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Numero do processo: 16327.000307/2005-81
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Feb 17 00:00:00 UTC 2004
Data da publicação: Wed Jun 20 00:00:00 UTC 2007
Ementa: Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF
Período de apuração: 08/10/1997 a 22/01/1999
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. CONCOMITÂNCIA.
A discussão concomitante de matérias nas esferas judicial e administrativa enseja a renúncia nesta, pelo princípio da inafastabilidade e unicidade da jurisdição, salvo nos casos em que a matéria suscitada na impugnação ou recurso administrativo se prenda a competências privativamente atribuídas pela lei à autoridade administrativa, como é o caso dos efeitos da exigibilidade do crédito tributário constituído através do lançamento, em face de depósito judicial, e dos consectários lógicos do seu inadimplemento, como é o caso da multa e dos acréscimos moratórios consubstanciados no referido lançamento (arts. 142, 145, 147, 149 e 150, do CTN), que não foram objeto da segurança.
DECADÊNCIA.
O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído, consoante art. 45 da Lei nº 8.212/91.
Recurso não conhecido.
Numero da decisão: 201-80368
Matéria: CPMF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça
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ementa_s : Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF Período de apuração: 08/10/1997 a 22/01/1999 Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. CONCOMITÂNCIA. A discussão concomitante de matérias nas esferas judicial e administrativa enseja a renúncia nesta, pelo princípio da inafastabilidade e unicidade da jurisdição, salvo nos casos em que a matéria suscitada na impugnação ou recurso administrativo se prenda a competências privativamente atribuídas pela lei à autoridade administrativa, como é o caso dos efeitos da exigibilidade do crédito tributário constituído através do lançamento, em face de depósito judicial, e dos consectários lógicos do seu inadimplemento, como é o caso da multa e dos acréscimos moratórios consubstanciados no referido lançamento (arts. 142, 145, 147, 149 e 150, do CTN), que não foram objeto da segurança. DECADÊNCIA. O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído, consoante art. 45 da Lei nº 8.212/91. Recurso não conhecido.
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Ma: 5..,pe 91745 44 MINISTÉRIO DA FAZENDA rk. SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • PRIMEIRA CÂMARA Processo n° 16327.000307/2005-81 conoto ern cur"Mes "egtt" io Diário Oficial G9 Unt0 •Recurso n° 133.814 Voluntário dent—g_10_, Matéria CPMF RISIC9 • Acórdão te 201-80.368 Sessão de 20 de junho de 2007 Recorrente POTENZA LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTIL (atual denominação: Bradesco Leasing S/A - Arrendamento Mercantil) Recorrida DRJ em São Paulo - SP ¶1 i . • Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF Período de apuração: 08/10/1997 a 22/01/1999 Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. CONCOMITÂNCIA.. A discussão concomitante de matérias nas esferas judicial e administrativa enseja a renúncia nesta, pelo princípio da inafastabilidade e unicidade da jurisdição, salvo nos casos em que a matéria suscitada na impugnação ou recurso administrativo se prenda a competências privativamente atribuídas pela lei à autoridade administrativa, como é o caso dos efeitos da exigibilidade do crédito tributário constituído através do lançamento, em face de depósito judicial, e dos consectários lógicos do seu inadimplemento, como é o caso da multa e dos acréscimos moratórios consubstanciados no referido lançamento (arts. 142, 145, 147, 149 e 150, do CTN), que não foram objeto da segurança. DECADÊNCIA. O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 12 dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da átkil1/41 C916 ‘4/4 • ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n.° 16327.000307/2005-81 CONFERE COM O ORIGINAL CCO2/C01 . Aeérdâo n.° 201-80.368 Brasília 41 O 7.170 1- Fls. 964 Í;t-4.3. Barbosa • Mat.: Siepe 91745 contribuição poderia ter sido constituído, consoante art. 45 da Lei n2 8.212/91. Recurso não conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da PRIMEIRA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES: I) pelo voto de qualidade, em rejeitar a preliminar de decadência. Vencidos os Conselheiros Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça (Relator), Fabiola Cassiano Keramidas, Ivan Allegretti (Suplente) e Gileno Gurjão Barreto. Designado o Conselheiro Maurício Taveira e Silva para redigir o voto vencedor nesta parte; e II) por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, em face da concomitância com a via judicial. Esteve presente ao julgamento o advogado da recorrente, Dr. Oscar Sant'Anna de Freitas e Castro, OAB/RJ 032641. » 1 gbani:CA., Ç..-1ÁlaCOLOkr° . SE A MAMA COELHO MARQU Presidente , MAU RICT6LVA Relator-Designado Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva e José Antonio Francisco. • Processo n.° 16321.000307/2005-81 MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CCO2/C0 I • AcOrdâo n.°201-5O.368 CONFERE COM O OFUGINAL. Fls. 965 Brasilia, A n{01100 SIMo nanam • Mat: Sieis 91745 Relatório Trata-se de recurso voluntário (fls. 887/898, vol. V) contra o v. Acórdão DRJ/SPOI n2 08.068, de 07/10/2005, da 8 2 Turma da DRJ em São Paulo - SP (fls. 874/880, vol. V), que, por unanimidade de votos, houve por bem considerar procedente o lançamneto original de CPMF no valor total de R$ 4.703.682,60 (CPMF: R$ 2.074.734,72; juros de mora: R$ 2.628.947,88), consubstanciado no auto de infração intimado em 23/02/2005 (fls. 05/27, vol. I), que acusou a ora recorrente de falta de recolhimento de CPMF referente à conta Bradesco n2 105.005-2, conforme Termo de Verificação Fiscal anexo, apurada no período de 08/10/97 a 22/01/99, tendo em vista que as operações previstas nas Portarias MF n2s 06/97 e 134/99 não podem gozar da alíquota zero (cf. Termo de Verificação Fiscal de fls. 28/32). Em razão desses fatos a d. Fiscalização considerou infringidos os arts. r, 42, 52, 62 e 72, da Lei n2 9.311/96, e 1 2 da Lei n2 9.539/97, e exigíveis não só a CPMF, mas os juros de mora calculados à taxa Selic nos termos do art. 61, § 32 da Lei n2 9.430/96, esclarecendo ainda que o crédito lançado no auto de infração estava com a exigibilidade suspensa por força de medida liminar concedida nos autos do MS n 2 97.00425312 impetrado perante a 5 2 Vara da Justiça Federal de São Paulo, visando a aplicação da aliquota zero da CPMF. Por seu turno, a r. decisão recorrida houve por bem manter integralmente o lançamento re-ratificado, aos fundamentos sintetizados em sua ementa nos seguintes termos: "Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira- CPMF Período de apuração: 08/10/1997 a 22/01/1999 Ementa: PROCF.WO JUDICIAL E IMPUGNAÇÃO ADMINISTRA77VA. OBJETOS. Não se conhece da impugnação quanto à matéria que foi levada à apreciação do Poder Judiciário. O processo administrativo deve ter seu seguimento normal, quando distintos os objetos do processo judicial e da impugnação. CPMF. DECADÊNCIA. O direito da Administração de constituir o crédito tributário relativamente à CPMF decai em dez anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído, conforme determina a legislação de regência. Lançamento Procedente". Em suas razões de recurso voluntário (fls. 887/898) oportunamente apresentadas e instruídas com a Relação de Bens e Direitos para Arrolamento (fls. 912/927) a ora recorrente sustenta a insubsistência da autuação e da decisão de 1 2 instância que a manteve, tendo em vista a decadência do direito de constituir o crédito tributário, nos termos do art. 150, § 42. bi, do CTN. WW1É o Relatório. 1851/4k ME- SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • CONFERE Coei O Ornottm. Processo n.° 16327.000307/200541CCO2/C0 I • ACME° n.° 201-80.368 Brida, _44._] Fls. 966 • SarIVStots àte-pe 91745 Voto Vencido • Conselheiro FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA, Relator O recurso voluntário reúne as condições de admissibilidade e, no mérito, merece ser provido. Desde logo, verifica-se que a sentença denegatória do Mandado de Segurança, de plano, impede um reexarne da mesma matéria de mérito objeto do presente recurso, que sequer poderia ser reapreciada na instância administrativa, seja porque, de acordo com a lei processual, "nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide" (art. 471 do CPC), sendo "defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas" (art. 473 do CPC), seja ainda porque, havendo concomitância de discussão, esta Colenda Câmara tem reiteradamente proclamado que "a discussão concomitante de matérias nas esferas judicial e administrativa enseja a renúncia nesta, pelo princípio da inafastabilidade e unicidade da jurisdição" (cf. Acórdão n2 201-77.493, Recurso n2 122.188, da 1 2- Câmara do 2'2 CC, em sessão de 17/02/2004, rel. Antonio Mario de Abreu Pinto; cf. também Acórdão n 2 201-77.519, Recurso n2 122.642, em sessão de 16/03/2004, rel. Gustavo Vieira de Melo Monteiro). Nesse sentido a jurisprudência dominante do 1 2 CC, cristalizada na Súmula n2 1, recentemente aprovada, que expressamente dispõe: "importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial." (cf. DOU-1 de 26/6/2006, p. 26, e RDDT vol. 132/239). Entretanto, o mesmo não se pode dizer das matérias objeto de impugnação ou recurso administrativo, que, sendo meras conseqüências do processo judicial e prendendo-se a competências privativamente atribuídas gela lei à autoridade administrativa (ex-vi dos arts. 142, 145, 147, 149 e 150, do CTN) - como é o caso dos efeitos da sentença de segurança quanto à exigibilidade do crédito tributário constituído através do lançamento excogitado e dos consectários lógicos do seu inadimplemento, como é o caso dos acréscimos moratórios consubstanciados no referido lançamento -, não foram objeto da segurança, em razão do que passo a examinar. Note-se que nem mesmo na hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário haveria óbice para o exame das questões decorrentes do lançamento, pois como já assentou a jurisprudência uniforme do Egrégio STJ, "a suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança de seu crédito, tais como inscrição em dívida, execução e penhora, mas não impossibilita a Fazenda de proceder à regular constituição do crédito tributário para prevenir a decadência do direito de lançar" (cf. Acórdão da 1 2 Seção do STJ nos Emb. de Divergência no REsp n 2 572.603-PR, Reg. n2 2004/0121793-3, em sessão de 08/06/2005, rel. Min. Castro Meira, publ. in DJU de 05/09/2005, p. 199, e in RDDT, vol. 123, p. 239). Nessa ordem de idéias verifico que a conclusão da r. decisão recorrida, quanto à questão da decadência, merece reforma, por não se conformar com o que dispõe a Lei Complementar e com a interpretação que lhes emprestam as jurisprudências judicial e administrativa. 1,1F - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES• Bras.p. ...CAOINFE:: COM ÁO OFL-1NALiso_ • Processo n.° 16327.000307/2005-81 CCO2/C01 AcOrclao n.