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Numero do processo: 10850.900061/2012-63
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 12 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Tue Dec 02 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/08/2002 a 31/08/2002
RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ÔNUS DA PROVA.
O ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa não infirmada com documentação hábil e idônea.
Numero da decisão: 3803-006.718
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Corintho Oliveira Machado - Presidente.
(assinado digitalmente)
Hélcio Lafetá Reis - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado (Presidente), Hélcio Lafetá Reis (Relator), Belchior Melo de Sousa, Renato Mothes de Moraes e Jacques Maurício F. Veloso de Melo.
Nome do relator: HELCIO LAFETA REIS
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/08/2002 a 31/08/2002 RESTITUIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. O ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa não infirmada com documentação hábil e idônea. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Corintho Oliveira Machado Presidente. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado (Presidente), Hélcio Lafetá Reis (Relator), Belchior Melo de Sousa, Renato Mothes de Moraes e Jacques Maurício F. Veloso de Melo. Relatório Tratase de Recurso Voluntário interposto em contraposição às decisões da DRJ Ribeirão Preto/SP que julgou improcedente as Manifestações de Inconformidade AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 85 0. 90 00 61 /2 01 2- 63 Fl. 195DF CARF MF Impresso em 03/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 02/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10850.900061/201263 Acórdão n.º 3803006.718 S3TE03 Fl. 196 2 apresentadas em decorrência do indeferimento do pedido de restituição e da não homologação da compensação declarada pelo contribuinte supra identificado. O contribuinte havia transmitido Pedido de Restituição (PER) referente a crédito decorrente de alegado pagamento a maior da contribuição, no valor de R$ 281,77. Por meio de despacho decisório eletrônico, a repartição de origem indeferiu o pedido de restituição, pelo fato de que o pagamento declarado no PER já havia sido integralmente utilizado na quitação de outros débitos do contribuinte. Cientificado da decisão, o contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade e requereu o reconhecimento do direito creditório, alegando que o indébito decorrera da inconstitucionalidade já declarada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do alargamento da base de cálculo da contribuição promovido pelo art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718, de 1998. Argüiu o interessado que não fora previamente intimado para prestar esclarecimentos quanto à higidez do crédito tributário, tendo sido o despacho decisório prolatado sem que a fiscalização tivesse examinado a situação concreta do pedido de restituição. Requereu, também, o então Manifestante, em respeito ao princípio da economia processual, a reunião dos processos identificados na peça recursal para julgamento em conjunto, considerando terem todos eles o mesmo objeto. Junto à Manifestação de Inconformidade, o contribuinte trouxe aos autos cópias de documentos societários, do despacho decisório, de planilha por ele elaborada contendo a identificação dos valores das receitas financeiras auferidas no período e de parte do balancete. A DRJ Ribeirão Preto/SP não reconheceu o direito creditório, tendo sido o acórdão ementado nos seguintes termos: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do Fato Gerador: 31/08/2002 AMPLIAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE. A inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal em recurso extraordinário, não gera efeitos erga omnes, sendo incabível sua aplicação a contribuintes que não façam parte da respectiva ação. RESTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE SALDO A RESTITUIR. Verificado que o crédito pleiteado foi totalmente utilizado, em momento anterior, para quitação de débitos declarados em DCTF, resta impossibilitada, por falta de saldo, a restituição. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Fl. 196DF CARF MF Impresso em 03/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 02/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10850.900061/201263 Acórdão n.º 3803006.718 S3TE03 Fl. 197 3 Data do Fato Gerador: 31/08/2002 PEDIDO DE PERÍCIA. PRESCINDIBILIDADE. INDEFERIMENTO. Estando presentes nos autos todos os elementos de convicção necessários à adequada solução da lide, indeferese, por prescindível, o pedido de diligência ou perícia. DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA. Incumbe ao sujeito passivo a demonstração, acompanhada das provas hábeis, da composição e a existência do crédito que alega possuir junto à Fazenda Nacional para que sejam aferidas sua liquidez e certeza pela autoridade administrativa. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Arguiu o relator a quo que, “ainda que os óbices quanto à utilização integral do recolhimento não existissem, e que fosse possível estender os efeitos do julgado do STF para o presente caso, a interessada não se [desincumbira] de demonstrar e provar o suposto recolhimento a maior”, uma vez que os documentos apresentados se referiam apenas às receitas financeiras, dados esses insuficientes à apuração da base de cálculo da contribuição, qual seja, o faturamento. Em 09/09/2013, a repartição de origem juntou a este processo, por apensação, o processo administrativo nº 10850.722664/201307, contendo a Declaração de Compensação (DCOMP) do crédito controvertido nestes autos. Submetida a DCOMP à apreciação da autoridade administrativa de origem, emitiuse despacho decisório de não homologação da compensação declarada, considerando que o direito creditório já havia sido indeferido no presente processo. Cientificado, o contribuinte apresentou nova Manifestação de Inconformidade, requereu o reconhecimento do direito creditório e a homologação da declaração de compensação, repisando os argumentos de defesa. Adicionalmente, o contribuinte trouxe aos autos cópia de parte do livro Razão. A DRJ Ribeirão Preto/SP mais uma vez não reconheceu o direito creditório, tendo sido o novo acórdão ementado nos seguintes termos: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Data do fato gerador: 31/08/2002 DCOMP. NÃO HOMOLOGAÇÃO. DIREITO CREDITÓRIO JÁ ANALISADO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. Fl. 197DF CARF MF Impresso em 03/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 02/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10850.900061/201263 Acórdão n.º 3803006.718 S3TE03 Fl. 198 4 Não é cabível a rediscussão de direito creditório vinculado a pedido de restituição, cuja matéria já foi analisada em outro processo administrativo fiscal, no qual foi indeferido. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. AUSÊNCIA DE SALDO. Verificado que o crédito pleiteado foi totalmente utilizado, em momento anterior, para quitação de débitos declarados em DCTF, a restituição/compensação resta impossibilitada por falta de saldo. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do Fato Gerador: 31/08/2002 PEDIDO DE PERÍCIA. PRESCINDIBILIDADE. INDEFERIMENTO. Estando presentes nos autos todos os elementos de convicção necessários à adequada solução da lide, indeferese, por prescindível, o pedido de diligência ou perícia. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Cientificado das decisões de primeira instância em 18/06/2014, o contribuinte apresentou Recurso Voluntário em 03/07/2014 e reiterou seus pedidos, repisando os mesmos argumentos de defesa, sendo contestado o argumento da autoridade julgadora de piso relativamente à necessidade de prévia retificação da DCTF para se atestar a liquidez e certeza do crédito, argüindose que tal documento, além de não ser exigido em lei, não é o único apto a comprovar a existência de crédito passível de restituição. Afirmou ainda o Recorrente que apresentara, junto à Manifestação de Inconformidade, cópias de planilha de cálculo, do livro Razão e do balancete, contendo a identificação das receitas financeiras indevidamente incluídas no cômputo da contribuição, tratandose de documentos suficientes à comprovação do crédito pleiteado. É o relatório. Voto Conselheiro Hélcio Lafetá Reis O recurso é tempestivo, atende as demais condições de admissibilidade e dele tomo conhecimento. No que tange à alegação de que os despachos decisórios foram prolatados em desconformidade com a legislação de regência, dada a inocorrência de prévia intimação do interessado para prestar esclarecimentos quanto à higidez do crédito tributário, há que se ressaltar que o ato administrativo, muitas vezes, “prescinde da existência de um procedimento específico”, pois, quando “o agente administrativo [detém] todas as informações necessárias à Fl. 198DF CARF MF Impresso em 03/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 02/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10850.900061/201263 Acórdão n.º 3803006.718 S3TE03 Fl. 199 5 configuração do fato imponível e à extração de todas as conseqüências tributárias” 1, ele não necessita colher novas informações ou provas, podendo decidir com base nos elementos presentes nos sistemas internos do órgão, quando suficientes à prolação do despacho decisório. Quanto ao pedido de reunião dos processos identificados na peça recursal para julgamento em conjunto, considerando que todos eles têm o mesmo objeto, há que se salientar que todos os processos presentes no lote em que figurou como interessada a pessoa jurídica Green Star – Peças e Veículos Ltda. foram incluídos na pauta para julgamento na mesma sessão deste 3ª Turma Especial. Conforme acima relatado, controvertese nos autos acerca do pedido de restituição e declaração de compensação relativos a alegado valor recolhido a maior da contribuição apurada sobre receitas que extrapolam o conceito de faturamento, com fundamento na inconstitucionalidade declarada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A inconstitucionalidade do alargamento da base de cálculo da contribuição, para além do faturamento, operado pela Lei nº 9.718, de 1998, foi objeto de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) 2, em julgamento submetido à sistemática da repercussão geral (art. 543B do Código de Processo Civil CPC), cujo teor deve ser, obrigatoriamente, observado por este Colegiado, por força do contido no art. 62A do Anexo II do Regimento Interno do CARF. A Lei n° 9.718, decorrente da conversão da Medida Provisória nº 1.724, de 29 de outubro de 1998, foi publicada em novembro de 1998, quando vigia a redação original do art. 195, I, “b”, da Constituição Federal, em que se previa apenas o faturamento como hipótese de incidência da contribuição social, não constando a possibilidade de alcançar outras receitas auferidas pela pessoa jurídica, o que veio a ocorrer somente em dezembro do mesmo ano por meio da Emenda Constitucional n° 20. De acordo com o entendimento do STF3, o alargamento posterior da base de cálculo das contribuições de “faturamento” para “receita e faturamento”, operada por meio da Emenda Constitucional n° 20/1998, não teve o condão de convalidar legislação anterior que previa a incidência da Cofins e da Contribuição para o PIS sobre a totalidade das receitas da pessoa jurídica. Não se pode olvidar que o termo faturamento referese ao somatório das receitas decorrentes de vendas de mercadorias ou serviços, não abrangendo, por conseguinte, outras receitas, como as receitas financeiras alheias ao objeto social da pessoa jurídica. Dessa forma, por força do contido no art. 62A do Anexo II do Regimento Interno do CARF, que estipula que as decisões definitivas do STF proferidas na sistemática da repercussão geral devem ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento de recursos no âmbito do CARF, concluise, em tese, pelo direito do contribuinte de obter a restituição de recolhimentos relativos à contribuição apurada sobre as receitas não abrangidas pelo conceito 1 MARINS, James. Direito processual tributário brasileiro (administrativo e judicial). 7. ed. São Paulo: Dialética, 2014, p. 266267. 2 Em 27 de novembro de 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no âmbito do Recurso Extraordinário nº 585.235, cujo mérito da repercussão geral foi julgado em 10 de setembro de 2008, pela inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo do PIS e da Cofins prevista no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/1998, cujo teor passou, desde então, a vincular os demais órgãos judiciais e o CARF. 3 REs nº 585.235, 346.084, 357.950, 358.273, 390.840, dentre outros. Fl. 199DF CARF MF Impresso em 03/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 02/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10850.900061/201263 Acórdão n.º 3803006.718 S3TE03 Fl. 200 6 de faturamento, restando verificar, nos autos, a existência inequívoca de prova do indébito reclamado. Conforme se verifica do relatório supra, a DRJ Ribeirão Preto/SP não reconheceu o direito creditório por ausência de provas hábeis a demonstrar e comprovar o suposto recolhimento a maior, considerando que os documentos apresentados se referiam apenas às receitas financeiras, dados esses insuficientes à apuração da base de cálculo da contribuição, qual seja, o faturamento. O Recorrente alega que, junto às Manifestações de Inconformidade, havia trazido aos autos planilhas de cálculo, cópias do balancete e do livro Razão, documentos esses que, segundo ele, seriam bastantes para a comprovação do direito pleiteado. A par das decisões da DRJ Ribeirão Preto/SP, em que a questão da prova do indébito foi posta como condicionante ao reconhecimento do direito creditório, tendo sido ressaltada pelo julgador de piso a necessidade de se comprovar o faturamento do período para fins de apuração da contribuição efetivamente devida no período, o contribuinte nada acrescenta aos autos em grau de recurso para fins de demonstrar inequivocamente a base de cálculo da contribuição. Não se pode olvidar que, de acordo com o art. 16 do Decreto n° 70.235/1972, que regula o Processo Administrativo Fiscal (PAF), cabe ao impugnante o ônus da prova de suas alegações contrapostas à decisão de indeferimento do direito pleiteado, prova essa que deve ser apresentada no momento da manifestação de inconformidade. O referido art. 16 do PAF assim dispõe: Art. 16. A impugnação mencionará: I a autoridade julgadora a quem é dirigida; II a qualificação do impugnante; III os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993) – Grifei (...) § 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) b) refirase a fato ou a direito superveniente;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) Fl. 200DF CARF MF Impresso em 03/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 02/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10850.900061/201263 Acórdão n.º 3803006.718 S3TE03 Fl. 201 7 Em conformidade com o excerto supra, temse que o ônus da prova recai sobre a pessoa que alega o direito ou o fato que o modifica, extingue ou que lhe serve de impedimento, devendo prevalecer a decisão administrativa que não reconheceu o direito creditório, amparada em informações declaradas pelo próprio sujeito passivo, presentes nos sistemas da Receita Federal, informações essas não infirmadas com documentação hábil e idônea. Conforme já dito, os elementos trazidos aos autos por cópias pelo contribuinte na primeira instância não eram aptos, por si sós, a comprovar o direito reclamado, dado que restritos às informações relativas às receitas financeiras e a outras receitas, situação em que não se tem por comprovada a base de cálculo da contribuição devida (faturamento), o que impede o confronto entre os valores recolhidos aos cofres públicos e aqueles efetivamente devidos. Não se pode ignorar, ainda, que as partes da escrituração não se encontram acompanhadas da identificação e da assinatura do profissional responsável por sua elaboração, não se encontrando as planilhas identificadas como Livro Razão acompanhadas dos termos de abertura e de encerramento, situação essa que fragiliza ainda mais o conjunto probatório. A mesma falha ocorreu em sede de recurso, pois nenhum elemento de prova adicional foi trazido aos autos, inviabilizandose a comprovação pretendida. A meu ver, essas constatações, por si sós, já impedem que se acatem os pedidos do Recorrente, pois mesmo afastando, em tese, a preclusão acima abordada, não se tem por configuradas as características de liquidez e certeza requeridas em casos da espécie. Abrir a possibilidade de produção de novas provas, a meu ver, ainda que em consonância com o princípio da verdade material, configura afronta à obrigatoriedade de atuação da Administração em conformidade com a lei e o Direito e à adequação entre meios e fins (art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 9.784, de 1999), assim como ao dever do administrado de apresentar os documentos comprobatórios do direito alegado antes das decisões administrativas e de prestar todas as informações necessárias ao esclarecimento dos fatos (art. 3º, III, e 4º, IV, da Lei nº 9.784, de 1999). Mesmo considerando o princípio da verdade material, em que a apuração da verdade dos fatos pelo julgador administrativo vai além das provas trazidas aos autos pelo interessado, nos casos da espécie ao ora analisado, a prova encontrase em poder do próprio sujeito passivo, e uma vez que foi dele a iniciativa de instauração do processo, pois que relativo a um direito que ele alega ser detentor, não se vislumbra razão a uma possível inversão do ônus da prova. Destaquese que, em razão da incompletude da prova apresentada, um eventual retorno dos autos à repartição de origem para a reabertura da apreciação do presente feito não encontra respaldo na legislação processual tributária, pois, conforme nos leciona James Marins, “[a] flexibilização generalizada do regime de fases e de preclusões processuais fragiliza a segurança do processo e não pode ser admitida mesmo sob invocação do princípio da formalidade moderada, por atingir axioma ínsito ao conceito ontológico do procedimento e do processo entendido cedere pro” 4 (ir para a frente). 4 MARINS, James. Direito processual tributário brasileiro (administrativo e judicial). 7. ed. São Paulo: Dialética, 2014, p. 293. Fl. 201DF CARF MF Impresso em 03/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 02/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10850.900061/201263 Acórdão n.º 3803006.718 S3TE03 Fl. 202 8 Ora, “o poder instrutório das autoridades de julgamento não pode levar a invasão da esfera de responsabilidade dos interessados em provar os fatos necessários à sua defesa. Segundo Bonilha5, “o caráter oficial da atuação dessas autoridades e o equilíbrio e imparcialidade com que devem exercer as suas atribuições, inclusive a probatória, não lhes permite substituir as partes ou suprir a prova que lhes incumbe carrear para o processo” 6. Mesmo depois de ter sido alertado pelo julgador administrativo de primeira instância acerca da necessidade de apresentação de documentos comprobatórios da base de cálculo da contribuição (faturamento), com vistas a se apurar o alegado crédito pleiteado, o Recorrente não se predispôs a instruir o processo nesta segunda instância de forma efetiva, dado que nenhum documento contábilfiscal foi acrescentado aos autos. Nesse contexto, por ausência de prova da efetiva existência do direito creditório pleiteado, voto por NEGAR PROVIMENTO ao recurso. É como voto. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator 5 BONILHA, Paulo Celso B. Da prova no processo administrativo tributário. 2. ed. São Paulo: Dialética, 1997, p. 78. 6 NEDER, Marcos Vinicius; LÓPEZ, Maria Tersa Martinez. Processo administrativo fiscal comentado: de acordo com a lei nº 11.941, de 2009, e o Regimento Interno do CARF. 3. ed. São Paulo: Dialética, 2010, p. 449. Fl. 202DF CARF MF Impresso em 03/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 02/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 13/11/2014 por HELCIO LAFETA REIS
score : 1.0
Numero do processo: 16327.000954/2004-10
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 02 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Fri Jan 30 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Importação - II
Exercício: 2002, 2003
VALORAÇÃO ADUANEIRA. VINCULAÇÃO ENTRE EXPORTADOR E IMPORTADOR. INFLUÊNCIA NO PREÇO.
A redução do preço de matéria-prima visando equilibrar os custos do produto final industrializado por empresas vinculadas em diferentes países denota que a vinculação teve influência no preço. Omitindo-se o importador no dever de demonstrar a aceitabilidade dos preços praticados, nos termos do artigo 1 2(b) do Acordo de Valoração Aduaneira, é procedente a rejeição do primeiro método e a aplicação de método substitutivo
Negado Provimento ao Recurso Voluntário.
Numero da decisão: 3101-000.608
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros da Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. Vencida a Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro, que apresentará declaração de voto.
(assinado digitalmente)
HENRIQUE PINHEIRO TORRES - Presidente.
(assinado digitalmente)
MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS - Redatora ad hoc.
EDITADO EM: 28/01/2015
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres (Presidente), Tarásio Campelo Borges, Valdete Aparecida Marinheiro, Corintho Oliveira Machado, Vanessa Albuquerque Valente e Helder Massaaki Kanamaru (Suplente).
