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Numero do processo: 10665.001904/2003-43
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Dec 08 00:00:00 UTC 2011
Ementa: CSLL. DECADÊNCIA.
O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) conta-se do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do
contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito.
Numero da decisão: 9900-000.296
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por maioria, conhecer do recurso extraordinário, para, no mérito, por unanimidade, dar-lhe provimento. Vencidos, no conhecimento do recurso, os conselheiros Karem Jureidini Dias, Rodrigo Cardozo Miranda, João Carlos de Lima Junior, José Ricardo da Silva, Nanci Gama, Maria Teresa Martinez
Lopez, Pedro Anan Junior e Valmir Sandri.
Matéria: IRPJ - AF- omissão receitas - demais presunções legais
Nome do relator: Alberto Pinto Souza Júnior
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Decadência. Recorrente Fazenda Nacional Recorrida Fundação Universidade de Itauna CSLL. DECADÊNCIA. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito. Acordam os membros do colegiado, por maioria, conhecer do recurso extraordinário, para, no mérito, por unanimidade, darlhe provimento. Vencidos, no conhecimento do recurso, os conselheiros Karem Jureidini Dias, Rodrigo Cardozo Miranda, João Carlos de Lima Junior, José Ricardo da Silva, Nanci Gama, Maria Teresa Martinez Lopez, Pedro Anan Junior e Valmir Sandri. Alberto Pinto Souza Júnior – Relator Otacílio Dantas Cartaxo Presidente Participaram do presente julgamento: Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffman, Manoel Coelho Arruda Junior, Maria Teresa Martinez Lopez, Claudemir Rodrigues Malaquias, Nanci Gama, Marcelo Oliveira, Karem Jureidini Dias, Julio César Alves Ramos, João Carlos de Lima Junior, José Ricardo da Silva, Alberto Pinto Souza Junior, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Valmar Fonseca de Menezes, Jorge Celso Freire da Silva, Elias Sampaio Freire, Valmir Sandri, Henrique Pinheiro Torres, Rodrigo Cardozo Miranda, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rodrigo da Costa Possas, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Francisco Assis de Oliveira Júnior, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Moisés Gioacomelli Nunes da Silva, Fabíola Cassiano Keramidas. Fl. 1948DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP24.0718.16270.YQ7T. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 2 Relatório Tratase de Recurso Extraordinário interposto pela Fazenda Nacional (doc. a fls. 854), com fundamento nos arts. 9º e 43 do Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais, aprovado pela Portaria MF n° 147, de 2007, em face do Acórdão n° 103 139.445 (doc. a fls. 835 a 850). Na decisão recorrida, a maioria dos membros da Primeira Turma da CSRF negou provimento ao Recurso Especial da Fazenda Nacional e afastou a aplicação do art. 45 da Lei nº 8.212/91, por entender que a contagem do prazo decadencial da CSLL se faz de acordo com o art. 150, § 4º, Código Tributário Nacional, logo, concluiu que estavam alcançados pela decadência os três primeiros trimestres de 1998, uma vez que o lançamento ocorreu em 23/10/2003. A ementa do Acórdão recorrido assim dispõe: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO — DECADE NCIA — CSLL — SUA NATUREZA TRIBUTÁRIA — APLICAC ÃO DO ARTIGO 150 DO CTN: A Contribuic ão social sobre o lucro líquido, instituída pelaLei n°. 7.689/88, em conformidade com os arts. 149 e 195, § 4º, da Constituic ão Federal, tem a natureza tributária, consoante decidido pelo Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, por unanimidade de votos, no RE N° 146.7339SÃO PAULO, o que implica na observa ncia, dentre outras, as regras do art. 146, III, da Constituic ão Federal de. 1988. Desta forma, a contagem do prazo decadencial da CSLL se faz de acordo. com o Código Tributário Nacional no que se _refere à decade ncia, mais precisamente no art. 150, § 4º. Por sua vez, a recorrente apresenta o seguinte acórdão paradigma: "COFINS — DECADE NCIA. O prazo para a Fazenda Nacional lanc ar o crédito pertinente à Contribuic ão para o Financiamento da Seguridade Social — Cofins, é de dez anos, contado a partir do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o crédito da contribuic ão poderia haver sido constituído". (CSRF /0202 .185) A recorrente traz ainda à colação o seguinte trecho do acórdão paradigma: "Por isso, as normas específicas serão estabelecidas em cada uma das pessoas políticas tributantes. Assim e que a União, enquanto ordem parcial e integrante da Federação, em cuja competência está a instituição das contribuições sociais, editou a Lei 8.212/1991, que fixou em seu artigo 45 o prazo de 10 (dez) anos para constituir os créditos da Seguridade Social, na qual se inclui a Cofins". Após sustentar a divergência entre os acórdãos recorrido e paradigma, a recorrente se insurge contra a decisão exarada naquele acórdão, por sustentar que o art. 45 da Lei 8.212/91 é constitucional e que não poderia a decisão recorrida afastar a incidência do artigo 45 da Lei n.° 8.212/91, para, alfim, requerer a reforma da decisão vergastada. O Presidente da CSRF, por meio do despacho a fls. 874/875, deu seguimento ao recurso especial do Procurador, por entender que era tempestivo e que restaram demonstrados os demais pressupostos de admissibilidadeas. Fl. 1949DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP24.0718.16270.YQ7T. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10665.001904/200343 Acórdão n.