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Numero do processo: 10830.720269/2007-71
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jul 24 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Tue Feb 03 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 3202-000.260
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Sílvio Luiz de Toledo César, OAB/SP nº 114.703.
Assinado digitalmente
IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES - Presidente.
Assinado digitalmente
TATIANA MIDORI MIGIYAMA - Relatora.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Irene Souza da Trindade Torres (Presidente), Gilberto de Castro Moreira Júnior, Luís Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Tatiana Midori Migiyama (Relatora) .
Relatório
Nome do relator: TATIANA MIDORI MIGIYAMA
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RESOLVEM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Sílvio Luiz de Toledo César, OAB/SP nº 114.703. Assinado digitalmente IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES Presidente. Assinado digitalmente TATIANA MIDORI MIGIYAMA Relatora. Participaram do presente julgamento os Conselheiros Irene Souza da Trindade Torres (Presidente), Gilberto de Castro Moreira Júnior, Luís Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Thiago Moura de Albuquerque Alves e Tatiana Midori Migiyama (Relatora) . Relatório Tratase de recurso voluntário interposto por PASTIFÍCIO SELMI S/A contra Acórdão nº 1747.524, de 13 de janeiro de 2011, proferido pela 2ª Turma da DRJ/SP2, que julgou por unanimidade de votos, procedente o lançamento, mantendo o crédito tributário exigido na peça fiscal. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 08 30 .7 20 26 9/ 20 07 -7 1 Fl. 406DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 407 2 Por bem descrever os fatos, adoto o relatório integrante da decisão recorrida, a qual transcrevo a seguir: “Durante os trabalhos de revisão aduaneira das importações da impugnante, constatou a fiscalização a ocorrência de dois tipos de irregularidades: A primeira relativa a importações que declaravam conter “Farinha de trigo Durum”, NCM 1101.00.10, e, segundo a fiscalização, tratavamse de importações de “Semolina de trigo durum fortificada com ácido fólico e ferro contendo 0,14% de cloreto de sódio”, NCM 1103.11.00. Baseouse a fiscalização em laudos de assistência técnica oficiais solicitados pela Alfândega do Porto de Santos, fls. 162 a 164 e 203, e na presunção técnica oficiais solicitados pela Alfândega do Porto de Santos, fls. 162 a 164 e 203, e na presunção dos arts. 68 da Lei nº 10.833/03 e art. 30, § 3º, alínea “a”, do PAF (Decreto nº 70.235/72). A segunda infração decorre dos trabalhos de auditoria sobre as importações da impugnante que descreviam o produto “Mistura para massas”, NCM 1901.20.00, e que a fiscalização concluiu trataremse de importações de “Farinha de trigo”, NCM 1101.00.10. Baseouse a fiscalização nas notas fiscais de venda da impugnante e nos processos produtivos aplicados nas mercadorias importadas. Em decorrência das duas irregularidades apontadas, lavrou a fiscalização o presente auto de infração para a cobrança das multas por falta de licenciamento e por classificação fiscal incorreta. Intimada do Auto de Infração em 11/10/2007 (fl. 01), a interessada apresentou impugnação e documentos em 22/11/2007, juntados às fls.370 e seguintes, alegando em síntese: Alega que no curso da auditoria promovida pela fiscalização, obteve laudo técnico que suporta que as importações de prémisturas estavam corretamente classificadas na TEC. Alega que há dúvida na autuação pois, ora a fiscalização classifica os bens importados na NCM 1101.00.10, ora na NCM 1103.11.00. Alega a aplicação do art. 112 do CTN. Alega que seguiu os dados e classificações de seus fornecedores estrangeiros. Alega que seria incabível a multa por falta de LI pois a mercadoria estaria corretamente descrita. Cita jurisprudência administrativa sobre o tema. Alega que a multa por erro na classificação fiscal é incabível pois a classificação adotada estaria correta. Alega que essa infração não pode se cumular com a multa por falta de LI. Alega que a multa tem natureza tributária. Alega que o Fl. 407DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 408 3 valor global dessa multa não poderia ser inferior R$ 500,00, conforme art. 84 da MP nº 2.158/01. Requer, por fim, que seja julgada improcedente a presente autuação. É o relatório”. A DRJ não acolheu as alegações do contribuinte e considerou procedente o lançamento, mantendo o crédito tributário exigido na peça fiscal em acórdão com a seguinte ementa: “Assunto: Classificação de Mercadorias Período de apuração: 01/01/2002 a 31/12/2006 REVISÃO ADUANEIRA. CLASSIFICAÇÃO FISCAL Presumemse idênticas, para fins de tratamento tributário, as mercadorias importadas pela mesma empresa com idêntica descrição e origem, nos termos do art. 68 da Lei nº 10.833/03. Impugnação Improcedente” Cientificado do referido acórdão em 28 de janeiro de 2011, a interessada apresentou recurso voluntário em 28 de fevereiro de 2011, pleiteando a reforma do decisum e reafirmando seus argumentos apresentados à DRJ. Voto Conselheira Tatiana Midori Migiyama, Relatora Da admissibilidade Por conter matéria desta E. Turma da 3ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do Recurso Voluntário tempestivamente interposto pelo contribuinte, considerando que a recorrente teve ciência da decisão de primeira instância em 28 de janeiro de 2011, quando, então, iniciouse a contagem do prazo de 30 (trinta) dias para apresentação do presente recurso voluntário – apresentando a recorrente recurso voluntário em 28 de fevereiro de 2011. Depreendendose da análise do processo, vêse que o cerne da lide envolve a correta classificação fiscal do presente produto importado, descrevendo a contribuinte se tratar Fl. 408DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 409 4 de "FARINHA DE TRIGO DURUM", com classificação NCM 1101.00.10, e não com classificação NCM 1103.11.00 – tal como referendou a Autoridade Fazendária. Para clarificar esta questão, vale lembrar que a classificação fiscal é feita por meio do código NCM Nomenclatura Comum do Mercosul, e que tem por base o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH) adotado no País por meio do Decreto n° 97.409, de 1988, o qual promulgou à Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias. Para sua composição, o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado(SH). Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do MERCOSUL. O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições. Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional, assim como aprimorar a coleta, a comparação e a análise das estatísticas, particularmente as do comércio exterior. Além disso, o SH facilita as negociações comerciais internacionais, a elaboração das tarifas de fretes e das estatísticas relativas aos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras informações utilizadas pelos diversos intervenientes no comércio internacional. A composição dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejam atendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias Desta forma, a classificação de mercadorias no Mercosul é realizada com base em seis Regras Gerais de Interpretação do Sistema Harmonizado (6 RGI/SH) e na Regra Geral Complementar (RGC —1). Regras previstas na Resolução Camex n° 42, de 2001 e também na Instrução Normativa SRF n° 99, de 2001 – sendo a classificação de um produto determinada Fl. 409DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 410 5 pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo, e pelas demais regras de classificação (Regra Geral n° 1 de Interpretação do Sistema Harmonizado — RGI 1). A classificação nas subposições de uma mesma posição é determinada pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição correspondentes (RGI 6). Essas mesmas regras aplicamse para o enquadramento de um produto nos itens e subitens de uma subposição (Regra Geral Complementar n° 1 — RGC 1). Clarificada a composição dos códigos, importante trazer que o caso em questão se refere a classificação fiscal do presente produto importado, descrevendo a contribuinte que se trata de "FARINHA DE TRIGO DURUM", com classificação NCM 1101.00.10, e não com classificação NCM 1103.11.00 – tal como referendou a Autoridade Fazendária. Vêse que, para a adoção da classificação fiscal, quanto aos fatos, traz a recorrente que: · Recepcionou auto de infração que tratou exclusivamente da imposição de Multa Aduaneira de Controle Administrativo, por suposta falta de LI, Multa proporcional ao Valor Aduaneiro, por presumido erro na Classificação Fiscal e multa regulamentar; · A autoridade fazendária desconsiderou o conteúdo de um grande volume de DI´s (compreendendo o período de 2002 a 2006), sob a equivocada premissa de que a recorrente teria importado mercadorias não declaradas corretamente e com classificação tarifária errônea; · Além da descrição do produto representar a mercadoria efetivamente importada, conforme declarado pelo fornecedor externo, a classificação pretendida pelo Fiscal possui exatamente a mesma tributação da classificação fiscal utilizada pela recorrente, não tendo havido por parte da recorrente qualquer espécie de vantagem, aduaneira ou tributária, a partir do fato de ter importado mercadorias, segundo a autoridade, com enquadramento aduaneiro incorreto; · Durante o processo de Fiscalização, em agosto de 2007, obteve um parecer técnico elaborado por professor titular da UNICAMP na área de engenharia de alimentos, que confirma que os produtos retratados por Fl. 410DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 411 6 amostragem em determinadas DIs se caracterizavam como prémisturas e que, como tal, poderiam se enquadrar tanto no código NCM 1901.20.00, quanto no código NCM 1901.90, na medida em que esta prémistura serve para uso geral; · O agente fiscal lavrou auto de infração para aplicação das severas penalidades supra citadas; · Apresentada impugnação, essa foi julgada improcedente, tendo a DRJ SPII mantido o lançamento fiscal pelos mesmos fundamentos constantes do auto de infração; Ou seja, mesmo não havendo diferença na alíquota aplicável e nem prejuízo à fiscalização, as multas seriam cabíveis pela classificação distinta daquela julgada correta pela fiscalização. Quanto à classificação fiscal adotada, reflete a recorrente que: · ao realizar a importação desses produtos, sempre adotou as informações e critérios de classificação idênticos aos de seus fornecedores estrangeiros, procedimento que encontra suporte e fundamento no parágrafo único do art. 68 da Lei 10.833/03: “Art.68. As mercadorias descritas de forma semelhante em diferentes declarações aduaneiras do mesmo contribuinte, salvo prova em contrário, são presumidas idênticas para fins de determinação do tratamento tributário e aduaneiro. Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput, a identificação das mercadorias poderá ser realizada no curso do despacho aduaneiro ou em outro momento, com base em informações coligidas em documentos, obtidos inclusive junto a clientes ou a fornecedores, ou no processo produtivo em que tenham sido ou venham a ser utilizadas.” · Todos os documentos e informações prestadas pelos fornecedores, aliadas ao laudo técnico obtido pela recorrente no curso da Fiscalização, atestam que efetivamente importou as mercadorias que se encontravam descritas e declaradas nas DIs.; Fl. 411DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 412 7 · A prémistura para massas importada é efetivamente uma prémistura para massas, sendo correto o seu enquadramento no código NCM 1901.20.00, tal qual declarado pelo fornecedor estrangeiro. · A mistura para massas importada era assim declarada pelo fornecedor estrangeiro e assim classificada por se tratar efetivamente de uma mistura de farinha in natura com outras substâncias que tinham como objetivo aumentar suas propriedades, tais como, sal, esterlac e peróxido de benzoíla; · Sendo assim, a descrição do produto apresentado nas declarações de importação está correta e corresponde a realidade dos fatos; · O mesmo ocorre com os casos de farinha de trigo Durum, que também foram corretamente descritos nas DIs; · Quando os fornecedores estrangeiros tinham disponível farinha in natura, fazia a importação deste produto, quando os fornecedores possuíam misturas para massas, eram estes os materiais importados, e por identidade de razões, quando os fornecedores possuíam farinha de trigo Durum, eram estes os materiais efetivamente importados pela recorrente; · Na medida em que o enquadramento tributários desses produtos sempre foi equivalente e como inexistia diferença, para o processo produtivo da recorrente, entre o uso de farinha in natura e de mistura para massas, a recorrente fez o processo aduaneiro indicando os mesmos detalhes e características dos produtos importados, tal qual haviam sido indicados/apresentados pelos respectivos fornecedores estrangeiros; · De acordo com a decisão, ora recorrida, não poderia ter classificado as misturas para massas no código NCM 1901.20.00 em função apenas da aplicação final do produto. Não obstante, ocorre que a prémistura importada é de aplicação geral e no momento da importação do produto a recorrente não tinha como determinar sua destinação; · Produz produtos alimentícios variados, tais como, macarrão, biscoito, bolo, farinha, etc. O fato de a mistura para massas ter sido utilizada para também compor o blend de industrialização de farinha, não descaracteriza o produto como pré mistura, já que a farinha Fl. 412DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 413 8 comercializada não é in natura. Para a composição do blend comercializado é necessário tanto a farinha in natura quanto a mistura para massas, que nada mais é do que a farinha in natura enriquecida com outras substâncias destinadas a aumentar as suas propriedades; · As regras de interpretação para a posição 1901.20.00 da NESH definem como misturas para massas qualquer preparação alimentícia à base de farinha, grumos, sêmolas, amidos, féculas ou de estrato de malte, cuja características essencial, provenha destes constituintes quer eles predominem ou não em peso ou volume. Além disso, também deixam claro que a estas misturas podem (e não devem) ser adicionadas outras substâncias, destinadas a aumentar as propriedades dietéticas sem especificar a quantidades outras substâncias. Sendo assim, requer a recorrente que seja prestigiado o procedimento adotado com o cancelamento desta autuação fiscal, considerando que cumpriu com suas obrigações aduaneiras, seja ante a dúbia interpretação das regras vigentes, bem como que a própria fiscalização dá interpretações conflitantes entre si no auto de infração. Quanto à ilegalidade da multa por falta de LI e da multa por classificação incorreta/multa regulamentar, discorre a recorrente que: · Não houve erro na classificação das mercadorias importadas, tendo em vista que o caso sob exame não se enquadra em qualquer das hipóteses da alínea “a”, do inciso II, do art. 633 do Regulamento Aduaneiro; · A multa em tela foi imposta não em função da falta de LI, mas em função da alegação de que a recorrente não teria descrito as mercadorias acobertadas pelas DIs relacionadas no auto de infração com todos os elementos necessários à sua identificação e ao enquadramento tarifário pleiteado; · Está no máximo diante de simples erro na classificação fiscal da mercadoria acobertada por declaração de importação, com a correta descrição capaz de identificar perfeitamente o produto importado, o que não pode ensejar a aplicação da multa por falta de Licença de Importação; Fl. 413DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 414 9 · O disposto no art. 633 do Regulamento Aduaneiro não pode extrapolar o DecretoLei nº 37/66 de forma que, a interpretação para a aplicação da multa por falta de LI deve ser a mesma, qual seja, considerando que descrição contida na DI foi hábil para identificar a mercadoria importada, o seu correto enquadramento tributário etc., não há que se falar em infração ao controle administrativo das importações; · O art. 169 do DecretoLei nº 37/66 fala em licença de importação ou documento equivalente, e assim, a Declaração de Importação, na atual legislação, pode ser considerada como um documento equivalente à Licença de Importação, no sentido de que todas as informações necessárias para identificação do produto estão nela contidas< e assim, é demonstrada a ilegalidade da imposição da penalidade prevista no art. 633, II, “a” do Regulamento Aduaneiro; · Pelos mesmos motivos que fundamentam a ilegalidade de multa aplicada em razão de falta de LI, também a multa por classificação incorreta/multa regulamentar não encontra fundamentos legais, e, portanto, deve ser anulada; pois entende que não houve erro na classificação dos produtos importados pela recorrente, e, mesmo que o referido erro tivesse ocorrido, a multa prevista no auto de infração intitulada ora como multa proporcional ao valor aduaneiro, ora como a multa decorrente da suposta falta de LI, bem como, em razão da total ausência de prejuízos tributários ao erário; · Não houve dano ao erário na medida em que, mesmo com a reclassificação pretendida, a tributação na classificação pretendida pela fiscalização é exatamente a mesma que a da classificação utilizada pela recorrente de forma que não houve a cobrança, e, em momento algum haverá, de qualquer saldo remanescente de tributos incidentes sobre a importação calculados em razão da reclassificação. Quanto à alegação de improcedência da autuação e da r. decisão de primeira instância – cancelamento de todas as penalidades aplicadas, vêse que a recorrente traz que: · Todas as matériasprimas foram corretamente identificadas, caracterizadas e classificadas pela recorrente em seus procedimentos Fl. 414DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 415 10 de importação, e assim, estão devidamente acobertadas por documentação idônea, em especial as DIs relacionadas no auto de infração ora impugnado; · A matéria objeto desta autuação é técnica e o próprio Sr. Fiscal, no auto de infração, por vezes indica um código NCM, e em outras indica código distinto para o mesmíssimo produto e a prova pericial já constante dos autos, por seu turno, atesta a regularidade dos procedimentos de importação adotados pela recorrente; · Devese prestigiar a boa fé e a intenção do contribuinte, não havendo que se falar em imposição de quaisquer penalidades, principalmente quando a dúvida não envolve qualquer espécie de vantagem indevida para o contribuinte; Cessadas as alegações trazidas pela recorrente e depreendendose da análise do processo e documentos acostados, bem como o racional da fiscalização quando auditou a Pastifício, em homenagem ao princípio da verdade material que permeia o processo administrativo tributário, voto no sentido de converter o julgamento em diligência, para que a unidade de origem: · Junte os Laudos de Análise Laboratorial 2436.1, 24371, 1875, 1879 e 1880 citados no Termo de Constatação Fiscal (Parte Integrante do Auto de Infração) folha 108 e, que por sua vez, haviam sidos solicitados à época pela Alfândega do Porto de Santos; · Intime a recorrente a apresentar laudo de renomada instituição, preferencialmente entidade pública, com o intuito de se constatar a correta classificação fiscal da mercadoria importada – qual seja, se se trata de farinhas, prémisturas ou misturas para massas; Tal amostra da mercadoria objeto do laudo deverá coincidir com as características da mercadoria importada à época do mesmo exportador. · Cientifique a fiscalização para se manifestar sobre o resultado da diligência, se houver interesse e caso entenda ser necessário; · Cientifique o contribuinte sobre o resultado da diligência, para, se assim desejar, apresentar no prazo legal de 30 (trinta) dias, nos termos do art. 35, parágrafo único, do Decreto nº 7.574/11; Fl. 415DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA Processo nº 10830.720269/200771 Resolução nº 3202000.260 S3C2T2 Fl. 416 11 · Findo o prazo acima, devolva os autos ao CARF para julgamento. Assinado digitalmente Tatiana Midori Migiyama Fl. 416DF CARF MF Impresso em 03/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/12/2014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 19/12/2 014 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 03/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TOR RES OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 11080.914807/2012-47
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Oct 15 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Tue Dec 09 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Ano-calendário: 2007
PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA.
O contribuinte, a despeito ausência de retificação da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Ausentes estes pressupostos, não cabe a homologação da extinção do débito confessado em PER/Dcomp.
Recurso Voluntário Negado.
Crédito Tributário Mantido.
Numero da decisão: 3802-003.807
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM - Presidente.
(assinado digitalmente)
SOLON SEHN - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Mércia Helena Trajano Damorim (Presidente), Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn, Waldir Navarro Bezerra, Bruno Mauricio Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira.
