonio Jose Praga de Souza, Relator. O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos legais e regimentais para sua admissibilidade, dele conheço. Apesar de ter pautado o presente processo para julgamento, ao elaborar o voto constatei que para cumprir a Resolução desta Turma, a Fiscalização necessitou fazer requisições de documentos junto a instituição financeira, configurando “quebra do sigilo bancário” da empresa, conforme registrado no Relatório de Diligência fiscal de fls. 3396, fato questionado pela recorrente (fl. 3.409). Em conformidade com o artigo 62A, § 1º, do /regimento Interno do CARF, “Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543B.” Assim, em face da repercussão geral atribuída ao Recurso Extraordinário nº 601314, pelo Supremo Tribunal Federal, e do artigo 62A, § 1º, do Regimento Interno do CARF, propugno pelo sobrestamento do julgamento do presente processo para aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal, no recurso acima referido. (assinado digitalmente) Antônio José Praga de Souza Fl. 3801DF CARF MF
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Numero do processo: 10660.900084/2009-18
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 28 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed May 03 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador: 31/05/2005
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PRESSUPOSTO.
CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. OBSCURIDADE. EXISTÊNCIA
Nos termos do artigo 65 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, os Embargos de Declaração somente são oponíveis quando o acórdão contiver contradição, omissão ou obscuridade entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma. Identificado tal pressuposto, cabíveis os embargos, de forma parcial e nesta parte, com efeitos infringentes. Embargos Parcialmente Acolhidos.
Numero da decisão: 3201-002.598
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos de declaração.
(assinado digitalmente)
WINDERLEY MORAIS PEREIRA - Presidente Substituto.
(assinado digitalmente)
MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Mércia Helena Trajano DAmorim, Ana Clarissa Masuko dos Santos, José Luiz Feistauer de Oliveira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário e Cássio Schappo. Ausência justificada de Charles Mayer de Castro Souza.
Nome do relator: MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador: 31/05/2005 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PRESSUPOSTO. CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. OBSCURIDADE. EXISTÊNCIA Nos termos do artigo 65 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, os Embargos de Declaração somente são oponíveis quando o acórdão contiver contradição, omissão ou obscuridade entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma. Identificado tal pressuposto, cabíveis os embargos, de forma parcial e nesta parte, com efeitos infringentes. Embargos Parcialmente Acolhidos.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos de declaração. (assinado digitalmente) WINDERLEY MORAIS PEREIRA - Presidente Substituto. (assinado digitalmente) MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Mércia Helena Trajano DAmorim, Ana Clarissa Masuko dos Santos, José Luiz Feistauer de Oliveira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário e Cássio Schappo. Ausência justificada de Charles Mayer de Castro Souza.
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LTDA) ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 31/05/2005 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PRESSUPOSTO. CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. OBSCURIDADE. EXISTÊNCIA Nos termos do artigo 65 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, os Embargos de Declaração somente são oponíveis quando o acórdão contiver contradição, omissão ou obscuridade entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Identificado tal pressuposto, cabíveis os embargos, de forma parcial e nesta parte, com efeitos infringentes. Embargos Parcialmente Acolhidos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em acolher parcialmente os embargos de declaração. (assinado digitalmente) WINDERLEY MORAIS PEREIRA Presidente Substituto. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 66 0. 90 00 84 /2 00 9- 18 Fl. 404DF CARF MF 2 (assinado digitalmente) MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Winderley Morais Pereira, Mércia Helena Trajano DAmorim, Ana Clarissa Masuko dos Santos, José Luiz Feistauer de Oliveira, Pedro Rinaldi de Oliveira Lima, Paulo Roberto Duarte Moreira, Tatiana Josefovicz Belisário e Cássio Schappo. Ausência justificada de Charles Mayer de Castro Souza. Relatório Tratase de despacho para apreciar a admissibilidade de embargos de declaração opostos pelo sujeito passivo, ao amparo do art. 65 do RICARF, aprovado pela Portaria MF n° 343, de 9 de junho de 2015, em face do acórdão n° 3802004.041, de 28/01/2015, que foi assim ementado: Assunto: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIALCOFINS Data do fato gerador: 31/05/2005 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. A Declaração de Compensação é uma confissão de dívida, não há como anular o débito nela confessado, salvo se comprovada a ocorrência de erro de fato no seu preenchimento. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. DISPOSIÇÕES NORMATIVAS. Não há como acolher o pleito de conversão do pedido de compensação como pedido de restituição, por falta de competência para tal. Recurso ao qual se nega provimento. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. Em relação ao pedido de restituição cujo processo foi apensado ao presente, deverá o mesmo ser desapensado para análise do pleito de restituição pela unidade de origem. Ausente justificadamente o conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira, convocado para atuar provisoriamente na 2ª Turma Ordinária da 2ª Câmara da 3ª Seção do CARF. Acompanhou o julgamento a Dra. Lívia Maria Marques Melo, OAB/DF 33.534. Versa o presente processo de pleito de compensação, através de Declaração de Compensação Eletrônica – DCOMP nº 42032.08671.090106.1.3.043130 , transmitida em 09/01/2006, cujo objeto é a compensação de débito de Confins, período de apuração 12/2005, no valor total de R$ 34.226,90 , com crédito oriundo de pagamento indevido ou a maior de Cofins (código 5856), PA 31/05/2005, no valor de R$ 98.466,85. O valor total do crédito original utilizado nesta DCOMP é de R$ 31.135,18. Por sua vez, a DRF/Varginha/MG emitiu Despacho Decisório eletrônico, no qual não homologa a compensação pleiteada, sob o argumento de inexistência do crédito, pois o DARF discriminado no PER/DCOMP foi integralmente utilizado para quitação de débitos do contribuinte. A Delegacia de Julgamento julgou parcialmente o pedido da Recorrente somente para cancelar o débito que seria objeto de pedido de compensação – (DCOMP nº Fl. 405DF CARF MF Processo nº 10660.900084/200918 Acórdão n.º 3201002.598 S3C2T1 Fl. 405 3 42032.08671.090106.1.3.043130, transmitida em 09/01/2006), e indeferir a restituição em razão da ausência do respectivo Pedido Eletrônico de RessarcimentoPER. O sujeito passivo apresentou, tempestivamente, os embargos de declaração, alegando vícios (omissão, contradição e obscuridade) a serem sanados, da seguinte forma: Frisese que, em momento algum, discutiuse no referido Recurso Voluntário questão relativa à existência dos débitos declarados, mas tão somente a existência dos créditos pleiteados e a possibilidade de conversão do PER/DCOMP em Pedido de Restituição. Portanto, o objeto dos recursos ficou limitado aos pontos discutidos pela REQUERENTE. Importante destacar também que o citado acórdão não foi objeto de interposição de Recurso de Oficio, de modo que a existência e cobrança dos débitos compensados restou definitivamente solucionada pela DRJ de Juiz de Fora, jamais tendo a questão sido levada ao E. Conselho Administrativo de Recursos Fiscais ("CARF"). Em outras palavras, restou definitivo o entendimento de que inexistem os débitos que seriam quitados mediante a compensação. Dessa maneira, a carta de cobrança encaminhada juntamente com o acórdão proferido pelo E. CARF é indevida, razão pela qual, na execução da referida decisão, devem ser cancelados no sistema da Receita Federal do Brasil ("RFB") os débitos constantes das declarações de compensação, desapensandose os pedidos de restituição protocolados, para que estes sejam analisados pela autoridade competente. A Turma (Especial) de julgamento, por unanimidade de votos, negou provimento ao recurso voluntário e em relação ao pedido de restituição cujo processo foi apensado ao presente, deixou consignado que deverá o mesmo ser desapensado para análise do pleito de restituição pela unidade de origem. Cientificada da referida decisão, o sujeito passivo, tempestivamente, interpôs embargos de declaração, onde alega omissão/obscuridade ou contradição, cujos embargos devem ser conhecidos e portanto, fazendose necessária a admissibilidade dos mesmos para enfrentamento das matérias a serem analisadas (inexistência de débito reconhecido pela DRJ/possibilidade de pedido de conversão do PER/DCOMP em Pedido de Restituição). Diante do exposto, requer seja dado provimento aos embargos de declaração. Os embargos declaratórios foram conhecidos por decisão do Presidente da Turma, na forma do art. 65, caput, Anexo II, do Regimento Interno do CARF, aprovado pela Portaria MF n° 343, de 9 de junho de 2015. Foi determinada, assim, a inclusão do processo em pauta para julgamento do Colegiado. É o relatório. Voto Fl. 406DF CARF MF 4 Conselheiro MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM A embargante, inconformada com a decisão no julgamento em apreço, opõe embargos, argumentando alega omissão/obscuridade ou contradição, cujos embargos devem ser conhecidos e portanto, fazendose necessária a admissibilidade dos mesmos para enfrentamento das matérias a serem analisadas (inexistência de débito reconhecido pela DRJ/possibilidade de pedido de conversão do PER/DCOMP em Pedido de Restituição). Verificase que o julgamento de primeira instância foi no sentido de julgar procedente em parte a manifestação de inconformidade no sentido de indeferir a restituição em razão da ausência do respectivo Pedido Eletrônico de RessarcimentoPER (preliminar), bem como cancelar a exigência do débito da Dcomp de nº 42032.08671.090106.1.3.043130. Como concluiu no voto: Pelo exposto, voto por julgar PROCEDENTE EM PARTE a manifestação de inconformidade no sentido de indeferir a restituição em razão da ausência do respectivo PER, mas cancelar a exigência do débito da Dcomp nº. 42032.08671.090106.1.3.043130. Portanto, de fato esta sacramentado a exigência de débito na Dcomp acima, não há que se votado em segunda instância, tendo em vista não se tratar de recurso de ofício, pelo exposto, a embargante tem toda razão e os embargos devem ser acolhidos nesta parte. Houve de fato um equívoco por esta relatora. Enfim, restando, apenas em sede de recurso voluntário, a questão de análise, de discussão resumir, portanto, sobre possibilidade de a Recorrente “converter” o seu pedido de compensação em pedido de restituição. Neste ponto, não assiste razão à embargante, pois a análise foi tratada, em preliminar no voto original, que reproduzo: Antes de adentrar no mérito, há que se analisar o pedido de compensação apresentado que seja considerado como pedido de restituição, inclusive motivo de apensação do respectivo processo (de restituição) para deslinde da questão, como solicita a recorrente. Observase o que preceituam o § 1º do art. 3º e o art. 27 da Instrução Normativa SRF nº 600, de 28/12/2005: Art. 3º § 1º A restituição de que trata o inciso I será requerida pelo sujeito passivo mediante utilização do Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação (PER/DCOMP) ou, na impossibilidade de sua utilização, mediante o formulário Pedido de Restituição constante do Anexo I, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório. Art. 27. O crédito do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional que exceder ao total dos débitos por ele compensados mediante a entrega da Declaração de Compensação somente será restituído ou ressarcido pela SRF caso tenha sido requerido pelo sujeito passivo mediante Pedido de Restituição ou Pedido de Ressarcimento formalizado dentro do prazo Fl. 407DF CARF MF Processo nº 10660.900084/200918 Acórdão n.º 3201002.598 S3C2T1 Fl. 406 5 previsto no art. 168 do Código Tributário Nacional. (grifos não são do original) Em sendo assim, e após observação no processo de restituição, falta competência para conversão do pedido de compensação em pedido de restituição. Além do mais, caracterizaria supressão de instância, pois não há nem despacho decisório. Logo, não há como acolher este pleito de conversão do pedido de compensação como pedido de restituição, por total incompetência na apreciação e alertese que o processo apensado deve ser desapensado para seguir o seu próprio rito. Por todo o exposto, nesta parte não há contradição, nem omissão no julgamento. Em sendo assim , a ementa do voto deverá constar o seguinte: Assunto: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIALCOFINS Data do fato gerador: 31/05/2005 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. DISPOSIÇÕES NORMATIVAS. Não há como acolher o pleito de conversão do pedido de compensação como pedido de restituição, por falta de competência para tal. Recurso ao qual se nega provimento. Recurso Negado E no voto, apenas a parte relativa ao pleito de análise sobre a conversão do pedido de compensação em pedido de restituição, dessa forma: O presente recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, razão por que dele tomo conhecimento. Conforme relatado, a decisão a quo concordou com a alegação do contribuinte da inexistência do débito indicado na Dcomp, devendo ser cancelada a sua cobrança. A discussão, portanto, cingese à possibilidade de a Recorrente “converter” o seu pedido de compensação em pedido de restituição. Antes de adentrar no mérito, há que se analisar o pedido de compensação apresentado que pode ser "considerado como pedido de restituição", inclusive motivo de apensação do respectivo processo (de restituição) para deslinde da questão, como solicita a recorrente. Observase o que preceituam o § 1º do art. 3º e o art. 27 da Instrução Normativa SRF nº 600, de 28/12/2005: Fl. 408DF CARF MF 6 Art. 3º § 1º A restituição de que trata o inciso I será requerida pelo sujeito passivo mediante utilização do Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação (PER/DCOMP) ou, na impossibilidade de sua utilização, mediante o formulário Pedido de Restituição constante do Anexo I, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório. Art. 27. O crédito do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional que exceder ao total dos débitos por ele compensados mediante a entrega da Declaração de Compensação somente será restituído ou ressarcido pela SRF caso tenha sido requerido pelo sujeito passivo mediante Pedido de Restituição ou Pedido de Ressarcimento formalizado dentro do prazo previsto no art. 168 do Código Tributário Nacional. (grifos não são do original) Em sendo assim, e após observação no processo de restituição, verificase que falta competência para conversão do pedido de compensação em pedido de restituição. Além do mais, caracterizaria supressão de instância, pois não há nem despacho decisório sobre este fato, inclusive. Logo, não há como acolher este pleito de conversão do pedido de compensação como pedido de restituição, por total incompetência na apreciação e alertese que o processo apensado deve ser desapensado para seguir o seu próprio rito, se for o caso. Conclusão Portanto, feitas as considerações supra, e sem maiores delongas, nego provimento ao recurso voluntário protocolizado pela Recorrente. Alertese mais uma vez, a necessidade de desapensamento do processo de restituição (para seguir rito próprio). Da conclusão dos Embargos Diante do exposto, voto para que seja acolhido parcialmente o recurso formulado pela embargante, para afastar a exigência dos débitos referentes à compensação, nos termos da decisão da primeira instância. (assinado digitalmente) MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Relator Fl. 409DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11080.905930/2011-96
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Dec 07 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Mar 21 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/12/2004 a 31/12/2004
CONTRATOS. PREÇO PREDETERMINADO. ÍNDICE DE REAJUSTE. DESCARACTERIZAÇÃO.
Incumbe à empresa postulante à manutenção na sistemática cumulativa da contribuição a demonstração de que o índice empregado cumpre os requisitos legais, expressamente a de que a variação dos custos efetivamente ocorrida seria igual ou superior à praticada com base no índice contratualmente definido.
Recurso Especial do Procurador Provido.
