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Turma- Sexta Câmara (199)
- ELAINE CRISTINA MONTEIRO (207)
- 2008 (207)
- 2008 (207)
Numero do processo: 35405.002793/2006-27
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Mar 13 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Mar 13 00:00:00 UTC 2008
Ementa: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/08/1995 a 31/08/2005
Ementa: PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO – NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO – GFIP. TERMO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. - PRAZO DECADENCIAL PARA LANÇAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS É DE 10 ANOS – LEVANTAMENTO COM BASE NA RAIS – AFERIÇÃO INDIRETA – INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL AUTORIZADOR – NULIDADE POR VÍCIO FORMAL.
A GFIP é termo de confissão de dívida em relação aos valores declarados e não recolhidos.
O prazo para constituição do crédito previdenciário é de 10 anos, conforme previsto no art. 45 da Lei n° 8.212/1991.
O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos.
O auditor ao proceder ao levantamento com base na RAIS deveria ter indicado o dispositivo legal que autoriza a realização de aferição indireta.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 206-00.603
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, I) por maioria de votos em rejeitar a preliminar de decadência suscitada. Vencidos os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Daniel Ayres Kalume Reis e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. II) por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, para declarar a nulidade, por vicio formal, dos lançamentos referentes ao período de 08/1995 a 12/1998, mantendo-se o lançamento para as demais competências.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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Fatona F r teSSo Mau S n ape 751683 Fls. I 85 MINISTÉRIO DA FAZENDA0.(Ilk • 'N SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 4:..4"tP o-le? SEXTA CÂMARA Processo n° 35405.002793/2006-27 Recurso n° 142.065 Voluntário Matéria DIFERENÇAS DE CONTRIBUIÇÕES, ACRÉSCIMOS LEGAIS Acórdão n° 206-00.603 Sessão de 13 de março de 2008 Recorrente JAUENSE COMÉRCIO DE FERRAMENTAS LTDA Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA - SP Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/08/1995 a 31/08/2005 Ementa: PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO — NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO — GFIP. TERMO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. - PRAZO DECADENCIAL PARA LANÇAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS É DE 10 ANOS — LEVANTAMENTO COM BASE NA PAIS — AFERIÇÃO INDIRETA — INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL AUTORIZADOR — NULIDADE POR VICIO FORMAL. A GF1P é termo de confissão de divida em relação aos valores declarados e não recolhidos. O prazo para constituição do crédito previdenciário é de 10 anos, conforme previsto no art. 45 da Lei n° 8.212/1991. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. O auditor ao proceder ao levantamento com base na PAIS deveria ter indicado o dispositivo legal que autoriza a realização de aferição indireta. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. \N com o oRiletii.:2AL Processo n.° 35405.002793/2006-27 tá i-asi!ta *as. Canico6 Acórdão n.° 206-00.603 1v1.4r.J Faurnd Fe eireee Fls. 186 rvi “ ff Gldr.1(t 75151331-4SrVaill° ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, I) por maioria de votos em rejeitar a preliminar de decadência suscitada. Vencidos os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Daniel Ayres Kalume Reis e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. II) por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, para declarar a nulidade, por vicio formal, dos lançamentos referentes ao período de 08/1995 a I 998, mantendo-se o lançamento para as demais competências. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente ELAINE —C -RI&X-1L-Lj---"")---S-T—INI MONTEIRO E SILVA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalume Reis, Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. CO2"NCF CCRRVIEFC:C.S.C. I.1:101t-Tr:ALProcesso n.° 35405.002793/2006-27 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.603 israsilia, 23 1 iCn Fls. 187 Méma de FZ.Iiinz, Fe. -e Car----d ie tio Mal, Siado 7d1683 Relatório A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa incluindo as destinadas ao financiamento dos • beneficios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho e a destinada aos Terceiros, bem como da parcela relativa aos • segurados sobre: > A remuneração paga aos contribuintes individuais, correspondentes aos pagamentos feitos a pessoas fisicas que lhe prestaram serviço enquanto trabalhadores autônomos. > Os valores foram apurados em folha de pagamento antes de 01/1999 e após essa data declarados na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações a Previdência Social - GFIP, mas não foram recolhidos em sua totalidade. > Diferença de acréscimos legais resultante de valores não recolhidos em tempo, referente a competência 11/1998. Não conformado com a notificação o recorrente apresentou impugnação, fls. 138 a 141. Foi exarada a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência do lançamento, conforme fls. 168 a 171. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso pela notificada, conforme fls. 177 a 180. Em síntese, a recorrente em seu recurso alega o seguinte: > Preliminarmente, argumenta que decaiu o direito do fisco previdenciário de constituir o crédito ora impugnado. > Estão sendo exigidos nessa notificação valores já apurados e que se encontram, inclusive em fase de execução, devidamente inscritas em dívida ativa; > Requer, face a decadência dos meses anteriores a 2000 e duplicidade de exigência fiscal nos meses 04, 05, 09, 10, 11 e 12/2001, 02/2002, 01, 04, 05, 06 e 07/2003, seja reconhecida a NFLD como ilegítima, inconsistente e absolutamente nula. A unidade descentralizada da SRP apresenta suas contra-razões às fls. 255 a 268, argumentando, em síntese, que por se tratarem de fatos já analisados quando da emissão da DN, adota na íntegra as razões de manutenção da DN. Requer a negativa do provimento do recurso interposto. É o Relatório. • CCn-----r-IF - .:dNFERE C-0670aG:.22rtri. Processo n.° 35405.002793/2006-27 arasilla , 23/ /OS CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.603 ((FFls. I 88 Marta de Fall/713 F erreira . Ma s iar:ma 751u6-arvalee Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Recurso interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 640, tendo o contribuinte deixado de efetuar o depósito para garantia de instância, por força de medida liminar, concedida na ação civil pública n° 1999.61.08.002977-0. Pressupostos superados, passo para o exame das questões preliminares ao mérito. DAS OUESTõES PRELIMINARES: Quanto à questão preliminar suscitada pela recorrente em que o lançamento já fora atingido pela decadência, razão não lhe confiro. Entendo que o prazo decadencial para a autoridade previdenciária constituir os créditos trabalhistas é de 10 anos, e esta previsto em lei específica da previdência social, art. 45 da Lei n° 8.212/1991, abaixo transcrito. Desse modo, foi correta a aplicação do instituto pela autoridade previdenciária. "Ar! 45 O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: 1 - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; 11 - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada." A legislação previdenciária marca como início da contagem do prazo decadencial, o primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o crédito poderia ter sido constituído. No caso de o contribuinte ter efetivado o recolhimento parcial ou não ter realizado recolhimento, assiste ao fisco o dever de constituir o crédito, bem como as diferenças que por ventura sejam devidas, dentro do mesmo prazo, bem como exigir a apresentação dos documentos necessários a verificação do cumprimento do dispositivo legal. Considerando que o Código Tributário Nacional - CTN dispõe sobre normas gerais em matéria tributária, especialmente acerca da prescrição e da decadência, não há impedimento para que legislação ordinária disponha sobre normas especificas e assim o prazo decadencial previsto no art. 45 da Lei n ° 8.212/1991 é compatível com o ordenamento jurídico, conforme demonstrar-se-á a seguir. Mesmo restringindo a análise apenas ao CTN, para a melhor interpretação dessa lei devemos observar a relação existente entre os diversos artigos, evitando a interpretação isolada de um único disposithio. Assim, o art. 150, §4° do CTN, não deve ser analisado de forma isolada, mas sim combinado com o artigo 173 do próprio CTN que dispõe sobre o instituto da decadência. 2° CC/MF - Se.;:tr- CONFERE COM C' C_ Brasilia,,23 /Cei Processo n.° 35405.00279312006-27 girr "=> CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.603 Marta de Fatima Ir . Jira ;Ia Carvalho Matr S p apú 751683 Fls. 189 Em mesmo sendo argüida pela recorrente a inconstitucionalidade da lei previdenciária que dispõe sobre o prazo decadencial de 10 anos, incabível seria sua análise na esfera administrativa. Não pode a autoridade administrativa recusar-se a cumprir norma cuja constitucionalidade vem sendo questionada, razão pela qual são aplicáveis os prazos regulados na Lei n ° 8.212/1991 em matéria de decadência e prescrição relativas às contribuições administradas e arrecadadas pelo INSS. Toda lei presume-se constitucional e, até que seja declarada sua inconstitucionalidade pelo órgão competente do Poder Judiciário, deve o agente público, como executor da lei, respeitá-la. Nesse sentido, segue trecho do Parecer/CJ n° 771, aprovado pelo Ministro da Previdência Social em 28/1/1997. "Cumpre ressaltar que o guardião da Constituição Federal é o Supremo Tribunal Federal, cabendo a ele declarar a inconstitucionalidade de lei ordinária. Ora, essa assertiva não quer dizer que a administração não tem o dever de propor ou aplicar leis compatíveis com a Constituição. Se o destinatário de uma lei sentir que ela é inconstitucional o Pretório Excelso é o órgão competente para tal declaração. Já o administrador ou servidor público não pode se eximir de aplicar uma lei, porque o seu destinatário entende ser inconstitucional, quando não há manifestação definitiva do STF a respeito. A alegação de inconstitucionalidade formal de lei não pode ser objeto de conhecimento por parte do administrador público. Enquanto não for declarada inconstitucional pelo STF, ou examinado seu mérito no controle difuso (efeito entre as partes) ou revogado por outra lei federal, a referida lei estará em vigor e cabe à Administração Pública acatar suas disposições." No mesmo sentido posiciona-se este 2° Conselho de Contribuintes ao publicar a súmula n°. 2 aprovada na Sessão Plenária de 18 de setembro de 2007, publicadas no DOU de 26/09/2007, Seção 1, pág. 28: "SÚMULA N. 2 O Segundo Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de legislação tributária." Não se pode esquecer que a Constituição Federal em seu artigo 146, III reservou à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária. Dessa forma, as normas gerais estão dispostas no CTN, entretanto, normas especificas se estiverem de acordo com o disposto no CTN adquirem sua validade. Assim, o próprio CTN em seu artigo 97, VI dispõe que somente a lei pode estabelecer as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. O instituto da decadência é modalidade de extinção do crédito tributário, conforme previsto no art. 156, V do CTN, e sendo assim pode ser regulado por lei ordinária. Além do mais, o art. 150, § 4° do CTN dispõe que a lei pode alterar o prazo à homologação do tributo, que pelo CTN é de 5 anos. Sabemos que em regra, as contribuições previdenciárias são lançadas por homologação, e assim a Lei n° 8.212/1991, poderia alterar o prazo para 10 anos, conforme previsão no próprio CTN. /10• co2rsio CF:2%.F--c-oSm---ncotac. 23, .2 I • ' a , CGProcesso n.° 35405.002793/2006-27 Brasiiia CCO21C06 Acórdão n.° 206-00.603 /fp:, Mana de Fatima Fairet;a Fls. 190 Mau Siape 751683 'arva h° Ao contrário do que afirma o recorrente, o prazo decadencial para evantamento das contribuições devidas ao INSS não surgiu somente em 1999, mas está previsto em lei específica da previdência social, art. 45 da Lei n ° 8.212/1991, abaixo transcrito. Desse modo foi correta a aplicação do instituto pela autarquia previdenciária: "Art.45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: 1 - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; 11 - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada. Preliminares superadas, passo ao exame de mérito da questão." DO MÉRITO Cumpre-nos esclarecer, em primeiro lugar, que a fiscalização previdenciária é competente para constituir os créditos tributários decorrentes dos fatos geradores de contribuições previdenciárias, conforme descrito no art. 1° da Lei 11.098/2005: "Art. lo Ao Ministério da Previdência Social compete arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento, em nome do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuições instituídas a título de substituição, bem como as demais atribuições correlatas e conseqüentes, inclusive as relativas ao contencioso administrativo fiscal, conforme disposto em regulamento." Ademais, não compete ao auditor fiscal agir de forma discricionária no exercício de suas atribuições. Desta forma, em constatando a falta de recolhimento, face a ocorrência do fato gerador, cumpri-lhe lavrar de imediato a notificação fiscal de lançamento de débito de forma vinculada, constituindo o crédito previdenciário. O art. 243 do Decreto 3.048/99, assim dispõe neste sentido: "Art. 243. Constatada a falta de recolhimento de qualquer contribuição ou outra importância devida nos termos deste Regulamento, a fiscalização lavrará, de imediato, notificação fiscal de lançamento com discriminação clara e precisa dos fatos geradores, das contribuições devidas e dos períodos a que se referem, de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos competentes." A notificação fiscal tomou por base documentos do próprio recorrente, sendo que os fatos geradores estão discriminados mensalmente de modo claro e preciso no Discriminativo Analítico de Débito DAD, às fls. 04 a 14, o que, sem dúvida, possibilitou o pleno conhecimento do recorrente acerca do levantamento efetuado. Os valores objeto da presente notificação no período de 01/1999 a 08/2005 foram lançados com base na GFIP, declaração realizada pela própria empresa e apurados por meio dás informações constantes do sistema CNISA Conforme dispõe o art. 225, § 1° do RPS, aprovado pelo Decreto n ° 3.048/1999, abaixo transcrito, os dados informados em GFIP constituem termo de confissão de divida quando não recolhidos os valores nela declarados. irco. ia 23‘ Processo n.° 35405.002793/2006-27 Brasil • C__L CO02/C06 • Acórdão n.° 206-00.603 Maria de Ftstin.3 F 4.1frir 3(t o Fls. 191mau Sisas 7516:arvai") "Art.225. A empresa é também obrigada a: IV - informar mensalmente ao Instituto Nacional do Seguro Social, por intermédio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, na forma por ele estabelecida, dados cadastrais, todos os fatos geradores de contribuição previdenciária e outras informações de interesse daquele Instituto; (..)- § 1° As informações prestadas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social servirão como base de cálculo das contribuições arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciá rios, bem como constituir-se-ão em termo de confissão de divida, na hipótese do não- recolhimento." Uma vez que a notificada remunerou segurados, conforme informação nos registros documentais da empresa deveria ter efetuado o recolhimento das contribuições devidas à Previdência Social. A obrigação da empresa em arrecadar as contribuições dos segurados empregados a seu serviço mediante desconto sobre as respectivas remunerações está prevista no art. 30,1 da Lei n° 8.212/1991, nestas palavras: "Art.30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importáncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (Redação dada pela Lei n° 8.620, de 5/01/93). 1- a empresa é obrigada a: a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração; (4" No que tange a alegação de constarem valores indevidos, objeto de outra NFLD já em fase de execução fiscal, também razão não lhe confiro. O auditor fiscal em seu relatório, assim como a autoridade de 10 instância, esclareceram os questionamentos do recorrente quanto a não exigência em duplicidade para o período de 04/2001 a 07/2003. À fl. 132 do relatório fiscal o auditor indica que os valores da NFLD questionada pelo contribuinte foram devidamente abatidos. No entanto, entendo que existe um ponto que ainda merece atenção, mesmo não tendo o recorrente se manifestado a respeito. 1 20 - Basta • -2 CONIF...r F;B COM O Processo n.° 35405.002793/2006-27 Brasilla, 2S, - / CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.603 Fls. 192Maria de Fatima F riwa de erva o Mal, &aos 751683 Os lançamentos referentes ao período de 08/1995 a 12/1998 foram, segundo informações constantes do relatório fiscal apuradas do sistema RAIS, tendo em vista, a não apresentação das folhas de pagamentos pelo recorrente. Esse com certeza é fundamento para que o auditor afira indiretamente as bases de cálculo. Contudo, o auditor ao proceder nesse sentido deveria ter indicado o dispositivo legal que autoriza a realização de aferição indireta. Em não o fazendo macula os levantamentos realizados. Por todo o exposto o lançamento fiscal seguiu os ditames previstos, devendo ser revisto apenas no que concerne ao período objeto de levantamento pela RAIS, por não ter procedido à autoridade fiscal a indicação do procedimento que autoriza a aferição. "Art. 33. Ao Instituto Nacional do Seguro Social — INSS compete arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas "a", 'b" e "c" do parágrafo único do art. 11, bem como as contribuições incidentes a titulo de substituição; e à Secretaria da Receita Federal — SRF compete arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas "cl" e "e" do parágrafo único do art. 11, cabendo a ambos os órgãos, na esfera de sua competência, promover a respectiva cobrança e aplicar as sanções previstas legalmente. (Redação alterada pela Lei n° 10.256, de 09/07/01). § 1" É prerrogativa do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e do Departamento da Receita Federal - DRF o exame da contabilidade da empresa, não prevalecendo para esse efeito o disposto nos arts. 17 e 18 do Código Comercial, ficando obrigados a empresa e o segurado a prestar todos os esclarecimentos e informações solicitados. (Secretaria da Receita Federal, conforme Lei n° 8.490, de 19/11/92). § 2°A empresa, o servidor de órgãos públicos da administração direta e indireta, o segurado da Previdência Social, o serventuário da Justiça, o síndico ou seu representante, o comissário e o liquidante de empresa em liquidação judicial ou extrajudicial são obrigados a exibir todos os documentos e livros relacionados com as contribuições previstas nesta § 3- Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e o Departamento da Receita Federal - DRF podem, sem prejuízo da penalidade cabível, inscrever de oficio importância que reputarem devida, cabendo à empresa ou ao segurado o ônus da prova em contrário." (grifo nosso). 2° CC/Mr: — CONFERE C'. - ..J.TrVIAL Processo n.° 35405.002793/2006-27 CO32/036 Brasília SP "0Acórdão n.° 206-00.603 Fls. 193 Manado Fa: F-er do n...af Va Mau :Zatip, 751683 CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito DAR- LHE PROVIMENTO PARCIAL, para decretar a nulidade por vício formal dos lançamentos referentes ao período de 08/1995 a 12/1998, mantendo incólume o lançamento para as demais competências. Sala das Sessões, em 13 de março de 2008 ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA Page 1 _0001300.PDF Page 1 _0001400.PDF Page 1 _0001500.PDF Page 1 _0001600.PDF Page 1 _0001700.PDF Page 1 _0001800.PDF Page 1 _0001900.PDF Page 1 _0002000.PDF Page 1
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Numero do processo: 36906.000702/2003-98
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Feb 13 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Wed Feb 13 00:00:00 UTC 2008
Ementa: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 01/01/1999 a 30/04/2002
Ementa: PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO – NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO – CONTRIBUIÇÃO A CARGO DOS MUNICÍPIOS – CARGOS COMISSIONADOS EXCLUSIVAMENTE – CONTRATADOS TEMPORARIAMENTE – CONTRATAÇÃO DE TRABALHADORES CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS - PRAZO DECADENCIAL PARA LANÇAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS É DE 10 ANOS – JUROS MORATÓRIOS.
Houve discriminação clara e precisa dos fatos geradores, possibilitando o pleno conhecimento pela recorrente, não havendo porque falar em cerceamento de defesa.
Os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, são enquadrados como segurados empregados pelo RGPS após a Emenda Constitucional n° 20/1998.
A contratação de trabalhadores autônomos, contribuintes individuais, é fato gerador de contribuições previdenciárias, que atinge simultaneamente dois contribuintes: a empresa e o segurado.
A contratação de trabalhadores temporários é fato gerador de contribuições previdenciárias por tratar de segurados obrigatórios do RGPS.
O prazo para constituição do crédito previdenciário é de 10 anos, conforme previsto no art. 45 da Lei n° 8.212/1991.
O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos.
Quanto a compensação este não é o momento oportuno, nem o foro competente para a apreciação do direito a compensação recíproca entre regimes.
Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 206-00.427
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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CCO2C06 Fls. 313 Same AiweWdeveira Met : Sege 877682 MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂNIARA Processo n° 36906.000702/2003-98 Recurso n° 142.401 Voluntário Matéria ÓRGÃO PÚBLICO - MANDATO ELETIVO, CONTATADOS TEMPORARIAMENTE, CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA - CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA MF.Segundo Comem de CdodtPe AMOSAcórdão n° 206-00.427 Gerir.; ::£441.3 Sessão de 13 de fevereiro de 2008 Rubrirs Recorrente MUNICÍPIO DE INHAÚMA - PREFEITURA MUNICIF& Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA EM BELO HORIZONTE - MG Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 01/01/1999 a 30/04/2002 Ementa: PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO — NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO — CONTRIBUIÇÃO A CARGO DOS MUNICÍPIOS — CARGOS COMISSIONADOS EXCLUSIVAMENTE — CONTRATADOS TEMPORARIAMENTE CONTRATAÇÃO DE TRABALHADORES CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS - PRAZO DECADENCIAL PARA LANÇAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS É DE 10 ANOS — JUROS MORATÓRIOS. Houve discriminação clara e precisa dos fatos geradores, possibilitando o pleno conhecimento pela recorrente, não havendo porque falar em cerceamento de defesa. Os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, são enquadrados como segurados empregados pelo RGPS após a Emenda Constitucional n° 20/1998. A contratação de trabalhadores autônomos, contribuintes individuais, é fato gerador de contribuições previdenciárias, que atinge simultaneamente dois contribuintes: a empresa e o segurado. A contratação de trabalhadores temporários é fato gerador de contribuições previdenciárias por tratar de segurados obrigatórios do RGPS. 4", ME • SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL • Processo n.°36906.000702/2003-98 Bruni. O L. / o 5 og CCO2/C06 Acórdão n.°206-00.427 Fls. 314 Met: aspe 877362 O prazo para constituição do crédito previdenciário é de 10 anos, conforme previsto no art. 45 da Lei n° 8.212/1991. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. Quanto a compensação este não é o momento oportuno, nem o foro competente para a apreciação do direito a compensação reciproca entre regimes. Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente . . ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Ana Maria Bandeira, Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalume Reis, Cleusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Processo n.° 36906.000702/2003-98 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.427 Fls. 315 MF • SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL Brasis. o9- Relatório as 01'1 Relatório Sina Ais Met: Sapo 877882 A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa incluindo as destinadas ao financiamento dos beneficios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho, bem como da parcela relativa aos segurados sobre: Os valores pagos aos contribuintes individuais, correspondentes aos pagamentos feitos a pessoas fisicas que lhe prestaram serviço enquanto trabalhadores autônomos e transportadores autónomos. O lançamento compreende competências entre o período de julho de 2001 a janeiro de 2003, fls.04 a 06 e 11 a 14; A remuneração paga aos segurados ocupantes exclusivamente dos cargos em comissão, bem como os contratados temporariamente e demais segurados empregados que são segurados obrigatórios do RGPS. O lançamento compreende competências entre o período de julho de 2001 a janeiro de 2003, fls.07 a 11; A remuneração paga aos agentes políticos — prefeito e vice-prefeito; O município em questão não apresentou a fiscalização, conforme TIAD, datado de 02/09/2002, a documentação necessária para elisão da responsabilidade solidária relativa às contribuições sociais devidas pelas empresas construtoras e prestadoras de serviços, devedoras diretas, razão, pela qual, nos termos da legislação vigente tomou-se responsável pelas contribuições pertinentes. Não conformado com a notificação, a recorrente apresentou impugnação, fls. 192 a 212. Foi exarada a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência do lançamento, fls. 216 a 223. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso, conforme fls. 228 a 246, onde, em síntese a recorrente alegou o seguinte: A aniquilação das garantias fundamentais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa considerando que a decisão administrativa que ora se questiona atenta contra a ordem constitucional, posto não ter permitido ao município exercesse a sua ampla defesa, vulnerando, por via de conseqüência, as garantias fundamentais do devido processo legal. E do contraditório; O município de Cabo Frio não teve acesso aos autos do processo NFLD n° 37.007.271-5 e dessa forma não teve condições de elaborar sua defesa da melhor forma; Deve ser anulada a decisão proferida e remessa dos autos a instância a quo para, após vistas dos autos pelo município, proferir nova decisão; Violação ao princípio tributário da tipicidade fechada, onde somente os fatos elencados na legislação poderão ser tributos, devendo o legislador ordinário prever os aspectos pessoal, material e espacial, sob pena de esvaziar a legalidade; 6 ME- SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUNTES CONFERE COM O ORIGINAL Processo rt.° 36906.000702/2003-98 CO2 tas Acórdão n.° 206-00.427 Etrastbs. 0 2_, Fls. 316 obra Met: stapor 877862 Não poderia a União, por meio de portaria — Portaria MPAS n° 4.992/99, vir a determinar o ocupante de cargo em comissão exclusivamente como segurado obrigatório do RGPS, já que haveria repercussão tributária; Requer a anulação da decisão administrativa que julgou procedente o ilegítimo e ilícito lançamento realizado pelos órgãos fiscalizadores da previdência; Alternativamente, em não se convencendo dos ferimentos das garantias constitucionais, em função do principio da legalidade, seja reformada a decisão para desconstituir o crédito. A unidade descentralizada da SRP apresenta suas contra-razões, às fls. 249 a 255. O processo foi distribuído a 2 a Cal que determinou fosse o processo baixado em diligência para que se promovesse o desmembramento do lançamento, em relação aos levantamentos relacionados a responsabilidade solidária, para que, em relação aos mesmos, seja cumprida a IN 70/2002, art. 296, § 40, em processo distinto. Foi emitida informação fiscal com o cumprimento do contido na solicitação de diligência, fls. 269 a 278. O serviço de Análise de Defesas e Recursos, emitiu despacho acerca da inviabilidade de desmembramento dos débitos oriundos de responsabilidade solidária, propondo, a exclusão dos mesmos e a criação de um lançamento próprio incluindo todos, fls. 286 a 287. Em retomo a r CaJ, o processo foi novamente baixado em diligência, para que se identificasse se os comissionados, eletivos e contratados temporariamente possuíam algum vínculo como servidores efetivos, fls.289 a 291. Foi emitida nova informação fiscal, dando cumprimento a diligência solicitada, fl. 296. Foi realizada nova cientificação ao contribuinte, acerca das diligências realizadas, abrindo-se prazo para manifestação, fl. 298. Antes dos autos retornarem a este conselho, o recorrente encaminhou termo desistência dos recursos, visto que os créditos resultantes desta NFLD foram incluídos em parcelamento especial, fls.301 a 309. Retornaram os autos a este conselho, com vistas a dar conhecimento de seus termos, bem como seja promovida a homologação, como fulcro no art. 33 do Regimento Interno do CRPS, fl. 312. É o Relatório. (P7- Processo n.° 36906.000702/2003-98 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.427 ME- SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Fls. 317CONFERE COM O ORIGINAL °2- / ~8AX Olpowim Voto Mut: Siam 877862 Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Em se tratando de retomo dos autos a este conselho, em cumprimento a diligência solicitada pela r Cal do CRPS, abstenho-me de avaliar os pressupostos. DO MÉRITO O recorrente apresentou termo de desistência do recurso, face a inclusão da NFLD em questão, em pedido de parcelamento, fls. 312. Dessa forma, não há que se avaliar o mérito pela perda do objeto do recurso. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo NÃO CONHECIMENTO do recurso com fulcro no termo de desistência encaminhado pelo recorrente. É como voto. Sala das Sessões, em 13 de fevereiro de 2008 tof E • '4 • ISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Page 1 _0022700.PDF Page 1 _0022800.PDF Page 1 _0022900.PDF Page 1 _0023000.PDF Page 1
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Numero do processo: 35337.000036/2007-51
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Feb 14 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Feb 14 00:00:00 UTC 2008
Ementa: Contribuições Sociais Previdenciárias
Período de apuração: 15/12/1998 a 31/12/2001
Ementa: PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO – NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO – CONTRIBUIÇÃO A CARGO DOS MUNICÍPIOS – CARGOS COMISSIONADOS EXCLUSIVAMENTE – CONTRATADOS TEMPORARIAMENTE – PRAZO DECADENCIAL PARA LANÇAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS É DE 10 ANOS – JUROS MORATÓRIOS – COMPENSAÇÃO ENTRE REGIME DE PREVIDÊNCIA.
Houve discriminação clara e precisa dos fatos geradores, possibilitando o pleno conhecimento pela recorrente, não havendo porque falar em cerceamento de defesa.
Os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão são enquadrados como segurados empregados pelo RGPS após a Emenda Constitucional n° 20/1998.
O prazo para constituição do crédito previdenciário é de 10 anos, conforme previsto no art. 45 da Lei n° 8.212/1991.
O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos.
Quanto a compensação este não é o momento oportuno, nem o foro competente para a apreciação do direito a compensação recíproca entre regimes.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-00.459
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, I) por maioria de votos em rejeitar a preliminar de decadência. Vencidos os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. II) por unanimidade de votos, no mérito, em negar provimento ao recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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O ti CCOVC06 Fls. 148 Uma~ de Olheira Met: Skupe 877362 3..*C4X MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n° 35337.000036/2007-51 Recurso n° 145.082 Voluntário Matéria ÓRGÃO PÚBLICO - SERVIDORES NÃO ABRANGIDOS POR REGIME PRÓPRIO rn,,gro de Cone0,• 'int% Acórdão n° 206-00.459 MF-SegundVomd Oceánl ' 1 9Sessão de 14 de fevereiro de 2008 de- 1, ama, Recorrente MUNICÍPIO DE TIMBÉ Do 1 - PREFEITURA MUNICIPAL Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁR1A EM FLORIANÓPOLIS - SC Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias Período de apuração: 15/12/1998 a 31/12/2001 Ementa: PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO — NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO — CONTRIBUIÇÃO A CARGO DOS MUNICÍPIOS — CARGOS COMISSIONADOS EXCLUSIVAMENTE — CONTRATADOS TEMPORARIAMENTE — PRAZO DECADENCIAL PARA LANÇAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS É DE 10 ANOS — JUROS MORATÓRIOS — COMPENSAÇÃO ENTRE REGIME DE PREVIDÊNCIA. Houve discriminação clara e precisa dos fatos geradores, possibilitando o pleno conhecimento pela recorrente, não havendo porque falar em cerceamento de defesa. Os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão são enquadrados como segurados empregados pelo RGPS após a Emenda Constitucional n° 20/1998. O prazo para constituição do crédito previdenciário é de 10 anos, conforme previsto no art. 45 da Lei n° 8.212/1991. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. abe- MF - SEGUNDO CONSELF 10 DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL Processo n.° 35337.000036/2007-51 O 2- I „%+!Sig-- CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.459 Fls. 149 Una asVIV41% ria Saip• 877862 Quanto a compensação este não é o momento oportuno, nem o foro competente para a apreciação do direito a compensação reciproca entre regimes. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, I) por maioria de votos em rejeitar a preliminar de decadência. Vencidos os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. II) por unanimidade de votos, no mérito, em negar provimento ao recurso. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente ed(kti) CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Ana Maria Bandeira, Rogério de Lellis Pinto, Bernadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalume Reis, Cleusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Processo n.° 35337.000036/2007-51 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.459 MF S'20UNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL Fls. 150 OV Brasis, 0 1 10 Ume AsTria Relatório Mie Sapo 87/862 A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa, incluindo as destinadas ao financiamento dos beneficios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho, bem como da parcela relativa aos segurados não descontados ou retidos em época própria. O período do presente levantamento abrange as competências dezembro de 1998 a dezembro de 2001, incluindo 13° salário, fls. 04 a 10. Os fatos geradores referem-se ao segurados ocupantes exclusivamente dos cargos em comissão, bem como os contratados temporariamente. Não conformado com a notificação, a recorrente apresentou impugnação, fls. 64 a 71. Foi exarada a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência do lançamento, fls.128 a 132. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso, conforme fls. 135 a 145, no qual, em síntese a recorrente alegou o seguinte: O levantamento realizado é inerente ao período em que o município possuía Regime Próprio de Previdência — RPPS, criado desde 1993, pela Lei Municipal n° 785/1993, abrangendo todos os servidores do ente público, inclusive comissionados e contratado temporariamente; Só em 2001, com a edição da Lei n° 1.100, o RPPS foi extinto, passando a produzir efeitos a partir de janeiro de 2002; O INSS não possui legitimidade, para utilizar auditorias e fiscalizações para proceder levantamento durante o tempo de vigência do RPPS; O próprio INSS concorda com os fundamentos da defesa, na medida que sempre admitiu as declarações de tempo de contribuição para fins de obtenção de beneficios junto àquela autarquia; Não sendo este o entendimento , pugna o recorrente para que se proceda a compensação financeira dos débitos previdenciários havidos entre o INSS e o SIMPRE no que se refere aos cargos comissionados e ACT's no período de 16/12/1998 a 31/12/2001, haja vista que foram recolhidos em sua totalidade para SIMPRE. Com o advento da CF188 a contribuição previdenciária readquiriu sua natureza tributária, voltando a ser regulada pelo CTN, que em seu art. 174 prevê prazo prescricional de 5 anos; Mesmo em desconsiderando serem indevidos os valores apurados, observa-se uma excessiva cobrança de juros; MF - tiéI3UNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL • Processo n.° 35337.000036/2007-51 O 9- CCOVC06 Acórdão ri.• 206-00.459 Brasil*. 0g3 / Fls. 151 SSD' Mim *e Cinera Met . gap* 817562 Requer seja conhecido o recurso, com o objetivo de reformar a decisão de ia Instância, para que seja reconhecida a decadência e julgada a nulidade da notificação, ou alternativamente, sejam expurgados os juros excessivos e realizada a compensação dos débitos previdenciários havidos entre o INSS e o SIMPRE. A unidade descentralizada da SRP apresenta suas contra-razões, aduzindo que o recorrente em seu recurso reproduz as mesmas alegações oferecidas por ocasião da impugnação, já devidamente apreciadas por ocasião da DN, desta forma não existe nenhum elemento novo capaz de alterar o julgamento. É o Relatório. Processo n.° 35337.000036/2007-51 CCO2/C06 • PITES Acórdão n.° 206-00.459 "E - Sia C EftE I O ORIGINAL BUI Fls. 152 Brasa" / 1C) / Og Sn Ars Os= Voto Met: Sapa 877862 Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Recurso interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 78, e não estando o recorrente obrigado a realizar o depósito recursal, passo para o exame das questões preliminares ao mérito. DAS OUESTÕES PRELIMINARES: Quanto à questão preliminar suscitada pela recorrente em que o lançamento já fora atingido pela decadência, razão não lhe confiro. Entendo que o prazo decadencial para a autoridade previdenciária constituir os créditos trabalhistas é de 10 anos, e está previsto em lei específica da previdência social, art. 45 da Lei n° 8.212/1991, abaixo transcrito. Desse modo, foi correta a aplicação do instituto pela autoridade previdenciária: "Art.45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada." A legislação previdenciária marca como início da contagem do prazo decadencial, o primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o crédito poderia ter sido constituído. No caso de o contribuinte ter efetivado o recolhimento parcial ou não ter realizado recolhimento, assiste ao fisco o dever de constituir o crédito, bem como as diferenças que por ventura sejam devidas, dentro do mesmo prazo, bem como exigir a apresentação dos documentos necessários a verificação do cumprimento do dispositivo legal. Considerando que o Código Tributário Nacional - CTN dispõe sobre normas gerais em matéria tributária, especialmente acerca da prescrição e da decadência, não há impedimento para que legislação ordinária disponha sobre normas especificas e assim o prazo decadencial previsto no art. 45 da Lei n°8.212/1991 é compatível com o ordenamento jurídico, conforme demonstrar-se-á a seguir. Mesmo restringindo a análise apenas ao C1N, para a melhor interpretação dessa lei devemos observar a relação existente entre os diversos artigos, evitando a interpretação isolada de um único dispositivo. Assim, o art. 150, § 4° do CTN, não deve ser analisado de forma isolada, mas sim combinado com o artigo 173 do próprio CTN que dispõe sobre o instituto da decadência. ME- SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES Processo n.° 35337.000036/2007-51 CONFERE COM O ORIGINAL CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.459 Brada. f.") 9.- I C Ci Eis. 153 Same Men de Olmmee Met. Sielde 817362 Em mesmo sendo argüida pela recorrente a inconstitucionalidade da lei previdenciária que dispõe sobre o prazo decadencial de 10 anos, incabível seria sua análise na esfera administrativa. Não pode a autoridade administrativa recusar-se a cumprir norma cuja constitucionalidade vem sendo questionada, razão pela qual são aplicáveis os prazos regulados na Lei n° 8.212/1991 em matéria de decadência e prescrição relativas às contribuições administradas e arrecadadas pelo INSS. Em relação ao prazo decadencial, o entendimento firmado pelo STJ é o de que nos casos de tributos cujo lançamento seja por homologação, o direito de a Fazenda constituir o crédito tributário é de 5 anos contados da ocorrência do fato gerador, acrescidos de mais um qüinqüênio, o que totalizariam os 10 anos. Essa interpretação combina os arts. 173, I e 150, § 40, do CTN (Resp n 132.329). lnexistindo pagamento não há que se falar em homologação tácita, conforme entende o STJ. Nesse sentido, segue ementa do Recurso Especial n 132.329, cujo relator foi o Ministro Garcia Vieira, publicado no DJ de 7/6/1999. "TRIBUTÁRIO - TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - DECADÊNCIA - PRAZO. Estabelece o artigo 73 (sie), inciso I do CTN que o direito da Fazenda de constituir o crédito tributário extingue-se após 05 (cinco) anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento por homologação poderia ter sido efetuado. Se não houve pagamento, inexiste homologação tácita. Com o encerramento do prazo para homologação, inicia-se o prazo para a constituição do crédito tributário. Conclui-se que, quando se tratar de tributos a serem constituídos por lançamento por homologação, inexistindo pagamento, tem o fisco o prazo de 10 anos, após a ocorrência do fato gerador, para constituir o crédito tributário. Embargos recebidos." Toda lei presume-se constitucional e, até que seja declarada sua inconstitucionalidade pelo órgão competente do Poder Judiciário, deve o agente público, como executor da lei, respeitá-la. Nesse sentido, segue trecho do Parecer/CJ n° 771, aprovado pelo Ministro da Previdência Social em 28/1/1997. Cumpre ressaltar que o guardião da Constituição Federal é o Supremo Tribunal Federal, cabendo a ele declarar a inconstitucionalidade de lei ordinária. Ora, essa assertiva não quer dizer que a administração não tem o dever de propor ou aplicar leis compatíveis com a Constituição. Se o destinatário de uma lei sentir que ela é inconstitucional o Pretório Excelso é o órgão competente para tal declaração. Já o administrador ou servidor público não pode se eximir de aplicar uma lei, porque o seu destinatário entende ser inconstitucional, quando não há manifestação definitiva do STF a respeito. A alegação de inconstitucionalidade formal de lei não pode ser objeto de conhecimento por parte do administrador público. Enquanto não for declarada inconstitucional pelo STF, ou examinado seu mérito no controle difuso (efeito entre as partes) ou revogada por outra lei federal, a referida lei estará em vigor e cabe à Administração Pública acatar suas disposições. CP"- MF SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ORLGIProcesso n.° 35337.000036/2007-51 CONFERE COM O NAL CCO2 CO6• Acórdão n.° 206-00.459 Brasis, 07. 5- cyg __s.ri 154 Une de am.a Mat: Sape erre 82 No mesmo sentido posiciona-se este 2° Conselho de Contribuintes ao publicar a súmula n° 2 aprovadas na Sessão Plenária de 18 de setembro de 2007, publicadas no DOU de 26/09/2007, Seção I, pág. 28: "SÚMULA N. 2 O Segundo Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconsiitucionalidade de legislação tributária." Não se pode esquecer que a Constituição Federal em seu artigo 146, III reservou à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária. Dessa forma, as normas gerais estão dispostas no CTN, entretanto, normas especificas se estiverem de acordo com o disposto no CTN adquirem sua validade. Assim, o próprio CTN em seu artigo 97, VI dispõe que somente a lei pode estabelecer as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. O instituto da decadência é modalidade de extinção do crédito tributário, conforme previsto no art. 156, V do CTN, e sendo assim pode ser regulado por lei ordinária. Além do mais, o art. 150, § 4° do CTN dispõe que a lei pode alterar o prazo à homologação do tributo, que pelo CTN é de 5 anos. Sabemos que em rega, as contribuições previdenciárias são lançadas por homologação, e assim a Lei n° 8.212/1991, poderia alterar o prazo para 10 anos, conforme previsão no próprio CTN. Ao contrário do que afirma o recorrente, o prazo decadencial para levantamento das contribuições devidas ao INSS não surgiu somente em 1999, mas está previsto em lei especifica da previdência social, art. 45 da Lei n° 8.212/1991, abaixo transcrito. Desse modo foi correta a aplicação do instituto pela autarquia previdenciária: "Art.45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: 1 - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada." Preliminares superadas, passo ao exame de mérito da questão. DO MÉRITO Para efeitos da legislação previdenciária, os órgãos e entidades públicas são considerados empresa, conforme prevê o art. 15 da Lei n° 8.212/1991, nestas palavras: "Art.15.Considera-se: 1 - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional;" 4P ifts MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES• CONFERE COM O ORIGINAI. Processo n.° 35337.00003612007-51 Brasas, 09-1 O 011 CCO2C06 Acórdão n.° 206-00.459 Fls. 155 egin Ma a asa a. Sisa 8176132 Assim, o ente público — MUNICÍPIO DE TIMBÉ DO SUL é considerado empresa perante a previdência social, devendo, portanto, contribuir para o RGPS, sempre que presentes fatos geradores de contribuições previdenciárias. Em primeiro lugar a Lei 8.212/91 foi alterada pela Lei 8647/1993, vinculando todos os servidores civis, não efetivos, ocupantes de cargos em comissão na UNIÃO, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES FEDERAIS. ao RGPS. Portanto, a partir da publicação da referida lei, não poderiam mais os servidores exclusivamente comissionados da UNIÃO, vincular-se ao Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos Federais, conforme descrito abaixo: "LEI N"&647, DE 13 DE ABRIL DE 1993 (D.O.U. - 14.04.93). O PRESIDENTE DA REPÚBLICA; Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Ar!. 1° - O servidor público civil ocupante de cargo em comissão, sem vinculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais, vincula-se obrigatoriamente ao Regime Geral de Previdência Social de que trata a Lei n°8.213, de 24 de julho de 1991. Art.2° - O art. 183 da Lei n°8.112, de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:" "Art.183 - A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família. Parágrafo Único - O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional, não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde." Art.3° - O art. 12 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art.12 - São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 1- como empregado: A) (....). g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Publicai Federais." Em se tratando de servidores comissionados no âmbito do município, outro dispositivo legal trata da questão. Originalmente o texto da Lei 8212/91, se posicionava em relação aos comissionados dos Municípios no seguinte sentido: MF - E:COUNDO CONSFJ-HO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL Processo n.° 35337.000036/2007-5 ICCO2C06 Acórdão n.° 206-00.459 OrasItio. tg 9-- AGI elg Fls. 156 Sonnosselanka Si.,. 877862 "ORIGINAL - Art. 13. O servidor civil ou militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, é excluído do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta lei, desde que esteja sujeito a sistema próprio de previdência social. Parágrafo único. Caso este servidor venha a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-á segurado obrigatório em relação a essas atividades." No entanto, esse dispositivo foi alterado, pela Lei 9.876/99, passando a vigorar da seguinte forma: "Art. 13. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social. (Redação alterada pela Lei e 9.876/99. Ver art. 5° da Lei n° 9.528/97 e Parecer CJ/MPS n" 3.165/03). § 1° Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades. (Renumerado do parágrafo único, com redação alterada, pela Lei n°9.876/99). § 2° Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não permita a filiação nessa condição, permanecerão vinculados." No entanto, apesar do dispositivo legal ter sido alterado pela Lei 9876/99, desde a publicação da Emenda Constitucional n° 20/1998, já não mais se permitia a vinculação dos exclusivamente comissionados ao RGPS. Dessa forma, a partir de 16/12/1998, tais trabalhadores passam a estar obrigatoriamente regidos pelo Regime Geral de Previdência Social — RGPS, tendo em vista que só os servidores EFETIVOS poderiam estar vinculados a Regime Próprio de Previdência — RPS. Assim, descreve a E.0 n. 20, de 16.12.1998: "Art.40 - Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social." • ME - &MUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL Processo n.° 35337.000036/2007-SI Brasília! 09. I p o2 cco21c06• Acórclào n.° 206-00.459 Fls. 157 Sina Ais Praia Met. Sapa 877662 Conforme descrito anteriormente, tanto os Estados como os Municípios, têm competência para criar sistemas próprios de previdência social destinados exclusivamente à cobertura dos respectivos servidores e seus dependentes. Porém antes da permissão para a criação e vinculação de trabalhadores a regimes próprios, deve-se destacar o direito constitucional ao amparo previdenciário. Ou seja, em inexistindo RPPS, ou em sendo restrito o seu alcance, estariam os trabalhadores protegidos por intermédio de vinculação ao RGPS. Dessa forma, quanto aos argumentos do recorrente de que a autoridade fiscal, embasada no texto constitucional não poderia criar restrições ao poder dos Municípios de dispor livremente sobre a vinculação dos segurados a RPPS, não lhe confiro razão. De imediato o que o legislador constitucional resolveu regular, de forma muito coerente, diga-se de antemão, é que os servidores comissionados exclusivamente, bem como aqueles contratados de forma temporária não poderiam estar vinculados a RPPS, posto que na maioria das vezes quando aptos a gozar os beneficios não mais possuíam vinculo com ente público, restando muitas vezes para o RGPS a obrigação de amparar tais segurados. A partir de 16.12.1998, com a EC 20/98, a inclusão de segurados ao Regime Próprio de Previdência Social passa a sofrer restrições. Somente poderiam estar amparados, os servidores efetivos, ficando os segurados comissionados, e contratados a prazo determinado, obrigatoriamente vinculados ao RGPS, independente da necessidade de alteração legal dispondo nesse sentido. Ou seja, aplica-se de imediato o dispositivo constitucional sem a necessidade de esperar que os Estados e Municípios alterassem sua legislação. Nesse sentido, estabelece a Instrução Normativa n. 100/2003: "DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, DAS AUTARQULAS E DAS FUNDAÇÕES DE DIREITO PÚBLICO Seção I Dos Regimes Próprios de Previdência Social Art. 338. Entende-se por regime próprio de previdência social dos servidores públicos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e dos militares dos estados e do Distrito Federal, incluídas suas autarquias e fundações públicas, aquele que assegura, pelo menos, as aposentadorias e a pensão por morte previstas no art. 40 da Constituição Federal, observados os critérios definidos na Lei n° 9.717, de 27 de novembro de 1998, observado o seguinte: I - até 15 de dezembro de 1998, com possibilidade de cobertura a qualquer espécie de servidor público civil ou militar da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, bem como aos das respectivas autarquias ou aos das fundações de direito público, inclusive ao agente político e aos respectivos dependentes, observado o disposto no parágrafo único; II - a partir de 16 de dezembro de 1998, por força da Emenda Constitucional n° 20, de 1998, com cobertura restrita ao servidor público civil titular de cargo efetivo e ao militar da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, bem como ao servidor das respectivas autarquias e fundações de direito público e aos respectivos dependentes." 6) ME - VECIUKI0 CONSELHO DE CONTRIBUINTES• CONFERE COM O ORIGNAL Processo n." 35337000036'2007-5I Crasilie. O 05m O g CCO2 CO6 Acórdão n.° 206-00459 As. 158 SrmMnsdeWeera fla 877M2 Ou seja, com certeza as grandes distorções foram tecnicamente acertadas, porém em relação ao tempo anterior a EC n° 20 nada se pode fazer, considerando a liberdade dos entes em regular seus RPPS. No entanto, no caso concreto, após o advento da referida emenda correto é o enquadramento ao RGPS dos servidores comissionados e contratados temporariamente. A cobrança de juros está prevista em lei especifica da previdência social, art. 34 da Lei n° 8.212/1991, abaixo transcrito, desse modo foi correta a aplicação do índice pela autarquia previdenciária: "Ar:. 34. As contribuições sociais e outras importâncias arrecadadas pelo INSS, incluídas ou não em notificação fiscal de lançamento, pagas com atraso, objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas aos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia-SELIC, a que se refere o art. 13 da Lei n°9.065, de 20 de junho de 1995, incidentes sobre o valor atualizado, e multa de mora, todos de caráter irrelevável. (Artigo restabelecido, com nova redação dada e parágrafo único acrescentado pela Lei n°9.528, de 10/12/97). Parágrafo único. O percentual dos juros moratários relativos aos meses de vencimentos ou pagamentos das contribuições corresponderá a um por cento." Nesse sentido já se posicionou o STJ no Recurso Especial n° 475904, publicado no DJ em 12/05/2003, cujo relator foi o Min. José Delgado: "PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CDA. VALIDADE. MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 07/STJ. COBRANÇA DE JUROS. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA. A averiguação do cumprimento dos requisitos essenciais de validade da CDA importa o revolvimento de matéria probatória, situação inadmissível em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 07/STJ. No caso de execução de dívida fiscal, os juros possuem a função de compensar o Estado pelo tributo não recebido tempestivamente. Os juros incidentes pela Taxa SELIC estão previstos em leL São aplicáveis legalmente, portanto. Não há confronto com o art. 161, 1°, do C77V. A aplicação de tal Taxa já está consagrada por esta Corte, e é devida a partir da sua instituição, isto é, 1701/1996. (REsp 4392567MG) Recurso especial parcialmente conhecido, e na parte conhecida, desprovido." Não tendo o contribuinte recolhido à contribuição previdenciária em época própria, tem por obrigação arcar com o ónus de seu inadimplemento. Caso não se fizesse tal exigência, poder-se-ia questionar a violação ao principio da isonomia, por haver tratamento similar entre o contribuinte que cumprira em dia com suas obrigações fiscais, com aqueles que não recolheram no prazo fixado pela legislação. Por fim, quanto ao argumento de fazer jus a compensação previdenciária, prevista no texto constitucional, não é este o momento oportuno, nem o foro para a apreciação do direito a compensação reciproca entre regimes. Tal questionamento deve ser encaminhado diretamente a área responsável no Ministério da Previdência para que se verifique o direito a compensação previdenciária. MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ORIGINAL Processo n.°35337.00003612007-51 Nua CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.459 Fls. 159 Edna jrameire Sao• 8/7982 Assim, foi correto o lançamento fiscal, devendo ser mantido integralmente. CONCLUSÃO: Voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO, mantendo o lançamento efetuado. É COMO voto. Sala das Sessões, em 14 de fevereiro de 2008 C ELAINE CRISTINA MONIEIKU L'SILVA VIEIRA Page 1 _0048800.PDF Page 1 _0048900.PDF Page 1 _0049000.PDF Page 1 _0049100.PDF Page 1 _0049200.PDF Page 1 _0049300.PDF Page 1 _0049400.PDF Page 1 _0049500.PDF Page 1 _0049600.PDF Page 1 _0049700.PDF Page 1 _0049800.PDF Page 1
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Numero do processo: 35411.004316/2006-17
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jul 03 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Jul 03 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Período de apuração: 01/06/2003 a 31/01/2005
PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO - GFIP - TERMO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA - INCONSTITUCIONALIDADE INCRA - SEBRAE - SELIC - SALÁRIO EDUCAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA - MULTA MORATÓRIA E OS JUROS SELIC SÃO DEVIDOS NO CASO DE INADIMPLÊNCIA DO CONTRIBUINTE.
