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Numero do processo: 11052.000822/2010-81
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Nov 06 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Dec 04 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Data do fato gerador: 27/12/2010
AUTO DE INFRAÇÃO. GFIP - APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS.
NULIDADE. VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA ELEMENTOS ESSENCIAIS. INEXISTÊNCIA. TODOS O ELEMENTOS ESTÃO PRESENTES. DOCUMENTOS A QUE SE REQUER A APRESENTAÇÃO. IMPERTINENTES, IRRELEVANTES E DESNECESSÁRIOS AO DESLINDE DO CASO. RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS DA REALIDADE DOS AUTOS. DIVÓRCIO IDEOLÓGICO.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2803-003.853
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
(Assinado digitalmente).
Helton Carlos Praia de Lima. -Presidente
(Assinado digitalmente).
Eduardo de Oliveira. - Relator
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Ricardo Magaldi Messetti, Oseas Coimbra Júnior, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Gustavo Vettorato.
Nome do relator: EDUARDO DE OLIVEIRA
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ementa_s : Assunto: Obrigações Acessórias Data do fato gerador: 27/12/2010 AUTO DE INFRAÇÃO. GFIP - APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. NULIDADE. VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA ELEMENTOS ESSENCIAIS. INEXISTÊNCIA. TODOS O ELEMENTOS ESTÃO PRESENTES. DOCUMENTOS A QUE SE REQUER A APRESENTAÇÃO. IMPERTINENTES, IRRELEVANTES E DESNECESSÁRIOS AO DESLINDE DO CASO. RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS DA REALIDADE DOS AUTOS. DIVÓRCIO IDEOLÓGICO. Recurso Voluntário Negado.
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APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. Recorrente CONSULT CONSULTORIA DE PESSOAL E SERVIÇOS TEMPORÁRIOS LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL. ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Data do fato gerador: 27/12/2010 AUTO DE INFRAÇÃO. GFIP APRESENTAÇÃO COM INFORMAÇÕES INCORRETAS OU OMISSAS. NULIDADE. VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA ELEMENTOS ESSENCIAIS. INEXISTÊNCIA. TODOS O ELEMENTOS ESTÃO PRESENTES. DOCUMENTOS A QUE SE REQUER A APRESENTAÇÃO. IMPERTINENTES, IRRELEVANTES E DESNECESSÁRIOS AO DESLINDE DO CASO. RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS DA REALIDADE DOS AUTOS. DIVÓRCIO IDEOLÓGICO. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (Assinado digitalmente). Helton Carlos Praia de Lima. Presidente (Assinado digitalmente). Eduardo de Oliveira. Relator AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 05 2. 00 08 22 /2 01 0- 81 Fl. 97DF CARF MF Impresso em 04/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11052.000822/201081 Acórdão n.º 2803003.853 S2TE03 Fl. 98 2 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Eduardo de Oliveira, Ricardo Magaldi Messetti, Oseas Coimbra Júnior, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Gustavo Vettorato. Fl. 98DF CARF MF Impresso em 04/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11052.000822/201081 Acórdão n.º 2803003.853 S2TE03 Fl. 99 3 Relatório O presente Auto de Infração – AI DEBCAD 37.258.8085, CFL.78, apresentar a empresa a declaração a que se refere a Lei 8.212, de 24.07.91, art. 32, inciso IV, acrescentado pela Lei n. 9.528, de 10.12.97, e redação da MP 449, de 03.12.2008, convertida na Lei n. 11.941, de 27.05.2009, com informações incorretas ou omissas, sendo o período de apuração, de 01/2007 a 12/2007, conforme Termo de Início de Procedimento Fiscal TIPF, de fls. 05 e 06, o auto de infração, objetiva a aplicação de penalidade por infração a dever instrumental, determinado por lei. O sujeito passivo foi cientificado da autuação, em 27/12/2010, conforme Folha de Rosto do Auto de Infração – AI, de fls. 01. O contribuinte apresentou sua defesa/impugnação, em 26/11/2010, conforme carimbo de recepção, de fls. 41, a defesa está acostada, as fls. 41 e 42, acompanhada dos documentos, de fls. 43 a 52. A impugnação foi considerada tempestiva, fls. 54. O órgão julgador de primeiro grau prolatou o Acórdão Nº 1251.573 11ª Turma da DRJ/RJ1, em 20/12/2012, fls. 58 a 63, sendo a impugnação considerada improcedente. O contribuinte tomou conhecimento desse decisório, em 04/02/2013, conforme AR, de fls. 66. Irresignado o contribuinte impetrou o Recurso Voluntário, petição de interposição e razões recusais, as fls. 69 a 73, recebida, em 05/03/2013, acompanhado dos documentos, de fls. 74 a 76; 79 a 81; 91 a 93. As razões recursais resumidas, em parte, são as seguintes, tendo em vista que parte do recurso não comporta julgamento, o que se explicará no voto. Mérito. · que a falta de oportunidade do recorrente apresentar documentos torna os autos nulos; · que a recorrente não apresentou as notas fiscais, pois estavam retidas com o fisco municipal, sendo necessária a anexação de todos os documentos aos autos nos termos do artigo 9º, do Decreto 70.235/72, sob pena de se cometer cerceamento de defesa e configurar nulidade, devendose considerar o devido processo legal; legalidade objetiva; ampla defesa e contraditório, devendo ser garantido ao recorrente o direito de juntar aos autos as notas fiscais que se encontravam em poder do fisco municipal, visando assegurar as garantias e direitos constitucionais suscitados; Fl. 99DF CARF MF Impresso em 04/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11052.000822/201081 Acórdão n.º 2803003.853 S2TE03 Fl. 100 4 · Pede ao final: a) provimento ao recurso, reformandose a decisão a quo para anular o auto de Infração, tendo em vista a impossibilidade de se juntar documento imprescindível aos autos – Notas Fiscais – em poder do fisco municipal. O órgão preparador reconheceu a tempestividade do Recurso Voluntário, fls. 95. Os autos foram remetidos ao CARF, fls. 95. Os presentes autos foram sorteados e distribuídos a esse conselheiro, em 18/07/2014, Lote 03, fls. 96. É o Relatório. Fl. 100DF CARF MF Impresso em 04/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11052.000822/201081 Acórdão n.º 2803003.853 S2TE03 Fl. 101 5 Voto Conselheiro Eduardo de Oliveira Relator O recurso voluntário é tempestivo e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. Delimitação da lide. Inicialmente, esclareço que o órgão julgador de primeiro grau estabeleceu que a impugnação/defesa não enfrentou as questões de mérito, aplicando o artigo 17, do Decreto 70.235/72, observese a transcrição. 14. A Impugnante não se defendeu da autuação, apenas repetindo a mesma defesa apresentada nos Autos de Infração de Obrigação Principal. 15. Assim, como a autuada não contestou a matéria, a mesma encontrase incontroversa, nos termos dos arts. 300, 302 e 334, III, do CPC c/c art. 17 do Decreto 70.235/72. Cabe transcrever os arts. 16 e 17 do Decreto nº 70.235/72, que disciplina o processo administrativo fiscal no âmbito previdenciário, in verbis: A recorrente em sua peça recursal, também, inovou ao apresentar teses não apresentadas na impugnação, as novas alegações deduzidas não serão apreciadas em razão do princípio do tantum devolutum quantum appellatum, a jurisprudência transcrita elucida a questão. EMEN: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS. POSSE. EXIGÊNCIA DE CURSO SUPERIOR ANTES DO CURSO DE FORMAÇÃO. LEGALIDADE. SÚMULA 266/STJ. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. No Estado de Goiás, por força do que dispõe o art. 2º, § 4º, da Lei Estadual n. 16.928/2010, a formação do policial se dá após a posse. É, portanto, legal a cláusula editalícia que requer a comprovação de escolaridade antes do ingresso no curso de formação. Súmula 266/STJ. 2. O esforço para provocar o debate, em sede de recurso ordinário, de teses que, ausentes da impetração, não foram discutidas na origem, caracteriza intolerável inovação recursal, em violação do princípio tantum devolutum quantum appellatum. 3. Recurso Ordinário a que se nega provimento. .EMEN: (ROMS 201300646570, SÉRGIO KUKINA, STJ PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:10/03/2014 ..DTPB:.) (o realce é meu). EMEN: ADMINISTRATIVO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARANÁ. PRESENÇA DE DOIS Fl. 101DF CARF MF Impresso em 04/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11052.000822/201081 Acórdão n.º 2803003.853 S2TE03 Fl. 102 6 PROMOTORES. LEI COMPLEMENTAR N.º 98/2003. CONSTITUCIONALIDADE. NULIDADE. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO PREJUÍZO. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. Esta Quinta Turma já manifestouse no sentido de que é constitucional o art. 6º da Lei Complementar Estadual n. 98/2003, segundo o qual o Conselho da Polícia Civil será formado por servidores advindos não só da instituição policial civil, como também de outros órgãos, afastando a homogeneidade em sua formação. Precedentes. 2. A presença de Promotor de Justiça e/ou de Procuradores do Estado no Conselho da Polícia Civil encontra amparo no texto constitucional, que não impede a participação de membros do Ministério Público em órgãos consultivos ou de deliberação, ressaltando que essa participação no Conselho de Polícia é compatível com a missão do Ministério Público de fiscalizar a legalidade e moralidade pública. 3. O reconhecimento de eventual nulidade processual exige a comprovação de prejuízo à defesa, o que, no presente caso, após detida análise dos documentos que instruem a impetração, verificase não ter ocorrido, atraindo a incidência do princípio pas de nullité sans grief. 4. As questões não articuladas na inicial do mandado de segurança e não discutidas pela instância de origem não podem ser apreciadas em sede de recurso ordinário, sob pena de violação do princípio tantum devolutum quantum appellatum. 5. Agravo regimental improvido. EMEN: (AROMS 200701073981, JORGE MUSSI, STJ QUINTA TURMA, DJE DATA:16/10/2012 DTPB:.) (destaque feito por mim). Assim sendo, as questões da transcrição dos dispositivos legais, bem como a questão da presunção de receitas não serão objetos de análise nesse acórdão. “Mérito recursal”. Retomo aqui as matérias já afastadas em razão da inovação das teses na fase recursal, pois além do que dito acima, as mesmas, não seriam aptas a produzirem efeitos nesses autos por outro motivo. O presente lançamento constituise de Auto de Infração de Obrigação Acessória, CFL.78, que consiste em declarar a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP com incorreções ou omissões, artigo 32AI, da Lei 8.212/91 na redação dada pela Lei 11.941/2009. Ou seja, o lançamento não tem nada absolutamente nada a ver com uma suposta presunção de omissão receitas. No que tange, a alegação de uma possível excessiva transcrição de dispositivos legais, está, também, não ocorre, basta uma simples olhar para a Folha de Rosto do Auto de Infração de Obrigação Acessória – AIOA, de fls. 01, que se contatará que o campo “DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA INFRAÇÃO E DISPOSITIVO LEGAL INFRINGIDO”, põe luz sob a matéria, haja vista que declinam de forma sucinta as normas fundamentadoras da autuação. Fl. 102DF CARF MF Impresso em 04/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11052.000822/201081 Acórdão n.º 2803003.853 S2TE03 Fl. 103 7 DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA INFRAÇÃO E DISPOSITIVO LEGAL INFRINGIDO (o grifo é do original). Apresentar a empresa a declaração a que se refere a Lei n. 8.212, de 24.07.91, art. 32, inciso IV, acrescentado pela Lei n. 9.528, de 10.12.97 e redação da MP n. 449, de 03.12.2008, convertida na Lei n. 11.941, de 27.05.2009, com informações incorretas ou omissas. Assim sendo, as alegações estão dissociadas da realidade dos autos. A principal alegação deduzida na defesa/impugnação e, também, aventada no peça recursal, mais uma vez encontrasse completamente dissociada da realidade dos autos, pois a presente lançamento com dito acima nada tem a ver com a não apresentação de Notas Fiscais retidas em poder do fisco municipal no curso da fiscalização federal. A presente autuação tem a ver com a existência de divergência de recolhimento entre o que declarado em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP, e o que consignado em Folha de Pagamento e recolhido via Guia de Recolhimento da Previdência – GPS, basta ler o trecho do Relatório Fiscal da Infração, de fls. 30 a 40. 15. No batimento efetuado entre os valores lançados nas folhas de pagamento e os declarados em GFIP foram constatadas divergências, mostradas na Planilha 2 – Omissões em GFIP, anexa. Foram utilizados neste batimento os valores de salário de contribuição dos segurados empregados constantes da tabela Mestre da Folha e os descontos de segurados constantes da tabela Itens da Folha, ambos extraídos dos arquivos digitais apresentados pela empresa, atendendo o termo inicial da fiscalização. Destarte, todas as alegações além da falha inicial em relação as duas primeiras, ou seja, a inovação de tese na fase recursal, também, padecem do defeito de serem completamente dissociadas da realidade do lançamento, o que não permite o acolhimento do recurso, conforme tese do divórcio ideológico admitida pelo Supremo Tribunal Federal – STF. Desta forma, estas teses não serão objeto de avaliação nestes autos. Decisão do STF. E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO IMPUGNAÇÃO RECURSAL QUE NÃO GUARDA PERTINÊNCIA COM OS FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO OCORRÊNCIA DE DIVÓRCIO IDEOLÓGICO INADMISSIBILIDADE RECURSO IMPROVIDO. O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, na redação dada pela Lei nº 9.756/98, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a Fl. 103DF CARF MF Impresso em 04/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 11052.000822/201081 Acórdão n.º 2803003.853 S2TE03 Fl. 104 8 decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto. Precedentes. A ocorrência de divergência temática entre as razões em que se apóia a petição recursal, de um lado, e os fundamentos que dão suporte à matéria efetivamente versada na decisão recorrida, de outro, configura hipótese de divórcio ideológico, que, por comprometer a exata compreensão do pleito deduzido pela parte recorrente, inviabiliza, ante a ausência de pertinente impugnação, o acolhimento do recurso interposto. Precedentes.(AIAgR 440079, CELSO DE MELLO, STF) (o realce é meu). Declinadas as razões acima não há motivos para acolher o recurso interposto e declarar a improcedência da autuação. CONCLUSÃO: Pelo exposto voto por conhecer do recurso para no mérito negarlhe provimento. (Assinado digitalmente). Eduardo de Oliveira. Fl. 104DF CARF MF Impresso em 04/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 29/11/2014 por EDUARDO DE OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
score : 1.0
Numero do processo: 19515.005046/2008-17
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 15 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Jan 09 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 2803-000.237
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em converter o julgamento em diligência, para que todos os documentos do presente processo sejam juntados nos presentes autos digitais pela autoridade preparadora. Realizada a diligência, retornem os autos a julgamento.
(Assinado Digitalmente)
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
(Assinado Digitalmente)
Gustavo Vettorato - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato (vice-presidente), Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Paulo Roberto Lara dos Santos, Amilcar Barca Teixeira Júnior.
Relatório
Os autos digitais vieram ao presente relator para julgamento, contudo não há quaisquer peças juntadas a eles.
É o relatório.
Nome do relator: GUSTAVO VETTORATO
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Numero do processo: 19515.722772/2012-76
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 12 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Dec 29 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/01/2007 a 31/12/2009
EQUIPARAÇÃO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL. IMPORTAÇÃO.
A pessoa jurídica importadora que adquire mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado não configura importação por conta e ordem de terceiros, mas o encomendante para todos os efeitos é equiparado a estabelecimento industrial, assim sendo, passa a ser contribuinte de IPI.
Recurso Voluntário Negado
Numero da decisão: 3403-003.423
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso.
Antonio Carlos Atulim - Presidente.
Domingos de Sá Filho - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antonio Carlos Atulim, Alexandre Kern, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Luiz Rogério Sawaya Batista e Ivan Allegretti.
