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4831997 #
Numero do processo: 12045.000125/2007-87
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Jun 04 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Wed Jun 04 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/12/1996 a 31/10/1997 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - RECURSO INTEMPESTIVO - NÃO CONHECIDO. O art. 305, § 1° do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999 assim descreve: "Das decisões do Instituto Nacional do Seguro Social nos processos de interesse dos beneficiários e dos contribuintes da seguridade social caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social, conforme o disposto neste Regulamento e no Regimento daquele Conselho. § 12 É de trinta dias o prazo para interposição de recursos e para o oferecimento de contra-razões, contados da ciência da decisão e da interposição do recurso, respectivamente." O art. 21 do Regimento Interno do Conselho de Contribuintes assim dispõe acerca da competência para julgamento dos processos do âmbito previdenciário: "Compete ao Segundo Conselho de Contribuintes julgar recursos de oficio e voluntário de decisão de primeira instância sobre a aplicação da legislação, inclusive penalidade isolada, observada a seguinte distribuição: II às Quinta e Sexta Câmaras, os relativos às contribuições sociais previstas nas alíneas "a", "b" e "c" do parágrafo único do art. 11 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e contribuições devidas a terceiros." Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 206-00.944
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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MINISTÉRIO DA FAZENDA -,77:1tr SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n° 12045.000125/2007-87 Recurso n° 142.499 Voluntário Matéria PEDIDO DE RESTITUIÇÃO Acórdão n° 206-00.944 Sessão de 04 de junho de 2008 Recorrente CONSTRUTORA E INCORPORADORA PASSOS E GOMES LTDA Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA - BA ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/12/1996 a 3 I / 1 0/ 1 997 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - RECURSO INTEMPESTIVO - NÃO CONHECIDO. O art. 305, § 1° do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999 assim descreve: "Das decisões do Instituto Nacional do Seguro Social nos processos de interesse dos beneficiários e dos contribuintes da seguridade social caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social, conforme o disposto neste Regulamento e no Regimento daquele Conselho. § 1 2 É de trinta dias o prazo para interposição de recursos e para o oferecimento de contra-razões, contados da ciência da decisão e da interposição do recurso, respectivamente." O art. 21 do Regimento Interno do Conselho de Contribuintes assim dispõe acerca da competência para julgamento dos processos do âmbito previdenciário: "Compete ao Segundo Conselho de Contribuintes julgar recursos de oficio e voluntário de decisão de primeira instância sobre a aplicação da legislação, inclusive penalidade isolada, observada a seguinte distribuição: II às Quinta e Sexta Câmaras, os relativos às contribuições sociais previstas nas alíneas "a", "b" e "c" do parágrafo único do art. 11 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e contribuiçõe devidas a terceiros." Recurso Voluntário Não Conhecido. - - - " 2° CC/WIF - St C:Amara I CONFER •ãCal:3 C. ORIGINAL fr:4 gr 1/4 Processo n° 12045.00012512007-87 e ?M0:5 ,.er CCO2/036Acórdão n.°206-00.944 Mana de Fatima -ira Á., -arvggho 311 Matr Siagm 751683 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente eiC2-1-12. E • • STINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Marcelo Freitas de Souza Costa (suplente convocado), Ana Maria Bandeira, Deusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 Processo n° 12045.000125/200747 2° CC/IVIF - 3 Áta Camara CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.944 CONFERE COM O ORIGINAL . F1s. 312-0 te Brasília, e":» Maria da FM/uri. C.Jrvaiho Mau 751t233 Relatório Em 01/12/1998, alegando recolhimento maior que o devido em virtude de retenção sofrida em prestação de serviços, nas competências dezembro de 1996 a outubro de 1997, o recorrente solicitou a restituição desses valores, fl. 01 e 04. Juntou cópia de documentação para provar o alegado, fls. 05 a 258. O INSS emitiu parecer concluindo pela procedência do pedido de restituição, tendo em vista a retenção ter sido realizada, sem que se exclui-se os materiais empregados. Dessa forma, do valor total das notas R$ 901.990,31, retira-se os materiais (R$ 370.796,78), restando R$ 531.193,53 como mão de obra. Dessa base aplica-se o percentual de 40% para se determinar o salário de contribuição e por fim calcula-se a contribuição devida com base no percentual de 36,8%. Da memória de cálculo obtem-se um saldo a restituir de R$ 35.483,03, atualizado em R$ 52.344,56, confonne relatório anexo, fls. 259 a 264. A ordem de pagamento data de 02/08/1999, fls. 264. Inconformado o recorrente apresenta recurso em 03/05/2000, descrevendo que o cálculo realizado pela autoridade previdenciária encontra-se equivocado e dessa forma, ainda existem valores a serem restituídos, fls. 01 a 02. Coloca em anexo cópia da autorização de pagamento, que deferiu o pedido de restituição, determinando o seu pagamento. A r Caj, baixou o processo em diligência, fls. 13 e 14, com o objetivo que fossem prestados esclarecimentos de como o INSS chegou aos cálculos da fl. 259, valores estes que consubstanciaram a restituição deferida e ora recorrida. Tendo sido apensado o processo original de pedido de restituição, foi emitido despacho, por parte do serviço de orientação da arrecadação, planilhando por competência, as notas fiscais emitidas, os materiais empregados, e os salários de contribuição obtidos por meio do abatimento dos materiais dos valores das notas, fls. 269 a 275, onde o INSS conclui que a restituição deferida é indevida em R$ 2.460,71, devendo o recorrente recolher com juros os valores recebidos indevidamente. O processo retomou a 28 Caj, tendo sido novamente baixado em diligência para dar ciência ao recorrente dos termos do despacho, fls. 280 a 281. A autoridade previdenciária tentou por duas vezes cientificar a recorrente, tendo os AR voltado ao remetente. Os autos foram novamente encaminhados a este conselho. É o Relatório. 3 Processo n° 12045.000125/2007-87 CCO2jC06 Acórdão n.° 206-00.944 2" c:cnv,- Fls. 313L• Cr3N.A Br . e a A,„,,„, "ir Fátv. , —ar Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Em mesmo tendo os conselheiros da 2' Cai, baixado o processo em diligência, por duas vezes e tendo a autoridade previdenciária emitido despacho detalhado demonstrando a memória de cálculo da restituição deferida, entendo existir uma questão de ordem, prejudicial a análise do mérito deste recurso. Conforme descrito à fl. 264, a restituição foi deferida em 28/07/99, tendo a autorização de pagamento sido emitida em 02/08/99. Ou seja, mesmo não constando nos autos a data da cientificação do sujeito passivo do resultado do pedido, inequívoco é o conhecimento do montante restituído e da data da referida restituição. Dessa forma, ao ingressar com pedido de revisão apenas em 04/05/2000, precluso está o direito do recorrente. Assim, dispõe o art. 305, § 1° do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999: "Dos Recursos Art. 305. Das decisões do Instituto Nacional do Seguro Social nos processos de interesse dos beneficiários e dos contribuintes da seguridade social caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social, conforme o disposto neste Regulamento e no Regimento daquele Conselho. I° É de trinta dias o prazo para interposição de recursos e para o oferecimento de contra-razões, contados da ciência da decisão e da interposição do recurso, respectivamente. (Redação alterada pelo Decreto n" 4.729/03)." O art. 21, II do Regimento Interno do Conselho de Contribuintes, dispõe acerca da competência do Conselho de Contribuintes para julgar os processos de competência do CRPS . "Art. 21. Compete ao Segundo Conselho de Contribuintes julgar recursos de oficio e voluntário de decisão de primeira instância sobre a aplicação da legislação, inclusive penalidade isolada, observada a seguinte distribuição: 11 às Quinta e Sexta Câmaras, os relativos às contribuições sociais previstas nas alíneas "a", "h" e "c" do parágrafo único do art. 11 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a titulo de substituição e contribuições devidas a terceiros." No mesmo sentido a Portaria MF n° 147/2007, dispõe acerca da transferência dos processos pendentes de julgamento do CRPS para o Conselho de Contribuintes: 4 — — - - - 2° CC/IVIF S•',xt“ Ctstri.--tra• CCNT:E.,..- COM C' C,MCINAL Processo n° 12045.000125/2007-87 ar,rsdea. 2,14. 404 CCO2lC06 Acórdão n.°206-00.944 154 41.0 Maria Lie Fdt.rna Fls, 314 Maulr S n apt • 751CC.3 "O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso no uso das atribuições previstas no art. 87, parágrafo único, incisos II e IV, da Constituição Federal, no art. 4° do Decreto n.° 4.395, de 27 de setembro de 2002, e tendo em vista o disposto nos ai-is. 25, 27, 29, 30 e 31 da Lei n.° 11.457, de 16 de março de 2007 e no art. 4° do Decreto n°5.136, de 7 de julho de 2004, resolve: Art. 5° Ficam instaladas a Quinta e Sexta Câmaras do Segundo Conselho de Contribuintes. § I' No prazo de 30 (trinta) dias da data da publicação desta Portaria, os processos administrativo-fiscais referentes às contribuições de que tratam os arts. 2° e 3° da Lei n.° 11.457/2007 que se encontrarem no Conselho de Recursos da Previdência Social serão encaminhados ao Segundo Conselho de Contribuintes e distribuídos por sorteio para a Quinta e Sexta Câmaras do Segundo Conselho de Contribuintes, ou, se cabível, à Segunda Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais. § 2° Aplica-se o Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdência Social (RICRPS), aprovado pela Portaria do Ministro da Previdência Social n. o 88, de 22 de janeiro de 2004 aos recursos interpostos até o termo final do prazo fixado no §1°, nos processos administrativo-fiscais em trâmite no Conselho de Recursos da Previdência Social. § 3° Os julgamentos e atos processuais pendentes nos processos referidos no §1 0 serão regulados pelo Regimento Interno dos Conselhos de Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais." Em sendo intempestivo o recurso, e não tendo sido demonstrado nos autos nenhum fato que impedisse o requerente de interpor recurso na data estabelecida, julgo por não conhecer do recurso. CONCLUSÃO: Voto pelo NÃO CONHECIMENTO do recurso face a sua intempestividade. É como voto. Sala das Sessões, em 04 de junho de 2008 e.„ ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Page 1 _0038400.PDF Page 1 _0038500.PDF Page 1 _0038600.PDF Page 1 _0038700.PDF Page 1

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4831981 #
Numero do processo: 12045.000069/2007-81
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Jul 03 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Jul 03 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/06/1998 a 31/12/1998 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - ACORDOS TRABALHISTAS. - IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA. - JUROS SELIC SÃO DEVIDOS NO CASO DE INADIMPLÊNCIA DO CONTRIBUINTE. Nas sentenças judiciais ou nos acordos homologados em que não figurarem, discriminadamente, as parcelas legais relativas à contribuição previdenciária, esta incidirá sobre o valor total apurado em liquidação de sentença ou sobre o valor do acordo homologado. A verificação de inconstitucionalidade de ato normativo é inerente ao Poder Judiciário, não podendo ser apreciada pelo órgão do Poder Executivo. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-01.056
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos: I) em rejeitar a preliminar de cerceamento de defesa; II) no mérito, em negar provimento ao recurso. Fez sustentação oral o(a) advogado(a) da recorrente Dr(a). Carla de Lourdes Gonçalves, OAB/SP n° 137.881.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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Siape 751683 Lat, ‘ 1*:?; MINISTÉRIO DA FAZENDA ??,;-!.--wr- SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES o. SEXTA CÂMARA Processo o° 12045.000069/2007-81 Recurso n° 141.995 Voluntário Matéria ACORDOS E SENTENÇAS TRABALHISTAS Acórdão n° 206-01.056 Sessão de 03 de julho de 2008 Recorrente CITROVITA AGRO PECUÁRIA LTDA Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA - SP Assuwro: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIARIAS Período de apuração: 01/06/1998 a 31/12/1998 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - ACORDOS TRABALHISTAS. - IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA - -ADMINISTRATIVA.- --JUROS SELIC- - SÃO-DEVIDOS -NO- --- CASO DE INADIMPLÊNCIA DO CONTRIBUINTE. Nas sentenças judiciais ou nos acordos homologados em que não figurarem, discriminadamente, as parcelas legais relativas à contribuição previdenciária, esta incidirá sobre o valor total apurado em liquidação de sentença ou sobre o valor do acordo homologado. A verificação de inconstitucionalidade de ato normativo é inerente ao Poder Judiciário, não podendo ser apreciada pelo órgão do Poder Executivo. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. 1(-)ç /019 2° CC/MF - Sexta Câmara CONFERE COM O ORIGINAL 4 Processo n° 12045.00006012007-81 CCO2/C06 Acórdão o.* 206-01.056 Braellea Za 4.410191 Fls. 127 Maria ao Fatima PW.e rvalh Moo-. Sierse 751683 ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos: I) em rejeitar a preliminar de cerceamento de defesa; II) no mérito, em negar provimento ao recurso. Fez sustentação oral o(a) advogado(a) da recorrente Dr(a). Carla de Lourdes Gonçalves, OAB/SP n° 137.881. G?\7"—\..- ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente ELAINE CRISTINA-MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Osmar Pereira Costa (Suplente convocado), Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira e Marcelo Freitas de Souza Costa (Suplente convocado). 2 Processo n° 12045.000069/2007-81 CCO2/C06 Acórdão n.°206-01.056 Fls. 128 Bras L. r. lh •ØSFktr 75,663- Relatório A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo dos segurados, bem como as destinadas aos Terceiros não descontadas e recolhidas em época própria. O período do presente levantamento abrange as competências junho a dezembro 1998, fls. 13 a 14, referente ao pagamento em acordos/sentenças trabalhistas. Foi anexada ao relatório fiscal Instrumento Particular de Contrato de Parceria Agrícola entre a empresa CITROVITA AGROINDUSTRIAL LTDA, onde na cláusula 14' dispõe que todos os empregados dos parceiros outorgantes, registrados em qualquer das propriedades serão transferidos para o parceiro outorgado que assumirá toda a responsabilidade pelos direitos trabalhistas já adquiridos pelos empregados relativos a períodos anteriores a 01/05/1998, bem como todos os deveres e encargos da legislação trabalhista, previdenciária e acidentária., fls. 20. Não conformado com a notificação, foi apresentada defesa pelo recorrente, fls. 46 a 59. Foi comandada diligência fiscal, fl. 73; porém não houve qualquer manifestação da autoridade fiscal, visto a emissão da DN às fls. 74 a 77. A Decisão-Notificação confirmou a procedência, em sua totalidade, do lançamento, fls. 74 a 77. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso, conforme fls. 89 a 107.Em síntese, a recorrente alega o seguinte: O recorrente pagou a seus empregados verbas indenizatórias decorrentes de rescisões contratuais, correspondentes a Aviso Prévio Indenizado, Média de Aviso Prévio Indenizado, 130 salário indenizado, os quais, por si só, não integram o salário de contribuição; Não merece prosperar a alegação da autoridade julgadora no sentido de ter o recorrente deixado de anexar as provas quanto a existência de verbas indenizatórias na base de cálculo da contribuição em anexo, compete, pelo contrário, a administração pública provar o que alega; Inaplicável a taxa SELIC no cálculo de juros moratórios, face a sua inconstitucionalidade. Da possibilidade dos tribunais administrativos versarem sobre matéria constitucional; Ante o exposto, requer a declaração de improcedência da NFLD, face consubstanciar-se em verbas indenizatórias, inaplicabilidade da taxa SELIC. Foi apresentado pedido de postergação do prazo de apresentação dos processos que resultaram dos acordos objeto desta NFLD, porém o encaminhamento deste processo a este colegiado não foi colacionado nada a respeito. 1P 45 3 r CCíMF - Sexta Camara CONFERE COM O ORIGINAL 81000069/2007.-4 Processo n° 12045 Brasília, 1 4-£1. /51dir CCO2/C06Acórdão n.° 206-01.056 n111/707~49111, Fls. 129 Maria da Patim - !Tora da Carvalho Mau. Siape 751683 A Delegacia da RFB apresenta suas contra-razões às fls. 120 a 123. É o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 109, tendo o recorrente comprovado o depósito recursal à fls. 108. Avaliados os pressupostos, passo para as questões preliminares ao exame do mérito. DAS QUESTÕES PRELIMINARES. Em primeiro lugar cumpre-nos destacar que o procedimento fiscal atendeu todas as determinações legais, inclusive quanto a identificação de cada um dos empregados beneficiados pelos acordos trabalhistas, não havendo, pois, nulidade por cerceamento de defesa. No que concerne a possibilidade de lançamento em relação aos acordos - — - -trabalhistas -homologados -são—claras- -as--disposições- legais-neste--sentido--A -legislação - - - - previdenciária é explícita ao dispor no art. 43, parágrafo único da Lei n° 8.212/1991, que não havendo discriminação entre as verbas indenizatórias e remuneratórias, as contribuições deverão incidir sobre o valor total, nestas palavras: "Art.43. Nas ações trabalhistas de que resultar o pagamento de direitos sujeitos à incidência de contribuição previdenciária, o juiz, sob pena de responsabilidade, determinará o imediato recolhimento das importâncias devidas à Seguridade Social. (Redação dada pela Lei n° 8.620, de 5/01/93). Parágrafo único. Nas sentenças judiciais ou nos acordos homologados em que não figurarem, discriminadamente, as parcelas legais relativas à contribuição previdenciária, esta incidirá sobre o valor total apurado em liquidaçã o de sentença ou sobre o valor do acordo homologado. (Parágrafo acrescentado pela Lei n° 8.620, de 5/01/93)." No presente caso não se pode falar em interpretação da lei, mas simplesmente a aplicação do dispositivo pela autoridade que for cobrar as contribuições devidas. Mesmo que se tratando de mera discriminação percentual entre verbas remuneratórias e indenizatórias não supre a exigência legal. Faz-se necessária a discriminação de parcela por parcela, pois somente assim é possível identificar sua efetiva natureza para fins de incidência de contribuições previdenciárias. Não apresentou o recorrente as reclamatórias trabalhistas que ensejaram a realização dos acordos trabalhistas, sendo, portanto, impossível ao fisco presumir a que verbas o acordo se referia. Neste caso, em não apresentado a documentação que possibilite a identificação do correto salário de contribuição, inverte-se o ônus da prova, competindo ao recorrente a sua demonstração. id?"4 r CC/MF - Sexta Câmara Processo if 12045.000069/2007-81 CONFERE COM O ORIGINAL CCO2/C06 • Acórdão n.°206-01.056 Brasília, fk_/ 44.22) 1#11 lis 130 efti Maria cie FM/me F. - a . . Mau. 751683 Para corroborar com o entendimento exposto quanto a incidência de contribuições transcreve Pareceres CJ/MPAS n° 1.011/1997 e o 2.032/2000, cuja ementa deste último transcrevo abaixo: "EMENTA: PREVIDENCIÁRIO - ACORDOS TRABALHISTAS. I - Se as quantias pagas, em acordos trabalhistas, não foram especificadas, quanto aos direitos satisfeitos, a incidência da contribuição previdenciária ocorre sobre o total. 2 - A mera fixação em percentuais de verbas remuneratórias e indenizató rias não traduz aquela discriminação. Consonância do acórdão do CRPS com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Precedente Parecer/CJ n° 1.011/97. Parecer pelo não conhecimento do pedido de Avocatória suscitado." Uma vez não havendo a discriminação nos acordos homologados, o contribuinte arca com o ônus de suportar a incidência das contribuições sobre o total do acordo. Agiu, portanto, o órgão previdenciário com acerto ao efetuar o lançamento. Observa-se ainda, em relação à cobrança de contribuições previdenciárias sobre acordos trabalhistas, há que ser destacados dois momentos: anterior e posterior à Emenda Constitucional n° 20/1998. Para os acordos homologados antes da EC n° 20/1998, a competência para exigência do crédito é do INSS, para os homologados posteriormente, a competência é exclusiva da Justiça do Trabalho, a quem incumbe a execução de oficio. No presente caso, como não existem reclamatórias em período posterior a 16 de dezembro de 1998,0 lançamento deve ser mantido em sua integralidade. No tocante a inconstitucionalidade da cobrança de juros, deve ser esclarecido que não é da competência da autoridade administrativa a recusa ao cumprimento de norma supostamente inconstitucional, razão pela qual são exigíveis a aplicação da taxa de juros SELIC, e a multa moratória. Toda lei presume-se constitucional e, até que seja declarada sua inconstitucionalidade pelo órgão competente do Poder Judiciário, deve o agente público, como executor da lei, respeitá-la. Nesse sentido, segue trecho do Parecer/CJ n° 771, aprovado pelo Ministro da Previdência Social em 28/1/1997. "Cumpre ressaltar que o guardião da Constituição Federal é o Supremo Tribunal Federal, cabendo a ele declarar a inconstitucionalidade de lei ordinária. Ora, essa assertiva não quer dizer que a administração não tem o dever de propor ou aplicar leis compatíveis com a Constituição. Se o destinatário de uma lei sentir que ela é inconstitucional o Pretório Excelso é o órgão competente para tal declaração. Já o administrador ou servidor público não pode se eximir de aplicar uma lei, porque o seu destinatário entende ser inconstitucional, quando não há manijéstação definitiva do STF a respeito. A alegação de inconstitucionalidade formal de lei não pode ser objeto de conhecimento por parte do administrador público. Enquanto não for declarada inconstitucional pelo STF, ou examinado seu mérito no controle difuso (efeito entre as partes) ou revogado por outra lei federal, a referida lei estará em vigor e cabe à Administração Pública acatar suas disposições. Nesse mesmo sentido segue trecho do j 5 5 2* CCM& - Sexta Camara • CONPURE COR., O ORIGINAL / dia•-1 it) Processo n° 12045.000069/200741 Bramias 2tder ..