Numero da decisão: 9303-004.474
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, por voto de qualidade, em dar-lhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Erika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe negaram provimento.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Júlio César Alves Ramos, Tatiana Midori Migiyama, Andrada Márcio Canuto Natal, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza e Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/12/2004 a 31/12/2004 CONTRATOS. PREÇO PREDETERMINADO. ÍNDICE DE REAJUSTE. DESCARACTERIZAÇÃO. Incumbe à empresa postulante à manutenção na sistemática cumulativa da contribuição a demonstração de que o índice empregado cumpre os requisitos legais, expressamente a de que a variação dos custos efetivamente ocorrida seria igual ou superior à praticada com base no índice contratualmente definido. Recurso Especial do Procurador Provido.
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PREÇO PREDETERMINADO. CORREÇÃO. IGPM. Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado COMPANHIA ESTADUAL DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CEEEGT ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/12/2004 a 31/12/2004 CONTRATOS. PREÇO PREDETERMINADO. ÍNDICE DE REAJUSTE. DESCARACTERIZAÇÃO. Incumbe à empresa postulante à manutenção na sistemática cumulativa da contribuição a demonstração de que o índice empregado cumpre os requisitos legais, expressamente a de que a variação dos custos efetivamente ocorrida seria igual ou superior à praticada com base no índice contratualmente definido. Recurso Especial do Procurador Provido. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, por voto de qualidade, em darlhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Erika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe negaram provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Júlio César Alves Ramos, Tatiana Midori Migiyama, Andrada Márcio Canuto Natal, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza e Vanessa Marini Cecconello. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 90 59 30 /2 01 1- 96 Fl. 909DF CARF MF Processo nº 11080.905930/201196 Acórdão n.º 9303004.474 CSRFT3 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Especial apresentado pela Fazenda Nacional contra o Acórdão nº 3803005.920, que julgou o recurso voluntário interposto pela contribuinte contra a não homologação de compensação declarada (PER/DCOMP). A compensação está lastreada em crédito oriundo de pagamento de contribuição supostamente efetuado a maior, em razão de apuração efetuada na sistemática nãocumulativa. O colegiado a quo entendeu, em síntese, que a correção dos preços pelo IGP M não descaracteriza a natureza de preço predeterminado para os efeitos da tributação pelas contribuições cumulativas, incidentes sobre contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003, conforme previsão contida no inciso XI, b, do artigo 10 e inciso V do artigo 15 da Lei nº10.833/2003. Com esse entendimento, ficou caracterizado o pagamento a maior em razão da apuração da contribuição na sistemática não cumulativa. Para comprovar a divergência de interpretação necessária ao conhecimento do seu recurso, a Fazenda Nacional aponta decisões que enfrentaram exatamente a mesma situação mesmo setor econômico, mesmo índice em discussão e concluíram de modo antagônico. Após, sobrevieram contrarrazões em que o sujeito passivo defende o acerto da decisão questionada e pugna pela sua manutenção. É o Relatório. Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9303004.467, de 07/12/2016, proferido no julgamento do processo 11080.909061/201179, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 9303004.467): O recurso cumpre os requisitos regimentais para que seja apreciado; dele conheço. Começo com o registro de que concordo com quase todos os fundamentos da decisão recorrida, da lavra do douto e coerente ex Fl. 910DF CARF MF Processo nº 11080.905930/201196 Acórdão n.º 9303004.474 CSRFT3 Fl. 4 3 membro desta casa, o dr. Belchior Melo de Souza. De fato, apenas discordo dele quando vislumbra diferença semântica relevante entre as locuções presentes na lei ("reajuste em função de ...") e no ato normativo que buscou regulamentar o assunto ("reajuste em percentual ... "). Para mim, nenhuma diferença há aí: reajuste "em função de" quer dizer exatamente "aplicando o percentual previsto no" índice. O que se tem de ver é se o índice cumpre os requisitos da lei, isto é, refletir "a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados, nos termos do inciso II do §1º do art. 27 da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995". É que, como já reiteradamente transcrito, a norma que temos de aplicar autoriza a adoção de dois critérios alternativos e mutuamente excludentes para fixação do reajuste do preço: pode ele expressar a variação dos custos ou se basear em índice que reflita a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados. Por "variação dos custos", entendo eu, quer o ato legal se referir à variação efetivamente ocorrida e devidamente apurada pela empresa em sua escrita contábil. Já o índice que se empregue pode, em princípio, ser qualquer um objeto do acordo celebrado com o cliente, mas não pode superar a efetiva variação dos custos. A meu sentir, a norma sob análise decorre das especificidades do setor em discussão. Como é bem sabido, tratase de uma atividade essencialmente monopolizada, na qual prestador e tomador acordam condições que prevalecerão por períodos de tempo bastante longos. Nesses casos, inexistente um "mercado fixador", o preço é contratualmente definido, especificando o contrato também a forma de reajuste que o preserve dos efeitos inflacionários. Outra especificidade do setor diz com o elevado aporte de capital necessário a sua exploração, o que o fez, até há duas décadas, exclusivamente estatal. A privatização do setor, ocorrida nos idos dos anos 90 do século passado, exigia, por isso, que se garantisse (até onde possível) uma remuneração ao capital privado suficiente a estimular o seu ingresso. E na fixação desse percentual, obviamente, um fator essencial é a "margem de contribuição", no dizer dos contabilistas, ou o markup, na dos economistas: em ambos as acepções, a diferença entre o preço e o custo (unitário, na primeira; marginal, na segunda). E tal diferença, sabidamente, é influenciada pela tributação que incida sobre o setor. É por isso que o legislador, a meu ver acertadamente, previu que o reajuste do preço em percentual "compatível" com a variação efetiva dos custos, por si só, não afetaria a forma de tributação pelas contribuições PIS e COFINS que vigia quando os contratos foram assinados. A rigor, tal regra limitaria a correção dos preços à efetiva variação ocorrida nos custos, mas o legislador a ampliou ao deferir que fosse usado índice, desde que ele refletisse a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados. É importante aqui considerar, como minudentemente feito no voto do dr. Belchior, a diferença entre reajuste, recomposição e repactuação. Citoo: Fl. 911DF CARF MF Processo nº 11080.905930/201196 Acórdão n.º 9303004.474 CSRFT3 Fl. 5 4 Nesse passo, importa identificar três formas de fixação de preços nos contratos em andamento: a repactuação ou revisão, a recomposição e o reajuste. A autorizada doutrina de Marçal Justen Filho1 define o que vêm a ser recomposição e reajuste. “A recomposição é o procedimento destinado a avaliar a ocorrência de evento que afeta a equação econômico financeira do contrato e promove adequação das cláusulas contratuais aos parâmetros necessários para recompor o equilíbrio original. Já o reajuste é procedimento automático, em que a recomposição se produz sempre que ocorra a variação de certos índices, independentemente de averiguação efetiva do desequilíbrio” A recomposição, também chamada de revisão, decorre de fatos imprevisíveis: caso de força maior, caso fortuito, fato do príncipe ou álea econômica extraordinária. O reajuste objetiva reconstituir os preços praticados no contrato em razão de fatos previsíveis, é dizer, álea econômica ordinária, no momento da contratação, ante a realidade existente, como a variação inflacionária. Por decorrência, o reajuste deve retratar a alteração dos custos de produção a fim de manter as condições efetivas da proposta contratual, embora muitas vezes não alcance este desiderato relativamente a certo segmento ou agente econômico. A repactuação visa à adequação dos preços contratuais aos novos preços de mercado e, no âmbito da Administração Pública Federal, encontrase regulamentada no art. 5º do Decreto nº 2.271, de 7 de julho de 19972. A possibilidade de repactuação prevista neste decreto não se faz acompanhar de disciplina acerca dos seus efeitos tributários, valendo a citação apenas para destacar a definição do signo repactuação. Novamente, em nada posso divergir dessa conceituação, mas tampouco posso concordar com a conclusão que dela extrai meu celebrado colega: para mim, a possibilidade de o contrato estabelecer cláusula de alteração em consequência de mudança tributária que venha a afetar o preço, implementada posteriormente à assinatura do contrato, está exatamente a validar o meu entendimento. É que ela seria totalmente desnecessária (ao menos no tocante às contribuições em tela) se fosse possível mantêlo no regime cumulativo pela aplicação de qualquer índice contratual, pois, nesse caso, nunca haveria impacto tributário do reajuste. Penso que, ao contrário, ela pode se dar (caso a correção pelo índice leve à tributação não cumulativa) o que atrai o procedimento de recomposição. Divirjo, portanto, dos que entendem (como parece ser a conclusão da decisão recorrida) que a autorização legal esteja a permitir que a 1 Filho, Marçal Justen. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. São Paulo: Dialética, 10. ed., 2004, p. 389. 2 Art. 5º Os contratos de que trata este Decreto, que tenham por objeto a prestação de serviços executados de forma contínua poderão, desde que previsto no edital, admitir repactuação visando à adequação aos novos preços de mercado, observados o interregno mínimo de um ano e a demonstração analítica da variação dos componentes dos custos do contrato, devidamente justificada. Fl. 912DF CARF MF Processo nº 11080.905930/201196 Acórdão n.º 9303004.474 CSRFT3 Fl. 6 5 empresa adote um determinado índice e não mais precise averiguar se ele é inferior ou superior à efetiva variação dos seus custos. É óbvio que se for inferior, não estará autorizada a deixar de aplicar o índice contratualmente previsto para reajuste. Aplicamse, nesse caso, as disposições contratuais relativas à recomposição e/ou repactuação, conforme didaticamente exposto pelo dr. Belchior em seu voto. O que isso não implica, porém, é que, em qualquer caso, mantém se o regime cumulativo, pois não é isso o que diz o ato legal. Necessário, pois, provar. Quando se trata de lançamento de ofício, essa prova, a meu sentir, há de ser exigida e desconstituída fundamentadamente pela fiscalização para que possa ser mantido o lançamento. Já nos casos, como o presente, em que é a própria empresa quem postula administrativamente a sistemática cumulativa, ela deve ser a primeira peça a instruir o seu pleito. No presente caso, do relatório da decisão recorrida e da leitura da íntegra do processo, não encontro qualquer prova, no entanto, ainda que a empresa tenha afirmado em seu recurso voluntário que: "(...) em nenhum momento foram aferidos os custos de produção do contribuinte no período fiscalizado. Nesse caso, mesmo considerando que o IGPM desfigura o conceito normativo de preço predeterminado, não poderia ter sido ignorada outra prerrogativa legal, a qual estabelece um percentual não superior ao acréscimo do custo de produção". Como já repetidamente afirmado, tal prova competia a ela, postulante, e não à fiscalização. Fora isso, a defesa da empresa lastreiase essencialmente no ato da ANEEL, que efetivamente afirma que o IGPM cumpre o requisito legal relativo à tributação aqui discutida. Isso não obstante, rejeito o argumento, pois a competência da ANEEL não alcança matéria tributária. Com efeito, entre as atribuições daquela agência reguladora, exaustivamente elencadas na própria lei que a criou3, nada há acerca da tributação incidente sobre o setor. Assim, as Notas Técnicas e as Resoluções daquela agência reguladora aplicamse às questões inerentes à geração e à distribuição de energia elétrica e às atividades correlatas. Sua competência, pois, restringese à seara dos contratos, dos preços da energia e da remuneração das concessionárias e permissionárias desses serviços públicos. Por óbvio, entre tais atribuições está dizer que possa ser contratualmente previsto o IGPM. O que não pode é dizer que isso implica tal ou qual consequência tributária. No presente caso, como já afirmado, embora postule a compensação, nada trouxe a empresa que comprovasse a adequação do índice aos ditames legais. Voto, pois, por dar provimento ao recurso da Fazenda Nacional. 3 Lei 9.427/96, arts. 3º e 4º Fl. 913DF CARF MF Processo nº 11080.905930/201196 Acórdão n.º 9303004.474 CSRFT3 Fl. 7 6 Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, conheço do recurso especial da Fazenda Nacional, e, no mérito, doulhe provimento. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 914DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13609.000223/2005-92
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Fri Apr 07 00:00:00 UTC 2017
Ementa: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL - ITR
Exercício: 2002
ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL - ADA.
A partir do exercício de 2001, para os contribuintes que desejam se beneficiar da isenção da tributação do ITR com base no ADA, que é o caso das áreas de proteção permanente e reserva legal, este documento passou a ser obrigatório, por força da Lei n° 10.165, de 28/12/2000.
Recurso especial negado
Numero da decisão: 9202-001.012
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar
provimento ao recurso em relação à área de reserva legal. Vencidos os Conselheiros Gustavo Lian Haddad, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira e Susy Gomes Hoffmann. Pelo voto de qualidade, em negar provimento ao recurso em relação à área de preservação permanente.
Vencidos os Conselheiros Gonçalo Bonet Allage, Manoel Coelho Arruda Junior, Gustavo Lian Haddad, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira e Susy Gomes Hoffmann.
