Busca Facetada
Turma Camara- Segunda Câmara (115)
- 2015 (115)
- albuquerque (115)
- alves (115)
- barbieri (115)
- castro (115)
- charles (115)
- colegiado (115)
- conselheiros (115)
- da (115)
- de (115)
- do (115)
- e (115)
- eduardo (115)
- em (115)
- garrossino (115)
- julgamento (115)
Numero do processo: 10283.909683/2009-33
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005
DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM.
Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.550
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente
Charles Mayer de Castro Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201502
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10283.909683/2009-33
anomes_publicacao_s : 201503
conteudo_id_s : 5446625
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.550
nome_arquivo_s : Decisao_10283909683200933.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10283909683200933_5446625.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
id : 5877826
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:38:48 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047703012769792
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2039; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 394 1 393 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10283.909683/200933 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.550 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 25 de fevereiro de 2015 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 90 96 83 /2 00 9- 33 Fl. 394DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA 2 Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de compensação de débitos próprios com crédito oriundo de pagamento a maior de Imposto de Importação – II e de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, com origem no período de 08/05/2001 a 12/12/2005. A compensação não foi homologada, ao fundamento de que o DARF a indicado no PER/DCOMP não foi localizado nos sistemas da Receita Federal. Alegado pela contribuinte o cometimento de um equívoco no preenchimento do DARF, os autos foram baixados em diligência pela DRJ, quando se constatou que o presente processo é conexo ao de nº 10283.007613/200604, por meio do qual se requereu a restituição do crédito que se pretende compensar. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza julgou improcedente a manifestação de inconformidade, sob o argumento de inexistência do direito creditório objeto do processo nº 10283.007613/200604. No prazo legal, a contribuinte apresentou recurso voluntário, cujas razões de defesa não serão relatadas em vista do que se passa a expor no voto. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP objetivando a compensação de débito próprio com crédito oriundo de pagamento indevido de II e de IPI vinculado que são objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604. Como o direito à restituição foi negado, também aqui negouse o direito à compensação. Contudo, nesta mesma sessão de julgamento consideraramse indevidas as razões adotadas pela DRF de origem, e mantidas pela instância de piso, para denegar o pedido de restituição, motivo pelo qual determinouse que os autos do processo administrativo n.º 10283.007613/200604 devem retornar à DRF para que, ultrapassada a questão decidida no julgamento, estime os valores a serem restituídos. Fl. 395DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10283.909683/200933 Acórdão n.º 3202001.550 S3C2T2 Fl. 395 3 Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para que a DRF de origem, após a análise do direito creditório objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604, profira nova decisão quanto ao pedido de compensação. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 396DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10283.900009/2010-27
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005
DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM.
Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.498
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente
Charles Mayer de Castro Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201502
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10283.900009/2010-27
anomes_publicacao_s : 201503
conteudo_id_s : 5446710
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.498
nome_arquivo_s : Decisao_10283900009201027.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10283900009201027_5446710.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
id : 5878451
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:38:51 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047703018012672
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2039; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 346 1 345 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10283.900009/201027 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.498 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 25 de fevereiro de 2015 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 90 00 09 /2 01 0- 27 Fl. 346DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA 2 Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de compensação de débitos próprios com crédito oriundo de pagamento a maior de Imposto de Importação – II e de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, com origem no período de 08/05/2001 a 12/12/2005. A compensação não foi homologada, ao fundamento de que o DARF a indicado no PER/DCOMP não foi localizado nos sistemas da Receita Federal. Alegado pela contribuinte o cometimento de um equívoco no preenchimento do DARF, os autos foram baixados em diligência pela DRJ, quando se constatou que o presente processo é conexo ao de nº 10283.007613/200604, por meio do qual se requereu a restituição do crédito que se pretende compensar. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza julgou improcedente a manifestação de inconformidade, sob o argumento de inexistência do direito creditório objeto do processo nº 10283.007613/200604. No prazo legal, a contribuinte apresentou recurso voluntário, cujas razões de defesa não serão relatadas em vista do que se passa a expor no voto. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP objetivando a compensação de débito próprio com crédito oriundo de pagamento indevido de II e de IPI vinculado que são objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604. Como o direito à restituição foi negado, também aqui negouse o direito à compensação. Contudo, nesta mesma sessão de julgamento consideraramse indevidas as razões adotadas pela DRF de origem, e mantidas pela instância de piso, para denegar o pedido de restituição, motivo pelo qual determinouse que os autos do processo administrativo n.º 10283.007613/200604 devem retornar à DRF para que, ultrapassada a questão decidida no julgamento, estime os valores a serem restituídos. Fl. 347DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10283.900009/201027 Acórdão n.º 3202001.498 S3C2T2 Fl. 347 3 Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para que a DRF de origem, após a análise do direito creditório objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604, profira nova decisão quanto ao pedido de compensação. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 348DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10283.909715/2009-09
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005
DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM.
Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.574
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente
Charles Mayer de Castro Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201502
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10283.909715/2009-09
anomes_publicacao_s : 201503
conteudo_id_s : 5446649
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.574
nome_arquivo_s : Decisao_10283909715200909.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10283909715200909_5446649.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
id : 5877912
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:38:49 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047704017305600
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2039; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 380 1 379 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10283.909715/200909 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.574 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 25 de fevereiro de 2015 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 90 97 15 /2 00 9- 09 Fl. 380DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA 2 Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de compensação de débitos próprios com crédito oriundo de pagamento a maior de Imposto de Importação – II e de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, com origem no período de 08/05/2001 a 12/12/2005. A compensação não foi homologada, ao fundamento de que o DARF a indicado no PER/DCOMP não foi localizado nos sistemas da Receita Federal. Alegado pela contribuinte o cometimento de um equívoco no preenchimento do DARF, os autos foram baixados em diligência pela DRJ, quando se constatou que o presente processo é conexo ao de nº 10283.007613/200604, por meio do qual se requereu a restituição do crédito que se pretende compensar. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza julgou improcedente a manifestação de inconformidade, sob o argumento de inexistência do direito creditório objeto do processo nº 10283.007613/200604. No prazo legal, a contribuinte apresentou recurso voluntário, cujas razões de defesa não serão relatadas em vista do que se passa a expor no voto. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP objetivando a compensação de débito próprio com crédito oriundo de pagamento indevido de II e de IPI vinculado que são objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604. Como o direito à restituição foi negado, também aqui negouse o direito à compensação. Contudo, nesta mesma sessão de julgamento consideraramse indevidas as razões adotadas pela DRF de origem, e mantidas pela instância de piso, para denegar o pedido de restituição, motivo pelo qual determinouse que os autos do processo administrativo n.º 10283.007613/200604 devem retornar à DRF para que, ultrapassada a questão decidida no julgamento, estime os valores a serem restituídos. Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para que a DRF de origem, após a análise do direito creditório objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604, profira nova decisão quanto ao pedido de compensação. Fl. 381DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10283.909715/200909 Acórdão n.º 3202001.574 S3C2T2 Fl. 381 3 É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 382DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10283.909676/2009-31
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005
DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM.
Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.544
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente
Charles Mayer de Castro Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201502
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10283.909676/2009-31
anomes_publicacao_s : 201503
conteudo_id_s : 5446619
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.544
nome_arquivo_s : Decisao_10283909676200931.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10283909676200931_5446619.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
id : 5877792
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:38:48 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047704098045952
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2039; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 388 1 387 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10283.909676/200931 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.544 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 25 de fevereiro de 2015 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 90 96 76 /2 00 9- 31 Fl. 388DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA 2 Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de compensação de débitos próprios com crédito oriundo de pagamento a maior de Imposto de Importação – II e de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, com origem no período de 08/05/2001 a 12/12/2005. A compensação não foi homologada, ao fundamento de que o DARF a indicado no PER/DCOMP não foi localizado nos sistemas da Receita Federal. Alegado pela contribuinte o cometimento de um equívoco no preenchimento do DARF, os autos foram baixados em diligência pela DRJ, quando se constatou que o presente processo é conexo ao de nº 10283.007613/200604, por meio do qual se requereu a restituição do crédito que se pretende compensar. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza julgou improcedente a manifestação de inconformidade, sob o argumento de inexistência do direito creditório objeto do processo nº 10283.007613/200604. No prazo legal, a contribuinte apresentou recurso voluntário, cujas razões de defesa não serão relatadas em vista do que se passa a expor no voto. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP objetivando a compensação de débito próprio com crédito oriundo de pagamento indevido de II e de IPI vinculado que são objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604. Como o direito à restituição foi negado, também aqui negouse o direito à compensação. Contudo, nesta mesma sessão de julgamento consideraramse indevidas as razões adotadas pela DRF de origem, e mantidas pela instância de piso, para denegar o pedido de restituição, motivo pelo qual determinouse que os autos do processo administrativo n.º 10283.007613/200604 devem retornar à DRF para que, ultrapassada a questão decidida no julgamento, estime os valores a serem restituídos. Fl. 389DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10283.909676/200931 Acórdão n.º 3202001.544 S3C2T2 Fl. 389 3 Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para que a DRF de origem, após a análise do direito creditório objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604, profira nova decisão quanto ao pedido de compensação. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 390DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10283.907055/2009-13
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005
DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM.
Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.511
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente
Charles Mayer de Castro Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201502
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10283.907055/2009-13
anomes_publicacao_s : 201503
conteudo_id_s : 5446730
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.511
nome_arquivo_s : Decisao_10283907055200913.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10283907055200913_5446730.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
id : 5878536
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:38:52 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047705076367360
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2039; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 366 1 365 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10283.907055/200913 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.511 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 25 de fevereiro de 2015 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 90 70 55 /2 00 9- 13 Fl. 366DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA 2 Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de compensação de débitos próprios com crédito oriundo de pagamento a maior de Imposto de Importação – II e de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, com origem no período de 08/05/2001 a 12/12/2005. A compensação não foi homologada, ao fundamento de que o DARF a indicado no PER/DCOMP não foi localizado nos sistemas da Receita Federal. Alegado pela contribuinte o cometimento de um equívoco no preenchimento do DARF, os autos foram baixados em diligência pela DRJ, quando se constatou que o presente processo é conexo ao de nº 10283.007613/200604, por meio do qual se requereu a restituição do crédito que se pretende compensar. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza julgou improcedente a manifestação de inconformidade, sob o argumento de inexistência do direito creditório objeto do processo nº 10283.007613/200604. No prazo legal, a contribuinte apresentou recurso voluntário, cujas razões de defesa não serão relatadas em vista do que se passa a expor no voto. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP objetivando a compensação de débito próprio com crédito oriundo de pagamento indevido de II e de IPI vinculado que são objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604. Como o direito à restituição foi negado, também aqui negouse o direito à compensação. Contudo, nesta mesma sessão de julgamento consideraramse indevidas as razões adotadas pela DRF de origem, e mantidas pela instância de piso, para denegar o pedido de restituição, motivo pelo qual determinouse que os autos do processo administrativo n.º 10283.007613/200604 devem retornar à DRF para que, ultrapassada a questão decidida no julgamento, estime os valores a serem restituídos. Fl. 367DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10283.907055/200913 Acórdão n.º 3202001.511 S3C2T2 Fl. 367 3 Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para que a DRF de origem, após a análise do direito creditório objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604, profira nova decisão quanto ao pedido de compensação. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 368DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10283.909643/2009-91
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005
DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM.
Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.524
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente
Charles Mayer de Castro Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201502
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10283.909643/2009-91
anomes_publicacao_s : 201503
conteudo_id_s : 5446694
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.524
nome_arquivo_s : Decisao_10283909643200991.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10283909643200991_5446694.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
id : 5878212
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:38:51 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047706243432448
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2039; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 326 1 325 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10283.909643/200991 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.524 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 25 de fevereiro de 2015 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 90 96 43 /2 00 9- 91 Fl. 326DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA 2 Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de compensação de débitos próprios com crédito oriundo de pagamento a maior de Imposto de Importação – II e de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, com origem no período de 08/05/2001 a 12/12/2005. A compensação não foi homologada, ao fundamento de que o DARF a indicado no PER/DCOMP não foi localizado nos sistemas da Receita Federal. Alegado pela contribuinte o cometimento de um equívoco no preenchimento do DARF, os autos foram baixados em diligência pela DRJ, quando se constatou que o presente processo é conexo ao de nº 10283.007613/200604, por meio do qual se requereu a restituição do crédito que se pretende compensar. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza julgou improcedente a manifestação de inconformidade, sob o argumento de inexistência do direito creditório objeto do processo nº 10283.007613/200604. No prazo legal, a contribuinte apresentou recurso voluntário, cujas razões de defesa não serão relatadas em vista do que se passa a expor no voto. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP objetivando a compensação de débito próprio com crédito oriundo de pagamento indevido de II e de IPI vinculado que são objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604. Como o direito à restituição foi negado, também aqui negouse o direito à compensação. Contudo, nesta mesma sessão de julgamento consideraramse indevidas as razões adotadas pela DRF de origem, e mantidas pela instância de piso, para denegar o pedido de restituição, motivo pelo qual determinouse que os autos do processo administrativo n.º 10283.007613/200604 devem retornar à DRF para que, ultrapassada a questão decidida no julgamento, estime os valores a serem restituídos. Fl. 327DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10283.909643/200991 Acórdão n.º 3202001.524 S3C2T2 Fl. 327 3 Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para que a DRF de origem, após a análise do direito creditório objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604, profira nova decisão quanto ao pedido de compensação. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 328DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA
score : 1.0
Numero do processo: 10880.029853/97-42
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Mar 18 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Fri May 22 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Ano-calendário: 1994, 1995, 1996
PIS. DEPÓSITOS JUDICIAIS.