°201-80.368 Fls. 967 • S.Mo bgarbosa Mat :lapa 91745 De fato, solidamente apoiado no princípio constitucional da reserva da lei complementar, o Egrégio STJ recentemente proclamou que "as contribuições sociais, inclusive as destinadas a financiar a seguridade social (CF, art. 195), têm, no regime da Constituição de 1988, natureza tributária" e, "por isso mesmo, aplica-se também a elas o disposto no art. 146, III, b, da Constituição, segundo o qual cabe à lei complementar dispor sobre normas gerais em matéria de prescrição e decadência tributárias, compreendida nessa cláusula inclusive afixação dos respectivos prazos", razões pelas quais aquela Egrégia Corte Superior de Justiça expressamente reconheceu que "padece de inconstitucionalidade formal o artigo 45 da Lei 8.212, de 1991, que fixou em dez anos o prazo de decadência para o lançamento das contribuições sociais devidas à Previdência Social" (cf. Acórdão da 1 2 Turma do STJ rio AgRg no REsp n 2 616.348-MG, Reg. n2 2003/0229004-0, em sessão de 14/12/2004, rel. Min. Teori Albino Z,avascki, publ. in DJU de 14/02/2005, p. 144, e in RDDT, vol. 115, p. 164), diferentemente do prazo qüinqüenal estabelecido na lei complementar (CTN, arts. 150, § 42, e 173). Na mesma ordem de idéias, já na interpretação dos dispositivos da lei complementar prevalente, aquela mesma Egrégia Corte Superior de Justiça recentemente •esclareceu que as normas dos arts. 150, § 4 2, e 173, do CTN, "não silo de aplicação cumulativa ou concorrente, antes são reciprocamente excludentes, tendo em vista a diversidade dos pressupostos da respectiva aplicação: o art. 150, § 4° aplica-se exclusivamente aos tributos 'cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa'; o art. 173, ao revés, aplica-se tributos em que o lançamento, em principio, antecede o pagamento". Assim, entende aquela Egrégia Corte que "a aplicação concorrente dos artigos 150, § 40 e 173", a par de ser "juridicamente insustentável" e padecer de invencível "ilogicidade", apresenta-se como "solução (.) deplorável do ponto de vista dos direitos do cidadão porque mais que duplica o prazo decadencial de cinco anos, arraigado na tradição jurídica brasileira como o limite tolerável da insegurança jurídica" (cf. Acórdão da 22 Turma do STJ no REsp n2 638.962-PR, rel. MM Luiz Fux, publ. no DJU de 01/08/2005 e na RDDT 121/238). Acolhendo e conformando-se com esses ensinamentos de inegável juridicidade, a jurisprudência deste Egrégio Conselho tem reiteradamente proclamado a inaplicabilidade do art. 45 da Lei n2 8.212/91, invocado como fundamento da r. decisão recorrida, em razão do que dispõem as normas da Lei Complementar (art. 150, § 4 2, do CTN), como se pode ver das seguintes e elucidativas ementas: "DECADÊNCIA - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: (9 a regra a ser seguida na contagem do prazo decadencial é a estabelecida no artigo 150, § 4°, do Código Tributário Nacional, que é de 5 (cinco) anos, a contar da data da ocorrência do fato gerador. Da mesma forma, os lançamentos das contribuições sociais que, por se revestirem de natureza tributária, sujeitam-se às regras instituídas por lei complementar (CT/V), por expressa previsão constitucional (artigos 146, Hl, 'b' e 149 da C.F). Por unanimidade de votos, acolher a • preliminar de decadência para dar provimento ao recurso." (Acórdão n2 101-94.394, da Pi Câmara do 1 2 CC - Relator: Raul Pimentel, publ. in DOU 1 - 28/01/2004, pág. 9 e in "Jurisprudência-1R" anexo ao Boi. IOB n2 11/04) "CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - NATUREZA JURÍDICA TRIBUTÁRL1 - PRAZO DE DECADÊNCIA DE 10 ANOS PARA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO - ART. 45 DA LEI 8.212/91, j(Caf 'ROA" ." - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIa UINTES • . Processo n.° 16327.000307/2005-81 CONFERE COM O ORIGANAL CCO2/C01 . Acórdão n.°201-80.368 Bras Ws. 44 calo (220_4 Fls. 968 S111.-5.—n;tose ,:ape 91745 DIANTE DO ART. 150, § 40 DO CTIV: CSLL de 1997. Preliminar decadência - CSLL - Inaplicabildiade do art. 45 da Lei 8.2123/91 frente às normas dispostas no art. 150, § 4° do CTN. A partir da Constituição Federal de 1988, as contribuições sociais voltaram a ter natureza jurídico-tributária, aplicando-se-lhes todos aos princípios tributários previstps na Constituição (art. 146, Hl, 'b ), e no CTN (arts. 150, § 4° e 173)." (cf. Acórdão n2 101-94.602 da 1 2 Câmara do 12 CC/MF, publ. no DJ de 28/0412005 e in RDDT 118/146) "CSL - Decadência do direito ao crédito tributário - Prazo (...) LANÇAMENTO - DECADÊNCIA - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS - Não se operou a decadência do direito de constituir o crédito tributário em virtude de ter prevalecido o entendimento de se aplicar às contribuições sociais o prazo definido no artigo 173, inciso I, do Código Tributário Nacional, aliado ao prazo definido no artigo 45, inciso I, da Lei n° 8.212/91 (dez anos). Preliminar rejeitada (..)." (cf. Acórdão n2 103-21.255, da 3 2 Câm. do 1 2 CC, rel. Victor Luis de Salles Freire, publ. in DOU 1 de 24/12/2003, pág. 45, e in "Jurisprudência-IR anexo ao Boi. IOB n2 7/04) "CSLL - Decadência — Caracterização. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - DECADÊNCIA - CÓDIGO TRIBUT.ÁRIO NACIONAL - ART. 150, § 4°- NÃO APLICAÇÃO DA LEI N° 8.212/91. O prazo decadencial das contribuições é o previsto no art. 150, do CTN, pois, em virtude de prescrição constitucional (art. 146, III), trata- se de matéria exclusiva de lei complementar, não podendo ser tocada por lei ordinária. No caso, até o exercício de 1996, pode-se falar em decadência (..). Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, vencido o Conselheiro Octávio Campos Fischer (Relatar). Designado o Conselheiro Natanael Martins para redigir o voto vencedor." (cf. Acórdão n2 107-07.049, da 72. Câmara do 1 2 CC, rel. Cons. Natanael Martins, publ. no DOU 1 de 10/12/2003, pág. 38, e in "Jurisprudência- IR" anexo ao Boi. 10B n2 1/04 Dos preceitos expostos, desde logo verifica-se que o auto de infração original, notificado em 23/02/2005 (fls. 05/27, vol. I), jamais poderia abranger operações ocorridas no período de 08/10/97 a 22/01/99, sobre as quais já se achava extinto o direito de a Fazenda Pública proceder ao lançamento, por se ter consumado o prazo decadencial e a conseqüente extinção do crédito tributário nos expressos termos dos ara 150, § 4 2, e 156, inciso V, do CTN, impondo-se a exclusão das referidas operações do lançamento, tal como já proclamaram as jurisprudências administrativa e judicial retrocitadas. Desta forma, voto pelo provimento do recurso apresentado pela recorrente, em vista da ocorrência da decadência dos créditos constituídos de outubro de 1997 até janeiro de 1999, que alcança todos os débitos. Caso seja vencido na preliminar, voto por não conhecer do 4 OP \AGI/ MF - SEGUNDO CONSELHO or coá fitei!NrEjr Processo n.° 16327.000307/2005-81 CONFERE CD5.I C ORIGINAL CCO7JC01 Acórdão n.° 201-80.368 Fls. 969 Bras;ra. __aj._ 40 zoe. SM) aa Met 5.109 91;45 mérito, em razão da concomitância entre a discussão ju, tua e a mi . • • • sendo certo que deverá ser aplicada a decisão judicial favorável proferida nos autos do Processo n2 2000.03.99.070519-3 (97.00425312/SP). É o meu voto. Sala das Sessões, em 20 de junho de 2007. II e, FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA WX- • • ; Processo n.° 16327.000307/2005-81 - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CCO2/C0 I Acórdão n.° 201-80.368 CONFERE COM O ORIGINAL Fls. 970 Brasília, Sivio St kes&osa Sm 91745 Voto Vencedor Conselheiro MAURÍCIO TAVEIRA E SILVA, Relator-Designado Ouso divergir da tese sustentada pelo ilustre Relator Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça. A questão a ser analisada cinge-se ao prazo decadencial a que está sujeito o Fisco quanto ao lançamento da CPMF. Inicia-se examinando a evolução legislativa acerca da indigitada exação. Por meio da Emenda Constitucional n 2 12/96, a União é autorizada a instituir a CPMF, sendo determinado que o produto da arrecadação seja destinado integralmente" ao Fundo Nacional de Saúde para financiamento das ações e serviços de saúde. A Lei n2 9.311/96 institui a CPMF, fixando-lhe, em seu art. 20, prazo de treze meses para sua incidência, o qual foi prorrogado para vinte e quatro meses, pela Lei n2 9.539/97. A lei instituidora da exação assim consigna em seu art. 18, verbis: "Art. 18 - O produto da arrecadação da contribuição de que trata esta Lei será destinado integralmente ao Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de saúde, sendo que sua entrega obedecerá aos prazos e condições estabelecidos para as transferências de que trata o art. 159 da Constituição Federal Parágrafo único - É vedada a utilização dos recursos arrecadados com a aplicação desta Lei em pagamento de serviços prestados pelas instituições hospitalares com finalidade lucrativa" Posteriormente, a Emenda Constitucional n 2 21/99 prorroga por 36 (trinta e seis) meses a cobrança da CPMF, além de elevar sua alíquota e, por meio do § 22, prevê que "O resultado do aumento da arrecadação, decorrente da alteração da aliquota nos exercícios financeiros de 1999, 2000 e 2001, será destinado ao custeio da previdência social" Por meio da Emenda Constitucional n2 31/2000 criou-se um adicional de 0,08% à alíquota da CPMF, aplicável até 17/06/2002, destinado ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.• Já a Emenda Constitucional n2 37/2002 estendeu o prazo previsto para cobrança da CPMF de 17/06/2002 para 31/12/2004. Mais tarde a Emenda Constitucional n2 42/2003 prorrogou a CPMF com alíquota de 0,38%, bem assim a vigência da Lei n 2 9.311/96 e alterações, até 31/12/2007. Registre-se que durante o período de 24/01/99 até 16/06/99 não houve incidência de CPMF. Isto porque, através da EC n2 21, de 18/03/99, sua cobrança é ro gada 2Pd\"' ••• - ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRI3UNITE3 • CONFERE CO',' O Cri n.:,NAL • Processo n.° I 6327.000307/2005-81 CO2/C0 I , • Acórdão n.° 201-80.368 Brasília, ____441_40 971 • S6MQSOPlosa Mat. ia,44 91745 por trinta e seis meses, contudo, em obediência ao prazo nonagesimal, sua arrecadação se reiniciou em 17/06/99. Deste modo, durante o período de 24/01/99 até 16/06/99, houve um hiato no recolhimento aos cofres públicos da contribuição decorrente da CPMF, a qual foi suprida pela edição da Portaria MF n2 348/98, que altera a aliquota de IOF para 0,38% nas situações que menciona. Portanto, conforme se verifica, o produto da arrecadação da CPMF se destina ao financiamento da seguridade social, a qual, consoante o art. 194 da CF/88, destina-se a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Por outro lado, de conformidade com o art. 45 da Lei n2 8.212/91, o prazo decadencial dos tributos destinados ao financiamento da Seguridade Social ocorre em 10 (dez) anos: "Art. 45. O direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada." Tal dispositivo não está em conflito com o § 42 do art. 150 do CTN, que dispõe: "(..) § 4°. Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de cincó anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação." .4 A expressão "se a lei não fixar prazo à homologação" remete à legislação ordinária a faculdade de fixar o prazo de decadência no lançamento por homologação. Trata-se de uma norma supletiva, que apenas prevalece quando a legislação ordinária silencia sobre o prazo de homologação do lançamento. O art. 45 da Lei n2 8.212/91 determina claramente que o prazo decadencial dos tributos destinados ao financiamento da Seguridade Social é de 10 (dez) anos. Ademais, essa matéria já foi objeto de análise por este Conselho, cuja ementa do acórdão se traz à colação: CPMF - DECADÊNCIA. O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do I° dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído." (Acórdão n2 204-00.042, Recurso n2 129.066, Relator Henrique Pinheiro Torres, data da sessão: 13/04/2005) • LIF - SEGUNDO CON 5E ..!-n0 C ç'r • • Processo n.° 16327.000307/2005-81 CONFER: CO: 113 C.4 n .7.:t;4L 2/C01 . Acérclito n.°201-80.368 972 Bit.991a, _14 _AO Sitv•o SSP, baia Mat: SL/;4 91745 Portanto, no presente caso não ha nenhum perlo , o alcançado pe a decadência, uma vez que a ciência da autuação ocorreu em 23/02/2005 e o primeiro fato gerador do presente lançamento é de outubro de 1997. Tendo em vista a inocorrência da decadência e a concomitância entre a discussão judicial e administrativa, voto por não conhecer do mérito, repisando o voto do Relator, no sentido de que deverá ser aplicada à decisão judicial favorável proferida nos autos do Processo n2 2000.03.99.070519-3 (97.00425312/SP). Sala das Sessões, em 20 de junho de 2007. MA • CIO A • E SILVA n á • • Page 1 _0103100.PDF Page 1 _0103300.PDF Page 1 _0103500.PDF Page 1 _0103700.PDF Page 1 _0103900.PDF Page 1 _0104100.PDF Page 1 _0104300.PDF Page 1 _0104500.PDF Page 1 _0104700.PDF Page 1
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Numero do processo: 10875.000791/2005-55
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Dec 14 00:00:00 UTC 2004
Data da publicação: Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2007
Ementa: Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF
Período de apuração: 01/02/2000 a 31/10/2003
Ementa: CPMF. DECADÊNCIA.