Nome do relator: DOMINGOS DE SA FILHO
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/01/2007 a 31/12/2009 EQUIPARAÇÃO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL. IMPORTAÇÃO. A pessoa jurídica importadora que adquire mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado não configura importação por conta e ordem de terceiros, mas o encomendante para todos os efeitos é equiparado a estabelecimento industrial, assim sendo, passa a ser contribuinte de IPI. Recurso Voluntário Negado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Antonio Carlos Atulim Presidente. Domingos de Sá Filho Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Antonio Carlos Atulim, Alexandre Kern, Domingos de Sá Filho, Rosaldo Trevisan, Luiz Rogério Sawaya Batista e Ivan Allegretti. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 19 51 5. 72 27 72 /2 01 2- 76 Fl. 654DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 11/12/2014 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO 2 Tratase de Recurso Voluntário visando modificar a decisão de piso que manteve intacto o lançamento de IPI período de apuração 01.01.2007 a 31.12.2009. Narra o Termo de Verificação Fiscal, que faz parte do auto de infração, que o contribuinte mesmo sendo contribuinte por equiparação do Imposto sobre Produtos Industrializados na qualidade de encomendante e comercializar mercadorias importadas, deixou de recolher o tributo devido sobre as vendas de produtos importados, bem como, não apresentou DCTF declarando o débito proveniente das vendas. Acusa o contribuinte, também, mesmo diante das reiteradas notificações, de não apresentar as notas fiscais, e, apresentação de modo parcial dos livros fiscais. Teria deixado também de apresentar livros contábeis. Ciente da autuação, impugna, alegando em síntese: 1) decadência pela regra do art. 150, §4º, do CTN. Sustentando, que o direito a constituição do crédito do período de janeiro/2007 a novembro de 2007 estaria decaído, em vez que, a ciência do auto de infração aconteceu em 14/12/2012; 2) Cerceamento de defesa e da inobservância do devido processo legal. Alega, a impossibilidade de defesa decorrente da ausência de demonstração de quais mercadorias que incidiu à exigência de IPI seriam oriundas de importação, uma vez que a fiscalização considerou todas as suas vendas como sendo provenientes de bens importados; 3) Manifestase contra acusação de embaraço a fiscalização e da multa agravada. Argúi que recebeu em 05.10.2010 notificação para apresentação da documental, livros fiscais, notas fiscais, etc. No dia 13 de dezembro de 2010 recebeu reiteração da solicitação. Esclareceu em 21.12.2010, que não realiza importação de produtos, que os adquire de terceiros já nacionalizados para revenda em mercado interno; Disse também que apresentou todas as notas fiscais de produtos adquiridos da empresa Indústria e Comércio Quimetal S/A, e, contrato demonstrando tratarse de mercadorias adquiridas após a nacionalização pela empresa importadora. Demonstra irresignação, sustentando, que mesmo diante do auto pronto, a fiscalização continuou reitimando para apresentação de documentos. 4) No mérito e do ônus da prova. Alega que é equiparada a estabelecimento industrial, já que quase as totalidades de suas compras são de mercadorias nacionalizadas e que essas mercadorias vendidas para consumidor final. A fiscalização não logrou êxito de indicar quais notas fiscais se referem à eventual encomenda de mercadoria importada e não só indicar que todas são. Disse que o ônus da prova dos fatos a constituir o crédito tributário é do Fisco. A decisão rechaçou o argumento de decadência, sustentando, pela ausência de pagamento a regra a ser aplicada é a contida no art. 173 do CTN. O ônus da prova dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos da pretensão fazendária cabe ao contribuinte. Alegação de cerceamento do direito de defesa deve ser acompanhada de elemento que evidencie sua caracterização em termos materiais e a identificação real do prejuízo ao contribuinte. Aplicação da alíquota mais elevada se justifica pela não apresentação da escrita fiscal e contábil. Fl. 655DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 11/12/2014 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 19515.722772/201276 Acórdão n.º 3403003.423 S3C4T3 Fl. 9 3 Ciente em 20 de junho de 2013 da decisão contrária aos seus interesses apresentou o recurso voluntário em 28 de julho de 2013, nos mesmos termos da impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Domingos de Sá Filho, relator. O contribuinte se debate em afirmar que não possui qualidade de contribuinte por equiparação de estabelecimento industrial, alegando que a totalidade das mercadorias adquiridas, principalmente, da empresa Indústria e Comércio Quimetal S/A, são nacionalizadas. Sustenta decadência de certo período e cerceamento de defesa. DECADÊNCIA. A preliminar de decadência deve ser rejeitada. Do exame dos autos revela à inexistência de declaração de débito e de pagamento inerente de IPI. A regra do art. 150, § 4º do CTN só aplica quando verificado pagamento do tributo. Constatado inexistência de pagamento, certo o julgador de piso, aplica se a regra geral do art. 173 do CTN. A ciência do lançamento ocorreu em 14.12.2012, diante da inexistência de pagamento, contase o prazo a partir do primeiro dia do exercício seguinte em que poderia ter sido lançado, no caso 1/01/2008. De modo que, o período alegado de janeiro/2007 a novembro de 2007, o prazo de contagem para decair o direito de a Fazenda Nacional constituir o crédito iniciouse em 01.01.2008, tendo o contribuinte tomado ciência em 14.12.2012, verificase inexistência de decadência do direito de lançar por tratarse de lapso temporal inferior aos cinco anos capaz de surgir à perda do direito. Assim, cabe afastar alegação de decadência. DO CERCEAMENTO DE DEFESA. Alega a contribuinte que o cerceamento ocorreu em razão da fiscalização deixar de segregar quais seria a mercadoria oriundas de importação que deveria incidir o tributo aqui discutido. A negativa de apresentação da escrita fiscal e os documentos a consubstanciar os assentos autorizaram a fiscalização a utilizarse de outros meios, no caso concreto, extraiu das informações prestadas ao fisco estadual por meio da Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA, conforme convênio RFB 02337/2008. Quanto à fonte buscada para nortear a apuração do imposto o contribuinte em momento algum contestou. Caso existe divergência deveria ter apontado, assim, leva a crer que as informações contidas na “GIA” foram suficientes para proceder ao lançamento. Fl. 656DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 11/12/2014 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO 4 Deixando de contestar diretamente os dados da declaração que foram utilizadas pelo Fisco Federal, uma vez que esse informou os CFOP das operações das transações comerciais incluídas à base de cálculo do imposto, permitia sim a elaboração da defesa. Rejeito também essa preliminar. NO MÉRITO. A discussão centra da condição de ser ou não equiparado a estabelecimento industrial, consequentemente, contribuinte de IPI. Dispõe o art. 9º do Decreto 4.544, de 26 de dezembro de 2002: “Art. 9º Equiparase a estabelecimento industrial: I – os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saída a esse produto (Lei 4.502, de 1964 A contribuinte sustenta que suas aquisições, mesmo as mercadorias de origem externa, são adquiridas no mercado interno, quando importadas essas já foram nacionalizadas, por essa razão não pode ser lhe atribuído à condição de importador. O fisco afirma que as importações realizadas pela empresa Indústria e Comércio Quimetal S/A dáse por encomenda da Recorrente, como consta em todas as “DI’s”, bem como, no contrato firmado com a empresa aqui acima identificada, afirma tratase de aquisição por encomenda, em razão disso é considerado para todos os efeitos importador, consequentemente, estabelecimento equiparado a industrial. Contrariando o fisco, sustenta que apresentou as notas fiscais de compra de mercadorias da empresa indústria e Comércio Quimetal S/A, sem prejuízo do contrato que demonstra que essas mercadorias eram adquiridas após a nacionalização pela empresa importadora. De fato há cópias de diversas notas de aquisição de mercadorias da empresa indústria e Comércio Quimetal S/A, solicitada pela fiscalização. Quanto ao contrato mencionado pela fiscalização, bem como, pela Recorrente, não logrei êxito em localizálo. No entanto, a fiscalização acusa que recebeu e a contribuinte diz que apresentou. Mesmo não conhecendo o teor das cláusulas, tudo indica que a Recorrente é de fato e direito a encomendante das mercadorias importadas. Tanto é que a fiscalização afirma constar a condição de encomendante em todas as “DIs’ examinadas. E do outro lado não há contestação. Das Modalidades de Importação. IMPORTAÇÃO DIRETA OU POR CONTA PRÓPRIA, IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM DE TERCEIROS e IMPORTAÇÃO PARA REVENDA A ENCOMENDANTE PREDETERMINADO. A Lei n° 11.281, de 20 de fevereiro de 2006, criou a figura do "encomendante predeterminado" nas importações, submetendo esta modalidade de operação à regulamentação da Secretaria da Receita Federal: “Artigo 11. A importação promovida por pessoa jurídica importadora que adquire mercadorias no exterior para revenda Fl. 657DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 11/12/2014 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 19515.722772/201276 Acórdão n.º 3403003.423 S3C4T3 Fl. 10 5 a encomendante predeterminado não configura importação por conta e ordem de terceiros. § 1 o A Secretaria da Receita Federal: I estabelecerá os requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora na forma do caput deste artigo; e II poderá exigir prestação de garantia como condição para a entrega de mercadorias quando o valor das importações for incompatível com o capital social ou o patrimônio liquida do importador ou do encomendante. – § 2º A operação de comércio exterior realizada em desacordo com os requisitos, e condições estabelecidos na forma do § 1º deste artigo presumese por conta e ordem de terceiros, para fins de aplicação do disposto nos artigos 77 a 81 da Medida Provisória no 2.15835, de 24 de agosto de 2001.” A IN SRF nº 634, de 24 de março de 2006, cuidou de regulamentar as importações “para revenda a encomendante predeterminado: “0 SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do artigo 230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF n° 30, de 25 de fevereiro de 2005, e tendo em vista o disposto no artigo 16 da Lei n° 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e nos incisos I e II do § 1 o do artigo 11 e nos arts. 12 a 14 da Lei n° 11.281, de 20 de fevereiro de 2006, resolve: Artigo 1o O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que adquire mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado será exercido conforme o estabelecido nesta Instrução Normativa. Parágrafo único. Não se considera importação por encomenda a operação realizada com recursos do encomendante, ainda que parcialmente. Artigo 2 o O registro da Declaração de Importação (Dl) fica condicionado à prévia vinculação do importador por encomenda ao encomendante, no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). § 1o Para fins da vinculação a que se refere o caput, o encomendante deverá apresentar à unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) de fiscalização aduaneira com jurisdição sobre o seu estabelecimento matriz, requerimento indicando: 1 nome empresarial e número de inscrição do importador no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); e II prazo ou operações para os quais o importador foi contratado. § 2° As modificações das informações referidas no § 1 o deverão ser comunicadas pela mesma forma nele prevista. Fl. 658DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 11/12/2014 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO 6 § 3 o Para fins do disposto no caput, o encomendante deverá estar habilitado nos termos da IN SRF n° 455, de 5 de outubro de 20042. Artigo 3 o O importador por encomenda, ao registrar Dl, deverá informar, em campo próprio, o número de inscrição do encomendante no CNPJ. Parágrafo único. Enquanto não estiver disponível o campo próprio da Dl a que se refere o caput, o importador por encomenda deverá utilizar o campo destinado à identificação do adquirente por conta e ordem da ficha "Importador" e indicar no campo "Informações Complementares" que se trata de importação por encomenda. Artigo 4 o O importador por encomenda e o encomendante são obrigados a manter em boa guarda e ordem, e a apresentar à fiscalização aduaneira, quando exigidos, os documentos e registros relativos às transações em que intervierem, pelo prazo decadencial. Artigo 5 o O importador por encomenda e o encomendante ficarão sujeitos “à exigência de garantia para autorização da entrega ou desembaraço aduaneiro de mercadorias, quando o valor das importações for incompatível com o capital social ou patrimônio líquido importador ou do encomendante”. “Parágrafo único. Os intervenientes referidos no caput estarão sujeitos a procedimento especial de fiscalização, nos termos da Instrução Normativa SRF n° 228, de 21 de outubro de 2002, diante de indícios de incompatibilidade entre os volumes transacionados no comércio exterior e a capacidade econômica e financeira Artigo 6o Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação”. Tal como nas modalidades anteriores, a nova legislação tratou de estender as condições de sujeição passiva e responsabilidade tributária ao encomendante, razão pela qual sua identificação é imprescindível na declaração de importação. A equiparação a industrial decorre de lei, e, a Lei nº 4.502/64, a norma encontra no art. 42, inciso I, MP 2.158/01, art. 79, e Lei 11.281/06, art. 13. ESTABELECIMENTOS EQUIPARADOS A INDUSTRIAL. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por ordenamento constitucional, é um tributo de incidência nãocumulativa, compensandose o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores (Constituição Federal de 1988, artigo 153, parágrafo 3o, inciso II). Os adquirentes de mercadoria estrangeira, no caso da importação realizada por sua conta e ordem por meio de pessoa jurídica importadora, são estabelecimentos equiparados a industrial. O mesmo ocorre com os estabelecimentos que adquirem produtos de procedência estrangeira, importados por encomenda8. Por essa razão os estabelecimentos equiparados a industrial são contribuintes do IP19. Fl. 659DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 11/12/2014 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO Processo nº 19515.722772/201276 Acórdão n.º 3403003.423 S3C4T3 Fl. 11 7 Em sendo assim, a saída da mercadoria dos estabelecimentos equiparados a industrial, mesmo que estes não tenham realizado a importação diretamente, constitui fato gerador do imposto, sendo efetivamente devido o valor do IPI em razão da diferença entre o preço de entrada e o preço de saída (nãocumulatividade). A fiscalização tomou como base as informações constantes das declarações de importação e do contrato apresentados à Secretaria da Receita Federal do Brasil. Verificados a obrigação da Recorrente, aplicase o Regulamento do IPI (Decreto n° 4.544, de 2002): “Art. 9o Equiparamse a estabelecimento industrial: I os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saídas a Esses produtos (Lei n° 4.502, de 1964, art. 4o, inciso I); (...) IX os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de procedência estrangeira, importados por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora observada o disposto no § 2o (Medida Provisória n° 2.15835, de 2001, art. 79); Lei n° 11.281, de 2006: Art. 13. Equiparamse a estabelecimento industrial os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de procedência estrangeira, importados por encomenda ou por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora. Regulamento de IPI: Art. 24. São obrigados ao pagamento do imposto como contribuinte: III o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar (Lei n° 4.502, de 1964, art. 35, inciso I, alínea a); Art. 34. Fato gerador do imposto é (Lei n° 4.502, de 1964, art. 2o): I o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou II a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. Em sendo assim, o adquirente e o encomendante predeterminado que atuam por intermédio de pessoa jurídica importadora são para os efeitos legais equiparados a Fl. 660DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 11/12/2014 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO 8 estabelecimento industrial, portanto, sujeito à incidência de IPI nas saídas das mercadorias comercializadas. Com esses fundamentos, voto no sentido de negar provimento ao recurso. É como voto. Domingos de Sá Filho Fl. 661DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO, Assinado digitalmente em 11/12/2014 por ANTONIO CARLOS ATULIM, Assinado digitalmente em 02/12/2014 por DOMINGOS DE SA FILHO
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Numero do processo: 15586.000884/2008-00
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Dec 02 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Fri Jan 09 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/2003 a 31/05/2007
AÇÃO JUDICIAL IMPEDITIVA DO LANÇAMENTO. INEXISTÊNCIA.
Inexiste na espécie ação judicial com o condão de impedir o lançamento fiscal.
ENQUADRAMENTO FISCAL PARA APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA SAT/RAT. FALTA DE IMPUGNAÇÃO.
O sujeito passivo não impugnou o enquadramento de ofício do seu grau de risco, o qual deve prevalecer, posto que foi efetuado pela autoridade lançadora com esteio na documentação apresentada no curso da ação fiscal.
CONFISSÃO DE DÍVIDA. INEXISTÊNCIA.
Não tendo o sujeito passivo comprovado que as contribuições lançadas foram objeto de confissão de dívida, descabem os seus argumentos relativos a pedido judicial de revisão dos valores confessados e da impossibilidade de aplicação de multa.
JUROS SELIC. INCIDÊNCIA SOBRE OS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS ADMINISTRADOS PELA RFB.
A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC para títulos federais.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2401-003.766
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso.
Elias Sampaio Freire - Presidente
Kleber Ferreira de Araújo - Relator
Participaram do presente julgamento o(a)s Conselheiro(a)s Elias Sampaio Freire, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ewan Teles Aguiar e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira.
