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Numero do processo: 10980.006493/2004-91
Turma: Primeira Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Oct 02 00:00:00 UTC 2012
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE SIMPLES
Exercício: 2003
SIMPLES. EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA.
Deve ser mantida a exclusão do SIMPLES quando o contrato
social indica como objeto social da empresa o exercício de
atividade vedada à opção pelo Simples, de acordo com o art. 9º,
inciso XIII, da Lei nº 9.317, de 1996 e o contribuinte, apesar de
intimado, não comprova o não exercício da atividade constante de
seu contrato social.
Numero da decisão: 1201-000.752
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao Recurso Voluntário.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR
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ementa_s : SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Exercício: 2003 SIMPLES. EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. Deve ser mantida a exclusão do SIMPLES quando o contrato social indica como objeto social da empresa o exercício de atividade vedada à opção pelo Simples, de acordo com o art. 9º, inciso XIII, da Lei nº 9.317, de 1996 e o contribuinte, apesar de intimado, não comprova o não exercício da atividade constante de seu contrato social.
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EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. Deve ser mantida a exclusão do SIMPLES quando o contrato social indica como objeto social da empresa o exercício de atividade vedada à opção pelo Simples, de acordo com o art. 9º, inciso XIII, da Lei nº 9.317, de 1996 e o contribuinte, apesar de intimado, não comprova o não exercício da atividade constante de seu contrato social. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em NEGAR provimento ao Recurso Voluntário. (assinado digitalmente) FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ Presidente. (assinado digitalmente) JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz (Presidente), Plínio Rodrigues Lima (suplente convocado), Marcelo Cuba AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 98 0. 00 64 93 /2 00 4- 91 Fl. 71DF CARF MF Impresso em 25/01/2013 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 24/0 1/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLO S DE LIMA JUNIOR 2 Netto, Rafael Correia Fuso, André Almeida Blanco (suplente convocado), e João Carlos de Lima Junior. Relatório Trata o presente processo de exclusão da empresa do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das empresas de Pequeno Porte Simples, conforme consta do Ato Declaratório Executivo (ADE) DRF/CTA n° 437.662 (fls. 51), emitido em 07/08/2003. A exclusão do regime simplificado se deu sob o fundamento de que a empresa exercia atividade vedada pelo artigo 9º, inciso XIII, da Lei 9.317/96, qual seja, aquela correspondente ao CNAE 92312/99 – outros serviços especializados ligados às atividades artísticas. O contrato social da ora recorrente, em sua cláusula primeira, define a atividade econômica exercida pela empresa e assim estabelece: CLÁUSULA PRIMEIRA: (...) ATIVIDADE ECONÔMICA: A sociedade terá por objetivo o ramo de organização, promoção e produção de congressos, cursos, eventos esportivos e culturais, shows e espetáculos. Nesse passo, a empresa apresentou, em 19/09/2003, Solicitação de Revisão da Exclusão do Simples – SRS (fls. 13), afirmando que a exclusão foi indevida, porque apesar de constar de seu contrato social a atividade econômica de organizar, promover, produzir congressos, cursos, eventos esportivos e culturais, shows e espetáculos, não é este o ramo que efetivamente atua. Nesta oportunidade juntou aos autos cópias de notas ficais (fls. 20/21), quais sejam, nota fiscal nº 127, emitida em 15 de setembro de 2000, referente a prestação de serviço de supervisão, execução, coordenação e realização de ações promocionais e nota fiscal nº 009, emitida em 05 de agosto de 1998, referente a prestação de serviço de promoção referente ao evento Vôlei Rexona. Entretanto, a SRF manteve a exclusão nos seguintes termos (fls. 15): As atividades executadas pelo contribuinte são: organização, promoção e produção de congressos, cursos, eventos esportivos e culturais, shows e espetáculos, todas vedadas para a opção pelo Simples, de acordo com o art. 9º, inciso XIII, da Lei nº 9.317, de 1996. Apesar de refutadas pelo contribuinte ao apresentar suas razões, não restou comprovado que sejam outras as atividades que vem desenvolvendo. Proponho que a exclusão seja mantida. Cientificada do indeferimento em 03/08/2004 (fl. 25), a empresa contribuinte apresentou manifestação de inconformidade em 01/09/2004 (fls. 01/12), alegando em síntese que: Fl. 72DF CARF MF Impresso em 25/01/2013 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 24/0 1/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLO S DE LIMA JUNIOR Processo nº 10980.006493/200491 Acórdão n.º 1201000.752 S1C2T1 Fl. 72 3 (i) apesar de no contrato social da empresa constar sua atividade econômica como sendo a de promover e produzir congressos, cursos, eventos culturais e esportivos, shows e espetáculos, a mesma, durante seu período de atividade somente organizava tais eventos; (ii) as referidas atividades culturais que constam do código CNAE são somente parte integrante da denominação fiscal, não representando o ramo de atividade exercida pela empresa.; (iii) em vista do efetivo objeto social da empresa não há vedação à opção pelo SIMPLES nos termos do artigo 9º, inciso XIII, da Lei 9317/96; (iv) a Solução de divergência COSIT nº10 dispõe sobre a possibilidade de opção pelo SIMPLES pela empresas que prestam serviços de organização de festas e recepções. Por fim, pugnou pela reconsideração da decisão que entendeu pela manutenção da exclusão do SIMPLES. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Curitiba indeferiu a solicitação do contribuinte e manteve a exclusão do SIMPLES, conforme ementa abaixo transcrita: ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE – SIMPLES. ATIVIDADE VEDADA. A atividade de supervisão, execução, coordenação e realização de ações promocionais é vedada ao Simples por corresponder à de publicitário e de diretor ou produtor de espetáculo. Solicitação indeferida. Cumpre destacar trecho do voto condutor do acórdão proferido: A empresa foi constituída em 12/01/1998, fls. 15/17, com o objeto social de “ramo de organização, promoção e produção de congressos, cursos, eventos esportivos e culturais, shows e espetáculos.” As cópias de notas fiscais de fls. 20/21 referemse a “supervisão, execução, coordenação e realização de ações promocionais (ilegível) em Curitiba, Londrina e Maringá.”, “Serviços da promoção ao evento vôlei Rexona, Paraná em 25/07/1998.” As atividades constantes dessas duas notas fiscais não indicam que se trate de organização de festas e Fl. 73DF CARF MF Impresso em 25/01/2013 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 24/0 1/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLO S DE LIMA JUNIOR 4 recepções e, como se trata de apenas duas amostras, prevalece o que está especificado na declaração de objeto social do contrato social da empresa. (...) Inconformada com a decisão de primeira instância administrativa, a contribuinte apresentou Recurso Voluntário (fls. 34/55), alegando, em síntese, que a atividade por ela exercida não corresponde a de publicitário e de diretor ou produtor de espetáculos. Por fim, requereu a sua manutenção na sistemática do Simples. O Recurso foi julgado pelos membros da 2ª Turma Especial, da Segunda Seção de Julgamento deste Conselho, os quais converteram o julgamento em diligência, por meio da Resolução nº 380200.003. Nos termos do voto da Conselheira relatora Maria de Fátima Oliveira Silva a documentação trazida aos autos pela recorrente, como as cópias das notas fiscais de prestação de serviços, demonstraram que de fato houve prestação de serviço de supervisão, coordenação e realização de ações promocionais, todavia, estas não demonstram a atividade exercida no período total analisado, razão pela qual, ante a impossibilidade de formação convicção sobre a matéria votou no sentido de converter o julgamento em diligência para averiguação da real atividade exercida pelo recorrente. Em cumprimento à resolução foi lavrado Termo de diligência Fiscal, por meio do qual o contribuinte foi intimado a apresentar os seguintes documentos: (i) alterações contratuais após a 2ª alteração contratual até a presente data; (ii) talonário de notas fiscais emitidas no período de 01/01/2002 a 16/03/2009 e (iii) livros e documentos fiscais hábeis e idôneos a atividade exercida conforme disposto no contrato social ou alteração posterior. Entretanto, em que pese a efetiva intimação do contribuinte, tanto no endereço da empresa, quanto no endereço de sua sócia representante legal, este não atendeu ao termo de fiscalização e deixou de apresentar a documentação solicitada. Retornaram os autos a este Conselho para julgamento. É o relatório. Voto Conselheiro João Carlos de Lima Junior, Relator. O Recurso atende aos pressupostos de admissibilidade, dele tomo conhecimento. Trata o presente processo de exclusão do contribuinte do SIMPLES em razão do exercício de atividade correspondente ao CNAE 92312/99 (outros serviços especializados ligados às atividades artísticas), conforme consta do Ato Declaratório Executivo de fls. 51. O contrato social da ora recorrente, em sua cláusula primeira, define a atividade econômica exercida pela empresa e assim estabelece: CLÁUSULA PRIMEIRA: (...) ATIVIDADE ECONÔMICA: A sociedade terá por objetivo o ramo de organização, promoção e produção de congressos, cursos, eventos esportivos e culturais, shows e espetáculos. Fl. 74DF CARF MF Impresso em 25/01/2013 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 24/0 1/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLO S DE LIMA JUNIOR Processo nº 10980.006493/200491 Acórdão n.º 1201000.752 S1C2T1 Fl. 73 5 Assim, tendo em vista que o ato constitutivo da pessoa jurídica define seu objeto social, é razoável presumir que o contribuinte efetivamente exerce a atividade ali descrita. Nesse sentido foi o entendimento do Fisco que, diante da cláusula primeira do contrato social da empresa, bem como do que prevê o art. 9º, XIII, da Lei nº 9.317/96 procedeu à exclusão ora em debate. Por outro lado, cumpre ressaltar que a conclusão do Fisco foi fundamentada em uma presunção relativa, da qual admitese prova em contrário. Portanto, no presente caso, cabe ao recorrente desconstituir a presunção do Fisco e provar que não exerce aquela atividade descrita em seu contrato social, a partir da demonstração da efetiva atividade por ele exercida. Nesse ponto, em que pese ter acostado aos autos duas notas fiscais de prestação de serviço demonstrando o exercício de atividade diversa daquela que deu causa à sua exclusão, estas configuram meros indícios de que a empresa não praticava atividade vedada ao optante do SIMPLES. A documentação trazida aos autos pelo contribuinte não foi suficiente para comprovar sua alegação de que não exercia a atividade descrita em seu contrato social e isto porque foram apresentadas apenas duas notas fiscais, de numeração 009 e 127, o que torna claro que diversos outros serviços não identificados foram prestados pela empresa. Assim, diante dos meros indícios apresentados pela recorrente, este Conselho determinou a realização de diligência junto à empresa contribuinte para averiguação da real atividade por ela exercida. E, em cumprimento à determinação foi lavrado Termo de Diligência Fiscal e enviado para o contribuinte tanto no endereço da empresa (fl. 64), como no endereço de sua representante legal (fl. 67). Entretanto, o contribuinte deixou de apresentar a documentação solicitada. Assimo, tendo em vista que o recorrente não logrou demonstrar que exercia atividade diversa daquela prevista em seu contrato social e que deu ensejo à sua exclusão do SIMPLES, entendo que a exclusão deve ser mantida. Nesse mesmo sentido é a jurisprudência deste Conselho: SIMPLES. EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. Deve ser mantida a exclusão do SIMPLES quando o objeto social mencionado nos estatutos indica o exercício de atividade vedada à opção, ainda mais quando o sujeito passivo, mesmo regularmente intimado, não apresenta elementos que demonstrem a adequação a esse sistema. (Processo nº 16020.000796/200868. Órgão Julgador: Quarta Câmara/Primeira Seção de Julgamento. Julgado em 12/06/2012. Relator Leonardo de Andrade Couto). Fl. 75DF CARF MF Impresso em 25/01/2013 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 24/0 1/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLO S DE LIMA JUNIOR 6 SIMPLES. EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. AUSÊNCIA DE PROVA. À míngua de prova quanto à ausência de prática de atividade vedada pelo SIMPLES, expressamente contemplada no contrato social, não é possível afastar o ato de exclusão. (Processo nº 15504.008442/200947. Órgão Julgador: Primeira Câmara/Primeira Seção de Julgamento. Julgado em 11/04/2012. Relatora Silvana Rescigno Guerra Barreto). ÔNUS DA PROVA. INVERSÃO. É razoável presumirse que a pessoa jurídica efetivamente exerce as atividades arroladas em seus atos constitutivos. Uma vez que a presunção implica a inversão do ônus da prova, cabe à interessada comprovar o não exercício de atividade constante de seu contrato social cuja opção pelo Simples é legalmente vedada. (Processo nº 10830.003454/200374. Órgão Julgador: Segunda Câmara/Primeira Seção de Julgamento. Julgado em 26/05/2011. Relator Marcelo Cuba Netto). Diante do exposto, voto no sentido de negar provimento ao Recurso Voluntário. É como voto. JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR Relator Fl. 76DF CARF MF Impresso em 25/01/2013 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR, Assinado digitalmente em 24/0 1/2013 por FRANCISCO DE SALES RIBEIRO DE QUEIROZ, Assinado digitalmente em 10/01/2013 por JOAO CARLO S DE LIMA JUNIOR
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Numero do processo: 13971.001467/2004-73
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue May 24 00:00:00 UTC 2011
Ementa: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples Ano-calendário: 2002 Ementa: EXCLUSÃO DO SIMPLES. INEXISTÊNCIA DE PROVAS. Não havendo nos autos provas de que a pessoa jurídica dentre suas atividades de organização de festas e recepções inclui a contratação de atores, cantores, dançarinos ou assemelhados, incabível se torna sua exclusão do Simples.
Numero da decisão: 1802-000.890
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
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ementa_s : Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - Simples Ano-calendário: 2002 Ementa: EXCLUSÃO DO SIMPLES. INEXISTÊNCIA DE PROVAS. Não havendo nos autos provas de que a pessoa jurídica dentre suas atividades de organização de festas e recepções inclui a contratação de atores, cantores, dançarinos ou assemelhados, incabível se torna sua exclusão do Simples.
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INEXISTÊNCIA DE PROVAS. Não havendo nos autos provas de que a pessoa jurídica dentre suas atividades de organização de festas e recepções inclui a contratação de atores, cantores, dançarinos ou assemelhados, incabível se torna sua exclusão do Simples. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa Presidente e Relatora. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, José de Oliveira Ferraz Corrêa, Marco Antonio Nunes Castilho, Nelso Kichel, André Almeida Blanco e Marcelo de Assis Guerra. Fl. 3DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 2 Relatório FREE LIFE PROMOÇÕES E EVENTOS LTDA, já qualificada nos autos do processo, recorre a este colegiado da decisão de primeira instância, que julgou procedente a exclusão da empresa do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES), mediante o Ato Declaratório Executivo DRF/BLU nº 461.228/2003 (fl.17). A empresa foi cientificada da decisão proferida no Acórdão nº 0216.510, de 06 de dezembro de 2007, conforme Aviso de Recebimento – AR (fl.28), em 22/04/2008, e, inconformada, interpôs recurso voluntário ao Conselho de Contribuintes (fls.26/36), em 16/05/2008. Argúi que interposta a defesa em primeira instância, a mesma restou indeferida sob o pretexto de que a atividade da ora Recorrente, de organização de festas e eventos, apesar de ser aceita no SIMPLES após o advento da Solução de Consulta nº 126/2004 e do ADI/SRF nº 30/2004, neste caso específico, não pode ser tolerada, porquanto segundo consta no seu contrato social, em tese, ela contrata atores, dançarinos e assemelhados, o que seria exceção à permissão, desabonando, destarte a sua opção. A recorrente afirma que o Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 30, de 22/12/2004 declara que “Pode optar pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples) a pessoa jurídica que presta serviços de organização de festas e recepções, salvo se, dentre suas atividades incluir a contratação de atores, cantores, dançarinos ou assemelhados, e desde que observadas as demais condições estatuídas na legislação”. Consta do Ato Declaratório Executivo DRF/BLU nº 461.228/2003 (fl.17), que a exclusão do SIMPLES decorre de atividade econômica vedada: 74993/07 – Serviços de organização de festas e eventos. Para elucidar os fatos, em julgamento, mediante o Despacho de fls.57/58, foram os autos encaminhados à Delegacia da Receita Federal de Blumenau/SC para comprovar a situação excludente do Ato Declaratório Executivo DRF/BLU n° 461.228/2003 nos termos do Ato Declaratório Interpretativo SRF n° 30, de 22/12/2004, ou seja, comprovar que a empresa em suas atividades incluiu a contratação de atores, cantores, dançarinos ou assemelhados. Atendendo ao solicitado por esta relatora foi realizada a diligência e apresentado o Termo de Constatação (fl.62) e o Relatório da Diligência Fiscal, fls.149/153. É o relatório. Fl. 4DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Processo nº 13971.001467/200473 Acórdão n.º 180200.890 S1TE02 Fl. 4 3 Voto Conselheira Ester Marques Lins de Sousa O recurso voluntário é tempestivo e preenche os requisitos de admissibilidade previstos no Decreto nº 70.235 /72, dele conheço. Conforme relatado, para elucidar os fatos, mediante o Despacho de fls.57/58, foram os autos encaminhados à Delegacia da Receita Federal de Blumenau/SC para comprovar a situação excludente do Ato Declaratório Executivo DRF/BLU n° 461.228/2003 nos termos do Ato Declaratório Interpretativo SRF n° 30, de 22/12/2004, acima transcrito, ou seja, comprovar que a empresa em suas atividades de organização de festas e recepções incluiu a contratação de atores, cantores, dançarinos ou assemelhados. A Delegacia da Receita Federal de Blumenau/SC, após realizar a diligência apresentou o Termo de Constatação (fl.62) e o Relatório da Diligência Fiscal, fls.149/153, de modo suficiente para esclarecer os fatos, vejamos a conclusão: Pelos fatos e documentos apurados na diligência, foi possível se comprovar que no período solicitado que se averiguasse a fonte da receita bruta, verificouse que a empresa NÃO REALIZA CONTRATAÇÃO DE ATORES, MÚSICOS OU ASSEMELHADOS, ficando esta contratação a cargo das Comissões de Formatura, que o fazem de forma direta, não sendo encontrado nenhum indicio de que o contribuinte em tela tenha realizado serviços que o excluam do SIMPLES. Com efeito, não havendo nos autos provas de que a pessoa jurídica dentre suas atividades de organização de festas e recepções inclui a contratação de atores, cantores, dançarinos ou assemelhados, incabível se torna sua exclusão do Simples. Diante do exposto, voto no sentido de DAR provimento ao recurso. (documento assinado digitalmente) Ester Marques Lins de Sousa. Fl. 5DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA 4 Fl. 6DF CARF MF Emitido em 01/06/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA Assinado digitalmente em 29/05/2011 por ESTER MARQUES LINS DE SOUSA
score : 1.0
Numero do processo: 13027.000170/2004-70
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 09 00:00:00 UTC 2010
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE - SIMPLES
Ano-calendário: 2002
SIMPLES. REINCLUSÃO. ADE EMITIDO. EFEITOS.
