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Numero do processo: 13771.720491/2017-86
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Sep 25 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Mon Oct 15 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2015
RENDIMENTOS. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE.
Para gozo da isenção do imposto de renda da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, os rendimentos devem ser provenientes de aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Súmula CARF nº63.
Numero da decisão: 2002-000.331
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. Recorrente CARLOS ALBERTO DA SILVA NASCIMENTO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2015 RENDIMENTOS. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. Para gozo da isenção do imposto de renda da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, os rendimentos devem ser provenientes de aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Súmula CARF nº63. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 77 1. 72 04 91 /2 01 7- 86 Fl. 56DF CARF MF Processo nº 13771.720491/201786 Acórdão n.º 2002000.331 S2C0T2 Fl. 57 2 Relatório Tratase de recurso voluntário interposto em face de decisão da 19ª Turma da DRJ/RJO, que considerou improcedente a impugnação (fls.31/35). Em face do sujeito passivo foi emitida a Notificação de Lançamento de fls. 9/13, relativa ao anocalendário 2015, decorrente de procedimento de revisão de Declaração de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF), em que a fiscalização apontou a seguinte infração: rendimentos indevidamente considerados como isentos por moléstia grave e dedução indevida de previdência oficial. A autuação consigna que "a comprovação da moléstia grave deve ser realizada mediante apresentação de laudo pericial emitido por serviço médico oficial, contendo a identificação completa do profissional, sendo indispensável a indicação do cargo (matrícula) ou do ato que confere ao profissional autoridade para manifestarse como perito em nome do órgão". A Notificação de Lançamento alterou o resultado apurado de saldo de imposto a restituir declarado de R$10.949,51, para saldo de imposto a restituir de R$23,38, valor que já lhe fora restituído. Cientificado da notificação em 18/8/2017 (fls.22), o contribuinte impugnou a exigência fiscal em 6/9/2017 (fls. 2/13). Intimado da decisão do colegiado de primeira instância em 15/3/2018 (fl. 36), o recorrente apresentou recurso voluntário em 10/4/2018 (fls. 42/53), onde indica que estaria sendo anexado ao seu recurso laudo pericial com as correções das faltas indicadas na decisão de primeira instância, quais sejam, a assinatura do administrador do posto de saúde e a indicação da matrícula do médico perito. Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Mérito O litígio recai sobre os rendimentos recebidos pelo sujeito passivo da Petros, os quais ele alega que seriam isentos por serem decorrentes de aposentadoria e por ser ele portador de moléstia grave. Fl. 57DF CARF MF Processo nº 13771.720491/201786 Acórdão n.º 2002000.331 S2C0T2 Fl. 58 3 Conforme relatado, a autuação apontou falhas no laudo médico apresentado para comprovação da moléstia. Por seu turno, na análise do laudo médico apresentado na fase impugnatória, a decisão de piso consigna: O contribuinte anexou aos autos, à fl. 08, cópia de Laudo Pericial datado de 19/04/2017, onde consta que o contribuinte é portador de 01/2011 até a presente data de Cardiomiopatia Isquêmica CID I50/I25. Consta do referido Laudo Pericial que o “paciente é portador de hipertensão arterial sistêmica, diabetis tipo II, doença arterial coronariana, sendo revascularizado com 3 pontes radial mamária esquerda e safena em 2011...” Consta do item 2 do referido Laudo, ser a moléstia enquadrada como Cardiopatia Grave. Bem como também não ser a doença passível de controle. Consta do referido Laudo, carimbo da Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha ES. Ocorre porém, que consta do referido Laudo o carimbo do Sr. Milton César Valente da Costa (Administrador CEMAS/SEMSA Matricula 10766/5) porém sem sua assinatura. De igual forma, não consta o nº de matrícula na Secretaria de Saúde do Município de Vila Velha ES, bem como sua qualificação como Perito, do profissional que assinou o presente Laudo Pericial, o Dr. André S Brandão CRMES 10298 (Médico Cardiologista). ... Como bem assinalado pela Autoridade Lançadora à fl. 11, não consta do presente Laudo Pericial a identificação completa do profissional, sendo indispensável a indicação do cargo (matrícula), ou do ato que confere ao profissional, autoridade para manifestarse como Perito em nome da Secretaria Municipal da Saúde de Vila Velha ES. Agora, em seu recurso, o recorrente junta o laudo de fl.51, que se trata do documento anteriormente apresentado (fls. 7, 8 e 50), contendo agora uma rubrica em cima do nome do administrador e a indicação do que seria o número de matrícula abaixo do nome do médico emitente do laudo. Em pesquisa ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (cnes.datasus.gov.br), confirmase que o laudo foi emitido por serviço médico do município, bem como a atuação do profissional emitente do laudo nessa instituição. Acerca da isenção pleiteada, a Súmula CARF nº 63 dispõe: Para gozo da isenção do imposto de renda da pessoa física pelos portadores de moléstia grave, os rendimentos devem ser provenientes de aposentadoria, reforma, reserva remunerada ou pensão e a moléstia deve ser devidamente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Fl. 58DF CARF MF Processo nº 13771.720491/201786 Acórdão n.º 2002000.331 S2C0T2 Fl. 59 4 O litígio limitase à análise do documento comprobatório da moléstia grave, não tendo sido questionada a natureza dos rendimentos. Nessa toada, entendo que o recorrente fez a prova exigida na forma legal, devendo ser cancelada a infração a ele imputada. Conclusão Pelo exposto, voto por conhecer do recurso, para, no mérito, darlhe provimento. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 59DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13708.003732/2008-00
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Aug 28 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Tue Sep 18 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2005
OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DEVOLUÇÃO À FONTE PAGADORA.
Cabe diminuir os rendimentos pagos a maior em exercícios anteriores do rendimento tributável de mesma natureza na Declaração de Ajuste do exercício relativo à devolução.
Numero da decisão: 2002-000.264
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário, para cancelar a omissão de rendimentos no valor de R$20.397,47.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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OMISSÃO DE RENDIMENTOS. Recorrente DAVINA TROTTA VELOZO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2005 OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DEVOLUÇÃO À FONTE PAGADORA. Cabe diminuir os rendimentos pagos a maior em exercícios anteriores do rendimento tributável de mesma natureza na Declaração de Ajuste do exercício relativo à devolução. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao Recurso Voluntário, para cancelar a omissão de rendimentos no valor de R$20.397,47. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 70 8. 00 37 32 /2 00 8- 00 Fl. 101DF CARF MF Processo nº 13708.003732/200800 Acórdão n.º 2002000.264 S2C0T2 Fl. 102 2 Relatório Notificação de lançamento Trata o presente processo de notificação de lançamento – NL (fls. 4 a 9), relativa a imposto de renda da pessoa física, pela qual se procedeu a alterações na declaração de ajuste anual da contribuinte acima identificada, relativa ao exercício de 2006. A autuação implicou na alteração do resultado apurado de saldo de imposto a restituir de R$5.646,49 para saldo de imposto a pagar de R$1.118,53. A notificação consigna omissão de rendimentos de aluguéis e de resgate de contribuições à previdência privada. Impugnação Cientificada à contribuinte em 27/8/2008, a NL foi objeto de impugnação parcial, em 27/9/2008, à fl. 2/27 dos autos, na qual a contribuinte afirmou que, em decorrência de sentença judicial, devolvera parte dos aluguéis recebidos. A impugnação foi apreciada na 3ª Turma da DRJ/RJ2 que, por unanimidade, julgoua improcedente, por deficiência da comprovação apresentada, em decisão assim ementada (fls. 55/58): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2006 OMISSÃO DE RENDIMENTOS DE ALUGUÉIS OU ROYALTIES RECEBIDOS DE PESSOAS JURÍDICAS. A contribuinte não juntou aos autos documentação que comprovasse o reembolso à pessoa jurídica locatária de seu imóvel, do valor recebido a maior, conforme alegado em sua impugnação. OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS A TÍTULO DE RESGATE DE CONTRIBUIÇÕES Ã PREVIDÊNCIA PRIVADA, PGBL E FAPI. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. Considerase não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo interessado, nos termos do art. 17 do Decreto n° 70.235/72. Recurso voluntário Ciente do acórdão de impugnação em 15/4/2013 (fl. 64), a contribuinte, em 14/5/2013 (fl. 66), apresentou recurso voluntário, às fls. 67/88, no qual alega, em síntese, que foi condenada pela 2ª Vara Cível da Ilha do Governador a devolver em 50% os valores da locação de avaliação de aluguéis, o que justifica a apresentação de sua Declaração retificadora Fl. 102DF CARF MF Processo nº 13708.003732/200800 Acórdão n.º 2002000.264 S2C0T2 Fl. 103 3 em relação aos ganhos reais no exercício. Do montante devolvido à fonte pagadora, de R$40.794,94, explica que excluiu de seus rendimentos R$20.397,47, sendo a outra parcela de seu cônjuge. Indica a juntada de documentação comprobatória do depósito efetuado em favor do locatário Banco Itaú S/A, além de documentos atinentes ao imóvel e à ação judicial mencionada. Processo distribuído para julgamento em Turma Extraordinária, tendo sido observadas as disposições do artigo 23B, do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, e suas alterações (fl.90). Fl. 103DF CARF MF Processo nº 13708.003732/200800 Acórdão n.º 2002000.264 S2C0T2 Fl. 104 4 Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Mérito O litígio recai sobre a omissão de rendimentos de aluguéis, no montante de R$24.528,22. Em sua impugnação, o sujeito passivo alegou que, em função de decisão judicial, devolvera parte dos aluguéis recebidos. Na apreciação das provas, a decisão de piso manteve a autuação, consignando: A contribuinte junta ao presente (fls. 06 a 08) cópia de um Instrumento Particular de Prorrogação e Alteração de Contrato de Locação, datado de 25/04/2005, onde constam como Locadores: Luiz Ângelo Velozo , Davina Trotta Velozo , Itamar Souza e Silva e Talita El Anune Souza e Silva, e como Locatário: Banco had S A CNPJ 60.701.190/000104, pertinente ao imóvel constituído pela Loja 'B' localizada na Rua República Árabe da Síria n° 129, Ilha do Governador, Rio de Janeiro. Na cláusula 2.2 (fl. 07) do referido contrato consta o seguinte: "Os Locadores restituirão ao Locatário na proporção de 50% (cinqüenta por cento) cada um, a importância de R$81.589,89 (oitenta e hum mil, quinhentos e oitenta e nove reais e oitenta e nove centavos) paga a maior pelo Locatário aos Locadores a titulo de aluguel mensal, apurada no período de setembro/2002 à março de 2005, através de crédito na conta corrente n° 8001, da Agência 2040, do Banco Itaú S/A , depósito identificado n° 106, a ser efetuado em 29.04.2005, cuja efetivação do depósito importará na automática quitação do respectivo valor." Cabe salientar que no citado contrato na sua cláusula 2, (fl. 07), consta o seguinte: "De comum acordo, e visando dar cumprimento à sentença proferida nos autos da ação renovatória processo n°2002.2070012065 que tramita perante a 1ª Vara Fl. 104DF CARF MF Processo nº 13708.003732/200800 Acórdão n.