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Turma Camara- 3ª SEÇÃO (1)
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Numero do processo: 10630.001155/2002-71
Turma: 3ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR REC. FISCAIS
Câmara: 3ª SEÇÃO
Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais
Data da sessão: Mon Apr 04 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Mon Apr 04 00:00:00 UTC 2011
Ementa: Processo Administrativo Fiscal
Ementa:
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. CTN, ART. 106, II.
RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 11.488/2007, 14. RECOLHIMENTO EM ATRASO SEM MULTA DE MORA. VALOR CONFESSADO EM DCTF. MULTA ISOLADA. CANCELAMENTO. Nos termos do art. 44, I, da Lei nº 9.430/96, com a redação dada pelo art. 14 da Lei nº 11.488, de 15/06/2007, não mais é devida a multa de setenta e cinco
por cento sobre valor confessado em DCTF, ainda que pago com atraso. Face à retroatividade benigna, determinada pelo art. 106, II, do CTN, a alteração no referido art. 44, I aplica-se aos lançamentos anteriores ainda não definitivamente julgados.
Numero da decisão: 9303-001.366
Decisão: ACORDAM os membros da 3ª turma do câmara SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
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CTN, ART. 106, II. RETROATIVIDADE BENIGNA. LEI Nº 11.488/2007, 14. RECOLHIMENTO EM ATRASO SEM MULTA DE MORA. VALOR CONFESSADO EM DCTF. MULTA ISOLADA. CANCELAMENTO. Nos termos do art. 44, I, da Lei nº 9.430/96, com a redação dada pelo art. 14 da Lei nº 11.488, de 15/06/2007, não mais é devida a multa de setenta e cinco por cento sobre valor confessado em DCTF, ainda que pago com atraso. Face à retroatividade benigna, determinada pelo art. 106, II, do CTN, a alteração no referido art. 44, I aplicase aos lançamentos anteriores ainda não definitivamente julgados. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 3ª turma do câmara SSUUPPEERRIIOORR DDEE RREECCUURRSSOOSS FFIISSCCAAIISS, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso especial. HENRIQUE PINHEIRO TORRES – Presidente Substituto GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Relator Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros SUSY GOMES HOFFMANN, JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMANDO, GILENO GURJÃO BARRETO, HENRIQUE PINHEIRO TORRES, RODRIGO CARDOZO MIRANDA, RODRIGO DA COSTA PÔSSAS, NANCI GAMA e MARIA TERESA MARTÍNEZ LÓPEZ. Fl. 283DF CARF MF Emitido em 14/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/04/2011 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Assinado digitalmente em 14/04/2011 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, 02/05/2011 por HENRIQUE PINHE IRO TORRES 2 Relatório Tratase de recurso especial interposto pela Procuradoria da Fazenda Nacional, fls.229/241, contra decisão do acórdão nº 20179533, da Primeira Câmara do Segundo Conselho, cuja ementa foi vazada nos seguintes termos. Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 01/03/1998 a 30/09/1999 Ementa: ACÓRDÃO RECORRIDO. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. Sendo a decisão devidamente motivada e fundamentada, não há que se falar em cerceamento do direito de defesa, ainda que não tenham sido abordados todos os pontos trazidos pela defesa. COF1NS. VALOR DECLARADO E ESCRITURADO. DIFERENÇAS. LANÇAMENTO. A diferença apurada entre valores escriturados e declarados somente pode ser cancelada mediante prova do erro na escrituração ou de que o valor devido já foi anteriormente pago. VALORES DECLARADOS EM DCTF. FALTA DE PAGAMENTO. HIPÓTESE DE LANÇAMENTO. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE À ÉPOCA DO LANÇAMENTO. ART. 90 DA MP nº 2.15835/2001. Tratandose de valores declarados pelo sujeito passivo em DCTF e irregularmente vinculados a Darf, cabível o lançamento expressamente previsto na legislação vigente à época de sua realização. NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. MULTA DE OFÍCIO. LEGISLAÇÃO MAIS BENÉFICA SUPERVENIENTE. DÉBITOS DECLARADOS EM DCTF. LEI nº 11.051, de 2004. Na hipótese de tributo declarado em DCTF, tendo a legislação superveniente restringido a aplicação de multa de oficio isolada aos casos de compensação indevida e em que houvesse vedação legal à compensação ou compensação com créditos de natureza não tributária, com a prática de sonegação, fraude ou conluio, as multas anteriormente aplicadas devem ser canceladas, em face do princípio da retroatividade da legislação mais benéfica. Recurso provido em parte. Na peça recursal a União requer que seja reconhecida a violação do art. 142 do CTN, do art. 90 da MP nº 2.15835/2001 e do art. 44, I, da Lei nº 9.430/96. Requer que seja dado provimento ao recurso para manter a multa de ofício lançada, por estar demonstrado que a penalidade encontrase amparada no caput do art. 18 da Lei nº 10.833/2003. O recurso teve seguimento nos termos do despacho nº 201356/07 de fls. 244/246. O Sujeito Passivo apresentou contrarrazões às fls. 253/257. É o relatório. Voto Conselheiro Gilson Macedo Rosenburg Filho, Relator O recurso foi apresentado com observância do prazo previsto, bem como dos demais requisitos de admissibilidade. Sendo assim, dele tomo conhecimento e passo a apreciar. A pedra angular do litígio posta nos autos diz respeito a manutenção da multa de ofício lançada com base no art. 90 da MP nº 2.15835/2001 c/c art. 4, I, da Lei nº 9.430/96. Fl. 284DF CARF MF Emitido em 14/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/04/2011 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Assinado digitalmente em 14/04/2011 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, 02/05/2011 por HENRIQUE PINHE IRO TORRES Processo nº 10630.001155/200271 Acórdão n.º 930301366 CSRFT3 Fl. 264 3 Esse tema é tranqüilo neste colegiado, tendo sido julgado por diversas vezes. Por esse motivo, sem alongarme muito, passo ao voto. Ao meu sentir, a multa isolada no percentual de 75%, deve ser cancelada em virtude da retroatividade benigna, explico. A Lei nº 11.051/2004 limitou a aplicação da multa de ofício apenas para situação em que ficar comprovada a prática das infrações previstas nos arts. 71 a 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964. Ou seja, deixou de prever penalidade para o fato jurídico que deu ensejo ao lançamento tributário. O art. 106, II, c, do CTN determina que a lei seja aplicada aos atos ou fatos passados, pendentes de julgamento definitivo, que deixe de tratálo como infração ou que lhe comine penalidade menos gravosa que a prevista quando da prática do ato. No caso em análise, o Fisco efetuou o auto de infração por constatar diferenças entre os valores declarados em DCTF e os apurados nos livros escriturados. Esse fato à época dava supedâneo para o lançamento da multa de 75%. Contudo, como já mencionado, o fato deixou de ser tipificado para fins de penalidade, de sorte que o lançamento da multa deve ser cancelado, em face da retroatividade benígna. Forte nestes argumentos, voto para negar provimento ao recurso da Fazenda Nacional. É como voto. Gilson Macedo Rosenburg Filho Fl. 285DF CARF MF Emitido em 14/07/2011 pelo Ministério da Fazenda Autenticado digitalmente em 14/04/2011 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Assinado digitalmente em 14/04/2011 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, 02/05/2011 por HENRIQUE PINHE IRO TORRES
score : 1.0
Numero do processo: 10665.001848/2003-47
Turma: Quarta Turma Especial
Câmara: Quarta Câmara
Seção: Segundo Conselho de Contribuintes
Data da sessão: Thu Nov 10 00:00:00 UTC 2011
Data da publicação: Wed Apr 17 00:00:00 UTC 2013
Ementa: Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep
Período de apuração: 01/07/1992 a 31/05/1997
Ementa:
TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO.