Nome do relator: VANESSA ALBUQUERQUE VALENTE
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Valoração Aduaneira Recorrente DU PONT DO BRASIL S. A. Recorrida DRJ SÃO PAULO II ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO II Exercício: 2002, 2003 VALORAÇÃO ADUANEIRA. VINCULAÇÃO ENTRE EXPORTADOR E IMPORTADOR. INFLUÊNCIA NO PREÇO. A redução do preço de matériaprima visando equilibrar os custos do produto final industrializado por empresas vinculadas em diferentes países denota que a vinculação teve influência no preço. Omitindose o importador no dever de demonstrar a aceitabilidade dos preços praticados, nos termos do artigo 1 2(b) do Acordo de Valoração Aduaneira, é procedente a rejeição do primeiro método e a aplicação de método substitutivo Negado Provimento ao Recurso Voluntário. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros da Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso voluntário. Vencida a Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro, que apresentará declaração de voto. (assinado digitalmente) HENRIQUE PINHEIRO TORRES Presidente. (assinado digitalmente) MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Redatora ad hoc. EDITADO EM: 28/01/2015 AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 32 7. 00 09 54 /2 00 4- 10 Fl. 457DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 458 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres (Presidente), Tarásio Campelo Borges, Valdete Aparecida Marinheiro, Corintho Oliveira Machado, Vanessa Albuquerque Valente e Helder Massaaki Kanamaru (Suplente). Relatório Por bem descrever os fatos, transcrevo o relatório da decisão recorrida: "O interessado foi autuado em face da infração 'declaração inexata do valor da mercadoria'. A autoridade fiscal rejeitou os valores aduaneiros declarados sob o argumento de que a vinculação entre comprador e vendedor afetou o preço e aplicou o segundo método de valor ação aduaneira. Foram lançados imposto sobre a importação, imposto sobre produtos industrializados, juros de mora e multas de oficio. Intimado em 23/7/2004, o interessado apresentou impugnação em 24/8/2004, juntada as fls 196 e ss. Alega, em síntese: 1 Produz o fio elastano (Lycra), cuja principal matéria prima é o PTMEG (Terathane). 2 No período entre janeiro e outubro de 2002 o Terathane foi negociado a US$ 3,07/Kg FOB. Sofreu redução a partir de novembro de 2002 (US$ 2,10/Kg). 3 A redução de preço decorreu da implementação de contrato mundial entre Du Pont e Basf para fornecimento de PIMEG da marca Poly THF (Basf) às unidades industriais da Du Pont (doc 3 fls. 21545). 4 As mercadorias de marca Poly THF e Terathane são similares, conforme descrito pelo próprio relatório fiscal que fundamenta o auto de infração. 5 O preço praticado pela Basf à Du Pont é em torno de US$ 2,08/Kg. 6 O contrato prevê (cláusula 4 1) o fornecimento mínimo de 50.000 toneladas em 2004 e 60.000 nos anos seguintes 7 O Impugnante é parte do contrato, o qual lhe permite adquirir o PTMEG por US$ 2,08, proporcionando substancial redução de custos 8 O crescimento da demanda pelo produto não foi acompanhado de aumento da produção do Poly THF , de modo que a Basf não pôde fornecer o produto 9 As unidades da Du Pont da Asia e da América continuaram a adquirir o Terathane, cujos fabricantes foram Fl. 458DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 459 3 obrigados a ajustar o preço em patamar compatível com o Poly THF. 10 O auditorfiscal entende que a redução de preço do Terathane foi fruto dos vínculos corporativos entre fabricante e comprador . 11. A alegação do auditor, de que a Du Pont estaria a abandonar a produção de PTMEG pois não teria condições de produzilo e vendêlo ao preço da Basf não tem qualquer respaldo probatório, expressando especulações e suposições pessoais. 12 O principal principio orientador do Acordo de Valoração Aduaneira é o de estimular o livre comércio 13 O acordo busca a preservação da autonomia de vontades das partes que conduzem seus negócios dentro de um padrão de normalidade. 14 A formação do preço de um produto envolve elementos subjetivos e objetivos Os elementos objetivos são determinados a partir do custo do produto negociado, combinado com outros fatores, tais como reputação do vendedor, marca, demanda, concorrência, conjuntura 15 A dinâmica do comércio internacional, norteada pela busca de competitividade e pela concorrência, faz com que as partes vinculadas muitas vezes se comportem como negociadores independentes, buscando melhores condições comerciais, em vez de favorecer empresas coligadas 16 O motivo determinante para a redução do preço do Terathane foi o contrato de fornecimento mundial celebrado com a Basf. A vinculação não exerceu qualquer influência no preço 17 Se o contrato com a Basf tem abrangência mundial, não seria correto que, por uma contingência de demanda, apenas as fabricas servidas pela Basf se beneficiem de um PTMEG mais barato, ao passo que as fábricas servidas pela própria Du Pont/Invista arquem com um custo maior 18 O produto passou a ser vendido às fábricas da Ásia e da América a US$ 2,10/Kg, conforme faturas de fls 24654 19 Caso o Terathane tivesse sido mantido nos patamares vigentes antes do contrato celebrado com a Basf, as fábricas de elastano estariam abrindo mão de redução de custos para continuar negociando com empresas vinculadas Seria um negócio claramente dissonante dos padrões de mercado, no qual os vínculos entre as partes exerceriam influência direta no preço da mercadoria.. 20 Cita nota interpretativa ao artigo 1.2 do Acordo de Valoração Aduaneira 21. A autoridade fiscal entende que a concorrência na oferta de um determinado produto não é razão suficiente para a redução do preço 22 O artigo 30, § 1º, da Instrução Normativa SRF n.º, 327/2003 prevê que a comprovação do valor aduaneiro deve ser Fl. 459DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 460 4 feita em face das circunstâncias econômicas do mercado internacional 23 O lançamento viola o artigo 148 do Código Tributário Nacional (CTN) 24 A fiscalização alega, mas não comprova, que a Du Pont/Invista teria sofrido substancial redução em sua produção de Terathane Tratase de uma presunção descompromissada com a realidade dos fatos 25 As alegações fiscais não são suficientes para comprovar que os vínculos existentes entre a vendedora do Terathane e o impugnante foram a causa da redução do preço. Diante da ausência de comprovação dos fatos alegados pela fiscalização, suas acusações não podem prosperar. Recebida a impugnação pela repartição a quo em face da tempestividade e aspectos formais, os autos foram remetidos a esta Delegacia de Julgamento e distribuídos ao relator, com 229 fls." A DRJ de São Paulo II manteve o lançamento na sua totalidade, nos termos do Acórdão 1729.076, de 03 de dezembro de 2008, assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO II Exercício: 2002, 2003 VALORAÇÃO ADUANEIRA. Vinculação entre comprador e vendedor. Importador admite que a redução do preço visou a equilibrar os custos do produto final nos diferentes países em que é produzido Omitindose o interessado em seu dever de demonstrar a aceitabilidade dos preços praticados, nos termos do artigo 1 2(b) do Acordo de Valoração Aduaneira, é procedente a rejeição do primeiro método e a aplicação de método substitutivo Lançamento Procedente Irresignada, a contribuinte apresentou recurso voluntário a este Conselho alegando, em síntese: a) que a redução do preço do Terathane não decorreu da vinculação entre importador e exportador; b) se a vinculação não influenciou na fixação do prego de importação, as normas do AVA determinam a aplicação do 1° método de valoração aduaneira, ou seja, determinam que se respeite o valor da transação; c) ainda que admitida a influência da vinculação sobre o preço praticado na importação, a Recorrente trouxe elementos que comprovam a aceitabilidade do preço praticado (US$ 2,10/kg); d) a aplicação seqüencial dos métodos de valoração aduaneira, determinada pelo artigo 4 do AVA, não foi respeitada; tendo sido omitida à Recorrente a oportunidade de exercer o seu direito à aplicação do 4° método de valoração; Fl. 460DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 461 5 e) sequer o 6º método não foi aplicado corretamente pela autoridade aduaneira, a qual chegou a valor desprovido de razoabilidade e que, ao arrepio do preceito da unicidade do ordenamento jurídico, levaria a Recorrente a infringir as regras de preço de transferência, caso tal valor tivesse sido praticado nas suas importações. É o relatório. Voto Conselheira Mônica Monteiro Garcia de los Rios – redatora ad hoc Por intermédio do Despacho de efolha 456, nos termos da disposição do art. 17, III, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF1, aprovado pela Portaria MF 256, de 22 de junho de 2009, incumbiume o Presidente da Turma a formalizar o Acórdão 3101000.608, não entregue pela relatora original, Conselheira Vanessa Albuquerque Valente, que não integra mais nenhum dos colegiados do CARF. Desta forma, a elaboração deste voto deve refletir a posição adotada pela relatora original, que foi acompanhada pela maioria dos demais integrantes do colegiado. O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos para sua admissibilidade. Dele se tomou conhecimento. Não merece reparos a decisão recorrida. Por concordar com o entendimento da instância a quo, reproduzo parte daquela decisão, cujos fundamentos adoto no julgamento do recurso voluntário ora em apreciação: "O impugnante alega que os preços praticados nas importações auditadas não foram afetados pela vinculação entre ele e o vendedor. Questiona, portanto, a rejeição do método do valor de transação (também chamado de primeiro método de valoração aduaneira) A matéria é tratada no artigo I do Acordo de Valoração Aduaneira. A base de cálculo do imposto sobre a importação é o valor aduaneiro, determinado nos termos do Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do GAIT (Acordo de Valoração Aduaneira AVA), promulgado pelo Decreto nº 1.355/1994. O AVA prevê a aplicação sucessiva de seis métodos de valoração, observada a ordem seqüencial nele estabelecida. 1 Art. 17. Aos presidentes de turmas julgadoras do CARF incumbe dirigir, supervisionar, coordenar e orientar as atividades do respectivo órgão e ainda: (...) III designar redator ad hoc para formalizar decisões já proferidas, nas hipóteses em que o relator original esteja impossibilitado de fazêlo ou não mais componha o colegiado; Fl. 461DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 462 6 O primeiro e principal método baseiase no valor de transação das mercadorias importadas em operação comercial de compra e venda: 'Artigo 1 O valor aduaneiro de mercadorias importadas será o valor de transação, isto é, o preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias, em uma venda para exportação para o pais de importação, ajustado de acordo com as disposições do Artigo 8, desde que: (...) (d) não haja vinculação entre o comprador e o vendedor ou, se houver, que o valor de transação seja aceitável para fins aduaneiros, conforme as disposições do parágrafo 2 deste Artigo 2 (a) Ao se determinar se o valor de transação é aceitável pata os fins do parágrafo 1, o fato de haver vinculação entre comprador e vendedor, nos termos do Artigo 15, não constituirá, por si só, motivo suficiente para se considerar o valor de transação inaceitável Neste caso, as circunstâncias da venda serão examinadas e o valor de transação será aceito, desde que a vinculação não tenha influenciado o preço Se a administração aduaneira, com base em informações prestadas pelo importador ou por outros meios, tiver motivos para considerar que a vinculação influenciou o preço, deverá comunicar tais motivos ao importador, a quem dará oportunidade razoável para contestar. Havendo solicitação do importador, os motivos lhe serão comunicados por. escrito; (b) no caso de venda entre pessoas vinculadas, o valor de transação será aceito e as mercadorias serão valoradas segundo as disposições do parágrafo 1, sempre que o importador demonstrar que tal valor se aproxima muito de um dos seguintes, vigentes ao mesmo tempo ou aproximadamente ao mesmo tempo: (i) o valor de transação em vendas a compradores não vinculados, de mercadorias idênticas ou similares destinadas a exportação para o mesmo pais de importação; (ii) o valor aduaneiro de mercadorias idênticas ou similares, tal como determinado com base nas disposições do Artigo 5; (iii) o valor aduaneiro de mercadorias idênticas ou similares, tal como determinado com base nas disposições do Artigo 6; Na aplicação dos critérios anteriores, deverão ser levadas na devida conta as diferenças comprovadas nos níveis comerciais e nas quantidades, os elementos enumerados no Artigo 8 e os custos suportados pelo vendedor, em vendas nas quais ele e o comprador não sejam vinculados, e que Fl. 462DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 463 7 não são suportados pelo vendedor em vendas nas quais ele e o comprador não sejam vinculados, e que não são suportados pelo vendedor em vendas nas quais ele o comprador sejam vinculados. (c) Os critérios estabelecidos no parágrafo 2(b) devem ser utilizados por iniciativa do importador e exclusivamente para fins de comparação Valores substitutivos não poderão ser estabelecidos com base nas disposições do parágrafo 2 (b)' (negritei) A aplicação do método do valor de transação, também chamado de Primeiro método, é afastada nas hipóteses previstas no próprio artigo 1 do AVA, itens (a) a (d) do parágrafo 1 Destacase o item (d): vinculação entre comprador e vendedor qualificada pela afetação do preço praticado. Se houver vinculação entre comprador e vendedor e a Aduana apresentar razões para entender que a vinculação influenciou os preços praticados, cabe ao importador prova em contrario, nos termos do parágrafo 2(b) e (c) do artigo 1, visto acima. Ou seja, nessa hipótese, é ônus probatório do fiscalizado demonstrar que o valor de transação praticado é aceitável, com fundamento nos meios de prova alinhados pelo próprio Acordo de Valoração Aduaneira —artigo 1 2(b), itens (i) a (iii). A vinculação entre o interessado e o exportador é fato incontroverso A autoridade aduaneira responsável pela fiscalização em pauta fundamenta seu entendimento de que a vinculação influenciou os preços praticados na comparação destes com os anteriormente praticados pelas mesmas partes, na importação do mesmo produto (fls.. 103 e 104) É incontroverso que nas importações o preço praticado era de US$ 3,07/Kg e foi reduzido para US$ 2,10/Kg. Concluise que agiu corretamente a fiscalização ao aventar a hipótese de que a vinculação tinha afetado o preço Também acertada foi a decisão de solicitar esclarecimentos ao importador, conforme determina o Acordo de Valoração Aduaneira. O interessado, por sua vez, não produziu as provas previstas no artigo I 2(b), visto anteriormente. Apenas é aduzido em sua defesa que o preço foi reduzido para que a fábrica brasileira tivesse acesso ao PTMEG, matéria prima do elastano, ao mesmo preço obtido pelas unidades abastecidas com produto fornecido pela Basf. Essa tese aparece tanto nas respostas às intimações da autoridade fiscal quanto na impugnação. Alega o impugnante que vendedor e comprador comportamse como partes independentes e, inclusive, cita a nota interpretativa ao artigo 1 2 do Acordo de Valoração Aduaneira. Fl. 463DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 464 8 Essa nota interpretativa esclarece que deve o fiscalizado comprovar que comprador e vendedor comportamse como partes autônomas, a fim de justificar a aceitabilidade dos preços praticados: ( ) Quando ficar demonstrado que o comprador e o vendedor, embora vinculados conforme as disposições do Artigo 15, compram e vendem um do outro como se não fossem vinculados, isto comprovará que o preço não foi influenciado pela vinculação ( )" O impugnante justifica seu ponto de vista nos seguintes termos (fls 203 e 204): (...) Ressaltase a boafé do interessado em esclarecer as circunstâncias da negociação dos preços do PTMEG entre as unidades fornecedoras e consumidoras do produto, todas pertencentes ao grupo Du Pont. No entanto, o próprio trecho citado, colhido da impugnação, esclarece que vendedor e comprador não se comportam como partes independentes. Essa constatação é evidente. Que empresas fornecedoras de um produto, salvo aquelas vinculadas ao comprador, estariam preocupadas com o fato de os concorrentes do comprador terem acesso ao produto com preço menor? É. notório que os vendedores procuram majorar seus preços, a fim de obterem maiores lucros Porém, se houvesse sido comprovado pelo impugnante que no mercado mundial o PTMEG sofrera uma redução de preços, seria plenamente lícita a redução praticada pela Du Pont. Noutras palavras, se, diante da impossibilidade de a Baft atender a demanda de todas as unidades da Du Pont/Invista, tivessem tais unidades a possibilidade de adquirir no mercado internacional, de quaisquer outros fornecedores, o PTMEG em condições próximas de US$ 2,10/Kg FOB, não restaria dúvida de que a redução de preços da Du Pont/Invista não decorreu da vinculação, mas do contexto econômico. É ônus do autuado produzir prova de fato modificativo, impeditivo ou extintivo da pretensão fiscal, no presente caso, prova de que os preços internacionais do PTMEG foram reduzidos (Instrução Normativa SRF nº 327/2003, artigo 30, § 1º). Mas tal prova não foi produzida pelo interessado. Apenas foram juntadas faturas de vendas entre empresas do próprio grupo Du Pont/Invista, as quais não demonstram que outros fornecedores estariam competindo com os mesmos níveis de preço. Portanto, os fatos alegados, ao contrário da intenção do impugnante, fazem prova a favor da fiscalização. Fl. 464DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 465 9 Tendose omitindo o impugnante em seu dever de demonstrar a aceitabilidade dos preços praticados, nos termos do artigo 1 2(b) do Acordo de Valoração Aduaneira, é procedente a rejeição do primeiro método Nesse sentido, cito acórdão 30128 186, de 26/9/1996, do Terceira Conselho de Contribuintes: 'IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO 1 Valor Aduaneiro. A utilização do primeiro método de valoração aduaneira para operações entre empresas vinculadas só se admite quando o importador. demonstra que a vinculação não influenciou o preço, 0 anus dessa prova recai sobre o importador Na ausência de elementos que possibilitem a valoração pelos métodos segundo o quinto, afigurase legitima a utilização do sexto método, adotandose o valor já anteriormente conhecido.' (negritei) Estão corretas as objeções apresentadas em impugnação contra as ilações da autoridade fiscal sobre o porquê da redução de preços em pauta De fato, a autoridade emitiu opiniões e conclusões desacompanhadas de prova (fls.. 104 e 105, itens "1" e "2") Porém, o fato de serem afastadas as afirmações da autoridade aduaneira não atinge a validade do ato administrativo, posto que fundamentado também na falta de prova, por parte do interessado (item "4", fl 105) de que não houve influência da vinculação no preço, prova essa exigida pelo acordo de valoração em seu artigo 1 2(b), matéria já tratada neste voto. Após a rejeição do primeiro método, constatase a procedência, nos termos apresentados pela autoridade (fls. 105 e 106), não contestados pelo impugnante, da aplicação dos métodos substitutivos na apuração dos valores aduaneiros. Rejeitase a alegação de que foi violado o artigo 148 do CTN, pois o lançamento não foi executado com base em arbitramento Foi aplicada a legislação vigente, compilada no Acordo de Valor ação Aduaneira." Reforçando o entendimento da DRJ, cabem as seguintes considerações: a) contrariamente ao entendimento da Recorrente (fls. 280 recurso voluntário), a decisão recorrida não foi contraditória, pois não afirmou "que não havia motivos e tampouco provas para se entender que a vinculação afetou o valor da transação". Ao contrário, a DRJ concluiu, a partir da análise dos elementos dos autos, que a vinculação havia afetado o preço. Não percebeu a Recorrente que o trecho do Acórdão da DRJ, transcrito à fl. 281 de seu recurso, foi retirado da impugnação da empresa, não representando o entendimento da instância a quo; b) a vinculação entre exportador e importador é inequívoca (fls. 03); c) dos elementos acostados aos autos, notadamente as correspondências de fls. 05/08 e comprovantes de vendas do Terathane para empresas não vinculadas (fls. 25 a 31), Fl. 465DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 466 10 a conclusão a que se chega é que a vinculação entre o exportador e o importador afetou, sim, o preço praticado. Segundo explicação do importador, o Terathane (matériaprima utilizada na fabricação do fio elastano Lycra), fabricado pela Du Pont (US$3,07/kg), estava sendo substituído pelo PolyTHF, fabricado pela BASF (US$2,10/kg). Dada a impossibilidade do fornecimento do PolyTHF alcançar 100% da demanda das fábricas de Lycra da Du Pont, num primeiro momento, a Du Pont decidiu reduzir o preço do Terathane ao mesmo preço do PolyTHF (da BASF). Pergunta: não fosse a vinculação entre as Du Pont, que pressupõe defesa dos interesses econômicos do grupo como um todo, qual o objetivo em reduzir o preço de um produto ao preço de seu similar, fabricado por outra empresa? d) acatado o entendimento do Fisco, de que a vinculação afetou o preço praticado, descartase a aplicação do 1º método de valoração; e) distintamente do que afirmou a Recorrente, não foram trazidos aos autos elementos que comprovam a aceitabilidade do preço de US$ 2,10/kg praticado nas importações do Terathane. Com a impugnação foram juntadas as faturas de fls. 247 a 254, todas de fornecimento do Terathane para empresas do grupo Du Pont entre dezembro de 2002 e junho de 2014, exatamente o período em que o grupo decidiu reduzir o preço em função do preço do PolyTHF, da BASF, denotando, mais uma vez, que o preço foi afetado pela vinculação. Ou seja, o importador não efetuou a comprovação da aceitabilidade do preço nos termos das disposições do parágrafo 2 (b), (i), (ii), e (iii)) do AVA; f) a Fiscalização deu oportunidade ao importador para justificar que a vinculação não teria afetado o preço (fls. 13), atendendo às disposições do parágrafo 2(a) do artigo 1 do AVA; g) não houve desrespeito à aplicação seqüencial dos métodos de valoração aduaneira, tendo o Fisco apresentado as razões, embasadas pelos elementos que constam dos autos, para adoção do 6º método (fls. 105/106); h) também não procede a alegação da Recorrente de que o 6º método não teria sido aplicado corretamente, em razão do valor adotado pelo Fisco ter sido desprovido de razoabilidade. Ao contrário, o valor de US$ 3,07/kg de Terathane foi tomado pelo Fisco a partir de diversas importações do Terathane pela Du Pont do Brasil no período de junho de 2001 a novembro de 2002, valor, inclusive, ligeiramente inferior ao praticado em importações mais recentes de empresas nãovinculadas (que variava de US$ 3,00 a US$ 3,23/kg, segundo informações do Fisco fl. 13). À luz do exposto, constatase que a Recorrente não conseguiu refutar as acusações que embasam o lançamento. Nestes termos, o colegiado negou provimento ao recurso voluntário apresentado. E são estas as considerações possíveis para suprir a inexistência do voto. Mônica Monteiro Garcia de los Rios – Redatora ad hoc Fl. 466DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS Processo nº 16327.000954/200410 Acórdão n.º 3101000.608 S3C1T1 Fl. 467 11 Fl. 467DF CARF MF Impresso em 30/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS, Assinado digitalmente em 29/01/2015 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 28/01/2015 por MONICA MONTEIRO GARCIA DE LOS RIOS
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Numero do processo: 10920.006636/2007-11
Turma: Terceira Turma Ordinária da Quarta Câmara da Segunda Seção
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Sep 11 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Jan 07 00:00:00 UTC 2015
Numero da decisão: 2403-000.281
Decisão:
RESOLVEM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em converter o processo em diligência.