Matéria: ITR - ação fiscal - outros (inclusive penalidades)
Nome do relator: Julio Cesar Vieira Gomes
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ementa_s : IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL - ITR Exercício: 2002 ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL - ADA. A partir do exercício de 2001, para os contribuintes que desejam se beneficiar da isenção da tributação do ITR com base no ADA, que é o caso das áreas de proteção permanente e reserva legal, este documento passou a ser obrigatório, por força da Lei n° 10.165, de 28/12/2000. Recurso especial negado
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A partir do exercício de 2001, para os contribuintes que desejam se beneficiar da isenção da tributação do ITR com base no ADA, que é o caso das áreas de proteção permanente e reserva legal, este documento passou a ser obrigatório, por força da Lei n° 10.165, de 28/12/2000. Recurso especial negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso em relação à área de reserva legal. Vencidos os Conselheiros Gustavo Lian Haddad, Ryeardo Henrique Magalhães de Oliveira e Susy Gomes Hoffinann. Pelo voto de qualidade, em negar provimento ao recurso em relação à área de preservação permanente. Vencidos os Conselheiros Gonçalo Bonet Allage, Manoel Coelho Arruda Junior, Gustavo Lian Haddad, Rycardo Henrique Magalhãq de Oliveir4 e Susy Gomes Hoffinann_ EDITADO EM: r( 1, SE -i ZWU Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Freitas Barreto (Presidente), Susy Gomes Hoffinann (Vice-Presidente), Caio Marcos Candido, Gonçalo Bonet Allage, Julio César Vieira Gomes, Manoel Coelho Arruda 'Junior, Gustavo Lian Haddad, Francisco de Assis Oliveira Junior, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira e Elias Sampaio Freire. Relatório Trata-se de recurso especial de divergência interposto pelo contribuinte contra a exigência do ato declaratório ambiental para as áreas de preservação permanente e utilização limitada, O voto vencedor do acórdão recorrido informa as áreas glosadas: Logo, o requerente não comprovou nos autos a protocolização, mesmo que intempestiva, do requerimento do ADA junto ao IBAMÁ Quanto à área de reserva legal, a mesma, também, deve estar embacia e esta averbação deve ser providenciada em data anterior à da ocorrência do ,fato gerador da obrigação tributária ou, se fbr realizada posteriormente, deve se reportar àquela data anterior, A supracitada averbação está taxativamente determinada pela legislação de regência do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural 2 ITR, ou seja, a mesma é objeto tanto da Lei n°4 771, de 15 de setembro de 1965 ("(Jódigo Florestal), quanto da Lei n°7.803, de 18 de julho de 1989 (que altera a redação da Lei n° 4.771/65), estando também prevista implicitamente na Lei n°9.393/1996. Seguem ementas do acórdão recorrido e de um dos acórdãos paradigmas: ASSUNTO . IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL- ITR Exercício: 2002 ÁREAS DE' PRESERVAÇÃO PERMANENTE E ÁREA DE RESERVA LEGAL - COMPROPAÇÃO Para que as áreas de Preservação Permanente e de Utilização Limitada estejam isentas do ITR, é preciso que as mesmas estejam perfeitamente identificadas por documentos idôneos e que assim sejam reconhecidas pelo IBAMA ou por órgão estadual competente, mediante Ato Declamatório Ambiental - ADA, ou que o contribuinte comprove ter requerido o referido ato àqueles órgãos, em tempo hábil Para a área de utilização limitada/reserva legal deve, também, estar averbada à margem da matricula do imóvel à época do respectivo fato gerador DA ÁREA DE UTILIZAÇÃO LIMITADA/INTERESSE ECOLÓGICO. Para exclusão dessas áreas de tributação, se faz 2 Processo ri" 1.3609.000223/2005-92 Acórdão n 9202-01.012 CSRF-1-2 Fl 2 necessário, além de Ato de órgão competente federal ou estadual reconhecendo as mesmas como sendo de interesse ecológico, que seja comprovado, pelo menos a protocalização, em tempo hábil,: do requerimento do competente ADA, junto ao JBAMAJ9çgSo conveniado. RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO. Acórdãos paradigmas: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - 1TR Exercicio:. 2001 . Ementar-1TR 2001; Prevalece a inteligência do ..parágrafo sétimo do artigo 10 da Lei 9,393/96 introduzido pela -Medida Provisória .2.166-67 de .24/08/01 em detrimento do disposto na Lei 10.16.5/2000 que traz a presunção legal em .favor do contribuinte, de modo que vale o por ele declarado, em termos de áreas de preservação permanente c de reserva legal, até que o .fisco demonstre, por meio de provas hábeis, a falsidade de sua declaração. A ausência do ADA não tem o condão de .fazer incidir o 1TR sobre as áreas de reserva legal e de preservação permanente declarada pelo contribuinte, ainda mais, quando devidamente comprovadas pelo sujeito passivo. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO Em contra-razões sustenta a Fazenda Nacional que: a) A exigência existe desde a Lei n° 6.938, de 31/08/1981 com a redação dada pela Lei n° 10.165/2000, reiterando-se os termos da supracitada instrução normativa; b) A exigência alinha-se com a norma que consagrou o beneficio, servindo como meio para comprovação da área alcançada; c) A declaração evita que o direito seja comprovado por meios mais gravosos e dispendiosos, corno a nomeação de peritos; e d) Não se discute a materialidade, isto é, ser ou não a área de preservação permanente ou reserva legal, mas apenas o descumprimento de exigência essencial para que se valha do direito legal ao beneficio tributário, sempre interpretado literalmente. É o Relatório. 3 Voto Conselheiro Julio Cesar Vieira Gomes, Relator Sendo tempestivo e comprovada a divergência, conheço do recurso e passo ao seu exame. A apresentação do Ato Declaratório Ambiental — ADA se tomou obrigatória, a partir do exercício de 2001, para os contribuintes que desejam se beneficiar da isenção da tributação do ITR, por força da Lei n° 10.165, de 28/12/2000. Dispõe o art. 17-0 daquela Lei, "in verbis": "Art. 17-° Os proprietários rurais que se beneficiarem com redução do valor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural — ITR, com base em Ato Declarató rio Ambiental — deverão recolher ao IBAMA a importância prevista no item 3 11 do Anexo VII da Lei n° 9.960, de 29 de janeiro de 2000, a titulo da Taxa de Vistoria. 1°- A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar do ITR é obrigatória. 0."ASSilil sendo, para que o sujeito passivo possa se beneficiar da ¡MIO° do ITR relativa às áreas de preservação permanente, reserva legal/utilização limitada, interesse ecológico e etc., a partir do exercício de 2001, deve apresentar o Ato Declaratório Ambiental ADA (ou, pelo menos, comprovar a protocolização do requerimento do mesmo no órgão competente na data legalmente estabelecida). Nos termos do art.. 10, § 4 0 da Instrução Normativa SRF n" 43, de 07/05/1997, com a redação dada pelo art. I' da Instrução Normativa SRF n° 67, de 01/09/1997, o contribuinte teria o prazo de seis meses, contado da data da entrega da DITR, para protocolizar requerimento do ato declaratório junto ao 'barna. Para o exercício de 2001, o prazo se expirou em 28/03/2002, ou seja, seis meses após o prazo final para a entrega da DITR. Uma vez que a apresentação do ADA foi intempestiva e, no caso de área de preservação permanente, é documento fundamental para gozo da isenção, não vejo corno se afástar a regra de exigência. Quanto a área de reserva legal, verifico nos autos que não houve averbação tempestiva e nem apresentado o ADA, conforme trecho da decisão recorrida, transcrito no relatório, Para a área conceituada como reserva legal pelo artigo 16, §2° do Código Florestal, com a redação trazida pela Lei n° 7,803/89, a exigência é a averbação no órgão competente de registro da destinação para preservação ambiental de área não inferior a 20% do total do imóvel. É o que se conclui da combinação com a parte final do artigo 11 inciso I da Lei n° 8.847/94, acima transcrito, 4 Processo ri" 13609 000223/2005-92 Acórdão ri" 9202-0L012 CSRF-T2 Fl. 3 Tem-se que a, ao alterar o art. 16 da Lei n" 4.771/65, acrescentou-lhe dois parágrafos, sendo que, na hipótese dos autos, interessa-nos o § .2", com a seguinte redação, in verbis: "Art. 16. . § . § 2" A reserva legal, assim entendida a área de, no mínimo, 20% (vinte por cento) de cada propriedade, onde não é permitido o corte raso, deverá ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento da área." Além da definição, merecem ressaltos os efeitos da averbação de determinada área imobiliária como reserva legal. Não se trata de formalidade, mas sim de ato constitutivo. Ela modifica o direito real sobre o imóvel e para tanto deve ser adotada a mesma forma, que é o registro no órgão competente, nos termos do artigo 1227 do Código Civil, verbis: Art. 1,227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. Por essa razão é que o Código Florestal passou a exigir a averbação no registro de propriedade do imóvel, fazendo com que a partir de então sobre aquela área o proprietário se submeta às limitações administrativas que lhe são impostas pela lei. Nesse sentido, transcrevo voto do Conselheiro Luis Marcelo Guerra de Castro (Acórdão if 303- 34.883 de 07/11/2007, da Terceira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes): Consoante pródiga jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, v.g, os EDcl no AgRg no REsp 255170 / SP, Min. Luiz Eia- e o RMS 18301 / MG, Min. João Otávio de Noronha, a reserva legal representa uma modalidade de limitação administrativa à propriedade rural. Como tal, tanto pode sujeitar o proprietário a obrigações de não fazer (o corte raso) quanto de fazer (de delimitar a área de reserva e averbá-la junto ao órgão competente). Veja-se a lição Maria Silvia di Pietro (Direito Administrativo, São Paulo. Atlas. 2003. 15" ed, p. 1.28) As limitações podem, portanto, ser definidas como medidas de caráter geral, impostas com fundamento no poder de policia do Estado, gerando para os proprietários obrigações positivas ou negativas, com o .fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao bem-estar social.(destaquei) De se notar, que, para a solução da lide, interessa definir em que momento se considera constituída tal restrição administrativa, pois somente após a sua constituição é que se coafigura debatida hipótese de incidência "negativa", que exclui as áreas submetidas à restrição do pagamento do ITR. Com as devidas vênias, portanto, não me filio ao entendimento de que a averbação seria apenas urna mera formalidade, cujo descumprimento implicaria multa administrativa, e só: Não se admite que o Fisco afirme sustentação legal no Código Florestal para exigir averbação das áreas como condição ao seu reconhecimento como isentas de tributação pelo ITR. Esse tipo de infração ao Código Florestal pode e deve acarretar sanção punitiva, mas que não atinge em nada o direito de isenção do ITR quanto a essas áreas se elas forem de fato de preservação permanente, de reserva legal ou de servidão federal, conforme definidas na Lei 4. 771/65 (Código Florestal) ) De fato agrediria a lógica elementar estabelecer como condição prévia à isenção de área sob reserva legal, o mero ato de averbação, acessório, complementar na tarefa central de buscar a preservação da área, e que cumpre a finalidade especifica de dar conhecimento erga mames, de forma a que qualquer adquirente posterior esteja ciente e possa ser responsabilizado pelo des cumprimento da limitação de utilização imposta por lei, para áreas com certas características geográficas, ecológicas, históricas, de interesse ambiental, que constituem patrimônio nacional a ser obrigatoriamente preservado, independentemente de qualquer ato declaratório do fisco ou de qualquer outro órgão administrativo. A definição de área de reserva legal é estabelecida no Código Florestal, a existência de áreas conforme a definição caracteriza a obrigação imposta não apenas ao proprietário, mas a todos, inclusive à administração pública, de preservação de tal área (Recurso Voluntário n" 127_562, de lavra do i, Conselheiro Zenaldo Loibman) É uma peculiaridade da reserva legal a eleição pelo próprio proprietário ou possuidor de qual parte da propriedade, não inferior a 20%, será reservada para a proteção ambiental. É a única modalidade que apresenta essa característica, nas demais, por exemplo a área de preservação permanente, a própria lei cuida de delimitá-la. Repito: somente se constitui reserva legal com a averbação da área eleita pelo proprietário/possuidor. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal pacificou-se nesse mesmo sentido. Transcrevo o resultado de pesquisa realizada pelo Conselheiro Luís Marcelo Guerra de Castro (Acórdão á' 303-34S83 de 07/11/2007, da Terceira Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes): No Pretória Excelso, tal posição .firmou-se a partir do .julgamento do Mandado de Segurança /7" 22688-9/PB (Tribunal Pleno, relatado pelo Ministro Moreira Alves, Ri de 28/D4/2000) em que se discutia os efeitos da constituição de reserva legal sobre o cálculo da produtividade de imóvel em processo de desapropriação para fins de reforma agrária. A questão, portanto, é saber, a despeito de não averbada se a área correspondente à reserva legal deveria ter sido excluída da área aproveitável total do imóvel para fins de apuração da sua 6 Processo n" 13609 000223/2005-92 Acórdão n 9202-01,012 CSRF-T2 H 4 produtividade nos termos do art. 60, capa!, parágrafo, da Lei 8.629/93, tendo em vista o disposto no art.. 10, IV dessa Lei de Reforma Agrária, Diz o ar! 10. Art. 10. Para efeito do que dispõe esta lei, consideram-se não aproveitáveis, ) IV - as áreas de efetiva preservação permanente e demais áreas protegidas por legislação relativa à conservação dos recursos naturais e à preservação do meio ambiente. Entendo que esse dispositivo não se refere a uma fração ideal do imóvel, ;nas as áreas identificadas ou identificáveis. Desde que sejam conhecidas as áreas de efetiva preservação permanente e as protegidas pela legislação ambiental devem ser lidas como aproveitadas. Assim, por exemplo, as matas ciliares, nascentes, as margens de cursos de água, as áreas de encosta, os manguezais. A reserva legal não é uma abstração matemática. Há de ser entendida como uma parte determinada do imóvel Sem que esteja identificada, não é possível saber se o proprietário vem cumprindo as obrigações positivas e negativas que a legislação ambiental lhe impõe Por outro lado, se sabe onde concretamente se encontra a reserva, se ela não foi medida e demarcada, em caso de divisão ou desmembramento de imóvel, o que dos novos proprietários só estaria obrigado por a preservar vinte cento da sua parte. Desse modo, a cada nova divisão ou desmembramento, haveria uma diminuição do tamanho da reserva, proporcional à diminuição do tamanho do imóvel, com o que restaria .frustrada a proibição da mudança de sua destinação nos casos de transmissão a qualquer título ou de desmembramento, que a lei florestal prescreve Estou assim em que, sem a averbação determinada pelo áç 2' do art. 16 da Lei n° 4.771/6.5 não existe a reserva legal. (os destaques não constam cio original) Nessa mesma linha, o MS 23.370-.2/GO, Tribunal Pleno, Relator designado Min. Sepálveda Pertence, RI de 28/04/2000: EMENTA: 1 - Reforma agrária. apuração da produtividade do imóvel e reserva legal: A "reserva legal", prevista no art. 16, 2° do Código Florestal, não é quota ideal que possa ser subtraída da área total do imóvel rural, para o . fim do cálculo de sua produtividade (cf L. 8.629/93, ar!. 10, ITO,sem que esteja identificada na sua averbação (v .g MS 2.2.688) 7 Apenas para demonstrar a manutenção desse entendimento .jurisprudencial na Excelsa Corte, trago à colação o MS 25186 / DF, Tribunal Pleno, de relatoria do Ministro Carlos Brito, publicado no Di de 02/03/2007. Segundo a .jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a área de reserva florestal não identificada no registro imobiliário não é de ser subtraída da área total do imóvel para afim de cálculo da produtividade. Precedente. MS 22,688_ Peço licença para transcrever novamente outro trecho do voto condutor onde tal entendimento fica consignado: Relembrando o que observou o Ministro Pertence, uma diferença essencial entre as áreas de reserva legal e de preservação permanente, é exatamente a ausência de pré-definição de quais são as áreas efetivamente sujeitas a proteção diferenciada.. Antes da demarcação, portanto, o efeito invocado no voto condutor resta esvaziado, pois inexiste área a proteger, apenas a obrigação de se constituir um percentual sujeito a proteção, Quanto às exigências relacionadas à reserva legal, portanto, conclui-se que a averbação junto ao registro de imóveis competente é essencial para a sua constituição corno tal, o que implica a inclusão na base de cálculo do 1TR da área ainda não averbada quando da ocorrência do fato gerador do tributo. Em razão do exposto, entendo que o acórdão recorrido não merece reparos, mantendo-se o valor glosado Concluo, portanto, que ao recurso especial do contribuinte deva ser negado provimento, 1,-\ Juliol'aêWarVieir a Gomes 8
score : 1.0
Numero do processo: 10880.722874/2014-11
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Mon Feb 20 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Mar 02 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 09/01/2009 a 21/12/2009
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO VOLUNTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE.
Não deve ser conhecido o Recurso interposto após o prazo de trinta dias contados da ciência da decisão de 1ª instância.
Numero da decisão: 3402-003.853
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário por intempestividade, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Antonio Carlos Atulim - Presidente.
