Busca Facetada
Turma- Segunda Turma Especial (2)
- Segunda Câmara (1)
- Segunda Câmara (2)
- Relator (3)
- Não se aplica (2)
- Leonardo de Andrade Couto (1)
- 2009 (6)
- 2017 (6)
- autos (6)
- conselheiros (6)
- da (6)
- de (6)
- discutidos (6)
- do (6)
- e (6)
- em (6)
- julgamento (6)
- membros (6)
- os (6)
- participaram (6)
- por (6)
- presentes (6)
- presidente (6)
6
resultados encontrados em
11 ms.
Página 1
de 1
Numero do processo: 10510.002009/2003-18
Data da sessão: Fri Nov 06 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Mon Jan 09 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 1997
IMPUGNAÇÃO INTEMPESTIVA. NÃO-INSTAURAÇÃO DA FASE LITIGIOSA. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO.
Apresentada intempestivamente a impugnação ao lançamento de ofício, que impossibilita o conhecimento da defesa pela DRJ competente, não se instaura a fase litigiosa do procecimento administrativo.
Numero da decisão: 1402-000.059
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso em razão da perempção.
ASSINADO DIGITALMENTE
Leonardo de Andrade Couto Presidente e Relator ad hoc.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Albertina Silva Santos de Lima (Presidente da turma julgadora à época do julgamento), Carmen Ferreira Saraiva (suplente convocada), Carlos Pelá (Relator), Ana de Barros Fernandes (suplente convocada), Regis Magalhães Soares Queiroz (suplente convocado) e Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira. (Vice-Presidente).
Nome do relator: Leonardo de Andrade Couto
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:17:28 UTC 2021
anomes_sessao_s : 200911
ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Ano-calendário: 1997 IMPUGNAÇÃO INTEMPESTIVA. NÃO-INSTAURAÇÃO DA FASE LITIGIOSA. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO. Apresentada intempestivamente a impugnação ao lançamento de ofício, que impossibilita o conhecimento da defesa pela DRJ competente, não se instaura a fase litigiosa do procecimento administrativo.
dt_publicacao_tdt : Mon Jan 09 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 10510.002009/2003-18
anomes_publicacao_s : 201701
conteudo_id_s : 5670698
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Jan 09 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 1402-000.059
nome_arquivo_s : Decisao_10510002009200318.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : Leonardo de Andrade Couto
nome_arquivo_pdf_s : 10510002009200318_5670698.pdf
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso em razão da perempção. ASSINADO DIGITALMENTE Leonardo de Andrade Couto Presidente e Relator ad hoc. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Albertina Silva Santos de Lima (Presidente da turma julgadora à época do julgamento), Carmen Ferreira Saraiva (suplente convocada), Carlos Pelá (Relator), Ana de Barros Fernandes (suplente convocada), Regis Magalhães Soares Queiroz (suplente convocado) e Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira. (Vice-Presidente).
dt_sessao_tdt : Fri Nov 06 00:00:00 UTC 2009
id : 6606346
ano_sessao_s : 2009
atualizado_anexos_dt : Tue Oct 19 19:14:21 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1714076783243952128
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 4; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1420; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S1C4T2 Fl. 78 1 77 S1C4T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10510.002009/200318 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 1402000.059 – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 06 de novembro de 2009 Matéria CSLL Recorrente E. G. MATERIAL ELÉTRICO LTDA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 1997 IMPUGNAÇÃO INTEMPESTIVA. NÃOINSTAURAÇÃO DA FASE LITIGIOSA. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO. Apresentada intempestivamente a impugnação ao lançamento de ofício, que impossibilita o conhecimento da defesa pela DRJ competente, não se instaura a fase litigiosa do procecimento administrativo. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, não conhecer do recurso em razão da perempção. ASSINADO DIGITALMENTE Leonardo de Andrade Couto – Presidente e Relator ad hoc. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Albertina Silva Santos de Lima (Presidente da turma julgadora à época do julgamento), Carmen Ferreira Saraiva (suplente convocada), Carlos Pelá (Relator), Ana de Barros Fernandes (suplente convocada), Regis Magalhães Soares Queiroz (suplente convocado) e Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira. (VicePresidente). AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 51 0. 00 20 09 /2 00 3- 18 Fl. 83DF CARF MF 2 Relatório Tratase de recurso voluntário contra decsião da DRJ de Salvador, que deixou de conhecer o a impugnação do contribuinte em razão de ter sido apresentada depois de encerrado o prazo legal para sua apresentação. Constatou a DRJ que o contribuinte foi notificado do lançamento de ofício em 02/07/2003 e protocolou impugnação em 04/08/2003, depois de encerrado prazo legal para sua apresentação. Inconformado, o contribuinte apresenta recurso voluntário, em que ataca o lançamento, alegando que fora feito sobre período já alcançado pela decadência, uma vez que os valores questiionados se referem às estimativas de CSLL dos meses de julho, agosto e setembro de 1997, sendo que o lançamento se concluiu apenas em 13/06/2003. Nada traz acerca da intempestividade alegada pela DRJ, nem ataca a decisão de nãoconhecimento. É o relatório. Fl. 84DF CARF MF Processo nº 10510.002009/200318 Acórdão n.º 1402000.059 S1C4T2 Fl. 79 3 Voto Conselheiro Leonardo de Andrade Couto Tendo em vista impossibilidade do Relator – Conselheiro Carlos Pelá – formalizar a decisão, passo a fazêlo: Tratase de recurso voluntário interposto contra decisão da DRJ de Salvador, que não conheceu da impugnação apresentada pelo Contribuinte, por ter sido protocolada intempestivamente. O Contribuinte apresenta recurso contra a decisão, sem defender a tempestividade da impugnação apresentada ou contestar a decisão de nãoconhecimento do recurso. Ademais, o próprio recurso voluntário apresentado pelo contribuinte é intempestivo, uma vez que foi notificado da decisão em 4/05/2007 e protocolou o voluntário apenas em 8/07/2007. Como se vê pelas datas mencionadas no relatório e no Parágrafo anterior a este, o litígio a que se referiria esete recurso sequer se instaurou, uma vez que a impugnação foi apresentada fora do prazo. Não é outro o teor do que dispõem os artigos 14 e 15 do regulamento do PAF, Dedreto 70.235/72: Art. 14 – A impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento. Art. 15 – A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de 30 dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência, Não se instaurando a fase litigosa do procedimento, não há processo administrativo, nem decisão válida contra a qual se possa apreciar o presente recurso. Assim, voto por não conhecer do presente recurso Leonardo de Andrade Couto – Relator ad hoc Fl. 85DF CARF MF 4 Fl. 86DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 18336.000160/2002-01
Turma: Segunda Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Tue Aug 11 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Thu Aug 31 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Data do fato gerador: 26/08/1999
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. ALADI. REDUÇÃO. ORIGEM PREFERENCIAL.
Não cabe benefício preferencial de origem quando as mercadorias transitam, com descarga e armazenamento, por terceiro país não membro da ALADI.
PREFERÊNCIA TARIFÁRIA PREVISTA EM ACORDO INTERNACIONAL. CERTIFICADO DE ORIGEM.
É incabível a aplicação de preferência tarifária percentual em caso de divergência entre Certificado de Origem e Fatura Comercial bem como quando o produto importado é comercializado por terceiro país, sem que tenham sido atendidos os requisitos previstos na legislação de regência.
Mantidos os juros de mora na forma do que dispõe o ART.61, §2º, da Lei 9430/96.
Recurso Especial do Contribuinte Não Conhecido.
Numero da decisão: 9303-000.171
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do voto da Relatora.
Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente
Antonio Carlos Atulim - Redator ad hoc
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Susy Gomes Hoffmann, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo Cardozo Miranda, José Adão Vitorino de Moraes, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto.
Nome do relator: Relator
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 200908
ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador: 26/08/1999 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. ALADI. REDUÇÃO. ORIGEM PREFERENCIAL. Não cabe benefício preferencial de origem quando as mercadorias transitam, com descarga e armazenamento, por terceiro país não membro da ALADI. PREFERÊNCIA TARIFÁRIA PREVISTA EM ACORDO INTERNACIONAL. CERTIFICADO DE ORIGEM. É incabível a aplicação de preferência tarifária percentual em caso de divergência entre Certificado de Origem e Fatura Comercial bem como quando o produto importado é comercializado por terceiro país, sem que tenham sido atendidos os requisitos previstos na legislação de regência. Mantidos os juros de mora na forma do que dispõe o ART.61, §2º, da Lei 9430/96. Recurso Especial do Contribuinte Não Conhecido.
turma_s : Segunda Câmara
dt_publicacao_tdt : Thu Aug 31 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 18336.000160/2002-01
anomes_publicacao_s : 201708
conteudo_id_s : 5764533
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Aug 31 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 9303-000.171
nome_arquivo_s : Decisao_18336000160200201.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : Relator
nome_arquivo_pdf_s : 18336000160200201_5764533.pdf
secao_s : Terceiro Conselho de Contribuintes
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do voto da Relatora. Carlos Alberto Freitas Barreto - Presidente Antonio Carlos Atulim - Redator ad hoc Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Susy Gomes Hoffmann, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo Cardozo Miranda, José Adão Vitorino de Moraes, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto.