A GFIP é termo de confissão de dívida em relação aos valores declarados e não recolhidos.
A verificação de inconstitucionalidade de ato normativo é inerente ao Poder Judiciário, não podendo ser apreciada pelo órgão do Poder Executivo.
Quanto à inconstitucionalidade/ilegalidade das alíquotas INCRA, SEBRAE, salário educação e da aplicação de juros SELIC na cobrança das contribuições previdenciárias, não há razão para a recorrente. Como dito, não é de competência da autoridade administrativa a recusa ao cumprimento de norma supostamente inconstitucional, razão pela qual são exigíveis a aplicação da taxa de juros SELIC, , INCRA, salário educação e SEBRAE.
O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-01.058
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos: I) em rejeitar as preliminares suscitadas; e II) no mérito, em negar provimento ao recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA - MULTA MORATÓRIA E OS JUROS SELIC SÃO DEVIDOS NO CASO DE INADIMPLÉNCIA DO CONTRIBUINTE. A GFIP é termo de confissão de dívida em relação aos valores declarados e não recolhidos. A verificação de inconstitucionalidade de ato normativo é inerente ao Poder Judiciário, não podendo ser apreciada pelo órgão do Poder Executivo. Quanto à inconstitucionalidadefilegalidade das alíquotas INCRA, SEBRAE, salário educação e da aplicação de juros SELIC na cobrança das contribuições previdenciárias, não há razão para a recorrente. Como dito, não é de competência da autoridade administrativa a recusa ao cumprimento de norma supostamente inconstitucional, razão pela qual são exigíveis a aplicação da taxa de juros SELIC„ INCRA, salário educação e SEBRAE. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. r CC/MF - SeMa Camara CONFERE COMO ORIGINAL Processo n° 35411.004316/2006-17 Brasília, ei j„, ét. ,q; CCO2C06 Acórdão n.° 206-01.058 Fls. 215 Maria Paloma nrrr árn Matr Solape 75'1683 arvaill° ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos: I) em rejeitar as preliminares suscitadas; e II) no mérito, em negar provimento ao recurso. IC)k3---- ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Osmar Pereira Costa (Suplente convocado), Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira e Marcelo Freitas de Souza Costa (Suplente convocado). 2 Processo n°35411.004316/2006-17 CONFERE CC/MF - Sexta Câmara' CCO2/036 Aceira° n.• 206-01.058 COMO ORIGINAL Fls. 216 Bras fita, es_.) e Manas. Fátima fitiP17- - Metr. Bispe 751883 arva Relatório A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela destinada aos Terceiros (SALÁRIO EDUCAÇÃO, INCRA, SESC E SEBRAE). O período do presente levantamento abrange as competências 06/2003, 07/2003, 10/2003, 11/2003, 01/2004, 02/2004, 11/2004, 12/2004, 13/2004 e 01/2005, incidentes sobre o salários dos segurados empregados e 13° salário, fls. 32 a 35. Os valores foram declarados na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações a Previdência Social - GFIP, mas não foram recolhidos em sua totalidade. Não conformada com a notificação o recorrente apresentou impugnação, fls. 36 a 86. Foi exarada a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência integral do lançamento, conforme fls. 98 a 116. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso pela notificada, conforme fls. 120 a 176. Em síntese, a recorrente em seu recurso alega o seguinte: A Fiscalização criou e/ou majorou arbitrariamente a base de cálculo das contribuições objeto desta notificação, representando afronta ao principio da legalidade; Preliminarmente, face a inobservância da legislação aplicável ocorreu a fiscalização em vício insanável existente no lançamento tributário; Da maneira como constou o lançamento do débito, não ficou demonstrado a ocorrência do fatos geradores tributários, além de ter impossibilitado ao contribuinte total compreensão dos motivos que levaram ao lançamento do débito, cerceando o seu direito de defesa; No mérito alega a inconstitucionalidade das contribuições destinadas a terceiros — salário educação;, tendo em vista a necessidade e regulamentação da contribuição por meio de lei complementar; É indevida a cobrança para o SEBRAE, por ser ilegal, sendo que a sua aplicação tem por finalidade o financiamento da política de apoio as pequenas e micro empresas, consistindo em contribuição de interesse de categoria econômica, inaplicável a empresa em questão; A mesma argumentação aduzida para demonstra r que o recorrente não é sujeito passivo da contribuição ao SEBRAE, pode ser trazida à contribuição para o SESC/SENAC; É indevida a cobrança de contribuição para o INCRA, tendo em vista a evidente inconstitucionalidade de sua cobrança, bem como a inexistência de relação jurídico- obrigacional por tratar-se a notificado de empresa urbana. r CC/MF - Sexta Câmara CONFERE COMO ORIGINAL Processo n° 35411.004316/2006-17 EtrasilIa, CCO2/C062,d21 01. Acórdão n.° 206-01.058 iler erraMaria de Fatim Fls. 217 a • e rvalh • Matr Slape 751683 A SELIC deve ser expelida do presente lançamento fiscal, pela sua flagrante inconstitucionalidade; Não é cabível a aplicação de multa nos valores aqui aplicados, uma vez que a autoridade fiscal arbitrou percentual elevado, afrontando o principio da proporcionalidade entre o dano e o ressarcimento; Requer a anulação da NFLD e protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admissíveis. A unidade descentralizada da SRP apresenta suas contra-razões às fls. 199 a 200, descrevendo que não foi trazido qualquer fato novo que enseje a reforma da decisão. E o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 223. Foi dado prosseguimento ao recurso sem a efetivação do depósito recursal, por estar o recorrente amparado por medida liminar que lhe garantiu tal prerrogativa. Avaliados os pressupostos, passo para o exame das questões preliminares ao mérito. DAS PRELIMINARES DO MÉRITO Em primeiro lugar, quanto ao argumento de ser imprópria a notificação fiscal, eis que a sua lavratura se deu em nítida afronta à disposição legal, frise-se que o procedimento fiscal atendeu todas as determinações legais, quais sejam: Autorização por meio da emissão do Mandato de Procedimento Fiscal — MPF- F e MPF — Complementar - 01, com a competente designação do auditor fiscal responsável pelo cumprimento do procedimento, conforme fls. 19 a 21; Intimação para a apresentação dos documentos nos termos do Termo de Intimação para Apresentação de Documentos — TIAD, fl. 22 a 29, conferindo nos limites legais, tempo hábil para que o contribuinte (ora recorrente) apresentasse todos os documentos capazes de comprovar o cumprimento da legislação previdenciária; Notificação dento do prazo autorizado pelo referido mandato, com emissão do correspondente Termo de Encerramento da Ação Fiscal, bem como apresentação ao contribuinte dos fatos geradores e fundamentação legal que constituíram o lançamento do crédito ora contestado, com as informações necessárias para que o notificado pudesse efetuar as impugnações que considerasse pertinentes, conforme demonstrado às fls. 01 a 34. ("Iti • 2° CC/PAF - Sexta Carreara CONFERE COMO ORIGINAL Brasília. 41,10 / 41-.111$2, / 0(3 Processo n°35411.0043162006-17 CCO2JC06 Acórdão n.° 206-01.058 Maria de Fábm. •zo Matr Siape 751683 Fls. 218 Com base nestes fatos, quanto à alegação do recorrente de que o procedimento fiscal encontra-se eivado de nulidade, por não atender aos ditames legais, tão pouco a segurança jurídica, não lhe confiro razão. Cumpre-nos esclarecer ainda, que não procede o argumento do recorrente de que a autoridade fiscal extrapolou de seus limites, quando da cobrança do crédito, desrespeitando os limites legais. A fiscalização previdenciária é competente para constituir os créditos tributários decorrentes dos fatos geradores de contribuições previdenciárias, conforme descrito no art. 1° da Lei 11.098/2005: "Art. I° Ao Ministério da Previdência Social compete arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento, em nome do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuições instituídas a título de substituição, bem como as demais atribuições correlatas e conseqüentes, inclusive as relativas ao contencioso administrativo fiscal, conforme disposto em regulamento." Ademais, não compete ao auditor fiscal agir de forma discricionária no exercício de suas atribuições. Desta forma, em constatando a falta de recolhimento, face a ocorrência do fato gerador, cumpri-lhe lavrar de imediato a notificação fiscal de lançamento de débito de forma vinculada, constituindo o crédito previdenciário. O art. 243 do Decreto 3.048/99, assim dispõe neste sentido: "Art.243. Constatada a falta de recolhimento de qualquer contribuição ou outra importância devida nos ternos deste Regulamento, a fiscalização lavrará, de imediato, notificação fiscal de lançamento com discriminação clara e precisa dos fatos geradores, das contribuições devidas e dos períodos a que se referem, de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos competentes." Superadas as questões preliminares, passa-se a analisar propriamente o mérito. DO MÉRITO: A notificação fiscal tomou por base documentos do próprio recorrente, sendo que os fatos geradores estão discriminados mensalmente de modo claro e preciso no Discriminativo Analítico de Débito — DAD, às fls. 04 a 05, o que, sem dúvida, possibilitou o pleno conhecimento do recorrente acerca do levantamento efetuado. Os valores objeto da presente notificação foram lançados com base na GFIP, declaração realizada pela própria empresa Conforme dispõe o art. 225, § 1 0 do RPS, aprovado pelo Decreto n°3.048/1999, abaixo transcrito, os dados informados em GFIP constituem termo de confissão de dívida quando não recolhidos os valores nela declarados. "Art.225. A empresa é também obrigada a: (.). IV- informar mensalmente ao Instituto Nacional do Seguro Social, por intermédio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, na forma por ele L I 5 • cso tt a, . co ai-vau,. lmdzo/RimporAL 2° CC/RAF . Sexta CA ara wite; -Sk • Processo n° 35411.004316/2006-17 hA CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.058 ar, Fls. 219 estabelecido, dados cadastrais, todos os fatos geradores de contribuição previdenciária e outras informações de interesse daquele Instituto; (4. § I° As informações prestadas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social servirão como base de cálculo das contribuições arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários, bem como constituir-se-ão em termo de confissão de dívida, na hipótese do não- recolhimento." Uma vez que a notificada remunerou segurados, conforme informação nos registros documentais da empresa deveria ter efetuado o recolhimento das contribuições destinadas a terceiros na forma da legislação aplicável. Quanto à inconstitucionalidaddilegalidade das contribuições destinadas ao INCRA, SEBRAE, SESC/SENAC e da aplicação de juros SELIC na cobrança das contribuições previdenciárias, não há razão para a recorrente. Não é de competência da autoridade administrativa a recusa ao cumprimento de norma supostamente inconstitucional, razão pela qual são exigíveis a aplicação da taxa de juros SELIC, e contribuições destinadas a terceiros. Toda lei presume-se constitucional e, até que seja declarada sua inconstitucionalidade pelo órgão competente do Poder Judiciário para tal declaração ou exame da matéria, deve o agente público, como executor da lei, respeitá-la. Reforçando esse pensamento, segue trecho do Parecer/CJ n° 771, aprovado pelo Ministro da Previdência Social em 28/1/1997. "Cumpre ressaltar que o guardião da Constituição Federal é o Supremo Tribunal Federal, cabendo a ele declarar a inconstitucionalidade de lei ordinária. Ora, essa assertiva não quer dizer que a administração não tem o dever de propor ou aplicar leis compatíveis com a Constituição. Se o destinatário de uma lei sentir que ela é inconstitucional o Pretório Excelso é o órgão competente para tal declaração. Já o administrador ou servidor público não pode se eximir de aplicar uma lei, porque o seu destinatário entende ser inconstitucional, quando não há manifestação definitiva do STF a respeito. A alegação de inconstitucionalidade formal de lei não pode ser objeto de conhecimento por parte do administrador público. Enquanto não for declarada inconstitucional pelo STF, ou examinado seu mérito no controle difuso (efeito entre as partes) ou revogado por outra lei federal, a referida lei estará em vigor e cabe à Administração Pública acatar suas disposições. Nesse mesmo sentido segue trecho do Parecer/CJ n O 2.547, aprovado pelo Ministro da Previdência Social em 23/8/2001." df0 6 CC/MF - Sexta Camara CONFERE COM O ORIGINAL Processo n° 35411.004316/2006-17CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.058 Brasilia .W1 4 Wh • re (ff", Fls. 220 Maria de Fatima • - - . atalho mau. SiaPe 15168-3 Ante o exposto, esta Consultoria Jurídica do MPAS posiciona-se no sentido de que a Administração deve abster-se de reconhecer ou declarar a inconstitucionalidade e, sobretudo, de aplicar tal reconhecimento ou declaração nos casos em concreto, de leis, dispositivos legais e atos normativos que não tenham sido assim expressamente declarados pelos órgãos jurisdicionais e políticos competentes ou reconhecidos pela Chefia do Poder Executivo. No mesmo sentido posiciona-se este 2° Conselho de Contribuintes ao publicar a súmula n° 2 aprovadas na Sessão Plenária de 18 de setembro de 2007, publicadas no DOU de 26/09/2007, Seção 1, pág. 28: "SÚMULA N°2 O Segundo Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de legislação tributária. '' No entanto, com vistas a esclarecer ao recorrente sobre a possibilidade de cobrança das contribuições destinadas ao SALÁRIO EDUCAÇÃO, SEBRAE, INCRA, SESC/SENAC, destaca-se que o relatório de fundamentação legal, fls. 13 a 16, traz toda a previsão legal para sua cobrança, estando perfeitamente compatível com o ordenamento jurídico vigente. Apenas para ilustrar, em relação à cobrança das contribuições destinadas ao SEBRAE, segue ementa do entendimento firmado pelo TRF da 4 3 Região: "Tributário — Contribuição ao Sebrae — Exigibilidade. I. O adicional destinado ao Sebrae (Lei n° 8.029/90, na redação dada pela Lei n° 8.154/90) constitui simples majoração das all'quotas previstas no Decreto-Lei n° 2.318/86 (Senai, Senac, Sesi e Sesc), prescindível, portanto, sua instituição por lei complementar. 2. Prevê a Magna Carta tratamento mais favorável às micro e pequenas empresas para que seja promovido o progresso nacional. Para tanto submete à exação pessoas jurídicas que não tenham relação direta com o incentivo. 3. Precedente da 1° Seção desta Corte (EIAC n 2000.04.01.106990-9). ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos entre as partes acima indicadas, decide a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 4" Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do relatório, voto e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Porto Alegre, 17 de junho de 2003. (7R? 4° R — 2° T — Ac. n° 2001.70.07.002018-3 — Rel. Dirceu de Almeida Soares — DJ 9.7.2003 —p. 274)." Em relação à cobrança do INCRA segue ementa do Recurso Especial n° 603267, publicado no DJ em 24/05/2004, cujo Relator foi o Ministro Teori Albino Zavascki: "TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O FUNRURAL E PARA O INCRA (LEI 2.613/55). EMPRESA URBANA. EXIGIBILIDADE. ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO STF. PRECEDENTES DO STJ. I. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que não existe óbice a que sejam cobradas de empresa urbana as contribuições destinadas ao INCRA e ao FUNRURAL. 2. Recurso especial provido." 4./7 2° CC/NIF - Sexta Câmara cororene COM O ORIGINAL Brasília, 22/ en • Processo n° 35411.004316/2006-17 !IN"Marli da ?latim _ • - Na O CCO2JC06 Acórdão n."206-01.058 Mar Sege 751683 Fls. 221 Os mesmos argumentos apontados anteriormente para a cobrança de contribuições em relação ao SEBRAE e INCRA, também constituem fundamento para manutenção dos lançamento de contribuições para o SESC/SENAC. Com relação ao SALÁRIO EDUCAÇÃO, o Supremo Tribunal Federal julgou repetidamente (e.g. RE 191.044-5/SP, Rel. Min. Carlos Venoso, DJ de 31/10/1997; RE 283.788/RS, Rel. Min. Néri Da Silveira, DJ de 09/02/2001; RE 290.079/SC, Rel. Min. limar Gaivão, J. de 17/10/2001, INFORMATIVO 246) que a contribuição do salário-educação fora recepcionada pela Constituição Federal de 1988, nos termos do Decreto-Lei n° 1.422/75 e do Decreto n° 87.043/82, com a alíquota de 2,5%. A cobrança das contribuições sociais do salário-educação é perfeitamente compatível com o ordenamento jurídico vigente. Nesse sentido, é pacificado o entendimento nos tribunais superiores, chegando ao ponto de o STF ter publicado a Súmula de n° 732, nestas palavras: "SÚMULA N° 732 É CONSTITUCIONAL A COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO, SEJA SOB A CARTA DE 1969, SEJA SOB A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, E NO REGIME DA LEI 9.424/96." Quanto à cobrança de juros, existe previsão em lei específica da previdência social, art. 34 da Lei n° 8.212/1991, abaixo transcrito. Desse modo, foi correta a aplicação do índice pela autarquia previdenciária: "Art.34. As contribuições sociais e outras importâncias arrecadadas pelo INSS, incluídas ou não em notificação fiscal de lançamento, pagas com atraso, objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas aos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia-SEL1C, a que se refere o art. 13 da Lei n°9.065, de 20 de junho de 1995, incidentes sobre o valor atualizado, e multa de mora, todos de caráter irrelevável. (Artigo restabelecido, com nova redação dada e parágrafo único acrescentado pela Lei n°9.528, de 10/12/97) Parágrafo único. O percentual dos juros moratórios relativos aos meses de vencimentos ou pagamentos das contribuições corresponderá a um por cento." Nesse sentido já se posicionou o STJ no Recurso Especial n° 475904, publicado no DJ em 12/05/2003, cujo relator foi o Min. José Delgado: "PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CDA. VALIDADE. MATÉRIA FÁ TIC,A. SÚMULA 07/STJ. COBRANÇA DE JUROS. TAXA SEL1C. INCIDÊNCIA. A averiguação do cumprimento dos requisitos essenciais de validade da CDA importa o revolvimento de matéria probatória, situação inadmissível em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 07/STJ. No caso de execução de dívida fiscal, os juros possuem a função de compensar o Estado pelo tributo não recebido tempestivamente. Os juros incidentes pela Taxa SELIC estão previstos em lei. São aplicáveis legalmente, portanto. Não há confronto com o art. 161, § 1°, do CTN. A aplicação de tal Taxa já está 41 8 r CC/MF - Sexta Câmara CONPERE COM O ORIGINAL M/ Processo n°35411.004316/2006-li Brasília, CCO2JC06• Acórdão n.• 206-01.058 ir; 00:41,Maria da Fátima .14" . e ih VIL 222 Metr. Siapo 751683 ° consagrada por esta Corte, e é devida a partir da sua instituição, isto é, 1701/1996. (REsp 439256/MG). Recurso especial parcialmente conhecido, e na parte conhecida, desprovido." Não tendo o contribuinte recolhido a contribuição previdenciária em época própria, tem por obrigação arcar com o ônus de seu inadimplemento. Caso não se fizesse tal exigência, poder-se-ia questionar a violação ao principio da isonomia, por haver tratamento similar entre o contribuinte que cumprira em dia com suas obrigações fiscais, com aqueles que não recolheram no prazo fixado pela legislação. Conforme descrito acima, a multa moratória é bem aplicável pelo não recolhimento em época própria das contribuições previdenciárias. Ademais, o art. 136 do CTN descreve que a responsabilidade pela infração independe da intenção do agente ou do responsável, e da natureza e extensão dos efeitos do ato. O art. 35 da Lei n°8.212/1991 dispõe, nestas palavras: "Art. 35. Sobre as contribuições sociais em atraso, arrecadadas pelo INSS, incidirá multa de mora, que não poderá ser relevada, nos seguintes termos: (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). I - para pagamento, após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento: a) oito por cento, dentro do mês de vencimento da obrigação; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). b) quatorze por cento, no mês seguinte; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). c) vinte por cento, a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da obrigação; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). II - para pagamento de créditos incluídos em notificação fiscal de lançamento: a) vinte e quatro por cento, em até quinze dias do recebimento da not(icação; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). b) trinta por cento, após o décimo quinto dia do recebimento da notificação; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). c) quarenta por cento, após apresentação de recurso desde que antecedido de defesa, sendo ambos tempestivos, até quinze dias da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). d) cinqüenta por cento, após o décimo quinto dia da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS, enquanto não inscrito em Dívida Ativa; (Redação dada pela Lei n°9.876/99). III-para pagamento do crédito inscrito em Dívida Ativa: a) sessenta por cento, quando não tenha sido objeto de parcelamento; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). é" r CC/MIR - Sexta Câmara CONFERE COM O ORIGINAL Brasília 2,4af 451i 44 • Processo n°35411.004316/2006-17 CCO21C06 Acórdão n.°206-01.058 marta ah Fatima • a o Fls. 223 - Mak. Siape 751883 b) setenta por cento, se houve parcelamento; (Redação dada pelo art. I°, da Lei n°9.876/99). c) oitenta por cento, após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito não foi objeto de parcelamento; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). d) cem por cento, após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito foi objeto de parcelamento; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99). § 1° Nas hipóteses de parcelamento ou de reparcelamento, incidirá um acréscimo de vinte por cento sobre a multa de mora a que se refere o Caput e seus incisos. (Parágrafo acrescentado pela MP n° 1.571/97, reeditada até a conversão na Lei n° 9.528/97). § 2° Se houver pagamento antecipado à vista, no todo ou em parte, do saldo devedor, o acréscimo previsto no parágrafo anterior não incidirá sobre a multa correspondente à parte do pagamento que se efetuar. (Parágrafo acrescentado pela MP n° 1.571/97, reeditada até a conversão na Lei n° 9.528/97). § 3° O valor do pagamento parcial, antecipado, do saldo devedor de parcelamento ou do reparcelamento somente poderá ser utilizado para quitação de parcelas na ordem inversa do vencimento, sem prejuízo da que for devida no mês de competência em curso e sobre a qual incidirá sempre o acréscimo a que se refere o § I° deste artigo. (Parágrafo acrescentado pela MP n° 1.571/97, reeditada até a conversão na Lei n° 9.528/97). § 4° Na hipótese de as contribuições terem sido declaradas no documento a que se refere o inciso IV do art. 32, ou quando se tratar de empregador doméstico ou de empresa ou segurado dispensados de apresentar o citado documento, a multa de mora a que se refere o caput e seus incisos será reduzida em cinqüenta por cento. (Parágrafo acrescentado pela Lei n° 9.876/99)." Com vistas a não deixar dúvida ao recorrente, o INSS possui competência para arrecadar e fiscalizar as contribuições destinadas a terceiros conforme descrito no art. 94 da Lei 8.212/91, senão vejamos: "Art. 94. O Instituto Nacional do Seguro Social-INSS poderá arrecadar e fiscalizar, mediante remuneração de 3,5% do montante arrecadado, contribuição por lei devida a terceiros, desde que provenha de empresa, segurado, aposentado ou pensionista a ele vinculado, aplicando-se a essa contribuição, no que couber, o disposto nesta Lei." Face o exposto o lançamento fiscal seguiu os ditames legais, devendo ser mantido nos termos da Decisão-Notificação, haja vista que os argumentos apontados pelo recorrente são incapazes de refutar a presente NFLD. iro _ 20 CC/MF - Sexta Camara Processo n° 35411.004316/2006- 17 CONFERE COM O ORIGINAL CCO2/CID6 Acórdão n.° 206-01.058 Brasilia 47.-0 / C.) / 41, Fls. 224 Maria te Fatima-'ffr- Miar. siape 1516133 ° CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito NEGAR- LHE PROVIMENTO, julgando procedente o lançamento efetuado. É como voto. Sala das Sessões, em 03 de julho de 2008 _e:2w rir • ISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA II Page 1 _0059100.PDF Page 1 _0059200.PDF Page 1 _0059300.PDF Page 1 _0059400.PDF Page 1 _0059500.PDF Page 1 _0059600.PDF Page 1 _0059700.PDF Page 1 _0059800.PDF Page 1 _0059900.PDF Page 1 _0060000.PDF Page 1
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Numero do processo: 12045.000393/2007-07
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jul 03 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Jul 03 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Período de apuração 01/12/1998 a 31/12/2000
PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - RECURSO DE OFÍCIO - LANÇAMENTO DE DÉBITO CONFESSADO.