ár~ CCO2/C06 • Acórdão n.° 206-01.056 Mana Ge Patim. ,0 e • -- a • Fls. 131 Maa, SI rait 751683 Parecer/CJ n ° 2.547, aprovado pelo Ministro da Previdência Social em 23/8/2001. Ante o exposto, esta Consultoria Jurídica posiciona-se no sentido de que a Administração deve abster-se de reconhecer ou declarar a inconstitucionalidade e, sobretudo, de aplicar tal reconhecimento ou declaração nos casos em concreto, de leis, dispositivos legais e atos normativos que não tenham sido assim expressamente declarados pelos órgãos jurisdicionais e políticos competentes ou reconhecidos pela Chefia do Poder Executivo." Destaca-se, também, o posicionamento, deste conselho de contribuintes acerca da averiguação da inconstitucionalidade na esfera administrativa ao aprovar a súmula n° 2 na Sessão Plenária de 18 de setembro de 2007, Publicadas no DOU de 26/09/2007, Seção 1, pág. 28: "SÚMULA N°2 O Segundo Conselho de Contribuintes não é competente para se pronunciar sobre a incorzstitucionalidade de legislação tributária." A cobrança de juros está prevista em lei especifica da previdência social, art. 34 da Lei n° 8.212/1991, abaixo transcrito, desse modo foi correta a aplicação do índice pela autarquia previdenciária: "Art.-34.-As-contribuições sociais- e-outras importâncias arrecadada — pelopelo INSS, incluídas ou não em notificação fiscal de lançamento, pagas com atraso, objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas aos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia-SELIC, a que se refere o art. 13 da Lei n° 9.065, de 20 de junho de 1995, incidentes sobre o valor atualizado, e multa de mora, todos de caráter irrelevável. (Artigo restabelecido, com nova redação dada e parágrafo único acrescentado pela Lei n°9.528, de 10/12/97). Parágrafo único, O percentual dos juros moratórios relativos aos meses de vencimentos ou pagamentos das contribuições corresponderá a um por cento." Nesse sentido já se posicionou o STJ no Recurso Especial n° 475904, publicado no DJ em 12/05/2003, cujo relator foi o Min. José Delgado: "PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO, EXECUÇÃO FISCAL. CDA. VALIDADE. MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 07/STJ. COBRANÇA DE JUROS. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA. A averiguação do cumprimento dos requisitos essenciais de validade da CDA importa o revolvimento de matéria probatória, situação inadmissível em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 07/STJ. No caso de execução de dívida fiscal, os juros possuem a função de compensar o Estado pelo tributo não recebido tempestivamente. Os juros incidentes pela Taxa SELIC estão previstos em lei. São aplicáveis legalmente, portanto. Não há confronto com o art. 161, § 1°, do CTN. A aplicação de tal Taxa já está consagrada por esta Cone, e é devida a partir da sua instituição, isto é, 1701/1996. (REsp 439256/MG). Recurso especial parcialmente conhecido, e na parte conhecida, desprovido." df./.6 _ - • 2" CC/MF - Sexta Câmara CONFERE COMO ORIGINAL Processo n° 12045.000069/2007-812/C06 "4 411 CC0 51J / 44§.Acórdão n.°206-01.056 Brasil'. Wirr "Zn Fls. 132 Mana da Fát ima _ nr • e arvalho Maur. Siapc 751683 No mesmo sentido posicionou este conselho de contribuintes, ao aprovar a súmula n° 3, durante Sessão Plenária de 18 de setembro de 2007, Publicadas no DOU de 26/09/2007, Seção 1, pág. 28: "SÚMULA N°3 É cabível a cobrança de juros de mora sobre os débitos para com a União decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia — Selic para títulos federais." Não tendo o contribuinte recolhido à contribuição previdenciária em época própria, tem por obrigação arcar com o Ônus de seu inadimplemento. Caso não se fizesse tal exigência, poder-se-ia questionar a violação ao principio da isonomia, por haver tratamento similar entre o contribuinte que cumprira em dia com suas obrigações fiscais, com aqueles que não recolheram no prazo fixado pela legislação. CONCLUSÃO: Voto pelo CONHECIMENTO DO RECURSO para no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO. É como voto. Sala das Sessões, em 03 de julho de 2008 "E CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 7 • Page 1 _0057700.PDF Page 1 _0057800.PDF Page 1 _0057900.PDF Page 1 _0058000.PDF Page 1 _0058100.PDF Page 1 _0058200.PDF Page 1

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4841042 #
Numero do processo: 36218.001151/2004-19
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu May 08 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu May 08 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Data do fato gerador. 27/09/2004 CUSTEIO - PEDIDO DE RESTITUIÇÃO - VALORES RECOLHIDOS APÓS CONCESSÃO APOSENTADORIA - CONTINUIDADE DA ATIVIDADE - SEGURADO OBRIGATÓRIO. A continuidade do exercício da atividade mesmo depois de concedida a aposentadoria, não gera direito a restituição por não terem sido as contribuições contabilizadas no salário de beneficio. Não se trata de recolhimento indevido, posto em exercendo atividade, é segurado obrigatório do RGPS. Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-00.829
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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A continuidade do exercício da atividade mesmo depois de concedida a aposentadoria, não gera direito a restituição por não terem sido as contribuições contabilizadas no salário de beneficio. Não se trata de recolhimento indevido, posto em exercendo atividade, é segurado obrigatório do RGPS. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. 2° CC/MF - Stà ."1:31ra Processo n° 36218.001151/2004-19 CONFERE COM .IGINAL CCO2./C06 Acórdão n.° 206-00.829 Bras fila ,A020, Aos Fls. 42 Mana de Fatima errearaár4iaina - Mal?. Siso; 751693 ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. ELIAS SA 10 FREIRE Presidente e/Cuia, ELAIN • • • • r: • SILVA VIEIRA • Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalume Reis, Ana Maria Bandeira, deusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 Processo n° 36218.0011512004-19 aux -t• CCO2/036 Acórdão n.° 206-00.829 *CONFERE COM c:;‘,,atham_ Fls. 43 Bras Ilia, Mana ar Fatima nega 09/ ca mui, asma, 7,31663 "ai II° Relatório Alegando recolhimento indevido, nas competências 08/2003 a 03/2004, o recorrente solicitou a restituição das contribuições previdenciárias. Alega que os valores foram recolhidos após a concessão de sua aposentadoria, tendo esta sido concedida no mês 08/2003. O unidade descentralizada da SRP indeferiu o pleito do recorrente, fls. 35, considerando que é segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social - RGPS aquele que presta serviços mesmo estando aposentado. Inconformado, o recorrente interpôs recurso, fls. 38 e 39; alegando que após ser protocolizado aposentadoria, continuou recolhendo ao INSS por orientação do gerente do posto do INSS em Vila Prudente, porém não exerceu função alguma a partir da aposentadoria. A Receita Previdenciária apresenta contra-razões às fls. 40, pugnando pela manutenção do indeferimento do pleito. É o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Em sendo considerado tempestivo o recurso, fl. 38, e não estando o recorrente obrigado a efetuar o depósito recursal (art. 126, § 1° da Lei n° 8.213/91), passo, então, ao seu exame. DO MÉRITO: O recorrente efetuou recolhimento nas competências 08/2003 a 03/2004 objeto do pleito de restituição no código de recolhimento 1600, isto é, enquanto empregado doméstica, fls.06 a 12. Destaca-se que mesmo o aposentado que voltar a exercer atividade abrangida pelo RGPS será segurado obrigatório, sendo as contribuições devidas, conforme abaixo transcrito. "Art. 12 (...). 3 1 2° CC/MF - Se. •tara • CONFERE COM Processo n• 36218.001151/2004-19 CCO2/036 Acórdão n.°206-00.829 Braallia, Fls. 44 Mana da Fatima arreda e CarvalhO M otr Sapa 7MS03 § 4°0 aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social-RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da Seguridade Social. (Parágrafo acrescentado pela Lei n° 9.032, de 28/04/95)." Conforme dispõe o art. 89 da Lei n° 8.212/1991, a restituição ou compensação somente é cabível nos casos de recolhimento a maior ou indevido, nestas palavras: "Art.89. Somente poderá ser restituída ou compensada contribuição para a Seguridade Social arrecadada pelo Instituto Nacional do Seguro Social-INSS na hipótese de pagamento ou recolhimento indevido. (Redação dada ao caput e parágrafos pela Lei n° 9.129, de 20/11/95). §1°Admitir-se-á apenas a restituição ou a compensação de contribuição a cargo da empresa, recolhida ao INSS, que, por sua natureza, não tenha sido transferida ao custo de bem ou serviço oferecido à sociedade. §2°Somente poderá ser restituído ou compensado, nas contribuições arrecadadas pelo INSS, o valor decorrente das parcelas referidas nas alíneas "a", "b" e "c" do parágrafo único do art. 11 desta Lei. § 3° Em qualquer caso, a compensação não poderá ser superior a trinta por cento do valor a ser recolhido em cada competência. §4°Na hipótese de recolhimento indevido, as contribuições serão restituídas ou compensadas atualizadas monetariamente. § 5°Observado o disposto no § 3°, o saldo remanescente em favor do contribuinte, que não comporte compensação de uma só vez, será atualizado monetariamente. §6° A atualização monetária de que tratam os §§ 4° e 5° deste artigo observará os mesmos critérios utilizados na cobrança da própria contribuição. §7° Não será permitida ao beneficiário a antecipação do pagamento de contribuições para efeito de recebimento de benefícios." Conforme demonstrado nos autos, verifica-se, a priori, que o presente caso não se trata de recolhimento a maior, pois teria ficado abaixo do limite máximo do salário-de- contribuição. No caso em questão a segurada continuou prestando serviços até 27/02/2004, data em que foi efetivada a baixa de sua Carteira de Trabalho — CTPS, portanto, mesmo aposentada, manteve-se na qualidade de segurada obrigatória da previdência social, sendo devido, dessa forma, recolhimentos mensais para previdência social. Pelo exposto, o recorrente não possui direito à restituição dos valores pagos no período objeto de seu pleito. as éo Processo o' 36218.001151/2004-19 Cc02/036 AcórdAo n.° 206-00.829 camn Fls. 45.:10rd FERESA O ORIGINAL Bras (tia , Mana a Fatima ornstra SN Carvalho CONCLUSÃO: ivlah aèana 701483 Voto pelo CONHECIMENTO do recurso, para no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO nos termos já expostos. É como voto. Sala das Sessões, em 08 de maio de 2008 ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Page 1 _0020600.PDF Page 1 _0020700.PDF Page 1 _0020800.PDF Page 1 _0020900.PDF Page 1

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Numero do processo: 36944.005076/2006-12
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed May 07 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Wed May 07 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/1997 a 30/09/2005 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO -ALIMENTAÇÃO SEM INSCRIÇÃO NO PAT- TICKET REFEIÇÃO - PARCELA REMUNERATÓRIA. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. 1. O ganho habitual sob a forma de utilidade configura base de cálculo de contribuições previdenciárias. Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia. 2. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. RELATÓRIO FISCAL. OMISSÕES. CERCEAMENTO DIREITO DE DEFESA. NULIDADE. VÍCIO INSANÁVEL. 1. Nos termos do artigo 37, da Lei n. 8.212/91 e artigo 243 do RPS, o fiscal autuante ao promover o lançamento deve fundamentá-lo de forma clara e precisa, sob pena de nulidade da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito. 2. O Relatório Fiscal tem por finalidade explicitar de forma clara e precisa todos os procedimentos e critérios utilizados pela fiscalização na constituição do crédito previdenciário, possibilitando ao contribuinte o pleno direito da ampla defesa e contraditório. 3. Violação ao inciso II, do artigo 59, do Decreto n. 70.235/72. Preterição ao direito de defesa. 4. Vício material. Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 206-00.762
Decisão: ACORDAM os membros da sexta câmara do segundo conselho de contribuintes, I) por maioria de votos em dar provimento parcial ao recurso, para excluir, por vicio material a parcela referente a bolsas de estudos concedidas. Declararam a nulidade por vicio formal as Conselheiras Bernadete de Oliveira Barros e Ana Maria Bandeira. Vencida a Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (Relatora), que votou por não declarar a nulidade. II) por unanimidade de votos, no mérito, quanto as parcelas remanescentes em dar provimento parcial ao recurso para adequar os valores referente à contribuição dos segurados, aplicando-se sobre o salário de contribuição as alíquotas vigentes à época da ocorrência do fato gerador, respeitando os limites legais. Designado para redigir o voto vencedor, na parte referente a declaração de nulidade da parcela referente a bolsas de estudo concedidas o(a) Conselheiro(a) Daniel Ayres Kalume Reis.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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Gras i ba. 2_1_/ CCO2:036 Mana de Fatima - Fls. 422g n acie 751683 MINISTÉRIO DA FAZENDA wir-td7.0 SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 94#, SEXTA CÂMARA Processo n° 36944.005076/2006-12 Recurso n° 148.835 Voluntário Matéria SALÁRIO INDIRETO Acórdão n• 206-00.762 Sessão de 07 de maio de 2008 Recorrente FUNDAÇÃO SÃO FRANCISCO XAVIER Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/1997 a 30/09/2005 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO -ALIMENTAÇÃO SEM INSCRIÇÃO NO PAT- TICKET REFEIÇÃO - PARCELA REMUNERATÓRIA. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. 1. O ganho habitual sob a forma de utilidade configura base de cálculo de contribuições previdenciárias. Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia. 2. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. RELATÓRIO FISCAL. OMISSÕES. CERCEAMENTO DIREITO DE DEFESA. NULIDADE. VICIO INSANÁVEL. 1. Nos termos do artigo 37, da Lei n. 8.212/91 e artigo 243 do RPS, o fiscal autuante ao promover o lançamento deve fundamentá-lo de forma clara e precisa, sob pena de nulidade da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito. 2. O Relatório Fiscal tem por finalidade explicitar de forma clara e precisa todos os procedimentos e critérios utilizados pela fiscalização na constituição do crédito previdenciário, possibilitando ao contribuinte o pleno direito da ampla defesa e contraditório. 3. Violação ao inciso II, do artigo 59, do Decreto n. 70.235/72. Preterição ao direito de defesa. 4. Vício material. Recurso Voluntário Provido em Parte. IA/e: - . _ 2° CC/MF - -r • CONFaRE COM O Cc.' • • Processo e 36944.005076/2006-12 CCO21C06 Acórdão n.• 206-00.782 tarasitta. XL/ ic-MS. 'F. 423 Mana de Fatima .-••n•rjibo Matr Sidge 751663 ----- — Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da sexta câmara do segundo conselho de contribuintes, I) por maioria de votos em dar provimento parcial ao recurso, para excluir, por vicio material a parcela referente a bolsas de estudos concedidas. Declararam a nulidade por vicio formal as Conselheiras Bemadete de Oliveira Barros e Ana Maria Bandeira. Vencida a Conselheira Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira (Relatora), que votou por não declarar a nulidade. II) por unanimidade de votos, no mérito, quanto as parcelas remanescentes em dar provimento parcial ao recurso para adequar os valores referente à contribuição dos segurados, aplicando-se sobre o salário de contribuição as aliquotas vigentes à época da ocorrência do fato gerador, respeitando os limites legais. Designado para redigir o voto vencedor, na parte referente a declaração de nulidade da parcela referente a bolsas de estudo concedidas o(a) Conselheiro(a) Daniel Ayres Kalume Reis. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente BANIEL AYRES KALUME REIS Relator-Designado Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalurne Reis, Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Relatório 2 2° CC/IVIF - • .. - CONFERE c0r.1 • • Processo re 36944.005076/2006-12CCO2/036 •Acórdão n.• 208.00.782 Brasília, Z3/ Fls. 424 Mana de Patena Ferro 1/4 Mmr Sla i51ee3 A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo dos segurados empregados não descontada em época própria sobre valores pagos a pessoas fisicas na qualidade de empregados à título de alimentação sem PAT, cursos de pós graduação, seguro de vida, assistência odontológica. O período do presente levantamento abrange as competências 01/1997 a 09/2005, bem como o 13° salário, fls. 04 a 57. Os valores foram apurados nas folhas de pagamentos para os segurados empre gados e foram lançados sob os seguintes levantamentos: SV1 e SV2 — SEGURO DE VIDA — período antes e depois da GFIP — 06/1998 a 09/2005; ODO e OD1 — ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA — período antes e depois da GPI? — 01/1997 a09/2005; POS e P01— CURSOS DE PÓS — período antes e depois da GFIP — 01/1998 a 09/2005; ALI e ALI — ALIMENTAÇÃO SEM PAT — período antes e depois da GFIP — 09/1998 a 08/2005; Não conformada com a notificação o recorrente apresentou impugnação, fls. 314 a 329. Foi exarada a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência do lançamento, conforme fls. 387 a 391. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso pela notificada, conforme fls. 395 a 412. Em síntese, a recorrente em seu recurso alega o seguinte: O cerne da lide é identificar se os pagamentos efetuados pela empresa referentes a seguro de vida em grupo, alimentação, assistência odontológica e cursos de pós-graduação são ou não salário indireto. O seguro de vida em grupo não é verba vinculada ao salário porque não é paga em contraprestação ao trabalho e sim, um valor pago pela requerente a entidade privada, que irá proceder ao pagamento de determinada pecúnia quando da ocorrência de um sinistro. O requerente a longo tempo está inscrito junto ao ministério do trabalho, através da Secretaria de Segurança e Saúde no trabalho, atualmente Secretaria de Inspeção do Trabalho, no PAT; Quanto a assistência odontológica não comprovou o auditor que não estaria estendido a todos os empregados, sendo que praticamente todos utilizam da assistência e tiveram valores descontados, porém nem sempre os empregados precisam da referida assistência; A parcela pós-graduação não é paga a título de remuneração dos serviços prestados além de não haver habitualidade no seu pagamento; '197 3 _ • • 2° CC/WIF - Sexta -7, •• • Processo o° 36944.005076t2006-12 CONFERE COMO CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.762 Brasitia, .23 otat, • Fls. 425 Mana de Fatima Forr. - te C.-eva:ro Al.tr Stade 151eS3 -- O recorrente pugna pelo provimento do seu recurso voluntário, coma improcedência e desconstituição integral da NFLD. A unidade descentralizada da SRP apresenta suas contra-razões às fls. 518 a 534, argumentando, em síntese, que o recorrente reitera os mesmos argumentos já apresentados anteriormente, dessa forma, ratifica os termos da DN. É o Relatório. Voto Vencido Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 419. Foi dado prosseguimento ao recurso sem a efetivação do depósito recursal, por ter o recorrente obtido liminar que lhe garantiu tal prerrogativa, fl. 419. Avaliados os pressupostos, passo para o exame do mérito. DO MÉRITO: Outro não poderia ser o posicionamento da autoridade previdenciária, de acordo com o previsto no art. 28 da Lei n ° 8.21211991. No texto em questão para o segurado empregado entende-se por salário-de-contribuição a totalidade dos rendimentos destinados a retribuir o trabalho, incluindo nesse conceito os ganhos habituais sob a forma de utilidades, nestas palavras: "Art.28. Entende-se por salário-de-contribuição: 1 - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer titulo, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97)." Existem parcelas que não sofrem incidência de contribuições previdenciárias, seja por sua natureza indenizatória ou assistencial, tais verbas estão arroladas no art. 28, § 9° da Lei n°8.212/1991, nestas palavras: ez 4 — _ Processo e 36944.005076/2006-12 2° CC/WIF - CCO2/C06 - Acta() n.• 206-00.762 CONFERE CC tt._ • Fls. 426 Brasilia. 13 / MarLyrie Fatima Ferre. • Man Sia•x: "Art. 28 (..). 9° Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). a) os beneficias da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade; (Redação dada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97). b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei n°5.929, de 30 de outubro de 1973; c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n°6.321. de 14 de abril de 1976; d) as importâncias recebidas a titulo de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho - CL T; (Redação dada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97). e) as importâncias: (Alínea alterada e itens de 1 a 5 acrescentados pela Lei n° 9.528, de 10/12/97, e de 6 a 9 acrescentados pela Lei n° 9.711, de 20/11/98). 1. previstas no inciso 1 do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; 2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; 3. recebidas a titulo da indenização de que trata o art. 479 da CLT; 4. recebidas a titulo da indenização de que trata o art. 14 da Lei n° 5.889, de 8 de junho de 1973: 5. recebidas a titulo de incentivo à demissão; 6. recebidas a titulo de abono deferias na forma dos arts. 143 e 144 da ar; 7. recebidas a titulo de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário; 8. recebidas a titulo de licença-prêmio indenizada; 9. recebidas a titulo da indenização de que trata o art. 9° da Lei n° 7.238. de 29 de outubro de 1984; 1 fi a parcela recebida a titulo de vale-transporte, na forma da legislação própria; 5 _ 2° CG," , 1k s;• CONFE —• n-• etii c. s - Processo n• 36944.005076/2006-12 Brasib., 2-? / Cari, CCO2/C06 •Acórdão n.° 206-00.782 - a ár./1 Fls. 427 Mana de r ‘.,ydb, Mau — g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CL T; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). h) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração mensal; i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei n° 6.494, de 7 de dezembro de 1977; j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei espec(ca; I) o aborto do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor Público-PASEP; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei n°4.870, de I° de dezembro de 1965; (Alínea acrescentada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97). p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9° e 468 da CLT; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela comentado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10112/97). r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). 