dt_sessao_tdt : Tue Aug 11 00:00:00 UTC 2009
id : 6911308
ano_sessao_s : 2009
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 11:05:46 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713049466002472960
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1449; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => CSRFT3 Fl. 309 1 308 CSRFT3 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Processo nº 18336.000160/200201 Recurso nº Especial do Contribuinte Acórdão nº 9303000.171 – 3ª Turma Sessão de 11 de agosto de 2009 Matéria IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO/IPI Recorrente PETRÓLEO BRASILEIRO S/A Interessado FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Data do fato gerador: 26/08/1999 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. ALADI. REDUÇÃO. ORIGEM PREFERENCIAL. Não cabe benefício preferencial de origem quando as mercadorias transitam, com descarga e armazenamento, por terceiro país não membro da ALADI. PREFERÊNCIA TARIFÁRIA PREVISTA EM ACORDO INTERNACIONAL. CERTIFICADO DE ORIGEM. É incabível a aplicação de preferência tarifária percentual em caso de divergência entre Certificado de Origem e Fatura Comercial bem como quando o produto importado é comercializado por terceiro país, sem que tenham sido atendidos os requisitos previstos na legislação de regência. Mantidos os juros de mora na forma do que dispõe o ART.61, §2º, da Lei 9430/96. Recurso Especial do Contribuinte Não Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do voto da Relatora. Carlos Alberto Freitas Barreto Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 18 33 6. 00 01 60 /2 00 2- 01 Fl. 309DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 310 2 Antonio Carlos Atulim Redator ad hoc Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Torres, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Susy Gomes Hoffmann, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Rodrigo Cardozo Miranda, José Adão Vitorino de Moraes, Maria Teresa Martínez López, Leonardo Siade Manzan e Carlos Alberto Freitas Barreto. Relatório Nos termos do art. 17, III, do RICARF1, incumbiume o Senhor Presidente do Colegiado de formalizar o Acórdão 930300.171, em virtude da relatora originária, Conselheira Judith do Amaral Marcondes Armando ter se aposentado antes da formalização e assinatura deste acórdão. Sendo assim, adoto os textos da ementa, relatório e voto entregues à secretaria da CSRF pela relatora originária, in verbis: "Adoto o relatório da instância a quo: Em ato de revisão aduaneira da DI 99/07206989, adição 001, de 26/08/99, importação de óleo diesel (gasóleo), fls. 08/11, com alíquota de II de 9,00% reduzida para 6,48%, foi constatado que a fatura comercial que instruiu o despacho, nº PIFSB 1051/99, foi emitida por Petrobrás International Finance Co. – PIFCO, sediada nas Ilhas Cayman, não membro da ALADI, e que o país de origem da mercadoria é a Venezuela, conforme citado no Certificado de Origem. Posteriormente, em 13/09/2000, protocolou pedido de retificação da DI, através do processo 18336.000261/0040, solicitando o enquadramento da importação no ACE 39, conforme Decreto de execução 3138, de 16/08/99, com alíquota reduzida ainda mais para 1,80% de II. Nessa retificação, buscou a redução prevista para operações comerciais que obedeçam literalmente ao regime de origem da ALADI conforme o ACE 39, que consolida as Resoluções 227, 232 e os Acordos 25, 91 e 215 do Comitê de Representantes da ALADI. O CO foi emitido em 10/06/99, indicando como país de origem a Venezuela e como exportadora a PDVSA. Sua emissão foi, pelo menos, cinco meses anterior à emissão da fatura, de 22/11/99, e trouxe como código de classificação 2710.00.50, relativo à mistura de alquilidenos, quando na DI a mercadoria, óleo diesel, foi classificada sob o código 2710.00.41. 1 Art. 17. Aos presidentes de turmas julgadoras do CARF incumbe dirigir, supervisionar, coordenar e orientar as atividades do respectivo órgão e ainda: (...) III designar redator ad hoc para formalizar decisões já proferidas, nas hipóteses em que o relator original esteja impossibilitado de fazêlo ou não mais componha o colegiado; Fl. 310DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 311 3 O CO não faz referência no campo 10 sobre a participação de operador de um terceiro país, conforme estabelece a Resolução 232 do Comitê, recepcionada na legislação brasileira pelo Decreto 2865/98. O nº da fatura que consta do CO, 625410, diverge do da fatura que instrui a DI (PIFSB 1051/99). No CO não consta a quantidade da mercadoria objeto da certificação, como determina o Art. 1º do Acordo 91, que regulamenta as disposições referentes à certificação de origem. Em função do apontado foi lavrado AI, em 23/04/2002, para cobrança da diferença do II, acompanhada dos juros de mora e da multa de mora, 20,00%, do Art. 530 do RA, c/c o Art. 61, § 2º, da Lei 9.430/96. Em impugnação tempestiva (fls. 31/48), alegando limitações existentes, por especificidades geopolíticas, aos negócios e dificuldades de natureza financeira, a mercadoria é enviada ao Brasil e uma das subsidiárias da Petrobrás paga o preço da compra ao produtor exportador situado na Venezuela e, concomitantemente, a Petrobrás revende a mercadoria à mesma subsidiária e a recompra, pelo mesmo preço porém com o acréscimo dos encargos financeiros, para alongar o prazo de pagamento. Afirma que as multas não podem prosperar, tanto que a jurisprudência dominante no 3º Conselho é no sentido de que a GI, ou DI, fora do prazo não pode ser considerada como inexistente. O Art. 4º, b, da Res. 78 e o Acordo 91, não vedam a compra direta com interveniência posterior de terceiros, com a finalidade de mera alavancagem financeira e sem trânsito por outro país; a vedação é quanto à figura do atravessador ou especulador e não impede que o importador subseqüentemente negocie a mercadoria, quando já satisfeitas a finalidade e as formalidades do acordo. Esse procedimento é vital para a economia do País. A operação comercial não colide com a intenção que presidiu a celebração dos acordos de redução, impondose o reconhecimento do benefício neles previsto, devido à real origem da mercadoria e sua expedição direta. O Art. 10 da Res. 78 determina que os signatários procederão a consultas entre si, sempre e prèviamente à adoção de medidas que impliquem em rejeição do CO, observandose, ainda, o devido processo legal. Diz ser improsperável a pretensa divergência entre os números constantes do CO e da fatura correspondente. Argüi a impossibilidade da perda da redução tarifária por erros formais de preenchimento do CO. Acrescenta que o AI está eivado de nulidade, por contrariar e negar vigência ao Art 10, IV, do Decreto 70235/72 ao não especificar de modo claro o que está sendo cobrado. Indaga, em atendimento ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, qual a disposição legal infringida e a penalidade aplicável, “vez que há na mesma autuação fiscal, enquadramentos legais distintos e divergentes. Fl. 311DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 312 4 Tendo em vista o Art. 112 do CTN, conclui que o cerne do AI reside na impossibilidade material de correlacionar a fatura comercial da PIFCO com a da PDVSA, o que não pode prosperar. Requer a realização de perícia para comprovar se os documentos objeto da presente lide têm a devida adequação ou correlação às importações em questão. Contesta a aplicação dos juros de mora como está feita, pois a CF estabelece o limite de 12%/ano. Cita respeitáveis doutrina e jurisprudência administrativa. Pede ser declarado nulo ou, em não sendo esse o entendimento, cancelado o AI. A decisão da DRJ/FORTALEZA, pelo Acórdão 1416, de 21/06/2002, da sua 2ª Turma (fls. 54/74), que leio em Sessão, rejeita a preliminar de nulidade e, no mérito, julga procedente o lançamento. Afirma haverem sido garantidas todas as cautelas processuais para a constituição do crédito tributário, uma vez respeitadas todas as disposições legais exigidas para tal fim. Não se constata nenhuma das hipóteses de nulidade no presente processo. São improsperáveis os argumentos de manifesta ilegalidade aduzidos pela impugnante. Na verdade o que ensejaria a nulidade, na visão da defesa, é inteiramente de mérito, o que analisará adiante. Inexistiu cerceamento do direito de defesa alegado, pois foi assegurada a ampla defesa através da ciência do Auto de Infração, que lhe possibilitou exercêla plenamente. Não foi acolhido pedido de perícia, por não haver sido formulado nos termos do Art. 16 do Dec. 70235/72, com a redação dada pela Lei 8.748/93, em seu Art. 1º que inseriu § 1º ao inciso IV desse Art. 16, e o Art. 18 desse Decreto, alterado pela mesma Lei citada, autoriza o julgador indeferir a perícia quando entendêla prescindível, informando suas razões, como feito neste caso. As decisões do Conselho de Contribuintes não possuem efeito vinculante. No mérito, ressalta que são despiciendas as alegações da defesa quanto à falta de razoabilidade da autuação por considerar inexistente a DI, ou GI, fora do prazo, bem como pela apresentação do CO fora do padrão, pois tais questões não foram suscitadas na autuação. Afirma ser incabível a aplicação de preferência tarifária em caso de divergência entre CO e fatura comercial, bem como quando o produto importado é comercializado por terceiro país, sem que tenham sido atendidos os requisitos previstos na legislação de regência. Além dessa divergência, há divergência entre as mercadorias importadas, existindo diferença quanto à sua subposição na Tarifa. O Auto de Infração capitulou correta e minudentemente a situação encontrada nessa importação, de acordo com toda a legislação de regência, seja no âmbito interno, seja no âmbito dos Acordos e suas regulamentações, não estando incluída na autuação, como uma de suas Fl. 312DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 313 5 motivações, a ausência de indicação de quantidades. Esclarece que não se aplica à hipótese dos Autos a Portaria DECEX 15, de 09/08/91, como alegado pela impugnante. Não discute a aplicação da taxa SELIC a título de juros, quando a CF fixa em 12%/ano, pois descabe àquela autoridade julgadora discutir matéria constitucional Com guarda de prazo e garantida a Instância, é apresentado Recurso Voluntário de fls. 80 a 109, que leio em Sessão, a fim de não ser omitido nada dessa peça, mas destacando seus aspectos principais. Inicia a peça recursal dizendo, preliminarmente, que o E. 3º Conselho já decidiu anteriormente os Recursos de nº 123.168, 123.183, 123.918, 123.171, 124.379 e 124.245, sem juntar cópias dos Acórdãos respectivos, dizendo que os entendimentos foram favoráveis à Petrobrás a respeito da mesma matéria deste processo, pedindo sejam mantidas as mesmas decisões. Assevera que o decisum está eivado de nulidades, comprometidas suas premissas e conclusões, por falta de fundamentação válida e eficaz. Assevera a impossibilidade da perda da redução tarifária por motivo de erros formais de preenchimento do CO e de outros documentos, transcrevendo Ementas de Acórdãos do E. 3° Conselho que dizem não se poder declarar nulos COs sem antes consultar os órgãos emitentes. Há contrariedade à orientação sistêmica do órgão central da SRF, a NOTA COANA/COLADI/DITEG 60/97, ou seja, a apresentação das faturas anteriores é despicienda e que “não há exigência expressa de apresentação de duas faturas comerciais. Porém, a decisão considera, ao contrário, obrigatória tal apresentação,e no original das primeiras vias. Flagrante a contrariedade. Afirma que a intermediação de pessoas de terceiro país é corriqueira e não prejudica, por óbvio, o fato da origem, nem que se aplique a redução. Quanto ao descumprimento do Art. 10 da Res. 78, alude a fiscalização à divergência entre os números constantes dos COs e das faturas correspondentes à recompra. Como bem ressalta a NOTA COANA 60/97, o número da fatura comercial aposto na Declaração de Ortigem é condição coadjuvante com essa finalidade. Diz ela ainda: “Registrese, ainda em preliminar, que as exigências foram atendidas, demonstrando assim, além das ilegalidades, a sem razão da NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO (grifo do Relator). Destaca as crescentes dificuldades na captação de recursos, e menores prazos, enfrentadas pelo País, especialmente na importação de petróleo e seus derivados. Insiste no argumento, já apresentado na impugnação, que a intermediação em importações, inclusive no caso de preferência tarifária, já foi apreciada pela NOTA COANA já citada, que concluiu pela regularidade da operação e que não prejudica a redução tarifária, insistindo nas vantagens financeiras para o País. Trata, também, da passagem de mercadorias Fl. 313DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 314 6 em trânsito por um ou mais países não participantes do acordo, o que, se ocorrido, não causa a perda do benefício ora pleiteado. Diz reiterar todos os termos da impugnação e pede seja este AI declarado nulo e/ou insubsistente por ilegalidade, e, se assim não se entender, seja cancelado por sua manifesta improcedência. Este Processo foi enviado por despacho da DRJ/FOR a este E 3º Conselho e encaminhado a este Relator, como noticia o documento Encaminhamento de Processo, acostado pela Secretaria desta Câmara a fls. 116, nada mais existindo nos Autos sobre o assunto. A Segunda Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos negou provimento ao recurso interposto. A PETROBRÁS interpôs recurso especial. É o relatório. Voto Conselheiro Antonio Carlos Atulim, Redator ad hoc Aprecio o Recurso interposto em nome da PETROBRÁS, por estar irresignada com o teor do Acórdão proferido pela Segunda Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes, que ficou assim