Não é admissível pedido de inclusão retroativa no Simples quando a empresa sofreu exclusão por Ato Declaratório Executivo emitido e cientificado regularmente, para o período que o referido ato surtiu seus efeitos.
OPÇÃO PELO SIMPLES. CAUSA IMPEDITIVA CESSADA.
Constatado nos autos que a causa impeditiva e que deu azo à exclusão do contribuinte usufruir do Simples cessou, este pode optar novamente pela sistemática simplificada, diferenciada e favorecida de tributação.
OPÇÃO PELO SIMPLES. ATOS INEQUÍVOCOS.
O Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 16/02 tem como atos inequívocos da opção realizada pelo contribuinte pelo Simples, a entrega de DSPJ e os recolhimentos de tributos efetuados pelo Darf - Simples, atribuindo à administração tributária adequar a realidade fática ao enquadramento legal devido, de ofício.
Numero da decisão: 1801-000.374
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, para incluir a recorrente no Simples a partir de 01/01/2005, nos termos do voto do relator. Ausente momentaneamente o conselheiro Marcos Vinícius Barros Ottoni
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Ana de Barros Fernandes
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REINCLUSÃO. ADE EMITIDO. EFEITOS. Não é admissível pedido de inclusão retroativa no Simples quando a empresa sofreu exclusão por Ato Declaratório Executivo emitido e cientificado regularmente, para o período que o referido ato surtiu seus efeitos. OPÇÃO PELO SIMPLES. CAUSA IMPEDITIVA CESSADA. Constatado nos autos que a causa impeditiva e que deu azo à exclusão do contribuinte usufruir do Simples cessou, este pode optar novamente pela sistemática simplificada, diferenciada e favorecida de tributação. OPÇÃO PELO SIMPLES. ATOS INEQUÍVOCOS. O Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 16/02 tem como atos inequívocos da opção realizada pelo contribuinte pelo Simples, a entrega de DSPJ e os recolhimentos de tributos efetuados pelo Darf - Simples, atribuindo à administração tributária adequar a realidade fática ao enquadramento legal devido, de ofício. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso, para incluir a recorrente no Simples a partir de 01/01/2005, nos termos do voto do relator. Ausente momentaneamente o conselheiro Marcos Vinícius Barros Ottoni. (assinado digitalmente) Fl. 104DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES 2 ANA DE BARROS FERNANDES – Presidente e Relatora EDITADO EM: 16/11/2010 Participaram da sessão de julgamento, os Conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva, Guilherme Pollastri Gomes da Silva, Maria de Lourdes Ramirez, Marcos Vinícius Barros Ottoni, Rogério Garcia Peres e Ana de Barros Fernandes. Relatório A empresa em epígrafe solicitou a sua inclusão formal como optante do regime de tributação simplificado, diferenciado e favorecido – Simples, a partir de 01/01/2002, anexando ao presente os contratos sociais e alterações posteriores e os DARF – Simples que comprovam que efetua os recolhimentos dos tributos federais por esta sistemática. Esclarece ainda que entregou as DSPJ pertinentes. O pedido está datado de 27/05/04. Analisados os contratos sociais e alterações posteriores, bem como os demais documentos, a autoridade competente juntou ao presente, fls. 33, o Ato Declaratório Executivo DRF/PFO nº 454398/03 - ADE, datado em 07 de agosto de 2003, o qual excluiu a empresa da sistemática do Simples por exercer atividade vedada, no caso, especificada como “representante comercial e agentes do comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo.” – fls. 33. Em seguida exarou o despacho de fls. 35 indeferindo o pedido porque a contribuinte não se manifestou contra o ADE no prazo legal e que para ser novamente inclusa no Simples deveria ter removido a causa de vedação ao reingresso e formalizado a opção nos termos do artigo 16, §1º, da Instrução Normativa (IN) SRF nº 355/03. A empresa às fls. 38 manifesta-se argumentando que não foi cientificada do ADE nº 454398/03 e reitera o requerimento para sua inclusão no Simples a partir de 01/01/2002. A Segunda Turma de Julgamento da DRJ em Santa Maria exarou o Acórdão nº 18-7.674/07 indeferindo o requerimento da empresa pelas seguintes razões, in verbis – fls. 66 a 69: “No presente processo a matéria a ser examinada é a manifestação de inconformidade da empresa contra o Despacho do Sr. Delegado da DRF em Passo Fundo que indeferiu o pedido da interessada para ser incluída no Simples, por decisão administrativa, com efeitos retroativos a 1º de janeiro de 2002. Assim, não será examinada qualquer questão proposta contra a exclusão da interessada do Simples que poderia ter sido questionada em processo especifico. Faz-se necessário, no entanto, verificar se houve algum vicio naquele ato administrativo que pudesse determinar a sua nulidade, especialmente no presente caso quando a interessada argumenta que não teria recebido a comunicação da sua exclusão do Simples. Fl. 105DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13027.000170/2004-70 Acórdão n.º 1801-00.374 S1-TE01 Fl. 98 3 Consulta ao Sistema CNPJ indica que a empresa, em 21/05/2004, alterou seu endereço para a Rua Rui Barbosa, n° 105 — Centro — Erechim — RS — CEP 99700-000. Ainda, que até então o seu endereço era Av. José Oscar Salazar, n° 1641 — Centro — Erechim — RS — CEP 99700-000. O Ato Declaratório Executivo DRF/PFO n° 454.398, de 07 de agosto de 2003, foi encaminhado para a Av. José Oscar Salazar, n° 1641 — Centro — Erechim — RS — CEP 99700-000, em 27/08/20003, como se vê pela cópia do AR à folha 34, ou seja, para o endereço da empresa que constava, nessa época, no CNPJ. Assim, não se vislumbra qualquer vício que pudesse determinar a nulidade da exclusão da interessada do Simples. Da inclusão de oficio no Simples Trata-se de empresa que foi excluída do Simples Ato Declaratorio n° 454.398, de 7 de agosto de 2003, com efeitos que retroagem a data de 01/01/2002, pelo fato da contribuinte desempenhar atividades de "Representantes comerciais e agentes do comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo" (Código CNAE 5117-9/00). Essa atividade estava entre os objetivos sociais da empresa que eram os seguintes: "comércio de balas, doces, velas, calçados e representação comercial a base de comissão" (Cláusula Terceira do Contrato Social), entre as quais a atividade de representação comercial que veda a opção pelo SIMPLES. Esses objetivos sociais se mantiveram até a Alteração e Consolidação Contratual de 10 de dezembro de 2003, registrada na Junta Comercial do Rio Grande do Sul, em 06/05/2004. Tem-se, portanto, que até esta data (06/05/2004) a empresa tinha entre seus objetivos sociais a Representação Comercial, atividade para a qual esta vedada a opção pelo Simples. Ao menos a empresa não apresentou qualquer prova no sentido de que essa atividade não era mais exercida pela empresa. Esta seria a primeira razão para não aceitar o pedido da interessada. Outro aspecto a considerar é que se trata de empresa que foi regularmente excluída do Simples, com efeitos retroativos a 01/01/2002. Fato que, como já referido, não foi questionado pela interessada. No caso, trata-se de empresa que havia feito a opção pelo Simples com efeitos a partir de 01/01/1997. Foi regularmente excluída do Simples com efeitos a partir de 01/01/2002. A contribuinte pede a sua reinclusão no Simples com efeitos retroativos a essa data (01/01/2002). Contudo, inexiste previsão legal de reinclusão, com data retroativa, no caso de contribuinte que já havia sido optante do Simples. Nesse aspecto foi bem destacado no Despacho DRF/PFO, de 29/10/2004 (fl. 35), que "depois de remover a causa de vedação ao seu ingresso no Simples, cabia ao contribuinte formalizar, nos termos do artigo 16, parágrafo 1°, da Fl. 106DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES 4 Instrução Normativa SRF n° 355, de 29 de agosto de 2003, nova opção pelo mesmo". Cabe observar apenas, quanto ao referido despacho, que a Instrução Normativa SRF n° 355, de 2003, foi revogada pela Instrução Normativa SRF n° 608, de 9 de janeiro de 2006, mas as normas continuam as mesmas, tratadas no mesmo artigo 16, parágrafo 1°.” Tempestivamente, a empresa apresenta o recurso voluntário de fls. 73 reprisando exatamente os mesmos termos da manifestação de inconformidade, ou seja, não haver recebido o ADE e que não se enquadra em nenhuma das vedações legais para optar pelo Simples, sistemática que sempre adotou, requerendo ser incluído a partir de 01/01/2002. Instrui o recurso com cópias de Notas Fiscais da empresa, cujo nome fantasia é “There Modas” (venda de vestuário) e cópia de contrato social já anteriormente juntada aos autos, no qual consta ser varejista. É o relatório. Passo a analisar as razões recursais. Voto Conselheira ANA DE BARROS FERNANDES, relatora Conheço do recurso voluntário, por tempestivo. O cerne do litígio, preliminarmente, é a questão de admissibilidade do pedido de inclusão retroativa no Simples, visto a empresa ter sido excluída por ADE da referida sistemática de apuração de tributos federais e ICMS. A recorrente insiste em argumentar que não foi cientificada do ADE em questão, já discriminado no relatório, de fls. 33. Todavia, a ciência do referido ADE de exclusão está comprovada nos autos pela cópia do Aviso de Recebimento juntado às fls. 34, no qual apostou assinatura a sra. Vera Cantelli, identificando-se como ‘esposa’ do sr. Vitorino Henrique, em 27 de agosto de 2003. O ato administrativo de exclusão não contestado pelo contribuinte no prazo de trinta dias da sua cientificação torna-se, pois, ato jurídico perfeito e, por força do princípio da segurança jurídica, está precluso o direito do contribuinte em discutir a sua exclusão do Simples, que surtiu efeitos, justamente, a partir de 01/01/2002. Destarte não se pode conhecer o pedido de reinclusão no Simples a partir da própria data em que o contribuinte foi declarado excluído, por total incongruência na causa de pedir. Entendo que faltaria, pois, objeto ao presente processo administrativo fiscal, neste respeito. O contribuinte pretendeu, na verdade, discutir o ADE de forma intempestiva, apesar de alegar que não foi cientificado do ato. Faço coro com a argumentação já despendida nos autos feita pela autoridade a quo no despacho de fls. 35 e no acórdão ora vergastado, no que respeita aos anos-calendários de 2002 e 2003, quando foi emitido o ADE. Fl. 107DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13027.000170/2004-70 Acórdão n.º 1801-00.374 S1-TE01 Fl. 99 5 Todavia, a empresa solicita, sem dúvida, que seja reincluída no Simples e demonstra que continua a observar a sistemática, reiteradamente. Entendo que não havendo mais a causa impeditiva que era a razão da exclusão da empresa do Simples – atos de representação comercial –, deve-se, pelos princípios do informalismo e da economia processual, adequar-se o pedido de inclusão formal na sistemática do Simples da empresa para a partir de 01/01/2005, ano subseqüente àquele em que a empresa alterou e consolidou o contrato social, retirando a causa da vedação legal, como a própria turma de julgamento de primeira instância destacou. Explico. Primeiro ponto: no meu entender o ato jurídico da exclusão está perfeito e inatacável. Repriso que a conseqüência jurídica desta premissa para a empresa recorrente é retratada pela máxima jurídica : “o direito não socorre a quem dorme”. Os prazos processuais são fatais e para a empresa a sua situação de excluída do Simples para os anos de 2002 e 2003 é irrecorrível. Deve, neste tocante, antes de sofrer fiscalização, oferecer os tributos federais por outra sistemática de apuração do lucro, e outros a que se sujeita, devendo os valores recolhidos serem computados como pagamentos parciais, visto a alteração de valores a serem recolhidos pela alteração no regime de tributação. Em segundo ponto: a empresa quer manter-se no Simples. Durante todos estes anos, desde a sua abertura procedeu aos recolhimentos pelo Simples e entregou as DSPJ respectivas, e, por derradeiro, protocolizou o pedido tentando, infrutiferamente, anular o ADE, matéria ora superada neste voto. Ocorre que uma vez estar constatado nos autos que a causa impeditiva de usufruir do Simples cessou em 06/05/2004, não há porque não deferir o pedido de inclusão no Simples a partir do ano-calendário subseqüente (artigo 8º, §2º, da Lei nº 9.317/96), concedendo ao requerimento o provimento parcial. Isto porque assim está a se evitar que a empresa adentre com novo processo administrativo fiscal apenas ajustando a data do pedido da inclusão dentro da formalidade. O princípio da economia processual se aplica perfeitamente à presente situação. Nada justificaria nova demanda administrativa. O fundamento jurídico de admitir a inclusão retroativa a 01/05/2004 está no Ato Declaratório Interpretativo (ADI) SRF nº 16, de 02 de outubro de 2002: Artigo único. O Delegado ou o Inspetor da Receita Federal, comprovada a ocorrência de erro de fato, pode retificar de ofício tanto o Termo de Opção (TO) quanto a Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ) para a inclusão no Simples de pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ), desde que seja possível identificar a intenção inequívoca de o contribuinte aderir ao Simples. Parágrafo único. São instrumentos hábeis para se comprovar a intenção de aderir ao Simples os pagamentos mensais por intermédio do Documento de Arrecadação do Simples (Darf- Simples) e a apresentação da Declaração Anual Simplificada. Ora, a recorrente comprova que a sua intenção inequívoca sempre foi de optar pelo Simples, procedendo à entrega das DSPJ e efetuando os recolhimentos através de Fl. 108DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES 6 DARF-Simples. Uma vez cessada a causa impeditiva, pode a administração tributária, na inércia da contribuinte, retificar, de ofício, a sua situação e incluí-la no Simples. Destarte, pelo princípio da economia processual, voto em dar provimento parcial à inclusão retroativa da empresa no Simples a partir de 01/01/2005, permanecendo a exclusão para os anos-calendários de 2002, 2003 e 2004. (assinado digitalmente) ANA DE BARROS FERNANDES – Relatora Fl. 109DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES
score : 1.0
Numero do processo: 13642.000352/2005-74
Turma: Segunda Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Tue Jan 25 00:00:00 UTC 2011
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS DE PEQUENO PORTE - SIMPLES
Ano-calendario: 2002
SIMPLES EXCLUSÃO EFEITOS
A exclusão do SIMPLES surte efeito a partir do mês subsequente ao que for incorrida a situação excludente, a hipótese do inciso XIII, do artigo 9º da Lei nº9.317/96
Numero da decisão: 1802-000.762
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, negar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que integram o presente julgado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Edwal Casoni de Paula Fernandes Junior
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ementa_s : SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS DE PEQUENO PORTE - SIMPLES Ano-calendario: 2002 SIMPLES EXCLUSÃO EFEITOS A exclusão do SIMPLES surte efeito a partir do mês subsequente ao que for incorrida a situação excludente, a hipótese do inciso XIII, do artigo 9º da Lei nº9.317/96