Carlos Alberto Mees Stringari Presidente
Paulo Maurício Pinheiro Monteiro Relator
Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari, Ivacir Júlio de Souza, Paulo Maurício Pinheiro Monteiro, Elfas Cavalcante Lustosa Aragão Elvas, Marcelo Magalhães Peixoto e Daniele Souto Rodrigues.
Nome do relator: PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO
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Carlos Alberto Mees Stringari – Presidente Paulo Maurício Pinheiro Monteiro – Relator Participaram do presente julgamento, os Conselheiros Carlos Alberto Mees Stringari, Ivacir Júlio de Souza, Paulo Maurício Pinheiro Monteiro, Elfas Cavalcante Lustosa Aragão Elvas, Marcelo Magalhães Peixoto e Daniele Souto Rodrigues. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 09 20 .0 06 63 6/ 20 07 -1 1 Fl. 647DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 554 2 RELATÓRIO Tratase de Recurso Voluntário, contra Acórdão nº 0730.770 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC que julgou procedente a NFLD nº. 37.126.1775 (parte empresa, SAT, Terceiros), com valor consolidado de R$ 4.151.713,80), nas competências 07/2005 a 03/2007. O Relatório Fiscal, às fls. 30 a 35, aponta os motivos ensejantes da autuação: 3. Este relatório é parte integrante da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito NFLD lavrada sob o número acima indicado. A referida Notificação tem por finalidade apurar e constituir o crédito relativo às contribuições arrecadadas pela Receita Federal do Brasil e destinadas Seguridade Social, correspondentes à quota patronal (inclusive aquelas destinadas ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa, decorrentes dos riscos ambientais do trabalho) e às destinadas a fundos e entidades denominados Terceiros: FNDE (Salário Educação), INCRA, SEBRAE, SESI E SENAI, não recolhidas integralmente. 4. Os valores objeto dessa Notificação encontramse identificados sob o titulo "FP FOLHAS DE PAGAMENTOS" e se referem a contribuições previdenciárias, devidas sobre pagamentos efetuados a segurados empregados e contribuintes individuais (administradores e trabalhadores autônomos), incluídos em folhas_ de pagamentos e declarados em GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e Informações 6 Previdência Social, no período de 07/2005 a 03/2007. 5. Os valores das bases de cálculo, foram extraídos das folhas de pagamentos e encontramse discriminados no relatório "DAD Discriminativo Analítico do Débito", em anexo, no qual também constam os valores apurados por rubrica e as alíquotas aplicadas. 6. Durante a ação fiscal foram examinados os seguintes documentos, disponibilizados pela notificada: Livros Diário e Razão (até 12/2006); Folhas de Pagamentos; Fichas de Registro de Empregados; Guias de Recolhimento do FGTS e informações 6 Previdência Social GFIP. GPS Guia da Previdência Social Fl. 648DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 555 3 O Relatório Fiscal, às fls. 30 a 35, também caracteriza o Grupo Econômico formado entre as empresas UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA; KCEL MOTORES E FIOS LTDA; e KOHLBACH S/A (cuja denominação atual é União Serviços Comerciais S/A): 8. As empresas acima identificadas foram consideradas solidariamente responsáveis pelos débitos ora notificados, em virtude da caracterização de Grupo Econômico, considerandose as situações adiante: 8.1 A empresa Kohlbach S/A é sócia majoritária da empresa União Motores Elétricos Ltda. e o seu Diretor Superintendente ocupa cumulativamente o cargo de Administrador da União Motores Elétricos Ltda., conforme cláusula sétima e parágrafo primeiro da 10a. Alteração Contratual dessa (cópia anexa). 8.2 Os sócios da empresa KCEL Srs. Paulo Goh Morita e Tácito Eduardo Oliveira Grubba, participam da administração do grupo e são remunerados pela União Motores, recebendo suas remunerações mediante a emissão de notas fiscais através das empresas PGM Consultoria Ltda e T.E.Grubba Advogados Associados, respectivamente. Tais pagamentos encontramse contabilizados na conta "Serviços de Terceiros P3 Presidência código 5122030313000". 8.3 As empresas ocupam o mesmo imóvel, 6 Rua Bernardo Grubba, 180, centro, Jaraguá do SulSC , onde além da empresa Kohlbach S/A e da União Motores localizase a filial da Kcel. Nesse endereço, conforme constatado em visita a todas as suas dependências, não é possível distinguir quais departamentos, setores e empregados que pertencem a uma ou a outra empresa, tendose a nítida impressão de tratarse de uma única empresa. 8.4 A matriz da Kcel, encontrase situada 6 Rua Ponte Pênsil, No 743, Schroeder SC. No entanto, nesse endereço encontrase estabelecida apenas a unidade industrial, sendo a administração, de fato, exercida no endereço do item acima; 8.5 Nesse item citamos, a titulo de exemplo, um dos casos que demonstram o vinculo entre as empresas: 0 Sr. Idezides Rezende Filho assina, na condição de Gerente de RH e procurador da empresa União Motores, o Mandado de Procedimento Fiscal No. 09388372F00 e o Termo de Intimação para Apresentação de Documentos TIAD, relativos a ação fiscal desenvolvida na União. E, ao mesmo tempo, o Sr. Idezides presta serviços à empresa Kcel, também na qualidade de Gerente de RH. Trata7se de empregado remunerado por ambas as empresas e que presta serviços a todo o grupo. 8.6 Os serviços de recepção, bem como a central telefônica, de No 33726600, atende indistintamente a todas as empresas. 8.7 Para fins de subsidiar a caracterização de Grupo Econômico, transcrevemos abaixo trechos de Sentença Trabalhista da Justiça do Trabalho da 12. Região 1a. Vara do Trabalho de Jaraguá do SulSC, que aborda o assunto (...). Fl. 649DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 556 4 O período objeto do auto de infração conforme o Relatório Discriminativo Sintético do Débito DSD é de 07/2005 a 03/2007. A Recorrente teve ciência do auto de infração em 12.11.2007, conforme Aviso de Recebimento AR n714794052, às fls. 48. A empresa UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA e a empresa solidária KOHLBACH S/A (cuja denominação atual é União Serviços Comerciais S/A) apresentaram Impugnação conjunta, conforme o Relatório da decisão de primeira instância: A empresa, regularmente intimada por via postal (ft 48), apresentou impugnação fls. 49/115). conjuntamente com a empresa Kohlbach (atual União Serviços Comerciais S./A), na qual alega, além da tempestividade da defesa, em breve síntese: que o art. 22, inciso I, da Lei 8.212/91 alargou a área de incidência da contribuição previdenciária, passando a exigila sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer titulo, quando, antes da EC 20198, existiam somente três bases possíveis para a incidência destas contribuições: faturamento, lucro ou folha de salários. Assim, tal dispositivo é inconstitucional até a entrada em vigor da Lei 9.876/99; que a exigência da contribuição para o SAT é inconstitucional, urna vez que não existe lei determinando o alcance das expressões "atividade preponderante", "risco leve, média e grave"; que a lei 9.732/98 ao aumentar as alíquotas referentes à contribuição para o SAT e ao vincular a receita respectiva ao financiamento dos beneficias decorrentes de aposentadoria especial, representa a criação de nova contribuição, em descompasso com as normas constitucionais, e sem levar em consideração o efetivo grau de risco gerado pelas atividades da empresa que a exigência da contribuição ao SalárioEducação padece de inconstitucionalidade no período compreendido entre 05 de outubro de 1988 até a entrada em vigor da Lei 9.424/96 e, quanto à incidente sobre as remunerações dos titulares, sócios, diretores e autônomos, no período de 30/06/89 (data da edição da Lei n 0 7.787/89) ate a edição da Lei Complementar 84196; que é indevida a cobrança da contribuição para o INCRA, uma vez que a empresa urbana não obrigada a recolher contribuições destinadas a custear o serviço social rural; que a impugnante vem sendo irregularmente cobrada das contribuições destinadas ao SEBRAE. cujo produto da arrecadação beneficia exclusivamente as in i ero e pequenas empresas: que é inconstitucional a utilização da taxa SELIC corno índice de juros moratórios em débitos tributários, pelo que o debito deve ser anulado quanto à diferença de valores entre a aplicação deste índice e a aplicação da MIR como forma de atualização e do acréscimo de I% referente aos juros moratórias, a teor do art. 161, em seu § 1" do CTN; Fl. 650DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 557 5 que a multa ti abusiva, visto que o contribuinte agiu de boafé e houve a constatação de erro , levada a efeito por pareceres trazidos pela empresa de cartão de crédito Incentive House; que, havendo a previsão de juros e correção monetária, a imposição de qualquer tipo de multa leva ao verdadeiro confisco do patrimônio do contribuinte; grupo econômico: que entre a notificada União Motores e a empresa Kohlbach S/A há ligação societária, pois uma detém o controle societário da outra, conforme os documentos societários registrados: entretanto, com relação à empresa KCEL, não há qualquer ligação societária, apenas comercial, que se caracteriza com o fato de a referida empresa ser tomadora de serviços de industrialização desta impugnante; que o instituto denominado grupo econômico é urna figura exclusivamente do Direito do Trabalho, como ressaltado na própria sentença da qual se valeu a fiscalização; que não foi relatado que, em outras ações trabalhistas, o juiz afastou a questão do grupo econômico com relação á KCIEL,; que não ha qualquer lei tributária especifica que determine a desconsideração da personal idade juridica, logo a indicação das duas empresas como solidarias é ato que a. impugnante presta serviços ou vende equipamentos para a KCF.1.„ tal corno ocorre coin outras várias empresas; que é ilegal considerar que todas as empresas da cadeia comercial ligadas impugnante devam ser responsabilizadas pelas obrigações desta: que a empresa KCEL, apenas aluga espaço comercial no Condomínio Empresarial Jaragua do SUL, conforme contrato de locação, assim corno outras empresas lá estão localizadas; que o fato de os senhores Paulo Morita e Tácito Grubba serem sócios da Keel não os impede de exercerem atividades como profissionais liberais para outras empresas; que não deve prevalecer o fato de que alguns funciorairios são comuns entre as empresas, porque eles são terceirizados, não contratados pelo regime celetista, e estão livres para prestar serviços a mais de uma empresa. Requer o cancelamento da NFLD; subsidiariamente a redução da multa; e a exclusão da empresa KCEL Motores e Fios Lida do pólo passivo. Junta procurações, Instrumentos Sociais e copias de documentos (fls.116/239). Houve solicitação de Diligência Fiscal, às fls. 245 a 246, conforme o relatório da decisão de primeira instância: Os autos foram baixados em diligência (fls.245/246), com o fi to de que o Auditor Fiscal responsável pela ação fiscal trouxesse aos autos a evolução do quadro societário da notificada e das empresas responsabilizadas solidariamente; informasse os reais responsáveis pela administração das empresas e de que forma os sócios da Keel, que constam da contabilidade da União Motores, participam da administração desta empresa; esclarecesse se foi identificada dependência econômica e operacional entre as empresas ditas solidárias considerando a natureza de suas atividades e a relação entre seus faturamentos e despesas; e sIL\ manifestasse, de forma conclusiva, em relação ao real funcionamento do Condomínio Empresarial Jaragua do Sul, em vista das alegações e documentos apresentados pela impuenarne, informando sobre a existência de (»liras empresas no condomínio, sobre a utilização em comum pelas empresas de espaços e Fl. 651DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 558 6 de serviços de empregados, além de formas de rateio de despesas em comum para manutenção do condomínio. A Resposta à Diligência Fiscal às fls. 255 a 259. A empresa KCEL MOTORES E FIOS LTDA, cientificada do lançamento fiscal em 07.12.2007, apresentou Impugnação em 25.03.2008 alegando não ter recebido cópia do Auto de Infração em tempo de elaborar sua defesa: Regularmente cientificada do lançamento cm 07/12/2007 (fl. 243), a empresa KCEL Motores e Fios Ltda. apresentou impugnação em 25103/2008 (11s. 264281), alegando, inicialmente, a tempestividade desta. em favor do que argumenta: que recebeu em 04:1212007 o oficio cientificadoa do lançamento; que solicitou cópias dos processos para a elaboração da defesa; que em 20/12/2007 protocolizou petição requerendo a prorrogação do prazo para apresentação da defesa; que as copias the foram entregues em 2210212008 de modo que considera que o prazo de defesa foi prorrogado para 24/03/2009. No mais. defende a inexistência do grupo econômico e a ausência de fundamentos fáticos e legais para a sua responsabilidade solidária pelo débito constituído contra a notificada União Motores. Junta copias de documentos As fls_ 282/348. Após a ciência do resultado da Diligência Fiscal, todas as empresas apresentaram Manifestação: Dadas ciências ás notificadas do resultado da diligência (fls. 3511357), as empresas União Motores Elétricos Lida e União Serviços Comerciais S ,A (denominação anterior: Kolilbuch S/A), conjuntamente, e KCEL. apresentaram manifestações. as fls.358/367 e 3681385, respectivamente, insurgindose contra a configuração do grupo econômico. A Recorrida analisou a autuação e a impugnação, julgando procedente a autuação, considerando intempestiva a Impugnação da empresa KCEL Motores e Fios Ltda, nos termos do Acórdão nº 0716.904 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC, conforme Ementa a seguir: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/07/2005 a 31 103/2007 NELD DEBCAD 37.126.1775, de 31/10/2007 CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. Constatado o atraso total ou parcial no recolhimento de contribuições destinadas a Seguridade Social, a fiscalização deve efetuar o lançamento de ofício, com discriminação clara e precisa dos fatos geradores, das contribuições devidas e dos períodos a que se referem. ARGÜIÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE/ILEGALIDADE. A declaração de inconstitucionalidade de lei ou atos normativos federais, bem como de ilegalidade destes últimos ; é prerrogativa Fl. 652DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 559 7 outorgada pela Constituição Federal ao Poder Judiciário, motivo pelo qual descabe o julgamento destes argumentos na esfera administrativa. MULTA. JUROS SELIC. Contribuições previdenciárias, não recolhidas no prazo legal, ficam sujeitas à multa e aos juros equivalentes à taxa referencial do SELIC, conforme determina a legislação em vigor. GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. As empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza são responsáveis solidárias pelas contribuições previdenciárias. Lançamento Procedente Acórdão Acordam os membros da 6" Turma de Julgamento, por unanimidade de votos , não conhecer da impugnação apresentada pela empresa KCEL MOTORES E FIOS LTDA. e considerar procedente o lançamento, nos termos do relatório e voto da relatora Encaminhese à unidade de origem para intimar o contribuinte, bem como as responsáveis solidárias, ao pagamento do crédito mantido no prazo de 30 dias da ciência, salvo interposição de recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. no prazo. Após, a 1a. Turma Ordinária do CARF, no Acórdão no 2401002.538, anulou a decisão de primeira instância por considerar tempestiva a impugnação da contribuinte KCEL MOTORES E FIOS LTDA, devendo ser conhecida e analisada a integralidade das alegações de defesa: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/07/2005 a 31/03/2007 NORMAS PROCEDIMENTAIS. PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E AMPLA DEFESA. RESPONSÁVEIS SOLIDÁRIOS. GRUPO ECONÔMICO. AUSÊNCIA INTIMAÇÃO DO INTEIRO TEOR DA AUTUAÇÃO. PRETERIÇÃO DIREITO DE DEFESA. DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. NULIDADE. Em observância aos princípios da ampla defesa e do contraditório, os responsáveis solidários do crédito tributário lançado, in casu, com base na constatação de Grupo Econômico, devem ser intimados do inteiro teor da autuação/notificação fiscal e seus respectivos anexos de maneira oferecer condições ao insurgimento pleno de referidos contribuintes, sob pena de preterição do direito de defesa. A mera intimação dos responsáveis solidários a partir de simples Termo de Sujeição Passiva ou mesmo Ofício, somente informando da atribuição da responsabilidade solidária, não se presta a demonstrar a observância de aludidos princípios/garantias constitucionais. É nula a decisão de primeira instância que, em evidente preterição do direito de defesa, é proferida sem a devida intimação dos contribuintes responsáveis solidários da integralidade dos documentos de Fl. 653DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 560 8 constituição do crédito tributário, oportunizandolhes a interposição de impugnação. INTIMAÇÃO ATOS PROCESSUAIS. SOLICITAÇÃO CÓPIA DO PROCESSO. DATA DA ENTREGA. VALIDADE COMO TERMO A QUO DO PRAZO DE DEFESA. Uma vez comprovada à inexistência da intimação dos responsáveis solidários do inteiro teor da notificação/autuação fiscal, indispensável ao exercício da ampla defesa, impõese admitir como termo inicial do prazo de impugnação a data da entrega da cópia do processo, requisitada pela contribuinte, oportunidade em que teve conhecimento de referido ato, suprimindo, por conseguinte, o obstáculo à sua defesa. Decisão de Primeira Instância Anulada. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do colegiado, por unanimidade de votos, anular a decisão de primeira instância, considerando tempestiva a impugnação da contribuinte KCEL MOTORES E FIOS LTDA, devendo ser conhecida e analisada a integralidade das alegações de defesa, bem como determinando a cientificação da empresa KOHLBACH S/A do inteiro teor da notificação fiscal, reabrindo prazo para interposição de defesa Segue a decisão deste Acórdão no 2401002.538 da 1a. Turma Ordinária do CARF: Por todo o exposto, estando a Decisão recorrida em dissonância com os dispositivos constitucionais/legais que regulam a matéria, VOTO NO SENTIDO DE CONHECER DO RECURSO VOLUNTÁRIO E ANULAR A DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA, considerando tempestiva a impugnação da contribuinte KCEL MOTORES E FIOS LTDA., devendo ser conhecida e analisada a integralidade das alegações de defesa, bem como determinando a cientificação da empresa KOHLBACH S/A do inteiro teor da notificação fiscal, reabrindo prazo para interposição da impugnação, pelas razões de fato e de direito acima esposadas. Após as intimações do Acórdão emanado do CARF, a 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC analisou a autuação e a impugnação, julgando procedente a autuação, nos termos do Acórdão nº 0730.770 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC, conforme Ementa a seguir: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/07/2005 a 31/03/2007 NFLD/DEBCAD: 37.126.1775, de 31/10/2007 CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. Constatado o atraso total ou parcial no recolhimento de contribuições destinadas à Seguridade Social, a fiscalização deve efetuar o Fl. 654DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 561 9 lançamento de ofício, com discriminação clara e precisa dos fatos geradores, das contribuições devidas e dos períodos a que se referem. ARGÜIÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE/ILEGALIDADE. A declaração de inconstitucionalidade de lei ou atos normativos federais, bem como de ilegalidade destes últimos, é prerrogativa outorgada pela Constituição Federal ao Poder Judiciário, motivo pelo qual descabe o julgamento destes argumentos na esfera administrativa. MULTA. JUROS SELIC. Contribuições previdenciárias, não recolhidas no prazo legal, ficam sujeitas à multa e aos juros equivalentes à taxa referencial do SELIC, conforme determina a legislação em vigor. GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. As empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza são responsáveis solidárias pelas contribuições previdenciárias. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Acórdão Acordam os membros da 6ª Turma de Julgamento, por unanimidade de votos, julgar improcedente a impugnação, mantendo o crédito tributário exigido, nos termos do relatório e voto da relatora. Encaminhese à Unidade de Origem. Intimese a interessada para pagamento do crédito mantido no prazo de 30 dias da ciência, salvo interposição de recurso voluntário ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF, no mesmo prazo. Houve intimação à empresa solidária Recorrente KCEL MOTORES E FIOS LTDA para ciência do Acórdão da decisão de primeira instância, conforme a Comunicação SACAT 118/2013: Comunicação SACAT nº 118/2013 Joinville SC, 25 de março de 2013. A KCEL MOTORES E FIOS LTDA. AVENIDA DAS NAÇÕES UNIDAS, 12.995 – 10º ANDAR – SALA 1034B BAIRRO: BROOKLIN CEP: 04.578000– SÃO PAULO SP. Processo: 10920.006636/200711 Referente: AI 37.126.1775 Encaminhamos, em anexo, cópia do Acórdão n° 0730.770, prolatado pela 6ª Turma da DRJ/FNS, referente ao processo citado acima. Cientificamos a empresa que o processo permanecerá nesta Sacat/DRF/Joinville/SC, por 30 (trinta) dias, aguardando seu pronunciamento. Esgotado este prazo o processo seguirá para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Fl. 655DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 562 10 Conforme Despacho da Unidade da Delegacia da RFB em Joinvile SC, observase que apenas a empresa solidária KCEL MOTORES E FIOS LTDA teve ciência do Acórdão nº 0730.770 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC, sem apresentar Recurso Voluntário: Joinville, 3 de maio de 2013. Processo: 10920.006636/200711 Interessado: UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA. E OUTROS CNPJ: 00.249.247/000146 Cientificouse a empresa Kohlbach S/A, cuja denominação atual é União Serviços Comerciais S/A, do Acórdão CARF nº 2401002.538/ 2012 (AR de fl. 604) deste processo. Em 29/10/2012 União Serviços Comerciais S/A (antiga Kohlbach S/A) protocolou manifestação (fls. 608 a 620). Com relação à empresa Kcel Motores e Fios Ltda. informase que a 6ª Turma da DRJ/FNS/SC prolatou o Acórdão nº 0730.770, em 28/02/2013, no qual manteve o crédito tributário. A empresa Kcel Motores e Fios Ltda. tomou ciência deste acórdão em 02/04/2013 (AR fl. 640). Até a presente data não apresentou recurso. Cumprido o que foi determinado pelo Acórdão CARF nº 2401002.538/ 2012, encaminho este processo ao CARF para a continuidade do julgamento. Posteriormente, os autos foram enviados ao Conselho, para análise e decisão. É o Relatório. Fl. 656DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 563 11 VOTO Conselheiro Paulo Maurício Pinheiro Monteiro , Relator PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação nos autos. DAS PRELIMINARES DA AUTUAÇÃO FISCAL Tratase de Recurso Voluntário, contra Acórdão nº 0730.770 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC que julgou procedente a NFLD nº. 37.126.1775 (parte empresa, SAT, Terceiros), com valor consolidado de R$ 4.151.713,80), nas competências 07/2005 a 03/2007. O Relatório Fiscal, às fls. 30 a 35, aponta os motivos ensejantes da autuação: 3. Este relatório é parte integrante da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito NFLD lavrada sob o número acima indicado. A referida Notificação tem por finalidade apurar e constituir o crédito relativo às contribuições arrecadadas pela Receita Federal do Brasil e destinadas Seguridade Social, correspondentes à quota patronal (inclusive aquelas destinadas ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa, decorrentes dos riscos ambientais do trabalho) e às destinadas a fundos e entidades denominados Terceiros: FNDE (Salário Educação), INCRA, SEBRAE, SESI E SENAI, não recolhidas integralmente. 4. Os valores objeto dessa Notificação encontramse identificados sob o titulo "FP FOLHAS DE PAGAMENTOS" e se referem a contribuições previdenciárias, devidas sobre pagamentos efetuados a segurados empregados e contribuintes individuais (administradores e trabalhadores autônomos), incluídos em folhas_ de pagamentos e declarados em GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e Informações 6 Previdência Social, no período de 07/2005 a 03/2007. 5. Os valores das bases de cálculo, foram extraídos das folhas de pagamentos e encontramse discriminados no relatório "DAD Discriminativo Analítico do Débito", em anexo, no qual também constam os valores apurados por rubrica e as alíquotas aplicadas. Fl. 657DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 564 12 6. Durante a ação fiscal foram examinados os seguintes documentos, disponibilizados pela notificada: Livros Diário e Razão (até 12/2006); Folhas de Pagamentos; Fichas de Registro de Empregados; Guias de Recolhimento do FGTS e informações 6 Previdência Social GFIP. GPS Guia da Previdência Social O Relatório Fiscal, às fls. 30 a 35, também caracteriza o Grupo Econômico formado entre as empresas UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA; KCEL MOTORES E FIOS LTDA; e KOHLBACH S/A (cuja denominação atual é União Serviços Comerciais S/A): O Relatório Fiscal, às fls. 30 a 35, também caracteriza o Grupo Econômico formado entre as empresas UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA; KCEL MOTORES E FIOS LTDA; e KOHLBACH S/A (cuja denominação atual é União Serviços Comerciais S/A). Da anulação da decisão de primeira instância. A 1a. Turma Ordinária do CARF, no Acórdão no 2401002.538, anulou a decisão de primeira instância por considerar tempestiva a impugnação da contribuinte KCEL MOTORES E FIOS LTDA, devendo ser conhecida e analisada a integralidade das alegações de defesa: Por todo o exposto, estando a Decisão recorrida em dissonância com os dispositivos constitucionais/legais que regulam a matéria, VOTO NO SENTIDO DE CONHECER DO RECURSO VOLUNTÁRIO E ANULAR A DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA, considerando tempestiva a impugnação da contribuinte KCEL MOTORES E FIOS LTDA., devendo ser conhecida e analisada a integralidade das alegações de defesa, bem como determinando a cientificação da empresa KOHLBACH S/A do inteiro teor da notificação fiscal, reabrindo prazo para interposição da impugnação, pelas razões de fato e de direito acima esposadas. Após as intimações do Acórdão emanado do CARF, a 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC analisou a autuação e a impugnação, julgando procedente a autuação, nos termos do Acórdão nº 0730.770 6ª Turma, conforme Ementa a seguir: Houve intimação à empresa solidária Recorrente KCEL MOTORES E FIOS LTDA para ciência do Acórdão da decisão de primeira instância, conforme a Comunicação SACAT 118/2013: Comunicação SACAT nº 118/2013 Joinville SC, 25 de março de 2013. Fl. 658DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 565 13 A KCEL MOTORES E FIOS LTDA. AVENIDA DAS NAÇÕES UNIDAS, 12.995 – 10º ANDAR – SALA 1034B BAIRRO: BROOKLIN CEP: 04.578000– SÃO PAULO SP. Processo: 10920.006636/200711 Referente: AI 37.126.1775 Encaminhamos, em anexo, cópia do Acórdão n° 0730.770, prolatado pela 6ª Turma da DRJ/FNS, referente ao processo citado acima. Cientificamos a empresa que o processo permanecerá nesta Sacat/DRF/Joinville/SC, por 30 (trinta) dias, aguardando seu pronunciamento. Esgotado este prazo o processo seguirá para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Conforme Despacho da Unidade da Delegacia da RFB em Joinvile SC, observase que apenas a empresa solidária KCEL MOTORES E FIOS LTDA teve ciência do Acórdão nº 0730.770 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC, sem apresentar Recurso Voluntário: Joinville, 3 de maio de 2013. Processo: 10920.006636/200711 Interessado: UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA. E OUTROS CNPJ: 00.249.247/000146 Cientificouse a empresa Kohlbach S/A, cuja denominação atual é União Serviços Comerciais S/A, do Acórdão CARF nº 2401002.538/ 2012 (AR de fl. 604) deste processo. Em 29/10/2012 União Serviços Comerciais S/A (antiga Kohlbach S/A) protocolou manifestação (fls. 608 a 620). Com relação à empresa Kcel Motores e Fios Ltda. informase que a 6ª Turma da DRJ/FNS/SC prolatou o Acórdão nº 0730.770, em 28/02/2013, no qual manteve o crédito tributário. A empresa Kcel Motores e Fios Ltda. tomou ciência deste acórdão em 02/04/2013 (AR fl. 640). Até a presente data não apresentou recurso. Cumprido o que foi determinado pelo Acórdão CARF nº 2401002.538/ 2012, encaminho este processo ao CARF para a continuidade do julgamento. DA NECESSIDADE DE DILIGÊNCIA FISCAL Desta forma, considerandose os princípios da celeridade, efetividade e segurança jurídica, surge a prejudicial de se intimar as empresas UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA e KOHLBACH S/A (cuja denominação atual é União Serviços Comerciais S/A) do Acórdão nº 0730.770 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC, observando os prazos processuais para o contraditório e a ampla defesa. Lei 9784/1999 Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, Fl. 659DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI Processo nº 10920.006636/200711 Resolução nº 2403000.281 S2C4T3 Fl. 566 14 ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. CONCLUSÃO CONVERTER o presente processo em DILIGÊNCIA para que a Unidade da Receita Federal do Brasil de jurisdição do Recorrente: (i) intime a empresa UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA do Acórdão nº 0730.770 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC, com a observação dos prazos processuais para a ampla defesa e o contraditório; (ii) intime a empresa KOHLBACH S/A (cuja denominação atual é União Serviços Comerciais S/A) do Acórdão nº 0730.770 6ª Turma da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento de Florianópolis SC, com a observação dos prazos processuais para a ampla defesa e o contraditório (iii) bem como, também informe se há processo judicial na qual as empresas sejam parte, por qualquer modalidade processual, com o mesmo objeto do presente processo administrativotributário. É como voto. Paulo Maurício Pinheiro Monteiro Fl. 660DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por PAULO MAURICIO PINHEIRO MONTEIRO, Assinado digitalmente em 15/12/2014 por CARLOS AL BERTO MEES STRINGARI
score : 1.0
Numero do processo: 10970.000259/2010-17
Turma: Terceira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 06 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Jan 22 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Exercício: 2006, 2007
CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. INTIMAÇÃO ESPECÍFICA. AMPLA DEFESA. IMPUGNAÇÃO. Os procedimentos da autoridade fiscalizadora têm natureza inquisitória não se sujeitando ao contraditório os atos lavrados nesta fase. Somente depois de lavrado o auto de infração e instalado o litígio administrativo é que se pode falar em obediência aos ditames do princípio do contraditório e da ampla defesa. Ademais, após a ciência do auto de infração, com o litígio instaurado entre o fisco e o contribuinte, a legislação concede na fase impugnatória, ampla oportunidade para apresentação documentos e razões de fato e de direito.
OMISSÃO DE RECEITAS - CORRETORA DE SEGUROS Constatados pagamentos efetuados pelas empresas seguradoras por serviços prestados a título de comissões de corretagem, não contabilizados pela empresa corretora de seguros beneficiária dos rendimentos, é lícito o lançamento dos valores correspondentes como omissão de receitas.
TRIBUTAÇÃO REFLEXA - Verificada a omissão de receita, o valor correspondente deverá ser considerado na determinação da base de cálculo para o lançamento da Contribuição Social, do PIS e da Cofins.
Numero da decisão: 1803-001.546
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Selene Ferreira de Moraes - Presidente.
(assinado digitalmente)
Victor Humberto da Silva Maizman - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Selene Ferreira de Moraes (Presidente), Walter Adolfo Maresch, Sérgio Rodrigues Mendes, Meigan Sack Rodrigues, Victor Humberto da Silva Maizman e Sérgio Luiz Bezerra Presta.
Nome do relator: VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Exercício: 2006, 2007 CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. INTIMAÇÃO ESPECÍFICA. AMPLA DEFESA. IMPUGNAÇÃO. Os procedimentos da autoridade fiscalizadora têm natureza inquisitória não se sujeitando ao contraditório os atos lavrados nesta fase. Somente depois de lavrado o auto de infração e instalado o litígio administrativo é que se pode falar em obediência aos ditames do princípio do contraditório e da ampla defesa. Ademais, após a ciência do auto de infração, com o litígio instaurado entre o fisco e o contribuinte, a legislação concede na fase impugnatória, ampla oportunidade para apresentação documentos e razões de fato e de direito. OMISSÃO DE RECEITAS - CORRETORA DE SEGUROS Constatados pagamentos efetuados pelas empresas seguradoras por serviços prestados a título de comissões de corretagem, não contabilizados pela empresa corretora de seguros beneficiária dos rendimentos, é lícito o lançamento dos valores correspondentes como omissão de receitas. TRIBUTAÇÃO REFLEXA - Verificada a omissão de receita, o valor correspondente deverá ser considerado na determinação da base de cálculo para o lançamento da Contribuição Social, do PIS e da Cofins.
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INOCORRÊNCIA. INTIMAÇÃO ESPECÍFICA. AMPLA DEFESA. IMPUGNAÇÃO. Os procedimentos da autoridade fiscalizadora têm natureza inquisitória não se sujeitando ao contraditório os atos lavrados nesta fase. Somente depois de lavrado o auto de infração e instalado o litígio administrativo é que se pode falar em obediência aos ditames do princípio do contraditório e da ampla defesa. Ademais, após a ciência do auto de infração, com o litígio instaurado entre o fisco e o contribuinte, a legislação concede na fase impugnatória, ampla oportunidade para apresentação documentos e razões de fato e de direito. OMISSÃO DE RECEITAS CORRETORA DE SEGUROS Constatados pagamentos efetuados pelas empresas seguradoras por serviços prestados a título de comissões de corretagem, não contabilizados pela empresa corretora de seguros beneficiária dos rendimentos, é lícito o lançamento dos valores correspondentes como omissão de receitas. TRIBUTAÇÃO REFLEXA Verificada a omissão de receita, o valor correspondente deverá ser considerado na determinação da base de cálculo para o lançamento da Contribuição Social, do PIS e da Cofins. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do relatorio e votos que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Selene Ferreira de Moraes Presidente. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 97 0. 00 02 59 /2 01 0- 17 Fl. 427DF CARF MF Impresso em 22/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2013 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente em 10/11/2014 por SELENE FE RREIRA DE MORAES Processo nº 10970.000259/201017 Acórdão n.º 1803001.546 S1TE03 Fl. 3 2 (assinado digitalmente) Victor Humberto da Silva Maizman Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Selene Ferreira de Moraes (Presidente), Walter Adolfo Maresch, Sérgio Rodrigues Mendes, Meigan Sack Rodrigues, Victor Humberto da Silva Maizman e Sérgio Luiz Bezerra Presta. Fl. 428DF CARF MF Impresso em 22/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2013 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente em 10/11/2014 por SELENE FE RREIRA DE MORAES Processo nº 10970.000259/201017 Acórdão n.º 1803001.546 S1TE03 Fl. 4 3 Relatório Contra a contribuinte acima identificada foi lavrado o auto de infração de fls. 03/12 para exigência de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, multa de ofício de 75% e juros de mora calculados até 30/04/2010, no montante de R$29.616,26, abrangendo fatos geradores compreendidos nos anoscalendário de 2006 e 2007. Na descrição dos fatos, constam os seguintes registros: Omissão de receitas da atividade apurada nos anoscalendário de 2006 e 2007, nos montantes de R$175.565,89 e R$155.519,52, respectivamente. Em 23/03/2010 foi lavrado Termo de Início do Procedimento Fiscal intimando a contribuinte a apresentar os Livros Diários, Razão, Registro de Prestação de Serviços, Informes de Rendimentos Anuais fornecidos pelas seguradoras, notas fiscais de prestação de serviço emitidas, bem como contrato social e alterações. Analisados os documentos apresentados e os rendimentos escriturados pela contribuinte, foi esta intimada a manifestarse quanto aos Demonstrativos de Receitas Apuradas e de Diferenças Apuradas de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, não logrando a mesma a justificar a diferença constatada. .Em decorrência da omissão de receitas apurada no procedimento fiscal, também foram lavrados os autos de infração constituindo crédito tributário atinente as contribuições (PIS/COFINS e CSLL). Notificado do lançamento a empresa autuada apresentou impugnação de forma tempestiva. Em sede de cognição ampla a DRJ manteve o lançamento em questão. Inconformada com a r. decisão, a autuada interpôs Recurso Voluntário sustentando em síntese que houve no caso em apreço nulidade, por cerceamento de defesa em face da autoridade fiscal terlhe concedido prazo de apenas 2 dias para se manifestar sobre as diferenças apuradas no simples cruzamento de informações fiscais. Sustenta também que é injurídica a utilização do critério de cruzamento de dados decorrente das informações decorrentes dos "Comprovantes Anuais de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte" face a robusta documentação fiscal por ela apresentada. É o simples relatório. Fl. 429DF CARF MF Impresso em 22/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2013 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente em 10/11/2014 por SELENE FE RREIRA DE MORAES Processo nº 10970.000259/201017 Acórdão n.º 1803001.546 S1TE03 Fl. 5 4 Voto Conselheiro Victor Humberto da Silva Maizman Relator Pois bem, conforme consta dos fundamentos da r. decisão recorrida, resta descaracterizada a alegação de ofensa ao princípio do contraditório, principalmente porque somente a partir da lavratura do auto de infração é que se instaura o litígio entre o fisco e o contribuinte, sendo esse o momento privilegiado para o exercício do direito à ampla defesa, qualquer documentação ou prova pode ser apresentada na fase impugnatória – ex vi do parágrafo 4º do artigo 16 do Decreto n° 70.235, de 06 de março de 1972. De fato, é certo aduzir que a contribuinte não trouxe aos autos qualquer documentação que pudesse descaracterizar o lançamento efetuado. Ressaltese que a fiscalização constatou omissão de receitas de serviços de corretagem, conforme detalhamento feito na "Descrição dos Fatos" dos autos de infração. Constatou a fiscalização, com base nos "Comprovantes Anuais de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte" emitidos pelas seguradoras, que os valores de receita bruta declarados eram incompatíveis com o somatório do rendimento bruto registrado nesses comprovantes, apresentadas pelas Seguradoras tomadoras de serviços da fiscalizada. As informações contidas nos "Comprovantes Anuais de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte" reconhece expressamente a JOLUC CORRETORA DE SEGUROS LTDA. como prestadora de serviços, contendo ainda o detalhamento das operações e os correspondentes valores de corretagem pagos e o valor retido do IRRF, informações essas que constituem prova cabal das receitas auferidas pela empresa autuada pelo exercício de sua atividade no período fiscalizado. Nesse contexto, a fim de refutar a tese sustentada pela Recorrente, extraíse que o art. 276 do RIR/1999 preceitua que a determinação do lucro real pelo contribuinte está sujeita à verificação pela autoridade tributária, com base no exame de livros e documentos de sua escrituração, na escrituração de outros contribuintes, em informação ou esclarecimentos do contribuinte ou de terceiros, ou em qualquer outro elemento de prova. De acordo com o art. 845, II do mesmo regulamento, farseá o lançamento de ofício abandonandose as parcelas que não tiverem sido esclarecidas e fixando os rendimentos tributáveis de acordo com as informações de que se dispuser, quando os esclarecimentos deixarem de ser prestados, forem recusados ou não forem satisfatórios. Fl. 430DF CARF MF Impresso em 22/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2013 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente em 10/11/2014 por SELENE FE RREIRA DE MORAES Processo nº 10970.000259/201017 Acórdão n.º 1803001.546 S1TE03 Fl. 6 5 Em virtude do exposto, conheço do Recurso Voluntário, porém negolhe provimento. É como voto. (assinatura digital) Victor Humberto da Silva Maizman Fl. 431DF CARF MF Impresso em 22/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 07/11/2013 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente e m 06/11/2014 por VICTOR HUMBERTO DA SILVA MAIZMAN, Assinado digitalmente em 10/11/2014 por SELENE FE RREIRA DE MORAES
score : 1.0
Numero do processo: 10920.907766/2012-31
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Dec 11 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Thu Jan 08 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/12/2005 a 31/12/2005
JUROS DE MORA. REDUÇÃO AUTORIZADA POR LEI. DIREITO CREDITÓRIO COMPROVADO.
A Lei nº 11.941, de 2009, autoriza a redução de 45% dos juros de mora no pagamento de débitos vencidos até 30 de novembro de 2008, em razão do quê se deve reconhecer o direito creditório que havia sido indeferido indevidamente com fundamento no recolhimento a menor do referido acréscimo legal.
Numero da decisão: 3803-006.819
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso, para reconhecer o direito à redução dos juros prevista na Lei nº 11.941, de 2009, no pleito creditório formulado.
(assinado digitalmente)
Corintho Oliveira Machado - Presidente.
(assinado digitalmente)
Hélcio Lafetá Reis - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado (Presidente), Hélcio Lafetá Reis (Relator), Belchior Melo de Sousa e João Alfredo Eduão Ferreira.