ementado: NULIDADES DO LANÇAMENTO Rejeitada a argüição de nulidade do lançamento, tendo em vista que a exigência foi formalizada com observância das normas processuais e materiais aplicáveis ao fato em exame. Nulidade Rejeitada. MÉRITO PREFERÊNCIA TARIFÁRIA PREVISTA EM ACORDO INTERNACIONAL. CERTIFICADO DE ORIGEM. É incabível a aplicação de preferência tarifária percentual em caso de divergência entre Certificado de Origem e Fatura Comercial bem como quando o produto importado é comercializado por terceiro país, sem que tenham sido atendidos os requisitos previstos na legislação de regência. Mantidos os juros de mora na forma do que dispõe o ART.61, §2º, da Lei 9430/96. NEGADO PROVIMENTO POR UNANIMIDADE. Fl. 314DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 315 7 Conforme relatado, tratase de notificação de lançamento por descumprimento de cláusula constante do Regime de Origem ALADI. Adoto integralmente o voto proferido pelo Conselheiro José Luiz Novo Rossari, por corresponder à minha opinião sobre a matéria, notando aos destinatários deste voto que devem ser feitas as apropriações fáticas deste processo: Em exame a questão sobre o cabimento do benefício de redução do imposto de importação em face do Acordo de Complementação Econômica no 27 (ACE27), no âmbito da Aladi, para produtos que tenham sido exportados por terceiro país, não signatário desse acordo. No caso, tratase de importação de óleo diesel realizada pela recorrente, objeto de faturamento final pela empresa Braspetro Oil Services Co. (BRASOIL), situada nas Ilhas Cayman. Preliminarmente, e no que respeita à Nota Coana/Colad/Diteg no 60/97, alegada pela recorrente, devese ressaltar que, no que concerne ao regime de origem específico da Aladi, esse ato apenas sugere providências temporárias na hipótese de interveniência de operador de terceiro país. Destarte, esse ato não teve aplicação definitiva quanto ao regramento de origem estabelecido na Aladi, tendo em vista que teve por finalidade determinar as providências sugeridas até que fossem adotadas regras específicas pelo Comitê de Representantes da Aladi, isso em vista de até aquele momento não terem sido regulamentadas as operações envolvendo intervenientes de terceiros países. O referido ato apenas prevê a possibilidade de operação comercial em que participe interveniente de terceiro país, o que é expressamente permitido na legislação da Aladi, observados os requisitos e condições nela estabelecidos. O ACE 27 determina, em seu art. 10, que para a qualificação da origem das mercadorias para as quais se pleiteie o benefício de preferência tarifária, as partes contratantes deverão aplicar o Regime Geral de Origem previsto na Resolução 78 do Comitê de Representantes da Aladi. Dentre os dispositivos instituídos por essa Resolução, para o uso do benefício tarifário, está o que obriga a que a mercadoria seja transportada diretamente da partecontratante exportadora para a partecontratante importadora. Esse dispositivo está contido no Artigo QUARTO, que estabelece, verbis: “QUARTO – Para que as mercadorias originárias se beneficiem dos tratamentos preferenciais, as mesmas devem ter sido expedidas diretamente do país exportador para o país importador. Para esses efeitos, considerase como expedição direta: a) As mercadorias transportadas sem passar pelo território de algum país não participante do acordo. b) As mercadorias transportadas em trânsito por um ou mais países não participantes, com ou sem transbordo ou armazenamento temporário, sob a vigilância da autoridade aduaneira competente nesses países, desde que: Fl. 315DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 316 8 i) o trânsito esteja justificado por motivos geográficos ou por considerações referentes a requerimentos de transporte; ii) não estejam destinadas ao comércio, uso ou emprego no país de trânsito, iii) (...)” destaquei A legislação da Aladi não veda a participação de operador de terceiro país, como dá conta expressamente o Artigo Segundo do Acordo no 91 da ALADI, incorporado pela Resolução no 232 do Comitê de Representantes da Aladi. Assim, não vejo fundamento na motivação exposta no auto de infração, de ocorrência de comércio, como referida na letra “b”, item ii, do retrotranscrito Artigo, razão por que afasto a suposta irregularidade. A caracterização de comércio ali vedada não se trata da venda pura e simples para o operador de terceiro país, e sim, o comércio, no referido país, da mercadoria objeto de trânsito, o que não foi apurado na ação fiscal. No entanto, no caso ora sob exame, não vejo como se possa dar razão à recorrente, tendo em vista que a operação comercial levada a efeito não foi realizada com observância do disposto na letra “b”, item i, do mesmo Artigo QUARTO da Resolução 78 do Comitê de Representantes da Aladi. No caso de que trata este processo, e de conformidade com o que afirma a própria recorrente, a mercadoria foi inicialmente vendida e embarcada para armazenamento em empresa localizada nas Bahamas. Essa operação fere frontalmente o disposto na letra “b”, item i, tendo em vista que o referido embarque não tem qualquer justificativa. Com efeito, o trânsito para esse país não está amparado pela norma que permite tal operação, que obriga a que o trânsito se justifique por motivos geográficos ou por considerações relativas a requerimentos de transporte. Como bem assinalado no auto de infração, conforme mapas anexos, o arquipélago das Bahamas encontrase totalmente distante e localizado em direção praticamente contrária à localização dos portos brasileiros, destino final da mercadoria. Não há motivo justificador desse embarque. Aliás, a recorrente não traz qualquer motivo para a operação, limitandose a afirmar que “a carga vem direto para o Brasil” (sic). Essa afirmação não tem qualquer fundamento. Na verdade, não ocorreu o afirmado embarque direto do país signatário da Aladi, nem qualquer justificativa foi feita, apenas uma afirmação descabida e que foge a qualquer lógica, visto que a mercadoria foi efetivamente embarcada e armazenada em empresa localizada nas Bahamas. Não se questionam nesse processo os aspectos comerciais da recorrente, mesmo por que não é matéria de interesse da administração aduaneira. Nesse sentido, os importadores podem se utilizar das opções comerciais que melhor lhes aprouver. A questão aqui é exclusivamente tributária e, nessa parte, por certo que os interesses comerciais utilizados pelos contribuintes não podem se Fl. 316DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 317 9 sobrepor às regras fiscais existentes, com mais vigor se essas decorrerem de atos internacionais de que o Brasil for signatário. Cumpre observar, por derradeiro, que o caso em exame dá conta de mais uma lide da recorrente que, embora se tratando da maior empresa brasileira, e dispondo de um sólido e eficiente departamento jurídico, não obedece aos regramentos e requisitos básicos e claros previstos na legislação de origem da Aladi, o que causa estranheza, por levar a mais uma lide que poderia ser evitada, porque, por certo, os planejamentos e opções comerciais da recorrente são feitos de forma a que estejam previstos os passos futuros de cada operação comercial levada a efeito. De resto, também não assiste razão à recorrente quando se reporta ao Artigo DEZ da Resolução 78 da Aladi (atual Artigo QUINZE da Resolução 252), tendo em vista que as hipóteses ali referidas dizem respeito à expedição de certificações pelas entidades credenciadas sem o cumprimento das regras de origem estabelecidas no Regime Geral de Origem, casos esses que demandam a comunicação do fato ao país exportador para que adote as medidas necessárias de forma a que se adeque às disposições estabelecidas. Não se trata do caso presente, em que o documento denominado Certificado de Origem foi expedido nos moldes e com o formulário instituído pelo Regime de Origem. Do exposto, entendo que a preferência tarifária somente beneficia as importações que se adequarem às regras previstas nos referidos acordos internacionais. Aquelas que não se conformam com essas determinações não estão contempladas pela preferência tarifária, devendo se processar pelo regime normal de tributação, ficando sujeitas ao Imposto de Importação, calculado sob a alíquota normal estabelecida para a respectiva classificação fiscal, vigente na data do fato gerador, tal como, no caso presente, foi exigido no auto de infração. O trânsito de mercadoria por terceiro país, sem que esteja devidamente justificado por motivos geográficos ou por necessidade de requerimento de transporte, é motivo determinante da perda do benefício da ALADI (Artigo Quarto, “b”, i, da Resolução 78 da Aladi). Destarte, e ainda considerando que devem ser interpretadas de forma não extensiva as disposições tributárias que digam respeito à concessão de benefícios fiscais (art. 112 do CTN), não vejo como dar tratamento benéfico à recorrente na hipótese circunstanciada nos autos, de forma a ultrapassar as determinações da Aladi decorrentes do Tratado de Montevidéu 1980. Finalmente, as alegações pertinentes ao pedido de perícia não laboram em favor da recorrente, visto que a matéria foi devidamente apreciada na decisão recorrida, que considerou não formulado o pedido em face do não atendimento de quesitos obrigatoriamente exigidos na lei, decisão que entendo não merecer reparos. Vejo, por outro lado, que a perícia requerida não teria o condão de sobrepujar os fatos que originaram o auto de infração, em face do embarque da mercadoria para local diverso, quase que diametralmente oposto ao seu destino final, sem qualquer justificativa. Fl. 317DF CARF MF Processo nº 18336.000160/200201 Acórdão n.º 9303000.171 CSRFT3 Fl. 318 10 Diante do exposto, e considerando que os acordos internacionais firmados pelo Brasil devem ser integral e obrigatoriamente observados, voto por que seja negado provimento ao recurso.” Assim sendo voto por desprover o recurso da PETROBRÁS." Embora destoante do resultado anotado na ata da sessão de julgamento do dia 11 de agosto de 2009, adoto o texto acima apenas para o fim de formalizar este acórdão, pois foi este o texto lido naquela assentada. Antonio Carlos Atulim Redator ad hoc Fl. 318DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10670.001519/2006-70
Turma: Segunda Turma Especial
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Mar 16 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Fri Feb 17 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 2002
ÁREAS DE RESERVA LEGAL E DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL (ADA). PRÉ-REQUISITO.
A área de Reserva Legal (Utilização Limitada), para ser excluída na apuração do ITR, além de estar averbada à margem da matrícula do imóvel à época do respectivo fato gerador, deve ser reconhecida, juntamente com a área de Preservação Permanente, como de interesse ambiental pelo Ibama ou por outro órgão conveniado, ou ter sido protocolizado tempestivamente o Ato Declaratório Ambiental (ADA).
A obrigatoriedade de apresentação do ADA como condição para a exclusão das áreas de Utilização Limitada e de Preservação Permanente na apuração do ITR foi instituída pelo art. 17-O, § 1º, da Lei n° 6.938/1981, com a redação dada pelo do art. 1º da Lei n° 10.165/2000.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3802-000.003
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso. Vencido o Conselheiro Luís Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado, que dava provimento.
assinado digitalmente
Rodrigo da Costa Pôssas- Presidente.
assinado digitalmente
Hélcio Lafetá Reis - Redator ad hoc.
Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Mércia Helena Trajano DAmorim (Presidente), Maria de Fátima Oliveira Silva (Relatora) e Luís Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado.
Nome do relator: Relator
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 200903
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Exercício: 2002 ÁREAS DE RESERVA LEGAL E DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL (ADA). PRÉ-REQUISITO. A área de Reserva Legal (Utilização Limitada), para ser excluída na apuração do ITR, além de estar averbada à margem da matrícula do imóvel à época do respectivo fato gerador, deve ser reconhecida, juntamente com a área de Preservação Permanente, como de interesse ambiental pelo Ibama ou por outro órgão conveniado, ou ter sido protocolizado tempestivamente o Ato Declaratório Ambiental (ADA). A obrigatoriedade de apresentação do ADA como condição para a exclusão das áreas de Utilização Limitada e de Preservação Permanente na apuração do ITR foi instituída pelo art. 17-O, § 1º, da Lei n° 6.938/1981, com a redação dada pelo do art. 1º da Lei n° 10.165/2000. Recurso Voluntário Negado.
turma_s : Segunda Turma Especial
dt_publicacao_tdt : Fri Feb 17 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 10670.001519/2006-70
anomes_publicacao_s : 201702
conteudo_id_s : 5681924
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri Feb 17 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3802-000.003
nome_arquivo_s : Decisao_10670001519200670.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : Relator
nome_arquivo_pdf_s : 10670001519200670_5681924.pdf
secao_s : Terceiro Conselho de Contribuintes
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso. Vencido o Conselheiro Luís Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado, que dava provimento. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas- Presidente. assinado digitalmente Hélcio Lafetá Reis - Redator ad hoc. Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Mércia Helena Trajano DAmorim (Presidente), Maria de Fátima Oliveira Silva (Relatora) e Luís Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado.