Nos processos de NFLD e AI em que não tenha sido instaurado o
contencioso administrativo fiscal, bem como nas situações de
lançamento procedidos por meio de Lançamento de Débito
Confessado (LDC), Débito Confessado em GFIP (DCG) e
Lançamento de Débito Confessado em GFIP (LDCG), o recurso
de oficio deverá ser dirigido à autoridade hierarquicamente
superior, desde que o valor total exonerado seja superior a R$
20.000,00.
Não compete ao este colegiado a apreciação de recurso de Oficio
em se tratando de contribuições excluídas de LDC, mesmo que
em montante superior ao inicialmente previsto na Portaria.
Recurso de Oficio Não Conhecido.
Numero da decisão: 206-01.034
Decisão: ACORDAM os membros da sexta câmara do segundo conselho de contribuintes, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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ementa_s : CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração 01/12/1998 a 31/12/2000 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - RECURSO DE OFÍCIO - LANÇAMENTO DE DÉBITO CONFESSADO. Nos processos de NFLD e AI em que não tenha sido instaurado o contencioso administrativo fiscal, bem como nas situações de lançamento procedidos por meio de Lançamento de Débito Confessado (LDC), Débito Confessado em GFIP (DCG) e Lançamento de Débito Confessado em GFIP (LDCG), o recurso de oficio deverá ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior, desde que o valor total exonerado seja superior a R$ 20.000,00. Não compete ao este colegiado a apreciação de recurso de Oficio em se tratando de contribuições excluídas de LDC, mesmo que em montante superior ao inicialmente previsto na Portaria. Recurso de Oficio Não Conhecido.
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Nos processos de NFLD e AI em que não tenha sido instaurado o contencioso administrativo fiscal, bem como nas situações de lançamento procedidos por meio de Lançamento de Débito Confessado (LDC), Débito Confessado em GFIP (DCG) e Lançamento de Débito Confessado em GFIP (LDCG), o recurso de oficio deverá ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior, desde que o valor total exonerado seja superior a R$ 20.000,00. Não compete ao este colegiado a apreciação de recurso de Oficio em se tratando de contribuições excluídas de LDC, mesmo que em montante superior ao inicialmente previsto na Portaria. Recurso de Oficio Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. (e< cctanr -S. xts Camara 1 Processo n° 12045.000393/2007-07CCOVC06 Acórdão n.°206-01.034 CONFCRE COM O ORIG NP.1- 4Brasii,a, Fls. 194 " Marra Q r _ ACORDAM os membros da sexta câmara do segundo conselho de contribuintes, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente / ELAINE CRISTINÁ MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Osmar Pereira Costa (Suplente convocado), Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira e Marcelo Freitas de Souza Costa (Suplente convocado) 2 Processo n° 12045.000393/2007-07 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.034 2' Comi - ›.1.1 Fls. 195CONFURE COM O 0121011;Ai_ / I 4 Relatório Trata-se de pedido de parcelamento cujo objeto são contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa, incluindo as destinadas ao financiamento dos beneficios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho, bem como da parcela relativa aos segurados sobre diversos fatos geradores ocorridos no Município de Guapimirim, inclusive quanto ao prefeito e vice-prefeito no período de 1998 a 12/2000. A autoridade previdenciária emitiu despacho decisório de n° 17- 422.4/0049/2006, com o objetivo de revisar de oficio os lançamentos referentes aos agentes políticos, tendo em vista a Resolução n°26, de 21/06/2005 do Senado Federal, que suspendeu a execução da alínea "h" do inciso I do art. 12 da Lei 8.212/91 em virtude da declaração de sua inconstitucionalidade pelo STF, nos autos do recurso extraordinário n° 351.717-1 - do Estado do Paraná. A Seção de Contencioso Administrativo, tendo em vista os termos da Portaria n° 158, de 11 de abril de 2007, recorreu de oficio ao CRPS por entender ter declarado indevido, em valor total (principal, multa e juros) importância superior a R$ 200.000,00, contribuição ou outra importÂncia apurada pela fiscalização, fls. 184. - — - — — - - - - -É o Relatório, - - - - - - - - - - - - — - - - - - - - - - - - - Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Trata-se de Recurso de Oficio apresentado pela unidade local da SRP no Rio de Janeiro, nos termos do art. 366, § 2°, do RPS e art. 1 0, inciso Ida Portaria MPS n° 158, de 11 de abril de 2007. Destaca-se de pronto uma impropriedade na aplicação da Portaria 158, descrita pela unidade descentralizada da SRP para interposição do recurso em questão. Nos termos do art. 2° da Portaria 158, Somente deverão ser interpostos recursos de oficio ao CRPS das Decisões e Despachos Decisórios proferidos em processos de NFLD e Al nos quais tenha sido instaurado o contencioso administrativo fiscal. Parágrafo Único. Nos processos de NFLD e AI em que não tenha sido instaurado o contencioso administrativo fiscal, bem como nas situações de lançamento procedidos por meio de Lançamento de Débito Confessado (LDC), Débito Confessado em GFIP (DCG) e Lançamento de Débito Confessado em GFIP (LDCG), o recurso de oficio deverá ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior, desde que o valor total exonerado seja superior a R$ 20.000,00. Át3 ali 3 2'1 Cerls4/2 :,ex , c C.-amare, CONFERE COM O ORIG Processo n°12045.000393/2007-07 Brasilea. 9.1) /St / M CCO2/C06fj 4°Z,Acórdão n.°206-01.034 Mdtia a fr ..1..1.. r ._ ' • Va.I1U Fls. 196 Face o exposto não compete ao este colegiado a apreciação de recurso de Oficio em se tratando de contribuições excluídas de LDC, mesmo que em montante superior ao inicialmente previsto na Portaria. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto por NÃO CONHECER DO RECURSO DE OFÍCIO. É COMO voto. Sala das Sessões, em 03 de julho de 2008 ' EL • A MONTEIRO E SILVA VIEIRA 4 Page 1 _0032900.PDF Page 1 _0033000.PDF Page 1 _0033100.PDF Page 1
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Numero do processo: 35464.002396/2005-70
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu May 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu May 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Período de apuração: 01/08/2003 a 28/02/2005
PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - INCRA - DISCUSSÃO JUDICIAL. CARACTERIZAÇÃO DE VINCULO EMPREGATÍCIO - COOPERATIVA - NÃO IMPUGNAÇÃO EXPRESSA. SELIC -
INCONSTITUCIONALIDADE - IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE 1NCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA. JUROS SELIC SÃO DEVIDOS NO CASO DE INADIMPLÊNCIA DO CONTRIBUINTE.
Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo
sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o
mesmo objeto do processo administrativo.
Não havendo impugnação expressa quanto aos pontos objeto do
recurso, no caso a caracterização de vínculo de emprego entre a
recorrente a COOPERMULT, presume-se a concordância da
recorrente com a Decisão de Notificação. Controvérsia não
instaurada.
O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua
mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-00.826
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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ementa_s : CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/08/2003 a 28/02/2005 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - INCRA - DISCUSSÃO JUDICIAL. CARACTERIZAÇÃO DE VINCULO EMPREGATÍCIO - COOPERATIVA - NÃO IMPUGNAÇÃO EXPRESSA. SELIC - INCONSTITUCIONALIDADE - IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE 1NCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA. JUROS SELIC SÃO DEVIDOS NO CASO DE INADIMPLÊNCIA DO CONTRIBUINTE. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo. Não havendo impugnação expressa quanto aos pontos objeto do recurso, no caso a caracterização de vínculo de emprego entre a recorrente a COOPERMULT, presume-se a concordância da recorrente com a Decisão de Notificação. Controvérsia não instaurada. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. Recurso Voluntário Negado.
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Ehapa 76 4 tie3 4„a, --,1C7rá, MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n° 35464.002396/2005-70 Recurso n° 145.501 Voluntário Matéria TERCEIROS Acórdão n° 206-00.826 Sessão de 08 de maio de 2008 Recorrente CASA DE SAÚDE SANTA RITA S/A Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA - SP ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/08/2003 a 28/02/2005 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - INCRA - DISCUSSÃO JUDICIAL. CARACTERIZAÇÃO DE VINCULO EMPREGATICIO - COOPERATIVA - NÃO IMPUGNAÇÃO EXPRESSA. SELIC - INCONSTITUCIONALIDADE - IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE 1NCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA. JUROS SELIC SÃO DEVIDOS NO CASO DE INADIMPLÊNCIA DO CONTRIBUINTE. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo. Não havendo impugnação expressa quanto aos pontos objeto do recurso, no caso a caracterização de vínculo de emprego entre a recorrente a COOPERMULT, presume-se a concordância da recorrente com a Decisão de Notificação. Controvérsia não instaurada. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. Recurso Voluntário Negado. Q17 6 2" CC/INF CONFERE CC. ..C.31NAL Processo n° 35464.002396/2005-70 aras016, C:3 0:02/036 Acórdão o. 206-00.826 Maria de Fatima F (valho Fls. 248 Mate Slape 7516e3 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente •• TINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalume Reis, Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 Processo n0 35464.002396/2005-70 2° C Cn------171F- CCO2C06 Acórdão n.° 206-00.826 'JON FERE CONtStst...C;;Witgri:" Eis. 249 Drasina, mana de neer-mair gia• nrma4,3carvamo Relatório A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa destinadas a outras entidades e fundos — TERCEIROS, mais especificamente, destinadas ao INCRA. O lançamento compreende competências entre o período de AGOSTO DE 2003 a FEVEREIRO DE 2005, e tem por objetivo evitar a decadência dos valores destinados ao INCRA, que estão sendo objeto de discussão judicial e não foram depositados em juízo. As bases de cálculo destas contribuições sociais ao INCRA originaram-se da caracterização como segurados empregados dos cooperados da Coopermult, conforme NFLD n°35.620.035-3. Não conformado com a notificação, a recorrente apresentou impugnação, fls. 115 a 135. Foi emitida a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência do lançamento, fls. 156 a 188. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso, conforme (is. 196 a 201, onde, em síntese a recorrente alegou o seguinte: Ilegítima a imputação do vínculo empregatício entre a recorrente e os cooperados da COOPERMULT, matéria objeto de discussão nos autos do processo administrativo NFLD n° 35.620.035-3, no tocante lavratura da NFLD em tela, a qual está com a exigibilidade suspensa; Não obstante estar em curso ação judicial onde se discuti a questão da inconstitucionalidade da exigência da contribuição ao INCRA, a recorrente por força dos primados constitucionais da ampla defesa e do contraditório, reitera os termos consignados na ação judicial; A exigência da contribuição parafiscal ao INCRA, no caso dos autos, é manifestamente inconstitucional e ilegal, vícios esses que decorrem do fato de não ser a recorrente sujeito passivo da exação fiscal, o que representa uma colisão direta com os princípios da estrita legalidade e da tipicidade fechada; Por outro lado, tendo em vista a utilização da taxa SELIC, ainda que algo fosse devido, o que se admite apenas em razão do princípio da eventualidade, restaria ilegítimo o valor ao final reclamado, na exata medida em que inconcebível a utilização de tal "indexador", criado e utilizado para a remuneração dos títulos privados. Face o exposto requer seja dado provimento ao presente recurso, para o fim de ser declarada a insubsistência da NFLD n°35.620.036-1. A unidade descentralizada da SRP apresenta suas contra-razões argumentando em síntese: 11/ 3 rirECnV.-"r _arara CONFERE Cs— _ Processo n° 35464.002396/2005-70 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.826 BrasíliaSe/3WD Fls. 250_ Maria de %ima errara cie Carvalho Mio, Soam 751683 Inicialmente, há de se destacar que a NFLD n° 35.620.035-3, decorrente das contribuições devidas e não recolhidas à Previdência social e incidentes sobre a prestação de serviços de segurados contratados da COOPERMULT foi julgada procedente; As alegações do recurso repetem as alegações da defesa, dessa forma, reiteramos os argumentos apresentados na DN; Quanto à contribuição para o INCRA, assim destacou a SRP em sede de contra razões: "O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA -foi criado através da Lei n° 2.613, de 23/09/55, que estabeleceu em seu art. 6°, a obrigatoriedade daqueles que exercem as atividades nele enumeradas de contribuírem para o Serviço Social Rural — SSR, no importe de 3% (três por cento) sobre afolha de salários. No entanto, o § 4°, do citado dispositivo legal disciplinou no sentido de que todos os empregadores deviam contribuir com um adicional de 0,3% (três décimos por cento), além da contribuição devida aos antigos Institutos e Caixas de Aposentadorias e Pensões, incidente sobre o total dos salários pagos, sendo o valor da arrecadação destinado ao &SR.: Art 6°É devida ao S.S.R. a contribuição de 3% (três por cento) sobre a soma paga mensalmente aos seus empregados pelas pessoas naturais ou jurídicas que exerçam as atividades industriais adiante enumeradas: I -Indústria do açúcar; 2 - Indústria de laticínios; 3 - Xarqueadas; 4 - Indústria do mate; 5 - Extração de fibras vegetais e descaro çamento de algodão; 6- Indústria de beneficiamento de café; 7- Indústria de beneficiamento de arroz; 8- Extração do sal; 9- Extração de madeira, resina e lenha; 10 - Matadouros; I I - Frigoríficos rurais; 12 - Cortumes rurais; 13 - Olaria. § 4° A contribuição devida por todos os empregadores aos institutos e caixas de aposentadoria e pensões é acrescida de um adicional de 0,3% (três décimos por cento) sobre o total dos salários pagos e • 4 -ouNFeRE 65;.„ ,• ara Processo n• 35464.002396/2005-70 CCO2/006Brasina, Acórdão n." 206-00.826 ,f$7 Fls. 251 Mana da Patim Mr. &moo ;:44;teder3 armam, destinados ao Serviço Social Rural, ao qual será diretamente entregue pelos respectivos órgãos arrecadadores. 9.Mais tarde, o Serviço Social Rural foi trazido para a Superintendência de Política Agrária - SUPRA, gerada pela Lei Delegada no I 1, em 11 de outubro de 1962. O produto da arrecadação das contribuições previstas na Lei no 2.613/55 foi destinado à SUPRA. O Estatuto da Terra — Lei n°4504/64 — extinguiu a SUPRA, destinando seus recursos ao Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário — INDA — e ao Serviço Social da Previdência dos trabalhadores rurais. Esse adicional à contribuição previdenciária devida por todos os empregadores, foi elevado para 0,4% (quatro décimos por cento), pela Lei n° 4.863, de 29 de novembro de 1965, quando esse diploma legal, ao estabelecer a taxa de contribuição previdenciária empresarial, determinou no art. 3.5, § 2°, item VIII, a parcela referente ao Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário - INDA, alterando a aliquota da contribuição anteriormente destinada ao 5.5.1?., conforme abaixo transcrito: Art.35 - A partir da vigência da presente Lei as contribuições arrecadadas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões, das empresas que lhe são vinculadas, e destinadas a outras entidades ou fundos, serão calculadas sobre a mesma base utilizada para o cálculo das contribuições de previdência, estarão sujeitas aos mesmos limites, prazos, condições e sanções e gozarão dos mesmos privilégios e elas atribuídos, inclusive no tocante a cobrança Judicial, a cargo do respectivo instituto. ) § 2 0 As contribuições a que se refere êste artigo integrarão, com as contribuições de previdência, uma taxa única de 28% (vinte e oito por cento) incidente, mensalmente -Wire o salário de contribuição definido na legislação social e assim distribuída: COA TRIBUIÇOES Dos segurados Das em résas gr!~ 8.0 % II - 13"salárin 1.2% . - salário-família 4.3% 111 - salário-educacão - Legião Brasileira de 4 s siçiência VI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) ou Comercial (SEIV 4C) VII - Serviço Social da Indústria (SESI)ou do Comércio (SESC) B2ralCiiiC:Ms ags».':/koinicamraikt.CONFERE c, • Processo n° 35464.00239612005-70 VIII CCO2JC06 Acórdão n.°206-00.826 Mana de Fahma ifir1 Ide Fls. 252 man 8/aue 7ori 663Carv - Instituto Nacional de Desenvolvimento 4..~ 0.4% *.,ers‘v-aa Agrário (INDA) - IX- Banco N'acional de , -Habitação TOTAL. - 28,0% - . 10.Pelo contido no Decreto-Lei n° 582, de 15 de maio de 1969, que tratava de medidas acerca da Reforma Agrária, ficou estabelecido que as contribuições criadas pela Lei n° 2.613/55, com as modificações introduzidas pela Lei n° 4.863/65, passaram a ser vertidas para os cofres do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária - 1BRA, ao INDA (Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário) e ao FUNR URAL, tendo este último sido naquele momento instituído, ficando o adicional de 0,4% (quatro décimos por cento), distribuído em 25% (vinte cinco por cento) ao IBRA, 25% (vinte cinco por cento) ao INDA e 50% (cinqüenta por cento) ao FUNRURAL, conforme art. 6°: Art 6° As contribuições criadas pela Lei n°2.613, de 13 de setembro de 1955, com as modificações introduzidas pela Lei n° 4.863, de 19 de novembro de 1965, serão devidas ao IBRA, ao FUNRURAL e ao INDA nas seguintes proporções: 1- Ao Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (1BRA); I) as contribuições a que se refere a Lei n°2.613, de 23 de setembro de 5 1955 no caput de seus artigos 6° e 7°, cuja arrecadação será feita pelo próprio IBRA; 2) 25% (vinte e cinco por cento) da receita resultante da arrecadação, pelo INPS, da contribuição fixada na Lei n° 4.863, de 19 de novembro de 1965, em seu artigo 35, § 2°, item VIII. II - Ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL); 50% (cinqüenta por cento) da receita resultante da arrecadação, pelo INPS, da contribuição fixada no artigo 35, § 2°, item VIII da Lei n° 4.863, de 29 de novembro de 1965; III - ao Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA) caberão 25% (vinte e cinco por cento) da receita resultante da arrecadação, pelo INPS, da contribuição estipulada na Lei n° 4.863, de 29 de novembro de 1965, em seu artigo 35, § 2°, item VIII 11. Com a criação do INCRA, pelo Decreto-Lei n° 1.110, de 09 de julho de 1970, passaram para a nova Autarquia todos os direitos, competências, atribuições e responsabilidades do IBRA, do INDA e do Grupo Executivo de Reforma Agrária - GERA. Posteriormente, as contribuições criadas pela Lei n° 2.613/55, viriam a ser consolidadas pelo Decreto-Lei n°1.146, de 31 de dezembro de 1970, que em seu art. 3° manteve o adicional de 0,4% (quatro décimos por cento) da contribuição previdenciária das empresas em geral, ratificando que as contribuições criadas pela Lei n°2.613/55 eram devidas de acordo com o citado Decreto- Lei n° 582/69 e com o artigo 2° do Decreto-Lei n° 44-) 6 2° CC/MF - Ecix rara CONFERE COM O ...a -ft/GIRAI- Processo n° 35464.002396/2005-70Brassfila,e2c2 CCO2/4:306dir: Acórdão n.° 206-00.826 ler."0i Fls. 253 Mana 0. Patim* Pa roga de Coval o Mar. as•n“, mien 1.110/70, cabendo ao INCRA os 50% daquela receita, ou seja, 0.2% anteriormente destinados ao IBRA e ao INDA, sendo os outros 0,2% devendo ser vertidos para os cofres do FUNRURAL. 12.Por outra, as contribuições originalmente criadas pelos artigos 6° e 70 da Lei n°2.613, de 1955, foram mantidas no sistema por obra dos preceitos insculpidos nos artigos 2° e .5° do Decreto-Lei n° 1.146. de 1970, com algumas modificações, tais como a redução de alíquota, bem como pela sua transferência para o INCRA, conforme dispõe o art. 1°, inciso I, I. do mesmo diploma legal, como se confere: DECRETO-LEI N°1.146. DE 31 DE DEZEMBRO DE 1970. Consolida os dispositivos sobre as contribuições criadas pela Lei número 26613, de 23 de setembro de 1955 e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o artigo 55, item II, da Constituição, DECRETA: Art 1" As contribuições criadas pela Lei n° 2.613, de 23 de setembro 1955, mantidas nos termos deste Decreto-Lei, são devidas de acordo com o artigo 6° do Decreto-Lei n°582, de 15 de maio de 1969, e com o artigo 2° do Decreto-Lei n°1.110, de 9 julho de 1970: 1- Ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA: 1 - as contribuições de que tratam os artigos 2° e 5° deste Decreto-Lei; 2 - 50% (cinqüenta por cento) da receita resultante da contribuição de que trata o art. 3° deste Decreto-lei. II - Ao Fundo de Assistência do Trabalhador Rural - FUNRURAL, 50% (cinqüenta por cento) da receita resultante da contribuição de que trata o artigo 3° deste Decreto-lei. Art 2°A contribuição instituída no " caput "do artigo 6° da Lei número 2.613, de 23 de setembro de 1955, é reduzida para 2,5% (dois e meio por cento), a partir de 1° de janeiro de 1971, sendo devida sobre a soma da folha mensal dos salários de contribuição previdenciá ria dos seus empregados pelas pessoas naturais e jurídicas, inclusive cooperativa, que exerçam as atividades abaixo enumeradas: 1- Indústria de cana-de-açúcar; II - Indústria de laticínios; III - Indústria de beneficiamento de chá e de mate; IV - Indústria da uva; V - Indústria de extração e beneficiamento de fibras vegetais e de descaro çamento de algodão; VI - Indústria de beneficiamento de cereais; VII - Indústria de beneficiamento de café; IN/7 i17-fonsFERE CO:vn cfriarGarrrAl. mirai ia° ne tginclea3Carva Processo n°35464.002396/2005-70 CCO2/C06 Acórdão n.