(assinado digitalmente)
Carlos Augusto Daniel Neto - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os seguintes Conselheiros: Antônio Carlos Atulim (Presidente), Jorge Olmiro Lock Freire, Carlos Augusto Daniel Neto, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Thais de Laurentiis Galkowicz e Waldir Navarro Bezerra.
Nome do relator: CARLOS AUGUSTO DANIEL NETO
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INTEMPESTIVIDADE. Não deve ser conhecido o Recurso interposto após o prazo de trinta dias contados da ciência da decisão de 1ª instância. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso voluntário por intempestividade, nos termos do relatório e do voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Antonio Carlos Atulim Presidente. (assinado digitalmente) Carlos Augusto Daniel Neto Relator. Participaram da sessão de julgamento os seguintes Conselheiros: Antônio Carlos Atulim (Presidente), Jorge Olmiro Lock Freire, Carlos Augusto Daniel Neto, Maysa de Sá Pittondo Deligne, Maria Aparecida Martins de Paula, Diego Diniz Ribeiro, Thais de Laurentiis Galkowicz e Waldir Navarro Bezerra. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 72 28 74 /2 01 4- 11 Fl. 379DF CARF MF 2 Relatório Tratase de auto de infração para lançamento da multa de 100% do valor aduaneiro, no total de R$ ..., relativa as operações de importação realizadas por meio das DI 09/00357635, 09/03236561, 09/0677713, 09/18053115 e 09/1813514, para as quais a TERRA E MAR seria o real adquirente. Impugnada a autuação, a DRJ de Florianópolis negou provimento em acórdão assim ementado: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 09/01/2009 a 21/12/2009 INSUBSISTÊNCIA. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. O auto de infração deverá conter, obrigatoriamente, entre outros requisitos formais, a capitulação legal e a descrição dos fatos. Somente a ausência total dessas formalidades é que implicará na invalidade do lançamento, por cerceamento do direito de defesa. Ademais, se a Pessoa Jurídica, revela conhecer plenamente as acusações que lhe foram imputadas, rebatendoas, uma a uma, de forma meticulosa, mediante defesa, abrangendo não só outras questões preliminares como também razões de mérito, descabe a proposição de cerceamento do direito de defesa. DECADÊNCIA. INTERPOSIÇÃO FRAUDULENTA. Nos casos de fraude, simulação ou dolo, tais como a interposição fraudulenta na importação, a contagem do prazo decadencial deve ser feita nos termos do artigo 173, inciso I, do CTN, tanto para o lançamento de tributos quanto para a imposição de penalidades. INTERPOSIÇÃO FRAUDULENTA. DANO AO ERÁRIO. PENA DE PERDIMENTO DA MERCADORIA. CONVERSÃO EM MULTA. Constitui dano ao Erário as infrações relativas às mercadorias estrangeiras importadas com ocultação do sujeito passivo, do real comprador ou responsável pela operação, mediante fraude ou simulação, inclusive a interposição fraudulenta de terceiros, sujeita à pena de perdimento das mercadorias, convertida em multa equivalente ao valor aduaneiro, caso as mercadorias não sejam localizadas ou tenham sido consumidas. Inconformado, o Contribuinte apresentou Recurso Voluntário, sendo o processo remetido ao CARF para julgamento. É o relatório suficiente. Fl. 380DF CARF MF Processo nº 10880.722874/201411 Acórdão n.º 3402003.853 S3C4T2 Fl. 3 3 Voto Conselheiro Carlos Augusto Daniel Neto O Contribuinte recebeu a intimação da decisão da DRJ em sua caixa postal eletrônica na data de 24/03/2015, conforme termo de fl. 343. Em não acessando a mensagem, deuse a ciência eletrônica por decurso de prazo, contados 15 dias da disponibilização dos documentos na caixa postal, na data de 08/04/2015, conforme o art. 23 do Decreto 70.235/72: Art. 23. Farseá a intimação: (...) § 2° Considerase feita a intimação: III se por meio eletrônico:(Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013) a) 15 (quinze) dias contados da data registrada no comprovante de entrega no domicílio tributário do sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013) b) na data em que o sujeito passivo efetuar consulta no endereço eletrônico a ele atribuído pela administração tributária, se ocorrida antes do prazo previsto na alínea a; ou(Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013) c) na data registrada no meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo; Considerandose 08/04/2015 (quartafeira) a data de ciência, aplicase os arts. 5º e 33 do Decreto 70.235/72, verbis: Art. 5º Os prazos serão contínuos, excluindose na sua contagem o dia do início e incluindose o do vencimento. Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. Feita a contagem do prazo na forma determinada pela legislação de regência, o prazo de interposição de Recurso Voluntário se encerrou no dia 08/05/2015. Compulsando a folha de rosto do Recurso Voluntário (fl.347), verificase que a data do protocolo do mesmo foi 03/07/2015, logo, mais de dois meses após o encerramento do prazo: Fl. 381DF CARF MF 4 Diante do comando expresso do art. 35 do Decreto 70.235/72, é dever deste Colegiado julgar a intempestividade do Recurso. Assim, voto por não conhecer do Recurso Voluntário do Contribuinte por intempestividade do mesmo. Carlos Augusto Daniel Neto Relator Fl. 382DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10725.903008/2009-54
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 31 00:00:00 UTC 2012
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Exercício: 2001
PRELIMINAR DE NULIDADE. DESPACHO DECISÓRIO. DESCABIMENTO.
Tendo sido o Despacho Decisório prolatado por autoridade para tanto competente [Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)] e com fundamento em informações prestadas pela própria Recorrente (DComp x Darf x DCTF), descabe se falar em nulidade por incompetência ou por cerceamento do direito de defesa.
ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ
Exercício: 2001
SERVIÇOS HOSPITALARES. LEI Nº 9.249, DE 1995. DEFINIÇÃO DA
EXPRESSÃO.
Devem ser considerados serviços hospitalares “aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde”, de sorte que, “em regra, mas não necessariamente, são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindo-se as simples consultas médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos consultórios médicos” (STJ Recurso Repetitivo).
Numero da decisão: 1803-001.173
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar
provimento parcial ao recurso, para homologar a compensação pleiteada até o limite do direito creditório reconhecido (R$ 1.761,37), nos termos do relatório e votos que integram o presente
julgado
Nome do relator: Sérgio Rodrigues Mendes
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ementa_s : PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2001 PRELIMINAR DE NULIDADE. DESPACHO DECISÓRIO. DESCABIMENTO. Tendo sido o Despacho Decisório prolatado por autoridade para tanto competente [Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)] e com fundamento em informações prestadas pela própria Recorrente (DComp x Darf x DCTF), descabe se falar em nulidade por incompetência ou por cerceamento do direito de defesa. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Exercício: 2001 SERVIÇOS HOSPITALARES. LEI Nº 9.249, DE 1995. DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO. Devem ser considerados serviços hospitalares “aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde”, de sorte que, “em regra, mas não necessariamente, são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindo-se as simples consultas médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos consultórios médicos” (STJ Recurso Repetitivo).
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Exercício: 2001 PRELIMINAR DE NULIDADE. DESPACHO DECISÓRIO. DESCABIMENTO. Tendo sido o Despacho Decisório prolatado por autoridade para tanto competente [AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)] e com fundamento em informações prestadas pela própria Recorrente (DComp x Darf x DCTF), descabe se falar em nulidade por incompetência ou por cerceamento do direito de defesa. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Exercício: 2001 SERVIÇOS HOSPITALARES. LEI Nº 9.249, DE 1995. DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO. Devem ser considerados serviços hospitalares “aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde”, de sorte que, “em regra, mas não necessariamente, são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindose as simples consultas médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos consultórios médicos” (STJ Recurso Repetitivo). Fl. 63DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 64 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, para homologar a compensação pleiteada até o limite do direito creditório reconhecido (R$ 1.761,37), nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. Ausente justificadamente o Conselheiro Victor Humberto da Silva Maizman. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Presidente (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Selene Ferreira de Moraes, Meigan Sack Rodrigues, Walter Adolfo Maresch, Sérgio Rodrigues Mendes, Sérgio Luiz Bezerra Presta e João Carlos Figueiredo Neto. Fl. 64DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 65 3 Relatório Por bem retratar os acontecimentos do presente processo, adoto o Relatório do acórdão recorrido (fls. 42): Trata o presente processo de declaração de compensação – DCOMP de nº 39142.38283.200809.1.7.043171, apresentada pelo contribuinte acima identificado com dito crédito de pagamento indevido ou a maior de imposto de renda – IRPJ, cód 2089, no valor de R$ 1.774,56, do período de apuração (PA) 31/12/2000 (4º trimestre de 2000), para compensar débitos do PA dezembro de 2004 de contribuição para o PIS/PASEP, cód. receita 8109, no valor de R$ 31,00 e COFINS, cód. receita 2172, de R$ 143,09. 2. A compensação não foi homologada pela autoridade fazendária, pelo Despacho Decisório nº 848589954, de 7/10/2009, sob o argumento de que, a partir das características do DARF discriminado na DCOMP acima identificada, foram localizados um ou mais pagamentos que foram integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados na DCOMP. 3. Inconformada, a interessada apresentou manifestação de inconformidade aos fls. 1 e 2, alegando em síntese que: 3.1. o crédito pleiteado de pagamento a maior ou indevido existe e foi informado ao fisco; 3.2. que o IRPJ supostamente devido pelo contribuinte no 4º trimestre de 2000 se constata pela DCTFretificadora, entregue em 14/08/2009; 3.3 que a impugnante não apurou tributo a pagar em 31/01/2001, tendo realizado um pagamento indevido no valor de R$ 1.774,56, gerando, por conseguinte, o crédito de mesmo valor; 3.4. se conclui que o débito satisfeito com o valor pago que consta do DARF discriminado na DCOMP inexiste, pois o contribuinte nada devia a título de IRPJ no 4º trimestre de 2000, conforme DCTFretificadora; 3.5. de todo o exposto, requereu para ser recebida a manifestação de inconformidade, por sua tempestividade, suspendendose a exigibilidade do crédito tributário, e considerandoa procedente e reformando a decisão que não homologou a compensação. 2. A decisão da instância a quo foi assim fundamentada (fls. 42 a 44): 5. O contribuinte recolheu aos cofres públicos, em 31/01/2001, o DARF com as seguintes características: PA de 31/12/2000, cód. receita 2089, de R$ 1.774,56. O pagamento foi confirmado no sistema eletrônico da Receita Federal, cf. consta do Extrato Sistêmico RFB do 4º trimestre do anocalendário de 2000, fl. 37. 6. Em DCTF retificadora datada de 08/05/2006, o mesmo contribuinte declarou um débito de IRPJ, cód. receita 2089, no valor de R$ 7.099,34, mas, em 14/09/2009, apresentou nova DCTF retificadora, declarando que não mais existia o Fl. 65DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 66 4 débito anteriormente informado do mesmo IRPJ, cód. 2089 (vide Extrato Sistêmico RFB do 4º trimestre do anocalendário de 2000, fls. 38verso a 40), sem juntar qualquer documentação comprobatória da veracidade das informações nela contidas. 7. Consultada a declaração do imposto de renda da pessoa jurídica (DIPJ) do exercício de 2001, anobase de 2000, vemos, no Extrato Sistêmico RFB do 4º trimestre do anocalendário de 2000, fls. 37verso e 38, que não há DIPJ retificadora, e a única DIPJ, original, apresentada sob o nº 0929197, acusava, para o trimestre 4 do anocalendário de 2000, um imposto de renda a pagar de R$ 1.774,57. 8. A restituição/compensação de tributos no âmbito da Receita Federal do Brasil é regida pelos artigos 165 e 170 da Lei nº 5.172/1966 (Código Tributário Nacional – C.T.N.) que assim dispõe: [...]. 9. Quanto à retificação da DCTF efetuada pelo contribuinte, o mesmo CTN assim dispõe: [...]. 10. Temos que, por um lado, o contribuinte vem afirmando, em DCTF retificadora apresentada em 14/09/2009, que, no 4º trimestre de 2000, não havia IRPJ, cód 2089, a pagar; por outro lado, a DIPJ originalmente apresentada, ativa e única, aponta para um IRPJ a pagar de R$ 1.774,56, valor idêntico ao que foi recolhido em DARF pelo contribuinte. 11. Ainda que houvesse coerência nas declarações prestadas pelo contribuinte (pois não há), deveria ele provar, com a apresentação de sua escrituração contábil e fiscal, as razões da mudança do seu entendimento quanto ao real valor devido de IRPJ, cód. 2089 do PA 4º trimestre de 2000, para que o crédito alegado pudesse gozar de certeza e liquidez, o que não ocorre no presente caso. 12. Não havendo certeza e liquidez do crédito alegado pelo contribuinte em seu favor, não é possível homologar a compensação por ele declarada. 13.Assim, entendo que não deve ser dado provimento à manifestação de inconformidade apresentada e voto pela manutenção da conclusão contida no Despacho Decisório combatido. 