dt_sessao_tdt : Mon Mar 16 00:00:00 UTC 2009
id : 6653221
ano_sessao_s : 2009
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:56:11 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048945550163968
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1644; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE02 Fl. 65 1 64 S3TE02 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10670.001519/200670 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3802000.003 – 2ª Turma Especial Sessão de 16 de março de 2009 Matéria ITR AUTO DE INFRAÇÃO Recorrente BENEDICTO GIANOTTI Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 2002 ÁREAS DE RESERVA LEGAL E DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL (ADA). PRÉREQUISITO. A área de Reserva Legal (Utilização Limitada), para ser excluída na apuração do ITR, além de estar averbada à margem da matrícula do imóvel à época do respectivo fato gerador, deve ser reconhecida, juntamente com a área de Preservação Permanente, como de interesse ambiental pelo Ibama ou por outro órgão conveniado, ou ter sido protocolizado tempestivamente o Ato Declaratório Ambiental (ADA). A obrigatoriedade de apresentação do ADA como condição para a exclusão das áreas de Utilização Limitada e de Preservação Permanente na apuração do ITR foi instituída pelo art. 17O, § 1º, da Lei n° 6.938/1981, com a redação dada pelo do art. 1º da Lei n° 10.165/2000. Recurso Voluntário Negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por maioria de votos, em negar provimento ao recurso. Vencido o Conselheiro Luís Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado, que dava provimento. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. assinado digitalmente Hélcio Lafetá Reis Redator ad hoc. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 67 0. 00 15 19 /2 00 6- 70 Fl. 65DF CARF MF Processo nº 10670.001519/200670 Acórdão n.º 3802000.003 S3TE02 Fl. 66 2 Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Mércia Helena Trajano DAmorim (Presidente), Maria de Fátima Oliveira Silva (Relatora) e Luís Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado. Relatório O contribuinte Benedicto Gianotti interpôs Recurso Voluntário contra o Acórdão n° 0320.112, proferido pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Brasília/DF, que julgou procedente o lançamento efetuado. Por bem explicitar os fatos ocorridos até o momento da análise da impugnação, adotase o relatório elaborado pela autoridade julgadora de primeira instância: Por meio do auto de infração/anexos de fls. 11/16 e 19, o contribuinte em referência foi intimado a recolher o crédito tributário de R$ 2.315,33, correspondente ao lançamento do ITR/2002, da multa proporcional (75,0%) e dos juros de mora calculados até 31/10/2006, incidente sobre o imóvel rural "Fazendas Reunidas" (NIRF 6.240.0030), com 9.474,7 ha, localizado no município de Januária — MG. A descrição dos fatos, o enquadramento legal da infração e o demonstrativo da multa de oficio e dos juros de mora constam ás fls. 13/16. A ação fiscal, proveniente dos trabalhos de revisão interna da DITR/2002 (fls. 17/18), teve inicio com o termo de fls. 02/03, recepcionado em 22/08/2006 (AR de fls. 04), intimando o contribuinte a apresentar os seguintes documentos: cópia da matricula do imóvel com a averbação da reserva legal e Ato Declaratório Ambiental — ADA ou protocolo de seu requerimento. Em atendimento, o interessado anexou aos autos a correspondência e os documentos de fls. 05/10. No procedimento de análise desses documentos e das informações constantes da DITR/2002, a autoridade fiscal lavrou o referido auto de infração, glosando integralmente as áreas de preservação permanente (1.000,0 ha) e de utilização limitada/reserva legal (1.976,0 ha), com conseqüente aumento da área tributável/aproveitável e da alíquota de cálculo, de 12,00 % para 20,00 %, por ter sido reduzido o grau de utilização do imóvel (GU) de 31,6 % para 21,7 %, tendo sido apurado imposto suplementar de R$ 941,54, conforme demonstrativo de fls. 14. Cientificado do lançamento em 27/11/2006 (AR ás fls. 21), o contribuinte, por meio de representante legal, protocolou em 19/12/2006 a impugnação de fls. 23/27, lastreada nos documentos de fls. 28/32, alegando em síntese que: Fl. 66DF CARF MF Processo nº 10670.001519/200670 Acórdão n.º 3802000.003 S3TE02 Fl. 67 3 de inicio, afirma ser tempestiva a impugnação e faz breve relato do procedimento fiscal, discordando do enquadramento legal adotado, parcialmente transcrito; não há previsão legal para a glosa das áreas não tributáveis, de reserva legal e de preservação permanente, motivada pela apresentação do ADA fora do prazo, pois o descumprimento dessa obrigação acessória não modifica a situação fática; transcreve ementas do Conselho de Contribuintes, para referendar seus argumentos; a área de reserva legal está devidamente averbada em cartório desde 08/06/2001, e o respectivo termo de Responsabilidade de Preservação de Floresta foi firmado junto ao IEF em 29/06/2001. Ao final, requer seja o sujeito passivo exonerado das exigências contidas no referido auto de infração. Oferecida a impugnação, esta não restou acolhida, nos termos do acórdão nº 0320.112 (fls. 40 a 44, que correspondem às fls. 46 a 50 do processo digitalizado). Segundo o entendimento do órgão julgador a quo, uma vez não cumpridas as exigências para serem consideradas como áreas não tributáveis, devese manter a glosa das áreas de Preservação Permanente (1.000,0 ha) e de Utilização Limitada/Reserva Legal (1.976,0 ha) informadas na DITR/2002. Cientificado da decisão de primeira instância, o sujeito passivo interpôs o presente Recurso Voluntário e reafirmou as razões de mérito apresentadas na impugnação. Destacou o Recorrente que o objetivo do legislador foi excluir da tributação do ITR as áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal, áreas essas indispensáveis à manutenção do meio ambiente, e que, restando provado por qualquer meio licito admitido em direito essa circunstância, pode o sujeito passivo fazer a exclusão para fins de apuração do ITR. Ressaltou, ainda, que a Administração tributária federal não tem competência para, por meio de instrução normativa, inserir no campo da incidência tributária aquilo que o legislador excluiu. É o relatório. Voto Conselheiro Hélcio Lafetá Reis, redator ad hoc Por intermédio do Despacho de fl. 64, nos termos do art. 17, III, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015, incumbiume o Presidente Substituto da Segunda Câmara da Terceira Seção do CARF a formalizar o presente acórdão, dado que o relator original não mais integra nenhum dos Colegiados do CARF. Fl. 67DF CARF MF Processo nº 10670.001519/200670 Acórdão n.º 3802000.003 S3TE02 Fl. 68 4 O presente voto foi elaborado com base no resultado constante da ata de julgamento, tendose em conta a jurisprudência da 2ª Turma Especial da 2ª Câmara da 3ª Seção de Julgamento do CARF. O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos para sua admissibilidade. Dele se tomou conhecimento. Conforme se extrai do relatório supra, controvertese nos autos sobre a possibilidade de exclusão das áreas de Utilização Limitada (Reserva Legal) e de Preservação Permanente na apuração do ITR do exercício 2002. Conforme destacou o relator do voto condutor do acórdão recorrido, apesar de o requerente ter comprovado nos autos a averbação tempestiva da área de Utilização Limitada/Reserva Legal, confirmouse o não cumprimento da segunda exigência para a exclusão dessa área e da área de Preservação Permanente na apuração do ITR, qual seja: o reconhecimento das áreas ambientais do imóvel como de interesse ambiental por meio de Ato Declaratório Ambiental (ADA), emitido pelo Ibama ou outro órgão conveniado, ou, pelo menos, a protocolização tempestiva do requerimento. A obrigatoriedade de utilização do ADA não consta apenas de instruções normativas, como alega o Recorrente, mas também de dispositivo legal, conforme se verifica do teor do art. 17O, § 1º, da Lei nº 6.938/1981, com redação dada pelo art. 1° da Lei nº 10.165/2000, a seguir transcritos: Art.170 Os proprietários rurais que se beneficiarem com redução do valor do imposto sobre a Propriedade Territorial Rural — ITR, com base em Ato Declaratório ambiental — ADA, deverão recolher ao Ibama importância prevista no item 3.11 do Anexo VII da Lei n° 9.960, de 29 de janeiro de 2000, a título de Taxa de Vistoria. (...) § 1º A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar do ITR é obrigatória. Verificase, portanto, que a partir da edição da Lei n° 10.165/2000, o ADA passou a ser obrigatório para efeito de exclusão da base de cálculo do ITR das referidas áreas de proteção ambiental, alcançando, por conseguinte, o presente processo referente ao ITR do exercício de 2002. Merece reproduzir aqui o seguinte trecho do acórdão recorrido em que se indicam razões adicionais para a manutenção da glosa das áreas de Utilização Limitada (Reserva Legal) e de Preservação Permanente: Para o exercício de 2002 e considerado o art. 10, § 4º, inciso II, da citada IN/SRF n° 043/1997, e, especificamente, o § 3º do art. 9° da IN/SRF no 256/2002, essa aplicada ao ITR/2002, o prazo para a protocolização, junto ao IBAMA ou a órgão conveniado, do requerimento do Ato Declaratório Ambiental ADA expirou em 31 de março de 2003, ou seja, seis meses após o termo final para a entrega da DITR/2002 (30/09/2002, de acordo com a IN/SRF n° 187/2002). Fl. 68DF CARF MF Processo nº 10670.001519/200670 Acórdão n.º 3802000.003 S3TE02 Fl. 69 5 Essa exigência não foi cumprida, pois o ADA foi requerido intempestivamente, em 08/11/2004, conforme protocolo de fls. 30. Também, o Manual de Perguntas e Respostas do ITR/2002, elaborado após a edição das citadas Medidas Provisórias, assim orientou: Pergunta 66: Qual é o prazo máximo para requerimento do Ato Declaratório Ambiental (ADA)? O ADA deve ser protocolizado no IBAMA no prazo de até 6 (seis) meses, contado a partir do término do prazo fixado para a entrega da declaração. Caso o ADA não seja requerido tempestivamente, ou seja denegado o requerimento, será efetuado lançamento de oficio, com os acréscimos legais cabíveis. Assim, tornase imprescindível que as áreas de utilização limitada/reserva legal e de preservação permanente sejam reconhecidas mediante ato do IBAMA/órgão conveniado ou, no mínimo, que seja comprovada a protocolização tempestiva do ADA, nos termos da citada IN e da intimação inicial. (fl. 43, que corresponde à fl. 49 do processo digitalizado) Com base nestes fundamentos, a maioria do Colegiado negou provimento ao recurso voluntário. assinado digitalmente Hélcio Lafetá Reis Redator ad hoc Fl. 69DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13964.000284/2004-20
Data da sessão: Mon Mar 16 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Thu Nov 30 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 3802-000.002
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator.
(assinado digitalmente)
Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício e Redator ad hoc
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria de Fátima Oliveira Silva (Relatora), Luiz Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado e Mércia Helena Trajano dAmorim (Presidente).
Nome do relator: Não se aplica
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:17:28 UTC 2021
anomes_sessao_s : 200903
dt_publicacao_tdt : Thu Nov 30 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 13964.000284/2004-20
anomes_publicacao_s : 201711
conteudo_id_s : 5805231
dt_registro_atualizacao_tdt : Fri Dec 08 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3802-000.002
nome_arquivo_s : Decisao_13964000284200420.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : Não se aplica
nome_arquivo_pdf_s : 13964000284200420_5805231.pdf
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas - Presidente em exercício e Redator ad hoc Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria de Fátima Oliveira Silva (Relatora), Luiz Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado e Mércia Helena Trajano dAmorim (Presidente).