º 9900000.296 CSRFPL Fl. 2 3 Cientificada do recurso extraordinário da Fazenda Nacional, a recorrrida apresentou contrarrazões (doc. a fls. 883/890), na qual alega: a) primeiramente, que o recurso não deve ser conhecido, por pleitear a aplicação de dispositivo legal (art. 45 da Lei nº 8.212/91) que o Supremo Tribunal Federal já declarou ser inconstitucional (Súmula Vinculante nº 08); b) segundo, que superada tal preliminar, no mérito, o recurso deve ser improvido, já que a norma já foi declarada inconstitucional pelo STF, estando assim superada a a aplicabilidade do prazo de dez anos do aludido art. 45; e c) por último, que resta, então, apenas saber qual o dies a quo do prazo decadencial, o qual a recorrida sustenta ser o previsto no art. 150, §4º, do CTN, por entender que, sendo o tributo lançado por homologação, caberia ao Fisco homologar ou rejeitar a atividade do sujeito passivo (declarac ão de imune ou isento) no prazo de cinco anos da data do fato gerador. Voto Conselheiro Alberto Pinto Souza Junior, Relator. São pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário, previstos no art. 9º e 43 do Anexo II da Portaria MF nº 147/07, a tempestividade e a demonstração da divergência entre decisões das turmas da CSRF ou entre decisão de Turma da CSRF e decisão do Pleno. Tais pressupostos restam devidamente demonstrados nos autos, razão pela qual deve ser conhecido o recurso, ainda que a questão de mérito se encontre superada tanto na esfera administrativa como na judicial. No mérito, não pode ser acolhida a tese da recorrente, uma vez que a norma dita ofendida (art. 45 da Lei nº 8.212/91) já foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e objeto da Súmula Vinculante n° 8, a qual, por força do caput do art. 103A da Constituição Federal de 1988, tem efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Todavia, tem razão a recorrida quando alega que deve ser dirimida a questão relativa ao dies a quo do prazo decadencial, isso porque, uma vez admitido o recurso, devem ser conhecidas, ainda que de ofício, as questões de ordem pública envolvidas no caso concreto (efeito translativo do recurso). Tratase no presente caso de contribuinte que se declarou imune da CSLL durante todos os períodos da autuação, logo, não houve o pagamento antecipado de que trata o art. 150 do CTN, razão pela qual, à luz do disposto no § 1º do art. 62A do RICARF, deve ser, por este colegiado, aplicado o que fora decidido no Recurso Especial Representativo de Controvérsia nº 973733/SC. Assim, na dicção do referido julgado: “O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito”. Fl. 1950DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP24.0718.16270.YQ7T. Consulte a página de autenticação no final deste documento. 4 Em breve síntese, cabe ressaltar que a Turma ordinária, ao aplicar o entendimento então dominante neste Colegiado, qual fora, de que o prazo decadencial do § 4º do art. 150 do CTN seria aplicável ainda que não houvesse pagamento, terminou por concluir que estaria alcançado pela decadência os fatos gerdores do IRPJ e da CSLL até setembro de 1998, já que o lançamento se deu em 23/10/2003 (vide AR a fls. 282). Tal decisão fora atacada por via de recurso especial do procurador (doc. a fls. 782/795), o qual não foi acolhido pela Primeira Turma da CSRF (acórdão a fls. 835/850), sendo mantida a decisão da Turma a quo. Todavia, ao interpor o recurso extraordinário, a Fazenda Nacional só se insurgiu contra a parte da decisão que cancelou o lançamento da CSLL dos fatos geradores até setembro de 1998, assim sendo, a matéria que subiu ao pleno limitase ao lançamento da CSLL dos fatos geradores até setembro de 1998. Ora, aplicandose o que fora decidido no RESP 973733/SC, o dies a quo do prazo decadencial, no caso em tela, é aquele previsto no art. 173, inciso I, do CTN, já que não houve pagamento antecipado da CSLL a ser homologado. Assim, como se trata de CSLL apurada sobre a base ajustada trimestral, o dies a quo do prazo decadencial para os fatos geradores dos três primeiros trimestres de 1998 é o dia 01/01/1999, logo, só estaria decaído o direito de o Fisco lançálos em 31/12/2003. Como o lançamento se deu em 23/12/2003, há que se afastar a decadência no caso sub examine. Uma vez afastada a preliminar de mérito – decadência do direito de o Fisco lançar os fatos geradores da CSLL até setembro de 1998 – a qual havia sido acolhida tanto pela Primeira Turma da CSRF como pela Turma a quo, o procedimento ordinário seria o retorno dos autos à Turma a quo para que prosseguisse no julgamento do mérito relativo a tais fatos geradores. Todavia, não é esse o procedimento a ser adotado no presente caso, pois a única matéria discutida na instância administrativa foi a decadência, já que houve a desistência da esfera administrativa pela contibuinte com a opção pela via judicial para a discussão do mérito. Nesse sentido, vale a transcrição do que fora decidio pela DRJ/BHE (Acórdão DRJ/BHE nº 05.247, doc. a fls. 677), in verbis: “Acordam os membros da 2º Turma de Julgamento, por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar de decadência, declarar definitiva a exigência discutida no que se refere à matéria objeto de ação judicial, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado.” Disso não divergiu a contribuinte, ao apresentar seu recurso voluntário, tanto que seu pedido limitouse a requerer a reforma da decisão da DRJ/BHE “na parte em que rejeitou a alegação de decadência dos créditos anteriores ao último trimestre de 1998” (doc. a fls. 705). Assim sendo, a única matéria submetida a este colegiado foi a preliminar de decadência do direito de o Fisco lançar os créditos de CSLL dos fatos geradores até setembro de 1998. Logo, uma vez afastada a preliminar, impõese a este Pleno reformar a decisão recorrida, para manter a exigência de CSSL relativa aos fatos geradores dos três primeiros trimestres de 1998. Em face do exposto, voto no sentido de conhecer e dar provimento ao recurso extraordinário da Fazenda Nacional, para afastar a preliminar de decadência e manter o lançamento da CSLL relativa aos fatos geradores até setembro de 1998. ﴾documento assinado digitalmente﴿ ALBERTO PINTO S. JR. Relator. Fl. 1951DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP24.0718.16270.YQ7T. Consulte a página de autenticação no final deste documento. Processo nº 10665.001904/200343 Acórdão n.º 9900000.296 CSRFPL Fl. 3 5 Fl. 1952DF CARF MF Documento de 5 página(s) assinado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelo código de localização EP24.0718.16270.YQ7T. Consulte a página de autenticação no final deste documento. PÁGINA DE AUTENTICAÇÃO O Ministério da Fazenda garante a integridade e a autenticidade deste documento nos termos do Art. 10, § 1º, da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 e da Lei nº 12.682, de 09 de julho de 2012. Documento produzido eletronicamente com garantia da origem e de seu(s) signatário(s), considerado original para todos efeitos legais. Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001. Histórico de ações sobre o documento: Documento juntado por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR em 20/01/2012 15:22:39. Documento autenticado digitalmente por ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR em 20/01/2012. Documento assinado digitalmente por: OTACILIO DANTAS CARTAXO em 16/02/2012 e ALBERTO PINTO SOUZA JUNIOR em 20/01/2012. Esta cópia / impressão foi realizada por MARIA MADALENA SILVA em 24/07/2018. Instrução para localizar e conferir eletronicamente este documento na Internet: EP24.0718.16270.YQ7T Código hash do documento, recebido pelo sistema e-Processo, obtido através do algoritmo sha1: F6D39C21C03D0429CA4CF917864EC6E88F9EC17C Ministério da Fazenda 1) Acesse o endereço: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx 2) Entre no menu "Legislação e Processo". 3) Selecione a opção "e-AssinaRFB - Validar e Assinar Documentos Digitais". 4) Digite o código abaixo: 5) O sistema apresentará a cópia do documento eletrônico armazenado nos servidores da Receita Federal do Brasil. página 1 de 1 Página inserida pelo Sistema e-Processo apenas para controle de validação e autenticação do documento do processo nº 10665.001904/2003-43. 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Numero do processo: 10860.005828/2001-77