Os valores depositados em juízo devem ser considerados para o efeito de reduzir os devidos em conformidade com a tutela judicial transitada em julgado favorável ao contribuinte.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.591
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. Acompanhou o julgamento, pela recorrente, o advogado Flávio Cascades de Barros Barreto, OAB/DF nº. 13.890.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira - Presidente.
Charles Mayer de Castro Souza - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (presidente), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201503
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep Ano-calendário: 1994, 1995, 1996 PIS. DEPÓSITOS JUDICIAIS. Os valores depositados em juízo devem ser considerados para o efeito de reduzir os devidos em conformidade com a tutela judicial transitada em julgado favorável ao contribuinte. Recurso voluntário provido em parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Fri May 22 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10880.029853/97-42
anomes_publicacao_s : 201505
conteudo_id_s : 5473867
dt_registro_atualizacao_tdt : Mon Jun 08 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.591
nome_arquivo_s : Decisao_108800298539742.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 108800298539742_5473867.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. Acompanhou o julgamento, pela recorrente, o advogado Flávio Cascades de Barros Barreto, OAB/DF nº. 13.890. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira - Presidente. Charles Mayer de Castro Souza - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (presidente), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Mar 18 00:00:00 UTC 2015
id : 5959901
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:41:03 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047888001499136
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 8; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1752; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 436 1 435 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10880.029853/9742 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.591 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 18 de março de 2015 Matéria PIS. MULTA Recorrente DROGARIA ONOFRE LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Anocalendário: 1994, 1995, 1996 PIS. DEPÓSITOS JUDICIAIS. Os valores depositados em juízo devem ser considerados para o efeito de reduzir os devidos em conformidade com a tutela judicial transitada em julgado favorável ao contribuinte. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. Acompanhou o julgamento, pela recorrente, o advogado Flávio Cascades de Barros Barreto, OAB/DF nº. 13.890. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente. Charles Mayer de Castro Souza Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (presidente), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 88 0. 02 98 53 /9 7- 42 Fl. 437DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/05/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 1/05/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/05/2015 por CHARL ES MAYER DE CASTRO SOUZA 2 Relatório Trata o presente processo de auto de infração lavrado contra a contribuinte acima identificada, constituindo crédito tributário decorrente da Contribuição para o Programa de Integração Social PIS, acrescido de juros e multa proporcional, referente a períodos de apuração compreendidos nos anoscalendários de 1993 a 1995. Por bem retratar os fatos constatados nos autos, transcrevo o Relatório da decisão de primeira instância administrativa, in verbis: Trata o presente processo de Auto de Infração (fls. 50/52), lavrado contra a Contribuinte em epígrafe, constituindo crédito tributário da Contribuição para o Programa de Integração Social — PIS referente aos períodos de apuração de setembro de 1993 a outubro de 1995. O crédito tributário apurado, composto pela contribuição, multa proporcional e juros de mora (calculados até 29.08.1997), perfaz o total equivalente a R$ 118.652,41 (cento e dezoito mil, seiscentos e cinquenta e dois reais e quarenta e um centavos), apontando a Autoridade Fiscal "Falta de recolhimento da contribuição para o Programa de Integração Social" (fl. 51). O feito fiscal foi impugnado (fls. 56/66) alegando a Interessada, em síntese, no sentido: de que a feitura do Lançamento com suspensão "não se configura como a atitude mais adequada, haja visto a ocorrência de trânsito em julgado da decisão proferida nos autos n° 93.00301594, da 11ª Vara Federal em São Paulo, que garantiu à Requerente, em definitivo, o direito de não se sujeitar aos critérios jurídicos determinados nos Decretoslei n° 2.445 e 2.449/88 (...)" (fl. 57); de que "a decisão a ser proferida neste procedimento administrativo terá o condão de homologar os atos da Requerente no que diz respeito à sistemática de cálculo adotada e aos valores dos créditos decorrentes da decisão judicial" (fl. 58); de que houve erro de fato no apontamento do valor do faturamento do mês de junho de 1997; de que as diferenças em aberto ou a menor apuradas pela Fiscalização "não encontram qualquer respaldo na legislação pertinente, tampouco na jurisprudência (...)" (fl. 57), sendo que a Autuada discutiu judicialmente os Decretoslei 2.445/88 e 2.449/88, obtendo declaração de inexistência de relação jurídica decorrente dos referidos diplomas e, com "a retirada de circulação dos Decretoslei n°s 2.445 e 2.449/88" (fl. 59), se impõe que a contribuição para o PIS seja calculada pela "aliquota de 0,75% sobre o faturamento do sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, em conformidade com o artigo 6°, parágrafo único cia LC 7/70 (...)" (fl. 5 ,k e de que os juros não poderiam exceder a 12% ao ano, ficando a aplicação dos mesmos acima do legalmente previsto "pela inclusão dos juros da SELIC' (fl. 65), o "que macula de maneira incurável o AI lavrado, que deve ser julgado improcedente e arquivado" (fl. 65). Não discute a multa aplicada. Clama pela improcedência do Lançamento. Fl. 438DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/05/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 1/05/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/05/2015 por CHARL ES MAYER DE CASTRO SOUZA Processo nº 10880.029853/9742 Acórdão n.º 3202001.591 S3C2T2 Fl. 437 3 Há noticias de sentença judicial — cópia trazida pela Interessada — concluindo "que o PIS é exigível, afastada, apenas, a modificação instituída pelos DL 's il. 2.445 e 2.449, ambos de 1.988" (fl. 124), com a seguinte determinação: "Convertamse em renda da União as importâncias depositadas e incontroversas relativas ao recolhimento do PIS, conforme a Lei Complementar n. 7/70. O eventual excedente será levantado pelos autores ao trânsito e julgado desta decisão" (fl. 125). Conforme Certidão Judicial de fl. 119, 'foi negado seguimento ao recurso". Conforme Certidão Judicial de fl. 120, foram reconhecidos como "corretos os recolhimentos do PIS nos moldes da Lei Complementar 07/70". A Equipe de Análise e Acompanhamento de Medidas Judiciais e do Crédito Tributário Sub Adice da Divisão de Controle e Acompanhamento Tributário (DICAT) da Delegacia de Administração Tributária de São Paulo relatou que "depósitos judiciais foram convertidos integralmente em renda da União" (fl. 140). É o relatório. A 9ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo I julgou improcedente a impugnação, proferindo o Acórdão DRJ/SP2 n.º 1621.960, de 26/06/2009 (fls. 144/149), assim ementado: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Anocalendário: 1993, 1994, 1995 PIS.SEMESTRALIDADE. A apuração do PIS devido e, daí, a apuração do PIS a ser convertido em renda da União, passa necessariamente pela eleição dos critérios de apuração, sendo inerente ao cálculo da contribuição decidir sobre qual base imponível deve recair a exação, o que equivale a também decidir pela aplicação ou não da "semestralidade" (PIS apurado com base no faturamento do sexto mês anterior). PIS.CONVERSÃO DE DEPÓSITOS EM RENDA DA UNIÃO. Se o impugnante alega que, nos termos da tese da "semestralidade", haveria parcelas depositadas a maior no curso da demanda judicial a serem levantadas, mas se, ao contrário, houve a integral conversão dos depósitos em renda da União, deve ser descartada a referida tese. JUROS CALCULADOS COM O CONCURSO DA TAXA SELIC. Alegações voltadas, direta ou indiretamente, contra juros calculados com o concurso da Taxa Selic, por supostas máculas de qualquer espécie, devem ser desprezadas no julgamento administrativo. Fl. 439DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/05/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 1/05/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/05/2015 por CHARL ES MAYER DE CASTRO SOUZA 4 Lançamento Procedente Irresignada, a interessada apresentou, no prazo legal, recurso voluntário de fls. 180/195, por meio do qual alega, depois de relatar os fatos: Durante o curso da Ação Cautelar n.º 93.00301594, procedeu a depósitos judiciais periódicos, em valores integrais, correspondentes ao cálculo da contribuição ao PIS com base nos Decretosleis n.º 2.445 e 2.449, de 1988, cuja constitucionalidade passou a ser questionada na Ação Ordinária de n.º 93.00331850. Em 27 de março de 1995, foi proferida sentença, posteriormente transitada em julgado, abrangendo os dois processos referidos e julgando procedente em parte o pedido, de modo a reconhecer a aplicação da Lei Complementar LC n.º 7/70, afastandose definitivamente os Decretosleis declarados inconstitucionais. Dessa forma, por consequência da sentença, à Recorrente foi reconhecido o direito de recolher a contribuição ao PIS com fundamento apenas na LC 7/70, reconhecendo se, ainda, a validade dos depósitos judiciais efetuados integralmente. Os valores excedentes, decorrentes da aplicação dos malfadados Decretosleis, poderiam ser levantados ou compensados pela Recorrente, nos termos das normas aplicáveis. A Recorrente julgou por bem não proceder ao levantamento dos depósitos, a fim de manter o crédito que lhe cabia e efetivamente cabe, para compensação com tributos devidos a vencer (o que já vinha sendo efetuado), nos termos da legislação aplicável. Requereu, então, a conversão de todos os depósitos, no montante integral, em renda da União, conforme atesta o doc. de fl. 261. Obviamente, a União concordou expressamente com a conversão dos depósitos em renda (fl. 263). Muito embora amparada plenamente em decisão judicial, foi surpreendida com o auto de infração que exige valores da contribuição ao PIS relativos ao período de setembro/1993 a outubro/1995. E o mais espantoso: a decisão ora recorrida, que manteve a exigência, tem por fundamento o fato de os depósitos da Recorrente terem sido integralmente convertidos em renda, o que demonstraria a inexistência de qualquer crédito a seu favor, além de ser indevido, segundo a fiscalização, o cálculo da contribuição nos moldes da LC n.º 7/70, a partir da denominada “semestralidade”. Expressa o auto de infração que a Recorrente teria efetuado depósitos judiciais a menor, relativamente ao período de setembro/1993 a outubro/1995. Depreendese dos cálculos fiscais que a suposta diferença entre o devido e o depositado decorre da aplicação da "semestralidade" para apuração da base de cálculo da contribuição. O auto de infração, lavrado em 01/04/1997, desconsiderou que o trânsito em julgado da sentença favorável à Recorrente ocorreu em 18/02/1997, como atestam os docs. 03 a 05 acostados à impugnação. Não bastasse o equivoco, a fiscalização desconsiderou o teor da decisão judicial transitada em julgado, vedando ao Recorrente o direito de aplicar integralmente as disposições da LC n.º 7/70, que lhe permitiam apurar a contribuição ao PIS mediante a sistemática da "semestralidade". De acordo com a sentença, que determinou a aplicação das Leis Complementares em detrimento dos Decretosleis julgados inconstitucionais, a Recorrente aplicaria a alíquota de 0,75% sobre o faturamento do sexto mês anterior ao da ocorrência do fato gerador (art. 6°, par. único, da LC n.º 7/70). A decisão ora Recorrida é ainda mais absurda que o auto de infração. Entendeu a Delegacia de Julgamento que o fato de os depósitos terem sido convertidos integralmente em renda da União demonstra que a "semestralidade" da contribuição não teria sido acolhida pela decisão transitada em julgado. Fl. 440DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/05/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 1/05/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/05/2015 por CHARL ES MAYER DE CASTRO SOUZA Processo nº 10880.029853/9742 Acórdão n.º 3202001.591 S3C2T2 Fl. 438 5 A conversão dos depósitos em renda da União apenas foi realizada integralmente porque assim escolheu a Recorrente. E assim o fez porque já vinha, no curso da demanda, compensando administrativamente os créditos que detinha. Não poderia, portanto, simplesmente levantar os valores depositados se tais valores já estavam sendo objeto de compensação administrativa, nos termos das normas aplicáveis. Assim, a mera informação da repartição competente, afirmando que "depósitos foram convertidos integralmente em renda da União", não poderia servir de amparo à decisão da Delegacia de Julgamento. Não houve sequer a leitura dos autos da ação judicial, o que facilmente demonstraria que a conversão dos depósitos deuse por opção da Recorrente, com a concordância da União, em nada afetando o direito à aplicação integral da LC n.