O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído, consoante art. 45 da Lei nº 8.212/91.
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO DE OFÍCIO. SUCUMBÊNCIA INFERIOR À ALÇADA REGIMENTAL. COISA JULGADA ADMINISTRATIVA.
Embora tenha havido sucumbência parcial da Fazenda Pública, relativamente ao cancelamento das exigências de PIS e respectiva multa e acréscimos (R$ 18.581,23), sendo o valor da sucumbência inferior ao limite de alçada (R$ 500.000,000 - cf. Portaria MF nº 375 de 07/12/2001), é incabível o recurso de oficio, operando-se a coisa julgada administrativa em relação às referidas matérias.
CPMF. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. DENEGAÇÃO. SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE. LIMINAR. EFEITOS. SÚMULA Nº 405 DO STF.
Denegado o mandado de segurança pela sentença ou no julgamento do agravo dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão contrária (Súmula nº 405 do STF). As súmulas do STF, tendo por objeto a interpretação e eficácia de normas determinadas, acerca das quais há controvérsia atual entre órgãos judiciários e a administração pública que acarreta grave insegurança e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica, têm efeito vinculante em relação à administração pública federal direta e indireta a partir de sua publicação na imprensa, nos expressos termos do art. 103-A da Constituição Federal, na redação dada pela EC nº 45/2004. O efeito suspensivo concedido no recebimento da Apelação não tem aptidão de revigorar o provimento liminar revogado por decisum de direito
JUROS DE MORA. SELIC. INCIDÊNCIA.
A condição resolutiva do contrato de empréstimo, a par de não poder alterar os elementos do fato gerador, da obrigação ou da isenção previamente estabelecidos na legislação (cf. art. 176 do CTN; Lei nº 8.894, de 21/06/94, arts. 5º e 6º; Decreto nº 1.815/96, de 08/10/96, arts 1º e 2º; e Portaria MF nº 241/96, art. 1º, inciso I), não impediu a consumação do fato gerador (cf. arts. 116, inciso I, e 117, inciso II, do CTN), nem a constituição da obrigação e do crédito respectivos (arts. 113, § 1º, 114, e 118, inciso II, do CTN), o que justifica a incidência de atualização do débito fiscal não recolhido a partir do fato gerador, que é feita através da taxa Selic a partir de 01/01/96, nos temos do art. 39, § 4º, da Lei nº 9.250/95. Precedentes do STJ.
LANÇAMENTO DE OFÍCIO. MULTA DE OFÍCIO.
Não estando suspensa a exigibilidade do crédito à data da lavratura do auto de infração, não há como aplicar o art. 63 da Lei nº 9.430/96, sujeitando o contribuinte ao lançamento de ofício da tipificada no inciso I do art. 44 da Lei nº 9.430/96.
Recurso negado.
Numero da decisão: 201-80677
Matéria: CPMF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça
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Stage 91745 afá'fA., MINISTÉRIO DA FAZENDA -$;',..tï?ti)"0 SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES tt, PRIMEIRA CÂMARA Processo n° 10875.000791/2005-55 Recurso n° 136.925 Voluntário Matéria CPMF aw-anffido Consto ás CO:bintIet Puir-/ Acórdão n° 201-80.677 a Rubtin •. Sessão de 18 de outubro de 2007 Recorrente AUDIFAR COMERCIAL LTDA. Recorrida DRJ em Campinas - SP Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF Período de apuração: 01/02/2000 a 31/10/2003 Ementa: CPMF. DECADÊNCIA. O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 1 2 dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído, consoante art. 45 da Lei n28.212/91. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO DE OFICIO. SUCUMBÊNCIA INFERIOR À ALÇADA REGIMENTAL. COISA JULGADA ADMINISTRATIVA. Embora tenha havido sucumbência parcial da Fazenda Pública, relativamente ao cancelamento das exigências de PIS e respectiva multa e acréscimos (R$ 18.581,23), sendo o valor da sucumbência inferior ao limite de alçada (R$ 500.000,000 - cf. Portaria MF n2 375 de 07/12/2001), é incabível o recurso de oficio, operando-se a coisa julgada administrativa em relação às referidas matérias. • CPMF. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. DENEGAÇÃO. SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE. LIMINAR. EFEITOS. SÚMULA 142 405 DO STF. Denegado o mandado de segurança pela sentença ou no julgamento do agravo dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da . decisão contrária (Súmula n2 405 do STF). As sumulas do STF, tendo por objeto a interpretação e eficácia de normas deux_ • ... ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES •.- .- Processo n.• 10875.000791 12005-55 CONFERE COMO ORIGINAL CCO2/C01 . Acórdão n." 201-80.677 Brasile, 31 pl , D g. Fls. 684, SoMo si*.-,W3a1boss determi : ; ;.., . —.14.`....sie`:n 9•1/ 45 i. ge a ov - rsia atual entre órgãos judiciários e a administração pública que acarreta grave insegurança e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica, têm efeito vinculante em relação à administração pública federal direta e indireta a partir de sua publicação na imprensa, nos expressos termos do art. 103-A da Constituição Federal, na redação dada pela EC n2 45/2004. O efeito suspensivo concedido no recebimento da Apelação não tem aptidão de revigorar o provimento liminar revogado por decisum de direito JUROS DE MORA. SELIC. INCIDÊNCIA. A condição resolutiva do contrato de empréstimo, a par de não poder alterar os elementos do fato gerador, da obrigação ou da isenção previamente estabelecidos na legislação (cf. art. 176 do CTN; Lei n2 8.894, de 21/06/94, arts. 52 e 62; Decreto n2 1.815/96, de 08/10/96, arts 1 2 e 22; e Portaria MF n2 241/96, art. 1 2, inciso I), não impediu a consumação do fato gerador (cf. arts. 116, inciso I, e 117, inciso II, do CTN), nem a constituição da obrigação e do crédito respectivos (arts. 113, § 1 2, 114, e 118, inciso II, do CTN), o que justifica a incidência de atualização do débito fiscal não recolhido a partir do fato gerador, que é feita através da taxa Selic a partir de 01/01/96, nos temos do art. 39, § 42, da Lei n2 9.250/95. Precedentes do STJ. LANÇAMENTO DE OFICIO. MULTA DE OFICIO. Não estando suspensa a exigibilidade do crédito à data da lavratura do auto de infração, não há como aplicar o art. 63 da Lei n2 9.430/96, sujeitando o contribuinte ao lançamento de oficio da tipificada no inciso I do art. 44 da Lei n2 9.430/96. Recurso negado. g Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. r • , ____ MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • Prosso n.° 10875.000791/2005-55 CONFERE CCM O ORIGINAL CCO2/C01 Acórdão n°201-80.677 Brada. 03 i oi 08 Fls. 685 Uno aabosa Mat: SIape 91745 ACORDAM os Membros da PRIMEIRA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES: I) por maioria de votos, em rejeitar a preliminar de decadência suscitada. Vencidos os Conselheiros Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça (Relator), Fabiola Ca:ssiano Keramidas e Roberto Velloso (Suplente). Designado o Conselheiro Mauricio Taveira e Silva para redigir o voto vencedor nesta parte; e II) no mérito, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. . Os- .• °OSE A MARIA COELHO MARQ143S Presidente /71ÏIC) MAU tIO TAVE ILVA Relator-Designado • Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva, José Antonio Francisco e Antônio Ricardo Accioly Campos. MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • Proktsso n.° 10875.000791/2005-55 CONFERE COMO ORIGINAL CCO2/C01 Acórdão n.°201-80.677 Fls. 686 Bramia, 09 af• Skao S rbosa Mal: Sapa 91745 Relatório Trata-se de recurso voluntário (fls. 549/568, vol. III) contra o v. Acórdão DRJ/CPS n2 12.934, de 19/04/2006, da 3 11 Turma da DRJ em Campinas - SP (fls. 474/488, vol. III), que, por unanimidade de votos, houve por bem julgar procedente em parte (para excluir da base de cálculo os valores mencionados no voto do relator) o lançamento original consubstanciado no auto de infração de CPMF (MPF n2 0811100/00013/05, fls. 136/182, vol. I), notificado em 16/03/2005 (fl. 171), através do qual a ora recorrente foi acusada de "Falta de recolhimento da CPMF" no valor total de R$ 9.128.241,87 (CPMF: R$ 3.985.862,89; juros de mora: R$ 2.152.982,52; e multa de 75%: R$ 2.989.396,46) apurada nos períodos de 02/02/2000 a 08/10/2003. Em razão dos fatos assim noticiados a d. Fiscalização considera infringidos os arts. 22, 42, 52, 62, 72 e 16, da Lei n2 9.311/96, e art. P da Lei n2 9.539/97, c/c o art. 1 2 da EC n2 21/99, e exigíveis, além da contribuição, a multa de de 75% capitulada no art. 44, inciso I, da Lei n2 9.430/96, e os juros calculados à taxa Selic, nos termos do art. 61, § 3 2, da Lei n2 9.430/96. Por seu turno, reconhecendo expressamente que a impugnação atendia aos requisitos de admissibilidade, a r. Decisão de fls. 474/488 (vol. III) houve por bem julgar procedente em parte (para excluir da base de cálculo os valores mencionados no voto do relator) o lançamento original de CPMF, aos fundamentos sintetizados em sua ementa nos seguintes termos: "Assunto:Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF Período de apuração: 01/02/2000 a 31/10/2003 Ementa: DECADÊNCIA. CPMF. PRAZO. O prazo decadencial da CPMF é de dez anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito tributário poderia ter sido constituído. CPMF. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. FALTA DE RECOLHIMENTO. RESPONSABILIDADE SUPLETIVA. Verificada a falta de retenção/recolhimento da contribuição, está correta a formalização da exigência, com os acréscimos legais, contra o sujeito passivo na sua qualidade de responsável supletivo pela obrigação. AÇÃO JUDICIAL. LANÇAMENTO. AUTO DE INFRAÇÃO. POSSIBILIDADE. A constituição do crédito tributário por meio do joulet,i lançamento é atividade administrativa vinculada e obrigatória, ainda que o contribuinte tenha proposto ação judicial. kiLL • , • MF • SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES1 CONFERE COM O ORIGINAL • • • Procso n.• 10875.000791/2005-55CCO2/C01 Acórdão m• 201-80.677 Gralhe, n9 OS' • Fls. 687 S.a 9f5Salrlsoss Nat. Sapo 91745 DUPLICIDADE DE LANÇAMENTO. Exclui-se do auto de infração a parcela do crédito tributário ja exigida em lançamento anterior. Lançamento Procedente em Pane". Em suas razões de recurso voluntário (fls. 549/568, vol. III) oportunamente apresentadas e instruídas com Relação de Bens e Direitos para Arrolamento (fl. 570), a ora recorrente sustenta a insubsistência da autuação e da decisão de 1 2 instância que a manteve, tendo em vista: a) preliminarmente, a decadência do direito de efetuar o lançamento, nos termos dos arts. 150, § 42, e 156, do CTN; b) a inexigibilidade da multa; e c) a ilegitimidade da incidência da taxa Selic. sizetT É o Relatório. 4.1 •• • Proso n.° 10875.000791/2005-55 MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES cannoi , Acórdão n.