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Numero do processo: 17613.722280/2012-47
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Tue May 09 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2010
IRPF. ISENÇÃO MOLÉSTIA GRAVE MATÉRIA NÃO IMPUGNADA.
Considerar-se-á não impugnada a infração apontada no lançamento que o contribuinte não tenha expressamente contestado em fase recursal
LANÇAMENTO SUPLEMENTAR. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
As contribuições pagas por empregadores domésticos são dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda pessoa física.
Numero da decisão: 2202-003.789
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso.
(Assinatura digital)
MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA - Presidente.
(Assinatura digital)
JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO - Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada .
Nome do relator: JUNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO
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ISENÇÃO MOLÉSTIA GRAVE MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. Considerarseá não impugnada a infração apontada no lançamento que o contribuinte não tenha expressamente contestado em fase recursal LANÇAMENTO SUPLEMENTAR. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS As contribuições pagas por empregadores domésticos são dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda pessoa física. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso. (Assinatura digital) MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA Presidente. (Assinatura digital) JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada . AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 17 61 3. 72 22 80 /2 01 2- 47 Fl. 96DF CARF MF 2 Relatório Por bem descrever os fatos, adoto o relatório da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo (SP) Em procedimento de revisão da Declaração de Ajuste Anual 2011, anocalendário 2010, da contribuinte acima identificada, procedeuse ao lançamento de ofício, originário da apuração das infrações abaixo descritas, por meio da Notificação de Lançamento do Imposto de Renda Pessoa Física, lavrada em 07/08/2012, de fls. 45/49 (...) Omissão de Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica Confrontando o valor dos Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica declarados, com o valor dos rendimentos informados pelas fontes pagadoras em Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – Dirf, para o titular e/ou dependentes, constatouse omissão de rendimentos sujeitos à tabela progressiva, no valor de R$ 55.435,64, conforme relacionado abaixo. Na apuração do imposto devido, foi compensado o Imposto de Renda Retido (IRRF) sobre os rendimentos omitidos no valor de R$ 0,00. DA IMPUGNAÇÃO Devidamente intimada das alterações processadas em sua declaração, a contribuinte apresentou impugnação por meio do instrumento de fls. 02/03, alegando, em síntese, que: é pensionista do DINIT e portadora de Alzheimer e Parkinson. Apresentou DIRPF retificadora para obter os valores de IR descontados. Recebeu a Notificação de Lançamento e apresentou Solicitação de Retificação de Lançamento; quando da retificação da declaração original, o programa zerou a contribuição previdenciária de empregada doméstica por não haver proventos tributáveis, gerando a infração constante na notificação; assim, solicita a anulação da declaração retificadora para prevalecer a original. Anexa documentos e solicita análise da impugnação. Na fl. 08 consta Resultado da Solicitação de Retificação de Lançamento – SRL, emitida em 08/10/2012, cuja ciência à contribuinte deuse em 23/10/2012, em que se verifica no campo “Complementação da Descrição dos Fatos”: A contribuinte não apresentou laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo negou provimento à Impugnação em decisão cuja ementa é a seguinte: Fl. 97DF CARF MF Processo nº 17613.722280/201247 Acórdão n.º 2202003.789 S2C2T2 Fl. 97 3 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2010 Ementa: IRPF ISENÇÃO MOLÉSTIA GRAVE NÃO COMPROVAÇÃO A comprovação da moléstia grave deverá ser realizada mediante laudo pericial contendo requisitos mínimos necessários, tais como a especificação da data em que a doença foi contraída, o prazo de validade do laudo, e emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. É literal a interpretação da legislação tributária que dispõe sobre isenção, de acordo com o artigo 111 do Código Tributário Nacional. Cientificada da decisão acima transcrita (AR fls.88), a contribuinte apresentou o Recurso Voluntário de fls. 90/93, no qual requer o cancelamento do lançamento complementar ocasionado por equívoco do Auditor da Receita Federal que, ao analisar a Declaração Retificadora elaborou nova Declaração e não lançou os descontos referentes a Contribuição Previdenciária a Empregada Domestica, fartamente documentado neste processo 2011/5328390723790, como também este desconto não foi considerado pela relatora na decisão do Acórdão da 22ª Turma de Julgamento da DRJ/SPO em 07.12.2015, o que torna nulo ou improcedente o lançamento do imposto suplementar. É o relatório Voto Conselheira Relatora JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO O recurso preenche os pressupostos legais de admissibilidade, motivo pelo qual, dele conheço. Conforme se verifica pelo trecho do recurso abaixo transcrito, a Recorrente reconhece que os laudos médicos apresentados eram de datas posteriores às da declaração retificada: Com base no exposto acima e analisando os documentos já anexados ao processo de notificação de lançamento 2011/532783390723790 e descritos acima, procurouse os benefícios da Lei com a isenção de impostos aos declarantes possuidores de doenças ou moléstias graves mediante a apresentação de Laudos Médicos Oficiais, mas para o caso em tela os Laudos eram de data posterior a referida Declaração, então solicitase a Impugnação do lançamento de Imposto Fl. 98DF CARF MF 4 Suplementar com a anulação da Declaração Retificadora, entregue a Receita Federal em 29.07.2012 às 19:31 horas, via internet, tendo recebido o Recibo de Número 21.10.70248205, retornandose a Declaração Original, aquela entregue à Receita Federal em 28/04/2011 às 19:59 horas, via internet, tendo recebido o Recibo de Número 14.77.58.4.7847, onde está declarado o desconto da Contribuição Previdenciária a Empregada Doméstica no valor de R$ 810,00, devidamente comprovado com os documentos anexados a Impugnação nº 2011/90000005256 da Notificação de Lançamento nº 2011/5327833907233790, tais como, listagem, recolhimento INSS de empregada doméstica e cópia da carteira de trabalho. (grifos no original) Tratase, portanto, de matéria não impugnada. Dessa forma, a irresignação da Recorrente limitase à anulação do lançamento suplementar decorrente do cancelamento da declaração retificadora, uma vez que tal situação gerou um lançamento suplementar no montante de R$ 810,00. Na declaração original, por sua vez, a Recorrente teria direito à restituição. Não é possível, retornar a declaração original, uma vez que a retificação realizada com erro sujeita o contribuinte à penalidades. Da mesma forma, a dedução dos valores pagos à título de contribuição previdenciária, não implicam o cancelamento o lançamento suplementar, mas tão somente se admite a dedução pleiteada, desde que devidamente comprovada. Em face do exposto, dou provimento ao recuso para que seja considerada, no lançamento suplementar, a dedução do montante de R$ 810,00 relativo ao pagamento de contribuições previdenciárias para empregada doméstica. (Assinado digitalmente) Júnia Roberta Gouveia Sampaio. Fl. 99DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10980.006292/2006-55
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu May 26 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E
CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE SIMPLES
Ano calendário: 2002
SIMPLES.EXCLUSÃO. REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. SÚMULA CARF N° 57.
A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal.
SIMPLES. EXCLUSÃO INDEVIDA. CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. CONDICIONADORES DE AR. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.POSSIBILIDADE DE PERMANECER NO REGIME DO SIMPLES
Não demonstrado nos autos que há nas dependências da empresa atividade que requer habilitação profissional legalmente exigida, deve ser cancelado o ato de exclusão do Simples Federal.
Numero da decisão: 1803-000.898
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Selene Ferreira de Moraes
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ementa_s : SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Ano calendário: 2002 SIMPLES.EXCLUSÃO. REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. SÚMULA CARF N° 57. A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal. SIMPLES. EXCLUSÃO INDEVIDA. CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. CONDICIONADORES DE AR. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.POSSIBILIDADE DE PERMANECER NO REGIME DO SIMPLES Não demonstrado nos autos que há nas dependências da empresa atividade que requer habilitação profissional legalmente exigida, deve ser cancelado o ato de exclusão do Simples Federal.
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2002 SIMPLES.EXCLUSÃO. REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. SÚMULA CARF N° 57. A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal. SIMPLES. EXCLUSÃO INDEVIDA. CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. CONDICIONADORES DE AR. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.POSSIBILIDADE DE PERMANECER NO REGIME DO SIMPLES Não demonstrado nos autos que há nas dependências da empresa atividade que requer habilitação profissional legalmente exigida, deve ser cancelado o ato de exclusão do Simples Federal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. Fl. 43DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006292/200655 Acórdão n.º 180300.898 S1TE03 Fl. 36 2 (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes – Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Walter Adolfo Maresch, Victor Humberto da Silva Maizman, Sérgio Luiz Bezerra Presta, Sérgio Rodrigues Mendes, Meigan Sack Rodrigues, Selene Ferreira de Moraes. Relatório Por bem descrever os fatos relativos ao contencioso, adoto o relato do órgão julgador de primeira instância até aquela fase: “A contribuinte acima qualificada, mediante o Ato Declaratório Executivo DRF/CTA n° 437.598, de 07 de agosto de 2003 (fls. 4 e 11), foi excluída do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Simples, com efeitos a partir de 01/01/2002, por incorrer na vedação prevista no art. 9°, XIII, da Lei n° 9.317, de 5 de dezembro de 1996, ou seja, pelo exercício da atividade econômica vedada de instalação e manutenção elétrica em edificações, inclusive elevadores, escadas, esteiras rolantes e antenas (CNAE 45411/00). 2. A exclusão do Simples foi fundamentada nos arts. 9°, XIII, 12, 14, I, e 15, II, da Lei n° 9.317, de 1996, art. 73 da Medida Provisória n° 2.15834, de 27 de julho de 2001, e arts. 20, XII, 21, 23, I, 24, II e parágrafo único, da Instrução Normativa SRF n° 355, de 29 de agosto de 2003. 3. Regularmente intimada por via postal (AR recebido em 28/08/2003, à fl. 25, a interessada apresentou, tempestivamente, em 29/09/2003, a Solicitação de Revisão da Exclusão do Simples de fl. 03, que foi julgada improcedente pela DRF/Curitiba em face de constar do Contrato Social que ela presta serviços de instalações elétricas, cuja atividade é vedada ao Simples pelo art. 9°, V e § 4° da Lei n° 9.317, de 1996, e itens VI e VII do ADN Cosit n° 30, de 1999 (fl. 05). 4. Cientificada do resultado da SRS por via postal (AR recebido em 17/05/2006, à fl. 15), a reclamante apresentou, em 12/06/2006, a tempestiva manifestação de inconformidade de fl. 02, na qual alega que nunca prestou serviços de instalação elétrica e nem possui estrutura para desenvolver tal atividade, conforme faz prova mediante apresentação das notas fiscais de Fl. 44DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006292/200655 Acórdão n.º 180300.898 S1TE03 Fl. 37 3 fls. 0608, e que apenas faz a venda de alguns aparelhos de ar condicionado e presta serviços de reparos nesses aparelhos. A Delegacia de Julgamento julgou improcedente a manifestação, com base nos seguintes fundamentos (fls. 26/29): a) Como na análise da SRS foi alterado o motivo que fundamentou a exclusão do Simples, passando de atividades assemelhadas à de engenheiro para serviços auxiliares e complementares da construção civil, cabe destacar que, como os atos da administração pública devem ser transparentes, é vedado alterar o motivo da exclusão no curso do processo fiscal, em obediência ao principio da motivação. b) No Contrato Social, de 02/05/1997 (fl. 14), consta da cláusula primeira que a interessada tem como objeto social o comércio varejista de material elétrico, aparelho e peças de ar condicionado; serviços de manutenção e reparação em aparelho de ar condicionado e instalações elétricas. c) Inobstante não haja prova nos autos do efetivo exercício da atividade de instalações elétricas, é certo que a atividade de serviços de reparos em sistema de ar condicionado central executados pela reclamante constitui causa impeditiva à opção pelo Simples prevista no inciso XIII do art. 9° da Lei n° 9.317, de 1996. d) O Ato Declaratório (Normativo) Cosit n° 04, de 22 de fevereiro de 2000 (publicado no DOU de 23/02/2000), consignou que a atividade de montagem e manutenção de equipamentos industriais é vedada ao Simples, por caracterizar prestações de serviço profissional de engenharia. e) Pela transcrição dos supracitados artigos das Resoluções Confea n° 218, de 1973, e 262, de 1979, depreendese que a competência para executar serviços de reparação e manutenção de sistemas de ar condicionado central cabe aos engenheiros e técnicos, no âmbito dessas modalidades profissionais específicas. f) O termo "assemelhado" constante do inciso XIII do art. 9° da Lei n° 9.317, de 1996, faz incluir na vedação à opção pelo Simples qualquer atividade de prestação de serviço que tenha similaridade ou semelhança com aquelas enumeradas. Nessa linha de raciocínio, e tendo em conta que a vedação é para "a pessoa jurídica que preste serviços profissionais de engenheiro ou assemelhado", devese assentar o fato de que basta o exercício de qualquer de suas atribuições, com ou sem supervisão, assinatura ou execução por profissional regulamentado, para que a opção pelo Simples seja vedada. Mesmo que os serviços sejam prestados por outro tipo de profissional ou pessoa não qualificada, a pessoa jurídica não poderá permanecer no regime simplificado, porquanto se trata do exercício de atividades assemelhadas à profissão de engenheiro. g) Os serviços de reparo em sistema de ar condicionado central se enquadram na vedação do inciso XIII do art. 9° da Lei n° 9.317, de 1996. Contra a decisão, interpôs a contribuinte o presente Recurso Voluntário, em que, tece as seguintes considerações (fls. 33) : a) A empresa teve indeferido o pedido de Opção pelo Simples Nacional, pelo fato da atividade ser vedada, o que é injusto, pelo fato da empresa prestar serviços de pequenos Fl. 45DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006292/200655 Acórdão n.