dt_sessao_tdt : Mon Mar 16 00:00:00 UTC 2009
id : 7041694
ano_sessao_s : 2009
atualizado_anexos_dt : Tue Oct 19 19:15:05 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1714076783306866688
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1848; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE02 Fl. 60 1 59 S3TE02 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13964.000284/200420 Recurso nº Voluntário Resolução nº 3802000.002 – 2ª Turma Especial Data 16 de março de 2009 Assunto Solicitação de Diligência Recorrente WALUCK LTDA. ME Recorrida FAZENDA NACIONAL Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento em diligência, nos termos do voto do Relator. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Presidente em exercício e Redator ad hoc Participaram do presente julgamento os Conselheiros Maria de Fátima Oliveira Silva (Relatora), Luiz Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado e Mércia Helena Trajano d’Amorim (Presidente). Relatório Na condição de Presidente em exercício da Segunda Câmara da Terceira Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e no uso das atribuições conferidas pelo art. 17, inciso III1, do Anexo II do Regimento Interno do CARF (RICARF), designome Redator ad hoc para formalizar a presente resolução, tendo em vista que a Relatora originária não mais integra nenhum dos Colegiados deste Conselho. Por bem explicitar os fatos ocorridos até o momento da decisão recorrida, adota se o relatório da autoridade julgadora de primeira instância: 1 Art. 17. Aos presidentes de turmas julgadoras do CARF incumbe dirigir, supervisionar, coordenar e orientar as atividades do respectivo órgão e ainda: (...) III designar redator ad hoc para formalizar decisões já proferidas, nas hipóteses em que o relator original esteja impossibilitado de fazêlo ou ñão mais componha o colegiado; RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 39 64 .0 00 28 4/ 20 04 -2 0 Fl. 60DF CARF MF Processo nº 13964.000284/200420 Resolução nº 3802000.002 S3TE02 Fl. 61 2 A optante pelo Sistema Integrado de Pagamentos de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES foi excluída de oficio pelo Ato Declaratório Executivo DRF/FNS n° 533.640, de 02 de agosto de 2004, fl. 13, com efeitos a partir de 01/08/2003, com base nos fundamentos de fato e de direito indicados: Data da opção pelo Simples: 01/01/2003 Situação excludente: (evento 306): Descrição: atividade econômica vedada: 29947/00 Manutenção e reparação de máquinasferramenta Data da ocorrência: 24/07/2003 Fundamentação legal: Lei n° 9.317, de 05/12/1996: art. 9', XIII; art. 12; art. 14, I; art. 15, II. Medida Provisória n° 2.15834, de 27/07/2001: art. 73. Instrução Normativa SRF n° 355, de 29/08/2003: art. 20, XII; art. 21; art. 23, I; art. 24, II, c/c parágrafo único. Cientificada em 26/08/2004, fl. 12, a optante em 21/09/2004 apresentou manifestação de inconformidade, fls. 01/02, com as alegações abaixo sintetizadas. Discorre sobre a exclusão efetuada de ofício contra a qual se insurge ao argumento de que não houve qualquer restrição de ofício à sua opção. Tece esclarecimentos aos eventuais prejuízos decorrentes do procedimento. Com o objetivo de sustentar o instrumento jurídico de que quer se socorrer, interpreta a legislação de regência. Menciona que o entendimento da administração lhe é favorável, uma vez que o exercício de sua atividade econômica prescinde de habilitação profissional legalmente exigida. Em face do exposto requer o cancelamento do ato de exclusão. Tendo em vista o Despacho DRJ/BHE n° 19, de 26 de julho de 2007, fls. 14/15, a diligência foi realizada com observância do disposto no art. 10, § 8° do art. 15 e § 2° do art. 22 da Portaria MF n° 58, de 17 de março de 2006, para identificar a atividade efetivamente exercida pela interessada perante a qual as receitas são auferidas a partir de 01/08/2003. Novamente cientificada em 23/10/2007, fl. 32, a requerente apresentou novas razões de defesa, fl. 34. Nessa oportunidade ela afirma que não presta serviço profissional de engenheiro e que optou pelo Simples Nacional. Em face do exposto, reitera sua solicitação de cancelamento da exclusão. Houve alteração da competência para o julgamento em primeira instância do presente processo pela Portaria SRF n° 10.621, de 6 de julho de 2007. Fl. 61DF CARF MF Processo nº 13964.000284/200420 Resolução nº 3802000.002 S3TE02 Fl. 62 3 Em 17 de dezembro de 2007, por meio do acórdão nº 0216.621, a DRJ Belo Horizonte/MG julgou improcedente a manifestação de inconformidade, cuja ementa assim dispôs: ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Exercício: 2004 OPÇÃO Vedada a opção pelo Simples pela pessoa jurídica que presta serviço de manutenção de equipamento industrial, por caracterizar prestação de serviço profissional de engenheiro. Solicitação Indeferida Inconformado com a decisão da DRJ Belo Horizonte/MG, o contribuinte apresentou, tempestivamente, Recurso Voluntário e requereu a realização de perícia para se comprovarem os fatos controvertidos nos autos, considerandose que não houvera prestação de nenhum dos serviços elencados no processo, aduzindo ainda o seguinte: a) as alegações que justificam a sua exclusão do Simples jamais foram provadas, sendo o ônus da prova da pessoa que alega; b) as provas de que a empresa não se utiliza dos serviços de engenharia são as próprias notas fiscais apresentadas, onde constam apenas três tipos de serviços: prestação de serviços de monitoramento (predominante), serviços de torno, plaina e solda e instalação de sistemas de alarmes. Junto ao Recurso Voluntário, o contribuinte traz aos autos cópia da quinta alteração e consolidação do contrato social, datada de 25 de fevereiro de 2008, em que passou a constar como seu objeto social o "monitoramento de sistema de segurança e serviços de usinagem". É o relatório. Voto Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas, Redator ad hoc A elaboração deste voto, para o qual designeime para formalizálo, nos termos do art. 17, III, do Anexo II do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (RICARF), aprovado pela Portaria MF nº 343, de 9 de junho de 2015, deve refletir a posição adotada pela unanimidade do Colegiado, tendose em conta o resultado constante da ata de julgamento. Preenchidos os pressupostos de admissibilidade e tempestivamente interposto, nos termos do Decreto nº 70.235/72, conheço do recurso, passando à análise das razões nele expostas. Fl. 62DF CARF MF Processo nº 13964.000284/200420 Resolução nº 3802000.002 S3TE02 Fl. 63 4 Conforme se verifica da Informação Fiscal, presente às fls. 35 a 36, na realização da diligência requerida pela Delegacia de Julgamento, a repartição de origem se restringiu a descrever o contrato social e as notas fiscais apresentadas pelo contribuinte, não cotejando tais elementos com a norma de regência sob comento, o que veio a ser feito somente no julgamento de primeira instância. Conforme consta da referida Informação Fiscal, de acordo com as notas fiscais emitidas pelo contribuinte no período de abril de 2002 a agosto de 2007, houve a prestação dos seguintes serviços: (i) serviço de monitoramento (predominante), (ii) serviço de torno, plaina e soldas e (iii) instalação de sistemas de alarme (fl. 36). Na oportunidade, o contribuinte apresentou uma declaração (fl. 34) em que afirmou que "a atividade de INSTALAÇÃO, REPARAÇÃO, MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E FERRAMENTAS CNAE 29947/00, constante no contrato social, nunca foi exercida virtude a empresa não ter em seu quadro de pessoal um engenheiro mecânico responsável pela responsabilidade técnica". Informou, ainda, que a sua "receita sempre originouse sob CNAE com direito opção pelo SIMPLES FEDERAL e atualmente ao SIMPLES NACIONAL". Na decisão de primeira instância, o julgador administrativo consignou que a "hipótese de indeferimento da opção da requerente pelo Simples com efeito desde 01/08/2003, fundamentada na prestação de serviço de manutenção e reparação de máquinasferramenta, pressupõe a obtenção de receita proveniente da atividade vedada, qualquer que seja a sua proporção em relação à totalidade auferida pela pessoa jurídica" (fl. 40). Registrouse, também, que, de acordo com a 4ª Alteração Contratual, "a requerente tem como objeto a prestação de serviços de instalação, reparação e manutenção de máquinasferramenta" (fl. 40) e que, de acordo com as notas fiscais analisadas, foram prestados, no período sob análise, "serviços de tornos, plainas e soldas, em especial para a sociedade industrial Fertisanta Fertilizantes Santa Catarina Ltda, CNPJ 85.319.317/000148, que fabrica adubos e fertilizantes" (fls. 40 e 41), serviços esses que, segundo o julgador, se subsumem na qualidade de serviços de engenharia (montagem e manutenção de equipamento industrial), de acordo com o Ato Declaratório Normativo (ADN) n° 04, de 22 de fevereiro de 2000, do CoordenadorGeral do Sistema de Tributação (Cosit)2. Em seu Recurso Voluntário, o contribuinte reafirma a não prestação de serviços de engenharia e traz aos autos cópia de alteração contratual, datada de 25 de fevereiro de 2008, em que seu objeto social passou a ser descrito como "monitoramento de sistema de segurança e serviços de usinagem" (fls. 48 e 50). Conforme se verifica do voto condutor do acórdão recorrido (fls. 40 e 41), o julgador de primeira instância fundamentou sua decisão no ADN Cosit nº 4/2000, que define que a prestação de serviços de montagem e manutenção de equipamentos industriais caracterizase como serviço de engenharia, e, a partir da análise das notas fiscais dos serviços prestados, concluiu que os serviços de tornos, plainas e soldas são da responsabilidade de profissionais da engenharia, sendo, por conseguinte, impeditivos à opção pelo Simples. 2 [...] declara, em caráter normativo, às Superintendências Regionais da Receita Federal, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento e aos demais interessados que não podem optar pelo SIMPLES as pessoas jurídicas que prestem serviços de montagem e manutenção de equipamentos industriais, por caracterizar prestações de serviço profissional de engenharia. Fl. 63DF CARF MF Processo nº 13964.000284/200420 Resolução nº 3802000.002 S3TE02 Fl. 64 5 Eis a afirmativa do julgador a quo: "Ela não pode optar pelo Simples porque presta serviço de montagem e manutenção de equipamento industrial caracterizado prestação de serviço profissional de engenharia. Logo, não cabe razão à requerente." (fl. 41) Destaquese que a afirmativa supra não corresponde exatamente ao que se apurou nas notas fiscais, pois nestas, conforme discrimina o próprio julgador administrativo, não consta de forma clara e evidente que o contribuinte tivesse prestado serviço de "montagem" de equipamento industrial, nem de sua "manutenção", pois, conforme se constatou da análise das referidas notas fiscais, o contribuinte, na condição de contratado, prestou, ele mesmo, serviços de torno, plaina e soldas e não de instalação e manutenção de máquinas industriais. Essa constatação, a princípio, inviabiliza a aplicação peremptória do ADN Cosit nº 4/2000, pois este pressupõe, para os fins a que se destina, a prestação tanto de serviços de instalação quanto de manutenção de equipamentos industriais, o que não se confunde com a prestação de serviços específicos diretamente pelo contratado. Nesse sentido, com vistas a dirimir dúvidas quanto à natureza da efetiva atividade do Recorrente, bem como quanto à sua possível caracterização como serviço profissional de engenharia, voto por converter o julgamento em diligência à repartição de origem, para que sejam empreendidas as análises necessárias ao esclarecimento dos fatos controvertidos nos autos, inclusive, caso se mostre necessário, com a realização de diligência junto ao estabelecimento do Recorrente. Os resultados da diligência deverão ser registrados em relatório circunstanciado e cientificados ao contribuinte, oportunizandolhe o prazo de 30 dias para se manifestar, após o quê os presentes autos deverão retornar a este Colegiado para prosseguimento. É o voto. (assinado digitalmente) Rodrigo da Costa Pôssas Fl. 64DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11050.002436/2001-53
Turma: Segunda Turma Especial
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceiro Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Mon Mar 16 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Tue Jan 17 00:00:00 UTC 2017
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Exercício: 1996
DECADÊNCIA. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA.
A ciência da notificação do lançamento com base em declaração ocorreu dentro do prazo decadencial estabelecido pelo art. 173, I, do CTN.
Somente se perquire acerca de prescrição quando o crédito tributário encontra-se definitivamente constituído, o que somente se dá com o encerramento da fase administrativa litigiosa.
Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR
Exercício: 1996
VALOR DA TERRA NUA (VTN). CONTESTAÇÃO. NECESSIDADE DE PROVA.
O lançamento que tenha sua origem em valores oriundos de pesquisa nacional de preços de terra, publicados em atos normativos nos termos da legislação, é passível de modificação somente se, na contestação, forem oferecidos elementos de convicção, embasados em Laudo Técnico, elaborado em consonância com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que demonstre valor de mercado diferente.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DO EMPREGADOR. BASE DE CÁLCULO.
Na área rural, a base de cálculo para apurar a contribuição sindical do empregador é vinculada à parcela de capital das empresas rurais, que deve constar de registro na junta comercial. Para pessoa física, ou mesmo para pessoa jurídica que não haja informado o valor da parcela de capital relativa à propriedade rural tributada, esta base de cálculo é o Valor da Terra Nua tributado.
Recurso Voluntário Negado.
Numero da decisão: 3802-000.007
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de decadência arguida e, no mérito, em negar provimento ao recurso.
assinado digitalmente
Rodrigo da Costa Pôssas- Presidente.
assinado digitalmente
Hélcio Lafetá Reis - Redator ad hoc.
Participaram do presente julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano DAmorim (Presidente), Maria de Fátima Oliveira Silva e Luis Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado (Relator).