º 2002000.264 S2C0T2 Fl. 105 5 Cível Regional da Ilha do Governador / RJ, fica prorrogado o contrato de locação referido na P cláusula acima, por mais 05 (cinco) anos, com inicio em 01/09/2002 e término previsto para 31/08/2007..." A contribuinte junta também uma Planilha de Atualização de Alugueis (fl. 09), sem identificação de quem a confeccionou (sem assinatura). Analisando os autos, vemos que a impugnante não juntou ao processo o recibo do depósito apontado no parágrafo anterior: "..., através de crédito na conta corrente n° 8001, da Agencia 2040, do Banco Itaú S/A , depósito identificado n° 106, a ser efetuado em 29.04.2005, cuja efetivação do depósito importará na automática quitação do respectivo valor." Cabe salientar também, que não consta do contrato acima citado, nem de qualquer outro documento constante do processo, que o valor a ser restituído pelos locadores ao locatário, seria abatido dos rendimentos tributáveis de alugueis recebidos no ano calendário de 2005 pelos locadores. A contribuinte, em sua impugnação, limitouse a não se conformar com o lançamento e a solicitar sua revisão, entretanto vemos que a mesma, não juntou aos autos nenhum documento capaz de afastar a infração apurada pela Fiscalização. Apenas alegar e não provar, é como não alegar. (destaques acrescidos) Em seu recurso, a recorrente junta, além do recibo emitido pelo Banco Itaú (fl.69), o comprovante de realização de depósito em conta (fl.70). Diante desses elementos, merece ser revista a decisão de piso. Por ocasião do recebimento dos valores, a contribuinte deve ofertar os rendimentos à tributação, posto que ocorrido o fato gerador do IR, qual seja, a aquisição de disponibilidade econômica. É certo que a devolução dos valores a posteriori não acarreta a não ocorrência do fato gerador ou a exclusão do crédito tributário correspondente naquele primeiro momento, mas, restando comprovada a devolução dos valores, é de se reconhecer o direito da contribuinte de excluir da tributação os valores restituídos à fonte pagadora, no anocalendário da devolução. Nesse sentido, trago o Parecer Normativo Cosit nº5, de 1995, que, ao tratar da devolução em exercícios ou meses posteriores de rendimentos acumulados pagos a maior, esclareceu: 6. Caracterizada a ocorrência de pagamentos a maior, em exercícios ou meses anteriores, de rendimentos acumulados sujeitos à tributação na fonte e na declaração, a importância paga a maior é considerada como antecipação, tributável no mês do seu recebimento. Por ocasião do acerto, o valor pago a maior deverá ser diminuído do rendimento bruto na determinação da base de cálculo do imposto na fonte no mês de sua devolução. (destaques acrescidos) Fl. 105DF CARF MF Processo nº 13708.003732/200800 Acórdão n.º 2002000.264 S2C0T2 Fl. 106 6 Assim, ainda que não exista campo próprio para registrar tal ocorrência na Declaração de Ajuste Anual, é de se reconhecer à contribuinte o direito a deduzir o rendimento devolvido do rendimento tributável de mesma natureza no anocalendário da devolução. No caso, resta comprovada que a parte da recorrente na devolução é de R$20.397,47. Tendo sido apurada a omissão de R$24.528,22 (fl.6) e devolvido o montante de R$20.397,47, remanesce a omissão de R$4.130,75. Embora não explique ou se manifeste explicitamente acerca dessa despesa, a recorrente indica a juntada ao recurso da nota fiscal relativa a honorários advocatícios pagos por ela e seu cônjuge na ação relativa ao acerto do valor do aluguel (fl.71). Depreendese que ela teria deduzido dos valores de aluguéis recebidos, o valor dos honorários pagos. Entretanto, inexiste previsão legal para tal exclusão. O artigo 56 do Regulamento do Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto nº 3.000/1999 (RIR/1999) permite que as despesas com ação judicial, inclusive com advogados, se comprovadas, sejam deduzidas dos rendimentos recebidos acumuladamente, o que não é o caso dos autos, em que a recorrente, em decorrência da ação judicial, efetuou a devolução de rendimentos. Conclusão Por todo o exposto, voto por conhecer do recurso, para, no mérito, darlhe provimento parcial, cancelando a omissão de rendimentos de aluguéis no valor de R$20.397,47. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 106DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10469.721025/2016-72
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Sep 26 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Thu Oct 11 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2012
RENDIMENTOS. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE.
A isenção de imposto de renda afeta aos rendimentos recebidos em razão de aposentadoria ou pensão inicia-se na data de diagnóstico da doença, indicada em laudo médico oficial.
Numero da decisão: 2002-000.342
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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OMISSÃO DE RENDIMENTOS. Recorrente JANDETE LEMOS DOS PRAZERES Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2012 RENDIMENTOS. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. A isenção de imposto de renda afeta aos rendimentos recebidos em razão de aposentadoria ou pensão iniciase na data de diagnóstico da doença, indicada em laudo médico oficial. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 46 9. 72 10 25 /2 01 6- 72 Fl. 58DF CARF MF Processo nº 10469.721025/201672 Acórdão n.º 2002000.342 S2C0T2 Fl. 59 2 Relatório Notificação de lançamento Trata o presente processo de notificação de lançamento – NL (fls. 15/18), relativa a imposto de renda da pessoa física, pela qual se procedeu a alterações na declaração de ajuste anual da contribuinte acima identificada, relativa ao exercício de 2013. A autuação implicou na alteração do resultado apurado de saldo de imposto a restituir declarado de R$15.622,37 para saldo de imposto a pagar de R$2.096,36. A notificação consigna que o laudo médico apresentado pela contribuinte aponta que a moléstia grave foi diagnosticada a partir de 14/5/2015, não alcançando os rendimentos recebidos em 2012, resultando na apuração de rendimentos indevidamente considerados isentos por moléstia grave, no valor de R$115.945,80 (fl.16). Impugnação Cientificada à contribuinte em 18/2/2016, a NL foi objeto de impugnação, em 14/3/2016, às fls. 2/13 dos autos, na qual a contribuinte afirmou que os rendimentos eram provenientes de aposentadoria de portador de moléstia grave e que naquela ocasião juntava laudo pericial que o comprovaria. A impugnação foi apreciada na 4ª Turma da DRJ/JFA que, por unanimidade, julgou a impugnação improcedente, em decisão assim ementada (fls. 25/27): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2013 RENDIMENTOS ISENTOS. DOENÇA GRAVE. DATA DE INÍCIO DA ISENÇÃO. A isenção de imposto de renda afeta aos rendimentos recebidos em razão de aposentadoria ou pensão iniciase na data de diagnóstico da doença que a enseja constante em laudo médico oficial. Recurso voluntário Ciente do acórdão de impugnação em 16/6/2016 (fl. 32), a contribuinte, em 11/7/2016 (fl. 36), apresentou recurso voluntário, às fls. 36/51, no qual alega, em síntese: requer a anulação do débito lançado tendo em vista ter sido acometida de moléstia grave. tendo em vista que o imposto exigido já foi recolhido, solicita que o débito seja tornado sem efeito. Fl. 59DF CARF MF Processo nº 10469.721025/201672 Acórdão n.º 2002000.342 S2C0T2 Fl. 60 3 Processo distribuído para julgamento em Turma Extraordinária, tendo sido observadas as disposições do artigo 23B, do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, e suas alterações (fl.53). Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Mérito O litígio recai sobre os rendimentos recebidos pela recorrente das fontes pagadoras Ministério da Fazenda e Comando da Marinha, os quais ela alega serem isentos por ter sido ela acometida por doença grave. A autuação consigna que o laudo médico apresentado aponta o diagnóstico da doença em 14/5/2015, não alcançando os rendimentos recebidos no anocalendário 2012. Analisando a impugnação apresentada, o colegiado de primeira instância manteve a exigência consignando: No propósito de ilustrar o tema debatido pela interessada, cita se que o artigo 39, inciso XXXIII, do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999) vigente, consubstanciado no Decreto nº 3.000 de 26.03.1999, e que tem como matriz legal o artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88 (com a redação dada pela Lei n. 11.052/2004), o artigo 47 da Lei nº 8.541/92 e o artigo 30, § 2º, da Lei n. 9.250/95, dispõe que “não entrarão no cômputo do rendimento bruto os proventos de aposentadoria ou reforma, desde que motivadas por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, fibrose cística e hepatopatia grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após a concessão da pensão ou depois da aposentadoria ou reforma”. Este mesmo artigo 39, em seus parágrafos 4º e 5º, determina que: Fl. 60DF CARF MF Processo nº 10469.721025/201672 Acórdão n.º 2002000.342 S2C0T2 Fl. 61 4 "§ 4º Para o reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos XXXI e XXXIII, a partir de 1º de janeiro de 1996, a moléstia deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, devendo ser fixado o prazo de validade do laudo pericial, no caso de moléstias passíveis de controle (Lei n.9.250, de 1995, art. 30 e § 1º). § 5º As isenções a que se referem os incisos XXXI e XXXIII aplicamse aos rendimentos recebidos a partir: I do mês da concessão da aposentadoria, reforma ou pensão; II do mês da emissão do laudo ou parecer que reconhecer a moléstia, se esta for contraída após a aposentadoria, reforma ou pensão; III – da data em que a doença for contraída, quando identificada no laudo pericial." (negritos realizados pelo relator) Não constam dos autos informações acerca se a interessada é aposentada ou beneficiária de pensão, mas isso não fora abordado pela autoridade lançadora, bem como o laudo médico pericial de fl. 9 faz presumir que houve a avaliação para fins de isenção de imposto de renda sobre os rendimentos de aposentadoria. Ultrapassada essa condição, confirmase, tal qual se expôs no lançamento, que o mencionado laudo oficial, firmado pelo Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor SIASS UFRN, emitido em 08/10/2015, revelou que o diagnóstico da doença (cardiopatia grave) de que a contribuinte é portadora data de 14/05/2015. Em assim sendo, somente a partir do mês de maio/2015 os seus proventos de aposentadoria ou de pensão são considerados isentos nos termos da indigitada legislação; logo, não se aplica a isenção para o exercício 2013. Em sede de recurso, a recorrente junta o laudo já apresentado (fl.37), que aponta o início da doença em 14/5/2015. Dessa feita, não há reparos a se fazer à decisão de piso, visto que o laudo apresentado não alcança os rendimentos auferidos em 2012 e a recorrente não apresentou nenhum outro documento. Oportuno lembrar que, com a apresentação de declaração retificadora, a declaração original não produz mais efeitos, sendo substituída integralmente pela nova declaração entregue. Nesse sentido, o artigo 54 da IN RFB nº 15, de 2001, então vigente, disciplinava: Art. 54. O declarante obrigado à apresentação da Declaração de Ajuste Anual pode retificar a declaração anteriormente entregue mediante apresentação de nova declaração, independentemente de autorização pela autoridade administrativa. Fl. 61DF CARF MF Processo nº 10469.721025/201672 Acórdão n.º 2002000.342 S2C0T2 Fl. 62 5 Parágrafo único. A declaração retificadora referida neste artigo: I tem a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindoa integralmente; II será processada, inclusive para fins de restituição, em função da data de sua entrega. Atualmente, encontrase em vigor a IN RFB nº 1500, de 2014, que disciplina a entrega de declaração retificadora de igual forma, em seu artigo 82. Assim, independentemente da indicação de valor de IRPF devido na declaração original e do seu eventual recolhimento pela recorrente, a inclusão de rendimentos recebidos como isentos indevidamente na declaração retificadora caracteriza a infração indicada na notificação de lançamento, a ensejar o lançamento de ofício do imposto devido e não declarado, inclusive com a multa de 75% e juros de mora correspondentes. Quanto ao aproveitamento dos recolhimentos de fls. 39/45, esclareçase que a recorrente deve buscar informações nas Unidades da RFB ou no sítio da RFB acerca da possibilidade de compensação do crédito exigido com o saldo não utilizado dos DARFs recolhidos sob o código 0211. Conclusão Pelo exposto, voto por conhecer do recurso, para, no mérito, negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 62DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 10166.724747/2016-93
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 17 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed May 02 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2012
DEDUÇÃO. DESPESAS MÉDICAS. EXIGÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO EFETIVO PAGAMENTO. ÔNUS DO CONTRIBUINTE.
