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Turma Seção Matéria Nome Relator- JULIANO EDUARDO LIRANI (217)
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Numero do processo: 13984.900122/2008-89
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Aug 22 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Oct 03 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2002
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. RECURSO. COMPETÊNCIA DE JULGAMENTO.
Compete à Primeira Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais julgar os recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância que versem sobre exigências que estejam lastreadas em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à Lei 9.317, de 5 de dezembro de 1996.
Numero da decisão: 3803-004.485
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em não conhecer do recurso voluntário, por declínio de competência para julgamento.
(assinado digitalmente)
Corintho Oliveira Machado - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Eduardo Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira, Juliano Eduardo Lirani e Corintho Oliveira Machado.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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RECURSO. COMPETÊNCIA DE JULGAMENTO. Compete à Primeira Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais julgar os recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância que versem sobre exigências que estejam lastreadas em fatos cuja apuração serviu para configurar a prática de infração à Lei 9.317, de 5 de dezembro de 1996. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em não conhecer do recurso voluntário, por declínio de competência para julgamento. (assinado digitalmente) Corintho Oliveira Machado Presidente (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira, Juliano Eduardo Lirani e Corintho Oliveira Machado. Relatório AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 98 4. 90 01 22 /2 00 8- 89 Fl. 54DF CARF MF Impresso em 03/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 26/09/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 02/10/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 2 Trata de PER/DCOMP transmitido em 24/04/2008 com a finalidade de compensar crédito proveniente de recolhimento indevido ou a maior contido em DARF no valor 2.583,93 e arrecadado em 10/04/2003, referente ao período de apuração de 31/03/2003. Alertase de pronto que a matéria discutida nos autos referese a exclusão da empresa do regime do Simples, logo está turma é incompetente para a apreciação do recurso interposto. À fl. 04 está anexo Despacho Decisório, por meio do qual não foi homologado o pedido de compensação, sob o argumento de que foram localizados pagamentos integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte. Já às fls. 01/03 o contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade e argumentou em sua defesa que apresentou o PER/DCOMP indevidamente, uma vez que estava enquadrada no SIMPLES. Informa que quitou o DARF referente ao período de apuração 31/03/2003 no valor de R$ 2.583,93, conforme faz prova o DARF anexo à fl. 05 e que é exatamente este DARF que foi informado no pedido de compensação. Desta forma, argumenta a recorrente que inexiste qualquer valor a ser compensado. Consequentemente, isso demonstra o equívoco na apresentação do PER/DCOMP em exame, já que os tributos que ali se requeria a compensação, não eram devidos, tendo em vista que a empresa estava enquadrada no SIMPLES. Deste modo, pleiteou o cancelamento da PERD/COMP e que fosse desconsiderada a declaração de compensação. Às fls. 21/22 foi exarado o Acórdão nº 0725.953 – 3ª Turma da DRJ/FNS, por intermédio do qual foi indeferido o pedido formulado e não reconhecido o direito creditório, sob o argumento de que o pedido de desistência da compensação foi realizado após a data de ciência do despacho decisório que não a homologou. Outro motivo alegado pela DRJ, para indeferir o pedido de compensação, consiste em que a recorrente foi excluída do Simples Federal a partir de 01.01.2002, logo seriam insubsistentes os débitos com código do Simples Federal relativos a períodos posteriores a data de início dos efeitos da exclusão do regime simplificado. Os julgadores de primeiro grau, ainda fundamentaram a decisão, no fato de que a 3ª Seção de Julgamento do CARF já proferiu Acórdão nº 380300.035 – 3ª Turma Especial em 16.03.2009 no PAF nº 13984.001555/200345, por meio do qual a empresa foi excluída do Simples Federal. Trago abaixo o teor da ementa para melhor elucidar a questão: ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2002 SIMPLES. IMPEDIMENTO. Excesso de Receita de Pessoa Jurídica da Qual Participe Sócio Detentor de Percentual Superior a 10% do Capital. EFEITOS Na vigência da Lei 9.317, de 5 de dezembro de 1996, a exclusão motivada pelo excesso de receita de pessoa jurídica de que participe sócio com mais de 10% do capital gera efeitos a partir do mês subseqüente àquele em que se caracteriza o excesso. Fl. 55DF CARF MF Impresso em 03/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 26/09/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 02/10/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO Processo nº 13984.900122/200889 Acórdão n.º 3803004.485 S3TE03 Fl. 23 3 RECURSO VOLUNTÁRIO NEGADO. Assim, conforme se retira do acórdão acima citado, a decisão da DRJ em relação a qual o contribuinte se insurge no presente recurso, insiste em afirmar que a recorrente foi excluída do Simples Federal em razão de ter violado o art. 9º, inciso IX, da Lei nº 9.317/96: Art. 9º Não poderá optar pelo SIMPLES, a pessoa jurídica: (.) IX cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso lido art. 2°; No voto condutor que acompanha o Acórdão nº 380300.035 – 3ª Turma Especial no PAF nº 13984.001555/200345, concluiu que o sócio Genir Storrnowski figurou nos anos de 2001 e 2002, na empresa e concomitantemente nas empresas — ambas optantes pelo regime de lucro presumido de tributação Transbeve Transportes Ltda. e Incobel Indústria e Comércio de Bebidas Ltda., com participação de 75% em cada uma e assim restou comprovada a superação do limite legal de faturamento que autoriza a permanência no SIMPLES. Entretanto, o contribuinte apresentou recurso voluntário por meio do qual sustenta que jamais foi excluído do SIMPLES e com o propósito de comprovar esta afirmação anexou Despacho Decisório nº 30/2009 proferido em 10/02/2009 no PAF nº 13984.001706/200870. Neste despacho consta ter ocorrido a reforma da decisão de exclusão de ofício da empresa do SIMPLES, em razão da verificação de erro de fato da decisão de exclusão. Assim, extraise do Despacho Decisório nº 30/2009 que nos exercícios de 2002 e 2003 a empresa não estava obrigada a recolher o IRPJ, CSLL, PIS e COFINS no regime do lucro presumido, mas somente pelo regime do SIMPLES. Consequentemente, naquele despacho decisório restou decido o cancelamento dos PER/DCOMPs com fundamento no art. 82 da IN nº 900/2008, o qual por sua vez apregoa que a desistência do pedido de compensação poderá ser requerida mediante a apresentação de PER/DCOMP. No recurso voluntário o contribuinte afirma que jamais esteve no regime do lucro presumido no período de 2002 e 2003 e não há débito lançado em DCOMP e por isso requer o seu cancelamento. Que são válidos os débitos recolhidos no regime do SIMPLES nos exercícios de 2002 e 2003 e que estes pagamentos foram considerados pela Receita Federal. Ao final requer a reforma da decisão para que seja declarada a inexistência dos débitos em questão e o cancelamento do PER/DCOMP enviado, bem como o reconhecimento do regular recolhimento do SIMPLES, referente a competência de março/2002. Este é o relatório. Fl. 56DF CARF MF Impresso em 03/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 26/09/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 02/10/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO 4 Voto Conselheiro Juliano Eduardo Lirani, Relator O recurso voluntário é tempestivo, e considerando o preenchimento dos requisitos de sua admissibilidade, merece ser apreciado. Tratase de litígio referente a compensação cujo crédito decorre de pagamento a título do regime do Simples Nacional, código de Receita 6106. Assim, a matéria deste contencioso é de competência da Primeira Seção deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por força do disposto artigo 2º do Anexo II do Regimento Interno do Conselho, instituído pela Portaria MF nº 256/2009. Ante o exposto, voto no sentido de NÃO CONHECER do recurso, e endereçálo à competente Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais para julgamento. É o voto. Sala das sessões, 22 de agosto de 2013. (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Relator Fl. 57DF CARF MF Impresso em 03/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 26/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 26/09/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 02/10/2013 por CORINTHO OLIVEIRA MACHADO
score : 1.0
Numero do processo: 10880.684347/2009-33
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Apr 24 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Sep 06 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2007
INTIMAÇÃO POR EDITAL. POSSIBILIDADE.
É válida a intimação por edital quando resultarem ineficazes as intimações feitas pessoalmente ou via edital, nos termos do art. 23 do Decreto n.º 70.235/72.
MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE INTEMPESTIVIDADE.
Correto o não conhecimento da manifestação de inconformidade, quando esta for protocolada fora do prazo previsto na legislação, uma vez que não se instaura o processo administrativo.
Numero da decisão: 3803-004.150
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Eduardo Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Belchior Melo de Sousa, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Paulo Guilherme Delourede e Adriana Oliveira e Ribeiro. Ausente justificadamente o Conselheiro Jorge Victor Rodrigues.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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POSSIBILIDADE. É válida a intimação por edital quando resultarem ineficazes as intimações feitas pessoalmente ou via edital, nos termos do art. 23 do Decreto n.º 70.235/72. MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE INTEMPESTIVIDADE. Correto o não conhecimento da manifestação de inconformidade, quando esta for protocolada fora do prazo previsto na legislação, uma vez que não se instaura o processo administrativo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Presidente (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Belchior Melo de Sousa, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Paulo AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 68 43 47 /2 00 9- 33 Fl. 97DF CARF MF Impresso em 09/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/07/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 25/07/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 01/08/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA 2 Guilherme Delourede e Adriana Oliveira e Ribeiro. Ausente justificadamente o Conselheiro Jorge Victor Rodrigues. Relatório Trata de PER/DCOMP transmitido em 19.12.2008 com a finalidade de compensar débitos de COFINS de abril/2008, com crédito da mesma contribuição recolhido a maior ou indevidamente em 20.09.2007. À fl. 02 está anexo Despacho Decisório, por meio do qual não foi homologado o pedido de compensação, sob o argumento de que foram localizados pagamentos integralmente utilizados para quitação de débitos do contribuinte. Cumpre esclarecer que o citado Despacho Decisório foi encaminhado via correio, mas o contribuinte não tomou ciência, tendo em vista que a correspondência retornou com a informação de que o mesmo havia se mudado, conforme se retira do documento juntado à fl. 05. Assim, uma vez não cientificado o sujeito passivo, a Fazenda Nacional promoveu em 17.12.2009 a citação por edital, nos termos do art. 23 do Decreto n.º 70.235/72, consoante se comprova por intermédio dos documentos anexos às fls. 37 e seguintes. Importante observar que neste edital consta expressamente que o contribuinte possui o prazo de 30 dias contados do 16º dia da afixação para apresentar manifestação de inconformidade, sendo que passado este prazo sem que o contribuinte tenha se manifestado, o débito será inscrito em Dívida Ativa. Ocorre que somente em 18.02.2010 a Recorrente apresentou a manifestação de inconformidade às fls. 10/25, sob o argumento de que o Despacho Decisório eletrônico não trouxe a correta fundamentação do motivo pelo qual a Receita Federal deixou de homologar o PER/DCOMP apresentado, além do que os documentos não foram analisados por um Auditor Fiscal e o crédito não foi devidamente apreciado. Em sede de preliminar, o contribuinte se insurgiu na manifestação de inconformidade contra o motivo da ausência da ciência da decisão que não homologou a compensação. Alega que jamais mudou de endereço, bem como que tomou ciência do referido despacho na repartição de origem, por iniciativa própria. Destaca que sempre esteve estabelecido na Rua Dias Leme, 130, Mooca, São PauloSP e que este endereço consta no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas – CNPJ. No mérito, afirma que na base de cálculo da COFINS há receitas sobre as quais não incide a contribuição e por este motivo possui direito a compensação pleiteada, com fulcro na declaração de inconstitucionalidade da Lei n.º 9.430/96. Às fls. 47/52 foi exarado o Acórdão nº 1628.179 – 6ª Turma da DRJ/SP1, por intermédio do qual foi indeferido o pedido formulado e não reconhecido o direito creditório, sob o argumento de que a manifestação de inconformidade é INTEMPESTIVA e de que é válida a intimação realizada por edital quando a Receita Federal não obter êxito na intimação feita por outros meios. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2007 Fl. 98DF CARF MF Impresso em 09/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/07/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 25/07/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 01/08/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA Processo nº 10880.684347/200933 Acórdão n.º 3803004.150 S3TE03 Fl. 79 3 INTIMAÇÃO POR EDITAL. CABIMENTO É válida a intimação por edital quando resultarem improfícuas as intimações feitas pessoalmente ou via edital. MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE INTEMPESTIVA. A manifestação de inconformidade apresentada fora do prazo estabelecido na legislação não instaura a fase litigiosa do procedimento administrativo fiscal, não podendo ser conhecida. Com efeito, os julgadores de primeiro grau fundamentaram a decisão no art. 74 da Lei n.º 9.430/96, que por sua vez apregoa que a manifestação de inconformidade e o recurso obedecerão ao rito processual trazido pelo Decreto n.º 70.235/72 e sendo intempestiva a defesa não se instaura a fase litigiosa do processo administrativo, motivo pelo qual não foi apreciado o mérito do pedido. Comentam ainda os julgadores que o Despacho Decisório foi devidamente encaminhado para o endereço cadastrado pelo contribuinte junto a Receita Federal e que este é coincidente com aquele que consta no CNPJ, ou seja, Rua Dias Leme, 130, Mooca, São Paulo SP. Assim, uma vez devolvida a correspondência, envida para o endereço do contribuinte com a informação de que este mudouse, considerase regular a notificação por edital. O contribuinte, tempestivamente, interpõe Recurso Voluntário às fls. 56/69 e faz inicialmente breve resumo dos fatos e depois afirma que desde 2005 está estabelecido no mesmo endereço e que a Receita Federal está pautando seus atos em presunção de um funcionário dos Correios de que a empresa mudouse. Alega que até a presente data a Fazenda Nacional não realizou diligência na Rua Dias Leme, 130, Mooca, São PauloSP para confirmar que a empresa está estabelecida neste endereço. Vale comentar que a ciência do acórdão questionado foi realizada pessoalmente pelo advogado, por meio de sua assinatura no corpo da decisão. Em seu recurso voluntário, o contribuinte ainda argumenta que a decisão “a quo” não atendeu o art. 28 do Decreto n.º 70.235/1972 no sentido de que na decisão em que for julgada questão preliminar será julgado também o mérito. Neste sentido, reclama em relação a falta de apreciação do direito creditório. No mérito, ataca a “suposta” ausência de fundamentação do Despacho Decisório eletrônico e destaca que ao citar simplesmente que foi verificada a indisponibilidade de créditos para homologar a compensação não é suficiente, quando é necessário demonstrar em que consistiu esta indisponibilidade. Alega que a indevida fundamentação do Despacho Decisório, transgride o art. 50 da Lei n.º 9.784/99 e o torna nulo de pleno direito, pois viola o princípio da ampla defesa. O contribuinte compreende ainda que a Receita Federal possui o dever de intimálo a esclarecer a origem do crédito pleiteado e não ter simplesmente indeferido o seu pedido por meio de despacho eletrônico. Sublinha que o crédito declarado no PER/DCOMP é legitimo e que a Administração Pública deve pautar seus atos no princípio da legalidade, nos termos do art. 37 da Constituição Federal e do art. 2º da Lei n.º 9.784/99. Fl. 99DF CARF MF Impresso em 09/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/07/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 25/07/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 01/08/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA 4 Afirma que não teve condições de promover a sua defesa, com a apresentação de documentos que comprovem o seu direito creditório, uma vez que nem mesmo a Fazenda Nacional sabe ao certo o motivo do indeferimento. Deste modo, requer que seja possível trazer as provas posteriormente a apresentação da manifestação de inconformidade, já que teria demonstrado a impossibilidade de as ter apresentado oportunamente, por motivo de força maior. Nestes termos, requer a declaração de nulidade do Despacho Decisório, bem como que o presente recurso seja recebido nos efeitos suspensivo e devolutivo e que seja reformado o acórdão atacado. Este é o relatório. Voto Conselheiro, Juliano Eduardo Lirani Verificase que o motivo da lide gira em torno da impossibilidade da intimação do Despacho Decisório ter ocorrido por meio de edital e depois em torno na sua deficiente fundamentação, o que teria causado violação ao princípio da ampla defesa. Primeiramente em relação a forma pela qual ocorreu a intimação do Despacho Decisório, data vênia, não devem prosperar os argumentos trazidos pelo procurador da empresa, basicamente por 3 (três) motivos. Primeiro, porque a Receita Federal fez cumprir o art. 74 do Decreto n.º 70.235/72 e o art. 23 da Lei n.º 9.430/96, em razão de ter sido ineficaz a intimação pela via postal. Deste modo, se admite que a intimação seja realizada por meio de edital publicado, pois o retorno da correspondência enviada pela Fazenda Nacional, com a informação de que o contribuinte mudouse deve ser considerado como circunstância legitimadora para que ocorra a intimação por edital. No caso em exame o edital foi afixado na repartição pública em 02.12.2009, conforme se retira das fls. 37/39, logo se retira do art. 23 da Lei n.º 9.430/96 que se considera ocorrida a intimação em 17.12.2009. Todavia, a manifestação de inconformidade foi protocolizada somente em 18.02.2010, ou seja, fora do prazo previsto em lei. O segundo motivo que conduz ao caminho de que não há vício na intimação realizada por meio de edital, decorre da observação de que o contribuinte não apresentou nenhuma prova de que estava estabelecido na Rua Dias Leme, 130, Mooca, São PauloSP, salvo de que este era o endereço que constava no CNPJ. Neste passo, caso o contribuinte tivesse demonstrado provas cabais de que estava de fato estabelecido no endereço em exame, certamente que lhe assistiria razão, mas somente caso restasse comprovado o erro por parte do funcionário dos Correios. Neste aspecto, a juntada de correspondências, ou comprovantes de entrega de mercadorias no citado endereço, na data em que o aviso de recebimento retornou, talvez mudasse a conclusão do voto. Entretanto, ao invés do procurador da empresa se esforçar em comprovar o “suposto” erro cometido pelo funcionário do Correio, optou por discorrer a respeito da nulidade do Despacho Decisório por falta de motivação. Fl. 100DF CARF MF Impresso em 09/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/07/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 25/07/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 01/08/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA Processo nº 10880.684347/200933 Acórdão n.º 3803004.150 S3TE03 Fl. 80 5 O terceiro e último motivo, diz respeito ao fato de que a correspondência foi enviada para a Rua Dias Leme, 130, Mooca, São PauloSP, ou seja, a Administração Pública não se equivocou. Além do que, consta nos autos de que este endereço foi o informado pelo contribuinte. Já em relação a não apreciação do mérito por parte dos julgadores de primeiro grau, deve ser comentado que o art. 14 do Decreto n.º 70.235/72, determina que não se instaura a fase litigiosa do processo administrativo, quando a manifestação de inconformidade for apresentada intempestivamente. Assim, agiram com acerto os julgadores de primeiro grau, já que por força da legislação não se instaurou a fase litigiosa no presente processo administrativo. Deste modo, não é necessário adentrar ao mérito da discussão referente a nulidade do Despacho Decisório, por ausência de motivação, bem como quanto a necessidade da Administração Pública intimar o contribuinte a comprovar a origem do crédito transmitido em PER/DCOMP e ainda quanto a inconstitucionalidade da Lei n.º 9.430/96. Ante o exposto, não conheço do recurso em face da intempestividade da manifestação de inconformidade. Sala das sessões, 24 de abril de 2013 (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Relator Fl. 101DF CARF MF Impresso em 09/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 25/07/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 25/07/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 01/08/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA
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Numero do processo: 10730.904379/2008-01
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 23 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Oct 11 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 3803-000.264
Decisão: Vistos relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por maioria de votos, em converter o julgamento do processo em diligência, nos termos do voto do Redator designado. Vencidos o Relator e a Conselheira Adriana Oliveira e Ribeiro, que deram provimento ao recurso. Designado o Conselheiro João Alfredo Eduão Ferreira para a redação do voto vencedor.