Nome do relator: Relator
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 200903
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Exercício: 1996 DECADÊNCIA. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. A ciência da notificação do lançamento com base em declaração ocorreu dentro do prazo decadencial estabelecido pelo art. 173, I, do CTN. Somente se perquire acerca de prescrição quando o crédito tributário encontra-se definitivamente constituído, o que somente se dá com o encerramento da fase administrativa litigiosa. Assunto: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Exercício: 1996 VALOR DA TERRA NUA (VTN). CONTESTAÇÃO. NECESSIDADE DE PROVA. O lançamento que tenha sua origem em valores oriundos de pesquisa nacional de preços de terra, publicados em atos normativos nos termos da legislação, é passível de modificação somente se, na contestação, forem oferecidos elementos de convicção, embasados em Laudo Técnico, elaborado em consonância com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que demonstre valor de mercado diferente. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DO EMPREGADOR. BASE DE CÁLCULO. Na área rural, a base de cálculo para apurar a contribuição sindical do empregador é vinculada à parcela de capital das empresas rurais, que deve constar de registro na junta comercial. Para pessoa física, ou mesmo para pessoa jurídica que não haja informado o valor da parcela de capital relativa à propriedade rural tributada, esta base de cálculo é o Valor da Terra Nua tributado. Recurso Voluntário Negado.
turma_s : Segunda Turma Especial
dt_publicacao_tdt : Tue Jan 17 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 11050.002436/2001-53
anomes_publicacao_s : 201701
conteudo_id_s : 5672373
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Jan 17 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 3802-000.007
nome_arquivo_s : Decisao_11050002436200153.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : Relator
nome_arquivo_pdf_s : 11050002436200153_5672373.pdf
secao_s : Terceiro Conselho de Contribuintes
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de decadência arguida e, no mérito, em negar provimento ao recurso. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas- Presidente. assinado digitalmente Hélcio Lafetá Reis - Redator ad hoc. Participaram do presente julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano DAmorim (Presidente), Maria de Fátima Oliveira Silva e Luis Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado (Relator).
dt_sessao_tdt : Mon Mar 16 00:00:00 UTC 2009
id : 6613065
ano_sessao_s : 2009
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:55:07 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713048691056574464
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 9; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1876; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3TE02 Fl. 39 1 38 S3TE02 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 11050.002436/200153 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3802000.007 – 2ª Turma Especial Sessão de 16 de março de 2009 Matéria ITR NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO Recorrente EVALDO LONGO MARCHANT Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Exercício: 1996 DECADÊNCIA. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. A ciência da notificação do lançamento com base em declaração ocorreu dentro do prazo decadencial estabelecido pelo art. 173, I, do CTN. Somente se perquire acerca de prescrição quando o crédito tributário encontrase definitivamente constituído, o que somente se dá com o encerramento da fase administrativa litigiosa. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR Exercício: 1996 VALOR DA TERRA NUA (VTN). CONTESTAÇÃO. NECESSIDADE DE PROVA. O lançamento que tenha sua origem em valores oriundos de pesquisa nacional de preços de terra, publicados em atos normativos nos termos da legislação, é passível de modificação somente se, na contestação, forem oferecidos elementos de convicção, embasados em Laudo Técnico, elaborado em consonância com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que demonstre valor de mercado diferente. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DO EMPREGADOR. BASE DE CÁLCULO. Na área rural, a base de cálculo para apurar a contribuição sindical do empregador é vinculada à parcela de capital das empresas rurais, que deve constar de registro na junta comercial. Para pessoa física, ou mesmo para pessoa jurídica que não haja informado o valor da parcela de capital relativa à propriedade rural tributada, esta base de cálculo é o Valor da Terra Nua tributado. Recurso Voluntário Negado. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 05 0. 00 24 36 /2 00 1- 53 Fl. 39DF CARF MF Processo nº 11050.002436/200153 Acórdão n.º 3802000.007 S3TE02 Fl. 40 2 Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em rejeitar a preliminar de decadência arguida e, no mérito, em negar provimento ao recurso. assinado digitalmente Rodrigo da Costa Pôssas Presidente. assinado digitalmente Hélcio Lafetá Reis Redator ad hoc. Participaram do presente julgamento os conselheiros Mércia Helena Trajano DAmorim (Presidente), Maria de Fátima Oliveira Silva e Luis Alberto Pinheiro Gomes e Alcoforado (Relator). Relatório O contribuinte Evaldo Longo Marchant interpôs Recurso Voluntário contra o Acórdão n° 0412.360, proferido Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Campo Grande/MS, que julgou procedente o lançamento efetuado. Por bem explicitar os fatos ocorridos até o momento da análise da impugnação, adotase o relatório proferido pela autoridade julgadora de primeira instância: Exigese do interessado o pagamento do crédito tributário lançado relativo ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural — ITR, Contribuição Sindical à Confederação Nacional da Agricultura — CNA e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural — SENAR, do exercício de 1996, no valor total de R$ 42,28, referente ao imóvel rural sem denominação, com área total de 30,0 ha, Número na Receita Federal — NIRF 3.315.290 0, localizado no município de Rio Grande — RS, cuja base legal consta da Notificação de Lançamento de fl. 03, com data de vencimento ocorrida em 28/12/2001. 2. Em 05/12/2001 foi apresentada impugnação, fls. 01 e 02, na qual, após explanar, sinteticamente, sobre o lançamento, destacando o seu valor e o Valor da Terra Nua — VTN, alegou, em resumo, o seguinte: 2.1. Explanando sobre a economia, com inflação atual em baixa, disse não poder admitirse uma tributação lançada de oficio, sobre um exercício à beira da prescrição, tenha valores e encerre tributos maiores do que o lançado no último exercício, regularmente tributado. 2.2. Aprofundandose na questão dos valores e destacando os problemas da pecuária, contemporâneos à época do vencimento do lançamento impugnado, alegou serem absurdos esses valores em comparação com o exercício de 2001. Fl. 40DF CARF MF Processo nº 11050.002436/200153 Acórdão n.º 3802000.007 S3TE02 Fl. 41 3 2.3. Questionou, também, a cobrança da contribuição sindical, alegando haver sido ferido o disposto no artigo 581, da Consolidação das Leis do Trabalho — CLT, uma vez que não foi considerado o fato de o requerente ter mais de um imóvel em Rio Grande e que o mesmo tem uma alíquota regressiva e colocada da forma que foi, está sendo sempre aplicada sobre a alíquota máxima. 2.4. Há de se considerar, ainda, que a contribuição sindical é um imposto urbano, com regras urbanas que, estendido ao mundo rural, se distorce completamente, eis que enquanto o capital da empresa somente é alterado por aporte de bens ou moeda corrente, na sistemática utilizada na presente cobrança ele é corrigido de acordo com o VTN, fato não previsto no § 3°, do antes mencionado artigo e que disciplina seu pagamento. 2.5. No caso o imposto deve ser lançado sobre o valor histórico do imóvel, ou seja, seu valor de aquisição e em conjunto com os demais imóveis registrados em nome cio proprietário. 2.6. Ante o exposto requereu seja reconsiderado o valor cobrado nos mesmos valores do ano de 1997 ou de 2001. 3. Instruiu sua impugnação com a notificação de fl. 03. 4. Das fls. 08 a 10 são correção do processo quanto a documentos do impugnante. 5. A fl. 11 é a consulta de lançamento juntada nesta Delegacia. Tempestivamente oferecida a impugnação, esta não restou acolhida, nos termos do Acórdão 0412.360, fls. 18/26. Segundo o entendimento do órgão julgador a quo, o lançamento foi efetuado com base nas informações que constam do cadastro do imóvel rural, declaradas pelo próprio contribuinte, e atendeu aos requisitos legais, não existindo razão a ensejar sua nulidade. No que diz respeito à discordância do recorrente quanto ao VTN, base de cálculo do imposto, a decisão da DRJ manteve o valor original, sob o fundamento de que o interessado não apresentou Laudo Técnico que lhe permitiria reduzir o VTN de sua propriedade. Cientificado da decisão de primeira instância, o sujeito passivo interpôs o presente Recurso Voluntário, no qual argui, preliminarmente, a decadência/prescrição da exigência, além de reafirmar as razões de mérito apresentadas na impugnação. É o relatório. Voto Conselheiro Hélcio Lafetá Reis, redator ad hoc Por intermédio do Despacho de fl. 38, nos termos do art. 17, III, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF, aprovado pela Portaria MF 343, de 09 de junho de 2015, incumbiume o Presidente Substituto da Segunda Fl. 41DF CARF MF Processo nº 11050.002436/200153 Acórdão n.º 3802000.007 S3TE02 Fl. 42 4 Câmara da Terceira Seção do CARF a formalizar o presente acórdão, dado que o relator original não apresentou seu voto e não mais integra nenhum dos Colegiados do CARF. O presente voto foi elaborado com base no resultado constante da ata de julgamento, tendose em conta a jurisprudência do então 3º Conselho de Contribuintes e da 3ª Seção do CARF. O recurso é tempestivo e atende aos demais requisitos para sua admissibilidade. Dele se tomou conhecimento. No que diz respeito à questão preliminar da decadência, suscitada no recurso voluntário, não há como dar razão ao Recorrente. A notificação de lançamento em análise é referente ao ITR do exercício 1996, tendo sido emitida em 13/11/2001 (fl. 06 do processo digital), com ciência dada ao contribuinte em 23/11/2001, conforme AR de fl. 10, sendo que o contribuinte não efetuou pagamento, ainda que parcial, referente à exigência em foco. No exercício de 1996, anteriormente à vigência da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, o ITR era lançado com base em declaração prestada pelo sujeito passivo, situação em que a regra decadencial aplicável é aquela prevista no art. 173, inciso I, do CTN (cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado). Sendo a exigência referente ao exercício de 1996, iniciase sua contagem a partir de 01/01/1997, encerrandose o quinquênio legal em 31/12/2001. Constatase, portanto, que a ciência da notificação do lançamento ocorreu dentro do prazo legal. Quanto à alegada prescrição, devese ressaltar que, nos termos do art. 151, inciso III, do CTN, as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário fiscal, suspendem a exigibilidade do crédito tributário. Em razão da impugnação apresentada pelo contribuinte foi instaurada a fase litigiosa do procedimento, nos termos do art. 14 do Decreto n° 70.235/1972 (PAF), com a consequente suspensão da exigibilidade do crédito tributário, não estando configurada, até a presente data, a sua constituição definitiva, que é o termo a quo da contagem do prazo prescricional previsto no art. 174 do CTN. Assim, enquanto o crédito tributário não estiver definitivamente constituído, o que só ocorre após o encerramento da fase litigiosa, não se inicia a contagem do prazo prescricional. Ultrapassadas as suscitadas questões da decadência e da prescrição, constata se que o Colegiado votou pela manutenção do lançamento, sendo que, no recurso voluntário, não foram apresentadas novas razões de mérito. Adotase, portanto, o voto proferido pela DRJ/Campo Grande, que não foi reformado pelo julgamento do CARF, do qual transcrevemse as partes essenciais para compreender a solução dada ao presente litígio: 8. O lançamento em foco foi legal e corretamente efetuado. Preencheu todos os requisitos necessários para sua elaboração, não existindo nenhum vício formal ou material que exija sua anulação. Fl. 42DF CARF MF Processo nº 11050.002436/200153 Acórdão n.