° 201-80.677 CONFERE CCM O OR:GAL Fls. 688 Bresfita 09 4 nR StacaLarbosa • IAM . Sape 91745 Voto Vencido Conselheiro FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA, Relator, vencido quanto à decadência O recurso voluntário (fls. 549/568, vol. III) reúne as condições de admissibilidade e, no mérito, merece parcial provimento. Inicialmente, anoto que, embora tenha havido sucumbência parcial da Fazenda Pública, relativamente ao cancelamento das exigências de PIS e respectiva multa e acréscimos, sendo o valor da sucumbência inferior ao limite de alçada (R$ 500.000,000 - cf. Portaria MF n° 375, de 07/12/2001), o d. Presidente da Colenda 3 5 Turma da DRJ em Campinas - SP deixou de interpor o recurso de oficio, operando-se a coisa julgada administrativa em relação às referidas matérias, remanescendo apenas a discussão do mérito das exigências de CPMF e juros à taxa Selic, mantidos pela r. decisão recorrida. Relativamente ao remanescente, o recurso merece parcial provimento. Já de início anoto ser assente na jurisprudência deste Conselho que "a autoridade administrativa não é competente para decidir sobre a constitucionalidade e a legalidade dos atos baixados pelos Poderes Legislativo e Executivo", salvo se a respeito dela já houver pronunciamento do STF, cuja orientação tem efeito vinculante e eficácia subordinante, eis que a desobediência à autoridade decisória dos julgados proferidos pelo STF importa na invalidação do ato que a houver praticado (cf. Acórdão do STF-Pleno na Reclamação n2 1.770-RN, rel. Min. Celso de Mello, publ. in RTJ 187/468; cf. Acórdão do STF-Pleno na Reclamação n2 952, rel. Min. Celso de Mello, publ. in RTJ 183/486). Exatamente este o caso dos autos. De fato, solidamente apoiado no principio constitucional da reserva da lei complementar, o Egrégio STJ recentemente proclamou que "as contribuições sociais, inclusive as destinadas a financiar a seguridade social (CF, art. 195), têm, no regime da Constituição de 1988, natureza tributária" e, "por isso mesmo, aplica-se também a elas o disposto no art. 146, III, b, da Constituição, segundo o qual cabe à lei complementar dispor sobre normas gerais em matéria de prescrição e decadência tributárias, compreendida nessa cláusula inclusive a fixação dos respectivos prazos", razões pelas quais aquela Egrégia Corte Superior de Justiça expressamente reconheceu que "padece de inconstitucionalidade formal o artigo 45 da Lei 8.212, de 1991, que fixou em dez anos o prazo de decadência para o lançamento das contribuições sociais devidas à Previdência Social" (cf. Acórdão da 1 5 Turma do STJ no AgRg no REsp n2 616.348-MG, Reg. n2 2003/0229004-0, em sessão de 14/12/2004, rel. Min. Teori Albino Zavascici, publ. in DJU de 14/02/2005, p. 144, e in RDDT vol. 115, p. 164), diferentemente do prazo qüinqüenal estabelecido na lei complementar (CTN, arts. 150, § 42, e 173). No mesmo sentido, reiterando a inconstitucionalidade do referido art. 45 da Lei risl 8.212/91, a Suprema Corte tem reiteradamente rejeitado a admissão dos RREE relativos à matéria, como se pode ver, dentre inúmeros (RE n2 552.757, rel. Min. Carlos Britto, DJU de 07/08/2007; RE n2 548.785, rel. Min. Eros Grau, DJU de 15/08/2007; RE n2 534.856, Rel. Min. Eros Grau, DJU de 22/03/2007) do r. despacho exarado no RE n2 RE 540.704, rel. Min. Marco Aurélio, publ. no DJU de 08/08/2007,k is sob a seguinte e elucidativa ementa: otkx_ 4d/ MF SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ' •• Pro?esso n.° 10875.000791/2005-55 CONFERE COM O ORIGINAL CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.677 Brasília. /2.2 / Qt ng • Fls. 689 simo Eíairbosa Mat. Sopa 91745 • "CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PRAZO PRESCRICIONAL - REGÊNCIA - ARTIGO 46 DA LEI N° 8.212/91 - DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELA CORTE DE ORIGEM - HARMONIA COMA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - PRECEDENTES - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - NEGATIVA DE SEGUIMENTO." Analisando os efeitos reflexos da declaração de inconstitucionalidade sobre os lançamentos fiscais, o Egrégio STJ recentemente esclareceu que "a inconstitucionalidade é vicio que acarreta a nulidade ex tunc do ato normativo, que, por isso mesmo, já não pode ser considerado para qualquer efeito" e, "embora tomada em controle difuso, a decisão do STF tem natural vocação expansiva, com eficácia imediatamente vinculante para os demais tribunais, inclusive para o STJ (CPC, art. 481, § único), e com a força de inibir a execução de sentenças judiciais contrárias (CPC, art. 741, § único; art. 475-4 § 1°, redação da Lei 11.232/05). (..)." (cf. Acórdão da 1 2 Turma do STJ no REsp n2 828.106-SP, Reg. n2 200600690920, em sessão de 02/05/2006, rel. Min. Teori Albino Zavascki, publ. in DJU de 15/05/2006, pág. 186). Consubstanciando atividade essencialmente realizadora do Direito, inteiramente vinculada e subordinada ao principio da legalidade do tributo (arts. 150, inciso I, da CF/88; 97 e 142 do CTN), a atividade administrativa do lançamento tributário necessariamente há de conformar-se com a Constituição e com a interpretação que lhe emprestam a Suprema Corte e o Egrégio STJ, só podendo se efetivar nas condições e sob os pressupostos estipulados em lei válida, donde decorre que, ante a formal declaração de inconstitucionalidade ou invalidade da lei pela Suprema Corte, deslegitimam-se todos os lançamentos nela fundados. Na mesma ordem de' idéias, já na interpretação dos dispositivos da lei complementar prevalente, aquela mesma Egrégia Corte Superior de Justiça recentemente esclareceu que as normas dos arts. 150, § 4 2, e 173, do CTN, "não são de aplicação cumulativa ou concorrente, antes são reciprocamente excludentes, tendo em vista a diversidade dos pressupostos da respectiva aplicação: o art. 150, § 4° aplica-se exclusivamente aos tributos 'cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa s,. o art. 173, ao revés, aplica-se tributos em que o lançamento, em principio, antecede o pagamento". Assim, entende aquela Egrégia Corte que a aplicação concorrente dos arts. 150, § 4 2, e 173, a par de ser juridicamente insustentável e padecer de invencível ilogicidade, apresenta-se como "solução (.) deplorável do ponto de vista dos direitos do cidadão porque mais que duplica o prazo decadencial de cinco anos, arraigado na tradição jurídica brasileira como o limite tolerável da insegurança jurídica" (cf. Acórdão da 22 Turma do STJ no REsp n2 638.962-PR, rel. Min. Luiz Fux, publ. no DJU de 01/08/2005 e na RDDT 121/238). Acolhendo e conformando-se com esses ensinamentos de inegável juridicidade, a jurisprudência deste Egrégia Conselho tem reiteradamente proclamado a inaplicabilidade do art. 45 da Lei n2 8.2123/91 invocado como fundamento da r. decisão recorrida, em razão do que dispõem as normas da Lei Complementar (art. 150, § 42, do CTN), como se pode ver das seguintes e elucidativas ementas: "DECADÊNCIA - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: (.) a J01(1 regra a ser seguida na contagem do prazo decadencial é a estabelecida no artigo 150, § 4°, do Código Tributário Nacional, que é de 5 (cinco) anos, a contar da data da ocorrência do fato gerador. Da mesma forma, os lançamentos das contribuições sociais que, por se revestirem • de natureza tributária, sujeitam-se às regras instituídas por lei complementar (CTN), por expressa previsão constitucional (artigos 146, III, 'b' e 149 da C.F). Por unanimidade de votos, acolher a ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • • Processo n.° 10875.000791/2005-55 CONFERE COM O ORIGNAl_ CCO2/C01 Acórdão n°20150677 Brunia, (251 08- Fls. 690 Silvio slÍgarbosa Siape 91745 preliminar de decadência para dar provimento ao recurso." (Acórdão n2 101-94.394, da 1 ! Câmara do 1° CC - Relator: Raul Pirnentel publ. in DOU 1 - 28/01/2004, pág. 9, e in "Jurisprudência-1R" anexo ao Boi. IOB n° 11/04) "CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - NATUREZA JURÍDICA TRIBUTÁRL4 - PRAZO DE DECADÊNCIA DE 10 ANOS PARA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO - ART. 45 DA LEI 8.212/91, DIANTE DO ART. 150, § 4° DO CTN. CSLL de 1997. Preliminar. Decadência - CSLL - Inaplicabildiade do art. 45 da Lei 8.2123/91 frente às normas dispostas no art. 150, § 4° do CTN. A partir da Constituição Federal de 1988, as contribuições sociais voltaram a ter natureza jurídico-tributária, aplicando-se-lhes todos aos princípios tributários previstos na Constituição (art. 146, HL '1)), e no CTN (ara. 150, § 4° e 173)." (cf. Acórdão n2 101-94.602 da 1 ! Câmara do 12 CC/MF, publ. no DJ de 28/04/2005 e in RDDT 118/146) "CSLL - Decadência - Caracterização. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - DECADÊNCIA - CÓDIGO TRMUT'ÁRIO NACIONAL -ART. 150, § 4° - NÃO APLICAÇÃO DA LEI N° 8.212/91. O prazo decadencial das contribuições é o previsto no art. 150, do CTN, pois, em virtude de prescrição constitucional (art. 146, III), trata- se de matéria exclusiva de lei complementar, não podendo ser tocada por lei ordinária. No caso, até o exercício de 1996, pode-se falar em decadência (.). Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, vencido o Conselheiro Octávio Campos Fischer (Relator). Designado o Conselheiro Natanael Martins para redigir o voto vencedor." (cf. Acórdão n2 107-07.049, da 7! Câmara do 12 CC, rel. Conselheiro Natanael Martins, Publ. no DOU 1 de 10/12/2003, pág. 38, e in "Jurisprudência-IR" anexo ao Boi. IOB n2 1/04) "(.). CPMF. NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. DECADÊNCIA. O direito de a Fazenda Nacional constituir o crédito tributário relativo à CPMF decai em cinco anos contados da data da ocorrência do fato gerador. Recurso não conhecido em parte, por opção pela via judicial e na parte conhecida provido em parte." (cf. Acórdão n2 203-10.412 da 3 ! Câmara do r CC, Recurso n2 129.448, Processo n2 16327.001090/2004-45, em sessão de 13109/2005, rel. Conselheira Sílvia de Brito Oliveira, publ. in DOU de 12/03/2007, Seção 1, pág. 45) Dos preceitos expostos, desde logo verifica-se que o auto de infração de CPFM, notificado em 16/03/2005 (fl. 171), jamais poderia abranger operações ocorridas no período anterior a 16/03/2000, sobre as quais já se achava extinto o direito de a Fazenda Pública proceder ao lançamento, por se ter consumado o prazo decadencial e a conseqüente extinção do crédito tributário, nos expressos termos dos arts. 150, § 42, e 156, inciso V, do CTN, impondo- se a exclusão das referidas operações do lançamento, tal como já proclamaram as jurisprudências administrativa e judicial retrocitadas. Relativamente ao período não abrangido pela decadência, a r. decisão recorrida f é incensurável, devendo ser integralmente mantida. J(.0 1 MF .SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIG! 4AL • • Proce n.sso " 10875.000791/2005-55 C CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.677 Brasil:a, O OR.L. Fls. 691 siMo slWarboss Mat: Sins 91745 De fato, ante a comprovada denegação da segurança, verifica-se que nada mais obstava a exigigilidade do crédito tributário e de seus consectários lógicos através do presente lançamento, pois, como já assentou a jurisprudência judicial cristalizada na Súmula n 2 405 do STF, "denegado o mandado de segurança pela sentença ou no julgamento do agravo dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão contrária". Nesse sentido, contemplando especificamente a hipótese dos autos, confira-se: 'PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - LIMINAR CASSADA PELA SENTENÇA DENEGATóRIA DA SEGURANÇA - RETORNO AO STATUS QUO ANTE - INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA - RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. A sentença que nega a segurança é de caráter declaratório negativo, cujo efeito, como é cediço, retroage à data da impetração. Assim 'cassada a liminar ou cessada sua eficácia, voltam as coisas ao status quo ante. Assim sendo, o direito do Poder Público fica restabelecido in totum para a execução do ato e de seus consectá rios, desde a data da liminar' (cf Hely Lopes Meirelles, 'Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de Injunção, 'Habeas Data ', ' Malheiros Editores, p. 62). É devido, dessarte, o pagamento de juros de mora desde o vencimento da obrigação e correção monetária, mesmo que a suspensão da exigibilidade do crédito tributário tenha se dado em momento anterior ao vencimento. Recurso especial não conhecido." (cf. Acórdão da 2 2 Turma do STJ no REsp n2 208.803-SC, Reg. n2 1999/0025864-9, em sessão de 11/02/2003, rel. Min. Franciulli Netto, publ. in DJU de 02/06/2003, p. 232) Note-se que a Súmula n2 405 do STF, tendo por objeto a interpretação e eficácia de normas determinadas, acerca das quais há controvérsia atual entre órgãos judiciários e a administração pública que acarreta grave insegurança e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica, tem efeito vinculante em relação à administração pública federal direta e indireta a partir de sua publicação na imprensa, nos expressos termos do art. 103-A da Constituição (redação dada pela EC n2 45/2004). Assim, nem mesmo o recebimento da Apelação teria aptidão de revigorar o provimento liminar revogado por decisurn de direito, como já proclamaram os Egrégios Si'! e TRF da 42 Região e se pode ver das seguintes e elucidativas ementas: "PROCESSUAL CIVIL. MEDIDA CAUTELAR. RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO SUSPENSIVO. DECISÃO DENEGA TÓRIA DE 44111 SEGURANÇA. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA. IMPROCEDÊNCIA. A decisão denegatória de segurança não tem conteúdo 'executário', descabendo, por impossibilidade jurídica, suspender-lhe a execução pela via transversa, atribuindo-se efeito suspensivo a recurso ordinário, a sentença denegató ria tem eficácia 'meramente - declarató ria negativa' do ato, não havendo, a rigor, efeito algum para se suspender. \°&X-1 MF -SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIEUINTES • ProCesso n.° 10875.000791/2005-55 COr:FERE COM O 09401NAL CCO2/C01 • Acórdão n.° 201-80.677 Braslha, j 08 . Fls. 692 • Sape 91745 Medida cautelar julgad • • • - • - . • - • • rb me. (cf. Acórdão da 1! Turma do STJ na MC n2 114-GO, Reg. n2 1994/0036145-9, em sessão de 21/06/95, rel. Min. Demócrito Reinaldo, pub. in DJU de 28/08/95, pag. 26562) "PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. SENTENÇA DENEGA TÓRIA. APELAÇÃO. EFEITO SUSPENSIVO. A Apelação de sentença que denega Mandado de Segurança é dotada de efeito exclusivamente devolutivo, sendo infactivel a atribuição de efeito exclusivamente suspensivo a recurso contra julgado de conteúdo negativo, certo que o mesmo não aportaria aptidão para revigorar provimento liminar revogado por decisum de direito." (cf. Acórdão da 4! Turma do TRF da 4! Reg. no AG 0406755-2, rel. Des. Fed. Amaury Chaves de Athayde, publ. in DJU de 10/09/98, pág. 594) Finalmente, no que toca à incidência dos acréscimos moratórios calculados à taxa Selic, não incluídos no depósito judicial, também são devidos, como expressamente admite a jurisprudência do Egrégio STJ, que já se pacificou no sentido da constitucionalidade e legalidade da aplicação da taxa Selic na atualização dos débitos fiscais não-recolhidos integralmente no vencimento, como se pode ver das seguintes ementas: "TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - ICMS - CREDITAMENTO - ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA E DE JUROS DE MORA - LEI ESTADUAL - TAXA SELIC - LEI 9.250/95 - VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC - INOCORRENCIA. (-) 5. A Corte Especial do STJ, no REsp 215.88I/PR, não declarou a inconstitucionalidade do art. 39, § 4" da Lei 9.250/95, restando pacificado no Primeira Seção que, com o advento da referida norma, teria aplicação a taxa SELIC como índice de correção monetária e juros de mora, afastando-se a aplicação do CTN. 6. A taxa SELIC, segundo o direito pretoriano, é o índice a ser aplicado para o pagamento dos tributos federais e, (..), deve incidir a partir de 01/01/96. 7.Recurso especial da Fazenda Estadual provido. 8. Recurso especial da empresa parcialmente conhecido e, nessa parte, improvido." (cf. Acórdão da 2! Turma do STJ no REsp 112691025-MG, Reg. n2 2004/0131305-2, em sessão de 11/04/2006, rel. Min. Lhana Calmon, publ. in DJU de 23/05/2006 p. 140) "TRIBUTÁRIO. ICMS. JUROS DE MORA PELA TAXA SELIC. LEGALIDADE. 1. É legítima a utilização da taxa SELIC como índice de correção monetária e de juros de mora, na atualização dos débitos tributários pagos em atraso, diante da existência de lei estadual que determina a adoção dos mesmos critérios adotados na correção dos débitos fiscais federais. Precedentes: EREsp 418940/MG, 1" S., Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 09.12.2003; REsp 552049/SC, 2" T, Min. Castro ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES '• • • Processo n.° I 0875.000791/2005-55CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.677 grasdia, Cos_ONFER't CC:. ; C er,:C.:!Vtl. 0_1 ne. Fls. 693 swio Srías- a Mat.. S.,sce. 91745 Meira, DJ 27.06.2005; REP, 586219 / MG, 1- I., Mm. Teori Albino Zavascld, DJ 02.05.2005. 2. Embargos de divergência a que se dá provimento." (cf. Acórdão da 1 2 Seção do STJ nos Emb. de Div. no REsp n2 623.822-PR, Reg n2 2005/001 8740-6, em sessão de 24/08/2005, rel. Min. Teori Albino Zavascici, publ. in DJU de 12/09/2005 p. 200) "TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. ICMS. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. INCIDÊNCIA DA TAXA SELIC. DÉBITO TRIBUTÁRIO ESTADUAL. EXISTÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO LEGAL. RECURSO PROVIDO. 1.É legal a aplicação da taxa SELJC na atualização dos débitos fiscais não-recolhidos integralmente no vencimento. 2. Na linha de orientação desta Corte Superior, a SELIC, além de ser utilizada como índice de correção monetária e de juros moratórias em relação aos tributos federais (Lei 9.250/95), deve ser aplicada também na correção dos tributos estaduais, nas hipóteses em que haja lei estadual autorizando a sua incidência. 3. Precedentes da Primeira Seção e de ambas as Turmas que a compõem. 4. Embargos de divergência providos." (cf. Acórdão da 12 Seção do STJ nos Emb. de Div. no REsp n2 426.967-MG, Reg. n2 2005/0080285-4, em sessão de 09/08/2006; rel. Min. Denise Arruda, publ. in DJU de 04/09/2006, p. 218) Não se justifica, assim, a reforma da r. decisão recorrida, que deve ser mantida, por seus próprios e jurídicos fundamentos, considerando que tanto na fase instrutória como na fase recursal a ora a recorrente não apresentou nenhuma evidência concreta e suficiente para descaracterizar a autuação. Isto posto, voto no sentido de DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso voluntário (fls. 549/568, vol. III) para reformar parcialmente a r. decisão recorrida da 3 2 Turma da DRJ em Campinas - SP (fls. 474/488, vol. III) e proclamar a decadência e a extinção do direito de constituir o crédito tributário em relação às operações ocorridas no período de 02/2000 a 03/2000, nos expressos termos dos arts. 150, § 4 .2, e 156, inciso V, do CTN, mantida, no mais, a r. decisão recorrida. É o meu voto. Sala das Sessões, em 18 de outubro de 2007. 41PIONCLIMaite FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA • *. Procosso n.° 10875.000791/2005-55 MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 02/C01 Acórdão n.° 201-80.677 CONFERE COMO ORIGINAL Fls. 694 BrasIba. 03/ / 08. Silvio Sgatesa Mal: Seape 91745 Voto Vencedor. Conselheiro MAURÍCIO TAVEIRA E SILVA, Relator-Designado quanto à decadência Ouso divergir da tese sustentada pelo ilustre Relator Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça. A questão a ser analisada cinge-se ao prazo decadencial a que está sujeito o Fisco quanto ao lançamento da CPMF. Inicia-se examinando a evolução legislativa acerca da indigitada exação. Por meio da Emenda Constitucional n2 12/96, a União é autorizada a instituir a CPMF, sendo determinado que o produto da arrecadação seja destinado integralmente ao Fundo Nacional de Saúde para financiamento das ações e serviços de saúde. A Lei n2 9.311/96 institui a CPMF, fixando-lhe, em seu art. 20, prazo de treze meses para sua incidência, o qual foi prorrogado para vinte e quatro meses, pela Lei n2 9.539/97. A lei instituidora da exação assim consigna em seu art. 18, verbis: "Art. 18- O produto da arrecadação da contribuição de que trata esta Lei será destinado integralmente ao Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de saúde, sendo que sua entrega obedecerá aos prazos e condições estabelecidos para as transferências de que trata o art. 159 da Constituição FederaL Parágrafo único - É vedada a utilização dos recursos arrecadados com a aplicação desta Lei em pagamento de serviços prestados pelas instituições hospitalares com finalidade lucrativa." Posteriormente, a Emenda Constitucional n2 21/99 prorroga por 36 (trinta e seis) meses a cobrança da CPMF, além de elevar sua aliquota, e, por meio do § 2 2, prevê que "O resultado do aumento da arrecadação, decorrente da alteração da aliquota, nos exercícios financeiros de 1999, 2000 e 2001, será destinado ao custeio da previdência sociaL" Por meio da Emenda Constitucional n 2 31/2000, criou-se um adicional de 0,08% à aliquota da CPMF, aplicável até 17/06/2002, destinado ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza Já a Emenda Constitucional n2 37/2002 estendeu o prazo previsto para cobrança da CPMF de 17/06/2002 para 31/12/2004. Mais tarde, a Emenda Constitucional n 2 42/2003 prorrogou a CPMF com alíquota de 0,38%, bem assim a vigência da Lei n 2 9.311/96 e alterações, até 31/12/2007. Registre-se que durante o período de 24/01/99 até 16/06/99 não houve incidência de CPMF. Isto porque, através da EC n 2 21, de 18/03/99, sua cobrança é prorrogada por trinta e seis meses, contudo, em obediência ao prazo nonagesimal, sua arrecadação s (5-gtk. • MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES' ^.' Processo n.° 10875.000791/2005-55 CONFERE COM O OFUGINIAL p CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.677 Brasão, 0_3 / Fls. 695 Sm° Srt,OSa Mat. Stape 91745 • reiniciou em 17/06/99. Deste modo, durante o período de 24/01/99 até 16/06/99 houve um hiato no recolhimento aos cofres públicos da contribuição decorrente da CPMF, a qual foi suprida pela edição da Portaria MF n2 348/98, que altera a aliquota de IOF para 0,38% nas situações que menciona. Portanto, conforme se verifica, o produto da arrecadação da CPMF se destina ao financiamento da Seguridade Social, a qual, consoante o art. 194 da CF/88, destina-se a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Por outro lado, de conformidade com o art. 45 da Lei n2 8.212/91, o prazo decadencial dos tributos destinados ao financiamento da Seguridade Social ocorre em 10 (dez) anos: "Art. 45. O direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; II - da data em que sé tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada." Tal dispositivo não está em conflito com o § 42 do art. 150 do CTN, que dispõe: § 4°. Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação." A expressão "se a lei não fixar prazo à homologação" remete à legislação ordinária a faculdade de fixar o prazo de decadência no lançamento por homologação. Trata-se de uma norma supletiva, que apenas prevalece quando a legislação ordinária silencia sobre o prazo de homologação do lançamento. O art. 45 da Lei n2 8.212/91 determina claramente que o prazo decadencial dos tributos destinados ao financiamento da Seguridade Social é de 10 (dez) anos. Ademais, essa matéria já foi objeto de análise por este Conselho, cuja ementa do acórdão se traz à colação: CPMF - DECADÊNCIA. O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 1° dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído." (Acórdão n2 204-00.042, Recurso n2 129.066, Relator Henrique Pinheiro Torres, data da sessão: 13/04/2005) Portanto, no presente caso não há nenhum período alcançado pela decadência, uma vez que a ciência da autuação ocorreu em 16/03/2005 e o primeiro fato gerador do presente lançamento é de 02/02/2000. NN\-- L1F - SEGUNDO CONSELHO DE CONFRIOUINTES. ". Proesso n.°10875.000791/2005-55 CONFERE COM O OR:CiZzAL CCOVCO I Acórdão n.° 201-80.677 Brasa. 03i (7 I i Og • Fls. 696 ~o 1 745 S" Wat. 544/4 Isto posto, tendo em vista a mocorrencla na decadencia, nego provimento ao recurso voluntário. Sala das Sessões, em 18 de outubro de 2007. MAURICIO TA7E AIfS1 Ak1/4:1/4, . • , l ..‘ Page 1 _0115700.PDF Page 1 _0115900.PDF Page 1 _0116100.PDF Page 1 _0116300.PDF Page 1 _0116500.PDF Page 1 _0116700.PDF Page 1 _0116900.PDF Page 1 _0117100.PDF Page 1 _0117300.PDF Page 1 _0117500.PDF Page 1 _0117700.PDF Page 1 _0117900.PDF Page 1 _0118100.PDF Page 1
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Numero do processo: 13893.000888/2004-57
Turma: Primeira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Dec 14 00:00:00 UTC 2004
Data da publicação: Thu Oct 18 00:00:00 UTC 2007
Ementa: Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF
Período de apuração: 01/08/1999 a 31/12/1999
Ementa: CPMF. DECADÊNCIA.