Nome do relator: KLEBER FERREIRA DE ARAUJO
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INEXISTÊNCIA. Inexiste na espécie ação judicial com o condão de impedir o lançamento fiscal. ENQUADRAMENTO FISCAL PARA APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA SAT/RAT. FALTA DE IMPUGNAÇÃO. O sujeito passivo não impugnou o enquadramento de ofício do seu grau de risco, o qual deve prevalecer, posto que foi efetuado pela autoridade lançadora com esteio na documentação apresentada no curso da ação fiscal. CONFISSÃO DE DÍVIDA. INEXISTÊNCIA. Não tendo o sujeito passivo comprovado que as contribuições lançadas foram objeto de confissão de dívida, descabem os seus argumentos relativos a pedido judicial de revisão dos valores confessados e da impossibilidade de aplicação de multa. JUROS SELIC. INCIDÊNCIA SOBRE OS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS ADMINISTRADOS PELA RFB. A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. Recurso Voluntário Negado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 15 58 6. 00 08 84 /2 00 8- 00 Fl. 520DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 15/12 /2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso. Elias Sampaio Freire Presidente Kleber Ferreira de Araújo Relator Participaram do presente julgamento o(a)s Conselheiro(a)s Elias Sampaio Freire, Kleber Ferreira de Araújo, Igor Araújo Soares, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ewan Teles Aguiar e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Fl. 521DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 15/12 /2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15586.000884/200800 Acórdão n.º 2401003.766 S2C4T1 Fl. 521 3 Relatório Tratase de recurso interposto pelo sujeito passivo contra o Acórdão n.º 12 23.987 de lavra da 13.ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento – DRJ no Rio de Janeiro I (RJ), que julgou procedente em parte a impugnação apresentada para desconstituir o Auto de Infração AI n.º 37.155.0530. De acordo com o Relatório Fiscal, fls. 45/52, o crédito lançado é relativo a diferenças apuradas em relação à contribuição devida pela empresa para financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT/RAT). A autoridade lançadora constatou, com base na documentação exibida na ação fiscal, que a atividade preponderante da empresa é a de armazenamento/armazéns gerais, que possui os códigos CNAE 63.126 (de 01/1997 a 05/2007) e 52.117/01 (a partir de 06/2007), sendo as alíquotas aplicáveis, respectivamente para cada período, 3% e 2%. A empresa, entretanto, informou valores de alíquotas diferentes em GFIP, todas a menor. Apresentada a defesa, a DRJ reconheceu a decadência até a competência 06/2003, aplicando a regra do § 4.º do art. 150 do CTN. No mérito decidiu pela negativa de provimento à impugnação (ver fls. 213/224). Inconformada, a empresa interpôs recurso voluntário de fls. 236/255, no qual, em apertada síntese, alegou que: a) a recorrente é detentora de decisão judicial no bojo do Mandado de Segurança MS n.º 2002.50.01.0095772, autuado em 11/12/2002, segundo a qual o INSS não poderia exigir do sujeito passivo a alíquota RAT superior a 2%, determinando ainda a compensação das quantias indevidamente recolhidas; b) ao INSS foi dada ciência desta decisão, todavia, aquela Autarquia jamais adotou providências para cumprir o que restou decidido pelo Judiciário; c) o sujeito passivo não pode ser coagido por conduta respaldada em decisão judicial; d) a jurisprudência pátria rechaça as medidas do fisco contra contribuintes que estão sob amparo de decisão judicial relativa ao tributo que se quer exigir; e) cita textos doutrinários e jurisprudenciais para defender que, havendo equívoco em confissão de dívida tributária, o contribuinte pode questionar judicialmente os valores objetos da confissão; f) o STJ pacificou o entendimento de que havendo parcelamento da dívida antes de qualquer procedimento do fisco, devese aplicar o instituto da denúncia espontânea, sendo descabida a aplicação de multa moratória ou punitiva; g) é inconstitucional a aplicação da taxa SELIC para fins tributários. Fl. 522DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 15/12 /2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 4 Ao final, pediu: a) o cancelamento do AI; b) que o seu nome não seja incluído em cadastro de devedores até a decisão final sobre o feito; c) que a exigência da dívida seja suspensa e depois cancelada; d) que o lançamento não seja impeditivo para obtenção de Certidão Negativa de Débitos CND; e e) que não sofra qualquer tipo de restrição em razão da dívida representada pelo AI. É o relatório. Fl. 523DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 15/12 /2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15586.000884/200800 Acórdão n.º 2401003.766 S2C4T1 Fl. 522 5 Voto Conselheiro Kleber Ferreira de Araújo, Relator Admissibilidade O recurso merece conhecimento, posto que preenche os requisitos de tempestividade e legitimidade. Inexistência de ação judicial impeditiva do lançamento Para a apreciação desta questão é essencial que nos centremos no trâmite do MS n.º 2002.50.01.0095772. É certo que a empresa obteve provimento em primeira instância para recolher a alíquota da contribuição para o RAT no percentual máximo de 2%, todavia, em decisão datada de 18/11/2004, o TRF 2.ª Região, acolheu a apelação do INSS e reformou a sentença, fixando o entendimento de que a definição do grau de risco por decreto não viola qualquer princípio legal ou constitucional. Caiu assim a limitação para cobrança da contribuição ao SAT/RAT, bem como a possibilidade de compensação de valores supostamente recolhidos a maior. Essa decisão pode ser visualizada nos autos, às fls. 196/210. Percebese, portanto, que na data do lançamento, 01/07/2008, inexistia qualquer sentença impeditiva da constituição do crédito tributário. É que a decisão do TRF não foi objeto de recurso, tendo transitado em julgado, conforme mencionouse na decisão recorrida, sem que houvesse qualquer comentário sobre esse fato no recurso do sujeito passivo. Assim, carece de razão a recorrente quando afirma que o lançamento representaria afronta ao que ficou decidido pelo Judiciário no bojo do citado MS. Também não merece acolhida a tese da ocorrência de coação ilegal, até porque o processo administrativo fiscal ainda está em curso, não tendo havido até esse momento qualquer medida constritiva do patrimônio do sujeito passivo ou restritiva de seus direitos. Nesse sentido, por estar com exigibilidade suspensa, nos termos do inciso III do art. 151 do CTN, este lançamento não representa impeditivo para obtenção de CND ou motivo para inclusão da recorrente em cadastro de inadimplentes. Somente após o trânsito em julgado do processo administrativo fiscal é que a empresa estará sujeita a esses efeitos. Não impugnação do enquadramento fiscal Conforme muito bem demonstrado no relatório fiscal, o enquadramento da empresa para fins de aplicação da alíquota SAT /RAT levou em conta a atividade preponderante da empresa, a qual foi definida como aquela que abrange o maior número de segurados. A apuração foi toda efetuada no estabelecimento matriz e a conclusão a que chegou o fisco, depois de analisar a documentação disponibilizada pela empresa, foi de que a atividade preponderante da empresa é a de armazenamento/armazéns gerais, que possui os Fl. 524DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 15/12 /2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por ELIAS SAMPAIO FREIRE 6 códigos CNAE 63.126 (de 01/1997 a 05/2007) e 52.117/01 (a partir de 06/2007), sendo as alíquotas aplicáveis, respectivamente para cada período, 3% e 2%. Esse entendimento encontrase respaldado em planilhas demonstrativas que foram acostadas ao relatório fiscal, não tendo a empresa em nenhum momento se insurgido contra os dados ali constantes, limitandose a alegar a existência de ação judicial. Assim, nos termos do art. 17 do Decreto n.º 70.235/1972, a questão do enquadramento de ofício encontrase fulminada pela preclusão, posto que não foi arguida pela empresa nem na impugnação, tampouco no recurso. Da inclusão de débito em confissão de dívida Embora traga alegações que dão entender que os valores lançados foram incluídos em confissão de dívida, o sujeito passivo não trouxe qualquer elemento de prova neste sentido. Ressaltese que sequer houve a inclusão das contribuições exigidas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social GFIP, tampouco há documento hábil a comprovar a inclusão das contribuições em parcelamento. Descabem, portanto, os argumentos de que o contribuinte teria direito de questionar na justiça os valores indevidamente confessados e de que deveria ser excluída a multa em razão de ter havido confissão de dívida antes da fiscalização. Juros SELIC Quanto à inaplicabilidade da taxa de juros SELIC para fins tributários, é matéria que já se encontra sumulada nesse Tribunal Administrativo, nos termos da Súmula CARF n. 04: Súmula CARF nº 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC para títulos federais. Nesse sentido, sendo a Súmula de observância obrigatória pelos membros do CARF, nos temos do “caput” do art. 72 do Regimento Interno do CARF1., não pode esse colegiado afastar a utilização da taxa de juros aplicada às contribuições lançadas no presente lançamento. Por outro lado, o Superior Tribunal de Justiça – STJ, decidiu com base na sistemática dos recursos repetitivos (art. 543C do CPC) que é legítima a aplicação da taxa SELIC aos débitos tributários, o que faz com que essa discussão tornese, até certo ponto, desnecessária. Eis a ementa do julgado: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL SUBMETIDO À SISTEMÁTICA PREVISTA NO ART. 543C DO CPC. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃOOCORRÊNCIA. 1 Art. 72. As decisões reiteradas e uniformes do CARF serão consubstanciadas em súmula de observância obrigatória pelos membros do CARF. (...) Fl. 525DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 15/12 /2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por ELIAS SAMPAIO FREIRE Processo nº 15586.000884/200800 Acórdão n.º 2401003.766 S2C4T1 Fl. 523 7 REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS DE MORA PELA TAXA SELIC. ART. 39, § 4º, DA LEI 9.250/95. PRECEDENTES DESTA CORTE. 1. Não viola o art. 535 do CPC, tampouco nega a prestação jurisdicional, o acórdão que adota fundamentação suficiente para decidir de modo integral a controvérsia. 2. Aplicase a taxa SELIC, a partir de 1º.1.1996, na atualização monetária do indébito tributário, não podendo ser cumulada, porém, com qualquer outro índice, seja de juros ou atualização monetária. 3. Se os pagamentos foram efetuados após 1º.1.1996, o termo inicial para a incidência do acréscimo será o do pagamento indevido; no entanto, havendo pagamentos indevidos anteriores à data de vigência da Lei 9.250/95, a incidência da taxa SELIC terá como termo a quo a data de vigência do diploma legal em tela, ou seja, janeiro de 1996. Esse entendimento prevaleceu na Primeira Seção desta Corte por ocasião do julgamento dos EREsps 291.257/SC, 399.497/SC e 425.709/SC. 4. Recurso especial parcialmente provido. Acórdão sujeito à sistemática prevista no art. 543C do CPC, c/c a Resolução 8/2008 Presidência/STJ. (REsp 1111175 / SP, Relatora Ministra Denise Arruda, DJe. 01/07/2009) Conclusão Voto por negar provimento ao recurso. Kleber Ferreira de Araújo. Fl. 526DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/12/2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 15/12 /2014 por KLEBER FERREIRA DE ARAUJO, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por ELIAS SAMPAIO FREIRE
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Numero do processo: 10073.903438/2009-98
Turma: Segunda Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Dec 11 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Feb 04 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/06/2004 a 30/06/2004
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DA MATERIALIDADE DO CRÉDITO PLEITEADO PELO CONTRIBUINTE.
Por mais relevantes que sejam as razões de direito aduzidas pelo contribuinte, no rito da declaração de compensação é fundamental a comprovação da materialidade do crédito alegado. Diferentemente do lançamento tributário em que o ônus da prova compete ao Fisco, é dever do contribuinte comprovar que possui a materialidade do crédito.
Numero da decisão: 3802-004.006
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Mércia Helena Trajano DAmorim Presidente.
(assinado digitalmente)
Bruno Maurício Macedo Curi - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano DAmorim (Presidente), Claudio Augusto Gonçalves Pereira, Waldir Navarro Bezerra e Francisco José Barroso Rios.
Nome do relator: BRUNO MAURICIO MACEDO CURI
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/06/2004 a 30/06/2004 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DA MATERIALIDADE DO CRÉDITO PLEITEADO PELO CONTRIBUINTE. Por mais relevantes que sejam as razões de direito aduzidas pelo contribuinte, no rito da declaração de compensação é fundamental a comprovação da materialidade do crédito alegado. Diferentemente do lançamento tributário em que o ônus da prova compete ao Fisco, é dever do contribuinte comprovar que possui a materialidade do crédito. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Mércia Helena Trajano D’Amorim – Presidente. (assinado digitalmente) Bruno Maurício Macedo Curi Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano D’Amorim (Presidente), Claudio Augusto Gonçalves Pereira, Waldir Navarro Bezerra e Francisco José Barroso Rios. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 07 3. 90 34 38 /2 00 9- 98 Fl. 78DF CARF MF Impresso em 04/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/01/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 23/0 1/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 25/01/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 2 Relatório Por bem explicitar os fatos ocorridos até o presente momento processual, adotase o relatório formulado pela autoridade julgadora de primeira instância nos seguintes termos: “Trata o presente processo de apreciação de compensação declarada no PER/DCOMP n° 25902.48290.080409.1.7.046458, em 08/04/2009, de crédito referente a valor que teria sido recolhido a maior ou indevidamente, em 14/07/2004, a título de Contribuição para a Cofins, atinente ao período de apuração 06/2004, com débito da IRPJ, referente ao período de apuração 4°Trim. /2005 no valor de R$ 4.298,61. Por meio do Despacho Decisório de folha 6, o Delegado da DRF VOLTA REDONDA, não homologou a compensação declarada, ao argumento de que o crédito analisado foi integralmente utilizado para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para compensação dos débitos informados no PER/DCOMP. Cientificada, a Interessada, inconformada, ingressou, em 18/11/2009, com a manifestação de inconformidade de fls. 11 a 14, na qual alega, em síntese, que: Apurou créditos de tributos e contribuições pagos indevidamente ou a maior a qual se utilizou dos benefícios legais e que no momento do procedimento das compensações PER/DCOMP informou corretamente todos os dados constantes no DARF como também o crédito, já identificado no referido despacho decisório acima mencionado. Desta forma, procedeuse à transmissão do referido documento aos sistemas da Receita Federal e posteriormente retificado de acordo com o recibo de entrega via internet pelo Agente Receptor SERPRO. Recebeu o Despacho Decisório com data de emissão 07/10/2009 informando de que "A partir das características do DARF discriminado no PER/DCOMP acima identificado, foram localizados um ou mais pagamentos, abaixo relacionados, mas integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte, não restando crédito disponível para a compensação dos débitos informados no PER/DCOMP." Tratase então, de apenas proceder as retificações das respectivas DCTFs Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, o que não invalida o direito de proceder a compensação do pagamento efetuado indevidamente ou a maior. Exerceu o seu direito conforme disposto na legislação vigente da época em que procederam as referidas compensações e utilizouse dos mecanismos exigidos pela Receita Federal, ou seja, PER/DCOMP, para finalizar o processo de compensação de pagamento indevido ou a maior, sendo que Fl. 79DF CARF MF Impresso em 04/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/01/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 23/0 1/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 25/01/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 10073.903438/200998 Acórdão n.º 3802004.006 S3TE02 Fl. 112 3 apenas não procedeu a retificação das DCTFs e demais obrigações acessórias. No caso específico, o valor da contribuição para a COFINS utilizado na referida compensação foi através do código da receita 2172, no valor de R$ 32.946,75 com data de recolhimento em 15/06/2004, enquadrandose na hipótese legal de "pagamento a maior ou indevido', e tratandose de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, tendo assim sua compensação amparada conforme cita o Art. 74 da Lei 9.430/96. São estes, em síntese, os pontos de discordância apontados nesta Manifestação de Inconformidade: Da inexistência do crédito para a compensação constante no PER/DCOMP e respectivo DARF; Do direito em retificar as DCTFs e demais obrigações acessórias.” Ao analisar a impugnação, a 4a Turma da DRJ do Rio de Janeiro II rejeitou os argumentos do contribuinte, em acórdão assim ementado: “ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/06/2004 a 30/06/2004 MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE. ALEGAÇÃO SEM PROVAS. Cabe ao contribuinte no momento da apresentação da manifestação de inconformidade trazer ao julgado todos os dados e documentos que entende comprovadores dos fatos que alega. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido” Inconformado com a decisão recorrida, o contribuinte apresentou tempestivamente Recurso Voluntário, no qual reitera os argumentos expendidos em sede de impugnação. Sendo esses os aspectos mais relevantes do presente procedimento de revisão de lançamento tributário, passase ao voto. Voto Fl. 80DF CARF MF Impresso em 04/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/01/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 23/0 1/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 25/01/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM 4 Preenchidos os pressupostos de admissibilidade e tempestivamente interposto, nos termos do Decreto nº 70.235/72, conheço do Recurso, passando à análise das razões nele expostas. Por intermédio de seu Recurso Voluntário, o Recorrente busca desconstituir as razões de negativa de sua manifestação de inconformidade pela instância originária, em decisão que teve como principal fundamento a ausência de comprovação do direito creditório pelo sujeito passivo. Entendo que o recurso não deve ser provido. Isso porque, desde sua origem, o Recorrente não comprova a materialidade de seus créditos. A questão se mostra ainda mais nítida a partir do momento em que o Recorrente foi instado a se manifestar sobre o assunto pela DRJ, pois esta foi a razão pela negativa de acolhida à sua manifestação de inconformidade. A resposta apresentada em sede recursal para isso, ao invés de ser a apresentação do material probante, foi a suposta desnecessidade de prova, e mesmo a irregularidade das normas administrativas que exigem a demonstração de prova para compensação. Segundo o Recorrente, bastaria a apresentação da DCOMP para que a compensação se efetivasse. Ora, não somente as normas administrativas existem para regulamentar as leis e garantir sua fiel execução no caso dos decretos (art. 84, IV, da CRFB e art. 99 do CTN), como também o próprio CTN reconhece em atos normativos administrativos a função de norma complementar à legislação tributária (art. 100, I), como também o processo administrativo tributário em si é regido pelo princípio da verdade material, que busca, mais do que qualquer formalismo, a essência do que é levado a revisão administrativa. Assim é que, no que tange ao instituto da compensação, é de responsabilidade do sujeito passivo demonstrar, mediante a apresentação de provas hábeis e idôneas, a composição e a existência do crédito pleiteado junto à Fazenda Nacional, para que sejam aferidas sua liquidez e certeza, na forma do art. 170, do CTN. Neste espeque, o Recorrente, mesmo instado a tanto pela DRJ, não acostou aos autos documentação suficiente para comprovação de que houve de fato o pagamento dos DARF’s indicados no PER/DCOMP. A rigor, o mero fato de a linha argumentativa do sujeito passivo ser sinuosa, com argumentações distintas para o suposto crédito a ser compensado, já denota ausência de liquidez e certeza do crédito, a teor do art. 170 do CTN – lei complementar que dispõe sobre normas gerais em matéria de legislação tributária. Reiterese aqui, que no rito do processo de análise de pedidos de compensação ou ressarcimento, o sujeito passivo deve demonstrar a materialidade de seu crédito. Vale repisar que, diferentemente do processo de revisão do lançamento tributário, em que o ônus da prova compete ao fisco (demonstrando cabalmente as razões pelas quais o tributo deve ser exigido), no pedido de compensação o contribuinte deve demonstrar as razões pelas quais ele deve ser compensado no montante pleiteado. Assim sendo, não há nos autos fundamentos que legitimem a compensação pleiteada pela Recorrente, de modo que deve ser negado provimento ao presente Recurso Voluntário, não se reconhecendo o crédito requerido. Fl. 81DF CARF MF Impresso em 04/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/01/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 23/0 1/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 25/01/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM Processo nº 10073.903438/200998 Acórdão n.º 3802004.006 S3TE02 Fl. 113 5 Conclusão Ante todo o exposto, conheço do Recurso Voluntário para negarlhe provimento, não reconhecendo o direito creditório pleiteado. (assinado digitalmente) Bruno Maurício Macedo Curi Fl. 82DF CARF MF Impresso em 04/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/01/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 23/0 1/2015 por BRUNO MAURICIO MACEDO CURI, Assinado digitalmente em 25/01/2015 por MERCIA HELENA TRAJANO DAMORIM
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Numero do processo: 10494.000490/2006-97
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 25 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Mon Feb 09 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 3202-000.158
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
RESOLVEM os membros do colegiado, por maioria de votos, em converter o julgamento em diligência. Vencidos os Conselheiros Thiago Moura de Albuquerque Alves e Charles Mayer de Castro Souza. Designada para redigir o voto vencedor a Conselheira Tatiana Midori Migiyama. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido.