º 3802000.007 S3TE02 Fl. 43 5 9. Inicialmente serão analisadas as matérias de preliminar, apesar de estar já na parte final da impugnação, onde o interessado reclama da legislação relativa à contribuição sindical, a qual é urbana e que quando estendido para o mundo rural se distorce completamente, e, entre outros assuntos, disse que deveria ser lançada sobre o valor histórico do imóvel. 10. Neste aspecto, deve ser esclarecido que não cabe a apreciação na esfera administrativa de matéria reservada ao Poder Judiciário, pois, compete a esta Delegacia, como membro integrante do Poder Executivo, julgar, administrativamente, os processos de exigência de créditos tributários relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, sem entrar no mérito da legislação em si, de como deveria ou não ser ou, ainda, se é ou não inconstitucional. (...) 14. Logo, em obediência ao principio da legalidade objetiva, estampado na Constituição Federal, durante todo o curso do processo fiscal, onde o lançamento está em discussão, os atos praticados pela administração obedecerão aos estritos ditames da lei, com o fito de assegurarlhe a adequada aplicação, sendo lhe defeso apreciar arguições de aspectos de sua incorreção ou da constitucionalidade. 1 (...) 16. Superada, assim, as questões preliminares analisaremos o mérito. 17. Relativamente ao tipo de lançamento equivocouse o interessado ao afirmar tratarse de lançamento de oficio, pois, de acordo com a notificação, tratase de lançamento por declaração, efetuado com base nos dados constantes do cadastro do imóvel, declarado pelo próprio contribuinte, não se vislumbrando nessa notificação nenhum tipo de penalidade. 18. No que diz respeito aos valores do lançamento, a discordância está vinculada, diretamente, ao VTN, base de cálculo do crédito tributário em pauta. 19. Para encontrar o valor do ITR a base de cálculo é o VTN, apurado no dia 31 de dezembro do exercício anterior, como consta no art. 3°, da Lei 8.847/1994, apontando em seu § 1° como proceder: Art. 3º A base de cálculo do imposto é o Valor da terra Nua — VTN, apurado no dia 31 de dezembro do exercício anterior. § 1° O VTN é o valor do imóvel, excluído o valor dos seguintes bens incorporados ao imóvel: 1 Da mesma forma que ocorre com as DRJs, os julgadores do CARF não podem afastar a aplicação de lei vigente, nos termos da Súmula CARF nº 2 (O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária). Fl. 43DF CARF MF Processo nº 11050.002436/200153 Acórdão n.º 3802000.007 S3TE02 Fl. 44 6 I construções, instalações e benfeitorias; II culturas permanentes e temporárias;III pastagens cultivadas e melhoradas;IV florestas plantadas." 20. O valor encontrado, porém, não deverá ser inferior ao VTN mínimo VTNm, como dispõe o § 2° do mesmo artigo de lei: "§ 2° O Valor da Terra Nua mínimo VTNm por hectare, fixado pela Secretaria da Receita Federal, ouvido o Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, em conjunto com as Secretarias de Agricultura dos Estados respectivos, terá como base levantamento de preços do hectare da terra nua, para os diversos tipos de terras existentes no município. 21. De acordo com a DITR apresentada, o interessado havia atribuído a sua propriedade o VTN de R$ 10.000,00, que corresponde a R$ 333,33 por hectare. Em atendimento ao dispositivo acima e ao artigo 10 da Portaria Interministerial MEFP/MARA n° 1.275, de 27 de dezembro de 1991, foi levantado o VTNm para todos os municípios do Brasil e publicado em tabela anexa à IN/SRF n° 58/1996. Para o município de localidade do imóvel o valor fixado foi de R$ 419,87 por hectare, fl. 11, alcançando o VTN tributado de 12.596,10, que serviu de base para apurar o ITR e as contribuições, resultando em um valor total de apenas R$ 1,41 por hectare. 22. Por outro lado, na hipótese de o contribuinte não concordar com o valor lançado, a administração abriulhe a possibilidade de rever essa valoração, por meio de laudo técnico emitido por entidade de reconhecida capacitação técnica ou profissional devidamente habilitado, como consta no § 4°, do artigo 3°, da lei já mencionada: § 4° A autoridade administrativa competente poderá rever, com base em laudo técnico emitido por entidade de reconhecida capacitação técnica ou profissional devidamente habilitado, o Valor da Terra Nua mínimo VTNm, que vier a ser questionado pelo contribuinte. 23. Fazse necessário, então, a revisão daqueles valores pela autoridade julgadora de primeira instância, quando a reclamação tem como suporte o Laudo Técnico, que veio exatamente para suprir falha, porventura existente, na apuração dos valores da terra nua, que embora elaborado por entidades especializadas e de grande conceito, trouxeram valores genéricos para os municípios dos Estados. 24. Criouse o Laudo Técnico para detalhar as condições de localização, padrão de terras e serviços públicos disponíveis para a propriedade em apreço e, assim, atribuirlhe justo valor e atender, desta forma, ao contido no artigo 3°, § 2°, da Lei n° 8.847/1994. 25. Assim sendo, o VTN só poderá ser revisto pela autoridade administrativa mediante a apresentação do laudo técnico, que é Fl. 44DF CARF MF Processo nº 11050.002436/200153 Acórdão n.º 3802000.007 S3TE02 Fl. 45 7 a prova hábil para impugnar a base de cálculo do lançamento, acompanhado de cópia de Anotação de Responsabilidade Técnica — ART, devidamente registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia —CREA, e que demonstre o atendimento das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, através da explicitação dos métodos avaliatórios e fontes pesquisadas que levaram à convicção do valor atribuído ao imóvel e dos bens nele incorporados. 26. O interessado não apresentou Laudo Técnico, não usou desta prerrogativa legal que lhe permitiria reduzir o VTN de sua propriedade. Limitouse em comparar o valor do lançamento como os relativos a outros exercícios, pedindo, inclusive, para que o lançamento fosse com base no do exercício de 1997 ou de 2001. Além do que já foi dito a respeito do documento que possibilitaria a alteração do VTN, esta solicitação não será possível ser atendida, pois, a simples comparação de valores entre exercícios diversos não é suficiente nem tem base legal para permitir qualquer alteração do lançamento. Em cada exercício a realidade circunstancial é diferente, o lançamento do imposto, conseqüentemente, de acordo com o Código Tributário Nacional — CTN, deve ser compatível com a realidade da época em que se está tributando. Mesmo porque, os fatores que influenciam na valoração do imóvel são diversos e dinâmicos, sujeitos a variações constantes, que somente com uma verificação local e temporal seria possível constatar a realidade da situação, tais como: melhoramento ou estragos de estradas, eletricidade, telefonia etc., que podem aumentar ou diminuir o VTN. Tudo isso sem mencionar a situação econômica ou inflacionária de cada período, a qual, como o próprio interessado observou, "... hoje felizmente baixa". Vejamos, o que dispõe o artigo 144, do CTN a respeito: Art. 144. O lançamento reportase à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e regese pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 27. Relativamente à contribuição sindical do empregador, apesar de a questão já haver sido tratada na preliminar, vejamos aqui a forma de cálculo, em razão da alegação de que sua base de cálculo, de acordo com o VTN, não está previsto no artigo 581, da CLT. 28. O recolhimento das contribuições sindicais à CNA e à CONTAG, foi instituído pelo artigo 580, da CLT e DecretoLei no 1.166, de 15 de abril de 1971, artigos 1° e 4º, e seu art. 5° determina que a sua cobrança seja feita juntamente com o lançamento do ITR. Da mesma forma, a contribuição ao SENAR está prevista no item VII, do artigo 3°, da Lei n° 8.315, de 23 de dezembro de 1991, tendo sido fixada a competência para administração e arrecadação à Secretaria da Receita Federal, conforme dispõe o artigo 24, da Lei no 8.847, de 28/01/1994, por força do artigo 1º, da Lei n° 8.022, de 12 de abril de 1990. Fl. 45DF CARF MF Processo nº 11050.002436/200153 Acórdão n.º 3802000.007 S3TE02 Fl. 46 8 29. A Nota da Coordenação Geral do Sistema de Tributação — COSIT/COTIR n° 393/1996, para efeito do lançamento do ITR/1996, encaminhou ao Serviço Federal de Processamento de Dados SERPRO, entre outros, os indicadores de cálculo das Contribuições Sindicais. Ela traz em seu bojo a contribuição, a legislação pertinente e a fórmula para cálculo. Essas fórmulas, especificamente para a CNA onde se enquadra o valor da propriedade em tela, são as seguintes: CNA (DecretoLei 1.166/1971, art. 4°, § 1° e CLT, art. 580, III, com a redação da Lei 7.047/1982): VTN x 0,002 + R$ 13,32. 30. Aplicandose a fórmula acima para os dados do imóvel em questão, temos o seguinte cálculo: VTN R$ 12.596,10 x 0,002 + R$ 13,32 = R$ 38,51, como consta da Notificação de fl. 03. 31. Quanto à alegação de ferimento do artigo 581, da CLT. Para análise reproduziremos os artigos 580 e 581, já que este último faz referência ao primeiro: Art. 580 A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá: (Redação dada pela Lei n° 6.386, de 09 12 76, DOU 101276) I (...) III para os empregadores, numa importância proporcional ao capital social da firma ou empresa, registrado nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes, mediante a aplicação de aliquotas, conforme a seguinte Tabela progressiva: (Redação dada pela Lei n° 7.047, de 1°1282) CLASSES DE CAPITAL ALÍQUOTA 1 Até 150 vezes o maior valordereferência 0,8 % 2 Acima de 150 ate 1.500 vezes o maior valordereferência 0,2 % 3 Acima de 1.500, até 150.000 vezes o maior valorde referência 0,1 % 4 Acima de 150.000. até 800.000 vezes o maior valorde referência 0,02 % (...) Art. 581 Para os fins do item III do artigo anterior, as empresas atribuirão parte do respectivo capital as suas sucursais, filiais ou agências, desde que localizadas fora da base territorial da entidade sindical representativa da atividade econômica do estabelecimento principal, na proporção das correspondentes operações econômicas, fazendo a devida comunicação as Delegacias Regionais do Trabalho, conforme a localidade da sede da empresa, sucursais, filiais ou agências. (Redação dada pela Lei n° 6.386, de 091276, DOU 1012 76)" 32. Como o próprio interessado havia observado, a questão está ligada à empresa e à base de cálculo. No caso do rural, tratandose de pessoa física, ou mesmo de pessoa jurídica, mas, Fl. 46DF CARF MF Processo nº 11050.002436/200153 Acórdão n.º 3802000.007 S3TE02 Fl. 47 9 que não haja informado a parcela do capital, a base de cálculo, conforme a legislação, é o VTN. 33. Assim sendo não procede a alegação de ferimento de qualquer dispositivo legal na apuração de valores da contribuição sindical. 34. Em face destas considerações, com a observância do Art. 147, § 1º, do Código Tributário Nacional e da correta aplicação da legislação pertinente vigente, que trata do ITR e das contribuições, não há como modificar os dados declarados pelo contribuinte e que serviram de base para o lançamento. 35. Isto posto e considerando tudo mais que dos autos consta, VOTO PELA PROCEDÊNCIA DO LANÇAMENTO, cuja cobrança deverá prosseguir conforme consta da Notificação de Lançamento, inclusive com os acréscimos legais, de acordo com a orientação contida no Parecer MF/SRF/COSIT/DIPAC n° 1.575, de 19 de dezembro de 1995." Com base nestes fundamentos, o relator original negou provimento ao recurso voluntário, sendo acompanhado pelos demais integrantes do Colegiado. assinado digitalmente Hélcio Lafetá Reis Redator ad hoc Fl. 47DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13883.000239/2001-22
Data da sessão: Mon Jul 27 00:00:00 UTC 2009
Data da publicação: Tue Feb 21 00:00:00 UTC 2017
Numero da decisão: 1801-000.008
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros da Primeira Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, CONVERTER o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator.
(assinado digitalmente)
André Mendes de Moura - Redator para a Formalização da Resolução
(assinado digitalmente)
Ana de Barros Fernandes - Presidente
Considerando que o relator Rogério Garcia Peres não integra o quadro de Conselheiros do CARF na data da formalização da decisão, e as atribuições dos Presidentes de Câmara previstas no Anexo II do RICARF (Regimento Interno do CARF), a presente decisão é formalizada pelo Presidente da 1ª Câmara/1ª Seção André Mendes de Moura em 17/02/2017.
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Ana de Barros Fernandes (Presidente da Turma), Cheryl Berno, Rogério Garcia Peres e Marcos Vinícius Barros Ottoni. Como suplentes convocados, Marcos Antonio Pires e Marcelo Cuba Neto.