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Thu Dec 08 00:00:00 UTC 2011
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Exercício: 1995
DECADÊNCIA. PRAZO DE CINCO ANOS. DISCUSSÃO DO DIES A QUO NO CASO CONCRETO.
O prazo decadencial é de cinco anos. O dies a quo do referido prazo é, em regra, aquele estabelecido no I, Art. 173, do CTN (primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado), mas a regra estipulativa deste é deslocada para o art. 150, §4º do CTN (data do fato gerador) para os casos de lançamento por homologação, nos quais haja pagamento antecipado em relação aos fatos geradores considerados no lançamento. Constatando-se dolo, fraude ou simulação, a regra decadencial é reenviada para o art. 173, inciso I do CTN.
No caso dos autos, verifica-se que não houve antecipação de pagamento. Destarte, há de se aplicar a regra do art. 173, I, do CTN, ou seja, conta-se o prazo decadencial a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
Recurso Extraordinário Provido.
Numero da decisão: 9900-000.285
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, com retorno à Câmara “a quo”.
Matéria: IRPJ - AF- omissão receitas - demais presunções legais
Nome do relator: Marcelo Oliveira
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Recorrente FAZENDA NACIONAL Recorrida MILD INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S/A ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Exercício: 1995 DECADÊNCIA. PRAZO DE CINCO ANOS. DISCUSSÃO DO DIES A QUO NO CASO CONCRETO. O prazo decadencial é de cinco anos. O dies a quo do referido prazo é, em regra, aquele estabelecido no I, Art. 173, do CTN (primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado), mas a regra estipulativa deste é deslocada para o art. 150, §4º do CTN (data do fato gerador) para os casos de lançamento por homologação, nos quais haja pagamento antecipado em relação aos fatos geradores considerados no lançamento. Constatandose dolo, fraude ou simulação, a regra decadencial é reenviada para o art. 173, inciso I do CTN. No caso dos autos, verificase que não houve antecipação de pagamento. Destarte, há de se aplicar a regra do art. 173, I, do CTN, ou seja, contase o prazo decadencial a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Recurso Extraordinário Provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, com retorno à Câmara “a quo”. Fl. 3999DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por MARIA MADALENA SILVA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA 2 (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente (Assinado digitalmente) Marcelo Oliveira Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Otacilio Dantas Cartaxo (Presidente), Susy Gomes Hoffman, Manoel Coelho Arruda Junior, Maria Teresa Martinez Lopez, Claudemir Rodrigues Malaquias, Nanci Gama, Marcelo Oliveira, Karem Jureidini Dias, Julio Cesar Alves Ramos, João Carlos de Lima Junior, Jose Ricardo da Silva, Alberto Pinto Souza Junior, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Valmar Fonseca de Menezes, Jorge Celso Freire da Silva, Elias Sampaio Freire, Valmir Sandri, Henrique Pinheiro Torres, Rodrigo Cardozo Miranda, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Rodrigo da Costa Possas, Francisco Mauricio Rabelo de Albuquerque Silva, Francisco Assis de Oliveira Junior, Marcos Aurélio Pereira Valadão, Moises Gioacomelli Nunes da Silva e Fabiola Cassiano Keramidas. Fl. 4000DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por MARIA MADALENA SILVA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA Processo nº 10860.005828/200177 Acórdão n.º 9900000.285 CSRFPL Fl. 1.955 3 Relatório Tratase de Recurso Extraordinário, fls.01936, interposto pela nobre Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) contra acórdão, fls. 01926. que decidiu, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso especial, para considerar decadente o lançamento da COFINS, relativamente aos fatos geradores ocorridos no anocalendário de 1995, uma vez que a ciência do lançamento ocorreu em 21/12/2001. Para informação, há no lançamento contribuições apuradas pelo Fisco nos anos de 1995, 1996 e 1997, fls. 01066, e a única matéria que seguiu para apreciação da Câmara Superior de Recursos Fiscais foi a decadência em relação à COFINS. Feitos esses esclarecimentos, o acórdão em questão possui as seguintes ementa e decisão: Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins Ano – calendário: 1995 Ementa: COFINS DECADÊNCIA A contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), em conformidade com os arts. 149 e 195, § 4º da Constituição Federal, tem natureza tributária, consoante decidido pelo Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, por unanimidade de votos, no RE N° 146.7339 SÃO PAULO, o que implica na observância, dentre outras, às regras do art. 146, I1I, da Constituição Federal de 1988. A inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212/91 foi consignada na Súmula Vinculante n° 8, da Suprema Corte. Desta forma, a contagem do prazo decadencial dessa contribuição se faz de acordo com o Código Tributário Nacional, mais precisamente no art. 150, § 4°. O auto de infração referente à COFINS foi cientificado ao sujeito passivo em 21/12/2001, quando já atingidos pela decadência os fatos geradores ocorridos no anocalendário de 1995. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os Membros da Primeira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, DAR provimento ao recurso especial, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. Em seu recurso extraordinário a PGFN alega, em síntese, que: 1. Há paradigma (Acórdão CSRF/0201.308) que decidiu que o prazo decadencial previsto no § 4º, Art 150 do CTN só se aplica quando há pagamento parcial do tributo; Fl. 4001DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por MARIA MADALENA SILVA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA 4 2. Não tendo havido antecipação de pagamento não há que se falar em fato homologável, devendo ser aplicada a regra do I, Art. 173 do CTN; 3. Pelo exposto, a PGFN requer que seja conhecido e provido o recurso. Por despacho, fls. 01948, deuse seguimento ao recurso extraordinário. A Contribuinte, apesar de devidamente intimada, fls. 01951, não apresentou suas contra razões. Os autos retornaram ao Conselho, para análise e decisão. É o Relatório. Fl. 4002DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por MARIA MADALENA SILVA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA Processo nº 10860.005828/200177 Acórdão n.º 9900000.285 CSRFPL Fl. 1.956 5 Voto Conselheiro Marcelo Oliveira, Relator Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do Recurso Extraordinário e passo à análise de suas razões recursais. A questão em discussão referese a qual regra decadencial presente no CTN devemos aplicar. A decadência está arrolada como forma de extinção do crédito tributário no inciso V do art. 156 do CTN e decorre da conjugação de dois fatores essenciais: o decurso de certo lapso de tempo e a inércia do titular de um direito. Esses fatores resultarão, para o sujeito que permaneceu inerte, na extinção de seu direito material. Em Direito Tributário, a decadência está disciplinada no art. 173 e no art. 150, § 4º, do CTN (este último diz respeito ao lançamento por homologação). A decadência, no Direito Tributário, é modalidade de extinção do crédito tributário. Ocorre que o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), através de alteração promovida pela Portaria do Ministro da Fazenda n.º 586, de 21.12.2010 (Publicada no em 22.12.2010), passou a fazer expressa previsão no sentido de que “As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF” (Art. 62A do anexo II). No que diz respeito a decadência dos tributos lançados por homologação temos o Recurso Especial nº 973.733 SC (2007/01769940), julgado em 12 de agosto de 2009, sendo relator o Ministro Luiz Fux, que teve o acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC e da Resolução STJ 08/2008, assim ementado: “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL .ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. 1. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia Fl. 4003DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por MARIA MADALENA SILVA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA 6 ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005). 2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontrase regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210). 3. O dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelandose inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Codex Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto Xavier, "Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro", 3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano Amaro, "Direito Tributário Brasileiro", 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199). 5. In casu, consoante assente na origem: (i) cuidase de tributo sujeito a lançamento por homologação; (ii) a obrigação ex lege de pagamento antecipado das contribuições previdenciárias não restou adimplida pelo contribuinte, no que concerne aos fatos imponíveis ocorridos no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994; e (iii) a constituição dos créditos tributários respectivos deuse em 26.03.2001. 6. Destarte, revelamse caducos os créditos tributários executados, tendo em vista o decurso do prazo decadencial qüinqüenal para que o Fisco efetuasse o lançamento de ofício substitutivo. 7. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. Portanto, o STJ, em acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC definiu que “o dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele Fl. 4004DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por MARIA MADALENA SILVA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA Processo nº 10860.005828/200177 Acórdão n.º 9900000.285 CSRFPL Fl. 1.957 7 em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação” (Recurso Especial nº 973.733) Assim, por não haver recolhimentos a homologar como demonstrado e afirmado nas decisões de primeira e segunda instâncias, assim como no recurso voluntário da Contribuinte a regra relativa à decadência, que deve ser aplicada ao caso, encontrase no I, art. 173, do CTN: o direito de constituir o crédito extinguese em cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que poderia ter sido efetuado o lançamento. CTN: Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extinguese após 5 (cinco) anos, contados: I do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extinguese definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.” Destarte, como no lançamento, a ciência do sujeito passivo, momento da constituição do crédito, ocorreu em 12/2001, fls. 0129, a decadência não opera seus efeitos nas contribuições apuradas (1995, 1996, 1997), pois as de 1995, possuem seu vencimento em 02/01/1996. CONCLUSÃO: Por todo o exposto, dou provimento ao recurso da PGFN, para declarar que as contribuições apuradas no lançamento não estão decadentes e que os autos devem retornar à Câmara “a quo”, nos termos do voto. (assinado digitalmente) Marcelo Oliveira Fl. 4005DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por MARIA MADALENA SILVA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA 8 Fl. 4006DF CARF MF Impresso em 21/10/2016 por MARIA MADALENA SILVA EX CL UÍ DO Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 17/12/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 23/08/2012 por MARCELO OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10845.003423/00-40
Turma: PLENO DA CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: Pleno
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Aug 28 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Fri Apr 19 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
Ano-calendário: 1995
DECADÊNCIA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. EXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. APLICAÇÃO, AO RESPECTIVO PRAZO DECADENCIAL, DO ARTIGO 150, PARÁGRAFO 4º. DO CTN. OBSERVÂNCIA DA DECISÃO DO STJ PROFERIDA EM JULGAMENTO DE RECURSO REPETITIVO.
Nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, se houve pagamento antecipado, o respectivo prazo decadencial é regido pelo artigo 150, parágrafo 4º. do CTN, nos termos do entendimento pacificado pelo STJ, em julgamento de recurso especial, sob o rito de recurso repetitivo, tendo em vista o previsto no artigo 62 -A do Regimento Interno do CARF.
Recurso extraordinário provido.
Numero da decisão: 9900-000.360
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso.
(Assinado digitalmente)
Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente
(Assinado digitalmente)
Manoel Coelho Arruda Junior - Relator
EDITADO EM: 02/04/2013
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Marcos Aurélio Pereira Valadão.
Matéria: IRPJ - AF- omissão receitas - demais presunções legais
Nome do relator: MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 1995 DECADÊNCIA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. EXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. APLICAÇÃO, AO RESPECTIVO PRAZO DECADENCIAL, DO ARTIGO 150, PARÁGRAFO 4º. DO CTN. OBSERVÂNCIA DA DECISÃO DO STJ PROFERIDA EM JULGAMENTO DE RECURSO REPETITIVO. Nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, se houve pagamento antecipado, o respectivo prazo decadencial é regido pelo artigo 150, parágrafo 4º. do CTN, nos termos do entendimento pacificado pelo STJ, em julgamento de recurso especial, sob o rito de recurso repetitivo, tendo em vista o previsto no artigo 62 -A do Regimento Interno do CARF. Recurso extraordinário provido.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo - Presidente (Assinado digitalmente) Manoel Coelho Arruda Junior - Relator EDITADO EM: 02/04/2013 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Marcos Aurélio Pereira Valadão.
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ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 1995 DECADÊNCIA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. EXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. APLICAÇÃO, AO RESPECTIVO PRAZO DECADENCIAL, DO ARTIGO 150, PARÁGRAFO 4º. DO CTN. OBSERVÂNCIA DA DECISÃO DO STJ PROFERIDA EM JULGAMENTO DE RECURSO REPETITIVO. Nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, se houve pagamento antecipado, o respectivo prazo decadencial é regido pelo artigo 150, parágrafo 4º. do CTN, nos termos do entendimento pacificado pelo STJ, em julgamento de recurso especial, sob o rito de recurso repetitivo, tendo em vista o previsto no artigo 62 A do Regimento Interno do CARF. Recurso extraordinário provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 84 5. 00 34 23 /0 0- 40 Fl. 1106DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 2 (Assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente (Assinado digitalmente) Manoel Coelho Arruda Junior Relator EDITADO EM: 02/04/2013 Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Valmar Fonseca de Menezes, Alberto Pinto Souza Júnior, Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, João Carlos de Lima Júnior, Jorge Celso Freire da Silva, José Ricardo da Silva, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Luiz Eduardo de Oliveira Santos, Elias Sampaio Freire, Gonçalo Bonet Allage, Gustavo Lian Haddad, Manoel Coelho Arruda Junior, Marcelo Oliveira, Maria Helena Cotta Cardozo, Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira, Henrique Pinheiro Torres, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, Júlio César Alves Ramos, Maria Teresa Martinez Lopez, Nanci Gama, Rodrigo Cardozo Miranda, Rodrigo da Costa Possas e Marcos Aurélio Pereira Valadão. Relatório Tratase de Recurso Extraordinário (fls. 196202), interposto pela r. Procuradoria da Fazenda Nacional, em face do acórdão nº 910100.029 (fls. 122124) da 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, proferido em 09/03/2009, que, por maioria de votos, negou provimento ao Recurso Especial. O crédito foi constituído em 27/12/2000. Contra o sujeito passivo foram lavrados o autos de infração relativos ao IRPJ, ao IRRF, à CSLL e ao PIS/Confins, lavrados em 27/12/2000, para constituir o crédito tributário no valor de R$1.990.788,44, com a exigência de tributos, multa de ofício e juros de mora cabíveis até a data da lavratura, devido à apuração de irregularidades previstas no Termo de Descrição dos Fatos e Enquadramento Legal (fls. 08/10). Em sede de impugnação (fls. 781/811), o contribuinte alegou, dentre outros argumentos, a decadência do crédito tributário, com base no disposto no art. 150, §4º do CTN. Em dezembro de 2004, a Segunda Turma da Delegacia de Julgamento da Receita Federal em Campinas/SP considerou procedente em parte o lançamento, conforme o teor do Acórdão nº 7.897: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Data do fato gerador: 31/01/1995, 28/02/1995, 31/03/1995, 30/04/1995, 31/05/1995, 30/06/1995, 31/07/1995, 31/08/1995, 30/09/1995, 31/10/1995, 30/11/1995, 31/12/1995 Ementa: Decadência. IRPJ Fl. 1107DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10845.003423/0040 Acórdão n.º 9900000.360 CSRFPL Fl. 11 3 — Omissão de Receitas. A homologação tácita prevista no art. 150, §4° do CTN abrange tãosomente a conduta de apuração e pagamento do imposto devido, realizada pela contribuinte em estrita observância à legislaçã do tributo. Comprovado pelo Fisco a ocorrência de omissão de parte da atividade exercida pela empresa no período fiscalizado, visando reduzir as obrigações tributárias determinadas por lei, a apuração dos tributos no período será revista de oficio no prazo estabelecido pelo art. 173, inc. I, do CTN. Decadência. CSLL. PIS. Cofins. O direito de a Fazenda Pública apurar e constituir os créditos tributários relativos às contribuições para a seguridade social extinguese após 10 (dez) anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito podeia ter sido constituído. Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador: 31/01/1995, 28/02/1995, 31/03/1995, 30/04/1995, 31/05/1995, 0/06/1995, 31/07/1995, 31/08/1995, 30/09/1995, 31/10/1995, 30/11/1995, 31/12/1995 Ementa: Nulidade. Mandado de Procedimento Fiscal — MPF. O MPF constituise em elemento de controle da administração tributária, disciplinado por ato administrativo. A eventual inobservância de norma infralegal não pode gerar nulidade de lançamento de crédito tributário efetuado no âmbito de competência legalmente deferida. Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Data do fato gerador: 31/01/1995, 28/02/1995, 31/03/1995, 30/04/1995, 31/05/1995, 30/06/1995, 31/07/1995, 31/08/1995, 30/09/1995, 31/10/1995, 30 1/1995, 31/12/1995 Eme ta: Omissão de Receitas. Arbitramento do Preço;4Venda de Imóvel. Prova. Escritura Pública S mente deixa de prevalecer, para os efeitos fiscais, o • alor da alienação constante da Escritura Pública, (uando restar provado de maneira inequívoca que o teor contratual da escritura não foi cumprido, circunstância em que a fé pública do citado ato cede à prova_deque a alienação se deu de forma diversa:— Omissão de Receitas. Custos de Construção dos Imóveis É de se admitir a prova indireta de omissão de receitas, quando, defmitivamente provado nos autos, que os custos de construção dos imóveis contabilizados são incompatíveis com o padrão dos imóveis construídos, impondo se a sua reconstituição com base em índice confiável, editado pelo Sinduscon e, conseqüentemente, a determinação de pagamentos efetuados à margem da escrituração Omissão de Receita. Pagamentos não Contabilizados. Utilização de Recursos à Margem da Escrituração.Provada a falta de contabilização das operações de compra e a utilização de recursos à margem da escrituração, inferese, necessariamente, a ocorrência de omissão de receitas, como origem dos recursos utilizados nos pagamentos, devendo ser mantida a exigência assim formalizada. Omissão de Receita. Saldo Credor de Caixa. Não apresentadas as contraprovas necessárias a atestar a regularidade dos registros contábeis,configurase perfeitamente procàrente a reconstituição da conta caixa, mediante a exclusão dos valores cuja efetividade dos ingressos não restou comprovada por instrumentos hábeis. Redução Indevida do Lucro Líquido versus Postergação de Fl. 1108DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 4 Pagamento de Imposto. A postergação de pagamento de imposto somente se verifica, na hipótese de postergação de registro de receitas, quando o imposto devido em um determinado período é pago no período subseqüente. Ao revés, quando o imposto devido em um período não é pago no período de escrituração da receita postergada, configurada está a redução indevida do lucro líquido. Assunto: Processo Administrativo Fiscal Data do fato gerador: 31/01/1995, 28/02/1995, 31/03/1995, 30/04/1995, 31/05/1995, 30/06/1995, 31/07/1995, 31/08/1995, 30/09/1995, 31/10/1995, 30/11/1995, 1/12/1995 Ementa: Tributação Reflexa. Imposto sobre a Renda Retido na Fonte — lRRF. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido — CSLL. Contribuição para o Programa de Integração Social — PIS. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social — Cofins. Lavrado o auto principal devem também ser lavrados os autos de infração reflexos, seguindo estes a mesma orientação decisória daquele do qual decorrem. Lançamento Procedente em Parte Interposto Recurso Voluntário, o contribuinte alegou que ocorreu a decadência do direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, pois a decadência é um instituto que se aplica a um determinado tributo e não a uma matéria especifica, como entendeu a autoridade julgadora de primeiro grau. Em março de 2006, ao analisar o recurso interposto pelo contribuinte a 7ª Câmara do então Primeiro Conselho de Contribuintes resolveu, por maioria de votos, acolher a preliminar de decadência do IRPJ,CSLL, PIS, COFINS e IRRF no período de janeiro a novembro de 1995 (Acórdão nº 10708.491): MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL NULIDADEIMPROCEDÊNCIA. Não é nulo o lançamento praticado por agente do Fisco que, ao formalizar a exigência, encontravase habilitado para o exercício da competência legal que lhe é atribuída, mediante MPF emitido pela autoridade competente. IRPJ IRRF — DECADÊNCIA — PROCEDÊNCIA — A teor do disposto no artigo 150, § 4º, do CTN, decai a Fazenda Pública do direito de promover o lançamento após cinco anos contados da ocorrência do fato gerador, razão pela qual, tendo a decadência neste caso concreto se operado, improcede o lançamento. CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL — DECADÊNCIA — O prazo decadencial estipulado no Código Tributário Nacional aplicase, por expressa previsão constitucional, a todas as contribuições sociais, sem exceção. IRPJ — OMISSÃO DE RECEITAS — ARBITRAMENTO DO CUSTO DE CONSTRUÇÃO DE IMÓVEL — É cabível o arbitramento do custo de construção de imóvel, quando provado pelo fisco que o valor registrado na contabilidade é muito inferior àquele devido, sendo aceitável a utilização dos índices divulgados pelo SINDUSCON. IRPJ OMISSÃO DE COMPRAS É procedente a exigência do imposto :4"; de renda sobre valores de mercadorias comprovadamente adquiridas e não contabilizadas, configurando omissão de receitas. IRPJ — OMISSÃO DE RECEITAS SALDO CREDOR bE CAIXA A ocorrência de saldo credor da conta caixa autoriza a presunção de omissão de receita, ressalvada ao contribuinte a prova em contrário.TRIBUTAÇÃO DECORRENTE IRFONTE — PIS — Fl. 1109DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10845.003423/0040 Acórdão n.