O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído, consoante art. 45 da Lei nº 8.212/91.
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO DE OFÍCIO. SUCUMBÊNCIA INFERIOR À ALÇADA REGIMENTAL. COISA JULGADA ADMINISTRATIVA.
Embora tenha havido sucumbência parcial da Fazenda Pública, relativamente ao cancelamento das exigências de PIS e respectiva multa e acréscimos (R$ 18.581,23), sendo o valor da sucumbência inferior ao limite de alçada (R$ 500.000,000 - cf. Portaria MF nº 375 de 07/12/2001), é incabível o recurso de oficio, operando-se a coisa julgada administrativa em relação às referidas matérias.
CPMF. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. DENEGAÇÃO. SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE. LIMINAR. EFEITOS. SÚMULA Nº 405 DO STF.
Denegado o mandado de segurança pela sentença ou no julgamento do agravo dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão contrária (Súmula nº 405 do STF). As súmulas do STF, tendo por objeto a interpretação e eficácia de normas determinadas, acerca das quais há controvérsia atual entre órgãos judiciários e a administração pública que acarreta grave insegurança e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica, têm efeito vinculante em relação à administração pública federal direta e indireta a partir de sua publicação na imprensa, nos expressos termos do art. 103-A da Constituição Federal, na redação dada pela EC nº 45/2004. O efeito suspensivo concedido no recebimento da Apelação não tem aptidão de revigorar o provimento liminar revogado por decisum de direito
JUROS DE MORA. SELIC. INCIDÊNCIA.
A condição resolutiva do contrato de empréstimo, a par de não poder alterar os elementos do fato gerador, da obrigação ou da isenção previamente estabelecidos na legislação (cf. art. 176 do CTN; Lei nº 8.894, de 21/06/94, arts. 5º e 6º; Decreto nº 1.815/96, de 08/10/96, arts 1º e 2º; e Portaria MF nº 241/96, art. 1º, inciso I), não impediu a consumação do fato gerador (cf. arts. 116, inciso I, e 117, inciso II, do CTN), nem a constituição da obrigação e do crédito respectivos (arts. 113, § 1º, 114, e 118, inciso II, do CTN), o que justifica a incidência de atualização do débito fiscal não recolhido a partir do fato gerador, que é feita através da taxa Selic a partir de 01/01/96, nos temos do art. 39, § 4º, da Lei nº 9.250/95. Precedentes do STJ.
LANÇAMENTO DE OFÍCIO. MULTA DE OFÍCIO.
Não estando suspensa a exigibilidade do crédito à data da lavratura do auto de infração, não há como aplicar o art. 63 da Lei nº 9.430/96, sujeitando o contribuinte ao lançamento de ofício da tipificada no inciso I do art. 44 da Lei nº 9.430/96.
Recurso negado.
Numero da decisão: 201-80676
Matéria: CPMF - ação fiscal- (insuf. na puração e recolhimento)
Nome do relator: Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça
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Recorrida DRJ em Campinas - SP Assunto: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF Período de apuração: 01/08/1999 a 31/12/1999 Ementa: CPMF. DECADÊNCIA. O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 1 2 dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído, consoante art. 45 da Lei n28.212/91. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO DE OFÍCIO. SUCUMBÊNCIA INFERIOR À ALÇADA REGIMENTAL. COISA JULGADA ADMINISTRATIVA. Embora tenha havido sucumbência parcial da Fazenda Pública, relativamente ao cancelamento das exigências de PIS e respectiva multa e acréscimos (R$ 18.581,23), sendo o valor da sucumbência inferior ao limite de alçada (R$ 500.000,000 - cf. Portaria MF n 2 375 de 07/12/2001), é incabível o recurso de oficio, operando-se a coisa julgada administrativa em relação às referidas matérias. CPMF. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. DENEGAÇÃO. SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE. LIMINAR. EFEITOS. SÚMULA N2 405 DO STF. Denegado o mandado de segurança pela sentença ou no julgamento do agravo dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão • contrária (Súmula n2 405 do STF). As súmulas do STF, tendo por objeto a interpretação e eficácia de noas - • MF -SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • Probcsso n.• 13893.000888/2004-57 CONFERE COMO ORIGINAL CCO2/C0 I Acórdão n.° 201-80.676 Fls. 307 • Brasilla ()_i t oe • SINio 4:33arbosa det - • - . r. •a atual entre órgãos judiciários e a administração pública que acarreta grave insegurança e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica, têm efeito vinculante em relação à administração pública federal direta e indireta a partir de sua publicação na imprensa, nos expressos termos do art. 103-A da Constituição Federal, na redação dada pela EC n2 45/2004. O efeito suspensivo concedido no recebimento da Apelação não tem aptidão de revigorar o provimento liminar revogado por decisum de direito JUROS DE MORA. SELIC. INCIDÊNCIA. A condição resolutiva do contrato de empréstimo, a par de não poder alterar os elementos do fato gerador, da obrigação ou da isenção previamente estabelecidos na legislação (cf. art. 176 do CTN; Lei n 2 8.894, de 21/06/94, arts. 52 e 62; Decreto n2 1.815/96, de 08/10/96, arts 1 2 e 22; e Portaria MF n2 241/96, art. 1 2, inciso I), não impediu a consumação do fato gerador (cf. arts. 116, inciso I, e 117, inciso II, do CTN), nem a constituição da obrigação e do crédito respectivos (arts. 113, § 1 2, 114, e 118, inciso II, do CTN), o que justifica a incidência de atualização do débito fiscal não recolhido a partir do fato gerador, que é feita através da taxa Selic a partir de 01/01/96, nos temos do art. 39, § 42, da Lei n2 9.250/95. Precedentes do STJ. LANÇAMENTO DE OFICIO. MULTA DE OFÍCIO. Não estando suspensa a exigibilidade do crédito à data da lavratura do auto de infração, não há como aplicar o art. 63 da Lei n2 9.430/96, sujeitando o contribuinte ao lançamento de oficio da tipificada no inciso I do art. 44 da Lei n2 9.430/96. Recurso negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. • , ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, . PrcR)esso ri, 13893.000888/2004-57 CONFERE COM O ORIGINAL CCOVC01 Acórdão n.° 201-80.676 . Brasília, inr9 i o 1, i ng- Fls. 308 Stivio Saem Ma: Siape 91745 ACORDAM os Membros da PRIMEIRA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES: I) por maioria de votos, em rejeitar a preliminar de decadência suscitada. Vencidos os Conselheiros Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça (Relator), Fabiola Cassiano Kerarnidas e Roberto Velloso (Suplente). Designado o Conselheiro Mauricio Taveira e Silva para redigir o voto vencedor nesta parte; e II) no mérito, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. trè rktetizAd Sti9W044,0-.. - SfrA MARIA COELHO MARQUES Presidente -t2MAURI TO TAVE SILVA Relator-Designado • , Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Walber José da Silva, José Antonio Francisco e Antônio Ricardo Accioly Campos., • • Frac/Isso n.° 13893.000888/2004-57 MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.676 CONFERE COMO ORIGINAL Fls. 309 BrasItia, 09 / 01- Shio Stafisti;ma Mat.: amas 91745 Relatório Trata-se de recurso voluntário (fls. 247/262, vol. contra o v. Acórdão DRJ/CPS n2 12.933, de 19/04/2006, da 3 ! Turma da DRJ em Campinas - SP (fls. 229/239, vol. II), que, por unanimidade de votos, houve por bem julgar procedente em parte (para excluir da base de cálculo os valores mencionados no voto do relator) o lançamento original consubstanciado no uto de infração de CPMF (MPF n2 0811100/00060/04), notificado em 16/12/2004 (fls. 92/99), através do qual a ora recorrente foi acusada de "Falta de recolhimento da CPMF" no valor total de R$ 363.224,87 (CPMF: R$ 138.081,21; juros de mora: R$ 121.582,78; e multa de 75%: R$ 103.560,88), apurada nos períodos de 11/08/99 a 29/12/99. Em razão dos fatos assim noticiados a d. Fiscalização considera infringidos os arts. r 42, 52, 62, 72 e 16, da Lei n2 9.311/96, e 1 2 da Lei n2 9.539/97, c/c o art. 1 2 da EC n2 21/99, e exigíveis, além da contribuição, a multa de de 75% capitulada no art. 44, inciso I, da Lei n2 9.430/96, e os juros calculados à taxa Selic, nos termos do art. 61, § 3 2, da Lei n2 9.430/96. Por seu turno, reconhecendo expressamente que a impugnação atendia aos requisitos de admissibilidade, a r. Decisão de fls. 229/239 (vol. II) houve por bem julgar procedente em parte (para excluir da base de cálculo os valores mencionados no voto do relator) o lançamento original de CPMF, aos fundamentos sintetizados em sua ementa nos seguintes termos: "Assunto:Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF Período de apuração: 01/08/1999 a 31/12/1999 Ementa: DECADÊNCIA. CPMF. PRAZO, O prazo decadencial da CPMF é de dez anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito tributário poderia ter sido constituído. CPMF. LANÇAMENTO DE OFICIO. FALTA DE RECOLHIMENTO. RESPONSABILIDADE SUPLETIVA. Venficada a falta de retenção/recolhimento da contribuição, está correta a formalização da exigência, com os acréscimos legais, contra o sujeito passivo na sua qualidade de responsável supletivo pela obrigação. AÇÃO JUDICIAL. LANÇAMENTO. AUTO DE INFRAÇÃO. POSSIBILIDADE. A constituição do crédito tributário por meio do lançamento é atividade administrativa vinculada e obrigatória, ainda que o contribuinte tenha proposto ação judicial. DUPLICIDADE DE LANÇAMENTO. Exclui-se do auto de infração a parcela do crédito tributário já exigida em lançamento anterior. Lançamento Procedente em Parte". &St: • • — MF -SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • Processo n.° 13893.000888/2004-57 CONFERE COMO ORIGNAL CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.676e Fls. 310 • nsejo o9 o n, R- simo S$23altasa Mat. Sina 91745 Em suas razões de recurso voluntário (fls. 247/262, vol. II) oportunamente apresentadas e instruídas com Relação de Bens e Direitos para Arrolamento (fl. 277), a ora recorrente sustenta a insubsistência da autuação e da decisão de 1 2 instância que a manteve, tendo em vista: a) preliminarmente, a decadência do direito de efetuar o lançamento, nos - termos dos arts. 150, § 42, e 156, do CTN; b) a inexigibilidade da multa; e c) a ilegitimidade da incidência da taxa Selic. jj? É o Relatório. glb„ É/ f • Processo n.° 13893.000888/2004-57 201-80.676 CCOVC01 Acórdão n.° MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL Fls. 311 Brasifia. 