3. Cientificada da referida decisão em 12/08/2011 (fls. 56 numeração digital ND), a tempo, em 08/09/2011, apresenta a interessada Recurso de fls. 57 a 61 (ND), nele argumentando, em síntese: a) que o despacho decisório, que não homologou a compensação, sofre de inafastáveis vícios de nulidade, quais sejam, inexistência de fundamentação e cerceamento de defesa, por não ter oportunizado ao contribuinte a possibilidade de comprovar o seu crédito, matéria de ordem pública que pode ser alegada e reconhecida em qualquer fase processual, inclusive na segunda instância, mesmo não tendo sido alegada expressamente na defesa inicial apresentada na primeira instância administrativa; b) que não há, no despacho decisório, sequer, referência à DCTF que teria dado margem à alocação do pagamento arguido, muito embora a DCTF Fl. 66DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 67 5 retificadora, que permite aferir a existência do crédito do contribuinte, em face do fisco federal, já tivesse sido transmitida; c) que não poderia o despacho decisório, sem uma motivação razoável e congruente, desconsiderar as informações transmitidas através da DCTF retificadora, declaração capaz de demonstrar o crédito oposto; d) que, em que pese a divergência existente entre a DCTF retificadora e a DIPJ, tal situação, no fundo, exige (ou teria exigido à época) que o fisco federal intime (ou tivesse intimado) o contribuinte para explicar a origem e a regularidade do seu crédito e as alterações promovidas na DCTF retificadora, o que não foi feito; e) que, realmente, a Recorrente opôs crédito regular em face da Fazenda Pública Federal, para efetivar a compensação promovida via DCOMP; f) que, durante o período referente à DCTF retificadora, apurou e recolheu valores a maior a título de imposto de renda (IRPJ), visto que, no citado período, apurou o imposto pelo regime do lucro presumido, aplicando o percentual equivocado de 32% sobre a sua receita bruta, para efeitos de identificação da base de cálculo, enquanto o correto, por se dedicar à prestação de serviços hospitalares, seria o percentual de 8%, conforme previa o art. 15, § 1º, inciso III, alínea “a”, da Lei nº 9.249, de 1995, c/c o art. 25 da Lei nº 9.430, de 1996; g) que, diante de tais recolhimentos indevidos a título de IRPJ, apurou o seu crédito e o utilizou para promover a compensação de seus tributos federais, consoante declarado na DComp relacionada ao presente feito, meio adequado para instrumentalizar o ajuste de contas no âmbito administrativo, conforme preceitua a sistemática tratada no art. 74 e parágrafos da Lei nº 9.430, de 1996; e h) que eis, então, a origem do crédito da Recorrente, crédito este que a própria RFB, em nome do princípio da legalidade, pode e deve apurar e reconhecer de ofício, caso não seja reconhecida a nulidade do despacho decisório de acordo com os argumentos demonstrados acima. Em mesa para julgamento. Fl. 67DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 68 6 Voto Conselheiro Sérgio Rodrigues Mendes, Relator Atendidos os pressupostos formais e materiais, tomo conhecimento do Recurso. Preliminar de nulidade do Despacho Decisório 4. Argui a Recorrente, preliminarmente, a nulidade do Despacho Decisório, ao fundamento de que sofreria, este, de inafastáveis vícios, quais sejam: (a) inexistência de fundamentação; e (b) cerceamento de defesa, por não ter oportunizado a ela a possibilidade de comprovar o seu crédito. 5. Inicialmente, quanto ao tema de nulidade, convém reproduzir o art. 59 do PAF (Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972): Art. 59. São nulos: I – os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II – os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. 6. São, portanto, apenas duas as espécies de irregularidades, elencadas nos incisos do dispositivo retro transcrito, que possuem o condão de contaminar de nulidade as peças que compõem o processo administrativo. 7. Observese que a discordância quanto aos fatos e/ou capitulação legal não é causa de nulidade. 8. No presente caso, de ato decisório (Despacho Decisório eletrônico), foi este prolatado por autoridade para tanto competente [AuditorFiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)] e com fundamento em informações prestadas pela própria Recorrente (DComp x Darf x DCTF), não havendo, pois, que se falar em nulidade por incompetência ou por cerceamento do direito de defesa. 9. Há que se ressaltar, ainda, que referido Despacho Decisório eletrônico também procede ao cruzamento de informações entre a DComp e a DIPJ e, não tendo sido esta retificada pela Recorrente, como por ela mesma reconhecido (fls. 59ND, item 7), outro não poderia ter sido o resultado daquela análise de compensação. 10. Rejeito a preliminar de nulidade arguida. Mérito 11. Constou da decisão recorrida o seguinte (fls. 44): Fl. 68DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 69 7 10. Temos que, por um lado, o contribuinte vem afirmando, em DCTF retificadora apresentada em 14/09/2009, que, no 4º trimestre de 2000, não havia IRPJ, cód 2089, a pagar; por outro lado, a DIPJ originalmente apresentada, ativa e única, aponta para um IRPJ a pagar de R$ 1.774,56, valor idêntico ao que foi recolhido em DARF pelo contribuinte. 11. Ainda que houvesse coerência nas declarações prestadas pelo contribuinte (pois não há), deveria ele provar, com a apresentação de sua escrituração contábil e fiscal, as razões da mudança do seu entendimento quanto ao real valor devido de IRPJ, cód. 2089 do PA 4º trimestre de 2000, para que o crédito alegado pudesse gozar de certeza e liquidez, o que não ocorre no presente caso. 12. Não havendo certeza e liquidez do crédito alegado pelo contribuinte em seu favor, não é possível homologar a compensação por ele declarada. 12. Em seu Recurso, afirma a Recorrente que o crédito alegado é decorrente da apuração do imposto pelo regime do lucro presumido, com a aplicação do percentual equivocado de 32% sobre a receita bruta, para efeitos de identificação da base de cálculo, enquanto o correto, por se dedicar à prestação de serviços hospitalares, seria o percentual de 8%. Recursos repetitivos (STJ) 13. Dispõe o art. 62A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (RICARF), aprovado pela Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009, com as alterações das Portarias MF nºs 446, de 27 de agosto de 2009, e 586, de 21 de dezembro de 2010 (grifouse): Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. 14. Relativamente à questão da definição da expressão “serviços hospitalares”, prevista na Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, é o seguinte o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na sistemática de Recursos Repetitivos (art. 543C do CPC): DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 535 e 468 DO CPC. VÍCIOS NÃO CONFIGURADOS. LEI 9.249/95. IRPJ E CSLL COM BASE DE CÁLCULO REDUZIDA. DEFINIÇÃO DA EXPRESSÃO “SERVIÇOS HOSPITALARES”. INTERPRETAÇÃO OBJETIVA. DESNECESSIDADE DE ESTRUTURA DISPONIBILIZADA PARA INTERNAÇÃO. ENTENDIMENTO RECENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO. RECURSO SUBMETIDO AO REGIME PREVISTO NO ARTIGO 543C DO CPC. Fl. 69DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 70 8 1. Controvérsia envolvendo a forma de interpretação da expressão “serviços hospitalares” prevista na Lei 9.429/95, para fins de obtenção da redução de alíquota do IRPJ e da CSLL. Discutese a possibilidade de, a despeito da generalidade da expressão contida na lei, poderse restringir o benefício fiscal, incluindo no conceito de “serviços hospitalares” apenas aqueles estabelecimentos destinados ao atendimento global ao paciente, mediante internação e assistência médica integral. 2. Por ocasião do julgamento do RESP 951.251PR, da relatoria do eminente Ministro Castro Meira, a 1ª Seção, modificando a orientação anterior, decidiu que, para fins do pagamento dos tributos com as alíquotas reduzidas, a expressão “serviços hospitalares”, constante do artigo 15, § 1º, inciso III, da Lei 9.249/95, deve ser interpretada de forma objetiva (ou seja, sob a perspectiva da atividade realizada pelo contribuinte), porquanto a lei, ao conceder o benefício fiscal, não considerou a característica ou a estrutura do contribuinte em si (critério subjetivo), mas a natureza do próprio serviço prestado (assistência à saúde). Na mesma oportunidade, ficou consignado que os regulamentos emanados da Receita Federal referentes aos dispositivos legais acima mencionados não poderiam exigir que os contribuintes cumprissem requisitos não previstos em lei (a exemplo da necessidade de manter estrutura que permita a internação de pacientes) para a obtenção do benefício. Daí a conclusão de que “a dispensa da capacidade de internação hospitalar tem supedâneo diretamente na Lei 9.249/95, pelo que se mostra irrelevante para tal intento as disposições constantes em atos regulamentares”. 3. Assim, devem ser considerados serviços hospitalares “aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde”, de sorte que, “em regra, mas não necessariamente, são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindose as simples consultas médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos consultórios médicos”. 4. Ressalva de que as modificações introduzidas pela Lei 11.727/08 não se aplicam às demandas decididas anteriormente à sua vigência, bem como de que a redução de alíquota prevista na Lei 9.249/95 não se refere a toda a receita bruta da empresa contribuinte genericamente considerada, mas sim àquela parcela da receita proveniente unicamente da atividade específica sujeita ao benefício fiscal, desenvolvida pelo contribuinte, nos exatos termos do § 2º do artigo 15 da Lei 9.249/95. 5. Hipótese em que o Tribunal de origem consignou que a empresa recorrida presta serviços médicos laboratoriais (fl. 389), atividade diretamente ligada à promoção da saúde, que demanda maquinário específico, podendo ser realizada em ambientes hospitalares ou similares, não se assemelhando a simples consultas médicas, motivo pelo qual, segundo o novel entendimento desta Corte, faz jus ao benefício em discussão (incidência dos percentuais de 8% (oito por cento), no caso do Fl. 70DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 71 9 IRPJ, e de 12% (doze por cento), no caso de CSLL, sobre a receita bruta auferida pela atividade específica de prestação de serviços médicos laboratoriais). 6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, submetido ao regime do artigo 543C do CPC e da Resolução 8/STJ. 7. Recurso especial não provido. (REsp 1116399/BA, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/10/2009, DJe 24/02/2010) 15. No presente caso, conforme se verifica do próprio Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), faz jus a Recorrente ao percentual de presunção do lucro de 8% (fls. 10): 16. Procedendose, por conseguinte, ao recálculo do imposto devido relativo ao 4º trimestre do anocalendário de 2000 (fls. 37verso e 38), obtémse o seguinte demonstrativo: DIPJ 2001/2000 ENTREGUE RETIFICADA PAGO A MAIOR RECEITA BRUTA 48.926,56 48.926,56 Fl. 71DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10725.903008/200954 Acórdão n.º 180301.173 S1TE03 Fl. 72 10 PERCENTUAL 32% 8% BASE CÁLCULO 15.656,50 3.914,12 ALÍQUOTA 15% 15% IRPJ DEVIDO 2.348,48 587,11 IRRF (573,91) (573,91) IRPJ A PAGAR 1.774,57 13,20 1.761,37 17. Dessa forma, é de ser reconhecido à Recorrente o direito creditório no valor de R$ 1.761,37. 18. Com relação à afirmação da Recorrente de que “não poderia o despacho decisório, sem uma motivação razoável e congruente, desconsiderar as informações transmitidas através da DCTF retificadora”, cumpre ressaltar que, entregue em 14/08/2009, não poderia essa DCTF pretender retificar dados relativos ao anocalendário de 2000, daí a sua total desconsideração por aquele despacho decisório. 19. Por outro lado, ainda que pudesse, eventualmente, ser acatada de ofício aquela DCTF retificadora, dela deveria ter constado o valor de R$ 13,20, mas nunca jamais “zero”, como pretendeu a Recorrente. Conclusão Em face do exposto, e considerando tudo o mais que dos autos consta, voto no sentido de DAR PROVIMENTO, EM PARTE, AO RECURSO, para homologar a compensação pleiteada até o limite do direito creditório reconhecido (R$ 1.761,37), atentando se, ainda, para a existência de outras compensações, objeto de outros processos, que também utilizam o mesmo crédito ora reconhecido. É como voto. (assinado digitalmente) Sérgio Rodrigues Mendes Fl. 72DF CARF MF Impresso em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/02/2012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 06/02/2 012 por SERGIO RODRIGUES MENDES, Assinado digitalmente em 13/03/2012 por SELENE FERREIRA DE MORAES
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Numero do processo: 13811.005102/2008-84
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 26 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue Mar 28 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Ano-calendário: 2003
BASE DE CÁLCULO PIS/PASEP E COFINS. EXCLUSÃO DO ICMS SOBRE VENDAS DEVIDO NA CONDIÇÃO DE CONTRIBUINTE. IMPOSSIBILIDADE.
A parcela relativa ao ICMS, devido sobre operações de venda na condição de contribuinte, inclui-se na base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins.
Recurso Voluntário Negado.
Direito Creditório Não Reconhecido.
Numero da decisão: 3302-003.583
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário, vencida a Conselheira Lenisa Rodrigues Prado, que dava provimento.
(assinado digitalmente)
Ricardo Paulo Rosa - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Ricardo Paulo Rosa, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Domingos de Sá Filho, Walker Araújo, José Fernandes do Nascimento, Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, Paulo Guilherme Déroulède e Lenisa Rodrigues Prado.