Nome do relator: HELCIO LAFETA REIS
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ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 01/12/2005 a 31/12/2005 JUROS DE MORA. REDUÇÃO AUTORIZADA POR LEI. DIREITO CREDITÓRIO COMPROVADO. A Lei nº 11.941, de 2009, autoriza a redução de 45% dos juros de mora no pagamento de débitos vencidos até 30 de novembro de 2008, em razão do quê se deve reconhecer o direito creditório que havia sido indeferido indevidamente com fundamento no recolhimento a menor do referido acréscimo legal.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1795; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE03 Fl. 68 1 67 S3TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10920.907766/201231 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3803006.819 – 3ª Turma Especial Sessão de 11 de dezembro de 2014 Matéria PIS COMPENSAÇÃO Recorrente DUAS RODAS INDUSTRIAL LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/12/2005 a 31/12/2005 JUROS DE MORA. REDUÇÃO AUTORIZADA POR LEI. DIREITO CREDITÓRIO COMPROVADO. A Lei nº 11.941, de 2009, autoriza a redução de 45% dos juros de mora no pagamento de débitos vencidos até 30 de novembro de 2008, em razão do quê se deve reconhecer o direito creditório que havia sido indeferido indevidamente com fundamento no recolhimento a menor do referido acréscimo legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao recurso, para reconhecer o direito à redução dos juros prevista na Lei nº 11.941, de 2009, no pleito creditório formulado. (assinado digitalmente) Corintho Oliveira Machado Presidente. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Corintho Oliveira Machado (Presidente), Hélcio Lafetá Reis (Relator), Belchior Melo de Sousa e João Alfredo Eduão Ferreira. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 92 0. 90 77 66 /2 01 2- 31 Fl. 68DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10920.907766/201231 Acórdão n.º 3803006.819 S3TE03 Fl. 69 2 Tratase de Recurso Voluntário interposto para se contrapor à decisão da DRJ Belo Horizonte/MG que julgou procedente apenas em parte a Manifestação de Inconformidade manejada em decorrência da homologação parcial da compensação declarada. O contribuinte apresentara Declaração de Compensação (DComp) com vistas a extinguir débito de sua titularidade com crédito oriundo de pagamento da contribuição efetuado a maior, crédito esse reconhecido apenas em parte em razão do cômputo de multa de mora e de parte dos juros no cálculo da contribuição paga em atraso. Em sua Manifestação de Inconformidade, o contribuinte argüiu que, em conformidade com os documentos comprobatórios carreados aos autos (Dacon, DCTF, PER/DCOMP e guias de recolhimento), se encontrava comprovada a totalidade do crédito declarado. A DRJ Belo Horizonte/MG reconheceu em parte o direito creditório, excluindo, com base na denúncia espontânea, a multa de mora do cálculo do valor recolhido em atraso, mantendo a diferença dos juros de mora acrescida pela repartição de origem. Cientificado da decisão em 10 de junho de 2014, o contribuinte interpôs Recurso Voluntário em 7 de julho de 2014 e requereu o reconhecimento integral do direito creditório, alegando que os juros computados no pagamento em atraso foram calculados com base nos benefícios da Lei nº 11.941, de 2009, regulamentada pela Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 06, de 23 de julho 2009. Junto ao Recurso Voluntário o contribuinte traz aos autos cópia do DARF em que consta a informação “Lei nº 11.941/2009 – pagto. à vista”. É o relatório. Voto Conselheiro Hélcio Lafetá Reis O recurso é tempestivo, atende as demais condições de admissibilidade e dele tomo conhecimento. Conforme acima relatado, controvertese nos autos acerca do não reconhecimento de parte do direito creditório pleiteado em sede de compensação, em razão da inserção de parcela dos juros de mora no cálculo do valor da contribuição recolhido em atraso, recolhimento esse em que apenas parte do referido acréscimo legal fora computado. O Recorrente alega que calculara os acréscimos moratórios com base nos benefícios da Lei nº 11.941, de 2009, regulamentada pela Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 06, de 23 de julho 2009, dispositivos esses que assim dispõem: LEI Nº 11.941, DE 27 DE MAIO DE 2009 (...) Fl. 69DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10920.907766/201231 Acórdão n.º 3803006.819 S3TE03 Fl. 70 3 Art. 1o Poderão ser pagos ou parcelados, em até 180 (cento e oitenta) meses, nas condições desta Lei, os débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e os débitos para com a ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional, inclusive o saldo remanescente dos débitos consolidados no Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, de que trata a Lei no 9.964, de 10 de abril de 2000, no Parcelamento Especial – PAES, de que trata a Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003, no Parcelamento Excepcional – PAEX, de que trata a Medida Provisória no 303, de 29 de junho de 2006, no parcelamento previsto no art. 38 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e no parcelamento previsto no art. 10 da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, mesmo que tenham sido excluídos dos respectivos programas e parcelamentos, bem como os débitos decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI oriundos da aquisição de matériasprimas, material de embalagem e produtos intermediários relacionados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto no 6.006, de 28 de dezembro de 2006, com incidência de alíquota 0 (zero) ou como nãotributados § 1o O disposto neste artigo aplicase aos créditos constituídos ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa da União, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada, inclusive os que foram indevidamente aproveitados na apuração do IPI referidos no caput deste artigo. § 2o Para os fins do disposto no caput deste artigo, poderão ser pagas ou parceladas as dívidas vencidas até 30 de novembro de 2008, de pessoas físicas ou jurídicas, consolidadas pelo sujeito passivo, com exigibilidade suspensa ou não, inscritas ou não em dívida ativa, consideradas isoladamente, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada, ou que tenham sido objeto de parcelamento anterior, não integralmente quitado, ainda que cancelado por falta de pagamento, assim considerados: (...) IV – os demais débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. § 3o Observado o disposto no art. 3o desta Lei e os requisitos e as condições estabelecidos em ato conjunto do ProcuradorGeral da Fazenda Nacional e do Secretário da Receita Federal do Brasil, a ser editado no prazo de 60 (sessenta) dias a partir da data de publicação desta Lei, os débitos que não foram objeto de parcelamentos anteriores a que se refere este artigo poderão ser pagos ou parcelados da seguinte forma: I – pagos a vista, com redução de 100% (cem por cento) das multas de mora e de ofício, de 40% (quarenta por cento) das isoladas, de 45% (quarenta e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal; Fl. 70DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10920.907766/201231 Acórdão n.º 3803006.819 S3TE03 Fl. 71 4 (...) PORTARIA CONJUNTA PGFN/RFB Nº 6, DE 22 DE JULHO DE 2009 (...) Art. 1º Os débitos de qualquer natureza junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ou à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), vencidos até 30 de novembro de 2008, que não estejam nem tenham sido parcelados até o dia anterior ao da publicação da Lei n º 11.941, de 27 de maio de 2009 , poderão ser excepcionalmente pagos ou parcelados, no âmbito de cada um dos órgãos, na forma e condições previstas neste Capítulo. § 1º Para os fins do disposto no caput, poderão ser pagos ou parcelados os débitos de pessoas físicas ou jurídicas, consolidados por sujeito passivo, constituídos ou não, com exigibilidade suspensa ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa da União (DAU), mesmo que em fase de execução fiscal já ajuizada, considerados isoladamente: (...) VI os demais débitos administrados pela RFB. (...) Art. 2º Os débitos de que trata este Capítulo poderão ser pagos ou parcelados da seguinte forma: I pagos à vista, com redução de 100% (cem por cento) das multas de mora e de ofício, de 40% (quarenta por cento) das multas isoladas, de 45% (quarenta e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal; (...) Art. 14. A dívida será consolidada na data do requerimento do parcelamento ou do pagamento à vista. Considerandose os dispositivos supra, é possível concluir pela existência de autorização legal para pagamento à vista, com redução de 100% das multas e de 45% dos juros de mora, de débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) vencidos até 30 de novembro de 2008. No presente caso, temse débito vencido em janeiro de 2006 e recolhido em outubro de 2009, encontrandose, por conseguinte, abrangido pelo período autorizado pela lei. Sendo o valor do principal de R$ 1.071,29 e os juros cheios, desconsiderandose a princípio a redução autorizada pela lei, de R$ 473,29 (conforme índice de juros de 44,18% obtido a partir dos cálculos presentes no voto condutor do acórdão embargado, bem como no site da Receita Federal), temse que, aplicandose o percentual de redução de Fl. 71DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS Processo nº 10920.907766/201231 Acórdão n.º 3803006.819 S3TE03 Fl. 72 5 45%, os juros devidos ficam reduzidos a R$ 260,30, valor esse muito próximo, com diferença de apenas R$ 0,02, ao efetivamente recolhido a esse título pelo Recorrente (R$ 260,32). Diante do exposto, voto por DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso, para reconhecer o direito à redução dos juros prevista na Lei nº 11.941, de 2009, no âmbito do pleito creditório formulado. O provimento apenas parcial se deve ao fato de que a imputação do pagamento efetuado para fins de homologação da compensação darseá somente no momento da execução deste acórdão. É como voto. (assinado digitalmente) Hélcio Lafetá Reis Relator Fl. 72DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS, Assinado digitalmente em 18/12/2014 p or CORINTHO OLIVEIRA MACHADO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELCIO LAFETA REIS
score : 1.0
Numero do processo: 10120.002929/2003-11
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Jan 23 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Feb 02 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 01/02/1998 a 28/02/2003
DECADÊNCIA PARA CONSTITUIR CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
O prazo decadencial para a Fazenda Nacional constituir o crédito pertinente à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins é de 05 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento já poderia haver sido efetuado, no caso de ausência de antecipação de pagamento, e de existência de fraude fiscal.
Recurso Especial do Contribuinte Negado.
Numero da decisão: 9303-002.840
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, para retificar o acórdão embargado, com efeitos infringentes, nos termos do voto do Relator.
Marcos Aurélio Pereira Valadão - Presidente Substituto
Henrique Pinheiro Torres - Relator
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardoso Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Valente e Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Nome do relator: HENRIQUE PINHEIRO TORRES
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, para retificar o acórdão embargado, com efeitos infringentes, nos termos do voto do Relator. Marcos Aurélio Pereira Valadão - Presidente Substituto Henrique Pinheiro Torres - Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardoso Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Valente e Marcos Aurélio Pereira Valadão.
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ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/02/1998 a 28/02/2003 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ENFRENTAMENTO DE PONTO SOBRE O QUAL DEVERIA HAVERSE PRONUNCIADO O COLEGIADO. PROCEDÊNCIA. RETIFICAÇÃO DE ACÓRDÃO. Verificada omissão de ponto sobre o qual deveria haverse pronunciado a turma, devese acolher os embargos, para suprir a omissão, e rerratificar o acórdão, de modo que este passe a refletir o resultado do exame completo de todos as questões devolvidas à instância de julgamento. Embargos Acolhidos. ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/02/1998 a 28/02/2003 DECADÊNCIA PARA CONSTITUIR CRÉDITO TRIBUTÁRIO. O prazo decadencial para a Fazenda Nacional constituir o crédito pertinente à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Cofins é de 05 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento já poderia haver sido efetuado, no caso de ausência de antecipação de pagamento, e de existência de fraude fiscal. Recurso Especial do Contribuinte Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, para retificar o acórdão embargado, com efeitos infringentes, nos termos do voto do Relator. Marcos Aurélio Pereira Valadão Presidente Substituto AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 12 0. 00 29 29 /2 00 3- 11 Fl. 698DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/04/2014 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/04/2014 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 16/05/2014 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO 2 Henrique Pinheiro Torres Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Júlio César Alves Ramos, Rodrigo Cardoso Miranda, Rodrigo da Costa Pôssas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Joel Miyazaki, Maria Teresa Martínez López, Gileno Gurjão Valente e Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de embargos de declaração opostos, tempestivamente, pela Procuradoria da Fazenda Nacional em face do Acórdão no 930300.065, sob a justificativa de ocorrência de omissão sobre questão que deveria terse manifestado o Colegiado. Segundo a embargante, o Colegiado teria deixado de se pronunciar sobre a ausência de pagamento parcial, e, também teria sido silente no tocante à qualificação da multa por fraude efetuada pelo sujeito passivo, o que seria de fundamental importância na definição do termo inicial da decadência. Examinando esses declaratórios, na qualidade de Presidente Substituto da Câmara Superior de Recursos Fiscais, admitios e designeime relator ad hoc para trazer a questão a este Colegiado, nos termos do despacho de fl. 692, para que, aqui, se possa examinar as alegações da PGFN sobre o vício no procedimento, e, se a Turma assim entender, proceda a retificação do acórdão embargado. É o relatório. Voto Conselheiro Henrique Pinheiro Torres, Relator Os embargos são tempestivos e apontaram o suposto vício no procedimento, in casu, a omissão de ponto sobre o qual deveria pronunciarse o Colegiado. Desta feita, atendido aos requisitos de admissibilidade, devese conhecer dos embargos de declaração opostos pela Fazenda Nacional. Da análise dos autos, confirmase que, de fato, o Colegiado não se pronunciou sobre a ausência de antecipação de pagamento da contribuição, questão de fundamental importância na fixação do termo de início do praz decadencial, tampouco a Turma pronunciouse a respeito da fraude que ensejou a qualificação da multa de ofício. Aliás, sobre esse tema específico houve recurso do sujeito passivo, que, inicialmente, foi inadmitido, mas, em sede de agravo de reexame, foi dado seguimento ao apelo da recorrente. Essa omissão ensejaria embargos de declaração pelas pessoas legitimadas, mas esse remédio processual não foi utilizado, o que tornou definitiva, nesse ponto, a decisão de segunda instância. Demais disso, o sujeito passivo apresentou desistência do recurso para ingressar no Programa de Recuperação Fiscal previsto na Lei 11.941/2009. Fl. 699DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/04/2014 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/04/2014 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 16/05/2014 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO Processo nº 10120.002929/200311 Acórdão n.º 9303002.840 CSRFT3 Fl. 688 3 Do acima exposto, devese reconhecer que a omissão apontada nos declaratórios da Fazenda Nacional está perfeitamente configurada. Em sendo assim, devese suprir tal omissão, de sorte a se enfrentar a questão da decadência, tendo em vista a alegada fraude fiscal e a ausência de antecipação de pagamento da contribuição objeto destes autos. O Colegiado recorrido afastou a decadência por entender que o prazo aplicável ao caso seria o previsto no art. 45 da Lei 8.212/1991. Veio então recurso especial do sujeito passivo, o acórdão de segunda instância foi reformado para que o prazo decadencial fosse contado nos termos do CTN, e, especificamente, ao caso, entendeuse que o termo inicial seria o previsto no § 4º do art. 150 do Código Tributário Nacional. Acontece porém, que, como bem alertou a PGFN em seus embargos declaratórios, não foi examinada a questão da ausência de antecipação de pagamento, como também não se enfrentou a questão da fraude fiscal, que são de fundamental importância na fixação do termo de início do prazo de decadência. Passemos, então, a examinar esses pontos que deveriam ter sido enfrentados no acórdão embargado. A jurisprudência da Terceira Turma da Câmara Superior do CARF sempre foi no sentido de que o termo inicial da decadência previsto no Código Tributário Nacional deveria ser contado de duas formas: a partir da data de ocorrência do fato gerador se houvesse antecipação de pagamento, sem ocorrência de dolo, fraude ou simulação, por força do § 4º do art. 150 do CTN; ou do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento já poderia haver sido efetuado, na ausência de pagamento antecipado ou, independente de pagamento, na ocorrência de dolo fraude ou simulação. No caso dos autos, as informações trazidas dá conta que não houve antecipação de pagamento, o que, de per si, afasta a aplicação do § 4º do art. 150 do CTN e desloca o termo inicial da contagem do prazo, da data de ocorrência do fato gerador para a do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento já poderia haver sido efetuado. Além disso, a acusação fiscal demonstrou ter havido fraude fiscal, o que, por força da parte final do § 4º acima mencionado, veda a utilização do termo inicial da decadência como sendo a data da ocorrência do fato gerador. Assim, o prazo decadencial teve início no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento já poderia haver sido efetuado. De outro lado, temse que a ciência do lançamento ocorreu em 02 de junho de 2003, conforme AR de fl. 364, e o crédito tributário referese a fatos geradores ocorridos entre fevereiro de 1998 e fevereiro de 2003. Com isso, aplicandose a norma do inciso I do art. 173 do CTN, o termo inicial da decadência do período mais longínquo é 1º de janeiro de 1999, e o final é 1º de janeiro de 2004. Assim, na data em que foi efetuado o lançamento nenhum crédito havia sido alcançado pela decadência. Diante do exposto, voto no sentido de acolher os embargos, com efeitos modificativos, para suprimir omissão a suscitada pela embargante, e alterar o resultado do julgamento que passa de Recurso Especial do Contribuinte Provido para Recurso Especial do Contribuinte Negado. Henrique Pinheiro Torres Fl. 700DF CARF MF Impresso em 02/02/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/04/2014 por CLEUZA TAKAFUJI, Assinado digitalmente em 16/04/2014 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES, Assinado digitalmente em 16/05/2014 por MARCOS AURELIO PEREIRA VALADAO
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Numero do processo: 13891.720128/2013-71
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Thu Oct 23 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Mon Dec 01 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Obrigações Acessórias
Ano-calendário: 2010
DCTF. ENTREGA INTEMPESTIVA. DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA AUTÔNOMA. IMPOSIÇÃO DE PENALIDADE PECUNIÁRIA.
A obrigação acessória, prestação positiva ou negativa no interesse do fisco, obrigatoriedade de entrega tempestiva de DCTF está prevista em lei em sentido amplo, e regulamentada por instruções normativas da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
A imposição de multa pecuniária, por descumprimento de prazo atinente à DCTF, tem amparo na lei em sentido estrito.
O retardamento da entrega de DCTF constitui mera infração formal.
Não sendo a entrega serôdia de declaração infração de natureza tributária, mas sim infração formal por descumprimento de obrigação acessória autônoma, não abarcada pelo instituto da denúncia espontânea do artigo 138 do CTN, é legal a aplicação da multa pelo atraso de apresentação da DCTF.
As denominadas obrigações acessórias autônomas são normas necessárias ao exercício da atividade administrativa fiscalizadora do tributo, sem apresentar qualquer laço com os efeitos do fato gerador do tributo.
A multa aplicada decorre do exercício do poder de polícia de que dispõe a Administração Pública, pois o contribuinte desidioso compromete o desempenho do fisco na medida em que cria dificuldades na fase de homologação do tributo ou contribuição.
DCTF. PERDA DE PRAZO. ENTREGA A DESTEMPO. ESPONTANEIDADE. APLICAÇÃO DE OFÍCIO DE MULTA MÍNIMA. REDUÇÃO DA MULTA PECUNIÁRIA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL.
Não há previsão legal para redução da multa pecuniária mínima aplicada de ofício, por descumprimento de obrigação acessória autônoma - entrega tardia, fora do prazo, de declaração, ainda que a entrega da declaração tenha ocorrido, de forme espontânea, antes da ciência do início do procedimento de fiscalização.
Há previsão legal apenas para redução de 50% da multa aplicada para pagamento à vista ou redução de 40% para pedido de parcelamento formalizado, no prazo de trinta dias da ciência do lançamento fiscal (Art. 6º da Lei nº 8.218, de 29 de agosgto de 1991, com redação pela Lei nº 11.941, de maio de 2009), porém a contribuinte preferiu impugnar, discutir, o lançamento fiscal, perdendo esse benefício fiscal.
PERDA DE PRAZO PARA APRESENTAÇÃO TEMPESTIVA DA DCTF. RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
A responsabilidade por infração à legislação tributária é objetiva, não se perquire a razão, o motivo, da perda de prazo que implicou o cumprimento intempestivo da obrigação acessória.
Pretensa demora ou falta de manifestação do fisco, quanto ao pedido de validação de procuração para utilização de certificação digital protocolizado antes do término do prazo tempestivo para entrega de DCTF, não exime o contribuinte de apresentar a DCTF no prazo legal, seja pela internet, seja em disquete, seja por outro meio (por exemplo, DCTF em papel) diretamente na repartição fiscal ou por via postal com comprovação de data de postagem, pois a referida protocolização do pedido de validação de procuração não tem efeito suspensivo (não tem o condão de eximir o contribuinte de cumprir tempestivamente a obrigação acessória autônoma).
O ônus de fazer prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito constitutivo do fisco, é do sujeito passivo (Arts. 15 e 16, III, do Decreto nº 70.235/72 e art. 333, II, do Código de Processo Civil).
Numero da decisão: 1802-002.402
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
(documento assinado digitalmente)
José de Oliveira Ferraz Correa - Presidente.
(documento assinado digitalmente)
Nelso Kichel- Relator.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Correa, Nelso Kichel, Luís Roberto Bueloni Santos Ferreira, Gustavo Junqueira Carneiro Leão e Henrique Heiji Erbano.