Nome do relator: SOLON SEHN
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RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. AUSÊNCIA. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte, a despeito ausência de retificação da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da liquidez e da certeza do direito de crédito. Ausentes estes pressupostos, não cabe a homologação da extinção do débito confessado em PER/Dcomp. Recurso Voluntário Negado. Crédito Tributário Mantido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) MÉRCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Presidente. (assinado digitalmente) SOLON SEHN Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Mércia Helena Trajano Damorim (Presidente), Francisco José Barroso Rios, Solon Sehn, Waldir Navarro Bezerra, Bruno Mauricio Macedo Curi e Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 91 48 07 /2 01 2- 47 Fl. 115DF CARF MF Impresso em 10/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 08/12/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto em face de decisão da 4° Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza/CE, que julgou improcedente a manifestação de inconformidade apresentada pelo Recorrente, assentada nos fundamentos resumidos na ementa seguinte: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2007 PROVAS. MOMENTO DA APRESENTAÇÃO. A prova documental deve ser apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior, refirase a fato ou a direito superveniente ou destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas os autos. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Anocalendário: 2007 DCTF. RETIFICAÇÃO. DECISÓRIO. ESPONTANEIDADE. REDUÇÃO DE TRIBUTO. CONFIGURAÇÃO DE PAGAMENTO A MAIOR OU INDEVIDO. É legítima a declaração retificadora que reduzir ou excluir tributo se apresentada por contribuinte em espontaneidade legal. No entanto, para que se atribua eficácia às informações nela contidas, especificamente em relação àquelas que suportam a caracterização do pagamento a maior ou indevido de tributo, é mister que a retificadora tenha sido entregue antes do decisório. Se entregue depois, incumbe ao contribuinte o ônus de comprovar o seu direito creditório mediante a juntada, com a manifestação de inconformidade, não somente da declaração retificadora, mas também de documentos contábeis e fiscais que fundamentam a retificação. DACON. CARÁTER INFORMATIVO. O DACON configura declaração de caráter informativo e não instrumento de confissão de dívidas tributárias nem veículo de inscrição desses débitos em Dívida Ativa da União. A informação prestada no DACON, desacompanhada de documentos que a justifiquem, não é suficiente para provar a existência de direito creditório pleiteado em declaração de compensação. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido. O interessado apresentou o PER/Dcomp (Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação), retificando exclusivamente a Dacon, sem, portanto, retificar a Dctf (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais), Fl. 116DF CARF MF Impresso em 10/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 08/12/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 11080.914807/201247 Acórdão n.º 3802003.807 S3TE02 Fl. 116 3 o que só veio a ocorrer após o despacho decisório. Tal fato fez com que o pagamento continuasse atrelado à quitação do débito originário, inviabilizando a homologação da compensação. A DRJ manteve a não homologação, porque, apesar da retificação da Dctf após o despacho decisório, não houve comprovação, por meio de documentação hábil, idônea e suficiente, do erro no preenchimento da declaração. A Recorrente, nas razões de fls. 60 e ss., alega a falta de retificação da Dctf seria um mero equívoco, que poderia ser constatado pela análise da Dacon, já retificada quando da apresentação do pedido de PER/Dcomp. Afirma que, pelo princípio da verdade material, deveria o órgão julgador verificar quais dos dois documentos (Dctf ou Dacon) continha os valores corretos, bem como que a Dacon e a Darf são os únicos meios de provas capazes de demonstrar o valor efetivamente devido à título de Cofins, bem como a existência de pagamento a maior. Pleiteia, assim, o recebimento do recurso e o seu integral provimento. É o relatório. Voto Conselheiro Solon Sehn O sujeito passivo teve ciência da decisão no dia 08/01/2014 (fls. 58), interpondo recurso tempestivo em 04/02/2014 (fls. 60). Assim, presentes os demais requisitos de admissibilidade do Decreto no 70.235/1972, o recurso pode ser conhecido. O interessado apresentou o PER/Dcomp (Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação), sem retificar a Dctf (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais). Tal fato fez com que o pagamento continuasse atrelado à quitação do débito originário, inviabilizando a homologação da compensação. A compensação, consoante destacado, não foi homologada porque o Recorrente transmitiu o PER/Dcomp sem a retificação da Dctf. Em circunstâncias dessa natureza, ao contrário do que entendeu a decisão recorrida, a Turma tem interpretado que o contribuinte, por força do princípio da verdade material, tem direito à compensação, desde que apresente prova da existência do crédito compensado. Nesse sentido, cumpre destacar os seguintes julgados da Turma: PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF APÓS A INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. AUSÊNCIA DE PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte, a despeito da retificação extemporânea da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova da existência do crédito compensado (art. 12, § 3o, da Instrução Normativa SRF nº. 583/2005, vigente à época da transmissão das DCTF’s retificadoras). A retificação, porém, não produz efeitos quando o débito já foi enviado à ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa. Fl. 117DF CARF MF Impresso em 10/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 08/12/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 4 Recurso Voluntário Negado. Direito Creditório Não Reconhecido. (CARF. 3ª S. 2ª T.E.Acórdão nº 380201.078. Rel. Conselheiro Solon Sehn. S. 27/07/2012). PROCESSO DE COMPENSAÇÃO. DCTF RETIFICADORA. ENTREGA APÓS CIÊNCIA DO DESPACHO DECISÓRIO. REDUÇÃO DO DÉBITO ORIGINAL. COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DO ERRO. OBRIGATORIEDADE. Uma vez iniciado o processo de compensação, a redução do valor débito informada na DCTF retificadora, entregue após a emissão e ciência do Despacho Decisório, somente será admitida, para fim de comprovação da origem do crédito compensado, se ficar provado nos autos, por meio de documentação idônea e suficiente, a origem do erro de apuração do débito retificado, o que não ocorreu nos presentes autos. [...] Recurso Voluntário Negado. (CARF. 3ª S. 2ª T.E. Acórdão nº 380201.290. Rel. Conselheiro José Fernandes do Nascimento. S. 25/09/2012). COMPENSAÇÃO COM CRÉDITOS DECORRENTES DE RETIFICAÇÃO DE DCTF DEPOIS DE PROFERIDO DESPACHO DECISÓRIO NÃO HOMOLOGANDO PER/DECOMP. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE ERRO DE FATO NO PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO ORIGINAL. INADMISSIBILIDADE DA COMPENSAÇÃO EM VISTA DA NÃO DEMONSTRAÇÃO DA LIQUIDEZ E CERTEZA DO CRÉDITO ADUZIDO. A compensação, hipótese expressa de extinção do crédito tributário (art. 156 do CTN), só poderá ser autorizada se os créditos do contribuinte em relação à Fazenda Pública, vencidos ou vincendos, se revestirem dos atributos de liquidez e certeza, a teor do disposto no caput do artigo 170 do CTN. Uma vez intimada da não homologação de seu pedido de compensação, a interessada somente poderá reduzir débito declarado em DCTF se apresentar prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no seu preenchimento. A não comprovação da certeza e da liquidez do crédito alegado impossibilita a extinção de débitos para com a Fazenda Pública mediante compensação. Recurso a que se nega provimento. (CARF. 3ª S. 2ª T.E. Acórdão nº 3802001.593. Rel. Conselheiro Francisco José Barroso Rios. S. 27/02/2013). PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF. PROLAÇÃO DO DESPACHO DECISÓRIO. APRESENTAÇÃO DA PROVA DO CRÉDITO APÓS DECISÃO DA DRJ. HIPÓTESE PREVISTA NO ART. 16, § 4º, “C”, DO DECRETO Nº 70.235/1972. Fl. 118DF CARF MF Impresso em 10/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 08/12/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 11080.914807/201247 Acórdão n.º 3802003.807 S3TE02 Fl. 117 5 PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. A prova do crédito tributário indébito, quando destinada a contrapor razões posteriormente trazidas aos autos, pode ser apresentada após a decisão da DRJ, por força do princípio da verdade material e do disposto no art. 16, § 4º, “c”, do Decreto nº 70.235/1972. Havendo prova do crédito, a compensação deve ser homologada, a despeito da retificação a posteriori da Dctf. Recurso Voluntário Provido Direito Creditório Reconhecido. (CARF. 3ª S. 2ª T.E. Acórdão nº 380201.005. Rel. Solon Sehn. S. 22/05/2012). PER/DCOMP. RETIFICAÇÃO DA DCTF APÓS O DESPACHO DECISÓRIO. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. AUSÊNCIA DE PROVA DO DIREITO CREDITÓRIO. COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA. O contribuinte, a despeito da retificação extemporânea da Dctf, tem direito subjetivo à compensação, desde que apresente prova contábil da existência do crédito compensado. A simples retificação após o despacho decisório não autoriza a homologação da compensação do crédito tributário. Recurso Voluntário Negado. Direito Creditório Não Reconhecido. (CARF. S3TE02. Acórdão nº 380201.112. Rel. Conselheiro Solon Sehn. S. 27/07/2012). COMPENSAÇÃO. REQUISITOS FORMAIS. AUSÊNCIA DE RETIFICAÇÃO DA DCTF. IMPOSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO PELO CONTRIBUINTE APÓS DECORRIDOS CINCO ANOS DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO. EXCEPCIONALIDADE DE ACEITAÇÃO PELO CARF. A retificação de DCTF constitui requisito formal do contribuinte, ao efetuar pedido de compensação com base em créditos decorrentes de retificação de documentos de cunho declaratório (DACON, DIPJ, dentre outros). Assim, a ausência de apresentação da DCTF retificadora é causa para negação do crédito pleiteado. Todavia, excepcionalmente se permite a compensação caso o contribuinte demonstre que a retificação só foi apontada como não efetuada após o decurso dos cinco anos contados da extinção do crédito, sendo certo que a negativa importaria em situação excepcional de restrição formal à verdade material, contrassenso à própria finalidade do processo administrativo tributário. Recurso voluntário provido. Direito creditório reconhecido. Fl. 119DF CARF MF Impresso em 10/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 08/12/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 6 (CARF. S3TE02. Acórdão nº 3802001.642. Rel. Conselheiro Bruno Macedo Curi. S. 28/02/2013) No presente caso, entretanto, entendese que a documentação apresentada é insuficiente para a demonstração da certeza e da liquidez do direito de crédito. A Dipj e o Dacon, diversamente do que sustenta o Recorrente, somente têm valor probatório quando acompanhados da escrituração fiscal, ainda que parcial, notadamente em face das divergências encontradas no curso do processo. Além disso, também deveria ter sido apresentada a documentação que lastreia a escrituração, porquanto esta, de acordo com o art. 9.º, § 1.º, do DecretoLei n.º 1.598/1977, apenas “faz prova a favor do contribuinte dos fatos nela registrados e comprovados por documentos hábeis segundo sua natureza, ou assim definidos em preceitos legais”. Portanto, nada justifica a reforma da decisão recorrida, porque cabe ao interessado o ônus da prova nos pedidos de compensação e de restituição. Votase pelo conhecimento e integral desprovimento do recurso. (assinado digitalmente) Solon Sehn Relator Fl. 120DF CARF MF Impresso em 10/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 03/12/2014 por SOLON SEHN, Assinado digitalmente em 08/12/2014 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM
score : 1.0
Numero do processo: 16327.903665/2009-71
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 12 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Feb 11 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Data do fato gerador: 15/12/2003
COMPENSAÇÃO. RETORNO DE DILIGÊNCIA. VALORES CONFIRMADOS.
Comprovado nos autos que o crédito existente foi suficiente para cobertura do montante compensado é de se prover o recurso.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 3301-002.464
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, Por unanimidade de votos, deu-se provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. Fez sustentação oral pela recorrente o advogado Choi Jong Min, OAB/SP 287.957.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente.
(assinado digitalmente)
Sidney Eduardo Stahl - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente), Maria Teresa Martínez López, Andrada Márcio Canuto Natal, Mônica Elisa de Lima, Luiz Augusto do Couto Chagas e Sidney Eduardo Stahl.
Nome do relator: SIDNEY EDUARDO STAHL
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Data do fato gerador: 15/12/2003 COMPENSAÇÃO. RETORNO DE DILIGÊNCIA. VALORES CONFIRMADOS. Comprovado nos autos que o crédito existente foi suficiente para cobertura do montante compensado é de se prover o recurso. Recurso Voluntário Provido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, Por unanimidade de votos, deu-se provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. Fez sustentação oral pela recorrente o advogado Choi Jong Min, OAB/SP 287.957. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente), Maria Teresa Martínez López, Andrada Márcio Canuto Natal, Mônica Elisa de Lima, Luiz Augusto do Couto Chagas e Sidney Eduardo Stahl.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 15/12/2003 COMPENSAÇÃO. RETORNO DE DILIGÊNCIA. VALORES CONFIRMADOS. Comprovado nos autos que o crédito existente foi suficiente para cobertura do montante compensado é de se prover o recurso. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, Por unanimidade de votos, deuse provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. Fez sustentação oral pela recorrente o advogado Choi Jong Min, OAB/SP 287.957. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente), Maria Teresa Martínez López, Andrada Márcio Canuto Natal, Mônica Elisa de Lima, Luiz Augusto do Couto Chagas e Sidney Eduardo Stahl. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 90 36 65 /2 00 9- 71 Fl. 250DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 16327.903665/200971 Acórdão n.º 3301002.464 S3C3T1 Fl. 3 2 Relatório Tratam os autos do PER/DCOMP relativo a pagamento indevido ou a maior de contribuição de PIS (Código de Receita 4574). De acordo com o Despacho Decisório (eletrônico), a compensação não foi homologada, uma vez que embora localizado o pagamento do DARF indicado no PER/DCOMP, os créditos foram integralmente utilizados para quitação de débitos do Contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP. Cientificada do Despacho Decisório a contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade tempestiva, alegando que a decisão não mereceria prosperar, requerendo a necessidade de reforma da decisão proferida para reconhecer o direito creditório e, via de conseqüência, homologarse a compensação declarada, alegando em síntese que o seu direito creditório decorre de deduções relativas às indenizações com sinistros ocorridos, que, por lapso, deixaram de constar na apuração de contribuição, o que lhe implicou num pagamento a maior no correspondente período de apuração; que a divergência existente entre o PER/DCOMP em que se informou o indébito e a DCTF é de mero erro formal, já devidamente retificado, devendo valer, para tal a verdade matéria. A DRJ de São Paulo negou o pedido da Recorrente com base na decisão ementada da seguinte forma: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 15/01/2004 Ementa: DCTF. ERRO NO PREENCHIMENTO. VALORES CORRETOS. COMPROVAÇÃO. Consideramse confissões de dívida os débitos declarados em DCTF, motivo pelo qual qualquer alegação de erro no seu preenchimento deve ser comprovada mediante documentos contábeis e fiscais que justifiquem as alterações realizadas no cálculo dos tributos devidos. ÔNUS DA PROVA. Compete ao interessado o ônus da prova a respeito de suposto crédito perante a Fazenda Pública. LANÇAMENTOS. LIVROS. PROVA. DOCUMENTOS. Os lançamentos contidos nos livros contábeis e fiscais fazem prova a favor do interessado desde que amparados em documentos idôneos. Fl. 251DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 16327.903665/200971 Acórdão n.º 3301002.464 S3C3T1 Fl. 4 3 Não apresentada a escrituração contábil/fiscal, nem outra documentação hábil e suficiente, que justifique a alteração dos valores registrados em DCTF, mantémse a decisão proferida, sem o reconhecimento de direito creditório, com a consequente não homologação das compensações pleiteadas. OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DA VERDADE MATERIAL E DA MORALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO. É válido o lançamento que atende aos princípios da legalidade, da verdade material e da moralidade do ato administrativo, de acordo com as regras e normas estabelecidas para o caso concreto. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido No recurso voluntário apresentado tempestivamente, o Recorrente alega, invocando o princípio da Verdade Material, que retificou as suas declarações e que, com base nelas, é possível aferir o seu direito creditório, requerendo o provimento e homologação das compensações. A Recorrente juntou no último mês os demonstrativos que visam esclarecer o equivoco inicialmente existente e a base de cálculo ajustada. No recurso voluntário apresentado tempestivamente, o Recorrente alega, invocando o princípio da Verdade Material, que retificou as suas declarações e que, com base nelas, é possível aferir o seu direito creditório, juntou antes do julgamento a documentação correspondente. A 1ª Turma Especial da 1ª Câmara dessa Sessão do CARF baixou o processo em diligência para que a Delegacia de origem examinasse os documentos existentes e a escrita fiscal da interessada em relação às compensações requeridas apurando se estão corretos os valores inicialmente pleiteados correspondentes à inclusão de prêmios pagos na base de cálculo originalmente lançada e a base decorrente de sua exclusão; cientificasse a interessada do resultado da diligência, abrindo prazo para manifestação, se assim desejasse; e retornasse o processo a este Conselho para julgamento. É o que importa relatar. Fl. 252DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 16327.903665/200971 Acórdão n.º 3301002.464 S3C3T1 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Sidney Eduardo Stahl, Tratase de retorno de diligência. A DIORT em cumprimento à diligência requerida informou que “Confirmamos o valor do direito creditório pleiteado, relativo à exclusão de despesas incorridas com sinistros, conforme detalhado na documentação de fls. (...)” Tendo sido, desse modo, confirmada as compensações nada mais há a fazer senão homologar as compensações pleiteadas. Nesse sentido, voto por julgar procedente o presente recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl Relator Fl. 253DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
score : 1.0
Numero do processo: 11610.002973/2007-04
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Dec 11 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Feb 12 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Ano-calendário: 2002
A retificação de DCOMP deverá ser efetuada por meio da utilização do programa PER/DCOMP, de acordo com as normas estatuídas pela IN SRF n° 600/2005, sem a qual a compensação informada será considerada como não declarada.
Recurso Voluntário Negado.
Direito Creditório Não Reconhecido
Numero da decisão: 3302-002.809
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do redator designado. Vencida a conselheira Fabiola Cassiano Keramidas (relatora), que dava provimento ao recurso voluntário. Designado o conselheiro Paulo Guilherme Déroulède para redigir o voto vencedor.
(assinado digitalmente)
Walber José da Silva
Presidente
(assinado digitalmente)
Fabíola Cassiano Keramidas
Relatora
(assinado digitalmente)
Paulo Guilherme Déroulède
Redator designado
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva, Paulo Guilherme Déroulède, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes, Fabiola Cassiano Keramidas e Gileno Gurjão Barreto.
Nome do relator: FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Ano-calendário: 2002 A retificação de DCOMP deverá ser efetuada por meio da utilização do programa PER/DCOMP, de acordo com as normas estatuídas pela IN SRF n° 600/2005, sem a qual a compensação informada será considerada como não declarada. Recurso Voluntário Negado. Direito Creditório Não Reconhecido
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do redator designado. Vencida a conselheira Fabiola Cassiano Keramidas (relatora), que dava provimento ao recurso voluntário. Designado o conselheiro Paulo Guilherme Déroulède para redigir o voto vencedor. (assinado digitalmente) Walber José da Silva Presidente (assinado digitalmente) Fabíola Cassiano Keramidas Relatora (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Redator designado Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva, Paulo Guilherme Déroulède, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes, Fabiola Cassiano Keramidas e Gileno Gurjão Barreto.