É inconstitucional o artigo 45 da Lei nº 8.212/1991, que trata de decadência de crédito tributário. Súmula Vinculante n.º 08 do STF.
TERMO INICIAL: (a) Primeiro dia do exercício seguinte ao da ocorrência do fato gerador, se não houve antecipação do pagamento (CTN, ART. 173, I); (b) Fato Gerador, caso tenha ocorrido recolhimento, ainda que parcial (CTN, ART. 150, § 4º).
Numero da decisão: 3402-001.572
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da Tterceira seção de julgamento, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do relator.
GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Relator e Presidente Substituto
EDITADO EM: 03/04/2013
Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros João Carlos Cassuli Junior, Silvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca, Francisco Mauricio Rabelo de Albuquerque Silva. O Presidente Substituto da Turma assina o presente acórdão em face da impossibilidade, por motivos de saúde, da Presidente Nayra Bastos Manatta.
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Nome do relator: GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
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decisao_txt : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da Tterceira seção de julgamento, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do relator. GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Relator e Presidente Substituto EDITADO EM: 03/04/2013 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros João Carlos Cassuli Junior, Silvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca, Francisco Mauricio Rabelo de Albuquerque Silva. O Presidente Substituto da Turma assina o presente acórdão em face da impossibilidade, por motivos de saúde, da Presidente Nayra Bastos Manatta.
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PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. É inconstitucional o artigo 45 da Lei nº 8.212/1991, que trata de decadência de crédito tributário. Súmula Vinculante n.º 08 do STF. TERMO INICIAL: (a) Primeiro dia do exercício seguinte ao da ocorrência do fato gerador, se não houve antecipação do pagamento (CTN, ART. 173, I); (b) Fato Gerador, caso tenha ocorrido recolhimento, ainda que parcial (CTN, ART. 150, § 4º). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da Tterceira SSEEÇÇÃÃOO DDEE JJUULLGGAAMMEENNTTOO, por unanimidade de votos, em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do relator. GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO – Relator e Presidente Substituto EDITADO EM: 03/04/2013 Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros João Carlos Cassuli Junior, Silvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca, Francisco Mauricio Rabelo de Albuquerque Silva. O Presidente Substituto da Turma assina o presente acórdão em face da impossibilidade, por motivos de saúde, da Presidente Nayra Bastos Manatta. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 66 5. 00 18 48 /2 00 3- 47 Fl. 1DF CARF MF Impresso em 18/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 1/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 10665.001848/200347 Acórdão n.º 3402001.572 S3C4T2 Fl. 296 2 Relatório Tratase auto de infração em virtude de correções efetuadas na apuração da base de cálculo do PIS referentes aos períodos de apuração 31/10/94, 30/11/94, 31/03/95, 31/07/95, 31/08/95, 30/09/95, 31/01/97, 28/02/97, 31/03/97, 30/04/97, 30/06/97 e 31/03/2000. Na impugnação, o recorrente argúi a decadência do direito de constituição do crédito tributário referente aos períodos compreendidos entre julho de 1992 a maio de 1997, uma vez que deve ser observado o prazo qüinqüenal previsto no § 4º do art. 150 do CTN. No mérito, argumenta que o fisco não aplicou a semestralidade prevista na Lei nº 07/70, que prevê o recolhimento do PIS utilizando a alíquota de 0,75% sobre o faturamento do sexto mês anterior. A Delegacia de Julgamento em Belo Horizonte considerou procedente o lançamento proferindo o Acórdão nº 5220, cuja ementa foi vazada nos seguintes termos: O prazo decadencial das contribuições que compõe a Seguridade Social – entre elas o PIS – encontrase fixado em lei. A exegese correta da Lei Complementar nº 07/70 desautoriza entendimento que propugne pela existência de um lapso de tempo entre o fato gerador da obrigação e a base de cálculo da contribuição. Descontente com a decisão de primeira instância, o sujeito passivo protocolou o recurso voluntário no qual argumenta, em síntese, que: a) É totalmente equivocada e absurda a pretensão do Fisco de cobrar supostas diferenças de PIS encontradas no período de julho de 1992 a maio de 1997, em outubro de 2003, quando já decaiu seu direito de constituir tais créditos tributários, em virtude da aplicação do § 4º do art. 150 do CTN; e b) O auto de infração e o acórdão recorrido se mostram contraditórios ao não prever a plena aplicação da Lei Complementar nº 07/70 e, consequentemente, não reconhecer a semestralidade do PIS. Termina sua petição recursal requerendo que seja reformado o acórdão hostilizado no intuito de que, em sede de preliminar, seja declarado nulo o presente auto de infração, tendo em vista que os valores cobrados foram alcançados pela decadência, e, no mérito, seja julgado improcedente o auto de infração para fins de se reconhecer como ilegítima a autuação fiscal, determinando a nulidade e o cancelamento do lançamento epigrafado, com reconhecimento da semestralidade no cálculo do PIS devido. É o Relatório. Fl. 2DF CARF MF Impresso em 18/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 1/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 10665.001848/200347 Acórdão n.º 3402001.572 S3C4T2 Fl. 297 3 Voto Conselheiro Gilson Macedo Rosenburg Filho, Relator A impugnação foi apresentada com observância do prazo previsto, bem como dos demais requisitos de admissibilidade. Sendo assim, dela tomo conhecimento e passo a apreciar. Decadência A controvérsia se instaurou por entendimentos divergentes quanto ao prazo decadencial para a constituição do crédito tributário referente a tributos sujeitos ao lançamento por homologação. O acórdão vergastado definiu que o direito de constituir crédito tributário relativo ao PIS extinguese transcorridos dez anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído, na linha do art. 45 da Lei nº 8.212/91. O recorrente defende que os tributos sujeitos ao lançamento por homologação deve ter seu prazo decadencial regulado pelo art. 150, § 4º, do CTN. É sobremodo importante assinalar, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal publicou no Diário Oficial da União, do dia 20/06/2008, o enunciado da Súmula vinculante nº 08, in verbis: Em sessão de 12 de junho de 2008, o Tribunal Pleno editou os seguintes enunciados de súmula vinculante que se publicam no Diário da Justiça e no Diário Oficial da União, nos termos do § 4º do art. 2º da Lei nº 11.417/2006: Súmula vinculante nº 8 São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do DecretoLei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. Precedentes: RE 560.626, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 12/6/2008; RE 556.664, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 12/6/2008; RE 559.882, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 12/6/2008; RE 559.943, rel. Min.Cármen Lúcia, j. 12/6/2008; RE 106.217, rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 12/9/1986; RE 138.284, rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28/8/1992. Legislação: DecretoLei nº 1.569/1997, art. 5º, parágrafo único Lei nº 8.212/1991, artigos 45 e 46 CF, art. 146, III Brasília, 18 de junho de 2008. Sobre a matéria “súmula vinculante”, aduzo abordagem digna de aplausos do Ministro Gilmar Mendes: Outra situação decorre de adoção de súmula vinculante (art. 103A da CF, introduzido pela EC n. 45/2004), na qual se afirma que determinada conduta, dada prática ou uma interpretação é inconstitucional. Nesse caso, a súmula acabará por dotar a declaração de inconstitucionalidade proferida em sede incidental de efeito vinculante. A súmula vinculante, ao contrário do que ocorre no processo objetivo, decorre de decisões tomadas em casos concretos, no modelo incidental, no qual também existe, não raras vezes, reclamo por Fl. 3DF CARF MF Impresso em 18/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 1/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 10665.001848/200347 Acórdão n.