6 • CONi-CRL- Processo Te 36944.005076/200642 Braslha 2-3/ CCO2/C06 Acórdão g.* 206-00.782 Fls. 428 Mana de Fatima F 3 MaCr Ceado s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas; (Alínea acrescentada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97). t) o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; (Redação dada pela Lei n° 9.711, de 20/11/98). u) a importãncia recebida a titulo de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). x) o valor da multa prevista no sç 8° do art. 477 da CLT. (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97)." Como se verifica, a única previsão expressa em lei para exclusão da verba alimentação fornecida in natura da base de cálculo para fins de incidência de contribuição previdenciária, é a alínea "c" do § 9° do art. 28 da Lei n° 8.212/1991. Para estar excluída da base de cálculo é imprescindível que a parcela recebida pelos trabalhadores esteja de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n° 6.321, de 14 de abril de 1976. Não restando comprovado, no presente caso, a inscrição do recorrente no PAT, requisito essencial para desfrutar do beneficio fiscal, devidas são as contribuições sobre o ticket refeição. A verba alimentação paga in natura possui natureza remuneratória. Ao deixar de gastar com tal utilidade, o trabalhador obteve um ganho indireto. Tal ganho ingressou na expectativa dos segurados empregados em decorrência do contrato de trabalho e da prestação de serviços à recorrente, sendo portanto uma verba paga pelo trabalho e não para o trabalho. Quanto a verba curso de pós-graduação entendo que, razão não assiste ao recorrente. O fato de assegurar cursos de pós-graduação não está dentre as possibilidades legais de exclusão da base de cálculo. Senão vejamos o que dispõe a lei: " t) o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; (Redação dada pela Lei n°9.711, de 20/11/98)" 7 2° CC/MW `..=:•xta • CONFERaCChj, O C. .:;14.X1... -1/ teia 41.1 • Processo n°36944.005076/200642 Bras lia. CCO2/C06 Acórdão n.• 206-00.762• clik7 • Fl.s. 429 •Manada Fator n o Mati 3,, - - Concordo com a autoridade fiscal quanto a incluir como salário de contribuição, os reembolsos provenientes dos cursos de pós-graduação, por não consistirem em educação básica, nem cursos de qualificação profissional. A verba relativa ao ensino superior não está fora do campo de incidência das contribuições previdenciárias, prevista no art. 28, § 9°, "t" da Lei n° 8.212/1991, senão vejamos:o que não integra o salário de contribuição é o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Assim dispõe a referida lei, nestas palavras: "Ari. 21. A educação escolar compõe-se de: 1 - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; 11- educação superior." Como se depreende da simples análise do art. 21 acima transcrito, a educação superior não se confunde com a básica. Dessa forma, curso de capacitação profissional também não se confrade com curso de nível superior, pois se assim não o fosse, não haveria necessidade de o legislador fazer distinção entre educação básica e superior para fins de incidência de contribuição previdenciária. Conclui-se portanto, que curso de capacitação profissional pode ser qualquer um relacionado às atividades da empresa que não envolvam um curso de nível superior. No que concerne a importância paga como prêmio de seguro de vida em grupo é considerada remuneração indireta, haja vista a recorrente ter arcado com uma despesa pessoal de determinados empregados. Não havendo previsão legal para exclusão dessa parcela da base de cálculo de contribuições previdenciárias, tendo em vista que não foi estendida a totalidade de empregados da empresa. Destaca-se que para o período anterior ao Decreto n° 3.265/ de 29/11/1999, não existia previsão para exclusão da referida verba da base de cálculo. O mesmo raciocínio deve ser aplicado as despesas odontológicas, sendo claro que a Lei 8212/91 afasta da base de cálculo os valores pagos, desde que seja estendido a totalidade de trabalhadores, senão vejamos: "q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97)." Estando portanto, no campo de incidência do conceito de remuneração e não havendo dispensa legal para incidência de contribuições previdenciárias sobre tais verbas, conforme já analisado, deve persistir o lançamento. Ademais, a interpretação para exclusão de parcelas da base de cálculo é literal. A isenção é uma das modalidades de exclusão do crédito tributário, e desse modo, interpreta-se literalmente a legislação que disponha sobre esse beneficio fiscal, conforme prevê o CTN em seu artigo 111, I, nestas palavras: iték • CC/MF - Sex •- " - Ara CONFERE COM • NOM= n°36944.005076/2006-12 Etrasfita. tg /4S Cd CCO2C06 • Acárá n mo n.° 20640.762 War Maria de-Fatia Fe rreira do arvalho Fls. 430 • Motr Siape 751683 "Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 1- suspensão ou exclusão do crédito tributário;" Assim, onde o legislador não dispôs de forma expressa, não pode o aplicador da lei estender a interpretação, sob pena de violar-se os princípios da reserva legal e da isonomia. As parcelas não integrantes do salário de contribuição estão elencadas exaustivamente no art. 28, § 90 da Lei n° 8.21211991, conforme demonstrado. CONCLUSÃO Voto no sentido de CONHECER do recurso para DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL, para .excluir do lançamento os valores correspondentes ao reembolso dos cursos de 1 e 2° graus, bem como os programas e cursos de formação e aproveitamento. É como voto. Sala das Sessões, em 07 de maio de 2008 ; -e II A MONTEIRO E SILVA VIEIRA 9 - - - Processo n°36944.005076/2006-12 CCO2/C06 Acórdão n.• 206-00.762 Fls. 431 CO/ME - Sexta C4.-n.tro r GNE .- :".E COM O ORIGINAL 7 g / (9.." Met..., do Fatima For • .r- de arwr o Ma.ir Suado 751G53 - Voto Vencedor Conselheiro DANIEL AYRES KALUME REIS, Relator No presente caso concreto, a i. auditoria fiscal ao promover o lançamento, não explicitou de forma clara e precisa no Relatório Fiscal o objeto do lançamento, relativamente a razão pela qual a concessão de pós-graduação não foi abrangida a todos os funcionários da Fundação São Francisco Xavier, o que acarretou em cerceamento do direito de defesa do contribuinte. O artigo 37, da Lei n. 8212/91 e o artigo 243 do Decreto n. 3048, determinam o seguinte: "Art. 37. Constatado o atraso total ou parcial no recolhimento de contribuições tratadas nesta Lei, ou em caso de falta de pagamento de beneficio reembolsado, a fiscalização lavrará notificação de débito, com discriminação clara e precisa dos fatos geradores, das contribuições devidas e dos períodos a que se referem, conforme dispuser o regulamento. Art. 243. Constatada a falta de recolhimento de qualquer contribuição ou outra importância devida nos termos deste Regulamento, a fiscalização lavrará, de imediato, notificação fiscal de lançamento com discriminação clara e precisa dos fatos geradores, das contribuições sociais e dos períodos a que se referem, de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos competentes." (sem grifas no original). Ao proceder de forma omissa, deixando de demonstrar no Relatório Fiscal de maneira clara e precisa as supostas irregularidades cometidas pelo Contribuinte, o ilustre fiscal autuante incorreu em vicio insanável, cerceando o direito de defesa da autuada, ensejando a nulidade da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito, conforme legislação e pacifica jurisprudência deste Conselho de Contribuintes. Diz o artigo 5 0, inciso LV da Constituição Federal de 1988: "LV — aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ele inerentes." Alexandre de Moraes, in Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 55 edição, São Paulo, Editora Atlas, 2005, pg. 366, assim se manifesta a 1 respeito da questão, in verbis: "(4. O devido processo legal tem como corolários a ampla defesa e o contraditório, que deverão ser assegurados aos litigantes, em processo judicial criminal e civil ou em procedimento administrativo, inclusive nos militares, e aos acusados em geral, conforme o texto constitucional 13(}j io • In' C - 51ext., Camara E COMO ORIG•NAL Processo e 36944.005076/2006-12 ras:1,_ Zat asip CCO2/026 Acórdão n.° 206-00.762 Ir. ..toria do Fotirda Fer - drva o .• Fls. 432 tdr.d Uoade 751683 expresso. Assim, embora no campo administrativo não exista necessidade de tipificação estrita que subsuma rigorosamente a conduta à norma, a capitulação do ilícito administrativo não pode ser tão aberta a ponto de impossibilitar o direito de defesa, pois nenhuma penalidade poderá ser imposta, tanto no campo judicial quanto nos campos administrativos ou disciplinares, sem a necessária amplitude de defesa. Os princípios do devido processo legal, ampla defesa e contraditório, como já ressaltado, são garantias constitucionais destinadas a todos os litigantes, inclusive nos procedimentos administrativos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Por ampla defesa entende-se o asseguramento que é dado ao réu de condições que lhe possibilitem trazer para o processo todos os elementos tendentes a esclarecer a verdade ou mesmo de calar-se, se entender necessário, enquanto o contraditório é a própria exteriorização da ampla defesa, impondo a condução dialética do processo (par conditio), pois a todo ato produzido caberá igual direito da outra parte de opor-se-lhe ou de dar-lhe a versão que lhe convenha, ou, ainda, de fornecer uma interpretação jurídica diversa daquela feita pelo autor." Alberto Xavier, in Princípios do Processo Administrativo e Judicial Tributário, 1' edição, Rio de Janeiro, Editora Forense, 2005, pgs. 5/10, se manifesta no seguinte sentido: "§ 2° AMPLA DEFESA Devido processo legal Direito de defesa e contraditório são, por seu turno, manifestações do princípio mais amplo do 'devido processo legal' (due process of law) consagrado no XIV aditamento à Constituição dos Estados Unidos da América, cuja seção I°, 2 0 frase assegura que ninguém pode ser 'privado de sua vida, liberdade ou propriedade sem um processo justo e disciplinado por lei'. Como diz Pedro Machete ' o significado imediato deste direito constitucionalmente reconhecido (e, portanto, vinculativo para todos os Estados) é a exigência de que o exercício do poder jurídico-público se faça nos termos de um procedimento justo (fair procedure). Tal implica para o particular afetado, em princípio, o direito de conhecer os fatos e o direito invocado pela autoridade, o direito de ser ouvido pessoalmente e de apresentar provas e, ainda, de confriontar as posições dos adversários (confrontation and cross- examinition). Direito de Audiência O direito de ampla defesa reveste hoje a natureza de um direito de audiência (Audi alteram partem), nos termos do qual nenhum ato administrativo suscetível de produzir conseqüências desfavoráveis para o administrado poderá ser praticado de modo definitivo, sem que a este tenha sido dada a oportunidade de apresentar as razões (fatos e provas) que achar convenientes à defesa dos seus interesses. II . Processo n036944.005076/2006-12 r.g CCINIF - .13toct.., CG/C06Co•JF:_-;-za cc.n.i O C.:IC)~1- Acórdão n.°206-00.762 • uh a: gg 411 r t „rei Flv=t33 • II9r177.4", t, -na Ferrei:. 10 arvath• MC41 ..:1c3P13 /51683 O direito de defesa ou direito de audiência é um direito de participação procedimental, que pressupõe a atribuição ao particular do estatuto jurídico 'parte' no procedimento administrativo, com vista à defesa de interesses próprios. Todavia, nem todo o direito de participação procedimental visa a finalidade garandstica de defesa, podendo também, desempenhar a função de colaboração democrática dos cidadãos, individualmente ou associados, na própria formação das decisões administrativas, segundo um modelo de 'administração participada': a primeira é uma participação defensiva ou garandstica; a segunda, uma participação informativa ou democrática.' § 3° CONTRADITÓRIO O principio do contraditório encontra-se relacionado com o princípio da ampla defesa por um vínculo instrumental: enquanto o princípio da ampla defesa afirma a existência de um direito de audiência do particular, o princípio do contraditório reporta-se ao modo do seu exercício. Esse modo de exercício, por sua vez, caracteriza-se por dois traços distintos: a paridade das posições jurídicas das partes no procedimento ou no processo, de tal modo que ambas tenham a possibilidade de influir, por igual, na decisão ('princípio da igualdade de armas) . e o caráter dialético dos métodos de investigação e de tomada de decisão, de tal modo que a cada uma das partes seja dada a oportunidade de contradizer os fatos alegados e as provas apresentadas pela outra." Por outro lado, o Decreto n. 70.235/72, no seu artigo 59 prevê as nulidades por vícios insanáveis. Veja-se. "CA117TILO Das Nulidades Art. 59. São nulos: 1- os atos e termos lavrados por pessoa incompetente; - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. § 1° A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam conseqüência. § 2° Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. § 30 Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. (Incluído pela Lei n°8.748, de I993)" 12 _ rr MI - Certa C.. • 2E COM O CR .NAL Processo n°36944.005076/2006-12 CO2/C06ig Acórdão n. • 208-00.762 F8,434 =e e e arvathti No presente caso, entendo que o defeito na constituição do crédito tributário inobservou o direito de defesa do Contribuinte, nos termos do inciso II, do artigo 59, do Decreto n. 70.235/72, razão pela qual deve ser reconhecida nulidade por vicio material. No mesmo sentido, transcrevem-se julgados deste Egrégio Conselho de Contribuintes que corroboram a argumentação da existência de vicio material: "(..) A descrição defeituosa dos fatos impede a compreensão dos mesmos, e, por conseqüência, das infrações correspondentes, sendo, portanto, vício material, pois mitiga, indevidamente, a participação do contribuinte na instauração do litígio, mediante a apresentação da impugnação. No caso em análise, havia possibilidade de conhecimento dos fatos descritos e das infrações imputadas, posto que complexas." (Recurso n. 131.449, Acórdão n. 108-07556, 8" Câmara, Relator Conselheiro Mário Junqueira Franco Júnior, sessão de julgamento de 15/10/2003). "PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO EX OFFICIO — É nulo o Ato Administrativo de Lançamento, formalizado com inegável insuficiência na descrição dos fatos, não permitindo que o sujeito passivo pudesse exercitar, como lhe outorga o ordenamento jurídico, o amplo direito de defesa, notadamente por desconhecer, com a necessária nitidez, o conteúdo do ilícito que lhe está sedo imputado. Trata-se, no caso, de nulidade pro vício material, na medida em que falta conteúdo ao ato, o que implica inocorrência da hipótese de incidéncia." (Recurso n. 132.213, Acórdão n. 101-94049, 1" Câmara, Relator Conselheiro Sebastião Rodrigues Cabral, sessão de julgamento de 06/12/2002). 1 1 Por todo o exposto, voto no sentido de CONHECER do Recurso Voluntário e DECLARAR A NULIDADE POR VÍCIO MATERIAL. Sala das Sessões, em 07 de maio de 2008 n if DANIEL AYRES KALUME REIS 13 Page 1 _0053200.PDF Page 1 _0053300.PDF Page 1 _0053400.PDF Page 1 _0053500.PDF Page 1 _0053600.PDF Page 1 _0053700.PDF Page 1 _0053800.PDF Page 1 _0053900.PDF Page 1 _0054000.PDF Page 1 _0054100.PDF Page 1 _0054200.PDF Page 1 _0054300.PDF Page 1

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4832004 #
Numero do processo: 12045.000133/2007-23
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Apr 10 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Apr 10 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/11/2001 a 30/05/2002 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - DISCUSSÃO JUDICIAL - RENÚNCIA AS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS - NÃO IMPUGNAÇÃO EXPRESSA - CONCORDÂNCIA COM A DECISÃO NOTIFICAÇÃO. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo. Não havendo impugnação expressa quanto aos pontos objeto do recurso, presume-se a concordância da recorrente com a Decisão de Notificação. Controvérsia não instaurada. Recurso Voluntário Não Conhecido.
Numero da decisão: 206-00.742
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em não se conhecer do recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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SEXTA CÂMARA Processo n° 12045.000133/2007-23 Recurso n° 141.832 Voluntário Matéria PRODUTO RURAL Acórdão n° 206-00.742 Sessão de 10 de abril de 2008 Recorrente GOIASA GOIATUBA ÁLCOOL LTDA Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/11/2001 a 30/05/2002 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - DISCUSSÃO JUDICIAL - RENÚNCIA AS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS - .NÃO IMPUGNAÇÃO EXPRESSA - CONCORDÂNCIA COM A DECISÃO NOTIFICAÇÃO. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo. Não havendo impugnação expressa quanto aos pontos objeto do recurso, presume-se a concordância da recorrente com a Decisão de Notificação. Controvérsia não instaurada. Recurso Voluntário Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. C,. - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES COM O ORIGINAL Processo e 12045.000133/2007-23 CCO2/036 Acórdão n.° 206-00.742 Brasilia, A 1 A Fls. 168 Siam Paa Mat.: tape 877862 ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em não se conhecer do recurso. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente ELA • - • • A MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalume Reis, Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 • , Processo n's 12045.000133/2007-23 • Acórdão n..• 206-00.742 Mstra-siSElia.G_BUCNODOm_FCEORINE_Sce-à1-110000Ener ,‘,„, teti ¡MINI" CHCO2 /s. 160369 ;----- sone A a [mire Mai: SC* in562 Relatório Trata a presente notificação, relativa a contribuições devidas à seguridade social, correspondente à parte da empresa, ao financiamento dos beneficios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho e das contribuições devidas para terceiras entidades (SENAR). Os fatos geradores objeto deste lançamento referem-se ao crédito de contribuições incidentes sobre a receita bruta da agroindústria, conforme descrito no art. 22-A da Lei 8212/91, introduzido pela Lei 10.256/2001, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e II do art. 22 da Lei 8.212/91. Destaca-se que o contribuinte ingressou com ação judicial sob n° 2001.35.00.016089-5, atualmente em fase recursal junto a 9° Vara da Justiça Federal de Goiânia, pleiteando a não incidência de contribuições previdenciárias sobre os estoques de produtos acabados existentes em 31/10/2001 e faturados no período de 11/1991 a 05/2002. Foi denegado o pedido de liminar impetrado pelo contribuinte, tendo o mesmo efetuado depósito judicial das contribuições previdenciárias devidas, relativas aos produtos faturados no período, dessa forma, a base de cálculo do presente crédito constitui-se de valores referentes ao faturamento da empresa, relativos aos produtos em estoque industrializado. Não conformado o notificado apresentou defesa às fls. 23 a 30. O processo foi • baixado em diligência às fls. 130 para que o auditor fiscal emitisse relatório fiscal complementar indicando o correto período objeto do lançamento fiscal. A unidade descentralizada da SRP emitiu a Decisão-Notificação (DN), fls. 138 a 142, mantendo a autuação em sua integralidade. O recorrente não concordando com a DN emitida pelo órgão previdenciário, interpôs recurso, fls. 154 a 186, alegando em síntese: Por entender que a exigência legal é inconstitucional, a requerente ajuizou mandado de segurança preventivo, objetivando que em relação a produção obtida até outubro de 2001, e armazenada em estoque não incida a Contribuição prevista na lei 10.256/01; O requerente realizou depósitos judiciais, tendo em vista o indeferimento da medida liminar, depósitos estes que são os mesmos exigidos na presente NFLD. Os autos encontram-se aguardando decisão judicial em fase recursal. Assim, diante da discussão judicial e da realização dos depósitos judiciais em montantes superiores aos exigidos, fato que suspende a exigibilidade do crédito, a requerente requer que os créditos desta NFLD, não sejam inscritos em divida ativa para ajuizamento de executivo fiscal, até a decisão definitiva pelo poder judiciário. • i I 1 4? 3 ME -SEGUNDO ccr4sario DE CONTRIBUINTES. • Processo ne 12045.000133/2007-23 CONFERE COM O ORIGMAL 7 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.742 gradis, .L.1 ---1—(21— Fls. 170 ~Sm Slargs 017862 A unidade descentralizada da SRP se absteve de apresentar contra-razões tendo encaminhado o processo para julgamento diretamente a este conselho. É o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Recurso interposto tempestivamente, não tendo o contribuinte efetuado o depósito para garantia de instância, conforme informação à fl. 165. Passo para o exame do mérito. DO MÉRITO Destaca-se de pronto que não será conhecido o mérito acerca da cobrança de contribuições previdenciárias sobre os fatos geradores objeto desta NFLD , tendo em vista o recorrente encontrar-se em processo judicial a respeito da mesma matéria. O processo foi encaminhado a este conselho, tendo a autoridade previdenciária acatado o documento constante às fls. 147 a 149, como recurso, mas não a qualquer argumentação do recorrente no sentido de refutar o presente lançamento. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo NÃO CONHECIMENTO do recurso face discussão judicial sob a mesma matéria. É como voto. Sala das Sessões, em 10 de abril de 2008 dai" ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA • 4 Page 1 _0040300.PDF Page 1 _0040400.PDF Page 1 _0040500.PDF Page 1

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Numero do processo: 36830.006571/2003-83
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Apr 10 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Apr 10 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/01/1999 a 31/08/1999 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA - CONSTRUÇÃO CIVIL - ÓRGÃO PÚBLICO - FUNDAMENTO LEGAL ART. 30, INCISO VI LEI 8.212/1991 -INEXISTÊNCIA. Diante do que prevê o artigo 71, § 2° da Lei n° 8.666/93, com a redação dada pela Lei n° 9.032/95, somente nas situações previstas no art. 31 da Lei n° 8.212/1991, a Administração passou a responder solidariamente com o contratado pelas contribuições previdenciárias por ele devidas. Recurso Voluntário Provido.