°206-00.826 Fls. 254 VII - Indústria de beneficiamento de café; VIII - Indústria de extração de madeira para serraria, de resina, lenha e carvão vegetal; IX - Matadouros ou abatedouros de animais de quaisquer espécies e charqueadas. § I° Os contribuintes de trata este artigo estão dispensados das contribuições para os Serviços Sociais da Indústria (SESI) ou do Comercio (SESC) e Serviços Nacionais de Aprendizagem Industrial (SENAI) ou do Comércio (SENAC), estabelecidas na respectiva legislação. § 2° As pessoas naturais ou jurídicas cujas atividades, previstas no artigo 6° da Lei n° 2.613, de 23 de setembro de 1955, não foram incluídas neste artigo, estão sujeitas a partir de I° de janeiro de 1971, às contribuições para as entidades referidas no parágrafo anterior, na forma da respectiva legislação. § 3° Ficam isentos das obrigações referidas neste artigo as indústrias caseiras, o artesanato, bem como as pequenas instalações rurais de transformação ou beneficiamento de produtos do próprio dono e cujo valor não exceder de oitenta salários-mínimos regionais mensais. Art 3° É mantido o adicional de 0,4% (quatro décimos por cento) a contribuição previdenciá ria das empresas, instituído no § do artigo 6° da Lei n° 2.613, de 23 de setembro de 1955, com a modificação do artigo 35, § 2t item VIII, da Lei número 4.863, de 29 de novembro de 1965 ( Vide Lei Complementar re 11, de 1971). Art. 4° Cabe ao Instituto Nacional de Previdência Social - INPS. arrecadar as contribuições de que tratam os artigos 2° e 3° deste Decreto-Lei, nos termos do artigo 35 da Lei n • 4.863, de 29 de novembro de 1965, com as modificações da legislação posterior. § 1° Pela prestação dos serviços de que trata este artigo, o Instituto Nacional de Previdência Social será retribuído com percentagem calculada sobre o custo real do serviço. § 2° A arrecadação da contribuição prevista no artigo 2° deste Decreto-Lei, relativa aos meses anteriores a dezembro de 1970, inclusive, remanesce com o INCRA. Art. 5° É mantida a contribuição de I% (um por cento), instituída no artigo 7° da Lei n°2.613, de 23 de setembro de 1955, com a alteração do artigo 3° de Decreto-Lei n° 58, de 21 de novembro de 1966, sendo devida apenas pelos exercentes de atividades rurais em imóvel sujeito ao Imposto Territorial Rural. § 1° A contribuição é calculada na base de I% (um por cento) do salário-mínimo regional anual para cada módulo, atribuindo ao respectivo Imóvel rural de conformidade com o inciso III do artigo 4° da Lei n°4.504, de 30 de novembro de 1964. 48 2° CC/MF - Sr. .:dr—ring."- CONFERE COM ORIGINAL Processo n°35464.002396/2005-70 Brasília, a As CCO2)C06 Acórdão n.° 206-00.826 Els. 255Maria da Fátima erroira da Cone - "FF &l in 761693 § 2° A contribuição é lançada e arrecadada conjuntamente com o Imposto Territorial Rural, pelo INCRA que baixará as normas necessárias de execução. § 3° São isentos da contribuição os proprietários de imóveis rurais: a) de área igual ou inferior a um (I) módulo; b) e os classificados pelo INCRA como empresa rural, nos termos do artigo 4°, item VI, da Lei n°4.504, de 30 de novembro de 1964. § 40 A contribuição paga pelo proprietário de imóvel rural, que tiver contrato de arrendamento ou de parceria, poderá ser por ele considerada como seu crédito no respectivo contrato. § 5° Os contribuintes nas condições do artigo 1 ° da Lei n°5.360, de 23 de novembro de 1967, continuam gozando das deduções aí previstas dentro dos prazos estabelecidos de conformidade com a mesma Lei. I 3.Mais adiante, a Lei Complementar n° 11, de 25 de maio de 1971, que instituiu a contribuição para o custeio do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural — PRORURAL, elevou a aliquota da contribuição devida pelas empresas em geral ao FUNRURAL, que passou de 0,2% (dois décimos por cento) para 2,4% (dois inteiros e quatro décimos por cento), continuando os 0,2% (dois décimos por cento), devidos ao INCRA, como se observa: Art. 15. Os recursos para o custeio do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural provirão das seguintes fontes: 1- da contribuição de 2% (dois por cento) devida pelo produtor sobre o valor comercial dos produtos rurais, e recolhida: a) pelo adquirente, consignatário ou cooperativa que ficam sub- rogados, para esse fim, em todas as obrigações do produtor; b) pelo produtor, quando ele próprio industrializar seus produtos vendê-los, no varejo, diretamente ao consumidor. Ii - da contribuição de que trata o art. 3° do Decreto-lei n°1.146, de 31 de dezembro de 1970, a qual fica elevada para 2,6% (dois e seis décimos por cento), cabendo 2,4% (dois e quatro décimos por cento) ao FUNRURAL • 14.Assim sendo, a exação tributária adicional para o INCRA, desde a Lei n° 2.163/55, sempre teve como sujeito passivo todas as empresas. Por outro lado, assevere-se que a contribuição para o FUNRURAL (e PRORURAL) sempre incidiu, desde sempre, sobre a folha de salários de todos os empregadores. 15.Desse modo, a tese do contribuinte no sentido de que a empresa urbana não estaria obrigada a contribuir nem para o Funrural/Prorural nem para o INCRA é frágil e carece de qualquer fundamentação legal e doutrinária. Pelo contrário, o mandamento legal dirige-se diretamente às empresas vinculadas à Previdência Urbana. m3:rialorlimelitatimai a aterra ontSACIarva: C O Zijacjai‘ • Processo n° 35464.002396/2005-70 CCOVC.06 Acórdão n.° 206-00.826 Fls. 256 16.Observe-se que a Lei n.° 7.787/89, através de seu artigo 3°, § 1°, extinguiu a contribuição para o FUNRURAL incidente sobre a folha de salário, ou seja, a contribuição prevista no artigo 15, inciso II da Lei Complementar n.° 11/71. Ficou mantida, entretanto, a contribuição para o FUNRURAL prevista no inciso I da citada norma, ou seja, sobre as operações de aquisição de produtos rurais. É que, com o advento da nova Carta Constitucional, estabeleceram-se novos princípios norteadores da seguridade social, a saber: a universalidade da cobertura e do atendimento, e a unifOrmidade e equivalência dos beneficios e serviços às populações urbanas e rurais (art. 194, Parágrafo único, I e II). 17.Resultou, assim da CF/88, essa nova modelagem de Previdência, com as diretrizes básicas para unificação dos sistemas previdenciários urbano e rural. Confira-se o dispositivo legal (Lei n° 7.787/89): Art. 3° A contribuição das empresas em geral e das entidades ou órgãos a ela equiparados, destinada à Previdência Social, incidente sobre afolha de salários, será: I - de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer titulo, no decorrer do mês, aos segurados empregados, avulsos, autónomos e administradores: II - de 1% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e avulsos, para o financiamento da complementação das prestações por acidente do trabalho. 18.A alíquota de que trata o inciso I abrange as contribuições para o salário-familia, para o salário-maternidade, para o abono anual e para o PRORURAL, que ficam suprimidas a partir de I° de setembro, assim como a contribuição básica para a Previdência Social. I 9.Destarte, é de se ver que a contribuição relativa à previdência rural era composta de várias parcelas até a vigência da Lei n° 7.787/89. Com advento da referida lei, a partir de 1° de setembro de 1989, foi instituída a alíquota única de 20% sobre o total das remunerações ficando suprimido o Funrural. Mas não ficou extinta a contribuição para o INCRA, adicional, inclusive, com natureza jurídica diversa: contribuição de intervenção no domínio económico. Diga-se, assim, desde logo, que nem mesmo o advento da Lei n° 8212/91 retirou do sistema jurídico da contribuição — cide — ao INCRA, que continua em vigor até os atuais dias. 20.Assim há duas espécies de contribuição para esse órgão: uma efetuada pelas empresas em geral, e outra, denominada de INCRA Especial, efetuada pelas agroindústrias: INCRA — 0,2% das empresas definidas no art. 15, inciso I, § único da Lei n°8.212/91, exceto: - órgãos do poder público (União, Estado, Distrito Federal e Municípios, inclusive suas autarquias e as fundações com personalidade jurídica de direito público); jr:::E C-612% c_ ....."/WIINra."1-Processo n° 35464.002396/2005-70 CCO2/C06 Acórdão n." 206-00.826 Fls. 257 Mano 410 Fébrna errei a da i‘,1"' alaga 75r1683Carvain - organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo e mantenham no exterior brasileiros civis que trabalhem para a União, ainda que lá domiciliados e contratados; - missões diplomáticas ou repartições consulares de carreiras estrangeiras e órgãos a elas subordinados no Brasil, ou membros dessas missões e repartições, observadas as exclusões legais (Decreto- lei n°2.253/85); - cartórios oficializados ou não; - entidades beneficentes de assistência social (filantrópicas); - empresas de trabalho temporário (Lei n°6019/74), com referência à folha de pagamento dos trabalhadores temporários. INCRA ESPECIAL — 2;5% das empresas relacionadas pelo Decreto- lei n°1.146, de 31/12/70: 1- indústria de cana-de-açúcar; - indústria de laticínios; III - indústria de beneficiamento de chá e de mate; IV- indústria de uva; V - indústria de extração e beneficiamento de fibras vegetais e descaro çamento de algodão • VI - indústria de beneficiamento de cereais; VII - indústria de beneficiamento de café; VIII - indústria de extração de madeira para serraria, de resina, lenha e carvão vegetal; IX - matadouros ou abatedouros de animais de quaisquer espécies e charqueados. 21.No mesmo sentido é o PARECER/MPAS/CJ N° 1.113/98, que negou ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial — SENAI pedido de avocató ria ministerial no sentido de ser reconhecida a sua isenção, no tocante às contribuições destinadas ao INCRA e ao FUNRURAL: EMENTA CONSTITUCIONAL - TRIBUTÁRIO - PREVIDENCIÁRIO. Por força da Lei n°2.613, de 23 de setembro de 1955, todos os empregadores são obrigados a contribuírem para o INCRA e FUNRURAL, sobre a folha de salários. 19. Fica, pois, evidente a obrigação do recolhimento do adicional de 0,2% (dois décimos por cento) ao INCRA, restando demonstrado pela legislação acima indicada que o adicional de 0,2% (dois décimos por cento) desde a Lei n° 2.613/55 foi devido ao INCRA, por todas as 2° CC/NIF - Sc CONFERE COtb. ../1a/VAL • Processo n°35464.002396/2005-70 Braslila CCO2/C06 Acórdão n.°206-00.826 Mana da Fátima arteira cio Carva o Fls. 258 Pel Pit lingwe 751683 empresas em geral, o fato de o SENAI não possuir em seus quadros, empregados vinculados à Previdência Rural não a exclui da responsabilidade previdenciária, explicitada na Lei Complementar n° 11 /71. 20. Ademais, a contribuição para o INCRA e FUNRURAL sempre incidiu, desde a sua criação, sobre a folha de salários de todos os empregadores, o que rebate, também, a tese de que a empresa urbana não estaria obrigada a contribuir para o INCRA e FUNRURAL. Nem as contribuições anteriores e tampouco a atual, estabeleceram que a empresa que não possua empregados vinculados à previdência rural não possam contribuir para esta. 22.E assim também entendem as autoridades judiciárias, como se observa de seus julgados: Ementa. PREVIDENCIÁRIO - FUNRURAL - EMPRESA URBANA - FONTE DE CUSTEIO DO PRORURAL. Toda e qualquer empresa, seja urbana ou rural, está obrigada a contribuir para a seguridade social. A lei, ao criar o FUNRURAL, não exigiu que a empresa, para contribuir para ele, tivesse de estar vinculada às atividades rurais. Somente a contribuição de 2,4%, destinada ao FUNRURAL, é fonte de custeio do PRORURAL. A contribuição de 0,2% do INCRA nunca foi fonte de custeio do PRORURAL. Recurso provido. (STJ. RESP - RECURSO ESPECIAL — 234016; Processo: 199900912667/DF; Primeira Turma; Decisão em 15/02/2000; DJ de 20/03/2000; página 47; Relator Ministro Garcia Vieira). Ementa. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O FUNRURAL E PARA O INCRA. EMPRESA URBANA. EXIGIBILIDADE. I. É legitimo o recolhimento da contribuição previdenciária para custeio do FUNRURAL e do INCRA por empresas urbanas, já que a lei não exige a vinculaç'áo da empresa a atividades rurais. 2.Precedentes do Supremo Tribunal Federal e desta Seção. 3.Embargos de divergência acolhidos. (STJ. EREsp 412923 / PR ; EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO RECURSO ESPECIAL 2003/0155779-7; Primeira Seção; Data do Julgamento: 09/06/2004; DJ de 09/08/2004, p. 166; Relator Ministro Castro Meira). Ementa. PROCESSUAL CIVIL TRIBUTÁRIO E PREI1DENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA. FUNRURAL (2,4%). INCRA (0,2%). EMPRESA URBANA. LEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO E DO INSS. MATÉRIA PACIFICADA. PRECEDENTES DO STF, STJ E DA CORTE. 41 ,9 2" CC/MF •.:amara CONFERE C.. , ORIGINAL Processo n°35464.002396/2005 -70 a CCO2/C06raalda. tfegwpAcórdão n.° 206-00.826 Fls. 259 Mana da Fiterns. Ferreira de Carvalno Slaus 751683 7. Em razão do advento da Lei n° 8.022/90 a Unido passou a administrar as receitas arrecadadas pelo INCRA, emergindo dai sua legitimidade passiva para a causa (Precedentes do TRF 1' Região). 2. O INSS é o agente arrecadador da contribuição em tela, de modo que é parte legitima para figurar no pólo passivo da demanda. 3. Questão controvertida equacionada no âmbito do STF e STJ, que sufragaram o entendimento da legitimidade da cobrança do FUNRURAL/INCR4 das empresas urbanas. 4. Apelação dos Autores parcialmente provida. (TRF - PRIMEIRA REGIÃO; AC - APELAÇÃO CIVEL — 9601152318; Processo: 9601152318/DF; Terceira Turma Suplementar; Decisão: 10/3/2005; DJ de 31/03/2005, página 50; Relator JUIZ FEDERAL if7LSON ALVES DE SOUZA (CONV.). 23.Diante do exposto, o procedimento fiscal encontra-se correto, visto que aplicou a aliquota de contribuição da empresa destinada ao INCRA na forma da legislação vigente, ressaltando-se que à Previdência Social cabe tão somente a arrecadação destas contribuições, na forma do disposto pelo art. 94 da Lei n° 8.212/91: Art. 94. O Instituto Nacional do Seguro Social-INSS poderá arrecadar e fiscalizar, mediante remuneração de 3,5% do montante arrecadado, contribuição por lei devida a terceiros, desde que provenha de empresa, segurado, aposentado ou pensionista a ele vinculado, aplicando-se a essa contribuição, no que couber, o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei n° 9.528, de 10.12.97) Parágrafo única() disposto neste artigo aplica-se, exclusivamente, às contribuições que tenham a mesma base utilizada para o cálculo das contribuições incidentes sobre a remuneração paga ou creditada a segurados, ficando sujeitas aos mesmos prazos, condições, sanções e privilégios, inclusive no que se refere à cobrança judicial" No que tange a SELIC, observa-se que os juros incidentes sobre as contribuições sociais arrecadadas pela Previdência Social, pagas com atraso, incluídas ou não em notificação de débito, sujeitam-se aos juros equivalentes à taxa SEL1C, em caráter irrelevável, na forma do disposto pelo art. 34 da Lei n° 8.212191, sendo que alegação de inconstitucionalidade da referida taxa encontra-se descartada conforme reiterados pronunciamentos dos tribunais federais; Considerando, que a análise das razões não dá causa à reforma da decisão proferida, requer seja negado provimento ao recurso da notificada. É o Relatório. _ Processo n° 35464.002396/2005-70 2 CCO2/C06", C/MF C.•mariaAcórdão n.° 206-00S26 CONFERE C -" Ai O ORIGINAL fls. 260 aralha, Cai! Of, Mona 08 P gt,ryt. Ferreira da Carvalho Povo n•.due 751683 Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Recurso interposto tempestivamente, tendo o contribuinte efetuado o depósito para garantia de instância, conforme informação à fl. 229. Pressupostos superados, passo para o exame do mérito. DO MÉRITO Em primeiro lugar não será conhecido o mérito acerca da cobrança de contribuições previdenciárias à titulo de INCRA, tendo em vista o recorrente encontrar-se em processo judicial a respeito. No mesmo sentido posiciona-se este 2° Conselho de Contribuintes ao publicar a súmula n° 1 aprovada na Sessão Plenária de 18 de setembro de 2007, publicadas no DOU de 26/09/2007, Seção 1, pág. 28: "Súmula n° 1 - Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo." Ainda quanto ao mérito da contribuição de terceiros sobre a caracterização de vínculo de emprego entre a empresa recorrente e a COOPERMULT, base de cálculo essa que ensejou o lançamento fiscal objeto deste julgamento, também não há de ser conhecida a matéria, tendo em vista o contribuinte não ter impugnado expressamente o lançamento. Dessa forma, não havendo impugnação expressa quanto aos pontos objeto do recurso, presume-se a concordância da recorrente com a Decisão de Notificação, não se instaurando controvérsia. No entanto, será objeto de julgamento os argumentos recursais de assunto diverso do disposto na referida ação judicial, seja ele a aplicação dos juros SELIC, enquanto juros moratórios. Com relação à cobrança de juros está prevista em lei específica da previdência social, art. 34 da Lei n° 8.212/1991, abaixo transcrito, desse modo foi correta a aplicação do índice pela autarquia previdenciária: "Art.34. As contribuições sociais e outras importáncias arrecadadas pelo INSS, incluídas ou não em notificação fiscal de lançamento, pagas com atraso, objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas aos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia-SEIJC, a que se refere o art. 13 da Lei n° 9.065, de 20 de junho de 1995, incidentes sobre o valor atualizado, e multa de mora, todos de caráter irrelevtivel. (Artigo restabelecido, com nova redação dada e parágrafo único acrescentado pela Lei n°9.528, de 10/12/97). ,A 49 4 _ - r CC/LIF - :Amara Processo n° 35464.002396/2005-70 CONFERE CL iRIGINAL CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.826 Erga , Alpt, Fis.261p.,'r /Os. ,,stre Mana da FM•ma errara (1.• atvalNa It" t, S$ape 751683 Parágrafo único. O percen ual dos juros morató rios relativos aos meses de vencimentos ou pagamentos das contribuições correspondera a um por cento." Nesse sentido já se posicionou o STJ no Recurso Especial n° 475904, publicado no DJ em 12/05/2003, cujo relator foi o MM. José Delgado: "PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CDA. VALIDADE. MATÉRIA FÁT1CA. SÚMULA 07/STJ. COBRANÇA DE JUROS. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA. A averiguação do cumprimento dos requisitos essenciais de validade da CDA importa o revolvimento de matéria probatória, situação inadmissível em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 07/ST1. No caso de execução de dívida fiscal, os juros possuem a função de compensar o Estado pelo tributo não recebido tempestivamente. Os juros incidentes pela Taxa SELIC estão previstos em lei. São aplicáveis legalmente, portanto. Não há confronto com o art. 161, § I°, do CTN A aplicação de tal Taxa já está consagrada por esta Corte, e é devida a partir da sua instituição, isto é, 1701/1996. (REsp 439256/MG). Recurso especial parcialmente conhecido, e na parte conhecida, desprovido." Não tendo o contribuinte recolhido à contribuição previdenciária em época própria, tem por obrigação arcar com o ônus de seu inadimplemento. Caso não se fizesse tal exigência, poder-se-ia questionar a violação ao principio da isonomia, por haver tratamento similar entre o contribuinte que cumprira em dia com suas obrigações fiscais, com aqueles que não recolheram no prazo fixado pela legislação. Em mesmo sendo argüida pela recorrente a inconstitucionalidade, incabível seria sua análise na esfera administrativa. Não pode a autoridade administrativa recusar-se a cumprir norma cuja constitucionalidade vem sendo questionada, razão pela qual são aplicáveis os prazos regulados na Lei n°8.212/1991. Toda lei presume-se constitucional e, até que seja declarada sua inconstitucionalidade pelo órgão competente do Poder Judiciário para tal declaração ou exame da matéria, deve o agente público, como executor da lei, respeitá-la. Nesse sentido, entendo pertinente transcrever trecho do Parecer/CJ n° 771, aprovado pelo Ministro da Previdência Social em 28/1/1997, que enfoca a questão: "Cumpre ressaltar que o guardião da Constituição Federal é o Supremo Tribunal Federal, cabendo a ele declarar a inconstitucionalidade de lei ordinária. Ora, essa assertiva não quer dizer que a administração não tem o dever de propor ou aplicar leis compatíveis com a Constituição. Se o destinatário de uma lei sentir que ela é inconstitucional o Pretório Excelso é o órgão competente para tal declaração. Já o administrador ou servidor público não pode se eximir de aplicar uma lei, porque o seu destinatário entende ser inconstitucional, quando não há manifestação definitiva do STF a respeito. A alegação de inconstitucionalidade formal de lei não pode ser objeto de conhecimento por parte do administrador público. Enquanto não for declarada inconstitucional pelo STF, ou examinado seu mérito no controle difuso (efeito entre as partes) ou revogado por outra lei 1 2° CC/MF Er . ara CONFERE COun RI- Proc dão esso n. e 3544.002396/2005-70 CCO2/C06BrasIllaj Acór° 206-600.826 Fls. 262 Mana da Fatima I- a arval man ânion -761653 federal, a referida lei estará em vigor e cabe à Administração Pública acatar suas disposições." No mesmo sentido posiciona-se este 2° Conselho de Contribuintes ao publicar a súmula n° 2 aprovada na Sessão Plenária de 18 de setembro de 2007, publicadas no DOU de 26/09/2007, Seção 1, pág. 28: "SÚMULA N°2 O Segundo Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de legislação tributária." Dessa forma, não há que se falar em excesso de cobrança de juros, estando os valores descritos na NFLD, em consonância com o prescrito na legislação previdenciária. Por todo o exposto em relação a matéria objeto de conhecimento o lançamento fiscal seguiu os ditames previstos, devendo ser mantido nos termos da Decisão-Notificação, haja vista que os argumentos apontados pelo recorrente são incapazes de refiitar a presente notificação. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito NEGAR- LHE PROVIMENTO, nos termos acima descritos. É como voto. Sala das Sessões, em 08 de maio de 2008 ELAINE CRISTINA-MONTEIRO E SILVA VIEIRA 16 Page 1 _0017500.PDF Page 1 _0017600.PDF Page 1 _0017700.PDF Page 1 _0017800.PDF Page 1 _0017900.PDF Page 1 _0018000.PDF Page 1 _0018100.PDF Page 1 _0018200.PDF Page 1 _0018300.PDF Page 1 _0018400.PDF Page 1 _0018500.PDF Page 1 _0018600.PDF Page 1 _0018700.PDF Page 1 _0018800.PDF Page 1 _0018900.PDF Page 1
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Numero do processo: 12045.000303/2007-70
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Fri May 09 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Fri May 09 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Data do fato gerador: 22/09/2004
CUSTEIO - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - VALORES RECOLHIDOS APÓS CONCESSÃO APOSENTADORIA - CONTINUIDADE DA ATIVIDADE - SEGURADO
OBRIGATÓRIO.