º 3402001.572 S3C4T2 Fl. 298 4 solução geral. Ela só pode ser editada depois de decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal ou de decisões repetidas das Turmas. Desde já, afigurase inequívoco que a referida súmula conferirá eficácia geral e vinculante às decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal sem afetar diretamente a vigência de leis declaradas inconstitucionais no processo de controle incidental. E isso em função de não ter sido alterada a cláusula clássica, constante do art. 52, X, da Constituição, que outorga ao Senado a atribuição para suspender a execução de lei ou ato normativo declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Não resta dúvida de que a adoção de súmula vinculante em situação que envolva a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo enfraquecerá ainda mais o já debilitado instituto da suspensão de execução pelo Senado. É que essa súmula conferirá interpretação vinculante à decisão que declara a inconstitucionalidade sem que a lei declarada inconstitucional tenha sido eliminada formalmente do ordenamento jurídico (falta de eficácia geral da decisão declaratória de inconstitucionalidade). Temse efeito vinculante da súmula, que obrigará a Administração a não mais aplicar a lei objeto da declaração de inconstitucionalidade (nem a orientação que dela se dessume), sem eficácia erga omnes da declaração de inconstitucionalidade.(grifo meu) Portanto, dada a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei nº 8.212/91, há de se definir o termo inicial do prazo decadencial nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. O texto abaixo reflete a orientação da doutrina sobre o tema: “Há uma discussão importante acerca do prazo decadencial para que o Fisco constitua o crédito tributário relativamente aos tributos sujeitos a lançamento por homologação. Nos parece claro e lógico que o prazo deste § 4º tem por finalidade dar segurança jurídica às relações tributárias da espécie. Ocorrido o fato gerador e efetuado o pagamento pelo sujeito passivo no prazo do vencimento, tal como previsto na legislação tributária, tem o Fisco o prazo de cinco anos, a contar do fato gerador, para emprestar definitividade a tal situação, homologando expressa ou tacitamente o pagamento realizado, com o que chancela o cálculo realizado pelo contribuinte e que supre a necessidade de um lançamento por parte do Fisco, satisfeito que estará o respectivo crédito. É neste prazo para homologação que o Fisco deve promover a fiscalização, analisando o pagamento efetuado e, entendendo que é insuficiente, fazendo o lançamento de ofício através da lavratura de auto de infração, em vez de chancelálo pela homologação. Com o decurso do prazo de cinco anos contados do fato gerador, pois, ocorre a decadência do direito do Fisco de lançar eventual diferença. A regra do § 4º deste art. 150 é regra especial relativamente à do art. 173, I, deste mesmo Código. E, em havendo regra especial, prefere à regra geral. Não há que se falar em aplicação cumulativa de ambos os artigos.” (Leandro Paulsen, Direito Tributário, Constituição e Código Tributário à Luz da Doutrina e da Jurisprudência, Ed. Livraria do Advogado, 6ª ed., p. 1011) “Ora, no caso da homologação tácita, pela qual se aperfeiçoa o lançamento, o CTN estabelece expressamente prazo dentro do qual se deve considerar homologado o pagamento, prazo que corre contra os interesses fazendários, conforme § 4º do art. 150 em análise. A conseqüência – homologação tácita, extintiva do crédito – ao transcurso in albis do prazo previsto para a homologação expressa do Fl. 4DF CARF MF Impresso em 18/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 1/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 10665.001848/200347 Acórdão n.º 3402001.572 S3C4T2 Fl. 299 5 pagamento está igualmente nele consignada” (Misabel A. Machado Derzi, Comentários ao CTN, Ed. Forense, 3a ed., p. 404). Contudo, para a efetiva solução da presente lide, chamo atenção para o Resp nº 973733, no qual o Superior Tribunal de Justiça decidiu sobre a matéria, sob a sistemática prevista pelo art. 543C. Segue a ementa do julgado, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. 1. O prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício) contase do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira Seção: Resp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005). 2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontrase regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210). 3. O dies a quo do prazo qüinqüenal da aludida regra decadencial regese pelo disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o "primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelandose inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Codex Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto Xavier, "Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro", 3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. Fl. 5DF CARF MF Impresso em 18/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 1/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 10665.001848/200347 Acórdão n.º 3402001.572 S3C4T2 Fl. 300 6 91/104; Luciano Amaro, "Direito Tributário Brasileiro", 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz de Santi, "Decadência e Prescrição no Direito Tributário", 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199). 5. In casu, consoante assente na origem: (i) cuidase de tributo sujeito a lançamento por homologação; (ii) a obrigação ex lege de pagamento antecipado das contribuições previdenciárias não restou adimplida pelo contribuinte, no que concerne aos fatos imponíveis ocorridos no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994; e (iii) a constituição dos créditos tributários respectivos deuse em 26.03.2001. 6. Destarte, revelamse caducos os créditos tributários executados, tendo em vista o decurso do prazo decadencial qüinqüenal para que o Fisco efetuasse o lançamento de ofício substitutivo. 7. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008. Como sabemos, o art. 62A do Regimento Interno do CARF determina a aplicação das decisões definitivas proferidas pelo STF e STJ, na sistemática prevista nos artigos 543B e 543C da Lei nº 5.869/73. Após breve passeio pela jurisprudência, retornando ao caso em epígrafe, verificase que o sujeito passivo tomou ciência do auto de infração em 07/10/2003 e que houve antecipação de pagamento, conforme exige o art. 150, § 4º do CTN, de sorte que o prazo decadencial deverá começar a fluir a partir da ocorrência do fato gerador. Neste sentido, declaro que decaiu o direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários referentes aos períodos de apuração 31/10/94, 30/11/94, 31/03/95, 31/07/95, 31/08/95, 30/09/95, 31/01/97, 28/02/97, 31/03/97, 30/04/97, 30/06/97, restando apenas o período de apuração referente a março de 2000 sem ter sido fulminado pelo instituto. Semestralidade A lide sobre a base de cálculo do PIS/Pasep envolvendo a semestralidade restou definitivamente pacificada após a edição do enunciado de Súmula n° 15 do CARF, publicado no DOU de 22/12/2009 (Seção 1, pág 70/72), in verbis: A base de cálculo do PIS/Pasep, prevista no artigo 6° da Lei complementar n° 7, de 1970, é o faturamento do sexto mês anterior, sem correção monetária. Portanto, na linha do enunciado da súmula, a base de cálculo do PIS de determinado mês é o montante do faturamento do sexto mês anterior. Regressando aos autos, o período de apuração que não foi atingido pela decadência foi março de 2000, que não estava mais sob a égide da LC nº 07/70 e sim sob os ditames da Lei nº 9.718/98. Pelas assertivas feitas, afluem razões jurídicas para concluir que não é aplicável a súmula ao caso em questão. Fl. 6DF CARF MF Impresso em 18/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 1/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Processo nº 10665.001848/200347 Acórdão n.º 3402001.572 S3C4T2 Fl. 301 7 Em face do exposto, dou provimento parcial ao recurso para determinar que sejam canceladas as exigências fiscais referentes aos períodos de apuração 31/10/94, 30/11/94, 31/03/95, 31/07/95, 31/08/95, 30/09/95, 31/01/97, 28/02/97, 31/03/97, 30/04/97 e 30/06/97, já que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário tinha sido fulminado pelos efeitos da decadência à época do lançamento. É como voto. Sala das Sessões, em 10 de novembro de 2011 Gilson Macedo Rosenburg Filho Fl. 7DF CARF MF Impresso em 18/04/2013 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 11/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 1 1/04/2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
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Numero do processo: 10384.003983/2003-83
Data da sessão: Mon Jun 28 00:00:00 UTC 2010
Data da publicação: Tue Jun 29 00:00:00 UTC 2010
Ementa: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Ano-calendário: 1998
TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CREDITO.