A legislação do Imposto de Renda determina que as despesas com tratamentos de saúde declaradas pelo contribuinte para fins de dedução do imposto devem ser comprovadas por meio de documentos hábeis e idôneos, podendo a autoridade fiscal exigir que o contribuinte apresente documentos que demonstrem a real prestação dos serviços e o efetivo desembolso dos valores declarados, para a formação da sua convicção.
Numero da decisão: 2002-000.076
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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ementa_s : Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF Exercício: 2012 DEDUÇÃO. DESPESAS MÉDICAS. EXIGÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO EFETIVO PAGAMENTO. ÔNUS DO CONTRIBUINTE. A legislação do Imposto de Renda determina que as despesas com tratamentos de saúde declaradas pelo contribuinte para fins de dedução do imposto devem ser comprovadas por meio de documentos hábeis e idôneos, podendo a autoridade fiscal exigir que o contribuinte apresente documentos que demonstrem a real prestação dos serviços e o efetivo desembolso dos valores declarados, para a formação da sua convicção.
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DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. Recorrente ELMAR PEREIRA DA SILVA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2012 DEDUÇÃO. DESPESAS MÉDICAS. EXIGÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO EFETIVO PAGAMENTO. ÔNUS DO CONTRIBUINTE. A legislação do Imposto de Renda determina que as despesas com tratamentos de saúde declaradas pelo contribuinte para fins de dedução do imposto devem ser comprovadas por meio de documentos hábeis e idôneos, podendo a autoridade fiscal exigir que o contribuinte apresente documentos que demonstrem a real prestação dos serviços e o efetivo desembolso dos valores declarados, para a formação da sua convicção. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 16 6. 72 47 47 /2 01 6- 93 Fl. 79DF CARF MF Processo nº 10166.724747/201693 Acórdão n.º 2002000.076 S2C0T2 Fl. 80 2 Relatório Tratase de lançamento decorrente de procedimento de revisão interna da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física DIRPF, referente ao exercício de 2012, ano calendário 2011, tendo em vista a apuração de dedução indevida de despesas médicas. O contribuinte apresentou impugnação (fls.2/14), indicando a juntada de documentação comprobatória da despesa glosada. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Salvador (BA) negou provimento à Impugnação (fls. 29/32), em decisão cuja ementa é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2011 DEDUÇÃO. INADMISSIBILIDADE. Todas as deduções da base de cálculo do imposto estão sujeitas à comprovação, a critério da autoridade lançadora. Admitida a dedução apenas quando comprovadas as exigências legais para a dedutibilidade. Cientificado dessa decisão em 1/9/2016 (fl.38), o contribuinte apresentou, em 26/9/2016 (fl.48), Recurso Voluntário (fls. 48/59, anexado novamente às fls. 63/74), no qual apresenta as alegações a seguir sintetizadas. Inicia seu recurso elaborando um resumo dos fatos. Explica que, no curso da ação fiscal, atendeu a solicitação da autoridade tributária e apresentou os recibos que comprovam as despesas médicas com fisioterapia, e, ainda assim, essas despesas foram glosadas. Argumenta que o entendimento da autoridade fiscal é contrário ao previsto no ordenamento jurídico brasileiro. Destaca que o direito tributário se utiliza de outros institutos existentes nos demais ramos do Direito para se efetivar a exigência tributária. Assentada tal premissa, afirma que o recibo devidamente lavrado pelo credor libera o devedor, sendo bastante para comprovar o pagamento efetuado. Reproduz os artigos 315, 320 e 324 do Código Civil Brasileiro. Em seguida, analisa o artigo 80 do Regulamento do Imposto de Renda, para concluir que, no tocante às despesas médicas, prevalece a regra de apresentação do recibo. Acrescenta que, inexistindo este, pode ser apresentado o cheque nominativo, constituindo esta, na sua visão, uma mera exceção à regra. Defende que as despesas são comprovadas mediante apresentação do comprovante de pagamento, sendo este o recibo passado pelo credor. Fl. 80DF CARF MF Processo nº 10166.724747/201693 Acórdão n.º 2002000.076 S2C0T2 Fl. 81 3 Reproduz orientação da Receita Federal do Brasil contida no Manual de Perguntas e Respostas 2016. Apregoa que, em que pesem os poderes atribuídos à Administração Tributária na fiscalização dos contribuintes, não se pode derrogar institutos já consagrados em outros ramos do Direito, bem como afrontar direitos e garantias individuais. Defende que o contribuinte tem assegurado seu direito de deduzir as despesas médicas devidamente comprovadas por recibos passados pelos profissionais da saúde. Além desse entendimento, extraído do Código Civil e da legislação tributária, aponta que é preciso verificar que a boafé se presume, enquanto a má fé precisa ser comprovada, não ao contrário, como pretende a autoridade tributária. Diz ser inegável que as deduções estão sujeitas à comprovação e justificação, mas argumenta que o limite do Fisco está no próprio Regulamento, que imporia a comprovação por outros meios em caráter excepcional. Entende que apenas na falta dos recibos, ou quando estes não preencherem os requisitos legais, é que a comprovação poderia ser exigida mediante apresentação de outros documentos complementares. Indica a juntada declaração do profissional de saúde atestando a prestação dos serviços, bem como o recebimento dos honorários. Pontua que as Delegacias de Julgamento e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF vem acatando as despesas ratificadas por declarações dos profissionais emissores dos recibos, enaltecendo a boafé dos contribuintes. Indica que existem decisões no sentido de que, em sendo apresentadas provas que permitam identificar a prestação dos serviços e o pagamento, inclusive com documentos passados pelos profissionais, atestando a autenticidade dos recibos, o ônus da prova caberá ao Fisco, já que a ele aproveita a contra prova do fato constitutivo de seu direito ao crédito tributário refletido no lançamento. Reproduz ementa de julgado administrativo (Acórdão nº 2802003.318). Registra que os Tribunais Federais Regionais vem entendendo no sentido de acatar os recibos apresentados pelo contribuinte, presumindose a sua boafé. Reproduz ementas de dois julgamentos. Volta a citar a declaração emitida pelo profissional e defende que os recibos acostados são idôneos e atendem às exigências da legislação civilista e tributária, devendo, na sua visão, ser aceitos pela autoridade tributária. Ao final, requer o acolhimento de seu recurso. Processo distribuído para julgamento em Turma Extraordinária, tendo sido observadas as disposições do artigo 23B, do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, e suas alterações (fls.76/77). É o relatório. Fl. 81DF CARF MF Processo nº 10166.724747/201693 Acórdão n.º 2002000.076 S2C0T2 Fl. 82 4 Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Mérito Em relação às despesas médicas, são dedutíveis da base de cálculo do IRPF os pagamentos efetuados pelos contribuintes a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, inciso II, alínea "a"), desde que devidamente comprovados. No que tange à comprovação, a dedução a título de despesas médicas é condicionada ainda ao atendimento de algumas formalidades legais: os pagamentos devem ser especificados e comprovados com documentos originais que indiquem nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de quem os recebeu (art. 8º, § 2º, inc. III, da Lei 9.250, de 1995). Esta norma, no entanto, não dá aos recibos valor probante absoluto, ainda que atendidas todas as formalidades legais. A apresentação de recibos de pagamento com nome e CPF do emitente têm potencialidade probatória relativa, não impedindo a autoridade fiscal de coletar outros elementos de prova com o objetivo de formar convencimento a respeito da existência da despesa. Nesse sentido, o artigo 73, caput e § 1º do RIR/1999, autoriza a fiscalização a exigir provas complementares se existirem dúvidas quanto à existência efetiva das deduções declaradas: Art. 73. Todas as deduções estão sujeitas a comprovação ou justificação, a juízo da autoridade lançadora (Decretolei nº 5.844, de 1943, art. 11, § 3º). § 1º Se forem pleiteadas deduções exageradas em relação aos rendimentos declarados, ou se tais deduções não forem cabíveis, Fl. 82DF CARF MF Processo nº 10166.724747/201693 Acórdão n.º 2002000.076 S2C0T2 Fl. 83 5 poderão ser glosadas sem a audiência do contribuinte. (Decreto lei nº 5.844, de 1943, art. 11, § 4º. (Grifei). Sobre a matéria, seguem decisões emanadas da Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) e da 1ª Turma, da 4ª Câmara da 2ª Seção do CARF: IRPF. DESPESAS MÉDICAS.COMPROVAÇÃO. Todas as deduções declaradas estão sujeitas à comprovação ou justificação, mormente quando há dúvida razoável quanto à sua efetividade. Em tais situações, a apresentação tãosomente de recibos e/ou declarações de lavra dos profissionais é insuficiente para suprir a não comprovação dos correspondentes pagamentos. (Acórdão nº9202005.323, de 30/3/2017) ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2011 DEDUÇÃO. DESPESAS MÉDICAS. APRESENTAÇÃO DE RECIBOS. SOLICITAÇÃO DE OUTROS ELEMENTOS DE PROVA PELO FISCO. Todas as deduções estão sujeitas à comprovação ou justificação, podendo a autoridade lançadora solicitar motivadamente elementos de prova da efetividade dos serviços médicos prestados ou dos correspondentes pagamentos. Em havendo tal solicitação, é de se exigir do contribuinte prova da referida efetividade. (Acórdão nº9202005.461, de 24/5/2017) IRPF. DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA EFETIVA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS E DO CORRESPONDENTE PAGAMENTO. A Lei nº 9.250/95 exige não só a efetiva prestação de serviços como também seu dispêndio como condição para a dedução da despesa médica, isto é, necessário que o contribuinte tenha usufruído de serviços médicos onerosos e os tenha suportado. Tal fato é que subtrai renda do sujeito passivo que, em face do permissivo legal, tem o direito de abater o valor correspondente da base de cálculo do imposto sobre a renda devido no ano calendário em que suportou tal custo. Havendo solicitação pela autoridade fiscal da comprovação da prestação dos serviços e do efetivo pagamento, cabe ao contribuinte a comprovação da dedução realizada, ou seja, nos termos da Lei nº 9.250/95, a efetiva prestação de serviços e o correspondente pagamento. (Acórdão nº2401004.122, de 16/2/2016) Fl. 83DF CARF MF Processo nº 10166.724747/201693 Acórdão n.º 2002000.076 S2C0T2 Fl. 84 6 No caso, por ocasião do procedimento de fiscalização, a autoridade fiscal intimou o contribuinte para apresentação dos recibos e comprovação do efetivo pagamento das despesas declaradas com Márcia D'Amico Horta Barbosa, não tendo havido resposta a essa intimação (fl. 12). Em sua impugnação, o contribuinte juntou os recibos emitidos pela profissional. A DRJ manteve a autuação. Em seu recurso, o contribuinte defende que os recibos são os documentos hábeis a fazer a prova exigida, citando dispositivos do Código Civil e decisões administrativas e judiciais sobre a matéria. Como já defendi acima, os recibos médicos não são uma prova absoluta para fins da dedução. Nesse sentido, entendo possível a exigência fiscal de comprovação do pagamento da despesa ou, alternativamente, a efetiva prestação do serviço médico, por meio de receitas, exames, prescrição médica. É não só direito mas também dever da Fiscalização exigir provas adicionais quanto à despesa declarada em caso de dúvida quanto a sua efetividade ou ao seu pagamento. Ao se beneficiar da dedução da despesa em sua Declaração de Ajuste Anual, o contribuinte deve se acautelar na guarda de elementos de provas da efetividade dos pagamentos e dos serviços prestados. Inexiste qualquer disposição legal que imponha o pagamento sob determinada forma em detrimento do pagamento em espécie, mas, ao optar por pagamento em dinheiro, o sujeito passivo abriu mão da força probatória dos documentos bancários, restando prejudicada a comprovação dos pagamentos. Acrescentese que, na ausência de comprovantes bancários, poderia ter juntado prontuários e receituários médicos ou exames realizados, mas o contribuinte nada apresentou nesse sentido. Importa salientar que não é o Fisco quem precisa provar que as despesas médicas declaradas não existiram, mas o contribuinte quem deve apresentar as devidas comprovações quando solicitado. Os recibos e a declaração do profissional constituem documentos particulares, com eficácia entre as partes. Em relação a terceiros, comprovam a declaração e não o fato declarado. E o ônus da prova do fato declarado compete ao contribuinte, interessado na prova da sua veracidade. É o que estabelece o artigo 408 do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105, de 2015): Art. 408. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou somente assinado presumemse verdadeiras em relação ao signatário. Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento particular prova a Fl. 84DF CARF MF Processo nº 10166.724747/201693 Acórdão n.º 2002000.076 S2C0T2 Fl. 85 7 ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de proválo ao interessado em sua veracidade. (destaques acrescidos) O Código Civil, citado pela contribuinte em seu recurso, também aborda a questão da presunção de veracidade dos documentos particulares e seus efeitos sobre terceiros: Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumemse verdadeiras em relação aos signatários. Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais ou com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas não eximem os interessados em sua veracidade do ônus de proválas. ... Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova as obrigações convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro público.” (destaques acrescidos) Assim, na ausência da comprovação exigida, não há reparos a se fazer à decisão de piso. Conclusão Pelo exposto, voto por conhecer do recurso, para, no mérito, negarlhe provimento. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 85DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 12326.006595/2010-01
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 17 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed May 02 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2008
DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS.