Nome do relator: NELSO KICHEL
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ENTREGA INTEMPESTIVA. DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA AUTÔNOMA. IMPOSIÇÃO DE PENALIDADE PECUNIÁRIA. A obrigação acessória, prestação positiva ou negativa no interesse do fisco, obrigatoriedade de entrega tempestiva de DCTF está prevista em lei em sentido amplo, e regulamentada por instruções normativas da Secretaria da Receita Federal do Brasil. A imposição de multa pecuniária, por descumprimento de prazo atinente à DCTF, tem amparo na lei em sentido estrito. O retardamento da entrega de DCTF constitui mera infração formal. Não sendo a entrega serôdia de declaração infração de natureza tributária, mas sim infração formal por descumprimento de obrigação acessória autônoma, não abarcada pelo instituto da denúncia espontânea do artigo 138 do CTN, é legal a aplicação da multa pelo atraso de apresentação da DCTF. As denominadas obrigações acessórias autônomas são normas necessárias ao exercício da atividade administrativa fiscalizadora do tributo, sem apresentar qualquer laço com os efeitos do fato gerador do tributo. A multa aplicada decorre do exercício do poder de polícia de que dispõe a Administração Pública, pois o contribuinte desidioso compromete o desempenho do fisco na medida em que cria dificuldades na fase de homologação do tributo ou contribuição. DCTF. PERDA DE PRAZO. ENTREGA A DESTEMPO. ESPONTANEIDADE. APLICAÇÃO DE OFÍCIO DE MULTA MÍNIMA. REDUÇÃO DA MULTA PECUNIÁRIA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. Não há previsão legal para redução da multa pecuniária mínima aplicada de ofício, por descumprimento de obrigação acessória autônoma entrega tardia, AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 89 1. 72 01 28 /2 01 3- 71 Fl. 40DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 41 2 fora do prazo, de declaração, ainda que a entrega da declaração tenha ocorrido, de forme espontânea, antes da ciência do início do procedimento de fiscalização. Há previsão legal apenas para redução de 50% da multa aplicada para pagamento à vista ou redução de 40% para pedido de parcelamento formalizado, no prazo de trinta dias da ciência do lançamento fiscal (Art. 6º da Lei nº 8.218, de 29 de agosgto de 1991, com redação pela Lei nº 11.941, de maio de 2009), porém a contribuinte preferiu impugnar, discutir, o lançamento fiscal, perdendo esse benefício fiscal. PERDA DE PRAZO PARA APRESENTAÇÃO TEMPESTIVA DA DCTF. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. A responsabilidade por infração à legislação tributária é objetiva, não se perquire a razão, o motivo, da perda de prazo que implicou o cumprimento intempestivo da obrigação acessória. Pretensa demora ou falta de manifestação do fisco, quanto ao pedido de validação de procuração para utilização de certificação digital protocolizado antes do término do prazo tempestivo para entrega de DCTF, não exime o contribuinte de apresentar a DCTF no prazo legal, seja pela internet, seja em disquete, seja por outro meio (por exemplo, DCTF em papel) diretamente na repartição fiscal ou por via postal com comprovação de data de postagem, pois a referida protocolização do pedido de validação de procuração não tem efeito suspensivo (não tem o condão de eximir o contribuinte de cumprir tempestivamente a obrigação acessória autônoma). O ônus de fazer prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito constitutivo do fisco, é do sujeito passivo (Arts. 15 e 16, III, do Decreto nº 70.235/72 e art. 333, II, do Código de Processo Civil). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. (documento assinado digitalmente) José de Oliveira Ferraz Correa Presidente. Fl. 41DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 42 3 (documento assinado digitalmente) Nelso Kichel Relator. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Correa, Nelso Kichel, Luís Roberto Bueloni Santos Ferreira, Gustavo Junqueira Carneiro Leão e Henrique Heiji Erbano. Fl. 42DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 43 4 Relatório Tratase de Recurso Voluntário de efls. 27/35 contra a decisão da 4ª Turma da DRJ/Recife (efls. 19/22) que julgou improcedente a impugnação da Notificação de Lançamento – multa por atraso na entrega da DCTF mensal do PA julho/2010 , mantendo a exigência do crédito tributário lançado de ofício. Quanto aos fatos: consta da Notificação de Lançamento (efl. 06) que a contribuinte, em 18/04/2013, entregou ao fisco a DCTF mensal do PA julho/2010, com atraso de 32 (trinta e dois) meses ou fração de mês calendário. Ou seja: a) prazo limite para entrega tempestiva da DCTF: 22/09/2010; b) data de entrega: 18/04/2013; montante dos tributos/contribuições informados na DCTF: R$ 50,58 (efl. 07); multa aplicada: multa mínima R$ 500,00. Descrição dos fatos: Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) entregue fora do prazo fixado na legislação enseja a aplicação da multa de 2% (dois por cento) ao mês ou fração, incidente sobre o montante dos tributos e contribuições informados na declaração, ainda que tenham sido integralmente pagos, reduzida em 50% (cinqüenta por cento) em virtude da entrega espontânea da declaração, respeitado o percentual máximo de 20% (vinte por cento) e o valor mínimo de R$ 200,00 (duzentos reais) no caso de inatividade e de R$ 500,00 (quinhentos reais) nos demais casos. Enquadramento legal: Arts. 115 e 160 da Lei 5.172, de 25/10/1966; Art. 1º da Lei 9.249, de 26/12/1995; Art. 7º, caput e inc. II e § 3º , II, da Lei nº 10.426, de 24/04/2002, com redação dada pelo art. 19 da Lei nº 11.051, de 29/12/2004. (...) A contribuinte tomou ciência, eletronicamente, da Notificação de Lançamento em 18/04/2011 (efl. 06), e apresentou defesa Manifestação de Inconformidade em 06/05/2013 (efls.02/05), cujas razões, em síntese, estão assim resumidas no relatório da decisão a quo e que, nessa parte, transcrevo (efl. 21): (...) Fl. 43DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 44 5 Cientificada, a contribuinte apresentou a impugnação, alegando, em síntese, que devido ao custo para adquirir um certificado digital, contratou uma contadora e protocolou no dia 12/07/2010 a solicitação de Procuração para a Receita Federal, porém até a presente data a Agência da Receita Federal de Bragança Paulista não informou o deferimento ou indeferimento do pleito. Lembra que após a solicitação a Receita Federal tem até 30 dias para deferir ou indeferir a solicitação. Sem a procuração ficou impedida de apresentar em tempo hábil a DCTF. Conclui afirmando que o atraso na entrega da DCTF foi ocasionado pela própria RFB, não sendo justo a responsabilização da impugnante. Em outro ponto afirma, caso seja mantida aplicação da multa, que o percentual a ser aplicado é de 20% totalizando uma multa de R$ 8,10. (...) A DRJ/Recife, à luz da legislação e dos fatos, julgou a impugnação improcedente, mantendo a exigência do crédito tributário, conforme Acórdão de 08/11/2013 (efls.19/22), cuja ementa transcrevo a seguir: (...) ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Anocalendário: 2010 ATRASO NA ENTREGA DA DCTF . O sujeito passivo que deixar de apresentar Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais DCTF, sujeitaserá a multa especificada na legislação. CERTIFICADO DIGITAL. É obrigação do sujeito passivo a manutenção de certificado digital válido, ou procuração eletrônica, que possibilite a entrega tempestiva de suas declarações/demonstrativos. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido (...) Ciente desse decisum em 03/12/2013 (efl. 25), a contribuinte apresentou Recurso Voluntário em 02/01/2014 (efls. 28/36), reiterando as razões já apresentadas na Manifestação de Inconformidade, na primeira instância, e já resumidas anteriormente. Fl. 44DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 45 6 Por fim, a recorrente, com base nas citadas razões, pediu: a) a reforma da decisão recorrida, ou seja, a improcedência do lançamento fiscal, b) alternativamente a redução da multa para R$ 10,11 = (20% x R$ 50,58). É o relatório. Fl. 45DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 46 7 Voto Conselheiro Relator Nelso Kichel. O recurso é tempestivo e atende aos pressupostos para sua admissibilidade. Por conseguinte, dele conheço. Conforme relatado, o litígio versa acerca da exigência de multa pecunária por atraso na entrega da DCTF mensal do PA julho/2010, ou seja, pela inobservância do prazo limite no cumprimento de obrigação acessória autônoma. O prazo limite para apresentação tempestiva da DCTF mensal era 22/09/2010, conforme IN RFB nº 974, de 27/11/2009, art. 5º, in verbis: Art. 5º As pessoas jurídicas devem apresentar a DCTF até o 15º(décimo quinto) dia útil do 2º(segundo) mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.(vide art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.129, de 2011) § 1º (...) § 2º (...) § 3º (...). Entretanto, a contribuinte cumpriu essa obrigação acessória autônoma a destempo, ou seja, apenas em 18/04/2013 (trinta e dois meses de atraso). Por isso da imposição, em concreto, da multa pecuniária objeto dos autos. Nas razões do recurso, a recorrente alegou: que perdera o prazo para entrega tempestiva da DCTF pela falta de certificação digital, pois para entrega dessa declaração pela internet a RFB passou a exigir assinatura digital, para períodos de apuração a partir de maio/2010, conforme IN RFB nº 974/2009, art. 4º, in verbis: Art. 4ºA DCTF deverá ser elaborada mediante a utilização de programas geradores de declaração, disponíveis na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço < http:// www. receita.fazenda.gov.br>. § 1ºA DCTF deve ser apresentada mediante sua transmissão pela Internet com a utilização do programa Receitanet disponível no endereço eletrônico referido no caput. § 2ºPara a apresentação da DCTF é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital válido, ficando dispensadas dessa obrigação: (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.036, de 1º de junho de 2010) Fl. 46DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 47 8 I as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou aquelas imunes ou isentas do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), para as DCTF referentes aos fatos geradores ocorridos nos meses de janeiro a abril de 2010; e (Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.036, de 1º de junho de 2010) II os órgãos públicos da administração direta da União e as autarquias e as fundações públicas federais, para as DCTF referentes aos fatos geradores ocorridos até o mês de dezembro de 2010. (Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.036, de 1º de junho de 2010) § 3ºO disposto nos §§ 1ºe 2ºaplicase, inclusive, aos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial. que, não sendo contribuinte do Simples e nem sendo empresa inativa, está obrigada à apresentação de DCTF e que, para cumprimento dessa obrigação acessória, o fisco exige o uso da assinatura digital (certificação digital); que a emissão do certificado digital é feita de forma onerosa pelas empresas certificadoras, o que implica assumir custos; que, sendo uma uma empresa pequena (pequeno faturamento), não tem condições assumir tal custo; que contratou uma profissional de contabilidade que possui certificação digital que poderia suprir a falta de certificação digital da Recorrente; que nesse sentido, em 12/07/2010, protocolizou, junto à Agência da RFB de Bragança Paulista, pedido de validação de procuração – instrumento de mandato outorgando poderes à profissional de contabilidade, para representar a outorgante (Recorrente) perante a RFB, no período de 28/06/2010 a 27/06/2015, podendo a outorgada assinar digitalmente, em nome da outorgante, as declarações a serem transmitidas pela internet. Cópia da procuração (e fl. 08); que o fisco, entretanto, não se manifestou quanto ao pedido protocolado; que ficou impedida de transmitir a DCTF tempestivamente; que, por conseguinte, não tem culpa pela perda do prazo (entrega intempestiva da DCTF). Inexistindo invocação de preliminar, passo à análise do mérito. INFRAÇÃO IMPUTADA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA A recorrente reconhece que apresentou a DCTF em atraso, não se insurge quanto a esse fato; porém, ataca os efeitos jurídicos dessa perda de prazo, alegando que não teria culpa, pois protocolara pedido de validação de procuração – instrumento do mandato – outorgando poderes, para representála junto à RFB, a profissional de contabilidade contratada para transmissão de DCTF pela internet, a qual possui certificação digital para assinatura Fl. 47DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 48 9 eletrônica (efl. 08); que o fisco não se manifestou antes da data limite para apresentação tempestiva da DCTF, se validava ou não a referida procuração. Quanto ao pleito protocolizado (validação de procuração), a falta de manifestação do fisco, antes de término do prazo tempestivo para entrega da DCTF, não exime a recorrente de apresentar a DCTF no prazo legal, seja pela internet, seja em disquete, seja por outro meio (por exemplo, DCTF em papel) diretamente na repartição fiscal ou por via postal com comprovação de data de postagem, pois a referida protocolização do pedido de validação da procuração não tem efeito suspensivo (não tem o condão de eximir a contribuinte de cumprir tempestivamente a obrigação acessória). Em relação à alegada culpa da RFB na demora da validadação de procuração não restou caracterizada nos autos, tanto nesta instância recursal, quanto na primeira instância de julgamento. A propósito, nessa parte adoto também, como razão decidir, a fundamentação constante do voto condutor do acórdão recorrido e que transcrevo a seguir (efls.21/22 ), in verbis: A contribuinte alega que efetuou a Solicitação de Procuração junto a Receita Federal do Brasil e que esta atrasou na validação desta procuração. De acordo com a IN RFB nº 944 de 29/05/2009 que dispõe sobre a outorga de poderes para fins de utilização, mediante certificado digital, no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (eCAC) da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), em especial o art. 3º, §3º, além do registro no sistema próprio para a validação da procuração deverão ser entregues a procuração original e cópias autenticadas dos documentos de identificação do outorgante, do outorgado e do procurador de que trata o inciso III do caput. No presente processo a contribuinte apresenta a Solicitação de Procuração da empresa outorgando poderes a Ana Maria Fioroni Zampronio, porém não apresenta provas que tenha cumprido as demais condições para ter sua procuração validada. Caberia a contribuinte, para provar que a Receita Federal do Brasil não cumpriu o prazo para validação da Procuração, apresentar as provas de que entregou os documentos necessários a validação da procuração, a procuração original e cópias autenticadas dos documentos de identificação do outorgante, do outorgado e do procurador: Art. 3º A procuração emitida por meio do aplicativo referido no art. 2º deverá ser impressa e assinada perante servidor da RFB: ( Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.146, de 6 de abril de 2011 ) I pelo responsável da empresa perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), no caso de Pessoa Jurídica; ( Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.146, de 6 de abril de 2011 ) Fl. 48DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 49 10 II pelo próprio contribuinte, no caso de Pessoa Física; ou ( Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.146, de 6 de abril de 2011 ) III por procurador constituído por procuração pública específica com poderes próprios para a realização da outorga de que trata o art. 1º.( Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.146, de 6 de abril de 2011 ) § 1º Na impossibilidade de comparecimento do outorgante perante servidor da RFB, será aceita a procuração com firma reconhecida em cartório. ( Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.146, de 6 de abril de 2011 ) § 2º Para produzir efeitos junto ao eCAC, observado o disposto no caput, a procuração deverá ser incluída no Sistema de Procurações Eletrônicas do eCAC, mediante validação a ser efetuada em uma unidade de atendimento da RFB, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de sua emissão. ( Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.146, de 6 de abril de 2011 ) § 3º Para validação, deverão ser entregues a procuração original e cópias autenticadas dos documentos de identificação do outorgante, do outorgado e do procurador de que trata o inciso III do caput, sendo que a autenticação das cópias também poderá ser efetuada pela própria unidade de atendimento da RFB, mediante apresentação dos documentos originais. (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.146, de 6 de abril de 2011 ) Não tendo comprovado que cumpriu todos os requisitos determinados pela legislação para validação de sua procuração não há como determinar que a Receita Federal foi quem ocasionou a falta do certificado digital para entrega da DCTF. Nesta instância recursal, a recorrente também não comprovou que tivesse cumprido todos os requisitos determinados pela legislação para validação de sua procuração. Logo, não há como determinar que a Receita Federal teria ocasionado a falta do certificado digital para entrega da DCTF. O ônus de fazer prova, de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito constitutivo do fisco, é do sujeito passivo. Como demonstrado, a recorrrente não tomou as devidas cautelas para entrega tempestiva da DCTF, deixando o prazo, lapso temporal, transcorrer in albis. É cediço que responsabilidade por infração à legislação tributária é objetiva, não se perquire a razão, o motivo, da perda de prazo que implicou o cumprimento intempestivo da obrigação acessória. Fl. 49DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 50 11 Nesse sentido, transcrevo o disposto no art. 16 do CTN, in verbis: Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Por conseguinte, a mera perda de prazo, por si só, configurou a infração imputada. Por isso da exigência da multa percuniária objeto dos autos. DCTF. PERDA DE PRAZO. INTEMPESTIVIDADE. ENTREGA ESPONTÂNEA. REDUÇÃO DA MULTA APLICADA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. Exceto para os casos de empresa inativa e de empresa do Simples, a multa cominada em abstrato é de 2% (dois por cento) do somatório dos tributos e contribuições confessados na DCTF do respectivo PA, não podendo a multa ser inferior a R$ 500,00 (Lei 10.426/2002, art. 7º, II e § 3º, II), in verbis: Art. 7oO sujeito passivo que deixar de apresentar Declaração de Informações EconômicoFiscais da Pessoa Jurídica DIPJ, Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais DCTF, Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica, Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte DIRF e Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Dacon, nos prazos fixados, ou que as apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar declaração original, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela Secretaria da Receita Federal SRF, e sujeitarseá às seguintes multas:(Redação dada pela Lei nº 11.051, de 2004) I (...) IIde dois por cento ao mêscalendário ou fração, incidente sobre o montante dos tributos e contribuições informados na DCTF, na Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica ou na Dirf, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega destas Declarações ou entrega após o prazo, limitada a vinte por cento, observado o disposto no § 3º; (...) § 3ºA multa mínima a ser aplicada será de:(Vide Lei nº 11.727, de 2008) I R$ 200,00 (duzentos reais), tratandose de pessoa física, pessoa jurídica inativa e pessoa jurídica optante pelo regime de tributação previsto naLei nº9.317, de 1996; IIR$ 500,00 ( quinhentos reais), nos demais casos.(os grifos não são do original) (...) Fl. 50DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 51 12 No caso objeto dos autos, foi aplicada pelo fisco, em concreto, a multa pecuniária mínima de R$ 500,00. Não há previsão legal de redução da multa mínima aplicada de R$ 500,00, conforme inteligência do disposto nos §§ 2º e 3º, do art. 7º da Lei 10.426/2002, in verbis: Art. 7º (...). § 2ºObservado o disposto no § 3º, as multas serão reduzidas: Ià metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; IIa setenta e cinco por cento, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. § 3ºA multa mínima a ser aplicada será de:(Vide Lei nº 11.727, de 2008) IR$ 200,00 (duzentos reais), tratandose de pessoa física, pessoa jurídica inativa e pessoa jurídica optante pelo regime de tributação previsto naLei nº9.317, de 1996; IIR$ 500,00 ( quinhentos reais), nos demais casos. (os grigos não são do original) (...) DCTF. ENTREGA MENSAL. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA AUTÔNOMA. A DCTF, obrigação acessória autônoma, foi implementada pela Instrução Normativa SRF nº 129/86, com fulcro no art. 5º do DL 2.124/84 e no art. 16 da Lei 9.779/99, sendo atualizada, a partir daí, periodicamente. A propósito, transcrevo o disposto no art. 5º do Decreto nº 2.124/84: Art. 5º O Ministro da Fazenda poderá eliminar ou instituir obrigações acessórias relativas a tributos federais administrados pela Secretaria da Receita Federal. § 1º O documento que formalizar o cumprimento de obrigação acessória, comunicando a existência de crédito tributário, constituirá confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do referido crédito. § 2º (...) § 3º Sem prejuízo das penalidades aplicáveis pela inobservância da obrigação principal, o não cumprimento da obrigação acessória na forma da legislação sujeitará o infrator à multa (...) No mesmo sentido, dispõe o art. 16 da Lei nº 9.779/99: Fl. 51DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 52 13 Art.16.Compete à Secretaria da Receita Federal dispor sobre as obrigações acessórias relativas aos impostos e contribuições por ela administrados, estabelecendo, inclusive, forma, prazo e condições para o seu cumprimento e o respectivo responsável. A partir da edição da IN SRF 126/1998, a DCTF passou a ser instrumento eminentemente de confissão de dívida. A dispensa de lei em sentido estrito para implementação de obrigação acessória (v. g., DCTF) é matéria pacífica no âmbito do Poder Judiciário. A propósito, transcrevo precedentes jurisprudenciais: 1) TRF/3ª Região, 6ª Turma, sessão de 04/07/2007, processo (AMS 16487 SP 2002.03.99.0164877), in verbis: (...) TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CRIAÇÃO DCTF. INSTRUÇÃO NORMATIVA. ILEGALIDADE. INOCORRÊNCIA. ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. INAPLICABILIDADE. MULTA MORATÓRIA. INCIDÊNCIA. 1. A DCTF veio regulamentar a arrecadação e a fiscalização de tributos federais, tratandose, a bem da verdade, de mero procedimento administrativo, suscetível de criação por norma complementar, não havendo que se falar em ofensa ao princípio da reserva legal em vistas a indelegabilidade da competência tributária. 2. (...) 3.(..). 4. O atraso na entrega da declaração de renda de pessoa física ou jurídica é infração de natureza nãotributária, em razão do descumprimento de uma obrigação acessória autônoma necessária ao exercício da atividade administrativa de fiscalização do tributo, não lhe sendo aplicável, portanto, a regra prevista no art. 138, do CTN. 5. Apelação e remessa oficial providas. Recurso adesivo improvido. (...) 2) – TRF/4ª Região, 1ª Turma, sessão de 23/06/2010, processo (AC 11264 PR 2004.70.01.0112645), in verbis: EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. DCTF. INSTRUÇÃO NORMATIVA. SELIC. ENCARGO LEGAL. DL N. 1.025/69. Fl. 52DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 53 14 1.A obrigação acessória de entrega da DCTF está prevista legalmente, sendo apenas regulamentada em instruções normativas da Secretaria da Receita Federal, (...) 2. A incidência da SELIC sobre os créditos fiscais se dá por força de instrumento legislativo próprio (lei ordinária), sem importar qualquer afronta à Constituição Federal. 3. O encargo legal de 20%, referente à inscrição em dívida ativa, é constitucional, compõe o débito exeqüendo e é sempre devido nas execuções fiscais, substituindo, nos embargos, a condenação em honorários por expressa previsão legal (artigo 1º, do Decretolei nº 1.025/69). (...) 3) – TRF/5ª Região, 1ª Turma, sessão de 03/02/2005, processo (Apelação em MS 80402PE 2001.83.00.0192525), in verbis: TRIBUTÁRIO. MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DCTF. LEGALIDADE. O atraso na entrega da declaração é considerado como sendo o descumprimento de uma atividade fiscal exigida por lei, não se confundindo com o nãopagamento do tributo. A imposição da multa por falta de entrega de Declaração de Contribuições e Tributos Federais DCTF tem amparo legal, configurando seu atraso, ou não entrega, em infração autônoma. Precedentes do STJ e desta Corte. Apelação não provida. (...) Em matéria de descumprimento de prazo para entrega tempestiva de declaração (v. g., DCTF) é inaplicável o art. 138 do CTN, quando cumprida a obrigação acessória a destempo e voluntariamente, pois tratase de obrigação autônoma, não relacionada com fato gerador de tributo ou contribuição, cuja infração configurase, simplesmente, pela perda do prazo fixado para cumprimento tempestivo dessa obrigação acessória. Nesse sentido, é a posição consolidada do STJ, in verbis: “TRIBUTÁRIO. MULTA MORATÓRIA. ART. 138 DO CTN. ENTREGA EM ATRASO DA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS. 1. A denúncia espontânea não tem o condão de afastar a multa decorrente do atraso na entrega da declaração de rendimentos, uma vez que os efeitos do artigo 138 do CTN não se estendem às obrigações acessórias autônomas. Precedentes. 2. Recurso especial não provido.” (STJ, Segunda Turma, RESP RECURSO ESPECIAL – 1129202, Data da Publicação: 29/06/2010) Fl. 53DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 54 15 PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. INAPLICABILIDADE. 1. Inaplicável o instituto da denúncia espontânea quando se trata de multa isolada imposta em face do descumprimento de obrigação acessória. Precedentes do STJ. 2. Agravo Regimental não provido. (STJ, 2ª Turma, AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 916.168 SP 2007/00052315, sessão de 24/03/2009, Relator Min. Herman Benjamin). A multa pecuniária pela falta de entrega da DCTF ou pela entrega a destempo, está prevista em Lei stricto sensu, ou seja, no art. 7º, II e § 3º, II, da Lei nº 10.426/2002, conforme texto legal já transcrito alhures. O dispostivo legal citado é norma específica para imposição de multa pecuniária por descumprimento de obrigação acessória autônoma relativo à não entrega de DCTF no prazo regulamentar ou para entrega efetuada após vencido o prazo regulamentar. Por ter sido aplicada multa mínima de R$ 500,00 para o PA julho de 2010 (Lei 10.426/2002, art.7º, § 3º, II), incabível sua redução por vedação do § 2º desse mesmo art. 7º da Lei nº 10.426/2002, ainda que a entrega a destempo da declaração tenha sido espontânea, ou seja, antes da ciência do início do procedimentos de fiscalização, conforme já restou enfrentada essa quesão, anteriormente. A única redução de multa prevista legalmente e que a contribuinte faria jus caso não tivesse impugnado o lançamento de ofício (porém impugnou!), seria a consignada no próprio texto da Notificação de Lançamento fiscal (efl. 06), in verbis: (...) 5. INTIMAÇÃO Fica o contribuinte acima identificado INTIMADO a recolher ou impugnar no prazo de trinta dias da ciência da Notificação de Lançamento o presente crédito tributário. A impugnação deve ser dirigida ao Delegado da Receita Federakl do Brasil de sua jurisdição (...). Até o vencimento desta notificação, serão concedidas reduções de 50% para pagamento à vista ou 40% para pedidos de parcelamento formalizados neste mesmo prazo (Art. 6º da Lei nº 8.218, de 29 de agosgto de 1991, com redação pela Lei nº 11.941, de maio de 2009). (...) Fl. 54DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL Processo nº 13891.720128/201371 Acórdão n.º 1802002.402 S1TE02 Fl. 55 16 Por tudo que foi exposto, voto para NEGAR provimento ao recurso. (documento assinado digitalmente) Nelso Kichel Fl. 55DF CARF MF Impresso em 02/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL, Assinado digitalmente em 28/11/2014 por JOS E DE OLIVEIRA FERRAZ CORREA, Assinado digitalmente em 19/11/2014 por NELSO KICHEL
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Numero do processo: 16682.720280/2011-45
Turma: Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara da Terceira Seção
Câmara: Primeira Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Jun 27 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Dec 26 00:00:00 UTC 2014
Numero da decisão: 3101-000.242
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria, em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto vencedor. Vencidos os Conselheiros Corintho Oliveira Machado (Relator) e Henrique Pinheiro Torres. Designada a Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro para redigir o voto vencedor.