Numero da decisão: 206-00.743
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, para excluir o Município de Jaraguá do Sul do pólo passivo, prevalecendo o lançamento contra a Planicontrol Planejamento e Controle de Obras Ltda.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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Diante do que prevê o artigo 71, § 2° da Lei n° 8.666/93, com a redação dada pela Lei n° 9.032/95, somente nas situações previstas no art. 31 da Lei n° 8.212/1991, a Administração passou a responder solidariamente com o contratado pelas contribuições previdenciárias por ele devidas. Recurso Voluntário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. et>, CC/WIF - .21i.mara CONFERE CO.— ç. ORIGINAL Processo n°36830.006571/2003-83 CCO2JC06 Acórdão n.° 206-00.743 Srasola 2,3 /eág".. Fls. 220 Mana de Fatima Ferreira de Cerval o Mau :Lado 751683 ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, para excluir o Município de Jaraguá do Sul do pólo passivo, prevalecendo o lançamento contra a Planicontrol Planejamento e Controle de Obras Ltda. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente uft;-2 • 1 • TINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatora Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Daniel Ayres Kalume Reis, Ana Maria Bandeira, Cleusa Vieira de Souza e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 Processo n° 36830.006571/2003-83 2° CC/NIF - St: :armara CCO2/C06 Acórdão n.° 206-00.743 CONFERE CO. -S L/ ORIGINAL Fls. 221 Brasma, aue Mana de Fahrr ima de‘Ca-rT.Ta‘11T1 Matr 731683 Relatório Retornam os autos de diligência solicitada pela 2° CaJ do CRPS, tendo em vista solicitação de detalhamento acerca dos trabalhadores estagiários considerados empregados da empresa notificada, tendo em vista a identificação dos requisitos caracterizadores do vínculo de emprego. Para dar prosseguimento ao presente julgamento adoto o relatório descrito à fls. 189 a 190, descrevendo os fatos ocorridos a partir de então. Foi anexada planilha indicando cada um dos estagiários considerados como segurados empregados, bem como a remuneração considerada como salário de contribuição.Foi também anexado relatório fiscal de lançamento identificando os segurados estagiários como segurados empregados, porém com número de DEBCAD diverso. Foram fornecidos cópias de todas as NFLD e AI lavrado em desfavor do recorrente por solicitação da Policia Federal e Ministério Público de Joinville, com intuito de consubstanciar processo judicial promovido por esta instituição. É o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 188. Foi dado prosseguimento ao recurso sem a efetivação do depósito recursal, posto que o responsável solidário na figura do contratante é ente público e dessa forma desobrigado da exigência de depósito recursal. Destaca-se que a empresa construtora não apresentou recurso. Avaliados os pressupostos, passo para o exame das preliminares ao mérito. DO MÉRITO A Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul foi a única a apresentar recurso, o qual sendo tempestivo, já foi devidamente acolhido pela r CaJ do CRPS. Em razão da transferência de competência para o julgamento do caso para o 2° Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, os autos foram encaminhados à 6 Câmara para continuidade da análise. Inicialmente, cumpre esclarecer que embora a Planicontrol não tenha apresentado recurso e em sua peça de defesa não tenha feito qualquer questionamento com relação à irregularidade verificada na contratação de estagiários, foi solicitada diligência para que os ditos estagiários fossem discriminados. 3 2° CC/3/IF - Sn:zta Camara CONFERE CL..: e ORIGINAL • Processo n° 36830.0065712003-83 Brasília 23 / / 9 CCO2/076 Acórdão n.° 206-00.743 Maria de Fátima ,s mira e arva o Fls. 222 Moo- S.apc. 51683 Porém, o objeto do lançamento não se refere às contribuições incidentes sobre as remunerações de estagiários, considerados segundos empregados pela notificada, mas de aferição do salário de contribuição sobre o próprio faturamento da mesma em razão de diversas irregularidades verificadas na contabilidade, dentre as quais a omissão de salário-de- contribuição pela contratação simulada de estagiários. Nesse sentido, face as inúmeras irregularidades apontadas pela autoridade fiscal, já se justificaria os presente lançamento. Contudo, deve ser dado ênfase ao recurso apresentado pelo ente público municipal. O lançamento em referência, trata de contribuições atribuídas à Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul, pelo instituto a responsabilidade solidária, relativas à mão-de- obra empregada por prestadora de serviços de construção civil. Tal obrigação teve como suporte legal o art. 30, inciso VI da Lei n° 8.212/1991. A responsabilidade solidária para com prestadores de serviços era tratada na LOPS — Lei Orgânica de Previdência Social Lei n°3.807/1960 e pelo Decreto n°77.077/1976, disposições que se aplicavam aos órgãos públicos quando contratantes. Posteriormente, o Decreto-Lei n° 2.300, de 21 de novembro de 1986 definiu a impossibilidade de transferência de responsabilidades do contratado para a Administração Pública. A ausência de responsabilidade solidária dos órgãos públicos para com seus prestadores de serviços permaneceu durante todo o período de vigência do Decreto-Lei n° 2.300/1986 e continuou após a edição da Lei n° 8.666/1993 que o substituiu. Somente com a edição da Lei n° 9.032/1995 que alterou tanto a Lei n° 8.212/1991 como a Lei n° 8.666/1993 é que os órgãos públicos passaram a responder solidariamente pelas contribuições de seus prestadores de serviços, conforme se verifica no § 2° do art. 71 da Lei n°8.666/1993 alterado pela Lei n°9.032/1995. "Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciá rios , fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. bç I" A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere a Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (redação dada pela Lei n°9.032/95). 2°4 Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991. (redação dada pela Lei n°9.032/95)." 4 2° COA" ' -nara C.;c:.hultO CéL. 3I14AL Processo n° 36830.006571/2003-83 Brasilia 423 / tae CCO2/C06 -Acórdão n.° 206-00.743 Mana dr FãtonzA Ferreira de Carvalho Els. 223 M.a° 2.ape 751683 No entanto, o dispositivo encimado prevê a solidariedade da Administração Pública para com o contratado nas situações previstas no art. 31 da Lei n° 8.212/1991, nada mencionando a respeito do art. 30, inciso VI da mesma lei que trata da responsabilidade solidária no caso de construção, reforma ou acréscimo. Tal questão foi objeto de análise por meio do Parecer AGU/MS n° 08/2006, adotado pelo Parecer AGU/AC N° 55/2006, do qual transcrevo trecho: "22. Contudo, como explicitado precedentemente, especcamente nos casos de obras de engenharia civil, tema da presente manifestação, duas eram as solidariedades previstas distintamente pela Lei n° 8.212/91: a do artigo 30, VI, reservada à contratação de construção, reforma ou acréscimo; e, a do artigo 31, aplicável à contratação de serviço de construção civil executado mediante cessão de mão-de-obra, dispositivo este expressamente referido na Lei n" 8.666/93. Indaga-se: essas duas situações foram alcançadas do mesmo modo pela alteração legislativa em comento, ou apenas esta última? A análise da questão demonstrará que a solidariedade foi novamente estabelecida à Administração Pública apenas no que se refere efetivamente ao artigo 31 da Lei n° 8.212/91, ou seja, contrafação de serviços executados mediante cessão de mão-de-obra. Vejamos. 23.De pronto, escancara-se a remição expressa feita pelo novo § 2°, do artigo 71 da Lei n°8.666/93 somente ao artigo 31 da Lei n°8.212/91, não havendo qualquer menção ao artigo 30, VI desta mesma Lei, o que já induz à conclusão de que somente se quis alcançar os contratos de cessão de mão-de-obra para a Administração, mas não os demais contratos administrativos firmados pelo Estado. 24. Porém, poder-se-ia argumentar que a expressão "nos termos do art. 31 da Lei n" 8212, de 24 de julho de 1991", presente no novo § 2°, do artigo 71 da Lei n" 8.666/93, não se referia ao mérito deste dispositivo - contrato de serviço executado mediante cessão de mão-de-obra -, mas apenas à forma como a Administração responderia solidariamente em todos os tipos de contratos, ou seja, a solidariedade previdenciciria envolvendo a Administração Pública contratante deveria sempre observar, procedimentalmente, as regras dispostas no artigo 31 da Lei n° 8212/91, mesmo em relação às demais espécies de contratos administrativos, como o contrato previsto no artigo 30, VI desta Lei - contrato de construção, reforma ou acréscimo. Ocorre que, a valer essa interpretação mais elástica, a mesma regra deveria ser aplicável a todos os contratos administrativos, independente do uso de mão-de- obra diretamente na sua execução, em contradição com o que continua prevendo o capta, do artigo 71 da Lei n° 8.666/93: a responsabilidade ordinária do contratado pelos seus próprios encargos, e não da Administração. 25.E não se diga que o contrato descrito no artigo 30, VI da Lei n" 8.212/91 tem as mesmas características do que aquele disposto no artigo 31 da mesma Lei quanto à cessão de mão-de-obra, o que levaria à conclusão de que ao menos ele deveria ser incluído na nova exceção prevista na Lei n" 8.666/93, admitindo-se também a solidariedade da 5 2° CC/11/IF - Se..xta C.a:Tiara CONFERE COL. 0 ORIGINAL Processo n°36830.006571/2003-83 BraallIa, 42.3 &ai 0a CCO2/C06 Acórdão n.°206-00.743 e)r. Fls. 224Mana de Fatima Feri eira • e arva Mau aape 751683 Administração em relação aos encargos previdenciários dele derivados, porque, se assim o fosse, não teria sentido a Lei n°8.212/91 distingui-los, distinção essa que, ressalte-se, é evidenciada no próprio Regulamento da Previdência Social quando trata do artigo 30. VI da Lei de Custeio. (4. 26.Assim, ainda que a realização de obras de construção civil demande a utilização de mão-de-obra da empresa contratada, a legislação previdenciária distingue essa situação, em que o contratado assume a responsabilidade direta e total pela obra ou repassa o contrato integralmente (Lei n° 8.212/91, art. 30, VI), daquela outra em que são realizados meros serviços de construção civil, nesse caso sim mediante a efetiva cessão de mão-de-obra à Administração Pública (Lei n° 8.212/91, art. 31). E, diante do que prevê o artigo 71, § 2° da Lei n° 8.666/93, com a redação dada pela Lei n° 9.032/95, somente neste último caso a Administração passou a responder solidariamente com o contratado pelas contribuições previdenciá rias por ele devidas.(g.n.)." Portanto, de acordo com o citado parecer, a solidariedade prevista no art. 30, inciso VI da Lei n°8.212/1991, não se aplica ao caso em que o contratante é um órgão público. Como os Pareceres da AGU, aprovados pelo Presidente da República, têm força vinculante para a Administração Pública, nos termos do artigo 40 §§ 1° e 2°, da Lei Complementar n° 73/1993, a Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul não pode integrar o pólo passivo do presente lançamento que foi apurado junto à prestadora de serviços. CONCLUSÃO Voto no sentido de CONHECER DO RECURSO e no mérito DAR-LHE PROVIMENTO, para excluir do pólo passivo a Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul, devendo o lançamento persistir em relação a empresa Planicontrol Planejamento e Controle de Obras Ltda, onde se deu a ação fiscal. É COMO voto. Sala das Sessões, em 10 de abril de 2008 (>. ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 6 Page 1 _0040700.PDF Page 1 _0040800.PDF Page 1 _0040900.PDF Page 1 _0041000.PDF Page 1 _0041100.PDF Page 1

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Numero do processo: 16062.000137/2007-54
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Dec 03 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Wed Dec 03 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Data do fato gerador: 30/04/2007 CUSTEIO - AUTO DE INFRAÇÃO - ARTIGO 32, III DA LEI Nº 8.212/91 C/C ARTIGO 283, II, “b” DO RPS, APROVADO PELO DECRETO Nº 3.048/99 --IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA. A inobservância da obrigação tributária acessória é fato gerador do auto-de-infração, o qual se constitui, principalmente, em forma de exigir que a obrigação seja cumprida; obrigação que tem por finalidade auxiliar o INSS na administração previdenciária. Inobservância do artigo 32, IIIº da Lei nº 8.212/91 c/c artigo 283, II, “b” do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99: “deixar a empresa de apresentar ao Instituto Nacional do Seguro Social e à Secretaria da Receita Federal os documentos que contenham as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, ou os esclarecimentos necessários à fiscalização.” A fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-01.655
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Matéria: Outras penalidades (ex.MULTAS DOI, etc)
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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CCOVC06 / ( • Fls. 269 t"krátiana F - ira. Citas" - ;:ts tMatSia-r4.01,3M3 ., 44--ret: -V-, MINISTÉRIO DA FA " ' to • SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA Processo n° 16062.000137/2007-54 Recurso n° 155.023 Voluntário Matéria AUTO DE INFRAÇÃO 1 Acórdão n° 206-01.655 Sessão de 03 de dezembro de 2008 Recorrente JOHNSON & JOHNSON PRODUTOS PROFISSIONAIS LTDA Recorrida SRP - SECRETARIA DA RECEIIAA PREVIDENCIÁRIA ..n ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PRE'VIDENCIARIAS Data do fato gerador: 30/04/2007 CUSTEIO - AUTO DE INFRAÇÃO - ARTIGO 32, III DA LEI N° 8.212/91 C/C ARTIGO 283, II, "b" DO RPS, APROVADO PELO DECRETO N° 3.048/99 --IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO Qç DE ADMINISTRATIVA. NA ESFERA A inobservância da obrigação tributária acessória é fato gerador do auto-de-infração, o qual se constitui, principalmente, em forma de exigir que a obrigação seja cumprida; obrigação que tem por finalidade auxiliar o INSS na administração previdenciária. Inobservância do artigo 32, III° da Lei n° 8.212/91 c/c artigo 283, II, "h" do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/99: "deixar a empresa de apresentar ao Instituto Nacional do Seguro Social e à Secretaria da Receita Federal os documentos que contenham as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, ou os esclarecimentos necessários à fiscalização." A fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. i ME - SEGUNDO CONSELHO DE CONTK1BUMES CON2RE COM O ORIGINAL Processo n°16062.000137/2007-54 1) O C9 CCO2/C06 Acórdão n.°206-01.655 Brealra. / aa.c...c. Fls. 270 Maria de Fátima Ferleira de Carvalho 1Mal Nespe 751683 ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. 4._ ELIAS S ' • AIO FREIRE Presidente e E • ; •- - • • • l' • SILVA VIEIRA Relatora • Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Marcelo Freitas de Souza Costa, Bernadete de Oliveira Barros, Cleusa Vieira de Souza, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. Processo n° 16062.00013712007-54 CCO2IC06 Acórdão n°206-01.655 MF • St.outur: rONSFIMO 1W CONTRIBUINTES PU 271 CONi COM o ‘"'";1NAL t9 —)c &- Relatório Maria de 1": o — I nt. -4ra de Carvalho Ma Jaspe 751683 -- Trata o presente auto de infração, lavrado em desfavor da recorrente, originado em virtude do descumprimento do art. 32, III da Lei n° 8.212/1991 c/c art. 225, III e §22 e art. 283, II, "b" do RPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/1999. Segundo a fiscalização previdenciária, a recorrente deixou de prestar todas as informações contábeis, econômicas e financeiras de interesse da fiscalização, em especial deixou de prestar esclarecimentos sobre os por segurado e por competência, por meio dos cartões de premiação da Spirit Marketing Promocional Ltda. Deixou também a recorrente de prestar esclarecimentos acerca das reclamatórias trabalhistas. Importante, destacar que a lavratura do AI deu-se em 30/04/2007, tendo a cientificação ao sujeito passivo ocorrido em 07/05/2007. Contudo, relevante informar que o procedimento fiscal teve início em 08/03/2007, com a ciência do MPF, servindo este como medida preparatória indispensável para o lançamento. Não conformada com a autuação a recorrente apresentou impugnação, fls. 60 a 73. Foi exarada a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência do lançamento, conforme fls. 111 a 114. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso pela autuada, conforme fls. 121 a 135 Em síntese, a recorrente em seu recurso alega o seguinte: - preliminarmente, da necessidade de sobrestar o julgamento do presente feito, visto tratar-se de auto de infração pelo não inclusão em FOPAG de valores pagos por meio de cartão de premiação. Todavia, a recorrente não reconhece os valores pagos como salário de contribuição, tendo apresentado recurso em relação a NFLD lavrada em relação ao este fato gerador (DEBCAD n° 37037001-5 e 37030000-7), o que toma prudente o sobrestamento até a apreciação do recurso interposto; - as gratificações constituem recompensas incondicionais concedidas pelo empregador, por mera liberalidade, sendo que as denominadas verdadeiras não integram a remuneração em razão de inexistência de previsão legal. No mesmo sentido há de se considerar os prêmios pagos por liberalidade que objetivam apenas recompensar o empregado; - para concluir que um pagamento seja considerado como remuneração, o mesmo deve ter características de contraprestação ao serviço, ser decorrente do contrato de trabalho, bem como ser habitual, periódico, quantificável, essencial e recíproco, o que não se coaduna com o pagamento em questão; - o auditor deveria ter exposto algo específico, que permitisse efetivamente a impugnante, reconhecer as razões que o levaram a crer que todos os pagamentos feitos por meio de cartões de premiação consideram-se remuneração; dP 3 fitiBUINTES SEGUNon cot.,:- comvEitE ,INAL • aProcesso n° 16062.000137/2007-54 Nal its,..4/4_ Si CCO2/036 Acórdão n.° 206-01.655 Fls. 272 Maria de Filial.' i' ‘ .101é de Carvalho Mat. Sim 151683 - impossível a responsahirzação das pessoas arroladas nas relações de co'responsáveis, visto não terem agido com excesso de poderes ou infração à lei, como descrito no art. 135 do CTN; e - requer a improcedência do presente auto de infração e o cancelamento do débito fiscal, bem como a exclusão dos nomes contidos nas relações de co-responsáveis. A Receita Previdenciária encaminhou o recurso a este conselho, sem a apresentação de contra-razões à fl. 148. É o relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 148. Avaliados os pressupostos, passo para as questões preliminares ao exame do mérito. DAS QUESTÕES PRELIMINARES: Quanto ao argumento de ser impróprio o auto de infração, eis que a sua lavratura se deu em nítida afronta a disposição legal, por não ter a autoridade realizado a devida fimdamentação, frise-se que pela análise dos documentos acostados ao presente processo, o procedimento fiscal atendeu todas as determinações legais, quais sejam: - autorização por meio da emissão do Mandato de Procedimento Fiscal — MPF- F, com a competente designação do auditor fiscal responsável pelo cumprimento do procedimento; - intimação para a apresentação dos documentos conforme Termos de Intimação para Apresentação de Documentos — TIAD, intimando o contribuinte para que apresentasse todos os documentos capazes de comprovar o cumprimento da legislação previdenciária; e - autuação dentro do prazo autorizado pelo referido mandato, com a apresentação ao contribuinte dos fatos geradores e fundamentação legal que constituíram a lavratura do auto de infração ora contestado, com as informações necessárias para que o autuado pudesse efetuar as impugnações que considerasse pertinentes, conforme demonstrado às fls. 01 a 19. Com base nestes fatos, quanto à alegação do recorrente de que o procedimento fiscal encontra-se eivado de nulidade, por não atender aos ditames legais, provocando o cerceamento de defesa, não lhe confiro razão A fiscalização previdenciária é competente para constituir os créditos tributários decorrentes dos fatos geradores de contribuições previdenciárias, conforme descrito no art. 10 da Lei n° 11.098/2005: 4 .0°45ELHO rew ri( ratmyrrs COM O nn " • Processo n°16062000137/2007-54 anilha, 21i 0 3,02 CCO2/C06 Acórdão n.°206-01.655 Fls. 273 Maria de Friiirts de Carvalho Mal ii3pc 7516b3 "Art. 1 o Ao Ministério da Previdência Social compete arreca ar, fiscalizar, lançar e normalizar o recolhimento, em nome do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e das contribuições instituídas a título de substituição, bem como as demais atribuições correlatas e conseqüentes, inclusive as relativas ao contencioso administrativo fiscal, conforme disposto em regulamento." Ademais, não compete ao auditor fiscal agir de forma discricionária no exercício de suas atribuições. Desta forma, em constatando a ocorrência de infração a dispositivo da legislação previdenciária, cumpri-lhe lavrar de imediato auto-de-infração de forma vinculada. O art. 293 do Decreto n° 3.048/99, assim dispõe neste sentido: "Art.293. Constatada a ocorrência de infração a dispositivo deste Regulamento, a fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social lavrará, de imediato, auto-de-infração com discriminação clara e precisa da infração e das circunstâncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido e a penalidade aplicada e os critérios de sua gradação, indicando local, dia, hora de sua lavratura, observadas as normas focadas pelos órgãos competentes." Quanto ao sobrestamento do julgamento em questão, também não confiro o pleito do recorrente, por entender que a NFLD com o fato gerador relacionado encontra-se em julgamento nesta mesma sessão. DO MÉRITO No presente caso, a obrigação acessória está prevista na Lei n° 8.212/1991 em seu artigo 32, III, nestas palavras: "Art.32. A empresa é também obrigada a: III (.) - prestar ao Instituto Nacional do Seguro Social-INSS e ao Departamento da Receita Federal-DRF todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização." Segundo a fiscalização previdenciária, a recorrente deixou de prestar todas as informações contábeis, econômicas e financeiras de interesse da fiscalização, em especial deixou de prestar esclarecimentos sobre os por segurado e por competência, por meio dos cartões de premiação da Spirit Marketing Promocional Ltda. Deixou também a recorrente de prestar esclarecimentos acerca das reclamatórias trabalhistas. Dessa maneira, não tem porque o presente auto-de-infração ser anulado em virtude da ausência de vício formal na elaboração. Foi identificada a infração, havendo subsunção desta ao dispositivo legal infringido. Os fundamentos legais da multa aplicada foram discriminados e aplicados de maneira adequada. 4) • 5 • ta -SEU :Euto rryopasuirifEs Cor •MOr Processo n°16062.000137/2007-5403 03 Ca__ CCO2C06 Acórdão n." 206-01.655 ns. 274 --- Maria de 1::dirna ferreira Ca.-valho Mat. Seaue 751683 Destaca-se que as obriga,s acessonas são impostas aos sujeitos passivos como forma de auxiliar e facilitar a ação fiscal. Por meio das obrigações acessórias a fiscalização conseguirá verificar se a obrigação principal foi cumprida. Como é sabido, a obrigação acessória é decorrente da legislação tributária e não apenas da lei em sentido estrito, conforme dispõe o art. 113, §2° do CTN, nestas palavras: "Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 1° A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. § 2° A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. § 3° A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária." A legislação engloba as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes, conforme dispõe o art. 96 do CTN. Assim, foi correta a aplicação do auto de infração ao presente caso pelo órgão previdenciário. O relatório fiscal, indicou de maneira clara e precisa todos os fatos ocorridos, havendo subsunção destes à norma prevista no art. 32, III, da Lei n° 8.212/1991. O Auto de Infração sendo aplicado da maneira como foi imposto não se transforma em meio obtuso de arrecadação, nem possui efeito confiscatório. Na legislação previdenciária, a aplicação de auto de infração não possui a finalidade precípua de arrecadação, o que pode ser demonstrado pela previsão de atenuação ou até mesmo da relevação da multa, neste último caso, o infrator não pagará nenhum valor (art. 291 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n°3.048/1999). Os valores aplicados em auto de infração pela omissão justificam-se pelo fato da importância dos esclarecimentos para administração previdenciária. As informações prestadas auxiliarão na fiscalização das contribuições arrecadadas pela Previdência Social. Vale destacar, ainda, que a responsabilidade pela infração tributária é em regra objetiva, isto é independe de culpa ou dolo. Assim, foi correta a aplicação do auto de infração ao presente caso pelo órgão previdenciário. Desse modo, a autuação deve persistir. Por fim, quanto a exclusão dos co-responsáveis, deve-se esclarecer ao recorrente que se trata do julgamento de AI pelo descumprimento de obrigações acessórias, em sendo assim a autuada é a empresa, que é o sujeito passivo da obrigação tributária e não seus sócios. Esses, por serem os representantes legais do sujeito passivo, constam da relação de Co- Responsáveis — CORESP, consoante determinação contida no art. 660, da N n° 03/2005, vigente à época da lavratura do Auto, qual seja: 6 Mi - SEGUNOO CONSELHO Lu ; "INTIUBUINTES1 CONFERE COM O L Processo ur 16062.000137/2007-54 Brunis. -2) e7 09 CCCOJC06 Acórdão n.• 206-01.655 40, catec) n As. 275 Maria de ri.* 4. Lf de Carvalho Mat. Siam 751683 "Art. 660. Constituem peç- as. ele instrução do processo administrativo- . fiscal previdenciário, os seguintes relatórios e documentos: X - Relação de Co-Responsáveis (CORESP), que lista todas as pessoas fisicas e jurídicas representantes legais do sujeito passivo, indicando sua qualificação e período de atuação; " Entendo que a fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Se assim não o fosse, estaríamos falando de uma empresa - pessoa jurídica, com capacidade de pensar e agir, e até onde conheço as decisões de administrar e gerir os empreendimentos partem de seus sócios e diretores. Dessa forma, entendo desnecessária a apreciação do questionamento. Por todo o exposto o lançamento fiscal seguiu os ditames previstos, devendo ser mantido nos termos da DN. CONCLUSÃO: Voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO, julgando procedente o lançamento efetuado. Sala das Sessões, em 03 de dezembro de 2008 vis • CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 7 Page 1 _0051500.PDF Page 1 _0051600.PDF Page 1 _0051700.PDF Page 1 _0051800.PDF Page 1 _0051900.PDF Page 1 _0052000.PDF Page 1