Como regra, são considerados dedutíveis na apuração do imposto de renda da pessoa física os gastos com despesas médicos, inclusive com planos de saúde, desde que tenham sido efetuados com o contribuinte e seus dependentes indicados na declaração de ajuste e que estejam comprovados com documentação hábil.
Numero da decisão: 2002-000.073
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso, e, no mérito, dar-lhe provimento, para restabelecer a dedução de despesas médicas no valor de R$13.091,88.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. Recorrente CARLOS MANUEL RAFAEL ROMANI CANAS Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2008 DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. Como regra, são considerados dedutíveis na apuração do imposto de renda da pessoa física os gastos com despesas médicos, inclusive com planos de saúde, desde que tenham sido efetuados com o contribuinte e seus dependentes indicados na declaração de ajuste e que estejam comprovados com documentação hábil. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade, em conhecer do recurso, e, no mérito, darlhe provimento, para restabelecer a dedução de despesas médicas no valor de R$13.091,88. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 12 32 6. 00 65 95 /2 01 0- 01 Fl. 74DF CARF MF Processo nº 12326.006595/201001 Acórdão n.º 2002000.073 S2C0T2 Fl. 75 2 Relatório O presente processo trata de exigência de crédito tributário relativo ao Imposto de Renda Pessoa Física, exercício 2008. Em decorrência do não atendimento ao termo de intimação, foi lavrada a Notificação de Lançamento de fls. 4/7, apontando a dedução indevida de despesas médicas. O contribuinte apresentou impugnação (fls.3/20), onde informa que são despesas médicas próprias, requerendo o restabelecimento integral da dedução. Em conformidade com o disposto no artigo 6oA da IN RFB nº 958/2009, com a redação dada pela IN RFB nº 1.061/2010, a autoridade autuante procedeu à revisão do lançamento efetuado, emitindo o despacho decisório de fl. 38, com base no Termo Circunstanciado de fls. 35/37, acolhendo em parte os argumentos do contribuinte e mantendo o imposto suplementar no valor de R$2.324,06, em decorrência da seguinte infração: DEDUÇÃO INDEVIDA DE DESPESAS MÉDICAS – R$13.091,88 ... 2 Os comprovantes de pagamentos efetuados à Amil Assistência Médica Internacional Ltda (fls. 8 a 10) são insuficientes para comprovar a dedutibilidade da despesa por não informarem expressamente que o contribuinte é o único beneficiário do plano de saúde nem que há dependentes/agregados, e não discriminar o valor relativo a cada beneficiário, não sendo possível verificar se as despesas cumprem a exigência do art. 80, §1°, II do RIR/99. Intimado dessa decisão, o contribuinte não se manifestou. Os autos foram encaminhados para julgamento de primeira instância. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Campo Grande (MS) manteve o imposto apurado no Despacho Decisório (fls. 53/55), em decisão cuja ementa é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2007 GLOSA DE DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. São dedutíveis na declaração as despesas previstas na legislação do imposto de renda, desde que sejam comprovadas por meio de documentação hábil e idônea, nos termos legais. Fl. 75DF CARF MF Processo nº 12326.006595/201001 Acórdão n.º 2002000.073 S2C0T2 Fl. 76 3 Cientificado dessa decisão em 2/5/2016 (fl.61), o contribuinte formalizou, em 6/5/2016 (fl.64), seu Recurso Voluntário (fls. 64/67), no qual alega que é titular do plano de saúde da Amil, que incluía seu cônjuge. Esclarece que, no ano sob análise, a parcela de cada um para o plano foi de R$13.091,88. Requer o restabelecimento integral da glosa efetuada visto que corresponde a sua parcela do plano. Processo distribuído para julgamento em Turma Extraordinária, tendo sido observadas as disposições do artigo 23B, do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, e suas alterações (fl.58). É o relatório. Fl. 76DF CARF MF Processo nº 12326.006595/201001 Acórdão n.º 2002000.073 S2C0T2 Fl. 77 4 Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Mérito São dedutíveis da base de cálculo do IRPF os pagamentos efetuados pelos contribuintes a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, inciso II, alínea "a"), desde que devidamente comprovados (art. 73, do RIR/1999). Em relação ao valor glosado, a DRJ consigna: ... Foi mantida a glosa referente a plano de saúde junto à Amil – Assistência Médica Internacional Ltda., pois os comprovantes de pagamento seriam insuficientes, por não informarem expressamente que o contribuinte é o único beneficiário do plano de saúde nem que há dependentes/agregados, bem como por não discriminar o valor relativo a cada beneficiário. ... O documento de f. 13, “Reembolso de Cobertura de Custo Médico”, emitido pela Amil, confirma que o titular do plano de saúde é o impugnante, mas que o plano inclui ainda, pelo menos, mais um beneficiário (Jaqueline Pitanguy Romani). Logo, não é possível individualizar a parcela correspondente a cada um dos beneficiários. Agora, em seu recurso, o contribuinte junta o informe do plano de saúde próprio e o de sua mulher (fls. 65/66), bem com a declaração de ajuste dela (fl. 67), de forma a demonstrar que o documento é individualizado, noticiando a despesa de cada um. O Decreto nº 70.235/1972, que regulamenta o processo administrativo fiscal, limita a apresentação de provas em momento posterior a impugnação, restringindoa aos casos previstos no § 4º do seu art. 16, porém a jurisprudência deste Conselho vem se consolidando no Fl. 77DF CARF MF Processo nº 12326.006595/201001 Acórdão n.º 2002000.073 S2C0T2 Fl. 78 5 sentido de que essa regra geral não impede que o julgador conheça e analise novos documentos anexados aos autos após a defesa, em observância aos princípios da verdade material e da instrumentalidade dos atos administrativos, sobretudo quando são capazes de rechaçar em parte ou integralmente a pretensão fiscal. Nesse caso, entendo que os documentos apresentados em sede de recurso voluntário devem ser recepcionados e analisados, uma vez que comprovam os argumentos expostos pelo Contribuinte e visam a rebater a decisão de primeira instância. No caso, considero os documentos apresentados hábeis a atestar o direito de o contribuinte deduzir o valor de R$13.091,88, relativo às despesas médicas próprias. Conclusão Pelo exposto, voto por conhecer do recurso, para, no mérito, darlhe provimento, para restabelecer a dedução de despesas médicas no valor de R$13.091,88. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 78DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 16004.001007/2010-29
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Apr 17 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed May 02 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2005, 2006, 2007, 2008, 2009
DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS.
É passível de dedução da base de cálculo do Imposto de Renda a despesa médica declarada e devidamente comprovada por documentação hábil e idônea.
As despesas médicas dedutíveis restringem-se aos pagamentos efetuados pelo Contribuinte para o seu próprio tratamento ou dos dependentes informados na Declaração de Ajuste Anual.
Numero da decisão: 2002-000.070
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso apresentado, para, no mérito, dar-lhe provimento parcial, determinando o restabelecimento de despesas médicas nos montantes de R$1.988,48 (ano-calendário 2004), de R$2.244,82 (ano-calendário 2005), de R$2.308,36 (ano-calendário 2006), de R$2.160,76 (ano-calendário 2007) e de R$2.052,60 (ano-calendário 2008).