Henrique Pinheiro Torres
Presidente.
Corintho Oliveira Machado
Relator.
Valdete Aparecida Marinheiro
Redatora Designada.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Elias Fernandes Eufrásio, Tarásio Campelo Borges, Valdete Aparecida Marinheiro, Vanessa Albuquerque Valente e Corintho Oliveira Machado.
Relatório
Adoto o relato da Informação de fl. 82, da Divisão de Orientação e Análise Tributária da DEMAC/RJ Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes:
O presente processo foi gerado para dar prosseguimento ao requisitado pelo contribuinte, em função do pedido de arquivamento do processo de nº 10768.720239/200766.
Desta forma, as principais partes do processo foram desentranhadas do mesmo e anexadas ao novo.
Tratase do tratamento manual da DCOMP no 41166.74952.210704.1.3.048930 (fls. 01 à 05), que foi parcialmente homologada pela decisão de fl.26, cuja ciência foi dada em 29/06/2009, conforme AR de fl.27. Apresentou Manifestação de Inconformidade tempestiva em 22/07/2009 às fls. 28/33. O contribuinte recebeu cópia do Acórdão nº 1332.382 (fls. 39/42) , proferido pela 5ª Turma da DRJ/RJ2, conforme AR recebido em 07/02/2011 anexado em fl.53, que reconheceu totalmente o direito creditório e homologou em parte o débito declarado na Dcomp.
As fls. 43 à 48, o contribuinte peticiona a suspensão da exigibilidade do crédito tributário para fins de emissão de certidão positiva com efeito de negativa.
Conforme telas impressas do sistema SIEF em fls. 54 e 55, não foi possível operacionalizar a compensação. Desta forma, foi realizado um cálculo no SAPO (fls. 58 à 60), verificando-se que o saldo remanescente é devedor de R$ 300.940,22; e desta forma, formalizado o processo de cobrança acima com este valor. O processo de crédito anterior de nº 10768.720239/200766 foi encerrado , vide tela impressa de fl.56, e o seu respectivo processo de cobrança, de mesmo número, cadastrado no sistema PROFISC, foi excluído (fl. 57).
O contribuinte entrou, tempestivamente, em 03/03/2011, com um Recurso Voluntário de fl. 72 à 79 a ser analisado pelo CARF. Nota-se que inicialmente o contribuinte se equivocou, apresentando um recurso administrativo em Manifestação de Inconformidade a ser analisado pela DRJRJ2, corrigindo porém, vide fls. 78/79, o nome do recurso para Voluntário, e a ser analisado pelo CARF, mantendo-se o conteúdo de seu pedido.
O extrato do processo de cobrança está anexado em fl. 80, e está suspenso devido ao questionamento apresentado pelo contribuinte.
Desta forma, proponho o encaminhamento do presente processo para julgamento do CARF Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Terceira Seção.
A leitura do acórdão nº 1332.382, da 5ª Turma da DRJ/RJ2, fls. 39/42, e do recurso voluntário, fl.s 72/79, mostra-se essencial para o perfeito entendimento da Informação supra, daí porque solicitei aos meus pares a leitura prévia de tais peças.
Relatados, passo ao voto.
Voto Vencido
Conselheiro Corintho Oliveira Machado, Relator.
O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado.
Data venia do entendimento da ilustrada maioria de meus eminentes pares, penso que o expediente contém todos os elementos para o julgamento no estado em que se encontra, justamente por isso fui contrário à conversão do julgamento em diligência.
Sala das Sessões, em 27 de junho de 2012.
CORINTHO OLIVEIRA MACHADO
Voto Vencedor
Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro, Redatora Designada.
Inicialmente, encontramos nos autos em fls 55 o seguinte:
(...) em nome da verdade material, optou-se por adotar o entendimento de que o contribuinte errou ao não compatibilizar adequadamente as informações fornecidas aos sistemas de controle da RFB. Isto é errou ao recolher o PIS sob o código 8109 e errou ao manter tal informação declarada em DCTF .
De outro lado a Recorrente deixou claro que a PERD/COMP teve uma única finalidade em virtude da impossibilidade de se emitir novo DARF com a vinculação ao código de arrecadação correto na forma do art. 10 da IN SRF nº 403, de 2004, conforme fls. 30 ou 70.
Ademais, a referida compensação encontra-se controlada no processo administrativo 10.768.720385/2007-91.
Assim, voto no sentido de converter o julgamento em diligência, para a real verdade material ser trazida aos autos, para que retorne ao órgão competente da RFB para que:
Verifique com todos os erros e acertos já constantes dos autos e em conjunto com o processo 10.768.720385/2007-91 se a imputação adequada do pagamento a que se refere o respectivo PAF está correto;
Se da adequada imputação de valores resultou, ainda, em falta de pagamento de tributo.
Concluída a diligência, retornem os autos para julgamento.
É como voto.
Valdete Aparecida Marinheiro.
Nome do relator: Não se aplica
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria, em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto vencedor. Vencidos os Conselheiros Corintho Oliveira Machado (Relator) e Henrique Pinheiro Torres. Designada a Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro para redigir o voto vencedor. Henrique Pinheiro Torres Presidente. Corintho Oliveira Machado Relator. Valdete Aparecida Marinheiro Redatora Designada. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Elias Fernandes Eufrásio, Tarásio Campelo Borges, Valdete Aparecida Marinheiro, Vanessa Albuquerque Valente e Corintho Oliveira Machado. Relatório Adoto o relato da Informação de fl. 82, da Divisão de Orientação e Análise Tributária da DEMAC/RJ Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes: O presente processo foi gerado para dar prosseguimento ao requisitado pelo contribuinte, em função do pedido de arquivamento do processo de nº 10768.720239/200766. Desta forma, as principais partes do processo foram desentranhadas do mesmo e anexadas ao novo. Tratase do tratamento manual da DCOMP no 41166.74952.210704.1.3.048930 (fls. 01 à 05), que foi parcialmente homologada pela decisão de fl.26, cuja ciência foi dada em 29/06/2009, conforme AR de fl.27. Apresentou Manifestação de Inconformidade tempestiva em 22/07/2009 às fls. 28/33. O contribuinte recebeu cópia do Acórdão nº 1332.382 (fls. 39/42) , proferido pela 5ª Turma da DRJ/RJ2, conforme AR recebido em 07/02/2011 anexado em fl.53, que reconheceu totalmente o direito creditório e homologou em parte o débito declarado na Dcomp. As fls. 43 à 48, o contribuinte peticiona a suspensão da exigibilidade do crédito tributário para fins de emissão de certidão positiva com efeito de negativa. Conforme telas impressas do sistema SIEF em fls. 54 e 55, não foi possível operacionalizar a compensação. Desta forma, foi realizado um cálculo no SAPO (fls. 58 à 60), verificando-se que o saldo remanescente é devedor de R$ 300.940,22; e desta forma, formalizado o processo de cobrança acima com este valor. O processo de crédito anterior de nº 10768.720239/200766 foi encerrado , vide tela impressa de fl.56, e o seu respectivo processo de cobrança, de mesmo número, cadastrado no sistema PROFISC, foi excluído (fl. 57). O contribuinte entrou, tempestivamente, em 03/03/2011, com um Recurso Voluntário de fl. 72 à 79 a ser analisado pelo CARF. Nota-se que inicialmente o contribuinte se equivocou, apresentando um recurso administrativo em Manifestação de Inconformidade a ser analisado pela DRJRJ2, corrigindo porém, vide fls. 78/79, o nome do recurso para Voluntário, e a ser analisado pelo CARF, mantendo-se o conteúdo de seu pedido. O extrato do processo de cobrança está anexado em fl. 80, e está suspenso devido ao questionamento apresentado pelo contribuinte. Desta forma, proponho o encaminhamento do presente processo para julgamento do CARF Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Terceira Seção. A leitura do acórdão nº 1332.382, da 5ª Turma da DRJ/RJ2, fls. 39/42, e do recurso voluntário, fl.s 72/79, mostra-se essencial para o perfeito entendimento da Informação supra, daí porque solicitei aos meus pares a leitura prévia de tais peças. Relatados, passo ao voto. Voto Vencido Conselheiro Corintho Oliveira Machado, Relator. O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. Data venia do entendimento da ilustrada maioria de meus eminentes pares, penso que o expediente contém todos os elementos para o julgamento no estado em que se encontra, justamente por isso fui contrário à conversão do julgamento em diligência. Sala das Sessões, em 27 de junho de 2012. CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Voto Vencedor Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro, Redatora Designada. Inicialmente, encontramos nos autos em fls 55 o seguinte: (...) em nome da verdade material, optou-se por adotar o entendimento de que o contribuinte errou ao não compatibilizar adequadamente as informações fornecidas aos sistemas de controle da RFB. Isto é errou ao recolher o PIS sob o código 8109 e errou ao manter tal informação declarada em DCTF . De outro lado a Recorrente deixou claro que a PERD/COMP teve uma única finalidade em virtude da impossibilidade de se emitir novo DARF com a vinculação ao código de arrecadação correto na forma do art. 10 da IN SRF nº 403, de 2004, conforme fls. 30 ou 70. Ademais, a referida compensação encontra-se controlada no processo administrativo 10.768.720385/2007-91. Assim, voto no sentido de converter o julgamento em diligência, para a real verdade material ser trazida aos autos, para que retorne ao órgão competente da RFB para que: Verifique com todos os erros e acertos já constantes dos autos e em conjunto com o processo 10.768.720385/2007-91 se a imputação adequada do pagamento a que se refere o respectivo PAF está correto; Se da adequada imputação de valores resultou, ainda, em falta de pagamento de tributo. Concluída a diligência, retornem os autos para julgamento. É como voto. Valdete Aparecida Marinheiro.
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Acordam os membros do Colegiado, por maioria, em converter o julgamento em diligência, nos termos do voto vencedor. Vencidos os Conselheiros Corintho Oliveira Machado (Relator) e Henrique Pinheiro Torres. Designada a Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro para redigir o voto vencedor. Henrique Pinheiro Torres Presidente. Corintho Oliveira Machado Relator. Valdete Aparecida Marinheiro Redatora Designada. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Henrique Pinheiro Torres, Elias Fernandes Eufrásio, Tarásio Campelo Borges, Valdete Aparecida Marinheiro, Vanessa Albuquerque Valente e Corintho Oliveira Machado. Relatório Adoto o relato da Informação de fl. 82, da Divisão de Orientação e Análise Tributária da DEMAC/RJ Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes: O presente processo foi gerado para dar prosseguimento ao requisitado pelo contribuinte, em função do pedido de arquivamento do processo de nº 10768.720239/200766. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 66 82 .7 20 28 0/ 20 11 -4 5 Fl. 102DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/12/2014 por VALDETE APARECIDA MARINHEIRO, Assinado digitalmente em 23 /12/2014 por VALDETE APARECIDA MARINHEIRO, Assinado digitalmente em 26/12/2014 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 16682.720280/201145 Resolução nº 3101000.242 S3C1T1 Fl. 32 2 Desta forma, as principais partes do processo foram desentranhadas do mesmo e anexadas ao novo. Tratase do tratamento manual da DCOMP no 41166.74952.210704.1.3.048930 (fls. 01 à 05), que foi parcialmente homologada pela decisão de fl.26, cuja ciência foi dada em 29/06/2009, conforme AR de fl.27. Apresentou Manifestação de Inconformidade tempestiva em 22/07/2009 às fls. 28/33. O contribuinte recebeu cópia do Acórdão nº 1332.382 (fls. 39/42) , proferido pela 5ª Turma da DRJ/RJ2, conforme AR recebido em 07/02/2011 anexado em fl.53, que reconheceu totalmente o direito creditório e homologou em parte o débito declarado na Dcomp. As fls. 43 à 48, o contribuinte peticiona a suspensão da exigibilidade do crédito tributário para fins de emissão de certidão positiva com efeito de negativa. Conforme telas impressas do sistema SIEF em fls. 54 e 55, não foi possível operacionalizar a compensação. Desta forma, foi realizado um cálculo no SAPO (fls. 58 à 60), verificandose que o saldo remanescente é devedor de R$ 300.940,22; e desta forma, formalizado o processo de cobrança acima com este valor. O processo de crédito anterior de nº 10768.720239/200766 foi encerrado , vide tela impressa de fl.56, e o seu respectivo processo de cobrança, de mesmo número, cadastrado no sistema PROFISC, foi excluído (fl. 57). O contribuinte entrou, tempestivamente, em 03/03/2011, com um Recurso Voluntário de fl. 72 à 79 a ser analisado pelo CARF. Notase que inicialmente o contribuinte se equivocou, apresentando um recurso administrativo em Manifestação de Inconformidade a ser analisado pela DRJRJ2, corrigindo porém, vide fls. 78/79, o nome do recurso para Voluntário, e a ser analisado pelo CARF, mantendose o conteúdo de seu pedido. O extrato do processo de cobrança está anexado em fl. 80, e está suspenso devido ao questionamento apresentado pelo contribuinte. Desta forma, proponho o encaminhamento do presente processo para julgamento do CARF Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Terceira Seção. A leitura do acórdão nº 1332.382, da 5ª Turma da DRJ/RJ2, fls. 39/42, e do recurso voluntário, fl.s 72/79, mostrase essencial para o perfeito entendimento da Informação supra, daí porque solicitei aos meus pares a leitura prévia de tais peças. Relatados, passo ao voto. Voto Vencido Conselheiro Corintho Oliveira Machado, Relator. O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos demais requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. Data venia do entendimento da ilustrada maioria de meus eminentes pares, penso que o expediente contém todos os elementos para o julgamento no estado em que se encontra, justamente por isso fui contrário à conversão do julgamento em diligência. Sala das Sessões, em 27 de junho de 2012. Fl. 103DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/12/2014 por VALDETE APARECIDA MARINHEIRO, Assinado digitalmente em 23 /12/2014 por VALDETE APARECIDA MARINHEIRO, Assinado digitalmente em 26/12/2014 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES Processo nº 16682.720280/201145 Resolução nº 3101000.242 S3C1T1 Fl. 33 3 CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Voto Vencedor Conselheira Valdete Aparecida Marinheiro, Redatora Designada. Inicialmente, encontramos nos autos em fls 55 o seguinte: “(...) em nome da verdade material, optouse por adotar o entendimento de que o contribuinte errou ao não compatibilizar adequadamente as informações fornecidas aos sistemas de controle da RFB. Isto é errou ao recolher o PIS sob o código 8109 e errou ao manter tal informação declarada em DCTF .” De outro lado a Recorrente deixou claro que a PERD/COMP teve uma única finalidade em virtude da impossibilidade de se emitir novo DARF com a vinculação ao código de arrecadação correto na forma do art. 10 da IN SRF nº 403, de 2004, conforme fls. 30 ou 70. Ademais, a referida compensação encontrase controlada no processo administrativo 10.768.720385/200791. Assim, voto no sentido de converter o julgamento em diligência, para a real verdade material ser trazida aos autos, para que retorne ao órgão competente da RFB para que: 1 Verifique com todos os erros e acertos já constantes dos autos e em conjunto com o processo 10.768.720385/200791 se a imputação adequada do pagamento a que se refere o respectivo PAF está correto; 2 Se da adequada imputação de valores resultou, ainda, em falta de pagamento de tributo. Concluída a diligência, retornem os autos para julgamento. É como voto. Valdete Aparecida Marinheiro. ................................................................................................................................. .......................................................................................................................... Fl. 104DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/12/2014 por VALDETE APARECIDA MARINHEIRO, Assinado digitalmente em 23 /12/2014 por VALDETE APARECIDA MARINHEIRO, Assinado digitalmente em 26/12/2014 por HENRIQUE PINHEIRO TORRES
score : 1.0
Numero do processo: 18108.000032/2008-38
Turma: Terceira Turma Especial da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 15 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Tue Dec 16 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Exercício: 1997,1998,1999
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS.. DECADÊNCIA. PRAZO QUINQUENAL.