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Recorrente Mecânica Irmãos Felipe I . Ada. Recorrida 2" Turma/DRJ - Juiz de Fora/MG. ASSUNTO: SISTEMA IN II:GRAD° DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIOES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PoR E - SIMPLES. Ano-calendário: 2002 SIMPLES. EXCLUSÃO. EFEITOS. A exclusão do SIMPLES surte efeito a partir do ms subsequente ao que for incorrida a situação excludente, na hipótese do inciso XIII, do artigo 9" da ,l ei n" 9..3 17/96. Vistos, relatados e discutidos os presentes'autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, Regal - provimento ao teems°, nos tcrmos do relatório e voto que integram o presente julgado, —7) Ester Marques Lin. d Sousa - - Presider -rte. Edwal C,asoni a Fema des Junior — Relator. EDITADO EM: Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Ester Marques Lins de Sousa, Joao Francisco Bianco, José de Oliveira Ferraz Correa, Edwal Casoni de Paula Fernandes Junior, Nelso Kichel e André Almeida Blanco, Relatório Cuida-se de Recurs() Voluntário interposto pela contribuinte acima identificada, contra. decisão proferida pela 2a Turma da DM de Juiz de Fora/MG.. Trata-se dc exclusão da recorrente do Sistema Integrado de Pagamentos de Impostos e Contribuições - SIMPLES, cfctuada mediante Ato Declaratório (fl. 06), em razão do considerado exercício de atividade vedada, consistente em instalação, reparação e manutenção de máquinas e equipamentos para agricultura, avicultura e Obtenção dc produtos animals, Em análise inicial do leito a Autoridade Administrativa manteve a exclusão (11. 31) entendendo que a recorrente de fat° praticou ativada vedada, gerando assim, o inconformismo da contribuinte (ft. 01), sede na qual alegou que não exerce atividade de engenheiro MCCffiliCO, sendo urna pequena empresa, familiar que desenvolve atividades de soldas e troca de pequenas peças, coin pequeno grau de dificuldade, devendo-se levar em conta a clientela e o universo de pessoas que convivem com sua empresa, hem como, a sua adequação ã realidade social, requerendo a permanência no referido sistema. A. 2`` Turma da DWI de Juiz de Fora/MG, nos termos do acórdão e voto de folhas 36 a 39, indeferiu a solicitação da recorrente, porquanto no entender da ilustre Turma de tato a recorrente prestou serviços que impediam a opção pelo SIMPLES. Cientificada da decisão (11.. 42), a contribuinte interpôs .Recuso Voluntário (11s, 43 — 44), argumentando que no final do exercício de 2002, por força da • prestação de serviços ofertada e por evidente equivoco de interpretação, já que os seus objetivos d.elinidos no contrato social fbram dimensionados de maneira incorreta é que ocorreu sua exclusão do SIM.PLES, acarretando os mais variados pedidos, impuguações e recursos ás autoridades fazendínias Feitas essas considerações, afirmou ser firma familiar, dc pequeno porte e nunca possuiu em seu quadro de empregados engenheiros mecânicos e muito menos técnicos de ensino médio, registrando, no entanto, que a partir desse exercício, regularizou sua situação contratual e contábil. Diante disso, • argumentou que mesmo inconformada corn as razões contidas n.a decisão recorrida, o Recurso Voluntário teria por finalidade submeter à apreciação desse Colegiado, a possibilidade ou não de inclusão da reconente nos beneficios concedidos pela Lei n° 1 -1..196/2005 (MP 11° 252, de 16..06,05), também chamada de "Lei do Bem", eliminando-se a retroatividade dos efeitos de sua exclusão) do SIMPLES, nos exercícios de 2002/2003, vez que, logo ern seguida, a situação contábil da recorrente, como já salientado, fora devidamente regularizada . É o relatório. Pau Edwal Casoni d des Junior Por essas razões encaminho meu voto no sentido de negar provimento ao R ecurso Voluntário. Process() II" 13642 000352/2005-74 5I:1F.12 Acórdiio ii 1802-00.762 FL 2 Voto Conselheiro Relator, Fdwal Casoni De Paula Fernandes .Junior O recurso é tempestivo e dotado dos pressupostos genéricos de admissibilidade, conheço-o . Como visto na parte final do relatório, inconformismo da contribuinte está adstrito à retroatividade dos efeitos da exclusão do SIMPLES, afirmando expressamente que desde o exercício de 2002 "regularizou sua situação contábil" (SIC!), sendo assim, demonstra plena anuência com a pratica de atividade vedada e a sua incompatibilidade com o dito SIMPLES. Tratando-se apenas dos efeitos da indigitada exclusão, cumpre observar que o .rundamento legal que a hospedou foi o artigo 9 0, inciso XIII, da Lei n" 9.317/96, cujo teor reproduzo por oportuno, iittei is. Art. 90 Nâo poderá optar pelo SIMPLES' a pessoajuridica XIII - que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, químico, economista, contador, auditor., con.sultor, esiatistico, administrador, progninzador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista, publicitário, jisieultor, ou assemelhados, e de qualquer outra prOs8a0 cujo exercício dependa de habilita çâo profissional legalmente exigida, .) Sendo assim, para os .fins de aferir-se os efeitos da retroação, mister relembrar o que dispunha o artigo 15 da citada Lei n" 9.317/96, consag,radora de que a exclusão do SIMPIES, na hipótese versada nos autos, surtiria efeito a partir cio mês subsequente ao que for incorrida a situação excludente. Depreende-se do Ato Declaratário Executivo de folha 06, que a data da ocorrência do evento impeditivo correspond.e à opção pelo SIMPLES, datada de 06 de novembro de 2002, sendo aplicável, portanto, a exclusão a contar do imediato mês subsequente. 3
score : 1.0
Numero do processo: 13706.003404/2003-19
Turma: Primeira Turma Especial da Primeira Seção
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Mon Nov 08 00:00:00 UTC 2010
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E
CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE - SIMPLES
Ano-calendário: 2002
SIMPLES. ATIVIDADES EXCETUADAS DA VEDAÇÃO. TURFE.
As empresas cujo objeto social é a prática da atividade de apostas no turfe,
devidamente credenciada, dada a natureza jurídica desta atividade, pode optar
e manter-se no Simples Federal, por força da exceção preceituada na norma
legal para as agências lotéricas, que igualmente praticam atividades de jogos
e apostas legalizadas.
Numero da decisão: 1801-000.359
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Ana de Barros Fernandes
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ementa_s : SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE - SIMPLES Ano-calendário: 2002 SIMPLES. ATIVIDADES EXCETUADAS DA VEDAÇÃO. TURFE. As empresas cujo objeto social é a prática da atividade de apostas no turfe, devidamente credenciada, dada a natureza jurídica desta atividade, pode optar e manter-se no Simples Federal, por força da exceção preceituada na norma legal para as agências lotéricas, que igualmente praticam atividades de jogos e apostas legalizadas.
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ATIVIDADES EXCETUADAS DA VEDAÇÃO. TURFE. As empresas cujo objeto social é a prática da atividade de apostas no turfe, devidamente credenciada, dada a natureza jurídica desta atividade, pode optar e manter-se no Simples Federal, por força da exceção preceituada na norma legal para as agências lotéricas, que igualmente praticam atividades de jogos e apostas legalizadas. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. (assinado digitalmente) ANA DE BARROS FERNANDES – Presidente e Relatora EDITADO EM: 16/11/2010 Participaram da sessão de julgamento, os Conselheiros: Carmen Ferreira Saraiva, Guilherme Pollastri Gomes da Silva, Maria de Lourdes Ramirez, Marcos Vinícius Barros Ottoni, Rogério Garcia Peres e Ana de Barros Fernandes. Fl. 1DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES 2 Relatório A empresa, optante pelo regime de tributação simplificado, diferenciado e favorecido – Simples Federal, foi excluída deste sistema pelo Ato Declaratório Executivo Derat/Rio de Janeiro/RJ - ADE nº 450.702/03, por operar em atividade vedada pela norma legal, no caso atividades ligadas à corrida de cavalos – art. 9º, XIII, da Lei nº 9.317/96 (fls. 05vº). O ADE foi emitido em 07 de agosto de 2003, com efeitos da exclusão a partir de 01/01/2002. A cláusula Terceira do contrato social da empresa define como objeto social – fls. 09: TERCEIRA – DO OBJETIVO SOCIAL A sociedade destina-se a atividade de Apostas e Jogos Jockey Club Brasileiro e Loteria Esportiva. A empresa apresentou a manifestação de inconformidade com a sua exclusão às fls. 21 a 33, argumentando, em síntese, que primeiramente manifestou-se contra o ato administrativo – SRS (Solicitação de Revisão da Exclusão Simples) : a) é agente credenciado pelo Jockey Clube Brasileiro; b) optante pelo Simples desde 21/02/2000 nunca foi impedida ou notificada a retificar o enquadramento; c) assim resta anuída pela RFB – Secretaria da Receita Federal do Brasil sua situação como optante pelo Simples; d) a exclusão só pode operar efeitos a partir de janeiro de 2004, exercício seguinte à emissão do ADE; e) a Lei nº 10.684/03 excetuou as agências lotéricas; f) a atividade da contribuinte não é relacionada à corrida de cavalos. Foi sumariamente cientificada da improcedência do pedido, após quatro anos. Em preliminar alega que o ato de exclusão contraria a lei. Alega que o despacho decisório restou imotivado pela autoridade administrativa, cerceando seu direito de defesa, ferindo os princípios do contraditório e da ampla defesa. Alega, ainda, que a norma jurídica que institui e regula o Simples não foi observada literalmente estendendo-se o seu alcance para excluir a empresa do sistema. A empresa optou corretamente, em razão da receita bruta anual auferida, e o fisco não se manifestou de forma contrária por diversos anos, vindo depois no ato declaratório excluí-la por novo motivo, no caso, código CNAE, por suposta atividade ligada a corrida de cavalos, que, todavia, esta atividade não está vedada pelo inciso XIII do artigo 9º da Lei nº 9.317/96, não se podendo usar a analogia para prejudicar, entre outras argumentações. A Primeira Turma de Julgamento da DRJ no Rio de Janeiro/RJ exarou o Acórdão nº 12-14.911/07 mantendo a vedação da empresa ao Simples. Assim restou ementado o Acórdão – fls. 63 a 66: “SIMPLES.EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. OBJETO SOCIAL INCOMPATÍVEL COM A SISTEMÁTICA DO SIMPLES. As pessoas jurídicas que atuam em atividade ligada a Jogos e Apostas em corridas de cavalos não podem optar pelo SIMPLES, pois esta atividade se assemelha às desenvolvidas por aqueles que prestam serviços de corretores, representantes comerciais, que têm enquadramento vedado no Simples.” Fl. 2DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13706.003404/2003-19 Acórdão n.º 1801-00.359 S1-TE01 Fl. 81 3 No voto condutor esclarece-se que a empresa já havia formulado consulta ao fisco para saber se poderia optar pelo Simples, sendo-lhe esclarecido que não, porque a sua atividade é assemelhada a serviços profissionais de corretor ou representante comercial: “Pelo processo n 13706.004162/2003-72, a Interessada já havia feito consulta sobre o mesmo assunto, conforme demonstrado em fls. 58/60 anexadas pela relatora. Na Solução de Consulta SRRF/DRF/DISIT N° 365, de 03.12.2003, referida acima, demonstra que a legislação define atividade turfística (Lei n° 5.971/73) e não deixa margem à interpretação extensiva para atividades assemelhadas (art. 20 IN SRF 355/2003): Lei n° 5.971/73 - dispõe sobre a atividade turfistica no Pais e dá outras providências. [...] IN SRF 355/2003: 'Artigo 20. Não poderá optar pelo Simples, a pessoa Jurídica: XII — que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos,...... ou assemelhados,..... . §9º. O disposto no inciso XII não se aplica às atividades de centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e carga, de agência lotérica e de agência terceirizada de correios." A atividade decorrente de arrecadação de Jogos e Apostas em Turfe continua a ser atividade assemelhada à corretagem e à representação comercial, que se mantêm vedadas ao SIMPLES. Assim, torna-se desnecessária a análise das demais alegações da Interessada.” A empresa apresentou, tempestivamente, o Recurso Voluntário de fls. 68 a 76, requerendo, preliminarmente, a nulidade do acórdão ora vergastado. Acusa de inválida a decisão proferida pelo órgão de julgamento de primeira instância, pois não apreciou os pontos trazidos na manifestação de inconformidade apresentada anteriormente. Observa que o relatório apontou resumidamente apenas alguns dos diversos pontos suscitados, tornando a enunciá-los analiticamente, denominando-o de “...sintético e omisso...” e argumenta que assim também foi o voto, cuja fundamentação não enfrentou qualquer dos pontos suscitados pela recorrente, mas trouxe nova fundamentação, no caso, a Solução de Consulta anteriormente formulada. Daí passa a discorrer exaustivamente sobre a inexatidão da Consulta e aos demais pontos que entende que não foram apreciados em primeira instância, reprisando-os, solicitando que seja mantida no Simples, por ser considerada agência lotérica, atividade posteriormente excetuada da vedação pela Lei nº 10.684/03. É o relatório. Passo à análise do litígio. Fl. 3DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES 4 Voto Conselheira ANA DE BARROS FERNANDES, relatora. Conheço do recurso voluntário, por tempestivo. O cerne do litígio é se a empresa que tem como atividade principal o turfe e atua como agência lotérica pode ou não optar pelo Simples. Todavia, em preliminar, a recorrente suscita que no acórdão vergastado faltou –lhe o debate necessário ao exercício amplo de defesa, sendo por deveras sucinto e não enfrentando as matérias trazidas em preliminar e no mérito quando da apresentação da manifestação de inconformidade. Merece acolhida a irresignação da recorrente. Com efeito, a turma julgadora não precisa descer a minúcias de todo o exposto pelo impugnante, ou recorrente, mas deve zelar para que todos os argumentos preliminares e meritórios sejam devidamente relatados e abordar os tópicos, ainda que sumariamente, explicitando as razões de não provimento. Assim preceituam os artigos 28, c/c o 31 do Decreto nº 70.235/72, que regula o processo administrativo fiscal – PAF: Art. 28. Na decisão em que for julgada questão preliminar será também julgado o mérito, salvo quando incompatíveis, e dela constará o indeferimento fundamentado do pedido de diligência ou perícia, se for o caso. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993) Art. 31. A decisão conterá relatório resumido do processo, fundamentos legais, conclusão e ordem de intimação, devendo referir-se, expressamente, a todos os autos de infração e notificações de lançamento objeto do processo, bem como às razões de defesa suscitadas pelo impugnante contra todas as exigências. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993) Na decisão a quo constata-se o vício formal na razão de decidir, não havendo a turma julgadora relatado as preliminares suscitadas, nem esclarecido em que a atividade da recorrente a faz tornar-se assemelhada, nos termos da lei, àquelas de representante comercial ou corretagem. No entanto, deixo de declarar o cerceamento de defesa como causa de nulidade do acórdão de primeira instância em vista de, no mérito, acolher as razões da recorrente. Entendo que as atividades de turfe, ainda que fossem as únicas atividades praticadas pela recorrente, mais se assemelham àquelas exercidas pelas agências lotéricas do que a atividades de “assemelhados” a corretagem e representantes autônomos. Ambas as atividades, exercidas pelas agências lotéricas ou turfe, tratam de apostas e jogos, legalizados, não entendendo o legislador do Simples, por sua vez, que as Fl. 4DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Processo nº 13706.003404/2003-19 Acórdão n.º 1801-00.359 S1-TE01 Fl. 82 5 empresas que praticam atividades desta natureza devam ser vedadas ao sistema diferenciado, simplificado e favorecido. Seria preciosismo vedar uma empresa que faz apostas para terceiros ao Simples, porque ao invés de denominar-se lotérica denomina-se casa de apostas no turfe. O legislador não pode ater-se à denominação da pessoa jurídica, mas para vedar ou não ao sistema favorecido, com certeza, focaliza a atividade que a empresa pratica e, no caso, ambas são casas de apostas, pelo que excetuada uma, entendo excetuada a outra. E a Instrução Normativa SRF nº 355/03 ao interpretar a Lei nº 10.684/03 que excetuou, sem dúvida, as agências lotéricas (artigo 24,inciso IV), também reconheceu o efeito retroativo desta inclusão, pela redação do artigo 47, a seguir citado: Art. 47. Fica assegurada a permanência no sistema das pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente à atividade de agência terceirizada de correios, bem como as mencionadas no § 9º do art. 20 que tenham efetuado a opção pelo Simples anteriormente a 31 de maio de 2003 e que, no caso de terem sido excluídas de ofício, os efeitos da exclusão ocorram após a edição da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003, desde que atendidos os demais requisitos legais. (Redação dada pela IN SRF 391, de 30/01/2004) Destarte, pela disposto no § 3º do artigo 59, do PAF, a seguir transcrito, decido o mérito da questão em favor à recorrente: Art. 59. São nulos: [...] § 3º Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993) Voto em dar provimento ao recurso voluntário. (assinado digitalmente) ANA DE BARROS FERNANDES – Relatora Fl. 5DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES 6 Fl. 6DF CARF MF Emitido em 25/03/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES Assinado digitalmente em 16/11/2010 por ANA DE BARROS FERNANDES
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Numero do processo: 13603.002290/2004-11
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Tue Jan 24 00:00:00 UTC 2012
Ementa: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE- SIMPLES. Exercício: 2003
SIMPLES. ATIVIDADE DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS. NÃO EQUIPARAÇÃO A DE ENGENHEIRO. SÚMULA N° 57 DO CARF. NÃO CONHECIMENTO. ART. 67, §2°, DO REGIMENTO INTERNO.