º 9900000.360 CSRFPL Fl. 12 5 COFINS CSLL Tratandose de tributação reflexa, o decidido com relação ao principal (IRPJ) constitui prejulgado às exigências fiscais decorrentes, no mesmo grau de jurisdição administrativa, em razão de terem suporte tático em comum. De acordo com as informações trazidas na decisão, o pagamento, assim, por si só, não tem o condão de definir a modalidade de lançamento a que o tributo se sujeita, sob pena de se ter de assumir que esta poderia ser dupla, conforme houvesse ou não o pagamento. Desse modo, segundo o acórdão, nos meses de janeiro a novembro de 1995, razão pela qual foi excluído do lançamento a exigência relativa aos meses de janeiro a novembro de 1995, inclusive em relação ao IRFONTE. No que se refere às contribuições, o julgado decidiu que o crédito tributário relativo à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, bem como a contribuição para o PIS e a COFINS, decorrente das diferenças tributadas relativas aos meses de janeiro a novembro de 1995, à época do lançamento, em face da decadência, não poderia ter sido constituído, já que deve aplicar, igualmente, o prazo de cinco anos. Inconformada, a PGFN interpôs Recurso Especial com o fundamento no o art. 32, I do Regimento Interno do Conselho de Contribuintes. Sustenta a recorrente que, no caso em tela, ao julgar a decadência do crédito tributário da CSLL, a 7ª Câmara contrariou o disposto no art. 45 da Lei n° 8.212/91, que prevê o prazo decadencial de 10 anos para a constituição de crédito tributário das contribuições sociais. Segundo a PGFN, os tribunais ainda não se manifestaram sobre a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n°8.212/91, não cabendo à esfera administrativa afastar a aplicação de norma vigente. Em novembro de 2008, a 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, resolveu, por unanimidade de votos, negar provimento ao Recurso Especial, mantendo o acórdão da 7ª Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes inalterado: Acórdão 0106.037 AssuNTo: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ Anocalendário: 1995 DECADÊNCIA IRPJ e outros Tratandose de tributos em que é de iniciativa do contribuinte a sua apuração e recolhimento, o respectivo lançamento é por homologação, conforme o artigo 150 do CTN. O prazo para o lançamento é de 05 anos contados dos fatos geradores. SÚMULA DECADÊNCIA Declarada a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n° 8.212, de 1991, pelo Supremo Tribunal Federal (súmula vinculante n° 8 DOU de 20 de junho de 2008), cancelase o lançamento no qual não foi observado o prazo qüinqüenal previsto no Código Tributário Nacional. Recurso Especial Negado De acordo com o voto condutor do acórdão, a Contribuição Social sobre o Lucro Liquido é tributo sujeito ao regime do lançamento por homologação, de modo que o prazo decadencial para a constituição dos respectivos créditos tributários é de cinco anos, contados da ocorrência do fato gerador, nos termos do artigo 150, § 4°, do CTN. Fl. 1110DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 6 Segundo a 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, ocorre o lançamento por homologação quando a legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, a qual, tomando conhecimento da atividade assim exercida, expressamente a homologa. Inexistindo essa homologação expressa, ocorrerá ela no prazo de 05(cinco) anos, a contar do fato gerador do tributo. Dessa maneira, ocorrido o fato gerador, já nasce para o sujeito passivo a obrigação de apurar e liquidar o tributo, sem qualquer participação do sujeito ativo que, de outra parte, já tem o direito de investigar a regularidade dos procedimentos adotados pelo sujeito passivo a cada fato gerador, independente de qualquer informação serlhe prestada ou pagamento antecipado. Concluiu o julgado que em decorrência, considerando o decurso de lapso temporal superior a cinco anos, entre os fatos geradores ocorridos até novembro de 1995 e o lançamento, ocorrido em 27.12.2000, entendeu a CSRF que, à época de sua lavratura, já havia decaído o direito da Fazenda em proceder ao lançamento do crédito tributário. Irresignada, a Fazenda Nacional intepôs Recurso Extraordinário (fls. 196/ss), com fundamento no art. 9º, do Regimento Interno da Câmara Superior de Recursos Fiscais. De acordo com a recorrente, o acórdão em alusão contrariou a adequada análise dos dispositivos constantes do art. 150, § 4º e art. 173, I, ambos do CTN, tendo em vista que, nas hipóteses de total ausência de recolhimento do tributo sujeito a lançamento por homologação, o início da contagem do prazo decadencial deverá ser postergado para o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o referido lançamento poderia ser efetuado. No sentido de fundamentar suas razões, a Procuradoria da Fazenda apresentou os Acórdão CSRF/ 0202.288 da 2ª Turma da Câmara Superior de Recursos Ficais como paradigma: Acórdão CSRF/ 0202.288 "PIS. DECADÊNCIA. Por ter natureza tributária, na hipótese de ausência de pagamento antecipado, aplicase ao PIS a regra de decadência prevista no art. 173,I, do CTN. Recurso especial negado." A recorrente defende que, no presente caso, não se operou lançamento por homologação a possibilitar a aplicação da regra do art. 150, § 4º do CTN, afinal, a contribuinte não antecipou o pagamento do tributo nas mencionadas competências. Por conta disso, continua, deverá ser aplicado ao lançamento de ofício em questão o disposto no art. 173,I, do CTN. Cumpre destacar que a Procuradoria da Fazenda colacionou precedente do Superior Tribunal de Justiça, que, segundo ela, perante a sistemática dos Recursos Repetitivos, ratificou a tese acima delineada, restando pacificado o entendimento acerca da controvérsia. Por fim, requereu o provimento do Recurso Extraordinário para reformar o acórdão recorrido, sendo afastada a decadência das competências de dezembro de e do quarto trimestre de 1998. Em Despacho de fls. 1046 e ss, o Presidente Substituto do Carf deu seguimento ao RE, tendo em vista haver divergência entre os arestos confrontados, uma vez que a decisão vergastada embasase no artigo 150, caput e § 4.