A continuidade do exercício da atividade mesmo depois de
concedida a aposentadoria, não gera direito a restituição por não
terem sido as contribuições contabilizadas no salário de
beneficio. Não se trata de recolhimento indevido, posto em
exercendo atividade, é segurado obrigatório do RGPS.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-00.861
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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Ce23—, Mana de Fatana F 0. an ha CCO2)C06 Matr Siape 751683 Fls. 98 kq eaf"24:•,,:: MINISTÉRIO DA FAZENDA :30P.jr-'in*: SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES d' SEXTA CÂMARA Processo n° 12045.000303/2007-70 Recurso n° 145.218 Voluntário Matéria PEDIDO DE RESTITUIÇÃO Acórdão n° 206-00.861 Sessão de 09 de maio de 2008 Recorrente JOÃO PEREIRA FRANCO Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Data do fato gerador: 22/09/2004 CUSTEIO - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - VALORES RECOLHIDOS APÓS CONCESSÃO APOSENTADORIA - CONTINUIDADE DA ATIVIDADE - SEGURADO OBRIGATÓRIO. A continuidade do exercício da atividade mesmo depois de concedida a aposentadoria, não gera direito a restituição por não terem sido as contribuições contabilizadas no salário de beneficio. Não se trata de recolhimento indevido, posto em exercendo atividade, é segurado obrigatório do RGPS. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ç\/ • 2° CC • - Sexta Câmara CORRER— COM O ORIGINAL 4 Processo n°12045.000303/2007-70 Brasilta 03 CCO2C06Acórdão n.° 206-00.861 Fls 99 Mana de Sn • e de Carvalho Matr Slade 751683 ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. ELIAS S MPAIO FREIRE Presidente • ELAINE CRISTINA MON'InrE SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalume Reis, Ana Maria Bandeira, deusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 I 4 Processo rr12045.000303/2007-70 CCOVCOó Acórdão n! 206-00.861 1 2° CC/IMF - Sexta Carnara Fls. 100 CONFERE COMO ORIGINAL ~sina. 4g9,4pjc5 Mana de Fat ma F r ra arva o ri atr Siaae 751683 Relatório Alegando recolhimento indevido, nas competências 02/2000 a 07/2004, o recorrente solicitou a restituição das contribuições previdenciárias. Alega que os valores foram recolhidos após a concessão de sua aposentadoria, e sendo que a atividade exercida após a aposentadoria o vinculava a Regime Próprio de Previdência de Goiás. O unidade descentralizada da SRP indeferiu o pleito do recorrente, fls. 90, considerando que é segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social - RGPS aquele que mesmo aposentado retoma a atividade vinculada ao RGPS. Inconformado, o recorrente interpôs recurso, fls. 94; alegando que após ter sido concedida aposentadoria, continuou recolhendo ao INSS, porém a atividade exercida na qualidade de servidor efetivo o vincula ao RPPS do Estado de Goiás. Destaca-se que foram apresentadas GRCI d período de 02/1998 a 01/2000, no entanto esses valores não foram solicitados no presente pedido de restituição. Para o período de 03/2000 a 12/2002, foram apresentadas GPS em código de recolhimento — 1007 — Contribuinte individual. Já para o período de 06/2003 a dezembro de 2003 foi apresentada ficha financeira do Fundo Municipal de Saúde de Itumbiara. Para o período de 01/2004 a 07/2004, foi apresentada ficha financeira do funcionário, destacando o desconto para o INSS. A Receita Previdenciária deixou de apresentar contra-razões, tendo encaminhado o processo ao CRPS. É o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: 1 Em sendo considerado tempestivo o recurso, fl. 96, e não estando o recorrente obrigado a efetuar o depósito recursal (art. 126, § 1° da Lei n° 8.213/91), passo, então, ao seu exame. DO MÉRITO: O recorrente efetuou recolhimento nas competências 02/2000 a 07/2004, no entanto, alega que após a concessão da aposentadoria e estando na condição de servidor efetivo, contribuindo regularmente para o IPASGO, incabíveis seriam as contribuições para o RGPS. IP 3 _- _ __ 2° CCP sexta Câmara CONFER.— O ORIGINAL 4 Processo n° 12045.000303/2007-70 Braselia, 3 conico6 Acórdão n.• 206-00.861 Maria de Pai rea errara e arvalho Fls. 101 1: Lir Sharp& 7b168:4 No entanto, as informações trazidas nos autos não demonstram as afirmações realizadas pelo recorrente, pelo contrário, denotam serem devidas as contribuições realizadas tendo em vista o recorrente continuar prestando serviços remunerados mesmo depois de aposentado. Mesmo o aposentado que voltar a exercer atividade abrangida pelo RGPS será segurado obrigatório, sendo as contribuições devidas, conforme abaixo transcrito. "Art. 12 (..). § 4°0 aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social-RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da Seguridade Social. (Parágrafo acrescentado pela Lei n° 9.032, de 28/04/95)." Conforme dispõe o art. 89 da Lei n° 8.212/1991, a restituição ou compensação somente é cabível nos casos de recolhimento a maior ou indevido, nestas palavras: "Art.89. Somente poderá ser restituída ou compensada contribuição para a Seguridade Social arrecadada pelo Instituto Nacional do Seguro Social-INSS na hipótese de pagamento ou recolhimento indevido. (Redação dada ao capuz e parágrafos pela Lei n° 9.129, de 20/11/95). §1 °Admitir-se-á apenas a restituição ou a compensação de contribuição a cargo da empresa, recolhida ao INSS, que, por sua natureza, não tenha sido transferida ao custo de bem ou serviço oferecido à sociedade. §2°Somente poderá ser restituído ou compensado, nas contribuições arrecadadas pelo INSS, o valor decorrente das parcelas referidas nas alíneas "a", "b" e "c" do parágrafo único do art. 11 desta Lei. § 3° Em qualquer caso, a compensação não poderá ser superior a trinta por cento do valor a ser recolhido em cada competência. §47Va hipótese de recolhimento indevido, as contribuições serão restituídas ou compensadas atualizadas monetariamente. § 5Vbservado o disposto no § 3°, o saldo remanescente em favor do contribuinte, que não comporte compensação de uma só vez, será atualizado monetariamente. §6° A atualização monetária de que tratam os §§ 4° e 5° deste artigo observará os mesmos critérios utilizados na cobrança da própria contribuição. §7° Não será permitida ao beneficiário a antecipação do pagamento de contribuições para efeito de recebimento de beneficios." Conforme demonstrado nos autos, verifica-se, a priori, que o presente caso não se trata de recolhimento a maior, pois teria ficado abaixo do limite máximo do salário-de- contribuição. élP/- 4 1 20 CG • - 3exta Câmara CONFEF.— COM O ORIGINAL Processo n° 12045.000303/2007-70 BUIS iiia iffirá3e,t+— CCO2/C06. Acórdão n.° 206-00.861 Fls. 102 Maria de FM' e r Ca alhO tr Siaoen1683 Não existe vedação no Regulamento da Previdência Social de que o segurado já aposentado possa se filiar como contribuinte individual no RGPS. Uma vez que foi contratado para prestar serviços enquanto médico da Prefeitura Municipal de Saúde de Itumbiara, encontra-se na condição de segurado obrigatório da previdência social, razão porque são devidas contribuições previdenciárias sobre os valore recebidos. Quanto à alegação de encontrar-se na condição de servidor eletivo, e dessa forma, desobrigado de recolher para o INSS, acredito estar equivocada a informação do recorrente. Pela análise das fichas financeiras e das folhas de pagamento apresentadas, os descontos eram realizados para o INSS, e outro não poderia ser, tendo em vista a contratação realizada. A única possibilidade, não relacionada no processo em questão, seria a contratação por concurso público para ocupar cargo de natureza efetiva, aí sim, mantendo-se o vínculo com o RPPS. No entanto, mesmo se fosse essa a situação restaria ao recorrente a obrigação de comprovar que não prestou qualquer outro serviço remunerado enquanto médico, já que recolheu na condição de contribuinte individual. Pelo exposto, o recorrente não possui direito à restituição dos valores pagos no período objeto de seu pleito. CONCLUSÃO: Voto pelo CONHECIMENTO do recurso, para no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO nos termos já expostos. É COMO voto. Sala das Sessões, em 09 de maio de 2008 ..... .... ELAINE CTfiKX4OTTEIIWt SILVA VIEIRA - - Page 1 _0048100.PDF Page 1 _0048200.PDF Page 1 _0048300.PDF Page 1 _0048400.PDF Page 1
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Numero do processo: 13828.000126/2007-87
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Fri Aug 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Fri Aug 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Período de apuração: 01/06/1996 a 31/07/1996
PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO - PERÍODO ATINGINDO PELA DECADÊNCIA QUINQUENAL - SÚMULA VINCULANTE STF.
O STF em julgamento proferido em 12 de junho de 2008, declarou a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212/1991, tendo inclusive no intuito de eximir qualquer questionamento quanto ao alcance da referida decisão, editado a Súmula Vinculante de n ° 8, senão vejamos: "Súmula Vinculante n° 8- São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 50 do Decreto-Lei n° 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei n°8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário".
No presente caso o lançamento foi efetuado em 21/12/2006, tendo o recorrente dado ciência no dia 22/12/2006. Os fatos geradores ocorreram entre as competências 06/1996 a 07/1996, o que fulmina em sua totalidade o direito do fisco de constituir o lançamento, independente de se tratar de lançamento por homologação ou de oficio.
Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 206-01.190
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso para reconhecer a decadência das contribuições apuradas.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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Slape 751683 MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n° 13828.000126/2007-87 Recurso n° 145.288 Voluntário Matéria DIFERENÇA DE CONTRIBUIÇÕES E PRODUTO RURAL Acórdão n° 206-01.190 Sessão de 08 de agosto de 2008 Recorrente USINA BARRA GRANDE LENÇOIS S/A Recorrida SRP - SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIARIAS Período de apuração: 01/06/1996 a 31/07/1996 PREVIDENCLÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO - PERÍODO ATINGINDO PELA DECADÊNCIA QUINQUENAL - SÚMULA VINCULANTE STF. O STF em julgamento proferido em 12 de junho de 2008, declarou a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212/1991, tendo inclusive no intuito de eximir qualquer questionamento quanto ao alcance da referida decisão, editado a Súmula Vinculante de n ° 8, senão vejamos: "Súmula Vinculante n° 8- São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 50 do Decreto- Lei n° 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei n°8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário". No presente caso o lançamento foi efetuado em 21/12/2006, tendo o recorrente dado ciência no dia 22/12/2006. Os fatos geradores ocorreram entre as competências 06/1996 a 07/1996, o que fulmina em sua totalidade o direito do fisco de constituir o lançamento, independente de se tratar de lançamento por homologação ou de oficio. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. — atilara I Par -SZ,r 16 0Fei G NAL Processo n°13828.000126/2007-87 CONFERE0C, drir CCO2C06 • . Acórdão n.° 206-01.190 13FaslIia, 4k-v- a Fls. 136 de FãtITIr"Li Mana Mad Sidpe 751134-› ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso para reconhecer a decadência das contribuições apuradas. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira e Marcelo Freitas de Souza Costa (Suplente convocado). 2 Processo n° 13828.000126/2007-87 aunara CCO2036 Acórdão n.°206-01.190 2.CEEr a4^4545Rienged...CONFERE COM., io Fls. 137 Brasilia • Mien -C.) Mede de m Faattirmsai;pe - reAreied83 Relatório valha A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo dos segurados, da empresa, incluindo as destinadas ao financiamento dos beneficios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho e a destinada aos Terceiros, levantadas 1 sobre os valores pagos aos segurados empregados à título de material escolar, fls. 40 a 49. Os valores foram apurados por meio de registro contábeis, obtidos pela análise dos livros diários, devidamente registrados. Os fatos geradores objeto desta NFLD compreendem as competências 06/1996 a 07/1996. Relevante destacar que o lançamento foi efetuado 21/12/2006, tendo o recorrente dado ciência no dia 22/12/2006. Destaca-se ainda MPF foi assinado em 21/08/2006, servindo este instrumento como medida preparatória indispensável à realização do procedimento de notificação. Não conformada com a notificação, a recorrente apresentou defesa, fls. 66 a 77. Foi emitida Decisão-Notificação confirmando a procedência do lançamento, fls. 105 a 109. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso, fls. 116 a 129.Em síntese, a contratada em seu recurso alega o seguinte: O período objeto do lançamento encontra-se decadente; O recorrente tem direito à correção plena dos montantes recolhidos indevidamente; Requer seja cancelada a NFLD em questão. O processo foi encaminhado a este conselho sem o oferecimento de contra- razões. É o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente pela contratada, conforme informação à fl. 132. Avaliados os pressupostos, passo para as questões preliminares ao exame do mérito. 3 ra bwa0 ;Processo n°13828.000126/2007.87 ORIGINAL CCO1C06CONFERE COM__ • Acórdão n.° 206-01.190 rjf) ej • Fls. 138 brasit ia . itar"- Ar; / Matr Siape 75168-5 Maria de f eira anta DAS QUESTÕES PRELIMINARES: De pronto cabe-nos apreciar a preliminar referente ao prazo de decadência para o fisco constituir os créditos objeto desta NFLD. Subsumo todo o meu entendimento quanto a legalidade do art. 45 da Lei n° 8212/91 (10 anos), outrora defendido, à decisão do STF proferida recentemente. Dessa forma, quanto a decadência de 5 anos, razão assiste ao contribuinte nos termos abaixo expostos. O STF em julgamento proferido em 12 de junho de 2008, declarou a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212/1991, tendo inclusive no intuito de eximir qualquer questionamento quanto ao alcance da referida decisão, editado a Súmula Vinculante de n° 8, senão vejamos: Súmula Vinculante n° 8"São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5° do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.211/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário." O texto constitucional em seu art. 103-A deixa claro a extensão dos efeitos da aprovação da súmula vinculando, obrigando toda a administração pública ao cumprimento de seus preceitos. Dessa forma, entendo que este colegiado deverá aplicá-la de imediato, mesmo nos casos em que não argüida a decadência qüinqüenal por parte dos recorrentes. Assim, prescreve o artigo em questão: "Art. I03-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de oficio ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei." Ao declarar a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212/91, prevalecem as disposições contidas no Código Tributário Nacional — CTN, quanto ao prazo para a autoridade previdenciária constituir os créditos resultantes do inadimplemento de obrigações previdenciárias. Cite-se o posicionamento do STJ quando do julgamento proferido pela 18 Seção no Recurso Especial de n° 766.050, cuja ementa foi publicada no Diário da Justiça em 25 de fevereiro de 2008, nestas palavras: "PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ISS. ALEGADA NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. VALIDADE DA CDA. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADE NA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA AO DECRETO-LEI N° 406/68. ANALOGIA. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATICIOS. FAZENDA PÚBLICA VENCIDA. FIXAÇÃO. OBSERVAÇÃO AOS LIMITES DO é' 3.° DO ART. 10 DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÚRIA. SÚMULA 07 DO STJ. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. INOCORRÊNCL4. ARTIGO 173, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTIV. ti, • 4 --rccfmr - —"-lNAt RE corvi 1-2 Processo n°13828.000126/2007-87 copiFE „CCO2/C06 Acórdão n.°206-01.190 1.19 AM jrgrasina. ri, rca-no o Fls. 139 Mede de FátIT :en Mat.r. Sapo 751bas, 1. O Imposto sobre Serviços é regido pelo DL 406/68, cujo falo gerador é a prestação de serviço constante na lista anexa ao referido diploma legal, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo. 2. A lista de serviços anexa ao Decreto-lei n." 406/68, para fins de incidência do ISS sobre serviços bancários, é taxativa, admitindo-se, contudo, uma leitura extensiva de cada item, no afã de se enquadrar serviços idênticos aos expressamente previstos (Precedente do STF: RE 3618291RI, publicado no DJ de 24.02.2006; Precedentes do STJ: AgRg no Ag 770170/SC, publicado no DJ de 26.10.2006; e AgRg no Ag 577068/GO, publicado no DJ de 28.08.2006). 3. Entrementes, o exame do enquadramento das atividades desempenhadas pela instituição bancária na Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei 406/68 demanda o reexame do conteúdo fálico probatório dos autos, insindicável ante a incidência da Súmula 7/STJ (Precedentes do STJ: AgRg no Ag 770170/SC, publicado no DJ de 26.10.2006; e REsp 445I37/MG, publicado no DJ de 01.09.2006). 4. Deveras, a venficação do preenchimento dos requisitos em Certidão de Dívida Ativa demanda exame de matéria fático-probatória, providência inviável em sede de Recurso Especial (Súmula 07/STJ). 5. Assentando a Corte Estadual que "na Certidão de Dívida Ativa consta o nome do devedor, seu endereço, o débito com seu valor originário, termo inicial, maneira de calcular juros de mora, com seu fundamento legal (Código Tributário Municipal, Lei n.° 2141/94; 2517/97, 2628/98 e 2807/00) e a descrição de todos os acréscimos" e que "os demais requisitos podem ser observados nos autos de processo administrativo acostados aos autos de execução em apenso, onde se verificam: a procedência do débito (1SSQN), o exercício correspondente (01/12/1993 a 31/10/1998), data e número do Termo de Início de Ação Fiscal, bem como do Auto de Infração que originou o débito", não cabe ao Superior Tribunal de Justiça o reexame dessa inferência. 6. Vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários advocaticios não está adstrita aos limites percentuais de 10% e 20%, podendo ser adotado como base de cálculo o valor dado à causa ou à condenação, nos termos do artigo 20, „f 4°, do CPC (Precedentes: AgRg no AG 623.659/1U, publicado no DJ de 06.06.2005; e AgRg no Resp 592.430/MG, publicado no DJ de 29.11.2004). 7. A revisão do critério adotado pela Corte de origem, por eqüidade, para afixação dos honorários, encontra óbice na Súmula 07, do STJ, e no entendimento sumulado do Pretório Excelso: "Salvo limite legal, a fixação de honorários de advogado, em complemento da condenação, depende das circunstâncias da causa, não dando lugar a recurso extraordinário" (Súmula 389/5TF).8. O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre a decadência, causa extintiva do crédito tributário, assim estabelece em seu artigo 173: "Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 1- do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento." 9. A decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito 1 IK - Sn' C-,1111arr•- L Processo n°13828.00012612007-87 CONFERE1DM O OR P CCO2/C06 • Acórdão n.°206-01.190 Brasi lia. (tira ,rj, Fls. 140 Maria de mpaattÉrmsamFpe4 516:3 arvain° tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontra- se regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, quais sejam: (i) regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de oficio, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado; ai) regra da decadência do direito de lançar nos casos em que notificado o contribuinte de medida preparatória do lançamento, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento de oficio ou de tributos sujeitos a lançamento por homologação em que inocorre o pagamento antecipado; aio regra da decadência do direito de lançar nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação em que há parcial pagamento da exação devida; (iv) regra da decadência do direito de lançar em que o pagamento antecipado se dá com fraude, dolo ou simulação, ocorrendo notificação do contribuinte acerca de medida preparatória; e (v) regra da decadência do direito de lançar perante anulação do lançamento anterior (In: Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 3" Ed., Max Limonad, págs. 163/210). 10. Nada obstante, as aludidas regras decadenciais apresentam prazo qüinqüenal com dies a quo diversos. 11. Assim, conta-se do "do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" (artigo 173, I, do CT1V), o prazo qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de oficio), quando não prevê a lei o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, bem como inexistindo notificação de qualquer medida preparatória por parte do Fisco. No particular, cumpre enfatizar que "o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, sendo inadmissível a aplicação cumulativa dos prazos previstos nos artigos 150, § 4°, e 173, do CIN, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento por homologação, a fim de configurar desarrazoado prazo decadencial decenaL 12. Por seu turno, nos casos em que inexiste dever de pagamento antecipado (tributos sujeitos a lançamento de oficio) ou quando, existindo a aludida obrigação (tributos sujeitos a lançamento por homologação), há omissão do contribuinte na antecipação do pagamento, desde que inocorrentes quaisquer ilícitos (fraude, dolo ou simulação), tendo sido, contudo, notificado de medida preparatória indispensável ao lançamento, fluindo o termo inicial do prazo decadencial da aludida notificação (artigo 173, parágrafo único, do CT1V), independentemente de ter sido a mesma realizada antes ou depois de iniciado o prazo do inciso 1, do artigo 173, do C7'N. 13. Por outro lado, a decadência do direito de lançar do Fisco, em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, quando ocorre pagamento antecipado inferior ao efetivamente devido, sem que o contribuinte tenha incorrido em fraude, dolo ou simulação, nem sido notificado pelo Fisco de quaisquer medidas preparatórias, obedece a regra prevista na primeira parte do § 4", do artigo 150, do Codex Tributário, segundo o qual, se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador: "Neste caso, concorre a contagem do prazo para o Fisco homologar expressamente o pagamento antecipado, concomitantemente, com o prazo para o Fisco, no caso de não homologação, empreender o cV " -----217.EC ira F - b" L• CONFER E 90" Processo n° 13828.000126/2007-87 40, Brats, átS, /.4.2c) C002/C06n • Acórdão n.°206-01.190 1424Carva Fls. 141 Maria de mFaattirms- illiape- fie:Isçail83'lh° correspondente lançamento tributário. Sendo assim, no termo final desse período, consolidam-se simultaneamente a homologação tácita, a perda do direito de homologar expressamente e, conseqüentemente, a impossibilidade jurídica de lançar de oficio" (In Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 3" Ed., Max Limonad , pág. 170). 14. A notificação do ilícito tributário, medida indispensável para justificar a realização do ulterior lançamento, afigura-se como dies a quo do prazo decadencial qüinqüenal, em havendo pagamento antecipado efetuado com fraude, dolo ou simulação, regra que configura ampliação do lapso decadencial, in casu, reiniciado. Entrementes, "transcorridos cinco anos sem que a autoridade administrativa se pronuncie, produzindo a indigitada notificação formalizadora do ilícito, operar-se-á ao mesmo tempo a decadência do direito de lançar de oficio, a decadência do direito de constituir juridicamente o dolo, fraude ou simulação para os efeitos do art. 173, parágrafo único, do CD! e a extinção do crédito tributário em razão da homologação tácita do pagamento antecipado" (Eurico Marcos Diniz de Santi, in obra citada, pág. 171). 15. Por fim, o artigo 173, II, do C77V, cuida da regra de decadência do direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário quando sobrevém decisão definitiva, judicial ou administrativa, que anula o lançamento anteriormente efetuado, em virtude da verificação de vício formal Neste caso, o marco decadencial inicia-se da data em que se tornar definitiva a aludida decisão anulatória. 16. In casu: (a) cuida-se de tributo sujeito a lançamento por homologação; (b) a obrigação ex lege de pagamento antecipado do 1SSQN pelo contribuinte não restou adimplida, no que concerne aos fatos geradores ocorridos no período de dezembro de 1993 a outubro de 1998, consoante apurado pela Fazenda Pública Municipal em sede de procedimento administrativo fiscal; (c) a notificação do sujeito passivo da lavratura do Termo de Início da Ação Fiscal, medida preparatória indispensável ao lançamento direto substitutivo, deu-se em 27.11.1998; (d) a instituição financeira não efetuou o recolhimento por considerar intributáveis, pelo 1SSQN, as atividades apontadas pelo Fisco; e (e) a constituição do crédito tributário pertinente ocorreu em 01.09.1999. 17. Desta sorte, a regra decadencial aplicável ao caso concreto é a prevista no artigo 173, parágrafo único, do Codex Tributário, contando-se o prazo da data da notificação de medida preparatória indispensável ao lançamento, o que sucedeu em 17.11.1998 (antes do transcurso de cinco anos da ocorrência dos fatos imponíveis apurados), donde se dessume a higidez dos créditos tributários constituídos em 01.09.1999. 18. Recurso especial parcialmente conhecido e desprovido." Portanto, face a decisão do STF, descrita na Súmula Vinculante n° 8, e considerando o disposto no C1N acerca da matéria, resta-nos apenas, nos casos de averiguação da decadência, identificar qual dispositivo legal deva ser aplicado: art. 150, §, 4 0, ou art. 173, I. No presente caso o lançamento foi efetuado em 21/12/2006, tendo o recorrente dado ciência no dia 22/12/2006. Os fatos geradores ocorreram entre as competências 06/1996 a 07/1996, o que fulmina em sua totalidade o direito do fisco de constituir o lançamento, independente de se tratar de lançamento por homologação ou de oficio. Pelo exposto encontram-se atingidos pela fluência do prazo decadencial todos os fatos geradores apurados pela fiscalização nesta NFLD. Processo n°13828000126/2007-37 ir3b1AnM5 oFtiGt CCO2/C06• Acórdão n.° 206-01.190 CONIFEFte #20 4&.1 4,. F. 142 Brasília. fiar Ikh• matia de mnattirrn. saiape-- ;5'316' fja 4'13 CONCLUSÃO: Pelo exposto, voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito DAR- LHE PROVIMENTO. É como voto. Sala das Sessões, em 08 de agosto de 2008 / (LAIN "IaE SILVA VIEIRA 8 Page 1 _0082300.PDF Page 1 _0082400.PDF Page 1 _0082500.PDF Page 1 _0082600.PDF Page 1 _0082700.PDF Page 1 _0082800.PDF Page 1 _0082900.PDF Page 1
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Numero do processo: 13876.000332/2007-11
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Oct 07 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Tue Oct 07 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Período de apuração: 01/12/1996 a 31/12/2005
PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO - SALÁRIO INDIRETO - NÃO IMPUGNAÇÃO - CO-RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS.