Nome do relator: RICARDO PAULO ROSA
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BASE DE CÁLCULO. ICMS. Recorrente DOW BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS QUÍMICOS LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 2003 BASE DE CÁLCULO PIS/PASEP E COFINS. EXCLUSÃO DO ICMS SOBRE VENDAS DEVIDO NA CONDIÇÃO DE CONTRIBUINTE. IMPOSSIBILIDADE. A parcela relativa ao ICMS, devido sobre operações de venda na condição de contribuinte, incluise na base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins. Recurso Voluntário Negado. Direito Creditório Não Reconhecido. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário, vencida a Conselheira Lenisa Rodrigues Prado, que dava provimento. (assinado digitalmente) Ricardo Paulo Rosa Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Ricardo Paulo Rosa, Maria do Socorro Ferreira Aguiar, Domingos de Sá Filho, Walker Araújo, José Fernandes do Nascimento, Sarah Maria Linhares de Araújo Paes de Souza, Paulo Guilherme Déroulède e Lenisa Rodrigues Prado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 81 1. 00 51 02 /2 00 8- 84 Fl. 164DF CARF MF Processo nº 13811.005102/200884 Acórdão n.º 3302003.583 S3C3T2 Fl. 3 2 Relatório Tratase de pedido de restituição cujo direito creditório utilizado na compensação é oriundo de recolhimento informado como indevido ou a maior que o devido a título de Cofins. A Delegacia da Receita Federal de jurisdição do contribuinte emitiu despacho decisório eletrônico indeferindo a restituição pleiteada, sob o fundamento de que não existe previsão legal para excluir o ICMS da base de cálculo das contribuições. Após ser intimada, a Contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade que foi julgada improcedente por intermédio do Acórdão 16040.599. Em síntese, a DRJ manteve o entendimento de que não existe previsão legal para excluir o ICMS da base de cálculo das contribuições, do que resultou mantido o indeferimento do pleito de restituição. Inconformada, a Recorrente interpôs recurso voluntário pugnando pelo reconhecimento de seu direito creditório. O principal argumento da defesa é o de que o ICMS não pode ser considerado como faturamento da empresa, não podendo, desta forma, compor a base de cálculo das contribuições. É o relatório. Voto Conselheiro Ricardo Paulo Rosa, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 3302003.520, de 26 de janeiro de 2017, proferido no julgamento do processo 10875.906543/201249, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão, na parte aplicável ao presente caso (Acórdão 3302003.520): "O recurso atende aos pressupostos de admissibilidade e dele tomo conhecimento. No que tange à exclusão do ICMS devido nas operações de venda, na condição de contribuinte, o §2º do artigo 3º da Lei nº 9.718/1998 estabeleceu as hipóteses de exclusão da base de cálculo das contribuições, à época dos fatos: § 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art. 2º, excluemse da receita bruta: I as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos Industrializados IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Fl. 165DF CARF MF Processo nº 13811.005102/200884 Acórdão n.º 3302003.583 S3C3T2 Fl. 4 3 Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; II as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.15835, de 2001) III os valores que, computados como receita, tenham sido transferidos para outra pessoa jurídica, observadas normas regulamentadoras expedidas pelo Poder Executivo; (Vide Medida Provisória nº 1.99118, de 2000) (Revogado pela Medida Provisória nº 2.15835, de 2001) IV a receita decorrente da venda de bens do ativo permanente. Verificase no inciso I, que o ICMS incidente nas operações na condição de contribuinte (próprio) não foi elencado como parcela a ser excluída da base de cálculo. Juridicamente e contabilmente, o ICMS compõe a receita de venda e consiste em redutor da receita bruta. A legislação, ao longo do tempo, dispôs sobre a receita bruta, sempre indicando que os impostos incidentes sobre a venda a compunham. Assim, citamse o artigo 12 do Decretolei nº 1.598/1977, o artigo 187 da Lei nº 6.404, o artigo 31 da Lei nº 8.981/1995, bem como a IN SRF nº 51/1978: Decretolei nº 1.598/1977: Art 12 A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria e o preço dos serviços prestados. Art. 12. A receita bruta compreende: (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) I o produto da venda de bens nas operações de conta própria; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) II o preço da prestação de serviços em geral; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) III o resultado auferido nas operações de conta alheia; e (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) IV as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) § 1º A receita líquida de vendas e serviços será a receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre vendas. § 1o A receita líquida será a receita bruta diminuída de: (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) I devoluções e vendas canceladas; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) II descontos concedidos incondicionalmente; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) III tributos sobre ela incidentes; e (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) Fl. 166DF CARF MF Processo nº 13811.005102/200884 Acórdão n.º 3302003.583 S3C3T2 Fl. 5 4 IV valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência) Lei nº 6.404/1976: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; IN SRF nº 51/1978: 1. A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens, nas operações de conta própria, e o preço dos serviços prestados (artigo 12 do Decretolei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977). 2. Na receita bruta não se incluem os impostos nãocumulativos cobrados do comprador ou contratante impostos nãocumulativos cobrados do comprador ou contratante (imposto sobre produtos industrializados e imposto único sobre minerais do País) e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário. Imposto não cumulativo é aquele em que se abate, em cada operação, o montante de imposto cobrado nas anteriores. 3. Igualmente não se computam no custo de aquisição das mercadorias para revenda e das matériasprimas os impostos mencionados no item anterior, que devam ser recuperados. 4. A receita líquida de vendas e serviços é a receita bruta da vendas e serviços, diminuídas (a) das vendas canceladas, (b) dos descontos e abatimentos concedidos incondicionalmente e (c) dos impostos incidentes sobre as vendas. 4.1 Vendas canceladas correspondentes a anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços; eventuais perdas ou ganhos decorrentes de cancelamento de venda, ou de rescisão contratual, não devem afetar a receita líquida de vendas e serviços, mas serão computados nos resultados operacionais. 4.2 Descontos incondicionais são parcelas redutoras do preço de vendas, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem de evento posterior à emissão desses documentos. 4.3 Para os efeitos desta Instrução Normativa reputamse incidentes sobre as vendas os impostos que guardam proporcionalmente com o preço da venda ou dos serviços, mesmo que o respectivo montante integra a base de cálculo, tais como o imposto de circulação de mercadorias, o imposto sobre serviços de qualquer natureza, o imposto de exportação, o imposto único sobre energia elétrica, o imposto único sobre combustíveis e lubrificantes etc. Neste sentido o STJ publicou as súmulas 69 e 94, cujos enunciados dispõem: Súmula n. 68 : "A parcela relativa ao ICM incluise na base de cálculo do PIS". Súmula n. 94: "A parcela relativa ao ICMS incluise na base de cálculo do FINSOCIAL". Fl. 167DF CARF MF Processo nº 13811.005102/200884 Acórdão n.º 3302003.583 S3C3T2 Fl. 6 5 É de se concluir que a legislação inclui o ICMS incidente sobre as vendas no conceito de receita bruta, excluindoo apenas do conceito de receita líquida. Sobre o tema, há decisões recentes do STJ entendendo pela inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições, como o AgRg no REsp 1576424 / RS, de 10/03/2016, cuja ementa transcrevese: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUBSTITUTIVA. ARTS. 7º e 8º DA LEI Nº 12.546/2011. BASE DE CÁLCULO. RECEITA BRUTA. INCLUSÃO DO ICMS. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO, MUTATIS MUTANDIS, DA ORIENTAÇÃO FIRMADA NO RESP Nº 1.330.737/SP, REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA RELATIVA À INCLUSÃO DO ISSQN NA BASE DE CÁLCULO DO PIS/PASEP E DA COFINS NA SISTEMÁTICA NÃOCUMULATIVA. 1. A possibilidade de inclusão, na receita bruta, de parcela relativa a tributo recolhido a título próprio foi pacificada, por maioria, pela Primeira Seção desta Corte em 10.6.2015, quando da conclusão do julgamento do recurso representativo da controvérsia REsp nº 1.330.737/SP, de relatoria do Ministro Og Fernandes, ocasião em que se concluiu que o ISSQN integra o conceito maior de receita bruta, base de cálculo do PIS/Pasep e da COFINS. 2. As razões que fundamentam o supracitado recurso especial representativo de controvérsia se aplicam, mutatis mutandis, à inclusão das parcelas relativas ao ICMS na base de cálculo da contribuição substitutiva prevista nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011. Precedente: REsp nº 1.528.604, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 17.9.2015. 3. A contribuição substitutiva prevista nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, da mesma forma que as contribuições ao PIS/Pasep e à COFINS na sistemática não cumulativa previstas nas Leis n.s 10.637/2002 e 10.833/2003, adotou conceito amplo de receita bruta, o que afasta a aplicação ao caso em tela do precedente firmado no RE n. 240.785/MG (STF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 08.10.2014), eis que o referido julgado da Suprema Corte tratou das contribuições ao PIS/Pasep e COFINS regidas pela Lei n. 9.718/98, sob a sistemática cumulativa que adotou, à época, um conceito restrito de faturamento. Precedente. 4. Agravo regimental não provido. Ressaltase que a inclusão do ISS na base de cálculo das contribuições foi considerada legítima e julgada sob a sistemática de recursos repetitivos no REsp 1.330.737/SP, em 10/06/2015, que possuiu a seguinte ementa: TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. PRESTADOR DE SERVIÇO. PIS E COFINS. INCLUSÃO DO ISSQN NO CONCEITO DE RECEITA OU FATURAMENTO. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 109 E 110 DO CTN. 1. Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543C do CPC, e levando em consideração o entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firmase compreensão no sentido de que o valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia referente ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação à hipótese de incidência do PIS e da COFINS. Fl. 168DF CARF MF Processo nº 13811.005102/200884 Acórdão n.º 3302003.583 S3C3T2 Fl. 7 6 2. A orientação das Turmas que compõem a Primeira Seção deste Tribunal Superior consolidouse no sentido de que "o valor do ISSQN integra o conceito de receita bruta, assim entendida como a totalidade das receitas auferidas com o exercício da atividade econômica, de modo que não pode ser dedutível da base de cálculo do PIS e da COFINS" (REsp 1.145.611/PR, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 8/9/2010; AgRg no REsp 1.197.712/RJ, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 9/6/2011; AgRg nos EDcl no REsp 1.218.448/RS, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 24/8/2011; AgRg no AREsp 157.345/SE, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 2/8/2012; AgRg no AREsp 166.149/CE, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 28/08/2012, DJe 4/9/2012; EDcl no AgRg no REsp 1.233.741/PR, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 7/3/2013, DJe 18/3/2013; AgRg no AREsp 75.356/SC, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 15/10/2013, DJe 21/10/2013). 3. Nas atividades de prestação de serviço, o conceito de receita e faturamento para fins de incidência do PIS e da COFINS deve levar em consideração o valor auferido pelo prestador do serviço, ou seja, valor desembolsado pelo beneficiário da prestação; e não o fato de o prestador do serviço utilizar parte do valor recebido pela prestação do serviço para pagar o ISSQN Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. Isso por uma razão muito simples: o consumidor (beneficiário do serviço) não é contribuinte do ISSQN. 4. O fato de constar em nota fiscal informação no sentido de que o valor com o qual arcará o destinatário do serviço compreende quantia correspondente ao valor do ISSQN não torna o consumidor contribuinte desse tributo a ponto de se acolher a principal alegação das recorrentes, qual seja, de que o ISSQN não constituiu receita porque, em tese, diz respeito apenas a uma importância que não lhe pertence (e sim ao município competente), mas que transita em sua contabilidade sem representar, entretanto, acréscimo patrimonial. 5. Admitir essa tese seria o mesmo que considerar o consumidor como sujeito passivo de direito do tributo (contribuinte de direito) e a sociedade empresária, por sua vez, apenas uma simples espécie de "substituto tributário", cuja responsabilidade consistiria unicamente em recolher aos cofres públicos a exação devida por terceiro, no caso o consumidor. Não é isso que se tem sob o ponto de vista jurídico, pois o consumidor não é contribuinte (sujeito passivo de direito da relação jurídicotributária). 6. O consumidor acaba suportando o valor do tributo em razão de uma política do sistema tributário nacional que permite a repercussão do ônus tributário ao beneficiário do serviço, e não porque aquele (consumidor) figura no polo passivo da relação jurídicotributária como sujeito passivo de direito. 7. A hipótese dos autos não se confunde com aquela em que se tem a chamada responsabilidade tributária por substituição, em que determinada entidade, por força de lei, figura no polo passivo de uma relação jurídico tributária obrigacional, cuja prestação (o dever) consiste em reter o tributo devido pelo substituído para, posteriormente, repassar a quantia correspondente aos cofres públicos. Se fosse essa a hipótese (substituição tributária), é certo que a quantia recebida pelo contribuinte do PIS e da COFINS a título de ISSQN não integraria o conceito de faturamento. No mesmo sentido se o ônus referente ao ISSQN não fosse transferido ao Fl. 169DF CARF MF Processo nº 13811.005102/200884 Acórdão n.º 3302003.583 S3C3T2 Fl. 8 7 consumidor do serviço. Nesse caso, não haveria dúvida de que o valor referente ao ISSQN não corresponderia a receita ou faturamento, já que faticamente suportado pelo contribuinte de direito, qual seja, o prestador do serviço. 8. Inexistência, portanto, de ofensa aos arts. 109 e 110 do CTN, na medida em que a consideração do valor correspondente ao ISSQN na base de cálculo do PIS e da COFINS não desnatura a definição de receita ou faturamento para fins de incidência de referidas contribuições. 9. Recurso especial a que se nega provimento. De fato, as mesmas razões utilizadas no repetitivo acima são aplicáveis na análise da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins, o que restou configurado no julgamento do REsp nº 1.144.469, em 10/08/2016, sob a sistemática de recursos repetitivos, embora não possa ser aplicado pelo artigo 62 do RICARF, pois que ainda não transitado em julgado. A certidão deste julgamento constante no site do Superior Tribunal de Justiça traz o seguinte teor: AUTUAÇÃO RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL ADVOGADO : PROCURADORIAGERAL DA FAZENDA NACIONAL RECORRENTE: HUBNER COMPONENTES E SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA ADVOGADOS: ANETE MAIR MACIEL MEDEIROS HENRIQUE GAEDE E OUTRO(S) RECORRIDO : OS MESMOS ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO Crédito Tributário Base de Cálculo CERTIDÃO Certifico que a egrégia PRIMEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "Prosseguindo no julgamento, a Seção, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional e, por maioria, vencidos os Srs. Ministros Relator e Regina Helena Costa, negou provimento ao recurso especial da empresa recorrente, nos termos do voto do Sr. Ministro Mauro Campbell Marques, que lavrará o acórdão." Votaram com o Sr. Ministro Mauro Campbell Marques os Srs. Ministros Benedito Gonçalves, Assusete Magalhães, Sérgio Kukina, Gurgel de Faria, Diva Malerbi (Desembargadora convocada do TRF da 3a. Região) e Humberto Martins. Quanto à jurisprudência do STF, não obstante o RE 240.785 ter sido julgado favorável à tese defendida pela recorrente, não há, ainda, posicionamento definitivo no STF, uma vez que o RE 574.906 RG/PR, sob repercussão geral, ainda não foi julgado. Assim, enquanto não julgado o recurso extraordinário sob repercussão geral, devese prestigiar a legislação vigente que considera o ICMS das operações próprias como componente do preço de venda. Neste mesmo sentido, é a posição pacífica deste Conselho, como decidido no Acórdão nº 9303003549, de 17/03/2016, cuja ementa transcrevese: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/01/2006 a 31/12/2006 Fl. 170DF CARF MF Processo nº 13811.005102/200884 Acórdão n.º 3302003.583 S3C3T2 Fl. 9 8 Cofins. Base de Cálculo. Exclusão ICMS. Por se tratar de imposto próprio, que não comporta a transferência do encargo, a parcela relativa ao ICMS incluise na base de cálculo das contribuições ao PIS e à COFINS. Precedentes do STJ (Súmulas n°s 68 e 94). Às autoridades administrativas e tribunais que não dispõem de função legislativa não podem conceder, ainda que sob fundamento de isonomia, benefícios de exclusão da base de cálculo do crédito tributário em favor daqueles a quem o legislador não contemplou com a vantagem A mesma conclusão se estende à Contribuição ao PIS. (...) Por todo o exposto, voto para negar provimento ao recurso voluntário." Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, nego provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Ricardo Paulo Rosa Fl. 171DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13896.910988/2011-92
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 28 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Apr 20 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 3402-000.933
Decisão: Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência.
(assinado digitalmente)
Antônio Carlos Atulim - Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Atulim, Jorge Freire, Diego Diniz Ribeiro, Waldir Navarro Bezerra, Thais De Laurentiis Galkowicz, Maria Aparecida Martins de Paula, Maysa de Sá Pittondo Deligne e Carlos Augusto Daniel Neto.