Conforme a súmula n° 57 do CARF, não se equipara à atividade de engenheiro a de manutenção de máquinas industriais.
Numero da decisão: 9101-001.278
Decisão: ACORDAM os membros da 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos FISCAIS, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do voto do(a) Relator(a).
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: SUSY GOMES HOFFMANN
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Exercício: 2003 SIMPLES. ATIVIDADE DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS. NÃO EQUIPARAÇÃO A DE ENGENHEIRO. SÚMULA N° 57 DO CARF. NÃO CONHECIMENTO. ART. 67, §2°, DO REGIMENTO INTERNO. Conforme a súmula n° 57 do CARF, não se equipara à atividade de engenheiro a de manutenção de máquinas industriais. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos FFIISSCCAAIISS, por unanimidade de votos, em não conhecer do recurso, nos termos do voto do(a) Relator(a). (assinado digitalmente) Otacílio Dantas Cartaxo Presidente (assinado digitalmente) Susy Gomes Hoffmann Relatora Fl. 0DF CARF MF Impresso em 28/06/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 20/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13603.002290/200411 Acórdão n.º 9101001.278 CSRFT1 Fl. 2 2 Participaram do julgamento os Conselheiros Otacílio Dantas Cartaxo, Susy Gomes Hoffmann, Karem Jureidini Dias, José Ricardo da Silva, João Carlos de Lima Júnior, Alberto Pinto Souza Júnior, Valmar Fonsêca de Menezes, Jorge Celso Freire da Silva, Valmir Sandri e Claudemir Rodrigues Malaquias. Relatório Tratase de recurso especial interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional, com fundamento em divergência jurisprudencial. O contribuinte foi excluído do Simples, por exercer atividade vedada, consistente em instalação, reparação e manutenção de outras máquinas e equipamentos de uso geral. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento (fls. 44/47) indeferiu a solicitação do contribuinte, nos termos da seguinte ementa: Assunto: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Simples Exercício: 2003 Ementa: A pessoa jurídica que desempenha atividade privativa de engenheiro e de técnicos, profissões cujo exercício depende de habilitação profissional legalmente exigida, está impedida de participar do Simples. Solicitação Indeferida O contribuinte interpôs recurso voluntário. A antiga Segunda Câmara do Terceiro Conselho de Contribuintes deu provimento ao recurso do contribuinte. Eis a ementa do julgado: ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Exercício: 2003 SIMPLES. EXCLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE. VENDA E FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS/FERRAMENTAS INDUSTRIAIS. A vedações à inclusão no Simples, descritas no artigo 9°, inciso XIII, da Lei n° 9.317/96, devem ser interpretadas restritivamente, pois que importam em restrição a um direito constitucionalmente previsto (art. 179 CF). RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO. Fl. 1DF CARF MF Impresso em 28/06/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 20/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13603.002290/200411 Acórdão n.º 9101001.278 CSRFT1 Fl. 3 3 A Procuradoria da Fazenda Nacional interpôs o presente recurso especial, com fundamento em divergência jurisprudencial (fls. 61/68). Alegou, a recorrente, que a atividade exercida pelo contribuinte encontrase vedada nos termos do artigo 9°, inciso XIII, da Lei n° 9.317/96. Segundo a recorrente: “Como se pode perceber, a atividade de "instalação, reparação e manutenção de máquinas e equipamentos" (fls.08/11;41), exercida pela Recorrida, a teor da Resolução CONFEA n.° 218/73, é atividade a ser desenvolvida por profissionais em nível médio e superior de engenharia. A referida Resolução, tendo em vista a sua atribuição legal para regulamentar o exercício profissional e as atividades a que se refere a Lei n.° 5194/66, reza: Art. 1° Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente as diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades: (...) Atividade 04 — Assistência, assessoria e consultoria; Atividade 11 — Execução de obra e serviço técnico; Atividade 16 Execução de instalação, montagem e reparo; Atividade 17 Operação e manutenção de equipamento e instalação; 0 art. 9° desse normativo descreve especificamente a competência do engenheiro eletrônico. Vejase: Art. 9° Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO: I o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 10 desta Resolução, referentes a materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de comunicação e telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e correlatos. Ademais, a analise da opção da empresa ao Simples é feita com base em critérios objetivos, ou seja, pela análise do objeto social e não se a atividade é realizada ou não diretamente pelos sócios. Assim entendendo essa Câmara, aduzse em inovação da legislação, o que seria proibido a esse órgão administrativo. Nesse diapasão, vale aduzir que a interpretação restritiva não pode conduzir o aplicador ao descumprimento de ato normativo. Destarte, a expressão "assemelhados", prevista no art. 9°, inciso XIII, da Lei n° 9.317/96, tem seu conteúdo perfeitamente delimitado pelos atos normativos supra, não Fl. 2DF CARF MF Impresso em 28/06/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 20/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13603.002290/200411 Acórdão n.º 9101001.278 CSRFT1 Fl. 4 4 sendo passível de interpretação que abstraia tal conteúdo normativo, ainda que para garantir direito constitucional disposto no art. 179, CF. Neste sentido, postulou pela reforma do acórdão recorrido. O contribuinte não apresentou contrarrazões, nos termos do documento de fls. 129 dos autos. Voto Conselheira Susy Gomes Hoffmann, Relatora O presente recurso especial é tempestivo. Não preenche, contudo, os demais requisitos de admissibilidade. De fato, a divergência jurisprudencial suscitada diz respeito à possibilidade de inclusão no Simples de contribuinte que exerce a atividade de “instalação, reparação e manutenção de máquinas e equipamentos”. Sobre o tema, este tribunal administrativo já fixou o seu entendimento, consolidado no enunciado n° 57 da sua súmula jurisprudencial: Súmula CARF n° 57: A prestação de serviços de manutenção, assistência técnica, instalação ou reparos em máquinas e equipamentos, bem como os serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de metais, não se equiparam a serviços profissionais prestados por engenheiros e não impedem o ingresso ou a permanência da pessoa jurídica no SIMPLES Federal. O Regimento Interno do CARF dispõe, em seu artigo 67: Seção II Do Recurso Especial Art. 67. Compete à CSRF, por suas turmas, julgar recurso especial interposto contra decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria CSRF. § 2° Não cabe recurso especial de decisão de qualquer das turmas que aplique súmula de jurisprudência dos Conselhos de Contribuintes, da Câmara Superior de Recursos Fiscais ou do CARF, ou que, na apreciação de matéria preliminar, decida pela anulação da decisão de primeira instância. Fl. 3DF CARF MF Impresso em 28/06/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 20/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO Processo nº 13603.002290/200411 Acórdão n.º 9101001.278 CSRFT1 Fl. 5 5 Diante do exposto, não conheço do recurso especial da Fazenda Nacional. Sala das Sessões, em 24 de janeiro de 2012 (assinado digitalmente) Susy Gomes Hoffmann Fl. 4DF CARF MF Impresso em 28/06/2012 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 23/03/2012 por SUSY GOMES HOFFMANN, Assinado digitalmente em 20/06/2012 por OTACILIO DANTAS CARTAXO
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Numero do processo: 13971.001443/2004-14
Turma: 1ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 1ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Wed Apr 17 00:00:00 UTC 2013
Data da publicação: Thu Nov 14 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Ano-calendário: 2002
NORMAS PROCESSUAIS. RECURSO ESPECIAL. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE -
O recurso a ser enfrentado pela Câmara Superior tem como pressuposto o exame da mesma legislação por colegiados administrativos distintos com resultados conflitantes. Ainda que os fatos sejam semelhantes, acusações formalizadas com base em dispositivos distintos não se prestam a configurar a divergência de interpretação.
Numero da decisão: 9101-001.629
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso.
(documento assinado digitalmente)
OTACÍLIO DANTAS CARTAXO
Presidente
(documento assinado digitalmente)
Valmir Sandri
Relator
Participaram do julgamento os Conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente), Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, Paulo Roberto Cortez (Suplente Convocado), Jorge Celso Freire da Silva, Suzy Gomes Hoffmann, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Viviane Vidal Wagner (Suplente Convocada), José Ricardo da Silva e Plínio Rodrigues de Lima.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: VALMIR SANDRI
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ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Ano-calendário: 2002 NORMAS PROCESSUAIS. RECURSO ESPECIAL. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE - O recurso a ser enfrentado pela Câmara Superior tem como pressuposto o exame da mesma legislação por colegiados administrativos distintos com resultados conflitantes. Ainda que os fatos sejam semelhantes, acusações formalizadas com base em dispositivos distintos não se prestam a configurar a divergência de interpretação.
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso. (documento assinado digitalmente) OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente (documento assinado digitalmente) Valmir Sandri Relator Participaram do julgamento os Conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente), Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, Paulo Roberto Cortez (Suplente Convocado), Jorge Celso Freire da Silva, Suzy Gomes Hoffmann, Karem Jureidini Dias, Valmir Sandri, Viviane Vidal Wagner (Suplente Convocada), José Ricardo da Silva e Plínio Rodrigues de Lima.
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ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Anocalendário: 2002 NORMAS PROCESSUAIS. RECURSO ESPECIAL. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE O recurso a ser enfrentado pela Câmara Superior tem como pressuposto o exame da mesma legislação por colegiados administrativos distintos com resultados conflitantes. Ainda que os fatos sejam semelhantes, acusações formalizadas com base em dispositivos distintos não se prestam a configurar a divergência de interpretação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por unanimidade de votos, NÃO CONHECER do recurso. (documento assinado digitalmente) OTACÍLIO DANTAS CARTAXO Presidente (documento assinado digitalmente) Valmir Sandri Relator Participaram do julgamento os Conselheiros: Otacílio Dantas Cartaxo (Presidente), Francisco de Sales Ribeiro de Queiroz, Paulo Roberto Cortez (Suplente Convocado), Jorge Celso Freire da Silva, Suzy Gomes Hoffmann, Karem Jureidini Dias, AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 13 97 1. 00 14 43 /2 00 4- 14 Fl. 98DF CARF MF Impresso em 21/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/07/2013 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OT ACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/07/2013 por VALMIR SANDRI 2 Valmir Sandri, Viviane Vidal Wagner (Suplente Convocada), José Ricardo da Silva e Plínio Rodrigues de Lima. Relatório Em sessão plenária de 06 de abril de 2010, por meio do Acórdão 1402 00.152, a 2ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da Primeira Seção de Julgamento, por unanimidade de votos, deu provimento ao recurso voluntário do contribuinte, cancelando sua exclusão do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES. Inconformada, a Fazenda Nacional ingressa com recurso especial, alegando que a interpretação atribuída pela Turma à legislação tributária diverge da adotada pela Primeira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, consubstanciada no Acórdão nº 201 75.461. O acórdão recorrido tem a seguinte ementa. ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SIMPLES Anocalendário: 2002 SIMPLES. EXCLUSÃO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE DECORAÇÃO DE INTERIORES. A atividade de decoração de interiores não consta do rol de atividades impeditivas, nem se assemelha à do arquiteto. Não há, na espécie, fundamento para a exclusão da sistemática do Simples. Por seu turno, o acórdão paradigma, em sentido oposto, decidiu: Acórdão nº 20175.461 SIMPLES. EXCLUSÃO. SERVIÇOS DE DECORAÇÃO EM INTERIORES. É vedada a opção pelo SIMPLES às pessoas jurídicas que exercem atividade de decoração de interiores, visto que se enquadram na previsão do art. 9º, V e § 4°, da Lei n° 9.317/96. Recurso negado. A Presidente da 4ª Câmara admitiu o recurso. Em contrarrazões, o contribuinte postula a inadmissibilidade do recurso com base no § 10 do art. 67 do RI, mencionando os acórdãos 30238.884, 30238.288 e 30334.534, como superadores da tese do paradigma. É o relatório. Voto Fl. 99DF CARF MF Impresso em 21/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/07/2013 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OT ACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/07/2013 por VALMIR SANDRI Processo nº 13971.001443/200414 Acórdão n.º 9101001.629 CSRFT1 Fl. 3 3 Conselheiro Valmir Sandri, Relator. Preliminarmente, registro que os acórdãos mencionados pela interessada em contrarrazões não se prestam para a inadmissibilidade do recurso com base no § 10 do art. 67 do Regimento, por não serem oriundos da CSRF. Conforme Ato Declaratório de fls. 21, o contribuinte foi excluído do sistema por exercer a atividade vedada “Serviços de decoração de interiores”, com base no inciso XIII do art. 9º. da Lei nº 9.317/96. A DRJ de Belo Horizonte manteve a exclusão, ao fundamento de que a atividade de “decoração de interiores” está compreendida no inciso XIII do art. 9º da Lei nº 9.317/96, considerandoa assemelhada à de arquiteto e consultor. O Acórdão recorrido expressa o entendimento de que a atividade de decoração de interiores não consta do rol das atividades impeditivas, nem se assemelha à de arquiteto. O acórdão trazido como paradigma decidiu que não podem optar pelo simples as pessoas jurídicas que exercem atividade de decoração de interiores, por se enquadrarem na previsão legal do inciso V e § 4º do art. 9º, ou seja, por exercer atividade de construção de imóveis, considerando que o § 4º do art. 9º equipara à construção civil a execução de benfeitorias. Assim, o paradigma não se presta a instruir o especial, visto que interpreta outro dispositivo da legislação tributária. Digo isso porque, caso se pudesse dar uma maior amplitude à análise, considerando que a questão seria “a atividade de decoração de interiores veda ou não a opção pelo Simples”, o que permitiria caracterizar a divergência de interpretação entre os acórdãos confrontados, e sendo assim, uma eventual reforma do acórdão guerreado em prol do entendimento do paradigma implicaria cerceamento de defesa, pois em momento algum do processo foi dada oportunidade ao contribuinte de se defender da acusação de exercer atividade de construção de imóvel. Isto posto, NÃO CONHEÇO do recurso especial da Fazenda Nacional. Sala das Sessões, em 17 de abril de 2013. (documento assinado digitalmente) Valmir Sandri Relator Fl. 100DF CARF MF Impresso em 21/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/07/2013 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OT ACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/07/2013 por VALMIR SANDRI 4 Fl. 101DF CARF MF Impresso em 21/11/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/07/2013 por VALMIR SANDRI, Assinado digitalmente em 24/09/2013 por OT ACILIO DANTAS CARTAXO, Assinado digitalmente em 04/07/2013 por VALMIR SANDRI
score : 1.0
Numero do processo: 10830.003712/2003-12
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Primeira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Fri May 27 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Tue May 24 00:00:00 UTC 2011
Ementa: ASSUNTO: SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E
CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE SIMPLES
Anocalendário:
2002
SIMPLES. ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO
INDUSTRIAL.
Não ficou comprovada a necessidade de profissional legalmente habilitado
(engenheiro) para a execução das atividades de prestação de serviços de
manutenção e instalação de bombas para postos de gasolina, logo, a pessoa
jurídica pode optar pela sistemática do SIMPLES.
Numero da decisão: 1202-000.524
Decisão: Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar
provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado.