º 180300.898 S1TE03 Fl. 38 4 consertos, atividade essa simples sem a necessidade de técnicos com maiores conhecimentos muito menos engenheiro, tanto é que hoje é uma empresa optante pelo Simples Nacional, desde a sua criação desse tributo, seu faturamento é baixo, pagando devidamente os impostos desde de sua inscrição em 08/07/1997, com CNAE 4321 5/00. É o relatório. Voto Conselheira Selene Ferreira de Moraes A contribuinte foi cientificada por via postal, tendo recebido a intimação em 01/06/2009 (AR de fls. 32). O recurso foi protocolado em 29/06/2009, logo, é tempestivo e deve ser conhecido. A recorrente foi excluída do Simples a partir de 1° de janeiro de 2002, em virtude do entendimento de que as empresas que prestam serviços de manutenção instalação, e manutenção elétrica em edificações, inclusive elevadores, escadas, esteiras rolantes e antenas, não podem optar por aquele regime, nos termos do art. 9°, inciso XIII, da Lei n° 9.317/1996. O objeto social da empresa está assim descrito no contrato social datado de 02/05/1997 (fls. 14): “OBJETO SOCIAL: Comércio Varejista de Material Elétrico; Aparelho e peças de Ar Candicionado; Serviços de Manutenção e Reparação em Aparelho de Ar Condicionado e Instalações Elétricas.” A questão relativa aos serviços de manutenção e reparação de ar condicionado já encontrase sumulada neste Conselho, devendo ser aplicada ao caso a Súmula CARF n° 57, que assim dispõe: “A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no Simples Federal”. No tocante à execução de instalações elétricas, também não restou demonstrado nos autos que a atividade desenvolvida pela empresa requer a contratação de um engenheiro, ou deva ser realizada por profissional legalmente habilitado. Trazemos à colação decisões do antigo 3° Conselho de Contribuintes sobre o tema: “SIMPLES EXCLUSÃO INDEVIDA.CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E MANUTENÇÕES DE Fl. 46DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Processo nº 10980.006292/200655 Acórdão n.º 180300.898 S1TE03 Fl. 39 5 APARELHOS ELETRÔNICOS. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.PROVA. Restado provado nos autos que os serviços prestados pelo Contribuinte são tipicamente de eletricista, sem qualquer necessidade de conhecimentos técnicos específicos da profissão de engenheiro elétrico, há que ser afastada a exclusão do SIMPLES. (Acórdão n° 30133488, sessão em 06/12/2006) SIMPLES. EXCLUSÃO INDEVIDA. CONSERTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.CONDICIONADORES DE AR, TELEFONES E INTERFONES. DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO PROFISSIONAL HABILITADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ARTIGO 9°, INCISO XIII, DA LEI N° 9317/96.POSSIBILIDADE DE PERMANECER NO REGIME DO SIMPLES Não demonstrado nos autos que há nas dependências da empresa atividade que requer habilitação profissional legalmente exigida, inaplicável se toma à vedação legal ao regime Simplificado. Ante todo o exposto, dou provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Fl. 47DF CARF MF Emitido em 16/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES Assinado digitalmente em 15/06/2011 por SELENE FERREIRA DE MORAES
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Numero do processo: 13799.720195/2015-13
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Segunda Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 05 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon May 08 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2012
RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA MONOCULAR. ALCANCE.
A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial
Numero da decisão: 2202-003.786
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso
(Assinado digitalmente)
MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA - Presidente.
(Assinado digitalmente)
JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO - Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada.
Nome do relator: JUNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO
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ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA MONOCULAR. ALCANCE. A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso (Assinado digitalmente) MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA BARBOSA Presidente. (Assinado digitalmente) JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Marco Aurélio de Oliveira Barbosa (Presidente), Junia Roberta Gouveia Sampaio, Dilson Jatahy Fonseca Neto, Martin da Silva Gesto, Cecilia Dutra Pillar e Marcio Henrique Sales Parada. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 79 9. 72 01 95 /2 01 5- 13 Fl. 87DF CARF MF 2 Relatório Por bem descrever os fatos adoto o relatório da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Salvador (BA): O interessado impugna decisão que indeferiu o seu direito à restituição que pleiteava alegando ser portador de moléstia grave. Visava obter uma diferença de imposto a restituir de R$ 6.100,75. O pedido foi indeferido porque se tratava de rendimentos da reserva remunerada, não abrangidos pela isenção dos portadores de moléstia grave. O impugnante argumenta, em síntese, que é portador de cegueira parcial (cegueira de um olho, laudo fls. 08), moléstia que se inclui dentre aquelas enumeradas na lei de isenção. A lei usa o termo genérico cegueira. A CID classifica diversas espécies de cegueira, inclusive cegueira de um olho. A isenção dos proventos de reserva remunerada dos portadores de moléstia grave já foi reconhecida na Súmula 43 do CARF. O conceito de aposentadoria inclui os rendimentos de inatividade tanto do inativo civil (aposentadoria civil) quanto do inativo militar (reforma e reserva remunerada). A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Salvador (BA), negou provimento à manifestação de inconformidade em decisão cuja ementa é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2009 ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. RESERVA REMUNERADA. A isenção por moléstia grave não se aplica aos proventos da reserva remunerada. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. PERDA PARCIAL DA VISÃO. Em obediência ao princípio da interpretação literal das normas isentivas, o conceito de cegueira não pode ser estendido para incluir a mera redução da acuidade visual ou a visão monocular. Cientificado ( fls. 45) o contribuinte apresentou o Recurso Voluntário de fls. 59/67, no qual reitera as razões suscitadas quando da Impugnação. O Recorrente requereu a juntada do Ato Declaratório Executivo PGFN nº 3 , de 30 de março de 2016 (fls. 75), bem como do Acórdão nº 92.02004.531 da Câmara Superior de Recursos Fiscais, no qual foi negado provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional em discussão idêntica à dos autos (fls 79/83). Fl. 88DF CARF MF Processo nº 13799.720195/201513 Acórdão n.º 2202003.786 S2C2T2 Fl. 88 3 É o relatório. Voto Conselheira Relatora JÚNIA ROBERTA GOUVEIA SAMPAIO O recurso está dotado dos pressupostos legais de admissibilidade devendo, portanto, ser conhecido. A controvérsia desse recurso se resume à duas questões referente à abrangência da isenção prevista no artigo 6º, inciso XIV da Lei nº 7.713/88: a) se o valores recebidos pelos militares da reserva podem ser considerados isentos, uma vez que, embora sejam proventos recebidos em razão da inatividade a norma só menciona os proventos decorrente de "reforma". c) se a expressão "cegueira" prevista no mencionado dispositivo legal refere se apenas a cegueira "biocular" ou se abrange também a cegueira monocular. Em relação a letra "a" o CARF possui entendimento consolidado no sentido de que, embora o artigo 6º, inciso XIV, da Lei 7.713/88 utilize apenas as expressões "aposentadoria" e "reforma" a isenção nele prevista aplicase, igualmente, à reserva, conforme se verifica pelo o teor da Súmula 63: Súmula CARF nº 63: Para gozo da isenção do imposto de renda da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, os rendimentos devem ser provenientes de aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (grifamos) Por outro lado, o artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88 arrola, dentre as moléstias graves passíveis de gerar o direito a isenção, a cegueira. Confirase: Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas: (...) XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina Fl. 89DF CARF MF 4 especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma (grifamos) Entendeu a decisão recorrida que, nos termos do disposto no artigo 111 do Código Tributário Nacional, não seria possível ampliar o conceito legal para abranger a cegueira de um só olho.Tal raciocínio, todavia, não procede. Isso porque, o referido artigo determina que "a interpretação das normas que disponham sobre isenção deve ser literal". A norma isencional acima transcrita menciona, dentre as moléstias graves, "cegueira" que é gênero do qual são espécies a cegueira de ambos olhos e a cegueira de um olho. Como bem ressalta o Recorrente, a prova de que "cegueira" é gênero do qual as demais são espécies é fornecida pelo próprio Código Internacional de Doenças CID 10 que assim dispõe: Código Doença H54 Cegueira e visão subnormal H54.0 Cegueira, ambos os olhos H54.1 Cegueira em um olho e visão subnormal em outro H54.2 Visão subnormal de ambos os olhos H54.3 Perda não qualificada da visão em ambos os olhos H54.4 Cegueira em um olho H54.5 Visão subnormal em um olho H54.6 Perda não qualificada da visão em um olho H54.7 Perda não especificada da visão (grifamos) Sendo assim, a interpretação realizada pela DRJ não foi literal, mas restritiva o que conflita com o princípio da legalidade. Com efeito, quisesse o legislador utilizar a espécie (cegueira de ambos os olhos) teria adjetivado a expressão. Como bem observa Hugo de Brito Machado: "Há quem afirme que a interpretação literal deve ser entendida como interpretação restritiva. Isto é um equívoco. Quem interpreta literalmente por certo não amplia o alcance do texto, mas com certeza também não o restringe. Fica no exato alcance que a expressão literal permite. Nem mais, nem menos. Tanto é incorreta a interpretação do seu alcance, como sua restrição" (MACHADO, Hugo de Brito, Curso de Direito Tributário, 22 ed. Malheiros, São Paulo, 2003, p.105) (grifamos) Essa é a interpretação que vem sendo dada pelas turmas do CARF, conforme se verifica pelo teor das ementas abaixo transcritas: “Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Exercício: 2004 Ementa: RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL. ALCANCE. Fl. 90DF CARF MF Processo nº 13799.720195/201513 Acórdão n.º 2202003.786 S2C2T2 Fl. 89 5 A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial." Recurso Voluntário Provido. (Processo nº 10166.013759/200706, j. 14/03/2012, relator conselheiro Sidney Ferro Barros) (grifamos) "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2010 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL. ALCANCE. O legislador tributário, ao estabelecer a isenção do IRPF cobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira, não faz qualquer limitação no sentido de que somente o portador de cegueira total faça jus ao benefício. Assim, o contribuinte acometido por cegueira parcial também se enquadra no dispositivo isentivo. Recurso Voluntário Provido" (Processo nº 10166.731097/201217, acórdão 2101002.460– 1ª Câmara / 1ª Turma Ordinária, rel. Cons. MARIA CLECI COTI MARTINS, j. 13.05.2014) (grifamos) "ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2009 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL.ALCANCE. O legislador tributário, ao estabelecer a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira, não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício. Assim, o contribuinte acometido por cegueira parcial também se enquadra no dispositivo isentivo. Recurso provido." (Processo nº 10845.725352/201235, Acórdão 2202002.877– 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária, j. 06.11.2014, Rel. Cons. Marco Aurélio de Oliveira Barbosa) (grifamos) Fl. 91DF CARF MF 6 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2007 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL. ALCANCE. O legislador tributário, ao estabelecer a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira, não faz qualquer limitação no sentido de que somente o portador de cegueira total faça jus ao benefício. Assim, o contribuinte acometido por cegueira parcial também se enquadra no dispositivo isentivo. Recurso Voluntário Provido (Processo n. 13830.720890/201118, Acórdão n. 2801003.907– 1ª Turma Especial, j. 04.12.2014,Rel. Cons. Carlos César Quadros Pierre) (grifamos) Nesse mesmo sentido já se manifestou a Câmara Superior de Recursos Fiscais no Acórdão nº 9202004.631, julgado na sessão de 26 de outubro de 2016, cuja ementa é a seguinte: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física IRPF Anocalendário: 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 RENDIMENTOS DE APOSENTADORIA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. CEGUEIRA PARCIAL. ALCANCE. A lei que concede a isenção do IRPF sobre os proventos de aposentadoria de contribuinte portador de cegueira não faz qualquer ressalva de que apenas o portador de cegueira total faça jus ao benefício, o que implica reconhecer o direito ao benefício isentivo àquele acometido de cegueira parcial. Recurso especial conhecido e negado.(grifamos) Por fim, é importante destacar que a própria Procuradoria da Fazenda Nacional acatou esse entendimento por meio do Ato Declaratório Executivo PGFN nº 3 , de 30 de março de 2016, que assim dispõe: O PROCURADORGERAL DA FAZENDA NACIONAL, no uso da competência legal que lhe foi conferida, nos termos do inciso II do art. 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, e do art. 5º do Decreto nº 2.346, de 10 de outubro de 1997, tendo em vista a aprovação do Parecer PGFN/CRJ/Nº 29/2016, desta ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional, pelo Senhor Ministro de Estado da Fazenda, conforme despacho publicado no DOU de 29 de março de 2016, DECLARA que fica autorizada a dispensa de apresentação de contestação, de interposição de recursos e a desistência dos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante: “nas ações judiciais fundadas no entendimento de que a isenção do Imposto de Renda prevista no art. 6º, incisos XIV e XXI, da Lei 7.713, de 1988, abrange os valores recebidos a título de aposentadoria, reforma ou pensão, quando o beneficiário for portador do gênero patológico “cegueira”, seja ela binocular ou Fl. 92DF CARF MF Processo nº 13799.720195/201513 Acórdão n.º 2202003.786 S2C2T2 Fl. 90 7 monocular, desde que devidamente caracterizada por definição médica” Em face de todo exposto, dou provimento ao Recurso Voluntário. (Assinado digitalmente) Júnia Roberta Gouveia Sampaio. Fl. 93DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11080.929143/2009-15
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Dec 07 00:00:00 UTC 2016
Data da publicação: Tue Mar 21 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 01/11/2005 a 30/11/2005
CONTRATOS. PREÇO PREDETERMINADO. ÍNDICE DE REAJUSTE. DESCARACTERIZAÇÃO.