A não impugnação expressa dos fatos geradores objeto do lançamento importa em renúncia e conseqüente concordância com os termos da NFLD.
A fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Se assim não o fosse, estaríamos falando de uma empresa - pessoa jurídica, com capacidade de pensar e agir.
PREVIDENCIÁRIO. CUSTEIO. NFLD. DECADÊNCIA. 05 ANOS.
I - Na esteira da jurisprudência do STJ, bem como da Câmara Superior de Recursos Fiscais, é de 05 anos a decadência das contribuições sociais.
II - Tratando-se de tributação de salário indireto, a decadência reger-se-á pela regra do § 4º do art. 150 do CTN, uma vez que ocorrida a antecipação de recolhimentos em relação à folha de pagamento normal.
Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 206-01.350
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, I) por unanimidade de votos em declarar a decadência das contribuições apuradas até a competência 11/2000. II) por voto de qualidade em declarar, também, a decadência das contribuições apuradas até a competência 11/2001. Vencidos os
Conselheiros Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (Relatora), Bernadete de Oliveira Barros, Lourenço Ferreira do Prado e Ana Maria Bandeira, que votaram por declarar a decadência somente até a competência 11/2000. III) por unanimidade de votos, no mérito, em negar provimento ao recurso. Designado para redigir o voto vencedor, na parte referente à decadência, o(a) Conselheiro(a) Rogério de , Lellis Pinto.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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CONFERE COM O n^,rINAL asnal' IP 14(2195_ CCO2C06 Fls. 166 1 Maria de Fá n:r Fe., eira de Carvalho Mal Stape 751683 tt MINISTÉRIO DA FAZENDA tgta SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo o° 13876.000332/2007-11 Recurso n° 145.483 Voluntário Matéria SALÁRIO INDIRETO Acórdão n° 206-01.350 Sessão de 07 de outubro de 2008 Recorrente LOJAS CEM S/A Recorrida SRP - SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA - SP ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/12/1996 a 31/12/2005 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO - SALÁRIO INDIRETO - NÃO IMPUGNAÇÃO - CO-RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS. A não impugnação expressa dos fatos geradores objeto do lançamento importa em renúncia e conseqüente concordância com os termos da NFLD. A fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Se assim não o fosse, estaríamos falando de uma empresa - pessoa jurídica, com capacidade de pensar e agir. PREVIDENCIÁRIO. CUSTEIO. NFLD. DECADÊNCIA. 05 ANOS. I - Na esteira da jurisprudência do STJ, bem como da Câmara Superior de Recursos Fiscais, é de 05 anos a decadência das contribuições sociais. II - Tratando-se de tributação de salário indireto, a decadência reger-se-á pela regra do § 4° do art. 150 do CTN, uma vez que ocorrida a antecipação de recolhimentos em relação à folha de pagamento normal. Recurso Voluntário Provido em Parte. A, • Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. n 101 MF • SEGUNDO COm8E1,H0-0€-OlINTRIVUINTESI CON FFRI n M O • "31NAL Firmais, 153 , ". Processo n° 13876.000332/2007-11 o CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01350 tet1/4.7 I Fls. 167 Maria de f ia,. • -encara ut Carvalho Mat. Mapa 751683 ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, I) por unanimidade de votos em declarar a decadência das contribuições apuradas até a competência 11/2000. II) por voto de qualidade em declarar, também, a decadência das contribuições apuradas até a competência 11/2001. Vencidos os Conselheiros Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (Relatora), Bemadete de Oliveira Barros, Lourenço Ferreira do Prado e Ana Maria Bandeira, que votaram por declarar a decadência somente até a competência 11/2000. III) por unanimidade de votos, no mérito, em negar provimento ao recurso. Designado para redigir o voto vencedor, na parte referente à decadência, o(a) Conselheiro(a) Rogério de , Lellis Pinto. ELIAS SAMPAIO F EIRE Presidente 4 r- f4dIlatbrir R LELLIS PINTO • •R la Designado - Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Cleusa Vieira de Souza, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. ed2r •4 4,. Processo n°13876.000332/2007-II ME- CCO2/C06 SEGUNDO (TraF11 I0 DE C•NTRDWINTESAcórdão n.• 206-01.350 C01n 11ERE COm O I" IniN AL Fls. 168 Brasaia, v. /W It. tP Relatório Maria de Mat. sliaFpeerreisiria683. carvalho 1 A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa; incluindo a destinada aos Terceiros, referente aos valores pagos a título da rubrica denominada "gratificação eventual". O lançamento abrangeu o período de dezembro de 1996 a dezembro de 2005, conforme relatório fiscal às fls. 25 a 27. Não conformado com a notificação, foi apresentada defesa pela notificada, fls. 98 a 116. A empresa efetuou pagamento da parte não contestada, conforme fl. 131. A Decisão-Notificação confirmou a procedência do lançamento fiscal, fls. 132 a 141. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso, conforme fls. 146 a 156. Em síntese, a recorrente alega o seguinte: Parte do lançamento já foi atingida pela fluência do prazo decadencial, no que se refere às competências 05/1996 a 11/2001; Os sócios são ilegítimos para figurarem como co-responsáveis; Requer a exclusão das pessoas fisicas e pessoa jurídica arroladas como co- responsáveis, bem como o cancelamento da NFLD em questão. Não foram apresentadas contra-razões pelo órgão fazendário. É o Relatório. Voto Vencido Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente pela contratada, conforme informação à fl. 404 Avaliados os pressupostos, passo para as questões preliminares ao exame do mérito. QUESTÕES PRELIMINARES • Quanto a preliminar referente ao prazo de decadência para o fisco constituir os créditos objeto desta NFLD, apesar de ter ocorrido o lançamento em 30/11/2006, a cientificação ao sujeito passivo ocorreu em 04/12/2006. Importante, ainda, mencionar que o procedimento fiscal teve início em 20/03/2006, com a ciência do MPF, servindo este como medida preparatória para o lançamento. é:' • ,C111,r411k1H0 0£011%1111•1/1`4 rES corin. E COM O ' ""19 41. • Processo n° 13876.000332f2007-11 _ff 2 /75 CCO2/C06 Acórdão1C 206-01350 E1s. 169 Maria de raiá ge‘-:teera uLe~erdho Mat. Siape 751483 Nesse sentido, quanto a aplicação da decadência qüinqüenal, subsumo todo o meu entendimento quanto a legalidade do art. 45 da Lei 8212/91 (10 anos), outrora defendido à decisão do STF, proferida recentemente. Dessa forma, quanto a decadência de 5 anos, profiro meu entendimento. O STF em julgamento proferido em 12 de junho de 2008, declarou a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212/1991, tendo inclusive no intuito de eximir qualquer questionamento quanto ao alcance da referida decisão, editado a Súmula Vinculante de n° 8, senão vejamos: Súmula Vinculante n° 8 - "São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5° do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário". O texto constitucional em seu art. 103-A deixa claro a extensão dos efeitos da aprovação da súmula vinculando, obrigando toda a administração pública ao cumprimento de seus preceitos. Dessa forma, entendo que este colegiado deverá aplicá-la de pronto, mesmo nos casos em que não argüida a decadência qüinqüenal por parte dos recorrentes. Assim, prescreve o artigo em questão: "Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de oficio ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecido em lei." Ao declarar a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212, prevalecem as disposições contidas no Código Tributário Nacional — CTN, quanto ao prazo para a autoridade previdenciária constituir os créditos resultantes do inadimplemento de obrigações previdenciárias. Cite-se o posicionamento do STJ quando do julgamento proferido pela la Seção no Recurso Especial de n° 766.050, cuja ementa foi publicada no Diário da Justiça em 25 de fevereiro de 2008, nestas palavras: "PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ISS. ALEGADA NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. VALIDADE DA CDA. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADE NA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA AO DECRETO-LEI N° 406/68. ANALOGIA. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATICIOS. FAZENDA PÚBLICA VENCIDA. FIXAÇÃO. OBSERVAÇÃO AOS LIMITES DO § 3.° DO ART. 20 DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 07 DO STJ. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. INOCORRÊNCIA. ARTIGO 173, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTN. I. O Imposto sobre Serviços é regido pelo DL 406/68, cujo fato gerador é a prestação de serviço constante na lista anexa ao referido diploma legal, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem 411 4 MF - SEGUNDO COmM-LHO DE CONTRAI: CONFERE ei o . rn g,j 1 Processo e 13876.000332/2007-11 arasil4r /Os Cg CCO2/C06- Acórdão n.° 206-01350 // Fls. 170 M2171 de Fáti • Ferreira oe Carvalho Mat. Suave 731683 estabelecimento fixo. 2. A lista de serviços anexa ao Decreto-lei n." 406/68, para fins de incidência do ISS sobre serviços bancários, é taxativa, admitindo-se, contudo, uma leitura extensiva de cada item, no afã de se enquadrar serviços idênticos aos expressamente previstos (Precedente do STF: RE 361829/RJ, publicado no DJ de 24.02.2006; Precedentes do STJ: AgRg no Ag 770170/SC, publicado no DJ de 26.10.2006; e AgRg no Ag 577068/GO, publicado no DJ de 28.08.2006). 3. Entrementes, o exame do enquadramento das atividades desempenhadas pela instituição bancária na Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei 406/68 demanda o reexame do conteúdo fálico probatório dos autos, insindicável ante a incidência da Súmula 7/STJ (Precedentes do STJ: AgRg no Ag 770170/SC, publicado no DJ de 26.10.2006; e REsp 4451 37/MG, publicado no DJ de 01.09.2006). 4. Deveras, a verificação do preenchimento dos requisitos em Certidão de Dívida Ativa demanda exame de matéria fálico-probatória, providência inviável em sede de Recurso Especial (Súmula 07/S7j). 5. Assentando a Corte Estadual que "na Certidão de Divida Ativa consta o nome do devedor, seu endereço, o débito com seu valor originário, termo inicial, maneira de calcular juros de mora, com seu fundamento legal (Código Tributário Municipal, Lei n." 2141/94; 2517/97, 2628/98 e 2807/00) e a descrição de todos os acréscimos" e que "os demais requisitos podem ser observados nos autos de processo administrativo acostados aos autos de execução em apenso, onde se verificam: a procedência do débito (ISSQ1V), o exercício correspondente (01/12/1993 a 31/10/1998), data e número do Termo de Início de Ação Fiscal, bem como do Auto de Infração que originou o débito", não cabe ao Superior Tribunal de Justiça o reexame dessa inferência. 6. Vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários advocaticios não está adstrita aos limites percentuais de 10% e 20% podendo ser adotado como base de cálculo o valor dado à causa ou à condenação, nos termos do artigo 20, § 4°, do CPC (Precedentes: AgRg no AG 623.659/RJ, publicado no DJ de 06.06.2005; e AgRg no Resp 592.430/MG, publicado no DJ de 29.11.2004). 7. A revisão do critério adotado pela Cone de origem, por eqüidade, para afixação dos honorários, encontra óbice na Súmula 07, do STJ, e no entendimento sumulado do Pretório Excelso: "Salvo limite • legal, a fixação de honorários de advogado, em complemento da condenação, depende das circunstâncias da causa, não dando lugar a recurso extraordinário" (Súmula 389/STF).8. O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre a decadência, causa extintiva do crédito tributário, assim estabelece em seu artigo 173: "Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 1- do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II- da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo única O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento." 9. A decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontra- se regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, quais sejam: (i) regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos 4) Sif - SPGUNDO MN! ELMO DE ellINNIVUINTES (1)hir r• 4 -om ^ •rs..14 t 9In Ofr,,,: Processo e 13876.000332/2007-11 - - CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01350 of, Fls. 171 NIz na • t Cl resta ut Cania, M.a. ido: 751683 sujeitos ao lançamento de oficio, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado; (ii) regra da decadência do direito de lançar nos casos em que notificado o contribuinte de medida preparatória do lançamento, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento de oficio ou de tributos sujeitos a lançamento por homologação em que inocorre o pagamento antecipado; (iii) regra da decadência do direito de lançar nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação em que há parcial pagamento da exação devida; (iv) regra da decadência do direito de lançar em que o pagamento antecipado se dá com fraude, dolo ou simulação, ocorrendo notificação do contribuinte acerca de medida preparatória; e (v) regra da decadência do direito de lançar perante anulação do lançamento anterior (In: Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 3' Ed., Max Limonad, págs. 163/210). 10. Nada obstante, as aludidas regras decadenciais apresentam prazo qüinqüenal com dies a quo diversos. 11. Assim, conta-se do "do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" (artigo 173, I, do CTIV), o prazo qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de oficio), quando não prevê a lei o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, bem como inexistindo notificação de qualquer medida preparatória por parte do Fisco. No particular, cumpre enfatizar que "o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponivel, sendo inadmissível a aplicação cumulativa dos prazos previstos nos artigos 150, ,§ 4°, e 173, do CTN, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento por homologação, a fim de configurar desarrazoado prazo decadencial decenal. 12. Por seu turno, nos casos em que inexiste dever de pagamento antecipado (tributos sujeitos a lançamento de oficio) ou quando, existindo a aludida obrigação (tributos sujeitos a lançamento por homologação), há omissão do contribuinte na antecipação do pagamento, desde que inocorrentes quaisquer ilícitos (fraude, dolo ou simulação), tendo sido, contudo, notificado de medida preparatória indispensável ao lançamento, fluindo o termo inicial do prazo decadencial da aludida notificação (artigo 173, parágrafo único, do CTIV), independentemente de ter sido a mesma realizada antes ou depois de iniciado o prazo do inciso I, do artigo 173, do CTN. 13. Por outro lado, a decadência do direito de lançar do Fisco, em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, quando ocorre pagamento antecipado inferior ao efetivamente devido, sem que o contribuinte tenha incorrido em fraude, dolo ou simulação, nem sido notificado pelo Fisco de quaisquer medidas preparatórias, obedece a regra prevista na primeira parte do § 4', do artigo 150, do Codex Tributário, segundo o • qual, se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador: "Neste caso, concorre a contagem do prazo para o Fisco homologar expressamente o pagamento antecipado, concomitantemente, com o prazo para o Fisco, no caso de não homologação, empreender o correspondente lançamento tributário. Sendo assim, no termo final desse período, consolidam-se simultaneamente a homologação tácita, a perda do MF - SEGUNDO cova FUlO DE CIINTRIWUNFES CONFERE c! I» e `:"*"'‘N Processo n° 13876.000332/2007-11 Brunia. 4.1 (-9a CCO2C06 Acórdão n.°206-01,350 elro Fls. 172 Marta *1 esSnut Fes [eira de Carvalho Mat. Siape 751483 direito de homologar expressamente e, conseqüentemente, a impossibilidade jurídica de lançar de oficio" (In Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 30 Ed., Max Limonad , pág. 170). 14. A notificação do ilícito tributário, medida indispensável para justificar a realização do ulterior lançamento, afigura-se como dies a quo do prazo decadencial qüinqüenal, em havendo pagamento antecipado efetuado com fraude, dolo ou simulação, regra que configura ampliação do lapso decadencial, in casu, reiniciado. Entrementes, "transcorridos cinco anos sem que a autoridade administrativa se pronuncie, produzindo a indigitada notificação fonnalizadora do ilícito, operar-se-á ao mesmo tempo a decadência do direito de lançar de oficio, a decadência do direito de constituir juridicamente o dolo, fraude ou simulação para os efeitos do art. 173, parágrafo único, do CTN e a extinção do crédito tributário em razão da homologação tácita do pagamento antecipado" (Eurico Marcos Diniz de Santi, in obra citada, pág. 171). 15. Fortim, o artigo 173, II, do C77V, cuida da regra de decadência do direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário quando sobrevém decisão definitiva, judicial ou administrativa, que anula o lançamento anteriormente efetuado, em virtude da verificação de vício formaL Neste caso, o marco decadencial inicia-se da data em que se tornar definitiva a aludida decisão anulatória. 16. In casu: (a) cuida-se de tributo sujeito a lançamento por homologação; (7)) a obrigação ex lege de pagamento antecipado do ISSQN pelo contribuinte não restou adintplida, no que concerne aos fatos geradores ocorridos no período de dezembro de 1993 a outubro de 1998, consoante apurado pela Fazenda Pública Municipal em sede de procedimento administrativo fiscal; (c) a notificação do sujeito passivo da lavratura do Termo de Início da Ação Fiscal, medida preparatória indispensável ao lançamento direto substitutivo, deu-se em 27.11.1998; (d) a instituição financeira não efetuou o recolhimento por considerar intributáveis, pelo ISSQN, as atividades apontadas pelo Fisco; e (e) a constituição do crédito tributário pertinente ocorreu em 01.09.1999. 17. Desta sorte, a regra decadencial aplicável ao caso concreto é a prevista no artigo 173, parágrafo único, do Codex Tributário, contando-se o prazo da data da notificação de medida preparatória indispensável ao lançamento, o que sucedeu em 2111.1998 (antes do transcurso de cinco anos da ocorrência dos fatos imponíveis apurados), donde se dessume a higidez dos créditos tributários constituídos em 01.09.1999. 18. Recurso especial parcialmente conhecido e desprovido." (GRIFOS NOSSOS). Podemos extrair da referida decisão as seguintes orientações, com o intuito de balizar a aplicação do instituto da decadência qüinqüenal no âmbito das contribuições previdenciárias após a publicação da Súmula vinculante n°8 do STF: Conforme descrito no recurso descrito acima: "A decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontra-se regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, quais sejam: (i) regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de oficio, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado; (ii) regra da decadência do direito de lançar nos casos em que (1), F - SES M ilintHO DE CrillUSUINTESt CONTEn Mio ' "InINAL • Processo n° 13876.000332/2007.11 Ir o CCO2C06 Acórdão n.° 206-01-350 Fls. 173 Maria de Fluma Ferreira de Cambo . S 751483 notificado o contribuinte de medida preparatória do lançamento, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento de oficio ou de tributos sujeitos a lançamento por homologação em que inocorre o pagamento antecipado; (iii) regra da decadência do direito de lançar nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação em que há parcial pagamento da exação devida; (iv) regra da decadência do direito de lançar em que o pagamento antecipado se dá com fraude, dolo ou simulação, ocorrendo notificação do contribuinte acerca de medida preparatória; e (v) regra da decadência do direito de lançar perante anulação do lançamento anterior (In: Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 3' Ed., Max Limonad, págs. 163/210). O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre a decadência, causa extintiva do crédito tributário, nos casos de lançamentos em que não houve antecipação do pagamento assim estabelece em seu artigo 173: "A ri. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vicio formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento." Já em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, quando ocorre pagamento antecipado inferior ao efetivamente devido, sem que o contribuinte tenha incorrido em fraude, dolo ou simulação, aplica-se o disposto no § 4 0, do artigo 150, do CTN, segundo o qual, se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador, Senão vejamos o dispositivo legal que descreve essa assertiva: "Art. 150 - O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1° - O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento. § 2° - Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. § 3° - Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. s - SEGUNDO r0141851.1-1 n rW cNTRJwurNns, cnnfirEPT re bvi 0 ..nsiTAL Élrn. S—Processo e 13876.000332/2007-11 amb cg CCO2/C06 Acórdão n.