º 7/70 e à apuração da contribuição a partir da "semestralidade". Observese, ainda, que a decisão recorrida inova quanto ao fundamento do próprio auto de infração. Enquanto este se restringe a exigir a contribuição ao PIS por desconsiderar a "semestralidade" prevista na LC 7/70, aquela afirma que a conversão dos depósitos em renda da União confirmaria o fato de que a decisão judicial favorável à Recorrente não lhe reconheceu o direito à apuração da contribuição aplicandose a sistemática da "semestralidade". Além de criar a absurda tese de que a conversão dos depósitos significa que a decisão judicial não reconheceu o direito à aplicação da "semestralidade", que está na LC 7/70, a decisão recorrida viola o devido processo legal administrativo, ao alterar o fundamento da exigência do auto de infração. É extreme de dúvidas, pois a simples leitura dos autos judiciais mostra o porquê da conversão dos depósitos em renda, que permanece o direito à apuração da contribuição ao PIS tal como fez a Recorrente, aplicando a "semestralidade", por imposição da decisão judicial. A sentença transitada em julgado, que ampara o direito da Recorrente, conformase à esmagadora jurisprudência construída sobre o tema, nas esferas administrativa e judicial. Até 1995 a semestralidade foi mantida. Até referida data, a base de cálculo consistia no faturamento do sexto mês anterior ao do fato gerador, sendo a data de pagamento do tributo determinada conforme a Lei n.º 7.961/88 e outros diplomas que se sucederam. Através da Resolução de fls. 285 e ss., os autos foram baixados em diligência, a fim de que a unidade de origem: a) elaborasse planilha demonstrando de onde derivam as diferenças exigidas pela fiscalização (os valores lançados), consignando expressamente, e para cada período de apuração, os valores depositados em juízo, os devidos em conformidade com a decisão transitada em julgado e as diferenças (a maior ou a menor); e b) informasse a data do trânsito em julgado da ação ordinária ajuizada pela Recorrente. Na petição de fl. 435, a Recorrente afirma que, conforme demonstrado na no Anexo II do Relatório de Diligência Fiscal, o valor devido é ínfimo, motivo porque requer o seu cancelamento. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Fl. 441DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/05/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 1/05/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/05/2015 por CHARL ES MAYER DE CASTRO SOUZA 6 Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. O lançamento decorreu da falta de recolhimento da contribuição para o PIS apurado no período de setembro de 1993 a outubro de 1995. Informou a fiscalização, no Termo de Verificação de fls. 40/41, que a Recorrente ingressou em juízo, mediante processo judicial de n°. 93.00301594 (Medida Cautelar), protocolado na 11ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, objetivando o direito de efetuar o depósito judicial dessa contribuição. Obtida a medida liminar, foi suspensa a exigibilidade do montante depositado. Contudo, asseverou que os depósitos judiciais não foram realizados em seus montantes integrais (de Jan à Dez/92; Jan à Ago/93; Nov/95; Dez/95; Fev/96; Jan/97 e Junho/97), contrariando as Leis Complementares n.º 7, de 1970, e 17, de 1973, assim como as Leis n.º 8.383, de 1991 e 8.981, de 1995, daí o auto de infração visando exigir a diferença não recolhida (anexada aos autos cópia da Ação Ordinária n.º 93.00331850, por meio da qual a Recorrente pretendeu obter declaração negativa da obrigação de recolher o PIS ou a pagálo na forma da Lei Complementar n.º 7, de 1970). Na sentença, concluiu o magistrado exigível a contribuição, mas sem a modificação introduzida pelos Decretoslei n.º 2.445 e 2.449, ambos de 1988, motivo pelo qual reconheceu corretos os recolhimentos efetuados com base na Lei Complementar n.º 7, de 1970, concedendo, também, o direito de restituição sobre os valores que extravasavam a exigência nos moldes do referido diploma legal. Aliás, foi o parágrafo único de seu art. 6º que estabeleceu a conhecida “semestralidade” na determinação da base de cálculo do PIS (“Parágrafo único. A contribuição de julho será calculada com base no faturamento de janeiro; a de agosto, com base no faturamento de fevereiro; e assim sucessivamente.”). Por seu turno, afirmou a Recorrente que os valores objeto do depósito judicial foram calculados com base nos Decretosleis n.º 2.445 e 2.449, de 1988, cuja constitucionalidade passou a ser questionada na Ação Ordinária de n.º 93.00331850. Sustenta que, como obteve, em decisão judicial transitada em julgado, o direito a recolher om PIS com base nas disposições encartadas na Lei Complementar n.º 7, de 1970, os valores recolhidos excederam os devidos, daí que optou por pleitear a sua conversão em renda da União e compensar o excedente com débitos próprios. Já a fiscalização sustentou que os valores foram depositados a menor, contrariando as próprias Leis Complementares n.º 7, de 1970, e 17, de 1973, assim como as Leis n.º 8.383, de 1991 e 8.981, de 1995. Anexado aos autos, havia apenas a planilha de fl. 39, por meio da qual a fiscalização discriminou os valores das receitas de venda, das exclusões e das bases de cálculo do PIS. Como não havia nos autos qualquer outra planilha cotejando os valores que teriam sido depositados com aqueles que, no entender da fiscalização, deveriam ter sido depositados em conformidade com a decisão judicial, tampouco referência a quaisquer valores já recolhidos no Demonstrativo de Apuração do PIS, o processo foi baixado em diligência, especialmente para que se elaborasse planilha demonstrando de onde derivavam as diferenças exigidas pela fiscalização. A unidade de origem, então, elaborou duas planilhas: no Anexo I, cotejou os valores lançados com os recolhidos pela empresa, observando que a fiscalização não havia considerado qualquer recolhimento efetuado pela Recorrente; no Anexo II, cotejou estes valores com devidos com base na decisão judicial trânsita em julgado. Contra os valores Fl. 442DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/05/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 1/05/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/05/2015 por CHARL ES MAYER DE CASTRO SOUZA Processo nº 10880.029853/9742 Acórdão n.º 3202001.591 S3C2T2 Fl. 439 7 informados nos Anexos I e II, a Recorrente não se insurgiu, mas apenas requereu o cancelamento da exigência porque considerou ínfimos os valores ao final devidos, o que, evidentemente, refoge à nossa competência. Portanto, considerando que não foram computados, nos valores que a fiscalização estimou, aqueles que tinham sido recolhidos em sede judicial, bem como que a sentença favorável à Recorrente já transitou em julgado, cabe manter os valores devidos em conformidade com a tutela obtida, mas obviamente reduzidos dos valores depositados em juízo. Assim feito, são os seguintes valores que ainda restam a recolher (valor depositado menor que o devido), aos quais devem ser acrescidos a multa de ofício e os juros de mora: Mês de referência Valor devido em Ufir Valor devido em Reais 03/93 589,28 04/93 398,89 05/93 487,52 06/93 152,68 07/93 414,05 08/93 431,20 09/93 38,31 10/93 129,58 12/93 1.001,14 05/94 67,03 07/94 18,07 08/94 359,06 10/94 114,03 12/94 167,49 03/95 267,56 Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 443DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/05/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 1/05/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/05/2015 por CHARL ES MAYER DE CASTRO SOUZA 8 Fl. 444DF CARF MF Impresso em 08/06/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 19/05/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 1/05/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 19/05/2015 por CHARL ES MAYER DE CASTRO SOUZA
score : 1.0
Numero do processo: 10840.911275/2009-89
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Nov 12 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Jan 07 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004
CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. BASE DE CÁLCULO. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA.
A industrialização efetuada por terceiros visando aperfeiçoar para o uso ao qual se destina a matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem utilizados nos produtos finais a serem exportados pelo encomendante agrega-se ao seu custo de aquisição para efeito de gozo e fruição do crédito presumido do IPI relativo ao PIS e a COFINS previsto nos artigos 1º e 2º, ambos da Lei nº 9.363/96.
Recurso voluntário provido.
Numero da decisão: 3202-001.402
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário.
Luis Eduardo Garrossino Barbieri Presidente-substituto.
Charles Mayer de Castro Souza - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luis Eduardo Garrossino Barbieri (presidente-substituto), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Paulo Roberto Stocco Portes, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201411
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. BASE DE CÁLCULO. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. A industrialização efetuada por terceiros visando aperfeiçoar para o uso ao qual se destina a matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem utilizados nos produtos finais a serem exportados pelo encomendante agrega-se ao seu custo de aquisição para efeito de gozo e fruição do crédito presumido do IPI relativo ao PIS e a COFINS previsto nos artigos 1º e 2º, ambos da Lei nº 9.363/96. Recurso voluntário provido.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Jan 07 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10840.911275/2009-89
anomes_publicacao_s : 201501
conteudo_id_s : 5414640
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Jan 13 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.402
nome_arquivo_s : Decisao_10840911275200989.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10840911275200989_5414640.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. Luis Eduardo Garrossino Barbieri Presidente-substituto. Charles Mayer de Castro Souza - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luis Eduardo Garrossino Barbieri (presidente-substituto), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Paulo Roberto Stocco Portes, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Nov 12 00:00:00 UTC 2014
id : 5778953
ano_sessao_s : 2014
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:34:27 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047475441369088
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 15; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1829; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 827 1 826 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10840.911275/200989 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.402 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 12 de novembro de 2014 Matéria IPI. RESSARCIMENTO. Recorrente COINBRAFRUTESP S/A Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. BASE DE CÁLCULO. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. A industrialização efetuada por terceiros visando aperfeiçoar para o uso ao qual se destina a matériaprima, produto intermediário ou material de embalagem utilizados nos produtos finais a serem exportados pelo encomendante agregase ao seu custo de aquisição para efeito de gozo e fruição do crédito presumido do IPI relativo ao PIS e a COFINS previsto nos artigos 1º e 2º, ambos da Lei nº 9.363/96. Recurso voluntário provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário. Luis Eduardo Garrossino Barbieri – Presidentesubstituto. Charles Mayer de Castro Souza Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luis Eduardo Garrossino Barbieri (presidentesubstituto), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 84 0. 91 12 75 /2 00 9- 89 Fl. 828DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 2 de Castro Souza, Paulo Roberto Stocco Portes, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de ressarcimento de crédito presumido de Imposto de Produtos Industrializados – IPI, com fundamento na Lei n.º 9.363, de 13 de dezembro de 1996, e na Lei n.