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Numero do processo: 37317.000600/2007-07
Data da sessão: Thu Nov 06 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Thu Nov 06 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/04/1996 a 30/04/2005 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO - SALÁRIO INDIRETO - FORNECIMENTO DE VEÍCULO PELO TRABALHO - DESCUMPRIMENTO DA LEI - PERÍODO ATINGINDO PELA DECADÊNCIA QUINQUENAL - SÚMULA VINCULANTE STF. O automóvel fornecido pelo empregador, só não será considerado salário de contribuição, quando fornecido nos exatos termos do art. 28, “r” da lei, ou seja: “r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; Entendo que a verba previdência complementar possui natureza salarial, ainda mais pelo fato de não ter havido extensão do benefício a todos os empregados da empresa. No presente caso, a análise mais relevante é a questão da extensão do benefício aos segurados da recorrente; exigência legal que não foi cumprida no pagamento da verba.” O ganho foi direcionado ao segurado empregado da recorrente, quando a empresa forneceu os automóveis aos empregados que ocupavam determinadas funções. Estando, portanto, no campo de incidência do conceito de remuneração e não havendo dispensa legal para incidência de contribuições previdenciárias sobre tais verbas, no período objeto do presente lançamento, conforme já analisado, deve persistir o lançamento. Tendo em vista a declaração da inconstitucionalidade do artigo 45 da Lei nº 8.212/91, pelo Supremo Tribunal Federal, nos autos dos RE’s nºs 556664, 559882 e 560626, oportunidade em que fora aprovada Súmula Vinculante nº 08, disciplinando a matéria. Termo inicial: (a) Primeiro dia do exercício seguinte ao da ocorrência do fato gerador, se não houve antecipação do pagamento (CTN, ART. 173, I); (b) Fato Gerador, caso tenha ocorrido recolhimento, ainda que parcial (CTN, ART. 150, § 4º). No caso, trata-se de tributo sujeito a lançamento por homologação e como não houve a demonstração por parte da fiscalização que não houve a antecipação de pagamento, para a aplicação da regra contida no artigo 173, há que se manter a regra geral e aplicar-se ao caso a regra do art. 150, § 4º, do CTN, ou seja, conta-se o prazo decadencial a partir do fato gerador. Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 206-01.591
Decisão: ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, I) por unanimidade de votos em acolher a preliminar de decadência; II) por maioria de votos, em declarar a decadência das contribuições apuradas até a competência 06/2001. Vencidas as conselheiras Bernadete de Oliveira Barros e Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, que votaram por declarar a decadência somente até a competência 11/1999 e a Conselheira Ana Maria Bandeira, que votou por declarar a decadência somente até a competência 11/2000; III) por voto de qualidade, em rejeitar a preliminar de nulidade argüida de oficio pelo Conselheiro Rogério de Lellis Pinto. Vencidos os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Cleusa Vieira de Souza, Lourenço Peneira do Prado e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, que votaram por declarar a nulidade do lançamento; IV) por unanimidade de votos: a) em rejeitar a preliminar de nulidade suscitada e b) no mérito, em negar provimento ao recurso.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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Step° 762743 41'; C:..;;4 MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 4* SEXTA CÂMARA Processo n° 37317.000600/2007-07 Recurso n° 147.939 Voluntário Matéria SALÁRIO INDIRETO Acórdão n° 206-01.591 Sessão de 06 de novembro de 2008 Recorrente WAL-MART BRASIL LTDA Recorrida SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCILÁRIA - SP ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVI DENCIÁRIAS Período de apuração: 01/04/1996 a 30/04/2005 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO - SALÁRIO INDIRETO - FORNECIMENTO DE VEÍCULO PELO TRABALHO - DESCUMPRIMENTO DA LEI - PERÍODO ATINGINDO PELA DECADÊNCIA QUINQUENAL - SÚMULA V1NCULANTE STF. O automóvel fornecido pelo empregador, só não será considerado salário de contribuição, quando fornecido nos exatos termos do art. 28, "r" da lei, ou seja: "r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; Entendo que a verba previdência complementar possui natureza salarial, ainda mais pelo fato de não ter havido extensão do beneficio a todos os empregados da empresa. No presente caso, a análise mais relevante é a questão da extensão do beneficio aos segurados da recorrente; exigência legal que não foi cumprida no pagamento da verba." O ganho foi direcionado ao segurado empregado da recorrente, quando a empresa forneceu os automóveis aos empregados que ocupavam determinadas funções. Estando, portanto, no campo de incidência do conceito de remuneração e não havendo dispensa legal para incidência de contribuições previdenciárias sobre tais verbas, no período objeto do presente lançamento, conforme já analisado, deve persistir o lançamento. 14-/ ete ki r CaMF Sexta GAMAM CONFERE COM O ORIGINAL Processo n°37317.000600/2007-07 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.591 amaina, Fls. 590 Maria Et% rdo Mat. Slape 762743 Tendo em vista a declaração da inconstitucionalidade do artigo 45 da Lei n°8.212/91, pelo Supremo Tribunal Federal, nos autos dos RE's 556664, 559882 e 560626, oportunidade em que fora aprovada Súmula Vinculante n° 08, disciplinando a matéria. Termo inicial: (a) Primeiro dia do exercício seguinte ao da ocorrência do fato gerador, se não houve antecipação do pagamento (CTN, ART. 173, 1); (b) Fato Gerador, caso tenha ocorrido recolhimento, ainda que parcial (C1N, ART. 150, § 4°). No caso, trata-se de tributo sujeito a lançamento por homologação e como não houve a demonstração por parte da fiscalização que não houve a antecipação de pagamento, para a aplicação da regra contida no artigo 173, há que se manter a regra geral e aplicar-se ao caso a regra do art. 150, § 4°, do CTN, ou seja, conta-se o prazo decadencial a partir do fato gerador. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. 2 • • r CC/MF Sexta Calmaram. CONFERE COM O ORIGINAL Processo n°37317.000600/2007-07 Branda& CCO2/C06 Acórdão n.°206-01.591 Marlats4 °freira lnto Fls. 591 Mat. Slape 7627433 ACORDAM os membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, I) por unanimidade de votos em acolher a preliminar de decadência; II) por maioria de votos, em declarar a decadência das contribuições apuradas até a competência 06/2001. Vencidas as conselheiras Bemadete de Oliveira Barros e Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, que votaram por declarar a decadência somente até a competência 11/1999 e a Conselheira Ana Maria Bandeira, que votou por declarar a decadência somente até a competência 11/2000; III) por voto de qualidade, em rejeitar a preliminar de nulidade argüida de oficio pelo Conselheiro Rogério de Lellis Pinto. Vencidos os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Cleusa Vieira de Souza, Lourenço Peneira do Prado e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, que votaram por declarar a nulidade do lançamento; IV) por unanimidade de votos: a) em rejeitar a preliminar de nulidade suscitada e b) no mérito, em negar provimento ao recurso. Designado para redigir o voto vencedor, na parte referente à decadência, o(a) Conselheiro(a) Cleusa Vieira de Souza. Apresentará Declaração de Voto o(a) Conselheiro(a) Rogério de Lellis Pinto. ELIAS SAMPAIOSAMPAIO FREIRE Presidente CLEUSA VIEIRJZA Relatora-Designada - Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, deusa Vieira de Souza, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 3 , 2° CC/PAF Sexta Camara CONFERE COMO ORIGINAL Processo n• 37317.000600/2007-07 CCO2/C06 Acórdão n." 206-01.591 Braallia, I --figed: Fls. 592 Maria Efàrã nto Mat SIapo 762748 Relatório O presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa, incluindo as destinadas ao financiamento dos beneficios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentes dos riscos ambientais do trabalho e a destinada aos Terceiros, levantadas sobre os valores pagos aos segurados empregados da alta administração à título de FORNECIMENTO DE VEICULOS DE LUXO sem relação com o trabalho, fls. 106 a 112. Os valores foram apurados por meio de registro contábeis, obtidos pela análise • dos balancetes contábeis semestrais. Os fatos geradores objeto desta NFLD compreendem as competências 04/1996 a 04/2005 e referem-se ao valores dos veículos fornecidos aos empregados da alta administração, que não necessitam dos veículos para o trabalho. Foram também apurados débitos sobre os veículos fornecidos as esposas de funcionários, aquelas sem qualquer vínculo como recorrente. Destaca-se que não foram apuradas contribuições sobre os veículos fornecidos "para" o trabalho. Relevante destacar que o lançamento foi efetuado 05/07/2006, tendo o recorrente dado ciência no mesmo dia. Destaca-se ainda MPF foi assinado em 25/05/2005, servindo este instrumento como medida preparatória indispensável à realização do procedimento de notificação. Não conformado com a notificação, foi apresentada defesa pela empresa, fls. 448 a 470. A Decisão-Notificação confirmou a procedência do lançamento fiscal, fls. 508 a 523. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso, conforme fls. 536 a 560. Em síntese, a recorrente alega o seguinte: Preliminarmente, cerceamento de defesa, por violação ao art. 5 ", LIV e LV, por não ter tido a empresa acesso a todos os documentos. A base de cálculo obtida por meio de aferição indireta encontra-se:Incorreta, posto que observado apenas a depreciação dos veículos e não o acréscimo patrimonial na esfera jurídica dos empregados. No mérito alega a decadência parcial dos créditos previdenciários até a competência julho de 2001. Não existe natureza salarial no fornecimento de veículos para os empregados, visto que os carros eram fornecidos para a diretoria e vice-presidência caracterizando o fornecimento para o trabalho. Os ditos empregados precisam dos carros para se locomoverem e visitarem as filiais da empresa, não importando tratar-se de yd:mios de alto luxo ou mesmo blindados. O raciocínio a ser aplicado deve ser o mesmo dos notebook que são fornecidos aos empregados, ou seja, constituem—se em utilidades fornecidas para o trabalho. 1 4 • 2° COMF Sexta Cimara CONFER COMO ORIGINAL dão n. Processo n° 1 37317.000600/2007-07 GrasIlla Acór° 206-0.591 CCO2/C06 Fls. 593 Maria Edna${iIrrPtfltO Mat. Slape 152142 Até mesmo o argumento de que o veículo é fornecido para a locomoção da residência para o trabalho e por isso com natureza de salário é absurda, visto que e instrumento necessário ao desempenho da atividade o que explicitado até pela necessária ida ao trabalho. Os cargos ocupados são de confiança, sendo, dessa forma, profissionais dinâmicos e de extrema importância para a condução da vida econômica da empresa. A própria súmula 367 do TST estabelece que se o veículo é fornecido para o trabalho, mas permanece com o empregado nos finais de semana não constitui salário utilidade. Não referenda a argumentação de que esposa de empregados também se utilizavam dos veículos, visto que eram os empregados os condutores do veículo. Inconstitucional a aplicação da taxa SELIC. Requer o acolhimento do recurso para declarar a nulidade do julgado. A SRP não apresenta contra-razões, utilizando-se da faculdade conferida pelo § 5°, do art. 305, do Decreto 3.048/99, alterado pelo Decreto 6.032/2007. É o relatório. Voto Vencido Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 426. Os autos foram encaminhado a este conselho sem a efetivação do depósito recursal, por entender a SRP que após a decisão do STF em 28/03/2007, inexigível a obrigação de depósito prévio para apreciação de recurso. Pressupostos superados, passo ao exame das questões preliminares ao mérito. DAS PRELIMINARES AO MÉRITO: Em primeiro lugar cumpre-nos destacar que o procedimento fiscal atendeu todas as determinações legais, não havendo, pois, nulidade por cerceamento de defesa. Destaca-se como passos necessários a realização do procedimento: Autorização por meio da emissão do Mandato de Procedimento Fiscal — MPF- F e complementares, com a competente designação do auditor fiscal responsável pelo cumprimento do procedimento, conforme fls. 97 a 105. Intimação para a apresentação dos documentos conforme Termos de Intimação para Apresentação de Documentos — TIAD, fls. 61 a 94, intimando o contribuinte para que apresentasse todos os documentos capazes de comprovar o cumprimento da legislação previdenciária, inclusive indicando em planilhas as informações pertinentes. s • . • r COME Sexta Cântara CONFERE COSA O ORtINAL Processo n° 37317.000600/2007-07 GrasIlia anco6 Acórdão n.° 206-01.591 Maria n rolca nto Fls. 594 Mat. Slape 752742 Autuação dentro do prazo autorizado pelo referido mandato, com a apresentação ao contribuinte dos fatos geradores e fundamentação legal que constituíram a lavratura do auto de infração ora contestado, com as informações necessárias para que o autuado pudesse efetuar as impugnações que considerasse pertinentes, conforme demonstrado às fls. 01 a 333. Neste sentido, quanto ao argumento de não ter tido acesso aos documentos analisados pela fiscalização que embasaram o lançamento em questão, razão não confiro ao recorrente. Como podemos constatar, os lançamentos foram realizados com base nos lançamentos contábeis da própria empresa, conforme demonstrado nas planilhas anexas ao relatório fiscal. Contudo, quanto a preliminar referente ao prazo de decadência para o fisco constituir os créditos objeto desta NFLD, entendo cabível a sua apreciação de oficio. Relevante destacar que o lançamento foi efetuado 05/07/2006, tendo o recorrente dado ciência no mesmo dia. Destaca-se ainda MPF foi assinado em 25/05/2005, servindo este instrumento como medida preparatória indispensável à realização do procedimento de notificação. Nesse sentido, quanto a aplicação da decadência qüinqüenal, subsumo todo o meu entendimento quanto a legalidade do art. 45 da Lei 8212/91 (10 anos), outrora defendido à decisão do STF, proferida recentemente. Dessa forma, quanto a decadência de 5 anos, profiro meu entendimento. O STF em julgamento proferido em 12 de junho de 2008, declarou a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212/1991, tendo inclusive no intuito de eximir qualquer questionamento quanto ao alcance da referida decisão, editado a Súmula Vinculante de n° 8, senão vejamos: Súmula Vinculante n° 8 - "São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5° do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário". O texto constitucional em seu art. 103-A deixa claro a extensão dos efeitos da aprovação da súmula vinculando, obrigando toda a administração pública ao cumprimento de seus preceitos. Dessa forma, entendo que este colegiado deverá aplicá-la de pronto, mesmo nos casos em que não argüida a decadência qüinqüenal por parte dos recorrentes. Assim, prescreve o artigo em questão: "Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de oficio ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicaçã o na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei." Ao declarar a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212, prevalecem as disposições contidas no Código Tributário Nacional — CTN, quanto ao prazo para a autoridade previdenciária constituir os créditos resultantes do inadimplemento de obrigações previdenciárias. Cite-se o posicionamento do STJ quando do julgamento proferido pela l' 1. 6 . • 2•CONIF &st CamaraCONFERE COMO ORIGINAL Processo n° 37317.000600/2007-07a rnarna CCO2/C06, Acórdão n." 206-01391 Fls. 595 Maria E á to Mat. Mapa 752743 Seção no Recurso Especial de n° 766.050, cuja ementa foi publicada no Diário da Justiça em 25 de fevereiro de 2008, nestas palavras: "PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ISS. ALEGADA NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. VALIDADE DA CDA. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - MS INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADE NA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA AO DECRETO-LEI N° 406/68. ANALOGIA. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATICIOS. FAZENDA PÚBLICA VENCIDA. FIXAÇÃO. OBSERVAÇÃO AOS LIMITES DO ff 3.° DO ART. 20 DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DF REVISÃO EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA TÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 07 DO STJ. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. INOCORRÉNCIA. ARTIGO 173, PARÁGRAFO ÚNICO, DO C77V. I. O Imposto sobre Serviços é regido pelo DL 406/68, cujo fato gerador é a prestação de serviço constante na lista anexa ao referido diploma legal, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo. 2. A lista de serviços anexa ao Decreto-lei n.° 406/68, para fins de incidência do ISS sobre serviços bancários, é taxativa, admitindo-se, contudo, uma leitura extensiva de cada item, no afã de se enquadrar serviços idênticos aos expressamente previstos (Precedente do STF: RE 361829/RJ, publicado no DJ de 24.02.2006; Precedentes do SI']: AgRg no Ag 770170/SC, publicado no DJ de 26.10.2006; e AgRg no Ag 577068/GO, publicado no DJ de 28.08.2006). 3. Entrementes, o exame do enquadramento das atividades desempenhadas pela instituição bancária na Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei 406/68 demanda o reexame do conteúdo fálico probatório dos autos, insindicável ante a incidência da Súmula 7/STJ (Precedentes do STJ: AgRg no Ag 770170/SC, publicado no DJ de 26.10.2006; e REsp 445137/MG, publicado no DJ de 01.09.2006). 4. Deveras, a verificação do preenchimento dos requisitos em Certidão de Dívida Ativa demanda exame de matéria fálico-probatória, providência inviável em sede de Recurso Especial (Súmula 07/STJ). 5. Assentando a Corte Estadual que "na Certidão de Divida Ativa consta o nome do devedor, seu endereço, o débito com seu valor originário, termo inicial, maneira de calcular juros de mora, com seu fundamento legal (Código Tributário Municipal, Lei n.° 2141/94; 2517/97, 2628/98 e 2807/00) e a descrição de todos os acréscimos" e que "os demais requisitos podem ser observados nos autos de processo administrativo acostados aos autos de execução em apenso, onde se verificam: a procedência do débito (JSSQN), o exercício correspondente (01/12/1993 a 31/10/1998), data e número do Termo de Início de Ação Fiscal, bem como do Auto de Infração que originou o débito", não cabe ao Superior Tribunal de Justiça o reexame dessa inferência. 6. Vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários advocatícios não está adstrita aos limites percentuais de 10% e 20% podendo ser adotado como base de cálculo o valor dado à causa ou à condenação, nos termos do artigo 20, g 4°, do CPC (Precedentes: AgRg no AG 623.659/R1, publicado no DJ de 06.06.2005; e AgRg no Resp 592.430/MG, publicado no DJ de 29.11.2004). 7. A revisão do critério adotado pela Corte de origem, por eqüidade, para afixação dos honorários, encontra óbice na Súmula 07, "C 7 • COMF Sexta cama?. corwon COM O ORIGINAL.ADRIGINA Processo e 37317.000600/2007-07 Brasilia CCO2/C06 Acórdão o.° 206-01.591 Marfa Edna Ira mto Fls. 596 MM. Etapa 782748 do ST.I, e no entendimento sumulado do Pretório Excelso: "Salvo limite legal, a fixação de honorários de advogado, em complemento da condenação, depende das circunstâncias da causa, não dando lugar a recurso extraordinário" (Súmula 389/STF).8. O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre a decadência, causa extintiva do crédito tributário, assim estabelece em seu artigo 173: "Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 1- do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento." 9. A decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontra- se regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, quais sejam: (i) regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de oficio, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado; (ii) regra da decadência do direito de lançar nos casos em que notificado o contribuinte de medida preparatória do lançamento, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento de oficio ou de tributos sujeitos a lançamento por homologação em que inocorre o pagamento antecipado; (iii) regra da decadência do direito de lançar • nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação em que há parcial pagamento da exação devida; (iv) regra da decadência do direito de lançar em que o pagamento antecipado se dá com fraude, dolo ou simulação, ocorrendo notificação do contribuinte acerca de medida preparatória; e (v) regra da decadência do direito de lançar perante anulação do lançamento anterior (In: Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 3° Ed., Max Limonad, págs. 163/210). 10. Nada obstante, as aludidas regras decadenciais apresentam prazo qüinqüenal com dies a quo diversos. 