(assinado digitalmente)
BELCHIOR MELO DE SOUSA - Presidente.
(assinado digitalemnte)
JULIANO EDUARDO LIRANI - Relator.
(assinado digitalmente)
JOÃO ALFREDO EDUÃO FERREIRA Redator Designado.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: BELCHIOR MELO DE SOUSA, JOÃO ALFREDO EDUÃO FERREIRA, JULIANO EDUARDO LIRANI, PAULO GUILHERME DEROULEDE, HÉLCIO LAFETÁ REIS, ADRIANA OLIVEIRA E RIBEIRO
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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Resolvem os membros do colegiado, por maioria de votos, em converter o julgamento do processo em diligência, nos termos do voto do Redator designado. Vencidos o Relator e a Conselheira Adriana Oliveira e Ribeiro, que deram provimento ao recurso. Designado o Conselheiro João Alfredo Eduão Ferreira para a redação do voto vencedor. (assinado digitalmente) BELCHIOR MELO DE SOUSA Presidente. (assinado digitalemnte) JULIANO EDUARDO LIRANI Relator. (assinado digitalmente) JOÃO ALFREDO EDUÃO FERREIRA – Redator Designado. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: BELCHIOR MELO DE SOUSA, JOÃO ALFREDO EDUÃO FERREIRA, JULIANO EDUARDO LIRANI, PAULO GUILHERME DEROULEDE, HÉLCIO LAFETÁ REIS, ADRIANA OLIVEIRA E RIBEIRO RELATÓRIO RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 07 30 .9 04 37 9/ 20 08 -0 1 Fl. 83DF CARF MF Impresso em 14/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 03/ 10/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 07/10/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA Processo nº 10730.904379/200801 Resolução nº 3803000.264 S3TE03 Fl. 11 2 Trata o presente PER/DCOMP visando a compensação de débito de COFINS referente ao período de apuração de 02/2003, no valor de R$ 149.304,37, que o contribuinte alega ter recolhido a maior em 13.12.2003, com crédito da mesma contribuição referente ao período de apuração de 11/2003. O despacho decisório, proferido em 07/11/08 anexo à fl 28, indeferiu a compensação almejada, pois a existência do alegado crédito não foi confirmada, vez que o DARF discriminado no PER/DCOMP não foi localizado nos sistemas da Receita Federal. Inconformado o contribuinte tempestivamente apresentou Manifestação de Inconformidade, requerendo a retificação de ofício da DCTF e a consequente compensação objetivada, juntando DARF para comprovar o pagamento do valor de R$ 631.016,58. Sobreveio decisão da DRJ à fls. 43, negando a compensação requerida pelo contribuinte, cuja Ementa foi lavrada com o seguinte teor: ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 01/11/2003 a 30/11/2003 INDÉBITO FISCAL. COMPENSAÇÃO. Somente com a comprovação da extinção ou do pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido, em face da legislação tributária aplicável, cogitase o reconhecimento de indébito fiscal, e da sua utilização na compensação de outros tributos e contribuições. DCOMP. RETIFICAÇÃO. A retificação de Declaração de Compensação somente será admitida na hipótese de inexatidões materiais verificadas no preenchimento de referido documento e desde que o pedido ou a declaração se encontre pendente de decisão administrativa à data do envio do documento retificador. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido. A DRJ negou pedido de compensação formulado por entender que no caso em comento não estavam presentes os requisitos da liquidez e da certeza, que devem revestir o crédito tributário para que seja possível a compensação, nos termos do Art. 170 do Código Tributário Nacional. Ademais, aduz que somente após a intimação do despacho decisório é que o contribuinte apresentou DCTF retificadora, o que inviabilizaria a compensação, nos termos das Instruções Normativas nº 900/2008 e 460/2004 vigentes ao tempo da apresentação do PER/DCOMP. Devidamente notificado, o contribuinte apresentou tempestivamente Recurso Voluntário, onde informou que somente após despacho decisório é que verificou o equívoco cometido com relação ao período de apuração e ao vencimento. Dessa forma, alega ter direito a retificação da DCTF, para alterar o período de apuração de 30/11/2003 para 30/11/2002 e a data de vencimento de 30/12/2003 para 30/12/2002. Fl. 84DF CARF MF Impresso em 14/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 03/ 10/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 07/10/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA Processo nº 10730.904379/200801 Resolução nº 3803000.264 S3TE03 Fl. 12 3 Em seu recurso, o contribuinte aduz que a Receita não se manifestou acerca de seu direito que estaria comprovado mediante apresentação do DARF. Requerendo, por fim o reconhecimento de se direito e o conseqüente cancelamento do débito fiscal. É o relatório. VOTO VENCIDO Conselheiro Juliano Eduardo Lirani Tratase de recuso tempestivo que atende os requisitos de admissibilidade e por isso dele conheço. Compulsando os autos, verificase que a questão em comento diz respeito a saber se o contribuinte conseguiu comprovar o crédito que daria direito a compensação almejada. O despacho decisório negou a compensação sob o fundamento de não constar no sistema de dados da Receita Federal do Brasil o valor de R$ 631.016,58, referente ao período de apuração de novembro de 2003 que o contribuinte diz ter recolhido, através de DARF. A não aceitação do pedido de compensação pelo sistema da Receita Federal é compreensível, vez que, por equívoco, o contribuinte informou no PER/DCOMP a data de 13/12/2003 como a do recolhimento do tributo, sendo que o correto seria a mesma data do ano de 2002. Em que pese o erro do contribuinte, ao analisar a manifestação de inconformidade a DRJ poderia ter solucionado a questão da simples análise dos documentos juntados DARF de fls 03 onde o erro material cometido pelo contribuinte ficou comprovado. É cediço que o Art. 333 do Código de Processo Civil impõe ao contribuinte o ônus probatório com relação ao seu direito, todavia, é bem verdade que o princípio da eficiência deve reger a prática dos atos administrativos em geral, de modo que se tivesse o agente fiscal sido diligente ao analisar todos os documentos juntados, teria de pronto verificado o erro, solucionando a questão, evitando assim submeter o contribuinte as delongas do processo administrativo fiscal. Assim, repitase, basta analisar o DARF juntado aos autos à fl. 03 no valor de R$ 631.016,58 para comprovar o erro material do contribuinte que ao invés de informar no PER/DCOMP o período de apuração de novembro de 2002, com vencimento em 13/12/2002, informou as mesmas datas do ano de 2003. Cito como embasamento a Apelação e Reexame Necessário nº 200481000127130 – TRF 5ª Região, por meio do qual se admite a retificação extemporânea da DCTF, quando comprovado o erro material. Fl. 85DF CARF MF Impresso em 14/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 03/ 10/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 07/10/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA Processo nº 10730.904379/200801 Resolução nº 3803000.264 S3TE03 Fl. 13 4 PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE IRRF. DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS FEDERAIS. DCTF RETIFICADORA. INEXISTÊNCIA DA DÍVIDA. COMPROVAÇÃO. 1. Hipótese em que a Fazenda Nacional recusa eficácia jurídica a DCTF retificadora apresentada após a notificação de lançamento do IRRF. 2. A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento (art. 147, parágrafo 1º, CTN). 3. O parágrafo 1º do art. 147 [...] dá a falsa impressão de que a notificação, nesse caso, convola em definitivo o lançamento, com efeito de preclusão absoluta para o sujeito passivo. Entretanto, como o processo tributário submetese ao princípio da verdade real, qualquer erro pode ser reclamado dentro do prazo prescricional para a repetição do respectivo indébito. O que o Código quis dizer, em verdade, é que após a notificação regular do lançamento, descabe a retificação, exigindo do irresignado sujeito passivo que este demande o contencioso administrativo formalmente, pela via da reclamação ou da revisão do lançamento, por petição. (FERREIRA FILHO, Roberval Rocha; SILVA JÚNIOR, João Gomes da. Direito Tributário. Salvador: Juspodivm, 2008. pp. 259 260). 4. Na hipótese, cumpre ressaltar que a DCTF retificadora não foi apresentada isoladamente, tendo havido claro intento de anulação administrativa do lançamento do crédito tributário, por petição destinada à Procuradoria da Fazenda Nacional, anterior ao ajuizamento da demanda executiva, o que se justifica pela ciência do débito em momento em que já inscrito em dívida ativa. Ademais, os documentos do contribuinte, embora sem as formalidades regulamentares, indicavam [de forma consistente, anotese] a existência de erro por duplicidade de informação no preenchimento da DCTF original. 5. Diante desse cenário, prevalece o fato de que a inexistência de dívida não é prejudicada pela extemporaneidade da DCTF. O cerne da obrigação tributária está na ocorrência do fato gerador, e disso não se pode desviar a atenção. Certamente, o erro não se erige como causa de pagamento do IRRF. O consectário jurídico desses fatos e fundamentos narrados deve ser, pois, a desconstituição do título executivo e, por consequência, a extinção do feito que deflagrou. 6. A postura ativa do contribuinte rompe, ainda, a causalidade da instauração do processo inicialmente estabelecida pelo seu equívoco no preenchimento da declaração. Ônus da sucumbência mantido. Remessa obrigatória e apelação desprovidas.(grifo) Diante do exposto, considerando que restou demonstrado o erro material no preenchimento do PER/DCOMP, em razão do princípio da verdade material que deve reger o processo administrativo fiscal deve ser homologada a compensação almejada, condicionada obviamente à existência do crédito no valor R$ 149.304,37. Ante o exposto, voto por dar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Fl. 86DF CARF MF Impresso em 14/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 03/ 10/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 07/10/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA Processo nº 10730.904379/200801 Resolução nº 3803000.264 S3TE03 Fl. 14 5 VOTO VENCEDOR João Alfredo Eduão Ferreira – Redator designado O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos para sua admissibilidade, portanto dele tomo conhecimento. No que tange o mérito da lide, entendemos que não se pode afastar, no processo administrativo fiscal, os diversos princípios informadores do processo judicial e garantias constitucionais do cidadão, entre eles os princípios da verdade material e do livre convencimento motivado do julgador. Segundo Sergio Ferraz e Adilson Abreu Dallari: “Em oposição ao princípio da verdade formal, inerente aos processos judiciais, no processo administrativo se impõe o princípio da verdade material. O significado deste princípio pode ser compreendido por comparação: no processo judicial normalmente se tem entendido que aquilo que não consta nos autos não pode ser considerado pelo juiz, cuja decisão fica adstrita às provas produzidas nos autos; no processo administrativo o julgador deve sempre buscar a verdade, ainda que, para isso, tenha que se valer de outros elementos além daqueles trazidos aos autos pelos interessados.”(Processo Administrativo, São Paulo, Malheiros, 2ª edição, Pág. 109.) Hely Lopes Mirelles diz: “O princípio da verdade material, também denominado de liberdade na prova, autoriza a Administração a valerse de qualquer prova que a autoridade processante ou julgadora tenha conhecimento, desde que a faça trasladar para o processo. É a busca da verdade material em contraste com a verdade formal. Enquanto nos processos judiciais o Juiz devese cingir ás provas indicadas no devido tempo pelas partes, no processo administrativo a autoridade processante ou julgadora pode, até final julgamento, conhecer de novas provas, ainda que produzidas em outro processo ou decorrentes de fatos supervenientes que comprovem as alegações em tela. Este princípio é que autoriza a reformatio in pejus, ou a nova prova conduz o julgador de segunda instância a uma verdade material desfavorável ao próprio recorrente.” (Direito Administrativo Brasileiro, São Paulo, RT, 16ª edição, 1991, Pág. 581.) O processo administrativo fiscal é regulado pelo Decreto Federal nº 70.235 de 06/03/1972, e suas alterações posteriores. O artigo 29 do Decreto mencionado se coloca em consonância com o princípio da verdade material, bem como prevê a possibilidade de determinação de diligências, in verbis: “Art. 29. Na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que entender necessárias.” Resta claro, que o Decreto nº 70.235/72 teve o intuito de fazer com que o julgador buscasse a verdade material dos fatos, podendo este, inclusive, diligenciar de ofício para tanto. Neste sentido se coloca a Jurisprudência do Conselho administrativo de Recursos Fiscais (CARF): Fl. 87DF CARF MF Impresso em 14/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 03/ 10/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 07/10/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA Processo nº 10730.904379/200801 Resolução nº 3803000.264 S3TE03 Fl. 15 6 “ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Exercício: 1999 Ementa:REPETIÇÃO DE INDÉBITO. COMPENSAÇÃO. IMPOSTO DE RENDA INCIDENTE NA FONTE. (...)Se, em respeito ao princípio da verdade material, a autoridade julgadora, amparada em verificações empreendidas por meio de diligências fiscais, acolhe as retificações efetuadas na declaração anteriormente apresentada pelo contribuinte e, com base nela, apura os saldos finais do IRPJ e da CSLL, o reconhecimento de eventual direito creditório, por decorrência lógica, deve levar em consideração tais retificações.Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.” (11610.000453/200163, Segunda Turma/Terceira Câmara/Primeira Seção de Julgamento, Rel. WILSON FERNANDES GUIMARAES, d.j. 31/03/2011) O contribuinte errou no preenchimento do PER/DCOMP transmitido, indicando a data de 13/12/2003 como a do recolhimento do tributo, sendo que o correto seria a mesma data do ano de 2002. Há fortes indícios que apontam para o direito creditório alegado, basta a analise do DARF anexado, porem, faltam documentos contábeis e fiscais hábeis e idôneos para se comprovar a realidade dos fatos. Pelo exposto voto no sentido de CONVERTER O PROCESSO EM DILIGÊNCIA para que o órgão de origem ateste a existência do credito pretendido frente a escrituração fiscal e contábil do contribuinte, abrindose novo prazo para que o sujeito passivo se manifeste sobre seu resultado. (assinado digitalmente) João Alfredo Eduão Ferreira – Redator designado Fl. 88DF CARF MF Impresso em 14/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 03/ 10/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 07/10/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 30/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA
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Numero do processo: 16327.911205/2009-16
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Fri Sep 13 00:00:00 UTC 2013
Numero da decisão: 3803-000.252
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Converteu-se o julgamento em diligência, por maioria de votos, nos termos do voto do Redator designado. Vencidos o Relator, que deu provimento, e o Conselheiro Belchior Melo de Sousa, que negou provimento. Designado para fazer o voto vencedor o Conselheiro João Alfredo Eduão Ferreira (assinado digitalmente)
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Presidente substituto
(assinado digitalmente)
Juliano Lirani Relator vencido
(assinado digitalmente)
João Alfredo Eduão Ferreira Redator designado
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues, Juliano Eduardo Lirani e José Luiz Feistauer de Oliveira (Suplente).