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. Recorrente AIRTON PEDROSO DA SILVA Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. É passível de dedução da base de cálculo do Imposto de Renda a despesa médica declarada e devidamente comprovada por documentação hábil e idônea. As despesas médicas dedutíveis restringemse aos pagamentos efetuados pelo Contribuinte para o seu próprio tratamento ou dos dependentes informados na Declaração de Ajuste Anual. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso apresentado, para, no mérito, darlhe provimento parcial, determinando o restabelecimento de despesas médicas nos montantes de R$1.988,48 (anocalendário 2004), de R$2.244,82 (anocalendário 2005), de R$2.308,36 (anocalendário 2006), de R$2.160,76 (ano calendário 2007) e de R$2.052,60 (anocalendário 2008). (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 00 4. 00 10 07 /2 01 0- 29 Fl. 115DF CARF MF Processo nº 16004.001007/201029 Acórdão n.º 2002000.070 S2C0T2 Fl. 116 2 Relatório Tratase de lançamento decorrente de procedimento de revisão interna da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física DIRPF, referente aos exercícios de 2005 a 2009, anoscalendário 2004 a 2008, tendo em vista a apuração de dedução indevida de despesas médicas. O contribuinte apresentou impugnação (fls.47/87), contestando parcialmente a exigência e indicando a juntada de documentação comprobatória dos valores que quer ver restabelecidos. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em São Paulo (SP) negou provimento à Impugnação (fls. 95/100), em decisão cuja ementa é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS. GLOSA. COMPROVAÇÃO. O direito à dedução de despesas médicas restringese àquelas que tiveram como beneficiários o contribuinte e seus dependentes para fins de imposto de renda, e está condicionado à comprovação da efetividade dos serviços prestados, dos correspondentes pagamentos e de seu enquadramento nos requisitos legalmente estabelecidos. Cientificado dessa decisão em 9/2/2011 (fl.104), o contribuinte formalizou, em 10/3/2011 (fl.105), seu Recurso Voluntário (fls. 105/111), no qual admite ter informado indevidamente despesas de seu cônjuge, mas requer, diante dos novos documentos juntados ao seu recurso, o restabelecimento parcial das despesas médicas. Processo distribuído para julgamento em Turma Extraordinária, tendo sido observadas as disposições do artigo 23B, do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, e suas alterações (fls.112/113). É o relatório. Fl. 116DF CARF MF Processo nº 16004.001007/201029 Acórdão n.º 2002000.070 S2C0T2 Fl. 117 3 Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Mérito O litígio recai sobre despesas médicas. São dedutíveis da base de cálculo do IRPF os pagamentos efetuados pelos contribuintes a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, inciso II, alínea "a"), desde que devidamente comprovados (art. 73, do RIR/1999). Em sua impugnação, o contribuinte pleiteou o restabelecimento das despesas com plano de saúde descontadas em folha de pagamento por sua fonte pagadora. A DRJ/SP II não acolheu o pedido, consignando: Em sua impugnação, o interessado reconhece como procedente parte das glosas efetuadas e traz aos autos o documento de fls. 48, emitido por COCAM Cia. de Café Solúvel e Derivados CNPJ 60.421.161/000180, que informa valor de despesas integralmente custeadas pelo contribuinte. De acordo com os autos, o plano de saúde é do tipo empresarial, tendo a citada fonte pagadora COCAM como contratante. Nessa modalidade de plano de saúde, o encargo financeiro pode tanto ser assumido integralmente pela empresa contratante, ou é compartilhado entre esta e os empregados/dirigentes, ou apenas por estes. No presente caso, o documento de fls. 48 comprova os valores custeados pelo impugnante, mas não traz a identificação dos beneficiários do plano de saúde, informação essencial no presente caso, pois, como já assinalado, das informações prestadas pelo plano de saúde, parte das despesas não são dedutíveis porque relativas ao cônjuge, que apresentou Declaração em separado, no modelo simplificado. ... Fl. 117DF CARF MF Processo nº 16004.001007/201029 Acórdão n.º 2002000.070 S2C0T2 Fl. 118 4 Em resumo, na situação sob análise, os autos demonstram que o contribuinte é titular de plano de saúde empresarial e assumiu o pagamento dos valores informados pela fonte pagadora, mas não trazem a informação quanto ao valor relativo a cada beneficiário de maneira individualizada, de modo a se apurar as despesas referentes a Anderson Nascimento Silva e Ignez Catoia da Silva. (destaques acrescidos) Agora, em seu recurso, o sujeito passivo junta os documentos de fls. 106/110. O Decreto nº 70.235/1972, que regulamenta o processo administrativo fiscal, limita a apresentação de provas em momento posterior a impugnação, restringindoa aos casos previstos no § 4º do seu art. 16, porém a jurisprudência deste Conselho vem se consolidando no sentido de que essa regra geral não impede que o julgador conheça e analise novos documentos anexados aos autos após a defesa, em observância aos princípios da verdade material e da instrumentalidade dos atos administrativos, sobretudo quando são capazes de rechaçar em parte ou integralmente a pretensão fiscal. Nesse caso, entendo que os documentos apresentados em sede de recurso voluntário devem ser recepcionados e analisados, uma vez que comprovam os argumentos expostos pelo Contribuinte e visam sanear falha na instrução probatória apontada pela decisão de piso. Em suas Declarações de Ajuste dos exercícios 2005 a 2007, o contribuinte informou como dependentes Anderson Nascimento Silva, Ignes Catoia da Silva e Pedro Pedroso da Silva (fls. 3, 7/8 e 12) e, nos exercícios 2008 e 2009, Ignes Catoia da Silva e Pedro Pedroso da Silva como dependentes (fls. 19 e 23). Assim, a teor da legislação de regência, consignada na autuação e na decisão de piso, o contribuinte faz jus a deduzir as despesas médicas próprias e as dos dependentes indicados em cada anocalendário. Do exame dos documentos apresentados em fase recursal, em especial o extrato de fl.108, restam confirmados os pagamentos abaixo discriminados: Beneficiário AC 2004 AC 2005 AC 2006 AC 2007 AC 2008 Airton Pedroso da Silva 349,83 381,00 282,29 209,94 Anderson Nascimento Silva 349,83 381,00 282,29 * * Ignez Cantoia da Silva 667,16 753,36 883,89 975,41 1.026,30 Pedro Pedroso da Silva 667,16 753,36 883,89 975,41 1.026,30 Total 2.033,98 2.268,72 2.332,36 2.160,76 2.052,60 * Não tendo sido informado como dependente nesse anocalendário, suas despesas não podem ser acatadas. Por ocasião da autuação, a autoridade fiscal já acatara, com base no documento de fl.28, a dedução de R$45,50, de R$23,90 e de R$24,00, para os anoscalendário 2004, 2005 e 2006, respectivamente (fl.42). Fl. 118DF CARF MF Processo nº 16004.001007/201029 Acórdão n.º 2002000.070 S2C0T2 Fl. 119 5 Dessa feita, resta restabelecer os valores abaixo indicados: AnoCalendário Valor 2004 1.988,48 2005 2.244,82 2006 2.308,36 2007 2.160,76 2008 2.052,60 Conclusão Pelo exposto, voto por conhecer do recurso para, no mérito, darlhe provimento parcial e determinar o restabelecimento de despesas médicas nos montantes de R$1.988,48, de R$2.244,82, de R$2.308,36, de R$2.160,76 e de R$2.052,60, para os anos calendário 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008, respectivamente. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 119DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 11080.724128/2016-10
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed May 23 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Wed Jun 13 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Exercício: 2013
LANÇAMENTO. NULIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA.
Cabe ao CARF o controle da legalidade do lançamento. A nulidade do lançamento por cerceamento do direito de defesa do sujeito passivo deve ser reconhecido de ofício por ser matéria de ordem pública.
Numero da decisão: 2002-000.148
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e declarar de ofício a nulidade do lançamento por cerceamento do direito de defesa do sujeito passivo, em razão da insuficiente descrição dos fatos na autuação.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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DEDUÇÕES. LIVROCAIXA. Recorrente JORGE LUIZ WINCKLER Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2013 LANÇAMENTO. NULIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA. Cabe ao CARF o controle da legalidade do lançamento. A nulidade do lançamento por cerceamento do direito de defesa do sujeito passivo deve ser reconhecido de ofício por ser matéria de ordem pública. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e declarar de ofício a nulidade do lançamento por cerceamento do direito de defesa do sujeito passivo, em razão da insuficiente descrição dos fatos na autuação. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 11 08 0. 72 41 28 /2 01 6- 10 Fl. 2897DF CARF MF Processo nº 11080.724128/201610 Acórdão n.º 2002000.148 S2C0T2 Fl. 2.898 2 Relatório Tratase de lançamento decorrente de procedimento de revisão interna da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física DIRPF, referente ao exercício de 2013, ano calendário 2012, tendo em vista a apuração de dedução indevida de livrocaixa (fl.7). O contribuinte apresentou impugnação (fls.2/112 e 1.617/2.828), alegando que o valor contestado corresponde a despesas comprovadas por meio de documentos legíveis, datados e contendo identificação e assinaturas dos emitentes. A Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento em Salvador (BA) deu parcial provimento à Impugnação (fls. 2.831/2.833), em decisão cuja ementa é a seguinte: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2012 LIVRO CAIXA. DESPESAS. IMÓVEL. EMPRESA. Não podem ser deduzidas no livro Caixa despesas vinculadas a imóvel onde funciona empresa da qual o contribuinte é sócio. Cientificado dessa decisão em 2/8/2016 (fl.2.836), o contribuinte formalizou, em 29/8/2016 (fl.2.838), seu Recurso Voluntário (fls. 2.838/2.892), no qual apresenta as alegações a seguir sintetizadas. Lista as glosas que entende indevidas, consignando seus argumentos: TV NET R$1.316,36 Cita o Parecer Normativo CST nº 60, de 1978, para defender a dedutibilidade de despesas com internet e TV por assinatura, disponibilizados na sala de espera do consultório. Condomínios Salas 301 e 302 R$9.760,79/Energia Clínica R$4.957,39/IPTU Clínica R$1.135,04 Afirma ser o responsável pelas despesas do local de funcionamento de seu consultório médico. Indica a juntada das matrículas 75227 e 75228, comprovando a propriedade dessas salas. Cita a Constituição Federal e o Manual do IRPF, para defender que faz jus a deduzir as despesas registradas em livrocaixa. Serviços Médicos Prestados por Terceiros sem Vínculo Empregatício e Documentos Ilegíveis ou Inábeis Fl. 2898DF CARF MF Processo nº 11080.724128/201610 Acórdão n.