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Nereida de Miranda Finamore Horta
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ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO INDUSTRIAL. Não ficou comprovada a necessidade de profissional legalmente habilitado (engenheiro) para a execução das atividades de prestação de serviços de manutenção e instalação de bombas para postos de gasolina, logo, a pessoa jurídica pode optar pela sistemática do SIMPLES. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso, nos termos do relatório e votos que integram o presente julgado. (documento assinado digitalmente) Carlos Alberto Donassolo Presidente. (documento assinado digitalmente) Nereida de Miranda Finamore Horta Relatora Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Carlos Alberto Donassolo, Eduardo Martins Neiva Monteiro, Nereida de Miranda Finamore Horta, Geraldo Valentim Neto, Jorge Celso Freire da Silva e Orlando José Gonçalves Bueno. Relatório Fl. 1DF CARF MF Impresso em 06/06/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HORT, Assinado digitalmente e m 05/06/2012 por CARLOS ALBERTO DONASSOLO, Assinado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRAND A FINAMORE HORT 2 Cuidase de pedido de reinclusão retroativa no Simples Federal formulado por Nilutec Manutenção e Instalação de Bombas para Postos de Gasolina Ltda. (CNPJ 02.000.868/000117). Solicita sua reinclusão no benefício fiscal (fl. 1), informando que entregou suas declarações como pessoa jurídica no modelo Simplificado (de 1997 a 2001), bem como mantém adimplidas suas obrigações fiscais federais em conformidade com o Simples. Junta cópia dos pagamentos (DARFs) e de Recibos de Entrega da Declaração Anual Simplificada. Ao apreciar o pedido (fl. 72), a DRF em Campinas entendeu pelo seu indeferimento, baseado no fato de que a requerente não possuía a condição de admissibilidade para o Simples, eis que sua atividade, de prestação de serviços de “Manutenção e instalação de bombas para postos de gasolina”, nos termos do contrato social juntado ao processo (fl. 02), indica atividade vedada ao Simples Federal, por caracterizar atividade profissional de engenheiro ou assemelhados, nos termos do artigo 9º, XII, da lei 9317/96. A contribuinte foi intimada da decisão em 11.04.08 (fl. 75). Irresignada, apresentou manifestação de inconformidade (fl. 77), onde informa em apertada síntese que a empresa nunca exerceu a atividade de instalação, motivo pelo qual a mesma foi excluída da razão social, bem como que a manutenção em bombas de postos de gasolina é exercida por técnicos, cabendo aos “engenheiros formados” a execução dos projetos, e aos técnicos o serviço braçal. Alega ainda que o faturamento da empresa é de onde origina seu sustento familiar, aduzindo que “hoje em dia, nenhum posto de gasolina quer contratar funcionário para a função de manutenção de bombas, pois o custo é alto em relação a quantidade do serviço a ser executado dentro de um único estabelecimento”. Por fim, requer a modificação da decisão, por não possuir condições de adimplir com as dívidas tributárias e multas. O acórdão proferido pela 1ª Turma da DRJ/CPS (fls. 98/100), n. 0523.186, houve por bem indeferir a solicitação da contribuinte. Inicialmente, reconhece a tempestividade da manifestação de inconformidade. Em relação ao mérito, analisando a atividade econômica exercida pela contribuinte, diz ser importante a análise de diferentes pontos. Assinala que os atos constitutivos (contrato social, requerimento de empresário individual), após o competente registro, gozam de status de veracidade jurídica. Assim, ao analisar a documentação da contribuinte, tem –se que, em seu nome e objeto social, há a expressão “Manutenção e Instalação de Bombas para Posto de Gasolina”, com alteração posterior para “manutenção de bombas para postos de gasolina”. Disto, conhecido e caracterizado o objeto social da empresa, informa não ser possível afirmar que a empresa prescinda de conhecimento específico técnicocientífico de profissional de engenharia para desempenhar suas funções. De outra feita, também informa que não há como provar, sem análise probatória mais profunda, que a real atividade da contribuinte interessada implica numa das vedações para permanência ou ingresso no Simples Federal. Mais, lembra que o Simples é um benefício fiscal, o que implica que aos ingressantes não é possível deixar margem para dúvida acerca do cumprimento das condições exigidas. Fl. 2DF CARF MF Impresso em 06/06/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HORT, Assinado digitalmente e m 05/06/2012 por CARLOS ALBERTO DONASSOLO, Assinado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRAND A FINAMORE HORT Processo nº 10830.003712/200312 Acórdão n.º 120200.524 S1C2T2 Fl. 122 3 Aduz que a vedação presente no artigo 9º, inciso XII, da Lei n. 9317/1996 é de ordem objetiva, não cabendo análise de eventual aspecto subjetivo, especialmente em relação à pessoa a que desempenhe determinada atividade. O que importa, de fato, é se a atividade em questão é atribuída a algum dos profissionais constantes do rol previsto no já citado artigo 9º, inciso XII, o que levaria a um impedimento para a permanência ou ingresso no Simples. Informa que a Resolução nº 218 de 29 de junho de 1973, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (responsável por discriminar as atividades dos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), dispõe, conforme a transcrição feita aqui do corpo do acórdão: Art. 1º Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades: Atividade 01 Supervisão, coordenação e orientação técnica; Atividade 02 Estudo, planejamento, projeto e especificação; Atividade 03 Estudo de viabilidade técnicoeconômica; Atividade 04 Assistência, assessoria e consultoria; Atividade 05 Direção de obra e serviço técnico; Atividade 06 Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; Atividade 07 Desempenho de cargo e função técnica; Atividade 08 Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; Atividade 09 Elaboração de orçamento; Atividade 10 Padronização, mensuração e controle de qualidade; Atividade 11 Execução de obra e serviço técnico; Atividade 12 Fiscalização de obra e serviço técnico; Atividade 13 Produção técnica e especializada; Atividade 14 Condução de trabalho técnico; Atividade 15 Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; Atividade 16 Execução de instalação, montagem e reparo; Atividade 17 Operação e manutenção de equipamento e instalação; Atividade 18 Execução de desenho técnico. Fl. 3DF CARF MF Impresso em 06/06/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HORT, Assinado digitalmente e m 05/06/2012 por CARLOS ALBERTO DONASSOLO, Assinado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRAND A FINAMORE HORT 4 Art. 8° Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETROTÉCNICA: 1 o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 10 desta Resolução, referentes à geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais e máquinas elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus serviços afins e correlatos. Art. 9° Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO: 1 o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1° desta Resolução, referentes a materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de comunicação e telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e correlatos. [.] Art. 12 Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE MECÂNICA: 1 o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1° desta Resolução, referentes a processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletromecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos.” (destacouse) Ainda, explica que não se trata de uma aderência eterna à vontade manifestada nos atos constitutivos, já que tal declaração de vontade pode ser modificada ou desconstituída por outra de igual ou superior força. Assim, entende que “Presentemente, sem que o Contribuinte faça a juntada de outros instrumentos probatórios (tais os já citados: alterações de contrato social ou estatuto, de declaração de firma individual, notas fiscais de venda de produtos, mercadorias e/ou serviços), não se pode, pura e simplesmente, à força de simples alegação, ter por desconstituída (ou até restringida) a declaração de vontade impressa em seus atos constitutivos.” (fl. 100). O acórdão, portanto, indefere a solicitação da contribuinte. A contribuinte foi intimada em 13.10.08 (fl. 102) e apresentou Recurso Voluntário (fls. 104/106) em 07.11.08. Preliminarmente, alega que se fosse correto o entendimento recorrido, de que a atividade exercida é exclusiva de engenheiro, quando da constituição da empresa, seria exigido pelo competente cartório de registro de pessoas jurídicas para o registro o visto da entidade de classe correspondente, no caso o CREASP, citando para comprovar seu Fl. 4DF CARF MF Impresso em 06/06/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HORT, Assinado digitalmente e m 05/06/2012 por CARLOS ALBERTO DONASSOLO, Assinado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRAND A FINAMORE HORT Processo nº 10830.003712/200312 Acórdão n.º 120200.524 S1C2T2 Fl. 123 5 entendimento o artigo 119, parágrafo único da lei 6.015/73. Indica que o cartório, à época do registro, não exigiu tal formalidade. Anexa declaração de prestação de serviço da empresa Manusetcpos Comércio e Manutenção Ltda. (CNPJ 56.848.310/000115), que se utiliza dos serviços prestados pela recorrente, indicando ali qual é a natureza dos serviços. Indica que houve equívoco por parte da DRJ em relação à interpretação da atividade exercida pela contribuinte. Aduz que a própria resolução (Resolução 218, de 29 de junho de 1973) que embasou a decisão recorrida indica que para que haja a aludida equiparação, a atividade deve ser aprovada, reconhecida e fiscalizada pela entidade correspondente, qual seja, o CREA. Para a recorrente, não há como efetuar a equiparação pretendida pelo julgador pelo Simples fato de constar do contrato social “manutenção e instalação de bombas para postos de gasolina” ou “manutenção de bombas para postos de gasolina”, se para o exercício de tais funções não ér exigido formação técnica em nível médio ou superior, ou mesmo o registro de habilitação profissional. Requer assim, a procedência do recurso para sua inclusão retroativa no Simples Nacional. É o relatório. Voto Conselheira Nereida de Miranda Finamore Horta O Recurso preenche os requisitos de admissibilidade, portanto, dele conheço. Conforme relatado, o presente processo trata de pedido de reinclusão retroativa no Simples Federal uma vez que não a DRF indeferiu o pedido com base no artigo 9º, XIII, da Lei nº 9317/96, isto é, a prestação de serviços profissionais cujo exercício depende de habilitação legalmente exigida. O retromencionado artigo 9°, inciso XIII, da Lei n° 9.317, de 1996,dispõe que: "Artigo 9o Não poderá optar pelo SIMPLES a pessoa jurídica: (...) XIII que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico, químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico, administrador, programador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista, publicitário, fisicultor. ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente exigida; (grifei) Fl. 5DF CARF MF Impresso em 06/06/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HORT, Assinado digitalmente e m 05/06/2012 por CARLOS ALBERTO DONASSOLO, Assinado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRAND A FINAMORE HORT 6 Segundo a interessada, o exercício dessas atividades não prescinde de profissional com habilitação legalmente exigida (engenheiro). Da análise da Resolução nº 218 de 29 de junho de 1973, do CONFEA Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (responsável por discriminar as atividades dos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), entendo que não há exigência ou prérequisito legal algum para que o exercício das atividades da interessada seja feito por engenheiro. Suas atividades estão elencadas dentre aquelas descritas nos itens 15 a 17 do art. 1º da Resolução acima referida, as quais podem ser exercidas por profissional Técnico de Nível Médio, consoante art. 24 da mesma Resolução, sem a necessidade de profissional de engenharia como entendeu a DRJ. Há serviços de prestação de serviços de manutenção e reparos de máquinas industriais que até podem requerer a supervisão de engenheiro, porém, pelos elementos que compõem os autos, isto é, notas fiscais e contrato social, não parece ser o caso. Ainda, é indubitável que um engenheiro possa exercer tais atividades de supervisão, manutenção e reparos de máquinas industriais; mas nao é imprescindível que quem as execute possua a habilitação legal de engenheiro, a qual requer tão somente mão de obra técnica treinada para a execução desses serviços. Destarte, entendo que este tipo de prestação de serviços da recorrente, não representa serviço profissional de engenharia ou assemelhados, nem há necessidade de exercício por profissão legalmente regulamentada, não sendo, portanto, no meu entendimento, atividade vedada para opção pelo SIMPLES. A jurisprudência do antigo 3º Conselho de Contribuintes também vinha se posicionando no mesmo sentido defendido neste voto, conforme se pode verificar na consulta aos Acórdãos proferidos nos Recursos nºs 30333654, 30333212, 30333461, 30335334, disponível no site do CARF, na internet. Também o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp nº 403568, também se alinha com o entendimento acima esposado, conforme ementa que se transcreve: “TRIBUTÁRIO. SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES (SIMPLES). ANÁLISE DE MATÉRIA FÁTICOPROBATÓRIA. INTERPRETAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL. RECURSO ESPECIAL INADMISSÍVEL SÚMULAS N.°S 5 E 7, DO STJ. "As atividades de instalação elétrica não estão abrangidas pela vedação prevista no art. 9º, § 4o, da Lei 9.317, podendo a empresa prestadora desses serviços ser optante" (Resp 380761) Ainda que assim não fosse, as próprias regras da experiência comum indicam que exploram serviços de instalação e manutenção de equipamentos elétricomecânicos não se enquadram no art. 9o, inciso XII, alínea "f" da Lei 9.317/96. Equiparar essas empresas implicaria em analogia in malam partem, num sistema tributário que, quando nada, admite em prol do contribuinte, a interpretação mais benéfica (art. 106, I, CTN). Deveras, a análise do contrato social com o escopo de aferir o objeto da empresa e suas atividades para afastar funções Fl. 6DF CARF MF Impresso em 06/06/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HORT, Assinado digitalmente e m 05/06/2012 por CARLOS ALBERTO DONASSOLO, Assinado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRAND A FINAMORE HORT Processo nº 10830.003712/200312 Acórdão n.º 120200.524 S1C2T2 Fl. 124 7 assemelhadas, data venia, incide no mesmo veto da sindicância fáticoprobatória (Súmulas 05 e 07 do STJ).”(grifei) Por todo o acima exposto, voto por dar provimento ao recurso voluntário para reincluir a contribuinte no .SIMPLES. (documento assinado digitalmente) Nereida de Miranda Finamore Horta Relatora Fl. 7DF CARF MF Impresso em 06/06/2012 por ANDREA FERNANDES GARCIA - VERSO EM BRANCO CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRANDA FINAMORE HORT, Assinado digitalmente e m 05/06/2012 por CARLOS ALBERTO DONASSOLO, Assinado digitalmente em 04/06/2012 por NEREIDA DE MIRAND A FINAMORE HORT
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Numero do processo: 10840.000291/2007-82
Turma: Segunda Turma Ordinária da Terceira Câmara da Primeira Seção
Câmara: Terceira Câmara
Seção: Primeira Seção de Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 23 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Wed Feb 23 00:00:00 UTC 2011
Ementa: CNPJ – ESCOLHA DE CNAE VEDADO NO SIMPLES – ÔNUS DA PROVA. O CNPJ é documento oficial e contém os códigos de atividade declarados pelo contribuinte e confrontados com o objeto social da empresa.
Identificando o erro na escolha do CNAE, que resultou na exclusão do Simples, cabe ao contribuinte o ônus de provar o erro, ou seja, provar que não exerce a atividade que outrora declarou e que está autorizado a optar pelo Simples, ônus do qual não se desincumbiu.