Irene Souza da Trindade Torres Presidente
Thiago Moura de Albuquerque Alves Relator
Tatiana Midori Migiyama Redatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres, Luís Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES
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RESOLVEM os membros do colegiado, por maioria de votos, em converter o julgamento em diligência. Vencidos os Conselheiros Thiago Moura de Albuquerque Alves e Charles Mayer de Castro Souza. Designada para redigir o voto vencedor a Conselheira Tatiana Midori Migiyama. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Irene Souza da Trindade Torres – Presidente Thiago Moura de Albuquerque Alves – Relator Tatiana Midori Migiyama – Redatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres, Luís Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 04 94 .0 00 49 0/ 20 06 -9 7 Fl. 327DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Erro! A origem da referência não foi encontrada. Fls. 580 ___________ Relatório O auto de infração sob julgamento lançou Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), de que trata o art. 3º, V, da Lei n° 10.336, de 19 de dezembro de 2001, incidente sobre o valor da importação de gás propano e de gás butano, acrescida de juros de mora e multa de oficio, perfazendo, na data da lavratura do Auto de Infração que constituiu o lançamento, o crédito tributário no valor de R$ 39.791.923,03 (fls. 02 a 15). Inconformada com a autuação, a empresa apresentou impugnação, pedindo que fosse julgado totalmente improcedente a autuação (fls. 62 e ss.). Em face da alegação da autuada, apontando a duplicidade de lançamento do presente crédito tributário, determinouse a realização de diligência para que verificasse sua veracidade, à luz dos documentos trazidos, em cópia, pela autuada (fls. 171 e ss.). Desta feita, a unidade de preparo procedeu à pesquisa junto ao Sistema Sincor, Profisc, Consultapc, Coinfpropc, colacionando suas respectivas telas as fls. 173 e ss., emitindo, em conseqüência, o MPFD no 10.1.54.002007000146, com vista à expedição do Termo de Diligência Fiscal n° 008/2007 (fls. 188), para solicitar da autuada o envio de documentos que comprovassem o pagamento ou qualquer lançamento em Auto de Infração relativo à CIDE relativamente às operações de importação processadas, por meio das DI's n° 02/05859393, 02/05859482, 02/09070492 e 02/09070662. Em resposta, a intimada carreou aos autos os documentos de fls. 190 e ss. Da análise dos referidos documentos, a autoridade lançadora afirma que (sic): "as únicas declarações de importação (DI) que constam do processo n° 10494.000490/200697 e que não foram objeto de autuação em outros processos de lançamento em Auto de Infração são as DI 02/05859393, 02/05859482, 02/09070492 e 02/09070662. Os restante das DI do referido processo já tinham sido objeto de lançamento nos processos n° 10494.001184/2002 44, 10494.001183/200208, 11050.001119/200381 e 11050.001093/200371". (fl. 203). Conclusos os autos, a DRJ julgou parcialmente procedente o auto de infração (fls. 205 e ss.). De fato, a DRJ anulou os lançamentos que implicavam em duplicidade de cobrança, nas seguintes palavras: De plano, importa tratarmos, por primeiro, das alegações preliminares trazidas pela autuada em sua defesa, sendo que de antemão, abordase Fl. 328DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 581 3 a questão relativa a preliminar de duplicidade de lançamento de crédito tributário. Conforme se viu no relatório supra, em atendimento à diligência proposta, a autoridade lançadora confirmou a acusada ocorrência de duplicidade de tributação em relação às operações de importação objeto do presente processo, exceção apenas com os valores tributáveis relativos às importações submetidas a despacho, por meio das Declarações de Importação n° 02/05859393, 02/05859482, 02/09070492 e 02/09070662, posto que, conforme o Fisco observou, as demais importações discriminadas nas planilhas de fls. 08 a 10 já tinham sido objeto de autuação anterior, conforme demonstram os autos dos processos n° 10494.001184/200244, 10494.001183/2002 08, 11050.001119/200381 e 11050.001093/200371. Portanto, a parcela do crédito tributário ora exigido que guarda concomitância com retromencionados processos deve ser cancelada, importando, por conseguinte, na redução do crédito tributário exigível para um montante de R$ 1.154.384,63, sendo R$ 468.213,76, a titulo de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Cide, R$ 351.160,32, a titulo de multa de oficio de 75%, e R$ 335.010,55, a titulo de juros de mora. Em outras palavras, a lide se restringe às exigências decorrentes das importações realizadas por meio das DI 02/05859393, 02/05859482, 02/09070492 e 02/09070662. Quanto à preliminar de nulidade do auto de infração, o acórdão recorrido a rejeitou, nos seguintes termos: Em relação à. preliminar de nulidade invocada pela defesa, o artigo 59 do Decreto n° 70.235/72 dispõe que somente são nulos os atos e termos lavrados por pessoa incompetente (inciso I), os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa (inciso II). Ora, examinandose o processo, notase que tanto o auto de infração e termos, quanto os despachos e decisões, são proferidos por pessoas e autoridades competentes, respectivamente. Observase, também, que a empresa foi intimada e cientificada dos termos e auto lavrados; notase, inclusive, que a própria impugnação é tempestiva, portanto, não se vislumbra qualquer tolhimento em seu Fl. 329DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 582 4 direito que a lei lhe confere para se defender e que o processo se encontra instruído com todas as peças indispensáveis cujos requisitos correspondem à perfeita descrição exigida pelo artigo 10 do Decreto n° 70.235/72, alterado pela Lei n° 8.748/93. Donde, não assiste razão à reclamante quando pretende a nulidade invocada. No que diz respeito à cobrança da CIDE, a DRJ entendeu que o art. 3º, V, da Lei nº 10.336/2001 incluiu o propano e os butanos líquidos no campo de incidência de tal tributo, independentemente do teor da IN SRF nº 107/2001 e da IN SRF nº 219/2002. Ipsis litteris: Assim, mesmo quando não havia sido publicada a IN SRF n° 219, de 2002, já se chegava à conclusão de que o propano e os butanos liquefeitos enquadramse no art. 3°, inciso V, da Lei n° 10.336, de 2001, e tal conclusão prevaleceria até mesmo se jamais houvesse sido publicado o citado ato normativo, o que demonstra que a IN não trouxe nenhuma informação que já não estivesse contida na legislação até então vigente. Assim, inexiste óbice insuperável à delimitação do campo de incidência do tributo, não prosperando a alegação que aponta, como obstáculo, a falta de definição expressa, na lei instituidora da Cide, do que seja "gás liquefeito de petróleo" ou do respectivo código da Nomenclatura Comum do Mercosul — NCM. Como se afirmou, o ato normativo infralegal não ampliou a hipótese de incidência da Cide, a qual está prevista na Lei n° 10.336, de 2001. Com efeito, segundo dispõe o artigo 150, inciso I da Constituição Federal, c/c o artigo 97 do Código Tributário Nacional (CTN), incisos I e HI, somente a lei pode estabelecer a instituição de tributos bem como a definição do fato gerador da respectiva obrigação tributária principal. A Cide foi instituída pela Lei n° 10.336, de 2001, que estabeleceu as aliquotas especificas para cada tipo de produto, algumas das quais foram alteradas pelo Poder Executivo, mediante o Decreto n° 4.066/2001. A Secretaria da Receita Federal, por sua vez, na incumbência de administração e fiscalização da Cide, expressa no art. 13 da Lei n° 10.336/2001, exarou a IN n° 107/01 e a IN 219/02, tratando de procedimentos a serem adotados no preenchimento das DI, Fl. 330DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 583 5 dentre outros, indicando os códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul a serem utilizados para os produtos que relaciona. Os referidos atos normativos, ao contrário do que aventa a litigante, não inovaram no que se refere ao valor da contribuição e ao seu âmbito de incidência, haja vista que, conforme prevê art. 3°, inciso V, da Lei n° 10.336, de 2001, e art. 1°, inciso II, do Decreto no 4.066, de 2001, a IN SRF n° 107/2001 apenas reproduziu o valor da Cide, fixado em RS 104,60/tonelada, para qualquer os liquefeito de petróleo, inclusive os derivados de gas natural e de nafta. Assim, o propano e os butanos liquefeitos, como integrantes da categoria "gases liquefeitos de petróleo", devem ser tributados por força da Lei n° 10.336, de 2001, e não do ato normativo infralegal. A IN SRF n° 107/01, através de seu art. 2°, VI, seguida da IN SRF n° 219/02, não criou novas hipóteses de incidência nem fez alusão a obrigações que não estivessem previstas em lei. Em verdade, se inovação houve, esta consistiu na conversão da unidade de medida utilizada na base de cálculo sobre a qual incide a alíquota, que passou de reais/tonelada para reais/quilo, ou seja, R$ 0,1046/kg, indicandose ainda os códigos da NCM em que se enquadram as mercadorias. A IN SRF n° 219/02 ao afirmar que o disposto no inciso VI do art. 2° da Instrução Normativa SRF n° 107/01 alcança também os gases liquefeitos de petróleo, classificados nos códigos da NCM que relaciona em seu art. 1°, apenas teve o propósito de explicitar as classificações na NCM e as unidades de medidas dos gases liquefeitos de petróleo ali relacionados, para fins de preenchimento da DI. Isso evidentemente não se constitui inovação, pois em nada contraria ou extrapola o conteúdo da Lei n° 10.336/01 e do Decreto n° 4.066/01. A citada IN veio apenas operacionalizar o cumprimento das obrigações principal e acessórias relativas A. Cide. Nessa perspectiva, dentre outras providencias, eliminou o trabalho de se proceder â. classificação desses produtos na NCM, que se efetuada corretamente, mediante o emprego das Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado, leva necessariamente a conclusão idêntica àquela veiculada na IN/SRF n° 219/02, ou seja, a de que os produtos nela mencionados, sendo gases liquefeitos de petróleo, classificamse nos Fl. 331DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 584 6 códigos fiscais ali indicados, estando sujeitos à Cide, conforme já demonstrado. Com relação ao aspecto temporal, cabe observar que, sobre a importação de propano bruto (NCM 2711.12.10) e butanos liquefeitos (NCM 2711.13.00), incide a Contribuição em causa, desde 01.01.2002, a partir de quando passou a produzir efeitos a Lei n° 10.336/01, conforme determina expressamente o seu art. 16. Por isso mesmo, o art. 3° da IN SRF 219/02, faz alusão aquela data, repetindo que o ato produz efeitos para os fatos geradores ocorridos a partir de 01.01.2002. Sob essa ótica, não é adequado cogitar que a legislação tem efeitos retroativos, como se a Cide houvesse sido instituída pela IN, porque tais efeitos iniciaram com o advento da Lei n° 10.336/01, não sendo apropriado cotejar com a vigência da IN SRF 219/02. Esclarecido isso, percebese que também é inadequado conceber a IN como "lei interpretativa", porquanto, como demonstrado acima, não teve esse propósito. Com efeito, a caracterização da espécie "lei interpretativa" requer o atributo da expressividade, conforme impõe o artigo 106, inciso I do CTN. Assim, por força dessa citada disposição legal e para os efeitos nela indicados, não se pode considerar qualquer lei como interpretativa, a talante do aplicador. Para que surta os efeitos pretendidos quanto à penalidade, a norma deve ser expressamente interpretativa, vale dizer estar objetivamente manifestado, de forma inequívoca, explicita e concludente o objetivo de interpretar outra norma, não suprindo tal requisito mera suposição do aplicador da lei. Assim, não faz sentido considerar que a citada IN veio ao ordenamento com pretensão interpretativa, se a própria Lei n° 10.336/01, combinada com a NCM, já esclareciam quaisquer dúvidas que pudesse haver em relação ao art. 3°, inciso V, do mencionado diploma legal. Ademais, no âmbito da Secretaria da Receita Federal as normas expressamente interpretativas são consubstanciadas na espécie normativa denominada "Ato Declaratório Interpretativo", o que não é o caso. Não vinga, portanto, a interpretação de que a IN SRF n° 107/01 tenha complementado a Lei n° 10.336/01, para excluir, da incidência da Cide, os demais gases liquefeitos de petróleo, tais como o propano e os butanos liquefeitos. Primeiro, porque a regra geral é de que todos os Fl. 332DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 585 7 gases liquefeitos de petróleo sujeitamse à Cide e, assim, qualquer exclusão haveria de ser feita por ato legal expresso. Segundo, porque tal interpretação não se coaduna com as disposições do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, consubstanciado na Nomenclatura Comum do Mercosul NCM, conforme já demonstrado. A IN SRF n° 107/2001 não veiculou nenhum entendimento no sentido de que a contribuição incidiria exclusivamente na mercadoria classificada no código 2711.19.10, sendo, por conseguinte, inaplicável o parágrafo único do art. 100 do CTN.. Igualmente, o acórdão recorrido afastou a aplicação do art. 100, parágrafo único, do CTN, por entender que mesmo após o advento da IN SRF nº 219/02 – a qual teria retirado qualquer eventual dúvida sobre o assunto a empresa autuada não corrigiu o procedimento nem recolheu espontaneamente o tributo que veio a ser lançado. Observese: Entretanto, ainda que plausível a argumentação, como regra geral de direito tributário, a tese não prospera no caso concreto. t que o parágrafo único do art. 100 do CTN dispensa multas e juros enquanto o contribuinte se conduza com observância dos atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas, no caso, a IN SRF n° 107/01. Assim, em consonância com a tese aventada, após a publicação da IN SRF n° 219/02, foram eliminadas quaisquer dúvidas que pudessem ser alegadas quanto à abrangência da expressão "gás liquefeito de petróleo", contida na lei, podendo, a partir de então, o sujeito passivo ter se valido da regra legal em comento, para recolher espontaneamente, sem multas ou juros, a contribuição relativa aos fatos geradores anteriormente ocorridos. Com efeito, em coerência com a tese expendida, desde o advento da IN SRF n° 219/02, não lid mais guarida para qualquer pretensão de não recolher o tributo em relação aos fatos geradores já ocorridos, tendo havido ampla oportunidade para o sujeito passivo efetuar o pagamento com base no art. 100, parágrafo único, do CTN. Todavia, a partir de então, persistindo na falta de recolhimento, o sujeito passivo não estava mais em observância a nenhum ato normativo; antes pelo contrário, passou se conduzir em flagrante desacordo com ato normativo expedido pela autoridade administrativa, qual seja a IN SRF Fl. 333DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 586 8 n° 219/02. Então, a falta de pagamento da Cide, induvidosamente configurouse como infração. Tenhase em conta que os fatos jurídicos não são imutáveis, recebendo efeitos jurídicos diversos ao longo do tempo de sua existência, conforme as diferentes valorações do legislador, positivadas na lei. Portanto, a situação que inicialmente se configurava como motivo para dispensa de juros e penalidade passou a não mais existir. A persistência da falta de recolhimento do tributo por longo tempo após a edição da IN SRF n° 219/02, faz com que a situação transladese da regência do parágrafo único do art. 100, para encontrar abrigo no art. 138, caput, do mesmo diploma legal, conferindo a lei a prerrogativa de o sujeito passivo eximirse da multa de oficio, efetuando a denúncia espontânea da infração, mediante o recolhimento do principal e demais acréscimos decorrentes da mora. Ocorre que, no caso, após passados anos da publicação da IN, o contribuinte permaneceu sem recolher o tributo e, até agora, não comprovou o seu recolhimento. Assim, deflagrado o inicio do procedimento fiscal, com a ciência do Termo de Inicio de Fiscalização de fls. 21 a 26, fica afastada a possibilidade de denúncia espontânea da infração e, portanto, resultando em lançamento de oficio, é cabível a aplicação da penalidade pecuniária, em conformidade com o disposto no parágrafo único do art. 138 do CTN c/c o art. 44, I, da Lei n° 9.430, de 1996. São cabíveis ainda juros de mora, nos termos do art. 161 do CTN c/c com o art. 63, § 3 0, da Lei n° 9.430, de 1996, conforme consta do Auto de Infração. Concluise, assim, que o procedimento fiscal está em perfeita consonância com a legislação de regência da matéria. Inadmissível é sustentar, com base no parágrafo único do art. 100 do CTN, que o contribuinte estará livre de multa e de juros ad perpetuam, por ter agido em observância A IN SRF n° 107/01, ainda que, por força da legislação superveniente, tenha passado a possuir pleno discernimento acerca da obrigatoriedade de recolher a Cide, insistindo, mesmo assim, em não efetuar o pagamento e, ainda mais, tendo a fiscalização detectado o ilícito tributário e instaurando o procedimento de oficio para exigência do tributo. Fl. 334DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 587 9 Portanto, no caso concreto, é cabível a exigência da Cide sobre a importação de propano e de butanos liquefeitos, nos termos do art. 3°, inciso V da Lei n° 10.336/01, tendo em vista que os fatos geradores ocorreram entre 3 de julho e 10 de outubro de 2002, época em que já estava vigente a citada lei, sujeitando o importador ao pagamento do tributo, multas de oficio e juros de mora. Finalmente, o acórdão recorrido indeferiu o pedido de redução dos juros e da multa de ofício de 75%. Eis suas palavras: A multa de oficio calculada sobre o valor do imposto cuja falta de recolhimento se apurou, está em consonância com a legislação de regência, sendo o percentual 75 % o legalmente previsto para a situação descrita no Termo de Verificação Fiscal, não se podendo, em âmbito administrativo, reduzilo ou alterálo por critérios meramente subjetivos, contrários ao principio da legalidade. Considerações sobre a graduação da penalidade, no caso, não se encontram sob a discricionariedade da autoridade administrativa, uma vez definida objetivamente pela lei, não dando margem a conjecturas atinentes à ocorrência de efeito confiscatório ou, ainda, de ofensa ao principio da capacidade contributiva. Nesse sentido, qualquer pedido ou alegação que ultrapasse a análise de conformidade do ato administrativo de lançamento com as normas legais vigentes, em franca ofensa à vinculação a que se encontra submetida à instância administrativa (art. 142, parágrafo único, do CTN), como a contraposição a princípios constitucionais, somente podem ser reconhecidos pela via competente, o Poder Judiciário. Desse modo, devese considerar correta a aplicação da multa de lançamento de oficio ao percentual de 75%, definido em lei, sobre os valores da contribuição não recolhida, rejeitandose a contestação de que não haveria previsão legal para tanto. Descabida, também, a alegação de falta de previsão legal para a cobrança de juros, uma vez que a matéria, além de regulada pela Lei no 3.071, de 1° de janeiro de 1916 Código Civil artigos 902, 955 e seguintes (revogado a partir de 11.01.2003, pelo Código Civil Brasileiro da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que manteve as mesmas disposições), também está definida no CTN e na lei que instituiu a adoção da Selic como juro de mora. Fl. 335DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 588 10 Verificase, desse modo, que a cobrança de juros de mora por percentual equivalente à taxa Selic, a despeito da contrariedade apresentada, pautase pelo estrito cumprimento do principio da legalidade, característico da atividade fiscal. Por conseqüência, a análise de valor que a impugnante faz a respeito da taxa Selic questionando sua composição e natureza, assim como as argüições de que a aplicação da taxa Selic incorreria em inconstitucionalidade, não comportam reconhecimento pela via administrativa, prevalecendo o caráter legal que vincula a atividade administrativofiscal de lançamento, nos termos do parágrafo único do art. 142 do CTN. Não há que se confundir, como sugere a impugnante, a exigência de juros de mora, da forma como alegada, com as hipóteses previstas pelos artigos 5°, XXII e 150, IV da Constituição Federal de 1988, não havendo que se estender as limitações especificas ao poder de tributar ou outras quaisquer à cobrança de juros de mora. No caso discutido, como exposto, a aplicação da taxa Selic ocorre em consonância com a regra matriz correspondente o artigo 161 do CTN. [...]Portanto, com base nos fundamentos acima expostos, julgo procedente em parte o lançamento, para manter o crédito tributário no valor de R$ 1.154.384,63 (R$ 468.213,76, a título de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Cide, R$ 351.160,32, a titulo de multa de oficio de 75%, e R$ 335.010,55, a titulo de juros de mora). Cientificada do acórdão, acima destacado, a contribuinte apresentou recurso voluntário, pedindo a reforma do julgado recorrido, de modo a que fosse julgado improcedente o auto de infração, por entender que a importação de propano e butano não está sujeita à CIDE, na forma prevista no inciso V do art. 3° da Lei 10.336/01 e que a Taxa SELIC não poderia ser utilizada como índice de juros (fls. 249 e ss.). O processo digitalizado foi distribuído e, posteriormente, encaminhado a este Conselheiro Relator na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Thiago Moura de Albuquerque Alves, Relator. O Recurso Voluntário é tempestivo e atende os requisitos de admissibilidade devendo, portanto, ser conhecido, juntamente com o recurso de ofício. Fl. 336DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 589 11 Aprecio, primeiramente, a questão suscitada no curso da sessão de julgamento, acerca da eventual necessidade de converter o julgamento em diligência para saber se o gás butano e o gás propano seriam uma espécie de gás liquefeito de petróleo ou se seriam um elemento que compõe o gás liquefeito de petróleo. Entendo que a diligência não é imprescindível para a realização do julgamento. É que, a meu ver, não há dúvidas de que o gás butano e o gás propano é, ao mesmo tempo, uma espécie de gás liquefeito de petróleo, e, também, podem constituir elementos que compõe o gás liquefeito de petróleo, vulgarmente conhecido como GLP. Então, a dúvida essencial para resolver a controvérsia é somente de direito. Tudo depende da exegese que se atribua à expressão “gás liquefeito de petróleo”, prevista no art. 3°, V, da Lei 10.336/01, cuja redação é a seguinte: Art. 3oA Cide tem como fatos geradores as operações, realizadas pelos contribuintes referidos no art. 2o, de importação e de comercialização no mercado interno de: [...]V gás liqüefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e de nafta; e Para o Fisco, a lei estaria fazendo referência a toda espécie de gases liquefeitos de petróleo, enquanto que, para a recorrente, a mencionada norma jurídica, apenas, se dirige ao combustível não renovável do mesmo nome (gás liquefeito de petróleo). Ante o exposto, entendo que não cabe a conversão do julgamento em diligência. É como voto. Thiago Moura de Albuquerque Alves Voto Vencedor Conselheira Tatiana Midori Migiyama Em que pese a elogiável análise do Ínclito relator do processo acerca da atribuição do conceito da expressão “gás liquefeito de petróleo”, prevista no art. 3°, V, da Lei 10.336/01, ouso divergir a respeito da necessidade de se converter o julgamento em diligência. A meu sentir, considerando a complexidade técnica da análise do produto objeto da lide e em homenagem ao princípio da verdade material que permeia o processo Fl. 337DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10494.000490/200697 Resolução nº 3202000.158 S3C2T2 Fl. 590 12 administrativo tributário, voto no sentido de converter o julgamento em diligência, para que a unidade de origem: · Intime a recorrente a apresentar quesitos para a providência de laudo de renomada instituição, preferencialmente entidade pública, ou perito credenciado junto à Receita Federal do Brasil, com o intuito de se clarificar: ü Se o gás butano e o gás propano seriam uma espécie de gás liquefeito de petróleo;ou ü Se o gás butano e o gás propano compõem o gás liquefeito de petróleo – GLP. · Cientifique a fiscalização para se manifestar sobre o resultado da diligência, se houver interesse e caso entenda ser necessário; · Cientifique o contribuinte sobre o resultado da diligência, para que, se assim desejar, apresente no prazo legal de 30 (trinta) dias, manifestação, nos termos do art. 35, parágrafo único, do Decreto nº 7.574/11; Findo o prazo acima, devolva os autos ao CARF para julgamento É como voto. Assinatura Digital. Tatiana Midori Migiyama Redatora Fl. 338DF CARF MF Impresso em 09/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 15/01/2 015 por TATIANA MIDORI MIGIYAMA, Assinado digitalmente em 08/02/2015 por THIAGO MOURA DE ALBUQUERQUE ALVES, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA
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Numero do processo: 10120.000246/99-55
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 26 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Jan 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 1994, 1995, 1996, 1997
RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. SALDO NEGATIVO. IRRF. ÔNUS DA PROVA.
Incumbe ao recorrente o ônus da prova de liquidez e certeza do crédito pleiteado em pedido de restituição/compensação.
Numero da decisão: 1801-002.203
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do voto do Relator. Ausente justificadamente o Conselheiro Alexandre Fernandes Limiro.
(assinado digitalmente)
Ana de Barros Fernandes Wipprich Presidente
(assinado digitalmente)
Neudson Cavalcante Albuquerque Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Neudson Cavalcante Albuquerque, Fernando Daniel de Moura Fonseca, Fernanda Carvalho Álvares, Alexandre Fernandes Limiro, Rogério Aparecido Gil e Ana de Barros Fernandes Wipprich.
Nome do relator: NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE
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SALDO NEGATIVO. IRRF. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao recorrente o ônus da prova de liquidez e certeza do crédito pleiteado em pedido de restituição/compensação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário, nos termos do voto do Relator. Ausente justificadamente o Conselheiro Alexandre Fernandes Limiro. (ASSINADO DIGITALMENTE) Ana de Barros Fernandes Wipprich– Presidente (ASSINADO DIGITALMENTE) Neudson Cavalcante Albuquerque – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Neudson Cavalcante Albuquerque, Fernando Daniel de Moura Fonseca, Fernanda Carvalho Álvares, Alexandre Fernandes Limiro, Rogério Aparecido Gil e Ana de Barros Fernandes Wipprich. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 12 0. 00 02 46 /9 9- 55 Fl. 1082DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.083 2 Relatório PROFORTE S/A TRANSPORTES DE VALORES, pessoa jurídica já qualificada nestes autos, inconformada com a decisão proferida no Acórdão nº 03048.095 (fl. 1047), pela DRJ Brasília, interpõe recurso voluntário a este Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, objetivando a reforma da decisão. Por bem descrever a situação fática em análise, adoto o relatório do Despacho Decisório de fl. 991: Pelo presente, a empresa acima identificada, requer a restituição da importância de R$ 648.426,42 (seiscentos e quarenta e oito mil, quatrocentos e vinte e seis reais e quarenta e dois centavos), referentes aos seguintes Saldos Negativos de 1RPJ: EXERCÍCIO ANOCALENDÁRIO VALORR$ 1995 1994 173.770,53 1996 1995 129.965,43 1997 1996 167.309,19 1998 1997 177.381,27 TOTAL 648.426,42 Após o reconhecimento do crédito, solicitou que o mesmo fosse utilizado para a compensação com os débitos do PIS, Código 8109, do período de abril de 1995 a dezembro de 1998, como se vê do pedido de fls. 02/04. Foram anexados aos pedidos os seguintes documentos, por cópia ou original: Documento explicativo da origem de seu crédito (fl.05/08); Procuração (fls.09 e 26); comprovantes de entrega das DIRPJ dos exercícios de 1995 ao de 1998 (fl.10/13); Estatuto da sociedade (fls. 14/20); cartão do CNPJ (fls.21); documentos pessoais dos procuradores, os Srs. Flávio Baptista de Oliveira; José Carlos Sanches Campoi e Osmir Freitas (fls.22/23 e 25); Certidão Negativa do INSS (fls.24) e Procuração lavrada no Cartório do Primeiro Serviço Notorial São PauloSP, 2°translado. Livro 2621. pag. 027. Consta a juntada, nos autos, do Comunicado de Retificação das DIRPJ referentes aos anoscalendário de 1994. 1995. 1996 e 1997, onde foram anexadas as respectivas cópias de suas originais (fls.28/149). Atendendo à Intimação de 04.03.99 (fls.27 e AR de fls.151), a interessada apresentou cópias dos comprovamos das retificações efetuadas, a saber: CRD da DIPJ/95. períodobase 01.01 a 31.12.94 (fls.28/57); CRD da D1RPJ/96. períodobase 01.01 a 31.12.95 e respectiva DIRPJ (fls.58/89): DIRPJ/98 retificadora (fls.90/149). Em 20.07.99, a interessada prestou os seguintes esclarecimentos (fls.152): Fl. 1083DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.084 3 "l)0 valor de RS 84.658,24, referente ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (l.R.P.J.) do exercício de 1996, anocalendário 1995, foi liquidado por compensação com parte do saldo a recuperar do Imposto de Renda na Fonte (IRRF) proveniente de nosso faturamento e aplicações financeiras, conforme pode ser observado através das linhas 14 e 15, na ficha 08 (página 7), da Declaração de Imposto de Renda (DIRPJ). 2) O valor de R$ 32.469,35, também referese ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (I.R.P.J.), relativo ao exercido 1997, ano calendário 1996, e foi liquidado por compensação com parte do saldo a recuperar do Imposto de Renda Retido na Fonte (I.R.R.F), proveniente de nosso faturamento e aplicações financeiras, conforme linha 15 da ficha 08 (página 7), da Declaração de Imposto de Renda (D.I.R.P.J.)." Na mesma oportunidade, anexou cópia das DIRPJ retificadoras, referentes aos períodos acima citados (fls.153/205). Foram juntadas telas dos seguintes sistemas da SRF: IRPJ/CONS; CNPJ; SIEFCOBR: SINAL01; S1NCOR o DCTF (fls.206/223). Em 30.07.99 a interessada apresentou diversas planilhas, que denominou de "Razões Contábeis", com a finalidade comprovar as retenções e compensações nos anos de 1995 a 1997 (fls.224/232). Na data de 04.08.99. a interessada, via "Fax" (fls.233/239), com o posterior encaminhamento dos originais (fls.262/2ó7), solicitou alterações no credito e nos débitos, na forma adiante relatada: REDUÇÃO DO CRÉDITO Tendo constatado algumas falhas no preenchimento de suas DIRPJ. solicitou a redução de seu crédito de IRPJ, especificamente nos anoscalendário de 1994 e 1995, reduzindo o pleito total de R$ 648.462.42 para RS 463.090,57, compostos pelos seguintes valores: ORIGEM VALOR – R$ DIRPJ/95 70.058,83 DIRPJ/96 48.511,78 DIRPJ/97 167.014,90 DIRPJ//98 177.505,06 TOTAL 463.090,57 DA ALTERAÇÃO DOS DÉBITOS: Fl. 1084DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.085 4 Naquele mesmo documento solicitou a alteração dos débitos a serem compensados, havendo modificações mais significativas nos meses sobre os quais foram aplicadas as regras da Lei Complementar n.° 07/70. Com a finalidade de comprovar a liquidação dos débitos do PIS. do período de abril de 1995 a março de 1996 (LC n° 07/70), anexou as cópias dos DARF de fls.375/415. Para fins de expedição de Certidão de Débito, tanto da matriz quanto da filial em Belo HorizonteMG. foram feitos os levantamentos de fls.240/261, bem como adotados os procedimentos de fls. 269/273 Às fls.274, constam os seguintes esclarecimentos prestados pela interessada: "Conforme planilhas demonstrativas em anexo, extraídas dos movimentos contábeis mensais e declarações de imposto de renda (DIRPJ) também em anexo, podese verificar que, os valores dos faturamentos mensais, deduzidos os valores de abatimentos e notas fiscais canceladas, demonstram a base de cálculo do imposto, no que se refere ao total empresa, ou seja, os valores faturados individualmente por cada filial, estão inseridos nesses totais, estando portanto, os valores apurados de PIS, abrangendo todas as filiais. No que diz respeito à liquidação desses valores, temos a informar e demonstrar que, no período de abril a outubro de 1995, parte dos valores devidos foram recolhidos, em quase sua totalidade, conforme DARFs apresentados em anexo; já, nos meses de outubro de 1995 a março de 1996, conforme lei vigente da época, a forma de apuração do imposto foi na modalidade de PIS Repique, tendo sido recolhido, quando houve base de cálculo para apuração; e , os valores devidos, no período de abril de 1996 a dezembro de I998, juntamente com o diferencial devido, no período de abril a outubro de 1995, foram compensados com o saldo excedente de imposto de renda Retido na Fonte, conforme processo em epígrafe, protocolado em 08.02.99." Anexou ao documento acima referido: Procuração (fls.275/276); Planilha demonstrativa de compensação do PIS com o IRRF e Ficha "Razão" do faturamento de janeiro de 1995 a dezembro de 1998 (277/290); DIRPJ retificadoras: Exercício 1996 (fls.291/312): Exercício 1997 (fls.313/339) e Exercício 1998 (fls.340/374): DARF comprovantes de pagamento do PIS de diversas filiais, referentes ao período de apuração de abril a outubro de 1995 (fls.375/415). Foram juntadas as DIRPJ dos exercícios de 1997 e 1998, períodosbase encerrados em 31.12 dos anos de 1996 e 1997, respectivamente, cujas cópias foram extraídas dos registros existentes na SRF (fls. 416/475). Procedimentos de fls.476/479, para fins de nova emissão de Certidão Negativa de Débitos e juntada da tela de movimentação Fl. 1085DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.086 5 no Comprot, referente ao processo de n.