Nome do relator: ANTONIO CARLOS ATULIM
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Recorrida FAZENDA NACIONAL Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência. (assinado digitalmente) Antônio Carlos Atulim Presidente e Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Atulim, Jorge Freire, Diego Diniz Ribeiro, Waldir Navarro Bezerra, Thais De Laurentiis Galkowicz, Maria Aparecida Martins de Paula, Maysa de Sá Pittondo Deligne e Carlos Augusto Daniel Neto. Relatório Tratase de recurso voluntário interposto em face da decisão proferida pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento (“DRJ”) de Fortaleza/CE que julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada pela Contribuinte, a qual pretendeu a reforma do despacho decisório que, por sua vez, indeferiu a homologação da compensação de créditos da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) com outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil. Por bem consolidar os fatos ocorridos até a decisão da DRJ, colaciono o relatório do acórdão recorrido in verbis: Consta no referido Despacho Decisório o seguinte motivo para indeferimento do Pedido: A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos do RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 38 96 .9 10 98 8/ 20 11 -9 2 Fl. 112DF CARF MF Processo nº 13896.910988/201192 Resolução nº 3402000.933 S3C4T2 Fl. 112 2 Contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP. ... De acordo com a Defesa, as operações que destinem mercadorias à Zona Franca de Manaus – ZFM se equiparam, para todos os efeitos fiscais, a uma exportação para o exterior, conforme disposto no art. 4º da Decretolei nº 288/1967. O disposto no referido artigo foi recepcionado pelo art. 40 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, que garante a manutenção do referido benefício por prazo determinado. No entanto, o § 2º, inciso I, do art. 14 da Medida Provisória nº 1.858/1999, posteriormente reeditada pela Medida Provisória nº 2.037/2000, excluiu da isenção das receitas de exportação das Contribuições PIS/COFINS, as vendas efetuadas a Empresas instaladas na Zona Franca de Manaus. Ocorre que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento de Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.348, em 07/12/2000, por unanimidade, concedeu a liminar pleiteada, para “suspender a eficácia do artigo 51 da Medida Provisória nº 2.03724, de 23 de Novembro de 2000, relativamente ao inciso I do § 2º do artigo 14 quanto à expressão ‘na Zona Franca de Manaus’ ”. Assim, tendo em vista a suspensão da eficácia do disposto no art. 14, § 2º, inciso I, quanto às Empresas instaladas na Zona Franca de Manaus, entende o Manifestante que restou assegurada a isenção das Contribuições PIS/COFINS sobre a receita de vendas efetuadas à Empresa estabelecida na citada região. Com efeito, nos termos do art. 165 do Código Tributário Nacional, deve ser reconhecido o direito à restituição dos valores indevidamente recolhidos pelo Manifestante. Sobreveio então o Acórdão 0831.130, da 3ª Turma da FOR/CE, negando provimento à manifestação de inconformidade da Contribuinte, cuja ementa foi lavrada nos seguintes termos: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2000 Ementa: PEDIDO DE COMPENSAÇÃO. INEXISTÊNCIA DO DIREITO CREDITÓRIO. Mantémse o Despacho Decisório de não homologação da compensação, quando a Defesa não comprova a certeza e liquidez do crédito pretendido. Irresignada, a Contribuinte apresentou Recurso Voluntário a este Conselho repisando os argumentos trazidos em sede de manifestação de inconformidade, bem como apresentando notas fiscais por amostragem que dizem respeito às vendas à Zona Franca de Manaus, o que, no seu entender, suprimiria o problema da falta de prova Fl. 113DF CARF MF Processo nº 13896.910988/201192 Resolução nº 3402000.933 S3C4T2 Fl. 113 3 É o relatório Voto Conselheiro Antônio Carlos Atulim, relator. O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução nº 3402000.905, de 28 de março de 2017, proferida no julgamento do processo 13896.910963/201199, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu na Resolução 3402000.905: "Como se depreende do relato acima, o pedido de restituição da Recorrente fundase na alegação de ter tributado indevidamente a Contribuição ao PIS sobre receitas de vendas de produtos à estabelecimentos localizados na Zona Franca de Manaus, sendo que tais receitas seriam isentas pela legislação federal, uma vez que foram equiparadas às exportações (artigo 4º do Decreto lei nº 288/1967). Tal direito ao indébito, em tese, foi reconhecido pelo julgamento da DRJ, que somente não conferiu o direito em concreto por falta de provas a certeza e liquidez do crédito pretendido. Para suprir tal falta, a Recorrente trouxe em seu recurso voluntário cópias de notas fiscais de vendas, do período em questão, de bens para empresas localizadas na Zona Franca de Manaus. Tais provas, apesar de induzirem à conclusão do direito ao crédito, não lhe confere certeza e liquidez, de modo que não foi completamente suprido o ônus da prova da Recorrente, nos moldes do artigo 373 do Código de Processo Civil, uma vez que se trata de pedido de restituição de indébito, de sua iniciativa. Assim é que tem decidido esse Colegiado, conforme se depreende do conteúdo do Acórdão 3402002.881. 1 Pelos os motivos acima expostos, justifico a necessidade de conversão do presente processo em diligência, como requer o artigo 18 caput do Decreto 70.235/72 (PAF), para o arremate do convencimento deste Colegiado sobre os fatos em discussão. Para tanto, devem ser tomadas as seguintes providências pela Repartição Fiscal de origem: i) analisar os documentos adequados para a verificação do crédito, quais sejam: o Demonstrativo de Apuração da Contribuição ao PIS, cópias das folhas dos livros fiscais (Registro de Saídas e de Apuração 1 Nas palavras do Conselheiro Relator do caso, Antonio Carlos Atulim: “É certo que a distribuição do ônus da prova no âmbito do processo administrativo deve ser efetuada levandose em conta a iniciativa do processo. Em processos de repetição de indébito ou de ressarcimento, onde a iniciativa do pedido cabe ao contribuinte, é óbvio que o ônus de provar o direito de crédito oposto à Administração cabe ao contribuinte. Já nos processos que versam sobre a determinação e exigência de créditos tributários (autos de infração), tratandose de processos de iniciativa do fisco, o ônus da prova dos fatos jurígenos da pretensão fazendária cabe à fiscalização (art. 142 do CTN e art. 9º do PAF). Assim, realmente andou mal a turma de julgamento da DRJ, pois o ônus da prova incumbe a quem alega o fato probando. Se a fiscalização não provar os fatos alegados, a consequência jurídica disso será a improcedência do lançamento em relação ao que não tiver sido provado e não a sua nulidade." Fl. 114DF CARF MF Processo nº 13896.910988/201192 Resolução nº 3402000.933 S3C4T2 Fl. 114 4 do ICMS ou do IPI) e contábeis (Razão) do respectivo período de apuração do crédito pleiteado, notas fiscais, entre outros; ii) elaborar relatório conclusivo a respeito do crédito pleiteado; iii) dar ciência do Relatório à Recorrente, abrindolhe prazo regulamentar para manifestação; e iv) devolver o processo para esta 2ª Turma Ordinária, da 4ª Câmara, 3ª Seção do CARF, para prosseguimento do julgamento. Importante registrar que os documentos apresentados pelo contribuinte no paradigma são os mesmos que instruem o presente processo, de tal sorte que os elementos que justificaram a conversão do julgamento em diligência no caso daquele também se justificam neste. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, determino a conversão do autos em diligência para que a Repartição Fiscal de origem adote as seguintes providências: i) analisar os documentos adequados para a verificação do crédito, quais sejam: o Demonstrativo de Apuração da Contribuição ao PIS/COFINS, cópias das folhas dos livros fiscais (Registro de Saídas e de Apuração do ICMS ou do IPI) e contábeis (Razão) do respectivo período de apuração do crédito pleiteado, notas fiscais, entre outros; ii) elaborar relatório conclusivo a respeito do crédito pleiteado; iii) dar ciência do Relatório à Recorrente, abrindolhe prazo regulamentar para manifestação; e iv) devolver o processo para esta 2ª Turma Ordinária, da 4ª Câmara, 3ª Seção do CARF, para prosseguimento do julgamento. (Assinado com certificado digital) Antônio Carlos Atulim Fl. 115DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 16327.903912/2009-39
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Mar 23 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas de Administração Tributária
Exercício: 2006
COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO A MAIOR DE ESTIMATIVA MENSAL DE CSLL. PROVA.
Restou comprovado nos autos o equívoco na determinação do valor devido de estimativa mensal de CSLL, que as retificações de DIPJ e DCTF ocorreram antes do despacho decisório que analisou a compensação declarada, e que o contribuinte não buscou duplo benefício por ocasião do ajuste anual do tributo. Em tais condições, deve ser reconhecido o direito creditório por pagamento a maior, correspondente à diferença entre o recolhimento em DARF e o valor de estimativa efetivamente devido.
Numero da decisão: 1301-002.254
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em DAR provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Waldir Veiga Rocha Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Flávio Franco Corrêa, José Eduardo Dornelas Souza, Roberto Silva Júnior, Marcos Paulo Leme Brisola Caseiro, Milene de Araújo Macedo, Amélia Wakako Morishita Yamamoto e Waldir Veiga Rocha.
Nome do relator: WALDIR VEIGA ROCHA
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ementa_s : Assunto: Normas de Administração Tributária Exercício: 2006 COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO A MAIOR DE ESTIMATIVA MENSAL DE CSLL. PROVA. Restou comprovado nos autos o equívoco na determinação do valor devido de estimativa mensal de CSLL, que as retificações de DIPJ e DCTF ocorreram antes do despacho decisório que analisou a compensação declarada, e que o contribuinte não buscou duplo benefício por ocasião do ajuste anual do tributo. Em tais condições, deve ser reconhecido o direito creditório por pagamento a maior, correspondente à diferença entre o recolhimento em DARF e o valor de estimativa efetivamente devido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em DAR provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Waldir Veiga Rocha Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Flávio Franco Corrêa, José Eduardo Dornelas Souza, Roberto Silva Júnior, Marcos Paulo Leme Brisola Caseiro, Milene de Araújo Macedo, Amélia Wakako Morishita Yamamoto e Waldir Veiga Rocha.
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ARRENDAMENTO MERCANTIL) Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Exercício: 2006 COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO A MAIOR DE ESTIMATIVA MENSAL DE CSLL. PROVA. Restou comprovado nos autos o equívoco na determinação do valor devido de estimativa mensal de CSLL, que as retificações de DIPJ e DCTF ocorreram antes do despacho decisório que analisou a compensação declarada, e que o contribuinte não buscou duplo benefício por ocasião do ajuste anual do tributo. Em tais condições, deve ser reconhecido o direito creditório por pagamento a maior, correspondente à diferença entre o recolhimento em DARF e o valor de estimativa efetivamente devido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em DAR provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Waldir Veiga Rocha – Presidente e Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Flávio Franco Corrêa, José Eduardo Dornelas Souza, Roberto Silva Júnior, Marcos Paulo Leme Brisola Caseiro, Milene de Araújo Macedo, Amélia Wakako Morishita Yamamoto e Waldir Veiga Rocha. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 90 39 12 /2 00 9- 39 Fl. 205DF CARF MF Processo nº 16327.903912/200939 Acórdão n.º 1301002.254 S1C3T1 Fl. 206 2 Relatório SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL (nova denominação de REAL LEASING S.A. ARRENDAMENTO MERCANTIL), já devidamente qualificada nestes autos, recorre a este Conselho contra a decisão prolatada pela 8ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo I / SP, que indeferiu os pedidos veiculados através de manifestação de inconformidade apresentada contra a decisão da DEINF/SP. Por bem descrever o ocorrido, valhome do relatório elaborado por ocasião do julgamento do processo em primeira instância, a seguir transcrito, em parte. Trata o presente processo da declaração de compensação nº 01107.68428.291105.1.3.04.0698, de pagamento de CSLL, código de receita 2469, relativo a janeiro de 2005, no valor de R$ 852.056,49, com débito de CSLL. Em 20/04/2009 (fls. 16) foi emitido despacho decisório que não homologou a compensação declarada com base nos seguintes fundamentos: “Limite do crédito analisado, correspondente ao valor do crédito original na data de transmissão informado no PER/DCOMP: 109.730,39 Analisadas as informações prestadas no documento acima identificado, foi constatada a improcedência do crédito informado no PER/DCOMP por tratarse de pagamento a titulo de estimativa mensal de pessoa jurídica tributada pelo lucro real, caso em que o recolhimento somente pode ser utilizado na dedução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (1RPJ) ou da Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL) devida ao final do período de apuração ou para compor o saldo negativo de IRPJ ou CSLL do período.” Reproduzo quadro do despacho decisório em que são demonstradas as características do pagamento utilizado como direito creditório e sua utilização: A contribuinte protocolou manifestação de inconformidade tempestiva, alegando, em síntese, o seguinte: [...] Em resposta à intimação1 a impugnante alega o seguinte: 1 Diligência determinada pelo Julgador em primeira instância Resolução nº 16.000.313, fls. 36/39. Nota do Relator de segunda instância. Fl. 206DF CARF MF Processo nº 16327.903912/200939 Acórdão n.º 1301002.254 S1C3T1 Fl. 207 3 a) Na sistemática de apuração da base de cálculo da CSLL via balanço/balancete suspensão ou redução, as pessoas jurídicas referidas no art. 1º da MP nº 2.15835/2001, poderiam optar por escriturar em seu ativo, como crédito compensável com débitos de CSLL, o valor de 18% sobre a soma da base de cálculo negativa e de valores adicionados temporariamente ao Lucro Líquido. b) A matéria crédito de CSLL 18% art. 8º da MP 2.15835/2001, foi auditada pela Receita Federal, por intermédio do RPF nº 08.1.66.00.2008.0005080, conduzido pelo AFRFB Dorival Bertaglia (SIPE nº 27.942), que foi concluído sem qualquer apontamento quanto à constituição do crédito e sua amortização/consumo. c) A justificativa para o erro de fato cometido, que ensejou o recolhimento a maior de DARF, competência janeiro/2005, foi a ausência do cômputo da dedução mensal do crédito de CSLL a 18% MP 2.15835/2001, na apuração da base de cálculo da CSLL, conforme ficha 16 da DIPJ 2006/2005. d) Analisando a DIPJ e o relatório gerencial “Demonstração da Contribuição Social –2005, verificase que não há inconsistência na apuração da base de cálculo da CSLL, mas tão somente a ausência de dedução mensal de R$ 255.616,94. e) Com o objetivo de demonstrar a liquidez e certeza do crédito tributário anexamos o balancete CADOC Bacen 4010 de jan/2005. Salientamos que assim que recebermos o razão contábil juntaremos no presente processo. Em 14 de novembro de 2013 foi protocolada petição solicitando a juntada dos documentos de fls. 87/115 e o apensamento dos processos nºs 16327.902835/2009 08 e 16327.903913/200983 ao presente PAF. A 8ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo I / SP analisou a manifestação de inconformidade apresentada pela contribuinte e, mediante o Acórdão nº 1654.021, de 09/01/2014 (fls. 109/117), indeferiu a solicitação, conforme ementa a seguir transcrita: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO CSLL Data do fato gerador: 28/02/2005 COMPENSAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. Não se reconhece o direito creditório quando o contribuinte não logra comprovar com documentos hábeis e idôneos que houve pagamento indevido ou a maior. Ciente da decisão de primeira instância em 26/08/2014, conforme documento de fl. 127, e com ela inconformada, a empresa apresentou recurso voluntário em 15/09/2014 (registro de recepção à fl. 129, razões de recurso às fls. 131/153). Após historiar os fatos, por sua ótica, a recorrente aduz argumentos que podem ser sintetizados como segue, conforme os tópicos em que se divide a peça recursal. · Invalidade do Acórdão recorrido Segundo a recorrente, a Turma Julgadora em primeira instância deveria se restringir à motivação e capitulação legal veiculadas no Despacho Decisório. Ao assim não fazer, estaria violando o devido processo legal e preterindo o direito da interessada à ampla Fl. 207DF CARF MF Processo nº 16327.903912/200939 Acórdão n.