º 10.276, de 10 de setembro de 2001, cumulado com pedidos de compensação de débitos próprios. Por bem retratar os fatos constatados nos autos, transcrevo o Relatório da decisão de primeira instância administrativa, in verbis: Tratase de Manifestação de Inconformidade contra Despacho Decisório DRF/Ribeirão Preto de rastreamento nº913291902, de fl.477/482, que deferiu parcialmente o valor de R$346,15, do crédito presumido de IPI, de que trata a Lei nº 9363, de 13 de dezembro de 1996, solicitado no PER/DCOMP nº38.498.06837.310305.1.1.014647 (4º trimestre de 2004), no valor de R$8.080.074,98 (somatório dos créditos presumidos do 1º trimestre/2000, 1º trimestre/2001, 1º trimestre/2003, 2º trimestre/2003, 3º trimestre/2003, 4º trimestre/2003 e 1º trimestre/2004), fls.02/431. Por conseguinte, homologou as compensações efetuadas nos PER/DCOMP indicados no despacho decisório até o limite do crédito reconhecido, determinando a cobrança dos débitos cujas compensações foram não homologadas porque não há valor a ser restituído/reconhecido em suficiência. A DRF/Ribeirão Preto proferiu o Despacho Decisório com base no Termo de Conclusão Fiscal de fls.606/626, no qual a fiscalização constatou que a interessada apesar de exportar os produtos, não os industrializava, pois não tem e nunca teve, estrutura física para industrializar os produtos, tudo o que foi produzido foi oriundo da industrialização por encomenda realizada por uma empresa do mesmo grupo, a COINBRA FRUTESP INDUSTRIAL LTDA, CNPJ 00.831.373/000104, fato ocorrido na vigência da Lei nº 9.363, de 1996, que não previa a inclusão da prestação de serviços na industrialização por encomenda, na base de cálculo do crédito presumido do IPI, admitida tão somente a partir da Lei nº 10.276, de 10 de setembro de 2001, na convalidação dos atos praticados com embasamento na Medida Provisória nº 2.2021, de 26 de julho de 2001, no art. 1º, § 1º, inciso II, quando o encomendante fosse contribuinte de IPI. Em seu relato, a fiscalização informou que a interessada formalizou Pedidos de Ressarcimento de Crédito Presumido de IPI e PER/DCOMP vinculados ao referido crédito, relativo aos períodos de ressarcimento dos 1º trimestres dos anoscalendário de 2000, 2001, 2003 e 2004; 2º trimestre/2003, 3º trimestre/2003; 4º trimestre/2003, e que tais créditos decorreram de ajustes realizados a partir de 01/01/2000, quando a interessada retificou a DCTF do 1º trimestre/2000, para incluir um valor de R$142.782.353,00 decorrente de estoques de produtos acabados e não exportados no período anterior, ano Fl. 829DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10840.911275/200989 Acórdão n.º 3202001.402 S3C2T2 Fl. 828 3 calendário de 1999, que refletiu nos trimestres subseqüentes, conforme DCTF’s apresentadas até o 3º trim/2002 e DCP a partir do 4º trim/2002 até o 1º trim. 2004. Além disso, afirma que a partir das declarações e esclarecimentos prestados pela Sra Margarete Aparecida Ferraresi Alves, procuradora da fiscalizada, que trabalha na função de gerente fiscal da empresa Louis Dreyfus Commodities Agroindustrial S/A, CNPJ 00.831.373/000104 e chefe do departamento fiscal da Coimbra Frutesp Industrial Ltda, constatou que os empregados não estavam registrados em uma ou outra empresa, e sim em regime de grupo econômico, ambas empresas funcionavam no mesmo parque industrial e endereço, tinham o mesmo sócio majoritário (Louis Dreyfus Citrus S/Aestrangeira) e funcionários comuns, mesmo representante perante o CNPJ, o Sr. Reinaldo Roberto Sesma e todas, o mesmo contador responsável o Sr. José Reinaldo Simon da Silva. Ao responder sobre como se dava a operacionalização das atividades da fiscalizada nos anos de 2000, 2001, 2003 e 2004, a referida procuradora respondeu que as compras de insumos, vendas, transporte, recebimentos, pagamentos, exportação, escrituração comercial e fiscal eram realizadas pelos mesmos funcionários em regime de grupo econômico, pois no prédio principal estava estabelecida a empresa CNPJ 00.831.373/0001 04 e em prédio separado da indústria, o centro administrativo de dimensões de 4m por 5m, onde funcionava a ora fiscalizada. Informou ainda, que a fiscalizada realizava a compra dos insumos, emitia nota fiscal de remessa para industrialização para a empresa de CNPJ 00.831.373/000104, que realizava a industrialização do produto e quando apto a comercialização, era emitida uma nota de retorno para a fiscalizada que emitia uma nota fiscal de venda destinada a exportação. A fiscalização, a partir da auditoria realizada nos livros de entrada e saída da fiscalizada e da empresa de CNPJ 00.831.373/000104, verificou o fluxo dos insumos assim descrito: aquisição de insumos em quase sua totalidade, pela empresa objeto de fiscalização, remessa fictícia de encomenda para industrialização para empresa de CNPJ 00.831.373/0001 04, CFOP 593, recebimento dos insumos por esta com emissão de nota fiscal de entrada para industrialização por encomenda, CFOP 193, retorno fictício dos produtos industrializados, CFOP 594, e entrada fictícia dos produtos industrializados para a ora fiscalizada, CFOP 194, que permitiu concluir que tanto a entrada quanto a saída eram fictícias, porque a ora manifestante funciona apenas como compradora de insumos e exportadora, mas na prática, a industrialização se dá pelo recebimento direto dos insumos na outra empresa do grupo, a Coimbra Frutesp Industrial Ltda, CNPJ 00.831.373/000104. Apesar de adquirir os insumos, não industrializava os produtos vendidos, pois tudo o que foi produzido e exportado foi oriundo da industrialização por encomenda realizada por uma empresa do mesmo grupo, ambas que funcionavam no mesmo parque Fl. 830DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 4 industrial e endereço, mesmo sócio majoritário, funcionários comuns. E assim, em razão de as regras que versam sobre o crédito presumido terem caráter excepcional, interpretamse de modo literal e restrito, principalmente no que tange o art. 1º da Lei nº9.363, de 1996. Cientificada do despacho decisório de fls.477/482, em 10/03/2011, fls.483/484, a interessada apresentou Manifestação de Inconformidade, fls.485/497, alegando que: • O pedido original apresentado pela requerente era referente a créditos decorrentes de produtos exportados ao longo do 1º trimestre/00, 1º trimestre/01, 1º trimestre/03, 2º trimestre/03, 3º trimestre/03, 4º trimestre/03, 1º trimestre/04; As mercadorias vendidas nos trimestres mencionados foram fabricadas em 1999 pela própria requerente – Coinbra Frutesp S/ACNPJ 46.347.795/000100, por força do art.2º da Lei nº9.363 os créditos pleiteados tem como base de cálculo insumos igualmente adquiridos até 31/12/1999; • O despacho decisório nº913291902 concluiu pelo reconhecimento parcial das importâncias pleiteadas e compensadas bom base no Termo de Conclusão Fiscal elaborado pelo SEFIS da DRF/Ribeirão Preto; • O trabalho fiscal afirma que não há dúvida quanto à compra de insumos por parte da empresa Coinbra Frutesp S/A, CNPJ 46.347.795/000100, e quanto às vendas para exportação, e de que se trata de créditos decorrentes de produtos acabados em estoque e não exportados referentes ao ano de 1999, contudo considera que a requerente não poderia apropriar os créditos porque não houve por parte da fiscalizada industrialização de insumos adquiridos, e tudo que é produzido decorre de industrialização por encomenda, a Coinbra Frutesp Industrial Ltda CNPJ 00.831.373/000104, mas este entendimento não pode prosperar; • As mercadorias em questão, que se encontravam em estoque na data de 31/12/1999 foram fabricadas diretamente pela requerente e não pela Coinbra Frutesp Industrial Ltda, uma vez que esta passou a exercer atividade econômica apenas em julho de 2000, e exportadas nos anos seguintes; • Ainda que os produtos em exame tivessem sido fabricados sob encomenda da requerente, somente a título de argumentação, não haveria impedimento para que apropriasse os créditos em questão, na medida em que calculados a partir de insumos por ela adquiridos; • Até 31/12/1999 as unidades industriais do Grupo Louis Dreyfus, em que o suco de laranja era produzido, eram de sua titularidade, tais ativos só foram transmitidos para Coinbra – Frutesp Industrial Ltda em julho de 2000, conforme documentos que registram capitalização desta sociedade, sendo que até então ela não exercia atividades industriais; • Na "Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 1º de Julho de 2000", os acionistas da Requerente aprovaram a Fl. 831DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10840.911275/200989 Acórdão n.º 3202001.402 S3C2T2 Fl. 829 5 proposta da diretoria da sociedade, consistente no aumento de capital da COINBRAFRUTESP INDUSTRIAL LTDA., mediante a conferência "dos ativos que compõem os estabelecimentos industriais de processamento de frutas cítricas localizados nos municípios de Bebedouro e Matão, Estado de São Paulo". A deliberação mencionada foi registrada perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) em 31.07.00 (doc. 02); • Nas mesmas datas mencionadas, houve a subscrição e o registro na JUCESP de "Ata de Reunião de Quotistas e 10" Alteração de Contrato Social" da COINBRAFRUTESP INDUSTRIAL LTDA. Por meio dela, o capital social de referida sociedade passou de R$10,00 para R$91.150.000,00. Deste total, R$91.144.089,58 foi capitalizado pela Requerente, por meio da conferência dos complexos industriais de Bebedouro e Matão, acima mencionados (doc. 03); A partir da leitura dos documentos citados, verificase que, se as unidades industriais de fabricação de suco de laranja eram de propriedade da Requerente até 01.07.00, isso significa que até tal data a fabricação do produto citado era de sua responsabilidade. Daí porque não há razão para que seja negado o direito da própria Requerente de pleitear e aproveitar o crédito presumido garantido pela Lei n. 9.363/96; • A COINBRAFRUTESP INDUSTRIAL LTDA. não realizava a industrialização do produto exportado antes da conferência das unidades industriais feita pela Requerente, até porque sequer tinha ativos e capital para explorar referida atividade econômica. Como visto, anteriormente a tal oportunidade, o patrimônio da COINBRAFRUTESP INDUSTRIAL LTDA. era composto por recursos em caixa no total de R$ 10,00, originários da capitalização inicial feita pelo seu sócio; • As assertivas expostas são confirmadas pelo protocolo que descreve as condições de capitalização da COINBRAFRUTESP INDUSTRIAL LTDA. pela Requerente com as unidades industriais de Bebedouro e Matão, ao estabelecer que: "Em conseqüência da conferência dos estabelecimentos referidos na Cláusula 1", a atividade industrial de fabricação de produtos derivados do processamento de frutas cítricas passará a ser exercida, exclusivamente, pela INDUSTRIAL, remanescendo para a FRUTESP a atividade de produção e compra de frutas cítricas, a compra de material de embalagem, bem como a comercialização, tanto no mercado interno quanto no mercado externo dos produtos resultantes de sua industrialização" (doc. 04 – Cláusula Segunda ); • A fim de que não houvesse dúvidas acerca do início das atividades industriais da COINBRAFRUTESP INDUSTRIAL LTDA. e do destino das mercadorias até tal data produzidas pela Requerente, o referido protocolo fixou que: (1) "A transmissão dos estabelecimentos industriais da FRUTESP para a INDUSTRIAL considerarseá concretizada no mesmo dia 1º de Fl. 832DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 6 julho de 2000, a partir de quando a INDUSTRIAL assumirá todas as atividades inerentes ao processo industrial" (Cláusula Quinta destacamos) e (2) "Os produtos acabados, os produtos intermediários, os materiais de embalagem e outros insumos existentes em estoque nos estabelecimentos industriais de Bebedouro e Matão, em 30 de junho de 2000, continuarão sendo de propriedade da FRUTESP, até que sejam por ela vendidos ou transferidos para outro local" (Cláusula Sexta destacamos). A mercadoria industrializada em estoque até 31.12.1999 é identificável a partir das fichas de registro de inventário de tal período (doc. 05); • Diante o exposto, é indiscutível que até 01.07.00 a industrialização da mercadoria exportada pela Requerente foi executada diretamente por ela. Em decorrência, são descabidas as alegações da Fiscalização, no sentido de que a Requerente não tinha empregados e estabelecimentos para fabricar os produtos comercializados; • A improcedência de tais ilações é demonstrada não só pelo material antes mencionado, segundo o qual se vê que os complexos industriais de Bebedouro e Matão eram as instalações físicas em que a Requerente produzia a mercadoria exportada, mas ainda pelas fichas mensais do CAGED preenchidas por ela anteriormente à conferência das unidades industriais à COINBRAFRUTESP INDUSTRIAL LTDA. (docs. 06). Referida documentação indica que a atividade econômica da Requerente ("CNAE") compreendia a "produção de sucos de frutas e de legumes" e que para tanto ela detinha mais de duas centenas de trabalhadores empregados; • Como a própria Fiscalização reconheceu que a mercadoria exportada a partir da qual se requereu os créditos presumidos relacionados ao processo em referência era a existente em estoque em 31.12.1999, não há razão para se negar o aproveitamento dos valores sob o argumento de que teriam sido industrializados por terceiro; • Comprovado que o produto comercializado com adquirentes no exterior que deu origem ao pedido de crédito presumido em análise foi industrializado diretamente pela Requerente, deve ser reformado o despacho decisório e reconhecido o direito ao aproveitamento da importância pleiteada; • Na eventualidade de não ser acatado o quanto exposto no item anterior, o que se aceita unicamente a título de argumentação, ainda assim deve ser reconhecida a legitimidade do direito creditório formulado pela Requerente. Isso porque o crédito presumido em questão foi calculado, a partir de insumos de sua propriedade, que se alega (indevidamente) teriam sido remetidos a terceiro para que fossem aplicados na produção de mercadoria por ela encomendada com a finalidade de posterior exportação; • O crédito presumido do IPI instituído pela Lei n. 9.363/96 foi criado com a finalidade de ressarcir o exportador pela incidência cumulativa do PIS/COFINS sobre os insumos utilizados na fabricação das mercadorias comercializadas fora Fl. 833DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10840.911275/200989 Acórdão n.