11. Assim, conta-se do "do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" (artigo 173, 1, do CT11), o prazo qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de oficio), quando não prevê a lei o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, bem como inexistindo notificação de qualquer medida preparatória por parte do Fisco. No particular, cumpre enfatizar que "o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, sendo inadmissível a aplicação cumulativa dos prazos previstos nos artigos 150, ,f 4°, e 173, do CTN, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento por homologação, afim de configurar desarrazoado prazo decadencial decenal. 12. Por seu turno, nos casos em que inalaste dever de pagamento antecipado (tributos sujeitos a lançamento de oficio) ou quando, existindo a aludida obrigação (tributos sujeitos a lançamento por homologação), há omissão do contribuinte na i• 8 • ti r CCRAF Sede Câmara CONFER COMO ORIGINAL Processo n°37317000600/2007-07 CCO2/C06 Acórdão n.• 206-01.591 Fls. 597 ~da Edna - • . _ • rs F. Mat. Slape 752748 anteciPação do pagamento, desde que inocorrentes quaisquer ilícitos (fraude, dolo ou simulação), tendo sido, contudo, notificado de medida preparatória indispensável ao lançamento, fluindo o termo inicial do prazo decadencial da aludida notificação (artigo 173, parágrafo único, do C77V), independentemente de ter sido a mesma realizada antes ou depois de iniciado o prazo do inciso 1, do artigo 173, do C77V. 13. Por outro lado, a decadência do direito de lançar do Fisco, em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, quando ocorre pagamento antecipado inferior ao efetivamente devido, sem que o contribuinte tenha incorrido em fraude, dolo ou simulação, nem sido notificado pelo Fisco de quaisquer medidas preparatórias, obedece a regra prevista na primeira parte do § 4°, do artigo 150, do Codex Tributário, segundo o qual, se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador: "Neste caso, concorre a contagem do prazo para o Fisco homologar expressamente o pagamento antecipado, concomitantemente, com o prazo para o Fisco, no caso de não homologação, empreender o correspondente lançamento tributário. Sendo assim, no termo final desse período, consolidam-se simultaneamente a homologação tácita, a perda do direito de homologar expressamente e, conseqüentemente, a impossibilidade jurídica de lançar de oficio" (In Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 3" Ed., Mar Limonad , pág. 170). 14. A notificação do ilícito tributário, medida indispensável para justificar a realização do ulterior lançamento, afigura-se como dies a quo do prazo decadencial qüinqüenal, em havendo pagamento antecipado efetuado com fraude, dolo ou simulação, regra que configura ampliação do lapso decadencial, in casu, reiniciado. Entrementes, "transcorridos cinco anos sem que a autoridade administrativa se pronuncie, produzindo a indigitada notificação formalizadora do ilícito, operar-se-á ao mesmo tempo a decadência do direito de lançar de oficio, a decadência do direito de constituir juridicamente o dolo, fraude ou simulação para os efeitos do art. 173, parágrafo único, do CT1V e a extinção do crédito tributário em razão da homologação tácita do pagamento antecipado" (Eurico Marcos Diniz de Santi, in obra citada, pág. 171). 15. Por fim, o artigo 173, II, do CT1V, cuida da regra de decadência do direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário quando sobrevém decisão definitiva, judicial ou administrativa, que anula o lançamento anteriormente efetuado, em virtude da verificação de vício formal. Neste caso, o marco decadencial inicia-se da data em que se tornar definitiva a aludida decisão anulatória. 16. In casu: (a) cuida-se de tributo sujeito a lançamento por homologação; (b) a obrigação ex lege de pagamento antecipado do ISSQN pelo contribuinte não restou adimplida, no que concerne aos fatos geradores ocorridos no período de dezembro de 1993 a outubro de 1998, consoante apurado pela Fazenda Pública Municipal em sede de procedimento administrativo fiscal; (c) a notificação do sujeito passivo da lavratura do Termo de Início da Ação Fiscal, medida preparatória indispensável ao lançamento direto substitutivo, deu-se em 27.11.1998; (d) a instituição financeira não efetuou o recolhimento por considerar intributáveis, pelo ISSQN, as atividades apontadas pelo Fisco; e (e) a constituição do crédito tributário pertinente ocorreu em 01.09.1999. 17. Desta sorte, a regra decadencial aplicável ao caso concreto é a prevista no artigo (i)-/ ( 9 th) r Ced:I c Scori c•tin•rn,•C ONWZRE COM P, Processo n° 37317.000600/2007-07 Embuta, CCOVC06 Acórdão n.° 206-01.591 Maria E:W. . nto Fls. 598 Mat. Siapa 762748 173, parágrafo único, do Codex Tributário, contando-se o prazo da data da notificação de medida preparatória indispensável ao lançamento, o que sucedeu em 27.11.1998 (antes do transcurso de cinco anos da ocorrência dos fatos imponíveis apurados), donde se dessume a higidez dos créditos tributários constituídos em 01.09.1999. 18. Recurso especial parcialmente conhecido e desprovido." (GRIFOS NOSSOS). Podemos extrair da referida decisão as seguintes orientações, com o intuito de balizar a aplicação do instituto da decadência qüinqüenal no âmbito das contribuições previdenciárias após a publicação da Súmula vinculante n° 8 do STF: Conforme descrito no recurso descrito acima: "A decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontra-se regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, quais sejam: (i) regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de oficio, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado; (ii) regra da decadência do direito de lançar nos casos em que notificado o contribuinte de medida preparatória do lançamento, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento de oficio ou de tributos sujeitos a lançamento por homologação em que inocorre o pagamento antecipado; (iii) regra da decadência do direito de lançar nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação em que há parcial pagamento da exação devida; (iv) regra da decadência do direito de lançar em que o pagamento antecipado se dá com fraude, dolo ou simulação, ocorrendo notificação do contribuinte acerca de medida preparatória; e (v) regra da decadência do direito de lançar perante anulação do lançamento anterior (In: Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, V Ed., Max Limonad, págs. 163/210). O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre a decadência, causa extintiva do crédito tributário, nos casos de lançamentos em que não houve antecipação do pagamento assim estabelece em seu artigo 173: %din. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 1- do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento." Já em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, quando ocorre pagamento antecipado inferior ao efetivamente devido, sem que o contribuinte tenha incorrido em fraude, dolo ou simulação, aplica-se o disposto no § 4 0, do artigo 150, do CTN, r ceve tie — " corol.c. CO' .aigi; £6..istLProcesso n° 37317.000600/2007-07 eracitt CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.591 Maria . Fls. 599 ru:741.1 segundo o qual, se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador, Senão vejamos o dispositivo legal que descreve essa assertiva: "Art. 150 - O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § I° - O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutária da ulterior homologação do lançamento. § 2° - Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anterinrev ô hnmaIngacãn, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. § 3° - Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. § 4°- Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação." (gr(o nosso). Contudo, para que possamos identificar o dispositivo legal a ser aplicado, seja o art. 173 ou art. 150 do CTN, devemos identificar a natureza das contribuições omitidas para que, só assim, possamos declarar da maneira devida a decadência de contribuições previdenciárias. No caso, a aplicação do art. 150, § 4°, é possível quando realizado pagamento de contribuições, que em data posterior acabam por ser homologados expressa ou tacitamente. Contudo, antecipar o pagamento de uma contribuição significa delimitar qual o seu fato gerador e em processo contíguo realizar o seu pagamento. Deve ser possível ao fisco, efetuar de forma, simples ou mesmo eletrônica a conferência do valor que se pretendia recolher e o efetivamente recolhido. Neste caso, a inércia do fisco em buscar valores já declarados, ou mesmo continuamente pagos pelo contribuinte é que lhe tira o direito de lançar créditos pela aplicação do prazo decadencial consubstanciado no art. 150, § 4°. Entendo que atribuir esse mesmo raciocínio a todos os fatos geradores de contribuições previdenciárias é no mínimo abrir ao contribuinte possibilidades de beneficiar-se pelo seu "desconhecimento ou mesmo interpretação tendenciosa" para sempre escusar-se ao pagamentos de contribuições que Seriam devidas. De forma sintética, podemos separar duas situações: em primeiro, aquelas em não há por parte do contribuinte o reconhecimento dos valores pagos como salário de contribuição, é o caso, por exemplo, dos salários indiretos não reconhecidos (PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS, PRÊMIOS, ALIMENTAÇÃO EM DESACORDO COM O PAT, ABONOS, AJUDAS DE CUSTO, GRATIFICAÇÕES ETC). Nestes casos, incabível considerar que houve pagamento antecipado, simplesmente, porque caso não ocorresse a atuação do fisco, A--\; , CelSirr Sie*/ r'sm•tra CONFOtra co":'. 7 •iAL Processo n°31317.000600/2007-07 Orna n.a .11-4d56211 CO221C06 tn Acórdão n.°206-01.591 Fls. 600 Maria Á. Mat. 7ut74 -8 nunca haveria o referido recolhimento. Tal fato pode ainda ser ratificado, pela não informação, por parte do contribuinte do salário de contribuição em GFIP. Nesse caso, toda a máquina administrativa, em especial a fiscalização federal terá que ser movida para identificar a existência pontual de contribuições a serem recolhidas. Não é algo que se possa determinar pelo simples confronto eletrônico de declarações e guias de recolhimento. Dessa forma, em sendo desconsiderada a natureza tributária de determinada verba, como poder-se-ia considerar que houve antecipação de pagamento de contribuições. Entendo que só se antecipa, aquilo que se considera. Como considerar que houve antecipação de pagamento de .algo que o contribuinte nunca pretendeu recolher. Antecipar significa: Fazer, dizer, Sentir, fruir, fazer ocorrer, antes do tempo marcado, previsto ou oportuno; precipitan.Chegar antes de; anteceder, ou seja, não basta dizer que houve recolhimento em relação a remunei ação como um todo, mas sim, identificar sob qual base foi o pagamento realizado. A acepção do termo remuneração não pode ser, para fins de definição do salário de contribuição una, tanto o é, que a doutrina c jurisprudência trabalhistas não admitem o pagamento aglutinado das verbas trabalhista, o denominado salário complexivo ou complessivo. Considerar que os fatos geradores são únicos, e portanto, a remuneração deva ser considerada como algo global, e desconsiderar a complexidade das contribuições previdenciárias, bem como a natureza da relação laboral. Até poderíamos aceitar, tal conclusão, em uma análise simplória, acerca do faturamento das empresas e as contribuições que incidam sobre esta base de cálculo, mas o mesmo raciocínio não pode ser atribuído às contribuições previdenciárias, onde existe até mesmo, documento próprio para que o contribuinte indique mensalmente e por empregado o que é devido e realize o recolhimento das contribuições correspondente a estes fatos geradores. Assim, dever-se-á considerar que houve antecipação para aplicação do § 40 do art. 150 do CTN, quando ocorreu por parte do contribuinte o reconhecimento do valor devido e o seu parcial recolhimento, sendo em todos os demais casos de não reconhecimento da rubrica aplicável o art. 173 do referido diploma. O mesmo raciocínio pode ser estendido para os casos em que devida a obrigação de efetuar o recolhimento, omitiu-se o contribuinte, por considerar não ser do mesmo a obrigação de efetuar o recolhimento. Ocorre, por exemplo, nos casos em que está obrigado a reter 11% do valor da nota fiscal em se tratando de empreitada ou cessão de mão de obra. Nos casos em que se atribui responsabilidade solidária, ou mesmo nos casos de isenção, onde descumpridor das regras que o qualificariam como isento de contribuições patronais, não efetua qualquer recolhimento da contribuição patronal. Na verdade, entendo ser aplicável em regra o art. 173 do CTN, só passando para o § 40 do art. 150, nos casos em que se comprova o efetivo recolhimento, ou melhor, a antecipação de um recolhimento. Por fim, outro ponto que entendo pertinente, e que, embora não interfira diretamente na declaração de toda contagem de prazo decadencial, venha a ser relevante em determinados lançamentos, é considerar como marco inicial para determinação das contribuições que se encontram decaídas a data em que tenha sido iniciada a constituição do 4. 4.b 12 , 2° CC;NiF Sexta nen° CONFER" COM O i.Gi2AL Mat. Processo n° 37317.000600/2007-07 ara ilia. raect. CCOVC06 Acórdão n.° 206-01.591 Ma ria Fls. 601 Siapo 7627473 crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Neste caso, considerando que no âmbito da Fiscalização previdenciária, com a extinção do TIAF, assumiu o Mandado de Procedimento Fiscal — MPF status de conferir validade ao procedimento fiscal, ou seja, que o MPF é o instrumento que visa dar conhecimento ao sujeito passivo quanto aos atos da ação/auditoria fiscal em si, cuja ciência deverá ser dada por ocasião do início do procedimento fiscal, e que o mesmo se extingue com o registro no termo próprio que é o TEAF, lavrado quando do término da auditoria para cientificar do sujeito passivo do término do procedimento, será a ciência desse instrumento o marco a ser considerado para cálculo do prazo decadencial. Assim sendo, o MPF marca o início do procedimento fiscal de constituição do crédito tributário, bem como, por conseqüência, serve também QI C llicut.0 paia ?yd-enrimas:a, -das contribuições que já não podem ser exigidas. Considerar-se-á a data da cientificação do MPF como marco inicial para contagem retroativa das contribuições que poderão ser englobadas no lançamento que se busca concretizar. Entendo que tal raciocínio, respaldado no teor do acórdão da ia Sessão STJ, trazido a baila para respaldar este julgamento, que a data do MPF somente pode ser aplicável nos casos de contagem de prazo decadencial consubstanciado no art. 173 do CTN, onde o Parágrafo único é claro em prenunciar dita possibilidade. No presente caso o lançamento foi efetuado em 05/07/2006, com ciência em 11/07/2006, contudo o MPF foi assinado em 12/05/2005. Os fatos geradores ocorreram entre as competências 04/1996 a 04/2005, dessa forma, em aplicando-se o art. 173 e a súmula vinculante n° 8 do STF, encontram-se atingidas pela decadência quinquenal as contribuições previdenciárias até a competência 11/1999. DO MÉRITO De acordo com o previsto no art. 28 da Lei n° 8.212/1991, para o segurado empregado entende-se por salário-de-contribuição a totalidade dos rendimentos destinados a retribuir o trabalho, incluindo nesse conceito os ganhos habituais sob a forma de utilidades, nestas palavras: "Art.28. Entende-se por salário-de-contribuição: 1 - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97)." Existem parcelas que não sofrem incidência de contribuições previdenciárias, seja por sua natureza indenizatória ou assistencial, tais verbas estão arroladas no art. 28, § 9° da Lei n° 8.212/1991, nestas palavras: "Art. 28 (.). .„,h 13 • • 2° CCINIF Sexta Cânsnra CONFERE COMO OR!OlNAL • • Processo n°37317.000600/2007-07 13-CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.591 Maria EIiWI#16tro*aP iflt0 Fls. 602 DAM, Siape 752248 9° Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei n°5.929, de 30 de outubro de 1973; c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n°6.321, de 14 de abril de 1976; d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CL7'; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). e) as importâncias: (Alínea alterada e itens de 1 a 5 acrescentados pela Lei n°9.528, de 10/12/97, e de 6 a 9 acrescentados pela Lei n°9.711, de 20/11/98). I. previstas no inciso 1 do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; 2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS; 3. recebidas a titulo da indenização de que trata o art. 479 da CLT; 4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei n° 5.889, de 8 de junho de 1973; 5. recebidas a título de incentivo à demissão; 6. recebidas a titulo de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT; 7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário; 8. recebidas a titulo de licença-prêmio indenizada; 9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9° da Lei n° 7.238, de 29 de outubro de 1984; j) a parcela recebida a titulo de vale-transporte, na forma da legislação própria; g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CL7'; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) h) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração mensal; 14 , 2° CCIMF Sexta Câmara CONFCW-: COMO ;;;VS.NAL • Processo n° 37317.000600/2007-07 CCO2/C06 Acórdão n.°206-01.591 Grasilia, 06 In Fls. 603 Maria E n. nroira Pinto MM. Sia po 752748 i) a importáncia recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei n°6.494, de 7 de dezembro de 1977; j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica; • I) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor Público-PASEP; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). Grifo nosso. n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei n°4.870, de I° de dezembro de 1965; (Alínea acrescentada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97). p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9° e 468 da CLT; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) Grifo nosso. q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas; (Alínea acrescentada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97). t) o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em L01, 15 • D CC1MF Sexta Camara CONFERE COMO ORIGINAL Processo n°37317.000600/2007-07 É CCO2/C06 Acórdão n.• 206-01.591 BrasIlla, Fls. 604 Maria aia eira nto Mat. 51ape 762748 substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; (Redação dada pela Lei n° 9.711, de 20/11/98). u) a importância recebida a titulo de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). v) os valores recebidos em decorréncia da cessão de direitos autorais; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97). x) o valor da multa prevista no § 8° do art. 477 da CLT. (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97)." Para o caso concreto, entendo que o automóvel fornecido pelo empregador, só não será considerado salário de contribuição, quando fornecidos nos exatos termos do art. 28, "r" da lei, ou seja: "r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; Entendo que a verba previdência complementar possui natureza salarial, ainda mais pelo fato de não ter havido extensão do beneficio a todos os empregados da empresa. No presente caso, a análise mais relevante é a questão da extensão do beneficio aos segurados da recorrente; exigência legal que não foi cumprida no pagamento da verba." O ganho foi direcionado ao segurado empregado da recorrente, quando a empresa forneceu os automóveis aos empregados que ocupavam determinadas funções. Estando, portanto, no campo de incidência do conceito de remuneração e não havendo dispensa legal para incidência de contribuições previdenciárias sobre tais verbas, no período objeto do presente lançamento, conforme já analisado, deve persistir o lançamento. O argumento da empresa de que os veículos eram fornecidos para o desempenho do trabalho, não foi comprovado, pelo contrário da análise do relatório fiscal e dos contratos de cessão de automóveis anexados pelo auditor fiscal restou demonstrado que os veículos não eram fornecidos necessariamente para o desempenho do trabalho. Existem informações de que a medida que o trabalho necessitasse deslocamento deveriam ser utilizados carros da frota. Ademais, também foram fornecidos carros as esposas de determinados empregados, o que demonstra tratar-se nitidamente de salário indireto. O conceito de remuneração, descrito no art. 457 da CLT, deve ser analisado em sua acepção mais ampla, ou seja, correspondendo ao gênero, do qual são espécies principais os termos salários, ordenados, vencimentos etc. "Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1° Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratcações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador." (gr(o nosso). "(Súmulas nos 84, 101 e 226 do TST). 16 2° CCINIF Sexta Câmara CONFERE COMO ORIGINAL Processo n° amaina 37317.000600/2007-07 páj_e_psr_.( CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.591 . Fls. 605 Maria Edn'VelfWa 1:Wo Mat. Slapa 752748 9 20 Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de cinqüenta por cento do salário percebido pelo empregado. 9* 3° Considera-se gorjeta não só a imponência espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será •permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas." Pelo exposto o campo de incidência é delimitado pelo conceito remuneração. Remunerar significa retribuir o trabalho realizado. Desse modo, qualquer valor em pecúnia ou em utilidade que seja pago a uma pessoa natural em decorrência de um trabalho executado ou de um serviço prestado, ou até mesmo por ter ficado à disposição do empregador, está sujeito à incidência de contribuição previdenciária. Cabe destacar nesse ponto, que os conceitos de salário e de remuneração não se confundem. Enquanto o primeiro é restrito à contraprestação do serviço devida e paga diretamente pelo empregador ao empregado, em virtude da relação de emprego; a remuneração é mais ampla, abrangendo o salário, com todos os componentes, e as gorjetas, pagas por terceiros. Nesse sentido é a lição de Alice Monteiro de Barros, na obra Curso de Direito do Trabalho, Editora LTR, 3a edição, página 730. A autoridade fiscal ao constatar fornecimento de outros veículos a disposição dos empregados, solicitou a empresa mediante TIAD, os documentos pertinentes aos empregados beneficiados, requerendo inclusive os motivos dos pagamentos, para que se pudesse determinar a necessidade dos automóveis para o desempenho de atividades,o que não foi apresentado pela empresa. Quanto a base de cálculo ressalta-se que toda a base foi apurada em documentos da própria empresa, e a utilização da depreciação pode ser sim considerado parâmetro para apuração da base mensal. Quanto ao argumento de utilizar o veículo para deslocar-se da residência para o trabalho, caracterizando utilidade fornecida para o trabalho, não há como prosperar, visto que não é esse deslocamento o determinante, mas a utilização do veiculo para o desempenho do trabalho. Doutrinariamente, convém reproduzir a posição da ilustre professora Alice Monteiro de Barros acerca da distinção entre utilidades salariais e não-salariais: "As utilidades salariais são aquelas que se destinam a atender às necessidades individuais do trabalhador, de tal modo que, se não as recebesse, ele deveria despender parte de seu salário para adquiri-las. As utilidades salariais não se confundem com as que são fornecidas para a melhor execução do trabalho. Estas equiparam-se a Id?"" 17 ?CCM, Soda Cámara CONFERE COM O ORIGINAL Processo n° 37317.000600/2007-07 CCO2/C06 Acórdão 206-01391 Fls. 606 Maria etr ia relr nto Ma Mapa 762748 instrumentos de trabalho e, conseqüentemente, não têm feição salarial." Ademais, a interpretação para exclusão de parcelas da base de cálculo é literal. A isenção é uma das modalidades de exclusão do crédito tributário, e desse modo, interpreta-se literalmente a legislação que disponha sobre esse beneficio fiscal, conforme prevê o CTN em seu artigo 111, I, nestas palavras: "A ri. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 1- suspensão ou exclusão do crédito tributário; Assim, onde o legislador não dispôs de forma expressa, não pode o aplicador da lei estender a interpretação, sob pena de violar-se os princípios da resei 'ia legal e da isonomia. As parcelas não integrantes do salário de contribuição estão elencadas exaustivamente no art. 28, § 90 da Lei n° 8.212/1991, conforme demonstrado. Por todo o exposto o lançamento fiscal seguiu os ditames previstos, devendo ser mantido nos termos da Decisão-Notificação, haja vista que os argumentos apontados pelo recorrente são incapazes de refutar a presente notificação CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito DAR- LHE PROVIMENTO PARCIAL, para excluir do lançamento os fatos geradores ocorridos até a competência 11/1999, face a decadência quinquenal e no mérito voto por NEGAR-LHE PROVIMENTO. É como voto. Sala das Sessões, em 06 de novembro de 2008 taik, ELAINE CRIST=IUNTEIRO E SILVA VIEIRA is • CC1MF Sexta Câmara CONFERE COMO ORIGMAL • • Processo n°37317.000600/2007-07 . Granis, _a— h 10 CCO2/C06 Acórdão n.°206-01.591 Maria Edna . , t.1 ra FJfltO FLs. 607 Mat. Stape 752748 Voto Vencedor Conselheira CLEUSA VIEIRA DE SOUZA, Relatora-Designada Ouso divergir da ilustre Conselheira Relatora, pelas razões a seguir expostas. Com relação à preliminar de decadência suscitada, vale esclarecer que até a Seção do mês de maio/2008, esta Câmara de julgamento, bem como esta Conselheira mantinha o entendimento de que a constituição do crédito previdenciário, aplicava-se as disposições contidas na Lei n° 8212/91, art. 45 que determina: "o direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se em após dez anos a contar do 1° dia do exercício seguinte àquele que o crédito poderia ter sido constituído". Entretanto, o Supremo Tribunal Federal - STF em julgamento proferido em 12 de junho de 2008, declarou a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.21211991, tendo inclusive no intuito de eximir qualquer questionamento quanto ao alcance da referida decisão, editado a Súmula Vinculante de n° 8, senão vejamos: Súmula Vinculante n° 8 - "São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5° do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário". No REsp 879.058/PR, DJ 22.02.2007, a P Turma do STJ pronunciou-se nos temos da seguinte ementa: "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ACÓRDÃO RECORRIDO ASSENTADO SOBRE FUNDAMENTAÇÃO DE NATUREZA CONSTITUCIONAL. OMISSÃO NÃO CONFIGURADA. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. TERMO INICIAL: (A) PRIMEIRO DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE AO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR, SE NÃO HOUVE ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO (C7N, ART. 173, I); (B) FATO GERADOR, CASO TENHA OCORRIDO RECOLHIMENTO, AINDA QUE PARCIAL (Cm, ART. 150, § 4°J PRECEDENTES DA 1"SEÇÃO. I. omissis 2. omissis 3. O prazo decadencial para efetuar o lançamento do tributo é, em regra, o do art.173, I, do C7W, segundo o qual 'direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado'. r CC/111F Sexta Cámara CONFERE COMO ORIGINAI. ' • Processo n°37317.000600/2007-07 ocy CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.591 Maria d rrcdra Pint0 Fls. 608 MM. 51apo 752745 4. Todavia, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação — que, segundo o art. 150 do CTN; 'ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa' e 'opera-se . pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa' —, há regra especifica. Relativamente a eles, ocorrendo o pagamento antecipado por parte do contribuinte, o prazo decadencial para o lançamento de eventuais diferenças é de cinco anos a contar do fato gerador, conforme estabelece o § 4° do art. 150 do C77V. Precedentes da 1° Seção: ERESP I01.407/SP, Min. Ari Pargendler, DJ de 08.05.2000; ERESP 278.727/DF, Min.Franciulli Netto, DJ de 28.10.2003; ERESP 279.473/SP, Min. Teori Zavascki, DJ de 11.10.2004; AgRg nos ERESP 216.758/SP, Min. Teori Zavascki, 13.1 de 10.04.2006. 5. No caso concreto, todavia, não houve pagamento. Aplicável, portanto, conforme a orientação acima indicada, a regra do art. 173, I, do Cl'!'!. 6.Recurso especial a que se nega provimento." E ainda, no REsp 757.922/SC, DJ 11.10.2007, a ia Turma do STJ, mais uma vez, pronunciou-se nos temos da ementa colacionada: "EMENTA CONSTITUCIONAL, PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁ RIA. ARTIGO 45 DA LEI 8.212/91. OFENSA AO AR?'. 146, IH, B, DA CONSTITUIÇÃO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. TERMO INICIAL: (A) PRIMEIRO DIA DO EXERCICIO SEGUINTE AO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR, SE NÃO HOUVE ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO (C77V, ART. 173, I); (B) FATO GERADOR, CASO TENHA OCORRIDO RECOLHIMENTO, AINDA QUE PARCIAL (C77V, AR?' 150, § 4°). PRECEDENTES DA Ia SEÇÃO. I. "As contribuições sociais, inclusive as destinadas a financiar a seguridade social (CF, art. 195), têm, no regime da Constituição de 1988, natureza tributária. Por isso mesmo, aplica-se também a elas o disposto no art. 146, III, b, da Constituição, segundo o qual cabe à lei complementar dispor sobre normas gerais em matéria de prescrição e decadência tributárias, compreendida nessa cláusula inclusive a fixação dos respectivos prazos. Conseqüentemente, padece de inconstitucionalidade formal o artigo 45 da Lei 8.21Z de 1991, que fixou em dez anos o prazo de decadência para o lançamento das contribuições sociais devidas à Previdência Social" (Corte Especial, Argüição de Inconstitucionalidade no REsp n° 6I6348/MG) 2. O prazo decadencial para efetuar o lançamento do tributo é, em regra, o do art. 173, I, do CTN, segundo o qual "o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado". r0 8.1 r CCRAF Sexta Camara CONFERE COM O ORIGINAL Processo n°37317.000600/2007-07 Brasina, 43—CCO2/C06Acórdão n.° 206-01.591Fk 609 MarlaWdiX rrt:- a P:nto Mat. Siapo 762748 3. Todavia, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação — que, segundo o art. 150 do CI7V, "ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar apagamento sem prévio exame da autoridade administrativa " e "opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa " — , há regra especifica. Relativamente a eles, ocorrendo o pagamento antecipado por parte do contribuinte, o prazo decadencial para o lançamento de eventuais diferenças é de cinco anos a contar do fato gerador, conforme estabelece o § 4° do art. 150 do C77V. Precedentes jurisprudenciais. 4. No caso, trata-se de contribuição previdenciá ria, tributo sujeito a lançamento por homologação, e não houve qualquer antecipação de pagamento. Aplicável, portanto, a regra do wi. 173, 1 do Cri. 5. Recurso especial a que se nega provimento." É a orientação também defendida em doutrina: "Há uma discussão importante acerca do prazo decadencial para que o Fisco constitua o crédito tributário relativamente aos tributos sujeitos a lançamento por homologação. Nos parece claro e lógico que o prazo deste 4° tem por finalidade dar segurança jurídica às relações tributárias da espécie. Ocorrido o fato gerador e efetuado o pagamento pelo sujeito passivo no prazo do vencimento, tal como previsto na legislação tributária, tem o Fisco o prazo de cinco anos, a contar do fato gerador, para emprestar definitividade a tal situação, homologando expressa ou tacitamente o pagamento realizado, com o que chancela o cálculo realizado pelo contribuinte e que supre a necessidade de um lançamento por parte do Fisco, satisfeito que estará o respectivo crédito. É neste prazo para homologação que o Fisco deve promover a fiscalização, analisando o pagamento efetuado e, entendendo que é insuficiente, fazendo o lançamento de oficio através da lavratura de auto de infração, em vez de chancelá-lo pela homologação. Com o decurso do prazo de cinco anos contados do fato gerador, pois, ocorre a decadência do direito do Fisco de lançar eventual diferença. A regra do § 4° deste art. 150 é regra especial relativamente à do art. 173, 1, deste mesmo Código. E, em havendo regra especial, prefere à regra geral. Não há que se falar em aplicação cumulativa de ambos os artigos." (Leandro Paulsen, Direito Tributário, Constituição e Código Tributário à Luz da Doutrina e da Jurisprudência, Ed. Livraria do Advogado, 6° ed., p. 10)1). Ora, no caso da homologação tácita, pela qual se aperfeiçoa o lançamento, o CTN estabelece expressamente prazo dentro do qual se deve considerar homologado o pagamento, prazo que come contra os interesses fazendários, conforme 5 4o do art. 150 em análise. A conseqüência –homologação tácita, extintiva do crédito – ao transcurso in albis do prazo previsto para a homologação expressa do pagamento está igualmente nele consignada" (Misabel A. Machado Derzi, Comentários ao CT1V, Ed. Forense, 3a ed., p. 404). 21 r CCRAF Sexta Camara CONFERE COMO ORIGINAL Processo o° 37317.000600/2007-07CCO2/C06 Ao5rdão n.° 206-01391 Brasilia. 06 10C? Fls. 610 Maria Ed rre. • Pinto Mat. Slape 762148 No caso em exame, como não houve a demonstração por parte da fiscalização que não houve a antecipação de pagamento, para a aplicação da regra contida no artigo 173, entendo que há que se manter a regra geral e aplicar-se ao caso a regra do art. 150, § 4°, do CTN, ou seja, conta-se o prazo decadencial a partir do fato gerador. Portanto, na data da ciência da Notificação Fiscal de Lançamento de Débito, que se deu em 05/07/2006, as contribuições apuradas referentes ao período de 04/1996 a 06/2001 já se encontravam fulminadas pela decadência, razão porque acolho a preliminar suscitada para excluir do presente lançamento, as contribuições relativas ao período mencionado. - Sala das Sessões, em 06 de novembro de 2008 CLEUSA VIEIRA DEr.JZA 22 r CCINIF Sexta Garoara • CONTER:: CO7.10 ORIGINAL Processo na 37317.000600/2007-07 &main* p{4iit2e.‘"19 CCO2/C06 Acórdio n.° 206-01.591 Maria Edna nto Fls. 611 Mat. Siaste 752748 4 Declaração de Voto Conselheiro ROGÉRIO DE LELLIS PINTO Peço vênia a ilustre relatora, para levantar de oficio, nulidade que vislumbro nos presentes autos. Com efeito, da análise atenta dos autos, nota-se que ao apurar a base de cálculo a ser tributada, a douta autoridade lançadora acabou por adotar os valores de depreciação dos veículos fornecidos aos empregados aqui englobados, depreciação essa constante de tabela elaborada pelo próprio contribuinte. Esse procedimento, a meu ver, e em que pese vozes fortes que pensam o contrário, se traduz sim em lançamento arbitrado na medida em que a base de cálculo encontrasse expressada em critério (ainda que encontrado em documentos do contribuinte) adotado pelo próprio fiscal autuante. Em verdade, ao que me parece, a fiscalização não poderia mensurar a base tributada através do simples fornecimento do veiculo, por isso, e diante do fato de que ele representaria salário-de-contribuição, algum valor deveria ser tributado. Nesse sentido, a saída encontrada pela autoridade fiscal para cumprir com o dever que lhe exige o art 142 do CTN, foi justamente encontrar a base de cálculo mediante algum critério que expressa-se razoavelmente a grandeza econômica a qual recairia o tributo em questão, encontrando esta na depreciação do veiculo, lançada em docuirientos do contribuinte, o que faz do presente levantamento ter natureza arbitrada, reclamando a nulidade tantas vezes proclamadas nesta Nobre Corte. Com o devido respeito, o fato do valor da depreciação ter sido obtida a partir de elementos do contribuinte em nada altera a natureza arbitrada do lançamento, simplesmente porque se trata meramente do critério adotado pela autoridade fiscal. O critério de arbitramento, aos olhos de quem aplica o direito, não pode ser confundido com o próprio arbitramento em si, já que é este, nesse particular, o fato de que a base de cálculo encontrava-se impossível de ser obtida diretamente, e a depreciação é o valor que mais se aproximava da sua exata extensão, ou seja, um é a prerrogativa de presumir a base tributada, outro é o critério em que esta vai se expressar. Deste modo, entendo com muita certeza, que estamos diante de um levantamento arbitrado, e pela ausência da motivação jurídica que o autoriza, na esteira de remansosa jurisprudência, viciada encontra-se a NFLD, pelo que, de oficio, declaro meu voto pela sua nulidade. Sala das Sessões, em 06 de novembro de 2008 fida-1 ROG É 'g! LLIS PINTO — 23 Page 1 _0071100.PDF Page 1 _0071200.PDF Page 1 _0071300.PDF Page 1 _0071400.PDF Page 1 _0071500.PDF Page 1 _0071600.PDF Page 1 _0071700.PDF Page 1 _0071800.PDF Page 1 _0071900.PDF Page 1 _0072000.PDF Page 1 _0072100.PDF Page 1 _0072200.PDF Page 1 _0072300.PDF Page 1 _0072400.PDF Page 1 _0072500.PDF Page 1 _0072600.PDF Page 1 _0072700.PDF Page 1 _0072800.PDF Page 1 _0072900.PDF Page 1 _0073000.PDF Page 1 _0073100.PDF Page 1 _0073200.PDF Page 1

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Numero do processo: 16062.000134/2007-11
Turma: Sexta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Wed Dec 03 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Wed Dec 03 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/02/2005 a 30/11/2006 NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - REMUNERAÇÃO. CARTÕES DE PREMIAÇÃO - PARCELA DE INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. - CO-RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS. A verba paga pela empresa aos segurados por intermédio de programa de incentivo é fato gerador de contribuição previdenciária. Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia. A fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 206-01.657
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
Matéria: Outros imposto e contrib federais adm p/ SRF - ação fiscal
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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CONFERE COMO ORIGINAL . BeemmaaLL o 3 •0 9 e - - CCOVC06 Fls. 252 Maria de Fidima criei:a de Carnii10. Mat. Siape 751683 -0,.-...."8. ---..---;-", MINISTÉRIO DA FAZENDA 'P' ,-,--S- SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES ...4,‘,.9..--,...zA,- SEXTA CÂMARA Processo n° 16062.000134/2007-11 Recurso n° 157.595 Voluntário Matéria SALÁRIO INDIRETO Acórdão n° 206-01.657 Sessão de 03 de dezembro de 2008 Recorrente JOHNSON & JOHNSON PRODUTOS PROFISSIONAIS LTDA Recorrida SRP - SECRETARIA DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/02/2005 a 30/11/2006 NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - REMUNERAÇÃO. CARTÕES DE PREMIAÇÃO - PARCELA DE INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. - CO-RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS. A verba paga pela empresa aos segurados por intermédio de programa de incentivo é fato gerador de contribuição previdenciária. (k Uma vez estando no campo de incidência das contribuições previdenciárias, para não haver incidência é mister previsão legal nesse sentido, sob pena de afronta aos princípios da legalidade e da isonomia. A fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. 1 MF - SEGUM " ONSEL110 C'ONTItib. COM:LR:: COMO ORIGINAL Processo n° 16062.000134/2007-11CCOVC06 Acórdão n.° 206-01.657 a,'., .2 / / (29 Fls. 253 691ACO 1‘1...cia dr V .: ra., r f ieira de CL-valho :4.4 ... 51 • 731683 ACORDAM os Membros da SEXTA CAMARA ,o • II O CONSELHO DE CONTRIBUINTES or unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. ELIAS SAMPAIO FREIRE Presidente ELA I' -• • • • •' • E SILVA VIEIRA Relatora - Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Marcelo Freitas de Souza Costa, Bemadete de Oliveira Barros, Cleusa Vieira de Souza, Ana Maria Bandeira, Lourenço Ferreira do Prado e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 Processo n° 16062.000134/2007-11 CCO2JC06 Acórdão n.°206-01.657 Fis. 254 MF • SEGUNDO CONSELHO DE CONTRI131:"•TES COM ERE COM O ORIGINAL a-1 ifre i/ /Relatório Maria de filime F. mira de Carvalho Mim. &ripe 751683 A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo dos segurados, levantadas sobre os valores pagos a pessoas fisicas na qualidade de empregados. Os fatos geradores referem-se aos valores pagos a título de premiação por intermédio dos cartões administrados pela empresa Spirit Marketing Promocional Ltda para os segurados empregados, no período de 02/2005 a 11/2006. Importante, destacar que a lavratura do AI deu-se em 30/04/2007, tendo a cientificação ao sujeito passivo ocorrido em 07/05/2007. Contudo, relevante informar que o procedimento fiscal teve inicio em 08/03/2007, com a ciência do MPF, servindo este como medida preparatória indispensável para o lançamento. Não conformada com a autuação a recorrente apresentou impugnação, fls. 94 a 108. Foi exarada a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência do lançamento, conforme fls. 154 a 159. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso pela autuada, conforme fls. 164 a 178. Em síntese, a recorrente em seu recurso alega o seguinte: - as gratificações constituem recompensas incondicionais concedidas pelo empregador, por mera liberalidade, sendo que as denominadas verdadeiras não integram a remuneração em razão de inexistência de previsão legal. No mesmo sentido há de se considerar os prêmios pagos por liberalidade que objetivam apenas recompensar o empregado; - para concluir que um pagamento seja considerado como remuneração, o mesmo deve ter características de contraprestação ao serviço, ser decorrente do contrato de trabalho, bem como ser habitual, periódico, quantificável, essencial e recíproco, o que não se coaduna com o pagamento em questão; - impossível a responsabilização das pessoas arroladas nas relações de co- responsáveis, visto não terem agido com excesso de poderes ou infração à lei, como descrito no art. 135 do CTN; e - requer a improcedência do presente auto de infração e o cancelamento do débito fiscal, bem como a exclusão dos nomes contidos nas relações de co-responsáveis. A Receita Previdenciária encaminhou o recurso a este conselho, sem a apresentação de contra-razões à fl. 191. É o relatório. '3 Processo n° 16062.000134/2007-11 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.657 p, MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES1 CONFERE COMO r""-INAL Brasilia, ,2.' , e___2(c) ti • Maria de Fátima Feneira de C3M1010 Voto Mn Sutpc 7$16b3 Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: O recurso foi interposto tempestivamente, conforme informação à fl. 191. Avaliados os pressupostos, passo para as questões preliminares ao exame do mérito. DO MÉRITO Quanto ao argumento de que a NFLD deve ser declarada nula, por estarem inseridas diversas verbas sem natureza salarial, não lhe confiro razão. Conforme discutido nos autos o ponto chave é a identificação do campo de incidência das contribuições previdenciárias. Para isso façamos uso da legislação previdenciária, atrelada a conceitos trazidos da legislação trabalhista. De acordo com o previsto no art. 28 da Lei n° 8.212/1991, para o segurado empregado entende-se por salário-de-contribuição a totalidade dos rendimentos destinados a retribuir o trabalho, incluindo nesse conceito os ganhos habituais sob a forma de utilidades, nestas palavras: "Art.28. Entende-se por salário-de-contribuição: I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer titulo, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97)" O conceito de remuneração, descrito no art. 457 da CLT, deve ser analisado em sua acepção mais ampla, ou seja, correspondendo ao gênero, do qual são espécies principais os termos salários, ordenados, vencimentos etc. "Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1° Integram o salário não só a imporiáncia fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. IdP 4 Ml' - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRD3UNTES CONFERE CoM 0 ORIGINAL Processo n° 16062.000134/2007-11CO32/1306 Acórdão e.° 206-01.657 Brasília, .271/ / Fls. 256 .40 Maria de Fatima • ira de Carvalho • Mat. Siape 751683 • (Súmulas nos 84, 101 e 2261Jo Y.W.) if 2° Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de cinqüenta por cento do salário percebido pelo empregado. ff 3° Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer titulo, e destinada a distribuição aos empregados. Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas." Não procede o argumento do recorrente, uma vez que já está pacificado na doutrina e jurisprudência que os prêmios pagos possuem natureza salarial. A definição de "prêmios" dada pela recorrente não se coaduna com a de verba indenizatória, mas, com a de parcelas suplementares pagas em razão do exercício de atividades, tendo o empregado alcançado resultados no exercício da atividade laboral. O ilustre professor Maurício Godinho Delgado, em seu livro "Curso de Direito do Trabalho", 3 0 edição, editora LTr, pág. 747, assim refere-se ao assunto: "(4 Os prêmios consistem em parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em decorrência de um evento ou circunstância tida como relevante pelo empregador e vinculada à conduta indicidual do obreiro ou coletiva dos trabalhadores da empresa.(.) O prêmio, na qualidade de constraprestaçã o paga pelo empregador ao empregado, têm nítida feição salarial. (.)" Claro é o posicionamento do STF, acerca da natureza salarial dos prêmios, posto o descrito na súmula n° 209, nestes termos: "Súmula 209 — Salário-Prêmio, salário —produção. O salário- produção, como outras modalidades de salário prêmio, é devido, desde que verificada a condição a que estiver subordinado, e não pode ser suprimido, unilateralmente, pelo empregador, quando pago com habitualidade." Os prêmios são considerados parcelas salariais suplementares, pagas em função do exercício de atividades atingindo determinadas condições. Neste sentido, adquirem caráter estritamente contraprestativo, ou seja, de um valor pago a mais, um "plus" em função do alcance de metas e resultados Não tem por escopo indenizar despesas, ressarcir danos, mas, atribuir um incentivo ao empregado. 5 MF - SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES CONFERE COM O ""10INAL Processo e 16062.000134/2007-11 CCO7JC06 Acórdão n.• 206-01.657 Stasi" ' ° Q9 Fls. 257 Maria de Fátima erreira d: Carvalho M 751, • Segundo o professor • . • - : - 3 - Manual do salário, Ed. Ltr, p. 334, nestas palavras "Prêmio é modalidade de salário vinculado a fatores de ordem pessoal do trabalhador, como produtividade e eficiência. Os prêmios caracterizam-se por seu aspecto condicional, sendo que uma vez instituídos e pagos com habitualidade não podem ser suprimidos." Vale destacar ainda, que por se caracterizarem como remuneração, os prêmios devem, em regra, refletir no pagamento de todas as demais verbas trabalhistas, sejam elas: férias, 13° salário, repouso semanal remunerado, devendo-se observar a habitualidade dependendo da verba que se faça incidir. Pelo exposto o campo de incidência é delimitado pelo conceito remuneração. Remunerar significa retribuir o trabalho realizado. Desse modo, qualquer valor em pecúnia ou em utilidade que seja pago a uma pessoa natural em decorrência de um trabalho executado ou de um serviço prestado, ou até mesmo por ter ficado à disposição do empregador, está sujeito à incidência de contribuição previdenciária. Cabe destacar nesse ponto, que os conceitos de salário e de remuneração não se confundem. Enquanto o primeiro é restrito à contraprestação do serviço devida e paga diretamente pelo empregador ao empregado, em virtude da relação de emprego; a remuneração é mais ampla, abrangendo o salário, com todos os componentes, e as gorjetas, pagas por terceiros. Nesse sentido é a lição de Alice Monteiro de Barros, na obra Curso de Direito do Trabalho, Editora LTR, 3 edição, página 730. A legislação previdenciária é clara quando destaca, em seu art. 28, §9°, quais as verbas que não integram o salário de contribuição. Tais parcelas não sofrem incidência de contribuições previdenciárias, seja por sua natureza indenizatória ou assistencial, nestas palavras: "Art. 28 (...) 