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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Converteuse o julgamento em diligência, por maioria de votos, nos termos do voto do Redator designado. Vencidos o Relator, que deu provimento, e o Conselheiro Belchior Melo de Sousa, que negou provimento. Designado para fazer o voto vencedor o Conselheiro João Alfredo Eduão Ferreira (assinado digitalmente) (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Presidente substituto (assinado digitalmente) Juliano Lirani – Relator vencido (assinado digitalmente) João Alfredo Eduão Ferreira – Redator designado Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Belchior Melo de Sousa, Hélcio Lafetá Reis, João Alfredo Eduão Ferreira, Jorge Victor Rodrigues, Juliano Eduardo Lirani e José Luiz Feistauer de Oliveira (Suplente). Trata de PER/DCOMP apresentado com a finalidade de compensar crédito de Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários IOF, proveniente do recolhimento a maior no valor de R$ R$ 100.450,00, com débito de IRRF. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 63 27 .9 11 20 5/ 20 09 -1 6 Fl. 156DF CARF MF Impresso em 13/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 05/ 09/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERRE IRA, Assinado digitalmente em 04/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI Processo nº 16327.911205/200916 Resolução nº 3803000.252 S3TE03 Fl. 11 2 Às fls. 23 consta despacho decisório, por meio do qual não foi homologado o pedido de compensação, sob o argumento de inexistência do crédito. Após o despacho decisório o contribuinte apresentou DCTF retificadora às fls.87/90. Já as fls. 01/12 o contribuinte apresentou Manifestação de Inconformidade e apontou o seguinte em sua defesa: O Despacho Decisório não homologou o pedido de compensação, vez que o recolhimento indevido no montante original de R$ R$ 100.450,00 não foi demonstrado; Com fundamento no princípio da verdade material, o IOF recolhido a maior deve ser restituído e homologada a compensação; A incidência do IOF ocorreu com fundamento no art. 7º , I, "b", 1. do Decreto n° 4.494/02 em razão de operações de empréstimos a clientes; O Decreto nº 4.494/2002, no art. 7º , § 1º , limitou a incidência do IOF sobre as operações de crédito financiamento ao "valor resultante da aplicação da alíquota diária a cada valor de principal, prevista para a operação, multiplicada por trezentos e sessenta e cinco dias" (365 dias x 0,0041%); A recorrente recolheu R$ R$ 100.450,00 indevidamente em razão de erro no sistema, que considerou novamente o IOF em cada prorrogação do prazo da operação, dessa forma não limitou o cálculo do IOF até a alíquota máxima de 0,0041% x 365 dias, conforme Anexos 4 e 5. A requerente efetuou a devolução dos valores indevidamente retidos aos clientes, acrescidos de juros e correção monetária e isso comprova ter assumido o encargo financeiro do recolhimento a maior do IOF indevidamente recolhido, razão pela qual tem direito a sua restituição/compensação, consoante Anexo 6; Às fls. 93/95 sobreveio o acórdão n.º 0532.240 – 3ª a Turma da DRJ/CPS, cuja ementa segue abaixo: Assunto: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários IOF Data do fato gerador: 20/08/2003 DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE. RETIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. A retificação dos créditos declarados em declaração de compensação está submetida a procedimentos e parâmetros específicos, sendo incabível. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido. Conforme se retira da decisão da DRJ, foi indeferida integralmente a homologação da compensação do crédito pretendido, sob argumento de que na PER/DCOMP à fl. 30 o recorrente indicou um DARF, recolhido em 20/08/2003, no valor de R$ 312.888,32 para constituir o crédito a ser compensado. Entretanto, na Manifestação de Inconformidade, o contribuinte menciona DARF no valor de RS 659.511,55, afirmando que esse sim seria o correto, conforme se retira do Anexo 7, juntado à fl. 50. Fl. 157DF CARF MF Impresso em 13/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 05/ 09/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERRE IRA, Assinado digitalmente em 04/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI Processo nº 16327.911205/200916 Resolução nº 3803000.252 S3TE03 Fl. 12 3 A DRJ ainda manifesta posicionamento de que a Manifestação de Inconformidade não tem condão de substituir a DCTF, mas sim somente a DCTF retificadora, com fundamento nas Instruções Normativas nº 360/2003, 376/2003, 460/2004, 600/2005 e 900/2008. Em seu recurso voluntário, o contribuinte suscita em sede de preliminar que há a necessidade do presente processo ser julgado conjuntamente com outros 49 processos, tendo em vista tratarse da mesma matéria, com fundamento no art. 6º, do Anexo II do RICARF e no art. 105 do CPC. Quanto ao mérito, o contribuinte alega que o crédito pleiteado decorre de operação de crédito (empréstimo) em razão da qual se recolheu o IOF com valor superior à alíquota máxima prevista na legislação aplicável. O recorrente alega que o motivo do recolhimento a maior do imposto decorreu de que seus sistemas internos consideraram a prorrogação do prazo da operação como novo empréstimo, de forma a não aplicar o referido limite máximo. O contribuinte afirma ter celebrado contrato de mútuo com a empresa Danone, no valor de R$ 14.000.000,00, sendo que este contrato foi prorrogado, em 15.05.2002 e 13.08.2002. O recorrente argumenta ter retido o IOF de sua cliente sem levar em conta o limite anual e por conta disso ocasionou no valor a restituir. O recorrente advoga que em 20.08.2003 recolheu IOF no valor de R$ 206.640,00, sendo que desse valor R$ 100.450,00 representa o crédito e portanto o pagamento indevido do imposto e R$ 106.190,00 o valor devido à Fazenda Nacional. Em sua defesa ainda esclarece que o erro no preenchimento da DCOMP aconteceu quando efetuou o pagamento do IOF e apontou o DARF no valor de R$ 312.888,93 como o referente ao pagamento, quando o correto seria informar o DARF no valor de R$ 659.511,55, conforme segue à fl. 146. Às fls. 140 e seguintes segue em anexo o contrato de empréstimo firmado com a Danone e fl. 145 o extrato da conta bancária de seu cliente comprovando o estorno do valor de R$ 100.450,00 em 26/05/2004 à fl. 148. Assim, considerando que a recorrente constituiu provas em seu favor, cabe agora a Fazenda Nacional demonstrar que o empréstimo não ocorreu e anexa decisão do CARF neste sentido. Além do que, afirma ser irrazoavel ao Fisco exigir o extrato e desconsiderar o conjunto probatório colacionado. Por fim, protesta pela reforma da decisão e pela homologação da compensação. VOTO VENCIDO Conselheiro Juliano Lirani O recurso voluntário é tempestivo e merece ser conhecido. Fl. 158DF CARF MF Impresso em 13/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 05/ 09/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERRE IRA, Assinado digitalmente em 04/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI Processo nº 16327.911205/200916 Resolução nº 3803000.252 S3TE03 Fl. 13 4 A preliminar trazida pelo contribuinte deve ser rejeitada, já que não encontra respaldo na legislação federal. Além do que não há prejuízo à ampla defesa a realização do julgamento do presente processo isoladamente. Conforme relatado, a DRJ indeferiu o pedido de compensação em razão de que no seu entendimento o contribuinte não tem direito de substituir a DCTF pela Manifestação de Inconformidade, mas sim somente com a apresentação da DCTF retificadora. Impende destacar que o contribuinte anexou aos autos contrato de mútuo firmado com a Danone, bem como demonstrou ter ocorrido a sua prorrogação e anexou planilhas demonstrando os valores retidos a título de IOF. Outra prova não menos importante consiste no estorno do imposto da conta corrente de seu cliente, conforme se verifica dos autos à fl. 148. Diante desse panorama, restou comprovado o direito do contribuinte na medida em que o contrato de mútuo e as citadas declarações constituem elemento probatório irrefutável e que não pode desconsiderando pela Fazenda. Ademais, conforme consignado na decisão objurgada “...os cálculos demonstrados nas planilhas guardam coerência numérica com as alegações, uma vez que nelas se constata que os valores reivindicados pela interessada são equivalentes àquele excesso”. O art. art. 7º da IN 600 dispõe que os erros materiais podem ser corrigidos pelo contribuinte. Desse modo, fazse necessária a homologação da compensação almejada pelo contribuinte, nos termos da PER/DCOMP apresentada, sob pena da medida fiscal tornarse confiscatória, atentando contra os direitos e garantidas fundamentais do contribuinte, previstos na Constituição Federal. Ante o exposto, conheço do recurso e no mérito doulhe provimento. Juliano Lirani Relator VOTO VENCEDOR Conselheiro João Alfredo Eduão Ferreira O recurso é tempestivo e preenche os demais requisitos para sua admissibilidade, portanto dele tomo conhecimento. Destacamos que o contribuinte anexou aos autos contrato de mútuo firmado com a Danone, demonstrou ter ocorrido a sua prorrogação e anexou planilhas demonstrando os valores retidos a título de IOF. Anexou também, estorno do imposto da conta corrente de seu cliente, conforme se verifica dos autos à fl. 148. Fl. 159DF CARF MF Impresso em 13/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 05/ 09/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERRE IRA, Assinado digitalmente em 04/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI Processo nº 16327.911205/200916 Resolução nº 3803000.252 S3TE03 Fl. 14 5 As provas anexadas ao processo necessitam de analise fiscal para que se constate a veracidade das informações bem como a sua coerência no presente processo O art. 18 do decreto no 70.235/72 dispõe acerca da diligência, vejamos: “Art. 18. A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias, quando entendêlas necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis, observando o disposto no art. 28, in fine.” No presente processo entendemos necessária a realização de diligência para a correta verificação dos documentos acossados. Pelo exposto voto por converter o julgamento em DILIGENCIA para que a autoridade fiscal ateste a veracidade dos documentos acostados aos autos, bem como sua relação direta com o presente processo (contrato de mútuo, sua prorrogação, planilhas demonstrativas dos valores de IOF retidos e o estorno efetuado na conta corrente do cliente). É como voto. Sala das seções, em 28 de fevereiro de 2013. (assinado digitalmente) João Alfredo Eduão Ferreira – Redator Designado Fl. 160DF CARF MF Impresso em 13/09/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERREIRA, Assinado digitalmente em 05/ 09/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA, Assinado digitalmente em 03/09/2013 por JOAO ALFREDO EDUAO FERRE IRA, Assinado digitalmente em 04/09/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI
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Numero do processo: 11516.000916/2009-12
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 31 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Oct 08 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
Ano-calendário: 2005
COFINS NÃO-CUMULATIVO. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS.
Os pagamentos referentes às aquisições de serviços de terraplanagem e destinação final de resíduos sólidos, monitoramento do ar e outros serviços necessários a recuperação do meio ambiente, conferem direito a créditos da COFINS, porque esses serviços são aplicados ou consumidos diretamente na produção de bens destinados à venda, em consonância com o disposto na legislação de regência.
REGIME DA NÃO-CUMULATIVIDADE. CONCEITO DE INSUMOS.
Insumo dedutível para efeito de Cofins não-cumulativa, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e afetem as receitas tributadas pela contribuição social. E quando o cumprimento das obrigações ambientais impostas pelo Poder Público, como condição para o funcionamento da empresa, gerem despesas, estas devem ser consideradas insumos.
Numero da decisão: 3803-003.866
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar parcial provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que restringiu o provimento à reversão das glosas de créditos atinentes aos custos de recuperação ambiental assumidos no TAC. Fez sustentação oral: Dr. Luciano Lemos Spader, OAB/RS nº 27.811.
(assinado digitalmente)
Alexandre Kern - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues e Fábia Regina Freitas.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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ementa_s : Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Ano-calendário: 2005 COFINS NÃO-CUMULATIVO. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS. Os pagamentos referentes às aquisições de serviços de terraplanagem e destinação final de resíduos sólidos, monitoramento do ar e outros serviços necessários a recuperação do meio ambiente, conferem direito a créditos da COFINS, porque esses serviços são aplicados ou consumidos diretamente na produção de bens destinados à venda, em consonância com o disposto na legislação de regência. REGIME DA NÃO-CUMULATIVIDADE. CONCEITO DE INSUMOS. Insumo dedutível para efeito de Cofins não-cumulativa, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e afetem as receitas tributadas pela contribuição social. E quando o cumprimento das obrigações ambientais impostas pelo Poder Público, como condição para o funcionamento da empresa, gerem despesas, estas devem ser consideradas insumos.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar parcial provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que restringiu o provimento à reversão das glosas de créditos atinentes aos custos de recuperação ambiental assumidos no TAC. Fez sustentação oral: Dr. Luciano Lemos Spader, OAB/RS nº 27.811. (assinado digitalmente) Alexandre Kern - Presidente (assinado digitalmente) Juliano Lirani - Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues e Fábia Regina Freitas.
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conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 14; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2176; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; access_permission:can_modify: true; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE03 Fl. 262 1 261 S3TE03 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11516.000916/200912 Recurso nº 1 Voluntário Acórdão nº 3803003.866 – 3ª Turma Especial Sessão de 31 de janeiro de 2013 Matéria COFINSPER/DCOMP Recorrente INDÚSTRIA CARBONÍFERA RIO DESERTO LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Anocalendário: 2005 COFINS NÃOCUMULATIVO. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS. Os pagamentos referentes às aquisições de serviços de terraplanagem e destinação final de resíduos sólidos, monitoramento do ar e outros serviços necessários a recuperação do meio ambiente, conferem direito a créditos da COFINS, porque esses serviços são aplicados ou consumidos diretamente na produção de bens destinados à venda, em consonância com o disposto na legislação de regência. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. CONCEITO DE INSUMOS. Insumo dedutível para efeito de Cofins nãocumulativa, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e afetem as receitas tributadas pela contribuição social. E quando o cumprimento das obrigações ambientais impostas pelo Poder Público, como condição para o funcionamento da empresa, gerem despesas, estas devem ser consideradas insumos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar parcial provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que restringiu o provimento à reversão das glosas de créditos atinentes aos custos de recuperação ambiental assumidos no TAC. Fez sustentação oral: Dr. Luciano Lemos Spader, OAB/RS nº 27.811. (assinado digitalmente) Alexandre Kern Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 09 16 /2 00 9- 12 Fl. 343DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 2 (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues e Fábia Regina Freitas. Relatório Cuidase de PER/DCOMP com a finalidade de ressarcimento da COFINS, correspondente ao quarto trimestre de 2005, com fundamento em créditos oriundos da aquisição de insumos utilizados “supostamente”no processo produtivo. Inicialmente cumpre esclarecer que se trata de empresa que possui objeto social bastante extenso, sendo que cabe destacar: produção, a pesquisa, a lavra, a extração, a industrialização, a comercialização, a importação e a exportação de quaisquer substâncias minerais e vegetais, tais como antracito para tratamento de água, construção de Estações de Tratamento de Água; prestação de serviços na área laboratorial de análises químicas e físicas em geral. Em que pese o amplo objeto social da empresa, o cerne da lide repousa exclusivamente em relação a atividade de extração, beneficiamento e comercialização de carvão mineral, basicamente quanto ao conceito de insumo vinculado aos produtos e serviços adquiridos pela empresa. Às fls. 194 e seguintes consta Informação Fiscal, por meio da qual o agente fazendário cita a legislação afeta a contribuição, bem como as Instruções Normativas da SRF n.º 404/2004 e 247/2002, com a intenção de demonstrar que o Recorrente creditouse indevidamente e ao arrepio do conceito de insumo contido na legislação federal e ressalta que os produtos sobre os quais recaiu a glosa estão arrolados na planilha anexa às fls. 185 a 189, por não estarem relacionados ao processo produtivo. Às fls. 212/229 sobreveio a Manifestação de Inconformidade contra o Despacho Decisório que acolheu na íntegra as conclusões da repartição de origem e homologou apenas parcialmente o pedido do contribuinte, conforme se verifica às fls. 203/204. Já às fls. 255 e seguintes consta a Decisão 0725.792 – 4ª Turma da DRJ/FNS, cuja ementa segue abaixo: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL ANO CALENDÁRIO: 2005 PEDIDOS DE RESTITUIÇÃO, COMPENSAÇÃO OU RESSARCIMENTO. COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA A CARGO DO CONTRIBUINTE No âmbito especifico dos pedidos de restituição, compensação ou ressarcimento, é ônus do contribuinte/pleiteante a comprovação minudente da existência do direito creditório. Fl. 344DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000916/200912 Acórdão n.º 3803003.866 S3TE03 Fl. 263 3 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA 0 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS ANOCALENDÁRIO: 2005 NÃOCUMULATIVIDADE. HIPÓTESES DE CREDITAMENTO. No âmbito do regime nãocumulativo de apuração da contribuição, somente geram créditos passíveis de utilização pelo contribuinte aqueles custos, despesas e encargos expressamente previstos na legislação, não estando suas apropriações vinculadas a sua obrigatoriedade ou a caracterização de sua essencialidade na atividade da empresa. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. CONCEITO DE INSUMOS. No regime da nãocumulatividade da contribuição, para fins de creditamento de valores, somente são considerados como insumos: as matérias primas, os produtos intermediários e o material de embalagem, que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função de sua aplicação direta no processo produtivo do bem destinado à venda; e os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no Pais, aplicados diretamente ha produção ou fabricação do produto destinado à venda. Manifestação de Inconformidade Improcedente Com efeito, conforme se pode observar, a DRJ manifestouse no sentido de que o contribuinte não provou o seu direito e se limitou a apenas alegar que os gastos são indispensáveis e obrigatórios para manter a mina em funcionamento e reclama pela correta interpretação da legislação e pelo afastamento da IN da SRF n.º 247/2002. A decisão “a quo” comenta que o Recorrente relacionou os gastos glosados que compreende gerar créditos, todavia, não demonstrou, a partir da planilha elaborada pelo agente fazendário, quais daquelas notas fiscais, a DRJ deveria considerar para que o Despacho Decisório fosse reformado em seu favor. Importante fazer constar no relatório que a decisão de primeira instância menciona que no PAF n.º 13963.000565/200573, a Recorrente juntou diversos documentos que possuem correlação com notas fiscais para as quais se pretendem os créditos e anexou ainda: a) Termos emitidos pela Fundação do Meio Ambiente — FATMA; b) Acordos Coletivos de Trabalho e aditivos; c) Termo de Convênio com a Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina — UNESC; Fl. 345DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 4 d) Ofícios do Departamento Nacional de Produção Mineral; e) Contratos de prestação de serviços de limpeza e conservação e vigilância; contratos de prestação de serviços relacionados à recuperação ambiental e controle do impacto ambiental etc. A DRJ afirma ainda que os serviços de consertos e manutenção de motores; consertos de bombas hidráulicas, empilhadeiras, reformas de materiais, rodantes, etc., apresentaram também correlação com notas fiscais relacionadas pelo agente fazendário na planilha que fundamentou a glosa. Os julgadores comentam também que há gastos para os quais o contribuinte pleiteia créditos que não constam relacionados na planilha elaborada pelo auditor fiscal e o Recorrente não apresentou na Manifestação de Inconformidade cópia de notas fiscais. Assim, no entender da decisão de primeiro grau, o Recorrente deixou de instruir adequadamente os autos com documentos que demonstre o seu direito e inclusive deixou de provar se realmente ocorreu a glosa sobre os seguintes gastos, sobre os quais a DRJ não se manifestou: (i) correias transportadoras no interior da mina; (ii) cabos elétricos; (iii) mangueiras; (iv) material de iluminação; (v) energização de máquinas e equipamentos; (vi) suprimento de água de alta pressão; (vii) controle e prevenção de pneumoconiose; (viii) equipamento de proteção individual; (ix) mudas de roupa; (x) exames médicos e laboratoriais; (xi) assistência ao trabalhador acidentado; (xii) vale alimentação; (xiii) aquisição de caixas de papelão; (xiv) embalagens BIG BAG; (xv) etiquetas; (xvi) explosivos e cursos técnicos relativos a operação de explosivos. Insiste a DRJ no sentido de que se equivocou o contribuinte quando utiliza o critério da essencialidade ou obrigatoriedade da despesa para definir o conceito de insumo. No seu entender, o conceito de insumo deve ser aquele previsto na IN da SRF n.º 247/2002, ou seja, somente as matérias primas, os produtos intermediários e o material de embalagem, que sofram alterações, desgaste, dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função de sua aplicação direta no processo produtivo do bem destinado à venda; e serviços aplicados na produção de produtos postos a venda. Já em relação aos contratos firmados com a empresa GR Terraplanagem Ltda., a DRJ destaca que a Recorrente deixou de apresentar notas fiscais de prestação de serviços. No seu entender, estas notas seriam úteis para demonstrar os valores glosados e a vinculação com o processo produtivo. De qualquer forma, os julgadores consideram que essas notas fiscais são aquelas anexas às fls. 475/479 do PAF n.º 13963.000565/200573. No tocante as despesas com manutenção de máquinas e equipamentos, retífica de motores, consertos de bombas hidráulicas, empilhadeiras, reformas de materiais rodantes, etc., a DRJ pondera que a Recorrente não trouxe aos autos qualquer prova de que estes serviços tenham sido utilizados em máquinas e equipamentos pertencentes da cadeia produtiva da empresa. No recurso voluntário, o contribuinte cita o Acórdão n.º 320200.226 – 2ª Câmara – 2ª Turma Ordinária julgado em 08 de dezembro de 2010, para fundamentar a tese de que deve ser considerado como insumo toda e qualquer despesa necessária à atividade da empresa, nos termos da legislação do IRPJ e não a legislação aplicada ao IPI, uma vez que a materialidade de tal tributo é diferente da materialidade da COFINS e PIS. Fl. 346DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000916/200912 Acórdão n.º 3803003.866 S3TE03 Fl. 264 5 Assim, em suas razoes recursais, a empresa insiste na tese de que o conceito de insumo trazido pela IN da SRF n.