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Recurso Voluntário Negado. Direito Creditório Não Reconhecido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do voto do redator designado. Vencida a conselheira Fabiola Cassiano Keramidas (relatora), que dava provimento ao recurso voluntário. Designado o conselheiro Paulo Guilherme Déroulède para redigir o voto vencedor. (assinado digitalmente) Walber José da Silva Presidente (assinado digitalmente) Fabíola Cassiano Keramidas Relatora (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Redator designado AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 61 0. 00 29 73 /2 00 7- 04 Fl. 271DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 272 2 Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva, Paulo Guilherme Déroulède, Maria da Conceição Arnaldo Jacó, Alexandre Gomes, Fabiola Cassiano Keramidas e Gileno Gurjão Barreto. Relatório Tratase de Declaração de Compensação de considerada não declarada em razão de a contribuinte ter retificado a Dcomp. Por força de ordem judicial – mandado de segurança – foi aceita a apresentação de manifestação de inconformidade. Por retratar a realidade dos fatos, passo a transcrever o relatório trazido pela decisão de primeira instância administrativa, a saber: “Em 05/04/2007, a contribuinte protocolizou, junto A. DERAT/SPO, Declaração de Compensação de fls.27/28, objetivando a compensação de débitos de COFINS, referente ao anocalendário de 2002, no valor total de R$ 2.021.750,42. A DERAT/SPO/SP exarou DESPACHO DECISÓRIO (fls. 43/45) considerando como não declarada a compensação pleiteada pela interessada, pelo fato da mesma utilizar procedimento indevido para a retificação de DCOMP eletrônica, isto é, apresentou retificação em formulário quando não há previsão legal para referido procedimento. A contribuinte teve ciência do Despacho Decisório em 26/11/2007 (fl.51verso) e dela recorreu a esta DRJ em 21/12/2007 (fls. 64/70). As alegações expostas pela impugnante são resumidas a seguir. • Transmitiu por erro procedimental a DCOMP como retificadora quando, na verdade, deveria ter sido informada como original. Em não sendo aceita a correção de DCOMP sem o status de original procedeuse entrega de retificadora em formulário para sanar o equivoco; • Deverá a autoridade fiscal buscar a verdade material dos fatos (cláusula pétrea e decorrente do principio da legalidade) e não apenas se ater aos documentos apresentados nos autos. Dessa forma, o principio da verdade material prevalece sobre o formalismo, ou seja, a primazia da busca da verdade acima de qualquer outro formalismo legal; • Não há mais possibilidade de a requerente exercer seu direito para a compensação dos créditos por via da DCOMP, em virtude do lapso temporal de 5 anos do pagamento indevido, ferindo seu direito ao contraditório e a ampla defesa; • Requer a aceitação da declaração de compensação apresentada nos presentes autos.” Fl. 272DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 273 3 Após analisar as razões de inconformidade, a 7a Turma da DRJ/SPOI – Delegacia de Julgamento da Receita Federal do Brasil em São Paulo, proferiu o acórdão no 16 17.092 (fls. 93/97 e efls. 103/107), o qual restou da seguinte forma ementado: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA 0 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 2002 DCOMP – RETIFICAÇÃO. A retificação de DCOMP deverá ser efetuada por meio da utilização do programa PER/DCOMP, de acordo com as normas estatuidas pela IN SRF n° 600/2005, sem a qual a compensação informada será considerada como não declarada. Compensação não Declarada.” Em resumo, o v. acórdão recorrido entendeu que para proceder a retificação a Recorrente deveria ter observado as determinações previstas na Instrução Normativa 600/05, sem o que não se permite qualquer alteração, ainda a decisão reconhece que o direito da Recorrente estaria prescrito para proceder à uma nova retificação, mas que a responsabilidade por este fato é da própria Recorrente que deveria ter procedido à retificação em tempo. Irresignada,a Recorrente opôs Recurso Voluntário (fls. 111 e segs./ efls.121 e segs.) por meio do qual reiterou suas razões de inconformidade. Especificamente a Recorrente esclarece que não houve "inércia da reclamante em não providenciar em tempo legal a elaboração e correção das DCOMP" porque a Dcomp foi apresentada tempestivamente1. Ainda, a Recorrente argumenta que o erro cometido – ao invés de indicar que a Dcomp era original foi indicado que era retificadora – não era retificável por intermédio dos procedimentos eletrônicos da Dcomp, razão pela qual utilizouse a via em papel para proceder à retificação da informação. É o relatório. 1 TRECHO DO RECURSO VOLUNTÁRIO: “Repitase: a Recorrente apresentou a DCOMP no prazo legal, utilizou o programa PER/DCOMP, em estrito cumprimento 6 legislação que rege a matéria, bem como informou todos os dados necessários para identificação do crédito e indicação do débito que se pretende compensar.” Voto Vencido Conselheira FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Fl. 273DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 274 4 O recurso atende aos pressupostos de admissibilidade razão pela qual dele conheço. Tratase de glosa de compensação em razão de procedimento de retificação de Dcomp não aceita pela fiscalização como meio válido, o que gerou o entendimento de impossibilidade de compensação que foi considerada como “não declarada”. Em razão de decisão judicial a manifestação de inconformidade foi aceita e julgada, a despeito do fato de compensações “não declaradas” não serem passíveis do contraditório administrativo. Coforme relatado, o Despacho Decisório indeferiu a homologação da compensação considerandoa como não declarada em razão da Recorrente, em seu entender, utilizar procedimento indevido para a retificação de DCOMP eletrônica. O fato foi que a Recorrente apresentou retificação em formulário, “quando não haveria previsão legal para referido procedimento”. A questão é que a Recorrente errou na transmissão da Dcomp original, ao invés de informar tratarse de Dcomp original registrou no formulário eletrônico que se tratava de Dcomp Retificadora. Este foi o erro. Ocorre que, de acordo com o esclarecido pela Recorrente, o sistema eletrônico não permitiu a retificação deste erro pela via eletrônica, pois o sistema informava que “o número do PerdComp retificado deveria ser de documento original”. Como era impossível sanear o erro pela via eletrônica, a contribuinte fez a retificação pelo procedimento excepcional, utilizandose de formulário de papel, com base nos artigo 26, §1º e 76, §2º da Instrução Normativa nº 600/05, a saber: “Art. 26. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive o reconhecido por decisão judicial transitada em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrados pela SRF, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela SRF. § 1 º A compensação de que trata o caput será efetuada pelo sujeito passivo mediante apresentação à SRF da Declaração de Compensação gerada a partir do Programa PER/DCOMP ou, na impossibilidade de sua utilização, mediante a apresentação à SRF do formulário Declaração de Compensação constante do Anexo IV, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório. (...) Art. 76. Ficam aprovados os formulários Pedido de Restituição, Pedido de Cancelamento ou de Retificação de Declaração de Importação e Reconhecimento de Direito de Crédito, Pedido de Ressarcimento de IPI – Missões Diplomáticas e Repartições Consulares, Declaração de Compensação e Pedido de Habilitação de Crédito Reconhecido por Decisão Judicial Transitada em Julgado constantes, respectivamente, dos Anexo I, II , III , IV e V . Fl. 274DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 275 5 §1º A SRF disponibilizará, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>, os formulários a que se refere o caput . § 2º Os formulários a que se refere o caput somente poderão ser utilizados pelo sujeito passivo nas hipóteses em que a restituição, o ressarcimento ou a compensação de seu crédito para com a Fazenda Nacional não possa ser requerida ou declarada eletronicamente à SRF mediante utilização do Programa PER/DCOMP. (...)” destaquei Com razão a Recorrente. Inicialmente registro que no meu entender, a IN 600/05, ao estabelecer procedimento de compensação de créditos/débitos, inclusive com a apresentação prévia de documentos pretende única e exclusivamente viabilizar o procedimento de restituição/ressarcimento/compensação da melhor forma possível. Tratase de norma meramente procedimental, que visa segurança e rapidez para o próprio contribuinte. A IN/SRF 600/05 não é, per si, inconstitucional. Foi realizada para filtrar os pedidos, evitar as fraudes e atender a grande maioria dos contribuintes. Entretanto, e é aqui que caminho em outra direção, na hipótese de as regras das Instruções Normativas causarem dano ao direito liquido e certo judicialmente assegurado ao contribuinte, a questão deve ser analisada com cautela. É fato que os procedimentos de compensação desde a instituição do procedimento de PerdComp devem ser realizados eletronicamente. Todavia, existe uma questão que não pode ser olvidada. É que, conforme esclarecido pela Recorrente em seu recurso, sua situação é excepcional. O sistema da Receita Federal não aceitava, por ocorrer em erro de sistema, a retificação do erro cometido. Está comprovado nos autos que para proceder à retificação do erro do PerdComp, seria preciso que a Recorrente indicasse um “número de PER/Dcomp original”. Entretanto, a questão era justamente esta: não havia uma PERD/Comp registrada no sistema como sendo “original”, a original já foi cadastrada como se fosse “retificadora”. Pareceme claro que o meio eletrônico estava impedido para a Recorrente. Neste aspecto, a própria IN 600/05, permite uma forma excepcional de que solucionar a questão, qual seja, a apresentação de formulário em papel (artigo 26, §1º e 76, §2º, acima mencionado). Veja que para evitar que esta sistemática seja utilizada para outros fins, este mesmo artigo 76 requer que o erro seja comprovado: “Art. 76 ... (...) § 3º A SRF caracterizará como impossibilidade de utilização do Programa PER/DCOMP, para fins do disposto no § 2 º , no § 1 º do art. 3º, no § 3º do art. 16, no § 1º do art. 22 e no § 1º do art. 26, a ausência de previsão da hipótese de restituição, de ressarcimento ou de compensação no aludido Programa, bem como a existência de falha no Programa que impeça a geração Fl. 275DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 276 6 do Pedido Eletrônico de Restituição, do Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou da Declaração de Compensação. § 4 º A falha a que se refere o § 3º deverá ser demonstrada pelo sujeito passivo à SRF no momento da entrega do formulário, sob pena do enquadramento do documento por ele apresentado no disposto no art. 31. § 5 º Aos formulários a que se refere o caput deverá ser anexada documentação comprobatória do direito creditório.” – destaquei. A Recorrente realizou esta prova – efls. 2 e segs – indicou o erro que estava ocorrendo e apresentou os documentos comprobatórios em papel. Importante observar que é a própria Receita Federal que orienta o contribuinte a realizar o procedimento em papel em caso de “impossibilidade” de utilização do meio eletrônico da PER/Dcomp. No caso, portanto, incabível a restrição que se pretende aplicar posto que não foi realizada a retificação no meio eletrônico por impossibilidade do próprio sistema da Receita Federal. Ainda que não fosse por isso não seria admissível restringir o direito do contribuinte com base em Instruções Normativas, haja vista que os artigos 73 e 74 da Lei no 9.430/96 não preveem como requisito para aproveitamento do crédito a retificação de erro no procedimento eletrônico, a saber: “Art. 73. A restituição e o ressarcimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ou a restituição de pagamentos efetuados mediante DARF e GPS cuja receita não seja administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil será efetuada depois de verificada a ausência de débitos em nome do sujeito passivo credor perante a Fazenda Nacional. Parágrafo único. Existindo débitos, não parcelados ou parcelados sem garantia, inclusive inscritos em Dívida Ativa da União, os créditos serão utilizados para quitação desses débitos, observado o seguinte: I o valor bruto da restituição ou do ressarcimento será debitado à conta do tributo a que se referir; II a parcela utilizada para a quitação de débitos do contribuinte ou responsável será creditada à conta do respectivo tributo. Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. § 1o A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão Fl. 276DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 277 7 informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados.(Redação dada pela Lei nº 10.637, de 2002) § 2o A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação. § 3o Além das hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo ou contribuição, não poderão ser objeto de compensação mediante entrega, pelo sujeito passivo, da declaração referida no § 1o: I o saldo a restituir apurado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física; II os débitos relativos a tributos e contribuições devidos no registro da Declaração de Importação. III os débitos relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal que já tenham sido encaminhados à ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional para inscrição em Dívida Ativa da União; IV o débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento concedido pela Secretaria da Receita Federal SRF; V o débito que já tenha sido objeto de compensação não homologada, ainda que a compensação se encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa; e VI o valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento já indeferido pela autoridade competente da Secretaria da Receita Federal SRF, ainda que o pedido se encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa. (...) § 12. Será considerada não declarada a compensação nas hipóteses: I previstas no § 3o deste artigo; II em que o crédito: a) seja de terceiros; b) refirase a "créditoprêmio" instituído pelo art. 1o do Decreto Lei no 491, de 5 de março de 1969; c) refirase a título público; d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou e) não se refira a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal SRF. Fl. 277DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 278 8 f) tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de lei, exceto nos casos em que a lei: 1 – tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação direta de inconstitucionalidade ou em ação declaratória de constitucionalidade; 2 – tenha tido sua execução suspensa pelo Senado Federal; 3 – tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial transitada em julgado a favor do contribuinte; ou 4 – seja objeto de súmula vinculante aprovada pelo Supremo Tribunal Federal nos termos do art. 103A da Constituição Federal. (...)” Neste aspecto, a despeito de as Instruções Normativas não serem naturalmente ilegais, a partir do momento que são utilizadas com o fim precípuo de restringir o direito do contribuinte, extrapolam o seu dever regulamentador, in verbis: “TRIBUTÁRIO E ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. COMPENSAÇÃO. EXIGÊNCIAS. HABILITAÇÃO. RENÚNCIA DA EXECUÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL E DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IN 517/05 E IN 486/04. I Compensação de créditos reconhecidos judicialmente. II As Instruções Normativas extrapolaram as suas funções ao estabelecerem a exigência de habilitação dos créditos, bem como da renúncia aos honorários advocatícios. III Possibilidade de se exigir a comprovação de renúncia da execução do título judicial. IV Descabida a condenação da Apelada ao pagamento de honorários advocatícios, a teor das Súmulas ns. 105 e 512, do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, respectivamente. V Apelação parcialmente provida para reconhecer o direito à compensação dos créditos em questão, sem a exigência de habilitação dos créditos, exigida na IN/RF 517/05, bem como da renúncia aos honorários advocatícios, conforme previsto na IN/RF 486/04.” (TRF3 APELAÇÃO CÍVEL AMS 4755 SP 000475508.2005.4.03.6100 , Data de publicação: 22/11/2012) Desta forma, com razão a Recorrente. Seja porque as Instruções Normativas não tem o condão de afastar o direito líquido e certo da Recorrente ao crédito tributário, seja porque as restrições trazidas pelas Instruções Normativas não se aplicam ao seu caso. Especificamente em relação à situação específica da Recorrente, relembro que a Receita Federal não permitiu a retificação do erro cometido, por sua vez, conforme Fl. 278DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 279 9 restou comprovado nos autos, a Recorrente tomou todas as providências necessárias para a retificação da informação errada. Neste aspecto, não houve omissão ou qualquer espécie de má fé por parte da Recorrente. Incorrido o erro formal, a Recorrente buscou todos os meios de sanar o erro cometido, realizando, inclusive, a interpretação das orientações administrativas trazidas na própria Instrução Normativa nº 600/05. Esclareço, ainda, que não se admite a negativa do pedido de restituição com base no fato de que a contribuinte não utilizou a “via eletrônica” uma vez que esta via não lhe foi disponibilizada. A contribuinte não pode ser obstada de usufruir de seu direito por razões técnicas da Receita Federal. Ante o exposto, é o presente para CONHECER do recurso e DARLHE PROVIMENTO, reformando assim a decisão de primeira instância administrativa, ressalvado à fiscalização a apuração de diferenças e a análise do procedimento de compensação. É como voto. (assinado digitalmente) FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS Voto Vencedor Conselheiro Paulo Guilherme Déroulède. Com o devido respeito aos argumentos da ilustre relatora, divirjo de seu entendimento quanto à suposta ocorrência de falha do sistema PERDCOMP que teria impossibilitado a transmissão da retificação pretendida pela recorrente e, consequentemente, quanto à conclusão de que o procedimento adotado estaria albergado pelo artigo 76 da IN SRF nº 600/2005. Em 13/02/2004, a recorrente transmitiu a DCOMP 38301.45036.130204.1.3.047078, ORIGINAL, compensando débito de Cofins da competência 11/2003 (novembro/2003) no valor de R$ 2.088.705,62 com crédito de Cofins de 12/2001 no valor total de R$ 11.230.580,57. Esta DCOMP encontrase “em análise manual” neste processo 11610.002973/200704. O crédito de Cofins de 12/2001 foi assim declarado em DCTF, efl. 23, no valor de 3.956.573,91, em 22/09/2006, ND 048233132, com as seguintes vinculações de pagamentos: Valor do Principal: 1.534.350,30 Valor do Principal: 4.093.194,56 Valor do Principal: 351.074,79 Valor do Principal: 4.148.534,03 Total de R$ 10.127.153,68 Fl. 279DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 280 10 Em 21/09/2006, a recorrente transmitiu a DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400, como RETIFICADORA, retificando a DCOMP 38301.45036.130204.1.3.047078, compensando débito de Cofins de 11/2003 no valor de R$ 2.768.585,03 com crédito de Cofins de 12/2001 no valor de R$ 2.022.045,74 (DARF informado de 4.093.194,56 menos o utilizado na DCTF de 12/2001 – 2.071.148,82). Esta DCOMP não foi admitida conforme Despacho Decisório eletrônico de fl. 30, em 28/02/2007, em razão de a tentativa de retificar ocorreu com aumento do valor do débito, o que impede considerar a retificadora como tal, nos termos do art. 59 da IN SRF nº 600/2005: Art. 58. A retificação da Declaração de Compensação gerada a partir do Programa PER/DCOMP ou elaborada mediante utilização de formulário (papel) somente será admitida na hipótese de inexatidões materiais verificadas no preenchimento do referido documento e, ainda, da inocorrência da hipótese prevista no art. 59. Art. 59. A retificação da Declaração de Compensação gerada a partir do Programa PER/DCOMP ou elaborada mediante utilização de formulário (papel) não será admitida quanto tiver por objeto a inclusão de novo débito ou o aumento do valor do débito compensado mediante a apresentação da Declaração de Compensação à SRF. Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput , o sujeito passivo que desejar compensar o novo débito ou a diferença de débito deverá apresentar à SRF nova Declaração de Compensação. Constatase, efetivamente, que o valor de débito da DCOMP 38301.45036.130204.1.3.047078 foi de R$ 2.088.705,62, enquanto da DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400, não admitida, foi de R$ 2.768.585,03. O impedimento justificase porque a data de valoração da compensação na retificadora é a data da original transmitida, e por isso o débito compensado não pode ser alterado sob pena de se considerar a nova DCOMP como original e nova data de valoração, conforme art. 61 da IN SRF nº 600/2005: Art. 61. A retificação da Declaração de Compensação não altera a data de valoração prevista no art. 28, que permanecerá sendo a data da apresentação da Declaração de Compensação original. Esclareçase que o despacho decisório informou que a DCOMP 38301.45036.130204.1.3.047078 permaneceu ativa, em tratamento manual neste processo. Em 30/03/2007, a recorrente protocolou, em papel, Declaração de Compensação informando crédito de R$ 2.021.750,42 (DARF de R$ 4.185.291,43 de Cofins de 12/2001) compensando débito de Cofins de 11/2003 no valor de R$ 2.768.585,03, informando que se tratava de declaração RETIFICADORA e a DCOMP retificada como sendo 13618.42318.210906.1.7.040400, informando que esta DCOMP fora indevidamente transmitida como retificadora, mas que deveria ser original. Esta declaração em papel foi considerada não declarada por Despacho Decisório, intimado à ciência em 13/11/2007. Fl. 280DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 281 11 Observase que a data da DCOMP em papel (30/03/2007) é posterior ao Despacho Decisório que não admitiu a DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400 (28/02/2007), o que, por si só, impediria qualquer possibilidade de retificação, a teor dos artigos 56 e 57 da IN SRF nº 600/2005. Art. 56. A retificação do Pedido de Restituição, do Pedido de Ressarcimento e da Declaração de Compensação gerados a partir do Programa PER/DCOMP, nas hipóteses em que admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante a apresentação à SRF de documento retificador gerado a partir do referido Programa. Parágrafo único. A retificação do Pedido de Restituição, do Pedido de Ressarcimento e da Declaração de Compensação apresentados em formulário (papel), nas hipóteses em que admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante a apresentação à SRF de formulário retificador, o qual será juntado ao processo administrativo de restituição, de ressarcimento ou de compensação para posterior exame pela autoridade competente da SRF. Art. 57. O Pedido de Restituição, o Pedido de Ressarcimento e a Declaração de Compensação somente poderão ser retificados pelo sujeito passivo caso se encontrem pendentes de decisão administrativa à data do envio do documento retificador e, no que se refere à Declaração de Compensação, que seja observado o disposto nos arts. 58 e 59. [...] Art. 73. Considerase pendente de decisão administrativa, para fins do disposto nos arts. 57, 62 e 64, a Declaração de Compensação, o Pedido de Restituição ou o Pedido de Ressarcimento em relação ao qual ainda não tenha sido intimado o sujeito passivo do despacho decisório proferido pelo titular da DRF, Derat, Deinf, IRFClasse Especial ou ALF competente para decidir sobre a compensação, a restituição ou o ressarcimento. Assim, não há como a recorrente pretender retificar a DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400, seja eletronicamente, seja em papel. Em recurso voluntário, a recorrente alega que: 1. Houve equívoco na informação da DCOMP 13618.42318.210906.1.7.04 0400, pois foi informado “retificadora” quando deveria ser “original”; 2. Cumpriu as formalidades da IN SRF nº 600/2005; 3. Tentou retificar a DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400, mas houve mensagem de erro: Mensagem do programa PERD/COMP 2.2: RELATÓRIO DE VERIFICAÇÃO DE PENDÊNCIAS DO PER/DCOMP 2.2 / Pagina 1 Fl. 281DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 282 12 ERRO >» IMPEDE a gravação do documento. TOTAL DE ERROS = 1 TOTAL DE AVISOS = 0 Cadastro Dados Iniciais Erro Nunero do PER/DCOMP Retificado deve ser de documento original. 4. Houve impossibilidade de utilização do programa PERDCOMP e, portanto, valeuse do art. 76, §2º da IN SRF nº 600/2005: § 2 º Os formulários a que se refere o caput somente poderão ser utilizados pelo sujeito passivo nas hipóteses em que a restituição, o ressarcimento ou a compensação de seu crédito para com a Fazenda Nacional não possa ser requerida ou declarada eletronicamente à SRF mediante utilização do Programa PER/DCOMP. § 3 º A SRF caracterizará como impossibilidade de utilização do Programa PER/DCOMP, para fins do disposto no § 2 º , no § 1 º do art. 3 º , no § 3 º do art. 16, no § 1 º do art. 22 e no § 1 º do art. 26, a ausência de previsão da hipótese de restituição, de ressarcimento ou de compensação no aludido Programa, bem como a existência de falha no Programa que impeça a geração do Pedido Eletrônico de Restituição, do Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou da Declaração de Compensação. § 4 º A falha a que se refere o § 3 º deverá ser demonstrada pelo sujeito passivo à SRF no momento da entrega do formulário, sob pena do enquadramento do documento por ele apresentado no disposto no art. 31. 5. Aplicação do princípio da verdade material e do princípio do informalismo; 6. Aplicação dos princípios constitucionais; 7. Inaplicabilidade da taxa Selic sobre os débitos não compensados. Inicialmente, analisase o equívoco alegado pela recorrente. Este processo abrange três DCOMPs, duas eletrônicas e uma entregue em papel, cujos créditos se referem à Cofins de 12/2001 e cujos débitos se referem a Cofins de 11/2003. A recorrente alega que queria informar a DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400 como original. Entretanto, não é isso que depreendese dos dados informados na própria DCOMP, nem na DCTF relativa ao débito de 11/2003. Verificase que a Cofins de 11/2003 declarada em DCTF foi de R$ 6.505.113,95, com as seguintes extinções: DARFs 30/11/2003 02.302.100/000106 2172 15/12/2003 9,66 9 30/11/2003 02.302.100/000106 2172 15/12/2003 239.705,81 30/11/2003 02.302.100/000106 2172 15/12/2003 51.719,56 Fl. 282DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 283 13 COMPENSAÇÕES: Valor Principal: 14.374.627,24 – 0220 IRPJ Valor Compensado do Débito: 3.307.620,35 DCOMP 087457192313050417045054; PA: 31/12/20012172Data de Vencimento: 15/01/2002 Valor Principal: 4.148.534,03. Valor Compensado do Débito: 91.270,71 DCOMP : 215587621821090613049255 PA: 31/12/2001 – 2172 Data de Vencimento: 15/01/2002 Valor Principal: 4.093.194,56. Valor Compensado do Débito: 2.768.585,03 DCOMP : 136184231821090617040400 PA 31/01/2002 Código Receita: 2172 Vencimento: 15/02/2002 Valor Principal: 3.615.493,26. Valor Compensado do Débito: 46.202,83 DCOMP : 277509168020090617045098 Se a recorrente pretendia entregar uma DCOMP original com débitos de R$ 2.768.585,03 (seja a 13618.42318.210906.1.7.040400 ou em papel) e, ao mesmo tempo, manter uma DCOMP original de R$ 2.088.705,62, então o débito total compensado seria a soma das duas e isto deveria se refletir na DCTF do débito. Entretanto, conforme acima exposto, a DCTF do débito contém apenas a informação de extinção da DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400 e nada sobre a DCOMP 38301.45036.130204.1.3.047078, a única que está ativa e sem decisão. Isto demonstra que o valor que efetivamente se queria compensar era de R$ 2.768.585,03, e exatamente, por isso, a recorrente apresentou uma DCOMP retificadora para alterar o débito originalmente informado de R$ 2.088.705,00 para o correto de R$ 2.768.585,03. Entretanto, tal procedimento não é permitido, conforme o artigo 59 da IN SRF nº 600/2005. A alegação de que a DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400 fora informada equivocadamente como original é incompatível com a existência da DCOMP original 38301.45036.130204.1.3.047078, à vista dos valores compensados informados na DCTF de 11/2003. A inadmissão da DCOMP 13618.42318.210906.1.7.040400 foi decorrente da informação de aumento de débito. E a tentativa de retificála simplesmente era inviável, pois que foi efetivada após o despacho decisório têla não admitido, o que configura impedimento, a teor dos artigos 57 e 73 da IN SRF nº 600/2005. Ressaltase que mesmo a declaração em papel apresentada incorreu no mesmo impedimento, isto é, tentou retificar uma DCOMP já decidida por despacho decisório. Além disso, não é uma declaração original, mas uma retificadora da 13618.42318.210906.1.7.040400. De fato, ao contrário do que afirma a recorrente, ela descumpriu os requisitos da instrução normativa tanto eletronicamente quanto na entrega do formulário em papel. Além disso, a suposta falha do sistema alegada pela recorrente, que teria impedido a transmissão da declaração entregue em papel, na realidade, não foi falha alguma, mas inobservância das instruções de preenchimento da DCOMP. O ajuda do PERDCOMP assim dispunha: Fl. 283DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 284 14 AJUDA 11) Nº do PER/DCOMP Retificado: Uma vez assinalado o campo “PER/DCOMP Retificador”, o contribuinte deverá preencher esse campo com o número do Pedido Eletrônico de Ressarcimento, do Pedido Eletrônico de Restituição, Pedido Eletrônico de Reembolso ou da Declaração de Compensação original que o contribuinte deseja retificar, independentemente de já têlo retificado anteriormente. Atenção! O Programa PER/DCOMP não admite a retificação de documento retificador, apenas a retificação de documento original. Frisese, porém, que a DCOMP 38301.45036.130204.1.3.047078, originalmente entregue, está aparentemente ativa e sem decisão. Além desta, há mais três DCOMPs apresentadas pela recorrente, relativas ao mesmo direito creditório de Cofins de 12/2001, conforme representação de fl. 242: PERDCOMP PROCESSO LOCALIZAÇÃO 22172.46459.220906.1.7.040341 10880.724919/201149 EQITD/DIORT/DERAT 11449.99189.231006.1.3.049650 10880.724919/201149 EQITD/DIORT/DERAT 21558.76218.210906.1.3.049255 10880.676751/200933 DIORT/DERAT 38301.45036.130204.1.3.047078 11610.002973/200704 CARF Assim, as decisões sobre os processos acima influenciam diretamente a cobrança do débito de R$ 2.768.585,03 informado na DCOMP nº 13618.42318.210906.1.7.04 0400, inadmitida, bem como na declaração em papel considerada não declarada. Quanto às alegações relativas à inconstitucionalidade de lei, o CARF não é competente para se pronunciar sobre tal matéria, a teor da Súmula CARF nº 2, de observância obrigatória pelos membros do CARF, de acordo com o art. 72 do Anexo II do Regimento Interno, aprovado pela Portaria MF nº 256/2009: Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária. Por fim, a recorrente propugna pela ilegalidade e inconstitucionalidade da aplicação da taxa Selic como juros de mora. Pontuese que a matéria foi objeto da Súmula CARF nº 4: Súmula CARF nº 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. Portanto, devida a incidência de juros de mora à taxa Selic. Por todo o exposto, voto para negar provimento ao recurso voluntário. Fl. 284DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE Processo nº 11610.002973/200704 Acórdão n.º 3302002.809 S3C3T2 Fl. 285 15 (assinado digitalmente) Paulo Guilherme Déroulède Fl. 285DF CARF MF Impresso em 12/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE, Assinado digitalmente em 12/02 /2015 por WALBER JOSE DA SILVA, Assinado digitalmente em 11/02/2015 por FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS, Assinado digitalmente em 02/02/2015 por PAULO GUILHERME DEROULEDE
score : 1.0
Numero do processo: 13840.000927/2007-84
Turma: Primeira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 17 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Tue Dec 16 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2005
GLOSA DE DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. ÔNUS DO CONTRIBUINTE
Devem ser mantidas as deduções com despesas médicas, quando apesar de intimado o contribuinte não apresentou detalhamento dos serviços prestados, nem comprovou através de documento hábil e idôneo do efetivo desembolso para pagamento dos referidos serviços.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 2801-002.342
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Votou pelas conclusões o Conselheiro Walter Reinaldo Falcão Lima.