90 Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente: (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) a)os beneficias da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade; (Redação dada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97) b)as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei n°5.929, de 30 de outubro de 1973; c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n°6.321, de 14 de abril de 1976; d)as importâncias recebidas a titulo deferias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) e)as importâncias: (Alínea alterada e itens de I a 5 acrescentados pela Lei n°9.528, de 10/12/97, e de 6 a 9 acrescentados pela Lei n°9.711, de 20111/98) eft 6 _ _ _ - abliUNEN )( O NS 1-..LHO bh <ONTR1/31:21 re.5 CONFERE COMO 0:? ' r; N I &asilo.. 2--dr / or? • Processo n° 16062.000134/2007-11 CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.657 02-c,,c1 Fls. 258 Maria de Fátima E neira de Carvalho Mat. 5 tape 7516b3 I. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; 2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS; 3. recebidas a titulo da indenização de que trata o art. 479 da CLT; 4. recebidas a titulo da indenização de que trata o art. 14 da Lei n° 5.889, de 8 de junho de 1973; 5. recebidas a titulo de incentivo à demissão; 6. recebidas a titulo de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT; 7. recebidas a titulo de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário; 8. recebidas a titulo de licença-prêmio indenizada; 9. recebidas a titulo da indenização de que trata o art. 9° da Lei n° 7.238, de 29 de outubro de 1984; y) a parcela recebida a titulo de vale-transporte, na forma da legislação própria; g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CL T; (Redação dada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) h) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração mensal; i) a importância recebida a titulo de• bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei n° 6.494, de 7 de dezembro de 1977; j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei especifica; I) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor Público-PASEP; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxilio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) Á? 7 • MF-SEU' • ^ONSELNO DE CONTItlhi 'ITES : COMO ORICI1NAL Processo n° 16062.000134/2007-11 Braúna. iLq , o 4.01.1. CCO2/036Acórdão n.°206-01.657 /Pin Fls. 2594.0 e Maria de Fátima F ira de Carvalho Mat. Siape 751683 o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei n° 4.870, de I° de dezembro de 1965; (Alínea acrescentada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97) p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 90 e 468 da CLT; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veiculo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas; (Alínea acrescentada pela Lei n° 9.528, de 10/12/97) t) o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; (Redação dada pela Lei n° 9.711, de 20/11/98) u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de 10/12/97) v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528. de 10/12/97) 9 o valor da multa prevista no ,¢ 8° do art. 477 da CLT. (Alínea acrescentada pela Lei n°9.528, de I0/12/97)" Pela análise do dispositivo legal, podemos observar que não existe nenhuma exclusão quanto aos prêmios concedidos seja aos segurados empregados ou contribuintes individuais. Além disso, o texto legal não cria distinção entre as exclusões aplicáveis aos empregados e aos contribuintes individuais. (ft s • ME - SEGUNP' •ir) DE CONIRIBUNTES COM vaNAL Processo o° 16062.000134/2007-11 CCO2/C06 Acórdão n, 206-01.657 ff / (29 Fls. 260 Maria de rateou ateira de Carvalho Mat. Siape 751683 Segundo o ilustrei-professor Arnaldo Siissekind em seu livro Instituições de Direito do Trabalho, 21 edição, volume 1, editora LTr, o significado do termo remuneração deve ser assim interpretado: - "No Brasil, a palavra remuneração é empregada, normalmente, com sentido lato, correspondendo ao gênero do qual são espécies principais os termos salários, vencimentos, ordenados, soldo e honorários. Como salientou com precisão Martins Catharino, "costumeiramente chamamos vencimentos a remuneração dos magistrados, professores e funcionários em geral; soldo, o que os militares recebem; honorários, o que os profissionais liberais ganham no exercício autônomo da • profissão; ordenado, o que percebem os empregados em geral, isto é, os trabalhadores cujo esforço mental prepondera sobre o fisico; e finalmente, salário, o que ganham os operários. Na própria linguagem do povo, o vocábulo salário é preferido quando há prestação de trabalho subordinado "." Ademais, o art. 458 da CLT, §2° descreve as verbas fornecidas aos empregados que não possuem natureza salarial. Senão vejamos: "Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. (Súmula n°258 do TST) 1° Os valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo (artigos 81 e 82). g 20 Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I — vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; ii — educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; 111 — transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV — assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V— seguros de vida e de acidentes pessoais; VI — previdência privada; 1/11 — VETADO." • Se 9 MF - SE:1 1_111V) CONSELHO r- CON FERE COM o '- Processo n° 16062.000134/200741CCO2/C06 Acérdio n.° 206-01.657 BrasIlis0_1_±. • Fls. 261 Maria de F .... cangalho Observa-se, aind. • - . w7. .e..k: - lusão parcelas da base de cálculo é literal. A isenção é uma das modalidades de exclusão o cri.:ito tributário, e desse modo, interpreta-se literalmente a legislação que disponha sobre esse beneficio fiscal, conforme prevê o CTN em seu artigo 111, I, nestas palavras: "Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 1- suspensão ou exclusão do crédito tributário;" Assim, onde o legislador não dispôs de forma expressa, não pode o aplicador da lei estender a interpretação, sob pena de violar-se os princípios da reserva legal e da isonomia/ Por fim, quanto a exclusão dos co-responsáveis, deve-se esclarecer ao recorrente que se trata do julgamento de NFLD pelo descumprimento de obrigações acessórias, em sendo assim a autuada é a empresa, que é o sujeito passivo da obrigação tributária e não seus sócios. Esses, por serem os representantes legais do sujeito passivo, constam da relação de Co- Responsáveis — CORESP, consoante determinação contida no art. 660, da IN n° 03/2005, vigente à época da lavratura do Auto, qual seja.. "Art. 660. Constituem peças de instrução do processo administrativo- fiscal previdenciário, os seguintes relatórios e documentos: X- Relação de Co-Responsáveis (CORESP), que lista todas as pessoas fisicas e jurídicas representantes legais do sujeito passivo, indicando sua qualificação e período de atuação; " Entendo que a fiscalização previdenciária não atribui responsabilidade direta aos sócios, pelo contrário, apenas elencou no relatório fiscal, quais seriam os responsáveis legais da empresa para efeitos cadastrais. Se assim não o fosse, estaríamos falando de uma empresa - pessoa jurídica, com capacidade de pensar e agir, e até onde conheço as decisões de administrar e gerir os empreendimentos partem de seus sócios e diretores. Dessa forma, entendo desnecessária a apreciação do questionamento. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo CONHECIMENTO do recurso para no mérito NEGAR- LHE PROVIMENTO, julgando procedente o lançamento efetuado. Sala das Sessões, em 03 de dezembro de 2008 EC taik, CRIS1 INA MONTEIRO E‘SILVA VIEIRA 10 Page 1 _0053000.PDF Page 1 _0053100.PDF Page 1 _0053200.PDF Page 1 _0053300.PDF Page 1 _0053400.PDF Page 1 _0053500.PDF Page 1 _0053600.PDF Page 1 _0053700.PDF Page 1 _0053800.PDF Page 1

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Numero do processo: 35366.001880/2005-90
Data da sessão: Tue Dec 02 00:00:00 UTC 2008
Data da publicação: Tue Dec 02 00:00:00 UTC 2008
Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS Período de apuração: 01/02/2002 a 30/08/2004 PREVIDENCIÁRIO - CUSTEIO - NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO - DISCUSSÃO JUDICIAL. - MULTA MORATÓRIA - JUROS - APRECIAÇÃO DE MATÉRIA NÃO DISCUTIDA EM JUÍZO. Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. No caso em questão não ser aplicável a referida cobrança de juros e multa, posto que com a realização do depósito integral, dentro da data prevista pela legislação cumpriu o contribuinte a obrigação, já que depositado em conta específica do próprio INSS. Recurso Voluntário Provido em Parte.
Numero da decisão: 206-01.628
Decisão: ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, para excluir os juros e multa do período de 07/2002 a 08/2004, bem como os juros do período de 02/2002 a 06/2002. Ausente ocasionalmente o conselheiro Lourenço Ferreira do Prado.
Nome do relator: ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA

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Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo. O contribuinte inadimplente tem que arcar com o ônus de sua mora, ou seja, os juros e a multa legalmente previstos. No caso em questão não ser aplicável a referida cobrança de juros e multa, posto que com a realização do depósito integral, dentro da data prevista pela legislação cumpriu o contribuinte a obrigação, já que depositado em conta específica do próprio INSS. Recurso Voluntário Provido em Parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. 1ff - SHOUNDO CON SELHO De SIONTRIBUTS11W r. *""NAL Processo n° 35366.001880/2005-90 ass. rg CCO2/C06 Acórdão n.• 206-01.628 Fls. 477 ÇA 1,70 41 Maria de Fátima eneira de Carvalho Mat. Spe 751483 ACORDAM os Membros da SEXTA CÂMARA do SEGUNDO CONSELHO DE CONTRIBUINTES, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, para excluir os juros e multa do período de 07/2002 a 08/2004, bem como os juros do período de • 02/2002 a 06/2002. Ausente ocasionalmente o conselheiro Lourenço Ferreira do Prado. ELIAS SA AIO FREIRE Presidente ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA Relatara Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros Rogério de Lellis Pinto, Bemadete de Oliveira Barros, Cleusa Vieira de Souza, Ana Maria Bandeira e Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira. 2 • Processo n°35366.001880/2005-90 1,4F . SEGUNDn( n\, VV I HO 1-)F, toNTRIBurril CCO2/C06 Acórdão n.°206-01.628 CO'' C1 k :C1 ()MONA L Fls. 478 MUNIS, ar (99 — Maria de Fittim °eira carviaho Relatório a _ Mat Siape 751683 A presente NFLD tem por objeto as contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social, parcela a cargo da empresa, sobre as remunerações pagas a pessoas físicas enquanto contribuintes individuais O lançamento compreende competências entre o período de fevereiro/2002 a agosto de 2004, fls.04 a 09. Importante, destacar que a lavratura da NFLD deu-se em 30/09/2004, tendo a cientificação ao sujeito passivo ocorrido em 04/10/2004. Contudo, relevante informar que o procedimento fiscal teve início em 29/09/2004, com a ciência do MPF, servindo este como medida preparatória indispensável para o lançamento. Não conformado com a notificação, a recorrente apresentou impugnação, fls. 201 a219. O processo foi baixado em diligência para que o auditor se manifestasse acerca do depósito do montante integral, bem como anexasse as respectivas GPS. O auditor concluiu que houve por parte do impugnante o depósito do montante integral, tendo inclusive anexado relação detalhada do próprio contribuinte, fls. 429 a 438. Foi exarada a Decisão-Notificação - DN que confirmou a procedência do lançamento, e transcreveu integralmente a diligência, cientificando o recorrente da conclusão da autoridade fiscal fls. 429 a 438. Não concordando com a decisão do órgão previdenciário, foi interposto recurso, conforme fls. 449 a 469, onde, em síntese a recorrente alegou o seguinte: - Suspensa encontra-se a exigibilidade do crédito e da multa de mora uma vez que discutido judicialmente; - Mesmo tendo o recorrente realizado o depósito judicial, o que suspende a exigibilidade do crédito, não só o valor do tributo foi lançado, como consoante se verifica, mas ocorreu também a imputação de multa e juros moratórios; - Com relação aos juros moratórios não há o que discutir, considerando que os depósitos já foram acrescidos destes; - Embora não obste a realização do lançamento para constituição do crédito, o depósito judicial dos valores discutidos resguarda o recorrente da cobrança imediata do tributo e de eventual aplicação de penalidades; - Não cabe a lavratura da NFLD com a finalidade de punição; - Existindo o depósito judicial suspendendo a exigibilidade do crédito aqui discutido, afigura-se patente que o recorrente não descumpriu qualquer dever jurídico decorrente da obrigação tributária principal; - Consigne-se que a imposição da multa no presente caso, onde houve depósito judicial que suspendeu a exigibilidade da exação, encontra-se totalmente equivocada, vez que a et) 10 SEGUNDO CONSELHO DEI /ON 1F,LO • CONTER F CO1, 1 O rnP/OINAL Se Processo n°35366.001880/2005-90 Braallia4r CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.628 f- ré? 1/ Fls. 479 Maria de F errara de arvalho Mat. Siapc 751683 legislação previdenciária não prevê como hipótese de incidência da mesma a ausência de recolhimento em razão do crédito encontrar-se com a exigibilidade suspensa; - O art. 63 da Lei n° 9430/96 é especificamente aplicável ao presente caso, que veda a imputação em casos de créditos com exigibilidade suspensa; - Equiparar o contribuinte inadimplente àquele que, lidimamente, exercita o direito ao livre acesso ao judiciário, com a aplicação da multa de mora, é malferir a CF/88; - O referido crédito não se encontra vencido, tendo em vista que sua exigibilidade está suspensa por depósito judicial; e - O recorrente postula o conhecimento do presente recurso voluntário, para julgar improcedente o lançamento da multa de mora, com a conseqüente extinção do respectivo crédito. A unidade descentralizada da SRP apresentou contra-razões às fls. 472 a 474. É o Relatório. Voto Conselheira ELAINE CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA, Relatora PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: Recurso interposto tempestivamente. Superadas as preliminares passo ao exame do mérito. DO MÉRITO Destaca-se de pronto, que não será conhecido o recurso acerca das contribuições previdenciárias sobre ao pagamentos feitos a pessoas fisicas na qualidade de contribuintes individuais, tendo em vista o recorrente encontrar-se em processo judicial a respeito da mesma matéria. Nesse sentido dispõe a súmula deste 2° Conselho de Contribuintes: "SÚMULA N° I - Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de oficio, com o mesmo objeto do processo administrativo." No entanto, será objeto de julgamento os argumentos recursais de assunto diverso do disposto na referida ação judicial, sejam eles a incidência de multa de mora, mesmo em havendo depósitos judiciais do montante integral. Com relação à cobrança de juros está prevista em lei especifica da previdência social, art. 34 da Lei n° 8.212/1991, abaixo transcrito, desse modo foi correta a aplicação do índice pela autarquia previdenciária: "Art.34. As contribuições sociais e outras importâncias arrecadadas pelo INSS, incluídas ou não em notificação fiscal de lançamento, pagas eti r - SEGUNDO CONSELHO DE KiNTRIBUIN I corno r ergo o r.nn TONAL Processo n°35366.001880/2005-90 Bnisflia,_15( it.?* • CCO2JC06• Acórdão o.° 206-01.628 Fls. 480 Maria de Falw " Mira de Carvalho Mac Siape 751683 com atraso, objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas aos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia-SELIC, a que se refere o art. 13 da Lei n° 9.065, de 20 de junho de 1995, incidentes sobre o valor atualizado, e multa de mora, todos de caráter irrelevável. (Artigo restabelecido, com nova redação dada e parágrafo único acrescentado pela Lei n°9.528, de 10/12/97) Parágrafo único. O percentual dos juros moratórias 'relativos aos meses de vencimentos ou pagamentos das contribuições corresponderá a um por cento." Contudo, identifica-se às fls. 431 a 432, que nas competências 02/2002 a 06/2002, competências depositados em atraso, procedeu o recorrente o depósito com o respectivo juros, sendo que para as competências posteriores, houve recolhimento integral, dentro do prazo estabelecido pela legislação previdenciária para recolhimento das contribuições. Neste sentido entendo não ser aplicável a referida cobrança, posto que com a realização do depósito integral, dentro da data prevista pela legislação cumpriu o contribuinte a obrigação, já que depositado em conta especifica do próprio INSS. Não tendo o contribuinte recolhido à contribuição previdenciária em época própria, tem por obrigação arcar com o ônus de seu inadimplemento. Caso não se fizesse tal exigência, poder-se-ia questionar a violação ao principio da isonomia, por haver tratamento similar entre o contribuinte que cumprira em dia com suas obrigações fiscais, com aqueles que não recolheram no prazo fixado pela legislação. Porém não é essa a figura que se observa no caso em questão, razão porque devem ser afastados os juros moratórios do lançamento em questão. No mesmo sentido, entendo que a multa moratória é bem aplicável pelo não recolhimento em época própria das contribuições previdenciárias. Ademais, o art. 136 do CTN descreve que a responsabilidade pela infração independe da intenção do agente ou do responsável, e da natureza e extensão dos efeitos do ato. O art. 35 da Lei n°8.212/1991 dispõe, nestas palavras: "Art. 35. Sobre as contribuições sociais em atraso, arrecadadas pelo INSS, incidirá multa de mora, que não poderá ser relevada, nos seguintes termos: (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99) I - para pagamento, após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento: a) oito por cento, dentro do mês de vencimento da obrigação; (Redação dada pelo art. I", da Lei n°9.876/99) b) quatorze por cento, no mês seguinte; (Redação dada pelo art. I°, da Lei n°9.876/99) c) vinte por cento, a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da obrigação; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99) II - para pagamento de créditos incluídos em notificação fiscal de lançamento: • outiUNIX) CON3ci:riU 114 1.0'. ,K3 I J,US 111:1"0 CONFERF rnm e r.""nw L Processo n°35366.001880/2005-90 &unia 1W ?ss CCO2/1306 Acórdão n.°206411.628 Fls. 481 Maria de atida Fent& de euvidho Mat " 751483 a) vinte e quatro por cento, em até quinze dias do recebimento da notcação; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99) b) trinta por cento, após o décimo quinto dia do recebimento da not(cação; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99) c) quarenta por cento, após apresentação de recurso desde que antecedido de defesa, sendo ambos tempestivos, até quinze dias da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99) d) cinqüenta por cento, após o décimo quinto dia da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS, enquanto não inscrito em Divida Ativa; (Redação dada pela Lei n°9.876/99) III - para pagamento do crédito inscrito em Dívida Ativa: a) sessenta por cento, quando não tenha sido objeto de parcelamento; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n° 9.876/99) b) setenta por cento, se houve parcelamento; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n° 9.876/99) c) oitenta por cento, após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito não foi objeto de parcelamento; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99) d) cem por cento, após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito foi objeto de parcelamento; (Redação dada pelo art. 1°, da Lei n°9.876/99) § 1° Nas hipóteses de parcelamento ou de reparcelamento, incidirá um acréscimo de vinte por cento sobre a multa de mora a que se refere o Caput e seus incisos. (Parágrafo acrescentado pela MP n° 1.571/97, reeditada até a conversão na Lei n°9.528/97) § 2° Se houver pagamento antecipado à vista, no todo ou em parte, do saldo devedor, o acréscimo previsto no parágrafo anterior não incidirá sobre a multa correspondente à pane do pagamento que se efetuar. (Parágrafo acrescentado pela MP n° 1.571/97, reeditada até a conversão na Lei n°9.528/97) § 3° O valor do pagamento parcial, antecipado, do saldo devedor de parcelamento ou do reparcelamento somente poderá ser utilizado para quitação de parcelas na ordem inversa do vencimento, sem prejuízo da que for devida no mês de competência em curso e sobre a qual incidirá sempre o acréscimo a que se refere o § I° deste artigo. (Parágrafo acrescentado pela MP n° 1.571/97, reeditada até a conversão na Lei n° 9.528/97) § 4° Na hipótese de as contribuições terem sido declaradas no documento a que se refere o inciso IV do art. 32, ou quando se tratar de empregador doméstico ou de empresa ou segurado dispensados de apresentar o citado documento, a multa de mora a que se refere o caput e seus incisos será reduzida em cinqüenta por cento. (Parágrafo acrescentado pela Lei n°9.876/99)" 49 6 StP -óaOU SUO OJTn Ld140 DE Cks NI 1 kin • C., 1 CONFERE COM o cwinINAL Processo n°35366.00)880/2005-90 Bradá, ) %". Pg CCO2/C06 Acórdão n.° 206-01.628 ~ Fls. 482 Maria de FittliDa f1CtiCifit CIC Carvalho Mat. Siape 751483 Contudo merece análise a aplicação do art. 63 da Lei n° 9430/96, senão vejamos: "Art. 63. Na constituição de crédito tributário destinada a prevenir a decadência, relativo a tributo de competência da União, cuja exigibilidade houver sido suspensa na forma dos incisos IV e V do art. 151 da Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966, não caberá lançamento de multa de oficio. §* 1° O disposto neste artigo aplica-se, exclusivamente, aos casos em que a suspensão da exigibilidade do débito tenha ocorrido antes do inicio de qualquer procedimento de oficio a ele relativo. ,§* 2° A interposição da ação judicial favorecida com a medida liminar interrompe a incidência da multa de mora, desde a concessão da medida judicial, até 30 dias após a data da publicação da decisão judicial que considerar devido o tributo ou contribuição." Em primeiro lugar entendo não ser aplicável o caput do dispositivo, uma vez que à época da exigência do crédito não imputou a autoridade fiscal, multa punitiva, ou também denominada multa de oficio, (não aplicável no âmbito das contribuições previdenciárias, mas tão somente a multa moratória, devida neste caso, em função do atraso no pagamento das contribuições. Dessa forma, em relação as competências 02/2002 a 06/2002, em 29/07/2002, entendo não apenas aplicável os juros recolhidos pelo próprio contribuinte, como também a multa de mora pelo não recolhimento das contribuições em época própria. No caso, o depósito foi realizado em época posterior, razão porque os recolhimento deveriam vir acompanhados não apenas dos juros moratórios, como a respectiva multa. Ressalte-se que não possui a referida multa qualquer caráter punitivo, tanto o é que ao recolher espontaneamente qualquer contribuição o contribuinte sempre o fará acrescido dos correspondentes multa e juros. Já para o período compreendido entre as competências 07/2002 a 08/2004, entendo não serem aplicáveis juros, posto a realização do depósito integral da contribuição devida na data oportuna. CONCLUSÃO Pelo exposto, voto pelo CONHECIMENTO do recurso apenas sob os argumentos não apresentados perante a medida judicial para no mérito DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL,para excluir os juros e multa do período de 07/2002 a 08/2004, bem como os juros do período de 02/2002 a 06/2002, visto terem constado do depósito realizado. Sala das Sessões, em 02 de dezembro de 2008 / • 1 CRISTINA MONTEIRO E SILVA VIEIRA 7

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