º 247/2002 não se aplica, por restringir o direito subjetivo ao creditamento previsto no art. 195 do Texto Constitucional e na Lei. A empresa lembra que a exploração de uma mina de carvão, difere da atividade industrial habitual em que os maquinários ficam localizados num galpão industrial, pois a mina localizase no campo e ao redor de vegetação nativa e cursos de água e por esse motivo a rigidez da legislação ambiental. Protesta pelo reconhecimento de crédito em relação a todas as despesas indispensáveis e obrigatórias à exploração, ao beneficiamento e a produção do carvão mineral. Ressalta que o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Fundação do Meio Ambiente — FATMA, Departamento Nacional de Produção Mineral e o Ministério do Trabalho impõe exigências, que caso descumpridas, inviabilizam o funcionamento da mina. A empresa insiste em afirmar que a Fazenda Nacional não reconheceu créditos sobre as seguintes despesas: (i) turfas ambientais; (ii) terraplenagem; (iii) análise da água dos córregos arroios e rios; (iv) análise de solo; (v) recomposição da vegetação nativa; (vi) dragagem das bacias de decantação do carvão; (vii) tratamento de efluentes líquidos da mineração e respectivo beneficiamento e decantação do carvão; (viii) topografia; (ix) auditorias ambientais; (x) projetos de conservação e reparação de meioambiente; (xi) análises de lodo flotado; (xii) coleta de resíduos e serviços de elaboração de RIMA; Reclama ainda os crédito em relação as despesas com (i) correias transportadoras no interior da mina; (ii) cabos elétricos; (iii) mangueiras; (iv) material de iluminação; (v) energização de máquinas e equipamentos; (vi) suprimento de água de alta pressão; (vii) controle e prevenção de pneumoconiose; (viii) equipamento de proteção individual; (ix) uniforme; (x) exames médicos e laboratoriais; (xi) assistência ao trabalhador acidentado; (xii) vale alimentação; (xiii) aquisição de caixas de papelão; (xiv) embalagens BIG BAG; (xv) etiquetas; (xvi) explosivos e cursos técnicos relativos a operação de explosivos; (xvii) consertos de bombas hidráulicas, (xviii) empilhadeiras; (xix) reformas de materiais rodantes; (xx) consertos e manutenção de motores; (xxi) leite; (xxii) água; (xxiii) cálculos estruturais para muro e suporte de rampa; (xxiv) recarga de extintores; (xxiv) pilares de sustentação; (xxv) auditorias de certificação de qualidade e de procedimentos como as ISSO; (xxvi) serviços técnicos de geologia da mineração; (xxvii) pino e bucha do britador; (xxviii) soldas permanentes; (xxix) copos plásticos e serviços prestados pela empresa GR Terraplenagem Ltda. Ainda destaca que em relação aos bens que gerem créditos apurados sobre a depreciação ou amortização, fazse obrigatório o recalculo dos valores dos créditos devidos na proporção e equivalência destas depreciação/amortização. Por fim, requer a reforma do acórdão hostilizado e a homologação integral dos créditos pleiteados. É o relatório. Voto Conselheiro Juliano Lirani Fl. 347DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 6 O recurso voluntário é tempestivo e por isso merece ser conhecido. A lide no presente processo administrativo gira em torno do conceito de insumo em relação aquisições de produtos e serviços em função da produção de carvão mineral. Conforme se extrai da decisão da DRJ, foram homologados parcialmente os créditos pleiteados, sob o argumento de que o contribuinte desrespeitou a redação da IN da SRF n.º 247/2002, razão pela qual as aquisições de vários produtos e serviços, relacionados na planilha anexa, já citada no relatório, foram glosadas pela fiscalização. Controversa em Relação à Extensão da Glosa O agente fazendário informou em seu relatório que a glosa recaiu apenas em relação aos produtos e serviços que “não” estavam vinculados diretamente ao processo produtivo e cita especificamente: aquisições de cartuchos para impressora, serviços de conservação e limpeza, sementes, serviços relacionados a preservação do meio ambiente, serviços de vigilância e consultoria, impressão gráfica, encadernações, transporte de trabalhadores, etc, conforme planilha já citada. Já o contribuinte insiste que a glosa teve por objeto não apenas os produtos e serviços descritos na planilha citada pelo agente fiscal, mas também a aquisição de outros serviços e produtos, conforme menciona no Recurso Voluntário, ou seja, despesas com correias transportadoras, os cabos elétricos e mangueiras, iluminação/energização, ligação com as máquinas e equipamentos, suprimento da água em alta pressão, controle e prevenção de pneumoconiose, equipamento de proteção individual, mudas de roupa, exames médicos e laboratoriais, assistência ao trabalhador acidentado, vale alimentação, aquisição de caixas de papelão, embalagens BIG BAG, etiquetas e explosivos e cursos em relação aos explosivos, manutenção de motores, empilhadeira e bombas hidráulicas. Conforme dito em relatório, os julgadores de primeiro grau já haviam identificado que o contribuinte pleiteou créditos em relação aos produtos e serviços, citados no parágrafo anterior, que não estavam indicados na planilha apresentada pela fiscalização. Assim, no tocante a esses serviços e produtos, a DRJ conclui que o contribuinte não apresentou prova de que os mesmos estavam relacionados com o processo produtivo e por isso negou também o creditamento. Das Provas Produzidas pelo Contribuinte e da Análise do PAF 13963.000565/200573 No PAF n.º 13963.000565/200573, o contribuinte trouxe várias provas de seu direito e que merecem ser analisadas com atenção. Cumpre informar inclusive que a própria DRF à fl. 874 PAF 13963.000565/200573, comenta que as provas juntadas serão úteis para todos os processos administrativos do contribuinte em que se pleiteiam os créditos de PIS/PASEP e COFINS. Assim, deve ser afastado qualquer argumento no sentido de que o Recorrente deveria ter trazido as provas específicas para o presente processo. Em relação às provas de interesse do contribuinte, vale citar as seguintes: Número das fls. Descrição do contrato de prestação de serviços, notas fiscais e outras provas Fl. 348DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000916/200912 Acórdão n.º 3803003.866 S3TE03 Fl. 265 7 140/149 Termo de Acordo Judicial celebrado entre o Recorrente e a Procuradoria da República de Criciúma. Nesta ação judicial a interessada era Ré na Ação Civil Pública n.º 2000.72.040025.439 e tinha por objeto a Recuperação de Áreas Degradadas. 150/161 Termo de Ajusta de Conduta firmado entre a Recorrente e o MPF/MP SC/FATMA/DNPM, com a finalidade de obrigar aquele a recuperar o meio ambiente. 162/172 Termo de Ajuste de Conduta celebrado entre a FATMA e o contribuinte, com o fito de obrigar este a realizar auditorias ambientais. 177/188 Acordo Coletivo de Trabalho que obriga o contribuinte a realizar o transporte gratuito dos trabalhadores; realizar o controle e prevenção de pneumoconiose; fornecer equipamento de proteção individual aos trabalhadores, bem como roupas, água potável e custear exames médicos e laboratoriais. 189 Termo Aditivo ao Acordo de Coletivo de Trabalho, por meio do qual a interessada foi obrigada a fornecer leite aos empregados. 216/238 Contrato de transporte de trabalhadores. 239/467 Contrato de prestação de serviços de vigilância, limpeza e conservação. 468 Contrato de venda a Recorrente pela CSN rejeitos de carbono fino. Vale citar esse contrato porque na seqüência o contribuinte irá pleitear os créditos em relação ao transporte e destinação final desses rejeitos. 470/479 Contrato de prestação de serviços de recuperação ambiental e manuseio de carvão mineral e rejeitos celebrado com a empresa GR Terraplanagem. Neste contrato há a previsão para a prestação dos serviços de escavação, carga, transporte, etc. 475 550/555 746 Contrato de prestação de serviços de recuperação ambiental. 483/489 Contrato firmado com a GR Terraplanagem com o objetivo de que fossem prestados serviços de terraplanagem e drenagem para a área de reposição de rejeitos. 490 783/796 Nota fiscal emitida pela GR Terraplanagem para a prestação de serviços de recuperação ambiental. 494 Nota fiscal emitida pela empresa PROFAMI em razão da aquisição de pallets. Fl. 349DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 8 497 Nota fiscal emitida em razão da prestação dos serviços de construção de muro de contenção, pintura de banheiro, emenda, manutenção de redutor de correias, manutenção elétrica e serviço de guincho. 498/499 Nota fiscal referente a conserto de motor. 501/503 Relação de empresas fornecedoras de produtos e serviços. 504/508 542/545 586/591 601/605 724/727 Contrato de prestação de serviços com a finalidade de que esta realize a coleta de resíduos sólidos. 509/522 826/829 Contrato de prestação de serviços planialtimétricos e anteprojeto de recuperação de área ambiental. Contrato de prestação de serviços planialtimétricos, projeto de drenagem etc. 523/525 Contrato de prestação de serviços de dimencionamento de pilares de minas. 526/531 Contrato de prestação de serviços de geomecânica e avaliação dos parâmetros de qualidade das camadas que foram o teto e o piso da mina. 532/539 Contrato de prestação de serviços de diagnóstico ambiental nas áreas impactadas pela mineração por meio de avaliação da flora e fauna visando a avaliação da reabilitação de áreas degradadas. 592/595 Contrato de prestação de serviços de elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (FIA/RIMA). 596/598 Contrato de Ensaio técnico. 606/744 Contrato de concessão de certificação e direito de uso de logomarca. 703/809 Contrato de locação de máquinas e equipamentos para aterro com o intuito de recuperação ambiental. 709/712 738/743 760/763 802/805 Contrato de prestação de serviços para a realização de Estudos de Ambientais. 713/723 Contrato de prestação de serviços de Estudos Hidrológicos. Fl. 350DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000916/200912 Acórdão n.º 3803003.866 S3TE03 Fl. 266 9 764/766 Contrato de prestação de serviços de acompanhamento das etapas de elaboração de diagnóstico ambiental. 771 Contrato de prestação de serviços de monitoramento do ar na área de influência das minas. 772/825 Contrato de prestação de serviços com o objetivo de obtenção da Licença Ambiental Prévia. 780/782 Contrato de prestação de serviços de terraplanagem com a finalidade de promover a recuperação ambiental. 835/841 Contrato de prestação de serviços de auditoria ambiental. 848/853 Ofício expedido pelo DNPM em relação ao Plano de Fechamento das Minas. 780/782 Contrato de prestação de serviços de análise de risco ambiental da atividade mineradora Das Aquisições de Bens e Serviços que Geram Créditos Assim, considerando a planilha anexa aos autos em que estão relacionados os serviços e produtos glosados pela fiscalização, ou seja, excluídos do creditamento da contribuição, reconheço do pleito do contribuinte em relação todas as despesas ocorridas em razão das prestações de serviços vinculados ao meio ambiente, dado que estas despesas somente ocorreram em função das imposições decorrentes do Acordo Judicial de Conduta e dos Termos de Ajuste de Conduta celebrados com Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e FATMA. Assim, partindo da planilha elaborada pelo agente fazendário, concedo créditos em relação às aquisições de serviços e produtos mencionados na tabela abaixo, por compreender que estes são essenciais para o processo produtivo da empresa e ainda por estas despesas terem decorrido de imposição do Poder Público: Data da Emissão da NF Nome do Fornecedor CNPJ Descrição da aquisição do material ou serviço 05/10/2005 FUNDACAO EDUC. DE CRICIUMA FUCRI 83661074000104 MEIO AMBIENTE 18/10/2005 MINERACAO FORQUILHA LTDA 02895730000123 MEIO AMBIENTE 04/10/2005 MINERACAO FORQUILHA LTDA 02895730000123 MEIO AMBIENTE Fl. 351DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 10 10/10/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 MEIO AMBIENTE 10/10/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 MEIO AMBIENTE 18/10/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 MEIO AMBIENTE 17/11/2005 RADAR SERVICOS LTDA 72256654000191 MEIO AMBIENTE 17/11/2005 ELIZANDRO MENEGAZ FELISBERTO ME 05918906000103 35 MEIO AMBIENTE 18/11/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 5 MEIO AMBIENTE 01/12/2005 COMERCIAL AGRICOLA VALE AZUL LTDA 78207750000126 SEMENTES 02/12/2005 TISCOSKI & CIA. LTDA. . 82838434000634 SEMENTES 01/12/2005 COMERCIAL AGRICOLA VALE AZUL LTDA 78207750000126 SEMENTES 09/12/2005 RADAR SERVICOS LTDA 72256654000191 MEIO AMBIENTE 05/12/2005 AQUAFLOT INDUSTRIAL LTDA 04322694000134 MEIO AMBIENTE 08/12/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 MEIO AMBIENTE 16/12/2005 2005 ELIZANDRO MENEGAZ FELISBERTO ME 05918906000103 MEIO AMBIENTE 16/12/2005 MINERACAO FORQUILHA LTDA 02895730000123 MEIO AMBIENTE Fl. 352DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000916/200912 Acórdão n.º 3803003.866 S3TE03 Fl. 267 11 16/12/2005 LOUBER LTDA ME 02254873000156 MEIO AMBIENTE 20/12/2005 METRO EXTRACAO DE ARGILA LTDA 06167524000158 MEIO AMBIENTE 21/12/2005 ENGEMIL IND.COM .MAQUINAS EQUIP.SERVICOS 06947454000150 MEIO AMBIENTE 15/12/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA. 80982945000195 MEIO AMBIENTE Questão semelhante já foi analisada pelo CARF no PAF n.º 13053.000112/200518 pela Câmara Superior de Recursos Fiscais, por meio do Acórdão n.º 930301.740, julgado em 09.11.2011 – 3ª Turma: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 COFINS. INDUMENTÁRIA. INSUMOS. DIREITO DE CRÉDITO.ART. 3º LEI 10.833/03. Os dispêndios, denominados insumos, dedutíveis da Cofins não cumulativa, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e que participem, afetem, o universo das receitas tributáveis pela referida contribuição social. A indumentária imposta pelo próprio Poder Público na indústria de processamento de alimentos exigência sanitária que deve ser obrigatoriamente cumprida é insumo inerente à produção da indústria avícola, e, portanto, pode ser abatida no cômputo de referido tributo. (grifo) Recurso Especial do Procurador Negado. Conforme se extrai do julgado acima, o insumo não deve em hipótese alguma estar restrito às matériasprimas, aos produtos intermediários e aos materiais de embalagem e outros bens que sofram alterações em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, em razão do caráter restritivo não imposto pela lei e pelo Texto Constitucional. Evidentemente que no caso em tela não se está tratando de insumos aplicados na produção alimentícia, conforme o julgado administrativo colacionado, todavia, por outro lado, as despesas com a proteção do meio ambiente são geradas em função de uma imposição do Poder Público e neste caso é inexigível conduta diversa por parte do contribuinte. Além do que, é verdade que sem cumprir ao rígido controle ambiental, por certo que a empresa não estaria autorizada a extrair o carvão mineral, ou seja, estaria impossibilitada de realizar o seu processo produtivo. Logo, compreendo que deve ser reconhecido o direito aos créditos pleiteados para todas as despesas relacionadas de alguma forma com a recuperação do meio ambiente, ainda que não estejam relacionadas na planilha elaborada pela repartição de origem, uma vez que esses serviços são essenciais ao funcionamento da empresa, ou seja: risco ambiental, Fl. 353DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 12 recuperação ambiental, auditorias ambiental, terraplanagem para recuperação ambiental, prestação de serviços com o objetivo de obtenção da Licença Ambiental Prévia, prestação de serviços de monitoramento do ar na área de influência das minas, serviços de acompanhamento das etapas de elaboração de diagnóstico ambiental, serviços de estudos hidrológicos, locação de máquinas e equipamentos para aterro com o intuito de recuperação ambiental, de ensaio técnico, serviços de elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (FIA/RIMA), prestação de serviços de diagnóstico ambiental nas áreas impactadas pela mineração por meio de avaliação da flora e fauna visando a avaliação da reabilitação de áreas degradadas, prestação de serviços de geomecânica e avaliação dos parâmetros de qualidade das camadas que foram o teto e o piso da mina, prestação de serviços de dimencionamento de pilares de minas, prestação de serviços planialtimétricos, anteprojeto de recuperação de área ambiental e drenagem, serviços de coleta de resíduos sólidos. Ainda assiste razão ao contribuinte quando requer os créditos em relação a depreciação dos bens do ativo imobilizado, principalmente quando o fiscal nada comenda a respeito, bem mesmo o julgador de primeiro grau, uma vez que os contribuintes sujeitos a incidência nãocumulativa do PIS/COFINS, em relação aos bens adquiridos, podem descontar créditos calculados sobre os encargos de depreciação, nos termos da legislação aplicável. Assim, podem gerar direito a estes créditos as depreciações das empilhadeiras, bombas hidráulicas, motores etc, desde que registrados no ativo imobilizado. Das Aquisições de Bens e Serviços que Não Geram Créditos Por outro giro, observo que o contribuinte deseja ver aplicado ao conceito de insumo a legislação do IRPJ para efeito de credimento da COFINS e PIS/PASEP. Todavia, penso que não lhe assiste razão, pois caso o legislador desejasse, teria permitido aos contribuintes a dedução das despesas operacionais, em outras palavras, nem ao mar, mas também nem à terra. Assim, seguindo esse raciocínio, não é possível reconhecer o direito creditório em relação às despesas com o transporte de funcionários, fornecimento de água, leite, pintura de banheiro, material de limpeza, material de escritório, refeição, vigilância, limpeza, encadernação, controle e prevenção de pneumoconiose, fornecimento de equipamento de proteção individual etc, pois estas despesas não podem ser consideradas insumo para efeito de creditamento, ainda que o Acordo Coletivo de Trabalho tenha obrigado a empresa a fornecer, equipamento de proteção aos funcionários, aquisição de caixas de papelão, bem como o fornecimento de água e leite aos seus funcionários. Por certo que estes 2 (dois) últimos produtos, dentre outros, não apresentam nenhuma relação com o processo produtivo de uma mina de extração de carvão mineral e por isso agiu bem a fiscalização em glosálos. Neste sentido, cito Apelação Cível n.º 00054351120104036102 – TRF 3ª Região, DJF de 03.08.2012, Desembargadora Cecília Marcondes: APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. PIS E COFINS. CREDITAMENTO. REFEIÇÕES, CONVÊNIO MÉDICO, VALETRANSPORTE, UNIFORME E SEGURO DE VIDA. IMPOSSIBILIDADE. 1. As Leis nº 10.637/2002 (PIS) e nº 10.833/2003 (COFINS) disciplinam a nãocumulatividade das contribuições PIS e COFINS, dispondo sobre os limites objetivos e subjetivos para a implementação dessa técnica de tributação. (...) Fl. 354DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000916/200912 Acórdão n.º 3803003.866 S3TE03 Fl. 268 13 7. Resta claro que as despesas com refeições, convênio médico, valetransporte, uniforme e seguro de vida não se qualificam como insumos, pois não são bens ou serviços utilizados diretamente no processo de fabricação/produção dos produtos comercializados pela impetrante.(...) Apelação Improvida. A mesma sorte ocorre em relação às despesas resultantes das aquisições com correias transportadoras, os cabos elétricos e mangueiras, iluminação/energização, ligação com as máquinas e equipamentos, suprimento da água em alta pressão e aquisição de caixas de papelão, pois penso que aqui falhou a interessada ao não ter demonstrado se estes produtos foram efetivamente aplicados na atividade de extração mineral. Ainda não deve ser concedido crédito em relação as despesas com a manutenção de empilhadeiras, bombas hidráulicas, material rodante, esteiras, motores, uma vez que as notas fiscais anexas às fls. 498/499 do PAF n.º 13963.000565/200573, referentes a serviços de conserto de motor, não provam que estes serviços tenham sido realizados em equipamentos relacionados com o processo produtivo da empresa, ainda mais quando estas notas fiscais não são coincidentes com nenhuma das notas fiscais glosas e citadas na planilha elaborada pelo agente fazendário. Quanto às despesas com aquisições de explosivos e cursos em relação aos mesmos, penso que estas despesas estão relacionadas com o processo produtivo. Entretanto, o contribuinte não instruiu os autos com notas fiscais de aquisição e nem mesmo contratos de prestação de serviços em relação aos cursos de operacionalização destes explosivos, razão pela qual não demonstrando o seu direito não há fundamento para o reconhecimento dos créditos neste particular. O mesmo digase em relação às despesas com embalagens e etiquetas. Da Elaboração do Conceito de Insumo É preciso ter em mente que a nãocumulatividade da contribuição ao PIS e da Cofins é diversa daquela do IPI, visto que a previsão legal possibilita a dedução dos valores de determinados bens e serviços suportados pela pessoa jurídica dos valores a serem recolhidos a título dessas contribuições, calculados pela aplicação da alíquota correspondente sobre a totalidade das receitas por ela auferidas. Como se verifica na técnica de arrecadação dessas contribuições, não há propriamente um mecanismo não cumulativo, decorrente do creditamento de valores das entradas de bens que sofrerão nova incidência em etapa posterior da cadeia produtiva, nos moldes do que existe para aquele imposto (IPI). Seus créditos possuem natureza financeira. Outra constatação não menos importante é a de que a hipótese de incidência dessas contribuições adota o faturamento mensal, assim entendido como o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil o que significa que os tributos não têm sua materialidade restrita apenas aos bens produzidos, mas sim à aferição de receitas. Deve ainda ser fixada a premissa de que as Leis 10.637/2002 e 10.833/2003 ampliaram a definição de "insumos", não se limitando apenas aos elementos físicos que compõem o produto, conforme no IPI. Neste sentido são os ensinados de Marco Aurélio Grego Fl. 355DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 14 em Conceito de insumo à luz da legislação de PIS/COFINS, Revista Fórum de Direito Tributário RFDT, ano1, n. 1, jan.2003, Belo Horizonte. Com foco nas Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, as IN da SRF ns. 247/02 e 404/04 não têm condições de trazer para a COFINS e PIS o conceito de insumo aplicado ao IPI, sob pena de ir de encontro com a vontade do legislador no que se refere ao princípio da nãocumulatividade. Disso tudo se conclui que a definição de “insumos” para efeito do art. 3º, II, da Lei n. 10.637/2002 (PIS) e mesmo artigo da Lei n. 10.833/2003 (COFINS) exige que: a) não é preciso que ocorra o consumo do bem ou que a prestação do serviço esteja em contato direto com o produto, logo é possível admitir apenas o emprego indireto no processo produtivo; b) o bem ou serviço tenha sido adquirido para ser utilizado na prestação do serviço ou na produção, ou para viabilizálos, conseqüentemente aqui se mostra importante a pertinência ao processo produtivo e por fim que a produção ou prestação do serviço dependa daquela aquisição e aqui chama à atenção a essencialidade ao processo produtivo. A essencialidade do bem ou serviço é fundamental para que estes sejam considerados insumo. É importante que o processo produtivo dependa da aquisição do bem ou serviço e do seu emprego direto e inclusive o emprego indireto. Conclusão Ante o exposto, conheço do recurso voluntário e lhe dou parcial provimento para reconhecer o direito ao creditamento em relação a todas as despesas com preservação com o meio ambiente, nos termos do voto e bens do ativo imobilizado em razão da depreciação, mas desde que a contribuinte comprove efetivamente a realização da glosa em razão da depreciação e ainda que a durabilidade dos bens seja menor do que um ano. (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Fl. 356DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN
score : 1.0
Numero do processo: 11516.000934/2009-02
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Jan 31 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Tue Oct 08 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Ano-calendário: 2007
PIS NÃO-CUMULATIVO. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS.