Assinado digitalmente
Tânia Mara Paschoalin
Presidente do Colegiado na data de formalização da decisão (15/12/2014), em substituição ao Presidente Antônio de Pádua Athayde Magalhães, e Redatora ad hoc na data de formalização da decisão (15/12/2014), em substituição ao Conselheiro Relator Luiz Cláudio Farina Ventrilho.
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Antônio de Pádua Athayde Magalhães, Tânia Mara Paschoalin, Walter Reinaldo Falcão Lima, Carlos César Quadros Pierre e Luiz Claudio Farina Ventrilho. Ausente o Conselheiro Sandro Machado dos Reis.
Nome do relator: LUIZ CLAUDIO FARINA VENTRILHO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Votou pelas conclusões o Conselheiro Walter Reinaldo Falcão Lima. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Presidente do Colegiado na data de formalização da decisão (15/12/2014), em substituição ao Presidente Antônio de Pádua Athayde Magalhães, e Redatora ad hoc na data de formalização da decisão (15/12/2014), em substituição ao Conselheiro Relator Luiz Cláudio Farina Ventrilho. Participaram do presente julgamento os conselheiros: Antônio de Pádua Athayde Magalhães, Tânia Mara Paschoalin, Walter Reinaldo Falcão Lima, Carlos César Quadros Pierre e Luiz Claudio Farina Ventrilho. Ausente o Conselheiro Sandro Machado dos Reis.
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DESPESAS MÉDICAS. ÔNUS DO CONTRIBUINTE Devem ser mantidas as deduções com despesas médicas, quando apesar de intimado o contribuinte não apresentou detalhamento dos serviços prestados, nem comprovou através de documento hábil e idôneo do efetivo desembolso para pagamento dos referidos serviços. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Votou pelas conclusões o Conselheiro Walter Reinaldo Falcão Lima. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Presidente do Colegiado na data de formalização da decisão (15/12/2014), em substituição ao Presidente Antônio de Pádua Athayde Magalhães, e Redatora ad hoc na data de formalização da decisão (15/12/2014), em substituição ao Conselheiro Relator Luiz Cláudio Farina Ventrilho. Participaram do presente julgamento os conselheiros: Antônio de Pádua Athayde Magalhães, Tânia Mara Paschoalin, Walter Reinaldo Falcão Lima, Carlos César Quadros Pierre e Luiz Claudio Farina Ventrilho. Ausente o Conselheiro Sandro Machado dos Reis. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 84 0. 00 09 27 /2 00 7- 84 Fl. 84DF CARF MF Impresso em 16/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 15/12/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 13840.000927/200784 Acórdão n.º 2801002.342 S2TE01 Fl. 85 2 Relatório Tratase de Notificação de Lançamento, relativa ao Imposto de Renda Pessoa Física, anocalendário 2004, por meio da qual foi apurado crédito tributário no montante de R$ 12.142,15 (doze mil, cento e quarenta e dois reais e quinze centavos), sendo R$ 5.735,01 referentes ao imposto, R$ 4.301,25, à multa proporcional, e R$ 2.105,89, aos juros de mora (calculados até 30/11/2007). Conforme a Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal, a exigência decorreu das seguintes infrações à legislação tributária: Dedução Indevida de Despesas Médicas Omissão de Rendimentos Recebidos a Título de Rendimentos de Trabalho com Vínculo e/ou sem Vínculo Empregatício. Cientificado da notificação, o contribuinte protocolizou a impugnação de fls. 01, juntando o documento de fls. 18/35, alegando apenas que os recibos apresentados são suficientes para a comprovação das consultas realizadas, que foram pagas em dinheiro (reais), e que não cabe ao impugnante saber se forma ou não depositados em contas bancárias, pedindo a improcedência da notificação. O lançamento foi julgado procedente, conforme acórdão de fls. 62/67, que restou assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FISiCA IRPF Exercício: 2005 OMISSÃO DE RENDIMENTOS. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. Consideramse não impugnadas as matérias não contestadas pelo interessado, consolidandose administrativamente o crédito tributário a elas correspondentes, consoante o disposto no artigo 17 do Decreto n.º 70.235/1972, com as modificações introduzidas pela Lei n.' 9.532/1997. GLOSA DE DEDUÇÃO COM DESPESAS MÉDICAS. Mantida a glosa de despesas médicas, haja vista que o direito à sua dedução condicionase à comprovação da efetividade dos serviços prestados, bem como dos correspondentes pagamentos. Lançamento Procedente Cientificado em 03/09/2009 (fls. 69), o Recorrente interpôs Recurso Voluntário em 28/09/2009 (fls. 70/71), reiterando os argumentos expostos quando da apresentação da impugnação. É o relatório. Fl. 85DF CARF MF Impresso em 16/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 15/12/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 13840.000927/200784 Acórdão n.º 2801002.342 S2TE01 Fl. 86 3 Voto Conselheiro Luiz Cláudio Farina Ventrilho, Relator: Conheço do recurso, posto que tempestivo e com condições de admissibilidade. Inexistem preliminares postas para análise. Glosa de Deduções Indevidas com Despesas Médicas Neste sentido de se destacar que o artigo 8° da Lei n° 9.250, de 26 de dezembro de 1995, assim dispõe: "Art. 8°A base de cálculo do imposto devido no anocalendário será a diferença entre as somas: I de todos os rendimentos percebidos durante o ano calendário,exceto os isentos, os nãotributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva; II das deduções relativas: a) aos pagamentos efetuados, no anocalendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiálogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias;(g.n) Sobre a forma de apresentação dos referidos documentos comprobatórios de tais despesas assim delimita o artigo 80 do RIR, verbis: Art. 80. Na declaração de rendimentos poderão ser deduzidos os pagamentos efetuados, no anocalendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias (Lei n2 9.250, de 1995, art. 82, inciso II, alínea "a"). §1º. O disposto neste artigo (Lei n2 9.250, de 1995, art. 8º., §2º.): I aplicase, também, aos pagamentos efetuados a empresas domiciliadas no Pais, destinados à cobertura de despesas com hospitalização, médicas e odontológicas, bem como a entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento de despesas da mesma natureza; II restringese aos pagamentos efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes; III limitase a pagamentos especificados e comprovados, com indicação do nome, endereço e número de inscrição no Cadastro Fl. 86DF CARF MF Impresso em 16/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 15/12/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN Processo nº 13840.000927/200784 Acórdão n.º 2801002.342 S2TE01 Fl. 87 4 de Pessoas Físicas CPF ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica CNPJ de quem os recebeu, podendo, na falta de documentação, ser feita indicação do cheque nominativo pelo qual foi efetuado o pagamento;” Em seu recurso, o recorrente argumenta genericamente que efetivou todas as comprovações das despesas médicas. No caso presente temos que os documentos acostados aos não trazem elemento essencial ao seu aceite, qual seja o detalhamento dos serviços prestados pelo profissional, nem comprovação através de documento hábil e idôneo do efetivo desembolso para pagamento dos referidos serviços. Referidas não conformidades documentais foram apontadas pela autoridade lançadora desde o início do procedimento fiscal, cabendo ao contribuinte atender as solicitações a si direcionadas e cumprir com as exigências impostas para validação de sua documentação. Não o fazendo, correto o lançamento fiscal, devendo ser mantida a glosa referente a despesas médicas. Por todo o exposto, voto por negar provimento ao recurso. Assinado digitalmente Tânia Mara Paschoalin Redatora ad hoc, em substituição ao Conselheiro Relator Luiz Cláudio Farina Ventrilho. Fl. 87DF CARF MF Impresso em 16/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por TANIA MARA PASCHOALIN, Assinado digitalmente em 15/12/201 4 por TANIA MARA PASCHOALIN
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Numero do processo: 11610.003128/00-82
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Aug 13 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 02/01/1989 a 31/12/1991
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO
O prazo para repetição de indébito, para pedidos efetuados até 08 de junho de 2005, era de 10 anos, contados da ocorrência do fato gerador do tributo pago indevidamente ou a maior que o devido (tese dos 5 + 5), a partir de 9 de junho de 2005, com o vigência do art. 3º da Lei complementar nº 118/2005, esse prazo passou a ser de 5 anos, contados da extinção do crédito pelo pagamento efetuado.
Recurso especial da contribuinte parcialmente provido.
Numero da decisão: 9303-003.052
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros da Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso especial, nos termos do voto do relator.
OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente
JOEL MIYAZAKI - Relator.
EDITADO EM: 26/09/2014
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Júlio César Alves Ramos, Nanci Gama, Rodrigo da Costa Pôssas, Rodrigo Cardozo Miranda, Joel Miyazaki, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Ricardo Paulo Rosa (Substituto convocado), Maria Teresa Martínez López e Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente). Ausente justificadamente o conselheiro Henrique Pinheiro Torres.
Nome do relator: JOEL MIYAZAKI
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 02/01/1989 a 31/12/1991 PEDIDO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO O prazo para repetição de indébito, para pedidos efetuados até 08 de junho de 2005, era de 10 anos, contados da ocorrência do fato gerador do tributo pago indevidamente ou a maior que o devido (tese dos 5 + 5), a partir de 9 de junho de 2005, com o vigência do art. 3º da Lei complementar nº 118/2005, esse prazo passou a ser de 5 anos, contados da extinção do crédito pelo pagamento efetuado. Recurso especial da contribuinte parcialmente provido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso especial, nos termos do voto do relator. OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente JOEL MIYAZAKI - Relator. EDITADO EM: 26/09/2014 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Júlio César Alves Ramos, Nanci Gama, Rodrigo da Costa Pôssas, Rodrigo Cardozo Miranda, Joel Miyazaki, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Ricardo Paulo Rosa (Substituto convocado), Maria Teresa Martínez López e Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente). Ausente justificadamente o conselheiro Henrique Pinheiro Torres.