inconstitucional o artigo 45 da Lei IV 8.212/1991, que trata de decadência de crédito tributário. Súmula Vinculante IV 08 do STF.
Recurso Especial do Procurador No Conhecido.
Numero da decisão: 9303-000.987
Decisão: Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em no
conhecer do recurso especial, por tratar-se de matéria sumulada.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
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ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Ano-calendário: 1998 TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL DE CONSTITUIÇÃO DO CREDITO. inconstitucional o artigo 45 da Lei IV 8.212/1991, que trata de decadência de crédito tributário. Súmula Vinculante IV 08 do STF. Recurso Especial do Procurador No Conhecido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, em no conhecer do recurso especial, por tratar-se de matéria sumulada. G se ace os nburg Filh Relator EDITADO EM: /08/2011 Participaram do presente julgamento os Conselheiros Henrique Pinheiro Ton-es, Nanci Gama, Judith do Amaral Marcondes Armando, Rodrigo Caniozo Miranda, Gilson Macedo Rosenburg Filho, Leonardo Siade Manzan, Rodrigo da Costa Possas, Maria Teresa Martinez López, Susy Gomes Hoffmann e Carlos Alberto Freitas Barreto. Relatório Trata-se de recurso especial interposto pela Fazenda Nacional, fls. 581/591, contra decisão do Acórdão n° 201-80443 da Primeira Camara do Segundo Conselho de Contribuintes, que deu provimento parcial ao recurso voluntário do contribuinte, cuja ementa foi assim vazada: ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Ano-calendário: 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003 AÇÃO JUDICIAL. LANÇAMENTO PARA PREVENÇÃO DA DECADÊNCIA. A concessão de medida liminar em mandado de segurança ou ação cctutelar suspende a exigibilidade do crédito tributário, não ficando, entretanto, a União Federal impedida de constitui-lo pelo lançamento de oficio a fim de prevenir a decadência, sendo neste caso inaplicável multa de lançamento de oficio. AÇÃO JUDICIAL. COMPENSAÇÃO. A certeza e a liquidez dos créditos são requisitos indispensáveis para a compensação autorizada por lei, segundo o comando inserto nos arts. 170 e 170-A do CTN. Créditos que não se apresentam líquidos não podem ser objeto de autorização de compensação, porquanto para se proceder à compensação deve, previantente, existir a liquidez e certeza do crédito a ser utilizado pelo contribuinte. PIS. PRAZO DE RECOLHIMENTO. ALTERAÇÕES. Normas legais supervenientes alteraram o prazo de recolhimento da contribuição ao PIS previsto originariamente em seis meses. PIS. PRAZO DE RECOLHIMENTO. ALTERAÇÕES. Normas legais supervenientes alteraram o prazo de recolhimento da contribuição ao PIS previsto originariamente em seis meses. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. LEGALIDADE. A atualização monetária do valor da contribuição devida decorre de expressa previsão JULGAMENTO ADMINISTRATIVO. ALCANCE. A função das Delegacias da Receita Federal de Julgamento, como órgãos de jurisdição administrativa, consiste em examinar a consentaneidade dos procedimentos fiscais com as normas legais vigentes, não lhes sendo facultado pronunciar-se a respeito da conformidade ou não da lei, validamente editada, com os demais preceitos emanados pela Constituição Federal. PEDIDO DE PERIM. REQUISITOS LEGAIS. DESATENDIMENTO. Considera-se não formulado o pedido de perícia cuja petição não atendeu aos requisitos Recurso provido em parte. A Fazenda Nacional, em sua petição recursal, defende que a decisão recorrida Rao poderia afastar a incidência do artigo 45 da Lei n" 8.212/91, diante da presunção de 2 Processo n" 10384.003983/2003-83 CSIZT-T3 Acórao n." 9303-00.987 FL 603 constitucionalidade das leis, corolário da supremacia que é deferida à Constituição, como vértice do ordenamento jurídico. . Por intennédio. do Despacho n° 201-353 de fls. 594/596, o recurso foi admitido. O Contribuinte não apresentou contranazões. É o Relatório. Voto Conselheiro Gilson Macedo Rosenburg Filho, Relator O recurso foi apresentado com observância do prazo previsto. A controvérsia se instaurou por entendimentos divergentes quanto ao prazo clecadencial para a constituição do crédito tributário referente ao PIS. A recorrente defende a aplicação do art. 45 da Lei n° 8.212/91, uma vez que o PIS classifica-se cqrno .‘Contribuição,para Seguridade Social, devendo ser regido pelo referido , ditame legal. Não obstante, consoante noção cediça, o Supremo Tribunal Federal publicou no Diário Oficial da Unido, do dia 20/06/2008, o enunciado da Súmula vinculante n" 08, in verbis: "Ent sessão de 12 de junho de 2008, o Tribunal Pleno editou os seguintes enunciados de súmula vinculante que se publican? no Diário da Justiça e no Diário Oficial da União, nos termos do ,sç 4° do art, 2" da Lei n" 11.417/2006: Sumula vinca/ante n" 8 - Sao inconstitucionais o parágralb único do artigo 5" do Decreto-Lei n°1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei n" 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. Precedentes: RE 560.626, rel. Mill, Gihnar Mendes, j. 12/612008; RE 556.664, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 12/6/2008; RE 559.882, rel. Alin. Gilmar Mendes, j. 12/6/2008; RE 559.943, rel. Min.Cármen Lúcia, j. 12/6/2008; RE 106.217, rel. Min. a.-tavio Gallo/ti, DJ 12/9/1986; RE 138.284, rel. Min. Carlos Vel 'DJ 28/821.992. Legislação. iDecreto4.ei a" 1.569/1997, art, 5", parágrafo único Lei a" 8.212/1991, artigos 45 e 46 CF, art. 146, III Brasilia, 18 de junho de 2008. 