Os pagamentos referentes às aquisições de serviços de terraplanagem e destinação final de resíduos sólidos, monitoramento do ar e outros serviços necessários a recuperação do meio ambiente, conferem direito a créditos do PIS, porque esses serviços são aplicados ou consumidos diretamente na produção de bens destinados à venda, em consonância com o disposto na legislação de regência.
REGIME DA NÃO-CUMULATIVIDADE. CONCEITO DE INSUMOS.
Insumo dedutível para efeito de PIS não-cumulativo, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e afetem as receitas tributadas pela contribuição social. E quando o cumprimento das obrigações ambientais impostas pelo Poder Público, como condição para o funcionamento da empresa, gerem despesas, estas devem ser consideradas insumos.
Numero da decisão: 3803-003.883
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, em dar provimento parcial ao recurso, por maioria de votos, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que restringiu o provimento à reversão das glosas de créditos atinentes aos custos de recuperação ambiental assumidos no TAC. Fez sustentação oral: Dr. Luciano Lemos Spader, OAB/RS nº 27.811.
(assinado digitalmente)
Alexandre Kern - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues e Fábia Regina Freitas.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Anocalendário: 2007 PIS NÃOCUMULATIVO. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS. Os pagamentos referentes às aquisições de serviços de terraplanagem e destinação final de resíduos sólidos, monitoramento do ar e outros serviços necessários a recuperação do meio ambiente, conferem direito a créditos do PIS, porque esses serviços são aplicados ou consumidos diretamente na produção de bens destinados à venda, em consonância com o disposto na legislação de regência. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. CONCEITO DE INSUMOS. Insumo dedutível para efeito de PIS nãocumulativo, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e afetem as receitas tributadas pela contribuição social. E quando o cumprimento das obrigações ambientais impostas pelo Poder Público, como condição para o funcionamento da empresa, gerem despesas, estas devem ser consideradas insumos. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, em dar provimento parcial ao recurso, por maioria de votos, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que restringiu o provimento à reversão das glosas de créditos atinentes aos custos de recuperação ambiental assumidos no TAC. Fez sustentação oral: Dr. Luciano Lemos Spader, OAB/RS nº 27.811. (assinado digitalmente) Alexandre Kern Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 51 6. 00 09 34 /2 00 9- 02 Fl. 284DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 2 (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues e Fábia Regina Freitas. Relatório Cuidase de PER/DCOMP com a finalidade de ressarcimento do PIS, correspondente ao quarto trimestre de 2007 com fundamento em créditos oriundos da aquisição de insumos utilizados “supostamente”no processo produtivo. Inicialmente cumpre esclarecer que se trata de empresa que possui como objeto social bastante extenso, sendo que cabe destacar: produção, a pesquisa, a lavra, a extração, a industrialização, a comercialização, a importação e a exportação de quaisquer substâncias minerais e vegetais, tais como antracito para tratamento de água, construção de Estações de Tratamento de Água; prestação de serviços na área laboratorial de análises químicas e físicas em geral. Em que pese o amplo objeto social da empresa, o cerne da lide repousa exclusivamente em relação ao conceito de insumo vinculado a aquisição de produtos e serviços adquiridos pela empresa em especial no tocante as atividades de extração, beneficiamento e comercialização de carvão mineral. Às fls. 127 e seguintes consta Informação Fiscal, por meio do qual o agente fazendário cita a legislação afeta a contribuição, bem como as Instruções Normativas da SRF n.º 404/2004 e 247/2002, com a intenção de demonstrar que o Recorrente creditouse indevidamente e ao arrepio do conceito de insumo contido na legislação federal e ressalta que os produtos sobre os quais recaiu a glosa estão arrolados na planilha anexa às fls. 113/118, por não estarem relacionados ao processo produtivo. Às fls. 143/161 sobreveio a Manifestação de Inconformidade contra o Despacho Decisório que acolheu na íntegra as conclusões da repartição de origem e homologou apenas parcialmente o pedido do contribuinte, conforme se verifica às fls. 137/138. Já às fls. 187 e seguintes consta a Decisão 0725.810 – 4ª Turma da DRJ/FNS, cuja ementa segue abaixo: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL ANO CALENDÁRIO: 2007 PEDIDOS DE RESTITUIÇÃO, COMPENSAÇÃO OU RESSARCIMENTO. COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO DIREITO CREDITÓRIO. ÔNUS DA PROVA A CARGO DO CONTRIBUINTE No âmbito especifico dos pedidos de restituição, compensação ou ressarcimento, é ônus do contribuinte/pleiteante a comprovação minudente da existência do direito creditório. Fl. 285DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000934/200902 Acórdão n.º 3803003.883 S3TE03 Fl. 195 3 CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP ANOCALENDÁRIO: 2007 NÃOCUMULATIVIDADE. HIPÓTESES DE CREDITAMENTO. No âmbito do regime nãocumulativo de apuração da contribuição, somente geram créditos passíveis de utilização pelo contribuinte aqueles custos, despesas e encargos expressamente previstos na legislação, não estando suas apropriações vinculadas a sua obrigatoriedade ou a caracterização de sua essencialidade na atividade da empresa. REGIME DA NÃOCUMULATIVIDADE. CONCEITO DE INSUMOS. No regime da nãocumulatividade da contribuição, para fins de creditamento de valores, somente são considerados como insumos: as matérias primas, os produtos intermediários e o material de embalagem, que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função de sua aplicação direta no processo produtivo do bem destinado à venda; e os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no Pais, aplicados diretamente ha produção ou fabricação do produto destinado à venda. Manifestação de Inconformidade Improcedente Com efeito, conforme se pode observar a DRJ manifestouse no sentido de que o contribuinte não provou o seu direito e se limitou a apenas alegar que os gastos são indispensáveis e obrigatórios para manter a mina de extração de carvão em funcionamento e reclama pela correta interpretação da legislação e pelo afastamento da IN da SRF n.º 247/2002. A decisão “a quo” comenta que o Recorrente relacionou os gastos glosados que compreende gerar créditos, todavia, não demonstrou, a partir da planilha elaborada pelo agente fazendário, quais daquelas notas fiscais, a DRJ deveria considerar para que o Despacho Decisório fosse reformado em seu favor. Importante fazer contar no relatório, que a decisão de primeira instância menciona que no PAF n.º 13963.000565/200573 a Recorrente juntou diversos documentos que possuem correlação com notas fiscais para as quais se pretendem os créditos, quais sejam: a) Termos emitidos pela Fundação do Meio Ambiente — FATMA; b) Acordos Coletivos de Trabalho e aditivos; c) Termo de Convênio com a Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina — UNESC; d) Oficios do Departamento Nacional de Produção Mineral; Fl. 286DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 4 e) Contratos de prestação de serviços de limpeza e conservação e vigilância; contratos de prestação de serviços relacionados à manutenção do equilíbrio e controle do impacto ambiental. A DRJ afirma ainda que os serviços de consertos e manutenção de motores; consertos de bombas hidráulicas, empilhadeiras, reformas de materiais, rodantes, etc., apresentaram também correlação com notas fiscais relacionadas pelo agente fazendário na planilha que fundamentou a glosa. Os julgadores comentam também que há gastos para os quais o contribuinte pleiteia créditos que não constam relacionados na planilha elaborada pelo auditor fiscal e o Recorrente não apresentou na Manifestação de Inconformidade cópia de notas fiscais. Assim, no entender da decisão de primeiro grau, o Recorrente deixou de instruir adequadamente os autos com documentos que demonstre o seu direito e inclusive deixou de provar se realmente ocorreu a glosa sobre os seguintes gastos, sobre os quais a DRJ não se manifestou: (i) correias transportadoras no interior da mina; (ii) cabos elétricos; (iii) mangueiras; (iv) material de iluminação; (v) energização de máquinas e equipamentos; (vi) suprimento de água de alta pressão; (vii) controle e prevenção de pneumoconiose; (viii) equipamento de proteção individual; (ix) mudas de roupa; (x) exames médicos e laboratoriais; (xi) assistência ao trabalhador acidentado; (xii) vale alimentação; (xiii) aquisição de caixas de papelão; (xiv) embalagens BIG BAG; (xv) etiquetas; (xvi) explosivos e cursos técnicos relativos a operação de explosivos. Insiste a DRJ no sentido de que se equivocou o contribuinte quando utiliza o critério da “essencialidade” ou “obrigatoriedade” da despesa para definir o conceito de insumo. No seu entender, o conceito de insumo, deve ser aquele previsto na IN da SRF n.º 247/2002, ou seja, somente as matérias primas, os produtos intermediários e o material de embalagem, que sofram alterações, desgaste, dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função de sua aplicação direta no processo produtivo do bem destinado à venda; e serviços aplicados na produção de produtos postos a venda. Já em relação aos contratos firmados com a empresa GR Terraplanagem Ltda., a DRJ destaca que a Recorrente deixou de apresentar notas fiscais de prestação de serviços. No seu entender, estas notas seriam úteis para demonstrar os valores glosados e a vinculação com o processo produtivo. De qualquer forma, os julgadores consideram que essas notas fiscais são aquelas anexas às fls. 475/479 do PAF n.º 13963.000565/200573. No tocante as despesas com manutenção de máquinas e equipamentos, retífica de motores, consertos de bombas hidráulicas, empilhadeiras, reformas de materiais rodantes, etc., a DRJ pondera que a Recorrente não trouxe aos autos qualquer prova de que estes serviços tenham sido utilizados em máquinas e equipamentos pertencentes da cadeia produtiva da empresa. No recurso voluntário, o contribuinte cita o Acórdão n.º 320200.226 – 2ª Câmara – 2ª Turma Ordinária julgado em 08 de dezembro de 2010, para fundamentar a tese de que deve ser considerado como insumo toda e qualquer despesa necessária à atividade da empresa, nos termos da legislação do IRPJ e não da legislação aplicada ao IPI, uma vez que a materialidade de tal tributo é diferente da materialidade da COFINS e PIS. Assim, em suas razoes recursais, a empresa insiste na tese de que o conceito de insumo trazido pela IN da SRF n.º 247/2002 não se aplica ao caso em exame, por restringir o direito subjetivo ao creditamento previsto no art. 195 do Texto Constitucional e na Lei. Fl. 287DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000934/200902 Acórdão n.º 3803003.883 S3TE03 Fl. 196 5 A empresa lembra que a exploração de uma mina de carvão, difere da atividade industrial habitual em que os maquinários ficam instalados num galpão industrial, pois a mina localizase no campo e ao redor de vegetação nativa e cursos de água e por esse motivo a rigidez da legislação ambiental. Protesta pelo reconhecimento de crédito em relação a todas as despesas indispensáveis e obrigatórias à exploração, ao beneficiamento e a produção do carvão mineral. Ressalta que o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Fundação do Meio Ambiente — FATMA, Departamento Nacional de Produção Mineral e o Ministério do Trabalho impõe exigências, que caso descumpridas, inviabilizam o funcionamento da mina. A empresa insiste em afirmar que a Fazenda Nacional não reconheceu créditos sobre as seguintes despesas: (i) turfas ambientais; (ii) terraplenagem; (iii) análise da água dos córregos arroios e rios; (iv) análise de solo; (v) recomposição da vegetação nativa; (vi) dragagem das bacias de decantação do carvão; (vii) tratamento de efluentes líquidos da mineração e respectivo beneficiamento e decantação do carvão; (viii) topografia; (ix) auditorias ambientais; (x) projetos de conservação e reparação de meioambiente; (xi) análises de lodo flotado; (xii) coleta de resíduos e serviços de elaboração de RIMA; Reclama ainda os crédito em relação as despesas com: (i) correias transportadoras no interior da mina; (ii) cabos elétricos; (iii) mangueiras; (iv) material de iluminação; (v) energização de máquinas e equipamentos; (vi) suprimento de água de alta pressão; (vii) controle e prevenção de pneumoconiose; (viii) equipamento de proteção individual; (ix) uniforme; (x) exames médicos e laboratoriais; (xi) assistência ao trabalhador acidentado; (xii) vale alimentação; (xiii) aquisição de caixas de papelão; (xiv) embalagens BIG BAG; (xv) etiquetas; (xvi) explosivos e cursos técnicos relativos a operação de explosivos; (xvii) consertos de bombas hidráulicas, (xviii) empilhadeiras; (xix) reformas de materiais rodantes; (xx) consertos e manutenção de motores; (xxi) leite; (xxii) água; (xxiii) cálculos estruturais para muro e suporte de rampa; (xxiv) recarga de extintores; (xxiv) pilares de sustentação; (xxv) auditorias de certificação de qualidade e de procedimentos como as ISSO; (xxvi) serviços técnicos de geologia da mineração; (xxvii) pino e bucha do britador; (xxviii) soldas permanentes; (xxix) copos plásticos e serviços prestados pela empresa GR Terraplenagem Ltda. Ainda destaca que em relação aos bens que gerem créditos apurados sobre a depreciação ou amortização, fazse obrigatório o recalculo dos valores dos créditos devidos na proporção e equivalência destas depreciação/amortização. Por fim, requer a reforma do acórdão hostilizado e a homologação integral dos créditos pleiteados. É o relatório. Voto Conselheiro Juliano Lirani O recurso voluntário é tempestivo e por isso merece ser conhecido. Fl. 288DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 6 A lide no presente processo administrativo gira em torno do conceito de insumo em relação aquisições de produtos e serviços em função da produção de carvão mineral. Conforme se extrai da decisão da DRJ, foram homologados parcialmente os créditos pleiteados, sob o argumento de que o contribuinte desrespeitou a redação da IN da SRF n.º 247/2002, razão pela qual as aquisições de vários produtos e serviços, relacionados na planilha anexa, já citada no relatório, foram glosadas pela fiscalização. Controversa em Relação à Extensão da Glosa O agente fazendário informou em seu relatório que a glosa recaiu apenas em relação aos produtos e serviços que “não” estavam vinculados diretamente ao processo produtivo e cita especificamente: aquisições de cartuchos para impressora, serviços de conservação e limpeza, sementes, serviços relacionados a preservação do meio ambiente, serviços de vigilância e consultoria, impressão gráfica, encadernações, transporte de trabalhadores, etc, conforme planilha já citada. Já o contribuinte insiste que a glosa teve por objeto não apenas os produtos e serviços descritos na planilha citada pelo agente fiscal, mas também a aquisição de outros serviços e produtos, conforme menciona no Recurso Voluntário, ou seja, despesas com correias transportadoras, os cabos elétricos e mangueiras, iluminação/energização, ligação com as máquinas e equipamentos, suprimento da água em alta pressão, controle e prevenção de pneumoconiose, equipamento de proteção individual, mudas de roupa, exames médicos e laboratoriais, assistência ao trabalhador acidentado, vale alimentação, aquisição de caixas de papelão, embalagens BIG BAG, etiquetas e explosivos e cursos em relação aos explosivos, manutenção de motores, empilhadeira e bombas hidráulicas. Conforme dito em relatório, os julgadores de primeiro grau já haviam identificado que o contribuinte pleiteou créditos em relação aos produtos e serviços, citados no parágrafo anterior, que não estavam indicados na planilha apresentada pela fiscalização. Assim, no tocante a esses serviços e produtos, a DRJ conclui que o contribuinte não apresentou prova de que os mesmos estavam relacionados com o processo produtivo e por isso negou também o creditamento. Das Provas Produzidas pelo Contribuinte e da Análise do PAF 13963.000565/200573 No PAF n.º 13963.000565/200573, o contribuinte trouxe várias provas de seu direito e que merecem ser analisadas com atenção. Cumpre informar inclusive que a própria DRF à fl. 874 PAF 13963.000565/200573, comenta que as provas juntadas serão úteis para todos os processos administrativos do contribuinte em que se pleiteiam os créditos de PIS/PASEP e COFINS. Assim, deve ser afastado qualquer argumento no sentido de que o Recorrente deveria ter trazido as provas específicas para o presente processo. Em relação às provas de interesse do contribuinte, vale citar as seguintes: Número das fls. Descrição do contrato de prestação de serviços, notas fiscais e outras provas 140/149 Termo de Acordo Judicial celebrado entre o Recorrente e a Procuradoria da República de Criciúma. Nesta ação judicial a interessada era Ré na Ação Civil Pública n.º 2000.72.040025.439 e tinha por objeto a Fl. 289DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000934/200902 Acórdão n.º 3803003.883 S3TE03 Fl. 197 7 Recuperação de Áreas Degradadas. 150/161 Termo de Ajusta de Conduta firmado entre a Recorrente e o MPF/MP SC/FÁTMA/DNPM, com a finalidade de obrigar aquele a recuperar o meio ambiente. 162/172 Termo de Ajuste de Conduta celebrado entre a FÁTMA e o contribuinte, com o fito de obrigar este a realizar auditorias ambientais. 177/188 Acordo Coletivo de Trabalho que obriga o contribuinte a realizar o transporte gratuito dos trabalhadores; realizar o controle e prevenção de pneumoconiose; fornecer equipamento de proteção individual aos trabalhadores, bem como roupas, água potável e custear exames médicos e laboratoriais. 189 Termo Aditivo ao Acordo de Coletivo de Trabalho, por meio do qual a interessada foi obrigada a fornecer leite aos empregados. 216/238 Contrato de transporte de trabalhadores. 239/467 Contrato de prestação de serviços de vigilância, limpeza e conservação. 468 Contrato de venda a Recorrente pela CSN rejeitos de carbono fino. Vale citar esse contrato porque na seqüência o contribuinte irá pleitear os créditos em relação ao transporte e destinação final desses rejeitos. 