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PRESCRIÇÃO O prazo para repetição de indébito, para pedidos efetuados até 08 de junho de 2005, era de 10 anos, contados da ocorrência do fato gerador do tributo pago indevidamente ou a maior que o devido (tese dos 5 + 5), a partir de 9 de junho de 2005, com o vigência do art. 3º da Lei complementar nº 118/2005, esse prazo passou a ser de 5 anos, contados da extinção do crédito pelo pagamento efetuado. Recurso especial da contribuinte parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da Terceira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso especial, nos termos do voto do relator. OTACÍLIO DANTAS CARTAXO – Presidente JOEL MIYAZAKI Relator. EDITADO EM: 26/09/2014 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Júlio César Alves Ramos, Nanci Gama, Rodrigo da Costa Pôssas, Rodrigo Cardozo Miranda, Joel Miyazaki, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Ricardo Paulo Rosa (Substituto convocado), Maria Teresa AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 61 0. 00 31 28 /0 0- 82 Fl. 288DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 26/09/2014 por JO EL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 Martínez López e Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente). Ausente justificadamente o conselheiro Henrique Pinheiro Torres. Relatório Tratase de recurso especial da contribuinte que pleiteia a reforma do acórdão recorrido que considerou prescrito/decaído seu direito à restituição de taxa Cacex, considerando como termo inicial da contagem do prazo decadencial a data da edição da MP 1.110, de 30/08/1995, que determinou a dispensa de constituição do referido crédito tributário. Adoto o relatório da instância a quo, com as devidas adições: “Por bem relatar, adotase o Relatório de fls. 176 a 179 dos autos emanados da decisão DRJ/FOR, por meio do voto do relator Francisco José Barroso Rios, nos seguintes termos: "Tratase de pedido de restituição da taxa de licenciamento de importação (taxa CACEA), formalizado em 05/12/2000, referente aos recolhimentos supostamente efetuados pela interessada no período de janeiro de 1989 a dezembro de 1991, aos quais esta estaria obrigada por f orça do caput do artigo 10 da Lei 2.145/53, com a redação dada pelo artigo 1° da Lei n°. 7.690/88, uma vez que referida taxa fora posteriormente julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, tendo sua execução sido suspensa por meio da Resolução n°. 73, de 15/12/1995, do Senado Federal. Na petição de fls. 01/13, defende a recorrente, com base em ementas de decisões do Tribunal Regional Federal da 1° Região, que o Poder Judiciário vem admitindo o direito à restituição a partir da publicação da Resolução pelo Senado Federal, e que a decadência só seria alcançada após o transcurso de cinco anos da publicação da citada Resolução. Pleiteia, ainda, a correção monetária, na qual, segundo a interessada, devem ser incluídos os expurgos inflacionários e os juros de mora (SELIG), nos termos dos artigos 66, §30, da Lei 8.383/91, e 39, §4°, da Lei 9.250/95. Ainda em sua peça inicial, e fundamentada no art. 29 do Decreto n". 70.235/72 e nos artigos 37 e 39 da Lei n'. 9.784/99, requer que a própria SRF comprove os alegados recolhimentos realizados no período de janeiro de 1989 a dezembro de 1991; assim, o pedido em questão não foi instruido com nenhum documento comprobatório dos supostos recolhimentos, tendo a interessada se limitado a juntar ao processo os demonstrativos de cálculo de fls. 39/59. Em 10/04/2003, com base na Decisão SAORT no. 022/2003 (lIs. 66/68), o Inspetor da Receita Federal em São Paulo indeferiu o pedido em questão, sob o argumento de que já teria se operado a Fl. 289DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 26/09/2014 por JO EL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11610.003128/0082 Acórdão n.º 9303003.052 CSRFT3 Fl. 267 3 decadência do direito, uma vez que, segundo o Ato Declaratório SRF n°. 96, de 26/11/1999, o prazo decadencial para pleitear a restituição seria de 5 anos contados da data da e xtinção do crédito tributário, "inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei posteriormente declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação declaratória ou em recurso extraordinário ". Cientificada do indeferimento do pedido em 06/05/2003 (vide AR de fls. 70), a interessada apresentou, em 05/06/2003, a manifestação de inconformidade de fls. 71/87, onde, após fazer uma breve descrição dos fatos, aduziu o seguinte: a) que a contagem do prazo decadencial deveria se iniciar apenas a partir da data da publicação da Resolução do Senado Federal rr. 73/95, entendimento o qual estaria em consonância com o Acórdão CSRF/020.871, da Câmara Superior de Recursos Fiscais, que teria afastado a aplicação do Ato Declaratório re. 96/99; no mesmo sentido, reproduz excertos de respeitáveis doutrina e jurisprudência; b) que o Superior Tribunal de Justiça também já havia se manifestado reiteradamente de que o prazo prescricional/decadencial, para restituição de tributos declarados inconstitucionais pelo STF, seria contado a partir de cinco anos do trânsito em julgado da decisão, c) que a jurisprudência dos Tribunais seria uníssona ern reconhecer o direito à inclusão dos expurgos inflacionários e juros de mora nos recolhimentos considerados indevidos, trazendo, a titulo de embasamento de seu entendimento, jurisprudência do STJ e do TRF da 1' Região. Com base em tais fundamentos, requereu que suas razões fossem julgadas procedentes, com o conseqüente deferimento do "pleito de restituição dos valores pagos indevidamente a titulo de "Taxa Cacex" no período de 01/89 até 12/91, devidamente atualizado, a ser informado pela própria Receita Federal, nos termos do art. 29 do Decreto 70.235/72, art. 37 e 39 da Lei 9.784/99". Em 28/04/2006 o processo em questão foi julgado na DRJ Fortaleza, a qual, através do Acórdão n°. 8.440 (fls. 110/117), entendeu, por unanimidade, pela nulidade do despacho decisório prolatado pela Inspetoria da Receita Federal em São Paulo, conforme ementa do aludido acórdão, abaixo reproduzida: Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/01/1989 a 31/12/1991 Ementa: PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. RECEITA NÃO ADMINISTRADA PELA SRF. NULIDADE DO DESPACHO DECISÓRIO QUE CONSIDEROU DECAiDO DIREITO CUJA COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA PERTENCIA A ÓRGÃO DIVERSO. Fl. 290DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 26/09/2014 por JO EL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 E nulo o despacho de caráter decisório que reconhecer a decadência de direito à restituição de tributo cuja competência da administração da receita pertencer a órgão diverso. Despacho Decisório Nulo. Da fundamentação utilizada para a declaração de nulidade do despacho decisório acima referenciado destaquese o seguinte trecho: 22 Por todo o exposto, fica evidente que a restituição, por parte da SRF, de receita que não seja administrada por esta, exige o atendimento de quatro pressupostos cumulativos: (i) que a receita seja da Unido; (ii) que seja arrecadada mediante DARF; (iii) que o contribuinte anexe documentos capazes de comprovar a existência do direito creditório; e (iv) que o órgãoou entidade responsável pela administração da receita tenha se manifestado favoravelmente à pertinência do pedido. 23 Não obstante, apesar de o interessado, em seu pedido, não ter observado a um dos pressupostos necessários ao deferimento do pleito (v.g., a juntada dos documentos comprobat6rios do direito creditório), a Inspetoria da Receita Federal em Sao Paulo pronunciouse exclusivamente em favor da decadência do direito. Com isso, extrapolou à competência que lhe fora legalmente atribuida, uma vez que, nestas circunstâncias, não poderia considerar como d ecaído direito sobre o qual não exercia a titularidade, qual seja, a análise da pertinência ou não do direito creditório relativo ao recolhimento da taxa. Assim, o ato em questão é nulo de pleno direito, nos termos do art. 59, inciso II, do Decreto n°. 70.235/72, segundo o qual são nulos "os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa". 24 Dita competência pertence apenas a SECEX, que é quem pode se pronunciar sobre a "pertinência do pedido ", nos termos contidos na IN SRF n°. 600/2005, ou reconhecer o direito creditário, conforme prescrito no art. 1°, § 1°, da Lei Tr. 4.155/62. No entanto, esse não foi o entendimento ao qual chegou a Primeira Camara do então Terceiro Conselho de Contribuintes, que, também por unanimidade, se manifestou no sentido de que a Secretaria da Receita Federal (hoje Secretaria da Receita Federal do Brasil) tem sim competência para apreciar os pedidos de restituição da Taxa de Licenciamento de Importação. Nesse sentido, transcrevese, abaixo, a ementa e os fundamentos objeto do Acórdão n°. 30134.761, de 1411012008: Assunto: Processo Administrativo Fiscal PERÍODO DE APURAÇÃO: 01/01/1989 a 31/12/1991 TAXA DE LICENCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO CACEX Inconstitucionalidade reconhecida pelo STF. Competência da Fl. 291DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 26/09/2014 por JO EL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11610.003128/0082 Acórdão n.º 9303003.052 CSRFT3 Fl. 268 5 Secretaria da Receita Federal para apreciação e julgamento do referido pedido. Assim, o processo deverá voltar a DRJ para apreciação do mérito. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO EM PARTE. 0 Recurso Voluntário é tempestivo e dele tomo conhecimento. Quanto à competência da Secretaria da Receita Federal para apreciação e julgamento do referido pedido, podemos apreciar o aresto do Superior Tribunal de Justiça abaixo transcrito: "RECURSO ESPECIAL. ALÍNEA 'A', TAXA DE LICENCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO INCONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA PELO STF.PRETENDIDA COMPENSAÇÃO COM 0 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. POSSIBILIDADE. TRIBUTOS ARRECADADOS PELA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. ART. 74 DA LEI N.9.430/96, NA REDAÇÃO DADA PELA LEI 1V.10.637, DE 20.12.2002— PRECEDENTES. Na assentada de 23 de novembro de 1994, o Pleno do Supremo Tribunal Federal, em acórdão proferido no RE I 67.992/PR, Rel. Min. limar Galviio, cujo transito em julgado ocorreu em 25.02.1995, reconheceu a inconstitucionalidade da Taxa de Licenciamento de Importação instituída pelo art. 10 da Lei n.2.145, de 29.12.53, com a redação dada pelo art. 1° da Lei n.7.690 de 15.12.88. A luz da orientação firmada por este Sodalicio e com base no exame da legislação que rege a espécie, forçoso concluir que assiste razão ao contribuinte ao pleitear a compensação da exação indevida com o imposto de importação. A atual redação do art. 74 da Lei n.9.430/96 dispõe que "o sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passivel de restituição ou de ressarcimento, poderd utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão". Dessa forma, para que o contribuinte realize a compensação, exigese apenas que os tributos objeto de compensação sejam arrecadados pela Secretaria da Receita Federa—l SRF. Precedente: Resp 422.435/DF, relatado por este subscritor DJU 02/02/2004; Resp 442.808/CE, Rel.Min. Castro Meira, DJU 15/12/2003 e Resp 507.542/PR, Rel. Min. Luiz Fox, DJU 19/12/2003 e Resp 373.264/RJ, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJU 06. 10.2003. Recurso especial provido". (STJ, Resp 371.253/RS, DJ 07/03/2005)". Fl. 292DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 26/09/2014 por JO EL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 Assim, não há dúvida sobre a inconstitucionalidade do tributo e a competência da Secretaria da Receita Federalp ara apreciação e julgamento do referido pedido. Diante de todo exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO VOLUNTA' RIO, para reconhecer a competência da Secretaria da Receita Federal e em conseqüência determinar o retorno do processo à DRJ para apreciação do mérito do referido pedido de restituição. E como voto. Importante ressaltar que a competência para a análise do presente processo foi transferida da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo II para a DRJ Fortaleza, por força do disposto na Portaria SRF no 956, de 08/04/2005." Levado a julgamento o presente processo a Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Fortaleza CE, através da 7° Turma proferiram o Acórdão DRJ/FOR n°. 08 15.806 de 30.06.2009, cuja ementa é o seguinte: "Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/01/1989 a 31/12/1991 TRIBUTO FUNDADO EM LEI CUJA EXECUÇÃO FORA SUSPENSA PELO SENADO FEDERAL. PRAZO DECADENCIAL PARA REQUERER A RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO. 0 prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo pago indevidamente ou em valor maior que o devido, inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei cuja execução fora suspensa pelo Senado Federal, extinguese após o transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da extinção do crédito tributário. Solicitação Indeferida" Irresignado, o contribuinte apresentou recurso voluntário a este Egrégio Conselho — CARF (fls. 192 a 214), onde alega em suma o seguinte: A Dos fatos — conforme o já relatado; B Das Razões Para o Provimento do Seu Recurso — B1 — DA INOCORRÊNCIA DA DECADÊNCIA — Entendendo que somente após a publicação da Resolução do Senado, que confere efeito erga ommes e ex tunc à declaração de inconstitucionalidade, é que se pode aplicar o prazo de cinco anos para ingressar com o pedido de restituição, conforme jurisprudência pacifica da E.Câmara Superior de Recursos Fiscais e assim transcreve várias decisões em fls. 195 e 196 dos autos; Ainda, nesse mesmo sentido segue citando jurisprudência de Conselho que entende que lhe favorece. — B2 DA ANÁLISE DAS QUESTÕES DE MÉRITO —Fazendo um cronogyama ocorrido nesse processo, entende ser imperioso que essa E.Corte analise as questões de mérito tal como feito pela Fl. 293DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 26/09/2014 por JO EL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 11610.003128/0082 Acórdão n.º 9303003.052 CSRFT3 Fl. 269 7 Terceira Câmara do Terceiro Conselho no Recurso n°. 127276; C Do Pedido — que seu recurso seja conhecido e provido, para a reforma do V.Acórdão recorrido, seja afastada a decadência e julgado procedente o pedido de restituição formulado pela recorrente, nos termos do pedido inicial. Os autos foram encaminhados para este Conselho e distribuídos por sorteio a esta Conselheira. É o relatório.” Decidindo o feito, a 1a. Turma ordinária da 1a. Câmara da 3a. Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, negou provimento ao recurso voluntário em acórdão assim ementado: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/01/1989 a 31/12/1991 TRIBUTO FUNDADO EM LEI CUJA EXECUÇÃO FORA SUSPENSA PELO SENADO FEDERAL. OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO PARA REQUERER A RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO MP 1.110 DE 30.08.1995 O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo pago indevidamente ou em valor maior que o devido, inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei cuja execução fora suspensa pelo Senado Federal, extinguese no caso da taxa CACEX após o transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da edição da MP 1.110 de 30.08.1995, ou seja, pela determinação de dispensa de constituição do mesmo crédito tributário. Recurso Voluntário Negado. Às fls. 231 a 261, consta o recurso especial apresentado pelo contribuinte. Contrarrazões fazendárias às fls. 267 a 273. Voto Conselheiro Joel Miyazaki O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, razão pela qual dele conheço. A matéria aqui trazida ao debate pelo especial fazendário diz respeito ao prescrição/decadência do direito à repetição de indébito no presente caso da taxa de licenciamento de importação (Taxa CACEX). Fl. 294DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 26/09/2014 por JO EL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 8 Esta matéria se contra pacificada no STF (RE 566.621 – Relatora Min Ellen Gracie) que definiu que o termo inicial do prazo para repetição de indébito, a partir de 09/06/2005, vigência da Lei Complementar 118/2005, era a data da extinção do crédito pelo pagamento; já nas ações de restituição ingressadas até a vigência dessa lei, deverseia aplicar o prazo de 10 anos, consubstanciado na tese dos 5 mais 5 (cinco anos para homologar e mais 5 para repetir). Consultando os autos, verificase que os créditos pleiteados referemse a períodos de apuração compreendidos entre 2 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1991. Como o pedido foi formulado em 05 de dezembro de 2000, aplicase o prazo decenal, logo, encontramse prescritos/decaídos os valores a restituir anteriores a 04 de dezembro de 1990, inclusive. Desse modo, os recolhimento efetuados no período compreendido entre 05 de dezembro de 1990 a 31 de dezembro de 1991 devem ser analisados pela autoridade preparadora, que negou o direito à restituição alegando a decadência, sem se manifestar quanto ao mérito da restituição. Com estas considerações, voto no sentido de dar PARCIAL PROVIMENTO ao recurso especial apresentado pela contribuinte, para afastar a decadência para período iniciado em 05 de dezembro de 1990, inclusive, com retorno à autoridade preparadora para proceder aos cálculos pertinentes. Joel Miyazaki Relator Fl. 295DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2014 por JOEL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 26/09/2014 por JO EL MIYAZAKI, Assinado digitalmente em 09/10/2014 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
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Numero do processo: 11634.720267/2011-48
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Primeira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 09 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Dec 01 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Período de apuração: 01/01/2007 a 30/06/2007, 01/07/2007 a 31/12/2007, 01/01/2008 a 31/12/2008, 01/01/2009 a 31/12/2009
OMISSÃO DE RECEITA. DEPÓSITOS BANCÁRIOS.LANÇAMENTO
A existência de depósitos bancários de origem não comprovada pela pessoa jurídica regularmente intimada autoriza o lançamento de ofício por omissão de receitas.
PRESUNÇÃO LEGAL. ÔNUS DA PROVA.
A presunção legal tem o condão de inverter o ônus da prova, transferindo o para o contribuinte, que pode refutá-la mediante oferta de provas hábeis e idôneas. Lançamentos Decorrentes. PIS, Contribuição Social sobre o Lucro Liquido CSLL e COFINS.
Tratando se da mesma matéria fática, aplica se aos lançamentos decorrentes a decisão proferida no lançamento principal (IRPJ)
Numero da decisão: 1401-001.179
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de nulidade e, no mérito, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Ausente, justificadamente os Conselheiros Alexandre Antonio Alkmim Teixeira e Karem Jureidini Dias.
Assinado digitalmente
Jorge Celso Freire da Silva - Presidente
Assinado digitalmente
Maurício Pereira Faro Relator
Participaram do julgamento os conselheiros Jorge Celso Freire da Silva, Antônio Bezerra Neto, Mauricio Pereira Faro e Fernando Luiz Gomes de Mattos.
Nome do relator: MAURICIO PEREIRA FARO
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Período de apuração: 01/01/2007 a 30/06/2007, 01/07/2007 a 31/12/2007, 01/01/2008 a 31/12/2008, 01/01/2009 a 31/12/2009 OMISSÃO DE RECEITA. DEPÓSITOS BANCÁRIOS.LANÇAMENTO A existência de depósitos bancários de origem não comprovada pela pessoa jurídica regularmente intimada autoriza o lançamento de ofício por omissão de receitas. PRESUNÇÃO LEGAL. ÔNUS DA PROVA. A presunção legal tem o condão de inverter o ônus da prova, transferindo o para o contribuinte, que pode refutá-la mediante oferta de provas hábeis e idôneas. Lançamentos Decorrentes. PIS, Contribuição Social sobre o Lucro Liquido CSLL e COFINS. Tratando se da mesma matéria fática, aplica se aos lançamentos decorrentes a decisão proferida no lançamento principal (IRPJ)
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decisao_txt : Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de nulidade e, no mérito, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Ausente, justificadamente os Conselheiros Alexandre Antonio Alkmim Teixeira e Karem Jureidini Dias. Assinado digitalmente Jorge Celso Freire da Silva - Presidente Assinado digitalmente Maurício Pereira Faro Relator Participaram do julgamento os conselheiros Jorge Celso Freire da Silva, Antônio Bezerra Neto, Mauricio Pereira Faro e Fernando Luiz Gomes de Mattos.
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DEPÓSITOS BANCÁRIOS.LANÇAMENTO A existência de depósitos bancários de origem não comprovada pela pessoa jurídica regularmente intimada autoriza o lançamento de ofício por omissão de receitas. PRESUNÇÃO LEGAL. ÔNUS DA PROVA. A presunção legal tem o condão de inverter o ônus da prova, transferindo o para o contribuinte, que pode refutála mediante oferta de provas hábeis e idôneas. Lançamentos Decorrentes. PIS, Contribuição Social sobre o Lucro Liquido CSLL e COFINS. Tratando se da mesma matéria fática, aplica se aos lançamentos decorrentes a decisão proferida no lançamento principal (IRPJ) Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de nulidade e, no mérito, negar provimento ao recurso voluntário, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Ausente, justificadamente os Conselheiros Alexandre Antonio Alkmim Teixeira e Karem Jureidini Dias. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 63 4. 72 02 67 /2 01 1- 48 Fl. 1186DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 3 2 Assinado digitalmente Jorge Celso Freire da Silva Presidente Assinado digitalmente Maurício Pereira Faro – Relator Participaram do julgamento os conselheiros Jorge Celso Freire da Silva, Antônio Bezerra Neto, Mauricio Pereira Faro e Fernando Luiz Gomes de Mattos. Fl. 1187DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 4 3 Relatório Tratase de recurso interposto pelo contribuinte contra acórdão que julgou procedente o auto de infração. Por bem resumir a questão ora examinada, adoto e transcrevo o relatório do órgão julgador a quo: O presente processo trata dos seguintes atos a serem analisados: a) manifestação de inconformidade ao conteúdo do Ato Declaratório Executivo DRF/LON nº 38 (fl.291), de 08/06/2011, que determinou a exclusão da contribuinte ao Simples Federal, desde 01/01/2007; b) manifestação de inconformidade ao conteúdo do Ato Declaratório Executivo DRF/LON nº 39 (fl.293), de 08/06/2011, publicado em 14/06/2011 que determinou a exclusão da contribuinte ao Simples Nacional, desde 01/07/2007, em face da extrapolação do limite de receitas; c) a impugnação aos autos de infração lavrados na sistemática do Lucro Arbitrado, relativos aos fatos geradores ocorridos no primeiro semestre do ano calendário de 2006 e; a impugnação aos autos de infração lavrados pela sistemática do Lucro Presumido, relativos aos fatos geradores ocorridos no segundo semestre do ano calendário de 2007, e anos calendário 2008 e 2009. Dos atos de Exclusão ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 38, DE 08/06/2011. 1. O ADE nº 38, de 08/06/2011 foi expedido em face da Representação Fiscal de fls. 284288, onde restou demonstrado que a contribuinte em análise, auferiu no ano calendário de 2006 receita no importe de R$5.890.637,69, com base na escrituração por ela mantida e na movimentação bancária, sendo que deste montante, ofereceu à tributação apenas R$902.745,79, tendo sido omitido o importe de R$4.987.891,90. A fundamentação para a emissão do ato foi afronta ao disposto no artigo 2º, inciso I e artigo 9º, inciso II, da Lei nº 9.317, de 1996, com efeitos a partir de 01/01/2007. ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 39, DE 08/06/2011. 2. O ADE nº 39, de 08/06/2011 foi expedido em face da Representação Fiscal de fls. 284288, tendo em vista a ocorrência da hipótese de exclusão obrigatória do Simples Nacional, prevista no artigo 12, inciso I da Resolução CGSN nº 04, de 30 de maio de 2007 e artigo 5º, inciso XI da Resolução CGSN nº 15, de 23 de julho de 2007, por excesso de receita bruta em relação ao limite de R$2.400.000,00 no ano calendário de 2006. A fundamentação para a emissão do ato foi afronta ao disposto no inciso I do artigo 3º da Lei Complementar nº 123, de 2006, combinado com os já mencionados artigo 12, inciso I da Resolução CGSN nº 04, de 30 de maio de 2007 e artigo 5º, inciso XI da Resolução CGSN nº 15, de 23 de julho de 2007, sendo que os efeitos obedecem ao disposto no artigo 6º, inciso VII da Resolução CGSN nº 15, de 2007. 3. Cientificada das exclusões em 21/06/2011, fl.295, apresentou em 11/08/2011, às fls. 296307, manifestação de inconformidade contra os dois atos, oportunidade em que alegou que o levantamento efetuado pela autoridade fiscal teve como base o total de créditos constantes nas contas bancárias do contribuinte, incluindo empréstimos bancários, empréstimos obtidos junto a pessoas físicas, empréstimos obtidos junto a outras pessoas Fl. 1188DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 5 4 jurídicas, transferências bancárias, etc, os quais não representam receitas, conforme demonstrará. 4. Alega a preliminar que, não foi oficialmente comunicado de sua exclusão ao Simples Federal e Simples Nacional, sendo que as sociedades empresárias limitada, regra geral, devem ser representadas por seus sócios administradores. Transcreve os comandos do Código Civil sobre a representação, arts. 1060 e 1064, bem como o artigo 23 do Decreto nº 70.235, de 1972, que disciplina o processo administrativo fiscal, para afirmar que a notificação ao sujeito passivo deve ser válida, sob pena de ofensa ao princípio constitucional do devido processo legal, bem como dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Sustenta que só tomou conhecimento dos atos de exclusão agora e, assim sendo, pede que a data de apresentação da defesa seja considerada como termo inicial para contagem do prazo de trinta dias para apresentação de manifestação de inconformidade. 5. Atacando os fundamentos de sua exclusão transcreve fundamentos legais e defende que tem como objeto social o ramo de fabricação de bonés e prestação de serviços de industrialização para terceiros, assim, compõem sua receita bruta, o produto da venda de bonés e os valores cobrados pelos serviços de industrialização a terceiros. Desta forma no cômputo de sua receita, para fins de verificação do limite, devem ser considerados somente os valores creditados nas contas correntes bancárias, que correspondam à venda de produtos fabricados e a prestação de serviços de industrialização, devendo os demais valores, sob rubricas diversas, serem excluídos. 6. Ataca a data em que os atos de exclusão passaram a gerar efeitos e, relativamente à exclusão do Simples Federal, sustenta que, em se mantendo a exclusão a partir de 01/07/2007, sem verificar a receita bruta dos demais anos calendário, restará caracterizada afronta ao disposto no inciso II do artigo 9º da Lei nº 9.317, de 1996 e, inciso II do artigo 3º da Lei Complementar nº 123, de 2006. Alega que, com base nos dispositivos legais mencionados a verificação do limite da receita bruta para fins de opção é anual, compreendendo a receita bruta auferida entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano. Desta forma, um determinado contribuinte, excedendo o limite em determinado ano calendário, estaria impedido de optar até que novamente sua receita, estivesse dentro do limite permitido. 