º 2002000.148 S2C0T2 Fl. 2.899 3 Explica que é médico cooperado da Unimed Porto Alegre e realiza alguns procedimentos médicos que envolvem despesas. Indica os emolumentos pagos referentes à manutenção de aparelhos médicos e de sistema de software e à acompanhamento profissional necessário aos pacientes submetidos a exames nos aparelhos que especifica. Cita o item 384 do Manual do IRPF, para defender que essas despesas são necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora. Ressalta que as despesas escrituradas podem ser deduzidas independentemente de as receitas serem oriundas de serviços prestados como autônomo a pessoa física ou jurídica. Documentos Ilegíveis ou Inábeis Indica que todos os comprovantes acompanham seu recurso, de forma a afastar a afirmação de que seriam ilegíveis. No tocante a sua dedutibilidade, aponta que se trata de material de escritório/consultório e de conservação e limpeza. Explica que são gastos efetuados para aquisição de bens próprios para consumo, tais como material de escritório, de conservação, de limpeza e de produtos de qualquer natureza usados e consumidos nos tratamentos, reparos, conservação. Indedutíveis R$828,03 Diz que esse item, mencionado como roupa de cama, referese a lençóis e fronhas utilizados pelos pacientes na realização de alguns exames. No seu entendimento, tais despesas são necessárias ao aferimento da receita pelo contribuinte e, portanto, dedutíveis. Telefone Clínica R$3.654,91 Reproduz o artigo 75 do RIR, alegando que as despesas feitas pelo titular com planos de telefonia, exclusivamente para fins profissionais, são dedutíveis a título de despesa de livrocaixa. Ao final do seu recurso, reconhece como corretas as glosas das despesas de aluguel, condomínio, energia, telefone, IPTU e despesas diversas, referentes à sala 304, pertencente À Clínica Moinhos. Requer o restabelecimento de despesas no montante de R$72.329,62. Processo distribuído para julgamento em Turma Extraordinária, tendo sido observadas as disposições do artigo 23B, do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, e suas alterações (fl.2.895). É o relatório. Fl. 2899DF CARF MF Processo nº 11080.724128/201610 Acórdão n.º 2002000.148 S2C0T2 Fl. 2.900 4 Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Nulidade da Notificação de Lançamento O litígio recai sobre a dedução de despesas com livro caixa. Embora a legalidade do ato administrativo não tenha sido questionada pelo recorrente, entendo que se trata de matéria de ordem pública, cabendo sua análise nestes autos. Nesse sentido, cabe transcrever decisão do E.STF sobre o assunto: "O Supremo Tribunal já assentou que diante de indícios de ilegalidade, a Administração deve exercer seu poderdever de anular seus próprios atos, sem que isso importe em contrariedade ao princípio da segurança jurídica. Nesse sentido, as súmulas 346 e 473 deste Supremo Tribunal: 'A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos' (Súmula 346).'A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogálos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial' (Súmula 473)." (AO 1483, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, julgamento em 20.5.2014, DJe de 3.6.2014)” De início, cabe destacar que, na autuação (fl.7), a autoridade fiscal consigna a glosa das despesas da pessoa jurídica, despesas de sócios do contribuinte na PJ, não comprovadas através de nota fiscal ou recibo, de terceiros, de comprovantes sem identificação do contribuinte, sem identificação a que se refere à despesa, ilegíveis, despesas não dedutíveis conforme legislação, de faturas/guias de recolhimento sem comprovação do efetivo pagamento/recolhimento, de comprovantes sem data da emissão, de recibos sem a identificação da pessoa física que o emitiu (quem assinou e de recibos sem assinatura do emitente). Do exame da DIRPF do recorrente (fls.115/128), constatase que ele deduziu a título de livro caixa o montante de R$394.186,91. A autoridade fiscal apontou a glosa de R$186.536,12, sem no entanto especificar exatamente quais seriam as despesas glosadas e sob quais fundamentos. Consta, à fl. 1.611, informação fiscal contendo a relação dos valores das despesas que teriam sido acatadas pela autoridade fiscal. Não há qualquer indicação dos Fl. 2900DF CARF MF Processo nº 11080.724128/201610 Acórdão n.º 2002000.148 S2C0T2 Fl. 2.901 5 valores não acatados e a correspondente justificativa. Cabe registrar ainda que esse documento não acompanha a Notificação de Lançamento. Ora, a descrição dos fatos é requisito essencial da autuação e a sua ausência ou deficiência pode caracterizar o cerceamento do direito de defesa do contribuinte, assim como impossibilitar a análise adequada da matéria pelos julgadores. No caso, verificase que, diante da Notificação de Lançamento recebida, o contribuinte apresentou uma impugnação lacônica. Na apreciação da defesa apresentada, a DRJ elaborou quadro contendo as despesas consideradas indedutíveis ou não comprovadas por ela, discriminandoas nos seguintes itens: aluguel (PJ), IPTU (PJ), serviços médicos prestados por terceiros sem vínculo empregatício, telefone clínica (PJ), energia clínica (PJ), TV Net (PJ), condomínio (PJ), sem nota fiscal, aquisição de equipamentos, documentos ilegíveis ou inábeis ou sem identificação da despesa, despesa da clínica Moinhos, indedutíveis e despesas congresso (fls. 2.831/2.833). Vêse que, somente em face da decisão de piso, a qual buscou discriminar individualmente as despesas glosadas e a correspondente justificativa para tal, o recorrente pode se defender adequadamente. Por sua vez, depreendese que a DRJ, em um trabalho hercúleo, buscou desvendar as despesas glosadas. Entretanto, é forçoso observar que diante dos poucos elementos oferecidos pela autoridade fiscal, a decisão de piso acabou por se equivocar na apreciação da lide. Vejamos. Do exame da DIRPF apresentada, do relatório fiscal mencionado e da decisão de piso, chegamos aos valores a seguir indicados: MÊS DECLARADO (A)* ACATADO (B)** GLOSADO NA AUTUAÇÃO (AB) GLOSA MANTIDA NA DRJ*** JAN 24.031,84 12.170,12 11.861,72 7.196,55 FEV 27.346,33 12.104,62 15.241,71 9.435,26 MAR 33.347,35 12.208,42 21.138,93 16.016,91 ABR 35.955,37 11.600,44 24.354,93 11.108,51 MAI 42.607,37 22.404,49 20.202,88 27.966,17 JUN 31.506,56 15.022,65 16.483,91 8.130,69 JUL 31.364,96 13.941,76 17.423,20 10.950,98 AGO 31.192,31 14.880,68 16.311,63 5.522,14 SET 29.963,79 19.124,66 10.839,13 8.279,79 OUT 38.839,83 25.286,77 13.553,06 4.821,83 NOV 27.731,97 27.055,68 676,29 8.421,55 DEZ 40.299,23 21.850,50 18.448,73 9.961,96 TOTAL 394.186,91 207.650,79 186.536,12 127.812,34 *DIRPF às fls. 115/128 **Informação Fiscal à fl.1.611 ***Demonstrativo às fls. 2.832/2.833 Fl. 2901DF CARF MF Processo nº 11080.724128/201610 Acórdão n.º 2002000.148 S2C0T2 Fl. 2.902 6 Vejase que, para os dois meses em destaque acima, maio e novembro, as glosas apontadas pela DRJ superam as glosas levadas a efeito na autuação. Na tentativa de entender a autuação e o julgamento de primeira instância, encontramse outras incongruências. No mês de janeiro, por exemplo, a decisão de piso aponta a glosa de R$700,32, consignando que se trata de despesa com aquisição de equipamento. De fato, a teor da legislação citada na autuação, despesas dessa natureza não são dedutíveis. Do exame do livro caixa à fl.137, constatase que o lançamento nº4, referese à aquisição de computador, no valor de R$700,32. Entretanto, do exame do resumo do livro caixa do mês de janeiro à fl. 140, verificase que o total informado para janeiro, de R$24.031,84, não inclui a despesa indicada, considerada corretamente como não dedutível na escrituração do contribuinte. Portanto, a glosa desse valor se mostra indevida, uma vez que não foi deduzida pelo recorrente. Buscouse com a análise desses fatos demonstrar que a autuação prejudicou não só a capacidade de defesa do contribuinte, mas também a análise do feito pela autoridade a quo. Nesse tocante, cabe transcrever os artigos 10 e 59, inciso II, do Decreto nº 70.235, de 1972: Art. 10 O auto de infração será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, e conterá obrigatoriamente”: I a qualificação do autuado; II o local, a data e a hora da lavratura; III a descrição do fato; IV a disposição legal infringida e a penalidade aplicável; V a determinação da exigência e a intimação para cumprila ou impugnála no prazo de 30 (trinta) dias; VI a assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula. Art. 59. São nulos: (....) II os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. (destaques acrescidos) Acrescentese o artigo 142 do CTN: Fl. 2902DF CARF MF Processo nº 11080.724128/201610 Acórdão n.º 2002000.148 S2C0T2 Fl. 2.903 7 Art. 142 Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. O artigo 142 do CTN dispõe que o lançamento é o procedimento administrativo que visa a determinar, dentre outros elementos, a matéria tributável e o montante do tributo devido, acrescentando, em seu parágrafo único, que tal atividade é vinculada à lei. Assim, a notificação de lançamento/auto de infração deve conter os motivos que levaram à conclusão sobre o valor adotado para base de cálculo do tributo exigido, e tais motivos devem estar em consonância com a legislação, não havendo espaço para atuação discricionária da Administração. Isto posto, considerando que a autuação se mostrou incompreensível, acarretando prejuízo concreto à defesa do sujeito passivo, e que cabe a este Colegiado a revisão e controle da legalidade do ato administrativo, entendo ser nula a notificação de lançamento em análise. Conclusão Pelo exposto, voto por conhecer do recurso e declarar de ofício a nulidade do lançamento por cerceamento do direito de defesa do sujeito passivo, em razão da insuficiente descrição dos fatos na autuação. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 2903DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 16587.720359/2017-40
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jul 24 00:00:00 UTC 2018
Data da publicação: Fri Aug 17 00:00:00 UTC 2018
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2014
DEDUÇÕES. DEPENDENTES. DESPESAS MÉDICAS. DESPESAS COM INSTRUÇÃO.
Cabe o restabelecimento das deduções quando o contribuinte, por meio de documentação hábil e idônea, comprova que faz jus a deduzir os valores declarados.
Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2014
RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. NÃO CONHECIMENTO.
Opera-se a preclusão em relação a matéria que não tenha sido objeto de impugnação ou da decisão de primeira instância administrativa.