° 10120005757/9981, em nome da interessada (fls.480). Em 16.02.2000, através de seu procurador, a interessada informou que desde janeiro de 1999 o recolhimento do PIS está sendo efetuado de forma centralizada Em 16.02.2000, através de seu procurador, a interessada informou que desde janeiro de 1999 o recolhimento do PIS está sendo efetuado de forma centralizada (matriz e filiais) através da rede bancária situada na 3a. Região fiscal (fls.481/484). Pesquisas no Sistema Sinal da SRF, conforme telas de fls.485 e 486. Através dos documentos de fls.487/495, foram adotadas providências relativas ao fornecimento de nova Certidão de Débito, inclusive quanto à constatação do débito de 1RPJ, regularizado pela DCTF do 4.° T/98 retificadora. Tendo a DRF/Belo Horizonte/MG constatado débitos em aberto em nome da filial localizada naquela cidade, referentes ao PIS do período de março a dezembro de 1996, aquele Órgão solicitou a essa Delegacia informações com relação a existência de pedido de compensação desses mesmos débitos através deste processo (fls. 496/498). Feitas as pesquisas de fls.499/527. procedeuse ao cadastramento dos citados débitos do PIS. referente ao período de março de 1996 a dezembro de 1998, em nome da '"matriz", conforme se verifica das telas de Os. 528/535. Informações ao CAC/DRF/GOI c DRF/Belo Horizonte/MG (via Fax), para fins de emissão de Certidão Negativa de Débito (fls.536/539). Foram juntadas às fls.542/562 telas dos sistema Sincor/Emitecontr. IPJ/97 c DCTF/96 (filial 0003 e "matriz"). Em 18.07.2003, a interessada solicitou o desmembramento do PIS da matriz e de sua filial de Belo Horizonte/MG, referente ao período de março a dezembro de 1996. o que foi efetivado pela DRF daquela localidade, conforme processo de Representação de n.° 10.680010294/200381 formalizado em nome da filial para essa finalidade (fls.564/620). Assim, a situação dos débitos do PIS de março a dezembro de 1996, controlados pelo presente processo e pelo referido no item anterior passou a ser a seguinte: QUADRO DEMONSTRATIVO Nº 01 PER.APUR VENCIM MatrizProc. nº 10120000246/9955 R$ Filial –Proc. nº 10680010294/200381R$ TOTAL R$ MAR/96 15/04/96 10.086,60 1.939,10 12.025,70 ABR/96 15/05/96 10.223,27 1.901,54 12.124,81 Fl. 1086DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.087 6 MAI/96 14/06/96 10.059,81 1.950,82 12.010,63 JUN/96 12/07/96 9.664,17 1.867.72 11.531,89 JUL/96 15/08/96 10.834,42 2.241,03 13.075,45 AGO/96 13/09/96 10.626.43 2.147,58 12.774,01 SET/96 15/10/96 10.169,63 2.174,72 12.344,35 OUT/96 14/11/96 10.414,28 2.093,14 12.507,42 NOV/96 13/12/96 10.785,46 2.274,34 13.059,80 DEZ/96 15/01/97 11.868,59 2.407,78 14.276,37 Para fins de melhor instrução dos autos, em 15.03.2005 foi expedida a Intimação de n.° 059, onde foi solicitado os seguintes elementos (fls.631/632): "(01) Apresentar comprovantes que fizeram gerar os saldos negativos de IRPJ referentes aos resultados apurados e encerrados em 31.12 dos anos de 1994, 1995, 1996 c 1997. Referidos documentos são referentes: (01.01) Comprovantes emitidos pelas respectivas fontes pagadoras, através de modelo aprovado pela SRF, referente a todo o período acima citado, onde conste o valor da Receita e o que foi retido na fonte. O valor retido deverá ser desmembrado por tributo e contribuição. (01.02) DARF (originais e cópias) referentes a todos os recolhimentos efetuados nesse mesmo período, a título de estimativa, que compuseram o resultado do período mencionado. (01.03) Convém alertar que somente será permitido utilizar o IRRF nas declarações de IRPJ, caso a empresa possua em mãos o respectivo comprovante de rendimentos e IRRF, fornecidos pela fonte pagadora, através de documento, cujo modelo tenha sido aprovado pela SRF. A inobservância desse requisito, importará na glosa desse valor. (02) Foram constatados diversos débitos do PIS da filial de Belo Horizonte/MG, os quais foram desmembrados dos pertencentes a "matriz". Perguntase: O que ocorreu com os débitos de outras filiais? Por qual ou por quais motivos tais débitos não foram gerados no sistema de contacorrente da SRF? Estão incluídos com o da "matriz"? (03) Apresentar declaração, conforme modelo anexo, na qual essa empresa informa a origem do crédito pleiteado no processo, bem como relaciona todos os débitos que foram compensados com esse mesmo crédito. Informar, inclusive, a existência de PER/DCOMP, apresentadas via Internet para a compensação de outros débitos. Fl. 1087DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.088 7 (04) Apresentar planilha demonstrativa dos créditos compensados." Após vários pedidos de prorrogação do prazo estipulado na citada intimação (fls. 633/720). a interessada, representada pelo seu procurador, apresentou os esclarecimentos de fls.722/723. devidamente acompanhados dos seguintes documentos: ITEM REFERENCIA Fls. 01 Cópia DIPJ anoscalendário 1994, 1995,1996 c 1997 733/895 02 Comprovantes originais encaminhados pelas fontes pagadoras que compõem os saldos negativos de IRPJ, referentes aos resultados apurados nos anos de 1995, 1996 e 1997, emitidos pelas respectivas fontes pagadoras, contendo o valor da Receita e o imposto retido na fonte. 898/908 03 Cópia Guias de DARF (emitidos pelos serviços digitais da Receita Federal), referentes aos recolhimentos efetuados no mesmo período, a titulo de estimativa. 910/922 Informou ainda, o seguinte; "Quanto ao item (02) do termo de Intimação, informamos que os débitos de PIS das demais filiais da empresa foram recolhidos pela matriz. Referente ao item (03) do termo de intimação, referente a declaração informando as origens dos créditos, devido ao período transcorrido não tivemos como levantar tais origens para a composição da declaração. O item (04), pelos mesmos motivos apresentados acima, não foi possível elaborar a planilha demonstrativa dos créditos compensados. Ressaltamos ainda que, conforme o §5º do artigo 17, da Lei nº 10.833/03: §5º O prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de (05) cinco anos, contados da data da entrega da declaração de compensação. Não dispomos da guarda de todos os documentos solicitados no termo de intimação. motivo este que impossibilitou a apresentação dos mesmos." A DRF Goiânia decidiu por não reconhecer o crédito pleiteado de saldo negativo, mas reconheceu a homologação tácita das compensações solicitadas (fl. 1001) Contra essa decisão, o interessado apresentou a manifestação de inconformidade de fl. 1007, em que alega que não é mais possível demonstrar o saldo negativo requerido em razão do grande lapso temporal existente entre o surgimento do crédito e a decisão de não reconhecêlo. Afirma que não é razoável a Administração Tributária exigir Fl. 1088DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.089 8 documentos de fatos ocorridos há doze anos atrás, quando a lei determina a guarda de documentos por apenas cinco anos. Ainda solicita a realização de diligência. A DRJ julgou improcedente a manifestação de inconformidade (fl. 1047). Essa decisão recebeu a seguinte ementa: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Anocalendário: 1994, 1995, 1996, 1997 Compensação/Dedução na Declaração – IRRF Necessidade de Comprovação da Retenção pela Fonte Pagadora O imposto retido na fonte sobre quaisquer rendimentos ou ganhos de capital somente poderá ser compensado na declaração de pessoa jurídica se o contribuinte possuir comprovante da retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora. Ônus da Prova Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. Diligência Desnecessidade Desnecessária a realização de diligência, haja vista a suficiência dos elementos de prova contidos nos autos para formar convicção sobre a matéria, objeto da lide. Compensação – Entendimento da RFB – Dever do Julgador É dever do julgador observar o entendimento da RFB expresso em atos normativos. Cientificado dessa última decisão em 21/05/2012 (fl. 1064), o contribuinte apresentou o Recurso Voluntário de fl. 1067, em 06/06/2012, em que repisa os argumentos apresentados na sua manifestação de inconformidade, acrescentando que a decisão recorrida está em contradição com a análise feita pela fiscalização, conforme documento de fl. 273. Também requer a realização de diligência. É o relatório Voto Conselheiro Neudson Cavalcante Albuquerque, Relator. O recurso voluntário apresentado atende aos pressupostos de admissibilidade, sendo digno de conhecimento. A situação que se apresenta pode ser assim resumida: Fl. 1089DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.090 9 i) em 08/02/1999, o contribuinte apresentou pedido de restituição/compensação, apontando créditos de saldo negativo de IRPJ dos anos 1994, 1995, 1996 e 1997 (fl. 02); ii) em 26/02/1999, o contribuinte foi intimado a demonstrar os saldos negativos reclamados (fl. 31), apresentando, em 03/05/1999, cópias de DIPJ e de Comunicado de Retificação de Declaração (CRD) de DIPJ (fls. 32/153); iii) em 30/07/1999, atendendo ao pedido da fiscalização, apresenta “Razões Contábeis das contas de Imposto de Renda Retido na Fonte s/ Faturamento e Aplicações Financeiras e demonstrativos de apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica com as devidas compensações com IRRF, que comprovam as retenções e compensações nos anos de 1995 a 1997 (fl. 228); iv) em 04/08/1999, apresenta retificação do pedido de restituição/compensação em tela, reduzindo o valor dos créditos pleiteados e dos débitos que se pretende compensar (fl. 237); v) em 17/02/2000, apresenta explicações sobre a apuração do PIS e sua forma de quitação no período analisado (fl. 282); vi) a empresa faz várias solicitações de emissão de certidão negativa, sendo deferidas certidões positivas com efeito de negativa; vii) em 15/03/2005, o contribuinte é intimado a “apresentar comprovantes que fizeram gerar os saldos negativos de IRPJ referentes aos resultados apurados e encerrados em 31/12 dos anos de 1994; 1995, 1996 e 1997” (fl. 633); viii) em 30/05/2005, apresenta resposta à referida intimação afirmando estar apresentando os “comprovantes originais encaminhados pelas fontes pagadora, que compõem parte dos saldos negativos de IRPJ, referentes aos resultados apurados dos anos de 1995, 1996, 1997 emitidos pelas respectivas fontes pagadoras, contendo o valor da receita e o imposto retido na fonte, conforme relação anexa (doc. 06)” (fl. 751). Todavia, os documentos citados não podem ser encontrados nos autos; encontrase apenas uma lista de pagamentos, com suas fontes pagadores, que comporiam o saldo negativo em análise (927); ix) na mesma resposta, afirma que “referente ao item (03) do termo de intimação, referente a declaração informando as origens dos créditos devido ao período transcorrido não tivemos como levantar tais origens para a composição da declaração.”; x) Em 23/01/2012, é emitido o despacho decisório em que o crédito requerido não é reconhecido, embora declare a extinção dos débitos que se pretendia compensar, em razão de homologação tácita (fl. 990). Preliminarmente, indefiro o pedido de diligência, por entendêla impraticável. Se o contribuinte afirma que não pode apresentar os documentos que comprovariam o saldo negativo requerido, em razão do grande lapso de tempo desde a origem desse crédito, não há como crer que uma diligência fiscal teria resultado diferente. Também afasto a alegação de contradição entre o despacho decisório atacado e a manifestação da Administração Tributária contida no documento de fl. 273. O referido Fl. 1090DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.091 10 documento é um memorando do grupo de controle das restituições e compensações dirigido ao Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC). Nesse documento, não se afirma a liquidez e certeza dos requeridos créditos de saldo negativo, apenas se afirma que o valor desses créditos é superior ao valor dos débitos que se pretende compensar. Esse tipo de análise, chamada sumária, é procedimento usual na análise preparatória de emissão de certidão negativa, de competência do CAC. A formação do saldo negativo diz respeito a fatos pretéritos que devem ter sido oportunamente registrados na contabilidade do contribuinte, acompanhados da devida documentação. No caso de IRRF, o documento hábil a comprovar a retenção é o comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora dos rendimentos, nos termos do artigo 55 da Lei nº 7.450, de 19851. O principal argumento de defesa do recorrente é o alegado fato de não mais ser possível demonstrar o saldo negativo requerido em razão do grande lapso temporal existente entre o surgimento do crédito e a decisão de não reconhecêlo. Afirma que não é razoável a Administração Tributária exigir documentos de fatos ocorridos há doze anos atrás, quando a lei determina a guarda de documentos por apenas cinco anos. Todavia, o contribuinte foi instado a demonstrar o crédito pretendido já em fevereiro de 1999 (fl. 31), no mesmo mês em que formalizou o pedido de restituição/compensação. Os documentos apresentados não foram suficientes para comprovar o crédito, mormente diante das retificações apresentadas pelo contribuinte em agosto daquele ano. Em março de 2005, o contribuinte foi novamente intimado, agora para apresentar os comprovantes que fizeram gerar os saldos negativos de IRPJ (fl. 633). Em sua resposta, afirma apresentar os referidos comprovantes, o que não se verificou. Como se vê, o contribuinte foi intimado a comprovar o crédito pleiteado no mesmo mês em que ingressou com o seu pedido. O não atendimento dessa intimação já é razão suficiente para o indeferimento do pleito. Contudo, ele foi novamente intimado em 2005, seis anos após o pedido inicial, e também não atendeu satisfatoriamente ao que se pedia. Portanto, o fato de o despacho decisório ter sido emitido apenas em 2012 não é tão relevante, pois, nesse momento, não lhe foram exigidas mais provas. Assim, o procedimento narrado, mesmo que não tenha sido realizado em prazo ideal, não está eivado de nulidade ou mesmo de falta de razoabilidade. O contribuinte teve duas oportunidades para demonstrar, em tempo hábil, o seu crédito e não o fez. Ademais, o pedido de compensação é ação que pode vir a modificar a sua situação patrimonial, o que dá ensejo à guarda dos livros e documentos pertinentes, nos termos do artigo 264 do Decreto nº 3.000, de 1999 (RIR): Art. 264. A pessoa jurídica é obrigada a conservar em ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, os livros, documentos e papéis relativos a sua atividade, ou que se refiram a atos ou operações que 1 Art 55 O imposto de renda retido na fonte sobre quaisquer rendimentos somente poderá ser compensado na declaração de pessoa física ou jurídica, se o contribuinte possuir comprovante de retenção emitido em seu nome pela fonte pagadora dos rendimentos. Fl. 1091DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 10120.000246/9955 Acórdão n.º 1801002.203 S1TE01 Fl. 1.092 11 modifiquem ou possam vir a modificar sua situação patrimonial (DecretoLei nº 486, de 1969, art. 4º). Verificada a carência de liquidez e certeza do crédito alegado, o indeferimento da restituição é medida necessária para a garantia dos limites impostos pelo artigo 170 do Código Tributário Nacional. Por todo o exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso voluntário. Neudson Cavalcante Albuquerque (documento assinado digitalmente) Fl. 1092DF CARF MF Impresso em 26/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 13/01/2015 por NEUDSON CAVALCANTE ALBUQUERQUE, Assinado digitalmente em 20/01/2015 por ANA DE BARROS FERNANDES
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Numero do processo: 18108.000647/2007-83
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Sep 23 00:00:00 UTC 2010
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Período de apuração: 01/01/1999 a 31/12/2001
PREVIDENCIÁRIO. NFLD, CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE
SOCIAL. PRAZO PRESCRICIONAL. IMPOSSIBILIDADE
RECONHECIMENTO, De conformidade com o artigo 174 do Código
Tributário Nacional, o reconhecimento da prescrição do crédito tributário depende da constituição definitiva da exigência fiscal, que somente ocorrerá após decisão final na esfera administrativa, mesmo nos casos da lavratura de NFLD lançando contribuições já declaradas em GFIP, urna vez inexistir ação
de cobrança capaz de escorar a possibilidade de decretação da prescrição do débito.
PREVIDENCIÁRIO. NEW. CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE
SOCIAL PRAZO DECADENCIAL.
A teor da Súmula Vinculante n.° 08, o prazo para constituição de crédito relativo às contribuições para a Seguridade Social segue a sistemática do Código Tributário Nacional,
RECURSOS DE. OFÍCIO NEGADO E VOLUNTÁRIO PROVIDO EM PARTE.
Numero da decisão: 2401-001.412
Decisão: ACORDAM os membros do Colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em declarar a decadência do lançamento; e b) em negar provimento ao recurso de oficio. II) Por maioria de votos, em rejeitar a preliminar de prescrição argüida de oficio pelo relator. Vencidos os conselheiros Kleber Ferreira de Araújo (relator) e Elias Sampaio Freire, que votaram por reconhecer a prescrição. Designado para redigir o voto vencedor, na parte referente à prescrição, o Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira.