3 Sobre o tema "súmula vinculante", aduzo abordagem digna de aplausos do Ministro Gilmar Mendes: Outra situação decorre de adoção de súmula vinca/ante (art. 103-A da CF, introduzido pela EC n. 45/2004), na qual se afirma que determinada conduta, dada pratica ou uma interpretação inconstitucional Nesse caso, a súmula acabará por dotar a declaração de inC011Stititcionalidade proferida cm sede incidental de efeito vinca/ante. A súmula vinca/ante, ao contrário do que ocorre no processo objetivo, decorre de decisões tomadas em casos concretos, no modelo incidental, no qual também existe, não raras vezes, reclamo por solução. geral. • Ela .st5 pode. ser editada depois de decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal ou de decisões repetidas das Turmas. Desde já, afigura-se inequívoco que a referida súmula conferirá eficácia geral e vinca/ante ás decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal Selll afetar diretamente a vigência de leis declaradas inconstitucionais no processo de controle in E isso em função de não ter sido alterada a cláusula clássica, constante do art. 52, X, da Constituição, que outorga ao Senado a atribuição para suspender a execução de lei ou ato normativo declarado, inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Não resta dúvida de que a adoção de súmula vinculante em site que envolva a declaração de inconstitucionalidade de lei ott ato 1101711atiVO enfraquecerá ainda mais o já debilitado instituto da suspensão de execução pelo Senado. E que essa minutia conferirá interpretação vinculante à decisão ue declara a inconstitucioncdidade sem que a lei declarada inconstitucional tenha sido eliminada formalmente do ordenamento jurídico (falta de eficácia geral da dceisão • * declaratária • dc inconstitucionalidade). Tem-se efeito vinculante da stimuli', que obrigará a Administração a não mais aplicar a lei objeto da declaração de inconstinteionalidade (nem a orientação que del« se dessume), sem eficácia erga omnes da declaração de inconstitucionalidade.(grifo melt) Com a inconstitueionalidade do art. 45 da Lei . n° 8.212/91, a regra contida no dispositivo deixou de existir no mundo jurídico. Sabemos que o direito a recorrer está sujeito à observância de requisitos mínimos impostos por lei, cuja ausência implica a pronta inadmissão da peça recursal, sem que Sc investigue ser procedente ou improcedente a própria irresigna06 veiculada no recurso. As atividades do julgador direcionadas para aferição da presença desses pressupostos recebem o nome dc juizo de admissibilidade. Esse juizo antecede lógica e cronologicamente um outro subseqüente juizo, qual seja o juizo de mérito, no qual é analisada a pretensão recursal. 0 professor Barbosa Moreira observa que "a questão relativa admissibilidade 6, sempre e necessariamente, preliminar à questão de . mérito. A apreciação desta fica excluida se áquela se responde em sentido negativo". Os requisitos viabilizadores do exame ddinérito recursal são divididos pelo professor Barbosa Moreira em duas categorias: "requisitos intrínsecos (concernentes à própria existência do poder de recorrer) e requisitos extrínsecos (relativos ao modo de exercê-lo)". 4 Processo n° 103S4.003983/2003-83 CSRF-T3 Acórdão n.° 9303-00.987 FL 604 Alinham-se no primeiro grupo o cabimento, a legitimidade para recorrer, o interesse recursal c a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. O segundo grupo é composto pela tempestividade, a regularidade formal e o preparo. Sabemos que nem todos os requisitos de admissibilidade devem ser observados no âmbito do processo administrativo. 0 interesse recursal, a legitimidade, a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer, a regularidade formal e a tempestividade devem ser observadas pelo julgador administrativo. Não vou discorrer sobre todos os pressupostos, apenas ao que nos interessa no caso, o interesse recursal. Nos dizeres de Teresa Arruda Alvin Wambier "Configura-se interesse de recorrer sempre que o recorrente possa esperar, em tese, do julgamento do recurso, situação mais vantajosa, do ponto de vista prático, do que aquela em que o haja posto a decisão impugnada, e quando seja preciso usar as vias recursais para alcançar esse objetivo". Nessa mesma linha, Barbosa Moreira assim se pronuncia "a noção de interesse no processo repousa sempre, ao nosso ver, no binômio utilidade + necessidade: utilidade da providência judicial pleiteada, necessidade da via que se escolhe para obter essa providencia". Na seara recursal, o autor dá a seguinte dimensão aos termos que constituem esse binômio: "possibilidade de esperar corn a interposição do recurso uma situação mais vantajosa do ponto de vista prático e indispensabilidade do uso do recurso para alcançar tal vantagem". Após essa breve digressão, retornando aos autos, como dito alhures, o recurso apresentado pela Fazenda Nacional baseia-se na contrariedade ao art. 45 da Lei n" 8.212/91. Esse dispositivo foi defenestrado do regramento pátrio, fazendo com que o recurso deixe de vislumbrar uma eventual melhora na situação em que se encontra o recorrente. . Sem essa perspectiva, na linha do raciocínio desenvolvido, desaparece o interesse recursal, condição imprescindível para o conhecimento do recurso. Com e breves con *derações, vot por não conhecer do recurso da Fazenda Nacional. /Ag011/6 Ar/ f4f 1..11 edo senburg Filho 5
score : 1.0
Numero do processo: 10830.008165/2007-95
Data da sessão: Thu Sep 27 00:00:00 UTC 2012
Data da publicação: Thu Jan 02 00:00:00 UTC 2014
Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal
Período de apuração: 01/01/2003 a 31/01/2003
LANÇAMENTO DE OFÍCIO. NECESSIDADE.
A cobrança de valores através de auto de infração se faz necessário para observância de forma plena dos princípios da ampla defesa e do devido processo legal.
Numero da decisão: 3402-001.911
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
ACORDAM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da Terceira seção de julgamento, por unanimidade de votos, em não conhecer referente à semestralidade suscitada no processo de compensação. Por maioria de votos em conhecer da matéria referente à identidade de objeto dos processos de compensação. Vencidos os conselheiros Gilson Macedo Rosenburg Filho e Mário César Fracalossi Bais. Designada a conselheira Silvia de Brito Oliveira para redigir o voto vencedor. E, no mérito, por unanimidade de votos, negou-se provimento ao recurso
GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO Relator e Presidente Substituto
SÍLVIA DE BRITO OLIVEIRA- Redatora designada
Participaram do presente julgamento os Conselheiros Silvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca, João Carlos Cassuli Junior, Mario Cesar Fracalossi Bais (Suplente), Adriana Oliveira e Ribeiro (Suplente) e Gilson Macedo Rosenburg Filho.