Incumbe à empresa postulante à manutenção na sistemática cumulativa da contribuição a demonstração de que o índice empregado cumpre os requisitos legais, expressamente a de que a variação dos custos efetivamente ocorrida seria igual ou superior à praticada com base no índice contratualmente definido.
Recurso Especial do Procurador Provido.
Numero da decisão: 9303-004.520
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, por voto de qualidade, em dar-lhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Erika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe negaram provimento.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Júlio César Alves Ramos, Tatiana Midori Migiyama, Andrada Márcio Canuto Natal, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza e Vanessa Marini Cecconello.
Nome do relator: RODRIGO DA COSTA POSSAS
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PREÇO PREDETERMINADO. CORREÇÃO. IGPM. Recorrente FAZENDA NACIONAL Interessado COMPANHIA ESTADUAL DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CEEEGT ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/11/2005 a 30/11/2005 CONTRATOS. PREÇO PREDETERMINADO. ÍNDICE DE REAJUSTE. DESCARACTERIZAÇÃO. Incumbe à empresa postulante à manutenção na sistemática cumulativa da contribuição a demonstração de que o índice empregado cumpre os requisitos legais, expressamente a de que a variação dos custos efetivamente ocorrida seria igual ou superior à praticada com base no índice contratualmente definido. Recurso Especial do Procurador Provido. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, por voto de qualidade, em darlhe provimento, vencidos os conselheiros Tatiana Midori Migiyama, Erika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza (Suplente convocado) e Vanessa Marini Cecconello, que lhe negaram provimento. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros Rodrigo da Costa Pôssas, Júlio César Alves Ramos, Tatiana Midori Migiyama, Andrada Márcio Canuto Natal, Demes Brito, Érika Costa Camargos Autran, Charles Mayer de Castro Souza e Vanessa Marini Cecconello. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 92 91 43 /2 00 9- 15 Fl. 698DF CARF MF Processo nº 11080.929143/200915 Acórdão n.º 9303004.520 CSRFT3 Fl. 3 2 Relatório Tratase de Recurso Especial apresentado pela Fazenda Nacional contra o Acórdão nº 3803005.965, que julgou o recurso voluntário interposto pela contribuinte contra a não homologação de compensação declarada (PER/DCOMP). A compensação está lastreada em crédito oriundo de pagamento de contribuição supostamente efetuado a maior, em razão de apuração efetuada na sistemática nãocumulativa. O colegiado a quo entendeu, em síntese, que a correção dos preços pelo IGP M não descaracteriza a natureza de preço predeterminado para os efeitos da tributação pelas contribuições cumulativas, incidentes sobre contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003, conforme previsão contida no inciso XI, b, do artigo 10 e inciso V do artigo 15 da Lei nº10.833/2003. Com esse entendimento, ficou caracterizado o pagamento a maior em razão da apuração da contribuição na sistemática não cumulativa. Para comprovar a divergência de interpretação necessária ao conhecimento do seu recurso, a Fazenda Nacional aponta decisões que enfrentaram exatamente a mesma situação mesmo setor econômico, mesmo índice em discussão e concluíram de modo antagônico. Após, sobrevieram contrarrazões em que o sujeito passivo defende o acerto da decisão questionada e pugna pela sua manutenção. É o Relatório. Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9303004.467, de 07/12/2016, proferido no julgamento do processo 11080.909061/201179, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 9303004.467): O recurso cumpre os requisitos regimentais para que seja apreciado; dele conheço. Fl. 699DF CARF MF Processo nº 11080.929143/200915 Acórdão n.º 9303004.520 CSRFT3 Fl. 4 3 Começo com o registro de que concordo com quase todos os fundamentos da decisão recorrida, da lavra do douto e coerente ex membro desta casa, o dr. Belchior Melo de Souza. De fato, apenas discordo dele quando vislumbra diferença semântica relevante entre as locuções presentes na lei ("reajuste em função de ...") e no ato normativo que buscou regulamentar o assunto ("reajuste em percentual ... "). Para mim, nenhuma diferença há aí: reajuste "em função de" quer dizer exatamente "aplicando o percentual previsto no" índice. O que se tem de ver é se o índice cumpre os requisitos da lei, isto é, refletir "a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados, nos termos do inciso II do §1º do art. 27 da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995". É que, como já reiteradamente transcrito, a norma que temos de aplicar autoriza a adoção de dois critérios alternativos e mutuamente excludentes para fixação do reajuste do preço: pode ele expressar a variação dos custos ou se basear em índice que reflita a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados. Por "variação dos custos", entendo eu, quer o ato legal se referir à variação efetivamente ocorrida e devidamente apurada pela empresa em sua escrita contábil. Já o índice que se empregue pode, em princípio, ser qualquer um objeto do acordo celebrado com o cliente, mas não pode superar a efetiva variação dos custos. A meu sentir, a norma sob análise decorre das especificidades do setor em discussão. Como é bem sabido, tratase de uma atividade essencialmente monopolizada, na qual prestador e tomador acordam condições que prevalecerão por períodos de tempo bastante longos. Nesses casos, inexistente um "mercado fixador", o preço é contratualmente definido, especificando o contrato também a forma de reajuste que o preserve dos efeitos inflacionários. Outra especificidade do setor diz com o elevado aporte de capital necessário a sua exploração, o que o fez, até há duas décadas, exclusivamente estatal. A privatização do setor, ocorrida nos idos dos anos 90 do século passado, exigia, por isso, que se garantisse (até onde possível) uma remuneração ao capital privado suficiente a estimular o seu ingresso. E na fixação desse percentual, obviamente, um fator essencial é a "margem de contribuição", no dizer dos contabilistas, ou o markup, na dos economistas: em ambos as acepções, a diferença entre o preço e o custo (unitário, na primeira; marginal, na segunda). E tal diferença, sabidamente, é influenciada pela tributação que incida sobre o setor. É por isso que o legislador, a meu ver acertadamente, previu que o reajuste do preço em percentual "compatível" com a variação efetiva dos custos, por si só, não afetaria a forma de tributação pelas contribuições PIS e COFINS que vigia quando os contratos foram assinados. A rigor, tal regra limitaria a correção dos preços à efetiva variação ocorrida nos custos, mas o legislador a ampliou ao deferir que fosse usado índice, desde que ele refletisse a variação ponderada dos custos dos insumos utilizados. Fl. 700DF CARF MF Processo nº 11080.929143/200915 Acórdão n.º 9303004.520 CSRFT3 Fl. 5 4 É importante aqui considerar, como minudentemente feito no voto do dr. Belchior, a diferença entre reajuste, recomposição e repactuação. Citoo: Nesse passo, importa identificar três formas de fixação de preços nos contratos em andamento: a repactuação ou revisão, a recomposição e o reajuste. A autorizada doutrina de Marçal Justen Filho1 define o que vêm a ser recomposição e reajuste. “A recomposição é o procedimento destinado a avaliar a ocorrência de evento que afeta a equação econômico financeira do contrato e promove adequação das cláusulas contratuais aos parâmetros necessários para recompor o equilíbrio original. Já o reajuste é procedimento automático, em que a recomposição se produz sempre que ocorra a variação de certos índices, independentemente de averiguação efetiva do desequilíbrio” A recomposição, também chamada de revisão, decorre de fatos imprevisíveis: caso de força maior, caso fortuito, fato do príncipe ou álea econômica extraordinária. O reajuste objetiva reconstituir os preços praticados no contrato em razão de fatos previsíveis, é dizer, álea econômica ordinária, no momento da contratação, ante a realidade existente, como a variação inflacionária. Por decorrência, o reajuste deve retratar a alteração dos custos de produção a fim de manter as condições efetivas da proposta contratual, embora muitas vezes não alcance este desiderato relativamente a certo segmento ou agente econômico. A repactuação visa à adequação dos preços contratuais aos novos preços de mercado e, no âmbito da Administração Pública Federal, encontrase regulamentada no art. 5º do Decreto nº 2.271, de 7 de julho de 19972. A possibilidade de repactuação prevista neste decreto não se faz acompanhar de disciplina acerca dos seus efeitos tributários, valendo a citação apenas para destacar a definição do signo repactuação. Novamente, em nada posso divergir dessa conceituação, mas tampouco posso concordar com a conclusão que dela extrai meu celebrado colega: para mim, a possibilidade de o contrato estabelecer cláusula de alteração em consequência de mudança tributária que venha a afetar o preço, implementada posteriormente à assinatura do contrato, está exatamente a validar o meu entendimento. É que ela seria totalmente desnecessária (ao menos no tocante às contribuições em tela) se fosse possível mantêlo no regime cumulativo pela aplicação de qualquer índice contratual, pois, nesse caso, nunca haveria impacto tributário do reajuste. 1 Filho, Marçal Justen. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. São Paulo: Dialética, 10. ed., 2004, p. 389. 2 Art. 5º Os contratos de que trata este Decreto, que tenham por objeto a prestação de serviços executados de forma contínua poderão, desde que previsto no edital, admitir repactuação visando à adequação aos novos preços de mercado, observados o interregno mínimo de um ano e a demonstração analítica da variação dos componentes dos custos do contrato, devidamente justificada. Fl. 701DF CARF MF Processo nº 11080.929143/200915 Acórdão n.º 9303004.520 CSRFT3 Fl. 6 5 Penso que, ao contrário, ela pode se dar (caso a correção pelo índice leve à tributação não cumulativa) o que atrai o procedimento de recomposição. Divirjo, portanto, dos que entendem (como parece ser a conclusão da decisão recorrida) que a autorização legal esteja a permitir que a empresa adote um determinado índice e não mais precise averiguar se ele é inferior ou superior à efetiva variação dos seus custos. É óbvio que se for inferior, não estará autorizada a deixar de aplicar o índice contratualmente previsto para reajuste. Aplicamse, nesse caso, as disposições contratuais relativas à recomposição e/ou repactuação, conforme didaticamente exposto pelo dr. Belchior em seu voto. O que isso não implica, porém, é que, em qualquer caso, mantém se o regime cumulativo, pois não é isso o que diz o ato legal. Necessário, pois, provar. Quando se trata de lançamento de ofício, essa prova, a meu sentir, há de ser exigida e desconstituída fundamentadamente pela fiscalização para que possa ser mantido o lançamento. Já nos casos, como o presente, em que é a própria empresa quem postula administrativamente a sistemática cumulativa, ela deve ser a primeira peça a instruir o seu pleito. No presente caso, do relatório da decisão recorrida e da leitura da íntegra do processo, não encontro qualquer prova, no entanto, ainda que a empresa tenha afirmado em seu recurso voluntário que: "(...) em nenhum momento foram aferidos os custos de produção do contribuinte no período fiscalizado. Nesse caso, mesmo considerando que o IGPM desfigura o conceito normativo de preço predeterminado, não poderia ter sido ignorada outra prerrogativa legal, a qual estabelece um percentual não superior ao acréscimo do custo de produção". Como já repetidamente afirmado, tal prova competia a ela, postulante, e não à fiscalização. Fora isso, a defesa da empresa lastreiase essencialmente no ato da ANEEL, que efetivamente afirma que o IGPM cumpre o requisito legal relativo à tributação aqui discutida. Isso não obstante, rejeito o argumento, pois a competência da ANEEL não alcança matéria tributária. Com efeito, entre as atribuições daquela agência reguladora, exaustivamente elencadas na própria lei que a criou3, nada há acerca da tributação incidente sobre o setor. Assim, as Notas Técnicas e as Resoluções daquela agência reguladora aplicamse às questões inerentes à geração e à distribuição de energia elétrica e às atividades correlatas. Sua competência, pois, restringese à seara dos contratos, dos preços da energia e da remuneração das concessionárias e permissionárias desses serviços públicos. Por óbvio, entre tais atribuições está dizer que possa ser contratualmente previsto o IGPM. O que não pode é dizer que isso implica tal ou qual consequência tributária. 3 Lei 9.427/96, arts. 3º e 4º Fl. 702DF CARF MF Processo nº 11080.929143/200915 Acórdão n.º 9303004.520 CSRFT3 Fl. 7 6 No presente caso, como já afirmado, embora postule a compensação, nada trouxe a empresa que comprovasse a adequação do índice aos ditames legais. Voto, pois, por dar provimento ao recurso da Fazenda Nacional. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, conheço do recurso especial da Fazenda Nacional, e, no mérito, doulhe provimento. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 703DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 35301.000793/2007-31
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Mon Feb 20 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Thu Apr 13 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/1997 a 30/11/2006
DECADÊNCIA. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. ART. 173, INC. I, DO CTN. ENTENDIMENTO PACIFICADO PELO STJ EM SEDE DE RECURSO REPETITIVO. PORTARIA MF Nº 586/2010. APLICAÇÃO.