Nome do relator: RYCARDO HENRIQUE MAGALHÃES DE OLIVEIRA
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NFLD, CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL. PRAZO PRESCRICIONAL. IMPOSSIBILIDADE RECONHECIMENTO, De conformidade com o artigo 174 do Código Tributário Nacional, o reconhecimento da prescrição do crédito tributário depende da constituição definitiva da exigência fiscal, que somente ocorrerá após decisão final na esfera administrativa, mesmo nos casos da lavratura de NFLD lançando contribuições já declaradas em GFIP, urna vez inexistir ação de cobrança capaz de escorar a possibilidade de decretação da prescrição do débito. PREVIDENCIÁRIO. NEW. CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL PRAZO DECADENCIAL. A teor da Súmula Vinculante n.° 08, o prazo para constituição de crédito relativo às contribuições para a Seguridade Social segue a sistemática do Código Tributário Nacional, RECURSOS DE. OFÍCIO NEGADO E VOLUNTÁRIO PROVIDO EM PARTE. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, ACORDAM os membros do Colegiado, I) Por unanimidade de votos: a) em declarar a decadência do lançamento; e b) em negar provimento ao recurso de oficio. II) Por maioria de votos, em rejeitar a preliminar de prescrição argüida de oficio pelo relator. Vencidos os conselheiros Kleber Ferreira de Araújo (relator) e Elias Sampaio Freire, que votaram por reconhecer a prescrição. Designado para redigir o voto vencedor, na parte referente à prescrição, o Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Ms,;\ KLEBER FERREIRA DE ARA JO Relato' 2 ELIAS SAMPAIO FREIRE - Presidente RYCARDO HEIIQUE MAGALHÃES DE OLIVEIRA Redator Desigà Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Elias Sampaio Freire, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Kleber Ferreira de Araújo, Wilson Antônio Souza Corrêa, Igor Araújo Soares e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira.. Ausente os Conselheilos Cleusa Vieira de Souza e Marcelo Freitas de Souza Costa. Processo n° 18108 000647/2007-83 S2-C4TI Acórdão n " 2401-01.412 El 631 Relatório Trata-se da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito — NFLD n. 37.012,773-0, posteriormente cadastrada na RFB sob o número de processo constante no cabeçalho, contendo as contribuições patronais destinadas à Seguridade Social, para o financiamento dos benefícios acidentários (RAT) e para outras entidades e fundos. O crédito relativo ao período de 0111999 a 12/2001, com data de consolidação em 10/09/2007, assumiu o montante de R$ 2„377.588,92 (dois milhões, trezentos e setenta e sete mil, quinhentos e oitenta e oito reais e noventa e dois centavos). De acordo com o Relatório da NFLD, fls. 160/164, as contribuições foram apuradas através do confronto entre as contribuições declaradas pela empresa em Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social — GFIP e os recolhimentos efetuados pelo contribuinte. Foram incluídos na apuração o estabelecimento matriz e diversas obras de construção civil„ A empresa apresentou impugnação, fls. 411/425, a qual foi parcialmente acatada pela DRJ, fls. 583/606, que reconheceu a decadência para as competências de 01/1999 a 11/2001e 13/2001. Dessa decisão recorreu-se de oficio. Inconformada, a empresa apresentou recurso voluntário, fis 613/615, no qual pugna pelo reconhecimento da decadência para todas as competências. É o relatório. 4 Voto Vencido Conselheiro Kleber Ferreira de Araújo, Relator O recurso merece conhecimento, posto que preenche os requisitos de tempestividade e legitimidade. A única questão posta em discussão é a decadência do direito do fisco de lançar as contribuições relativas à competência 12/2001 Para iniciar essa análise é curial que se assinale que as contribuições em questão foram declaradas em GFIP, tendo o fisco apenas apurado as divergências entre os valores declarados e aqueles efetivamente recolhidos, Necessário, então, que se faça uma breve distinção entre os institutos da decadência e da prescrição quando aplicados na seara tributária. A decadência caracteriza-se pela perda do direito do fisco de efetuar o lançamento por decurso de tempo, já a prescrição é o castigo jurídico aplicado ao sujeito ativo por não exercer o direito de ação para recebimento de um crédito.. Nesse sentido, quando se fala em decadência, pressupõe-se que não há crédito tributário constituído, ou seja, a decadência vincula-se a perda do direito do fisco de efetuar o lançamento. A partir da constituição definitiva crédito, passa a fluir o prazo para cobrança judicial do tributo devido, esse chamado de prescricional. Não é mais novidade que a declaração na GFIP é ato constitutivo do crédito tributário, assim, quando o sujeito passivo declara que deve determinada contribuição, o fisco já pode, independentemente de lançar o tributo de oficio, inscrever' o crédito em dívida ativa, caso não haja a sua quitação após esgotados os recursos de cobrança administrativa amigável. Os tribunais pátrios .já pacificaram esse entendimento..Sobre o tema a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça editou a Súmula 436, que carrega a seguinte redação: A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito . fiscal, constituf o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco. Todavia, tempos passados, a Administração Tributária, por deficiências do sistema de gestão dos dados da GFIP, preferia lançar, mediante NFLD, as contribuições já declaradas. Tal situação, bastante comum, não chegava a nos afligir, tendo em vista o prazo prescricional de dez anos previsto no art. 46 da Lei n. n 8,212/1991. Meu entendimento é de que para essas situações não estamos diante de um novo lançamento, o que se passa, na verdade, é o acertamento de um crédito já constituído, tendo-se em conta a fragilidade do banco de dados referente às declarações prestadas pelo contribuinte. Tal permissão é dada pelo inciso IV do art 149 do CTN I . Se é certo que não se Art 149 O lançamento é efetuado e revisto de oficio pela autoridade administrativa nos seguintes casos: ) Processo n° / 8108 000647/2007-83 S2-C4T1 Acórdão 11 ." 2401-01.412 Fl. 632 podia falar categoricamente na existência de erro nas declarações prestadas na GF1P, é certo também que a falta de confiabilidade do sistema, seria motivo para se aferir a justeza das informações prestadas, recaindo-se na hipótese de revisão de lançamento acima mencionada. Com a edição da Súmula Vinculante n.° 08, a aplicação do prazo de cinco anos para prescrição trouxe com muita constância, para os julgamentos administrativos, a alegação de que, na contagem do prazo para a perda do direito da Fazenda de executar os créditos, dever-se-ia ter corno marco inicial a data de entrega da GFIP. Na situação posta a análise, verificamos que a totalidade das contribuições lançadas tinham sido objeto de declaração em GFIP. Diante do exposto concluo que no momento do lançamento (09/2007) já havia ocorrido a prescrição para as contribuições lançadas (01/1999 a 12/2001). Diante de todo o exposto, voto por negar provimento ao recurso de oficio, haja vista que o efeito prático do reconhecimento da decadência e da prescrição é o mesmo, e dar provimento ao recurso voluntário reconhecendo a prescrição para a competência 12/2001. Sala das Sessões, em 23 de setembro de 2010 \g‘k WAA KLEBER FERREIRA DE ARA JO — Relator 1V - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; (—) Voto Vencedor Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Redator Designado Não obstante as sempre bem fundamentadas razões do ilustre Conselheiro Relator, peço vênia para manifestar entendimento divergente, por vislumbrar na hipótese vertente conclusão diversa da adotada pelo nobre julgador, quanto à prescrição, como passaremos a demonstrar, DA PRESCRIÇÃO Preliminarmente, pretende a contribuinte o reconhecimento da prescrição do crédito previdenciário, relativamente às contribuições devidamente declaradas em GFIP's, as quais são admitidas como instrumento confissão de divida, conforme preceitua o artigo 225, inciso IV, e §§ I°, 3' e 4", do Decreto n° 1048/99, como segue: " Art. 225 A empresa é também obrigada a: [ 1 IV - infbrmar mensalmente ao Instituto Nacional do Seguro Social, por intermédio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência na forma por ele estabelecido, dados cadastrais, todos os fatos geradores de contribuição previdenciária e outras informações de interesse daquele Instituto; [1 § 1" As informações prestadas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social servirão como base de cálculo das. contribuições arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários, bem como constituir- se-ão em termo de confissão de dívida, na hipótese do não- recolhimento I. 1 § 3"A Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social é exigida relativamente a fatos geradores ocorridos a partir de janeiro de 1999. § 4" O preenchimento, as infOrmações prestadas e a entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Infbimações à Previdência Social são de inteira responsabilidade da empresa Aliás, a legislação de regência, corroborada pela jurisprudência de nossos Tribunais Superiores, já sedimentou o entendimento de que as GFIP's, a exemplo das DCTF's, se constituem instrumentos de constituição do crédito tributário, passíveis, portanto, de serem objeto de execução fiscal, independentemente de lançamento de oficio É o que se extrai da 6 Processo n' 18108 000647/2007-83 S2-C4T1 Acórdão n 2401-01412 Fl 633 Súmula n" 4.36 do Superior Tribunal de Justiça, devidamente transcrita no voto do ilustre Relator. Por sua vez, a Lei if 1 L941/2009, estabeleceu em seu artigo 53 que as prescrição dos créditos tributários poderão ser reconhecidas de oficio pela autoridade administrativa, senão vejamos: "Art. .53. A prescrição dos créditos tributários pode ser reconhecida de ofício pela autoridade administrativa." Diante dos fatos acima elencados, parte dos julgadores passaram a entender que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais — CARF poderia reconhecer de oficio ou a pedido a prescrição de créditos previdenciários constituídos mediante GFIP's. Na hipótese dos autos, o nobre Relator entendeu por bem acolher a prescrição parcial da exigência fiscal, aduzindo que o termo inicial de aludido prazo começaria a contar da data da informação dos fatos geradores em GFIP's, findando-se quando da lavratura da NFLD. Em relação aos fatos geradores não alcançados pela prescrição na formalização na notificação fiscal, o prazo ficaria suspenso até decisão final na esfera administrativa, transitada em julgado, oportunidade em que passaria a correr novamente. Em que pese entender o raciocínio jurídico empreendido pelo ilustre Conselheiro Relator, não vislumbro dispositivo legal capaz de escorar referido posicionamento, senão vejamos. Como é de conhecimento daqueles que lidam com o direito tributário, a prescrição encontra-se regulamentada no artigo 174 do Código Tributário Nacional, que assim prescreve: "Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: — pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp n° 118, de 2005) II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrOndicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Como se observa da norma legal encimada, vários são os pré-requisitos para a constatação da prescrição, dentre eles a necessidade da constituição definitiva do crédito tributário. Ora, se a legislação de regência, inobstante reconhecer a GFIP como instrumento de constituição do crédito previdenciário, não impede a lavratura de NFLD 7 exigindo as contribuições lançadas em GFIP, como o próprio Relator inferiu em seu voto, não podemos concluir que se assim o for o crédito estará constituído definitivamente. Em outras palavras, na hipótese de lavratura de notificação fiscal exigindo contribuições informadas em GFIP's, devidamente contestada mediante impugnação, não há que se falar em constituição definitiva do crédito previdenciário, urna vez que será objeto de análise de sua procedência na via administrativa, podendo não prosperar em razão de vários motivos (decadência, nulidades ou mérito). Assim, estando o débito sob o crivo das autoridades julgadoras administrativas inexiste liquidez e certeza capaz de amparar urna eventual ação de cobrança, única hipótese em que poderá ser reconhecida a prescrição, eis que se caracteriza corno perda do direito do exigir o crédito em face do lapso temporal de 05 (cinco) anos. A jurisprudência judicial não discrepa desse entendimento, consoante se positiva do julgado com sua ementa abaixo transcrita, in verbis: I:. PI apresentação de DCTF, há muito, fii considerada pelo STF como substitutiva da necessidade do lançamento de oficio. Orientação reafirmada pelo STI - Á DCTF, contudo, não implica lançamento 'definitivo', pois não impede o Fisco de conferi-la e de proceder a lançamento de oficio conforme entender correto, assim como o Auto de Iufração ou a NFLD também não o são quando objeto de impugnação ou recurso. Só se considera que há a 'constituição definitiva' do crédito tributárÈw_y_ão_Jnai_:,s_p.f.__p_Ltssívelderevisão.-Ora prescricional do art. 174 do CTN só se inicia após tornado definitivo o lançamento de oficio, ou na hipótese de existência de DCTF, considerada esta como definitivamente substitutiva do lan amento de o !cio ue não mais se #ode realizar em riréjarkutesdrarLik_p_riénnaza decadencial, mas havendo DCTF, o prazo rescricional no qual poderá ainda o Fisco encaminhar a DCTF para inscrição em dívida ativa, de modo a viabilizar, mediante expedição de CDA, a Execução Fiscal.." (TRF da 4n Região - 1 a Turma - AMS n° 1998. 04.01.093974-2/RS, abr./02) (grifamos) A fazer prevalecer esse entendimento, extrai-se do captei do artigo 174 do Códex Tributário que "A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva, [..]" Partindo dessa premissa (ação de cobrança) inexiste fundamento legal para se reconhecer a prescrição em sede de discussão administrativa, eis que sequer o crédito tributário encontra-se constituído definitivamente, não sendo, portanto, passível de ação de cobrança. E, inexistindo ação de cobrança, como exige o dispositivo legal retromencionado, não se pode cogitar em prescrição. Não bastasse isso, a prosperar o entendimento consubstanciado no voto divergido, teríamos que admitir a suspensão do prazo prescricional, o que não se encontra estabelecido no bojo do artigo 174 do CTN, o qual somente contempla hipóteses de interrupção de referido prazo, em seu parágrafo único e incisos. Dessa forma, em nosso entendimento, o disposto no artigo 53 da Lei n° 11.941/2009, somente possibilita a autoridade administrativa preparadora, de oficio, \V", Processo n" 18108 000647/2007-83 S2-C4T1 Acói dão n " 2401-01.412 F1 634 reconhecer a prescrição. Melhor elucidando, urna vez constituído o crédito tributário definitivamente, antes de enviar o débito para inscrição em dívida ativa, poderá a autoridade fazendária reconhecer a prescrição e deixar de determinar a inscrição de crédito já fulminado por aquele instituto, causa de extinção da exigência fiscal, nos termos do artigo 156, inciso V, do Código Tributário Nacional, Nessa toada, não compete ao CARF reconhecer a prescrição, de oficio ou não. Defendemos, por conseguinte, que o artigo 5.3 da Lei IV 1 L941/2009, não se aplica aos órgãos Julgadores administrativos, Isto porque, inexiste à toda evidência ação de cobrança, passível de reconhecimento da prescrição. Ora, não se cogitando em constituição definitiva do crédito previdenciário, não há se falar em prescrição. Nessa linha de raciocínio, a lavratura de notificação fiscal exigindo contribuições previdenciárias declaradas em GFIP e eventuais diferenças, nada mais é do que a desconsideração daquele primeiro autolançamento (GFIP), oportunizando, inclusive, ao contribuinte se insurgir contra a exigência fiscal. Corno se vê, esse "novo" lançamento, além de objetivar conferir maior segurança aos créditos previdenciários, não representa qualquer prejuízo ao contribuinte, que terá a possibilidade de se manifestar contra o crédito tributário constituído a partir de NFLD. Ocorrendo tal circunstância, o prazo que deverá ser observado é o decadencial e não o prescricional, uma vez que o Fisco desconsiderou o autolançamento promovido pelo contribuinte.. A propósito da matéria, dissertou com muita propriedade a ilustre Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, nos autos do processo administrativo n° 1.3017,000123/2007-98, Recurso n° 156,065, de onde peço vênia para transcrever excerto do voto e adotar como razões de decidir, in verbis: "ri Divirjo do entendimento do ilustre relator quanto a aplicação do instituto da prescrição em relação ao levantamento FP1 constante do lançamento em questão_ Realmente, como regra geral do direito tributário, os débitos já confessados prescindem do lançamento fiscal; portanto deveria ser observado o disposto no art. 174 do CTN e não o disposto nos artigos 150, parágrafo 4° e 1 73, inciso I do CTN Entretanto, a Previdência Social utilizava regra especifica, O procedimento adotado pela Receita Previdenciária à época do lançamento era de que independentemente de os valores constarem em GFIP seria necessária a lavratura de NFLD para cobrança administrativa e judicial dos valores. Ora, não nos compete neste momento discutir se era ou não necessária a 'ao-atura de NFLD, ou mesmo o porquê de tal procedimento, tendo em vista que .fbra realizado o lançamento desconsiderando os valores "confessados" pelo contribuinte. Sendo assim, devemos observar que se a autoridade fiscal, seja por excess-o de prudência ou desconfiança de seus sistemas, procedeu ao lançamento de ofício, deve-se levar em conta que havia um prazo para confecção do mesmo, e tal prazo encontra respaldo nos artigos 1,50, parágrafo 4 do CTN e 1 73, inciso Ido CTN Relevante, destacar que o procedimento adotado pelo .fisco previdenciário não trouxe qualquer prejuízo ao contribuinte, pelo contrário contrário, dito procedimento desconsiderou os valores lançados, abrindo ao contribuinte a oportunidade de discutir os mesmos cai sede administrativa, o que favorece o contraditório e ampla defesa. Não se pode esquecer que o termo a quo do prazo previsto no art 174 do CTN ocorre com a constituição definitiva Se havia a necessidade de lançamento, no entender da Receita Previdenciária, o termo de inicio da contagem do pivzo prescricional não tem inicio enquanto não lbr julgado de forma definitiva as impugnações apresentadas pelo sujeito passivo. In casu, o contribuinte utilizou-se da via administrativa para impugnar o lançamento, portanto não há que se falar em .fluência do prazo prescricional, posto inexistir lançamento definitivo. Entendo aplicável a contagem do prazo de prescrição apenas para os casos em que houve a confissão de valores, mas sem lançamento realizado pela .fiscalização, Se os valores foram lançados em NFLD há que se aplicar as regras previstas de decadência no CTN. Outro ponto que entendo torna ainda mais frágil a tese adotado pelo relator, é que para adoção do prazo de prescrição haveria de se indicar precisamente a data em que o contribuinte procedeu a confissão de valores pela declaração em GHP e não :simplesmente presumir que todas as GFIP foram entregues na data correta NO caso, faria-se necessário identificar precisamente a data de cada declaração para só desta data iniciar o prazo prescricional, mas reforço que entendo que essa tese só é cabível na inexistência de lançamento de oficia Assim, entendo que ao recurso em questão deve ser adotado o instituto da decadência, razão porque passo a proferir meu entendimento acerca da matéria. [. Na esteira desse entendimento, rejeito a preliminar de prescrição do crédito previdenciário, por absoluta ausência de previsão legal para o seu reconhecimento em sede de discussão administrativa, não estando, portanto, o débito constituído definitivamente. Saia das Sessões em 93 de setembro de 2010 RYCARDO- 0. R7.--IQÜE MAGALHÃES DE OLIVEIRA Redator Desjp do 10 kx /MINISTÉRIO DA FAZENDA -CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS •' QUARTA CÂMARA - SEGUNDA SEÇÃO Processo nõ: 18108.000647/2007-83 ,Recurso IV: 171.982 TERMO DE INTIMAÇÃO Em cumprimento ao disposto no parágrafo 30 do artigo 81 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria Ministerial ri° 256, de 22 de junho de 2009, intime-se o(a) Senhor(a) Procurador(a) Representante da Fazenda Nacional, credenciado junto à Quarta Câmara da Segunda Seção, a tomar ciência do Acórdão if 2401-01.412 Brasília 20-. e outubro de 2010 ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente da Quarta Câmara Ciente, com a observação abaixo: Apenas com Ciência [ 1 Com Recurso Especial [ 1 Com Embargos de Declaração Data da ciência: / / Procurador (a) da Fazenda Nacional
score : 1.0
Numero do processo: 10480.016066/2002-90
Turma: Primeira Turma Ordinária da Terceira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Dec 11 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Feb 11 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/04/1999 a 31/07/2002
PIS. BASE DE CÁLCULO. ALTERAÇÃO DA LEI N.º 9.718/98. INCONSTITUCIONALIDADE.