Numero da decisão: 1302-000.498
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª câmara / 2ª turma ordinária da primeira SEÇÃO DE JULGAMENTO, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário nos termos do relatório e do voto que deste formam parte integrante
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGUEIRA JUNQUEIRA
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O CNPJ é documento oficial e contém os códigos de atividade declarados pelo contribuinte e confrontados com o objeto social da empresa. Identificando o erro na escolha do CNAE, que resultou na exclusão do Simples, cabe ao contribuinte o ônus de provar o erro, ou seja, provar que não exerce a atividade que outrora declarou e que está autorizado a optar pelo Simples, ônus do qual não se desincumbiu. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª câmara / 2ª turma ordinária da primeira SSEEÇÇÃÃOO DDEE JJUULLGGAAMMEENNTTOO, por unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário nos termos do relatório e do voto que deste formam parte integrante. “documento assinado digitalmente” MARCOS RODRIGUES DE MELLO Presidente. “documento assinado digitalmente” LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGUEIRA JUNQUEIRA Relatora. Participaram, do presente julgamento, os Conselheiros Marcos Rodrigues de Mello, Irineu Bianchi, Wilson Fernandes Guimarães, Eduardo de Andrade, Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira, Daniel Salgueiro da Silva. Fl. 64DF CARF MF Emitido em 29/11/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 29/11/2011 por MARCOS RODRIG UES DE MELLO 2 Relatório Trata o presente processo de Manifestação de Inconformidade, por parte do contribuinte USEXP USINAGEM, em razão do Despacho Decisório DRF/RPO, de 27/02/2007 (fls. 20/21), que teve por objeto o indeferimento de seu pedido de inclusão retroativa no regime do Simples (fl.01), em razão do desenvolvimento de atividade secundária vedada pela opção do Simples: manutenção e reparação de máquinas e ferramentas. Em sua Manifestação de Inconformidade o contribuinte, essencialmente, esclareceu que, após o indeferimento de sua opção pelo Simples, já procedera pedido de alteração cadastral na JUCESP, inferindo que, após a regularização, não mais restaria motivos para a vedação de seu pedido. A Delegacia da Receita Federal de Ribeirão Preto, após reconhecer a tempestividade do recurso, acordou, por unanimidade de votos, por indeferir a solicitação do contribuinte, nos termos do voto do Relator que aqui se encontra em síntese (fls. 44/46). I. Não há, nos autos, qualquer nota fiscal ou contrato de prestação de serviços que possa determinar a real atividade desenvolvida pelo contribuinte. II. Os registros da RFB, SINAL 08 e CONSULTA DECLARAÇÕES (Fls. 39/42), demonstram que o contribuinte entregara a declaração de rendimentos do ano de 2007 pelo regime de lucro presumido. III. Tendo em vista que a opção pela tributação pelo regime do lucro presumido é definitiva, não há como acatar o pedido do contribuinte. Tendo tomado ciência da decisão em 27/08/2009 (fl. 47), o contribuinte apresentou o Recurso Voluntário de fls. 52 e seguintes, protocolado em 28/09/2009, trazendo à apreciação os argumentos que aqui se encontram sintetizados. IV. Preliminarmente, requer o cancelamento da decisão proferido no acórdão da DRJ, visto que se baseou na entrega, pelo contribuinte, de DIPJ respeitando o regime de Lucro Presumido. V. Acontece que o contribuinte apenas entregou tal DIPJ pois estava, à época, impedido de apresentar sua contabilidade sob o regime do Simples, visto a decisão que o excluiu de tal caracterização. VI. O contribuinte, então, entregara a DIPJ sob o regime de Lucro Presumido apenas para evitar a aplicação de multa e/ou eventuais encargos sobre sua tributação. VII. Questiona: se houvesse de fato optado pela sistemática do Lucro Presumido, qual seria a razão da apresentação de tal recurso voluntário? VIII. No mérito, argumenta que, impedido de apresentar sua declaração pela sistemática do Simples, a entrega pelo regime do Lucro Presumido representava a 2ª melhor opção para que o contribuinte continuasse em dia com a fiscalização. IX. O Contribuinte não pôde apresentar a declaração pelo regime do Simples pois seu envio fora recusado pela SRFB. Fl. 65DF CARF MF Emitido em 29/11/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 29/11/2011 por MARCOS RODRIG UES DE MELLO Processo nº 10840.000291/200782 Acórdão n.º 130200.498 S1C3T2 Fl. 62 3 X. A decisão que infere a entrega, por parte do contribuinte, de declaração sob o regime do Lucro Presumido, encontrase viciada, visto que se refere ao período de apuração de 2007, sendo , na realidade, o período de 2006 que o contribuinte contabilizara. XI. Assim, pede o contribuinte o deferimento da inclusão retroativa no regime do Simples. É o relatório. Voto Conselheira Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira O recurso é tempestivo e dele tomo conhecimento. Não vejo na decisão da Delegacia da Receita Federal de Julgamento qualquer causa de nulidade, consoante o Decreto70.235/72, tendo ficado claras as razões pela qual indeferiu a manifestação de inconformidade do contribuinte. O interessado por sua vez teve sua chance de defesa e recurso e, nesses termos, prossigo o julgamento. De fato, o contribuinte estava impossibilitado de apresentar sua Declaração de Simples em 2007 razão pela qual entendo irrelevante, para o julgamento deste processo, a entrega nesse ano da declaração pelo lucro presumido. O contribuinte foi excluído do Simples, pois em seu CNAE secundário constava a atividade de “manutenção e reparação de máquinas e ferramentas”. O contribuinte tem como atividade primária a usinagem e alega que não vinha desenvolvendo a atividade de manutenção e reparação de máquinas e ferramentas e que justamente por isso excluiu essa atividade de seu CNAE, a partir do recebimento da notificação da Receita Federal. O CNPJ é um documento de identidade oficial da empresa com validade jurídica perante a Receita Federal do Brasil e terceiros e que marca o nascimento e a identificação da contribuinte perante o fisco. O CNAE é um Código Nacional de Atividade Empresarial informado no CNPJ, escolhido e declarado pelo próprio contribuinte com base em seu objeto social. Ao aceitar o CNAE escolhido pelo interessado, a autoridade fiscal os confronta com o Contrato Social da empresa e, havendo congruência de objeto social, é expedido o CNPJ. Nessa medida, o CNAE constante do CNPJ é a expressão da verdade documental das atividades que constam do objeto social da empresa e que são por ela praticadas, segundo sua própria declaração. Nessa linha, a existência, no cadastro da empresa, de um código CNAE de “manutenção e reparação de máquinas e ferramentas” é razão suficiente para exclusão do Simples e a partir disso inverte o ônus da prova. Cabe ao contribuinte então provar que, embora tenha incluído o CNAE de “manutenção e reparação de máquinas e ferramentas” em seu CNPJ, embora essa atividade seja coerente com seu objeto social, tal inclusão foi um erro e não praticou essa atividade vedada para opção pelo Simples. A prova poderia ter sido feita pelo contribuinte com a apresentação, por exemplo, dos seguintes documentos. Fl. 66DF CARF MF Emitido em 29/11/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 29/11/2011 por MARCOS RODRIG UES DE MELLO 4 1. Inscrição Estadual e Municipal demonstrando que a empresa não exerce essas atividades de manutenção ou reparo de máquinas. 2. Listagem de notas fiscais ou recibos emitidos no período de exclusão do Simples, com a descrição dos produtos ou serviços vendidos e a apresentação, por amostragem, do documento fiscal. 3. Laudo de consultoria ou cartorial passando pelas diversas atividades desempenhadas pelos funcionários da empresa e demonstrando a inexistência de funcionários ou equipes voltadas ao reparo de máquinas e equipamentos de terceiros. 4. Balancete e razão contábil demonstrando inexistir esse tipo de receita na empresa ou até registros do livro diário de alguns meses selecionados demonstrando essa inexistência. 5. Abertura da folha de pagamentos e RAIS da empresa demonstrando a inexistência de funcionários que exercem atividade de manutenção ou reparo de máquinas ou, caso existam, demonstração de que só atuam nas máquinas da própria empresa, ou seja, sem o objetivo de lucro ou de prestação de serviços a terceiros, o que poderia ser feito pela prova 3 ou pelo depoimento do empregado. Enfim, seriam várias as provas que poderiam ter sido produzidas pelo contribuinte. O momento processual correto para tanto é a manifestação de inconformidade, conforme Decreto 70.235/72, mas este Conselho vem aceitando, em virtude do princípio da verdade material, a apresentação de provas até que o processo seja distribuído para o Relator. Ocorre que ao longo deste processo administrativo o contribuinte não apresentou nenhuma prova para corroborar suas alegações. Como bem apontado pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento, não constam no processo sequer notas fiscais demonstrando que as atividades exercidas pelo contribuinte são outras que não manutenção e reparo de máquinas. Segundo o Decreto 70.235/72 bem como o artigo 333 do Código de Processo Civil a prova cabe a quem alega. Nesse sentido, o contribuinte apenas alega que não desenvolve a atividade de manutenção e reparo, mas não demonstra essa afirmação por nenhum documento hábil. Assim, por falta de provas do direito alegado pelo contribuinte, nego provimento ao recurso voluntário. Lavinia Moraes de Almeida Nogueira Junqueira Relatora Fl. 67DF CARF MF Emitido em 29/11/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 29/11/2011 por MARCOS RODRIG UES DE MELLO Processo nº 10840.000291/200782 Acórdão n.º 130200.498 S1C3T2 Fl. 63 5 Fl. 68DF CARF MF Emitido em 29/11/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 23/11/2011 por LAVINIA MORAES DE ALMEIDA NOGU, Assinado digitalmente em 29/11/2011 por MARCOS RODRIG UES DE MELLO
score : 1.0
Numero do processo: 13888.000657/99-11
Turma: Terceira Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Dec 08 00:00:00 UTC 2005
Data da publicação: Thu Dec 08 00:00:00 UTC 2005
Ementa: PIS. DECRETOS-LEIS NºS 2.445/88 E 2.449/88. PAGAMENTOS INDEVIDOS OU A MAIOR. DIREITO À REPETIÇÃO DO INDÉBITO. PRAZO PARA O PEDIDO E PERÍODO A REPETIR. CINCO ANOS. O direito de pleitear a repetição do indébito tributário oriundo de pagamentos indevidos ou a maior realizados com base nos Decretos-Leis nºs 2.445/88 e 2.449/88 extingue-se em cinco anos, a contar da Resolução do Senado nº 49, publicada em 10/10/1995, podendo ser repetidos os pagamentos efetuados nos cinco anos anteriores à data do pedido, caso este seja formulado em tempo hábil.
SEMESTRALIDADE. LC Nº 7/70. Ao analisar o disposto no artigo 6º, parágrafo único, da Lei Complementar nº 7/70, há de se concluir que “faturamento” representa a base de cálculo do PIS (faturamento do sexto mês anterior), inerente ao fato gerador (de natureza eminentemente temporal, que ocorre mensalmente), relativo à realização de negócios jurídicos (venda de mercadorias e prestação de serviços). A base de cálculo da contribuição em comento permaneceu incólume e em pleno vigor até a edição da MP nº 1.212/95, quando a partir dos efeitos desta (fev/96), a base de cálculo do PIS passou a ser considerado o faturamento do mês anterior.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. A atualização monetária, até 31/12/95, dos valores recolhidos indevidamente, deve ser efetuada com base nos índices constantes da tabela anexa à Norma de Execução Conjunta SRF/COSIT/COSAR nº 08, de 27/06/97, devendo incidir a Taxa SELIC a partir de 01/01/96, nos termos do art. 39, § 4º, da Lei nº 9.250/95.
Recurso provido em parte.
Numero da decisão: 203-10623
Matéria: Simples- proc. que não versem s/exigências cred.tributario
Nome do relator: Maria Teresa Martínez López
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Recorrida : DRJ em Ribeirão Preto - SP PIS. DECRETOS-LEIS N°S 2.445/88 E 2.449188. • PAGAMENTOS INDEVIDOS OU A MAIOR. DIREITO À REPETIÇÃO DO INDÉBITO. PRAZO PARA O PEDIDO E PERÍODO A REPETIR. CINCO ANOS. O direito de pleitear a repetição do indébito tributário oriundo de pagamentos indevidos ou a maior realizados com base nos Decretos-Leis ri% 2.445/88 e 2.449/88 extingue-se em cinco anos, a contar da Resolução do Senado n° 49, publicada em 10/10/1995, podendo ser repetidos os pagamentos efetuados nos cinco anos anteriores à data do pedido, caso este seja formulado em tempo hábil. SEMESTRALIDADE. LC N° 7/70. Ao analisar o disposto no artigo 60, parágrafo único, da Lei Complementar n° 7/70, há de se concluir que "faturamento" representa a base de cálculo do PIS (faturamento do sexto mês anterior), inerente ao fato gerador (de natureza eminentemente temporal, que ocorre mensalmente), relativo à realização de negócios jurídicos (venda de mercadorias e prestação de serviços). 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ACORDAM os Membros da Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, em dar provimento parcial ao recurso, nos seguintes termos: I) pelo voto de qualidade, em considerar decaídos os eventuais valores recolhidos a maior a título de PIS anteriores a 10/05/1994. Vencidos os Conselheiros Maria Teresa Martínez López (Relatora), Cesar Piantavinga, Valdemar Ludvig e Mauro Wasilewski (Suplente) que afastavam integralmente a decadência. Designado o Conselheiro Em.. uel Carlos Dantas de Assis para 1 22 CC-MF Ministério da Fazenda ta -.e r. pi. Segundo Conselho de Contribuintes Processo n° : 13888.000657/99-11 Recurso n° : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 redigir o voto vencedor; e II) por maioria de votos, para acolher a semestralidade. Vencido o Conselheiro José Adão Vitorino de Morais (Suplente). Sala das Sessões, em 08 de dezembro de 2005. Mi) ,raivieto Presiden ie00 Ernan 0 :17r wd.10 ;5. SSiS Rel "rr-Designa. Participou, ainda, do presente j gament o Conselheiro Leonardo de Andrade Couto. Ausentes, justificadamente, os Conselh• •s Silvia de Brito Oliveira e Francisco Maurício R. de Albuquerque Silva. Fnal/mdc MINISTÉRIO DA FAZENDA r Conselho de Corttribuintin CONFERE COM O ORIGINAL arnatlin C,GLJ OG visa 2 4 rt DA ACENDA CC-MFMinistério da Fazenda MB:scIS:tello°d.aaati;unufsatial4sAL ERE CCW On 00 lunG_Segundo Conselho de Contribuintes coNE Processo n° : 13888.000657/99-11 Recurso n° : 125388 Acórdão n° 203-10.623 Recorrente : CONCREMOLDE INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. RELATÓRIO Trata-se de pedido de Restituição/Compensação de valores recolhidos sob a égide dos Decretos-Leis n's 2A45 e 2.449/88 com valores devidos do SIMPLES. Por bem expor a matéria reproduzo o relatório elaborado pela autoridade de primeira instância: A contribuinte acima qualificada interpôs junto à Delegacia da Receita Federal — DRF - em Piracicaba (SP), em 10/05/1999 (ft 01), pedido de reconhecimento de direito creditdrio sobre alegados recolhimentos a maior da Con tribuição ao PIS, no valor de R$ 10.327,99, referentes a períodos de apuração compreendidos entre janeiro de 1989 e maio de 1995, conforme planilha de fls. 06/08 e Darts de fls. 16/103, solicitando compensação com débitos relativos ao Simples. Mediante despacho decisório de fls. 124/136, proferido em 30/0512001, o Delegado daquela Delegacia da Receita Federal indeferiu o requerimento pelos seguintes motivos: a) falta de comprovação do alegado indébito tributário (todos os recolhimentos teriam sido feitos com plena observância da legislação tributária); b) decurso do prazo decadencial (5 anos) para pleitear restituição em relação aos valores pagos até 10/05/1994 ( "Art. 168 do C77, Parecer PGFN/CAT N° 1.538199 e ADN (SRF) n° 096/99" ),considerando que o pedido foi formulado em 10/05/1999. Inconformada, a contribuinte apresentou, por seu procurador legalmente constituído Dr. Nelson Pedrozo da Silva Júnior, a impugnação de fis.141/168, alegando, em síntese, que: - Da decadência : - não houve a decadência do direito de pleitear a restituição/compensação conforme constou do Despacho Decisório. O entendimento atual é de se considerar que o direito de pleitear a devolução daquilo que foi pago indevidamente inicia-se no mesmo instante que o sujeito passivo da obrigação tributária passa a dispor de ação instrumentável para o fim de obter a condenação do Fisco a restituir a quantia com que haja se locupletado indevidamente. Transcrevendo ementa de acórdão do Tribunal Regional Federal da 3° Região, concluiu que a contagem do prazo "prescricional, deve ter início, na data da resolução n°49 do Senado Federal, a qual retirou da esfera jurídica os decretos 2445 e 2449 ambos de 1998."; - não sendo aceita esta tese, "nossos tribunais, tem decidido pelo prazo de 10 anos". O Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de uniformização de jurisprudência, estabeleceu que é de 10 anos esse prazo contado da ocorrência 3 ( 4 "e Ministério da Fazenda MINISTÉRIO PA f.A.Z.ENDA 21 CC-MF 2. n .bUintai Fl.Segundo Conselho de Contribuintes riCSFEr.b. COA O ORIGINAL drastista,_0 - 0,2 M G Processo n° : 13888.000657/99-11 Recurso ft' : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 VISTO do fato gerador, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento por homologação, baseando-se na correta exegese do artigo 168 do CTN. No mesmo sentido é o entendimento do jurista Paulo de Barros Carvalho: t. .Segue-se que o termo inicial de contagem do prazo de caducidade está fixado na data da extinção do crédito tributário, vale dizer, no preciso instante em que se dá a homolojação expressa ou tácita do pagamento antecipado, promovido pelo contribuinte...'; - no caso em questão, "não houve homologação expressa, mas sim a tácita, constante no §4° do mesmo artigo 150. Em outras palavras, o prazo prescricional somente começou a correr após 5 anos do efetivo pagamento". Neste sentido, a recente decisão no Resp 226I781SP; - pode-se concluir que a interpretação utilizada pela DRF em seu despacho administrativo, "além de não condizer com as decisões proferidas pelos nossos Tribunais Superiores, também não obedece a legislação em vigor"; - Da Lei Complementar n.