Matéria: PIS - ação fiscal (todas)
Nome do relator: GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO
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NECESSIDADE. A cobrança de valores através de auto de infração se faz necessário para observância de forma plena dos princípios da ampla defesa e do devido processo legal. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDAM os membros da 4ª câmara / 2ª turma ordinária da terceira SSEEÇÇÃÃOO DDEE JJUULLGGAAMMEENNTTOO, por unanimidade de votos, em não conhecer referente à semestralidade suscitada no processo de compensação. Por maioria de votos em conhecer da matéria referente à identidade de objeto dos processos de compensação. Vencidos os conselheiros Gilson Macedo Rosenburg Filho e Mário César Fracalossi Bais. Designada a conselheira Silvia de Brito Oliveira para redigir o voto vencedor. E, no mérito, por unanimidade de votos, negouse provimento ao recurso GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO – Relator e Presidente Substituto SÍLVIA DE BRITO OLIVEIRA Redatora designada Participaram do presente julgamento os Conselheiros Silvia de Brito Oliveira, Fernando Luiz da Gama Lobo D Eca, João Carlos Cassuli Junior, Mario Cesar Fracalossi Bais (Suplente), Adriana Oliveira e Ribeiro (Suplente) e Gilson Macedo Rosenburg Filho. AC ÓR DÃ O GE RA DO N O PG D- CA RF P RO CE SS O 10 83 0. 00 81 65 /2 00 7- 95 Fl. 81DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 205 2 Relatório Como forma de elucidar os fatos ocorridos, colaciono o relatório da decisão vergastada, verbis: Tratase de impugnação a exigência fiscal relativa à contribuição para o Programa de Integração Social — PIS, formalizada no auto de infração de fls. 02/07. O feito referese a fato gerador ocorrido em janeiro de 2003 e constituiu crédito tributário no total de R$ 60.303,48, somados o principal, multa de oficio e juros de mora. O motivo da autuação está descrito no corpo do auto de infração (fl. 03): “Tendo em vista a não homologação das declarações de compensação tratadas no processo 10830.001488/200324 e considerando a diferença verificada para o período 01/2003 entre o valor de PIS constante da DCOMP e da DCTF, o contribuinte regularmente intimado a esclarecer se havia quitado o débito em aberto (...), tendo respondido que o mesmo é objeto de compensação no referido processo, não trazendo nenhum fato novo a esta ação fiscal. Por essa razão, efetuamos o presente auto de infração (...)” Do referido despacho decisório citado pela autoridade autuante, reproduzido às fls. 08/10, consta o quadro de fl. 09, o qual revela a origem do valor exigido no presente. Referindose ao quadro, disse o responsável pelo exame da DCOMP: “Relativamente ao débito assinalado à fl. 02, por restar declarado e menor (fl.181), sugiro a remessa ao SEFIS/DRF/CPS, para que seja lançada a diferença apurada e não compensada. (...) Notificada da exigência em 19/10/2007, em 20/11/2007 a interessada apresentou a impugnação de fls. 20/25 na qual alega, em síntese, que as importâncias devidas a titulo de PIS no mês de janeiro de 2003 foram integralmente quitadas: “Embora a ora Impugnante tenha incorrido em erro de fato ao preencher a (...) DCTF do anocalendário de 2003, deixando de declarar naquele documento parte dos valores apurados a titulo de PIS no mês de janeiro de 2003, resta claro nos autos do processo administrativo n° 10830.001488/200324 que a totalidade dos valores de PIS apurados no período em referência foi devidamente quitada, sendo parte através da referida compensação, parte através dos DARFs em anexo. (...) Conforme declarado pela empresa impugnante na Declaração de Compensação que originou o processo Fl. 82DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 206 3 administrativo n° 10830.001488/200324, a ora Defendente apurou no mês de janeiro de 2003, a titulo de contribuição para o PIS, a soma de R$ 110.401,46(...) Deste valor, a quantia de R$ 26.875,06 (...) foi compensada com respaldo em decisão judicial definitiva (...) Apesar do correto procedimento compensatório (...) restou não homologada a compensação pleiteada pela empresa (...) nos autos do processo administrativo n° 10830.001488/200324, em decisão já desafiada através de recurso competente. Também a quantia remanescente foi integralmente quitada através dos DARFs de R$ 83.526,40 (...) e R$ 620,74 (...), perfazendo o montante de R$ 84.147,14 (...) conforme Comprovantes de Arrecadação que instruem a presente impugnação, os quais foram ignorados na apuração do suposto débito aqui combatido. Portanto, os valores lançados através do auto de infração ora guerreado não representam débitos, mas mera diferença na apuração do tributo em comento, decorrente de simples erro de fato no preenchimento da (...) DCTF do anocalendário de 2003. Na sequência, argumenta que comprovado o erro de fato no preenchimento da DCTF, a incorreção deve ser reparada, em respeito ao principio da verdade material. O processo n° 10830.001488/200324 foi apensado ao presente volume. A 3ª Turma da Delegacia de Julgamento em Campinas julgou improcedente a impugnação, nos termos do Acórdão nº 0526767, de 14 de setembro de 2009, cuja ementa abaixo reproduzo: ASSUNTO: NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Data do fato gerador: 31/01/2003 COMPENSAÇÃO. NÃO HOMOLOGAÇÃO. DÉBITO NÃO CONFESSADO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. CABIMENTO. Não homologada a compensação, é cabível o lançamento de oficio para cobrança do crédito tributário não confessado em documento próprio. Impugnação Improcedente Crédito Tributário Mantido Em breve síntese, a primeira instância administrativa entendeu que a lide era composta de duas matérias, uma referente à declaração de compensação e outra referente ao auto de infração. Quanto à compensação assim se pronunciou a DRJ: Fl. 83DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 207 4 No que diz respeito ao motivo da não homologação da compensação, a interessada alega que a delegacia local não teria considerado a semestralidade da base de cálculo do PIS para se posicionar pela inexistência de direito passível de compensação. No entanto, a leitura do despacho decisório de fls. 08/10 revela que a unidade jurisdicionante entendeu como ausente o direito de crédito da contribuinte eis que o direito pleiteado já houvera sido por duas oportunidades examinado e indeferido pela Administração Tributária (processos administrativos n° 10830.007025/9801 e 10830.214687/9962), não cabendo à contribuinte reiniciar o trâmite processual de matéria já tratada administrativamente; Já no assunto referente ao auto de infração, reproduzo as razões utilizadas para fundamentar seu voto: Cabe neste momento, avaliar a legitimidade do lançamento do tributo não adimplido em função das compensações não homologadas. (...) a diferença entre o montante devido indicado na DCOMP e o informado na DCTF não estava formalmente constituído em instrumento com força de confissão de divida, característica de que a DCOMP só passou a ser dotada a partir de 31 de outubro de 2003, com a edição da MP n° 135, de 2003. No caso em tela, a decisão da DRF local, reproduzida às fls. 08/10 não homologou as compensações declaradas, por inexistência de direito de crédito aproveitável. Tornaramse, assim, exigíveis os valores indevidamente compensados. Ocorre, porém, como visto, que tais débitos não estavam ainda constituídos pela confissão prévia da divida em DCTF. Impunhase assim a constituição do crédito correspondente pelo lançamento de oficio, como corretamente foi feito pela autoridade fiscal. Não há, assim, irregularidade no procedimento. Irresignado com a decisão a quo, apresentou recurso voluntário repisando os argumentos apresentados na manifestação de inconformidade, ressaltando, em especial, que o auto de infração deve ser considerado insubsistente em função da integral quitação dos débitos de PIS apurados na competência de janeiro de 2003, comprovado por intermédio dos comprovantes de arrecadação e pela compensação implementada no bojo do processo nº 10830001488/200344. É o Relatório. Voto Vencido Conselheiro Gilson Macedo Rosenburg Filho, Relator A impugnação