O E. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Resp nº 973.733/SC, afetado como representativo da controvérsia, nos termos do art. 543C, do CPC, pacificou o entendimento de que o prazo decadencial para lançar os tributos sujeitos a lançamento por homologação é de 5 anos a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que não houve pagamento antecipado do tributo, conforme disposto no art. 173. inc. I, do CTN, ou de 5 anos a contar da data do fato gerador, caso tenha havido o pagamento antecipado do tributo, consoante art. 150, § 4º, do CTN.
Numero da decisão: 9202-005.200
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial do Contribuinte e, no mérito, em dar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
Ana Paula Fernandes - Relatora
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri.
Nome do relator: ANA PAULA FERNANDES
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/1997 a 30/11/2006 DECADÊNCIA. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. ART. 173, INC. I, DO CTN. ENTENDIMENTO PACIFICADO PELO STJ EM SEDE DE RECURSO REPETITIVO. PORTARIA MF Nº 586/2010. APLICAÇÃO. O E. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Resp nº 973.733/SC, afetado como representativo da controvérsia, nos termos do art. 543C, do CPC, pacificou o entendimento de que o prazo decadencial para lançar os tributos sujeitos a lançamento por homologação é de 5 anos a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que não houve pagamento antecipado do tributo, conforme disposto no art. 173. inc. I, do CTN, ou de 5 anos a contar da data do fato gerador, caso tenha havido o pagamento antecipado do tributo, consoante art. 150, § 4º, do CTN.
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CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. ART. 173, INC. I, DO CTN. ENTENDIMENTO PACIFICADO PELO STJ EM SEDE DE RECURSO REPETITIVO. PORTARIA MF Nº 586/2010. APLICAÇÃO. O E. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Resp nº 973.733/SC, afetado como representativo da controvérsia, nos termos do art. 543C, do CPC, pacificou o entendimento de que o prazo decadencial para lançar os tributos sujeitos a lançamento por homologação é de 5 anos a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que não houve pagamento antecipado do tributo, conforme disposto no art. 173. inc. I, do CTN, ou de 5 anos a contar da data do fato gerador, caso tenha havido o pagamento antecipado do tributo, consoante art. 150, § 4º, do CTN. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial do Contribuinte e, no mérito, em darlhe provimento. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 35 30 1. 00 07 93 /2 00 7- 31 Fl. 439DF CARF MF 2 (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em exercício (assinado digitalmente) Ana Paula Fernandes Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patrícia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Relatório O presente Recurso Especial trata de pedido de análise de divergência motivado pelo Contribuinte face ao acórdão 20600.084, proferido pela 6ª Câmara / 2ª Conselho de Contribuintes. Tratase de crédito previdenciário lançado contra a empresa acima identificada referente às contribuições devidas à Seguridade Social, correspondentes à contribuição da empresa, à destinada ao financiamento dos benefícios decorrentes dos riscos ambientais trabalho e aos terceiros. Segundo o Relatório da NFLD, fls. 19/24, o fato gerador das contribuições objeto do lançamento é o pagamento, pela empresa a seus administradores empregados, de verbas intituladas "Participação Estatutária Administradores", em desacordo com a legislação especifica, considerados pela fiscalização como remuneração indireta e sobre as quais a empresa não fez incidir contribuição previdenciária. Da análise da documentação apresentada pela empresa, a autoridade fiscal concluiu que a parcela paga a titulo de PARTICIPAÇA0 ESTATUTÁRIA DOS ADMINISTRADORES, não se enquadra no conceito constitucional de "PARTICIPAÇÕES NOS LUCROS OU RESULTADOS", e informa que foi considerado na apuração do débito o convênio firmado pela notificada com o FNDE ao longo de todo período fiscalizado. O Contribuinte impugnou o débito, fls. 40/65, alegando, em síntese, ilegalidade do duplo lançamento sobre o mesmo fato jurídico, decadência do débito, ilegitimidade da exigência de inclusão na base de calculo da contribuição previdenciária dos valores pagos aos administradores a titulo de Participação nos Lucros, violação ao art. 110 do CTN, inexistência de habitualidade nas verbas pagas pela recorrente e ilegalidade da imputação de responsabilidade solidária aos diretores da impugnante. A Secretaria da Receita Previdenciária, por meio da DN n° 17.401.4/0977/2006, fls. 112/118, julgou o lançamento procedente, defendendo que, a teor do disposto no art. 45 da Lei n° 8.212/91, não se operou a decadência em relação às competências do débito, e entendendo que a parcela paga a titulo de participação nos lucros, antes da regulamentação ou em desacordo com a norma regulamentadora, integra o conceito de remuneração para fins de incidência da exação previdenciária. Fl. 440DF CARF MF Processo nº 35301.000793/200731 Acórdão n.º 9202005.200 CSRFT2 Fl. 606 3 Às fls. 170/196 (147/175, numeração manual), o Contribuinte apresentou impugnação, reiterando as alegações já apresentadas na impugnação. A 6ª Câmara do 2º Conselho de Contribuintes, às fls. 205/212, NEGOU PROVIMENTO ao Recurso Voluntário. A ementa do acórdão recorrido assim dispôs: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/02/2001 a 28/02/2004 Ementa: PREVIDENCIARIO SALÁRIO INDIRETO PAGAMENTO DE PRÊMIO PRODUTIVIDADE INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO. O valor referente à participação nos resultados, pago em desacordo com a legislação, integra o salário de contribuição por força do disposto no art. 28 da Lei n° 8.212/91. Recurso negado. O Contribuinte apresentou Recurso Especial, às fls. 219/257, alegando divergência entre as decisões em relação a três matérias, a saber: 1. Violação ao artigo 146 do CTN, não sendo a simplória alegação de que não houve alteração, mas sim a confecção de um novo lançamento, suficiente para violar a norma contida no artigo citado. Afirma que a P Camara do 3° CC, ao analisar a questão da interpretação do artigo 146 do CTN através do acórdão n.° 30130.892, estabeleceu que é inadmissível que o Fisco, sob o argumento de mudança do critério jurídico, proceda a lavratura de mais de uma exigência sobre um mesmo fato gerador. No mesmo sentido, apontou como paradigma o acórdão n.° 30235.783. Requereu a declaração de nulidade do lançamento objeto da NFLD n.° 37.017.3422, ora combatida, considerando ter por objeto exatamente o mesmo fato gerador objeto do lançamento consubstanciado na NFLD n.° 37.017.3340, previamente constituída e da qual foi regularmente cientificada. 2. O acórdão recorrido entendeu que o prazo de decadência a ser aplicado ao caso das contribuições previdenciárias é o disposto no art. 45 da Lei n.° 8.212/91. Contudo, a 7ª Câmara do 1º CC, ao analisar questão idêntica, estabeleceu justamente o contrário, devendo valer para o caso das contribuições sociais o disposto no art. 150, § 4° do CTN, que prevê o prazo de cinco anos contados da ocorrência do fato jurídico tributário. 3. O acórdão recorrido, ao determinar que normas infraconstitucionais Leis n.ºs 10.101/00 e 8.212/91 se sobrepõem ao dispositivo constitucional artigo 7°, XI da CF posicionase de forma contrária ao decidido no acórdão paradigma, o acórdão n.° 301121616. Às fls. 273/275, a 4ª Câmara da 2ª Seção de Julgamento realizou o Exame de Admissibilidade do Recurso Especial interposto pelo Contribuinte, DANDO PARCIAL SEGUIMENTO em relação às divergências arguidas, em relação exclusivamente à matéria relativa à regra decadencial, uma vez vislumbrada a similitude das situações fáticas nos acórdãos recorrido e paradigmas, configurando a divergência jurisprudencial apontada. À fl. 276, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, em sede de Reexame Necessário, manteve integralmente a decisão do Presidente da Câmara. Às fls. 301, a Fazenda Nacional interpôs contrarrazões, rebatendo tão somente matéria de mérito. Fl. 441DF CARF MF 4 Às fls. 307/311, o Contribuinte retornou aos autos para aduzir equívoco no Exame de Admissibilidade do seu Recurso Especial, em relação à negativa de conhecimento decorrente da juntada do inteiro teor dos acórdãos paradigmas. Alegou que houve extravio dos mesmos quando da reconstituição dos autos. Requereu ao final que, em virtude do cumprimento do requisito previsto no § 7° do artigo 67 do RUCARF na medida em que os Acórdãos Paradigmas foram devidamente juntados quando da interposição do Recurso Especial e, conforme comprovado, não se encontram acostados aos autos por circunstâncias alheias a sua vontade, a reconsideração da decisão que inadmitiu em parte o Recurso Especial a fim de que, além da divergência relativa à decadência, também fossem analisadas as divergências de interpretação apontadas pela Recorrente com relação à aplicação dos artigos 110 e 146 do Código Tributário Nacional. Às fls. 363/368, a 2ª Turma da 2ª Seção de Julgamento apresentou Despacho para anular o Exame de Admissibilidade anterior e realizar novo exame de admissibilidade do Recurso Especial interposto pelo Contribuinte. Às fls. 420/424, a 4ª Câmara da 2ª Seção de Julgamento realizou o novo Exame de Admissibilidade do Recurso Especial interposto pelo Contribuinte, mantendo o mesmo despacho anterior, com PARCIAL SEGUIMENTO ao Recurso, em relação exclusivamente à matéria relativa à regra decadencial, decisão esta que restou integralmente ratificada pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, em sede de Reexame Necessário, às fls. 425. Ciente da manutenção do Exame de Admissibilidade, a Fazenda Nacional, às fls. 428, apenas reiterou as contrarrazões já apresentadas ao processo às fls. 301. Realizadas as devidas cientificações das decisões acima transcritas vieram os autos conclusos para julgamento. É o relatório. Voto Conselheira Ana Paula Fernandes Relatora O Recurso Especial interposto pelo Contribuinte é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, portanto, merece ser conhecido. Tratase de crédito previdenciário lançado contra a empresa acima identificada referente às contribuições devidas à Seguridade Social, correspondentes à contribuição da empresa, à destinada ao financiamento dos benefícios decorrentes dos riscos ambientais trabalho e aos terceiros. Segundo o Relatório da NFLD, fls. 19/24, o fato gerador das contribuições objeto do lançamento é o pagamento, pela empresa a seus administradores empregados, de verbas intituladas "Participação Estatutária Administradores", em desacordo com a legislação especifica, considerados pela fiscalização como remuneração indireta e sobre as quais a empresa não fez incidir contribuição previdenciária. O Acórdão recorrido negou provimento ao Recurso Ordinário. Fl. 442DF CARF MF Processo nº 35301.000793/200731 Acórdão n.º 9202005.200 CSRFT2 Fl. 607 5 O Recurso Especial apresentado pelo Contribuinte trouxe para análise a divergência jurisprudencial no tocante à decadência, na qual o acórdão recorrido entendeu que o prazo decadencial a ser aplicado ao caso das contribuições previdenciárias seria o disposto no art. 45 da Lei n.° 8.212/91. Já a 7ª Câmara do 1º CC, ao analisar questão idêntica, estabeleceu o disposto no art. 150, § 4° do CTN, que prevê o prazo de cinco anos contados da ocorrência do fato jurídico tributário. O Recurso Especial insurgiuse tão somente quanto à tese decadencial, conforme relatado alhures. Pois bem, para tratar da decadência do direito da Fazenda Nacional em lançar de ofício o imposto em questão é preciso analisar o fato gerador deste tributo. No presente caso tratase de Contribuição Previdenciária, cujo auto de infração discute o descumprimento de obrigação principal, a empresa recorrente deixou de recolher a contribuição devida sobre a remuneração de seus empregados. Estamos tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, onde parte da obrigação foi omitida pelo contribuinte e lançada de ofício pela Receita Federal, ensejando a dúvida entre a aplicação do disposto no art. 150, §4 ou 173, I, do CTN. Para elidir esta discussão, necessário se faz que se observem outros requisitos. Embora o contribuinte tenha de fato omitido parte das receitas em sua declaração e isso tenha ensejado o lançamento de ofício, é preciso que se observe se houve adiantamento do pagamento do imposto devido ou de parte dele. Contudo, embora minha simpatia com a tese esposada pela Fazenda Nacional no tocante a aplicação do art. 173, I, nos casos de lançamento de ofício, no caso em tela, por força do artigo 62 do RICARF havendo orientação firmada no RE 973.733SC, me filio ao atual entendimento do STJ, no qual ficou definido que havendo o adiantamento de pelo menos parte do pagamento do imposto, este atrai a aplicação do art. 150, § 4 do CTN. Observese a Ementa do referido julgado: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. ICMS. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, E 173, DO CTN. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. (RECURSO REPETITIVO RESP 973.733SC). Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) Órgão Julgador T1 PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 02/03/2010 Data da Publicação/Fonte DJe 16/03/2010 1. O tributo sujeito a lançamento por homologação, em não ocorrendo o pagamento antecipado pelo contribuinte, incumbe ao Fisco o poderdever de efetuar o lançamento de ofício substitutivo, que deve obedecer ao prazo decadencial estipulado pelo artigo 173, I, do CTN, segundo o qual o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. (...)3. Desta sorte, como o lançamento direto (artigo 149, do CTN) poderia ter sido efetivado desde a ocorrência do fato gerador, é do primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao nascimento da obrigação tributária que se conta o prazo decadencial para a Fl. 443DF CARF MF 6 constituição do crédito tributário, na hipótese, entre outras, da não ocorrência do pagamento antecipado de tributo sujeito a lançamento por homologação, independentemente da data extintiva do direito potestativo de o Estado rever e homologar o ato de formalização do crédito tributário efetuado pelo contribuinte ... (...) 5. À luz da novel metodologia legal, publicado o julgamento do Recurso Especial nº 973.733/SC, submetido ao regime previsto no artigo 543C, do CPC, os demais recursos já distribuídos, fundados em idêntica controvérsia, deverão ser julgados pelo relator, nos termos do artigo 557, do CPC (artigo 5º, I, da Res. STJ 8/2008). 6. Agravo regimental desprovido. A doutrina também se manifesta neste sentido: O prazo para homologação é, também, o prazo para lançar de ofício eventual diferença devida. O prazo deste § 4° tem por finalidade dar segurança jurídica às relações tributárias. Ocorrido o fato gerador e efetuado o pagamento pelo sujeito passivo no prazo do vencimento, tal como previsto na legislação tributária, tem o Fisco o prazo de cinco anos, a contar do fato gerador, para emprestar definitividade a tal situação, homologando expressa ou tacitamente o pagamento realizado, com o que chancela o cálculo realizado pelo contribuinte. É neste prazo para homologação que o Fisco deve promover a fiscalização, analisando o pagamento efetuado e, no caso de entender que é insuficiente, fazer o lançamento de ofício através da lavratura de auto de infração, em vez de chancelálo pela homologação. Com o decurso do prazo de cinco anos contados do fato gerador, portanto, ocorre a decadência do direito do Fisco de lançar eventual diferença. A regra do § 4° deste art. 150 é regra especial relativamente à do art. 173, I, deste mesmo Código. E, havendo regra especial, prefere à regra geral. Não há que se falar em aplicação cumulativa de ambos os artigos, conforme se pode ver em nota ao art. 173, I, do CTN”. (PAULSEN, Leandro, 2014). Grifo nosso. Nessa perspectiva, cumpre enfatizar que o cerne da questão aqui debatida reside na análise da existência de pagamento antecipado de parte da contribuição exigida, cujo reconhecimento tem a aptidão de atrair a incidência do art. 150, § 4.º, do CTN. Em não havendo tal antecipação de pagamento, a aplicação do art. 173, I, do CTN é impositiva. Para o exame da ocorrência de pagamento antecipado parcial, para os fins ora pretendidos, afigurase óbvia a necessidade de se verificar se o contribuinte pagou parte do débito tributário objeto de cobrança, e não daqueles afetos a outros fatos. Ou seja, delimitar o significado e abrangência do termo início de pagamento. O Contribuinte alega que assiste razão ao acórdão paradigma que contrariando o acórdão recorrido decidiu que o pagamento de contribuição incidente sobre qualquer rubrica da folha de salário caracteriza a antecipação de pagamento, devendo, assim, ser utilizada a regra prevista no artigo 150, § 4°, do CTN. Enquanto que a Fazenda Nacional entende que o pagamento deve ser realizado para fatos geradores específicos. Registro aqui meu posicionamento de que o adiantamento do pagamento não se verifica pelo recolhimento de contribuições sobre qualquer rubrica, mas tão somente aquelas cujo fato gerador seja equivalente. Fl. 444DF CARF MF Processo nº 35301.000793/200731 Acórdão n.º 9202005.200 CSRFT2 Fl. 608 7 Sendo assim mister se faz observar discriminadamente a que tipo de levantamento o auto de infração se refere para então analisar se há ou não início de pagamento para cada uma delas ou para todas se for o caso, sendo: * Segundo o Relatório da NFLD, fls. 19/24, o fato gerador das contribuições objeto do lançamento é o pagamento, pela empresa a seus administradores empregados, de verbas intituladas "Participação Estatutária Administradores", em desacordo com a legislação especifica, considerados pela fiscalização como remuneração indireta e sobre as quais a empresa não fez incidir contribuição previdenciária. Observo nos autos que se trata de empregados conforme fls 26 da NFLD e não de contribuintes individuais, a fiscalização citou que se trata de auto suplementar, que no TEAF ha informação de que não existem outras infrações lavradas. Deste modo, considerando que as contribuições devidas referemse aos segurados empregados, observo que há pagamento das diferenças, e que os demais recolhimentos da folha os aproveitam, face a Súmula Carf n. 99 – salário indireto. Considero a existência de pagamento antecipado capaz de atrair a aplicação do art. 150, § 4, quanto aos demais itens aplicase o art. 173, I do CTN. Diante do exposto, recebo o Recurso Especial interposto pelo Contribuinte, para no mérito darlhe provimento. É como voto. (assinado digitalmente) Ana Paula Fernandes Fl. 445DF CARF MF 8 Fl. 446DF CARF MF
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Numero do processo: 10660.906097/2012-98
Turma: Primeira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Terceira Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jan 25 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Fri Feb 17 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 3401-000.983
Decisão: Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência.
(assinado digitalmente)
Robson José Bayerl - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Rosaldo Trevisan, Augusto Fiel Jorge d'Oliveira, Eloy Eros da Silva Nogueira, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Rodolfo Tsuboi e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco.
Nome do relator: ROBSON JOSE BAYERL
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COMPENSAÇÃO. Recorrente MOABE ENERGIA INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL Resolvem os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência. (assinado digitalmente) Robson José Bayerl Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Robson José Bayerl, Rosaldo Trevisan, Augusto Fiel Jorge d'Oliveira, Eloy Eros da Silva Nogueira, André Henrique Lemos, Fenelon Moscoso de Almeida, Rodolfo Tsuboi e Leonardo Ogassawara de Araújo Branco. Relatório Trata o presente processo administrativo de PER/DCOMP para obter reconhecimento de direito creditório do tributo por suposto pagamento a maior e aproveitar esse crédito com débito de outro tributo. O sistema informatizado da Receita Federal emitiu o Despacho Decisório em processamento automatizado indeferindo o pedido e não homologando a compensação, afirmando que o valor do DARF de onde viria o crédito já estava totalmente comprometido em quitação de débito constante de declaração (DCTF) prestada pelo contribuinte. A contribuinte manifestou inconformidade, explicando que: "Tal indeferimento não pode prosperar porque os créditos oriundos de pagamento indevido ou maior já tinham sido devidamente disponibilizados em RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 06 60 .9 06 09 7/ 20 12 -9 8 Fl. 44DF CARF MF Processo nº 10660.906097/201298 Resolução nº 3401000.983 S3C4T1 Fl. 3 2 razão da desvinculação dos mesmos das DCTFs daquele período." Os Julgadores de 1º piso consideraram improcedente a manifestação da contribuinte, não reconhecendo o direito creditório e mantendo a não homologação, nos termos do Acórdão 14044.346. Inconformada, a contribuinte ingressou com recurso voluntário, por meio da qual esclarece a procedência do seu direito de crédito e apresenta petição, nos seguintes termos: "O aludido recurso de MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE interposto pela recorrente, se deu porque esta entendeu que os pagamentos efetuados indevidamente ou a maior, na data do pedido de restituição/compensação, estavam devidamente desvinculados das declarações acessórias daqueles períodos, fato este que. por si só, já seria suficiente para demonstrar e provar a disponibilidade desses créditos pretendidos, dispensando assim a necessidade de instruir a exordial com as provas, possíveis de serem verificadas pelas informações acessórias fiscais regularmente prestadas ao fisco, pela recorrente, por meio eletrônico, com amparo na produção de provas previstas no art. 332, do crc. Contudo, infelizmente, a recorrente não se atentou para o fato de que a defesa sustentada no recurso anterior, não foi cumprida pelo seu departamento fiscal, o qual estava incumbido de enviar as devidas retificações acessórias, ensejando assim o presente passivo tributário. Diante disso, a recorrente requer a ampliação do prazo para apuração adequada do efetivo direito ao crédito tributário, anteriormente pleiteado, providenciando todas as retificações das declarações acessórias, assim previstas no art. 113, parágrafo 2o, do CTN, para demonstrar a relação dos créditos que tem direito. Reintera ainda sobre a importância da dilação do referido prazo, com base no Principio da Capacidade Contributiva, nos termos do art. 145, §1°, juntamente com o Princípio do não Confisco, nos termos do art. 150, IV, da CF. tendo em vista que, a sua não prorrogação ensejará à recorrente insolvência econômica, uma vez que, o seu patrimônio, não é suficiente para garantir os passivos tributários oriundos das referidas declarações acessórias. Ademais, diante da presente situação, não restou a recorrente outra alternativa senão interpor a presente demanda." É o relatório Voto Conselheiro Robson José Bayerl, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido na Resolução 3401000.964, Fl. 45DF CARF MF Processo nº 10660.906097/201298 Resolução nº 3401000.983 S3C4T1 Fl. 4 3 de 25 de janeiro de 2017, proferida no julgamento do processo 10660.906083/201274, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela Resolução (3401000.964): "Tempestivo o Recurso e atendidos os demais requisitos de admissibilidade. Temos diante de nós mais um caso de despacho decisório processado automaticamente, sem que haja qualquer intervenção humana para rever o seu teor e a eventual existência de razões para questionar sua conclusão. Como soe, nessas situações, a contribuinte somente compreende inteiramente a situação quando recebe a decisão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento mantendo o indeferimento eletrônico inicial, geralmente por falta de provas ou de contra argumentações por parte da contribuinte. Nessa toada, há os que se escudam no instituto da preclusão probatória para justificar a impossibilidade de reverter as negativas até então impostas à contribuinte. Coerente com minhas propostas de votação anteriores em situações semelhantes, baseado no argumento de que o princípio da verdade material deve prevalecer, relativizando as formalidades e os institutos preclusivos e assemelhados, e no argumento de que não é do interesse público maior praticar a injustiça fiscal qual seja, a manutenção no Tesouro do pagamento indevido , é que proponho que se tome providências para garantir substantivamente o contraditório (e não apenas formalmente) e para se verificar a verdade do alegado pelas partes. As teses que esposo divergem das postas no acórdão de 1º piso: (a) para uma visão absoluta do ônus probatório e do instituto da preclusão probatória, argumento em favor de que prevaleça a Verdade Material, e que os julgadores do processo administrativo possam agir e determinar providências nessa direção, aliás como expus em outros votos quando fiz alusão aos modelos trazidos pelo novo CPC; (b) que a negativa em pedidos de restituição e/ou compensações motivada pela inexistência de créditos líquidos e certos passe a considerar que a liquidez e certeza possam ser demonstradas ao longo do processo administrativo, não se limitando ao que o instruiu antes de sua chegada à instância de julgamento. Por isso, tendo em vista nem a administração tributária, nem a instância anterior, ter ido além do despacho decisório de processamento automático, proponho a este Colegiado a conversão do julgamento em diligência para que a unidade de jurisdição local analise e informe a respeito do alegado pela contribuinte, e também a respeito da existência de retificação realizada ou tentada pela contribuinte com relação ao (débitos e créditos) discutido neste processo administrativo. Que se dê ciência à contribuinte desta decisão e também do relatório conclusivo e da informação fiscal resultantes da diligência, e Fl. 46DF CARF MF Processo nº 10660.906097/201298 Resolução nº 3401000.983 S3C4T1 Fl. 5 4 prazo de 30 dias para ela se manifestar em cada uma dessas intimações." Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, converto o julgamento deste processo em diligência para que a unidade de jurisdição local analise e informe a respeito do alegado pela contribuinte, e também a respeito da existência de retificação realizada ou tentada pela contribuinte com relação ao (débitos e créditos) discutido neste processo administrativo. (assinado digitalmente) Robson José Bayerl Fl. 47DF CARF MF
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Numero do processo: 18050.005981/2008-17
Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 2ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Jan 25 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Mar 13 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/04/1996 a 31/01/1999
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. DECADÊNCIA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. AUSÊNCIA RECOLHIMENTOS ANTECIPADOS.