Nome do relator: Não se aplica
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:17:28 UTC 2021
anomes_sessao_s : 200907
dt_publicacao_tdt : Tue Feb 21 00:00:00 UTC 2017
numero_processo_s : 13883.000239/2001-22
anomes_publicacao_s : 201702
conteudo_id_s : 5683690
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Feb 21 00:00:00 UTC 2017
numero_decisao_s : 1801-000.008
nome_arquivo_s : Decisao_13883000239200122.PDF
ano_publicacao_s : 2017
nome_relator_s : Não se aplica
nome_arquivo_pdf_s : 13883000239200122_5683690.pdf
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros da Primeira Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, CONVERTER o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) André Mendes de Moura - Redator para a Formalização da Resolução (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes - Presidente Considerando que o relator Rogério Garcia Peres não integra o quadro de Conselheiros do CARF na data da formalização da decisão, e as atribuições dos Presidentes de Câmara previstas no Anexo II do RICARF (Regimento Interno do CARF), a presente decisão é formalizada pelo Presidente da 1ª Câmara/1ª Seção André Mendes de Moura em 17/02/2017. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Ana de Barros Fernandes (Presidente da Turma), Cheryl Berno, Rogério Garcia Peres e Marcos Vinícius Barros Ottoni. Como suplentes convocados, Marcos Antonio Pires e Marcelo Cuba Neto.
dt_sessao_tdt : Mon Jul 27 00:00:00 UTC 2009
id : 6656213
ano_sessao_s : 2009
atualizado_anexos_dt : Tue Oct 19 19:14:23 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1714076782351613952
conteudo_txt : Metadados => date: 2017-02-17T11:39:26Z; pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.5; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; dcterms:created: 2017-02-17T11:39:26Z; Last-Modified: 2017-02-17T11:39:26Z; dcterms:modified: 2017-02-17T11:39:26Z; dc:format: application/pdf; version=1.5; xmpMM:DocumentID: uuid:5a23d820-36a2-4ac3-a321-5d3a8813848e; Last-Save-Date: 2017-02-17T11:39:26Z; access_permission:fill_in_form: true; pdf:docinfo:modified: 2017-02-17T11:39:26Z; meta:save-date: 2017-02-17T11:39:26Z; pdf:encrypted: true; modified: 2017-02-17T11:39:26Z; Content-Type: application/pdf; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; meta:creation-date: 2017-02-17T11:39:26Z; created: 2017-02-17T11:39:26Z; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 5; Creation-Date: 2017-02-17T11:39:26Z; pdf:charsPerPage: 1411; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; pdf:docinfo:created: 2017-02-17T11:39:26Z | Conteúdo => S1TE01 Fl. 361 1 360 S1TE01 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 13883.000239/200122 Recurso nº Voluntário Resolução nº 1801000.008 – 1ª Turma Especial Data 27 de julho de 2009 Assunto IRPJ Recorrente COMERCIAL BURITY LTDA Recorrida 2ª Turma de Julgamento da DRJ de CAMPINAS SP Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros da Primeira Turma Especial do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, CONVERTER o julgamento em diligência, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) André Mendes de Moura Redator para a Formalização da Resolução (assinado digitalmente) Ana de Barros Fernandes Presidente Considerando que o relator Rogério Garcia Peres não integra o quadro de Conselheiros do CARF na data da formalização da decisão, e as atribuições dos Presidentes de Câmara previstas no Anexo II do RICARF (Regimento Interno do CARF), a presente decisão é formalizada pelo Presidente da 1ª Câmara/1ª Seção André Mendes de Moura em 17/02/2017. Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Ana de Barros Fernandes (Presidente da Turma), Cheryl Berno, Rogério Garcia Peres e Marcos Vinícius Barros Ottoni. Como suplentes convocados, Marcos Antonio Pires e Marcelo Cuba Neto. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 38 83 .0 00 23 9/ 20 01 -2 2 Fl. 631DF CARF MF Erro! A origem da referência não foi encontrada. Fls. 362 ___________ Relatório Com a finalidade de privilegiar o princípio da celeridade processual adoto o relatório proferido pela 2ª Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal de Julgamento de CAMPINAS SP: “Tratase do pedido de restituição (fls. 01), no valor de R$18.897,31, e do pedido de compensação (fls. 427), no valor originário de R$9.435,41, protocolizados pela Requerente, em 19/09/2001, indeferido pela DRF Taubaté/SP/SP, em despacho decisório de fls. 460/463, datado de 08/06/2006, sob os fundamentos abaixo, expostos na ementa: “RESTITUIÇÃO Consoante Ato Declaratório SRF nº 96/99, o direito de o contribuinte pleitear a restituição de tributo ou contribuição pago indevidamente extinguese após o transcurso do prazo de cinco anos, contados da data do pagamento, inclusive nos casos de tributos sujeitos à homologação ou de declaração de inconstitucionalidade. PEDIDO NÃO CONHECIDO VALORES DISPONÍVEIS NO SISTEMA SINCOR O SINCOR é um sistema operacional das unidades da Secretaria da Receita Federal – SRF que permite controlar a situação Fiscal dos contribuintes. A existência de valores disponíveis no SINCOR pode decorrer de diversas causas, tais como, pagamento indevido, preenchimento de Darf utilizando códigos equivocados, erro no preenchimento de declarações, falta de entrega de declarações e até falha do programa, razão pela qual ér impossível à Administração promover qualquer restituição com base nos dados desse sistema. PEDIDO INDEFERIDO COMPENSAÇÃO NÃO HOMOLOGADA” Cientificada do indeferimento, em 26/06/2006 (cf. Aviso de Recebimento – AR de fls. 464verso), a Requerente, por intermédio de seu advogado e bastante procurador (Instrumento de Mandato de fls. 496), postou a manifestação de inconformidade, de fls. 466/494, em 13/07/2006 (conforme cópia do envelope de fls. 465), oferecendo, em sua defesa, as seguintes razões de fato e de direito: a nulidade da decisão recorrida por incompetência, tendo em conta que a competência para decidir seria da DRJ e porque a decisão teria sido prolatada pelo Serviço de Orientação e Análise Tributária – Seort da DRF; que o Regimento Interno da SRF não teria conferido competência ao Seort para julgar qualquer processo administrativo tributário, conferindolhe apenas o dever de manifestarse nos processos de restituição e compensação; que o órgão julgador teria por função a apreciação da legalidade em sentido amplo dos atos administrativos; que o órgão local teria negado vigência ao art. 37 da Constituição Federal – CF; aos arts. 138 e 150, §4º do CTN; às Leis nº 8.541, de 1992, 4.320, de 1964, 9.784, de 1999 e 7.691, de 1988; Fl. 632DF CARF MF Processo nº 13883.000239/200122 Resolução nº 1801000.008 S1TE01 Fl. 363 3 que o agente Fiscal deveria responder pelo crime de excesso de exação quando exigisse tributo que sabe ou deveria saber indevido; que as normas infraconstitucionais utilizadas na fundamentação do despacho decisório não poderiam restringir o direito ao contraditório, à ampla defesa, ao devido processo legal e o direito de petição; que o prazo prescricional para pedido de restituição de tributos sujeitos a lançamento por homologação seria de dez anos a partir da ocorrência do fato gerador. Transcreve jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça – STJ e do Conselho de Contribuintes; que a interpretação da DRF de decadência, assim como, o art. 3º da Lei Complementar nº 118, de 2005, seriam ilegais; que o Superior Tribunal de Justiça – STJ já teria decidido que a vigência da Lei Complementar se daria somente a partir de junho de 2005; que, nos casos de lançamento por homologação, a compensação de indébitos tributários poderia ser feita no momento do recolhimento, independentemente da existência do crédito ou da comprovação de sua liquidez e certeza; que o direito de repetição de indébito tributário “não pode ser amesquinhado quer pela Lei, quer com muita razão em decorrência de interpretação que a ela venha ser dada”; que a DRF teria limitado o direito do contribuinte ao não ter baixado o processo em diligência, contrariando o princípio da verdade material; que a Administração Tributária teria descumprido o prazo previsto no art. 49 da Lei nº 9.784, de 1999, e que portanto, a decisão estaria preclusa; que se os recolhimentos teriam sido efetuados e confirmados, não haveria que se falar em necessidade de demonstração do crédito a repetir; que a cobrança automática dos débitos declarados não estaria equiparada a um procedimento semelhante de devolução automática de indébitos tributários, em afronta aos princípios da eficiência, da transparência e da moralidade administrativa, previstos no art. 37 da Constituição Federal – CF; que as informações constantes do sistema de conta corrente da empresa (Sistema Sincor) seriam de acesso plenamente autorizado por Lei, desde que mediante solicitação do próprio contribuinte, e deveriam ser solicitadas pelo órgão julgador; que estaria caracterizado o enriquecimento ilícito do Estado, pois, em face da consumação do fato, os lançamentos teriam se tornado imutáveis e perpétuos; que os registros contábeis têm fé pública e que assim “as informações contidas nos respectivos bancos de dados são lançamentos que devem pelo menos refletir sua idoneidade, moralidade, não podendo produzir incerteza ou ser desprezível por seu beneficiário”; Fl. 633DF CARF MF Processo nº 13883.000239/200122 Resolução nº 1801000.008 S1TE01 Fl. 364 4 que a multa de mora seria incabível nos recolhimentos espontâneos, nos termos do art. 138 do CTN; que as normas para a utilização da Ufir na atualização monetária das receitas tributárias não feriria qualquer regra constitucional, teria aplicação imediata e não se equiparariam a majorações de tributos. Requer a homologação da compensação do período considerado prescrito, tendo em conta a decadência da possibilidade de alterar os lançamentos, o reconhecimento do indébito tributário invocado e a homologação das compensações.” Ao analisar a Manifestação de Inconformidade do Recorrente, a 2ª Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal de Julgamento de Campinas SP, deciciu: “i) declarar a decadência do pedido de reconhecimento do indébito tributário relativo aos pagamentos efetuados até 19/09/1996; ii) indeferir o reconhecimento do indébito tributário relativo aos demais pagamentos; e iii) indeferir o pedido de restituição de fls. 01 e não homologar as compensações de fls. 427, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.” Inconformada com a decisão acima, o Recorrente, interpôs recurso voluntário (fls. 539 a 567), reiterando todos os argumentos de sua impugnação, bem como a reforma da decisão recorrida. Voto Conselheiro André Mendes de Moura, Redator para Formalização do Voto. Em face da necessidade de formalização da decisão proferida nos presentes autos, e tendo em vista que o relator originário do processo não mais integra o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, encontrome na posição de Redator, nos termos dos arts. 17 e 18, do Anexo II, do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 09 de junho de 2015 (RICARF). Informo que, na condição de Redator, transcrevo literalmente a minuta que foi apresentada pelo Conselheiro durante a sessão de julgamento. Portanto, a análise do caso concreto reflete a convicção do relator do voto na valoração dos fatos. Ou seja, não me encontro vinculado: (1) ao relato dos fatos apresentado; (2) a nenhum dos fundamentos adotados para a apreciação das matérias em discussão; e (3) a nenhuma das conclusões da decisão incluindose a parte dispositiva e a ementa. A seguir, a transcrição do voto. Da análise do caso, verifico que se trata de discussão quanto a existência de crédito tributário da Recorrente no sistema SINCOR. Afirma a Recorrente que possui diversos DARFs não alocados no sistema SINCOR da Receita Federal. É bem verdade que a existência de valores disponíveis no referido sistema pode decorrer de diversas ocorrências, tais como o pagamento indevido, o erro de preenchimento de guia, dentre outros. Desta forma, é necessário que se verifique a efetiva Fl. 634DF CARF MF Processo nº 13883.000239/200122 Resolução nº 1801000.008 S1TE01 Fl. 365 5 existência de crédito tributário, bem como a análise da alocação de cada valor “em aberto” no sistema SINCOR. A não análise poderá penalizar o contribuinte e reconhecer como possível o enriquecimento sem causa pela Receita Federal. Assim, entendo que a devida solução da lide depende de diligência fiscal com o objetivo de verificar a existência dos pagamentos não alocados ou não utilizados nos sistemas de controle eletrônicos da RFB e, consequentemente, a existência ou não de direito creditório em favor da Recorrente. Pelas razões explanadas, converto o presente julgamento em diligência. (assinado digitalmente) André Mendes de Moura Redator para Formalização do Voto Fl. 635DF CARF MF
score : 1.0
6
resultados encontrados.
Página 1
de 1