• 206-01350 60e/0 R.s. 174 Marli at a Sbspc cá 75,r Carda° 1 _ § 4° - Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação." (grifo nosso). Contudo, para que possamos identificar o dispositivo legal a ser aplicado, seja o art. 173 ou art. 150 do CTN, devemos identificar a natureza das contribuições omitidas para que, só assim, possamos declarar da maneira devida a decadência de contribuições previdenciárias. No caso, a aplicação do art. 150, § 4°, é possível quando realizado pagamento de contribuições, que em data posterior acabam por ser homologados expressa ou tacitamente. Contudo, antecipar o pagamento de uma contribuição significa delimitar qual o seu fato gerador e em processo contíguo realizar o seu pagamento. Deve ser possível ao fisco, efetuar de forma, simples ou mesmo eletrônica a conferência do valor que se pretendia recolher e o efetivamente recolhido. Neste caso, a inércia do fisco em buscar valores já declarados, ou mesmo continuamente pagos pelo contribuinte é que lhe tira o direito de lançar créditos pela aplicação do prazo decadencial consubstanciado no art. 150, § 40. Entendo que atribuir esse mesmo raciocínio a todos os fatos geradores de contribuições previdenciárias é no mínimo abrir ao contribuinte possibilidades de beneficiar-se pelo seu "desconhecimento ou mesmo interpretação tendenciosa" para sempre escusar-se ao pagamentos de contribuições que seriam devidas. De forma sintética, podemos separar duas situações: em primeiro, aquelas em não há por parte do contribuinte o reconhecimento dos valores pagos como salário de contribuição, é o caso, por exemplo, dos salários indiretos não reconhecidos (PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS, PRÊMIOS, ALIMENTAÇÃO EM DESACORDO COM O PAT, ABONOS, AJUDAS DE CUSTO, GRATIFICAÇÕES ETC). Nestes casos, incabível considerar que houve pagamento antecipado, simplesmente, porque caso não ocorresse a atuação do fisco, nunca haveria o referido recolhimento. Tal fato pode ainda ser ratificado, pela não informação, por parte do contribuinte do salário de contribuição em GFIP. Nesse caso, toda a máquina administrativa, em especial a fiscalização federal terá que ser movida para identificar a existência pontual de contribuições a serem recolhidas. Não é algo que se possa determinar pelo simples confronto eletrônico de declarações e guias de recolhimento. Dessa forma, em sendo desconsiderada a natureza tributária de determinada verba, como poder-se-ia considerar que houve antecipação de pagamento de contribuições. Entendo que só se antecipa, aquilo que se considera. Como considerar que houve antecipação de pagamento de algo que o contribuinte nunca pretendeu recolher. Antecipar significa .. Fazer, dizer, sentir, fruir, fazer ocorrer, antes do tempo marcado, previsto ou oportuno; precipitan.Chegar antes de; anteceder, ou seja, não basta dizer que houve recolhimento em relação a remuneração como um todo, mas sim, identificar sob qual base foi o pagamento realizado. A acepção do termo remuneração não pode ser, para fins de definição do salário de contribuição una, tanto o é, que a doutrina e jurisprudência trabalhistas não admitem o pagamento aglutinado das verbas trabalhista, o denominado salário complexivo ou complessivo. - — MF - SEDUN ft" ""NISELHO DE CONTRIBUINTES • COt- "OM O Cr "IINAL • Processo e 13876.000332/2007-11 Brasília. _jj g egaco(2.--- CCO2/C06 Acórdão ri.• 206-01350 Fls. 175 Maria cie hnuaá F.-lícita de Carvalho Mat. Stape 751483 Considerar que os fatos geradores são únicos, e portanto, a remuneração deva ser considerada como algo global, e desconsiderar a complexidade das contribuições previdenciárias, bem como a natureza da relação laboral. Até poderíamos aceitar, tal conclusão, em uma análise simplória, acerca do faturamento das empresas e as contribuições que incidam sobre esta base de cálculo, mas o mesmo raciocínio não pode ser atribuído às contribuições previdenciárias, onde existe até mesmo, documento próprio para que o contribuinte indique mensalmente e por empregado o que é devido e realize o recolhimento das contribuições correspondente a estes fatos geradores. Assim, dever-se-á considerar que houve antecipação para aplicação do § 4° do art. 150 do crN, quando ocorreu por parte do contribuinte o reconhecimento do valor devido e o seu parcial recolhimento, sendo em todos os demais casos de não reconhecimento da rubrica aplicável o art. 173 do referido diploma. O mesmo raciocínio pode ser estendido para os casos em que devida a obrigação de efetuar o recolhimento, omitiu-se o contribuinte, por considerar não ser do mesmo a obrigação de efetuar o recolhimento. Ocorre, por exemplo, nos casos em que está obrigado a reter 11% do valor da nota fiscal em se tratando de empreitada ou cessão de mão de obra. Nos casos em que se atribui responsabilidade solidária, ou mesmo nos casos .de isenção, onde descumpridor das regras que o qualificariam como isento de contribuições patronais, não efetua qualquer recolhimento da contribuição patronal. Na verdade, entendo ser aplicável em regra o art. 173 do CTN, só passando para o § 4° do art. 150, nos casos em que se comprova o efetivo recolhimento, ou melhor, a antecipação de um recolhimento. Por fim, outro ponto que entendo pertinente, e que, embora não interfira diretamente na declaração de toda contagem de prazo decadencial, venha a ser relevante em determinados lançamentos, é considerar como marco inicial para determinação das contribuições que se encontram decaídas a data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória •indispensável ao lançamento. Neste caso, considerando que no âmbito da Fiscalização previdenciária, com a extinção do TIAF, assumiu o Mandado de Procedimento Fiscal — MPF status de conferir validade ao procedimento fiscal, ou seja, que o MPF é o instrumento que visa dar conhecimento ao sujeito passivo quanto aos atos da ação/auditoria fiscal em si, cuja ciência deverá ser dada por ocasião do início do procedimento fiscal, e que o mesmo se extingue com o registro no termo próprio que é o TEAF, lavrado quando do término da auditoria para cientificar do sujeito passivo do término do procedimento, será a ciência desse instrumento o marco a ser considerado para cálculo do prazo decadencial. Assim sendo, o MPF marca o início do procedimento fiscal de constituição do crédito tributário, bem como, por conseqüência, serve também de marco para determinação das contribuições que já não podem ser exigidas. Considerar-se-á a data da cientificação do MPF como marco inicial para contagem retroativa das contribuições que poderão ser englobadas no lançamento que se busca concretizar. Entendo que tal raciocínio, respaldado no teor do acórdão da 1 Sessão STJ, trazido a baila para respaldar este julgamento, que a data do MPF somente pode ser aplicável nos casos de contagem de prazo decadencial consubstanciado no art. 173 do CTN, onde o Parágrafo único é claro em prenunciar dita possibilidade. ME - SEGUNDO C'ONSELHO DE CON111111UNTES CONFERI. 1-"Nt O O" IctINAL • Processo e 13876.000332/2007-11CCO2/C06 Acórdão n.°206-01350 Bras11045._ Fls. 176OS- Maria de F • ' eifeara de Carvalho Mat. Siaçc 731ó83 No presente caso o lançamento foi efetuado em 04/12/2006. Os fatos geradores ocorreram entre as competências 12/1996 a 12/2005, dessa forma, em aplicando-se o art. 173 e a súmula vinculante n° 8 do STF, encontram-se atingidas pela decadência quinquenal as contribuições previdenciárias até a competência 11/2000. DO MÉRITO Com relação aos levantamentos referentes as gratificações pagas aos empregados, destaca-se que o recorrente não fez qualquer alegação quanto ao seu correto lançamento, presumindo a concordância com os mesmos. Quanto ao argumento da recorrente que incabível é a co-responsabilidade atribuída aos sócios da sociedade em relação a crédito objeto desta NFLD, razão também não lhe confiro. Em primeiro lugar cumpre-nos lembrar que se trata do julgamento de NFLD pela falta de recolhimento de contribuições, em sendo assim a notificada é a empresa, que é o sujeito passivo da obrigação tributária e não seus sócios. Esses, por serem os representantes legais do sujeito passivo, constam da relação de Co-Responsáveis — CORESP, consoante determinação contida no art. 688, da IN 100/2003, vigente à época da lavratura do Auto, qual seja: "Art. 688. Constituem peças de instrução do processo administrativo- fiscal previdenciário, os seguintes relatórios e documentos: X - Relação de Co-Responsáveis (CORESP), que lista todas as pessoas físicas e jurídicas representantes legais do sujeito passivo, indicando sua qualificação e período de atuação," Entendo que a fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Se assim não o fosse, estaríamos falando de uma empresa - pessoa jurídica, com capacidade de pensar e agir, e até onde conheço as decisões de administrar e gerir os empreendimentos partem de seus sócios e diretores. Dessa forma, entendo desnecessária a apreciação do questionamento. Por todo o exposto o lançamento fiscal seguiu os ditames previstos, devendo ser mantido nos termos da DN. CONCLUSÃO: Voto pelo CONHECIMENTO DO RECURSO para DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL acatando a decadência das contribuições até a competência 11/2000 e no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO. É como voto. Sala das Sessões, em 07 de outubro de 2008 E s INE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA II • cp nE comtnatiNns ME - SEGUNDO CONÇ EY L :Po 0 akInWiAL • Processo re' 13876.000332/2007-11 fï CIS Brasía. _1 CCO2/C06 li Acórdão n.°206-01350 Fls. 177 Maria de rái,a t cheire ne Canga° Mat. Siapt 751683 Voto Vencedor Conselheiro ROGÉRIO DE LELLIS PINTO, Relator-Designado Peço vênia a ilustre Relatora par divergir quanto a contagem do prazo decadencial, e por oportuno faço algumas ponderações a respeito. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos recursos interpostos. Ambos os contribuintes alegam em sede de preliminar, que o crédito tributário em questão, teria sido alcançado pela decadência, haja vista a extrapolação do qüinqüídio fixados pelo CTN, o que faz como razão. Sem embargos, é sabido que a questão do prazo decadencial das contribuições sociais, foi objeto de constantes e ácidas discussões tanto no âmbito doutrinário, quanto jurisprudencial. Analisando a matéria, o E. STJ, por meio de seu plenário, fixou seu entendimento e em decisão unânime, reconhecendo a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212/91, que fixa o prazo de 10 anos para a decadência das contribuições sociais, reconhecendo a prevalência do prazo quinquenal previsto no CTN. Na esteira do entendimento exarado pelo STJ, o Egrégio Supremo Tribunal Federal, em decisão plenária, e também de forma unânime, reconheceu o mesmo vício de constitucionalidade que pairava sobre as diretrizes insertas no art 45 e 46 da Lei n° 8.212/91, entendendo que os prazos decadências das contribuições sociais, onde se incluem as previdenciárias, devem respeitar os limites temporais do CTN, norma geral a quem a Constituição atribui a prerrogativa de tratar o tema. Eliminando as divergências interpretativas que impediam a aplicação prática dos prazos decadenciais fixados na norma Codificada em relação às contribuições previdenciárias, o STF acabou por editar a súmula vinculante n° 8, impondo a sua observância pelas demais instâncias judiciárias e administrativas. A referida súmula restou vazada nos seguintes termos: "SÃO INCONSTITUCIONAIS O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 5° DO DECRETO-LEI N° 1.569/1977 E OS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI N° 8.212/1991, QUE TRATAM DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO". Assim é que, hoje resta inequívoca que a decadência das contribuições previdenciárias, encontram-se reguladas pelas normas e prazos fixados pelo Código Tributário Nacional, não devendo, portanto, qualquer observância às inconstitucionais previsões do art 45 e 46 da Lei n°8.212/91. Se encontra-se resolvida a aplicação do CTN no que tange a decadência das contribuições previdenciárias, o mesmo não se pode dizer em relação a qual regra deve ser aplicada, ou seja, em todas as situações a do § 4° do art 150, cuja contagem (para fins de homologação) se dá a partir da ocorrência do fato gerador, ou se o art. 173, I, que diz que o referido cálculo se inicia a partir do 1° dia do exercício seguinte aquele em que o débito poderia ser constituído. ity 12 is4F sEDuNDe rinstEl DO DE CONTRIBUINTES, •ic o nn Processo n• 13876.000332/2007-11 Brasília._ 9 . CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.350 IS 01 Fls. 178 Maria de f1.. _ Felicita*. Carvalho Mat. Siape 751483 Em verdade, as contribuições previdenciárias são inegavelmente tributos sujeitos a homologação por parte do Fisco, na medida em que a legislação previdenciária confere ao próprio contribuinte o dever de antecipar o recolhimento dos valores que lhe são reputados, justamente a situação definida no caput do art 150 do CTN. Como efeito, mesmo em se tratando de tributos ditos homologáveis, parte da doutrina vem reconhecendo, na esteira da jurisprudência do próprio STJ (Resp 757922/SC), que a regra prevista no § 40 do art 150 do CTN, somente se aplicaria naquelas situações onde o contribuinte efetivamente tenha efetuado algum recolhimento, sobre o qual caberia então ao Fisco pronunciar-se em 05 anos, sob pena de, transcorrido esse prazo, não mais poder constituir o débito remanescente. Para os defensores dessa tese, portanto, a contagem do prazo para que a Fazenda Pública efetue a referida homologação a partir da ocorrência do fato gerador, somente ocorre naquelas hipóteses em que o contribuinte tenha efetuado algum recolhimento. Do contrário, não havendo antecipação alguma por parte do contribuinte, não haveriam valores a serem homologados, e por conseqüência, incidindo a partir de então regra geral de decadência fixada no art. 173 do Códex. Não obstante esse raciocínio, filio-me aqueles que acreditam que o fator preponderante para a aplicação da regra contida no mensurado § 4° do art. 150, diz respeito ao próprio regime jurídico do tributo, de forma que o fato da legislação conferir o dever de antecipação do recolhimento do tributo ao contribuinte, sem qualquer prévia verificação do Fisco, nos é suficiente para a incidência do mencionado dispositivo legal, sendo, em verdade, regra a regular a situação telada. Desta feita, temos que a nosso ver, e na linha do que diz o abalizado professor Alberto Xavier, in Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro, V Ed. Pág. 100, "o que é relevante, pois, é saber se, em face da legislação, o contribuinte tem ou não o dever de antecipar o pagamento," (...) "a linha divisória que separa o art. 150 § 40 do 173 do CTN está, • pois, no regime jurídico do tributo (...)". De qualquer forma, aqueles que entendem ser necessária a antecipação de pagamento para fins de incidência da regra contida no § 4° do art. 150 do CTN, acredito que estes seria o caso, já que trata-se aqui de tributação de valores pagos a titulo de salário indireto, o que na prática representa apenas a majoração da base a ser tributada, havendo, portanto, tributo recolhido pelo contribuinte, inferior ao que deveria é verdade, mas antecipação de pagamento nos parece que ocorreu. Diante do exposto, voto no sentido de reconhecer a decadência das contribuições até a competência de 11/2001. Sala das Sessões, em 07 de outubro de 2008 ft igr-01 R. e r LELLIS PINTO 13
score : 1.0
Numero do processo: 36402.001605/2005-55
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Oct 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Wed Oct 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
Período de apuração: 01/03/2004 a 30/03/2004
CUSTEIO - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - VALORES RECOLHIDOS APÓS CONCESSÃO APOSENTADORIA - NÃO COMPROVAÇÃO DO RECOLHIMENTO INDEVIDO FACE OCORRER DENTRO DA COMPETÊNCIA DE ENCERRAMENTO DA ATIVIDADE - SEGURADO OBRIGATÓRIO.
A continuidade do exercício da atividade mesmo depois de concedida a aposentadoria, não gera direito a restituição por não
terem sido as contribuições contabilizadas no salário de
beneficio. Não se trata de recolhimento indevido, posto em
exercendo atividade, é segurado obrigatório do RGPS.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-01.395
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA
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Supe 751683 MINISTÉRIO DA FAZENDA 41'4!;:?0),1fr SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo e 36402.001605/2005-55 Recurso n° 142.874 Voluntário Matéria PEDIDO DE RESTITUIÇÃO Acórdão e 206-01.395 Sessão de 08 de outubro de 2008 Recorrente MARIA THEREZA MASELLI DA SILVA Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA - SRP - RJ ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/03/2004 a 30/03/2004 CUSTEIO - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - VALORES RECOLHIDOS APÓS CONCESSÃO APOSENTADORIA - NÃO COMPROVAÇÃO DO RECOLHIMENTO INDEVIDO FACE OCORRER DENTRO DA COMPETÊNCIA DE ENCERRAMENTO DA ATIVIDADE - SEGURADO OBRIGATÓRIO. A continuidade do exercício da atividade mesmo depois de concedida a aposentadoria, não gera direito a restituição por não terem sido as contribuições contabilizadas no salário de beneficio. Não se trata de recolhimento indevido, posto em exercendo atividade, é segurado obrigatório do RGPS. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Içky at- MF - muno CONSELHO DE 1MONT1D3UINTES CONFERE Crni O 9Ifilt4A1 • Processo n° 36402.001605/2005-55 yõã:--g12. CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.395 Fls. 38 MS. de Fátima e-sires de --Cervalho Mat. Se 751683 ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente - ELAINE • TINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora • Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Cleusa Vieira de Souza, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 • Processo n°36402.001605/2005-55 CCO2/C06 Acórdão n." 206-01395 mv- SEC-MN no cos 'citT- io oe Word-KM ›. Fls. 39 C049. 1.1. t.t..:31 O Or.r3119•103 ~lbs. Relatório Maris de Fmitat super .gfutcartaiho Alegando recolhimento indevido, nas competências 03/2004, o recorrente solicitou a restituição das contribuições previdenciárias. Alega que os valores foram recolhidos após a concessão de sua aposentadoria, e sendo que não mais exerceu nenhuma atividade remunerada. Foram solicitados documentos, no sentido de deferir a restituição pretendida, tendo a requerente emitido declaração de encerramento de atividades profissionais, indicando o dia 30/03/2004, para tanto. Foi emitido despacho decisório no sentido de deferir o pedido de restituição, tendo o agente público submetido esta decisão a autoridade hierarquicamente superior, nos termos do art. 366, III do Decreto 3.048/99. Em sede de homologação a própria autoridade previdenciária reviu sua decisão, comunicando a segurada do indeferimento de seu pleito, por entender que na competência em que pretendia obter restituição, eram realmente devidas contribuições, fl. 27. A unidade descentralizada da SRP indeferiu o pleito do recorrente, fls. 90, considerando que é segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social - RGPS aquele que mesmo aposentado retoma a atividade vinculada ao RGPS. Inconformado, o recorrente interpôs recurso, fls. 03 (processo apensado); alegando que após ter sido concedida aposentadoria, continuou recolhendo ao INSS, porém a atividade exercida encerrou-se em 30/03/2004. A Receita Previdenciária apresentou contra-razões, tendo encaminhado o processo ao CRPS. É o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Em sendo considerado tempestivo o recurso, fl. 35, e não estando o recorrente obrigado a efetuar o depósito recursal (art. 126, § 1° da Lei n° 8.213/91), passo, então, ao seu exame. DO MÉRITO: O recorrente efetuou recolhimento nas competências 03/2004, no entanto, alega que após a concessão da aposentadoria e não mais exercendo atividade remunerada, incabíveis seriam as contribuições para o RGPS. dik.3 • SEGUNDO COIN r3P1. IL)J11 .1 0' II KLJUSL, CONFERP Cv»40 93C1AL • OProcesso Tf 36402.001605/2005-55 assallia.4_ g __ CCOVC06 Acórdão n.• 206-01395 Fls. 40 t, t ara% ic f 44 • eanoe 1.Uimlbo Mat. 751683 No entanto, as informações trazidas nos autos não demonstram as afirmações realizadas pelo recorrente, pelo contrário, denotam serem devidas as contribuições realizadas tendo em vista o recorrente continuar prestando serviços remunerados mesmo depois de aposentado. No caso em questão, a própria declaração da segurada demonstra que o encerramento da atividade deu-se apenas em 30/03/2004, portando devidas ainda eram contribuições sobre a atividade remunerada nesta competência. Mesmo o aposentado que voltar a exercer atividade abrangida pelo RGPS será segurado obrigatório, sendo as contribuições devidas, conforme abaixo transcrito. "Art. 12 (...). § 4°0 aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da Seguridade Social. (Parágrafo acrescentado pela Lei rr 9.032, de 28/04/95)." Conforme dispõe o art. 89 da Lei n° 8.212/1991, a restituição ou compensação somente é cabível nos casos de recolhimento a maior ou indevido, nestas palavras: "Art.89.Somente poderá ser restituída ou compensada contribuição para a Seguridade Social arrecadada pelo Instituto Nacional do Seguro Social-INSS na hipótese de pagamento ou recolhimento indevido. (Redação dada ao caput e parágrafos pela Lei n° 9.129, de 20/11/95). §1°Admitir-se-á apenas a restituição ou a compensação de contribuição a cargo da empresa, recolhida ao INSS, que, por sua natureza, não tenha sido transferida ao custo de bem ou serviço oferecido à sociedade. §2°Somente poderá ser restituído ou compensado, nas contribuições arrecadadas pelo INSS, o valor decorrente das parcelas referidas nas alíneas "a", "b" e "c" do parágrafo único do art. 11 desta Lei. § 3° Em qualquer caso, a compensação não poderá ser superior a • trinta por cento do valor a ser recolhido em cada competência. §4°Na hipótese de recolhimento indevido, as contribuições serão restituídas ou compensadas atualizadas monetariamente. § 5°Observado o disposto no § 3°, o saldo remanescente em favor do contribuinte, que não comporte compensação de uma só vez, será atualizado monetariamente. §6° A atualização monetária de que tratam os §§ 4° e 5° deste artigo observará os mesmos critérios utilizados na cobrança da própria contribuição. §7° Não será permitida ao beneficiário a antecipação do pagamento de contribuições para efeito de recebimento de beneficios." (t--f _ hlT SEOLINDO CONSELHO DE n WORM .11 Lb Itã CON'FERE COM O ORTOINAL • Processo e 36402.001605/2005-55 Drarilia, g CCO2/C06 Acórdão ri.• 206-01395 Lr.", F1s. 41 Maria de Piodsol Ferreira de Canelo 1 , MM Siape 751483 Conforme demonstrado nos autos, verifica-se, a priori, que o presente caso não se trata de recolhimento a maior, pois teria ficado abaixo do limite máximo do salário-de- contribuição. Não existe vedação no Regulamento da Previdência Social de que o segurado já aposentado possa se filiar como contribuinte individual no RGPS. Pelo exposto, o recorrente não possui direito à restituição dos valores pagos no período objeto de seu pleito. CONCLUSÃO: Voto pelo CONHECIMENTO do recurso, para no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO nos termos já expostos. É COMO voto. Sala das Sessões, em 08 de outubro de 2008 juL) ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA - -
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