Constatada a ausência de recolhimento antecipado do tributo, o critério para aplicação da regra decadencial será o previsto no art. 173, I do CTN, mesmo nos casos de lançamento por homologação.
Numero da decisão: 9202-005.170
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em dar-lhe provimento para afastar a decadência, com retorno dos autos ao colegiado de origem para análise das demais questões postas no recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em Exercício
(assinado digitalmente)
Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Relatora
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/04/1996 a 31/01/1999 CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. DECADÊNCIA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. AUSÊNCIA RECOLHIMENTOS ANTECIPADOS. Constatada a ausência de recolhimento antecipado do tributo, o critério para aplicação da regra decadencial será o previsto no art. 173, I do CTN, mesmo nos casos de lançamento por homologação.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em dar-lhe provimento para afastar a decadência, com retorno dos autos ao colegiado de origem para análise das demais questões postas no recurso voluntário. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em Exercício (assinado digitalmente) Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Relatora Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri.
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OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. DECADÊNCIA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. AUSÊNCIA RECOLHIMENTOS ANTECIPADOS. Constatada a ausência de recolhimento antecipado do tributo, o critério para aplicação da regra decadencial será o previsto no art. 173, I do CTN, mesmo nos casos de lançamento por homologação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 18 05 0. 00 59 81 /2 00 8- 17 Fl. 487DF CARF MF 2 Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em darlhe provimento para afastar a decadência, com retorno dos autos ao colegiado de origem para análise das demais questões postas no recurso voluntário. (assinado digitalmente) Luiz Eduardo de Oliveira Santos Presidente em Exercício (assinado digitalmente) Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira – Relatora Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, Fábio Piovesan Bozza (suplente convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Fl. 488DF CARF MF Processo nº 18050.005981/200817 Acórdão n.º 9202005.170 CSRFT2 Fl. 3 3 Relatório Tratase de Notificação Fiscal de Lançamento de Débito NFLD, nº 5.790.6853,, lavrado contra o contribuinte identificado em decorrência da aferição da remuneração da mãodeobra contida em notas fiscais/faturas de serviços prestados mediante cessão de mãodeobra pela empresa JOINT ASSESSORIA TÉCNICA LTDA à contratante BRASKEM S/A, visto não ter comprovado esta a elisão da responsabilidade solidária prevista no artigo 31 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991; e, tem por finalidade apurar e constituir as contribuições previdenciárias, correspondente às contribuições dos segurados, da empresa, do financiamento concedido em razão do grau de incidência laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (antigo SAT). O crédito, relativo às competências 04/1996 a 01/1999. De acordo com o Relatório da NFLD, fls. 74/86, as remunerações de mãode obra contidas nas notas fiscais vistas foram aferidas mediante a aplicação do percentual de 40% sobre o valor bruto da nota fiscal, conforme estabelecido nos procedimentos da Instrução Normativa n° 100 de 18/12/2003. O processo foi baixado em diligência para que sejam prestadas informações acerca da notificação da contratada, fls. 295. Foi prestada informação fiscal, com as seguintes observações: 1 Em atenção à solicitação do Serviço do Contencioso Administrativo (exSRI') noque tange a necessidade de confecção de Relatório Complementar. objetivando evidenciar de forma clara c precisa os elementos caracierizadores da cessão de mão deobra, existentes nos contratos firmados entre a prestadora de serviço supracitada e a tomadora COPENE — PE"I'ROQUIMICA DO NORDESTE S/A, atual BRASKEM S/A, informamos que o fato gerador da contribuição previdenciária, correspondente ao processo supracitado, foi aferido através das notas fiscais referentes aos serviços prestados pela JOINT Assessoria Técnica LTDA ME, emitidas no período de abr11/1996 a ianeiro/1999. 2 Considerando que a Súmula Vinculante n° 08 do Supremo Tribunal Federal, aprovada na Sessão Plenária de 12/06/2008 e publicada no DOU em 20/06/2008, tornou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei n° 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência do crédito tributário. 3 — Considerando que o Parecer PGFN/CAT n° 161712008, que trata da forma da contagem dos prazos de decadência e prescrição do crédito tributário, enuncia no item 49, subitem "e", que para fins de cômputo do prazo de decadência, tendo havido pagamento antecipado, aplicase a regra do § 4° do art. 150 do C'I'N. 4 — Considerando que o § 4° do art. 150 do CTN estabelece que o prazo para o lançamento de ofício de eventual diferença a Fl. 489DF CARF MF 4 maior, ainda devida, é de cinco anos contados da ocorrência do fato gerador. 5 — Considerando que o crédito lançado na NFLD 35.790.6853 foi efetivado cm 20.12 2004, data da cientifìcação do sujeito passivo, e que as competências lançadas são relativas ao período de abril/1996 a janeiro/1999 , e que relativamente à competência Janeiro/99 houve pagamento antecipado, efetuado pela prestadora em epígrafe, conforme cópia, em anexo, da consulta feita ao sistema informatizado da Receita Federal do Brasil, constatase que as competências supracitadas encontramse abrangidas pela decadência qüinqüenal prevista no Código tributário Nacional (CTN). A autuada apresentou impugnação, fls. 162, tendo a Delegacia da Receita Federal de Julgamento, julgado o lançamento procedente em parte, declarando a decadência parcial do crédito, fls. 305. Apresentado Recurso Voluntário pela autuada, os autos foram encaminhados ao CARF para julgamento do mesmo. No Acórdão de Recurso Voluntário, fls. 439 e seguintes (efls. 5017), o Colegiado, por unanimidade de votos, deu provimento ao recurso, face a aplicação da decadência. Portanto, em sessão plenária de 12/32012, deuse provimento ao recurso, prolatandose o Acórdão nº 2403001.101, assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/04/1996 a 31/01/1999 PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. Ocorre a decadência com a extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia foi, de origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado, e este se esgotou sem que esse exercício tivesse se verificado. Assim, cumpre observar hipótese decadencial face a edição da Súmula Vinculante n° 8 exarada pelo Supremo Tribunal Federal STF e da Lei Complementar n° 128 de dezembro de 2008, artigo 13, I , “a ”. Recurso Voluntário Provido. O processo foi encaminhado, para ciência da Fazenda Nacional, em 25/4/2012, para cientificação em até 30 dias, nos termos da Portaria MF nº 527/2010. A Fazenda Nacional interpôs, tempestivamente, em 22/5/2012, Recurso Especial. Em seu recurso visa a reforma do acórdão recorrido a fim de afastar integralmente a decadência. Ao Recurso Especial foi dado seguimento, conforme o Despacho 2400 053/2013, efls.464, de 15/1/2013. A recorrente traz como alegações, que: · É consenso na doutrina e jurisprudência pátrias que, em sede de tributo sujeito a lançamento por homologação, a aplicação do artigo 150, §4º somente é possível quando o contribuinte, reconhecendo a ocorrência do fato gerador de determinado tributo, efetua o pagamento, ainda que parcial, possibilitando ao Fisco a conferência posterior dos valores recolhidos, contrapondo‑ os com os Fl. 490DF CARF MF Processo nº 18050.005981/200817 Acórdão n.º 9202005.170 CSRFT2 Fl. 4 5 efetivamente devidos, efetuando o lançamento de ofício de eventuais diferenças. · Conclui‑ se, pois, que o pressuposto primordial para a aplicação da regra de decadência constante do artigo 150, §4º, do CTN, é o pagamento antecipado parcial do tributo exigido. · Noutro passo, diante da inexistência de qualquer pagamento, o prazo decadencial para a cobrança dos tributos sujeitos a lançamento por homologação é aquele constante do artigo 173, I, do CTN. Esta concepção, aliás, encontra‑ se cristalizada no Enunciado n.º 219 da Súmula do extinto Tribunal Federal de Recursos, verbis: “Não havendo antecipação de pagamento, o direito de constituir o crédito previdenciário extingue‑ se decorridos cinco anos do primeiro dia do exercício seguinte aquele em que ocorreu o fato gerador.” · Ressalte‑ se que não há que se falar em recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pelo contribuinte como um todo, de modo que qualquer recolhimento efetuado, ainda que não se refira ao objeto do lançamento, possa influir na contagem do prazo decadencial deste de forma a ensejar a aplicação do art. 150, § 4.º, do CTN. Este raciocínio não pode prevalecer, sob pena de fulminar as normas legais de regência e abrir ensanchas para injustiças e inauditas lesões ao Erário. Também cientificado do Acórdão nº 2403001.101, do Recurso Especial interposto pela Fazenda Nacional e do Despacho de Admissibilidade do Recurso Especial, em 25/7/2013, o apresentou, tempestivamente em 08/8/2013, contrarrazões em que alega o não conhecimento do recurso, por veicular teses já superada pela CSRF, bem como adota paradigmas desprovidos de similitude fática. Assim manifestase: Fl. 491DF CARF MF 6 É o relatório. Fl. 492DF CARF MF Processo nº 18050.005981/200817 Acórdão n.º 9202005.170 CSRFT2 Fl. 5 7 Voto Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE O Recurso Especial de divergência apresentando pelo sujeito passivo é tempestivo e atende aos demais pressupostos de admissibilidade, conforme Despacho de Exame de Admissibilidade de Recurso Especial, fls. 464. Assim, não havendo qualquer questionamento acerca do conhecimento e concordando com os termos do despacho proferido, passo a apreciar o mérito da questão. Citese, de pronto, trecho da decisão de primeira instância que já atribuiu provimento parcial a questão, para que possamos, analisando os termos do acórdão recorrido delimitar o que se pretende reapreciar com o recurso em questão: Neste lançamento, conforme acima mencionado, tendo em vista que os fatos geradores da Obrigação Tributária ocorreram nas competências abril de 1996 a janeiro de 1999 e o lançamento se completou em 31 de dezembro de 2004 (fls.01), com a ciência do sujeito passivo. Inegável que já estavam alcançados pela decadência até a competência novembro de 1998; mantendose o valor lançado na competência dezembro de 1998 e janeiro de 1999, na rubrica segurado, visto não haver recolhimento para esta, conforme consulta ao sistema informatizado deste órgão, cujas cópias foram acostadas aos autos (fls. 303/304). A empresa prestadora dos serviços (JOINT ASSESSORIA TÉCNICA LTDA) por não ter sido notificada desta NFLD será excluída do lançamento, prosseguindo apenas a empresa contratante dos serviços (BRASKEM S.A.). Consultando o sistema informatizado da Receita Federal do Brasil, constatase que a empresa prestadora dos serviços (JOINT ASSESSORIA TÉCNICA LTDA), no período de 01/01/1997 a 01/11/2000, era optante pelo SIMPLES, conforme consta nos autos (fls. 305). Conforme acima explicitado a empresa optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte • (SIMPLES) contribui para a Seguridade Social conforme dispõe no parágrafo, alínea "h", do art. 3° da Lei n° 9.317, de 5 de dezembro de 1996 (Contribuição para a Seguridade Social, relativa ao empregado). Ante o exposto, e considerando tudo o mais que nos autos consta, VOTO pela PROCEDENCIA PARCIAL do Lançamento, mantendo o montante total de R$ 6.449,43 (seis mil, quatrocentos e quarenta e nove reais e quarenta e três centavos), isto na data da consolidação do lançamento. Fl. 493DF CARF MF 8 Já no acórdão recorrido enfrenta a questão da decadência. porém chegando a conclusão diversa, conforme passamos a apreciar: [...] É relevante ressaltar que os recolhimentos das contribuições previdenciárias, antes da atual Guia da previdência Social – GPS, eram efetuados mediante as denominadas Guias de Recolhimento da Previdência Social GRPS, vigentes até a edição da Resolução Nº 657, de 17 de dezembro de 1998, que institui a atual GPS. Naquelas guias denominadas GRPS, segregados em campos próprios, se informavam os pagamentos que estavam sendo recolhidos bem como a que título, se vinculados aos segurados, às empresas ou para terceiros. Muito embora segregados, tais recolhimentos não representavam “dinheiro carimbado”, permitindose assim eventuais remanejamentos/retificações daquelas destinações, até porque os ingressos daqueles valores afluíam de um mesmo contribuinte para o mesmo cofre público. Atualmente, na forma do leiaute das Guias da Previdência Social – GPS, a exceção da rubrica outras entidades, não se vislumbra, de imediato, tampouco de forma mais detida, de modo claro e efetivo, quais os fatos geradores ou quais rubricas estão sendo contemplados com tal pagamento. Eis porque a necessidade de ações e procedimentos fiscais, considerados os prazos decadenciais, para corroborar ou não, de forma expressa os autolançamentos e eventuais recolhimentos produzidos pelos contribuintes. Refratário a chamar de pagamento antecipado os recolhimentos efetuados dentro dos prazos legais, rechaço ainda mais conceber que , também, os pagamentos efetuados fora dos prazos com multa e juros, porém realizados antes da ação fiscal, são distinguidos como tal. A meu juízo, tratase de concepção teratológica. A leitura atenta do artigo 150 do CTN, caput, evidencia que o que o legislador pretendeu exortando o dever de antecipar o pagamento, antes da ação fiscal ação essa, ressaltese, cujo prazo para ocorrer, sem a perda do direito potestativo, se insere no comando qüinqüenal do artigo em tela foi conceituar a modalidade de lançamento, neste caso lançamento por homologação, e não condicionar direitos para o reconhecimento de eventual reconhecimento decadência : “Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. Por tudo isso, entendo que qualquer possível “recolhimento antecipado”na forma difusa como é procedido atualmente, bem Fl. 494DF CARF MF Processo nº 18050.005981/200817 Acórdão n.º 9202005.170 CSRFT2 Fl. 6 9 como no modo como o fora no passado, tem o condão de alcançar qualquer rubrica de modo integral ou parcial. É de se reparar que para os tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, isto é para aqueles sob lançamento por homologação, o legislador foi explícito preceituando que a decadência se observa na forma do artigo 150 § 4º : “ Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação” Assim, conforme registro de fls.10 , considerando o período da ocorrência da infração definido pelas competências 04/1996 a 01/1999, e ainda que a empresa fora notificada em 31/12/2004( fls.01), na forma do artigo 150, § 4° do CTN, diante dos argumentos supra, e em obediência ao previsto no artigo 62A do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, sou de parecer que o crédito lançado conforme a Notificação Fiscal de Lançamento de Débito NFLD em comento encontrase, todo ele, fulminado pelo instituto da decadência. Tal decisão requer reformar o Acórdão a quo para ver alcançadas todas as competências lançadas. Por economia processual, deixo de enfrentar demais alegações. Ou seja, entendeu o relator do acórdão recorrido que qualquer recolhimento seria apto a atrair a tese do art. 150, §4º, agregado ao fato que nas atuais GPS, não existe segregação dos campos. Contudo, não me filio a essa tese quando, não existem nos autos, provas por parte do sujeito passivo de que a informação de inexistência de recolhimento antecipado da parcela dos segurados, trazida na decisão de primeira instância, não corresponde a realidade. No caso, a aplicação do art. 150, § 4º, é possível quando realizado pagamento de contribuições, que em data posterior acabam por ser homologados expressa ou tacitamente. Todavia, não podemos perder de vista que em relação ao critério da decadência, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, devemos aplicar o REsp 761.908 SC em observância ao art. 62 do RICARF Regimento Interno do Carf. Dessa forma, entendo pertinente as colocações da ilustre procuradora, que destacou, em trecho do próprio relatório fiscal, que inexistiam recolhimentos para o período objeto do lançamento. Dessa forma, inexistindo recolhimento antecipado, a decadência deve ser operada a luz do art. 173, I do CTN, razão pela qual procedentes suas alegações. Conforme descrito acima, o julgador da DRJ foi específico em acatar a decadência parcial, exceto para as contribuição dos segurados nas competências 12/1998 e 01/1999, dessa forma, entendo não existir respaldo para a tese aplicada pelo relator do acórdão recorrido, razão pela qual dou provimento ao recurso da Fazenda Nacional Fl. 495DF CARF MF 10 Notese, que o instituto da responsabilidade solidária na cessão de mão de obra, admite ao fisco, a escolha de qual responsável para adimplir o divida, mas essa escolha, no meu entender, não dá direito a escolher momentos distintos para o lançamento. No presente caso, a decisão da DRJ já havia afastado a prestadora do lançamento, posto que, quando da formalização da NFLD a mesma não foi cientificada da autuação. Assim, o ponto relevante é: como deve ser aplicada a decadência em relação ao casos de responsabilidade solidária por cessão de mão de obra? Embora tenha me manifestado em outras oportunidade no colegiado a quo acerca da questão em sentido diverso, entendo que a responsabilidade solidária trata de um débito único, recolhimento de contribuições previdenciárias sobre os serviços prestados pela prestadora JOINT ASSESSORIA TÉCNICA LTDA para a tomadora BRASKEN. Nesse sentido, entendo que a argumentação da PGFN merece guarida, já que, em sede de contrarrazões, insiste a recorrida em argumentar a aplicabilidade do art. 150, §4º, sendo irrelevante a existência do pagamento antecipado, mas em momento algum consegue rebater a tese de inexistência dos referidos recolhimentos para a contribuição do segurado mantida na decisão da DRJ. Assim, entendo deva ser dado provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional, contudo com retorno dos autos a Câmara baixa para apreciação de outras questões postas no recurso voluntário, fls. 328 e seguintes, que foram relegadas pela decretação da decadência de todo o crédito. CONCLUSÃO Face o exposto, voto por CONHECER do Recurso Especial da Fazenda Nacional, para, no mérito DARLHE PROVIMENTO para afastar a decadência, com retorno dos autos ao colegiado de origem para análise das demais questões postas no recurso voluntário. É como voto. (assinado digitalmente) Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira. Fl. 496DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13603.000514/00-37
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Apr 15 00:00:00 UTC 2003
Numero da decisão: 201-00.329
Decisão: RESOLVEM os Membros da Primeira Câmara do Segundo Conselho de
Contribuintes, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do Relator.
Nome do relator: Serafim Fernandes Corrêa
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DRJ em Belo Horizonte - MG RESOLUÇÃO Nº 201-00.329 ~Ld j 1 j i 1 ,1 J J I ! j j , a".• ti Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por MAGNESITA S/A. RESOLVEM os Membros da Primeira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência, nos termos do voto do Relator. Sala das Sessões, em 15 de abril de 2003. ~ aÁ{p~o.- M~., Josefa Maria Coelho Marques D ,.c5iden0-E~_~~' Serafim Femandes Corrêa Relator 1 - - ------------------------~-------------- " Processo nº Recurso nº Recorrente Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes 13603-000514/00-37 118.436 MAGNESITA S/A. RELATÓRIO I"CC-MP IFI. o contribuinte acima identificado foi autuado por haver se creditado de crédito presumido de IPI indevido por referir-se à extração de minérios não tributados, transferido de outra filial, períodos de apuração 11/98, 10decêndio de dezembro de 1998, 10decêndio de março de 1999 e 30 decêndio de abril de 1999, além de créditos considerados indevidos porque referentes a bem do ativo imobilizado no período de janeiro de 1998 a dezembro de 1999. Em tempo hábil impugnou o lançamento alegando ter direito aos créditos de vez que onde a lei não distingue não é lícito ao intérprete distinguir bem como que, em relação aos bens do ativo, os mesmos eram consumidos no processo de industrialização. A DRJ em Belo HOli;zonte - MG manteve o lançamento. ' : ~e tal de~s~~terposto rec.urso a este Conselho com arrolamento de bens.EOr?n- ~ . 2 3 Do exame do presente processo verifica-se que à fl. 427, em seu recurso a recorrente afirma: "Ressalta-se, uma vez mais, que o procedimento .da autuada, após pedido de restituição, sem resposta da DRF, foi providenciar a compensação/utilização de legítimos créditos apurados por estabelecimento produtor exportador, que, por não ter débito de IPL não conseguiu realizar financeiramente o beneficio, tal como evidenciado às fls. 396, em seu terceiro parágrafo, pela própria decisão de 1a Instância." (destaql;lei) Como se sabe, as empresas produtoras e exportadoras, nos termos da Lei nO 9.363/96, fazem jus à desoneração de PIS e COFINS incidentes nas operações anteriores como forma de evitar a exportação de tributos. ' I , I Para operacionalização de tal desoneração, a empresa apresenta' o DCP - Demonstrativo de Crédito Presumido - onde demonstra os valores a que teria direito a ser ressarcida. No passo seguinte, poderá compensar tais valores com débitos de IPI, porventura existentes. Caso não os tenha, será ressarcida em espécie. Pelo que revela o trecho acima de seu recurso, a empresa, em seu estabelecimento que transferiu os créditos, não tinha débitos para compensar os valores correspondentes à desoneração de PIS e COFINS em suas exportações, razão pela qual pediu restituição. Como não obteve resposta de seu pedido, transferiu os créditos para outro estabelecimento. Ora, se os créditos foram realizados a partir de novembro de 1998, o pedido de ressarcimento, do qual não obteve resposta, obviamente, é anterior a novembro de 1998. No presente processo não há notícia sobre qual a decisão em relação a tal pedido, apesar de decorridos mais de quatro anos. Isto posto, entendo ser prudente converter o julgamento em diligência para que a repartição de origem: a) adote as providências cabíveis no sentido de localizar o processo que albergou o pedido de restituição da empresa; b) informe qual a posição atual do mesmo e se houve alguma decisão. Em caso positivo, juntar cópias; e c) acresça outras informações que julgar pertinentes ao caso. Em seguida, a fim de assegurar os princípios do contraditório e da ampla defesa, devem ser entregues cópias de tudo o que venha a ser juntado ao processo à recorrente para, querendo, no prazo de trinta dias manifestar-se sobre os mesmos. Ao final do prazo, com ou sem manifestação, devem os autos retomar a esta Câmara. Sal~~~~Udeab~~~ '-~ <--=._ ....- SERAFIM FERNANDES CORRÊA ~ 12'C~MF IFI. VOTO DO CONSELHEIRO-RELATOR SERAFIM FERNANDES CORRÊA 13603-000514/00-37 118.436 Ministério da Fazenda Segundo Conselho de Contribuintes Processo nl! Recurso nl! 00000001 00000002 00000003
score : 1.0
Numero do processo: 10940.901895/2009-81
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Mar 16 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Wed May 03 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Ano-calendário: 2005
ESTIMATIVA. COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE.
Pagamento indevido ou a maior a título de estimativa caracteriza indébito na data de seu recolhimento, sendo passível de restituição ou compensação (Súmula CARF nº 84).
Numero da decisão: 9101-002.660
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em negar-lhe provimento, com retorno dos autos à Unidade de origem para verificação da certeza e liquidez do crédito tributário.
[assinado digitalmente]
Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente e Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Adriana Gomes Rego, Cristiane Silva Costa, André Mendes de Moura, Luis Flávio Neto, Rafael Vidal de Araújo, Daniele Souto Rodrigues Amadio, Gerson Macedo Guerra e Carlos Alberto Freitas Barreto.