0,9_1 08 - sw,,,Ígirbou MM.: Sina 91745 Voto Vencido Conselheiro FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA, Relator, vencido quanto à decadência O recurso voluntário (fls. 247/262, vol. III) reúne as condições de admissibilidade e, no mérito, merece parcial provimento. Inicialmente, anoto que, embora tenha havido sucumbência parcial da Fazenda Pública, relativamente ao cancelamento das exigências de PIS e respectiva multa e acréscimos, sendo o valor da sucumbência inferior ao limite de alçada (R$ 500.000,000 - cf. Portaria MF n2 375, de 07/12/2001), o d. Presidente da Colenda 3 2 Turma da DRJ em Campinas - SP deixou de interpor o recurso de oficio, operando-se a coisa julgada administrativa em relação às referidas matérias, remanescendo apenas a discussão do mérito das exigências de CPMF e juros à taxa Selic, mantidos pela r. decisão recorrida. Relativamente ao remanescente, o recurso merece parcial provimento. Já de inicio anoto ser assente na jurisprudência deste Conselho que "a autoridade administrativa não é competente para decidir sobre a constitucionalidade e a legalidade dos atos •• baixados pelos Poderes Legislativo e Executivo", salvo se a respeito dela já houver pronunciamento do STF, cuja orientação tem efeito vinculante e eficácia subordinante, eis que a desobediência à autoridade decisõria dos julgados proferidos pelo STF importa na invalidação do ato que a houver praticado (cf. Acórdão do STF-Pleno na Reclamação n2 1.770-RN, rel. Ma Celso de Mello, publ. in RTJ 187/468; cf. Acórdão do STF-Pleno na Reclamação n2 952, rel. Min. Celso de Mello, publ. in RTJ 183/486). Exatamente este o caso dos autos. De fato, solidamente apoiado no principio constitucional da reserva da lei complementar, o Egrégio STJ recentemente proclamou que "as contribuições sociais, inclusive as destinadas a financiar a seguridade social (CF, art. 195), têm, no regime da Constituição de 1988, natureza tributária" e, "por isso mesmo, aplica-se também a elas o disposto no art. 146, III. b, da Constituição, segundo o qual cabe à lei complementar dispor sobre normas gerais em matéria de prescrição e decadência tributárias, compreendida nessa cláusula inclusive a fixação dos respectivos prazos", razões pelas quais aquela Egrégia Corte Superior de Justiça expressamente reconheceu que "padece de inconstitucionalidade formal o artigo 45 da Lei 8.212, de 1991, que fixou em dez anos o prazo de decadência para o lançamento das contribuições sociais devidas à Previdência Social" (cf. Acórdão da 12 Turma do STJ no AgRg no REsp n2 616.348-MG, Reg. n2 2003/0229004-0, em sessão de 14/12/2004, rel. Min. Teori Albino Zavascki, publ. in DJU de 14/02/2005, p. 144, e in RDDT vol. 115, p. 164), diferentemente do prazo qüinqüenal estabelecido na lei complementar (CTN, arts. 150, § 42, e 173). No mesmo sentido, reiterando a inconstitucionalidade do referido art. 45 da Lei n 2 8.212/91, a Suprema Corte tem reiteradamente rejeitado a admissão dos RREE relativos à matéria, como se pode ver, dentre inúmeros (RE n2 552.757, rel. MM. Carlos Britto, DJU de 07/08/2007; RE n 2 548.785, rel. Mim Eros Grau, DJU de 15/08/2007; RE n2 534.856, Rel. Min. Eros Grau, DJU de 22/03/2007) do r. despacho exarado no RE n2 RE 540.704, rel. Mim Marco Aurélio, publ. no DJU de 08/08/2007,Mr sob a seguinte e elucidativa ementa: f:fh RIF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Frotas° n.° 13893.000888/2004-57 CONFERE COM O ORiGINAL CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.676 Brasão, 09 i iDg • Fls. 312 • SM° sabosa Supe 91745 "CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PRAZO PRESCRICIONAL - REGÊNCIA - ARTIGO 46 DA LEI N" 8.212/91 - DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELA CORTE DE ORIGEM - HARMONIA COMA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - PRECEDENTES - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - NEGATIVA DE SEGUIMENTO." Analisando os efeitos reflexos da declaração de inconstitucionalidade sobre os lançamentos fiscais, o Egrégio STJ recentemente esclareceu que "a inconstitucionalidade é vício que acarreta a nulidade ex tunc do ato normativo, que, por isso mesmo, já não pode ser considerado para qualquer efeito" e, "embora tomada em controle difuso, a decisão do STF tem natural vocação expansiva, com eficácia imediatamente vinculante para os demais tribunais, inclusive para o STJ (CPC, art. 481, § único), e com a força de inibir a execução de sentenças judiciais contrárias (CPC, art. 741, § único; art. 475-L, § 1°, redação da Lei 11.232/05). (.)." (cf. Acórdão da 1 2 Turma do STJ no REsp n2 828.106-SP, Reg. n2 200600690920, em sessão de 02/05/2006, rel. Min. Teori Albino Zavascki, publ. in DJU de 15/05/2006, pág. 186). Consubstanciando atividade essencialmente realizadora do Direito, inteiramente vinculada e subordinada ao principio da legalidade do tributo (arts. 150, inciso I, da CF/88; 97 e 142 do CTN), a atividade administrativa do lançamento tributário necessariamente há de conformar-se com a Constituição e com a interpretação que lhe emprestam a Suprema Corte e o Egrégio STJ, só podendo se efetivar nas condições e sob os pressupostos estipulados em lei válida, donde decorre que, ante a formal declaração de inconstitucionalidade ou invalidade da lei pela Suprema Corte, deslegitimam-se todos os lançamentos nela findados. Na mesma ordem de idéias, já na interpretação dos dispositivos da lei complementar prevalente, aquela mesma Egrégia Corte Superior de Justiça recentemente esclareceu que as normas dos arts. 150, § 42, e 173, do CTN, "não são de aplicação cumulativa ou concorrente, antes são reciprocamente excludentes, tendo em vista a diversidade dos pressupostos da respectiva aplicação: o art. 150, § 4° aplica-se exclusivamente aos tributos 'cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa'; o art. 173, ao revés, aplica-se tributos em que o lançamento, em princípio, antecede o pagamento". Assim, entende aquela Egrégia Corte que a aplicação concorrente dos arts. 150, § 4 2, e 173, a par de ser juridicamente insustentável e padecer de invencível ilogicidade, apresenta-se como "solução (.) deplorável do ponto de vista dos direitos do cidadão porque mais que duplica o prazo decadencial de cinco anos, 'arraigado na tradição jurídica brasileira como o limite tolerável da insegurança jurídica" (cf. Acórdão da 22 Turma do STJ no REsp n2 638.962-PR, rel. Min. Luiz Fux, publ. no DJU de 01/08/2005 e na RDDT 121/238). Acolhendo e conformando-se com esses ensinamentos de inegável juridicidade, a jurisprudência deste Egrégio Conselho tem reiteradamente proclamado a inaplicabilidade do art. 45 da Lei n2 8.2123/91 invocado como fundamento da r. decisão recorrida, em razão do que dispõem as normas da Lei Complementar (art. 150, § 4 2, do CTN), como se pode ver das seguintes e elucidativas ementas: "DECADÊNCIA - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: (.) a regra a ser seguida na contagem do prazo decadencial é a estabelecida no artigo 150, § 4", do Código Tributário Nacional, que é de 5 (cinco) anos, a contar da data da ocorrência do fato gerador. Da mesma forma, os lançamentos das contribuições sociais que, por se revestirem de natureza tributária, sujeitam-se às regras instituídas por lei MICT complementar (CT1V), por expressa previsão constitucional (artigos 146, III, 'b' e 149 da C.F). Por unanimidade de votos, acolher a • ; MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • COMO ORIGINALProcesso n.° 13893.000888/2004-57 CONFERE coito' • Acórdão ft° 201-80.676 Q2 c'íj• • Fls. 313Brasas, sacio alkarbosa Met. Sep. 91745 preliminar de decadencia para dar provimento ao recurso." (Acórdão n9 101-94.394, da 1 ! Câmara do 1° CC - Relator: Raul Pimentel publ. in DOU 1 - 28/01/2004, pág. 9, e in "Jurisprudência-a" anexo ao Boi. 10B n° 11/04) "CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - NATUREZA JURÍDICA TRIBUTÁRIA - PRAZO DE DECADÊNCIA DE 10 ANOS PARA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO - ART. 45 DA LEI 8.212/91, DIANTE DO ART. 150, 4° DO CTN. CSLL de 1997. Preliminar. Decadência - CSLL - Inaplicabildiade do art. 45 da Lei 8.2123/91 frente às normas dispostas no art. 150, ,§1 4° do CTN. A partir da Constituição Federal de 1988, as contribuições sociais voltaram a ter natureza jurídico-tributária, aplicando-se-lhes todos aos princípios tributários previstos na Constituição (art. 146, III, 'b 7, e no CTN (ara. 150, 4° e 173 do 1 9 CC/MF, publ. no DJ de 28/04/2005 e in RDDT 118/146)." (cf. Acórdão n9 101-94.602 da 1 ! Câmara do 1 9 CC/MF, publ. no D.1 de 28/04/2005 e in RDDT 118/146) "CSLL - Decadência - Caracterização. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - DECADÊNCIA - CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL - ART. 150, ,f 40 - NÃO APLICAÇÃO DA LEI N's 8.212/91. O prazo decadencial das contribuições é o previsto no art. 150, do CT'N, pois, em virtude de prescrição constitucional (art. 146, Hl), trata- se de matéria exclusiva de lei complementar, não podendo ser tocada por lei ordinária. No caso, até o exercício de 1996. pode-se falar em decadência (..). Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, vencido o Conselheiro Oétávio Campos Fischer (Relator). Designado o Conselheiro Natanael Martins para redigir o voto vencedor." (cf. Acórdão n9 107-07.049, da 79 Câmara do 1 9 CC, rel. Conselheiro Natanael Martins, publ. no DOU 1 de 10/12/2003, pág. 38, e in "Jurisprudência-IR" anexo ao Boi. IOB 112 1/04) "(.).CPMF. NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. DECADÊNCIA. O direito de a Fazenda Nacional constituir o crédito tributário relativo à CPMF decai em cinco anos contados da data da ocorrência do fato gerador. Recurso não conhecido em parte, por opção pela via judicial e na parte conhecida provido em parte." (cf. Acórdão n2 203-10.412 da 39 Câmara do 22 CC, Recurso n9 129.448, Processo n9 16327.00109012004-45, em sessão de 13/09/2005, rel. Conselheira Silvia de Brito Oliveira, publ. in DOU de 12/03/2007, Seção 1, pág. 45) Dos preceitos expostos, desde logo verifica-se que o auto de infração de CPFM, notificado em 16/12/2004 (fls. 92/99), jamais poderia abranger operações ocorridas no período anterior a 16/12/99, sobre as quais já se achava extinto o direito de a Fazenda Pública proceder ao lançamento, por se ter consumado o prazo decadencial e a conseqüente extinção do crédito tributário, nos expressos termos dos arts. 150, § 42, e 156, inciso V, do CTN, impondo-se a exclusão das referidas operações do lançamento, tal como já proclamaram as jurisprudências administrativa e judicial retrocitadas. Relativamente ao período não abrangido pela decadência, a r. decisão recorrida Au é incensurável, devendo ser integralmente mantida. 4611 I MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINALPrdeesso n.° 13893.000888/2004-57 C CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.676 0 1 08 .Brasília, Fls. 314 SIM* aSfLosa Mat.' SlaPe 91745 De fato, ante a comprovada denegação da segurança, verifica-se que nada mais obstava a exigibilidade do crédito tributário e de seus consectários lógicos através do presente lançamento, pois, como já assentou a jurisprudência judicial cristalizada na Súmula n l' 405 do STF, "denegado o mandado de segurança pela sentença ou no julgamento do agravo dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão contrária". Nesse sentido, contemplando especificamente a hipótese dos autos, confira -se: "PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - LIMINAR CASSADA PELA SENTENÇA DENEGATÓRIA DA SEGURANÇA - RETORNO AO STATUS QUO ANTE - INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA - RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. A sentença que nega a segurança é de caráter declaratário negativo, cujo efeito, como é cediço, retroage à data da impetração. Assim 'cassada a liminar ou cessada sua eficácia, voltam as coisas ao status quo ante. Assim sendo, o direito do Pèder Público fica restabelecido in totum para a execução do ato e de seus consectá rios, desde a data da liminar (cf Hely Lopes Meirelles, 'Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de lnjunção, 'Habeas Data',' Malheiros Editores, p. 62). É devido, dessarte, o pagamento de juros de mora desde o vencimento da obrigação e correção monetária, mesmo que a suspensão da exigibilidade do crédito tributário tenha se dado em momento anterior ao vencimento. Recurso especial não conhecido." (cf. Acórdão da 25 Turma do STJ no REsp n2 208.803-SC, Reg. n2 1999/0025864-9, em sessão de 11/02/2003, rel. MM. Franciulli Netto, publ. in DJU de 02/06/2003, p. 232) Note-se que a Súmula n9 405 do STF, tendo por objeto a interpretação e eficácia de normas determinadas, acerca das quais há controvérsia atual entre órgãos judiciários e a administração pública que acarreta grave insegurança e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica, tem efeito vinculante em relação à administração pública federal direta e indireta a partir de sua publicação na imprensa, nos expressos termos do art. 103-A da Constituição (redação dada pela EC n2 45/2004). Assim, nem mesmo o recebimento da Apelação teria aptidão de revigorar o provimento liminar revogado por decisum de direito, como já proclamaram os Egrégios STJ e TRF da 42 Região e se pode ver das seguintes e elucidativas ementas: "PROCESSUAL CIVIL. MEDIDA CAUTELAR. RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO SUSPENSIVO. DECISÃO DENEGA TÓRIA DE SEGURANÇA. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA. IMPROCEDÊNCIA. A decisão denegatória de segurança não tem conteúdo 'executório 1, descabendo, por impossibilidade jurídica, suspender-lhe a execução pela via transversa, atribuindo-se efeito suspensivo a recurso ordinário, a sentença denegatária tem eficácia 'meramente declarató ria negativa' do ato, não havendo, a rigor, efeito algum para se suspender. ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES • Processo n.° 13893.000888/2004-57 CONFERE COMO ORIGINAL CCO2/C01 Acórdão n.° 201-80.676 Brasa. ,9 01 1 0?? Fls. 315• • &Mo 24GBefb°511 Mat . Siape 91745 Medida cautelar julgada improcedente. decisão unânime." (cf. Acórdão da 1 2 Turma do STJ na MC n2 114-GO, Reg. n2 1994/0036145-9, em sessão de 21/06/95, rel. Min. Demócrito Reinaldo, pub. in DM de 28/08/95, pag. 26562) "PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. SENTENÇA DENEGA TÓRIA. APELAÇÃO. EFEITO SUSPENSIVO. A Apelação de sentença que denega Mandado de Segurança é dotada de efeito exclusivamente devolutivo, sendo infactível a atribuição de efeito exclusivamente suspensivo a recurso contra julgado de conteúdo negativo, certo que o mesmo não aportaria aptidão para revigorar provimento liminar revogado por decisum de direito." (cf. Acórdão da 42 Turma do TRF da 42 Reg. no AG 0406755-2, rel. Des. Fed. Amaury Chaves de Athayde, publ. in DJU de 10/09/98, pág. 594) Finalmente, no que toca à incidência dos acréscimos moratórios calculados à taxa Selic, não incluídos no depósito judicial, também são devidos, como expressamente admite a jurisprudência do Egrégio STJ, que já se pacificou no sentido da constitucionalidade e legalidade da aplicação da taxa Selic na atualização dos débitos fiscais não-recolhidos integralmente no vencimento, como se pode ver das seguintes ementas: "TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - ICMS - CREDITÁMEN7'0 - ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA E DE JUROS DE MORA - LEI ESTADUAL- TAXA SELIC - LEI 9.250/95 - VIOLAÇÃO DO ÁRT. 535 DO CPC - INOCORRÊNCIA. (-) 5. A Corte Especial do STJ, no REsp 215.88I/PR, não declarou a inconstitucionalidade do art. 39, ,§1 40 da Lei 9.250/95, restando pacificado no Primeira Seção que, com o advento da referida norma, teria aplicação a taxa SELIC como índice de correção monetária e juros de mora, afastando-se a aplicação do CIN. 6. A taxa SELIC, segundo o direito pretoriano, é o índice a ser aplicado para o pagamento dos tributos federais e, (...) , deve incidir a partir de 01/01/96. 7.Recurso especial da Fazenda Estadual provido. 8.Recurso especial da empresa parcialmente conhecido e, nessa parte, improvido." (cf. Acórdão da 22 Turma do ST1 no REsp n9 691025-MG, Reg. n2 2004/0131305-2, em sessão de 11/04/2006, rel. Min. Eliana Calmon, publ. in DJU de 23/05/2006 p. 140) "TRIBUTÁRIO. ICMS. JUROS DE MORA PELA TAXA SELIC. LEGALIDADE. I. É legítima a utilização da taxa SELIC como índice de correção monetária e de juros de mora, na atualização dos débitos tributários pagos em atraso, diante da existência de lei estadual que determina a adoção dos mesmos critérios adotados na correção dos débitos fiscais federais. Precedentes: EREsp 418940/MG, 1 0 S., Min. Humberto 40111 Gomes de Barros, DJ 09.12.2003; REsp 552049/SC, 2° T, Min. Castro MF - SEGUNDO CONSELHO DE C CNTRIGUINTES CONFERE C0'.1 O C: Y*3;NAL • Processo n.° 13893.00088812004-57 Acórdão n." 201-80.676 Brasilia,0.9 CCO2/C01 ' Fls. 316 $tio aaroosa Mat.: Sapo 91745 Meira, DJ 17.06.2005; REsp 586119 /MG, I° T, MM. Teori Albino Zavascki, DJ 02.05.2005. 2. Embargos de divergência a que se dá provimento." (cf. Acórdão da 1 2 Seção do STJ nos Emb. de Div. no REsp n 2 623.822-PR, Reg. n2 2005/0018740-6, em sessão de 24/08/2005, rel. Mht. Teori Albino Zavascki, publ. in DJU de 12/09/2005 p. 200) "TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. ICMS. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. INCIDÊNCIA DA TAXA SELIC. DÉBITO TRIBUTÁRIO ESTADUAL. EXISTÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO LEGAL. RECURSO PROVIDO. I. É legal a aplicação da taxa SELIC na atualização dos débitos fiscais não-recolhidos integralmente no vencimento. 1. Na linha de orientação desta Corte Superior, a SELIC, além de ser utilizada como índice de correção monetária e de juros mortuários em relação aos tributos federais (Lei 9.250/95), deve ser aplicada também na correção dos tributos estaduais, nas hipóteses em que haja lei estadual autorizando a sua incidência. 3. Precedentes da Primeira Seção e de ambas as Turmas que a compõem. 4. Embargos de divergência providos." (cf. Acórdão da 12 Seção do STJ nos Emb. de Div. no REsp n2 426.967-MG, Reg. n22005/0080285-4, em sessão de 09/08/2006, rel. Min. Denise Arruda, publ. in DJU de 04/09/2006, p. 218) Não se justifica, assim, a reforma da r. decisão recorrida, que deve ser mantida, por seus próprios e jurídicos fundamentos, considerando que tanto na fase instrutória como na • fase recursal a ora a recorrente não apresentou nenhuma evidência concreta e suficiente para descaracterizar a autuação. Isto posto, voto no sentido de DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso voluntário (fls. 117/169, vol. III) para reformar parcialmente a r. decisão recorrida da 3 2 Turma da DRJ em Campinas - SP (fls. 97/113, vol. III) e proclamar a decadência e a extinção do direito de constituir o crédito tributário em relação às operações ocorridas no período de 11/08/99 a 16/12/99, nos expressos termos dos arts. 150, § 42, e 156, inciso V, do CTN, mantida, no mais, a r. decisão recorrida. É o meu voto. Sala das Sessões, em 28 de outubro de 2007. cbtAcke(bkd FERNANDO LUIZ DA GAMA LOBO D'EÇA letki Processo n.° 13893.000888/2004-57 MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CCO2/C01• Acórdão o.' 201-80.676 CONFERE C0 -010 ORIGINAL Fls. 317 BrasItia, 05 i_jj1J_____/ 0g. Sim° SíègEarbosa Mat • Sópe 91745 Voto Vencedor Conselheiro MAURÍCIO TAVEIRA E SILVA, Relator-Designado quanto à decadência Ouso divergir da tese sustentada pelo ilustre Relator Fernando Luiz da Gama Lobo D'Eça. A questão a ser analisada cinge-se ao prazo decadencial a que está sujeito o Fisco quanto ao lançamento da CPMF. Inicia-se examinando a evolução legislativa acerca da indigitada exação. Por meio da Emenda Constitucional n2 12/96, a União é autorizada a instituir a CPMF, sendo determinado que o produto da arrecadação seja destinado integralmente ao Fundo Nacional de Saúde para financiamento das ações e serviços de saúde. A Lei n2 9.311/96 institui a CPMF, fixando-lhe, em seu art. 20, prazo de treze meses para sua incidência, o qual foi prorrogado para vinte e quatro meses, pela Lei n2 9.539/97. A lei instituidora da exação assim consigna em seu art. 18, verbis: "Art. 18 - O produto da arrecadação da contribuição de que trata esta Lei será destinado integralmente ao Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de saúde, sendo que sua entrega obedecerá aos prazos e condições estabelecidos para as transferências de que trata o art. 159 da Constituição Federal. Parágrafo único - É vedada a utilização dos recursos arrecadados com a aplicação desta Lei em pagamento de serviços prestados pelas instituições hospitalares com finalidade lucrativa." Posteriormente, a Emenda Constitucional n 2 21/99 prorroga por 36 (trinta e seis) meses a cobrança da CPMF, além de elevar sua alíquota, e, por meio do § 2 2, prevê que "O resultado do aumento da arrecadação, decorrente da alteração da alíquota, nos exercícios financeiros de 1999, 2000 e 2001, será destinado ao custeio da previdência social." Por meio da Emenda Constitucional n2 31/2000, criou-se um adicional de 0,08% à alíquota da CPMF, aplicável até 17/06/2002, destinado ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. Já a Emenda Constitucional n 2 37/2002 estendeu o prazo previsto para cobrança da CPMF de 17/06/2002 para 31/12/2004. Mais tarde, a Emenda Constitucional n 2 42/2003 prorrogou a CPMF com aliquota de 0,38%, bem assim a vigência da Lei n 2 9.311/96 e alterações, até 31/12/2007. Registre-se que durante o período de 24/01/99 até 16/06/99 não • houve incidência de CPMF. Isto porque, através da EC n 2 21, de 18/03/99, sua cobrança é prorrogada por trinta e seis meses, contudo, em obediência ao prazo nonagesimal, sua arrecadação rChk5 - 2 ( ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES M O ORIGINALPrdnesso n.° 13893.000888/2004-57 CONFERE CO CCOVCO I Acórdão n.° 201-80.676 Binais, Ge 08. Fls. 318• Sitio 0i26Barbosa Mat. Sep. 91745 reiniciou em 17/06/99. Deste modo, durante o periodo de 24/01/99 até 16/.06/99 houve um hiato no recolhimento aos cofres públicos da contribuição decorrente da CPMF, a qual foi suprida pela edição da Portaria MF n2 348/98, que altera a alíquota de IOF para 0,38% nas situações que menciona. Portanto, conforme se verifica, o produto da arrecadação da CPMF se destina ao financiamento da Seguridade Social, a qual, consoante o art. 194 da CF/88, destina-se a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Por outro lado, de conformidade com o art. 45 da Lei n 2 8.212/91, o prazo decadencial dos tributos destinados ao financiamento da Seguridade Social ocorre em 10 (dez) anos: "Art. 45. O direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada." Tal dispositivo não está em conflito com o § 4 2 do art. 150 do CTN, que dispõe: 4°. Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação." A expressão "se a lei não fixar prazo à homologação" remete à legislação ordinária a faculdade de fixar o prazo de decadência no lançamento por homologação. Trata-se de uma norma supletiva, que apenas prevalece quando a legislação ordinária silencia sobre o prazo de homologação do lançamento. O art. 45 da Lei n2 8.212/91 determina claramente que o prazo decadencial dos tributos destinados ao financiamento da Seguridade Social é de 10 (dez) anos. Ademais, essa matéria já foi objeto de análise por este Conselho, cuja ementa do acórdão se traz à colação: CPMF - DECADÊNCIA. O prazo para a Fazenda Nacional lançar o crédito pertinente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF é de dez anos, contado a partir do 1° dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuição poderia ter sido constituído." (Acórdão n2 204-00.042, Recurso n2 129.066, Relator Henrique Pinheiro Torres, data da sessão: 13/04/2005) Portanto, no presente caso não há nenhum período alcançado pela decadência, uma vez que a ciência da autuação ocorreu em 16/12/2004 e o primeiro fato gerad do presente lançamento é de 11/08/1999. • MF -SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUNTES Prowso n.• 13893.000888/2004-57 CONFERE COM O ORIGINAL CCO2/C0 I Acórdão ri.° 201-80.676 • Brastba, n 1 Fls. 319 SáY.ralrbosa Isto posto, tendo em vist ia- . - May :ar .• 1745. e A provimento ao recurso voluntário. Sala das Sessões, em 18 de outubro de 2007. MAURIC T •44 E SILVA iiSPÀ1 • e • Page 1 _0112900.PDF Page 1 _0113100.PDF Page 1 _0113300.PDF Page 1 _0113500.PDF Page 1 _0113700.PDF Page 1 _0113900.PDF Page 1 _0114100.PDF Page 1 _0114300.PDF Page 1 _0114500.PDF Page 1 _0114700.PDF Page 1 _0114900.PDF Page 1 _0115100.PDF Page 1 _0115300.PDF Page 1
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