º 3202001.402 S3C2T2 Fl. 830 7 do território nacional, tendo sido conferido ao exportador a fim de liberálos dos custos fiscais embutidos nos insumos consistentes nas contribuições PIS/COFINS agregadas ao preço de compra pago aos fornecedores para que não compusessem o valor de venda do produto exportado; • A leitura da lei nº9.363, de 1996, assegurou o aproveitamento do crédito presumido do IPI sobre a aquisição de itens que são integrados no processo produtivo da mercadoria final destinada à exportação, sendo indiferente que a industrialização seja executada diretamente pelo exportador ou contratada junto a terceiro sob sua encomenda; • Uma vez realizada a fabricação de produto com matéria prima, produto intermediário e material de embalagem de propriedade do encomendanteexportador, é garantido a este a apropriação do crédito presumido, sob pena de os insumos integrados à mercadoria por ele exportada permanecerem onerados pelo PIS/COFINS. A suposta industrialização encomendada pela exportadora e não executada diretamente por ela em nada desnaturaria o incentivo, porque a terceirização do processo industrial é prática amplamente adotada nos diversos segmentos econômicos, sendo de rigor destacar que o responsável pela sua execução não tem direito de apropriar o crédito presumido relacionado às mercadorias manufaturadas uma vez que não adquiriu os insumos utilizados e não comercializa o produto no exterior. Seguese daí que se fosse igualmente negado o crédito presumido ao exportador, nenhum dos participantes da cadeia produtiva o apropriariam, tornando "letra morta" a Lei nº 9.363/99; Segundo a legislação do próprio IPI, o responsável pela encomenda é necessariamente equiparado ao industrial, sujeitandose às mesmas obrigações que o executor da encomenda (art. 9º, IV, do Decreto n. 7.212/10 RIPI). Desse modo, se a própria regra fiscal atribui ao encomendante a condição de industrial, determinando que recolha o IPI nas operações que venha a efetuar com o material que solicitou a fabricação, não há sentido em se afirmar que não teria direito de apropriar o crédito presumido sob a alegação não participaria da cadeia produtiva do item exportado; • No caso em exame não se objetiva aproveitar crédito presumido sobre eventuais custos pagos ao fabricante para a execução da encomenda. A importância em discussão no presente processo está restrita aos insumos adquiridos pela Requerente e aplicados na fabricação da mercadoria exportada; • Não por outra razão, a jurisprudência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e do Superior Tribunal de Justiça tem reiteradamente manifestado o entendimento de que a Lei n. 9.363/96 não impedia que o exportador calculasse o crédito presumido de IPI sobre a matériaprima, produto intermediário e material de embalagem por ele adquirido e remetido a terceiro para a execução da Fl. 834DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 8 industrialização da mercadoria a seu pedido, conforme ementas que transcreve; • Requer o acolhimento da presente Manifestação de Inconformidade, que seja reconhecido direito creditório e as compensações realizadas na integralidade dos pedidos de compensação formulados pela Requerente. Tendo em vista a determinação contida na Portaria RFB nº453, de 11 de abril de 2013 e no art.2º da Portaria RFB nº1006, de 24 de julho de 2013, e conforme definição da Coordenação Geral de Contencioso Administrativo e Judicial da RFB, o processo foi transferido em 01/08/2013, para esta DRJ, para julgamento, conforme despacho de encaminhamento de fl.714. A 4ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Salvador julgou improcedente a manifestação de inconformidade, proferindo o Acórdão DRJ/SDR n.º 1533.708, de 9/10/2010 (fls. 715 e ss.), assim ementado: ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI Período de apuração: 01/10/2004 a 31/12/2004 ESTABELECIMENTOS. AUTONOMIA. A incidência do IPI baseiase no princípio da autonomia dos estabelecimentos, ainda que integrantes da mesma empresa. CRÉDITO PRESUMIDO ALTERNATIVO. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. Na vigência da Lei nº 9.363, de 1996, não há previsão para inclusão na base de cálculo do crédito presumido dos valores correspondentes à prestação de serviços decorrente de industrialização por encomenda, hipótese que veio a ser admitida tão somente a partir da Lei nº 10.276, de 2001. COMPROVAÇÃO DO DIREITO CREDITÓRIO No caso de pedidos de restituição, compensação ou ressarcimento de crédito tributário, o contribuinte deve cumprir o ônus que a legislação lhe atribui, demonstrar a existência do crédito. Manifestação de Inconformidade Improcedente Direito Creditório Não Reconhecido Irresignada, a contribuinte apresentou, no prazo legal, recurso voluntário de fls. 735/749, por meio do qual sustenta, depois de relatar os fatos, os mesmo argumentos já encartados em sua impugnação. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Fl. 835DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10840.911275/200989 Acórdão n.º 3202001.402 S3C2T2 Fl. 831 9 Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP por meio do qual requer o crédito presumido de IPI como ressarcimento das contribuições para o PIS e para a Cofins, com fundamento na Lei n.º 9.363, de 1996, e na Lei n.º 10.276, de 2001, cumulado com pedidos de compensação de débitos próprios. A decisão proferida pela unidade de origem deferiu parcialmente o direito vindicado, ao fundamento de que, apesar de exportar os produtos, a Recorrente não os industrializava, pois nunca tivera estrutura física para industrializar os produtos, os quais resultavam de industrialização por encomenda realizada por outra empresa do mesmo grupo, a COINBRA FRUTESP INDUSTRIAL LTDA, CNPJ n.º 00.831.373/000104, fato ocorrido na vigência da Lei nº 9.363, de 1996, que não previa a inclusão da prestação de serviços na industrialização por encomenda, na base de cálculo do crédito presumido do IPI, admitida tão somente a partir da Lei nº 10.276, de 2001. Afirmase ainda que o crédito presumido decorre de ajustes realizados a partir de 01/01/2000, quando a Recorrente retificou a DCTF do 1º trimestre/2000, para incluir valor correspondente a estoques de produtos acabados e não exportados no período anterior, anocalendário de 1999, que, por isso, refletiu nos trimestres subsequentes. As matérias controvertidas são, portanto, duas: a primeira, se os produtos em estoque em 31/12/1999 foram ou não te industrializados pela própria Recorrente; a segunda, se, no caso de industrialização por encomenda realizada quando vigente apenas a Lei n.º 9.363, de 1996, permitisse ou não a inclusão dos serviços assim despendidos na base de cálculo do crédito presumido. A primeira questão foi muito bem enfrentada na decisão recorrida. Para ilustrar os motivos que, nesta parte, a fundamentaram, transcrevemse os seguintes parágrafos do voto condutor do acórdão: A interessada, em sua defesa, por outro lado, alegou que até 30/06/2000 operava diretamente os estabelecimentos de Bebedouro e Matão, no Estado de São Paulo, e que até 31/12/1999, as unidades industriais do Grupo Louis Dreyfus, em que o suco de laranja era produzido, eram de sua titularidade, tais ativos só foram transmitidos para COINBRA – FRUTESP INDUSTRIAL LTDA em julho de 2000, que até então não exercia atividades industriais, porque sequer tinha ativos e capital para explorar referida atividade econômica. A empresa anexou aos autos, cópia da Procuração (fls.500/502), cópia das atas de assembléia e documentos da procuradora(fls.503/512), cópia da "Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 1º de Julho de 2000", na qual constatase que foi firmado protocolo pela Diretoria da Companhia com a CoinbraFrutesp Industrial Ltda, em que Fl. 836DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 10 foram definidas condições da realização de aumento de capital naquela Sociedade e a forma de sua integralização, na qual os acionistas da requerente aprovaram a proposta da diretoria da sociedade, consistente no aumento de capital da COINBRA FRUTESP INDUSTRIAL LTDA., mediante a conferência "dos ativos que compõem os estabelecimentos industriais de processamento de frutas cítricas localizados nos municípios de Bebedouro e Matão, Estado de São Paulo". A deliberação mencionada foi registrada perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) em 31/07/00, conforme cópias dos contratos de celebração de Protocolo (fls.513/515, 525/528 e 531/532). Nas mesmas datas mencionadas no parágrafo anterior, houve a subscrição e o registro na JUCESP de "Ata de Reunião de Quotistas e 10" Alteração de Contrato Social da COINBRA FRUTESP INDUSTRIAL LTDA. Por meio dela, o capital social de referida sociedade passou de R$10,00 para R$91.150.000,00); cópia do Laudo de Avaliação. Deste total, R$91.144.089,58 foi capitalizado pela Requerente, por meio da conferência dos complexos industriais de Bebedouro e Matão, acima mencionados (fls.516/517, 519/523 e 528/530). Contudo, a interessada não trouxe comprovação de que era detentora da planta industrial, ou lançamento da depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos até 31/12/1999 utilizadas na produção de bens, uma vez que a cópia anexadas aos autos dos anexos ao Laudo de Avaliação dos valores residuais contábeis de Bens e Direitos das Unidades de Matão e BebedouroSP da Coinbra Frutesp S/A, contendo discriminação das imobilizações tanto de Matão quanto de Bebedouro, não são suficientes para comprovar a propriedade da planta industrial e consequente industrialização (fls.518 e 530). A cópia do Protocolo firmado entre a CoinbraFrutesp S/A e a CoinbraFrutesp Industrial Ltda, tratando da conferência dos estabelecimentos e transferência da atividade industrial da primeira para a segunda (fls.531/533), tampouco tem o condão de comprovar de fato qual estabelecimento industrializou o produto exportado até 31/12/1999. A empresa não logrou demonstrar, não provou durante a auditoria em seu estabelecimento, e tampouco na manifestação de inconformidade, momento por excelência de realizar o contraditório, dados consistentes e seguros da produção e nem comprovou que todo o estoque de suco de laranja exportado já estava formado desde 31/12/1999 com insumos por ela adquiridos anteriormente, e que veio a realizar a última venda/exportação deste mesmo suco de laranja em estoque finalmente no 1º trimestre de 2004, e que, mas absurdo ainda, se apercebeu que fazia jus a um crédito presumido, após fluidos exatos cinco anos do fato gerador, em 31/03/2005, com retificadora em 22/04/2009, conforme data de transmissão do PER/DCOMP, pois o primeiro ressarcimento referese ao 1º trimestre de 2000. A interessada alegou em sua manifestação de inconformidade que juntaria aos autos as cópias das Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – Fl. 837DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10840.911275/200989 Acórdão n.º 3202001.402 S3C2T2 Fl. 832 11 GFIP, fichas mensais do CAGED, mas o fez relativamente aos períodos de janeiro/2000 em diante, entregue em 07/02/2000, fls.636/713, na qual consta o quantitativo de 279 empregados e demais guias até a competência de julho/2004. Das guias anexadas verificase que de fato no ano de 2000, a empresa efetuou recolhimento relativamente a um quantitativo aproximado de 230 empregados, até diminuição gradativa durante o ano de 2001, chegando a competência de julho/2004, sem empregado algum. Anexou ainda a cópia de Procuração (fls.633/635). Porém, quanto ao período anterior a 31/12/1999 não constam dos autos guias de recolhimento FGTS de funcionários da interessada, este, exatamente o período que importava comprovar o funcionamento da indústria. Como já dito, apesar das alegações, juntou aos autos os documentos da CoinbraFrutesp relativos aos períodos posteriores a formação do alegado estoque de suco de laranja, ou seja, de fevereiro/2001 a novembro/2001; fevereiro/2003 a agosto/2003, fevereiro/2004 a junho/2004; janeiro/2000 a outubro/2000 e dezembro/2000; janeiro/2002 a junho/2002 e setembro/2002 a outubro/2002 e dezembro/2002; janeiro/2000 a julho/2000 (fls.550/559, 561/566, 568/572, 574/584, 586/594, 596/602), o que evidencia mas uma vez a não comprovação de que foi a própria empresa que até 31/12/1999 industrializou o produto que posteriormente viria a exportar. Tais documentos entregues a partir do ano de 2000 não tem o condão de demonstrar que a empresa ora requerente à época tinha quantidade suficiente de trabalhadores para provar que os produtos foram industrializados por ela própria. A interessada apresentou as cópias dos Termos de Abertura e de Encerramento do Livro Registro de Inventário nº04 do estabelecimento localizado em Bebedouro, onde estão registrados os estoque dos produtos, entre os quais o suco de laranja concentrado e congelado, existentes em 31/12/1999 e 30/06/2000 (fls.533/540). E ainda, as cópias: Termo de Abertura e de Encerramento do Livro Registro de Inventário nº 01 do estabelecimento localizado em Matão, onde estão registrados os estoques dos produtos, entre os quais o suco de laranja concentrado e congelado, existentes em 31/12/1999 e 30/06/2000 (fls. 541/549). Na prática, a empresa não trouxe aos autos nenhuma prova da industrialização direta do suco de laranja, movimentação dos estoques, armazenamento, até a efetiva saída do produto para exportação dando prova da industrialização própria até 31/12/1999, como alegou que o faria. A interessada não trouxe os lançamentos dos insumos nos Livros Registro de Entrada, tampouco apresentou o Registro de Controle da Produção e do Estoque, que deveria apresentar lançamento das mercadorias em relação a quantidade, peso, volume correspondente aos produtos elaborados. (g.n.) Fl. 838DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 12 A falta de provas, portanto, foi o motivo pelo qual a fiscalização não considerou, como industrialização própria, os estoques de suco de laranja existentes em 31/12/1999 (nos quais utilizados insumos por ela adquiridos anteriormente) e que veio a realizar a última venda/exportação deste mesmo produto finalmente no 1º trimestre de 2004, período a que se refere o crédito presumido pleiteado. E esta falta de provas, a nosso juízo, aqui permanece, pois, no recurso voluntário, a Recorrente apenas renovou os mesmos argumentos já encartados em sua manifestação de inconformidade, mas trouxe aos autos apenas cópia de um Balancete de Verificação e de um Livro de Inventário, que, como é evidente, não comprovam tenha ela mesma fabricado os produtos em estoque em 31/12/1999. Todavia, esta questão parecenos irrelevante para o deslinde da questão. Isso porque, como já consolidado nesta Turma, com relação à questão envolvendo a industrialização por encomenda realizada quando vigente apenas a Lei n.