470/479 Contrato de prestação de serviços de recuperação ambiental e manuseio de carvão mineral e rejeitos celebrado com a empresa GR Terraplanagem. Neste contrato há a previsão para a prestação dos serviços de escavação, carga, transporte, etc. 475 550/555 746 Contrato de prestação de serviços de recuperação ambiental. 483/489 Contrato firmado com a GR Terraplanagem com o objetivo de que fossem prestados serviços de terraplanagem e drenagem para a área de reposição de rejeitos. 490 783/796 Nota fiscal emitida pela GR Terraplanagem para a prestação de serviços de recuperação ambiental. 494 Nota fiscal emitida pela empresa PROFAMI em razão da aquisição de pallets. 497 Nota fiscal emitida em razão da prestação dos serviços de construção de muro de contenção, pintura de banheiro, emenda, manutenção de redutor de correias, manutenção elétrica e serviço de guincho. Fl. 290DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 8 498/499 Nota fiscal referente a conserto de motor. 501/503 Relação de empresas fornecedoras de produtos e serviços. 504/508 542/545 586/591 601/605 724/727 Contrato de prestação de serviços com a finalidade de que esta realize a coleta de resíduos sólidos. 509/522 826/829 Contrato de prestação de serviços planialtimétricos e anteprojeto de recuperação de área ambiental. Contrato de prestação de serviços planialtimétricos, projeto de drenagem etc. 523/525 Contrato de prestação de serviços de dimencionamento de pilares de minas. 526/531 Contrato de prestação de serviços de geomecânica e avaliação dos parâmetros de qualidade das camadas que foram o teto e o piso da mina. 532/539 Contrato de prestação de serviços de diagnóstico ambiental nas áreas impactadas pela mineração por meio de avaliação da flora e fauna visando a avaliação da reabilitação de áreas degradadas. 592/595 Contrato de prestação de serviços de elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (FIA/RIMA). 596/598 Contrato de Ensaio técnico. 606/744 Contrato de concessão de certificação e direito de uso de logomarca. 703/809 Contrato de locação de máquinas e equipamentos para aterro com o intuito de recuperação ambiental. 709/712 738/743 760/763 802/805 Contrato de prestação de serviços para a realização de Estudos de Ambientais. 713/723 Contrato de prestação de serviços de Estudos Hidrológicos. 764/766 Contrato de prestação de serviços de acompanhamento das etapas de elaboração de diagnóstico ambiental. 771 Contrato de prestação de serviços de monitoramento do ar na área de Fl. 291DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000934/200902 Acórdão n.º 3803003.883 S3TE03 Fl. 198 9 influência das minas. 772/825 Contrato de prestação de serviços com o objetivo de obtenção da Licença Ambiental Prévia. 780/782 Contrato de prestação de serviços de terraplanagem com a finalidade de promover a recuperação ambiental. 835/841 Contrato de prestação de serviços de auditoria ambiental. 848/853 Ofício expedido pelo DNPM em relação ao Plano de Fechamento das Minas. 780/782 Contrato de prestação de serviços de análise de risco ambiental da atividade mineradora Das Aquisições de Bens e Serviços que Geram Créditos Assim, considerando a planilha anexa aos autos em que estão relacionados os serviços e produtos glosados pela fiscalização, ou seja, excluídos do creditamento da contribuição, reconheço do pleito do contribuinte em relação todas as despesas ocorridas em razão das prestações de serviços vinculados ao meio ambiente, dado que estas despesas somente ocorreram em função das imposições decorrentes do Acordo Judicial de Conduta e dos Termos de Ajuste de Conduta celebrados com Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e FÁTMA. Assim, partindo da planilha elaborada pelo agente fazendário, concedo créditos em relação às aquisições de serviços e produtos mencionados na tabela abaixo, por compreender que estes são essenciais para o processo produtivo da empresa e ainda por estas despesas terem decorrido de imposição do Poder Público: Data da Emissão da NF Nome do Fornecedor CNPJ Descrição da aquisição do material ou serviço 05/10/2005 FUNDACAO EDUC. DE CRICIUMA FUCRI 83661074000104 MEIO AMBIENTE 18/10/2005 MINERACAO FORQUILHA LTDA 02895730000123 MEIO AMBIENTE 04/10/2005 MINERACAO FORQUILHA LTDA 02895730000123 MEIO AMBIENTE 10/10/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 MEIO AMBIENTE Fl. 292DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 10 10/10/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 MEIO AMBIENTE 18/10/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 MEIO AMBIENTE 17/11/2005 RADAR SERVICOS LTDA 72256654000191 MEIO AMBIENTE 17/11/2005 ELIZANDRO MENEGAZ FELISBERTO ME 05918906000103 35 MEIO AMBIENTE 18/11/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 5 MEIO AMBIENTE 01/12/2005 COMERCIAL AGRICOLA VALE AZUL LTDA 78207750000126 SEMENTES 02/12/2005 TISCOSKI & CIA. LTDA. . 82838434000634 SEMENTES 01/12/2005 COMERCIAL AGRICOLA VALE AZUL LTDA 78207750000126 SEMENTES 09/12/2005 RADAR SERVICOS LTDA 72256654000191 MEIO AMBIENTE 05/12/2005 AQUAFLOT INDUSTRIAL LTDA 04322694000134 MEIO AMBIENTE 08/12/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA 80982945000195 MEIO AMBIENTE 16/12/2005 2005 ELIZANDRO MENEGAZ FELISBERTO ME 05918906000103 MEIO AMBIENTE 16/12/2005 MINERACAO FORQUILHA LTDA 02895730000123 MEIO AMBIENTE 16/12/2005 LOUBER LTDA ME 02254873000156 MEIO AMBIENTE 20/12/2005 METRO EXTRACAO DE ARGILA LTDA 06167524000158 MEIO AMBIENTE Fl. 293DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000934/200902 Acórdão n.º 3803003.883 S3TE03 Fl. 199 11 21/12/2005 ENGEMIL IND.COM .MAQUINAS EQUIP.SERVICOS 06947454000150 MEIO AMBIENTE 15/12/2005 GR TERRAPLANAGEM LTDA. 80982945000195 MEIO AMBIENTE Questão semelhante já foi analisada pelo CARF no PAF n.º 13053.000112/200518 pela Câmara Superior de Recursos Fiscais, por meio do Acórdão n.º 930301.740, julgado em 09.11.2011 – 3ª Turma: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 COFINS. INDUMENTÁRIA. INSUMOS. DIREITO DE CRÉDITO.ART. 3º LEI 10.833/03. Os dispêndios, denominados insumos, dedutíveis da Cofins não cumulativa, são todos aqueles relacionados diretamente com a produção do contribuinte e que participem, afetem, o universo das receitas tributáveis pela referida contribuição social. A indumentária imposta pelo próprio Poder Público na indústria de processamento de alimentos exigência sanitária que deve ser obrigatoriamente cumprida é insumo inerente à produção da indústria avícola, e, portanto, pode ser abatida no cômputo de referido tributo. (grifo) Recurso Especial do Procurador Negado. Conforme se extrai do julgado acima, o insumo não deve em hipótese alguma estar restrito às matériasprimas, aos produtos intermediários e aos materiais de embalagem e outros bens que sofram alterações em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, em razão do caráter restritivo não imposto pela lei e pelo Texto Constitucional. Evidentemente que no caso em tela não se está tratando de insumos aplicados na produção alimentícia, conforme o julgado administrativo colacionado, todavia, por outro lado, as despesas com a proteção do meio ambiente são geradas em função de uma imposição do Poder Público e neste caso é inexigível conduta diversa por parte do contribuinte. Além do que, é verdade que sem cumprir ao rígido controle ambiental, por certo que a empresa não estaria autorizada a extrair o carvão mineral, ou seja, estaria impossibilitada de realizar o seu processo produtivo. Logo, compreendo que deve ser reconhecido o direito aos créditos pleiteados para todas as despesas relacionadas de alguma forma com a recuperação do meio ambiente, ainda que não estejam relacionadas na planilha elaborada pela repartição de origem, uma vez que esses serviços são essenciais ao funcionamento da empresa, ou seja: risco ambiental, recuperação ambiental, auditorias ambiental, terraplanagem para recuperação ambiental, prestação de serviços com o objetivo de obtenção da Licença Ambiental Prévia, prestação de serviços de monitoramento do ar na área de influência das minas, serviços de acompanhamento das etapas de elaboração de diagnóstico ambiental, serviços de estudos hidrológicos, locação Fl. 294DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 12 de máquinas e equipamentos para aterro com o intuito de recuperação ambiental, de ensaio técnico, serviços de elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (FIA/RIMA), prestação de serviços de diagnóstico ambiental nas áreas impactadas pela mineração por meio de avaliação da flora e fauna visando a avaliação da reabilitação de áreas degradadas, prestação de serviços de geomecânica e avaliação dos parâmetros de qualidade das camadas que foram o teto e o piso da mina, prestação de serviços de dimencionamento de pilares de minas, prestação de serviços planialtimétricos, anteprojeto de recuperação de área ambiental e drenagem, serviços de coleta de resíduos sólidos. Ainda assiste razão ao contribuinte quando requer os créditos em relação a depreciação dos bens do ativo imobilizado, principalmente quando o fiscal nada comenda a respeito, bem mesmo o julgador de primeiro grau, uma vez que os contribuintes sujeitos a incidência nãocumulativa do PIS/COFINS, em relação aos bens adquiridos, podem descontar créditos calculados sobre os encargos de depreciação, nos termos da legislação aplicável. Assim, podem gerar direito a estes créditos as depreciações das empilhadeiras, bombas hidráulicas, motores etc, desde que registrados no ativo imobilizado. Das Aquisições de Bens e Serviços que Não Geram Créditos Por outro giro, observo que o contribuinte deseja ver aplicado ao conceito de insumo a legislação do IRPJ para efeito de credimento da COFINS e PIS/PASEP. Todavia, penso que não lhe assiste razão, pois caso o legislador desejasse, teria permitido aos contribuintes a dedução das despesas operacionais, em outras palavras, nem ao mar, mas também nem à terra. Assim, seguindo esse raciocínio, não é possível reconhecer o direito creditório em relação às despesas com o transporte de funcionários, fornecimento de água, leite, pintura de banheiro, material de limpeza, material de escritório, refeição, vigilância, limpeza, encadernação, controle e prevenção de pneumoconiose, fornecer equipamento de proteção individual etc, pois estas despesas não podem ser consideradas insumo para efeito de creditamento, ainda que o Acordo Coletivo de Trabalho tenha obrigado a empresa a fornecer, equipamento de proteção aos funcionários, aquisição de caixas de papelão, bem como o fornecimento de água e leite aos seus funcionários. Por certo que estes 2 (dois) últimos produtos, dentre outros, não apresentam nenhuma relação com o processo produtivo de uma mina de extração de carvão mineral e por isso agiu bem a fiscalização em glosálos. Neste sentido, cito Apelação Cível n.º 00054351120104036102 – TRF 3ª Região, DJF de 03.08.2012, Desembargadora Cecília Marcondes: APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. PIS E COFINS. CREDITAMENTO. REFEIÇÕES, CONVÊNIO MÉDICO, VALETRANSPORTE, UNIFORME E SEGURO DE VIDA. IMPOSSIBILIDADE. 1. As Leis nº 10.637/2002 (PIS) e nº 10.833/2003 (COFINS) disciplinam a nãocumulatividade das contribuições PIS e COFINS, dispondo sobre os limites objetivos e subjetivos para a implementação dessa técnica de tributação. (...) 7. Resta claro que as despesas com refeições, convênio médico, valetransporte, uniforme e seguro de vida não se qualificam como insumos, pois não são bens ou serviços utilizados diretamente no processo de fabricação/produção dos produtos comercializados pela impetrante.(...) Fl. 295DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11516.000934/200902 Acórdão n.º 3803003.883 S3TE03 Fl. 200 13 Apelação Improvida. A mesma sorte ocorre em relação às despesas resultantes das aquisições com correias transportadoras, os cabos elétricos e mangueiras, iluminação/energização, ligação com as máquinas e equipamentos, suprimento da água em alta pressão e aquisição de caixas de papelão, pois penso que aqui falhou a interessada ao não ter demonstrado se estes produtos foram efetivamente aplicados na atividade de extração mineral. Ainda não deve ser concedido crédito em relação as despesas com a manutenção de empilhadeiras, bombas hidráulicas, material rodante, esteiras, motores, uma vez que as notas fiscais anexas às fls. 498/499 do PAF n.º 13963.000565/200573, referentes a serviços de conserto de motor, não provam que estes serviços tenham sido realizados em equipamentos relacionados com o processo produtivo da empresa, ainda mais quando estas notas fiscais não são coincidentes com nenhuma das notas fiscais glosas e citadas na planilha elaborada pelo agente fazendário. Cumpre ainda observar que embora a empresa tenha juntado aos autos as notas fiscais anexas às fls. 498/499 do PAF n.º 13963.000565/200573, referentes a serviços de conserto de motor, por outro lado não há provas de que estes serviços tenham sido realizado em equipamentos relacionados com o processo produtivo da empresa, ainda mais quando estas notas fiscais não são coincidentes com nenhuma das notas fiscais glosas e citadas na planilha elaborada pelo agente fazendário. Quanto às despesas com aquisições de explosivos e cursos em relação aos mesmos, penso que estas despesas estão relacionadas com o processo produtivo. Entretanto, o contribuinte não instruiu os autos com notas fiscais de aquisição e nem mesmo contratos de prestação de serviços em relação aos cursos de operacionalização destes explosivos, razão pela qual não demonstrando o seu direito não há fundamento para o reconhecimento dos créditos neste particular. O mesmo digase em relação às despesas com embalagens e etiquetas. Da Elaboração do Conceito de Insumo É preciso ter em mente que a nãocumulatividade da contribuição ao PIS e da Cofins é diversa daquela do IPI, visto que a previsão legal possibilita a dedução dos valores de determinados bens e serviços suportados pela pessoa jurídica dos valores a serem recolhidos a título dessas contribuições, calculados pela aplicação da alíquota correspondente sobre a totalidade das receitas por ela auferidas. Como se verifica na técnica de arrecadação dessas contribuições, não há propriamente um mecanismo não cumulativo, decorrente do creditamento de valores das entradas de bens que sofrerão nova incidência em etapa posterior da cadeia produtiva, nos moldes do que existe para aquele imposto (IPI). Seus créditos possuem natureza financeira. Outra constatação não menos importante é a de que a hipótese de incidência dessas contribuições adota o faturamento mensal, assim entendido como o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil o que significa que os tributos não têm sua materialidade restrita apenas aos bens produzidos, mas sim à aferição de receitas. Deve ainda ser fixada a premissa de que as Leis 10.637/2002 e 10.833/2003 ampliaram a definição de "insumos", não se limitando apenas aos elementos físicos que Fl. 296DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN 14 compõem o produto, conforme no IPI. Neste sentido são os ensinados de Marco Aurélio Grego em Conceito de insumo à luz da legislação de PIS/COFINS, Revista Fórum de Direito Tributário RFDT, ano1, n. 1, jan.2003, Belo Horizonte. Com foco nas Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, as IN da SRF ns. 247/02 e 404/04 não têm condições de trazer para a COFINS e PIS o conceito de insumo aplicado ao IPI, sob pena de ir de encontro com a vontade do legislador no que se refere ao princípio da nãocumulatividade. Disso tudo se conclui que a definição de “insumos” para efeito do art. 3º, II, da Lei n. 10.637/2002 (PIS) e mesmo artigo da Lei n. 10.833/2003 (COFINS) exige que: a) não é preciso que ocorra o consumo do bem ou que a prestação do serviço esteja em contato direto com o produto, logo é possível admitir apenas o emprego indireto no processo produtivo; b) o bem ou serviço tenha sido adquirido para ser utilizado na prestação do serviço ou na produção, ou para viabilizálos, conseqüentemente aqui se mostra importante a pertinência ao processo produtivo e por fim que a produção ou prestação do serviço dependa daquela aquisição e aqui chama à atenção a essencialidade ao processo produtivo. A essencialidade do bem ou serviço é fundamental para que estes sejam considerados insumo. É importante que o processo produtivo dependa da aquisição do bem ou serviço e do seu emprego direito e inclusive o emprego indireto também. Conclusão Ante o exposto, conheço do recurso voluntário e lhe dou parcial provimento para reconhecer direito ao creditamento em relação a todas as despesas com preservação com o meio ambiente, nos termos do voto e bens do ativo imobilizado em razão da depreciação. (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Fl. 297DF CARF MF Impresso em 08/10/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 04/04/2013 por ALEXANDRE KERN
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Numero do processo: 11020.720509/2009-05
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 27 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Mon Apr 08 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/10/2007 a 31/12/2007
INSUMOS. CRÉDITOS NA INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA
O conceito de insumo para a apuração de créditos a descontar do PIS não-cumulativo, não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária à atividade da empresa, mas tão somente aqueles adquiridos de pessoa jurídica, intrínsecos à atividade, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço.
AQUISIÇÕES. ALÍQUOTA ZERO
Descabe crédito em relação as aquisições de produtos sujeitos a alíquota zero, tendo em vista que prevalece a interpretação de que o art. 153, IV, da CF adota a técnica de cobrança própria dos impostos sobre valor agregado, permitindo a compensação do imposto devido na operação subsequente com a importância recolhida na operação antecedente.
APURAÇÃO DE CRÉDITOS. EQUIPAMENTOS
Afasta-se a glosa dos créditos em relação a despesas de manutenção de empilhadeiras, tratores e pulverizadores e retroescavadeiras, uma vez que no dentro da sistemática de apuração de créditos pela não-cumulatividade do PIS, o contribuinte possui direito subjetivo ao benefício, tendo em vista que esta despesa está vinculada ao processo produtivo.