°, sem ressalvas quanto ao pagamento, e o paradigma oferecido preconiza que a contagem do prazo decadencial deve Fl. 1111DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10845.003423/0040 Acórdão n.º 9900000.360 CSRFPL Fl. 13 7 observar a regra prevista no artigo 173,1, do CTN, na hipótese de ausência de pagamento antecipado. Em sede de Contrarrazões, o contribuinte requereu o não provimento do recurso, já que pela leitura do art. 150, §4º do CTN verificase que o que se homologa é a atividade exercida pelo sujeito passivo. A falta de pagamento não altera a natureza do instituto da decadência. Dessa forma, a contribuinte defende não poder ser penalizada com o aumento no prazo de decadência, por estar enquadrado na hipótese legal de não recolhimento por falta de base imponível, pois agiu autorizada por lei. Reitera, ainda, que o lançamento não se submete ao art. 173 do CTN, mas ao 150, § 4, como já fora afirmado. É o que tenho a relatar. Voto Conselheiro Manoel Coelho Arruda Júnior, Relator Presentes os pressupostos de admissibilidade do Recurso Extraordinário ora em análise, passo a apreciar as questões de mérito. Conforme recente alteração do Regimento Interno do CARF, impõe se a este tribunal administrativo a reprodução dos julgados definitivos proferidos pelo STF e pelo STJ, na sistemática prevista pelos artigos 543B e 543C do Código de Processo Civil. Diante disso, tem se que o STJ já enfrentou o tema objeto do presente recurso especial, julgandoo sob o rito dos recursos repetitivos, no seguinte sentido: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. 1. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Fl. 1112DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 8 julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005). 2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontrase regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210). 3. O dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelandose inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Codex Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto Xavier, "Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro", 3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano Amaro, "Direito Tributário Brasileiro", 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199). 5. In casu, consoante assente na origem: (i) cuidase de tributo sujeito a lançamento por homologação; (ii) a obrigação ex lege de pagamento antecipado das contribuições previdenciárias não restou adimplida pelo contribuinte, no que concerne aos fatos imponíveis ocorridos no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994; e (iii) a constituição dos créditos tributários respectivos deuse em 26.03.2001. 6. Destarte, revelamse caducos os créditos tributários executados tendo em vista o decurso do prazo decadencial qüinqüenal para que o Fisco efetuasse o lançamento de ofício substitutivo. 7. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 973733/SC, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/08/2009, DJe 18/09/2009) A imperiosidade de aplicação dessa decisão do STJ, no âmbito do CARF, é inequívoca, conforme o disposto no artigo 62ª do seu Regimento Interno. Desse modo, ao observar o caso concreto trazido a esta câmara superior de julgamento, notase que à recorrente assiste razão quanto ao seu inconformismo no que se refere à fundamentação do acórdão recorrido. De acordo com o julgado, foi suscitada a decadência do crédito tributário com base no disposto no art. 150, § 4º do CTN. Senão vejamos: Fl. 1113DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 10845.003423/0040 Acórdão n.º 9900000.360 CSRFPL Fl. 14 9 Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operase pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. (...) § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considerase homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. No entanto, conforme se o observa no precedente vinculante do Superior Tribunal de Justiça, deverseá aplicar o disposto no art. 173, I do CTN quando do cálculo do prazo quinquenal, mesmo nos casos de lançamento por homologação. Fato imprescindível para a seleção de tal dispositivo é antecipação de pagamento, por parte do contribuinte, do tributo devido e recolhido a menor. Ao consultar os autos, verifico ausente a conduta do contribuinte em adiantarse à quitação fiscal, havendo, deste modo, verossimilhança entre o fáctico trazido a este Conselho Pleno com aquele objeto da apreciação do Superior Tribunal de Justiça. Assim sendo, tornase necessária a revisão do acórdão proferido pela 4ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais com o objetivo único de ajustálo ao entendimento ulterior do STJ. Por todo o exposto, voto em DAR PROVIMENTO ao Recurso Extraordinário da Procuradoria da Fazenda Nacional para afastar a decadência apontada pelo e. Primeiro Conselho de Contribuintes e mantida pela e. Quarta Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, uma vez necessária a conjugação da jurisprudência deste Conselho Administrativo de Recursos Fiscais com o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça. É como voto. (Assinado digitalmente) Manoel Coelho Arruda Júnior Fl. 1114DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO 10 Fl. 1115DF CARF MF Impresso em 22/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 02/04/2013 por AFONSO ANTONIO DA SILVA, Assinado digitalmente em 17/04/2 013 por MANOEL COELHO ARRUDA JUNIOR, Assinado digitalmente em 18/04/2013 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
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