º 9.363, de 1996, temos entendido que não há óbice para considerar os gastos assim despendidos como aptos a gerar créditos. Por comungar com os fundamentos expostos no voto proferido pelo il. Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior (Acórdão CARF/2ª Câmara/2ª Turma Ordinária nº. 3202001.072, de 30/01/2014), passamos a adotálo como razão de decidir, motivo pelo qual se passa a transcrevêlo: A industrialização por encomenda pode ser brevemente definida como o procedimento no qual o encomendante remete ao industrializador MP e ME ou produto semielaborado, retornando ao seu estabelecimento produto acabado ou semielaborado. Tais operações podem ocorrer por razões diversas, mas ganham relevância especialmente quando determinada etapa do processo produtivo é terceirizada. Destarte, caso certa etapa do processo de fabricação fosse realizada no estabelecimento, os custos inerentes a MP, PI e ME, na forma da Lei nº 9.363/96, autorizaria o direito ao crédito. Doutro giro, o custo de aquisição de MP, PI e ME poderia ser apropriado para fins de cálculo do crédito presumido de IPI. Terceirizandose a etapa de produção mediante remessa de industrialização por encomenda, cujo custo é igualmente suportado pelo encomendante, ainda, os custos de MP, PI e ME, fornecidos ou não pelo encomendante, são adicionados ao produto e repassados pelo industrializador, de modo que, inexistindo vedação legal, não há razão que ampare a pretensão de se glosar o crédito presumido de IPI calculado sobre essas operações. Sensível aos objetivos da Lei nº 9.363/96 e às razões supracitadas, a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) deste Colegiado, em mais de uma oportunidade, já sedimentou o entendimento de que as operações de industrialização por encomenda autorizam o desconto de créditos presumidos de IPI, verbis: Fl. 839DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10840.911275/200989 Acórdão n.º 3202001.402 S3C2T2 Fl. 833 13 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. A industrialização efetuada por terceiros visando aperfeiçoar para o uso ao qual se destina a matériaprima, produto intermediário ou material de embalagem utilizados nos produtos finais a serem exportados pelo encomendante agregase ao seu custo de aquisição para efeito de gozo e fruição do crédito presumido do IPI relativo ao PIS e a COFINS previsto nos artigos 1º e 2º, ambos da Lei nº 9.363/96. (...) (CARF. CSRF. Terceira Turma. Rel. Nanci Gama. Acórdão nº 9303001.721. Julgado em 7 de novembro de 2011) CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. BASE DE CÁLCULO. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. Provado que o bem submetido a industrialização adicional em outro estabelecimento é empregado pelo encomendante em seu processo produtivo na condição de matériaprima, produto intermediário ou material de embalagem, para obtenção do produto por ele exportado, o valor pago ao executor integra a base de cálculo do incentivo instituído pela Lei 9.363/96 deferido ao produtorexportador. (...) (CARF. CSRF. Terceira Turma. Rel. Rodrigo da Costa Pôssas. Acórdão nº 930301.623. Julgado em 29 de setembro de 2011) A mesma solução foi dada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao enfrentar o tema: TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. MATÉRIAPRIMA. BENEFICIAMENTO POR TERCEIROS. INCLUSÃO. CUSTOS RELATIVOS A ENERGIA ELÉTRICA E COMBUSTÍVEIS. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. PRESCRIÇÃO. PRAZO QUINQUENAL. DECRETO 20.910/32. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA Nº 1.129.971 BA. 1. Ao analisar o artigo 1º da Lei 9.363/96, esta Corte considerou que o benefício fiscal consistente no crédito presumido do IPI é calculado com base nos custos decorrentes da aquisição dos insumos utilizados no processo de produção da mercadoria final destinada à exportação, não havendo restrição à concessão do crédito pelo fato de o beneficiamento Fl. 840DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 14 do insumo ter sido efetuado por terceira empresa, por meio de encomenda. Precedentes: REsp 752.888/RS, Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe 25/09/2009; AgRg no REsp 1230702/RS, Ministro Hamilton Carvalhido, Primeira Turma, DJe 24/03/2011; AgRg no REsp 1082770/RS, Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 13/11/2009. 2. A respeito do pleito de cômputo dos valores referentes à energia e ao combustível consumidos no processo de industrialização no cálculo do crédito presumido do IPI, o recurso especial não foi conhecido em face da ausência de prequestionamento. Nesta feita, a agravante limitouse a repetir as teses jurídicas apresentadas no recurso especial, deixando de impugnar o fundamento específico da decisão hostilizada quanto ao ponto. Incidência da Súmula n. 182/STJ. 3. Em se tratando de ações que visam o reconhecimento de créditos presumidos de IPI a título de benefício fiscal a ser utilizado na escrita fiscal ou mediante ressarcimento, a prescrição é qüinqüenal. Orientação fixada pela Primeira Seção, por ocasião do julgamento do recurso especial representativo da controvérsia: REsp. Nº 1.129.971 BA. 4. Agravo regimental da Fazenda Nacional não provido e agravo regimental da contribuinte conhecido em parte e, nessa parte, não provido. (AgRg no REsp 1267805/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2011, DJe 22/11/2011 (grifamos) Ante o exposto, DOU PROVIMENTO ao recurso voluntário. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 841DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10840.911275/200989 Acórdão n.º 3202001.402 S3C2T2 Fl. 834 15 Fl. 842DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA
score : 1.0
Numero do processo: 10768.720149/2007-75
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Tue Nov 11 00:00:00 UTC 2014
Data da publicação: Wed Jan 07 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/02/2003 a 28/02/2003
PROCESSO ADMINISTRATIVO. DECISÃO PROLATADA NOUTROS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS VERSANDO SOBRE PLEITO SEMELHANTE. EXCLUSÃO DA ESPONTANEIDADE. IMPOSSIBILIDADE.
Não exclui a espontaneidade o fato de a interessada ter sido intimada de decisões que indeferiram pleitos semelhantes proferidas noutros processos administrativos.
CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. NULIDADE.
São nulos os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa.
Processo anulado.
Numero da decisão: 3202-001.379
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em anular o despacho decisório, a fim de que a unidade de origem profira novo despacho. Fez sustentação oral, pela Recorrente, o advogado Dr. João Marcos Colussi, OAB/SP 109.143.
Luis Eduardo Garrossino Barbieri Presidente-substituto.
Charles Mayer de Castro Souza - Relator.
Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luis Eduardo Garrossino Barbieri (presidente-substituto), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Paulo Roberto Stocco Portes, Rodrigo Cardozo Miranda e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201411
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/02/2003 a 28/02/2003 PROCESSO ADMINISTRATIVO. DECISÃO PROLATADA NOUTROS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS VERSANDO SOBRE PLEITO SEMELHANTE. EXCLUSÃO DA ESPONTANEIDADE. IMPOSSIBILIDADE. Não exclui a espontaneidade o fato de a interessada ter sido intimada de decisões que indeferiram pleitos semelhantes proferidas noutros processos administrativos. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. NULIDADE. São nulos os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. Processo anulado.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Wed Jan 07 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10768.720149/2007-75
anomes_publicacao_s : 201501
conteudo_id_s : 5414645
dt_registro_atualizacao_tdt : Tue Jan 13 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.379
nome_arquivo_s : Decisao_10768720149200775.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10768720149200775_5414645.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em anular o despacho decisório, a fim de que a unidade de origem profira novo despacho. Fez sustentação oral, pela Recorrente, o advogado Dr. João Marcos Colussi, OAB/SP 109.143. Luis Eduardo Garrossino Barbieri Presidente-substituto. Charles Mayer de Castro Souza - Relator. Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luis Eduardo Garrossino Barbieri (presidente-substituto), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Paulo Roberto Stocco Portes, Rodrigo Cardozo Miranda e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Tue Nov 11 00:00:00 UTC 2014
id : 5778958
ano_sessao_s : 2014
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:34:27 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047474251235328
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 10; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 1803; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 741 1 740 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10768.720149/200775 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.379 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 11 de novembro de 2014 Matéria PIS. RESTITUIÇÃO Recorrente EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES S/A Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/02/2003 a 28/02/2003 PROCESSO ADMINISTRATIVO. DECISÃO PROLATADA NOUTROS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS VERSANDO SOBRE PLEITO SEMELHANTE. EXCLUSÃO DA ESPONTANEIDADE. IMPOSSIBILIDADE. Não exclui a espontaneidade o fato de a interessada ter sido intimada de decisões que indeferiram pleitos semelhantes proferidas noutros processos administrativos. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. NULIDADE. São nulos os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. Processo anulado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em anular o despacho decisório, a fim de que a unidade de origem profira novo despacho. Fez sustentação oral, pela Recorrente, o advogado Dr. João Marcos Colussi, OAB/SP 109.143. Luis Eduardo Garrossino Barbieri – Presidentesubstituto. Charles Mayer de Castro Souza Relator. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 76 8. 72 01 49 /2 00 7- 75 Fl. 742DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 2 Participaram da sessão de julgamento os conselheiros: Luis Eduardo Garrossino Barbieri (presidentesubstituto), Gilberto de Castro Moreira Junior, Charles Mayer de Castro Souza, Paulo Roberto Stocco Portes, Rodrigo Cardozo Miranda e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de restituição de crédito oriundo de pagamento a maior da contribuição para o Programa de Integração Social PIS, apurado em fevereiro de 2003, cumulado com compensação de débito de responsabilidade própria. Por bem retratar os fatos constatados nos autos, transcrevo o Relatório da decisão de primeira instância administrativa, in verbis: O presente processo foi formalizado para tratamento manual da Dcomp n° 26036.28904.150104.1.3.040196, através da qual a interessada acima identificada alega possuir crédito contra a Fazenda Nacional, referente a pagamento a maior de PIS, código 8109, do período de apuração de 28/02/2003, no valor de R$ 2.105.962,73, com o qual pleiteia compensar débito também de PIS, código 6912, do período de apuração de dezembro de 2003. Por se tratar do mesmo crédito, juntouse ao presente a Dcomp n° 33506.52144.150304.1.3.043111, bem como os processos n° 10768.720352/200741 e n° 10768.720354/200731, formalizados para tratamento manual das Dcomp eletrônicas n° 12488.50579.1.3.045817 e 35754.63311.150604.1.3.046911 respectivamente, através das quais o contribuinte compensa débitos de PIS, código 6912, dos p.a. de janeiro, fevereiro e maio de 2004. Segundo o parecer conclusivo 362/08DIORT/DERAT/RIO (fls. 26/27), pesquisa aos sistemas informatizados da RFB revelam que: a) consta declarado em DCTF débito de PIS do p.a. de fevereiro de 2003 no valor de R$ 4.587.171,77, quitado mediante DARF do mesmo valor (fls.12/13); b) tal DARF (R$ 4.587.171,77), encontrase confirmado no sistema SINAL 07 (fl. 14); c) consta declarado na DIPJ (fl.15), a título de contribuição PIS a pagar neste mesmo período, fevereiro de 2003, ficha 21, linha 44, o valor de R$ 4.587.171,77, sendo que R$ 4.377.330,07 sob o código 8109 e R$ 209.841,70 sob o código 6912 (PIS não cumulativo); d) não há, entretanto, qualquer valor recolhido sob o código 6912 durante o anocalendário de 2003, conforme pesquisa de fl. 16; e) tampouco na DCTF consta qualquer valor declarado sob o código 6912; Fl. 743DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10768.720149/200775 Acórdão n.