° 7170 - a Lei Complementar n.° 7110 é clara (art." 6°, parágrafo único), e por mais que insistam as autoridades administrativas em dar interpretações diversas, "o fato é que o legislador escolheu como base de cálculo o faturamento do sexto mês anterior". Não se trata de prazo de recolhimento; - os Decretos-lei n° 2.445 e 2.449, de 1988, alteraram a base de cálculo de faturamento (do sexto mês anterior) para a receita bruta (do mês imediatamente anterior). A Lei n.° 7.691, de 15/12/1988, e a Lei n.° 7.799, de 10/07/1989, alteraram estes Decretos-lei e não a LC 7170, passando a recolher a contribuição num prazo de três meses. Estas leis trataram apenas e tão-somente de prazo de recolhimento. Várias outras leis vieram alterar o prazo de recolhimento, sem fazer qualquer menção à base de cálculo (prevista nos DL 2.445 e 2.449, de 1988). Assim, todas as modificações no prazo de recolhimento "tiveram como alvo o prazo de recolhimento constante nos Decretos-Leis considerados inconstitucionais"; - com a Resolução n° 49 do Senado Federal, e a conseqüente retirada do mundo jurídico dos citados decretos-lei, a União percebeu que a base de cálculo determinada pela LC 7170 deveria ter sido utilizada pelos contribuintes nos períodos de outubro de 1988 a setembro de 1995. Para contornar a situação, editou a MP n. • 1.212, de 28/11/1995, que foi o primeiro instrumento normativo que alterou a base de cálculo de faturamento do sexto mês anterior para faturamento do mês. Este é o entendimento da jurisprudência, consubstanciado no voto da Desembargadora Tânia Escobar, parcialmente transcrito. Embora de duvidosa constitucionalidade, somente esta MP modificou a base de cálculo prevista na LC 7170; - "Logo, todos os contribuintes têm o direito de recalcular as contribuições que pagaram de outubro de 1988 a setembro de 1995 com base na sistemática da Lei Complementar ra.° 7170 inclusive com as alterações promovidas no que se refere ao prazo de recolhimento". Com base no acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, no Resp n.° 240.938/RS, afirma ter restado claro que a base 4 iff MINISTÊRIO DA //VENDA Ministério da Fazenda r consolo e., Contribuintes 22 CC-MF if COM Fl.Segundo Conselho de Contribuintes CONFERE O ORIGINAL i• Brasília • cati nG Processo n° : 13888.000657/99-11 Recurso n° : 125388 VISTO Acórdão n° : 203-10.623 de cálculo, com base no faturamento do sexto mês anterior, permaneceu em pleno vigor até a edição da MP 1.212, de 1995. - Do Princípio da Moralidade Administrativa - a DRF tentou modificar um entendimento que já vinha sendo adotado pacificiánente pela Delegacia de Julgamento de Campinas (que considerava o prazo decadencial de 5 anos contados da data do ato que tivesse concedido ao contribuinte o efetivo direito de pleitear a restituição, com fulcro no Parecer Cosit n.° 58, de 27/10/1998). "Com isso, foi desrespeitado o princípio constitucional acima citado — bem como o princípio da moralidade, elucidado por Celso Antônio Bandeira de Mello: " '...Compreendem-se em seu âmbito ... sendo-lhe interdito qualquer comportamento astucioso, eivado de malícia, produzindo de maneira a confundir, dificultar ou minimizar o exercício de direitos por parte dos cidadãos' ..."; - Da leRitimidade do crédito da impuRnante - o crédito é legítimo, pois a impugnante, devido ao ramo de atividade que exerce, encontrava-se sujeita à cobrança do PIS, e recolheu as parcelas do tributo em conformidade com os DL 2.445 e 2.449, de 1988. - Do Pedido - requer: I) a reforma total do Despacho Decisório, para que seja realizada a compensação dos valores pagos indevidamente a título de PIS com os débitos constantes neste processo e com os vincendos; 2) sejam aceitos os cálculos apresentados pela requerente; 3) a suspensão da exigibilidade dos débitos constantes do processo, nos termos do artigo 151, IH, do CM 4) que as notcações sejam enviadas para o endereço de um dos procuradores. Por meio do Acórdão DRJ/RPO n° 2612, de 25 de outubro de 2002, os julgadores da 5 Turma de Julgamento da DRJ em Ribeirão Preto (SP), por unanimidade de votos, INDEFERIRAM a solicitação da interessada. A ementa dessa decisão possui a seguinte redação: Assunto: Outros Tributos ou Contribuições Período de apuração: 01/01/1989 a 31/05/1995 Ementa: PIS. RESTITUIÇÃO. DECADÊNCIA. O direito de pleitear restituição, seguida de compensação, de tributo ou contribuição pago a maior ou indevidamente, extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos contados da data de extinção do crédito tributário. PIS - BASE DE CÁLCULO E PRAZO DE RECOLHIMENTO. Em relação às contribuições ao PIS, o STF declarou inconstitucionais apenas os Decretos-lei n°2.445 e 2.449, ambos de 1988. Todos os demais atos legais, que estejam em consonância com a Lei Complementar n.° 07, de 1970, continuam plenamente em vigor. O vencimento das contribuições ao PIS, nos fatos geradores ocorridos a partir de 2 MriNcLoS.TF:, A:KJ:ENDA • 4.) is %.01 21CC-MF "e .5-- f„ Ministério da Fazenda ICONFEECQ ORGINALI Fi. *- Segundo Conselho de Contribuintes BroshieS p.a /0 Processo n° : 13888.000657/9941 Recurso n° : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 agosto de 1991, se dá no mês seguinte à ocorrência do fato gerador, conforme determinado na Lei n° 8.218, de 1991, e alterações posteriores. Solicitação Indeferida. Inconformada a interessada apresenta recurso aos Conselhos de Contribuintes onde repisa os argumentos apresentados anteriormente. Em apertada síntese, rebate o prazo dos 5 anos para efeito de restituir e ou compensar; e pede o reconhecimento do direito à semestralidade da base de cálculo do PIS, quando pago pelos Decretos-Leis its 2445 e 2449 ambos de 1988. Inicialmente o processo foi distribuído para o Terceiro Conselho de Contribuintes e posteriormente encaminhado ao Segundo, em razão da competência deste último. • É o relatório. .1 6 • 42, > . M Se inistério da F lho azenda Corsc:no C. • u .t; rbuintes F ". gundo Conse de Contribuintes CONFUE c.o..k o ORIGINAL 22 CC-M MINISTtR10 DA it'ENDA Brasil la,tt_d2,L11)6_. Processo n° : 13888.000657/99-11 Recurso n° : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 VOTO DA CONSELHEIRA-RELATORA MARIA TERESA MARTÍNEZ LÓPEZ VENCIDA QUANTO À DECADÊNCIA O Recurso Voluntário atende aos pressupostos genéricos de tempestividade e regularidade formal mérecendo a sua admissibilidade. A contribuinte interpôs junto à Delegacia da Receita Federal — DRF - em Piracicaba (SP), em 10/05/1999, pedido de reconhecimento de direito creditério sobre alegados recolhimentos a maior da contribuição ao PIS, referentes a períodos de apuração compreendidos entre janeiro de 1989 e maio de 1995 solicitando compensação com débitos relativos ao Simples. -.- As matérias em litígio versam sobre: I - o decurso de prazo para pleitear compensação de indébito, bem como; II - sobre a "semestralidade do PIS". Passo à análise das matérias: PRAZO DE RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO No caso em análise, verifica-se que a decisão recorrida deixou de autorizar a compensação pleiteada por concluir que a contribuinte não era credora da Fazenda Nacional, considerando o não reconhecimento da semestral idade do PIS e que, em razão de entendimento contido no Ato Declaratório SRF n° 96, de 26/11/1999, já havia sido extinto o direito de a contribuinte pleitear os créditos que pretende sejam compensados. O cerne consiste em se determinar, primeiramente, qual é o prazo que o contribuinte possui para pleitear a devolução de quantias pagas indevidamente. Sobre a matéria, reconheço existir divergências nesta Câmara proveniente de alterações ocorridas no âmbito da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Filio-me à atual corrente doutrinária e jurisprudencial dos 10 anos, retroativos ao pedido formulado pela interessada. Admito ter adotado entendimento diverso, com fundamento em uma das correntes do STJ conforme julgamento ocorrido no EREsp. n° 42.720. 1 Nesse julgado, o Ministro Relator, citando Hugo de Brito Machado, argumentou: "A presunção de constitucionalidade das leis não permite que se (firme a existência do direito à restituição do indébito, antes de declarada a inconstitucionalidade da lei em que se funda a cobrança do tributo. (...) Não é razoável considerar-se que ocorreu inércia do contribuinte que não quis enfrentar a questão da constitucionalidade. Ele aceitou a lei, fundado na presunção de constitucionalidade desta. (...) Urna vez declarada a inconstitucionalidade, surge, então para o contribuinte, o direito à repetição, afastada que fica aquela presunção 'Relator Ministro Humberto Gomes de Barros, DJU de 17/04/1995 7 ( MINISTÉRIO • • _ 2° Cor.1 h:. Ministério da Fazenda CC-MF••• :.1-Vtrr: CONFERE 5.;;;',? Ca:GINALt. tikt.r Segundo Conselho de Contribuintes Breallia, 1.22_1.25 Fl. _ Processo n° : 13888.000657/99-11 Recurso n° : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 Destarte, no passado, defendi não ser razoável considerar-se que ocorreu inércia do contribuinte que não quis enfrentar a questão da constitucionalidade. O contribuinte aceitou a lei, fundado na presunção de constitucionalidade desta. Uma vez que a jurisprudência é mansa e pacífica, surge, então, para o contribuinte, o direito à repetição, afastada que fica aquela presunção. Declarada, assim, pelo Superior Tribunal de Justiça, a inconstitucionalidade material da norma legal em tjue fundada a exigência da natureza tributária, segue-se o direito do contribuinte à repetição do que pagou (Código Tributário Nacional, art. 165), independente do exercício financeiro em que tenha ocorrido o pagamento indevido. Atualmente, revejo a posição adotada no passado, fruto do novo e consolidado entendimento do STJ. No entanto, para melhor reflexão do meu posicionamento atual, peço vênia para trazer aos meus pares, resumo das alterações ocorridas no tempo. Assim, ao longo dos últimos anos, algumas correntes se firmaram no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, a quem cabe a uniformização da interpretação das leis. A primeira corrente, sustentada por alguns renomados doutrinadores 2 , afirma que o prazo para se pleitear a repetição do indébito seria de 05 anos contados da extinção do crédito tributário (art. 168 do CTN), no entanto, para esta corrente, a extinção do crédito tributário se daria com o efetivo pagamento. A segunda corrente), sustenta que realmente o termo inicial para contagem do prazo decadencial seria da extinção do crédito tributário. Todavia, nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, a extinção do crédito tributário sempre se dá com a homologação tácita, ou seja, após o decurso de 05 anos da ocorrência do fato gerador (art. 150, § zr, do CTN.). Essa segunda corrente ficou conhecida como a "tese dos dez anos", haja vista que a Fazenda Pública nunca homologa expressamente o pagamento efetuado pelo contribuinte. Considerando-se, assim, extinto o crédito tributário cinco anos após ocorrido o seu fato gerador (homologação tácita). Sendo assim, o prazo de cinco anos para exercer o direito de pedir a restituição tem como dies a quo justamente o dies ad quem da Fazenda Pública para homologar o crédito restituendo. A fiscalização, por seu turno, com fundamento em parte, na minoritária doutrina, procurou fazer prevalecer a chamada "tese dos cinco anos", inclusive para os casos de lançamento por homologação. E, nessa persiste atualmente. Inicialmente, o Superior Tribunal de Justiça, adotou a tese fazendária, conforme podemos extrair do seguinte julgado: TRIBUTÁRIO - REPETIÇÃO DE INDÉBITO - IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - PARCELAS INDENIZATÓRIAS - PRESCRIÇÃO - TERMO "A QUO" - PRECEDENTES DE AMBAS AS TURMAS DE DIREITO PÚBLICO. O prazo prescricional para restituição de parcelas indevidamente cobradas a título de imposto de renda é de cinco anos, contados da extinção do crédito tributário, isto é, de cada retenção na fonte. Embargos de divergência acolhidos. (Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS. EREsp n° 258.161/DF. i • Seção. DJ de 03/09/2001) 2 Alberto Xavier e Marco Aurélio Greco. 3 sustentada pelo professor Sacha Calmon Navarro Coelho e Paulo de Barros Carvalho. f 8 MINISTÉRIO DAENDA ° COrWe,10 C.ItitrIbuInteaCONFERE COM o u^ RIGNAL CC-MF4 artir Ministério da Fazenda 2 teliN 't,' Segundo Conselho de Contribuintes '1; ittft,k Brasilia,a/ 1121 Processo n° : 13888.000657/99-11 Recurso n° : 125.388 VISTO Acórdão n° : 203-10.623 Contudo, a jurisprudência do Colendo Tribunal, não se manteve no sentido do acórdão acima, passando a adotar a "tese dos dez anos", conforme exemplo a seguir: PROCESSUAL CML E TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. DECADÊNCIA. RECURSO ESPECIAL NEGATIVA COM BASE NA JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DESTE STJ. AGRAVO REGIMENTAL SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS. IMPROVIMENTO. Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, a contagem do prazo decadencial se inicia após o decurso de cinco anos da ocorrência do fato gerador, somados mais cinco anos na hipótese de homologação tácita. Negado seguimento ao recurso especial, porque a tese recursal é contrária à jurisprudência consagrada pelo STJ, se subsiste íntegro tal fundamento, não cabe prover agravo regimental para reformar o decisum impugnado. Agravo improvido. (AgREsp 413943 Rel. Min. GAROA VIEIRA, DM de 24/06/2002, pág. 00217) Posteriormente, uma terceira corrente surgiu dentro do STJ, fixando novo termo inicial para a ação de repetição do indébito tributário, ent, casos de controle de constitucionalidade. Por esta corrente, passou-se a adotar o seguinte: i) no caso de tributo declarado inconstitucional via controle difuso (RE), o termo inicial é a data da publicação da Resolução do Senado retirando a norma do mundo jurídico; ii) no caso de controle concentrado (ADIN), o marco inicial é a data do trânsito em julgado da ação direta. A Seção de Direito Público do Superior Tribunal de Justiça (No julgamento do EREsp. n° 42.720-5 - Relator Ministro Humberto Gomes de Barros, DJU de 17/04/1995), passou ao entendimento acima exposto. Nesse entendimento, a inconstitucionalidade declarada pela Excelsa Corte mediante o controle direto ou concentrado tem eficácia erga omnes. O controle difuso, no entanto, opera efeitos apenas inter partes, mas, uma vez suspensa a eficácia da norma pelo Senado Federal, ocorre a retirada da 'norma do sistema, produzindo os efeitos da declaração de inconstitucionalidade em controle concentrado. Para as hipóteses restritas de devolução do tributo indevido, por fulminado de inconstitucionalidade, o dies a quo para a contagem do prazo para repetição do indébito pelo contribuinte deve ser o trânsito em julgado da declaração de inconstitucionalidade, pela Excelsa Corte, em controle concentrado de constitucionalidade, ou a publicação da Resolução do Senado Federal, caso a declaração de inconstitucionalidade tenha se dado em controle difuso de constitucionalidade. Pela corrente acima, adotada anteriormente pelo STJ, nos casos de declaração de inconstitucionalidade, seria possível a repetição de todos os valores pagos indevidamente, com efeitos a tunc. 4 E nesse sentido, a exemplo de várias decisões dos Conselhos de Contribuintes é que reconheço ter me filiado por um longo período. 4 Veja-se RESP 543502/MG, órgão Julgador: PRIMEIRA TURMA, Data da decisão: 20/11/03, DJ DATA: 16/02/2004- Relator- LUIZ FUX. 9 Ministério da Fazenda MINISTÉRIO DA FAZENDA 2a CC-MF 2° Cor m ,) f.,, n .1r;buinteaSegundo Conselho de Contribuintes COMFERIt COM D:iifiGINAL O G Processo n° : 13888.000657199-11 Braslua 091 0,2 Recurso n° : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 VISTOC4 Todavia, quando o STJ parecia ter encontrado uma solução, adotando conjuntamente a "tese dos dez anos" com a "tese das declarações de inconstitucionalidade", a Primeira Seção do Tribunal, no julgamento do ERESP 435835, decidiu aplicar a regra geral dos "cinco mais cinco" nos casos de tributos sujeitos ao chamado lançamento por homologação. Veja-se: RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. COIVTRIBUIÇÃO SOCIAL INCIDElVTE SOBRE A REMUNERAÇÃO DE ADMINISTRADORES AUTÔNOMOS E AVULSOS. RESTITUIÇÃO. NÃO-OCORRÊNCIA. DISSÍDIO PRETORIANO. SÚMULA N. 83/STJ. PRESCRIÇÃO. VIOLAÇÃO DO ART. 475 DO CPC. SÚMULA N. 284/STF. 1. A Primeira Seção desta Cone, no julgamento dos Embargos de Divergência no Recurso Especial n. 435.835-SC (relator para o acórdão Ministro José Delgado), firmou o entendimento de que, na hipótese de tributo sujeito a lançamento por homologação, o prazo para a propositura da ação de repetição de indébito é de 10 (dez) anos a contar do fato gerador, se a homologação for tácita (tese dos "cinjo mais cinco"), e, de 5 (cinco) anos a contar da homologação, se esta for expressa. 2. "Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida" (Súmula n. 83/STJ). 3. Aplica-se o óbice previsto na Súmula n. 2845TF na hipótese em que o recorrente não demonstra as razões pela qual o dispositivo legal mencionado foi contrariado. 