Numero da decisão: 3803-003.725
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que negou o creditamento relativamente aos gastos com manutenção de laboratórios e à aquisição de pallets.
(assinado digitalmente)
Alexandre Kern - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Souza, Jorge Victor Rodrigues e João Alfredo Eduão Ferreira.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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CRÉDITOS NA INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA O conceito de insumo para a apuração de créditos a descontar do PIS não cumulativo, não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária à atividade da empresa, mas tão somente aqueles adquiridos de pessoa jurídica, intrínsecos à atividade, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço. AQUISIÇÕES. ALÍQUOTA ZERO Descabe crédito em relação as aquisições de produtos sujeitos a alíquota zero, tendo em vista que prevalece a interpretação de que o art. 153, IV, da CF adota a técnica de cobrança própria dos impostos sobre valor agregado, permitindo a compensação do imposto devido na operação subsequente com a importância recolhida na operação antecedente. APURAÇÃO DE CRÉDITOS. EQUIPAMENTOS Afastase a glosa dos créditos em relação a despesas de manutenção de empilhadeiras, tratores e pulverizadores e retroescavadeiras, uma vez que no dentro da sistemática de apuração de créditos pela nãocumulatividade do PIS, o contribuinte possui direito subjetivo ao benefício, tendo em vista que esta despesa está vinculada ao processo produtivo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por maioria de votos, em dar provimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator. Vencido o Conselheiro Alexandre Kern, que negou o creditamento relativamente aos gastos com manutenção de laboratórios e à aquisição de pallets. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 02 0. 72 05 09 /2 00 9- 05 Fl. 257DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 2 (assinado digitalmente) Alexandre Kern Presidente (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Alexandre Kern, Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Souza, Jorge Victor Rodrigues e João Alfredo Eduão Ferreira. Relatório Cuidase de pedido de ressarcimento e compensação de créditos de PIS Não Cumulativo, correspondente ao quarto trimestre de 2007, também consta dos autos declarações de compensação vinculadas ao direito creditório em tela. Às fls. 75/83 consta o Relatório de Verificação Fiscal, por intermédio do qual o auditor fiscal propôs o reconhecido parcialmente o direito ao crédito e à fl. 83 consta Despacho Decisório contendo a seguinte decisão: Com base na informação retro; reconheço como legítimos os valores constantes da coluna "Valor Reconhecido" da tabela acima e autorizo o ressarcimento e/ou compensação dos valores pleiteados pelo contribuinte até o limite ora reconhecido. A decisão n.º 0121.038 – 3ª Turma da DRJ de Belém encontrase anexa às fls. 161/167, cuja ementa possui o seguinte teor: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/10/2007 a 31/12/2007 PAF. DECISÕES JUDICIAIS E ADMINISTRATIVAS. EFEITOS. São improfícuos os julgados judiciais e administrativos trazidos pelo sujeito passivo, por lhes falecer eficácia normativa, na forma do artigo 100, II. do Código Tributário Nacional. PAF. PERÍCIA. REQUISITOS. Considerase não formulado o pedido de perícia que deixa de atender aos requisitos previstos no art. 16 do Decreto n° 70.235, de 1972. Também descabe a realização de perícia quando presentes nos autos os elementos necessários e suficientes à dissolução do litígio administrativo e, ainda, quando a produção probatória invocada pelo sujeito passivo não necessita de qualquer conhecimento técnico especializado. COFINS NÃOCUMULATIVA.CRÉD1TOS. INSUMOS. No cálculo da Cofins NãoCumulativa somente podem ser computados créditos apurados sobre valores correspondentes a insumos, assim entendidos os bens ou serviços aplicados ou consumidos diretamente na produção ou fabricação de bens e na prestação de serviços. Fl. 258DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11020.720509/200905 Acórdão n.º 3803003.725 S3TE03 Fl. 181 3 DCOMP. DIREITO CREDITÓRIO. QUANTUM RECONHECIDO. A declaração de compensação, por vincularse à existência de determinado crédito, somente pode ser homologada na exata medida do direito creditório que tenha sua liquidez e certeza reconhecidas. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Com a intenção de fornecer informações aos demais conselheiros, cumpre apontar que a Recorrente possui como objeto social a produção e venda de maçã para exportação e mercado interno e que com a incorporação da empresa Randon Agropecuária, a Interessada passou também a produzir e vender queijo, manteiga e nata para o mercado interno. Logo, a lide em discussão envolve tanto o processo produtivo de maças, como também o processo produtivo de leite e queijo. Conforme se retira da ementa acima colacionada, a DRJ glosou os créditos, com fundamento da redação da IN da SRF n.º 404/2004 e afastou o direito aos créditos referentes as seguintes despesas: 1) Despesas com empilhadeiras (aquisição de GLP e manutenção): o contribuinte utiliza as empilhadeiras para atividades não relacionadas ao processo produtivo, ou seja: a) descarregamento da fruta vinda dos pomares; b) carregamento/descarregamento da fruta nas câmaras frias; c) movimentação pelo pomar e d) carregamento das caixas de maçãs na saída dos produtos do estabelecimento; 2) Despesas com aquisição de combustíveis e lubrificantes não utilizados na produção: grande parte dos combustíveis e lubrificantes é destinada a uso em tratores e estes tratores utiliza estes tratores tanto em pomares em produção, quanto em pomares ainda não produtivos. Além do que, constatouse que há gastos com combustíveis e lubrificantes em veículos próprios, mas para o transporte de maçã adquirida de terceiros, gastos na administração, na manutenção civil e elétrica, bem como em oficina de máquinas pesadas e nestes casos não constituem insumos; 3) Produtos sujeitos à alíquota zero: não gera crédito as aquisições de produtos sujeitos à alíquota zero, por expressa vedação; 4) Bens diversos (partes, peças, bens destinados ao imobilizado, despesas diversas): a glosa ainda recaiu sobre os créditos registrados na rubrica “Outras Operações com Direito a Crédito” que consta nos DACONs. O agente fiscal informa que através da análise da memória de cálculo, constatouse que tais créditos provêm de despesas com serviços, partes e peças de manutenção de máquinas e equipamentos, entre outros. Glosou ainda outros valores lançados na rubrica “Outras Operações com Direito a Crédito”, tais como: fita para enxerlia bem que destinado ao imobilizado; telhado, areia, palitos, lonas, detergentes, sabonetes, medicamentos e sucos de uva — bens que não têm as características de insumo; Fl. 259DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 4 5) Materiais de transporte: o agente fazendário glosou também embalagens de transporte de maçã, por considerar que se trata de embalagem de mero transporte. A Fazenda Glosou ainda cantoneiras; palieis e seus acessórios, pregos e etiquetas; fitas e amarras. 6) Crédito sobre bens do imobilizado: a DRJ não considerou nenhum valor lançado a titulo de crédito referente a encargos de depreciação no período sob análise, sob o argumento de que o contribuinte não constitui prova de seu direito e ainda faz confusão quando registra os valores de créditos em seus DACONS. Alerta a fiscalização que nos meses de junho, julho e dezembro 2006 e depois nos meses de fevereiro, março e maio a dezembro de 2007 esta confusão continua. A fim de ilustrar o seu argumento, cita ainda que o lançamento ocorrido em junho de 2006, por meio do qual se percebe que na memória de cálculo onde discrimina os valores dos créditos aproveitados mensalmente o contribuinte não registra nenhum valor a título de imobilizado neste mês. Depois no lançamento ocorrido em julho de 2006, mesmo tendo o contribuinte lançado este valor na sua memória de cálculo, o mesmo não faz prova da origem destes valores. O fiscal aponta que o contribuinte só poderia apurar créditos no prazo de 48 meses sobre o valor das aquisições de máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado. Nos demais casos deveria calcular os seus créditos mediante a aplicação da taxa de depreciação fixada pela Receita Federal em função do prazo de vida útil do bem. Entretanto, o contribuinte apura créditos no prazo de 1/48 avos sobre outros bens que não máquinas e equipamentos. Em resumo, a DRJ acatou na íntegra as conclusões existentes no Relatório de Verificação Fiscal. A DRJ ainda entende que as decisões administrativas trazidas pelo contribuinte não possuem eficácia normativa e que por não ter indicado os quesitos e não se tratar de caso obscuro, a perícia foi indeferida, nos termos do art. 16 do Decreto n.º 70.235/72. Inconformado com o indeferimento, o contribuinte apresente recurso voluntário, por meio do qual rebate os argumentos da decisão “a quo”. Afirma que a decisão de primeiro grau parte do pressuposto equivocado de que o direito ao crédito se origina somente em relação aos produtos que sejam aplicados ou consumidos em ação direta sobre o produto em fabricação. Deste modo, destaca o Recorrente que a DRJ aplicou o critério do conceito do IPI para apurar os créditos. O contribuinte não concorda ainda com a indeferimento do crédito referente as aquisições de material de embalagem para transporte, pois no seu entender deve dar direito a crédito inclusive as aquisições de cantoneiras utilizadas para garantir a boa apresentação do produto e evitar que danifiquem no transporte, pois em seu entender, o processo produtivo encerrase somente com a venda do produto. Nesta mesma linha de defesa, pleiteia o reconhecimento de créditos em relação as aquisições de pallets e seus acessórios, pregos, etiquetas, utilizados para o empilhamento de caixas para o armazenamento e transporte; fitas e amarras, utilizadas para amarrar as caixas de papelão sobre os pallets. Em relação aos créditos incidentes sobre os bens do imobilizado, o contribuinte afirma que a DRJ acolheu as conclusões do auditor fiscal, que simplesmente desconsiderou todos os créditos referentes as aquisições de imobilizados, por compreender que não gerava os referidos créditos, ora por não estarem de acordo com a DACON. Entretanto, o Recorrente afirma que as aquisições existem e foram contabilizadas pela empresa, ainda que isso tenha acontecido de maneira extemporânea. Fl. 260DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11020.720509/200905 Acórdão n.º 3803003.725 S3TE03 Fl. 182 5 Por fim, o Recorrente colaciona diversos julgados administrativos, com a finalidade de demonstrar o seu direito, principalmente em relação ao critério adotado para apurar os créditos e ver afasta a redação da IN da SRF n.º 404/2004. Depois, requer a procedência do pedido e o reconhecimento do direito ao crédito e m exame. É o relatório. Voto Conselheiro Juliano Lirani Tratase de recurso voluntário tempestivo e por isso merece ser conhecido. O cerne da questão está em apurar o critério para definir o conceito de insumo, bem como definir onde inicia e conclui o processo produtivo de maçã. Conforme se extrai da decisão da DRJ citada no relatório, esta concluiu, com fundamento na IN da SRF n.º 404/2004, que: “no cálculo da contribuição nãocumulativa somente podem ser computados créditos apurados sobre valores correspondentes a insumos, assim entendidos os bens ou serviços aplicados ou consumidos diretamente na produção ou fabricação de bens e na prestação de serviços”. Entretanto, “data vênia”, a citada instrução normativa não oferece a melhor interpretação ao art. 3º da Lei n.º 10.833/2003, fica a impressão de que a IN se utiliza da legislação do IPI para construir o conceito de insumo para a apuração do PIS/PASEP e da COFINS não cumulativos. Todavia, salvo engano, mostrase inadequado comparar materialidades distintas como ocorre entre o IPI, cujo critério material é a industrialização, com critério material da COFINS que é o auferimento de receita. Deste modo, creio que o conceito restrito de insumo não se concilia com a base econômica do PIS e COFINS, cujo ciclo de formação não se limita à fabricação de um produto ou à execução de um serviço, abrangendo outros elementos necessários para a obtenção da receita com o produto ou serviço. Há quem defenda que o conceito de insumo aplicável ao PIS e COFINS deva ser o mesmo utilizado para o imposto de renda, visto que, para se auferir lucro, é necessário antes se obter receita. Aqueles que defendem esta tese argumentam no sentido de que o conceito de custos previsto na legislação do IRPJ, bem como o de despesas operacionais, é bem mais próprio de ser aplicado ao PIS e COFINS não cumulativos do que o conceito previsto na legislação do IPI. Por outro enfoque, o conceito amplo e irrestrito de insumo também não parecer ser a melhor interpretação da legislação, pois este visa incluir toda e qualquer despesa da empresa na obtenção do crédito da COFINS e PIS, ainda que totalmente desapegada de seu processo produtivo. Fl. 261DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 6 Em outras palavras, compreendo que o conceito de insumos mais adequado é aquele em que se aceita como créditos as despesas relacionadas inseparavelmente aos elementos produtivos que proporcionam a existência do produto ou serviço, ou seja, um conceito intermediário entre aquele adotado para o IR e o IPI. Empilhadeiras Em relação aos custos de aquisição de GLP e manutenção das empilhadeiras, o contribuinte tem razão. As despesas com os serviços de manutenção desses equipamentos, quando comprovados por notas fiscais, geram crédito em seu favor, pois é inegável que as empilhadeiras são utilizadas diretamente na produção de bens, pois sem empilhadeiras não há que se falar no produto final, ainda mais porque as maças não são colhidas diretamente pelo consumidor no pomar, mas sim adquiridos, quanto “in natura” nas prateleiras dos supermercados e feiras. Assim, como negar que as empilhadeiras tem função essencial para fazer chegar as frutas até o consumidor ? Deste modo, ainda que o fruto esteja formado no momento que é colhido, por outro lado, é verdade que o processo produtivo não encerra com a colheita, mas sim, com a venda. Logo, as despesas com a manutenção das empilhadeiras geram direito ao crédito, em razão deste equipamento contribuir com a produção da maça, pois auxilia no acondicionamento da fruta nos caminhões para transporte. Além do que, já manifestei este posicionamento no ao PAF n.º 13005.000077/200502, de minha relatoria, e por isso mantenho esta linha de pensamento. A mesma sorte ocorre com as despesas com gás liquefeito (GLP) utilizado como combustível para estas empilhadeiras. Com o propósito de fundamentar este entendimento, cito o Recurso n.º 507.948 no PAF n.º 10630.001,064/200588, julgado em 26.08.2010, na 3.ª Câmara da 1ª Turma Ordinária, Acórdão n.º 330100.653: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS Período de apuração: 01/07/2005 a 30/09/2005 (...) COFINS NÃO CUMULATIVA. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS, Os pagamentos referentes à aquisição de serviços de terraplanagem, topografia e outros, bem assim, a locação de máquinas, equipamentos e veículos conferem direito a créditos do PIS, porque esses serviços são aplicados ou consumidos diretamente na produção de bens destinados à venda, em consonância com o disposto na Solução de Consulta SRRF I 0 Disit n° 04/07.(grifo) Lubrificantes e Combustíveis Quanto a glosa referente aos lubrificantes e combustíveis, o auditor fiscal fundamenta o indeferimento do direito do contribuinte no argumento de que estes gastos são utilizados no transporte de maçã adquirida de terceiros, bem como na administração, manutenção civil e elétrica e na oficina de máquinas pesadas. Assim, considerando que o próprio contribuinte ilustra os autos com planilhas às fls. 52 e seguintes, por meio das quais discrimina os gastos com lubrificantes e combustíveis e neste documento informa de boafé que ocorreram gastos desses bens com Fl. 262DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11020.720509/200905 Acórdão n.º 3803003.725 S3TE03 Fl. 183 7 manutenção civil e elétrica, oficina de máquinas pesadas e administração, deste modo, recomendo o não reconhecimento em relação aos gastos desta natureza, tendo em vista que não estão vinculados ao processo produtivo e não atendem o II do art. 3º da Lei n.º 10.833/2003. Todavia, excluindo os gastos com lubrificantes e combustíveis relacionados a manutenção civil e elétrica, oficina de máquinas pesadas e administração, reconheço o direito ao creditamento em relação aos gastos especificamente vinculados a pomares e viveiros, já que esses estão relacionada ao processo produtivo. Na realidade, compulsando os autos, me parece que foi este o entendimento do agente fazendário quando comenta a respeito das despesas com combustível, fez constar no Termo de Verificação Fiscal o seguinte: Assim, de maneira análoga ao procedimento previsto no inciso II do parágrafo 8º do art. 3º das Leis 10.833, de 2003 e 10.637, de 2002, método este adotado pela contribuinte, consoante DACONs apresentados, aplicamos aos valores de aquisição de combustíveis e lubrificantes constantes da memória de cálculo apresentada os percentuais de combustíveis e lubrificantes destinados aos pomares em produção e à formação de mudas, conforme tabela abaixo. Os valores finais, referentes a combustíveis e lubrificantes, após a aplicação dos percentuais estão dispostos na forma do anexo I. É evidente que o combustível não mantém contato direito com a maçã, e, nem poderia, entretanto, o combustível é indispensável para que o produção da maça aconteça, caso contrário os frutos apodreceriam nos pomares e não poderiam ser transportados. Além do que, os tratores são úteis para trabalhar o solo que será plantado, logo é preciso ter a percepção de que, em se tratando da atividade agroindustrial, o processo produtivo inicia com o preparo do solo e somente se encerra com a venda da fruta em bom estado de conservação. Cito, Acórdão n.º 330200.176, prolatado pela 2ª Turma da 3ª Câmara em data de 18/09/2009, que por sua vez tratou de diversos temas com destaque para os assuntos: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Período de apuração:Período de apuração: 01/07/2005 a 30/09/2005 NÃO CUMULATIVIDADE. CREDITO. OUTRAS DESPESAS. COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES USADOS NA PRODUÇÃO. DIREITO AO CRÉDITO. (...) COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES USADOS NA PRODUÇÃO. DIREITO AO CRÉDITO. As despesas com a aquisição de combustíveis, inclusive o GLP, e os lubrificantes usados no processo produtivo da adquirente dão direito ao crédito do PIS/Cofins naocumulativos. Recurso Voluntário Provido em Parte. Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da SEGUNDA TURMA ORDINÁRIA da TERCEIRA CÂMARA da TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO do Fl. 263DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 8 CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso para reconhecer o direito ao crédito nas aquisições de GLP e lubrificantes para máquinas industriais. Publicado no DOU em: 22.07.2011 Alíquota Zero No tocante as aquisições de produtos com alíquotas zero, o contribuinte não tem razão, pois re reiterado é o entendimento da jurisprudência de que não se há falar em direito ao crédito de PIS e de COFINS relativo a operações de aquisição de produtos com alíquota zero, pois prevalece a interpretação de que o art. 153, IV, da CF adota a técnica de cobrança própria dos impostos sobre valor agregado, permitindo a compensação do imposto devido na operação subsequente com a importância recolhida na operação antecedente. Desta maneira, apenas os valores efetivamente pagos nas operações anteriores geram direito ao creditamento, quando não há pagamento, não falar em direito ao lançamento na escrita fiscal dos créditos em questão, pois a norma pressupõe a existência de cobrança na entrada produtos, o que não ocorre na hipótese de aquisição sujeita à alíquota zero. Bens Diversos Insurgese ainda quanto a glosa que recaiu sobre os créditos nas aquisições bens diversos, nos quais estão inseridos as despesas com a manutenção de máquinas, equipamentos, materiais de limpeza e higienização, manutenção de laboratório, ordenhadeira, medicamentos, cantoneiras usadas nas embalagens nas caixas de papelão, peças e serviços de manutenção de máquinas, tratores e pulverizadores, retroescavadeiras. Afirma que todos estes gastos são necessários a produção maçãs, queijos, e demais derivados do leite. Ressalta que inclusive promove a venda de animais. Argumenta que os produtos de higienização são aplicados nas ordenhas das vacas, onde sai o leite para produzir queijos e seus derivados, por isso reclama o crédito referente a aquisição de ordenhadeiras, medicamentos, remédios e despesas com laboratório, considerando que as vacas são as produtoras do leite e seus derivados que é o queijo, desta forma, todas as despesas no rebanho, é necessária e utilizada diretamente para a produção final do bem. Em relação as despesas de manutenção de máquinas e veículos, tratores, pulverizadores, assiste razão parcial ao contribuinte. Com efeito, não gera direito aos créditos as despesas com veículos de passeio, como, por exemplo, Gol, Meriva etc, pois estes são estão relacionados ao processo produtivo. Todavia, por outro lado, os gastos com manutenção de tratores e pulverizadores e retroescavadeiras, ocorre de forma diversa, uma vez que estes maquinários são utilizados na lavoura, seja para preparar o solo, seja para pulverizar as plantas e desta maneira estão vinculados ao processo produtivo. Conseqüentemente, os gastos com manutenção destes equipamentos geram direito aos créditos pleiteados. Compreendo que também não há que se falar em reconhecimento ao direito de crédito em relação as despesas com material de limpeza e higienização, tendo em vista que o contribuinte não constituiu prova de que essas despesas decorreram de exigência de legislação específica da Vigilância Sanitária. Igualmente a mesma sorte em relação as despesas de brincos bovinos, instalação de telas e cercas para rebanho. Fl. 264DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN Processo nº 11020.720509/200905 Acórdão n.º 3803003.725 S3TE03 Fl. 184 9 Já em relação as despesas com a conservação de sêmen, manutenção de laboratório e ordenhadeiras, bem como medicamentos e fertilizantes, penso que estão relacionados com o processo produtivo, principalmente quando se constata que se trata de empresa que tem por finalidade a produção e venda de animais e produção de frutas. Ora, deixar de considerar, por exemplo, que as despesas com a conservação de sêmen esteja vinculada com a produção animais, pareceme, “data vênia”, irrazoável e contrário ao que deseja a legislação. Material de Embalagem A mesma sorte ocorre em relação as aquisições relacionadas com material de embalagem para transporte, pois na Lei n.º 10.833/2003 não há restrição para o creditamento, pouco importa se a embalagem destinase a apresentação do produto, ou ao seu acondicionamento para transporte. Deste modo, o contribuinte tem direito aos créditos em relação as aquisições de insumos necessários para a elaboração dessas embalagens, como, por exemplo, as aquisições de pallets e seus acessórios, pregos, etiquetas, utilizados para o empilhamento de caixas para o armazenamento e transporte; fitas e amarras, utilizadas para amarrar as caixas de papelão sobre os pallets. Inclusive as aquisições de cantoneiras, ao meu sentir, geram direito ao crédito, pois estas mostraramse indispensáveis para garantir a boa apresentação do produto e evitar que danifiquem no transporte, caso contrário, ausentes as cantoneiras as frutas seriam esmagadas e chegariam até o ponto de venda sem valor comercial. Imobilizado Em relação aos créditos incidentes sobre os bens do imobilizado, o contribuinte afirma que a DRJ acolheu as conclusões do auditor fiscal, que simplesmente desconsiderou todos os créditos referentes as aquisições de imobilizados, por compreender que não gerava os referidos créditos, ora por não estarem de acordo com a DACON. Contudo, a Recorrente afirma que as aquisições existem e foram contabilizadas., ainda que isso tenha acontecido de maneira extemporânea. Acontece que analisando os autos, compreendo que não assiste razão o contribuinte, pois a empresa comete vários equívocos que impossibilitam ao reconhecimento dos créditos sobre bens do imobilizado, a exemplo, cito que a Recorrente apurou efetivamente estes créditos em relação a bens que não são máquinas e nem equipamentos, ou seja, televisão, cadeira etc. Ante o exposto, dou provimento parcial para reconhecer o direito aos créditos em relação as despesas de GLP e manutenção de empilhadeiras; manutenção de tratores e pulverizadores e retroescavadeiras; lubrificantes e combustíveis gastos com viveiros e pomares; conservação de sêmen, manutenção de laboratório e ordenhadeiras, bem como medicamentos e fertilizantes e material de embalagem para transporte. (assinado digitalmente) Juliano Lirani Relator Fl. 265DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN 10 Fl. 266DF CARF MF Impresso em 08/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/02/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 23/02/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 05/03/2013 por ALEXANDRE KERN
score : 1.0
Numero do processo: 10865.903795/2009-30
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Apr 11 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/12/2003 a 31/12/2003
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Cabem Embargos de Declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma.