º 3202001.379 S3C2T2 Fl. 742 3 f) ainda que por hipótese argumentativa fosse afastada a confissão de dívida efetivada pelo contribuinte através de DCTF, e fosse tomada como referência a DIPJ, cujo caráter é meramente informativo, não chegaríamos ao valor pleiteado pelo interessada, posto que tão somente o valor de R$ 209.841,70 (que seria o valor devido de PIS 6912) restaria ali subtraído do total informado como devido a título de PIS, R$ 4.587.171,77. Entretanto, como não há qualquer pagamento de PIS 6912, como já mencionado acima, não há que ser considerada esta hipótese. O parecer afirma, ainda, que no caso em tela, não havendo liquidez e certeza do alegado crédito referente a pagamento a maior de PIS, código 8109, do período de apuração de 28/02/2003, posto que o declarado em DCTF coincide com o recolhido mediante DARF, não há como homologar a compensação declarada. Com base no parecer citado, o Delegado da DERAT/RIO (fl. 28), decidiu: a) NÃO RECONHECER o direito creditório pleiteado, decorrente de suposto pagamento a maior de PIS código 8109, do período de apuração de 28/02/2003, no valor de R$ 2.105.962,73; b) NÃO HOMOLOGAR A COMPENSAÇÃO constante das Dcomp de fls. 03/07 e 18/22, bem como das Dcomp eletrônicas acostadas às fls. 04/08 dos processos apensos de n° 10768.720352/200741 e n° 10768.720354/200731. Inconformado o contribuinte interpôs, em 03 de outubro de 2008, manifestação (fls. 7994), na qual alega, em síntese, que: Quando uma ligação telefônica originada no exterior tem destino ao território nacional, tal ligação iniciase na rede telefônica da operadora estrangeira, e esta rede conectase com redes telefônicas da REQUERENTE. A partir dessa conexão, a ^ REQUERENTE presta serviços a operadora internacional de finalização de ligação telefônica W iniciada no exterior. Por estes serviços, a operadora internacional remunera a REQUERENTE, contabilizando a respectiva receita, denominada receita de tráfego entrante. A apuração dos valores a serem recebidos pela REQUERENTE em decorrência da prestação das atividades denominadas tráfego entrante se revestem de determinadas características a ela inerentes e resultam dos acordos fumados entre as operadoras estrangeiras e a REQUERENTE, nos moldes da Regulamentação da Organização Internacional de Telecomunicações e podem ser resumidas nas seguintes etapas: Statements Fl. 744DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 4 Para chegar ao valor a receber (credor) ou a pagar (devedor) decorrente da prestação de serviços de telecomunicações as operadoras trocam entre si um documento denominado Statements, onde ficam registrados os tráfegos cursados entre as operadoras e os créditos não liquidados. Liquidação da dívida Após processados os statements cada operadora dá o aceite final para fins de liquidação da dívida, efetuandose, então, o pagamento do numerário para a operadora cujo saldo final no período previamente acordado (mensal ou trimestral) lhe foi favorável (credor) Documentação interna da operação Como controle interno e suporte contábil da operação, a REQUERENTE emite dois tipos documentos, "AP" (Autorização de Pagamentos Doe. 08) ou a "AR" (Autorização de Recebimentos Doe. 09). Estes dois documentos, em resumo, documentam os statements relativos a as operações financeiras trocadas entre as operadoras. Com efeito, referidas receitas decorrentes da prestação dos serviços de ''interconexão, tráfego entrante, consubstanciam prestação de serviços de telecomunicação internacional prestados a operadoras domiciliadas no exterior, portanto exportação de serviços, nos termos reconhecidamente expressos pelo Poder Legislativo e por diversos órgãos da Administração, por exemplo: • Atos do Poder Legislativo que reconhecem como prestação de serviços de comunicação a atividade de interconexão prestada às operadoras internacionais artigo 60 da Lei n.° 9.472/97, Lei Geral de Telecomunicações; Convênio Internacional de Nairobi; e o artigo I o do Dec. n.O 2.534/98, Plano Geral de Outorgas; • O próprio órgão regulatório das atividades de telecomunicações, por meio de Parecer n.° 002/98 da ANATEL, expressamente declara que a receita auferida pela Recorrente por conta das atividades denominadas "tráfego entrante" caracterizase como receita decorrente da prestação de serviços de telecomunicação internacional. • A Procuradoria da Fazenda Nacional se manifestou, por meio do Parecer PFGN/CAT n.° 381/99, no sentido de que "É extreme de dúvidas que no caso em pauta ocorre a prestação do serviço de comunicação". • Em resposta à consulta formulada pela própria Recorrente relativa à incidência do IRPJ, a Secretaria da Receita Federal também entendeu que as receitas auferidas em decorrência do "tráfego entrante" são típicas receitas de prestação de serviços. • O próprio artigo 689 do Decreto n.° 3.000 RIR reconhece que atividade prestada pela Recorrente constitui modalidade de prestação de serviços de comunicação internacional. Fl. 745DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10768.720149/200775 Acórdão n.º 3202001.379 S3C2T2 Fl. 743 5 Por sua vez, o artigo 4o da Medida Provisória n.° 1.249/95 isenta da incidência da contribuição ao PIS as receitas decorrentes da prestação de serviços a residentes e domiciliados no exterior, verbis: Art. 4o Observado o disposto na Lei n.° 9.004, de 16 de março de 1995, na determinação da base de cálculo da contribuição serão também excluídas as receitas correspondentes: I aos serviços prestados a pessoa jurídica domiciliada no exterior, desde que não autorizadas a funcionar no Brasil, cujo pagamento represente ingresso de divisas." Posteriormente, referido artigo 4o da Medida Provisória n.° 1.249/95 foi ratificada pela Lei n 0 9.718/98 e pela Medida Provisória n.° 1.8586/99 e por fim pela Medida Provisória n.° 2.15835, mantendo a isenção nos seguintes termos, verbis: " MEDIDA PROVISÓRIA N° 2.15835. DE 24 DE A GOSTO DE 2001. Art. 14. Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de Io de fevereiro de 1999, são isentas da COFINS as receitas: III dos serviços prestados a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas; (...) § 1º. São isentas da contribuição para o PIS/PASEP as receitas referidas nos incisos I a IX do caput." A REQUERENTE prestou efetivamente serviços de interconexão a operadoras estrangeiras, o denominado trafego entrante, nos períodos compreendidos entre Janeiro de 1998 a Dezembro de 2001, e foi efetivamente remunerada por conta da prestação de tais serviços, nos termos comprovados pela juntada de cópias, por amostragem, das respectivas autorizações de pagamentos emitidas pelas operadoras domiciliadas no exterior e das autorizações de recebimento emitidas pela requerente. (A REQUERENTE junta à presente um DVD contendo as acima referidas AP's e NY's relativas a todo o período de 1998 a 2001, de forma a comprovar a efetiva exportação de serviços de telefonia). I Por cautela, considerando que a Administração entende que o efetivo ingresso de divisas somente se aperfeiçoaria mediante a contratação de contrato de câmbio, a REQUERENTE efetivamente considerou na base de cálculo do PIS por ela devida as receitas decorrentes do trafego entrante serviços de interconexão prestados a operadoras domiciliadas no exterior , em que pese a isenção prevista no já citado artigo 14 da Medida Provisória n.° 2158/01, tendo recolhido PIS relativos aos períodos de apuração de Janeiro de 1998 a Dezembro de 2001 inclusive sobre as citadas receitas de exportação trafego Fl. 746DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 6 entrante – nos termos demonstrados em planilha constante de fls. 85/86. Posteriormente, somente quando do fechamento dos competentes O Contratos de Câmbio (Does. 02 e 03) em fevereiro de 2003 e, considerando que teria passado a cumprir a exigência que, no entender da Administração, lhe daria direito ao gozo da isenção relativamente às receitas de exportação decorrentes do trafego entrante, a REQUERENTE reconheceu em sua contabilidade (Doe. 07) créditos decorrentes dos recolhimentos da PIS relativos as receitas do denominado tráfego entrante, nos períodos compreendidos entre janeiro de 1998 a dezembro de 2001, utilizando referidos créditos para quitação do próprio PIS devido em períodos de apuração vincendos, dentre estes o período de apuração de dezembro de 2003 e fevereiro de 2004 (Processo n° 200775); janeiro de 2004 (Processo n° 2007/41) e maio de 2004 (Processo n° 2007/31). Com efeito, do simples exame dos registros contábeis da REQUERENTE (Doc.07) constatase que os créditos do PIS, decorrentes da repatriação das receitas cuja origem foi a exportação dos serviços de interconexão à operadoras domiciliadas no exterior, denominado trafego entrante, foram exatamente os mesmos valores utilizados na compensação R$ 2.105.962,73 que totaliza exatamente o valor objeto da compensação em questão, nos termos demonstrados em planilha de fl. 87. De fato, a autoridade fiscal autora do Parecer que opinou pela não homologação da compensação levada a efeito pela REQUERENTE, relativa ao período de apuração de dezembro de 2003, janeiro, fevereiro e maio de 2004 não detinha informações suficientes para, partindo exclusivamente do exame isolado da DCTF relativa ao período base de fevereiro de 2003, entender a origem do crédito e atestar sua liquidez e certeza. Sequer o exame conjunto da referida DCTF relativa ao período base de fevereiro de 2003 e da respectiva Dcomp n.° 35754.63311.150604.1.3.046911; 12488.50579.130204.1.304 5817; 26036.28904.150101.1.3.040196; 33506.52144.150304.1.3.043111 permitiria à Autoridade Fiscal atestar a liquidez e certeza dos créditos utilizados pela REQUERENTE uma vez que a REQUERENTE se equivocou ao Informar na referida Dcomp que o crédito seria oriundo de recolhimento indevido havido em fevereiro de 2003. De fato, a REQUERENTE informou na competente Dcomp que os créditos eram originários do período de apuração de fevereiro de 2003, dado que somente nesta data, com o fechamento dos respectivos contratos de câmbio, é que foi cumprida, no entendimento da própria Administração Tributária, a condição necessária para a fruição da isenção, relativamente as receitas de exportação decorrentes do tráfego entrante, momento em que os recolhimentos havidos entre janeiro de 1998 a dezembro de 2001, tomaramse efetivamente recolhimentos indevidos, portanto créditos líquidos e certos passíveis de utilização para compensação com débitos vincendos da REQUERENTE. Fl. 747DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10768.720149/200775 Acórdão n.º 3202001.379 S3C2T2 Fl. 744 7 Verificase que, somente em fevereiro de 2003, após o cumprimento das condições, que no entendimento da própria Administração Tributária, são necessárias à fruição da isenção, é que os recolhimento efetuados pela REQUERENTE, em decorrência da prestação de serviços de interconexão às operadoras internacionais trafego entrante , nos períodos compreendidos entre Janeiro de 1998 a Dezembro de 2001, tornaramse efetivamente recolhimentos indevidos, portanto créditos líquidos é certos passíveis de utilização para compensação com débitos vincendos da REQUERENTE. Pois bem, dos fatos acima concluise que o crédito utilizado pela ora REQUERENTE para quitação do débito de PIS relativo ao período base de dezembro de 2003, janeiro, fevereiro e maio de 2004 não decorre de um pagamento feito a maior no período base de fevereiro de 2003, mas sim, de recolhimentos feitos no período de janeiro de 1998 a Dezembro de 2001 que, com o fechamento dos contratos de câmbio havidos em fevereiro de 2003, tornaramse, em março de 2003 recolhimentos indevidos, portanto, passíveis de utilização para quitação de débitos via compensação. Isto posto, verificase que os créditos utilizados pela REQUERENTE para quitação do débito da PIS relativo ao período de apuração de dezembro de 2003, janeiro, fevereiro e maio de 2004 são líquidos e certos, motivo pelo qual deve a compensação ser homologada, desconsiderandose, por insubsistente, o r. Parecer Conclusivo n.° 362/2008. Requer o contribuinte perícia, nos termos do disposto no artigo 16, Inciso IV do Decreto n.° 70.235/72, a fim de que sejam respondidos os quesitos: i) Que o Sr. Perito esclareça se nos períodos de apuração de Janeiro 1998 a Dezembro de 2001 a requerente computou na base de cálculo do PIS por ela recolhido através dos DARFs cujas copias foram acostadas aos autos (Doe 04) as receitas de exportação decorrentes da prestação dos serviços de interconexão a operadoras domiciliadas no exterior, denominado tráfego entrante. ii) Que o Sr. Perito esclareça, caso seja positiva a resposta ao quesito anterior, qual a parcela do valor recolhido pela REQUERENTE a título de PIS, através dos DARFs cujas cópias foram acostadas aos autos (Doe 04), é decorrente da incidência do PIS sobre as receitas de exportação originadas na prestação dos serviços de interconexão à operadoras domiciliadas no exterior, denominado tráfego entrante. iii) Que o Sr. Perito esclareça se os valores que foram objeto dos Contratos de Câmbio (Does 02 e 03), fechados em fevereiro de 2003, são relativos exclusivamente às receitas de exportação decorrentes da prestação dos serviços de interconexão a operadoras domiciliadas no exterior, denominado tráfego entrante, nos períodos de janeiro de 1998 a Dezembro de 2001. Fl. 748DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 8 Ressalta o contribuinte que quando da apresentação das Dcomp n.