Nome do relator: CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO
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COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. Pagamento indevido ou a maior a título de estimativa caracteriza indébito na data de seu recolhimento, sendo passível de restituição ou compensação (Súmula CARF nº 84). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial da Fazenda Nacional e, no mérito, em negarlhe provimento, com retorno dos autos à Unidade de origem para verificação da certeza e liquidez do crédito tributário. [assinado digitalmente] Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente e Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Adriana Gomes Rego, Cristiane Silva Costa, André Mendes de Moura, Luis Flávio Neto, Rafael Vidal de Araújo, Daniele Souto Rodrigues Amadio, Gerson Macedo Guerra e Carlos Alberto Freitas Barreto. Relatório Tratase de Recurso Especial apresentado pela Fazenda Nacional contra o Acórdão nº 180301.195, que julgou o recurso voluntário interposto pela contribuinte acerca da possibilidade de compensação de créditos de pagamentos de estimativas. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 94 0. 90 18 95 /2 00 9- 81 Fl. 209DF CARF MF Processo nº 10940.901895/200981 Acórdão n.º 9101002.660 CSRFT1 Fl. 3 2 O Acórdão recorrido deu provimento parcial ao recurso voluntário para afastar o argumento jurídico da não homologação, entendendo ser possível a compensação de créditos de pagamentos de estimativas. Em seguida, para comprovar a divergência de interpretação necessária ao conhecimento do seu recurso, a Fazenda Nacional interpôs o presente recurso especial de divergência, por entender que a decisão de reconhecer a possibilidade de compensação do valor indevidamente pago, ou pago a maior, de estimativa é fruto de interpretação da legislação tributária que conflita com a interpretação adotada no acórdão paradigma colacionado aos autos. O recurso foi admitido por meio do despacho do Presidente da Câmara. Após, sobrevieram contrarrazões em que o sujeito passivo defende o acerto da decisão questionada e pugna pela sua manutenção. É o Relatório. Voto Conselheiro Carlos Alberto Freitas Barreto, Relator O julgamento deste processo segue a sistemática dos recursos repetitivos, regulamentada pelo art. 47, §§ 1º e 2º, do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 09 de junho de 2015. Portanto, ao presente litígio aplicase o decidido no Acórdão 9101002.610, de 16/03/2017, proferido no julgamento do processo 10280.900603/200912, paradigma ao qual o presente processo foi vinculado. Transcrevese, como solução deste litígio, nos termos regimentais, o entendimento que prevaleceu naquela decisão (Acórdão 9101002.610): O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos de admissibilidade, motivo pelo qual dele tomo conhecimento, na forma como foi admitido. O contribuinte apresentou DCOMP apontando indébito oriundo de pagamento a maior de estimativa. Ao apreciar a referida declaração, a Receita Federal não homologou a compensação, sob o fundamento de que o pagamento de estimativa não é passível de compensação, devendo compor a apuração anual do tributo. A decisão recorrida foi no sentido oposto, reconhecendo o direito de o contribuinte compensar o indébito de estimativa, devolvendo os autos para a unidade de origem, para verificação da certeza e liquidez do crédito tributário pleiteado, vez que essa matéria ainda não sofreu apreciação pela Administração Tributária. O recurso especial veio para que esta Câmara Superior reforme a decisão recorrida, restabelecendo a declaração de impossibilidade de o contribuinte compensar crédito de estimativa, nos termos da legislação infralegal então em vigor. Fl. 210DF CARF MF Processo nº 10940.901895/200981 Acórdão n.º 9101002.660 CSRFT1 Fl. 4 3 Todavia, a IN RFB nº 900, de 2008, retirou a referida proibição do ordenamento tributário e é pacífico na jurisprudência administrativa o entendimento de que seus efeitos devem retroagir para alcançar as compensações pendentes de decisão administrativa. Esse entendimento é adotado pela própria Administração Tributária, exteriorizado por meio da Solução de Consulta Interna Cosit n° 19, de 05/12/2011, assim ementada: ESTIMATIVAS. PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO. O art. 11 da IN RFB nº 900, de 2008, que admite a restituição ou a compensação de valor pago a maior ou indevidamente de estimativa, é preceito de caráter interpretativo das normas materiais que definem a formação do indébito na apuração anual do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica ou da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, aplicandose, portanto, aos PER/DCOMP originais transmitidos anteriormente a 1º de janeiro de 2009 e que estejam pendentes de decisão administrativa. Caracterizase como indébito de estimativa inclusive o pagamento a maior ou indevido efetuado a este título após o encerramento do período de apuração, seja pela quitação do débito de estimativa de dezembro dentro do prazo de vencimento, seja pelo pagamento em atraso da estimativa devida referente a qualquer mês do período, realizado em ano posterior ao do período da estimativa apurada, mesmo na hipótese de a restituição ter sido solicitada ou a compensação declarada na vigência das IN SRF nº 460, de 2004, e IN SRF nº 600, de 2005. A nova interpretação dada pelo art. 11 da IN RFB nº 900, de 2008, aplicase inclusive aos PER/DCOMP retificadores apresentados a partir de 1º de janeiro de 2009, relativos a PER/DCOMP originais transmitidos durante o período de vigência da IN SRF nº 460, de 2004, e IN SRF nº 600, de 2005, desde que estes se encontrem pendentes de decisão administrativa. No âmbito deste Tribunal Administrativo, a matéria foi pacificada por meio da Súmula CARF nº 84: Súmula CARF nº 84: Pagamento indevido ou a maior a título de estimativa caracteriza indébito na data de seu recolhimento, sendo passível de restituição ou compensação. Por todo o exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso especial da Procuradoria, com retorno dos autos à unidade de origem para verificação da certeza e liquidez do crédito tributário. Aplicandose a decisão do paradigma ao presente processo, em razão da sistemática prevista nos §§ 1º e 2º do art. 47 do RICARF, conheço do recurso especial da Fazenda Nacional, e, no mérito, negolhe provimento, com retorno dos autos à unidade de origem para verificação da certeza e liquidez do crédito tributário. assinado digitalmente Fl. 211DF CARF MF Processo nº 10940.901895/200981 Acórdão n.º 9101002.660 CSRFT1 Fl. 5 4 Carlos Alberto Freitas Barreto Fl. 212DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10183.002146/2010-22
Turma: Segunda Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Mar 14 00:00:00 UTC 2017
Data da publicação: Mon Apr 10 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2009
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. AÇÃO JUDICIAL. CONCOMITÂNCIA.
Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial (Súmula CARF nº 1).
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 2402-005.681
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso.
(assinado digitalmente)
Mario Pereira de Pinho Filho Presidente em exercício
(assinado digitalmente)
Túlio Teotônio de Melo Pereira - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Ronnie Soares Anderson, Mario Pereira de Pinho Filho, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Jamed Abdul Nasser Feitoza, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
Nome do relator: TULIO TEOTONIO DE MELO PEREIRA
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2009 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. AÇÃO JUDICIAL. CONCOMITÂNCIA. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial (Súmula CARF nº 1). Recurso Voluntário Não Conhecido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso. (assinado digitalmente) Mario Pereira de Pinho Filho Presidente em exercício (assinado digitalmente) Túlio Teotônio de Melo Pereira - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Ronnie Soares Anderson, Mario Pereira de Pinho Filho, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Jamed Abdul Nasser Feitoza, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild.
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PROCESSO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL. CONCOMITÂNCIA. Recorrente GILSA MARIA PAREDES BARBOSA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2009 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. AÇÃO JUDICIAL. CONCOMITÂNCIA. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial (Súmula CARF nº 1). Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 18 3. 00 21 46 /2 01 0- 22 Fl. 133DF CARF MF 2 Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso. (assinado digitalmente) Mario Pereira de Pinho Filho – Presidente em exercício (assinado digitalmente) Túlio Teotônio de Melo Pereira Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Ronnie Soares Anderson, Mario Pereira de Pinho Filho, Túlio Teotônio de Melo Pereira, Jamed Abdul Nasser Feitoza, João Victor Ribeiro Aldinucci e Bianca Felicia Rothschild. Fl. 134DF CARF MF Processo nº 10183.002146/201022 Acórdão n.º 2402005.681 S2C4T2 Fl. 3 3 Relatório Tratase, na origem, de notificação de lançamento no 2009/774583499512720 (fls. 9/13) para a exigência de crédito tributário consolidado em 03/2010, no valor de R$ 3.407,39. O lançamento originouse da omissão de rendimentos recebidos de pessoa jurídica. Cientificada do lançamento, a contribuinte apresentou impugnação alegando que é aposentada por invalidez, fazendo jus a isenção de imposto de renda. A impugnação foi julgada improcedente pela DRJ Campo Grande em acórdão (fls. 63/67) cuja ementa foi assim redigida: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2009 ISENÇÃO MOLÉSTIA GRAVE. SERVIÇO MÉDICO OFICIAL Somente são isentos os rendimentos de aposentadoria quando a doença houver sido reconhecida mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios e essa doença deve estar relacionada como grave para fins de isenção do imposto de renda, segundo a legislação tributária. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Cientificada da decisão em 16/12/2011 (fl. 73), a contribuinte apresentou manifestação (fls. 76/77), postada em 03/01/2012, aduzindo erro grave no julgamento e que: 1. seu problema de saúde foi caracterizado como acidente de trabalho, retroagindo a data da CAT para 18/08/2003 e que foi aposentada por invalidez depois da aprovação da CAT; 2. foi aposentada em 01/06/2006 e, em 25/09/2009, foi deferido o pedido de isenção do imposto de renda a contar de 01/06/2006. Entende ter direito às restituições. Juntou documentos (fls. 78/91). Em 31/05/2012, o órgão de origem noticiou que a contribuinte havia ajuizado ação de repetição de indébito (processo no 465157.2012.4.01.3600, 6.ª Vara do Juizado Especial Federal do Mato Grosso) requerendo a restituição do imposto de renda dos exercícios 2007, 2008 e 2009, sob argumento de ser isenta por ser portadora de moléstia profissional grave. O julgamento foi convertido em diligência (fls. 99/102) para o órgão de origem juntar as peças do processo judicial. Em resposta (fl. 127), o órgão de origem informa a juntada da petição inicial (fls. 107/124). Fl. 135DF CARF MF 4 A contribuinte foi intimada do resultado da diligência em 26/03/2015 (fl. 129), não havendo apresentado qualquer manifestação adicional. É o relatório. Fl. 136DF CARF MF Processo nº 10183.002146/201022 Acórdão n.º 2402005.681 S2C4T2 Fl. 4 5 Voto Conselheiro Túlio Teotônio de Melo Pereira Relator Em razão do princípio da informalismo, recebese a manifestação da contribuinte (fls. 76/77) como recurso voluntário. Tendo sido apresentado no trintídio assinalado pela lei, temse que o recurso é tempestivo, pelo que deve ser conhecido. Dos documentos trazidos aos autos (fls. 107/124), constatase que a contribuinte ajuizou, perante a 6.ª Vara do Juizado Especial Federal do Mato Grosso, em 27/03/2012, ação anulatória de débito fiscal e restituição de imposto de renda, autuada sob no 465157.2012.4.01.3600, requerendo a restituição do imposto de renda dos exercícios 2007, 2008 e 2009, sob argumento de ser isenta por ser portadora de moléstia profissional grave. Dos fatos apontados na petição inicial, destacamse: "A autora após anos sofrendo de vários males por esforço repetitivo e lesões sofridas pelo mesmo motivo, e passar por diversas perícias, obteve através do Decreto "P" n° 1635/2006 de 31 de maio de 2006, publicado em Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul do dia 01/06/2006 (doe. anexo) a sua Aposentadoria por Invalidez." Ocorre, contudo, Excelência, que mesmo contando com o beneficio da isenção do Imposto de Renda os descontos deste imposto continuaram a serem deduzidos de seus benefícios, a autora que desconhecia ser portadora de tal beneficio só dera conta do mal que lhe estava sendo causado através da Ilegalidade de tal cobrança no ano de 2009." (...) "...lhe causou tremenda estranheza as notificações de lançamento que recebeu da Receita Federal de no 2007/601450918854118, 2008/774583414079015 e 2009/774583499512720, cobrando imposto de renda devido e acrescido de juros e multa." (...) "Excelência, o que a autora busca é apenas a restituição dos impostos cobrados indevidamente por parte de Receita Federal, direito este garantido por lei que corresponde a R$ 1.176,14 mil cento e setenta e seis reais e quatorze centavos (exercício 2007), R$ 3.951,67 Três mil, novecentos cinqüenta e um reais e sessenta e sete centavos (exercício 2008) e R$ 4.917,06 Quatro mil novecentos e dezessete reais e seis centavos (exercício 2009) conforme copias anexas das declarações de imposto de renda, o que totaliza a restituir R$ 10.044,87 Dez mil, quarenta e quatro reais e oitenta e sete centavos." Ainda do exame da petição inicial da referida ação, extraemse os seguintes pedidos: Fl. 137DF CARF MF 6 "I) a concessão da tutela antecipada "inaudita altera pars" de acordo com o artigo 273, do CPC, já que estão presentes ambos os requisitos autorizadores da medida, sendo para suspender a exigibilidade do credito tributário, consoante o artigo 151, inciso V do Código Tributário Nacional, e a restituição de imposto de renda a que tem direito no valor R$ 10.044.87 (Dez mil quarenta e quatro reais e oitenta e sete centavos.): II) a procedência dos pedidos confirmando em definitivo a tutela anteriormente concedida, sendo para anular lançamento tributário;" Assim, de plano constatase que a Contribuinte ajuizou ação com o mesmo objeto do presente recurso. A questão da concomitância entre ação judicial e processo administrativo, versando sobre o mesmo objeto, já se encontra sumulada: Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial. Diante do exposto, voto por não conhecer do recurso voluntário interposto pela contribuinte, declarando a definitividade do lançamento e determinando o cumprimento da sentença proferida no processo judicial. (assinado digitalmente) Túlio Teotônio de Melo Pereira Fl. 138DF CARF MF
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