Numero da decisão: 2002-000.224
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, no tocante à matéria não impugnada - dedução da dependente Thais Ludmilla e das despesas médicas dela (preclusão), em rejeitar a preliminar suscitada no recurso e, no mérito, quanto a parte conhecida, em dar-lhe provimento.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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DEDUÇÕES. DEPENDENTES. INSTRUÇÃO. MÉDICAS. Recorrente LUIZ FERDINANDO MORETTO Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2014 DEDUÇÕES. DEPENDENTES. DESPESAS MÉDICAS. DESPESAS COM INSTRUÇÃO. Cabe o restabelecimento das deduções quando o contribuinte, por meio de documentação hábil e idônea, comprova que faz jus a deduzir os valores declarados. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2014 RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA. NÃO CONHECIMENTO. Operase a preclusão em relação a matéria que não tenha sido objeto de impugnação ou da decisão de primeira instância administrativa. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, no tocante à matéria não impugnada dedução da dependente Thais Ludmilla e das despesas médicas dela (preclusão), em rejeitar a preliminar suscitada no recurso e, no mérito, quanto a parte conhecida, em darlhe provimento. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 16 58 7. 72 03 59 /2 01 7- 40 Fl. 138DF CARF MF Processo nº 16587.720359/201740 Acórdão n.º 2002000.224 S2C0T2 Fl. 139 2 Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Fábia Marcília Ferreira Campêlo, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. Relatório Notificação de lançamento Trata o presente processo de notificação de lançamento – NL (fls. 5 a 11), relativa a imposto de renda da pessoa física, pela qual se procedeu a alterações na declaração de ajuste anual do contribuinte acima identificado, relativa ao exercício de 2015. A autuação implicou na alteração do resultado apurado de saldo de imposto a restituir declarado de R$3.107,17 para saldo de imposto a pagar de R$784,35. A notificação consigna deduções indevidas com dependentes e de despesas médicas e com instrução. Impugnação Cientificada ao contribuinte em 31/8/2017, a NL foi objeto de impugnação, em 18/9/2017, à fl. 2/30 dos autos, na qual o contribuinte requereu o restabelecimento parcial da dedução com dependente e das despesas médicas e integral da despesa com instrução, indicando a juntada de documentação comprobatória. A impugnação foi apreciada na 21ª Turma da DRJ/RJO que, por unanimidade, julgoua improcedente por deficiência da comprovação apresentada (fls. 46 a 51). Recurso voluntário Ciente do acórdão de impugnação em 4/1/2018 (fl. 54), a representante do contribuinte (fl.76), em 22/1/2018 (fl. 56), apresentou recurso voluntário, às fls. 56 a 135, no qual apresenta as alegações a seguir sintetizadas. Após resumir a autuação e a decisão de primeira instância, alega que a teve prejuízos com a autuação uma vez que não ficou consignado que o contribuinte poderia/deveria procurar um profissional habilitado. Defende que, sob o prisma constitucional, estaria autorizada a reapreciação dos autos ao primeiro grau, de forma a preservar todos os institutos e preceitos legais. Explica que, por erro de fato, deixou de impugnar a glosa da dependente Thais Ludmilla Moretto. Destaca que declarou os rendimentos de bolsa de estudo que essa dependente auferiu à época, mas a Receita Federal do Brasil não glosou ou julgou errôneo. Requer a apreciação do restabelecimento dessa dependente, bem como das despesas a ela correspondentes, invocando os princípios da ampla defesa, da verdade material, da legalidade e da estrita legalidade. Ressalta que o §2º, do artigo 73, do RIR/99, impõe a preclusão do ato administrativo quando tal se tornar irrecorrível, o que ainda não ocorreu nos autos em análise. Fl. 139DF CARF MF Processo nº 16587.720359/201740 Acórdão n.º 2002000.224 S2C0T2 Fl. 140 3 Defende que a busca da verdade material deve prevalecer em detrimento de eventual alegação de preclusão. Aduz ainda que sua confissão não se revela suficiente para a constituição do fato gerador do tributo e que este só decorre de lei. Não tendo ocorrido o fato gerador na forma descrita, não há que se falar em tributo. Em seguida, defende a possibilidade de produção de prova em fase recursal, citando mais uma vez os princípios da verdade material e da legalidade, citando doutrina e jurisprudência administrativa acerca do tema. No mérito, indica a juntada de documentação comprobatória da relação de dependência de suas duas filhas, reproduzindo a legislação de regência, bem como das despesas com instrução e médicas. Processo distribuído para julgamento em Turma Extraordinária, tendo sido observadas as disposições do artigo 23B, do RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 343, de 2015, e suas alterações (fl.52). Fl. 140DF CARF MF Processo nº 16587.720359/201740 Acórdão n.º 2002000.224 S2C0T2 Fl. 141 4 Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo, entretanto deve ser conhecido parcialmente, haja vista a existência de matéria que não foi objeto da impugnação ou da decisão a quo que não merece conhecimento. Tratase do pleito para restabelecimento da dependente Thais Ludmilla Moretto e das despesas médicas dela. Em sua impugnação, o contribuinte concordou expressamente com a glosa dessa dependente e de despesas médicas no montante de R$2.401,13 (fl.2). Nesse sentido, a teor dos artigos 16 e 17 do Decreto nº 70.235, de 1972, que disciplina o processo administrativo fiscal, essas matérias estão preclusas, não cabendo sua análise por este Colegiado: Art. 16. A impugnação mencionará: ... III. os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993) ... § 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que: (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997). b) refirase a fato ou a direito superveniente; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997). c) destinese a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos. (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) Fl. 141DF CARF MF Processo nº 16587.720359/201740 Acórdão n.º 2002000.224 S2C0T2 Fl. 142 5 Art. 17. Considerarseá não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante. No caso, no tocante à dependente Thais e às despesas médicas dela, não se vislumbra qualquer das hipóteses do §4º, do artigo 16, acima transcrito, de forma a que pudessem vir a ser acatadas as alegações do recorrente. Ao contrário do que defende o sujeito passivo, tais matérias tornaramse irrecorríveis na esfera administrativa, dada a sua concordância na fase impugnatória. O Acórdão nº 9101003.003, da CSRF, citado pelo recorrente, aborda de maneira elucidativa a questão da preclusão em contraponto à verdade material e a outros princípios, invocados no recurso: Com a devida vênia àqueles que querem aceitar provas extemporâneas ao fundamento de que os princípios da ampla defesa, da verdade material e do formalismo moderado devem prevalecer, mas o fato é que para o Processo Administrativo Fiscal temos regras claras e expressas, prevendo a concentração dos atos probatórios em momentos pré estabelecidos, tanto no que diz respeito à instrução probatória por parte da Fazenda, quanto por parte do contribuinte, estabelecendose, assim, em caso de inobservância do momento adequado, a necessária preclusão. Aliás, a preclusão não é sanção. Não advém de ato ilícito. Mas ela foi definida processualmente para se proteger o Estado da protelação injustificada como também para garantir tratamento isonômico entre os contribuintes. Nesse sentido, Marcela Cheffer Bianchini1: Sendo assim, o próprio devido processo legal manifesta princípios outros além do da verdade material. Como visto, o processo requer andamento, desenvolvimento, marcha e conclusão. A segurança e a observância das regras previamente estabelecidas para a solução das lides constituem valores igualmente relevantes no processo. E, neste contexto, o instituto da preclusão passa a ser figura indispensável ao devido processo legal, e de modo algum se revela incompatível com o Estado de Direito ou com direito de ampla defesa ou com a busca pela verdade material. Vale destacar que, a depender da situação, a norma aceita a apresentação de provas após a impugnação. Contudo, isso é possível desde que dentro das hipóteses previstas na lei. Moacyr Amaral dos Santos ensina2: [...] o que a lei visa, precipuamente, quando traça normas para apresentação de documentos, é vedar a ocultação deles na fase de integração da lide, quer dizer, na fase da formação da questão sujeita a debate das partes e sobre a qual deverá decidir o órgão judicial. O que a lei visa é afastar ou, ao menos reduzir a possibilidade de ficarem o Juiz e as partes à mercê de surpresas consistentes no aparecimento de documentos de que a parte, premeditadamente, guarde segredo para, ocasião Fl. 142DF CARF MF Processo nº 16587.720359/201740 Acórdão n.º 2002000.224 S2C0T2 Fl. 143 6 propícia, quando não haja mais oportunidade para discussões e mais provas, oferecêlos em juízo. Além disso, é preciso interpretar a lei conforme a Constituição. Ora, quando a lei excepciona as hipóteses de que trata o §4º do art. 16, do Decreto nº 70.235, de 1972, ela já está contemplando todos os casos em que, por motivos de força maior, a ampla defesa não pode ser exercida anteriormente. (destaques acrescidos) Assim, as alegações do recorrente no tocante as matérias indicadas não devem ser conhecidas, uma vez que não foram objeto da impugnação ou do acórdão recorrido. Por fim, quanto a essa dependente, a título de esclarecimento, cabe observar que não foram informados rendimentos tributáveis auferidos por dependente (fl.37), somente rendimentos isentos e não tributáveis (fl.38), de forma que os rendimentos da dependente não influenciaram no cálculo do imposto devido e, por isso, não foram objeto de alteração na autuação. Preliminar Em sede de preliminar, o recorrente alega a ocorrência de cerceamento de defesa, o que acarretaria a nulidade da autuação. Do exame da autuação, verificase que ela contem a descrição detalhada do fato gerador do imposto de renda da pessoa física, o fundamento legal, a identificação da matéria e do sujeito passivo, e que ao contribuinte foi possibilitado a defesa por meio da impugnação e do recurso. Dessa forma, não se verifica violação ao princípio da ampla defesa e contraditório. Em relação à alegação de que a autuação não consigna a possibilidade de contratação de profissional habilitado, é preciso esclarecer que se trata de decisão particular de cada contribuinte a constituição ou não de um patrono. A imposição de "representação técnica" nos autos, seja por contador ou por advogado, é que poderia configurar cerceamento de defesa visto que tal contratação exigiria recursos financeiros. Notese ainda que a autuação recai sobre os dados informados na Declaração de Ajuste Anual do contribuinte. Ou seja, tratase aqui de questão de prova dos valores informados por ele. Tendo ele preenchido a Declaração de Ajuste, tem pleno conhecimento dos dados e valores declarados e dos conceitos envolvidos, bastando para contestar a autuação a apresentação dos documentos comprobatórios dos valores declarados. Dessa forma, é de se rejeitar a preliminar arguida. Mérito No mérito, a lide recai sobre a dedução com dependente e das despesas com instrução e médicas correspondentes. À luz da legislação citada na notificação de lançamento, os contribuintes podiam deduzir do rendimento tributável na declaração de ajuste do exercício de 2015, valores Fl. 143DF CARF MF Processo nº 16587.720359/201740 Acórdão n.º 2002000.224 S2C0T2 Fl. 144 7 relativos a determinadas despesas, tais como as despesas com dependentes (R$2.156,52, por dependente) e as despesas médicas e com instrução (limite anual individual de R$3.375,83), desde que devidamente comprovadas (art. 73 do RIR/1999). Todas as deduções pleiteadas na declaração estão sujeitas à comprovação ou justificação, a juízo da autoridade lançadora, podendo ser glosadas se os contribuintes não conseguirem comproválas ou justificálas. A glosa a ser analisada recai sobre a dependente Vanessa Ludmilla Moretto. Nesse tocante, a decisão de piso consigna: Foi glosada a dependência de Vanessa Ludmilla Moretto, informada na Declaração de Ajuste Anual (DAA) do contribuinte como sua dependente no código 22, ou seja, filha ou enteada universitária ou que está cursando escola técnica de segundo grau, com idade até 24 anos, por falta de comprovação da condição de universitária. A condição para que a filha até 24 anos possa ser considerado dependente é estar cursando estabelecimento de ensino superior, onde se entende estar cursando faculdade em curso de graduação. A fim de comprovar a condição de universitária, o contribuinte junta aos autos documentos de fls 16/21. Todavia, apesar do contribuinte citar em sua Impugnação que Vanessa Ludmilla Moretto cursava medicina no anocalendário de 2014, da análise dos documentos apresentados, fls. 12/21, não se identifica qual o tipo de curso que efetivamente Vanessa estaria cursando na Fundição Lusíada, ou seja, se trata de curso de graduação. Assim, mantémse a infração. Agora, em seu recurso, o contribuinte junta o histórico escolar de fls. 82/84. A teor do art. 16, §4º, alínea "c", do Decreto 70.235/72, a prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazêlo em outro momento processual, a menos que a nova prova se destine a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos. Esta é exatamente a situação ora enfrentada, visto que os documentos destinamse a rebater a decisão de primeira instância, devendo ser recepcionados e analisados. O histórico escolar demonstra que Vanessa cursava medicina no ano de 2014. Dessa feita, restam preenchidos os requisitos para que ela figure como dependente do recorrente, devendo ser cancelada a glosa. No tocante à despesa com instrução de Vanessa, a decisão a quo registra: O contribuinte informou na DAA, fls. 36/45, despesa com instrução da dependente Vanessa Ludmilla Moretto referente à Fundição Lusíada, CNPJ 58.207.572/0001 26. Conforme já demonstrado anteriormente, os documentos apresentados de fls 16/21 não identificam o curso frequentado por Vanessa Ludmilla Moretto, não sendo possível afirmar que o Fl. 144DF CARF MF Processo nº 16587.720359/201740 Acórdão n.