4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa pane, não provido. (RESP 6594I8/RS, Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data do Julgamento 16/09/2004, DJ 25/10/2004). E, nesse entendimento de se adotar uma única regra, vem se posicionando atualmente o Superior Tribunal de Justiça. Portanto, a jurisprudência anterior, firmada no final de 2003, admitia a contagem do prazo a partir do trânsito em julgado da declaração de inconstitucionalidade de lei pelo Supremo Tribunal Federal (controle concentrado) ou a partir de resolução editada pelo Senado Federal. Esse posicionamento, no entanto, segundo palavras do Ministro João Otávio de Noronha, gerava embaraço e desconforto nos julgamentos, razão pela qual a maioria dos ministros resolveu revisar o posicionamento a favor da tese dos "cinco mais cinco". A adoção da regra geral dos "cinco mais cinco", segundo o eminente ministro, visa conferir mais segurança à prática tributária. Essa tese, sem dúvida, é menos suscetível às inseguranças do mundo jurídico e é o que melhor se harmoniza com o perfil dúplice do controle judicial de constitucionalidade das normas, adotado pelo ordenamento jurídico pátrio. De fato, os contribuintes não podem ficar à espera de que uma eventual resolução do Senado seja publicada, resolução esta que sequer poderá acontecer. Ademais, permitir que uma decisão inter partes passe a repercutir de maneira geral é o mesmo que estender o limite da coisa julgada para além dos quadrantes do processo, 10, • MINISTÉR10 o IAZENDA • r Con.,e,no .10bulnles CC-MF Segundo Conselho de Contribuintes Ministério da Fazenda CONFE'ilE A 1 r‘..;d2, O C,RIGINALt EL12:2_ Processo n° : 13888.000657/99-11 VISTO Recurso n° : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 No mais, feitas as considerações iniciais, considerando que a semestralidade da base de cálculo, devida até o período de fevereiro de 1996 ser matéria já pacífica nesta Terceira Câmara, na esteira de decisões do Superior Tribunal de Justiça e da Câmara Superior de Recursos Fiscais', deixo de tecer maiores comentários, devendo ser o crédito apurado pelo contribuinte, pelo critério do parágrafo único do art. 6° da LC n° 7/70. CONCLUSÃO Tendo em vista que o pedido foi formulado em 10/05/1999, relativo aos períodos entre janeiro de 1989 e maio de 1995, manifesto o meu voto no sentido de: I- afastar a decadência. II- reconhecer o direito ao recálculo de seu crédito segundo o critério do parágrafo único do art. 6° da LC n° 7/70 - semestralidade da base de cálculo, sem a atualização monetária. Crédito este atualizado posteriormente com base nos índices constantes da tabela anexa à Norma de Execução Conjunta SRF/COSIT/COSAR n° 08, de 27/06/97, devendo incidir a Taxa SELIC a partir de 01/01/96, nos termos do art. 39, § 4, da Lei n°9.250/95. Por oportuno, a compensação, no entanto, fica condicionada à verificação da documentação comprobatória da legitimidade de tais créditos (DARFS anexos aos autos), que possam assegurar certeza e liquidez, cabendo ao órgão local da SRF verificar a legitimidade dos mesmos e proceder a conferência dos valores envolvidos. Enfim, diante de todo o acima exposto, voto no sentido de dar provimento ao recurso. Sala das Sessões, em 08 de dezembro de 2005. MARIA TERES ARTÍNEZ LOPEZ ' Cl'. STJ, Primeira Seção, Resp n2 144.708, rel. Ministra Eliana Calmon, julgado em 29/05/2001. Quanto à CSRF, dentre outros, cf. acórdãos Ws CSRF/02-01.570, julgado em 27/01/2004, unânime; CSRF/02- 01.186, julgado em 16/09/2002, unânime; e CSRF/01-04.415, julgado em 24/02/2003, maioria. 12 . MINISTER:c rA ,..ZENDA, CC-MFMinistério da Fazenda 1 r coas.: . 'abilintet Segundo Conselho de Contribuintes CONFER". ) O CARIGINAL Fl. Brasilia, (ft OjrjPP Processo n° : 13888.000657/9941 Recurso n° : 125.388 VISTO Acórdão n° : 203-10.623 VOTO DO CONSELHEIRO EMANUEL CARLOS DANTAS DE ASSIS DESIGNADO QUANTO À DECADÊNCIA A divergência com o voto da admirada relatora prende-se ao período a repetir na situação posta, em que o pedido à Restituição/Compensação foi protocolizado em tempo hábil. Reconhecendo a controvérsia que o tema envolve, inclusive nesta Terceira Câmara, entendo que o prazo para requerer a repetição do indébito oriundo dos pagamentos indevidos ou a maior com base nos Decretos-Leis n as 2.445/88 e 2.449/88 é de cinco anos, contados a partir da publicação da Resolução do Senado n° 49, publicada em 10/10/1995. A jurisprudência deste Conselho de Contribuintes possui inúmeros acórdãos neste sentido, inclusive da Câmara Superior de Recursos Fiscais, que acompanho levando em conta que a recorrente não teve ação judicial que lhe reconheceu o direito à restituição ou compensação antes de 10/10/95. Quanto ao período a repetir, abrange somente os cinco anos anteriores à data do pedido, contanto que este seja formulado em tempo hábil, ou seja, até 10110/2000. No caso em tela, em que o Pedido de Restituição/Compensação foi protocolizado em 10/05/1999, não há que se falar em prescrição da ação judicial para repetir o indébito, tampouco da decadência para o pedido de repetição, nesta via administrativa. Adoto o entendimento expresso no Acórdão abaixo do STJ, embora atualmente esse tribunal já tenha alterado sua jurisprudência. Observe-se: PROCESSUAL CIVIL TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMEIVTAL PIS. DECRETOS-LEI 2.445/88 E 2.449/88. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL LC N° 700. BASE DE CÁLCULO. SEMESTRALIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA.IMPOSSIBILIDADE. I. Não cabe a este Tribunal proceder ao exame de violações à Constituição pela via estreita do recurso especial. 2. Esta Corte já pacificou o entendimento no sentido de que o termo a quo do lapso prescricional para pleitear a restituição dos valores recolhidos indevidamente a título de PIS é o da Resolução do Senado que suspendeu a execução dos Decretos-Lei n° 2.445/88 e 2449188, declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal através do controle difuso. 3. Enquanto não ocorrido o respectivo fato gerador do tributo, não estará sujeita à correção monetária a base de cálculo do PIS apurada na forma da LC 0700. Entendimento consagrado pela 1° Seção do SI!. 4.Agravo regimental improvido. (Negrito ausente no origina». (STJ, 2' Turma, AgRg no REsp n° 449.019/PR, Rel. Min. João Otávio Noronha, Julgado à unanimidade em 20/05/03, DM de 09/06/03). 13 .. • Ministério da Fazenda 212 CC-MF Fl.'2 /P:,:•-f .K..5- Segundo Conselho de Contribuintes C"Orprn 4 earr: clo:d 43:. ,CA:: 1. tiál n: a Liti Dit 4sAA) . ';?.:1;51;tz i BreSlii8,S-0-241 Processo no : 13888.000657/99-11 ----------çigiirt- Recurso no : 125388 Acórdão n" : 203-10.623 Mais recentemente o STJ passou a interpretar que o prazo para repetição do indébito, na hipótese de lançamento por homologação, é de dez anos a contar do pagamento indevido, independentemente da origem do indébito ser inconstitucionalidade de lei. Não considero que o prazo para repetição do indébito no caso dos dois Decretos- Leis, na via administrativa, começa a contar de 04/03/94, data da publicação do Recurso Extraordinário n° 148.754 — no qual o STF declarou inconstitucionais os referidos Decretos-Leis - porque, como é cediço, os efeitos da decisão em sede dessa espécie recursal não são erga omnes, só se aplicando às partes. Daí que não se pode afirmar ter nascido naquela data, para a recorrente, o direito à repetição do indébito, na seara administrativa. Por outro lado, como o prazo prescricional somente conta a partir do momento em que o direito à ação pode ser exercido (princípio da actio nata: a prescrição corre do ato a partir do qual se origina a ação), descabe, data venia, considerar aquela data, também no caso de ação judicial. Tampouco considero o início do prazo para saicitação da restituição ou compensação na data da publicação da MP n° 1.110, de 31/08/95 - cujo art. 17, VIII, dispensou a constituição de créditos, bem como a inscrição na dívida, no caso do PIS em questão. É que o ,§ 2° do art. 17 da MP n° 1.110/95 ressalvou que tal dispensa não implicava em restituição de quantias pagas. Assim, embora anterior à Resolução do Senado n° , 49/95, referida MP não permitia a restituição. Daí o direito à repetição de indébito não ter nascido, ainda, na data da MP n° 1.110, que depois de reedições foi convertida na Lei n° 10.522, de 19/07/2002. Somente na reedição sob o n° 1.621-36, de 10.06.98, é que o §. 2° do dispositivo legal referido, agora renumerado como art. 18, teve sua redação alterada para informar que a dispensa da constituição do crédito ou da inscrição na dívida ativa não implicava em restituição ex officio, apenas. Ou seja, a partir da Ml' n° 1.621-36, quando solicitada a restituição deveria ser deferida. Esclarecido porque compreendo que o prazo para a restituição ou compensação dos indébitos oriundos dos malsinados Decretos-Leis começa a contar da publicação da Resolução do Senado n°49/95, sublinho que a recorrente não possui ação judicial autorizativa de repetição do indébito em questão, e que o Pedido de Restituição/Compensação foi protocolizado em tempo hábil. Dessarte, cabe restituir, após verificação por parte da Secretaria da Receita Federal, os pagamentos comprovadamente realizados a maior no período dos cinco anos imediatamente anteriores à data do Pedido. Ou seja, a repetição do indébito abrange os recolhimentos efetuados a partir de 10/05/1994. Escorado em julgamentos do STF (RE n° 136.8831R.1, 2' Turma), do STJ (REsp. n° 332.368-MG, da 2' Turma) e dos Conselhos de Contribuintes (a exemplo do Acórdão n° 106- 14.325, Recurso n° 138.919, julgado em 11/11/2004), já votei no sentido de que todos os 'Número do Recurso: 138919 Câmara: SEXTA CÂMARA Número do Processo: 10930.003667/2001-14 Tipo do Recurso: VOLUNTÁRIO Matéria: IRF/ILL Recorrente: MACSOL MANUFATURA DE CAFÉ SOLÚVEL LTDA. 414 -,s2ENOA MINISTÉRID DA, r ; imas CC-MF V, Ministério da Fazenda Eite C ^2fr Segundo Conselho de Contribuintes Ca02:atIsCF:nalatito:(1:7j25_3"1 `,.CtPt Processo n° : 13888.000657199-11 Recurso n° : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 recolhimentos indevidos poderiam ser repetidos, independentemente da data do recolhimento, contanto que o pedido de restituição ou compensação fosse formulado até cinco anos após a publicação da Resolução do Senado n° 49/95. Todavia, após estudar melhor a matéria, reformulo o meu entendimento, diferenciando a situação em que a declaração de incon.stitucionalidade é proferida em sede do controle concentrado ou abstrato - ação direta de inconstitucionalidade (ADI), ação declaratória de constitucionalidade (ADC) e argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) daquela em que a inconstitucionalidade é tratada na via difusa ou incidental. É que no controle concentrado a instabilidade jurídica decorrente dos efeitos ex tune da decretação de inconstitucionalidade pode ser mitigada pelo STF, como informam os arts. 27 da Lei n° 9.868,8 de 10/11/99 (que dispõe sobre a ADI e a ADC) e 11 da Lei n° 9.882, 8 de Recorrida/Interessado: 1' TURMA/DRJ-CURITIBA/PR Data da Sessão: 11/11/2004 01:00:00 Relator: Ana Neyle Olímpio Holanda Decisão:Acórdão 106-14325 Resultado: OUTROS — OUTROS Texto da Decisão: Por unanimidade de votos. RECONHECER a legitimidade. AFASTAR a decadência do direito e DETERMINAR a remessa dos autos à DRF de origem para análise do pedido. Ementa: IMPOSTO SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - RESTITUIÇÃO DE VALORES REFERENTES AO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - PRAZO DECADENCIAL - Em caso de conflito quanto à inconstitucionalidade da exação tributária, o termo inicial para contagem do prazo decadencial do direito de pleitear a restituição de tributo pago indevidamente inicia-se: da publicação do acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal em ADIN: da Resolução do Senado que confere efeito erga omnes à decisão proferida inter partes em processo que reconhece inconstitucionalidade de tributo ou da publicação de ato administrativo que reconhece caráter indevido de exação tributária (CSRF/01-03 239). Se o indébito se exterioriza a partir da declaração de inconstitucionalidade das normas instituidoras do tributo, surge para o contribuinte o direito à sua repetição, independentemente do exercício financeiro em que se deu o pagamento indevido (Entendimento baseado no RE no 141.331-0, Rel. Min. Francisco Rezek). Na espécie, trata-se de direito creditório decorrente da retirada do dispositivo do artigo 35 da Lei n° 7.713, de 1988, no que diz respeito à expressão "o acionista", do ordenamento jurídico brasileiro pela Resolução no 82, do Senado Federal, publicada no DOU de 19/11/1996. Assim. em se tratando de sociedades por ação, para que não seja atingido pela decadência, o pedido de reconhecimento do direito creditório deve ter sido apresentado até cinco anos contados da data da publicação da referida Resolução do Senado Federal. LEGITIMIDADE PARA PLEITEAR A RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO - Relevante para a espécie que o tributo tenha sido recolhido pela requerente e que a cobrança da exação tenha sido dada por indevida, pelo STF, com a confirmação do Senado Federal. Comprovado que o pagamento do tributo se deu em nome da empresa, o que denota ter esta arcado com o ônus do seu recolhimento, e que incidiu sobre o lucro líquido total apurado em 31/12/1989. Legitimidade reconhecida. Decadência afastada. Lei n° 9.868/99: "Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado." 9 Lei n° 9.882/99: "Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outr • ento que venha a 15 • Ry 52 ff:?.ENDA Ministério da Fazenda jC3tFK COZ O ORIGINAL 2•CC-MF Fl.'":" is 77---%; 4" Segundo Conselho de Contribuintes Braelzaj eDot i o G Processo n° : 13888.000657/99-11 VISTO -3e: Recurso n° : 125388 Acórdão n° : 203-10.623 03/12/99 (que trata da ADPF). Assim, em vez de se permitir a restituição de todos os recolhimentos, por mais antigos que sejam, o STF pode restringir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, de modo a privilegiar a segurança jurídica. Diferentemente ocorre no controle difuso, em sede do qual inexiste a previsão para restrição quanta.aos efeitos ex tunc da inconstitucionalidade. A nulidade com efeitos ex tune, inicialmente com validade somente para as partes, após a resolução senatorial são estendidos a todos (efeitos erga omnes). Neste caso, manter os efeitos ex tunc pode causar enorme insegurança jurídica. Por isto a necessidade de considerar a decadência, com o objetivo de dar eficácia ao princípio da segurança jurídica. No controle concentrado zelar pela segurança jurídica fica a cargo do próprio STF; no difuso, é função da decadência. Neste ponto cabe mencionar que o Supremo Tribunal Federal também possui decisões no sentido de que a declaração de inconstitucionalidade não influi na contagem do prazo prescricional, conforme demonstra o RE 57.310-PB, de 09/10/94, verbis: Recurso Extraordinário não conhecido — A declaração de inconstitucionalidade da lei importa em tornar sem efeito tudo quanto se fez à sua sombra— Declarada inválida uma lei tributária, a conseqüência é a restituição das contribuições arrecadadas, salvo naturalmente as atingidas pela prescrição. (Negrito ausente no original). Doutrinariamente, ensinamentos constantes da obra Mandado de Segurança, de Hely Lopes Meirelles, Malheiros, 24' edição, 2002, atualizada por Amoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, também informam o seguinte, às páginas 373/374: Embora a ordem jurídica brasileira não contenha regra expressa sobre o assunto e se aceite, genericamente, a idéia de que o ato fundado em lei inconstitucional está eivado, igualmente, de iliceidade, concede-se proteção ao ato singular, procedendo-se à diferenciação entre o efeito da decisão no plano normativo e no plano do ato singular mediante a utilização das fórmulas de preclusão. Os atos praticados com base em lei inconstitucional que não mais se afigurem suscetíveis de revisão não são afetados pela declaração de inconstitucionalidade. Em outros termos, somente serão afetados pela declaração de inconstitucionalidade com eficácia geral os atos ainda suscetíveis de revisão ou impugnação. Importa, portanto, assinalar que a eficácia erga omites da declaração de inconstitucionalidade não opera uma depuração total do ordenamento jurídico. Ela cria, porém, as condições para eliminação dos atos singulares suscetíveis de revisão ou impugnação. No caso do PIS, a preclusão para repetição do indébito, regra geral, ocorre cinco anos após a extinção do crédito tributário. Sendo um tributo sujeito ao lançamento por homologação, em que o contribuinte se obriga ao recolhimento do tributo antecipadamente, antes do lançamento a cargo da administração tributária, o prazo para a restituição é dado pelo art. 168, I, combinado com o arts. 165, I, e 156, VII, todos do CTN. Ou seja: 05 (cinco) anos, a contar do pagamento indevido. Referidos artigos estabelecem a regra geral, segundo a qual finda em cinco anos, a contar da extinção do crédito tributário, o prazo para solicitação de repetição de indébito advinda ser fixada?' 16 • CC-MFMinistério da Fazenda g . 9.zrf-.7:1-75?‹ Segundo Conselho de Contribuintes Processo n° : 13888.000657/99-11 Recurso n° : 125.388 Acórdão n° : 203-10.623 de pagamento indevido ou a maior. Esse prazo deve imperar inclusive no caso de inconstitucionalidade decretada por meio do controle difuso, de modo a impedir a repetição de valores recolhidos no período anterior ao intervalo dos cinco anos que antecede o pedido. Somente na hipótese de inconstitucionalidade proferida em sede do controle concentrado, quando o STF pode restringir os efeitos eX tunc da nulidade declarada, entendo deva ser excetuada a regra geral, de forma a permitir a repetição de todo o período, a não ser que o Tribunal diga o contrário. Quando a inconstitucionalidade for declarada em sede do controle concentrado, e o STF não tiver restringido os seus efeitos ex tunc, todos os pagamentos indevidos podem ser restituídos, contanto que o pedido de repetição do indébito seja formulado no prazo de cinco anos a contar da publicação do acórdão; quando declarada por meio do controle difuso, como se deu no PIS em questão, somente podem ser repetidos os pagamentos que ocorreram no interstício dos cinco anos imediatamente anteriores à data do pedido, neste caso com obediência aos artigos do CTN, mencionados acima. Destarte, na situação em tela, em que o Pedido de Compensação foi formulado em 10/05/1999, está atingido pela decadência o direito à repetição do indébito referente aos recolhimentos efetuados antes de 10/05/1994. Sala das Sessões, em 08 de dezembro de 2005. • EMANUEL CAR tirE ASSIS MINISTÉRIO DA FAZENDA r Corul-2 c!,; Ccritribuintss CONFERE GSM O ORIGINAL Brasília JJ 1 1 ooi O@ VISTO- • • 17 Page 1 _0011100.PDF Page 1 _0011200.PDF Page 1 _0011300.PDF Page 1 _0011400.PDF Page 1 _0011500.PDF Page 1 _0011600.PDF Page 1 _0011700.PDF Page 1 _0011800.PDF Page 1 _0011900.PDF Page 1 _0012000.PDF Page 1 _0012100.PDF Page 1 _0012200.PDF Page 1 _0012300.PDF Page 1 _0012400.PDF Page 1 _0012500.PDF Page 1
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