foi apresentada com observância do prazo previsto. Quanto aos demais requisitos de admissibilidade passo a analisar individualmente cada matéria trazida no recurso voluntário. Compensação: Como dito alhures, pela leitura do despacho decisório de fls. 08/10, a unidade jurisdicionante entendeu como ausente o direito de crédito da contribuinte eis que o direito pleiteado já houvera sido por duas oportunidades examinado e indeferido pela Administração Tributária (processos administrativos n° 10830.007025/9801 e Fl. 84DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 208 5 10830.214687/9962), não cabendo à contribuinte reiniciar o trâmite processual de matéria já tratada administrativamente. Na manifestação de inconformidade, momento adequado para dar início à lide, o recorrente não teceu uma única linha sobre a não identidade dos processos, cingiuse a afirmar que o crédito pleiteado no processo nº 10830001488/200384 referiase a diferença nos cálculos do PIS a ser restituído, uma vez que autoridade fiscal não aplicou de forma devida a semestralidade reconhecida no Mandado de Segurança nº 9620119762. No recurso voluntário, o recorrente mantém sua linha de defesa e inova ao afirmar que a compensação pleiteada no processo nº10830001488/200324 não foi objeto de qualquer outro processo administrativo. Quanto à matéria referente à semestralidade, entendo que a Autoridade Fiscal não utilizou esse argumento para indeferir o pleito, a razão de decidir da SRF foi que existiam dois processos que já tratavam do mesmo objeto posto nos autos do processo nº 10830001488/200324. Portanto, não há lide sobre a semestralidade, de sorte que não conheço desta matéria. Quanto a identidade de objetos entre os processo nº 10830001488/200324 e os processos nº 10830.007025/9801 e 10830.214687/9962, entendo que essa matéria está preclusa, pois não foi objeto de debate na primeira instância, uma vez que o recorrente não a suscitou. Assim, voto por não conhecer das matérias referentes à semestralidade, por falta de lide, e referente a identidade de objeto em vista da preclusão consumativa. COMPENSAÇÃO. TEXTO FALTA DE PROVA. Auto de Infração Quanto ao capítulo em que o recorrente se defende do auto de infração, identifico os requisitos de admissibilidade. Sendo assim, dele tomo conhecimento e passo a apreciar. A discussão limitase à possibilidade de feitura de auto de infração referente a períodos de apuração não declarados em DCTF e declarados em declaração de compensação apresentada em período anterior à publicação da MP nº 135/2003. Peço vênia aos pares, mas sintome obrigado a passear pela evolução legislativa do instituto da compensação. Com o escopo de fulminar qualquer conjectura voltada à atribuição de letra morta ao instituto da compensação em matéria tributária, em nível federal, houve a devida instrumentalização desse instituto jurídico, de modo que a Lei nº 8.383/91, por força do seu art. 66, passou a autorizar a autocompensação de indébitos tributários no âmbito do lançamento por homologação. Fl. 85DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 209 6 Assim, para que o contribuinte pudesse se valer do direito subjetivo à autocompensação de indébito tributário, nos termos do art. 66 da Lei nº 8.383/91, com alterações introduzidas pelo art. 39 da Lei nº 9.250/95, bastava, simplesmente, que o mesmo tivesse efetuado pagamento indevido ou maior de tributos e que a compensação se realizasse com débitos vincendos de tributos da mesma espécie e destinação constitucional. Todavia, essa autocompensação deveria ficar demonstrada na contabilidade do sujeito passivo, tendo em vista o poderdever do fisco de fiscalizar e verificar a regularidade da compensação, ou, sendo o caso, diante da apuração de eventuais irregularidades, cabendo lhe notificar as diferenças e/ou excessos praticados. Desta forma, provase que ocorreu a autocompensação com a apresentação da respectiva escrituração nos livros fiscais. Com o advento da Lei nº 9.430, de 27/12/1996, artigos 73 e 74, a Administração Tributária passou a admitir a compensação de créditos do sujeito passivo, perante a SRF, decorrentes de restituição ou ressarcimento, com seus débitos tributários relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob a administração da mesma Secretaria, vencidos ou vincendos, ainda que não fossem da mesma espécie e nem tivessem a mesma destinação constitucional. “Art. 73. Para efeito do disposto no art. 7º do Decretolei nº 2.287, de 23 de julho de 1986, a utilização dos créditos do contribuinte e a quitação de seus débitos serão efetuadas em procedimentos internos à Secretaria da Receita Federal, observado o seguinte: I o valor bruto da restituição ou do ressarcimento será debitado à conta do tributo ou da contribuição a que se referir; II a parcela utilizada para a quitação de débitos do contribuinte ou responsável será creditada à conta do respectivo tributo ou da respectiva contribuição. Art. 74. Observado o disposto no artigo anterior, a Secretaria da Receita Federal, atendendo a requerimento do contribuinte, poderá autorizar a utilização de créditos a serem a ele restituídos ou ressarcidos para a quitação de quaisquer tributos e contribuições sob sua administração.” Regulamentando os artigos 73 e 74 da Lei nº 9.430, de 1996, foi baixado o Decreto nº 2.138, de 29/01/1997, dispondo sobre a compensação de créditos tributários com créditos do sujeito passivo, decorrentes de restituição ou ressarcimento de tributos ou contribuições, a ser efetuada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil: “Art. 1°. É admitida a compensação de créditos do sujeito passivo perante a Secretaria da Receita Federal, decorrentes de restituição ou ressarcimento, com seus débitos tributários relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob administração da mesma Secretaria, ainda que não sejam da mesma espécie nem tenham a mesma destinação constitucional. Parágrafo único. A compensação será efetuada pela Secretaria da Receita Federal, a requerimento do contribuinte ou de ofício, mediante procedimento interno, observado o disposto neste Decreto. Fl. 86DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 210 7 (...) Art. 7º. O Secretário da Receita Federal baixará as normas necessárias à execução deste Decreto.” A Secretaria da Receita Federal do Brasil normatizou os procedimentos de compensação mediante edição da IN/SRF nº 21, de 10/03/1997, alterada pela IN/SRF nº 73, de 15/09/1997. Sempre que o contribuinte fosse detentor de um crédito perante a SRFB podia utilizálo na liquidação ou amortização de débito do mesmo tributo ou de outro tributo. Assim, a compensação poderia ser feita: · Independentemente de requerimento, se relativo a tributo ou contribuição da mesma espécie e se o crédito fosse anterior ao débito (IN SRF nº 21, art. 14); · Mediante requerimento do contribuinte: se relativo a tributo ou contribuição de espécie diferente (IN SRF nº 21, art 12). Neste caso, a compensação de débitos vincendos poderia ser efetuada desde que não existissem débitos vencidos, ainda que parcelados (IN SRF nº 21, art.12, § 3°); quando o débito fosse anterior ao crédito (IN SRF nº 21, art.14, §7°); quando o débito for de outro contribuinte (IN SRF nº 21, art.15); quando o débito for decorrente de lançamento de ofício (IN SRF nº 21, art. 16); · Em procedimento de ofício (IN SRF nº 21, art. 6º). A partir de 01/10/2002, com a publicação da Medida Provisória nº 66, de 29/08/2002, posteriormente convertida na Lei nº 10.637, de 30/12/2002, implementaramse novas regras para a compensação: “Art. 49. O art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizálo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. § 1º. A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados. § 2º. A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação. Fl. 87DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 211 8 § 3º. Além das hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo ou contribuição, não poderão ser objeto de compensação: I o saldo a restituir apurado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física; II os débitos relativos a tributos e contribuições devidos no registro da Declaração de Importação. § 4º. Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa serão considerados declaração de compensação, desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste artigo. § 5º. A Secretaria da Receita Federal disciplinará o disposto neste artigo.” Com essa alteração, a compensação passa a ser declarada pelo próprio contribuinte, por meio da entrega da “Declaração de Compensação” (eletrônica, pelo PER/DCOMP, a partir de 14/05/2003), na qual constarão informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados. A compensação realizada nesses moldes extingue o crédito tributário sob condição resolutória de sua ulterior homologação. Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa, em 01/10/2002, foram transformados em declaração de compensação, desde o seu protocolo, e os débitos a ela vinculados passaram para a condição de extintos sob condição resolutória. A Medida Provisória nº 135, de 30 de outubro de 2003, trouxe em no seu art. 17, novas alterações à redação do art. 74 da Lei n.º 9.430/96. Essa MP foi convertida na Lei n.º 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Foram consubstanciadas na letra da lei, as vedações à compensação declarada pelo sujeito passivo, veiculadas pela IN SRF nº 210/2002, quais sejam, a compensação envolvendo: a) os débitos relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal que já tenham sido encaminhados à ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional para inscrição em DAU (obs: pela redação constante do normativo, tratavase de débitos inscritos em DAU); e b) os créditos relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal com o débito consolidado no âmbito do Programa de Recuperação Fiscal Refis, ou do parcelamento a ele alternativo. Além dessas restrições, proibiuse a compensação mediante Dcomp de débitos que já tenham sido objeto de compensação não homologada pela Secretaria da Receita Federal. Fl. 88DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 212 9 Estabeleceuse que o prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo é de cinco anos, contado da data da entrega da declaração de compensação. Também se colocou fim à discussão tormentosa acerca de estar ou não os débitos indicados na Dcomp confessados, vez que se gravou legalmente que a declaração de compensação constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. Prescreveuse, também, que não homologada a compensação, o sujeito passivo seria cientificado e intimado a efetuar, no prazo de trinta dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o pagamento dos débitos indevidamente compensados. Caso não o fizesse, seria o débito encaminhado à ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional para inscrição em DAU, ressalvada a possibilidade de o sujeito passivo apresentar, manifestação de inconformidade contra a nãohomologação da compensação, cabendo recurso ao Conselho de Contribuintes da decisão que julgar improcedente a manifestação de inconformidade. Tanto a manifestação de inconformidade quanto o recurso citados obedecem ao rito processual do Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972, e enquadramse no disposto no inciso III do art. 151 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 (CTN), relativamente ao débito objeto da compensação, ou seja constituem reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo, suspendendo a exigibilidade do crédito tributário. Segundo dispunha a MP em questão, a SRF disciplinaria o que foi disposto, podendo, para fins de apreciação das declarações de compensação e dos pedidos de restituição e de ressarcimento, fixar critérios de prioridade em função do valor compensado ou a ser restituído ou ressarcido e dos prazos de prescrição. De acordo com a evolução da legislação referente ao instituto da compensação tributária, a declaração de compensação só passou a ser confissão de dívida após a publicação da MP nº 135/2003. No caso dos autos, consta que a autuada não declarou o débito em DCTF, apenas apresentou declaração de compensação em 14/02/2003, antes da vigência da referida medida provisória. Logo, perante o mundo jurídico o crédito tributário não existia, sendo necessário o lançamento tributário para fins de sua constituição. Portanto, diante dos fatos jurídicos e legais postos nos autos, voto por manter o auto de infração em virtude da necessidade de sua constituição e seu nascimento no mundo jurídico. Forte nestes argumentos, nego provimento ao recurso. É como voto. Sala das Sessões, em 27/09/2012 Gilson Macedo Rosenburg Filho Fl. 89DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 213 10 Voto Vencedor Sílvia de Brito Oliveira, Conselheiradesignada Divirjo do Conselheiro relator quanto à preliminar de conhecimento de matéria trazida no recurso por entender que, no caso, a questão relativa à idententidade ou não identidade de matérias tratadas em processos administrativos distintos não está sujeita à preclusão consumativa, conforme entendimento exposto no voto vencido quanto a esse tema. A matéria em questão é a alegação de que os processos n° 10830.007025/98 01 e n° 10830.214687/9962 tratam de matéria distinta da matéria de que cuida o processo n° 10830001488/200324. Notese que os dois primeiros processos foram acusados pela autoridade administrativa e o terceiro foi invocado pela contribuinte, na manifestação de inconformidade, para afirmar que o crédito lá pleiteado referiase a diferenças nos cálculos do PIS a ser restituido, em virtude da semestralidade da base de cálculo dessa contribuição reconhecida no Mandado de Segurança n° 9620119762. Posteriormente, em seu recurso, a contribuinte afirmou que a compensação pleiteada no processo n° 10830001488/200324 não fora objeto de nenhum outro processo administrativo e é essa afirmativa que, no entendimento do Sr. Relator, vem configurar inovação na defesa, em sede de recurso. Nesse ponto, entendo que, ademais de tratarse de alegação de fato passível de verificação pela autoridade administrativa a qualquer momento, não se está tratando aqui de ampliação da lide delimitada na manifestação de inconformidade, pois, ao tomar conhecimento do despacho decisório, nas palavras do Relator, em seu voto vencido, a contribuinte “cingiuse a afirmar que o crédito pleiteado no processo nº 10830001488/200384 referiase a diferença nos cálculos do PIS a ser restituído, uma vez que autoridade fiscal não aplicou de forma devida a semestralidade reconhecida no Mandado de Segurança nº 9620119762”. Ora, afirmar, na peça recursal que a compensação de que cuidam os autos do processo nº10830001488/200324 não foi objeto de qualquer outro processo administrativo é apenas um esclarecimento a respeito do referido processo já invocado na fase processual anterior. A meu ver, uma vez que a autoridade administrativa acusou a existência de dois outros processos para tratar da mesma matéria, caberialhe, por força do princípioo da oficialidade, diante da manifestação de inconformidade, averiguar minudentemente o objeto do processo informado pela contribuinte para refutar ou acolher a assertiva da contribuinte. Diante do exposto, entendo que sobre a matéria em questão não se operou a preclusão consumativa, razão pela qual deve ser ela conhecida. Fl. 90DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA Processo nº 10830.008165/200795 Acórdão n.º 3402001.911 S3C4T2 Fl. 214 11 Devese, contudo, manter o lançamento, pois o crédito tributário em questão não foi confessado em Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) ou declarado em outro documento com natureza de confissão de dívida. São essas as razões porque divirjo do Conselheiro relator para conhecer da matéria relativa à identidade dos processos. Sílvia de Brito Oliveira Fl. 91DF CARF MF Impresso em 02/01/2014 por RECEITA FEDERAL - PARA USO DO SISTEMA CÓ PI A Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001 Autenticado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIVEIRA, Assinado digitalmente em 25/01/ 2013 por GILSON MACEDO ROSENBURG FILHO, Assinado digitalmente em 31/10/2012 por SILVIA DE BRITO OLIV EIRA
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