Declarada a inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei n.º 9.718/1998 pelo plenário do STF, em sede de controle difuso, e tendo sido, posteriormente, reconhecida por aquele Tribunal a repercussão geral da matéria em questão e reafirmada a jurisprudência adotada, deliberando-se, inclusive, pela edição de súmula vinculante, deixa-se de aplicar o referido dispositivo, conforme autorizado pelos Decretos n.ºs 2.346/97 e 70.235/72 e pelo Regimento Interno do CARF.
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PROVA.
Cabe ao contribuinte o ônus de comprovar as alegações que oponha ao ato administrativo. Inadmissível a mera alegação da existência de um direito.
PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIA. INDEFERIMENTO.
A diligência e a perícia não se prestam para produzir provas de responsabilidade das partes.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 3301-002.513
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente.
(assinado digitalmente)
Sidney Eduardo Stahl - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente), Maria Teresa Martinez Lopez, Andrada Márcio Canuto Natal, Mônica Elisa de Lima, Luiz Augusto do Couto Chagas e Sidney Eduardo Stahl.
Nome do relator: SIDNEY EDUARDO STAHL
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração: 01/04/1999 a 31/07/2002 PIS. BASE DE CÁLCULO. ALTERAÇÃO DA LEI N.º 9.718/98. INCONSTITUCIONALIDADE. Declarada a inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei n.º 9.718/1998 pelo plenário do STF, em sede de controle difuso, e tendo sido, posteriormente, reconhecida por aquele Tribunal a repercussão geral da matéria em questão e reafirmada a jurisprudência adotada, deliberandose, inclusive, pela edição de súmula vinculante, deixase de aplicar o referido dispositivo, conforme autorizado pelos Decretos n.ºs 2.346/97 e 70.235/72 e pelo Regimento Interno do CARF. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PROVA. Cabe ao contribuinte o ônus de comprovar as alegações que oponha ao ato administrativo. Inadmissível a mera alegação da existência de um direito. PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIA. INDEFERIMENTO. A diligência e a perícia não se prestam para produzir provas de responsabilidade das partes. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 48 0. 01 60 66 /2 00 2- 90 Fl. 383DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10480.016066/200290 Acórdão n.º 3301002.513 S3C3T1 Fl. 384 2 (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Rodrigo da Costa Pôssas (Presidente), Maria Teresa Martinez Lopez, Andrada Márcio Canuto Natal, Mônica Elisa de Lima, Luiz Augusto do Couto Chagas e Sidney Eduardo Stahl. Fl. 384DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10480.016066/200290 Acórdão n.º 3301002.513 S3C3T1 Fl. 385 3 Relatório Trata o presente de auto de infração referente a diferenças de recolhimento de PIS por conta de constatação de que havia divergências entre os valores declarados e os valores escriturados conforme descrito no Relatório de Auditoria Fiscal, às fls. 16/19. Os valores lançados são decorrentes das contas de receitas de venda e de receitas financeiras (outras receitas) acrescidas de multa de ofício de 75%. Em sua defesa a impugnante apontou que o lançamento deveria ter sido acompanhado de documentos comprobatórios do ilícito e requereu a realização de perícia contábil, indicando assistente técnico e apresentando quesitos. Que o autuante aplicou multa de 75% sobre a totalidade dos valores, configurando flagrante confisco, além de acrescer juros de mora sem ao menos demonstrar o percentual aplicado, evidenciando, em seu entendimento, a nulidade do auto de infração e ainda que esse percentual extrapola o limite de 20% previsto no artigo 61, § 2° da Lei n.º 9.430/1996. A DRJ de Recife/PE julgou improcedente a impugnação com base na seguinte ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/04/1999 a 31/07/2002 Ementa: AUTO DE INFRAÇÃO — NULIDADE — Não há que se falar em nulidade de auto de infração lavrado por autoridade competente e que tenha observado os requisitos previstos na legislação processual fiscal. DILIGÊNCIA/PERÍCIA — INDEFERIMENTO DE SOLICITAÇÃO — A solicitação quanto à realização de diligências e/ou perícias há de ser indeferida quando a autoridade julgadora concluir serem tais exames prescindíveis ou impraticáveis. LANÇAMENTO DE OFÍCIO — PENALIDADE — A multa a ser aplicada em lançamento de oficio é a prevista no artigo 44 da Lei n° 9.430/1996. INCONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS Não se encontra abrangida pela competência da autoridade tributária administrativa a apreciação da inconstitucionalidade das leis, vez que, neste juízo, os dispositivos legais se presumem revestidos do caráter de validade e eficácia. Lançamento Procedente Apresenta a recorrente o presente Recurso Voluntário reprisando os mesmos elementos que os apontados na impugnação. Fl. 385DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10480.016066/200290 Acórdão n.º 3301002.513 S3C3T1 Fl. 386 4 É o que importa relatar. Fl. 386DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10480.016066/200290 Acórdão n.º 3301002.513 S3C3T1 Fl. 387 5 Voto Conselheiro Sidney Eduardo Stahl, O recurso é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade, portanto dele tomo conhecimento. Três pontos devem ser analisados no presente auto: o um, a existência ou não dos valores devidos; o dois, a multa aplicada; e, o três, a perícia requerida. Quanto aos valores lançados tenho que tem razão parcial a Recorrente porquanto com a declaração de inconstitucionalidade do § 1º do artigo 3º da Lei n.º 9.718/1998 tenho que não pode ser mantido o lançamento de PIS sobre as receitas financeiras da mesma. Como se sabe, o Pleno do Egrégio Supremo Tribunal Federal (STF) julgou indevida ampliação da base de cálculo do PIS e da COFINS pelo § 1º do art. 3º da Lei n.º 9.718/1998 no julgamento dos Recursos Extraordinários n.ºs 357.950/RS, 358.273/RS, 390840/MG, Relator Ministro Marco Aurélio, conforme ementa abaixo colacionada: CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente. TRIBUTÁRIO INSTITUTOS EXPRESSÕES E VOCÁBULOS SENTIDO. A norma pedagógica do artigo 110 do Código Tributário Nacional ressalta a impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou implicitamente. Sobrepõese ao aspecto formal o princípio da realidade, considerados os elementos tributários. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PIS RECEITA BRUTA NOÇÃO INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 9.718/98. A jurisprudência do Supremo, ante a redação do artigo 195 da Carta Federal anterior à Emenda Constitucional nº 20/98, consolidouse no sentido de tomar as expressões receita bruta e faturamento como sinônimas, jungindoas à venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços. É inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade das receitas auferidas por pessoas jurídicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da classificação contábil adotada. Destacase, nesse aspecto, que a matéria foi reconhecida como de “Repercussão Geral” e julgada pelo Supremo Tribunal Federal, conforme decisão proferida no RE 585.235, abaixo colacionado: Fl. 387DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10480.016066/200290 Acórdão n.º 3301002.513 S3C3T1 Fl. 388 6 Decisão: O Tribunal, por unanimidade, resolveu questão de ordem no sentido de reconhecer a repercussão geral da questão constitucional, reafirmar a jurisprudência do Tribunal acerca da inconstitucionalidade do § 1º do artigo 3º da Lei 9.718/98 e negar provimento ao recurso da Fazenda Nacional, tudo nos termos do voto do Relator. Vencido, parcialmente, o Senhor Ministro Marco Aurélio, que entendia ser necessária a inclusão do processo em pauta. Em seguida, o Tribunal, por maioria, aprovou proposta do Relator para edição de súmula vinculante sobre o tema, e cujo teor será deliberado nas próximas sessões, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que reconhecia a necessidade de encaminhamento da proposta à Comissão de Jurisprudência. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 10.09.2008. Assim, considerandose o disposto no art. 62A da Portaria MF n.º 256, de 22 de junho de 2009, alterada pela Portaria MF n.º 586, de 21 de dezembro de 20101 (Regimento Interno do CARF), os Conselheiros do CARF são obrigados a aplicar as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, e assim, devemos afastar a tributação do PIS e da COFINS exigidas com base no disposto no art. 3º, § 1º, da Lei n.º 9.718, de 1998. Entretanto, tenho que os demais valores devem ser mantidos porque a contribuinte somente alegou que os mesmos não eram devidos, não careando provas suficientes para oporse ao ato administrativo e do mesmo modo que o Decreto n.º 70.235/1972 estabelece, em seu artigo 9º a obrigatoriedade da autoridade fiscal traduzir por provas os fundamentos do lançamento, também atribui ao contribuinte, no inciso III do artigo 16, o ônus de comprovar as alegações que oponha ao ato administrativo. Em verdade, este dispositivo legal apenas transfere, para o processo administrativo fiscal, o sistema adotado pelo Código de Processo Civil, que, em seu artigo 333, ao repartir o ônus probandi, o faz inadmitindo a mera alegação e a negação geral. Quanto ao pedido de diligência formulado, tenho que não pode ser acolhido. A solicitação de realização de diligências tem fundamento no poder instrutório geral conferido à Administração Pública para levantar informações necessárias para a decisão administrativa. Assim, no processo administrativo, é possível requisitar, ao interessado ou a terceiros, a exibição de documentos e complementação de dados, nos limites normativamente estabelecidos. Pela sua própria natureza, é esperado que o cumprimento de uma diligência faça com que sejam agregadas ao processo administrativo um conjunto de informações que não 1 Art. 62A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. (alterações introduzidas pela Port. MF nº 586, de 21 de dezembro de 2010–DOU de 22.12.2010). Fl. 388DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS Processo nº 10480.016066/200290 Acórdão n.º 3301002.513 S3C3T1 Fl. 389 7 fazia parte dos elementos inicialmente apresentados. Esses dados serão utilizados como fundamento para a futura decisão administrativa. Em resumo: diligência serve para esclarecer, não para produzir prova e não é somente meu esse entendimento, vejamos: PAF PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIA E PERÍCIA INDEFERIMENTO A diligência e a perícia não se prestam para produzir provas de responsabilidade das partes ou colher juízo de terceiros sobre a matéria em litígio, mas a trazer aos autos elementos que possam contribuir para o deslinde do processo. Devem ser indeferidos os pedidos prescindíveis para o desfecho da lide. (Acórdão 10421.032, de 13/09/2005) Nesse sentido, não tendo sido produzidas pela Recorrente as provas que deveria produzir, não há para esse conselheiro qualquer caminho senão votar pela improcedência do recurso voluntário quanto a esse ponto. Com relação à multa aplicada, é preciso esclarecer, não se trata de multa moratória, à qual poderia ser aplicado o limite apontado pela Recorrente em sua peça recursal, mas multa de ofício, cujo montante é de 75%, nada havendo a ser alterado. Desse modo, voto por julgar parcialmente procedente o presente recurso para excluir do lançamento os valores lançados sobre as receitas financeiras com fundamento na declaração de inconstitucionalidade do § 1º do artigo 3º da Lei n.º 9.718/1998. (assinado digitalmente) Sidney Eduardo Stahl Relator Fl. 389DF CARF MF Impresso em 11/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 15/01/2015 por SIDNEY EDUARDO STAHL, Assinado digitalmente em 09/02/2015 por RODRIGO DA COSTA POSSAS
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Numero do processo: 36266.010550/2006-67
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Dec 04 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Dec 10 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/1999 a 31/08/2004
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO DE SEGURADOS. VALORES DECLARADOS EM GFIP.
As informações constantes da GFIP servirão de base de cálculo das contribuições sociais devidas pelos segurados empregados e contribuintes individuais.
A GFIP se constitui em termo de confissão de dívida caso os valores declarados não tenham sido recolhidos.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 2803-003.929
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
(Assinado digitalmente)
Helton Carlos Praia de Lima Presidente e Relator
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Oseas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Amilcar Barca Teixeira Junior e Ricardo Magaldi Messetti.
Nome do relator: HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
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STELIO LEAL PESSANHA S/C. LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/1999 a 31/08/2004 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO DE SEGURADOS. VALORES DECLARADOS EM GFIP. As informações constantes da GFIP servirão de base de cálculo das contribuições sociais devidas pelos segurados empregados e contribuintes individuais. A GFIP se constitui em termo de confissão de dívida caso os valores declarados não tenham sido recolhidos. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (Assinado digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima – Presidente e Relator Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Helton Carlos Praia de Lima, Oseas Coimbra Júnior, Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Amilcar Barca Teixeira Junior e Ricardo Magaldi Messetti. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 36 26 6. 01 05 50 /2 00 6- 67 Fl. 97DF CARF MF Impresso em 11/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 08/ 12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA 2 Relatório DO LANÇAMENTO Tratase de crédito tributário lançado contra o contribuinte acima identificado, correspondente as contribuições sociais a cargo da empresa, destinadas Seguridade Social, inclusive para o financiamento das prestações por acidente do trabalho SAT, bem como às devidas a outras entidades (Terceiros), referente a diferença apurada entre os valores declarados em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social GFIP e os recolhidos em guias de recolhimento – GPS, período de 01/99 a 08/04, conforme consta do Relatório Fiscal (fls. 59/61). DA IMPUGNAÇÃO O contribuinte foi cientificado do lançamento fiscal, apresentando impugnação. A decisão de primeira instância, 8a Turma da DRJ/SPOII, julgou procedente o lançamento fiscal, mantendo o crédito tributário exigido. DO RECURSO VOLUNTÁRIO Cientificado da decisão de primeira instância administrativa fiscal o contribuinte apresentou recurso voluntário, alegando em síntese: em momento algum agiu de máfé; encontrase em dificuldade financeira e teve que priorizar o pagamento da folha de salários; agiu de boafé, não se furtar de pagar o devido, apenas objetiva um parcelamento (mais de 60 meses) que seja compatível com sua situação econômica; o efeito suspensivo do crédito tributário, a reforma da decisão recorrida e a concessão de parcelamento em quantidade superior a 60 (sessenta) meses em razão da boafé. É o relatório. Fl. 98DF CARF MF Impresso em 11/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 08/ 12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 36266.010550/200667 Acórdão n.º 2803003.929 S2TE03 Fl. 98 3 Voto Conselheiro Helton Carlos Praia de Lima, Relator O Recurso Voluntário é tempestivo, preenche os requisitos de admissibilidade, razão pela qual será analisado. Consta do Relatório Fiscal (fls. 59/61) que o crédito tributário correspondente as contribuições sociais a cargo da empresa, destinadas Seguridade Social, inclusive para o financiamento das prestações por acidente do trabalho SAT, bem como às devidas a outras entidades (Terceiros), referente a diferença apurada entre os valores das contribuições sociais dos segurados declarados em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social GFIP e os recolhidos em guias de recolhimento – GPS, período de 01/99 a 08/04. DOS FATOS GERADORES DECLARADOS EM GFIP O crédito tributário se fundamentou nos dados declarados em GFIP, documento elaborado pelo próprio recorrente, onde informa todos os fatos geradores de contribuições sociais, sendo instrumento bastante para a lavratura da respectiva notificação uma vez que contém todos os elementos necessários ao lançamento fiscal. A lei 8.212/91, art. 32, inciso IV, determina que a empresa entregue a GFIP com os fatos geradores pertinentes, de forma correta, e assim deve ser a presunção da Fazenda Nacional, tanto que, para desconstituir o que declarado em GFIP, somente através de provas coletadas em procedimento fiscal específico ou através de outros documentos comprobatórios trazidos pelo contribuinte onde fique evidenciado que errou ao preencher o documento. O decreto 3.048/99, em seu art. 225, inciso IV e §1°, determina ainda que a GFIP se constitui em termo de confissão de dívida caso os valores declarados não tenham sido recolhidos. Fica assim demonstrado que o contribuinte não trouxe nenhum elemento que desconstituísse o que declarado em GFIP e devidamente lançado pela fiscalização. Constatado o não recolhimento dos valores declarados em GFIP, agiu correto a fiscalização em fazer o lançamento fiscal. Destarte, a dificuldade financeira e a boafé do contribuinte não são suficientes para reformar a decisão recorrida, nem para a desconstituição do crédito lançado. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF não é competente para analisar pedido de parcelamento, que deve ser feito à autoridade fiscal preparadora, na forma da legislação. Decorre do art. 151, inciso III, do CTN, a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, impossibilitando o fisco de inscrever em divida ativa. Destarte, a Fl. 99DF CARF MF Impresso em 11/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 08/ 12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA 4 exigibilidade do crédito permanecerá suspensa enquanto não estiver definitivamente julgada na esfera administrativa. O crédito tributário encontrase revestido das formalidades legais do art. 142 e § único, e artigos 97 e 114, todos do CTN, com período apurado, discriminação dos fatos geradores por intermédio do Relatório Fiscal, com Discriminativo Analítico do Débito – DAD, as Instruções para o Contribuinte – IPC, os Fundamentos Legais do Débito – FLD, e demais informações constantes dos autos, consoante artigo 33 da Lei 8.212/91. CONCLUSÃO: Pelo exposto, voto por negar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima Fl. 100DF CARF MF Impresso em 11/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 08/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA, Assinado digitalmente em 08/ 12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
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