Numero da decisão: 3803-003.995
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os Embargos de Declaração, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Eduardo Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira e José Luiz Feistauer de Oliveira.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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Cabem Embargos de Declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os Embargos de Declaração, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Presidente (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira e José Luiz Feistauer de Oliveira. Relatório Tratase de Embargos de Declaração interposto pelo Conselheiro Alexandre Kern, designado para a elaboração do voto vencedor do julgamento ocorrido em 17 de julho AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 5. 90 37 95 /2 00 9- 30 Fl. 118DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 01/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA 2 nesta Turma, que por sua vez negou provimento ao recurso em epígrafe, por maioria de votos, tendo sido ele designado para elaboração do voto vencedor. Todavia, no momento da elaboração do voto, o embargante constatou que embora o Recurso Voluntário tivesse sido apresentado dentro do prazo estabelecido na legislação, a Manifestação de Inconformidade seria intempestiva e por este motivo interpôs os Embargos de Declaração com o objetivo de alertar que o colegiado não poderia ter adentrado ao mérito da demanda, sob o pressuposto de que o acórdão foi omisso na medida em que deixou de apreciar pressuposto de admissibilidade do processo administrativo em epígrafe, especificamente em relação a intempestividade da Manifestação de Inconformidade. Comenta ainda, nos embargos, que talvez o equívoco possa ser atribuído ao servidor Reinaldo Brigatto que ignorou a informação de postagem e por isso sugeriu que a Manifestação de Inconformidade fosse conhecida pela DRJ. Agora, resta analisar se os embargos preenchem os pressupostos de admissibilidade, bem como se cabe reformar o acórdão. É o Relatório Voto Conselheiro Juliano Eduardo Lirani, Relator De acordo com o art. 65 do Anexo II do Regimento Interno do CARF, cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver omissão, contradição ou obscuridade entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Primeiramente é preciso dizer que os embargos são tempestivos, visto que foram apresentados no prazo de 5 (cinco) dias contados da ciência do acórdão, pelo que conheço do recurso, no termos do § 1º do art. 65 do Regimento Interno do CARF. Tendo em vista tal dispositivo regulamentar, será possível concluir que os embargos não preenchem os requisitos de admissibilidade, uma vez que o pressuposto de intempestividade da Manifestação de Inconformidade alegado não se encontra peremptoriamente atestado nos autos, conforme será demonstrado a seguir. Conforme se verifica do despacho da repartição de origem que encaminhou a Manifestação de Inconformidade à Delegacia de Julgamento, o agente consignou que não era possível constatar nos elementos presentes nos autos a data da ciência do despacho decisório por parte do contribuinte, o que, em princípio, fragiliza, de pronto, o argumento do Embargante. Além disso, as telas em que o Embargante se embasa para afirmar a ocorrência da intempestividade da Manifestação de Inconformidade não são originadas da Empresa Brasileira de Correios – ECT, mas de sistemas do Serpro, em que não se tem a imagem do Aviso de Recebimento (AR), elemento esse primordial à verificação da tempestividade. Fl. 119DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 01/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA Processo nº 10865.903795/200930 Acórdão n.º 3803003.995 S3TE03 Fl. 112 3 Não bastassem tais constatações, temse que o relator a quo afirmou que a Manifestação de Inconformidade atendia todos os pressupostos de admissibilidade, dentre os quais se inclui a tempestividade. Considerando que o relator a quo tem acesso às informações dos sistemas internos da Receita Federal, essa sua afirmativa, para ser afastada, dependeria de elemento de prova inequívoco, o que não ocorre no presente caso. Conforme este Colegiado já decidiu em outras ocasiões, havendo dúvida quanto à tempestividade de uma peça recursal, concluise pela regularidade processual, com fundamento nos princípios da eficiência, da oficialidade e formalidade mitigada. O Embargante, valendose da alegação de ocorrência de omissão desta Turma quanto à não constatação do erro no acórdão de primeira instância – erro esse não demonstrado, conforme acima apontado –, quis fazer uso dos embargos para provocar a prolação de nova decisão, de forma não consentânea com a previsão do Regulamento do CARF. Por fim, embora o Embargante tenha manifestado opinião de que este relator desconhece as rudimentares regras processuais e que ignora o prazo de 30 dias para a interposição da Manifestação de Inconformidade, cumpre esclarecer que tal alegação não procede, conforme acima demonstrado. Nesse sentido, voto por rejeitar os embargos de declaração. Sala das sessões, 28 de fevereiro de 2013 (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Fl. 120DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 01/04/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 01/04/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 10/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA
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Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Apr 11 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/09/2003 a 30/09/2003
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Cabem Embargos de Declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma.
Numero da decisão: 3803-004.011
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os Embargos de Declaração, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Eduardo Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira e José Luiz Feistauer de Oliveira.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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Relatório Tratase de Embargos de Declaração interposto pelo Conselheiro Alexandre Kern, designado para a elaboração do voto vencedor do julgamento ocorrido em 17 de julho AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 5. 90 38 13 /2 00 9- 83 Fl. 119DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/03/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 21/03/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA 2 nesta Turma, que por sua vez negou provimento ao recurso em epígrafe, por maioria de votos, tendo sido ele designado para elaboração do voto vencedor. Todavia, no momento da elaboração do voto, o embargante constatou que embora o Recurso Voluntário tivesse sido apresentado dentro do prazo estabelecido na legislação, a Manifestação de Inconformidade seria intempestiva e por este motivo interpôs os Embargos de Declaração com o objetivo de alertar que o colegiado não poderia ter adentrado ao mérito da demanda, sob o pressuposto de que o acórdão foi omisso na medida em que deixou de apreciar pressuposto de admissibilidade do processo administrativo em epígrafe, especificamente em relação a intempestividade da Manifestação de Inconformidade. Comenta ainda, nos embargos, que talvez o equívoco possa ser atribuído ao servidor Reinaldo Brigatto que ignorou a informação de postagem e por isso sugeriu que a Manifestação de Inconformidade fosse conhecida pela DRJ. Agora, resta analisar se os embargos preenchem os pressupostos de admissibilidade, bem como se cabe reformar o acórdão. É o Relatório Voto Conselheiro Juliano Eduardo Lirani, Relator De acordo com o art. 65 do Anexo II do Regimento Interno do CARF, cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver omissão, contradição ou obscuridade entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Primeiramente é preciso dizer que os embargos são tempestivos, visto que foram apresentados no prazo de 5 (cinco) dias contados da ciência do acórdão, pelo que conheço do recurso, no termos do § 1º do art. 65 do Regimento Interno do CARF. Tendo em vista tal dispositivo regulamentar, será possível concluir que os embargos não preenchem os requisitos de admissibilidade, uma vez que o pressuposto de intempestividade da Manifestação de Inconformidade alegado não se encontra peremptoriamente atestado nos autos, conforme será demonstrado a seguir. Conforme se verifica do despacho da repartição de origem que encaminhou a Manifestação de Inconformidade à Delegacia de Julgamento, o agente consignou que não era possível constatar nos elementos presentes nos autos a data da ciência do despacho decisório por parte do contribuinte, o que, em princípio, fragiliza, de pronto, o argumento do Embargante. Além disso, as telas em que o Embargante se embasa para afirmar a ocorrência da intempestividade da Manifestação de Inconformidade não são originadas da Empresa Brasileira de Correios – ECT, mas de sistemas do Serpro, em que não se tem a imagem do Aviso de Recebimento (AR), elemento esse primordial à verificação da tempestividade. Fl. 120DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/03/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 21/03/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA Processo nº 10865.903813/200983 Acórdão n.º 3803004.011 S3TE03 Fl. 112 3 Não bastassem tais constatações, temse que o relator a quo afirmou que a Manifestação de Inconformidade atendia todos os pressupostos de admissibilidade, dentre os quais se inclui a tempestividade. Considerando que o relator a quo tem acesso às informações dos sistemas internos da Receita Federal, essa sua afirmativa, para ser afastada, dependeria de elemento de prova inequívoco, o que não ocorre no presente caso. Conforme este Colegiado já decidiu em outras ocasiões, havendo dúvida quanto à tempestividade de uma peça recursal, concluise pela regularidade processual, com fundamento nos princípios da eficiência, da oficialidade e formalidade mitigada. O Embargante, valendose da alegação de ocorrência de omissão desta Turma quanto à não constatação do erro no acórdão de primeira instância – erro esse não demonstrado, conforme acima apontado –, quis fazer uso dos embargos para provocar a prolação de nova decisão, de forma não consentânea com a previsão do Regulamento do CARF. Por fim, embora o Embargante tenha manifestado opinião de que este relator desconhece as rudimentares regras processuais e que ignora o prazo de 30 dias para a interposição da Manifestação de Inconformidade, cumpre esclarecer que tal alegação não procede, conforme acima demonstrado. Nesse sentido, voto por rejeitar os embargos de declaração. Sala das sessões, 28 de fevereiro de 2013 (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Fl. 121DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/03/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 21/03/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA
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Numero do processo: 10865.903812/2009-39
Turma: Terceira Turma Especial da Terceira Seção
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Thu Feb 28 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Apr 11 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/08/2003 a 31/08/2003
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Cabem Embargos de Declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a turma.
Numero da decisão: 3803-004.010
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os Embargos de Declaração, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
(assinado digitalmente)
Belchior Melo de Sousa - Presidente
(assinado digitalmente)
Juliano Eduardo Lirani - Relator
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira e José Luiz Feistauer de Oliveira.
Nome do relator: JULIANO EDUARDO LIRANI
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Cabem Embargos de Declaração quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar os Embargos de Declaração, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado. (assinado digitalmente) Belchior Melo de Sousa Presidente (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Relator Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Juliano Eduardo Lirani, Hélcio Lafetá Reis, Belchior Melo de Sousa, Jorge Victor Rodrigues, João Alfredo Eduão Ferreira e José Luiz Feistauer de Oliveira. Relatório Tratase de Embargos de Declaração interposto pelo Conselheiro Alexandre Kern, designado para a elaboração do voto vencedor do julgamento ocorrido em 17 de julho AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 86 5. 90 38 12 /2 00 9- 39 Fl. 119DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/03/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 21/03/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA 2 nesta Turma, que por sua vez negou provimento ao recurso em epígrafe, por maioria de votos, tendo sido ele designado para elaboração do voto vencedor. Todavia, no momento da elaboração do voto, o embargante constatou que embora o Recurso Voluntário tivesse sido apresentado dentro do prazo estabelecido na legislação, a Manifestação de Inconformidade seria intempestiva e por este motivo interpôs os Embargos de Declaração com o objetivo de alertar que o colegiado não poderia ter adentrado ao mérito da demanda, sob o pressuposto de que o acórdão foi omisso na medida em que deixou de apreciar pressuposto de admissibilidade do processo administrativo em epígrafe, especificamente em relação a intempestividade da Manifestação de Inconformidade. Comenta ainda, nos embargos, que talvez o equívoco possa ser atribuído ao servidor Reinaldo Brigatto que ignorou a informação de postagem e por isso sugeriu que a Manifestação de Inconformidade fosse conhecida pela DRJ. Agora, resta analisar se os embargos preenchem os pressupostos de admissibilidade, bem como se cabe reformar o acórdão. É o Relatório Voto Conselheiro Juliano Eduardo Lirani, Relator De acordo com o art. 65 do Anexo II do Regimento Interno do CARF, cabem embargos de declaração quando o acórdão contiver omissão, contradição ou obscuridade entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciarse a turma. Primeiramente é preciso dizer que os embargos são tempestivos, visto que foram apresentados no prazo de 5 (cinco) dias contados da ciência do acórdão, pelo que conheço do recurso, no termos do § 1º do art. 65 do Regimento Interno do CARF. Tendo em vista tal dispositivo regulamentar, será possível concluir que os embargos não preenchem os requisitos de admissibilidade, uma vez que o pressuposto de intempestividade da Manifestação de Inconformidade alegado não se encontra peremptoriamente atestado nos autos, conforme será demonstrado a seguir. Conforme se verifica do despacho da repartição de origem que encaminhou a Manifestação de Inconformidade à Delegacia de Julgamento, o agente consignou que não era possível constatar nos elementos presentes nos autos a data da ciência do despacho decisório por parte do contribuinte, o que, em princípio, fragiliza, de pronto, o argumento do Embargante. Além disso, as telas em que o Embargante se embasa para afirmar a ocorrência da intempestividade da Manifestação de Inconformidade não são originadas da Empresa Brasileira de Correios – ECT, mas de sistemas do Serpro, em que não se tem a imagem do Aviso de Recebimento (AR), elemento esse primordial à verificação da tempestividade. Fl. 120DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/03/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 21/03/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA Processo nº 10865.903812/200939 Acórdão n.º 3803004.010 S3TE03 Fl. 112 3 Não bastassem tais constatações, temse que o relator a quo afirmou que a Manifestação de Inconformidade atendia todos os pressupostos de admissibilidade, dentre os quais se inclui a tempestividade. Considerando que o relator a quo tem acesso às informações dos sistemas internos da Receita Federal, essa sua afirmativa, para ser afastada, dependeria de elemento de prova inequívoco, o que não ocorre no presente caso. Conforme este Colegiado já decidiu em outras ocasiões, havendo dúvida quanto à tempestividade de uma peça recursal, concluise pela regularidade processual, com fundamento nos princípios da eficiência, da oficialidade e formalidade mitigada. O Embargante, valendose da alegação de ocorrência de omissão desta Turma quanto à não constatação do erro no acórdão de primeira instância – erro esse não demonstrado, conforme acima apontado –, quis fazer uso dos embargos para provocar a prolação de nova decisão, de forma não consentânea com a previsão do Regulamento do CARF. Por fim, embora o Embargante tenha manifestado opinião de que este relator desconhece as rudimentares regras processuais e que ignora o prazo de 30 dias para a interposição da Manifestação de Inconformidade, cumpre esclarecer que tal alegação não procede, conforme acima demonstrado. Nesse sentido, voto por rejeitar os embargos de declaração. Sala das sessões, 28 de fevereiro de 2013 (assinado digitalmente) Juliano Eduardo Lirani Fl. 121DF CARF MF Impresso em 11/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 21/03/2013 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 21/03/20 13 por JULIANO EDUARDO LIRANI, Assinado digitalmente em 11/04/2013 por BELCHIOR MELO DE SOUSA
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