7. Reclama que em se mantendo sua exclusão a partir de 01/01/07 até a presente data, sem verificação da receita bruta dos demais anos calendário, caracterizará afronta aos preceitos das normas que regem ambas as sistemáticas. Transcreve os preceitos legais e conclui que: caso determinado contribuinte excedesse o limite de receita em um determinado ano calendário, estaria impedido de fazer nova opção, enquanto sua receita não retornasse ao limite permitido. 8. Sustenta que a exclusão ao benefício com data retroativa fere as duas matrizes legais que regem a sistemática, bem como o direito de optar pelos regimes nos anos calendários de 2008, 2009, 2010 e 2011, mesmo tendo receita bruta dentro do limite estabelecido. 9. Voltando à razão de sua exclusão ao benefício, defende ter havido equívoco na forma de apuração da receita bruta, pois é sabido que créditos ou entradas de numerário em contas correntes bancárias nem sempre representam receitas; que, por razões gerenciais, necessidade de Fl. 1189DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 6 5 investimentos, administrativa e de fluxos de caixa, lança mão de capitais de terceiros e de pessoas físicas ligadas, para a obtenção de recursos. 10. Solicita a realização de perícia, a fim de determinar a efetiva receita bruta auferida no ano calendário de 2006. Indica perito e formula quesitos. Pede a juntada dos laudos e de todos os documentos que servirem de base para a elaboração da perícia. 11. Ao final, requer : I Que seja reconhecida a nulidade da intimação/ciência dos atos de exclusão nº 38 e 39 e, caso tenha expirado o prazo de contestação, a reabertura de 30 dias para apresentar a manifestação de inconformidade; II O deferimento do requerimento de perícia nos extratos bancários do ano calendário de 2006, pois imprescindível ao levantamento da real receita bruta auferida naquele ano calendário; III O direito de provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido, especialmente a pericial e; IV Que sejam julgados nulos os atos de exclusão. Das autuações 12. Em decorrência da ação fiscal foram lavrados os autos de infração de fls. 10071106, onde se exige o crédito tributário de R$363.114,55 a título de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, R$201.101,09 de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, R$570.331,65 de Cofins e, R$122.299,96 de PIS, acrescidos de multa de ofício à razão de 75% e juros de mora, totalizando R$2.600.636,59. 13. A ciência da autuação foi por via postal e ocorreu em 29/12/2011 (fl.1111). Em 26/01/2012 foi protocolada a impugnação de fls. 11151131, onde sustenta que, após procedimento fiscal foi excluída do Simples Federal e do Simples Nacional, bem como houve a constituição de créditos tributários de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins, descritos nos Termo de Verificação que acompanha os autos. Transcreve boa parte do Termo de Verificação, assim como os atos de exclusão os lançamentos efetuados. Sustenta que foi excluída do benefício por ter auferido, no ano calendário de 2006, receita bruta superior ao limite legal estabelecido de R$ 2.400.000.00. Ataca este feito afirmando que a exclusão teve por base o total dos créditos constantes nas contas correntes bancárias, incluindo empréstimos bancários, empréstimos de pessoas físicas, em préstimos de outras pessoas jurídicas, transferências bancárias, etc e que, tais valores não representam receita bruta auferida, conforme restará comprovado por documentos e perícia contábil. Reconhece que nos anos de 2007 a 2009 a autoridade fiscal excluiu da base de cálculo empréstimos e financiamentos, mas manteve os demais créditos como receita. 14. Naquilo que intitula preliminar, descreve o histórico da ação fiscal que culminou com a exclusão ao Simples. Fala ter apresentado manifestação de inconformidade que, caso seja julgada procedente, deixará de existir as presentes exigências. Requer que, antes da análise desta impugnação, se analise a manifestação de inconformidade anteriormente protocolada. 15. Relativamente aos lançamentos afirma que a autoridade fiscal utilizou se os mesmos critérios para a determinação da receita bruta no período de 01/01/2007 a 31/12/2009, ou seja, efetuou levantamento de todos os créditos constantes nas contas correntes bancárias, excluindo apenas os empréstimos e financiamentos e algumas transferências, considerando os demais valores Fl. 1190DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 7 6 como receita bruta. Transcreve os dispositivos legais que sustentam o lançamento para defender que, a determinação da receita bruta para fins de cálculo dos tributos devidos deve considerar somente os valores creditados em conta corrente que correspondam à venda de produtos fabricados e prestação de serviços de industrialização, devendo ser excluídos os demais valores creditados sob outras rubricas. 16. Sustenta que o ponto principal de sua impugnação é a discordância em relação à receita bruta posto que o auditor considerou como tal, a maioria dos créditos mensais nas contas correntes, sendo tal atitude equivocada já que créditos ou entradas de numerários em contas bancárias nem sempre representa receitas; que, por questões gerenciais, necessidades de investimentos, administrativas, fluxos de caixa, na maioria das vezes lança mão de capitais de terceiros, pessoas ligadas, para obtenção de recursos. Defende e requer a necessidade da realização de perícia com o fim de determinar a receita bruta e o cálculo correto dos tributos. Transcreve o dispositivo legal que permite tal solicitação, indica como perito Gerson Luis Dieter, estabelece os quesitos que pretende elucidar e requer a juntada dos laudos e de todos os documentos que servirem de base para a elaboração da perícia. 17. Sobre os créditos em contas correntes bancárias transcreve o dispositivo legal que autoriza sua utilização como base de cálculo dos tributos, bem como parte do Acórdão 33.601 dessa 2ª Turma de Julgamento para afirmar que não são receitas valores oriundos de empréstimos e financiamentos bancários, liberação de valores de contas garantidas, transferências entre contas correntes do mesmo titular e estorno de débitos. 18. Afirma que: em se mantendo os valores creditados a título de rubricas diversas, como omissão de rendimentos, ocorrerá bitributação, pois quando houve o crédito dos valores eles já teriam sido tributados. 19. Ao final requer seja julgado improcedente o lançamento; seja deferida a realização de perícia para o levantamento da real receita auferida; seja primeiramente apreciada a manifestação de inconformidade contra os atos de exclusão e, provar o alegado por todos os meios de prova, especialmente o pericial. Em face de tais argumentos, entenderam os membros da 2ª Turma de Julgamento da DRJ/PR Curitiba, por unanimidade de votos, declarar definitivos os Atos de Exclusão, indeferir o pedido de perícia, e julgar improcedente a impugnação, mantendo a exigência da totalidade do crédito tributário lançado., nos seguintes termos: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Período de apuração: 01/01/2007 a 30/06/2007, 01/07/2007 a 31/12/2007, 01/01/2008 a 31/12/2008, 01/01/2009 a 31/12/2009 Ementa: OMISSÃO DE RECEITA. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. LANÇAMENTO A existência de depósitos bancários de origem não comprovada pela pessoa jurídica regularmente intimada autoriza o lançame nto de ofício por omissão de receitas. PRESUNÇÃO LEGAL. ÔNUS DA PROVA. A presunção legal tem o condão de inverter o ônus da prova, transferindoo para o contribuinte, que pode refutála mediante oferta de provas hábeis Fl. 1191DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 8 7 e idôneas. Lançamentos Decorrentes. PIS, Contribuição Social sobre o Lucr o Liquido CSLL e COFINS. Tratando se da mesma matéria fática, aplica se aos lançamentos decorrentes a decisão proferida no lançamento principal (IRPJ) Assunto: Processo Administrativo Fiscal Anocalendário: 2007 Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. TEMPESTIVIDADE. Em obediência às normas contidas na legislação relativa ao processo tributário administrativo, não se toma conhecimento da manifestação de inconformidade apresentada após o prazo de trinta dias da ciência do ato contestado. NOTIFICAÇÃO REGULAR E TEMPESTIVIDADE. Demonstrado que a manifestação de inconformidade foi apresentada após o prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência do ato de exclusão, que ocorreu de acordo com as normas do Decreto nº 70.235, de 1972 (PAF), não se toma conhecimento das demais razões de defesa. IMPUGNAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. As alegações apresentadas na impugnação devem vir acompanhadas das provas documentais correspondentes, sobrisco de impedir sua apreciaço pelo julgador administrativo. PEDIDO DE PERÍCIA. Devem ser indeferidos os pedidos de perícia, quando forem prescindíveis ao deslinde da questão a ser apreciada, não sendo o caso de solicitação de realização de perícia para produzir provas que caberia ao autuado apresentar, ainda mais quando se trata de presunção legal. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Em face do referido acórdão DIVULGUE BONÉS LTDA. interpôs Recurso Voluntário. É o relatório. Fl. 1192DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 9 8 Voto Conselheiro Relator Maurício Pereira Faro O presente Recurso Voluntário é tempestivo, motivo pelo qual dele conheço. Conforme descrito no relatório, tratase, na origem, de processo com os seguintes atos a serem analisados: a) manifestação de inconformidade ao conteúdo do Ato Declaratório Executivo DRF/LON nº 38 (fl.291), de 08/06/2011, que determinou a exclusão da contribuinte ao Simples Federal, desde 01/01/2007; b) manifestação de inconformidade ao conteúdo do Ato Declaratório Executivo DRF/LON nº 39 (fl.293), de 08/06/2011, publicado em 14/06/2011 que determinou a exclusão da contribuinte ao Simples Nacional, desde 01/07/2007, em face da extrapolação do limite de receitas; c) a impugnação aos autos de infração lavrados na sistemática do Lucro Arbitrado, relativos aos fatos geradores ocorridos no primeiro semestre do ano calendário de 2006 e; a impugnação aos autos de infração lavrados pela sistemática do Lucro Presumido, relativos aos fatos geradores ocorridos no segundo semestre do ano calendário de 2007, e anos calendário 2008 e 2009. Assim, a Recorrente alega, em síntese, os seguintes pontos: nulidade de intimação da exclusão do simples/simples nacional; o conceito de receita bruta para fins de valores tributados do simples; a origem dos creditos referentes as contas bancárias (liberação de conta garantida; empréstimos e financiamentos, transferência entre contas corretes, estornos de débitos). Dessa forma vejamos pontos a ponto levantados no Recurso Voluntário. Da Alegação de Nulidade da Notificação da Exclusão do Simples Primeiramente, em sede de preliminar a Recorrente alega inexistência/nulidade de intimação/notificação de exclusão do simples/simples nacional tendo em vista que não teria sido intimada pessoalmente na pessoa de seu representante legal (Sócio Administrador), e sim por outra pessoa no AR (aviso de Recebimento), ocasião em que seria nula a intimação ou que a mesma não poderia ser considerada como realizada. O argumento da Recorrente não merece prosperar. Em relação aos atos de exclusão, a Recorrente sustenta que só tomou conhecimento dos mesmos quando foi intimado do auto de infração e que, assim sendo, a data de apresentação da defesa deve ser considerada como termo inicial para contagem do prazo de trinta dias para apresentação de manifestação de inconformidade. Cabe preliminarmente analisar a admissibilidade da manifestação de inconformidade da contribuinte contra os dois atos administrativos que excluíram a contribuinte aos benefícios do Simples Federal e do Simples Nacional por ter restado caracterizado que no ano calendário de 2006 ela auferiu receitas acima do limite estabelecido pela legislação. No processo administrativo fiscal, o prazo para apresentação da impugnação é estabelecido no art. 15 do Decreto 70.235/72, que rege a matéria e dispõe: Fl. 1193DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 10 9 “Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência(...) Dispondo sobre a hipótese de não haver a entrega tempestiva da impugnação, o Coordenador Geral do Sistema de Tributação baixou o Ato Declaratório Normativo Nº 15, de 12/07/1996, abaixo transcrito: “Declara, em caráter normativo, às Superintendências Regionais da Receita Federal, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento e aos demais interessados que, expirado o prazo para impugnação da exigência, deve ser declarada a revelia e iniciada cobrança amigável, sendo que eventual petição, apresentada fora do prazo não caracteriza impugnação, não instaura a fase litigiosa do procedimento, não suspende a exigibilidade do crédito tributário nem comporta julgamento de primeira instância, salvo se caracterizada ou suscitada a tempestividade, como preliminar.” (Grifei). Sendo assim, conforme corretamente decidido pela primeira instância, após o prazo do art. 15 do Decreto 70.235/72 está precluso o direito do contribuinte se manifestar quanto aos atos declaratórios de exclusão do simples, não devendo, sequer ser objeto de julgamento, tendo em vista que não existe no mundo processual e nele não gera nenhum efeito. O documento de fl. 294 (página nº 113 da Seção 1 do Diário Oficial da União, de 14/06/2011) confirma que os Atos Declaratórios que determinaram a exclusão da contribuinte ao Simples Federal, nº 38 e, ao Simples Nacional, nº 39 – foram editados em 08/06/2011. Enviada correspondência à contribuinte, o Aviso de Recebimento de fl. 295 foi regularmente recepcionado, no endereço eleito pelo contribuinte, em 21/06/2011, sendo que a pessoa que o recebeu está devidamente identificada no documento. Na manifestação de inconformidade o procurador da interessada alega que a intimação teria sido irregular. Não é isso que se observa no processo, senão vejamos: os Atos Declaratórios foram expedido em 08/06/2011 e endereçado ao domicílio fiscal constante dos dados cadastrais da contribuinte junto à Receita Federal. Consta do Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas que, desde a data de 14/04/1997 (correspondente à Quarta Alteração do Contrato Social) o endereço da empresa foi transferido para a Avenida Curitiba nº 385, Barra Funda – ApucaranaPR. Portanto, a remessa da correspondência para o mencionado endereço, com a devida ciência e identificação de quem a recepcionou, em 21/06/2011, constitui fato perfeito à luz da legislação que rege o processo administrativo fiscal. Assim, em 16/08/2011, data em que protocolizou seu recurso de fls. 296307, já havia ocorrido a preclusão do direito de se manifestar contra os atos de exclusão. Outra alegação que não merece prosperar diz respeito à ciência pessoa do representante da pessoa jurídica, sendo esta completamente descabida. Dispõe o art. 23 do Decreto nº 70.235, de 1972: Fl. 1194DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 11 10 "Art. 23. Farseá a intimação :(...) I pessoal, pelo autor do procedimento ou pelo agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar; II – por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo;(...) ... §2º Considerase feita a intimação:(...) ... II – No caso do inciso II do caput deste artigo, na data do recebimento ou, se omitida, 15 (quinze) dias após a data da expedição da intimação; (...) ... § 3º Os meios de intimação previstos nos incisos I e II deste artigo não estão sujeitos à ordem de preferência.” Percebese ser irrelevante o fato de a correspondência ter sido recebida por terceiro (como indicado no AR de fl. 295), pois o art. 23, inciso II, acima transcrito, condiciona ciência ao recebimento da correspondência no domicilio tributário eleito pelo contribuinte não exigindo que tal recebimento seja feito pelo próprio contribuinte, como notoriamente é conhecido no âmbito deste Egrégio Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, bem como em nosso ordenamento administrativo. Dessa forma, julgo regular a notificação feita por meio postal, no endereço constante do cadastro da contribuinte à época da edição dos Atos Declaratórios que determinaram sua exclusão ao Simples Federal e Simples Nacional, considerando a manifestação de fls. 296/307 intempestiva, bem como não reconhecendo nulidade alguma quanto ao referido procedimento. Da Receita Bruta da Empresa e Dos Depósitos Bancários Depois de dissertar sobre diversos aspectos referentes ao conceito de receita bruta, a Recorrente aduz que na realidade sua verdadeira discordância seria quanto a consideração de receitas com base nos creditos de depósitos bancários constantes em suas contas correntes. Nesse sentido, alega que seria sabido que nem todos os depósitos bancários constantes na conta corrente seriam de fato receita bruta, ocasião em que diversas vezes seriam apenas meras entradas, como nos seguintes casos constantes em seus extratos bancários: “Liberação de Conta Garantida”, Empréstimos e financiamentos”, “transferência entre contas correntes”, e “estornos de débitos”, motivo pelo qual não seria correta a sua contagem para fins de receita bruta, bem como a exclusão do simples pelo excesso de receita. Diante disso entendia que seria essencial a perícia nos próprios extratos bancários para que se comprovasse a falta de receita. Fl. 1195DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 12 11 Ocorre que os argumentos levantados pela Recorrente não merecem prosperar. Primeiramente, apenas para elucidar, conforme exposto pela DRJ, tomandose as planilhas que fizeram parte do Termo de Intimação Fiscal nº 02, fls. 249275 e subtraiuse todos os valores identificados como empréstimos, estorno de débitos, crédito relativo a título de capitalização e se obteve a cifra de R$ 430.146,89. Ocorre que a totalidade dos créditos ocorridos nas contas correntes do contribuinte no ano calendário de 2006 alcançou a soma de R$ 5.890.637,69, muito superior ao limite estabelecido pela legislação de regência. Portanto, aventandose a hipótese de a autoridade fiscal ter questionado os valores ora subtraídos, ainda assim, o excesso de receitas restou configurado e a exclusão mostrouse correta. Ressaltese que embora o interessado mencione que o lançamento será desconstituído mediante a apresentação de documentos, nada foi anexado aos autos, somente os próprios extratos bancários. E, aproveitando o momento, passase a analisar o pedido de perícia. Vêse, de logo, que o pedido para realização de perícia visa transferir para o Fisco a produção de provas que deveriam ter sido apresentadas pela contribuinte no decorrer da ação fiscal ou no momento da impugnação. Em se tratando de presunção legal (art. 42 da Lei nº 9.430, de 1996), compete ao sujeito passivo o ônus da prova de fatos que ensejaram o lançamento e, em geral, os registros da sua escrituração (art. 925 do RIR/1999). Apesar de ser facultado ao sujeito passivo o direito de pleitear a realização de diligências e perícias, em conformidade com o artigo 16, inciso IV do Decreto nº 70.235, de 1972, com redação dada pelo artigo 1º da Lei nº 8.748, de 1993, compete à autoridade julgadora decidir sobre sua efetivação, podendo ser indeferidas as que considerar prescindíveis ou impraticáveis (art. 18, caput , do Decreto nº 70.235, de 1972, com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 8.748, de 1993). Notase que, embora o pedido de perícia esteja formalmente correto, com formulação de quesitos e indicação de perito, no caso concreto, a resposta dos quesitos apresentados pela defendente transfere para terceiros a produção de provas contábeis e fiscais que deveriam ter acompanhado a impugnação, inclusive porque nos autos só constam os próprios extratos bancários. Deveria a Recorrente demonstrar item por item a identificação da origem de cada depósito bancário, com a comprovação documental dos itens, para cumprir a exigência do artigo 42 da Lei 9430/96, e afastar a presunção legal ali instituída. A realização de diligência e perícia pressupõe que o fato a ser provado necessite de conhecimento técnico especializado e/ou esclarecimento de fatos considerados obscuros no processo. Todavia, elas não integram o rol dos direitos subjetivos do autuado, podendo o julgador, se justificadamente entendêlas prescindíveis, não acolher o pedido, como aconteceu no presente caso em que o pedido foi calcado somente nos próprios extratos bancários juntados autos. Fl. 1196DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 13 12 No presente caso, tratandose de comprovar a origem dos depósitos bancários ocorridos nos períodos fiscalizados, os elementos probatórios, como já se mencionou reiteradamente, deviam ter sido produzidos pela parte. Dessa forma, e em conformidade com o artigo 18, caput, do Decreto nº 70.235, de 1972, foi acertado o indeferimento da DRJ quanto os pedidos de perícia, ocasião em que mantenho o referido entendimento. Quanto à omissão de receitas, seu lançamento baseouse na Lei nº 9.430, de 1996, art. 42, que diz: Art. 42. Caracterizamse também omissão de receita ou de rendimento os valores creditados em conta de depósito ou investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. Tratase de uma presunção legal de que os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, não comprovados com documentação hábil e idônea, constituem receita omitida. A respeito do lançamento com base em depósitos bancários de origem não comprovada, foram publicadas no DOU de 22/12/2009 (Seção 1, págs. 70 a 72), as seguintes súmulas do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF): Súmula CARF nº 26: A presunção estabelecida no art. 42 da Lei nº 9.430/96 dispensa o Fisco de comprovar o consumo da renda representada pelos depósitos bancários sem origem comprovada. Súmula CARF nº 29: Todos os cotitulares da conta bancária devem ser intimados para comprovar a origem dos depósitos nela efetuados, na fase que precede à lavratura do auto de infração com base na presunção legal de omissão de receitas ou rendimentos, sob pena de nulidade do lançamento. Portanto, é legítimo o lançamento com base em extratos bancários, quando o contribuinte é regularmente intimado e não comprova a origem não tributável dos recursos depositados na conta corrente fiscalizada, como se deu no caso vertente. A comprovação da origem dos valores depositados em conta corrente bancária deve ser detalhada. Deve ficar claro que o numerário teve origem em valores já tributados pela empresa ou em valores não tributáveis ou tributáveis exclusivamente na fonte. De fato, como alegou a Recorrente, nem todo depósito bancário é necessariamente receita tributável. Mas é preciso que o contribuinte sob fiscalização, quando regularmente intimado, apresente documentação hábil e idônea que comprove, caso a caso, a origem dos recursos creditados em sua conta corrente, ou de investimento. Notese, porém, que a contribuinte foi intimada e reintimada a justificar os créditos havidos em suas contas correntes (fls. 249/275, 872/952, 974/975 e, 979) limitouse a dizer, entre outras coisas, que não dispunha daqueles documentos. Fl. 1197DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 14 13 Em relação às presunções de omissão de receita, destacase que essas são classificadas pela doutrina como espécies de provas indiretas. A doutrina do Direito Tributário identifica duas espécies distintas: as legais e as simples (comuns). As presunções legais se subdividem em absolutas (jure et de jure) e relativas (jures tantum). As presunções absolutas não admitem prova em contrário ao fato presumido, já as relativas admitem prova contrária, reputandose verdadeiro o fato presumido até que a parte interessada prove o contrário. As presunções legais relativas provocam a chamada “inversão do ônus da prova”, cabendo ao contribuinte provar que o Fisco está equivocado. A falta de adequada comprovação impede o acolhimento do pleito, este é o entendimento expresso pelo Código de Processo Civil, art. 333, II. A comprovação da origem dos valores depositados em conta corrente bancária deve ser detalhada, coincidente em data e valores. Deve ficar claro que o numerário teve origem em valores já tributados pela empresa ou em valores não tributáveis ou tributáveis exclusivamente na fonte. No caso presente, a fiscalização intimou a empresa a esclarecer e comprovar adequadamente a origem dos recursos depositados em suas contas corrente, incompatíveis com suas receitas declaradas. A análise dos depósitos foi efetuada individualizadamente, e foram expurgados os valores decorrentes de transferências entre contas de mesma titularidade, bem como os depósitos identificados. Ficou bastante claro no processo que não restou comprovada essa origem durante a ação fiscal. Portanto, a materialidade do fato gerador ficou comprovada. E mais, a Lei nº 9.317, de 1996, art. 18, dispõe que se aplicam à microempresa e empresa de pequeno porte todas as presunções de omissão de receita existentes nas legislações de regência dos impostos e contribuições por ela tratados. A mesma disposição se repete no art. 34 da Lei Complementar (LC) nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Assim descabido qualquer questionamento acerca da possibilidade de utilização dos valores dos depósitos como base de cálculo dos tributos lançados. A alegação de que parte dos créditos tem origem em empréstimos contraídos junto a pessoas físicas e outras pessoas jurídicas está desacompanhada de qualquer elemento de prova, contudo entendo que assim mesmo merecer algum respaldo o argumento trazido pela Recorrente no que tange a discrição dos depósitos bancários constantes em suas contas correntes. Dos Lançamentos Reflexos Quanto aos lançamentos de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins, Contribuição para o PIS/Pasep e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, relativos aos períodos auditados e que constam neste processo, em sendo reflexos das mesmas irregularidades apuradas no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, cumpre que se dê aqui, o mesmo tratamento dado ao lançamento principal referente ao IRPJ. Fl. 1198DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO Processo nº 11634.720267/201148 Acórdão n.º 1401001.179 S1C4T1 Fl. 15 14 Da Conclusão Por fim, diante de todo o exposto, voto no sentido de rejeitar as preliminares e negar provimento ao recurso voluntário, o crédito tributário in totum. É como voto. Maurício Pereira Faro Relator Fl. 1199DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO, Assinado digitalmente em 01/12/201 4 por JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, Assinado digitalmente em 27/11/2014 por MAURICIO PEREIRA FARO
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Numero do processo: 10480.908694/2009-70
Turma: Primeira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 13 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Dec 19 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/09/1999 a 30/09/1999
NULIDADE. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. MOTIVAÇÃO DA DECISÃO DA DRJ.