Em face da inconstitucionalidade declarada do art. 45 da Lei n. 8.212/1991 pelo Supremo Tribunal Federal diversas vezes, inclusive na forma da Súmula Vinculante n. 08, o prazo decadencial para a constituição dos créditos previdenciários é de 05 (cinco) anos, contados da data da ocorrência do fato gerador do tributo, nos termos do artigo 150, § 4º, ou do art. 173, ambos do Código Tributário Nacional, conforme o modalidade de lançamento.
Recurso Voluntário Provido - Crédito Tributário Exonerado
Numero da decisão: 2803-003.244
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, em razão da decadência.
(Assinado Digitalmente)
Helton Carlos Praia de Lima - Presidente.
(Assinado Digitalmente)
Gustavo Vettorato - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Paulo Roberto Lara dos Santos, Amilcar Barca Teixeira Júnior.
Nome do relator: GUSTAVO VETTORATO
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ementa_s : Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Exercício: 1997,1998,1999 CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS.. DECADÊNCIA. PRAZO QUINQUENAL. Em face da inconstitucionalidade declarada do art. 45 da Lei n. 8.212/1991 pelo Supremo Tribunal Federal diversas vezes, inclusive na forma da Súmula Vinculante n. 08, o prazo decadencial para a constituição dos créditos previdenciários é de 05 (cinco) anos, contados da data da ocorrência do fato gerador do tributo, nos termos do artigo 150, § 4º, ou do art. 173, ambos do Código Tributário Nacional, conforme o modalidade de lançamento. Recurso Voluntário Provido - Crédito Tributário Exonerado
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, em razão da decadência. (Assinado Digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima - Presidente. (Assinado Digitalmente) Gustavo Vettorato - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Paulo Roberto Lara dos Santos, Amilcar Barca Teixeira Júnior.
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DECADÊNCIA. PRAZO QUINQUENAL. Em face da inconstitucionalidade declarada do art. 45 da Lei n. 8.212/1991 pelo Supremo Tribunal Federal diversas vezes, inclusive na forma da Súmula Vinculante n. 08, o prazo decadencial para a constituição dos créditos previdenciários é de 05 (cinco) anos, contados da data da ocorrência do fato gerador do tributo, nos termos do artigo 150, § 4º, ou do art. 173, ambos do Código Tributário Nacional, conforme o modalidade de lançamento. Recurso Voluntário Provido Crédito Tributário Exonerado Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, em razão da decadência. (Assinado Digitalmente) Helton Carlos Praia de Lima Presidente. (Assinado Digitalmente) Gustavo Vettorato Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Helton Carlos Praia de Lima (presidente), Gustavo Vettorato, Eduardo de Oliveira, Natanael Vieira dos Santos, Paulo Roberto Lara dos Santos, Amilcar Barca Teixeira Júnior. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 18 10 8. 00 00 32 /2 00 8- 38 Fl. 108DF CARF MF Impresso em 16/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 10/12/2014 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 18108.000032/200838 Acórdão n.º 2803003.244 S2TE03 Fl. 109 2 Relatório Tratase de Recurso Voluntário que busca a reforma de decisão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento que manteve integralmente o lançamento do crédito tributário oriundo de contribuições a título de salárioeducação incidente sobre glosas de deduções realizadas a título de indenização referentes aos períodos das competências entre 06/1997 a 12/1999, a ciência do lançamento foi em 28.11.2007. O recurso foi tempestivo, e alegou a extinção da decadência total dos créditos, em razão do prazo qüinqüenal do art. 150,§4º, do CTN. Os autos vieram a presente 3ª Turma Especial da 2ª Seção de Julgamento do CARFMF para apreciação e julgamento do recurso voluntário. Os autos vieram à turma especial. É o relatório. Fl. 109DF CARF MF Impresso em 16/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 10/12/2014 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 18108.000032/200838 Acórdão n.º 2803003.244 S2TE03 Fl. 110 3 Voto Conselheiro Gustavo Vettorato O recurso é tempestivo, preenchendo os requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido. Em face à análise do Recurso e dos autos do processo, atentase à extinção dos créditos constituídos em razão da ocorrência de decadência. O Supremo Tribunal Federal, conforme entendimento sumulado e obrigatório à administração pública, emitiu a Súmula Vinculante de n º 8, no julgamento proferido em 12 de junho de 2008, que pacificou o entendimento da inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n º 8.212 de 1991, nestas palavras: Súmula Vinculante nº 8“São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5º do Decretolei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Conforme previsto no art. 103A da Constituição Federal a Súmula de n º 8 vincula toda a Administração Pública, devendo este Colegiado aplicála. Art. 103A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. Uma vez não sendo mais possível a aplicação do art. 45 da Lei n º 8.212, há que serem observadas as regras previstas no Código Tributário Nacional. Observese a NFLD é referente às fatos geradores são dos períodos de 06/1997 a 12/1999, a ciência inaugurou do lançamento ocorreu em 28.11.2007. Neste caso, a natureza das contribuições lançadas são tendentes ao lançamento por homologação (art. 150, do CTN), em que conforme os relatórios de discriminativos da fiscalização houve pagamentos parciais nas referidas competências. Assim, deverseá aplicar a regra decadencial disposta no art. 150, §4º, CTN, ou seja, da ocorrência de decadência e extinção do direito da Fazenda Pública em constituir o crédito após de 5(cinco) anos a partir da data do fato gerador, em que nas competências houve pagamento parcial das contribuições previdenciárias. De qualquer forma, em razão da diferença de datas, mesmo na regra do art. 173, I, do CTN, o resultado seria o mesmo. Dessa forma, por qualquer uma das regras, haveria a extinção do credito lançado, em razão da decadência da obrigação tributária. Fl. 110DF CARF MF Impresso em 16/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 10/12/2014 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA Processo nº 18108.000032/200838 Acórdão n.º 2803003.244 S2TE03 Fl. 111 4 Isso posto, voto por conhecer o recurso, para, no mérito, darlhe total provimento, no sentido de reformar a decisão recorrida, decretar o cancelamento do lançamento e extinguir o respectivo crédito, em razão da ocorrência da decadência prevista no art. 150, §4º, do Código Tributário Nacional. (assinado digitalmente) Gustavo Vettorato – Relator Fl. 111DF CARF MF Impresso em 16/12/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/12/2014 por GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 10/12/2014 po r GUSTAVO VETTORATO, Assinado digitalmente em 12/12/2014 por HELTON CARLOS PRAIA DE LIMA
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Numero do processo: 13002.000521/2003-40
Turma: Segunda Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Dec 13 00:00:00 UTC 2007
Ementa: Contribuição para o PIS/Pasep
Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/07/1990 a 31/07/1995
Ementa: RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO.
A ocorrência do trânsito em julgado de decisão
judicial que reconhece o direito a indébito tributário e
a compensação do mesmo, no curso de processo
administrativo em que o contribuinte apresentou
Declaração de Compensação em data anterior,
permite seja acolhida a referida declaração de
compensação, tendo como marco para o encontro de
contas a data em que ocorreu o referido trânsito em
julgado.
O ônus de comprovar nos autos a liquidez do indébito
é do contribuinte.
Recurso provido em parte.
Numero da decisão: 202-18.666
Decisão: ACORDAM os Membros da SEGUNDA CÂMARA do SEGUNDO
CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso para que seja efetuada a compensação do débito declarado nos autos, tendo como marco para o encontro de contas a data do trânsito em julgado da decisão judicial, devendo a
recorrente trazer aos auto a comprovação da liquidez dos indébitos pretendidos.
Matéria: PIS - proc. que não versem s/exigências de cred. Tributario
Nome do relator: Maria Cristina Roza Da Costa
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I .-L" , n - .a MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES-4. / , .zn..‘ ,;;Yzmh-1:5 SEGUNDA CÂMARA---,-; , Processo n° 13002.000521/2003-40 Recurso n° 132.932 Voluntário aa, Cont0tMes soo --- jnit_ Matéria RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO DE PIS mpsegundo %mo cicia! ds Acórdão n° 202-18.666 dietti Fusos Sessão de 13 de dezembro de 2007 Recorrente SCHNEIDER EMBALAGENS DE PAPEL LTDA. Recorrida DRI em Porto Alegre - RS Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/07/1990 a 31/07/1995 Ementa: RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. A ocorrência do trânsito em julgado de decisão judicial que reconhece o direito a indébito tributário e a compensação do mesmo, no curso de processo administrativo em que o contribuinte apresentou Declaração de Compensação em data anterior, permite seja acolhida a referida declaração de compensação, tendo como marco para o encontro de contas a data em que ocorreu o referido trânsito em julgado. O ônus de comprovar nos autos a liquidez do indébito é do contribuinte. Recurso provido em parte. PAF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL °rasteia, 4:2 1 02 r..S_P 11_ tuna Cláudia Silva Castro ..t.... Mat. Siape 92136 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da SEGUNDA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso para que seja efetuada a compensação do débito declarado nos autos, tendo como ófr MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES . CONFERE COM O ORIGINAL • Processo n.° 13002.000521/200340 Brasília. on ¡I O 44 1 oa' CCO2/CO2 Acórdão n°202-18.656 Hs. 2Nana Cláudia Silva Castro iL, Mat. Siape 92136 marco para o encontro de contas a data do trânsito em julgado da decisão judicial, devendo a recorrente trazer aos auto a comprovação da liquidez dos indébitos pretendidos. - A NIO CARLOS A LIM Presidente /jaez: el.,-;,l, / ficel/ luz elatolA ra CRISTINA ROZA A C i STA Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Gustavo Kelly Alencar, Nadja Rodrigues Romero, Antonio Zomer, Ivan Allegetti (Suplente), Antônio Lisboa Cardoso e Maria Teresa Martinez Lopez. • Processo n.° 13002.000521t2003-40 MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 1 CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-18.666 CONFERE COM O ORIGINAL 1 Fls. 3 Brasília, 1•2 09.1- r Olr Ivana Cláudia Silva Castro Mat Siarm 92136 Relatório Trata-se de recurso voluntário apresentado contra decisão proferida pela r Turma de Julgamento da DRJ em Porto Alegre - RS. A recorrente protocolou declaração de compensação em 01/10/2003 relativo a indébitos da Contribuição para o PIS, apurados no período janeiro de 1989 a setembro de 1995 (fl. 02). Entretanto, verifica-se na decisão judicial a quo (fl. 15) que o pleito foi deferido somente para o período posterior a abril de 1989, inclusive. A compensação pretendida é com débito relativo ao mês de julho de 2003. Informa a recorrente a existência de ação judicial cuja decisão, após tramitação até o Superior Tribunal de Justiça, foi no sentido de acolher sua pretensão, reconhecendo a inconstitucionalidade dos Decretos-Leis n 2s 2.445 e 2.449, ambos de 1988, o direito de apuração da contribuição pela sistemática do PIS-Faturamento estabelecida na LC n2 07/1970 e o direito à repetição do indébito porventura apurado. Reconheceu também aquele Tribunal a apuração da base de cálculo pela tese da semestralidade, sem correção da mesma, mantendo o provimento judicial a quo quanto à atualização do indébito, o qual consta à fl. 15. A autoridade administrativa do órgão de origem indeferiu a compensação sob alegação de inexistência de trânsito em julgado da sentença judicial, circunstância exigida pelo art. 170-A do CTN e art. 37 da IN SRF n2 210, de 30/09/2002. A interessada apresentou Manifestação de Inconformidade consignando que a negativa desconsiderou ação judicial transitada em julgado; possibilidade de realização do encontro de contas com débitos vencidos ou vincendos, antes ou depois do trânsito em julgado da ação mandamental; inaplicabilidade das limitações à compensação, à vista do art. 12 da Lei n2 1.533/1951; anexou provas demonstrando que a decisão judicial transitou em julgado em 09/02/2004; impetrou novo mandado de segurança com a finalidade de lhe ser assegurada a segurança definitiva, em face do impedimento imposto da compensação com créditos alcançados pela coisa julgada. Apreciando as razões de defesa, a Turma Julgadora proferiu decisão escorçada na ementa a seguir transcrita: "Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Período de apuração: 01/04/1989 a 30/09/1995 Ementa: Compensação. Crédito sub judice. A partir da vigência do art. 170-A do CT7V é vedado, para fins de compensação, aproveitar crédito, objeto de disputa judicial, antes de transitar em julgado a decisão favorável ao sujeito passivo. Hipótese expressa na legislação (art. 156, II do CTN), de extinção do crédito tributário, a compensação, nos termos em que está definida em lei (art. 170 do CTIV) só poderá ser efetivada se os créditos do contribuinte em relação à Fazenda Pública revestirem-se dos atributos e.., ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL • Processo n.° 13002.000521/200340 Brasília 9,2 CCO2/CO2ffi_i_Z Acórdão n.• 202-18.666 Nana Cláudia Silva Castro Fls. 4 Mat Siape 92136 de liquidez e certeza. A comprovação dos indébitos é ónus do contribuinte, cabendo ao Fisco homologar o encontro de contas. Solicitação Indeferida". Cientificada da decisão em 27/09/2004, a empresa apresentou, em 20/10/2004, recurso voluntário a este Eg. Conselho de Contribuintes, com as mesmas razões de dissenso postas na manifestação de inconformidade, a saber: possibilidade de compensação com débitos vencidos — exata extensão da decisão judicial; ação de mandado de segurança — auto executoriedade da sentença concessiva da segurança; compensação regida pela Lei n 2 8.383/91 — desnecessidade de decisão transitada em julgado; inaplicabilidade da vedação imposta pelo art. 170-A do CTN, com redação dada pela Lei Complementar n 2 104/2001; certeza e liquidez dos créditos — verificação da correção dos valores apresentados pela contribuinte — dever da autoridade fazendária. Alfim requer a reforma da decisão recorrida e seja dado provimento ao recurso para reconhecer o direito à restituição/compensação pretendida. É o Relatório. g' Processo n.° 13002.000521/2003-40 HF -SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBU INTES CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-18.666 CONFERE COMO ORIGINAL Fls. 5 Brasina.11./..._tist _ lvana Cláudia Silva Castro a., Mat Sia • - 92136 Voto Conselheira MARIA CRISTINA ROZA DA COSTA, Relatora O recurso voluntário é tempestivo e preenche as demais condições legais para sua admissibilidade e conhecimento. Inexistem dúvidas quanto ao direito ao indébito. A lide gira em tomo do momento legal de utilização do indébito reconhecido em decisão judicial e utilizado para compensar crédito tributário vencido ou vincendo e da liquidez e certeza dos valores pretendidos. Primeiramente, importante ressaltar que o reconhecimento judicial do direito ao indébito não alcança a efetiva existência do mesmo. Unicamente afirma o direito. A existência fática do mesmo precisa ser devidamente comprovada pela recorrente por meio de provas documentais e demonstrativos. Ou seja, apurar o valor devido, conforme a LC n 2 7/1970 — base de cálculo pela semestralidade, sem correção, obtida a partir da receita bruta, e aliquota de 0,75%; relacionar os valores efetivamente recolhidos e a data em que foram feitos, computando, mensalmente, os possíveis excessos de recolhimento, levando em conta a data definida na legislação tributária para efetivação do pagamento. Tais valores excedentes deverão ser atualizados nos termos em que decidido na ação judicial. Somente com essas providências de iniciativa da recorrente poderá a autoridade administrativa homologar a compensação pretendida. Não basta indicar valores e transferir para o Fisco a apuração da existência do indébito. Verifica-se que tais dados não foram inseridos nos autos. Quanto ao momento legal para que se possa promover o encontro de contas, verifico que a recorrente confundiu-se quanto aos exatos termos da decisão que na data deste julgamento efetivamente transitou em julgado. O fato de o juiz autorizar a compensação com débitos vencidos ou vincendos após a impetração da ação não significa a realização da compensação antes do trânsito em julgado da mesma. Signifca somente que, após o trânsito em julgado, os débitos porventura vencidos e não pagos poderão sê-lo via compensação. Quanto ao fato de tratar-se de mandado de segurança, ação que tem assegurada a execução provisória da sentença, afastando o efeito suspensivo da decisão de primeira instância, deve-se atentar para o fato de que tanto a Lei n2 1.533/1951 quanto o CTN são normas especiais. A primeira, relativa a um tipo especifico de ação; a segunda, relativa a uma relação obrigacional específica. A regra jurídica determina a prevalência da norma especial sobre a norma geral. Na impossibilidade de dirimir o aparente conflito de normas por essa regra necessário buscar as demais até que seja decidido qual prevalece. in casu, não restam dúvidas de que a regra do art. MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COMO ORIGINAL Processo n.° 13002.000521/2003-40 Brasil ia .72 02 •of CCO2/CO2 Acórdão n.° 202-18.666 [varia Cláudia Silva Castro a-. Fls. 6 MM. Siape 92136 170-A é oriunda de lei complementar e a regra do art. 12 tem origem em lei ordinária. Assim, entendo que o conflito aparente entre tais normas se dilui na regra da hierarquia das normas. Em que pese o mandado de segurança ser regido por norma especial, não tem prevalência sobre a regra do art. 170-A que, além de se inserir no contexto das normas especiais, também é norma complementar. Com isso fica patente que, depois da edição da Lei Complementar n2 104/2001, inexiste possibilidade jurídica de se compensar indébito cujo reconhecimento se encontre em discussão judicial que ainda careça de trânsito em julgado. Portanto, retornado ao início, a compensação de débitos vencidos poderá ser efetuada, porém somente após o trânsito em julgado da sentença. Quanto a ser dever da autoridade administrativa de verificar a correção dos valores pretendidos pelo contribuinte como indébito, tem razão a recorrente quando assim afirma. Porém o ônus de demonstrar para a autoridade administrativa a origem de tais valores e a prova de sua existência é da recorrente. Entretanto, verifica-se nos autos que no curso do processo administrativo a sentença judicial efetivamente transitou em julgado em 09/02/2004, um dia antes de ser proferida a decisão recorrida, conforme consulta efetuada no sitio do Superior Tribunal de Justiça. Em face disso, entendo que podem os presentes autos se prestar a realizar a compensação pretendida, na medida em que o Juízo a quo reconheceu o direito à compensação de débitos vencidos, além dos vincendos. Entretanto, para que assim seja, é importante esclarecer que o encontro de contas somente poderá ser efetuado a partir da data do trânsito em julgado acima identificada, ensejando a aplicação dos consectários legais sobre o débito até à data da compensação, tudo nos termos da IN SRF n2 210/2002, art. 28, conjugado com o art. 37, e desde que a recorrente junte aos autos os necessários demonstrativos relativos à apuração do indébito e a atualização monetária dos mesmos, tudo nos termos em que decidido judicialmente, bem como cópia dos Darf comprovando os recolhimento alegados. Entendo que, por economia processual, descabe proceder o encerramento destes autos com protocolo de novo pedido somente em razão de o trânsito em julgado do direito pleiteado haver ocorrido após o pedido inicial e por haver expressa autorização judicial para compensação de débitos vencidos. Ademais, importante destacar que a compensação a efetuar deve ter, primeiramente, identificada a liquidez e certeza dos indébitos utilizados, antes de gerar o direito à compensação. A liquidez do indébito é que dará origem ao direito de compensar. Trazida a compensação para a data em que transitada em julgado a sentença judicial, ficará o débito compensado sujeito aos consectários legais aplicáveis ao recolhimento em atraso. Com essas considerações, voto por dar provimento parcial ao recurso para que seja efetuada a compensação do débito declarado nos autos, tendo como marco para o encontro STF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n. CONFERE COMO ORIGINAL °13002.000521/2003-40 C072/CO2 Acórdão n, 202-18.666 Brussels. aU—g. 02 g 1-2r— Fls. 7lvana Cláudia Silva Castro", Mat Siape 92136 de contas a data do trânsito em julgado da sentença judicial, devendo a recorrente cantar para os autos a comprovação da liquidez dos indébitos pretendidos. Sala das Sessões, em 13 de dezembro de 2007. ARIA • euj;:v,- //.. bei / 4144-cCRISTINA ROZA A COSTA Page 1 _0050900.PDF Page 1 _0051000.PDF Page 1 _0051100.PDF Page 1 _0051200.PDF Page 1 _0051300.PDF Page 1 _0051400.PDF Page 1
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