º 1301002.254 S1C3T1 Fl. 208 4 defesa e ao contraditório. Requer, então, a anulação do acórdão recorrido, para que outra decisão seja proferida em boa e devida forma. · Da reforma do Acórdão recorrido o Hipótese de apreciação das razões recursais de mérito em favor da Recorrente, pela instância superior administrativa. Este pedido da interessada busca fundamento no § 3º do art. 59 do Decreto nº 70.235/1972. A recorrente requer, então, a apreciação de suas razões de mérito, em defesa do pagamento indevido ou a maior de CSLL (tópico seguinte). o O direito ao reconhecimento do pagamento indevido ou a maior da estimativa mensal (jan/2005) de CSLL, com homologação da Declaração de Compensação até o limite do direito creditório apurado. A recorrente reitera a legitimidade de sua pretensão: teria determinado o valor devido de estimativa de CSLL em jan/2005 no montante de R$ 596.439,54, com base em balanço/balancete mensal de suspensão/redução; por equívoco, teria efetuado recolhimento de R$ 852.056,49, evidenciando o excesso de R$ 255.616,95, exatamente o valor pretendido como pagamento a maior. A interessada lembra, ainda, que o valor devido de CSLL de R$ 596.439,54 consta da DCTF mensal (doc.02) e da DIPJ/2006, anocalendário 2005, entregue em 28/05/2007 (doc. 03). Assevera também haver apurado saldo negativo de CSLL ao final do período de apuração anual. Tece considerações a respeito do balancete de janeiro/2005, no qual estaria registrado o valor efetivamente devido (grifos no original): O registro contábil plasmado no Balancete de janeiro/2005 da Recorrente transparece as movimentações de estilo desta conta passiva, com natureza credora, denominada “Provisão p/Contrib. Social”, sendo acrescida (i) à crédito, no valor de R$ 852.056,49, bem como, sendo também subtraída (ii) à débito, no valor de R$ 255.616,95, assim, espelhando o ajuste diminutivo na estimativa de CSLL de janeiro de 2005, para refletir o valor correto de R$ 596.439,54 (= 852.056,49 – 255.616,95). O não reconhecimento do montante pago a maior do que o devido feriria os arts. 165 e 170, ambos do CTN; o art. 74 da Lei nº 9.430/1996 e o disciplinamento da IN SRF nº 600/2005, então vigente. A recorrente ressalta a superação do art. 10 da IN SRF nº 600/2005 pela própria administração tributária, mencionando o art. 11 da IN RFB nº 900/2008, que deve ter aplicação retroativa, a seu ver. A recorrente busca, então, esclarecer a natureza e contabilização do ajuste no valor devido, anteriormente referido (grifos no original): Por fim, refirase que a existência e movimentações do direito creditório de CSLL constaram registradas no grupo patrimonial “CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO”, destacado no Balancete apensado como doc. 04, ostentando conta patrimonial ativa denominada “CRÉD. TRIB. CIRC. 2746 – REAL ATÉ 5 ANOS – CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – SUDACRED.TRIB.CIRC. 2746 DEZ98, na qual se vislumbra a baixa contábil de Fl. 208DF CARF MF Processo nº 16327.903912/200939 Acórdão n.º 1301002.254 S1C3T1 Fl. 209 5 direito creditório de CSLL, digase, à crédito (diminuição) da conta patrimonial ativa, acima mencionada, que contabiliza acréscimos e baixas de direitos a recuperar de CSLL, tal como contabilmente baixada, e fiscalmente deduzida, no valor de R$ 255.616,94, conforme refletido na DIPJ/2006, “Ficha 16 – Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Mensal por Estimativa”, linha 03, mês de janeiro, apensada como doc. 03, a partir da contabilidade. [...]. A interessada tem por provado seu direito, inclusive com a escrituração contábil, ao contrário do asseverado pelo acórdão recorrido. Assevera, ainda, que “a matéria (crédito de CSLL – 18% art. 8º da MP n. 2.15835/2001) foi auditada pela Receita Federal do Brasil por intermédio do RPF n. 08.1.66.00.2008.0005080 [...] restando concluído sem qualquer apontamento quanto à constituição do crédito e sua amortização/consumo”. Ressalta que um eventual equívoco de ordem contábil (reclassificação contábil do direito creditório existente, censurada pelo acórdão recorrido) não poderia prejudicar a apuração fiscal da verdade material. É o Relatório. Voto Conselheiro Waldir Veiga Rocha, Relator O recurso é tempestivo e dele conheço. Gira a lide em torno do alegado direito creditório, a ser utilizado em compensação tributária, no montante de 255.616,95, correspondente à diferença entre o valor recolhido em DARF (R$ 852.056,49, fl. 23) e o valor da estimativa mensal de CSLL do mês de janeiro de 2005. Sustenta a recorrente que o valor correto da estimativa seria R$ 596.439,55. Por outro lado, o total originalmente declarado em DCTF foi de exatos R$ 852.056,49, posteriormente retificado para R$ 596.439,55. A questão em discussão, como se vê, é qual seria o correto valor da estimativa de CSLL de janeiro de 2005. Inicialmente, foi negada homologação à compensação declarada, ao fundamento de que estimativas somente poderiam ser objeto de aproveitamento ao final do anocalendário, por ocasião do ajuste anual. Não se procedeu, naquele momento, a qualquer análise mais aprofundada do direito creditório, sendo a preliminar suficiente para a decisão então tomada. Essa preliminar foi superada já em primeira instância. A questão é pacífica, tanto no âmbito da Receita Federal quanto neste CARF, cabendo lembrar a Súmula CARF nº 84: Súmula CARF nº 84: Pagamento indevido ou a maior a título de estimativa caracteriza indébito na data de seu recolhimento, sendo passível de restituição ou compensação. Nesta fase processual, não há mais qualquer litígio a esse respeito. No entanto, superada a questão preliminar ainda em primeira instância, a autoridade julgadora a Fl. 209DF CARF MF Processo nº 16327.903912/200939 Acórdão n.º 1301002.254 S1C3T1 Fl. 210 6 quo avançou na análise do direito creditório, o que entendo correto. O reconhecimento do direito creditório para fins de homologação impõe o exame minucioso por parte da autoridade administrativa, não residindo aí qualquer nulidade, como pretende a ora recorrente. A realização de diligência evidenciou a origem da diferença entre o valor da CSLL originalmente apurado pela contribuinte (R$ 852.056,49) e aquele a seguir tido por ela própria como correto (R$ 596.439,55). Tratase, supostamente, do abatimento de crédito com base no art. 8º da Medida Provisória nº 2.15835/2001, a seguir transcrito. Art.1o A alíquota da contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor PúblicoPIS/PASEP, devida pelas pessoas jurídicas a que se refere o § 1o do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, fica reduzida para sessenta e cinco centésimos por cento em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1o de fevereiro de 1999. [...] Art.8o As pessoas jurídicas referidas no art. 1o, que tiverem base de cálculo negativa e valores adicionados, temporariamente, ao lucro líquido, para efeito de apuração da base de cálculo da CSLL, correspondentes a períodos de apuração encerrados até 31 de dezembro de 1998, poderão optar por escriturar, em seu ativo, como crédito compensável com débitos da mesma contribuição, o valor equivalente a dezoito por cento da soma daquelas parcelas. §1o A pessoa jurídica que optar pela forma prevista neste artigo não poderá computar os valores que serviram de base de cálculo do referido crédito na determinação da base de cálculo da CSLL correspondente a qualquer período de apuração posterior a 31 de dezembro de 1998. §2o A compensação do crédito a que se refere este artigo somente poderá ser efetuada com até trinta por cento do saldo da CSLL remanescente, em cada período de apuração, após a compensação de que trata o art. 8o da Lei no 9.718, de 1998, não sendo admitida, em qualquer hipótese, a restituição de seu valor ou sua compensação com outros tributos ou contribuições, observadas as normas expedidas pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda. §3o O direito à compensação de que trata o § 2o limitase, exclusivamente, ao valor original do crédito, não sendo admitido o acréscimo de qualquer valor a título de atualização monetária ou de juros. O art. 1º, acima, faz menção ao § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991: eis o referido § 1º (grifo não consta do original): § 1o No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e Fl. 210DF CARF MF Processo nº 16327.903912/200939 Acórdão n.º 1301002.254 S1C3T1 Fl. 211 7 valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste artigo.(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).(Vide Medida Provisória nº 2.15835, de 2001). A interessada, de fato, exerce atividade de arrendamento mercantil, encaixandose, hipoteticamente, na situação acima. E digo hipoteticamente porque há que se comprovar que possuía bases negativas de CSLL e valores adicionados, temporariamente, à base de cálculo dessa contribuição em períodos de apuração até 31/12/1998, e que, além disso, optou pelo crédito do art. 8º da MP 2.15835/2001, escriturandoo em seu ativo. A Turma Julgadora em primeira instância considerou insuficientes os esclarecimentos e os documentos acostados aos autos, afirmando ainda faltarem “elementos da escrituração contábil e fiscal da contribuinte para demonstrar claramente a existência do direito creditório pleiteado”. Em sede recursal, a interessada reafirma seus argumentos e pleiteia o reconhecimento do alegado indébito. Cabe aqui um parêntese. O presente processo discute direito creditório por alegado pagamento a maior de estimativa de CSLL de janeiro de 2005, no valor de R$ 255.616,95. No processo administrativo nº 16327.903765/200905, julgado por este Colegiado nesta mesma sessão de julgamento, discutese a estimativa de CSLL de fevereiro/2005. Por determinação do julgador de primeira instância, foi realizada diligência em ambos os processos. Houve uma diferença na instrução processual, fazendo com que no processo nº 16327.903765/200905 tenham sido juntados pela unidade preparadora documentos às fls. 75/118 relevantes para a decisão, como se há de verificar, documentos esses que deixaram de ser juntados a este processo, ainda que se refiram a todo o anocalendário de 2005. Em tais condições, penso que não se pode ignorar documentos que constam do outro processo recém julgado e são, portanto, do conhecimento deste Colegiado. Nos parágrafos seguintes farei referência a documentos de ambos os processos, especificando, quando for o caso, tratarse do processo nº 16327.903765/200905. Em primeiro lugar, devese ressaltar que se cuida, aqui, de estimativa mensal da CSLL. As estimativas são valores cujo recolhimento é obrigatório, nos termos e limites estabelecidos em lei, mas que não são, ainda, a expressão do tributo efetivamente devido ao final do período de apuração anual. Os valores de estimativas efetivamente pagos serão levados ao ajuste anual, a reduzir o valor devido apurado nesse ajuste. Tendo isso em mente, é de se verificar qual foi o valor de estimativa da CSLL de janeiro/2005 levado ao ajuste pela interessada. O exame da DIPJ (fls. 752 e segs., ND 1397384, entregue em 25/08/2007) revela que o valor de CSLL mensal paga por estimativa foi de R$ 4.158.337,97 (Ficha 17, Linha 52, fl. 803). Esse valor corresponde (a menos de centavos) ao somatório dos débitos declarados em DCTF a cada mês, conforme DCTFs retificadoras às 2 Processo nº 16327.903765/200905. 3 Processo nº 16327.903765/200905. Fl. 211DF CARF MF Processo nº 16327.903912/200939 Acórdão n.º 1301002.254 S1C3T1 Fl. 212 8 fls. 81/994. Ademais, para o mês de janeiro/2005, o débito de R$ 596.439,55 também corresponde ao valor da Linha 11, Ficha 16, à fl. 765. Com isso, é possível concluir que a interessada não buscou se beneficiar, no ajuste anual, da diferença aqui pleiteada como indébito de estimativa mensal. Em outras palavras, não ocorreu a tentativa de duplo benefício. Essa constatação também foi esposada pelo AuditorFiscal que empreendeu a diligência determinada pelo julgador a quo, no despacho de fl. 1186, verbis: [...] Ademais, conforme informações extraídas dos sistemas da RFB, constatase que o direito creditório em questão, decorrente da estimativa paga a maior, não foi utilizado para formação do Saldo Negativo da CSLL do ano calendário de 2005, [...] Indo adiante, constatase que a declaração de compensação sob exame foi transmitida em 29/11/2005 (fl. 18), que a DIPJ retificadora do anocalendário 2005 foi transmitida em 25/08/2007 (fl. 757) e que a DCTF retificadora de janeiro/2005 foi transmitida em 09/04/2007 (fl. 26). Em todos esses documentos o valor da estimativa mensal de CSLL de janeiro é de R$ 596.439,55. Todos esses documentos são anteriores ao Despacho Decisório, prolatado em 20/04/2009 (fl. 16), que negou homologação à compensação. Avançando quanto ao mérito da questão, propriamente, não há qualquer litígio acerca da base de cálculo da estimativa de CSLL em janeiro/2005, nem sobre o valor da CSLL apurada, conforme Linhas 01 e 02 da Ficha 16 da DIPJ (fl. 768). A diferença aqui pleiteada como pagamento a maior (R$ 255.616,95) está discriminada na linha 03 como Recuperação de Crédito de CSLL (MP nº 1.807/1999, art. 8º). E também aqui as evidências são favoráveis à recorrente. Ressaltese que no despacho de fl. 1189, o AuditorFiscal é expresso ao declarar que: Ademais, [...] , assim como a parcela referente à recuperação de crédito da CSLL a que alude o art. 8º da MP nº 1.807/99 encontrase controlada no SAPLI Demonstrativo da Base de Cálculo Negativa da CSLL. O mencionado demonstrativo do SAPLI está às fls. 114/11610, restando claro o registro do crédito em questão desde o anocalendário 1999, com a recuperação ano a ano de partes do total, inclusive no ano de 2005. Acrescento que o exame do balancete do mês de janeiro/2005 (fl. 93) revela a existência da conta de ativo nº 065.242 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS CONTRIB SOCIAL 758772 SUDA CRED.TRIB.CIRC.2748 DEZ98 onde consta saldo inicial R$2.805.764,44, créditos de R$ 255.616,95 e saldo final de R$2.550.147,49. O mesmo valor do crédito (R$ 255.616,95) é objeto de débito (fl. 99) na conta nº 018.163 PROVISÃO P/ CONTRIB.SOCIAL 743127 CONTR.SOCIAL ANO CORRENTE contrapondose ao crédito realizado naquela conta no valor de R$ 352.056,48. Esses registros contábeis, a meu ver, atestam que o crédito foi contabilizado no ativo, tal como 4 Processo nº 16327.903765/200905. 5 Processo nº 16327.903765/200905. 6 Processo nº 16327.903765/200905. 7 Processo nº 16327.903765/200905. 8 Processo nº 16327.903765/200905. 9 Processo nº 16327.903765/200905. 10 Processo nº 16327.903765/200905. Fl. 212DF CARF MF Processo nº 16327.903912/200939 Acórdão n.º 1301002.254 S1C3T1 Fl. 213 9 previa o art. 8º da MP nº 2.15835/2001, e que no mês de janeiro/2005 o saldo então existente foi baixado no montante de R$ 255.616,95, valor esse transferido a reduzir o valor a recolher de estimativa de CSLL. Tal como afirmou a ora recorrente. Observo, por relevante, que não se trata neste processo de validar a existência do crédito, o que demandaria procedimento específico de auditoria fiscal. Aqui, o relevante é a constatação de que a interessada não alterou a base de cálculo nem a CSLL apurada em janeiro/2005. No entanto, em um primeiro momento, deixou de considerar o crédito do art. 8º. Em um segundo momento revisou seus cálculos, abatendo da CSLL apurada a parcela do crédito que considerava cabível, caracterizando, desta forma, um pagamento a maior de estimativa, objeto da declaração de compensação. Ressalto, finalmente, que as DIPJ e DCTF retificadoras foram apresentadas muito antes do Despacho Decisório sobre a DCOMP. Diante do exposto, voto por dar provimento ao recurso voluntário para reconhecer o direito creditório declarado na DCOMP, devendo ser homologados os débitos declarados até o limite do direito creditório reconhecido. Registro que se trata do mesmo direito creditório objeto do processo administrativo nº 16327.903913/200983. (assinado digitalmente) Waldir Veiga Rocha Fl. 213DF CARF MF
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