Não existe cerceamento do direito de defesa quando o órgão julgador aprecia de forma fundamentada as razões da manifestação de inconformidade.
PROCESSO JUDICIAL E ADMINISTRATIVO. MATÉRIA IDÊNTICA. RENÚNCIA À ESFERA ADMINISTRATIVA.
A propositura de ação judicial, com o mesmo objeto do processo administrativo fiscal implica na renúncia à instância administrativa.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3801-004.666
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado:
I - Por unanimidade votos, negar provimento ao recurso voluntário em relação aos questionamentos sobre a decisão de primeira instância;
II - Pelo voto de qualidade, não conhecer da matéria submetida ao Poder Judiciário. Vencidos os Conselheiros Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Cássio Schappo e Jacques Mauricio Ferreira Veloso de Melo que não reconheciam a concomitância e negavam provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
FLÁVIO DE CASTRO PONTES Presidente e Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Flávio de Castro Pontes, Marcos Antonio Borges, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Paulo Sérgio Celani, Cassio Schappo e Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo.
Nome do relator: FLAVIO DE CASTRO PONTES
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CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. MOTIVAÇÃO DA DECISÃO DA DRJ. Não existe cerceamento do direito de defesa quando o órgão julgador aprecia de forma fundamentada as razões da manifestação de inconformidade. PROCESSO JUDICIAL E ADMINISTRATIVO. MATÉRIA IDÊNTICA. RENÚNCIA À ESFERA ADMINISTRATIVA. A propositura de ação judicial, com o mesmo objeto do processo administrativo fiscal implica na renúncia à instância administrativa. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado: I Por unanimidade votos, negar provimento ao recurso voluntário em relação aos questionamentos sobre a decisão de primeira instância; II Pelo voto de qualidade, não conhecer da matéria submetida ao Poder Judiciário. Vencidos os Conselheiros Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Cássio Schappo e Jacques Mauricio Ferreira Veloso de Melo que não reconheciam a concomitância e negavam provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) FLÁVIO DE CASTRO PONTES – Presidente e Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 48 0. 90 86 94 /2 00 9- 70 Fl. 95DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 3 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Flávio de Castro Pontes, Marcos Antonio Borges, Maria Inês Caldeira Pereira da Silva Murgel, Paulo Sérgio Celani, Cassio Schappo e Jacques Maurício Ferreira Veloso de Melo. Fl. 96DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 4 3 Relatório Por meio de PER/Dcomp (Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação) a requerente postula a compensação de débitos de diversos tributos com crédito referente a valor que teria sido recolhido indevidamente a título da contribuição Cofins (cód. 2172). A Delegacia da Receita Federal do Brasil no Recife (PE), conforme Despacho Decisório Eletrônico, não reconheceu o direto creditório e não homologou as compensações efetuadas. Após ter sido cientificado dessa decisão, a interessada apresentou manifestação de inconformidade. Aduziu, em resumo, que ocorreu apenas uma falha de procedimento da empresa em não retificar as DCTFs onde constavam as informações dos débitos cuja compensação era solicitada. Tal erro de procedimento não anula a existência dos créditos, vez que estes decorrem da existência de decisão judicial favorável à OABPE, da qual a empresa é sindicalizada, garantindo a isenção de Cofins para as empresas exclusivamente prestadoras de serviços relativos a profissões legalmente regulamentadas. A fim de comprovar a veracidade das suas alegações, anexou cópia da ação judicial impetrada pela OABPE que garantiu o direito de isenção de Cofins da empresa, assim como a certidão de trânsito em julgado relativa a mesma ação. A DRJ no Recife (PE) julgou improcedente a manifestação de inconformidade, nos termos da ementa transcrita abaixo: SOCIEDADE CIVIL. COFINS. ISENÇÃO RECONHECIDA POR DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. SUBSEQÜENTE POSICIONAMENTO DIVERSO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TITULO JUDICIAL. INEXIGIBILIDADE. É inexigível o título judicial, consubstanciado em decisão judicial transitada em julgado que reconhece direito à isenção do pagamento da COFINS a sociedades civis prestadoras de serviços relacionados a profissão legalmente regulamentada, quando sobrevindo a respeito posicionamento diverso consolidado junto ao Supremo Tribunal Federal, especialmente quando a eficácia da decisão judicial transitada em julgado haja sido desconstituída em ação rescisória. CRÉDITOS JUDICIALMENTE DISCUTIDOS. COMPENSAÇÃO. DECISÃO AUTORIZADORA DE COMPENSAÇÃO. TRÂNSITO EM JULGADO. REQUISITO. Fl. 97DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 5 4 É requisito da realização de compensação de créditos judicialmente discutidos a ocorrência do trânsito em julgado da decisão judicial que a autorizar. COMPENSAÇÃO. INDÉBITO FUNDADO EM TÍTULO JUDICIAL INEXIGÍVEL. NÃOHOMOLOGAÇÃO. DESPACHO DECISÓRIO. PROCEDÊNCIA. É procedente o Despacho Decisório que não homologa compensações em que é utilizado suposto direito creditório fundado em titulo judicial inexigível, por inexistir crédito líquido e certo a ser compensado. Discordando da decisão de primeira instância, a recorrente interpôs recurso voluntário, instruído com diversos documentos, cujo teor é sintetizado a seguir. Após comentar a decisão da DRJ, sustenta a incoerência entre a decisão da DRF/Recife e a DRJ/Recife. Argumenta que referidas decisões são totalmente diferentes. A decisão da DRF/Recife que considerou não homologadas as compensações baseouse no fato de que os DARFS aos quais estavam vinculados os créditos estarem totalmente utilizados, razão pela qual, em nosso argumento de defesa, apresentamos as informações obtidas no CAC/Recife de que houve apenas um problema de não retificação das respectivas DCTFS da empresa. Pontua que a decisão da DRJ/Recife procedeu em uma inovação completa do conteúdo do indeferimento inicial das compensações. Insiste que toda a decisão proferida pela DRJ/Recife prendese à análise da ação judicial, quando a decisão primeira, proferida pela DRF/Recife, ocorreu apenas em razão da falha procedimental da empresa. Concluiu este tópico afirmando que por estes fatos merece reparo a decisão proferida pela Turma da DRJ/Recife, por ter cerceado o direito de defesa da empresa, ao inovar juridicamente os argumentos sem prévia comunicação de prazo para alegações da empresa sobre os novos fatos e informações apresentadas ao processo e que seriam objeto de análise, ofendendo frontalmente o art. 5º, Constituição Federal de 1988, quanto ao direito de defesa da empresa. Quanto ao direito creditório, discorda do entendimento da decisão da DRJ/Recife de que não seria possível à empresa a utilização dos créditos para compensação em razão de existir liminar em sede de Reclamação suspendendo os efeitos da decisão que garantia aos filiados à OAB/PE o direito de isenção de Cofins. Argumenta que a decisão judicial em Mandado de Segurança que concedeu o benefício da isenção da empresa da Cofins já havia sido encerrada e reconhecido o direito. Apenas em sede de ação rescisória foi reanalisada a questão, na qual o TRF da 5a. Região decidiu por conceder parcial provimento à rescisória a fim de conceder efeitos exnunc à decisão, ou seja, a rescisão da decisão que concedia o benefício da isenção da Cofins somente surtiria efeitos para frente, não abrangendo os fatos pretéritos. Esclarece que apenas contra esta decisão do TRF foi que concedeuse a liminar do Ministro Joaquim Barbosa do STF, suspendendo a modulação dos efeitos da decisão Fl. 98DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 6 5 da rescisória. Aduz que liminar, como o próprio nome diz, é decisão precária e não anulou, como quer fazer crer a decisão da DRJ/Recife, os efeitos do decidido na ação rescisória. Seus efeitos estão apenas suspensos, aguardando um pronunciamento do órgão colegiado do STF quanto à manutenção ou não da liminar. Por fim requer que seja processado regularmente o presente Recurso Voluntário, e, ao final, julgado integralmente procedente para, reformando as decisões proferidas pela DRF/Recife e DRJ/Recife reconhecer o direito de crédito da empresa relativo aos pagamentos indevidos, realizados a título da Cofins e, conseqüentemente, homologar a compensação realizada na PERDCOMP relacionada a este processo que utilizaram tais créditos. É o relatório. Fl. 99DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 7 6 Voto Conselheiro Flávio de Castro Pontes O recurso é tempestivo e atende aos demais pressupostos recursais, portanto dele tomase conhecimento.. De início, examinase a tese de irregularidade na decisão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Recife. A interessada sustenta cerceamento no direito de defesa em relação à decisão da DRJ/Recife, uma vez que esta inovou no conteúdo do indeferimento inicial das compensações, pois a decisão proferida pela DRJ/Recife prendese à análise da ação judicial, quando a decisão primeira, proferida pela DRF/Recife, ocorreu apenas em razão da falha procedimental da empresa. Não merece prosperar essa tese. Ao contrário do alegado, o colegiado de primeira instância discutiu todas as teses necessárias e suficientes para a solução da lide administrativa. Exemplificando, o julgado “a quo” motivou a decisão em relação a argumentação da recorrente em relação ao fato de que seu direito creditório era decorrente da ação judicial impetrada pela OABPE. Ora, foi a recorrente que trouxe ao litígio essa tese, de sorte que a decisão de primeira intância não inovou juridicamente no julgamento. Destarte, o órgão julgador administrativo estava obrigado a apreciar essa tese da interessada de maneira motivada e fundamentada. Assim, não há reparos a serem feitos na decisão a quo. Não se pode perder de vista que a decisão recorrida apreciou todas as questões relevantes necessárias a solução do litígio, em especial a eficácia das decisões judiciais apresentadas pela própria interessada. Assim, o julgador apresentou razões coerentes e suficientes para embasar a decisão. Além disso, no âmbito do processo administrativo fiscal as hipóteses de nulidade são tratadas de forma específica no art. 59 do Decreto nº 70.235/72: "Art. 59. São nulos: I os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa." No caso vertente, nenhum dos pressupostos acima encontrase presente, uma vez que não ficou evidenciada a preterição do direito de defesa, tendo em vista que a decisão recorrida motivadamente demonstrou de forma clara e concreta as razões da não homologação das compensações, de sorte que não ficou caracterizado qualquer prejuízo à recorrente. Fl. 100DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 8 7 Por tais razões não há que se falar em qualquer irregularidade da decisão guerreada por cerceamento de direito de defesa. O litígio tem como principal controvérsia eventual direito creditório em razão de ação judicial. Transcrevo de uma decisão da DRJ o histórico das ações judiciais em debate: 10.1. A OABPE impetrou ação de mandado de segurança coletivo em nome dos seus Escritórios de Advocacia associados, autuada em 31/05/2001, sob o nº 2001.83.00.0145250, objetivando, principalmente, em síntese, a isenção do recolhimento da Cofins prevista no inciso II do art. 6º da Lei Complementar (LC) nº 70, de 30 de dezembro de 1991, e a compensação dos valores pagos indevidamente. A segurança foi denegada pelo juízo de primeiro grau, com fundamento em que não havia obstáculo para a revogação da isenção concedida pela LC nº 70, de 1991, pela Lei (Ordinária) nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, tendo em vista que a isenção não é matéria reservada à lei complementar. O magistrado considerou, então, prejudicada a análise do pleito de compensação. 10.2. À apelação da OABPE junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5ª Região) – que obteve o nº AMS 80.558PE – foi pela Quarta Turma concedido provimento, por unanimidade, nos termos do voto do relator, que esposou entendimento diametralmente oposto ao do juiz singular, dando pela impossibilidade da revogação da referida isenção com fundamento no princípio da hierarquia das leis. 10.3. De tal decisão, foi interposto pela Fazenda Nacional Recurso Especial (REsp), que foi inadmitido. Irresignada, a Fazenda Nacional manejou agravo de instrumento, ao qual foi negado provimento. Assim, a decisão transitou em julgado em 09/09/2004, restando reconhecido o direito à isenção postulada. 10.4. Posteriormente, a OABPE atravessou petição alegando que a edição da Lei nº 10.833, de 30 de dezembro de 2003, em seu art. 30, poderia obstruir o cumprimento da decisão judicial que reconheceu a isenção da Cofins para as sociedades civis dedicadas ao exercício da advocacia, mediante a retenção na fonte da referida contribuição. Requereu, na ocasião, fosse oficiada a Receita Federal para que se abstivesse de exigir o pagamento da Cofins sobre as receitas auferidas pela prestação de serviços de advocacia, bem como de exigir a retenção na fonte de tal contribuição pelas pessoas jurídicas tomadoras dos referidos serviços. O pleito foi deferido monocraticamente e, ao depois, atacado por agravo regimental aviado pela Fazenda Nacional, o qual foi provido com base nos fatos de não ter sido debatida, nos autos, a Lei nº 10.833, de 2003, e de que não seria admissível, naquele momento processual, inovar a actio, transmudandoa. 10.5. Contra essa decisão, recorreu a OABPE, mediante o REsp nº 739.784 (nº 2005/00540062), cujo provimento foi negado por Fl. 101DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 9 8 unanimidade pela Segunda Turma do STJ em sessão de 19/11/2009, tendose, em resumo, concluído que a superveniência da Lei nº 10.833, de 2003, não pode ser alcançada pelos efeitos da coisa julgada que concedera a segurança pleiteada, de modo a ampliar o objeto da lide. Registrese que, no decorrer do voto, o ministro relator, Mauro Campbell Marques, após afirmar, a título ilustrativo, que a tese adotada pela instância de origem para reconhecer a isenção postulada pela recorrente não mais subsistia em razão de o STF, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº 377.457 3/PR, relator o Ministro Gilmar Mendes, ter proclamado que a revogação da isenção da Cofins concedida pela LC nº 70, de 1991, pelo art. 56 da lei nº 9.430, de 1996, foi plenamente válida e eficaz, porquanto o referido diploma, não obstante formalmente complementar, ostenta, materialmente, caráter de lei ordinária , esclareceu que Primeira Seção do STJ, ao julgar a Ação Rescisória (AR) nº 3.761/PR, na sessão de 12/11/2008, deliberara pelo cancelamento da Súmula nº 276, que enunciava a isenção da Cofins perante as ditas sociedades, independentemente do regime tributário adotado. 10.6. Da decisão do STJ referida no subitem 10.3, a ProcuradoriaRegional da Fazenda Nacional na 5ª Região propôs Ação Rescisória (AR) nº 5.471PE (processo nº 2006.05.00.0442426/03) junto ao TRF5ª Região, que foi parcialmente procedente, por lhe terem sido dados efeitos ex nunc. No acórdão exarado, aquele tribunal regional afirmou que o acórdão rescindendo fora proferido antes da manifestação do STF sobre ser a matéria constitucional ou não. 10.7. Contra os efeitos exnunc da decisão do TRF5ª Região – que, em tese, daria aos escritórios de advocacia filiados à OAB PE o direito de não pagarem a Cofins no período abrangido pela ação coletiva até a publicação da decisão na ação rescisória –, a Fazenda Nacional protocolou Reclamação (Rcl) nº 6.917 junto ao STF, tendo o Ministro Joaquim Barbosa deferido, em 10/12/2008, liminar para suspender o acórdão da ação rescisória na parte em que conferiu efeitos meramente prospectivos ao acórdão que julgou procedente a ação rescisória. Encontrase o processo aguardando apreciação desse Colegiado. 10.8. Embargos de declaração opostos pelas partes – OABPE e Fazenda Nacional – contra a decisão proferida pelo TRF5ª Região no bojo da Ação Rescisória nº 5471/PE (processo nº 2006.05.00.0442426/03) foram julgados, não tendo, no entanto, ocorrido nenhuma alteração no resultado do julgamento originário por essa corte. Do exame das ações judiciais, constatase que a matéria está sub judice, uma vez que este processo administrativo tem o mesmo objeto da ação judicial em referência, homologação de compensação em face de pedido de restituição decorrente da legalidade da revogação da isenção do pagamento da Cofins, por parte das sociedades civis de profissão legalmente regulamentada, pela Lei nº 9.430, de 27/12/1996, que, em seu art. 56, revogou a veiculada pelo art. 6º, inciso II, da Lei Complementar nº 70, de 30/12/1991. Fl. 102DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 10 9 Como se nota, o direito creditório está dependendo do desfecho da Reclamação no Supremo Tribunal Federal. Destarte, incide no caso vertente o parágrafo único do art. 38, da Lei nº. 6.830/80, que dispõe: Art. 38 A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. Parágrafo Único A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto.(grifouse) O excelso Supremo Tribunal Federal já manifestou acerca da constitucionalidade desse dispositivo, conforme decidido no recurso extraordinário nº 233.582: EMENTA: CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL TRIBUTÁRIO. RECURSO ADMINISTRATIVO DESTINADO À DISCUSSÃO DA VALIDADE DE DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA. PREJUDICIALIDADE EM RAZÃO DO AJUIZAMENTO DE AÇÃO QUE TAMBÉM TENHA POR OBJETIVO DISCUTIR A VALIDADE DO MESMO CRÉDITO. ART. 38, PAR. ÚN., DA LEI 6.830/1980.(...). É constitucional o art. 38, par. ún., da Lei 6.830/1980 (Lei da Execução Fiscal LEF), que dispõe que "a propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo [ações destinadas à discussão judicial da validade de crédito inscrito em dívida ativa] importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto". Recurso extraordinário conhecido, mas ao qual se nega provimento.(STF, RE 233582, DJe088 de 1605 2008).(grifouse) Em relação ao conteúdo desse dispositivo legal, Leandro Paulsen, René Bergmann e Ingrid Schroder explicam: O parágrafo em questão tem como pressuposto o princípio da jurisdição una, ou seja, que o ato administrativo pode ser controlado pelo Judiciário e que apenas a decisão deste é que se torna definitiva, com o trânsito em julgado, prevalecendo sobre eventual decisão administrativa que tenha sido tomada ou pudesse vir a ser tomada. Considerando que o contribuinte tem direito a se defender na esfera administrativa mas que a esfera judicial prevalece sobre a administrativa, não faz sentido a sobreposição dos processos administrativo e judicial. A opção pela discussão judicial, antes do exaurimento da esfera administrativa, demonstra que o contribuinte desta abdicou, levando o seu caso diretamente ao Poder ao qual cabe dar a última palavra quanto à interpretação e à aplicação do Direito, o Judiciário. Entretanto, tal pressupõe a identidade de objeto Fl. 103DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 11 10 nas discussões administrativa e judicial". (Leandro Paulsen, René Bergmann Ávila e Ingrid Schroder Sliwka. Direito Processual Tributário: processo administrativo fiscal à luz da doutrina e da jurisprudência. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010, p. 447 e 448). De fato, se o sujeito passivo recorre ao Poder Judiciário, por uma questão de lógica, ele está desistindo tacitamente da esfera administrativa, visto que a decisão do Poder Judiciário é soberana. Eventuais decisões antagônicas, nas esferas administrativa e judicial, teriam uma única solução, qual seja, prevaleceria a da esfera judicial, em razão do princípio constitucional da jurisdição única, art. 5º, XXXV, da Constituição Federal. Destarte, não faz sentido a continuação da discussão no âmbito administrativo, pois o mérito da questão será decidido pelo Poder Judiciário com efeito de coisa julgada. Corroborando esta teoria, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento do recurso especial nº 840.556, assim se pronunciou: TRIBUTÁRIO. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. MANDADO DE SEGURANÇA.AÇÃO JUDICIAL. RENÚNCIA DE RECORRER NA ESFERA ADMINISTRATIVA. IDENTIDADE DO OBJETO. ART. 38, PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI Nº 6.830/80. 1. Incide o parágrafo único do art. 38, da Lei nº 6.830/80, quando a demanda administrativa versar sobre objeto menor ou idêntico ao da ação judicial. 2.(...) 3. In casu, os mandados de segurança preventivos, impetrados com a finalidade de recolher o imposto a menor, e evitar que o fisco efetue o lançamento a maior, comporta o objeto da ação anulatória do lançamento na via administrativa, guardando relação de excludência.4. Destarte, há nítido reflexo entre o objeto do mandamus – tutelar o direito da contribuinte de recolher o tributo a menor (pedido imediato) e evitar que o fisco efetue o lançamento sem o devido desconto (pedido mediato) com aquele apresentado na esfera administrativa, qual seja, anular o lançamento efetuado a maior(pedido imediato) e reconhecer o direito da contribuinte em recolher o tributo a menor (pedido mediato).5. Originárias de uma mesma relação jurídica de direito material, despicienda a defesa na via administrativa quando seu objeto subjugase ao versado na via judicial, face a preponderância do mérito pronunciado na instância jurisdicional. (...) (STJ, REsp 840556/AM, DJ 20/11/2006) (grifouse) Assim sendo, a existência de uma ação judicial, por parte da requerente, com o mesmo objeto desse processo administrativo fiscal importa na renúncia à esfera administrativa. Em relação a essa discussão, aplicase a Súmula nº 01 do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) que uniformizou o seguinte entendimento: Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois Fl. 104DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 12 11 do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.(grifouse) Além disso, os Conselheiros têm o dever de observar as súmulas, nos termos do art. 72 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais RICARF, aprovado pela Portaria MF n° 256, de 22/06/2009. Em caso análogo da mesma recorrente, esta tese também foi acolhida, em outro julgado do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais: TRIBUTÁRIO. OPÇÃO PELA VIA JUDICIAL. RENÚNCIA AO DIREITO DE RECORRER. CONFIGURAÇÃO. DECISÃO JUDICIAL. CUMPRIMENTO. A propositura pelo contribuinte de ação judicial onde se alterca matéria veiculada em processo administrativo, antes ou após a inauguração da fase litigiosa administrativa, conforme o caso, importa em renúncia ao direito de recorrer ou desistência do recurso interposto, não competindo ao CARF se manifestar acerca do alcance, efeitos e forma de cumprimento de decisões judiciais cuja execução não lhe caiba. DESPACHO DECISÓRIO. MOTIVAÇÃO. DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. INOVAÇÃO. INOCORRÊNCIA. Não configura inovação de motivação do despacho decisório a fundamentação da decisão que, acolhendo ou rechaçando a pretensão deduzida em manifestação de inconformidade, examina elementos novos introduzidos na lide administrativa pelo próprio recorrente e que, até então, eram desconhecidos da Administração Tributária (CARF. 3ª Seção, 4ª Câmara, 1ª Turma Ordinária, Acórdão 3401002.634, de 29/05/2014, rel. Robson José Bayerl, Processo nº 10480.905883/200818) Em remate, não se toma conhecimento das alegações decorrentes do direito creditório, isenção ou não da Cofins, visto que a recorrente submeteu à apreciação do Poder Judiciário esta matéria. Ante ao exposto voto no sentido de: I – negar provimento ao recurso voluntário em relação aos questionamentos sobre a decisão de primeira instância; II não conhecer da matéria submetida ao Poder Judiciário. (assinado digitalmente) Flávio de Castro Pontes Relator Fl. 105DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES Processo nº 10480.908694/200970 Acórdão n.º 3801004.666 S3TE01 Fl. 13 12 Fl. 106DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 18/12/2014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES, Assinado digitalmente em 18/12/2 014 por FLAVIO DE CASTRO PONTES
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Numero do processo: 10882.002724/2010-43
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 13 00:00:00 UTC 2012
Numero da decisão: 2202-000.195
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal
Nome do relator: MARIA LÚCIA MONIZ DE ARAGÃ0 CALOMINO ASTORGA
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conteudo_txt : Metadados => date: 2020-03-09T16:49:49Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; pdf:docinfo:title: Microsoft Word - APV2202_10882002724201043_FranciscoRicardoPeixotoLucena.doc; xmp:CreatorTool: PScript5.dll Version 5.2; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; dc:creator: 80298141787; dcterms:created: 2012-03-27T14:51:22Z; Last-Modified: 2020-03-09T16:49:49Z; dcterms:modified: 2020-03-09T16:49:49Z; dc:format: application/pdf; version=1.4; title: Microsoft Word - APV2202_10882002724201043_FranciscoRicardoPeixotoLucena.doc; xmpMM:DocumentID: uuid:3bd61bef-d27e-49bd-a641-1d56e94a1c77; Last-Save-Date: 2020-03-09T16:49:49Z; pdf:docinfo:creator_tool: PScript5.dll Version 5.2; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:modified: 2020-03-09T16:49:49Z; meta:save-date: 2020-03-09T16:49:49Z; pdf:encrypted: true; dc:title: Microsoft Word - APV2202_10882002724201043_FranciscoRicardoPeixotoLucena.doc; modified: 2020-03-09T16:49:49Z; Content-Type: application/pdf; pdf:docinfo:creator: 80298141787; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; creator: 80298141787; meta:author: 80298141787; meta:creation-date: 2012-03-27T14:51:22Z; created: 2012-03-27T14:51:22Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; Creation-Date: 2012-03-27T14:51:22Z; pdf:charsPerPage: 1744; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; Author: 80298141787; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; pdf:docinfo:created: 2012-03-27T14:51:22Z | Conteúdo => S2-C2T2 Fl. 1 1 S2-C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10882.002724/2010-43 Recurso nº 901.000 Resolução nº 2202-00.195 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Data 13 de março de 2012 Assunto Sobrestamento de Julgamento Recorrente FRANCISCO RICARDO PEIXOTO DE LUCENA Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, decidir pelo sobrestamento do processo, nos termos do voto da Conselheira Relatora. Após a formalização da Resolução o processo será movimentado para a Secretaria da Câmara que o manterá na atividade de sobrestado, conforme orientação contida no § 3º do art. 2º, da Portaria CARF nº 001, de 03 de janeiro de 2012. O processo será incluído novamente em pauta após solucionada a questão da repercussão geral, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. (Assinado digitalmente) Nelson Mallmann – Presidente (Assinado digitalmente) Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga - Relatora Composição do colegiado: Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Rafael Pandolfo, Antonio Lopo Martinez, Odmir Fernandes, Pedro Anan Júnior e Nelson Mallmann. Ausente, justificadamente, o Conselheiro Helenilson Cunha Pontes. Fl. 252DF CARF MF Impresso em 28/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10882.002724/2010-43 Resolução n.º 2202-00.195 S2-C2T2 Fl. 2 2 Relatório Contra o contribuinte acima qualificado foi lavrado o Auto de Infração de fls. 193 a 196, integrado pelos demonstrativos de fls. 190 a 192, pelo qual se exige a importância de R$412.724,58, a título de Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF, acrescida de multa de ofício de 150% e juros de mora, em virtude da apuração de omissão de rendimentos decorrente de depósitos bancários de origem não comprovada, anos-calendário 2005 e 2006. DA IMPUGNAÇÃO Inconformado, o contribuinte apresentou a impugnação de fls. 204 a 206, instruída com os documentos de fls. 207 a 224, cujo resumo se extraí da decisão recorrida (fl. 230): O contribuinte impugnou o lançamento conforme documento de fls. 204/206, em que, depois de resumir os fato (sic), alega que ter sido vítima e teria sido "laranja" em troca de garantia de emprego. Nesse contexto, afirma que os valores movimentados são de responsabilidade de seus ex-empregadores, fato que teria exposto ao fiscal e que nunca teria tido acesso a tais quantias; que sustenta, eram utilizadas como capital de giro das empresas. Acrescenta que teria sido induzido e coagido a abrir contas e periodicamente assinar cheques sob ameaça de perda de emprego. Reclama por investigações aduzindo que o fiscal não as teria aprofundado e sumariamente lavrou a autuação. Ao final, afirma que o valor do lançamento supera a realidade econômica do impugnante e conclui com pedido de que seja realizada investigação minuciosa sobre o exposto e eventuais diligências. DO JULGAMENTO DE 1ª INSTÂNCIA Apreciando a impugnação apresentada pelo contribuinte, a 8ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento de São Paulo II (SP) manteve integralmente o lançamento, proferindo o Acórdão no 17-46.759 (fls. 228 a 231), de 08/12/2010, assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF Ano-calendário: 2005, 2006 IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO. RELAÇÃO PESSOAL COM O FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. O contribuinte, detentor dos recursos financeiros de origem não comprovada em conta bancária de sua titularidade, é sujeito passivo da obrigação tributária emergente, portanto, passível de autuação pelo descumprimento da referida obrigação na forma da legislação em vigor aplicável conforme as normas procedimentais da Receita Federal do Brasil. Art. 121, caput e parágrafo único, I do CTN. ÔNUS DA PROVA. Fl. 253DF CARF MF Impresso em 28/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10882.002724/2010-43 Resolução n.º 2202-00.195 S2-C2T2 Fl. 3 3 A presunção legalmente estatuída, inverte o ônus da prova, assim à luz da legislação pertinente, cabe ao contribuinte o ônus da prova de fato modificativo em seu favor, não bastando a mera alegação de não ser o real detentor dos recursos materializados em suas contas bancárias. Art. 333 e 334 do CPC. OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS. Caracteriza-se omissão de rendimentos sujeitos a lançamento de ofício, os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto instituição financeira, em relação aos quais a pessoa física ou jurídica, regularmente intimada, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. Somente a apresentação de provas hábeis e idôneas pode refutar a presunção legal regularmente estabelecida. Lei n.° 9.430/96. DO RECURSO VOLUNTÁRIO Notificado do Acórdão de primeira instância, em 07/01/2011 (vide AR de fl. 234), o contribuinte interpôs, em 07/02/2011, tempestivamente, o recurso de fls. 236 a 240, firmado por seu procurador (vide instrumento de mandato de fl. 241), expondo as razões de sua irresignação, que não serão aqui minudentemente relatadas em razão do que se prolatará no voto desta Resolução. DA DISTRIBUIÇÃO Processo que compôs o Lote no 02, distribuído para esta Conselheira na sessão pública da Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais de 25/07/2011, veio numerado até à fl. 245(última folha digitalizada)1. 1 Não foi encaminhado o processo físico a esta Conselheira. Recebido apenas o arquivo digital. Fl. 254DF CARF MF Impresso em 28/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10882.002724/2010-43 Resolução n.º 2202-00.195 S2-C2T2 Fl. 4 4 Voto Conselheira Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga, Relatora. A apreciação do presente recurso encontra-se prejudicada por uma questão preliminar, suscitada de ofício por esta relatora com fulcro no art. 62-A, §1o, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (aprovado pela Portaria MF no 256, de 22 de junho de 2009, com as alterações introduzidas pela Portaria MF no 586, de 21 de dezembro de 2010). Com o advento da Portaria MF no 586, de 21 de dezembro de 2010, que alterou o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF (aprovado pela Portaria MF no 256, de 22 de junho de 2009), os julgados no âmbito deste Tribunal deverão observar o disposto nas decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C do Código de Processo Civil, devido a inclusão do art. 62-A, in verbis: Art. 62-A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543- C da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. § 1o Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543- B. §2o O sobrestamento de que trata o §1o será feito de ofício pelo relator ou por provocação das partes. Trata-se de lançamento relativo aos anos-calendário 2005 e 2006 decorrente da apuração de omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários de origem não comprovada, prevista no art. 42 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Numa análise preliminar dos autos, observa-se que parte dos extratos bancários que compõe o presente processo foi fornecida pelo próprio contribuinte e outra parte entregue diretamente pela instituição financeira, em atendimento à Requisição de Informações sobre Movimentação Financeira, sem prévia autorização judicial, com base no art. 3o do Decreto no 3.724, de 10 de janeiro de 2001, conforme consta do Termo de Verificação Fiscal às fls. 181 a 188. Sobre o assunto, importa trazer à colação o julgamento do Recurso Especial no 601.314/SP, de 22/10/2009, em que o Supremo Tribunal Federal - STF reconheceu a existência de repercussão geral, nos termos do art. 543-A, §1o, do Código de Processo Civil, combinado com o art. 323, §1o, do Regimento interno do STF, no que diz respeito à constitucionalidade do art. 6o da Lei Complementar no 105, de 2001, no tocante ao fornecimento de informações sobre a movimentação bancária de contribuintes, pelas instituições financeiras, diretamente ao Fisco por meio de procedimento administrativo, sem a prévia autorização judicial, assim como a aplicação retroativa da Lei no 10.174, de 9 de janeiro de 2001, que alterou o art. 11, §3o da Lei Fl. 255DF CARF MF Impresso em 28/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA Processo nº 10882.002724/2010-43 Resolução n.º 2202-00.195 S2-C2T2 Fl. 5 5 no 9.311, de 24 de outubro de 1996, e possibilitou que as informações obtidas, referentes à CPMF, também pudessem ser utilizadas para apurar eventuais créditos relativos a outros tributos, no tocante a exercícios anteriores a sua vigência. O mérito da questão não foi ainda julgado e, portanto, os demais processos que versam sobre a mesma matéria encontram-se sobrestados até o pronunciamento definitivo daquele Tribunal, por força do disposto no art. 543-B, §1o, do Código de Processo Civil. Conclui-se, assim, que parte da discussão no presente processo refere-se à matéria reconhecida como de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal, pendente de decisão definitiva daquele tribunal. Diante de todo o exposto, voto no sentido de SOBRESTAR o julgamento do presente recurso, conforme previsto no art. 62, §1o e 2o, do RICARF. (Assinado digitalmente) Maria Lúcia Moniz de Aragão Calomino Astorga Fl. 256DF CARF MF Impresso em 28/11/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MONIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA, Assinado di gitalmente em 28/03/2012 por NELSON MALLMANN, Assinado digitalmente em 28/03/2012 por MARIA LUCIA MO NIZ DE ARAGAO CALOMINO ASTORGA
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Numero do processo: 11516.001839/2010-51
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 10 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Dec 05 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Exercício: 2006, 2007, 2008, 2009
CONFISSÃO E PARCELAMENTO. DESISTÊNCIA. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO VOLUNTÁRIO.
Quando o contribuinte confessa e parcelando o débito, demonstra a desistência, mesmo que tácita, do recurso voluntário. Logo, o mesmo não deve ser conhecido.
Recurso Voluntário Não Conhecido - Crédito Tributário Mantido
Numero da decisão: 2803-003.644
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso pela desistência do contribuinte.
(Assinado digitalmente)
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
(Assinado digitalmente)
Gustavo Vettorato - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Oséas Coimbra Júnior, Amilcar Barca Teixeira Júnior.
Nome do relator: GUSTAVO VETTORATO
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Exercício: 2006, 2007, 2008, 2009 CONFISSÃO E PARCELAMENTO. DESISTÊNCIA. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO VOLUNTÁRIO. Quando o contribuinte confessa e parcelando o débito, demonstra a desistência, mesmo que tácita, do recurso voluntário. Logo, o mesmo não deve ser conhecido. Recurso Voluntário Não Conhecido - Crédito Tributário Mantido
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DESISTÊNCIA. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO VOLUNTÁRIO. Quando o contribuinte confessa e parcelando o débito, demonstra a desistência, mesmo que tácita, do recurso voluntário. Logo, o mesmo não deve ser conhecido. Recurso Voluntário Não Conhecido Crédito Tributário Mantido Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso pela desistência do contribuinte. (Assinado digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima Presidente. (Assinado digitalmente) Gustavo Vettorato Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Oséas Coimbra Júnior, Amilcar Barca Teixeira Júnior. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 18 39 /2 01 0- 51 Fl. 531DF CARF MF Impresso em 05/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 03/12/2014 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 04/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11516.001839/201051 Acórdão n.º 2803003.644 S2TE03 Fl. 532 2 Tratase de Recurso Voluntário que busca a reforma de decisão que manteve o lançamento impugnado. O autos vieram à apreciação da presente turma, mas após a indicação de pauta, foi protocolizado no dia 29.08.2014 pedido de desistência dos mesmos. É o relatório. Fl. 532DF CARF MF Impresso em 05/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 03/12/2014 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 04/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11516.001839/201051 Acórdão n.º 2803003.644 S2TE03 Fl. 533 3 Voto Conselheiro Gustavo Vettorato Preliminarmente, os recurso voluntário não deve ser conhecido. Indiferente das alegações da parte, a mesma apresentou pedido de desistência, para fins de parcelamento, não havendo mais questões a serem conhecidas administrativamente. O disposto art. 78,§§2º e 3º, do Anexo II, do Regimento Interno do CARF/MF, é claro: Art. 78. Em qualquer fase processual o recorrente poderá desistir do recurso em tramitação. § 1° A desistência será manifestada em petição ou a termo nos autos do processo. § 2° O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, a extinção sem ressalva do débito, por qualquer de suas modalidades, ou a propositura pelo contribuinte, contra a Fazenda Nacional, de ação judicial com o mesmo objeto, importa a desistência do recurso. § 3º No caso de desistência, pedido de parcelamento, confissão irretratável de dívida e de extinção sem ressalva de débito, estará configurada renúncia ao direito sobre o qual se funda o recurso interposto pelo sujeito passivo, inclusive na hipótese de já ter ocorrido decisão favorável ao recorrente, descabendo recurso da Procuradoria da Fazenda Nacional por falta de interesse. Isso posto, voto em não conhecer o recurso voluntário, em razão de desistência. É como voto. Gustavo Vettorato Relator Fl. 533DF CARF MF Impresso em 05/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 03/12/2014 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 04/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11516.001839/201051 Acórdão n.º 2803003.644 S2TE03 Fl. 534 4 Fl. 534DF CARF MF Impresso em 05/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/12/2014 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 03/12/2014 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 04/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
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