° 35754.63311.150604.1.3.046911; 12488.50579.130204.1.3045817; 26036.28904.150101.1.3.04 0196; 33506.52144.150304.1.3.043111; cometeu mero erro formal ao informar que os créditos que seriam compensados tratavamse de pagamentos indevidos ou a maior relativos ao período de apuração de fevereiro de 2003, quando na verdade cuidavase de créditos decorrentes de recolhimentos havidos ente Janeiro de 1998 e Dezembro de 2001, que se tornaram indevidos, em face do fechamento dos respectivos Contratos de Câmbio (Doe. 02 e 03), ocorridos em fevereiro de 2003. considerando que a Decomp não permite a correção no campo relacionado à origem dos créditos, não restou alternativa à Requerente para, diante do erro formal cometido, retificar as informações prestadas às Autoridades Fiscais de modo a comprovar a liquidez e certeza dos créditos do PIS que seriam utilizados na compensação da PIS relativo ao período de apuração de dezembro de 2003, janeiro de 2004, fevereiro de 2004 e maio de 2004. Desta forma, a partir da análise dos documentos acostados à presente manifestação de inconformidade, dúvidas não pairam sobre a liquidez e certeza dos créditos de PIS que foram utilizados na compensação realizada com o débito relativo ao período de apuração de dezembro de 2003, janeiro de 2004, fevereiro de 2004 e maior de 2004. Traz o contribuinte decisões do CARF corroborando tal raciocínio, em que se dá ênfase ao princípio da verdade material, em oposição ao da verdade formal no direito administrativo. Em 16/12/2009, foram anexadas aos autos as peças de fls. 237/243, que tratam, segundo a interessada, de subsídio à manifestação de inconformidade apresentada, onde se requer o cancelamento dos juros de mora calculados com base na taxa Selic, sobre a multa de mora exigida. A 4ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento no Rio de Janeiro não conheceu da manifestação de inconformidade, proferindo o Acórdão DRJ/RJII n.º 13 40.609, de 14/03/2012 (fls. 364 e ss.), assim ementado: ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Período de apuração: 01/02/2003 a 28/02/2003 DCOMP. PEDIDO DE RETIFICAÇÃO. APRECIAÇÃO. COMPETÊNCIA. Não se inclui dentre as atribuições das turmas das DRJ a apreciação de pedido de retificação de DCOMP. Não é de ser conhecida a manifestação de inconformidade, cuja matéria a ser apreciada se restrinja ao referido pedido. Manifestação de Inconformidade Não Conhecida Fl. 749DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA Processo nº 10768.720149/200775 Acórdão n.º 3202001.379 S3C2T2 Fl. 745 9 Direito Creditório Não Reconhecido Irresignada, a interessada apresentou, fora prazo legal, recurso voluntário de fls. 425/448, que, no entanto, deve ser apreciado por esta Colegiado Administrativo por força de decisão judicial (vide fl. 714). As suas razões de defesa, no entanto, não serão aqui relatadas em vista do que se passa a consignar no voto. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende, por força de decisão judicial, a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. Conforme consta do Relatório, a Recorrente apresentou pedido eletrônico de restituição de crédito do PIS, cumulado com pedido de compensação de débito próprios. A unidade de origem indeferiu o pedido de restituição e não homologou as compensações. Em essência, fundamentouse nos seguintes fatos: a) consta declarado em DCTF débito de PIS de fevereiro de 2003 no valor de R$ 4.587.171,77, quitado mediante DARF do mesmo valor (fls. 12/13); b) o valor pago encontrase confirmado no sistema SINAL 07 (fl. 14); c) consta declarado na DIPJ (fl. 15), a título contribuição para o PIS a pagar neste mesmo período, fevereiro de 2003, ficha 21, linha 44, o valor de R$ 4.587.171,77, sendo que R$ 4.377.330,07 sob o código 8109 e R$ 209.841,70 sob o código 6912 (PIS não cumulativo); d) não havia, entretanto, qualquer valor recolhido sob o código 6912 durante o anocalendário de 2003, conforme pesquisa de fl. 16. Portanto, a denegação do pleito assentouse na não constatação da origem do crédito pleiteado. Não houve, todavia, intimação da Recorrente para apresentar esclarecimentos, de molde a dirimir a dúvida necessária à solução, ao menos inicial, do litígio. A meu ver, a decisão está equivocada. É que, antes de proferido o Despacho Decisório, deveria a Recorrente ter sido intimada a apresentar alegações e documentos que respaldassem a pretensão, a fim de que fossem dirimidas dúvidas sobre a existência do crédito pretendido. Afinal, nos termos do inciso II do art. 3º da Lei n.º 9.784, de 1999 (aplicável subsidiariamente ao Processo Administrativo Fiscal por força de seu art. 69), o administrado tem o direito de formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais devem ser objeto de consideração pelo órgão prolator. Ademais, conforme preconiza o art. 39 do mesmo diploma legal, quando necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados ou terceiros, devem ser expedidas intimações para esse fim, mencionandose data, prazo, forma e condições de atendimento. Fl. 750DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA 10 Portanto, ainda que erro tenha havido, a Recorrente deveria ter sido intimada a sanálo. Ante o exposto, por considerar cerceado o direito de defesa da Recorrente, e tendo em vista o disposto no inciso II do art. 59 do Decreto n.º 70.235, de 1972, voto por DAR PROVIMENTO ao recurso voluntário, para anular o despacho decisório, a fim de que a unidade de origem profira novo despacho. É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 751DF CARF MF Impresso em 13/01/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 1 8/12/2014 por LUIS EDUARDO GARROSSINO BARBIERI, Assinado digitalmente em 16/12/2014 por CHARLES MAYE R DE CASTRO SOUZA
score : 1.0
Numero do processo: 10283.906387/2009-81
Turma: Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
Câmara: Segunda Câmara
Seção: Terceira Seção De Julgamento
Data da sessão: Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
Data da publicação: Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
Ementa: Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005
DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM.
Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão.
Recurso voluntário provido em parte.
Numero da decisão: 3202-001.506
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874.
Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente
Charles Mayer de Castro Souza Relator
Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
Nome do relator: CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
1.0 = *:*toggle all fields
dt_index_tdt : Fri Oct 08 01:09:55 UTC 2021
anomes_sessao_s : 201502
camara_s : Segunda Câmara
ementa_s : Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte.
turma_s : Segunda Turma Ordinária da Segunda Câmara da Terceira Seção
dt_publicacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_processo_s : 10283.906387/2009-81
anomes_publicacao_s : 201503
conteudo_id_s : 5446723
dt_registro_atualizacao_tdt : Thu Mar 26 00:00:00 UTC 2015
numero_decisao_s : 3202-001.506
nome_arquivo_s : Decisao_10283906387200981.PDF
ano_publicacao_s : 2015
nome_relator_s : CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA
nome_arquivo_pdf_s : 10283906387200981_5446723.pdf
secao_s : Terceira Seção De Julgamento
arquivo_indexado_s : S
decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarou-se impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira Presidente Charles Mayer de Castro Souza Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves.
dt_sessao_tdt : Wed Feb 25 00:00:00 UTC 2015
id : 5878506
ano_sessao_s : 2015
atualizado_anexos_dt : Fri Oct 08 10:38:52 UTC 2021
sem_conteudo_s : N
_version_ : 1713047701751332864
conteudo_txt : Metadados => pdf:unmappedUnicodeCharsPerPage: 0; pdf:PDFVersion: 1.4; X-Parsed-By: org.apache.tika.parser.DefaultParser; access_permission:modify_annotations: true; access_permission:can_print_degraded: true; access_permission:extract_for_accessibility: true; access_permission:assemble_document: true; xmpTPg:NPages: 3; dc:format: application/pdf; version=1.4; pdf:charsPerPage: 2039; access_permission:extract_content: true; access_permission:can_print: true; access_permission:fill_in_form: true; pdf:encrypted: true; producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; access_permission:can_modify: true; pdf:docinfo:producer: Serviço Federal de Processamento de Dados via ABCpdf; Content-Type: application/pdf | Conteúdo => S3C2T2 Fl. 347 1 346 S3C2T2 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10283.906387/200981 Recurso nº Voluntário Acórdão nº 3202001.506 – 2ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 25 de fevereiro de 2015 Matéria COMPENSAÇÃO Recorrente NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Período de apuração: 08/05/2001 a 12/12/2005 DIREITO CREDITÓRIO A SER COMPENSADO PENDENTE DE NOVA DECISÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO. COMPENSAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À UNIDADE DE ORIGEM. Em situações em que se indeferiu a compensação em face da inexistência do crédito que se pretendia compensar, uma vez ultrapassada a questão jurídica que impossibilitava a apreciação do montante do direito creditório, a unidade de origem deve proceder a uma nova análise do pedido de compensação, após verificar a existência, a suficiência e a disponibilidade do crédito pleiteado, permanecendo os débitos compensados com a exigibilidade suspensa até a prolação de nova decisão. Recurso voluntário provido em parte. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário. O Conselheiro Gilberto de Castro Moreira Junior declarouse impedido. Participou do julgamento o Conselheiro Cláudio Augusto Gonçalves Pereira. Fez sustentação oral, pela recorrente, o advogado Marcelo Reinecken, OAB/DF nº. 14874. Irene Souza da Trindade Torres Oliveira – Presidente AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 28 3. 90 63 87 /2 00 9- 81 Fl. 347DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA 2 Charles Mayer de Castro Souza – Relator Participaram da sessão de julgamento os Conselheiros: Irene Souza da Trindade Torres Oliveira (Presidente), Luis Eduardo Garrossino Barbieri, Charles Mayer de Castro Souza, Tatiana Midori Migiyama e Thiago Moura de Albuquerque Alves. Relatório A interessada apresentou pedido eletrônico de compensação de débitos próprios com crédito oriundo de pagamento a maior de Imposto de Importação – II e de Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, com origem no período de 08/05/2001 a 12/12/2005. A compensação não foi homologada, ao fundamento de que o DARF a indicado no PER/DCOMP não foi localizado nos sistemas da Receita Federal. Alegado pela contribuinte o cometimento de um equívoco no preenchimento do DARF, os autos foram baixados em diligência pela DRJ, quando se constatou que o presente processo é conexo ao de nº 10283.007613/200604, por meio do qual se requereu a restituição do crédito que se pretende compensar. A Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Fortaleza julgou improcedente a manifestação de inconformidade, sob o argumento de inexistência do direito creditório objeto do processo nº 10283.007613/200604. No prazo legal, a contribuinte apresentou recurso voluntário, cujas razões de defesa não serão relatadas em vista do que se passa a expor no voto. O processo foi distribuído a este Conselheiro Relator, na forma regimental. É o relatório. Voto Conselheiro Charles Mayer de Castro Souza, Relator. O recurso atende a todos os requisitos de admissibilidade previstos em lei, razão pela qual dele se conhece. A Recorrente apresentou PER/DCOMP objetivando a compensação de débito próprio com crédito oriundo de pagamento indevido de II e de IPI vinculado que são objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604. Como o direito à restituição foi negado, também aqui negouse o direito à compensação. Contudo, nesta mesma sessão de julgamento consideraramse indevidas as razões adotadas pela DRF de origem, e mantidas pela instância de piso, para denegar o pedido de restituição, motivo pelo qual determinouse que os autos do processo administrativo n.º 10283.007613/200604 devem retornar à DRF para que, ultrapassada a questão decidida no julgamento, estime os valores a serem restituídos. Ante o exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário, para que a DRF de origem, após a análise do direito creditório objeto do processo administrativo n.º 10283.007613/200604, profira nova decisão quanto ao pedido de compensação. Fl. 348DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA Processo nº 10283.906387/200981 Acórdão n.º 3202001.506 S3C2T2 Fl. 348 3 É como voto. Charles Mayer de Castro Souza Fl. 349DF CARF MF Impresso em 26/03/2015 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 24/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 2 4/03/2015 por CHARLES MAYER DE CASTRO SOUZA, Assinado digitalmente em 25/03/2015 por IRENE SOUZA DA TRINDADE TORRES OLIVEIRA
score : 1.0