º 2002000.224 S2C0T2 Fl. 145 8 mesmo se enquadra na letra “b”, inciso II do artigo 8º da Lei 9.250/95. Considerando ainda que não foi restabelecida a dependência de Vanessa Ludmilla Moretto, devese manter a glosa de despesa de instrução efetuada. Tendo sido restabelecida a dedução da dependente e restando demonstrando que se trata de curso de graduação em medicina, o contribuinte faz jus à dedução dessa despesa. No tocante às despesas médicas, a decisão de piso manteve suas glosas uma vez que se referiam a Vanessa, não acatada como dependente: As despesas médicas questionada pelo contribuinte, quais sejam, Qualicorp Administração de Benefícios (R$ 2.686,13), Naso – Núcleo de Assistência à Saúde Odontológica Ltda (R$ 1.089,87) e Christian Valentini (R$ 285,00), se referem à beneficiária dos serviços Vanessa Ludmilla Moretto. Portanto, considerando ainda que não foi restabelecida a dependência de Vanessa Ludmilla Moretto, e o disposto no inciso II do § 2º do art 8º da Lei nº 9.250/95, o artigo 8º da Lei nº 9.250/95, devese manter a glosa das despesas médicas acima mencionadas. Considerando o restabelecimento da dependente, suas despesas médicas, no montante de R$4.061,00, devem ser acatadas. Registrese que as comprovações dos pagamentos encontramse às fls. 22/30. Conclusão Pelo exposto, voto por conhecer parcialmente do recurso, rejeitar a preliminar de nulidade arguida, e, no mérito, quanto à parte conhecida, darlhe provimento para cancelar a glosa da dependente Vanessa (R$2.156,52), de despesas com instrução no montante de R$3.375,83 e de despesas médicas no montante de R$4.061,00. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 145DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13677.000070/2005-70
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Jun 17 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Mon Jul 08 00:00:00 UTC 2019
Numero da decisão: 2002-000.105
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência à Unidade de Origem para que esta 1) intime o recorrente a juntar os comprovantes de rendimentos relativos ao ano-calendário 2001; 2) anexe aos autos o dossiê fiscal e a cópia da Declaração de Ajuste Anual exercício 2002 objeto da autuação.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência à Unidade de Origem para que esta 1) intime o recorrente a juntar os comprovantes de rendimentos relativos ao ano-calendário 2001; 2) anexe aos autos o dossiê fiscal e a cópia da Declaração de Ajuste Anual exercício 2002 objeto da autuação. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
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Resolvem os membros do colegiado, por unanimidade de votos, converter o julgamento do recurso em diligência à Unidade de Origem para que esta 1) intime o recorrente a juntar os comprovantes de rendimentos relativos ao anocalendário 2001; 2) anexe aos autos o dossiê fiscal e a cópia da Declaração de Ajuste Anual exercício 2002 objeto da autuação. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. RE SO LU ÇÃ O G ER A D A N O P G D -C A RF P RO CE SS O 1 36 77 .0 00 07 0/ 20 05 -7 0 Fl. 57DF CARF MF Processo nº 13677.000070/200570 Resolução nº 2002000.105 S2C0T2 Fl. 58 2 Relatório Auto de Infração Trata o presente processo de auto de infração – AI (fls. 6/18), relativo a imposto de renda da pessoa física, pela qual se procedeu a alterações na declaração de ajuste anual do contribuinte acima identificado, relativa ao exercício de 2002. A autuação implicou na alteração do resultado apurado de saldo de imposto a restituir declarado de R$675,03 para saldo de imposto a pagar de R$3.940,53. A notificação noticia compensação indevida de IRRF, no montante de R$4.615,56, consignando que o IRRF depositado judicialmente não seria "passível de restituição via declaração" (fl.10). Impugnação Cientificado ao contribuinte em 8/6/2005, o AI foi objeto de impugnação, em 1/7/2005, às fls. 2/20 e 25/28 dos autos, na qual ele alegou que já obtivera decisão favorável na ação judicial, sendo credor da Fazenda Nacional. A impugnação foi apreciada na 5ª Turma da DRJ/BHE que, por unanimidade, declarou definitiva a exigência no tocante à matéria objeto da ação judicial e, no tocante à matéria diferenciada, julgou procedente em parte o lançamento, para exonerar a multa de ofício exigida, em decisão assim ementada (fls. 42/48): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2002 AÇÃO JUDICIAL A propositura pelo contribuinte, contra a Fazenda, de ação judicial por qualquer modalidade processual antes ou posteriormente A. autuação, com o mesmo objeto, importa a renúncia As instâncias administrativas ou desistência de eventual recurso interposto. MULTA DE OFÍCIO INDEVIDA. APLICABILIDADE DA MULTA DE MORA. RETROATIVIDADE BENIGNA. Será aplicada multa de mora nas infrações decorrentes de inexatidões, materiais devidas a lapso manifesto ou erros de cálculos cometidos pelo sujeito passivo, bem assim nos casos de não comprovação do valor do imposto retido na fonte ou pago, inclusive a titulo de recolhimento complementar, ou imposto pago no exterior informados em sua declaração. Recurso voluntário Ciente do acórdão de impugnação em 26/6/2009 (fl. 52), o contribuinte, em 23/7/2009 (fl. 54), apresentou recurso voluntário, à fl. 54, no qual alega que errou no preenchimento da Declaração de Ajuste ao incluir os rendimentos com exigibilidade suspensa. Fl. 58DF CARF MF Processo nº 13677.000070/200570 Resolução nº 2002000.105 S2C0T2 Fl. 59 3 A orientação para exclusão desses rendimentos foi dada pela RFB para correção das declarações de 2003 a 2007. Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. O recorrente foi autuado pela compensação indevida de IRRF associado a rendimentos com a exigibilidade suspensa. No recurso voluntário, ele requer a exclusão dos rendimentos correspondentes. Verifico que não consta dos autos a DIRF ou o comprovante de rendimentos relativos ao IRRF glosado, assim como cópia da Declaração de Ajuste objeto da autuação. Isto posto, voto por converter o julgamento em diligência para que a Unidade de origem: 1) intime o recorrente a juntar os comprovantes de rendimentos relativos ao ano calendário 2001; 2) anexe aos autos o dossiê fiscal e a cópia da Declaração de Ajuste Anual exercício 2002 objeto da autuação. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 59DF CARF MF
score : 1.0
Numero do processo: 13726.000419/2007-11
Turma: Segunda Turma Extraordinária da Segunda Seção
Seção: Segunda Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 21 00:00:00 UTC 2019
Data da publicação: Wed Jun 12 00:00:00 UTC 2019
Ementa: Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
Ano-calendário: 2003
DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS.
É passível de dedução da base de cálculo do Imposto de Renda a despesa médica declarada e devidamente comprovada por documentação hábil e idônea.
Numero da decisão: 2002-001.091
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário.
(assinado digitalmente)
Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente e Relatora
Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil.
Nome do relator: CLAUDIA CRISTINA NOIRA PASSOS DA COSTA DEVELLY MONTEZ
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DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. Recorrente SEBASTIÃO JOSÉ FERREIRA DUQUE Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Anocalendário: 2003 DEDUÇÕES. DESPESAS MÉDICAS. É passível de dedução da base de cálculo do Imposto de Renda a despesa médica declarada e devidamente comprovada por documentação hábil e idônea. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Presidente e Relatora Participaram do presente julgamento os conselheiros: Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez, Mônica Renata Mello Ferreira Stoll, Thiago Duca Amoni e Virgílio Cansino Gil. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 72 6. 00 04 19 /2 00 7- 11 Fl. 47DF CARF MF Processo nº 13726.000419/200711 Acórdão n.º 2002001.091 S2C0T2 Fl. 48 2 Relatório Notificação de lançamento Trata o presente processo de notificação de lançamento – NL (fls. 6/8), relativa a imposto de renda da pessoa física, pela qual se procedeu a alterações na declaração de ajuste anual do contribuinte acima identificado, relativa ao exercício de 2004. A autuação implicou na alteração do resultado apurado de saldo de imposto a pagar declarado de R$599,09 para saldo de imposto a pagar de R$4.398,49. A notificação noticia deduções indevidas com dependentes e de despesas médicas, consignando (fls.7/8): Glosa de 3 dependentes dos quais o contribuinte sob ação de malha não comprovou a citada relação de dependência. ... Glosa de R$ 8.000,00 declarados como pagos a dra. Márcia Aparecida cpf 03465386884, por não determinar qual o dependente que se beneficiou do tratamento. Glosa, de R$ 2.000,00 da dra Wanderluiza, por se tratar de dependente, do qual o contribuinte não comprovou a dependência. Impugnação Cientificada ao contribuinte em 2/8/2007, a NL foi objeto de impugnação parcial, em 16/8/2007, às fls. 2/9 dos autos, na qual o contribuinte alegou que seriam despesas médicas próprias e das dependentes Mara e Tayna, indicando a juntada de documentação comprobatória. A impugnação foi apreciada na 4ª Turma da DRJ/BSA que, por unanimidade, julgou a impugnação improcedente, em decisão assim ementada (fls. 24/27): ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2004 DEDUÇÃO INDEVIDA DE DESPESAS MÉDICAS. FALTA DE COMPROVAÇÃO. A falta de comprovação por documentação hábil e idônea dos valores informados a título de dedução de despesas médicas . na Declaração do Imposto de Renda importa na manutenção da glosa. IMPUGNAÇÃO PARCIAL. MATÉRIAS NÃO IMPUGNADAS. Fl. 48DF CARF MF Processo nº 13726.000419/200711 Acórdão n.º 2002001.091 S2C0T2 Fl. 49 3 Consideramse não impugnadas, portanto não litigiosas, as matérias que não tenham sido expressamente contestadas pelo contribuinte. Recurso voluntário Ciente do acórdão de impugnação em 22/7/2009 (fl. 32), o contribuinte, em 4/8/2009 (fl. 33), apresentou recurso voluntário, às fls. 33/45, no qual indica a juntada de novas declarações emitidas pela profissional consultada. Ressalta que relatórios e fichas médicas não poderiam sair do consultório, para não expor o paciente e por ser antiético e desnecessário. Voto Conselheira Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Relatora Admissibilidade O recurso é tempestivo e atende aos requisitos de admissibilidade, assim, dele tomo conhecimento. Delimitação da lide O contribuinte não impugnou a glosa dos dependentes e parte da glosa das despesas médicas. Dessa feita, não cabe pronunciamento deste colegiado acerca dessas matérias. Mérito O litígio recai sobre a dedução de despesa médica. A despesa foi glosada por falta de indicação do beneficiário do tratamento no recibo apresentado. Em sua impugnação, o contribuinte juntou declaração emitida pela profissional, consignando como pacientes o próprio contribuinte e Tayna e Mara (fl.5), acatadas como dependentes na declaração de ajuste (fls. 8 e 20) O colegiado de primeira instância manteve a glosa, registrando que seria necessária a apresentação de laudos, relatórios ou fichas de atendimento médico. Em seu recurso, o recorrente junta nova declaração emitida pela profissional, ratificando os serviços prestados ao contribuinte e às suas dependentes (fls. 36/38). Entendo que a decisão recorrida deve ser revista. São dedutíveis da base de cálculo do IRPF os pagamentos efetuados pelos contribuintes a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, hospitais e plano de saúde, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, inciso II, alínea "a"), desde que devidamente comprovados (art. 73, do RIR/1999). Fl. 49DF CARF MF Processo nº 13726.000419/200711 Acórdão n.º 2002001.091 S2C0T2 Fl. 50 4 Em vista da glosa de parte dos dependentes glosados e dos recibos genéricos apresentados no curso da ação fiscal (fl.9), a autoridade fiscal acertou ao exigir elementos adicionais acerca dos beneficiários dos tratamentos. Nesse sentido, entendo que as declarações emitidas pela profissional fazem a prova exigida. Diante dos documentos juntados e da legislação de regência, é de se reconhecer ao recorrente o direito a deduzir a despesa realizada com a profissional Márcia da Silva, sendo de se cancelar sua glosa. Conclusão Pelo exposto, voto por dar provimento ao recurso voluntário, para cancelar a glosa da despesa médica no valor de R$8.000,00. (assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez Fl. 50DF CARF MF
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